Portugues Com Exercicios

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI APRESENTAO Bem-vindos aula demonstrativa de Lngua Portuguesa.

sa. Por se tratar de uma turma terica, como praticamente TODOS os concursos exigem essa disciplina (a exceo fica por conta de alguns certames jurdicos), nosso estudo no ser dirigido a uma nica banca, mas a maior parte delas, de modo que o aluno esteja preparado para prestar qualquer prova e obter um timo desempenho. Claro que isso vai depender, principalmente, de sua dedicao, acompanhando as aulas, resolvendo os exerccios de fixao e participando ativamente do frum. Estaremos sempre disposio para qualquer esclarecimento. No tenha inibio em expor suas dvidas, pois s as tem quem estuda, no mesmo? Nos exerccios de fixao, o aluno ser apresentado s questes de prova das principais bancas examinadoras do pas (Cespe/UnB, ESAF, Fundao Carlos Chagas, Vunesp etc.) e ter a oportunidade de conhecer a forma como elas costumam explorar os conceitos da disciplina. Quem acha que estudar Portugus besteira, que d pra fazer a prova s com o que j sabe, se esquece que, alm do conhecimento, o que a banca busca no candidato agilidade em resolver a prova. Recebo muitas mensagens com dvidas sobre como se preparar para um concurso pblico, especialmente os da rea fiscal. Minha resposta costuma ser a mesma. So dois os elementos fundamentais para a preparao de qualquer candidato a concursos pblicos: DEDICAO e HUMILDADE. Normalmente, aquele que chega de salto alto, achando que no preciso estudar a disciplina X ou Y, certamente ter dificuldades exatamente nessa matria. Quem j est nessa estrada sabe que no so poucos os exemplos de candidato que, na hora da prova, no consegue tempo suficiente para resolver todas as questes e acaba tendo de contar com a sorte. Ou ento, erra questes fceis simplesmente porque perdeu tempo tentando resolver uma questo mais complicada. Quando se trata de prova de Lngua Portuguesa, ento, textos longos e questes de interpretao complexas so suficientes para arruinar qualquer cronograma de prova e aniquilar a estabilidade emocional do sujeito. A ESAF, por exemplo, procura eliminar o candidato pelo cansao, com textos longos e complexos. J a Fundao Carlos Chagas segue um padro de prova constante, apresentando, como principal

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI dificuldade, a falta de indicao de linhas dos longos textos, o que acaba fazendo com que o candidato perca muito tempo brincando de caapalavras, ao procurar a passagem ou palavra mencionada na questo. Saber o contedo fundamental, sem dvida. Mas tambm o saber fazer prova. Por isso, divido a preparao em trs fases: reconhecimento do terreno, em que o aluno apresentado s matrias e recolhe o material necessrio ao estudo; fixao do conhecimento, quando fundamental fazer muitos exerccios, ler comentrios de provas e identificar a metodologia da banca examinadora; e, finalmente, identificao das necessidades, em que o candidato, a partir de seu desempenho na etapa anterior, percebe quais as disciplinas ou pontos do programa que necessitam de maior ateno. Nessa ltima fase, fazer simulados com questes inditas vai ajud-lo na fixao do conhecimento e na administrao do tempo, fator esse decisivo para sua aprovao Se o seu interesse for especfico, ou seja, se estiver se preparando para um determinado concurso, importantssimo que faa provas anteriores da instituio responsvel por esse certame. Tudo isso, como se nota, envolve dedicao. No so poucos os obstculos. Quem, alm de estudar, ainda perde tempo trabalhando, enfrenta o cansao e o parco tempo de que dispe para a famlia. O concurseiro profissional, ou seja, o que se dedica exclusivamente aos estudos, enfrenta o desafio de se organizar, de no perder tempo estudando o que no interessa e, principalmente, de no cair na tentao da internet, da Sesso da Tarde, do telefone. Isso sem falar naquela vizinha fofoqueira que fica falando por a que o sujeito um vagabundo porque no trabalha...rs... Nadar contra a mar no fcil. Por isso, estudar em momentos como esses tarefa rdua aos que se preparam para ocupar um cargo pblico e exatamente nesse momento que se define um(a) vencedor(a). Tudo tem o seu tempo h tempo de descansar (ningum de ferro e o repouso ajuda no aproveitamento do estudo, sem dvida!), mas tambm deve haver o tempo de estudar sem ele, no h material, curso ou professor que d jeito. O diferencial, sem dvida, a dedicao do candidato em casa mesmo. E onde entra a tal da humildade? Em saber identificar seus pontos fracos (faz parte da fase de identificao das necessidades) e ter a humildade de comear do zero. Posso falar por experincia prpria. O meu maior calo era Matemtica. Sempre odiei essa matria. S que, se quisesse garantir minha aprovao, teria de encarar esse desafio. Ento, como poderia me aventurar a estudar Matemtica Financeira se

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI tinha dvidas bsicas. O passo se d de acordo com o tamanho das pernas. O que fiz? Matriculei-me em um curso terico para Tcnico do Tesouro Nacional (por idos de 1996) com o brilhante professor Godinho (RJ). Fui relembrar conceitos fundamentais necessrios para, mais adiante, estar apta a encarar pontos mais avanados da disciplina. Gastei toneladas de papel com exerccios (muitas rvores foram derrubadas para que eu me preparasse!!! rs...). Resultado: gabaritei a prova de Matemtica Financeira no concurso de 2001! Nosso objetivo auxiliar os que aqui chegam na busca de um melhor desempenho em Lngua Portuguesa. Se alguns pontos iniciais do programa de Portugus parecerem um tanto quanto bsicos demais, lembre-se do que falei sobre humildade. Leia, estude, resolva os exerccios de fixao, ou seja DEDIQUE-SE, mesmo que voc ache que j sabe tudo. Pode ter certeza de que alguma coisinha voc sempre acaba aproveitando. Mais adiante, esse conhecimento pode ser fundamental para aprender outro assunto. Por fim, vire um chato corrija (mentalmente, se no quiser acumular inimigos) o que escuta e l por a, traga para o seu cotidiano as lies que veremos aqui, procure incorporar os conhecimentos de Portugus ao seu dia-a-dia. Afinal, no assim que se faz quando se aprende uma lngua estrangeira? Desarme-se, livre-se dos traumas que carrega at hoje e receba as lies de corao aberto. Grande abrao a todos e bons estudos. AULA 0 ORTOGRAFIA E SEMNTICA Ortografia a parte da gramtica que estabelece normas para a correta grafia das palavras. Nas palavras de Pasquale Cipro Neto, no h quem, vez ou outra, no depare com uma dvida de grafia. bem verdade que precisamos, em boa parte dos casos, conhecer a etimologia das palavras, mas existe um nmero considervel de situaes em que h sistematizao. O professor afirma tambm que quanto mais se l e quanto mais se escreve, mais se obtm familiaridade com as palavras e sua grafia. preciso, tambm, aceitar de peito aberto que no demrito desconhecer a grafia de vocbulos pouco usados. Nessas horas, basta consultar um dicionrio. Como primeira regra, devemos ter em mente que uma palavra derivada mantm a grafia da palavra primitiva, como acontece com a palavra moada, derivada de moo, e princesinha, derivada de princesa. www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Parece simples, no ? Ento, por que tanta gente tem dificuldade em escrever o nome do profissional que cuida do cabelo das pessoas? Algum arrisca um palpite a? Vamos seguir o raciocnio de PALAVRA ORIGINRIA / PALAVRA DERIVADA. A partir da palavra originria cabelo, formam-se as demais. O conjunto de cabelos da cabea chamado de cabeleira (CABEL + -EIRA, sufixo latino que indica, dentre outras coisas, o conjunto ou acmulo de elementos). O profissional que cuida da cabeleira de algum cabeleireiro (CABELEIR + o mesmo sufixo EIRO, desta vez indicando o praticante de certo ofcio, profisso ou atividade). Agora, d uma volta no seu bairro e perceba a quantidade de cabelereiro ou cabeleleiro que h por a. Um profissional zeloso, na dvida, escreve salo de beleza. S no deve cometer o deslize de colocar na porta de seu estabelecimento uma placa com os seguintes dizeres: Corto cabelo e pinto (como vi em uma mensagem virtual), pois a ambigidade pode afastar eventuais clientes. Algumas regras ajudam a entender o processo de formao de algumas palavras, mas o que ajuda mesmo a fixar a grafia a memria visual. Quem tem filho pequeno j percebeu como faz uma criana que acabou de ser alfabetizada: ela tem sede de ler tudo o que passa na sua frente, de out-door a embalagem de biscoito. Vai juntando slaba por slaba at identificar a palavra e a ela liga o significado. Com o tempo, nos acostumamos a ler o conjunto, a figura que a palavra forma. Identificamos a grafia de uma palavra em seu todo, no lemos mais letra por letra, slaba por slaba, a no ser que a palavra seja totalmente desconhecida para ns. Voc capaz de ler rapidamente as palavras que j conhece, ao passo que, as demais, precisa ler com mais cuidado. Desafio: leia INEXPUGNABILIDADE. Confesse: voc leu de primeira ou teve de juntar as letrinhas? Mais outra: INEXTINGUIBILIDADE (essa tive de digitar aos poucos pra no errar... e voc, ao ler, pronunciou ou no o u do dgrafo gui ? Viu algum trema ali? Daqui a pouco veremos se voc leu certinho...). Por que esse bl-bl-bl todo? Para que voc no caia nas pegadinhas tradicionais de algumas bancas. Elas omitem acentos (especialmente na letra i), trocam as letras, colocam uma palavra parecida ou at inventada, desde que com o mesmo som (subexistir, no lugar de subsistir, em uma questo da ESAF). Ao ler com pressa, o crebro identifica a palavra correta e seu significado, sem que perceba a alterao feita pelo examinador. Por isso, nas questes em que a banca pede para marcar o nmero de erros de ortografia, necessrio ler diversas vezes o texto at identificar TODOS os erros. O estudo da ORTOGRAFIA abrange: www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 1 - EMPREGO DE LETRAS (s/z; sc/s/ss; j/g; izar/isar; etc); 2 - ACENTUAO GRFICA; 3 - USO DE OUTROS SINAIS DIACRTICOS (principalmente o HFEN e o TREMA). EMPREGO DE LETRAS O alfabeto da lngua portuguesa compe-se de 23 letras. Alm dessas, existem o K, o W e o Y, que no pertencem ao nosso alfabeto, e s se empregam nos seguintes casos: a) em abreviaturas e como smbolos de uso internacional: Km (quilmetro). b) em palavras estrangeiras, no aportuguesadas: Know-how, show. c) em nomes byroniano. prprios estrangeiros e seus derivados: Byron,

A letra h usada apenas: a) no incio, quando etimolgico: herbvoro (derivada de herba = erva). b) nos dgrafos CH, LH, NH: chave, malha, minha. c) no final, em interjeies: ah! ih! d) quando o segundo elemento, iniciado por h, se une ao primeiro (prefixo) por meio de hfen: anti-higinico. Palavras com prefixo sem hfen perdem o h desonesto, desabitado. A seguir, vamos apresentar alguns empregos especficos de letras, que podem auxiliar o aluno na identificao da grafia correta. O USO DO... - s/- esa e - ez/- eza - s/esa: vocbulo que indica naturalidade, procedncia. Exemplos: campons, holands, princesa, inglesa, calabresa (Calbria), milanesa (Milo) - ez/eza: substantivos abstratos derivados de adjetivos. Exemplos: acidez (cido), polidez (polido), moleza (mole). Por isso, a partir de agora, escolha o restaurante a partir do cardpio. Se uma das opes for pizza CALABREZA, voc poder ter uma indigesto vocabular!

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI - isar/ - izar Nesses casos, segue a regra da PALAVRA ORIGINRIA / PALAVRA DERIVADA. Se o vocbulo j apresenta a letra s, essa letra mantida no sufixo. isar: pesquisa/pesquisar; improviso/improvisar. anlise/analisar; paralisia/paralisar;

Se no havia a letra s na palavra originria, o sufixo recebe a letra z. izar: ameno/amenizar; concreto/concretizar. A nica exceo fica por conta da palavra: catequizar, que derivada de catequese. s: a) nos sufixos nominais -OSO(A) (indicativo de cheio de, relativo a ou que provoca algo) e -ISA (gnero feminino): gostoso, apetitoso, afetuoso, papisa, poetisa; b) verbos formados de vocbulos terminados em s, em decorrncia da regra PALAVRA ORIGINRIA / PALAVRA DERIVADA: pesquisa/pesquisar; anlise/analisar. c) aps ditongo: coisa, deusa. d) nos adjetivos ptrios terminados em S: regra j mencionada no item a: ingls, francs. e) nas flexes dos verbos PR e QUERER e seus derivados: quiser, pus, quis. f) quando a um verbo com a letra d no infinitivo corresponder um substantivo com som de /z/: iludir/iluso; defender/defesa; aludir/aluso x: a) depois de ditongo: feixe, peixe, frouxo. b) geralmente depois da slaba inicial EN (exceto nos casos em que se aplica a regra PALAVRA ORIGINRIA / PALAVRA DERIVADA ver o prximo caso): enxugar, enxovalhar, enxoval, enxofre. c) em palavras de origem indgena ou africana: abacaxi; d) aps slaba inicial me- (exceo: mecha): mexerica, mexer.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI ch: aps slaba inicial en- + palavra iniciada por ch: encher (cheio), encharcado (charco) : a) substantivos e verbos relacionados a adjetivos e substantivos que tm to no final: direto /direo; exceto /exceo; correto /correo; b) Substantivos e adjetivos relacionados ao verbo TER (e derivados): deteno (deter), reteno (reter), conteno (conter); Esses dois ltimos casos nos levam apresentao da regra do paradigma (que funciona na maior parte das vezes). Na dvida com relao grafia de uma palavra que sofreu algum processo de transformao (substantivo derivado de verbo ou substantivo derivado de adjetivo), busque a grafia de outra palavra conhecida sua (que servir de paradigma), tomando o cuidado de observar se esta sofreu o mesmo processo daquela. Aquilo que aconteceu com uma ir acontecer com a outra tambm. Veja os exemplos. compreender -> compreenso / pretender -> pretenso permitir -> permisso / emitir -> emisso conceder -> concesso / retroceder -> retrocesso Cuidado!!! EXCEO derivado de EXCETUAR e no de EXCEDER. Deve ser esse o motivo de tanta gente fazer confuso. EMPREGO DO HFEN Usa-se o hfen: 1. nas palavras compostas em que os elementos da composio tm acentuao prpria e formam uma unidade significativa: guardaroupa, beija-flor, bem-te-vi; 2. com a partcula denotativa eis seguida de pronome pessoal tono: eis-me, eis-vos, eis-nos, ei-lo (com a queda do s); 3. nos adjetivos compostos: surdo-mudo, afro-brasileiro, sino-lusobrasileiro; 4. em vocbulos formados por prefixos que tm acentuao: prhistria, ps-operatrio, pr-socialista;

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 5. com os prefixos do quadro abaixo (mas observe que haver hfen diante de determinadas letras). Quem estiver se preparando para provas da ESAF, no deve se preocupar com essa tabela de hfen, pois raramente a banca explora esses conhecimentos. uma questo de custo-benefcio. Leia a tabela e suas observaes, mas no se preocupe em decor-la. Prefixos auto, contra, extra, intra, infra, neo, proto, pseudo, semi, supra, ultra Diante de vogal, h, r e s Exemplos: auto-escola, Obs.

