Escalas Pentatónicas
Escalas Pentatónicas
Escalas Pentatónicas
Introdução:
As escalas pentatónicas são um dos passos mais importantes para aprender e evoluir a tocar
guitarra. Especialmente utilizadas na música pop/rock, mas também em jazz, blues, folk,
country entre outros estilos, são uma dádiva particularmente especial para os guitarristas
amadores com pouco tempo para praticar porque são muito fáceis de memorizar e aplicam-se
a quase qualquer música destes estilos.
O que são ?
São escalas de 5 notas, daí o nome (duh). Qualquer escala de 5 notas é uma pentatónica
(técnicamente). Na prática só precisamos de aprender duas a Pentatónica maior e a
Pentatónica menor.
Também são muito fáceis de memorizar porque a disposição das notas da escala maior é igual
à da escala menor (transposta 3 meios tons, ou 3 travessões na guitarra), o que facilita a sua
utilização para improvisar.
As notas da Pentatónica Maior são comuns aos três modos Gregos maiores: Jónio, Lídio e
Mixolídio. (ver lição sobre a formação de escalas gregas)
As notas da Pentatónica Menor são comuns aos quatro modos Gregos menores: Dórico, Frígio,
Eólio e Lócrio.
Ou seja, para qualquer uma das sonoridades baseadas nos modos Gregos, basta acrescentar
à respectiva Pentatónica duas notas adicionais que definem qual o modo.
Como se constroem ?
OK. Isto é só para ler uma vez, porque quando as memorizar na barra da guitarra nunca mais
vai querer formar Pentatónicas a partir dos intervalos.
Esta é a parte boa, repare na disposição das notas (em relação ao travessão da nota raiz):
Pentatónica menor:
Pentatónica maior:
A disposição relativa das notas é igual, transposta de três travessões (ou semi-tons). Basta
memorizar uma das escalas e sabe-se de cor também a outra. Sugiro que a memorizada seja a
maior, porque é a que tem maior número de notas sobre o travessão da nota raiz, o que a torna
mais fácil de praticar.
Aqui está a escala menor completa, memorize-a e tente-a aplicar sobre um conjunto de
acordes, vai ver como o resultado impressiona!
Estilos de música:
• Nos estilos Jazz e Folk, a escala do solo muda de acorde em acorde, enquanto,
• Nos estilos Blues e Pop/Rock, a tendência é que a escala do solo se mantenha ao
longo de toda a melodia (só se alterando nos 'breaks')
Assim, nos primeiros estilos, concentramo-nos na melodia acorde a acorde, o que torna muito
importante a agilidade e memorização das escalas que se adaptam ao acorde:
Nos estilos pop, rock e blues, é bastante mais importante identificar a escala que se encaixa
bem em toda a progressão de acordes. As lição dois sobre modos Gregos ilustra como se pode
fazer isto.
Independentemente disso, neste estilos, concentre-se nas notas alvo, em função do ritmo:
Introdução
Aprender a utilizar os modos é um passo essencial para se ser um bom guitarrista, pois este
permitem ajudar a identificar a melhor forma de solar e improvisar sobre um determinado
conjunto de acordes.
Embora seja importante perceber a teoria por trás da construção dos modos, apresenta-se um
resumo rápido do resultado final e respectiva aplicação.
Talvez um dia se apresente aqui uma lição completa. Até lá, espero que esta informação seja
útil.
Um modo é uma estrutura de intervalos construída através escala maior de Dó, mas com outra
nota raiz. Como existem 8 notas na escala maior, existem 7 modos diferentes, óbviamente os
de Ré, Mi, Fá, Sol,
Lá e Si. O 7º modo (Dó) corresponde ao da escala maior e denomina-se Jónio.
C - (Dó) - Jónio
D - (Ré) - Dórico
E - (Mi) - Frígio
F - (Fá) - Lídio
G - (Sol) - Mixolídio
A - (Lá) - Eólio
B - (Si) - Lócrio
Os modos foram baptizados pelos Gregos antigos, mas a ordem atribuída a cada escala foi
posteriormente alterada pela Igreja. Os nomes apresentados são os utilizados na actualidade.
Para que servem os modos ?
A estrutura de intervalos derivada de cada modo pode ser aplicada sobre qualquer nota raiz.
Como cada modo tem uma sonoridade característica, os modos podem ser utilizados para se
solar ou improvisarem sonoridades diferentes dentro do mesmo tom de nota.
Adiante explicar-se-á como determinar os modos implícitos para uma progressão de acordes
(que modos solar / improvisar em função dos acordes).
