Halliday - Cap.11 - Din. de Rot.

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Prof. Anderson Coser Gaudio Depto.

Fsica UFES

Problemas Resolvidos de Fsica

RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.


FSICA 1
CAPTULO 12 DINMICA DA ROTAO

6. A Fig. 36 mostra um bloco uniforme de massa M e arestas de comprimento a, b e c. Calcule a sua


inrcia rotacional em torno de um eixo que passe em um vrtice e seja perpendicular face
maior do bloco. (Dica: Veja a Fig. 9.)

(Pg. 247)
Soluo.
A Fig. 9 mostra que o momento de inrcia de um bloco, semelhante ao da Fig. 36, em relao a um
eixo que passa pelo seu centro de massa e paralelo ao eixo mostrado na Fig. 36 dado por:
I CM

M a 2 b2

12
Para descobrir o momento de inrcia do bloco em relao ao eixo que passa pelo vrtice basta
aplicar o teorema do eixos paralelos:
I

Mh2

I CM

Considere o seguinte esquema, em que h, a distncia de separao entre os dois eixos, dada pelo
teorema de Pitgoras:
h
b/2

a/2
CM

Logo:

M a 2 b2
12

a
2

b
2

M a 2 b2
3

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a
Resnick, Halliday, Krane - Fsica 1 - 4 Ed. - LTC - 1996.
Cap. 12 Dinmica da Rotao

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Problemas Resolvidos de Fsica

Como esperado, I ICM. Quando o eixo est localizado no vrtice do bloco a distribuio geral de
sua massa mais afastada do eixo quando comparada ao eixo passando pelo centro de massa.
8. Duas partculas, cada uma com massa m, esto unidas uma a outra e a um eixo de rotao por
duas hastes, cada uma com comprimento L e massa M, conforme a Fig. 37. O conjunto gira em
torno do eixo de rotao com velocidade angular . Obtenha uma expresso algbrica para (a) a
inrcia rotacional do conjunto em torno de O e (b) a energia cintica de rotao em torno de O.

(Pg. 247)
Soluo.
Considere o esquema a seguir:
D
C

B
A

(a) O momento de inrcia total do conjunto vale:


I

I Barra A

I Bola B

I Barra C

I Bola D

Podemos tratar as barras A e C como sendo apenas uma barra E de comprimento 2L e massa 2M:
I I Barra E I Bola B I Bola D
(1)
O momento de inrcia da barra E (conferir Fig. 9, pg. 234):
2 M (2 L) 2 8ML2
3
3
Os momentos de inrcia devido s bolas valem:
I Barra E

I Bola B

mL2

I Bola D

m(2 L) 2

(2)

(3)
4mL2

(4)

Substituindo-se (2), (3) e (4) em (1):


I

8ML2
3

mL2

5m

8M 2
L
3

4mL2

(5)

(b) A energia cintica do sistema vale:


1 2
K
I
2
Substituindo-se (5) em (6):

5m
2

4M 2
L
3

(6)

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a
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13. Neste problema desejamos calcular a inrcia rotacional de um disco de massa M e raio R em
torno de um eixo que passa atravs de seu centro, perpendicularmente sua superfcie.
Considere um elemento de massa dm na forma de um anel de raio r e largura dr (veja a Fig. 39).
(a) Qual a massa dm desse elemento, escrita como frao da massa total M do disco? Qual a
inrcia rotacional dI desse elemento? (c) Integre o resultado da parte (b) para encontrar a inrcia
rotacional do disco como um todo.

(Pg. 248)
Soluo.
(a) O elemento de massa dm pode ser encontrado partindo-se da densidade superficial de massa ,
supostamente uniforme.
M
dm
2
R
2 rdr
Logo:
dm 2rdr
M
R2
(b) A inrcia rotacional de um anel de raio r e massa dm dada por:

dI r 2dm
Utilizando-se o resultado do item (a), temos:
2Mrdr
dI r 2
R2
dI

2Mr 3 dr
R2

(c)
I

dI

MR 2
2

R
0

2Mr 3dr
R2

2M
R2

R
0

r dr

2M R 4
R2 4

14. Neste problema, utilizamos o resultado do problema anterior para a inrcia rotacional de um
disco para calcular a inrcia rotacional de uma esfera macia uniforme de massa M e raio R em
torno de um eixo que passe atravs de seu centro. Considere um elemento dm da esfera na
forma de um disco de espessura dz altura z do centro (veja a Fig. 40). (a) Quando escrita em
frao da massa total M, qual a massa dm do elemento? (b) Considerando-se o elemento como
um disco, qual a sua inrcia rotacional dI? (c) Integre o resultado de (b) sobre a esfera toda
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para encontrar a inrcia rotacional da esfera.

