Maquinas

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MDULOS DIDTICOS DE FSICA

EIXO II: TRANSFERNCIA, TRANSFORMAO E CONSERVAO DA ENERGIA


TEMA 4: ENERGIA MECNICA
TPICO 12: TRABALHO E MQUINAS SIMPLES
Autores: Arjuna C Panzera
Arthur E. Q. Gomes
Dcio G. de Moura

O QUE VOC VAI APRENDER


Neste capitulo, voc vai estudar os conceitos de trabalho e energia e suas aplicaes envolvendo mquinas simples.
Voc dever aprender que:

podemos transferir energia aplicando uma fora que produz um deslocamento


o produto de uma fora pelo deslocamento que ela produz denominado trabalho da fora
a unidade de fora no Sistema Internacional de Unidades (SI) o newton (N) que equivale a 1 kg.m/s e a unidade de
trabalho no SI o joule (J) que equivale a N.m
mquinas simples so sistemas que utilizamos para fazer um trabalho, aplicando uma fora menor
o conceito de trabalho pode ser aplicado para explicar as seguintes mquinas simples: alavanca, plano inclinado e
roldanas
as ferramentas so tipos mquinas simples
as mquinas complexas so combinaes desses trs tipos de mquinas simples.

ESTE TEMA EM NOSSA VIDA


Mquinas so dispositivos criados pelos homens
auxiliar na execuo de tarefas. Utenslios, ou
alicate, uma vara de pescar, um martelo, nos
tarefas do nosso dia a dia. Esses utenslios so
mquinas simples. As mquinas, em geral, tm
fora aplicada, facilitando a execuo de uma
As ferramentas podem entendidas como
tipos de mquinas simples: alavanca, plano
mquinas complexas, como um guindaste, por
combinaes desses trs tipos de maquinas

com o objetivo de
ferramentas, como um
ajudam na realizao de
tambm chamados de
como objetivo diminuir a
tarefa.
aplicao de apenas trs
inclinado e roldana. As
exemplo, so
simples.

ESTE TEMA NA FSICA


Para entender o funcionamento das mquinas simples necessrio entender o conceito de trabalho em Fsica.

A palavra trabalho possui muitos significados, mas em Fsica esse


conceito tem um significado diferente dos habituais. Por exemplo: no
dia a dia podemos usar a palavra trabalho para significar emprego.
Dizemos que uma pessoa acorda de manh cedo e vai para o trabalho.
Outro significado de trabalho no cotidiano o de esforo. Por exemplo,
ao elaborar um relatrio um pesquisador acha que essa atividade
exigiu muito esforo, ou seja muito trabalho. Quando uma pessoa atua
como ator dizemos que ela est realizando o trabalho de representar.
Em Fsica, como veremos na prxima seo, o conceito de trabalho
bem diferente do significado habitual.

O Conceito de Trabalho em Fsica


Em Fsica, trabalho est associado aplicao de uma fora que desloca um objeto por uma certa distncia. Devido essa ao
ocorre uma tranferncia de energia de quem aplicou a fora para o objeto. Com isso, o objeto adquire alguma forma de energia
que pode ser: energia cintica (movimentar), energia potencial gravitacional (levantar), energia elstica (deformar). Se uma
pessoa empurra um carrinho de mo, ela est realizando um trabalho, pois est aplicando uma fora (F) que provoca um
deslocamento (d).

Em Fsica trabalho (T) definido como sendo o produto da fora (F) pelo deslocamento
(d) que ela provoca no objeto:
Trabalho = Fora x deslocamento ou T = F x d
Se uma fora de 1 newton (1 N) desloca um objeto por 1 metro (1 m), dizemos que um
trabalho de 1 joule (1 J) foi realizado pela fora. Pode-se ento escrever que 1 J = 1 N x
1 m.
Se o carrinho mostrado na figura anterior empurrado com uma fora de 240 N e o
carrinho deslocado de 10 m, ento o trabalho realizado pela fora de 2.400 J.

