tESTES PT
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12
Chove. Que fiz eu da vida?
GRUPO I
A
L atentamente o texto que se segue.
\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\5-1909) tornam o seu nome familiar
nos nossos meios literrios.
Nuno Jdice, Viagem Por Um Sculo de Literatura Portuguesa,
Lisboa, Relgio Dgua Editores, 1997, pp. 44-45 (adaptado)
1. Seleciona a alnea correta, de acordo com as informaes textuais.
1.1. Aquilino Ribeiro desenvolveu atividades na revista Ilustrao Portuguesa, em
Frana,
a) em virtude do seu esprito revolucionrio.
b) em consequncia do seu exlio por motivos pessoais.
c) pelo facto de ter sido publicista.
d) em consequncia do seu exlio, motivado pelo seu esprito irreverente e pelo
regime ditatorial de Joo Franco.
1.2. Comearam a surgir novas manifestaes estticas, tais como:
a) o cubismo na arte arquitetnica.
b) o futurismo a marcar o corte com a tradio.
c) o futurismo, difundido num manifesto de Picasso e Braque.
d) uma arte que cantava a poca da eletricidade e do automvel
2. Atenta na seguinte frase retirada do texto.
A d conta, em alguns artigos, das primeiras exposies do cubismo de Picasso e
de Braque, bem como do choque provocado por essas manifestaes estticas.
2.1. Identifica o tipo de coeso que se verifica em cada um dos casos assinalados
a cores diferentes.
3. H situaes em que a mesma palavra, em contextos diferentes, pode ser um
anafrico ou um detico.
3.1. Redige duas frases em que tal se verifique.
3.2. Explicita a diferena entre as duas ocorrncias.
3.3. Refere se na frase dada em 2. ocorre a situao apresentada
GRUPO III
As manifestaes artsticas so a expresso cultural de uma nao.
Partindo da afirmao, redige uma reflexo, entre 200 e 300 palavras, sobre a
importncia da arte e suas manifestaes para a afirmao da cultura de um pas.
Para fundamentares o teu ponto de vista, recorre a dois argumentos, ilustrando
cada um deles, com pelo menos um exemplo significativo.
Publicada por Helena Maria (s) 06:43
Etiquetas: Fernando Pessoa
11.5.10
Em toda a noite o sono no veio.
Em toda a noite o sono no veio. Agora
Raia do fundo
Do horizonte, encoberta e fria, a manh.
Que fao eu no mundo?
Nada que a noite acalme ou levante a aurora,
Coisa sria ou v.
Com olhos tontos da febre v da viglia
Vejo com horror
O novo dia trazer-me o mesmo dia do fim
Do mundo e da dor
Um dia igual aos outros, da eterna famlia
De serem assim.
Nem o smbolo ao menos vale, a significao
Da manh que vem
Saindo lenta da prpria essncia da noite que era,
Para quem,
Por tantas vezes ter sempre sperado em vo,
J nada spera.
Fernando Pessoa, Poesias, 15. ed., Lisboa, tica, 1995
I
Apresente, de forma bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.
1. Caracterize os momentos temporais representados na primeira estrofe do
poema.
2. Refira um dos sentidos produzidos pela interrogao Que fao eu no mundo?
(v. 4).
3. Atente nos trs primeiros versos da terceira estrofe. Explicite, sucintamente, a
relao entre a noite e a manh estabelecida nos versos 14 e 15.
4. Tendo em conta todo o poema, identifique duas das razes do sentimento de
horror referido no verso 8.
II
Comenta o quadro (150-200 palavras) que se segue luz das afirmaes de
Fernando Pessoa:
Miguel Yeco. O Teatro ntimo do ser. 1986.
"Sinto-me mltiplo. Sou como um quarto com inmeros espelhos fantsticos que
torcem para reflexes falsas uma nica anterior realidade que no est em
nenhuma e est em todas."
Pginas ntimas e de Auto-Interpretao, Fernando Pessoa
Publicada por Helena Maria (s) 05:47
11.5.10
A criana que fui chora na estrada.
A criana que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei de encontr-lo ? Quem errou
A vinda tem a regresso errada.
J no sei de onde vim nem onde estou.
De o no saber, minha alma est parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausncia, ao menos saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim
Fernando Pessoa, Poesia II
I
1. No poema o assunto estrutura-se de acordo com uma oposio temporal.
1.1 Explicite-a.
1.2. Identifique as formas verbais que sustentam essa oposio.
2. O eu potico manifesta no momento em que escreve um determinado estado
de esprito.
2.1. Descreva-o e justifique-o.
3. Comente o sentido dos versos:
A criana que fui chora na estrada. Deixei-a ali quando vim ser quem sou...
4. Divida o poema em partes lgicas, justificando-as.
5. Indique o tema tratado nesta composio e relacione-o com as temticas mais
recorrentes da poesia pessoana.
II
Num texto expositivo-argumentativo de duzentas a trezentas palavras, comente a
afirmao transcrita, fazendo referncia aos seus conhecimentos de leitor.
Ao invs de ele [Fernando Pessoa] apenas transmitir, ou tentar transmitir, a
emoo pura e simples, () submete-a ao exame da inteligncia ou da razo
potica.
Massaud Moiss, A Literatura Portuguesa, Ed. Cultrix
Publicada por Helena Maria (s) 05:27
Etiquetas: Fernando Pessoa
16.3.10
Cansa sentir quando se pensa
L-se num poema de Fernando Pessoa Ortnimo:
Cansa sentir quando se pensa.
