Pensamento Pedagógico

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PATRICIA MORAES

PENSAMENTO PEDAGGICO:

GREGO
ROMANO
MEDIEVAL
RENASCENTISTA
ILUMINISTA
MODERNO
POSITIVISTA

ORIENTAL
AFRICANO
DO TERCEIRO MUNDO
LATINO AMERICANO
BRASILEIRO
CRTICO
ANTIAUTORITRIO

O PENSAMENTO PEDAGGICO ANTIAUTORITRIO


Neste captulo do livro "Histrias das idias pedaggicas" de Moacir Gadotti,
comentado como Gerald Mendel, baseado na teoria de Freud, iniciou os estudos
sobre a autoridade e seus mecanismos de imposio, principalmente a autoridade
paterna. Para tanto, Mendel props a abertura da escola para a poltica e tomada do
local onde concentrava-se o poder pelos jovens a fim de confrontar com o
autoritarismo
institucional.
Dentre os autores que seguem esta linha de pensamento pedaggico, foram
destacados:
Francisco Ferrer Guardi (1859 - 1909) que tinha como objetivo abolir da escola todo
o instrumento de repreenso e violncia, sua tarefa seria preparar os futuros
revolucionrios, a ao pedaggica que ele teoriza a existncia da disciplina artificial
que regada pelo autoritarismo cego, e uma disciplina natural que prope encontrar
um
consenso.
Alexander S. Neill (1883 - 1973) que tornou-se conhecido no Brasil, atravs de seus
livros "Liberdade sem medo", "Liberdade sem excesso", "Liberdade no lar", Liberdade
na escola" e "Amor e juventude". Ele acreditava que a misso do professor era a de
estimular o pensamento da criana, que a dinmica interna da liberdade se
encarregaria de proporcionar as mais ricas e variadas formas de vivncia.
Carl Ransom Rogers (1902 - 1987), criou a "compreenso emptica" que seria o
processo de criar um clima inicial, comunicar confiana e esclarecer e motivar com
coerncia e autenticidade desenvolvido pelo educador ou facilitador de
aprendizagem.
Celestin Freinet (1896 - 1966) afirmava que na medida em que organizamos o
trabalho, teremos resolvido os principais problemas de ordem e disciplina: no de
uma ordem e uma disciplina formal e superficial, que no se mantm seno por um
sistema der sanes, previsto como uma camisa-de-fora que pesa tanto a quem
recebe
como
ao
mestre
que
a
impe.
E finaliza com Henry Wallon (1879 - 1962) que enfatizava que o desenvolvimento da
criana decorre em etapas, sendo cada etapa caracterizada por uma tividade
preponderante, ou conflito que a criana deve resolver. O desenvolvimento acontece
de modo descontnuo, uma vez que as crises evolutivas que resultam na
reestruturao da conduta infantil no so lineares nem uniformes.
O PENSAMENTO PEDAGGICO RENASCENTISTA
O pensamento pedaggico Renascentista influenciou diretamente a educao atravs
da
teoria
heliocntrica,
defendida
por
Coprnico
(1473
1543).
Como fatos que favoreceram esse pensamento pedaggico, so citados: as grandes
navegaes do sc. XIV, que deram origem ao capitalismo comercial; a inveno da
imprensa realizada por Gutemberg ; e a inveno da bssola que possibilitou as
grandes navegaes.
A educao Renascentista visava a formao do homem burgus.
Como
principais
educadores
Renascentistas,
foram
citados:
Vittorino da Feltre - que defendia uma educao individualizada, o auto governo do
aluno e a competio;

PATRICIA MORAES
Erasmo Desdoro - para ele, o verdadeiro caminho deveria ser criado pelo homem,
enquanto ser inteligente e livre;
Juan Luis Vives - foi um dos primeiros a solicitar uma remunerao para os
professores;
Franois Rabeles - para ele o importante no eram os livros, mas a natureza. A
educao precisava primeiro cuidar do corpo, da higiene, da limpeza, da vida ao ar
livre,
dos
exerccios
fsicos,
etc;
Michel de Motaigne - ele acreditava que as crianas devem aprender o que faro
quando adultos;
Martinho Lutero - para ele a exaltao Renascentista do indivduo de seu livre
arbtrio, tornara inevitvel a ruptura no seio da igreja. Iniciou a reforma Protestante,
que foi considerada como a primeira grande revoluo burguesa.