Quando um garoto empurra um armario (fora F) e no consegue desloc-lo (d=0), a fora que ele aplica no realiza trabalho, ou
seja, o trabalho zero (T= 0).
H situaes em que existe uma fora sendo aplicada e um deslocamento ocorrendo, mas o delocamnento no provocado por
essa fora. Por exemplo, quando uma lavadeira caminha carregando uma lata dgua na cabea, a fora que sustenta a lata no
realiza trabalho, pois a cabea exerce uma fora para cima na lata e a lata no se desloca na direo vertical. Assim essa fora
vertical no est realizando trabalho.

Quando uma pessoa carrega uma mala, a fora que ela exerce para cima sustentando a mala tambm no produz trabalho
(T=0). Mas, se ela pega a mala no cho e a levanta, a fora aplicada provoca um deslocamento e haver trabalho; a mala ir
adquirir energia potencial gravitacional. Se a pessoa puxa um carrinho e exerce uma fora (F) inclinada em relao ao seu
deslocamento, como na figura abaixo, dizemos que apenas uma parte da fora ( Fd ) est sendo usada para realizao de
trabalho, a parte que est na direo do deslocamento (d). Para calcularmos o trabalho realizado, nesse caso, multiplicamos ( Fd
) por (d), ou seja T= Fd X d .

Uma outra situao em que existe uma fora aplicada e um deslocamento ocorrendo, mas no h realizao de trabalho, o
caso de um movimento circular uniforme. Por exemplo, um menino brincando de aeromodelismo. A fora que o menino faz para
dentro do crculo e no contribui para que o avio se desloque, no havendo, dessa forma, realizao de trabalho. O responsvel
pelo movimento do avio seu motor que, ao girar sua hlice, faz ele se deslocar para a frente. A fora do brao do menino
apenas muda a direo da velocidade do avio, fazendo-o mover em crculo.
Trabalho e Energia

A energia cintica que um ciclista adquire devida ao trabalho


realizado por ele ao pedalar. Quando o ciclista realiza um trabalho
de 120 J pedalando, ele e a bicicleta vo adquirir uma energia
cintica de 120 J.
Num hipermercado uma empilhadeira eleva caixas para serem
guardadas nas prateleiras. A fora que a mquina exerce para
elevar cada caixa, realiza um trabalho sobre a caixa fazendo com
que ela adquira uma
energia potencial
gravitacional. Se
empilhadeira realizou um
trabalho de 1.000 joules
para elevar a caixa, ento
a caixa adquiriu uma
energia potencial
gravitacional de 1.000
joules. Se a caixa cair, ela
chegar ao solo com
energia cintica de 1.000
joules.
Quando um arqueiro puxa
a corda de seu arco, que
funciona como uma mola
est realizando trabalho sobre o sistema arco-corda, dando-lhe
uma energia potencial elstica. O arqueiro faz fora sobre o arco e
desloca a corda, juntamente com a flecha, isto realiza um
trabalho. Esse trabalho exatamente igual energia potencial
elstica armazenada no sistema arco-corda-flecha. Ao soltar a
corda, a energia potencial armazenada transferida para a flecha,
que adquire energia cintica.

O Plano Inclinado
Um operrio quer elevar uma caixa que est no solo para coloc-la
em um caminho. Uma maneira de fazer isso eleva-la
verticalmente. Mas se a caixa for muito pesada ele pode colocar
uma tbua comprida inclinada e puxar a caixa sobre ela. Neste
caso, ele far uma fora menor do que faria se levantasse a caixa verticalmente. Porm, usando a tbua ele deslocar a caixa
por uma distncia maior. O trabalho realizado nos dois casos o mesmo, pois ao deslocar a caixa pelo plano inclinado a fora
ser menor, porm o deslocamento ser proporcionalmente maior. Ou seja, dizemos que no plano inclinado a forca menor mas,
em compensao, o delocamento maior. Observe que nos dois casos a caixa ir adquirir a mesma energia potencial
gravitacional pois estar na mesma altura.
A figura abaixo mostra as duas situaes na figura 1 a fora maior e o deslocamento menor; na figura 2 a fora menor e o
delocamento maior. Como o trabalho o produto da fora pelo deslocamento, nas duas situaes haver a realizao do
mesmo trabalho.

