Manual - Pré Moldados
Manual - Pré Moldados
Manual - Pré Moldados
Manual de Sistemas
Pr-Fabricados de Concreto
Autor (FIB/2002)
Introduo
O uso de concreto pr-moldado em edificaes est amplamente relacionado uma forma de construir
econmica, durvel, estruturalmente segura e com versatilidade arquitetnica. A indstria de prfabricados est continuamente fazendo esforos para atender as demandas da sociedade, como por
exemplo: economia, eficincia, desempenho tcnico, segurana, condies favorveis de trabalho e de
sustentabilidade.
A evoluo construtiva das edificaes e das atividades da engenharia civil nas prximas dcadas ser
influenciada pelo desenvolvimento do processo de informao, pela comunicao global, pela
industrializao e pela automao. J existe bastante desta realidade sendo implementada na Europa.
Entretanto, h muito mais para ser implementado, especialmente com respeito eficincia dos processos
construtivos atuais, desde o projeto da edificao at o seu acabamento. Para se mudar a base
produtiva na construo civil, com uso intensivo da fora de trabalho, para um modelo mais moderno
como a pr-fabricao, envolveria a aplicao de uma filosofia industrial ao longo de todo o processo
construtivo da edificao.
A pr-fabricao das estruturas de concreto um processo industrializado com grande potencial para o
futuro. Todavia, geralmente a pr-fabricao ainda vista por projetistas inexperientes como se fosse
apenas uma variante tcnica das construes de concreto moldadas no local. Nesse caso, a
prefabricao significa apenas que partes da edificao so pr-moldadas em usinas fora do canteiro,
para serem montadas depois na obra, como se o conceito inicial de uma estrutura moldada no local
fosse obtido novamente. Esse ponto de vista completamente errneo. Todo sistema construtivo tem
suas prprias caractersticas, as quais para uma maior ou menor influncia no layout da estrutura,
largura do vo, sistemas de estabilidade, etc. Para conseguir melhores resultados o projeto deveria,
desde o incio, respeitar as demandas especficas e particulares estruturais dos sistemas construtivos
pr-moldados.
1.2.
Oportunidades
Comparado aos mtodos de construo tradicionais e outros materiais de construo, os sistemas prfabricados, como mtodo construtivo, e o concreto, como material, tm muitas caractersticas positivas.
uma forma industrializada de construo com muitas vantagens.
A forma mais efetiva de industrializar o setor da construo civil transferir o trabalho realizado
nos canteiros para fbricas permanentes e modernas. A produo numa fbrica possibilita
processos de produo mais eficientes e racionais, trabalhadores especializados, repetio de
tarefas, controle de qualidade, etc. A competitividade e a sociedade esto forando a industria
da construo a se atualizar constantemente, melhorando a sua eficincia e as condies de
trabalho atravs do desenvolvimento e inovao tecnolgica, de novos sistemas e processos
construtivos. Desta forma, a automao vem sendo gradativamente implementada. Existem
exemplos bem sucedidos de automao no preparo de armadura, execuo e montagem de
formas, preparo e lanamento do concreto, acabamentos do concreto arquitetnico, entre
outros. Outras operaes na pr-fabricao tambm so passveis da implementao da
automao.
2,00
1,75
1,50
Calculated according to NS 3473
1,25
1,00
30
40
50
60
70
Concrete grade according to EC2
80
90
Figura 1.1 capacidade de carga relativa dos pilares em funo da resistncia do concreto
Menor tempo de construo menos da metade do tempo necessrio para construo convencional
moldada no local
Por causa da lentido dos mtodos tradicionais de estruturas de concreto moldadas no local, os
longos atrasos na construo so geralmente aceitos. Entretanto, a demanda atual por um rpido
retorno do investimento est se tornando mais e mais importante: a deciso de iniciar a construo
pode ser adiada at o ltimo momento, mas vez iniciada, o cronograma inicial da obra dever ser
cumprido. Alm disso, os projetos esto se tornando mais complexos, que no favorvel para
construes em um curto espao de tempo.
Qualidade
O termo qualidade tem um significado amplo, o objetivo final conseguir que os produtos e
servios respondam as expectativas do usurio. Isso se inicia no estudo preliminar do projeto,
continuando com a produo de componentes e com o respeito ao cronograma de entrega e de
montagem do sistema construtivo pr-fabricado.
A garantia da qualidade durante a fabricao se baseia em quatro pontos: 1) mo-de-obra; 2)
instalaes e equipamentos na fbrica; 3) matria-prima e processos operacionais; 4) controle
de qualidade na execuo. Geralmente, a superviso da qualidade baseada num sistema de
autocontrole, podendo haver ou no a superviso de uma terceira parte. O sistema de controle
de produo da fbrica consiste de procedimentos, instrues, inspees regulares, testes e
utilizao dos resultados dos equipamentos de controle, matria-prima, outros insumos,
processos de produo e produtos. Os resultados da inspeo so registrados e ficam disponveis
aos clientes. Muitas empresas de pr-fabricao possuem certificao ISO 9000.
Isso oferece ao cliente enormes vantagens de acordo com as tendncias atuais presentes na
construo civil.
Eficincia estrutural
Flexibilidade no Uso
Adaptabilidade
Futuramente, haver muito menos demolio de edificaes inteiras e mais demandas para
adaptar as construes existentes para as novas exigncias do mercado. As razes principais
para essa atitude sero os custos elevados para demolio devido a barulho, poeira, problemas
com trfego e muitas outras inconvenincias. Por outro lado, depois de 30 ou 50 anos, um
prdio comercial se torna menos atrativo para alugar, e o proprietrio vai querer fazer algumas
inovaes, como por exemplo, uma fachada mais moderna. O conceito do projeto deveria
facilitar tais renovaes, sem necessidade de demolir o resto da estrutura. A concepo inicial da
edificao por inteira ter que considerar a vida ao longo dos diferentes componentes da
construo, como: estrutura portante acima de 100 anos ou mais; fachada de 30 a 60 anos;
servios 20 anos. Consequentemente, todos os subsistemas, a parte da estrutura principal,
devem ser projetados para que possam ser trocados e renovados dentro da vida til da
construo, evitando assim, a demolio. Devem ser possveis reformas peridicas, modificaes
maiores, substituio e melhorias durante a vida til da construo.
1.3.
Figura 1.2 Pavimentos com layouts irregulares tambm so apropriados para a aplicao do concreto pr-moldado
1.4.
modulao de projeto;
1.5.
a posio adequada dos detalhes, por exemplo: barras de espera etc., diminui o tempo dos
servios;
Modulao
A modulao um fator econmico muito importante no projeto e construo de edifcios, tanto para o
trabalho estrutural como para o acabamento. Em pr-fabricao, isso ainda mais marcante,
especialmente em relao padronizao e economia na produo e execuo. Modulao geralmente
bem estabelecida para componentes estruturais em construes pr-moldadas. Geralmente, o mdulo
bsico 3M (M= 100 mm), 12 M uma medida muito usada. Os pilares internos so posicionados no
centro do eixo modular. Os pilares de canto podem ser posicionados com a grade de eixo paralela
direo da face do pilar, mas essa soluo menos recomendada que a anterior. Na primeira soluo,
todas as vigas so do mesmo comprimento e a folga deixada no canto do elemento de piso pode ser
facilmente preenchida com concreto moldado no local ou com placas de fechamento.
O comprimento dos elementos do piso a princpio completamente livre. A modulao certamente
recomendada, mas ter pouco impacto no custo dos assoalhos. Contudo, possivelmente ter
conseqncias na modulao das unidades da fachada. Ncleos centrais e poos de elevadores so
posicionados de tal maneira que a modulao axial na direo do vo do piso coincida com a parte
externa do ncleo. Na outra direo, a implantao deve, preferivelmente, ser semelhante a todos os
elementos do assoalho do compartimento que tm o mesmo comprimento.
Para elementos da fachada, o ponto de vista bem diferente. Indubitavelmente, a modulao
desejvel, mas no deve constituir um obstculo para o conceito da arquitetura do edifcio. Cada projeto
desenhado individualmente e, sempre, novos moldes tm que ser feitos. A modulao em conexo
com a produo industrial no obrigatria, mas certamente influencia no custo dos elementos. A
modulao deve ser considerada como uma ajuda, no como uma obrigao.
preferably modulated
on 0.30 m grid
1.6. Padronizao
A padronizao de produtos e processos amplamente difundida na pr-fabricao. Fabricantes de prmoldados tm padronizado seus componentes adotando uma variao de sesses transversais
apropriadas para cada tipo de componente. Geralmente, a padronizao se limita a detalhes, dimenses
e geometria das sees transversais, mas raramente ao comprimento das unidades. Produtos tpicos
padronizados so: pilares, vigas e lajes de piso.
Produtos padronizados so produzidos em formas preestabelecidas. O projetista pode selecionar o
comprimento, dimenses e capacidade de carga dentro de certos limites. Essa informao pode ser
encontrada em catlogos dos fabricantes.
Geralmente, os elementos de painis tm espessura padronizada, mas a altura e largura so livres
dentro de certos limites, claro. As aberturas para as janelas e portas so, normalmente, livres. As
fachadas so geralmente projetadas individualmente para cada projeto. Algumas vezes, os painis de
fechamento para edifcios de uso geral so disponveis nas dimenses padronizadas.
A pr-fabricao tambm pode ser aplicada para componentes no padronizados. Alm dos elementos
da fachada j mencionados, elementos em concreto arquitetnico, a indstria de pr-moldados tambm
1.6.
Tolerncias dimensionais
Sempre haver diferenas inevitveis entre as dimenses especificadas e as dimenses reais dos
componentes e da construo final. Essas variaes devem ser examinadas e permitidas. O concreto prmoldado geralmente fabricado com variaes relativamente pequenas, mas os projetistas devem ter
conhecimento da real variabilidade dimensional. essencial considerar essa forma desde o incio do
projeto preliminar e discutir as tolerncias o mais cedo possvel com os fabricantes de pr-moldados.
As tolerncias ocorrem na fbrica e no canteiro. As tolerncias de produo na fbrica incluem variaes
dimensionais dos produtos, superfcies no lineares ou no planas, falta de ortogonalidade da seo
transversal, variaes na curvatura dos elementos protendidos, posio de incertos, etc.
As tolerncias no canteiro dizem respeito aos desvios dos eixos e dos nveis no incio da construo.
Alm disto, os desvios de montagem durante o levantamento da estrutura ocorrero com relao
posio e ao alinhamento entre os elementos.
Informaes sobre as tolerncias permitidas podem ser encontradas nos manuais das associaes
internacionais de pr-moldados, nas normas tcnicas e em catlogos de fabricantes.
Produo
Dimensional
tolerances
Alinhamento
Forma
Tolerncias Totais
Posicionamento
Marcao
Alignment
tolerances
Montagem
Posicionamento
tolerances
Alinhamento
1.7.
Instalaes Prediais
As instalaes podem ser parcialmente integradas nas unidades pr-moldadas. Por exemplos dutos,
caixas ou aberturas para adaptao eltrica podem ser moldadas nos elementos de painis. Outro
exemplo so os tubos de gua pluvial que so moldados dentro das colunas ou nos elementos de
fachada. Grandes condutes pr-fabricados para ventilao e outras tubulaes podem ser instaladas
dentro dos forros duplos ou ao longo de elementos em arco para fachada durante a montagem das
unidades pr-moldadas.
Existem certas vantagens e tambm alguns problemas especficos. A maior vantagem que a estrutura
pr-moldada pode ser projetada de acordo com as necessidades especficas dos equipamentos de
montagem. Os elementos podem ser fornecidos com uma variedade de nichos, as fixaes podem ser
moldadas nos componentes, e outras formas adicionais ainda esto disponveis no canteiro depois da
montagem da construo pr-moldada.
No caso da pr-moldagem todos os componentes e subsistemas que devem ser moldados dentro dos
elementos pr-moldados devem ser planejados em estgios anteriores. Ambos, os servios de
engenharia e arquitetura devem estar prontos para definir os requisitos de projeto a fim de que os
fabricantes possam preparar os seus projetos de produo. Daqui em diante, o estudo final das
instalaes precisam serem feitos antes do habitual, mas isso tambm pode ser visto como uma
vantagem.
O processo de pr-moldagem tambm oferece certas vantagens em relao s tcnicas de construo.
Por exemplo: a massa trmica do concreto tem sido usada satisfatoriamente para armazenar energia
trmica em pisos de laje alveolar, resultando em economia substancial em relao a equipamentos de
aquecimento. Os alvolos das placas de piso so utilizados para ventilao antes que o ar entre no
ambiente. No inverno, o excesso de energia que vem das mquinas, da luz eltrica, da luz solar e dos
usurios estocada durante o dia e recuperada durante a noite. No vero, os pisos so resfriados
durante a noite pelo ar de fora. Esse sistema permite uma economia de energia superior a 30 %. Esses
alvolos tambm podem ser utilizados para incorporar dutos e tubulaes na parte interior dos pisos.
