Revisão Canal Circular

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ENGENHARIA CIVIL CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP

I.H.S. - Prof. Dr. talo Alberto Gatica Rspoli

REVISO DE HIDRULICA EM CANAIS CIRCULARES


Ao considerar que o transporte subterrneo de gua pluvial e esgoto sanitrio, ocorre nas
cidades brrasileias em grande parte com utilizao de canais circulares a presso atmosfrica e
formas tubulares, se resume a seguir um simples formulrio das propriedades geomtricas
hidrulicas dessa configurao, seguida da equao de Manning e Chezy com o intuito de
reproduzir diversos clculos dispensando as incmodas tabelas e bacos que j foram muito
empregadas antes da popularizao do micro computador e das calculadoras programveis,
assim permitindo ao aluno que escolha uma ferramenta de hardware e software para dar conforto,
segurana e velocidade marcha de clculos quando este so realizados em grandes
quantidades, junto rotina de projetos. Tornando-se til para diversas disciplinas, como
Instalaes Hidrulicas e Sanitrias, Sistemas Hidrulicos, Saneamento e outras que precisem
das aplicaes de Manning. Todavia no existe nenhuma contra indicao quanto ao uso das
antigas tabelas junto a problemas isolados, pois nestes casos continuam contribuindo
positivamente, do ponto de vista prtico.
DI = dimetro interno (m);
Yo = altura da lmina dgua (m);
B = largura do canal (m) formado em funo de Yo;
= ngulo formado entre as extremidades de B
e o centro do tubo ( / radianos);
Am = rea molhada (m);
Pm = permetro molhado (m);
Rh = raio hidrulico (m);
Clculos geomtricos

= 2arc cos (1 - 2

Pm =

V=

DI
2

Q
Am

Y0
)
DI

B = DI sen

Rh =

Am
DI
sen
=
(1 )

Pm
4

DI2
Am =
( - sen )
8

Q = V Am

a vazo deve estar em m3/s para produzir a Velocidade em [m/s]

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Tomar o devido cuidado ao realizar operaes algbricas com . Quando isto ocorrer tal
ngulo nmero puro, ou seja, radianos e no graus decimais.

Equao de Manning
Q=

Am 2/3 1/2
Rh I
n

Onde,
I = inclinao do tubo (m/m);
n =caracterstica da parede interna do tubo, ou simplesmente coeficiente de Manning.

Equao de Chezy
V = ( Rh I )1/2 CGK

0,00155 1
+
I
n
CGK =
0,00155 n
(1+ (23 +
)
I
Rh
23 +

onde

A vazo, neste caso obtida por Q = V Am

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A tabela abaixo, apresenta alguns valores de n (natureza das paredes de canais abertos e
fechados (tubos), para PVC novo usar 0,011 a 0,012

Durante muitos anos vigoraram bacos e tabelas para determinao do raio hidrulico,
rea molhada e outros parmetros. Ainda hoje tais mtodos resistem na literatura tcnica e ainda
so utilizadas em muitas academias de engenharia. Todavia com o advento das calculadoras,
cientficas, depois as programveis, e a conseqente evoluo do hardware e software, referidos
bacos foram substitudos por rotinas de clculo, mais rpidas e confiveis, uma vez que se
dispensam as interpolaes lineares em expresses que na verdade so curvas exponenciais,
reduzindo a probabilidade de erro na captura de um valor interpolado visualmente.
Tambm durante muito tempo vigorou a consulta de planilhas impressas previamente
calculadas pela equao de Manning para vrios dimetros, materiais e inclinaes (velocidades),
empregando-se at interpolao linear entre elas, contudo, este mtodo prtico e rpido, hoje
pode ser abolido por uma simples rotina de calculadora programvel.

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Em projetos de redes urbanas de recolhimento de guas pluviais, normalmente se
dimensionam as tubulaes com um mximo de 75% do dimetro interno da tubulao para a
altura da lmina interna molhada Yo e 50% do dimetro interno para redes urbanas de esgoto
sanitrio, quando estas superam a velocidade crtica (Ser visto na disciplina de Saneamento I e
II). Estas consideraes conduzem a grandes simplificaes na frmula de Manning quando se
deseja definir um dimetro dada a vazo de projeto , material e inclinao da tubulao.
Segue a demonstrao de referidas formulaes compactas e eficazes para o trato de
transporte de guas pluviais e esgoto sanitrio em tubulaes sob presso atmosfrica.

PARA GUA PLUVIAL EM REDES URBANAS


Yo = 0,75 DI  DI = Yo / 0,75
= 2arc cos (1 - 2

Y0
)
DI

= 2 arc cos (1- 2

= 2arc cos (1 - 2

Y0
)
DI

Y0
) = 2 arco cos (1- 2 0,75) = 240
Y0
0,75

Ou seja, para qualquer dimetro interno (DI), o ngulo

ser sempre 240 na condio de

75%DI para a lmina Yo.


Para clculos algbricos 240 precisa estar em radianos (nmero puro), portanto nestes
casos se emprega cuidadosamente 4/3 ao invs de 240o

Am =

Rh =

DI2
( - sen ) =
8

Yo
0,75
8

4
- sen 240 ) = 1,12329235746 Yo2
3

DI
sen
Yo
sen 240
(1 )=
(1 ) = 0,40224944526 Yo2
4
4
4 0,75

Substituindo Am e Rh na equao de Manning ao realizar as devidas simplificaes,


obtm-se:

Yo =

1,2021 (Q
3
16
I

3
n )8

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Como Yo = 0,75 DI ento,

1,2021 (Q

3
n )8

DI =

I16
0,75

1,6028 (Q

3
n )8

DI =

1,6028 (Q

3
I16

3
I 16

3
n)8

(terico)

Esta frmula dimensiona o dimetro interno de uma tubulao circular para guas pluviais
na situao geomtrica fixada num mximo de Y0 = 0,75DI. Obviamente se escolhe o dimetro
nominal comercial existente superior ou igual ao de clculo, cujo dimetro interno seja pelo menos
igual. Com o dimetro nominal escolhido preciso avaliar a velocidade para respeitar os limites
tecnolgicos dos materiais e fabricantes. Para isto aplica-se a equao da continuidade Q=VAm
com as devidas simplificaes obtm-se:

V = 1,5825

Q
DI2

(terico), onde, Q[m3/s]; DI [m]; v [m/s]

O fato de escolher um Di final pertencente linha comercial, em tese, ligeiramente superior


ao Di terico, todavia muitas vezes, bem superior ao Di terico por falta de opo dentro da linha
comercial , estabelece novas relaes hidrulicas para a rea molhada, permetro molhado e o
raio hidrulico, conseqentemente, uma alterao da velocidade em funo da manuteno da
vazo de projeto e essas mudanas.

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