1 - Conceitos Gerais em Anatomia
1 - Conceitos Gerais em Anatomia
1 - Conceitos Gerais em Anatomia
01 - CONCEITOS GERAIS
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(Histologia), Anatomia do Desenvolvimento (Embriologia), Anatomia da mulher, Anatomia
do Idoso e assim por diante, h quase uma infinidade de enfoques que podem ser
considerados.
Muitas vezes, mais de um enfoque so considerados concomitantemente no estudo da
Anatomia.
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11) Sistema Neural - Formado pela parte central e parte perifrica responsvel pelo
controle de todas as funes orgnicas.
12) Sistema Endcrino - Constitudo pelas glndulas endcrinas, responsvel pela
secreo dos hormnios.
13) Sistema Circulatrio Linftico - Composto pela linfa, vasos linfticos, linfonodos e
rgos linfides, responsvel pelo recolhimento do liquido intersticial e seu retorna corrente
sangunea, assim como produo de clulas brancas do sangue.
Alm dos sistemas mencionados vrios outros podem ser enumerados, tais como:
sistema visual; sistema auditivo etc.
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Foi necessrio criar e convencionar uma posio para o corpo ao se proceder qualquer
descrio anatmica, a partir da qual, se passaria descrio de qualquer estrutura anatmica.
Essa posio especifica denominada Posio Anatmica significa que o corpo est de
p, com os calcanhares juntos e dedos afastados aproximadamente 45, palmas voltadas para
frente e olhar fixo no horizonte.
Assim, toda e qualquer descrio em Anatomia deve considerar o corpo nesta posio.
Estabelecidos os seis planos limtrofes, procede-se a unio dos centros dos planos
opostos entre si, atravs de uma linha imaginria, denominada eixo. A unio dos planos
superior com o inferior constitui o Eixo Longitudinal; O plano ventral com o dorsal
constitui o Eixo Anteroposterior e finalmente a unio dos planos laterais entre si forma o
Eixo Transversal.
1.4.3 Planos de Seco do Corpo Humano
Conhecidos os trs eixos, podem-se deslocar uns sobre os outros como se fossem
lminas cortantes, estabelecendo Planos de Seco sobre o bloco e consequentemente
sobre o corpo.
Assim, o deslocamento do eixo longitudinal sobre o eixo anteroposterior e vice-versa
forma um plano de seco que passa exatamente pela linha longitudinal mdia do corpo. Esse
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plano denominado Plano Longitudinal Mediano ou Plano Sagital que divide o corpo
em metade direita e metade esquerda denominadas Antmeros. Qualquer plano paralelo ao
Plano Sagital denominado Plano Paramediano ou Parasagital.
Por seu lado, o deslocamento do Eixo Transversal sobre o Eixo Longitudinal e viceversa estabelece um plano de seco que passa atravs da sutura Frontoparietal ou Coronal
denominado Plano Frontal ou Plano Coronal. O Plano Coronal divide o corpo em parte
anterior e parte posterior denominadas Paqumeros. Qualquer plano paralelo ao Plano
Frontal denominado Parafrontal ou Paracoronal
Finalmente, o deslocamento do Eixo Transversal e do Eixo Anteroposterior um sobre o
outro ir determinar o Plano Transversal que divide o corpo em partes, superior e parte
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inferior denominadas Metmeros. Os respectivos planos paralelos so denominados Planos
Paratransversais.
Em relao aos membros deve-se considerar o eixo longitudinal do prprio membro e
no o eixo do corpo.
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Desta forma, uma estrutura superior em relao outra quando est mais prxima do
plano limtrofe superior e inferior quando est mais prxima do plano inferior ou mais
longe do plano superior; Mediano quando est sobre o plano sagital; Medial, mais prxima
do plano sagital; Lateral, mais longe do plano sagital; Intermdio, entre uma lateral e outra
medial; Posterior, mais prximo do plano posterior; Anterior, prximo ao plano anterior;
Cranial, o mesmo que superior; Caudal, mesmo que inferior; Proximal, mais prximo da raiz
do membro; Distal, mais longe da raiz do membro; Superficial, mais prximo da superfcie;
Profundo, mais longe da superfcie; Interno, no interior de uma cavidade; Externo, fora de
uma cavidade; Ipsilateral, do mesmo lado; Contralateral, do lado oposto.
Uma srie de termos foi criada, especificamente, para dar a idia de movimentao de
uma parte do corpo em relao outra, principalmente envolvendo as articulaes.
Flexo significa a movimentao de um segmento corporal sobre outro, causando a
diminuio do ngulo entre ambas.
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Em relao aos dedos da mo e do p, considera-se como plano de referncia o
longitudinal do membro e no o sagital mediano. Nesse caso, quando se movimentam os
dedos para longe do corpo, tem-se uma abduo lateral, e para perto do corpo uma abduo
medial. A aduo a aproximao dos dedos em relao ao plano mediano do membro.