O PENSAMENTO PEDAGGICO POSITIVISTA


O pensamento pedaggico positivista consolidou a concepo burguesa da educao.
Seu maior expoente foi Augusto Comte (1798 - 1857), que tem como principal obra o
"Curso de filosofia positiva", publicado em 1830 e 1842.
Comte combateu o esprito religioso, mas acabou propondo a instituio do que
chamou "religio da humanidade" para substituir a Igreja.
Segundo ele, a humanidade passou por trs etapas sucessivas: o estado teolgico,
durante o qual o homem explicava a natureza por agentes sobrenaturais; o estado
metafsico, no qual tudo se justificava atravs de noes abstratas como essncia,
substncia, causalidade, etc; e o estado positivo, o atual, onde se buscam as leis
cientficas.
Herbert Spencer (1820 - 1903) discpulo de Comte, deixou de lado a concepo
religiosa do mestre e valorizou o princpio da formao cientfica na educao.
Um dos principais expoentes na sociologia da educao positivista foi mile Durkhein
(1858 - 1917), que considerava a educao como imagem e reflexo da sociedade. A
pedagogia
seria
uma
teoria
da
prtica
social.
Para os pensadores positivistas, a libertao social e poltica passava pelo
desenvolvimento da cincia e da tecnologia, sob o controle das elites. O positivismo
nasceu como filosofia, portanto interrogando-se sobre o real e a ordem existente,
mas,
ao
dar
uma
resposta
ao
social,
afirmou-se
como
ideologia.
Segundo o autor, a expresso do positivismo no Brasil inspirou a Velha Repblica e o
golpe militar de 1964. Segundo essa ideologia da ordem, o pas no seria mais
governado pelas "paixes polticas", mas pela racionalidade dos cientistas
desinteressados
e
eficientes:
os
tecnocratas.
No Brasil, o positivismo influenciou o primeiro projeto de formao do educador, no
final do sculo passado. O valor dado cincia no processo pedaggico justificaria
maior
ateno
ao
pensamento
positivista.
Durkhein, ao contrrio de Rosseau declarava que o homem nasce egosta e s a
sociedade,
atravs
da
educao,
pode
torna-lo
solidrio.
Para Durkhein, a educao a ao exercida pelas geraes adultas sobre as
geraes que no se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto
suscitar e desenvolver, na criana, certo nmero de estados fsicos, intelectuais e
morais, reclamados pela sociedade poltica no seu conjunto e pelo meio especial a
que a criana, particularmente, se destine.
O PENSAMENTO PEDAGGICO DO TERCEIRO MUNDO
O pensamento pedaggico do Terceiro Mundo originrio de experincias
educacionais dos pases colonizados, como os da Amrica Latina e os da frica.

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Na luta pela sua emancipao, estes pases constituram uma teoria original. A
Europa colonizou os dois continentes, dividindo territrios e tornando estes pases
cada
vez
mais
dependentes
e
subdesenvolvidos.
Os colonizadores combateram a educao e a cultura nativa impondo seus hbitos e
costumes
e
escravizando
os
nativos
de
cada
regio.
Na frica, os colonizadores impuseram uma nica lngua estrangeira a fim de
catequiz-los e uni-las numa religio universal, sendo que este programa no deu
certo porque a tradio europia era calcada no valor da palavra escrita, ao passo
que
a
tradio
africana

