Prática Maquinas Elétricas I

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Centro Federal de Educao Tecnolgica de Minas Gerais

(CEFET-MG)

Departamento de Ensino de II Grau Coordenao do Curso Tcnico de Eletrotcnica e Automao Industrial

Disciplina: Prtica de Laboratrio de Mquinas Eltricas I

Prof. Welington Passos de Almeida Prof. Colimar Marcos Vieira


2007

1 Aula prtica: Laboratrio de Mquinas Eltricas I


Assunto: Apresentao, objetivos gerais, contedo programtico, bibliografia e avaliao.
I APRESENTAO:

Disciplina: Prtica de Laboratrio de Mquinas Eltricas I PLME I. Curso: Eletrotcnica e Automao Industrial Carga Horria de 02 aulas semanais.
II OBJETIVOS GERAIS: Ao final da disciplina o aluno ser capaz de: 1. 2. 3. 4. Identificar os componentes bsicos dos transformadores. Utilizar a terminologia especfica empregada para transformadores estticos. Executar os principais ensaios de rotina em transformadores de potncia. Obter o circuito equivalente dos transformadores de potncia a partir dos ensaios de rotina. 5. Calcular o rendimento de unidades transformadoras a partir dos circuitos equivalentes obtidos dos ensaios. 6. Calcular a regulao de tenso de unidades transformadoras a partir dos circuitos equivalentes obtidos dos ensaios. 7. Estabelecer as diferenas, vantagens e desvantagens entre transformadores convencionais e autotransformadores. 8. Estabelecer as condies para a ligao entre transformadores monofsicos. 9. Estabelecer as condies para a ligao entre transformadores trifsicos. 10. Identificar os componentes bsicos da mquina de corrente contnua. 11. Utilizar a terminologia especfica empregada para as mquinas de corrente contnua. 12. Identificar os enrolamentos da mquina de corrente contnua. 13. Executar os principais ensaios de rotina da mquina de corrente contnua. 14. Diferenciar os tipos de motores de corrente contnua em relao conexo do enrolamento de campo. 15. Traar as caractersticas de carga dos diversos tipos de motores de corrente contnua. 16. Analisar o desempenho de motores de corrente contnua sob carga mecnica, em regime permanente. 17. Verificar as principais tcnicas de controle de velocidade dos motores de corrente contnua.

Turma: 3 Mdulo

III CONTEDO PROGRAMTICO:

UNIDADE 1: TRANSFORMADORES ESTTICOS 1.1 - Partes constituintes, emprego e aplicaes. 1.2 - Ensaio de polaridade pelo mtodo C.C. 1.3 - Ligaes entre transformadores monofsicos. 1.4 - Ensaio a vazio. 1.5 - Ensaio de curto-circuito. 1.6 - Ensaio de carga do autotransformador. 1.7 - Determinao do deslocamento angular. UNIDADE 2: MQUINAS DE CORRENTE CONTNUA 2.1 - Partes constituintes, emprego e aplicaes. 2.2 - Ensaios de caractersticas de magnetizao do gerador de C.C. 2.3 - Controle de velocidade do motor C.C. shunt. 2.4 - Controle de velocidade do motor C.C. srie. 2.5 - Ensaio de carga do motor C.C. shunt. 2.6 - Ensaio de carga do motor C.C. srie. V AVALIAO: 1 Avaliao escrita abrangendo os contedos das prticas de transformadores, Valor 30 pontos; 2 Avaliao escrita abrangendo os contedos das prticas de mquinas de corrente contnua, valor 30 pontos; 3 Avaliao escrita abrangendo os contedos das prticas de transformadores e de corrente contnua, valor 40 pontos. 4 Exame Especial, valor 100 pontos: a) Avaliao da seqncia de aes para resolver um determinado problema, valor 40 pontos; b) Avaliao da execuo de ensaios e soluo do problema, valor 60 pontos.

2 Aula prtica: Laboratrio de Mquinas Eltricas I


Assunto: Introduo dos transformadores
Fundamentos tericos
O transformador um dispositivo eltrico que tem a funo de transferir uma potncia eltrica de um circuito a para um circuito b, mantendo-os isolados eletricamente por meio de um acoplamento magntico. O transformador constitudo pelo ncleo de ao-silcio laminado, pelo enrolamento primrio, pelo enrolamento secundrio e pela placa de identificao.

Onde: Vp = Tenso aplicada no enrolamento primrio Ip = corrente que circula no enrolamento primrio Ip = Tenso induzida no enrolamento primrio Vs = Tenso aplicada na carga Is = corrente que circula no enrolamento secundrio Es = Tenso induzida no enrolamento secundrio m = Fluxo mtuo Np = Nmero de espiras do enrolamento primrio Ns = Nmero de espiras do enrolamento secundrio A seguir, mostramos o diagrama vetorial que representa o funcionamento do transformador operando com carga indutiva quando uma tenso senoidal instantaneamente aplicada com o sinal positivo crescente:

O valor eficaz da tenso induzida no enrolamento primrio e no enrolamento secundrio dado por: Ep = 4,44. 10-8. Np. f. mx Es = 4,44. 10-8. Ns.f. mx Onde: f = freqncia da tenso aplicada 10-8 = nmero de linhas de fora que uma espira deve encadear por segundo para que seja induzida a tenso de 1 Volt. A razo entre Ep e Es chamada de relao de transformao ou alfa (), isto , Ep/Es = Np/Ns = . Para um transformador ideal, isto , aquele que no tem perdas de potncia internas pode afirmar que Ep/Es = Vp/Vs = Np/Ns = Is/Ip = . A impedncia do secundrio refletida no primrio obtida da relao Vp = Vs. Ou Vp/Is = Vs. = (Vs. ) / (Is. ) ou Zp = Zs. 2. Analogamente, teremos: Rp = Rs. 2 e Xp = Xs. 2

A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) normaliza a nomenclatura dos terminais dos enrolamentos do transformador da seguinte forma: a) O enrolamento de tenso superior tem os seus terminais designados pela letra maiscula H seguida do sub ndice 0, 1, 2, 3,... (H1, H2,...); b) Enrolamento de tenso inferior tem os seus terminais designados pela letra maiscula X seguida do sub ndice 0, 1, 2, 3,... (X0, X1,...).