Abduo
Aduo
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trs; Elevao, Levantamento do ombro; Depresso, Abaixamento do ombro; Dorsiflexo,
Flexo superior do p (contra a perna) Flexo Plantar, Flexo inferior do p.
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Manuais e Atlas so de grande valia no laboratrio, na ajuda para se compreender as
estruturas, porm devem ser utilizados como auxiliares perante o cadver e nunca substitulo. mais fcil compreender as estruturas anatmicas quando j fizemos uma leitura prvia a
seu respeito.
Entre os mais diversos mtodos de estudo, a dissecao parece ocupar lugar de
destaque. Dissecar um cadver um ato semelhante desmontagem do motor de um
automvel, pelo mecnico, observar e estudar cada pea e depois remontar o motor, com a
diferena de que na dissecao do cadver no possvel remonta-lo, mas sim imagina-lo e
pensar cada estrutura ou rgo em sua posio e forma normais.
Entre os diversos mtodos de estudo da Anatomia, alm da dissecao, via magna,
citam-se: Observao; palpao; auscultao; RX; Tomografia; Ressonncia magntica;
Ultrassonografia e muitos outros, a maioria dos quais utilizada no estudo da Anatomia do
vivente, principalmente pelos mdicos.
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Sexo: para um bom observador basta olhar para duas pessoas de sexo diferentes para
que se perceba uma srie de diferenas anatmicas inerentes a cada sexo.
Idade: um outro fator geral de variao anatmica importante, pois, muitas
caractersticas anatmicas s se manifestam em determinadas fases do desenvolvimento
etrio. Criana, pbere, adulto e velho.
Grupo tnico: Embora hoje se possa considerar, em termos globais, uma nica raa
humana, em algumas partes do mundo as pessoas exibem caractersticas muito especficas
(Oriente, frica) nos quais mesmo que as estruturas sejam as mesmas, estas possuem
caractersticas tpicas (cor, tipo de cabelo, tipo de olho).
Bitipo: bitipo quer dizer o jeito fsico-biolgico de cada indivduo. Desta forma,
existem os indivduos altos, magros e esguios, com membros e tronco longos, os quais so
denominados longelneos (ectomorfos)
Longelneo
Mediolneo
Brevelneo
No outro extremo esto as pessoas baixas, atarracadas, cujo tronco, membros e pescoo so
curtos; estes so os indivduos denominados brevelneos (endomorfos). Todos os indivduos
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cujas caractersticas fsicas esto entre estes dois extremos so denominados mediolneos
(mesomorfos) Os indivduos mediolneos constituem a grande maioria das pessoas. A forma
e a posio de muitas estruturas so tpicas de acordo com o bitipo.
Alm dos conceitos j vistos, existem outros de grande importncia para que se possa
compreender o estudo da Anatomia:
Analogia rgos anlogos so aqueles que possuem origem embrionria diferente,
porm, a mesma funo. Ex: Asa do morcego X Asa do inseto.
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sua vez pode desempenhar uma funo mais complexa com sucesso (tecido muscular, neural,
epitelial, etc.).
Nvel Orgnico: uma funo, ainda mais complexa do que a anterior, no pode ser
resolvida por um nico tipo de tecido, assim, dois ou mais tecida se juntam em quantidade e
de forma especifica para formarem um rgo, (nvel orgnico) o qual, por seu lado, pode
cumprir com sucesso a funo proposta (corao, estmago, rins, etc.).
Cada rgo formado pelos quatro tipos de tecidos do corpo humano, conjuntivo,
muscular, neural e epitelial, dispostos em quantidade e formas especificas em cada rgo, em
conformidade com a funo a ser desempenhada.
Nvel Sistmico: funes muito complexas envolvem a atividade de vrios rgos, os
quais se agrupam, de forma especfica, formando os sistemas, que por seu lado, podero
atender esta funo complexa. Ex.: a funo de nutrio do corpo por si s, um processo
complexo, onde vrios rgos se juntam cada um desempenhando funes bem especificas e
mais simples, mas a somatria de vrias destas funes completa uma funo maior que a
alimentao.
Nvel de Aparelhos: A mxima complexidade funcional alcanada, por exemplo, na
locomoo, onde vrios sistemas esto diretamente envolvidos, formando um aparelho o
exemplo mais claro o aparelho locomotor constitudo pelos sistemas esqueltico, muscular
e articular, alm de outros sistemas como o circulatrio e o neural que participam
indiretamente.