Fugindo regra (ai, ai, ai...), a contra-ordem, palavra extra-oficial, extraordinrio escreve-se sem intra-renal, hfen (esta infra-som, foi aglutinao neo-republicano, consagrada pelo uso). protorevolucionrio, pseudorevelao, semi-selvagem, supra-humano, ultra-som

ante, anti, arqui, sobre

h, r e s

ante-histrico, anti-rbico, ante-sala, anti-higinico, arqui-rabino, sobre-solar, inter-regional, sub-raa

O prefixo sobre apresenta algumas excees (ai, ai, ai de novo...). Exemplos: sobressair, sobressalto, sobressalente, etc.

hiper, super, inter

her

Super-heri, hiper-realista, inter-regional

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Sub circum, pan, mal ber vogal e h sub-bosque, sub-regio circumadjacente, pan-americano, mal-educado, mal-humorado ad, ab, sob alm, aqum, recm, sem, sota, soto, vice, ex(= anterioridade) Observaes: a) Nos compostos com o prefixo bem, usa-se hfen quando o segundo elemento tem vida autnoma ou quando a pronncia assim o exigir. Exemplos: bem-vindo, bem-estar, bem-aventurado, etc. Alguns adjetivos so formados a partir da contrao do MAL/BEM com o adjetivo no particpio. A unio dos elementos, em alguns casos, to ntida que se emprega o hfen; em outros casos, no (bem-humorado, bem-nascido, bem vestido). Em todos esses casos, se o adjetivo estiver precedido do advrbio mais, a norma culta no admite a transformao destes em melhor ou pior, mantendo-os separados (mais bem, mais mal): Ele o mais bem-vestido da seo. qualquer palavra R ad-renal, ab-rogar, sob-roda alm-mar, aqum-mar, recm-casado, sem-terras, soto-capito, ex-aluno

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Ronaldinho Gacho o jogador mais bem pago da atualidade. Os candidatos mais mal preparados so divertimento garantido no horrio eleitoral. No uso coloquial, contudo, notam-se muitos registros dessa contrao: O time que for melhor colocado na competio disputar a Libertadores da Amrica.. O lingista Celso Pedro Luft distingue essas duas estruturas em: (1) (2) mais + bem + particpio; mais + [bem+particpio].

No primeiro caso, o advrbio MAIS modifica o advrbio BEM, que, junto com o primeiro, pode modificar o adjetivo participial. Admitem-se, pois, as duas formas. Havendo a contrao, os dois advrbios modificam o adjetivo (casas melhor construdas); mantendo-os separados, o advrbio bem modifica o adjetivo, enquanto que o advrbio mais modifica o outro advrbio (bem): casas mais bem construdas. J na segunda estrutura, o advrbio BEM forma uma unidade semntica com o particpio, a ponto de, em alguns casos, estarem ligados por hfen. Neste caso, o advrbio MAIS no pode se contrair com o outro advrbio, devendo permanecer fora da locuo: mais bem-humorado. Infelizmente o uso do hfen no regular o bastante para nos trazer tranqilidade. Parece que ouvi algum gritando do outro lado do computador: Socorro, Claudia!!! O que eu devo fazer na hora da prova????. Na prova, todo cuidado pouco. Primeiramente, observe se o enunciado faz meno a norma culta, caso em que devemos manter os vocbulos separados (mais bem). Caso negativo, verifique se h outra opo que atenda de forma mais adequada ao que se pede. S em ltimo caso, considere incorretas construes como melhor colocado ou melhor preparado. b) O prefixo co seguido de hfen quando tem o sentido de "a par" ou "juntamente" (ou seja, unio) e o segundo elemento tem vida autnoma. Exemplos: co-aluno, co-autor, co-proprietrio. c) Quando o no funciona como prefixo, equivalendo a in ou des, ligase ao substantivo por hfen. Entende-se, inclusive, que neste caso o no um elemento de composio do vocbulo e no um advrbio. Exemplos: no-conformismo, no-pagamento. www.pontodosconcursos.com.br 10

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) Em vrios casos, a palavra forma, com hfen, uma nova unidade de sentido: Exemplos: dia a dia = locuo adverbial que significa diariamente: Ela, dia a dia, conserva a chama da paixo acesa.; dia-a-dia = cotidiano: No fcil o dia-a-dia da mulher moderna. H palavras que, devido ao uso, mantiveram o seu sentido mais comum sem o sinal: ponto de vista, no sentido de opinio, originalmente era registrada com hfen (ponto-de-vista). ACENTUAO GRFICA Enquanto que, nos primeiros pontos do estudo da Ortografia (Emprego de Letras e Hfen), ns no pudemos fugir muito da decoreba, agora, em Acentuao Grfica, vamos dar o pulo do gato! Ser apresentado um esquema que ajuda (e muito!) a identificar qualquer erro na acentuao das palavras. De uma maneira geral, a regra ACENTUAR O MNIMO DE PALAVRAS. Ento, acentua-se o que h em menor nmero. Se buscarmos nos dicionrios, bem menor a quantidade de proparoxtonas. A maior parte das palavras da lngua portuguesa composta de paroxtonas e oxtonas (neste ltimo caso, por exemplo, classificam-se todos os verbos no infinitivo impessoal fazer, comer, estabelecer, etc.). Por isso, uma das regras de acentuao : T O D A S AS P R O P A R O X T O N A S S O A C E N T U A D A S (como so poucas, pe acento em todas elas). Por sua vez, pequeno o nmero de oxtonas que terminam em A / E / O / EM, e seus respectivos plurais. Por isso, essas sero acentuadas. De acordo com essa regra, as oxtonas terminadas por R ficaram de fora e, com isso, todos os verbos no infinitivo impessoal. Mas o que , afinal, uma slaba tnica??? a slaba da palavra pronunciada com maior intensidade, com mais fora. Todas as palavras com duas ou mais slabas apresentam slaba tnica e outra(s) tona(s). J os monosslabos (uma slaba) podem ser: a) tonos: no possuem acentuao prpria, isto , so pronunciados com pouca intensidade. Normalmente, so pronomes oblquos (quase todos os monosslabos), preposies e conjunes monossilbicas: o, e, se, a, de. www.pontodosconcursos.com.br 11

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) tnicos: possuem acentuao prpria, isto , so pronunciados com muita intensidade: l, p, mim, ps, tu, l. Os vocbulos tonos NUNCA so acentuados. J os tnicos podem receber acento ou dispens-los. Vejamos, agora, os casos em que os vocbulos, sendo tnicos, so acentuados. Vou deixar por sua conta o preenchimento dessas lacunas. Ao fim do material, esto algumas sugestes. a) Monosslabos tnicos - so acentuados os terminados em - A(S), E(S), - O(S). Exemplos:______________________________________. b) Oxtonos - so acentuados os terminados em - A(S), - E(S), - O(S), - EM (-ENS). Exemplos:_____________________________________. c) Paroxtonos - acentuam-se os que NO terminam em -A(S), - E(S), - O(S), - EM (- ENS) exceto ditongos crescentes e palavras terminadas em -o e -o Exemplos:______________________________________. d) Proparoxtonos - todos so acentuados. Exemplos:______________________________________. e) Grupos voclicos : Hiatos - I e U, 2 vogal tnica aps hiato, sozinhos na slaba ou com -S, desde que no seguidos de -NH ou outra letra, na mesma slaba, que no o s. Exemplo:______________________________________. Se as vogais forem iguais, no haver acento. (essa eu quero ver se algum vai conseguir lembrar um exemplo!) Exemplo:______________________________________. Ditongos - so acentuados os orais abertos tnicos -I, -U, -I: Exemplo:______________________________________. Conserva-se, por clareza grfica, o acento circunflexo da 3 pessoa do plural dos verbos LER, CRER, VER e DAR, e seus derivados (lem, crem, vem, dem).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI IMPORTANTE! O Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa (que foi editado pela Academia Brasileira de Letras e tem fora de lei - Lei 5.765/71) inclui os monosslabos na mesma regra dos oxtonos e os vocbulos terminados em ditongo crescente (srie, tnue), na regra dos proparoxtonos. Nesse ponto, algumas bancas, como a Fundao Carlos Chagas, j deixaram claro seu posicionamento, a partir de questes de prova, como veremos nos exerccios de fixao. Outras ainda no. Por isso, antes de afirmar que Cludia paroxtona terminada em ditongo crescente ou proparoxtona, o candidato deve verificar as demais opes. Para consulta sobre a grafia de qualquer palavra, acesse o stio da Academia Brasileira de Letras (www.academia.org.br), Vocabulrio Ortogrfico Sistema de Buscas. Nessa pgina, voc poder verificar a existncia de qualquer vocbulo da lngua portuguesa, sua grafia e a classe gramatical correspondente. Essas lies podem ser resumidas no seguinte esquema.
SO ACENTUADOS: Proparoxtonos TODAS Paroxtonos NO terminados em A(S) E(S) O(S) EM(ENS) E terminados em: . ditongo crescente; . -o; . -o; Encontros voclicos: - hiato as vogais i e u, como segunda vogal do hiato, sozinhas na slaba ou acompanhadas da letra s, recebem acento agudo. - ditongo aberto i, u ou i - s lembrar que, sem o acento, escrevem-se a interjeio ei (Ei, voc a,...), o pronome eu e a interjeio oi (Oi, tudo bem?). Oxtonos Terminados em A(S) E(S) O(S) EM(ENS) Monosslabos tnicos Terminados em A(S) E(S) O(S)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI DICA IMPORTANTSSIMA Todas essas regras de acentuao devem ser aplicadas, inclusive, nas formas verbais, quando houver a colocao de pronomes oblquos. A anlise para a acentuao recai exclusivamente na forma verbal. Por exemplo: em analis-las-ei, como tonicidade recai na ltima slaba de analisa, h necessidade de ser acentuada a vogal para essa indicao. Outro exemplo mais cabeludo: contrabande-las-amos (= iramos contrabandear as mercadorias) - na primeira parte do vocbulo, acentua-se pela mesma regra do exemplo anterior (oxtona terminada em A); a segunda parte cai na regra das proparoxtonas; mais um exemplo: distribu-lo o i fica sozinho na slaba; logo, acentuado. Perceba, com esse exemplo, que cada pedacinho do verbo, dividido pela colocao pronominal, deve ser analisado isoladamente, como se houvesse dois vocbulos independentes. ACENTOS DIFERENCIAIS - DE TIMBRE: vogal aberta ou fechada - pde (pret.perf) / pode (pres.indicativo) - DE INTENSIDADE OU TONICIDADE - vogal tona ou tnica: ca (verbo e substantivo), para diferenciar de coa (contrao); pr (verbo), para diferenciar de por (preposio); pra (verbo), para diferenciar de para (preposio); plo (substantivo), para diferenciar de pelo (contrao); plo (do verbo pelar), para diferenciar de pelo (contrao); plo (substantivo), para diferenciar de polo (contrao de por+o); plo (substantivo = filhote de gavio), para diferenciar de polo (contrao de por+o); pra (substantivo), para diferenciar de pra (preposio antiga). - DE NMERO - Alguns gramticos classificam o acento circunflexo dos verbos ter e vir (e derivados) na 3 pessoa do plural (tm, vm, contm, entretm, detm, retm etc.) como ACENTO DIFERENCIAL DE NMERO. As formas verbais singulares tem e vem so monosslabos tnicos e, por isso, dispensariam a acentuao (a regra acentuar somente os monosslabos tnicos terminados em A / E / O). A conjugao na 3 pessoa do singular dos verbos derivados recebe acentuao (detm, contm, entretm etc.) em atendimento regra dos oxtonos terminados por EM. Esses gramticos consideram, ento, que o acento circunflexo (tm, vm, detm, contm, entretm) serve to-somente para indicar que o verbo est no plural.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Dessa forma, a regra de acentuao, segundo eles, : tm (acento diferencial de nmero) vm (acento diferencial de nmero) detm (oxtona terminada em EM) detm (acento diferencial de nmero c/c oxtona terminada em EM). TREMA Recebe o trema o U dos grupos QUE, QUI, GUE, GUI quando for pronunciado e tono. Ex.:_________________________________________. Quando o U for tnico, recebe acento agudo. Ex.:________________________________________. Algumas palavras tm o emprego do trema facultativo: Ex.:_________________________________________. CUIDADO: os verbos DISTINGUIR, EXTINGUIR, ADQUIRIR pronncia do U e por isso so grafados sem trema. no registram a

Voc ainda se lembra da INEXTINGUIBILIDADE? Pois ... por ser uma palavra derivada de EXTINGUIR, no leva o sinal de trema e, conseqentemente, no se registra a pronncia do u do dgrafo gui. RESUMO DE TREMA Deve ser usado sempre que se escreverem palavras cujo U do grupo [que, qui, gue, gui] seja tono e pronunciado. Em outros casos, quando o U no pronunciado (guerra, quinto) ou quando sempre pronunciado (quadro, longnquo, gua, desguo), no haver trema. Antes de passarmos para os exerccios de fixao, vamos falar um pouco sobre Semntica, assunto que tem uma grande relao com Ortografia. SEMNTICA o estudo do sentido das palavras de uma lngua. Estuda basicamente os seguintes aspectos: sinonmia, paronmia, antonmia, homonmia, polissemia, conotao e denotao. www.pontodosconcursos.com.br 15

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Sinonmia a relao que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes - SINNIMOS. Ex.: Cmico - engraado Dbil - fraco, frgil Distante - afastado, remoto Antonmia a relao que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrrios - ANTNIMOS. Ex.: economizar / gastar; bem / mal; bom / ruim nesse ponto HOMONMIA E PARONMIA que verificamos a importncia da ortografia a depender do significado, a grafia da palavra pode ser alterada. Homonmia a relao entre duas ou mais palavras que, apesar de possurem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonolgica HOMNIMOS. As homnimas podem ser: Homgrafas heterofnicas (ou homgrafas) - so as palavras iguais na escrita e diferentes na pronncia. Ex.: gosto (substantivo) - gosto (1 pess. sing. pres. ind. - verbo gostar) Conserto (substantivo) conserto (1 pess. sing. pres. ind. - verbo consertar) Homfonas heterogrficas (ou homfonas) - so as palavras iguais na pronncia e diferentes na escrita. Ex.: cela (substantivo) - sela (verbo) Cesso (substantivo) sesso (substantivo) Cerrar (verbo) - serrar (verbo) Homfonas homogrficas (ou homnimos perfeitos) - so as palavras iguais na pronncia e na escrita. Ex.: cura (verbo) - cura (substantivo) Vero (verbo) - vero (substantivo) Cedo (verbo) - cedo (advrbio) www.pontodosconcursos.com.br 16

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Paronmia a relao que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas so muito parecidas na pronncia e na escrita - PARNIMOS. Ex.: cavaleiro - cavalheiro Absolver - absorver Comprimento cumprimento Abaixo, apresentamos uma relao com alguns parnimos, acompanhados de seus significados. homnimos e

A nossa inteno, ao apresentar essa lista, mostrar as diferentes formas de grafia, a depender do sentido do vocbulo. No quero ver ningum decorando a lista na frente do espelho. O aluno deve ter cincia da existncia dessas palavras e, na medida do possvel, incorpor-las ao seu prprio vocabulrio. Esse o melhor mtodo de memorizao. ACENDER: iluminar; por fogo em; ASCENDER: subir; ASCENDENTE). elevar (da: ASCENSO, ASCENSORISTA,

ACIDENTE: ocorrncia casual grave; INCIDENTE: episdio casual sem gravidade, sem importncia. AFERIR: conferir ("Ele aferiu o relgio de luz."); AUFERIR: colher, obter ("Ele auferiu bons resultados"). AMORAL: ausncia de moral, que ignora um conjunto de princpios; IMORAL: Que contrrio, que desobedece a um conjunto de princpios. REA: dimenso, espao; RIA: pea musical para uma s voz. ARREAR: colocar arreios em; ARRIAR: abaixar. ACTICO: relativo ao vinagre; ASCTICO: relativo ao Ascetismo; ASSPTICO: relativo assepsia. BROCHA: prego curto, de cabea larga e chata; BROXA: tipo de pincel. www.pontodosconcursos.com.br 17