dominada
pela
oralidade.
Nos anos 70, com a libertao dos pases africanos, foram feitas enormes campanhas
de alfabetizao, consideradas um fracasso pelos europeus. Mesmo desacreditados,
os africanos obtiveram grandes resultados. Estas campanhas visavam a incorporao
dessas massas num projeto nacional e o fortalecimento do povo como animador
coletivo da educao.
O PENSAMENTO PEDAGGICO LATINO AMERICANO
As metodologias em uso nas escolas tm um enfoque verbalista, o professor expe
idias retiradas de livros, de onde o aluno retira todas as suas percepes formais do
saber.
A escolha assemelha-se a uma fbrica, onde o professor fala e o aluno absorve as
informaes por aquele passadas.
Todas as instituies vinham com respostas prontas. Ao aluno basta memorizar as
informaes.
Nos dias de hoje com a diversidade de informaes, a comunicao se tornou mais
diferenciada entre as comunidades e tambm em relao a natureza. As percepes
visuais
e
sonoras
so
fundamentais
ao
ato
de
conhecer.
A compreenso no vem depois da audio ou da viso, a linguagem total introduz o
homem num universo de percepes, a percepo opera integrando os diversos
sentidos.
A pedagogia da linguagem total leva ao prazer novo e motivador da aprendizagem, o
aluno est sempre querendo estimular suas sensaes e percepes.
Tanto alunos como professores para realizar a autntica educao, tm que se
colocar em estado de comunicao intenso, indo um em encontro ao outro.

O PENSAMENTO PEDAGGICO AFRICANO


A cultura africana no se desenvolve de forma unitria em todo seu territrio. As
diferenas de nveis de cultura, explicam os diferentes comportamentos frente aos
movimentos
de
libertao.
Na frica pr-colonial, no existiam escolas, mesmo assim as crianas eram
educadas, elas aprendiam fazendo e vindo em contato com os mais velhos. Ouvindo
as histrias dos mais velhos, aprendiam histrias tribais e o relacionamento de suas
tribos com outras. A educao era portanto informal.
O sistema educacional na Tanznia era cooperativo e no individual, o conceito de
qualidade e responsabilidade condizia com qualquer habilidade, seja ela agropecuria
ou ligada a atividade econmica.
No se trata apenas de organizao escolar ou de currculo, os valores sociais so
formados pela famlia, escola e sociedade, ou seja, pelo ambiente global que envolve
a criana.
Um povo iletrado no necessariamente um povo ignorante, o conhecimento pode
ser passado de forma oral, de gerao a gerao, mesmo sem a existncia de
escolas.
O PENSAMENTO PEDAGGICO ILUMINISTA

PATRICIA MORAES
O pensamento iluminista surgiu no sculo XVII, que se fortaleceu com a Revoluo
Francesa, na poca em que se buscava as liberdades individuais, contra a escurido
da
igreja
e
a
prepotncia
dos
governantes.
Na poca do auge do Iluminismo, Jean Jacques Rousseau, inaugurou uma nova fase
na educao. Pela primeira vez, a educao se tornou obrigatria, assim se fazendo
escola pblica, filha da revoluo burguesa, gratuita e para todos, mas ainda elitista,
pois
poucos
podiam
cursar
uma
universidade.
A educao da poca no deveria apenas instruir mas tambm permitir que a
natureza desabrochasse na criana de forma livre, sem represses, restringindo-se a
experincias.
O iluminismo educacional representou o fundamento da pedagogia burguesa. A
classe trabalhadora tinha o mnimo de educao, pois a burguesia ascendia sobre os
ideais de liberdade. A liberdade para os burgueses consistia em estar livre para a
acumulao de riquezas, os intelectuais da poca , cultivavam a noo de liberdade
na essncia do homem.
A liberdade e a igualdade eram nocivas para os burgueses, pois provocaria
padronizao das classes.
A educao popular deveria fazer com que o povo aceitasse sua pobreza.