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Assunto: Determinao da polaridade dos terminais dos enrolamentos, mtodo golpe indutivo.
Fundamentos tericos

O ensaio de polaridade de um transformador indica o sinal instantneo dos seus terminais de referncia. A polaridade subtrativa quando os sinais nos terminais referenciais so iguais e a polaridade aditiva quando os sinais referenciais so opostos. Os fatores que influenciam no tipo de polaridade so os seguintes: a) as bobinas podem ser enroladas no sentido horrio ou no sentido anti-horrio; b) as bobinas podem ser colocadas no ncleo de forma direta ou de forma invertida. A polaridade indicada nos diagramas por um ponto (.) significando que os terminais pontuados tm sinais instantneos positivos ou, tambm, consideram-se os subndices mpares nas letras H e/ou X para indicar os sinais instantneos positivos nos terminais dos enrolamentos. O mtodo golpe indutivo consiste-se em aplicar uma tenso contnua nos terminais do enrolamento de tenso superior, tendo como referncia o terminal que recebe o sinal positivo da fonte, e verificar a deflexo do ponteiro de um galvanmetro de zero central que ligado ao enrolamento de tenso inferior, tendo como referncia o terminal que ligado no seu borne positivo. possvel verificar a deflexo do ponteiro somente em regime transitrio, ou seja, no fechamento ou na abertura do circuito eltrico. A polaridade dos terminais de referncia ser subtrativa (mesmos sinais) se o ponteiro do instrumento defletir para a direita na energizao do circuito ou se defletir para a esquerda na desenergizao do circuito. A polaridade dos terminais de referncia ser aditiva (sinais opostos) se o ponteiro do instrumento defletir para a esquerda na energizao do circuito ou se defletir para a direita na desenergizao do circuito.

Procedimentos 1) Executar o diagrama de montagem no transformador de mltiplos enrolamentos da marca CIME e determinar a polaridade de todos os seus terminais:

(2) Faa os ensaios e preencha a tabela abaixo:

Terminais referenciais Tipo de polaridade

H1H3

H1H4

H1X1

H1 X2

H1X3

H1X4

X1X3

X1X4

Terminais referenciais Tipo de polaridade

X2X3

X2X4

X3H2

X3H3

X3H4

H2X4

X4X3

H3X4

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Assunto: Ligao srie/paralelo dos enrolamentos dos transformadores monofsicos
Fundamentos tericos: possvel executar ligaes srie/paralelo entre transformadores individuais ou em transformadores de mltiplos enrolamentos com a finalidade de variar a relao tenso/corrente ou variar a potncia disponibilizada ao sistema. Para executar com sucesso as ligaes srie/paralelo nos terminais dos enrolamentos necessrio ter o pleno conhecimento de suas polaridades. a) Ligao srie: Deve-se observar que os enrolamentos devero ter a mesma capacidade de corrente eltrica e os terminais dos enrolamentos podem ser conectados com polaridade subtrativa ou aditiva, tendo como resultante a subtrao ou a adio das tenses induzidas nas bobinas. A potncia disponibilizada ao sistema aumentada para a conexo que utiliza a polaridade aditiva, mas ser reduzida se a conexo utilizada for subtrativa. Ligao paralela: Neste caso deve-se observar que os enrolamentos devero ter a mesma capacidade de tenso eltrica e os terminais dos enrolamentos s admitem a conexo com polaridade subtrativa. A potncia disponibilizada ao sistema sempre aumentada para esse tipo de conexo.

b)

Procedimentos

1) Utilizando um transformador da marca CIME de 0,5 kVA e um varivolt para aliment-lo, executar as seguintes conexes de seus terminais, anotando as leituras das tenses primrias (Vp) e secundrias (Vs), alm de calcular a relao de transformao para cada caso: a) Ligar os terminais de tenso superior (Ts) em srie com polaridade aditiva e os terminais de tenso inferior (Ti) em srie com polaridade aditiva, aplicar a tenso nominal em Ti: Vp = _________________ Vs = __________________ = ______________

b) Ligar os terminais de tenso superior (Ts) em srie com polaridade aditiva e os terminais de tenso inferior (Ti) em paralelo, aplicar a tenso nominal em Ti: Vp = _____________________ Vp = _______________ = ______________

c) Ligar os terminais de tenso superior (Ts) em paralelo e os terminais de tenso inferior (Ti) em paralelo, aplicar a tenso nominal em Ts: Vp = ______________________Vs = _______________ = ______________

d) Ligar os terminais de tenso superior (Ts) em paralelo e os terminais de tenso inferior (Ti) em srie com polaridade aditiva, aplicar a tenso nominal em Ts: Vp = ____________________ Vs = _______________ = ______________

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Assunto: Ensaio a vazio do transformador monofsico.
Fundamentos tericos: O ensaio a vazio executado para determinar a potncia desenvolvida no ncleo do transformador, ou seja, a potncia desenvolvida por histerese e correntes de Foucault (Phf) na condio de tenso e freqncia nominais. Sabe-se que Ph = Kh . Vncleo. f. (mx)x e Pf = Kf . (Vncleo. f. mx . e)2, onde Ph = potncia desenvolvida por histerese Kh = constante de histerese Vncleo = volume do ncleo f = freqncia da tenso aplicada (mx)x = densidade mxima do fluxo elevado ao expoente de Steinmetz (x) que varia normalmente de 1,5 a 2,5 Pf = potncia desenvolvida por Foucault Kf = constante de Foucault e = espessura das lminas do ncleo No ensaio a vazio, o enrolamento secundrio fica aberto, logo, a corrente secundria (Is) igual a zero e a corrente primria (Ip) igual corrente de excitao (Ie):