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI CAAR: perseguir, capturar a caa; CASSAR: anular. CAICHOLA: cabea; CAIXOLA: caixa pequena. CEGAR: tirar a viso de; SEGAR: seifar, cortar. CELA: aposento de religiosos ou de prisioneiros; SELA: arreio de cavalo, 3 p. s., pres. ind., v. selar. CENSO: recenseamento; SENSO: juzo claro. C(P)TICO: que ou quem duvida; S(P)TICO: que causa infeco. CERRAR: fechar; SERRAR: cortar. CERVO: veado; SERVO: servente, escravo. CESTA: utenslio geralmente de palha para se guardar coisas; SESTA: hora de descanso, normalmente aps o almoo; SEXTA: ordinal feminino de seis. COMPRIDO: longo; CUMPRIDO: particpio passado do verbo CUMPRIR. COMPRIMENTO: uma das medidas de extenso (largura e altura); CUMPRIMENTO: ato de cumprimentar algum, saudao, ou de cumprir algo. CONCERTAR: harmonizar, conciliar. CONSERTAR: pr em boa ordem; dar melhor disposio a; arrumar, arranjar". CONCERTO: apresentao ou obra musical; CONSERTO: ato ou efeito de consertar, reparar algo. CORINGA: tipo de vela que se coloca em algumas embarcaes; CURINGA: carta de baralho.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI COSER: costurar; COZER: cozinhar. DEFERIMENTO: concesso, atendimento; DIFERIMENTO: adiamento; (Assim tambm: DEFERIR = CONCEDER; DIFERIR = ADIAR, DIVERGIR) DELATAR: denunciar (delao); DILATAR: retardar, adiar (dilao). DESCRIO: ato de descrever, tipo de redao, exposio; DISCRIO: qualidade daquele que discreto. DESCRIMINAR: inocentar, absolver (DESCRIMINAO); DISCRIMINAR: distinguir, diferenciar, separar (DISCRIMINAO). DESMITIFICAR: fazer cessar a mitificao, ou seja, a converso em mito de alguma coisa ou algum; DESMISTIFICAR: livrar ou tirar da mistificao, que significa burla, engano, abuso de credulidade. DESPENSA: compartimento para se guardar alimentos; DISPENSA: demisso. DESTRATAR: insultar; DISTRATAR: romper um trato, desfazer um contrato. EMINENTE: que se destaca, excelente, notvel; IMINENTE: que est prestes a ocorrer, pendente. EMITIR: expedir, emanar, enunciar, lanar fora de si; IMITIR: fazer entrar, investir. EMPOAR: formar poa; EMPOSSAR: dar posse a algum. ESPECTADOR: aquele que v, que assiste a alguma coisa; EXPECTADOR: o que est na expectativa de, espera de algo. ESPIAR: espreitar, olhar; EXPIAR: redimir-se, pagar uma culpa. ESPRIMIDO: particpio do verbo ESPREMER; EXPRIMIDO: particpio do verbo EXPRIMIR (tambm EXPRESSO).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI FLAGRANTE: evidente, fato que se observa no momento em que ocorre; FRAGRANTE: que exala cheiro agradvel, aromtico (fragrncia). FLUIR: correr (lquido), passar (tempo); FRUIR: desfrutar, gozar. INCIPIENTE: iniciante, inexperiente; INSIPIENTE: ignorante. INFLAO: ato de inflar, aumento de preos; INFRAO: desobedincia, violao, transgresso. INFLIGIR: aplicar ou determinar uma punio, um castigo; INFRINGIR: desobedecer, violar, transgredir. MEAR: dividir ao meio; MIAR: dar mios (voz dos gatos). RATIFICAR: confirmar, corroborar; RETIFICAR: alterar, corrigir. RUO: grisalho, desbotado (gria: "difcil"); RUSSO: relativo Rssia. SEO (ou SECO): parte, diviso, departamento, ato de seccionar; SESSO: espao de tempo, programa; CESSO: doao, ato de ceder. SOAR: emitir determinado som; SUAR: transpirar. SORTIR: abastecer, prover; SURTIR: ter como conseqncia, produzir, alcanar efeito. TACHAR: censurar, acusar, botar defeito em; s pode ser empregado em idias pejorativas; TAXAR: estabelecer um preo, um imposto, tributar; estipular o preo, o valor de algo - acaba, por analogia, significando tambm "avaliar, julgar". Pode, por isso, ser usado tanto para os atributos bons como para os ruins. VESTIRIO: local para trocar de roupa em clubes, colgios, etc; VESTURIO: o traje, a indumentria, as roupas que usamos.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI VULTOSO: de grande vulto, nobre, volumoso; VULTUOSO: sofre de inchao, especialmente na face e nos lbios. USURIO: o que desfruta o direito de usar alguma coisa; USURRIO: o que pratica a usura ou agiotagem. Conotao e Denotao Conotao o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo contexto. Ex.: Voc tem um corao de pedra. Denotao o uso da palavra com o seu sentido original. Ex.: Pedra um corpo duro e slido, da natureza das rochas. Polissemia a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vrios significados. Ex.: Ele ocupa um alto posto na empresa. Abasteci meu carro no posto da esquina. ..................................................................................................... Resolva, agora, as questes abaixo. Elas servem tanto para fixar os conceitos como para voc observar como as bancas exploram esses conhecimentos. Felizmente, h farto material sobre o assunto e pudemos selecionar 25 questes. O mesmo pode no acontecer com determinados pontos do programa. Nessa parte, voc encontrar dois tipos de questo: as reproduzidas na ntegra, caso em que voc dever indicar a letra referente opo correta; e as adaptadas, em que apenas um ou alguns itens foram selecionados nesses casos, voc dever analisar a correo gramatical da passagem (item correto ou incorreto). O gabarito est no fim do material. Bons estudos e at a prxima. QUESTES DE FIXAO 1 - (Fundao Carlos Chagas / TRT 24 Regio Analista Judicirio / 2004) www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Todas as palavras esto corretamente grafadas na frase: (A) A obsolecncia das instituies constitue um dos grandes desafios dos legisladores, cuja funo reconhecer as solicitaes de sua contemporaneidade. (B) Ao se denigrirem as boas reputaes, desmoralizam-se os bons valores que devem reger uma sociedade. (C) A banalisao dos atos anti-sociais um sintoma da doena do nosso tempo, quando a barbrie dissimula-se em rotina. (D) Quando, numa mesma ao, converjem defeitos e mritos, confundimo-nos, na tentativa de discrimin-los. (E)) Os hbitos que medeiam as relaes sociais so louvveis, quando eticamente institudos, e odiosos, quando ensejam privilgios. 2 - (Fundao Carlos Chagas /Assistente de Defesa Agropecuria MA / Maro 2004) H palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) A expanso da fronteira agrcola no pas mobiliza interesses conflitantes entre o necessrio aumento da produo e a preservao dos recursos naturais. (B)) A crecente colaborao entre rgos do governo e entidades privadas pode garantir o hsito de aes diversas contra doenas na agricultura. (C) Vrios cientistas dedicam-se a pesquisar formas eficazes de controlar a disseminao de pragas em lavouras espalhadas por todas as regies. (D) essencial, na busca de excelncia do agronegcio, a transmisso de conhecimento ao homem do campo, alm do uso intensivo de tecnologia. (E) A exploso do contingente populacional em todo o planeta exige produo cada vez maior de alimentos, o que justifica investimentos e pesquisas. 3 - (Fundao Carlos Chagas /TRT 8 Regio Tcnico Judicirio / Dezembro 2004) H palavras escritas de maneira INCORRETA na frase: (A) Recursos cientficos e tecnolgicos devem oferecer possibilidade de insero social populao carente e desassistida das grandes cidades. www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (B)) Um regime de crescente colaborao entre governo, instituies privadas e sociedade garantir o hsito de diversos programas direcionados a adolecentes mais pobres. (C) Ao atribuir excessivo valor ao consumo de bens suprfluos, a sociedade passa a exigir que as pessoas aparentem poder econmico, mesmo falso. (D) Em vrias regies, o inchao urbano, resultante do intenso xodo rural, responsvel pelo crescimento desmedido do nmero de favelados. (E) Extensas reas, em todo o mundo, encontram-se ocupadas por populaes que vivem em situao de misria, destitudas dos direitos bsicos da cidadania. 4 (Fundao Carlos Chagas / Analista TRT 23.Regio / Outubro 2004) A mesma regra que justifica a acentuao no vocbulo incio aplica-se em (A) tcnica. (B) idia. (C) possvel. (D) jurdica. (E) vrios. 5 - (Fundao Carlos Chagas /TRT 3 Regio Tcnico Judicirio / Janeiro 2005) As palavras do texto que recebem acento grfico pela mesma razo que o justifica nas palavras ofcio e idias, respectivamente, so (A) nico e histria. (B) salrios e Nger. (C) inteligncias e notvel. (D) perodo e memria. (E)) agncia e hericas. 6 - (CESPE UnB /PCDF/ 1998) Assinale a opo correta.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (a) Uma mesma regra oriente a acentuao de l, Tamandu, a e atravs. (b) Os vocbulos notaramos, estirvamos e supnhamos recebem acento grfico por serem formas verbais na primeira pessoa do plural. (c) Uma nica regra justifica o acento grfico dos vocbulos lenis e rseo. (d) O ditongo nasal /w/ pode ser escrito am, como em perturbam, ou o", como em levaro: com a primeira grafia escrevem-se slabas tonas; com a segunda, slabas tnicas ou tonas, a exemplo do que ocorre em rfo. 7 - (Fundao Getlio Vargas SP/ Fiscal MS/ 2000) Assinale a alternativa em que todas as palavras esto corretamente acentuadas. (a) juzes, propr, acrdo (b) varo, desgua, carter (c) papis, hfen, debnture (d) polcia, gratuto, sava 8 - (ESAF / IPEA/ 2004 -adaptada) Em relao ao texto, julgue a assertiva abaixo. a) A palavra esteretipos acentuada pela mesma regra gramatical que exige acento em metfora e em cientfica. 9 - (ESAF / TTN/ 1997 -adaptada) Julgue a correo gramatical dos itens abaixo. I - As palavras genrica, pblicos e excludos so acentuadas com base na mesma regra gramatical. II - Acentuam-se as palavras precrios, previdencirias, tributrios porque so paroxtonas terminadas em ditongo crescente. III - Em A perda de receita fiscal (l.11), admite-se como lngua padro escrita tambm a forma erudita perca. Est (o) correto(s): a) I e II, somente. www.pontodosconcursos.com.br 24

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) II, somente. c) III, somente. d) II e III, somente. e) todos os itens.

10 - (ESAF / TTN/ 1998 -adaptada) Analise a seguinte afirmao. d) "perca" uma variante da palavra "perda" na norma culta. 11 - (FUNDEC / TRT RJ / 2003) Assim como os verbos amenizar (linha 3), sinalizar (linha 36) e protagonizar (linha 12), escrevem-se com a letra Z todos os relacionados abaixo, porque so derivados com o sufixo -izar. Numa das relaes, entretanto, h um verbo com erro de grafia, pois pelas normas ortogrficas deve ser escrito com S. Este verbo encontra-se na opo: A) minimizar / politizar / pulverizar / catequizar; B) amortizar / arborizar / hipnotizar / preconizar; C) avalizar / cotizar / indenizar / exorcizar; D) enfatizar / polemizar / paralizar / arcaizar; E) contemporizar / fiscalizar / sintonizar / entronizar. 12 - (Fundao Carlos Chagas /Procurador BACEN/ Janeiro 2006 adaptada) Julgue os itens: (I) incipiente tem o mesmo significado da palavra anloga insipiente. (II) ganhos mais vultosos o adjetivo grifado admite a forma variante vultuosos. 13 - (VUNESP/ BACEN/ 1998) Assinale a alternativa em que a palavra grifada escreve-se de acordo com o significado expresso pelo contexto geral da frase. (A) Aqui por estas paragens encantadoras, os bons momentos fluem como as guas cristalinas de um riacho. www.pontodosconcursos.com.br 25

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (B) No me parece muito prudente a estadia das meninas, por muito tempo, naquele hotel mais do que suspeito. (C) Era fragrante sua inteno de disputar nas prximas eleies a presidncia do clube. (D) Vultuosa soma de dinheiro di desviada dos cofres pblicos, na ltima campanha municipal. 14 - (CESPE UnB /Cmara dos Deputados / 2002) Julgue o item abaixo. - Na lngua portuguesa brasileira atual, a palavra estadia tem seu emprego como uma opo correta para o contexto de estada, pois ambas se equivalem semanticamente, assim como as formas melhora e melhoria, morada e moradia. 15 - (ESAF / AFRF / 2003) Indique o item em que todas as palavras esto corretamente empregadas e grafadas. a) A pirmide carcerria assegura um contexto em que o poder de infringir punies legais a cidados aparece livre de qualquer excesso e violncia. b) Nos presdios, os chefes e subchefes no devem ser exatamente nem juzes, nem professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem pais, porm avocam a si um pouco de tudo isso, num modo de interveno especfico. c) O carcerrio, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder tcnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento em um e de arbitrrio no outro, atenuando os efeitos de revolta que ambos possam suscitar. d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados. e) A existncia de uma proibio legal cria em torno dela um campo de prticas ilegais, sob o qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilcito, mas que se torna manejvel por sua organizao em delinqncia. (Itens adaptados de Michel Foucault) 16 (Fundao Carlos Chagas / Auditor Fiscal Paraba / 2006) www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Nas frases I. O mau julgamento poltico de suas aes no preocupa os deputados corruptos. Para eles, o mal est na mdia impressa ou televisiva. II. No h nenhum mau na utilizao do Caixa 2. Os recursos no contabilizados no so um mau, porque todos os polticos o utilizam. III. mau apenas lamentar a atitude dos polticos. O povo poder puni-los com o voto nas eleies que se aproximam. Nesse momento, como diz o ditado popular, eles estaro em mal lenis. o emprego dos termos mal e mau est correto APENAS em (A)) I. (B) I e II. (C) II. (D) III. (E) I e III. 17 - (ESAF /AFRF /2002-1 - adaptada) Analise se ambos os perodos esto gramaticalmente corretos. d) O incitamento discriminao no afasta a possibilidade de cometimento tambm de injria, motivada pela discriminao ou qualquer outro crime contra a honra, previsto no CPB ou mesmo na Lei de Imprensa. / O incitamento descriminao no afasta a possibilidade de cometimento tambm de injria, motivado pela descriminao ou quaisquer outro crime contra a honra, previsto no CPB ou mesmo na Lei de Imprensa. 18 - (AFC/CGU 2003/2004) Assinale a opo que corresponde a palavra ou expresso do texto que contraria a prescrio gramatical. No sculo XX, a arte cinematogrfica introduziu um novo conceito de tempo. No mais o conceito linear, histrico, que perspassa(1) a Bblia e, tambm, as pinturas de Fra Angelico ou o Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimem-se(3) as barreiras entre tempo e espao. O tempo adquire carter espacial, e o espao, carter temporal. No filme, o olhar da cmara e do

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI espectador(4) passa, com toda a liberdade, do presente para o passado e, desse, para o futuro. No h continuidade ininterrupta(5). (Adaptado de Frei Betto) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 19 - (CESPE UnB / Cmara dos Deputados / 2002) A maioria dos primeiros textos que foram escritos para descrever terra e homem da nova regio levam a assinatura de portugueses. Respondem s prprias perguntas que colocam, umas atrs das outras, em termos de violentas afirmaes eurocntricas. A curiosidade dos primeiros colonizadores menos uma instigao ao saber do que a repetio das regras de um jogo cujo resultado previsvel. Os nativos eram de carne-e-osso, mas no existiam como seres civilizados, assemelhavamse a animais. Na Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita a el-rei D. Manuel, observam-se melhor as obsesses dos portugueses, intrusos assustados e visitantes temerosos, que desembarcam de inusitadas casas flutuantes, do que as preocupaes dos indgenas, descritos como meros espectadores passivos do grande feito e do grande evento que a cerimnia religiosa da missa, realizada em terra. No , pois, por casualidade que a primeira metfora para descrever a condio do indgena recm-visto a tbula rasa, ou o papel branco. Eis uma boa descodificao das metforas: eles no possuem valores culturais ou religiosos prprios e ns, europeus civilizados, os possumos; no possuem escrita e eu, portugus que escrevo, possuo. Mas da tbula rasa e do papel branco trazia o selvagem, ainda dentro do raciocnio etnocntrico, a inocncia e a virtude paradisacas, indicando que, no futuro, aceitariam de bom grado a voz catequtica do missionrio jesuta que, ao imp-los em lngua portuguesa, estaria ao mesmo tempo impondo os muitos valores que nela circulam em transparncia. - A palavra espectadores (l.12), em relao forma expectadores, exemplifica, em lngua portuguesa, um dos casos em que h flutuao ortogrfica, com formas homnimas que podem se alternar no mesmo contexto e com o mesmo significado.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 20 - (ESAF / TCU / 2006 - adaptada) Em relao ao texto, analise as assertivas abaixo. As barreiras regulatrias vo da dificuldade burocrtica de abrir um empreendimento ao custo tributrio de mant-lo em funcionamento. No Brasil, representam 11% da muralha antidesenvolvimento e resultam, na maioria das vezes, da mo pesada do Estado criador de labirintos burocrticos, de onerosa e complexa teia de impostos e de barreiras comerciais. (Adaptado de Revista Veja, 7 de dezembro de 2005.) d) A expresso mo pesada (l. 5) est sendo empregada em sentido conotativo. e) A expresso teia (l. 6) est empregada em sentido denotativo. 21 - (VUNESP/ BACEN/ 1998) Assinale a alternativa conotativamente. que contm palavras empregadas

