Suco de Laranja Concentrado - Ponta Grossa

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Universidade Tcnlogica Federal do Paran

Campus Ponta Grossa


Suco de laranja concentrado
Ponta Grossa
2010
Universidade Tcnlogica Federal do Paran
Campus Ponta Grossa
Bruna Portes
Francielle Montes
Karina Krzezinski
Marina Borato
Nicoly Frana
Suco de laranja concentrado
Trabalho realizado como parte
de avaliao na disciplina de
Gesto Agroambiental.
Professor Jos Mauro Girotto.
Ponta Grossa
2010
Introduo
Vrios estudos tm proposto outros usos para os resduos de laranja,
incluindo a obteno de fertilizantes orgnicos, pectina, leos essenciais, compostos
antioxidantes e substratos para a produo de diversos compostos com alto valor
agregado, tais como protenas microbianas, cidos orgnicos, etanol, enzimas e
metablitos secundrios biologicamente ativos. Essas so excelentes alternativas
para evitar a poluio do meio ambiente e agregar valor a essas substncias at
ento tratadas como resduos da indstria de processamento da laranja.
O objetivo deste trabalho descrever o processamento do suco de laranja
concentrado, verificando a utilidade dos resduos gerados.
1. Matria-prima: Laranja.
Dentre as frutferas do gnero Citrus que possuem valor econmico, cinco
grupos so importantes:
- Laranja: o maior e mais importante grupo que inclui as laranjas de umbigo e
laranjas vermelhas;
- Tangelo: tangerinas;
- Limo: limes verdadeiros;
- Limas: limas cidas e limas doces;
- Pomelos: este grupo e rene variedades oriundas de mutaes ou hibridao e so
caracterizados por produzir frutos grandes.
A laranja cultivada no mundo todo entre as latitudes 40N e 40S, em
regies de diferentes climas, como o tropical mido, o semi-rido, o temperado e o
subtropical. A laranjeira exige solos profundos, por ser uma rvore de grande porte,
e ndice pluviomtrico mnimo de 1.200mm, necessitando de irrigao na estao
seca.
Composio aproximada de laranja in natura
Composio Porcentagem (%)
Suco 40-45
Casca externa 8-10
Casca interna 15-30
Polpa e
membranas
20-30
Semente 0-4
Fonte: ABECTRUS, 2004.
A descrio da anatomia da fruta til para entender como as laranjas podem
ser processadas para a produo de suco e vrios outros produtos.
A casca consiste de uma camada externa (flavedo) e uma camada interna
(albedo) que protege a poro comestvel ou polpa interna (endocarpo) da fruta.
Dois componentes do flavedo podem afetar indiretamente a qualidade do suco
processado: os cromoplastos e as bolsas de leo. Os cromoplastos contm
carotenides, que so parcialmente responsveis pela cor do suco. Embora, o suco
contido nas vesculas do endocarpo possui uma frao oleosa, o leo da casca
prepondera no suco processado. Este leo "contamina o suco durante a extrao,
mas pode ser recuperado e acrescentado a concentrados de laranja.
No albedo, esto presentes constituintes importantes, como as flavononas
(hespiridina) que so responsveis pelo sabor amargo caracterstico da laranja. A
pectina que possui propriedade emulsificante no suco. Fibras base de celulose que
podem ser incorporadas ao suco durante a extrao.
O endocarpo a fonte do suco de laranja que est contido nas vesculas dos
segmentos ou gomos da fruta. As clulas do endocarpo so separadas durante o
processamento da fruta e utilizadas como agentes de turvao no suco. O resduo
do endocarpo comumente misturado com os resduos da casca para produo de
subprodutos como, por exemplo, a rao animal.
Alm de considerar as caractersticas fsico-qumicas da laranja, a indstria
realiza um planejamento agrcola com diversas variedades, a fim de garantir o pleno
processamento de fruta durante a safra.
As principais variedades de laranja utilizadas industrialmente so:
- Hamlin, Lima e Piralina: como variedades precoces;
- Baianinha, Baro, Westin e Pra: como variedade de meia estao;
- Valncia e Natal: como variedades tardias.
2. Suco de Iaranja concentrado
2.1. Definio IegaI
Bebida no fermentada e no diluda, obtida da parte comestvel da laranja
(Citrus sinesis), atravs de processo tecnolgico adequado. O suco no poder
conter substncias estranhas fruta, sendo proibida a adio de aromas e corantes
artificiais. No ser permitida a associao de acares e edulcorantes hipocalricos
e no calricos na fabricao de suco. De acordo com a legislao brasileira o suco
de laranja integral deve apresentar as seguintes caractersticas qumicas.
Tabela 1. Caractersticas qumicas de suco integral de laranja.

Fonte:
Ministrio da
Agricultura,
1999.