Onde, Rm = Resistncia de magnetizao - dissipa a potncia de histerese e Foucault (Phf) Xm = Reatncia de magnetizao - produz o fluxo mtuo ( m) Rp = Resistncia do enrolamento primrio Xp = Reatncia de disperso do enrolamento primrio Rs = Resistncia do enrolamento secundrio Xs = Reatncia de disperso do enrolamento secundrio Vm = Tenso aplicada na resistncia de magnetizao e na reatncia de magnetizao A corrente de excitao (Ie) decomposta vetorialmente da seguinte forma:

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De forma que Rm = Vm / (Ie. cos ), mas Vm = Vp Zp.Ip e Zp = Rp + jXp. A queda de tenso na impedncia primria desprezvel porque a corrente do ensaio a vazio tambm pequena (cerca de 6% da corrente nominal, no mximo) se a potncia dissipada na resistncia do enrolamento primrio (Prp) for desprezvel ento a tenso Vp ser semelhante tenso Vm, ou seja, a queda de tenso em Zp ser praticamente nula, logo Rm = Vp / (Ie. cos ) e por analogia Xm = Vp / (Ie . sen ). O fator de potncia dado por cos = Pt / (Vp. Ip) e Pt = potncia total (leitura do wattmetro). Rigorosamente, a equao de potncia do ensaio a vazio dada por Pt = Phf + Prp, onde Prp = Rp.Ip2, logo Phf = Pt Prp. Para verificar a insignificncia de Prp deve-se fazer o clculo utilizando-se o valor de Rp corrigido para a temperatura de 75 oC, pois esse valor de temperatura mxima que a ABNT normaliza para que um transformador opere continuamente com a potncia nominal. R75 = Rta. [(234,5o + 75o) / (234,5o + tao)], onde: R75 = resistncia corrigida para a temperatura de 75 oC; 234,5o = temperatura, em oC, que um fio eltrico feito de cobre apresenta uma resistncia eltrica aproximadamente igual a zero; Rta = resistncia eltrica medida na temperatura ambiente; ta = valor da temperatura ambiente em oC. Procedimentos

1) Ligar os enrolamentos de tenso superior (Ts) em paralelo e os enrolamentos de tenso inferior (Ti), tambm, em paralelo do transformador de mltiplos enrolamentos da marca CIME de 0,5 kVA e medir a resistncia do enrolamento de tenso inferior, corrigindo-a para a temperatura de 75 oC;

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2) Executar o diagrama de montagem

A ABNT no normaliza o lado em que deve ser feito o ensaio a vazio no transformador monofsico, entretanto mais seguro execut-lo no lado de tenso inferior (Ti). 3) Aplicar a tenso e a freqncia nominais de operao do transformador no lado de Ti, anotar as leituras dos instrumentos de medio e fazer os clculos para completar a tabela abaixo: Vp (V) Ip (A) Pt (W) Rp 75o C () Prp (W) Phf (W) Cos (o) Rm () Xm ()

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6 Aula prtica: Laboratrio de Mquinas Eltricas


Assunto: Ensaio de curto circuito do transformador monofsico.
Fundamentos tericos O ensaio de curto circuito executado para determinar a impedncia, a resistncia e a reatncia equivalentes referidas ao enrolamento primrio do transformador. O ensaio se consiste em curto circuitar o enrolamento de tenso inferior e aplicar uma tenso reduzida ou tenso de impedncia (Vz) no enrolamento de tenso superior at que circule por ele a corrente nominal.

Onde, Vz = tenso de impedncia Ip = corrente do enrolamento primrio Ie = corrente de excitao Is = corrente do enrolamento secundrio Vs = tenso nos terminais do enrolamento secundrio Rm = resistncia de magnetizao Xm = reatncia de magnetizao Rp = resistncia do enrolamento primrio Xp = reatncia de disperso do enrolamento primrio Rs = resistncia do enrolamento secundrio Xs = reatncia de disperso do enrolamento secundrio A potncia ativa total (Pt) dissipada no circuito dada por Pt = Prerp + Phfcc, onde: Pt = potncia total do ensaio de curto circuito (leitura do wattmetro) Prerp = potncia dissipada na resistncia equivalente referida ao primrio Phfcc = potncia de dissipada na resistncia de magnetizao

