Curso de Gemologia

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CURSO

BSICO DE GEMOLOGA
ON-LINE

www.ige.org

CURSO BSICO DE GEMOLOGIA ON-LINE


Instituto Gemolgico Espaol IGE&Minas

Introduo

Opresentecurso,elaboradopeloInstitutoGemologicoEspanholeIGE&Minas,reneos
conhecimentosbsicosmaisimportantessobreasgemas.Seuscontedosestodestinadosa
qualquerpessoarelacionadacomosetordajoalheriaepedraspreciosas,bemcomoaos
aficionadossgemaseaopblicoemgeral.
Ocursoestestruturadoemcaptulos,comperguntasderevisodetipotesteapsacadaum
deles.Aspessoasqueseguiremtodoocursoeaprenderemoscontedosdoscaptulospodem
seapresentaraumexamepresencialeobteroDiplomadoCursoBsicodeGemologiado
InstitutoGemolgicoEspaol.

2009IGE.Proibidaareproduodocursoporqualquermeio.
Autores:MiguelJ.JimenezPinillos(LicenciadoemGeologa,GemlogopeloIGE),
EgorGavrilenko(Dr.emGeologa,DiretordeEstudosdoIGE).Asperguntasforamelaboradas
utilizandooprogramaHotPotatoes6daUniversidadedeVictoria,EEUU.Agradecemosseus
comentriossobreopresentecursoem:[email protected]

Traduoaoportugus:MaraLuisaFracchia(PerciaTcnicaemGemas&JiasA.B.G.A).
Reviso:AndrCarvalhoLeite(GemlogopeloGIAepresidentedaADESIGNSE).(A.B.G.A).

AssociaoBrasileradeGemlogos&Avaliadoresdegemasejias.

www.adesignse.com.br

Index do curso

1. Conceitos gerais
Perguntas de reviso

4
8

2. Origens dos materiais gemologicos


Perguntas de reviso

10
14

3. Propriedades das gemas


Perguntas de reviso

16
26

4. Tratamentos das gemas


Perguntas de reviso

28
32

5. Lapidaes das gemas


Perguntas de reviso

34
42

6. O Diamante
Perguntas de reviso

49
57

7. A Esmeralda
Perguntas de reviso

59
62

8. O Rubi
Perguntas de reviso

64
68

9. A Safira
Perguntas de reviso

70
74

10. As Prolas
Perguntas de reviso

76
82

11. Outras gemas importantes


Perguntas de reviso

84
89

12. Conhecimentos bsicos sobre a joalheria


Perguntas de reviso

91
108

Teste geral

110

Descrio do exame

O exame presencial consta de 20 perguntas de tipo teste parecidas s perguntas de


reviso que vm no curso.
Puntuao do exame:
5 pontos por pergunta bem respondida .
-2,5 pontos por pergunta mal respondida .
0 pontos por pergunta sem responder .
Puntuao mnima para aprovar o exame: 70 pontos.
Durao do exame: 1 hora.
Taxas do exame e expedio do Diploma do Curso Bsico de Gemologa:
Exames realizados na sede do IGE em Madri: consultar .
Exames realizados em outras localidades e no estrangeiro: consultar .
Datas do exame: convocao contnua.
O aluno que est preparado pode se pr em contato com o IGE para estabelecer
lugar, data e hora do exame.
Centros de exames marcados: Madri, Barcelona, Valencia, Zaragoza, Sevilla,
Granada, Santander, As Palmas de Grande Canaria, Sta. Cruz de Tenerife, Palma de
Mallorca, Bogot (Colmbia), Caracas (Venezuela), Rio de Janeiro (Brasil). Consultenos sobre a possibilidade de realizar o exame em seu pas e localidade,
([email protected]).

Traduoaoportugus:MaraLuisaFracchia(PerciaTcnicaemGemas&JiasA.B.G.A).
Reviso:AndrCarvalhoLeite(GemlogopeloGIAepresidentedaADESIGNSE).(A.B.G.A).

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1. Conceitos gerais

1.1 Gemologia, definio e objetivos


A Gemologia a cincia que se ocupa do estudo das pedras preciosas (gemas).
Mas o gemologo no s aprende s identificar, seno tambm s distinguir das
obtidas por snteses e de suas imitaes, e tambm a detectar os diversos
tratamentos que se utilizam para melhorar seu aspecto.
No sentido amplo, podemos definir como objeto da Gemologia todo tipo de
materiais decorativos utilizados em joalheria, com exceo dos metais.
Estudaremos sua composio e propriedades, origem e jazidas, os tratamentos
de diversa natureza e tipos de lapidaes que realam sua beleza. Tambm
conheceremos os procedimentos de fabricao dos materiais sintticos e as
caractersticas e propriedades dos produtos que imitam as gemas naturais.
Podemos dizer, por tanto, que a Gemologa uma cincia aplicada que se
baseia em grande parte em alguns ramos das Cincias Geolgicas, sobretudo
na Mineralogia e a Cristalografia (propriedades das gemas e mtodos
diagnsticos, jazidas e snteses), mas tambm abrange um leque amplo de
temas que ficam fora do mbito da Geologia, como so os tratamentos
especiais, processos de lapidaes, gemas orgnicas, temas histricoculturais, comerciais, etc.
Definem-se como gemas,substncias naturais que apresentam as qualidades
de beleza, durabilidade e rarirade. A primeira delas costuma estar unida as
suas propriedades pticas: cor, transparncia, brilho, disperso, etc. A
segunda a sua inalterabilidade diante a diversos agentes, que reprentam um
papel importante tal como dureza, tenacidade, resistncia aos cidos ou
lcalis, etc. A terceira, a sua escassez natural e tambm a sua demanda no
mercado num determinado momento.

Combinao de beleza, durabilidade e rarirade numa gua-marinha de 99


quilates da coleo do IGE.

O estudo da Gemologia indispensvel para os joalheiros e comerciantes de


gemas, j que adquirem uma srie de conhecimentos que lhes capacitam para
conhecer a natureza e qualidade dos materiais que lidam, tambm para o
lapidrio e o cravador, que estudam determinadas propriedades que fazem
mais fcil e seguro seu trabalho, e para o pblico em geral que conhecer, em
cada caso, a natureza das gemas que possa adquirir.

1.2 Tipos de materiais gemologicos


A matria est constituda por partculas submetidas a foras de coeso.
Segundo sejam estas foras, as substncias podem-se apresentar em trs
estados: slido, lquido e gasoso. Nos gases e lquidos as partculas esto
desordenadas. Nos slidos podemos encontrar dois estados:
- Amorfo ou vtreo com uma distribuio de partculas desordenada.
- Cristalino com ordenao regular das partculas. A ordenao interna destas
partculas condiciona a estrutura e a forma externa.
Mineral. um slido natural, inorgnico, com estrutura interna ordenada e
composio qumica definida.
Identifica-se por:
- Espcie. Tem uma composio qumica, estrutura e propriedades
definidas.
- Grupo. Conjunto de minerais de similar estrutura mas com variao na sua
composio. Por exemplo, o grupo do Granada.
- Variedade mineralgica. Mesma espcie, mas variaes em aspecto, cor,
transparncia.Por exemplo, o Bort como variedade de diamante.
- Variedade gemologica. Variedades mineralgicas usadas em gemologia.
Rocha. Agregados naturais de minerais. Por sua origem classificam-se em
gneas, sedimentarias e metamrficas. A maioria das gemas mineral, ainda
que alguns outros materiais como substncias orgnicas, rochas, vidros
naturais e artificiais, etc, podem usar-se como gemas.
Em base ao regulamento elaborado pela Comisso de Pedras da cor de CIBJO
(Confederao Internacional de Bijuteria, Joalheria, Ourivesaria, Diamantes,
Prolas e Pedras), os materiais utilizados em joalheria podem-se dividir nos
seguintes grupos: materiais naturais e produtos artificiais.
1.2.1 Materiais naturais
So materiais formados completamente pela natureza, sem interveno
humana, e posteriormente modificada mediante corte, polimento e outros
processos. Incluem os seguintes tipos:
-Inorgnicos naturais. Gemas e pedras ornamentais a exceo dos metais.
-Substncias orgnicas.(prolas, coral, marfim, mbar,Jet e bano).

-Gemas modificadas. Materiais antes descritos submetidos a algum


tratamento de melhoria da cor, pureza e outras propriedades.
1.2.2 Produtos artificiais
So produtos parcialmente ou completamente fabricados pelo homem. Neste
grupo encontram-se:
-Gemas reconstitudas ou sintetizadas: Fabricadas de p ou pedaos de
gemas naturais. Mtodo utilizado em mbar, concha de tartaruga (Carey), s
vezes turquesa e outros.
-Pedras compostas. Colado de camadas de diversos materiais para imitar
gemas naturais. Por exemplo, doublet de granada almandina vidro artificial
ou safira natural - safira sinttica.
-Pedras sintticas. Tm a mesma composio qumica e propriedades que as
naturais, mas so fabricadas pelo homem. Exemplo,quartzo, rubis, safiras,
esmeraldas e diamantes sintticos.
-Materiais artificiais. Confeccionados pelo homem e sem anlogos naturais
conhecidos. Exemplo, granada de gadolinio e galio (GGG]), granada de ytrio e
alumnio (YAG), zirconita (xido de zircnio cbico).
-As imitaes so produtos que imitam o aspecto de gemas ou substncias
orgnicas naturais, e podem corresponder a qualquer dos quatro grupos
anteriormente descritos. Exemplo, os trs materiais artificiais mencionados
no pargrafo anterior utilizam-se como imitaes de diamante.
1.3 Nomenclatura no comrcio das gemas
Existe uma srie de normas bsicas de nomenclatura a ter em conta:
-No correta a utilizao de dois ou mais nomes de gemas ou variedades
para se referir a uma gema s, inclusive para descrever seu tom da cor.
Exemplo: quartzo topzio, topzio citrino, rubi espinlio, safira alexandrita,
etc.
-No correto utilizar o nome de um tipo de lapidao para se referir a uma
gema, a exceo do termo "brilhante" que pode se usar sem mais para
designar aos diamantes lapidados nesse tipo de lapidao.
-O termo "semiprecioso", inexato e est desaconselhavel.
-As gemas que apresentem efeitos ticos especiais devem se designar com
seu respectivo nome de gema mais o do tipo de efeito que apresentem.
Exemplo: rubi estrela, turmalina olho de gato, etc.
-O nome de gema s pode se utilizado para se referir a substncias naturais.
-Os termos "autnticos", "finos" e similares, s podem se usados para se
referir a substncias naturais.

-Os produtos artificiais, tanto sintticos como de imitao, devero se


designar claramente como tais, de maneira que no exista confuso sobre sua
verdadeira origem.Exemplo: corndon sinttico imitao de alexandrita,
esmeralda sinttica Chatham, opala sinttica Gilson.
-Os produtos artificiais com nomes comerciais devero designar-se
claramente como tais, de forma que no fiquem dvidas sobre sua verdadeira
origem, acrescentando o termo "produto artificial" se no existe na natureza.
Exemplo: opala Slocum, imitao de opala; prolas Majorica, imitao de
prola; fabulita produto artificial imitao de diamante, etc.
-Quando se indica o peso total de uma pedra ou jia, dever se acrescentar
"peso total" para evitar confuses com o preo por quilate ou total da pedra
central ou principal.
-O nome de "prola" s, deve se utilizar exclusivamente para prolas naturais.
Se tratando de prolas cultivadas necessrio acrescentar sempre esse
qualificativo.

Perguntas captulo 1
1. O diamante sinttico pode ser considerado um mineral?
-A. No, porque obtido pelo homem num laboratrio.
-B. Sim, porque tem estrutura cristalina e composio qumica definida.
-C. No, porque sua composio qumica varivel.
-D. Sim, porque tem as mesmas propriedades fsicas e qumicas que o
diamante natural.

2. As pedras sintticas:
-A. So materiais obtidos pelo homem que imitam as propriedades de gemas
naturais.
-B. So gemas naturais com modificaes que permitem melhorar suas
caractersticas de qualidade.
-C. Tm a mesma composio, estrutura e propriedades que seus anlogos
naturais, mas se obtm num laboratrio.
-D. So produtos de snteses em laboratrio que no tm anlogos naturais,
mas se usam em joalheria.

3. Os parmetros mais importantes que diferenciam as gemas dos demais


materiais so:
-A. Beleza, durabilidade e rarirade.
-B. Dureza, rarirade e beleza.
-C. Dureza, rarirade, lapidao e beleza.
-D. Cor, pureza, lapidao e peso em quilates.

4. As gemas:
-A. Sempre so minerais ou rochas.
-B. Podem ser substncias cristalinas ou amorfas.
-C. Materiais de qualquer natureza utilizados em joalheria, salvo os metais.
-D. Sempre so substncias cristalinas.

5. Uma esmeralda com tratamento de preenchimento de fissuras com, oleo :


-A. Pedra composta.
-B. Gema natural modificada.
-C. Pedra artificial.
-D. Pedra sinttica.

6. Qual das seguintes gemas est denominada corretamente, segundo CIBJO?


-A. Esmeralda sinttica Chatham.
-B. Corndon alexandrita.
-C. Ametista, pedra semipreciosa.
-D. Prola Majorica.

7. Os materiais utilizados em joalheria:


-A. Se forem pedras compostas, classificam-se como naturais com
modificaes.
-B. Se forem confeccionados pelo homem e no tm anlogos naturais, se
denominam "sintticos".
-C. Se forem materiais naturais, podem ser modificados (tratados) ou
reconstitudos (sinterizados).
-D. Podem ser naturais ou artificiais.

8. A zirconita, segundo CIBJO, :


-A. Pedra sinttica, imitao de diamante.
-B. Material artificial, imitao de diamante.
-C. Gema inorgnica, amorfa, natural.
-D. Substncia natural modificada para imitar diamante.

9. As rochas:
-A. Classificam-se em sedimentarias, vtreas e metamrficas.
-B. Nunca se utilizam como gemas ,mas proporcionam os minerais para tal
uso.
-C. s vezes utilizam-se como gemas.
-D. Sempre se submetem a algum tipo de tratamento para seu uso em
joalheria.

10. Responda sobre os minerais e rochas:


-A. As rochas classificam-se como grupo espcie e variedade.
-B. Os minerais podem ser substncias amorfas ou cristalinas.
-C. As rochas caracterizam-se por estrutura interna ordenada e composio
qumica definida.
-D. As rochas so agregados naturais de minerais.

2. Origens dos materiais gemologicos


2.1 Depsitos de gemas naturais
Entende-se por depsito o lugar onde se encontra de forma natural uma
concentrao de minerais economicamente rentveis para sua explorao.
Os depsitos podem ser de dois tipos:
-Primrios, quando os minerais se encontram na rocha onde se formaram.
-Secundrios quando foram objeto de processos de eroso, desagregao de
minerais e sedimentao que produziram a acumulao em zonas fora da
rocha me.
Existem numerosos tipos de depsitos primrios associados a diferentes
processos geolgicos. Os tipos de depsitos mais importantes para as gemas
so os seguintes:
-Veios de pegmatitos. Corpos de rochas gneas formados por cristais muito
grandes e normalmente de composio grantica, formadas a partir das
pores do magma mais tarde cristalizadas e enriquecidas em componentes
volteis e determinados elementos qumicos. Neste tipo de depsitos formamse, por exemplo, berilo, turmalina, topzio, espodumenio.
-Veios hidrotermais. A gua em alta pressa e temperatura no interior da
terra capaz de dissolver minerais que na superfcie se apresentam
insolveis. Circulando por cavidades e fraturas os fludos termais podem
precipitar seu contedo mineral formando veios hidrotermais. So
importantes na formao de cristal de rocha, ametista, calcednia, jaspe,
esfalerita, fluorita, etc.
-Depsitos metamrficos. Existem diferentes tipos de processo metamrficos
relacionados com a presso e a temperatura, mas para as gemas de especial
importncia um tipo particular que denominamos metamorfismo
hidrotermal. Neste caso, o agente de metamorfismo no a presso e
temperatura como a ao dos fludos quentes provenientes de uma intruso
gnea prxima que altera as rochas encaixantes permitindo a combinao de
elementos de ambos. Por exemplo uma intruso de um magma grantico rico
em silicio sobre mrmores ou calias pode dar lugar, em zonas prximas
intruso, a minerais como granada grossularia, dipsido, vesubiana, epidoto,
zoisita. Em outros tipos de rochas podem-se formar esmeralda, corndon (rubi
e safira), almandina, espinlio, apatita, etc.
-Chamins diamantferas. Certas rochas vulcnicas (kimberlitos e lamproitos)
chegam superfcie em forma de chamins vulcnicas arrastando minerais
formados em grandes profundidades no manto terrestre sob alta presso e
alta temperatura. Constituem os depsitos primrios do diamante.

10

-Depsitos secundrios. As rochas na superfcie terrestre sofrem processos de


meteorizaco que provocam a eroso e desagregao dos minerais que as
constituem. Os minerais mais resistentes ante este processo podem acumularse dando lugar a depsitos secundrios.
Podem ser de dois tipos:
-Eluvionais por eroso e alterao de depsitos primrios e acumulao no
mesmo lugar onde se separaram da rocha original.
-Aluvionais (no leito dos rios) Quando depois da separao da rocha original
sofreram um posterior transporte e sedimentao. Podemos encontrar
associados a estes depsitos por exemplo corndon (rubi e safira) e
diamante,alm de matais como o ouro.
Alm dos depsitos minerais, as gemas naturais podem ter origem biolgica.
Desta maneira formam-se, por exemplo, as prolas, o mbar, o marfim e o
coral.
2.2 Processos de sntese
Os processos que se utilizam para fabricar as pedras sintticas so diversos.
Os mais importantes,segundo o ponto de vista gemologico, so aqueles que se
empregam para obter compostos semelhantes a certas gemas com as que
tratam de competir, e tambm aqueles outros que do lugar a produtos que
no se apresentam na natureza, mas que por seu aspecto ou por alguma de
suas propriedades, podem imitar algumas gemas de grande valor.
Os principais mtodos de snteses so:
-Mtodos de fusao
-Mtodos de mistura fundida (flux)
-Mtodo hidrotermal
-Altas presses e temperaturas.
-Deposio qumica de vapor (CVD)
-Mtodos cermicos
-Tcnica de opala
2.2.1 Mtodos de fuso
Processos de snteses onde se funde o material original com a composio
qumica da gema a sintetizar e corante. Ao esfriar o material fundido se
cristaliza tornando- se um material sinttico.
Utiliza-se para fabricar alexandrita, zirconita, fluorita, rubi e safira (tambm
com efeito estrela), corndon para imitao de alexandrita, espineles de
vrias cores, YAG, GGG, etc.
Existem vrios mtodos que se baseiam em est tcnica. Um dos mtodos
mais utilizados o mtodo Verneuil no que o corante e o material em p so

11

colocados num depsito superior que vo caindo regularmente. O calor


necessrio para fundir o p produzido por um maarico formado por dois
tubos concntricos. No extremo a chama, que atinge 2.200C, funde o p.
Este pinga sobre um suporte mvel dotado de movimento descendente e de
rotao, que leva incorporada em sua parte superior uma semente cristalina
para direcionar o crescimento. A massa funde, se esfria e comea a cristalizar
sobre a semente. Obtm-se desta forma uma bola com aspecto de pra
alongada.
2.2.2 Mtodos de mistura fundida (flux)
Utilizam-se os componentes do produto a sintetizar e um ponto de fuso mais
baixo que o de todos os componentes que intervm no processo.
A mistura depositada num cadinho de platina, e aquece-se at que o
material utilizado como fundente passe a estado lquido. Os componentes do
material a sintetizar dissolvem-se na substncia fundida e depois cristalizam
sobre uma semente colocada no cadinho numa zona de temperatura mais
baixa.
Utiliza-se para esmeralda, rubi, safira, alexandrita, espinlio.
2.2.3 Mtodo hidrotermal
O mtodo de crescimento hidrotermal leva implcito o uso da gua, calor e
altas presses. Utiliza-se para materiais de baixa solubilidade, que se
incrementa num meio cido ou alcalino, com temperaturas no muito altas
(400-700C) e altas presses (500-1.500 atmosferas, segundo os compostos a
obter). Utiliza-se uma autoclave, de grossas paredes de ao, normalmente
recoberto de um metal nobre.
Utilizado fundamentalmente para esmeralda, quartzo, berilo, gua-marinha,
quartzo citrino e tambm rubi.
2.2.4 Alta presso e alta temperatura (HPHT)
Mtodo utilizado para sintetizar o diamante industrial e qualidade gema a
partir de carbono, em presena de metais utilizados como fundentes. Para
realizar este processo so necessrias presses ao redor de 55 kbar e
temperaturas em torno de 1400 C.
2.2.5 Deposio qumica de vapor (CVD)
Mtodo de sntese de diamante a baixa presso consistente na ionizao por
plasma de mistura de gases metano e hidrognio para levar ao estado livre os
ons de carbono e deposit-los numa semente de diamante ou superfcies de
outro tipo.

12

2.2.6 Mtodos cermicos


A tecnologia cermica emprega compostos inorgnicos reduzidos a p que se
aquecem, s vezes com presso, para produzir um fino granulado de slido
policristalino. Utilizado para turquesa e lpis-lazli.
2.2.7 Tcnica da opala
O procedimento utilizado por P. Gilson e consta de trs fases:
Primeiramente necessrio produzir esferas de silicio, todas do mesmo
tamanho. Em segundo lugar, estas esferas devem ser empacotadas de forma
ordenada. Por ltimo,deve-se rechear os espaos que ficam vazios entre as
esferas e aplicar presso, para compactar a opala e que se torne consistente.

13

Perguntas captulo 2

1. Os kimberlitos:
-A. So rochas vulcnicas.
-B. So as nicas rochas onde se encontram diamantes.
-C. Consideram-se depsitos secundrios do diamante.
-D. So acumulaes de diamantes em depsitos eluvionais.

2. Veios de pegmatitas:
-A. Constituem chamins vulcnicas que chegam superfcie desde o manto.
-B. Esto associadas a altas presses e temperaturas.
-C. Contm cristais formados nas primeiras fases de esfriamento do magma.
-D. Constituem um tipo de depsito primrio do diamante.
-E. Nestes depsitos formam-se berilos, topzios e turmalinas.

3. O mtodo de sntese do diamante a baixa presso denomina-se:


-A. Mtodo hidrotermal.
-B. Mtodo de deposio qumica de vapor.
-C. Mtodo cermico.
-D. Mtodo flux.

4. Os depsitos metamrficos:
-A. Esto formados a partir de magmas enriquecidos com componentes
qumicos escassos.
-B. Os fatores principais para sua formao so a presso e a temperatura.
-C. So depsitos secundrios de alguns tipos de gemas.
-D. Esto associados a processos de alta temperatura e guas subterrneas.

5. No mtodo de sntese de mistura fundida:


-A. A mistura introduz-se num cadinho de platina.
-B. So necessrias altas presses 500-1500 Atm. E temperaturas no muito
altas 400-700 C.
-C. So necessrias presses de 55 Kbar e temperaturas de 1400 C.
-D. Como resultado do processo se obtm uma espcie de bola com aspecto
de pra alongada.

