Trabalho de Continente Europeu Geografia

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Introduo

A Europa conhecida como um continente, porm tecnicamente deveria ser


somente uma enorme pennsula localizada a oeste da Eursia (nome oriundo da juno
entre Europa e sia), a maior concentrao de terras emersas do mundo.

Geograficamente, o continente europeu no se encontra separado por
acidentes geogrficos como acontece com a Oceania e a Amrica - que tem o oceano
como meio de separao de territrios. A Europa est ligada fisicamente com o
continente asitico. Desse modo, o que os classificam como continentes distintos so na
verdade os aspectos culturais e histricos.

O continente em questo possui um limite territorial com o Oceano Glacial,
ao norte; com os mares mediterrneo, Negro e de Mrmara e pela cadeia do Cucaso, ao
sul; com o oceano Atlntico, a oeste; e com os Montes Urais, rio Ural e o Mar Cspio, a
leste.

O territrio em que se encontra a Europa ocupa uma rea de 10,3 milhes de
Km2, espao geogrfico limitado se comparado aos outros continentes. O continente
europeu bastante dividido politicamente, uma vez que so 48 pases independentes
presente no interior do mesmo. Em decorrncia da fragmentao do territrio, existem
pases que tem em seu poder reas restritas. Tal fato proporcionou o surgimento de
micro-pases, como Andorra, com 453 km2; Malta, com 315 km2; Liechtenstein, com
160 km2; San Marino, com 60,5 km2; Mnaco, com 1,95 km2; e o menor pas do
planeta, o Vaticano, com 0,44 km2. Realidade que no vale para a Rssia, tendo em
vista que esse pas detm o maior territrio do continente e do mundo, ocupa cerca de
40% da rea total da Europa.

O continente europeu est situado totalmente no hemisfrio norte,
praticamente todos os pases se encontram na parte oriental. Localizado na zona
temperada da Terra e uma parte no crculo polar rtico.

Apesar de a maioria dos pases europeus serem limitados espacialmente, os
mesmos se tornaram importantes naes no cenrio mundial, dentre elas Alemanha,
Frana, Itlia e Reino Unido, pases que integram o G-7 mais um (G-8).

A organizao do espao geogrfico europeu

O continente europeu constitudo por paisagens extremamente
humanizadas, dessa forma os recursos naturais e paisagens j foram intensamente
modificadas, resultado do expressivo desenvolvimento econmico e industrial. As
transformaes ocorridas na Europa tiveram incio na Revoluo Industrial.

Posteriormente o desenvolvimento atingiu a produo agrcola que avanou
em produtividade ampliando as reas cultivadas.

O espao europeu possui uma complexa rede de transportes interligando
todos os espaos dentro do continente com grande eficincia. A rede de transportes
corresponde a toda infra-estrutura para dinamizar o fluxo de mercadorias e pessoas, a
rede, para um bom funcionamento, precisa ter rodovias em boas condies, hidrovias,
portos, aeroportos e ferrovias.

A indstria na Europa desenvolvida

A condio atual de alto desenvolvimento industrial no continente europeu,
especialmente no lado ocidental, decorrente de um processo histrico, pois a
Revoluo Industrial teve incio na Europa, mais precisamente na Inglaterra no final do
sculo XVIII incio de sculo XIX. O nvel econmico e industrial no homogneo no
continente, pois se difere entre a Europa Ocidental (desenvolvida) e Europa Oriental
(subdesenvolvida), a segunda composta por pases da ex-URSS (Unio Repblicas
Socialistas Soviticas).

A Europa desenvolvida possui um setor industrial diversificado que vai da
indstria de base at tecnologia de ponta, alm de um setor secundrio bastante variado.
O nvel de industrializao e tecnologia proporcionou o surgimento de dezenas de
empresas multinacionais, pois grandes incorporaes empresariais tm origem europia.
Porm, na Europa Oriental os pases no acompanharam essas evolues e tiveram uma
industrializao tardia, ou seja, o processo de industrializao aconteceu cerca de cem
anos aps o incio da Primeira Revoluo.

A indstria est ligada diretamente com os recursos energticos e tambm
minerais, pois so esses que suprem de matria-prima e fonte de energia para process-
las. Na Primeira Revoluo Industrial o principal recurso energtico foi o carvo que era
utilizado para abastecer as mquinas a vapor nas indstrias txteis.

