Proposta Pedagógica Municipal de Viana
Proposta Pedagógica Municipal de Viana
Proposta Pedagógica Municipal de Viana
EDUCAO INFANTIL
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EDUCAO INFANTIL
ASPECTOS LEGAIS
O atendimento s crianas de zero a seis anos foi reconhecido na Constituio Federal
de1988. A partir de ento, a educao infantil em creches e pr-escolas passou a ser, do ponto
de vista legal, um dever do Estado e um direito da criana (artigo 208, inciso IV). O Estatuto
da Criana e do Adolescente (ECRIAD), de 1990, destaca tambm o direito da criana a este
o
FINALIDADE
A proposta tem como objetivo contribuir para as transformaes das prticas pedaggicas,
propiciando as oportunidades de igualdade entre as crianas, a fim de tornar a sociedade mais
democrtica, A finalidade da educao infantil de carter educativo, onde o cuidar e o
educar se fazem presentes em todos os momentos do processo, favorecendo a ampliao dos
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conhecimentos da criana, adquirindo assim instrumentos mais elaborados de anlise e
resoluo de situaes problemas.
OBJETIVOS
Com base no Referencial Curricular Nacional para a Educao Infantil (RCNEI), so
objetivos dessa etapa de ensino:
Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais
independente, com confiana em suas capacidades e percepo de suas limitaes;
Descobrir e conhecer progressivamente seu prprio corpo, suas potencialidades e seus
limites, desenvolvendo e valorizando hbitos de cuidado com a prpria sade e bemestar;
Estabelecer vnculos afetivos e de troca entre adultos e crianas, fortalecendo sua
auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicao e
interao social;
Estabelecer e ampliar cada vez mais as relaes sociais, aprendendo aos poucos a
articular seus interesses e pontos de vista, interagindo com os demais, respeitando a
diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaborao;
Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez
mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente,
valorizando atitudes que contribuem para sua conservao;
Brincar, expressando emoes, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
Utilizar diferentes linguagens (corporal, musical, plstica, oral e escrita) ajustadas s
diferentes intenes e situaes de comunicao, de forma a compreender e ser
compreendida, expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avanar no
seu processo de construo de significados, enriquecendo cada vez mais sua
capacidade expressiva;
Conhecer algumas manifestaes culturais, demonstrando atitudes de interesse,
respeito e participao frente a elas e valorizando a diversidade.
PLANILHA DE ATENDIMENTO
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A educao infantil se organiza em duas fases: creche e pr-escola de acordo com critrios
estabelecidos para efetivao de matrculas/corte etrio:
Na creche so atendidas crianas de 9 meses a 3 anos, organizadas em turmas de:
BERARIO (9 meses a 1 ano e 11 meses)
MATERNA I (2 a 2 anos e 11 meses)
MATERNAL II (3 a 3 anos e 11 meses)
Na pr-escola so atendidas crianas de 04 e 05 anos, organizadas em turmas de:
PR I (4 a 4 anos e 11 meses)
PR II (5 a 5 anos e 11 meses)
A INFNCIA E O CONTEXTO SOCIAL NA PERSPECTIVA DE UMA EDUCAO
DE QUALIDADE
A criana, que parte integrante de uma sociedade caracterizada pela trajetria da
humanidade, das relaes estabelecidas entre o homem e o ambiente e, tambm entre o
homem e ele mesmo, num processo dialtico, pode-se definir que, sociedade a forma como
o homem tem se organizado num determinado tempo e espao. Esse tempo e espao so
constitudos por um conjunto de fenmenos naturais e sociais indissociveis, envolvendo
todos os aspectos da vida humana.
A Educao Infantil tem como finalidade contribuir para as transformaes necessrias no
sentido de tornar a sociedade mais democrtica. A criana, agora, passa a ser um cidado do
presente e no apenas do futuro. Nessa perspectiva, reiteramos o nosso compromisso com a
concepo de criana no exerccio da cidadania, num processo de construo de
conhecimento dentro do contexto escolar, integrando com a funo de cuidar, que se d na
relao entre adultos: gestores, professores, pedagogos, merendeiras, auxiliares e equipe de
apoio tcnico.
A criana traz consigo uma bagagem cultural, sendo necessrio valorizar, respeitar suas
limitaes e contribuir para a formao de um indivduo crtico e participativo na sociedade
como um ser nico, com caractersticas e ritmos prprios, que interage com o meio. Enfim,
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um ser em desenvolvimento, que pensa, age, expe suas idias com autenticidade. Nesse
contexto, cada criana depende da atuao do professor mediador que deve ser reflexivo,
articulador e pesquisador.
A Educao infantil na sua funo pedaggica considera as crianas como seres sociais com
suas caractersticas prprias, em termos de histria de vida, origem, linguagem, hbitos,
costumes e valores. Comprometida com o desenvolvimento da autonomia, criatividade,
responsabilidade, criticidade, esprito de cooperao e solidariedade, numa integrao com a
famlia, para que cada criana seja de fato, inserida no contexto social e educacional.
CURRCULO
Na Educao Infantil o currculo baseia-se na concepo de que a construo da identidade e
autonomia da criana gradativa e est relacionado ao conhecimento, desenvolvimento e a
interao das crianas com os adultos e com as prprias crianas, devendo expressar os
interesses dos grupos sociais e das instituies educativas (ESCOLA e FAMLIA) e se
estrutura em 02 (dois) mbitos de trabalho e seus respectivos eixos temticos:
Formao Pessoal e Social - Identidade e Autonomia
A organizao do trabalho pedaggico tem como prioridade o desenvolvimento da criana
concernente autonomia. Antes de tudo, ela precisa adquirir independncia para aprender a
lidar com os conflitos do cotidiano, para tornar-se adultos que saibam escolher, tomar
decises, superar os desafios e assumir os riscos e resultados das suas escolhas com
responsabilidade.
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oportuniza a compreenso da funo simblica da linguagem. A leitura diria para e com a
criana possibilita o convvio com diferentes suportes e gneros textuais orais e escritos. A
valorizao da cultura escrita deve ser uma constante para contribuir no desenvolvimento de
cada criana como leitora e produtora de escrita.
.Natureza e Sociedade- Eixo que oportuniza cada criana a interagir com o meio natural e
social onde vive. Para aprender, ela precisa fazer perguntas, procurando respostas s suas
indagaes. Ela movida pelo interesse e curiosidade que confronta com as respostas que os
adultos, outras crianas, ou por reportagens que presenciam, construindo suas explicaes
subjetivas e individuais relacionados aos diferentes fenmenos e acontecimentos. Portanto,
ela precisa a cada dia observar, relatar acontecimentos, formular hipteses, prever resultados
para experimentos, conhecer diferentes contextos histricos e sociais, tentando localiz- los
no espao e no tempo, aprendendo a cuidar da biodiversidade e a sustentabilidade da vida na
Terra, ou seja, utilizar dos recursos naturais numa postura de preservao ambiental.
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integral.
2 - Organizao da rotina;
A rotina um elemento importante da educao infantil, por proporcionar criana
sentimentos de estabilidade e segurana. Considerada como um instrumento de dinamizao
da aprendizagem, facilitador das percepes infantis sobre o tempo e o espao, uma rotina
clara e compreensvel para as crianas fator de segurana. Rotinas rgidas e inflexveis
desconsideram a criana, que precisa adaptar-se a ela e no o contrrio, como deveria ser;
desconsideram tambm o adulto, tornando seu trabalho montono, repetitivo e pouco
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participativo. Os ritmos e diferenas individuais e a especificidade do trabalho pedaggico
demandam um planejamento constante da rotina. A organizao do tempo deve prever
possibilidades diversas de atividades, como atividades mais ou menos movimentadas,
individuais ou em grupos, com maior ou menor grau de concentrao; de repouso,
alimentao e higiene; atividades referentes aos diferentes eixos de trabalho. A rotina
representa, tambm, a estrutura sobre a qual ser organizado o tempo didtico, ou seja, o
tempo de trabalho educativo realizado com as crianas. A rotina deve envolver os cuidados,
as brincadeiras e as situaes de aprendizagens orientadas. Podem ser agrupadas em trs
grandes modalidades de organizao do tempo. So elas: atividades permanentes,
seqncia de atividades e projetos de trabalho.
*Atividades permanentes: So aquelas que respondem s necessidades bsicas de cuidados,
aprendizagem e de prazer para as crianas, cujos contedos necessitam de uma constncia.
Ex: Se o objetivo fazer com que as crianas avancem em relao representao da figura
humana por meio do desenho, podem-se planejar vrias etapas de trabalho para ajud-las a
reelaborar e enriquecer seus conhecimentos prvios sobre esse assunto, como observao de
pessoas, de desenhos ou pinturas de artistas e de fotografias; atividades de representao a
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partir destas observaes; atividades de representao a partir de interferncias previamente
planejadas pelo educador.
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o tempo de ser criana. O planejamento desenvolvido atravs de projetos pedaggicos podem
se originar de brincadeiras, de leituras de livros infantis, de eventos culturais, de reas
temticas trabalhadas, de necessidades observadas quanto ao desenvolvimento infantil. O
projeto de trabalho possibilita o envolvimento na prtica do cotidiano escolar, pois
oportuniza a reflexo das aes onde as crianas expressam suas experincias dirias na
perspectiva de uma aprendizagem significativa.
So aes do macro projeto: O brincar em famlia no CMEI;
Prncipes e Princesas na Educao Infantil;
Jogos Mirins (inter-classe);
A leitura como continuidade e diversidade na prtica cotidiana.
3 - Os espaos e materiais adequados para atividades ldicas;
A organizao dos espaos e dos materiais se constitui em um instrumento fundamental para
a prtica educativa. Possibilitam s crianas pequenas aprender brincando e brincar
aprendendo, numa prtica de mediao do professor e demais educadores. Isso implica que,
para cada trabalho realizado com as crianas, deve-se planejar a forma mais adequada de
organizar o mobilirio dentro da sala assim como introduzir materiais especficos para a
montagem de ambientes novos, de acordo com os projetos pedaggicos. A aprendizagem
transcende o espao da sala e a rea externa deve ser utilizada em oficinas para a construo
de diversos tipos de brinquedos (encaixe, construo, jogos diversos), adequados e em
quantidade suficiente, cantinhos (faz-de-conta, ateli, livros de literatura infantil), enfim
materiais diversificados e polivalentes.
