Relatório Análise Granulométrica e Sedimentação
Relatório Análise Granulométrica e Sedimentação
Relatório Análise Granulométrica e Sedimentação
CAMPUS DE MARAB
FACULDADE DE ENGENHARIA DE MATERIAIS
PRTICAS LABORATORIAIS
Relatrios
apresentados
ao
Prof
Dr.
Discentes:
Suellen Cristina Borba N 11123003207
Torben Ulisses da Silva Carvalho N 11123000107
Yann Vidal Perez N 11123000607
SUMRIO
LISTA DE FIGURAS E TABELAS ...................................................................................02
1.
INTRODUO .........................................................................................................03
2.
3.
CONCLUSO ...........................................................................................................18
4.
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Curva de umidade em base mida .....................................................................05
Figura 02: Curva de umidade em base seca ........................................................................06
Figura 03: Curva de velocidade de secagem com base mida ............................................07
Figura 04: Curva de velocidade de secagem com base seca ...............................................07
Figura 05: Relao entre a porcentagem retida e o dimetro mdio das partculas de
areia .....................................................................................................................................09
Figura 06: Relao entre a porcentagem retida acumulada e o dimetro mdio das
partculas de areia ................................................................................................................10
Figura 07: Relao entre a porcentagem passante e o dimetro mdio das partculas de
areia .....................................................................................................................................10
Figura 08: Relao entre a porcentagem retida acumulada e passante com o dimetro
mdio das partculas de areia ............................................................................................... 11
Figura 09: Curva de moagem ..............................................................................................14
Figura 10: Curva de sedimentao ......................................................................................16
Figura 11: Determinao do min a partir do Zmin ................................................................ 17
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Resultados obtidos com a secagem do filito......................................................05
Tabela 02: Velocidade de secagem .....................................................................................06
Tabela 03: Resultados obtidos aps vinte minutos no agitador eletromagntico de
peneiras redondas ................................................................................................................09
Tabela 04: Valor da somatria entre retidos e o dimetro mdio das partculas .................11
Tabela 05: Valores necessrios para o clculo de numero de partculas na amostra ..........12
Tabela 06: Ciclos de moagem .............................................................................................13
Tabela 07: Resultado da altura da interface em seus respectivos tempos ...........................15
1. INTRODUO
Dentro da seo que corresponde a tratamento ou beneficiamento de minrios,
existem operaes unitrias que visam modificar a granulometria, a concentrao
relativa das espcies minerais presentes ou a forma, sem, contudo modificar a
identidade qumica ou fsica dos minerais. H, no entanto, autores que defendem um
conceito mais amplo para o tratamento, como sendo um processamento no qual os
minerais podem sofrer at alteraes de ordem qumica, resultantes de simples
decomposio trmica ou mesmo de reaes tpicas geradas pela presena do calor.
Para melhor manuseio e buscas de melhores usos e propriedades, o material pode
ser submetido a uma operao de reduo de tamanho - cominuio, isto , britagem
e/ou moagem -, que pode variar de centmetros at micrometros. Para evitar uma
cominuio excessiva, faz-se uso de operaes de separao por tamanho ou
classificao (peneiramento, ciclonagem etc.), nos circuitos de cominuio. Uma vez
que o material foi submetido reduo de tamanho, promovendo a liberao adequada
dos seus minerais, estes podem ser submetidos operao de secagem, que a liberao
da gua contida no material em forma gasosa e a operao de separao das espcies
como o processo de sedimentao.
Algumas dessas operaes foram realizadas e so explanadas no decorrer deste
relatrio, so elas: secagem de materiais slidos, peneiramento, moagem e
sedimentao. Com isso, abre-se o entendimento para as vantagens de tais processos
abrindo um leque de informaes importantes no decorrer dos procedimentos, alm de
abrir espao para discusses de resultados e formao de concluses a respeito de cada
processo realizado.
2. PRTICAS LABORATORIAIS
2.1 SECAGEM DE MATERIAIS SLIDOS
2.1.1 Objetivo
Determinar o teor de umidade em uma amostra mineral de filito e de areia.
Construir curvas de secagem e determinar a velocidade de secagem do mineral filito.
2.1.2 Resumo Terico
Por secagem, queremos normalmente designar a operao que tem por
finalidade a remoo de umidade de um material a um nvel adequado. Realiza-se a
secagem por varias razes: Para reduzir o custo de transporte, para tornar o material
mais manejvel e para evitar a presena de umidade. Define-se por cintica de secagem
a velocidade em que a umidade retirada do material.
