Este documento resume um estudo sobre os resíduos sólidos gerados pela indústria de mineração no estado de Goiás, Brasil. O estudo analisou a quantidade e tipo de resíduos produzidos por quatro grandes mineradoras e encontrou que a maioria tem destinação adequada, embora mais pesquisas sejam necessárias devido ao crescimento do setor.
Este documento resume um estudo sobre os resíduos sólidos gerados pela indústria de mineração no estado de Goiás, Brasil. O estudo analisou a quantidade e tipo de resíduos produzidos por quatro grandes mineradoras e encontrou que a maioria tem destinação adequada, embora mais pesquisas sejam necessárias devido ao crescimento do setor.
Este documento resume um estudo sobre os resíduos sólidos gerados pela indústria de mineração no estado de Goiás, Brasil. O estudo analisou a quantidade e tipo de resíduos produzidos por quatro grandes mineradoras e encontrou que a maioria tem destinação adequada, embora mais pesquisas sejam necessárias devido ao crescimento do setor.
Este documento resume um estudo sobre os resíduos sólidos gerados pela indústria de mineração no estado de Goiás, Brasil. O estudo analisou a quantidade e tipo de resíduos produzidos por quatro grandes mineradoras e encontrou que a maioria tem destinação adequada, embora mais pesquisas sejam necessárias devido ao crescimento do setor.
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RESDUOS SLIDOS DA INDSTRIA DE MINERAO:
ESTUDO DO ESTADO DE GOIS
Rafael de Mesquita Machado 1
Osmar Mendes Ferreira 2
Universidade Catlica de Gois Departamento de Engenharia Engenharia Ambiental AV. Universitria, N 1440 Setor Universitrio Fone (62)3946-1351. CEP: 74.605-010 Goinia - GO.
RESUMO
A preservao do meio ambiente, o uso racional de recursos naturais e a mudana de postura da sociedade frente s questes ambientais tm levado as indstrias a buscar um melhor desempenho nessa rea. Aliados a esses fatores, est a constatao de que a gerao de resduos slidos em grandes e pequenas quantidades sem que haja uma destinao final adequada, resulta em grandes impactos ambientais e sociais. Nesse trabalho foi realizado o levantamento dos dados quantitativos e qualitativos dos resduos slidos da Indstria de Minerao. Este trabalho foi desenvolvido atravs de pesquisas em quatro das principais mineradoras do Estado de Gois. Os dados resultantes dessa pesquisa foram separados de acordo com o grau a classificao dos resduos. Verificamos que a maioria dos resduos gerados tem destinao final adequada, mas deve-se ressaltar que esta pesquisa dever ter continuidade em decorrncia da instalao de novos empreendimentos no Estado e daqueles no contemplados nesse trabalho.
Palavras-chave: Resduos slidos, indstria de minerao, meio ambiente, destinao final.
ABSTRACT
He preservation of the environment, the rational use of natural resources and the posture change of the society front to the environmental subjects have been taking the industries to look for a better acting in that area. Allies the those factors, it is the verification that the generation of solid residues in great and small amounts without there is an adapted final destination, it results in great environmental and social impacts. In that work the rising of the quantitative and qualitative data of the solid residues of the Industry of Mining was accomplished. This work was developed through researches in four of the main mineradoras of the State of Gois. The resulting data of that research were separate in agreement with the degree the classification of the residues. We verified that most of the generated residues, he/she has adapted final destination, but it should be emphasized that this research should have continuity due to the installation of new enterprises in the state and of those no meditated in that work.
Key-Word: Solid residues, industry of mining, environment, finishing Destination.
Goinia, 2006/2
1 Acadmico do curso de Eng Ambiental da Universidade Catlica de Gois. ([email protected]) 2 Prof do Dep. de Eng da Universidade Catlica de Gois - UCG ([email protected]) 2 1 INTRODUO
Os danos ambientais causados pelas catstrofes que ocuparam a mdia, nestes ltimos anos, so insignificantes, quando comparados aos danos cumulativos, na maioria das vezes, imperceptveis, provocados pela grande quantidade de poluentes menores disponibilizados ao meio ambiente de maneira constante e gradativa. Uma postura exaustivamente consumista e descartvel poder inevitavelmente comprometer a qualidade de vida da espcie dominante. As descobertas dos inmeros danos ambientais resultantes das prticas inadequadas das disposies dos resduos tm aumentado o conhecimento e a preocupao da populao do planeta sobre esta questo. Nos ltimos anos, esta preocupao tem sido manifestada e concretizada, atravs da promulgao de uma srie de legislaes federais, estaduais e municipais. Com a legislao ambiental cada vez mais rgida, os prejuzos advindos de seu no-cumprimento podem apresentar um custo muito elevado aos infratores. Paralelamente, a conscientizao do consumidor impulsiona-os a adquirir produtos que sejam considerados verdes/limpos, ambientalmente corretos, ou seja, produtos que, alm de apresentarem boa qualidade, possuam uma linha de produo que no gera comprometimento ambiental. Esses aspectos vm incentivando, a cada dia, a indstria a procurar sistemas eficazes que provoquem a reduo de seus impactos ambientais, com custo de mercado compatvel (MACDO, 2000). Logo, o crescimento das atividades industriais traz, sem dvida, benefcios econmicos para os estados e municpios. No entanto, estas atividades geram resduos que necessitam ser gerenciados adequadamente, a fim de garantir a preservao ambiental. O crescimento desse setor e, conseqentemente, da quantidade e diversidade de resduos gerados, aumenta o desafio a ser enfrentado pelas indstrias, j que este gerenciamento de competncia das mesmas. Os despejos que vm do processamento da minerao so periodicamente tratados por processos que envolvem sedimentao simples e lanamento em lagoas de sedimentao pelos dois tratamentos. Atualmente existem equipamentos muito eficientes nos tratamentos de resduos e efluentes, alcanando, em determinado caso, 99% de eficincia, como observado em tratamento de gases e ar atmosfrico. Em geral, os resduos slidos industriais, contm uma variedade de materiais e substncias que apresentam periculosidade. Embora represente uma menor parcela dentre os resduos gerados, esses resduos constituem, tambm, um fator de grande importncia pois exigem acondicionamento, transporte e destinao especial. Entretanto, o intuito desta pesquisa inspecionar o potencial de gerao de resduos slidos da indstria de extrao minerria e como realizada sua destinao final para que no haja danos ao meio ambiente e a sade da populao. E com isto, os objetivos principais foram recolher dados do potencial de gerao destes resduos, verific-los e separ-los de acordo com sua classe, estabelecida pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas, NBR 1004 (ABNT, 2004). A metodologia utilizada consistiu basicamente na busca de informaes no banco de dados da Agncia Ambiental de Gois e nas prprias indstrias de minerao atravs de visitas, avaliao e esboamento das informaes recolhidas. Salienta-se, por fim, que imprescindvel a continuidade destes estudos, tendo em vista que estas pesquisas so elementos insubstituveis de avaliao e acompanhamento da evoluo da produo de resduos slidos oriundos de indstrias de extrao mineraria.