Figura 1.6 unidades de laje alveolar com labirinto interno para circular o ar.
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Estruturas em esqueleto, consistindo de pilares, vigas e lajes, para edificaes de alturas mdias e
baixas, e com um nmero pequeno de paredes de contraventamento para estruturas altas. As
estruturas em esqueletos so utilizadas principalmente para construes de escritrios, escolas,
hospitais, estacionamentos, etc.
Estruturas para pisos, consistindo de vrios tipos de elementos de laje montados para formar uma
estrutura do piso capaz de distribuir a carga concentrada e transferir as foras horizontais para os
sistemas de contraventamento. Os pisos pr-moldados so muito usados em conjunto com todos os
tipos de sistemas construtivos e materiais.
Sistemas para fachadas, consistindo de painis macios ou painis sanduche, com ou sem funo
estrutural. Apresentam-se em todos os tipos de formato e execues, desde o simples fechamento
at os mais requintados painis em concreto arquitetnico para escritrios e fachadas importantes.
Sistemas celulares, consistindo de clulas de concreto pr-moldado e, algumas vezes, utilizados para
blocos de banheiros, cozinhas, garagens, etc.
Muitos destes sistemas podem ser combinados numa mesma edificao. A seguir, sero apresentadas
diretrizes gerais para escolha de sistemas estruturais.
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O conceito da estrutura em esqueleto oferece maior liberdade no planejamento e disposio das reas
do piso, sem obstruo de paredes portantes internas ou por um grande nmero de pilares internos.
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Figura 2.4 vista esquemtica de um edifcio com painis estruturais de fachada e compridos painis para piso
Figura 2.5 - Pisos pr-fabricados e coberturas de grande vos para edifcios de uso geral.
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Sistemas de lajes com nervuras protendidas so bastante apropriados para grandes vos e cargas
em construes industriais, armazns, centros de distribuio, etc.;
Sistemas de lajes alveolares protendidas so apropriadas para grandes vos com cargas moderadas,
para apartamentos, escritrios, estacionamentos etc.
Sistemas de lajes com placas pr-moldadas so utilizadas para vos menores com cargas
moderadas, como por exemplo, residncias, apartamentos, hotis, etc.
sistemas de lajes com vigotas pr-moldadas so principalmente utilizados para vos e cargas
menores, principalmente para residncias.
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Os sistemas de lajes para pisos normalmente se estendem na direo dos maiores vos. Para os
sistemas integrais de paredes, as lajes podem ser posicionadas em ambas as direes, mas a soluo
ideal ter todos os elementos de laje em uma direo paralela.
Os seguintes tipos de elementos de piso so utilizados:
Em residncias, os critrios de projeto so empregar vos pequenos a moderados (4 a 11m), com
sobrecarga leve ( 2 kN/m2), com sistemas de lajes com as faces inferiores planas e lisas, com
elementos j acabados ou com revestimento, e resistncia ao fogo de aproximadamente 60 min. Juntas
longitudinais aparentes no so muito aceitas. Contudo, h tcnicas de preenchimento das juntas, onde
se consegue uma superfcie final lisa. Outros critrios para a escolha dos tipos de sistemas para pisos
so as sries de casas no mesmo contrato, o qual pode variar entre 1 at mais de 100 casas, o
equipamento de montagem disponvel, a presena de grandes aberturas nos pisos, tradio construtiva,
etc.
A soluo mais simples para pisos utilizar as lajes com vigotas pr-moldadas. Os elementos so leves e
fceis de serem montados, a superfcie inferior da laje spera e necessita de reboco. O escoramento
durante a execuo depende do tipo da vigota. Qualquer layout para o pavimento pode ser conseguido,
onde a modulao no sempre necessria, mas desejvel. Esse tipo de piso bastante empregado no
Brasil e em outros pases onde o custo da mo-de-obra baixo na construo civil.
Pequenos elementos de lajes alveolares em concreto armado ou protendido so provavelmente os
sistemas de piso mais utilizados para residncias na Europa. Essa soluo mais industrializada que as
lajes com vigota e pode ser montada com equipamentos leves, sendo freqentemente utilizado um
caminho com guindaste com brao mecnico. O layout do pavimento deve ser, preferencialmente,
retangular e tambm h a necessidade de reboco. No so necessrios escoramentos intermedirios
durante a construo.
As placas grandes para pisos em concreto armado s so empregadas para importantes sries de casas
porque necessrio o uso de equipamentos de suspenso de maior capacidade. As placas precisam de
apoio temporrio para o preenchimento no local de uma camada de concreto. a superfcie inferior da laje
lisa, e o layout do pavimento no precisa ser totalmente retangular. Aberturas para tubulaes,
escadas, etc. podem ser planejados em qualquer local.
Os elementos do laje alveolar protendida de 1.20 m de largura so apenas empregados para casas em
pases industrializados, com uma grande tradio em pr-fabricados. As vantagens esto na montagem
seca e rpida, mas tambm na capacidade de vencer maiores vos. Nos pases do Norte Europeu, a
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Figura 2.8 exemplo de um edifcio para escritrios com estrutura em esqueleto e com fachadas em concreto arquitetnico.
A tendncia atual para edifcios de escritrios criar grandes espaos internos com os vos dos pisos de
at 18 a 20 m. Quando a largura total do edifcio se encontra dentro dessas dimenses, a soluo mais
apropriada utilizar paredes estruturais nas fachadas, onde os elementos de piso esto apoiados
diretamente nos elementos de fachada. Para pavimentos muito largos, o mesmo sistema completado
por uma ou mais linhas de vigas e pilares internos. Os ncleos de contraventamento so executados com
painis pr-moldados.
As lajes alveolares protendidas compe o sistema para piso mais apropriado para edifcios de escritrio,
devido sua grande capacidade de alcanar grandes vos e por permitir pisos com menores espessuras
nos pavimentos. uma prtica comum empregar um elemento de laje alveolar com 400 mm de
espessura para um vo de 17 m para uma sobrecarga de 5 kN/m2. Elementos de laje com 500 mm de
espessura permitem vos de 21 m para a mesma sobrecarga, mas esse tipo de elemento ainda no est
disponvel no mercado em qualquer lugar. A reduo da altura da construo na verdade um
parmetro muito importante para edifcios de escritrios, especialmente em reas urbanas.
Para vos menores, com at 6 m, sistemas mistos com elementos de placa tambm so empregados.
Todavia, eles precisam de escoramento durante a fase da construo.
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Uma soluo alternativa para o sistema de trave aporticada consiste em empregar um elemento de laje
nervurada em duplo T com mesa em duplo caimento para telhado duas guas, sendo que este elemento
apoiado diretamente em painis estruturais na fachada (Figura 2.11). Essa soluo oferece grandes
espaos internos abertos, com vos de at 32 m, com comprimento modulado em 2,4 m. O p direito
pode alcanar at 8 m. Os pisos intermedirios podem ser utilizados em partes ou em toda a planta da
construo. Os painis nervurados protendidos em duplo T so caracterizados por sua leveza e por
vencerem grandes vos.
Figura 2.11 grande espao aberto com paredes portantes e cobertura de laje com elemento em duplo caimento.
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Sagues grandes so projetados com estruturas com traves aporticadas. A largura mxima destas
traves de aproximadamente 40 m.
As coberturas em balano para arquibancadas podem ser compostos por vigas protendidas, fixadas no
topo dos pilares por meio de chumbadores especiais parafusados (chumbadores rosqueados protendidos
tipo Dywidag ou similares). As vigas para as arquibancadas possuem dentes sobre o seu topo para
apoiar os elementos de piso. Os elementos de piso so geralmente projeta dos em elementos da laje
alveolar com espessura reduzida.
H exemplos para pista de esqui no gelo, em que a laje da fundao da pista feita com elementos de
laje alveolar na fundao das vigas.
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Os pilares, que so engastados nas fundaes por meio de ligaes resistentes flexo, iro atuar como
uma haste em balano quando submetida s aes horizontais. A ao de haste em balano dos pilares
engastados na base pode ser utilizada para estabilizao de estruturas pr-moldadas de baixa altura. Um
efeito de estabilizao semelhante sobre a estrutura pode ser conseguido em caixas de escadas e em
ncleos estruturais formados por painis.
Quando a estrutura se comporta como um prtico, a estabilidade ento obtida pela continuidade da
flexo e do cisalhamento entre os pilares e vigas. Este sistema normalmente empregado em estruturas
com prticos bidirecionais, para fornecer rigidez complementar para uma estrutura esbelta no
contraventada ou em esqueleto, ou no caso de aes horizontais intensas, como por exemplo em zonas
ssmicas.
No caso de panos de paredes estruturais, fcil de se conseguir o modo de flexo no plano destas
paredes, bem como a mobilizao aos esforos de cisalhamento nas juntas entre painis e na base da
parede, promovendo uma alta rigidez no plano da parede, sendo isto conhecido como ao da parede
de cisalhamento (ou paredes de enrigecimento ou paredes de contraventamento).
Para transferir as aes horizontais sobre fachadas para componentes de contraventamento verticais,
utiliza-se a rigidez no plano horizontal das lajes de piso e de cobertura. Essa ao conhecida como
ao diafragma. Estes diafragmas deveriam ser considerados como partes essenciais do sistema de
contraventamento. Pela ao de diafragma, a fora horizontal ser distribuda entre os componentes de
contraventamento verticais.
Quando um componente de contraventamento, como uma parede, um prtico plano ou uma laje de
piso, composto de muitos elementos pr-moldados, a interao entre os elementos deve ser
assegurada por meio de um projeto apropriado das ligaes entre estes elementos. O conceito dos
componentes de contraventamento ser apresentado com maiores detalhes nas sesses seguintes.
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Ligao em clice
Ligao Parafusada
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3.3.2
Os ncleos centrais freqentemente promovem a estabilidade lateral para estruturas com mltiplos
pavimentos, podendo ser combinados com as paredes de cisalhamento. Os ncleos centrais podem ser
moldados no local ou pr-moldados. A soluo pr-moldada mais comum compor o ncleo com quatro
ou mais elementos da painis (fig. 3.6) conectados entre si por meio de juntas verticais capazes de
resistir as foras de cisalhamento.
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3.4
Armadura de
contorno
Elementos de laje
O modelo para uma viga parede geralmente composto por uma estrutura com bielas em arco e tirante
(fig. 3.8). O brao da alavanca interno utilizado para o calculo da fora de trao no tirante deve ser
considerado com base nas normas de concreto para vigas parede.
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Os pisos formados por elementos de lajes alveolares so apropriados para atuarem como diafragma, por
causa da seo transversal nas suas bordas e pelo grauteamento das juntas longitudinais entre os
elementos adjacentes. aconselhvel limitar o valor de clculo no ELU para a tenso mdia de
cisalhamento horizontal nas juntas longitudinais entre as unidades das lajes alveolares para 0.1 N/mm2.
A tenso de cisalhamento, calculada na altura efetiva da junta raramente crtica, de modo que as lajes
alveolares de piso normalmente fornecem efeitos de diafragma suficientes sem a ltima capa de
preenchimento de concreto, mas as unidades devem ser restringidas aos movimentos relativos.
Informaes complementares sobre este assunto so fornecidas no Captulo 6.
Nas lajes pr-moldadas em sees com duplo T sem a capa de concreto moldada no local, o
cisalhamento transmitido entre os elementos por meio de barras soldadas em chapas inseridas e
ancoradas nas mesas dos elementos de laje.
Os elementos de piso com capa de concreto estrutural so geralmente projetados considerando que os
elementos de laje pr-moldados so responsveis por resistir s foras de compresso e por previr a
flambagem da capa de concreto que relativamente fina. Neste caso, considera-se que o cisalhamento
atravs das juntas seja transferido totalmente por meio da capa de concreto.
Para produzir continuidade, a armadura colocada na capa de concreto deve ser estendida para dentro
das paredes de cisalhamento (contraventamento). No provvel que a resistncia ao cisalhamento da
capa de concreto seja o fator que governe o projeto estrutural. Todavia, preciso cuidado no projeto
das lajes de piso, particularmente onde existem aberturas adjacentes para as paredes de cisalhamento
externas, ou para outros elementos que fornecem estabilidade.
3.5 Arranjos para o sistema de estabilizao
Nas estruturas pr-moldadas, os componentes de estabilizao esto combinados e conectados para
formar um sistema de estabilizao global. Os arranjos do sistema de estabilizao variam em funo do
tipo de edificao e do sistema estrutural.
