Livreto Retiro de Ingresso P1

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MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS

POSTULANTES
COMUNIDADE DE ALIANA

Assistncia de Formao
Formao Intra-Comunitria

MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA
NDICE

Pgina
Introduo Maria Emmir Nogueira
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Captulo I Formao do Postulantado Natureza, fins e meios Maria
Emmir Nogueira
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Captulo II Formao Comunitria e Pessoal e a competncia e
autoridade do FC e FP Maria Goretti Queiroz
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Captulo III Projeto de Vida Pessoal como Instrumento de Formao
Maria Emmir Nogueira
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Captulo IV Principais caractersticas da Identidade do Carisma
Shalom Maria Emmir Nogueira
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Captulo V - Comunho de Bens, uma questo espiritual Moyss
Azevedo e Carmadlio Silva de Souza
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Anexo I - Celebraes do gape e Berak - Cristiano Pinheiro Bed
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Anexo II S a Radicalidade tem Sentido Maria Emmir Nogueira
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Anexo III Perguntas e respostas sobre a Comunho de Bens Setor
Providncia
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Anexo IV Quase Cem Perguntas sobre a Reciclagem Assessoria de
Formao

MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA
INTRODUO

Querido Irmo,
Fao uma s carta de introduo para os formadores e formandos de
P1, j que todos comeamos juntos a maravilhosa aventura de seguirmos
Jesus radicalmente na magnfica vocao Shalom.
Como sabem, este um roteiro para o Retiro de Ingresso no
Postulantado I da Comunidade Catlica Shalom, a ser feito de preferncia em
um final de semana, cujo roteiro deve ser seguido fielmente, uma vez que h
muito contedo novo para pouco tempo. No entanto, como cada pessoa ficar
com seu exemplar deste retiro para tirar dvidas posteriores, essencial que
eles peguem o bsico e sejam orientados a utilizar este material como manual
de consulta ao longo de sua vida vocacional.
Os principais objetivos deste retiro so:
a. ter nosso primeiro contato com a identidade da vocao Shalom j
como postulantes
b. conhecer melhor os mecanismos de formao e de vivncia
comunitria da vocao que nos preparamos para abraar
c. saber quem so nossas autoridades para nos relacionarmos bem
com elas
d. saber o que a vocao espera de ns
e. conhecer um pouco melhor a equipe de formao de nossa clula e
os irmos de clula que caminharo conosco durante os prximos
anos
Com abertura para adaptaes que, entretanto, no podem modificar o
contedo ou a metodologia- propomos as seguintes alternativas de horrio:
Opo I - Retiro Fechado comeando na sexta noite
Sexta-feira
18:30 chegada
19:00 jantar
20:00 apresentao com fotos da famlia trazidas para o retiro
(pequenos grupos ou todos juntos). O formador precisa avisar com
antecedncia que levem as fotos para o retiro.
Sbado
06:30 despertar
07:00 Eucaristia
08:00 Desjejum

08:45 Laudes adaptadas (o Formador Comunitrio, de acordo com a


semana litrgica, faz uma adaptao das Laudes para meia hora Abri
meus lbios + louvor + um dos salmos do dia + louvor baseado no
salmo + breve intercesso + Benedictus com a nossa melodia,
fartamente conhecida da CV)
09:15 Palestra DVD Emmir sobre os objetivos e meios de formao
do P1 da CAl
10:00 Lanche
10:30 Leitura do Captulo I Formao do Postulantado Objetivos e
Meios (em grupos de 3)
11:30 Orao Pessoal com o Anexo II Sentido

S a Radicalidade tem

12:30 Almoo
14:30 DVD Goretti sobre a Formao Comunitria e Pessoal e a
competncia e autoridade do FC e FP
15:15 Lanche
15:45 Leitura do Captulo II Formao Comunitria e Pessoal e a
competncia e autoridade do FC e FP ( em grupos de 3)
16: 15 Tira-dvidas (clula reunida expe suas dvidas e a equipe de
formao da clula esclarece)
17:00 DVD Emmir sobre o Plano de Vida Pessoal como instrumento de
formao
17:45 Em grupos de 3, leitura do Captulo III Plano de Vida Pessoal
como Instrumento de Formao e elaborao de um Plano de Vida
Pessoal para a Mariquita e o Juanito, conforme indicao do Captulo III,
com a superviso da equipe de formao passando por cada grupo
18:45 Banho e descanso
19:00 Jantar com celebrao do gape e Berak conforme orientao
no Anexo I
20:00 Orao Comunitria
21:00 Momento de Fraternidade (a cargo da equipe de formao da
clula, uma gincana sobre Nossa Senhora, preparada pela equipe de
formao da clula)
22:30 Recolher-se
Domingo
06:30 Despertar
07:00 Eucaristia Dominical
07:45 - Desjejum caprichado, porque o Dia do Senhor!
08:30 Laudes (mesma orientao do sbado, mas com um dos salmos
do domingo)
4

09:00 DVD Emmir sobre os principais pontos da identidade do Carisma


Shalom
09:30 Leitura do Captulo IV Principais caractersticas da Identidade
do Carisma Shalom (em grupos de 3)
10:15 Tira- dvidas (clula reunida expe suas dvidas e a equipe de
formao da clula esclarece)
10:30 Lanche
11:00 DVD Joo Edson sobre o Governo
11:45 Leitura do ANEXO IV Quase Cem Perguntas sobre a
Reciclagem (individual). Pea que cada um anote suas dvidas.
12:15 Tira- dvidas (clula reunida expe suas dvidas e a equipe de
formao da clula esclarece)
12:45 Almoo caprichado de Domingo
14:45 DVD Carmadlio sobre Comunho de Bens, uma questo
espiritual
15:15 Leitura do Captulo V - Comunho de Bens, uma questo
espiritual (grupos de 3)
16:00 - Tira- dvidas (clula reunida expe suas dvidas e a equipe de
formao da clula esclarece)
16:30 Lanche
17:00 - Orao um por um diante do Santssimo e testemunhos (os
membros da equipe de formao oram por cada um dos membros da
clula cada um da equipe ora por um irmo que se apresente, de
forma rpida, pedindo ao Senhor uma palavra para ele)
Depois do Retiro de Ingresso, ao iniciar sua caminhada, este livreto ir
orient-lo em sua caminhada nos dois nveis de Postulantado. Recorra a ele
sempre que tiver dvida.
Para falar conosco:
Governo Geral (Moyss, Joo Edson e demais assessores e secretrios)
[email protected]; fone (0xx85) 3253 7534
Emmir [email protected]; fone (0xx85) 3452 6121
Goretti [email protected]; (0xx85) 3452 6120
Conceio [email protected] (0xx85)3452 6119
Para
outros
e-mails,
www.comunidadeshalom.org.br

acesse

nosso

portal:

Governo Geral Rua Gonalves Ledo, 501 CEP 60 110-230


Fortaleza CE

Quando comunicar-se conosco, diga sempre seu nome, sua clula e sua
cidade. Lembre-se que seu contato mais prximo, aquele a quem deve recorrer
em primeira instncia, seu formador comunitrio.
Foi com carinho enorme que ns, da Assessoria de Formao e a
equipe de formao de sua clula preparamos este retiro para voc. uma
grande alegria e motivo de louvor a Deus voc e cada um de ns termos sido
criados com a mesma vocao.
Shalom! Deus o abenoe!
Maria Emmir Nogueira

MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA
CAPTULO I
PR- NOVICIADO NATUREZA, FINS E MEIOS
Maria Emmir Nogueira

Vocao: imenso privilgio, imensa responsabilidade


Muitas vezes, ao beijar e colocar meu Tau e rezar a jaculatria:
Obrigada, Senhor, por me teres escolhido para esta magnfica vocao, fico a
pensar no imenso privilgio de ter sido chamada por Deus a ser Shalom, de ter
sido escolhida entre bilhes de pessoas para esta forma de seguir radicalmente
a Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo, Ressuscitado que passou pela cruz,
Shalom do Pai.
Penso como Deus me criou Shalom, como ser Shalom faz parte de
minha identidade mais profunda, como o ser mulher, o ser filha de Deus, o ser
casada.
Deus me criou Shalom! O privilgio, porm, no pra por aqui. Alm de
me criar Shalom ele me deu a graa de conhecer minha vocao, identificarme com ela e responder sim a ela todos os dias de minha vida. Imenso
privilgio, sem dvida.
Ao mesmo, tempo, porm, imensa responsabilidade! Com este
chamado, Deus me deu mais do que a outras pessoas e isso significa que...
Ele me pedir mais: a quem muito foi dado, muito ser pedido. Ele mesmo me
separou para si e eu, livremente, disse sim ao me consagrar. Ele quem
consagra, isto , separa para si, santifica, mas ao dizer o meu sim
assumi a responsabilidade de, com a Sua graa, corresponder ao chamado!
Sei bem que quando o Senhor chama algum a uma vocao especfica
porque espera dele um seguimento mais estrito de Jesus Cristo do que o de
outras pessoas. Chama-o a ser casto como Jesus, pobre como Jesus,
obediente como Jesus. No nosso caso, alm disso, chama-nos a ser
contemplativos na ao, vivermos a unidade e a nos doarmos incansavelmente
na evangelizao.
Em sua sabedoria, no nos fechou em conventos, nem nos deu hbitos
ou batinas especiais. Nosso hbito o Tau: nos incios da vocao, um sinal
bem visvel. Hoje tantos que no so Shalom usam o Tau que no mais um
sinal to visvel quanto era no comeo. Ora, isso significa que estamos no
mundo sem ser do mundo e o nico sinal visvel disso o nosso
comportamento, nosso testemunho, a coerncia entre nossa vida e nossa
vocao.
Voc est comeando uma caminhada de discernimento sobre se
deseja realmente e se tem condies de responder sim ao chamado de Deus.
Isso significa, tambm para voc, privilgio e grande, imensa responsabilidade
diante de Deus, da Igreja e de cada pessoa que voc conhece, que passa por
voc nas ruas ou que voc jamais conhecer, pois nosso chamado universal
e eclesial.

Para que voc possa corresponder melhor a este privilgio e


responsabilidade e para que possa discernir na verdade o seu chamado e suas
condies de corresponder a ele que preparamos este retiro, com alguns
detalhes importantes daquilo que voc ir viver durante, no mnimo, os dois
prximos anos.
O que o pr-noviciado
Pr-noviciado o termo tcnico utilizado para o perodo que
chamamos de Postulantado. Em nossa vocao, na Comunidade de Aliana,
este perodo dura, normalmente e no mnimo, dois anos. No entanto, pode
prolongar-se por mais tempo, pois nele que a pessoa discerne e amadurece
a hiptese da vocao. Enquanto esta hiptese no estiver amadurecida, no
convm que o candidato ingresse no perodo de noviciado.
um tempo de formao e discernimento, no qual a pessoa assume e
amadurece melhora hiptese de sua vocao, no nosso caso, vocao
Shalom.
Durante este tempo, o pr-novio e seus formadores pessoal e
comunitrio caminham de forma ativa e constante, atravs dos
acompanhamentos mensais e convivncia comunitria em direo a um
discernimento da vocao do candidato. Da a importncia de se permanecer
com os mesmos formadores pessoais e comunitrio at, pelo menos, o final do
Noviciado.
Ao longo do perodo que denominamos vocacional, acompanhadores e
vocacionados discernem se Deus chama a pessoa. No pr-noviciado, deve
amadurecer sua livre opo pelo sim ao chamado na vivncia concreta da
vocao e na correspondncia livre formao Shalom e vivncia do
Carisma a ser abraado.
Qual a finalidade do pr-noviciado
Como se viu acima, a primeira delas o discernimento e as condies
necessrias para corresponder formao e ao Carisma Shalom.
As condies de corresponder ao Carisma baseiam-se:
a) na maturidade humana


capacidade de tomar decises responsveis acerca da prpria


vida;

conhecimento e aceitao dos prprios limites e qualidades;


justa estima de si; coragem e coerncia na vivncia das
conseqncias das prprias escolhas;

capacidade de iniciativa;

capacidade de administrao do prprio tempo, dos bens


prprios e da famlia segundo critrios evanglicos;

autonomia afetiva, emocional e intelectual;

capacidade de solido e de relaes com as pessoas;


8

disponibilidade para viver os relacionamentos direcionando-os


a ter Deus e no o outro ou a si mesmo - como centro;

maturidade sexual e clareza em sua identidade sexual.

b) na maturidade vocacional


capacidade de deixar-se formar;

capacidade de ser protagonista da prpria formao;

capacidade de comprometer-se e
adequadamente com os irmos de clula;

capacidade de obedincia s autoridades;

capacidade de exercer a autoridade atravs do servio, como


ensina o Evangelho;

capacidade de engajamento responsvel e ininterrupto nos


diversos apostolados da Obra;

capacidade de vivncia da pobreza, obedincia e castidade


segundo os Estatutos da Comunidade de Aliana e seu
prprio estado de vida;

capacidade de submeter-se a processo de discernimento


sobre aspectos importantes de sua vida em todos os seus
mbitos;

capacidade de renncia mentalidade do mundo e de


vivncia da radicalidade evanglica;

capacidade de corresponder aos diversos compromissos


comunitrios (clula, reciclagens, retiros, CACVs, setoriais,
compromissos da formao, comunho de bens, etc.);

de

relacionar-se

c) Na maturidade espiritual


capacidade de vida de orao segundo o Carisma;

capacidade de abandonar-se Providncia em aspectos


desafiantes de sua vida;

capacidade de confiana absoluta em Deus;

capacidade de renncia a si mesmo, de sacrifcio e vivncia


da caridade fraterna e apostlica;

capacidade de parresia;

capacidade de viver segundo o Esprito;

capacidade de aderir espiritualidade do Carisma e ao


esprito do Fundador.

vivncia da castidade segundo o seu estado de vida;

vivncia sacramental segundo a espiritualidade do Carisma;

comprovado amor Igreja e seus ministros;

vivncia estrita do Magistrio da Igreja

Os principais documentos da Igreja sobre esta fase da formao


orientam que no se tenha pressa de sair do perodo de pr-noviciado, uma
vez que o noviciado e toda a vida vocacional da pessoa depende desta etapa
inicial.
Quais os meios para se viver o Pr-noviciado
a.

A orao pessoal diria, que nos levar maturidade em todos


os aspectos;

b.

O estudo bblico oracional, que nos levar a conhecer a Deus e


sua vontade;

c.

A vida sacramental de Eucaristia diria e confisso no mnimo


mensal;

d.

O conhecimento e vivncia dos Estatutos e Escritos;

e.

A obedincia s autoridades;

f.

A fidelidade no servio, no apostolado;

g.

A vida comunitria na clula e com relao grande


comunidade;

h.

A presena pontual e fiel aos eventos comunitrios;

i.

A fidelidade formao comunitria: presena na clula, leitura


dos livros e documentos indicados;

j.

A fidelidade, abertura e sincero desejo de converso por


ocasio da formao pessoal.

A necessidade de rearrumar a vida


Cada vez que algo grande muda em nossa vida, temos necessidade de
reorganiz-la. Quando a gente se muda de casa, quando nasce um beb na
famlia, quando se vai para um novo emprego, quando a gente se casa, por
exemplo. Pois bem, o ingresso no postulantado uma dessas ocasies muito
importantes em que a gente precisa rearrumar a vida: os hbitos, os horrios,
os compromissos, at o jeito da gente vestir e o lugar que a gente freqenta.
Os compromissos comunitrios so inmeros e exigentes, mas so a
base da formao, importantssima durante toda a nossa caminhada. Veja
quais so nossos compromissos fixos, segundo nossos Estatutos:
1. Clula duas vezes por semana
2. Formao Pessoal uma vez por ms
3. Acompanhamento com o Formador Comunitrio e sua equipe uma
vez por ms
4. Retiro Pessoal a cada 3 meses fevereiro, maio, agosto, novembro
5. Um retiro da clula por ano
6. No caso do P2, participao obrigatria no retiro Cura para o Amor,
segundo deciso da reunio de autoridades de 2005
10

7. Reciclagem de 10 dias uma vez ao ano


8. Dois CACVs por ano, sendo um por nvel (P1, P2, etc.) e um para
toda a comunidade
9. Um retiro da Grande Comunidade por ano
10. Grupo de Partilha uma vez por ms, no mnimo
11. Formao nos setoriais (casados, celibatrios, sacerdotes, pessoas
em discernimento) uma vez por semestre
12. Se for um casal, celebrao familiar do gape e Berak (se no for
casal, opcional)
13. Engajamento em um apostolado, conforme discernimento com o
formador comunitrio e/ou Conselho Local
14. Formao do apostolado uma vez por semana ou uma vez por ms,
conforme o apostolado
15. Comunho de Bens, no mnimo mensal
16. Dois despojamentos anuais, um em vista dos pobres (quaresma) e o
outro em vistas da evangelizao (advento)
17. Eucaristia diria
18. Tero dirio
19. Orao Pessoal diria
20. Estudo Bblico dirio
Com tantos compromissos novos, natural que voc tenha que
reorganizar sua vida a fim de preservar sua vida familiar, sempre dispondo do
seu tempo e no o dos filhos ou cnjuge. Seu formador comunitrio poder
ajud-lo nesta reorganizao. Este rearrumar a vida no uma coisa de
somenos importncia. Pelo contrrio, reorganizar bem suas prioridades e seus
horrios essencial para uma boa vivncia comunitria.
Abraar uma vocao exige, sempre sacrifcio. Para alguns, o sacrifcio
o modo de vestir; para outros, o tempo para o lazer ou, ainda, o tipo de lazer
que no corresponde radicalidade evanglica a que nos propomos. Para
alguns, o sacrifcio o de ter menos tempo para a famlia, para outros, ter
menos tempo para o estudo ou trabalho ou para estar com os amigos. No
entanto, de uma forma ou de outra, todos precisaremos sacrificar alguma coisa
em resposta ao chamado do Senhor.
Nosso fundador nos exorta utilizando Lc 14, 25-35: no h seguimento
de Jesus sem deixar tudo para segui-lo. Por outro lado, preciso ver bem se
teremos o material necessrio para terminar a construo que iniciamos ou se
teremos soldados suficientes para enfrentar a batalha espiritual em que nos
metemos ao abraar uma vocao antes de nos decidirmos por ela, e no
depois. Vale a pena lermos esta pregao do Moyss, no Anexo deste livreto,
pois exatamente este discernimento que somos chamados a fazer no prnoviciado, a que chamamos de postulantado.

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MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA
CAPTULO II
FORMAO COMUNITRIA E PESSOAL E A COMPETNCIA
AUTORIDADE DO FORMADOR COMUNITRIO E PESSOAL

Maria Goretti Queiroz

Competncia do formador comunitrio e do formador pessoal


1. Baseado no descrito anteriormente sobre a misso especfica do
formador comunitrio e do formador pessoal, conclumos que o formador
pessoal um recurso do formando, algum que o acompanha, que o auxilia na
leitura dos caminhos de Deus em sua vida, no sendo autorizado a fornecer
nenhum parecer para as demais autoridades, quaisquer que sejam os
discernimentos.
2. O formador comunitrio, por sua vez, um recurso da Comunidade
para com o formando e deste para com a Comunidade. Deve acompanhar com
diligncia e profundidade o seu formando, consciente de sua responsabilidade
em emitir os pareceres necessrios para os discernimentos de sua vida
pessoal, comunitria e apostlica.
3. Conscientes de que estamos ainda em caminho com relao
definio plena dos papis, misso e abrangncia de atuao dos formadores
pessoais e comunitrios, apresentamos, a seguir, um quadro comparativo de
algumas caractersticas diferenciais e especficas da competncia de seu
acompanhamento com relao ao formando.
4.