(Pg. 248)
Soluo.
(a) O elemento de massa dm pode ser encontrado partindo-se da densidade volumtrica de massa ,
supostamente uniforme.
M
dm
4
r 2 dz
R3
3
Logo:
2
2
dm 3 R z dz
M
4 R3
(b) A inrcia rotacional de um disco de raio r e massa dm dada por:
1 2
dI
r dm
2
Utilizando-se o resultado do item (a), temos:

dI

dI

1 2 3Mr 2 dz
r
2
4 R3

3M R 2

z2

dz

8R3

(c)

I
I

dI

3M R 2

3M
2 R4 z
3
8R

8R

z2

dz

2R2 z3
3

z5
5

3M
2
8R3

R
0

3M
R5
3
4R

R2
2R5
3

z2

dz

R5
5

3M 8R 5
4 R 3 15

2 MR 2
5

28. A Fig. 45 mostra dois blocos, cada um de massa m, suspensos nas extremidades de uma haste
rgida e sem massa de comprimento L1 + L2, com L1 = 20,0 cm e L2 = 80,0 cm. A haste
mantida na posio horizontal mostrada na figura e ento liberada. Calcule as aceleraes
lineares dos dois blocos quando eles comearem a mover-se.
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(Pg. 249)
Soluo.
Considere o seguinte esquema das foras que atuam sobre a haste:
L1
L2
y

mg

mg

CM

Como a haste rgida as aceleraes angulares ( ) de ambos os blocos sero iguais. Suas
aceleraes lineares, na coordenada y, sero dadas por:

a1

(1)

L1

a2

(2)

L2

A acelerao angular calculada por meio da segunda lei de Newton:

Torques em z:
L1mg L2 mg

I0

mg L1 L2
I0

(3)

Como a barra possui massa desprezvel, o momento de inrcia do sistema em relao ao eixo de
suspenso consiste apenas na contribuio das massas m em cada lado desse eixo.
I0

mL12 mL22

m L12

L22

(4)

Substituindo-se (4) em (3):


g L1 L2
2
1

2
2

9,81 m/s 2

0, 200 m

0, 200 m

0,800 m

0,800 m

8, 65588

rad/s 2

O sinal negativo de indica que o sentido da acelerao da barra horrio. Para o clculo de a1 e
a2, utilizamos as Eqs. (1) e (2):
a1

8,65588

rad/s2 0, 200 m

1,7311 m/s2

a1 1, 73 m/s 2

O sinal positivo de a1 indica que a extremidade esquerda da barra acelera no sentido positivo do
eixo y.
a2

8,65588

rad/s2 0,800 m

6,9247

m/s2

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a2

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6,92 m/s 2

O sinal negativo de a2 indica que a extremidade direita da barra acelera no sentido negativo do eixo
y.
29. Dois blocos idnticos, cada um com massa M, so ligados por uma corda leve que passa sobre
uma polia de raio R e inrcia rotacional I (Fig. 46). A corda no escorrega sobre a polia e no se
sabe se existe atrito ou no entre o plano e o bloco que escorrega. Quando esse sistema solto,
verifica-se que a polia gira do ngulo durante o intervalo de tempo t e a acelerao dos blocos
constante. (a) Qual a acelerao angular da polia? (b) Qual a acelerao dos dois blocos? (c)
Quais as traes nas pores superior e inferior da corda? Expresse todas as respostas em
termos de M, I, R, , g e t.

y
z

(Pg. 249)
Soluo.
(a) A polia percorre um ngulo
num tempo t, logo:
1 2
t
0
0t
2
1 2
0 0
t
2
2
(1)
t2
O sinal negativo de est em acordo com o referencial adotado.
(b) A acelerao do bloco sobre a superfcie horizontal vale:
a
R
(2)
O sinal negativo corrige o sinal da acelerao em x (positiva) em relao ao sinal da acelerao
angular da polia (negativa). Substituindo-se (1) em (2):
a

2
t2

2 R
t2
(c) Esquema de foras sobre o bloco 1 (suspenso pelo fio):
T1
y
a
M
x
a

Mg
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a
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Foras no bloco 1 em y:
Fy

Ma y

T1 Mg
T1

2 R
t2

2 R
t2

M g

(3)

Esquema de foras na polia:


T2
y
z

T1

Torques na polia em z:
z

RT1 RT2

(4)

Substituindo-se (2) e (3) em (4)

RM g
T2

T2

2 I
Rt 2

Mg

2 R
t2
Mg

2
MR
t2

RT2

2
t2

2MR
t2

I
R

34. Uma esfera oca uniforme gira em torno de mancais verticais sem atrito (Fig. 47). Uma corda de
massa desprezvel passa pelo equador da esfera e sobre uma polia; ela est presa a um pequeno
objeto que pode cair livremente sob a influncia da gravidade. Qual ser a velocidade do objeto
aps este ter cado a distncia h a partir do repouso?