As indstrias se instalaram prximas s reas de extrao de minrios. Mais
tarde, no final de sculo XIX, houve o descobrimento do petrleo e suas utilizaes no
processo produtivo e de transportes e investimentos em usinas hidreltricas e nucleares
que acelerou todo desenvolvimento econmico e industrial.

Mas o consumo de recursos minerais energticos ou no, recursos renovveis
e no-renovais provoca uma srie de impactos ambientais que comprometem as
paisagens naturais, o ar, a atmosfera, as guas, o solo e etc., isso sem falar nos resduos
industriais.
As alteraes ocorridas na Europa Ocidental fez emergir uma conscincia
ecolgica em favor da preservao da natureza com uma forte aprovao da sociedade
em geral.

A Europa um continente extremamente urbano e industrializado, isso quer
dizer que a grande maioria das pessoas vive em cidades, at por que so nelas que se
encontram as oportunidades de trabalho (setor secundrio e tercirio), essa urbanizao
massificada foi devido mecanizao do campo a partir da dcada de 50 que
desencadeou o fenmeno do xodo rural. No sculo XIX, houve um grande fluxo de
migrao de Europeus para todos os continentes em busca de uma nova vida, pois na
Europa as condies de trabalho nas indstrias estavam precrias.

Por ser um continente urbano, esse se configura como uma densa e complexa
rede urbana composta por um grande nmero de cidades em espao articulado com
importncia comercial e industrial. Nessas cidades europias esto presentes algumas
das sedes de organismos internacionais.


O espao agrrio na Europa desenvolvida

O espao agrrio na Europa desenvolvida possui um elevado nvel
tecnolgico no campo, esse nvel produziu uma reduo de trabalhadores rurais que
compe o PEA (Populao Economicamente Ativa) como, por exemplo, Reino Unido
1,8%, Blgica 2,3%, Alemanha 1,4%, Frana 2,9%. Em suma, o espao agrrio europeu
caracterizado por um elevado ndice de produtividade.

A urbanizao europia
A Europa o continente que apresenta a mais elevada taxa de urbanizao,
essa condio aconteceu em decorrncia de uma srie de fatores, principalmente, a
Revoluo Industrial, que proporcionou profundas mudanas de carter social e
econmico. Com a instalao de indstrias nos centros urbanos, muitos trabalhadores
foram atrados, o que desencadeou o fenmeno migratrio denominado de xodo rural
(deslocamento de trabalhadores rurais para as cidades).

Os pases da Europa que ingressaram primeiro no processo de urbanizao
foram justamente aqueles que implantaram a Revoluo Industrial (final do sculo
XVIII), como por exemplo, Reino Unido e Sucia. Os outros pases europeus aderiram
Revoluo Industrial no decorrer do sculo XIX, perodo que em houve o fenmeno
da urbanizao.

De acordo com a ONU (Organizao das Naes Unidas), em todo o mundo
existem 23 mega cidades, ou seja, cidades que possuem uma populao absoluta
superior a 10 milhes de habitantes. Nesse quesito, a Europa possui somente uma
cidade, Moscou (Rssia), com aproximadamente 12 milhes de habitantes. O que
mostra que esse continente no possui grandes aglomeraes urbanas, se comparado
com a sia, detentora de 14 mega cidades; e a Amrica, com 6 centros urbanos com tais
aspectos. Em geral, grande parte dos europeus vive em pequenas e mdias cidades,
muitas delas com menos de 5 mil habitantes.

Entretanto, quando se trata de cidades globais ou metrpoles mundiais, a
Europa detm um nmero significativo. Tais cidades abrigam sede de grupos
financeiros, de empresas multinacionais, de organismos internacionais, centros de
pesquisas, universidades, alm de ser palco de decises que repercutem na esfera global.
Hoje, existem 55 cidades globais, dessas 22 so europeias, o que mostra a importncia
dos centros urbanos desse continente.



Aspectos da populao da Europa
O velho continente, como a Europa tambm conhecida, possui uma
populao estimada em 750 milhes de habitantes, nmero elevado se considerar que a
extenso territorial relativamente limitada, o que significa que bastante povoado.
Com uma densidade demogrfica de 72 hab./km.