COMPETNCIA

7. Pastoreio
comunitrio.
10. Abrangncia
acompanhamento
vivncia comunitria.
13. Autoridade.

16. Discernimento.

5. FORMADOR
6. FORMADOR
COMUNITRIO
PESSOAL
8. atribuio inerente sua 9. No de sua
misso.
competncia.
do 11. Acesso pleno.
12. Tem
acesso
da
limitado.
14.
um
recurso
da
Comunidade para com o
formando e do formando para
com a Comunidade e tem
autoridade reconhecida a nvel
da estrutura da Comunidade.
17. Reconhecido perante a
Comunidade, inclusive com
responsabilidade
de
emitir
pareceres.

19. Orientao para o 20. Zela por sua realizao


retiro pessoal.
conforme os Estatutos, podendo
orientar
o
formando
na
impossibilidade de o formador

15. um recurso
pessoal do formando
e
exerce
sua
autoridade a nvel
pessoal sobre ele.
18. um auxlio aos
discernimentos feitos
pelo
formando,
sendo-lhe vedada a
emisso
de
pareceres.
21.
de
sua
competncia,
podendo ser feita pelo
formador comunitrio,

12

pessoal faz-lo.

caso ele se encontre


impossibilitado.
22. Sigilo.
23. Observa a discrio em 24. Obriga-se
ao
relao ao que lhe foi sigilo absoluto com
partilhado.
relao ao que lhe foi
confidenciado
pelo
formando
e
com
relao prpria vida
deste.
25. No exerccio de suas funes, o formador pessoal estimule ao
mximo o seu formando a ser transparente para com o seu formador
comunitrio e, em caso de necessidade, para com as demais autoridades que
o possam auxiliar em circunstncias especficas.
Texto retirado do Documento do Captulo 2003, Comisso de Formao

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MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA
CAPTULO III
PLANO PESSOAL DE VIDA COMO INSTRUMENTO DE FORMAO
PESSOAL
Maria Emmir Nogueira

Um pouco de histria
A importncia da formao pessoal na Comunidade Catlica Shalom
no somente inovadora como indiscutvel. Ela o principal instrumento do
formando a nvel pessoal com relao sua formao vocacional e para a
santidade. Juntamente com a orao pessoal e a vida comunitria,
instrumento de valor incomparvel para o auto-conhecimento e a maturidade
humana.
A formao pessoal deve ter como caracterstica o seguimento da vida
do formando, tendo bem claros os objetivos que se precisa atingir no somente
naquele encontro formativo, mas a mdio e longo prazo. Muito freqentemente,
porm, a correria da vida, os inmeros formandos e a falta de maturidade
humana e vocacional do formando dificultam muitssimo a clareza de viso
quanto aos objetivos de sua formao pessoal especfica. O resultado que
formando e formador ficam perdendo tempo precioso com problemas pontuais
ou, pior ainda, no conseguem discernir aquele problema pontual em um
contexto maior de vontade de Deus para a vida do formando. Esta
circunstncia triste coloca ambos em uma situao de desestmulo e
desorientao.
Ao longo da tradio da vocao Shalom e, mesmo antes de sua
fundao, durante o ministrio do Moyss junto aos jovens do Colgio
Cearense, na segunda metade dos anos 70, tem-se procurado ler a vontade de
Deus na vida do formando atravs de sua Histria da Salvao Pessoal, hoje
feita segundo a metodologia do Tecendo o Fio de Ouro, com vistas a tudo
ordenar para o amor.
A partir de 2003, com a adoo do mtodo, foi encontrada uma
metodologia para ajudar formando e formador a, uma vez detectados os
desafios que o formando enfrenta a nvel pessoal, familiar, vocacional,
espiritual, profissional, traar objetivos bem claros para sua vida segundo a
vontade de Deus. A esta metodologia chamamos Plano de Vida Pessoal, ou
PVP.
Objetivos do PVP
Este Plano, que deve ser feito por cada formando com a ajuda e
orientao de seu formador e revisto pelo menos uma vez por ms, antes e
depois da formao pessoal, tem por objetivo:
a. tornar claras, para o formando e formador, as dificuldades
enfrentadas pelo formando em todos os nveis de sua vida
b. tornar clara a vontade de Deus para cada um desses nveis

14

c. visualizar e seguir o fio de ouro da ao de Deus na vida do


formando, com vistas realizao da Sua vontade
d. tornar claras as aes que o formando dever executar para atingir a
vontade de Deus em cada um dos aspectos de sua vida
e. avaliar mensalmente como o formando tem crescido no cumprimento
da vontade de Deus
f. tornar clara a ao de Deus a cada ms atravs da vida ordinria e
da histria do formando
g. visualizar os progressos do formando quanto vontade de Deus
h. tornar clara a metodologia de Deus na vida do formando para que
ele possa ouvir e distinguir a Sua voz
i. favorecer a responsabilidade pela prpria formao e pelo prprio
amadurecimento humano, vocacional e espiritual
Como o Postulantado (Pr- noviciado) o nvel de formao conhecido
como o nvel de cura por excelncia, no caso deste nvel, o PVP tem,
tambm, o objetivo de proporcionar uma progressiva cura na sua vida,
preparando-o para bem discernir seu ingresso na vocao. O PVP, alis, um
excelente instrumento para auxiliar todo tipo de discernimento, inclusive do
estado de vida, to importante em nossa realidade vocacional.
Alguns testemunhos
Este Plano tem sido utilizado pessoalmente (PVP), mas tambm como
casal, famlia e casa comunitria. Temos vrios testemunhos dos resultados
maravilhosos desta verdadeira estratgia para discernir e fazer a vontade de
Deus com liberdade, amor e fidelidade. Como maior fruto, os testemunhos
falam de um novo modo de tomar a vida nas prprias mos para entreg-la
inteiramente a Deus, e de viver no mais merc dos acontecimentos e
circunstncias da vida, sendo arrastado por eles, mas acima dos
acontecimentos, sendo conduzido por Deus.
Testemunho I Laura Cala Viana

O plano de vida pessoal tem me norteado, organizado a minha vida


espiritual, vocacional, familiar, apostlica...
O que acontecia comigo, antes do plano de vida, era que todas essas reas
em que Deus precisava trabalhar eram soltas, uma baguna dentro de mim, eu no
conseguia dar nomes a nada e no percebia o que Deus realizava na minha vida.
Agora percebo as coisas "organizadas" dentro e fora de mim. Graas
minha formadora aprendi a fazer o plano e o que colocar nele. No incio foi difcil,
pois eu no sabia nem os meus objetivos, os meus planos, o que eu queria, o que eu
necessitava, o que Deus precisava fazer em mim e muitas outras coisas. Quando
rezei para escutar de Deus e escutar de mim mesma o que colocar no plano, as
coisas comearam a fluir e consegui montar o plano.
Hoje, toda quarta-feira eu o revejo observando os passos que tenho dado, o
que consegui o que no consegui realizar, o que Deus est fazendo. Hoje consigo
caminhar sabendo o que quero, o que Deus quer, por onde estou caminhando, o
que fazer, como fazer, que meios utilizar, enfim a minha vida tem um rumo.

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Os frutos: tenho crescido humanamente, vocacionalmente, espiritualmente,


familiarmente, e o que mais importante conheo os meus objetivos e o que Deus
quer para mim, conheo mais a mim mesma, a vontade de Deus e a minha
identidade, sou Shalom!

Laura Cala Viana, casada, consagrada CV

Testemunho II Maria Emmir

Desde o Tecendo o Fio de Ouro, percebi a importncia do PVP para


caminhar de maneira objetiva em direo da vontade de Deus em minha vida. No
entanto, ao comear a faz-lo regularmente e ao adotar o esquema PVP (elaborao
e avaliao)+ retiro pessoal +formao pessoal + PVP, pude colher os frutos dos
quais Isaas j nos fala, ao nos mandar olhar para trs e ver os marcos que
colocamos na estrada.
Tenho, agora, uma viso muito mais clara da vontade de Deus em minha
vida, uma conscincia maior de meus limites e fraquezas e, especialmente, um
constante motivo de louvor ao ver as maravilhas que Ele realiza de um ms para o
outro em todas as reas.
Incluo em meu PVP desde as despesas da casa at os pecados dos quais
preciso me livrar, passando pelos relacionamentos com marido, filhos e irmos da
comunidade e direcionamentos concretos da formao pessoal. Revejo-o durante a
orao pessoal nas 4as feiras e no retiro pessoal que procuro fazer antes de cada
formao pessoal. Depois da formao, incluo as recomendaes da formadora e o
que Deus disse no PVP. Tudo, assim, ganha uma inesperada inteireza e
coerncia.
Com a prtica do PVP sei de onde vim e para onde vou, vejo o que Deus fez
e tenho descoberto que... tambm Jesus tinha um magnfico PVP, que costumava
checar com o Pai em orao. Mas isso outra histria.
Louvo a Deus por este instrumento to simples e eficiente que a Sua Divina
Providncia colocou em nossas mos.

Maria Emmir, casada, consagrada CV

Testemunho III Teka

Na reciclagem de 2003 tive a grande graa de fazer o FIO DE OURO. Ele


foi de grande importncia para mim e me decidi, como era orientado no livro, a
fazer tambm o Projeto de Vida. Porm, no consegui ser to concreta e acabei
deixando-o de lado. No ano de 2005, entretanto, depois de ver que em muitos
aspectos de minha vida eu estava desorganizada e no conseguia dar passos de
mudana, e tambm depois de ver o fruto concreto que este plano de vida tinha
dado na vida de uma irm de comunidade, resolvi me aventurar tambm,
superando a falta de tempo acarretada por minha misso como Responsvel Local.
Foi um passo importantssimo e j vejo os frutos que ele tem dado para
minha vida. Sinto-me sabendo para onde vou, em todos os aspectos de minha vida,
e quais os meios que vou utilizar para alcanar os meus objetivos. Sinto-me mais
"dona de mim mesma". Para mim tem se cumprido o que diz um ditado francs:
"Ajuda-te a ti mesmo e o cu te ajudara". Sou testemunha que tenho feito a minha
parte e que Deus tem feito a dele.
Maria Theresa Emgdio de Castro, noiva, RL de Toulon, Frana

16

Testemunho IV Liliana Soares

Decidida a avaliar minha vida e no correr mais em sua superficialidade,


resolvi assumir decises e assim colocar no papel no mais propsitos soltos, mas
os meios, as atitudes e o tempo para faze-los acontecer, unida ao tempo e a vontade
de Deus e ao poder do meu amado Esprito Santo que vem me iluminando e
dispondo o meu corao para tal.
Comecei a ver que minha postura interior e consequentemente exterior,
dependia de mim e que eu precisava recolher meus prprios cacos e recomear a
criar estrutura, um projeto para me avaliar e assim mergulhar e firmar alguns
acertos em vrias reas da minha vida como Vocacionada Shalom, me, esposa,
mulher, como profissional e como principalmente estou caminhando para
Santidade.
O Projeto de Vida est sendo como uma grande luz que de repente me faz
enxergar o que eu no conseguia ver porque muitas vezes camuflava com minhas
justificativas. Faz-me ir mais fundo, na raiz de minha vida.
Todo o final de semana avalio o que Deus tem me capacitado a viver e vibro
com todo o meu ser, pois estou comeando a passar de vtima a autora de mim
mesma.
Comear um projeto de vida, requer uma firme deciso e disposio, pois
implica em se deparar e vivenciar situaes que vo exigir de mim mudanas de
maus hbitos, pacincia com minhas limitaes e vida de orao pois s a certeza
dos frutos me estimula a me abandonar na ao da graa de Deus.
Hoje sei verdadeiramente onde o meu Senhor toca e onde Ele est me levando
concretamente e assim comeo a ver melhor a minha realidade.
Se esta for minha ultima oportunidade, resolvi dar um salto mortal para a
LIBERDADE.
Liliana Soares
Como se elabora um PVP
No momento certo, voc aprender a fazer o PVP de forma mais
completa. No nvel do Postulantado, usaremos uma proposta simplificada. A
melhor maneira de explic-la contando uma histria que bem poderia ser
real. Tomemos o Pablito:
Pablito Postulante 1 da Comunidade Shalom. Durante toda a sua vida
buscou a Deus. No entanto, consegue detectar algumas reas de sua vida que
ainda no esto exatamente de acordo com a vontade Dele. Ontem, em sua
formao pessoal, apresentou estes pontos ao seu formador:
1. irritao para com as pessoas que no percebem as coisas como ele
2. dificuldade em engajar-se em um ministrio na comunidade
3. no consegue ir Missa todos os dias, como pede a vocao
4. tem vcio de ficar no computador ou diante da TV at altas horas, o
que o atrapalha nas atividades do dia seguinte, inclusive a orao
pessoal e estudo bblico

17

5. no conseguiu ler os livros da etapa do vocacional e tem medo de


no conseguir ler os livros do postulantado
6. tem algumas fobias profundamente enraizadas quando a multides e
locais fechados, o que provavelmente dificultar sua caminhada
vocacional
7. extremamente tmido e tem medo que as pessoas no o aceitem
Juntamente com o formador pessoal e bem dentro de sua realidade,
Pablito traou o seguinte PVP:
REA DA
VIDA

COMO
ESTOU

COMO
DEVO/QUERO
ESTAR

O QUE VOU FAZER

QUANDO VOU
FAZER

Relaciona
mento
com as
pessoas

Irritado com
quem no
pensa ou
age como eu
gostaria

Aberto,
tolerante,
paciente,
acolhedor do
diferente

1.orar por cada um dos


que mais me irritam,
louvando a Deus por eles
serem como so

1.Na orao
pessoal

2.diante de Deus,
questionar o que h em
mim que no tolera os
limites dos outros
3.pequenos atos de amor
que mostre afeto e
apreciao por eles
4.chamar alguns para um
lanche ou cinema

2.durante a
prxima
adorao
3.aniversrios,
natal, pscoa,
etc.
4.no comeo
de cada ms,
quando recebo
dinheiro

Engajame Sem
Engajado em
nto
ministrio na um ministrio
Obra

Falar com meu formador


comunitrio sobre minha
situao

Missa
Diria

Passar a ir missa s 6:30 a partir de


da manh, como a
amanh
primeira coisa do dia

No consigo Fiel
ir missa
todos os dias

Computad Fico at a
or e TV
madrugada

Equilibrado no 1.Estabelecer horrio para


uso do
estas atividades
Computador e
2.Estar aberto a
TV
necessidade que minha
famlia ou comunidade
tenham de mim nestes
horrios

Leitura

Diligente com
relao
leitura, que
ajuda a minha
formao
humana e
espiritual

No
encontro
tempo para
ler ou durmo
durante a
leitura

Na prxima
reunio de
clula

1.At as 22:30
2.Sempre que
for requisitado
ou perceber a
necessidade
de um deles

1.Estabelecer horrio para 1.nos dias em


a leitura
que no for
para o Shalom,
2.Comprar marcadores de
uma hora antes
pginas coloridos para
de me deitar
marcar o livro enquanto
leio. Assim evito dormir.
2.amanh
mesmo vou
3.Anotar os trechos mais

18

importantes do livro. Assim papelaria


posso recorrer a eles em
3.cada vez que
outra ocasio.
estiver lendo
4.Evitar ler na cama, no
4.sempre que
sof macio ou com pouca
for ler
luz. Ler perto de uma
mesa.
Emocional Fobia e
timidez

Interiormente 1.Escrever minha histria


livre de medos da salvao pessoal
seguindo o mtodo TFO,
recomendado pela
comunidade
2.Receber orao de cura
interior

1.a partir da
prxima 2
feira
2.a partir da
prxima 6
feira (j acertei
com o ministro)

3.Mandar celebrar missas


por minha libertao

3.amanh de
manh j
marco na
4.Reconciliar-me com meu
sacristia da
passado
parquia
4.durante as
adoraes
semanais

No ms seguinte, um dia antes de sua formao pessoal, Pablito reviu


seu PVP e escreveu:
Avaliao de 12 de maio de 2004:
REA DA
VIDA

COMO
ESTOU

COMO
DEVO/QUERO
ESTAR

O QUE VOU FAZER

QUANDO VOU
FAZER

1.Relacion
amento
com as
pessoas

Irritado com
quem no
pensa ou
age como eu
gostaria

Aberto,
tolerante,
paciente,
acolhedor do
diferente

1.orar por cada um dos


que mais me irritam,
louvando a Deus por eles
serem como so

1.Na orao
pessoal

Menos
irritado com
o Joo e a
Marta, mas
continuo
irritado com
a Francisca

Aberto,
tolerante,
paciente e
acolhedor com
todos,
inclusive dom
a Francisca e
o porteiro do
meu prdio

2.diante de Deus,
questionar o que h em
mim que no tolera os
limites dos outros
3.pequenos atos de amor
que mostre afeto e
apreciao por eles
4.chamar alguns para um
lanche ou cinema
5.Penitncia pelo que em
mim resiste Francisca
6.Dar minha camisa de
listras para o porteiro e
perguntar se sua filha saiu

2.durante a
prxima
adorao
3.aniversrios,
natal, pscoa,
etc.
4.no comeo
de cada ms,
quando recebo
dinheiro
5.s 6as feiras
6. amanh
tarde, no turno
dele

19

do hospital, dispondo-me a
ajudar
2.Engaja
mento

3.Missa
Diria

Sem
Engajado em
ministrio na um ministrio
Obra
ok
Engajei-me
no ministrio
de msica

Falar com meu formador


comunitrio sobre minha
situao

Na prxima
reunio de
clula

ok

ok

No consigo Fiel
ir missa
todos os dias

Passar a ir missa s 6:30 a partir de


da manh, como a
amanh
primeira coisa do dia
a partir de
Estabelecer um horrio
amanh
para dormir. A missa
mais importante do que o
que tenho feito.

Devo ter
faltado umas
trs vezes
neste ltimo
ms. Acordei
tarde.
4.Comput
ador e TV

5.Leitura

Fico at a
madrugada

Equilibrado no 1.Estabelecer horrio para


uso do
estas atividades
Computador e
S fiquei at
2.Estar aberto a
TV
mais tarde
necessidade que minha
quando o
famlia ou comunidade
Juanito
tenham de mim nestes
entrou no
horrios
Messenger e
3.Ter coragem de explicar
quando
ao Juanito que, por causa
passou um
da vivncia da vocao
seriado
que assumi, mesmo que
fantstico
goste muito dele, vou
que acabava
precisar sair do
mais tarde
Messenger. Se eu quiser
ver o programa de TV,
deverei estar disposto a
acordar cedo para ir
missa, mesmo sabendo
que vou ficar cansado
durante o dia.
No
encontro
tempo para
ler ou durmo
durante a
leitura
Tenho lido
devagar,
pela falta de
hbito, mas
tenho sido
fiel

Diligente com
relao
leitura, que
ajuda a minha
formao
humana e
espiritual

1.At as 22:30
2.Sempre que
for requisitado
ou perceber a
necessidade
de um deles
3.Sempre que
se apresentar a
ocasio

1.Estabelecer horrio para 1.nos dias em


a leitura
que no for
para o Shalom,
2.Comprar marcadores de
uma hora antes
pginas coloridos para
de me deitar
marcar o livro enquanto
leio. Assim evito dormir.
2.amanh
mesmo vou
3.Anotar os trechos mais
papelaria
importantes do livro. Assim
posso recorrer a eles em
3.cada vez que
outra ocasio.
estiver lendo
4.Evitar ler na cama, no
sof macio ou com pouca

4.sempre que
for ler

20

luz. Ler perto de uma


mesa.
5.Insistir no mtodo. Tem
funcionado.
6.Emocion Fobia e
al
timidez
No noto
nenhuma
melhora.
Estou muito
preocupado.