No ar da noite a madrugar
H uma solido imensa
Que tem por corpo o frio do ar.
Evocando a sua experincia de leitura, apresente o aspecto para si mais
importante da potica de Pessoa Ortnimo. Fundamente a sua perspectiva,
referindo poemas lidos, num texto bem estruturado, com cerca de cento e
cinquenta palavras.
Publicada por Helena Maria (s) 06:07
Etiquetas: Fernando Pessoa
1.12.09
A minha vida um barco abandonado
A minha vida um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que no ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado?
Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manh, puro e salgado.
Morto corpo da aco sem vontade
Que o viva, vulto estril de viver,
Boiando tona intil da saudade.
Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E para alm do mar a ansiada Ilha.
Fernando Pessoa, Antologia potica,
sel. e apresentao de Isabel Pascoal,
Ed. Bibl. Ulisseia
I
1. Identifica os recursos expressivos presentes nos dois primeiros versos e
explicita o seu contributo para a construo de sentidos no poema.
1.1. Comenta o valor expressivo da interrogao.
1.2. Identifica aquilo de que o sujeito potico parece ter abdicado, referindo a
lacuna que detecta em si prprio.
2. Comenta o valor expressivo da caracterizao do corpo presente na 3.
estrofe.
2.1. Explicita o contributo da forma verbal Boiando para o sentido da estrofe.
3. Identifica a figura de estilo que, na 4. estrofe, veicula a estagnao interior
do sujeito.
4. Demonstra que este poema exemplifica o efeito paralisante da auto-anlise
caracterstica da poesia de Fernando Pessoa ortnimo.
5. Analisa os aspectos formais do poema (composio estrfica, mtrica, rima).
II
L atentamente o texto seguinte.
Surpreendidos pelo fenmeno literrio inslito de uma constelao de poetas,
reivindicando pela boca do seu criador ou deles mesmos um direito existncia
(...), os primeiros intrpretes tentaram tudo o que estava em seu poder para
reduzir a estranheza desse desdobramento artstico. Essa reduo tomou trs
direces principais, mas finalmente complementares: a primeira consistiu em
encontrar na vida do Poeta, na sua psicologia real ou suposta, as motivaes
dessa diversificao em poetas, caracterstica da sua criao literria; a segunda,
em mostrar, atravs da anlise de cada um dos poetas que Pessoa pretendeu ser,
que a apregoada autonomia no resiste a um exame, nem dos temas, nem das
particularidades estilsticas; a terceira, finalmente, reenvia essa estranheza,
diagnosticada como simples difraco de um comportamento histrico absurdo
caracterstico de uma classe sem futuro inteligvel para essa mesma histria de
que reflexo. Assim se utilizaram as trs perspectivas que, segundo o autor da
Nova poesia portuguesa no seu aspecto psychologico, se impem na anlise de
uma obra: a psicolgica, a literria, a sociolgica, respectivamente representadas
por Joo Gaspar Simes, Jacinto do Prado Coelho e Mrio Sacramento. Por
maiores que sejam as diferenas entre elas (...) uma coisa as unifica: mau grado
o contributo histrico que cada uma representa e as inmeras questes que
debateram ou resolveram em relao gnese ou interpretao dos poemas, mau
grado mesmo a subjectiva vontade de tentar erguer um monumento ao Poeta
(salvo Mrio Sacramento), tido como genial, o perfil ltimo que da sua poesia
(e mesmo do homem) se destaca , paradoxalmente, negativo. De uma maneira,
por assim dizer, fatal, passou-se insensivelmente do campo da anlise da
heteronmia ao do seu desmascaramento, j com forte colorao pejorativa e,
em seguida, desmistificao no s do jogo heteronmico como do processo
potico que ele estrutura, finalmente submetido a uma espcie de
desmistificao.
Tudo se passa como se os crticos, inconscientemente, tivessem querido punir
Pessoa de ter levado consigo a chave de um labirinto onde eles se perdem.
Eduardo Loureno, Pessoa Revisitado, Gradiva (texto com supresses)
1 In A guia, 2.a srie, 1912, p. 86.
Publicada por Helena Maria (s) 05:48
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28.12.08
Fernando Pessoa - ortnimo
Diga se so verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmaes:
1. A angstia existencial e a nostalgia so marcas de Pessoa ortnimo.
2. A poesia do ortnimo revela a despersonalizao do poeta fingidor, que fala e
que se identifica com a prpria criao potica, como impe a modernidade.
3. A revista Orpheu reage contra o tradicionalismo e o academismo oficial e cria
uma ruptura com o passado.
4. Em Orpheu, encontramos de um lado a herana do decandentismo francs, do
outro o esprit nouveau de uma Europa que lutava p por uma esttica de
vanguarda.
5. Em Pessoa ortnimo, a influncia do lirismo tradicional visvel na
sensibilidade, na suavidade, na linguagem simples e no ritmo melodioso.
6. Em Pessoa ortnimo, o fingimento surge como elaborao mental dos conceitos
que exprimem as emoes ou o que quer comunicar.
7. Em Pessoa ortnimo, o poeta d a conhecer a sua felicidade existencial e a sua
"alegria de viver".
8. Em Pessoa ortnimo, o poeta procura superar a angstia existencial atravs da
evocao da infncia (smbolo da felicidade perdida) e da saudade desse tempo
feliz.
9. Em Pessoa ortnimo, os poemas no so rimados e a opo pelo verso longo
evidente.
10. No Interseccionismo encontramos o processo de realizar o Sensacionismo, na
medida em que a interseco desensaes est em causa e por elas se faz a
interseco da sensao e do pensamento.