14

6. O lugar onde se encontra de forma natural uma concentrao de minerais


economicamente rentveis para sua explorao se chama:
-A. Jazida.
-B. Aluvio.
-C. Canteiro.
-D. Mina.
-E. Veios.

7. No metamorfismo hidrotermal:
-A. fundamental a ao de fludos quentes relacionados com uma intruso
gnea prxima.
-B. A cristalizao produz-se em veios com grandes cristais.
-C. um metamorfismo no que as rochas se alteram por guas metericas.
-D. um metamorfismo regional de alta presso e temperatura.

8. Os mtodos de snteses onde se funde o material original com a composio


qumica da gema a sintetizar e corante, se denominam:
-A. Alta presso e alta temperatura (HPHT).
-B. Mtodo de fuso.
-C. Mtodo hidrotermal.
-D. Mtodo de mistura fundida.

9. O mtodo de fuso utiliza-se para sintetizar:


-A. Safira.
-B. Esmeralda.
-C. Diamante.
-D. Turquesa.

10. Os leitos dos rios so:


-A. Depsitos aluvionais.
-B. Depsitos primrios.
-C. Zonas de eroso e disperso de minerais.
-D. Depsitos eluvionais secundrios.

15

3. Propriedades das gemas


O estudo das caractersticas fsicas e pticas especficas de cada material,
permitem-nos identificar as gemas e diferencia-las.
3.1 Propriedades fsicas das gemas
As propriedades fsicas que consideramos so:
-Dureza relativa. Reao que um corpo apresenta ao ser riscado.
-Tenacidade. Reao que um corpo apresenta ao tentar ser partido.
-Clivagem. Propriedade de romper-se segundo seus planos estruturais.
-Fratura. Superfcial ou interna: provocada devido fatores diferenciados
da clivagem.
-Peso Especfico relativo. Nmero de vezes que um material mais pesado
que seu prprio volume em gua.
-Condutividade Trmica. Capacidade de um mineral em transmitir calor.
Dureza
A dureza relativa de um mineral representada pela escala de Mohs onde,
comparativamente, com outros minerais de durezas conhecidas, observa-se
qual o mineral que lhe risca e, seguidamente, qual riscado por ele, ficando
sua marca de dureza relativa fixada entre a de ambos. Quando se riscarem
mutuamente, ser porque suas durezas so semelhantes.
O teste de dureza uma prova destrutiva que no se utiliza em gemas
lapidadas. No obstante, imprescindvel conhecer a dureza das gemas j
que a principal caracterstica que determina sua durabilidade, uma vez
montadas em jias.
Uma gema dura pode, no entanto ser frgil se apresentar clivagem ou
irregularidades internas.
Escala de dureza relativa de Mohs
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

16

TALCO
GIPSO
CALCITA
FLUORITA
APATITA
ORTOCLSIO
QUARTZO
TOPZIO
CORNDON
DIAMANTE

se risca com a unha


se risca com a unha
se risca com uma faca
se risca com uma faca
se risca com uma faca
risca o vidro
risca o vidro
risca o vidro
risca o vidro
substncia mais dura que existe

Dureza relativa das gemas mais importantes


Diamante
Rubi
Safira
Crisoberilo
Espinlio
Topzio
gua-marinha
Heliodouro
Morganita
Esmeralda
Granada
Turmalina
Quartzo
Tanzanita
Peridoto
Opala
Turquesa
Coral

10
9
9
8,5
8
8
7,5 8
7,5 - 8
7,5 8
7,5 - 8
7,5
7 7,5
7
6,5 7
6,5 - 7
5-6
5-6
3,5 - 4

Clivagem
Propriedade fsica derivada da estrutura do mineral de romper-se segundo
determinados planos estruturais mais dbeis. Propriedade muito importante
no processo de lapidao de gemas. Em gemas lapidadas pode observar-se
pela orientao das fissuras internas.
Peso Especfico
Determinante para a identificao de muitas gemas. Para seu clculo pode
utilizar-se uma balana de preciso aplicando o mtodo hidrosttico, ou
utilizar lquidos pesados de peso especficos conhecido.
Condutividade trmica
O teste desta propriedade emprega-se, fundamentalmente, para a separao
do diamante e suas imitaes mediante os aparelhos denominados "diamondtesters". H que ter em conta que atualmente existe uma imitao de
diamante denominada de moissanita, que no se distingue mediante os testes
de condutividade convencionais.

17

3.2 Propriedades pticas das gemas


Cor
Ao iluminar um corpo com luz branca, produz-se absoro de algumas
radiaes do espectro visvel e a transmisso das radiaes restantes. A
sensao da cor deve-se radiao ou conjunto de radiaes transmitidas aos
nossos olhos.
A cor da gema depende da natureza da luz que transmitida por reflexo e
transparncia.
A cor depende da presena de certos elementos em sua composio qumica e
da estrutura interna da gema.
Na atualidade existem softwares para descrever as cores das gemas de forma
objetiva, como o sistema GemeWizard.
Brilho
Quantidade de luz refletida no interior de uma gema. O brilho depender da
transparncia da gema e, sobretudo, da qualidade de lapidao que tem.
No se deve confundir com o lustro que a luz refletida na superfcie de uma
gema lapidada.
Transparncia
Denomina-se transparncia a maior ou menor facilidade que a luz tem para
atravessar um corpo. Nas gemas, a transparncia depende sobretudo da
quantidade de incluses e fraturas internas que possuem. Tambm influi a
espessura da pedra. Normalmente as gemas classificam-se em transparentes,
translcidas e opacas.
Refrao
Refrao o fenmeno onde um raio de luz, que atravessa a fronteira entre
dois meios por exemplo, do ar para gema - se desvia de sua direo inicial.
Os valores dos ndices de refrao das gemas obtm-se utilizando o
refratmetro e so fundamentais para a anlise gemolgica.
Birrefringncia
Birrefringncia o fenmeno onde um raio de luz incidente d lugar a dois
raios refratados dentro da gema. As gemas birrefringentes apresentam dois
ndices de refrao e a diferena entre eles proporciona o valor da
birrefringncia, caracterstico para cada gema.

18

Natureza tica
Comportamento da luz ao atravessar um mineral. As gemas podem ser:
-Istropas. No apresentam birrefringncia. Comportam-se em frente luz de
igual modo em todas as direes. Pertencem a este grupo as substncias
amorfas e os minerais que se cristalizaram no sistema cbico.
-Anistropas. Apresentam birrefringncia. Comportam-se de forma diferente
dependendo da direo da luz. Assim so todas as demais gemas. As
substncias anistropas podem ser unixiais ou bixiais e ter signo ptico
positivo ou negativo.
Para determinar a birrefringncia e natureza tica de uma gema, utiliza-se o
polariscpio e o refratmetro.

Birrefringncia acentuada observada num bloco de calcita.


Disperso
A propriedade de decompor a luz branca em cores do espectro ao atravessar
uma substncia e refratar-se. Observa-se a simples vista. As gemas com
disperso alta, por exemplo, o diamante,tm reflexos das cores de arco ris
que se chamam fogo.
Pleocrosmo
Propriedade dos minerais anistropos de absorver a luz de diferente longitude
de onda, dependendo da direo incidente, mostrando, portanto, diferentes
tonalidades de cores. Para observar o pleocrosmo com suas diferentes
nuances, utiliza-se o dicroscpio ou, o polariscpio para simples conferencia.
Espectro tico
Absores caractersticas no espectro eletromagntico do raio visvel. Para
observar o espectro tico utiliza-se o espectroscpio. Para leituras especiais
necessrio recorrer a espectrofotmetros de laboratrio que proporcionam
leituras bem mais exatas.

19

Luminescncia UV
Comportamento ante a exposio de luz ultravioleta. Para observ-la
utilizam-se lmpadas da luz ultravioleta (de ondas longas e curtas).
Caractersticas gerais das gemas mais importantes
Sistema
cristalino
DIAMANTE
CORINDON
(Rubi, Safira)
BERILO
(Esmeralda)
(gua-marinha)

Natureza
tica

ndice de
refrao

birrefringncia

Dureza

Peso
especfico

Cbico
Trigonal

istropo
unixico (-)

2,417
1,762-1,770

0,008

10
9

3,52
4,00

Hexagonal

unixico (-)

1,570-1,579

0,005-0,009

7,5-8

2,67-2,78

Hexagonal

unixico (-)

1,575-1,582

0,005-0,009

7,5-8

2,71

Cbico
Rmbico

istropo
bixico (+)

1,718
1,746-1,755

0,009

8
8,5

3,60
3,73

Trigonal

unixico (+)

1,544-1,553

0,009

2,65-2,70

Triclnico
Monoclnico
Rmbico

bixico (+)
bixico (+)
bixico (+)

1,610-1,650
1,660-1,680
1,609-1,617

0,040
0,020
0,008

5-6
6,7-7
8

2,40-2,85
3,33
3,56

Rmbico

bixico (+)

Trigonal
Rmbico
Cbico

unixico (-)
bixico (+)
Istropo

1,629-1,637
1,624-1,644
1,654-1,690
1,760-1,820

0,008
0,020
0,036
-

8
7-7,5
6,5-7
7,5

3,53
3,05
3,34
4,05

(Grosularia)

Cbico

Istropo

1,735

3,34-3,73

(Demantoide)

Cbico

Istropo

1,875

6,5-7

3,84

OPALA

Amorfo

istropo

1,450

5-6

2,15-2,20

ESPINLIO
CRISOBERILO
(Alexandrita,
Cimfano)
QUARTZO
(Ametista,Citrino
, gata)
TURQUESA
JADEITA
TOPZIO
(azul, incolor)
(amarelo, rosa)
TURMALINA
PERIDOTO
GRANADA
(Almandino)

3.3 Efeitos ticos especiais


Fenmenos ticos produzidos por incluses ou caractersticas estruturais.
Nomeiam-se dependendo do efeito que produzem.

20

Olho de gato (Chatoyancy)


O efeito produz-se devido a incluses em forma de agulhas ou tubos delgados
(capilares) orientados numa direo nica. Ao refletir-se a luz nessas
incluses, se produz uma linha ou zona estreita luminosa que acompanha a
longitude da gema em caso de movimentao. Poderemos observar este
efeito apenas quando as gemas forem lapidadas em forma de cabocho. Os
minerais mais propcios a apresentar tal efeito so: Crisoberilo, quartzo,
turmalina, apatita, escapolita, berilo, dipsidio, etc.

Efeito olho de gato numa apatita


Asterismo (Estrela)
Incluses em forma de agulhas orientadas em duas ou trs direes. Ao
refletir-se a luz nelas se produz uma luminosidade em forma de estrela. Em
ocasies podem aparecer vrias estrelas apenas numa pedra s. A estrela pode
apresentar quatro ou seis pontas. necessrio que as pedras estejam
lapidadas em forma cabocho.
Rubi, safira, quartzo, granada, dipsidio, enstatita, etc.

Rubi estrela

21

Efeito Aventurinado (Aventurescncia)


Incluses de plaquetas de mica ou hematitas. Produzem-se pequenos
resplendores ao mover a pedra.
Feldspatos (pedra sol), quartzo aventurina, obsidiana dourada ou prateada.

Pedra do Sol (Feldspato)


Adularescncia
Estrutura laminar ou partculas dispersas. Causam um resplendor azulado ou
esbranquiado que parece flutuar no interior da pedra.
Pedra da Lua adularia (Feldspatos)

Adularescncia na Pedra da Lua


Opalescncia
Partculas dispersas que causam aparncia turva ou aspecto leitoso. Opala,
quartzo, etc.

Efeito de opalescncia em opala amarela


22

Iridiscncia (Efeito arco ris)


Fenmenos de interferncia produzidos em fissuras, fraturas ou clivagem.
Qualquer pedra, com freqncia em quartzo (quartzo ris).

Iridiscncia numa fissura de um berilo verde. Foto Anthony de Goutire.


Jogo de cores
Difrao de luz produzida na opala nobre devido ordenao de glbulos de
slicio amorfo em forma de camadas. Observam-se reas de diversas cores que
se iluminam ou apagam, e mudam da cor ao mover a pedra.
Opala

Jogo de cores numa opala nobre


Labradorescncia
Estrutura laminar por macladopolisinttico. Causa um reflexo de vrias cores
de aspecto metlico, que em certas ocasies apresenta a totalidade da cores
do espectro. Labradorita, korita, etc. (Feldspatos)

Labradorita (espectrolita)

23

Oriente
Reflexo da luz em camadas de aragonita. Resplendor tpico das prolas.

Oriente em prolas cultivadas


3.4 Incluses em gemas
O estudo das incluses fundamental para a anlise gemolgica. O estudo
realiza-se mediante uma lupa de bolso com 10 vezes de aumento ou usando
uma lupa binocular. Importncia do estudo das incluses.
Incluso todo tipo de irregularidade, material, heterogeneidade ptica, que
se apresenta no interior de uma gema. Em Geologia as incluses permitem
conhecer melhor a origem e o processo de formao dos minerais. O estudo
das incluses em Gemologia de uma importncia extraordinria, uma vez
que permite:
- Identificar a famlia ou grupo de uma gema, pois existem algumas incluses
caractersticas para determinados tipos de gemas (granada demantoide,
peridoto, pedra da lua, ametista, etc).
- Determinar, em certas ocasies, a regio ou jazida de origem de uma
determinada gema, j que algumas incluses so exclusivas de uma mina ou
localidade (parisita em esmeralda de Muzo, zirco com halo em rubis de
Ceylan, etc).
- Distinguir a autenticidade (natural ou sinttica) de uma gema. Neste caso a
observao das incluses determinante pois o resto das propriedades e
caractersticas de identificao so similares ou idnticas. No obstante, o
meio no qual se formaram as gemas naturais ou as pedras sintticas so muito
diferentes entre si, deixando impresses distintas nas suas incluses.
- Determinar a presena de tratamentos aplicados gema para melhorar sua
cor e/ou pureza. Os tratamentos alteram as incluses dentro das gemas ou
acrescentam caractersticas internas novas que permitem detectar pedras
tratadas mediante o estudo microscpico.
24

Tipos de Incluses
Classificao por seu estado fsico:
As incluses dividem-se em slidas, lquidas e gasosas. Tambm so muito
freqentes as incluses que contm mais de uma fase, por exemplo, lquidas
com uma bolha de gs. As incluses polifsicas formam-se quando numa
cavidade do cristal fica presa um fludo homogneo que vai formando o cristal
e posteriormente, ao baixar a temperatura e a presso, se separa em vrias
fases. Estas incluses tambm se chamam incluses fluidas.
Classificao gentica:
-

Protogenticas: Sempre so slidas. Formadas anterior a gerao do


cristal e englobadas dentro de seu interior durante o crescimento.
Exemplos: actinolita em esmeralda, diamante em diamante, pirrotita
em espinelio, etc.

Singenticas: Estas incluses formaram-se durante o processo de


cristalizao do mineral que as contm, sendo englobadas por este.
Podem ser slidas ou fludas. Exemplo: olivina em diamante, calcita em
corndon, dolomita em esmeralda, incluses trifsicas em esmeraldas
colombianas, etc.

Epigenticas: So incluses que se formam uma vez terminada a


formao do cristal hspede. Costumam ser fraturas, halos, minerais
secundrios, recheado de fraturas ou ocos, etc.

25

Perguntas captulo 3

1. As incluses formadas durante o processo de formao do cristal


denominam-se:
-A. Singenticas.
-B. Protogenticas.
-C. Epigenticas.
-D. Metagenticas.

2. A facilidade de romper-se uma gema por planos estruturais, denomina-se ?


-A. Fratura.
-B. Fragilidade.
-C. Dureza.
-D. Clivagem.
3. O reflexo de luz de vrias cores, de aspecto metlico, que apresentam em
algumas gemas de estrutura laminar, se denomina:
-A. Opalescncia.
-B. Iridescncia.
-C. Labradorescncia.
-D. Jogo de cores.

4. A propriedade em absorver a luz de diferentes longitudes de onda, segundo


a direo denomina-se ...
-A. Luminescncia.
-B. Pleocrosmo.
-C. Jogo de cores.
-D. Disperso.

5. O efeito "olho de gato" numa gema deve-se a ...


-A. Incluses de plaquetas de mica ou hematitas.
-B. Partculas dispersas.
-C. Incluses de agulhas orientadas em duas direes.
-D. Incluses de agulhas ou tubos delgados orientados numa direo.

26

6. As gemas que apresentam um comportamento tico diferenciado, em


funo da direo do passo da luz se diz que so:
-A. Bixicas.
-B. Istropas.
-C. Unixicas.
-D. Anistropas.

7. Assinale a afirmao que falsa:


-A. As incluses numa gema podem ser liquidas slidas e gasosas, mas no
apresentam mais de duas fases ao mesmo tempo.
-B. O estudo das incluses numa gema pode mostrar indcios de tratamentos
aplicados a ela.
-C. As incluses podem chegar a indicar a regio ou, inclusive, a jazida de que
procedem.
-D. Existem incluses caractersticas que permitem identificar algumas gemas.

8. A cor de uma gema depende ...


-A. De elementos em sua composio qumica e estrutura interna.
-B. Da transparncia.
-C. Da quantidade de luz refletida pela gema.
-D. Da origem de procedncia da gema.

9. A refrao ...
-A. A luz refletida no interior de uma gema.
-B. O fenmeno pelo que um raio de luz se desvia ao passar de um meio a
outro.
-C. O fenmeno pelo qual um raio de luz incidente d lugar a dois raios ao
atravessar uma gema.
-D. A maior ou menor facilidade que tem a luz para atravessar um corpo.

10. O quartzo riscado por ...


-A. uma fluorita.
-B. um ortoclasico.
-C. um topzio.
-D. uma calcita.

27

4. Tratamentos das gemas


Os tratamentos so modificaes que se realizam nas gemas para melhorar
seu aspecto na cor, transparncia e textura fundamentalmente. Qualquer
modificao aplicada gema alm dos processos de corte e polimento tem
que se advertir devidamente ao comprador.
4.1 Principais tipos de tratamentos
Trmicos (aplicao de calor)
Tingimento
Impregnao superficial
Recheio de fissuras
Recobrimento
Laser
Irradiao (aplicao de partculas radioativas raios gama ou por neutron)
Difuso trmica
Alta presso e temperatura (HPHT)
Tratamentos trmicos (aplicao de calor)
Melhoram ou mudam a cor original. similar ao que sucede habitualmente na
natureza. Em geral aceito como uma prtica comercial e no necessrio
indic-lo. O tratamento geralmente estvel (permanente) e pode no ser
identificvel. Aplica-se em quartzo ametista, quartzo citrino, topzio rosa,
zircnias incolores ou azuis, tanzanitas, gua-marinhas, calcednias, safiras,
rubis, etc.
Tratamentos por tingimento
Tratamentos que se utilizam desde a antiguidade em materiais porosos como
as gatas, crisoprasas, corais, turquesas, jadeitas, marfins, etc, com a ajuda
de substncias corantes.
Tambm se aplica em esmeraldas e rubis fissurados de baixa qualidade. O
tratamento relativamente estvel e deve sempre ser denunciado, pois
inclusive no caso dos leos tingidos considerado uma prtica fraudulenta.
Tratamentos por impregnao superficial
Alguns materiais se impregnam superficialmente com ceras ou plsticos para
dar-lhes maior consistncia e evitar modificaes da cor, seja por evaporao
da gua que contm e/ou, seja para evitar alteraes de seus componentes
(turquesas, malaquitas, etc).
Tratamentos por recheamento de fissuras
As gemas que contm fissuras e cavidades com freqncia se impregnam com
diferentes materiais (leos, resinas artificiais, vidros de diferente
composio) para dissimular os defeitos internos e aumentar sua
transparncia. Em funo do tipo e quantidade do material utilizado o
28

recheamento, este tratamento pode considerar-se leve ou grave. Por


exemplo, as fissuras rechedas com leo natural incolor em esmeraldas bem
aceito no comrcio e no se considera grave, enquanto as aplicaes de vidro
de chumbo em corndons ou outros materiais vtreos em diamantes so
tratamentos muito graves e requerem uma advertncia especfica ao
comprador.
Tratamentos por recobrimento
Consiste na aplicao de uma delgada camada de tinta em toda a pedra ou,
mais freqentemente, s na culaa (esmeraldas, rubis, diamantes, topzios,
etc).
Antigamente se utilizava tambm a aplicao de delgadas camadas de papel
ou laca tingida culaa de certas gemas, para proporcionar-lhes um melhor
aspecto e maior brilho.
Tratamentos com raio laser
um tratamento que, geralmente, s se emprega no diamante a fim de
melhorar seu aspecto eliminando as incluses escuras. Ainda que o aspecto
melhore, o tratamento provoca uma perfurao na pedra que, pode vir a ser
percebida com lupa de 10X.
Tratamentos por irradiao (aplicao de partculas radioativas)
Processos similares podem suceder tambm na natureza e por isso em muitas
ocasies difcil, e s vezes impossvel, saber se existiu ou no tratamento
artificial por irradiao (topzio, espodumenio, turmalina, berilo, quartzo,
corndon, escapolita, etc.). Combinado com posteriores tratamentos trmicos,
aplica-se ao diamante conseguindo-se cores denomidadas de fantasia. muito
importante detectar a verdadeira natureza da cor, pois a diferena de preo
muito grande. Para isso, normalmente, necessrio recorrer a laboratrios
gemolgicos especializados. Tambm muito importante controlar que o
processo de irradiao no tenha deixado sinais de radioatividade ativa nas
gemas tratadas por este mtodo.
Tratamentos por difuso trmica.
Neste tratamento a gema, j lapidada, envolvida em produtos que contm
altas concentraes de elementos cromforos ou outros metais que podem
afetar sua cor, submetendo-se a aquecimento de temperaturas, geralmente,
muito elevadas (at 1800C) para que estes elementos se fundam com a
estrutura cristalina da gema, proporcionando-lhe uma cor atraente. A cor
produzida por este tratamento pode estar concentrada, apenas, na camada
superficial da gema (safiras, fceis de detectar) ou mais profundo (rubis e
safiras tratadas por difuso de berlio, extremamente difceis de detectar).

29

Tratamentos por alta presso e temperatura (HPHT)


um tratamento que s se emprega no diamante para melhorar sua cor. A
pedra se submete a presses e temperaturas extremamente altas, o que
permite eliminar alguns efeitos estruturais que afetam negativamente a cor.
Tratamento muito difcil de detectar.
4.2 Tratamentos e o comrcio das gemas
Existem tratamentos mais ou, menos graves. Tratamentos mais, ou menos
aceitos pelo comrcio. Em certa medida, a gravidade do tratamento depende
do grau em que permite melhorar a qualidade do material inicial. No
obstante, alguns tratamentos que melhoram drasticamente a qualidade, por
exemplo, a cor das safiras mediante o aquecimento, comumente aceito e
no considerado grave.
H que ter em conta que por mais grave que seja o tratamento o material
pode ser comercializado, desde que se advirta ao comprador do tratamento
existente de forma adequada. De outra forma, qualquer tratamento pode
converter-se em fraudulento,
uma vez que sua presena no seja
devidamente advertida ao comprador.
Para regular a informao que deve ser declarada
ao comprador, a
Confederao Internacional de Joalheria (CIBJO) diferencia dois tipos de
tratamentos:
-Aqueles que s requerem uma informao geral sobre o tratamento
aplicado. Por exemplo, vendendo uma esmeralda com recheio das fissuras
com leo, necessario informar que tal tratamento aplicado maioria das
esmeraldas.
So tratamentos menos graves e muito comuns no comrcio. Os laboratrios
gemolgicos expedem para estas gemas o ditame de gema natural, as
observaes sobre o tratamento podem aparecer nos comentrios se os traos
so evidentes. Os tratamentos classificados neste grupo so:
-Recheamento de fissuras com substncias incolores no vtreas;
-Impregnao superficial com substncias incolores;
-Aquecimento;
-Alvejado (utilizado para prolas).