Interiormente 1.Escrever minha histria


livre de medos da salvao pessoal
seguindo o mtodo TFO,
recomendado pela
comunidade
2.Receber orao de cura
interior

1.a partir da
prxima 2
feira
2.a partir da
prxima 6
feira (j acertei
com o ministro)

3.amanh de
manh j
marco na
4.Reconciliar-me com meu
sacristia da
passado
parquia
3.Mandar celebrar missas
por minha libertao

4.durante as
adoraes
semanais

Durante a formao, Pablito contou ao formador uma discusso que


havia tido com sua irm por causa da herana do pai e o formador sugeriu que
ele acrescentasse ao seu plano o relacionamento com sua irm. Orientou,
tambm, que podia tirar o item do Engajamento, porque j estava resolvido.
Depois disso, Pablito apresentou sua avaliao ao formador pessoal. Este o
orientou a ter um pouco mais de pacincia com relao s fobias e a continuar
firme quanto aos outros aspectos.
Quando o formador rezou pelo Pablito, no final da formao, Deus deu a
passagem de Is 43, 1-2: Nada temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo
nome, s meu. Se tiveres de atravessar a gua, estarei contigo. E os rios no
te submergiro; se caminhares pelo fogo, no te queimars, e a chama no te
consumir.
Esta passagem impressionou muito ao Pablito, que a anotou e, ao
chegar em casa, acrescentou em seu PVP:
7.Relacionamento Irado com ela
com a Juanita

Reconciliado

1.examinar
minha
conscincia
para ver se
estou sendo
ganancioso ou
avarento
2.depois disso,
conversar com
ela com calma

1.amanh,
durante minha
orao pessoal
e na confisso
que marquei
para 6 feira
2. quando
acabar a
confisso, vou
direto para a
casa dela
8.Relacionamento Preocupado
Livre e
1.evitar
1.sempre que
com os bens
com meu futuro confiante como pensamentos
me ocorrerem
os pardais
com relao ao 2.idem e
que vai ser de tambm

21

mim
2.evitar
pensamentos e
desejos de ser
muito, muito
rico
3.ser fiel
comunho de
bens e ao
fundo de
evangelizao

quando
encontrar meu
primo rico
3.assim que
receber meu
salrio

Em seguida, na coluna sobre a fobia e timidez, acrescentou:


6.Emocion Fobia e
al
timidez
No noto
nenhuma
melhora.
Estou muito
preocupado.
Hoje, na
formao,
Deus me
deu Is 43, 12. Creio que
um
caminho
para minha
cura
interior.

Interiormente 1.Escrever minha histria


livre de medos da salvao pessoal
seguindo o mtodo TFO,
recomendado pela
comunidade
2.Receber orao de cura
interior

1.a partir da
prxima 2
feira
2.a partir da
prxima 6
feira (j acertei
com o ministro)

3.Mandar celebrar missas


por minha libertao

3.amanh de
manh j
marco na
4.Reconciliar-me com meu
sacristia da
passado
parquia
5. Rezar com Is 43 todos
4.durante as
os dias, suplicando a
adoraes
cura
semanais
5.Todos os
dias

Poderamos continuar seguindo os passos de Pablito indefinidamente.


Como voc pode ver, o ritmo de fazer o PVP + avaliar o PVP + eliminar o que
j est sendo feito + acrescentar novas metas, de fato, funciona.
Estou certa de que voc percebeu o quanto fcil, prtico, til e
responsvel fazer o PVP. Agora chegou a hora de praticar.
Forme um grupo de 3 pessoas. Uma ser o formador/a, outra o
formando/a, outra o Esprito Santo. O formando ou formanda tomar o lugar da
Mariquita ou do Juanito segundo os itens abaixo. O formador ou formadora vai
auxili-lo/a na elaborao do seu PVP. O Esprito Santo, formador das almas
(Sab. 1,5), ajudar os dois. Por favor, siga s histria abaixo passo por passo.
Juanito/Mariquita tm seu segundo encontro com o formador pessoal.
No primeiro encontro, foram orientados por este a detectarem, luz de Deus,
as reas de sua vida que necessitavam de converso. Eis a lista apresentada:
1. Relacionamento sofrvel com o marido/esposa. Ambos vivemos vidas
paralelas. No brigamos, mas tambm no conversamos e no
participamos da vida um do outro.

22

2. Distanciamento dos filhos devido s longas e freqentes ausncias


de casa, devido ao acmulo de trabalho.
3. No consigo rezar o tero.
4. No consigo fazer estudo bblico. Nunca sequer li a Bblia inteira.
5. Tenho o hbito da mentira.
Aps ouvi-lo/la atentamente, o formador pessoal e ele elaboraram o
seguinte PVP.
REA DA
VIDA

COMO
ESTOU

COMO
DEVO/QUERO
ESTAR

O QUE VOU FAZER

QUANDO VOU
FAZER

23

Aps um ms, um dia antes da formao pessoal, Juanito/Mariquita


reviu seu PVP e acrescentou (utilize caneta de outra cor para acrescentar no
quadro acima a avaliao do Juanito/Mariquita).
Durante a formao, ao apresentar sua avaliao, o formador orou por
ele/ela e o Senhor deu uma viso dele/dela muito solitrio/a no meio de um
deserto, sob calor intenso durante o dia e frio intenso durante a noite. Juanito,
ento, percebeu que Deus se referia a um dos pontos de seu PVP e resolveu
acrescentar o seguinte: (acrescente em uma caneta com cor diferente).
Depois desta orao, Juanito/Mariquita disse ao formador que precisava
fazer um discernimento acerca de fazer ou no um curso de Mestrado, pois
isso o ajudaria profissionalmente, mas o/a levaria a perder as reunies de
formao da clula e o faria ausentar-se de casa todas as noites,
comprometendo sua presena com a famlia e seu engajamento na Obra. O
formador, ento, examinou com ele seu PVP e, juntos chegaram a uma
primeira concluso que Juanito/Mariquita ficou de amadurecer para a prxima
formao. Acrescentou, ento, no seu PVP (acrescente mais uma linha de
assunto ao PVP e escreva o que Juanito/Mariquita adicionou):

Estou certa de que, agora, voc est apto para fazer seu PVP e usufruir
de uma vida na qual voc colabora, humildemente, com a graa de Deus para
tornar-se uma pessoa mais madura e santa em todos os nveis. Assim , Assim
seja!

24

MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA
CAPTULO IV
PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DA IDENTIDADE DO CARISMA SHALOM
Maria Emmir Nogueira

O que um Carisma
Chama-se de Carisma uma graa nova, original e especial que Deus d
Sua Igreja para suprir as necessidades de um tempo especfico de sua
histria. Por exemplo:
a. na Idade Mdia, diante de uma hierarquia da Igreja afeita a riquezas,
posse de ttulos de nobreza, posse de terras e nepotismo, Deus
suscitou o Carisma Franciscano, cuja identidade a pobreza, a
evangelizao, o louvor.
b. na Idade Moderna, quando Lutero e Calvino fizeram a Reforma
Protestante, Deus suscitou importantes carismas cuja identidade
ligada defesa da f, como os jesutas ou orao e sacrifcio pela
Igreja, como os Carmelitas descalos.
c. nos nossos tempos, diante da imensa necessidade da Nova
Evangelizao preconizada por Paulo VI, Deus fez surgir vrios
Carismas em diversas Comunidades Novas, entre eles o Carisma
Shalom, para responderem ao apelo da Igreja e sede de Deus da
humanidade.
O que um fundador
uma pessoa que recebe de Deus no somente a graa de trazer em si
um Carisma novo para a Igreja, mas tambm a graa de fund-lo, isto , inicilo e dar-lhe seus contornos segundo a vontade de Deus, atraindo discpulos ao
redor do Carisma.
O que um co-fundador
uma pessoa que recebe de Deus no somente a graa de trazer em si
um Carisma novo para a Igreja, mas tambm a graa de, por seu seguimento
do fundador, como discpulo seu, ser usado por Deus para confirmar e clarificar
o Carisma. Alguns dizem que ele o espelho do fundador.
O que uma vocao
Com relao pessoa, um chamado de Deus para viver um Carisma
de uma forma especfica, como discpulo do fundador.
Com relao ao grupo de pessoas que a vive, a forma especfica e
concreta de viver o Carisma.
Assim, existe a Vocao Shalom e algumas pessoas recebem de Deus o
chamado a viverem esta Vocao. Estas pessoas tm a vocao Shalom.
Como descubro que tenho uma vocao
A minha vocao minha identidade mais profunda, aquilo que eu sou
mais genuinamente e, portanto, aquilo que devo tornar-me cada dia mais

25

intensamente. Se tenho uma vocao, serei mais inteiramente eu mesmo na


medida em que viv-la mais perfeitamente.
Descubro que tenho uma vocao por um processo de identificao com
a identidade do Carisma da mesma. Ao conhecer esta identidade, sinto-me
chamado a ela, quero viv-la, sinto-me feliz em viv-la. Isso, porm, no basta.
necessrio que, alm de minha vivncia e opinio, tenha a confirmao de
pessoas que me ajudem a descobrir e discernir minha vocao.
O que a identidade de um Carisma
aquilo que o caracteriza. Aquilo que o faz nico e diferente de todos os
outros.
As principais caractersticas da identidade e espiritualidade do Carisma
Shalom
a. a graa da parresia a finalidade do Carisma Shalom evangelizar
com novo ardor, novos meios, novos mtodos, nova criatividade,
levando a todos os homens a experincia com Jesus, o Shalom do
Pai
b. evangelizao explcita nossa evangelizao direta e explcita, ou
seja, anuncia diretamente a pessoa de Jesus e o Evangelho
c. a Paz fruto da experincia pessoal com Jesus Cristo somos
chamados a levar a paz ao mundo atravs da experincia de paz no
corao do homem, isto , a experincia pessoal com o
Ressuscitado que passou pela Cruz
d. contemplao na ao a caracterstica mais importante do Carisma
Shalom o chamado orao profunda como fundamento para a
unidade e evangelizao. Sem orao, no se Shalom.
e. o trip da Contemplao,
fundamento de nossa vocao

Unidade,

Evangelizao

so

f. presena dos trs estados de vida o que nos caracteriza no um


mesmo estado de vida, mas uma mesma vocao a servio da Igreja
e da humanidade
g. espiritualidade baseada no relacionamento da Trindade os trs
estados de vida; o trip; a pobreza, obedincia, castidade; a vida
fraterna, tm como modelo a Trindade e refletem seu relacionamento
de amor
h. o Ressuscitado que passou pela Cruz, o Shalom do Pai este
Jesus Cristo para ns
i. a influncia da espiritualidade da RCC, de Teresa de Jesus, de
Francisco de Assis
j. Maria como Porta do Cu, Esposa do Esprito e Rainha da Paz
k. amor e obedincia incondicionais Igreja Catlica e ao Santo Padre
l. a primazia da graa a graa de Deus vem sempre em primeiro
lugar. O que fazemos ou colhemos fruto da graa, no de esforos
humanos. Nela devemos confiar.

26

m. o abandono Providncia de Deus


n. a comunho dos bens
o. amor preferencial pelos jovens e sua evangelizao
p. ser discpulo e ministro da paz (isto , pela contemplao, aprender
de Jesus, pela evangelizao lev-lo aos homens)
q. o chamado vida comunitria, seja como CAl, CAr ou CV
r. a universalidade o carisma para pessoas de todos os povos,
raas e idades e para todos os pases do mundo
s. amor esponsal a caracterstica mais forte do Carisma Shalom o
amor esponsal a Nosso Senhor Jesus Cristo: amor de unidade com
Jesus, amor inflamado, entusiasmado, disposto a tudo por Ele, at a
dar a prpria vida, se necessrio
t. radicalidade evanglica no h como ser Shalom sem vive-la (veja
anexo II)
Naturalmente, h muito mais. H muito mais coisas que sabemos e
muitas outras que iremos descobrindo aos poucos (estamos, ainda, em tempos
de fundao). Voc poder ler mais sobre isso no Captulo I dos Estatutos e
nos Escritos e Histrico da Comunidade.
No pr-noviciado (Postulantado) sobremaneira importante
conhecermos bem a identidade do nosso Carisma para bem discernir se nos
identificamos com ele, isto , se nos sentimos chamados, e se estamos
dispostos a abra-lo ou no.

27

MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA
CAPTULO V
COMUNHO DE BENS, UMA QUESTAO ESPIRITUAL

Moyss Azevedo Filho

Transcrio de palestra proferida no dia 31/10/2001.


Mantido o tom coloquial.
A comunho de bens no uma mentalidade financeira nem econmica.
um assunto espiritual, evanglico, teolgico e humano. O homem capaz de
Deus, isto , pode fazer a experincia com Deus, ter intimidade com Ele,
conhecer a sabedoria de Deus.
Deus amor. Uma s natureza em trs pessoas Divinas. Deus uma
comunho de amor. O Pai que tudo deu ao Filho. Tudo o que o Filho e tem,
recebeu do Pai. No entanto, o Filho devolveu tudo o que recebeu ao Pai. Por
amor foi-se doando inteiramente ao Pai. Amar doar-se, comunicar-se,
entregar-se. Como um hino de louvor Ele se entrega ao Pai.
Existe um amor que circula entre o Pai e o Filho que o Esprito Santo. A
Trindade uma comunho e to forte que transborda na criao. Trs
pessoas que se amam intensamente.
Faamos o homem a nossa imagem e semelhana. No bom que o
homem esteja s. Isto porque o homem a imagem e semelhana de Deus.
Deus criou o homem para viver uma comunho de amor, mas o demnio, o
diabo, aquele que divide, veio ferir o homem dividindo-o para afast-lo de
Deus, para dividi-lo de Deus, dos outros e de toda a natureza. O homem ficou
voltado para si e esqueceu de olhar para Deus, para os irmos e para a
natureza. Seu corao encheu-se de egosmo, de rivalidade, de fechamento,
de medo.
O salrio do pecado a morte. E o que a morte seno a separao
entre o corpo e a alma? Fomos criados para viver a comunho de amor e o
pecado torna-nos incapazes de viver esta comunho, passamos a viver no
mais voltados para Deus e para os homens, mas para ns mesmos.
Jesus veio ao mundo para dar a sua vida com a finalidade de reconciliar o
homem com Deus e uns com os outros. Para dar ao homem a capacidade
perdida, de forma potencial, de amar a Deus e aos seus irmos. A salvao
que Jesus veio operar em ns salvar-nos do pecado, que nos separa uns dos
outro e de Deus em nosso fechamento e egosmo, e levar-nos a viver o
mistrio de doao de amor da Trindade.
Jesus ressuscitado, cheio do Esprito Santo, derrama o Seu Esprito, sopra
o Seu Esprito sobre os discpulos. O fruto desse derramamento do Esprito
Santo a converso dos discpulos concretizada atravs do surgimento da
primeira comunidade crist, que a concretizao da mentalidade da salvao
que Jesus realizou entre ns, fruto concreto da orao de Jesus: Pai que
eles sejam perfeito no amor. Jesus quer que os homens sejam perfeitos na
unidade.
Na comunidade crist toma forma o desejo de Jesus, a comunho de amor
afetiva e efetiva. A comunho de amor concreta, visvel, no s
sentimentos e de bons desejos. A comunho espiritual de Cristo vem a ns

28

pelos mritos da Sua Paixo, Morte e Ressurreio. Porm para ela ser real
precisa tornar-se concreta atravs da unidade uns com os outros.
Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. A medida do amor um
amor sem medidas, toda a graa espiritual que Ele derrama sobre ns e gera
uma comunho fraterna, doao aos outros, tambm materialmente. Se existe
comunho espiritual, existe tambm comunho material, do contrrio, a
comunho espiritual fantasiosa. Viver a salvao viver a comunho de
amor com Deus e os irmos de forma espiritual e material, atravs da
comunho de bens espirituais e materiais.
Faamos um estudo na Palavra de Deus sobre a comunho de bens:
Lv 27, 30-31:
No antigo testamento vive-se sombra do que se iria viver nos Atos dos
Apstolos. Os judeus no estavam, ainda, preparados para viver a comunho
de bens. Portanto, o dzimo que davam fielmente ao templo apenas um sinal
daquilo que seria vivido plenamente com a vinda de Jesus.
Quando Jesus chega, comea a mudar o relacionamento do homem com
os bens. Jesus fala com clareza sobre a obra de comunho de amor que, com
a graa da salvao, o homem estava preparado para agora viver.
Como Jesus deseja que o homem viva?
Lc 12, 22-32:
Atravs desta passagem do Evangelho, Jesus nos revela que Deus Pai.
Ele cuida de ns. Faamos a nossa parte e Ele nos dar o que necessitamos.
Jesus comea a inaugurar o tempo da revelao de que Deus Pai e cuida de
seus filhos. Ele deu a capacidade, a inteligncia, mas tudo vem Dele. Jesus
faz-nos reconhecer quem o dono de tudo, por isto no sejamos arrogantes
e orgulhosos.
Lc 16, 13:
Neste texto, Jesus nos ensina que no podemos servir a Deus e ao
dinheiro. Devemos centrar-nos no Pai, no no dinheiro. Ou acreditamos que o
Pai cuida de ns, ou vivemos como o mundo, como o pago, tendo o dinheiro
como dolo. O discpulo de Jesus no pode ter o dinheiro como um dolo, como
Mamon.
Lc 6, 36:
O dinheiro no mau em si. Ele tem uma finalidade: a generosidade. O
discpulo de Jesus deve ser generoso, vive aquilo para o qual foi criado. Os
seus bens tm a finalidade de servir e o Pai que tudo v ir abeno-lo. A
medida que ns usarmos ser a medida que Deus utilizar para conosco. Se
fizermos pouco pelo Pai e pelos irmos, pouco o Senhor far por ns. Se
fizermos muito, muito o Senhor far por ns. Quanto mais nos doamos, mais
partilhamos, mais Deus nos abenoa. A caracterstica do discpulo de Jesus
dividir, partilhar, libertar-se de sua insegurana com relao prpria vida e
confiar inteiramente em Deus.
At 20, 35:
Atravs destas palavras Jesus vem nos fazer entender que o caminho da
felicidade no ficar centrado em si mesmo, mas dar-se e dar. Jesus s se

29

entrega, s se doa e Ele quer que os seus discpulos vivam isto com seus bens
materiais. H uma felicidade, uma beno, uma graa que brota do ato de
partilhar, da vivncia da comunho de bens.
Lc 12, 33-34:
Com estas palavras Jesus grita para ns: Faam para vocs uma
caderneta de poupana imperecvel, uma aplicao segura, tesouro inaltervel
no cu, porque esta atitude mostrar aonde est o seu corao. Onde est
ele? No medo? Na insegurana? Na incapacidade de amar com os seus bens?
O seu tesouro deve estar no outro no em voc mesmo, deve estar em Deus.
Lc 21, 1-4:
Jesus considera que a capacidade de amar com os bens no acontece
somente quando sobra, mas tambm nos momentos de necessidades. A viva
deu tudo que ela tinha para viver. Se ela foi capaz de dar na penria, o que ela
seria capaz de dar na abundncia? A partilha deve acontecer quando tudo est
bem, mas tambm quando tudo est difcil.
Lc 12, 16-21:
Jesus censura a ambio desmedida, a busca do enriquecimento como um
fim. O homem dessa passagem rico para si mesmo, mas no rico para
Deus. O rico para Deus aquele que partilha, que sabe socorrer, que sabe que
tudo o que tem de Deus. O homem rico para Deus sabe que apenas
administrador dos bens.
Lc 16, 9-12:
O administrador injusto faz amigos com o dinheiro injusto. Jesus no
aprovou a injustia que ele cometeu, mas quer nos dizer para fazermos amigos
com os nossos bens, com o dinheiro que ele nos deu. Que o dinheiro de vocs
sirva para socorrer, partilhar. Se fores fiel no pouco que tm Eu lhes darei
muito. Se pegamos o nosso dinheiro somente para ns esse dinheiro injusto,
porque na realidade, ele todo de Deus. A maneira como os homens
relacionam-se com os seus bens sinal de que so ou no discpulos
verdadeiros de Jesus. O verdadeiro discpulo de Jesus no ludibria a Deus com
o que de Deus.
I Tm 6, 17-19:
A nossa esperana no deve estar nos bens, mas em Deus. Os bens
devem ser usados como instrumentos para a nossa salvao.
II Cor 9, 6-12
Jesus vem nos falar que devemos viver como a Trindade vive, em
santidade, assim seremos abenoados por Deus. Estamos vivendo como Deus
quer quanto aos bens? No viver a comunho de bens no ser feliz.
A comunho de bens uma dimenso indispensvel da comunho de
amor. Se temos a misso de levar os irmos a fidelidade na orao, no Estudo
Bblico, tambm uma misso nossa levar os irmos a comunho de bens.