O PENSAMENTO PEDAGGICO ROMANO


Roma e na Grcia, so sociedades escravistas, onde o trabalho manual no
valorizado, e o trabalho intelectual considerado trabalho da aristocracia, que
consiste
numa
pequena
parcela
da
sociedade,
os
cidados
livres.
Seus estudos eram na maioria das vezes humanistas, o que caracteriza o homem em
todos os tempos e lugares. Este estudo era dado na escola do "gramtico", que
seguia algumas fases; ditado de fragmento do texto, memorizao deste, traduo
da prosa em verso, expresso da mesma idia em diversas construes, anlise das
palavras e frases e composio literria. Assim se instrua a elite romana.
Para os escravos no era permitido o direito de estudar, eram tratados como objetos,
aprendiam a fazer arte nas casas onde serviam.
A sociedade romana era composta de grandes proprietrios: patrcios, grandes
proprietrios e plebeus, pequenos proprietrios, que eram excludos do poder, do
direito ao voto.
Na poca urea do Imprio, a educao estava dividido em trs graus: Escolas do
ludi-magister, ministravam a educao elementar; Escolas do gramtico:
correspondia ao que hoje se conhece por ensino secundrio; Estabelecimentos de
ensino superior: era uma espcie de universidade, onde se ensinava a retrica, o
Direito e a Filosofia.
Os romanos impuseram o latim a numerosas provncias, conquistaram a Grcia, que
transmitiu a filosofia da educao aos romanos.
A filosofia era pouco difundida entre os romanos, e a pedagogia quando existe
voltada para questes prticas.
Um nobre romano deveria aprender coisas sobre a agricultura, a guerra e a poltica.
Aos poucos a classe aristocrtica cede lugar a pequenos comerciantes, artesos e
para uma pequena classe de burocratas.
O Imprio sentiu a necessidade de escolas que preparasse administradores, j que
para a guerra no havia necessidade de escola, os quartis ou a prpria guerra
resolviam o problema. O Estado se ocupa diretamente da educao, treinando
supervisores-professores
cujo
regimento
se
parecia
com
os
militares.

PATRICIA MORAES
A educao romana era utilitria e moralista, organizada pela disciplina e justia.
Dessa forma os romanos conquistaram um grande Imprio, fazendo escravos os
povos por eles vencidos.
PENSAMENTO PEDAGGICO MODERNO
Nos sculos XVI e XVII, a sociedade passou por mudanas significativas, houve a
queda do modo de produo feudal.
Na educao houve muitas mudanas, pois o que era ensinado foi considerado
obsoleto, alguns filsofos fizeram grandes descobertas na rea da educao, deram
um
novo
ordenamento
s
cincias.
Os principais filsofos que tiveram maior ascenso nesta poca foram:
- Ren Descartes, que escreveu o "Discurso do Mtodo", que consistia em quatro
grandes princpios, tais como: jamais tomar alguma deciso sem conhec-la
evidentemente como tal; dividir todas as dificuldades quantas vezes forem
necessrios antes de resolv-las; organizar os pensamentos comeando pelas mais
simples at as mais difceis; e fazer uma reviso geral para no omitir nada.
- Joo Amos Comnio, escreveu a "Didtica Magna", considerada como mtodo
pedaggico para ensinar com rapidez. Dizia que a escola ao invs de ensinar
palavras, deveria ensinar o conhecimento das coisas.
- John Loke, combateu o inatismo, dizendo que nada existe em nossa mente que no
tenha origem em nossa mente.
- Francis Bacon, divide as cincias e ainda diz que saber poder sobre tudo.
PENSAMENTO PEDAGGICO GREGO
Na educao grega era exigido que o ensino estimulasse as competies, as virtudes
guerreiras para estimular a superioridade frente os povos conquistados. Os gregos
deram enorme valor arte, literatura, s cincias e filosofia.
A educao do homem consistia na formao do corpo pela ginstica e na da mente
pela filosofia e as cincias, e na moral pela msica e pelas artes.
Poucos aprendiam a governar, pois apenas os livres, os que tinham propriedade, pois
os bem educados tinham de saber mandar e obedecer. Apenas os gregos livres
tinham acesso a educao e ao dilogo, j que a educao naquela poca, se dava
atravs
do
dilogo.
A paidia, educao integral, consistia na integrao entre a cultura da poca e a
criao de outra cultura recproca. Apesar da riqueza de conhecimento na educao,
existia na Grcia muitas diferenas entre os seus habitantes. Os espartanos davam
mais valor a ginstica e a educao moral, voltada aos interesses do Estado.
Enquanto os atenienses existia um interesse maior pela retrica e para o exerccio da
poltica.
Os gregos eram educados atravs dos textos de Homero, que ensinava a virtude, o
cavalheirismo, o amor glria. O ideal homrico era de ser sempre melhor e
conservar-se superior aos outros.
Scrates, Plato e Aristteles, exerceram grande influncia no mundo grego, no
esquecendo dos sofistas que eram responsveis por ensinar a retrica.
O estudo era dividido em escolas que ensinavam desde a leitura do alfabeto at a
retrica e a filosofia, passando pela filosofia e a educao fsica.
O PENSAMENTO PEDAGGICO CRTICO

