Quadcopter APM
Quadcopter APM
Quadcopter APM
Micro-Helicptero Autnomo
DISSERTAO DE MESTRADO
ORIENTAO
Eduardo Leopoldo Ferm
Lus Armando de Aguiar Oliveira Gomes
ii
Resumo
Os UAV (Unmaned Air Vehicles) tm sido cada vez mais utilizados em vrios ramos, como
a geologia, a segurana pblica, a robtica e na obteno de imagens. Visto existir grande
interesse no uso do equipamento, foi comprado um quadcopter com o objetivo poder tornlo o mais autnomo possvel. Esta tese contm informaes dos elementos utilizados nesse
Arducopter e ainda a informao dos sensores que podem ser adaptados ao mesmo. Explica
tambm como est estruturado todo o cdigo e como o UAV pode ser configurado antes do
voo. So tambm apresentados todos os resultados obtidos dos primeiros voos e as
evolues e alteraes aps cada teste.
iii
iv
Abstract
UAVs (Unmaned Air Vehicles) are being used more frequently in a variety of areas, like
geology, public security, robotics and image acquisition. As a result of such demand for
this kind of equipment, a quadcopter was bought with the aim of making it more
autonomous. This thesis presents information about the elements used on the Arducopter
and information about the sensors that can be adapted to it. It explains how the code is
structured and how the Arducopter must be configured before flight. It also presents all the
results obtained on each test flight and the upgrades that were then implemented.
vi
Agradecimentos
Gostaria de agradecer minha famlia e namorada, por todo o apoio e motivao que me
deram.
Agradeo a todos os meus colegas, que ajudaram na documentao dos voos do
Arducopter.
Agradeo ao Engenheiro Filipe e aos restantes alunos que se encontravam no laboratrio,
pela ajuda que deram-me no desenvolvimento da minha tese.
Agradeo aos meus orientadores, o Professor Eduardo Ferm e o Professor Lus Gomes por
toda a orientao que deram-me durante este ano.
vii
viii
ndice
Resumo .................................................................................................................................. iii
Abstract................................................................................................................................... v
Agradecimentos .................................................................................................................... vii
ndice de Figuras ................................................................................................................. xiv
Acrnimos .......................................................................................................................... xvii
1-Introduo ........................................................................................................................... 1
1.1-Motivao ..................................................................................................................... 2
1.2-Objetivos ...................................................................................................................... 2
1.3-Contribuies ............................................................................................................... 2
1.4-Estrutura do documento ............................................................................................... 3
2-Estado da Arte ..................................................................................................................... 5
2.1-Funcionalidade dos UAV ............................................................................................. 5
2.1.1-Segurana Pblica ................................................................................................. 5
2.1.2-Geologia e Arqueologia ........................................................................................ 7
2.1.3-Aquisio de imagens areas................................................................................. 9
2.1.4-Robtica ................................................................................................................ 9
3-Explicao geral do sistema .............................................................................................. 12
4- Descrio do Arducopter.................................................................................................. 14
4.1-APM (ArduPilot Mega).............................................................................................. 14
4.1.1-Alimentao da placa .......................................................................................... 15
4.1.2-Descrio da placa APM1 ................................................................................... 16
4.1.3-Descrio da placa oilpan ................................................................................... 16
4.1.5-Descrio da APM2 ............................................................................................ 19
4.2-Estrutura do quadcopter ............................................................................................. 20
ix
9.1-Concluses ................................................................................................................. 69
9.2-Contribuies ............................................................................................................. 69
9.3- Trabalhos futuros....................................................................................................... 69
Referncias Bibliogrficas.................................................................................................... 71
Anexos .................................................................................................................................. 79
Anexo A-Manual de montagem do Arducopter ................................................................... 80
A.1-Montagem da placa Arduino ..................................................................................... 80
A.2-Soldagem dos conetores dos ESC (Electronics speed controls) (conetor fmea) e os
conetores dos motores (Conetor macho). ......................................................................... 83
A.3-Montagem da placa de distribuio de energia ......................................................... 83
Anexo B-Montagem da estrutura do Arducopter ................................................................. 87
B.1 Montagem da seco central ................................................................................... 87
B.2-Trem de Aterragem.................................................................................................... 91
B.3-Montagem dos motores nos braos ........................................................................... 93
B.4-Conexo dos ESC aos motores .................................................................................. 96
B.5-Ligao do controlo de rdio APM......................................................................... 97
B.6-Ligao do controlo remoto....................................................................................... 98
B.7-Instalao do recetor de controlo remoto .................................................................. 99
Anexo C-Montagem de sensores opcionais........................................................................ 100
C.1-Sensor de infravermelhos ........................................................................................ 100
C.2-Sensor tico de fluxo (optical flow) ........................................................................ 100
C.2.1-Como ligar o sensor placa.............................................................................. 100
C.2.2-Como manter a posio do Arducopter em voo ............................................... 101
C.3-Telemetria sem fios ................................................................................................. 102
C.3.1-3DR Radio ........................................................................................................ 103
xii
xiii
ndice de Figuras
Figura 1- Placa APM V.1 [29] ............................................................................................. 15
Figura 2 -Imagem ilustrativa de como configurar a alimentao da placa [30] ................... 15
Figura 3 - Arquitetura da placa APM [30] ........................................................................... 16
Figura 4 - Placa APM Shield [31] ........................................................................................ 17
Figura 5 - Ilustrao dos vrios leds da oilpan[33] .............................................................. 18
Figura 6 - Placa APM2 [34] ................................................................................................. 20
Figura 7- Indicao da rotao das hlices quando configuradas em + e em x [37] ............ 21
Figura 8- Exemplo do trem de aterragem da estrutura dos diydrones [38] .......................... 22
Figura 9 - Exemplo do trem de aterragem da estrutura 3DR [39] ........................................ 22
Figura 10- Exemplo de um trem de aterragem de uma estrutura nova [40] ......................... 23
Figura 10 - Pernas impressas na impressora 3D ................................................................... 24
Figura 12 - Emissor de controlo remoto e movimentos correspondentes ............................ 25
Figura 13 -Recetor de controlo remoto................................................................................. 26
Figura 14 -Bateria LiPo do arducopter ................................................................................. 26
Figura 15 - Carregador de bateria ......................................................................................... 27
Figura 16 - Imagem ilustrativa de como carregar................................................................. 28
Figura 17- Montagem do magnetmetro atravs do mtodo 1 [41] ..................................... 29
Figura 18 - Ligao do cabo ao magnetmetro atravs do mtodo 2 [41] ........................... 30
Figura 19- Montagem do magnetmetro atravs do mtodo 2............................................. 30
Figura 20 - Conexo do GPS placa APM [42] .................................................................. 31
Figura 21- Ligao do sonar placa APM ........................................................................... 32
Figura 22 - Ilustrao sobre a conexo dos vrios pins do sonar [43].................................. 33
Figura 23 - Diagrama contendo os vrios ficheiros do cdigo agrupados segundo as suas
funcionalidades ..................................................................................................................... 40
Figura 24 - Diagrama com as funes de cada subloop do loop principal ........................... 41
Figura 25 - Vrios movimento possveis para um quadcopter com estrutura em + [8] ....... 53
Figura 26 Ligao do cabo de sinal dos motores APM [66] .......................................... 57
Figura 27 - Indicao dos comandos do controlo remoto em modo 2 [65] .......................... 57
Figura 28 - Helicptero inclinando-se ao andar numa direo............................................. 65
xiv
Figura 59 - Escolha correta das hlices segundo o tipo de estrutura em + ou em x [37] ..... 96
Figura 60 - Configurao da conexo dos ESC aos motores ............................................... 97
Figura 61 - Instalao do controlo de rdio placa APM [66] ............................................ 97
Figura 62 - Ligao dos canais do recetor placa APM ...................................................... 99
Figura 63- Sensor infravermelho SharpGP2Y [75] ............................................................ 100
Figura 64- Instalao do optical flow na placa APM1 [76] ................................................ 101
Figura 65- Ligao do 3DRadio placa APM [78]............................................................ 103
Figura 66 - Ligao do Xbee placa APM V1 [80]........................................................... 104
Figura 67 - Exemplo da montagem do gymbal da cmara ................................................. 106
Figura 68 - Canais de output para roll e pitch da cmara [81] ........................................... 106
Figura 69 - Exemplo de um OSD (on screen display) [82] ................................................ 107
Figura 70 - Imagem ilustrativa de como conectar o sensor AttoPilot [35]......................... 108
xvi
Acrnimos
3D
3 Dimenses
3DR
3D Robotics
APM
ArduPilot Mega
BEC
CLI
CTT
DIP
ESC
FPGA
FPV
FTDI
GCS
GND
Ground
GPS
HALE
HIL
Hardware In-the-Loop
HUD
Heads Up Display
I2C
Inter-Integrated Circuit
IDE
IMU
LiPo
Litium Polymers
MAV
OSD
On Screen Display
PDB
PID
PWM
RTL
Return To Launch
UAV
USB
VTOL
xviii
1-Introduo
Os UAV (Unamaned Air Vehicles) so aeronaves no tripuladas. Este conceito foi
desenvolvido por equipas militares dos Estados Unidos da Amrica, pois permitia a
observao do campo dos inimigos sem existirem baixas a nvel de vidas humanas caso a
aeronave fosse atingida [1]. Aps vrios anos de investigao neste campo, foram criados
os mais variados tipos de aeronaves capazes de voar sem um piloto fisicamente presente na
aeronave.
As vrias aeronaves foram categorizadas segundo vrias classificaes, de acordo com as
suas caractersticas em voo. As aeronaves de asa fixa, mais conhecidas como avies, eram
movidas quer por motores com hlices, quer por motores a jato. Devido s suas limitaes,
as imagens capturadas por este tipo de aeronaves no eram muito ntidas pois no eram
capazes de pairar no mesmo stio e tinham que voar a grande altitude para poderem de certa
forma circundar o alvo a ser observado [1,2].
Foram ento criados os VTOL (Vertical TakeOff and Landing), que permitiam um voo
numa altitude mais baixa conseguindo uma melhor qualidade de imagem, assim como
podiam descolar e aterrar em qualquer superfcie sem necessitar de pistas [1,2].