(A) A filosofia desce finalmente da torre de marfim em direo praa pblica. (B) Filosofia se diz de muitas maneiras: um livro de especialista, uma tese de doutorado, um texto didtico. (C) Atitudes excntricas do filsofo acabaram por popularizar suas idias. (D) O sucesso de debates garante a manuteno dos programas de estudos filosficos. (E) Passagens dos escritos dos filsofos, apesar de arbitrrios, so responsveis pelo entusiasmo dos debatedores. 22 - (ESAF / IPEA/ 2004 - adaptada) Depois da Independncia, o Brasil e os demais pases latinoamericanos se transformaram, no sculo XIX, nos primeiros estados nacionais nascidos fora da Europa. Uma exceo notvel, no momento em que alguns pases europeus comeavam sua segunda e veloz expanso colonial, na frica e na sia. Naquele momento, entretanto, esses estados eram centros de poder muito frgeis e no tinham capacidade de exercer suas soberanias, dentro e fora dos seus territrios. Alm disso, no dispunham de www.pontodosconcursos.com.br 29

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI economias ou mercados nacionais. Por isso, a Amrica Latina ficou marginalizada dentro do sistema interestatal de competio entre as Grandes Potncias, e pde ser transformada em um laboratrio de experimentao do "imperialismo de livre-comrcio", defendido por Adam Smith, e praticado pela Inglaterra, na primeira metade do sculo XIX. (Adaptado de Jos L. Fiori Brasil: Insero Mundial e Desenvolvimento) Julgue a seguinte afirmao: a) Seria gramaticalmente correta, sem necessidade de outras alteraes no texto, a substituio de latino-americanos por latinoamericanos. 23 - (ESAF/Analista Comrcio Exterior/2002) Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando , sem dvida, um dos mais srios, sobretudo porque dele decorrem inmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando j faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no suprimento da rede formal de comrcio, tomando o lugar de produtos legalmente comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilcitas proporcionam, aliados ao baixo risco a que esto sujeitas, favorecem e intensificam a formao de verdadeiras quadrilhas, at mesmo com participao de empresas estrangeiras. So organizaes de carter empresarial, estruturadas para promover tais prticas nos mais variados ramos de atividade. (Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) Com base no texto acima, julgue a afirmao que segue. d) A expresso dia-a-dia(l.3) corresponde idia de o viver cotidiano, e dia a dia corresponde idia de passagem do tempo, ou seja, dia aps dia. 24 - (ESAF / IPEA/ 2004) Assinale a opo que apresenta erro de morfologia, grafia das palavras ou emprego de vocabulrio inadequado. a) possvel gerar desenvolvimento em curto prazo. O ganho real de salrios aumenta o consumo. Logo, o comrcio cresce e gera empregos. A indstria, reativada, gera mais empregos. Os servios aumentam e criam empregos. b) Novos empregos geram consumo e, ento, est formada a aspiral desenvolvimentista do crescimento sustentado. O reverso da medalha

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI que o achatamento salarial representa uma queda brutal na economia do pas. c) Uma das estratgias do neoliberalismo manter alto o nvel de desemprego para que os trabalhadores percam, entre outros, o poder de presso e de negociao, os salrios baixem e o lucro das empresas aumente. d) Achatar salrios significa concentrar renda. O Brasil hoje um dos pases mais injustos e de maior concentrao de renda do mundo. e) O achatamento salarial beneficia fortemente as corporaes transnacionais. Elas conseguem pagar cada vez menores salrios, lucrar cada vez mais e remeter mais lucros para o exterior, empobrecendo o nosso Pas dia a dia. (Fernando Siqueira, Para Gerar Emprego e Desenvolvimento) 25 - (ESAF /AFC /2002 - adaptada) Julgue a correo gramatical do segmento abaixo. b) Nem os primeiros merecem inteiramente o epteto de apocalpticos, pois no so em geral niilistas ou utpicos, nem os ltimos fazem juz designao de integrados, posto que proclamam querer reagir contra o pior da "desordem estabelecida". Agora que voc resolveu todas as questes (espero...), veja o gabarito e leia os comentrios. Se houver dvidas, estarei disposio no frum. Abrao, bons estudos e at a prxima. Sugesto de exemplos: ACENTUAO GRFICA Monosslabos tnicos terminados em - A(S), - E(S), - O(S): f, p, rs, p, ns Oxtonos terminados em - A(S), - E(S), - O(S), - EM (-ENS): caf, chamin, Par, domin, fregus, vintm, tambm, refns Paroxtonos que NO terminam em - A(S), - E(S), - O(S), - EM (ENS): fcil, carter, trax, rgo, bnus, txi, m (note que foneticamente esse vocbulo termina com am, o que justifica a acentuao)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Paroxtonos terminados em ditongo crescente: Cludia, glria, imundcie, histria, congruncia Paroxtonos terminados em o: abeno, vo, enjo Paroxtonos terminados em o: bno, rfo Proparoxtonos oxtona, Matemtica, crtico Hiatos - I e U, 2 vogal tnica aps hiato, sozinhos na slaba ou com -S, desde que no seguidos de NH vivo, razes, veculo, ba, contra-la, Ita, fasca, campainha, Raul, ainda, ruim Hiatos - I e U - se as vogais forem iguais, no h acento sucuuba, xiita, niilismo Ditongos orais abertos tnicos -I, -U, -I chapu, apio, destris, idia, rus TREMA Recebe o trema o U dos grupos QUE, QUI, GUE, GUI quando for pronunciado e tono cinqenta, lingia, averigei, tranqilo, qinqelnge, qiproqu Quando o U for tnico, recebe acento agudo argi, averige Algumas palavras tm o emprego do trema facultativo (todos os derivados de lquido, inclusive este) liquidao/liqidao; antiguidade/antigidade; (todos os derivados de sangue) sanguinrio/sanguinrio; retorquir/retorqir. GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 1E Os erros de ortografia das demais opes so: (A) obsolescncia (com sc) e constitui (veremos na aula sobre verbos a forma de conjugao verbal dos verbos terminados em uir). (B) O vocbulo denegrir derivado da palavra negro, mantendo a grafia do original, com a letra e. (C) O que significa banalizar? Tornar algo banal. Perceba que o adjetivo no apresenta a letra s, devendo o sufixo formador do verbo ser grafado com a letra z (izar). O substantivo correspondente guarda a mesma forma do verbo: banalizao. Est correta a grafia de anti-social. Veja na tabela que anti exige o hfen antes de vocbulos iniciados por h, r e s, como social.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (D) O verbo convergir, bem como seus derivados convergente, convergncia, so grafados com g. Essa consoante mantida na conjugao antes das vogais e (convergem) e i (convergimos). A alterao grfica s se d nas formas irregulares, antes das vogais a (convirja) e o (convirjo), para que seja mantido o fonema /j/, (como em jarro). 2B Os erros esto presentes nos vocbulos: crescente (com sc) e xito. Est correta a grafia de agronegcio (D), vocbulo formado a partir da unio do radical agro (equivalente a agri, de agricultura) com negcio, assim como acontece em agronomia, agroindstria, agroecologia. 3-B Note como as questes se repetem. Mais uma vez, a Fundao Carlos Chagas apresentou erro na ortografia da palavra xito e omitiu o dgrafo de adolescentes. 4-E Desta vez, a banca deixou claro que segue a mesma linha de classificao da maioria dos gramticos - apresentou incio e a ela associou o vocbulo vrios, segundo o gabarito. Se classificasse esses vocbulos na regra das palavras proparoxtonas (seguindo a posio do V.O.L.P.), a questo seria anulada, pois haveria trs respostas igualmente vlidas alm de vrios, tambm tcnica e jurdica, que, indubitavelmente, so proparoxtonas. Ento, ATENO!!! A partir dessa questo, podemos identificar o posicionamento da banca da FCC para esta polmica incio e vrios so paroxtonas terminadas em ditongo crescente. Assim, se voc estiver se preparando para algum concurso a ser realizado por essa instituio, pode ficar tranqilo pelo menos, essa resposta voc poder marcar de olhos fechados. As demais palavras so acentuadas de acordo com as seguintes regras: (A) tcnica proparoxtona (B) idia ditongo aberto (i) (C) possvel paroxtona no terminada em a(s), e(s), o(s) e em(ens) www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (D) jurdica - proparoxtona 5-E Ofcio segue a mesma regra de acentuao que histria (A), salrios (B), inteligncias (C), memria (D) e agncia (E). J idias acentuado por se tratar de um ditongo aberto (u/ i / i), o mesmo ocorrendo em hericas. Por isso, a resposta a letra E. As demais palavras so acentuadas de acordo com as seguintes regras: - nico e perodo proparoxtonas; - Nger e notvel paroxtonas no terminadas em a(s), e(s), o(s) e em(ens). 6-D A opo que foi o gabarito da questo uma verdadeira aula sobre acentuao. Tanto am quanto o" formam o fonema /w/. Os vocbulos terminados por o" so oxtonos (corao, paixo), o mesmo no ocorrendo com os que terminam por am (cantam, destrancaram). Os primeiros s deixam de ser oxtonos em virtude de acentuao, como ocorre em rfo, acrdo, por exemplo. Por isso, est correta a afirmao de que as slabas que registram am so tonas (a tonicidade recai em outra slaba), enquanto que as em que se apresenta a forma o" podem ser tnicas (regra) ou tonas (exceo veja no quadro das paroxtonas). Alguns exemplos facilitam a compreenso deste conceito: acordam (presente do indicativo do verbo acordar slaba tnica: cor) acrdo (deciso de um colegiado slaba tnica: cr em virtude do acento agudo, que, se no fosse empregado, formaria acordo) acordaro (futuro do presente do indicativo do verbo acordar slaba tnica: ro) cordo (corrente que se leva no pescoo slaba tnica: do) As incorrees das demais opes so: (a) l monosslabo tnico; tamandu e atravs so oxtonas terminadas em a(s), e(s), o(s) ou em(ens); a recai na regra de acentuao do hiato a letra i, como segunda vogal de um hiato, sozinha na slaba ou acompanhada da letra s recebe acento agudo. www.pontodosconcursos.com.br 34

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Portanto, no h uma nica regra para a acentuao grfica desses vocbulos. (b) no existe essa regra de acentuao (formas verbais de primeira pessoa do plural). Tais vocbulos so acentuados por serem proparoxtonos. (c) lenis recebe o acento agudo por ser um ditongo aberto; j rsea um dos casos de paroxtona terminada em ditongo crescente (ou, segundo o V.O.L.P., proparoxtona). 7-C Esto corretas as formas dos trs vocbulos desta opo. Papis recebe acento agudo em decorrncia do ditongo aberto i. Hfen termina com uma paroxtona no duas formas plurais (sem acento, por ser en, e no em, o que justifica o acento por ser terminada em a(s), e(s), o(s) ou em(ens). J as possveis so: hfenes (proparoxtona) ou hifens uma paroxtona terminada em ens).

Os erros das demais opes so: a) O acento diferencial do verbo pr no alcana as formas derivadas desse verbo. Assim, est incorreto o emprego do acento circunflexo em propor. Esto corretas as formas: juzes (regra do hiato) e acrdo (paroxtona terminada em o) b) A palavra avaro paroxtona, recaindo a slaba tnica em va. A forma apresentada na questo constitui um erro de pronncia, chamado silabada, como ocorre em formas diferentes de rubrica (rbrica est errado!), cateter (catter est errado!) e necropsia (no necrpsia!!!). Esto corretas: desgua (paroxtona terminada em ditongo crescente) e carter (paroxtona no terminada em a/e/o/em). d) A palavra gratuito forma um ditongo em ui. A pronncia dela se assemelha de muito. H, nesses casos, uma vogal (u) e uma semivogal (i). A fora tnica recai na vogal (gratuito, muito). Por isso, no existe acento agudo na letra i. Est correta a acentuao grfica em: polcia (paroxtona terminada em ditongo crescente) e sava (regra do hiato). 8 ITEM CORRETO

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Algum a achou que no caa esse assunto nas provas da ESAF? Quem pensou assim est redondamente enganado. Os trs vocbulos so acentuados por serem proparoxtonas e, como vimos, todas as proparoxtonas recebem acento. 9-B Somente a assertiva II est correta. Os erros dos demais itens so os seguintes: I Enquanto que genrica e pblicos so proparoxtonas, excludos acentuado segundo a regra do hiato letra i, como segunda vogal de um hiato, sozinha na slaba ou acompanhada da letra s recebe acento. III No h registro formal do substantivo perca. Essa forma s admitida como conjugao do verbo perder no modo subjuntivo (Tomara que voc perca pontos.). 10 ITEM INCORRETO Como visto na questo anterior, no existe registro dessa forma como substantivo equivalente a perda. 11 - D PARALISAR deriva de paralisia, que j apresenta a letra s. As demais palavras apresentam a seguinte origem ou formao: A) minimizar (mnimo) / politizar (poltica)/ pulverizar (A formao desse verbo deriva da juno do radical latino pulver-, que significa p, poeira, com o sufixo izar) / catequizar (catequese vimos que a exceo); B) amortizar (que, por incrvel que possa ser, deriva de morte) / arborizar (radical latino arbor(i), relativo a rvore, que d origem a palavras como arbusto, acrescido do sufixo izar) / hipnotizar (hipnose) / preconizar (conserva a grafia da forma latina praeconizare); C) avalizar (aval) / cotizar (cota) / indenizar (indene, adjetivo que significa o que no sofreu prejuzo, acrescido do sufixo izar) / exorcizar (equivalente a exorcismar, de exorcismo ou exorcista); D) enfatizar (enftico) / polemizar (polmica) / arcaizar (arcaico);

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI E) contemporizar (tempo) / fiscalizar (fiscal) / sintonizar (sintonia) / entronizar (trono). 12 ITENS INCORRETOS O assunto a partir de agora homnimos e parnimos. Enquanto que incipiente (com c) significa iniciante ou principiante, insipiente (com s) tem o sentido de ignorante, no sapiente (sapincia sabedoria). Uma boa dica para memorizar lembrar que incipiente tem a letra C de comeo. A segunda dupla de parnimos vultoso, assim grafado por derivar de vulto, e vultuoso (o que apresenta a face vermelha e os olhos salientes). Assim, no so vocbulos equivalentes. 13 - A O verbo fluir quer dizer correr em estado fluido, e exatamente esse o significado apropriado ao contexto. Seu parnimo fruir (com r) equivale a gozar, desfrutar, tirar proveito ou possuir. (B) O registro formal de estadia de permanncia de um navio em um porto. O dicionrio Aurlio indica, como outra acepo, o mesmo sentido de estada, permanncia, com o seguinte comentrio: Muitos condenam o uso, freqentssimo, da palavra nesta ltima acepo. (C) O adjetivo fragrante deriva de fragrncia (perfume). No texto, deveria ser empregado o vocbulo flagrante, que, na acepo utilizada, significa evidente, patente, manifesta. (D) Como se refere a uma soma de grande vulto, o adjetivo adequado seria vultoso. O significado de vultuoso j foi apresentado na questo anterior. 14 ITEM CORRETO A banca tomou o cuidado de deixar clara a referncia linguagem atualmente em vigor, ou seja, a forma como se usa nos dias de hoje. Como vimos, freqente o uso da palavra estadia no sentido de estada. Apresentamos essa questo para que voc perceba como diferentes bancas podem adotar posicionamentos opostos em relao a um mesmo

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI assunto, o que refora a necessidade de se fazer provas anteriores da entidade responsvel pelo concurso para o qual se prepara o candidato. 15 - B Nessa questo, foi a vez da ESAF testar o conhecimento de alguns parnimos. Esto incorretas: a) INFRINGIR cometer infrao / INFLIGIR (correto) aplicar uma pena c) Est incorreta a grafia da palavra HOMOGENEIZAR (HOMOGNEO + IZAR). Sobe esse processo de formao da palavra, reveja as observaes iniciais deste ponto. d) IMINENTE prestes a acontecer / EMINENTE (correto) importante e) AFERIR medir / AUFERIR (correto) ganhar, obter. 16 - A Essa prova foi aplicada em maio de 2006, ou seja, est fresquinha, fresquinha... Mau adjetivo antnimo de bom. Mal advrbio (Eu dirijo mal), substantivo (No h mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe.) ou conjuno (Mal botou os ps para fora da casa, comeou a chover.). Nos dois primeiros casos, antnimo de bem. I O mau julgamento poltico... pode ser substitudo por O bom julgamento poltico... mesmo um adjetivo e est corretamente empregado. Na seqncia, em o mal est na mdia..., est sendo usado o substantivo, tanto que o acompanha um artigo definido masculino. II As duas ocorrncias de mau devem ser substitudas pelo substantivo mal. Note que em ambas as passagens, o vocbulo vem acompanhado de um determinante primeiramente um pronome indefinido (nenhum) e, adiante, por um artigo indefinido (um). III A primeira orao est correta. Responda como ficaria melhor: isso bom ou isso bem? Acredito que voc tenha escolhido a primeira forma. Logo, na ordem direta, a orao lamentar a atitude dos polticos MAU.. J na seqncia, o vocbulo acompanha o substantivo lenis, indicando se tratar de um adjetivo. Assim, eles estaro em maus lenis..