(Pg. 250)
Soluo.
A variao da energia cintica do bloco m igual ao trabalho gravitacional:
Wg
K K K0
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1 2
mv
2
T
2h g 1
m

mgh T1h
v2

(1)

Foras no corpo m em y:
T1
y
am
m

x
mg
Fy

Ma y

T1 mg

mam

T1
am g
m
Torques na polia em z:
T2

(2)

r
m

T1
I

rT2 rT1

I
r
Substituindo-se (2) em (3) e
Iam
T2 mam mg
r2
Torques na casca esfrica:
M
T2

por am/r::
(4)

z
T2

aM

RT2

RT2

a
2
MR 2 M
3
R

T2

(3)

T1

2
MaM
3

(5)

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Substituindo-se (5) em (4):


Iam
2
(6)
MaM mam mg
3
r2
Na Eq. (6), aM a acelerao linear do fio ligado casca esfrica, est na coordenada x e positivo.
am a acelerao linear do bloco m, est na coordenada y e negativo. Portanto:
(7)
aM
am
Substituindo-se (7) em (6):
Iam
2
Mam mam mg
3
r2
2
I
am M m 2
mg
3
r
am

g
2M
3m

(8)

I
1
mr 2

Substituindo-se (8) em (2):


T1
g
g
2M
I
m
1
3m
mr 2

(9)

Substituindo-se (9) em (1):

v2

2h g g

g
2M
3m

I
mr 2

2 gh
2M
I
1
3m
mr 2

36. Um corpo rgido formado por trs barras finas idnticas, presas na forma de uma letra H (Fig.
48). O corpo pode girar livremente em torno de um eixo horizontal que passa por uma das
pernas do H. Solta-se esse corpo a partir do repouso, de uma posio na qual o plano do H
horizontal. Qual a velocidade angular do corpo quando o plano do H for vertical?

(Pg. 250)
Soluo.
Considere o seguinte esquema da situao, em que CM indica o centro de massa das duas barras que
efetivamente giram:
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L CM

L
0 = 0
z

CM
Ug = 0

Pode-se aplicar o princpio da conservao da energia mecnica aos estados inicial (E0) e final (E):
E0

K0 U g 0

K Ug

0 2mgh

1
I
2

4mgh
(1)
I
Na Eq. (1), m a massa de cada barra, I o momento de inrcia das barras que giram, sem contar
com a barra que est no eixo e h a queda sofrida pelo centro de massa das barras que giram. A
distncia que vai do eixo at o centro de massa das barras que giram vale:
2

MyCm

2myCm

mi yi

L
mL
2

3L
h
4
Momento de inrcia do conjunto das barras que giram:
yCm

I1 I 2

mL2
3

mL2

4mL2
3
Substituindo-se (2) e (3) em (1):
3L
4mg
9g
2
4
2
4mL
4L
3
I

(2)

(3)

3 g
2 L
50. Uma bolinha compacta de massa m e raio r rola sem deslizar ao longo do trilho em curva
mostrado na Fig. 50, tendo sido abandonada em repouso em algum ponto da regio reta do
trilho. (a) De que altura mnima, a partir da base do trilho, a bolinha deve ser solta para que
percorra a parte superior da curva? (O raio da curva R; suponha que R
r). (b) Se a bolinha
for solta da altura 6R acima da base do trilho, qual a componente horizontal da fora que atua
sobre ela no ponto Q?
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(Pg. 251)
Soluo.
Considere o seguinte esquema das situaes (a) e (b):
m, r
C

y
A
C

vC

6R

vQ

mg

Q
R

0
(a) Aplicando-se o princpio da conservao da energia mecnica aos pontos A e C:
EA EC
K A U gA

K C U gC

1 2 1 2
mvC
I C mg 2R
2
2
Sabendo-se que o momento de inrcia de uma esfera slida de raio r e massa m 2mr2/5 e
aplicando-se a relao v = r:
0 mgh

mgh

1 2
mvC
2

2 gh

vC2

7vC2
10 g

2vC2
5

2R

1 2mr 2 vC2
2 5 r2

2mgR

4 gR

(1)

A condio mnima para que a esfera possa dar a volta em torno do crculo de raio R que no ponto
C a fora centrpeta do movimento circular seja igual ao peso da esfera:
Fc P
mvC2
R
vC2

mg
gR

(2)

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Substituindo-se (2) em (1):


7R
h
2R
10
27 R
h
10
(b) Aplicando-se o princpio da conservao da energia mecnica aos pontos B e Q:
EB EQ
K B U gB

