CÁLCULO IV - Engenharia de Computação PDF
CÁLCULO IV - Engenharia de Computação PDF
CÁLCULO IV - Engenharia de Computação PDF
CÁLCULO
DIFERENCIAL
E
INTEGRAL IV
- Noções Gerais e Aplicações -
- Engenharia de Computação -
226 Problemas Resolvidos
87 Problemas Propostos
Elaborado pelo Prof. Arnaldo Stochiero
- Olá, pessoal ! Nós
somos os netos do
Prof. Arnaldo :
Alexa, Diego, Caio,
e Pedro .
Quando chegar a
nossa vez, iremos
aprender Cálculo
neste livro .
2014
VISÃO PANORÂMICA DA ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
Campo de pesquisa
Arquitetura de Ambientes Computacionais. Computação Paralela e Distribuída. Computação
Móvel e Redes Sem Fio. Inteligência Artificial. Jogos Digitais. Otimização de Sistemas.
Processamento Digital de Sinais/Imagens/Vídeo. Redes de Computadores. Sistemas Distribuídos.
Automação. Telecomunicações.
PREÂMBULO
Os primeiros indícios rudimentares do Cálculo Diferencial e Integral têm suas origens na Antiguidade,
porém, somente a partir de Isaac Newton (1643-1727) e Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716), esse monumental capí-
tulo da Matemática conseguiu deflagrar seu processo evolutivo. A genialidade desses dois baluartes da ciência moderna
trouxe à baila tão maravilhosa obra que por si mesma já seria suficiente para consagrar indelevelmente a capacidade cria-
dora do gênero humano.
Nos últimos trezentos anos, muitos matemáticos trabalharam e vêm trabalhando no aprimoramento da
estruturação teórica do Cálculo, perseguindo sempre os atalhos inteligentes da sistematização. As brilhantes contribui-
ções de Leonhard Euler (1707-1783), Jean le Rond d’Alembert (1717-1783), Joseph Louis Lagrange (1736-1813), Pierre
Simon Laplace (1749-1827), Carl Friedrich Gauss (1777-1855), Augustin Louis Cauchy (1789-1857), Nikolai Ivanovitch
Lobatchevski (1793-1856) , Bernhard Riemann (1826-1866) , Richard Dedekind (1831-1916), Oliver Heaviside (1850-
1925), bem como as de vários outros luminares, vêm promovendo esse ordenamento sistêmico tão importante para o de-
senvolvimento desse campo científico e suas ressonâncias em todas as ramificações da atividade tecnológica e social .
Os objetivos que nos levam a realizar este trabalho visam tão somente a torná-lo um compêndio utilitá-
rio, contemplando nossos alunos com um acessório matemático funcional que, acoplado à bibliografia recomendada, se-
guramente irá robustecer os pré-requisitos indispensáveis às disciplinas de Cálculo, Física, Estatística, Eletricidade, Me-
cânica e demais outras das áreas profissionalizantes.
Para formatá-lo, empenhamo-nos na utilização de uma linguagem clara, sucinta e elucidativa, capaz de
levar o aluno a consolidar um aproveitamento desejável . Considerando que a própria gênese das engenharias nos reco-
menda navegar numa órbita pragmatista do conhecimento, o desenvolvimento teórico destas lições de cálculo desprende-
se de rigorismos e formalismos muitas vezes incômodos e fastidiosos para o iniciante. Em contrapartida, já nas primei-
ras páginas das explanações, o leitor perceberá nossa insistente recorrência aos apelos geométricos como legítimos teste-
munhos visuais de cada afirmativa apresentada, configurando-se aí a indisfarçável intenção de buscar no harmonioso aca-
salamento da álgebra com a geometria a argamassa ideal para a fixação duradoura do aprendizado .
Diante da profusão de gráficos e figuras, ainda que sejamos censurados pelo uso abusivo desses recur-
sos geométricos, sentimo-nos bem mais próximos da legítima finalidade de esclarecer e dirimir as dúvidas mais frequen-
tes dos alunos, confiando aos detalhes visuais aqueles lances sigilosamente guardados nas entrelinhas da maioria dos
textos didáticos. Para garantir uma nitidez mais apurada nessas ilustrações, bem como as posições mais adequadas das
figuras, utilizamos com providencial frequência o sistema algébrico computacional Maple e, eventualmente, o sistema
Matlab R12, aprimorando significativamente a assimilação dos espaços bi e tridimensionais. Tal estratégia harmoniza-se
com os preceitos básicos de uma aprendizagem segura e consistente, desde que sincronizada nas ações de construir as
resoluções e discutir os resultados encontrados .
Como recomendação final, sugerimos ter sempre presente a magistral observação formulada por Carl
Friedrich Gauss : “Em verdade, o que proporciona o máximo prazer àqueles que estudam seriamente esta ciência não é
o conhecimento e sim a aprendizagem; não é a posse, mas a aquisição; não é a meta alcançada, mas o ato de atingi-la.”
Tenhamos ainda sempre em conta o nobre e paternal aconselhamento formulado por Albert Einstein
em suas costumeiras palestras dirigidas aos jovens estudantes : “ Jamais considerem seus estudos como uma obrigação,
mas como uma oportunidade invejável para aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito,
para seu próprio prazer pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer . ”
O autor .
Sumário
P 7 4 2 5
ou 4, ou 4, ou 4,
M P : 4, ou 4, ou ...
Exemplos :
3 3 3 3 3
5 3 3
M : 3, ou 3, ou 3, ou 3, ou 3, ou ...
2 2 2 2 2
0 X
N
N : 2, 0 ou 2, 2 ou 2, ou 2, ou 2, 3 ou 2, 3 ou ...
a cada par ( r , ) um único ponto P
Conclusão :
a cada ponto P um único par ( r , )
( não verdadeira )
- Apesar da inexistência da biunivocidade, em muitas ocasiões a utilização do sistema polar apresenta inúmeras vanta-
gens sobre o sistema cartesiano, sobretudo na simplificação de equações de grande importância na área da engenha-
ria, no estudo de equações paramétricas de trajetórias, no enxugamento de expressões voltadas para as leis e fenôme-
nos físicos que, tratados pelos processos elementares da álgebra, tornam os cálculos extremamente fastidiosos e, não
raramente, impraticáveis .
Sistema polar associado ao sistema cartesiano . Consideremos o polo coincidente com a origem do sistema car-
Y tesiano e o eixo polar coincidente com o semieixo positivo OX :
P x, y P r, Das relações trigonométricas do triângulo retângulo AOP , tiramos :
x r cos
x2 y2 r2 r x2 y2
r y y r sen
x r cos y r sen y
tg arc tg
0 x A X y r sen x r cos x
Portanto, sendo f x, y 0 a equação cartesiana de uma curva do
P r, plano, sua equação no sistema polar será f r cos , r sen 0 .
1.2. Equações polares da reta ,
d : distância do polo à reta dada
do círculo e outras curvas Q d ,
: ângulo da normal com o eixo polar
clássicas . r P ( r, ) : ponto genérico da reta
d
Equação polar da reta . Como o triângulo QOP é retângulo, resulta :
r cos d
0 X
2
À guisa de ilustração, mediante o MATLAB R12 , analisemos algumas retas e confrontemos os dois
sistemas de coordenadas :
1. x5 r cos d
x 5 : Sistema cartesiano r cos d r cos 5: Sistema polar
d 05
(lugar geométrico dos pontos
de abscissa constante 5)
Sintaxe :
t = linspace (-7*pi/18,7*pi/18,100) ;
r = 5*sec(t);
polar ( t, r)
2. y3 r sen 3 r cos 3 r sen 3
2
2
d 3
3,
2
Sintaxe :
t=linspace(pi/10,9*pi/10,100);
r=3*csc(t);
polar(t,r)
3. y 3 r sen 3 r cos 3 r sen 3
2
2
d 3
Sintaxe :
t=linspace(-pi/10,-9*pi/10,100);
r=-3*csc(t);
3, polar(t,r)
2
3
P r,
a) Caso geral : a : raio vetor do centro do círculo dado
: argumento do centro
R : raio do círculo
R P ( r, ) : ponto genérico do círculo
r
C a, A equação polar do círculo será obtida mediante a aplicação da
a lei dos cossenos no triângulo COP :
R 2 r 2 a 2 2 r a cos
0 X
b) O círculo passa pelo polo :
P r, a R R 2 r 2 R 2 2 r R cos
r 2 2 r R cos
R
r
a C a,
r 2 R cos
0 X
Equação polar do caracol de Pascal . Alguns autores mantêm a denominação limaçon , palavra francesa que sig-
nifica caracol . Trata-se do lugar geométrico dos pontos M e M ’ de um plano cujas distâncias a um ponto móvel P
é constante :
a) Caso geral : Seja um círculo que contém o polo, centro C e diâmetro OA = a .
O triângulo retângulo POA nos permite escrever
M
M'
P OP OA cos a cos
ponto M : r OP PM r a cos b
C
ponto M ' : r OP PM ' r a cos b
A
t=linspace(0,2*pi,100);
r=2+4*cos(t);
polar(t,r);
hold on;
a) Caso particular : A equação polar da cardioide pode ser obtida como uma particularidade do caracol, bastando
fazer a = b e a curva deixa de apresentar o laço característico, assumindo a forma de coração :
Equação polar da lemniscata . Trata-se do lugar geométrico dos pontos P tais que PA . PB a 2 .
P r,
De acordo com a lei dos cossenos , podemos escrever :
PA r a 2 r a cos
2 2 2
B a, A a, 0
PB r a 2 r a cos r a 2 r a cos
X 2
2 2 2 2
PA . PB r 2 a 2 2 r a cos a 4
2 2 2 2
2a
r 4 a 4 2 r 2 a 2 4 r 2 a 2 cos 2 a 4
135 45 r 4 2 r 2 a 2 1 2 cos 2 0
r 8 cos 2t
2
r 2 2 a 2 2 cos 2 1
Sintaxe :
t = linspace(-pi/4,pi/4,100); r 2 2 a 2 cos 2 sen 2
r = sqrt(8*cos(2*t));
B 2, O A 2, 0 X
polar(t,r)
hold on; r 2 2 a 2 cos 2
linspace(3*pi/4,5*pi/4,100);
225 45 r = sqrt(8*cos(2*t));
polar(t,r)
5
Equação polar da rosácea . Tal curva é o lugar geométrico dos pontos M , pés das perpendiculares traçadas do
ponto O ao segmento móvel PQ de comprimento 2 a , que desliza sobre os dois
eixos perpendiculares .
OM OP . cos
OM PQ . sen .cos
OP PQ . sen
ou
M r, r 2 a .sen .cos
r a sen 2
rosácea de 4 folhas
a 2 r 2 sen 2
a 2 r 2 cos 2
3ª.) Em qualquer desses casos vistos acima, o comprimento da folha é dado pelo valor a .
4ª.) Construção prática da cardioide . Seja um círculo de raio a e consideremos dois ou-
tros com o diâmetro igual a essa medida a . Consideremos ainda o raio vetor OC , ob-
tido quando acrescentamos ao raio OB um prolongamento BC = OA :
OA BC
OB' B' C'
C OM DP
P B Por construção, podemos escrever :
D A
: OC OB BC OB OA r a a cos
M
2
: OM OP OD r a a cos
O B’ X
2
r a 1 cos
6
Problemas ilustrativos
1. Escrever a equação polar de cada uma das curvas expressas no sistema cartesiano :
a) x 3 0 Resolução : Basta aplicar as relações trigonométricas correspondentes :
( reta vertical ) x 3 0 r cos 3 .
b ) x 2 y 2 2x 0 r 2 2r cos 0 ou r 2 cos
( círculo )
2. Escrever a equação cartesiana de cada uma das curvas expressas no sistema polar :
a) r 3 Resolução : Basta aplicar as relações trigonométricas correspondentes :
( círculo )
x2 y2 3 x2 y2 9
b ) r sen 4 0 y 4
( reta horizontal )
c ) r 1 cos r 2 r r cos x 2
y2 x2 y 2 x
x2 y 2 x x2 y 2
( cardioide ) 2
4
e) r r r cos 4 x2 y2 x 4
1 cos
( parábola )
x 2 y 2 4 x 16 8x x 2
2
y 2 8x 16
3 2
r 2 4 4r cos 19 r 2 4r cos 15 .
4. Determinar as coordenadas polares dos pontos de interseções de cada par de curvas abaixo :
r 1 r 1
a) Resolução : 1 cos 1 cos 0
r 1 cos r 1 cos
2
Então, os pontos são 1, e 1,
2 2
r 3 cos 1 3
b) 3 cos 1 cos cos : ,
r 1 cos 2 3 2 3
7
Analisemos, graficamente, as resoluções a e b do problema 4 da página anterior :
r 1 r 3 cos
a) b)
r 1 cos r 1 cos
>> t=linspace(0,2*pi,100); >> t=linspace(0,2*pi,100);
>> r=1+cos(t); >> r=3*cos(t);
3
>> polar(t,r) 1, >> polar(t,r) ,
2 2 3
>> hold on; >> hold on;
>> r=1*cos(t-t); >> r=1+cos(t);
>> polar(t,r) >> polar(t,r)
1, 3
2 ,
2 3
cardioide
Círculo de
raio R = 2
Círculo de
raio R = 1
> polarplot ({ [2*cos(t), t, t = -Pi/2..Pi/2], [4*cos(t), t, t = -Pi/2..Pi/2] },
color = [red, blue] ) ;
8
Problemas propostos
2. Escrever a equação polar da reta que passa pelo ponto A 4, , sendo perpendicular ao raio vetor do ponto A .
4
Determinar o ponto onde a reta corta o eixo polar .
Resp. : r . cos 4 ;
4
4 2 ,0
2
3. Escrever a equação polar da reta que contém o ponto 6 , , sendo perpendicular ao eixo polar .
3
Resp. : r . cos 3 0
8. Pelo ponto fixo O de um círculo de diâmetro a , traça-se uma secante variável s que corta o círculo num segun-
do ponto P . Sobre a secante s , considera-se PM = OP . Determinar o lugar geométrico do ponto M .
M r, Resp. : r 2 a cos
P s
(círculo de raio a)
O A X
9. Sejam O e A os extremos de um diâmetro fixo do círculo, tal que AO = 2a . Seja t a tangente ao círculo no
ponto A . Pelo ponto O traçamos uma secante móvel s que determina os pontos B e C no círculo e na reta t ,
respectivamente . Consideremos D o pé da perpendicular de B a AO . Determinar o lugar geométrico do ponto
M ( r , ) tal que : a) OM = MB ; b) OM = BD .
B
s Resp. : a ) r a cos : círculo
M r,
O
D A X b ) r a sen 2 : rosácea de 4 folhas
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL IV 9
- Roteiro Sinóptico -
- Cursos de Engenharia -
Unidade 2 - INTEGRAIS MÚLTIPLAS
f P . x
n
0 Y
i i . y i ,
i 1
xi Pi x i , y i Ai
f x , y i . x i . y i
n
f x, y .dx .dy
D
lim
n
i 1
i
ou
f P . A
n
lim i i ,
Ai 0
i 1
Propriedades : Analogamente ao que foi feito no estudo das integrais simples, demonstram-se :
1ª.)
k . f x, y .dx .dy
D
k f x, y .dx .dy .
D
2ª.)
f x, y g x, y . dx .dy
D
f x, y .dx .dy g x, y .dx .dy .
D D
3ª.) f x, y
D
. dx .dy f x, y .dx .dy f x, y .dx .dy .
D1 D2
f x, y
D
. dx .dy g x, y .dx .dy .
D
10
Cálculo de uma integral dupla . É feito mediante as execuções sucessivas de duas integrais simples .
Analisemos os três casos corriqueiros, considerando uma função genérica z = F (x, y) :
1°. Caso : Limites de integração constantes . Se o domínio for uma região retangular regular , ou seja, tem os lados pa-
ralelos aos eixos cartesianos, dois a dois, estaremos diante do caso trivial :
Y
Os valores assumidos pelas variáveis x e y são cons-
d tantes, isto é, as variáveis são independentes entre si :
x: a b a variação horizontal x se dá entre duas retas pa-
D D ralelas verticais x = a e x = b ;
c y: c d a variação vertical y ocorre entre duas retas hori-
zontais y = c e y = d .
0 a b X
x y 2 .dx .dy .
2
Exemplo 1 . Calcular a integral dupla
0 1
x: 1 2
Resolução : O domínio de integração é dado por D
y: 0 1
2
1
2 2 1
x3 2
1
8
x y .dx .dy
1
3 y x .dy 3 2 y2 y 2 .dy
2
0 1 0 1 0
3
7
1
3
0
y 2 .dy
1
7 y3
y
Interpretação geométrica : Volume do 3 3 0
tronco do paralelepípedo de base inferior
8
no plano XOY e base superior na interse-
ção com o paraboloide de revolução . 3
2°. Caso : Limites de integração variáveis . O domínio é uma região fechada conforme ilustra a figura abaixo :
Y Os valores assumidos pela variável x são constantes,
g (x) isto é, a variação horizontal x se dá entre duas retas
paralelas verticais x = a e x = b .
D x: a b
D Ao contrário, a variação vertical y ocorre entre duas
f (x) y : f x g x
curvas y = f (x) e y = g (x) : os valores assumidos pe-
la variável y são dependentes dos valores de x
0 a b X
Neste segundo caso, a ordem das integrações parciais já não é optativa, pois, a subordinação da variável y nos
impõe um rígido ordenamento das integrações parciais: a integral relativa à variável x deve ser executada por
último para imprimir um resultado numérico nas operações . Se, porventura, invertermos essa ordem de inte-
gração, ao final das operações teremos chegado a uma expressão literal, resultado da prevalência da variação
literal de y .
D 2 x2 2 2
x3 x2
dy .dx x 2 x . dx
9
A 2x A
2
1 x2 1
3 2 1
2
9
> plot ( {x^2, x+2}, x = -2..3, y = -1..5, color = [red, blue] ) ; > A=int (int (1, y=x^2..x+2), x=-1..2) ; A2
12
3°. Caso : Limites de integração variáveis . Este caso constitui uma alternativa do anterior :
Y
d Houve uma simples inversão de papéis entre as duas
variáveis . Mutatis mutandis :
a variação horizontal x se dá entre duas curvas
f (y) g (y)
y: c d x = f (y) e x = g (y) : os valores assumidos pela va-
D
D D
x: f y g y
riável x estão subordinados aos valores de y .
a variação vertical y ocorre entre duas retas ho-
c rizontais y = c e y = d :
0 X
n e y n1 .dy
1 1 1 1
1 1
xy
dx .dy
1
y
nx . dy
1
y
1
y
y .dy 2 .
1
x
3. Calcular a integral sen x .dA , onde R é a região plana limitada pelas retas y 2x , y
2
e x .
R 2x
Resolução :
sen x .dA sen x .dy .dx y sen x
2x
Y x . dx
x: 0 R 0 x 0 2
2
R: x
y 2x 2x 3
x . sen x .dx
y:
2
x 2 0
R y integrando por partes
2
3
x .cos x sen x 0
0 x X 2
3
> with (plots) : implicitplot3d
({2*x-y=0, x-2*y=0, x=Pi, z=sin(x)}, 2 3
x=0..4, y=0..8, z=0..1.2, numpoints=3000) ; > int (int (sin(x), y=x/2..2*x), x=0..Pi) ;
2
4. Determinar, no primeiro octante, o volume do sólido limitado pelos dois cilindros x² + y² = 4 e x² + z² = 4 .
Z Resolução : Observemos que o sólido proposto representa a oitava porção do joelho
0, 0, 2 de uma calha construída com a interseção de dois cilindros perpendicu-
lares e de mesmo raio 2 : 2 4x 2
z 4 x2 V z i . dA 4 x 2 . dy . dx
Zi D 0 0
2 4 x2
Y y 4 x2 . dx
0 0, 2, 0 0
0
D 2
4 x . dx
2
y 4x 2
2, 0, 0 0
2
x3 16
X 4x V u.v.
x: 02
3 3
D: 0
y : 0 4 x > with (plots) : implicitplot3d > int (int (sqrt(4-x^2), y=0..sqrt(4-x^2)), x=0..2) ; 16
2
3
({x^2+y^2=4, x^2+z^2=4, x=0, y=0, z=0}, x=0..2, y=0..2, z=0..2) ;
14
5. Calcular a área da região plana limitada pelas duas parábolas y = x² - 9 e y = 9 – x² .
Z Resolução : Como a região do domínio guarda
x : 3 3 uma simetria em relação aos eixos
3, 0, 0 D: OX e OY , podemos tratar o domí-
y x2 9 y : x 9 x 9
2 2
nio em apenas um quadrante, mul-
tiplicando o resultado encontrado
Y
por 4 :
0 x: 03
D D:
y 9 x2 y : 0 9x
2
3, 0, 0
3 3
9x 2 9x 2
A dA dy .dx 4 dy .dx
x 9
2
0
D 3 0
X
3
4 9 x .dx
2
0
3
x3
4 9x
3 0
A 72 u.a.
> plot ( [x^2-9, 9-x^2], x = -3..3, y = -9..9,
color = [red, blue] ) ; > int (int (1, y=x^2-9..9-x^2), x=-3..3) ; 72
1 1
sen y
6. Inverter a ordem de integração para resolver a integral
0 x
y
dy . dx .
Y
Resolução : Existem algumas funções transcendentes que não são integráveis pelos
métodos convencionais do Cálculo, exigindo outros caminhos de resolução mais
yx
,bem como a função g t e t e
sen u
específicos . Essa função f u
2
0, 1 u
outras mais fazem parte desse grupo de funções rebeldes . Para resolver o pro-
D
blema, façamos a inversão da ordem x: 0 1 y: 0 1
D D
X y: x 1 x: 0 y
e a integral dada pode ser escrita na forma
0 1, 0 1 1 1 y 1
sen y sen y sen y
dy . dx dx . dy
y
x 0
. dy
0 x
y 0 0
y 0
y
1
1 1
2
e x . dy . dx . dx x .e
2 2 x x2
ex . y 0
. dx
x y 0 0 0 0
0, 1 1
1
2x .e
x2
. dx
> plot3d (exp(x^2), y=0..x, x=0..1,
2 0
D numpoints=3000) ; 1 x2 1
e
0 1, 0 X 2 0
1
y: 0 1
D
x: 0 1
D > int (int (exp(x^2), y=0..x), x=0..1) ; e
1 1 e 1 0,86 .
2
x: y 1 y: 0x > evalf (%, 2) ; 0.86
2 2
15
8. Escrever a integral representativa do volume do sólido limitado pelo paraboloide z = 9 – x² - 3y² e os planos cartesia-
nos z = 0 , y = 0 e x = 0 .
Resolução : Para analisarmos o domínio D , basta fazer z = 0 :
Z 2 2
x y
0, 0, 9 z 9 x 2 3y 2 0 1 : elipse
9 3
x: 03
y: 0 3
D x2 ou D
y: 0 3 x : 0 9 3y
2
3
Uma qualquer das alternativas pode ser utilizada :
3 x2
9 x 3 y 2 . dy . dx
3
Zi V z i . dA 3 2
0
D 0 > with (plots) : implicitplot3d
0 Y ({z=9-x^2-3*y^2, x=0, y=0, z=0},
0,
3
9 x 3 y2
9 3y2
3, 0 . dx . dy . x=0..3, y=0..sqrt(3), z=0..9) ;
2
ou
0
0
3, 0, 0 - Atentemos para a rapidez do resultado obtido por meio do sistema algébrico Maple :
X 27 3
> V = int (int (9-x^2-3*y^2, y=0..sqrt(3-x^2/3)), x=0..3) ; V
8
> evalf (%, 3) ; V 18.4
ou
27 3
> V = int (int (9-x^2-3*y^2, x=0..sqrt(9-3*y^2)), y=0..sqrt(3)) ; V
8
> evalf (%, 3) ; V 18.4
Obviamente, o cálculo dessa integral pelos métodos convencionais nos exigiria alguns ma-
labarismos algébricos e geométricos mais cansativos . Todavia, convém ressaltar que o di-
reito à utilização dos recursos computacionais torna-se legítimo e necessário na medida
em que o aluno já tenha logrado um satisfatório domínio dos procedimentos usuais na
manipulação dos conceitos e técnicas vivenciadas num seguro aprendizado de Cálculo .