Tambm atravs do desenvolvimento deste equipamento, o tamanho das aeronaves foi
ficando cada vez mais pequeno, tornando tambm a sua construo mais barata e a sua
divulgao maior. Passaram de motores de combustvel fssil a eltricos utilizando
baterias, devido a serem mais pequenos e leves e passaram a ser tambm utilizados em voos
em espaos fechados, em vez de apenas ao ar livre e cu aberto [1,2].
Dentro dos VTOL, tentaram desenvolver a estrutura dos mesmos de forma a melhorar a
performance em voo e conseguirem suportar carga, de forma a transportar sensores para as
mais variadas anlises e misses. Assim evoluram do helicptero tradicional para uma
estrutura mais estvel: os multicpteros, que possuam desde 4 a 8 motores equidistantes do
centro, proporcionando um maior poder de elevao e um voo mais estvel [1,2].
1.1-Motivao
Este projeto novo nesta universidade. tambm desafiante, pois necessrio ter
conhecimentos de vrias reas: Na informtica, para se poderem criar novos programas
para melhor configurar o equipamento e ter um cdigo mais fcil de alterar; Na eletrnica,
pois necessrio saber instalar e personalizar os sensores do equipamento; Em inteligncia
artificial, pois necessrio saber tornar o equipamento o mais autnomo possvel. Tambm
os ramos do acesso remoto e das comunicaes, so explorados de forma a controlar o
quadcopter num espao mais distante e com a melhor qualidade possvel.
1.2-Objetivos
Os objetivos para esta tese passaram principalmente por criar uma boa estao de testes e
uma boa documentao, para que em projetos futuros utilizando este equipamento no seja
necessria uma pesquisa exaustiva para tentar perceber como o equipamento funciona,
como deve ser montado, quais as capacidades do mesmo e que sensores podem ser
adicionados. O segundo objetivo foi tentar desenvolver pequenos programas e equipar o
veculo com mais sensores, de maneira a que este seja mais fcil de controlar por parte do
operador e para que exista uma maior segurana em caso de falhas. Serve tambm para
evitar com que ocorram acidentes em voo e por fim para que se criem misses para o
Arducopter desempenh-las autonomamente.
1.3-Contribuies
Uma vez que esta tese fornece uma boa estao de trabalho, com toda a informao
necessria para o voo do equipamento, vrios outros projetos podem ser aplicados ao
helicptero em vrias reas, como a eletrnica, a informtica e a inteligncia artificial.
Neste sentido, o trabalho no representa uma contribuio significativa em nenhuma destas
reas, mas uma slida base de trabalho, que suportar futuros projetos nessas reas.
1.4-Estrutura do documento
A tese est estruturada da seguinte forma:
A seco 2 Estado da arte apresenta as capacidades dos UAV nas mais variadas
reas, como segurana pblica, geologia, obteno de imagens e robtica.
2-Estado da Arte
2.1-Funcionalidade dos UAV
Os quadcopters ou UAV em miniatura abrangem vrios campos, como na rea militar e de
segurana pblica. Tm como funes o desempenho de tarefas tais como a busca e
salvamento de pessoas, a vigilncia e perseguio em caso de roubo, a anlise de acidentes
de viao [3] e o auxlio na deteo de fogo para preveno de incndios [4]. No campo da
geologia, usando cmaras trmicas, cmaras de infravermelhos, podem ser capazes de
analisar terrenos agrcolas [5], taludes (verificando se estes causam perigo s zonas mais
baixas), permitem a anlise a estruturas de edifcios (desde pilares ou vigas que se
encontram a grande altitude) [6]. No campo da aquisio de imagens so usados
essencialmente para fazer captura de imagens, de forma a obter-se uma vista geral e mais
abrangente ou para uma filmagem area [6]. No campo da robtica, servem para melhorar o
equipamento atravs de simulaes [7], de forma a estarem preparados para grande parte
das situaes, para que consigam voar em condies menos favorveis, sejam mais estveis
[8], mais autnomos, necessitando cada vez menos da interveno humana nos seus voos e
para que dependam nica e exclusivamente dos seus prprios sensores para o desempenho
de misses [9,10].
2.1.1-Segurana Pblica
No campo da segurana pblica foram desenvolvidos equipamentos [11] para a vigilncia
de edifcios ou de centros comerciais, e tambm para o resgate e salvamentos depois de
catstrofes, como terramotos, exploses, entre outros. Devido a terem um tamanho
reduzido, estes poderiam chegar s vtimas em espaos apertados e alm de encontrar as
vtimas podiam ainda obter um mapa de como chegar com as equipas de salvamento at a
essas pessoas.
No artigo [11] foi criado um ambiente de simulao em que se utilizava um controlador de
deteo de obstculos. Segundo o artigo, no uso de OS4 (um modelo de um quadcopter)
atravs desse controlador o helicptero conseguiu alterar a trajetria sem alterar a sua
altitude e o seu ngulo de yaw (rotao do helicptero para a esquerda/direita).
5
De maneira semelhante o artigo [12] fala sobre um voo autnomo efetuado num espao
interior. O sistema utiliza sensores e algoritmos utilizados anteriormente em robs terrestes.
Os criadores lanaram o sistema como um software open-source para providenciar uma
comunidade com novos frameworks para construir aplicaes para robs interior, visto
muitas das propostas existentes serem exclusivamente para exterior [10].
O artigo [12] defende que qualquer algoritmo para robs terrestes pode ser convertido para
robs areos, mas que essa converso difcil pois so aparelhos diferentes com graus de
liberdade diferentes. Um veculo areo tem mais complexidade de movimentos e no pode
transportar grande peso de sensores como um veculo terrestre. A forma que os autores
utilizaram foi tentar manter o helicptero a uma certa altitude voando de forma a tentar
criar um mapa a 2 dimenses, para assim poder criar um mapa por onde pudesse estimar a
sua posio e navegar dentro do mapa [12].
Em [10] utilizam um quadcopter, que dispe de um sonar para a altitude e de sensores
infravermelhos para a deteo de obstculos. So ento feitos 3 testes numa sala de 6x7
metros. No primeiro teste o quadcopter levantou voo, pairou no ar e de seguida aterrou. No
segundo teste o quadcopter levantou voo e seguiu numa direo aleatria evitando a coliso
com uma das 4 paredes da sala. No terceiro teste o quadcopter tentou manter-se no meio da
sala sem se desviar do centro da sala. Todos os testes foram feitos de forma autnoma e
com sucesso.
Quanto vigilncia e perseguio, dentro do campo da segurana pblica, no artigo [13]
desenvolvido um mtodo que faz com que um UAV de asa fixa consiga seguir um veculo
terrestre, usando uma cmara giratria. O autor afirma que, apesar de este mtodo ser para
uma UAV de asa fixa (avio), se fosse aplicado a um helicptero seria muito mais bemsucedido visto que o helicptero tem menos restries de voo e capaz de pairar no ar.
Esse mtodo funciona segundo duas regras essenciais:
Uma restrio a ter em conta neste sistema de perseguio que a velocidade do veculo
terrestre no deve exceder a do avio por longos perodos de tempo (pois assim este o
perdia de vista).
No artigo [14] apresentado um algoritmo baseado na viso que permite com que um UAV
seja capaz de aterrar sobre uma pista de helicptero. O algoritmo feito segundo uma
sequncia. Primeiro o helicptero tenta procurar a pista, aps encontr-la dirige-se at ela e
quando est situado sobre a pista, tenta fazer a aterragem. Se ao dirigir-se at pista o
helicptero a perder de vista, ele volta ao primeiro passo. A deteo da pista de aterragem
feita segundo a deteo da forma caracterstica de uma pista de aterragem para helicpteros
(um H).
De forma semelhante o artigo [15] fala sobre os quadcopters que dispem de uma cmara
de um comando Wii, usada para detetar um padro de leds infravermelhos existentes num
bon modificado. O equipamento capaz de pairar sobre a pessoa que utilize esse bon.
Em termos de segurana poderia ser utilizado para vigiar uma pessoa de forma a garantir a
sua segurana. Trata-se de um equipamento acessvel e leve, visto dispor de sensores
simples e baratos.
No que diz respeito aos incndios, sua deteo, confirmao e monitorizao, o artigo
[16] descreve como vrios tipos de UAV podem ser usados antes, durante e depois dos
incndios. Podem ser usados por exemplo na preveno dos incndios, inspecionando a
vegetao, verificando zonas onde exista mais suscetibilidade de ocorrer fogos. Durante os
fogos so usados na deteo [17] e confirmao do incndio, informando o servio de
bombeiros da rea atravs da sua georreferncia. Aps os fogos so utilizados na
monotorizao de pequenas brasas e na prospeo fazendo uma previso da rea ardida.
2.1.2-Geologia e Arqueologia
No campo da geologia apresentado no artigo [5] um quadcopter que dispe de uma
cmara com vrios filtros ticos, com a finalidade de analisar terrenos agrcolas. Aps essa
anlise possvel observar se necessrio ou no fertilizar determinada zona, pois com a
ajuda da cmara possvel assinalar as zonas que necessitem de fertilizao, fazendo com
que no se desperdice recursos onde no seja necessrio. Este sistema dispe ainda de um
7
downlink com o qual so transferidas as imagens capturadas pelos sensores para uma GCS
(Ground Contol Station) para serem analisadas.
Outro mtodo descrito na referncia [18]. Esse mtodo baseado num HALE (High
Altitude Long Endurance), um tipo de UAV que usado para explorao dos terrenos
inspitos do rtico. proposta uma alternativa de explorao de terrenos como o rtico,
usando um UAV a energia solar, no necessitando de combustveis fosseis para descolarem
satlites para o mesmo propsito.
No campo da arqueologia os UAV so muitas vezes utilizados para o registo de imagens
areas, de forma a registar o trabalho feito diariamente [19]. O autor enuncia que antes de
existirem os UAV, o trabalho teria de ser feito por mo humana, tentando desenhar os
planos e sees feitas no trabalho do dia-a-dia, um processo muito tedioso, assim foi
testado a utilizao de um UAV num local arqueolgico em Itlia, com sistemas areos de
baixo custo do Politcnico de Torino. Com o uso da fotogrametria [2] foi possvel recolher
e armazenar informaes das imagens necessrias durante o perodo de trabalho na
escavao, algo que sem o uso de UAV teria que ser feito apenas aps o dia de escavaes
[19].