A populao europeia constituda por diversos grupos tnicos, com destaque
para: anglo-saxes, escandinavos, eslavos, germnicos e latinos. Um dado importante
que a esmagadora maioria da populao constituda por brancos.

Quanto prtica religiosa, o cristianismo o de maior destaque, embora
esteja dividido em catolicismo romano, especialmente na Espanha, Portugal, Frana e
Itlia; protestantismo em pases como Alemanha, Noruega e Sucia; e o cristianismo
ortodoxo, na Grcia e Rssia.

A populao est irregularmente distribuda no territrio continental,
informao explicada pelo fato de haver reas europeias intensamente povoadas com
densidade demogrfica acima dos 300 hab/km, enquanto que em outras h verdadeiros
vazios demogrficos, com densidade inferior a 1 hab/km.

As regies mais povoadas do continente se encontram na Europa centro-
ocidental, reas que abrigam a maioria dos parques industriais e demais atividades
produtivas, com destaque para Itlia, Pases Baixos, Frana, Reino Unido e Alemanha.

Os vazios demogrficos citados ocorrem no norte da Europa, fator provocado
pelo clima, pois nessa regio h o predomnio de temperaturas muito baixas com
invernos extremamente rigorosos e prolongados.

O pas mais populoso desse continente a Rssia, com cerca de 144 milhes
de habitantes, seguido por Alemanha, com 82 milhes; Frana, com 59 milhes; Reino
Unido, 59 milhes; Itlia, 57 milhes; Ucrnia, 49 milhes; e Espanha, 39 milhes de
habitantes. Apesar de a Rssia ser o pas mais populoso, apresenta uma populao
relativa baixa, resultado do enorme territrio.

O pas que possui a mais alta populao relativa a Holanda, com 15,9
milhes de habitantes e densidade demogrfica de 470 hab/km. Longo em seguida vem
a Blgica, com 312 hab/km; Reino Unido, com 59 hab/km; Alemanha, com 82
hab/km; e Itlia, com 57 hab/km.

Distribuio da populao Europia
Atualmente, o nmero de habitantes do continente Europeu soma-se 730
milhes de pessoas, isso deriva uma densidade demogrfica de 32 habitantes por cada
quilmetro quadrado, o resultado demonstra que a rea bastante povoada.

Em algumas reas onde h maior concentrao de pessoas a densidade
demogrfica supera 100 habitantes por quilmetro quadrado, geralmente essas
aglomeraes esto estabelecidas em reas prximas aos principais mananciais (rios),
um exemplo disso o rio Reno (Alemanha e Pases Baixos), Sena, Tmisa e P.

Apesar de ser um continente bastante povoado, existem regies com baixa
densidade demogrfica, podemos destacar as reas influenciadas pelo clima rtico, onde
registrado menos de dois habitantes por quilmetro quadrado, isso provocado pelas
adversidades impostas pelo frio rigoroso que impede que o homem possa desenvolver
todas as suas atividades.

Como a Europa um continente extremamente urbanizado, h uma grande
parcela da populao que habita reas urbanas, principalmente no Centro-Ocidental do
continente, isso acontece por causa da concentrao de importantes parques industriais
e, alm disso, as duas maiores cidades (Paris e Londres) de todo a regio se encontram
nessa poro europia. Paris habitada por aproximadamente 9 milhes de pessoas e
Londres abriga cerca de 7 milhes de habitantes.

Abaixo a lista dos pases mais populosos e povoados do continente Europeu:

Pases mais populosos

Rssia: 141 milhes de habitantes.

Alemanha: 82 milhes de habitantes.

Frana: 62 milhes de habitantes.

Reino Unido: 60 milhes de habitantes.

Itlia: 58 milhes de habitantes.

Pases mais povoados, salvo os micropases.

Pases Baixos: 489,1 habitantes por quilmetro quadrado.

Blgica: 343,2 habitantes por quilmetro quadrado.

Reino Unido: 251,6 habitantes por quilmetro quadrado.

Alemanha: 236 habitantes por quilmetro quadrado.

Itlia: 197,8 habitantes por quilmetro quadrado.


Estrutura etria e Populao economicamente ativa

A populao europia formada segundo a estrutura etria por pessoas
adultas e idosas em sua maioria, os nveis apresentados superam as mdias
internacionais.