3 2 REVISO BIBLIOGRFICA
O problema do volume de resduos slidos est ligado produo industrial de bens de consumo e intimamente ligado ao crescimento populacional e, em todos os pases, os problemas decorrentes so semelhantes (BARROS, 2002). Jardim et al (1995) citam que o aumento da populao mundial implica no aumento do uso das reservas do planeta, da reserva de produo de bens e tambm da gerao de lixo. Segundo Paulella & Scapim (1996), ... tanto nos pases industrializados, como nos pases em desenvolvimento, aumenta, ano aps ano, a quantidade de resduos e de produtos que se tornam lixo, e apenas o Japo e a Alemanha tm diminudo a quantidade de lixo por habitante. Trabalhos apontam o aumento do volume do lixo sem tratamento, no Brasil, e a elevao de seu teor txico. Esta situao tem sido comparada a uma bomba relgio, que poder explodir, a qualquer momento. Os resduos slidos tm recebido tratamento de segunda categoria e ainda no existe vocao e uma conscincia poltica dos governantes, parlamentares e demais autoridades, efetivamente comprometida com a implementao de polticas preventivas e corretivas (BARROS, 2002). Na Companhia Nquel Tocantins de Gois, em funo de suas atividades minerais (extrao de minrio de nquel), industrial (fabricao de carbonato bsico de nquel) e unidades de apoio operacional e de infra-estrutura para os funcionrios, responsvel pela gerao de diversos resduos. Brandt (2004) descreve a caracterizao, quantificao e qualifica os diversos tipos de resduos gerados pela empresa em todas as suas atividades, pois atravs desses estudos de caracterizao, qualificao e quantificao ser possvel evitar vrios tipos de Riscos provenientes de Resduos Slidos de uma Indstria de Minerao, tais como: Contaminao do Solo, Contaminao da gua, Riscos de Propagao de Doenas, Riscos de Emisses Atmosfricas sem Controle, Destruio da Flora local e afastamento da Fauna, Riscos de Afeto na Imagem Institucional, aumento de materiais particulados contaminados, risco no manejo com o acido sulfrico, etc. Sendo assim, torna-se necessria a implantao de uma sistema eficiente para a gesto destes resduos, de forma a controlar as etapas envolvidas desde a gerao at sua disposio final. Este sistema, alm de evitar danos ao meio ambiente citados acima, permite tambm a implementao de uma poltica de reutilizao e reciclagem de resduos, reduzindo o volume a ser disposto em aterros. De acordo com a NBR 10.004/04, so considerados resduos slidos os resduos nos estados slido e semi-slido, que resultam de atividades da comunidade de origem: industrial, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servios e de varrio. Ficam includos nesta definio os lodos provenientes de sistemas de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e instalaes de controle de poluio, bem como determinados lquidos cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na rede pblica de esgotos ou corpos de gua, ou exijam para isso solues tcnica e economicamente inviveis em face melhor tecnologia disponvel. Ainda segundo a NBR 10.004/04, os resduos slidos so classificados, por sua periculosidade, em: Classe I (perigosos): so aqueles que apresentam periculosidade, em funo de suas propriedades fsicas, qumicas ou infecto-contagiosas, ou uma das caractersticas seguintes: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, ou patogenicidade; 4 Classe II-A (no-inertes): so aqueles que no se enquadram nas classificaes de resduos classe I ou de resduos classe II-B. Os resduos classe II-A podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em gua; Classe II-B (inertes): quaisquer resduos que, quando amostrados de forma representativa, segundo a Norma NBR 10.007/04 (Amostragem de Resduos), e submetidos a teste de solubilizao, segundo a Norma NBR 10.006/04 (Solubilizao de Resduos), no tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentraes superiores aos padres de potabilidade de gua, excetuando-se os padres de aspecto, cor, turbidez e sabor.
Segundo estimativas da Agncia Goiana de Meio Ambiente (AGMA, 2001), do total inventariado de aproximadamente 13.702.272,82 toneladas de resduos industriais produzidos mensalmente pelas indstrias situadas no Estado, a maior parte constitui-se de Resduos no-inertes (classe II-A), seguido de resduos perigosos (classe I) e, por fim, de resduos inertes (classe II-B), classificao definida pela NBR 10004/04. Cerca de 1.044.946,92 toneladas de resduos perigosos so produzidos no Estado por ano. As principais formas de tratamento e destinao final dos resduos produzidos no Estado so: reciclagem, aterro municipal, co-processamento, aterro industrial, estocagem, incinerao, incorporao, fertilizao ou landfarming e aterro de terceiros. A destinao de resduos perigosos ocorre principalmente por meio de reciclagem ou por deposio em aterros municipais e industriais. Observa-se que muitos dos resduos industriais perigosos chegam aos vazadouros de lixo misturados com os resduos industriais de baixa periculosidade (AGMA, 2001). Os aterros municipais so geralmente representados por aterros controlados ou vazadouros de lixo, cuja infra-estrutura no adequada para a destinao de resduos com caractersticas de periculosidade. Desse modo, pelo menos parte de substncias consideradas perigosas presentes nos resduos, tem como destino final o solo desses aterros, podendo ter como possveis conseqncias, a contaminao ambiental e humana por substancias carcinognicas. Segundo estudos recentes da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de So Paulo - CETESB, cerca de 10 milhes de toneladas anuais de resduos slidos, produzidos pelas indstrias, no Estado de So Paulo, no so devidamente tratados ou tm destino inadequado, nmero este que chega a 47% do volume produzido pelas indstrias (SIQUEIRA, 2001).