2.2. Composio qumica
O suco de laranja composto por gua, acares, cidos orgnicos,
pectina, minerais, leos essenciais, fibras, protenas e lipdios.
Tabela 2. Composio aproximada de suco de laranja
Constituintes Porcentagem (%)
gua 85-90
Acares 6-9
cidos 0,5-1,5
Pectina 0,5-1,5
Minerais 0,5-0,8
leos essenciais 0,2-0,5
Fibra 0,5-1,0
Protena 0,5-0,8
Lipdios 0,1-0,2
Fonte: Macrer et al., 1993.
2.3. QuaIidade do suco de Iaranja
O suco de laranja constitui um produto complexo, formado por uma soluo
aquosa de vrios componentes volteis e instveis, responsveis pelo seu sabor e
aroma, alm de acares, cidos, sais minerais, vitaminas e pigmentos.
O processamento de um alimento tem por finalidade bsica a sua
conservao, mas nenhum processo pode melhorar a qualidade de um produto sem
manter as suas caractersticas originais. A qualidade do suco de laranja
influenciada por fatores microbiolgicos, enzimticos, qumicos e fsicos, que
comprometem suas caractersticas organolpticas e nutricionais.
Constituintes Mnim
o
Mximo
Slidos solveis ( Brix) 10,5 -
Ratio ( Brix/acidez) 7,0 -
Acares totais de laranja (g/100g) 13,0
cido ascrbico (mg/100g) 25,00 -
leo essencial de laranja % (v/v) 0,035
- Fatores microbiolgicos
As bactrias do gnero Lactobacillus e Leuconostoc so as mais comuns no
suco de laranja fresco, por serem bactrias tolerantes a pH baixos. Seu controle
fcil, pois so facilmente destrudas quando submetidas pasteurizao.
Os principais produtos do metabolismo dessas bactrias so o CO2, o cido
lctico e o diacetil, este ltimo confere sabor desagradvel e forte odor amanteigado.
A degradao por leveduras a causa mais comum da deteriorao dos
sucos de frutas, devido sua tolerncia aos cidos, o seu crescimento em meios
anaerbios e apresentarem maior resistncia trmica que as bactrias lcticas e
fungos.
Temperaturas de 90C podem no ser suficientes para a inativao de
microrganismos termorresistentes e temperaturas mais elevadas afetam as
caractersticas fsico-qumicas dos sucos, portanto, o controle da deteriorao por
microrganismos termorresistentes deve ser com prticas higinico-sanitrias.
- Fatores fsico-qmicos
Os fatores qumicos que influenciam na qualidade do suco de laranja normalmente
so reaes de oxidao, responsveis por perda de vitamina C e dos compostos de
aroma e sabor do suco, alterando sensivelmente as caractersticas sensoriais e
nutricionais do produto.
- Tratamento trmico
O processo de conservao trmica mais conhecido a pasteurizao, que
elimina parte dos microrganismos presentes no suco. Outra finalidade importante a
inativao de enzimas.
Para evitar a deteriorao do produto necessria associar a pasteurizao
com outros sistemas de conservao (refrigerao, conservantes qumicos,
embalagens hermticas, etc.).
O tempo de exposio do suco ao calor na pasteurizao depende
principalmente da resistncia trmica dos microrganismos, da sensibilidade do
produto ao tratamento trmico e da inativao enzimtica.
Para inativao enzimtica, o tratamento exigido de 90C por 30 segundos,
sendo que as principais enzimas devem ser inativadas so as poligalaturonase, a
pectinesterase, as polifenoloxidases e as peroxidases.
- nfluncia do oxignio
O oxignio dissolvido no suco o principal agente de oxidao da vitamina C
sob condies quase anaerbias. Alm de perda de vitamina, a oxidao da
vitamina C produz compostos com radicais carbonila que reagem com grupos amina
e por polimerizao produzem pigmentos escuros, escurecendo o suco.
A reduo da concentrao inicial de oxignio dissolvido no suco de laranja
(desaerao) realizado somente nos produtos de curta vida-de-prateleira. Os
benefcios da desaerao do suco de laranja para a reteno de vitamina C, aroma
e sabor, so obtidos principalmente durante o processo de industrializao da fruta.
- Embalagem e temperatura de estocagem
A embalagem para suco de laranja deve ser livre de microrganismos
deteriorantes, no permitir a permeao de odores estranhos que possam alterar as
caractersticas do suco e proteger o suco da exposio ao oxignio.
A temperatura de estocagem envolve temperaturas entre 0 e 15C, sendo
muito utilizada como um complemento da pasteurizao ou dos conservantes
qumicos.
- Concentrao
A gua o ingrediente predominante nos sucos de laranja, sendo 85% de sua
massa. No entanto, a principal razo da concentrao do suco de fruta est na
estabilidade microbiolgica que este processo confere ao suco, pois os
microrganismos apresentam limites de quantidade de gua disponvel para seu
desenvolvimento.