No artigo [20], so utilizados vrios modelos de UAV para fotografar 3 diferentes zonas
climticas, desde zonas hmidas a altas temperaturas, nas Honduras, de zonas com poeiras
no Per, zonas de grande altitude e diferentes variaes de temperatura e ventos fortes no
Buto. Segundo a anlise do autor, conclui-se que ao utilizar diferentes UAV em vrias
zonas, umas vezes de forma autnoma e outras pilotadas os UAV conseguem completar a
misso que lhe destinada (tirar fotos a instncias arqueolgicas). Ainda conclui que pode
ser afirmado que todos os sistemas utilizados esto aptos para aplicaes de arqueologia.
De forma semelhante, o artigo [21] indica que utilizam UAV para capturar imagens
panormicas de uma paisagem de valor cultural de forma a conseguirem posteriormente
integrar imagens 3D de mapas histricos ou atlas. Com o uso da fotogrametria, usam UAV
para tirar fotos de diferentes perspetivas, a fim de criarem uma imagem com texturas dos
vrios elementos. Atravs dessas imagens panormicas possvel criar mapas e itinerrios,
que mais tarde podem ser usados em aparelhos como smartphones ou tablets em aplicaes
de divulgao turstica e de conhecimento cultural.
2.1.3-Aquisio de imagens areas
Neste campo no existe grande desenvolvimento sobre o equipamento. O equipamento
utilizado como um meio para filmagem. A nica parte de desenvolvimento para o
equipamento ser por exemplo no controlo da cmara que o equipamento transporta [50].
Grande parte dos UAV j capaz de fazer um percurso areo previamente definido, no
necessitando de grande conhecimento sobre os comandos de voo e bastando indicar num
mapa que percurso o aparelho deve fazer [20].
O sistema por sua vez executa o percurso que lhe foi destinado e muitos deles j dispem
do sistema de aterragem automtica [22]. Ao utilizador cabe a tarefa de indicar o percurso
de voo e guardar as imagens, para mais tarde vend-las. Caso no seja propcio o voo
autnomo, existem modos de voo que permitem um voo estvel para qualquer utilizador
inexperiente [23].
Este ramo tem crescido cada vez mais, pois atravs do uso de um UAV no necessrio
alugar um meio areo para fazer uma filmagem que apenas poderia ser feita por meio areo
[2]. A utilizao dos UAV vai desde a promoo de imobilirio [6], para o vdeo
publicitrio [6], para documentrios de vida animal [6] e para a utilizao em cobertura de
eventos jornalsticos [24].
2.1.4-Robtica
Este deve ser o campo onde existe mais informao sobre o desenvolvimento de robs
areos. Um dos vrios desenvolvimentos a cooperao entre robs: o desenvolvimento de
tcnicas multiagente. Em [7] proposto um ambiente de simulao para teste de controlo
de mini-UAV. Durante essas simulaes o quadcopter testado no caso de perda do
controlo de eficincia num dos motores ao pairar e noutro a fazer uma trajetria elptica.
Este ambiente de simulao propcio para o desenvolvimento do controlador de voo, visto
que possvel testar em ambiente controlado, sendo possvel alterar variveis em vez de
criar testes reais.
O artigo [25] apresenta uma proposta de um controlador implementado com redes neurais,
para controlar o voo de um quadcopter. Em ambiente de simulao foram obtidos
resultados animadores e conseguido obter a atitude correta reduzindo os desvios em voo.
O artigo [1] demonstra que foi possvel desenvolver um sistema de um quadcopter, usando
um controlador PID (Proportional Integral Derivative) que permitisse estabilizar 2 dos 6
graus de liberdade, usando uma placa FPGA (Field-Programmable GateArray). Atravs da
filtragem dos sensores, como o IMU (Inertial Measurement Unit), e do uso das imagens de
uma cmara para estabilizar os restantes 4 graus de liberdade, foi possvel corrigir todos os
graus de liberdade para permitir um voo sem interveno humana.
Por sua vez, na tese [26] usada uma cmara capaz de capturar o movimento em tempo
real e de o transmitir para uma estao terrestre onde ser analisada. O sistema utiliza o
processamento da imagem que capturada atravs da cmara para detetar obstculos e
saber onde se encontra. Atravs desse sistema o quadcopter capaz de fazer grande parte
do percurso sem a interveno humana.
Na referncia [22] apresentado um quadcopter com um sistema de garras, que serve tanto
para transportar objetos, como para pousar em superfcies que no se encontram na
horizontal. Durante a fase de testes o quadcopter foi capaz de aterrar autonomamente e
caso exista alguma falha na aterragem, principalmente quando este tenta pousar sobre uma
superfcie vertical, o helicptero capaz de recuperar dessa falha e manter-se novamente a
pairar.
O mesmo autor desenvolveu um sistema autnomo, [27] utilizando as garras indicadas no
captulo anterior, de forma a transportar um bloco de madeira com a cooperao de 2 ou
mais quadcopters. Durante os testes, foi possvel transportar blocos de madeira com 4
formas diferentes (em linha, em T, em L e em cruz) utilizando para a tarefa 4 quadcopters.
Os quadcopters foram capazes de transportar os diferentes blocos de forma estvel.
10
Outra inovao referida em [9] em que criado um controlador para que o Arducopter
passe atravs de uma janela pela horizontal, pela vertical e que tente tambm pousar numa
plataforma que faz um ngulo com a horizontal superior a 90. Foi desenvolvido um
controlador de forma a que o veculo completasse a sua misso, isto fazer uma trajetria
3D.
11
outros sensores e enviar para a sada os sinais que iro fazer mover os motores, de acordo
com o desejado.
Os motores esto ligados a controladores ESC (Electronic Speed Controllers), que so
responsveis por fazerem trabalhar os motores. Na placa de controlo atravs de Arducopter
existem 2 pares de hlices simtricos, cada par deve girar numa direo (no sentido dos
ponteiros do relgio ou contrrio aos ponteiros do relgio). Os pares de hlices devem ser
dispostos da seguinte forma: um par deve ser colocado com uma hlice frente e outra
atrs do helicptero; o outro deve ser colocado, com uma hlice esquerda e outra direita
do helicptero. O helicptero contm de uma bateria de Ltio para fornecer energia a todo o
equipamento.
A placa de controlo contm um firmware que pode ser programado para adio de novas
funcionalidades ou de sensores, atualmente esse firmware o Arducopter 2.6. Existem duas
formas para configurar e testaros sistema, e gerir os ficheiros log dos voos efetuados. Uma
das formas, atravs de um menu CLI (Command Line Interpreter), um terminal de linha
de comandos que contm: um menu para configuraes referentes ao helicptero; outro
menu para testar os vrios sensores; e outro menu para gerir os ficheiros de log. A outra
utilizando o software Mission Planner, uma plataforma que alm de permitir a execuo
dessas tarefas atravs de uma interface grfica mais percetvel, pode ainda ser utilizado para
definir uma misso autnoma para o helicptero, com a ajuda de um sistema de telemetria
permite utilizar uma GCS (Ground Control Station), uma estao capaz de controlar um
helicptero em tempo real atravs de um porttil, contendo a visualizao dos estados dos
sensores, sendo possvel a alterao da misso autnoma em tempo real. O software
Mission Planner contm um protocolo de comunicao chamado MAVLink (Minature
AirVihecle Link), cujo protocolo serve para definir as misses autnomas e toda a
comunicao entre a placa APM e o programa.
13
4- Descrio do Arducopter
Neste trabalho foi utilizado um quadopter que resultou da aplicao da plataforma Arduno.
Neste captulo sero descritos os vrios elementos do Arducopter, assim como a sua
instalao.
O equipamento essencialmente constitudo por [28]:
A estrutura do Arducopter
Rdio transmissor/recetor
Bateria e carregador
Magnetmetro
GPS
4.1.1-Alimentao da placa
A APM tambm tem uma entrada alternativa de energia, podendo assim fornecer energia
diretamente placa atravs de uma bateria separada do sistema de controlo remoto. Isso
feito atravs da extrao da soldadura de um jumper SJ1 como se mostra na figura 2 e
ligando os conetores da bateria diretamente na placa APM, com as respetivas polaridades
nos pins que se encontram na figura 2. A placa possui um regulador de corrente e um
fusvel de reset. [30]
15
porta de telemetria serve para ligar componentes adicionais, como um Xbee de forma a se
ter um voo com uma GCS. A porta Pitot onde devem ser ligados sensores adicionais,
como sensores utrassnicos ou de infravermelhos [31].
Os 4 DIP (Dual In-line Package) switches e o slider switch (que se encontram no canto
inferior esquerdo da figura 4) tornaram-se obsoletos, visto que, com o aparecimento do
firmware 2.0, para se aceder aos comandos enviados por estes dispositivos, que passavam
pela entrada no terminal CLI, pela escolha da configurao da estrutura e pelo modo de voo
(se o dispositivo controlado era um avio ou um helicptero). Atualmente so todos feitos
por software, no sendo necessrio por vezes desmontar o equipamento para alterar a sua
configurao, tornando a placa APM1 mais prxima a nvel de funcionalidades da verso 2
APM2 [32].
Na figura 4 pode-se observar um rel a branco que serve para ser usado em eventos de
gatilho (trigger) como por exemplo, este pode ser usado quando se pretende tirar uma foto
(quando se dispe de uma mquina fotogrfica). Pode-se tambm observar que atravs
desta placa que se liga a ficha mini USB que se conectar ao pc para permitir aceder aos
dados da placa e program-la [31].
17
O led A (verde) - se estiver ligado indica que os motores esto armados; se estiver
intermitente indica que os motores esto desarmados.
O led C (vermelho) - se estiver ligado indica que o GPS est sincronizado; se estiver
intermitente indica que est a tentar sincronizar; se estiver desligado indica que o
GPS no se encontra conectado.