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Phfcc a potncia de histerese e correntes de Foucault do ensaio de curto circuito e normalmente desprezvel, pois a tenso de impedncia cerca de 5% da tenso nominal e o Phf varia quadraticamente com a variao da tenso aplicada, logo muito pequeno. Mas para a certificao do valor desprezvel do Phfcc deve-se fazer o seguinte clculo: Phfcc = Phf. (Vz / Vnominal)2 , onde o Phf e o Vnominal so dados do ensaio a vazio. Ento Prerp facilmente obtido: Prerp = Pt - Phfcc. A resistncia equivalente referida ao primrio (Rerp) obtida da seguinte forma: Prerp = Rerp. (Inominal)2 ou Rerp = Prerp / (Inominal)2. A impedncia equivalente referida ao primrio (Zerp) dada por Zerp = Vz / Inominal, e a reatncia equivalente referida ao primrio (Xerp) dada por Xerp= [(Zerp)2- (Rerp)2]1/2. Os parmetros equivalentes so usados nos clculos do rendimento percentual e da regulao de tenso percentual do transformador monofsico para qualquer ponto de carga: % = (Ps / Pt). 100% = [(Vs. Is. cos s). 100%] / [(Vs. Is. cos s) + Phf + Prers], onde: % = o rendimento percentual Prers = potncia na resistncia equivalente referida ao secundrio = Rers. (Is)2, onde Rers a resistncia equivalente referida ao secundrio ou Rers = Rerp / ()2. O rendimento percentual do transformador mximo quando Phf = Prers e como o Phf normalmente constante, a corrente secundria para o mximo rendimento percentual obtida simplesmente a partir da equao Is = (Phf / Rers)1/2. A regulao de tenso percentual R% dada por R% = (Es Vs). 100% / Vs, onde Es a tenso induzida no enrolamento secundrio que depender da caracterstica da carga (resistiva, indutiva ou capacitiva). Para carga puramente resistiva temos Es = [(Vs + Rers. Is)2 + (Xers. Is)2]1/2 , onde Xers a reatncia equivalente referida ao secundrio ou Xers = Xerp / ()2. A impedncia percentual (Z%) indica a frao mxima de tenso que pode ser aplicada no enrolamento primrio com o enrolamento secundrio curto circuitado sem causar danos aos enrolamentos: Z% = Vz. 100% / Vnominal.

Procedimentos

1) Ligar os enrolamentos de tenso superior (Ts) em paralelo e os enrolamentos de tenso inferior (Ti), tambm, em paralelo do transformador de mltiplos enrolamentos da marca CIME (0,5 kVA) e executar o diagrama de montagem;

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A ABNT no normaliza o lado em que deve ser feito o ensaio de curto circuito no transformador monofsico, entretanto mais seguro execut-lo no lado de tenso superior (Ts), curto circuitando o lado de tenso inferior. 2) Aplicar a tenso Vz no lado de Ts at que circule a corrente nominal no enrolamento primrio. Anotar as leituras dos instrumentos de medio e fazer os clculos para completar a tabela abaixo: Vz (V) Ip (A) Pt (W) Phfcc (W) Prerp (W) Rerp () Zerp () Xerp () Z% Es

3) Utilizando o Phf do ensaio a vazio, determine o rendimento mximo percentual e a regulao de tenso percentual do transformador monofsico para a corrente de rendimento mximo, considerar o fator de potncia igual a 1 (um).

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7 Aula prtica: Laboratrio de Mquinas Eltricas I


Assunto: Ensaio de carga do autotransformador monofsico.
Fundamentos tericos Denomina-se autotransformador aquele transformador isolado que tem o terminal do enrolamento primrio ligado em srie com o terminal do enrolamento secundrio, com polaridade aditiva ou subtrativa, de modo a formar um nico enrolamento. O autotransformador utilizado para aumentar a capacidade da potncia instalada de um sistema e o prejuzo disto a perda do isolamento eltrico entre os enrolamentos primrio e secundrio. O autotransformador no deve ser entendido eletricamente como um circuito divisor de tenso, pois os sentidos das correntes nos enrolamentos dependero da polaridade de ligao dos seus terminais. O autotransformador respeita a capacidade de corrente dos enrolamentos do transformador isolado e considera correta a igualdade entre a potncia de sada e a potncia de entrada. Na anlise de potncia do autotransformador necessrio ter o conhecimento do tipo de polaridade da conexo dos seus terminais e a partir da montar a equao de suas tenses. Em seguida, monta-se a equao das correntes baseando-se na corrente total do primrio (Itp) e na corrente de carga (Icarga), observando-se que onde tiver a maior corrente ter a menor tenso e vice-versa. A equao de potncias obtida a partir da equao de tenses, fazendo-se o produto da equao de tenses pela corrente relacionada tenso total, ou seja, maior tenso. A equao de potncias constituda pela potncia aparente total (Sat), pela potncia aparente transferida por transformao (Satra) e pela potncia aparente transferida por conduo (Sac), que pode ser reescrita da seguinte forma: Sat = Satra + Sac, todas dadas em Volt.Ampr. a) Configuraes do autotransformador elevador: a1)

Vcarga = Vs + Vp, porque Icarga menor que Itp, Logo, Itp = Ip + Is.

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A equao de potncias ento ser: Vcarga.Icarga = Vs. Icarga + Vp. Icarga, onde: Sat = Vcarga.Icarga Satra = Vs. Icarga, porque est relacionada somente tenso induzida. Sac = Vp. Icarga a2)

Vcarga = Vs + Vp, porque Icarga menor que Itp. Logo, Itp = Ip + Is. A equao de potncias ento ser: Vcarga.Icarga = Vs. Icarga + Vp. Icarga, onde: Sat = Vcarga.Icarga Satra = Vs. Icarga, porque est relacionada somente tenso induzida. Sac = Vp. Icarga b) Configuraes do autotransformador abaixador: b1)

Vp = Vs + Vcarga porque Icarga maior que Itp,

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Logo, Icarga = Ip + Itp. A equao de potncias ento ser: onde: Vp. Itp = Vs. Itp + Vcarga. Itp Sat = Vp. Itp Satra = Vs. Itp porque est relacionada somente tenso induzida Sac = Vcarga. Itp b2)

Onde: Ipa = corrente primria no enrolamento de tenso superior Ipb = corrente primria no enrolamento de tenso inferior Itp = corrente total no primrio Vtp = tenso total primria Vpa = tenso primria no enrolamento de tenso superior Vpb = tenso primria no enrolamento de tenso inferior Vtp = Vpa + Vpb porque Icarga maior que Itp, Logo, Icarga = Ipa + Ipb. A equao de potncias ento ser: Vtp. Itp = Vpa. Itp + Vpb. Itp, onde: Sat = Vtp. Itp Satra = Vpb. Itp porque est relacionada somente tenso induzida Sac = Vpb. Itp Procedimentos 1) Executar o diagrama de montagem do autotransformador abaixador utilizando o transformador de mltiplos enrolamentos da marca CIME de 0,5 kVA