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) Mandato a autorizao que se concede a algum para que este represente o outorgante. No isso exatamente o que ocorre em uma eleio? Aurlio define mandato como o poder poltico outorgado pelo povo a um cidado, por meio de voto, para que governe a nao, estado ou municpio, ou o represente nas respectivas assemblias legislativas. Mas tambm apresenta a acepo de procurao, misso ou incumbncia. J mandado de segurana voc j viu em Direito Constitucional, no mesmo? 17 ITEM INCORRETO Enquanto que discriminao, no texto, significa o ato ou efeito de discriminar, distinguir ou segregar, descriminao o ato ou efeito de descriminar, excluir a criminalidade. Est correta somente a primeira construo. Alm disso, no segundo perodo o pronome quaisquer, que est no plural, acompanha outro pronome e um substantivo no singular, causando prejuzo gramatical. Deve ser substitudo por qualquer. Curiosidade: qualquer a nica palavra da lngua portuguesa que se flexiona no meio, e no no fim, em funo de sua formao (qual + quer / quais + quer). 18 - A Aurlio define o verbo perpassar (olha a grafia), como transitivo direto, com o sentido de postergar, preterir. Talvez, a inteno da banca tenha sido promover uma contaminao desse verbo com outros mais comuns, com o transpassar, ou at com os substantivos perspectiva, perspiccia. A grafia desse vocbulo foi objeto de questo da mesma banca na prova para o MPOG, em 2003. Item (2) registra a forma correta do substantivo derivado de simultneo. Se houvesse dvida com relao sua grafia, o candidato poderia buscar uma outra palavra parecida (ou seja, um paradigma) que tivesse passado pelo mesmo processo: IDNEO -> IDONEIDADE ESPONTNEO -> ESPONTANEIDADE SIMULTNEO -> SIMULTANEIDADE

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O item (3) explora conceitos de sintaxe de concordncia, assunto a ser estudado posteriormente. Por ora, vamos afirmar que essa construo est correta, uma vez que o sujeito da forma verbal as barreiras. S isso, est bem? Item (4) - Espectador o que v ou testemunha, enquanto que seu parnimo expectador o que est na expectativa. O uso daquele vocbulo est certinho de acordo com o contexto. Por fim, est correta a forma ininterrupta (item 5), com o prefixo de negao in antecedendo o adjetivo correspondente a interrupo. 19 ITEM INCORRETO. Viu s? Novamente foi explorado o emprego dos parnimos expectador e espectador, dessa vez pela CESPE UnB. Relembrando: - expectador o que est em expectativa (esperana fundada em supostos direitos, probabilidades ou promessas, segundo Aurlio). A grafia idntica ambas com a letra x. - espectador o que v ou testemunha. So parnimos e, ao contrrio do que se afirma na opo, no podem se alternar sem que haja prejuzo ao texto.

20 D) ITEM CORRETO E) ITEM INCORRETO Essa uma das mais recentes provas aplicadas pela ESAF. Continuamos no campo da Semntica, agora falando sobre o sentido das palavras. bem fcil memorizar: DENOTATIVO, com D de Dicionrio, o sentido literal das palavras. O outro, conotativo, o sentido figurado. Guarde o significado do primeiro e lembre do outro por lgica o oposto daquele. O item d est CORRETO sentido conotativo. Est sendo usada uma expresso figurada, equivalente a afirmao de que Estado rgido, extremamente exigente no que se refere aos trmites na regularizao de empresas e manuteno de suas atividades.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI J o item e est ERRADO teia, em sentido denotativo, ou seja, no sentido do dicionrio, significa emaranhado de fios, trama. No texto, equivalente a conjunto. Por isso, seu emprego tambm conotativo. 21 - A Outra banca (desta vez, a VUNESP) a exigir o mesmo conhecimento. J percebeu como esse ponto importante, no ? O que se deseja afirmar com a frase da letra A que a filosofia se tornou popular. Usou-se, assim, a linguagem figurada de descer da torre de marfim (privilgio de alguns) em direo praa pblica (domnio pblico). 22 ITEM INCORRETO Em latino-americano, h dois adjetivos que se unem formando um s. Contudo, houve a manuteno da unidade grfica e fontica de cada um deles, a partir do emprego do hfen. Nesse caso, como em qualquer adjetivo composto, somente o ltimo elemento varia. Uma caracterstica dos adjetivos ptrios que o menor deles deve iniciar a construo (anglo-hispnico, sino-coreano). Nesses casos, somente o segundo elemento ir se flexionar em gnero e nmero com o substantivo correspondente (pases latino-americanos / cidades latino-americanas). 23 ITEM CORRETO Dia-a-dia, com hfen, um substantivo equivalente a cotidiano, enquanto que dia a dia, sem hfen, uma locuo adverbial que significa diariamente. Percebe-se, assim, a alterao semntica em virtude do emprego desse sinal diacrtico. 24 - B As ltimas questes exploram consequentemente, ortografia. um pouco de vocabulrio e,

No existe o vocbulo aspiral, mas espiral, termo empregado conotativamente no texto que, sob aspecto econmico, significa um processo cumulativo em que novos empregos levam a um aumento de www.pontodosconcursos.com.br 41

CURSOS ON-LINE PORTUGUS CURSO REGULAR PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI consumo, que, por sua vez, faz aumentar os preos e, conseqentemente, uma demanda de reajuste salarial, realizando, assim, um processo sob a forma espiral. 25 ITEM INCORRETO O erro est na grafia do substantivo jus, proveniente do latim jus, cujo significado direito. Assim, fazer jus a algo equivale a ser merecedor de algo. Em tempo: niilista significa o que tudo nega, detm descrena absoluta.

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TERMOS DA ORAO E ANLISE SINTTICA Quando buscamos o significado do verbo ANALISAR no Dicionrio Aurlio, nos deparamos com a seguinte definio: 1. Decompor (um todo) em suas partes componentes; fazer a anlise de.
1

(3)

Esse anlise 1 (3) indica a terceira acepo do primeiro significado da palavra anlise, qual seja: 3. Exame de cada parte de um todo, tendo em vista conhecer sua natureza, suas propores, suas funes, suas relaes, etc. Pois exatamente isso que a anlise sinttica faz em relao estrutura do perodo: decompe, examina e divide o perodo composto; classifica as oraes que constituem o perodo; e, em cada orao, verifica a funo sinttica de cada um dos elementos (termos) constitutivos. como se fossem realizadas duas anlises simultaneamente: uma anlise macro O PERODO COMPOSTO E SUAS ORAES; e uma anlise micro OS TERMOS QUE COMPEM CADA ORAO. Vamos relembrar alguns conceitos apresentados anteriormente: - FRASE todo enunciado capaz de transmitir uma mensagem. Pode se apresentar sob forma sucinta (No!) ou complexa (De acordo com a ltima estimativa, havia mais de cem pessoas no comcio.). Em resumo, podemos dizer que, em uma frase, pode haver ou no um verbo. A primeira (sem verbo) no se presta anlise sinttica somente a frase oracional, por apresentar estrutura completa. - ORAO estrutura que se forma a partir do conjunto SUJEITO + PREDICADO. Como veremos, h casos de inexistncia do sujeito (Orao sem Sujeito), mas o predicado deve sempre existir. O verbo, algumas vezes, pode estar elptico, ou seja, foi omitido, mas pode perfeitamente ser subentendido. A orao pode encerrar: a) uma declarao (orao declarativa); b) uma pergunta ou dvida (orao interrogativa); c) uma ordem, desejo, splica, pedido (orao imperativa, imprecativa ou optativa, com entoao exclamativa); so optativas as oraes que exprimem um desejo intenso (Bons ventos o levem!) e imprecativas, as que expressam uma praga (Maldito seja aquele homem!); d) um estado ou reao emocional (orao exclamativa). - PERODO pode se apresentar como simples (uma orao, apenas) ou composto (duas ou mais oraes). Um perodo se encerra com uma pausa bem definida (ponto, ponto de interrogao, ponto de exclamao, reticncias).

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Vimos, na aula passada, que um perodo composto pode ser formado com oraes independentes (perodo composto por coordenao) ou dependentes (perodo composto por subordinao). Em princpio, cada orao coordenada pode formar um perodo simples por si basta, para isso, que se retire a conjuno e se faa a pontuao adequada. J a orao subordinada exerce funo sinttica em outra orao, perdendo o sentido se estiver separada desta. ANLISE SINTTICA E ANLISE SEMNTICA Na troca de informaes e idias, tm papel fundamental a situao e o contexto. Por situao, entende-se o ambiente fsico, cultural e social em que se fala; por contexto, o ambiente lingstico em que se encontra a orao. Muitas vezes, para realizarmos uma correta anlise sinttica, precisamos compreender, tambm com perfeio, o contexto em que a orao est inserida. Por isso, costumamos dizer que a anlise sinttica deve se realizar em conjunto com a anlise semntica (= significado, sentido). Ao construir as oraes, o autor (interlocutor ou escritor) deve seguir certos padres estruturais, de modo que atenda aos requisitos de coeso e coerncia. Assim, as estruturas oracionais devem observar alguns preceitos (bastante familiares para voc, que chegou a esse ponto do estudo): - associao entre vocbulos de acordo com sua funo sinttica (sintaxe de regncia); - harmonia entre os vocbulos de acordo com os princpios gramaticais (sintaxe de concordncia); - ordem dos vocbulos de acordo com sua funo sinttica e importncia para a formulao das idias (sintaxe de colocao). TERMOS DA ORAO A partir de agora, iremos realizar aquela anlise micro, ou seja, examinar os elementos que compem uma orao. Eles se dividem em ESSENCIAIS, INTEGRANTES e ACESSRIOS. 1 - ESSENCIAIS Os termos essenciais da orao so SUJEITO e PREDICADO. O sujeito o ser sobre o qual se faz uma declarao. Tem seu ncleo (palavra ou termo central, principal) representado por um substantivo ou um pronome substantivo. Em torno deste ncleo, podem estar presentes outros elementos, em funes acessrias. A funo de sujeito tambm pode ser exercida, em um perodo composto por subordinao, por uma orao subordinada substantiva (estudado exausto na aula passada). O predicado o termo que efetivamente apresenta a mensagem. Ordinariamente, podemos dizer que o que se declara sobre o sujeito. Com exceo do vocativo

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(funo a ser analisada parte), tudo o que no for sujeito, ou no estiver ligado ao ncleo do sujeito, pertence ao predicado. Contudo, nem sempre o sujeito e o predicado vm expressos. Em Andei lguas., o sujeito identificado pela desinncia verbal (EU andei). J em Linda cidade, Rio de Janeiro., a forma verbal est subentendida. Elipse , pois, a omisso em uma frase de um termo facilmente identificvel. Chamam-se ELPTICAS as oraes a que falta um termo essencial, e, conforme o caso, diz-se que o SUJEITO ou o PREDICADO est ELPTICO. 1.1 - TIPOS DE SUJEITO

Alguns desses conceitos j foram apresentados na aula sobre Concordncia (Aula 3). SIMPLES - Representado por apenas um ncleo. Falaram na sesso todos os oradores inscritos. SUJEITO: Todos os oradores inscritos NCLEO DO SUJEITO: oradores Atrs de meus olhos dorme uma lagoa profunda. SUJEITO: Uma lagoa profunda NCLEO DO SUJEITO: lagoa O culto dos deuses africanos abrange diferentes ritos. SUJEITO: O culto dos deuses africanos NCLEO DO SUJEITO: culto Viajamos cedo. SUJEITO (e NCLEO): Ns (elptico, identificado pela desinncia verbal) COMPOSTO - Representado por dois ou mais ncleos. Aplicam-se, neste caso, as regras de concordncia verbal j estudadas. Uma lagoa profunda e o cu dormem atrs de meus olhos. SUJEITO: Uma lagoa profunda e o cu NCLEOS DO SUJEITO (COMPOSTO): lagoa / cu Dormem / Dorme uma lagoa profunda e o cu atrs de meus olhos. (concordncia gramatical e ideolgica, respectivamente)

INDETERMINADO Pode ser representado de duas maneiras: a) verbo na 3 pessoa do plural. Falaram mal de voc.

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Bateram na porta. Dizem por a que tu andas novamente de novo amor, nova paixo, todo contente. b) verbo na 3 pessoa do singular + SE (ndice ou partcula de indeterminao do sujeito). Precisa-se de moas com experincia. Nunca se feliz. Fala-se muito mas pouco se faz.

ORAO SEM SUJEITO - Verbos impessoais (= 3 pessoa do singular) a) Verbos que indicam fenmenos da natureza: Chove muito. Anoiteceu rapidamente. b) Verbo HAVER (com sentido de existir): Nunca houve tantos interessados. Devia haver muitos interessados. c) Verbos com idia de tempo decorrido: Faz seis meses e sua partida. Vai para dez anos de sua partida. H trs semanas no a vejo. Amanh vai fazer dez meses de sua partida. d) Verbo SER nas expresses de horas, datas ou distncias: De um extremo ao outro so dez metros. Era uma hora e vinte.

1.2

- TIPOS DE PREDICADO

O Predicado pode ser classificado de trs formas: verbal, nominal e verbo-nominal. VERBAL Quando o predicado enuncia o que o sujeito faz ou sofre, cabe ao verbo apresentar a informao mais relevante da orao. Assim, o predicado se chama verbal, pois seu ncleo o verbo. o nico dos trs que no contm predicativo. Entraram em campo os atletas.

NOMINAL Neste predicado, o elemento mais importante est sob a forma de um nome (adjetivo, substantivo, pronome substantivo). O verbo tem a simples funo de ligar o sujeito a este nome (palavra ou expresso que encerra a declarao). Por isso, a palavra principal (ncleo) se encontra no predicativo do sujeito e o predicado chamado de nominal.

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Eles estavam contentes.