1 v
9. Problema 6, página 1000 do livro-texto JS : Calcular a integral iterada
0 0
1 v 2 du dv .
Resolução :
1 v 1 v 1
0 0
1 v 2 du dv
0
u 1v2
0
dv v
0
1 v 2 dv
1
> int (int (sqrt(1-v^2), u=0..v), v=0..1) ;
> plot3d (sqrt(1-v^2), u=0..v, v=0..1, 3
numpoints=5000) ;
16
y e
x
10. Problema 18, página 988 (4ª. edição) do livro-texto JS : Calcular a integral dA , sendo D a região
triangular com vértices (0, 0) , (2, 4) e (6, 0) . D
y
Resolução : A região plana do domínio nos sugere a variação D x : 2 6 y
: a variável x depende de y
y : 0 4 : a variável y é independente
Y
0, 4 2, 4 4 6y 4
6y
y e x dA y e x dx dy y e
x
y dy
D 0 y 0 2
2
D 4
y
ye6y e
2
dy
0 0, 0
0
6 , 0 X executando duas integrações por partes, teremos :
e6 9e2 4 .
> int (int (y*exp(x), x=y/2..6-y), y=0..4) ;
6 2
D 4e 9 e
11. Problema 26, página 1000 do livro-texto JS : Determinar o volume do sólido limitado pelo cilindro y² + z² = 4 e
pelos planos x = 2y , x = 0 e z = 0 , no primeiro octante .
Resolução : A região plana do domínio deve ser estruturada como sugere a figura .
y: 02
D
x : 0 2y
2 2y 2
V z i . dA 4 y 2 dx dy 4 y2 x
2y
0
dy
D 0 0 0
2 0 1
4 y 2 2 y dy v 2 dv
dv
Zi 0 v 4
y: 0 2
Y
v: 4 0
0
2
v3
3 4
16
V u.v.
3
> V=int (int (sqrt(4-y^2), x=0..2*y), y=0..2) ;
16
V
3
2
4 3
Z
Resolução :
V z i dA 2 2x y dx dy
D 0 y 3
Y
0, 0, 2
0, 3, 0 3
y: 0 Resolvendo tal integral dupla, encontramos
4
D 1
x : y 1 y V u.v.
3 4
Zi
> V=int (int (2-2*x-2/3*y, x=y..1-y/3), y=0..3/4) ;
0 1
D V
Y 4
3
y
1, 0, 0 4
13. Problema 34, página 988 (4ª. edição) do livro-texto JS : Esboçar a região do domínio e inverter a ordem de inte-
gração da integral iterada 2 sen x
Y
f x, y dy dx .
0 0
Resolução : x: 0
ordem dada : D 2
y sen x
y : 0 sen x
y: 0 1
D inversão da ordem : D
x: arc sen y
0 2
X
Então, é válido escrever a igualdade
x 2 sen x 1
f x, y dy dx f x, y dx dy .
2
0 0
0
2
arc sen y
14. Problema 48, página 1001 do livro-texto JS : Calcular a integral, invertendo a ordem de integração :
8 2
Y 4
y8 e x dx dy
2, 8 0 3
y
Resolução :
ordem dada : D
y: 0 8
y x3
x:
3
y 2
x: 0 2
D inversão da ordem : D
y: 0 x
3
0 x2 X
Calculando a integral dupla, com a ordem de integração trocada, teremos :
8 2 2 x3 2
e dy dx e
x3
e dx dy
x4 4
x x4
y 0
dx
0 3 0 0 0
y
2
1
4x
4
3
e x dx
4 0
> int (int (exp(x^4), y=0..x^3), x=0..2) ;
1 x4 2 e 16 1
1
1 16 e
> plot3d (exp(x^4), x=0..2, y=0..x^3) ; e 4 0 4
4 4
18
15. Problema 50, página 1001 do livro-texto JS : Expressar D como a união de regiões e calcular a integral
xy dA .
D
xy dA
D
1 1
xy dy dx
0
xy dy dx
0 1
xy dy dx
D1 x
Resolvendo as integrais e adicionando os resultados, encontramos
D3 xy dA
D
0.
> int (int (x*y, y=-1..1+x^2), x=-1..0) + int (int (x*y, y=sqrt(x)..1+x^2), x=0..1) + int (int (x*y, y=-1..-sqrt(x)), x=0..1) ; 0
16. Problema 56, página 1001 do livro-texto JS : Utilizar a simetria para calcular
2 3x 4 y dA ,
D
onde D é
2 3x 4 y dA
D
2 dA
D
3x dA
D
4 y dA
D
Y
Todavia, devemos levar em conta os detalhes :
0, 5
2 dA :
D
volume do prisma reto de base quadrada D e altura z = 2 .
Como a base quadrada tem área 50 , o volume será 100 .
3x dA :
D
A equação z = 3x representa um plano inclinado contendo o
eixo OY e, como a função z = 3x é ímpar, a simetria do do-
D mínio D produzirá duas porções simétricas dos volumes de
5, 0 0 5, 0 X
dois prismas chanfrados de base triangular . Consequente-
mente, o valor da integral é zero .
Então, 2 3x 4 y dA
D
100 .
17. Problema 58, página 1001 do livro-texto JS : Utilizando um CAS (Computer Algebraic System) – Sistema Algé-
brico Computacional, desenhar o sólido limitado pelo plano x + y + z = 1 e o
paraboloide z = 4 – x² - y² , e calcular seu volume exato .
Resolução : Deveremos determinar as equações das fronteiras da região espacial
de integração e calcular a integral dupla correspondente :
2 2
1 134 x 4 x 1 134 x 4 x
> solve (1-x-y = 4-x^2-y^2, y) ; ,
2 2 2 2
O’
1 14 1 14
> plot3d ({1-x-y, 4-x^2-y^2}, > solve (13+4*x-4*x^2 = 0) ; ,
Domínio D 2 2 2 2
x=-3..3, y=-3..3) ;
balizamentos numéricos de D ao longo do eixo OX
Por analogia ao que já fizemos no estudo das integrais duplas em coordenadas cartesianas, podemos
definir a integral dupla de uma função num domínio fechado do plano polar . Seja z = f (r, ) uma função definida e contí-
nua num domínio polar fechado D e analisemos tal domínio :
Z r
z = f (r, ) r: a b
D , sendo i i i 1
:
ri ri ri 1
P ri , i , z i
Ai ri . ri . i
ri . i
Ai ( área do quadrilátero
curvilíneo genérico )
0 a ri
V i f Pi . ri . ri . i
Pi ri , i ( volume do paralelepípedo elementar )
i i i i ,
i 1
denominada soma integral de Riemann da
função f , no domínio polar D .
f r , i . ri . ri . i
n
f r, . dA lim i
n
D i 1
ou
f P . A
n
lim i i ,
Ai 0
i 1
Em tempo : Para poupar o prezado leitor de discursos cansativos e desnecessários, afirmamos que o raciocínio desen-
volvido simplesmente executou uma conversão da integral dupla, em coordenadas cartesianas, para as
coordenadas polares, fazendo surgir naturalmente o fator de correção r , resultado de um determinante
denominado jacobiano da transformação, homenageando o matemático e filósofo alemão Carl Gustav
Jacob Jacobi (1804 - 1851) . Ver maiores detalhes nas páginas 1041 e 1042 do livro-texto JS, 5ª. edição .
Seguindo os caminhos trilhados no item anterior, se quisermos calcular a área da região plana limitada
pelo domínio polar D , basta fazer z = f ( r, ) = 1 :
2
f r, . dA dA r . dr . d .
D
1
D 1
20
Conversões de sistemas de coordenadas .
No Sistema Algébrico Computacional MAPLE , tais conversões se operam mediante os comandos
> with (linalg)
> with (linalg) ; #Álgebra Linear: Cálculo da matriz jacobiana e seu determinante :
Warning, the protected names norm and trace have been redefined and unprotected
[ BlockDiagonal, GramSchmidt , JordanBlock , LUdecomp, QRdecomp, Wronskian, addcol, addrow, adj , adjoint , angle,
augment , backsub, band, basis, bezout , blockmatrix , charmat , charpoly, cholesky, col, coldim , colspace, colspan,
companion, concat , cond, copyinto, crossprod, curl, definite, delcols, delrows, det , diag, diverge, dotprod, eigenvals,
eigenvalues, eigenvectors, eigenvects, entermatrix , equal, exponential, extend, ffgausselim , fibonacci, forwardsub,
frobenius, gausselim, gaussjord, geneqns, genmatrix , grad, hadamard, hermite, hessian, hilbert , htranspose, ihermite,
indexfunc, innerprod, intbasis, inverse, ismith, issimilar, iszero, jacobian, jordan, kernel, laplacian, leastsqrs, linsolve,
matadd, matrix , minor, minpoly, mulcol, mulrow, multiply, norm, normalize, nullspace, orthog, permanent , pivot , potential,
randmatrix , randvector, rank , ratform , row, rowdim, rowspace, rowspan, rref , scalarmul, singularvals, smith, stackmatrix ,
submatrix , subvector, sumbasis, swapcol, swaprow, sylvester, toeplitz, trace, transpose, vandermonde, vecpotent , vectdim,
vector, wronskian ]
> J:= jacobian ( [r*cos(theta), r*sin(theta)], [r, theta] ) ; #Expressa a matriz jacobiana :
cos( ) r sin( )
J :=
sin( ) r cos( )
> `det(J)`:= simplify (det(J)) ; #Calcula seu determinante : det(J) := r
Exemplo ilustrativo . Uma carga elétrica é distribuída sobre um disco x² + y² ≤ 4 , de modo que a densidade de
carga em cada ponto do disco seja (x, y) = x + y + x² + y² , medida em coulombs por metro quadrado .
Determinar a carga total no disco . - Problema 2, página 1016 do James Stewart .
Y
Resolução : Tal como operamos o cálculo da massa total, a distribuição de uma carga elétrica sobre uma
região plana R é obtida por meios análogos . Sua carga elétrica total é dada pela expressão
x y x y 2 dy dx ,
r 4 x2
x, y dA
2
Q Q4
2
X 0 0
R dA
x, y
0 (2, 0)
mostrando inequívocos sinais da conveniência de convertê-la em coordenadas polares :
r cos r sen r r dr d
2 2
r 2 cos sen r 3 dr d
2 2
Q
2
r :: 00 22
0 0 0 0
D polar : x, y dA
1
0 X 2
r2
cos
2
d
> Int (Int (r*cos(t), r=0..1), t=0..Pi/2) = 0 0
int (int (r*cos(t), r=0..1), t=0..Pi/2) ;
2
1
2 1
2 cos .d
1 0
r cos( t ) dr dt
2 1
1
> plot ( [1, t, t=0..Pi/2], coords=polar ) ; 0 0 sen 0
2
ou 2 2
> with(plots): implicitplot (r=1, r=0..1, theta=0..Pi/2, coords=polar) ;
e
x 2 y 2
2. Calcular, por coordenadas polares, a integral . dA , sendo D a região plana limitada pelos círculos
x² + y² = 1 e x² + y² = 9 . D
Resolução : O domínio é uma coroa circular de raios 1 e 3 .
2 3 2 3
: 0 2 1
e r r dr d 2r e dr d
y2
. dA
2 2
r2
r D
r : 13 ex
D D 0 1
2 0 1
0 2 2
e e d e e .
X 1 3 1 9
e d
2
r 9
2 0
1 2 0
r D 2 2 A r dr d r
r : 2 cos 4 cos
2 cos
2
0
D X
D Podemos explorar a simetria existente, escrevendo :
2 4 cos 2 2
4 cos
A 2 r dr d r2 d 12 cos . d
2
2 cos
0 2 cos 0 0
> plot ({[2*cos(t), t, t = -Pi/2..Pi/2],
sen 2 2
[4*cos(t), t, t = -Pi/2..Pi/2]}, coords = polar) ;
12
2 4 cos( t )
2 4 0
> Int (Int (r, r=2*cos(t)..4*cos(t)), t=-Pi/2..Pi/2) =
r dr dt 3 A 3 9,42 u.a.
int (int (r, r=2*cos(t)..4*cos(t)), t=-Pi/2..Pi/2) ;
2 cos( t )
2
22
4. Determinar a área da região plana limitada pelo eixo polar, o círculo r = 4 e a cardioide r = 4 (1 + cos ) .
Resolução :
2 2
r2
4 4 cos
: 0 4 4 cos
D 2 r dr d r dr d 2
d
4
r : 4 4 1 cos D dA 0 0 4
r
32 cos 16 cos .d
2
1
D 2
2 0
D
16 sen 4 2 sen 2 0
2
16 2 A 22,28 u.a.
5. Determinar o volume do sólido limitado pelo cone z = r e o cilindro r = 3 sen , no 1°. octante .
Z
Resolução : 2 3 sen
V z dA r 2 dr d
D 0 0
3 sen
2
r3
0
3
d
0
2
9
0
sen 3 .d
cos 3 2
9 cos
0
X 3 0
Y
r V 6 u.v.
7. Problema 17, página 994 do livro-texto : Determinar a área da região plana limitada pela lemniscata r² = 4 cos 2 .
( 4ª. edição)
Resolução : A equação polar genérica da curva é r² = 2a² cos 2 e o do-
r 2 a cos 2
2 2 mínio, em cada quadrante, é dado por
P r, : 0
D 4
r : 0 2 cos 2 .
Diante da generosa simetria apresentada pela curva, podemos
B a, A a, 0 X calcular a área escrevendo
2 cos 2
4
2 cos 2
4
r2
“ laço de fitas ”
A r dr d
D
4
0
0
r dr d 4
0
2
d
dA 0
2a
4
8
0
cos 2 d 4 sen 2 0
4 A 4 u.a.
8. Problema 30 , livro-texto, página 1006 : Calcular a integral iterada, convertendo-a antes para coordenadas polares
3
x y2
a a 2y 2
Y
2 2 dx dy .
a 0
Resolução : A primeira busca a fazer é a interpretação algébrico-geométrica do domínio :
y : a a
:
D x : 0 a2 y2 : x a2 y2 D 2 2
0, a r
semicírculo de
r : 0 a
centro na origem
e raio a
0 X Podemos ainda explorar a simetria e fazer
D 3
x
a a 2y 2 a a
y dx dy 2 r r dr d 2 r 4 dr d
2 2 2 2 3 2
a 0 0 0 0 0
a
r5 2a5 a 5
0, a 2 0
2
5
d
5 0
2
d
5
.
0
2 a 5
4 a
> Int (Int (r^4, r=0..a), t=-Pi/2..Pi/2) = int (int (r^4, r=0..a), t=-Pi/2..Pi/2) ;
r dr dt
5
0
2
24
2.4. Aplicações da integral dupla : centro de massa e momento de inércia .
Além das ilustrações do cálculo de áreas e volumes já estudadas, a integral dupla apresenta interes-
santes aplicações em diversas áreas da engenharia, da economia, da estatística e probabilidades . Sua utilidade nos cálculos
de centro de massa e momento de inércia, por exemplo, é bastante explorada . Excetuando-se alguns casos especiais, as in-
tegrais simples permitem determinar essas grandezas somente para regiões planas homogêneas, ao passo que as integrais
duplas são capazes de efetuar esses cálculos também para lâminas não homogêneas .
Suponhamos uma lâmina com a forma de uma região fechada R, no plano XOY , e seja x i , y i
a medida da densidade de área da lâmina num ponto qualquer x i , y i do i-ésimo retângulo de
área A e massa m i x i , y i . A .
n
Y A massa total da lâmina será dada por M lim x i , y i A x , y .dA , sendo a
n
função contínua em R . i 1 R
As medidas dos momentos de massa da lâmina, em relação aos eixos cartesianos, são :
y x , y i A
n
y x , y .dA
yi
M x lim i i
n
i 1 R
x x , y i A
n
M y lim
n
i 1
i i x x , y .dA
R
0 X
x, y
xi
As coordenadas do centro de massa da lâmina são dadas por
My Mx
x e y .
M M
Momento de inércia de uma partícula de massa m , em relação a um eixo t :
kg m
m
t It m d 2 2
d n
sistema de n partículas : I t m
i 1
i d i2
x i , y i A
n
I y lim
n
x i 1
2
i x x, y dA
2
x y i2 x i , y i A x y 2 x, y dA
n
I 0 lim 2
i
2
n
i 1 R
Exemplo 1 . Determinar a massa e o centro de massa da chapa cuja forma é a região plana limitada pela curva y = sen x
e o eixo OX, de x = 0 a x = . A densidade de área varia com a distância ao eixo OX .
Y
y sen x
Resolução : R xy :: 00 sen
x
e x, y k y
sen x
sen x y2 k
R M ky dy dx k dx sen 2 x dx
0 0 0 2 0
2 0
0 X k x sen 2x k
.
2 2 4 0
4
sin( x )
k
> M:= Int (Int (k*y, y=0..sin(x)), x=0..Pi) = int (int (k*y, y=0..sin(x)), x=0..Pi) ; M := k y dy dx
4
0 0
25
sen x k k
Mx
sen x
ky 2 dy dx sen 3 x dx
y3 dx
0 0 3 0 3 0 0
k cos 3 x 4k
cos x .
3 3 0 9
sen x k k
My
sen x
kxy dy dx xy 2 dx x sen 2 x dx
0 0 2 0 0 2 0
x
2 ux du dx
por partes : v x sen 2x
dv sen 2 x dx
2 4
16
,
2 9 k x 2
x sen 2x x 2
cos 2x k2
.
2 2 4 4 8 0 8
My
> Mx:= int (int (k*y^2, y=0..sin(x)), 4k x
x=0..Pi) ; Mx := M 2
9
> My:= int (int (k*x*y, y=0..sin(x)), 2 Mx 16
k y
x=0..Pi) ; My := M 9
8
Observação : Como a densidade de área é simétrica, em relação ao eixo vertical x ,
2
a abscissa do centro de massa poderia ter sido calculada imediatamente .
Exemplo 2 . Dada uma chapa homogênea de densidade de área , limitada pelas curvas 4y = 3x , x = 4 e o eixo OX ,
determinar os momentos de inércia , em relação aos três eixos cartesianos .
x: 04
Resolução :
R 3 e x, y
y: 0 x
Y
4
3
y x 4
3
x 4
3
27 3
4
Ix
x
4 4
y 2 dy dx y3 4 dx x dx
x4 0 0 3 0 0 3 64 0
4
R 9 x4
9 .
0 64 4 0
X
4
3
x 4 3 4 3 3
Iy 4 0
x
4
x 2 dy dx x2 y x dx
4 dx
0 0 0 0
3 4
4
x 48 .
16 0
I0 I x I y I0 9 48 57 .
Exemplo 3 . Problema 2, página 1004 do JS : Uma carga elétrica é distribuída sobre um disco x² + y² ≤ 1 , de modo
que a densidade de carga em cada ponto do disco seja (x, y) = 1 + x² + y² , medida em coulombs por
metro quadrado . Determinar a carga total no disco . (4ª. edição)
Resolução : Tal como operamos o cálculo da massa total, a distribuição de uma carga elétrica sobre uma
Y região plana R é obtida por meios análogos . Sua carga elétrica total é dada pela expressão
1 x y 2 dy dx ,
1 x2
x, y dA Q 4
1
Q
2
r 0 0
R dA
x, y
à feição do modelo já exibido na página 96 deste compêndio :
0 X 1
r2 r4 3
1 r r dr d
2 1 2 3 2
Q d d Q
2
coulombs
0 0 0
2 4 4 0 2
x, y dA 0
26
Exemplo 4 . Problema 12, página 1016 do JS : Determinar o centro de massa da lâmina que ocupa o l°. quadrante do
disco x² + y² ≤ 1 , quando sua densidade, em qualquer ponto, for proporcional ao quadrado da distância do
ponto à origem .
k
x, y k x 2 y 2 k r 2 M
1
Y Resolução :
0
2
0
k r 3 dr d
8
1 k 2 k
M x 2 k r 4 sen dr d
5 0
sin d
r 0 0 5
1 k 2 k
M y 2 k r 4 cos dr d
5 0
cos d
0 X 0 0 5
My Mx 8 8
x, y , ,
5 5
M M
k
> Mx:= int (int (k*r^4*sin(t), r=0..1), t=0..Pi/2) ; Mx :=
5
k
> My:= int (int (k*r^4*cos(t), r=0..1), t=0..Pi/2) ; My :=
5
Exemplo 5 . Problema 18, página 1016 do JS : Considere um ventilador quadrado com pás de comprimento 2 e seja o
x
canto inferior esquerdo a origem . Se a densidade das pás for x, y 1 , verificar o que é mais
10
difícil fazer : girar as pás em torno do eixo OX ou do eixo OY .
Resolução : O momento de inércia de uma partícula, num movimento de rotação, desempenha uma função
semelhante ao da massa dessa partícula num movimento linear : tais entidades nos permitem
calcular a grandeza da resistência ao movimento, tanto para iniciá-lo quanto para cessá-lo .
Portanto, no problema em tela, basta calcular os momentos de inércia em relação aos dois eixos
Y e verificar qual dos resultados é maior :
2
x y 2 2 x 8
2 x 8 x2 88
Iy m x Ix y 1 dy dx 0 10
2
2
1 dx x
x, y 10 3 3 20 15
0 0
0
x 2
2 2 x 2 2 x 3
x x 3 4
92
Iy x 1 dy dx 2 0 x 10 dx 2 3 40
y 2
0
0 0
10 0
15
X
2
Ix m y I y I x , sendo necessário, portanto, o empenho de uma força maior para girar as pás
em torno do eixo OY . 88
> Ix:= int (int (y^2*(1+x/10), y=0..2), x=0..2) ; Ix :=
15
92
> Iy:= int (int (x^2*(1+x/10), y=0..2), x=0..2) ; Iy :=
15
Recomendação útil : Até agora, em todas as operações efetuadas com o aplicativo Maple, executamos
uma sentença de cada vez, passo a passo . Todavia, se preferirmos digitar todo o
comando sintático num único pacote, objetivando maior agilidade nas operações,
basta selecionar todas as sentenças, aplicar um “copiar” e transportá-las para
o aplicativo Maple mediante um “colar” ( paste ) . Clicando enter ao final da
última sentença, os resultados surgirão na mesma ordem estabelecida .
Ix:= int (int (y^2*(1+x/10), y = 0..2), x = 0..2) ; > Ix:= int (int (y^2*(1+x/10), y = 0..2), x = 0..2) ;
Tal como tratamos as integrais duplas na resolução de problemas que envolvem funções de duas va-
riáveis independentes, definiremos as integrais triplas para aplicá-las nas funções de três variáveis independentes . Trata-se,
portanto, de uma inevitável extensão das integrais duplas que, por sua vez, consistem na extensão das integrais simples .
Seja u f x, y, z uma função definida e contínua num domínio fechado D :
f x i , y i , z i x i y i z i
n n
O cálculo de uma integral tripla é feito mediante as execuções sucessivas de três integrais simples .