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MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA

ANEXO I
CELEBRAES GAPE E BERAK
(Para as famlias da Comunidade)

Cristiano Pinheiro

INTRODUO
Uma vez por semana a famlia se rena para celebrar a presena de
Deus em seu meio. Como Igreja domstica louve o Senhor, medite a sua
Palavra e nela encontre a fora de encarnar na sua vivncia familiar o projeto
divino a seu respeito. A esta celebrao chamamos Berak. (ECCSh 153)
Em nossos Estatutos encontramos um convite
s famlias da
Comunidade a celebrarem a presena de Deus em seu meio. Cultivar a orao
no algo acidental, , no entanto, fundamental para que as famlias cumpram,
de fato, sua misso como vocao Shalom no seio da Igreja e no mundo.
Na Comunidade Shalom, chamamos este momento de orao familiar
de Berak. J h bastante tempo, vrios casais da Comunidade de Vida e
Aliana tem sentido necessidade de direcionamentos concretos para a
realizao desta celebrao. Este o motivo pelo qual propomos o presente
roteiro.
De forma alguma podemos esgotar em um simples roteiro toda a riqueza
que esta celebrao pode vir a se tornar no meio de nossas famlias. Longe de
querer obstruir a espontaneidade prpria dos momentos familiares,
acreditamos que este roteiro pode servir para iluminar a celebrao do Berak.
No precisamos ir muito longe para encontramos o esprito desta
celebrao. Ao citar o Berak, os Estatutos j definem sua ndole e indicam seu
itinerrio: Como Igreja domstica louve o Senhor, medite a sua Palavra e
nela encontre a fora de encarnar... o projeto divino a seu respeito.
Pelo louvor e pela meditao da Palavra - pontos fortes que devem
constituir o Berak a famlia torna-se um ambiente favorvel para a ao do
Esprito que vem encarnar nela o projeto do Pai.
I LOUVOR
Como Igreja domstica louve o Senhor...
Reunidos no oratrio de sua casa, pais e filhos iniciam a celebrao do
Berak com um momento de louvor a Deus.
Este louvor deve ser marcado pelo grato reconhecimento dos feitos do
Senhor no interior da famlia e da realidade comunitria na qual est inserida.
Para motivar este momento inicial, os pais devem, previamente, escolher
um salmo de louvor na Palavra de Deus. Amparada e impulsionada pelas

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palavras do salmo, a famlia, de forma espontnea e dinmica, eleva tambm o


seu louvor.
Que os pais conduzam este momento motivando e testemunhando um
louvor carismtico e fervoroso, enfatizando alguns versculos do salmo
escolhido, orando em lnguas, e at mesmo enriquecendo-o atravs do canto
(hoje, na comunidade, bastante comum encontrarmos boas melodias para os
salmos, quer seja nos CDs das Laudes, quer seja em outros discos lanados
pelas Edies Shalom).
II MEDITAO DA PALAVRA
Como Igreja domstica... medite a sua Palavra
Aps o louvor inicial, a famlia viver um momento de meditao e
contemplao da Palavra de Deus por meio de uma lectio divina comunitria.
Conservando o devido respeito e reverncia Palavra, este momento
no deve ter um tom exagerado de seriedade ou solenidade, deve antes ser
algo livre e descomplicado, que desperte interesse e prazer, tanto nos pais
como nos filhos, diante daquilo que o Senhor diz e ensina. Assim, a famlia se
encontra com Deus atravs de Sua Palavra e faz dela sua escola de graa e
sabedoria. A Palavra, desta forma, alimento e direcionamento para nossas
vidas. (cf. ECCSh 62)
Como toda boa lectio, esta ser composta dos degraus da leitura,
meditao, orao e contemplao. Todos esses passos, porm, sero dados
num constante clima de simplicidade e descontrao, no qual os pais, de forma
didtica e pedaggica, ajudaro seus filhos a compreenderem e assimilarem
a Palavra. D-se preferncia leitura do Evangelho, quer seja o da liturgia do
dia, quer seja um outro texto que se julgue mais apropriado para o momento.
Para ilustrar e dar um melhor entendimento de como deve ser esta lectio,
vamos tomar a parbola do bom samaritano no texto de Lc 10,25-37.
Levantou-se um doutor da lei e, para p-lo prova, perguntou: Mestre,
que devo fazer para possuir a vida eterna? Disse-lhe Jesus: Que est escrito
na lei? Como que ls? Respondeu ele: Amars o Senhor teu Deus de todo
o teu corao, de toda a tua alma, de todas as tuas foras e de todo o teu
pensamento; e a teu prximo como a ti mesmo. Falou-lhe Jesus:
Respondeste bem; faze isto e vivers. Mas ele, querendo justificar-se,
perguntou a Jesus: E quem o meu prximo?
Jesus ento contou: Um homem descia de Jerusalm a Jeric, e caiu
nas mos de ladres, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com
muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto. Por acaso desceu pelo
mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante. Igualmente um levita,
chegando quele lugar, viu-o e passou tambm adiante. Mas um samaritano
que viajava, chegando quele lugar, viu-o e moveu-se de compaixo.
Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho;
colocou-o sobre a sua prpria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou
dele. No dia seguinte, tirou dois denrios e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe:
Trata dele e, quando gastares a mais, na volta to pagarei. Qual destes trs
parece ter sido o prximo daquele que caiu nas mos dos ladres?

32

Respondeu o doutor: Aquele que usou de misericrdia para com ele. Ento
Jesus lhe disse: Vai, e faze tu o mesmo.
Leitura: Este o momento de compreender o que o texto diz.
Atentamente, a famlia far a leitura, identificando os personagens, o ambiente,
o que Jesus fez/disse e diante de quem etc. Que os pais despertem o interesse
dos filhos por meio de perguntas tais como: Quem estava conversando com
Jesus? Como foi a histria que Jesus contou? Quantas pessoas passaram pelo
homem que foi assaltado? Quem o ajudou?
Obviamente, a reflexo sobre o texto deve se dar segundo a faixa etria
e a capacidade de compreenso dos filhos. Que no se use uma linguagem
muito infantil para filhos adolescentes, nem uma linguagem difcil para crianas.
O importante que toda a famlia assimile bem o trecho a ponto de memorizar
o que foi lido.
Vale pena ressaltar a necessidade de tornar o momento da leitura
dinmico, atraente e participativo.
Meditao: O que o texto nos diz como famlia? Este o ponto em que
todos devem se questionar acerca do que a Palavra quer comunicar para ns.
Os pais indagam a si mesmos e a seus filhos sobre a repercusso daquela
Palavra em cada um. Por exemplo: Filho, o que mais te chamou ateno nessa
parbola que Jesus conta? Filha, que parte mais te impressionou nesses
textos? Com que personagens vocs se identificaram? Por que? As nossas
atitudes se assemelham as de que personagem? etc.
O degrau da meditao deve se tornar uma verdadeira partilha de vida,
na qual todos expressam seus sentimentos e entendimentos em relao
Palavra e falam do que esto vivendo e experimentando.
Esta uma oportunidade para que todos aprendam a falar de si
mesmos a partir da Palavra. Que cada um se sinta livre para expor suas
impresses, sendo acolhido na prpria maneira de pensar e se expressar,
sentindo que sua partilha importante e construtiva para o todo.
Embora seja um momento de partilha livre e at mesmo subjetiva, os
pais devem, com muita sabedoria, evitar que a Palavra possa vir a sofrer
interpretaes errneas.
Orao: O que a Palavra nos faz dizer? interessante que se releia o
texto e que se d um novo rumo partilha iniciada: como responder quilo que
a Palavra nos comunicou? Que todos sejam motivados a falar de como podem
concretizar aquele trecho do Evangelho em suas vidas. A palavra fez com que
eu percebesse minha indiferena aos necessitados. Quero mudar. Quero ser
mais solcito aos meus irmos/colegas/amigos... O problema do sacerdote e do
levita era uma grande preocupao consigo mesmos. O samaritano fez o que
devia: renunciou quilo que ele tinha. Preciso abrir mo de tanta coisa
suprflua em favor de pessoas mais necessitadas do que eu (em favor do meu
irmo/ primo/pai/filho)... Jesus disse para que eu fizesse o mesmo que o
samaritano. Quero faz-lo...
Aps a partilha e a reflexo, os pais podem conduzir uma breve orao
para que a famlia apresente a Deus seus novos propsitos. A orao deve ser
livre e espontnea. Os pais rezam pelos filhos, podem pedir para que os filhos
rezem por eles...

33

III CONTEMPLAO
...encontre a fora de encarnar na sua vivncia familiar o projeto divino a seu
respeito.
A contemplao no se trata de um momento isolado dos demais,
antes conseqncia direta de todo o caminho de leitura, compreenso,
meditao e orao com a Palavra de Deus.
Deus age! Que a famlia fique atenta aos frutos que Ele deseja gerar em
cada celebrao. Como um degrau que depende unicamente de Deus, a
contemplao dom, cabendo assim famlia apenas uma abertura para que
Deus fale e opere.
Recordamos que a finalidade do Berak, segundo os nossos Estatutos,
que a famlia encontre pela meditao da Palavra, a fora de encarnar na
sua vivncia familiar o projeto divino a seu respeito. Portanto, imprescindvel
que a famlia, na orao, esteja atenta para escutar os desgnios de Deus
sobre ela e partilhe sobre isso.
IV CONSAGRAO FAMLIA DE NAZAR
Pode-se finalizar o Berak fazendo um ato de consagrao Famlia de
Nazar. Propomos uma pequena orao que pode, ou no, ser utilizada pela
famlia neste momento. Caso se ache mais oportuno, a famlia pode finalizar
este momento com uma outra devoo mariana.
famlia de Nazar! Famlia das famlias, de onde nos vem o Salvador.
Quo dignas tornam-se todas as famlias por tua causa! Casa de Nazar,
casa da fecundidade plena, casa onde residem a f e a esperana. Torna a
nossa casa uma escola de caridade e humildade, ambiente de servio e
de paz.
Justo Jos, modelo de esposo e pai, rogai por ns!
Bendita Maria, cone de fecundidade e ternura, rogai por ns!
Amado Jesus, conduz-nos no caminho da santidade e do amor.
Sagrada Famlia de Nazar, rogai por ns!
Amm!
V CONSIDERAES IMPORTANTES
Obviamente, nem todas as famlias da CA e da CV podem seguir risca a
estrutura da celebrao tal como descrevemos. Por exemplo: Famlias da CA
nas quais um dos cnjuges no pertence Comunidade e no tem
familiaridade com nossa maneira carismtica de orar; famlias com filhos em
situaes de rebeldia ou indiferena etc.
O importante para se viver o Berak no cumprir o roteiro, mas fazer de
tudo para seguir o caminho do louvor e da escuta da Palavra. Mas como?

34

Embora o presente roteiro se aproxime daquilo que indica os Estatutos, no


se deve obrigar a famlia a se adequar a uma maneira de celebrar que ela no
conhece ou at rejeita. Use-se de sabedoria para envolver os membros.
Pode-se, por exemplo, preparar, por ocasio do Berak, uma refeio
especial na qual se estimule a partilha de vida e se insira uma meditao breve
do Evangelho.
Que haja muita liberdade por parte das famlias em adaptar este roteiro
sua realidade prpria. No podemos abarcar todas as realidades em um nico
roteiro, mas todos podem ser iluminados a partir do itinerrio de louvor e
meditao da Palavra que os Estatutos propem.
No caso das famlias que podem concretizar este roteiro de uma forma mais
plena, que haja criatividade para que o Berak no se torne algo enfadonho ou
repetitivo. interessante variar nos ambientes, em alguns casos solenizar o
momento com um jantar festivo, colocar os filhos para conduzirem alguns
momentos, fazer dinmicas (encenar o Evangelho no caso de filhos pequenos)
etc.
Tudo deve ser feito no oratrio da casa da famlia? Pode-se fazer algum
momento na sala de estar? Pode-se usar a capela da casa comunitria? Que
isso tambm seja escolhido com muita liberdade! Enfatizamos a importncia da
criatividade para que haja uma boa participao de todos neste momento!
Algumas famlias celebram o Berak juntamente com o gape, que,
segundo o artigo 326, uma celebrao da comunho de amor da famlia, em
geral por meio de uma refeio simples, mas cheia de alegria. Inicia-se o
encontro com o Berak e, aps o mesmo, celebra-se com alegria a refeio
familiar chamada gape.
Deve-se evitar luxos ou despesas desnecessrias, mas, por outro lado,
deve haver zelo, beleza e harmonia em tudo, dando a entender que aquele
um momento especial da celebrao do amor, da unidade, do perdo, da ao
da providncia divina em meio famlia.
Shalom!

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MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA

ANEXO II
S A RADICALIDADE TEM SENTIDO
Maria Emmir Nogueira

Lembro-me como se fosse hoje. Era o ano de 1986. Na pequena sala de


tacos escuros da primeira casa comunitria, o Moyss, com o tradicional
bermudo frouxo que os rapazes usavam naquela poca, nos falava sobre o
seguimento de Jesus de uma forma nova e surpreendente. Lembro-me de ter
pensado: Mas como que ele conseguiu perceber tudo isso? Era a graa
especial dos primeiros tempos, tempos de fundao, tempo que vivemos ainda
hoje e que viveremos enquanto o fundador e a co-fundadora estiverem vivos.
Sim, vivemos tempos de graa. Somos bem-aventurados por vivermos este
tempo na Igreja e na vocao.
O assunto do ensino daquela manh quando nos sentvamos no cho
por falta de cadeiras e no ramos mais que cinco era o seguimento de
Jesus. O texto, Lc 14, 25-35:
Muito povo acompanhava Jesus. Voltando-se, disse-lhes: Se algum vem a
mim, e no odeia seu pai, sua me, sua mulher, seus filhos, seus irmos, suas
irms, sim, at a sua prpria vida, no pode ser meu discpulo. E quem no
carrega a sua cruz e me segue, no pode ser meu discpulo. Quem de vs
querendo fazer uma construo, antes no se senta para calcular os gastos
que so necessrios, afim de ver se tem com que acab-la? Para que, depois
que tiver lanado os alicerces, e no puder acaba-la, todos os que o virem no
comeam a zombar dele, dizendo: Este homem principiou a edificar, mas no
pde terminar. Ou qual o rei que, estando para guerrear com outro rei, no se
senta primeiro para considerar se com dez mil homens poder enfrentar o que
vem contra ele com vinte mil? De outra maneira, quando o outro ainda est
longe, envia-lhe embaixadores para tratar da paz. Assim, pois, qualquer um de
vs que no renuncia tudo o que possui no pode ser meu discpulo.
O sal uma coisa boa; mas se ele perder o sabor, com que o recuperar? No
servir nem para a terra nem para o adubo, mas lanar-se- fora. O que tem
ouvidos para ouvir, oua!
Naquela poca, a radicalidade evanglica era como ser sempre em
nossa vocao essencial. Alm de essencial, porm, era viva, muito viva.
Viva e vivenciada sem descuido, risca. Significava, antes de qualquer coisa,
uma verdade evidente, embora tantas vezes descurada:
Seguir Jesus deixar tudo e todos. Deixar todo o resto.
Deixar todos os outros que no Ele.

