01-Revisao Estatica - Tensoes Normais e de Corte - PT PDF

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Mecnica dos Materiais

Reviso de conceitos da Esttica


Tenses normais e de corte
Estado de tenso uniaxial
Noo de tenso admissivel
Traduo e adaptao: Victor Franco Correia

verso: 1/2013

Referncias: Mechanics of Materials, Beer, Johnston & DeWolf McGraw-Hill


Mechanics of Materials, Hibbeler, Pearsons Education.

Reviso de conceitos da Esttica

Reviso de conceitos da Esttica


Fora normal
mxima

Tenso normal

Reviso de conceitos da Esttica

m = 80 Kg

Reviso de conceitos da Esttica


Foras normais nos tirantes

Tenso normal mdia

Reviso de conceitos da Esttica

Reviso apoios/ligaes e respectivas reaces

Reviso de conceitos da Esttica

Reviso de conceitos da Esttica

Foras de corte nos pinos

Reviso de conceitos da Esttica


Considere-se a estrutura
representada, que ter sido
projectada para suportar uma
carga de 30 kN

Vamos efectuar uma anlise esttica para determinar as foras internas em


cada um dos elementos estruturais e as foras de reaco nos apoios

Diagrama de Corpo Livre da estrutura


A estrutura retirada dos seus apoios e as
correspondentes foras de reaco tm de
ser consideradas
Condies para o equilibrio esttico:
M C = 0 = Ax (0.6 m ) (30 kN )(0.8 m )
Ax = 40 kN

Fx = 0 =Ax + C x
C x = Ax = 40 kN

Fy = 0 = Ay + C y 30 kN = 0
Ay + C y = 30 kN

Ay e Cy no podem ser determinadas a


partir destas equaes (estrutura
estaticamente indeterminada)

Diagramas de Corpo Livre dos componentes


Adicionalmente, cada componente da
estrutura deve satisfazer as condies para
equilibrio esttico
Considere-se o diagrama de corpo-livre da
viga horizontal:
M B = 0 = Ay (0.8 m )
Ay = 0

substituindo na equao de equilibrio da


estrutura, temos:
C y = 30 kN

Resultando:
A = 40 kN C x = 40 kN C y = 30 kN

A viga horizontal e o tirante inclinado esto


sujeitos a esforos axiais de
traco/compresso
Para equilibrio, as foras axiais tm
necessariamente de ter a mesma linha de aco,
a mesma intensidade e direces opostas

Os ns, ou pontos de ligao, tm de satisfazer


as condies de equilibrio esttico, que podem
ser expressos sob a forma de um tringulo de
r
foras:
F
B =0
FAB FBC 30 kN
=
=
4
5
3
FAB = 40 kN

FBC = 50 kN

Introduo Anlise de Tenses


Ser que a estrutura pode suportar em
segurana a carga de 30 kN ?
Da anlise esttica temos:
FAB = 40 kN (compresso)
FBC = 50 kN (traco)
Em qualquer seco da barra BC, a fora
interna 50 kN e tem-se uma tenso normal
mdia:
dBC = 20 mm

P
50 103 N
BC = =
= 159 MPa
6
2
A 314 10 m

Se a barra BC for construda em ao esta


tenso poder ser inferior a uma determinada
tenso admissvel adm
para esse material e, assim, poder-se-
concluir que a barra BC adequada para
suportar em segurana a carga aplicada

Cont.
O projecto de novas estruturas requer a
seleco dos materiais apropriados e o
clculo das dimenses adequadas para os
componentes
Imagine-se que por compromisso entre preo,
peso, disponibilidade de materiais, etc. se
decide construir a estrutura numa liga de
alumnio para a qual: adm= 100 MPa.
Qual seria a o dimetro adequado da barra?
F
adm =
A
d2
A=
4

A=

F
adm

50 103 N
100106 Pa

= 500106 m 2

4A
4 500106 m 2
d=
=
= 2.52 102 m = 25.2 mm

Neste caso, um dimetro de 26 mm seria


adequado.

Esforos Axiais: Tenses Normais


A resultante das foras internas para um elemento
sujeito a fora axial normal seco transversal
A tenso normal nessa seco definida como:
F
A0 A

= lim

med =

P
A

A tenso normal num ponto especfico, pode no


ser igual tenso mdia, mas a resultante da
distribuo de tenses tem de satisfazer:
P = med A = dF = dA
A

A exacta distribuo de tenses na seco,


estaticamente indeterminada, i.e., no pode ser
obtida unicamente atravs das equaes de
equilibrio esttico.

Carregamentos centrados e descentrados


Uma distribuio uniforme de tenses numa
seco transversal pressupe que a linha de
aco da resultante das foras internas passa
pelo centride da seco
Uma distribuio uniforme de tenses s
possvel se as cargas concentradas nas
extremidades das barras forem aplicadas nos
centrides da seco transversal o que se
designa por carregamento centrado
Se uma barra for sujeita a um carregamento
descentrado, ento a resultante da distribuo
de tenses na seco transversal resulta numa
fora axial e num momento.
A distribuo de tenses em componentes
com carregamento descentrado no pode ser
uniforme nem simtrica

Tenses de Corte
As foras P e P esto aplicadas
transversalmente ao componente AB.
As correspondentes foras internas actuam no
plano da seco C - foras de corte.
A correspondente Tenso de Corte mdia :
med =