Efeito de viga em balano dos pilares engastados na base pode ser utilizado para estabilizar edificaes
de baixa altura com sistema em esqueleto com cerca de trs pavimentos. Os pilares so normalmente
contnuos para a altura completa da estrutura. As foras horizontais paralelas s vigas podem ser
distribudas pelas vigas de modo que os pilares no mesmo plano da estrutura interajam na flexo (H1 na
figura 3.10). Foras horizontais na direo transversal (H2 na figura 3.10), so resistidas primeiramente
pelos pilares extremos. Todavia, por razes econmicas, aconselhvel fazer com que os pilares
internos participem. Isso pode ser feito em duas maneiras, atravs do efeito do diafragma na cobertura
ou dos pisos intermedirios, ou com a ajuda de diagonais de contraventamento.
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Figura 3.10 Para estabilidade horizontal, a interao entre os pilares pode ser conseguida pelo efeito de diafragma dos elementos
de cobertura.
O efeito do diafragma nas lajes de cobertura conseguido apenas com elementos de cobertura de
concreto ou de concreto celular. As ligaes entre os elementos e os sistemas de tirantes so projetados
para resistirem a todas as foras no plano da cobertura (figura 3.11). Dessa maneira, a fora horizontal
total atuando na edificao distribudo sob todos os pilares de acordo com a sua rigidez.
Figura 3.11 exemplo de um diafragma de cobertura com lajes de concreto ou elementos de concreto celular. A armadura de tirante
nas juntas interligada com as barras projetadas (barras de espera) das vigas de cobertura.
Para as estruturas leves de cobertura onde o efeito do diafragma no pode ser conseguido pela prpria
estrutura do cobertura, a distribuio das foras horizontais nas arestas das paredes, acima dos pilares
externos e internos, pode ser assegurada por diagonais de contraventamento entre as vigas das
aberturas externas, com ajuda barras e cantoneiras metlicas (fig. 3.12).
29
ncleo
Figura 3.13 As paredes de contraventamento so necessrias para equilibrar a toro induzida pela posio excntrica do ncleo.
30
Quando as paredes possuem grandes aberturas, por exemplo para portas, necessrio checar se a parte
da parede acima da abertura da porta pode contribuir. Se isto no acontecer, apenas a parte da parede
que est sem abertura deve ser considerada.
interessante, tanto por razes econmicas quanto estruturais, conseguir a maior regularidade possvel
no layout da estrutura, horizontalmente e verticalmente.
As distribuies das aes horizontais entre as paredes e/ ou dos ncleos de contraventamento
dependem de um nmero de fatores:
-
Tirantes perifricos : Ftie = l.10 kN/m, mas no menos que 70 kN, onde l o comprimento
do vo do piso.
31
tirantes internos : Ftie = (l1 + l2).20 kN/m, mas no menos que 70 kN onde l1 , l2 so os
comprimentos do vo (em m) das lajes de pisos nos dois lados da viga.
Correntemente no meio profissional, com relao considerao das aes excepcionais, permite-se
possa ocorrer a falha de elementos estruturais individuais, ou colapso de uma parte restrita da estrutura,
devido a uma ao excepcional, embora o colapso progressivo de uma parte significante da estrutura
como um resultado da falha local considerada como inaceitvel.
1. tirantes centrais para pisos; 2. tirantes de extremidade para pisos; 3. tirantes nas arestas frontais; 4.
tirantes entre elementos de piso e de parede; 5. tirantes de continuidade para vigas internas; 6. tirantes
perifricos; 7. tirantes perifricos; 8. tirantes perifricos em pilares de canto; 9. tirantes para continuidade
entre pilares e vigas; 10. tirantes para continuidade vertical entre elementos de pilares; 11. tirantes para
continuidade vertical entre elementos de parede.
Figura 3.14 tipos de tirantes (armadura de continuidade) em estruturas do esqueleto
32
Transferir foras do seu ponto de aplicao para um subsistema de estabilizao, como um ncleo ou
parede de contraventamento.
Outros aspectos relativos funo e aparncia das ligaes podem resultar em requisitos especficos
para projeto ou produo, como por exemplo com relao durabilidade ou quanto aos aspectos
estticos. O detalhamento das ligaes tambm deveria atender a requisitos de produo, de transporte
e montagem dos elementos pr-moldados.
O projeto de ligaes no se limita a uma questo de escolher um dispositivo de ligao apropriado, mas
engloba a considerao da ligao como um todo, incluindo as juntas, os materiais para preenchimento
de nichos e juntas, detalhamento das superfcies das interfaces e das zonas nas extremidades dos
elementos pr-moldados, em regies prximas s ligaes. Estas zonas nas extremidades dos elementos
promovem a transferncia das foras dos dispositivos de ligao para dentro dos elementos e devem ser
detalhadas e armadas considerando as foras internas e as possveis deformaes.
Ligaes tpicas e padronizadas para estruturas pr-moldadas so apresentadas em manuais de projeto
ou em catlogos de fabricantes. Todavia, o projeto de ligaes estruturais no apenas uma questo de
selecionar uma soluo apropriada a partir de uma lista de solues padronizadas.
Neste captulo, so apresentados os princpios bsicos e critrios de projeto, os quais possibilitam ao
projetista o entendimento da filosofia de projeto de ligaes em estruturas pr-moldadas em geral. Nos
captulos 5 ao 8 so fornecidos exemplos prticos de ligaes entre elementos pr-moldados.
4.2 Critrio Bsico de Projeto
O projeto de ligaes estruturais em construes pr-moldadas deve considerar uma variedade de
critrios relacionados com o comportamento estrutural, tolerncias dimensionais, resistncia ao fogo,
durabilidade e manuteno, facilidade de manuseio e montagem. Os principais critrios de projeto so
apresentados a seguir:
4.2.1 Comportamento Estrutural
Resistncia
Uma ligao deveria ser projetada para resistir s foras para as quais elas sero submetidas durante a
vida til da estrutura. Algumas destas foras so causadas por aes diretas, como peso prprio e
33
Movimentos
Ligaes no devem absorver necessariamente todos os movimentos na estrutura. Os movimentos
necessrios sero, na maior parte dos casos, devidos deformaes nas vigas e lajes devido ao
carregamento e/ou foras de protenso. Geralmente, este problema aumenta quando um painel de
fachada conectado a uma viga ou laje em algum lugar ao longo do vo, distante do apoio. Se o detalhe
para a ligao no permite o movimento vertical da viga ou da laje, isto pode causar dano na prpria
ligao, bem como nos elementos. Mesmo que no ocorra o dano, podero surgir foras nos elementos
que no foram intencionadas no projeto, ocasionando deformaes indesejadas. A soluo para isto
prever algum tipo de detalhamento na ligao que permita algum deslizamento na direo daquele
movimento ou fazer com que a ligao funcione como uma rtula.
Ductilidade
sempre aconselhvel projetar e detalhar as ligaes de modo a evitar rupturas frgeis no caso da ligao
ser submetida com foras acima daquelas que foram previstas no projeto, sendo desejvel um
comportamento dctil para as mesmas. A ductilidade a capacidade de uma ligao sofrer deformaes
plsticas sem ocorrer uma reduo significativa na sua capacidade de transmitir esforos. A ductilidade
geralmente quantificada por um fator de ductilidade, o qual relaciona a deformao ltima com a
deformao ao final do limite elstico (incio do escoamento).
A ductilidade no deve ser confundida com a deformabilidade da ligao e tambm no deve estar
associada apenas com a flexo. No caso de carregamentos excessivos, uma ligao dctil ir atingir o
escoamento e comear a se deformar de forma plstico. O deslocamento plstico gerar o alvio necessrio
da fora de restrio e um novo estado de equilbrio ser formado. Neste caso, mesmo para grandes
deslocamentos uma certa capacidade de transferncia das foras ainda permanece, evitando assim a
34
Durabilidade
Com relao durabilidade, necessrio considerar o risco da corroso no ao e da fissurao e/ou
lascamento no concreto com a devida ateno para as condies reais do meio ambiente onde a estrutura
estar exposta. Componentes metlicos expostos a meios agressivos devem possuir uma proteo
permanente, o que pode ser conseguido por meio de uma camada de pintura epoxy ou anti-ferrugem, bem
como por uma camada de proteo com preenchimento de concreto ou argamassa moldado no local. Em
muitos casos, as ligaes no podem ser inspecionadas ou ter manuteno adequada aps a construo
ter sido concluda. Nestes casos, as ligaes sem possibilidade de manuteno deveriam ter uma vida til
superior vida til da estrutura. Se a manuteno dos componentes metlicos das ligaes no possvel,
recomenda-se a utilizao de ao inoxidvel. No caso da presena de metais heterogneos, deve-se
considerar o risco da corroso galvnica. A corroso galvnica ocorre quando metais de diferentes nveis
catdicos esto em contato eltrico e so ionizados por um eletrlito como a gua.
35
Fig. 4.2 As ligaes deveriam possuir dispositivos que permitam ajustes nas trs direes.
36
37
chumbador
Frma temporria
Concreto in loco
Laos de ligao
Fig. 4.6 Princpio de transferncia de fora cortante por ao do chumbador (efeito de pino)
Neste caso, o chumbador solicitado por cisalhamento na junta de interface, sendo apoiado por tenses
de contato ao longo do trecho do chumbador que est inserido no concreto, sendo que este estado de
solicitaes gera deformaes por flexo no chumbador. No ELU o concreto esmagado numa regio do
concreto prxima interface e aparecem rtulas plsticas no chumbador prximo interface da ligao.
Neste caso, a resistncia ao cisalhamento depende basicamente do dimetro do chumbador e da
resistncia do concreto. A resistncia ao cisalhamento diminui consideravelmente quando a distncia de
separao entre os dois elementos de concreto conectados muito grande. De fato, quanto maior for esta
distncia, maior ser a deformabilidade por cisalhamento da barra do chumbador, diminuindo-se a
capacidade da ligao de restrio aos movimentos. Por esta razo, deve-se evitar almofadas de apoio
muito altas tanto quanto possvel. Dependendo das dimenses do elemento de concreto e das distncias
das bordas, pode ser necessrio a utilizao de uma armadura de fendilhamento (confinamento) ao redor
do chumbador. Quando o chumbador ancorado por aderncia ou por ganchos de ancoragem possvel
haver um comportamento combinado com ao de pino e efeito de atrito-cisalhamento.
A ao de pino utilizado em ligaes com chumbadores. Os chumbadores somente transferem tenses de
trao sem introduzir momentos fletores nas ligaes.
38
(a)
(b)
(c)
O princpio de transferncia de foras por aderncia e frico aplicada em juntas longitudinais grauteadas
entre os elementos de piso e de parede.
39
(a)
(b)
(c)
Parafuso inserido
Barra rosqueada ancorada
Para-bolts
Acopladores mecnicos
Tipos de chumbadores rosqueados
40
Argamassa ou microconcretos podem ser empregados para nivelar (compensar) as irregularidades entre as
superfcies na interface entre os elementos. Estes materiais so freqentemente utilizados em juntas
horizontais de compresso entre elementos portantes, assim como no caso de pilares e paredes, algumas
vezes entre as lajes e suas vigas de apoio, mas raramente para apoiar vigas. A espessura normal para
juntas de 10 a 30 mm para juntas de argamassa e de 30 a 50 mm para juntas de concreto.
41
a) Apoio concentrado
42
Fig. 4.14 - Ligao de trao com armadura de espera em nichos preenchidos com concreto
43
Concreto in
loco
Armaduras de
costura
Fig. 4.15 - Ligao de trao por meio de sobreposio de armaduras em lao combinada com ao de pino
Na Figure 4.16 apresentado um exemplo de painel de fachada fixado uma laje de piso por meio de
chumbadores. As tolerncias dimensionais so garantidas por meio de trilhos verticais, orifcios ovais nas
cantoneiras metlicas e calos metlicos entre os elementos conectados.
Figura 4.16 Ligaes de trao por meio de chumbadores para painis de fachada
Na Figura 4.17 apresentado um exemplo semelhante ao da Figura 4.16, mas com conectores soldados.
Uma cantoneira soldada entre uma chapa metlica inserida em um painel de fachada e uma outra
cantoneira inserida na borda de um elemento de piso. Recomenda-se deixar uma pequena folga ao redor
destas chapas inseridas no concreto (2 mm) para evitar o lascamento do concreto devido dilatao
trmica dessas chapas durante a soldagem na obra.
