Curso de Gemologia
Curso de Gemologia
Curso de Gemologia
BSICO DE GEMOLOGA
ON-LINE
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Introduo
Opresentecurso,elaboradopeloInstitutoGemologicoEspanholeIGE&Minas,reneos
conhecimentosbsicosmaisimportantessobreasgemas.Seuscontedosestodestinadosa
qualquerpessoarelacionadacomosetordajoalheriaepedraspreciosas,bemcomoaos
aficionadossgemaseaopblicoemgeral.
Ocursoestestruturadoemcaptulos,comperguntasderevisodetipotesteapsacadaum
deles.Aspessoasqueseguiremtodoocursoeaprenderemoscontedosdoscaptulospodem
seapresentaraumexamepresencialeobteroDiplomadoCursoBsicodeGemologiado
InstitutoGemolgicoEspaol.
2009IGE.Proibidaareproduodocursoporqualquermeio.
Autores:MiguelJ.JimenezPinillos(LicenciadoemGeologa,GemlogopeloIGE),
EgorGavrilenko(Dr.emGeologa,DiretordeEstudosdoIGE).Asperguntasforamelaboradas
utilizandooprogramaHotPotatoes6daUniversidadedeVictoria,EEUU.Agradecemosseus
comentriossobreopresentecursoem:[email protected]
Traduoaoportugus:MaraLuisaFracchia(PerciaTcnicaemGemas&JiasA.B.G.A).
Reviso:AndrCarvalhoLeite(GemlogopeloGIAepresidentedaADESIGNSE).(A.B.G.A).
AssociaoBrasileradeGemlogos&Avaliadoresdegemasejias.
www.adesignse.com.br
Index do curso
1. Conceitos gerais
Perguntas de reviso
4
8
10
14
16
26
28
32
34
42
6. O Diamante
Perguntas de reviso
49
57
7. A Esmeralda
Perguntas de reviso
59
62
8. O Rubi
Perguntas de reviso
64
68
9. A Safira
Perguntas de reviso
70
74
10. As Prolas
Perguntas de reviso
76
82
84
89
91
108
Teste geral
110
Descrio do exame
Traduoaoportugus:MaraLuisaFracchia(PerciaTcnicaemGemas&JiasA.B.G.A).
Reviso:AndrCarvalhoLeite(GemlogopeloGIAepresidentedaADESIGNSE).(A.B.G.A).
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1. Conceitos gerais
Perguntas captulo 1
1. O diamante sinttico pode ser considerado um mineral?
-A. No, porque obtido pelo homem num laboratrio.
-B. Sim, porque tem estrutura cristalina e composio qumica definida.
-C. No, porque sua composio qumica varivel.
-D. Sim, porque tem as mesmas propriedades fsicas e qumicas que o
diamante natural.
2. As pedras sintticas:
-A. So materiais obtidos pelo homem que imitam as propriedades de gemas
naturais.
-B. So gemas naturais com modificaes que permitem melhorar suas
caractersticas de qualidade.
-C. Tm a mesma composio, estrutura e propriedades que seus anlogos
naturais, mas se obtm num laboratrio.
-D. So produtos de snteses em laboratrio que no tm anlogos naturais,
mas se usam em joalheria.
4. As gemas:
-A. Sempre so minerais ou rochas.
-B. Podem ser substncias cristalinas ou amorfas.
-C. Materiais de qualquer natureza utilizados em joalheria, salvo os metais.
-D. Sempre so substncias cristalinas.
9. As rochas:
-A. Classificam-se em sedimentarias, vtreas e metamrficas.
-B. Nunca se utilizam como gemas ,mas proporcionam os minerais para tal
uso.
-C. s vezes utilizam-se como gemas.
-D. Sempre se submetem a algum tipo de tratamento para seu uso em
joalheria.
10
11
12
13
Perguntas captulo 2
1. Os kimberlitos:
-A. So rochas vulcnicas.
-B. So as nicas rochas onde se encontram diamantes.
-C. Consideram-se depsitos secundrios do diamante.
-D. So acumulaes de diamantes em depsitos eluvionais.
2. Veios de pegmatitas:
-A. Constituem chamins vulcnicas que chegam superfcie desde o manto.
-B. Esto associadas a altas presses e temperaturas.
-C. Contm cristais formados nas primeiras fases de esfriamento do magma.
-D. Constituem um tipo de depsito primrio do diamante.
-E. Nestes depsitos formam-se berilos, topzios e turmalinas.
4. Os depsitos metamrficos:
-A. Esto formados a partir de magmas enriquecidos com componentes
qumicos escassos.
-B. Os fatores principais para sua formao so a presso e a temperatura.
-C. So depsitos secundrios de alguns tipos de gemas.
-D. Esto associados a processos de alta temperatura e guas subterrneas.
14
7. No metamorfismo hidrotermal:
-A. fundamental a ao de fludos quentes relacionados com uma intruso
gnea prxima.
-B. A cristalizao produz-se em veios com grandes cristais.
-C. um metamorfismo no que as rochas se alteram por guas metericas.
-D. um metamorfismo regional de alta presso e temperatura.
15
16
TALCO
GIPSO
CALCITA
FLUORITA
APATITA
ORTOCLSIO
QUARTZO
TOPZIO
CORNDON
DIAMANTE
10
9
9
8,5
8
8
7,5 8
7,5 - 8
7,5 8
7,5 - 8
7,5
7 7,5
7
6,5 7
6,5 - 7
5-6
5-6
3,5 - 4
Clivagem
Propriedade fsica derivada da estrutura do mineral de romper-se segundo
determinados planos estruturais mais dbeis. Propriedade muito importante
no processo de lapidao de gemas. Em gemas lapidadas pode observar-se
pela orientao das fissuras internas.
Peso Especfico
Determinante para a identificao de muitas gemas. Para seu clculo pode
utilizar-se uma balana de preciso aplicando o mtodo hidrosttico, ou
utilizar lquidos pesados de peso especficos conhecido.
Condutividade trmica
O teste desta propriedade emprega-se, fundamentalmente, para a separao
do diamante e suas imitaes mediante os aparelhos denominados "diamondtesters". H que ter em conta que atualmente existe uma imitao de
diamante denominada de moissanita, que no se distingue mediante os testes
de condutividade convencionais.
17
18
Natureza tica
Comportamento da luz ao atravessar um mineral. As gemas podem ser:
-Istropas. No apresentam birrefringncia. Comportam-se em frente luz de
igual modo em todas as direes. Pertencem a este grupo as substncias
amorfas e os minerais que se cristalizaram no sistema cbico.
-Anistropas. Apresentam birrefringncia. Comportam-se de forma diferente
dependendo da direo da luz. Assim so todas as demais gemas. As
substncias anistropas podem ser unixiais ou bixiais e ter signo ptico
positivo ou negativo.
Para determinar a birrefringncia e natureza tica de uma gema, utiliza-se o
polariscpio e o refratmetro.
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Luminescncia UV
Comportamento ante a exposio de luz ultravioleta. Para observ-la
utilizam-se lmpadas da luz ultravioleta (de ondas longas e curtas).
