Manual Sorgo de Silagem

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Inovao em Sementes Hbridas

Sorgos | Girassis | Milhos | Azevns





Manual Tcnico
SORGO DE SILAGEM









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Manual Tcnico de Sorgo de Silagem

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Caractersticas comuns nos hbridos de sorgos
para silagem da Atlntica
A silagem resultante de qualidade superior
Alta participao de gros na massa
Colmo suculento
Ciclo precoce
Boa tolerncia as principais doenas
Perodo de florao curto
Excelente uniformidade
Altamente estveis em relao ao acamamento

Hbridos de mercado
Chopper NutriGRAIN VDH 422
Espcie Bicolor Bicolor Bicolor
Ciclo Precoce Precoce Precoce
BMR No Sim No
Tanino No Sim Sim
Cor do gro Branco Branco Marrom
Densidade 6 a 8 kg/ha 6 a 8 kg/ha 6 a 8 kg/ha
Florescimento 50 a 65 dias 50 a 65 dias 50 a 65 dias
Altura da Planta 160 a 280 cm 140 a 240 cm 140 a 240 cm
Nmero de sementes 180.000 a 200.000 sem. 180.000 a 220.000 sem. 180.000 a 200.000 sem.
Nmero de plantas 140.000 a 180.000 pl. 160.000 a 200.000 pl. 160.000 a 200.000 pl.
Aptido Silagem Silagem Silagem e Gros
Sementes por saco 25 kg 10 kg 10 kg


Aumente o sucesso de sua lavoura plantando
hbridos da Atlntica


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Mais detalhes dos hbridos para ensilagem
> Chopper
Crescimento rpido e muita produo de massa
o 152 kg/ha/dia de massa seca
o 536 kg/ha/dia de massa verde
Qualidade bromatolgica excelente com NDT > 65%
Grande participao de gros na silagem chegando de 45% a 50% de
participao da pancula na massa a ser ensilada
Produo de leite diria 38% superior comparado com o principal competidor do mercado
Pronto para ensilagem entre 95 a 105 dias, dependendo da regio
O Chopper um hbrido que se encaixa nas necessidades dos cerrados. Produto extremadamente resistente
a seca, e mantm o seu porte mesmo em plantios mais tardios, mantendo altos nveis de produo. A
restrio na poca de plantio seria somente por j estar no perodo de seca, ou nas regies onde entram
frentes frias na poca do plantio.

> NutriGRAI N
Elevada participao de gro na massa, chegando a 45% - 50% da
massa
Possui ciclo curto, ficando pronto para ensilagem entre 90 e 110 dias,
dependendo da regio
Pancula grande, gros pesados com presena de tanino
Comparado com milho, o processo de ensilagem muito mais simples
e de maior rendimento
Produz grande quantidade de massa por ha/dia
Tolerante s principais doenas do cultivo
O NutriGRAIN um hbrido para o plantio de outubro at meados de fevereiro, sem restries as regies.
Como apresenta BMR em sua composio, tem qualidade bromatolgica muito superior aos hbridos que no
apresentam esta caracterstica. Recomendado para produtores que pretendem fazer silagens de altssima
qualidade.




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> VDH 422
Elevada produo de gros, chegando a 55% - 60% da massa seca,
com excelente valor nutritivo
Possui ciclo curto ficando pronto para ensilagem entre 90 a 110 dias,
dependendo da poca e regio
Pancula compactada de tamanho grande e gros grandes com
presena de tanino
Comparado ao milho, o processo de ensilagem muito mais simples e de maior rendimento
precoce e produz grande quantidade de massa seca por ha/dia
Tolerante s principais doenas do cultivo
O VDH 422 se recomenda principalmente para a regio Sul do Brasil. A poca de plantio se inicia em
outubro e pode prolongar-se at 15 de fevereiro, no mximo. A partir de fim de J aneiro j experimentamos
uma reduo no porte, porm, ainda mantm um porte de 150 cm, que para a obteno de silagem de alta
qualidade ideal. Este hbrido tem sido utilizado com duplo propsito em algumas regies. Quando este seja
o interesse, sugerimos que os gros colhidos sejam destinados para a alimentao de ruminantes, por
apresentar tanino. O tanino no desejado pelos fabricantes de raes, principalmente se esta se destina os
monogstricos. J para a safrinha, em regies tropicais o VDH 422 se comporta praticamente como
granfero, neste caso, somente se recomenda o hbrido para a safrinha, ou em regies onde as precipitaes
sejam realmente muito baixas.