Como o trabalho o mesmo nas duas situaes, podemos escrever:


F grande x d pequeno = F pequena x d grande

Dizemos, ento, que: no plano inclinado a razo entre as foras aplicadas nas duas situaes (sem a rampa e com a rampa)
igual razo inversa entre os respectivos comprimentos (rampa e altura vertical). Podemos dizer que essa a regra matemtica
que estabelece a vantagem mecnica da mquina simples denominada de plano inclinado.
O plano inclinado (rampa) , ento, um dispositivo utilizado para realizar trabalho usando uma menor fora.
Exerccio de aplicao
Suponha que num Super Mercado h uma rampa para subir de um andar para o outro. A altura vertical entre os andares de 3
m e o comprimento da rampa de 12 m. Uma pessoa empurra um carrinho com peso correspondente a 60 kg, subindo pela
rampa. Qual o valor da fora que essa pessoa exerce para empurrar o carrinho?
Atividade 1: A rampa no parafuso
O parafuso tm o objetivo de fixar um objeto em outro. Um parafuso usa o principio do plano
inclinado para que penetre na madeira ou na parede. Se voc acompanhar o fio do parafuso desde
a sua extremidade, ver que ele se desloca em espiral e num plano inclinado.
Tome a folha de seu caderno. Corte-a na diagonal formando tringulo retngulo, como na figura A.

Agora enrole o cateto menor, como na figura B. Ao final do enrolamento voc fez um modelo de um parafuso: um plano inclinado
em espiral.

Exercicio de aplicao
A maioria dos macacos usados para levantar carros usa o principio do parafuso, ou seja principio do plano inclinado. Analise as
figuras do macaco de carro para verificar a aplicao do principio da rampa.

A Alavanca
Trs sculos antes da era crist, o matemtico grego
Arquimedes teria afirmado: D-me uma alavanca e um
ponto de apoio e levantarei o mundo. Como voc v,
desde tempos antigos a alvanca, outra mquina simples,
j era usada.
Para explicar o funcionamento de uma alavanca podemos
usar o conceito de trabalho e energia potencial
gravitacional. Por exemplo, para um operrio tirar uma
tampa pesada de esgoto ele precisa usar uma alavanca e
um ponto de apoio (ver figura).

O operrio ao levantar a tampa do esgoto realiza um trabalho que igual ao produto F 2 x d2. O valor deste trabalho igual ao da
situao em que o operrio levanta a tampa puxando-a verticalmente para cima. Neste caso far uma fora muito maior, porm o
deslocamento da tampa ser menor. Usando a alavanca, a fora F2 menor que F1 mas o deslocamento d2 maior do que d1.
Nos dois casos est envolvida a mesma energia, mas com a alavanca o operrio aplica uma fora menor.
Dizemos que o trabalho o mesmo, com ou sem a alavanca, ou seja:

Se analisamos a figura anterior, vemos que h formao de dois tringulos retngulos que so semelhantes pois tm os ngulos
opostos pelo vrtice iguais.