44
Viga spandrel
Camada exterior
45
graute
chumbador
Almofada de neoprente
Figura 4.20 Transferncia do cisalhamento por meio do atrito nas juntas longitudinais entre elementos de piso
46
weldin
g
anhor bars
welded to splice
angle
steel anle
weldin
g
Ligao viga-pilar
Ligao pilar-pilar
Os momentos torsores aparecem freqentemente nas vigas que suportam as lajes de piso, as quais so
carregadas em apenas um dos lados. A toro resultante na viga deveria ser resistida pelas ligaes nos
47
Chumbadores
grauteados
48
Estrutura de apoio
concreto/ao
alvenaria
Espessura de lajes ou
comprimento de vigas
comprimento de apoio
nominal a
> 250 mm
100 - 130 mm
= 250 mm
100 mm
> 250 mm
120 mm
30 mm
= 250 mm
60 - 70 mm
concreto
-
com escoramento
sem escoramento
alvenaria
50 mm
-
com escoramento
=40 mm
sem escoramento
=50 mm
concreto/ao
alvenaria
85 - 100 mm
= 100 mm
Lajes nervuradas
concreto
=15 m
150 mm
concreto
=8 m
140 mm
concreto
12 - 20 m
200 - 230 mm
concreto
=24 m
195 mm
=40 m
225 mm
De acordo com o Eurocode 2 [2], o comprimento nominal para apoios simples, conforme indicado na
Figura 4.25, pode ser determinado pela seguinte expresso:
a = a1 + a2 + a3 + 22 + a32
onde
a1 o comprimento da almofada (aparelho) de apoio em relao tenso de contato
b1 a largura da almofada (aparelho) de apoio
a2 a distncia assumida como no efetiva para apoio na borda externa do elemento suporte
(pilares ou consolos no caso de apoios para vigas), onde o valor usual varia entre 10 e 15
mm para apoios em juntas longitudinais (como nos apoios para lajes) e entre 10 e 25 mm
para apoios concentrados (como nos apoios para vigas).
a3 a distncia assumida como no efetiva para apoio na extremidade do elemento a ser
suportado (vigas ou lajes), onde o valor normal usual varia entre 5 e 15 mm.
49
50
Projeto de Consolos
< 0.7 h
Os consolos em pilares e em vigas so projetados usualmente com base nos modelos de bielas e tirantes
conforme apresentado no Eurocode 2 EN 1992-1-1, sesso 6.5, ou na norma inglesa BS 8110, Parte 1,
item 5.2.7 [3]. A inclinao da biela comprimida de concreto limitada por 1,0 = tang ? = 2.5 (para ? ver
Figura 4.29).
Alm da fora vertical N, o consolo deve ser projetado para resistir a uma fora horizontal complementar
induzida por deformaes por fluncia, retrao, expanso trmica ou contrao devido variao de
temperatura, particularmente no caso de vigas protendidas longas. Na falta de clculo mais elaborado, a
fora horizontal no consolo pode ser considerada como sendo igual a 15% da carga vertical, ou seja, Hd =
0.15 Nd . Outras aes horizontais, como as aes na ponta dos guindastes ou outras aes durante a
montagem tambm deveriam ser consideradas no clculo.
Na Figura 4.26 so apresentadas as trajetrias das linhas de tenses decorrentes de um consolo carregado
para dentro de um elemento de pilar. As tenses correspondentes so consideradas no clculo por meio de
uma biela comprimida de concreto Fc e uma fora de trao no tirante horizontal Fs. A largura da biela de
compresso uma funo da resistncia de compresso para projeto do concreto. A armadura tracionada
no consolo deve ser devidamente ancorada no pilar. No caso de consolos duplos nas faces opostas do pilar,
a armadura de tirante interliga esses dois consolos. Para um consolo simples, a armadura principal deve ser
devidamente ancorada no lado oposto do pilar e com sobreposio junto a armadura longitudinal do pilar.
Informaes mais detalhadas sobre os arranjos e detalhes tpicos para armaduras de consolos so
fornecidas na sesso 4.6.3.
Consolos em paredes so geralmente projetados com balanos curtos com mecanismos resistentes por
flexo e cisalhamento. No caso da utilizao de almofadas de argamassas ou de elastmeros para se obter
uma melhor distribuio das tenses nos apoios para grandes elementos de piso, a largura no apoio para
projeto b1 (ver Fig.4.25) pode ser considerada como sendo igual largura efetiva no apoio.
51
Linhas de
trao
Linhas de
compresso
Figura 4.29 Trajetria das tenses e modelo de bielas e tirantes em consolos de concreto
Por meio de solda entre a armadura de tirante do consolo e uma barra transversal posicionada na
borda superior do consolo (Fig. 4.30.a)
Utilizando estribos horizontais em forma de U (ou em lao) na borda superior do consolo (Fig. 4.30.b)
Tirante soldado
a uma barra
transversal
Armadura principal
em lao no topo do
consolo
Armadura
principal
52
threaded
couplers
bolts with nuts
for anchorage
53
Evitar Congestionamento
A regio no elemento onde a ligao executada freqentemente requer uma grande quantidade de
insertos metlicos e armadura adicional. Assim, importante projetar as ligaes de tal forma que haja
espao suficiente para uma concretagem adequada entre os diferentes detalhes da ligao. No caso de
suspeita de congestionamento, til utilizar escalas maiores para detalhar a rea da ligao em questo.
54
55
Introduo
56
Fig. 5.1 Traves aporticadas apoiando a cobertura e os elementos de fachada, distantes entre si entre 5 e 12 m.
distncia entre as traves aporticadas definida pelo vo da cobertura e pela tipologia construtiva da
fachada, normalmente de 6 m para peas de concreto celular (fig. 5.2), de 6 a 9m para as lajes
alveolares de cobertura e 9 a 12m para coberturas com nervuras (Fig. 5.3).
Figura 5.2 Trave aporticada com concreto celular ou lajes alveolares como elementos de cobertura.
As vigas de cobertura podem ter superfcie inclinada ou perfil reto. As mesmas solues para os
elementos de cobertura tambm so empregadas aqui. A inclinao da cobertura para drenagem da
gua de chuva conseguida alternando-se a altura das linhas de sustentao da viga. Na fachada, as
lajes de cobertura so apoiadas em vigas ou em paredes portantes.
57
Figura 5.4 Traves planas aporticadas com vigas retas para cobertura.
Quando a distncia entre as traves planas aporticadas maior do que o vo dos elementos de cobertura,
como por exemplo no caso de lajes de concreto celular com 100 mm de espessura, so necessrias vigas
secundrias para apoio desses elementos de cobertura (Fig.5.5). O comprimento dessas vigas da
ordem de aproximadamente 8 a 12 m.
Grandes reas livres de pilares so obtidas pelo uso de vigas longitudinais primrias intermedirias que
apoiam as vigas principais de cobertura (Fig.5.6). Neste caso, recomendado apoiar as vigas principais
de cobertura diretamente sobre os pilares e colocar as vigas primrias de fechamento sobre os consolos
dos pilares (Fig.5.6). H duas razes para isto: primeiramente, para promover a estabilidade durante o
iamento e a montagem aconselhvel evitar colocar mais de dois elementos pr-moldados em cima um
do outro; uma segunda razo a dificuldade de se colocar a viga principal da cobertura no topo para a
ligao entre as duas vigas primrias.
58
Figura 5.6 Estrutura com traves aporticadas com vigas de cobertura principais e vigas primrias de fechamento.
O comprimento recomendado para os vos, para os tipos de estruturas pr-moldadas descritos acima,
esto listados na tabela abaixo.
Mnimo
timo
mximo
12
18 -32
45
8 12
12
Vo da viga primria
(C)
12
12 18
24
20
Vo da viga principal
do cobertura (B)
Vo da viga
secundria
59
Figura 5.8 Elementos de laje em dublo T, com duplo caimento para telhado duas guas, apoiados em traves planas longitudinais.
Geralmente, as estruturas em traves planas de baixa altura so estabilizadas pela ao em balano dos
pilares, os quais so engastados nas fundaes por meio de ligaes resistentes flexo.
60
Figura 5.10 Estrutura de esqueleto pr-moldada tpica com ncleo central para prover estabilidade horizontal.
A altura recomendada para comprimentos de vos e de altura dos pilares esto apresentados na Tabela
5.11. Nas ltimas dcadas, tem havido um aumento constante no comprimento dos vos para lajes
alveolares protendidas para atender necessidade de espaos abertos maiores, especialmente em
edifcios administrativos. Atualmente, uma prtica comum (na Europa) empregar lajes alveolares para
pisos com 400 mm de espessura, com vos de at 17 m para sobrecargas de 5 kN/m2. Em alguns
pases, o conceito de vencer vos de uma fachada para outra sem apoios intermedirios muito aplicado
em edifcios comerciais.
Tabela 5.11 Diretrizes para comprimentos e vos de pilares
Mnimo
timo
Mximo
1- 9.60
14
7 14
18 20
34
6 12
20 25
61
A figura 5.12 mostra um exemplo de modulao adequada para estrutura de esqueleto pr-moldada. A
edificao contm dois nveis de estacionamentos no subsolo, uma galeria de compras no trreo, e
apartamentos para estudantes nos pavimentos superiores. Os eixos da grade modular so de 6.00 m x
9.60 m. As lajes alveolares de piso com 1.20 m de largura so utilizadas no estacionamento e nos
62
O efeito de diafragma nas coberturas facilmente conseguido por meio de elementos de concreto ou
concreto celular. As ligaes entre os elementos da cobertura e as vigas so projetadas para resistir a
todas as foras atuantes no plano da cobertura. Dessa maneira, a fora horizontal total atuante na
edificao distribuda para todos os pilares de acordo com a rigidez dos mesmos.
Para estruturas leves de cobertura, onde a ao do diafragma no pode ser promovida pelo sistema de
cobertura, a distribuio das foras horizontais atuantes nas paredes que compe os oites sobre os
pilares internos e externos assegurada por meio de diagonais de contraventamento entre as vigas dos
intereixos externos, com ajuda de tirantes ou perfis (cantoneiras) metlicos. Para edificaes com pilares
altos e delgados, a rigidez horizontal da estrutura pode ser assegurada por diagonais de
contraventamento entre os pilares de fachada em uma ou mais abertura. A soluo normal , usar perfis
de ao galvanizados ou tirantes (barras) de ao dentro das vigas de concreto.
63
Figura 5.15 Princpios de contraventamento para estrutura de esqueleto com ligaes viga-pilar articuladas
A ao de diafragma das lajes utilizado para distribuir as aes horizontais entre os componentes de
estabilizao. As lajes de piso devem ser projetadas e detalhadas de acordo com um comportamento
previamente intencionado. A aplicao das aes nos elementos de contraventamento mais uma vez
considerada no centro de massa (centride) da planta do pavimento. A distribuio das foras
horizontais entre os painis e/ou ncleos depende de vrios fatores:
A rigidez dos componentes de estabilizao;
64
65
300
400
500
600
800
Os pilares com altura mxima de 20 a 24 m podem ser fabricados e executados como uma pea, sem
juntas ou ligaes, embora tambm normal a prtica normal de se trabalhar com pilares segmentados
nas alturas dos pavimentos.
Os pilares devem ser constantes ao longo de toda a altura do edifcio ou podem recuar em um nvel
intermedirio para satisfazer exigncias arquitetnicas. Como em qualquer forma de construo,
importante manter o alinhamento vertical dos pilares e prefervel terminar os pilares nas posies onde
os elementos de piso ou de cobertura possam vencer os vos sobre os pilares. Podem ser produzidas
mudanas razoveis nas dimenses ou nas formas das sees transversais dos pilares, quer em um
elemento pr-moldado isolado ou pela unio de sees compostas.
Nos nveis dos pavimentos, os pilares possuem insertos estruturais ou consolos para prover suporte para
as vigas. A posio dos insertos ou consolos pode variar para possibilitar ligaes em nveis diferentes
em cada face do pilar, mas prefervel e mais econmico manter essas variaes ao mnimo possvel.
5.5.3. Vigas
O tipo mais clssico de vigas pr-moldadas para traves planas aporticadas e para estruturas de esqueleto
sero apresentados posteriormente. Para cada tipo, tem-se uma variedade de formas de sees
transversais padronizadas disponveis nos catlogos de produtos dos fabricantes.
66
Tabela 5.18 Dimenses normais para vigas de cobertura com altura varivel
Largura (mm)
Altura (mm)
Espessura da
Alma (mm)
Vo (m)
250 300
800 1400
80 - 120
10 25
300 400
1200 2000
80 - 120
1 5 25
300 500
1300 2500
80 - 120
25 40
Outras sees transversais de vigas, as quais podem ser empregadas na construo de coberturas, so
as vigas I retas, as vigas retangulares e as vigas tipo shed. As vigas I retas so empregadas para
coberturas e pisos. A escolha de alturas padronizadas normalmente mais limitada do que para as vigas
de cobertura declinadas. Recomenda-se o uso dessas vigas para grandes vos e para pisos com cargas
elevadas. Os vos ficam entre 10 a 35 m.