11. Em Orpheu, a poesia alucinada, chocante, irritante, irreverente, procurava
provocar o burgus, smbolo acabado da estagnao em que se encontrava a
cultura portuguesa.
12. No poema Autopsicografia, Fernando Pessoa afirma que o acto potico apenas
pode comunicar uma dor verdadeira.
13. No poema O menino da sua me, h objectos (a cigarreira e o leno) que
simbolizam a existncia de vnculos afectivos que foram conservados.
14. No poema O menino da sua me, o modo indicativo dos verbos torna mais
irreal mais longnqua a descrio.
15. O poema Ela canta, pobre ceifeira destaca a inconscincia consciente da
ceifeira ou a razo que o Eu desconhece e a perturbao p face ausncia de
razes aparentes para cantar.
16. No poema Impresses do Crepsculo, o significado de paul liga-se gua
estagnada, aos pntanos, onde se misturam e se confundem imensas matrias e
sugestes.
17. O Epicurismo considera que o bem se encontra nos prazeres intelectuais ou
morais, mas defende que os prazeres calmos, puros e duradouros so os nicos
capazes de proporcionar na vida uma completa ataraxia.
18. O Epicurismo preconizava a indiferena dor e a firmeza de nimo, como
forma de resistir aos males e agruras da vida.
19. O Futurismo caracteriza-se pela exaltao da energia, de "todas as
dinmicas", da velocidade e da fora at situaes de paro
20. O Interseccionismo consiste na sobreposio de elementos como o aqui e o
alm, o agora e o passado, o real e o onrico.
21. O Sensacionismo uma doutrina que atribui a gnese dos nossos
conhecimentos intelectualizao dos sentimentos.
22. O Interseccionismo deriva, ou melhor, uma evoluo do Paulismo e
caracteriza-se pelo entrecruzamento de planos que se cortam: interseco de
sensaes ou percepes.
23. Em Pessoa ortnimo, visvel a construo da arte pelo recurso ironia que
pe tudo em causa, inclusive a prpria sinceridade.
24. O Paulismo caracteriza-se pelas sugestes claramente definidas, separando o
esprito e a matria.
25. So marcas do Modernismo: a simplificao da sintaxe; o aproveitamento das
imagens visuais e dos vocbulos musicais; a versificao irregular e o verso livre;
a liberdade estrfica.
Publicada por Helena Maria (s) 09:55
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27.8.08
No sei se sonho, se realidade
Fernando Pessoa - ortnimo
No sei se sonho, se realidade,
Se uma mistura de sonho e vida.
Aquela terra de suavidade
Que na ilha extrema do sul se olvida.
a que ansiamos. Ali, ali
A vida jovem e o amor sorri.
Talvez palmares inexistentes,
leas longnquas sem poder ser,
Sombra ou sossego dem aos crentes
De que essa terra se pode ter.
Felizes, ns? Ah, talvez, talvez,
Naquela terra, daquela vez.
Mas j sonhada se desvirtua,
S de pens-la cansou pensar,
Sob os palmares, luz da Lua,
Sente-se o frio de haver luar.
Ah, nessa terra tambm, tambm
O mal no cessa, no dura o bem.
No com ilhas do fim do mundo,
Nem com palmares de sonho ou no,
Que cura a alma seu mal profundo,
Que o bem nos entra no corao.
em ns que tudo. ali, ali,
Que a vida jovem e o amor sorri.
Fernando Pessoa
I
1. A arquitectura do poema apresenta-nos duas estruturas paralelas.
1.1. Identifique os elementos estruturadores dessa construo.
1.2. Mostre a expressividade das palavras ou locues que iniciam cada estrofe.
2. Uma dor de pensar sobressai na segunda parte do poema.
2.1. Faa o levantamento dos recursos utilizados para explicitar a transio entre
o sonho e o mundopensado.
2.2. Evidencie a realidade que privilegia na concluso do poema.
3. "No com ilhas do fim do mundo, /Nem com palmares de sonho ou no, /Que
cura a alma seu mal profundo,/ Que o bem nos entra no corao."
3.1. Explique o sentido dos versos transcritos.
3.2. Identifique os recursos estilsticos presentes nesses versos.
II
Comente, num texto bem estruturado de cem a duzentas palavras, a afirmao
de Yvette Centeno, tendo em ateno a obra pessoana, nomeadamente a
Mensagem.
A obra de Pessoa no seno o esforo de uma vida em busca da sua alma:
mltipla, repartida, no ponto mais exterior buscando o mais interior,
intensamente.
Yvette Kace Cenleno, Hermetismo e Utopia, Lisboa, Salamandra, 1995
III
Resuma o excerto a seguir transcrito, constitudo por trezentas e noventa e cinco
palavras, num texto de cento e vinte e uma a cento e quarenta e uma palavras.
Antes de iniciar o seu resumo, leia atentamente as instrues dadas em final de
pagina.
Poucos portugueses h que gostem de rvores. Tiram-lhes a vista... Querem o
campo visualdesafrontado como se temessem inimigo oculto.
De gerao em gerao, vai-se agravando esta sanha arboricida. rvores isoladas,
que cresceram e se desenvolveram livremente, dando nome e beleza a certos
stios, uma hoje, outra amanh, foram sacrificadas a esse furor, porque eram
rvores. Aquele pinheiro manso, aquele castanheiro, aquele cedro - j no
existem. Foram degolados sem que ningum os defendesse nem chorasse. O mais
que se diz, em seu louvor, que deram bons carros de lenha.