1 1 x 1 y 2
Exemplo 1 . Calcular a integral
0 0 2y
x dz dy dx .
Resolução : Desmontando, ordenadamente, o novelo de integração proposto, chegaremos ao resultado
x 1 y 2 2 y dy dx
1 1 x 1 y 2 1 1 x 1 y 2 1 1 x
0 0 2y
x dz dy dx 0 0
xz 2y
dy dx 0 0
1 x
1 xy 3 2
0 xy
3
xy
0
dx
1 x 2
0 x x 3 1 x x 1 x dx
2 3
1
1 x2 x5 1 1 1
1 1
3 0
x x dx
4
3 2
5 0
3 2 5
1
10
> Int (Int (Int (x, z=2*y..1+y^2), y=0..1-x), x=0..1) = int (int (int (x, z=2*y..1+y^2), y=0..1-x), x=0..1) ;
2
1 1x 1y
1
x dz dy dx
10
0 0 2y
xz y
Exemplo 2 . Calcular a integral
0
2
z
2
0
cos
z
dy dx dz .
xz
xz y y
Resolução :
0
2
z
2
0
cos
z
dy dx dz
0
2
z
2
z sen
z 0
dx dz
0
2
z
2
z sen x dx dz 0
2
z cos x z
2 dz
2
z cos z dz
0 0 1 1 0,57 .
2 2
> Int (Int (Int (cos(y/z), y=0..x*z), x=z..Pi/2), z=0..Pi/2) = int (int (int (cos(y/z), y=0..x*z), x=z..Pi/2), z=0..Pi/2) ;
2 2 xz
y
cos dy dx dz1 > evalf (%, 3) ; 0.571
ou 0.57
z 2
0 z 0
28
Exemplo 3 . Determinar o volume do sólido limitado pelo cilindro x² + y² = 25 e os planos x + y + z – 8 = 0 e XOY .
Resolução : O domínio de integração e o volume do sólido devem ser vistos como
x : 5 5
x + y + z – 8 = 0 D y : 25 x 25 x e V
2 2
f x, y, z dV dx dy dz
z : 0 8x y
Z D
1
D
Exemplo 4 . Problema 32, página 1029 do JS : A figura mostra a região de integração para a integral tripla
1 x 2 1 x
f x, y,z dy dz dx
1
0 0 0
Reescrever essa integral como uma integral iterada equivalente em
cinco modos diferentes .
1 x 2 1 x
f x, y,z dy dz dx
1
Resolução :
0 0 0
1 y 1 x 2
f x, y,z dz dx dy
1
0 0 0
1 z 1 x
f x, y,z dy dx dz
1
0 0 0
1 x 1 x 2
f x, y,z dz dy dx
1
0 0 0
A quinta articulação exige um malabarismo mais apurado : a interseção da superfície cilíndrica parabólica
z = 1 – x² com o plano y = 1 – x projeta-se ortogonalmente no plano coordenado YOZ como a curva
z 1 x 2 z 1 1 y 2 ou z 2 y y 2 .
y 1 x
Então, a região quadrada do plano YOZ fica parcelada em duas sub-regiões
y: 0 1 y: 0 1
R1 z : 0 2 y y 2 e R2 z : 2 y y 2 1
x : 0 1 z x : 0 1 y
e a integral dada pode assumir também a forma
1 x 2 1 x
f x, y,z dy dz dx
1
0 0 0
2y y2 1 z 1 y
f x, y,z dx dz dy f x, y,z dx dz dy
1 1 1
0 0 0
0 2y y 2 0
29
2.6. Integral tripla em coordenadas cilíndricas e coordenadas esféricas .
Coordenadas cilíndricas . Basicamente, o sistema de coordenadas cilíndricas resume-se na
aplicação das coordenadas polares ao espaço tridimensional e, tal como já foi mostrado nas integrais duplas, simplifica sig-
nificativamente as operações algébricas decorrentes . Mostraremos a estrutura de seu funcionamento, deduzindo o fator de
conversão (jacobiano) da transformação das coordenadas cartesianas em coordenadas cilíndricas :
Z
x r cos r 0
f x, y,z dx dy dz f r, , z r dr d dz
z
P y r sen e 0 2
zz z
D D
y
coordenadas cartesianas coordenadas cilíndricas
r Y
x
Verificação geométrica : Observemos que a expressão do volume do paralelepípedo elementar deve ser
X Z
área da base X altura :
V i ri ri i zi
área da base altura
zi
Portanto, a integral tripla genérica, em coordenadas cilíndricas,
assume a forma n
f r, , z V
Y
i lim i
V i 0
i 1
n
X
ri
ri i lim
V i 0
f r, , z r
i 1
i ri i z i
x r Y
ri
X ri i
Exemplo ilustrativo . Determinar o momento de inércia , em relação ao eixo OZ, do sólido homogêneo limitado
pelo cilindro r = 5 , o cone z = r e o plano XOY. A densidade de volume, em qualquer ponto do sólido,
é k kg/m³ .
30
Resolução : As superfícies que contornam o sólido foram dadas por suas equações polares :
z 0 : plano XOY
r: 05
Apliquemos, pois, as coordenadas cilíndricas D cil : 0 2
z: 0 r
e o momento de inércia será calculado como segue
mi
k x y 2 dV
n
0 Y
I z lim
n
i 1 V i
d i2 V i 2
k r dz dr d
3
D
> Int ( Int ( Int (k*r^2*r, z=0..r), r=0..5), theta=0..2*Pi ) ; 2 5 r
X
2 5 r k r 3 dz dr d
0 0 0
3
k r dz dr d
I z 1250 k 3927 k .
0 0 0
> value (%) ; 1250 k
> evalf (%) ; 3926.990818 k ou I z 1250 k 3927 k
ou 2 5 r
> Int(Int(Int(k*r^2*r, z=0..r), r=0..5), theta=0..2*Pi) =
k r 3 dz dr d1250 k
= int(int(int(k*r^2*r, z=0..r), r=0..5), theta=0..2*Pi);
0 0 0
Observação . Se quisermos calcular o volume do sólido limitado pelas superfícies acima, teremos :
> Volume:= Int(Int(Int(r,z=0..r),r=0..5),theta=0..2*Pi) = int(int(int(r,z=0..r),r=0..5),theta=0..2*Pi) ;
2 5 r
250
Volume := r dz dr d ou Volume 261,8 u.v.
3
0 0 0
8r r cos r sen d dr
5 2
2 2
0 0
V 4 0 0 0
dz dy dx
0 0 0
r dz d dr
0 Y
X sistema cartesiano sistema cilíndrico
Apesar das condições de simetria apresentadas pelo problema, a simplicidade
dos cálculos exibida pelas coordenadas cilíndricas beira as raias da fantasia :
2 2
r d
3
> with (plots) : implicitplot3d ( { r = 2, z = r^2 }, dr
0 0
r=0..2, theta=0..2*Pi, z=0..4, numpoints=8000, 2
2 r dr
3
coords = cylindrical ) ;
0
> Volume:= Int (Int (Int (r, z=0..r^2), 2
r4
t=0..2*Pi), r=0..2) ; V 8 u.v.
2 2
2 2 r 0
Volume := r dz dt dr > value(%) ; 8
0 0 0
D D
Em tempo : A aplicação desse sistema harmoniza-se com as estruturas
das superfícies esféricas e cônicas , no espaço ℝ ³ .
modelos mecânicos : - escavadeira giratória longitudinal / latitudi-
nal, com extensor de braço .
- ascensor para reparos em postes elétricos .
32
Coordenadas retangulares Coordenadas esféricas
2
> `det(J)`:= simplify (det(J)) ; det(J) := sin( )
ponto do sólido .
Resolução : As superfícies que contornam o sólido são duas esferas de raios 4 e 3 , respectivamente .
Portanto, utilizaremos as coordenadas esféricas :
4
: 3
4 M dV
0
2
0
2
3
3 sen d d d
D
: 0 4
D esf 4
Z
: 0
2
0
2
0
2
4
sen d
2 3
175
P, ,
0
2
0
2
4
sen d d
175 2
4 0
cos 0
2 d
175 2
4 0
d
0
0, 3, 0
Y 175
M kg 68,75 kg .
8
X 4, 0, 0 Utilizando o sistema computacional Maple , teremos
ou
R R 2 x 2 R 2 x 2 y 2 2 R
V 8
0 0 0
dz dy dx
0 0 0
2 sen d d d
sistema cartesiano : 8 octantes sistema esférico
R 3 2
3 0 0
sen d d
2 R 3
3 0 sen d
: longitude 2 R 3
2 R 3 4
: latitude cos 1 1 V R 3 u.v.
3 0
3 3
Exemplo 2 . Determinar o volume do sólido limitado pelas superfícies cujas equações, em coordenadas esféricas, são
e cos 1 .
Z 3
Resolução :
3 0 2 0
1 1 2
3 d V 3,14 u.v.
3 2 0
sen sen 1 v2
Em tempo : cos 3
d
cos cos 2
d tg sec 2 d v dv 2
v dv
1
tg 2
2
> with (plots) : implicitplot3d ( {z = 0, z = sqrt(x^2+y^2), z =1 },
x = -1.2..1.2, y = -1.2..1.2, z = 0..1.2, numpoints = 10000) ;
1. Determinar o momento de inércia , em relação ao eixo OZ, do sólido homogêneo limitado pelo cilindro r = 5 , o
cone z = r e o plano XOY . A densidade de volume em qualquer ponto do sólido é k kg/m³ .
Resolução : As superfícies que contornam o sólido foram dadas por suas equações polares, como é fácil verificar :
r 5 : círculo de centro no polo e raio 5 x y 25
2 2
Z
z r : cone de revolução z x y
2 2
z 0 : plano XOY
r: 05
Apliquemos, pois, as coordenadas cilíndricas D cil : 0 2
z: 0 r
e o momento de inércia será calculado como segue
mi
k x y 2 dV
n
I z lim
n
i 1 V i
d i2 V i 2
0 Y D
k r dz dr d
3
X D
2 5 r
> with (plots) : implicitplot3d ( { r = 2, z = r^2 },
r=0..2, theta=0..2*Pi, z=0..4, numpoints=8000,
0 0 0
k r 3 dz dr d
coords = cylindrical ) ;
I z 1250 k 3927 k .
ou
1 1 y 2 x 2 y 2
2. Problema 34, página 1036 do JS : Calcular a integral
0 0 x 2 y 2
x y z dz dx dy , convertendo-a em
coordenadas cilíndricas .
Resolução . Basta confrontar a expressão do domínio de integração nos dois sistemas referenciais :
y: 01
: 0 2
Z
x : 0 1 y 2
D cart D cil r : 0 1
semicírculo
z: x y x y z : r2 r
2 2 2 2
Y paraboloide cone de
revolução
0,1,0
de revolução
0
X 1,0,0 1 1 y 2 x2y2 1 r
0 0 x y
2 2
x y z dz dx dy
0
2
0 r2
z r 3 sen cos dz dr d
1 2 1 5
2 0 0
r r 7 sen cos dr d
1
96 0
2
2 sen cos d
sen 2
35
> with (plots) : implicitplot3d ({z=r, z=r^2},
r=0..1, theta=0..Pi/2, z=0..1,
numpoints=8000, coords=cylindrical) ;
ou
1 cos 2 2
96 2 0
> with (plots) : implicitplot3d
1
({x=0, y=0, z=x^2+y^2, z=sqrt(x^2+y^2), z=1}, .
x=0..1.2, y=0..1.2, z=0..1.01, numpoints=10000) ; 96
x y 2 z 2 dz dx dy ,
3 9 y 2 18 x 2 y 2
2
3. Problema 36, página 1036 do JS : Calcular a integral
0 0 x 2 y 2
convertendo-a em coordenadas esféricas .
Z
0, 0, 3 2 y: 03
0, 0, 3 P, , : 0 2
x : 0 9 y 2
D cart D esf : 0
semicírculo 4
: 0 3 2
Y
z : x 2 y 2 18 x 2 y 2
0
0, 3, 0 0, 3 2, 0
cone de hemisfério de raio 3 2
3, 0, 0 revolução
3
x y 2 z 2 dz dx dy
2 , 0, 0 3 9 y 2
18 x y
2 2
3 2
4 sen d d d
2 2 4
X 0 0 x y
2 2
0 0 0
972 2 2 4
Em tempo : A interseção das superfícies cônica e esférica
5 0 0 sen d d
foi obtida por meio do sistema de equações
972 2 2 2 2
z x2 y 2
5
2 0 d
z 18 x 2 y 2 z 2 18 z 2
1944 2 1
z30 20
126 ,49
resultando, como consequência,
4
Resolução . A equação da superfície que limita o sólido sugere a utilização do sistema de coordenadas esféricas :
: 0 2
D esf : 0
: 0 1 1
sen6 sen 5
5
0 0 0
D
Num outro Projeto de investigação, foi encontrada a equação 1,3 sen como formatação ideal do envoltório
5.
para as larvas disseminadoras da esquistossomose . Utilizar o Maple para exibir tal superfície .
Resolução . Resta informar que o domínio de integração foi construído com a seguinte catalogação obtida
: 0 2
D esf :
: 0 1,3 sen
“ caramujo”
37
Problemas propostos
1 1 x2
1. Dada a integral
0 0
2 x .dy .dx ,seguir as instruções abaixo :
a) esboçar a região do domínio . 2
b) inverter a ordem de integração . Resp.:
3
c) resolvê-la .
3 9 x2 2
1
2. Dada a integral dz dy dx , seguir as instruções abaixo :
0 0 0
x2 y2
a) esboçar a região do domínio .
b) escrever a integral em coordenadas cilíndricas . Resp.: 3
c) resolvê-la .
y6
2
3. Inverter a ordem de integração em
0 2y
2 f x, y .dx .dy .
3
x
4
x
Resp.: 0 0
2 f x, y .dy .dx
3
2
2 x 6
f x, y .dy .dx
5. Utilizar coordenadas cilíndricas para calcular o volume do sólido limitado pelo cone z 2 x 2 y 2 , pelo
cilindro x y 4 e pelos planos coordenados, no 1º. octante .
2 2 4
Resp.: V
3
6. Calcular o volume do sólido limitado pelas superfícies cujas equações cilíndricas são z 4r2, r 1
e z 0.
9
Resp.: V
8
7. Utilizando integração dupla, calcular o volume do tetraedro limitado pelos planos cartesianos
e o plano inclinado expresso pela equação 3x 8 y 24z 24 0 .
Resp.: V 4u.v.
y
9. Mediante o sistema de coordenadas polares, calcular a integral dupla
R x y2
2
dA , sendo R a
x
2 4 y2
y 2 .dx .dy , em coordenadas polares, e resolvê-la .
2
11. Escrever a integral
Resp.: 2
0 0
12. Utilizando coordenadas esféricas , calcular o volume comum à esfera r = 3 e ao cone φ = π/3 .
Resp.: 9
13. Determinar o momento de inércia, em relação ao eixo OZ, do sólido homogêneo limitado pelo cilindro r = 3,
o paraboloide z = r² e o plano z = 0 . Em qualquer ponto do sólido, a densidade é δ kg/m³ .
Resp.: I O Z 243
14. Utilizando coordenadas esféricas , calcular o volume de uma cunha esférica, de raio R , limitada por dois
planos diametrais formando entre si um ângulo de π/3 rad . 2
Resp.: V R3
9
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL IV 39
- Roteiro Sinóptico -
- Cursos de Engenharia -
Unidade 3 - CURVAS PARAMETRIZADAS
Y
X
X x 2
Exemplos : 1. f x, y,z 3x z 5xyz :
2 3
y 3 f 2, 3,1 12 30 42
z 1
x 1
2. f x, y,z n x 2 yz cos x y z : y 1 f 1, 1,0 0 1 1
z 0
Analogamente, conceituamos uma função vetorial em ℝ ³:
V
D
Sejam f1 , f 2 e f 3 funções
v f1 i f 2 j f 3 k ℝ³
x, y,z
escalares de e seja V o
conjunto de vetores desse espaço
f
Função vetorial é uma lei de correspondência f : D → V que associa a imagem de cada ponto
(x, y, z) , do domínio D , ao vetor v f1 i f 2 j f 3 k de ³ . Z
f1 x, y,z 3xy
z
2. v e x i sen xy j n x yz z 2 k , sendo X
f x, y,z e x f1 1, , 2 e
1
f 2 x, y,z sen xy f 2 1, , 2 0 1, , 2 v e i n 5 2 k
f 3 x, y,z n x yz z f 3 1, , 2 n 5 2
2
40
Definição de curvas planas paramétricas . Suponhamos que exista a necessidade de analisar a trajetória
de uma partícula ao longo de uma curva C , no espaço ² , tal como a figura nos mostra .
Y Obviamente, uma equação formal do tipo y = f (x) ou f (x, y) = 0 não pode
C ser utilizada para descrever essa trajetória porquanto seu tratamento funcional
seria inviável, pelo menos em toda a extensão do domínio, pois, parte de seus
elementos acusam mais de uma imagem, contrariando o conceito de função.
Por meio de alguns exemplos, tentaremos mostrar algumas vantagens de sua utilização :
t 3 x
y3
y3 3 x y 3 6 2x y 2x 3 reta inclinada
t 2
2 (-1, 5) Y
x 3 1 4
x 3 4 1 t=4
t 1: t 4:
y 2 1 3 5
y 83 5
4, 5 1, 5 X
(4, -5)
t = -1
x0 (0, 1)
t 1:
y1
Exemplo 3 : As trajetórias circulares e as curvas cônicas usuais têm uma importância significativa em vários setores da en-
genharia, motivo por que abrimos um destaque especial para analisar sua parametrização :
x r cos t
a) , 0 t 2 .
x a cos t
b) , 0 t 2 .
c)
x
a
2
e t e t
y r sent y b sent
y b e t e t
Resolução :
2
Y
a)
x r cos t
2 2 2
2 x 2 y 2 r 2 cos 2 t sen2 t x2 y 2 r 2
y r sen t
2 2 t
1
círculo de centro 0 X
na origem e raio r
41
x
2
cos t
2
x a cos t a x2 y2
b) 1
y b sen t a 2 b2
2
y
sen t
2
b elipse de centro
na origem
x 2
a t
e e t
x
a
cosh t
x2 y2
c) cosh 2 t senh 2 t
y
2
b t
e e t
y
b
senh t
a2 b2 1
x2 y2
1
a2 b2
hipérbole de centro
na origem
Adendos : 1º.) Epicicloide é a curva descrita por um ponto fixo de um círculo de raio r que rola, exteriormente e sem
deslizamento, sobre um outro círculo de raio R . Rr
x R r cos r cos r
Suas equações paramétricas são
y R r sen r sen R r
r
42
A epicicloide para a qual se tem R = r é uma cardioide e, nesse caso, o polígono epicicloidal tem um
único ciclo, começando e terminando no mesmo ponto do círculo suporte .
Suas equações paramétricas são obtidas por
x 2 r cos r cos 2
y 2 r sen r sen 2
2º.) Hipocicloide é a curva que se obtém quando o rolamento é feito interiormente e sem deslizamento .
x 4 r cos
x R cos
3 3
ou
y 4 r sen
y R sen
3 3
2 2 2
e sua equação cartesiana é .
x 3
y 3
R 3
, t 1 ye 2
y
t
x n t
, t 1 :
y t
t linspace( 1,100,100 );
x log( t );
y sqrt( t );
plot( x, y ) x
ou ye 2
:
x linspace( 0,6 ,100 );
y exp( x / 2 );
plot( x, y )
43
Modelos ilustrativos de parametrização de algumas curvas cônicas seguem abaixo, com as respec-
tivas construções dos gráficos, mediante a utilização da linguagem MATLAB R12 :
Elipse
Círculo
x 1 2 y 2 2
Equação cartesiana : x2 y 2 9 Equação cartesiana : 1
xy 3cos( xy 23cos(
4 9
Equações paramétricas : t) Equações paramétricas : t )1
3 sen( t ) sen( t ) 2
Sintaxe : Sintaxe :
t=linspace(0,2*pi,100); t=linspace(0,2*pi,100);
x=2*cos(t)-1; x=2*cos(t)-1;
y=3*sin(t)+2; y=3*sin(t)+2;
plot(x,y) plot(x,y)
x2 y2
Equação cartesiana : 1
16 9
et e t
x 4 cosh t ou 4
Hipérbole Equações paramétricas : t
2
y 3 senh t ou 3 e t
e
2
Sintaxe :
t=linspace(-1,1,100); t=linspace(-1,1,100);
x=4*cosh(t); x=4*[exp(t)+exp(-t)]/2;
y=3*sinh(t); y=3*[exp(t)-exp(-t)]/2;
plot(x,y) ou plot(x,y)
hold on; hold on;
x=-4*cosh(t); x=-4*[exp(t)+exp(-t)]/2;
y=3*sinh(t); y=3*[exp(t)-exp(-t)]/2;
plot(x,y) plot(x,y)
Sintaxe :
t=linspace(0,2*pi,100);
x=cos(t);
y=cos(2*t);
plot(x,y)
44
O conceito de função vetorial é usualmente empregado no estudo do movimento de partículas no espaço .
Para determinar a posição de um ponto no espaço tridimensional, necessitamos de um terno ordenado ( x. y, z ) de números
reais e a presença do parâmetro t , indicador do tempo, torna-se imprescindível . Portanto, em cada instante t , o terno orde-
nado ( x, y, z ) deverá ser encarado parametricamente como x, y, z f1 t , f 2 t , f 3 t e o vetor correspondente
a cada ponto do espaço deverá ser v t f1 t i f 2 t j f 3 t k ou f1 t , f 2 t , f 3 t
Ao deslocar-se no espaço, a partícula terá sua trajetória descrita pela extremidade do vetor, surgindo aí uma
curva espacial cuja parametrização é dada pela equação anterior . Se a função vetorial v t f1 t , f 2 t , f 3 t
representa uma curva espacial contínua, então v t é um vetor de posição de cada ponto P f1 t , f 2 t , f 3 t dessa
curva . Portanto, qualquer função vetorial v t , contínua, do espaço tridimensional, define uma curva desse espaço .