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2) Aplicar a tenso nominal no enrolamento primrio e ajustar a carga resistiva reostato at obter a corrente nominal. Anotar as leituras dos instrumentos de medio; 3) Executar o diagrama de montagem do autotransformador elevador utilizando o transformador de mltiplos enrolamentos da marca CIME de 0,5 kVA;

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3) Aplicar a tenso nominal no enrolamento primrio e ajustar a carga resistiva (reostato) at obter a corrente nominal. Anotar as leituras dos instrumentos de medio e fazer os clculos para completar a tabela abaixo:

AUTOTRANSFORMADOR

Vp (V)

Vs (V)

Vcarga (V)

Itp (A)

Ip (A)

Is (A)

Icarga Sat Satra Sac (A) (VA) (VA) (VA)

Abaixador Elevador

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Assunto: Determinao do deslocamento angular do transformador trifsico.
Fundamentos tericos O deslocamento angular de um transformador trifsico indicado pelo defasamento entre a tenso aplicada e a tenso induzida em fases correspondentes. Os transformadores trifsicos s admitem a ligao paralela entre si, e para executar esta operao deve-se ter as mesmas tenses, as mesmas polaridades e os mesmos deslocamentos angulares. A nomenclatura do deslocamento angular, segundo a ABNT e segundo as normas brasileiras registradas NBR 5380 e NBR 5356 so as seguintes: a primeira letra maiscula (D, Y ou Z) indica a conexo do enrolamento trifsico primrio que pode estar em tringulo ou estrela ou zig-zag respectivamente, e a segunda letra minscula (d, y ou z) indica a conexo do enrolamento trifsico secundrio que pode estar tambm em tringulo ou estrela ou zig-zag respectivamente, que seguida pelo nmero natural que varia de 0 a 11, e cada unidade representa trinta graus eltricos de deslocamento angular (30o), exemplo Dd0, Dy2, Yd5, etc. A determinao do deslocamento angular, utilizando o mtodo clssico, feita da seguinte forma: a) Desenham-se os diagramas vetoriais da conexo do enrolamento primrio e da conexo do enrolamento secundrio do transformador, fazendo-se as seguintes observaes: a1) os vetores H2 e X2 devem estar na direo norte-sul, e a ponta dos vetores deve indicar o maior potencial instantneo; a2) os diagramas estaro corretos se os vetores passarem em ordem crescente ao girarem no sentido anti-horrio; b) Sobrepor os dois diagramas, da mesma forma que foram desenhados, em uma circunferncia marcada com doze arcos iguais, cada arco representando trinta graus geomtricos (30o), a diferena entre X1 e H1 na circunferncia, em graus, o deslocamento angular do transformador trifsico, tendo X1 como referncia e verificando a defasagem at H1 no sentido anti-horrio. A determinao das relaes de tenses para a certificao do deslocamento angular feita da seguinte forma: a) Desenha-se o diagrama vetorial do enrolamento de tenso superior em escala normal e em seguida o do enrolamento de tenso inferior em escala menor do que a normal, de forma que sejam ligados H1 a X1; b) Pesquisar as distncias dos segmentos e montar uma relao de igualdade e duas relaes de desigualdade. Estas relaes dos segmentos so chamadas tambm de relaes de tenses para um determinado deslocamento angular, e podem ser verificadas qualitativamente por meio de dois voltmetros para a verificao da igualdade e das desigualdades. Procedimentos 1) Considerando os enrolamentos de Ts como o primrio do transformador, fazer uma conexo trifsica qualquer em Ts e outra conexo trifsica qualquer em Ti e a partir da, determinar o deslocamento angular e as suas relaes de tenses;

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2) Executar o diagrama de montagem das referidas ligaes no transformador trifsico da marca Trancil de 3 kVA, ligando em comum H1 a X1 ou H2 a X2 ou H3 a X3. Considere o seguinte diagrama que indica as polaridades dos terminais dos enrolamentos do referido transformador:

3) Aplicar a tenso nominal no lado de Ts e fazer as medies das tenses de acordo com as relaes de tenses levantadas no primeiro procedimento. Observao: Se forem verificadas todas as relaes de tenses, o deslocamento angular estar de acordo com o determinado no primeiro procedimento.

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9 Aula prtica: Laboratrio de Mquinas Eltricas I


Assunto: Introduo da Mquina de corrente contnua.
Fundamentos tericos Qualquer mquina eltrica rotativa funciona a partir de uma tenso aplicada e induzida nos condutores eltricos inseridos em um campo magntico e, alm disto, deve haver um movimento relativo entre o campo magntico e os condutores. Na mquina de Corrente Contnua, o campo magntico suprido pelas peas polares (sapata polar) e pelo enrolamento de campo magntico, que junto carcaa e escovas formam o estator. Os condutores eltricos formam o enrolamento de armadura que colocado no ncleo da armadura estando solidrios ao eixo do rotor e ao comutador constituindo, assim, o rotor. A tenso induzida e a tenso aplicada na armadura so ligadas ao exterior da mquina por meio das escovas de grafite metlica e do comutador. O comutador funciona como retificador de tenso, quando a mquina de corrente contnua opera como um gerador, mas funciona como um inversor de tenso, quando a mquina de corrente contnua opera como um motor. A reao da armadura responsvel pelo desempenho da mquina, mas tambm responsvel pela toro do fluxo do campo magntico principal, e por isto que foi associado mquina um ncleo de interpolo, um enrolamento de interpolo e um enrolamento de compensao para corrigir o efeito negativo de ter grande faiscamento na comutao.