Esta rvore deve ir abaixo, porque est velha. Esta rvore deve ir abaixo porque
estorva. Esta rvore deve ir abaixo porque no deixa ver quem vai na rua.
Verdade que nem a rvore est velha, nem estorva, nem impede que se vejam
as pessoas que se querem ver. Mas, rvore... Deve morrer porque teve a pouca
sorte de ser rvore.
O homem antigo, se no amava as rvores, respeitava-as por instinto. Foi a
maneira de nos legar algumas. O homem moderno pe em jogo uma espcie de
inteligncia para as destruir. No quer que tenham fisiologia. No admite que
levantem passeios, nem arremessem folhas aos telhados. Quer que sejam inertes
como candeeiros. Q homem actual deixar posteridade em vez de
rvores,prgulas de cimento. Confunde urbanismo com desarborizao. O
urbanismo que pede verdura, entre ns sinnimo de secura. Ningum urbaniza
sem pr razes ao sol.
H quem diga que preciso destruir rvores para dar lugar aos automveis. Mas
se o motor de exploso, com as suas exalaes, destri a sade pblica e a rvore
o seu contraveneno, indispensvel conciliar a existncia do motor com a
existncia da rvore. preciso que se acomodem ambas no espao que lhes
couber, sob pena de morrermos envenenados.
Cada rvore uma bica de oxignio indispensvel vida. , de mais a mais, filtro
de gases txicos provenientes de combustes devidas ao nosso comodismo. Tais
gases vo fazendo de cada povoado uma cmara de condenados morte. Os
moradores de certos pases parecem moribundos.
S a rvore os poder salvar.
Conviria convencer de tal verdade o nosso homem comum, que no olha as
belezas da paisagem, mas capaz de defender a beleza da sua pele. S assim se
podero salvar as rvores que ainda existam em cidades e vilas portuguesas.
Joo Arajo Correia, Passos Perdidos
Nota:
H uma tolerncia de quinze palavras relativamente ao total pretendido (cento e seis
palavras como limite mnimo e cento e cinquenta e seis como limite mximo). Para efeitos de
contagem, considera-se uma palavra qualquer sequncia de caracteres delimitada por
espaos em branco, mesmo quando hifenizada. De acordo com este critrio, o fragmento a
seguir transcrito constitudo por nove palavras: "De/gerao/em/gerao,/'vai-
se/agravando/esta/sanha/arboricida/".
Publicada por Helena Maria (s) 06:52
Etiquetas: Fernando Pessoa
22.3.08
Mar. Manh
Suavemente grande avana
Cheia de sol a onda do mar;
Pausadamente se balana,
E desce como a descansar.
To lenta e longa que parece
De uma criana de Tit
O glauco'1 seio que adormece,
Arfando brisa da manh.
Parece ser um ente apenas
Este correr da onda do mar,
Como uma cobra que em serenas
Dobras se alongue a colear.
Unido e vasto e interminvel
No so sossego azul do sol,
Arfa com um mover-se estvel
O oceano brio de arrebol2.
E a minha sensao nula,
Quer de prazer, quer de pesar...
bria de alheia a mim ondula
Na onda lcida do mar.
Fernando Pessoa, Cancioneiro
1 - verde mar; 2 - luz a amanhecer.
I
Aps uma leitura atenta, elabore um comentrio global do poema de modo que
integre o tratamento dos seguintes tpicos:
- a delimitao das partes lgicas e respectiva justificao;
- o movimento do mar e as expresses que o veiculam;
- os recursos estilsticos e seu valor expressivo;
- o poema, reflexo do ttulo;
- a caractersticas da poesia ortnima de Fernando Pessoa presentes no poema.
II
Redija um texto bem estruturado, de setenta a cem palavras, comentando a
citao a seguir transcrita com base em leituras sobre o poeta e sobre o contexto
literrio que o envolve.
Pessoa transforma a emoo antes esttica em emoo-pensada, em
pensamento-emoo, ou, ainda, alcana surpreender a ntima identidade que
existe entre as sensaes e as ideias a que as primeiras esto desde sempre
amarradas.
Massaud Moiss, A Literatura Portuguesa
III
Resuma o excerto a seguir transcrito, constitudo por duzentas e setenta e seis
palavras, num texto de oitenta e duas a cento e duas palavras.
A Dor de Pensar
A inteligncia lembra uma varinha de condo: graas a ela, tudo o que dormia o
sono do nada, incluindo o prprio Homem, acorda para a existncia. Ser ser
objecto de conhecimento. A mesma varinha, porm, por um uso intenso e
persistente, acaba por esvaziar de realidade as coisas, f-las regressar ao nada
donde vieram. um instrumento de destruio que vitima aquele que o maneja,
lhe provoca a dor da universal ignorncia, a sensao de ladear nas trevas, e ao
mesmo tempo o cansa, o corri, mina as condies elementares de felicidade.
Fernando Pessoa foi dos que mais sofreram com o terrvel paradoxo. Vocacionado
para o exerccio exaustivo duma inteligncia esquadrinhadora que, na clausura
doeu, vizinha impotente do caos obscuro da vida, e cuja presena vigilante se
manifesta at quando a intuio ou a imaginao poticas alcanam a sua hora,
experimentou, a par do orgulho de conhecer afirmando-se contra a voragem, a
pena mais frequente de lhe ser inacessvel a felicidade dos que no conhecem. O
privilgio duma extraordinria lucidez paga-se caro. Quanto mais humano mais
desumano. Elevar desumanizar, e o homem se no sente feliz onde se no
sente j homem (P. D. E., pg. 131). Pessoa padeceu dramaticamente o suplcio
da sua grandeza: O emprego excessivo e absorvente da inteligncia - diz ele na
carta a Cabral Metello publicada na Contempornea em Fevereiro de 1923 -, o
abuso da sinceridade, o escrpulo da justia, a preocupao da anlise, que nada
aceita como se pudesse ser o que se mostra, so qualidades que podero um dia
tornar-me notvel; privam, porm, de toda espcie de elegncia porque no
permitem nenhuma iluso de felicidade.