18
4.1.5-Descrio da APM2
Apesar da Universidade da Madeira no dispor da verso 2 da placa APM, ir ser descrito
brevemente as diferenas entre as duas verses. Uma das grandes diferenas entre estas
duas placas nos sensores que usam. A placa APM2, que est representada pela figura 6,
dispe de um Invensense MPU-6000 gyro/accelerometer chip, que contm o seu prprio
processador. Contm ainda um sensor de presso altamente preciso para medies de
altitude. Devido evoluo dos sensores foi possvel a incorporao de vrias funes,
utilizando assim menos chips e com sensores digitais, no recorrendo aos conversores
analgico para digital, como ocorria no APM1 [34].
Ao contrrio da APM1, a APM2 j dispe de sensores como o GPS e o magnetmetro
embutidos, para no ser necessria a utilizao de soldaduras ou cabos. O boto CLI
(command line interpreter) no APM2 j no existe. O CLI chamado premindo a tecla
enter 3 vezes no terminal de incio em vez de utilizar um interruptor na placa APM para
ativar essa funo. A placa APM2 no contm o rel que servia essencialmente para tirar
uma foto numa cmara, mas possvel a adio de um rel externo [34].
No existem interruptores DIP pois estas funcionalidades so executadas atravs do
Mission Planner. Como acontecia com a APM1 esta no dispe de um monitor de
voltagem, pois prefervel utilizar um Sparkfun current sensor [35], que pode ser ligado a
uma das portas disponveis [34].
19
4.2-Estrutura do quadcopter
Existem vrios tipos de estruturas, dependendo do nmero de motores e da verso do
modelo. A verso do Arducopter existente uma verso mais antiga e primordial. O seu
trem de aterragem no o melhor, pois feito de um material frgil e pouco resistente a
choques. Existem outros modelos mais recentes que j dispem de materiais mais robustos,
com alumnio, que fazem com que se tenha mais segurana no caso de uma queda
involuntria do equipamento ou no caso de no se ter muita sensibilidade com o controlo ao
aterrar [28].
Estas novas estruturas tm a vantagem de serem originais do Arducopter tendo assim
controladores PID (Proportional Integral Derivative) adequados estrutura e aos motores
de 850kv (potncia dos motores), que so os motores padro. A montagem da estrutura
encontra-se descrita no Anexo B. A estrutura do quadcopter existente pode ser configurada
20
21
Este semelhante a uns esquis, como existem nos helicpteros convencionais, e permitem a
utilizao de uma cmara a bordo. Outro modelo, representado nas figuras 9 e 10, utilizam
4 pernas.
22
Na figura 10 existe uma estrutura constituda por 4 pernas que dispem de molas para
reduzir a fora do impacto. Um dos factos a ter em conta quando se escolhe um trem de
aterragem a funcionalidade do helicptero. Se for necessrio incorporar uma cmara,
indispensvel que o trem de aterragem seja suficientemente alto para que consiga proteger a
cmara de um impacto.
Analisando os vrios modelos existentes, optou-se por criar uma perna para ser colocada
em cada um dos braos, visto a universidade usufruir de uma impressora 3D, para que fosse
mais estvel a aterragem. Estas novas pernas, que se apresentam na figura 11, so feitas de
um plstico que as torna mais flexvel, para aterragens de pequena altitude. As pernas
foram colocadas mais perto dos motores, para que na queda as hlices no se inclinassem
para o cho e fossem danificadas. Com esta nova disposio das pernas, caso a aterragem
fosse de forma inclinada, a estrutura ficaria mais nivelada.
23
transmissor, que um rdio transmissor de 9 canais que est configurado no modo 2 (modo
utilizado na Europa em que o throttle posicionado no lado esquerdo do comando, algo
que no aconteceria no modo Americano, em que o throttle est posicionado no lado
direito, fazendo uma troca com o comando pitch) e funciona com 8 pilhas AA. A figura 12
apresenta os vrios canais e o correspondente a um movimento do Arducopter. A
explicao desses movimentos encontra-se na seco 7.1.
4.4.2-Rdio recetor
O rdio recetor representado na figura 13 o equipamento que recebe os comandos
enviados pelo transmissor e os envia para a placa APM. Estes dois equipamentos so
comprados em conjunto, mas ter vrios recetores por vezes bom, no caso de se ter vrias
aeronaves, pois assim pode-se utilizar apenas um controlador para vrias aeronaves [28]. A
instalao dos componentes encontra-se explicada no anexo B.5.
Este equipamento apresenta 9 canais de sada, mas no modelo existente na Universidade da
Madeira apenas utilizamos o cabo que contm 6 canais, que deve ser ligado s primeiras 6
entradas (apesar de no usarmos o 6 canal pois este no necessrio).
25
4.5-Bateria e carregador
Nesta seco so descritos a bateria, o carregador e os passos para o seu carregamento.
4.5.1-Bateria
Um componente muito importante a bateria, visto que o dispositivo que fornece toda a
energia necessria para o funcionamento dos controladores e motores [28]. O Arducopter
existente possui uma bateria de LiPo (Litium Polymers) de 11,1V e 2200mAh com 3
clulas. Abaixo encontra-se a figura 14, com a bateria. Este tipo de bateria muito
perigoso, por ser muito inflamvel e no ser possvel apagar com um extintor normal. Por
isso deve-se ter o cuidado de mant-la em lugares frescos e longe de fontes de ignio ou
de calor.
26
4.5.2-Carregador
tambm necessrio ter um carregador especfico para este tipo de bateria de forma a
carregar corretamente cada clula da bateria [28]. O carregador IMAX B6 dispe de vrias
formas de carregamento (carregamento rpido, carregamento normal e carregamento
balanceado) para vrios tipos de bateria (de nquel e de ltio). Ao carregar a bateria, deve
ser escolhido o tipo de bateria correto assim como o carregamento balanceado, visto que
este carrega corretamente cada clula da mesma. Na figura 15 encontra-se uma imagem do
carregador existente.
Ligar as duas outras pontas dos fios de corrente do carregador a uma fonte de
alimentao (ter sempre em ateno o positivo e negativo) e escolher uma voltagem
de cerca de 15V.
Ligar o carregador.
Escolher o menu de baterias ltio LiPo (normalmente j est definido por defeito).
Em seguida selecionar a amperagem de 2A (este valor convm ser entre 1,5A a 2A),
a voltagem de 11,1V e 3S (3 clulas). Para comear a carregar a bateria deve seguir
para o prximo menu, pressionando enter cerca de 3 segundos.
27
A bateria ir carregar durante uns 30 minutos, aps esse tempo o carregador ir dar
uns apitos a indicar que a bateria est carregada. O tempo de carregamento
influenciado pela amperagem definida, quanto mais amperagem mais rpido o seu
carregamento. Aps estar carregada, carregue no boto stop, desligue a fonte de
alimentao e retire os conetores todos.
4.6-Sensores
Esta seco apresenta quais os sensores que podem ser adicionados ao Arducopter. Um
sensor um dispositivo eletrnico cuja funo medir certos valores, por exemplo a
temperatura, a altura, a distncia. A placa APM analisa os vrios dados obtidos pelos
diversos sensores para que o Arducopter tenha melhor desempenho nos voos.
4.6.1-Magnetmetro
Este dispositivo pode ser opcional no caso de no se utilizar o modo de manter a posio
em voo (pairar no mesmo local) ou de fazer voos autnomos. O magnetmetro disponvel
o Tripple Axis Magnetometer - HMC5883L. Este dispositivo pode ser colocado na placa
APM de duas maneiras. Atravs de um cabo ligado porta I2C do oilpan (placa azul); ou
28
29
4.6.1.2-Mtodo 2
No mtodo 2, o cabo mais comprido do kit deve ser alterado. Retira-se um conetor (pea de
plstico branca) de uma das extremidades do cabo e dois fios como podemos observar na
figura 18. De seguida inserido o conetor na placa IMU na porta I2C. O magnetmetro ao
ser ligado na estrutura deve se encontrar orientado para a frente como no mtodo 1 (figura
19) [41].
30
Sonar
Sensor Infravermelho.
Um gymbal de cmara
Monitor de bateria
31
importante que o sonar seja montado pelo menos cerca de 7,5 cm do centro, para evitar
rudos eltricos provenientes dos ESC e outras interferncias. Adicionou-se um sonar no
Arducopter utilizado na tese, criou-se um suporte na impressora 3D. Este sensor foi preso
com apenas um parafuso O sonar o LV-EZ3, apesar do modelo no ser o LV-EZ0, os
alcances na medio de distncias so semelhantes [43].
O sonar dispe de um cabo que facilmente adaptado e retirado, caso no seja necessrio a
sua utilizao. Ao instalar deve-se ter ateno s marcas que se encontram em cada uma das
extremidades do fio (figura 21). A marca a preto corresponde ao GND (Ground) e colocase na placa de forma correta, para evitar danos na placa e no sensor. [43]
32
possvel ativar o sonar entrando no modo CLI (comand line interpreter), ou usando o
separador configuration do Mission Planner. No terminal de CLI, aps escrevermos
setup, escreve-se sonar on para ativ-lo. Para indicar o modelo do sonar escreve-se
sonar 0 para o XL-EZ0; sonar 1 para o LV-EZ0; ou sonar 2 para o XL-EZL0.
possvel ativar e selecionar o modelo, quando estamos conectados pela USB atravs do
programa APM Mission Planner, selecionando o separador configuration como se
encontra descrito na seco 6.
Os valores do sonar podem conter rudo, para isso usa-se um choke de ferrite no cabo do
sensor ou utiliza-se um cabo blindado. As causas dos rudos podero ser [43]:
33
5- Software e programao
Neste captulo sero apresentados os vrios firmwares existente para o Arducopter, assim
como a explicao do firmware Arducopter 2.6, que se encontra instalado no hardware do
Arducopter da Universidade da Madeira.
5.1-Software
Existem vrios firmwares diferentes para o hardware do Arducopter entre os quais so
recomendados [44]:
ArduPiratesNg code Foi utilizada uma verso ArduCopter RC2 onde fizeram
melhoramentos atravs comunidade Ardupirates, este inclui novos suportes da
estrutura de voo, um melhor processo de configurao e resoluo de bugs [45].
Este cdigo encontra-se atualmente pouco desenvolvido, pois com o aparecimento
da placa APM2 o grupo do Arducopter evoluiu de tal maneira que todos os modos
de CLI e voo so selecionados por software, existindo melhores funcionalidades
deixando este cdigo praticamente obsoleto.
