Aula 1 - Urbanismo Tático

URBANISMO
TTICO
A falta de recursos no mais uma desculpa para no agir. A

idia de que a ao s deve ser tomada depois de todas as
respostas e os recursos foram encontradas uma receita certa
para a paralisia. O planejamento de uma cidade um
processo que permite correes; ele extremamente arrogante
para acreditar que o planejamento pode ser feito somente
depois de cada varivel possvel foi controlada.
- Jaime Lerner
Arquiteto, urbanista, ex-prefeito de Curitiba, Brasil
Na procura de um progresso mais equitativo, os cidados

so convidados a participar num processo normalmente
viciado: em vez de serem solicitados a contribuir para uma
mudana incremental no seu bairro ou vizinhana mais
prxima, os moradores so incitados a reagir a propostas
que muitas vezes no entendem e a uma escala para a qual
tm pouco controlo ou conhecimento.
urbanismo de guerrilha,
urbanismo pop-up,
reparao da cidade
urbanismo DIY
O urbanismo ttico uma abordagem voluntria de construo de cidade

que apresenta as seguintes caractersticas:

abordagem
voluntria
e gradual

processo de
criao de ideias
para os desafios
do planejamento
escala local
abordagem
voluntria
e gradual

processo de
criao de ideias
para os desafios
do planejamento
escala local
Um compromisso
de curto-prazo e
de expectativas
realista
abordagem
voluntria
e gradual

processo de
criao de ideias
para os desafios
do planejamento
escala local
Um compromisso
de curto-prazo e
de expectativas
realista
abordagem
voluntria
e gradual
Atividade de
baixo-risco com a
possibilidade gerar
recompensas
elevadas

processo de
criao de ideias
para os desafios
do planejamento
escala local
Um compromisso
de curto-prazo e
de expectativas
realista
abordagem
voluntria
e gradual
Atividade de
baixo-risco com a
possibilidade gerar
recompensas
elevadas
Desenvolvimento de capital
social entre cidados e a
construo de capacidade
institucional entre as
organizaes pblicas,
privadas, no lucrativas e
ONGs e os seus membros
pode ser usado apenas para alertar a conscincia

pblica para identificar um pequeno problema.
EXEMPLOS
RUAS ABERTAS
OBJETIVO: Providenciar temporariamente
espaos seguros para andar a p, de bicicleta,
de skate e desenvolver atividades sociais;
promover o desenvolvimento da economia
local; aumentar a ateno relativamente aos
efeitos negativos do automvel na vida
urbana
INTERVENIENTES: Servios municipais;
Polticos; Representantes de cidados;
Organizaes no lucrativas
ESCALA: Cidade || Bairro || Rua
PLAY STREETS
OBJETIVO: Criar espaos seguros para as
pessoas de todas as idades poderem socializar
e serem ativas.
INTERVENIENTES: Bairros / associaes de
bairro; Ativistas; Autarquia
ESCALA: Rua || Quarteiro
FACTO: Muitos bairros da cidade no tm
parques e espaos abertos adequados.
PlayStreets preenche essa necessidade,
oferecendo um espao seguro para o lazer e
interao entre a comunidade.
PARK (ING) DAY

OBJETIVO: Recuperar o espao dedicado aos
automveis e aumentar a vitalidade das ruas
INTERVENIENTES: Ativistas; Organizaes sem
fins lucrativos; Associaes cvicas
FACTO: Em 2011, foram apropriados
temporariamente 975 estacionamentos em
ruas de 165 cidades e 35 pases dos seis
continentes.
JARDINAGEM DE GUERRILHA
OBJETIVO: Introduzir mais espaos verdes e
promover a jardinagem em ambiente urbano
INTERVENIENTES: Representantes de
associaes de moradores
ESCALA: Quarteiro || Parcela
FACTO: Guerilla Gardening surgiu em 1973
quando ativistas de Nova Iorque despejaram
sementes, gua e fertilizante em lotes de
terreno abandonados.
PARKLETS
OBJETIVO: Recuperar espaos de asfalto
subutilizados para espaos pblicos sem
grande investimento
INTERVENIENTES: Restaurantes locais
Municpios; Departamentos de transporte;
Agncias de desenvolvimento
FACTO: O custo inicial de um parklet em So
Francisco inclui USD $1,000 de inscrio e
uma taxa de USD $650 para remover os
parqumetros. Finalmente uma taxa de USD
$221 cobrada anualmente. O Parallel Park,
um parklet em Vancouver, BC, custou USD
$18,000 incluindo projeto e construo.
CHAIR BOMBING
OBJETIVO: Melhorar o bem-estar social da
vizinhana, resgatando desperdcios para
ativar o espao pblico.
INTERVENIENTES: Ativistas Locais;
Proprietrios Locais; Pequeno Comrcio
ESCALA: Rua || Edifcio
FACTO: possvel reduzir a quantidade de lixo
urbano e tornar as ruas mais convidativas,
utilizando paletes abandonadas e
convertendo-as em mobilirio urbano de
qualidade.
FOOD TRUCK
OBJETIVO: Disponibilizar comida de baixo
custo, incubar pequenas empresas, ativar
espaos subutilizados.
INTERVENIENTES: Empresrios; Municpios
ESCALA: Quarteiro | | Lote
FACTO: Os veculos/roulottes de comida em
Portland encontram-se regulamentados como
restaurantes normais, o que implica no s
inspees semestrais, como o pagamento de
um aluguer pelos espaos de via pblica que
ocupam.
VENDEDORES DE RUA
OBJETIVO: Oferecer servios/atividades
comerciais, ativar espaos pblicos e apoiar os
cidados a aumentar o seu rendimento
INTERVENIENTES: Microempresrios
FACTO: Os vendedores ambulantes
comercializam uma variedade de bens para
alm de comida, incluindo arte, fotografia,
roupa e muitos outros produtos. A venda ,
muitas vezes, uma segunda fonte de
rendimento para as famlias urbanas.
POSTE VIVO
OBJETIVO: Tornar as ruas mais atraentes
ativando o espao pblico
INTERVENIENTES: Proprietrios; Ativistas
ESCALA: Rua
FACTO: A maioria dos regulamentos
municipais probe o uso de postes para outro
uso. As causadas perdem espao para estes
equipamentos e prejudicam a caminhar pela
cidade. A interveno cria pequenas prtas
comunitrias que valorizam e chamam
ateno para a manuteno do espao
pblico.
A CIDADE COMO UM JOGO DE CARTAS