Vigas com sees transversais retangulares so bastante comuns. A largura normal para vigas varia
entre 300 e 600 mm e a altura varia entre 400 e 800 mm. Os vos normais so entre 4 e 14 m.
Geralmente, as vigas retangulares possuem dentes de apoio na extremidade para esconder os consolos
retangulares dos pilares. Estas vigas normalmente no atuam em ao combinada com a laje (como
estruturas mistas).
As vigas tipo shed so bastante empregadas na Itlia, onde a escolha de formas e dimenses
padronizadas est disponvel no mercado para vos entre 15 e 28 m.
67
Dimenses normais:
Comprimento:
Altura (h):
Largura (b)
Largura da aba (b1):
Altura da aba (h1):
4.8 - 14.4 m
350 - 380 mm
200 - 500 mm
100 - 150 mm
150 - 200 mm
Figura 5.20 Sees tpicas e dimenses em vigas com abas invertidas para pisos
Mudanas no nvel do piso podem ser acomodadas por vigas em L (ou forma de bota) ou pela
construo de um lado de uma viga em T invertido. Onde as diferenas nos nveis dos pisos nos vos
adjacentes excede aproximadamente 750 mm, a soluo empregar duas vigas em L uma de costas
para a outra (com os lados retos faceando) e separadas por uma pequena folga entre si. Isso
geralmente utilizado para compor pisos intermedirios alternados para estacionamentos, mas tambm
necessrio se ter uma ateno particular para os tirantes transversais atravessando a estrutura.
As vigas em L para apoios de pisos podem ter a mesma largura que a dos pilares (ver Figura 5.21.a)
ou com largura menor do que a dos pilares (fig. 5.21 b). No primeiro caso, as lajes faceiam as vigas e o
pilar junto aos seus apoios, enquanto no segundo caso faz-se necessrio fazer um recorte nos elementos
de laje ao redor dos pilares para compensar o recesso causado pela largura menor da viga, havendo
uma descontinuidade na face interna da viga que apoia a laje, sendo a primeira soluo mais
recomendada.
(a)
(b)
Figura 5.21 Solues variantes para a largura das vigas para apoios pisos.
Vigas retangulares largas e com pequena altura so geralmente empregadas para compor sistemas de
piso, especialmente para cargas elevadas e quando a espessura total para o piso for limitada for
necessria (ver Captulo 4). Essas vigas sero normalmente projetadas e detalhadas para atuarem de
forma conjunta com as lajes do piso.
68
Ligao parafusada
Chumbador grauteado
Pilar-pilar parafusado
Ligao viga-pilar
ligao em clice
ligao parafusada
69
70
Tabela 6.1 indicaes de dimenses e pesos prprios dos principais tipos de pisos pr-moldados.
Tipo de piso
Vo mximo
(m)
Espessura do
piso (mm)
Largura normal
do elemento
(mm)
Peso
prprio do
elemento
(kN/m2 )
100 - 300
300 - 1200
2.0 - 4.0
20
120 - 550
200
2.0 - 4.8
24 (30)
200 - 800
2400
2.0 - 5.0
150 - 300
600
1.5 - 3.5
100 - 250
300 - 600
0.7 - 3.0
100 - 200
600 - 2400
2.4 - 4.8
200 - 300
200 - 600
1.8 - 2.4
71
Extruded elements
Slipform elements
Figura 6.2 sees transversais tpicas dos elementos de laje alveolar protendida.
72
Os elementos de lajes alveolares protendidas possuem alvolos (vazios) longitudinais com a inteno
principal de reduzir o peso prprio. As lajes alveolares so principalmente utilizadas em construes com
grandes vos, como escritrios, hospitais, escolas, shopping centres, prdios industrias, etc. Outro uso
freqente para construo de apartamentos e residncias, por condies favorveis no custo e na
rapidez da execuo.
As lajes alveolares so encontradas tanto em concreto protendido quanto em concreto armado, onde os
elementos esto disponveis em diferentes espessuras para satisfazer as diferentes necessidades de vo
e de carga. As principais sees transversais esto apresentadas na Figura 6.2. A porcentagem de vazios
(volumes de vazios para o total de volume de uma laje slida de igual espessura) para lajes alveolares
est entre 30 e 50%.
Os elementos de laje alveolar possuem normalmente largura de 1200 mm, com comprimentos de at 20
m. A largura real do elemento , geralmente, de 3 a 6 mm menor que a dimenso nominal para permitir
as tolerncias construtivas e para prevenir excessos no layout do pavimento devido o acrscimo
cumulativo das larguras dos elementos. As bordas dos elementos so recortadas para assegurar a
transferncia do cisalhamento vertical atravs das juntas grauteadas entre os elementos adjacentes.
As lajes alveolares protendidas so produzidas por meio de processos de extruso ou por deslizamento
de formas (formas deslizantes). As pistas de protenso so construdas em concreto ou em ao, com
largura normal de 1200 mm e com comprimento de 80 a 150 m. O grau de protenso, tipos de
cordoalhas e espessura dos elementos so os principais parmetros de projeto. Em alguns pases,
emprega-se um processo alternativo conhecido como "moldagem molhada", onde os alvolos vazios so
caracterizados por grandes aberturas quadradas. Aps o endurecimento, os elementos so cortados nas
dimenses especificadas por meio de uma serra circular especial. A extremidade retangular
padronizada, mas pode-se ter extremidades das lajes inclinadas ou recortadas junto aos apoios,
necessrias no plano no retangular do piso.
Elementos de laje alveolar em concreto armado so geralmente de 300 a 600 mm de largura. Em alguns
pases so muito usados para construes habitacionais.
b) Pisos nervurados
Sees transversais tpicas so apresentadas na figura 6.3. Normalmente, os painis nervurados so
protendidos, onde as vantagens principais so:
-
as extremidades dos elementos podem ser chanfradas a um tero da espessura total para
formar uma junta divisora para reduzir a espessura total.
1196 mm
73
c) Elementos de cobertura
Os elementos de concreto de cobertura so principalmente utilizados para construes
comerciais e industrias, para complexos esportivos, etc. H diferentes tipos de elementos tais
como elementos nervurados, chapas de dobradias, elementos de asa simples ou duplos, etc. As
caractersticas principais dos elementos so:
-
grandes vos
As sees transversais tpicas dos elementos de concreto para piso so apresentadas na figura 6.4, os
quais so geralmente protendidos.
Os elementos de lajes macias so geralmente executados com concreto leve ou celular para reduzir o
peso e melhorar as propriedades trmicas. Este tipo de laje utilizado principalmente na construo de
residncias e para coberturas em construes industriais e comerciais. As lajes macias tambm so
produzidas em concreto normal. A razo principal para usar estes tipos de lajes ou devido ao
isolamento acstico ou por razes higrotrmicas. So utilizadas lajes macias protendidas e armadas.
74
Figura 6.5 - Exemplo de sistema misto para piso com painis pr-moldados com armadura treliada
Figura 6.6 sees transversais tpicas para pisos com vigotas e blocos de preenchimento
75
6.3 Escadas
As escadas pr-fabricadas de concreto so produtos muito interessantes por causa da qualidade de
acabamento e do custo razovel. Tradicionalmente, escadas pr-moldadas no local consomem muita
mo-de-obra, sendo sempre necessrio um material adicional para o acabamento final e o custo total
geralmente subestimado. Os elementos pr-moldados de concreto para escadas so produtos
industrializados, com alto grau de acabamento, variando desde as superfcies lisas regulares at o
concreto polido. As escadas mais comuns so descritas nessa sesso.
A primeira categoria compreende as escadas retas, as quais so feitas ou de lances individuais de
escadas pr-moldadas e patamares ou de elementos pr-moldados combinando lances e patamares.
Nessa ltima soluo pode haver nveis diferenciais nos pavimentos e meios patamares, necessitando de
um friso de acabamento ou de outra soluo.
A Segunda categoria compreende escadas monobloco, as quais podem ser utilizadas ou em caixas de
escadas ou individualmente entre diferentes andares.
76
6.4 Modulao
Os pisos de concreto pr-moldado so extremamente versteis e podem ser adaptados para quase
qualquer combinao de paredes ou vigas de apoio. Todavia, existem certas diretrizes para as
propores na planta da construo, as quais podem ser empregadas para simplificar a construo. Os
elementos de piso totalmente pr-moldados so geralmente modulados com base no mdulo de 300
mm. As dimenses mais comuns so de 600, 1200 e 2400 mm. Os elementos para os sistemas de pisos
compostos (mistos) so algumas vezes feitos para dimenses especficas. Quando se planeja uma
construo para projeto com elementos pr-moldados de piso, aconselhvel modular as dimenses
para se ajustar s larguras dos elementos disponveis no mercado.
As lajes com vigotas so menos sensveis modulao. A cobertura necessria pode ser alcanada
variando o espaamento da viga, ou utilizando as vigas em pares ou utilizando blocos especiais de
preenchimento. Onde as vigas so posicionadas nos centros reduzidos, pode no ser possvel utilizar
blocos completos a menos que estejam disponveis tamanhos especiais. Atravs de uma modulao
cuidadosa, essas situaes podem ser minimizadas, restringindo-se s bordas nos pavimentos ou sendo
evitadas completamente.
Em uma estrutura simples, preferencialmente, todos os elementos devem ser armados na mesma
direo, simplificando o layout e, no caso dos elementos protendidos, limitando o congestionamento
entre a armadura e as bainhas. Quando no possvel aplicar uma modulao exata, pode ser
necessrio produzir um elemento especial moldado para a menor largura ou cortada para a largura
desejada com base no mdulo padro.
Tiras estreitos (ou faixas estreitas) de concreto moldado no local tambm podem ser utilizadas, armadas
na direo perpendicular dos elementos pr-moldados de piso. Em muitos casos, essas faixas moldadas
no local podem ser utilmente incorporadas nas ligaes e no sistema de amarrao por tirantes.
Junto aos apoios, os elementos pr-moldados de piso podem conflitar com as intersees entre vigas e
pilares. Considerando esta questo, possvel detalhar as vigas para serem mais largas que os pilares,
permitindo que os elementos de piso tenham extremidades planas (Fig. 6.9a). Nesse caso, a modulao
do piso se torna independente do espaamento entre os pilares e bem mais simplificada. Quando as
vigas no so mais largas que os pilares, ser necessrio fazer recortes nas extremidades dos elementos
de piso (Fig. 6.8b). Geralmente, possvel remover at 1/3 da largura do elemento de piso sem causar
sobrecarga ou instabilidade no apoio restante. essencial que as juntas longitudinais do piso
longitudinais coincidam com a posio dos pilares para facilitar o recorte dos elementos e isso deve ser
considerado na distribuio do layout da construo. Pode ser necessrio um nmero de variaes para
adequar o layout de construes particulares, mas as economias na construo de pisos so
maximizadas quando so utilizadas extremidades retas, sem recortes.
Os componentes pr-moldados protendidos podem no ser efetivos para elementos de piso curtos.
Portanto, os elementos pr-moldados utilizados em vos curtos (menor que 2 m) podem necessitar de
armadura passiva adicional. No vrtice de um elemento de piso com rea triangular pode ser difcil
produzir extremidades cortadas exatamente, as quais mantm a cobertura correta do piso e essas reas
so melhores detalhadas quando se utiliza concreto moldado no local, quando o vo for menor que 2 m.
77
78
Pu/2
Pu/2
ctk0,05
A capacidade de cisalhamento na regio em que haja carga mxima e flexo no fissurada pode ser
calculada da seguinte maneira:
V Rd,c =
I bw
S
2
f ctd + cp f ctd
Onde
I = o momento de inrcia
bw = a largura total da alma
S = o primeiro momento da rea acima e abaixo o eixo central
acp = a transferncia efetiva de protenso na interseo da fissura inclinada e da armadura
ativa, considerando a transferncia da protenso.
A capacidade de cisalhamento do elemento na regio fissurada no estado limite ltimo de flexo pode
ser calculada com a seguinte expresso:
1/ 3
V Rd,c = [0,12 k (100 l f ck ) + 0,15 cp ] b w d
Onde:
k =1+
200
: k um fator que considera o efeito da escala
d
79
A resistncia puno dos pisos de lajes alveolares pode ser checada utilizando expresses simples. O
permetro de controle bsico pode ser considerado para uma distncia igual a duas vezes a espessura da
laje a partir da borda da rea carregada. A seo de controle aquela que segue o permetro de controle
e se estende acima da espessura efetiva d. Somente as sees das almas so consideradas. A tabela a
seguir fornece uma viso geral dos resultados experimentais obtidos para cargas de puno espalhadas
sobre uma rea de 100 x 100 mm2.