ArduCopterMega - a verso oficial mais recente a ser lanada. Tem como nome
Arducopter 2.0. O cdigo que provm do APM de asa fixa (Ardupilot), que contm
mais funcionalidades e mais maduro que o Arducopter. Esta verso traz as
funcionalidades totais dos UAV, incluindo waypoints programveis em 3D,
software ground station, comunicao de dois sentidos durante o voo e uma
navegao guiada atravs de GPS permitindo indicar onde o Arducopter deve seguir
em tempo real. Atualmente encontra-se na verso Arducopter 2.6, mas mensalmente
so realizadas melhorias ao software, de forma a tornar o voo mais estvel.
5.2-Programao em Arduino
No caso de ser necessrio criar novas funcionalidades no cdigo, ou incorporar outro sensor
que no se encontre na verso atual, possvel programar a placa APM com o IDE
(Integrated Development Environment) do Arduino [46].
34
Antes de programar necessrio instalar a placa APM no computador, para tal necessrio
[47]:
Ter ateno para no selecionar o ficheiro Arduino com uma verso igual ou
superior 1.0, pois esta verso utiliza uma extenso de ficheiro diferente utilizado
pelo Arducopter. prefervel a utilizao do ficheiro Arduino 0023.
Aps instalar o ficheiro deve ligar-se a ficha mini USB placa APM, caso o sistema
no reconhea a placa, deve-se ir ao gestor de dispositivos do computador e
atualizar o controlador (de preferncia atravs da atualizao online).
Aps definir a localizao do sketchbook, necessrio fechar o programa e reinicilo para que as opes sejam atualizadas.
Para carregar o cdigo atravs do Arduino devem-se seguir os seguintes passos [49]:
35
5.3-Descrio do cdigo
O cdigo criado por uma pequena equipa que ao desenvolv-lo, torna-o mais completo, e
com menos erros. Mensalmente so criadas novas verses do cdigo, onde so corrigidos
bugs e adicionadas novas funcionalidades.
O cdigo que ser analisado corresponde verso 2.6. O cdigo constitudo por duas
pastas, uma Libraries e outra Arducopter.
5.3.1-Pasta Libraries
No que diz respeito pasta Libraries, esta contm todas as bibliotecas necessrias para
uma boa operao dos sensores e dos componentes. Dentro desta existem vrias pastas que
correspondem s bibliotecas individuais de cada componente, (desde controladores,
sensores, motores, informaes relativas placa, entre outras). Em cada pasta podem existir
4 tipos de ficheiros com 4 tipos de extenso. A extenso .h(ficheiro header), a extenso
.cpp(ficheiro c++), a extenso .pde (ficheiro Arduino) e um ficheiro adicional de
extenso .txt(ficheiro de texto) com o nome de keywords.txt.
5.3.2-Pasta Arducopter
Quanto pasta Arducopter, esta constituda essencialmente por ficheiros de dois tipos,
Arduino e header.
Os ficheiros header (extenso .h) servem para criar classes com parmetros globais, e
definir a configurao dos componentes a serem utilizados no Arducopter assim como as
variveis.
36
Atravs da figura 23, pode-se observar que de todos os ficheiros Arduino (extenso .pde)
existe um ficheiro principal denominado arducopter.pde e encontra-se ligado a todos os
restantes. Este ficheiro realiza a incluso de todas as bibliotecas necessrias, assim como de
todas as variveis e inicia o loop principal do programa. a partir deste ficheiro que so
chamadas todas as funes que se encontram nos restantes ficheiros Arduino.
Na parte superior da figura 23, podemos observar um pequeno grupo de ficheiros Arduino
que correspondem aos menus do CLI. Esses ficheiros so:
Setup.pde
Test.pde
Log.pde
Planner.pde
O ficheiro System.pde, que se encontra ligado a este grupo, responsvel por criar o menu
principal do terminal, com as opes (setup, test, log e planner), assim como as funes
crticas como a designao do modo de voo, a ativao do modo failsafe e o incio do GCS.
Os restantes ficheiros (setup, test, log e planner) contm a informao de como sero
apresentados os vrios menus selecionados, como se fosse um terminal.
No lado direito da figura apresenta-se um grupo de dois ficheiros, responsveis por permitir
ao utilizador definir o seu prprio cdigo. Esses ficheiros so o UserCode.pde e o
UserVariables.h. No UserCode.pde, podem ser definidas as inicializaes e as funes
necessrias. As variveis do utilizador podem ser definidas no ficheiro header
UserVariables.h.
Na parte de baixo da figura 23 existe um grupo formado por 3 ficheiros nos quais se
encontram as funes relacionadas com o rdio controlo remoto:
Tambm no canto inferior esquerdo da figura 23 existe um outro grupo composto por
ficheiros header que so responsveis pela alterao, definio de variveis, pela
configurao de estrutura e pela configurao de canais. Esses ficheiros so:
No canto inferior direito da figura 23 encontra-se um grupo de ficheiros que dizem respeito
s funes dos sensores e dos atuadores. Este grupo formado pelos seguintes ficheiros:
38
Novamente no lado direito da figura 23, encontra-se um grupo formado por 3 ficheiros.
Esses so responsveis pela criao, processamento e gesto dos comandos de voo
automtico. O grupo formado pelos seguintes ficheiros:
No canto superior direito, existe um ficheiro chamado GCS_mavlink.pde, que contm todas
as funes necessrias para a comunicao entre o Arducopter e a estao GCS.
No lado esquerdo, pode-se observar o ficheiro Navigation.pde, que contm todas as funes
necessrias para um voo autnomo. Este ficheiro contm o clculo de trajetrias, de
velocidade, de altura e de erros para que o voo atravs de waypoints seja feito sem falhas.
Finalmente no canto superior esquerdo, existe um grupo formado por 4 ficheiros, dois
headers e dois ficheiros Arduino. Esses ficheiros so:
39
Figura 23 - Diagrama contendo os vrios ficheiros do cdigo agrupados segundo as suas funcionalidades
Na figura 24, pode-se observar um diagrama que contm os vrios loops do cdigo
principal do arducopter.pde. A figura apresenta retngulos e cada retngulo indica um
loop. Os loops mdium_loop e slow_loop contm pequenos retngulos dentro do seu loop,
isto deve-se ao facto de apenas executarem um retngulo de cada vez que so chamados. Os
retngulos so executados da esquerda para a direita e de cima para baixo. Cada um dos
loops executado segundo um perodo de tempo determinado. O fast_loop executa-se a
40
41
42
43
chamado modo guiado e s pode ser utilizado se existir um sistema de telemetria que
comunique entre o Arducopter e o programa em tempo-real [56].
O modo guiado separado dos outros modos e uma vez selecionado no Arducopter, ir
permanecer no ponto selecionado at que seja adicionado outro ponto em modo guiado ou
at que seja escolhido outro modo de voo. No caso de outro modo de voo ser o auto, ele
retomar a misso onde foi deixada [56].
Loiter UnLim - Este comando faz com que o Arducopter faa loiter na posio em
que se encontra quando o comando chamado.
Land - Este comando far com que o Arducopter aterre. Se o sonar estiver ativo, ele
manter a posio a uma altura de 3 metros e em seguida descer. Neste comando
os motores no param, sendo necessrio mudar o modo de voo para Stabilize para
poder deslig-los.
Takeoff - Este comando tem como parmetro a altura. O comando far com que o
Arducopter levante voo e mantenha a sua posio at a altura indicada nos
parmetros.
Do_jump - Este comando faz com que o helicptero salte o comando para um
waypoint com o ndice indicado nos parmetros. Tem como parmetros o ndice do
comando pretendido e o nmero de vezes que deve ser executado o salto.
Do_set_relay - Este comando liga ou desliga o rel existente na placa APM (placa
azul).
Do_set_servo - Este comando faz mover o servo e tem como parmetros o canal e o
valor de PWM.
As primeiras 256 linhas so os comandos e aps essas linhas o log alternar entre
attitude (valores dos acelermetros) e GPS. Se o GPS for 0 significa que o GPS no
estava sincronizado nessa altura.
Cada linha representa um data log que feito vrias vezes por segundo.
46
Para mais informaes de como analisar os ficheiros log encontra-se na referncia [59]
Quando tudo estiver configurado clica-se em enable e o Mission Planner far com
que o comando configurado assuma o lugar do controlador manual. As restantes
funes mantm-se. Se carregar em Save o sistema guardar as configuraes, sendo
designar modos autopilot atravs dos botes do comando.
6.5-Scripting em Phyton
No Mission Planner possvel executar scripts em phyton, de forma a programar o
Arducopter facilmente. Para aceder e executar o script, deve-se carregar no boto Script
47
(que se encontra no separador flight data), escrever o script. Ao fechar abrir uma janela
indicando se se quer executar o script ou no.
Alm dos comandos do phyton existem os comandos que so especficos do Mission
Planner, sendo eles [61]:
Cada um destes menus contm sub-menus cujos comandos podem ser novamente
verificados pelo comando help.
Dentro do menu Setup temos os seguintes comandos [62]:
Level Faz uma calibrao nos valores do acelermetros, neste helicptero deve
estar numa superfcie nivelada.
Modes Faz a configurao dos modos de voo. Usa-se o stick de roll para escolher
o modo de voo e a tecla enter para gravar as configuraes.
Dump Descarrega o log com o nmero indicado, por exemplo dump (1)
descarrega o log nmero 1.Caso o nmero seja 0, descarrega e apaga todos o logs.
Enable Ativa o log com o nome, por exemplo enable log1 ativa o log1. Se se
escrever all em vez do nome ativa todos os logs.
Disable Desativa o log com o nome, por exemplo disable log1 desativa o log1.
Se se escrever all em vez do nome desativa todos os logs.
49
Existe um novo menu chamado Planner, que foi adicionado recentemente, no existe
nenhuma documentao sobre a sua funcionalidade. Este menu apenas dispe do comando:
Gcs
Aps fazer o reset liga-se o rdio e escreve-se o comando radio. Ser pedido para
mover os controlos deste e pressionar a tecla enter para gravar os valores mximos.
Escreve-se por exemplo declination 14.25 para gravar a inclinao para a bssola.
Para achar a declinao da bssola deve-se ir ao link disponvel na referncia [63]
colocar a latitude, a longitude e a data. De seguida faz-se o clculo da declinao e
introduz-se esse valor.