Os espaos fora da instituio como: A pracinha, o supermercado, a feira, o circo, o
zoolgico, a biblioteca, a padaria, etc. so mais do que locais para simples passeio, podendo
enriquecer e potencializar as aprendizagens.
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aprendizagens significativas, levando em considerao o desenvolvimento individual de cada
criana, o contexto social que ela est inserida e valores prprios de uma sociedade que
fruto de mudanas. Esse processo sistemtico e contnuo. A avaliao deve considerar o
processo educativo como um todo, ou seja, as aes de indissolubilidade do cuidado e
educao promovidos pela instituio devem ser contempladas com clareza. preciso que os
registros correspondam os contedos que realmente se trabalha com as crianas, assim como
suas interaes espontneas em processo dialtico. Na Educao Infantil no se avalia para
classificar as crianas ou para dar uma satisfao aos pais, pois no objetiva a promoo,
mesmo para o acesso ao ensino fundamental. Para viabilizar a avaliao formativa o
professor depende do registro escrito diariamente e o dirio de classe e o dirio de bordo
um documento indispensvel. As fotos, gravaes de udio e outros recursos so importantes
e o portflio (individual) de grande relevncia. Cabe aos professores sinalizarem para cada
criana os seus avanos, indicando a sua capacidade de superao dos obstculos, ou seja,
construindo a auto-estima como indivduo que tem o direito de ser respeitado e crescer num
ambiente seguro, como cidado de fato. Caso contrrio, o sentimento de fracasso e
impotncia provocados nas crianas pelas atitudes negativas dos professores determinar o
fracasso no processo avaliativo, negando os princpios da avaliao formativa.
1) IDENTIDADE E AUTONOMIA
A maneira como cada um v a si prprio depende tambm do modo como
visto pelos
O trabalho pedaggico dentro desse eixo deve ser organizado para desenvolver a identidade e
autonomia da criana porque cada indivduo ainda que pequeno dependa de estabelecer
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inmeras relaes para concretizar a troca de experincias, as vivncias, os valores, as
crenas e os hbitos culturais.
A criana que participa ativamente dos universos sociais, como festas populares da cidade ou
bairro, igrejas, feiras, clube e eventos, ao ingressar na educao infantil se beneficia com o
rico repertrio das diferenas, isto , se a prtica pedaggica valorizar cada criana como um
ser capaz de cuidar-se, relacionar-se, comunicar-se, atravs de diferentes sistemas
simblicos.
Nessa perspectiva, o professor deve sempre propor atividades em que as crianas:
Experimente e utilize recursos, materiais, expressando seus desejos, sentimentos e idias;
Familiarize com a imagem do prprio corpo, conhecendo suas sensaes, ritmos e limites;
Aprenda a cuidar do prprio corpo, com atitudes relacionadas sade, higiene, alimentao
e segurana;
Brinque e se relacione com outras crianas, professores e demais educadores expressando
suas necessidades e interesses;
Valorize aes de cooperao e solidariedade, vivenciando sua autonomia com atitudes
colaborativas;
Participe de pequenas aes cotidianas, recebendo ateno e apreciao do (a) professor (a)
e educadores, pelas atitudes positivas consigo mesmo, e com o outro;
Tenha o direito de escolher seus parceiros, objetos e espaos;
Adote hbitos de auto cuidado e de respeito a regras bsicas de convvio social;
Aprenda a superar os desafios a partir das situaes problema do cotidiano;
Tenha segurana de solicitar o auxilio do (a) professor (a) em todos os momentos que sentir
necessidade;
Utilize seus recursos pessoais ao enfrentar situaes de conflitos, dialogando e exigindo
reciprocidade com as crianas, os adultos, inclusive com os professores.
A organizao das salas de aula e de todo ambiente da instituio deve respeitar os nveis de
desenvolvimento de cada criana, entendendo que de responsabilidade da Educao Infantil
a construo da identidade e autonomia. Nessa perspectiva, cada professor (a) e os demais
educadores precisam conhecer a importncia para pensar, organizar e reorganizar sua sala ou
outro ambiente da escola. Vale ressaltar que, a atuao dos profissionais, bem como a
exposio dos objetos e materiais no neutra, ou seja, favorecem ou impedem o
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desenvolvimento da competncia e autonomia da criana.
Adaptao
Neste perodo a criana chora e algumas choram muito, por isso necessrio a colaborao e
a participao de toda a equipe do CMEI para acalm-las, porm perto ou dentro da sala de
aula, para facilitar a adaptao com as professoras e as demais crianas da turma. A criana
precisa desde o berrio aprender a lidar com as regras, as limitaes, ou seja, os
combinados.
Nome da criana
Os materiais pessoais de cada criana devem conter seu nome para que, desde o berrio
possa identificar seus pertences e aprender a reconhecer seu nome escrito, e com o passar do
tempo diferenci-lo dos outros;
A chamadinha do berrio at o maternal, alm do nome deve ter a foto de cada criana ou
outra imagem para facilitar a identificao.
Proporcionar jogos (bingo, domin, memria), e brincadeiras utilizando oralmente ou por
escrito os nomes prprios dos integrantes do grupo. Alm da grafia, ele traz uma histria, um
significado importante e, uma pesquisa envolvendo a famlia ser de grande valia.
Imagem de si prpria
O uso do espelho diariamente em sala de aula e fora dela, favorece para a construo na
afirmao da imagem corporal recm formada. Portanto, em frente dele que os meninos e
meninas devem se fantasiar e assumir papis, brincando de faz de conta ao utilizar roupas,
sapatos, acessrios, dando asas imaginao.
Independncia e autonomia:
Para preparar a criana para o exerccio da cidadania, faz-se necessrio que o professor e
demais profissionais vivenciem a ateno permanente s questes da independncia e
autonomia, abrindo mo de qualquer atitude de autoritarismo, sem perder de vista a
autoridade. A ao do cotidiano escolar deve oportuniz-la a escolha e o auto governo,
mediante a prtica de tomada de decises, desde as atividades mais simples, como por
exemplo, a escolha dos recursos didticos que se dispe, ao escolher as cores (lpis, giz de
cera, canetinhas, papis, tintas e outros).
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Muitos educadores esperam que suas crianas sejam obedientes, quietinhas e estejam
constantemente em silncio. Essa atitude no sinaliza algo positivo, pelo contrrio,
preocupante, pois a criana naturalmente no consegue imobilidade e controle do tom de
voz, apenas por est no CMEI. Isso no significa que a gritaria, desorganizao e desrespeito
faam parte da rotina, ou seja, a autoridade inevitvel desde que no fira os direitos da
criana, pois ela precisa crescer no ambiente escolar que a proteja, de modo que favorea a
construo da identidade e autonomia. Segundo o RCNEI Os materiais pedaggicos,
brinquedos e outros objetos estejam disposio, organizados de tal forma que possam ser
encontrados sem a necessidade de interferncia do adulto, dispostos em altura ao alcance das
crianas, em caixas ou prateleiras.
Oportunizar situaes em que as crianas se ajudem, porque elas possuem conhecimentos e
competncias distintas, e aes como calar o sapato, amarrar o cardao, alcanar um objeto
etc, so atitudes de solidariedade que facilitam o processo de incluso social em qualquer
idade.
Enquanto as crianas participam das atividades de rotina, o professor precisa observar e
acompanhar cada criana, expressando elogios para estimular o desempenho de cada tarefa,
contribuindo na construo da auto-estima e criando possibilidades de cooperao do
trabalho em grupo com trocas de idias, confronto de ponto de vista, que fundamental para
o crescimento de todos.
Os professores e educadores precisam de clareza nas suas aes, e no que diz respeito a esse
eixo de trabalho, reafirmamos que construo da pessoa em relao ao afetivo, o
relacionamento com o outro e o convvio social a base para o desenvolvimento integral da
criana. Ento, o conviver, o ser e o estar bem consigo e com os outros, dependem de uma
ao pedaggica que trabalhe a cada dia atitudes como aceitao, respeito, confiana,
socializao e independncia, a comear pelo conhecimento da seqncia da rotina e da
compreenso do jeito como cada criana se relaciona, sentem, pensa e constroem
conhecimentos.
Respeito diversidade:
A criana depende de conviver com os adultos que aceitam o outro com suas diferenas e
particularidades do temperamento, habilidades, conhecimentos, gnero, etnia, credo, para
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crescer sem discriminar, respeitando a diversidade. Os profissionais precisam atuar com
postura tica para no serem coniventes com a discriminao e o preconceito entre crianas e
crianas e crianas e adultos.
Gnero
Os professores precisam de ateno quanto as suas atitudes em relao aos esteretipos
impostos pela sociedade onde cabe a mulher cuidar da casa e dos filhos, e ao homem o nico
provedor da famlia, inclusive com as tomadas de deciso. Cabe ao professor observar e
acompanhar cada criana em diferentes situaes, e se necessrio fazer os encaminhamentos.
Convidar uma me, um pai, uma av, um tio, uma prima, dentre outros para tocar violo,
contar histrias antigas, liderar oficinas, para enriquecer o conhecimento e a vivncia da
instituio. Todos os momentos que a famlia se faz presente na instituio so oportunidades
para fortalecer os laos que aprimoram a formao pessoal e social/identidade e a autonomia.
Interao Social
A linguagem favorece o intercmbio das idias e o domnio da fala facilita o dilogo entre
crianas e adultos. A ao do professor como mediador importante para a solidificao das
interaes, porque a sua postura frente ao grupo primordial para desenvolver sentimentos
de justia. Em relao s regras, ela mantm a clareza e transparncia na sua apresentao e a
coerncia das sanes. Mesmo na educao infantil, prudente promover debates em que as
crianas possam se pronunciar expressando suas opinies. Garantir esse procedimento no
projeto poltico pedaggico, no planejamento coletivo e individual, para a equipe aprimorar
essa ao que faz parte da gesto democrtica e a melhoria da educao.
Cuidados pessoais/hbitos de higiene
O banho e a troca de fraldas, e todo processo de higiene um momento de extrema
importncia para desenvolver a identidade e autonomia. Vale ressaltar que o banho
importante em qualquer circunstncia, e no apenas quando a criana est suja.
As crianas que usam chupetas, o acompanhamento e a observao base para que aos
pouco elas superem esse hbito. preciso muita cautela para no traumatiz-las, mesmo
porque ela no tem culpa de fazer uso.