A concentrao do suco de laranja pode ser executada por:
- Evaporao: processo pelo qual se retira a gua na forma de vapor;
- Crioconcentrao: a gua retirada na forma de cristal de gelo por centrifugao;
- Osmose reversa: atravs de membranas, a gua passa por um lquido menos
concentrado.
- Conservantes qumicos
O cido benzico empregado na forma de sal sdico ou de potssio, devido
baixa solubilidade do cido livre. Quando em soluo cida, o sal se converte na
forma cida. O benzoato de sdio atua principalmente contra leveduras e bactrias.
O cido srbico e os sais de sorbato apresentam atividade contra leveduras e
fungos, sendo menos eficientes contra bactrias.
O dixido de enxofre e os sais de sulfito inibem o desenvolvimento de
leveduras, fungos e bactrias, mas as leveduras so mais resistentes do que as
bactrias lcticas e acticas.
O uso e os nveis de adio desses conservantes so regulamentados pela
"Comisso Nacional d Normas e Padres para Alimentos ligada ao Ministrio da
Sade, que estabelece limites rgidos na quantidade utilizada.
3. Processo de produo do suco
3.1. Recebimento
Os frutos so transportados a granel em carretas at o ptio das empresas,
nas quais so realizadas anlises para determinao de Brix, ndice de acidez total
e relao acidez/ Brix.
3.2. SeIeo de frutos
Os frutos so transportados em esteiras de roletes e,
deste ponto em diante, seguem por elevadores para outro
conjunto de esteiras que os transportam at os depsitos. No
trajeto, so rejeitados todos os frutos que no estiverem
suficientemente maduros, apresentem ferimentos nas cascas
(cortes e picadas de insetos), estejam excessivamente
atacados por caros ou sujos, no apresentem as dimenses
adequadas, e chegarem fbrica muito depois de serem
colhidos.
3.3. Armazenamento nos bins
De acordo com as caractersticas definidas pela anlise
do recebimento, os frutos vo para silos de estocagem
diferentes, denominados bins, onde so armazenados.
3.4. Lavagem dos frutos
De acordo com a solicitao do cliente, feita uma mistura de laranjas de
diferentes especificaes para se atingir as caractersticas desejadas. Dos bins os
frutos vo para a rea de extrao atravs de esteiras, e enfim para as mesas de
lavagem. As empresas adotam uma ou duas etapas contnuas de lavagem. O
objetivo remover todas as sujidades presentes na casca dos frutos.
3.5. SeIeo e CIassificao
Os frutos so selecionados manualmente por operadores em mesas de
seleo, e frutos estragados por pragas, cortados e amassados, so retirados e
enviados fbrica de rao. Em seguida, as laranjas vo para classificadores que
as separam de acordo com o tamanho.
3.6. Extrao do Suco de Laranja
Nesta etapa ocorre a separao do suco de laranja, da emulso, do bagao, e
da polpa, utilizando extratoras. O modelo de extratora adotado por todas as
empresas nacionais do setor da FMC.
3.7. Ajuste do Teor de PoIpa e CIarificao
O ajuste realizado por finishers ou turbofiltros, feito em etapas, e de acordo
com o pedido do cliente, mas em geral, o teor de polpa estar em torno de 4% ao
fim do processo. Para acerto da cor, o suco passa por centrfugas; este processo
denominado clarificao.
3.8. Pasteurizao e Concentrao do Suco de Laranja
Antes do primeiro estgio dos evaporadores, h a pasteurizao do suco com
a finalidade de inativar os microorganismos e a enzima pectinesterase. Esta enzima
acelera a hidrlise na molcula de pectina formando cido pctico e metanol. Devido
ao fato de a pectinesterase atuar em pH de 7,0 e 7,5, ela merece especial ateno
no processamento de frutas ctricas, pois pode causar instabilidade no suco, como
opacidade, gelificao e formao de compostos insolveis que sedimentam no
fundo da embalagem, sendo estes os principais problemas da no-pasteurizao de
suco, alm da fermentao.
O tempo e temperatura empregados na pasteurizao do suco variam em
funo do tipo de equipamento utilizado e das caractersticas do suco tratado, mas,
em geral, o processo dura de 30 a 60 segundos e realizado em temperatura de 90
a 95C.
Os evaporadores mais usados na concentrao do suco de laranja so o
TASTE (thermally accelerated short time evaporator) e Wiegand TVR (thermal vapor
recompression). Eles funcionam sob vcuo (gerado por colunas baromtricas com
ciclo fechado de circulao da gua empregada) e baixa temperatura, permitindo a
obteno de um produto de alta qualidade. No incio do processo o suco apresenta
concentrao de 10 a 11 Brix e deve, de acordo com o padro de qualidade do
FCOJ, terminar o processo com 65Brix.