Estrutura etria da Europa em relao ao mundo:

0 a 14 anos de idade Europa: 15,4% Mundo: 27,4%

15 a 64 anos de idade Europa: 68,3% Mundo: 65,1%

Acima de 65 anos Europa: 16,3% Mundo: 7,5%

A populao europia que integra o PEA (Populao Economicamente
Ativa) geralmente desenvolve suas atividades nos centros urbanos e atuam
principalmente nos setores secundrios e tercirios.

Esse fator resultado do alto nvel de industrializao no qual a maioria dos
pases europeus se encontra, alm de possuir uma atividade rural ligada modernizao,
dessa forma produz poucos postos de trabalho nesse segmento.
Miniestados europeus
Com extenso territorial de 10.365.456 quilmetros quadrados, a Europa o
segundo menor continente, superando apenas a Oceania (8,5 milhes de km). O
continente europeu abriga 49 pases, que apresentam dimenses bem variadas, como o
maior pas do mundo (Rssia) e o menor (Vaticano).

Na Europa Ocidental esto localizadas seis naes (Mnaco, Andorra, San
Marino, Malta, Liechtenstein e Vaticano), cujas dimenses so inferiores s de vrias
cidades brasileiras. Entretanto, esses pequenos pases, denominados miniestados,
apresentam elevado padro socioeconmico, com destaque para o turismo.

Caractersticas dos Miniestados europeus:

- Vaticano
Com rea de 0,44 km, o Vaticano o menor pas do planeta. Sede da Igreja Catlica e
residncia oficial do Papa, essa nao est situada na poro norte da cidade de Roma,
capital da Itlia. Sua populao de apenas 826 habitantes, sendo a densidade
demogrfica (populao relativa) de 1.877 hab/km. O turismo a principal fonte de
receitas.

- Mnaco
Localizado na Frana, prximo da fronteira com a Itlia, Mnaco, com 2 quilmetros
quadrados, o segundo menor pas do mundo. Seu contingente populacional de
aproximadamente 32.020 habitantes e a densidade demogrfica de 16.010 hab/km. A
economia nacional se baseia nas atividades financeiras e no turismo.

- San Marino
Possui extenso territorial de 61 quilmetros quadrados, abrigando 31.359 pessoas. Esse
pequeno pas est situado entre as provncias da Emilia-Romana e Marcas, no centro da
Itlia. As indstrias de produtos eletrnicos, os servios financeiros e o turismo so as
principais fontes de receitas.

- Liechtenstein
Seu territrio, cuja extenso de 160 km, localiza-se nos Alpes Centrais, entre a
ustria e a Sua. Essa nao possui 35.010 habitantes, sendo a densidade demogrfica
de 218,8 habitantes por quilmetro quadrado. Liechtenstein apresenta uma economia
extremamente desenvolvida, impulsionada pelas indstrias de prteses dentrias, txtil,
farmacutica, alm do turismo.

- Malta
Com rea de 316 km, a ilha de Malta ocupa uma regio entre a Itlia e a Tunsia, no
Mar Mediterrneo. Seu contingente populacional de 408.712 habitantes e a densidade
demogrfica de 1.293 hab/km. O turismo uma importante fonte de receitas, porm o
maior destaque o setor industrial, que atua nos segmentos de produtos eletrnicos,
alimentcio, naval, txtil, etc.

- Andorra
Com extenso territorial de 453 quilmetros quadrados, Andorra o maior miniestado
europeu. Seu territrio habitado por 82,1 mil pessoas, sendo a densidade demogrfica
de 181,4 hab/km. A economia se baseia no turismo (o pas recebe mais de trs milhes
de visitantes por ano) e nas transaes financeiras.
O desemprego na Europa
O desemprego que vem se acentuando na Europa e em todo o mundo
proveniente de vrios fatores, dentre eles o acelerado processo de globalizao. Esse
processo est extremamente ligado s novas tecnologias, as empresas nativas da Europa
inseriram em seu sistema produtivo a informtica e a robtica, para acompanhar seus
concorrentes dispersos pelo mundo, para ter condies de competir nesse mercado cada
vez mais globalizado, e tambm poder produzir com custos mais baixos e
automaticamente acumular mais capitais.