A alavanca possui dois braos que so as medidas do ponto de apoio at as extremidades: b 1 e b2. Os deslocamentos d1 e d2
so proporcionais aos respectivos braos da alavanca b1 e b2. Assim, a ltima expresso matemtica mostrada acima pode ser
reescrita como:

Dizemos, ento, que: na alavanca, a razo entre as foras aplicadas nas duas situaes (sem a alavanca e com a alavanca)
igual razo inversa entre os respectivos braos da alavanca). Podemos dizer que essa a regra matemtica que estabelece a
vantagem mecnica da mquina simples denominada de alavanca.
Torque ou momento de uma fora
Em Fsica, existe um outro conceito importante que podemos relacionar com a ltima expresso matemtica mostrada acima.
Trata-se do conceito de torque ou momento de uma fora. A expresso matemtica da alavanca pode ser reescrita assim:
F2 x brao maior da alavanca = F1 x brao menor da alavanca.
Esse produto da fora aplicada na expremidade da alavanca pelo seu respectivo brao de
alavanca chamado de torque ou momento de uma fora. Assim o momento de uma fora
o produto da fora (F) pela distncia do ponto de aplicao dessa fora at o eixo (b).
Podemos ver uma aplicao desse conceito na analise do movimento de rotao de uma
porta. Se fazemos uma fora F1 na porta (veja figura) ela tende a girar no sentido dessa
fora. O brao dessa fora a distncia b1. O momento dessa fora, M1, F1 x b1. Se outra
pessoa faz uma fora F2 no sentido oposto, com um brao b2, o momento dessa fora, M2,
F2 x b2. Se M1 = M2, a porta no ir girar, ou seja, dizemos que ela ficar em equilibrio.
Exercicio de aplicao
Se na figura anterior F1 igual a 40 N e b1 igual 20 cm, que valor dever ter F2, para a
porta no girar? Considere a largura da porta, b 2, igual a 80 cm.
Os trs tipos de alavancas
Nas alavancas podemos identificar trs elementos: a fora potente (a que a pessoa
exerce), a fora resistente (a do objeto que se quer deslocar ou quebrar) e o ponto de
apoio. O tipo da alavanca depende da posio relativa desses trs elementos.
Os trs tipos de alavancas existentes so: interfixa, interpotente e interresistente.
Na alavanca interfixa o ponto de apoio fica entre a fora potente e a fora resistente.
Na alavanca interresistente a resistncia fica entre o ponto de apoio e a fora potente.
Na alavanca interpotente a fora potente fica entre o ponto de apoio e a resistncia.
A figura abaixo mostra um resumo dos trs tipos de alavancas.

Atividade 2: os trs tipos de alavancas


Ao lado de cada figura ou situao descrita, identifique o local do ponto de apoio, desenhe uma seta representando a fora
potente e outra representando a fora resistente. Identifigue o tipo de alavanca completando a frase .

1. Um jardineiro poda uma planta usando uma tesoura.


Alavanca ___________________
O ponto de apoio est _______________
A fora potente aplicada ____________
A fora resistente aplicada _____________

2. Uma cozinheira usa um quebra nozes.


Alavanca ___________________
O ponto de apoio est _______________
A fora potente aplicada ____________
A fora resistente aplicada _____________

3. Um bilogo usa uma pina para segurar pequenos animais.


Alavanca ___________________
O ponto de apoio est _______________
A fora potente aplicada ____________
A fora resistente aplicada _____________

4. Uma pessoa retira o prego de uma tboa usando um martelo.


Alavanca ___________________
O ponto de apoio est _______________
A fora potente aplicada ____________
A fora resistente aplicada _____________

5. Um pedreiro carrega uma carrinho de mo.


Alavanca ___________________
O ponto de apoio est _______________
A fora potente aplicada ____________
A fora resistente aplicada _____________

6. Uma pessoa pescando.


Alavanca ___________________
O ponto de apoio est _______________
A fora potente aplicada ____________
A fora resistente aplicada _____________