Escreve-se Test para entramos no menu Test e executa-se o comando Radio para se
verificar os valores do rdio movendo os sticks de roll e pitch, como se encontra na seco
4.4.1, Para baixo e para a direita os valores devem ser aproximadamente de 4500 nos dois
(roll e pitch), O stick de throttle deve ser entre os valores 0-800 e o stick de yaw os valores
devem ser de -4500 se este estiver para a esquerda, e de 4500 se estiver para a direita.
Aps estes passos o Arducopter est pronto para voo. Apesar destes passos poderem ser
feitos atravs do modo CLI, prefervel faz-los atravs do APM Mission Planner, visto
este ter uma interface grfica, facilitando os passos de configurao. As instrues Para a
configurao esto descritas na seco 7.8.
51
7-Configuraes Pr-voo
Este captulo apresenta o uma serie de procedimentos a serem compridos antes de se efetuar
um voo.
52
A figura 25 ilustra o texto acima, indicando os vrios movimentos feitos pelo Arducopter.
7.2-Voo
O Arducopter permite os seguintes modos de voo [23]:
Acro: este modo destina-se a voos acrobticos (s deve ser utilizado quando temos
grande domnio sobre o helicptero), pelo que no recomendado a principiantes.
far com que o helicptero mude a sua rotao consoante o valor do stick. Largar o
stick de yaw far o helicptero manter a nova posio.
Alt Hold: um modo semelhante ao Stabilize mas com a potncia das hlices
ajustada automaticamente de forma a manter a altitude. Essa altitude pode ser
controlada levantando o stick de throttle (faz o helicptero aumentar a altitude) ou
baixando o stick de throttle (faz o helicptero diminuir a sua altitude). Deixar o stick
de throttle na posio de repouso, faz com que este mantenha a altitude.
Um dos cuidados a ter neste modo com a sua desativao, pois o valor de throttle
ser o mesmo que o indicado no comando. Assim, quando este modo for
desativado, o Arducopter pode subir ou descer rapidamente, causando assim um
acidente.
Neste modo no possvel aterrar e parar os motores completamente (uma vez que
este modo controla a altitude do helicptero e no os motores). aconselhvel
mudar o modo para o Stabilize e assim aterrar.
Simple: este modo o que muitas vezes chamado de care free em outros
multicopters. Permite o utilizador voar sem se preocupar com a orientao do
helicptero. Se nos controlos apontar-se o Arducopter para norte ele seguir nessa
direo. Este modo muito til para voos em que a sua visualizao dificultada
pela longa distncia.
Este modo pode ser sempre selecionado juntamente com qualquer outro modo de
voo.
Quando se usa este modo deve-se primeiro arm-lo na orientao correta antes de se
levantar voo. Assim quando se apontar o controlo para a frente ele deve seguir em
frente e ao carregar-se para trs ele deve vir na direo oposta.
Auto: este modo faz com que o helicptero siga as instrues internas de scripting
de forma a controlar as suas aes. As suas misses podem ser simples waypoints
ou aes complexas como levantar voo, rodar vrias vezes, tirar fotos, entre outros.
Para aterrar necessrio outra vez mudar para o modo Stabilize, visto que no modo
automtico apenas controla-se a altitude e no os motores.
54
RTL: Este modo permite que o helicptero retorne localizao de incio (ou seja
return to home location). Este modo retorna posio inicial com a mesma altura a
no ser que seja especificado outro valor atravs do Mission Planner.
De forma semelhante ao modo Auto, no possvel aterrar neste modo, da ter-se
que mudar, por exemplo para o modo Stabilize.
Circle: Este modo serve para orbitar numa certa localizao. semelhante ao Loiter
mas a parte da frente do helicptero aponta sempre em direo ao centro.
No modo Circle a localizao ser o centro da rbita.
Follow Me: uma opo muito til pois permite que o Arducopter siga uma
localizao de waypoint dinmico. Para este modo necessrio ter um kit de
telemetria, assim como dois dispositivos Bluetooth, um no GCS e outro no
Arducopter. O Arducopter seguir o porttil atravs do seu sinal de bluetooth.
Nota: os modos Auto, RTL e Guided apenas devem ser utilizados quando o GPS se
encontra sincronizado.
7.3-Segurana
O Arducopter uma mquina e, como em todas as mquinas podem existir falhas. As
falhas podem ser, quer por parte do piloto, ou atravs do sistema hardware/software do
equipamento [64].
Antes de qualquer voo necessrio ler os avisos disponveis no manual, de como ligar os
componentes e por exemplo retirar as hlices quando testamos os motores. Deve-se deixar
uma distncia de segurana, ao manobrar este tipo de equipamento, para que em caso de
falhas no se por a vida de ningum em risco [64].
55
Ter sempre o modo de voo Simple como uma das 3 opes do boto de 3 posies
do rdio emissor. Por exemplo ventos fortes provocam desvios no movimento do
helicptero, principalmente a grande altitude. A utilizao do modo de voo Simple
evita que isto acontea, pois este modo faz com que a sua orientao seja sempre a
mesma.
Ao assumir que os motores esto armados deve-se dar um toque suave no throttle,
para confirmar se os motores esto armados.
Com FPV (first person view) deve-se utilizar os modos Simple, Stabilize e RTL,
mas devemos testar primeiro o RTL.
Se perder a orientao do yaw no modo Stabilize, deve tentar voar apenas para a
frente e utilizar o yaw para virar (como se se tratasse de um carro por controlo
remoto).
cuidado de no ter nem pessoas nem objetos perto das hlices. Deve-se armar o Arducopter
apenas num espao aberto e livre de todo o tipo de obstculos. Liga-se a bateria de LiPo e
espera-se at que a placa APM reinicie, mostrando os leds verde e vermelho a piscar. Caso
se tenha os 4 fios que contm o sinal dos motores desconectados dos pins de output da
placa APM, os motores tentaro rodar e estaro constantemente a apitar [65]. Para
armarmos os motores deve-se ligar os 4 fios placa como mostra a figura 26 do anexo B.5.
57
Para desarmar semelhante, mas em vez do stick estar posicionado todo para a direita, este
deve estar posicionado todo para a esquerda durante 2 segundos. Pode-se verificar que o
Arducopter encontra-se desarmado, verificando se o led verde encontra-se intermitente
[65].
Nota: Apenas se pode armar e desarmar os motores do Arducopter caso este se encontre no
modo de voo manual (Acro ou Stabilize). Nos restantes modos no possvel desarmar ou
armar os motores [65].
no voar da forma desejada sempre bom rever o equipamento, a fim de verificar se tudo
est corretamente ligado [65].
7.7-Calibrao dos controladores ESC
Para que o helicptero consiga levantar voo de forma estvel necessrio fazer uma
clibrao aos controladores ESC de forma a que todos os motores se liguem ao mesmo
tempo. Alguns controladores ESC no se ligaro a no ser que recebam um sinal PWM
suficiente. Devem-se configurar os controlos de rdio atravs do setup do modo CLI ou
atravs do APM Mission Planner para que os ESC sejam ativados, caso contrrio apenas
ouvir sons de beeps por parte do helicptero e no calibrar nada [67].
Existem duas maneiras de calibrar: uma manual, feita sem falhas e que funciona sempre
para todos os ESC; a outra automtica, que funciona com grande parte dos ESC. Deve-se
primeiro tentar a maneira automtica, e ento se esta no funcionar devemos executar a
manual.
7.7.1-Calibrao automtica
Esta calibrao feita com todos os controladores ao mesmo tempo. Durante a calibrao
recomendvel retirar as hlices. A calibrao executa-se segundo os seguintes passos [67]:
Deve-se certificar que o cabo com 4 fios que vem da placa de distribuio de
energia encontra-se ligado placa APM corretamente (nos primeiros 4 pins de sada
da placa). Este cabo o que fornece o sinal proveniente da placa APM aos motores.
Nos controlos deve-se meter o throttle alto e ligar a bateria para fornecer energia
APM.
Desliga-se a bateria e liga-se novamente. Um sinal alto de PWM ser enviado para
os controladores ESC acionando a calibrao.
59
7.7.2-Calibrao Manual
Ao contrrio da calibrao automtica, esta deve ser feita de forma individual a cada
controlador. Novamente recomenda-se retirar as hlices antes da calibrao. Os passos so
os seguintes [67]:
Dever ouvir-se uma nota musical e de seguida dois beeps. Depois dos dois beeps
deve-se largar o stick de throttle. De seguida ir ouvir-se um nmero de beeps
(equivalente ao nmero de clulas da bateria, que neste caso de 3) e depois um
longo indicando que o ESC est calibrado.
Caso um controlador ESC no calibre, deve-se inverter o canal de throttle pois deve
estar ao contrrio.
7.7.3-Testes
necessrio efetuar pequenos teste de voo aps a calibrao, para confirmar que tudo se
encontra em ordem. Aps estar tudo ligado corretamente assim que a placa iniciar,
armamos os motores pondo o stick de yaw no mximo para a direita durante 2 segundos, de
seguida deve-se dar uma pequena quantidade de throttle. Espera-se que todos os motores
rodem mesma velocidade e comecem ao mesmo tempo [67].
Clica-se no boto APM Setup (Quad), abrir uma janela que passar por um
processo de configurao.
61
7.10-Failsafe
O sistema de failsafe um sistema que serve, por exemplo no caso de o controlo remoto
estar fora do alcance, o helicptero conseguir lidar com a situao (regressando sua
posio home). Para ativar o sistema de failsafe necessrio definir o parmetro
THR_FAILSAFE a 1 (a 0 para desativ-lo).
Caso seja ativado o trigger de failsafe, o Arducopter levantar uns 10 metros, regressar
posio de home e aterrar aps 20 segundos. Este modo s funcionar caso o GPS se
encontre sincronizado. Por medidas de segurana o sistema de retornar base s funcionar
caso o helicptero esteja armado e esteja cerca de 10 metros da sua posio de home. Ao
utilizar este modo necessrio no desligar o controlo remoto acidentalmente, pois ele ir
aumentar a sua altitude em 10 metros e pairar na posio em que se encontra. O modo de
62
failsafe ativado quando o recetor manda para a placa pouco sinal de throttle, por exemplo
quando o rdio emissor acidentalmente desligado [71].