KQ U gQ

0 mg 6R

1 2
mvQ
2

6mgR

1 2
mvQ
2

12 gR vQ2
10 gR

2vQ2
5

1
I
2

2
Q

2
1 2mr 2 vQ
2 5 r2

mgR

mgR

2 gR

7vQ2
5

50
gR
7
A componente horizontal da fora que age na esfera no ponto Q (fora normal, N) a fora
centrpeta do movimento circular da esfera naquela posio:
vQ2

N
N

(3)

Fc
mvQ2

R
Substituindo-se (3) em (4):
m 50
N
gR
R 7
50
N
mg
7

(4)

51. Um cilindro macio de comprimento L e raio R tem peso P. Duas cordas so enroladas em torno
do cilindro, perto de cada borda, e as pontas das cordas so presas a ganchos no teto. O cilindro
mantido na horizontal com as duas cordas exatamente verticais e ento abandonado (Fig.
51). Ache (a) a trao em cada corda enquanto elas se desenrolam e (b) a acelerao linear do
cilindro enquanto ele cai.

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(Pg. 251)
Soluo.
(a) Considere o seguinte esquema das foras que agem sobre o cilindro:
M
2T
y
R
a
z
x
P
Torques em z:
I

MR 2
2

R.2T

a
R

Pa
4g

(1)

Anlise da translao do cilindro:


Fy

2T

Ma y

P
a
g

g
2T P
P
Substituindo-se (1) em (2):
P g
T
2T P
4g P

(2)

4T

P 2T
P
T
6
(b) Substituindo-se (3) em (2):

a
a

g
P
2
P
P 6

(3)

1
1
3

2g
3

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53. Mostre que um cilindro vai derrapar num plano inclinado com inclinao
atrito esttico entre o plano e o cilindro for menor do que 1/3 tan .

se o coeficiente de
(Pg. 251)

Soluo.
Considere o seguinte esquema da situao:
y
N
f

A condio de rolamento do cilindro dada por a = R, em que a a acelerao linear,


acelerao angular e R o raio do cilindro. A condio para que o cilindro deslize pela rampa ao
invs de rolar que a seja maior do que o produto R:
(1)
a
R
Agora vamos calcular a e para substituir em (1). Foras em y:
Fy

N mg cos
N

0
(2)

mg cos

Foras em x:
Fx

max

ma

Px

mg sen

Substituindo-se (2) em (3):


mg sen
mg cos
a

g sen

(3)

ma
ma

cos

(5)

Torques em relao ao eixo que passa pelo centro de massa do cilindro, em z:


z

fR

mR 2
2

mg cos R

mR 2
2

2 g cos
R
Substituindo-se (5) e (6) em (1):
2 g cos
g sen
cos
R
R

(6)

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sen

cos

tan

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2 cos

1
tan
3

54. Um corpo rola horizontalmente, sem deslizar, com velocidade v. A seguir ele rola para cima em
uma rampa at a altura mxima h. Se h = 3v2/4g, que corpo deve ser esse?
(Pg. 251)
Soluo.
Este um sistema conservativo e, portanto, a energia mecnica conservada. A estratgia para
resolver este problema descobrir o momento de inrcia do corpo e compara-lo com o momento de
inrcia de corpos conhecidos.
E0

Ug0

K0

Ug

1 2 1 2
mv
I
mgh 0
2
2
Aplicando-se a condio de rolamento v = R:
0

1 2
mv
2
m

I
R2

1 v2
I
2 R2

mg

3v 2
4g

3m
2

mR 2
2
Com este momento de inrcia, o corpo pode ser um disco ou um cilindro de massa m e raio R.
I

57. Um cilindro macio de 10,4 cm e massa 11,8 kg parte do repouso e rola sem deslizar uma
distncia de 6,12 m para baixo do telhado de uma casa, que inclinado de 27o. (a) Qual a
velocidade angular do cilindro em torno de seu eixo, quando ele deixa o telhado? (b) A parede
exterior da casa tem 5,16 m de altura. A que distncia da parede o cilindro dever tocar no solo?
Veja a Fig. 54.