Caractersticas gerais das gemas mais importantes
Sistema
cristalino
DIAMANTE
CORINDON
(Rubi, Safira)
BERILO
(Esmeralda)
(gua-marinha)
Natureza
tica
ndice de
refrao
birrefringncia
Dureza
Peso
especfico
Cbico
Trigonal
istropo
unixico (-)
2,417
1,762-1,770
0,008
10
9
3,52
4,00
Hexagonal
unixico (-)
1,570-1,579
0,005-0,009
7,5-8
2,67-2,78
Hexagonal
unixico (-)
1,575-1,582
0,005-0,009
7,5-8
2,71
Cbico
Rmbico
istropo
bixico (+)
1,718
1,746-1,755
0,009
8
8,5
3,60
3,73
Trigonal
unixico (+)
1,544-1,553
0,009
2,65-2,70
Triclnico
Monoclnico
Rmbico
bixico (+)
bixico (+)
bixico (+)
1,610-1,650
1,660-1,680
1,609-1,617
0,040
0,020
0,008
5-6
6,7-7
8
2,40-2,85
3,33
3,56
Rmbico
bixico (+)
Trigonal
Rmbico
Cbico
unixico (-)
bixico (+)
Istropo
1,629-1,637
1,624-1,644
1,654-1,690
1,760-1,820
0,008
0,020
0,036
-
8
7-7,5
6,5-7
7,5
3,53
3,05
3,34
4,05
(Grosularia)
Cbico
Istropo
1,735
3,34-3,73
(Demantoide)
Cbico
Istropo
1,875
6,5-7
3,84
OPALA
Amorfo
istropo
1,450
5-6
2,15-2,20
ESPINLIO
CRISOBERILO
(Alexandrita,
Cimfano)
QUARTZO
(Ametista,Citrino
, gata)
TURQUESA
JADEITA
TOPZIO
(azul, incolor)
(amarelo, rosa)
TURMALINA
PERIDOTO
GRANADA
(Almandino)
20
Rubi estrela
21
Labradorita (espectrolita)
23
Oriente
Reflexo da luz em camadas de aragonita. Resplendor tpico das prolas.
Tipos de Incluses
Classificao por seu estado fsico:
As incluses dividem-se em slidas, lquidas e gasosas. Tambm so muito
freqentes as incluses que contm mais de uma fase, por exemplo, lquidas
com uma bolha de gs. As incluses polifsicas formam-se quando numa
cavidade do cristal fica presa um fludo homogneo que vai formando o cristal
e posteriormente, ao baixar a temperatura e a presso, se separa em vrias
fases. Estas incluses tambm se chamam incluses fluidas.
Classificao gentica:
-
25
Perguntas captulo 3
26
9. A refrao ...
-A. A luz refletida no interior de uma gema.
-B. O fenmeno pelo que um raio de luz se desvia ao passar de um meio a
outro.
-C. O fenmeno pelo qual um raio de luz incidente d lugar a dois raios ao
atravessar uma gema.
-D. A maior ou menor facilidade que tem a luz para atravessar um corpo.
27
29
30
31
Perguntas captulo 4
5. O tratamento trmico:
-A. geralmente estvel e pode ser difcil de identificar.
-B. Emprega-se para dar consistncia e evitar modificaes na cor.
-C. um tratamento instvel e sempre superficial.
-D. Deve ser especificamente informado ao comprador.
-E. Utiliza-se desde a antiguidade em materiais porosos.
32
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faz-se ento uma pequena fissura (nesga) na gema (no lugar assinalado) e
apoiando uma lmina de ao sobre ela, finalmente, golpeia-se a lmina sobre
a nesga, apenas uma vez, com uma barra de metal ou madeira. Se a operao
foi correta o cristal se parte em dois, acompanhando o plano de clivagem.
Ademais, nas pedras com boa clivagem tenta-se, se possvel, no abrir facetas
nos planos de clivagem, j que nelas no se pode obter um bom polimento.
-Formao, facetamento e polimento
Na fase de formao (desbastamento) que se d a forma geomtrica
desejada gema, embora, muitas das vezes se perca uma quantidade
significativa da matria prima, essencial para deixar a pedra prxima das
propores desejadas. Utiliza-se uma mquina combinada que consta de
quatro discos e se utiliza para desbastar, refinar e polir.
Os discos tm diferente dureza e tamanho de gros para ir refinando a
superfcie. A primeira formao se realiza com abrasivo de carburando de
gro grosso. medida que o lapidrio vai atingindo a forma desejada, utiliza
os abrasivos cada vez mais delgados para trabalhar com maior preciso.
No diamante devido a suas caractersticas especiais de dureza depois da serra
e antes do facetamento se efetua o passo da debrutao (arredondamento) .
Mediante este processo se arredondam os cristais quando vai lapidar em
brilhante ou em alguma lapidao fantasia (oval, pra, corao ou marquise).
-Facetamento e polimento
Lapidam-se as facetas desjadas na pedra, polindo-as at obter superfcies
totalmente lisas e brilhantes. Estas duas operaes e a anterior se efetuam
com um disco horizontal, e que est impregnado com leo e abrasivo de p de
diamante. Ainda que s vezes num mesmo disco haja duas ou trs zonas com
diferente poder abrasivo, o habitual que se realizem as trs operaes na
zona do disco onde se esteja trabalhando no momento.
5.2 Tipos de lapidaes
Podem-se diferenciar dois grupos diferentes de lapidao:
Lapidaes facetadas, com facetas planas na maioria dos casos, geralmente
utilizadas para pedras transparentes.
Caboches, com superfcies curvas, usados habitualmente em pedras foscas,
translcidas ou para ressaltar efeitos pticos especiais (olho de gato,
asterisco, etc).
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Lapidaes
Para seu estudo dividiremos as diferentes classes de lapidao nos seguintes
grupos:
Lapidaes simples
Lapidao brilhante
Lapidaes derivados do brilhante
Lapidaes em degraus (step cut)
Lapidaes em tesoura ou cruzadas
Lapidaes mistas
Outras lapidaes facetadas
Lapidaes com facetas cncavas
Lapidaes simples
Utilizadas antigamente para os diamantes pequenos. Na atualidade os
diamantes muito pequenos lapidam-se a mquina e apresentam facetamento
completo da lapidao brilhante. Exemplos de lapidaes simples: lapidao
rosete, lapidao 8/8, lapidao sua (16/16).
Lapidao brilhante
A lapidao brilhante a mais clssica e utilizada para o diamante, ainda que
tambm pode se usar em outras gemas. Consta de 58 ou 57 facetas,
dependendo se facetada, ou no, o vrtice inferior, criando uma faceta
adicional que se denomina culaa. As facetas esto distribudas em duas
partes fundamentais denominadas coroa e pavilho, unidas entre si pelo
rondizio.
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At o incio do sculo XX, a evoluo da lapidao dos diamantes desenvolveuse de forma emprica. Em 1919, Marcel Tolkowsky, publicou o primeiro
estudo tcnico tendo em conta as propriedades pticas do diamante e o
trajeto da luz ao refratar-se em seu interior e estabeleceu as medidas "ideais"
para a lapidao brilhante.
Nas lapidaes em diamantes antigos nota-se falta de arredondamento da
gema, com rondizio, muitas das vezes, muito grosso ou prejudicado, a culaa
muito aberta (grande) e as facetas mdias do pavilho muito curtas. Suas
propores apresentam uma coroa muito alta em relao ao dimetro da
gema, uma mesa muito pequena e um pavilho, possivelmente,
excessivamente profundo.Todo isso demonstra um elevado aproveitamento do
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material bruto e se traduz num deficiente aspecto, com pouco brilho e pouca
disperso.
H que ter em conta a denominao brilhante s pode se referir a um
diamante com lapidao abrilhantada. Outras gemas lapidadas com esta
lapidao tm que se denominar com o tipo da gema, por exemplo, safira de
lapidao brilhante. Por outro lado, um diamante lapidado de outra forma
tem que se denominar, por exemplo, diamante de lapidao corao.
Lapidaes derivadas do brilhante
Tm a mesma ou muito parecida distribuio de facetas que a lapidao
brilhante, mas sua forma no redonda (oval, marqus, corao, pra).