Ao usar o modo auto, existem dois modos de failsafe: No modo 1 quando o parmetro
THR_FS_ACTION est definido para 1, indica que ao haver uma falha por parte do recetor
o Arducopter deve regressar posio home; O modo 2 em que o parmetro
THR_FS_ACTION est definido como 2, caso ocorra uma falha por parte do recetor (por
falta de sinal ou mau funcionamento) e este estiver em modo auto o Arducopter deve
continuar a misso [71].
63
O primeiro objetivo foi testar os passos de configurao dos primeiros voos que se
encontram indicados na seco 7.8. Aps se efetuarem esses passos foi efetuada
calibrao dos motores. O primeiro voo foi realizado dentro da Universidade, os motores
foram armados e os comandos testados. O Arducopter parecia estar bem configurado a
nvel de estrutura e comandos. No primeiro voo foram obtidos os seguintes resultados:
O Arducopter voou como era suposto e no que diz respeito a fazer pitch, roll, yaw e
throttle todos os comandos respondiam corretamente.
Era difcil, em voo saber onde se encontrava a parte da frente do Arducopter, visto
este ser simtrico em todos os braos.
Outra observao resultante do primeiro voo foi que, devido s pernas provenientes
no kit serem muito prximas do seu centro, estas faziam com que em voos de baixa
altitude, ao se querer deslocar o Arducopter, este inclinava-se e tocava de raspo
com as suas hlices no cho, partindo-as (figura 28).
64
Como j foi sido referido na seco 4.2, o trem de aterragem original era muito pouco
fivel, pois ao mnimo toque com o solo fazia com que as hlices se inclinassem para o
cho e alm disso mostravam ser um material muito frgil.
Perante os primeiros resultados, foram pensadas novas alternativas relativas estrutura,
nomeadamente o trem de aterragem e as hlices. Foram ento alteradas as pernas do
helicptero, das originais, para umas impressas na impressora 3D do laboratrio. Quanto s
hlices, foram encomendadas 2 hlices pretas e duas verdes. Para testar novamente o
helicptero em voo foram usadas as hlices de outro Arducopter (umas hlices duas
polegadas maiores que as que existiam anteriormente), a fim de verificar se as novas pernas
criadas serviam para o propsito.
Aps o segundo voo os resultados obtidos foram os seguintes.
Em voos de baixa altitude as novas pernas faziam com que este no se inclinasse
tanto para a frente (visto elas encontrarem-se mais perto dos motores).
Com o uso das hlices do outro Arducopter, o voo tornava-se mais estvel do que
com as hlices menores.
65
Conclui-se por isso que novos meios tinham de ser usados, de forma a evitar a aterragem
brusca. Foi ento pensada na instalao de um sonar para que a baixa altitude, o sonar
ajudasse a manter a altura. Ento foi criada uma estrutura de montagem para o sonar na
impressora 3D, para ser colocada no Arducopter. O sonar foi disposto de maneira a que
fosse facilmente adaptado, para que quando no fosse necessria a sua utilizao, este
pudesse ser facilmente retirado.
Quando a encomenda com as novas hlices chegou, as anteriores foram substitudas. Para
tentar resolver o problema de se conhecer a parte da frente do Arducopter, foi ento posta
na parte da frente uma hlice verde ficando as restantes hlices a preto (figura 29). Aps a
instalao do sonar na placa, foi testado o modo de voo Alt Hold.
Durante o voo no foi possvel designar o modo de voo Alt Hold, pois o boto de 3
posies no estava a controlar o canal 5. Dentro do menu do emissor de rdio controlo era
possvel definir certos comandos auxiliares para o canal 5, mas no era possvel designar o
boto de 3 posies para esse canal. A soluo para este problema foi designar um outro
controlo para o canal 5, a fim de testar se alterava o modo de voo. O comando escolhido foi
o pitch trim que indicado na figura 30.
66
67
Para o ltimo voo foi pensado o uso de um mtodo de voo automtico, em que fosse
definida uma misso. Ento foi carregada uma misso (seco 6.2) que fizesse o
Arducopter levantar voo para uma altura de cerca de 3 metros, mantivesse a sua posio e
regressasse ao ponto onde estava quando descolou, caso o Arducopter desviasse por
influncia do vento. Mas, visto que o espao onde era para ser testado era no parque perto
da cantina da Universidade da Madeira, e isto implicava que no caso duma coordenada
errada de GPS o Arducopter embatesse contra um carro ou o edifcio, em vez do modo
Auto (onde existia uma misso indicando os waypoints) foi utilizado o modo RTL. Assim,
quando o Arducopter estivesse uns metros fora de rota ele regressaria autonomamente, com
a mesma altura ao local onde havia descolado.
Infelizmente ao levantar o voo no modo Alt Hold, possivelmente devido ao vento que se
fazia sentir no local, o Arducopter perdeu o controlo e embateu no cho violentamente,
danificando algumas hlices e partindo as suas pernas.
No foi possvel efetuar mais voos de teste, visto no existir a possibilidade de substituir as
peas em tempo til.
68
9.1-Concluses
Nos objetivos, tinha sido enunciado que se pretendia realizar a criao de pequenos
programas e o seu desenvolvimento em termos de modos de voo autnomos. Devido a um
lapso por parte dos CTT parte da encomenda foi reenviada ao fornecedor. Sendo que esta
continha componentes chave para o uso do helicptero (carregador e controlo remoto).
Esses elementos apenas chegaram a 10 de julho de 2012, e devido a este acontecimento,
no foi possvel fazer grandes desenvolvimentos no Arducopter.
Apesar desse curto tempo para ensaios, foi possvel fazer vrios voos e reter certas
observaes importantes para o bom funcionamento do equipamento. Por outro lado, todo o
trabalho de pesquisa, instalao e configurao foi compilado nesta tese. Assim, quando for
necessrio desenvolver outro projeto, utilizando o Arducopter, j no ser necessrio fazer
toda uma pesquisa exaustiva, a fim de verificar como funciona, como se instala e como se
controla o equipamento em voo.
9.2-Contribuies
Esta tese tem como principais contribuies o uso de equipamento de diversas reas, como
a robtica, a informtica e a eletrnica. Dispondo agora da estao de testes para o
Arducopter, quem necessitar de fazer um projeto nesta rea, apenas tem que se preocupar
com os voos de teste, melhorias de voo e adaptao de novos sensores. Todas as restantes
informaes relativas montagem, descrio de hardware, descrio de software e de
como controlar o Arducopter em voo, tm apenas de ser consultadas nesta tese.
Quanto ao sonar, o facto de este ser facilmente descartvel fazia que com as vibraes este
se desconectasse. Para resolver este problema o melhor seria soldar o equipamento placa
de forma definitiva, evitando que este voltasse a desconectar-se.
No que diz respeito ao local de testes, talvez fosse mais indicado realizar os voos num local
mais isolado, espaoso e de preferncia com um relvado, de forma a no danificar tanto o
trem de aterragem ou o prprio helicptero.
Por outro lado, seria bom arranjar mais equipamentos extra, como hlices suplentes e
pernas do trem de aterragem, para no se ter a presso de s existir aquele material, e no
caso de uma queda, no ter-se que esperar por uma nova encomenda.
No futuro seria tambm bom a implementao de um sistema de telemetria, de forma a se
poder controlar o voo atravs de um GCS, receber o estado dos seus sensores e alterar a
misso em tempo-real. Tambm a adaptao de um sensor de optical flow, permitiria um
melhor voo no exterior, mesmo existindo vento, pois este sensor ajuda o helicptero a
manter a sua posio em voo.
Uma forma de no danificar tantas vezes as hlices poderia passar por arranjar uma
estrutura que circundasse as hlices, permitindo com que estas no se partissem quando o
Arducopter fosse de encontro a uma parede ou obstculo.
70
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76
78
Anexos
79
ArduPilot Mega
o ArduPilotMega IMU Shield (Placa Azul)
o Arduino Compatible UAV Controller w/ ATMega2560 (Placa Vermelha)
o 3x16 Right Angle Pin Headers
o 2x Conn Header Male 36. Straight
o Conn Header Female
02 pos .1
08 pos .1
11 pos .1
14 pos .1
2x03 pos .1
2x13 pos .1
o 4 Resistncias com um valor total de 3.9k ohm
80
Soldaram-se os headers de 90 (3x16 Right Angle Pin Headers) na placa vermelha, como
apresentado na figura 34.
81
Uniram-se os headers fmeas aos machos, rodaram-se a placa 180 e soldaram-se os pins
Com cuidado de no esquecer nenhum, figura 36.
Voltou-se novamente a placa 180 e colocou-se a placa azul sobre a vermelha. Em seguida
soldaram-se os pins placa azul. Novamente com ateno para no esquecer nenhum dos
pins. Soldaram-se as resistncias nos locais conforme assinalado a vermelho na figura 37,
de forma a servirem de divisores de tenso para sensores analgicos.
82
Recomenda-se que se Preencha a rea assinalada a cinzento, da figura 39, com uma grossa
camada de solda.
83
Figura 41 - Imagem ilustrativa de como soldar os cabos de sinal placa de distribuio de energia [73]
84
Soldou-se depois os cabos de alimentao da placa APM, como pode ser observado pela
figura 42.
Figura 43 - Imagem ilustrativa de como soldar os conetores dos ESC placa APM[73]
85
86
87
Por fim colocam-se os 8 parafusos M3 x 20mm de Nylon, como se apresenta na figura 46,
prendendo com as 8 porcas M3 de Nylon.
Os braos devem ser colocados na estrutura como est representado na figura 47 (entre os
dois parafusos de 20mm de Nylon).
88
O suporte para a montagem da bateria deve ser montado rodando a estrutura 180 (ficando
a estrutura invertida). Na parte superior prende-se o suporte de montagem da bateria
apertando os parafusos de alumnio com 4 porcas M3 de ao, como se mostra na figura 48.
89
A placa de distribuio de energia deve ser colocada no centro da estrutura e afixada com 4
parafusos M3 x 6mm de Nylon. De seguida a placa APM deve ser colocada na plataforma
superior e orientada para a frente do Arducopter como apresentado na figura 49.