3 METODOLOGIA
O levantamento das informaes das indstrias de minerao instaladas no Estado de Gois, se deu atravs de consulta ao banco de dados da Agncia Ambiental de Gois, dos empreendimentos com processos de licenciamento ambiental e que recebem monitoramento por tcnicos e fiscais desse rgo. Visitas de campo nas Mineradoras do Estado de Gois como: Complexo Industrial Copebrs, Complexo Industrial Ultrafrtil, Companhia Nquel Tocantins e Barro Alto Minerao. E bem como, consultas a outras Mineradoras do Estado. Atravs das visitas e consultas, foram usados restritamente assuntos ligados a Resduos Slidos, sejam eles, Perigosos (Classe I), No-Inertes (Classe II-A) e Inertes (Classe II-B) ao Meio Ambiente e a Sade Pblica. Estes resduos foram estudados e classificados de 5 acordo com a norma da Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 10004 (ABNT, 2004). Depois do levantamento, classificao e quantificao, os dados foram tabelados e separados de acordo com cada indstria de minerao pesquisada, recebendo tambm propostas para a destinao final. Com os materiais pesquisados separados de acordo com cada classe estabelecida, foi realizada uma comparao no intuito de verificar em toneladas, o quanto de cada resduo por classe gerado em campo de trabalho.
4 RESULTADOS E DISCUSSES
4.1 Companhia Nquel Tocantins
Na Companhia Nquel Tocantins CNT, em funo de suas atividades minerrias (extrao de minrio de nquel), industrial (fabricao de carbonato bsico de nquel), e unidades de apoio operacional e de infra-estrutura para os funcionrios, responsvel pela gerao de diversos resduos, Brandt (2004) descreve a caracterizao, quantificao e qualifica os diversos tipos de resduos gerados pela empresa em todas as suas atividades, como apresentado a seguir. Para permitir uma melhor visualizao dos resduos gerados pela CNT, eles sero apresentados conforme o Quadro 1. Neste quadro apresentado todo o tipo de resduos gerado na indstria CNT, em seqncia, descrito o local de sua gerao, sua classe e para onde designado sua destinao final adequada. Tambm neste quadro, no foram citados dados quantitativos com relao ao quanto de resduos foram gerados, pois estes dados no foram fornecidos nos materiais pesquisados. A classificao dos resduos foi feita de acordo com a norma da Associao Brasileira de Normas Tcnicas NBR 10.004 (ABNT, 2004), ou seja: Resduos perigosos (Classe I); Resduos no-inertes (Classe II-A); Resduos inertes (Classe II-B).
QUADRO 1: Resduos Slidos gerados na Companhia Nquel Tocantins Tipo de resduo Local de gerao Classificao Destino Final Atual Baterias diversas de equipamentos mveis reas de manuteno mecnica Classe I Recolhimento pelos fabricantes leo lubrificante usado reas de manuteno mecnica Classe I Venda para rerrefino (empresa Lwart) ou queima na seo 300 Borras de leo/graxa reas de manuteno mecnica Classe I Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Filtros de leo reas de manuteno mecnica e troca de leo Classe I Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Embalagens com resto de tinta Manuteno das edificaes e reas de manuteno mecnica Classe I Venda como sucata metlica Restos de Explosivos Paiol Classe I Coleta pelo exrcito Embalagens sujas com leo/graxa reas de manuteno mecnica Classe I Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Serragem suja com leo reas de manuteno mecnica Classe I Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Toalhas sujas com leo/graxa e desengraxante reas de manuteno mecnica e troca de leo Classe I Reutilizao aps lavagem (empresa Tilimpa) 6 Tipo de resduo Local de gerao Classificao Destino Final Atual Cartuchos de tinta e tonner de impressora Escritrios Classe I Retorno ao fornecedor Pilhas reas em geral Classe I Armazenamento at definio do destino final Gases, luvas, algodo, esptula, papel da maca e medicamentos vencidos Ambulatrio Classe I Cmaras de combusto dos fornos Agulhas Ambulatrio Classe I Cmaras de combusto dos fornos aps passagem pelo desintegrador de agulhas leo isolante Transformadores Classe I Recolhimento pela empresa que realiza a manuteno dos transformadores Embalagens de vidros contaminados com produtos qumicos Laboratrio Classe I Armazenamento vidros intactos Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Lmpadas fluorescentes, incandescentes e de mercrio Manuteno das edificaes Classes I e II-A Venda a vapor de mercrio e outras fluorescentes Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo incandescentes Restos de alimentos Restaurante Classe II-A Doao para fazendeiros Resduos sanitrios Sanitrios Classe II-A Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo EPIs usados reas em geral Classe II-A Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Filtro prensa Transformadores Classe II-A Recolhimento pela empresa que realiza a manuteno dos transformadores Lodo Sistema de tratamento de esgoto (fossas) Classe II-A Barragem Jacuba Resduos de varrio e jardins reas em geral Classe II-A Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Sucatas metlicas no contaminadas (chapas, fiao eltrica, restos de tubulao, parafusos, corpos moedores, roletes metlicos, peas estruturais, etc.) reas de manuteno Classe II-B