Jacinto do Prado Coelho, Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa,
Ed. Verbo (pp. 105-106)
Publicada por Helena Maria (s) 04:37
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14.12.07
Natal Na provncia neva
Natal Na provncia neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Corao oposto ao mundo,
Como a famlia verdade!
Meu pensamento profundo,
Stou s e sonho saudade.
E como branca de graa
A paisagem que no sei,
Vista de trs da vidraa
Do lar que nunca terei!
Fernando Pessoa
I
1. Considera as referncias evocaes temporal e espacial contidas no primeiro
verso.
1.1. Interpreta a sua expressividade.
1.2. Esclarece o sentido do verso 4.
2. Como a famlia verdade! (v.6)
2.1. Explicita os efeitos sugeridos pelo tipo de frase utilizado.
3. Identifica a figura de estilo presente no verso 8 Stou s e sonho saudade.
3.1. Refere o seu valor, tendo em conta os sentimentos que dominam o sujeito
potico.
4. Relaciona o ltimo verso com a temtica pessoana que estrutura o poema.
5. Analisa formalmente a composio potica.
II
() na suposio de que ser poeta ter acesso a um novo estado de graa,
Fernando Pessoa tenta recriar-se, artificialmente, como criana e, nela,
continuar a infncia perdida. Mas a conscincia do real atrapalha-lhe o sonho.
Alfredo Antunes, Saudade e Profetismo em Fernando Pessoa
Depois de reflectir sobre o excerto transcrito, desenvolva-o num texto expositivo,
fundamentando as suas afirmaes.
Publicada por Helena Maria (s) 03:12
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13.12.07
Aqui na orla da praia, mudo e contente do mar
Aqui na orla da praia, mudo e contente do mar,
Sem nada j que me atraia, sem nada que desejar,
Farei um sonho, terei meu dia, fecharei a vida,
E nunca terei agonia, pois dormirei logo de seguida.
A vida como uma sombra que passa por sobre um rio
Ou como um passo na alfombra de um quarto que jaz vazio;
O amor um sono que chega para o pouco ser que se ;
A glria concede e nega; no tem verdades a f.
Por isso na orla morena da praia calado e s,
Tenho a alma feita pequena, livre de mgoa e de d;
Sonho sem quase j ser, perco sem nunca ter tido,
E comeo a morrer muito antes de ter vivido.
Deito aqui onde jazo, s uma brisa que passa.
No quero nada do acaso, seno a brisa na face;
Dem-me um vago amor de quanto nunca terei,
No quero gozo nem dor, no quero vida nem lei.
S, no silncio cercado pelo som brusco do mar,
Quero dormir sossegado, sem nada que desejar,
Quero dormir na distncia de um ser que nunca foi seu,
Tocado do ar sem fragrncia da brisa de qualquer cu.
Fernando Pessoa
I
1. O sujeito potico situa-se na orla da praia.
1.1. Caracterize o espao sugerido ao longo do poema.
1.2. Considerando o valor semntico dos adjectivos no primeiro verso das estrofes
alternadas, mostre que h um valor simblico associado a esse espao.
2. Na segunda estrofe, h uma definio da vida.
2.1. Explicite o conceito de vida revelado ao longo do poema.
2.2. Identifique e defina os valores morais que se destacam no conceito de vida.
3. "Por isso" (v. 9) introduz uma concluso que resulta do sentimento de vida.
3.1. Explicite os sentimentos que o sujeito lrico exprime.
3.2. Determine a concluso ou projecto de vida que formula.
4. Analise a construo formal do poema, tendo em ateno que h uma
segmentao do verso em redondilhas maiores que rimam entre si.
II
Num texto bem estruturado de cem a duzentas palavras, comente as seguintes
afirmaes do semi-heternimo pessoano Bernardo Soares:
A arte consiste em fazer os outros sentir o que ns sentimos, em os libertar
deles mesmos, propondo-lhes a nossa personalidade para especial libertao. [...]
Para que eu, pois, possa transmitir a outrem o que sinto, tenho que traduzir os
meus sentimentos na linguagem dele, isto , que dizer tais coisas como sendo as
que eu sinto, que ele, lendo-as, sinta exactamente o que eu senti.
A literatura, que a arte casada com o pensamento, e a realizao sem a
mcula da realidade, parece-me ser o fim para que deveria tender todo o esforo
humano se fosse verdadeiramente humano, e no uma superfluidade do animal.
Creio que dizer uma coisa conservar-lhe a virtude e tirar-lhe o terror.
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego de Bernardo Soares (fragmentos)
Publicada por Helena Maria (s) 04:29
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16.2.07
Fernando Pessoa ortnimo
Assinala as afirmaes correctas
Para Pessoa, viver ser feliz.
Em Pessoa ortnimo, o fingimento potico a chave da sua produo potica.
Na poesia do ortnimo, o sonho e a infncia so os nicos momentos de
felicidade para o sujeito potico.
Pessoa rompe, formalmente, com o lirismo tradicional.