30

-Aqueles que requerem a informao especfica sobre o tratamento


aplicado gema concreta. So tratamentos mais graves. Os laboratrios
gemolgicos expedem neste caso ditames de gemas tratadas. No momento
de realizar a venda necessrio informar inequivocamente ao comprador que
a gema venda foi tratada por um determinado processo. Os tratamentos que
requerem informao especfica so:
-Irradiao;
-Tratamentos por difuso;
-Tingimento e impregnaes com substncias coloridas;
-Recheamento de fissuras abertas e cavidades (observveis a 10x);
-Impregnao profunda de substncias porosas com plsticos ou similares;
-Recobrimentos .
Na atualidade, devido proliferao de tratamentos de todo tipo, existe uma
demanda bastante elevada de gemas de alta qualidade sem nenhum tipo de
tratamento, por mais leve e aceito que seja. Alguns laboratrios expedem
certificados com um comentrio explcito para as gemas que no tm
tratamento algum.

31

Perguntas captulo 4

1. Para melhorar a cor de um diamante incolor utiliza-se o mtodo de:


-A. Difuso trmica.
-B. Recheamento de fissuras.
-C. Irradiao.
-D. Tratamento trmico.
-E. Alta presso e alta temperatura.

2. O tratamento com raio laser emprega-se para melhorar o aspecto de:


-A. Rubi.
-B. Topzio.
-C. Qualquer gema.
-D. Esmeralda.
-E. Diamante.

3. Indique o tipo de tratamento de gemas que no requer informao


especfica ao comprador:
-A. Tratamentos de difuso.
-B. Impregnao superficial com substncias incolores.
-C. Tingimento ou impregnaes com substncias coloridas.
-D. Recobrimentos.
-E. Irradiao.

4. Nos tratamentos por irradiao:


-A. A cor produzida por este tratamento sempre est concentrada na camada
superficial da gema.
-B. Este tratamento pode deixar sinais de radioatividade ativa nas gemas.
-C. necessria advertncia geral, por ser uma prtica comercial no
aceitvel.
-D. Emprega-se em esmeraldas e rubis para melhorar sua cor.
-E. Os efeitos deste tratamento no se podem produzir de forma similar na
natureza.

5. O tratamento trmico:
-A. geralmente estvel e pode ser difcil de identificar.
-B. Emprega-se para dar consistncia e evitar modificaes na cor.
-C. um tratamento instvel e sempre superficial.
-D. Deve ser especificamente informado ao comprador.
-E. Utiliza-se desde a antiguidade em materiais porosos.
32

6. Para melhorar o aspecto das esmeraldas freqentemente recorre-se ao


mtodo de:
-A. Recheamento de fissuras com leos incolores.
-B. Irradiao.
-C. Tratamento trmico.
-D. Difuso trmica.
-E. Branqueamento.
7. O tratamento por tingimento:
-A. Utiliza-se em materiais porosos ou fissurados.
-B. um tratamento sempre instvel.
-C. No se emprega em esmeraldas nem rubis.
-D. Consiste em aplicar fina camada de tinta ou laca na pedra.
-E. Precisa advertncia geral ao comprador.
8. O tratamento no qual a pedra submetida a presses e temperaturas
extremamente altas, para eliminar defeitos estruturais e melhorar a cor se
denomina:
-A. Tratamento combinado.
-B. Alta presso e alta temperatura (HPHT).
-C. Tratamento trmico e presso.
-D. Difuso trmica.
-E. Sinterizado.
9. O tratamento por recobrimento:
-A. Consiste na aplicao de uma fina camada de tinta ou laca em toda a
pedra ou, mais freqentemente, s na culaa.
-B. Consiste em submergir a gema num meio com corantes ou metais e
aquece-la a alta temperatura.
-C. Deve ser advertido ao comprador.
-D. Impregna-se superficialmente a gema com ceras ou plsticos para dar-lhes
maior consistncia e evitar modificaes da cor.
-E. Combinado com posteriores tratamentos trmicos, aplica-se ao diamante
conseguindo-se cores fantasia.

10. No relativo aos processos de tratamento e o comrcio de gemas:


-A. Qualquer material pode ser comercializado desde que o comprador seja
devidamente advertido do tratamento existente .
-B. imprescindvel dar uma informao especfica ao comprador ainda que o
tratamento seja mnimo e de efeitos muito leves.
-C. No necessrio advertir ao comprador de tratamentos realizados nas
gemas
-D. Os tratamentos trmicos sempre requerem uma informao especifica.
-E. O tratamento de gemas uma fraude que tem que ser erradicada.

33

5. Lapidaes das gemas


A lapidao e polimento so operaes que se realizam nas gemas para
ressaltar ao mximo suas propriedades de transparncia, cor, brilho, lustro,
disperso, etc., destacando sua beleza. A arte de dar forma a uma gema se
denomina lapidao.
J desde o antigo Egito se utilizavam tcnicas de gravura e corte de gemas,
que se foram aperfeioando ao longo dos sculos.
Posteriormente as tcnicas foram se desenvolvendo, conseguindo ento novas
formas de lapidaes. Os conhecimentos mais modernos das propriedades
pticas dos minerais proporcionaram uma base cientfica para ressaltar todas
suas propriedades da cor, brilho, transparncia, disperso, etc., devido
reflexo da luz incidente.
Por exemplo, no ano 1919 se descobriu pela primeira vez o modelo ideal da
lapidao brilhante moderna, calculando as propores ideais da pedra
lapidada para que todos os raios incidentes saiam pela coroa, proporcionando
maior brilho e disperso ao diamante.
A obteno de ngulos adequados da facetas da culaa tem suma importncia
para o aspecto final da pedra. As gemas lapidadas corretamente (no centro)
devolvem toda a luz que entra pela mesa.
5.1. Processo de lapidao
O processo de lapidao de uma pedra est intimamente ligado ao
conhecimento das propriedades fsicas e ticas da pedra a ser lapidada. Desta
forma a dureza, a tenacidade, a fratura, a clivagem podem condicionar o
mtodo e os processos de corte e polimento. Do mesmo modo, as
propriedades pticas do mineral, assim como a distribuio da cor e etc,
condicionaro as propores ideais para aproveitar a luz, os efeitos pticos e
ressaltar a beleza da gema.
Podemos considerar de forma geral trs operaes para lapidao:
Corte do mineral, formao, facetamento e polimento
-Corte
O primeiro processo aplicado na lapidao o corte do mineral usando a
serra diamantada. A maquina de cortar consta de um disco de diamante e um
reservatrio de gua, para a refrigerao do mineral. Com esta mquina se
podem realizar s cortes em linha reta.
Em minerais com uma clivagem muito marcada, como o diamante, s vezes
se utiliza esta propriedade para auxiliar o corte. Antes de realizar tal
operao h que fazer um estudo cuidadoso da pedra. Uma vez estudada e
tomada a deciso, marca-se com tinta nanquim a direo da clivagem que se
ir utilizar. Fixa-se a gema em uma laca especial e a um grampo de madeira,
34

faz-se ento uma pequena fissura (nesga) na gema (no lugar assinalado) e
apoiando uma lmina de ao sobre ela, finalmente, golpeia-se a lmina sobre
a nesga, apenas uma vez, com uma barra de metal ou madeira. Se a operao
foi correta o cristal se parte em dois, acompanhando o plano de clivagem.
Ademais, nas pedras com boa clivagem tenta-se, se possvel, no abrir facetas
nos planos de clivagem, j que nelas no se pode obter um bom polimento.
-Formao, facetamento e polimento
Na fase de formao (desbastamento) que se d a forma geomtrica
desejada gema, embora, muitas das vezes se perca uma quantidade
significativa da matria prima, essencial para deixar a pedra prxima das
propores desejadas. Utiliza-se uma mquina combinada que consta de
quatro discos e se utiliza para desbastar, refinar e polir.
Os discos tm diferente dureza e tamanho de gros para ir refinando a
superfcie. A primeira formao se realiza com abrasivo de carburando de
gro grosso. medida que o lapidrio vai atingindo a forma desejada, utiliza
os abrasivos cada vez mais delgados para trabalhar com maior preciso.
No diamante devido a suas caractersticas especiais de dureza depois da serra
e antes do facetamento se efetua o passo da debrutao (arredondamento) .
Mediante este processo se arredondam os cristais quando vai lapidar em
brilhante ou em alguma lapidao fantasia (oval, pra, corao ou marquise).
-Facetamento e polimento
Lapidam-se as facetas desjadas na pedra, polindo-as at obter superfcies
totalmente lisas e brilhantes. Estas duas operaes e a anterior se efetuam
com um disco horizontal, e que est impregnado com leo e abrasivo de p de
diamante. Ainda que s vezes num mesmo disco haja duas ou trs zonas com
diferente poder abrasivo, o habitual que se realizem as trs operaes na
zona do disco onde se esteja trabalhando no momento.
5.2 Tipos de lapidaes
Podem-se diferenciar dois grupos diferentes de lapidao:
Lapidaes facetadas, com facetas planas na maioria dos casos, geralmente
utilizadas para pedras transparentes.
Caboches, com superfcies curvas, usados habitualmente em pedras foscas,
translcidas ou para ressaltar efeitos pticos especiais (olho de gato,
asterisco, etc).

35

Lapidaes
Para seu estudo dividiremos as diferentes classes de lapidao nos seguintes
grupos:
Lapidaes simples
Lapidao brilhante
Lapidaes derivados do brilhante
Lapidaes em degraus (step cut)
Lapidaes em tesoura ou cruzadas
Lapidaes mistas
Outras lapidaes facetadas
Lapidaes com facetas cncavas
Lapidaes simples
Utilizadas antigamente para os diamantes pequenos. Na atualidade os
diamantes muito pequenos lapidam-se a mquina e apresentam facetamento
completo da lapidao brilhante. Exemplos de lapidaes simples: lapidao
rosete, lapidao 8/8, lapidao sua (16/16).

Lapidao brilhante
A lapidao brilhante a mais clssica e utilizada para o diamante, ainda que
tambm pode se usar em outras gemas. Consta de 58 ou 57 facetas,
dependendo se facetada, ou no, o vrtice inferior, criando uma faceta
adicional que se denomina culaa. As facetas esto distribudas em duas
partes fundamentais denominadas coroa e pavilho, unidas entre si pelo
rondizio.

36

A disposio e nomenclatura das diferentes facetas indicam-se na figura


seguinte.

At o incio do sculo XX, a evoluo da lapidao dos diamantes desenvolveuse de forma emprica. Em 1919, Marcel Tolkowsky, publicou o primeiro
estudo tcnico tendo em conta as propriedades pticas do diamante e o
trajeto da luz ao refratar-se em seu interior e estabeleceu as medidas "ideais"
para a lapidao brilhante.
Nas lapidaes em diamantes antigos nota-se falta de arredondamento da
gema, com rondizio, muitas das vezes, muito grosso ou prejudicado, a culaa
muito aberta (grande) e as facetas mdias do pavilho muito curtas. Suas
propores apresentam uma coroa muito alta em relao ao dimetro da
gema, uma mesa muito pequena e um pavilho, possivelmente,
excessivamente profundo.Todo isso demonstra um elevado aproveitamento do

37

material bruto e se traduz num deficiente aspecto, com pouco brilho e pouca
disperso.
H que ter em conta a denominao brilhante s pode se referir a um
diamante com lapidao abrilhantada. Outras gemas lapidadas com esta
lapidao tm que se denominar com o tipo da gema, por exemplo, safira de
lapidao brilhante. Por outro lado, um diamante lapidado de outra forma
tem que se denominar, por exemplo, diamante de lapidao corao.
Lapidaes derivadas do brilhante
Tm a mesma ou muito parecida distribuio de facetas que a lapidao
brilhante, mas sua forma no redonda (oval, marqus, corao, pra).

Lapidaes em degraus (step cut)


So umas lapidaes onde as facetas tm forma de trapzios alongados, com
as arestas paralelas ao rondizio denominadas habitualmente de degraus.
A lapidao mais importante deste grupo a lapidao esmeralda, utilizada
especialmente para esta gema. Tem forma octogonal no plano do rondizio,
podendo ser retangulares e quadradas. Utilizam-se geralmente em gemas de
cor. Recebem diferentes nomes segundo a forma: lapidao esmeralda,
baguette, quadrada ou carr, trapzio, rombo, pentgono,etc.

38

Lapidaes em Tesoura ou Cruzada


De forma retangular com os vrtices cortados; as facetas que rodeiam a mesa
tm forma de tringulos cruzados. Utilizam-se, sobretudo, em pedras de
imitao ou gemas coloridas.

Lapidaes em selo
Apresentam uma mesa muito grande, com uma estreita faceta trapezoidal ao
redor e geralmente sem culaa. Usa-se para lapidar pedras translcidas ou
foscas.

Lapidaes mistas
Nestas lapidaes a parte superior de tipo brilhante e o pavilho, lapida-se
em degraus paralelos, como na lapidao esmeralda. Atualmente a imensa
maioria de safiras e rubis que se lapidam na Tailndia, ndia ou Sri Lanka
apresentam lapidaes deste tipo, j que os pavilhes lapidadas em galerias
permitem maior aproveitamento do bruto, a custo da aparncia esttica da
pedra.

39

Lapidao briolette
uma lapidao periforme facetada em toda sua superfcie. Costuma utilizarse em pingentes.
Lapidaes Barin e Radiant
Utilizadas para o diamante. O contorno octogonal, com as facetas da coroa
da lapidao esmeralda no tipo barin, e com facetas cruzadas no tipo
radiant.

Lapidao Princesa (Princess)


A lapidao princesa pode ser quadrada ou retangular. A base pode ter
diferente nmero de facetas. Utiliza-se sobretudo em diamantes e permite
um maior aproveitamento do bruto.

40

Lapidaes com facetas cncavas


Recentemente desenvolveu-se uma tcnica nova de lapidar, na qual a
disposio das facetas pode ser idntica s lapidaes tradicionais, mas as
facetas no so planas, e sim, cncavas. Estas pedras tm um aspecto
inovador e bonito, j que o brilho das facetas cncavas muito diferente s
lapidaes tradicionais.

Exemplo de um quartzo fume lapidado em pra com facetas cncavas.


Lapidaes em Cabocho
So lapidaes no facetadas com superfcies curvas. Costuma-se utilizar para
pedras translcidas ou foscas.
Podemos destacar trs tipos diferentes:
Cabocho simples. Uma cara convexa e a outra plana.
Cabocho duplo. Ambas caras curvadas, convexas.
Cabocho oco ou afundado. Uma cara cncava e a outra convexa.

41

Perguntas captulo 5

1. A faceta marcada da lapidao brilhante denomina-se:


-A. Principal do pavilho.
-B. Mdia inferior.
-C. Faceta do rondizio.
-D. Culaa.
-E. Principal da coroa.

2. Esta lapidao chama-se:


-A. Lapidao 8/8.
-B. Lapidao brilhante.
-C. Lapidao em tesoura.
-D. Lapidao mista.
-E. Lapidao sua.

3. Esta lapidao chama-se:


-A. Princesa.
-B. Radiant.
-C. Barion.
-D. Esmeralda.
-E. Em tesoura.
42

4. Esta lapidao chama-se:


-A. Lapidao facetada.
-B. Lapidao polida.
-C. Gota.
-D. Pra .
-E. Cabocho.

5. Esta lapidao chama-se:


-A. Em tesoura.
-B. Esmeralda.
-C. Barion.
-D. Radiant.
-E. Princesa.

6. Esta lapidao chama-se:


-A. Em faca.
-B. Em tesoura.
-C. Mista.
-D. Barion.
-E. Princesa.

43

7. A lapidao brilhante consta de:


-A. 56 facetas e uma possvel faceta adicional que se denomina culaa.
-B. 24 facetas na coroa e 33 no pavilho.
-C. 48 facetas.
-D. 55 facetas, mais uma possvel faceta adicional que se denomina culaa.
-E. 33 facetas na coroa, 24 no pavilho e uma possvel faceta adicional que se
denomina culaa.
8. A denominao "brilhante" sem nenhum outro qualificativo:
-A. Nunca se pode aplicar sozinha. Deve-se indicar sempre o tipo de gema,
como "safira da lapidao brilhante", "diamante de lapidao brilhante",
etc.
-B. aplicvel ao diamante em qualquer lapidao.
-C. aplicvel a qualquer gema lapidada nessa forma.
-D. aplicvel ao diamante de lapidao brilhante e suas derivaes.
-E. S aplicvel a diamantes lapidados em lapidaes abrilhantadas.

9. A faceta marcada da lapidao brilhante denomina-se:


-A. Mdio.
-B. Culaa.
-C. Rmbica.
-D. Principal da coroa.
-E. Estrela.

10. A faceta marcada da lapidao brilhante denomina-se:


-A. Rmbica da culaa.
-B. Principal do pavilho.
-C. Principal da coroa.
-D. Estrela.
-E. Culaa.
44

11. Esta lapidao chama-se:


-A. Briolette.
-B. Marquise.
-C. Pra.
-D. Navette.
-E. Gota.

12. A faceta marcada da lapidao brilhante denomina-se:


-A. Estrela.
-B. Principal.
-C. Triangular.
-D. Mdia.
-E. Mesa.

13. A faceta marcada da lapidao brilhante denomina-se:


-A. Principal.
-B. Faceta do rondizio.
-C. Estrela.
-D. Dobrada.
-E. Mdia superior.

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14. Indique qual destas lapidaes uma lapidao em degrau:


-A. Cabocho.
-B. Marquise.
-C. Tesoura.
-D. Baguette.
-E. Princesa.
15. As lapidaes no facetadas, as que tm superfcies curvas se denominam:
-A. Cabocho.
-B. Redondo.
-C. Pra.
-D. Selo.
-E. Gota.

16. Esta lapidao chama-se:


-A. Marquise.
-B. Briolette.
-C. Princesa.
-D. Pandeloque.
-E. Conde.
17. Indique qual destas lapidaes derivada da lapidao brilhante:
-A. Perilla.
-B. Baguette.
-C. Briolette.
-D. Princesa.
-E. Selo.

46

18. A parte da pedra marcada em azul denomina-se:


-A. Media.
-B. Estrela.
-C. Canto.
-D. Mesa.
-E. Rondizio.

19 Esta lapidao chama-se:


-A. Radiant.
-B. Princesa.
-C. Oval, derivada do brilhante.
-D. Em tesoura.
-E. Mista.

20. Esta lapidao chama-se:


-A. Barion.
-B. Radiant.
-C. Baguette.
-D. Esmerald.a
-E. Degrau.

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21. A faceta marcada denomina-se:


-A. Coroa.
-B. Mesa.
-C. Octogonal.
-D. Tabela.
-E. Principal.

48

6. O diamante
Uma das gemas mais conhecidas, o diamante, apreciado desde a
antiguidade por seu alto grau de dureza e pelas especiais virtudes que lhe
atribuam. Os gregos chamavam-na de adamas, que quer dizer indomvel,
invencvel, sendo esta palavra a origem de sua atual denominao.
Antigamente, era utilizado apenas em bruto, comeando-se a lapidar a partir
do sculo XIV.
A valorao do diamante realiza-se em funo de quatro fatores: peso, cor,
pureza e lapidao.
Os diamantes que no tm uma qualidade suficiente para seu uso em joalheria
constituem os diamantes industriais e so utilizados como abrasivos e para
outros mltiplos usos tcnicos.
6.1 Propriedades
Composio qumica
Carbono(C)
composta por carbono quase puro, pois pode conter escassas quantidades de
outros elementos, sobretudo Nitrognio, Boro e Hidrognio.
Cristalizao
Sistema Cbico
Sistema cristalino
Habitualmente em cristais de sistema cristalino octadrico, mas tambm
forma cubos, romboedros e rombo-dodecaedros, apresentando curvaturas nas
faces.Tambm encontradas, frequentemente, em maclas.
Cor
Encontra-se de todas as cores e em diferentes tonalidades mas,
habitualmente, nas cores marrons, amarela claro e incolor. Tambm azuis,
verdes, laranjas, amarelos puros, rosas, vermelhos, prpuros e negros.
Dureza Relativa
10 ( o mineral mais duro conhecido)
Clivagem
Clivagem perfeita que acompanham as faces do octaedro.
Peso Especfico
Elevado 3,52

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Ponto de fuso
Funde-se a 3.546C,ainda que comece a grafitar-se na superfcie a partir de
800 C.
Condutividade Trmica
Extremamente alta
Brilho
Muito alto chamado adamantino
Natureza ptica
Istropo
Refrao
Monorrefringente. ndice de Refrao muito alto 2, 417.
Disperso
Elevada. 0, 044 A mais alta das gemas incolores naturais.
Outras
Espectro de absoro varivel, freqentes linhas a 415 nm (Cape) e 503 nm
(brown).
Fluorescncia, quando apresenta, podendo variar entre azulada, amarela e
laranja, com diferentes intensidades. Para observar a fluorescncia utiliza-se
luz UV de onda longa (365 nm) e, a critrio, ondas curtas SW.
Lipoflica (afinidade gordura)
Reaes em cidos: No atacado por cidos nem solvel neles.
Em funo do componente de nitrognio ou boro os diamantes dividem-se nos
seguintes tipos:
TIPO I. Com nitrognio em proporo maior a 10 ppm. Fosco luz UV de onda
curta.
Podem-se apresentar diferentes tipos e tons da cor amarela, dependendo dos
tipos de agregados que formam os tomos de nitrognio.
Encontram-se dentro deste tipo os diamantes da srie Cape (amarelo), srie
Brown (Pardos) e outras cores naturais amarelo-laranja, rosa, vermelho,
prpura, amarelo-esverdeado, verde-azulado e violeta.
TIPO II. Sem nitrognio ou com uma proporo menor a 10 ppm.
Transparentes a Luz UV de onda curta.
Diferenciam-se em dois tipos:
Tipo II a. Os mais puros sem Nitrognio nem Boro. Incolores, rosas ou
malvas.??
TipoII b. Com presena de Boro. Muito raros. Cor azul ou azul acinzentado.