Venda (empresa Siderrgica Barra Mansa e outros) Pneus e borracha (Correia transportadora e peas) reas de manuteno mecnica e borracharia Classe II-B Recolhimento pelo fornecedor (empresa Lameiros) Filtros de ar rea de manuteno mecnica e troca de leo Classe II-B Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Tijolos refratrios slico aluminosos Fornos Classe II-B Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Sucatas de madeira reas de manuteno Classe II-B Doao (padaria, sauna, etc.) Mangas dos filtros Filtros de manga Classe II-B Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Sucata de l de rocha Edificaes Classe II-B Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Papel Escritrios, laboratrio e restaurantes Classe II-B Doao (Hospital Arajo Jorge) ou Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Embalagens plsticas contaminadas com produtos qumicos Laboratrio e ares de manuteno Classe II-B (aps trplice lavagem) Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo 7 Tipo de resduo Local de gerao Classificao Destino Final Atual Embalagens de vidro reas em geral Classe II-B Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Plsticos em geral reas em geral Classe II-B Venda (empresa Politubos) big bags e plsticos de baixa densidade; Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo - demais Restos de produtos qumicos vencidos do laboratrio Laboratrio Classe II-B Armazenamento at definio do destino final Resinas sujas com materiais retirados na purificao da gua Baterias de regenerao - Barragem Jacuba
Pastilhas de amostras Laboratrio - Valas de disposio de resduos da usina/Vila Macedo Resduos de amostras de minrio Laboratrio - Retorno para o processo (s-200) Resduos de amostragem de carbonato Laboratrio - Retorno para o processo (s-200) Lama Negra Processo produtivo - Barragem Jacuba Sulfeto misto de cobre Processo produtivo - Venda (empresa Produqumica) Carbonato de nquel Limpeza das torres da seo 900 - Retorno para o processo (s-200) Resniq Usina metalrgica de So Paulo da CNT - Armazenamento at definio do destino final Fonte: Adaptado do Plano de Gesto Ambiental-PGA Companhia Nquel Tocantins (2004)
4.2 Barro Alto Minerao Ltda
Em atividades minerrias de acordo com Brandt (2005) em relao Resduos Slidos gerados, na rea da Mina, dever gerar no primeiro ano de atividades 280.000 toneladas de material considerado estril. Durante a operao, cerca de 1.800.000 toneladas de material estril ser retirado anualmente das minas do Projeto Barro Alto. Todo esse material, composto basicamente por rochas de laterita, dunito e calcednia, ser estocado em depsitos controlados at o quinto ano do empreendimento. A partir de ento, as reas utilizadas como depsito sero reabilitadas, recebendo tratamento atravs de adio de matria orgnica e cobertura vegetal. A partir do sexto ano, todo o estril gerado na mina dever retornar s reas j lavradas, visando a reconformao do relevo e a reabilitao das reas degradadas. Tambm na rea das minas, estima-se a gerao de 476 Kg/ano de resduos referentes s embalagens de explosivos utilizados, compostos basicamente por papel, papelo e plsticos. No canteiro de obras, na fase de implantao, instalada a oficina mecnica, eltrica, instrumentao/automao, para realizao das manutenes mais pesadas dos equipamentos e veculos, e tambm uma rea para lavagem, lubrificao e realizao de servios de borracharia. Nestas atividades sero utilizadas toalhas lavveis. As guas de lavagem de peas destas oficinas e das demais reas citadas sero direcionadas para sistema separador de gua e leo (SAO). O lodo de fundo e o leo retido no SAO tero destinaes adequadas. Nas atividades da oficina mecnica tambm sero gerados filtros de leo, baterias e sucatas metlicas. 8 Na fase de operao, passaro a ser gerados tambm os resduos oriundos dos processamentos do minrio na planta metalrgica, com destaque para o silicato de magnsio gerado na etapa de fuso redutora nos fornos eltricos e a escria da etapa de refino. Com o objetivo de controlar as emisses de poluentes, sero instalados sistemas de controle de emisses atmosfricas e de efluentes lquidos, cujos funcionamentos tambm geraro resduos slidos. No caso dos sistemas de controle das emisses atmosfricas, os materiais retidos nos sistemas de despoeiramento das etapas de secagem, calcinao e fuso redutora sero reutilizados internamente na etapa do processo produtivo denominada de aglomerao/pelotizao. J os lodos dos lavadores de gases/espessadores dos secadores rotativos sero enviados para um tanque de decantao (bacia de rejeitos). Na Estao de Tratamento de Efluentes Lquidos e de gua sero gerados resduos na forma de lodos cujas destinaes adequadas fazem parte do Programa de Gerenciamento de Resduos Slidos da prpria empresa. Pode-se tambm destacar outros resduos que sero gerados e que diferem daqueles relacionados com a etapa de implantao do empreendimento, como, por exemplo, filtros de manga (tecido) usados/danificados, e resduos de refratrios e materiais cermicos, dentre outros. No Quadro 2 apresentado um resumo dos principais tipos de resduos que sero gerados na empresa, as respectivas estimativas de gerao durante a fase de implantao e operao do empreendimento, seguido tambm de sua classificao.
QUADRO 2: Estimativa de gerao de resduos na fase de implantao e operao Tipo de resduo Estimativa de gerao Classificao Baterias (veculos) 100 unidades/ano I Bombonas e embalagens plsticas de produtos qumicos diversos 100 unidades/ano I Embalagens de leos, graxas e tintas 90 unidades/ano I Equipamentos de proteo individuais EPIs usados (luvas, botas, capacetes, mscaras) 12 t/ ano I Toalhas lavveis contaminadas com leos, graxas e/ou tintas 5 t/ano I Filtros de leo (veculos) 5 t/ano I Lmpadas usadas/queimadas 1.500 unidades/ano I Lodo de fundo das caixas separadoras de gua e leo 400 t/ano I Materiais contaminados com leos, graxas e tintas 8 t/ano I leo de corte e usinagem 10.000 L/ano I leos lubrificantes/hidrulicos e graxas usadas 500.000 L/ano I leo retido nas caixas separadoras de gua e leo 150.000 L/ano I Resduos ambulatoriais (restos de curativo, algodo, seringas e etc) 2 t/ano I Solo (terra) contaminado com leos e graxas Gerao eventual I Sucatas de metais ferrosos e no ferrosos (obra, embalagens, peas geradas nas oficinas de manuteno e limalhas) 2.500 t/ano I Lodo do sistema de tratamento dos efluentes lquidos do laboratrio 1,5 t/ano I Tambores metlicos (200L) e embalagens metlicas diversas 6.000 unidades/ano I Pilhas 700 unidades/ano I Embalagens de produtos de limpeza 100 unidades/ano I Embalagens de reagentes e vidraria de laboratrio 500 unidades/ano I Borras de leo pesado, utilizado na calcinao, durante a limpeza de bicos, vazamentos, servios de manuteno, etc. 