O tempo de reteno do suco durante o processo de concentrao inferior a
5 minutos com a temperatura variando entre 40 e 85C e vcuo tambm varivel.
Juntamente com a gua evaporada, o suco perde compostos responsveis
pelo aroma da laranja, como steres e teres, cujo valor comercial alto. Para
restituir esses compostos a gua passa por recuperadores de essncias j
existentes em todos os evaporadores. Esses leos essenciais sero incorporados ao
suco posteriormente, ou vendidos separadamente.
3.9. Homogeneizao e resfriamento
O suco concentrado passa por um sistema de resfriamento chamado flash
cooler, que reduz a temperatura de 40C para 22C, aproximadamente.
Para que um lote homogneo do produto concentrado seja obtido realiza-se a
blendagem (mistura) de sucos, pois do processo de concentrao, resultam sucos
concentrados com teores de slidos solveis variveis. A blendagem ocorre tambm
para ajustar o suco s solicitaes dos clientes. A homogeneizao ocorre em
tanques do tipo blender tank. Nesta etapa, os leos essenciais so reincorporados
ao para restaurar o aroma.
Dentro do tanque de homogeneizao, o suco circulado por meio de
bombas para um trocador de calor de placas, que utilizam glicol ou soluo alcolica
como lquido de resfriamento, at atingir a temperatura de -5C; temperaturas
inferiores dificultam o manuseio do lquido.
3.10. Armazenamento
O suco resfriado a -5C encaminhado seo de enchimento para ser
embalado em tambores revestidos internamente com um plstico duplo de alta
densidade (para evitar o contato do suco com o metal do tambor), cuja capacidade
de 200 litros (270 kg). Quando o peso programado para a embalagem (peso lquido)
atingido, o fluxo interrompido, pois o controle de enchimento feito por um
sistema automtico de balanas acopladas. Em seguida, h o fechamento
automtico da embalagem e armazenamento em cmaras frias na temperatura de
-10 a -25C.
Outra forma de armazenamento do suco coloc-lo, com temperatura de
-10C a -15C, ou seja, aps resfri-lo novamente, em tanques de grande
capacidade, chamados farm tank, locados dentro de cmera frigorfica. Este tipo de
armazenamento facilita o transporte do suco para posterior exportao; caminhes-
tanque com capacidade de 22.500 litros (30.000 kg) carregam o suco para outros
farm tank localizados no entreposto do porto martimo.
No mercado interno de varejo, o suco concentrado comercializado em
embalagens metlicas ou em garrafas plsticas de 300 mL a 1 litro.
4. Equipamentos utiIizados no processo.
Silos (bins)
Construes mistas, com subdivises verticais e horizontais, fechadas por
ripas que permitem a circulao do ar. Essas subdivises dos silos tem como
objetivo principal limitar o peso sobre as laranjas das camadas mais inferiores
(nunca dever haver, em qualquer ponto deste silo, uma coluna de laranjas mais alta
do que um metro) e possibilitar a identificao e acesso aos diferentes lotes cujas
anlises so conhecidas (as realizadas na recepo).
Mesas de lavagem
As mesas de lavagem so compostas de esguichos na parte superior e
escovas de material plstico na parte inferior. gua condensada oriunda do
evaporador de suco usada para lavar os frutos Ao mesmo tempo, as escovas na
parte inferior realizam a limpeza dos frutos mecanicamente, os quais so
transportados pelas escovas e limpos, com ou sem auxlio de detergentes.
As mesas de lavagem so abertas, podendo-se sentir os odores arrastados
na nvoa gerada pelos sprays dos bicos de lavagem.
Extrator FMC / Brown
O extrator Brown corta a laranja em dois hemisfrios, sendo cada um seguro
por um copo. A extrao feita pela presso de um cone a metade cortada do fruto.
As extratoras FMC so mquinas que contm um conjunto de cinco copos.
Quando o fruto entra na extratora, uma canaleta o conduz at o copo. O processo de
extrao do suco pode ser dividido em quatro fases:
1) a laranja colocada automaticamente no copo inferior;
2) o copo superior desce comprimindo a fruta contra o cortador inferior localizado na
extremidade do tubo coador , que abre um orifcio na fruta, atravs do qual o suco
escoa, sem entrar em contato com a casca;
3) a extrao completada com a compresso do material retido dentro do tubo
coador e
4) a casca expelida por um espao anular no copo superior e as membranas e
sementes saem pelo orifcio central do elemento que comprime o material existente
no interior do tubo coador, na fase final de extrao.
Para adequao ao processo industrial, todas as extratoras so instaladas em
plataforma elevada. O suco de laranja sai das extratoras por meio de tubulaes na
parte inferior do equipamento que levam aos tanques de armazenamento. O suco
fica armazenado, aguardando a prxima etapa.