(Pg. 251)
Soluo.
Considere o seguinte esquema da situao:
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A m, r
d
h

B
vB
h
l

x
(a) Aplicando-se o princpio da conservao da energia mecnica do sistema aos estados A e B:

EA

EB

K A U gA

K B U gB

1 2
mvB
2

0 mg h h '
2mgh ' mvB2

2mgd sen

3r 2
2
4 gd sen
3r 2

2 gd sen
2
B

1
I
2

2
B

mgh

2
B

2 2
B

mr 2
2

2
B

2
B

4
gd sen
3
r
58,0 rad/s

57,9655

rad/s

(1)

(b) Anlise do movimento da esfera do momento em que perde contato com o telhado at tocar o
solo. Em x:
x x0 vxt
x 0 vB cos t
t

x
vB cos

(2)

Em y:
1 2
ayt
2

y y0

vyt

0 h

vB sen t

1 2
gt
2

(3)

Substituindo-se (2) em (3):

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a
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Cap. 12 Dinmica da Rotao

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1
g
2

gx 2
2vB2 cos 2

Como vB =

Br,

x
vB cos

vB sen

x
vB cos

x tan

temos:

gx 2
2 B2 r 2 cos 2

g
r cos 2

2 2
B

x tan
x2

tan

x h

As razes desta equao do segundo grau so:


x1
x2

4, 2108
7, 2079

m
m

De acordo com o referencial adotado, a coordenada x onde a esfera toca o solo negativa. Logo, a
distncia alcanada pela bola na queda do telhado vale:
l 4, 21 m

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a
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RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.


FSICA 1
CAPTULO 13 MOMENTO ANGULAR

03. Mostre que o momento angular, em relao a um ponto qualquer, de uma partcula que se move
com velocidade uniforme, permanece constante durante o movimento.
(Pg. 268)
Soluo.
Considere o seguinte esquema da situao:

m
y
r

O
O mdulo do momento angular do sistema em relao a um ponto genrico O vale:
l r p
Na coordenada z:
l rmv sen
O esquema mostra que:
r sen
d
Logo:
l mvd
Como m, v e d so constantes, l tambm constante.
05. Duas partculas de massa m e velocidade v deslocam-se, em sentido contrrio, ao longo de duas
retas paralelas separadas por uma distncia d. Ache a expresso para o momento angular do
sistema em relao a qualquer ponto.
(Pg. 269)
Soluo.
Considere o seguinte esquema da situao, em que v1 = v2 = v:

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a
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v1

m
y

d
z

m
r1

v2
r2

O
O mdulo do momento angular do sistema em relao a um ponto genrico O vale:
L l1 l 2
Na coordenada z:
L r1mv sen

r2 mv sen

mv r1 sen

mvd

r2 sen

2
2

12. A Fig. 26 mostra duas rodas, A e B, ligadas por uma correia. O raio de B trs vezes maior do
que o de A. Qual seria a razo dos momentos de inrcia IA/IB, se (a) ambas tivessem o mesmo
momento angular e (b) ambas tivessem a mesma energia cintica de rotao? Suponha que a
correia no escorregue.

(Pg. 269)
Soluo.
(a)
LA

LB

IA

IA

v
RA

IB
IB

IA
IB

RA
RB

IA
IB

1
3

v
RB

RA
3RA

(b)

KRotA

KRotB

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a
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1
IA
2

IA

1
IB
2

2
A

v
RA

IA
IB

RA2
RB2

IA
IB

1
9

2
B

v
RB

IB

RA2
3RA

RA2
9RA2

14. Ache o momento angular da Terra em sua rotao em torno do prprio eixo, utilizando os dados
dos apndices. Suponha que a Terra seja uma esfera uniforme.
(Pg. 269)
Soluo.
Dentro da aproximao referida no enunciado, o momento angular da Terra vale:
2
2
(1)
L Iw
MR 2
5
T
Na Eq. (1), M e R so a massa e o raio da Terra e T o perodo de rotao da Terra em torno do seu
prprio eixo.

4 MR 2
5T

5,98 1024 kg 6,37 106 m


s
5 24 h 3.600
h

7, 0583

1033 kg.m2 /s

L 7,06 1033 kg.m2 /s

16. A Fig. 27 mostra um corpo rgido simtrico girando em torno de um eixo fixo. Por
convenincia, a origem das coordenadas colocada no centro de massa. Divida o corpo em
elementos de massa mi e, somando as contribuies destes elementos para o momento angular,
mostre que o momento angular total L = Iw.

(Pg. 269)
Soluo.
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Vamos analisar o caso tridimensional, que mais geral do que o apresentado na Fig. 27.
z
i

ri

mi

li

vi

ri
y
riy

ri

rix

x
Seja mi um elemento de massa do corpo M, ri a localizao, vi a velocidade linear e li o momento
linear de mi. Logo:

li

ri mi vi

li

rxi i ryi j rzik

mi vxi i vyi j vzik

Como o movimento circular em torno do eixo z, a velocidade linear tem componentes apenas em x
e y.
li

mi rzi vyi i mi rzi vxi j mi rxi v yi ryi vxi k

(1)

A velocidade vi do elemento de massa dada por:


vi

ri'

(2)

Na Eq. (2), o mesmo para todos os elementos de massa. Multiplicando-se ambos os membros
de (2) por ri:
ri' v i

ri'

ri'

ri' .ri'

ri' v i

ri' . ri'

