Ocultismo
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A BRUXA DE VORA
As lendas sobre a Bruxa de vora vm povoando o imaginrio ibrico
desde
a Idade Mdia, quando a Inquisio deixou sua marca de terror e
perseguies gravada a ferro e a fogo naquela Pennsula, sobretudo
em
Portugal.
A caa s bruxas, aos feiticeiros e s pessoas que supostamente
tinham
pacto com o diabo foi to feroz e violenta que ficou registrada no
apenas
nos livros da Igreja Catlica, mas tambm no inconsciente coletivo dos
habitantes daquela regio. Assim, a cidade de vora ficou conhecida
tanto
por ser o local onde a fora da Inquisio se fez mais presente como
por ser
uma terra consagrada ao sobrenatural e feitiaria.
Tanto que sculos aps o trmino da Idade Mdia a fora dessa
personagem
lendria a Bruxa de vora, tambm conhecida como a Moura
Torta ainda permanecia inclume no folclore portugus e acabou
aportando no Brasil Colnia junto com as caravelas do descobrimento
e,
posteriormente, dos colonizadores.
Apesar de temida, as pessoas sempre buscaram conhecer os poderes
dessa
Bruxa: seus feitios, sortilgios, banhos, amarraes, conjuros etc.,
com a
finalidade de obter cura, proteo e sucesso no amor e na vida.
Por essa razo, a autora, Maria Helena Farelli, tentou resgatar um
pouco
desse saber e traz-lo progressivamente para o grande pblico que em
pleno sculo XXI procura cada vez mais a ajuda da magia e dos
fenmenos
sobrenaturais e paranormais para transformar seu cotidiano.
Filtradas as diferenas de poca, as adaptaes e criaes sobre o
tema etc.
a autora conseguiu reunir um material que, sem dvida, ajudar a
resolver
muitas demandas daqueles que dele precisam.
ler para crer e testar a fora desta Bruxa secular que tanto
assombrou
seus contemporneos. Boa Sorte e mos obra!
O LIVRO DE ORAES DA BRUXA DE VORA
Circulava entre os penitentes que sempre visitavam a S de vora, um
aberto
(praa, praia, mato ou areal) ou coloque ao p do altar de umbanda (se
freqentar uma casa de culto ou tiver seu altar em casa), guardando
como
amuleto.
ESCONJURO CONTRA ESPRITOS MAUS
"Eu sou ferro, tu s ao, eu te prendo e embarao.
Eu sou luz e tenho comigo a f de Santa Puden-ciana, de So Jorge e
de
El-Rei, deveras nada me pode maltratar."
FEITIO PARA ENCONTRAR TESOUROS
Conta uma lenda que, certa vez, ia pelas ruas de vora uma famlia
burguesa, o homem frente, com capote, peruca e chapu tricrnio, a
senhora com um rosrio e vu, a criada com uma larga capa agaloada;
e
viram junto S uma caixa de ferro. Abriram-na e viram que dentro
dela
havia jias e berloques de ouro. A Bruxa de vora, que passava pelo
lugar,
falou: "- um tesouro de drago", e ensinou um feitio para atrair
tesouros
e ganhar prmios.
MATERIAL:
Uma pedra recolhida de uma sepultura. Uma cruz de madeira
Leve a pedra e a cruz a uma igreja, na hora em que houver missa. Ao
final
da missa, exponha os dois objetos, para que eles recebam a bno do
padre. Quando quiser ter sorte em um jogo, encontrar um tesouro ou
ter
sucesso em alguma situao que lhe v trazer riquezas, leve consigo
os
dois amuletos.
REZA DE SANTA TECLA CONTRA FEITIARIA
"Santa Tecla, protetora das feiticeiras, salva-me de maldades e
feitios.
Fecha meu corpo contra a inveja e o olho-grande, abre-me a porta do
cu,
no deixa que Grendel, o drago, me pegue, nem os ogros, nem os
elfos,
nem os monstros da terra e do ar. Veste-me com o manto de So
Maral e
que meus inimigos tenham olhos e no me vejam, tenham ps e no
me
alcancem, tenham mos e no me peguem. Assim seja."