Muitos dos poemas pessoanos revelam a fragmentao do eu.
Sentir e pensar so opostos que se reconciliam na poesia ortnima.
Pessoa considera a emoo a chave da produo potica.
A tendncia para a abstraco domina a esttica de Pessoa.
O tdio e a nusea existenciais percorrem muitos dos poemas pessoanos.
Em Pessoa, a dor de pensar fruto de uma conscincia muito aguda.
A poesia ortnima caracteriza-se por uma extraordinria euforia e por uma
linguagem simples, mas carregada de expressividade.
comum, na poesia do ortnimo, o uso de metforas ricas com grande poder
evocador.
Publicada por Helena Maria (s) 03:24
Etiquetas: Fernando Pessoa
15.2.07
Vida e obra de Fernando Pessoa ortnimo
Identifique as afirmaes verdadeiras e falsas, convertendo estas ltimas em
verdadeiras.
a) Fernando Pessoa recebeu uma educao fundamentalmente inglesa.
b) A perda da me, quando criana, influenciou a afectividade do poeta.
c) A infncia deste foi vivida na companhia de alguns heternimos.
d) O movimento artstico, divulgado na revista literria Orpheu, inaugurado pela
gerao de Fernando Pessoa, designa-se Simbolismo.
e) Antes do Orpheu, Fernando Pessoa mantivera-se distante da participao em
revistas literrias.
f) O ano de 1914 um marco importante na obra pessoana: d-se a exploso
heteronmica.
g) O Modernismo representa a inquietude de uma gerao.
h) A poesia do Orpheu caracterizada pela alucinao, pelo choque e pela
irreverncia, factores que cativaram as grandes elites da poca.
i) O futurismo implementa-se na Europa, como movimento esttico
revolucionrio, com o escritor italiano Tommaso Marinetti.
j) O futurismo pretende dar continuidade s tradies, verificando-se, a nvel
literrio, o respeito pela ordem sintctica e pela pontuao.
k) A morte do companheiro de gerao e amigo, Mrio de S-Carneiro, marcou
Pessoa profunda-mente.
l) O poeta concilia frequentemente o sentir com o pensar.
m) A obra potica de Fernando Pessoa reflecte vivncias do seu passado.
n) O sonho e a realidade cruzam-se em algumas das suas composies poticas.
o) Fernando Pessoa revela-se um poeta que transmite uma solido interior,
traduzida nos sentimentos de tdio e melancolia.
p) Fernando Pessoa manifesta dificuldade em lidar com os afectos.
q) A constatao de uma realidade fugaz faz do poeta um ser lutador.
r) A teoria do fingimento potico consiste em representar as emoes de modo
abstracto.
s) Fernando Pessoa recorre frequentemente a alguns smbolos para representar
algumas realidades.
t) O fingimento potico deve ser visto como uma mentira e no como a
intelectualizao das emoes.
u) A busca incessante de auto-conhecimento leva fragmentao do eu.
v) A constante racionalizao do sentir faz do ortnimo um ser feliz.
Publicada por Helena Maria (s) 03:17
Etiquetas: Fernando Pessoa
0.5.12
A poesia dos heternimos
1. L os dois textos que se seguem.
TEXTO A
Eu sou uma antologia.
Screvo to diversamente
Que, pouca ou muita a valia
Dos poemas, ningum diria
Que o poeta um somente.
Assim deve ser qualquer,
Enfim porque j o seja
Pode ser um, porque o .
O poeta deve ser
Mais do que um, para poder.
Depois para si o poeta
Deve ser poeta tambm.
Se ele no tem a completa
Diversidade
No poeta, s algum
Eu, graas a Deus, no tenho
Nenhuma individualidade.
Sou contra o mundo.
Fernando Pessoa, in Fernando Pessoa e a Gerao de Orpheu,
Planeta DeAgostini
TEXTO B
() o autor destas linhas () nunca teve uma s personalidade, nem pensou
nunca, nem sentiu, seno dramaticamente, isto , numa pessoa, ou
personalidade, suposta, que mais propriamente do que ele prprio pudesse ter
esses sentimentos.
H autores que escrevem dramas e novelas; e nesses dramas e nessas novelas
atribuem sentimentos e ideias s figuras, que as povoam, que muitas se indignam
que sejam tomados por sentimentos seus, ou ideias suas. Aqui a substncia a
mesma, embora a forma seja diversa.
A cada personalidade mais demorada, que o autor destes livros conseguiu viver
dentro de si, ele deu uma ndole expressiva, e fez dessa personalidade um autor,
com um livro, ou livros, com as ideias, as emoes, e a arte dos quais, ele, o
autor real (), nada tem salvo ter sido, no escrev-las, o mdium de figuras que
ele prprio criou.
() Ele [o autor] nem concorda com o que nelas vai escrito, nem discorda. Como
se lhe fosse ditado, escreve ().
Por qualquer motivo temperamental que me no proponho analisar, nem importa
que analise, constru dentro de mim vrias personagens distintas entre si e de
mim, personagens essas a que atribu poemas vrios que no so como eu, nos
meus sentimentos e ideias os escreveria.
Assim, tm estes poemas de Caeiro, os de Ricardo Reis e os de lvaro de Campos
que ser considerados. ()
Fernando Pessoa, Pginas ntimas e de Auto-Interpretao,
textos estabelecidos e prefaciados por Georg Rudolf Lind e Jacinto do Prado
Coelho, tica
1.1. No primeiro verso do TEXTO A, o sujeito potico apresenta uma tese.
1.1.1. Sugere um conector que ligue este verso aos seguintes, estabelecendo uma
relao de causalidade.