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A linha neutra sempre perpendicular direo do fluxo do campo magntico resultante e se no existisse o fluxo de reao da armadura ( ra) a linha neutra estaria localizada na direo norte - sul exatamente entre os dois plos. No caso acima, temos o fluxo do campo magntico principal (cmp) se dirigindo para a esquerda (leste) e o fluxo de reao da armadura (ra) se dirigindo para cima (norte), logo o fluxo resultante estar apontando para o nordeste e a linha neutra vai se estabelecer na direo noroeste sudeste:

O quadro, a seguir, mostra a nomenclatura e a polaridade dos terminais dos enrolamentos da mquina de corrente contnua: Enrolamento Armadura Campo shunt Campo srie Interpolo Compensao Shunt independente + A1 E1 D1 (S1) B1 C1 F1 ABNT Norma + A2 A E2 C D2 (S2) E B2 G C2 Gc F2 J DIN B D F H Hc K

Tipos de ligao da mquina de corrente contnua: a) Ligao srie:

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b) Ligao shunt:

c) Ligao shunt independente:

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d) Derivada curta ou composta curta:

e) Derivada longa ou composta longa:

Procedimento 1) Verificar no painel de ligao da mquina de corrente contnua os terminais dos enrolamentos da armadura, do campo shunt, do campo srie e do interpolo. Observar que os terminais esto identificados pela norma DIN e que o enrolamento de compensao s utilizado em mquinas de grande porte.

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10 Aula prtica: Laboratrio de Mquinas Eltricas I


Assunto: Acionamento do motor de corrente contnua, ligao shunt, atravs do demarrador.
Fundamentos tericos Uma tenso aplicada na armadura (Va) e uma tenso gerada na armadura (Ea) ocorrem simultaneamente na mquina de corrente contnua. A tenso Va maior que a tenso Ea, se a mquina opera como motor de corrente contnua. O circuito eltrico da armadura do motor :

E a equao de tenses do circuito eltrico da armadura dada por: Va = [(Re / 2) + (Re / 2)].Ia + (RAB + RGH) . Ia + Ea = Re. Ia + RAH. Ia + Ea Onde: Va = tenso aplicada nos terminais do motor Re = [(Re / 2) + (Re / 2)] = resistncia eltrica das escovas RAH = (RAB + RGH + Re) = resistncia eltrica do enrolamento da armadura, interpoloe escovas. Ia = corrente da armadura Ea = tenso gerada ou induzida na armadura A tenso gerada varia linearmente com a constante de tenso (Kt) da mquina, com a intensidade do fluxo de campo () e com a velocidade de rotao da armadura (N). Logo: N . p.10 8 Ea = Kt. . N, onde K t = tca 60.a Ntca = nmero total de condutores da armadura p = nmero de plos a = nmero de caminho em paralelo na armadura 10-8 = nmero de linhas que deve ser encadeada por espira por segundo para que seja induzida a tenso de 1 volt.

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Obs: A velocidade N dada em rpm. A equao geral de velocidade do motor de corrente contnua obtida substituindose Ea = Kt. . N na equao de tenses e isolando-se o valor da varivel N: Va = RAH.Ia + Kt. . N ou N = (Va - RAH.Ia)/(Kt. ). o domnio da funo, j que Kt 0, e deve ser diferente de zero para qualquer ponto de operao do motor. O demarrador um equipamento utilizado para acionar o motor de corrente contnua, ligao shunt. Ele garante um fluxo diferente de zero na partida e uma tenso inicialmente reduzida no enrolamento de armadura e interpolos. O diagrama interno do demarrador simples:

Procedimentos 1) Anotar o valor da temperatura ambiente no laboratrio de mquinas eltricas e medir a resistncia dos enrolamentos da armadura e de interpolo, utilizando um multmetro digital, e corrigir a resistncia RAH para a temperatura de 75 oC, considerando que os enrolamentos so feitos com fio magntico de cobre esmaltado;

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2) Executar o diagrama de montagem:

3) Acionar o motor e ajustar a sua velocidade para o valor nominal (de placa) atravs do reostato de campo magntico e anotar as leituras dos instrumentos.

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11 Aula prtica: Laboratrio de Mquinas Eltricas I


Assunto: Controle de velocidade do motor de corrente contnua, ligao shunt, pela variao da tenso aplicada no enrolamento da armadura (Va) ou pela variao do fluxo do campo magntico principal ().
Fundamentos tericos

Va R AH .I a Re .I a mostra que N varia em K t . proporo direta com a tenso aplicada na armadura Va, desde que a corrente de armadura Ia e o fluxo do campo magntico principal sejam mantidos constantes.

A equao geral de velocidade N =

a) Controle de velocidade do motor de C.C. pela variao da tenso aplicada na armadura: O torque eletromagntico T = K torq . .I a desenvolvido pelo rotor varia linearmente com a intensidade do fluxo do campo magntico principal e com a intensidade da corrente de armadura Ia, considerando-se que a constante de torque (Ktorq) da mquina N . p.10 8 . dada por K torq = tca 2 .a A potncia ativa total (Pt) desenvolvida pelo motor varia linearmente com a variao de Va, pois neste caso, a corrente de armadura Ia constante (Pa = k. Va). Esse tipo de variao da velocidade do motor de corrente contnua, ligao shunt, utilizado quando o motor opera com a velocidade dentro do intervalo de zero rpm at o seu valor de velocidade nominal. b) Controle de velocidade do motor de C.C. pela variao do fluxo do campo magntico principal: A equao geral de velocidade mostra que N inversamente proporcional ao fluxo de campo magntico principal (), desde que a tenso aplicada no enrolamento da armadura (Va) e a corrente do enrolamento da armadura (Ia) sejam mantidos constantes. Nesta condio, o torque eletromagntico T diminui com a reduo do fluxo do campo magntico principal e a potncia ativa total Pa permanece constante. Esse tipo de variao da velocidade do motor de corrente contnua, ligao shunt, utilizado quando o motor opera acima da velocidade nominal.