MODO DE CURAR FEITIOS FORTES
Essa reza foi ensinada pela Bruxa de vora ao mercenrio Ferno Lima,
MATERIAL:
galinha preta que nunca tivesse posto ovos. Esta superstio existia
em
vora e as pessoas escondiam em casa penas de galinha preta que
nunca
houvesse posto ovos, para afastar a bruxa.
REZA PARA OS PORCOS CRESCEREM
Um feitio muito usado em Portugal e ensinado pela Bruxa de vora
era
certeiro para garantir o crescimento dos porcos. Basta misturar um
pouco
de carvo em p em sua rao e dizer as seguintes palavras:
"No deixes que os espritos maus comam a tua comida
olhos maus te vem e aqui perecero e tu
os comers."
PROTEO DO GADO CONTRA DOENAS
Quando o gado adoecia, vinham peregrinos de longe a vora. A bruxa
lhes
ensinava assim: pegue duas codornas; mate uma e deixe voar a outra.
Mas,
antes de soltar esta, respingue-a com o sangue da outra. Com o
sangue que
sobrou, molhe um pouco da forragem, que dada para o gado comer.
Diga
estas palavras:
"O que houver no lugar mal em ti gado desaparea.
Aqui no o lugar do malvado.
Que a doena desaparea.
Gado branco, gado preto, ou malhado
fique forte comigo
e o mal desaparea."
PARA VER FEITICEIROS
O povo de vora dizia que, se um homem entrasse numa igreja com
um
ovo nas mos no dia de Pscoa, reconheceria todos os feiticeiros que
estivessem ali. Por isso diziam que a bruxa nunca ia l nesse dia.
PARA VER UMA BRUXA
uma crena antiga que, se algum quiser ver uma mulher voando
em
uma vassoura, pegue um ovo posto na Quinta-feira Santa e v a uma
encruzilhada. Tem de ser de quatro ruas (aberta). Fique na
encruzilhada
meia-noite e ver a feiticeira numa vassoura rodando, rodando...
TRABALHO NO CATIMB PARA UM BOM
RELACIONAMENTO FAMILIAR
Da Bruxa de vora vem uma receita certeira para conseguir um bom
relacionamento familiar, quando a famlia anda brigando, sem bom
entendimento.
MATERIAL:
Um aipim
Palitos de palmeira
Azeite-doce
Um prato de papel ou de loua branco
CozinhE o aipim. Coloque no prato, espete com os galhos de palmeira
e
regue com azeite. Oferea no mato ao dono das estradas. No catimb
usase
a palmeira catol, mas pode-se usar qualquer palito.
TRABALHOS PARA CASAMENTO NO CATIMB
As supersties e os trabalhos para casamento so o que existe em
maior
porcentagem no mundo. So incontveis, universais e delicados. Os
santos
casamenteiros, So Joo, Santo Antnio, Nossa Senhora de Lourdes,
So
Cipriano, So Benedito, So Pedro (protetor das vivas), tm milhares
de
frmulas para que o devoto se sinta amado.
A Bruxa de Portugal, acostada num mestre de catimb, contou o
seguinte:
quem quiser casar, deve prender um alfinete num vestido de noiva e
invocar as foras do amor.
Outro trabalho de catimb pr em sua cabea a grinalda de flores de
uma
noiva; isto far com que voc se case logo.
Tambm bom escrever o nome da namorada num papel e prender
por
dentro do sapato do rapaz, dizem os mestres com seus cachimbos de
barro
e fumo de tauari.
Para que o casamento d certo, o noivo no deve tocar objeto algum
que a
noiva v usar na festa das npcias.
Outra crena catimbozeira que, se um dos noivos tropear na porta
da
igreja, morrer antes do outro.
EMBRUXAMENTO DO CHAPU NO CATIMB
Em magia, o chapu representa a criatura humana; a cabea, a sede
da
razo. No tempo da Colnia, andar sem chapu era andar sem cabea.
Contam que a Bruxa de vora, acostada num mestre de fumaa,
ensinou
este embruxamento:
mantidos em um armrio de
carvalho.
Ningum permitido no Templo ao menos que esteja vestido
em vestes cerimoniais e
descalo. As vestes so geralmente pretas com um capuz,
embora alguns rituais
requererem o uso de outras cores. Se possvel, um prcmara deveria ser usada pelos
membros para vestirem as vestes cerimoniais.