Finishers
Os finishers so cilindros de ao inox em cujo interior armaes com telas de
tecido sinttico fazem o papel de filtros, removendo partculas insolveis.
Centrfugas
Um sistema automtico de controle permite, em tempos pr-ajustados, a
eliminao das menores partculas slidas que no foram retidas na filtragem.
Pasteurizador
O pasteurizador foi projetado para proporcionar uma troca trmica de alta
eficincia devido ao desenho multitubular encamisado o qual aumenta a superfcie
de troca trmica. O equipamento trabalha com presso positiva em cada ponto de
passagem do produto e a parte de resfriamento protegida por barreiras de vapor
que garantem a assepsia do produto. A seqncia de trabalho automatizada com
vlvulas pneumticas acionadas por um PLC.
Evaporador
As principais diferenas entre os dois evaporadores so a distribuio do suco
no alimentador e a recompresso do vapor.
Os conjuntos de evaporadores a vcuo funcionam com at 8 estgios (estgio
a designao industrial para um evaporado, referenciando as etapas do processo
do suco) e 7 efeitos (efeito a designao industrial para a ao do vapor durante
aquecimento do suco dentro do evaporador), sendo que para cada quilo de vapor
utilizado para o aquecimento evaporam-se 5,3 quilos de gua, quando se usam 7
efeitos.
O suco sofre um pr-aquecimento a cada estgio, de modo que quando de
sua entrada no evaporador sua temperatura prxima deste. Na sada de cada
evaporador, existe um equipamento (separador de vapor e lquidos) com a funo
de separar a gua na forma de vapor do suco de laranja.
TASTE
O evaporador TASTE usa um cone invertido para a distribuio do suco no
evaporador e produo convencional do vapor.
Wiegand TVR
O evaporador Wiegand usa um dispositivo mecnico para distribuio do suco
no evaporador e a tecnologia de recompresso do vapor.
Blender Tank
Tanque dotado de agitao, sistema de refrigerao e vlvulas pneumticas,
o que possibilita um controle completamente informatizado.
5. Insumos.
Nas indstrias de processamento de suco de laranja a gua utilizada para
vrias operaes. A necessidade de captao minimizada devido ao uso de
condensado extrado do suco durante a concentrao nos evaporadores de mltiplo
efeito. Em mdia, uma planta capta apenas 25% da gua que necessita sendo que
50% provm do evaporador de suco, os outros 25% do evaporador da fbrica de
rao. Os principais materiais usados so a cal ou hidrxido de potssio na
produo de farelo de polpa ctrica, e bagao-de-cana como combustvel das
caldeiras. O leo BPF tambm usado nas caldeiras e nos secadores rotativos em
operao nas fbricas. As fbricas usam basicamente a energia eltrica fornecida
pelas concessionrias, embora algumas empresas utilizem a cogerao a partir da
queima do bagao de cana. A matriaprima principal a laranja e em menores
propores temos o limo e as tangerinas
6. Resduos
A valorizao de resduos inicia com a caracterizao dos mesmos, a casca
da laranja contm 16,9% de acares solveis, 9,21% de celulose, 10,5% de
hemicelulose e 42,5% de pectina como o componente mais importante. Os acares
solveis da casca de laranja so glicose, frutose e sacarose.
A pectina e as hemiceluloses so ricas em cido galacturnico, arabinose,
galactose e pequenas quantidades de xilose, ramnose e glicose. A fim de diminuir os
resduos gerados, e aproveitar o rendimento dos frutos, as indstrias investem em
subprodutos.
Suco de poIpa Iavada ("#$" %&'()
Das operaes de acabamento (finisher) e clarificao provm a polpa da
fruta resultante do processamento de extrao do suco. Essa polpa lavada com o
condensado recuperado do TASTE para extrair o mximo de suco (slidos solveis),
obtendo assim, dois subprodutos: a polpa lavada, que encaminhada para a fbrica
de rao, e o suco de polpa lavada, que possui um valor comercial inferior ao do
suco de laranja de primeira extrao. O nmero de estgios envolvidos no processo
est relacionado com o rendimento do mesmo.
1. Primeira lavagem
2. Primeiro acabamento
3. Segunda lavagem
4. Segundo acabamento
5. Terceira lavagem
6. Terceiro acabamento
7. Clarificao
8. Pasteurizao
9. Concentrao
10.Homogeneizao e resfriamento a 5C
11.Resfriamento a 5C
12.Enchimento
13.Fechamento
14.Paletizao
15.Armazenamento
Durante o processo de concentrao, o suco passa de aproximadamente 6
para 55Brix, podendo atingir at 65 Brix. Entretanto, a indstria prefere concentrar
at 56Brix, em virtude de uma maior tendncia de gelificao deste tipo de suco
com o aumento da viscosidade.