A criana precisa construir hbitos para cuidar de si, tendo atitudes tais como: lavar as mos
antes das refeies, antes de ajudar a preparar as culinrias, aps o uso do banheiro, quando
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termina de manipular terra, areia, tintas etc;
Aprender a observar as condies da limpeza do vaso sanitrio e cobri-lo, antes de sentar-se,
fazer uso da descarga, se limpar e descartar o papel higinico;
Escovar os dentes da maneira correta e fazer uso do fio dental.
Self-service
O servir se sozinho na hora da refeio com a mediao dos professores/educadores desde o
Maternal I (dois anos de idade) uma prioridade na Educao Infantil, porque o SELF
SERVICE oportuniza o desenvolvimento da autonomia.
O acompanhamento do professor/educador importante em todos os momentos, mesmo que
a criana apresente um grau de independncia. O educar para a cidadania acontece com
aes aparentemente simples e o professor como mediador do processo deve assumir a
responsabilidade na formao de cidados de fato.
IDENTIDADE E AUTONOMIA
BERRIO
CONTEDOS
OBJETIVOS
para o uso do
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penico e o vaso sanitrio.
MATERNAL I
CONTEDOS
OBJETIVOS
Valorizao dos cuidados com os materiais de uso Demonstrar cuidados com os materiais
individual e coletivo;
individuais e do uso coletivo;
Interesse pelas brincadeiras e pela explorao de Brincar e explorar diferentes brinquedos.
diferentes brinquedos;
Participar de diferentes brincadeiras;
Participao em brincadeiras de esconder e achar e Participar das brincadeiras de imitao e de
em brincadeiras de imitao;
esconder e achar;
Relacionamento em brincadeiras com outras Brincar com os professores, alguns
crianas, professores e equipe educadora criando educadores e crianas expressando seus
vnculo afetivo;
anseios;
Higiene das mos com ou sem ajuda.
MATERNAL II
CONTEDOS
Comunicao e expresso de seus desejos,
desagrado, necessidades, preferncias e vontades
OBJETIVOS
Expressar por meio de brincadeiras e
atividades seus sentimentos, vontades, desejos e
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em brincadeiras e nas atividades cotidianas;
desagrado;
os
materiais
Valorizao dos cuidados com os materiais de uso Adotar cuidados bsicos com os materiais de
individual e coletivo;
uso individual e coletivo;
Interao com o grupo, respeitando as diferenas; Demonstrar interesse para interagir com o
outro e respeitar as diferenas;
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Percepo e valorizao das conquistas pessoais;
Expressar
pessoais;
prazer
ao
realizar
conquistas
PR I
Identificao
progressiva
de
algumas Interagir com as pessoas do convvio social e
singularidades prprias e das pessoas com as quais identificar singularidades prprias de algumas
convive no seu cotidiano em situaes de pessoas;
interao;
Participao em situaes de brincadeiras nas Escolher parceiros, objetos, temas, espaos e
quais as crianas escolham os parceiros, os objetos, personagens em brincadeiras no cotidiano;
os temas, os espaos e os personagens;
atitudes
de
cooperao,
cotidiano que envolvem aes de cooperao, solidariedade na realizao de pequenas tarefas
solidariedade e ajuda na relao com os outros;
no cotidiano;
Respeito s caractersticas pessoais relacionadas Compreender e respeitar cada pessoa com suas
ao gnero, etnia, peso, estatura, etc;
caractersticas prprias de etnia, peso, gnero e
estatura;
Valorizao da limpeza e da aparncia pessoal;
Respeito e valorizao da cultura de seu grupo de Valorizar a cultura de seu grupo social e dos
origem e de seus grupos sociais;
demais grupos;
Conhecimento, respeito e utilizao de algumas Reconhecer, respeitar e vivenciar as regras de
regras elementares de convvio social;
convvio social;
Participao em situaes que envolvem a Praticar as regras de convivncia em grupo,
combinao de algumas regras de convivncia em inclusive nas que referem ao uso dos materiais e
grupo e aquelas referentes ao uso dos materiais do do espao;
espao, quando isso for pertinente;
Valorizao dos cuidados com os materiais de uso Reconhecer e aplicar cuidados bsicos com os
individual e coletivo.
materiais de uso individual e coletivo.
Procedimentos bsicos para a preveno de Desenvolver e praticar hbitos de preveno
acidentes e auto cuidado;
de acidentes e auto cuidado;
Participao de meninos e meninas igualmente Participar
em
vrias
brincadeiras
em brincadeiras de futebol, casinhas e pular corda independente do gnero: futebol, pular corda
tendo, as mesmas oportunidades;
etc;
Procedimentos relacionados alimentao e Desenvolver hbitos alimentares, de higiene
higiene das mos, cuidado e limpeza pessoal das das mos empregando os cuidados bsicos com
vrias partes do corpo;
o corpo;
Utilizao adequada dos sanitrios;
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situaes cotidianas;
cotidiano;
Iniciativa para resolver pequenos problemas do Demonstrar atitudes positivas nas resolues
cotidiano, pedindo ajuda, se necessrio;
de pequenos problemas e pedir ajuda se
necessrio;
Valorizao do dilogo como forma de lidar com Compreender que o dilogo imprescindvel
os conflitos;
para lidar com os conflitos;
Comunicao em brincadeiras e nas atividades Comunicar com clareza nas brincadeiras e
cotidianas;
atividades;
Identificao de situaes de risco no seu Apontar situaes de risco no ambiente e ao
ambiente mais prximo.
seu entorno.
PR II
Identificao
progressiva
de
algumas Interagir com as pessoas do convvio social e
singularidades prprias e das pessoas com as quais identificar singulares prprias de algumas
convive no seu cotidiano em situaes de pessoas;
interao;
Participao em situaes de brincadeiras nas Escolher parceiros, objetos, temas, espaos e
quais as crianas escolham os parceiros, os objetos, personagens em brincadeiras no cotidiano;
os temas, os espaos e os personagens;
Participao na realizao de pequenas tarefas do Demonstrar e praticar atitudes de cooperao,
cotidiano que envolva aes de cooperao, solidariedade na realizao de pequenas tarefas
solidariedade e ajuda na relao com os outros;
no cotidiano;
Respeito s caractersticas pessoais relacionadas Compreender e respeitar cada pessoa com suas
ao gnero, etnia, peso, estatura, etc;
caractersticas prprias de etnia, peso, gnero e
estatura;
Valorizao da limpeza e aparncia pessoal;
Respeito e valorizao da cultura de seu grupo de Valorizar e respeitar a cultura de seu grupo
origem e dos demais grupos de seu convvio;
social e dos demais grupos;
Conhecimento, respeito e utilizao de algumas Reconhecer e respeitar
regras elementares de convvio social;
convivncia social;
as
regras
de
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Utilizao adequada dos sanitrios;
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o ldico, a fantasia e a imaginao; representa valores sociais, histricos e culturais. O
trabalho com a poesia pode ser extremamente rico, quando se evita a memorizao mecnica
ou a simples interpretao. A criana pode brincar com as palavras, descobrir novas formas
de expresso, explorar ritmos, desenvolver a sensibilidade, perceber o mundo por meio das
relaes do imaginrio e do real, relacionar significaes, adquirindo, assim, conhecimentos
da linguagem oral e escrita e do mundo.
O trabalho com a oralidade, com a leitura e com a escrita deve ocorrer de forma integrada e
complementar, potencializando os diferentes aspectos que cada uma dessas linguagens
solicita das crianas. Portanto, o professor dever desenvolver aes de suma importncia
para o desenvolvimento das crianas.
A realizao de leitura e narrao de histrias para e com os alunos a cada dia permitindo
que eles manuseiam os livros de histrias. Assim como registrar os fatos, informaes e
histrias por meio de desenhos numa prtica com dinamismo e significncia.
O professor deve propor situaes nas quais a criana produza e/ou identifique desenhos e
escrita como formas de representao, oportunizando tentativas de escrita livre: doseu nome,
dos nomes de familiares, colegas, objetos, professor; de histrias ouvidas ou inventadas,
ainda que seja de forma no convencional.
As
situaes para leitura deve ser as diversificadas como rtulos, nomes de produtos
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entre as palavras, a relao entre oralidade e escrita.
O professor deve apresentar muito material impresso, em diferentes linguagens como de
publicidade, gibis, histrias, fotos, quadros, alm de leituras de gestos, expresses faciais,
sons, etc.
A explorao e participao em atividades com a escrita de textos espontneos, mostram o
saber das crianas sobre o sistema de linguagem e como utilizam esse conhecimento.
O alfabeto a mola mestra da leitura e da escrita, por isso um ambiente alfabetizador depende
da sincronia dos tipos de materiais expostos, o que no isenta de sempre apresentar um
alfabeto novo, com outra cor, outro material em caixa-alta , maiscula de basto para aguar
a curiosidade de cada criana oportunizando o real conhecimento.
O professor precisa entender que as crianas s aprendem com prazer. Para tanto, o cerne da
metodologia a brincadeira intencional, bem planejada e dinmica. Nessa perspectiva ele
(a) deve
facilitam a
compreenso dos nomes das letras, a associao entre elas e seus respectivos sons. Como
mediador do processo, ele(a) s ver os resultados do seu trabalho se lanar mo de estudo,
da criatividade e da confeco de recursos pedaggicos simples, mas que faz toda a
diferena. .
A explorao do reconhecimento do nmero de slabas das palavras, a identificao da
slaba inicial ou final das palavras, rimas, etc., faz parte da prtica pedaggica no cotidiano
escolar.
O desenvolvimento da linguagem oral, escrita e leitura esto imbricados em um mesmo
processo, indissociveis. Sendo a linguagem uma construo histrico-cultural, est
impregnada com as marcas do discurso social. Segundo Bakhtin, a linguagem constituda
nas relaes sociais medida que os participantes tambm se constituem.