A perda de postos de trabalho proveniente da entrada de novas tecnologias
nos meios de produo denominado de desemprego estrutural, e nesse caso a
principal causa desse processo na Europa.

Outro motivo no menos importante que o anterior a migrao de empresas
para outros pases ou continentes, dessa forma, a produo desenvolvida nas filiais e
na Europa permanecem somente as sedes que direcionam os rumos do empreendimento.
Isso significa que ao migrar, buscando benefcios (iseno de impostos, mo-de-obra
com baixo custo, leis ambientais frgeis, matria-prima, entre muitas outras), as
empresas deixam de gerar emprego para os europeus, agravando o fenmeno do
desemprego.

J que o capitalismo busca o lucro constantemente, as empresas querem
atender somente os seus interesses no se preocupando com a classe de proletrios,
porm, o crescimento desse fator pode gerar um colapso, pois sem condies de gerar
receita as pessoas vo ficando marginalizadas, desencadeando uma srie de
contratempos de ordem poltica, social, civil entre outros.
Os imigrantes na Europa
Aps o trmino da Segunda Guerra Mundial, vrios pases europeus se
reconstruram e se destacaram no seguimento industrial, como a Alemanha e a Frana,
com o crescimento econmico derivado desse setor tais naes se tornaram reas de
atrao para trabalhadores, sobretudo, imigrantes.

No primeiro momento os imigrantes eram oriundos da prpria Europa, de
pases como Portugal, Espanha, Itlia e Grcia, que se dirigiram s naes mais
desenvolvidas industrialmente com intuito de se colocar no mercado de trabalho. As
vagas que surgiam nessas indstrias eram direcionadas a trabalhadores que no tinham
uma boa qualificao, dessa forma recebiam baixos salrios, geralmente no existia
vnculos empregatcios, uma vez que eram trabalhos sazonais.

Mais tarde, no decorrer das dcadas de 1970 e 1980, houve uma alterao na
configurao da origem dos imigrantes que se dirigiam para o continente europeu, esses
eram originados das ex-colnias.

At mesmo as naes menos desenvolvidas do leste europeu comearam a
absorver imigrantes, esse processo foi provocado, entre outros motivos, pelo aumento
das desigualdades entre pases centrais e perifricos. Pases que sempre tiveram seus
habitantes saindo para outros lugares do mundo passaram a receber imigrantes,
sobretudo das ex-colnias como Brasil e o leste europeu.

Atualmente, existem em muitos pases de atrao movimentos contrrios aos
imigrantes, em Portugal, por exemplo, h grupos xenfobos, embora sejam poucos.
Apesar disso, ocorre um intenso fluxo de imigrantes e, automaticamente, uma saturao
no mercado de trabalho. Tal fato provavelmente produzir reflexos como os que
ocorrem na Frana, com iniciativas radicais e at mesmo violentas.

Os adeptos xenofobia condenam os imigrantes pela falta de trabalho,
entretanto, esquecem que esse fator foi desencadeado pelos seus prprios lderes, que
permitiram a entrada desses trabalhadores para executar tarefas que os nativos se
recusavam a desenvolver. Esse processo resultado do imperialismo ocorrido no
passado, quando as metrpoles tinham como objetivo exclusivo explorar a colnia e
nunca de estabelecer medidas para que essa engrenasse para o desenvolvimento.

Os movimentos xenfobos vm crescendo gradativamente, especialmente a
partir dos anos 80 com as crises econmicas que ocorreram nessa dcada e nos anos 90
com o aumento do desemprego em escala global. Segundo os lderes e adeptos desse
tipo de movimento, essa averso aos imigrantes no se deve a preconceitos por origem,
e sim pela preocupao com a perda de identidade cultural, a competividade entre um
nativo e um imigrante, pois o ltimo se sujeita a menores salrios e condies precrias
de trabalho, isso fora uma deflao geral. Alm disso, a entrada da religio mulumana
na Europa vista como uma ameaa, principalmente aps os ocorridos em 11 de
setembro nos EUA.

Devido s presses de grupos xenfobos, o governo da Frana implantou
medidas de restrio aos imigrantes, nesse caso, as origens mais afetadas so os
africanos e mulumanos (ex-colnias). Essa realidade no se resume somente Frana,
pois os outros pases europeus desenvolvidos estabeleceram leis extremamente
rigorosas para impedir a entrada de imigrantes.