O armazenamento feito em tanques refrigerados ou estocado em tambores
de 200 litros, alocados em cmaras frigorficas em temperaturas entre -10 e -15C.
Ieo essenciaI
O leo essencial liberado na extrao do suco de laranja atravs do
processo de compresso da fruta, pois as bolsas, glndulas ou cavidades
intercelulares, que armazenam esse composto, no possuem parede celular. O leo
liberado separado do suco atravs da gua pulverizada nos copos de extrao.
So retiradas as partculas presentes na emulso formada utilizando os finishers, e
enviadas para a linha de fabricao da rao, e a emulso, para um tanque de
equilbrio, e em seguida para uma centrfuga de onde se obtm trs fraes
distintas:
- emulso rica em leo, que estocada em um novo tanque de equilbrio;
- borra de descarte, que encaminhada linha de fabricao da rao;
- gua contendo leo essencial residual.
A seguir, temos a winterizao, que a separao de ceras, responsveis
pela turbidez do leo, atravs do resfriamento.
1. Centrifugao
2. Enchimento em tambores
3. Decantao
4. Enchimento
5. Fechamento
6. Armazenamento
Licor ctrico
O liquido residual proveniente da prensagem do bagao para a produo de
rao animal contm nutrientes (carboidratos, minerais, vitaminas, etc.) que podem
ser reaproveitado. Este liquido concentrado em evaporadores de mltiplo efeito,
dando origem ao licor ctrico que ser utilizado na produo de lcool, rao animal,
etc.
Antes da concentrao, o liquido filtrado em peneiras para separar o bagao
nele contido. O bagao retorna linha de produo de rao, onde ser incorporado
torta antes da secagem, o liquido isento de bagao direcionado para um tanque,
onde ser misturado gua separada nas centrifugas da extrao do leo essencial.
Essa mistura, cuja concentrao inicial de aproximadamente 8Brix, passa para
45, aps a sua concentrao.
Durante a produo do licor ctrico, tem-se a transformao de efluentes
poluentes em subprodutos de alto valor comercial.
O leo de licor removido durante a evaporao e condensado
separadamente.
Rao animaI
Os descartes industriais desde as operaes pr-seleo e seleo da fruta,
bem como o bagao (casca, semente, polpa, etc.) oriundo da linha de extrao de
suco nobre e suco de polpa lavada, so encaminhados para silos de
armazenamento de bagao e polpa da linha de produo de rao animal.
O bagao encaminhado para um moinho de martelo, onde recebe 0,5% de
cal virgem para liberao de gua e acerto do pH. A homogeneizao do bagao
com a cal garantida pela utilizao de roscas transportadoras. Em seguida ocorre
a prensagem da matria, e o liquido residual encaminhado para a linha de
concentrao do licor ctrico. realizada a homogeneizao do produto da
prensagem com o lquido residual concentrado, e posterior desidratao. A secagem
do material se d atravs do vapor quente, oriundo do evaporador de liquido
residual.
O material ser ento peletizado em extrusoras para sua compactao e
encontra-se com temperatura acima de 80C, sendo ento submetido a resfriamento
sob circulao de ar forado ate atingir temperatura ambiente. O material particulado
reconduzido para as extrusoras.
Os pellets so estocados em silos para futura comercializao.
1. Calagem
2. Desintegrao
3. Reao
4. Prensagem
5. Mistura
6. Secagem
7. Peletizao
8. Resfriamento
9. Estocagem a granel
IcooI
Na produo de lcool, o concentrado do licor ctrico sofre uma diluio prvia
com gua, o pH corrigido e nutrientes (fsforo e nitrognio) so adicionados para
a levedura, sendo o mosto fermentado pelo processo de batelada (fermentao
descontnua). Com o termino da fermentao, a levedura separada do vinho com o
auxilio de centrifugas. A levedura retorna para as dornas de fermentao e o vinho
direcionado para destilao.
Na destilao, o vinho passa por uma primeira coluna de destilao, na qual
se obtm um destilado alcolico de baixa concentrao.
A levedura em excesso ou as clulas mortas, bem como a vinhaa desse
processo, so direcionados para a linha de produo de rao animal, sendo que a
qualidade nutricional da levedura confere ganho nutricional ao produto.
d) D-Iimoneno
O d-limoneno o componente mais expressivo presente na casca da laranja.
O processamento comea na etapa de moagem dos resduos com cal, para acerto
de pH e liberao de gua. O transporte realizado por roscas sem fim at uma
srie de prensas onde se extrai o licor de prensagem, o "liquor press".
O lquido passa por uma bateria de peneiras para a remoo de slidos e
ento enviado para o evaporador.