1.1.2. Explica a afirmao do primeiro verso, tendo em conta o sentido dos
quatro versos seguintes.
2. Qual , na segunda estrofe, a expresso que d conta da convico do sujeito
potico na teoria
que acabou de expor?
3. L o TEXTO B e completa, com os conectores adequados, as afirmaes
seguintes.
a. __________ os autores de novelas e romances criam personagens para as suas
obras, _________________ Fernando Pessoa criou diferentes figuras para exprimir
as suas diferentes personalidades.
b. Muitas foram as personalidades que nasceram dentro do poeta, ____________
ele s deu ndole expressiva quelas que mais se impuseram dentro de si.
c. Fernando Pessoa _______________ foi ______________ o intermedirio entre
as diferentes personalidades que viveu e as respectivas produes poticas.
d. ___________ tenham nascido todas dentro do poeta, as vrias personagens so
diferentes entre si e dele prprio.
e. A poesia de Alberto Caeiro, de Ricardo Reis e de lvaro de Campos
______________ expressa ____________ os sentimentos _____________ as ideias
do prprio Fernando Pessoa.
4. Relaciona as duas ltimas estrofes do poema com o contedo do TEXTO B.
Ficha sobre Conhecimento explcito da Lngua - 12 ano
Ficha de escolha mltipla com a correo no final
() se o Guadiana foi j cenrio [de] () disputas blicas, tambm foi testemunha de
unies buclicas entre Portugal e Espanha. Sempre que os dois reinos decidiam algum
desposrio rgio, certo e sabido que o ponto de encontro era na fronteira, perto da
confluncia entre o rio Caia e o Guadiana. Por regra, as comitivas de entrega e receo
encontravam-se beira deste rio e a infanta, espanhola ou portuguesa, ficava ento em
posse do nobre que a levaria. O seu protocolo foi alterado no incio de 1728, quando os
dois pases se quiseram unir em duplos laos matrimoniais, num evento que ficou
conhecido pela troca das princesas. Com efeito, em vez de se enviar a infanta
portuguesa para Madrid, de modo a casar com o futuro rei espanhol Fernando VI, e
receber em Lisboa a princesa castelhana para desposar o futuro rei D. Jos, fez-se o
casrio em Caia, com o Guadiana e numerosa comitiva a assistir. E com pompa e
circunstncia alm de muito dinheiro gasto. De facto, para se celebrar os casamentos,
fizeram-se dois palcios em madeira, em ambas as margens, concebidos pelos mais
distintos arquitetos de cada pas. No caso de Portugal, foram incumbidos desta tarefa o
bvaro Joo Frederico Ludovice, arquiteto do convento de Mafra, e pelo romano
Antnio Canevari, o primeiro diretor das obras do aqueduto das guas Livres, na regio
de Lisboa. Haveriam de se desentender e foram substitudos por um engenheiro militar
portugus.
In Viso, Suplemento Guia dos rios e barragens, n1
1. As palavras desposrio, matrimoniais e casamento so palavras
a. derivadas por parassntese.
b. derivadas por prefixao.
c. derivadas por sufixao.
d. derivadas por prefixao e sufixao.
2. Na palavra arquiteto, o elemento inicial tem o significado de
a. antigo.
b. chefia.
c. em volta de.
d. excesso.
3. Qual das palavras que se seguem no derivada?
a. desentender.
b. engenheiro.
c. comitiva.
d. casrio.
4. No enunciado O seu protocolo foi alterado no incio de 1728, quando os dois pases se
quiseram unir em duplos laos matrimoniais, num evento que ficou conhecido pela
troca das princesas. que
a. um pronome relativo.
b. uma conjuno subordinativa causal.
c. um pronome interrogativo.
d. uma conjuno subordinativa consecutiva.
5. No que concerne ao excerto No caso de Portugal, foram incumbidos desta tarefa o
bvaro Joo Frederico Ludovice, arquiteto do convento de Mafra, e pelo romano
Antnio Canevari, assinala a frase que est correta:
a. Esta frase encontra-se na voz ativa.
b. A frase contm um modificador apositivo.
c. A palavra bvaro significa relativo Bavria.
d. Neste enunciado existe uma contrao.
6. Em ficava ento em posse do nobre que a levaria, as palavras so, respetivamente:
a. verbo-conjuno-conjuno-verbo-preposio-adjetivo-conjuno-determinante-verbo
b. verbo-advrbio-preposio-nome-preposio-adjetivo-pronome-pronome-verbo
c. verbo-conjuno-preposio-nome- preposio-nome-pronome-pronome-verbo
d. verbo-advrbio.-preposio-nome-preposio-nome-pronome-pronome-verbo
7. Em O seu protocolo foi alterado no incio de 1728, o complexo verbal destacado
constitudo por:
a. verbo auxiliar da passiva + verbo principal.
b. verbo auxiliar temporal + verbo principal.
c. verbo auxiliar aspetual + verbo principal.
d. verbo auxiliar dos tempos compostos + verbo principal.
8. Em Haveriam de se desentender, a palavra se
a. uma conjuno subordinativa condicional.
b. uma conjuno subordinativa completiva.
c. um pronome pessoal reflexo.
d. um pronome pessoal recproco.
9. Em se o Guadiana foi j cenrio [de] () disputas blicas, a palavra se
a. uma conjuno subordinativa condicional.
b. uma conjuno subordinativa completiva.
c. um pronome pessoal reflexo.
d. um pronome pessoal recproco.