Escala de Dó: C D E F G A B C
Esta notas continuam a pertençer à escala maior de Dó, porém, se a tocar repetidamente,
parece uma escala de Ré. Lembre -se que não está a tocar a escala maior de Ré (D E F# G A
B C# D)
A estrutura de intervalos de cada modo é derivada desta forma. Para aplicação a uma nota raiz
basta aplicar a estrutura de intervalos à nota raiz.
Modo Jónio:
Modo Dórico:
Modo Frígio:
Modo Lídio:
Modo Mixolídio:
Modo Eólio:
Modo Lócrio:
A próxima lição sobre os modos ajuda-o a identificar o modo correcto a solar em função da
progressão de acordes.
Antes de mais é importante conseguir utilizar os ouvidos. Como nem sempre estes ajudam aqui
vai uma formula (mais ou menos) mágica.
A partir da progressão de acordes que a musica sobre a qual se pretende solar ou improvisar é
possível determinar (em teoria) o modo a utilizar. A progressão de acordes determina os
intervalos da escala, pelo que basta identificar o modo que utiliza os mesmos intervalos!
A ideia é descobrir onde é que a progressão de acordes se encaixa nesta escala, não em
termos de notas, mas relativamente à natureza do acorde (min / Maj) e em relação aos
intervalos.
Numa progressão de acordes podem existir vários acordes (tipicamente até quatro ou cinco).
Como cada um destes tem que ser confrontado com as possibilidades dentro dos maiores ou
menores da escala harmonizada, as "simulações" podem ser bastante aborrecidas, pelo que a
exclusão de parte ajuda bastante.
Exemplo:
Suponha a seguinte sequência de acordes: E C#m G#m A (The Pixies - Where is my mind ?)
Ordenando os acordes: C#m E G#m A, os intervalos são: min + Tst(Maj) + TT(min) + st(Maj) +
TT(min)
Temos que comparar esta sequência de intervalos com todas as posições de acordes para
determinar quais as combinações possíveis de intervalos versus natureza do acorde (maior /
menor). Como na escala harmonizada só existem 3 acordes maiores contra 4 menores, é mais
fácil fazer a comparação contra um acorde maior. Assim, é mais fácil ordenar os acordes a
partir de E e A e confrontá-los com a escala harmonizada.
Dórico em min+Tst(Maj)+TT(min) 1. 2. 3. 4.
C#m
C# +st(Maj)+TT(min) min (1.)+Tst(Maj) (2.)+TT(min) (3.)+st(Ma
Dórico em min+st(Maj)+TT(min) 1. 2.
G#m
G# +Tst(Maj)+TT(min) min (1.)+st(Maj)
Frígio em min+Tst(Maj)+TT(min) 4. 1. 2.
C#m
C# +st(Maj)+TT(min) (3.)+st(Maj) min (1.)+Tst(Maj)
Frígio em min+st(Maj)+TT(min) 4. 1. 2. 3.
G#m
G# +Tst(Maj)+TT(min) (3.)+Tst(Maj) min (1.)+st(Maj) (2.)+TT(min)
Eólio em min+Tst(Maj)+TT(min) 2. 3. 4. 1.
C#m
C# +st(Maj)+TT(min) (1.)+Tst(Maj) (2.)+TT(min) (3.)+st(Maj) min
Eólio em min+st(Maj)+TT(min) 1. 2.
G#m
G# +Tst(Maj)+TT(min) min (1.)+st(Ma
Lócrio em min+Tst(Maj)+TT(min) 2.
C#m
C# +st(Maj)+TT(min) (1.)+Tst(Maj)
Lócrio em min+st(Maj)+TT(min) 2. 3. 4.
G#m
G# +Tst(Maj)+TT(min) (1.)+st(Maj) (2.)+TT(min) (3.)+Tst(Maj)
Agora é a altura em que você começa a pensar que estão a gozar consigo. Mas não desista,
agora é qie isto vai começar a fazer sentido.
Daí que esta sequência de acordes só tem duas formas de solar. Jónico em E ou em A. Na
verdade, na sequência real de acordes, o primeiro é E e o terçeiro é G#. Normalmente (nem
sempre) é para estes acordes (o primeiro e o terçeiro da sequência) que se escolhem as notas
"alvo", pelo que vamos dizer que os modos a solar são Jónico em E e Lócrio em G#.
Se conheçe a música, ensaie e repare que a "lead guitar" toca as notas E e G# (com a variação
final D# - E).
Outra conclusão importante: Na tabela fez-se a simulação para os acordes maiores e menores,
mas se fosse feita só para os maiores ou só para os menores, a conclusão seria a mesma, pelo
que na realidade só é necessário "simular" os acordes maiores ou só os menores:
Simulação só com acordes maiores:
Modo Jónico em E = Modo Lídio em A
Modo Jónico em A = Mixolídio em E
Para saber que notas notar, que pertençem a estas escalas, consulte a lição sobre (modos
Gregos parte I).