45
50 mm
100 mm
150 / 200
20 kN
30 kN
270
40 kN
60 kN
200 mm
320 / 400
45 kN
65 kN
500
60 kN
80 kN
80
considerando o estgio final de apoio, elas podem ser auto-portantes ou semi-portantes. No primeiro
caso o concreto no considerado na capacidade portante, enquanto que no segundo caso o
concreto e os blocos de preenchimento so adotados para a capacidade portante da estrutura
composta.
blocos no resistentes, sem funo estrutural no sistema de apoio final, servindo apenas como forma
perdida durante a execuo. Esse por exemplo o caso dos blocos para preenchimento de
poliestireno expandido;
81
blocos semi resistentes, os quais transmitem as sobrecargas (aes variveis) para as vigotas na
direo transversal, mas no possuem funo estrutural em para a capacidade de flexo
longitudinal, ou em relao capacidade de cisalhamento do piso;
blocos resistentes, os quais atuam em conjunto com o concreto moldado no local como zona de
compresso na seo composta.
Maiores detalhes sobre Projeto e clculo dos sistemas de pisos formados por lajes com vigotas esto
disponveis no manual da FIP Estruturas Mistas Horizontais.
6.5.2 Projeto de Piso com Pr-Moldagem Completa
Os sistemas de pisos, constitudos de elementos pr-moldados individuais, devem ser amarrados para
formar uma s entidade estrutural. Os objetivos a serem atingidos so: a) integridade estrutural; b)
distribuio das foras horizontais; c) distribuio transversal das cargas concentradas.
Integridade estrutural
Os sistemas de pisos constitudos por elementos de concreto pr-moldado individuais devem ser
mantidos amarrados entre si para formar uma nica entidade estrutural, com ou sem uma cobertura de
concreto estrutural moldado no local sobre toda a superfcie do piso.
Sistema de amarrao por meio de tirantes
Tirantes perifricos
transversal
ties
Tirantes longitudinais
corte A-A
corte B-B
corte C-C
82
83
84
as juntas longitudinais entre os elementos devem ser projetadas para resistir as foras de
cisalhamento (fig. 6.16) e, durante a instalao, deve ser empregado um graute no retrtil para
preencher as juntas;
A distribuio do carregamento tambm pode ser conseguida pela capa de concreto estrutural, o que
mais aplicada nos elementos de pisos com painis nervurados, por causa do fato de que a espessura da
junta muito pequena para transferir as foras de cisalhamento verticais apenas atravs da argamassa
na junta.
85
Figura 6.17 fatores de distribuio de carga para pisos de laje alveolar com 1.20 m de largura, para pontos de carga
na rea central da laje (apenas para momentos).
Figura 1.18 fatores de distribuio de carga para pisos de laje alveolar com 1.20 m de largura, para pontos de carga
da borda da laje (apenas aplicada para momentos).
86
Figura 6.19 fator de distribuio de carga para pisos de laje alveolar com 1.20 m de largura, para cargas lineares
concentradas (apenas para distribuio de momentos).
(a)
(b)
87
as divises ou outras cargas lineares so assumidas para estender sobre todo o comprimento do
vo, ou com pequenas interrupes (ex. porta), ou a carga concentrada no meio central do vo.
Nesses casos, a carga efetiva resistida por cada vigota obtida multiplicando a carga total concentrada
pelos fatores de carga apresentados na Figura 6.21. Quando a carga no atuar sobre uma vigota, mas
entre duas delas, a carga dividida entre as duas vigotas adjacentes e o emprega-se o mesmo
procedimento mencionado acima. Maiores informaes esto disponveis no manual de projeto da FIB
"Horizontal Composite Structures".
Tabela 6.21 distribuio dos fatores de carga para lajes com vigotas
Coefficient for the joist no
Number of joists to
each side of the
loaded joist
2
3
4
5
1
0.26
0.24
0.22
0.21
2
0.22
0.19
0.17
0.17
3
0.15
0.13
0.12
0.12
4
0
0.06
0.07
0.07
0
0.03
0.03
0
0.01
reinforcement
topping anchored in
casted open sleeve
88
sacada
Laje alveolar
sacada
Figura 6.23 Sacadas em balanos com camada de isolamento intermitente para evitar pontes trmicas
6.7 Ligaes
6.7.1 Geral
importante considerar os seguintes tipos de ligaes para pisos:
89
Comprimento do apoio
O comprimento nominal do apoio de um piso pr-moldado deve permitir a movimentao e rotao da
laje sem rico de romper a borda da estrutura de apoio, considerando as tolerncias possveis no
comprimento do elemento e a distncia entre as vigas ou paredes de apoio.
A tabela 6.25 apresenta os valores nominais de projeto para o comprimento de apoio dos elementos prmoldados de piso na direo longitudinal, o que pode ser usado no estgio inicial do projeto. As figuras
incluem valores provisrios para tolerncias tanto no comprimento do elemento de piso quanto na
posio da estrutura de apoio. H uma certa tolerncia a respeito do risco de fragmentao (lascamento
do concreto).
Para elementos de lajes alveolares, lajes com vigotas e lajes com painis compostos, as tenses de
contato nos apoios so raramente crticas. Contudo, para os elementos de painis nervurados, as cargas
podem ser bem altas e a zona de apoio bem menor, ex.: quando elementos em duplo-T so apoiados
em suas almas. Nesses casos, deve ser usado o valor mximo da tabela 6.23.
Tabela 6.25 valores nominais para comprimento de apoio a ser utilizado no estagio inicial do projeto
Estrutura
de apoio
Elementos
laje
alveolar
120 a 400
mm
Elementos
em duploT, com
altas
cargas
Lajes com
painis
compostos
Lajes com
vigotas
Vigas de
ao ou de
concreto
armado
70 - 130
75 150
70
100
Alvenaria
de tijolos
100 - 150
100
125
90
Fig. 6.26 Ancoragem das barras de tirante longitudinais nos elementos de lajes alveolares.
A menos que os apoios sejam projetados para continuidade de momentos, recomendado colocar as
barras de armadura para a conexo no meio da seo transversal, ao invs de coloca-las na mesa
superior, para evitar o aparecimento de momentos de restrio junto aos apoios. No muito indicado
colocar a armadura prxima da superfcie inferior, pois isto menos favorvel em relao filosofia de
projeto com respeito integridade estrutural, como ser explicado mais a frente neste captulo.
Portanto, recomenda-se colocar a barra no meio da seo transversal.
Nos apoios intermedirios, as barras de tirantes longitudinais so colocadas continuamente sobre a
estrutura de apoio, enquanto que nas vigas de borda os tirantes longitudinais so diretamente ancorados
na viga da amarrao transversal, ou na estrutura de apoio que possui a funo de viga de amarrao
(Figura 6.26).
Nos pisos com elementos nervurados, a continuidade entre os elementos e a estrutura de apoio obtida
pela ancoragem direta das barras de espera das vigas de amarrao ou por soldagem (Figura 6.27).
91
welding
neoprene
neoprene
Fig. 6.27 Ligaes de apoio para elementos em duplo-T
A conexo entre os elementos pr-moldados de piso e a estrutura de apoio pode ser conseguida atravs
de uma camada de concreto estrutural moldada no local. As armaduras embutidas nessa camada podem
ser contnuas sobre as vigas internas e sobreposta com as armaduras de espera das vigas de piso.
As ligaes entre os pisos com painis compostos e os elementos de apoio apresentam alguns
problemas. A continuidade pode ser proporcionada por meio de sobreposio da armadura de tela
soldada com as armaduras de espera das vigas e paredes de apoio. Nos pisos de lajes com vigotas, a
ligao conseguida por meio de solues tpicas com traspasse das barras projetadas das vigas com a
armadura da regio de preenchimento de concreto, etc. Alguns detalhes tpicos da ligao vigapiso so
mostrados na Figura 6.28.
Figura 6.28 ligaes nos apoios dos pisos de lajes com vigotas
92
slanted ends
Figura 6.29 ligaes nos apoios detalhadas para evitar efeitos das restries negativas
93
cast- in
socket
inserted steel
plates
structural
topping
welded steel
plate
Figura 6.31 ligaes nas juntas laterais dos pisos de lajes alveolares e pisos em duplo-T
Comprimento/largura
(mm)
HC
180 - 300
HC 400
- canto
600/ 400
600/ 300
- frente
600/ 400
600/ 200
1000/ 400
1000/300
- bordas
- aberturas centrais
arredondadass
- aberturas quadradas
Ncleo mnimo 20 mm
1000/400
135
1000/200
94
Onde as aberturas so muito grandes para serem incorporadas dentro do elemento de laje alveolar, so
utilizados dispositivos de apoio indireto com cantoneiras ou vigas moldadas no local para apoiar os pisos
com grandes aberturas (Fig. 6.33). O peso dos elementos transferido para os elementos adjacentes
atravs dos dispositivos de apoio indireto com cantoneiras, enquanto que a sobrecarga transferida
diretamente para as juntas longitudinais grauteadas, sob a condio de que haja armaduras de tirantes
perifricos e internos adequados cercando o piso todo. Os elementos de piso que circundam a abertura
devem ser suficientemente armados para resistir as cargas adicionais.
Figura 6.33 utilizao de dispositivos de apoio indireto com cantoneiras ou vigas para grandes aberturas
preciso se ter cuidado ao utilizar lajes alveolares em regies onde o clima mido e frio, pois a gua
pode penetrar nas lajes alveolares durante a montagem. Se a gua permitida se ajuntar e expandir por
congelamento existe a possibilidade que a mesa inferior se rompa. Uma soluo simples fazer furos na
borda inferior da laje para drenar a gua dos alvolos.
As aberturas nos elementos de pisos nervurados podem ser conseguidas nas posies indicadas na Fig.
6.34. Em nenhuma circunstncia as aberturas verticais devem ser formadas diretamente nas almas dos
elementos em duplo-T. As aberturas circulares atravs das almas so possveis acima da armadura ativa,
para fornecer uma passagem para instalaes prediais.
1/b (mm)
TT - 2400
TT- 3000
- centro
1000/630
1000/930
- borda
100/320
1000/460
- canto
1000/320
1000/460
95
b
l
Figura 6.34 Aberturas nos elementos em duplo-T com em 2.4 e 3.0 m de largura
Nos pisos compostos por painis pr-moldados, devido pequena espessura das placas, as aberturas e
interrupes podem ser facilmente adicionadas mesmo aps as placas do piso serem posicionadas. Se
necessrio, uma armadura adicional pode ser colocada nas partes da laje concretada no local.
96
Espessura (mm)
Comprimento
mximo (m)
Altura (m)
180 240
150 200
6.00 14.00
3.00 4.50
80 150 (180)
6.00 14.00
3.00 3.30
180 200
6.00 14.00
3.00 4.00
sistema de paredes integral, onde todas as paredes internas e externas so em concreto prmoldado.
sistema de paredes na periferia, onde s as paredes externas ou as paredes que fazem a separao
entre apartamentos so em concreto pr-moldado e as paredes internas so em blocos de alvenaria,
ou qualquer outro sistema de divisrias.
7.2.1
97
7.2.2
Nesses sistemas somente as paredes nos contornos dos apartamentos so pr-moldadas, sendo que os
elementos de piso se estendem em toda a largura da casa ou apartamento. Normalmente, os pisos so
compostos com lajes alveolares protendidas com vos entre 9 e 12 m. As paredes portantes so ou as
paredes de divisa entre apartamentos, no caso do sistema de paredes perpendiculares fachada
(Figuras 7.3 e 7.11), ou compem as fachadas frontais e do fundo da construo (Figura 7.4). Dentro da
filosofia moderna de projetos, procura-se criar grandes espaos livres dentro do apartamento, onde
possvel no somente conseguir maior flexibilidade no layout interno do pavimento, mas tambm tem-se
a possibilidade de modificaes futuras.
Quando a largura total do edifcio excede o vo mximo para as lajes, faz-se necessrio empregar
paredes portantes intermedirias ou estruturas com pilar e viga para apoio das lajes (Figura 7.4).
98
Figura 7.4 esquema de edifcio de apartamentos com paredes portantes na fachada. Quando o vo total entre as
fachadas opostas for muito grande, so empregados pilares e vigas intermedirias para apoio das lajes.
7.2.3
Geralmente, os edifcios de apartamentos nos centros das cidades possuem tripla funo:
estacionamento no subsolo, galerias de lojas no primeiro andar e apartamentos nos andares superiores.
Neste caso, a estrutura tem que ser planejada para vos e cargas diferentes, consistindo, geralmente de
uma estrutura em esqueleto no subsolo e no trreo, com sistemas de paredes do primeiro andar em
diante.
7.2.4
99
7.3 Modulao
As seguintes diretrizes so dirigidas principalmente para edifcios de apartamentos de mltiplos andares.
Contudo, eles tambm podem ser aplicados em edificaes baixas.