50

6.2 Origem e jazidas


Formados na zona superior do manto terrestre, em rochas peridotitos e
eclogitos a uma temperatura 1000-1600C e presso 45-60 Kbar
(profundidades de uns 200 km) so arrastados para a superfcie por um magma
kimberltico atravs de chamins vulcnicas. Os diamantes mais antigos
formaram-se h, aproximadamente, 3300 milhes de anos e, os mais jovens,
h,aproximadamente, 900 milhes de anos.
Os depsitos primrios situam-se em chamins vulcnicas em zonas estveis e
antigas da litosfera terrestre (cretones). Ao ser um mineral muito estvel e
duro, resistente eroso e o transporte, tambm aparecem em depsitos
secundrios em leitos de rios e zonas de costa.
6.3 Pases produtores
No seguinte quadro mostra-se uma relao dos pases produtores mais
importantes ordenados cronologicamente.
Pas
Data Explorao ou Descoberta
Tipo de depsitos
ndia
nicos depsitos at o sculo XVIII
Secundrios
Brasil
1725
Secundrios
frica do Sul
1866
Primrios e Secundrios
Rep. Democr. Congo
1907-1948
Primrios e Secundrios
Nambia
1908
Secundrio
Angola
1912
Primrios e Secundrios
Tanznia
1940
Primrios e Secundrios

51

Rssia
1954
Primrios
Botsuana
1971
Primrios
Austrlia
1980
Primrios
Canad
Anos 90
Primrios
Atendendo importncia econmica de maior a menor so: Botsuana, Rssia,
Canad, frica do Sul, Angola, Nambia, Congo e Austrlia.
6.4 Caractersticas de qualidade
A valorao do diamante realiza-se em funo de quatro fatores: peso, cor,
pureza e lapidao. O conjunto destes parmetros chama-se,frequentemente,
de 4 Cs.
CLARITY
COLOUR
CUT
CARAT

Claridade-Pureza
Cor
Corte- Lapidao
Peso

A pureza observa-se e gradua-se sob lupa de 10 aumentos. Para graduar a


pureza com exatido deve-se estudar a pedra limpa e desmontada.
Graus de pureza :
FL-IF Flawless e Internally Flawless
Puro a lupa de 10 aumentos
VVS1 e VVS2
Very Very Small Inclusions
Incluses muito, muito escassas
VS1 e VS2
VerySmall Inclusions
Incluses muito escassas
SI1 e SI2
Small Inclusions
52

Pequenas incluses
P1, P2 e P3
(ou I1, I2 e I3)
Piqu (ou Imperfect)
Incluses que se observam a simples vista
Cor
Na imensa maioria de casos quanto menos cor tiver o diamante, mais valor, de
mercado ter. A exceo corresponde aos diamantes da cores intensas
chamadas cores extraordinrias (fancy color), extremamente raros na
natureza.
Para se graduar a cor necessrio que a gema esteja limpa, ou seja,
desengordurada e livre de qualquer sujeira, alm de desmontada, sem
reflexos, luz adequada, colocando a pedra na posio correta,
aproximadamente, a uns 10 cm da fonte de luz especial e utilizando uma
escala padro de diamantes especialmente selecionados para essa
comparao.
Escalas da cor:
GIA
Amberes

Escandinava

IGE/CIBJO/HRD

RIVER

Branco EXCEPCIONAL +

0+

1+

WESSELTON

Branco

TOP CRYSTAL

Branco CON LIGERA COR

CRYSTAL

TOP CAPE

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

Branco EXCEPCIONAL
TOP WESSELTON

Branco EXTRA +
Branco EXTRA

CAPE
LIGHT YELLOW

LIGERA COR
COR

COR 1
COR 2
COR 3

YELLOW

COR 4

53

Existem tambm diamantes da cores intensas (amarelo, marrom, azul, verde,


rosa, etc.,) que se denominam cores extraordinrias (fancy). Estes diamantes
so,incontestavelmente, escassos na natureza, mas tambm se obtm a
partir dos diamantes incolores mediante tratamentos especiaismanipulados
pelo homem (irradiao, esquentamento, etc.).
Para se certificar da natureza da cor, nestes casos, h que recorrer a um
laboratrio gemolgico especializado.
Lapidao
Para medir os parmetros que definem a lapidao brilhante, mais
precisamente, se utiliza o proporcionoscpio. Atualmente, tambm se
utilizam aparelhos digitais como o SarinBrilliantEye. Obtm-se os seguintes
dados:
Altura da coroa
Tamanho do pavilho
Dimetro da mesa
Largura do rondizio
Estes valores refletem-se a qualidade das propores do brilhante e medem-se
num percentual em relao ao dimetro da pedra. Ademais, estuda-se a
qualidade de sua simetria, obtendo os dados dos desvios que tem a pedra com
respeito a uma pedra totalmente simtrica.Tambm influi na qualidade de
lapidao a qualidade do polimento que tm as facetas da pedra.
Peso
O peso dos diamantes expressa-se em quilates (0,2 g) e determina-se
mediante balanas mecnicas e eletrnicas. Em peas montadas deve-se
recorrer a um clculo de estimativa, mediante frmulas especiais a partir das
medidas da pedra.
Pode ampliar a informao sobre as caratersticas de qualidade dos diamantes
nele apartado especial de nossa web dedicado a este tema.
6.5 Tratamentos dos diamantes
Utilizam-se diferentes tcnicas de tratamentos para melhorar a cor e a pureza
do diamante.
Tratamentos para melhorar a cor. Utilizam-se para:
-Melhorar a cor dos diamantes da srie incolor mediante a aplicao de alta
presso e alta temperatura (tratamento HPHT).
Tratamento extremamente difcil de detectar, s aplicvel aos diamantes de
tipo II.

54

-Proporcionar cores de fantasia aos diamantes da srie incolor. (Irradiao,


com ou sem posterior esquentamento, recobrimentos).
Tratamentos para melhorar a pureza:
-Preenchimento de fissuras com algumas substncias vtreas (tratamento
Yehuda).
-Perfurao por laser para eliminar grandes incluses escuras.
6.6 Diamantes sintticos
O diamante sinttico foi obtido pela primeira vez no ano 1954 pela General
Electric, utilizando um mtodo baseado na cristalizao do carbono em
diamante a alta presso e temperatura. Neste mtodo utilizam-se presses de
50-60 Kbar e temperaturas de 1300 a 1600 C, correspondentes s condies
de formao do diamante no manto terrestre, s profundidades de,
aproximadamente, entre 150 a200 km. O mtodo conhecido como HPHT (do
ingls High Pressure High Temperature).Este mtodo converteu-se
rapidamente como a principal fonte de diamantes sintticos industriais
(pequenos diamantes de baixa qualidade utilizados para mltiplas aplicaes
tcnicas, sobretudo, como abrasivos).
A obteno de grandes cristais desenvolvidos por este mtodo bem mais
complicado e custoso.No obstante, no ano 1970 foram obtidos tambm os
primeiros cristais de diamante sinttico HPHT em qualidade gema de at um
quilate de peso. Os primeiros diamantes sintticos dessa qualidade eram bem
mais caros que os naturais. No entanto, os avanos tecnolgicos permitiram
minimizar os custos com o passar do tempo de tal forma que, em meados dos
anos 1990 apareceram as primeiras empresas que comearam a comercializar
o diamante sinttico HPHT de qualidade gema.
Outro mtodo de sntese de diamantes que no requer presses e
temperaturas to elevadas o mtodo de deposio de vapor qumico ou,
mais conhecido como CVD -Chemical Vapor Deposition, em ingls. Neste caso
como fonte de carbono se utiliza o gs metano, que se mistura com
hidrognio e se ioniza mediante o plasma. Os ons de carbono depositam-se
sobre uma superfcie criando uma camada muito fina de diamante.
Este mtodo, utilizado pela primeira vez no ano 1952, inicialmente, no se
propunha como possvel mtodo de sntese de diamantes de qualidade gema
devido a velocidade muito lenta de complementao do processo. A deposio
de camadas de diamantes tem diversas aplicaes tcnicas uma vez que, a
investigao neste campo muito intensa. O desenvolvimento desta tcnica
permitiu depositar camadas de diamante em superfcies de outros materiais,
alm de acelerar a deposio de forma muito significativa. O aperfeioamento
da sntese por mtodo CVD tambm fez possvel a obteno de monocristais
de diamante sinttico de qualidade gema e, no ano de2005, apareceu a
primeira empresa que se dedicou a sua comercializao.

55

Na atualidade, os diamantes sintticos ainda so raramente utilizados pelo


seguimento joalheiro. No obstante se,antes para um gemologo era suficiente
identificar o diamante para saber, apenas,se era natural ou no, j hoje,
tambm necessrio se assegurar de que no sinttico, sobretudo nos
diamantes coloridos como o amarelo e o marrom, cuja sntese mais rpida e
econmica.
6.7 Imitaes
Desde os tempos remotos procura-se imitar o diamante com escasso sucesso,
at o desenvolvimento de produtos artificiais de altos ndices de refrao e
propriedades, aparentes, similares s do diamante.
Em 1976 apareceu o oxido de zircnio cbico (zirconita, zircnia, CZ, etc.)
que constituiu a melhor imitao de diamante conseguida na poca. Em
hiptese alguma pode-se denominar esta imitao de zirco, j que este
nome corresponde a um mineral natural, silicato de zircnio, tambm
utilizado antigamente para imitar o diamante.
A maioria das imitaes distingue-se com facilidade mediante um medidor de conduo
trmica. No obstante, uma das imitaes mais recentes, a moissanita, tem a condutividade
trmica muito elevada e pode confundir-se com a do diamante sob os medidores de conduo
trmica convencional.
Entre os principais produtos que se produziu para imitar ao diamante h que destacar:
-Rtilo sinttico (Titanita)
-Titanato de estroncio (Fabulita)
-Aluminato de itrio (YAG)
-Gadolinio de galio (GGG)
-xido de zirconio cbico (Zirconita)
-Moissanita sinttica
6.8 Laboratrios e certificados
O certificado de diamante um documento que uma instituio, laboratrio
ou sociedade reconhecida, descreve e asseguram por escrito a autenticidade,
alm das caractersticas de qualidade, pureza, cor, peso, lapidao,
propores, acabamento,quantidade e tipos de incluses e possveis
tratamentos aplicados no diamante.
Ainda que neste documento no se faa referencia a valor econmico da
pedra, j que s se descrevem caractersticas fsicas e de qualidade,porm
assegura ao comprador o tipo de gema que possui ou est adquirindo, dando
por tanto um valor agregado ao produto final.
O certificado de um diamante deve ser emitido com a pedra descravada, j
que a montagem impede a anlise precisa da gema.
importante que o certificado seja emitido por uma entidade ou laboratrio
reconhecido e confivel. Existem diversos laboratrios no mundo como o
Gemological Institute of America (GIA), American GemSociety (AGS), ou o
prprio
do
Instituto
Gemolgico
Espanhol
(IGE),
reconhecidos
internacionalmente.
56

Perguntas captulo 6
1. Os depsitos primrios do diamante situam-se em:
-A. Depsitos de sedimentos nas correntes fluviais.
-B. Em fissuras associadas a processos hidrotermais.
-C. Chamins vulcnicas em zonas estveis e antigas da litosfera terrestre.
-D. Zonas de metamorfismo de contato.
-E. Unicamente no interior de rochas conhecidas como kimberlitas.

2. Indique qual destes mtodos de snteses se utiliza para o diamante:


-A. Mtodo de mistura fundida (Melt).
-B. Mtodo Hidrotermal.
-C. Mtodo de substncia fundida (Flux).
-D. Sinterizado.
-E. Mtodo de deposio qumica de vapor (CVD).

3. Indique qual dos seguintes graus, no diamante, o de maior pureza:


-A. VS1
-B. P1
-C. SI1
-D. VVS1
-E. IF

4. O tratamento Yehuda do diamante um tratamento utilizado para:


-A. Preenchimento de fissuras com substncias vtreas.
-B. Eliminar grandes incluses escuras.
-C. Aumentar o lustro e o brilho do diamante.
-D. Melhorar a cor dos diamantes da srie incolor.
-E. Proporcionar cores fantasia.

5. Marque a imitao do diamante que no se distingue por sua condutividade


trmica num conductmetro convencional:
-A. Zirco.
-B. GGG.
-C. Zirconita.
-D. Fabulita.
-E. Moissanita.

57

6. A disperso do diamante :
-A. A maior de todas as substncias incolores utilizadas em joalheria.
-B. Menor que a do rubi.
-C. A maior das gemas naturais incolores.
-D. A menor das gemas naturais.
-E. Menor que a esmeralda.
7. Indique qual destes produtos no se considera imitao do diamante
-A. xido de zirconio cbico.
-B. Rtilo sinttico.
-C. Aluminato de Itrio.
-D. Zirconita.
-E. Aluminato de zirconio.
8. Qual destes parmetros no facilitado pelo proporcionoscpio?
-A. Largura do rondizio.
-B. Desvio do vrtice da culaa.
-C. Profundidade do pavilho.
-D. Dimetro da mesa.
-E. Dimetro do rondizio.
9. A valorao do diamante realiza-se em funo de
-A. Tamanho, propores e peso.
-B. A transparncia e a cor.
-C. Beleza, raridade e durabilidade.
-D. Cor, pureza, lapidao e peso.
-E. O brilho e a lapidao.
10. O diamante costuma-se apresentar na natureza em forma de:
-A. Cristais de sistema cristalino octadrico, mas tambm s vezes em cubos e
rombo dodecaedros.
-B. Cristais prismticos e bipirmides.
-C. Cristais de sistema cristalino prismtico terminados em combinao de
romboedros que produzem o efeito de uma bipirmide hexagonal.
-D. Agregados arredondados, bandeados e compactos, raramente cristais
prismticos delgados.
-E. Gros irregulares que quase nunca apresentam sistema cristalino.
11. Os diamantes dividem-se em tipo I e tipo II devido ao contedo de:
-A. Nquel.
-B. Hidrognio.
-C. Boro.
-D. Nitrognio.
-E. Carbono.

58

7. A esmeralda
A esmeralda uma variedade gemolgica do berilo. Desde os tempos do
antigo Egito uma das gemas mais apreciadas e valiosas.
O Berilo um ciclo silicato de alumnio e berlio, que em estado puro
incolor. A esmeralda habitualmente deve sua cor ao Cr3, ainda que tambm
existam esmeraldas que devem sua cor ao elemento vandio.
7.1 Propriedades
Composio qumica
Ciclo silicato de Alumnio e Berlio, Be3AI2(Si6O18)
Cristalizao
Sistema hexagonal
Sistema cristalino
Prismas hexagonais terminados em pinacoides.
Cor
Verde erva por cromo, vandio ou ferro.
Dureza relativa
7,5 a 8
Clivagem
Imperfeita acompanhando o plano do prisma e pinacoide
Peso Especfico
2,67 - 2,80 (varivel segundo os depsitos)
Brilho
Vtreo
Transparncia
Transparente, Translcido e opacas em pedras com muitas incluses.
Natureza ptica
Unixico negativo
ndices de refrao
Varivel segundo a origem:
Ne = 1,560 - 1,567, No = 1,594 - 1,600
Birrefringncia baixa 0,005 a 0,009
Disperso
Baixa, 0,014

59

Pleocrosmo
Fraco. Verde amarelado em direo paralela ao plano do prisma, verde
azulado em direo perpendicular ao prisma.
Outras
Espectro de Absoro
Espectro do cromo, com doblete em vermelho escuro, linhas delgadas no
vermelho e laranja, linhas em azul, absoro parcial do laranja, amarelo, azul
e violeta.
Luminescncia em frente a Luz Ultravioleta
As esmeraldas apresentam uma fluorescncia muito varivel dependendo das
quantidades de cromo, ferro e vandio, variando de inertes para vermelho de
diferente intensidade. Mostra-se mais intensa sob a luz ultravioleta LW.
7.2 Origem e jazidas
As esmeraldas podem ter diversas origens:
Hidrotermal. Encontra-se em mantos negros betuminosos intercalados com
argila, cristalizados em veios com calcita, albita, quartzo e pirita (Colmbia).
Metamrfico. So formadas em zonas de metamorfismo pneumatoltico de
contato. Nas incidncias de pegmatitos com xistos e rochas metamrficas
sendo o Cromo predominante e tambm em zonas metamorfismo de contato
com influncia hidrotermal (na maioria das jazidas mundiais).
7.3 Pases produtores
As esmeraldas so encontradas ao redor do mundo, em apenas vinte regies
mineiras. As jazidas mais antigas situam-se no Egito. Hoje em dia no tem
produo e citada apenas como referencia histrica. Ela conhecida como
minas de Clepatra, e sabido que sua explorao se iniciou h mais de 4.000
anos.
Na atualidade, os depsitos de esmeraldas mais tradicionais do mundo esto
situados na Colmbia (Muzo, Chivor, Gachal, Cozcuez, Peas Brancas e
outros) e so de origem hidrotermal.
Outras jazidas de esmeraldas, situadas no Brasil, Rssia, Zimbbue, Zmbia,
Madagascar, Tanznia, Moambique encontram-se em rochas metamrficas e
a formao das esmeraldas normalmente est relacionada com o magmatismo
grantico.
As principais jazidas do mundo, pela qualidade (tamanho e cristalizao) das
gemas achadas, so as jazidas colombianas. Pelo volume da produo
destacam as diversas jazidas do Brasil ( Itabira, Nova Era, Sta. Terezinha,
Salinas...)

60

7.4 Caractersticas de qualidade


Similar s demais gemas, a qualidade da esmeralda depende de quatro
caractersticas: cor, transparncia, qualidade de lapidao e peso. No
obstante, a qualidade da cor prevalece notavelmente sobre os demais
parmetros na hora de graduar a qualidade das esmeraldas.
Pedras mais preciosas so da cor verde intenso. As cores plidas, demasiado
escuras, os matizes azuis ou amarelos notveis, diminuem o valor da
esmeralda de forma muito significativa.
7.5 Tratamentos
O tratamento mais freqente em esmeraldas o preenchimento de fissuras
para melhorar sua transparncia. Os materiais utilizados para este tratamento
so muito variados. Utilizam-se azeite de oliva, de cedro, blsamo do Canad,
mas tambm resinas artificiais de tipo EPOXY.
uma prtica comumente aceita no comrcio de esmeraldas e no se
considera tratamento grave se utilizam substncias de preenchimento sem
corantes. Segundo CIBJO, este tratamento s precisa ser advertido ao
consumidor (veja o captulo Tratamentos).
O tratamento com leos normalmente utiliza-se para tratar esmeraldas de
maior qualidade. O leo de tratamento pode ser retirado da gema com
simples aplicao de solventes, enquanto as resinas EPOXY, uma vez
endurecidas, se tornam, praticamente, impossveis de se eliminar das fissuras.
Estas resinas normalmente utilizam-se para pedras de qualidade mais baixa j
que podem rechear cavidades maiores e fissuras abertas.
No obstante, a proporo de esmeraldas de excepcional qualidade que
chegam ao mercado sem nenhum tratamento de preenchimento de fissuras
muito pequeno.
7.6 Sntese e imitaes
As esmeraldas sintticas obtm-se em grandes quantidades desde 1930,
produzidas pela primeira vez em quantidades industriais por C. Chatham
(USA). Os mtodos utilizados para a sntese na atualidade so o de solvente
fundido (flux) e o de soluo aquosa (hidrotermal). Estes mtodos tm
diferentes variaes, segundo seus fabricantes.
As propriedades fsicas, pticas e, sobretudo as incluses permitem
diferenciar as esmeraldas sintticas das naturais.
Tambm existem no mercado pedras compostas (dobletes e tripletes) de
berilo incolor, quartzo e vidros, que so facilmente identificadas atravs da
observao microscpica.

61

Perguntas captulo 7
1. Uma das caractersticas mais importantes para diferenciar as esmeraldas
sintticas das naturais :
-A. As incluses.
-B. A dureza.
-C. A cor.
-D. O espectro ptico.
-E. O peso.

2. Os depsitos de origem hidrotermal mais importantes de mundo


encontram-se em:
-A. Rssia.
-B. Brasil.
-C. Zimbbue.
-D. Colmbia.
-E. Zmbia.

3. Qual o sistema cristalino da esmeralda?


-A. Prismas hexagonais.
-B. Cristais tabulares e agregados rochosos.
-C. Prismas tetragonais e bipirmides.
-D. Prismas trigonais.
-E. Cristais octadricos.

4. A qualidade da esmeralda depende de sua cor, transparncia, lapidao e


peso. Qual destes quatro parmetros prevalece sobre os demais?:
-A. Cor.
-B. Lapidao.
-C. Peso.
-D. Transparncia.
5. O tratamento mais freqente em esmeraldas :
-A. Branqueamento para eliminar impurezas.
-B. Tratamentos com laser para eliminar incluses.
-C. Preenchimento de fissuras para melhorar sua transparncia.
-D. Tingimento para melhorar a cor.
-E. Tratamentos trmicos para melhorar a cor.

62

6. Os depsitos tpicos da esmeralda so:


-A. Zonas de metamorfismo pneumatoltico de contato, metamorfismo de
contato com influncia hidrotermal e jazidas hidrotermais.
-B. Depsitos aluvionais e costeiros.
-C. Depsitos associados a rochas gneas ultramficas.
-D. Canteiros de explorao a cu aberto e minas subterrneas.
-E. Zonas de metamorfismo de contato e chamins vulcnicas.

7. Indique qual a afirmao correta:


-A. Raramente efetuam-se tratamentos de melhora nas esmeraldas.
-B. As esmeraldas no costumam apresentar incluses.
-C. A esmeralda tem uma disperso baixa.
-D. A presena de incluses em forma de "jardim" favorvel para a
esmeralda.
-E. A esmeralda tem maior dureza que o rubi.

8. A cor da esmeralda deve-se a:


-A. Incluses orgnicas vegetais.
-B. Cobalto.
-C. Ferro.
-D. Cromo e/ou vandio.
-E. Mangans.

9. A esmeralda apresenta:
-A. Uma clivagem perfeita no plano do prisma.
-B. Um forte pleocrosmo.
-C. Um brilho resinoso.
-D. Sempre apresenta incluses visveis a simples vista.
-E. Um pleocrosmo fraco.

10. Indique os mtodos utilizados para a sntese de esmeraldas na atualidade:


-A. O mtodo de solvente fundido (Flux) e o de mtodo de deposio qumica
de vapor (CVD).
-B. O mtodo de soluo aquosa (hidrotermal) e o de mtodo de deposio
qumica de vapor (CVD).
-C. O mtodo de sinterizao e o mtodo de solvente fundido (Flux).
-D. O mtodo de solvente fundido (Flux) e o de mistura fundida (Melt).
-E. O mtodo de solvente fundido (Flux) e o de soluo aquosa (hidrotermal).