Utilizando os recursos do aplicativo Maple 12 , mostremos a ilustração geométrica de uma função vetorial :
Sintaxe de comando : P x, y, z
> with (plots) :
spacecurve ( [cos(t), sin(t), t ], t = 0..4*Pi ) ;
v t
Em tempo : Se quisermos imprimir animação à curva, com o intuito de
acompanhar sua construção, basta utilizarmos o comando
> with (plots) :
animate ( spacecurve , [ [ cos(t), sin(t), t ],
t = 0..n ], n = 0..4*Pi, numpoints = 2000 ) ;
Analisemos uma sequência de exemplos variados de funções vetoriais em ℝ ³, alguns retirados do livro-
texto de Cálculo, James Stewart , páginas 848 / 855 , volume II, 5ª. edição :
x t2
f t v t 2 , cos t,
1
Exemplo 1 : ou f t y cos t
2t
z 1/ 2t
> spacecurve ( [ t^2, cos (t), 1/(2-t) ], t = 0..6*Pi ) ;
x cos 4t
Exemplo 2 : f t v cos 4t, t, sen 4t ou f t y t
z sen 4t
> spacecurve ( [ cos (4*t), t, sin (4*t) ],
numpoints = 3000, t = 0..4*Pi ) ;
xt
Exemplo 3 : f t v t, t , e
2 t
ou f t y t 2
z et
> spacecurve ( [ t, t^2, exp (-t) ],
numpoints = 3000, t = -10..10 ) ;
xt
1 1
Exemplo 4 : f t v t, , t 2 ou f t y
1 t 2 1 t 2
z t2
> spacecurve ( [ exp (-t)*cos (10*t), exp (-t)*sin (10*t), exp (-t) ],
numpoints = 3000, t = -2*Pi..2*Pi ) ;
x cos t
Exemplo 6 : f t v cos t, sen t, sen 5t ou f t y sen t
z sen 5t
x cos t
Exemplo 7 : f t v cos t, sen t, n t ou f t y sen t
z nt
> spacecurve ( { [ sin (t), 0, cos (t), t = 0..2*Pi ], [ cos (t) +1, sin (t), 0, t = -Pi..Pi ] },
numpoints = 1000 ) ;
> animate ( spacecurve , [ { [sin(t), 0, cos(t) ], [ cos(t)+1, sin(t), 0 ] }, animação
t = -n..n ], n = -Pi..Pi, numpoints = 2000 ) ;
> spacecurve ( { [ t*sin (t), t, t*cos (t) ] , [ 4*cos (t), 4*sin (t), 0 ] },
t = - Pi..2*Pi , numpoints = 1000 ) ;
46
Exemplo 10 : f t v 10 cos t 2 cos 5t 15sen2t, 15 cos 2t 10sent 2sen 5t, 10 cos 3t
> knot := [ -10*cos (t) - 2*cos (5*t) + 15*sin (2*t) , - 15*cos (2*t) + 10*sin (t) - 2*sin (5*t) ,
10*cos (3*t) , t = 0..2*Pi ] :
Nó visto de cima :
Em inglês : knot → nó visualização plana
Exemplo 16 : Problema 42, página 854, James Stewart, 5ª. edição . Utilizar o Maple (tubeplot) para traçar a
curva espacial dada pela função vetorial f t 2 cos1.5t cos t , 2 cos1.5t sent , sen1.5t
- O sistema “tubeplot” (gráfico em tubo) propõe apresentar a curva tal como um fio de arame encap-
sulado por um revestimento plástico .
Resolução . > tubeplot ( [ (2+cos (1.5*t))*cos (t), (2+cos (1.5*t))*sin (t), sin (1.5*t) ],
t = 0..2*Pi, radius = 0.2, numpoints=100 ) ;
Panorama visto de cima : plano XOY
48
y2 y3 z 3
Exemplo 17 : Plotar as duas retas r: x 1 4z e s: 5 x e verificar se
3 1 4
as mesmas são reversas .
Resolução . Primeiramente faremos a parametrização das duas curvas :
x 1 t x 5t
r : y 2 3t e s : y 3 t
z 4 t z 3 4t
Algebricamente, não é possível encontrar um valor de t
que satisfaça aos dois sistemas, simultaneamente .
Exemplo 18 : Plotar a mola helicoidal representada pela função vetorial f t v 6 cos t, 6sent, 2t / ,
promovendo a animação de seu percurso .
Resolução . > animate ( spacecurve, [ [ 6*cos(t), 6*sin(t), 2*t/Pi ], t = 0..n ],
n = 0..8*Pi , numpoints = 2000 ) ;
( círculo )
x t sen t / 3
ou f t
y 1 cos t / 3
> plot ( [ t-sin(t/3), 1-cos(t/3), t = -35*Pi..35*Pi ], numpoints = 500 ) ;
( cicloide )
49
3.2. Aplicações ao movimento .
Em nosso curso, estaremos sempre empenhados na utilização das funções vetoriais para analisar o comporta-
mento da trajetória de um corpo movendo-se no espaço . Portanto, o estudo das derivadas e integrais dessas funções veto-
riais é imprescindível para lograrmos êxito nessa empreitada .
Felizmente, o tratamento desse problema apoia-se no mesmo roteiro e em procedimentos análogos àqueles
já desenvolvidos no estudo das funções numéricas reais, tanto nos aspectos conceituais quanto nos operacionais :
Z v' t
dv v t h v t
v' t lim
Q
v t h v t
P
dt h 0 h
v t h Se tal limite existir, o vetor secante PQ v t h v t 0
v t
se aproxima de um vetor que tem a direção da reta tangente à
C
curva C . Portanto, definimos o vetor v' t como vetor
tangente a essa curva definida por v t no ponto P .
O
Y v' t
Usualmente, chamamos o vetor unitário do vetor tangente por versor tangente : T t
v' t
X
Teorema . Se v t f1 t , f 2 t , f 3 t f1 t i f 2 t j f 3 t k , sendo
f1 , f 2 e f 3 funções deriváveis, então
v' t f1 ' t , f 2 ' t , f 3 ' t f1 ' t i f 2 ' t j f 3 ' t k .
Demonstração . Fazendo h = Δ t , poderemos escrever :
f1 t t , f 2 t t , f 3 t t f1 t , f 2 t , f 3 t
v' t lim
dv
dt t 0 t
f1 t t f1 t , f 2 t t f 2 t , f 3 t t f 3 t
lim
t 0 t
f1 t t f1 t f t t f2 t f t t f3 t
lim , 2 , 3
t 0 t t t
f1 t t f1 t f t t f 2 t f t t f3 t
lim , lim 2 , lim 3
t 0 t t 0 t t 0 t
f 1' t , f 2' t , f 3' t ou f 1' t i f 2' t j f 3' t k
No terreno dos procedimentos analógicos, não é difícil verificar que as regras práticas de derivação das
funções vetoriais situam-se na mesma esteira das funções numéricas reais :
d f t g t h t
d f t d g t d h t
Soma e diferença :
dt dt dt dt
d k . f t d f t
Produto por constante: k
dt dt
d f t . g t d g t d f t
Produto por função real : f t g t
dt dt dt
d f t g t d g t d f t
Produto escalar : f t g t
dt dt dt
d f t g t d g t d f t
Produto vetorial : f t g t
dt dt dt
d f g t d g t d f g t ou f ' g t = g' t . f ' g t
Regra da cadeia :
dt dt dt
50
À guisa de ilustração, faremos a verificação dessa última operação, deixando a cargo do prezado leitor a
prazerosa incumbência de demonstrar as demais, reavivando habilidades e destrezas já adquiridas anteriormente :
d f g t d f d f d
Seja g t = . Então, f ' ' t
dt dt d dt
notação de Lagrange
f ' g t g ' t .
Com o objetivo de liberar o caminho para as próximas incursões, mostremos desde logo que :
Sendo v t diferenciável e v t c constante , então v' t v t , t dom v' .
Demonstração . Se v t c , podemos escrever :
d v t v t d c 2
v t v t v t
2
c2 0
dt dt
d v t v t d v t d v t d c 2
Mas, v t v t 0
dt dt dt dt
Derivada do produto escalar : v' v v v' 2 v v'
Resolução . v t = 2 t , 1- t 2 v' t = 2 , - 2 t
v 2 = 4, 3 : vetor posição
Então, t2
v' 2 = 2, 4 : vetor tangente
- Maple 12 : É oportuno mostrar que a sintaxe utilizada no exemplo anterior, evidentemente, também é
aplicável às funções vetoriais do espaço bidimensional, desde que consideremos :
2 3
v t 2 t , 1 t 2 2 t , 1- t 2 , 0
> with (plots) : Parábola
> spacecurve ( [ 2*t, 1-t^2, 0 ], t = -3..3,
axes = normal, title = `Parábola`) ;
> Parábola:= ( [ 2*t, 1-t^2 ] ) ; 2 vp
Parábola := [ 2 t , 1t ]
> vposição:= subs (t = 2, Parábola) ; vposição := [ 4, -3 ]
vtangente := [ 2, -4 ]
52
Exemplo 3 : Visualizar o campo de vetores tangentes à hélice cilíndrica espiralada (hélice circular) definida pelo vetor
v cos t, sent, t , 0 t 4 .
- Maple :
Hélice cilíndrica
> with (plots) :
Campo de vetores
tangentes à hélice
Exemplo 4 : Analisemos a curva hélice cônica definida pelo vetor v t cos 8t, t sen 8t, t , 0 t 2 .
Análise .
v t = t cos 8t , t sen 8t , t v' t = cos 8t 8t sen 8t , sen 8t 8t cos 8t, 1
No ponto t = π/2 , por exemplo, teremos o vetor tangente :
v t = t cos 8t , t sen 8t , 1 v' = 1, 4 , 1
2
- Maple 12 : Hélice cônica
> with (plots) :
> spacecurve ( [ t*cos(8*t), t*sin(8*t), t ], t = 0..2*Pi ,
axes = normal, numpoints=2000, title = `Hélice cônica` ) ;
> Hélice:= ( [ t*cos(8*t), t*sin(8*t), t ] ) ; Hélice := [ t cos( 8 t ), t sin( 8 t ), t ]
> vposição:= subs (t = Pi/2, Hélice ) ; 1 1
vposição := cos( 4 ), sin( 4 ),
2 2 2
> simplify (%) ; , 0,
2 2
> dHélice:= diff (Hélice, t ) ; dHélice := [ cos( 8 t )8 t sin( 8 t ), sin( 8 t )8 t cos( 8 t ), 1 ]
> vtangente:= subs (t = Pi/2, dHélice ) ;
vtangente := [ cos( 4 )4 sin( 4 ), sin( 4 )4 cos( 4 ), 1 ]
> simplify (%) ; [ 1, 4 , 1 ]
53
Exemplo 5 : Problema 29, página 860, James Stewart, 5ª. Edição .
Verificar se as duas curvas seguintes são lisas (suaves) :
b r t t 3 t , t 4 , t 5 c r t cos 3 t , sen 3t
Resolução . Podemos priorizar a visualização gráfica :
- Maple :
b r t t 3 t , t 4 , t 5
> with (plots) :
> spacecurve ( [ t^3+t, t^4, t^5 ], t = -3..3 ) ;
Portanto, podemos afirmar que a curva é suave, pois,
seu gráfico não apresenta nenhum cúspide, vale dizer, Hélice cônica
admite vetor tangente não nulo em todos os pontos .
c r t cos 3 t , sen 3t
> spacecurve ( [ cos(t)^3, sin(t)^3, 0 ], t = 0..2*Pi ) ;
Trata-se de uma curva no espaço bidimensional e, em
cada interseção com os eixos OX e OY, ocorre um
ponto cúspide . Então, a curva não é suave . Tal
curva denomina-se hipocicloide (astroide) e será ob-
jeto de mais detalhes quando estudarmos as integrais
de linha .
x, y, z t , 2 t , 1 1, 2, t
Portanto, o ponto de interseção das duas retas tangentes será P (1, 2, 1) .
Resolução . a) O ponto de interseção deve ser o resultado da igualdade dos dois ternos ordenados :
t 3s
1t s 2 s 3 t
3t s 3 t 2 3 t
2 2 2
3 t 2 9 6t t 2
t 1
6t 6
s2
Levando esses valores às coordenadas das duas curvas, teremos o ponto de interseção
P ( 1, 0, 4 ) .
b) O ângulo descrito pelas duas curvas é calculado mediante o produto escalar dos vetores tangentes :
r1 ' t 1, 1, 2 e r2 ' s 1, 1, 4
r1 ' t r2 ' s r1 ' t r2 ' s cos
r1 ' t r2 ' s
cos
r1 ' t r2 ' s
1, 1, 2 1, 1, 4
6 . 18
6 3
0,58
6 3 3
arccos 0,58 54,5 .
Maple :
> with (plots) :
> spacecurve ( { [t, 1-t, 3+t^2, t = -5..5, color = red ],
[3-s, s-2, s^2, s = -5..5, color = blue ] },
numpoints = 2000 );
v t . t
n
v t .dt lim i
n
a i 1
n n n
lim f1 t i . t i f 2 t i . t j f 3 t i . t k
n
i 1 i 1 i 1
b
b b b
v t .dt f1 t .dt i f 2 t .dt j f 3 t .dt k
a a a a
55
Expressão vetorial do Teorema Fundamental do Cálculo .
Para as funções vetoriais contínuas, o Teorema Fundamental do Cálculo se expressa
b
v t .dt V t V b V a ,
b
a
a
sendo V t uma função vetorial primitiva de v t , ou seja, V ' t v t .
Exemplo 1 : Problemas 34, 35 e 37, página 861, James Stewart, 5ª. Edição .
Calcular as integrais :
1 4 2t 1 4 1 2t
34) 0 1 t 2 j 1 t 2 k dt 0 1 t 2 dt j 0 1 t 2 dt k
n 1 t 2
1
4 arctg t j
1
0
k
0
4 0 j n 2 0 k
4
j n2 k ou 0, , n 2
Maple :
4 2t
Curva := 0, ,
2 2
1
1t 1t
0, 4 , 2 t dt
> Int (Curva, t = 0..1) ;
1t 2 1t 2
0
2 3 sen 2 t .cos t dt i 2 3 sen t .cos 2 t dt j 2 2 sen t .cos t dt k
0 0 0
1
0
3 v 2 . dv i 1
0
3 u 2 . du
0
j 2 sen 2t .dt k
0
3 1 3 1 cos 2t
v i u j k
0 0 2
2
1 1
1 0 i 1 0 j k
2 2
i j k ou 1, 1, 1
56
Maple 12 :
e i 2t j n t k dt
t
37)
Trata-se de uma integral indefinida e, portanto, o padrão de resolução deve ser
e
t
i 2t j n t k dt e .dt i 2t.dt
t
j
n t.dt k C ,
onde C é um vetor constante de integração . Então,
e
t
i 2t j n t k dt e .dt i 2t.dt
t
j
n t.dt k C
e t i t 2 j t n t 1 k C
int egração
por partes
Maple :
> with (plots) :
> spacecurve ([exp(t), 2*t, ln(t)], t = -12..12,
color = blue, numpoints = 1000 ) ;
Então, r 0 1 i 0 j 0 k C i j 2 k
C 2i j 2k
e o vetor r t 2 cos t i 1 sen t j 2 t 2 k
57
Maple :
> with (plots) :
> spacecurve ( { [ (2-cos(t)), (1-sin(t)), (2+t^2) ], [ sin(t), -cos(t), 2*t ] },
t = -2*Pi..2*Pi, numpoints = 2000 ) ;
r t . r' t .
d r t
2
d r t r t 0 , resulta :
Como r t const.R .
dt dt
Por via de consequência, se o vetor posição r t tem módulo constante R , somos
levados a concluir que, no espaço tridimensional, tal vetor descreve uma superfície es-
férica de raio r t R .
Z
R
Y
O
X
58
3.3. Movimento no espaço : vetor tangente e vetor normal .
Neste último item da Unidade 3 mostraremos, mediante ilustrações resolvidas, a imprescindível utilização dos
vetores tangente e normal no estudo do movimento de uma partícula que se move ao longo de uma curva C no espaço .
Suponhamos um vetor de posição r t de uma partícula movendo-se na trajetória C , num dado instante t .
Pelo que vimos nas páginas anteriores, sabemos que o vetor r' t v t é tangente à curva C , orientado na direção do
deslocamento instantâneo da partícula . Portanto, o vetor v t representa o vetor velocidade da partícula, no instante t :
r' t v t dr
Z v t r' t
dt
Q
ds
P cujo módulo é v t r' r' , sendo s o com-
r t h r t dt
primento do arco que mede, sobre a curva, a distância da par-
r t h tícula a um ponto fixo dada . A taxa de variação da distância,
r t em relação ao tempo (rapidez), é dada pelo módulo do vetor ve-
C locidade . Tal como acontece no sistema bidimensional, a ace-
leração da partícula é dada pela derivada da velocidade :
O
Y a t v' t r'' t
X
Exemplo 1 : Seja a função vetorial plana, definida pela equação r t R cos wt, R sen wt e, portanto, re-
presentando uma trajetória circular com centro na origem . Supondo positivo o sentido da trajetória, ana-
lisar a velocidade e a aceleração do movimento .
Resolução . As equações paramétricas x = R cos wt e y = R sen wt nos levam ao vetor velocidade :
dr
v t r' t Rw sen wt, Rwcos wt v t Rw
dt
v
Como se vê, o módulo da velocidade é constante e a velocidade angular v a w.
R
v t
O vetor aceleração será a t v' t r'' t Rw cos wt , Rw sen wt
2 2
a t a t ou
a t w 2 r t
Maple :
> C:= [ 2*cos (3*t), 2*sin (3*t) ] ;
C := [ 2 cos( 3 t ), 2 sin( 3 t ) ]
> vtangente:= diff (C, t ) ;
vtangente := [ 6 sin( 3 t ), 6 cos( 3 t ) ]
> velocidade:= sqrt ( (-6)^2 ) ;
velocidade := 6
> vaceleração:= diff (C, t$2 ) ;
vaceleração := [ 18 cos( 3 t ), 18 sin( 3 t ) ]
> aceleração:= sqrt ( (-18)^2 ) ; > plot ( [ 2*cos (3*t), 2*sin (3*t), t = 0..2*Pi /3 ] ) ;
aceleração := 18
59
Se quisermos dar um tratamento tridimensional ao problema, basta repetir o que já mostramos anteriormente :
v
6
3
4
1
7
2
1,32 m / s
13
a 6 1,80 m / s 2
2
É fácil perceber que a equação dada representa uma elipse :
x sen t
x sen t x2 y2
y 1
y 2 cos t cos t 1 4
2
Maple :
> Elipse:= [ sin (t), 2*cos (t) ] ;
Elipse := [ sin( t ), 2 cos( t ) ]
> vvelocidade:= diff (Elipse, t ) ; > vaceleração:= diff (Elipse, t$2 ) ;
vtangente := [ cos( t ), 2 sin( t ) ] vaceleração := [ sin( t ), 2 cos( t ) ]
> subs (t = Pi/6, vvelocidade) ; > subs (t = Pi/6, vaceleração) ;
cos , 2 sin sin , 2 cos
6 6 6 6
3 -1
> eval (%) ;
, -1 > eval (%) ; , 3
2 2
> velocidade:= sqrt ( 3/4 +1 ) ; > aceleração:= sqrt ( 1/4 +3 ) ;
7 13
velocidade := aceleração :=
2 2
> evalf (%, 3) ; 1.32 > evalf (%, 3) ; 1.80
1
, 3
2
v t
a t
Exemplo 6 : Uma bola de golfe é atirada num ângulo de elevação de 45 ° em relação ao solo plano . Se essa bola toca
o solo a uma distância de 90 m do ponto de lançamento, determinar sua velocidade inicial . Determinar
ainda a altura máxima atingida pela bola e a medida do ângulo de elevação para se conseguir uma distân-
cia horizontal máxima de lançamento .
Resolução . A questão pode ser tratada no espaço bidimensional. Desprezando a resistência do ar e su-
pondo que o peso da bola, atuando para baixo, seja a única força interveniente, teremos :
Trajetória da bola
g
F t m a m g j , sendo a g 10 m / s 2 , ou seja, a 10 j .
Como estamos interessados na velocidade, devemos ter
a t v' t 10 j v t 10 j . dt 10 t j C
5 t j t v0 D
2
h máx
Em tempo : Aproveitemos o ensejo para comprovar de vez o célebre princípio mecânico do lançamento de
um projétil, afirmando que, nas condições propostas pelo nosso problema, o alcance horizontal
máximo é obtido mediante o ângulo de elevação de 45 ° .
r' t v t g t j v0 r t g t j v . dt
0
g 2
t j t v0 D
2
r 0 D 0
g 2 g 2
r t t j t v0 t j v 0 cos t i v 0 sen t j
2 2
g
r t v 0 cos t i v 0 sen t t j
2
ordenando o polinômio vetorial
x v 0 cos t
g 2
r t v 0 cos t i v 0 sen t t j g 2
2 y v 0 sen t t
x
y
2
g 2 2 v 0 sen
Teremos x máx quando y = 0 : y v 0 sen t t 0 t' 0 e t''
2 g
2 v 0 sen v 02
Então, x máx v 0 cos sen 2 2 90 45
g g valor
constante máximo: 1
CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL IV 63
- Roteiro Sinóptico -
- Cursos de Engenharia -
Unidade 4 - INTEGRAIS DE LINHA
4.1. Campos escalares e campos vetoriais . Operadores diferenciais .
Esta quarta unidade abre o início da fase culminante do Cálculo Vetorial . Em textos de tratamento
teórico mais avançado é comum encontrarmos maior detalhamento e rigor na exposição deste assunto e, neste caso, sua deno-
minação pertinente muda-se para Análise Vetorial .
O alvo predominante nessas explanações é a entidade matemática vetor e, portanto, grande parte do
que for tratado no capítulo terá como suportes algébricos, geométricos e físicos o conceito desse extraordinário ente abstrato,
bem como suas propriedades e operações . Na página 1052, nosso livro-texto inicia o assunto afirmando :
“ Os vetores podem representar campos de velocidade, como correntes oceânicas, velocidade do vento
durante um tornado ou o fluxo de ar passando por um aerofólio inclinado.”
Após afirmar que “ os campos vetoriais são funções que associam vetores a pontos do espaço” ,
o autor sintetiza as incursões que serão efetuadas nas páginas seguintes utilizando-se de três tópicos básicos :
- Integral de linha : usada para determinar o trabalho executado por um campo de força agindo sobre
um objeto que se move ao longo de uma curva .
- Integral de superfície : utilizada para determinar a taxa de vazão de um fluido através de uma superfície .
- Redimensionamento do Teorema Fundamental do Cálculo :
estabelece conexões entre esses novos tipos de integrais e aquelas já estudadas (sim-
ples, duplas e triplas), ampliando o alcance do Teorema Fundamental do Cálculo medi-
ante a análise de três teoremas :
* Teorema de Green (George Green - 1793/1841)
* Teorema de Stokes
* Teorema de Gauss (da divergência)
Carl Friedrich Gauss
(1777 – 1855)
George Gabriel Stokes
(1819 – 1903)
OPERADORES DIFERENCIAIS
Existe uma entidade vetorial de grande utilidade nas inúmeras aplicações do Cálculo Vetorial .
Trata-se de um vetor simbólico gerador de algumas funções escalares e vetoriais (conceitos já mostrados na página 39 des-
te compêndio) que serão tratadas nas próximas páginas . Referimo-nos ao operador del , representado por e definido
por
i j k ,
x y z
recebendo também a denominação de operador nabla (por semelhança com antigo instrumento musical), atled (a palavra
delta escrita ao contrário) ou ainda vetor simbólico de Hamilton (1805-1865) . Tal operador aplica as derivadas parciais
do que lhe segue, enquadrando-se nas propriedades operacionais dos vetores .
Passemos agora ao estudo de alguns conceitos instrumentais de grande importância no desenvolvi-
mento teórico e no painel das aplicações práticas contidas nas unidades restantes deste nosso curso :
GRADIENTE de uma Função Escalar . Dada uma função escalar f (x, y, z), o cam-
po vetorial gradiente (ou função vetorial gradiente) de f é definido por
f f f f f
f x, y i j ou f x, y,z i j k
x y x y z
campo vetorial em ℝ² campo vetorial em ℝ³
Exemplos : 1. f x, y,z x 3 y 2 z 5 y 2z 5 f x, y,z 3x 2 y 2 z i 2x 3 yz 5 j x 3 y 2 2 k
2. f x, y,z e x y z
f x, y,z e x y z i z j y k
3. Sendo r x i y j z k e r r x 2 y 2 z 2 , calcular r .
64
r x x r y r z
; ;
x x2 y2 z2 r y r z r
r
x
r
i
y
r
j
z
r
k
1
r
x i y j z k 1
r
r
Teorema . Sendo dada uma superfície de equação f (x, y, z) = C , o vetor f é normal a ela em cada um de seus
pontos (x, y, z) .