[...] para que o jogo urbano d certo, preciso que todos conheam
bem as cartas do baralho que est sendo usado e que sejam bem
esclarecidas as regras para arrum-las. Se apenas alguns tiverem
acesso s normas e puderem alter-las com exclusividade, provoca-se o
desequilbrio.
O governo dispe de autoridade para fazer

cumprir a lei. Os grupos de capital
interessados tm recursos financeiros, os
grupos de populao podem e devem exercer
presses pelo que julgam ser o seu direito.
Carlos Nelson Ferreira dos Santos,

A cidade como um jogo de cartas, P. 28
Atividade I
OBJETIVOS GERAIS
- O aluno dever elaborar sua pesquisa de referencial de projeto de
interveno sobre um(a) dos(as) grupos, coletivos, etc. denominados Patronos a
sua prpria escolha (o aval deve ser dado com antecedncia pelo professor),
apresentando as informaes mnimas cobradas na Estrutura do Trabalho.
- O objetivo relacionar as qualidades dos Patronos com as intenes de
projeto de cada aluno, apresentando materiais, formas, conceitos e
funcionalidades que se destacam nos projetos desses grupos. O Exerccio de
elaborao e apresentao individual. A entrega ser no dia do seminrio,
conforme data informada em sala de aula.
Atividade I
A escolha do Patrono livre, entretanto, deve-se obedecer aos seguintes
critrios:
1- Cada aluno deve apresentar, no mnimo, um Patrono Nacional e outro
Internacional.
2- Alunos com todos os Patronos Nacionais ou todos Internacionais
perdero pontos.
3- A escolha do Patrono deve ser informada antes do Seminrio, na 1.
Aula de Orientao.
Atividade I
ESTRUTURA DO TRABALHO
O Exerccio dever ser composto pelos seguintes tpicos:
1- INFORMAES GERAIS: apresentar as principais informaes sobre o
Patrono. Onde atua, de onde (local / pas), principais objetivos, projetos
mais significativos e etc.
Atividade I
JUSTIFICATIVA PELA ESCOLHA: apresentar os principais motivos que
levaram a escolha do profissional. Qualidades estticas, de concepo, de
formas, de estilo, utilizao de materiais, relao da interveno com
entorno, formato das intervenes, incorporao de tecnologias,
funcionalidade, modelos e etc.
Atividade I
EXEMPLO REFERENCIAL: apresentar um exemplo, relacionado ao tema da
disciplina (ou seja, mobilirio de interveno urbana), que o aluno
considere ser de grande relevncia e contribuio para o desenvolvimento
do seu prprio projeto no decorrer da disciplina.
Atividade I
IMAGENS PLANTAS e MODELOS: como informaes mnimas sobre o
Exemplo Referencial, o aluno dever apresentar as seguintes informaes:
A- Planta-baixa ou modelo da interveno.
B- Anlise sobre o carter da interveno (permanente/ temporria).
C- Materiais utilizados (forma, materiais, detalhes construtivos e outros).

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URBANISMO

A falta de recursos no mais uma desculpa para no agir. A

Na procura de um progresso mais equitativo, os cidados

O urbanismo ttico uma abordagem voluntria de construo de cidade

O urbanismo ttico uma abordagem voluntria de construo de cidade

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O urbanismo ttico uma abordagem voluntria de construo de cidade

pode ser usado apenas para alertar a conscincia

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O governo dispe de autoridade para fazer

Carlos Nelson Ferreira dos Santos,

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