Recentemente, o grupo de imigrantes que mais sofrem com a discriminao
so os do leste europeu, os pases da Europa Ocidental impuseram a cobrana de vistos,
mas para adquiri-los as burocracias so to grandes que se torna uma tarefa difcil de
alcanar.

Esse tipo de discriminao por parte da populao da Europa, especialmente
da parte ocidental, tem proporcionado o crescimento e a atuao de grupos
denominados de neonazistas. Esses chegam a ser extremistas, na Alemanha ocorre
uma grande incidncia de atentados a imigrantes.

Essa questo extremamente complexa e difcil de encontrar uma soluo,
segundo especialistas, isso se deve aos perodos de explorao das colnias, como se os
imigrantes vindos dessas tivessem cobrando por tal ato. Na viso de outros estudiosos,
essa temtica no ter fim enquanto existir tanta disparidade entre pases centrais e
perifricos, pois as pessoas desse ltimo sempre vo migrar em busca de sua
sobrevivncia.
Poltica Agrcola Europia
A agricultura na Unio Europia caracteriza-se pelo pequeno tamanho mdio
das propriedades, menor do que na maior parte dos outros continentes. Essa questo est
muito relacionada com o processo histrico que constituiu a agricultura da Europa,
atualmente marcada pelo predomnio das posses familiares e pela alta valorizao das
terras, o que ocorre em virtude das elevadas densidades demogrficas.
H tambm uma especializao das produes, que se alteram conforme os tipos
climticos. Tal fator, somado aos constantes subsdios fornecidos pelos governos aos
agricultores, contribui para a menor concorrncia entre os produtores. A diversidade
espacial produtiva, no entanto, varia conforme as condies geomorfolgicas e
atmosfricas de cada localidade.
Uma dos elementos mais marcantes da agricultura da Europa a PAC
(Poltica Agrcola Comum), um conjunto de medidas criado em 1962 com o intuito de
manter o abastecimento de produtos alimentcios, conter ou controlar o xodo rural e o
conseqente crescimento das cidades, alm de difundir medidas de controle dos
recursos naturais e a preservao do meio ambiente.
Alm desses objetivos, a PAC tambm buscou garantir Europa a auto-
suficincia na produo de alimentos, diminuindo a dependncia do continente em
relao s importaes a fim de garantir uma maior estabilidade no mercado interno. No
entanto, em razo dos excedentes e acmulos de estoques, com a conseqente queda dos
preos e diminuio do lucro dos agricultores, o programa passou por sucessivas
revises em seus tratados.
Outro mrito da PAC, alm de ampliar a produo de alimentos, foi o de
garantir o seu livre escoamento por todos os membros da Unio Europia sem promover
a concorrncia feroz entre os produtores dos diferentes pases. Isso foi conseguido
atravs da poltica de fixao de preos, colocados sempre em um patamar menor
queles advindos de pases no membros desse bloco econmico.
O principal problema das aes promovidas pela Poltica Agrcola Europia
diz respeito s suas contestaes no comrcio internacional. Vrios pases que so muito
dependentes das exportaes de produtos primrios incluindo o Brasil acionaram a
OMC (Organizao Mundial do Comrcio), acusando a Europa de praticar polticas
protecionistas. Com isso, os favorecimentos aos agricultores nacionais promoveram
uma desvantagem para aqueles que exportavam os produtos para a Unio Europeia.
Outra questo que colocou o funcionamento da PAC em xeque foi a adeso
de novos membros no incio dos anos 2000, alguns deles de economias menos
desenvolvidas, a exemplo dos pases do Leste Europeu. Com isso, houve uma
impossibilidade estrutural e econmica de manter os benefcios dessa poltica aos
agricultores dos novos associados ao bloco.
Diante desse panorama, em 2003, a PAC passou por uma nova e profunda
reviso. Na esteira dessa questo, os subsdios aos agricultores no foram cortados, mas
as metas foram modificadas: em vez de focar na quantidade da produo, passou-se a
observar a qualidade dos gneros agrcolas produzidos internamente, alm dos vrios
benefcios destinados queles produtores que garantiam a preservao do meio ambiente
e dos recursos naturais.
























Bibliografia:

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