Considerando os pressupostos tericos na perspectiva de Bakhtin e Vygotski, tecemos
algumas orientaes pedaggicas e metodolgicas. Nessa perspectiva, a escola deve
constituir-se em tempos e espaos inter locativos, quando o professor media relao
autor/texto/contexto/leitor. As crianas devem manusear tambm um exemplar do livro que
o professor esteja fazendo a leitura para estabelecer contato com o material e obter
65
conhecimento com a orientao do professor. O professor deve conceder o direito de voz, de
fala ao aluno, porquanto a linguagem no mecnica, unvoca e esttica, mas dinmica,
devendo, portanto, o aluno participar de forma ativa da interao verbal, nas rodas de
conversa, brincadeiras e aulas dialogadas. Nesse contexto, o professor faz as leituras
possveis e no a leitura considerada a mais correta ou mais adequada.
Partindo desse pressuposto, possvel alfabetizar na educao infantil sem medo de ser
feliz, num processo sistemtico sem ser enfadonho repetitivo ou mecnico, como aponta
Brando (2010).
A sistematicidade tem a ver com planejamento, com organizao do tempo pedaggico, com
intencionalidade. Nesse sentido, consideramos que, desde cedo, necessrio ter intenes
pedaggicas e planejamento de atividades, para atingir as metas colocadas. preciso,
finalmente, considerar que a leitura e a escrita no devem fazer parte do currculo da
Educao Infantil como uma disciplina isolada, mas sim interagir projetos de trabalho em
que as crianas esto envolvidas, bem como entrar nas atividades de sua rotina no ambiente
educativo, de modo a no quebrar o significado assumido por essas ferramentas na sua
cultura.
Segundo a Revista Gesto Escolar (2009), faz-se necessrio construir uma escola leitora a
comear pela sala de aula em parceria com os pais ou responsveis de modo que se garanta,
o acesso ao acervo de livros, a opo de escolher os gneros e os autores que desejam
ler, entendendo a importncia de trocar indicaes de leituras e opinies com amigos e
colegas. A criana que cresce nesse contexto de aprender a ler por prazer, ela e a famlia
compreendero que possvel ler em qualquer lugar, desde que a pessoa se sinta
confortvel.
Para que a etapa da alfabetizao na educao infantil seja prazerosa, envolvente, devem os
professores garantir situaes de convvio com a escrita, oralidade e leitura que contemplem
brincadeiras, encenaes, conversas, questionamento, pois assim as crianas elaboram
hipteses, fazem dedues e anlises para a resoluo de problemas reais. A ludicidade que
caracteriza a criana deve-se respeitar e priorizar o Brincar aprendendo e Aprender
brincando.
LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
66
BERRIO
CONTEDOS
OBJETIVOS
Linguagem oral (escutar e falar)
histrias
diversas
com
gestos
Participao em jogos verbais, com histrias, poemas, Ouvir histrias, poemas, canes e
canes e contos;
contos com recursos udio visuais;
Leitura
Participao em situaes de leitura feita pelos adultos Desenvolver a oralidade atravs da
de diferentes tipos de texto, como poema, contos, escuta e da participao em momentos
parlendas, trava-lnguas etc.
de leitura de textos com recursos
didticos e audio visuais.
Escrita
Observao e manuseio de diversos materiais impressos, Manipular e manusear
como livros, revistas, historias em quadrinhos e etc.
impressos diversificados;
materiais
MATERNAL I
CONTEDOS
OBJETIVOS
67
Observao e explorao da narrativa dos fatos do Explorar ilustraes e seus detalhes;
cotidiano, nos ambientes em que vivem (famlia, escolas,
passeios e outros);
Participao de cantigas e brincadeiras infantis de roda, Participar e brincar cantando
melodias diversas de repetio.
melodias diversas de repetio;
de
Leitura
Participao em situaes de leitura feita pelos adultos de Participar da leitura feita pelo professor
diferentes tipos de texto, como poemas, receitas, lista de em diversos gneros;
nomes, contos, parlendas, trava-lnguas;
Escrita
Observao e manuseio de diversos materiais impressos, Observar
e
manusear
como livros, revistas, e histrias em quadrinhos;
materiais impressos;
diversos
Escrita espontnea atravs de riscos e rabiscos, utilizando Escrever utilizando diversos recursos
giz, giz de cera, piso, quadro, papel (tamanho grande), etc; pedaggicos;
MATERNAL II
CONTEDOS
OBJETIVOS
Participar
de
vrias
situaes
de
comunicao, para interagir e expressar
desejos, necessidades e sentimentos por meio
da linguagem oral;
Contar suas vivncias em diversas
situaes;
do
vocabulrio,
utilizando-o
que
para
comunicar,
se
68
perguntas e repostas claras e definidas.
Participaes em situaes de leituras diferentes Desenvolver o gosto pela leitura por meio
gneros como poemas, parlendas, contos, de diferentes textos e gneros como poemas,
adivinhaes, textos informativos, trava-lnguas etc.; parlendas, etc;
de
69
PR I
CONTEDOS
OBJETIVOS
Ampliar
suas
possibilidades
de
comunicao e expresso participando de
diversas anotaes de intercmbio social nas
quais possa contar suas vivncias e ouvir as
de outras pessoas;
70
previamente apresentando ao grupo;
Valorizao da leitura como fonte de prazer, de Demonstrar que valorizam a leitura como
entretenimento, de comunicao e de informao;
fonte de prazer e informao;
Leitura hipottica de palavras como referncia a Participar de leitura espontnea, intuitiva e
imagem de algo que a representa sua letra inicial.
convencionalmente expresses, situaes do
cotidiano, smbolos, imagens e textos.
Escrita
Participao em situaes cotidianas nas quais se faz Registrar fatos, informaes e histrias por
necessrio o uso da escrita, apresentando hipteses a meio de desenhos;
respeito do valor sonoro das letras iniciais de uma
palavra;
Reconhecimento da funo social do nome;
Respeito pela sua prpria produo e pela produo Riscar e rabiscar espontaneamente;
alheia;
Reconhecimento dos nomes de algumas pessoas do Praticar a escrita do prprio punho;
grupo e dos elementos que compem o espao da sala Transcrever
receitas,
descrever
de aula;
brincadeiras;
Participar de ditado de figuras, soletrando e
recortando e outros ditados;
Identificao de algumas letras do alfabeto, Compreender que existe uma ordem
associando-as ou no aos valores sonoros alfabtica na escrita;
convencionais;
Identificar algumas letras do alfabeto
71
estudadas em situaes
contextualizadas;
Produo de textos coletivos onde o professor o Participao
escriba;
coletivos;
Demonstrar
escritas;
na
diferentes
construo
respeito
pelas
de
textos
produes
PR II
CONTEDOS
OBJETIVOS
72
lnguas;
jogos verbais;
em
73
recorrendo ou no ao referencial;
Reconhecimento dos nomes das pessoas do grupo Escrever o prprio nome e sobrenome;
que lhe so mais prximas;
Identificar, completar fichas de palavras e
nome de pessoas em cruzadinhas;
Apresentao do alfabeto em contexto ao valor Compreender que as letras podem ser
sonoro convencional das letras;
representadas
de
diferentes
formas
(cursiva/manuscrita,
de
forma/basto,
maiscula e minscula);
Prtica de escrita de prprio punho, utilizando o Praticar a escrita o prprio punho;
conhecimento de que dispe, no momento, sobre o Transcrever receitas, descrever brincadeiras;
sistema de escrita materna;
Participar de ditado de figuras, soletrando e
recortado e outros ditados;
Escrita espontnea;
74
3) MATEMTICA
A construo dos conhecimentos matemticos parte integrante das vivncias do indivduo
desde o nascimento. Quando a criana observa e explora o ambiente; pulando, engatinhando,
rolando, exercitando e transpondo obstculos e circuitos, est vivenciando os ensaios que
serviro de alicerce para a construo dos conhecimentos matemticos.
Para que a criana se aproprie efetivamente dos conhecimentos matemticos na perspectiva
funcional, ou seja, para resoluo de problemas nos diferentes contextos, faz-se necessrio
um ambiente 'matematizador'. O que implica em propiciar recursos com materiais concretos
e a contextualizao de vivncias prvias dos alunos. O ensino/aprendizagem da matemtica
deve ocorrer em um contexto dialgico e dinmico por meio de situaes de aprendizagem
plenas de sentido para a criana. O estudo de casos constitui-se em verdadeiro laboratrio. O
professor pode propor a montagem de maquetes, simulao ou visita a supermercados,
brincadeiras, jogos de regras, msica, manuseio do calendrio, histrias, atividades
culinrias, uso de colees (conchas, pedrinhas, tampinhas de garrafa pet, etc). Ao utilizar-se
desses recursos, o professor deve problematizar com as crianas por meio de
questionamentos pertinentes de forma oral, coletiva e individual. Dessa forma, as crianas
so provocadas para formulao de hipteses e estimativas. O professor faz o registro no
quadro, incentivando a participao de todos, concedendo ainda s crianas a possibilidade
de escolha da representao simblica: a escrita, a pictrica, a numrica ou a combinao
entre as mesmas.
A proposta para o trabalho com matemtica preconiza a explorao de uma grande variedade
de idias matemticas, no apenas numricas, embora sejam importantes, mas tambm
aquelas relativas geometria, s medidas e noes de estatstica com vistas a desenvolver e
conservar o prazer e a curiosidade acerca da matemtica.
O desenvolvimento lgico-matemtico e da autonomia da criana so imprescindveis no
ensino da matemtica. O professor deve compreender como o aluno pensa que conhecimento
traz de sua experincia no mundo e realizar as interferncias no sentido de ampliar e
sistematizar os conhecimentos matemticos das crianas. Para apropriao dos conceitos
matemticos, o aluno deve ter uma aproximao global dos contedos. Desta forma, a
abordagem interdisciplinar torna-se de grande importncia.
75
Com relao aos bebs, engatinhar, circular ou rolar pelo cho, so prticas que ajudam a
formao da estrutura mental que ser utilizada para aprendizagem da geometria. Esse
exerccio desde a tenra idade favorece para a formao da conscincia espacial e a estrutura
psicomotora que possibilita a sistematizao e apreenso dos conceitos e princpios
matemticos.
As crianas constroem seus conhecimentos matemticos por meio de sucessivas
reorganizaes ao longo de suas vidas. Elaboram uma srie de hipteses provisrias antes de
compreender um objeto em toda sua complexidade. Assim, complexidade e provisoriedade
so didaticamente inseparveis.