63

8. O rubi
O rubi uma variedade da famlia do corndon. Os exemplares de corndon
com valor gemolgico so raros, especialmente o rubi, pois requer, para sua
formao, a presena de cromo, seu elemento cromforo, que escasso.
8.1 Propriedades
Composio qumica
xido de alumnio de frmula AI2O3
Cristalizao
Sistema trigonal
Sistema cristalino
Prismas hexagonais com estrias diagonais nas faces do prisma e triangulares
nas bases. Freqentes maclas polisintticas.
Cor
Vermelha. Varia do vermelho muito intenso (sangue de pombo) ao vermelho
alaranjado e violceo. Na cor, alm de influir a quantidade de cromo, influi a
presena de outros elementos, principalmente o ferro.
Dureza relativa
9
Clivagem
No apresenta. Tem partio segundo plano basal ou face do romboedro
devido ao maclado polisinttico.
Fratura
Concoidal
Peso Especfico
Elevado, 4.00
Brilho
Vtreo
Transparncia
Varia de transparente a translcido. Os exemplares de qualidade costumam
ser transparentes.
Natureza ptica
Unixico negativo
Refrao
ndices de refrao 1762-1,770.
Birrefringncia 0,008
64

Disperso
Muito baixa 0,018
Pleocrosmo
Varia segundo a cor de cada exemplar. Nos vermelhos intensos costuma
apreciar-se um dicrosmo moderado vermelho-vermelho alaranjado.
Outras
Existem variedades com asterismo, geralmente de 6 pontas, devido a
delgadas agulhas de rutilo orientadas em trs direes.
Espectro de absoro
Costuma apresentar forte espectro do cromo. Pode variar quando contm
ferro.
Luminescncia a luz ultravioleta
Nos rubis com muito cromo e pouco ferro, fluorescncia vermelha carmim sob
luz ultravioleta LW. Aumentando-se o contedo em ferro a fluorescncia
escassa ou inerte.
8.2 Origem e jazidas
O corndon um mineral relativamente escasso que aparece em rochas ricas
em alumnio. A origem muito variada. Os principais tipos de jazidas so:
Metamrfico. Por metamorfismo regional, associado a mrmores (Birmnia,
Paquisto), gnesis, granulitas ou anfibolitas (outras jazidas).
Jazidas eluvionais e aluvionais sedimentrios. o modo mais freqente de
encontrar-se em quase todas suas localizaes.
8.3 Pases produtores
As jazidas de rubi mais importante do mundo encontram-se em Mianmar,
antiga Birmnia, produzindo as melhores qualidades. Vietn e Tailndia
tambm so produtores importantes ainda que nos ltimos anos as produes
tailandesas tenham decado.Vietn produz qualidades de muito boa cor,
parecidas s de Mianmar e outras inferiores. Os rubis de Tailndia costumam
ter um tom arrocheado.
Em Sri Lanka so freqentes pedras com asterismo, mas suas cores so quase
sempre claras, e inclusive claramente rosas.
Em frica os pases produtores importantes so Kenya, Tanznia e
Madagascar, produzindo qualidades muito dispares, desde qualidades baixas,
s aproveitveis para caboches, at material da cor equiparvel ao de os
melhores rubis birmans.

65

8.4 Caractersticas de qualidade


Como em outras gemas da cor, o preo das mais cotadas e valiosas, ainda que
varivel, se rege em grande parte por caractersticas da cor, transparncia,
tamanho (peso) e qualidade da lapidao. Cor e pureza so os parmetros
fundamentais para se estabelecer a qualidade.
O rubi de melhor cor o vermelho vivo com um tom secundrio prpura muito
ligeira, (sangue de pombo), tambm o vermelho puro muito apreciado.
Vermelho com ligeiro tom laranja uma cor inferior e vermelho mais escuro
com ligeiro tom marrom seria o seguinte degrau. Os tons muito escuros ou
morados so qualidades bem mais econmicas.
O grau de pureza outro parmetro importante. Pedras de boa cor e limpas
sero as de maior cotao no mercado. Exceto nas qualidades extraordinrias,
admite-se um verdadeiro grau de incluses inclusive em pedras de muito alto
preo devido escassez do rubi de boa qualidade.
8.5 Tratamentos
Os principais tratamentos so os trmicos, destinados a melhorar a cor
vermelha e a pureza. Na atualidade este tratamento to generalizado que
difcil encontrar um rubi no tratado, e estas pedras, as isentas de
tratamentos, so muito valorizadas (at mais 50%).
Outro tratamento muito comum o de preenchimento de fissuras com
substncias vtreas para melhorar a transparncia do rubi. Alm dos materiais
de preenchimento tradicionais que habitualmente se aplicam junto com o
tratamento trmico maioria dos rubis, recentemente apareceu no mercado,
uma grande quantidade de rubis com preenchimento de fissuras com vidro de
chumbo. Isso permite preencher fissuras e cavidades muito grandes,
convertendo material muito fissurado, de baixa qualidade, em pedras
transparentes.
Outro tratamento muito recente e grave a difuso de berlio que permite
melhorar a cor da pedra eliminando coloraes secundrias pouco atraentes e
clareando pedras muito escuras.

66

8.6 Sntese e imitaes


Os primeiros corndons sintticos comercializaram-se em por volta de 1900 e
foram fabricados por Louis Verneuil, pelo procedimento de substncia
fundida.
Os procedimentos utilizados na sntese do corndon so trs:
-Mtodo por substncia fundida (Melt). Fuso mediante alto aquecimento dos
componentes, alumina e xidos metlicos, como cromforos, que ao esfriar-se
produz a substncia cristalizada..
-Mtodos por solvente fundido ou flux. Dissoluo dos componentes do
corndon num material de baixo ponto de fuso que atua com solvente.
-Mtodo hidrotermal. O corndon cristaliza a partir de uma soluo aquosa,
sob elevada presso e temperatura, onde vai dissolver a alumina e os
elementos cromforos.
E quanto s imitaes, deve-se destacar a utilizao de dobletes e tripletes,
combinando corndons sintticos e naturais com pouca cor e outros materiais
que em ocasies podem ser difceis de serem identificados, sobretudo em
pedras montadas.

67

Perguntas captulo 8
1. Indique a afirmao correta no referente aos tratamentos trmicos, para
melhorar a cor dos rubis:
-A. Os tratamentos de rubis trmicos, segundo CIBJO, requerem uma
informao especfica ao comprador.
-B. Os tratamentos trmicos so de uso muito generalizado em rubis.
-C. Atualmente no esto generalizados e para melhorar a cor se utilizam com
mais frequencia outros sistemas como preenchimento com substncias
vtreas e a difuso de berilio.
-D. No provocam uma mudana importante na valorao da gema em relao
as pedras no tratadas.
-E. As pedras certificadas como "no tratadas" podem ser cotadas em at 10%
a mais.
2. Quanto a clivagem e fratura do rubi:
-A. Apresenta partio na face do octaedro.
-B. Apresenta clivagem perfeita acompanhando o plano do prisma trigonal.
-C. No tem clivagem, mas apresenta partio devido ao maclado
polisinttico.
-D. Apresenta clivagem acompanhando o plano basal ou a face do romboedro.
3. As jazidas de rubi mais importantes do mundo encontram-se em:
-A. Tailndia.
-B. Mianmar.
-C. Austrlia.
-D. Sri Lanka.
-E. Kenya.
4. Os tipos de incidencias mais habituais do rubi so:
-A. Hidrotermais e de metamorfismo regional em conjunto com as rochas
sedimentarias.
-B. Pegmatticos e aluvionais sedimentrios.
-C. S em zonas de metamorfismo de contato.
-D. Chamins kimberlticas.
-E. Zonas de metamorfismo regional e jazidas eluvionais e aluvionais
sedimentrios.
5. A melhor cor do rubi :
-A. Vermelho vivo com um tom secundrio prpuro muito ligeiro.
-B. Vermelho arroxeado.
-C. Vermelho sangue de perdiz.
-D. Vermelho alaranjado.
-E. Vermelho claro com tons marrons.

68

6. Indique o mtodo de sntese que NO se utiliza para a fabricao de rubi


sinttico:
-A. Mtodo de deposio qumica de vapor CVD.
-B. Mtodo de solvente fundido, mistura fundida ou flux.
-C. Mtodo hidrotermal.
-D. Mtodo de fuso, substncia fundida ou Melt.
-E. Mtodo Verneuil.
7. Qual o sistema cristalino do rubi?
-A. Sistema octadrico, mas tambm forma cubos e rombododecaedros.
-B. Cristais octadricos.
-C. Prismas hexagonais com estrias diagonais nos planos do prisma e
triangulares nas bases.
-D. Agregados arredondados, bandeados e compactos, raramente cristais
prismticos.
-E. Prismas tetragonais e bipiramidais.
8. O mtodo da difuso de berlio:
-A. No afeta a colorao da gema.
-B. Permite melhorar a cor e a pureza de rubis.
-C. Consiste no preenchimento de fissuras com vidro de chumbo que permite
rechear fissuras e cavidades muito grandes.
-D. Permite melhorar a cor da pedra eliminando coloraes secundrias pouco
atraentes e clareando pedras muito escuras.
-E. Permite eliminar incluses e melhorar a transparncia da pedra.
9. A cor do rubi deve-se fundamentalmente a:
-A. Cobre.
-B. Cromo.
-C. Ferro.
-D. Titnio.
-E. Cobalto.
10. A dureza do rubi:
-A. maior que a do topzio.
-B. Corresponde a 8 na escala de Mohs.
-C. muito prxima a do diamante.
-D. menor que a do corndon.
-E. maior que a do corndon.

69

9. Safiras
A safira uma variedade gemolgica do Corndon. A diferena, para o rubi, se
deve a suas cores, provenientes do Ferro e do Titnio e algumas variedades
em certas quantidades de cromo. So possveis de serem encontradas em
todas as cores do spectro, porm, apenas, os corndons de cor vermelha, so
diferenciados e chamados de rubis.
9.1 Propriedades
Composio qumica
Cristalizao

xido de Alumnio de Frmula A I2O3


Sistema Trigonal

Sistema cristalino

Piramidal, cristaliza em bipirmides hexagonais, com pequenas


caras de romboedro, com estriaes transversais em seus planos
Safira
Azul com intensidade varivel.
A cor deve-se a ferro ferroso - titnio.
Safira fantasia
Azul claro turbios (Geuda) ferro frrico e agulhas de rutilo
Verdes e amarelos por ferro frrico
Amarelo claro por centros da cor
Prpura e violeta por ferro ferroso titnio e cromo
Rosa por cromo em pequena quantidade
laranja (padparadcha) por ferro frrico e cromo
Safiras com mudana da cor
A cor deve-se a ferro ferroso titnio e vandio
Leucosafira
Incolor
Branca
9
No apresenta.
Concoidea
Elevado, 4.00
Vtreo
Varia de transparente a translcido. Os exemplares de qualidade
costumam ser transparentes.
Unixico negativo
ndices de refrao 1762-1,770. Birrefringncia 0,008
Muito baixa 0,018
Varia segundo a cor da cada exemplar. freqente apreciar azul
escuro-azul claro e nos escuros africanos e australianos, dicrosmo
azul-verdoso.
Existem variedades com asterismo, geralmente de 6 pontas, devido
a delgadas agulhas de rutilo orientadas em trs direes.

Cor

Risca
Dureza
Clivagem
Fratura
Peso Especfico
Brilho
Transparncia
Natureza ptica
Refrao
Disperso
Pleocrosmo
Outras

Espectro de absoro
Safiras azuis costumam apresentar uma banda de absoro estreita
a 450 nm.Paparadchas e safiras prpuras de Sri Lanka podem dar
espectro do cromo.
Luminescncia em frente a luz ultravioleta
As safiras azuis, verdes e amarelo intenso normalmente so inertes devido presena
de ferro. Alguns, da cor azul claro de Sri Lanka, apresentam fluorescncia fraca
alaranjada. Os que contm verdadeiro contedo de cromo podem apresentar
fluorescncia vermelha.

70

9.2 Origem e jazidas


O corndon um mineral relativamente escasso que aparece em rochas
aluminosas. A origem muito variada. Os principais tipos de jazidas so:
Magmtico. Cristalizado em rochas ricas em alumnio e pobres em silcio,
como basaltos e sienitas (Kenia).
Metamrfico. Por metamorfismo de contato entre rochas carbonatadas ou
ultra bsicas e gneises ou pegmatitos (Kachemira, Tanznia, Kenia,
Madagascar, Sri Lanka). Tambm por metamorfismo regional em gneises,
granulitas ou anfibolitos.
Jazidas eluvionais e aluvionais sedimentrios. o modo mais freqente de
encontrar-se em quase todas suas localizaes.
9.3 Pases produtores
Safiras azuis:
Mianmar, Camboja, Sri Lanka e Caxemira so incidencias que produzem as
melhores qualidades. A produo de Caxemira testemunhal e atualmente,
Sri Lanka considerado um dos maiores produtores de boa qualidade de
safiras azuis, ainda que, tambm, produz material da cor clara ligeiramente
violceo que comercialmente se denomina Ceilo.
Tailndia, e Austrlia em menor grau, so grandes produtores, mas de
qualidades inferiores.
Na frica os pases produtores so Kenya, Tanznia, Madagascar e Nigria.
Em geral, so bastante escuras e frequentemente apresentam tons
esverdeados. As melhores qualidades costumam aparecer na Nigria e em
Madagascar.
Safiras de fantasia (outras cores):
Sri Lanka produtora das famosas Padparadchas (safiras da cor laranja),
alm das cores rosas e amarelos.
Na Austrlia, as amarelas e verdes, geralmente, so de excelente qualidade.
No Kenya, Tanznia e Madagascar aparecem safiras de cores e tonalidades
muito variadas.

71

9.4 Caractersticas de qualidade


Como em outras gemas da cor, o preo das mais cotadas e valiosas, ainda que
varivel, se rege em grande parte por caractersticas da cor, transparncia,
tamanho e qualidade da lapidao. Cor e pureza so os parmetros
fundamentais para estabelecer a qualidade.
Embora seu preo relativo seja menor que o do rubi, sua maior produo faz
com que, segundo diversos autores, sua contribuio economia global seja
mais expressiva que a dos rubis.
A melhor cor da safira considerado o azul profundo com ligeiro tom violceo
(azul cian). A seguinte cor mais considerada o azul puro, ainda que, s
vezes, consideram-na a melhor qualidade. O azul com um ligeiro tom de cinza
seria a terceira qualidade. As cores azuis mdio so consideradas de qualidade
inferior e de tons muito escuros, muito claros ou com componentes
esverdeadas so bem mais baratas.
O grau de pureza o outro parmetro importante. As incluses na safira so
bem mais penalizadas que no rubi, j que uma variedade bem mais
freqente, aparecendo pedras de bom tamanho e isentas de incluses.
Como no caso dos rubis, pedras certificados como no tratadas aumentam
sua cotao consideravelmente.
9.5 Tratamentos
Assim como nos rubis, os principais tratamentos so os trmicos, utilizados
para melhorar a cor, muito generalizados e aceitos no comrcio.
Para proporcionar cor a safiras incolores utilizam-se o mtodo de difuso
trmica de elementos cromforos (Ti e Fe). A safira obtm uma intensa
colorao concentrada em uma camada superficial (arestas das facetas) que
lhe irradiam cor para toda a pedra.
Tambm, da mesma forma que nos rubis, aplica-se s safiras o tratamento por
difuso de berilio (neste caso para produzir cores fantasia, como o amarelo e
o padparadcha), e o preenchimento de fissuras com sustncias vtreas para
melhorar sua transparncia.
9.6 Sntese e imitaes
Os primeiros corndons sintticos comercializaram-se em 1900 e foram
fabricados por Verneuil, pelo procedimento de substncia fundida.
Os procedimentos utilizados na sntese do corndon so trs:
-Mtodo por substncia fundida (Melt). Fuso mediante o aquecimento dos
componentes, alumina e xidos metlicos utilizados como corantes, que se
cristalizam ao esfriar-se na mistura.
72

-Mtodos por solvente fundido (Flux). Dissoluo dos componentes do


corndon num material de baixo ponto de fuso que atua em conjunto com o
solvente.
-Mtodo hidrotermal. O corndon cristaliza a partir de uma soluo aquosa, a
elevada presso e temperatura, aonde vai dissolvida a alumina e os corantes.
Quanto s imitaes, so de se destacar a utilizao de dobletes e tripletes,
combinando corndons sintticos e naturais de baixa cor e outros materiais
que, em certas ocasies, podem ser difceis de se identificar, sobretudo em
pedras montadas.

73

Perguntas captulo 9
1. Para proporcionar cor a safiras incolores utiliza-se o mtodo de:
-A. Tratamento por difuso de berilo.
-B. Recobrimentos pela coroa da pedra.
-C. Difuso trmica de elementos cromforos (Ti e Fe).
-D. Irradiao.
-E. Preenchimento de fissuras com substncias vtreas incolores.

2. Responda corretamente sobre as incluses nas safiras:


-A. As safiras em geral no apresentam incluses.
-B. As incluses no afetam, praticamente, a valorao de sua qualidade.
-C. Para se determinar a qualidade deve-se considerar os mesmos critrios
que os no rubi.
-D. Penalizam bem mais sua valorao do que no rubi.
-E. As safiras naturais sempre apresentam algumas incluses.

3. As agulhas de rutilo na safira provocam um efeito ptico denominado:


-A. Asterismo.
-B. Olho de gato.
-C. Jogo da cores.
-D. Estrelado.
-E. Adularescncia.

4. Para a fabricao da safira sinttica utiliza-se:


-A. O mtodo hidrotermal e o mtodo de deposio qumica de vapor.
-B. O mtodo Melt e o de substncia fundida.
-C. O mtodo Melt, o de solvente fundido e o mtodo hidrotermal.
-D. O mtodo Flux e CVD.
-E. O mtodo de alta presso e alta temperatura.

5. A melhor cor da safira :


-A. Azul cu.
-B. Azul muito escuro, com ligeira tonalidade marrom.
-C. Azul com um ligeiro tom de cinza.
-D. Azul profundo com um tom violceo muito ligeiro.
-E. Azul muito escuro com certas tonalidades esverdeadas.

74

6. As jazidas mais habituais da safiras so:


-A. Pegmatticos e aluvionais sedimentrios.
-B. Leitos marinhos.
-C. S em zonas de metamorfismo de contato.
-D. Magmticos, metamrficos e sedimentrios (eluvionais e aluvionais).
-E. Hidrotermais e de metamorfismo regional associados a rochas
sedimentarias.

7. A cor da safira azul deve-se fundamentalmente ao:


-A. Cobre.
-B. Cobalto.
-C. Vandio.
-D. Cromo.
-E. Ferro e Titnio.

8. Qual o sistema cristalino da safira?


-A. Prismas hexagonais com estriaes diagonais nas faces de prisma e
triangulares nas bases.
-B. Prismas tetragonais e bipirmides.
-C. Sistema octadrico, mas tambm forma cubos e rombododecaedros.
-D. Piramidal, cristaliza em bipirmides hexagonais, com pequenas faces de
romboedro, com estriaes transversais em suas faces.
-E. Prismas rmbicas terminadas em pinacoides.

9. As safiras podem ser da cor:


-A. Somente incolores e azuis.
-B. Azul, ainda que haja tons arroxeados.
-C. Incolor, azul, prpura, rosa, laranja, verde, amarelo, e outros.
-D. Sempre azuis, mas com diversas tonalidades.
-E. O mais freqente da cor laranja chamado "padparadcha", de menor valor
que o azul.

10. Indique entre os seguintes pases em qual se produzem as melhores


qualidades de safira:
-A. Tailndia.
-B. Austrlia.
-C. Afeganisto.
-D. Sri Lanka.
-E. Tanznia.

75

10. As prolas
As prolas so gemas de origem orgnica que tm maior grau de utilizao no
segmento joalheiro. Contam com um mercado muito amplo e gozam de muita
aceitao entre os consumidores.
Prola o resultado de uma transformao orgnica, nacarada ou de outra
natureza, encontrado em diversas espcies de moluscos, marinhos ou de gua
doce. Sua origem pode ser natural ou auxiliado pelo homem, denominado de
cultivo. Na atualidade, praticamente todas as prolas que se comercializam
so do tipo cultivadas.
Os moluscos que produzem as prolas constam de duas valvas unidas por um
tipo de dobradia ou charneira, e um corpo macio recoberto por um manto
que o responsvel por produzir o ncar que recobrir a parte interna da
concha, bem como as partculas que servem de ncleo para a prola.
A prola forma-se quando algum elemento irritante penetra na ostra e esta
no capaz do expulsa-lo. A partir desse momento o manto comea a
segregar camadas de aragonito e conchiolim que formaro o ncar, e que ir
por recobrir o elemento estranho. Quanto mais tempo o elemento permanecer
no interior da ostra, mais camadas de ncar se depositaro sobre ela,
formando uma prola mais espessa e mais brilhante.
O ncar que recobre as prolas apresenta um efeito especial, devido
interao da luz nas diversas camadas. Este efeito denomina-se "oriente" e
junto a outras caractersticas (cor, tamanho, forma, etc.) marcaro a beleza
e qualidade da prola.
10.1 Tipos de prolas
Por sua formao dentro da concha e seu aspecto podemos distinguir
basicamente trs tipos de prolas:
Prola quiste: A que se origina no saco perlfero e que tem um aspecto
arredondado, ovalado ou em forma de pra, apresentando sua superfcie
totalmente recoberta de ncar.
Prola blister: A que cresce aderida parte interna da concha, com formato
de meia esfera, e nacarada unicamente em sua parte superior.
Prola barroca: Aquelas denominadas, anteriormente, de quiste, mas que
apresentam forma irregular.

76

10.2 Processo de cultivo de prolas


Ainda que historicamente exista evidncia de que no sculo XIII chineses e
rabes obtinham figuras planas nacaradas, somente em 1896 foi que o japons
Konichi Mikimoto conseguiu a primeira patente para produzir prolas
cultivadas.
Posteriormente, durante o sculo XX, melhorou-se o sistema de cultivo e a
logstica de sua produo. A partir da finalizao da Segunda Guerra Mundial
penetraram de forma avassaladora no mercado joalheiro.
Prolas cultivadas em gua salgada
As prolas cultivadas formam-se quando submetemos uma ostra de,
aproximadamente, trs anos, a uma operao delicada, mediante a qual se
insere um ncleo esfrico (feito com a concha de outro molusco) em sua
gnada ou rgo sexual, junto a um pedao de manto de outro exemplar. A
ostra produzir as camadas de ncar ao redor do ncleo. Elas precisam de um
perodo de recuperao. Por isso, protegidas por cestas especiais (cangurus) e
alocadas em locais especficos denominados de fazenda, retornam ao mar
por um perodo, aproximadamente, de at dois anos, tempo no que o ncar
ir recobrir o ncleo. A ostra deve ser limpa a cada temporada para que sua
sade no se veja afetada. Por essa razo so retiradas da gua para eliminar
a camada de algas e parasitas que se acumulam em seu exterior.
No processo de cultivo atual empregam-se fundamentalmente trs tipos de
ostras, a conhecida como Akoya (Pinctada Fucata) que utilizada geralmente
no Japo para produzir prolas de at 10 mm, a australiana (Pinctada
Maxima) de maior tamanho, que produz perolas maiores (normalmente entre
11 e 16 mm) conhecidas como South Sea e, finalmente, a ostra conhecida
como "labios negros" (Pinctada Margaritifera) encontradas nas Polinsias
Francesas que produzem as prolas negras tambm conhecidas como
prolas do Tahiti.
Prolas cultivadas em gua doce
Os japoneses comearam o processo de cultivo experimentando mexilhes de
gua doce (Hyriopsis schlegeli) na dcada dos anos vinte (1920) e chegaram
concluso de que a introduo do ncleo no se fazia necessria, seno,
inserir apenas pequenos pedaos de manto para conseguir que o molusco
comeasse o processo de produo de ncar.
Por outra parte, os mexilhes do gnero Unio crescem rapidamente e,
portanto se cultivam mesma velocidade, e devido a seu grande tamanho (30
cm de cumprimento x 20 cm de largura aprox.) pode-se inserir de 20 a 30
pedaos de manto para que cultivem diversas prolas simultaneamente.
Desta forma, por volta de 1946, comeou a grande produo de prolas
cultivadas de gua doce, conhecidas popularmente com o nome de Biwas, j
que foi o lago Biwa do Japo o lugar escolhido para comear tal cultivo.