Os grficos de F(N) = Pa e F(N) = T mostram as variaes de Pa e T para velocidades abaixo e acima da velocidade nominal:

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Procedimentos 1) Executar o diagrama de montagem

Observao: O motor de corrente contnua acoplado mecanicamente a um gerador sncrono trifsico (G.S.T) e fornece-lhe a potncia mecnica (rotao). Ao excitar o circuito de campo magntico do G.S.T induzida uma tenso trifsica nas linhas L1, L2 e L3 que por sua vez esto conectadas a um reostato trifsico que atua como carga eltrica, logo, para variar ou manter constante a corrente de armadura Ia do motor de corrente contnua, bastar fazer os ajustes da corrente de campo magntico do G.S.T atravs do seu reostato de campo magntico. 2) Acionar o motor de corrente contnua, ajustar o valor da velocidade para o valor nominal, ajustando concomitantemente o valor da corrente de armadura para um valor constante (7,0 A). A partir da tenso nominal, variar a tenso Va decrescentemente por cinco vezes, anotando as leituras dos instrumentos:

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Va (V) 120 115 110 105 100

Ia (A) 7 7 7 7 7

Icampo (A)

N (rpm) 1800

Pa (W)

3) Sem desligar o motor de corrente contnua, ajustar o valor de Va para o valor nominal, mantendo constante o valor de Ia, e diminuir a corrente de campo (Icampo), por quatro vezes, at que o valor da velocidade atinja 125% do valor nominal. Anotar as leituras dos instrumentos: Va (V) 120 120 120 120 120 Ia (A) 7 7 7 7 7 Icampo (A) N (rpm) 1800 Pa (W)

2250

4) Construir as curvas de F(Va) = N, Pa = F(Va) para a tabela do ensaio de controle de velocidade pela variao da tenso aplicada no enrolamento da armadura e as curvas de F(Icampo)= N, Pa = F(Icampo) para a tabela do ensaio de controle de velocidade pela variao do fluxo do campo magntico principal.

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12 Aula prtica: Laboratrio de Mquinas Eltricas I


Assunto: Controle de velocidade do motor de corrente contnua, ligao srie, pela variao da tenso aplicada no enrolamento da armadura (Va).
Fundamentos tericos A equao geral de velocidade N = [Va (RAH + REF). Ia] / (kt. ) mostra que N varia linearmente com a tenso aplicada na armadura, desde que a corrente de armadura Ia seja mantida constante e neste caso, o fluxo do campo magntico depender da corrente de armadura e a equao geral de velocidade pode ser escrita da seguinte forma: N = [Va (RAH + REF). K] / (kt . k). O torque eletromagntico T = K torq . .I a desenvolvido pelo rotor ser constante, uma vez que a corrente de armadura Ia e o fluxo do campo magntico principal so constantes, logo, T = ktorq . (k)2. A potncia ativa total (Pt) desenvolvida pelo motor variar linearmente com a variao da tenso aplicada na armadura Va ou Pt = k. Va. Procedimentos 1) Executar o diagrama de montagem

2) Acionar o motor de corrente contnua com carga, ajustando a tenso e a velocidade para os seus valores nominais. Anotar as leituras dos instrumentos;

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3) Diminuir a tenso aplicada na armadura Va, por quatro vezes, mantendo constante o valor da corrente de armadura Ia. Anotar as leituras dos instrumentos aps cada variao: Va (V) 120 110 100 90 80 Ia (A) N (rpm) 1800 Pt (W)

4) Construir as curvas de Pt = F(Va) e N = F(Va).

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13 Aula prtica: Laboratrio de Mquinas Eltricas I


Assunto: Ensaio de carga do motor de corrente contnua, ligao shunt.
Fundamentos tericos
Neste ensaio verificada a variao de velocidade do motor de corrente contnua, ligao shunt, em funo da variao de sua carga (Ia), baseando-se na equao geral de velocidade N = [Va (RAH). Ia] / (kt. ), ou seja, N em funo de Ia [N = F(Ia)], desde que a tenso aplicada na armadura Va e o fluxo do campo magntico sejam mantidos constantes. O ensaio a vazio ou sem carga executado para determinar a perda de potncia por atrito e ventilao Pav quando o eixo do motor gira com a velocidade nominal. Sabese que Pav varia dependendo da velocidade do eixo do motor, por isso deve-se corrigir Pav quando a velocidade variar, e neste caso consideraremos a variao de Pav linear variao de N. A potncia ativa total Pt = Va. It, com It = Ia + Icampo, no ensaio a vazio, constituda de Pav somada potncia consumida pelo enrolamento de campo magntico Pcampo = Va. Icampo, somada potncia consumida pelo enrolamento de armadura e interpolo PAH = RAH. (Ia)2 e somada potncia mecnica de sada Ps, que neste caso igual a zero, logo Pt = Pav + Pcampo + PAH + Ps, isolando-se Pav na equao e considerando-se Ps = 0 teremos Pav = Pt (Pcampo + PAH). No ensaio de carga possvel determinar Ps para cada ponto de solicitao de carga, isto , Ps = Pt (Pav + Pcampo + PAH), ou atravs da potncia desenvolvida na armadura Pda, onde Pda = Ea. Ia = Ps + Pav ou Ps = Pda Pav. O rendimento percentual pontual % obtido atravs da seguinte equao: % = [(ps). 100%] / Pt. O torque mecnico de sada Ts, dado em N.m, obtido a partir da seguinte equao: Ts = [9.55.(Ps)] / Nr, onde Nr a velocidade do eixo do rotor para o referido ponto de carga. A regulao de velocidade percentual RN% definida como sendo a razo entre a variao de velocidade Nvazio Ncarga e a velocidade de referncia Nvazio vezes o 100%: RN% = [(Nvazio Ncarga). 100%] / Nvazio.