Fonte: Kliewer 2008


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Fonte: Kliewer 2006





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Aspectos importantes do cultivo de sorgo
Profundidade
A profundidade de plantio est diretamente relacionada com o tamanho das sementes. As sementes de sorgo
so de tamanho pequeno, portanto, o plantio dever ser feito com uma profundidade de 2 cm a 3 cm.

Densidade
Espaamento Nmero sementes/ metros Stand Final
0,40 m 7 a 9 160.000
0,45 m 8 a 10 160.000
0,50 m 9 a 11 160.000
0,55 m 10 a 12 160.000
0,60 m 12 a 13 160.000
0,70 m 13 a 14 160.000

Fases do cultivo
O ciclo de uma planta de sorgo poder dividido em trs partes.
1) Da emergncia aos 30 dias;
2) Dos 30 dias at o inicio do florescimento;
3) Do florescimento at a maturidade fisiolgica.

Descrio dos fatos mais importantes do ciclo de vida da planta e as recomendaes bsicas de manejo da
lavoura:

Da emergncia at os 30 dias
A planta de sorgo muito frgil do estado de emergncia at os 20 dias de idade. A semente de sorgo tem
poucas reservas de alimento para promover o arranque inicial da planta, que lento at que o sistema
radicular esteja bem desenvolvido e a planta passe a se alimentar dos nutrientes do solo. Para se obter
pronta e uniforme emergncia, importante que a semente seja depositada tambm em uma profundidade
adequada e uniforme. De um modo geral, recomenda-se semear sorgo entre 3 cm a 4 cm de profundidade, e
o fertilizante depositado a mais ou menos 8 cm a 10 cm de profundidade. O produtor de sorgo deve ficar
atento s mudanas do tempo durante o decorrer da semeadura, especialmente quando se planta sorgo em


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extensas reas, como ocorre no Brasil Central. Com bom nvel de umidade no solo, a semeadura poder ser
mais rasa. Se a umidade decresce ao longo dos dias, a profundidade de semeadura dever aumentar.
Nesse primeiro tero da vida da planta o produtor deve cuidar do campo com esmero e observar
atentamente o ataque de insetos-praga subterrneos e de superfcie, que atacam na regio do coleto da
planta. Esses insetos, incluindo as formigas cortadeiras, podem danificar seriamente os stands e mesmo
destruir toda a lavoura. O produtor dever ficar atento ao ataque precoce de lagartas das folhas
(Spodoptera) e do pulgo verde (Schizaphis), que em certas circunstncias podero reduzir drasticamente os
stands. O controle inicial de plantas daninhas deve estar entre as preocupaes do produtor, neste estgio do
desenvolvimento do sorgo. O produtor que se decidiu por um herbicida de ps-emergncia, dever fazer a
aplicao quando as plantas atingirem o estgio de trs folhas. Finalmente, esse o estgio em que o
produtor deve tomar a deciso de replantar a lavoura se os stands no estiverem satisfatrios. Dos 20 aos 30
dias de vida as plantas iniciam o perodo de rpido crescimento, e a taxa de absoro dos nutrientes do solo
acelerada. Em torno dos 30 dias aps emergncia, para a maioria das cultivares comerciais, o tempo de
se fazer a adubao nitrogenada e potssica em cobertura. o tempo, tambm, para completar o servio de
controle das plantas daninhas, ou com o uso de herbicidas ou por meio de cultivo mecnico. O cultivo
mecnico no deve ser feito aps os 30 dias, ou aps o incio da diferenciao floral. nesse estgio tambm
que se completa o controle dos insetos-pragas, principalmente da lagarta Spodoptera ou lagarta do cartucho.
Dos 30 dias at o inicio do florescimento
Este o estgio de rpido desenvolvimento da planta de sorgo e acmulo de matria seca e nutrientes.
tambm o estgio em que se d a diferenciao floral, entre 30 e 40 dias. Para a maioria das cultivares
comerciais, a planta deixa de produzir partes vegetativas, colmo e folhas, e inicia a formao da parte
reprodutiva, a pancula. A partir desse ponto, o rpido alongamento do colmo e da pancula leva a planta ao
estgio que chamamos de emborrachamento e que se completa entre 50 a 55 dias aproximadamente. A
pancula emerge ao final desse perodo, e o florescimento se d entre 60 a 70 dias aps a emergncia da
planta para a maioria das cultivares comerciais. Toda e qualquer agresso planta nesse estgio, como a
aplicao indevida de agroqumicos, ou um evento climtico desfavorvel, como a falta de umidade no solo,
afetaro a emergncia da pancula e comprometero a produtividade final da lavoura.