Se uma localizao ao ar livre usada, a rea deveria ser
estacada por um crculo de
sete pedras, pelo Mestre ou Senhora. Um altar ao ar livre
usualmente o corpo de um
dos participantes - nu ou vestido dependendo do ritual e as
condies prevalecentes. O
escolhido para essa honra fica sobre um pano altar, de cor
negra e tecido um pentagrama
invertido, o tamanho deste pano sendo no menos que dois
metros por 90 cm.
Velas devem ser colocadas em lanternas o qual so abertas
sobre um lado apenas, este
lado de vidro o qual frequentemente de cor vermelha. Os
participantes devem conhecer
bem a rea, desde que eles no devem usar qualquer luz
artificial de qualquer espcie,
incluindo velas, para gui-los para o local escolhido. Nem
deve qualquer fogo ser feito
durante qualquer ritual. Por esta razo a noite da lua cheia
frequentemente escolhida.
Templos em recintos fechados ou ao ar livre escolhidos para
rituais devem ser
consagrados de acordo com o rito de consagrao do
Templo. Quando qualquer ritual de
magicka Satnica for empreendida, nenhuma tentativa deve
ser feita para banir as foras
magickas - as foras ou energias remanescentes seguinte ao
ritual devem permanecer,
desde que eles dedicam a rea ou Templo ainda mais para
os poderes das Trevas.
as vestes e as velas) so um
meio para ajudar isso. Entretanto, o nico elemento mais
importante o poder da voz, se
falado, cantado ou vibrado. (Veja o captulo sobre 'Magicka
Vibracional' para um
aspecto disso)
Quando voc est conduzindo um ritual cerimonial voc tem
que usar o conjunto de
textos e cantos (como o Pai Nosso Satnico, o Diabolus)
como meios de gradualmente
trabalhar voc mesmo dentro de um emocional mas ainda
assim controlado frenesi. No
somente dizer as palavras corretas elas devem ser
faladas ou cantadas com desejo
satnico e a emoo uma vez trazida ela deve ser
sustentada at que o ritual esteja
acabado. Isto no significa simplesmente atuar: significa se
tornar o papel que de fato
voc assume, o de feiticeiro poderoso ou feiticeira. E este
sentimento deve ser
comunicado a audincia: por voz, gestos dos olhos e outros.
Magicka Cerimonial e
sempre tem sido uma Arte, e dominar esta Arte requer
prtica.
Entretanto, voc (e a pessoa que trabalha como
Senhora/Mestre ou
Sacerdotisa/Sacerdote) deve sempre permanecer em
controle de suas emoes parando
s brevemente por possesso. Isto tambm significa que
cada e todo ritual deve ser
empreendido sem medo ou dvida (nem mesmo medo
inconsciente ou dvida
inconsciente) isto , no verdadeiro esprito de orgulho e
domnio Satnico: com uma
exultao nas foras conjuradas.
Na maioria dos rituais cerimoniais um das tarefas da
congregao abandonar a si
mesmos em suas luxrias e frenesi, mas como
Mestre/Senhora cerimonial no se pode
escolha. A congregao
para e a orgia de luxria comea. A Senhora ajuda o
Sacerdote-Altar a descer do altar, e
ele se une as festividades se ele desejar.)
Se o Mestre e Senhora desejarem, as energias do ritual so
ento direcionadas por eles
em direo a uma inteno especfica.
NOTAS: Durante a consagrao das hstias, o Mestre pode
optar em dizer o seguinte
quietamente (deixando o canto de Veni para a Senhora):
Muem suproc mine tse cob
Ele ento levanta o clice dizendo:
Murotaccep menoissimer ni rutednuffe sitlum orp iuq iedif
muiretsym itnematset inretea
ivon iem siniugnas xilac mine tse cih.
este clice o qual a Senhora ento pega para borrifar o
Sacerdote-altar. As palavras
acima so normalmente impressas em um pequeno carto
que colocado no altar antes
da Missa comear: o Mestre pode usar o carto quando o
que esta acima falado.