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Lapidaes em selo
Apresentam uma mesa muito grande, com uma estreita faceta trapezoidal ao
redor e geralmente sem culaa. Usa-se para lapidar pedras translcidas ou
foscas.
Lapidaes mistas
Nestas lapidaes a parte superior de tipo brilhante e o pavilho, lapida-se
em degraus paralelos, como na lapidao esmeralda. Atualmente a imensa
maioria de safiras e rubis que se lapidam na Tailndia, ndia ou Sri Lanka
apresentam lapidaes deste tipo, j que os pavilhes lapidadas em galerias
permitem maior aproveitamento do bruto, a custo da aparncia esttica da
pedra.
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Lapidao briolette
uma lapidao periforme facetada em toda sua superfcie. Costuma utilizarse em pingentes.
Lapidaes Barin e Radiant
Utilizadas para o diamante. O contorno octogonal, com as facetas da coroa
da lapidao esmeralda no tipo barin, e com facetas cruzadas no tipo
radiant.
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Perguntas captulo 5
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45
46
47
48
6. O diamante
Uma das gemas mais conhecidas, o diamante, apreciado desde a
antiguidade por seu alto grau de dureza e pelas especiais virtudes que lhe
atribuam. Os gregos chamavam-na de adamas, que quer dizer indomvel,
invencvel, sendo esta palavra a origem de sua atual denominao.
Antigamente, era utilizado apenas em bruto, comeando-se a lapidar a partir
do sculo XIV.
A valorao do diamante realiza-se em funo de quatro fatores: peso, cor,
pureza e lapidao.
Os diamantes que no tm uma qualidade suficiente para seu uso em joalheria
constituem os diamantes industriais e so utilizados como abrasivos e para
outros mltiplos usos tcnicos.
6.1 Propriedades
Composio qumica
Carbono(C)
composta por carbono quase puro, pois pode conter escassas quantidades de
outros elementos, sobretudo Nitrognio, Boro e Hidrognio.
Cristalizao
Sistema Cbico
Sistema cristalino
Habitualmente em cristais de sistema cristalino octadrico, mas tambm
forma cubos, romboedros e rombo-dodecaedros, apresentando curvaturas nas
faces.Tambm encontradas, frequentemente, em maclas.
Cor
Encontra-se de todas as cores e em diferentes tonalidades mas,
habitualmente, nas cores marrons, amarela claro e incolor. Tambm azuis,
verdes, laranjas, amarelos puros, rosas, vermelhos, prpuros e negros.
Dureza Relativa
10 ( o mineral mais duro conhecido)
Clivagem
Clivagem perfeita que acompanham as faces do octaedro.
Peso Especfico
Elevado 3,52
49
Ponto de fuso
Funde-se a 3.546C,ainda que comece a grafitar-se na superfcie a partir de
800 C.
Condutividade Trmica
Extremamente alta
Brilho
Muito alto chamado adamantino
Natureza ptica
Istropo
Refrao
Monorrefringente. ndice de Refrao muito alto 2, 417.
Disperso
Elevada. 0, 044 A mais alta das gemas incolores naturais.
Outras
Espectro de absoro varivel, freqentes linhas a 415 nm (Cape) e 503 nm
(brown).
Fluorescncia, quando apresenta, podendo variar entre azulada, amarela e
laranja, com diferentes intensidades. Para observar a fluorescncia utiliza-se
luz UV de onda longa (365 nm) e, a critrio, ondas curtas SW.
Lipoflica (afinidade gordura)
Reaes em cidos: No atacado por cidos nem solvel neles.
Em funo do componente de nitrognio ou boro os diamantes dividem-se nos
seguintes tipos:
TIPO I. Com nitrognio em proporo maior a 10 ppm. Fosco luz UV de onda
curta.
Podem-se apresentar diferentes tipos e tons da cor amarela, dependendo dos
tipos de agregados que formam os tomos de nitrognio.
Encontram-se dentro deste tipo os diamantes da srie Cape (amarelo), srie
Brown (Pardos) e outras cores naturais amarelo-laranja, rosa, vermelho,
prpura, amarelo-esverdeado, verde-azulado e violeta.
TIPO II. Sem nitrognio ou com uma proporo menor a 10 ppm.
Transparentes a Luz UV de onda curta.
Diferenciam-se em dois tipos:
Tipo II a. Os mais puros sem Nitrognio nem Boro. Incolores, rosas ou
malvas.??
TipoII b. Com presena de Boro. Muito raros. Cor azul ou azul acinzentado.
50
51
Rssia
1954
Primrios
Botsuana
1971
Primrios
Austrlia
1980
Primrios
Canad
Anos 90
Primrios
Atendendo importncia econmica de maior a menor so: Botsuana, Rssia,
Canad, frica do Sul, Angola, Nambia, Congo e Austrlia.
6.4 Caractersticas de qualidade
A valorao do diamante realiza-se em funo de quatro fatores: peso, cor,
pureza e lapidao. O conjunto destes parmetros chama-se,frequentemente,
de 4 Cs.
CLARITY
COLOUR
CUT
CARAT
Claridade-Pureza
Cor
Corte- Lapidao
Peso
Pequenas incluses
P1, P2 e P3
(ou I1, I2 e I3)
Piqu (ou Imperfect)
Incluses que se observam a simples vista
Cor
Na imensa maioria de casos quanto menos cor tiver o diamante, mais valor, de
mercado ter. A exceo corresponde aos diamantes da cores intensas
chamadas cores extraordinrias (fancy color), extremamente raros na
natureza.
Para se graduar a cor necessrio que a gema esteja limpa, ou seja,
desengordurada e livre de qualquer sujeira, alm de desmontada, sem
reflexos, luz adequada, colocando a pedra na posio correta,
aproximadamente, a uns 10 cm da fonte de luz especial e utilizando uma
escala padro de diamantes especialmente selecionados para essa
comparao.
Escalas da cor:
GIA
Amberes
Escandinava
IGE/CIBJO/HRD
RIVER
Branco EXCEPCIONAL +
0+
1+
WESSELTON
Branco
TOP CRYSTAL
CRYSTAL
TOP CAPE
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
Branco EXCEPCIONAL
TOP WESSELTON
Branco EXTRA +
Branco EXTRA
CAPE
LIGHT YELLOW
LIGERA COR
COR
COR 1
COR 2
COR 3
YELLOW
COR 4
53
54
55
Perguntas captulo 6
1. Os depsitos primrios do diamante situam-se em:
-A. Depsitos de sedimentos nas correntes fluviais.
-B. Em fissuras associadas a processos hidrotermais.
-C. Chamins vulcnicas em zonas estveis e antigas da litosfera terrestre.
-D. Zonas de metamorfismo de contato.
-E. Unicamente no interior de rochas conhecidas como kimberlitas.
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6. A disperso do diamante :
-A. A maior de todas as substncias incolores utilizadas em joalheria.
-B. Menor que a do rubi.
-C. A maior das gemas naturais incolores.
-D. A menor das gemas naturais.
-E. Menor que a esmeralda.
7. Indique qual destes produtos no se considera imitao do diamante
-A. xido de zirconio cbico.
-B. Rtilo sinttico.
-C. Aluminato de Itrio.
-D. Zirconita.
-E. Aluminato de zirconio.
8. Qual destes parmetros no facilitado pelo proporcionoscpio?
-A. Largura do rondizio.
-B. Desvio do vrtice da culaa.
-C. Profundidade do pavilho.
-D. Dimetro da mesa.
-E. Dimetro do rondizio.
9. A valorao do diamante realiza-se em funo de
-A. Tamanho, propores e peso.