Verificação : Por ocasião do estudo da derivada direcional de uma função z = f (x, y), já cuidáramos des-
sa demonstração e desenvolvêramos algumas ilustrações físicas e geométricas. Todavia, uma
recapitulação sempre nos ajuda a reforçar o domínio do assunto .
Sendo f (x, y, z) = 0 a equação da superfície S , sua diferencial total nos dá
f f f
df dx dy dz 0 ,
x y z
igualdade esta que pode ser escrita na forma de um produto escalar de dois vetores:
f f f
x
i
y
j
z
k
dx i dy j dz k 0.
d r : vetor direcional da derivada de f
vetor gradiente de f
O produto escalar nulo revela a ortogonalidade dos dois vetores que, associada ao
fato de o vetor d r ser tangente à superfície S , nos conduz à tese :
f d r 0 f d r f S .
Comentário adicional . Na esteira de tudo que já vimos acerca do vetor gradiente, podemos acrescentar ainda inú-
meras aplicações em mecânica dos fluidos, eletromagnetismo, campo eletrostático, potencial elétrico, pesquisas me-
teorológicas, calorimetria e muitas outras áreas da engenharia . Permite determinar as taxas de variações direcio-
nais, anulando-se nos pontos de máximo, de mínimo e de sela, atuando tanto nos campos escalares quanto nos cam-
pos vetoriais . Recomendamos ao prezado leitor uma revisão das páginas 88 a 98 do compêndio de Cálculo III .
Para informatizar esse tratamento (Maple), deveremos utilizar o pacote Álgebra Linear :
> restart : with (linalg) :
'grad (f,[x,y])' = [ Diff (f,x), Diff (f,y) ] ; linalg:-grad( f , [ x , y ] ) f , f
x y
ou
'grad (f,[x,y,z] )' = [ Diff (f,x), Diff (f,y), Diff (f,z) ] ; linalg:-grad( f , [ x , y, z ] ) f , f , f
x y z
ou, ainda mais simplesmente,
grad (f (x,y,z), vector ([x,y,z] ) ) ; f( x , y, z )
f( x , y, z ), f( x , y, z ),
x y z
G.3 ) f g f g g f
f g g f f g g f f g g f
Verificação : f g i j k
x y z
g g g f f f
f i j k g i j k f g g f
x y z x y z
f g f f g
G.4 )
g g2
Verificação : Basta seguir o roteiro de derivação de uma função quociente, sendo, portanto, análoga à anterior .
f
G.5 ) f g
g
g ou f ' g g
f g f g f g
Verificação : f g
i j k
x y z
f g f g
Como , pela regra da cadeia, vem :
x g x
f g f g f g
f g i j k
g x g y g z
f g g g f
i j k g
g x y z g
Problemas ilustrativos
1. Determinar o gradiente da função módulo do vetor posição de um ponto (x, y, z) , r x i y j z k .
Resolução : r r x2 y 2 z 2 r 2x
i 2y
j 2z
k
2 x2 y 2 z 2 2 x2 y 2 z 2 2 x2 y 2 z 2
1
x y z
2 2 2 x i y j z k 1
r
r
2. Calcular r ,3
utilizando a quinta propriedade G.5 . > restart : with (linalg) :
Resolução : Fazendo g r r e f g g r ,
3 3
> g:= (x,y,z) -> sqrt (x^2+y^2+z^2) ;
podemos escrever 2 2 2
r 3 f g f ' g g g := ( x, y, z ) x y z
> f:= g^3 ; 3
f := g
3g 2 g
> grad (f (x,y,z), vector ( [x,y,z] ) ) ;
1
3 r2 r 3r r [3
2 2 2
x y z x, 3
2 2 2
x y z y, 3
2 2 2
x y z z ]
r
ou r 3 3 r r
66
3. Calcular r n ,. n∊ℝ.
Resolução : Generalizando, podemos usar a quinta propriedade, escrevendo g r r e f g g n rn :
r n f g f ' g g
1
n g n 1 g n r n 1 r n r n2 r
r
4. Determinar o unitário do vetor gradiente da função > restart : with (linalg) :
f (x, y, z) = 2x² - y² + 5z , no ponto (1, 2, - 3) . > f:= (x,y,z) -> 2*x^2-y^2+5*z ;
Resolução : f f i f j f k 4x i 2 y j 5 k 2 2
f := ( x , y, z )2 x y 5 z
x y z
No ponto (1, 2, - 3) , o vetor gradiente é > g:= grad (f .(x,y,z), vector ( [x,y,z] ) ) ;
[ 4 x , 2 y, 5 ]
f 4 i 4 j 5k > valueg:= subs(x=1,y=2,z=-3,eval (g));
Portanto, seu unitário será valueg := [ 4, -4 , 5 ]
f
4 i 4 j 5 k
u
f
16 16 25
u
1
57
4 i 4 j5k
5. Determinar o vetor unitário normal à superfície de equação f (x, y, z) = 3x² + 4y² - z – 12 = 0 , no ponto (2, - 1, 4) .
Resolução : Como o vetor gradiente é normal à superfície, basta calcular o unitário do gradiente no tal ponto .
f 2, 1,4 f 2, 1,4 f 2, 1,4
f i j k 12 i 8 j k
x y z
f 12 i 8 j k
Então, u
f
144 64 1
u
1
209
12 i 8 j k
Observemos que a superfície z = 3x² + 4y² - 12 é um paraboloide elíptico de vértice (0, 0, - 12),
concavidade voltada para cima, traço em XOY :
x2 y2
> with(plots): implicitplot3d 4 3 1
z=3*x^2+4*y^2-12, x=-4..4, y=-4..4,
z=-15..20, numpoints=5000) ;
V 0,0, 12
u u u
x x0 y y0 z z0 0 .
x y z
Aplicando os valores numéricos fornecidos pelo enunciado do problema, teremos :
f f f
x i y j z k 16 i 8 j 16 k
16 x 2 8 y 4 16 z 2 0
P x , y ,z P 2,4,2 ou
0 0 0 0
2x+y–2z–4 = 0 .
9. O potencial elétrico, em qualquer ponto (x, y) de um plano dado é V f x, y e 2 x . cos 2 y volts , em MKS .
Determinar a taxa de variação máxima do potencial V , no ponto P 0, .
4
Resolução : O vetor gradiente nos dá a direção da razão de variação máxima e seu módulo expressa sua medida :
V 0, V 0,
V 4 i 4 j 0 i 2 j 2 j
x y
> plot3d (exp(-2*x)*cos(2*y),
dV
V 2 volts / metro x=-3..3, y=-5..5,
dD max numpoints=10000) ;
60
10. A temperatura de um sólido é dada pela função T f x, y,z graus , em qualquer um de
x y z2 3 2 2
seus pontos, no sistema CGS . Determinar a razão de variação máxima da temperatura, no ponto P (3, - 2, 2) .
dT
Resolução : Tal como no problema anterior, teremos : T 1,53 graus / centímetro
dD max
Problemas propostos
1. Calcular : a ) r4 b ) r3 Resp.: a) 4r2 r b ) 3 r5 r
2. Sendo f (x, y, z) = sen x² , calcular f Resp.: f 2 x cos x 2 i
3. Sendo f x, y,z n x 2 y 2 z 2 , calcular f Resp.: 2 r
2
r
4. Em cada caso abaixo, determinar o vetor unitário normal à superfície dada, no respectivo ponto indicado :
x 3 y z 5 0 Re sp.:
z x 2 y 2
a) Resp.: n
1
2 i 4 j k c) 1
P 1,2,5 21 P 1,1,1 n i 3 j k
11
x 2 z 2 8
b)
P 2,0,2
Resp.: n
1
ik x 4
d) Resp.: n i
P 4,1,3
2
68
5. Mostrar que as duas superfícies f (x, y, z) = xy + yz – 4xz = 0 e g (x, y, z) = 5x – y – 3z² = 0 são ortogonais no
ponto P (1, 2, 1) .
6. Determinar a direção segundo a qual a função z = x² + y² + xy cresce mais rápido no ponto P (- 1, 1) . Calcular
o valor da razão de variação nessa direção . Resp.: f i j ; dz
2
d v max
f 1 x, y , z 3xy
Exemplos : 1. v 3xy i x 2z j x yz k , sendo
f 2 x, y , z x 2z
f 3 x, y , z x yz
f1 f 2 f 3
Então, v 3y 0 y 2 y
x y z
No ponto P (3, 5, -2) , por exemplo, a divergência de v é 10 .
f 1 x, y,z e x
2. v e x i sen xy j n x yz z 2 k , sendo f 2 x, y,z sen xy
f 3 x, y,z n x yz z
2
f1 f 2 f 3 y 2z
v e x x cos xy
x y z x yz z 2
No ponto P (0, -7, -1) , a divergência de v é 11/6 .
Se tivéssemos considerado o ponto P (0, 3/2, 1/2) , por exemplo, a divergência seria 0 .
Interpretação físico-geométrica da divergência : Por definição, o divergente de uma função vetorial resume-se num pro-
duto escalar de dois vetores e, portanto, constitui-se num gerador de campos escalares . Essa linguagem vetorial
produz importantíssimas aplicações nas áreas de fluxos elétricos, mecânicos e magnéticos, compressibilidade de
fluidos, forças gravitacionais e outras áreas da engenharia . Imaginemos a correnteza de um rio, a água passan-
do através de uma rede de pesca esticada : medir a taxa da corrente de água que atravessa a rede, ou seja, o volu-
me do fluido que passa, por unidade de tempo, significa calcular o fluxo através da superfície da rede. Analoga-
mente, podemos calcular fluxos elétricos e magnéticos .
O conceito matemático da divergência nos permite caracterizar o com-
portamento de um campo vetorial num ponto do espaço, a partir do valor encontrado no produto escalar . Quan-
do o fluxo que sai de uma determinada região é maior do que a quantidade de fluido que entra, a divergência é
positiva , significando que a velocidade das partículas desse fluido divergem (afastam-se de um dado ponto) ,
por unidade de volume numa unidade de tempo : tal região apresenta uma fonte de fluxo . Caso contrário, ou
seja, quando o fluido converge para a tal região (quantidade que entra é maior do que a que sai), dizemos que a
região é um sorvedouro (ou sumidouro) e o valor encontrado será negativo . Se a divergência for nula, dize-
mos que o campo vetorial é solenoidal , vale dizer, as partículas ficam muito próximas entre si, lembrando os
anéis espiralados de uma bobina . Um fenômeno análogo ocorre num campo elétrico E , onde a densidade
de linhas de força que entram ou saem apresenta o seguinte quadro :
E 0 fonte
E 0 sumidouro ou poço
E 0 campo solenoidal
69
Ilustrações :
1. Mostrar que em todos os pontos do domínio de v xy 2 ï x y 3 j 2y 2 z k a função é solenoidal .
2. Determinar o valor de p tal que v px i 3 py j 4z k seja um campo solenoidal . Resp. : p = 2
3. Se v e x i e y z j 3 k , determinar v , no ponto P (0, 0, -1) . Resp.: v i j k
Para trabalhar com tais operadores, deveremos utilizar o pacote Álgebra Linear :
> restart : with (linalg) :
‘diverge (f,[x,y,z])’ = [Diff (f,x) + Diff (f,y) + Diff (f,z)] ;
linalg:-diverge( f , [ x , y, z ] ) f f f
x y z
Então, teremos :
f1 x, y,z 3xy
1. v 3xy i x 2z j x yz k , sendo f 2 x, y,z x 2z
f 3 x, y,z x yz
> f:= vector ( [3*x*y, -x-2*z, x-y*z] ) ; f := [ 3 x y, x 2 z, x y z ]
divf:= diverge ( f, [x,y,z] ) ; divf := 2 y
valuedivf:= subs (x=3, y=5, z=-2, divf) ; valuedivf := 10
f 1 x, y,z e x
2. v e x i sen xy j n x yz z 2 k , sendo f 2 x, y,z sen xy
f 3 x, y,z n x yz z
2
x 2
> f:= vector ([exp(x), sin(x*y), -ln(x-y*z+z^2)]) ; f := [ e , sin( x y ), ln( x y zz ) ]
x y2 z
divf := e cos( x y ) x
divf:= diverge ( f, [x,y,z] ) ;
2
x y zz
0 5
valuedivf:= subs (x=0, y=-7, z=-1, divf) ; valuedivf := e
6
simplify(%) ;
11
6
Ilustração . Mostrar que em todos os pontos do domínio de v xy 2 ï x y 3 j 2y 2 z k a
função é solenoidal .
2 3 2
> v:= vector ( [x*y^2, x-y^3, 2*y^2*z] ) ; v := [ x y , x y , 2 y z ]
divv:= diverge ( v, [x,y,z] ) ; divv := 0
Propriedades da Divergência :
x y z
a f1 a f 2 a f 3
x y z
a v
v f1 i f 2 j f 3 k
D.2 ) v w v w , sendo
w g1 i g 2 j g 3 k
f1 g1 f2 g2 f3 g3
Verificação :
¨v w x
y
z
f f f g1 g 2 g 3
1 2 3
x y z x y z
v w
70
D.3 ) f v f v f v , sendo f é uma função escalar .
f v x y z
Verificação : f f f f f f 1 2 3
f1 f f f f f
f f1 f 2 f2 f 3 f3
x x y y z z
f f f f f f
f 1 2 3 f1 f2 f3
x y z x y z
f v f v
Problemas propostos
43 r
3
1. Sendo r x i y j z k , mostrar que : a) r 3 f) r 2
b) r r 4r g) r r n 3 r
n n
r
r 5r2
r r 10 r
2
c) 2
h)
d) r 3
r 6r 3
i ) f r r 3 f r f ' r r
r r
2
1
e) j ) r 3 r 0
r
1
b ) x y z 2 2 x y
10
5. Mostrar que : a) 3
r r r 3
3
6. Determinar o valor de p tal que v px i 3 py j 4z k seja um campo solenoidal . Resp. : p = 2
i j k
f3 f2 f1 f 3 f 2 f1
v v i j k
x y z ou
y z z x x y
f1 f2 f3 campo vetorial em ℝ ³
produto vetorial de
dois vetores em ℝ ³
f1 x, y,z 3xy
Exemplos : 1. v 3xy i x 2z j x yz k , sendo
f 2 x, y,z x 2z
i j k f 3 x, y,z x yz
v 2 z i 0 1 j 3x 1 k
x y z
3xy x 2z x yz
2 z i j 3x 1 k . No ponto P (3, -5, -2) , por exemplo, teremos :
v 4 i j 10 k .
f1 x, y,z x
2. Calcular r , sendo r xi y j z k , f 2 x, y,z y
i j k f 3 x, y,z z
r 0 i 0 j 0 k r 0 :
x y z Neste exemplo, em qualquer ponto P (x, y, z)
x y z do campo r , o rotacional é o vetor nulo .
Quando tal acontece, dizemos que o campo
é irrotacional ou conservativo.
Interpretação físico-geométrica do rotacional : Vimos que a divergência de um campo vetorial é uma operação de deri-
vada escalar (taxa de variação) que mede o fluxo de entrada ou de saída, por unidade de volume. Analogamen-
te, o rotacional analisa e mede a circulação de um campo de vetores no espaço . Sendo um produto vetorial de
dois vetores, o rotacional constitui-se num gerador de campos vetoriais . Também aqui, tal linguagem vetorial
nos leva a entender inúmeros fundamentos das diversas áreas da engenharia .
O rotacional nos permite analisar o movimento do fluido ao longo da
circunferência de um disco circular, perpendicular ao vetor normal n ,
supondo-se o disco tendendo a um ponto . O rotacional atinge seu
valor máximo quando sua direção e sentido forem os mesmos de n .
Da cinemática, sabemos que a velocidade angular de uma partícula em
movimento giratório é representada por um vetor w , de direção orto-
gonal ao plano de rotação e sentido positivo .
ou v wr ,
sendo esta última forma de grande utilidade para a determinação da velocidade v em qualquer ponto do disco . Ora,
imprimindo a linguagem do rotacional nesse movimento, levando em conta o tratamento cartesiano w w k (por ter
a mesma direção e sentido do eixo OZ) e r x i y j z k , teremos :
72
i j k
rot v v wr
x y z
2w k v 2 w .
0 0 w 0 0 w
x y z x y z wy wx 0
v wy i wx j
Portanto, num movimento de rotação de um corpo rígido, o rotacional da velocidade é um vetor com a direção do eixo
de rotação e módulo igual ao dobro do módulo da velocidade angular .
Apelando para o aplicativo Maple , teremos : > restart : with (linalg) :
> restart : with (linalg) : f:= vector ( [-w*y, w*x, 0] ) ;
curlf:= curl ( f, [x, y, z] ) ;
> f:= vector ( [-w*y, w*x, 0] ) ; f := [ w y, w x , 0 ]
f := [-w y, w x, 0]
> curlf:= curl ( f, [x, y, z] ) ; curlf := [ 0, 0, 2 w ]
ou v 2 w . curlf := [0, 0, 2 w]
Observação : Um campo vetorial v denomina-se campo vetorial conservativo se representa o gradiente de alguma
função escalar, vale dizer, se existir alguma função escalar f tal que v f .
Nesse caso, a função f diz-se função potencial de v . Nem todos os campos vetoriais são conservati-
vos, mas aqueles que o são aparecem com grande frequência nas aplicações da física como, por exemplo,
o campo gravitacional de Newton .
Teorema de Clairaut . Se f é uma função escalar de três variáveis, com derivadas parciais de segunda
Demonstração .
ordem contínuas, então
f 0 .
i j k
2 f 2 f 2 f 2 f 2 f 2 f
f
x y z
yz zy
i
zx xz
j
xy yx
k 0 .
f f f 0 0 0
x y z
- A recíproca desse teorema não é irrestritamente verdadeira . Consultar página 1090 do JS :
“ Tal recíproca é válida se o domínio for simplesmente conexo, isto é, não apresentar furos.”
Corolário . Desde que f v , o campo vetorial v é conservativo . Podemos então concluir :
Se um campo vetorial é conservativo, então seu rotacional é o vetor nulo .
Propriedades do Rotacional :
v w
vergência . À guisa de recapitulação,
R.2 ) v w deixamos ao prezado leitor a grata in-
cumbência de verificá-las .
R.3 )
f v f v f v , sendo f é uma função escalar .
Problemas ilustrativos
1. Mostrar que a divergência do rotacional de um campo vetorial é nula .
Demonstração : Seja o campo vetorial v m i n j p k , com derivadas parciais de segunda ordem contínuas
. i j k
v
x
i
y
j k
z x y z
m n p
i j k
2 f 2 f 2 f 2 f 2 f 2 f
f x y z
y z z y
i
z x x z
j k 0
x y y x
f f f
x y z
1 1 E 1 2 E
c t c t c2 t 2
Mutatis mutandis, demonstra-se o item b) .
Para trabalhar com tais operadores no aplicativo Maple, deveremos utilizar o pacote Álgebra Linear :
> restart : with (linalg) :
curlf:= curl ( f, [x, y, z] ) ;
f1 x, y,z 3xy
1. v 3xy i x 2z j x yz k , sendo f 2 x, y,z x 2z
f 3 x, y,z x yz
> f:= vector ( [3*x*y, -(x+2*z), x-y*z] ); f := [ 3 x y, x 2 z, x y z ]
> curlf:= curl ( f, [x, y, z] ) ; curlf := [ z2, -1 , 13 x ]
> valuecurlf:= subs ( x=3, y=-5, z=-2, eval (curlf) ) ; valuecurlf := [ 4, -1 , -10 ]
f1 x, y,z x
2. Calcular r , sendo r xi y j z k , f 2 x, y,z y
> f:= vector ( [x, y, z] ); f := [ x , y, z ] f 3 x, y,z z
> curlf:= curl ( f, [x, y, z] ) ; curlf := [ 0, 0, 0 ] : campo irrotacional ou conservativo.
74
Problemas propostos
c ) r 3 r 0
d) r r 4
0
2. Sendo
f x, y,z x 2 y z 3 , calcular f . Resp. : 0
a) v
d ) f
g ) v Resp.: d, e, f, g
b) f e) u h) u
c) f f) u i) r
6. Calcular :
a ) e x y Resp.: 0
b ) n r r Resp.: 0
1
7. Se v y i 2 p x j 3 z k , determinar o valor de p tal que o campo vetorial seja irrotacional . Resp.: p =
2
Conceituação Adicional . O cálculo da divergência do gradiente de um campo escalar revela um outro operador
diferencial, denominado laplaciano, de larga aplicação em vários setores da física .
Seja uma função escalar f (x, y, z) e calculemos f :
f f f 2 f 2 f 2 f
f
x
i
y
j k
z x
i
y
j k
z
x2 y2 z2
ou ou 2
operador de 2ª . ordem
Ilustrações :
2 f 2 f 2 f
1. A função f x, y,z e x cos y é harmônica : e x cos y e x cos y 0 0 .
x2 y2 z2
ao passo que, numa integral de linha, a integração se dará ao longo de uma curva qualquer de ℝ ² ou ℝ ³ :
x y dx dy
2 2
: si ds
2 2 2
i i
comprimento aproximado
si do arco AB
yi
x y z
2 2 2
ou 3
: si i i i
C
xi
ds dx dy dz
2 2 2
comprimento aproximado
do arco AB
Z Supondo z f x, y constante:
2 2
dx dy
f x, y .ds f x, y . dx
z f x, y C C
dx dx
ou
C
2
dy
f x, y 1 . dx
0
C
dx
Y altura lateral
da sup erficie comprimento da curva C
cilíndrica
- Tal como uma integral simples, uma integral de linha pode ser encarada
como uma área : área lateral de uma superfície cilíndrica .
X Se utilizarmos uma parametrização para expressar a curva C , teremos :
x g t
2 2
dg dh
f x, y .ds f g t , h t .
b
, a t b, . dt
y h t
dt dt
C a
2 2
1
> with (plots) : implicitplot3d ( {z=x*y^2, y=sqrt(1-x^2) } , 0,33
x = 0..1, y = 0..1, z = 0..0.4 ) ; 3
Observações : 1ª.) Se fizermos f (x, y) = 2 , por exemplo, a integral de linha resultante nos dará a medida da
área lateral de um quadrante de cilindro circular, centro na origem e raio 1 :
Z z = 2 : plano secante ao cilindro, paralelo à base no plano XOY
(0,0,2) 1
área lateral do quadrante de cilindro : S L 2 rh 3,14 unidades
4
2 2
C
2 ds 2
0
sen 2 t cos 2 t .dt 2 dt 2 t
0
0
2
Y
C 3,14 unidades
X Portanto, tal como acontece com a integral definida, o valor numérico resultante de uma
integral de linha também pode ser encarado como a área de uma superfície . Neste últi-
mo caso, fizemos f (x, y) = 2 , altura constante, com o único intuito de facilitar o entendi-
mento. Porém, no exemplo acima, em cada ponto (x, y) do domínio, a altura do cilindroide
é dada por f (x, y) = xy² , altura variável, correspondendo, pois, a uma área lateral de
aproximadamente 0,33 unidades .