100 t/ano I 9 Tipo de resduo Estimativa de gerao Classificao Restos de concreto betuminoso (massa asfltica) 400 m/ms I Restos e borras de tintas 1 t/ano I Plsticos (material de escritrio, embalagens em geral) 100 t/ano II-A Lodo da estao de tratamento de gua ETA 10.000 t/ano II-A Lodo/material de limpeza das fossas spticas ou lodo da estao de tratamento de esgoto sanitrio (aps implantao) 8.000 t/ano II-A Madeira (material de forma e desforma, embalagens em geral) 150 t/ano II-A Restos de alimentos (preparao e/ou restos das refeies) 90 t/ano II-A Material de capina e limpeza da rea incluindo corte e supresso de vegetao 300 t/ano II-A Resduos de varrio 80 t/ano II-A Resduos dos sistemas de controle das emisses atmosfricas (precipitador eletrosttico e filtros de mangas) 12 t/ano II-A Slidos carreados e retidos nas redes de drenagem pluvial das reas de pilhas, silicato de magnsio e escria de refino, minrio e carvo 3.000 t/ano II-A Material diverso no reciclvel (lixos sanitrios, papis e plsticos no reciclveis, material de escritrio, etc) 150 t/ano II-A Lodo do sistema de lavagem de gases dos secadores rotativo 75.000 t/ano II-A Lodos dos sistemas de tratamento dos efluentes da granulao de silicato de magnsio e escria da etapa do refino 30.000 t/ano II-A Lodo do sistema de tratamento dos efluentes da granulao do ferro-nquel 1,5 t/ano II-A Papel/papelo (material de escritrio, embalagens em geral) 250 t/ano II-A Entulho de construo (apenas restos de concreto, tijolos, blocos, telhas e placas), sem a presena de materiais contaminantes 800 t/ms II-B Filtros de ar (veculos) 120 unidades/ano II-B Isopor (embalagens) 1 t/ano II-B Material excedente da movimentao de solo (terra), incluindo os oriundos de abertura de vias e abertura de cavas para as fundaes (infra-estrutura e edificaes) No estimado II-B Pneus 350 unidades/ano II-B Pedaos e sucatas de borracha 12 t/ano II-B Vidros (embalagens em geral) 20 t/ano II-B Silicato de magnsio (escria da etapa fuso) 1.650.000 t/ano II-B Escria da etapa de refino 36.500 t/ano II-B Filtros de manga usados/danificados (tecido) 400 unidades/ano II-B Resduos de refratrios e materiais cermicos 70 t/ano II-B Fonte: Adaptado do Estudo de Impacto Ambiental-EIA Brandt Meio Ambiente (2005) e Plano de Controle Ambiental-PCA Brandt Meio Ambiente (2005)
4.3 Complexo Industrial COPEBRS
O Complexo Industrial de minerao COPEBRS gera uma ampla gama de resduos slidos onde se destacam, em volume gerado, os restos de matrias primas e produtos, preferencialmente reincorporados ao processo, e resduos das unidades de tratamento de guas e efluentes e cinzas oriundas das fornalhas. Logo, devido ao grande nmero de insumos embalados (reagentes e outros) h uma grande produo de sacarias, bombonas e outras embalagens que requerem cuidados especiais quando relacionadas a produtos qumicos. Tambm h um volume expressivo de resduos domsticos (restaurante) e de escritrios, estes com destaque para copos descartveis.
10 4.3.1 Levantamento e Caracterizao dos Resduos Slidos
A origem dos principais resduos slidos gerados nas diversas unidades que compem o Complexo Industrial da COPEBRS em Catalo, de acordo com Paulista (2003), encontra-se descrita a seguir:
4.3.1.1 Unidade de cido Sulfrico
Os resduos desta planta incluem o pentxido de vandio, catalisador utilizado na etapa de converso do SO 2 a SO 3 , que trocado em perodos de aproximadamente 2 anos; sacarias de diatomitas e cal, produtos adicionados na etapa de fuso/filtrao no processo de fabricao do cido sulfrico. A borra de enxofre gerada no processo de filtrao est sendo disposta no depsito de gesso, cuja quantidade de aproximadamente 4 toneladas/dia. O local impermeabilizado e devidamente controlado.
4.3.1.2 Unidade de cido Fosfrico
O processo tem como subproduto o gesso, que atualmente est sendo enviado ao ptio de gesso. O ptio foi implantado com impermeabilizao em manta asfltica de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e sistema de drenagem de guas pluviais. As guas pluviais do ptio so enviadas lagoa de percolados e posteriormente tratadas e reutilizadas no processo industrial. Nesta unidade h, tambm, resduos de sacarias de diatomita e lixo de escritrio.
4.3.1.3 Unidade de Produo de Superfosfato Simples e Triplo (Acidulao)
Os resduos so gerados durante o transporte e manuseio de matrias primas e produtos nas instalaes industriais, sendo recolhidos e reincorporados ao processo produtivo.
4.3.1.4 Unidades de Granulao de Fertilizantes
O processo tem como resduo slido a cinza da fornalha utilizada como complementao na correo dos solos cidos, alm de restos de produtos que so recolhidos e reaproveitados.
4.3.1.5 Unidade de Produo de Fosfato Biclcico
Periodicamente so trocados os filtros mangas do sistema de controle da poluio atmosfrica, que se constituem em resduos slidos. H, tambm, resduos de escritrio e sacaria.
4.3.1.6 Utilidades
Os resduos incluem sacarias e diversas embalagens de reagentes. O lodo que poder ser gerado na estao de tratamento de gua ser destinado conforme legislao especfica. Estudos tambm podero ser desenvolvidos visando outras destinaes, tais como corretivo do solo.
11 4.3.1.7 Laboratrio
Nos laboratrios de controle e apoio de qualidade dos fertilizantes produzidos, os resduos incluem diversos produtos fosfatados e frascos e restos de reagentes, alm de lixo de escritrio.
4.3.1.8 Sistema de Tratamento de Efluentes
Os resduos produzidos na ETEL incluem embalagens e sacarias, lodo, resduos de limpeza da caixa de entrada das bombas, lodo de fossa sptica e lodo de desassoreamento das lagoas.
4.3.1.9 reas de Apoio
Os resduos produzidos na rea de apoio so bastante variados, tendo em vista a diversidade de atividades necessrias ao andamento da rea do Complexo Industrial COPEBRS. Tambm foi identificada com potencial de produo de resduos a rea reservada aos terceiros, o que inclui resduos de escritrio, embalagens, restos de produtos, como tintas e vernizes.