O ltimo termo entre parnteses zero por se tratar de produto escalar entre vetores ortogonais.
Logo:
i
i

ri' v i
ri' .ri'
rxi v yi
rxi2

ryi vxi
ryi2

rxi v yi

ryi vxi
ri'2

Eliminando-se a notao vetorial:


rxi v yi

ryi vxi

ri '2

(3)

Substituindo-se (3) em (1):


li

mi rzi v yi i mi rzi vxi j mi ri '2k

Somando-se os momentos angulares de todos os elementos de massa:


L

li

mi rzi v yi i

mi rzi vxi j

mi ri '2k

Por razes de simetria os dois primeiros termos do segundo membro resultam em zero. Portanto:
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mi ri '2k

mi ri '2k

I k

19. Para fazer uma bola de bilhar rolar sem escorregar, deve-se bater com o taco exatamente a uma
altura de 2R/5 acima do centro, e no no centro da bola. Prove isso. (Para aprender mais a
respeito da mecnica do bilhar, veja Arnold Sommerfeld, Mechanics, Academic Press, Orlando,
pp. 158-161.)
(Pg. 270)
Soluo.
Considere o esquema a seguir:
M, R

F
h
CM

Foras em x:
Fx

max

Ma
F
a
M
Torques em relao ao centro de massa da bola na coordenada z:
z

(1)

2
(2)
MR 2 .
5
A condio para que a bola comece a rolar sem deslizar imediatamente aps a tacada :
a
(3)
R
O sinal negativo em (3) corresponde ao fato de em x a acelerao linear a ser positiva e em z a
acelerao angular ser negativa, de acordo com o referencial adotado. Substituindo-se (3) em (2):
2MRa
(4)
h
5F
Substituindo-se (1) em (4):
2R
h
5
interessante notar que a bola ir comear a rolar imediatamente aps a tacada independentemente
de haver ou no atrito entre a bola e a mesa.
F .h

21. Uma barra de comprimento L e massa M repousa sobre uma mesa horizontal sem atrito. Um
taco de hquei de massa m movendo-se com velocidade v, como mostra a Fig. 29, colide
elasticamente com a barra. (a) Que grandezas so conservadas na coliso? (b) Qual deve ser a
massa do taco para que ele fique em repouso aps a coliso?
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a
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(Pg. 270)
Soluo.
(a) Ocorre conservao da energia cintica (coliso elstica), do momento linear total (ausncia de
fora externa resultante) e do momento angular total (ausncia de torque externo resultante).
(b) Como o taco no colide no centro de massa da barra, aps a coliso haver movimento de
translao do centro de massa da barra (V) associado ao movimento de rotao da barra em torno de
seu centro de massa ( ). Aplicando-se a conservao do momento linear:

P0

mv

MV

m2v 2
M2
Aplicando-se a conservao da energia cintica:
V2

K0

1 2
mv
2

1
MV 2
2

1
I
2

ML2 2
12
Aplicando-se a conservao do momento angular:
mv 2

L0

MV 2

(2)

mvd

mvd

ML2
12

122 m 2 v 2 d 2
M 2 L4
Substituindo-se (1) e (3) em (2):
2

mv 2
1

(1)

m
M

ML2

m2v 2
M2

(3)

ML2 122 m 2 v 2 d 2
12
M 2 L4

12md 2
ML2

m L2 12d 2

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ML2
L2 12d 2

23. Um jogador de bilhar d uma tacada em uma bola inicialmente em repouso. O taco sustentado
na horizontal distncia h acima da linha do centro, como mostra a Fig. 31. A bola inicia seu
movimento com velocidade v0 e, eventualmente, adquire a velocidade final 9 v0/7, por causa
desse tipo de tacada. Mostre que h = 4R/5, sendo R o raio da bola.

(Pg. 270)
Soluo.
Considere o seguinte esquema da situao, que est invertido em relao Fig. 31.
y
M
F
h
z
x
A
v0
B

f
Deslizamento
v

C
Rolamento
Dividimos o problema em trs estados. O estado A refere-se ao instante em que a bola recebe a
tacada, B refere-se ao instante imediatamente aps a tacada, em que a bola adquire velocidade v0 e
desliza sobre a mesa e C quando a bola, aps deslizar certa distncia sobre a mesa, possui
velocidade v e rola sobre a mesa. O movimento de translao gerado em B o resultado do impulso
( P, em que P o momento linear da bola) da fora (F) aplicada em A.
P PB PA Mv0 0 F t

F t

Mv0

(1)

A mesma anlise pode ser feita para o movimento de rotao da bola, em que L o momento
angular, I o momento de inrcia e 0 a velocidade angular inicial da bola:
L LB LA I 0 0
t
2 MR 2
5
F t