36

Muito povo acompanhava Jesus. Voltando-se, disse-lhes: Se algum


vem a mim e no odeia seu pai, sua me, sua mulher, seus filhos, seus irmos,
suas irms e at a sua prpria vida, no pode ser meu discpulo.
Como isso era vivo para ns, os primeiros! ramos os primeiros a
sermos chamados a, literalmente, deixar para trs pai, me, mulher, marido,
filhos, irmos, irms e a prpria vida. Ningum antes de ns havia deixado
tanta coisa para uma aventura completamente inesperada.
Hoje, sabemos muito bem o que uma Comunidade Nova. Joo Paulo II
falou desta realidade em plena Praa de So Pedro e em seus documentos. A
Igreja, hoje, reconhece vrias comunidades novas a nvel pontifcio e a nossa
est em processo de reconhecimento. Nosso fundador convidado para o
Snodo sobre Eucaristia, para importantes eventos no Pontifcio Conselho dos
Leigos e para o lanamento do documento papal sobre a caridade.
Naquela poca, inicivamos uma aventura que no conhecamos. No
sabamos para onde estvamos indo, nem se a Igreja nos acolheria. Pelo
contrrio, por toda parte nos chamavam de loucos e setores da Igreja, alguns
muito ligados a ns, desencorajavam nossa opo e no nos poupavam de
perseguies e falatrios.
Deixvamos tudo por uma incerteza. Trocvamos nossos queridos por
uma incgnita. Abandonvamos nossos estudos e trabalhos por uma aventura.
Era isso, sim, mas aos olhos dos homens. Aos olhos de Deus e, creia,
naquela poca estvamos cheios de Deus, cheios de entusiasmo, dispostos a
dar a vida por Jesus! aos Seus olhos e aos nossos, deixvamos todos e tudo
por... Jesus, o Ressuscitado, o Cristo Vivo que havamos experimentado no
Batismo no Esprito Santo e que, atravs do Moyss nos proponha um
seguimento radical, ainda que no soubssemos para onde amos ou se
receberamos alguma coisa em troca do que havamos deixado. Era a f a nos
dar a certeza do incerto; a esperana a nos dar a certeza de que Deus tinha
planos para ns, a caridade a queimar nosso corao de amor esponsal.
A exigncia de Deus era clara: era preciso deixar tudo. A pregao do
Moyss, muito explcita: a vocao Shalom exigia o deixar tudo, o seguimento
radical de Jesus Cristo. E isso ele pregava veementemente ungido, na
pequena sala da Repblica do Lbano para os seus cinco primeiros discpulos.
E quem no carrega a sua cruz e me segue, no pode ser meu
discpulo.
Como sempre, havia a eterna discusso acerca do que seria esta cruz.
Em sua pregao, o Moyss deixava claro: era crucificar nossos planos,
nossos desejos, nossa vontade, nossas afeies desordenadas, nosso amor a
ns mesmos; crucificar tudo o que no fosse Jesus. Carregar tudo isso como
uma cruz, renunciando a todo direito pelo privilgio incomparvel de ser
discpulo de Jesus.
Hoje em dia, de vez em quando me pego a comparar a qualidade do
seguimento de Jesus que eu tinha naquela poca e que tenho hoje. Que
diferena! Hoje, cercada de seguranas, ser que ainda por Jesus que deixo
tudo? Ser que ainda carrego a cruz de morte de minha carne, desejos, planos,
vontade, afeies desordenadas, amor a mim mesma? Cercada de milhares de
irmos pelo mundo inteiro, contando com o aval da Igreja e o reconhecimento
37

da RCC, ainda vivo a radicalidade evanglica que requer absolutamente a


prioridade radical de amor a Jesus Cristo deixando tudo e todos para trs?
Hoje, paparicada em meio a palestras, cursos, livros, rdio, tv, ainda
mantenho a radicalidade de deixar tudo, absolutamente tudo para ser
unicamente de Jesus e para segui-lo radicalmente, isto , para ser
radicalmente igual a ele? Cercada pelas estruturas da Obra e da Comunidade,
tendo a identidade do Carisma melhor definida, com os ps nos Estatutos e
nas Regras reconhecidas, j sabendo de onde vim e para onde vou, mantenho
o mesmo nvel de radicalidade, de amor esponsal, de desejo ardente de ser
pobre como Jesus, casta como Jesus, obediente como Jesus, Paz como
Jesus?
A grande surpresa da pregao do Moyss, entretanto, viria com o texto
a seguir. Alis, foi por este trecho que ele iniciou seu ensino, s depois
voltando ao incio da passagem. Vejamos:
Quem de vs, querendo fazer uma construo, antes no se senta para
calcular os gastos que so necessrios a fim de ver se tem com que acaba-la?
Para que, depois que tiver lanado os alicerces e no puder acab-la todos os
que o virem no comecem a zombar dele, dizendo: Este homem principiou a
edificar, mas no pode terminar. Ou qual o rei que, estando para guerrear
com outro rei, no se senta primeiro para considerar se com dez mil homens
poder enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? De outra maneira,
quando o outro ainda est longe, envia-lhe embaixadores para tratar da paz.
O Moyss enfatizava bem que as ponderaes de que fala o Evangelho,
vinham antes de se tomar a deciso. Ou seja, antes de nos aventurarmos no
desconhecido de seguir Jesus em uma comunidade, deveramos pensar bem
se estvamos dispostos a construir paredes imponderveis sobre alicerces
invisveis, sem nenhuma segurana de que elas iriam sustentar-se de p.
Enfatizava, em sua pregao, que ainda que fssemos reis todo-poderosos,
deveramos estar conscientes de que entrvamos para uma batalha humana e
espiritual que no s duraria para sempre - e naquela poca era comum
citarmos Eclo. 2, 1: Se entrares para o servio de Deus, prepara tua alma para
a provao.
Tnhamos muito em mente que nos metamos em uma batalha espiritual
que duraria enquanto vivermos. O Moyss, por sua vez, deixava claro quem
eram os inimigos que iramos combater: a ns mesmos, nossa carne, nossos
desejos, nosso amor prprio, nossos planos, nossas concupiscncias, nosso
desejo de ser como o mundo, nossa vontade de voltar atrs. Seria uma batalha
desigual: dez mil contra vinte mil do inimigo.
Quem amar a si mesmo, dizia ele, mesmo que seja s um pouco, no
tem chances de vencer a batalha. Vai ter sempre a tentao de enviar
embaixadores ao inimigo para conversaes em vistas de uma falsa paz, de
uma paz passageira que o inimigo e o mundo podem dar. No entanto, quem
decidir no amar a si mesmo acima de Jesus, do mundo e de seus queridos,
continuar na batalha, mas encontrar a Paz que o prprio Jesus e que s
ele d. Cristo a nossa paz!, finalizava ele, citando Ef. 2, 14: Cristo a nossa
paz, passagem que, na poca tnhamos como o texto de nossa vocao, uma
vez que o Esprito no nos havia ainda inspirado e explicado Jo 20,19, o que s
viria a ser registrado quando da elaborao dos Estatutos.
38

Hoje, vinte anos depois, fcil constatar como ele tinha razo e como
era proftico seu ensinamento. Vemos que aqueles que antes de entrar para a
comunidade tomaram a deciso pelo seguimento radical de Jesus Cristo tm
nela o alicerce de sua casa e a vitria de sua batalha. Muitos, porm, que
entram por fantasia ou com outras motivaes, no terminaram de construir a
casa ou acabam por contemporizar com o inimigo. Pouco a pouco os projetos
pessoais, os desejos no crucificados, a amizade com os valores do mundo
corroem seus poucos tijolos e tiram a fora de seus soldados.
Uma blusa com ou sem manga, uma comunho de bens doada ou
retida, uma sada noite para um lugar devido ou indevido, de per si parecem
inofensivos. Vistos sob a perspectiva da radicalidade evanglica que nossa
vocao exige, porm, tornam-se arma de batalha, argamassa forte que une
tijolos sem brechas entre eles. Uma simples renncia a uma cava, compra de
um bem suprfluo, a uma diverso mundana, podem fazer a tremenda
diferena entre uma vocao vivida at o final da vida ou abandonada pela
metade da caminhada.
Decidir-se a no contemporizar ou, para utilizar a linguagem de So
Paulo, no ter amizade com o mundo, com nossos projetos pessoais, com
nossa carne, com as concupiscncias, o passo essencial para quem quer
viver a vocao Shalom que exige, absolutamente, a radicalidade evanglica.
Sem a radicalidade evanglica, sem o seguimento radical de Jesus em sua
maneira de viver, em sua pobreza, obedincia, castidade no existe a vivncia
da vocao Shalom. Sem seguir radicalmente a Jesus em sua incansvel
parresia; em seu tomar a cruz, renunciando, ao toma-la por amor, a todos os
seus direitos de Deus e de homem, no se vive a vocao Shalom.
A grande tentao contemporizar. Tentar harmonizar o seguimento de
Jesus e os projetos pessoais, gostos, desejos, reivindicaes de direitos,
desobedincia velada, pobreza aparente, castidade mitigada, esta a grande
tentao. Ela comea a aparecer sorrateiramente, disfarada de boas
intenes e se instala em uma vivncia morna e mitigada que ameaa a
vocao de todos. Tudo o que morno, tudo o que mitigado, tudo o que
contemporizado vai de encontro nossa vocao. Isso o Moyss j havia
deixado bem claro ao escrever Obra Nova com sua admoestao aos covardes
e sua exortao radicalidade e renncia at o sacrifcio dos galhos verdes.
Nos incios, era bem mais fcil enxergar os perigos, contar os dez
inimigos que ultrapassavam nossas tropas, contabilizar a quantidade de tijolos,
medir a resistncia dos alicerces. Com o crescimento da comunidade, tudo isso
se dilui e nos coloca na contingncia da re-escolha da radicalidade absoluta.
Como finalizou o Moyss, h vinte anos:
Assim, pois, qualquer um de vs que no renuncia a tudo o que possui
no pode ser meu discpulo.
Voc no conseguiria ouvi-lo dizer:
Assim, pois, isto , desta forma e somente desta forma, no de outra
forma, mas desta forma, qualquer um de vs qualquer um, voc ou eu,
qualquer um de ns que no renuncia a tudo, tudo, no a metade, no a uma
parte, mas tudo, tudo o que tem, tudo o que , tudo! No pode ser discpulo de
Jesus. No tem como segui-lo. No tem como ser como Ele, que deixou tudo

39

para seguir a vontade do Pai. No tem como viver a magnfica vocao que
Nosso Senhor nos deu! Esta vocao exige, exige a radicalidade evanglica,
exige o sacrifcio de ns mesmos, de tudo o que somos e temos, exige o
seguimento radical de Jesus Cristo Nosso Senhor.
Por isso, pense bem antes para no desistir depois. Conte seus tijolos,
verifique sua argamassa, conte suas tropas e jamais, jamais contemporize com
o mundo, com a carne, com o mal, com voc mesmo! Jamais! Do contrrio, o
sal perder o seu sabor, pois:
O sal uma coisa boa, mas se ele perder o seu sabor, com que o
recuperar? No servir nem para a terra nem para adubo, mas lanar-se-
fora.
No percamos nosso sabor. Ele no nosso. de Deus. Deus quem
no-lo d. No percamos a radicalidade evanglica. Do contrrio, nossa
vocao no servir para a nada, nem para ns mesmos, nem para a
humanidade e acabaremos, ns mesmos, por lan-la fora, por desperdi-la
tristemente.
Quem tem ouvidos para ouvir, oua!
Amm. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
As palavras podem ser as que nosso fundador usaria atualmente. A
memria pode me trair. No entanto, atesto que, h vinte anos, sob os arcos da
Maria Tomsia, para a comunidade de Aliana e, anteriormente, na pequena
sala da Repblica do Lbano, para a comunidade de Vida, foi isso o que pregou
o Moyss sobre Lc 14, 24-35, explicando que era preciso a deciso de tudo
deixar antes de aventurar-se. Sim, foi isso o que ele nos ensinou, afirmando
que na vocao Shalom, ou vivamos a radicalidade evanglica do seguimento
de Jesus Cristo, ou no viveramos a magnfica vocao a que Deus nos
chama.

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MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA

ANEXO III
PERGUNTAS MAIS COMUNS SOBRE A COMUNHO DE
BENS

Setor Providncia

1) Como surgiu a Comunho de Bens?


- Antes, tnhamos o compromisso de pagar o dzimo, ou seja, os 10% de nossa
renda, conforme ensina o Antigo Testamento. Aos poucos, porm, fomos
percebendo que o Senhor nos chamava no a um pagamento, mas a uma
nova mentalidade de Comunho, segundo nosso chamado Unidade e
Evangelizao. Neste ano, reunida em Assemblia Geral, a Comunidade
discerniu que deveramos destinar 10% para o Fundo de Evangelizao (para
nossa obra de evangelizao em geral) e 5% para o Fundo dos Necessitados
(para os irmos necessitados da comunidade e para o socorro dos pobres). A
estes 15% denominamos Comunho de Bens ou, para ser mais breve, CB.
2) Quando devo fazer a Comunho de Bens?
- A CB deve ser feita a cada ms, medida que se recebe o salrio ou outra
renda. melhor desta forma, pois assim a comunidade pode planejar melhor
seus pagamentos e despesas. Alm disto, disciplina aquele que partilha e evita
surpresas futuras que lhe impediriam de realiz-la.
3) Nunca partilhei a Comunho de Bens e acho que nunca terei coragem
de faz-lo. Minha f no chegou l. Como fao?
- A f comparvel a uma escala que se sobe degrau por degrau. Assim
tambm se poderia tratar com a Comunho de Bens. Comece por partilhar 5%
ou 7%. Por exemplo, e com o tempo, medida de sua experincia com a
Divina Providncia, aumente o valor e o percentual da partilha at chegar ao
que Deus espera de voc!
4) Uma pessoa que ganha pouco est dispensada de expressar sua
Comunho de Bens?
- A experincia vivida por Jesus com a viva pobre nos ajuda a entender qual a
mentalidade divina a cerca da partilha financeira e sua relao com pobreza
material.
No h dvida que a pobreza um impedimento para a partilha de valores
financeiros altos, porm em nada impede a partilha generosa e alegre segundo
as possibilidades e amor a Deus e aos irmos.
Em nossos dias provavelmente, diramos que aquela viva estava sendo
explorada; no entanto, Jesus via seu corao e seu desejo de partilha, ela
no se desculpou pelo fato de ser pobre, mas fez de sua pobreza material uma
forma de expressar e concretizar o seu amor.
Em verdade, eu vos digo: esta viva depositou mais do que todos os outros,
pois todos eles tiraram do seu suprfluo para depositar nas ofertas, ela tirou de
sua misria. (Lc. 21, 3-4).

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Quem diz que no faz comunho de bens por ganhar pouco, dificilmente o
faria se ganhasse muito. (Annimo)
5) Como um desempregado expressa sua Comunho de Bens
financeiramente se no possui recursos?
- Com criatividade! Mesmo desempregado Deus sempre faz s mos destes
irmos algum tipo de recurso que poder, ento, ser partilhado. Aqui a questo
no o valor, mas a fidelidade e o desejo de comunho.
6) A Comunho de Bens calculada a partir do rendimento lquido ou
bruto?
- A palavra calcular no adequada para a Comunho de Bens. Em 1995, a
comunidade, reunida em Assemblia, decidiu que esta comunho seria de, no
mnimo, 15% para os membros da comunidade, mas no falou em clculos.
7) No possuo rendimentos fixos, ganho por comisso. Como fazer
minha devoluo?
- Devolva em proporo ao recebido. Nada impede, por exemplo, que no
mesmo ms voc faa trs ofertas ou mais que corresponda, juntando tudo,
sua devoluo mensal. Tenha apenas o cuidado de registrar isso em seu
envelope de Comunho de Bens.
8) Posso juntar tudo e fazer minha comunho de bens no final do ano?
- A periodicidade que mais traduz a dimenso de socorro s necessidades da
obra e da Igreja a mensal. No entanto, em casos excepcionais, esta
devoluo anual acolhida com gratido pela obra.
9) Nunca fiz comunho de bens. Pretendo iniciar neste ms, Como fazer
com os meses anteriores?
- Os meses anteriores pertencem ao perodo que antecedeu sua nova
conscincia e mentalidade; Entregue-o misericrdia de Deus e seja fiel a
partir de agora.
10) Devo fazer comunho de bens de ganhos extras como 13 salrio,
frias, etc?
- Sim.
11) Posso colocar no envelope apenas o primeiro nome?
- No. Todo o nosso controle feito pelo seu nome completo (nome todo) ou
pelo seu grupo de orao. Para nosso controle interno fundamental que voc
preencha de forma legvel, todos os dados do envelope, inclusive os telefones
para nossa confirmao de recebimento.
12) A Comunho de Bens obrigatria?
- Para os membros da comunidade, de P1 a Compromissos Perptuos, sim.
um sinal concreto de sua entrega total e incondicional a Deus, do seu sim
vocao e de sua opo pela radicalidade evanglica que coloca o amor ao
prximo como o grande mandamento do Evangelho.

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13) Posso entregar minha Comunho de Bens para meu Formador


Comunitrio?
Por uma questo de controle e segurana, ningum na obra Shalom est
autorizado a receber envelopes de comunho de bens. A orientao oficial de
que todo envelope deve ser colocado, devidamente preenchido, nas urnas, de
preferncia pelo prprio irmo que faz sua devoluo.
14) Qual o procedimento a ser adotado por um irmo que nunca fez sua
Comunho de Bens e deseja inici-la?
- Ir a urna em uma de nossas casas, preencher o envelope todo com o nome
completo, nmeros telefnicos para contato posterior e fazer sua doao.
15) Como saber se minha Comunho de Bens chegou ao Setor da
Providncia?
- Funciona no setor da providncia, um servio de telemarketing que telefona
(usando vsper fale a vontade) para cada irmo confirmando o recebimento
de sua devoluo. Por esta razo, seus dados telefnicos precisam ser
preenchidos no envelope e permanentemente atualizados. Com estes dados
preenchidos no envelope temos condies de lhe dar esta importante
confirmao.
16) Posso direcionar minha Comunho de Bens para o setor ou casa da
Obra Shalom de meu interesse?
- No. A Comunho de Bens administrada pelo Economato Geral da Obra
Shalom que a direciona para pagamento de despesas j previamente
assumidas. Se cada pessoa direcionasse sua devoluo, em breve teramos
setores fortalecidos convivendo com reas deficitrias e carentes. O
Economato, que tem uma viso geral da Obra, procura direcionar sua CB
segundo critrios de justia e equidade. Alm disso, um direcionamento
particular da devoluo fere o princpio Bblico de que estes recursos
pertencem ao Senhor. Se eu decido o que fazer com ela, EU continuo
mandado em algo que no mais me pertence.
17) Porque s vezes o cheque de minha Comunho de Bens demora a
ser compensado?
- O economato, algumas vezes, paga seus fornecedores com cheque
recebidos. Os fornecedores nem sempre debitam imediatamente.
No entanto, se seu cheque demorar demais a ser compensado, entre em
contato conosco para descobrirmos o que houve. (3452-6116)
18) Posso fazer minha Comunho de Bens atravs de dbito automtico,
de carn ou boleto bancrio?
- Sim. Entre em contato conosco para lhe orientarmos a este respeito. Embora
este no seja um padro aplicado a todos, estamos abertos a qualquer
estrutura nova que facilite sua fidelidade. (Em Fortaleza: 3452-6116 ou
[email protected]; Outras misses: procure o responsvel pela
providncia na sua misso)
19) Como uma dona de casa e esposa que no possui rendimento pode
fazer sua Comunho de Bens?

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- Com sabedoria e criatividade, daquilo que ela recebe de seu marido e dos
recursos que ela administra em seu lar.
20) A Comunidade Shalom tambm faz sua Comunho de Bens?
- Sim.
21) A que se destinam os recursos da Comunho de Bens?
- Os recursos so administrados pelo Economato Geral da Comunidade que o
utiliza para as despesas normais de manuteno da estrutura de evangelizao
e formao da Obra, que inclui o aluguel, luz, telefone, manuteno dos
missionrios, combustvel, e tudo o que a Obra com o porte do Shalom
necessita para cumprir sua misso.
22) Existem outras formas de ajudar a Comunidade Shalom, alm da
Comunho de Bens?
- Sim. No Setor da Providncia Shalom, temos o departamento de DOAES,
cujo objetivo de captar e receber todo tipo de doao: material de escritrio,
gnero alimentcio, higiene pessoal, material de limpeza, etc, a serem
direcionados Comunidade de Vida e setores da Obra.
Voc pode nos ajudar com doaes ou indicando nomes de pessoas ou
empresas que realizam ou queiram fazer algum tipo de doao.
Para maiores informaes procure o responsvel pela providncia na sua
misso, ou, caso seja de Fortaleza, entre em contato conosco atravs dos
telefones (85) 3452.6116 / 3087.9006 falar com Glria Geovane ou Gilson ou
ainda atravs de nosso e-mail: [email protected]
23) Como um estudante, que no trabalha, pode devolver seu dzimo?
- Sabemos que normalmente estudante no possui renda, mas, vez por outra,
ganha algo de seus pais como mesada, ajuda para lanches, passeios, etc.
Voc pode fazer sua partilha da Comunho de Bens e deixar de lanchar alguns
dias para realizar sua partilha.