4.3.1.10 Ambulatrio
O gerenciamento de resduos no ambulatrio inclui processo de segregao de resduos contaminados e no contaminados e o encaminhamento a empresas especializadas em tratamento de resduos classificados como perigosos.
4.3.1.11 Administrao
A rea administrativa responsvel pela gerao de grande parte do lixo de escritrio e de lmpadas fluorescentes que tambm so geradas em outros setores da empresa. Estes so considerados resduos perigosos e so adequadamente estocados em local especfico at serem destinadas para tratamento. Com relao aos restos de obras e de outros resduos gerados por terceiros, o gerenciamento dos resduos slidos realizado pelas prprias empresas contratadas. A empresa responsvel pela atividade de pintura, p.ex., recolhe latas, embalagens, e encaminha para a sua unidade central, onde os resduos so enviados para reciclagem e/ou incinerao. No Complexo h tambm um depsito de sucatas que sero encaminhadas para reaproveitamento. No Quadro 3 mostrado a relao de todos os resduos pesquisados e levantados no Complexo Industrial COPEBRS no municpio de Catalo e uma estimativa das quantidades produzidas, em seguida, apresentado como feitos o tratamento final desses resduos e a empresa que responsvel por esse procedimento.
QUADRO 3: Inventrio Anual de Resduos Slidos, gerados pelo Complexo Industrial da COPEBRS em Catalo GO. Classificao Descrio Quantidade Tratamento Final Empresa Pentxido Vandio 10,0 ton Co-Processamento Suzaquim - Susano (SP) Classe I Lmpada fluorescente 0,8 ton Descontaminao Reciclagem Naturalis Brasil - Jundiai (SP) 12 Classificao Descrio Quantidade Tratamento Final Empresa Servio Sade 0,2 ton Incinerao Serquip - Belo Horizonte (MG) leo Lubrificante 6,0 ton Reciclagem Lwart - Goinia (GO) Borras Oleosas 30,0 ton Incinerao Utarp - Goinia (GO) Baterias Automotivas 1,7 ton Reprocessamento Suzaquim - Susano (SP) Telhas de Amianto 19,0 ton Aterro Industrial Sasa - Trememb (SP)
Borra de Enxofre 1.300,0 ton Reciclagem Carbotex Araariguama (SP) Cinzas Fornalhas 445,0 ton Reaproveitamento Reflorestamento Copebrs (GO) Lmpada incandescente 720 unid Descontaminao Reciclagem Naturalis Brasil - Jundiai (SP) Lmpada Vapor sdio 600 unid Descontaminao Reciclagem Naturalis Brasil - Jundiai (SP) Sacaria diatomita 92.200 unid Aterro Sanitrio Prefeitura de Catalo (GO) Sacaria sulfato alumnio 500 unid Aterro Sanitrio Prefeitura de Catalo (GO) Sacaria sal (ETA) 24 unid Aterro Sanitrio Prefeitura de Catalo (GO) Gesso 584.000 ton Agricultura/Indstria -- Lodo ETEL 36.000 ton Pilha de Gesso Copebrs (GO) Resduos de Restaurante 155,0 ton Aterro Sanitrio Prefeitura de Catalo (GO) Esgoto - Fossas 630,0 ton Lagoas Tr. Biolgico Sae Catalo (GO) Mistura de Resinas 15,0 ton Co- Processamento Resicontrol (SP) Classe II-A Papel Papelo 80,0 ton Reciclagem Prefeitura de Catalo (GO) Sucata Tambor polieletrlito 60 unid Co-Processamento Resicontrol (SP) Fonte: Adaptado dos dados do prprio Complexo Industrial Copebrs S.A. (2005) e Relatrio de Impacto Ambiental-RIMA Consultoria Paulista (2003)
4.4 Complexo Industrial ULTRAFERTIL
No Terminal Rodo-Ferrovirio da ULTRAFERTIL, segundo Consultoria Paulista (2004), gerado resduo slido industrial originado pelos diversos processos industriais, manipulao de cargas e atividades administrativas. Sua composio bastante varivel.
4.4.1 Produo de Resduos Slidos Industriais
Neste artigo foi feita uma atualizao da estimativa da quantidade anual de resduos gerados pelo Terminal Rodo-Ferrovirio, estes resduos sero expressos no quadro 4 a seguir, incluindo a rea da empresa responsvel por sua gerao. Citam-se tambm tipos de resduos gerados, a freqncia de sua gerao, a quantidade gerada anualmente e a forma de sua destinao final. A caracterizao dos resduos foi realizada pela indstria atravs de anlises laboratoriais produzidas pela TASQA Servios Analticos Ltda, seguindo as metodologias descritas nas NBR 10.005/2004 Lixiviao de Resduos e NBR 10.006/04 (PAULISTA, 2004).