Fh t

2 MR 2
5h

(2)

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O sinal negativo que aparece em (2) refere-se ao sentido do torque que a fora F exerce sobre a
bola. Igualando-se (1) e (2):
2MR 2 0
Mv0
5h
5hv0
0
2R2
Vamos analisar agora a translao da bola desde o estado B at o estado C:
Fx

(3)

Max

Ma

f
M
Movimento de B a C:

(4)

vx

vx 0 axt

A velocidade vx foi dada no enunciado do problema e ax dada pela Eq. (4):


9v0
f
v0
t
7
M
2
ft
Mv0
7
Agora vamos analisar a rotao da bola desde o estado B at o estado C:
I

(5)

2MR 2
fR
5
5f
2MR
Rotao de B a C:
z

z0

9v0
5hv0
5f
t
2
7R
2R
2MR
5 ft 5hv0 9v0
2M
2R
7
h 18
ft Mv0
R 35

(6)

Igualando-se (5) e (6):

2
Mv0
7
h

Mv0

h 18
R 35

4
R
5

27. Suponha que o combustvel nuclear do Sol se esgote e ele sofra um colapso brusco,
transformando-se numa estrela an branca com dimetro igual ao da Terra. Supondo que no
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haja perda de massa, qual seria o seu novo perodo de rotao, sabendo-se que o atual de 25
dias? Suponha que o Sol e a an branca sejam esferas uniformes.
(Pg. 270)
Soluo.
Considere o seguinte esquema da situao:
Considerando-se que durante no processo de colapso do Sol no h torques externos atuando sobre
ele, o momento angular do sistema conservado. Logo:

L0
I0

L
0

2
2
MR02
5
T0
R02
T0
T

2
2
MR2
5
T

R2
T
T0

R
R0

25 d

6,37 106 m
8

6,96 10 m

2, 09411

10

T 180 s
A situao descrita no enunciado deste problema deve realmente ocorrer daqui a muitos milhes de
anos.
29. Em uma demonstrao de aula, um trem eltrico de brinquedo, de massa m, montado em seu
trilho em uma roda que pode girar em torno de seu eixo vertical com atrito desprezvel (Fig.
32). O sistema est em repouso quando a energia ligada. O trem atinge a velocidade v em
relao ao trilho. Qual a velocidade angular da roda, se a sua massa for M e o seu raio, R?
(Despreze a massa das barbatanas da roda.)

(Pg. 270)
Soluo.
Considere o seguinte esquema:

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T
TR

Anlise da velocidade angular relativa do trem, onde o ndice T se refere ao trem, R roda:
T

TR R

TR

TR

(1)

Nessas equaes, T a velocidade angular do trem (em relao a um referencial inercial externo),
R a velocidade angular da roda (em relao ao mesmo referencial inercial de T) e TR a
velocidade angular do trem em relao roda). Na ausncia de torques externos, o momento
angular do sistema conservado:
L0

0 LT L R
I T T

I R R

MR 2 R

mR 2T

(2)

Substituindo-se (1) em (2)


M Rk
m Rk m
M

TR

v
R

mv
m M R

31. Uma roda cujo momento de inrcia de 1,27 kg.m2 gira com velocidade angular de 824 rev/min
em torno de um eixo de momento de inrcia desprezvel. Uma segunda roda, de momento de
inrcia de 4,85 kg.m2, inicialmente em repouso, acoplada bruscamente ao mesmo eixo. (a)
Qual ser a velocidade angular da combinao de eixo e rodas? (b) Qual a frao da energia
cintica original perdida?
(Pg. 271)
Soluo.
(a) Como no existem torques externos sobre o sistema, o momento angular em z (ortogonal ao
plano das rodas) conservado:
Lz 0 Lz
l1,0 l2,0
I

1,0 1

l1 l2
0

1 1

2 2

Como a velocidade final das duas rodas igual, temos:


I1
I2
1,0 I1
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1,0 1

I1 I 2

170,993

(1)

rev/min

171 rev/min
(b)
f

K0

1
I1
2

1
I1 I 2
2

2
1,0

1
I1
2

(2)

2
1,0

Substituindo-se (1) em (2):