-B. A transparncia e a cor.
-C. Beleza, raridade e durabilidade.
-D. Cor, pureza, lapidao e peso.
-E. O brilho e a lapidao.
10. O diamante costuma-se apresentar na natureza em forma de:
-A. Cristais de sistema cristalino octadrico, mas tambm s vezes em cubos e
rombo dodecaedros.
-B. Cristais prismticos e bipirmides.
-C. Cristais de sistema cristalino prismtico terminados em combinao de
romboedros que produzem o efeito de uma bipirmide hexagonal.
-D. Agregados arredondados, bandeados e compactos, raramente cristais
prismticos delgados.
-E. Gros irregulares que quase nunca apresentam sistema cristalino.
11. Os diamantes dividem-se em tipo I e tipo II devido ao contedo de:
-A. Nquel.
-B. Hidrognio.
-C. Boro.
-D. Nitrognio.
-E. Carbono.
58
7. A esmeralda
A esmeralda uma variedade gemolgica do berilo. Desde os tempos do
antigo Egito uma das gemas mais apreciadas e valiosas.
O Berilo um ciclo silicato de alumnio e berlio, que em estado puro
incolor. A esmeralda habitualmente deve sua cor ao Cr3, ainda que tambm
existam esmeraldas que devem sua cor ao elemento vandio.
7.1 Propriedades
Composio qumica
Ciclo silicato de Alumnio e Berlio, Be3AI2(Si6O18)
Cristalizao
Sistema hexagonal
Sistema cristalino
Prismas hexagonais terminados em pinacoides.
Cor
Verde erva por cromo, vandio ou ferro.
Dureza relativa
7,5 a 8
Clivagem
Imperfeita acompanhando o plano do prisma e pinacoide
Peso Especfico
2,67 - 2,80 (varivel segundo os depsitos)
Brilho
Vtreo
Transparncia
Transparente, Translcido e opacas em pedras com muitas incluses.
Natureza ptica
Unixico negativo
ndices de refrao
Varivel segundo a origem:
Ne = 1,560 - 1,567, No = 1,594 - 1,600
Birrefringncia baixa 0,005 a 0,009
Disperso
Baixa, 0,014
59
Pleocrosmo
Fraco. Verde amarelado em direo paralela ao plano do prisma, verde
azulado em direo perpendicular ao prisma.
Outras
Espectro de Absoro
Espectro do cromo, com doblete em vermelho escuro, linhas delgadas no
vermelho e laranja, linhas em azul, absoro parcial do laranja, amarelo, azul
e violeta.
Luminescncia em frente a Luz Ultravioleta
As esmeraldas apresentam uma fluorescncia muito varivel dependendo das
quantidades de cromo, ferro e vandio, variando de inertes para vermelho de
diferente intensidade. Mostra-se mais intensa sob a luz ultravioleta LW.
7.2 Origem e jazidas
As esmeraldas podem ter diversas origens:
Hidrotermal. Encontra-se em mantos negros betuminosos intercalados com
argila, cristalizados em veios com calcita, albita, quartzo e pirita (Colmbia).
Metamrfico. So formadas em zonas de metamorfismo pneumatoltico de
contato. Nas incidncias de pegmatitos com xistos e rochas metamrficas
sendo o Cromo predominante e tambm em zonas metamorfismo de contato
com influncia hidrotermal (na maioria das jazidas mundiais).
7.3 Pases produtores
As esmeraldas so encontradas ao redor do mundo, em apenas vinte regies
mineiras. As jazidas mais antigas situam-se no Egito. Hoje em dia no tem
produo e citada apenas como referencia histrica. Ela conhecida como
minas de Clepatra, e sabido que sua explorao se iniciou h mais de 4.000
anos.
Na atualidade, os depsitos de esmeraldas mais tradicionais do mundo esto
situados na Colmbia (Muzo, Chivor, Gachal, Cozcuez, Peas Brancas e
outros) e so de origem hidrotermal.
Outras jazidas de esmeraldas, situadas no Brasil, Rssia, Zimbbue, Zmbia,
Madagascar, Tanznia, Moambique encontram-se em rochas metamrficas e
a formao das esmeraldas normalmente est relacionada com o magmatismo
grantico.
As principais jazidas do mundo, pela qualidade (tamanho e cristalizao) das
gemas achadas, so as jazidas colombianas. Pelo volume da produo
destacam as diversas jazidas do Brasil ( Itabira, Nova Era, Sta. Terezinha,
Salinas...)
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Perguntas captulo 7
1. Uma das caractersticas mais importantes para diferenciar as esmeraldas
sintticas das naturais :
-A. As incluses.
-B. A dureza.
-C. A cor.
-D. O espectro ptico.
-E. O peso.
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9. A esmeralda apresenta:
-A. Uma clivagem perfeita no plano do prisma.
-B. Um forte pleocrosmo.
-C. Um brilho resinoso.
-D. Sempre apresenta incluses visveis a simples vista.
-E. Um pleocrosmo fraco.
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8. O rubi
O rubi uma variedade da famlia do corndon. Os exemplares de corndon
com valor gemolgico so raros, especialmente o rubi, pois requer, para sua
formao, a presena de cromo, seu elemento cromforo, que escasso.
8.1 Propriedades
Composio qumica
xido de alumnio de frmula AI2O3
Cristalizao
Sistema trigonal
Sistema cristalino
Prismas hexagonais com estrias diagonais nas faces do prisma e triangulares
nas bases. Freqentes maclas polisintticas.
Cor
Vermelha. Varia do vermelho muito intenso (sangue de pombo) ao vermelho
alaranjado e violceo. Na cor, alm de influir a quantidade de cromo, influi a
presena de outros elementos, principalmente o ferro.
Dureza relativa
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Clivagem
No apresenta. Tem partio segundo plano basal ou face do romboedro
devido ao maclado polisinttico.
Fratura
Concoidal
Peso Especfico
Elevado, 4.00
Brilho
Vtreo
Transparncia
Varia de transparente a translcido. Os exemplares de qualidade costumam
ser transparentes.
Natureza ptica
Unixico negativo
Refrao
ndices de refrao 1762-1,770.
Birrefringncia 0,008
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Disperso
Muito baixa 0,018
Pleocrosmo
Varia segundo a cor de cada exemplar. Nos vermelhos intensos costuma
apreciar-se um dicrosmo moderado vermelho-vermelho alaranjado.
Outras
Existem variedades com asterismo, geralmente de 6 pontas, devido a
delgadas agulhas de rutilo orientadas em trs direes.
Espectro de absoro
Costuma apresentar forte espectro do cromo. Pode variar quando contm
ferro.
Luminescncia a luz ultravioleta
Nos rubis com muito cromo e pouco ferro, fluorescncia vermelha carmim sob
luz ultravioleta LW. Aumentando-se o contedo em ferro a fluorescncia
escassa ou inerte.
8.2 Origem e jazidas
O corndon um mineral relativamente escasso que aparece em rochas ricas
em alumnio. A origem muito variada. Os principais tipos de jazidas so:
Metamrfico. Por metamorfismo regional, associado a mrmores (Birmnia,
Paquisto), gnesis, granulitas ou anfibolitas (outras jazidas).
Jazidas eluvionais e aluvionais sedimentrios. o modo mais freqente de
encontrar-se em quase todas suas localizaes.
8.3 Pases produtores
As jazidas de rubi mais importante do mundo encontram-se em Mianmar,
antiga Birmnia, produzindo as melhores qualidades. Vietn e Tailndia
tambm so produtores importantes ainda que nos ltimos anos as produes
tailandesas tenham decado.Vietn produz qualidades de muito boa cor,
parecidas s de Mianmar e outras inferiores. Os rubis de Tailndia costumam
ter um tom arrocheado.