13 QUADRO 4: Levantamento e Caracterizao dos Resduos Tipo de Resduo Classificao (NBR 10.004) Freqncia de Gerao rea Geradora Previso de Gerao (anual) Tipo de destinao PILHAS, BATERIAS E CARTUCHOS DE IMPRESSORA Baterias I Anual SEMAN 24 um Reciclagem externa empresa especializada Pilhas comuns, baterias de lanternas (alcalina); baterias de rdio e celular I Mensal SEADS 50 kg Reciclagem externa empresa especializada Cartuchos de impressoras/tonner I Diria SEADS 57 um Reciclagem externa empresa especializada Lmpadas I Trimestral SEMAN 1.680 um Reciclagem externa empresa especializada RESDUOS OLEOSOS Resduo de leo BPF e GBA I Mensal SEFER 4,8 t Incinerao empresa especializada Panos; estopa e filtros de mquinas I Mensal MGM e SETER 120 kg Incinerao empresa especializada Resduo das caixas separadoras de gua e leo I Semestral Setores 144 t Incinerao empresa especializada Solo/serragem contaminados com leo, combustvel e/ou graxa I Trimestral Setores 20 t Incinerao empresa especializada leo hidrulico I Trimestral MGM e SETER 6.000 l Reprocessamento externo (re-refino) leo lubrificante usado I Semestral Setores 12 t Reprocessamento externo (re-refino) EMBALAGENS CONTAMINADAS Resduo de Embalagens de Agrotxicos I Semanal SEADS 8 kg Devoluo para centro de coleta revendedor Resduos de Embalagens de Produtos Qumicos I Mensal Setores 3 kg Reciclagem externa empresa especializada OUTROS RESDUOS CLASSE I Resduos ambulatoriais I Mensal SEMASQ 48 kg Incinerao empresa especializada Mantas Filtro- prensa I Mensal SEFER 720 um Reciclagem externa empresa especializada RESDUOS CLASSE II-A Carvo, cinza, bidim II-A Diria SETER 436 t Aterro depsito de estril Detritos, restos de alimentos, EPIs e Uniformes II-A diria SEADS 15 t Aterro depsito de estril Restos de tecido - Filtros de Mangas II-A Mensal SEFER 400 um Aterro depsito de estril 14 Tipo de Resduo Classificao (NBR 10.004) Freqncia de Gerao rea Geradora Previso de Gerao (anual) Tipo de destinao Resduos de leo de fritura II-A Mensal SEADS 2.016 l Reciclagem fabricao sabo RESDUOS CLASSE II-B Cascalho II-B Diria SETER 29 t Aterro depsito de estril Copos plsticos, papel e papelo II-B Diria SEADS 12 t Aterro depsito de estril Vladeira (dormentes) II-B Mensal SETER 360 t Reprocessamento interno fornalha Vladeiras Inservveis (restos de caixas, pallets) II-B Mensal SEADS 2 t Aterro depsito de estril Resduos de obras civis e varreduras de ruas/reas II-B Semanal SEADS 36 t Aterro depsito de estril Sucatas de borrachas II-B Anual Setores 370 kg Reciclagem - comercializao Sucata Metlica II-B Anual Setores 400 t Reciclagem - comercializao Resduos de varredura (limpeza de vages e caminhes) II-A ou II-B Semanal SETER 96 kg Aterro depsito de estril Fonte: Adaptado do Relatrio de Impacto Ambiental-RIMA Consultoria Paulista (2004)
4.5 Quantidade de Resduos Slidos gerados por classe e periculosidade.
Na Tabela 1 encontram-se apresentados o total de resduos slidos pertencentes s classes I, II-A e II-B gerados pelas empresas inventariadas e seus respectivos dados quantitativos.
Tabela 1: Distribuio dos resduos slidos por quantidade gerada Quantidade Gerada Resduos de acordo com a Classe (t/ano) Porcentagem (%) Classe I 3.281,472 0,13 Classe II-A 772.038,961 31,34 Classe II-B 1.687.927,358 68,53 TOTAL 2.463.247,791 100
Na Figura 1 encontram-se apresentados os percentuais obtidos para as trs classes avaliadas. Ressalta-se que foram considerados todos os resduos gerados dentro da rea industrial, sejam eles procedentes do processo industrial ou de outras atividades ali desenvolvidas.
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Figura 1: Distribuio do total de resduos slidos gerados, por classe de periculosidade.
Na Tabela 2 encontram-se discriminados os diferentes tipos de resduos classe I gerados pelas empresas inventariadas e suas respectivas quantidades.
Tabela 2: Distribuio dos resduos slidos Classe I, por quantidade gerada. Quantidade Gerada Descrio do Resduo (t/ano) Porcentagem (%) Baterias (veculos) 2,2 0,07 Bombonas e embalagens plsticas de produtos qumicos diversos para uso industrial 0,02 0,00 Borra de Enxofre 1.300,0 39,62 Borras de leo pesado, utilizado na calcinao, durante a limpeza de bicos, vazamentos, servios de manuteno, etc. 140 4,27 Cartuchos de impressoras/tonner 0,002 0,00 Embalagens de leos, graxas e tintas 0,06 0,00 Embalagens de produtos de limpeza 0,009 0,00 Embalagens de reagentes e vidraria de laboratrio 0,015 0,00 Equipamentos de proteo individuais EPIs usados (luvas, botas, capacetes, mscaras) 9 0,27 Filtros de leo (veculos) 5 0,15 Lmpadas 1,6 0,05 Lodo de fundo das caixas separadoras de gua e leo 350 10,67 Lodo do sistema de tratamento dos efluentes lquidos do laboratrio 150 4,57 Mantas Filtro-prensa 0,035 0,00 Materiais contaminados com leos, graxas e tintas (serragem, papel/papelo, solo, etc) 324 9,87 Classe I 0,13% Classe II-A 31,34% Classe II-B 68,53% 16 Quantidade Gerada Descrio do Resduo (t/ano) Porcentagem (%) leo de corte e usinagem 380 11,58 leos lubrificantes/hidrulicos 227,1 6,92 Panos; estopa e filtros de mquinas 0,12 0,00 Pentxido Vandio 10 0,30 Pilhas e Baterias 100,05 3,05 Resduo das caixas separadoras de gua e leo 144 4,39 Resduo de Embalagens de Agrotxicos 0,008 0,00 Resduos ambulatoriais (restos de curativo, algodo, seringas e etc) 90,25 2,75 Resduos de Embalagens de Produtos Qumicos 0,003 0,00 Sucatas de metais ferrosos e no ferrosos (manuteno, embalagens, peas geradas nas oficinas de manuteno e limalhas, etc) 24 0,73 Telhas de Amianto 19 0,58 Toalhas lavveis contaminadas com leos, graxas e/ou tintas 5 0,15 TOTAL 3.281,472 100
De acordo com a Tabela 2, que descreve todos os resduos slidos da Classe I, o potencial de gerao em toneladas de cada um deles e a porcentagem dos mesmos em relao ao total gerado, o resduo que obteu o maior ndice de produo a borra de enxofre com 39,62% do total produzido, seguido do leo de corte e usinagem com 11,58%. Ao contrario desses dados, tem-se os resduos Cartuchos de impressoras/tonner vazios, que foi menos gerado, com apenas 2 Kg/ano, correspondente a 0% em relao ao total produzido.
Na Tabela 3 encontram-se discriminados os diferentes tipos de resduos classe II- A gerados pelas empresas inventariadas e suas respectivas quantidades.