2ª.) Se quiséssemos calcular o comprimento da curva C , bastaria fazer f (x, y) = 1 , pois, desse
modo obteríamos a medida da área lateral do quadrante de cilindro de altura unitária, corres-
pondendo à mesma medida do comprimento da base :
2 2
C
1 ds
0
sen 2 t cos 2 t .dt dt
0
t 0
2
2
1,57 unidades
3ª.) Em muitas ocasiões, surge a necessidade de calcular as integrais de linha em relação às va-
riáveis x e y , separadamente :
Y C
6 x 2 y dx xy dy C
6 x 2 y dx C
xy dy
6 x 2 x 3 1 dx x x 3 1 3x 2 dx
1 1
(1, 2) 1 1
x 1 dx x x 3 1 3x 2 dx
1
2 3
6x
1
(-1, 0 ) X
1
6 x 6 x 3x 3x dx x 6 2x 3 x 7 x 4
1 3 3 34
5 2 6 3
1
7 4 1
7
77
xt dx dt 1 x 1
- Se tivéssemos utilizado a parametrização, teríamos :
y t 1 dy 3t dt 1 t 1
3 2
6t 2 t 3 1 dt t t 3 1 3t 2 dt
1 1
C
6 x 2 y dx xy dy 1 1
6t 2 t 3 1 dt t t 3 1 3t 2 dt
1
1
6t 6t 2 3t 6 3t 3 dt
1
5
1
1
3 3
t 6 2t 3 t 7 t 4
7 4 1
34
7
x 3 cos t
Exemplo 3 : Calcular a integral xy z ds , sendo a curva C a hélice tridimensional y 3 sen t 0 t 2 .
C
z 2t
Resolução : Como a equação da curva já foi dada na forma paramétrica, resulta :
dx 3 sen t dt
dy 3 cos t dt
dz 2 dt e a integral pode ser escrita
2
xy z ds 9 sen t cos t 2 t 3 sen t 3 cos t 2 2 dt
2 2
C 0
9 sen 2t cos 2 t 4 dt
2
9 sen t cos t 2 t
0
1
2
9 2 sen t cos t 2 t dt
13 0 2
sen 2t
2
9 cos 2t
13 t2
2 2 0
9
13 0 4 2
2 - Para construir o gráfico da
4 13 2 hélice cilíndrica espiralada ,
analisar a sequência mos-
trada nas páginas 44 ou 48
deste compêndio .
Exemplo 4 : Um fio é colocado na forma de um semicírculo com raio de 2 unidades . Se a densidade de massa linear
num ponto genérico é diretamente proporcional à sua distância do diâmetro, determinar a massa desse fio .
x 2 cos t dx 2 sent dt
Resolução : Já vimos que a parametrização do círculo é feita como segue 0 t
y 2 sent dy 2 cos t dt
y ky ( k : coeficiente de proporcionalidade )
m x, y ds 2 k sen t 4 cos 2 t 4 sen 2t dt
C
0
-2 2
2 k sen t . 2 dt
0
4 k ` cos t 0
m 8 k unidades de massa .
78
4.3. Integral de linha ou Integral curvilínea de uma função vetorial . Trabalho realizado por um
campo vetorial nos espaços ℝ ² e ℝ ³ .
Nas integrais simples, exploramos os requisitos didáticos clássicos envolvidos com os conceitos in-
tuitivos de áreas e volumes . Agora, estaremos empenhados em fazer da idéia de trabalho mecânico o guia das articulações
das integrais de linha no campo vetorial .
n
nlim
F ri
n i 1
W lim W i ou
n
i 1
f x i f 2 y i f 3 z i
ou n
ri 0 lim
n
1
i 1
C
n F d r : expressão vetorial
W lim Wi
C 1
n
i 1 f dx f 2 dy f 3 dz : expressão cartesiana
C
n F d r : expressão vetorial
W lim Wi
C 1
n
i 1 f dx f 2 dy : expressão cartesiana
79
Exemplos ilustrativos :
1. Calcular o trabalho realizado pela força F x 2 i xy 2 j ao longo da curva y = x², do ponto A(1, 1) a B(2, 4).
Resolução : C : y x 2 , 1 x 2 , dy 2x .dx
B
W C
F dr C
x 2 dx xy 2 dy
2
1
x 2 dx x 5 .2x .dx
2
x3 2x 7
x 2x .dx
A 2
2
6
1 3 7 1
811
21
xt dx dt
Se fizermos a parametrização : , 1 t 2
y t dy 2t .dt
2
2
W C
F dr 1
t 2 dt 2t 6 dt
t 2t 6 .dt
2 811
2
1 21
Se invertermos o sentido de percurso BA:
t 2t 6 .dt
1 811
W F dr 2
C 2 21
5
9 13t .dt
1
W
0 2
C1 : x t
y 0 dxdy dt0 , 0t 2
2
t2
0 0
2 2
C1 t 4
2 2
F d r x 1 .dx x y.dy t 1 .dt t .0 .0
2 0
C2 : x t
y 2t
dx dt , 2 t 1
dy dt
t 1 .dt t 2 t . dt
1
dr 2
F
C2 2
1
t4 2t 3 t2 19 1, 1
t
4 3 2 12
2
C3 : x t
yt
2
dxdy 2t.dt
dt
, 1t 0
D
t 1 .2t.dt t 5 .dt
0
dr C1 : y 0
2
F
C3 1 Então,
0
t6 t4 5 19 5 3
6
23
t2
3 C
F dr 4
12
3
4
1
- Todavia, existe um teorema que nos permite relacionar uma integral de linha, ao longo de uma curva fechada sim-
ples C , com uma integral dupla, numa região plana D cercada pela curva C :
C das notações ou , indicando a integral de li-
D C C
nha da curva fechada C , com a orientação positiva .
Teorema . Seja C uma curva plana simples, fechada, contínua e orientada positivamente, deli-
mitando uma região plana D . Se M e N são funções contínuas e têm derivadas par-
ciais de primeira ordem contínuas, sobre uma região aberta contendo D , então
N M
F
C
dr M dx N dy
C
D
x
dA .
y
Demonstração . A demonstração mais rigorosa deste teorema envolve requisitos teóricos além
C 2 : y = f2 (x) dos propósitos pragmáticos do nosso curso . Todavia, podemos nos aventurar na abordagem
Y de casos mais simples que se apresentam sempre nas situações práticas :
M b f 2 x M
C4
D C3
D
y
dA
a f 1 x y
dy .dx
f 2 x
M x, y
b
C 1 : y = f1 (x)
a f 1 x
.dx
M x, f 2 x M x, f 1 x .dx
b
0 a b X
x: a b
a
M x, f 2 x .dx M x, f 1 x .dx
D
1
b b
y : f 1 x f 2 x
a a
81
Ora, sendo dx = 0 nas curvas C 3 e C 4 , a integral curvilínea, ao longo da
curva C , é
N M
M .dx N .dy
C
D
x
.dA
y
b) Valendo-nos do Teorema de Green, vamos resolver o problema anterior :
N
2xy
M x 1
N x2y
D:
y: 0 1
x: y2 2 y
e
x
M
0
y
2 y
C x 1 .dx x y .dy 2xy 0 .dx .dy
1
dr
2
Então, F
C 0 y2
1 2 y
x y .dy
2
0 y2
4 y 4 y y y .dy
1
2 3 5
0
1
4y3 y4 y6
2y 2
3 4 6 0
3
Maple : 4
> restart : with (linalg) : with(plots) :
curva(1):= [ t, 0, t = 0..2 ] ; curva( 1 ) := [ t , 0, t 0 .. 2 ]
curva(2):= [ t, 2-t, t = 2..1 ] ; curva( 2 ) := [ t , 2t , t 2 .. 1 ]
2
curva(3):= [ t^2, t, t = 1..0 ] ; curva( 3 ) := [ t , t , t 1 .. 0 ]
vf:= [ x+1, x^2*y ] ; # Campo vetorial : M = x+1 , N = x^2*y
2
vf := [ x 1, x y ]
F:= fieldplot ( vf, x=-0.5..2.5, y=-0.5..1.5 ) :
# Gráfico do campo vetorial
G1:= plot (curva(1)) :
G2:= plot (curva(2)) :
G3:= plot (curva(3)) :
display ( { F,G1,G2,G3 } ); # Gráficos simultâneos
Int ( Int ( 2*x*y-0, x = y^2..2-y ), y = 0..1 ) ;
1 2y
2 x y dx dy
0 2
y
evalf (%, 2) ; 0.75 Legenda :
82
Em tempo : Aproveitemos o ensejo para instituir uma expressão vetorial para o Teorema de Green :
Sejam uma região plana D , sua curva fronteira C e as funções M (x, y) e N (x, y) satisfazendo as
condições do teorema de Green . Podemos então considerar o campo vetorial F M i N j .
Sua integral de linha é F dr
M dx N dy e seu rotacional é
C C
i j k
0 M N M N 0 N M
rot F F i j k i j k
x y z y z x y z x x y
0 0 0 0
M N 0
N M N M
O produto escalar rot F k F
k
x
k k
y x
y
nos permitirá ex-
c) Mostremos uma terceira resolução do problema em pauta, mediante essa tal expressão vetorial :
i j k
F x 1 i x 2 y j rot F F 2xy k
x y z
Então ,
x1 x2y 0
1 2 y 3
C
F dr rot F
D
k dA 2xy .dA
D
0 y 2
2xy .dx .dy
4
Então ,
C
F dr rot F
D
k dA
2 4x 2
3x .dy .dx 0
D
x cos t dx sent dt , 0 t 2 (1, 0)
y sent dy cos t dt
2 2
Observação. Nunca é demais lembrar que poderíamos ter calculado a integral dupla na região D seguindo os padrões
já estudados na unidade 2 deste compêndio :
1 x2
x: 0 1
1 1
D
y : 0 1 x
2 4
0 0
2 dy dx 8
0
1 x 2 dx
faz se: x sen dx cos d
2
sen 2 2
8 cos d 8 2
2
0 2 4 0
y2
3. Aplicar o Teorema de Green para calcular a integral curvilínea
2 2 C 1 x 2
dx 2 y arctg x . dy , onde C é
x y 1 .
3 3 Círculo fixo
a hipocicloide (astroide)
Resolução .
M 2y
y2 y 1 x 2
Círculo móvel
M M N
1 x 2
N 2 y arctan x N 2 y y x
x 1 x 2
.dA 0 .
N M
F .dr Mdx Ndy x y
C C D
0
Advertência . Se tentássemos resolver o problema pelo processo convencional, encontraríamos terríveis impli-
cações algébricas .
Como outra opção de cálculo, poderíamos também aplicar o operador diferencial rotacional :
i j k
2y 2y
rot F F k k 0
x y z 1 x 2
1 x 2
y2 e concluir que a função vetorial
2 y .arctg x 0
1 x2 dada é um campo conservativo .
y x
4. Sejam M e N 2 Se R é a região delimitada pelo círculo unitário C , de centro na ori-
x y
2 2
x y2
N M
M dx N dy x
gem, mostrar que
dA .
C
R
y Justificativa : As funções
C M e N não são contínuas
Justificar o motivo pelo qual o teorema de Green não é aplicável aqui. R r
y x na origem (centro da região
Demonstração . M 2 e N 2 0
circular unitária) .
x y 2
x y2 (1, 0) Portanto, não são contínuas
xy sent
cos t dydx cos
sent dt , 0 t 2
t dt
em toda a região R e o
teorema de
Green não se aplica .
A parametrização nos permite escrever :
2 2
N M x2 y 2 N M
Por outro lado
dA 0 C M dx N dy .
x y x y
2 2 2 R
x y
` 0
84
5. Problema 14, página 1074 do livro-texto JS, 4ª. edição : Utilizando o teorema de Green, com orientação positiva,
2 3
D : 0 2 3 x
2
y 2
dA 3r r dr d
2
120 .
r :13
D 0 1
Em tempo : Julgamos de extrema importância atentarmos para algumas considerações de pormenores e sutilezas
que rodeiam este importante capítulo que ora estudamos . Os efeitos simplificadores do teorema de
Green devem ser destacados como precioso suporte no cálculo de uma integral curvilínea e o proble-
ma que acabamos de resolver presta-se a confirmá-lo irrefutavelmente . Se tentarmos resolvê-lo me-
diante os recursos convencionais das parametrizações, iremos encarar uma tarefa mais longa e can-
C1 2
0 Y
sen t cos t . sen t cos t sen t .cos t dt
4 3 4 3
2 r C3
Ufa !!! D C2
Que tarefa estafante !!!
xt
dx dt , t : 1 3
0 X
C1 C4
C2 :
y 0 dy 0
3
M dx N dy t dt 20
3
C2 1
r t cos t i sen3 t j , 0 t 2 .
C 3 : x 2 y 2 9 x 3 cos t dx 3 sen t dt , t : 0 2
y 3sen t dy 3 cos t dt
2
M dx N dy 27 cos t 27sen 3t 3 sen t dt 27 cos 3 t 27sen 3t 3 cos t dt
3
C3 0
2
0
Cruzes !!!
Outra vez ???
C4 : xy t0 dxdy 0dt , 1
t : 31
M dx N dy t dt 20
3
C4 3
Portanto, é fácil perceber que a tentativa de calcular a integral dada pelas trilhas da parametrização nos
coloca em situações bastante indigestas :
???
x y 3 dx x3 y 3 dy C 1 C 2 C 3 C 4 120 .
3
C
85
6. Problema 18, página 1087 do livro-texto JS : Uma partícula, inicialmente no ponto (- 2, 0), se move ao longo do
eixo OX até (2, 0) e, a partir daí, ao longo do semicírculo y 4 x 2 até o ponto inicial . Utilizar o teorema de
Green para determinar o trabalho realizado pelo campo de força F x, y x , x 3 3xy 2 .
3 x y 2 dA 3
2
r 2 r dr d W 12 J .
2
Então,
D 0 0
Observação : O Teorema de Green nos oferece um precioso suporte para calcular a área de uma região plana D ,
delimitada por uma curva fechada simples C :
N M N x e M 0
F dr M .dx N .dy
x
.dA A
y
ou
e M y
C C
D N 0
1
A
Portanto, x .dy 1
A
C
y .dx
A
2 x .dy y .dx .
C
C
2 0
2 0
2 2
1 1 3
sen 2t dt sen 2t dt
2
2 0 4 0 2 4 4
A 2,35 u.a.
x a cos 3 t
9. Deduzir a área da hipocicloide (astroide de raio a) y a sen3 t , 0 t 2 .
Dedução . Tal como as deduções anteriores, teremos :
2
A
1
2 C
x dy y dx
1
2 0
3a 2 sen 2 t cos 4 t 3a 2 cos 2 t sen 4 t dt
2
3a 2
sen t cos
2 2
t dt
2 0
2
3a 2
4 sen t cos
2 2
t dt
8 0
0
2
3a 2
sen
2
2t d 2t
16 0
2
3a 2 2t sen 4t 3a 2
A
16 2 4 0
8
10. Problema 22, página 1087 do livro-texto JS : Seja D a região limitada por um caminho simples fechado C no
plano XOY . Utilizar o teorema de Green para provar que as coordenadas do centroide x, y de D são
1 1
x
2A C
x 2 dy e y
2A C
y 2 dx ,
sendo A a área de D .
1 1 x2 0 1
x dy dA
A
x dA x
2
2 A C 2 A D x y
D
0 y
2
1 1 1
dA
A
y dA y
2
2A C y dx
2 A D x y
D
Em tempo : Procedimento análogo nos leva a desenvolver as expressões dos momentos de inércia de uma
lâmina plana, com densidade constante (x, y) = k , limitada por uma curva simples fechada,
em relação aos eixos cartesianos :
I x
3 C
y 3 dx
Iy
3 C
x 3 dy
87
4.5. Campos vetoriais conservativos . Independência do caminho .
No Cálculo II estudamos o Teorema Fundamental do Cálculo que acaba se resumindo na igualdade
f x .dx F b F a ,
b
a
C1
Sendo dadas as curvas C1 , C 2 , C 3 , C 4 , tais que
A
C2 B
C1
F d r
C2
F d r
C3
F d r
C4
F d r ,
Como A x 1 , y 1 , z 1 e B x 2 , y 2 , z 2 , resulta :
d r f x 2 , y 2 , z 2 f x 1 , y 1 , z 1 , mostrando que
B
A
F
o resultado depende unicamente das posições de A e B , não importando a
forma da trajetória desse percurso .
D
C F dr F dr 0. A C
f x , y , z f x , y , z
B
AB
Então,
A
F d r 2 2 2 1 1 1 0 .
Definição . Se existe uma função f , tal que F f , dizemos que f é um potencial escalar de F
ou uma função potencial de F .
Diante dessa sequência de conceitos e teoremas, chegamos à conclusão que as três afirmativas abaixo
se equivalem no teor de seu conteúdo :
1ª. ) F constitui um campo vetorial conservativo .
2ª. ) F tem potencial escalar (corresponde a afirmar que F é um vetor gradiente) .
3ª. ) F é irrotacional ( F 0 ) .
Na esteira dessas conclusões, acrescentaremos outras duas consequências imediatas :
4ª. ) Teorema . Se F é um campo de forças conservativo, então o trabalho realizado por F ao longo
de qualquer caminho C , de A até B, é igual à diferença dos potenciais A e B :
x2 , y2 ,z2
W F d r f x2 , y2 , z2 f x1 , y1 , z1 .
x1 , y1 , z1
f f
5ª. ) Como consequência do primeiro teorema dessa série, se fizermos M e N na igualdade
x y
F x, y M x, y i N x, y j , teremos
M 2 f
y y x M N
N 2 f y x
x x y
M N
Portanto, se a integral curvilínea
C
F d r é independente do caminho, então
y
x
89
A recíproca dessa última proposição é falsa . Todavia, torna-se verdadeira se impusermos as restrições
de o domínio D ser uma região simplesmente conexa ( sem buracos: toda curva fechada C em D
contém somente pontos de D ) .
Sintetizando : Teorema . Se M x, y e N x, y têm derivadas parciais primeiras contínuas
numa região simplesmente conexa D , então a integral curvilínea
M x, y dx N x, y dy
é independente do caminho em D se, e somente se, M N
C
y x
Corolário . Se M x, y e N x, y têm derivadas parciais primeiras contínuas
M N então
numa região simplesmente conexa D e , F é
um campo conservativo . y x
Problemas ilustrativos
Resolução . Para fazer tal verificação, podemos aplicar o último corolário acima :
F x, y 1 2xy n x i x 2 j M i N j
M
y 2x M N
N 2x F constitui um campo conservativo .
2x y x
x
Como outra opção de cálculo, poderíamos também aplicar o operador diferencial rotacional :
i j k
F 0 i 0 j 2x 2x k 0
x y z
e concluir que a função vetorial dada
1 2xy n x x2 0 é um campo conservativo .
Na construção da função potencial escalar f , utilizaremos o processo da integração parcial :
f x, y
M 1 2y n x f x, y 1 2xy n x dx x 2 y x n x g y
x
f x, y
N x 2 g' y x 2 g' y 0 g y C
y
Portanto, a função potencial escalar de F é f x, y x 2 y x n x C : f F .
Observação . Na construção da função potencial escalar de F podemos também lançar mão de um proce-
dimento bastante simples, consistindo nos seguintes passos :
C
F d r 1 2xy
C
n x, x 2 dx, dy 1 2xy
C
n x dx x 2 dy
Calculamos as integrais
1 2xy n x dx x x 2 y x n x x x 2 y x n x
x dy x2 y
2
e a função potencial escalar f(x, y) será dada pela soma dos termos comuns e não comuns, sem
repetição . No exercício acima, poderíamos ter feito :
f x, y x 2 y x n x C .
90
2. Problema 11, página 1080 do livro-texto JS :
A figura mostra o campo vetorial F x, y 2xy, x 2 2xy i x 2 j
e três curvas que começam em (1, 2) e terminam em (3, 2) .
a) Explicar por que
C
F d r tem o mesmo valor para as três curvas .
b) Determinar esse valor comum .
Em tempo : Como se trata de um campo conservativo, nesse último item b podemos arbitrar uma trajetória
qualquer (por exemplo, a reta determinada pelos dois pontos dados) e calcular a integral de
linha mediante a parametrização dessa reta :
x 1
2
y2
0
t xy 2t2 1 dydx 02 dt , 0t 1
1
d r 2xy dx x dy 2 2t 1 .2 .2 dt 2t 1
2 2
Então, F .0
C C 0
16 t 8 dt 8 t 8t
1
2
16 .
0
0
x y2
f x, y : campo vetorial conservativo .
2y y2 x
N dy x dy
x
Então, qualquer que seja a trajetória entre os dois pontos dados, o trabalho realizado é
4, 2
y2
T F dr
x
11 0 .
C 1, 1
7. Se F é uma força constante, provar que o trabalho realizado ao longo de uma curva arbitrária, com extremidades P
e Q , é expresso pelo produto escalar F PQ .
H
F x, y, z c i c j c k c, c, c : força constante
PQ Q P x2 x1 , y2 y1 , z2 z1
T W F PQ
Demonstração . É fácil mostrar que F é um campo de forças conservativo :
c dx c x
Então, a função potencial escalar é f(x, y, z) = cx + cy + cz e a integral de
linha correspondente pode ser escrita
c dy c y x2 , y2 , z2
d r f x2 , y2 , z2 f x1 , y1 , z1
c dz c z W F
x1 , y1 , z1
c x2 x1 c y2 y1 c z2 z1
F PQ
92
8. Problema 27, página 1080 do livro-texto JS :
Mostrar que, se um campo vetorial F x, y, z P i Q j R k é conservativo e P, Q e R têm derivadas
parciais de primeira ordem contínuas, então P Q P R Q R
, e
y x z x z y
f x, y, z F x, y, z P i Q j R k
H
P, Q e R têm derivadas parciais primeiras contínuas
P Q P R Q R
T , e
y x z x z y
f f f
Demonstração . Por hipótese, já sabemos que P , Q , R e, como tais funções P, Q e R são
deriváveis, teremos : x y z
P 2 f Q 2 f R 2 f
x x 2 x x y x x z
P 2 f Q 2 f R 2 f
y y x y y 2 y y z
P 2 f Q 2 f R 2 f
z z x z z y z z 2
Como o Teorema de Clairaut já mostrou que a ordem em que são escritas as diferenciais dos
denominadores é optativa, concluímos : P Q P R Q R
, e
y x z x z y
Demonstração . a)
y P x 2 y 2 2 y 2 y 2 x2
P
x y2 y x2 y 2 x2 y 2
2 2 2
P Q
, x, y 0, 0
y x
y Q x 2 y 2 2x 2 y 2 x2
Q
x y2 x x2 y 2 x2 y 2
2 2 2
C
b) Não podemos afirmar que a integral curvilínea independe do caminho no domínio D , pois,
D a origem (0, 0) constitui um buraco em D : a função F não existe nesse ponto .
(1, 0) De fato, se atendermos a sugestão inscrita no enunciado do problema, encontraremos resul-
tados numéricos diferentes . Portanto, também neste episódio o teorema da página 87 des-
te compêndio permanece forte e confiável, pois, a região D não é simplesmente conexa .
93
11. Problema 3, página 81 deste compêndio : O teorema citado nos permite resolver o problema como segue :
y2 2 2
C 1 x 2
dx 2 y arctg x . dy , onde C é a hipocicloide (astroide) x y 3 1 .
3
M 2y
y 1 x 2
Resolução . y2 Círculo fixo
M M N
1 x 2
N 2 y arctan x N 2 y y x
x 1 x 2
Círculo móvel
Então,
B x2 , y2
F d r f x 2 , y 2 f x1 , y1 0 ,
A x1 , y1
pois, A B .
F é um campo vetorial conservativo .