Em Sri Lanka so freqentes pedras com asterismo, mas suas cores so quase
sempre claras, e inclusive claramente rosas.
Em frica os pases produtores importantes so Kenya, Tanznia e
Madagascar, produzindo qualidades muito dispares, desde qualidades baixas,
s aproveitveis para caboches, at material da cor equiparvel ao de os
melhores rubis birmans.
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Perguntas captulo 8
1. Indique a afirmao correta no referente aos tratamentos trmicos, para
melhorar a cor dos rubis:
-A. Os tratamentos de rubis trmicos, segundo CIBJO, requerem uma
informao especfica ao comprador.
-B. Os tratamentos trmicos so de uso muito generalizado em rubis.
-C. Atualmente no esto generalizados e para melhorar a cor se utilizam com
mais frequencia outros sistemas como preenchimento com substncias
vtreas e a difuso de berilio.
-D. No provocam uma mudana importante na valorao da gema em relao
as pedras no tratadas.
-E. As pedras certificadas como "no tratadas" podem ser cotadas em at 10%
a mais.
2. Quanto a clivagem e fratura do rubi:
-A. Apresenta partio na face do octaedro.
-B. Apresenta clivagem perfeita acompanhando o plano do prisma trigonal.
-C. No tem clivagem, mas apresenta partio devido ao maclado
polisinttico.
-D. Apresenta clivagem acompanhando o plano basal ou a face do romboedro.
3. As jazidas de rubi mais importantes do mundo encontram-se em:
-A. Tailndia.
-B. Mianmar.
-C. Austrlia.
-D. Sri Lanka.
-E. Kenya.
4. Os tipos de incidencias mais habituais do rubi so:
-A. Hidrotermais e de metamorfismo regional em conjunto com as rochas
sedimentarias.
-B. Pegmatticos e aluvionais sedimentrios.
-C. S em zonas de metamorfismo de contato.
-D. Chamins kimberlticas.
-E. Zonas de metamorfismo regional e jazidas eluvionais e aluvionais
sedimentrios.
5. A melhor cor do rubi :
-A. Vermelho vivo com um tom secundrio prpuro muito ligeiro.
-B. Vermelho arroxeado.
-C. Vermelho sangue de perdiz.
-D. Vermelho alaranjado.
-E. Vermelho claro com tons marrons.
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9. Safiras
A safira uma variedade gemolgica do Corndon. A diferena, para o rubi, se
deve a suas cores, provenientes do Ferro e do Titnio e algumas variedades
em certas quantidades de cromo. So possveis de serem encontradas em
todas as cores do spectro, porm, apenas, os corndons de cor vermelha, so
diferenciados e chamados de rubis.
9.1 Propriedades
Composio qumica
Cristalizao
Sistema cristalino
Cor
Risca
Dureza
Clivagem
Fratura
Peso Especfico
Brilho
Transparncia
Natureza ptica
Refrao
Disperso
Pleocrosmo
Outras
Espectro de absoro
Safiras azuis costumam apresentar uma banda de absoro estreita
a 450 nm.Paparadchas e safiras prpuras de Sri Lanka podem dar
espectro do cromo.
Luminescncia em frente a luz ultravioleta
As safiras azuis, verdes e amarelo intenso normalmente so inertes devido presena
de ferro. Alguns, da cor azul claro de Sri Lanka, apresentam fluorescncia fraca
alaranjada. Os que contm verdadeiro contedo de cromo podem apresentar
fluorescncia vermelha.
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Perguntas captulo 9
1. Para proporcionar cor a safiras incolores utiliza-se o mtodo de:
-A. Tratamento por difuso de berilo.
-B. Recobrimentos pela coroa da pedra.
-C. Difuso trmica de elementos cromforos (Ti e Fe).
-D. Irradiao.
-E. Preenchimento de fissuras com substncias vtreas incolores.
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10. As prolas
As prolas so gemas de origem orgnica que tm maior grau de utilizao no
segmento joalheiro. Contam com um mercado muito amplo e gozam de muita
aceitao entre os consumidores.
Prola o resultado de uma transformao orgnica, nacarada ou de outra
natureza, encontrado em diversas espcies de moluscos, marinhos ou de gua
doce. Sua origem pode ser natural ou auxiliado pelo homem, denominado de
cultivo. Na atualidade, praticamente todas as prolas que se comercializam
so do tipo cultivadas.
Os moluscos que produzem as prolas constam de duas valvas unidas por um
tipo de dobradia ou charneira, e um corpo macio recoberto por um manto
que o responsvel por produzir o ncar que recobrir a parte interna da
concha, bem como as partculas que servem de ncleo para a prola.
A prola forma-se quando algum elemento irritante penetra na ostra e esta
no capaz do expulsa-lo. A partir desse momento o manto comea a
segregar camadas de aragonito e conchiolim que formaro o ncar, e que ir
por recobrir o elemento estranho. Quanto mais tempo o elemento permanecer
no interior da ostra, mais camadas de ncar se depositaro sobre ela,
formando uma prola mais espessa e mais brilhante.
O ncar que recobre as prolas apresenta um efeito especial, devido
interao da luz nas diversas camadas. Este efeito denomina-se "oriente" e
junto a outras caractersticas (cor, tamanho, forma, etc.) marcaro a beleza
e qualidade da prola.
10.1 Tipos de prolas
Por sua formao dentro da concha e seu aspecto podemos distinguir
basicamente trs tipos de prolas:
Prola quiste: A que se origina no saco perlfero e que tem um aspecto
arredondado, ovalado ou em forma de pra, apresentando sua superfcie
totalmente recoberta de ncar.
Prola blister: A que cresce aderida parte interna da concha, com formato
de meia esfera, e nacarada unicamente em sua parte superior.
Prola barroca: Aquelas denominadas, anteriormente, de quiste, mas que
apresentam forma irregular.
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Prolas de Haliotis
Prolas de gua doce. Bivalves de gero Unio.
Para a produo de prolas cultivadas utilizam-se as mesmas espcies de
moluscos que produzem as naturais, mas mantendo-as em criadouros
artificiais e provocando a formao de prolas.
Prolas de gua marinha
-Japo. Cultiva-se a ostra Pinctada Fucata, comumente conhecida como
Akoya. Obtm-se prolas de um dimetro inferior a 10mm.
-Micronsia. Nas Ilhas Palau. O cultivo foi introduzido pelos japoneses.
-Austrlia, Micronsia, Indonsia. Utiliza-se a ostra Pinctada Mxima de lbios
prateados. Obtm-se prolas dentre 12 e 20 mm de dimetro.
-Mianmar, Tailndia e Indonsia. Pinctada Mxima de lbios dourados.
-Polinesa Francesa. Cultivam-se na ostra de lbios negros, Pinctada
Margaritifera , Prolas de tom acinzentado de diversas tonalidades.
Prolas de gua doce
-Japo. Prola Biwa, embora o lago Biwa devido ao alto grau de poluio, no
tenha mais condies de produzir prolas.
-China diversos lagos e rios.
10.4 Caractersticas de qualidade de prolas cultivadas
Antigamente as prolas classificavam-se para sua comercializao por unidade
de peso japonesa denominada de momme. 1 momme equivale a 18,75
quilates. Na atualidade as prolas comercializam-se em funo de seu
dimetro em milmetros.
Os fatores que influenciam no preo so:
-Dimetro
-Forma
-Cor
-Oriente
-Espessura da camada de cultivo
-Perfeio da superfcie
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Dimetro
O preo por unidade ou por fio, exceto nas medidas muito pequenas, aumenta
progressivamente com o dimetro tendo mudanas importantes para grandes
tamanhos.