Como em todos os rituais cerimoniais, til se todos os
participantes souberem de cor o
contedo e textos falados. importante que isto seja feito e
que o ritual, quando
empreendido, siga o texto em todas as ocasies. O ritual
ento mais efetivo como um
ritual, capacitando os participantes a estarem mais
relaxados e mais hbeis para entrar no
Trabalhos Prticos
de Magia- Negra
"TRABALHO" COM SAPO PARA MATAR, AOS
POUCOS, UMA PESSOA
por demais conhecido esse tipo de "trabalho" de
Magia-Negra, habitualmente feito e, a bem da verdade,
por ele sendo cobrada uma nota alta, violenta mesmo.
No entanto, como se costuma faz-lo, nenhum o'.l pouco
resultado d e isto, com o que a seguir ensinaremos,
iremos verificar.
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CAVEIRA e coloca-se a mesma, com o que restar, em
cima dos panos; a seguir, acende-se a vela preta e branca
e coloca-se a mesma em cima dos panos; frente
da mesma coloca-se o charuto aceso, em cima da caixa
de fsforos aberta, pedindo-se tambm licena ao S::t!:O
JOAO CAVEIRA para se fazer o " trabalho". A seguir,
aos ps do Cruzeiro das Almas, acende-se uma vela preta
e branca para o S::t!:O ABAL U A::t!: e a vela preta para o
S::t!:O OMUL, pedindo-se aos dois licena para se fazer
o "trabalho". Depois .de feito tudo isto para se pedir
licena, sai-se do cemitrio e, do lado de fora, diz-se em
voz alta :
- Salve S::t!:O OMUL; ATOT, meu PAI ! A seguir,
acender a vela amarela e preta em homenagem quele
poderoso e querido quo temido Orix, que o Senhor
do Cemitrio. Depois, chegando-se um pouco para o
lado, acende-se a vela preta e vermelha, salvando-se
o EXU SETE CADEADOS, dizenrjo-se mais ou menos
o seguinte : - Meu grande amigo S::t!:O EXU SETE CADEADOS,
estou lhe trazendo este pequeno presente ou
agrado, livre e expontaneamente, sem que o Senhor
tenha feito, ainda, nada para mim. Ao se dizer isso,
dever-se- pensar bem firmemente, isto , mentalizar
com preciso a pessoa que se quer atingir, pensandose
bem na fisionomia da mesma e em tudo que com
ela possa se relacionar. A seguir pega-se um pedao
de papel branco, sem pauta, e escreve-se, com lpis
ou caneta, o nome da pessoa que se quer destruir. A
seguir abre-se o caixozinho e coloca-se dentro dele o
papel, dizendo-se ao mesmo tempo as .seguintes palavras
: - S::t!:O EXU SETE CADEADOS, eu trouxe este
caixo para o Senhor tomar conta. , como j disse, um
pequeno presente para o Senhor e eu lhe peo que ponha
os seus cadeados nele e tome conta do mesmo, com
todo o cuidado com o que est dentro e, logo que eu
for atendido, tornarei a voltar aqui para lhe agradecer
e lhe trazer uma garrafa de cachaa (marafo) . A
seguir, agradecer tambm a S::t!:O OMUL e se retirar,
saindo de costas, dando pelo menos trs passos, virandose a seguir e indo embora. No se dever, de modo
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manda que vamos desmanchar. Depois de tudo isso feito,
ento, dirigindo-se ao EXU REI DAS ENCRUZILHADAS,
em voz alta (sem gritar, lgico) , dever se dizer
mais ou menos o seguinte : - S:E!O EXU REI DAS SETE
ENCRUZILHADAS, SALVE O SENHOR, A SUA FORA,
O SEU PODER ! SALVE ! E stou lhe dando, no momento,
esta pequena lembrana, estou lhe fazendo, no
momento, esta pequena Oferenda, de todo o meu corao
e lhe pedindo que me livre dessa demanda que mandaram
contra mim (dizer o nome ou nomes de quem
tenha mandado, no caso de se os saber) , fazendo com
que eu a vena e fique livre dela de uma vez para sempre
e que tudo o que mandaram ou desej aram para
mim, volte, em dobro, para quem o fez. Que, quando
seu autor passar por uma encruzilhada que pertena
ao Senhor, a p ou em qualquer conduo, seja C!Stigada