Localizao das paredes
As possibilidades para dimenses gerais so apresentadas na Tabela 7.6 e Figura 7.7
Tabela 7.6 possibilidades da modulao para paredes
B 1,2,3
C 1, 2, 3
Mnimo
4.00 m
2.40 m
Normal
6.00 12.00 m
3.60 6.00 m
Mximo
14.00 m
12.00 m
H
2.60 3.30 m
4.20 4.50 m
floor element
cross-wall
floor element
core
shear wall
100
Resistncia flambagem;
7.4.1
Aes
b)
c)
7.4.2
Excentricidade
As cargas das lajes e das paredes superiores so transmitidas para as paredes inferiores com uma certa
excentricidade. Estas excentricidades introduzem momentos fletores nos painis pr-moldados e foras
de trao nas ligaes para o diafragma do piso. O clculo das paredes e fachadas baseado no
princpio de que as ligaes entre os painis de parede so articuladas. As excentricidades iniciais
seguintes so consideradas no clculo das paredes e das ligaes com as lajes:
A) Excentricidades estruturais
Excentricidades estruturais
A carga total nas lajes pr-fabricadas simplesmente apoiadas transferida para a parede com uma
excentricidade e piso.
Quando um elemento de piso colocado sem almofadas de apoio ou argamassa, a localizao de (G +
Q)piso de 1/3 do comprimento do suporte. No caso da argamassa ou aparelhos de apoio, a presso de
contato assumida como sendo uniformemente distribuda e a carga do piso localizada no centro do
suporte.
Para a localizao do e piso as possveis posies de deficincia no so consideradas.
Para lajes de piso com apoios engastados, a carga das lajes so aplicadas sobre os painis em duas
etapas e com duas excentricidades diferentes:
Gpiso a parte da carga que transferida para a parede antes do endurecimento do concreto
moldado no local. A excentricidade a mesma para os pisos simplesmente apoiados.
Qpiso a parte da carga transferida depois do endurecimento do concreto moldado no local. A carga
aplicada no centro da parede.
101
A figura 7.9 mostra as foras atuantes em um painel da parede e suas excentricidades, considerando
uma articulao na base do painel.
Tolerncia de
posicionamento
i = 0 . h .m
Autor: Arnold Van Acker (FIP-2002) Traduo: Marcelo Ferreira (ABCIC-2003)
102
?h
h = 2
?m
2/3 = h = 1
m = 0.5(1 + 1 m)
l
a altura do painel
O efeito da inclinao ? i (figura 7.10) pode ser representado pelas foras transversais para serem
includas na anlise conjunta com outras aes.
H i = i ( N b + Na ) 2
Como alternativa simplificada, o efeito da possvel inclinao dos painis pode tambm ser estimado pela
fora horizontal igual a 1% da fora vertical no andar considerado, com valor mnimo igual a 30 kN/m
por painel (ver CEB-FIB Model Code 1978).
103
Estabilidade Estrutural
A) Geral
A estabilidade horizontal de uma estrutura com paredes pr-moldadas garantida pela ao de
contraventamento por cisalhamento entre as paredes, por ao em balano das paredes e ncleos de
contraventamento e pela ao de diafragma das lajes de pisos. As paredes de painis pr-moldados so
apropriadas para atuarem como paredes de enrigecimento. Contudo, elas s apresentam resistncia no
seu prprio plano, devendo ser complementadas com outras paredes perpendiculares aos seus planos ou
com ncleos rgidos (figura 7.11).
transversal wall
cross-wall
104
As ligaes entre os diferentes painis devem ser capazes de transferir as foras de cisalhamento, de
trao e de compresso.
Componente da
fora de
cisalhamento
Viga de
amarrao
horizontal
Biela de compresso
Figura 7.13 deformao de carga e foras de cisalhamento nas estruturas das paredes
As juntas horizontais entre os painis pr-moldados em sistemas de paredes para edifcios com mltiplos
pavimentos podem ser preenchidas com argamassa seca (dry-pack) logo aps o posicionamento dos
painis. Uma soluo alternativa colocar os painis sobre uma camada de argamassa, espalhada entre
duas tiras de espuma.
Para a aplicao de lajes alveolares para sistemas de pisos, a soluo mais eficiente embutir as
extremidades das lajes dentro das paredes. Os elementos de laje podem apresentar extremidades retas
(Fig. 7.14 a) ou chanfradas (Fig. 7.14 b). A junta geralmente preenchida em dois passos: primeiro o
espao entre as lajes; depois do endurecimento e posicionamento dos elementos da painis superiores,
a junta abaixo do painel. O preenchimento com graute nos ncleos centrais aumenta a largura
colaborante da laje e proporciona um confinamento para uma coluna de graute.
Stirrups 8 mm
Rebar 16 mm
bgrout
bw
(a)
(b)
105
Integridade estrutural
A interao entre os elementos estruturais deve assegurar um projeto estvel e robusto. Como j
mencionado no Captulo 3, no se pode superestimar a absoluta necessidade para se conceber uma
conexo tridimensional entre os diferentes elementos. Para estabelecer essa integridade, deve ser
fornecida uma capacidade de trao entre os elementos pr-moldados atravs das juntas.
As juntas (ou ligaes) entre os painis das paredes funcionam essencialmente por cisalhamento e por
compresso. A capacidade de atrito das juntas deve ser suficiente para resistir as foras de
cisalhamento. Todavia, em casos de aes excepcionais (acidentais), podem ocorrer tenses de trao
importantes juntamente com grandes deformaes. Para transferir essas foras corretamente, as juntas
(juntas = ligaes longitudinais) devem apresentar os trs aspectos que chamamos de resistncia,
continuidade e ductilidade.
Consequentemente, devem ser feitas provises no projeto para que haja integridade suficiente na
construo em todas as direes por meio de um sistema de armaduras de tirantes (ver Captulo 3).
106
Figura 7.15 localizao esquemtica das armaduras de tirantes no sistema de paredes estruturais
Os tirantes verticais para amarrao em formato V devem garantir a ao em balano das paredes
de cisalhamento e prover um segundo apoio de carga caso haja um dano local. As seguintes
recomendaes so feitas pela norma inglesa para concreto estrutural BS-8110 [4]: cada pilar e cada
parede portante deve ser amarrada continuamente, das fundaes at o nvel da cobertura. O
tirante de amarrao deve resistir uma fora de trao igual ao valor de clculo para a combinao
das aes permanentes e sobrecargas recebidas pelo pilar ou pela parede de qualquer um dos
andares ou cobertura.
7.4.5
Colapso progressivo
107
B)
Suspenso dos elementos para a estrutura intacta acima da rea danificada. Isso possvel
aplicando tirantes verticais desde a fundao at o nvel da cobertura em todos os pilares e
paredes.
C)
Criando um efeito de ponte sobre a rea danificada pela ao catenria das vigas de
amarrao. Para conseguir absorver essa funo as vigas de amarrao horizontais e
perifricas devem apresentar resistncia, deformao e ancoragem suficiente.
D)
Pode ser necessria prover uma armadura adicional em certos locais para satisfazer esses requisitos, o
que se for pensado ainda na concepo do projeto pode-se reduzir os custos extras. necessrio tomar
cuidado para haja uma ancoragem adequada para os tirantes de amarrao e tambm um comprimento
suficiente de traspasse para fazer com que os tirantes sejam eficientemente contnuos.
7.5 Elementos
A espessura de elementos de paredes macias de concreto varia entre 80 a 240 mm, dependendo dos
requisitos de resistncia e de isolamento acstico. Os elementos de painis possuem a mesma altura que
os pavimentos, com no mximo 4.20 m, excepcionalmente com 4.50 m. Este valor geralmente
108
Junta
interdentada
Existe um sistema de parede feito de placas pr-moldadas conectadas entre si durante a moldagem
(figura 7.19). As placas de concreto so de no mnimo 40 mm de espessura. A parede consiste de duas
placas paralelas, afastadas entre si de 70 a 100 mm, com as faces lisas voltadas para fora e com parte
de trelias formadas por barras soldadas projetando-se das superfcies rugosas voltadas para o espao
deixado entre os dois painis.
109
Aps o levantamento e posicionamento dos painis, o espao vazio entre os mesmos preenchido com
concreto no local para realizar as conexes com os pisos e paredes superpostas. O concreto de
preenchimento aumenta tambm a capacidade portante e as propriedades de isolamento da parede.
Para garantir a aderncia e a posio das duas placas pr-moldadas, trelias de barras soldadas so
concretadas dentro dos painis na fbrica, com um espaamento de cerca de 0.6 m. Os vazios entre as
paredes podem ainda ser armados para absorverem as foras de estabilizao ou grandes
carregamentos verticais.
7.6 Ligaes
As ligaes entre as paredes e pisos pr-moldados esto entre os itens mais estudados nas construes
pr-moldadas. O objetivo principal dessas pesquisas foi checar o comportamento estrutural de todos os
tipos de ligaes com diferentes configuraes para juntas, armaduras, concreto de preenchimento, etc.
Tais informaes so de grande importncia no projeto das ligaes em paredes e existe uma extensa
literatura sobre este assunto.
As ligaes de parede so classificadas considerando a localizao, a direo e a funo, por exemplo:
interior ou perifrica, horizontal ou vertical, e parede para parede ou parede para piso.
7.6.1
As ligaes nas juntas verticais entre os elementos de parede so normalmente projetadas para
transmitir as foras de cisalhamento. As superfcies da junta vertical so geralmente planejadas para
aumentar a capacidade de cisalhamento. O componente horizontal da biela inclinada de compresso no
concreto (do modelo biela e tirante para concreto armado) equilibrada por uma armadura de tirante ou
por ligaes soldadas. aconselhvel concentrar a armadura de tirante na junta horizontal entre os
elementos de parede (Fig.7.20). A soluo alternativa para empregar armaduras em laos sobrepostos
dentro da junta vertical (fig. 7.21 a) um pouco mais complicada e no extremamente necessria.
Os elementos de painis podem ser conectados para formar uma parede composta em formatos T, U ou
I. A rigidez de perfis compostos consideravelmente maior que as dos elementos isolados, mas para
compor estes perfis necessita-se de uma grande capacidade de cisalhamento nas juntas verticais.
Quando a rigidez fora do plano dos elementos insuficiente, devem ser usados armaduras com ganchos
sobrepostos nas juntas verticais.
110
Figura 7.20 Ligaes nas juntas de cisalhamento vertical entre elementos de parede
111
112
Como mencionado anteriormente, os sistemas de fachadas acima podem, em princpio, desempenhar uma
funo de estabilizao horizontal, como qualquer outra parede de cisalhamento (de contraventamento) em
concreto pr-moldado. Nestes casos, podem ser necessrios ligaes de cisalhamento entre os elementos de
painis.
A fachada tambm pode ser composta por um painel portante tipo spandrel, como ilustrado na Figura 8.2.
Neste caso, os painis tipo spandrel atuam como vigas, transferindo as cargas verticais para os pilares,
113
Painel no portante
Painel auto-portante
114
thermal insulation
exterior cladding
Esta soluo apresenta vrias vantagens em relao aos demais tipos de painis sanduche:
Grande flexibilidade no projeto da fachada. Completa liberdade com relao ao tamanho, forma e
aos materiais empregados;
O isolamento trmico contnuo sobre toda a fachada, sem a presena de pontes trmicas, inclusive
nas juntas entre os painis.
A fachada contm uma cavidade ventilada entre o fechamento externo e o isolamento trmico.
A aparncia externa da fachada pode ser totalmente diferente de um edifcio para o outro, sem
haver diferenas na estrutura e nos elementos internos.
A configurao das juntas na fachada discreta (ou a estampa, ou paginao, dos painis na
fachada discreta).
A desvantagem desta soluo construtiva a necessidade de um nmero maior de elementos prmoldados, o que significa um aumento do manuseio, da capacidade de estocagem, de transporte, das
ligaes, etc. Todavia, estes fatores podem ser compensados pelo fato de se ter uma produo mais
simples dos elementos individuais.
8.2.4 Elementos Especiais
O concreto arquitetnico tambm pode ser utilizado para propsitos decorativos no interior dos edifcios.
De fato, todos os elementos pr-moldados podem ser produzidos em concreto arquitetnico quando isto
for necessrio. Existem inmeros exemplos de construes com tais detalhamentos, como por exemplo,
com elementos de sacadas, parapeitos, cornijas, colunas especiais em grandes sagues de entrada,
115
8.3.1
Os painis portantes para fachadas suportam apenas as cargas dos pisos e dos painis superiores. As foras
horizontais atuantes nas fachadas so transferidas pelos elementos enrigecedores (como ncleos, paredes
de contraventamento) por meio da ao de diafragma do pavimento. As ligaes entre os elementos de
fachada e os pisos so projetadas como sendo rotuladas na direo perpendicular ao seu plano.
