Temperatura Corporal

TEMPERATURA CORPORAL
Alterao da Regulao Trmica

Temperatura Corporal Normal
A temperatura central constante, com
variao de 0,6 C, mesmo em tempera-
tura externas de 13 ou de at 54 C.
A temperatura cutnea pode variar com o
ambiente.
Faixa de normalidade: mdia em torno
36,7 a 37 C.
Varia com o local de medio (boca, axila
ou rectal)
Temperatura Corporal Normal
Temperatura axilar: 35,5 a 37 C
mdia 36 a 36,5 C
Temperatura bucal: 36 a 37,4 C
Temperatura rectal: 36 a 37,5 C,
0,5 C > a axilar
Efeito da ovulao: T C na ovulao;
Efeito do exerccio fsico
Produo de Calor
Principal subproduto do metabolismo
Dependente de:
Metabolismo basal
Intensidade adicional do metabolismo em
decorrncia da actividade muscular
Metabolismo adicional do efeito da Tiroxina
Metabolismo adicional do efeito das
catecolaminas
Aumento do metabolismo em decorrncia da
actividade qumica aumentada da clula
Perda de Calor
O calor produzido nos rgos profundos
(fgado, crebro, corao e msculos)
transferido para a pele, onde perdido
para o ar e meio ambiente.
Dependente de:
Rapidez com que conduzido,
Rapidez com que transferido para a pele e
meio ambiente
Perda de Calor
Sistema Isolante: pele e tecido subcutneo, em
particular a gordura
Transferncia do calor feita
pelo fluxo de sangue atravs
dos vasos sanguneos distribudos
abaixo da pele.
A velocidade pode variar de 0 a 30 % do dbito
cardaco
O controle da conduo trmica feita pelo
sistema nervoso simptico
Base fsica do Mecanismo da Perda
de Calor pela Superfcie Cutnea
Irradiao: 60 % da perda total; sob a forma de
raios trmicos infravermelhos em todas as
direces; (comprimento de onda de 5-20 m,
isto , 10-30 vezes o comprimentos dos raios
luminosos)
Conduo: perda de calor de 3 % para
superfcies slida a at 15 % para o ar.
Evaporao: perda de 0,58 Caloria por cada
grama de gua que evapora.
Exemplo
Conduo
Conveco: remoo do calor por corren-
tes areas.
Efeito de resfriamento do vento: o efeito
aproximadamente proporcional a raiz qua-
drada da velocidade do vento;
Exposio gua: o calor especfico e a
condutividade do calor da gua muito
maior do que o ar.
Efeito da roupa: cria a zona privada de ar
adjacente. Reduo da perda para cerca
de metade a at um sexto.
Evaporao
Pode aumentar a perda pela sudorese,
que, em temperaturas elevadas, constitui
a nica forma de resfriamento.
Diminui com a humidade relativa do ar
A sudorese controlada pelo sistema ner-
voso autonmico simptico. Recebe iner-
vao colinrgica e pode ser estimulada
pelas catecolaminas.
Papel da respirao ofegante
Mecanismo de secreo do suor
Glndulas sudorparas constituda pela
poro espiralada subdrmica e poro
ductal na derme
e epiderme.
2 a 4 milhes
de glndulas
sudo-rparas)
A secreo primria tem
concentrao inica se-
melhante a do plasma e
modificada na poro
tubular conforme a in-
tensidade de produo
do suor e aclimatao
do indivduo (influncia
da aldosterona) solu-
o salina hipotnica
(0.2 a 0.4 % NaCl
Aclimatao
Pessoa no aclimatada, tem perda
mxima de 1L/h, com concentrao inica
de at 50 a 60 mEq/L
A aclimatao (mecanismo fisiolgico
adaptativo) aumenta a perda para 2 a 3L/h
com perda inica de at 5 mEq/L.
Consegue-se uma dissipao de calor 10
x a taxa basal de produo
Regulao da Temperatura
Corporal - Hipotlamo
O nosso corpo consegue manter a tempe-
ratura interna entre 36,6 e 37,6 C mesmo
com variaes da temperatura externa de
13 a 54,4 C em ar seco.
Existe ento, um controle por meio de me-
canismos de feed-back que operam por
meio de centros termorreguladores locali-
zados no hipotlamo.
Hipotlamo
A deteco termosttica da temperatura
pelo hipotlamo feita na rea pr-ptica
do hipotlamo anterior.
Contem neurnios que funcionam como
sensores trmicos, sensveis ao calor e
ao frio e que aumentam a sua frequncia
de disparo conforme aumenta ou diminui
a temperatura corporal.
Corporal Receptores Corporais
Receptores na pele para o frio e para o
calor, cfe a regio do corpo. Ex. 25/cm