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Durante muitos anos chamaram-se erroneamente desta maneira a todas as


prolas cultivadas em gua doce.
As primeiras prolas japonesas cultivadas em gua doce eram pequenas,
desformes e com uma superfcie spera, similares a gros de arroz. Pouco a
pouco foi aperfeioando-se a tcnica e conseguindo-se uma melhor forma e
textura bem mais lisa.
Nos anos 60 a China lanou sua primeira produo de qualidade inferior s
primeiras Biwas japonesas, mas em seguida foram aperfeioando o processo
de cultivo at conseguir prolas quase esfricas e com muita boa qualidade.
O tamanho destas prolas no passavam de 7 mm de dimetro, mas desde
alguns anos, a produo tem aumentado e melhorado bastante, se detectando
no mercado prolas praticamente redondas de at 14 mm de dimetro, com
ncleo e com uma camada de ncar de aproximadamente 0,80 mm.
Ainda que a qualidade no seja a mesma que nas prolas Akoya ou as dos
Mares do Sul (South Sea), os consumidores esto bastante desconcertados com
a diferena de preos entre elas, pois isto no beneficia a indstria de prolas
cultivadas de gua salgada.
10.3 Regies produtoras
As ostras perlferas formam bancos naturais, em zonas de guas tropicais de
todo mundo, de onde se pescam por diversos procedimentos. As diferentes
espcies perlferas apresentam diferenas de acordo com a sua distribuio
geografia e tamanho.
-Pinctada Fucata > Ostras de 10-12 cm de dimetro. Golfo Prsico, Mar
Vermelho e Sri Lanka. Qualidade excepcional.
-Pinctada Margaritifera > Ostras de at 20 cm de dimetro. Golfo Prsico,
Austrlia, Micronesia, Mxico (baixa Califrnia) e Panam.
-Pinctada Radiata > Ostras de pequeno tamanho, uns 7-8 cm de dimetro.
Japo e Venezuela. As prolas costumam ter um tom esverdeado.
-Pinctada Mxima > Ostras de at 30 cm de dimetro. Produz as prolas
maiores. A de lbios prateados no norte de Austrlia, e a de lbios dourados
em Birmnia, Tailndia e Indonsia.
-Prola de Ostra de asas negras (Pteria penguin) > Ostra muito grande, nos
fundos marinhos dos arrecifes da coral. Abunda em guas tropicais do Oceano
Pacifico e Indico, Micronesia, Polinsia, Ilhas Seychelles e Mxico. Pode
produzir perolas de forte colorao.
-Outras prolas
Prolas rosa ou de concha > Procedente do Strombus gigas, um gasterpodo
do Caribe.
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Prolas de Haliotis
Prolas de gua doce. Bivalves de gero Unio.
Para a produo de prolas cultivadas utilizam-se as mesmas espcies de
moluscos que produzem as naturais, mas mantendo-as em criadouros
artificiais e provocando a formao de prolas.
Prolas de gua marinha
-Japo. Cultiva-se a ostra Pinctada Fucata, comumente conhecida como
Akoya. Obtm-se prolas de um dimetro inferior a 10mm.
-Micronsia. Nas Ilhas Palau. O cultivo foi introduzido pelos japoneses.
-Austrlia, Micronsia, Indonsia. Utiliza-se a ostra Pinctada Mxima de lbios
prateados. Obtm-se prolas dentre 12 e 20 mm de dimetro.
-Mianmar, Tailndia e Indonsia. Pinctada Mxima de lbios dourados.
-Polinesa Francesa. Cultivam-se na ostra de lbios negros, Pinctada
Margaritifera , Prolas de tom acinzentado de diversas tonalidades.
Prolas de gua doce
-Japo. Prola Biwa, embora o lago Biwa devido ao alto grau de poluio, no
tenha mais condies de produzir prolas.
-China diversos lagos e rios.
10.4 Caractersticas de qualidade de prolas cultivadas
Antigamente as prolas classificavam-se para sua comercializao por unidade
de peso japonesa denominada de momme. 1 momme equivale a 18,75
quilates. Na atualidade as prolas comercializam-se em funo de seu
dimetro em milmetros.
Os fatores que influenciam no preo so:
-Dimetro
-Forma
-Cor
-Oriente
-Espessura da camada de cultivo
-Perfeio da superfcie

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Dimetro
O preo por unidade ou por fio, exceto nas medidas muito pequenas, aumenta
progressivamente com o dimetro tendo mudanas importantes para grandes
tamanhos.
Forma
H diversas formas:
redonda
barroca
oval
pera
Quanto s redondas, as mais comuns, o ideal que sejam perfeitamente
esfricas. Seu valor ir se depreciando medida que vai se distanciando desta
forma ideal. Consideramos como barrocas s que apresentam formas
irregulares. Algumas delas podem atingir um alto preo por apresentar formas
muito especiais e de grande tamanho.
Cor
As cores mais habituais so:
branco-rosado
prateado
dourado
rosa
creme
esverdeada
azulada
negra
As negras podem ser tingidas e com isso, o seu valor decresce. As cores
preferidas so o branco-rosado e o prateado. As cores creme, amarelados e
esverdeados, incidem negativamente no preo. As prolas que apresentam um
tom dourado e forte oriente, so excees.
Oriente
O efeito produzido pela luz nas diversas camadas da prola, constitui o
"Oriente", ainda que a este efeito s vezes denomina-se indevidamente, de
brilho. essencial que uma prola de boa qualidade tenha um lustro muito
elevado, de intensidade uniforme. Estas prolas geralmente tm muitas
camadas de ncar transparentes, muito finas.

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Camada de cultivo
A espessura de uma importncia extraordinria. Considera-se que um
recobrimento de 2 mm uma qualidade muito boa.
Perfeio da textura superficial
A perfeio da superfcie de uma prola constitui tambm um fator
importante. Uma ligeira depresso ou erupo na superfcie pode desvalorizala consideravelmente.
10.5 Tratamentos de prolas
Na atualidade s prolas cultivadas aplicam-se inmeros tratamentos,
sobretudo para mudar sua cor. Os tratamentos mais comuns nas prolas so:
branqueamento, tingimento e irradiao.

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Perguntas captulo 10
1. Indique qual destes termos no influi na valorao da prola cultivada:
-A. Forma.
-B. Camada de cultivo.
-C. Composio do ncleo.
-D. Oriente.
-E. Dimetro.

2. Inicialmente as prolas cultivadas de gua doce caracterizavam-se por:


-A. Seu grande tamanho e formas barrocas.
-B. Seu pequeno tamanho e formas barrocas.
-C. Seu pequeno tamanho e forma muito esfrica.
-D. Formas esfricas e cores escuras.
-E. Grossas camadas de cultivo e formas barrocas.

3. O efeito produzido pela luz nas diversas camadas da prola denomina-se:


-A. Lustre.
-B. Intensidade.
-C. Oriente.
-D. Brilho.
-E. Disperso.

4. As prolas cultivadas de maior tamanho so as:


-A. Prolas Akoya.
-B. Prolas de rio do norte da Europa.
-C. Prolas japonesas.
-D. Prolas de gua salgada da Austrlia, Birmnia, Tailndia e Indonsia.
-E. Prolas de gua doce chinesas.

5. Qual destes moluscos se utiliza para cultivar prolas?:


-A. Mytilus edulis.
-B. Pinctada maxima.
-C. Pinctada pinctadus.
-D. Ensis ensis.
-E. Ostrea edulis.

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6. As prolas cultivadas tpicas da Polinsia Francesa so:


-A. Da cor rosada.
-B. Pequenas muito esfricas e todas de cor branca.
-C. De cor branca e dourada.
-D. Barrocas e negras.
-E. De diversas tonalidades.

7. A prola que se origina no saco perlfero e que tem um aspecto


arredondado, ovalado ou em forma de pra, apresentando sua superfcie
totalmente recoberta de ncar se denomina:
-A. Filipino.
-B. Quiste.
-C. Madreprola.
-D. Mabe.
-E. Blister.

8. As prolas esto formadas por camadas concntricas de:


-A. Diversos carbonatos e xidos.
-B. Aragonito.
-C. Calcita.
-D. Aragonito e conchiolim.
-E. Conquiolina.

9. O termo "prola Biwa" utiliza-se para:


-A. Prolas que crescem aderidas parte interna da concha.
-B. Prolas de gua doce produzidas no lago Biwa.
-C. Prolas cultivadas de gua salgada.
-D. Prolas que apresentam forma irregular.
-E. Prolas cultivadas de gua doce.

10. Um recobrimento de cultivo com mais de 2 mm considera-se:


-A. De muito boa qualidade.
-B. Nunca se consegue camadas to grossas.
-C. De boa qualidade.
-D. De qualidade intermediria.
-E. De m qualidade.

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11. Outras gemas importantes


Este captulo inclui uma relao de gemas mais utilizadas em joalheria.
Berilo - Be3Al2Si16O18 - Ciclo silicato de alumnio e berilio. Dentro do grupo do
Berilo, alm da esmeralda, podemos encontrar outras variedades de interesse
gemolgico como:
gua-marinha
Heliodoro (Berilo dourado)
Morganita (Berilo rosa)

cor azul
cor amarela
cor rosa

Fe2+
Fe3+
Mn

Alm de, goshenita (incolor), bixbita (vermelha), berilo verdee berilo maxixe
(de azul intenso). A diferena da esmeralda para o berilo verde, que o
berilo tem cor verde plido, que se deve ao ferro, e no ao cromo ou vandio
como a esmeralda.
A esmeralda, a gua-marinha, o heliodoro, a bixbita e o berilo rosa so os
tipos mais cotados; a intensidade da cor, a transparncia e a qualidade da
lapidao marcaro diferenas de qualidade. O berilo vermelho (bixbita)
uma gema muito rara que muito procurada como pedra de coleo.
Topzio - Al2[(F,OH)2SiO4] - um silicato de alumnio, com presena de flor
e H2O. Apresenta-se em diversas cores, sendo o incolor o mais abundante.
Atualmente, aplica-se um tratamento por irradiao gama imensa maioria
de topzios incolores para fim de produzir a cor azul. Tambm comum os
tratamentos trmicos aplicados aos topzios para fim de melhorar sua cor,
excluindo o tom marrom da gema.
Os de cor avermelhado, rosa, laranja e amarelo pssego, so chamados de
Topzios Imperiais. Esses so os mais valorizados no mercado joalheiro.
Devido a sua perfeita clivagem os topzios so difceis de lapidar.
Turquesa - CuAl6(PO4)4(OH)85H2O - um fosfato de alumnio e cobre que,
dependendo de sua origem, pode se apresentar com variao de cor, do azul
claro ao azul esverdeado. Geralmente apresenta-se como agregado
criptocristalino em massas amorfas, embora pertena ao sistema triclnico.
Lapida-se em cabocho e tambm utilizada para produo de figuras
artsticas.
O tratamento por tingimento ou por impregnao superficial de cera ou
plstico a fim de proporcionar-lhes maior consistncia e potenciar sua cor,
encontrado, facilmente, em mercados joalheiros mais populares. A
reconstituio do mineral (p transformado em massa), tambm comum de
ser encontrado.
Opala - SiO2nH2O - slica amorfa hidratada. A opala nobre apresenta um
efeito ptico inexistente em qualquer outra pedra chamado jogo da cores.
Apresenta diferentes variedades da cor e, entre elas, a opala negra a mais
cobiada.

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Outras variedades so a opala de fogo, transparente de cor amarelada,


alaranjada ou avermelhada, a opala de gua incolor amarela ou pardo, a
opala branca da cor branca cinza ou amarelada, s vezes leitosa, a opala
matrix, etc.
Crisoberilo - BeAl2O4 - Oxido alumnio e berilio.
O crisoberilo apresenta-se em trs variedades diferentes, sendo a alexandrita
a mais cotada:
Crisoberilo Cor amarelo-esverdeado (mel), devido a presena de ferro.
Olho de gato (Cimfano) Cor amarelo-esverdeado-pardo. A cor deve-se a
presena de ferro. Lapidada em cabocho, pode apresentar o efeito olho de
gato quando a sua cristalizao interna proporciona tal propriedade ptica.
No mercado joalheiro, comum denominar-se, simplesmente, de Olho de
Gato. mais apreciado quanto mais claro e intenso for o efeito, e quanto
maior for o contraste entre a cor da pedra e a linha do "olho" (em ingls milk
and honey = leite e mel).
Alexandrita uma gema que muda de cor segundo a fonte de luz que incidir
sobre ela. As melhores, se apresentam esverdeadas luz diurna ou sob
lmpadas florescentes e avermelhadas sob a luz incandescente. A maioria
mostra tons lils ou arroxeados. A cor avermelhada deve-se ao cromo.
No mercado muito freqente encontrarmos pedras que imitam este efeito
de mudana da cor. Geralmente, trata-se de um corndon sinttico, com
efeito alexandrita, devido a presena de vandio. A mudana da cor desta
pedra, erroneamente chamada de alexandrita com freqncia, diferente,
pois apresenta a cor azulada a luz diurna, ao invs de esverdeada e
avermelhada luz incandescente. Tambm existem alexandritas sintticas.
Quartzo SiO2 - Dixido de silcio. um mineral muito abundante e apresentase em numerosas variedades, ainda que aqui vamos destacar somente algumas
das mais importantes:
Variedades fanerocristalinas (de cristais grandes) mais importantes:
Ametista - Da cor roxa-violcea. Cor proveniente do Ferro e irradiao
natural. A da cor mais intensa e aveludada a qualidade mais apreciada.
Citrino - Da cor amarela passando pelo alaranjado e chegando ao marrom
avermelhado. Cor devido ao ferro. comum e aceito pelo mercado os citrinos
submetidos a tratamento trmico.
Prasiolita- Da cor verde, tambm por ferro. A cor tambm se pode obter por
tratamento trmico de certo tipo de ametistas.

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Quartzo hialino Incolor (cristal de rocha). Includos neste grupo h outros


quartzos com abundantes incluses de outros minerais que lhes proporcionam
um efeito especial.
Variedades criptocristalinas mais importantes (denominam-se criptocristalinos
os agregados formados por cristais diminutos, indistinguveis a simples vista):
Calcednia - Massa translcida, pelo geral de uma cor s, que em muitas
ocasies se submetem a tratamentos por tingimento.
gatas - uma calcednia bandeada (listrada), com variedade da cores e
transparncia varivel podendo chegar a ser quase fosca. H variedades
gemologicas como a nix, com bandas brancas e pretas, sardonix com bandas
brancas e pardas e o nix preto sem bandas que, geralmente, apresenta-se
em camadas muito finas, incapaz de ser lapidada. O nix preto encontrado no
mercado joalheiro uma gata (calcednia) tingida de preto.
Tambm existem variedades no bandeadas que comumente so conhecidas
apenas como gatas, assim como a gata musgosa, gata de fogo ou o gata
dendrtica (dendrito), que apresentam em seu interior desenhos devidos
presena de xidos de ferro ou mangans.
Jasper - Na realidade, trata-se de uma rocha composta em torno de 80% por
quartzo micro cristalino. Outros minerais em sua composio proporcionamlhe coloraes muito variadas, manchas, desenhos e misturas da cores. So
sempre opacas.
Olho de tigre - Esta variedade pertence ao grupo de quartzos pseudomrficos
(substituies). da cor marrom amarelento com reflexos dourados e
apresenta um efeito mvel devido existncia de fibras de crocidolita.
A crocidolita no oxidada da cor azul e quando o inclusa no quartzo, este se
chama "olho de falco". Uma vez aquecido, se torna vermelho e se chama
"olho de boi".
Zoisita - Ca(Al,Fe)3(OH)(SiO4)3 - Silicato de alumnio e clcio do grupo do
Epidoto. A variedade mais importante a Tanzanita da cor pardo-violeta e
azul, devido a presena do vandio. A maioria das tanzanitas submetem-se ao
tratamento trmico para expulsar o tom acastanhado e deixar apenas o azulviolceo.
Granadas - um grupo variado formado por um conjunto de espcie mineral
onde pode predominar a presena do Ca (clcio) ou do Al (alumnio). Dentro
delas podemos destacar a almandina, a granada mais comum da cor vermelha.
Outras da cor avermelhada como o piropo e arodolita. As com tons
alaranjados como a espesartita, hessonita e malaya. As granadas verdes como
a tsavorita e o demantoide so consideradas raras e geralmente alcanam um
valor maior no mercado joalheiro.

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Hematites - xido de ferro. Da cor preta e brilho metlico. Lapidaes


facetadas ou em selo. freqentemente utilizado para gravar camafeus,
escudos, etc.
Jade - Com o nome genrico de jade conhecem-se duas variedades diferentes
a jadeta e a nefrita. Sua cor muito varivel: branca, amarelo rosa, malva,
violeta, vermelho, azul, pardo, preto e de uma grande tonalidade de verdes.
A variedade mais apreciada da cor verde intenso chamada de jade imperial.
Com grande freqncia submete-se ao tingido para dar-lhe cor.
Lpis-lazli - Trata-se na realidade de um agregado de vrios minerais. Da cor
azul violeta ou azulado mais ou menos intenso, com pequenas incluses de
pirita, s vezes com veios esbranquiados de calcita. Lapida-se em caboches
e objetos artsticos.
Malaquita - um carbonato de cobre. Encontra-se normalmente em
agregados bandeados. Utiliza-se para lapidaes em caboches, objetos
artsticos e mosaicos.
Espinlio - Conhecido desde a antiguidade, foi no entanto confundido at o
incio do sculo XX com rubi. um xido de alumnio e magnsio.
transparente e pode apresentar uma colorao diversa: incolor, vermelha,
prpura e violeta, azul, azul-verde, sendo a vermelha ou rosa a que se usa
com maior freqncia em joalheria.
Espodumenio - um silicato de alumnio e ltio. Pode apresentar-se em
diferentes variedades entre as que mais se destaca a Kunzita, da cor
prpura a violeta e a Hiddenita da cor verde clara. Apresentam um marcado
pleocrosmo.
Ortoclsio - Pertence ao grupo dos feldspatos potssios, um silicato
alumnio potssio. Entre as variedades mais importantes podemos citar o
ortoclsio nobre, transparente da cor amarela que se emprega mais como
pedra de coleo que como gema, e a adularia ou pedra lua incolor ou
semitransparente, e com um resplendor esbranquiado ou azulado, chamado
Adularescncia.
Peridoto - Silicato de ferro e magnsio, da famlia da Oliniva. Da cor verde
oliva devido ao ferro ferroso, podendo apresentar cor verde intenso nos
melhores exemplares. Utilizou-se bastante em joalheria no final do sculo
passado.
Feldspato aventurina ou Pedra do sol - Variedade gemolgica de
plagioclasio, em concreto da oligoclasio da cor creme, alaranjado ou
vermelho, fosco , e com efeito aventurinado, pelas plaquetas de hematita e
goethita. A grande quantidade de material comercializado atualmente, como
aventurita, na realidade um vidro artificial com incluses de cobre que
causam um efeito parecido.

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Rodonita Silicato de mangans. Cor vermelha e rosa com zonas pretas por
oxidao do mangans. Freqentemente granular ou em massa. Lapida-se em
caboches.
Serpentina - um silicato de magnsio. Em gemologa utilizam-se diversas
variedades como a Bowenita, da cor verde amarelento com manchas
esbranquecidas e tambm verde escuro. Com freqncia utiliza-se para
figuras lapidadas.
Materiais orgnicos
mbar - uma resina fssil de origem vegetal, cuja composio varia
segundo sua origem e idade. A cor depende do tipo de rvore produtora,
porm a cor da resina mais habitual a amarela, alaranjadas e pardas. Podem
tambm ser encontradas as de cores vermelhas, vermelha escura,
esverdeada, azulada (muito rara) e branca leitosa.
Azeviche. uma variedade de lignito de gro muito delgado e compacto de
origem vegetal. Fosco, de cor preta, brilhante aps polido. Utiliza-se,
sobretudo para colares, objetos de enfeites, figuras e em lapidao em
caboches.
Coral - Esta gema de origem orgnica derivada do esqueleto de um
celentreo marinho. Sua cor varia do rosa muito plido, conhecido
comercialmente como "pele de anjo", at o vermelho escuro intenso, tambm
muito apreciado. As cores intermedirias, vermelha clara e alaranjada so
muito menos cotadas. Com freqncia submete-se ao tratamento de
tingimento a fim de proporcionar a cor vermelha, a mais cotada.
MarfimGema de origem orgnica, procedente das "presas" de elefantes,
hipoptamos, morsas, cachalotes e javalis verrugosos. O autntico marfim o
de elefante, em especial, o do tipo africano, que apresenta uma cor branca
ligeiramente amarelada, cremosa e semitraslcida em lminas muito finas.
Na atualidade o comrcio de marfim est rigorosamente controlado a nvel
internacional por CITES (The ConventiononInternational Trade in
EndangeredSpeciesof Wild Fauna and Flora Convnio sobre o Comrcio
Internacional de Espcies de Fauna e Flora Selvagens Ameaadas) para tentar
salvar da extino esta espcie animal que nas ltimas dcadas, encontrou-se
em situao alarmante.

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Perguntas captulo 11
1. O termo "olho de gato" refere-se a um efeito ptico, mas utiliza-se tambm
para denominar uma gema em especial. Qual delas?:
-A. Quartzo, com efeito, "olho de gato".
-B. Dipsidio, com efeito, "olho de gato".
-C. Turmalina, com efeito, "olho de gato".
-D. Cimfano.
-E. Ortoclsio, com efeito, "olho de gato".

2. Indique qual destas variedades gemologicas no corresponde ao grupo da


granada:
-A. Hiddenita.
-B. Piropo.
-C. Tsavorita.
-D. Demantoide.
-E. Hessonita.

3. O azeviche :
-A. Uma variedade de lignito de gro muito delgado e compacto de origem
vegetal.
-B. Uma resina fssil de origem vegetal.
-C. Variedade de quartzo criptocristalino da cor preta por xidos de
mangans.
-D. Um resto de esqueleto de um celentreo marinho.
-E. Uma variedade de nix de gro muito delgado.

4. Indique qual destas variedades de quartzo no fanerocristalina:


-A. Citrino.
-B. Jasper.
-C. Quartzo fume.
-D. Quartzo hialino.
-E. Ametista.

5. Que efeito ptico caracterstico apresenta a pedra sol?


-A. Reflexos dourados ao longo da pedra e um efeito mvel por fibras de
crocidolita.
-B. Resplendor esbranquiado ou azulado.
-C. Um marcado pleocrosmo.
-D. Um efeito aventurinado.
-E. Labradorescncia.

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6. Indique qual destes materiais gemologicos no de origem orgnica:


-A. mbar.
-B. gata musgosa.
-C. Coral.
-D. Marfim.
-E. Coral.

7. A variedade prpura do espodumnio denomina-se:


-A. Hiddenita.
-B. Rodonita.
-C. Kunzita.
-D. Goshenita.
-E. Tanzanita.
8. A alexandrita uma variedade de:
-A. Berilo.
-B. Granada.
-C. Crisoberilo.
-D. Zoisita.
-E. Jade.

9. Indique qual destes minerais uma variedade gemologica do grupo do


berilo:
-A. Pedra Sol.
-B. Hiddenita.
-C. Heliodoro.
-D. Rubelita.
-E. Cimfano.