90
Finalmente deve ser montada a estrutura de aterragem, assim como a estrutura que protege
o ncleo do helicptero. A estrutura existente no muito resistente.
NOTA: devido ao tipo de material usado neste quadcopter possvel que, ao apertar-se e
desapertar-se os parafusos de nylon ou de plstico, estes venham a partir-se devido sua
natureza frgil.
B.2-Trem de Aterragem
O trem de aterragem est diretamente ligado ao protetor do circuito principal do
Arducopter. Primeiro ligam-se as duas peas superiores do dome protetor como mostra a
figura 62 e prendem-se as duas peas centrais, com parafusos de 20mm de plstico e duas
porcas M3. Os parafusos devem ser postos de forma a que sejam presos com as porcas na
parte superior para terem mais espao. Na parte inferior dos arcos de plstico pode-se ver
uma salincia, no fundo do arco, onde iro juntar-se os braos de alumnio.
91
Consoante o tamanho do cabo do GPS deve-se pr o GPS em cima (caso o cabo seja
suficientemente comprido) ou p-lo na placa que se encontra sobre a placa APM,
prendendo com uma abraadeira de serrilha, como se pode ver na figura 52.
No que diz respeito s pernas do trem de aterragem, basta prender o dome protetor
estrutura (nomeadamente aos braos), prendendo cada pea que foi anteriormente impressa
na impressora 3D, com 3 parafusos de 20mm e 3 porcas M3, tal como se pode ver na figura
53.
92
Para instalar as pernas basta prender com um parafuso e uma porca cada perna a cada um
dos braos, como mostra a figura 54.
Para finalizar prende-se o motor ao brao do helicptero apertando as duas peas de acrlico
com a ajuda dos parafusos de plstico, finaliza-se prendendo um parafuso de metal e um
batente em borracha ao buraco disponvel no motor como mostra a figura 55.
93
Os fios do motor devem ser postos como demonstra a figura seguinte [74].
Aos motores necessrio prender as hlices. Na montagem das hlices monta-se primeiro
as peas que se apresentam na figura 57 [74].
94
De seguida monta-se a hlice utilizando estas peas pela ordem que se apresenta na figura
58 [74].
95
96
97
Canal 1- Roll para a esquerda -> o valor mais baixo de PWM, roll para a direita -> o
valor mais alto de PWM.
Canal 2- Pitch para a frente -> o valor mais baixo de PWM, pitch para trs -> o
valor mais alto de PWM. ( prefervel inverter o sentido deste controlo)
Canal 3- Pouco throttle -> o valor mais baixo de PWM, muito throttle -> o valor
mais alto de PWM.
Canal 4- Yaw para a esquerda -> o valor mais baixo de PWM, yaw para a direita ->
o valor mais alto de PWM.
Canal 5- Configurvel (geralmente usado para escolha do modo de voo).
Canal 6- Configurvel.
Canal 7- Desligado-> o valor mais baixo de PWM, ligado -> o valor mais alto de
PWM.
98
99
100
Liga-se a placa APM com o serial monitor ou APM Mission Planner terminal.
usada uma lente de foco-fixo, o que faz com que no se consiga focar objetos
mais perto que 30 cm;
Fazer yaw (rotao do Arducopter para a esquerda e para a direita), far com que o
sensor fique confuso, no conseguindo manter a posio.
102
C.3.1-3DR Radio
Esta seco apresenta a informao relativa ao sensor de telemetria 3DR Radio.
O 3DR Radio tem como vantagens [78]:
Ser pequeno;
Barato;
Ter um firmware open-source com o qual pode ser programado, tornando-o mais
personalizado.
Um dos dipositivos contm uma porta USB para melhor ligao. No caso da GCS o
dispositivo utiliza o D2XX FTDI driver, que pode ser obtido nesta ligao [79]
O dispositivo usado no Arducopter dispe de uma ligao de 6 pins FTDI (mas apenas
utilizamos os 4 fios como se pode observar atravs da figura 65) que liga-se facilmente
porta de telemetria do Arducopter [78]. O dispositivo vem configurado com o baud rate de
57600. Esse valor pode ser alterado, atravs do Mission Planner [78].
103
Para se configurar o sensor atravs do programa Mission Planner, aps o dispositivo estar
conectado pelo Mission Planner, deve-se carregar nas teclas control+a, e aparecer uma
janela onde se deve clicar no boto load settings. Isto far com que sejam carregados os
dados de configurao necessrios para o funcionamento do dispositivo de telemetria. O
parmetro que controla o alcance dos rdios o AIR_SPEED, este tem como valor padro
de 64kbps, o que dar um alcance de cerca de um quilmetro. Quanto mais baixo for o
valor do AIR_SPEED maior ser o alcance, mas a quantidade de dados pode ser
transmitida de uma s vez torna-se menor [78].
O 3DR Radio tem 2 leds de estado, um vermelho e outro verde. O significado desses led o
seguinte [78]:
C.3.2-Xbee
Na Europa no permitido utilizar o Xbee de 900MHz, deve ser ento utilizado o de
2.4GHz [80].
Liga-se o XtreamBee ao APM1, no XtreamBee existe um pequeno switch no qual podemos
definir o modo: master ou slave. O adaptador deve estar em modo master para esta ligao.
De seguida liga-se placa, atravs da porta de telemetria como se encontra ilustrado na
figura 66 [80].
104
C.4-Gymbal da cmara
Este sistema faz com que a cmara se mantenha estvel, independentemente dos
movimentos efetuados pelo Arducopter. O sistema funciona da seguinte forma: quando
existe uma variao do ngulo de voo, feita tambm uma variao no ngulo da cmara,
com amplitude contrria, para que a cmara mantenha-se estvel durante o voo [28]. O
Arducopter usado, no tem atualmente este sistema, contudo ele facilmente configurvel
tal como se explica de seguida.
C.4.1-Instalar o gymbal da cmara
Na instalao do gymbal, prefervel a configurao da estrutura em x, pois como foi
referido na seco 4.2.1, deve-se utilizar uma estrutura em x quando usamos uma cmara.
Para usar uma plataforma de montagem da cmara no Arducopter, recomenda-se a
instalao de uma estrutura hobbyking com pernas longas. Estas pernas so grandes o
suficiente para que ao aterrar, o Arducopter proteja a cmara de impactos, como podemos
verificar na figura 67 [81].
Para a montagem do gymbal segue-se os seguintes procedimentos:
Nos braos do Arducopter, devem ser feitos dois furos para ligar as pernas de
carbono e devem ser cortadas as pernas existentes no kit inicial do Arducopter.
105
106
A montagem e instalao do equipamento esto na referncia [83]. Este dispositivo instalase montando-o na porta de telemetria da placa APM, deve ser instalado juntamente com um
transmissor de vdeo de forma a poder enviar o que est a ser capturado pela cmara em
tempo real diretamente para o porttil.
C.6-Monitor de bateria
Um dos sensores opcionais que no se encontra no Arducopter usado na Universidade, o
monitor de corrente da bateria. Este sensor importante pois pode-se perder a noo do
tempo de voo do helicptero e este ao ficar com pouca bateria e eventualmente cair. Uma
vez configurado o sensor de monitorizao de voltagem e corrente da APM1, este ir
providenciar tanto dados de corrente e voltagem, como o consumo em miliamperes por
hora [35].
107
Conecta-se o sensor AttoPilot para a APM como mostra a figura 70. Devem-se usar os pins
AN0, AN1 e o pin GND.
108
Stabilize_P -> rcio de rotao, quanto maior o seu valor mais rapidamente ser
atingido o valor desejado.
Rate_P-> Valor mais importante, este termo controla quanta potncia necessria
para fazer uma rotao. Quanto maior o peso e a fora de potncia do Arducopter a
ser utilizado, menor ser o seu valor.
Rate_I -> Usado para ajudar a aeronave a atingir o Roll rate desejado. Deve ser
normalmente definido como 0 visto o seu ajustamento ser difcil.
Quanto ao parmetro YAW utilizado para manter o ngulo de yaw especfico, para isso,
necessrio configurar os seguintes parmetros [69]:
Stabilize_YAW_P-> Serve para que a aeronave faa uma rotao sem oscilaes
para o alvo desejado. Se o parmetro for muito alto causar oscilao.
109
Rate_YAW_P-> Serve para ter mais controlo sobre o rcio de rotao, se for baixo
nunca parar de rodar, se for muito alto far com que oscile.
Loiter_I -> Permitir o Arducopter voar com ventos com o menor erro. Mas deve
ser usado com cuidado pois se o valor for alto demais far com que ele oscile.
Nav_WP_I ->Permite voar frente a ventos. Quanto maior o valor mais frente faz ao
vento.
O parmetro Alt Hold usado para manter a sua altitude usando o sensor de presso [69].
Altitude hold P-> usado para converter o erro da altitude no ritmo de subida.
Quanto maior o seu valor mais rpido ele subir.
110
Throttle Rate P -> Quantidade de throttle usado para alterar o ritmo de subida.
Throttle Rate _I -> Compensa o erro necessrio para atingir o ritmo de subida
necessrio.
Throttle Rate _IMAX -> Quantidade de Throttle Rate _I, pode-se adicion-la ou
remov-la para atingir o ritmo de subida desejado.
Existem vrias formas de afinao, para cada afinao implica um melhoramento no voo do
helicptero, mas estas afinaes devem sempre ser feitas com cuidado, pois uma m
afinao implica o voo descontrolado e a consequente queda do Arducopter [69].
Em baixo encontram-se descritas vrias resolues segundo os problemas do Arducopter
em voo [69].
O Arducopter no fica totalmente quieto no ar, ento tenta-se correr o teste de nvel
com o Arducopter numa superfcie plana, ou voar em modo auto-trim num
ambiente sem vento.
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O Arducopter voa bem, mas quando est a pairar um dos motores comea a falhar
por 1 segundo, ento um dos motores pode estar estragado ou os seus conetores
entre eles e os ESC podem estar com falhas. Deve-se tentar arranj-lo ou substitulo por outro.
O Sonar no est a funcionar, ento deve ser devido ao rudo eltrico dos ESC,
deve-se afast-lo dos ESC ou utilizar cabos blindados. Pode tambm ser devido s
temperaturas serem muito baixas e o sonar parar de trabalhar.
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