VERBO-NOMINAL Simultaneamente, apresenta a ao praticada e o estado referente ao sujeito (predicativo do sujeito) ou ao complemento verbal (predicativo do objeto). Por isso, possui dois ncleos: o verbo e o nome (que exerce a funo de predicativo). Os atletas entraram em campo confiantes. (predicativo do sujeito) Achei-a simptica. (predicativo do objeto direto)

PREDICAO VERBAL o modo como o verbo se apresenta no predicado (regncia verbal). Como qualquer outra palavra, a classificao de um verbo s pode ser definida na frase. O verbo, a depender do sentido que possua no contexto, pode ser classificado como: a) INTRANSITIVO (I) : O verbo j possui o sentido completo, podendo estar acompanhado de termos acessrios (adjunto adverbial) ou integrantes (predicativo), que venham somente pormenorizar as circunstncias da ao ou estado. b) TRANSITIVO: Neste caso, o verbo, sem um complemento, tem o seu sentido ou alcance prejudicado. Subdivide-se em: DIRETO (TD) o complemento se liga ao verbo de forma direta, ou seja, sem preposio obrigatria. Dentre os transitivos diretos, devemos destacar os verbos transobjetivos, que so os que exigem uma informao adicional a respeito do objeto direto. Essa informao vem sob a funo sinttica de predicativo do objeto direto. INDIRETO (TI) o complemento se liga ao verbo obrigatoriamente por meio de uma preposio. O nico verbo transitivo indireto que pode ser transobjetivo o verbo CHAMAR (Veja a aula sobre Regncia). DIRETO E INDIRETO (TDI) - tambm chamado de bitransitivo, apresenta dois complementos, um direto e outro indireto, concomitantemente.

c) DE LIGAO (VL) Serve para ligar o predicativo do sujeito (ncleo do predicado nominal) ao sujeito. Seria um erro afirmar que no possui significado, pois, a depender do verbo escolhido, podem ser expressos diversos aspectos: Ele feliz. estado permanente / Ele est feliz. estado transitrio Ele parece feliz. aparncia / Ele anda feliz. estado passageiro

2 INTEGRANTES O prprio nome j indica a sua funo na estrutura oracional. Esses termos integram (ou seja, completam, inteiram) a significao do verbo transitivo ou de um nome. So eles: OBJETO DIRETO, OBJETO INDIRETO, PREDICATIVO (DO SUJEITO e DO OBJETO), COMPLEMENTO NOMINAL E AGENTE DA PASSIVA.

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2.1 - OBJETO DIRETO - complemento de um verbo transitivo direto, ou seja, termo que vem ligado ao verbo sem preposio (obrigatria) e indica o ser para o qual se dirige a ao verbal. Vais encontrar o mundo (= Vais encontr-lo) Admiro a todos. Aguardavam-me desde cedo. O objeto direto preposicionado costuma ser usado: a) com verbos que indicam sentimento: Ama ao prximo com a ti mesmo. b) para evitar ambigidade: Feriu ao animal o caador. c) quando vem antecipado, como em alguns provrbios: A homem pobre ningum roube. d) em associao a pronomes pessoais oblquos tnicos (mim, si, ti, ns, vs, ele, ela eles, elas), certos pronomes indefinidos e junto ao pronome relativo quem: Depois de vrias doses, ele esqueceu a mulher, a filha e at a si. (ESQUECER TD) O remorso atingiu a todos. (ATINGIR TD) Ele tem uma mulher a quem considera uma rainha. (CONSIDERAR TD) e) com o numeral ambos na funo de objeto direto: Ele contratou a ambos. (CONTRATAR TD) f) em certas construes enfticas, quando se atribui ao um valor diferente do tradicional: Provou do prprio veneno (PROVAR TD). Todos ficaram pasmos quando souberam do caso. (SABER TD). O objeto direto pleonstico usado quando se quer chamar a ateno para o OBJETO DIRETO que precede o verbo. Tambm pode ser constitudo de um pronome tono e de uma forma pronominal tnica preposicionada. Esse carro, comprei-o hoje. A mim, ningum me espera em casa.

2.2 - OBJETO INDIRETO - complemento de um verbo transitivo indireto, isto , o termo que se liga ao verbo por meio de preposio. No vem precedido de preposio o objeto indireto representado pelos pronomes pessoais oblquos me, te, lhe, nos vos, lhes e pelo reflexivo se. Ele s pensa na prova. Falou aos filhos.

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Como ousas desobedecer-me?

Para saber identificar se esses pronomes (me, te, se, nos, vos, se) exercem a funo sinttica de objeto direto ou indireto (j que se prestam s duas funes), no podemos simplesmente trocar por a mim, pois, como vimos no item 2.1 d, os pronomes oblquos tnicos so sempre regidos por preposio. Para resolver esse mistrio, basta trocar o pronome por um nome: Como ousas desobedecer-me? Como ousa desobedecer a seu pai? A regncia do verbo DESOBEDECER exige preposio a. O objeto indireto pleonstico tem a mesma funo do objeto direto pleonstico: realce. Neste caso, uma das formas obrigatoriamente um pronome pessoal tono. A outra pode ser um substantivo ou um pronome oblquo tnico antecedido de preposio. Ao pobre, no lhe devo nada. A mim, ensinou-me tudo.

2.3 - PREDICATIVO 2.3.1 - DO SUJEITO Termo que, mesmo distante, se refere ao sujeito. Pode ser representado por: a) um substantivo ou expresso substantivada. O boato um vcio detestvel. b) um adjetivo ou locuo adjetiva. A praia estava deserta. Esta linha de morte. c) um pronome. O mito o nada que tudo. d) um numeral. Ns ramos cinco e brigvamos muito. e) por orao substantiva predicativa. A verdade que nunca me importei com ele.

Quando se deseja dar nfase ao predicativo, costuma-se repeti-lo: Feliz, j no o sou mais.

2.3.2 - DO OBJETO Refere-se ao complemento verbal, que pode ser tanto o objeto direto como o indireto.

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O Predicativo do Objeto s aparece em predicado verbo-nominal e pode ser expresso: a) por substantivo: Chamo-me Cludia. b) por adjetivo: Os moradores do castelo julgavam-no assombrado. O predicativo do objeto pode vir, facultativamente, antecedido de preposio ou do conectivo como: O sujeito explicou porque o tratavam por doutor. Considero-o como meu irmo. Somente com o verbo CHAMAR pode ocorrer o Predicativo do Objeto Indireto: Chamam-lhe de hipcrita por toda a parte. Chamam ao rapaz de hipcrita por toda a parte. Com os demais verbos transobjetivos (crer, eleger, encontrar, estimar, fazer, julgar, nomear, proclamar etc.), ele sempre PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO. 2.4 - COMPLEMENTO NOMINAL - pode completar um substantivo abstrato, um adjetivo ou advrbios (derivados de adjetivos). Vem regido por preposio e o termo preposicionado tem valor paciente. No permitida a colocao de cartazes. A deciso foi favorvel aos alunos. O deputado discursou favoravelmente ao projeto. Mais adiante, veremos a distino entre COMPLEMENTO NOMINAL e ADJUNTO ADNOMINAL. 2.5 - AGENTE DA PASSIVA Termo que exerce a ao verbal na voz passiva. Este complemento normalmente introduzido pela preposio por. Ela est sendo conquistada por mim.

3 ACESSRIOS So chamados ACESSRIOS os termos que se juntam a um nome ou a um verbo para precisar-lhes o significado. Embora tragam um dado novo orao, no so eles indispensveis ao entendimento do enunciado. So termos acessrios: ADJUNTO ADNOMINAL, ADJUNTO ADVERBIAL, APOSTO. 3.1 - ADJUNTO ADNOMINAL o termo que delimita, especifica a significao do substantivo, qualquer que seja a funo deste. O mesmo substantivo pode estar

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acompanhado de mais de um adjunto adnominal, ou seja, essa funo pode ser exercida por um adjetivo, uma locuo adjetiva, um artigo (definido ou indefinido), um pronome adjetivo, um numeral ou at mesmo uma orao adjetiva. Nos exemplos abaixo, so apresentados em negrito os adjuntos adnominais e sublinhados os ncleos (substantivos). Esta segregao social precisa de uma grande volta. Tinha uma memria de prodgio. O mar um mistrio para os sonhadores. A minha dona a solido. Venho cumprir uma misso do sacerdcio que abracei.

Adjunto Adnominal x Complemento Nominal A diferena entre as funes sintticas de ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL, em alguns casos, sutil, quando o termo regido por preposio. Se estiver preso a um ADJETIVO ou a um ADVRBIO, ser COMPLEMENTO NOMINAL. A sala est cheia de armamento pesado. Discursei favoravelmente ao projeto. Se completar um SUBSTANTIVO CONCRETO, ser ADJUNTO ADNOMINAL. A porta de ferro est enferrujada. Quando estiver junto a um SUBSTANTIVO ABSTRATO, preciso verificar o termo preposicionado. Se o termo for PACIENTE, um complemento nominal: A construo do prdio foi embargada. A venda de armas foi proibida. Se o termo for AGENTE, um adjunto adnominal: A conquista dos brasileiros foi reconhecida por todos. A invaso dos soldados foi rpida e eficaz. Essa distino fica explcita com o exemplo que nos apresenta Adriano da Gama Kury (Novas Lies de Anlise Sinttica). A lembrana de meu pai alegrou-me. Fora do contexto, no podemos afirmar se o elemento em destaque exerce funo ativa (adjunto adnominal) ou passiva (complemento nominal). Se a ao foi praticada pela filha (ela lembrou-se de seu pai e, com isso, alegrou-se), o valor passivo (o pai foi lembrado SOFREU A AO VERBAL) e a expresso exerce funo de complemento nominal.

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J se ao foi praticada pelo pai (ele se lembrou, fato que alegrou a filha), o valor da expresso ativo (o pai lembrou PRATICOU A AO VERBAL) e a funo exercida pela expresso adjunto adnominal.

Podemos ilustrar essa distino com o seguinte grfico:

- ADJETIVO SUBST. ABSTRATO - ADVRBIO - SUBSTANTIVO CONCRETO

COMPLEMENTO NOMINAL Com idia passiva = COMPLEMENTO NOMINAL

ADJUNTO ADNOMINAL Com idia ativa = ADJUNTO ADNOMINAL

Em resumo: - ADJETIVO, ADVRBIO E SUBSTANTIVO ABSTRATO COM IDIA PASSIVA COMPLEMENTO NOMINAL - SUBSTANTIVO CONCRETO E SUBSTANTIVO ABSTRATO COM IDIA ATIVA ADJUNTO ADNOMINAL O nico elemento da interseo o SUBSTANTIVO ABSTRATO. Quer um timo mtodo de memorizao? Ento, anote a: tudo com A = substantivo Abstrato com idia Ativa funo de Adjunto Adnominal. 3.2 - Adjunto Adverbial - , como o nome indica, o termo de valor adverbial que denota alguma circunstncia do fato expresso pelo verbo, ou intensifica o sentido deste, de um adjetivo ou de um advrbio. Pode vir expresso por um advrbio, uma locuo ou expresso adverbial ou uma orao adverbial. So inmeras as circunstncia atribudas por um adjunto adverbial. Sem a pretenso de esgotar os exemplos, podemos destacar: a) de causa - Por que no foste ao concerto?

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b) de companhia - Vivi com Daniel. c) de dvida - Talvez Nina tivesse razo. d) de fim - Fazia isso por penitncia. e) de instrumento - Dou-te com o chicote! f) de intensidade - Gosto muito de ti. g) de lugar - Levou-os para casa. h) de matria - Era um adeus com raiva e lgrimas. i) de meio- Viajava de trem por toda a Europa. j) de modo - Vagarosamente, recolhemos os frutos. l) de negao - No partas cheio de ressentimento. m) de tempo - Ele sentava-se cedo a essa mesa de trabalho e nunca reclamou de sua funo. Em um perodo composto, a funo de ADJUNTO ADVERBIAL pode ser exercida por uma ORAO SUBORDINADA ADVERBIAL, atribuindo-se uma das circunstncias enumeradas na aula passada (causal, condicional, concessiva, temporal, proporcional final, conformativa, consecutiva, concessiva, comparativa, locativa ou modal). Tambm merecem destaque os Advrbios Interrogativos: causa (por que), lugar (onde, aonde, donde), de modo (como), de tempo (quando), presentes nas oraes interrogativas. No confunda esses advrbios com os pronomes relativos, que devem se referir a algum termo antecedente. Adjetivos adverbializados so os adjetivos que se usam no lugar do advrbio e, por isso, no variam. Eles falam alto. A cerveja que desce redondo.

3.2.1 - PALAVRAS DENOTATIVAS Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, certas palavras, por vezes enquadradas indevidamente entre os advrbios, denotam circunstncias, sem que, como estes ltimos, modifiquem verbo, adjetivo ou outro advrbio. a) INCLUSO: at, inclusive, mesmo, tambm etc. Ele roubou diversas pessoas, at sua me. Mesmo os inocentes pagam. b) EXCLUSO: apenas, salvo, seno, s, somente etc. Da famlia s duas prestavam. c) DESIGNAO: eis Eis os livros de que te falei. d) RETIFICAO: alis, isto , ou melhor etc.

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Sinto que ele me escapa, ou melhor, que nunca me pertenceu. Corremos, isto , voamos at o trabalho. e) EXPLICAO: por exemplo, a saber, isto etc. Estivemos nesta casa, isto , na sala, no quarto.

f) SITUAO: afinal, ento, agora, mas etc. Afinal, o que fazes por aqui? Mas, porque nunca me disse isso? g) REALCE : c, l, que, que, s etc. Eles que deveriam ter vindo aqui. Eu s queria agradar voc. Isso l jeito de falar com a sua me?

3.3 APOSTO - o termo de natureza substantiva que se refere, na maioria das vezes a um substantivo, a um pronome ou a um equivalente, a ttulo de explicao ou de apreciao. O aposto tem o mesmo valor sinttico do termo a que se refere e, por meio dele, atribui-se a um substantivo (termo referente) alguma propriedade. Os dois termos designam sempre o mesmo ser, o mesmo objeto, a mesma idia ou o mesmo fato. Entre o aposto e o termo a que ele se refere h em geral uma pausa, marcada na escrita por uma vrgula. Eles, os pobres desesperados, tinham uma euforia de fantoches. Pode tambm no haver pausa entre o aposto e a palavra principal, quando esta um termo genrico, especificado ou individualizado pelo aposto. A cidade de Lisboa linda. No ms de maio vemos florir o jardim. Estes apostos equivalem a nomes, ttulose so chamados de aposto de especificao. No devem ser confundidos com adjuntos adnominais, que so atributos, termos de natureza adjetiva. O clima de Lisboa muito agradvel nesta poca. As festas de maio homenageiam as mes.

Tipos de aposto a) Explicativo: Maria, a estudante, chegou. b) Enumerativo: Comprei dois livros: o de Qumica e o de Fsica. c) Resumitivo ou Recapitulativo: Fortunas, prazeres, sossego, nada o satisfazia. d) Distributivo: Eram dois bons alunos um em Portugus e outro em Histria.