Figura 8.5 Princpio de estabilidade horizontal para edifcios com ncleos de contraventamento
8.3.2
Quando a fachada composta por painis portantes com suficiente rigidez no seu plano, esses painis
podem garantir a estabilidade horizontal do edifcio. Os pisos pr-moldados funcionam como diafragmas
entre as paredes frontais e as paredes laterais, assegurando a amarrao do sistema. As juntas verticais
entre os painis de concreto devem ser capazes de transferir as foras de cisalhamento. Isto pode ser
conseguido atravs de preenchimento com graute ou por meio de ligaes soldadas.
Movimentao Diferencial
Deformaes devidas s diferenas de temperatura entre as partes da construo devem ser estudadas
cuidadosamente. Tais diferenas de temperatura podem aparecer, por exemplo, entre as partes da estrutura
situadas dentro do edifcio, as quais esto uma temperatura quase que constante, e as partes da estrutura
na fachada e na cobertura, as quais esto expostas s condies climticas. Estes movimentos iro variar
grandemente de acordo com o tipo de estrutura, com o tamanho de painel e com o tipo de clima. Para
evitar empenamento (encurvamento) dos painis maiores e concentraes de tenses, as ligaes dos
elementos de fachada devem ser projetadas de tal modo que fosse possvel ocorrer os movimentos trmicos
entre os elementos de fachada e a estrutura. Para combater os efeitos causados por tais movimentos, a
fixao deve manter o painel em sua posio e no ser afetada estruturalmente. Arruelas sintticas,
116
40 C para a mxima diferena entre as camadas internas e externas dos painis sanduche.
117
(a)
(b)
(c)
(d)
118
119
external skin
insulation
internal skin
Figura 8.8 Princpio de painel sanduche para fachada em concreto arquitetnico
Tambm possvel incorporar uma cavidade (ver outra terminologia melhor) de ventilao entre a
camada externa e a camada de isolamento trmico. O papel principal desta cavidade evitar a
penetrao de gua de chuva dentro do isolamento e da superfcie interna. A gua que penetra
evaporada dentro da cavidade de ventilao ou eliminada na junta horizontal.
A camada externa deve ser fixada na camada interna de tal modo que a camada externa seja livre para se
expandir e contrair. Com exceo dos requisitos mecnicos, as ligaes entre as duas camadas de concreto
devem satisfazer um nmero de critrios relativos ductilidade e durabilidade. Existem duas solues
bsicas: sistemas de conectores especiais e armaduras diagonais entre as camadas.
Os sistemas de conectores especiais so usualmente compostos por conectores de apoio, conectores de
toro e espaadores. Os conectores de apoio (ver Fig. 8.10.a e 8.10.b) suportam o peso da camada
externa de concreto e a ao do vento. Os conectores de toro so necessrios quando os conectores no
possuem rigidez suficiente na direo transversal (tipo a). O papel dos espaadores (tipo c) resistir as
aes horizontais e manter a distncia correta entre as duas camadas de concreto, sem impor restries aos
movimentos laterais.
120
Interior leaf
Thermal insulation
Plastic aeration
sheat
(a)
(b)
(c)
bearing anchor
spacer
torsion anchor
121
complementary spacer
diagonal reinforcement
over the whole panel height
diagonal reinforcement
concentrated in the
middle of the panel height
Um mtodo construtivo variante para painis sanduche para fachadas o mtodo de pele dupla. O
princpio deste mtodo foi descrito na sesso 8.2.3 e est ilustrado na Figura 8.13.
Primeiro passo:
Levantamento e posicionamento do painel interno da fachada, com o lado de acabamento liso no lado
interno. Os elementos de piso so posicionados quer sobre o topo dos painis ou sobre um consolo.
Aps o levantamento dos pavimentos, a camada de isolamento fixada no lado externo desses painis
por meio de conectores mecnicos.
Segundo passo:
Levantamento e posicionamento da camada externa da fachada. Quando esta camada executada em
concreto arquitetnico, o fechamento pode ser auto-portante ou fixado na camada interna. Desde que o
projeto da camada externa independente da camada interna, as dimenses das camadas internos podem
ser completamente diferentes. Por exemplo, a altura do painel pode cobrir a altura de dois pavimentos.
122
Figura 8.13 Passos de montagem para sistemas de pele dupla para fachadas
Uma Segunda soluo possvel para o isolamento de painis arquitetnicos de fachadas consiste na
aplicao de uma camada de isolante dentro dos elementos de fechamento. Depois disto, um revestimento
feito sobre o isolamento, como por exemplo com placas cimentcias ou em gesso acartonado, alvenaria de
tijolos ou outros materiais.
123
Fig. 8.14 Exemplos de ligaes com armaduras de sobreposio e concreto de preenchimento no local
Ligaes Parafusadas
As ligaes parafusadas so utilizadas normalmente em painis no portantes. Existem vrias possibilidades
de se fazer uso dos fixadores existentes como parafusos inseridos no concreto, trilhos para conectores
inseridos no concreto, barras rosqueadas inseridas no concreto, etc. Na Fig. 8.15 so apresentadas algumas
destas solues. As ligaes parafusadas podem ser desmontadas e promovem uma fixao imediata.
Todavia, para superar os problemas causados pelos desvios construtivos, devem ser previstas tolerncias
em todas as direes para possveis ajustes.
Angle fixed to
column and
cladding panel
anchor rail
bolt M12
Projecting bar
from faade
panel cast in floor
sleeve
Metal angle fixed to cast in channels
124
Ligaes soldadas
A ligao soldada muita empregada na EUA e Canad, mas raramente na Europa. Essas ligaes so
eficientes e podem ser facilmente ajustadas para condies variadas no campo. Todavia, o desempenho
quanto sua resistncia e mesmo a sua confiabilidade estrutural depende da qualidade da mo de obra.
Na Europa, as regulamentaes exigentes para aplicao de solda em canteiro, somadas com os riscos
de condies climticas desfavorveis, limitam bastante a aplicao deste tipo de soluo.
welding
welding
metal plate
welding
125
Deve-se adotar o mesmo tipo de ancoragem para todo o sistema de fechamento sempre que
possvel e tambm se o dimensionamento em certos casos maior que o necessrio. O trabalho
repetitivo promove a reduo de custos e melhora a qualidade da execuo.
As barras de espera para traspasse devem ser posicionadas na parte superior da forma (durante a
moldagem) com o objetivo de evitar dificuldades de moldagem.
Todos os fixadores, de qualquer tipo, devem permitir ajustes nas trs dimenses para permitir que
os painis sejam facilmente alinhados e nivelados.
Juntas com faces seladas: neste tipo de junta a penetrao tanto de gua quanto de ar prevenida por
meio de um selante fechado na face dos painis. O mtodo mais efetivo e mais comum empregar os
selantes de silicone, os quais so aplicados com pistola. O material selante deve aderir nas duas faces
126
sealant with
backing strip
closed cell
polyethylene
foam strip
thermal insulation
A junta com dreno aberto tambm conhecida como junta de dois estgios (Figura 8.18). Este tipo
de junta possui caractersticas separadas para prevenir a penetrao de ar e de gua. Nesses
sistemas, a primeira barreira projetada para prevenir a penetrao bruta (principal) de modo que
somente uma quantidade limitada de gua poder passar para a zona entre a barreira primria e o
selante de ar na parte de trs da junta. A proteo fornecida pela barreira primria para o efeito da
fora dinmica do vento de modo que a gua no projetada (lanada) para o selante de ar. O
selante de ar desempenha um papel vital no funcionamento da junta e qualquer quebra na
integridade do selante pode levar penetrao de gua. Por esta razo, vedaes ou tiras de
espuma podem ser inadequadas por causa do risco de ocorrncia de descontinuidade ou de vazios
nas juntas devido aos defeitos nas superfcies (faces) da junta, os quais podem permitir a passagem
livre para a penetrao de ar e de gua. Os selantes aplicados com pistolas proporcionam os
mtodos mais seguros para se conseguir a vedao ao ar.
A primeira barreira na junta vertical contm uma cmara de expanso para diminuir a presso do vento e
uma chicana para drenar a gua da chuva. A junta horizontal arranjada com uma sobreposio de painis
para proporcionar a barreira primria. A altura do dente na junta horizontal deve ser entre 50 e 70 mm para
evitar a penetrao de gua por presso do vento. Uma folha metlica (um rufo ou outro material prova
de gua) colocada sobre a junta vertical, na interseo entre a junta vertical e a junta horizontal. O selante
de ar colocado na parte de trs da junta.
air seal
baffle
expansion
chamber
127
vertical joint
perpendicular
wall
upstand
face sealant
or opendrained
gun applied
sealant
face sealant
Figura 8.19 Configurao tpica para juntas em painis tipo sanduche para fachadas
A maior parte das juntas de vedao nos fechamentos para fachadas executada com juntas com faces
seladas. A princpio, estas juntas so mais suscetveis aos efeitos do envelhecimento do que as juntas
com drenos abertos por causa do fato de que o material selante exposto ao vento, chuva e aos raios
ultravioleta. Todavia, os selantes aplicados nas faces permitem liberdade de formas para o projeto dos
painis. A eficincia dessas juntas depende da continuidade da aderncia ao concreto e da elasticidade
do material selante. Isto implica que as bordas da junta devem ser regulares e planas (ou simples), no
podendo haver aplicao de agentes retardadores ou de aditivos similares. Recomenda-se colocar o
selante levemente para trs na junta para se obter uma melhor proteo contra o vento, gua de chuva
ou raios ultravioleta. Quando expostas diretamente s intempries, as propriedades dos materiais
selantes iro sofrer alteraes ao longo do tempo, devendo ser antecipados servios de manuteno ou
de reparos. Todavia, desde que o material selante est posicionado prximo face do painel, pode-se
executar facilmente a inspeo e a manuteno.
Em juntas com drenos abertos, os posicionamentos dos diferentes estgios das juntas so realizados
durante o levantamento dos painis, o que nem sempre fcil de ser feito. Deve-se ter um cuidado especial
para executar a interseo entre a junta vertical e a junta horizontal, por ser este um ponto fraco do
sistema. Os encaixes inclinados nas bordas das juntas verticais devem ser suficientemente paralelos para
possibilitar o encaixe da chicana (baffle). Os movimentos devidos s variaes na temperatura e na umidade
dos painis geralmente no afetam o desempenho das juntas. A inspeo nas juntas com drenos abertos
mais difcil, especialmente na interseo das juntas horizontais e verticais, onde os reparos de juntas com
vazamentos no so to fceis. As folhas metlicas (galvanizadas) na interseo das juntas horizontais e
verticais so mais inacessveis e, assim, no podem ser reparadas. O mesmo ocorre para as chicanas
(baffles). Os reparos daquelas partes das juntas que so acessveis do lado externo dos painis podem ser
realizados cobrindo as juntas com selantes ou com tiras adesivas.
Nos sistemas de fachada com pele dupla, as juntas de vedao so algumas vezes colocadas entre os
painis internos (na pele interna), antes da colocao dos elementos de fechamento externos (que
constituem a pele externa). As juntas entre os elementos no fechamento externo so deixadas abertas.
Neste caso, o material de isolamento deve ser prova de gua.
128
Tabela 8.20 Largura de junta recomendada para juntas com faces seladas
Largura do elemento (m)
1.80
12
2.40
12
3.60
14
4.80
15
6.00
16
Bibliografia
Shear At The Interface Of Precast And In Situ Concrete; FIP Guide to good practice, January 1982, ISBN
0 907862 02 0 (Manual da FIP: Cisalhamento na interface de elementos de concreto pr-moldado e
moldado no local)
EUROCODE 2: Design Of Concrete Structures - Part 1: General Rules And Rules For Buildings. EN 19921-1, October 2002 (Norma Europia para Concreto: Projeto de Estruturas de Concreto, Parte 1:
Regras Gerais e Regras para Edifcios)
British Standards Institution (1985) The Structural Use of Concrete. BSI, London, BS 8110
Inglesa para Concreto: O Uso Estrutural do Concreto)
(Norma
Elliott, K.S. (1996) Multi-Storey Precast Concrete Framed Structures. Blackwell Science Ltd, London. ISBN
0-632-03415-7
(Estruturas de Concreto Pr-Moldado para Edifcios de Mltiplos Pavimentos Livro do Prof. Kim Elliott da Universidade Nottingham UK)
Elments en Bton Architectonique - Recommandations Techniques; Precast Concrete Federation FeBe
Belgium
La prefabbricazione in calcestruzzo; Guida all'utilizzo nella progettazione - Henrice Dassori - Assobeton Italy,
2001 BE-MA Editrice, Via Teocrito, 50 - 20128 Milano
Precast concrete cladding, edited by HPJ Taylor, Edward Arnold, London 1992. ISBN 0-340-54475-9.
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