2
nos lbios e 1/cm
2
no trax.
Os receptores para o frio so em maior
nmero (3:1 a at 10:1)
Mecanismo de feed-back
Existem ainda receptores profundos locali-
zados em medula espinhal, vsceras ab-
dominais e ao redor de grande veias.
Transmisso por meio de fibras C no
mielinizadas e de fibras A pequenas
mielinizadas
Os sinais sensoriais trmicos obtidos no
hipotlamo anterior e na pele so integra-
dos no hipotlamo posterior .
Nesta rea, de localizao bilateral ao
nvel dos corpos mamilares, controlam as
reaces do corpo para a produo e
conservao de calor.
Sistema Eferente
Sistema nervoso central e hipfise
Sistema nervoso autonomico
Tnus vascular
Sudorese e frequncia respiratria
Metabolismo celular
Liplise da gordura marron
Piloereco
Sistema nervoso somtico
Corporal
Mecanismos de diminuio da temperatura
quando o corpo est excessivamente
quente:
Vasodilatao: inibio dos centros simp-
ticos no hipotlamo posterior. Pode au-
mentar a velocidade de transferncia de
calor para a pele por at 8 vezes.
Corporal
Sudorese: aumento adicional de 1C na
temperatura corporal provoca sudorese
suficiente par remover 10 vezes a intensi-
dade basal de produo corporal de calor
Diminuio da produo de calor: inibio
de calafrios e termognese.
Corporal
Mecanismos de aumento da temperatura
quando o corpo est excessivamente frio:
Vasoconstrio da pele em todo o corpo:
estimulao dos centros simpticos do hi-
potlamo posterior (centro motor primrio
dos calafrios). Durante o calafrio mximo,
a produo de calor pode aumentar at 4
a 5 vezes o normal.
Corporal
Piloereco: estimulao simptica dos
msculos erectores dos plos, aumentan-
do a camada de ar isolante prximo a pele
Aumento da produo de calor: do meta-
bolismo, com calafrios, excitao simpti-
ca da produo de calor (termognese
qumica dasacoplamento da fosforilao
oxidativa) e secreo de Tiroxina.
Corporal Ponto de Ajuste
Os mecanismos de controle da temperatu-
ra procuram trazer a temperatura corporal
de volta ao nvel do ponto de ajuste.
Ganho de feedback para o controle da
temperatura corporal: variao de 1C pa-
ra cada 25 a 30 C) ganho de 27.
Influncia da temperatura da pele: o ponto
de ajuste aumenta a medida que diminui a
temperatura da pele
Controle comportamental da
temperatura corporal
Percepo da temperatura externa com
adaptaes ambientais apropriadas para
restabeler a sensao de conforto.
Mecanismo eficaz de controle trmico
ANORMALIDADES DA
REGULAO DA
TEMPERATURA CORPORAL
FEBRE
HIPOTERMIA
Febre
Definio: aumento da temperatura corpo-
ral acima da faixa normal habitual, por
alterao do ponto de ajuste.
Causas: infeces, anormalidades do pr-
prio encfalo, condies ambientais, trau-
mas, inflamaes, infartos, tumores, etc.
Classificao: com base na temp. axilar
Leve: at 37,5 C
Moderado: 37,5 38,5 C
Alta: > 38,5 C
Febre
Tipos
Contnua: variaes < 1 C
38C
37C
39C
40C
Febre
Irregular ou sptica
37C
36C
38C
39C
Febre
Remitente: hiperpirexia diria, com
variaes > 1 C, sem perodo de apirexia
38C
37C
39C
40C
Febre
Intermitente: quotidiana, ter ou quart.
37C
36C
38C
39C
Febre
Recorrente: perodos de dias ou semanas.
Febre
Patogenia:
Reajuste do centro termorregulador do hi-
potlamo por protenas, produtos de de-
gradao de protenas, toxinas, microrga-
nismos e seus produtos.
Essas substncias so chamadas de pir-
genos.
Ao elevar o ponto de ajuste, desencade-
iam-se os mecanismos para elevar a tem-
peratura corporal.
Pirgenos
Endgenos: produzidos pelo hospedeiro; tbm
chamados de citocinas; liberados pelos
moncitos e macrfagos. Ex. IL 1 e IL 1, TNF
), IFN IL 6.
Exgenos: Microorganismos ou seus produtos,
Toxinas (endotoxinas libertada pelas bactrias
Gram negativas, lipopolissacardeos, como o
cido lipoteicico e peptidoglicanos libertados
por bactrias Gram positivas), Agentes qumi-
cos, nomeadamente frmacos (anfotericina,
fenotiazidas, etc.)
Febre
0 1 2 3 4 5
40,5
40,0
39,4
38,8
38,3
37,7
37,2
36,6
T
e
m
p
e
r
a
t
u
r
a