Do florescimento maturao fisiolgica
Neste estgio inicia-se uma rpida transferncia de nutrientes acumulados nas folhas e nos colmos para as
panculas. Portanto os cuidados para que a planta esteja bem nutrida e preparada para essa fase devem ser
tomadas nos estgios anteriores. Durante o florescimento o produtor dever estar atento ocorrncia da
mosca do sorgo e fazer o controle qumico se necessrio, assim como monitorar o aparecimento de colnias
de pulgo verde e a presena de seus inimigos naturais, que poder evitar o uso de inseticidas. Nesse estgio
a planta continua dependendo de um bom nvel de gua no solo para um bom enchimento dos gros.


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Deficincia hdrica nesse perodo geralmente ocasiona chochamento de gros e queda da produtividade.
Nesse perodo os gros passam do estgio de gro leitoso para o estgio de massa dura ou pastoso. o
perodo ideal para a ensilagem da planta inteira.

Maturao fisiolgica
Prximo da idade de 90 dias aps emergncia a planta est fisiologicamente madura, mas no est pronta
para colher sem secagem artificial.
No perodo que antecede o ponto de maturao fisiolgica ocorre uma rpida translocao de nutrientes
acumulados no colmo e folhas para os gros. Quando a planta est mal nutrida e/ou submetida a um
estresse de umidade, pode ocorrer um acamamento severo e a produtividade ficar comprometida. No caso
de estabelecimento da cultura em pocas ou situaes que sejam de alto risco para deficincia hdrica no
ponto de maturao fisiolgica, a recomendao trabalhar com uma populao de plantas final que seja de
15% a 20% inferior recomendada para situaes normais. a situao comumente encontrada no sistema
de produo de sucesso de culturas do Brasil Central. O ponto de maturao fisiolgica pode ser facilmente
visualizado pelo produtor, s observar a formao de uma camada preta no ponto de insero do gro na
gluma ou palha que o envolve. O aparecimento da camada preta nos gros de sorgo se d da ponta para a
base da pancula, acompanhando a marcha da maturao que no mesmo sentido. Na maturao fisiolgica
o gro de sorgo estar com 25% at 40% de umidade, mas se o produtor dispuser de condies para a
secagem artificial, a colheita poder ser feita. Aps atingir a maturao fisiolgica no h mais acumulao
de matria seca no gro; como conseqncia disso, a irrigao suplementar pode ser suprimida, em caso de
lavoura irrigada.

Nutrio e fertilizao
Antes de definir a fertilizao a ser utilizada ser necessrio fazer um diagnstico da fertilidade do solo. Para
um planejamento mais acertado podemos levar em conta:
Expectativa de produo;
Anlise de solos e histrico de adubao;
Quantidade de P e K necessrias na semeadura determinadas pela anlise de solos;
Quantidade de Nitrognio a aplicar, que depende do histrico de adubao e a seqncia de cultivos.
Freqentemente o produtor considera o sorgo como um cultivo que rstico e que no necessita de
fertilizao. Este sem dvida um equvoco muito grande, aonde a condio de no fertilizao com certeza
vem em detrimento da fertilidade do solo, e o rendimento obtido ser da fertilizao residual do cultivo
anterior ou das reservas naturais do solo.


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O cultivo do sorgo responde muito bem a fertilizao, e a condio de fertilizar-lo menos poder ser
justificado porque em muitas situaes o plantio feito com um risco relativamente alto e com investimentos
mais baixos. Como uma orientao segue tabela abaixo:
Tabela 1 - Recomendao da adubao mineral do sorgo granfero
Classes
Produtividade
(t/ ha)
N no
Plantio
P
2
O
5
K
2
O N
Teor no Solo
Cobertura
Baixo Mdio Alto Baixo Mdio Alto
------------------------------------------------ kg/ ha ------------------------------------------------
4 6 10 20 70 50 30 50 40 20 40
6 8 10 20 80 60 40 70 60 40 80
Fonte: CFSEMG, 1999

Algumas consideraes sobre a recomendao de fertilizantes devem ser observadas:
1) A adubao nitrogenada em cobertura deve ser realizada quando as plantas atingirem entre 30 cm a
40 cm de altura. Em plantios estabelecidos de sucesso ou rotao com a soja, o nitrognio nas
adubaes de cobertura, poder ser diminudo em 20 kg/ha daquela sugerida na Tabela 1. Nas
adubaes em coberturas convencionais e se o fertilizante usado for a uria, esta deve ser
incorporada a uma profundidade de 5 cm para reduo das perdas, ou em momentos que antecedam
uma chuva prevista.
2) Em solos de textura arenosa ou em casos onde a recomendao da adubao potssica for superior
a 80 Kg/ha, sugere-se que a metade deva ser aplicada no plantio e a outra metade juntamente com
a adubao nitrogenada de cobertura.
3) Nos casos de uso constante de formulaes concentradas, sugere-se a aplicao de 30 Kg/ha de
enxofre por ano.
4) Ressalta-se tambm que a prtica da manuteno dos restos culturais pode favorecer a restituio de
at 42% do N, 45% do P e 85% do K extrados pela cultura durante o crescimento e
desenvolvimento. Esses valores devem ser considerados na economia no uso dos fertilizantes a longo
prazo, bem como na melhoria das condies fsicas e qumicas do solo.