AS ROLDANAS
Roldana, ou polia, um disco com um eixo e um sulco em borda por onde pode passar um cabo
flexvel.
Nas academias de ginstica
existem diversos aparelhos
que utilizam roldanas (ver figura).
As roldanas so usadas com
dois objetivos: para facilitar a
aplicao de uma fora
mudando a sua direo; para
efetuar uma tarefa aplicando
uma fora menor. Em certos
equipamentos as
roldanas so usadas para que a
pessoa aplique fora
em direes especiais e em outras
para aplica-las com
valores diferentes.
Os varais usados em apartamentos
roldanas para facilitar a elevao
devem ser secadas.

tambm usam
das roupas que

Existem dois tipos de roldanas: fixas e mveis. Veja na figura


ao lado que a roldana de cima fixa, pois est presa na
beirada do telhado. A roldana de baixo mvel, pois ela vai subir junto com o balde
quando a pessoa puxar a corda.

Guindastes utilizam roldanas para elevar objetos pesados. O


gancho que eleva o peso, em um guindaste, constitudo de
roldanas mveis, que sobem e descem juntamente com o
peso. Porm existem roldanas fixas encaixadas no corpo da
mquina.
Voce poder elevar
um balde com um
peso de cimento
correspondente a
400 N, de um andar
para outro de altura
igual a 3 m, de
quatro modos:
Voce poder elevar um balde com um peso de cimento correspondente a 400 N, de um
andar para outro de altura igual a 3 m, de quatro modos:

Modo 1: puxando o balde para cima com uma corda, conforme a figura. Neste caso voc
realiza um trabalho que calculado multiplicando a fora aplicada, que igual ao peso P
do balde (P = 400 N), pela distncia percorrida (3 m), que resulta em 1.200 J de energia.
Modo 2: usando uma roldana fixa para puxar o balde aplicando uma fora horizontal (figura 2a)
Modo 3 usando uma roldana fixa para puxar o balde aplicando uma fora vertical para baixo (figura 2b).

Note que no modo 2 e no modo 3 a fora que voc aplica igual a 400 N e a
distncia percorrida de 3 m, portanto o trabalho 1.200 J. Nesses trs primeiros
modos, a roldana, que fixa na estrutura do prdio, no muda o valor da fora
aplicada, mas muda a direo da fora aplicada, facilitando a elevao do balde.
Modo 4 voc poder aplicar uma menor fora
se usar roldanas mveis. A figura 3 mostra o
balde sendo elevado por uma roldana mvel.
Nesse caso voc aplicar metade da fora,
isto , 200 N, porm ter que puxar 6 m de
corda, ou seja, o dobro das situaes
anteriores. Como o peso do balde de 400
N, a fora em cada ramo da corda ligada
roldana mvel ser a metade do peso, isto ,
de 200 N. Veja o detalhe ao lado esquerdo.
O trabalho realizado, ento ser igual a:
T = F x d = 200 N x 6 m = 1.200 J

Assim, a roldana mvel permitiu que voc utilizasse uma fora menor para realizar o mesmo trabalho. Roldanas mveis, assim
como a alavanca e o plano inclinado, so consideradas mquinas simples, pois realizam o mesmo trabalho aplicando uma fora
menor.
Existem sistemas de roldanas mveis que usam duas ou mais roldanas acopladas num mesmo eixo, como na
figura direita. Se duas roldanas mveis so usadas, o peso dividido por 4, como mostra a figura
esquerda. Se forem usadas trs roldanas mveis o peso dividido por 8.
Concluindo, a fora que se deve utilizar usando roldanas mveis,
n
pode ser expressa pela equao: F = P / 2 , onde n o nmero de
roldanas mveis.
Ateno: na prtica, para fazermos o calculo da fora a ser aplicada
temos que levar em conta o atrito nos eixos das roldanas. A presena
do atrito exige uma fora maior do que a calculada. A fora de atrito
transforma parte da energia aplicada em energia trmica ou sonora. Se um sistema de
roldanas possui atrito ela faz barulho e esquenta o eixo e a prpria roldana e por isso so
usados leos lubrificantes para superar esse problema.