Para muitos Autores existe superposio de significados nos conceitos de Sistema e
Aparelho sendo que alguns os consideram a mesma coisa, no entanto no nosso ponto de
vista, acreditamos que devam ser considerados separadamente. Nos sistemas embora haja a
participao de vrios outros componentes, esta indireta, mas no aparelho, o
comportamento diferente, vrios sistemas participam diretamente. Por exemplo: no sistema
digestrio os rgos so prprios do sistema, todavia ocorre a participao indireta do
sistema neural e do circulatrio, j o aparelho locomotor formado por trs sistemas
prprios: esqueltico, articular e muscular e ainda a participao indireta do circulatrio e do
neural.
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Tegumentar: Pele e anexos
Esqueltico: ossos, cartilagens e outros tecidos
Articulaes: continuas e contguas
Muscular: tecido muscular e anexos
Neural: parte central e parte perifrica
Endcrino: todas as glndulas de secreo interna
Cardiovascular: Corao e vasos sanguneos
Linftico: Vasos linfticos, linfonodos e outros tecidos
Respiratrio: pulmes e vias aerferas
Digestrio: canal alimentar e rgos anexos
Urinrio: rins e vias urinferas
Reprodutor: gnadas e rgos associados
O corpo humano possui duas grandes cavidades, uma ventral ou visceral e uma dorsal
ou neural.
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Ambas as cavidades podem ser subdividas em cavidades menores, assim a cavidade
visceral pode ser subdividida em cavidade abdominal e cavidade torcica, separadas pelo
diafragma e cujo contedo de ambas denominado vsceras, enquanto a cavidade dorsal ou
neural pode ser subdividida em cavidade craniana e cavidade ou canal vertebral, ambas
alojam os sistema neural.
Ainda no interior de cada cavidade podem-se identificar cavidades menores, as quais
so, s vezes, tratadas como fossas. (fossas do crnio, fossas da cavidade plvica, etc.).
1- Hipocndrio direito; 2-Epigstrio; 3- Hipocndrio esquerdo; 4 Lombar direita 5Umbilical; 6- Lombar esquerda; 7- Inguinal direita; 8- Pbica; 9- Inguinal esquerda
Uma diviso um pouco mais acurada utiliza duas linhas longitudinais que coincidem
com o plano mdio-clavicular de cada antmero e outras duas linhas transversais, a superior
ou subcostal localizada logo abaixo do arco costal e a linha inferior ou transtubercular que
tangencia o ponto mais alto da crista ilaca.
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Essas quatro linhas dividem o tronco em nove regies: hipocondracas direita (1) e
esquerda (3), epigstrica (2), lombares, direita (4) e esquerda (6), umbilical (5), inguinais
direita (7) e esquerda (9) e hipogstrica (pbica) (8). Essas nove regies permitem a
localizao topogrfica de rgos, com maior preciso. Cada uma dessas regies pode ser
subdividida conforme o interesse: clavicular, subclavicular, mamria, mamilar, etc.
De acordo com os planos limtrofes, planos de seco e regies do corpo humano tornase possvel localizar com bastante preciso os rgos e estruturas anatmicas do corpo
humano, todavia nem todos possuem uma posio fixa, podendo esta variar dentro de limites
relativos.
A descrio e posicionamento de rgos no corpo humano sempre levam em conta a
relao com outros rgos ou com pontos de referncia denominados pontos de referncia
ou pontos de reparo anatmicos.
O conhecimento geral da posio relativa dos rgos de fundamental importncia para
se ter uma ideia da construo geral do corpo.
Ao longo de toda a sua histria, talvez, a busca mais constante dos seres humanos seja
entender como o seu corpo formado e como ele funciona. Essa busca adquire maior
importncia ainda, quando o interesse , por exemplo, tratar uma doena.
Qualquer interveno sobre o corpo exige antes de tudo, o conhecimento deste corpo
normal e saudvel, seja de sua organizao anatmica ou da forma como as estruturas
funcionam.
Enquanto a Anatomia cuida da organizao estrutural do corpo, a fisiologia tenta
explicar o funcionamento das estruturas e sistemas.
O termo Fisiologia foi utilizado por Aristteles (384-322 aC) exatamente como
hoje, no sentido de explicar ou descrever o funcionamento dos organismos vivos.
Funo e Processo Fisiolgico - A funo um evento que explica ou tenta explicar por
que os rgos e estruturas funcionam, ou seja, para que as estruturas anatmicas existem.
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O Processo Fisiolgico explica o mecanismo pelo qual a funo ocorre, ou seja, como
ocorre.
Homeostase - A homeostase ou equilbrio o objetivo fim da fisiologia, ou seja, a
funo dos rgos e sistemas, a manuteno do equilbrio interno e ou externo por meio de
ajustes e reajustes.
A maioria das clulas vivas toleram apenas uma faixa muito estreita de variabilidade e
qualquer fuga, um pouco maior, deve ser reajustada, atravs das funes.
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A maioria dos eventos fisiolgicos pode ser representada por meio de grficos, os quais
so construdos quando os dados so plotados em um espao retangular no qual, a varivel
independente marcada no eixo horizontal e a varivel dependente na vertical.