PATRICIA MORAES
Depois de duas guerras mundiais, os existencialistas e fenomenologistas se
perguntavam o que estava acontecendo de errado com a educao.
Entre os maiores crticos, est o filsofo Louis Althusser e os socilogos, Pierre
Bordieu e Jean Claude Passeron, cujas obras tiveram grande influncia no
pensamento pedaggico brasileiro na dcada de 70. Elas demonstraram o quanto a
educao
reproduz
a
sociedade.
Pensamentos dos principais idealizadores do Pensamento Pedaggico Crtico:
Louis Althusser: A escola-famlia substitui o binmio igreja-famlia como aparelho
ideolgico dominante. a escola obrigatria durante muitos anos, na vida do ser
humano.
Bordieu e Passeron: Para eles, toda ao pedaggica objetivamente uma violncia
simblica enquanto imposio, por um poder arbitrrio. A ao pedaggica tende
reproduo
cultural
e
social
simultaneamente.
Baudelot e Establet: Empreenderam um estudo profundo do sistema escolar,
destruindo a representao ideolgica da escola nica. Dizem que existe na verdade,
duas redes escolares, a secundria-superior, reservada para a classe dominante, e a
primria-profissional
reservada
para
as
classes
dominadas.
Jesus Palcios: Afirma que a escola no nem a causa, nem o instrumento da
diviso
da
sociedade
em
classes.
Walter Benjamin: Criticou o ensino nas universidades, onde predominava a
informao
ao
invs
da
formao.
Basil Bernstein: Estudou a relao entre a lngua e as diferenas sociais. Dedicou
especial
ateno

linguagem
das
classes
trabalhadoras.
Henry Giroux: Se dedicou ao estudo da sociologia da educao, da cultura, da
alfabetizao
e
da
teoria
do
currculo.

Stanley
Aronowitz:
Analisa
a
teoria
crtica
e
seus
fundamentos.
Carnoy: Defende a tese de que s os movimentos sociais, podem tornar a escola
mais democrtica.