Os lquidos residuais, contendo aproximadamente 8% de slidos,aps a
concentrao passam para 45% sendo ento, enviados linha de rao. Esse
melao incorporado torta proporciona uma mistura com teor de umidade mais
conveniente operao de secagem. Esse lquido tambm pode ser utilizado para a
produo de lcool, em destilarias dentro da prpria indstria.
7. Identificao dos aspectos ambientais no ps-produo.
7.1. EfIuentes Iquidos
A origem dos efluentes lquidos gerados pode ser entendida pela descrio do
processo produtivo.Como fontes podemos elencar as seguintes etapas:
lavagem das frutas;
extrao;
moagem de bagao;
lavagem de evaporadores, tanto W.H.E como o T.A.S.T.E.;
purga das caldeiras e das colunas baromtricas;
lavador de gases do WASTE.
7.2. Emisses atmosfricas
Como principais poluentes das indstria ctricas temos:
material particulado
gases de queima de combustvel e emisses odorferas
As principais fontes de emisses so as caldeiras e os secadores rotativos de rao.
O uso de leo combustvel ou bagao de cana usual na maioria das empresas.
7.3. Resduos sIidos
Os resduos orgnicos do processo (polpa, sementes, bagao e cascas) so
aproveitados na fbrica de rao. O descarte que h na planta composto pelo lodo
gerado nas estaes de tratamento de afluentes e efluentes e de cinzas da queima
de bagao nas caldeiras para gerao de vapor. H vrios projetos
experimentais em andamento, mas a disposio do lodo e das cinzas ainda um
grande problema para asempresas do setor e para os rgos
ambientais.Recomenda-se a apresentao de um projeto de disposio a CETESB
o qual ser analisado pelo Setor de Resduos Slidos.
Tabela 4. uadro sintetico dos principais aspectos impactos da industria
de citricos
8. Identificao dos aspectos ambientais no ps-consumo
8.1. EmbaIagem
Um dos principais objetivos da embalagem proteger o suco de laranja da
degradao e deteriorao qumica durante sua distribuio e armazenamento,
mantendo suas qualidades (cor, sabor, contedo de vitamina C, entre outras).
Nenhum tipo de embalagem capaz de inibir completamente mudanas na
qualidade do suco enquanto este fica armazenado nas prateleiras. Todavia, as
embalagens so desenvolvidas segundo parmetros que influenciam o tempo til de
prateleira dos produtos, como barreiras luz, oxignio, perda de sabor e proliferao
de microorganismos. Alm disso, as condies de armazenamento (tempo,
temperatura, assepsia) tambm influenciam esse perodo de validade.
O tipo de embalagem escolhido de acordo com o tipo de produto que ser
acondicionado e com suas necessidades, por exemplo: necessidade de barreiras
contra a luz ou oxignio, temperatura dos locais onde o produto ser armazenado,
entre outras. Entre os tipos de embalagem, podemos citar:
Embalagens base de papel carto: normalmente so constitudas de
diversas camadas de materiais diferentes para impedir a passagem de ar e
luz. Geralmente, um gs inerte como o nitrognio pode ser utilizado para
preencher o pequeno espao que sobra na embalagem, para que no
ocorram mudanas resultantes de reaes aerbicas durante o
armazenamento. Esse pequeno espao tambm permite que o suco seja
agitado na embalagem fechada.
Garrafas de vidro: so o segundo tipo de embalagem de suco de laranja mais
utilizado no mundo, pois so mais eficazes como barreira entrada de ar.
Geralmente o enchimento das garrafas feito pelo mtodo de "hot filling", no
qual o suco tratado por aquecimento, e no resfriado antes da embalagem.
Garrafas de plstico: geralmente so utilizadas quando o produto
armazenado por perodos curtos, de at trs semanas. As garrafas feitas com
PET podem ser utilizadas para armazenamento por perodos maiores, de at
doze meses, mas apesar do custo mais baixo oferecem barreiras ao ar e luz
menores que os outros tipos.
8.2. RecicIagem
Todos os tipos de embalagens de suco concentrado de laranja so feitos de
materiais que podem ser reciclados. O Brasil, mesmo quando comparado a alguns
pases desenvolvidos, apresenta elevados ndices de reciclagem. O pas
desenvolveu mtodos prprios para incrementar essa atividade e o maior
engajamento da populao pode contribuir ainda mais, para o aumento do ndice de
embalagens reaproveitadas.
8.3. RecicIagem de embaIagens de vidro:
47% das embalagens de vidro so recicladas no Brasil somando 470 mil
ton/ano. Desse total, 40% so oriundos da indstria de envaze, 40% do mercado
difuso, 10% do "canal frio" (bares, restaurantes, etc.) e 10% do refugo da indstria.