10. Em fez-se o casrio em Caia, a palavra se tem um valor
a. inerente.
b. passivo.
c. recproco.
d. impessoal.
11. Atenta na frase De facto, para se celebrar os casamentos, fizeram-se dois palcios em
madeira, em ambas as margens, concebidos pelos mais distintos arquitetos de cada
pas.. A orao sublinhada
a. a orao subordinante.
b. subordinada adverbial concessiva.
c. subordinada adjetiva restritiva.
d. subordinada adverbial final.
12. De entre os enunciados que se seguem, assinala a alnea onde encontras uma orao
subordinada adverbial final.
a. Sempre que os dois reinos decidiam algum desposrio rgio, certo e sabido que o porto
o ponto de encontro era na fronteira, perto da confluncia entre o rio Caia e o
Guadiana.
b. Por regra, as comitivas de entrega e receo encontravam-se beira deste rio e a infanta,
espanhola ou portuguesa, ficava ento em posse do nobre que a levaria.
c. Com efeito, em vez de se enviar a infanta portuguesa para Madrid, de modo a casar com
o futuro rei espanhol Fernando VI, e receber em Lisboa a princesa
d. E com pompa e circunstncia alm de muito dinheiro gasto.
13. Na frase Por regra, as comitivas de entrega e receo encontravam-se beira deste
rio e a infanta, espanhola ou portuguesa, ficava ento em posse do nobre que a
levaria., a orao destacada
a. subordinada adverbial concessiva.
b. subordinada adjetiva restritiva.
c. subordinada substantiva completiva.
d. subordinada substantiva relativa sem antecedente.
14. Na mesma frase, temos trs sujeitos. Assinala a opo certa.
a. O primeiro composto e os outros simples.
b. Todos so sujeitos simples..
c. O primeiro nulo subentendido, o segundo nulo indeterminado e o ltimo composto.
d. O primeiro composto, o segundo nulo expletivo e o terceiro simples.
15. Em Sempre que os dois reinos decidiam algum desposrio rgio, certo e sabido que o
ponto de encontro era na fronteira, a orao destacada
a. subordinada substantiva completiva.
b. subordinada substantiva relativa sem antecedente.
c. subordinada adjetiva relativa restritiva.
d. subordinada adjetiva relativa explicativa.
16. de modo a casar com o futuro rei espanhol - o verbo casar pede
a. um complemento direto.
b. um complemento oblquo.
c. um complemento do nome.
d. um modificador do grupo verbal.
17. Qual a funo sinttica exercida pelo grupo de palavras sublinhadas em Haveriam
de se desentender e foram substitudos por um engenheiro militar portugus.?
a. Complemento direto.
b. Sujeito.
c. Complemento oblquo.
d. Complemento agente da passiva.
18. O conector com efeito, usado no texto, serve para
a. dar uma opinio.
b. confirmar uma ideia.
c. exemplificar.
d. indicar uma consequncia.
19. Que outro conector, tambm usado neste texto, tem o mesmo valor que com efeito?
a. No caso de
b. Sempre que
c. de facto.
d. alm de
20. Quanto sua tipologia, este um texto
a. argumentativo.
b. narrativo.
c. descritivo.
d. instrucional.
Solues:
1.c 2.b 3.c 4.a 5.b 6.d 7.a 8.d 9.a 10.d
11.d 12.c 13.b 14.a 15.a 16.b 17.d 18.b 19.c 20.b
Figuras de Estilo:
Aliterao - repetio de sons consonnticos
Assonncia - repetio de sons voclicos
Anfora - repetio de uma ou mais palavras em inicio de verso ou de perodo
Anstrofe - inverso da ordem natural das palavras
Assndeto - no h conjuno a ligar as palavras seguidas. No tem "e" e tem uma vrgula
Elipse - omisso de uma palavra que se subentende
Hiprbato - inverso violenta dos elementos da frase
Paralelismo - repetio do esquema de construo da frase ou verso
Pleonasmo - repetio de uma ideia j expressa
Polissndeto - repetio dos elementos de ligao entre palavras
Quiasmo - estrutura cruzada de quatro elementos agrupados dois a dois
Alegoria - coisificao de um conceito abstrato
Animismo - atribuio de vida a seres inanimados
Anttese - contraste entre duas ideias ou coisas
Apstrofe (invocao) - expresses em que nos dirigimos a algum
Comparao utilizao de uma palavra comparativa entre duas coisas "como"
Disfemismo - dizer de forma violenta aquilo que poderia ser dito de uma forma mais suave
Eufemismo - dizer de uma forma suave uma ideia desagradvel
Enumerao - apresentao dos termos por ordem progressiva
Hiplage atribuio de uma qualidade a um ser, pertencente a outro. "As tias faziam meias
sonolentas"
Hiprbole - nfase resultante do exagero
Imagem - recurso a aspetos sensoriais
Interrogao - questo retrica no visa uma resposta
Ironia - sugere o contrrio do que se quer dizer
Metfora - comparao de dois termos
Antonomsia - quando nos referimos a uma pessoa no atravs do seu nome mas atravs de
uma caracterstica da pessoa
Metonmia - emprego de um vocbulo por outro "tomar um copo"
Paradoxo - um mesmo elemento produz efeitos opostos "fogo frio"
Perfrase - dizer por muitas palavras o que pode ser dito por poucas
Personificao - atribuio de qualidades ou comportamentos humanos a seres que o no so
Sindoque - o todo pela parte ou vice-versa "ocidental praia lusitana"
Sinestesia - mistura de dois sentidos "delicioso aroma"