10. Qual a variedade da slica amorfa hidratada?


-A. Calcednia.
-B. nix.
-C. gata.
-D. Opala.
-E. Aventurina.

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12. Conhecimentos bsicos sobre a joalheria


Neste captulo fazemos uma breve reviso dos materiais e processos mais
habituais utilizado em joalheria, tipos de jias, alm de alguns procedimentos
de cuidados e manuteno aplicvel em gemas.
12.1. Os metais utilizados em joalheria
Os metais utilizados em joalheria costumam estar misturados (ligados a outros
metais, se obtendo assim mudanas em suas propriedades fsicas que facilitam
o trabalho do ourives e melhoram a durabilidade da jia) pois, eles no se
aplicam em estado puro,. O percentual do(s) outro(s) metal que se acrescenta
ao metal principal (puro) se chama "liga".
Para trabalhar com os metais nobres - ouro (Au), prata (Ag), platina (Pt) e
paladium (Pd) em joalheria, alguns cuidados de conservao so
imprescindveis e para tal, utilizam-se diferentes procedimentos e produtos
que facilitam a maleabilidade, limpeza, antioxidao, conservao da cor,
etc.
Entre os metais usados em joalheria podemos destacar
Ouro
Prata
Platina
Ouro
O ouro (Au) um elemento metlico (metal nobre) da cor amarela que se
funde a 1062C. Encontra-se na natureza misturado a outros elementos e
minerais e quando extrado (in natura) considerado um minrio. Sua pureza
mede-se por ppm (parte por milho) e representada, no mercado joalheiro,
pela sigla K, que l-se quilates (unidade que no tem nada que ver com a
de mesmo nome utilizada para pesar gemas), ou por sua referencia numrica
em ppm .999 ou .750 e etc.. . O ouro puro, representado por .999 milsimos
tambm chamado de ouro fino e representado por 24K. J o de .750 milsimos
representado por 18K e assim por diante.
A diferena do ouro para outros metais mais comuns que mantm o brilho
durante muito tempo, uma vez polido. Se ligado perfeitamente com cobre e
prata, em devidas propores de cada metal, se conseguem determinados
tons diferenciados da cor do tipo: amarelo ovo, amarelo italiano
(esverdeado), rosa claro e avermelhado.
O ouro em joalheria pode ser utilizado com diversos tipos de ligas e
propores.

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Ouro branco
uma mistura de ouro (Au) e paldio (Pd). Inicialmente utilizavam-se liga de
ouro e nquel, porm, hoje no aceita na maioria dos mercados devido ao
fator alrgico do nquel. A esta liga (ouro+paldio) costuma-se misturar
tambm a prata, a fim de baratear o produto final, pois o paldio um pouco
mais caro que o ouro e tem um ponto de fuso um pouco mais elevado.
Devido a essa mistura com metais de ponto de fuso mais elevada, faz com
que o ouro branco apresente uma ligeira diferena de comportamento em
relao ao ouro amarelo. O ouro branco apresenta, em geral, um tom
acinzentado, ou cinza amarelento, dependendo dos metais utilizados para a
sua liga. Por este motivo, a fim de avivar o seu brilho e tambm para imitar a
cor da platina, a joalheria costuma dar-lhe um banho de Rdio (Rd).
Ouro amarelo
O ouro puro (.999) muito malevel e excessivamente macio, pelo fato que
normalmente no costuma se utilizar em joalheria. Alguns pases do Oriente
utilizam o ouro 22K, mas usa-se especialmente em numismtica (moedas) e
para confeco de brincos e colares, somente.
Partindo do ouro fino (24K) h que lhe acrescentar 33,33% de liga para obter o
ouro 18K. Isto representado por ouro .750 e significa que temos 750 partes
de Au .999 em cada pedao de ouro 18K. Quando se precisa um ouro de maior
dureza ou flexibilidade se emprega a liga com maior proporo de cobre, o
que atribui mistura uma cor mais avermelhada
Ligas para obter diferentes cores do ouro
Ouro vermelho
Ouro rosa
Ouro amarelo
Ouro verdoso
Ouro vermelho
Ouro azulado
Ouro cinza
Ouro negro (no d lei 18 K)

com cobre
com cobre e prata
com cobre e prata
com prata
com alumnio
com ferro
com cobre e ferro
com ferro

33,33% cobre
22% cobre / 11,33% prata
16.65% cobre/16,65% prata
33,33% prata
33,33% alumnio
33,33% ferro
11% cobre / 22,33% ferro
41,7% ferro

Tipos de chapados de ouro


10K Ou.B.
10K I.B.
Gold filled ou gold overlay
(1/20 12K GF). Banhado a ouro
Rolled gold ou rolled gold plate (1/40
12K RGP) banhado a ouro
Gold electropating (10K HGE) eletroformatado

92

Camada externa de ouro de 10K.


Camada interna de ouro de 10K.
Camada de ouro de 10K ou superior,
que no supera 1/20 do peso total.
Camada de ouro de 10K ou superior,
que no supera1/40 do peso total.
Delicadssima camada de ouro de 10K
em superfcie.

Prata
Metal da cor branca que se funde a 960C. Ainda que se oxide rapidamente
necessria uma tcnica especial para o trabalho. excessivamente macia e
realiza-se a liga com outros metais, especialmente o cobre. Em ocasies para
dar-lhe maior dureza acrescenta-se nquel e zinco.
As moedas de prata costumam ser cunhadas com 90% de prata fina
(900/1000).
A prata de lei 925/1000, costuma denominar-se prata Sterling. Chama-se
Vermeil a prata Sterling que apresenta uma camada superficial de ouro
aplicada. As denominadas "prata alem" ou "prata nquel" s apresentam uma
delgada camada eletrosttica de prata sobre o metal (cobre, nquel, ou
zinco).
Platina
Metal brilhante da cor branca cinza, que funde-se a 1755C. Se liga facilmente
com cobre, nquel, rutnio e irdio. O irdio o melhor endurecedor e o mais
habitual. O ouro a endurece, mas a torna frgil na dobra e o paldio a
endurece ligeiramente.
Durante muitas dcadas a platina foi o metal usado na fabricao de jias de
qualidade, at que se comeou a utilizar o ouro branco, na dcada de 40. Na
atualidade usa-se pouco, fundamentalmente pelas dificuldades derivadas de
seu elevado ponto de fuso.
12.2 Tipos de jias
Conjunto. Em alta joalheria, jogo harmonioso de vrias peas, que se
compe, pelo geral, de colar, pendentes, pulseira e anel. Em francs
denomina-se de grande parure (tiara, jias de peito, pendentes, colar e dois
pulseiras idnticas) e a petite parure (colar, pendentes e broche).
Agulha ou Alfinete. uma pea em forma de vareta cilndrica ou
ligeiramente cnica, afiada na extremidade, com uma cabea ou qualquer
outro arremate em um, ou em ambas extremidades. So aplicadas seja para o
cabelo ou para a roupa. No segundo caso deve constar de duas partes.
Tambm se usa para afixar exteriormente alguma prenda do traje ou, apenas
por enfeite. Tipo: Alfinete de gravata, de cabelo, de peito, de retrato..
Anel. Aro de metal ou de outro material, formado por uma a tira, filamento
ou vareta, liso ou trabalhado e, s vezes, com prolas ou pedras preciosas,
que se utiliza, principalmente, como enfeite dos dedos da mo.
Bracelete. Jia muito apreciada desde a antiguidade utilizada no brao,
acima do cotovelo. Os vestidos cobriam parte do anti-brao, ficando como

93

nica parte visvel o brao e o pulso,


posteriormente, ocupar esse lugar.

da que o bracelete veio,

Broche. O broche um objeto muito antigo e, possivelmente, seu


predecessor foi uma fbula, que foi usada por diversos povos na antiguidade.
Originariamente constava de duas partes, geralmente simtricas, onde uma
pode se enganchar na outra, e sua misso era assegurar o fechamento do
cinto. Posteriormente destinaram-se a prender tecidos em forma de v,
sobretudo camadas.
Corrente. A razo de se poder elaborar uma corrente depende da
possibilidade de que um metal rgido possa ser articulado ou dobrado para
confeccionar um elo circular, sem ceder tenso, o que se consegue
mediante um sistema de forja do metal; isto , enlaando uma estrutura
elstica do metal suficientemente rija para esse fim. Assim podem ser
confeccionados diversos elementos: anis, discos perfurados, esferas com
asas, etc.
Camafeu. Pea de gata, nix, sardnix, opala, conchas de camadas
multicores, etc. esculpidas em relevo, onde a figura ou o motivo costumam
ter diferentes cores e altura em relao base. Para que seja considerada
realmente uma joia, dever ser adornada com ouro ou prata e, s vezes, com
pedras preciosas. Utilizou-se em alianas, pendentes, broches, pingentes e
at em colares, bem como em brincos e outros artigos.
Pingente. O termo relativamente moderno e, em parte, tem suplantado ao
conceito antigo de palavra que se aplicava a um tipo de broche ou qualquer
coisa que ficava pendurado, ainda que haja entre ambos algumas
caractersticas semelhantes no uso. Por outro lado, a diferena entre
pingente e broche muito sutil, pois no caso do pendente, consiste somente
em estar suspendido e no preso.
Colar. Do latim collare derivado de collum, que significa pescoo. Hoje,
assumido como enfeite de pescoo. Apresenta variantes de tamanho e forma.
Com respeito ao comprimento, vo desde a gargantilha, que se usa colado
totalmente ao pescoo, a diversos outros que se descrevem com detalhe no
pargrafo colar de prolas.
Quanto forma, conceituamos o colar de aro, o qual susceptvel de fecharse nele mesmo, muitas das vezes, sem fecho; de corrente, aquele formado
por elos, sejam finos ou grossos. O mais original constitudo por uma srie
de pingentes que pendem de um cordo ou corrente delgada colada ao
pescoo utilizado como ornamento. H colares formados por aros trabalhados
e de diferentes circunferncias, que realam a forma escultural do pescoo.
Neste caso chamam-se gargantilhas.
Colar de prolas. A prola, natural ou cultivada, um elemento ideal para a
confeco de colares, j que sua unio sucessiva, mediante a utilizao de um
fio arrematado com um n entre as prolas. As prolas perfuradas oferecem
articulao e flexibilidade perfeitas.
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H dois principais tipos de colares de prolas: o de tamanho uniforme e o


degrade.
Os graduados, tambm conhecidos como degrads, levam uma prola
central de maior tamanho, e o resto a ambos os lados em diminuio. O
comprimento normal deste tipo de colares de 43 a 45 cm.
Os colares uniformes designam-se segundo o dimetro das prolas e o
comprimento do colar:
Gargantilha (chocker), de 35 a 40 cm
Princesa (17 pulgadas), de 45 a 50 cm.
Matine, de 53 a 60 cm.
pera, de 70 a 85 cms.
Sautoir, de 90 a 105 cm numa sozinha volta, ou enrolado duas vezes no
pescoo.
Lao (sautoir longo), sem limite de longitude. Leva-se com uma laada ao
centro.
Os colares uniformes podem comportar tambm combinaes de dois ou trs
fios com dimetros e comprimentos diferentes. Os de cinco voltas
denominam-se petos.
Resenhamos algumas das combinaes mais freqentes no comrcio:
Convercvel. Com mais de duas maneiras de fechamentos. Uso como colar e
como pulseira.
Troussard. Formado por vrios fios de prolas tranadas.
Esteira Keshi. Este, imita tecido, combinando pequenas prolas.
Combinao. Alternando entre si diversos tamanhos.
Fascinao. Peas pequenas ou mdias, separadas com fio ou corrente.
Esplendor. Formado em parte por vrios fios delgados e completados por um
fio de prolas de maior tamanho.
Cocktail. Combinao de prolas e outras peas confeccionadas em pedras
preciosas.
Cruz. Figura formada por duas linhas que se cruzam perpendicularmente.
Tambm h cruzes de formas caractersticas que serviram como emblema ou
insgnia, por exemplo, ordens militares e que se conhecem por seu nome
especfico.
Tiara. Enfeite em forma de meia coroa, utilizada s para a parte dianteira da
cabea. Tambm pode ser um aro aberto de qualquer material que usam as
mulheres como enfeite, ou para manter o cabelo para trs.
Escrava. Pulseira rgida, mais ou menos larga, que deve seu nome ao costume
romano cujos patres colocavam em suas escravas para que fossem
reconhecidos e a que casa pertenciam.
Fornitura (fechos). Conhece-se com este termo aos dispositivos e mecanismos
que servem fechar a jia. H de mltiplos sistemas e formas.

95

Abotoaduras. Jogo de dois botes Iguais, vinculados entre si para seu


emprego como fechamento de punhos de camisas (sociais) e blusas. Tambm,
boto ou puxador formado por duas peas unidas por um curto ramo, cujo
emprego requer passar um deles pelas casas abertas, de cada lado, onde o
objetivo da pea de fechar ou juntar.
Brincos. Enfeite empregado ao lbulo, que se apresenta em duas variantes:
pingente (quando pendurados e articulados) ou simples (quando uma s
pea). Existem diferentes tipos de sistemas de fechamento, por exemplo: de
pino, de gancho, de tarraxa, de presso, etc.
Algumas variantes de brincos:
Pino/presso. Pequeno modelo perfurador, no circular, apenas com um
boto e um pino onde encaixa o sistema de fechamento, a tarraxa ou presso.
Pingente. Qualquer modelo para ser usado pendurado. Pode ter diferentes
tipos de sistemas (tarraxa, clip, gancho...)
Argola. Designa, indistintamente aos de forma circular ou ovalados.
Meia argola. Em forma, geralmente, de de aro.
Solitrio. Geralmente, composto por um diamante montado em garra ou
bezel, muito discreto.
Pulseira. um adorno de metal ou outra matria, com pedras preciosas ou
sem elas, que rodeia o pulso ou alguma parte do brao. Como jia uma
adaptao do bracelete, quando se imps a manga longa, que deixava a o
resto do brao coberto.
Rodinado. um banho electroltico composto por concentrado de rdio e
gua destilada, que se utiliza para dar lustre e cor ao ouro branco.
Maracan. Anel, pendente ou brincos cujo adorno uma pedra preciosa
rodeada de outras menores, geralmente diamantes.
Aliana. Do latim sors-sortis, significa sorte. Objeto o enfeite para os dedos
das mos. A moda e os costumes sociais impuseram a convenincia de usar
uma nica aliana, ou vrias, normalmente sobre o dedo descoberto mas, s
vezes, sobre luvas. A aliana de selo foi j conhecida dos egpcios, eram
utilizadas com carter simblico, como o anel de casamento ou aliana, de
insgnia de hierarquia, como no caso dos anis episcopais, ou simplesmente
ornamentais.
Segundo sua forma, uso ou componentes, adotam-se diversos nomes para esta
jia:
Anel.
Ajustador. Anel que se coloca aps a aliana, para evitar que esta se saia.
Aliana. Anel nupcial ou de noivado. Deriva de aliar, unir.
Aliana completa. Anel com pedras calibradas engastadas em torno de seu
dimetro, conhecida tambm com os nome de eternity e sem fim.

96

Meia aliana. Aliana grifada, ou bezel, guarnecida por pedras preciosas, que
cobrem a metade de seu dimetro.
Lanzadera. Tipo de aliana, pela forma da tabela, que se assemelha ao perfil
dessa pea do tear, e que se estende, longitudinalmente, ao longo do dedo.
Memrias. Conjunto de duas ou mais alianas trabalhadas, que algum as usa
para recordar algo.
Selo. Anel que leva uma pedra dura gravada, pelo geral em negativo. Pode ser
tambm a vista desde que no se utilizam os lacres.
Solitrio. Anel que contm apenas uma pedra, pelo geral um brilhante.
Trio ou Three Stones. Anel com trs pedras engastadas, de igual cor e
tamanho, ou fazendo jogo.
Romeu & Julieta. Anel com duas pedras, montadas com procurada simetria, e
no da mesma cor.
Outras terminologias
Na linguagem utilizada pelo mercado joalheiro, inseriram-se uma srie de
palavras que tiveram circulao temporria, ou aparecem, s vezes, mais ou
menos incorporadas como termos de uso comum entre profissionais:
Baise-talle. Esmalte de baixo relevo.
Bib. Peto. Colar de prolas de cinco voltas.
Cloisonn. Esmalte alto relevo.
Champlev. Esmalte em baixo relevo.
Collier-chien. Lit., Colar de co.Tipo coleira, podendo ser com vrias fileiras,
com uma placa ao centro. Tambm broche para gargantilha.
Chatelaine. Pingente com relgio.
Choker. Gargantilha. Colar curto.
Lockets. Medalha oval.
Pendeloque. Pendente.
Parure/Adereo: conjunto de colar, pendentes, aliana e pulseira.
Porte-bonheur. Bracelete rgido.
Rivire. Uma continuidade de gemas iguais em tamanho e forma, colocadas
linearmente para formar um colar ou pulseira.
Pav. Superfcie preenchida, na sua totalidade, com gemas calibradas.
12.3 Processos de fabricao de joias
A fabricao de uma joia, geralmente, inicia-se atravs do desenho e sua
confeco pode ser realizada por diferentes processos em funo da pea a
ser elaborada. Destacamos, nesta seo, os processos artesanal e fundio,
como sendo os mais utilizados:
Ao final dos procedimentos bsicos de confeco de uma joia iniciado o
processo de acabamento que, dependendo do modelo, podem ser utilizados o
engaste das gemas e/ou a decorao de sua superfcie atravs de tcnicas
diferenciadas.

97

12.3.1 Fabricao Artesanal


Ligar o metal. Consiste em misturar dois ou mais metais por meio de
fundio, com o fim de obter titularidades (pureza), cores ou durezas. Esse
mtodo utilizado, habitualmente, em joalheria so aplicados no ouro, prata e
platina com outros metais, como cobre, zinco, paldio etc.
Laminar. a operao que permite obter chapas ou laminas de uma
determinada espessura partindo de uma massa de maior calibre. Esta
operao realiza-se por mdio de uma laminadora.
Puxar o fio. a operao que nos permite obter um arame de metal nobre do
calibre desejado partindo de outro mais grosso. Esta operao realiza-se em
uma ferramenta chamada de fieira.
Embutir. Para a confeco de uma joia embutida (oca) o arteso parte,
normalmente, de um desenho ou modelo previamente realizado.
Primeiramente deve-se interpretar o modelo a ser criado com muita ateno.
Para isso, traa-se sobre uma chapa da espessura e metal desejado, os
contornos das diferentes peas que iro compor a joia. Uma vez realizado o
traado, corta-se a chapa, seguindo os traos prvios, utilizando uma serra de
mo.
As peas, j cortadas em chapa plana, precisaro obter volumes e formas
tridimensionais. Para isso se utilizam diversas ferramentas como o dado de
embutir, lastras, bigorna, torta de chumbo etc...Uma vez avolumadas, as
uniremos mediante o processo de soldadura, que a tcnica mais utilizada
durante a confeco de uma joia(o metal utilizado para unir as peas nesse
processo chamado de solda).
Limar. Este procedimento necessrio para eliminar as arestas e o material
sobrante indesejvel. Com isso, o arteso obtm a forma exata desejada na
pea executada.
Lixar. Com a fase anterior (limado) temos a estrutura da joia terminada, mas
esta deve ser lixada minuciosamente para eliminar as marcas produzidas pelas
ferramentas utilizadas anteriormente sobre o metal e favorecer a obteno de
um bom polido, que ser o prximo passo.
Polimento. Procedimento utilizado para eliminar asperezas da superfcie do
metal e dar-lhe o brilho necessrio apresentao da joia.
Existem vrias tcnicas ou formas de polimento:
Polimento a mo, utilizando fios de algodo e canas, muito utilizado
para uma boa terminao nas peas de alta joalheria.
Polimento mecnico mediante feltros (polidora).
Polimento em tambor.
Eletropolido, (Dissoluo andica).
98

12.3.2 Fundio
o procedimento que permite a fabricao de diversas joias iguais, ao mesmo
tempo, economizando tempo e custo . Pelo procedimento de fundio
obteremos tantas peas quanto desejamos, prontas para passar diretamente
s fases de apurao (limar e lixar).
Este processo tambm utilizado para produzirmos peas para compor as
joias que, obrigatoriamente, iro passar pelo processo de embutir. Esta
operao tambm muito utilizada pela alta joalheria.
O processo de fundio tem as seguintes fases:
- Modelagem
Consiste na construo artesanal de um modelo, de metal, argila ou cera, a
fim de obter um molde para dar incio ao processo que ir reproduzir um
nmero ilimitado de peas.
- Desenho e modelagem de joias por computador
Sua utilizao est presente nas fases de produo do desenho, at a criao
dos modelos tridimensionais originais em cera, mediante impressoras
especiais que geram formas tridimensionais.
A tecnologia moderna nos oferece a possibilidade de visualizar uma imagem
de qualidade-foto com amostragem tridimensional da futura joia,
simplesmente manipulando um software. Os mais utilizados para este fim so
o Rhinocerus e o AutoCad. Alm de permitir mudar, em questo de segundos,
a textura, o metal e o tipo de gema aplicada, tambm nos remete a produo
de um modelo, milimetricamente, perfeito. A aplicao deste recurso abriu
horizontes inimaginveis no setor de criao de joia, permitindo a execuo
de detalhes que seriam, praticamente, impossveis de serem realizados por
um modelista, a mo livre.
Uma vez terminado a fase de desenho, como j comentado acima, uma
impressora em cera tridimensional encarregasse-se em construir o original em
cera, em apenas alguns minutos ou horas, dependendo do tamanho e
complicao do referido modelo.
Aps construdo o modelo em cera, estamos a um passo para se obter a joia
fundida no metal desejado.
Atualmente, estas e outras tecnologias esto ao alcance de todo arteso,
empresrio e/ou para todos aqueles que desejarem ou necessitarem de tais
servios.
Existem empresas especializadas na impresso em cera e em
fundio, equipadas com a mais moderna tecnologia, onde o produto poder
ser produzido, simplesmente, enviando um e-mail com o seu desenho
produzido em 3D.

99

- Fundio em cera perdida.


