Relatório Diluição

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO JOO DEL-REI

Laboratrio de Engenharia de Bioprocessos I


DILUIO DE SOLUES EM REGIME TRANSIENTE


Ana Carolina Trevisani Souza;
Giorgio Gonalves;








Ouro Branco, 13 de Maio de 2014.




1. Introduo

1.1 Refratmetro
O refratmetro um instrumento simples. Ele mede o ngulo de refrao do feixe de
luz que penetra em um liquido, obtendo os valores em ndices de refrao (nD).
O refratmetro tambm pode ser usado para medir concentraes de solues
aquosas, consumindo apenas umas poucas gotas da soluo. Possui ampla aplicao
como industrias de alimentos, agricultura, qumica e manufaturados.
O ndice de refrao uma propriedade fsica importante de slidos, lquidos e gases.
A medida de ndice de refrao pode ser usada para determinar a concentrao de uma
soluo pois, o ndice de refrao dela varia com a concentrao.
A escala Brix calibrada pelo nmero de gramas de acar contidos em 100 g de
soluo. Quando se mede o ndice de refrao de uma soluo de acar, a leitura em
percentagem de Brix deve combinar com a concentrao real de acar na soluo. As
escalas em percentagem de Brix, apresentam as concentraes percentuais dos slidos
solveis contidos em uma amostra (soluo com gua). Os slidos solveis contidos o
total de todos os slidos dissolvidos na gua, comeando com acar, sais, protenas,
cidos, etc.. A leitura do valor medido a soma total desses (CASTRO, 2006).
1.2 Balano de massa nos processos
No processos em batelada a alimentao introduzida no sistema de uma s vez no
incio do processo e todos os produtos so retirados algum tempo depois. Nenhuma
massa atravessa a fronteira do sistema no intervalo de tempo decorrido entre a
alimentao e a remoo dos produtos. J no processos contnuo a alimentao e os
produtos fluem continuamente enquanto dura o processo. H contnua passagem de
matria atravs das fronteiras do sistema.
Entrada = sada
Nos Processos semi-contnuos a entrada de material praticamente instantnea e a
sada contnua, ou vice-versa. H passagem contnua de matria atravs de uma nica
fronteira (entrada ou sada) do processo. J os processos em estado estacionrio ou
regime permanente ocorre quando todas as variveis do processo no se alteram com o
tempo.
Tem-se tambm os processos em estado transiente ou regime no-permanente em
que ocorrem alteraes dos valores das variveis de processo com o tempo.
Os processos em batelada e semi-contnuos, pela sua natureza, so operaes em
estado transiente, j que ambos os casos h alterao das variveis ao longo do tempo.
Os processos contnuos, no entanto, podem ocorrer tanto em regime permanente quanto
em transiente (CASTRO, 2006).
2. Objetivo
Diluir uma soluo concentrada em um tanque com agitao e avaliar a concentrao
de soluto em funo do tempo na sada do tanque.

3. Materiais e mtodos
Materiais
Cronmetro;
Proveta;
500 acar;
Tanque;
gua;
Vlvulas.
Mtodos
O equipamento utilizado encontra-se montado conforme a figura 2 abaixo.

Com o tanque cheio com 10L de gua previamente fez-se o seguinte procedimento.
Abriu-se totalmente as vlvulas de esfera e em seguida regulou-se a abertura das
vlvulas de globo para que o nvel da gua no tanque se mantenha constante com a
vazo desejada (leitura no rotmetro). Logo aps, fechou-se ao mesmo tempo as
vlvulas de esfera. Em seguida, dissolveu-se 500 g de acar no tanque com gua. Logo
aps coletou-se uma amostra para se obter a concentrao inicial ( C
A0
) e aos 32s, 2
min, 8 min, 15 min, 22 min, 29 min e por fim, 43 min, fez-se a medida das
concentraes do acar dissolvido no soluto com o auxlio de um refratmetro. Mediu-
se respectivamente o grau brix de cada amostra e a vazo da mesma.
Por fim, compararam-se as concentraes de sada experimentais em funo do
tempo com as obtidas pela equao do balano de massa.

4. Resultados e discusso
Com a vazo de 0,5 Lpm do equipamento, ou seja, Q = 30L/h ou Q = 8,33x10
-3
m
3
/ s
e atravs do balano de massa do processo transiente, obteve-se os seguintes resultados
de medio mostrados na tabela 1.





Tabela 1. Brix e seus respectivos tempos obtidos no experimento.
Amostra Tempo C(Brix)
1 0,53 5
2 2 4,5
3 8 3,0
4 15 1,5
5 22 0,8
6 29 0,2

A tabela 2 abaixo mostra a equivalncia entre BRIX ( Bx) e a concentrao da mistura
(g/L).
Tabela 2. Equivalncia entre Bx e C(g/L).
Brix (Bx) C (g/L)
2,2 25
3,6 40
5,0 55
6,8 75
8,6 100
13,6 150
17,2 200
26,8 300
27,6 400

A partir da tabela 2 converteu-se a concentrao em Brix por g/L, obtendo a tabela 3
abaixo.
Tabela 3. Amostras, tempo, concentrao em Brix e a concentrao em g/L.
Amostra Tempo(min) C(Brix) C(g/L)
1 0,53 5 55
2 2 4,5 49,5
3 8 3,0 33
4 15 1,5 16,5
5 22 0,8 8,8
6 29 0,2 2,2


Dessa forma utilizou-se a equao abaixo para obter os valores de concentraes.

Onde:
C
0
= concentrao experimental (500g/10L)
Qs= vazo(0,5L/min)
V=volume(10L)
t= tempo
Os dados obtidos esto mostrados na tabela 4.
Tabela 4. Amostras, tempo e a concentrao em g/L.
Amostra Tempo(min) C(g/L)
1 0,53 48,69
2 2 45,24
3 8 33,62
4 15 23,62
5 22 16,64
6 29 11,73

Comparando os dados obtidos, pode-se verificar que os trs primeiros valores
calculados (tabela 4) so bem prximos dos valores obtidos pelo refratmetro. Os outros
valores discrepantes podem ser explicados por erros de medidas e operacionais durante
o experimento.
5. Concluso
Atravs do experimento pode-se concluir que o mtodo de obter concentraes a
partir do equipamento refratmetro mostrou-se eficiente, pois os valores calculado
foram bem prximos dos obtidos pelo aparelho. Alm disso, os valores discrepantes
podem ser explicados pelos erros de medio e operacionais durante o procedimento da
prtica. Em geral, conclui-se que um bom mtodo.




6. Referncias bibliogrficas
CASTRO, Patrcia de Souza. Fundamentos de balano de massa para a indstria de
alimentos.
MARTIN, Emerson. Fundamentos de balano de material. Curso fundamentos de
processos, Pontifcia Universidade Catlica do Paran CCET.
RIBEIRO, M. A. Automao Industrial 4 Edio. Salvador: Tek Treinamento &
Consultoria Ltda, 489p, 2001.

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