Forma
H diversas formas:
redonda
barroca
oval
pera
Quanto s redondas, as mais comuns, o ideal que sejam perfeitamente
esfricas. Seu valor ir se depreciando medida que vai se distanciando desta
forma ideal. Consideramos como barrocas s que apresentam formas
irregulares. Algumas delas podem atingir um alto preo por apresentar formas
muito especiais e de grande tamanho.
Cor
As cores mais habituais so:
branco-rosado
prateado
dourado
rosa
creme
esverdeada
azulada
negra
As negras podem ser tingidas e com isso, o seu valor decresce. As cores
preferidas so o branco-rosado e o prateado. As cores creme, amarelados e
esverdeados, incidem negativamente no preo. As prolas que apresentam um
tom dourado e forte oriente, so excees.
Oriente
O efeito produzido pela luz nas diversas camadas da prola, constitui o
"Oriente", ainda que a este efeito s vezes denomina-se indevidamente, de
brilho. essencial que uma prola de boa qualidade tenha um lustro muito
elevado, de intensidade uniforme. Estas prolas geralmente tm muitas
camadas de ncar transparentes, muito finas.
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Camada de cultivo
A espessura de uma importncia extraordinria. Considera-se que um
recobrimento de 2 mm uma qualidade muito boa.
Perfeio da textura superficial
A perfeio da superfcie de uma prola constitui tambm um fator
importante. Uma ligeira depresso ou erupo na superfcie pode desvalorizala consideravelmente.
10.5 Tratamentos de prolas
Na atualidade s prolas cultivadas aplicam-se inmeros tratamentos,
sobretudo para mudar sua cor. Os tratamentos mais comuns nas prolas so:
branqueamento, tingimento e irradiao.
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Perguntas captulo 10
1. Indique qual destes termos no influi na valorao da prola cultivada:
-A. Forma.
-B. Camada de cultivo.
-C. Composio do ncleo.
-D. Oriente.
-E. Dimetro.
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cor azul
cor amarela
cor rosa
Fe2+
Fe3+
Mn
Alm de, goshenita (incolor), bixbita (vermelha), berilo verdee berilo maxixe
(de azul intenso). A diferena da esmeralda para o berilo verde, que o
berilo tem cor verde plido, que se deve ao ferro, e no ao cromo ou vandio
como a esmeralda.
A esmeralda, a gua-marinha, o heliodoro, a bixbita e o berilo rosa so os
tipos mais cotados; a intensidade da cor, a transparncia e a qualidade da
lapidao marcaro diferenas de qualidade. O berilo vermelho (bixbita)
uma gema muito rara que muito procurada como pedra de coleo.
Topzio - Al2[(F,OH)2SiO4] - um silicato de alumnio, com presena de flor
e H2O. Apresenta-se em diversas cores, sendo o incolor o mais abundante.
Atualmente, aplica-se um tratamento por irradiao gama imensa maioria
de topzios incolores para fim de produzir a cor azul. Tambm comum os
tratamentos trmicos aplicados aos topzios para fim de melhorar sua cor,
excluindo o tom marrom da gema.
Os de cor avermelhado, rosa, laranja e amarelo pssego, so chamados de
Topzios Imperiais. Esses so os mais valorizados no mercado joalheiro.
Devido a sua perfeita clivagem os topzios so difceis de lapidar.
Turquesa - CuAl6(PO4)4(OH)85H2O - um fosfato de alumnio e cobre que,
dependendo de sua origem, pode se apresentar com variao de cor, do azul
claro ao azul esverdeado. Geralmente apresenta-se como agregado
criptocristalino em massas amorfas, embora pertena ao sistema triclnico.
Lapida-se em cabocho e tambm utilizada para produo de figuras
artsticas.
O tratamento por tingimento ou por impregnao superficial de cera ou
plstico a fim de proporcionar-lhes maior consistncia e potenciar sua cor,
encontrado, facilmente, em mercados joalheiros mais populares. A
reconstituio do mineral (p transformado em massa), tambm comum de
ser encontrado.
Opala - SiO2nH2O - slica amorfa hidratada. A opala nobre apresenta um
efeito ptico inexistente em qualquer outra pedra chamado jogo da cores.
Apresenta diferentes variedades da cor e, entre elas, a opala negra a mais
cobiada.
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Rodonita Silicato de mangans. Cor vermelha e rosa com zonas pretas por
oxidao do mangans. Freqentemente granular ou em massa. Lapida-se em
caboches.
Serpentina - um silicato de magnsio. Em gemologa utilizam-se diversas
variedades como a Bowenita, da cor verde amarelento com manchas
esbranquecidas e tambm verde escuro. Com freqncia utiliza-se para
figuras lapidadas.
Materiais orgnicos
mbar - uma resina fssil de origem vegetal, cuja composio varia
segundo sua origem e idade. A cor depende do tipo de rvore produtora,
porm a cor da resina mais habitual a amarela, alaranjadas e pardas. Podem
tambm ser encontradas as de cores vermelhas, vermelha escura,
esverdeada, azulada (muito rara) e branca leitosa.
Azeviche. uma variedade de lignito de gro muito delgado e compacto de
origem vegetal. Fosco, de cor preta, brilhante aps polido. Utiliza-se,
sobretudo para colares, objetos de enfeites, figuras e em lapidao em
caboches.
Coral - Esta gema de origem orgnica derivada do esqueleto de um
celentreo marinho. Sua cor varia do rosa muito plido, conhecido
comercialmente como "pele de anjo", at o vermelho escuro intenso, tambm
muito apreciado. As cores intermedirias, vermelha clara e alaranjada so
muito menos cotadas. Com freqncia submete-se ao tratamento de
tingimento a fim de proporcionar a cor vermelha, a mais cotada.
MarfimGema de origem orgnica, procedente das "presas" de elefantes,
hipoptamos, morsas, cachalotes e javalis verrugosos. O autntico marfim o
de elefante, em especial, o do tipo africano, que apresenta uma cor branca
ligeiramente amarelada, cremosa e semitraslcida em lminas muito finas.
Na atualidade o comrcio de marfim est rigorosamente controlado a nvel
internacional por CITES (The ConventiononInternational Trade in
EndangeredSpeciesof Wild Fauna and Flora Convnio sobre o Comrcio
Internacional de Espcies de Fauna e Flora Selvagens Ameaadas) para tentar
salvar da extino esta espcie animal que nas ltimas dcadas, encontrou-se
em situao alarmante.
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Perguntas captulo 11
1. O termo "olho de gato" refere-se a um efeito ptico, mas utiliza-se tambm
para denominar uma gema em especial. Qual delas?:
-A. Quartzo, com efeito, "olho de gato".
-B. Dipsidio, com efeito, "olho de gato".
-C. Turmalina, com efeito, "olho de gato".
-D. Cimfano.
-E. Ortoclsio, com efeito, "olho de gato".
3. O azeviche :
-A. Uma variedade de lignito de gro muito delgado e compacto de origem
vegetal.
-B. Uma resina fssil de origem vegetal.
-C. Variedade de quartzo criptocristalino da cor preta por xidos de
mangans.
-D. Um resto de esqueleto de um celentreo marinho.
-E. Uma variedade de nix de gro muito delgado.
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Ouro branco
uma mistura de ouro (Au) e paldio (Pd). Inicialmente utilizavam-se liga de
ouro e nquel, porm, hoje no aceita na maioria dos mercados devido ao
fator alrgico do nquel. A esta liga (ouro+paldio) costuma-se misturar
tambm a prata, a fim de baratear o produto final, pois o paldio um pouco
mais caro que o ouro e tem um ponto de fuso um pouco mais elevado.