A fundio em cera perdida consiste na reproduo, em quantidade ilimitada,
do produto em metal, atravs de um molde original em cera.
A aplicao desta tcnica estende-se de tal maneira que atualmente, estimase que, aproximadamente, 90% das peas produzidas no segmento joalheiro
em todo mundo, so produzidas mediante a fundio em cera.
O processo da preparao (pr-fundio)
a) Quando o modelo produzido em metal ou argila, segue-se
diretamente para a vulcanizao - produo da borracha - que
funcionar como uma espcie de molde negativo para ser preenchido
com cera quente a fim de se obter a forma tridimensional do modelo
original. Quantos modelos de joias necessitar, ser quantas vezes
preencheremos a borracha com a cera quente.
No caso da produo do modelo ter sido produzido diretamente em cera
tridimensional (ao invs de metal ou argila) ele dever seguir imediatamente
ao processo da rvore (que veremos a seguir) para depois, se for o caso de
reproduzi-los mais vezes, retornar ao processo descrito neste item a.
b) Uma vez reproduzido o molde na quantidade desejada, une-se, cada
um deles, a uma haste em cera que uma vez preenchida na sua
totalidade, nos remeter a uma forma de rvore. Da, o apelido desta
operao que ficou conhecida como a montagem da rvore em cera.
c) Com a rvore montada, procede-se a etapa do preenchimento. A rvore
inserida em um cilindro de metal e ento o cilindro preenchido
comum a cermica refratria especfica para este fim, at que a rvore
fique completamente submersa nesta massa lquida. Em seguida, o
cilindro passa por um processo na bomba de vazio a fim de evitar que
permaneam bolhas de ar em seu interior.
Recapitulando:
a) Preparao e elaborao do molde.
Produzido modelo em metal ou argila
Confeco da borracha ( vulcanizao)
Preencher a borracha quantas vezes desejada.
b) Montagem da arvore.
Soldar os modelos, cuidadosamente, na haste central
c) Preparao da massa refratria
Introduz a rvore no cilindro
Preenche o cilindro com a massa
Submete o cilindro a bomba vazia (retirada de ar)
Esperar endurecer e secar
100

A etapa da fundio
d) Fundio final e gerao das peas.
Aps os procedimentos acima, o cilindro recheado com a rvore de cera
colocado em um forno de alta temperatura. Durante este processo, a cera em
seu interior derrete esvaindo-se pelo fundo do cilindro criando, assim, um
molde negativo na porcelana refratria. Retira-se ento o cilindro do forno e
introduz-se o metal desejado em estado de fuso (derretido) que ir ocupar os
espaos vazios deixados pela rvore de cera.
Deixa-se esfriar e submete-se o cilindro, ora recheado com metal, a uma
mquina que ir dissolver a cermica revelando a rvore produzida em metal.
e) Fase final de apurao do produto.
Nessa fase, retiram-se as peas desejadas cortando os seus galhos de
ligao com a rvore, com alicate e ento, teremos as nossas peas
fundidas em metal (ouro, prata, platina...) iguaizinhas ao modelo de cera
produzido em srie na fase de vulcanizao.
Agora essas peas sero limadas para retiras as arestas e lixadas para deixar a
superfcie lisa para poderem receber os acabamentos desejados. Esta fase
chamada de apurao do produto final.
12.3.3 Engastado
Desde os tempos mais remotos se engastavam pedras duras e preciosas em
metais como ouro, prata, ferro e bronze. No entanto, at o incio do sculo
XIV, as pedras eram engastadas sem serem lapidadas, ou seja, em sua forma
natural (bruta) ou apenas clivadas (partidas) ou, na melhor das hipteses,
lapidadas, rusticamente, em forma de cabocho.
A partir do Renascimento (1300-1650), comeou-se a engastar pedras atravs
de unhas(garras) soldadas ao redor do anel. Assim, as pedras eram incrustadas
no fundo do anel e presas atravs das garras.
Por volta de 1750, produziu-se uma transformao na arte de montar joias e
engastar as pedras preciosas. Suprimiu-se o fundo da joia, onde se desejava
colocar a(s) pedra(s), a fim de iluminar melhor tais pedras e aliviar toda sua
estrutura de sustentao, sem prejudicar sua solidez, deixando a pea com
um visual mais leve.
Hoje so muitas as formas de engastar (cravar) onde, o arteso (ourives),
emprega uma maneira diferenciada para cada tipo de lapidao, forma ou
qualidade da pedra que ir compor a joia. Aps a pea produzida ela passa
para as mos de um profissional especializado em cravar pedras que
chamado de cravador (engastador).

101

O trabalho do cravador (engastador) requer grande habilidade tcnica e


especializao. Cada pedra tem seu prprio chato ou charneira (cesta ou
assento para as pedras) produzidos pelo arteso (ourives), para suas prprias
medidas em fios muito finos e delicados. O cravador tem uma grande
responsabilidade de realizar um trabalho limpo e preciso a fim de no
comprometer a beleza da joia produzida pelo ourives.
As pedras de tamanhos significativos, acima de 3 mm de dimetro, costumam
ser cravadas sob garras ou bezel (tipo inglesa). J as pedras menores, so
mais fceis de serem cravadas com granitos ou farpas. Elas so alocadas em
uma cavidade preparada especialmente para elas e so levantadas trs ou
quatro farpas no metal, bem prximo pedra, utilizando-se um buril afiado e
depois, ajusta-se as farpas sobre a pedra.
Tipos de engaste
Inglesa ou bezel > uma cravao sem grifas (unhas) onde,
geralmente, utilizada para proteger o entorno das pedras.
produzido um cilindro de metal da mesma forma (shape) que a
pedra porm um pouco maior que sua medida, a fim de
assenta-la dentro deste cilindro fechado. O fundo do cilindro
pode ser fechado ou aberto. Aps dobrado o excesso de
metal por cima do entorno da pedra. tambm muito
empregado para engastar pedras do tipo cabocho.
Inglesa > o mesmo tipo de cravao descrito anteriormente, porm
cobrindo apenas parte da pedra.
Iluso > um tipo de cravao, com base no tipo inglesa, onde a parte
superior do cilindro adornado por uma chapa de metal maior do que a
circunferncia da pedra, causando assim, uma impresso de que a pedra
maior do que realmente . Geralmente, este tipo de cravao empregado
em gemas de pequeno calibre.
Trilho ou Canal > Este tipo bastante utilizado em cravao de
pedras do mesmo calibre (mesmas dimenses). So encontrados
em pulseiras, colares, anis e brincos. O cravador abre com um
buril duas fendas, diametralmente opostas, na parte interna onde
sero colocadas as pedras, formando uma espcie de trilho. Aps este
procedimento, as pedras so encaixadas na fenda uma aps a outra, as
deixando juntas, lado a lado.
Invisvel (invisible) > uma cravao contempornea, criado pela Van Cliff &
Arppels na dcada de 80. Para isso, as pedras devem ser lapidadas com fendas
no pavilho a fim de que sejam fixadas por de trs (pavilho) e no pela
frente, dando assim uma impresso de que as pedras esto flutuando.

102

Grifado > Grifas o nome utilizado para as unhas ou garras de


uma joia. Geralmente, as pedras so assentadas em um chato
(cesta) e cravadas com 4 (quatro) grifas, podendo variar para
uma quantidade maior, de acordo com o tamanho ou forma da
gema. Os tipos de grifas so diversos onde as mais utilizadas so
as cilndricas, quadradas, triangulares, de ponta chata e a de
ponta boleada.

Granitado > Consiste em fixar as pedras com ajuda de diminutos


gros levantados na superfcie do metal. , geralmente, utilizado em
cravaes do tipo pav.

12.3.4 Tcnicas de decorao e acabamento.


Gravado. o sistema de desenhar ou escrever na superfcie do metal. Para
tal, utiliza-se uma ferramenta com ponta especial chamada de buril ou, para
atingir maior perfeio, hoje em dia, utiliza-se um pantgrafo.
Cinzelado. um mtodo com o qual conseguimos
decorar, com relevos, superfcies obtendo desenhos com
brilhos ou foscados, mediante um cinzel (ferramenta com
ponta muito afiada), buril, puno e etc... Atualmente, o
profissional conta com a ajuda de uma ferramenta
automtica chamada de chicote.
Acetinado. Para conseguir uma superfcie fosca aveludada, como o cetim,
utiliza-se um buril e uma lixa fina. tambm bastante utilizado para produzir
contrastes entre um desenho gravado (brilho) e a superfcie da pea (fosca).
Jato de areia. Tcnica moderna que se utiliza para foscar superfcies.

Esmaltado. a tcnica de vitrificao de superfcies mediante a fundio


escalonada de diferentes substncias com ponto de fuso diferente,

103

executada num forno tipo estufa. As verses mais utilizadas so a


cloisonn, Champleb ou campo afundado, baixa lapidao e pliqu a
jour" ou calado.
Dourado e rodinado. a tcnica, eletroltica, de acabamento pela qual
depositamos uma fina camada de metal sobre a superfcie de uma joia, para
unificar ou mudar a cor do metal.
12.4 Cuidados e manuteno de jias
Algumas gemas, apesar da alta dureza, so delicadas, frgeis e muito
sensveis aos maus tratos. um erro habitual confundir dureza com
tenacidade. Algumas gemas, ainda que duras, s vezes so bastante frgeis
devido a diversos fatores da sua composio molecular. Naturalmente, umas
mais que as outras. Por exemplo, o diamante, embora sendo o mais duro de
todas, pode romper-se por um golpe seco devido s direes de clivagem, a
turquesa pode mudar de cor, o zirco pode riscar-se com facilidade, as
prolas podem desfolhar-se e assim por diante.
Existe uma norma geral que deve ser obedecida para todos os tipos de pedras
preciosas, que de, no deixar nunca as pedras e joias soltas dentro de uma
mesma embalagem, pois aquela de maior dureza ir riscar a mais frgil,
mesmo estando engastada. O diamante do anel poder arranhar a ametista do
pendente que, poder arranhar a prola do colar, e assim por diante.
Cada jia, assim como cada gema (pedra preciosa lapidada) deve ter seu
estojo e/ou seu saquinho prprio, pois a misso destas embalagens a de
proteger as peas de arranhes, do p, do excesso de luminosidade e de
possveis golpes durante uma eventual queda.
Alm desses procedimentos descritos acima, existem uma srie de cuidados
bsicos que so comuns a todas as gemas e joias.
O maior inimigo geral, de todas elas, o fogo ou o calor excessivo. No s a
chama do maarico das oficinas, mas tambm como, ferve-las na gua quente
em casa, submete-las a exposio ao sol durante muito tempo, assim como
em vitrinas contendo excesso de luz incandescente que gera calor excessivo.
H que ter cuidado tambm, com os cremes de beleza e as tinturas de cabelo.
E mais, seria recomendvel no levar joias ao cabeleireiro, j que os cidos,
tinturas, cera quente e o calor brusco dos secadores, no so bons amigos das
gemas e tampouco dos metais nobres.
O bom joalheiro deve informar destes cuidados a seus clientes como um
servio adicional, sem custos. Os clientes agradecero esta informao e
premiaro o profissional com a sua fidelidade.

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Na joalheria
Pedras com alto grau de clivagem, com fraturas internas excessivas ou
com tratamentos podem romper-se ou mudar sua aparncia durante a
limpeza com o ultra-som.
Dada a propriedade, do diamante, de ser atrado pela gordura,
conveniente utilizar luvas de algodo para a manipulao das joias
adornadas por este mineral.
As lmpadas das vitrines tendem a ressecar algumas gemas como
opalas, prolas, turquesas e etc... Alm da ametista, kunzita e topzio
azul, perderem cor devido ao calor excessivo produzido por tais
lmpadas.
O ideal que, nas vitrines, onde sero expostas estes tipos de gemas, sua
iluminao seja externa. Por este motivo, durante a montagem de uma
joalheria o profissional de iluminao dever ser contratado para que o
objetivo de engrandecer as joias e as gemas atravs da luz seja alcanado,
sem causar prejuzos futuros.
As turmalinas, devido a sua propriedade piroeltrica, que consiste em
atrair partculas de p atravs do calor, devemos mant-las sempre
limpas, principalmente quando expostas nas vitrines, para que sua
aparncia no fique fosca.
A seguir, enumeraremos os cuidados e mtodos de limpeza para gemas de
uso mais frequentes:
Diamante
a gema com o grau de dureza relativa mais alto que existe, at hoje, mas
pode se avariar nas arestas ou se romper se sofrer golpes ou quedas bruscas.
Ainda que seja o mais duro, pode ser riscado por outro diamante, pelo qual
nunca h de se guardar joias com diamantes juntas, permitindo que se rocem
entre eles.
Pela mesma razo, se queremos averiguar se uma pedra desconhecida um
diamante, nunca h que tentar risca-la com outro diamante, j que ambas
podem ficar gravemente prejudicadas.
Em base sua especial atrao pela gordura, como j mencionado
anteriormente, convm limpar de vez em quando as joias que contm
diamantes, sobretudo as alianas que so as que mais se engorduram com o
uso.
A limpeza realizada por um profissional , sem dvida, a mais segura e
completa, ainda que existam mtodos singelos e caseiros como:

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lavar com gua temperada, as esfregando com uma escova suave


embebida em qualquer detergente neutro e depois a enxague em gua
limpa. Aps este procedimento a joia ter uma aparncia bem melhor.
Para sec-las, introduza-a em um recipiente com serragem ou farinha
de rosca e aps alguns minutos retire-a e as limpe com uma escova de
pelo macio.
Durante estes procedimentos deve-se ter a precauo de, faze-los sobre um
recipiente grande, a fim de que colete alguma pedra que, eventualmente,
venha a cair durante o processo de escovao. Por isso recomenda-se que
tudo seja feito com muito carinho, observando se a joia a cada passo.
H que ter cuidado com os lquidos especficos para limpeza de joias que se
vendem no comrcio, pois a reao de dilatao do metal diferente do das
gemas. comum as garras estando demasiadamente ajustadas vindo assim, a
produzir uma presso excessiva que possa romper ou fissurar os diamantes.
Esmeralda
A esmeralda uma das gemas mais delicadas e frgeis. Devido a sua formao
hidrotermal e, tambm os tratamentos em leo a que, geralmente so
submetidas, ela no suporta o calor e, portanto, temos que ter um cuidado
muito especial com ela. Na joalheria, deve-se ter o bom senso de descravar a
esmeralda da joia antes de submete-la a qualquer servio de polimento,
banho de rdio, ajuste de medida de anel, ou de outro qualquer que seja
necessrio o uso do maarico.
Como se costuma dizer, o melhor para limpar uma esmeralda, no deixar
que se suje. Devido ao tempo e ao excesso de manuseio, comum que o
tratamento de leo inserido em suas microfissuras externas, venha a sair ou
impregnar-se de poeira tornando a aparncia da gema um pouco mais turva ou
plida, do que antes. Isso pode ser resolvido submetendo-a a um novo
tratamento que dever ser realizado, apenas, por um expert no assunto.
Prolas
As prolas so muito delicadas e sensveis a agentes externos, devido a sua
composio qumica (carbonato de clcio) que sensvel a inmeras solues
cidas, pelo que h que lhes dedicar um cuidado especial para sua perfeita
manuteno.
As joias com prolas devem ser as ltimas a serem postas no momento de se
vestir, j que os perfumes, maquiagem etc. atacam sua superfcie. Antes de
guard-las, aps o uso, conveniente lava-las com gua e sabo neutro e
enxuga-las com um pano macio, a fim de retirar-lhes os resto de perfume ou
maquiagem , inclusive o suor, que tambm pode-lhes afetar diretamente.
Devem guardar-se estendidas num estojo com um forro natural, evitando-se
as lycras, os plsticos etc. Devido ao zelo correto, os fios, geralmente de
seda, sofrem uma decomposio mais rpida. Por este motivo, conveniente
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reenfiar os colares, os com muito uso, uma vez ao ano e, os menos usados,
pelo menos, a cada dois anos.
moda guardar as prolas numa sacola de pele (camura) porm, h que ter
muito cuidado com a possvel ao dos branqueamentos que se utilizam para
curtir o couro e, no caso dos tingidos, pela possvel ao das tinturas.
O calor, tambm as ressecam, pondo-as speras ou craqueladas e,
consequentemente, perdem o brilho e a beleza. Desta forma, nunca devemos
as guardar prxima a uma fonte de calor.
Opala
Devido a sua formao hidrotermal e sua composio qumica (silicato
hidratado), o calor seu pior inimigo. Uma vez exposta ao calor excessivo ela
ir se ressecar e craquelar sua superfcie. Caso isso venha a acontecer, no
existe soluo para recupera-la.
H que ter em conta que tambm por apresentar microfissuras, pode
armazenar gorduras e restos de maquilagem em sua superfcie. Para trazer
sua beleza original, deve-se envia-la a um lapidrio para polir sua superfcie,
novamente.

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Perguntas captulo 12
1. O ouro branco uma liga de:
-A. Ouro e rdio.
-B. Ouro e paldio.
-C. Ouro e platina.
-D. Ouro e prata.
-E. Paldio e platina.

2. A prata de Lei denomina-se:


-A. Prata Vermeille.
-B. Prata Inglesa.
-C. Prata Sterling.
-D. Prata Nquel.
-E. Prata Alem.

3. O sistema de escrever ou desenhar na superfcie do metal denomina-se:


-A. Chapado.
-B. Esmaltado.
-C. Cinzelado.
-D. Gravado.
-E. Laminado.

4. A platina costuma-se endurecer com:


-A. Prata.
-B. Paldio.
-C. Ouro.
-D. Irdio.
-E. Nquel.

5. Indique a afirmao incorreta relativa ao cuidado das gemas:


-A. O calor e o efeito dos sabes podem produzir nas esmeraldas afloramentos
da fissuras cobertas por azeites.
-B. O calor o pior inimigo da opala.
-C. O diamante pode ser riscado por outro diamante.
-D. As arestas dos diamantes podem avariar-se ou romper-se com golpes e
tratos pouco cuidadosos.
-E. conveniente guardar as prolas juntas e envolvidas em pele ou couro
para manter a umidade.

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6. No processo de fundio ou de cera perdida:


-A. Ainda que o modelo conste de vrias peas necessrio fundir as peas j
montadas.
-B. As peas em cera devem-se fundir uma a cada vez.
-C. Engasta-se em uma rvore com os moldes em cera de todas as peas
serem fundidas, ao redor de uma haste de cera.
-D. O modelo original de cera sempre se prepara a mo e depois serve para
mltiplas fundies.
-E. As borrachas utilizadas para dar forma cera so utilizados uma nica vez.

7. Cintillo, lanzadera, tresillo, solitrio so termos relativos a:


-A. Alianas.
-B. Pingentes.
-C. Diademas.
-D. Colares.
-E. Pendentes.

8. Denomina-se Sautoir a um colar medindo:


-A. 90 a105 cm.
-B. 45 a50 cm.
-C. 20a 30 cm.
-D. 70 a85 cm.
-E. 53 a60 cm.

9. Quando falamos de ouro de 24 quilates nos referimos a:


-A. Uma liga de ouro e cobre com 750 milsimas de ouro.
-B. Ouro com uma pureza de 999 milsimas.
-C. Ouro com 24% de impurezas.
-D. 24 quilos de Ouro.
-E. 4,8 gramas de ouro puro.

10. Almendritas, zarcillos, dormilonas e criollas so termos utilizados para


variantes de:
-A. Pingentes.
-B. Alianas.
-C. Colares.
-D. Alianas de casal.
-E. Pendentes.

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Teste geral

1. A parte da pedra marcada em azul denomina-se:


-A. Filete.
-B. Rondizio.
-C. Pavilho.
-D. Bezel.
-E. Canto.

2. Qual o sistema cristalino da safira?


-A. Prsmas rmbicas terminadas em pinacoides.
-B. Sistema cristalino octadrico, mas tambm forma cubos e rombo
dodecaedros.
-C. Piramidal, cristaliza em bipirmides hexagonais, com pequenas caras de
romboedro, com linhas transversais em suas caras.
D. Prismas tetragonais e bipirmides.

3. O tratamento com raio laser emprega-se para melhorar o aspecto de:


-A. Topzio.
-B. Esmeralda.
-C. Qualquer gema.
-D. Rubi.
-E. Diamante.
4. As jazidas mais importantes do mundo de rubi encontram-se em:
-A. Sri Lanka.
-B. Tailndia.
-C. Austrlia.
-D. Mianmar.
-E. Kenya.

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5. Uma esmeralda com tratamento de preenchimento de fissuras com leo:


-A. Segundo CIBJO, no precisa nenhum tipo de advertncia ao comprador, j
que se trata de uma prtica comumente aceita.
-B. Segundo CIBJO, precisa a informao especfica sobre o tratamento
aplicado, e a sua descrio sempre tem que se acrescentar a palavra
tratamento.
-C. Se o leo for incolor, no precisa nenhum tipo de advertncia ao
comprador.
-D. Precisa advertncia geral ao comprador sobre o processo de tratamento
aplicado.

6. O azeviche :
-A. Variedade de quartzo criptocristalino da cor negra por xidos de
manganes.
-B. Um resto de esqueleto de um celentreo marinho.
-C. Uma variedade de lignito de gro muito delgado e compacto de origem
vegetal.
-D. Uma variedade de nix de gro muito delgado.
-E. Uma resina fssil de origem vegetal.

7. O mtodo de substncia fundida (fuso) utiliza-se para sintetizar


-A. Diamante.
-B. Esmeralda.
-C. Safira.
-D. Turquesa.

8. As lapidaes no facetadas, as que tm superfcies curvas se denominam:


-A. Gota.
-B. Redondo.
-C. Pra.
-D. Selo.
-E. Caboches.

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9. Esta lapidao chama-se:


-A. Princesa.
-B. Radiant.
-C. Tijera.
-D. Esmeralda.
-E. Barion.

10. Para a graduao exata da cor de diamantes utilizaremos:


-A. Uma escala de padres de cor formada por pedras graduadas (zirconitas ou
diamantes) de lapidao brilhante.
-B. Escala de diamantes com uma certificao especial para padres da cor.
-C. Um colormetro.
-D. Um espectrofotmetro.

11. O tratamento Yehuda do diamante um tratamento utilizado para:


-A. Eliminar grandes incluses escuras.
-B. Recheado de fissuras com substncias vtreas.
-C. Melhorar a cor dos diamantes da srie incolor.
-D. Aumentar o lustre e o brilho do diamante.
-E. Proporcionar cores fantasia.

12. Inicialmente as prolas cultivadas de gua doce caracterizavam-se por:


-A. Grossas camadas de cultivo e formas barrocas.
-B. Seu grande tamanho e formas barrocas.
-C. Formas esfricas e cores escuras.
-D. Seu pequeno tamanho e formas barrocas.
-E. Seu pequeno tamanho e forma muito esfrica.

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13. A esmeralda apresenta:


-A. Um pleocrosmo fraco.
-B. Um forte pleocrosmo.
-C. Um brilho resinoso.
-D. Uma clivagem perfeita na cara do prisma.
-E. Quase sempre apresenta incluses visveis a simples vista.

14. Qual a variedade da slicio amorfa hidratada?


-A. Aventurina.
-B. gata.
-C. Opala.
-D. nix.
-E. Calcednia.

15. A zirconita, segundo CIBJO, :


-A. Substncia natural modificada para imitar diamante.
-B. Gema inorgnica, amorfa, natural.
-C. Material artificial, imitao de diamante.
-D. Pedra sinttica, imitao de diamante.

16. A faceta marcada denomina-se:


-A. Bezel.
-B. Coroa.
-C. Octogonal.
-D. Fundamental.
-E. Mesa.

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17. Os mtodos de snteses onde se funde o material original com a


composio qumica da gema a sintetizar e corante, se denominam:
-A. Mtodo de mistura fundida.
-B. Mtodo de substncia fundida.
-C. Mtodo hidrotermal.
-D. Alta presso e alta temperatura (HPHT).

18. Esta lapidao chama-se:


-A. Barion.
-B. Esmeralda.
-C. Galera.
-D. Radiant.
-E. Baguette.

19. O tratamento por difuso de berlio nos rubis permite:


-A. Melhorar a cor na pedra.
-B. Tanto melhorar a cor como a transparncia da pedra.
-C. Somente aplica-se as safiras da cor laranja.
-D. Melhorar a transparncia da pedra.

20. O sistema de escrever ou desenhar na superfcie do metal denomina-se:


-A. Chapado.
-B. Laminado.
-C. Cinzelado.
-D. Gravado.
-E. Esmaltado.

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