Droga e Agonia No Auge Da Vida Cassia Eller
Droga e Agonia No Auge Da Vida Cassia Eller
Droga e Agonia No Auge Da Vida Cassia Eller
"Eu no achava que precisava cheirar para cantar, mas ia de onda, tinha
bastante e sempre mandava uma. Era o frisson da galera, todo mundo ia."
"Fumei meu primeiro baseado aos 20 anos, cocana foi com 25. Resisti por muito
tempo, mas quando comecei a cantar foi uma perdio total. Cantava em dois
bares, ganhava umas drogas de presente."
Divulgao
"Eu embalava dois, trs dias sem parar. A deu um
clique, fiquei pirada com a histria. Meu problema hoje
que bebo, entorno uma cana. Eu gosto de birita."
"Adoro ser mulher. que brinco com o comportamento
das pessoas, gosto do machismo. Adoro imitar bofe!
Passa uma mulher e eu falo 'Gostosa', ou ento coo o
saco. No sou de pegar menina assim, mas s vezes
falo s para sacanear: 'E a, gata?'"
"Sou espada."
De manh, comeou a ltima e mais terrvel parte do drama de Cssia Eller. Logo
cedo, ela ligou do celular para Lan Lan pedindo ajuda. A percussionista chegou de
carro ao apartamento da cantora, acompanhada pela amiga e companheira de
banda Thamyma Brasil. As duas decidiram levar Cssia para dar uma volta de
carro, ainda segundo a verso de Lan Lan. No meio do caminho, a cantora comeou
a se desesperar, com fortes dores e vmitos, e foi levada para a clnica Santa Maria,
um hospital pequeno e modesto, distante cerca de 2 quilmetros de sua casa.
Chegou por volta do meio-dia e topou com a sala de espera cheia. Assustada,
recusou-se a entrar e voltou correndo para o carro. A vizinhana acompanhava das
janelas seu choro convulsivo. O mdico Marcelo Heringer, 31 anos, um dos scios
da clnica, tirou o jaleco e foi tentar convenc-la a voltar. Sentaram-se na calada.
Cssia, enfim, aceitou entrar no hospital.
A cantora foi submetida a um eletrocardiograma, que no mostrou anormalidade.
J a contagem de enzimas, um exame de sangue que detecta a morte de tecido
muscular cardaco, apresentou pequena alterao. s 13h30, quando ainda estava
em observao, Cssia teve a primeira parada cardaca e iniciou uma luta pela vida
que s terminaria s 19h05. O atendimento que recebeu seguiu o padro utilizado
nos casos de intoxicao por drogas em doses acima do suportvel pelo organismo,
a chamada overdose. Os mdicos ministraram atropina, lidocana e bicarbonato de
sdio. Pela ordem, esses medicamentos servem para recuperar os batimentos
cardacos, normalizar o ritmo do corao e manter em nveis adequados algumas
substncias que regulam o pH do sangue. Por volta das 16h30, quando estava
sendo preparada para se submeter a um ecocardiograma, a cantora teve a segunda
parada cardaca.
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O que se seguiu foi um horror. Toda a equipe mdica, a essa altura formada por dez
pessoas, espremeu-se em um dos boxes do CTI da clnica, num espao de no mais
de 10 metros quadrados. Por 25 minutos, os profissionais revezaram-se no esforo
de fazer o corao da cantora voltar a funcionar. Fizeram massagens cardacas,
deram choques e ministraram novos medicamentos. Foi um perodo longo demais
para uma pessoa da idade de Cssia. Com quase meia hora de parada cardaca, o
corao entra em sofrimento e praticamente no h esperana de reverso do
quadro. Tecnicamente, no se podia fazer mais nada. Cssia, porm, mais uma vez
resistiu. Naquele momento, os mdicos j haviam constatado uma obstruo
arterial no brao esquerdo da cantora. Das trs artrias, apenas uma funcionava
mesmo assim, de maneira sofrvel. Se ela sobrevivesse, provavelmente teria
seqelas naquele brao. A situao era to delicada que um angiologista
(especialista em sistema vascular) foi chamado, mas no houve tempo. s 7 da
noite a cantora sofreu a terceira e ltima parada cardaca.
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limite tolervel