Atividade 3: uso de roldanas mveis


Consiga trs roldanas (pode ser de varal), um pedao de barbante e um peso.
Realize os experimentos a seguir:
3a pendure um peso por um barbante e segure-o na vertical, memorize a fora que voc est aplicando;

3b amarre a roldana fixando-a em algum lugar; passe agora o barbante pela roldana fixa e verifique que ela no faz diminuir a
fora que voc deve exercer para manter o peso, mudando apenas a direo em que voc puxa a corda;
3c use agora uma roldana fixa e outra mvel, dependurando o peso na mvel. Verifique que agora a fora que voc aplica para
que o corpo suba menor, porm deve puxar o dobro do comprimento do barbante para que o peso se eleve a mesma altura;
3d dessa vez use duas roldanas mveis e uma fixa para elevar o peso. Compare o valor da fora aplicada agora com as
situaes anteriores. Compare tambm o tamanho do barbante que voc puxou para elevar o peso mesma altura.
As roldanas fixas facilitam a realizao de trabalho simplesmente por mudar a direo da fora, permitindo-nos exercer a fora na
direo mais cmoda para ns. As roldanas mveis facilitam ainda mais o trabalho, por nos permitirem usar fora menor que o
peso que temos a elevar.
CONHECIMENTO EM AO
Exerccios
1. A figura seguinte mostra um sarilho, dispositivo usado desde a antiguidade
para retirar gua de poos.
a) O sarilho baseado em qual da
mquinas simples: alavanca, plano
inclinado ou roldana?
b) A figura ao lado mostra as partes
principais do sarilho. Suponha que o
balde tenha 30 kg, o raio r do disco
onde a corda est enrolada de 20 cm
e o brao da manivela b onde a fora
ser aplicada de 50 cm. Qual ser o
valor da fora que a pessoa ter que
aplicar para suspender o balde?
c) Quando a pessoa gira a manivela, a
corda vai se enrolando no eixo e o raio
r vai aumentando. Voc acha que, medida que o balde vai subindo, a
dificuldade em pux-lo, por causa disso, aumentar, diminuir ou no haver
alterao?
2. Em cada situao a seguir, identifique o tipo de alavanca, salientando o
ponto de apoio, a fora resistente e a fora potente.
2a Alicate comum.
2b Alicate de unha.

2c Flexo do corpo

2d Levantamento do p

2e Balana romana

2f Movimento do brao

3. As engrenagens tambm so aplicaes das mquinas simples. Elas so constitudas de discos de dimetros diferentes que
giram em torno de seus eixos e so ligadas atravs de correias ou por contatos (por presso ou por dentes de engrenagens)
para que no haja deslizamento entre elas. Na transmisso
por contato ocorre inverso no sentido do movimento, o que
no ocorre quando as engrenagens so interligadas por
correias.
a) Em qual dos tipos de mquina simples - alavanca, plano
inclinado ou roldana - as engrenagens esto baseadas?
b) O pedal de uma bicicleta ligado a uma polia que,
atravs de uma corrente, faz conexo com a roda trazeira.
Para que o ciclista realize menos fora, o dimetro da polia
do pedal deve ser
maior ou menor que
a da roda? Explique.
4. Nas estradas,
quando se deve
projetam subindo
Explique porque,
figura ao lado
a) Porque as polias
b) As polias giram
c) Quando a polia
d) A fora que as

ultrapassar uma montanha, os engenheiros nunca as


em linha reta, mas atravs de curvas de asceno gradual.
baseado em seus conhecimentos de mquinas simples.
5. Num motor de carro usam-se polias ligadas por correias. A
mostra um exemplo dessa situao.
possuem dimetros diferentes?
com a mesma velocidade?
maior d uma volta, as menores tambm do uma volta?
polias fazem sobre os eixos possuem os mesmos valores?