I1

2
1,0

f
f

I1 I 2

2 2
1,0 1

I1 I 2

2
1 1,0

I
I2
I1 I 2

I1

I12
I1 I 2
I1

I12 I1I 2 I12


I1 I1 I 2

I1I 2
I1 I1 I 2

0,79248

0,792

32. Uma roda de bicicleta tem um aro fino de 36,3 cm de raio e 3,66 kg de massa. As massas das
barbatanas e do centro e tambm o atrito no eixo so desprezveis. Um homem, de p em uma
plataforma que gira sem atrito em torno de seu eixo, sustenta a roda acima sua cabea
segurando o eixo na posio vertical. A plataforma est inicialmente em repouso e a roda, vista
de cima, gira no sentido horrio com velocidade angular de 57,7 rad/s. O momento de inrcia do
sistema (plataforma + homem + roda) em torno do eixo de rotao comum de 2,88 kg.m2. (a)
O homem pra subitamente a rotao da roda em relao plataforma, com a mo. Determine a
nova velocidade angular do sistema (mdulo, direo e sentido). (b) A experincia repetida,
introduzindo-se atrito no eixo da roda (a plataforma continua a girar sem atrito). O homem
segura a roda da mesma maneira e esta, comeando com a mesma velocidade angular inicial
(57,7 rad/s), vai gradualmente ao repouso. Descreva o que acontece ao sistema, dando tanta
informao quantitativa quanto os dados permitam.
(Pg. 271)
Soluo.
(a) Considere o esquema a seguir:
M, R
0

L0
L

Como no existe atrito nos eixos de rotao, isto implica em que no haja torques externos no
sistema plataforma + homem + roda. Com isso o momento angular total do sistema conservado:
L0 L
(1)
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a
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L0

L Plat,0

L Hom,0

LRoda,0

0 0 I Roda

Na situao inicial L0 aponta verticalmente para baixo, devido ao movimento de rotao da roda
(regra da mo direita). Sendo M a massa e R o raio da roda, o momento de inrcia da roda (na
realidade um aro) MR2 (ver Fig. 9, pg. 234). Logo:
MR 2

L0

(2)

O momento angular final vale:


L I
Substituindo-se (2) e (3) em (1):
MR 2

(3)

MR 2
I

9, 66 rad/s k

9, 6622

rad/s k

Como o momento angular do sistema deve ser conservado, isto implica em que o sentido da rotao
deve permanecer idntico ao inicial, ou seja, sentido horrio quando visto de cima para baixo.
(b) A fora de atrito que age entre o eixo e a roda tende a fre-la, o que implica num torque sobre a
roda que possui o sentido +k. A terceira lei de Newton exige que um mesmo torque com o sentido
contrrio ( k) deve ser aplicado ao eixo e, conseqentemente, sobre o homem e a plataforma. Estes
comeam a girar no mesmo sentido de rotao da roda e, portanto, possuem velocidade angular
negativa. A velocidade angular final do sistema aps a roda no mais girar em relao ao homem
deve satisfazer conservao do momento angular, porm no conservao da energia mecnica,
que diminui. Uma parte da energia cintica inicial do sistema convertida principalmente em calor,
o que aumenta ligeiramente a temperatura do sistema.
35. Um disco uniforme de massa M e raio R gira com velocidade angular 0 em torno de um eixo
horizontal que passa por seu centro. (a) Determine a energia cintica e o momento angular do
disco. (b) Um pedao de massa m quebra na beirada do disco e sobre verticalmente acima do
ponto do qual se desprendeu (Fig. 33). At que altura ele sobe, antes de comear a cair? (c)
Qual a velocidade angular final do disco quebrado?

(Pg. 271)
Soluo.
(a) Energia cintica:
K

1
I
2

1 MR 2
2 2

2
0

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MR 2 02
4
Mdulo do momento angular:
K

MR 2
2

MR 2 0
2
(b) Para que o pedao de massa m suba verticalmente para cima aps desprender-se do disco, o
local da quebra deve ser tal como mostrado no esquema a seguir:
v=0
L

h
v0
Ug = 0

Aplicando-se o princpio da conservao da energia mecnica ao pedao de disco m:


E0

K0 U g 0

K Ug

1 2
mv0 0 0 mgh
2

v02
2g

Mas:

v0

Logo:

2
0

R2
2g

(c) A partir do momento em que o pedao de disco m comea a subir, a fora da gravidade exerce
torque sobre o mesmo em relao ao eixo de rotao e, o momento angular no se conserva. No
entanto, pode-se aplicar a conservao do momento angular aos instantes antes da quebra e
imediatamente aps a quebra (quando o pedao de disco ainda no se separou do disco), pois o
torque gravitacional s atuar a partir da.
L0 L
LDisco

LDisco quebrado

LPedao de disco

Imediatamente aps a quebra o pedao m tem a mesma velocidade angular do disco. Tambm nesse
instante a soma do momento de inrcia do disco quebrado e do pedao igual ao momento de
inrcia do disco intacto (isso ocorre devido ao pedao ainda no ter se separado do disco):
I 0 0 I Disco quebrado
I Pedao
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I0

I0

I Disco quebrado

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I Pedao

I0
0

O que ocorre com o pedao de disco a partir da separao no mais interfere no comportamento do
disco.

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