2.1.3 Materiais e Mtodos
Filito;
Forma;
Areia;
Placa de petri;
Estufa de secagem de bancada com cmara de 60x50x50, aprox. Modelo
S150ST da marca Biopar;
3
(Eq. 03)
Onde:
S = massa seca do slido, g;
A = rea da superfcie exposta, cm2;
X = teor de umidade no slido, %;
= tempo, s;
W = velocidade de secagem, g/min.cm2.
c) Dados da amostra (filito):
Massa da placa de petri: 52,216 gramas.
rea da placa de petri (A circunferncia = r2): 70,882 cm2.
Massa de slido mido: 17,828 gramas.
d) Dados da amostra de areia desconhecida:
Massa da forma: 310,4 gramas.
Massa de areia mida: 1463,80 gramas.
Massa de areia seca: 1456,9 gramas.
4
Tempo (min)
20
40
80
100
120
140
Desta forma, foi possvel a construo da tabela 02, que compem os resultados
obtidos em cada ensaio e a relao matemtica expressa para a cintica de secagem,
alm da figura 01 e figura 02 que caracterizam as curvas da secagem do material em
base mida e base seca, respectivamente. As figuras 03 e 04 caracterizam a velocidade
da operao.
Tempo (min)
20
40
80
100
120
140
2.1.6 Concluso
Com base nos resultados obtidos neste trabalho, chegou-se s seguintes
concluses: os procedimentos, embora sejam simples, a sua realizao mostrou ser
complexa na obteno dos dados por fatores externos, como umidade do ambiente, que
ao retirar o material da estufa o mesmo sofria alteraes significativas, que foram
corrigidas utilizando um dessecador de slica como recipiente aps tirar da estufa para
assim fazer a aferio da massa.
2.2 ANLISE GRANULOMTRICA
2.2.1 Objetivo
Classificar uma amostra de desconhecida de areia por diferentes faixas de
tamanho de suas partculas e obter as curvas de distribuio granulomtrica.
2.2.2 Resumo Terico
O ensaio granulomtrico um processo utilizado para a determinao da
porcentagem em peso que cada faixa especfica de tamanho de partculas representa na
massa total utilizada no experimento. Atravs dos resultados obtidos desse ensaio
possvel a construo das curvas de distribuio granulomtrica, que importante para a
classificao dos minerais em geral.
2.2.3 Materiais e mtodos
04 Peneiras de abertura 14, 28, 35, 100 Mesh Tyler da marca Bertel
Indstria Metalrgica LTDA.;
01 Coletor;
01 Pincel;
Areia seca;
Peneira
(Tyler)
Abertura
(mm)
#14
#28
#35
#100
Coletor
1,18
0,6
0,425
0,15
--
Dimetro
mdio
(mm)
1,18
0,89
0,5125
0,2875
--
Massa
retida
(g)
28,2
93,8
159,7
213,9
4,3
% Retida
% Retida
acumulada
% Passante
5,64
18,76
31,94
42,78
0,86
5,64
24,4
56,34
99,12
--
94,36
81,24
68,06
57,22
--
Figura 05 - Relao entre a porcentagem retida e o dimetro mdio das partculas de areia.
Figura 06 - Relao entre a porcentagem retida acumulada e o dimetro mdio das partculas de
areia.
Figura 07 - Relao entre a porcentagem passante e o dimetro mdio das partculas de areia.
Figura 08 - Relao entre a porcentagem retida acumulada e passante com o dimetro mdio
das partculas de areia.
Para obter uma viso completa da anlise granulomtrica tem-se a figura 08 que
ilustra a relao de passante e retida acumulada com o dimetro mdio de partcula, que
anteriormente foram ilustradas e comentadas separadamente.
O clculo do nmero de partculas na amostra dado importante e pode ser
obtido a partir desta prtica experimental. Para a determinao deste dado necessrio o
conhecimento da densidade deste slido, da massa utilizada no estudo, a somatria da
razo entre retidos e o dimetro mdio das partculas e admitir que as partculas sejam
esfricas. A Equao 02 ser utilizada para este clculo.
N de partculas = M
(Eq. 04)
Onde:
M = Massa da amostra utilizada;
b = Geometria das partculas;
= Densidade da amostra;
= Porcentagem retida;
D = Dimetro mdio das partculas.
Na tabela 04 est inserido o primeiro dado a ser obtido que a somatria da
razo entre retidos e o dimetro mdio das partculas.
Tabela 04 - Valor da somatria da razo entre retidos e o dimetro mdio das partculas.