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Procedimentos 1) Executar o diagrama de montagem

2) Acionar o motor de corrente contnua a vazio, ajustando a tenso e a velocidade para os valores nominais. Anotar as leituras dos instrumentos; 3) Mantendo a tenso aplicada na armadura Va e o fluxo de campo magntico constantes, variar o valor da corrente de armadura Ia, por quatro vezes, anotando as leituras dos instrumentos aps cada variao: Va (V) Ia (A) Icampo (A) It (A) Nr (rpm) Pt (W) PAH (W) Pcampo (W) Pav (W) Ps (W) % Ts (N.m) RN% 120 120 120 120 120 15

1800

0 0 0 0

4) Construir as curvas de N = F(Ia), % = F(Ia), Ts = F(Ia) e RN%= F(Ia).

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14 Aula prtica: Laboratrio de Mquinas Eltricas I


Assunto: Ensaio de carga do motor de corrente contnua, ligao srie.
Fundamentos tericos Neste ensaio verificaremos a pssima regulao de velocidade do motor de corrente contnua, ligao srie, em funo da variao de sua carga (Ia), baseando-se na equao geral de velocidade N = [Va (RAF). Ia] / (kt. ), ou seja, N em funo de Ia [N = F(Ia)], desde que a tenso aplicada na armadura Va seja mantida constante. O ensaio a vazio ou sem carga executado para determinar a perda de potncia por atrito e ventilao Pav quando o eixo do motor gira com a velocidade nominal e neste caso, a velocidade nominal obtida com a tenso reduzida aplicada no enrolamento da armadura e interpolo do motor Va. Sabe-se que Pav varia dependendo da velocidade do eixo do motor, por isso deve-se corrigir Pav quando a velocidade variar, e neste caso consideraremos a variao de Pav quadraticamente variao de N. A potncia ativa total Pt = Va. Ia, no ensaio a vazio, constituda de Pav somada potncia consumida pelos enrolamentos de armadura, interpolo e campo srie PAF = RAF. (Ia)2 e somada potncia mecnica de sada Ps, que neste caso igual a zero, logo Pt = Pav + PAF + Ps, isolando-se Pav na equao e considerando-se Ps = 0 teremos Pav = Pt PAF . No ensaio de carga possvel determinar Ps para cada ponto de solicitao mecnica ou de carga, isto , Ps = Pt (Pav + PAF), ou atravs da potncia desenvolvida na armadura Pda, onde Pda = Ea. Ia = Ps + Pav ou Ps = Pda Pav. O rendimento percentual pontual % obtido atravs da seguinte equao: % = [(ps). 100%] / Pt. O torque mecnico de sada Ts, em N.m, obtido a partir da seguinte equao: Ts = [9.55.(Ps)] / Nr, onde Nr a velocidade do eixo do rotor para o referido ponto de carga. A regulao de velocidade percentual RN% definida como sendo a razo entre a variao de velocidade Nvazio Ncarga e a velocidade de referncia Nvazio vezes o 100%: RN% = [(Nvazio Ncarga). 100%] / Nvazio. A regulao de velocidade do motor de corrente contnua, ligao srie, normalmente negativa pelo fato deste tipo de motor no poder ser acionado sem carga, logo, inicia-se o ensaio com carga nominal e velocidade nominal e medida que se retira carga a velocidade fica em patamares acima do valor nominal.

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Procedimentos 1) Anotar o valor da temperatura ambiente no laboratrio de mquinas eltricas e medir a resistncia dos enrolamentos da armadura e de interpolo, utilizando um multmetro digital, e corrigir a resistncia RAF para a temperatura de 75 oC, considerando que os enrolamentos so feitos com fio magntico de cobre esmaltado; 2) Executar o diagrama de montagem

3) Acionar o motor de corrente contnua, a vazio, com a tenso aplicada no enrolamento da armadura reduzida, ajustando a velocidade para o valor nominal. Anotar as leituras dos instrumentos; 4) Colocar carga no motor de corrente contnua, ajustando a sua velocidade para o valor nominal com a tenso aplicada no enrolamento da armadura nominal. Anotar as leituras dos instrumentos. Variar a carga, decrescentemente por trs vezes, at que a velocidade do motor atinja a velocidade mxima de 2250 rpm, anotar as leituras dos instrumentos aps cada variao: Va (V) Ia (A) Nr (rpm) Pt (W) PAF (W) Pav (W) Ps (W) % Ts (N.m) RN% 120 1800 1800 120 120 120 2250

0 0 0 0

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5) Construir as curvas de N = F(Ia), % = F(Ia), Ts = F(Ia) e RN%= F(Ia).

IV BIBLIOGRAFIA:

1. Almeida, Welington Passos Apostila de aulas prticas de Laboratrio de Mquinas Eltricas e Acionamentos. Edies Cefet-MG Belo Horizonte, janeiro de 2007. 2. Kosow, Irving L. - Mquinas Eltricas e Transformadores Editora Globo, Porto Alegre, 1972. 3. Fitzgerald, A. E. - Mquinas Eltricas. Editora McGraw Hill, Rio de Janeiro, 1995. 4. Toro, Vincent Del. Fundamentos de Mquinas Elctricas. Livros Tcnicos Cientficos Editora, Rio de Janeiro, 1999. 5. Norma NBR 5380 ABNT 6. Site ABNT http://www.abnt.org.br

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