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MANUAL DE RETIRO DE INGRESSO DOS POSTULANTES


COMUNIDADE DE ALIANA

ANEXO IV
QUASE CEM PERGUNTAS SOBRE A RECICLAGEM
Assessoria de Formao
Formao Intracomunitria
Setor da Reciclagem

SENTIDO E COERNCIA INTERIORES

Quando ingressamos em uma comunidade sabemos, de


antemo, que, alm da mudana mais interior em nossas vidas, seremos
levados a fazer diversas adeses pessoais vida comunitria, ao
sistema de formao, ao estilo de vida, espiritualidade da vocao e
suas regras de vida.
A graa que nos levou a reconhecer em ns a vocao e dizer
sim a ela, leva-nos a abraar com entusiasmo estes e outros aspectos
concernentes nossa vocao. Porm, como a graa supe a natureza,
nossa carne e o Inimigo fazem constante trabalho para nos roubar este
entusiasmo da obedincia, humildade (pobreza), e modstia (castidade).
Este trabalho consiste em enfraquecer nossa vontade e fazer parecerem
ilgicas nossas decises, roubando-nos a coerncia e a convico.
Em nossa fraqueza e humanidade, precisamos do auxlio do
sentido profundo das coisas a fim de no somente obedecer
superficialmente, mas aderir em profundidade ao que a vocao nos
prope. o que se chama de convico, uma escolha livre, adeso
pessoal proposta de Deus para cada um, pessoalmente.
Com o passar do tempo, as geraes mais recentes de
membros da comunidade foram perdendo o contato com o esprito e
sentido de um dos maiores desafios de nossa vocao: as Reciclagens.
Este caderno vocacional constitui-se em perguntas e respostas e se
prope a rememorar o sentido deste grande momento de graa, a fim de
que possamos conhecer o seu sentido e aderirmos a ele com alegria e
sem restries.
1) COMO, QUANDO E PORQUE SURGIRAM AS RECICLAGENS?
O Moyss tinha j h algum tempo a inspirao de levar a comunidade a um
retiro de 15 dias pedindo a Deus a graa da renovao da vida vocacional,
eclesial, doutrinria e fraterna. A comunidade comeava a crescer em ritmo
mais acelerado e nossos compromissos apostlicos faziam ainda mais exguo
nosso tempo para a formao espiritual, intelectual e para o lazer comunitrio.
As primeiras comunidades missionrias j se delineavam e ficava cada vez
mais clara a necessidade de promover-se e manter-se a unidade e o lao com
a Casa Me, com os irmos de todas as misses para nos restabelecermos na
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graa, na unidade, no encorajamento mtuo e em um direcionamento nico.


Em 1992, foi proposto ao Conselho Geral, pelo prprio Moyss, o sistema de
reciclagens, que aconteceu pela primeira vez em 1993.
2) QUE E PARA QUE EXISTE A RECICLAGEM?
Talvez o nome reciclagem no tenha sido o melhor ttulo para nosso encontro
anual de dez dias, mas ele indica, de qualquer forma, o que ela e para que
existe: a renovao da vida vocacional, da vida espiritual, da vida eclesial, do
conhecimento doutrinrio e da vida fraterna.
3) A RECICLAGEM NO SE APLICARIA MELHOR COMUNIDADE DE
VIDA? PARA A COMUNIDADE DE ALIANA NO SERIA UM
COMPROMISSO ADICIONAL QUE AFASTARIA DA FAMLIA E DO
TRABALHO?
Tudo em nossa vida, em especial na vida vocacional, exige de ns
estabelecimento de prioridades em vista de um bem maior. Constantemente,
em nosso dia a dia, somos levados a fazer opes entre dois ou mais
direcionamentos para nossa vida. Se repararmos bem, tais opes abrangem
desde coisas to triviais como a escolha da roupa, do alimento, etc., at coisas
to essenciais como o discernimento do nosso estado de vida, a adoo de
uma criana, a opo entre duas profisses ou atividades, a opo entre
continuar a viver ou desistir da vida em meio a dificuldades.
Nossas opes, se sadias, baseiam-se em valores. Que estado de vida tem
mais sentido, mais valor para mim, no mais profundo do meu ser? O
matrimnio, o celibato, o sacerdcio, aquele que for da vontade de Deus? ;
Que profisso escolherei, a que mais me realiza como pessoa ou a que mais
me far rico? A compreenso do sentido das opes e de seu valor me levam
a fazer uma escolha coerente e abra-la com convico, segurana e alegria,
mesmo que me v custar bastantes esforos.
Quando abraamos uma vocao, certamente o fazemos por reconhecermos o
seu valor acima de outros valores que se nos apresentam. Reconhecemos
nela, tambm, um sentido mais profundo e realizador do que outras opes de
vida que se nos oferecem, ainda que sua vivncia nos v custar grandes
esforos e desafios.
Realmente, um desafio afastar-se da famlia e do trabalho por dez dias. Para
muitos, parece um verdadeiro crime, fonte de muito sentimento de culpa, raiva,
revolta, que vem a manifestar-se de vrias formas, em especial durante a
prpria reciclagem, o pagamento das parcelas, etc.
Algumas comparaes podem ajudar-nos a melhor compreender nossa reao,
por vezes ilgicas e desproporcionadas. Por exemplo: um casal viajaria pela
Europa durante vinte ou mais dias sem sentimento de culpa, raiva ou revolta
por ter deixado a famlia, o trabalho, os negcios. Para ele, o valor de poder
usufruir de um justo lazer justifica o abandono temporrio de suas tarefas e
deveres. Muito justo, muito correto. TODOS PENSAM ASSIM. Os avs e tios
se prontificam a cuidar das crianas, o scio ou colega de trabalho se oferecem
para fazer o servio extra, o colega da faculdade oferece-as para anotar todas
as aulas, as empregadas domsticas abdicam de suas folgas durante o
perodo da viagem, o sogro empresta dinheiro, toma-se dinheiro emprestado
para pagar em prestaes na volta da excurso, e por a vai.

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Porm, NEM TODOS PENSAM que valha a pena deixar a famlia e o trabalho
por dez dias a fim de receber novas e necessrias graas de Deus que
beneficiaro tanto pessoa quanto ao trabalho e famlia muitssimo mais do
que uma lembrancinha trazida de alm mar! Chovem acusaes baseadas nos
valores do mundo. Como em um passe de mgica, a famlia, o trabalho, os
estudos passam a ter mais valor do que a escolha e o chamado de Deus que,
em seu amor fiel e coerente jamais nos colocaria em situaes que trouxessem
risco a valores que Ele mesmo preza tanto, como a famlia (que Ele mesmo
instituiu, em Gnesis 1 e 2), o trabalho (tambm institudo por Ele, em Gnesis
1, 2 e 3) e os estudos como meio de promoo da dignidade do homem e da
construo da justia e da paz, como ensina a Doutrina Social da Igreja.
De certa forma, nossa fraqueza deixa-se contaminar pela mentalidade do
mundo e sujeita-se inverso dos valores que ns prprios escolhemos e
reconhecemos como perptuos, constantes, construtores de nossas famlias,
da sociedade e do Reino de Deus. Rapidamente esquecemos a opo radical
de nossa vocao, esquecemos que nos consagramos a Deus, que foi Ele
quem nos escolheu, que a Sua Vontade vem sempre em primeiro lugar e que
as autoridades da vocao so a Sua Voz para ns. Assim, a mentalidade do
mundo abala a nossa f, nossa confiana e nosso abandono em Deus! Camos
facilmente em enganos, cegueiras e buscamos justificativas para nossa tibieza
em valores lcitos que, no entanto, so utilizados por ns para justificar nossos
medos, apegos, distores da compreenso da imensa responsabilidade de,
perante Deus e a Igreja, abraar uma vocao e uma consagrao.
4) POSSO FAZER RECICLAGEM COM MEU NOIVO(A), NAMORADO(A), OU
CONJUGE?
O Responsvel Local responsabilizar-se- pelos noivos, namorados ou
casados que queiram fazer a reciclagem juntos. Pois, como sabemos, desde o
incio da reciclagem recomendado que casais evitem fazer juntos a
reciclagem a fim de poderem crescer em sua intimidade pessoal com Deus.
5) AFINAL, A RECICLAGEM MOMENTO DE PERDAS OU DE GANHOS?
As duas coisas. No Evangelho, o ganho est sempre associado com a perda.
O mesmo acontece em nossas vidas: tudo o que bom exige um preo, uma
renncia. Assim, o gro de trigo tem de morrer para gerar vida, quem quer
seguir Jesus tem de deixar pai, me, bens, terras, filhos e filhas, quem quer ser
discpulo de Jesus deve carregar, com alegria, a cruz de perder todos os
direitos, quem quer passar em um concurso tem de estudar muito, quem quer
ter filhos deve renunciar ao prprio conforto, etc.
Estamos dispostos a sacrifcios e renncias quando reconhecemos que os
fazemos por um valor maior, por um lucro mais significativo que justifique a
perda. Esta verdade toma propores absolutas quando vemos Jesus
descrevendo a economia do seu Reino: quem quiser ser exaltado, que se
humilhe, quem quiser ser o maior de todos torne-se o servo de todos, quem
quiser ser feliz, lave os ps de seus irmos.
Devemos sempre orar e rememorar a frase de So Paulo: Sei em quem
coloquei minha confiana e posso dar-lhes a razo de minha esperana.
Teremos, ento, o corao aberto para as graas imensas das reciclagens,
quando Deus nos d tanto por pura misericrdia. As renncias que fazemos
para l estar no compram esta graa, mas so o selo do nosso sim, a

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marca de nossa opo incondicional pelo Senhor, que abre para ns e para os
nossos as portas do cu e as comportas da graa de Deus.
6) SE ASSIM, PORQUE A MAIORIA DAS PESSOAS ESCOLHE FAZER
AS LTIMAS RECICLAGENS?
Porque no sabem ou nunca meditaram sobre o que foi escrito nas respostas
acima. Assim, acham que seu trabalho, seus estudos, sua famlia, so mais
importantes que sua vocao e, infelizmente, na verdade, no escolhem fazer
as ltimas reciclagens do ano, mas vo adiando sua reciclagem (s vezes com
razes justas, s vezes com aparentes justificativas) e deixam para fazer as
ltimas reciclagens.
7) VERDADE QUE AS PRIMEIRAS RECICLAGENS SO AS QUE MAIS
DO FRUTO? OU O FATO QUE NAS PRIMEIRAS RECICLAGENS OS
PREGADORES ESTO AINDA TREINANDO E QUE AS LTIMAS, POR
ISSO, SO AS MELHORES?
O que faz uma reciclagem ser melhor ou menos boa no a prtica do
pregador, nem dos responsveis pelas dinmicas, celebraes e motivaes.
Uma reciclagem ser to melhor quanto nosso corao estiver aberto para as
graas que Deus, sempre fiel, tem reservadas para que sejamos mais santos
na vivncia de nossa vocao. Porm, h fatores externos que, sem a menor
sombra de dvida, fazem com que as primeiras reciclagens sejam melhores
que as ltimas. Para citar alguns:
O grande nmero de pessoas que faz as ltimas reciclagens prejudica o
acompanhamento individual, as confisses, a ateno durante as palestras
e motivaes, o bom desempenho nas atividades de fraternidade, o
relacionamento santo entre irmos (o nvel de tenso sobe intensamente), a
qualidade do servio de cozinha e de limpeza, alm de favorecer o calor, a
m acomodao nos dormitrios, o racionamento de gua para os banhos,
a m qualidade das cadeiras, a inadequao do servio de som
O fato de ocorrerem no final do ano traz as seguintes conseqncias: pouca
disponibilidade de padres para a confisso e eucaristia (os sacerdotes neste
perodo esto sobrecarregados com missas de crisma, formatura,
casamentos, encerramento de cursos, natal, etc.); o clima muito mais
quente favorece o calor, a indisposio, o cansao e o desconforto; no final
do ano, ns todos estamos mais cansados do ano inteiro de trabalho; o final
do ano, para muitos, significa tenses extras com provas, concursos,
oramentos, balancetes, demisses, contrataes, dcimo terceiro, festas,
casamentos e missas de parentes e amigos, confraternizaes de final de
ano, etc.
O fato de serem as ltimas reciclagens do ano e de mais de cinqenta por
cento das pessoas (!) no terem pago todas as prestaes das reciclagens
traz uma situao de inadimplncia , o que piora a qualidade dos servios e
da alimentao, situaes estas que se agravam ainda mais se
considerarmos que temos de contratar maior nmero de empregados, o que
onera os custos de forma no prevista no oramento feito no incio do ano.
Quanto aos pregadores mais ou menos treinados uma mentalidade que
de forma nenhuma se adequa ao que vemos em nosso carisma, pois
estamos mais que acostumados a constatar que as melhores pregaes
so aquelas nas quais o Esprito Santo rasga nossos esquemas e nos d -

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de ltima hora - o seu prprio. Poder-se-ia mesmo dizer que nas primeiras
reciclagens os pregadores esto mais motivados e entusiasmados, mais
bem dispostos e gratos a Deus pela novidade que Ele lhes envia a pregar.
8) POR QUE FOI ESTABELECIDA A MARGEM ENTRE 80 E 85 PESSOAS
PARA FAZER A RECICLAGEM?
Um nmero menor que 80 pessoas causa prejuzo reciclagem, pois embora a
despesa com alimentao diminua, as despesas com energia, gua,
combustvel (transporte de sacerdotes, acompanhadores e pregadores) e
funcionrios continua a mesma. A margem mxima, de 85, deve-se
impossibilidade do Stio Santo Afonso abrigar um nmero superior a este com
conforto relativo e gua e energia para todos.
9) O QUE ACONTECER SE ESTA MARGEM FOR ULTRAPASSADA?
Se tivermos menos de 80 inscritos, a reciclagem no se realizar, o que
superlotar as reciclagens seguintes. Se tivermos mais de 85, permanecero
na reciclagem os primeiros 85 inscritos.
10) QUAL A ESTRUTURA BSICA DA RECICLAGEM?
Manhs de silncio, meditao e orao, sempre revendo e atualizando
aspectos da vida vocacional; tardes de atualizao nos documentos da Igreja,
e formao na teologia, na doutrina ou em aspectos da vocao; noites de
fraternidade.
11) QUAL A FINALIDADE DAS MANHS?
A principal finalidade recompor e fortalecer nossa vida espiritual e vocacional
atravs da Eucaristia, da orao, da meditao, das motivaes, dos textos,
acompanhamentos e adorao. As manhs, assim, so dedicadas orao,
silncio, meditao, encontro com Deus. O silncio deve ser absoluto.
12) POR QUE A DIMENSO DO SILNCIO?
Porque Deus nos leva ao deserto e nos fala ao corao, como fez com Osias,
e porque est presente na brisa suave, como fez com Elias. Especialmente,
tambm, porque somos chamados a ser contemplativos na ao e sem uma
profunda dimenso de silncio e contemplao em nossas vidas no viveremos
nossa vocao da maneira que Deus quer.
O nosso silncio deve ser, assim, fecundo, uma total abertura de nosso ser
inteiro para a ao da graa de Deus. diminuirmos para que o Senhor cresa
em ns e para que todo o nosso ser se concentre naquilo que da Sua
vontade e oua com clareza a Sua voz. um empobrecimento e um
escondimento de ns prprios que, com certeza, nos trar grandes graas.
13) O QUE A MEIA VOZ?
falar-se em voz baixa e somente o que for estritamente necessrio. A voz
baixa permitida ao despertar e durante o caf da manh (exatamente porque
teremos necessidade de pedir que se passe um alimento, etc.) e exigida a
partir das 22:30, quando acabam as atividades do dia, a fim de termos um sono
adequado e reparador e de prepararmos nossas almas para o silncio do dia
seguinte. No entanto, a meia voz no significa de forma nenhuma que

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podemos falar sobre qualquer assunto em voz baixa. Significa que podemos
pedir e responder somente o essencial em voz baixa. Comparada ao silncio,
digamos que a meia voz um mal necessrio, no sentido de que o melhor
seria nada dizer.
14) O QUE QUEBRAR O SILNCIO?
comunicar-se, por qualquer que seja o meio, com outra pessoa que no seja
Deus. Isto inclui bilhetes, recados, gestos, olhares, etc.
15) O QUE SO AS LAUDES E PORQUE AS UTILIZAMOS?
Laudes so oraes com os Salmos da Liturgia das Horas que todos os
consagrados e milhes de leigos utilizam todas as manhs. Ns as utilizamos
para estar em comunho com a Igreja inteira.
16) QUAL A FINALIDADE DA MOTIVAO E DO TEXTO DAS MANHS?
, no tempo mximo de 30 minutos, fornecerem pistas para a orao e reflexo
que a elas se seguem.
17) COMO DEVE SER FEITA A ORAO PESSOAL DEPOIS DA
MOTIVAO E A MEDITAO DEPOIS DO TEXTO?
A orao que se segue motivao (breve palestra da manh a que nos
referimos acima) deve ser como nossas regras ensinam, apenas dirigidas para
o tema que foi proposto pelo pregador.
A meditao, que uma forma de orao que exige mais do nosso intelecto,
deve ser feita tendo por base o texto, a partir do qual se ora. importante lerse o texto inteiro, sublinhar as partes mais importantes e depois retomar parte
por parte, tendo por prioridade aquela que mais lhe tiver tocado.
Algumas vezes voc receber um contedo que leva meditao, mas que
no necessariamente um texto teolgico, narrativa ou dissertao. Neste
caso, proceda conforme as orientaes recebidas no prprio material.
18) PORQUE DEVO REZAR FORA DOS QUARTOS?
Porque a carne fraca, a reciclagem cansativa e voc vai acabar dormindo ou
ficando em uma posio que no favorea a orao e meditao. Alm disso, a
iluminao dos dormitrios inadequada leitura.
19) O QUE FAZER SE NO SEI OU NO POSSO LER OU ESCREVER?
Voc deve procurar o coordenador interno da reciclagem e comunicar-lhe sua
dificuldade. Muito provavelmente ele encontrar um irmo para ajud-lo.
20) SOMOS DISPENSADOS DO ESTUDO
BBLICO DURANTE A
RECICLAGEM?
Pela prpria dinmica da reciclagem, o estudo bblico dirio substitudo pelas
pregaes, meditaes e oraes durante os nove dias da reciclagem.
21) PRECISO FICAR DIANTE DO SANTISSIMO EXPOSTO APS A
PREGAO DA MANH?
Voc livre para ficar diante do Santssimo ou no, conforme sinta-se melhor.
S no poder ficar nos dormitrios e dever estar presente na adorao
comunitria.