c
o
r
p
o
r
a
l

e
m

C
Tempo em Horas
Calafrios:
1. Vasoconstrio
2. Piloereco
3. Secreo de
adrenalina
4. Calafrios
Crise
Vasodilatao
Sudorese
Sbita reduo
do ponto de
ajuste para
valor mais
baixo
Sbita reduo do
ponto de ajuste para
valor mais alto
Ajuste do termostato
Temperatura corporal
verdadeira
Febre
Pirgeno Centro termorregulador do hipotlamo
Interleucina-1
Citocinas
Prostaglandinas
Ex. PG E
2
Fagocitose por
Clulas de
Defesa
Antipirticos
Macrfagos
Linfcitos NK
Leuccitos circulantes
Febre
Efeitos da Febre
Benficos: melhora da fagocitose, forma-
o de anticorpos, acelerao dos meca-
nismos de defesa
Nocivos: perda de peso, aumento do tra-
balho e frequncia cardaca, espoliao
de Nitrognio, perda de gua e sais; mal
estar, indisposio geral; hemorragias
locais e degenerao parenquimatosa cel.
Febre
Sindrome Febril
Astenia, inapetncia, cefalia, cefalia,
aumento da FC e FR, mialgias, calafrios,
sudorese, nusea, vmito, delrio, confu-
so mental, convulses.
Calafrios: sensao de frio, vasoconstri-
o, tremor
Crise ou rubor: pele quente e vasodilata-
o
Hipertermia
Elevao da temperatura corporal acima
do ponto de regulao trmica, mais
frequentemente secundria ineficincia
dos mecanismos de dissipao do calor
ou, menos frequentemente, por produo
excessiva de calor com dissipao
compensatria insuficiente.
Hipertermia
Causas
Sobrecarga excessiva de calor: elevao da temperatura ambiente,
especialmente na presena de uma marcada humidade ambiente ou
na presena de um meio fechado que limita as correntes de
conveco.
Aumento da taxa metablica: ex., tireotoxicose, feocromocitoma
hipertermia maligna) ou drogas (ex., teraputica hormonal exgena
ou anfetaminas).
Ausncia ou deficincia de aclimatizao.
Leses do sistema nervoso central ( incluindo o hipotlamo) ou
perifrico
Alteraes drmicas que destruam os locais receptores trmicos,
impeam as perdas de calor por conduo ou prejudiquem a funo
das glndulas sudorparas (ex. esclerodermia, sequelas de
queimaduras, ou deficincia congnita de glndulas sudorparas).
Drogas: fenotiazinas, barbitricos, depressores miocrdicos,
anfetaminas, etc.
Condies especiais
Intermao
Quando a temperatura corporal eleva-se
alm 40,5 a 42,2 C
Sintomas: tontura, vmitos, delrios, perda
de conscincia, perda hidroelectroltica
importante com choque circulatrio, leso
cerebral.
Exige tratamento imediato
Hipotermia
Diminuio da temperatura corporal para
valores inferiores a 35C (95F);
classificada em acidental (primria) ou
secundria, consoante a ausncia ou
presena de disfuno do centro
termoregulador hipotalmico,
respectivamente
Hipotermia
Causas
Factores relacionados com a pessoa:
roupa, extremo de idade, imobilidade
Drogas: lcool, anestsicos, narcticos
Estado de sade: alcoolismo, ICC,
demncia, queimaduras graves, leses
SNC, mal nutrio, mixedema, diabetes.
Hipotermia
Exposio a gua gelada por 20 a 30
minutos provoca fibrilao ventricular ou
assistolia.
H perda da capacidade de regulao
trmica em baixas temperaturas: <
29,5C.
Efeitos locais do frio: vasoconstrio com
risco de ulcerao; pode haver vasodilata-
o como proteco final.

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