Abaixo quadro de resultados em trabalho experimental, medindo a produo de gros de sorgo em kg/ha
com diferentes nveis de adubao.


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Tabela 2 Produo mdia de gros de sorgo, em kg/ ha, em diferentes nveis de adubao. J aba/ MG.
Adubao na semeadura
4 30 16
Nitrognio em Cobertura
1
Sulfato de amnio
Sem dficit hdrico Com dficit hdrico
----------------------------- kg/ ha ----------------------------- ------------------------- gros (kg/ ha) ------------------------
0 0 4.546 339
0 40 4.436 1.511
0 80 4.022 1.411
100 0 6.022 2.664
100 40 6.694 2.170
100 80 5.718 2.515
200 0 6.380 3.113
200 40 6.540 3.376
200 80 6.360 3.106
1
Cobertura nitrogenada aplicada aos 35 dias aps a emergncia das plantas. Fonte: Modificada de VIANA et. al. (1986.)

Deve-se ressalvar de que com a realizao da silagem a remoo de nutrientes muito elevada. Depois de
retirada, para manter a fertilidade, deveremos compensar principalmente o Nitrognio e o Potssio. Quanto
maior a retirada de massa do terreno, mais nutrientes estar sendo exportado.
Matria
Seca
Total
Kg/ ha
Gros
%
Nutrientes Extrados
1

N P K Ca MG
-------------------- kg/ ha -------------------
7.820
2
37 93 13 99 22 8
9.950
3
18 137 21 113 27 28
12.540
3
16 214 26 140 34 26
16.580
3
18 198 43 227 50 47
1
Para converter P em P2O5, K em K2O, Ca em CaO e MG em MgO, multiplicar por 2,29 1,20 1,39 1,66, respectivamente.
Fonte:
2
PITTA et al. (2001),
3
FRIBOURG et al. (1976)

O objetivo deste captulo foi de modo global passar informaes que possam ser usadas como referenciais
nas decises em cada situao, levando-se em conta no somente a dinmica dos processos envolvidos como
tambm a importncia da preservao e manuteno da sustentabilidade do sistema.
Para uma melhor visualizao de sintomas de deficincia de nutrientes no cultivo do sorgo recomendamos
que acesse o link www.cnpms.embrapa.br/sorgo/doutorsorgo.pdf, SEJ A DOUTOR EM SORGO, da EMBRAPA.



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Fisiologia
Comportamento em condies de seca
Em situaes de estiagem o sorgo tem sua prpria defesa fechando os estmatos, conseqentemente
perdendo menos gua por evapotranspirao.
Grande parte dos nutrientes j est absorvida durante a fase vegetativa e mesmo com um stress hdrico
muito significativo depois do florescimento o sorgo ainda consegue formar gros, normalmente o suficiente
para que o produtor pelo menos consiga recuperar o investimento.

Comportamento em relao a temperaturas.
Quando as temperaturas esto baixas no momento da polinizao o sorgo produzira muito pouco plen. Com
esta situao temos uma grande possibilidade de que a flor receba o esporo do fungo causador da Mela.
Basicamente a Mela se instala quando temos condies ruins para a polinizao.
Temperaturas baixas no momento de germinao dificultam a mesma. O tempo de germinao fica muito
aumentado, alm de que, as sementes durante o perodo de germinao ficam expostas a todo tipo de
pragas e doenas.
As temperaturas baixas tambm exigem muito mais das sementes, principalmente, um vigor muito elevado e
muita capacidade de reserva para poder suportar o tempo de germinao. O crescimento inicial ser afetado
com temperaturas baixas.
Em funo do exposto podemos concluir que a dificuldade que o sorgo tem com o frio leva a recomendao
dos plantios em regies e pocas com temperaturas mais elevadas.