3
r x2 y 2 z 2 2
P1 x1 , y1 , z1 d x 2 y 2 z 2
1 1 1 1
P2 x2 , y2 , z2
d 2 x2 y2 z2
2 2 2
u2
2
c y cz c
Analogamente, 3
dy 3
dz
x y z
2 2 2 2
x y z
2 2
2 2
r
c e então
Como não devemos considerar termos repetidos na soma, resulta f x, y, z ,
x2 , y2 , z2 r
W F d r f x2 , y2 , z2 f x1 , y1 , z1
x1 , y1 , z1
c c c c
x2 y2 z2 x1 y1 z1 d1 d2
2 2 2 2 2 2
1 1 d2 d1
W c ou W c
d1 d 2 d1 d2
13. Se uma força variável F desloca uma partícula sobre uma curva C do espaço, mostrar que o trabalho realizado por
essa força corresponde, numericamente, à variação da energia cinética da partícula .
F x, y, z f 1 x, y, z i f 2 x, y, z j f 3 x, y, z k : força variável
F
v x, y, z v 1 x, y, z i v 2 x, y, z j v 3 x, y, z k : vetor velocidade v
Hip r x, y, z x i y j z k : vetor posição da partícula
dr
dr dt v dt , tempo t
dt
94
1 2
Tese W F dr
m v
C 2
dr
Demonstração . Como v , teremos d r v dt e a segunda Lei de Newton nos permite escrever
dt
d v , massa m e aceleração a .
F m a F m
Então,
dt
dv
W F d r m v dt
C C dt
m d v v
d v v dv dv dv
C 2 dt
d t , pois,
dt
dt
v
dt
v 2
dt
v
derivada do produto escalar
2
m d v
2 C dt
dt
m 2
2
C
d v
- Numericamente, o trabalho realizado corresponde à variação
m 2
( ganho ou perda ) de energia cinética da partícula .
W v
2 Para W = 0 , a força é considerada conservativa .
r
Resp.: C
xy dx x y dy .
X
0
R: : 0 2
r: 0 1
coordenadas polares
11. O campo de forças F 2x y 2 i 3y 4x j desloca uma partícula ao longo da trajetória triangular
fechada, tal como mostra a figura . Utilizando o teorema de Green , calcular o trabalho realizado .
Y
2, 1 14
Resp.: W 4,66
C3 x : 0 2 3
região R : 1
C2 y: 0 x
R 2
0 C1 2, 0 X
1
12. Sendo A x dy y dx ,calcular a área A da elipse 9x² + 16y² - 144 = 0 .
2 C
Y
13. Mostrar que o trabalho realizado pela força F x, y y , x , ao longo dessa elipse, é nulo .
2 2
y2
14. Mediante o Teorema de Green , verificar se o campo vetorial F x, y , 2 y arctg x
1 x 2
constitui um campo conservativo ao longo da astroide de equações paramétricas
x cos 3 t
y sen 3t , 0 t 2 .
.dA 0 .
N M
0 Verificação: F .dr x
y
C D
0
Portanto, o campo vetorial F é conservativo .
xt
paramétricas r : y 2 t , desde a origem O até o ponto ( 1, 2, 4 ) .
z 4t
23
Resp. : C
ds
6
3,83
2
z z
2
f x, y, z dS f x, y, g x, y 1 dA
S S XY
x y
ou
y y
2 2
f x, h x, z , z 1 dA
S X Z
x z
ou
2
x x
2
f k y, z , y, z 1 dA
S y z
Y Z
onde S XY , S X Z e S Y Z representam as projeções ortogonais da superfície dada S: z = g(x, y) sobre os planos XOY,
2
z z
2
XOZ e YOZ , respectivamente, sendo notória a analogia entre a área da superfície, A S 1 dA ,
2 D x y
dy
b
sobre o plano XOY , e o comprimento de uma curva no plano, L
a
1
dx
dx .
2 2
z z z z
2 2
Advertência : Se considerarmos f x, y, z 1 f x, y, g x, y 1 f x, y ,
x y x y
b y2 x
poderemos escrever :
f x, y, z dS
S
f x, y dA
R XY
f x, y dy dx .
a y1 x
Em síntese, a integral de superfície representa uma generalização da integral dupla, pois, nesta, a integração
efetua-se numa superfície R do plano XOY, ao passo que, na integral de superfície, a integração é aplicada
sobre uma superfície qualquer S do espaço tridimensional .
Comentário adicional : Entendemos que, para estabelecer um fechamento convincente dessas afirmativas, convém justificar
2
z z
2
a presença da expressão
D x y 1 dA , representativa da área da superfície S ,
no desenvolvimento da integral de superfície da função f .
f x, y, z dS lim
A 0
f x , y , z S
i 1
i i i i lim
A 0
f x , y , z T
i 1
i i i i
S
i j k
2
z z z z z
2
a b x 0 x i j k x y ab 1 . A
x x y A x y
z
0 y y
y
Portanto, fica definitivamente assentada a expressão da integral de superfície de uma função escalar f sobre uma dada
superfície S : z = g(x, y) , projetada ortogonalmente sobre o plano XOY :
2
z z
2
f x, y, z dS
S
f x, y, g x, y 1 dA
x y
S XY
As deduções das integrais de superfície relativas aos dois outros planos XOZ e YOZ são feitas analogamente .
Aplicações ilustrativas .
Z
Resolução . Como ilustração, vamos calcular a integral considerando as três projeções :
0, 0, 2 f x, y, z x y : função dada
a) Projeção sobre XOY :
z g x, y 2 2x y : superfície
2 1 22x
z z
2
S
x y dS xy 1 dA
x y
0 0
xy 4 1 1 dy dx
S XY
0 Y 1
4x 8x 4x 3 dx
6 6
S xy 2
1, 0, 0 0, 2, 0 2 0
6
X
Maple : > Int (Int (x*y*sqrt(6), y = 0..2-2*x), x = 0..1) =
int (int (x*y*sqrt(6), y = 0..2-2*x), x = 0..1) ;
1 22 x
6
x y 6 dy dx
6
0 0 > with (plots) : implicitplot3d
(z=2-2*x-y, x = 0..1, y = 0..2, z = 0..2,
numpoints = 5000) ;
99
Z b) Projeção sobre XOZ : y 2 2x z
0, 0, 2
1 22x
y y
2 2
S
x y dS xy 1 dA
x z
x 2 2x z
0 0
4 1 1 dz dx
S XZ
22x
1
xz 2
2
6 2xz 2x z dx
S xz 0 2 0
0 Y 1
x 2x dx
6
0, 2, 0 2 6 2
x 3
1, 0, 0 0
6
X
Maple : > Int (Int (x*(2-2*x-z)*sqrt(6), z = 0..2-2*x), x = 0..1) =
int (int (x*(2-2*x-z)*sqrt(6), z = 0..2-2*x), x = 0..1) ;
1 22 x
6
x ( 22 x z ) 6 dz dx
6
0 0 > with(plots):implicitplot3d
(y =2-2*x-z, x = 0..1, y = 0..2, z = 0..2,
numpoints = 5000) ;
Z y z
c) Projeção sobre YOZ : x 1
0, 0, 2 2 2
1 1
x y dS
S
xy
4
1 dA
4
S YZ
S YZ 2 2 y
6 y2 zy
0 Y
2
0 0
y
2
2
dz dy
0, 2, 0
1, 0, 0 6
2 2y
X 6 1 1
y y 2 y z 6
2 2 6
> Int (Int ((y-y^2/2-y*z/2)*sqrt(6)/2, z=0..2-y), y=0..2) = dz dy
= int (int ((y-y^2/2-y*z/2)*sqrt(6)/2, z=0..2-y), y=0..2) ; 2 6
0 0
3 9 x2
3
3
x2
9 x2 y 2
dy dx
9x 2
100
Aplicando o sistema de coordenadas polares :
2 3
3
r cos 2 r dr d
2
: 0 2
9 r2
SXY : 0 0
2 3
r: 0 3
r3
3
0 0 9r 2
cos 2 dr d
fazendo 9 r 2 u du
r dr
9r 2 ur :: 03 30
2 0
3 cos 9 u du d
2 2
0 3
2 0
u3
3 cos 9u 2
d
0 3 3
2 2
sen 2
54 cos d 54 54 .
2
0 2 4 0
Maple :
> 3 * Int (Int (r^3*(cos(theta))^2 / sqrt(9-r^2), r = 0..3), theta = 0..2*Pi) =
= 3 * int (int (r^3*(cos(theta))^2 / sqrt(9-r^2), r = 0..3), theta = 0..2*Pi) ;
2 3
3 2
r cos( )
3
dr d54
9r
2
0 0
z g x, y a 2 x 2 y 2 : superfície
Cálculo do centro de massa z :
2 a
Cálculo da massa m : a
MX Y
k a2 r 2 .
a r2
2
r dr d
z
0 0
2
z z
2
m k dS k 1 dA
x y
m 2 a
m
S S XY
k a r dr d k a3 2
2 a
k ar 0 0
2 k a2
a r2 2
dr d 2 k a2
a
m 2
0 0
z
2
101
4. Problema 36, página 1117 do livro-texto, JS : Determinar a massa de um funil fino com o formato do cone
z g x, y x 2 y 2 , 1 z 4 , sendo sua função densidade x, y, z 10 z .
Z Resolução . O funil tem densidade variável, sua massa não é uniformemente distribuída :
x, y, z 10 z 10 x 2 y 2 : função dada
z g x, y x y : superfície
2 2
superfície cônica Projetemos a superfície no plano XOY e apliquemos o sistema polar :
2x r cos
de revolução g' x cos e g' y sen
2 x y 2 2 r
0
r Y
1 z 4 r :: 1042 2 4
e
2 2
g' x g'y 1 2
m x, y, z dS
S
2 10 r r dr d
0 1
2
X
54 2
0
d m 108 2 .
IZ d x, y, z dS ou x y 2 x, y, z dS .
Portanto, 2 2
Z
S S
Z
IZ x y 2 x, y, z dS x y 2 10 x 2 y 2 dS
2 2
y 10
S S
x x2 y 2
2 2
2 dA
S
2 4
10 r r 4 dr d
3
2
0 1
4329
2 .
5
6. Problema 38, página 1117 do livro-texto, JS : A superfície cônica z 2 x 2 y 2 , 0 z a , tem densidade
constante k . Determinar seu centro de gravidade e o momento de inércia em torno do eixo OZ .
2a
G 0 , 0 , . Projetemos a superfície no plano XOY e apliquemos o sistema polar :
3
0 z 2 x 2 y 2 a 2 : 0 2
superfície cônica 2 2
e g' x g'y 1 2
de revolução r : 0a
= r²
A massa m da superfície cônica é dada por
0 Y
r m k dS k 2 dA
S
S XY
2 a
X 2 k r dr d m 2 k a 2 .
0 0
Também aqui, o centro de gravidade será 0 , 0 , z , pois, a densidade é constante . Então,
2 a
k z dS r dr d 2
2
MXY
2 k 2 k a3
3 2a 2a
z S
0 0
G 0 , 0 , .
m m m 2 k a 2
3 3
102
IZ x y 2 x, y, z dS r k dS r
2 2 2
Momento de inércia : 2 k dA
S S S
2 a
r dr d
3
2 k
0 0
2
IZ k a4 .
Maple : 2
> sqrt (2) * k * Int ( Int ( r^3, r = 0..a ), theta = 0..2*Pi ) = Simulação : a = 3
n : vetor unitário normal ao plano
S
s: medida da área S
s : medida da área S
Da Trigonometria, concluímos :
S
s s cos
Apliquemos agora esses conceitos iniciais aos planos cartesianos :
F : face negativa da superfície é sua face interna
Fluxo de um vetor : Seja S : f(x, y, z) = 0 uma superfície contínua de área s , de modo que
cada um de seus pontos P seja definido por um único vetor F .
F Apliquemos em P o vetor unitário n :
f
n : vetor unitário do gradiente
f
P
S
F F n ds ,
sendo F 0 , se o sentido de F é de F F
F 0 , se o sentido de F é de F F
Z F
Integral de superfície de uma função vetorial .
S
ds A integral de superfície de uma função vetorial F,
através de uma superfície S , também denominada
fluxo F através de S , é definida por
k F F
S
n ds , se S é aberta
j Y ou
F
i
X F n ds , se S é fechada
d s x y dx dy
S
104
Cálculo da integral de superfície . De acordo com a situação problemática apresentada, ana-
lisamos a conveniência da escolha de um dos três planos cartesianos XOY , XOZ ou YOZ onde projetar a superfície S
para desenvolver o cálculo da integral . Evidentemente, há situações em que a ocorrência de simetrias permite uma op-
ção aleatória por qualquer um desses planos ou por dois ou, ainda, por apenas um deles .
F F n
Portanto,
S
n ds n k
dx dy
S xy
F F n
Portanto,
S
n ds n j
dx dz
S xz
F F n
c) Projetando a superfície S sobre o plano YOZ : Mutatis mutandis,
S
n ds n i
dy dz
S yz
1. Calcular a integral
F
n ds , sendo F x i y j z k e a superfície S é o hemisfério superior
S x2 y 2 z 2 4 .
Z F
n
Resolução . S : x 2 y 2 z 2 4 z f x, y 4 x 2 y 2
ou f x, y, z x 2 y 2 z 2 4 0
f 2x i 2 y j 2z k F z
n n k
f 2 x y z
2 2 2 2 2
r Y
x, y, z dx dy
F F dx dy 2 dx dy
X
S
n ds n
n k
x, y, z 2
z
F
z
S XY S XY S XY
2
4
4 x2 y 2
dx dy
S XY
r dr
faz se 4 r 2 v dv e v:2 0
4 r2
2 0 2
4 dv d
0 2
4
0
2 d 16 .
- Sugerimos ao leitor a resolução da integral, projetando a superfície nos outros dois planos coordenados,
devendo encontrar o mesmo resultado numérico .
105
2. Calcular o fluxo de F x i y j z k através da superfície do plano 2x + 3y + z – 6 = 0 , no 1º. octante .
Z Resolução . Projetemos a superfície sobre o plano YOZ , por exemplo .
0, 0, 6 O domínio da região projeção será
F
n S yz : zy:: 00 62 3y
f x, y, z 2x 3 y z 6 0
S yz f 2i 3 j k 2
n n i
0 Y f 14 14
0, 2, 0 2x 3 y z 6
F n
X 14 14
3, 0, 0 2 6 3 y 2
F n dz dy
Então, F dy dz
6
0 14 2 3 0 6 3y dy F 18 .
S yz
n i 0
14
- Reiteramos a sugestão feita no problema anterior para encontrar, nos outros dois casos, o mesmo re-
sultado encontrado neste .
ou f x, y, z x 2 y 0
f 2x i j 2 y
S yz n n i
f 4x 1
2
4y 1
Y
F 1
0
0, 1, 0 2x y 2 yy n y
F n
4x 2 1 4y 1 n i 2
1, 0, 0
1
3 1 y 3
y3
X Então, F F n
dy dz 1
dy dz
y dz F 4 .
2 3
S yz
n i 0 0 0 0
- Sugerimos ao leitor a resolução da integral projetando a superfície no plano XOZ , pois, se tentarmos
projetá-la no outro plano XOY , encontraremos apenas uma curva e esta inviabiliza o cálculo de uma
integral de superfície .
Z Resolução .
S : x 2 y 2 z 2 0 z f x, z x2 y 2
(plano z = 1) Consideremos a projeção da superfície cônica no plano XOY ,
pois, nos outros dois planos as projeções não são regulares :
superfície cônica f 2x i 2 y j 2z k 2z
de revolução n n k
f 4x 2 4 y 2 4z 2 2 x2 y 2 z 2
z
0 2 z
r Y
2
2
X 2 x2 y 2 z 5 z2 z5
F n
F n
2
z z4 z z4
2 x2 y 2 z 2 2z 2 n k
106
Levando em conta a orientação negativa recomendada e a pertinência do sistema polar
essa situação, teremos :
z x2 y 2 r para
2 2 1
1
r3 r6
r r r dr d
F n
F dx dy 4
d
S xy
n k 0 0 0 3 6 0
3
5. Uma carga elétrica positiva pontual q situa-se na origem de coordenadas e gera um campo vetorial que, segundo a
Lei de Coulomb , em cada ponto do espaço existe o vetor força
q
F x, y, z k 3
r , k constante ,
r
sendo r x i y j z k o vetor dirigido ao longo da superfície e r a distância de cada ponto à origem .
Mostrar que o fluxo do campo vetorial através de uma superfície esférica de raio R e centro na origem é 4 k q .
q
Demonstração . F x, y, z k 3
r , k constante ,
r
r x i y j zk
S : superefície esférica de centro na origem e raio R = r
r Então, o fluxo será calculado como segue :
F F
n dS
k
2
q
n dS
r
S S r r
kq r
2 S r n dS
r
r
Os vetores e n são unitários e de mesma direção, pois, a superfície é esférica :
r kq
2 1 dS
r S
F 4 k q .
Em tempo : Se quisermos ajustar essas operações aos padrões das resoluções anteriores, basta seguir o roteiro
f x, y, z x 2 y 2 z 2 R 2 0
2
S : x2 y 2 z 2 R2 r
r
f 2x i 2 y j 2z k x i y j zk r z
n n k
f 4x 2 4 y 2 4z 2 x2 y 2 z 2 r r
r
2
F n k q
r
r
kq
kq
F n
kq
3 4 2
R2 x2 y 2
r r r r n k r
Cálculo do fluxo no hemisfério superior :
F F k q n
kq r
n dS
r
2
r
r
S S
kq dx dy k q 2 R r dr d
r
S R x2 y 2
2
r 0 0
R2 r 2
R 2 r 2 v dv
2r dr
2 R2 r 2
r: 0 R
v: R 0
kq 2 R
r 0 0
dv d Haja vista a simetria existente entre as regiões hemisféricas, o
fluxo no hemisfério inferior também apresentará o mesmo re-
2 R k q sultado e, portanto, o fluxo total do campo através da super-
2 k q
r
fície esférica será
total F 4 k q .
107
6. Problema 42, página 1117 do livro-texto, JS : Utilizar a Lei de Gauss para calcular a carga dentro de um cubo com
vértices 1, 1, 1 , se o campo elétrico é E x, y, z x i y j z k .
Z
Resolução . A Lei de Gauss (da eletrostática) diz : “A carga contida numa super-
fície S é Q 0
E d S , onde é a constante de permissivi- 0
0, 0, 1 S
dade do espaço livre e E é um campo elétrico .”
1, 0, 0
Y
F E x, y, z x i y j z k , Q 0 F
n dS
S
0, 1, 0 0 0, 1, 0 f
1, 0, 0 n k n k 1
S1 : z 1 f x, y, z z 1 : f
0, 0, 1 F n z
1 1 1 1
X Q1 0 E d S 0 F
S S
n dS 0
1 1
z 1 dx dy 0 1 1
dx dy 4 0
f
n k n k 1
S2 : z 1 f x, y, z z 1 : f
F n z
1 1 1 1
Q 2 0 E d S 0 F n dS 0
S S 1 1
z 1 dx dy 0
1 1
dx dy 4 0
7. Problema 44, página 1117 do livro-texto, JS : A temperatura em um ponto de uma esfera com condutividade k é in-
versamente proporcional à distância ao centro da esfera . Determinar a taxa de transmissão de calor através dessa su-
perfície esférica S de raio R = a e centro na origem do sistema de coordenadas .
Resolução . O fluxo de calor é definido como o campo vetorial F k u , onde k é a constante de conduti-
vidade térmica da substância e u é um campo de temperatura . A Lei do fluxo de calor (Fourier)
declara : “A taxa de fluxo de calor através de uma superfície S é dada pela integral de superfície
F dS F n dS k u d S ."
S S S - Ver página 1102 do JS – 4ª. edição
c
Portanto, u x, y, z , pois, neste problema, a temperatura é inversamente pro-
x y2 z2
2
porcional à distância ao centro da esfera .
cx i cy j cz k
F k u k
x2 y 2 z 2
3
x2 y 2 z 2
3
x2 y 2 z 2
3
kc
3
kc
x i y j zk 3 x i y j zk
a
x2 y 2 z 2
Como se trata da superfície esférica f x, y, z x y z a , seu vetor normal unitário é
2 2 2 2
n
f
2 x i y j zk e F n
k ca2
kc
f
3
2a aa a2
Então, a taxa de transferência de calor através da superfície esférica será :
F kc kc
F
S
dS
S
n dS
a2 d S
S
a 2
4 a2 F
S
d S 4 k c .
Seja R uma região em três dimensões, delimitada por uma superfície S , e denotemos
por n o vetor normal unitário exterior a S , em (x, y, z) . Se F é uma função vetorial dotada de de-
rivadas parciais contínuas em R , então
S
F n dS
R
F dV ou
S
F dS div F
R
dV
f
S
i n dS g j n dS h k
S S
n dS
g
g
S
j n dS R
y
dV
h
h k
S
n dS R
z
dV
- Observe que a sequência dos lances de demonstração guarda uma esmerada analogia com a do Teorema
de Green . Portanto, seguindo o roteiro do livro-texto, chegaremos ao desfecho final .
Z
Exemplos ilustrativos :
0, 0, 1
1, 0, 0 1. Aplicar o teorema da divergência para calcular F n dS , sendo
F y sen x i y 2 z j x 3z k e S é a superfície da região delimitada
S
pelos planos x 1 , y 1 e z 1 .
0, 1, 0 0 0, 1, 0 Y
Resolução :
1, 0, 0
i j k
x y z F y cos x 2 yz 3
0, 0, 1
F y sen x i y 2
z j x 3z k
e S é uma superfície cúbica de aresta 2 , centro na origem .
X
109
1 1 1
Então,
R
F dV y cos x 2 yz 3 dz dy dx
1 1 1
1 1
yz cos x yz 3z
1
2
dy dx
1
1 1
1 1 1
2 y cos x 6 dy dx y cos x 6 y
1
2
dx
1
1 1 1
1
12 dx
1
F dV 24
R
Significado físico : Taxa de variação do fluxo que sai (sen-
tido para fora : + 24 u³/t ), com a velocidade F : fonte .
3
0
> vf:= [ x,y,z ] ; vf := [ x , y, z ] 3 6 18 18 F 18 .
> vF:= ( x,y,z ) -> [ x,y,z ] ;
vF := ( x , y, z )[ x , y, z ]
> F:= fieldplot3d ( vf, x=0..3, y=0..2, z=0..6 ) :
> G:= plot3d ( 6-2*x-3*y, x=0..3, y=0..2-2/3*x ) :
> display 3d ( { F,G } ) ;
> int (int (int (diverge ( vF(x,y,z), [x,y,z] ),
z = 0..6-2*x-3*y ), y = 0..2-2/3*x ), x = 0..3 ) ; 18
110
2 2 2
3. Determinar o fluxo de F yz i xz j xy k , sendo S a superfície x 3
y 3
z 3
1 (astroide) .
Resolução : yz xz xy
F 0
x y z
S
F n dS R
F dV
0 dV
R
x dV
R
0 Y
1 x 1 x y
0, 1, 0
1
0 0 0
x dz dy dx
1, 0, 0 x :0 1
x x xy dy dx
1 1 x
X
2
R : y: 0 1 x
0 0
z : 0 1 x y
x31 x
0 2 x 2 dx
2
1 div F 0 :
x4 x3 x2 1 P(x, y, z) é um sor-
8
3
4 0
S
F n dS
24
vedouro ou poço .
111
3 z
Maple : > vf:= [ y^3*exp(z), - x*y, x*arctan(y) ] ; vf := [ y e , x y, x arctan( y ) ]
> vF:= (x,y,z) -> [ y^3*exp(z), -x*y, x*arctan(y) ] ;
3 z
vF := ( x , y, z )[ y e , y x , x arctan( y ) ]
> F:= fieldplot3d ( vf, x=0..1, y=0..1, z=0..1 ) :
> G:= plot3d ({0, 1-x-y}, y=0..1-x, x=0..1) :
> display3d ({F,G}) ;
> Int (Int (Int (diverge( vF(x,y,z), [x,y,z] ),
z=0..1-x-y), y=0..1-x), x=0..1) ;
1 1x 1x y
-1
x d z dy d x > value(%) ;
24
0 0 0
5.