Peneiras
#14/ #28
#28/ #35
#35/ #100
#100/ Coletor
18,76 %
31,94 %
42,78 %
0,86 %
D3
1,643 mm3
0,705 mm3
0,134 mm3
0,023 mm3
11,418 mm-3
45,307 mm-3
317,804 mm-3
36,189 mm-3
= 410,718 mm-3
11
M (g)
500
(g/ mm-3)
2,65x10-3
(mm-3)
410,718
Moinho de bolas;
Pincel;
Colher;
12
Ciclo
0
1
2
3
4
5
6
Tempo (min)
0
15
30
45
105
225
345
Alquotas
100 g
100 g
100 g
100 g
100 g
100 g
100 g
% Retida
99,12%
96,9%
94,3%
89,2%
71,8%
52,6%
28,9%
% Passante
0,88%
3,1%
5,7%
10,8%
28,2%
47,4%
70,4%
% Rendimento
100%
99,4%
100%
99,5%
99,7%
99,3%
99,3%
13
2.4.3
Materiais e mtodos
Caulim;
Basto de vidro;
gua;
14
Tempo (min.)
00
05
10
15
20
25
30
35
40
50
60
Tempo (min.)
70
80
90
100
110
120
130
140
860
1090
1320
15
(Eq. 05)
Onde:
A = rea do sedimentador, m2;
Fa = vazo, m3/s;
Ca = concentrao de slidos na alimentao, g/m3;
C = concentrao de slidos na zona limite, g/m3;
Cu = concentrao de slidos na lama espessa, g/m3;
v = velocidade = S/t, m/s;
Foram feitos diversos clculos para determinar a rea do sedimentador. A rea
considerada foi a maior, A = 8,1642 m2. Tal resultado foi multiplicado por dois, que o
fator de segurana, obtendo como resultado A = 16,3284 m2. O dimetro deste
sedimentador ser de 4,559 m.
Aps isso, foi determinada a altura inicial da compactao usando a equao:
(Eq. 06)
CoZ0 = ZminCu
16
Onde:
Co = concentrao inicial, g/cm3;
Z0 = altura inicial, cm;
Zmin = altura inicial da compactao, cm;
Cu = concentrao de slidos na lama espessa, g/cm3.
Como resultado, obteve-se uma altura inicial de compactao de Zmin = 14,65
cm. Representando esse ponto na coordenada da altura na curva de sedimentao,
encontra-se o tempo mnimo de compactao de min = 50,6 min. A figura 11 abaixo
mostra os pontos Zmin e tmin, alm disso, foi traada a reta tangente ao primeiro ponto de
inflexo da curva de sedimentao.
( )
( )
(Eq. 07)
Onde:
min: Tempo inicial de sedimentao, min.
Foram encontrados os valores da rea A = 2,4707x10-4 m2 e do dimetro d =
0,0175 m.
2.4.6 Concluso
Conclui-se que o mtodo de sedimentao um processo de fundamental
importncia quando se fizer necessrio a separao de partculas slidas de diferentes
densidades. O procedimento feito foi deveras importante mostrando que os ensaios
realizados so aceitveis para a determinao de tamanho de sedimentadores.
17
3. CONCLUSO
A partir destes, conclumos que todas as operaes unitrias utilizadas so de
fundamental importncia para um melhor aproveitamento do material. Os
procedimentos adotados em escala laboratorial, apesar dos erros de operaes e outros
fatores, foram satisfatrios, pois se obteve uma real noo do que se trata e como se
processam tais operaes.
O entendimento dos processos, como eles so realizados, as vantagens e
desvantagens de cada um foram realmente notadas em tais prticas, incentivando em
busca de melhorias de diversas formas sejam na otimizao do procedimento ou na
alterao de propriedades dos materiais j tratados.
4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
[1] DA LUZ, B.A, SAMPAIO, A. J, DE ALMEIDA, M. L. S. Tratamento de Minrios.
4 Edio- Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2004.
[2] CHAVES, A.P. Teoria e Prtica do Tratamento de Minrios. Vol. 01. 3 EdioSo Paulo: Signus Editora, 2006.
[3] CHAVES, A.P. Teoria e Prtica do Tratamento de Minrios. Vol. 02. 2 EdioSo Paulo: Signus Editora, 2004.
[4] FOUST, A. S. et.al. (1982). Princpios das Operaes Unitrias Ed LTC, Rio de
Janeiro RJ, 2 edio.
[5] MASSARANI, G. Fluidodinmica em Sistemas Particulados. 2a edio e-papers,
Rio de Janeiro, 2002.
[6] ENSAIOS DE SEDIMENTAO.
http://www.cetem.gov.br/publicao/CTs/CT2007-03-00.pdf. Site acessado em agosto
de 2013.
18