NBR 7212
NBR 7212
NBR 7212
Objetivo
Esta Norma fixa as condies exigveis para a execuo
de concreto dosado em central, incluindo as operaes
de armazenamento dos materiais, dosagem, mistura,
transporte, recebimento, controle de qualidade,
inspeo, aceitao e rejeio.
Esta Norma no abrange as operaes subseqentes
entrega e recebimento do concreto fresco.
Esta Norma aplica-se tambm, no que couber, aos
casos em que a executante da obra dispe de central
de concreto.
Definies
Concreto dosado em central : Concreto dosado, misturado em
equipamento estacionrio ou em caminho betoneira, transportado
por caminho betoneira ou outro tipo de equipamento, dotado ou
no de agitao, para entrega antes do incio de pega do concreto,
em local e tempo determinados, para que se processem as
operaes subseqentes entrega, necessrias obteno de um
concreto endurecido com as propriedades pretendidas.
Caminho betoneira: Veculo dotado de dispositivo que efetua a
mistura e mantm a homogeneidade do concreto por simples
agitao.
Equipamento dotado de agitao: Veculo autopropelido que
permite manter a homogeneidade do concreto durante o
transporte e a descarga, para o que dotado de dispositivos de
agitao, constitudos por eixo com paletas, sistema de lminas
especiais em hlice ou qualquer dispositivo equivalente.
Condies gerais
Armazenamento dos materiais componentes do Concreto: O
armazenamento deve ser feito em locais ou recipientes
apropriados, de modo a no permitir a contaminao por
elementos indesejveis, evitando a alterao ou a mistura de
componentes com caractersticas e de procedncias diferentes.
- Agregados: Devem ser armazenados de maneira a evitar a mistura
das diversas granulometrias, procedncias ou outras caractersticas
requeridas (conforme a NBR 6118).
- Cimento: Deve ser armazenado em sacos, contenedores ou silos,
de maneira a impedir a mistura de cimentos de procedncias e
caractersticas diversas (conforme a NBR 6118).
- gua: Deve ser convenientemente armazenada, a fim de evitar
contaminao.
- Aditivos: Devem ser convenientemente armazenados e
identificados, a fim de evitar contaminao, mistura e alterao da
composio, segundo recomendaes do fabricante.
Mistura
- Equipamentos de mistura:
*Os equipamentos devem ser revisados periodicamente, a fim
de assegurar a eficincia necessria para a mistura.
*O volume de concreto no deve exceder a capacidade nominal
de mistura do equipamento, conforme especificao do fabricante.
- Mistura completa em equipamento estacionro: Os materiais
componentes do concreto, devidamente dosados, so colocados no
equipamento e, aps obtida uma mistura completa e homognea, so
descarregados em veculo para transporte at a obra.
- Mistura completa em caminho betoneira na central: Os materiais
componentes do concreto so colocados no caminho betoneira, na
ordem conveniente e nas quantidades totais necessrias.
*A ordem de colocao dos materiais na betoneira e a
velocidade de rotao para mistura devem estar de acordo com as
especificaes do equipamento ou conforme indicado por
experincia.
*Pode-se misturar completamente em caminho betoneira o
concreto que deve ser transportado por equipamento dotado ou no
de agitao.
Transporte:
- O transporte pode ser feito por veculo dotado ou no
de dispositivo de agitao, desde que apresente
estanqueidade necessria, fundo e paredes revestidas
de material no absorvente, a fim de que no haja
perda de qualquer componente.
*Via de regra, o transporte at a obra deve ser
feito por caminho betoneira.
*Admite-se o transporte por caminho basculante
com carroceria de ao, desde que, devido s
caractersticas da mistura e s condies de transporte,
fique garantida a no separao das partes
componentes do concreto ou perda dos mesmos.
*O transporte com caminho basculante comum
pode ser feito somente para concretos no
segregveis, de abatimento no superior a 40 mm.
Temperatura:
As temperaturas ambientes limites para
lanamento do concreto so 10C e 32C. Fora
desses limites devem ser tomados cuidados
especiais. A temperatura do concreto por
ocasio de seu lanamento deve ser fixada de
modo a evitar a ocorrncia de fissurao de
origem trmica.
Condies especficas
Pedido do concreto
- Pedido pela resistncia caracterstica do concreto compresso:
O concreto solicitado especificando-se a resistncia caracterstica
do concreto compresso, a dimenso (dimetro) mxima
caracterstica do agregado grado e o abatimento do concreto
fresco (slump) no momento de entrega.
- Pedido pelo consumo de cimento: O concreto solicitado
especificando-se o consumo de cimento por m3 de concreto, a
dimenso (dimetro) caracterstica do agregado grado e o
abatimento (slump) do concreto fresco no momento da entrega.
- Pedido pela composio da mistura (trao): O concreto
solicitado especificando-se as quantidades por m3 de cada um dos
componentes, incluindo-se aditivos, se for o caso.
Entrega do concreto
- Local e prazo de entrega:
*O local e o prazo de entrega so designados pela contratante de
acordo com o estipulado em contrato ou no pedido.
*Quando a executante dispe de equipamentos que executem as
operaes de mistura e transporte (caminhes betoneiras), o concreto pode
ser entregue imediatamente aps a dosagem.
*Quando a executante efetuar o transporte com equipamentos
dotados ou no de agitador, o concreto poder ser entregue dosado e
misturado, em equipamento estacionrio ou em caminho betoneira.
- Unidade de volume de entrega: A unidade de volume de entrega o m3
de concreto, medido enquanto fresco e aps adensado.
- Volume mnimo de entrega: Deve ser fixado de acordo com as
especificaes do equipamento, no se recomendando que esse volume
seja inferior a 1/5 da capacidade do equipamento de mistura ou agitao,
nem inferior a 1 m3.
- Volume mximo de entrega: Deve ser compatvel com o equipamento de
transporte, no excedendo a capacidade nominal de mistura ou agitao,
conforme as indicaes do fabricante.
- Frao de volume de entrega: Os pedidos devem ser feitos em volumes
mltiplos de 0,5 m3.
Onde:
n = o numero de exemplares
Sn = desvio-padro da central para as condies consideradas
Inspeo
A empresa de servios de concretagem deve
possibilitar contratante, ou a quem esta
venha a delegar, a inspeo da central para
efeito de controle de dosagem do concreto,
dos equipamentos de dosagem, mistura,
transporte, da estocagem e da qualidade dos
materiais.
Aceitao e rejeio
A aceitao ou rejeio do concreto ser baseada nas verificaes e
ensaios efetuados pela contratante com o objetivo de comprovar as
caractersticas do concreto e o atendimento as exigncias constantes
no pedido. O concreto poder ser recusado se no atender a pelo
menos uma das especificaes do pedido.
Concreto fresco
A aceitao ou rejeio do concreto fresco compreende a verificao
da consistncia pelo abatimento do tronco de cone (NBR 7223), ou
outro mtodo com a mesma finalidade, desde que previamente
especificado e a comprovao da dimenso mxima caracterstica do
agregado grado solicitada.
No caso de constarem no pedido do concreto outras exigncias, tais
como: massa especfica, teor de ar incorporado, relao gua/cimento,
consumo de cimento, tipo e marca de cimento, tipo de aditivo,
temperatura do concreto e outras, devero ser feitas verificaes
segundo normas brasileiras e, na falta destas, critrios e mtodos
previamente acertados entre a contratante e a empresa de servios de
concretagem, visando a comprovao das caractersticas especificadas.
Na fixao do abatimento pelo tronco de cone sero admitidas as
tolerncias conforme a Tabela 5.
Concreto endurecido