O PENSAMENTO PEDAGGICO MEDIEVAL


A igreja crist d o ponto de partida para esse pensamento pedaggico. Cristo foi um
grande
educador,
popular
e
bem
sucedido.
A educao do homem medieval ocorreu de acordo com grandes acontecimentos da
poca entre eles a pregao apostlica no sculo I, depois de Cristo.
A partir de Constantino, o imprio adotou o cristianismo como religio oficial, e fez
pela primeira vez a escola tornar-se o aparelho ideolgico do estado. Surge um novo
tipo histrico de educao, uma nova viso do mundo e da vida, as culturas
precedentes
foram
substitudas
pelo
poder
de
Cristo.
Foi criada uma educao par ao povo que consistia numa educao catequtica e
dogmtica e outra educao para o clrigo humanista e filosfica teolgica.
Os estudos medievais compreendiam, o Trivium (Gramtica, dialtica e terica) e o
Quadrivium (Aritmtica, geometria, astronomia e msica).
Maom (entre 570 e 532), funda uma nova religio, o islamismo. A doutrina de
Maom est contida no Alcoro, livro sagrado dos muulmanos. O Alcoro a obra
prima da literatura rabe.
Da briga entre cristos e rabes inicia um novo tipo de vida intelectual chamada
escolstica, que procura conciliar a razo histrica com a f crist.
O maior idealizador desta escola foi So Toms de Aquino, que afirmava que a
educao habita o educando a desabrochar todas as suas potencialidades, operando
assim a sntese entre a educao crist e a educao greco-romana.
Ao lado do clero a nobreza realizava sua prpria educao, seu ideal era o perfeito
cavaleiro com a formao musical e guerreiro, experiente nas sete artes liberais.
As classes trabalhadoras tinham a educao oral, transmitida de pai para filho. A

PATRICIA MORAES
igreja no se preocupava com a educao fsica, considerava o corpo pecaminoso. Os
jogos ficavam por conta da educao do cavaleiro.Na Idade Mdia foram criadas as
universidades de Paris, Bolonha, Saleno, Oxford, Hedelberg e Viena.
Para muitos historiadores a Idade mdia no foi a idade das trevas, da ignorncia,
como os idelogos do renascimento pregaram, ao contrrio foi fecunda em lutas pela
autonomia, com greves e debates livres. Discutia-se a gratuidade do ensino e
pagamento
das
professoras.
O que se constatou que o saber universitrio aos poucos foi se elitizando, guardado
em academias submetido censura da igreja.
O PENSAMENTO PEDAGGICO BRASILEIRO
Graas ao pensamento iluminista trazido da Europa por intelectuais e estudantes que
no tinham mais tantos laos com a Igreja, deram os primeiros passos, embora
tmidos, para as mudanas do pensamento pedaggico brasileiro.
O pensamento pedaggico teve grande ajuda dos jesutas, que difundiram nas
classes populares a religio subservincia, da dependncia ao paternalismo,
caractersticas marcantes da cultura brasileira at os dias de hoje.
O primrdio da educao brasileira foi Rui Barbosa, que pregava a liberdade de
ensino, a instruo obrigatria, este se inspirou no sistema educacional da Inglaterra,
Alemanha
e
Estados
Unidos.
No incio deste sculo a educao teve grande interesse nos movimentos anrquicos,
tinham no seu pensamento que se no ocorressem mudanas profundas na
mentalidade das pessoas, a revoluo social desejada jamais alcanaria o seu
objetivo.
Anos depois a educadora Maria Lacerda de Moura, que combatia o analfabetismo ,
defendia a educao dos sentidos e o estudo do crescimento fsico. Dizia que era
necessrio declarar guerra ao analfabetismo, ao orgulho tolo, ambio, ao egosmo,
prepotncia, assegurada pela autoridade do diploma e do bacharelado
incompetente.
Em 1944, o Instituto Nacional de Estudos Pedaggicos, inicia a publicao da Revista
Brasileira de Estudos Pedaggicos, um precioso testemunho da histria da educao
no Brasil, fonte de informao para os educadores brasileiros at hoje.
Paulo Freire, foi o maior contribuinte da alfabetizao de jovens e adultos, que
desenvolveu uma teoria pedaggica que envolvia a pesquisa participante e os
mtodos de ensinar. O seu pensamento humanista e crtico na histria tem seus
problemas
e
o
educador
tem
de
saber
o
que
fazer
com
elas.
Florestan Fernandes, defensor da escola pblica, seu pensamento sociolgico criou
um novo estilo de pensar sobre a realidade social. J para Luiz Pereira a soluo dos
problemas dentro da escola, depende da soluo dos problemas externos a ela,
envolvendo o aspecto econmico e social. Para Rubem Alves o educador se descobre
como um ser vivo, onde as sensaes esto envolvidas com o seu trabalho. Para
Antnio Muniz de Azevedo a educao um processo permanente de
aperfeioamento humano. Darcy Ribeiro analisou o ensino pblico, extino do 3
turno, aperfeioamento do magistrio, implantao de escolas integradas, onde a
criana permaneceria mais tempo na escola, com professores competentes e com
orientao
que
a
maioria
no
encontram
em
casa.
Pode-se dizer que o pensamento pedaggico brasileiro, tm sido definido por duas
tendncias gerais; a liberal e a progressista. Os educadores e os tericos da
educao liberal defendem a liberdade de ensino. E da educao progressista
defendem a formao de um cidado crtico e participante. O pensamento
pedaggico brasileiro muito rico e est em movimento.