6.
(Cesgranrio RJ) Um corpo de peso P encontra-se em equilibrio, devido
ao da fora F, como indica a figura. Os pontos A, B e C so pontos de
contato entre os fios e a superfcie. A fora que a superfcie exerce sobre os
fios nos pontos A, B e C so respectivamente:
A) P/8, P/4, P/2.
B) P/8, P/2, P/4.
C) P/2, P/4, P/8.
D) P, P/2, P/4.
E) iguais a P.

posies de um brao humano


2,5 kgf. As distncias entre as
Nas condies das figuras a e b
(momentos das foras) em

7. (Vunesp) As figuras a e b indicam duas


que tem na palma da mo uma esfera de
articulaes esto indicadas na figura.
possvel afirmar que os torques
relao ao ponto O so respectivamente:

8. (UFMG -1997) A figura mostra trs engrenagens E1, E2 e E3, fixadas pelos seus centros, e de raios R1, R2 e R3,
respectivamente. A relao entre os raios R1 = R3 R2. A engrenagem da esquerda ( E1 ) gira no sentido horrio com perodo T1.

Sendo T2 e T3 os perodos de E2 e E3, respectivamente, pode-se afirmar que as engrenagens vo girar de tal maneira que
A) T1 = T2 = T3, com E3 girando em sentido contrrio a E1.
B) T1 = T3 # T2, com E3 girando em sentido contrrio a E1.
C) T1 = T2 = T3, com E3 girando no mesmo sentido que E1.
D) T1 = T3 # T2, com E3 girando no mesmo sentido que E1.
9. Os diagramas a seguir mostram pesos colocados sobre uma tbua apoiada em um piv triangular. Podem ocorrer trs
situaes:
A a tbua permanecer em equilbrio na horizontal;
B a tbua tombar para o lado direito;
C a tbua tombar para o lado esquerdo.
Para cada um dos 8 diagramas abaixo, verifique qual das situaes ocorrer: A, B ou C.

Verifique, na prtica, as suas previses construindo a seguinte montagem usando uma rgua, um apoio e moedas iguais:

8. Hai Kais so poemas de 3 versos de origem japonesa. O Hai Kai abaixo refere-se a uma mquina simples. Explique o seu

funcionamento.
O monjolo soca
cheiroso milho dourado
que vira fub.
(Autor: Alaor Chaves)
(Coluna lateral a ser colocado ao lado da seo sobre PLANO INCLINADO)
Arquimedes nasceu em Siracusa, na antiga Grcia, cerca de 287 a.C.. Foi um dos mais
importantes cientistas e matemticos da Antiguidade. Ele fez descobertas importantes em
geometria e matemtica, como por exemplo um mtodo para calcular o nmero p (razo
entre o permetro de
uma circunferncia e
seu dimetro). Ele
inventou ainda vrios
tipos de mquinas,
tanto para uso militar
como para uso civil. No
campo da Fsica, ele
contribuiu para o
desenvolvimento da
Hidrosttica,
estabelecendo o
princpio que leva o seu
nome, Principio de Arquimedes ou Lei do Empuxo. Ele
inventou tambm a mquina denominada Parafuso de Arquimedes usada para elevar gua de um nvel para outro (veja figura).
Sugestes de Projetos
1. Simulando msculos Construa usando papelo duro ou chapa de madeira compensada modelos de partes de nosso corpo e
elsticos simulando os nossos msculos:

A seguir apresentamos modelos do brao e do antebrao para voc reproduzir:

2. Parafuso de Arquimedes
Construa um parafuso de Arquimedes usando sua criatividade.
PARA SABER MAIS
a) Fsica Volume nico Cap. 6 - Beatriz Alvarenga e Antnio Mximo _ Edit. Scipione.
b) www.fisica.net/mecanicaclassica/maquinas_simples_alavancas.php
c) cdcc.sc.usp.br/roteiros/maquis.htm Experimentoteca USP.
d) http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/maquinas/
e) http://www.feiradeciencias.com.br/feiravirtual/feiravirtual_00.asp

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