P
A

A distribuo das tenses de corte ao longo da


seco variam de zero nas superfcies exteriores
at valores mximos, que podem exceder a
Tenso de Corte mdia
A distribuo das tenses de corte na seco no se
pode assumir uniforme

Exemplos de solicitaes por tenses de corte


Corte simples

med =

P F
=
A A

Corte duplo

med

P F
= =
A 2A

Exemplos - tenses de corte

Presso especfica em ligaes


No caso de ligaes
aparafusadas, rebitadas e
atravs de pinos surgem
tenses nas superfcies de
contacto
A resultante da distribuo de
presses na superfcie igual e
oposta fora exercida no pino
A correspondente presso
especfica ou tenso de
contacto :

b =

P P
=
A td

Anlise de tenses - exemplo

VISTA SUPERIOR DO TIRANTE BC

Pretende-se calcular as
tenses no tirante e na viga
horizontal que compem a
estrutura
Da anlise esttica:
FAB = 40 kN (compresso)
FBC = 50 kN (traco)
necessrio considerar a
tenso normal mxima em
AB e BC, e a tenso de
corte a presso especfica
de contacto em cada ligao
com pinos

VISTA SUPERIOR DA VIGA AB

Tenses normais no tirante BC e na viga AB


O tirante est sujeito a traco axial (50 kN)
No centride da seco circular (A = 314x10-6m2), a
tenso normal mdia : BC = +159 MPa
Nas extremidades planas do tirante, a menor rea da
seco transversal ocorre no linha de eixo do pino,
A = (20 mm )(40 mm 25 mm ) = 300 106 m 2
BC ,extrem

P
50 103 N
= =
= 167 MPa
6
2
A 300 10 m

Obviamente, no estamos aqui a considerar quaisquer


efeitos de concentrao de tenses, que sero
abordados mais adiante.
A viga horizontal est em compresso axial (40 kN)
e a tenso mdia :
40000 N
AB =

30 50 mm

= 26.7 MPa

Tenses de corte nos pinos


rea da seco transversal dos pinos em
A, B, e C :
2

25 mm
6 2
A = r =
= 49110 m
2
2

A fora exercida no pino em C igual


fora no tirante BC,
C ,med

P
50 103 N
= =
= 102 MPa
A 491 106 m 2

O pino em A est sujeito a corte duplo


com uma fora igual fora em AB,
A,med =

P
20 kN
=
= 40.7 MPa
6
2
A 491 10 m

Tenses de corte nos pinos cont.

50 kN

30 kN

Pino B: seco mais solicitada em corte


PE = 15 kN
PG = 25 kN (mximo)

Correspondente tenso de corte mdia na


seco mais solicitada:
= 25 kN

B ,med =

PG
25 kN
=
= 50.9 MPa
6
2
A 491 10 m

pormenor da seco G do pino B

= 50 kN

= 25 kN

Presses especficas de contacto nos pinos


Para calcular as presses especficas de contacto no
pino A, na viga AB, temos t = 30 mm e d = 25 mm,
b =

P
40 kN
=
= 53.3 MPa
td (30 mm )(25 mm )

Para calcular as presses especficas de contacto no


pino A, no suporte, temos t = 2 (25 mm) = 50 mm e
d = 25 mm,
b =

P
40 kN
=
= 32.0 MPa
td (50 mm )(25 mm )

Exemplo
Calcular:
Tenses normais nos tirantes
Tenso de corte no pino
Presses especficas de contacto
nos componentes da ligao.

Estados de tenso uniaxiais

Traco/Compresso

Corte

Factor ou coeficiente de segurana


Os componentes de mquinas e
estruturas so projectados por
forma que as tenses de servio
sejam sempre inferiores tenso
limite de elasticidade do material,
afectada de um determinado
factor ou coeficiente de
segurana, ie inferiores a uma
determinada tenso admissvel:
ns = Factor de segurana
ns =

e0,2
adm

Tenso Limite de elasticidade


Tenso admissvel

max adm
max adm

O coeficiente de segurana
pretende ter em considerao os
seguintes factores, entre outros:
Incerteza nas propriedades dos
materiais
Incerteza nas foras aplicadas
Incerteza da anlise de tenses
Numero de ciclos de carga
Tipos de ruptura (dctil, frgil)
Requisitos de manuteno e efeitos de
deteriorao de propriedades
Importancia da integridade da estrutura
ou componente
Riscos de vida humana
Influencia na funo da mquina
etc.

Propriedades mecnicas obtidas atravs do ensaio de traco uniaxial

e 0.2

e 0 .2
r

Normalizao de propriedades materiais

Exerccio
Considere-se o sistema representado na
figura:
a) Sabendo que o tirante AB fabricado
em ao com uma tenso limite de
elasticidade de 600 MPa, calcular o
dimetro do mesmo por forma que o
coeficiente de segurana em relao
ao limite elstico seja igual a 2.
b) Calcular a tenso de corte mdia no
pino C, fabricado no mesmo ao, se o
dimetro do pino for de 20 mm.
Qual o factor de segurana em
relao ao limite elstico, utilizando
a relao seguinte:

adm =

3
adm = 0.5774 adm
3

c) Calcular a espessura mnima t dos


suportes em C, sabendo que a
presso especfica admissvel para o
ao utilizado de 300 MPa.

Notas equaes da esttica para clculo de


esforos internos

Exemplo - cont.
Equilbrio global:

Exemplo - cont.
Equilbrio parcial de um troo AC
para determinao de esforos internos:

Exemplo

500 Kg

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