Devido a essa mistura com metais de ponto de fuso mais elevada, faz com
que o ouro branco apresente uma ligeira diferena de comportamento em
relao ao ouro amarelo. O ouro branco apresenta, em geral, um tom
acinzentado, ou cinza amarelento, dependendo dos metais utilizados para a
sua liga. Por este motivo, a fim de avivar o seu brilho e tambm para imitar a
cor da platina, a joalheria costuma dar-lhe um banho de Rdio (Rd).
Ouro amarelo
O ouro puro (.999) muito malevel e excessivamente macio, pelo fato que
normalmente no costuma se utilizar em joalheria. Alguns pases do Oriente
utilizam o ouro 22K, mas usa-se especialmente em numismtica (moedas) e
para confeco de brincos e colares, somente.
Partindo do ouro fino (24K) h que lhe acrescentar 33,33% de liga para obter o
ouro 18K. Isto representado por ouro .750 e significa que temos 750 partes
de Au .999 em cada pedao de ouro 18K. Quando se precisa um ouro de maior
dureza ou flexibilidade se emprega a liga com maior proporo de cobre, o
que atribui mistura uma cor mais avermelhada
Ligas para obter diferentes cores do ouro
Ouro vermelho
Ouro rosa
Ouro amarelo
Ouro verdoso
Ouro vermelho
Ouro azulado
Ouro cinza
Ouro negro (no d lei 18 K)
com cobre
com cobre e prata
com cobre e prata
com prata
com alumnio
com ferro
com cobre e ferro
com ferro
33,33% cobre
22% cobre / 11,33% prata
16.65% cobre/16,65% prata
33,33% prata
33,33% alumnio
33,33% ferro
11% cobre / 22,33% ferro
41,7% ferro
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Prata
Metal da cor branca que se funde a 960C. Ainda que se oxide rapidamente
necessria uma tcnica especial para o trabalho. excessivamente macia e
realiza-se a liga com outros metais, especialmente o cobre. Em ocasies para
dar-lhe maior dureza acrescenta-se nquel e zinco.
As moedas de prata costumam ser cunhadas com 90% de prata fina
(900/1000).
A prata de lei 925/1000, costuma denominar-se prata Sterling. Chama-se
Vermeil a prata Sterling que apresenta uma camada superficial de ouro
aplicada. As denominadas "prata alem" ou "prata nquel" s apresentam uma
delgada camada eletrosttica de prata sobre o metal (cobre, nquel, ou
zinco).
Platina
Metal brilhante da cor branca cinza, que funde-se a 1755C. Se liga facilmente
com cobre, nquel, rutnio e irdio. O irdio o melhor endurecedor e o mais
habitual. O ouro a endurece, mas a torna frgil na dobra e o paldio a
endurece ligeiramente.
Durante muitas dcadas a platina foi o metal usado na fabricao de jias de
qualidade, at que se comeou a utilizar o ouro branco, na dcada de 40. Na
atualidade usa-se pouco, fundamentalmente pelas dificuldades derivadas de
seu elevado ponto de fuso.
12.2 Tipos de jias
Conjunto. Em alta joalheria, jogo harmonioso de vrias peas, que se
compe, pelo geral, de colar, pendentes, pulseira e anel. Em francs
denomina-se de grande parure (tiara, jias de peito, pendentes, colar e dois
pulseiras idnticas) e a petite parure (colar, pendentes e broche).
Agulha ou Alfinete. uma pea em forma de vareta cilndrica ou
ligeiramente cnica, afiada na extremidade, com uma cabea ou qualquer
outro arremate em um, ou em ambas extremidades. So aplicadas seja para o
cabelo ou para a roupa. No segundo caso deve constar de duas partes.
Tambm se usa para afixar exteriormente alguma prenda do traje ou, apenas
por enfeite. Tipo: Alfinete de gravata, de cabelo, de peito, de retrato..
Anel. Aro de metal ou de outro material, formado por uma a tira, filamento
ou vareta, liso ou trabalhado e, s vezes, com prolas ou pedras preciosas,
que se utiliza, principalmente, como enfeite dos dedos da mo.
Bracelete. Jia muito apreciada desde a antiguidade utilizada no brao,
acima do cotovelo. Os vestidos cobriam parte do anti-brao, ficando como
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Meia aliana. Aliana grifada, ou bezel, guarnecida por pedras preciosas, que
cobrem a metade de seu dimetro.
Lanzadera. Tipo de aliana, pela forma da tabela, que se assemelha ao perfil
dessa pea do tear, e que se estende, longitudinalmente, ao longo do dedo.
Memrias. Conjunto de duas ou mais alianas trabalhadas, que algum as usa
para recordar algo.
Selo. Anel que leva uma pedra dura gravada, pelo geral em negativo. Pode ser
tambm a vista desde que no se utilizam os lacres.
Solitrio. Anel que contm apenas uma pedra, pelo geral um brilhante.
Trio ou Three Stones. Anel com trs pedras engastadas, de igual cor e
tamanho, ou fazendo jogo.
Romeu & Julieta. Anel com duas pedras, montadas com procurada simetria, e
no da mesma cor.
Outras terminologias
Na linguagem utilizada pelo mercado joalheiro, inseriram-se uma srie de
palavras que tiveram circulao temporria, ou aparecem, s vezes, mais ou
menos incorporadas como termos de uso comum entre profissionais:
Baise-talle. Esmalte de baixo relevo.
Bib. Peto. Colar de prolas de cinco voltas.
Cloisonn. Esmalte alto relevo.
Champlev. Esmalte em baixo relevo.
Collier-chien. Lit., Colar de co.Tipo coleira, podendo ser com vrias fileiras,
com uma placa ao centro. Tambm broche para gargantilha.
Chatelaine. Pingente com relgio.
Choker. Gargantilha. Colar curto.
Lockets. Medalha oval.
Pendeloque. Pendente.
Parure/Adereo: conjunto de colar, pendentes, aliana e pulseira.
Porte-bonheur. Bracelete rgido.
Rivire. Uma continuidade de gemas iguais em tamanho e forma, colocadas
linearmente para formar um colar ou pulseira.
Pav. Superfcie preenchida, na sua totalidade, com gemas calibradas.
12.3 Processos de fabricao de joias
A fabricao de uma joia, geralmente, inicia-se atravs do desenho e sua
confeco pode ser realizada por diferentes processos em funo da pea a
ser elaborada. Destacamos, nesta seo, os processos artesanal e fundio,
como sendo os mais utilizados:
Ao final dos procedimentos bsicos de confeco de uma joia iniciado o
processo de acabamento que, dependendo do modelo, podem ser utilizados o
engaste das gemas e/ou a decorao de sua superfcie atravs de tcnicas
diferenciadas.
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12.3.2 Fundio
o procedimento que permite a fabricao de diversas joias iguais, ao mesmo
tempo, economizando tempo e custo . Pelo procedimento de fundio
obteremos tantas peas quanto desejamos, prontas para passar diretamente
s fases de apurao (limar e lixar).
Este processo tambm utilizado para produzirmos peas para compor as
joias que, obrigatoriamente, iro passar pelo processo de embutir. Esta
operao tambm muito utilizada pela alta joalheria.
O processo de fundio tem as seguintes fases:
- Modelagem
Consiste na construo artesanal de um modelo, de metal, argila ou cera, a
fim de obter um molde para dar incio ao processo que ir reproduzir um
nmero ilimitado de peas.