Na Alemanha, o ndice de reciclagem gira em torno de 87%, correspondendo a 2,6
milhes de toneladas, na Sua (95%), e a mdia de reciclagem na Europa de
62%. Com um quilo de vidro se faz outro quilo de vidro, com perda zero e sem
poluio para o meio ambiente. Alm da vantagem do reaproveitamento de 100% do
caco, a reciclagem permite poupar matrias primas naturais, como areia, barrilha,
calcrio, etc. Esse material reciclado pode ser aplicado em segmentos como
pavimentao de estradas, fibra de vidro, bijuterias e muitos outros.
Limitaes: A reciclagem desse material no maior devido ao seu peso, o que
encarece o custo do transporte da sucata. Alm disso, o material no pode estar
misturado com pedaos de cristais, espelhos, lmpadas ou at mesmo vidro plano
usado para automveis, pois a qumica do material diferente o que impede a
reciclagem.
8.4. RecicIagem de embaIagens de papeIo (Ionga vida):
26,6% foi a taxa de reciclagem de Embalagens Longa Vida no Brasil em 2008
totalizando cerca de 52 mil toneladas.. No Brasil, previsto um aumento constante
da reciclagem dessas embalagens devido expanso das iniciativas de coleta
seletiva com organizao de municpios, cooperativas e comunidade e ao
desenvolvimento de novos processos tecnolgicos. Em 2008 a taxa de reciclagem
das embalagens longa vida no Brasil foi de 20% totalizando cerca de 30 mil
toneladas. A partir da reciclagem dessas embalagens possvel obter fibras para
confeco de caixas de papelo e plstico/alumnio que podem ser utilizados para
fabricao de peas plsticas como vassouras, canetas e at placas e telhas.
Limitaes: Uma vez as embalagens longa vida separadas na coleta seletiva e
encaminhadas para as indstrias recicladoras adequadas, no h limitaes para a
sua reciclagem e reaproveitamento de todas as suas camadas. Entretanto, alguns
cuidados podem auxiliar na melhor separao e armazenamento na coleta seletiva.
importante que as embalagens estejam livres de resduos orgnicos como restos
de comidas, pois isso evita odores desagradveis ao material armazenado. Outra
forma de contribuir, manter as embalagens compactas (sem ar), pois diminui o
volume de material que deve ser encaminhado para coleta seletiva.
8.5. RecicIagem de embaIagens de pIstico (PET):
O ndice de reciclagem brasileiro do PET de 54,8 %, o maior do mundo
entre os pases onde no h coleta seletiva. Em 2008, o volume reciclado foi de 253
mil toneladas de embalagens de PET. A capacidade instalada de 462 mil
toneladas. Entre os estados brasileiros, So Paulo detm a maior participao na
reciclagem, seguido de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O PET reciclado
utilizado principalmente para a produo de fibras de polister (40%), extruso de
chapas (16%) e filmes para termoformagem (15%). Vrios outros setores,
entretanto, utilizam as embalagens de PET recicladas como matria-prima: resinas
para tintas, vernizes, adesivos e resina polister, tubos e vrios outros. No Brasil,
54,3% das embalagens ps-consumo foram efetivamente recicladas em 2008,
totalizando 253 mil toneladas , num crescimento de 8,7% sobre o ano anterior . As
garrafas so recuperadas principalmente atravs de catadores, alm de fbricas e
da coleta seletiva operada por municpios. Os programas oficiais de coleta seletiva,
que existem em mais de 200 cidades do Pas, recuperam por volta de 1000
toneladas por ano.
Limitaes: O consumidor ainda no est totalmente informado sobre a
possibilidade de reciclagem e o conseqente valor econmico da garrafa PET ps-
consumo. Com isso, as embalagens acabam descartadas no lixo comum. Por outro
lado, a falta de sistemas eficientes de coleta seletiva impede a recuperao das
garrafas, que acabam perdidas em aterros sanitrios e lixes.
ConcIuso
Todo processo produtivo gera resduos. A realizao deste trabalho viabilizou
a percepo da riqueza dos nutrientes presentes neles, bem como seu carter
poluente. Em ambos os casos existem formas de tratamento adequadas para a
recuperao, ou inativao, de determinados compostos, o que no descarta a
necessidade de reduzir a produo destes resduos, e preservar os recursos
naturais no renovveis.
Existe uma grande preocupao com os impactos ambientais que estes
resduos causam, principalmente em escala industrial, entretanto, no perodo ps-
consumo as embalagens do produto podem contribuir para o aumento da poluio,
mas a soluo para este problema a reciclagem.
S haver desenvolvimento sustentvel quando todos fizerem sua parte.
Referncias
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prima, processamento, BPF/APPCC, legislao e mercado. So Paulo: Edgard
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REZZADOR, K.; BENEDETT, A. S. Proposies para VaIorizao de Resduos
do
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Disponvel em:
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