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22) POR QUE ESCREVER, AO FINAL DE CADA MANH, O RHEMA QUE


DEUS ME DEU?
Pela mesma razo que devemos escrever a cada dia um resumo de nossa vida
espiritual: para podermos olhar para trs e vermos o que o Senhor fez em ns,
como reagimos Sua conduo e qual o nosso itinerrio espiritual, nico e
diferente de todos os outros de todas as pessoas do mundo.
23) QUAL A FINALIDADE DAS TARDES?
Os acontecimentos da Igreja e na vocao nos fazem sentir a necessidade
cada vez mais premente de nos atualizarmos e nos formarmos para melhor
podermos servir Igreja e viver nossa vocao. A cada ano Deus suscita um
tema de teologia, doutrina, moral ou um novo documento da Igreja a ser
estudado e absorvido por ns. As tardes so ocasies para breves cursos de
atualizao sobre estes assuntos.
24) A METODOLOGIA TEM DE SER SEMPRE A MESMA?
A reciclagem tem uma estrutura bsica dividida em manh, tarde e noite, como
vimos acima. Esta estrutura bsica presta-se a variaes quanto ao tipo de
texto, metodologia dos ensinos da tarde e s atividades da noite, desde que
no firam outros momentos do dia e que no fujam finalidade da atividade.
25) QUAL O SENTIDO DA ORAO COMUNITRIA DA TARDE?
A orao comunitria da tarde um momento de grande derramamento de
graas sobre a comunidade como um todo. Momento em que Deus fala
abertamente e nos direciona pessoal e comunitariamente. De nossa parte,
momento de louvor e gratido a Deus por todos os benefcios que Ele nos deu
durante o dia.
26) EXISTE UM MODELO SHALOM DE ORAO COMUNITRIA?
Nossa orao comunitria deve ser transbordamento, testemunho e sinal de
nossa vocao. Assim sendo, ela ser diferente de todas as outras, no porque
exista um modelo Shalom, mas porque deve transbordar nossa catolicidade e
nossa maneira de orar Shalom, com abertura aos dons baseada na ordem e no
discernimento dos carismas..
27) QUAL O OBJETIVO DAS NOITES? PORQUE OBRIGATRIA A
PARTICIPAO NAS ATIVIDADES DAS NOITES?
A promoo da fraternidade, a reconciliao entre os irmos, o conhecimento
dos irmos de outras misses e comunidades, a celebrao do amor fraterno e
do chamado que Deus fez a cada um de ns.
Quando se compreende bem a importncia do sentido das noites, entende-se
porque as atividades noturnas so obrigatrias.
28) PORQUE SOU OBRIGADO A FAZER OU PARTICIPAR DE ATIVIDADES
QUE NO APRECIO?
Um dos grandes desafios nossa maturidade humana e espiritual
participarmos de momentos ou atividades que no nos atraem. um desafio
presente na famlia, no trabalho, na escola. Porm, desafio especial quanto

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vivncia da obedincia, pobreza e castidade no campo da fraternidade


comunitria, familiar ou social. Quanto mais madura a pessoa, melhor ela
compreende que apreciar ou no uma atividade conta muitssimo menos que o
valor de participar da atividade no apreciada por puro amor, pelo bem do
outro, pelo bem do grupo, por obedincia e em oferta a Deus. As pessoas
imaturas e egostas so incapazes de perceber o valor da renncia e do
sacrifcio por um valor maior que o do prprio prazer e conforto. J as pessoas
maduras, enfrentam estes desafios como contingncias naturais da vida e,
quando tm f, enfrentam-nas como oportunidade preciosa de Deus para
crescerem no amor, na renncia, na maturidade humana e espiritual.
29) E SE EU NO TIVER TALENTO PESSOAL PARA ESTAS ATIVIDADES?
Baseados no que vimos acima, veremos que, quanto menos talento eu tiver
para uma atividade que no aprecio, mais valor e poder de mudana aquela
atividade ter para mim e para os meus irmos.
30) QUAL O ESPRITO DAS APRESENTAES, TEATROS, FESTAS DE
ANIVERSRIO?
A celebrao e intensificao da fraternidade s se realizam em um ambiente
de amor, alegria, respeito mtuo e temor de Deus. Tudo o que venha a ser
desrespeito a uma das pessoas presentes ou ausentes reciclagem, toda
brincadeira de mau gosto, especialmente se denigrem a imagem de uma
pessoa acentuando seus defeitos ou fraqueza, deve ser imediatamente
erradicada dos momentos de fraternidade, de toda a reciclagem e, alis, da
nossa vida inteira.
31) MEUS AMIGOS E PARENTES COMPARECERO S CELEBRAES
DE ANIVERSRIO?
No. Com o nmero de pessoas na comunidade hoje, com os poucos recursos
das reciclagens e, especialmente, devido necessidade de isolar-se do mundo
para estar com Jesus durante dez dias, nem mesmo visitas de irmos da
comunidade ou membros da famlia sero permitidos em qualquer dia das
reciclagens nem durante os aniversrios. Algumas reciclagens trazem como
atividade uma noite de orao pela famlia. Neste caso, podem comparecer
pais, cnjuges, filhos e noivos.
32) COMO DEVE SER FEITA A PARTILHA PESSOAL NA RECICLAGEM?
Uma das atividades aps os momentos de orao ou antes da orao em
pequenos grupos a partilha. Esta deve ser feita segundo a caridade fraterna,
o respeito mtuo e o louvor. Na comunidade, como sabemos, a partilha tem
sempre o objetivo do louvor a Deus pelos imensos benefcios que Ele nos
propicia, quer na alegria, quer na dor, resguardando os irmos de acusaes,
crticas, mgoas ou julgamento e engrandecendo o nome de Deus que de tudo
tira o Bem.
33) QUAL O SENTIDO E FINALIDADE DOS TESTEMUNHOS PESSOAIS?
Basicamente, os testemunhos pessoais seguem os mesmos princpios das
partilhas. Um testemunho deve ser breve, sucinto, objetivo, cheio de louvor,
alegria e gratido a Deus. Infelizmente, o que normalmente fazemos colocar
grande nfase em ns prprios ou nos acontecimentos e aspectos negativos:

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nossas dores, tristezas, mgoas, desistncias, desnimo, tentaes, muitas


vezes at com o objetivo de ressaltar a vitria de Deus. No entanto, sabemos
como o Inimigo pode utilizar-se deste negativo e provocar uma reao negativa
nas pessoas, pois no curto espao de tempo que temos para os testemunhos,
acabamos por gastar muito mais tempo com o negativo do que com a obra que
Deus realizou em ns.
34) POR QUE A DISCIPLINA DA RECICLAGEM TO RGIDA?
A reciclagem um dos momentos mais intensos e importantes em nossa
formao pessoal e comunitria. Corresponde a mais de 50% do contedo
formativo na Comunidade de Aliana. Consiste em um afastamento voluntrio,
positivo e alegre de nossas atividades dirias para nos encontrarmos com
Deus face a face, a fim de que Ele nos reoriente e nos reanime. J que foi a
Ele que nos consagramos, a Ele devemos dedicar nossos melhores momento.
Por diversas razes, nossa tendncia, infelizmente, burlar o silncio, os
horrios, a disciplina interna, pois nossa fraqueza nos leva a querer fazer a
nossa vontade e no a de Deus, alm de estarmos habituados nossa
independncia e obstinadamente resistirmos a qualquer interferncia em
nossas vidas.
A rigidez da disciplina nas reciclagens visa, primordialmente, preservar este
ambiente de recolhimento, ordem, obedincia, humildade, pobreza e castidade,
a fim de que reflitamos sobre ns prprios e nos conheamos melhor diante
dos desafios da disciplina.
35) POR QUE DEVO AFASTAR-ME DE MINHA FAMLIA E MEU
TRABALHO?
J falamos sobre isso. Na verdade, alm de afastar-se de sua famlia e
trabalho, o ideal que voc tambm se afaste de toda imagem que construiu
de si mesmo para encontrar a verdade de quem voc diante de Deus.
36) PORQUE NO POSSO TELEFONAR QUANDO QUISER OU QUANDO
PRECISAR? POR QUE TENHO QUE ENTREGAR MEU CELULAR?
Porque faria voc afastar-se da convivncia absoluta com Deus e crescer na
confiana absoluta Nele atravs dos seus irmos.
37) MAS, SE EU NO TELEFONAR PARA SABER NOTCIAS DOS MEUS E
DO MEU TRABALHO, NO FICAREI AINDA MAIS PREOCUPADO E
IMPOSSIBILITADO DE MERGULHAR NA RECICLAGEM?
Aqui estamos lidando com uma questo de f na Palavra de Deus, que nos diz
que no nos devemos preocupar com nada, porque valemos muito mais que os
pssaros e nosso Pai cuida de ns; que nos ensina que a cada dia basta o seu
cuidado; que condiciona o verdadeiro seguimento de Jesus a deixar tudo por
Ele. Ou eu confio em Deus, ou no confio. Ou confio em Deus ou em mim
mesmo. Se confio em Deus, no me preocupo, pois Ele cuida de tudo e de
todos muito melhor que eu. s vezes at atrapalho quando me meto demais
em um problema. Se saio do meio Deus se v obrigado em resolver aquilo
que no resolvi por estar cuidando das coisas Dele.
H uma msica e uma frase de So Joo da Cruz s quais deveramos
recorrer nos momentos de tentao. A msica diz:

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No tenhas sobre ti nenhum cuidado (=preocupao), qualquer que seja, pois


um, somente um, seria j muito para ti. meu somente meu todo trabalho e o
teu trabalho descansar em Mim.
So Joo da Cruz afirma:
Quando Deus nos tira tudo, Ele se obriga a ser nosso tudo.
Isso sem falar de Santa Teresa de Jesus de vila, que afirma, com
conhecimento de causa:
Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa. A pacincia tudo
alcana, s Deus basta!
38) POR QUE DEVO ENTREGAR MEU TELEFONE CELULAR, MESMO
SE ME COMPROMETO A NO UTILIZ-LO NOS QUARTOS? ISSO NO
SERIA FALTA DE CONFIANA DA COORDENAO EM MINHA
HONESTIDADE?
A coordenao da reciclagem de forma nenhuma desconfia de sua
honestidade. A honestidade da qual ela desconfia a do Tentador que,
certamente, no fica inativo durante uma reciclagem. Muito pelo contrrio, uma
reciclagem momento de uma luta espiritual intensssima e a maior porta de
entrada do Inimigo, pelo que tem mostrado a experincia, so as nossas
fraquezas e a falta de confisso antes da reciclagem. Ao entregar seu telefone
celular voc estar praticando um ato de humildade e despojamento, que,
certamente, deixar o Inimigo a lguas de distncia de voc.
39) QUE DEVO FAZER SE SOU MDICO E TENHO UM PACIENTE MUITO
MAL PRECISANDO DO MEU SOCORRO, OU SE TENHO ALGUM NA
FAMLIA COM QUEM PRECISO FALAR?
Se voc mdico, tem um paciente muito mal e no tem uma equipe ou colega
em quem confie para que cuide de seu paciente em sua ausncia, de se
questionar se teria sido tico voc vir reciclagem, assim como at que ponto
voc est confiando demasiadamente em si mesmo, no tendo equipe ou um
colega de confiana para entregar seu paciente, nem no caso de sua prpria
morte. O mesmo se aplica aos advogados, empresrios, funcionrios, etc.
Alm disso, o que tem mais valor para ns, nossos afazeres que s podem ser
executados por ns ou nossa vocao e vida espiritual, j que, especialmente
ns da Aliana devemos colocar sempre Deus frente de qualquer atividade?
No caso de algum enfermo em sua famlia, a questo primordial talvez seria: a
motivao do telefonema vem de uma necessidade pessoal minha de manterme informado, ou de uma ansiedade desmedida, ou de um sentimento de
culpa, ou vem de uma real necessidade de a pessoa da minha famlia ter uma
assistncia minha a fim de sentir-se mais amada e segura? Qual a gravidade
da enfermidade? uma gripe, um cncer, ou uma enfermidade aguda que
necessita de providncias rpidas? Nos dois primeiros casos, o telefonema s
se justifica que a pessoa estiver muito nervosa, mais ansiosa que voc prprio
e necessitando sentir-se segura e amada.
Os mesmos princpios aplicam-se aos filhos. Qual a origem de sua
necessidade de telefonar: o bem estar real do seu filho ou uma ansiedade de
sua parte, achando que s bom pai ou boa me se passar o tempo todo
preocupando-se com os filhos e falando com eles? Em uma situao normal,
uma criana sadia e de pais sadios, responderia a este telefonema dizendo:
Qu qui tu qu, me/pai?, porque, se ela est bem entregue e cuidada

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durante a reciclagem, o telefonema ansioso dos pais vai parecer-lhe


desnecessrio e at atrapalhar sua brincadeira.
No entanto, aps refletir sobre a sua motivao real, se ainda assim a julgar
autntica, voc dever solicitar ao coordenador da reciclagem permisso para
telefonar, estando sempre pronto a receber tanto um sim como um no.
40) SE SOU AUTORIDADE NA OBRA OU NA RECICLAGEM POSSO
TELEFONAR E QUEBRAR TODAS AS REGRAS VONTADE?
No! Exercer ou no exercer autoridade na Comunidade ou na Obra no tem
relevncia na reciclagem e no desobriga ningum do cumprimento das
exigncias, feitas para o benefcio de todos, para a todos propiciar um encontro
especial com Deus. Alis, as autoridades deveriam ser as primeiras a primar
por obedecer em todos os detalhes e evitar procurar privilgios para si. Jesus
j nos advertia sobre a tentao de querer ser o primeiro ou exercer a
autoridade como o mundo: Entre vs, porm, no ser assim. Quem quiser ser
o primeiro de todos, torne-se o servo de todos.
41) POSSO RECEBER TELEFONEMAS DURANTE A RECICLAGEM?
No. Se algum de fora necessitar telefonar para voc, o coordenador da
estrutura da reciclagem pesar a real necessidade ou urgncia do telefonema
e, somente quando necessrio, lhe comunicar a respeito do mesmo.
42) POSSO PEDIR PARA ALGUM DA ORGANIZAO DA RECICLAGEM
OU PARA ALGUM PREGADOR LIGAR PARA MINHA CASA OU
TRABALHO E ME DAR NOTCIAS?
No. Isso seria um engano prprio, uma burla, uma mentira, alm de um
desrespeito ao seu irmo-mensageiro e s autoridades, ao prprio Deus. Foi o
ardil que as autoridades judaicas usaram para com Judas.
43) POSSO RECEBER VISITAS DURANTE A RECICLAGEM?
Sim, desde que as visitas sejam a do Pai Celeste, de Jesus Cristo, do Esprito
Santo, de Nossa Senhora ou da Graa. Outros tipos de visita iro prejudicar
sua reciclagem.
44) MEU AMIGO PREDILETO, A QUEM NO ENCONTRO H TEMPOS,
EST NA RECICLAGEM. POSSO CONVERSAR COM ELE ISOLANDO-ME
DOS OUTROS IRMOS PARA MATAR AS SAUDADES?
Se seu amigo predileto merece esta qualificao e se pertence mesma
vocao que voc, saber perfeitamente que o momento da reciclagem um
momento intensamente comunitrio e que as saudades podem e devem ser
mortas antes ou depois da reciclagem, mas no durante a mesma nem em
uma dependncia mtua. Na reciclagem, voc tem um encontro
importantssimo com Deus e com todos os seus irmos.
45) ADEQUADO ENVIAR E
PRESENTES DE AMIGOS FORA
TAL FIM OS PREGADORES E
PELOS SACERDOTES, PELOS
SACERDOTES?

RECEBER BILHETES, CARTES OU


DA RECICLAGEM UTILIZANDO PARA
ACOMPANHADORES, RESPONSVEL
TRANSPORTES OU OS PRPRIOS

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No, por todas as razes expostas acima. Como Deus fiel, os anjos ao seu
servio enviaro do cu a voc e a todos os seus as mensagens de vida
eterna, as nicas verdadeiramente imprescindveis.
46) POSSO ABORDAR O PREGADOR OU OS COORDENADORES NO
PERODO DA MANH?
Por tudo o que j foi dito, claro que no.
47) E SE EU PRECISAR ASSINAR DOCUMENTOS IMPORTANTES
DURANTE A RECICLAGEM?
Faa tudo para que isso no seja necessrio. H vrios meios para isso:
procuraes que podem ser feitas com antecedncia, por exemplo. Se voc
tivesse de fazer uma longa viagem para as Filipinas, seu funcionrio
certamente no iria at l para voc assinar um documento. Na reciclagem
voc est em uma viagem muito mais intensa e muito mais distante de sua
firma do que se estivesse em viagem s Filipinas.
48) E SE ACONTECER ALGUM IMPREVISTO COM MINHA FAMLIA OU NO
MEU TRABALHO?
O coordenador de estrutura e da reciclagem discerniro se o acontecimento
grave o bastante para atrapalhar sua reciclagem. Se for, eles discerniro com
voc o que fazer. Nosso objetivo no lhe prejudicar, mas proporcionar-lhe
condies de encontrar-se honestamente com Deus.
49) EM CASO DE RECEBER UM NO DOS COORDENADORES DA
RECICLAGEM, POSSO TELEFONAR PARA MEU FORMADOR PESSOAL,
DE CLULA, RESPONSVEL LOCAL, PARA A EMMIR OU PARA O
MOYSS A FIM DE QUE ELES MODIFIQUEM A DECISO DA
AUTORIDADE DA RECICLAGEM?
Coloque-se no lugar da autoridade da reciclagem: voc gostaria de ver sua
autoridade questionada ou desonrada diante de outras autoridades da obra?
Coloque-se no lugar do seu formador pessoal, de clula, da Emmir ou do
Moyss: voc no se sentiria imensamente constrangido com a situao e
muito pouco vontade para discernir sobre um assunto que voc no est
acompanhando e cujos detalhes desconhece? Coloque-se no seu prprio
lugar: que nvel de maturidade humana e espiritual esta sua atitude revelaria?
50) QUEM RESPONSVEL POR MIM NA RECICLAGEM?
Em primeiro lugar, Deus e voc mesmo, pois os Estatutos dizem que voc
agente de sua formao. Depois, seu Assistente Local ou Responsvel Local,
representados pelo Coordenador da reciclagem.
51) POSSO AUSENTAR-ME DO LOCAL ONDE EST HAVENDO A
RECICLAGEM, PARA TOMAR UM POUCO DE AR OU FAZER COOPER L
FORA?
Na parbola narrada pela Bblia, as virgens que foram comprar o perfume na
ltima hora, buscar um pouco de ar l fora, encontraram os portes fechados.
No h santidade sem disciplina interior e exterior! Alm disso, os arredores do
stio no so seguros e os portes permanecem fechados para impedir a
entrada de animais.

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52) A QUEM DEVO DIRIGIR-ME PARA PEDIR PERMISSO PARA CHEGAR


ATRASADO OU AUSENTAR-ME DURANTE ALGUMAS HORAS COM
FINALIDADES JUSTIFICVEIS E ESPECFICAS, COMO PROVAS,
CONCURSOS, REUNIES DE TRABALHO, CONSULTAS MDICAS,
JULGAMENTOS
EM
TRIBUNAL,
CASAMENTOS,
FORMATURAS,
BATIZADOS, PRIMEIRAS COMUNHES, FESTA DE CONCLUSO DE
CURSO, DE DIA DAS MES OU DOS PAIS, DR. DO ABC, ETC.?
A ningum, pois este tipo de permisso no existe. Quando se perde uma parte
da Reciclagem, exceto por acidente de sade acontecido durante a mesma, a
Reciclagem considerada invlida. A maioria destas situaes perfeitamente
previsvel, desde meses antes e acontece geralmente no final do ano. Mais
uma razo para voc procurar fazer as primeiras reciclagens, a fim de evitar a
coincidncia com eventos como os citados. O responsvel por seu pastoreio,
entretanto, seu Responsvel Local ou Assistente Local.
53) POR QUE TENHO DE PEDIR PERMISSO PARA TUDO NA
RECICLAGEM?
Porque voc tem um voto de obedincia feito voluntria e livremente. Quando
voc se consagra, entrega voluntria e livremente o direito de mandar na
prpria vida e abraa a obedincia. Alm disso, os que exercem a autoridade,
independente de suas qualidades ou defeitos pessoais, exercem-na em nome
de Deus, a quem voc se consagrou.
54) A QUEM DEVO PEDIR DISPENSA DA RECICLAGEM?
A Reciclagem um compromisso estatutrio, portanto no existe dispensa
para a mesma. Se for inevitvel seu no comparecimento, voc poder
procurar seu Formador Comunitrio que discernir com seu Responsvel Local
e seu Conselho se voc renovar ou no seus votos. Caber ao Conselho
Geral da Obra examinar e discernir sobre o seu desligamento da Comunidade,
assim como outras recomendaes que possa vir a fornecer.
55) QUE ACONTECE COM QUEM NO COMPARECE RECICLAGEM?
desligado da comunidade, segundo ECCSh 41, pg.29
56) QUAIS OS PRINCIPAIS HORRIOS A SEREM CUMPRIDOS NA
RECICLAGEM?
Todo horrio marcado pelo sino deve ser respeitado imediatamente. No se
pode permanecer nos quartos ou em outra atividade quando o sino chamar
para atividades fora deles;
horrio de levantar-se;
horrio de recolher-se - h um aspecto importante aqui! Depois das
atividades do dia, volta a vigorar a meia voz. Porm, no se pode conversar
ou trocar confidncias ou ficar na capela rezando depois do horrio de
recolher-se! Muitas pessoas reclamam de cansao na reciclagem. Na sua
maioria, respeitaram muito pouco o tempo de sono e de descanso;
horrio de sada no ltimo domingo, que dever ser o do final das
atividades. No permitido sair antes do seu trmino.