O PENSAMENTO PEDAGGICO ORIENTAL

PATRICIA MORAES
A pedagogia surgiu como uma cincia que tem como objetivo estudar, analisar, e
sistematizar o conhecimento educacional.
Os valores da tradio, da no violncia e da meditao ligados a religio, foi onde
firmou-se
a
transmisso
de
conhecimento
segundo
o
Oriente.
A educao primitiva fundamentava-se nos rituais de iniciao, possuam uma viso
animista, que acreditava que tudo na natureza possua uma alma semelhante ao
homem. A educao ocorria de maneira espontnea e natural, no existia ningum
destinado a ensinar porm todos de uma certa maneira contriburam para os
ensinamentos, pois a educao provinha das imitaes e da oralidade.
A doutrina pedaggica mais antiga o Taosmo, uma espcie de pantesmo no qual
os princpios recomendam uma vida pacata e tranqila. Confcio criou um sistema
moral que cultuava os mortos e que mais tarde tornou-se religio. Ele idealizava
famlias patriarcas onde o pai comparado a um governante centralizava todo o
conhecimento desconsiderando todo o saber e inteligncia dos filhos.
A educao Hindusta tendia para a reproduo e contemplao da casta, dividem a
mesma profisso bem como a mesma religio, os casamentos so realizados entre si.
Exaltavam o esprito repudiando o corpo.
Aqueles que eram excludos da sociedade, bem como as mulheres, no tinham
acesso
a
educao.
Os egpcios foram os primeiros a tomar conscincia da importncia da arte de
ensinar. Criaram casas de instruo onde ensinavam a leitura, a histria dos cultos, a
astronomia, a msica e a medicina. Poucas informaes deste perodo foram
preservadas.
O povo que mais conservou informaes sobre sua histria, foram os hebreus,
deixando como herana para o mundo um conjunto de doutrinas, tradies,
cerimnias religiosas e preceitos que ainda hoje so seguidos.
De maneira geral os ensinamentos primitivos ocorreram de maneira semelhante
entre muitos povos, marcados pela tradio e pelo culto aos velhos. O tradicionalismo
pedaggico determinado por tendncias religiosas diferentes. Na comunidade
primitiva a educao provinha da prpria comunidade, essa se dava atravs da vida e
para a vida. A criana aprendia no seu prprio dia a dia. Em fim a escola era a
prpria aldeia.
A escola de hoje nasceu com a hierarquizao e a desigualdade social gerada por
aqueles que se apoderam do excedente produzido pela comunidade primitiva. Tm-se
hoje na Histria da Educao a marca da desigualdade econmica, onde encontra-se
uma linha educacional destinada aos exploradores e outra destinada aos explorados.

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