O professor deve provocar as crianas por meio de questionamentos. Ao invs de solicitar
respostas imediatas, deve conceder tempo para que as crianas pensem, individualmente ou
em pares. Devem-se retomar as idias expressas pelas crianas para que seus colegas possam
pensar sobre estas e devolver ao grupo, em forma de problemas a resolver. Estudos sugerem
que a criana constri suas bases matemticas pela necessidade de resoluo de problemas de
seu tempo, impostos pela complexidade de situaes sociais.
O nmero no dado imediato da natureza, uma construo da mente humana. O nmero
uma abstrao a partir do objeto fsico, mas no propriedade deste objeto, faz parte do
universo das relaes. Portanto, para que a aprendizagem matemtica se efetive, torna-se
necessrio que se faa todas as relaes possveis entre os objetos, na construo do seu
brincar: para agrupar objetos por semelhanas, fazer classificaes simples e em srie,
comparar tamanhos (maior, menor, igual), identificar formas, volumes, quantidades. Da, a
necessidade das situaes-problema, dos brinquedos educativos e material pedaggico
concreto para o manuseio dos alunos possibilitando assim o aprender brincando e o brincar
aprendendo.
O aprimoramento, refino e aplicabilidade da inteligncia matemtica levaram criao e
desenvolvimento de instrumentos operacionais como as TIC (Tecnologias da Informao e
Comunicao). Portanto, o aprendizado e utilizao da linguagem, princpios e instrumentos
matemticos contribuem para a construo da autonomia da criana com fins a uma
cidadania mais plena.
76
MATEMTICA
BERRIO
CONTEDOS
OBJETIVOS
MATERNAL I
CONTEDOS
OBJETIVOS
77
MATERNAL II
CONTEDOS
OBJETIVOS
Agrupar
objetos e brinquedos em
quantidades especficas e semelhantes;
Organizar diferentes materiais de acordo
com
as
orientaes
sobre
suas
caractersticas,
propriedades
e
possibilidades associativas como empilhar,
encaixar e rolar;
Distinguir
conceitos
bsicos
de
comparao, alto e baixo, grande e
pequeno;
Compreender
e
demonstrar
em
brincadeiras e jogos, as noes de
grandezas, tempo, medidas, espao e forma
por meio de brincadeiras, msicas, jogos,
de forma no convencional;
figuras
geomtricas
bi
78
Observao e manipulao de objetos e slidos
geomtricos.
PR
I
CONTEDOS
OBJETIVOS
Clculo mental envolvendo adio e subtrao com Resolver problemas envolvendo adio e
materiais manipulveis no convencionais, utilizando subtrao e conceitos de juntar, acrescentar
conceitos bsicos de juntar, acrescentar e tirar;
e tirar manipulando materiais de forma no
convencionais;
Explorao e manipulao de algumas cdulas e Manipular e observar algumas cdulas e
moedas do sistema monetrio brasileiro;
moedas no sistema monetrio brasileiro
atual;
Relao da matemtica com o contexto que est Observar e relacionar o contexto que est
79
inserido;
Identificao de pontos de referncia para situar- se Identificar pontos de referncia e localizarno espao.
se no espao.
PR
II
CONTEDOS
OBJETIVOS
Sistema de Numerao
Utilizao da contagem oral nas brincadeiras e em Realizar contagens orais por meio de
situaes nas quais as crianas reconheam sua brincadeiras e jogos;
necessidade;
Comunicao de quantidades, utilizando a Empregar a oralidade na comunicao de
linguagem oral, a notao numrica e/ou registros quantidades e registrar a notao numrica
no-convencionais;
no convencional;
Conhecimento da seriao numrica e a Seriar e classificar materiais e objetos
classificao dos elementos, segundo critrios segundo critrios determinados pela prpria
80
determinados pela criana ou pelo professor;
dos
de
registros
81
moedas do sistema monetrio brasileiro;
4) NATUREZA E SOCIEDADE
No ensino de Cincias, o aluno deve encontrar espao para incorporar
tanto os conhecimentos atualmente disponveis quanto os mecanismos de
produo desses conhecimentos. Para isso, necessria a vivncia da
metodologia da investigao, que implica a capacidade de problematizar a
realidade, formular hipteses sobre problemas, planejar e executar
investigaes,
analisar
dados,
estabelecer
crticas
concluses
82
O planejamento individual e coletivo do professor com vistas execuo dos contedos do
eixo Natureza e Sociedade so imprescindveis para a prtica cotidiana sistematizada. Devem
ser oferecidos s crianas o conhecimento de diferentes lugares, paisagens e ecossistemas
variados, modos distintos de ser, de viver e trabalhar dos povos, as diversidades culturais e a
maneira como o humano se relacionam entre si e com o ambiente, porquanto essas vivncias
redundam em produo histrico-social.
A transmisso dos contedos das cincias deve valorizar o prvio conhecimento da criana
tendo o cuidado para no restringir a realidade, a curiosidade e o interesse como ponto de
partida para o ensino/aprendizagem. Para o ensino das cincias, imprescindvel ao
professor a postura trans e interdisciplinar, porquanto isso possibilita ao aluno o pensar
amplo com conexes mentais estruturadas em variadas reas. Para uma metodologia que
alcance maior eficincia, segundo Marques (1993), deve haver uma unidade em que se
supere a fragmentao das disciplinas e das responsabilidades, em prticas orientadas por e
para linhas e eixos temticos e conceituais interdisciplinares, no apenas uma justaposio de
disciplinas enclausuradas em si mesmas, mas de uma maneira que, em cada uma se
impliquem as demais regies do saber.
H que se considerar no ensino das cincias que as verdades so provisrias, portanto,
podendo ser revistas, testadas, questionadas ao longo da histria. Entendendo, portanto, o
conhecimento cientfico, como submetido a constantes transformaes devido ao avano nos
estudos e desenvolvimento do aporte tecnolgico.
No ensino da Natureza devem-se superar vises antropocntricas, utilitaristas e classificaes
simplistas que apontam elementos da natureza como nocivos ou teis aos seres humanos ou
recursos naturais para serem explorados. Embora a valorao econmica da natureza sirva ao
pensamento do modelo capitalista, deve prevalecer o entendimento da natureza como um
bem coletivo, fazendo parte desse coletivo todos os elementos que a integram.
Para uma aprendizagem de sentido, o professor deve inicialmente propiciar ao aluno o
experimento dos fenmenos, o contato com os fatos, deve fomentar a discusso, dedues e
reflexes e em seguida a formulao dos conceitos e definies, favorecendo assim a
apropriao do conhecimento e ampliao do vocabulrio cientfico do educando. Essa
prtica evita a aquisio mecnica dos contedos.
83
Como metodologia e instrumentos de ensino/aprendizagem, o professor deve utilizar-se de
visitas exploratrias ou de investigao, aulas de campo que devem ser precedidas de acesso
a folders, visitas virtuais, vdeos, filmes, documentrios, fotos. O professor deve planejar a
aula criando expectativa nas crianas e explicando como os alunos devero proceder para
pleno aproveitamento. Devem passar informaes, roteiros de aplicao, solicitar registros
ou relatrios orais ou escritos, planejando a visitao junto dos alunos, solicitando opinies e
sugestes. Essas prticas so indispensveis para compreender como o homem interfere e
altera o modo de relacionar-se com o ambiente quanto maneira de se locomover, morar,
prov sustento, comunicar-se e resolver variadas questes.
O desenho de trajetos, percursos, plantas da sala de aula, da escola e da casa podem ser o
incio com as formas de representao do espao. As brincadeiras envolvendo lateralidade,
orientao, sentido de referncia e direo, alm de distncia e tamanho contribuem para o
aprendizado geogrfico.
A utilizao de laboratrios (convencionais ou informais), com construo de brinquedos,
modelos tridimensionais, prottipos, experimentos, demonstraes, hortas, terrrios,
plantaes, exposies, atividades culinrias, rplicas devem converter-se em atividades
ldico-pedaggicas, que enriquecem a apropriao dos conhecimentos tornando o ensino
agradvel, envolvente, promovendo a ousadia e o prazer da busca e da pesquisa.
A utilizao de recursos diversificados e de diferentes suportes e gneros textuais como:
revistas, jornais, literatura, crnicas, fatos do cotidiano, endereos, documentos, objetos,
visitas a monumentos, museus, patrimnios histricos, filmes, documentrios, fotos da
famlia, da escola, do bairro, da cidade, etc., servem de rica fonte para o entendimento da
relao do homem com o ambiente tambm na contemporaneidade, e que isso produo de
histria.
As datas comemorativas podem ser trabalhadas, porm, a abordagem aos assuntos no deve
estar restrita ao tempo apenas, nem de forma estereotipada. A abordagem de questes ticas,
tnico-raciais, de valores humanos, deve ser contemplada no planejamento do cotidiano.
Sendo que a leitura de mundo precede leitura da palavra, o professor deve promover o
exerccio da reflexo crtica sobre a configurao do espao/tempo escolar em suas pertenas
e realizaes. Esta prtica o ajudar a entender o espao no como uma constituio natural,
84
mas como o resultado de uma construo social em que se refletem interesses econmicos,
polticos, culturais e ideolgicos e outros.
O professor e a escola devem propiciar condies para que o aluno participe das aulas e da
vida escolar nas escolhas, nas decises, de forma ativa como sujeito da histria e agente
histrico. Entendendo assim histria, no como o que se l nos livros, mas o que o sujeito
vive e como vive e interfere nessa realidade. Dessa forma, promove-se o desenvolvimento
das competncias /habilidades que contribuiro para formao do sujeito que assume o olhar
e postura historiadora para produzir e registrar histria.
NATUREZA E SOCIEDADE
BERRIO
CONTEDOS
OBJETIVOS
85
Participao em atividades que possibilitem Estimar os pequenos animais;
contato aos pequenos animais e algumas plantas;
Explorar algumas plantas do ambiente escolar.
MATERNAL
I
CONTEDOS
OBJETIVOS
MATERNAL II
CONTEDOS
OBJETIVOS
86
trabalhar.
Participao em atividades que envolvem Identificar algumas tradies culturais do
histrias, brincadeiras, jogos e canes que digam seu grupo social;
respeito s tradies culturais de sua comunidade; Participar em atividades culturais ,
87
Utilizao dos meios de comunicao em Brincar utilizando objetos e gravuras
brincadeiras de faz de conta.
relacionados aos meios de comunicao.