Tabela 3: Distribuio dos resduos slidos Classe II-A, por quantidade gerada. Quantidade Gerada Descrio do Resduo (t/ano) Porcentagem (%) Carvo, cinza, bidim 881 0,11 Esgoto - Fossas 630 0,08 Gesso 584.000 75,64 Lmpada incandescente 0,2 0,00 Lmpada Vapor sdio 0,175 0,00 Lodo ETEL 41.000 5,31 Lodo da estao de tratamento de gua ETA 10.000 1,30 Lodo do sistema de lavagem de gases dos secadores rotativo 75.000 9,71 Lodo do sistema de tratamento dos efluentes da granulao do ferro-nquel 1,50 0,00 Lodo/material de limpeza das fossas spticas 300 0,04 Lodos dos sistemas de tratamento dos efluentes da granulao de silicato de magnsio e escria da etapa do refino 30.000 3,89 Madeira (embalagens em geral) 15 0,00 Material de capina e poda de manuteno dos jardins 150 0,02 Material diverso no reciclvel (lixos sanitrios, papis e plsticos no reciclveis, material de escritrio, etc) 150 0,02 Mistura de Resinas 15 0,00 Papel/papelo (material de escritrio, embalagens em geral) 105 0,01 Plsticos (material de escritrio, embalagens em geral) 10 0,00 Resduos de Restaurante 185 0,02 17 Quantidade Gerada Descrio do Resduo (t/ano) Porcentagem (%) Resduos de varrio 80 0,01 Resduos dos sistemas de controle das emisses atmosfricas (precipitador eletrosttico e filtros de mangas) 16 0,00 Restos de alimentos (preparao e/ou restos das refeies) 6.500 0,84 Sacaria diatomita 23.000 2,98 Sacaria sal (ETA) 0,006 0,00 Sacaria sulfato alumnio 0,08 0,00 Slidos carreados e retidos nas redes de drenagem pluvial das reas de pilhas, silicato de magnsio e escria de refino, minrio e carvo 3.000 0,39 TOTAL 772.038,961 100
J na Tabela 3, que descreve os resduos de Classe II-A, o que mais chama a ateno o Gesso, que obteve o maior ndice de produo com 75,64% do total. Enquanto que os restantes dos resduos correspondem com apenas 24,36%.
Na Tabela 4 encontram-se discriminados os diferentes tipos de resduos classe II- B gerados pelas empresas inventariadas e suas respectivas quantidades.
Tabela 4: Distribuio dos resduos slidos Classe II-B, por quantidade gerada. Quantidade Gerada Descrio do Resduo (t/ano) Porcentagem (%) Entulho de construo (apenas restos de concreto, tijolos, blocos, telhas, placas, embalagens de cimento/cal), sem a presena de materiais contaminantes 40 0,002 Silicato de magnsio (escria da etapa fuso) 1.650.000 97,753 Escria da etapa de refino 36.500 2,162 Filtros de ar (veculos) 0,087 0,000 Filtros de manga usados/danificados (tecido) 0,546 0,000 Isopor (embalagens) 1 0,000 Madeira (embalagens em geral) 15 0,001 Pneus 1 0,000 Resduos de refratrios e materiais cermicos 70 0,004 Vidros (embalagens em geral) 10 0,001 Cascalho 29 0,002 Copos plsticos, papel e papelo 12 0,001 Vladeira (dormentes) 360 0,021 Vladeiras Inservveis (restos de caixas, pallets) 2 0,000 Resduos de obras civis e varreduras de ruas/reas 36 0,002 Sucatas de borrachas 0,725 0,000 Sucata Metlica 850 0,050 TOTAL 1.687.927,358 100
Observa-se que, de todos os resduos declarados na Tabela 04, o resduo Silicato de Magnsio foi o mais gerado, correspondendo com 97,75% do total. O restante dos resduos equivale a 2,25%. Lembrando que os resduos de classe II-B so os mais gerados em indstrias deste porte.
18 A Figura 2 mostra superiormente como uma planta industrial de minerao, em visita in loco pode-se dizer que este complexo, em termos de resduos slidos, serve de modelo para vrios outros, pois a preocupao com uma produo cada vez mais limpa muito grande.
Figura 2: Complexo Industrial COPEBRS
A Figura 3 mostra onde a extrao dos minrios usados nas indstrias extrativas. Aps a explorao total desta rea usado o estril, que hoje no considerado como resduo slido, para a transformao e recuperao do mesmo.
Figura 3: rea de Extrao Mineral (cavas) da Indstria Copebrs
A figura 4 exemplifica um tipo de resduo slido gerado no tratamento de efluentes lquidos. Este resduo formado aps sua reao no tratamento atravs de filtros, que por sua vez separa-o totalmente da gua, formando blocos de gesso que so amontoados e depois transportados para a pilha de gesso. 19
Figura 4: Resduos de cal usado no tratamento de efluentes lquidos da Indstria Minerria
J na Figura 5 mostra o reaproveitado alguns tipos de resduos produzidos no processo de uma indstria no ramo extrativa. Este resduo mostrado na figura a cinza sobrada na queima de madeira na produo industrial, que reutilizada como adubo para as florestas de eucalipto.
Figura 5: Reaproveitamento da cinza como adubo de plantas na prpria Indstria de Minerao
5 CONCLUSES E RECOMENDAES
De acordo com as informaes obtidas por cada indstria de minerao pesquisada e os resultados obtidos a partir dos dados recolhidos das mesmas, podemos concluir que os Resduos Slidos de maior gerao foi o Classe II-B (resduos inertes) com 68,53% do total produzido, correspondendo ao esperado, pois a maioria das indstrias extrativas geram, em grandes quantidades, resduos inertes. Em seguida vem os de Classe II- A (resduos no-inertes), que correspondeu a 31,34% da gerao total. E por ultimo os 20 resduos perigosos, ou seja, Classe I, representando apenas 0,13% do total de resduos slidos inventariados nesta pesquisa. Enfim, ressalta-se que imprescindvel a continuidade deste trabalho, haja visto que o mesmo foi elaborado atravs de pesquisas em apenas 4 indstrias de minerao (extrativas) cadastradas no banco de dados da Agncia Goiana de Meio Ambiente, sendo que no Estado possui vrias outras indstrias deste tipo, alm das inadimplentes com o rgo ambiental. Pois estas pesquisas so uma das ferramentas essenciais para o controle da qualidade do meio ambiente e da sade pblica, e para a elaborao de uma proposta de poltica mais agressiva para o setor.
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