Aspectos relevantes ao manejo do cultivo
Ervas
O controle de ervas em princpio somente pode ser feita com Atrazina, que limitado no controle de
gramneas. A primeira limitante est em funo do estgio da erva, que dever ser antes de perfilhamento e
de preferncia entre duas e quatro folhas. A outra limitante est em que algumas gramneas no podem ser
controladas por Atrazina, dificultando assim o controle dentro do cultivo.
Quando se utiliza o plantio direto, dessecao pr-plantio dever receber uma ateno muito grande para
ter certeza do bom controle das ervas existentes.
Herbicidas residuais de cultivos anteriores podem afetar negativamente o cultivo do sorgo e esta a razo
para que sempre se tome em conta o histrico de produtos utilizados na rea. Entre os herbicidas que
freqentemente tem mostrado sintomas de fito toxicidade so os a base de Fomesafen.
O mau controle de ervas tem mostrado muita reduo na produtividade e principalmente se temos a
concorrncia da erva com o cultivo nos primeiros quarenta dias depois do plantio.


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Pragas
Entre as pragas que podem ocorrer devemos destacar as de solo, sendo as mais conhecidas a Larva Arame,
Cors e Lagarta Elasmo. O que existe de comum entre estas pragas que uma vez instaladas o seu controle
muito complicado. Outro aspecto comum que todas estas pragas podem ser controladas com inseticidas
no tratamento de sementes.
Mais recentemente o Percevejo castanho vem causando problemas nos cultivos incluindo o sorgo. Para esta
praga o tratamento de sementes no funciona, e se houver necessidade, o tratamento dever ser especifico
e durante a operao de plantio com aplicador acoplado a semeadoura.
Outra praga que tem aumentado muito em incidncia a Broca da Cana. O seu principal dano esta no
quebramento do colmo em conseqncia das galerias que a mesma produz dentro do colmo. Quando bem
monitorado o tratamento com inseticida funciona. Se no monitorado, a tentativa de controle se fizer depois
que a larva j penetrou no colmo, no ter sucesso no seu controle.
A praga mais comum entre o cultivo gramnea, principalmente em safrinha, a lagarta do cartucho. O
controle da mesma se torna mais fcil dentro do sorgo pela maior facilidade de aplicar inseticidas. Outra
grande vantagem que quando temos a emisso da pancula, a larva ser desalojada no encontrando mais
ambiente propicio para o seu desenvolvimento.
Eventualmente pulges podem causar problemas, porm, normalmente as chuvas o os inimigos naturais
mantm a populao dentro dos limites tolerveis.

Doenas
Dentre as doenas que afetam o cultivo temos, principalmente, a ocorrncia de Antracnose,
Helmintosporiose, Ergot (Mela) e Podrido Seca. Como em qualquer situao as doenas se manifestam
quando as condies do ambiente esto favorveis para a sua instalao e posterior desenvolvimento.
A Antracnose e a Helmintosporiose quando encontram s condies adequadas podem se manifestar de
forma muito expressiva. Para estas doenas muitos esforos esto sendo feito pelos melhoristas para
obteno de resistncias ou melhores tolerncias. Mais recentemente temos algumas iniciativas no controle
da doena por fungicidas, e que numa anlise prvia esto produzindo resultados muito animadores. A
continuidade dos trabalhos neste sentido muito importante.
O Ergot ou Mela, como mais conhecida, uma doena que somente consegue se instalar no perodo da
florao. Condies desfavorveis para a florao, principalmente, chuva e frio, favorecem a doena. Nestas
condies temos menos quantidade de formao de plen e condies menos favorveis para a polinizao.
No ocorrendo a polinizao a oportunidade que a doena necessita para instalar-se. O tratamento com
fungicidas complicado, e a melhor recomendao manter-se na poca adequada de plantio para as
diferentes regies.


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A podrido seca causa muitas perdas no cultivo do sorgo. Ocorre, principalmente, no cultivo de safrinha.
Condies ambientais, como stress hdrico, que favorecem a instalao do patgeno. A manifestao da
doena ocorre, principalmente, nos estgios finais do cultivo. Alm de diminuir o peso especfico dos gros, o
dano mais importante o acamamento. A colheita no momento correto diminui em muito os efeitos
negativos causados pela podrido seca.

Insumos
O cultivo de sorgo tem a vantagem de se utilizar poucos insumos. Normalmente com um tratamento de
sementes para insetos e duas aplicaes areas de inseticidas so o suficiente para conseguir manter as
pragas abaixo do nvel crtico.

Ensilagem ou colheita
Para ensilagem recomendamos fazer a colheita quando os gros esto na fase de massa. Trabalhos tm
comprovado esta ser a melhor fase para a ensilagem, em funo de j estarmos muito prximos a
madurao fisiolgica e a operao de ensilagem ser facilitada. Alm dos aspectos citados, os gros se
desfazem de forma fcil, no passando gros inteiros para a silagem.











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