Os Seres Vivos
Percepo dos cuidados com o corpo, com a Conhecer e adotar atitudes de cuidados com o
preveno de acidentes e com a sade de forma corpo e preveno de acidentes;
geral;
Reconhecimento de alguns tipos de moradia, Relacionar semelhanas e diferenas de
identificando os cmodos da sua casa e os objetos algumas moradias com sua casa;
existentes neles;
Relatar como so os cmodos da sua casa;
Valorizao de atitudes relacionadas sade e ao Reconhecer que os cuidados bsicos
bem-estar individual e coletivo;
favorecem a sade individual e coletiva;
Adotar hbitos que contribuam para a
qualidade de vida no Planeta;
Conhecimento do prprio corpo por meio do uso e Desenvolver e valorizar o prprio corpo,
da explorao de suas habilidades fsicas, motoras explorando suas habilidades fsicas, motoras e
e perceptivas;
perceptivas;
Contato, cuidados bsicos e respeito aos animais Vivenciar cuidados bsicos com os animais
pequenos;
pequenos;
Participao da merenda escolar e aprender a se Partilhar a merenda que traz de casa em outro
servir, entendendo que o desperdcio prejudicial a horrio;
vida no planeta;
Participar da merenda escolar aprendendo a se
servir;
Conhecimento com aes prticas, individual e
coletiva, de cuidados bsicos com pequenos
animais e vegetais no cotidiano por meio da sua
criao e cultivo.
Fenmenos da Natureza
Envolvimento em pesquisa e observao sobre a Observar e pesquisar sobre a ao de luz, calor
ao da luz, calor e movimento por meio de fotos. e movimento.
PR I
CONTEDOS
OBJETIVOS
88
expresso cultural.
Valorizao da vida nas situaes que impliquem Adotar cuidados com os animais e as
cuidados com os animais e as plantas;
plantas em relao a vida deles e dos seres
humanos;
Conhecimento de algumas espcies da fauna e da Identificar algumas espcies da fauna
89
flora brasileira.
brasileira;
Diferenciar a fauna da flora;
Reconhecer algumas espcies da flora
brasileira;
Fenmenos da Natureza
Envolvimento em pesquisa e observao sobre a Observar e pesquisar sobre a ao de luz,
ao da luz, calor e movimento por meio de fotos,
calor e movimento.
PR II
CONTEDOS
OBJETIVOS
90
nossa ptria (Brasil), o estado do Esprito Santo e o relacionando-as com o patriotismo e civismo.
municpio de Viana.
Apropriao dos direitos e deveres da criana
atravs de gravuras, msicas, filmes, passeios,
dramatizaes, fotos, histrias, combinados,
reunies de pais e projetos especficos com base no
Estatuto da Criana e do Adolescente.
Desenvolvimento das noes bsicas dos impostos: Desenvolver noes bsicas sobre os
quem paga pelos servios pblicos na comunidade. impostos e sua relao com os servios
pblicos e quem sustenta financeiramente;
Explorao de atividades para conhecimento e Explorar e compreender alguns itens sobre a
interesse do significado do Hino
Nacional histria e o significado do Hino Nacional
Brasileiro;
Brasileiro
Os Lugares e Suas Paisagens
Utilizao de fotos, imagens ou outros registros Observar e comparar a paisagem local e as
para a observao de mudanas ocorridas nas mudanas ocorridas no espao ao longo do
paisagens ao longo do tempo.
tempo;
Diferenciar as construes nos campos, as
mudanas na terra e outros espaos, etc;
Valorizao e prtica de atitudes que visem Praticar atitudes de manuteno dos espaos
manuteno dos espaos por onde circula;
por onde circula;
Observao da paisagem local (rios, vegetao,
construes, florestas, campo, dunas, audes, mar,
montanha) desenvolvimento das possibilidades de
ampliao e desafio da forma de ver o espao;
91
interpretao das etapas de tal produo;
dos
dos
algumas
propriedades
prprias
do
92
Conhecimento de algumas espcies da fauna e da Reconhecer algumas espcies da fauna
flora brasileira e mundial;
brasileira;
Relatar algumas diferenas e semelhanas
entre a fauna e flora brasileira e mundial;
Percepo dos cuidados necessrios preservao Vivenciar atitudes de preservao do meio
da vida, do ambiente e a importncia da gua ;
ambiente e a importncia da gua para a
qualidade de vida no planeta;
Valorizao da vida nas situaes que implicam Relatar e adotar cuidados de valorizao da
cuidados prestados a animais;
vida em relao aos animais;
Valorizao e prtica de atitudes cotidianas que Praticar atitudes de manuteno da sade;
visam manuteno da sade;
Identificao das caractersticas e necessidades Diferenciar alguns seres vivos uns dos
vitais dos seres vivos, estabelecendo relaes e outros;
diferenas entre eles;
Identificar caractersticas de alguns seres
vivos e suas necessidades bsicas;
Conhecimento do prprio corpo por meio do uso e Reconhecer e explorar o prprio corpo por
explorao de suas habilidades fsicas, motoras e meio das suas habilidades fsicas, motoras e
perceptivas;
perceptivas;
Participao em atividades e brincadeiras cuidados Citar e adotar cuidados bsicos que se deve
bsicos que se deve ter com os pequenos animais ao ter com os pequenos animais ao cultivar a
cultivar a terra;
terra;
Percepo das necessidades do seu corpo e dos Relacionar o meio ambiente e as formas de
cuidados necessrios manuteno dele e vida que ali se estabelecem;
preservao da vida;
Valorizao e prtica de atitudes relacionadas ao Valorizando sua importncia para a
bem-estar individual e coletivo.
preservao das espcies e para a qualidade da
vida humana.
Os Fenmenos da Natureza
Estabelecimento de relaes entre os elementos e os Observar o mundo social e natural buscando
fenmenos da natureza, identificando a ao deles informaes sobre os fenmenos naturais;
sobre o meio ambiente;
Identificar a ao dos fenmenos da natureza
e a ao deles sobre o meio ambiente;
Participao em diferentes atividades envolvendo a Formular perguntas e imaginar solues para
observao e a pesquisa sobre a ao de luz, calor, compreender o mundo, opinando sobre os
som, fora e movimento.
acontecimentos de som, da luz do movimento,
etc.
5) MOVIMENTO
O movimento uma importante dimenso do desenvolvimento humano. Constitui-se em uma
linguagem, atravs da qual expressamos sentimentos, emoes, pensamentos e intenes,
alm de desenvolver as funes psicomotoras, permitindo que as crianas interajam com o
meio fsico, consigo mesma e com o outro. Essa linguagem precede linguagem escrita e
prepara a criana para aquisio da mesma, porquanto promove o desenvolvimento da
coordenao motora fina e global. Assim, das diferentes manifestaes dessa linguagem
93
surgiram dana, o jogo, o esporte e outros. O trabalho com o movimento contempla a
multiplicidade de funes que levam o indivduo a apropriar-se do controle psicomotor. O
movimento significa muito mais que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espao. O
educador deve considerar essa dimenso e a contemplar no planejamento.
Na primeira infncia, a criana apresenta, como principais caractersticas, a intensidade de
suas atividades motoras, seu mundo ldico, simblico e fantasioso. O corpo no precisa estar
esttico para que o cognitivo trabalhe. No existe uma dicotomia. Compreendendo o
indivduo como ser uno (indivisvel), avanamos para uma abordagem que considera o
sujeito em sua totalidade, com vrias dimenses. O exerccio de uma dimenso no anula as
demais. A diviso apenas acontece na perspectiva da sistematizao dos estudos. Portanto,
propiciar o movimento no responsabilidade apenas dos professores de Educao Fsica e
Ginstica Olmpica. Segundo especialistas, em atividades de movimentos que requeiram
resistncia muscular e no fora, tais como: cabo de guerra, corrida, esportes de exploso e
brincadeiras corporais, a intensidade do movimento deve durar at oito segundos, seguido de
dois a cinco minutos de atividade menos intensa ou de descanso, para promover a
manuteno do tnus muscular e respeitando a capacidade e maturidade do organismo
infantil.
Na infncia, o movimento base da aprendizagem. A criana transforma em smbolo aquilo
que pode experimentar corporalmente e seu pensamento se constri primeiramente, sob a
forma de ao.
Com a finalidade de alcanar uma ao efetiva, motora e social, em que as crianas possam
raciocinar planejar e avaliar sua movimentao, suas estratgias e atuao durante as
atividades, os movimentos a serem realizados devem estar carregados de sentido,
intencionalidade e significado. Por exemplo, em um pique caa-bandeira, as crianas
precisam decodificar as regras, definir suas atitudes, verificar a participao individual e na
equipe, alm de socializar os resultados com os colegas. No basta o professor orientar um
aluno a saltar de um lado para outro da corda, necessrio criar um ambiente em que o aluno
imagine que a corda um lago ou um muro e o colega, um leo que pode peg-lo. Os
movimentos devem ser construdos durante as aulas e atividades, atravs de elementos
simblicos que concentrem o prazer e o gosto pelas realizaes das atividades. Devemos
compreender que as aprendizagens infantis desenvolvem-se atravs do movimento, o que no
significa desordem, falta de organizao ou baguna. Para Wallon o espao motor e o
94
espao mental se supem de tal maneira que a perturbao de arrumar os objetos no espao
se associa a de ordenar as palavras na frase (1966, p.147).
MOVIMENTO
BERRIO
CONTEDOS
OBJETIVOS
Expressividade
Expresso de sensaes e ritmos corporais por meio Praticar gestos e posturas expressando
de gestos, posturas e da linguagem oral.
sensaes e rtmicos corporais.
Equilbrio e Coordenao
Explorao de diferentes posturas corporais, como Movimentar
e
explorar
posturas
sentar- se em diferentes inclinaes, deitar- se em diferenciadas, como sentar, deitar, apoiar-se,
diferentes posies, ficar ereto apoiado na planta do ficar eretos na ponta dos ps;
p com ou sem ajuda, etc;
Ampliao progressiva da destreza para deslocar- se Desenvolver
progressivamente
o
no espao por meio da possibilidade constante de deslocamento por meio das possibilidades
arrastar- se, engatinhar, rolar, andar, correr, saltar etc; constantes no espao como arrastar,
engatinhar, rolar, andar etc;
Desenvolvimento dos gestos relacionados com a
preenso, o encaixe, o traado no desenho, o
lanamento por meio da experimentao e utilizao
de suas habilidades manuais em diversas situaes
cotidianas.