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57) POR QUE TENHO DE FAZER A FAXINA DO MEU PRPRIO QUARTO E


BANHEIRO NA RECICLAGEM?
Por vrias razes:
1. para baratear os custos
2. para prestar um servio aos seus irmos de quarto
3. para que haja mais zelo e respeito pelo ambiente e um pelo outro
4. para crescer na co-responsabilidade
5. para crescer na disciplina e na humildade
58) QUEM CUIDA DE MINHAS PASSAGENS DE VOLTA?
Voc mesmo! Quando marcar e comprar a passagem de ida para a reciclagem,
marque e compre j a volta e procure no mexer nestas datas, pois a cada dia
fica mais difcil conseguir-se passagens em cidades de grande e constante
fluxo de turistas, como Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro.
59) QUE DEVO TRAZER PARA A RECICLAGEM?
Seja voc da Comunidade de vida ou de aliana, voc dever trazer:
Bblia, Regras, Estatutos, livro Cantai, caderno, lpis, caneta
Produtos que voc costuma usar para higiene pessoal: pasta de dentes,
escova de dentes, escova de cabelos, pente, xampu, creme, desodorante,
perfume, talco, absorventes, sabonete, etc.
Toalha de banho e lenol de cama
Roupas para dez dias de uso (no h estrutura para a lavagem de roupas
na reciclagem e nem para mandar lav-las em casa. Caso voc possua
poucas roupas e elas sejam insuficiente para dez dias, pea algumas
emprestadas a irmos ou familiares).
Remdios que voc toma habitualmente ou que voc possa vir a necessitar
Roupas adequadas para o momento da Eucaristia e Adorao (cala
comprida ou saia)
60) COMO DEVEM SER MINHAS ROUPAS?
Adequadas ao clima, porm, sempre castas. No somente na reciclagem, mas
em todas as situaes, um vocacionado deve vestir-se de forma a dar
testemunho de seu estado de pertena a Cristo, como afirmou Bento XVI em
seu pronunciamento aos consagrados em 2006. Na Comunidade Shalom,
temos por tradio no usar saias curtas, calas por demais justas, cinturas
baixas, blusas ou camisas sem mangas, tops sem blusa por cima, blusas
curtas, que deixem a barriga mostra quando se levanta os braos ou as
costas de fora quando se senta ao cho, biqunis, decotes ou transparncias.
Nas Eucaristias ou Adoraes ao Santssimo, no so permitidas bermudas.
61) DEVO COMER SOMENTE O QUE SE ME OFERECE DURANTE AS
REFEIES, MESMO SE EU NO GOSTAR?
Naturalmente! Assim determinam o voto de pobreza, a modstia e a boa
educao.
62) COMO DEVO PROCEDER SE ESTIVER EM DIETA?
Ao fazer sua inscrio faa por escrito a observao sobre a sua dieta. Voc
ser ento convidado a sentar-se em uma mesa especial para os enfermos ou
pessoas em dieta.
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Quanto s dietas que no tiverem por motivo problemas de sade (dietas para
emagrecimento, etc.) pedimos que voc mesmo modere sua alimentao com
a comida que for servida a todos, pois, infelizmente, no temos estrutura e
pessoal para cuidar de vrios tipos de dieta e nem para guardar seu material
na dispensa, geladeira ou freezer. Caso isso no seja possvel, solicitamos que
voc mesmo leve suplementos como: leite desnatado, queijo especial ou ricota,
manteiga light, adoante, granolas, aveias e outros cereais.
63) POSSO ENTRAR NA COZINHA PARA FAZER MEU PRPRIO
ALIMENTO?
No, pois nem voc ter tempo para isso, nem dispomos de pessoal e rotina
para fazer alimentos especiais. Alis, no se pode entrar na cozinha por
nenhum motivo.
64) POSSO ABORDAR ALGUM QUE TRABALHE NA COZINHA PARA
QUE ME PREPARE ALGO ESPECIAL OU PARA QUE GUARDE UM
PRODUTO ESPECIAL NA GELADEIRA, OU QUE RESERVE ALGUM
ALIMENTO PARA MIM?
Alguns dos nossos funcionrios queixam-se de que so constantemente
abordados durante as reciclagens para um dos fins acima. Ressaltam que se
oferece at dinheiro em troca deste favor. Se isso aconteceu, um triste sinal
de que as pessoas no entenderam ainda o que seja a reciclagem, a pobreza,
a modstia, a obedincia, a caridade, o respeito ao direito do irmo e ao seu
trabalho.
Quanto a produtos medicinais que precisem ser guardados na geladeira ou no
freezer, devem ser entregues ao coordenador de estrutura da reciclagem.
Nosso freezer e nossa geladeira so insuficientes para guardarmos todos os
produtos a serem consumidos pela reciclagem e no tm, portanto, espao
para guardar nada extra, a no ser medicamentos que devem ser mantidos na
geladeira, como soros, vacinas, remdios, etc.
65) POSSO LEVAR COMIDA PARA OS QUARTOS?
No h restries em retirar-se qualquer alimento da Reciclagem, mesmo o
servido, para os quartos, desde que este v ser integralmente consumido por
voc. Quanto ao que voc quiser trazer de sua casa, cabe a voc avaliar. Em
ambos os casos necessrio guardar o alimento de forma que no venha a
prejudicar seus companheiros de quarto exalando odores, atraindo baratas,
formigas ou sujando o aposento.
66) POSSO LANCHAR E FAZER OUTRAS REFEIES NO MEU QUARTO?
O lanche, assim como todas as refeies, so momentos comunitrios. O
correto que voc permanea no ambiente onde todos esto lanchando.
67) POSSO COMER NA SALA DE PALESTRAS?
Ponha-se no lugar do pregador: a ateno das pessoas tirada pelo chiclete,
biscoito ou chocolate que esto passando de mo em mo. Ponha-se no lugar
do seu irmo que est em dieta por razes de sade: o alimento passado de
mo em mo vai trazer-lhe, certamente, algum conflito. Ponha-se no lugar de
voc mesmo: distraindo-se em comer desnecessariamente quando deveria

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ocupar-se de ouvir o que Deus est dizendo e perdendo uma boa oportunidade
para crescer no autodomnio e vencer a gula.
68) QUE FAZER SE ESTOU DOENTE?
Caso sua doena no seja crnica, melhor no comparecer quela
reciclagem e inscrever-se para uma prxima. Se voc portador de alguma
enfermidade crnica, avise este fato por ocasio da inscrio.
69) QUE FAZER SE ADOEO DURANTE A RECICLAGEM?
Procure a coordenao. Ela o medicar ou levar ao hospital mais prximo.
70) QUE FAZER SE EU NECESSITAR DE UM MEDICAMENTO DURANTE A
RECICLAGEM?
Procure o coordenador, que o levar pessoa da secretaria. Ela telefonar
para a farmcia mais prxima e perguntar o valor de sua encomenda para
voc poder pag-la quando chegar. Quando o medicamento for entregue, ela o
levar at voc.
71) ACONSELHVEL TOMAR-SE REMDIO PARA PREVINIR A
CONSTIRPAO INTESTINAL DURANTE A RECICLAGEM?
Algumas pessoas tiveram problemas de sade por tomarem medicamentos
deste tipo durante a reciclagem. Assim, melhor, antes da reciclagem,
consultar seu mdico, caso normalmente sofra deste problema. Porm, a
melhor soluo sempre uma alimentao leve e muito lquido, alm de breves
caminhadas pela manh e pela tarde..
72) NO POSSO DORMIR EM REDE NEM COM VENTILADOR. QUE DEVO
FAZER?
Em sua ficha de inscrio h local para este tipo de observaes. Porm,
somente se voc preench-lo claramente poderemos providenciar
acomodaes adequadas s suas necessidades.
73) TENHO PROBLEMA DE RONCO / USO UM RESPIRADOR PARA
DORMIR. O QUE DEVO FAZER?
Avise este fato no momento de sua inscrio e no se preocupe. cada vez
mais comum pessoas utilizarem respiradores durante o sono.
74) COMO FEITO O PAGAMENTO DA RECICLAGEM?
Atravs de boletos, em 10 prestaes de 30 reais, que voc recebe no incio do
ano formativo.
75) A QUEM DEVO PAGAR AS RECICLAGENS?
Ao Representante da Reciclagem em sua clula ou nos eventos e Assemblias
Gerais, nos quais h sempre um representante da Reciclagem.
Em Fortaleza, tambm na Escola de Formao, Rua Baro de Aracati, 1304,
entre a Av. Stos Dumont e Rua Padre Luis Figueiras, ao lado do Jornal O
Estado.
76) VERDADE QUE SOMENTE PARTICIPA DA RECICLAGEM QUEM
ESTIVER COM AS PRESTAES EM DIA?

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Sim, s poder participar da reciclagem quem estiver em dia com suas


prestaes. No entanto, haver em cada reciclagem uma pessoa do SAF da
Assessoria de Formao, munida do controle de pagamentos e encarregada de
receber a atualizao das prestaes.
Em Fortaleza, preciso que fique bem claro que as reciclagens no sustentam
o stio CEST, que alugado ou a Assessoria de Formao. Na verdade, so
nossa maior fonte de despesas e prejuzos. Ao final de cada ano de formao
atravs das reciclagens, apresentamos um balancete ao governo geral.
Nas demais misses, no existe o problema da inadimplncia, pois as casas de
retiro so alugadas e no aceitam que no-pagantes faam a reciclagem.
77) A QUEM ME DIRIJO SE TENHO DIFICULDADES EM PAGAR OS 30,00
MENSAIS?
Em Fortaleza, pessoa responsvel pelo SAF da Assessoria de Formao
(Cimar). Nas misses, pessoa responsvel pela reciclagem. Os Formadores
Comunitrios ou Pessoais no tm o encargo de fazer este discernimento.
78) VERDADE QUE ALGUMAS PESSOAS PAGAM SOMENTE AT A
RECICLAGEM QUE FIZEREM E DEPOIS NO PAGAM MAIS? VERDADE
QUE H PESSOAS QUE DEIXAM PARA PAGAR A RECICLAGEM NO
FINAL DO ANO? VERDADE QUE H IRMOS QUE NO PAGAM A
RECICLAGEM E NO DO NENHUMA SATISFAO E NEM APARECEM
PARA JUSTIFICAR-SE?
Infelizmente, a resposta para todas estas perguntas sim. Que Deus tenha
misericrdia destes tipos de fraqueza que continuam a acontecer entre ns.
Isso pode denotar imaturidade humana de uma pessoa que no aprendeu a
organizar-se, a fazer previses em seu oramento e a regular suas despesas
de acordo com suas receitas.
79) SE PAGAMOS PELA ALIMENTAO, ELA NO PODERIA SER
MELHOR, MAIS FARTA, MAIS VARIADA, MAIS SABOROSA?
Sim, sem dvida! Se todos pagarmos em dia e integralmente pela alimentao
ela certamente poder ser mais farta, mais variada, mais rica, mais saborosa.
Infelizmente, porm, no isso o que tem acontecido.
80) O CEST NO STIO SANTO AFONSO NO MERECERIA SER AMPLIADO
E URBANIZADO?
Temos um projeto arquitetnico e urbanstico excelente para a ampliao do
stio e sua urbanizao com vistas orao e meditao segundo nossa
espiritualidade. Temos, igualmente, a autorizao dos donos do stio para
iniciarmos as obras. Temos, alm disso, uma proposta para a compra do stio.
S nos falta termos lucros com as reciclagens que acabam por minar o que os
outros encontros nos levam a lucrar com vistas a esta reforma.
81) AS GRVIDAS, OS DOENTES E OS IDOSOS TM TRATAMENTO
ESPECIAL?
Claro que sim, em especial naquilo que, durante a reciclagem for menos
essencial. Procuraremos, no entanto, fazer com que no percam o essencial.

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82) QUE FAZER COM AS CRIANAS DURANTE A RECICLAGEM?


Se a criana estiver sendo amamentada pela me, ela poder acompanh-la
reciclagem, juntamente com algum para cuidar dela durante os intervalos
entre as amamentaes, a fim de que a me possa participar da reciclagem.
Por motivos bvios, no se recomenda a vinda de bebs de menos de seis
meses, uma vez que nem sempre ele ter o ambiente adequado. O ideal que
a me ou futura mame planeje com bastante antecedncia sua data de
reciclagem.
Se a criana no estiver sendo amamentada, dever permanecer em sua
prpria casa ou na companhia de parentes ou pessoas responsveis,
exatamente como a famlia costuma fazer em caso de viagens mais
prolongadas. Sugerimos que se crie na comunidade o sistema americano de
baby sitter, no qual moas ou rapazes da prpria comunidade prestam este
servio aos pais mediante pagamento ou no.
83) PODE-SE LEVAR ALIMENTAO ESPECIAL PARA AS CRIANAS EM
AMAMENTAO?
Algumas crianas em amamentao revezam os horrios de amamentao ao
peito e papas ou sopas. Nestes casos, a me dever levar no somente o
material para estas refeies (que podero ser guardados na geladeira), como
tambm eletrodomsticos necessrios, como liquidificadores, batedeiras,
aquecedores, etc, pois os que utilizamos na cozinha no se adequam ao uso
para um beb, que requer especial higiene e cuidado.
84) QUAIS AS RECOMENDAES PARA AS BABS QUE ACOMPANHAM
AS CRIANAS RECICLAGEM?
As crianas em amamentao levam reciclagem um clima de ternura, alegria
e fraternidade todo especial. Os maiores problemas so causados pelas babs
que, por no compreenderem com profundidade o que vem a ser uma
reciclagem, no se comportam de acordo, usando roupas inadequadas e shorts
curtos, enviando bilhetes propondo encontros e namoros para os rapazes e
senhores que esto fazendo a reciclagem, falando e rindo alto, etc.
Assim, caso no seja possvel contratar uma baby sitter da comunidade para
cuidar da criana entre as amamentaes, bom esclarecer muito bem s
babs qual seja o sistema da reciclagem e a que esta se prope.
85) AS BABS PAGARO DIRIA DURANTE A RECICLAGEM?
Sim, pois h despesas com funcionrios, alimentao, gua, luz, limpeza,
acomodaes. Para cobrir as despesas com as babs e baby sitters ser
pedida uma taxa pelos dez dias, a ser paga em uma s prestao.
86) POR QUE DEVO COLOCAR MEU CARRO DISPOSIO DURANTE
A RECICLAGEM?
Por dois motivos: a) a necessidade de transportes que tem a estrutura da
reciclagem; b) o crescimento na virtude da partilha de bens e do desapego.
87) TENHO HBITO DE TOMAR VRIOS BANHOS POR DIA. POR QUE
DEVO MODIFICAR ESTE HBITO NA RECICLAGEM?
No caso de Fortaleza, porque a gua vem de um poo profundo, cuja vazo
varia nas diversas pocas do ano, que, alis coincide com as reciclagens do

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segundo semestre. Da a necessidade imperiosa de economizarmos. Em


alguns meses temos conseguido fazer com que haja mais de um banho por
dia, mas isso nem sempre possvel. Quando for, o coordenador dar as
orientaes necessrias.
No caso das misses, sero dadas orientaes especficas.
88) PORQUE NO SE UTILIZAM MAIS VOLULNTRIOS PARA A COZINHA
E LIMPEZA NA RECICLAGEM?
Porque, infelizmente, este bom hbito cristo tem-se perdido na comunidade e
tambm pelo fato de termos tido bastante insucesso quanto pontualidade e
agilidade de alguns voluntrios, tanto em termos de horrio quanto em termos
de presena.
89) QUAL A ASSESORIA RESPONSVEL PELA RECICLAGEM?
A Assessoria de Formao responsvel pelo contedo e pregaes. A
Assessoria Litrgico-sacramental responsvel pela orientao das
celebraes. Cabe, porm, ao Governo Local (Assistente ou Responsvel
Local) a montagem da reciclagem, o transporte de sacerdotes e pregadores, o
material necessrio como textos, laudes, completas, material para celebrao,
etc.
90) QUAIS AS ATRIBUIES DO COORDENADOR DE ESTRUTURA DA
RECICLAGEM?
Providenciar tudo o que se refere estrutura de alimentao, limpeza, liturgia,
celebraes, sade, acomodaes. Este trabalho, em geral, feito pela equipe
da casa de retiro.
91) QUAIS AS ATRIBUIES DO COORDENADOR INTERNO DA
RECICLAGEM?
Zelar pela disciplina, contedos, licenas, horrios, pregao, etc., a fim de que
esta atinja seu objetivo.
92) QUAIS AS ATRIBUIES DO COORDENADOR DE COZINHA?
Providenciar o material bsico para a alimentao e zelar por ele, cuidar da
ordem, da disciplina e do bom andamento da cozinha. Este coordenador faz
parte da equipe de estrutura da prpria casa de retiro.
93) QUAIS AS ATRIBUIES DO COORDENADOR DE LITURGIA?
Providenciar e preparar as celebraes, zelar pela capela, pelos paramentos,
pelas esprtulas e contatos com os sacerdotes. A liturgia tambm parte da
equipe de estrutura.
94) QUAIS AS ATRIBUIES DA EQUIPE DE ANIMAO?
Promover a fraternidade e as atividades da noite.
95) H INTERCESSO ESPECIAL DURANTE A RECICLAGEM?
Sim, o ministrio de intercesso da Obra, os formadores e as comunidades
realizam intercesso especial por cada reciclagem. No caso de Fortaleza, os
membros da comunidade de vida colocam disposio cestinhos para
colherem intenes especiais. Eles oferecem se trabalho e seus momentos de

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adorao pessoal durante o dia por aquelas intenes e adotam alguns


irmos para intercesso especial.
96) POR QUE H UM INCENTIVO PARA DEIXAR-SE RESTOS DE
COSMTICOS E FAZER-SE OUTROS DESPOJAMENTOS NO FINAL DA
RECICLAGEM?
Por duas razes:
a Reciclagem um exerccio de pobreza, obedincia e castidade e de
contemplao, unidade e evangelizao;
ajuda comunidade de vida que divide o que recolheu com os pobres da
redondeza.
Este despojamento, entretanto, fruto de uma tradio. No obrigatrio.
97) POR QUE TANTAS PERGUNTAS E REGRAS SE TUDO PODERIA SER
TO SIMPLES?
Pois no ! No verdade que precisamos nos parecer mais com as
criancinhas, como recomenda Jesus?

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