Calcular o fluxo de F x sen yz i y xe
2
z
j z 2
k , sendo S a superfície da região limitada pelos
planos x + z = 2 , z = 0 e o cilindro x² + y² = 4 .
Resolução :
Z
F 2x 2z 1 e
S
F n dS
V
F dV 2x 2z 1 dV
V
Em coordenadas cilíndricas, a região V será expressa por
: 0 2
V : r : 0 2
0, 0, 2 z : 0 2 x 2 r cos
0 Y
S
F n dS 2x 2z 1 dV
V
r 0, 2, 0 2 2 2 r cos
2r cos 2z 1 r dz dr d
0 0 0
2, 0, 0 r cos r cos 6r dr d
2 2
3 2 2
X 0 0
2 8
12 3 cos 4 cos d
2
0
2
8 sen 2
12 sen 4
3 2 4 0
20 .
Maple :
> vf:= [ x^2+sin(y*z), y-x*exp(-z), z^2 ] ;
2 ( z ) 2
vf := [ x sin( y z ), yx e ,z ]
> vF:= (x,y,z) -> [ x^2+sin(y*z), y-x*exp(-z), z^2 ] ;
> with (plots) : implicitplot3d 2 ( z ) 2
( {r=2, z = 2-r*cos(theta) }, vF := ( x , y, z )[ x sin( y z ), yx e ,z ]
r = 0..2, theta = 0..2*Pi, z = 0..4, > F:= fieldplot3d ( vf, x=-3..3, y=-3..3, z=0..3 ) :
coords = cylindrical,
numpoints =1 000) ; > G:= plot3d ({0, 2-x}, y=-sqrt(4-x^2)..sqrt(4-x^2), x=-2..2) :
> display3d ({F,G}) ;
> Int (Int (Int (diverge( vF(x,y,z), [x,y,z] ),
z=0..2-x), y=-sqrt(4-x^2)..sqrt(4-x^2)), x=-2..2) ;
2
2 4x 2x
12 x 2 z dz dy dx
-2 2 0
4x
> value (%) ; 20
> evalf (%, 5) ; 62.832
112
- Poderíamos ainda utilizar um outro discurso sintático :
2 ( z ) 2
> F:= [x^2+sin(y*z), y-x*exp(-z), z^2] ; F := [ x sin( y z ), yx e ,z ]
> divF:= diverge (F, [x,y,z]) ; divF := 12 x 2 z
> Int(Int(Int (diverge(vF(x,y,z), [x,y,z]), z=0..2-x), y=-sqrt(4-x^2)..sqrt(4-x^2)), x=-2..2) =
= int(int(int (diverge(vF(x,y,z), [x,y,z]), z=0..2-x), y=-sqrt(4-x^2)..sqrt(4-x^2)), x=-2..2) ;
2
2 4x 2x
12 x 2 z dz dy dx 20
-2 2 0
4x
> divF:= subs(x=r*cos(theta), y=r*sin(theta), z=z, divF) ;
# Se quisermos utilizar as coordenadas cilíndricas
6. Verificar o teorema da divergência (de Gauss), calculando a integral de superfície e a integral tripla, confrontando as
tarefas e os resultados : F x i y j z k e S : esfera x 2 y 2 z 2 4 .
Resolução : O cálculo dessa integral de superfície (fluxo) já foi feito na resolução da 1ª. aplicação, na página 100
desta unidade . Naquela ocasião encontramos o valor 16 para o hemisfério superior .
Considerando n uma normal unitária para o hemisfério inferior de S , encontraremos o mesmo valor,
graças à simetria existente entre as duas regiões hemisféricas de centro na origem . Portanto, o fluxo
total será
total F n dS 32 . Confrontemos tal resultado com a integral tripla :
S
: 0 2
F 111 3 e R: : 0
Z F :02
n
coordenadas esféricas
P, ,
2 2
R
F dV
0 0 0
3 2 sen d d d
2
sen d d
0 8
0 0
Y 2
8 cos d 0
0
2
X 16 d
0
32 .
- São notórias as vantagens oferecidas pelas vias da integração tripla .
113
Maple : > vf:= [ x, y, z ] ; vf := [ x , y, z ]
> vF:= (x, y, z) -> [x, y, z] ; vF := ( x , y, z )[ x , y, z ]
> F:= fieldplot3d ( vf, x=-3..3, y=-3..3, z=-3..3 ) :
> G:= plot3d ({-sqrt(4-x^2-y^2), sqrt(4-x^2-y^2)},
y=-sqrt(4-x^2)..sqrt(4-x^2), x=-2..2) :
> display3d ({F,G}) ;
2 2 2
2 4x 4x y
3 dz d y dx > value (%) ; 32
-2 2 2 2 100.531
4x 4x y > evalf (%, 6) ;
7. Problema 42, página 1117 do livro-texto, JS : Utilizar a Lei de Gauss para calcular a carga dentro de um cubo com
vértices 1, 1, 1 , se o campo elétrico é E x, y, z x i y j z k .
Z Resolução . Na página 103 deste compêndio, o problema já foi resolvido pelo proces-
so convencional de cálculo da integral de superfície. Mostremos agora a
resolução por meio do teorema da divergência :
0, 0, 1
1, 0, 0
F E x, y, z x i y j z k , Q 0 F
n dS
Então, Q 0
E
d S 0 E n dS S
Y S S
0, 1, 0 0, 1, 0
0
1, 0, 0 0 E dV
V
0, 0, 1 1 1 1
X
0 3 dx dy dz
1 1 1
Q 24 0 .
8. Problema 44, página 1117 do livro-texto, JS : A temperatura em um ponto de uma esfera com condutividade k é
inversamente proporcional à distância ao centro da esfera . Determinar a taxa de transmissão de calor através dessa
superfície esférica S de raio R = a e centro na origem do sistema de coordenadas .
Resolução . Também já foi resolvido na página 103 . Apliquemos o teorema da divergência :
F k u ,
u x, y, z
c
x2 y 2 z 2
F
kc
a3
x i y j zk e F
3k c
a3
114
3k c 3 k c 4 a3
A taxa de transmissão de calor será
R
F dV
a3 R
dV
a3
3
4 k c .
volume da
esfera de raio a
- Se quiséssemos resolver a integral acima, bastaria apelar para as coordenadas esféricas :
: 0 2
2 a 4 a3
R: : 0 dV 2 sen d d d
:0 a
3
0 0 0
R
11. Problema 23, página 1130 do livro-texto, JS : Se a é um vetor constante, provar que a n dS 0 .
Hip . a c i c j c k S
Demonstração .
a n dS a dV
Tese . a n dS 0 S R
c c c
x y z dV 0.
S
R
0
13. Problema 25, página 1130 do livro-texto, JS : Supondo que R e S satisfaçam as condições do teorema da diver-
gência e que as funções escalares e componentes do campo vetorial tenham derivadas parciais de segunda ordem
contínuas, provar que
rot F d S 0 .
S
Demonstração . rot F
S
dS rot F
S
n dS
R
rot F dV
F dV
R
0 dV 0
R ( pois , e F são ortogonais )
116
14. Problema 29, página 1130 do livro-texto, JS : Supondo que R e S satisfaçam as condições do teorema da diver-
gência e que f seja uma função escalar com derivadas parciais contínuas, provar que
S
f n dS f
R
dV .
Essa superfície e a integral tripla da função vetorial são vetores definidos integrando cada função componente .
Sugestão : Comece aplicando o teorema da divergência a F f c , onde c é um vetor constante arbitrário .
Mas, de acordo com as propriedades do produto escalar de dois vetores, podemos escrever
f c f c
fc
f c n c f n e f c x y z
f f f c c c
c c c f f f
x y z x y z
c f 0
c f
Então,
c f n dS
S
c f dV
R
e, como c é um vetor constante, resulta
c
S
f n dS c f dV
R
ou
S
f n dS f dV
R
.
15. Problema 30, página 1130 do JS : Um sólido ocupa a região R com superfície S e está imerso num líquido com den-
sidade constante . Consideremos um sistema de coordenadas onde o plano XOY coincida com a superfície do líqui-
do e valores positivos de z sejam medidos para baixo, entrando para dentro do líquido . Então a pressão na profundi-
dade z é p = g z , onde g é a aceleração da gravidade. A força de empuxo total sobre o sólido, devida à distribuição
de pressão, é dada pela integral de superfície F
n dS onde n é o vetor normal apontando para fora .
S
Utilizar o resultado do problema anterior para mostrar que F W k ,sendo W o peso do líquido deslocado pelo
sólido ( F é direcionado para baixo porque z está direcionado para baixo ) .
Demonstração . De acordo com a tese da proposição anterior, podemos escrever :
F
S
p n dS p dV
R
g z dV
R
m
g k
R
dV g dV k g VR k
R VR
g VR k W k .
W : força peso
Princípio de Arquimedes : A força de empuxo sobre o corpo é igual ao peso do líquido deslocado .
16. Uma carga elétrica positiva pontual q situa-se na origem de coordenadas e gera um campo vetorial que, segundo a
q
Lei de Coulomb , em cada ponto do espaço existe o vetor força F x, y, z k 3
r , k constante , sendo
r
r x i y j z k o vetor dirigido ao longo da superfície e r a distância de cada ponto à origem .
Mostrar que o fluxo do campo vetorial através de uma superfície esférica de raio R e centro na origem é 4 k q .
Resolução . Mostremos ainda a resolução do problema 5, página 102, por meio do teorema de Gauss :
Ora, sendo a divergência F 3 k q e a superfície esférica, apliquemos o sistema de coordenadas
3
esféricas : r
2 R 3kq R 3 3kq 2
F
0 0 0 3
2 sen .d .d .d
3
3
sen .d
0 0
r r
2
kq cos 0
d
0
2kq .2
F 4 kq .
117
17. A figura mostra o escoamento de um líquido para fora do condutor cilíndrico, com a velocidade
v x, y, z n x 2 y 2 i y 1 j 2 k .
Determinar a taxa de variação desse escoamento, sendo a superfície S do condutor limitada por
x2 y 2 4 e 0z4 .
- Utilizar o sistema MKS e lembrar que a taxa de variação solicitada (volume do líquido que escoa, por unidade
de tempo) significa, numericamente, o fluxo do campo de velocidade v através da superfície cilíndrica S .
X Resolução : Aplicando o teorema de Gauss, teremos
dv
v
(2, 0, 0)
v n dS v dV
dt S R
(0, 0, 4) v
r
Z
0
(0, 2, 0)
Y
: 0 2
R : r :0 2
z : 0 4
coordenadas cilíndricas
Maple :
> Int (Int (Int (x/(x^2+y^2)+1, z = 0..4), y = -sqrt (4-x^2)..sqrt (4-x^2) ), x = -2..2 ) =
= int (int (int (x/(x^2+y^2)+1, z = 0..4), y = -sqrt (4-x^2)..sqrt (4-x^2) ), x = -2..2 ) ;
2
2 4x 4
x
1 dz dy dx 16
2
x y 2
-2 2 0
4x
C
F dr F
S
n dS
ou
C
F dr rot F
S
n dS
Em tempo : O teorema de Green constitui uma particularidade do teorema de Stokes . Para mostrá-lo, basta apli-
car este último numa superfície S do plano XOY, por exemplo, situação em que n k :
F n
C
F dr
S
F n dS n k
dx dy
S XY
F k
k k
dx dy
S XY
C
F dr F k dx dy
S XY
Comentário adicional : O teorema de Stokes nos propicia ensaiar uma interpretação física do rotacional de F .
Seja P o ponto central de um disco circular plano S , de raio R , e representemos por C a
rot F
rot F curva fronteira de S :
F dr n dS
C
S R2
n Se F representar um campo de velocidade de um fluido, a integral curvilínea
C
F dr
representará sua circulação ao longo da curva C , ou seja, nos fornecerá a tendência média
do fluido circular ao longo da curva .
P R
No ponto P , a igualdade acima nos permite escrever
C
rot F n lim
1
P R 0 R2 C
F dr ,
relação que nos informa acerca do movimento do fluido ao longo da curva circular C , quando o disco tende a reduzir-se
ao ponto P . Nesse caso, como rot F e n têm a mesma direção, a circulação ao longo da fronteira C adquire seu
valor máximo : rot F // n rot F n é máximo .
P
O sistema de pás mecânicas giratórias ao lado é uma boa ilustração da situação proposta :
trata-se de um medidor de rotacional , onde um campo de velocidade atuando sobre as pás
faz com que a roda gire em torno de seu eixo . Se n é um vetor unitário dirigido segundo
o eixo de rotação, o movimento giratório das pás será mais rápido quando rot F // eixo .
n Eixo de rot F n 0 : as pás giram no sentido positivo (anti-horário)
rotação
rot F n 0 : giram no sentido negativo (horário)
Pás mecânicas rot F n 0 : a circulação é nula e as pás não giram (campo vetorial irrotacional)
119
Aplicações ilustrativas :
2.
Se F x, y, z y i x e z j 1 y e z k , mostrar que F é irrot acional .
Demonstração .
i j k
rot F F ez i k k ez i 0
x y z
y xez 1 ye z
Z Resolução . F y 2 i z 2 j x2 k
0, 0, 1 S : x y z 1 f x, y, z x y z 1
f i j k 1
n n k
f 3 3
i j k
0 Y
0, 1, 0
F 2z i 2x j 2 y k
x y z
X 1, 0, 0 y2 z2 x2
1
2z 2x 2 y 2x y z
F n
3
3
2
3
F
1 x 2 dy dx
1 x dx
1 1
Então,
S
n dS
0 0
3 1
2
0
3
1
x2
2 x
2 0
1 .
4. Problema 2, página 1122 do livro-texto, JS : Utilizar o teorema de Stokes para calcular rot F d S , sendo
F x, y, z yz i xz j xy k e S a parte do paraboloide z = 9 – x² - y² que está acima do plano z = 5 ,
S
S : z 9 x 2 y 2 f x, y, z x 2 y 2 z 9
Resolução . Z
0, 0, 9
f 2x i 2 y j k 1
n n k
f 3 3
i j k
F x x i y y j z z k 0
x y z
0 Y yz xz xy
0, 3, 0
F n
0
0
3, 0, 0 3
X
Então,
rot F
S
dS rot F
S
n dS 0 dS
S
0.
121
- Resolvendo o problema por integral de linha, teremos :
z 5 9 x 2 y 2 5 ou C : x 2 y 2 4 : círculo de centro na origem e raio 2
Y
C
F d r C
yz dx xz dy xy dz
x 2 cos dx 2 sen d
r
Parametrização : C : y 2 sen dy 2 cos d , 0 2
z5 dz 0
0 X
2
C
F d r 0
20 sen 2 d 20 cos 2 d
cos sen d
2
20 2 2
0
2
20 cos 2 d
0
2
sen 2
20
2 0
0 .
Maple : > vf:= [ y*z, x*z, x*y ] ; vf := [ y z, x z, x y ]
2 2
> surf:= [ x, y, 9-x^2-y^2 ] ; surf := [ x , y, 9x y ]
> rg:= [ x=-3..3, y=-sqrt (9-x^2)..sqrt (9-x^2) ] ;
2 2
rg := [ x-3 .. 3, y 9x .. 9x ]
> F:= fieldplot3d ( vf, x=-3..3, y=-3..3, z=5..10 ) :
> G:= plot3d (surf, x=-3..3, y=-3..3) :
> display3d ({F,G}) ;
> N:= crossprod (diff(surf, x), diff(surf, y)) ; N := [ 2 x , 2 y, 1 ]
Resolução . F x, y, z e x i e x j e z k
Z
S : 2x y 2z 2 f x, y, z 2x y 2z 2
0, 0, 1
f 2 i j 2k 2
n n k
f 3 3
i j k
F ex k
0 Y x y z
0, 2, 0 ex ex ez
X 1, 0, 0 F n
2 x
3
e
122
F x, y, z e x i e x j e z k
S : 2x y 2z 2 f x, y, z 2x y 2z 2
f 2 i j 2k 2
n n k
f 3 3
i j k
F ex k
x y z
ex ex ez
F n
2 x
3
e
F
1 22x 2 x dy dx
Então,
C
F dr
S
n dS
0 0 3
e
2
1 22x
3
2 e dx e dx
x
1
x
2x e x
2
1
x
xe x e dy dx
0 0 0 0
1 22x
e y dx
x
( integração
1 1
2 e x dx 0 x e dx
0 0
por partes ) x
2 e 2x e dx
1
0
e 1 x x
por partes
0
ux
du dx 2 e 4 1,44 .
dv e x dx v ex
2e 2 2e 2e 2
2e 4
Maple :
( x ) x z
> vf:= [ exp(-x), exp(x), exp(z) ] ; vf := [ e,e ,e ]
y
> surf:= [ x, y, 1-x-y/2 ] ; surf := x , y, 1x
2
> rg:= [ x = 0..1, y = 0..2-2*x ] ;
rg := [ x 0 .. 1, y0 .. 22 x ]
> F:= fieldplot3d ( vf, x=0..1, y=0..2, z=0..1 ) :
> G:= plot3d (surf, x=0..1, y=0..2-2*x) :
> display ({F,G}) ;
1
> N:= crossprod (diff(surf, x), diff(surf, y)) ; N := 1, , 1
3 2
> n:= norm (%,2) ; n :=
2
2N
> N1:= N/n ; N1 :=
3
> rotvf:= curl (vf, [x,y,z]) ; x
rotvf := [ 0, 0, e ]
> Int (Int (dotprod (rotvf, N), y=0..2-2*x), x=0..1) ;
1 22 x
x
e dy dx > value (%) ; 2 e 4 > evalf (%, 3) ; 1.44
0 0
123
6. Problema 17, página 1122 do livro-texto, JS : Utilizando o teorema de Stokes, calcular o trabalho realizado pelo cam-
po de força F x, y, z x x z 2 i y y x 2 j z z y 2 k quand o uma partícula se move sob sua in-
fluência ao redor da borda da parte da esfera x 2 y 2 z 2 4 que está no primeiro octante, na direção anti-horária
quando vista de cima .
Resolução . F x, y, z x x z 2 i y y x 2 j z z y 2 k
Z F S : x2 y 2 z 2 4 f x, y, z x 2 y 2 z 2 4
n
f 2x i 2 y j 2z k x i y j zk z
n n k
f 2 x y z
2 2 2 2 2
Y i j k
r
F 2 y i 2z j 2x k
x y z
X x z2
x
y x2
y
z z y2
2 xy yz xz
F n
2
xy y 4 x2 y 2 x 4 x2 y 2
xy rr cos dy r cos d
Aplicando as coordenadas polares :0 dx r sen d , poderemos escrever :
2 sen
r: 02
W C
F dr F
S
n dS
dr 2 u 2 4 du
2 0
16 cos 2
2
0
2r 2
2
4r 2
2 u 2 4 du
2
3 2 0 0
16 32
3
3
2 2
2 2
0
2
0
2r sen r dr d 0
2
0
2r 2 sen dr d 0
2
0
2r cos r dr d
0
2
0
2r 2 cos dr d
16 16
0
2
3
sen d 0
2
3
cos d
16 16
cos 0
2 sen 0
2
3 3
16 16
3 3
16 16 16
Portanto, o trabalho total realizado será W W 16 J
3 3 3 ( sistema MKS )
124
x 2 y 2 z 2
Maple : > vf:= [ x^x+z^2, y^y+x^2, z^z+y^2 ] ; vf := [ x z , y x , z y ]
2 2
> surf:= [ x, y, sqrt(4-x^2-y^2) ] ; surf := [ x, y, 4x y ]
2
> rg:= [ x = 0..2, y = 0..sqrt(4-x^2) ] ; rg := [ x0 .. 2, y0 .. 4x ]
2 2
x y
> n:= norm (%,2) ; n := 1
2 2 2 2
4x y 4x y
N
> N1:= N/n ; N1 :=
2 2
x y
1
2 2 2 2
4x y 4x y
F y 2 dx dy
1 1
Então, C
F dr
S
n dS
0 0
y 2 dy
1
X
0
1
y2
2y 1,5 .
2 0
125
Observação . Se desenvolvermos o cálculo por meio das integrais curvilíneas, teremos
xt
x 1
xt
x 0
C1 : y 0 , 0 t 1 C2 : y t , 0 t 1 C3 : y 1 , 1 t 0 C4 : y t , 1 t 0
z2
z2
z2
z2
1 0
teremos :
C
F dr C1
0 dt C2
t dt C3
2 dt C4
0 dt 0
t dt
1
2 dt
1
t2
2t 1,5 .
2 0
x dS , sendo a superfície
2
1. Calcular a integral de superfície S o hemisfério superior da esfera
Z S x y z2 9 :
2 2 a ) projeção no plano XOZ
b ) projeção no plano YOZ
SXZ SY Z
Resp.: 54 π, em ambos os casos .
Y
r
X
Pás mecânicas
Y
r
X
0 Y
S XZ S XY
X
127
Z 5. Calcular o fluxo de F i y j x z k através da superfície S
do cilindro parabólico x² - y = 0 , situado no 1º. octante , e limitado
pelos planos z = 0 , z = 3 , x = 0 e y = 1 :
a ) projeção no plano XOY
b ) projeção no plano XOZ
S XZ Y
0 Resp.: F 4
S XY
X
C
F 2 x y2 z i 2 x2 y z j x2 y 2 2 z k ,
ao longo da interseção das superfícies 4x² + z² = y² e y = 4 , produz
Y
uma circulação positiva, negativa ou nula .
0 ( 0, 4, 0 )
8. A figura mostra o escoamento de um líquido para fora do condutor cilíndrico, com a velocidade
v x, y, z xy i x y j 2 yz k .
Determinar a taxa de variação desse escoamento, sendo a superfície S do condutor limitada por
x2 y 2 4 e 0 z5 .
- Utilizar o sistema MKS e lembrar que a taxa de variação solicitada ( volume do líquido que escoa, por
unidade de tempo ) significa, numericamente, o fluxo do campo de velocidade v através da superfície
cilíndrica S .
X
v
r
Z
0
Y
: 0 2 dv
R : r :0 2 Resp.: v 62,83 m 3 / s
dt
z : 0 5 O campo de velocidades é uma fonte .
coordenadas cilíndricas
128
Z 9. Aplicar o teorema de Stokes para calcular o trabalho W C
F dr
realizado pelo campo de forças
z 1
(0,0,1)
F x, y, z 3z sen x i x 2 e y j y 3 cos z k ,
sendo a curva C dada pelas equações paramétricas
x cos t
y sen t , 0 t 2 .
O Y
r (0 , 1, 0 )
z 1
Resp.: W 0
X (1 , 0, 0 )
: 0 2
S:
r : 0 1
coordenadas cilíndricas
: 0 2 Resp.: F 0
R : r : 0 1
x : 0 2
coordenadas cilíndricas
Z 12. Utilizar o teorema da divergência (de Gauss) para calcular a integral de superfície
S
F n dS , sendo S a superfície cilíndrica y² + z² = 1 , limitada pelos planos
x=0 e x=2.
O campo vetorial é F x z i y z j x y k .
r
0 Y
(2,0,0) Resp.:
S
F n dS 4
X
: 0 2
R : r : 0 1
x : 0 2
coordenadas cilíndricas
129
Referências Bibliográficas