MATERNAL I
CONTEDOS
OBJETIVOS
Expressividade
Expresso de sensaes e ritmos corporais por meio Demonstrar e vivenciar sensaes e ritmos
95
de gestos, posturas e da linguagem oral.
Equilbrio e Coordenao
Explorao de diferentes posturas corporais, como
sentar-se em diferentes inclinaes, deitar-se em
diferentes posies, ficar ereto apoiado na planta dos
ps com ou sem ajuda, etc;
Explorar
e
desenvolver
gestos
relacionados com a preenso, ao encaixe, o
traado do desenho, do lanamento, por
meio da experimentao, utilizando de suas
habilidades manuais no cotidiano.
MATERNAL II
CONTEDOS
OBJETIVOS
Expressividade
Expresso de sensaes e ritmos corporais por meio Praticar e expressar sensaes e ritmos
de gestos, posturas e da linguagem oral.
corporais atravs de gestos, posturas e da
linguagem oral.
Equilbrio e Coordenao
Participao em brincadeiras e jogos que envolvem
correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se,
movimentar-se, etc., para ampliar gradualmente o
conhecimento e controle sobre o corpo e o
movimento;
Demonstrar
satisfao
conquistas corporais;
pelas
suas
96
Explorao de diferentes posturas corporais, como
sentar- se em diferentes inclinaes, deitar- se em
diferentes posies, ficar ereto apoiando na planta dos
ps etc;
Movimentar
e
explorar
posturas
diferenciadas, como sentar, deitar, apoiar-se,
ficar ereto apoiando na ponta dos ps,
equilibrar-se;
PR I
CONTEDOS
OBJETIVOS
Expressividade
Equilbrio e Coordenao
Participao em brincadeiras e jogos que envolvem
correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se,
movimentar-se,
danar,
etc.,
para
ampliar
gradualmente o conhecimento e controle sobre o corpo
e o movimento;
Conhecimento da imagem do prprio corpo por meio Familiarizar-se com a imagem do prprio
dos movimentos;
corpo atravs dos movimentos;
Deslocamento com segurana no espao ao andar, Utilizar com segurana o deslocamento
correr, pular, etc, desenvolvendo atitude de confiana para andar, correr, pular, etc;
97
nas prprias capacidades motoras;
Explorao e utilizao dos movimentos de preenso, Explorar e aperfeioar movimentos
encaixe, lanamento etc, para o uso de objetos relacionados com a preenso, ao encaixe, o
diversos, atravs das habilidades manuais no cotidiano; traado do desenho, do lanamento,
utilizando suas habilidades manuais;
Conhecimento e participao em jogos com funo Reconhecer a funo simblica dos jogos
simblica;
e participar ativamente das etapas dos
jogos;
Participao em jogos motores com regras.
PR II
Expressividade
Utilizao expressiva intencional do movimento nas Expressar
intencionalmente
os
situaes cotidianas e em suas brincadeiras;
movimentos nas diversas brincadeiras e
atividades no cotidiano;
Percepo de estruturas rtmicas para expressar-se Conhecer as estruturas rtmicas
e
corporalmente por meio das brincadeiras e de outros expressar por meio das brincadeiras e de
movimentos;
outros movimentos;
Percepo de estruturas rtmicas para expressarem-se Reconhecer os segmentos e elementos do
corporalmente por meio da dana, brincadeiras e de prprio do corpo por meio das brincadeiras
outros movimentos;
e de outros movimentos.
Valorizao e ampliao das possibilidades estticas Demonstrar o conhecimento esttico do
do movimento pelo conhecimento e utilizao de movimento
atravs
das
diferentes
diferentes modalidades da dana;
modalidades da dana;
Percepo das sensaes, limites, potencialidades, Expressar
sensaes,
limites,
sinais vitais e integridade do prprio corpo.
potencialidades, sinais vitais e integridade
do prprio corpo.
Equilbrio e Coordenao
Participao em brincadeiras e jogos que envolvem
correr, subir, descer, escorregar, pendurar-se,
movimentar-se, danar, etc., para ampliar gradualmente
o conhecimento e controle sobre o corpo e o
movimento;
Valorizao de suas conquistas corporais com respeito Demonstrar satisfao pelas conquistas
as suas limitaes;
corporais, respeitando suas limitaes;
Manipulao de materiais, objetos e brinquedos Manipular materiais, objetos e brinquedos
diversos para aperfeioamento de suas habilidades para aperfeioar as habilidades manuais;
manuais;
Utilizao dos recursos de deslocamento e das
habilidades de fora, velocidade, resistncia e
flexibilidade nos jogos e brincadeiras dos quais
participa;
98
Conhecimento da imagem do prprio corpo;
6) MSICA
a msica no uma questo de interferncia, na educao da criana, uma
necessidade que deve ter espao consagrado e rotineiro, por possibilitar a
melhoria da sensibilidade, beneficiar os processos de aquisio da leitura e
da escrita [e outras habilidades lingsticas, alm da aprendizagem da
matemtica] e auxiliar na melhoria da capacidade de memorizao e de
raciocnio. Joo Beauclair [grifo nosso]
99
mas devem ser trabalhados com uma intencionalidade, oportunizando a criana a
possibilidade de expresso. A simples discriminao de sons graves ou agudos, curtos ou
longos, fracos ou fortes descontextualizados de outras partes constituintes do fazer musical,
pouco
acrescenta
experincia
infantil.
Devem-se
considerar
as
sugestes
A msica integra
melodia, ritmo e freqentemente harmonia, podendo haver letra ou poesia, que contribui para
enriquecer e formar a audio prazerosa, sensvel e crtica. A msica ainda possui atributos
relacionados ao som, altura, intensidade, durao e timbre. O silncio tambm faz parte da
organizao musical, pois valoriza o som e cria expectativa. O timbre oferece uma
personalidade voz. As crianas percebero a variao de timbre, altura, durao,
intensidade ouvindo, cantando e praticando a sonorizao de histrias. O uso de livros que
possuem apenas gravuras ou cartazes adequado para esse fim. Enquanto o professor conta a
histria, por exemplo, as crianas produzem os sons pertinentes, utilizando-se de imitaes e
instrumentos produzidos por elas mesmas. Funcionando assim o livro, de maneira anloga,
como partitura musical. A formao de corais e conjuntos na escola estimula o canto, a
socializao e a auto-estima. A diversidade de sons presentes na realidade e no imaginrio
infantil envolve e desperta ateno, a percepo, a identificao e a discriminao auditiva.
Devem-se apresentar criana as possibilidades de msica com texto e msica sem texto,
favorecendo a imaginao e criao. As canes ditas 'infantis', produzidas pela indstria
cultural e veiculadas pela mdia, raras vezes so adequadas e pouco enriquecem o
conhecimento das crianas. O aprendizado da msica, alm de favorecer o desenvolvimento
afetivo da criana e educadores, amplia a atividade cerebral. Isso porque o estmulo sonoro
adequado aumenta as conexes entre os neurnios, e quanto maior essas conexes mais
brilhantes o ser humano. Estudos comprovam que os recm-nascidos expostos a uma
melodia serena permanecem tranqilos, sendo a msica clssica a mais indicada, porque esse
tipo de som tem cadencia similar ao ritmo cardaco em repouso, despertando na criana
sensao semelhante que ela experimenta quando colocada prxima ao corao da me. O
contrrio tambm verdade. O som de msica rock, por exemplo, tende a deixar a criana
mais agitada.
O canto estimula e desenvolve a capacidade respiratria, aumentando a irrigao de oxignio
100
no crebro. A msica favorece ainda o alvio da tenso emocional, ajudando a superao de
dificuldades de fala e de linguagem, ajuda ainda no controle da respirao e da dico nos
casos em que existe distrbio da fala. A msica aproxima mais os educadores e alunos. Pelo
aspecto ldico e de livre expresso - sem cobranas e presses a msica tende a aliviar as
tenses e relaxar a criana, auxiliando na desinibio, respeito, e expresso de emoes. O
uso da msica ao incio das atividades cotidianas atenua problemas de adaptao, disperso e
ansiedade apresentada por algumas crianas. Portanto, pertinente o uso da msica na rotina
escolar seja na sala de aula, rodinha de conversa, auditrio, recreio e eventos.
A msica no deve ser entendida apenas como um meio para o ensino dos demais eixos de
trabalho,
mas
principalmente
interdisciplinaridade,
contudo
como
se
mais
um
estabelece
eixo
como
que
disciplina
embora
comporte
especfica
para
a
o
ensino/aprendizagem da educao musical. Embora o ensino com msica seja uma das
orientaes desse documento, a proposta avana para uma utilizao mais sistematizada e
estruturada da disciplina. Da, a necessidade da musicalizao, que segundo Brscia (2003),
um processo de construo do conhecimento, que possibilita o despertar e o desenvolver do
gosto musical, da audio esttica, sensibilidade, senso rtmico, do prazer de ouvir msica,
concentrao, autodisciplina e afetividade, sendo que este conjunto de competncias
estabelece no indivduo a musicalidade.
A msica exerce o papel de facilitadora do processo de ensino /aprendizagem, como
instrumento para tornar a escola um lugar mais alegre e receptivo, alm de ampliar o
conhecimento musical do aluno, afinal a msica um bem cultural e o conhecimento e a
prtica desse patrimnio deve ser acessvel a todos.
MSICA
BERRIO
CONTEDOS
OBJETIVOS
Fazer Musical
101
Participao em brincadeiras e jogos cantados e Cantar, brincar e jogar ao ritmo das
rtmicos.
msicas.
Apreciao Musical
Escuta de obras musicais variadas;
MATERNAL I
CONTEDOS
OBJETIVOS
Fazer Musical
Participao em situaes que interagem msicas, Vivenciar aes no cotidiano que integram
canes e movimentos corporais.
msicas, canes e movimentos corporais.
MATERNAL II
CONTEDOS
OBJETIVOS
Fazer Musical
Expressar
msicas;
interpretaes
de
diversas
102
Participao em situaes que interagem msicas, Participar da integrao das msicas,
canes e movimentos corporais.
canes e os movimentos expressando por
meio do corpo.