- Desenho e modelagem de joias por computador
Sua utilizao est presente nas fases de produo do desenho, at a criao
dos modelos tridimensionais originais em cera, mediante impressoras
especiais que geram formas tridimensionais.
A tecnologia moderna nos oferece a possibilidade de visualizar uma imagem
de qualidade-foto com amostragem tridimensional da futura joia,
simplesmente manipulando um software. Os mais utilizados para este fim so
o Rhinocerus e o AutoCad. Alm de permitir mudar, em questo de segundos,
a textura, o metal e o tipo de gema aplicada, tambm nos remete a produo
de um modelo, milimetricamente, perfeito. A aplicao deste recurso abriu
horizontes inimaginveis no setor de criao de joia, permitindo a execuo
de detalhes que seriam, praticamente, impossveis de serem realizados por
um modelista, a mo livre.
Uma vez terminado a fase de desenho, como j comentado acima, uma
impressora em cera tridimensional encarregasse-se em construir o original em
cera, em apenas alguns minutos ou horas, dependendo do tamanho e
complicao do referido modelo.
Aps construdo o modelo em cera, estamos a um passo para se obter a joia
fundida no metal desejado.
Atualmente, estas e outras tecnologias esto ao alcance de todo arteso,
empresrio e/ou para todos aqueles que desejarem ou necessitarem de tais
servios.
Existem empresas especializadas na impresso em cera e em
fundio, equipadas com a mais moderna tecnologia, onde o produto poder
ser produzido, simplesmente, enviando um e-mail com o seu desenho
produzido em 3D.
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A etapa da fundio
d) Fundio final e gerao das peas.
Aps os procedimentos acima, o cilindro recheado com a rvore de cera
colocado em um forno de alta temperatura. Durante este processo, a cera em
seu interior derrete esvaindo-se pelo fundo do cilindro criando, assim, um
molde negativo na porcelana refratria. Retira-se ento o cilindro do forno e
introduz-se o metal desejado em estado de fuso (derretido) que ir ocupar os
espaos vazios deixados pela rvore de cera.
Deixa-se esfriar e submete-se o cilindro, ora recheado com metal, a uma
mquina que ir dissolver a cermica revelando a rvore produzida em metal.
e) Fase final de apurao do produto.
Nessa fase, retiram-se as peas desejadas cortando os seus galhos de
ligao com a rvore, com alicate e ento, teremos as nossas peas
fundidas em metal (ouro, prata, platina...) iguaizinhas ao modelo de cera
produzido em srie na fase de vulcanizao.
Agora essas peas sero limadas para retiras as arestas e lixadas para deixar a
superfcie lisa para poderem receber os acabamentos desejados. Esta fase
chamada de apurao do produto final.
12.3.3 Engastado
Desde os tempos mais remotos se engastavam pedras duras e preciosas em
metais como ouro, prata, ferro e bronze. No entanto, at o incio do sculo
XIV, as pedras eram engastadas sem serem lapidadas, ou seja, em sua forma
natural (bruta) ou apenas clivadas (partidas) ou, na melhor das hipteses,
lapidadas, rusticamente, em forma de cabocho.
A partir do Renascimento (1300-1650), comeou-se a engastar pedras atravs
de unhas(garras) soldadas ao redor do anel. Assim, as pedras eram incrustadas
no fundo do anel e presas atravs das garras.
Por volta de 1750, produziu-se uma transformao na arte de montar joias e
engastar as pedras preciosas. Suprimiu-se o fundo da joia, onde se desejava
colocar a(s) pedra(s), a fim de iluminar melhor tais pedras e aliviar toda sua
estrutura de sustentao, sem prejudicar sua solidez, deixando a pea com
um visual mais leve.
Hoje so muitas as formas de engastar (cravar) onde, o arteso (ourives),
emprega uma maneira diferenciada para cada tipo de lapidao, forma ou
qualidade da pedra que ir compor a joia. Aps a pea produzida ela passa
para as mos de um profissional especializado em cravar pedras que
chamado de cravador (engastador).
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Na joalheria
Pedras com alto grau de clivagem, com fraturas internas excessivas ou
com tratamentos podem romper-se ou mudar sua aparncia durante a
limpeza com o ultra-som.
Dada a propriedade, do diamante, de ser atrado pela gordura,
conveniente utilizar luvas de algodo para a manipulao das joias
adornadas por este mineral.
As lmpadas das vitrines tendem a ressecar algumas gemas como
opalas, prolas, turquesas e etc... Alm da ametista, kunzita e topzio
azul, perderem cor devido ao calor excessivo produzido por tais
lmpadas.
O ideal que, nas vitrines, onde sero expostas estes tipos de gemas, sua
iluminao seja externa. Por este motivo, durante a montagem de uma
joalheria o profissional de iluminao dever ser contratado para que o
objetivo de engrandecer as joias e as gemas atravs da luz seja alcanado,
sem causar prejuzos futuros.
As turmalinas, devido a sua propriedade piroeltrica, que consiste em
atrair partculas de p atravs do calor, devemos mant-las sempre
limpas, principalmente quando expostas nas vitrines, para que sua
aparncia no fique fosca.
A seguir, enumeraremos os cuidados e mtodos de limpeza para gemas de
uso mais frequentes:
Diamante
a gema com o grau de dureza relativa mais alto que existe, at hoje, mas
pode se avariar nas arestas ou se romper se sofrer golpes ou quedas bruscas.
Ainda que seja o mais duro, pode ser riscado por outro diamante, pelo qual
nunca h de se guardar joias com diamantes juntas, permitindo que se rocem
entre eles.
Pela mesma razo, se queremos averiguar se uma pedra desconhecida um
diamante, nunca h que tentar risca-la com outro diamante, j que ambas
podem ficar gravemente prejudicadas.
Em base sua especial atrao pela gordura, como j mencionado
anteriormente, convm limpar de vez em quando as joias que contm
diamantes, sobretudo as alianas que so as que mais se engorduram com o
uso.
A limpeza realizada por um profissional , sem dvida, a mais segura e
completa, ainda que existam mtodos singelos e caseiros como:
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reenfiar os colares, os com muito uso, uma vez ao ano e, os menos usados,
pelo menos, a cada dois anos.
moda guardar as prolas numa sacola de pele (camura) porm, h que ter
muito cuidado com a possvel ao dos branqueamentos que se utilizam para
curtir o couro e, no caso dos tingidos, pela possvel ao das tinturas.
O calor, tambm as ressecam, pondo-as speras ou craqueladas e,
consequentemente, perdem o brilho e a beleza. Desta forma, nunca devemos
as guardar prxima a uma fonte de calor.
Opala
Devido a sua formao hidrotermal e sua composio qumica (silicato
hidratado), o calor seu pior inimigo. Uma vez exposta ao calor excessivo ela
ir se ressecar e craquelar sua superfcie. Caso isso venha a acontecer, no
existe soluo para recupera-la.
H que ter em conta que tambm por apresentar microfissuras, pode
armazenar gorduras e restos de maquilagem em sua superfcie. Para trazer
sua beleza original, deve-se envia-la a um lapidrio para polir sua superfcie,
novamente.
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Perguntas captulo 12
1. O ouro branco uma liga de:
-A. Ouro e rdio.
-B. Ouro e paldio.
-C. Ouro e platina.
-D. Ouro e prata.
-E. Paldio e platina.
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Teste geral
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6. O azeviche :
-A. Variedade de quartzo criptocristalino da cor negra por xidos de
manganes.
-B. Um resto de esqueleto de um celentreo marinho.
-C. Uma variedade de lignito de gro muito delgado e compacto de origem
vegetal.
-D. Uma variedade de nix de gro muito delgado.
-E. Uma resina fssil de origem vegetal.
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