PR I
CONTEDOS
OBJETIVOS
Fazer Musical
Perceber
e
expressar
sensaes,
sentimentos, e pensamentos, por meio de
improvisaes,
composies
e
interpretaes musicais;
103
Escuta de obras musicais de diversos gneros, estilos Compreender que a diversidade musical
e culturas da produo musical brasileira e de outros
de origem brasileira e de outros pases;
povos e pases;
Informaes sobre as obras ouvidas e de seus
compositores para iniciar seus conhecimentos sobre a
produo musical;
PR II
CONTEDOS
OBJETIVOS
Fazer Musical
meio de
e
do
104
Participao em estudo sobre a origem e histria do Apontar alguns instrumentos musicais para
instrumento musical que escolher;
estudar sua origem e sua histria;
Participao em construo coletiva de improvisao Interagir e contribuir na construo coletiva
ou composio, no momento em que os instrumentos de improvisao musical, usando o
estiverem prontos;
instrumento que foi criado;
Participao em atividades que estudam e constroem Identificar e construir coletivamente
msicas clssicas, que rimam, com ritmo potico e msicas que rimam;
outras;
Reconhecer msica clssica e valorizar a
com ritmo potico;
Percepo e expresso das sensaes, sentimentos e Desenvolver improvisaes composies e
pensamentos,
por
meio
de
improvisaes, interpretaes
musicais,
expressando
composies e interpretaes musicais.
sensaes, sentimentos e pensamentos ao
improvisar msicas.
Apreciao Musical
Reconhecimento de elementos musicais bsicos: Reconhecer que os elementos musicais
frases, partes, elementos que se repetem etc (forma);
bsicos se repetem para dar forma
produo musical;
Escuta de obras musicais de diversos gneros, estilos, Escutar diversas obras musicais de
poca e culturas, da produo musical brasileira e de diferentes estilos, culturas, pocas e gneros
outros pases;
da produo brasileira;
Compreender que a diversidade musical
de origem brasileira e de outros pases;
Informaes a respeito das obras ouvidas e de seus Relacionar algumas obras musicais aos
compositores para iniciar seus conhecimentos sobre a seus
compositores
e
desenvolver
produo musical.
conhecimentos bsicos sobre a produo
musical.
7) ARTES VISUAIS
No se trata apenas de produzir
arte, mas produzir com arte. (VANDERLANE)
105
desenvolvimento da sensibilidade, da percepo, do olhar, do envolvimento na elaborao do
trabalho o grande desafio dos profissionais e a proposta desse eixo de trabalho.
Considerando Gardner, quanto teoria das inteligncias mltiplas, devem-se oportunizar
situaes de ensino/aprendizagem ao aluno que estimulem o desenvolvimento de todas as
inteligncias. No contexto das artes visuais esse desenvolvimento prepara o indivduo
oferecendo subsdios para apreciao, produo e avaliao na perspectiva artstica presente
nos variados objetos, realizaes humanas e da natureza.
106
Vamos fazer a mesma pose com o nosso corpo? Vamos reproduzir esse desenho em 3D?
Como era produzida a imagem antes da fotografia, das cmaras fotogrficas? Esses
questionamentos conduzem ao maior e melhor conhecimento do fazer artstico, alm de
oferecer a formao do indivduo para apreciar e produzir arte. A apreciao em arte d-se
pela observao atenta s imagens, aos sons, movimentos e representaes. Produzindo
trabalhos artsticos e conhecendo a produo de outras culturas, aumenta-se a possibilidade
da criana compreender a diversidade de valores que orientam os diferentes modos de agir,
produzir e de viver.
Na educao em artes visuais, a organizao do espao, a qualidade e quantidade de
materiais bem como a utilizao dos mesmos so quesitos determinantes para eficincia do
processo de produo. O material de uso das crianas deve estar em lugar acessvel a fim de
desenvolver a autonomia. Deve-se fazer a orientao s crianas quanto ao uso do material
de forma adequada como preveno segurana e ao trabalho individual e em grupo. Ao
trmino das atividades, as crianas devem participar dos ajustes necessrios ao ambiente,
para crescerem comprometidas e organizadas. Segundo o psiquiatra Iami Tiba, o brinquedo
o maior bem para a criana e que, portanto, quando ela cuida destes, aprende e assume a
responsabilidade em cuidar das demais questes da vida. Igualmente, quando a criana cuida
do material de uso individual e coletivo, desenvolve noes relacionadas conservao,
economia, sustentabilidade e respeito ao bem pblico, alm da cooperao.
importante respeitar a percepo de cada criana, evitando os modelos padronizados. Uma
rvore ou uma casa podem ser vistas de variadas formas e de diferentes maneiras e receber
uma representao imagtica partindo da significao de cada criana.
O suporte pedaggico deve ser de variados tamanhos e texturas (papel, pano, madeira,
calada, quadro), favorecendo a liberdade do gesto, do movimento amplo, o que favorece o
trabalho de explorao da dimenso espacial, o que imprescindvel na educao infantil. Os
diferentes suportes oferecem a percepo das variadas possibilidades de impresso (marca
grfica). A articulao entre o corpo e a marca grfica favorece a criana o conhecimento de
seu corpo e representaes da prpria imagem. Pode-se, por exemplo, utilizar tinta para
imprimir marcas dos pezinhos em um papel comprido sobre o qual as crianas caminhem e
vo percebendo aos poucos que as marcas ao incio visveis, tornam-se mais fracas at
desaparecerem. A exposio do material produzido pelas crianas deve ser feito no ambiente
da sala de aula, para apreciao dos colegas e de outras turmas. Aps a exposio por algum
107
tempo na sala e nos corredores, os trabalhos devem ser entregues aos pais para levarem para
casa. Deve-se providenciar a guarda de parte do material produzido para a realizao de uma
mostra cultural. Esta prtica colabora para aumentar a auto-estima das crianas e da famlia.
Na escolha de temas para as atividades artsticas so pertinentes a utilizao de histrias do
meio ambiente, fatos do cotidiano e imagens significativas. Para produo em artes visuais
devem ser consideradas as sugestes das crianas inspiradas em suas vivncias e idias
geradas no contato com os diversos materiais. As criaes tridimensionais devem ser feitas
em etapas, pois exigem diversas aes, como colagem, pintura, montagem etc., o que requer
percepo de volumes, proporcionalidades, equilbrios.
Na educao em artes visuais no existe o certo ou errado. A alfabetizao esttica ou a
educao dos sentidos para utilizao dos cdigos das diferentes linguagens: plstica,
musical, teatral, corporal, cnica, ciberntica prepara o indivduo para ler, compreender,
refletir, expressar e comunicar-se com o mundo.
ARTES VISUAIS(ARTE)
BERRIO
CONTEDOS
OBJETIVOS
108
MATERNAL I
CONTEDOS
OBJETIVOS
MATERNAL II
CONTEDOS
OBJETIVOS
109
manter contato com os materiais de arte;
Cuidado com os materiais e com os trabalhos e Observar e cuidar dos trabalhos e espaos
objetos produzidos individualmente ou em grupo;
da sala de aula;
Respeitar e cuidar das produes
individuais e coletivas;
Aperfeioar os cuidados com os trabalhos e
objetos construdos no cotidiano escolar;
Desenvolvimento das noes de cores: branca, Participar em atividades que envolvam as
amarela, vermelha, azul e preta.
cores: branca, amarela, vermelha, azul e
preta.
Apreciao: (suas produes e dos outros colegas)
Apreciao das suas produes e das dos outros, por Observar e demonstrar compreenso da
meio da observao e leitura de alguns dos elementos leitura de obras de arte;
da linguagem plstica;
Observao e identificao de imagens diversas.
PR I
CONTEDOS
OBJETIVOS
O Fazer Artstico
Criao de desenhos, pinturas, colagens, moldagens Criar desenhos, pinturas, colagens e
a partir de seu prprio repertrio e da utilizao dos modelagens a partir de seu repertrio e dos
elementos da linguagem das Artes Visuais: Ponto, elementos de linguagem das artes visuais;
linha, forma, cor, volume, espao, textura, etc;
Organizao e cuidado com os materiais no espao Cuidar e organizar os materiais da sala de
fsico da sala;
aula;
Valorizao de suas prprias produes, das outras Reconhecer a importncia das
crianas e da produo de arte em geral;
produes e da arte como um todo;
suas
110
carvo, carimbo, modelagem e pintura.
Reconhecimento das cores: branca, amarela, Reconhecer as cores: branca, amarela,
vermelha, azul, preta, verde, laranja, roxa, rosa, vermelha, azul, preta, verde, laranja, roxa,
marrom, cinza, lils.
rosa, marrom, cinza, lils.
Apreciao em Artes Visuais
Conhecimento da diversidade de produes Reconhecer a diversidade de produes
artsticas, como desenhos, pinturas, esculturas, artsticas,
como
desenhos,
pinturas,
construes, fotografias, colagens, ilustraes, etc;
esculturas,
construes,
fotografias,
colagens, ilustraes, etc;
Apreciao das suas produes e das dos outros Apreciar suas produes e as dos colegas
alunos, por meio da observao e leitura de alguns por meio de observaes, narrao, descrio
dos elementos da linguagem plstica;
e interpretao de imagens e objetos;
Leitura de obras de arte a partir da observao, Observar e interpretar imagens e objetos;
narrao, descrio e interpretao de imagens e Narrar e descrever a leitura de obras de
objetos;
arte;
Observao dos elementos constituintes da Identificar os elementos da linguagem
linguagem visual: ponto, linha, forma, cor, volume, visual: ponto, linha, forma, cor, volume, luz
contrastes, luz, texturas;
etc;
Apreciao das artes visuais e estabelecimento de Apreciar as artes visuais relacionando as
correlao com as experincias pessoais.
com suas experincias pessoais.
PR II
CONTEDOS
OBJETIVOS
O Fazer Artstico:
Cuidado com o prprio corpo e com os dos colegas Demonstrar cuidado com prprio corpo e
ao estabelecer contato com os suportes e materiais
com os dos colegas ao estabelecer contato
de arte;
com os suportes e materiais de arte;
Organizao e cuidado com os materiais no espao
fsico da sala;
suas
111
oferecidas pelos diversos materiais, instrumentos e
suportes necessrios para o fazer artstico;
oferecias
pelos
diversos
materiais,
instrumentos e suportes necessrios para o
fazer artstico;
Criar
desenhos,
pinturas,
colagens,
modelagens e criar outras produes a partir
do seu repertrio;