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e) Especificativo: Rio Amazonas / Praa da Repblica f) Em referncia a uma orao: Ele no compareceu, o que nos deixou tristes. O aposto no deve ser confundido com o adjetivo que, em funo de predicativo, costuma vir separado do substantivo que modifica por uma pausa sensvel (geralmente na escrita indicada por vrgula). Veja o seguinte exemplo: A noite vai descendo muda e calma. Esta orao poderia ser enunciada: A noite, muda e calma, vai descendo. Nas duas oraes, muda e calma exercem a funo sinttica de predicativo do sujeito e designam o estado em que se encontrava o agente (noite) ao praticar a ao (descer). Faz parte, portanto, de um predicado verbo-nominal. O adjetivo, usado na sua funo prpria (como a de predicativo do sujeito), no pode exercer a funo de aposto, porque designa uma caracterstica do ser ou da coisa, e no o prprio ser ou a prpria coisa, como o aposto o faz. Maria, irm de Carlos, mudou-se para o Acre. Agora, temos um exemplo de expresso que exerce a funo de aposto. Irm de Carlos tem valor substantivo e se refere ao elemento j enunciado (Maria). VOCATIVO parte do sujeito e do predicado, so termos de entoao exclamativa que, sem estarem subordinados a nenhum outro termo da frase, apenas servem para invocar, chamar ou nomear, com nfase maior ou menor, a pessoa ou coisa personificada. Jos, venha falar comigo. Pode ser antecedida por uma interjeio: Evo, Carlos! Encerramos, aqui, a aula de hoje. Em nossa prxima aula, falaremos sobre PONTUAO e muitos dos conceitos at ento apresentados sero fundamentais para que possamos seguir com firmeza em nosso estudo. Grande abrao e at l! QUESTES DE FIXAO (FGV / Ministrio da Cultura /2006) Foto dos Sonhos O engenheiro colombiano Joaqun Sarmiento trabalhava em Nova York e se sentia, muitas vezes, solitrio. Era mais um daqueles imigrantes nostlgicos. Para ocupar as horas vagas, decidiu aprender fotografia. Estava, nesse momento, descobrindo um

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novo ngulo para a sua vida, sem volta. A vontade de se aventurar pela Amrica Latina tirando fotos fez com que ele deixasse para sempre a paisagem novaiorquina, aposentasse sua carreira de engenheiro e transformasse Paraispolis, uma das maiores favelas paulistanas, em seu cenrio cotidiano. "Estou ficando sem dinheiro, mas uma bela aventura." Depois de trs anos nos Estados Unidos, voltou para Bogot, planejando trabalhar em obras de infra-estrutura. Mudou de idia. Com 26 anos, percebeu que o hobby que tinha adquirido em Nova York se convertera em paixo. No final de 2004, veio com sua famlia para duas semanas de frias em So Paulo. "Como sempre tive muito interesse em estudar a Amrica Latina, fui ficando." Soube ento de uma experincia desenvolvida pelo colgio Miguel de Cervantes, criado por espanhis, na vizinha Paraispolis. L, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barraco dos Sonhos", no qual se misturam ritmos afros e ibricos. Desse encontro nasceu, por exemplo, a estranha mistura dos ritmos e bailados flamencos com o samba. "Resolvi registrar esse convvio e, aos poucos, ia me embrenhando na favela para conhecer seus personagens." O que era, inicialmente, para ser um cenrio fotogrfico virou uma espcie de laboratrio pessoal. Joaqun sentiu-se estimulado a dar oficinas de fotografia a jovens e crianas de Paraispolis. "Descobri mais um ngulo das fotos: o ngulo de ensinar a olhar." Lentamente, naquele espao, temido por muitos, Joaqun ia se sentindo em casa. "H um jeito muito similar de acolhimento dos latino-americanos, apesar de toda a violncia." Sem saber ainda direito como vai sobreviver "as reservas que acumulei em Nova York esto indo embora" , ele planeja as prximas paradas pela Amrica do Sul. Mas, antes de se despedir, pretende fazer uma exposio sobre o seu olhar pelo Brasil. At l, est aproveitando a internet (www.joaquinsarmiento.com) para mostrar algumas das imagens fotogrficas que documentam seus trajetos. (Gilberto Dimenstein. Folha de So Paulo, 12/04/2006) Com base no texto acima, responda s perguntas 1 a 3. 1 - Assinale a alternativa que no exera a mesma funo sinttica que as demais. (A) as horas vagas (ls.2-3) (B) muito interesse (l.13) (C) ritmos afros e ibricos (l.17) (D) como vai sobreviver (l.27) (E) que (l.27) 2 - Assinale a alternativa em que, respectivamente, a funo sinttica dos termos Paraispolis (L.6), na vizinha Paraispolis (L.15) e de Paraispolis (L.23) esteja corretamente indicada. (A) sujeito adjunto adnominal adjunto adnominal (B) objeto direto adjunto adverbial adjunto adnominal (C) adjunto adnominal adjunto adnominal adjunto adverbial

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(D) objeto direto complemento nominal adjunto adverbial (E) sujeito adjunto adverbial complemento nominal 3 - Assinale a alternativa em que o termo do texto no atribua, para a orao de que faz parte, circunstncia temporal. (A) nesse momento (L.3) (B) Depois de trs anos nos Estados Unidos (L.9) (C) No final de 2004 (L.12) (D) para duas semanas de frias em So Paulo (Ls.12-13) (E) antes de se despedir (L.29) 4 - (BESC / ADVOGADO/ 2004) Assinale a alternativa em que o termo destacado exera a mesma funo sinttica que o termo grifado na seguinte frase: "Os bancos ganharam antes e, sinaliza o governo, vo continuar ganhando.". (A) "Est claro que a reduo esperada e projetada da taxa-Selic diminuiu a rentabilidade dos bancos..." (B) "...j que posterga a corrida certa dos bancos em busca da rentabilidade perdida." (C) "E o risco de emprestar sempre o de no receber." (D) "Buscam-se regras e leis para tornar menos 'paternalista' a deciso dos juzes..." (E) "Ou seja, h uma possibilidade, no desprezvel, de o pas perder, mais uma vez, uma janela de oportunidade." 5 - (FGV / PREF.GUARULHOS/ 2001) Assinale a alternativa na qual que tem a mesma funo sinttica que em: A flor que ontem desabrochou j est murcha. A. Ela tem um qu de mistrio. B. Sofreu muito com as chuvas que caram. C. Veio to rpido que nos surpreendeu. D. Venha, que ela est aqui. 6 - (NCE UFRJ / TRE RJ Tcnico Judicirio Adm/ 2001) ... exige mudana profunda no enfoque da administrao dos problemas sociais pelos governos federal, estadual e municipal... O comentrio correto a respeito desse segmento do texto : a) o termo da administrao corresponde a um adjunto adnominal; b) o termo dos problemas sociais corresponde a um objeto indireto;

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c) federal, estadual e municipal so apresentados numa ordem crescente de importncia; d) o substantivo governos se prende aos adjetivos federal, estadual e municipal; e) o adjetivo profunda se refere aos substantivos mudana e administrao.

7 (FGV/ATE MS/2006 com adaptao) Tenho medo de abrir! Vai que evapora!. Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, a correta funo sinttica de medo e de abrir. (A) adjunto adverbial objeto indireto (B) predicativo do sujeito complemento nominal (C) predicativo do sujeito adjunto adnominal (D) objeto direto adjunto adnominal (E) objeto direto complemento nominal 8 - (NCE UFRJ / Eletronorte / 2006) A alternativa em que o elemento sublinhado indica o agente e no o paciente do termo anterior : (A) a utilizao de qualquer um deles; (B) a queima do petrleo; (C) inundao de vastas reas; (D) a fauna aqutica dos rios; (E) construo de barragens. 9 - (NCE UFRJ / BNDES/ 2005) Os adjetivos mostram qualidades, caractersticas ou especificaes dos substantivos; a alternativa abaixo em que o termo em negrito NO funciona como adjetivo : (A) difcil aprendizado; (B) sensao de dificuldade; (C) trabalho que difcil; (D) tarefa dificlima; (E) acesso difcil.

10 - (FGV / ICMS MS ATI / 2006) Voc nunca teve iluses sobre a humanidade.

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O termo destacado no perodo acima tem a funo sinttica de: (A) adjunto adnominal. (B) adjunto adverbial. (C) complemento nominal. (D) objeto indireto. (E) predicativo do objeto.

11 - (UnB CESPE / Cmara dos Deputados / 2002 com adaptao) Nabuco parte para Londres no ms de fevereiro de 1882, permanecendo como correspondente do Jornal do Comrcio at 1884. Ele no passar como outrora o tempo londrino na ociosidade. Dedica-se agora ao trabalho e ao estudo. Como vrios outros intelectuais do seu tempo, interessados todos pelos problemas sociais e vivendo no exlio, torna-se freqentador assduo do Museu Britnico. Reflete e l acerca de vrios assuntos na biblioteca do Museu. O Museu Britnico fonte de muitas obras importantes das cincias sociais. Ali, Karl Marx escreve O Capital e outros ensaios. Tambm ali Nabuco absorve as lies que so a base de um dos textos fundamentais das cincias sociais brasileiras. A atividade principal da sua mais recente temporada londrina a familiarizao com a bibliografia a respeito do escravismo colonial. Isso lhe permite escrever um livro da qualidade de O Abolicionismo a reflexo mais coerente, profunda e completa j feita no Brasil acerca do assunto. Trata-se de um monumento de erudio, pleno de conhecimento de histria, poltica, sociologia, direito e de tudo quanto se refere escravido negra. Pelo alto nvel do contedo e a excelncia da forma um dos livros mais importantes das cincias sociais jamais escritos no Brasil. Ocupa, por isso, um lugar de destaque na bibliografia especfica que, na poca, era muito restrita. Hoje, mais de cem anos depois da sua primeira edio, quando as cincias sociais se desenvolveram tanto no mundo e no Brasil, o livro ainda consultado e visto como exemplo, seja pelo volume de informaes, seja pelos variados enfoques alguns extremamente originais , seja ainda pela forma superior. Por tudo isso julgado como empresa notvel. Bastava a redao de O Abolicionismo para justificar a proveitosa estada de Nabuco por dois anos na Inglaterra. Francisco Iglsias. Idem, p.13 (com adaptaes). Analise as proposies a seguir, indicando V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opo que indica a ordem correta. I - Nas formas verbais Dedica-se (l.3) e torna-se (l.5), o pronome encltico exerce funes sintticas diferentes. II - No trecho Isso lhe permite escrever (l.11), o pronome sublinhado exerce a funo de objeto indireto e poderia ser substitudo pela expresso a ele. a) V V b) V F c) F V

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d) F - F 12 (UnB CESPE/SMF Macei/2003) A devassa por decreto No de hoje que se propaga entre ns fenmeno raro a demandar anlise criteriosa. Pode ser resumido em poucas palavras. Enquanto a milenar presuno de inocncia acompanha o acusado at sua condenao, ainda que o delito a ele imputado seja dos mais graves e comprometedoras as provas apuradas, a presuno muda de face, embora no se diga, em se tratando de fato envolvendo o fisco; facilmente se aceita como verdadeira a imputao feita a algum. Suponho que esse fenmeno derive do fato, generalizado, de estabelecer-se sinonmia entre contribuinte e sonegador. No preciso dizer que o tributo, entre outras razes, por ser obrigao legal, deve ser satisfeito na forma e no prazo de lei. De resto, as sanes criadas para forar essa observncia chegam a ser draconianas. Se elas fossem pactuadas entre particulares, dificilmente seriam aceitas como lcitas na esfera dos tribunais; em favor do fisco, no entanto, so aceitas sem reparos. Fao a observao apenas para salientar o aparato coercitivo que acompanha o direito, por vezes o suposto direito do errio. Mas, volto a dizer, ultimamente, os excessos legislados via de regra por medidas provisrias so chocantes, a comear por sua imoderao; assim, no tm faltado alteraes insignes no processo fiscal, a ponto de convert-lo em simulacro processual. Paulo Brossard. adaptaes). In: Correio Braziliense, 22/12/2002. Coluna Opinio (com

Com base no texto acima, julgue a assertiva que se segue. Com relao representao do sujeito da orao, no segmento em se tratando de fato (l.5), o sujeito indeterminado, diferentemente do que ocorre no segmento estabelecer-se sinonmia (ls.7-8), em que o sujeito sinonmia.

13 - (CESPE UnB / MPU/ 1996) Maria Berlini no mentira quando dissera que no trabalhava, nem estudava. Mas trabalhara pouco depois de chegada ao Rio, com minguados recursos, que se evaporaram como por encanto. A tentativa de entrar para o teatro fracassara. Havia s promessas. No era fcil como pensara. Mesmo no tinha a menor experincia. Fora estrela estudantil em Guar. Isso, porm, era menos que nada! Acabado o dinheiro, no podia viver de brisa! Em oito meses, fora sucessivamente chapeleira, caixeira de perfumaria, manicura, para se sustentar. Como chapeleira, no agentara dois meses, que era duro!, das oito da manh s oito da noite, e quantas vezes mais, sem tirar a cacunda da labuta. No era possvel! As ambies teatrais no haviam esmorecido, e cad tempo? Conseguira o lugar de balconista numa perfumaria com ordenado e comisso. Tinha jeito para vender, sabia empurrar mercadoria no fregus. Os cobres melhoravam satisfatoriamente. Mas tambm l passara pouco tempo. O horrio era praticamente o mesmo, e o trabalho bem mais suave - nunca imaginara que houvesse tantos perfumes e sabonetes neste mundo! Contudo continuava numa priso. No nascera para prises. Mesmo como seria

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possvel se encarreirar no teatro, amarrada num balco todo o santo dia? Precisava dar um jeito. Arranjou vaga de manicura numa barbearia, cujo dono ia muito perfumaria fazer compras e que se engraara com ela. Dava conta do recado mal e porcamente, mas os homens no so exigentes com um palmo de cara bonita. Funcionava bastante, ganhava gorjetas, conhecera uma matula de gente, era muito convidada para almoos, jantares, danas e passeios, e tinha folgas - uf , tinha folgas! Quando cismava, nem aparecia na barbearia, ia passear, tomar banho de mar, fazer compras, ficava dormindo... O primeiro perodo do texto constitudo por (A) duas oraes coordenadas. somente. (B) duas oraes subordinadas, somente. (C) trs oraes, sendo duas subordinadas e uma coordenada. (D) trs oraes, sendo duas coordenadas e uma subordinada. (E) quatro oraes; entre elas, duas subordinadas e uma coordenada e subordinada, ao mesmo tempo. (CESPE UnB / MPU/ 1996) Com base no texto a seguir, responda s questes 14 e 15. Tal como a chuva cada Fecunda a terra no estio Para fecundar a vida, O trabalho se inventou. Feliz quem pode orgulhoso Dizer: - Nunca fui vadio E se hoje sou venturoso, Devo ao trabalho o que sou. Olavo Bilac, O trabalho.

14 - (CESPE UnB / MPU/ 1996) Considerando a sentena contida nos versos 5 e 6, quanto morfossintaxe, assinale a opo incorreta. (A) O adjetivo ''orgulhoso'' est exercendo a funo de predicativo do objeto. (B) "Feliz'' e "vadio" so adjetivos que exercem as funes de predicativos de seus sujeitos. (C) "Nunca" um advrbio que atualiza as circunstncias de tempo e de negao, simultaneamente. (D) Na locuo verbal "pode ... Dizer", o primeiro verbo auxiliar e o segundo o principal. (E) Reescrevendo a sentena na ordem direta, em discurso indireto, tem-se: Quem

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pode dizer orgulhoso que nunca foi vadio feliz. 15 - (CESPE UnB / MPU/ 1996) Em "E se hoje sou venturoso/ Devo ao trabalho o que sou." (v.7-8), h apenas (A) (B) (C) (D) (E) duas vezes o sujeito eu. um pronome pessoal do caso oblquo. um pronome relativo e um pronome demonstrativo. dois predicados verbais. trs predicados nominais.

16 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL/ 2006) A alternativa em que a construo com o pronome SE diferente das demais : (A) desfez-se o regime de segregao racial; (B) solidificou-se a viso de que (....) o homem tinha direito a uma vida digna; (C) justificava-se abertamente o direito do marido de bater na mulher; (D) Lutou-se pela idia de que todos os homens merecem a liberdade; (E) respeitar-se o sinal vermelho.

17 - (ESAF/TRF/2006) Assinale a opo correta em relao funo do se. Embora a recuperao da confiana tenha sido modesta em setembro, possvel que a tendncia positiva se(1) acentue no final do ano, se(2) a queda do juro bsico se(3) transferir para o crdito ao consumo e se(4) os salrios reais continuarem a se(5) recuperar devido conteno da inflao, que eleva o poder aquisitivo. (O Estado de S. Paulo, 04/10/2005, Editorial) a) 1 conjuno condicional b) 2 pronome reflexivo c) 3 ndice de indeterminao do sujeito d) 4 conjuno condicional e) 5 palavra expletiva ou de realce 18 - (CESPE UnB / MPU/ 1996) Analise o emprego dos conectivos que sublinhados no fragmento a seguir: "o impassvel gigante que os contemplava com desprezo, imperturbvel a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito". Assinale a opo correta.

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(A) Nas trs ocorrncias, o que pronome relativo. (B) Na primeira ocorrncia, o que sujeito da orao seguinte. (C) Na segunda ocorrncia, o que expletivo, podendo ser retirado da sentena sem prejuzo do sentido. (D) Na terceira ocorrncia, o que o objeto direto do verbo deixar. (E) Nas duas ltimas ocorrncias, o que conjuno subordinativa integrante, no exercendo funo sinttica.

GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 1C Vamos analisar, uma a uma, a funo sinttica dos elementos destacados. a) Para ocupar as horas vagas, decidiu aprender fotografia. A expresso as horas vagas o complemento do verbo ocupar. Como se liga ao verbo sem preposio, sua funo objeto direto. b) "Como sempre tive muito interesse em estudar a Amrica Latina, fui ficando." Algum tem alguma coisa. A expresso muito interesse exerce a funo de complemento do verbo ter. , pois, seu objeto direto. c) L, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barraco dos Sonhos", no qual se misturam ritmos afros e ibricos. A princpio, poderamos pensar: o verbo misturar transitivo direto, o que nos levaria ao erro de considerar ritmos afro e ibricos como objeto direto. Seria um erro, uma vez que o verbo est acompanhado do pronome SE. Vamos, ento, analisar o VALOR desse pronome: se misturam ritmos afros e ibricos. Assim, podemos afirmar que ritmos afros e ibricos so misturados. Existe, a, uma idia passiva. Trata-se, assim, de uma construo de voz passiva, em que o elemento ritmos afros e ibricos exerce a funo sinttica de SUJEITO. Essa a resposta para a questo. a nica opo em que a funo sinttica difere das demais. Olha a pegadinha a, gente! Verbos transitivos diretos acompanhados de pronome SE, com idia passiva, formam VOZ PASSIVA, e o termo que seria o objeto direto da voz ativa exerce a funo de SUJEITO da voz passiva. Na dvida, volte a estudar os pontos sobre VOZ PASSIVA das aulas sobre VERBOS e sobre CONCORDNCIA. d) Sem saber ainda direito como vai sobreviver Sem saber ISSO a orao como vai sobreviver, iniciada pelo advrbio como, tem a funo sinttica de complementar o verbo saber. , portanto, uma orao subordinada substantiva objetiva direta exerce a funo de objeto direto. e) "as reservas que acumulei em Nova York esto indo embora"

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Agora, podemos praticar a anlise da funo sinttica exercida por um pronome relativo (item 2.1 da Aula 9 Perodos). O pronome relativo se refere ao substantivo reservas. Trocando o pronome relativo pelo nome correspondente, teramos: Acumulei as reservas. Assim, fica clara a funo sinttica exercida pelo pronome objeto direto do verbo acumular. 2B O examinador pede que se indique a funo sinttica das expresses em destaque. A vontade de se aventurar pela Amrica Latina tirando fotos fez com que ele deixasse para sempre a paisagem nova-iorquina, aposentasse sua carreira de engenheiro e transformasse Paraispolis, uma das maiores favelas paulistanas, em seu cenrio cotidiano. Na passagem, o verbo transformar Paraispolis em seu cenrio cotidiano. transobjetivo (ele) transformou

O vocbulo Paraispolis exerce a funo de objeto direto, enquanto que em seu cenrio cotidiano possui a funo de complementar esse nome predicativo do objeto direto. Note a expresso uma das maiores favelas paulistanas. A funo exercida por essa expresso (que tem valor substantivo) a de aposto. Soube ento de uma experincia desenvolvida pelo colgio Miguel de Cervantes, criado por espanhis, na vizinha Paraispolis. A expresso na vizinha Paraispolis indica o local em que se localizava o colgio onde tal experincia era desenvolvida tem valor circunstancial e exerce a funo sinttica de adjunto adverbial.

Joaqun sentiu-se estimulado a dar oficinas de fotografia a jovens e crianas de Paraispolis. A expresso de Paraispolis, agora, tem valor adjetivo. Se fosse uma cidade, poderia at ser substituda por um adjetivo correspondente: paraisopolitanas (Nossa! Que coisa feia!). Por isso, a expresso exerce a funo de adjunto adnominal. J em a favela de Paraispolis (isso poderia ter sido explorado pelo examinador. Viu como ele foi bonzinho?), em que o termo exerce a funo de aposto especificativo, indicando o nome da favela. As funes sintticas so, portanto: OBJETO DIRETO, ADJUNTO ADVERBIAL E ADJUNTO ADNOMINAL. 3D Todas as expresses destacadas apresentam valor circunstancial. Teremos de identificar qual delas no apresenta indicao de tempo, momento.

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a) Estava, nesse momento, descobrindo um novo ngulo para a sua vida, sem volta. Essa expresso indica o momento em que tal fato (descobrir um novo ngulo para a sua vida) ocorria (fcil essa, no ?). b) Depois de trs anos nos Estados Unidos, voltou para Bogot, planejando trabalhar em obras de infra-estrutura. Essa expresso tambm indica o momento em que o engenheiro voltou para Bogot. c) No final de 2004, veio com sua famlia Mais uma vez, h indicao de momento. d) No final de 2004, veio com sua famlia para duas semanas de frias em So Paulo. Essa expresso, ao contrrio das demais, indica a finalidade da vinda do engenheiro e sua famlia: gozar frias de duas semanas em So Paulo. Essa a resposta! e) Mas, antes de se despedir, pretende fazer uma exposio sobre o seu olhar pelo Brasil. Quando ele pretende fazer uma exposio sobre seu olhar pelo Brasil? Resposta: antes de se despedir, ou seja, antes de ir embora do Brasil. H, portanto, indicao de momento. 4-C No seria preciso reproduzir o texto, pois podemos realizar a anlise sinttica a partir dos segmentos apresentados em cada opo. Em "Os bancos ganharam antes e, sinaliza o governo, vo continuar ganhando.", a expresso em negrito exerce a funo sinttica de sujeito: o governo sinaliza. a) J em a reduo esperada e projetada da taxa SELIC diminuiu a rentabilidade dos bancos...", o termo em destaque o objeto direto do verbo diminuir, enquanto que o sujeito est representado por a reduo esperada e projetada da taxa SELIC, cujo ncleo reduo. b) A expresso a corrida certa dos bancos exerce a funo sinttica de objeto direto do verbo postergar (= adiar). c) Em o risco de emprestar sempre o de no receber, a expresso em relevo exerce a funo sinttica de sujeito do verbo de ligao ser. Essa a resposta certa. d) O verbo tornar , na construo, transobjetivo e apresenta, como objeto direto, a expresso a deciso dos juzes e, como predicativo do objeto direto, a expresso menos `paternalista. Cuidado! A expresso regras e leis exerce a funo sinttica de SUJEITO da forma verbal transitiva direta Buscam, que est acompanhada do pronome apassivador SE (Buscam-se regras e leis = Regras e leis so buscadas).

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e) de o pas perder (...) uma janela de oportunidades O sujeito do verbo PERDER pas. A expresso uma janela de oportunidades, por sua vez, exerce a funo sinttica de OBJETO DIRETO. Note a forma com que a preposio se mantm separada do artigo que acompanha o substantivo pas, sujeito do verbo PERDER. Essa a recomendao da norma culta. Contudo, modernamente j se aceita a contrao da preposio com o artigo (possibilidade do pas perder...). 5-B Vamos dividir o perodo em oraes: A flor que ontem desabrochou j est murcha. Orao principal A flor j est murcha Orao subordinada que ontem desabrochou A palavra que substitui a palavra flor, presente na orao principal. , portanto, um pronome relativo, que inicia uma orao subordinada adjetiva. Por no haver pausa (indicada pela vrgula) entre as duas oraes, essa uma orao subordinada adjetiva restritiva. O pronome relativo ser trocado pelo nome, para melhor anlise de sua funo sinttica: A flor ontem desabrochou. O pronome relativo, que est no lugar de a flor, exerce, portanto, a funo sinttica de SUJEITO. Vamos procurar uma outra ocorrncia do relativo que na funo de SUJEITO. a) Ela tem um qu de mistrio esse qu um substantivo, tanto que est acompanhado de um artigo indefinido (um qu). Esse vocbulo exerce a funo sinttica de objeto direto do verbo ter. b) So duas as oraes que compem o perodo composto: Sofreu muito com as chuvas que caram. Orao principal Sofreu muito com as chuvas Orao subordinada que caram O pronome que substitui a palavra chuvas. Ele tambm exerce a funo sinttica de sujeito da orao subordinada adjetiva restritiva (As chuvas caram = que caram). Essa , portanto, a resposta correta. c) Veio to rpido que nos surpreendeu. Esse perodo composto por subordinao tambm possui duas oraes: - orao principal Veio to rpido - orao subordinada que nos surpreendeu. H entre essas duas oraes uma relao de causa e conseqncia, sendo essa segunda circunstncia apresentada pela orao subordinada. Ela , pois, uma orao subordinada adverbial consecutiva, e o vocbulo que uma conjuno adverbial consecutiva.

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Note a presena do vocbulo to na orao principal, uma caracterstica desse tipo de construo. d) Venha, que ela est aqui. Vimos, em aulas anteriores, que uma das formas de distinguir a conjuno causal da conjuno explicativa que esta ltima pode estar em uma construo de verbo no imperativo. Esse um bom exemplo. Em Venha, que ela est aqui, a conjuno explicativa d incio orao em que se apresenta a justificativa para a ordem presente na primeira orao (Venha). So oraes coordenadas, sendo a segunda classificada como orao coordenada sindtica explicativa. 6D a) A expresso da administrao se associa palavra enfoque, substantivo abstrato derivada do verbo enfocar. Como apresenta idia passiva (a administrao ser enfocada), o termo que complementa o substantivo abstrato exerce a funo sinttica de COMPLEMENTO NOMINAL, e no de adjunto adnominal. b) A expresso dos problemas sociais complementa o substantivo abstrato administrao. Logo, no poderia exercer a funo de objeto indireto (complemento verbal). Tambm h nessa expresso valor passivo (os problemas sociais sero administrados). Assim, a funo sinttica , mais uma vez, COMPLEMENTO NOMINAL. c) No h entre federal, estadual e municipal nenhuma ordem crescente de importncia. Voc j deve ter aprendido em Direito Constitucional que no h entre os entes federativos nenhum tipo de subordinao. Por isso, a assertiva est incorreta. d) Exatamente por possuir trs adjetivos a ele relacionados, o substantivo governos se flexionou no plural. Essa a resposta correta. e) O que deve ser profunda? Resposta: a mudana, e no a administrao. 7E Vamos relembrar a diferena entre ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL, em relao aos termos que complementam substantivos abstratos. SUBSTANTIVOS CONCRETOS E SUBSTANTIVOS ABSTRATOS COM IDIA ATIVA = ADJUNTO ADNOMINAL (Lembre-se daquela dica: tudo com A: Substantivo Abstrato com idia Ativa Adjunto Adnominal.) ADJETIVOS, ADVRBIOS E SUBSTANTIVOS ABSTRATOS COM IDIA PASSIVA = COMPLEMENTO NOMINAL Assim, quando o termo regente for um substantivo abstrato, deve-se analisar o valor que o termo regido apresenta em relao ao termo regente. Se for ativo, a funo de adjunto adnominal (tudo com a). Se for passivo, complemento nominal. Agora, mostraremos mais algumas formas de distino. 1 dica: exceo da preposio DE (que serve s duas funes), os complementos introduzidos por qualquer outra preposio (a, em, por) ser um complemento

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nominal (chegada ao espao, resistncia em surgir, dedicao ao povo, amor por algum). 2 dica: Os complementos que vierem sob a forma verbal so complementos nominais por apresentarem essa idia passiva. Exemplos: osso duro de roer = a idia duro de ser rodo idia passiva complemento nominal Medo de cair = a idia de sofrer uma queda idia passiva complemento nominal Essa notcia difcil de acreditar = a idia difcil de ser acreditada idia passiva complemento nominal.

Vamos analisar, agora, a questo da prova. O primeiro elemento no deve ter gerado dvidas. Trata-se de um complemento verbal direto. Assim, a funo exercida por medo, em tenho medo objeto direto. Teramos duas opes vlidas d e e (50% de chances!!) O segundo elemento liga-se ao primeiro por meio de preposio (medo de abrir). O termo regente medo = SUBSTANTIVO ABSTRATO. Precisamos definir se a funo do termo regido (de abrir) ativa (adjunto adnominal) ou passiva (complemento nominal). Para isso, verificaremos o valor da expresso no contexto: Tenho medo de abrir! Vai que evapora! A idia : Tenho medo de que, sendo aberto, evapore idia passiva (o envelope no vai abrir, mas ser aberto) complemento nominal. A vontade de indicar a idia ativa grande. Afinal, a lgica induz que o sujeito vai abrir o envelope, ou seja, praticar a ao. Essa tendncia se justifica pela proximidade com o verbo de ter (ter medo ao praticada pelo sujeito). Contudo, preciso fazer a seguinte distino: o que est relacionado a abrir no o verbo ter, mas a idia da abertura idia passiva: o envelope ser aberto. 8D O examinador busca o termo cujo complemento apresenta idia ativa, ou seja, aquele cuja funo sinttica seja a de adjunto adnominal. A resposta : a fauna aqutica dos rios. Os rios possuem a fauna aqutica. a) a utilizao de qualquer um deles qualquer um deles ser utilizado idia passiva b) a queima do petrleo o petrleo ser queimado idia passiva c) a inundao de vastas reas vastas reas sero inundadas idia passiva e) a construo de barragens as barragens sero construdas idia passiva 9B

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Em sensao de dificuldade, a expresso em negrito complementa um substantivo abstrato. Para saber se a funo sinttica a de adjunto adnominal ou a de complemento nominal, temos de analisar o valor que ela atribui: sensao de dificuldade dificuldade sentida idia passiva complemento nominal. Todas as demais ocorrncias apresentam termos que possuem valor adjetivo (na letra c, temos uma orao subordinada adjetiva restritiva) e exercem a funo sinttica de adjunto adnominal. 10 C Como iluses humanidade. um substantivo abstrato, devemos analisar o valor de

a humanidade que tem iluses (idia ativa) ou sobre ela que voc tem iluses (passiva)? Certamente a segunda opo. Assim, o termo, por complementar um substantivo abstrato com idia passiva, exerce a funo sinttica de COMPLEMENTO NOMINAL. 11 C Para responder primeira assertiva, devemos analisar o seguinte segmento: Nabuco parte para Londres no ms de fevereiro de 1882, permanecendo como correspondente do Jornal do Comrcio at 1884. Ele no passar como outrora o tempo londrino na ociosidade. Dedica-se agora ao trabalho e ao estudo. Como vrios outros intelectuais do seu tempo, interessados todos pelos problemas sociais e vivendo no exlio, torna-se freqentador assduo do Museu Britnico. Podemos notar que, nas duas ocorrncias do pronome se, h um valor reflexivo. - ele se dedica ao trabalho e ao estudo = ele dedica a si mesmo ao trabalho e ao estudo - ele se torna freqentador assduo do Museu Britnico = ele torna a si mesmo freqentador assduo do Museu Britnico. Para identificar a funo sinttica, no basta trocar o SE pelo A SI. Devemos, sim, trocar por um nome. Para isso, precisamos alterar a estrutura oracional: - ele dedica seu tempo ao trabalho e ao estudo. - ele torna seu filho freqentador assduo. Nas duas construes, a funo objeto direto, ou seja, complemento verbal sem preposio obrigatria. Por isso, est FALSA a afirmao de que o pronome exerce funes diferentes. Em ambas, a funo a de objeto direto. A segunda proposio est CORRETA. Em Isso lhe permite escrever, o verbo permitir apresenta dois complementos: um direto, sob a forma oracional no infinitivo (escrever), e outro indireto, representado pelo pronome oblquo lhe. Esse pronome poderia ser substitudo com correo pela forma a ele. 12 Item CORRETO

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O examinador apresentou a distino entre sujeito indeterminado e construo de voz passiva, ambas as estruturas com o pronome SE. Na primeira, em se tratando de fato, temos um dos casos clssicos de indeterminao do sujeito com verbo transitivo indireto TRATAR-SE DE. So muito comuns questes de prova em que o verbo dessa construo esteja flexionado. Por isso, olho vivo! Apareceu um tratam-se de, pode marcar como ERRADA! Por ser sujeito indeterminado, deve o verbo permanecer na 3 pessoa do singular trata-se de. J na segunda estrutura, o verbo ESTABELECER transitivo direto e est acompanhado do pronome SE (apassivador). Por isso, o sujeito dessa forma verbal SINONMIA (estabelecer-se sinonmia = sinonmia ser estabelecida). Construo de voz passiva. A proposio est correta. 13 E No me diga que voc leu esse texto todinho??? Pode me dizer por qu??? Nem sempre passa em um concurso o candidato que sabe mais passa o que sabe resolver a prova com maior destreza e correo. Saber fazer prova um dos fatores decisivos para a aprovao e o tempo um dos inimigos do candidato. Por isso, em uma prova com textos longos (como esse), verifique, em primeiro lugar, se h questes de interpretao (que iro exigir uma leitura atenta). Caso contrrio, ou seja, se houver somente questes (ou a maior parte delas) que explorem o aspecto gramatical, muitas vezes ler apenas um trecho ou um pargrafo pode ser suficiente. Primeira providncia: identificar o primeiro perodo do texto. O perodo se encerra com uma pausa bem marcada (normalmente por um ponto). Assim, o primeiro perodo do texto : Maria Berlini no mentira quando dissera que no trabalhava, nem estudava. Vamos dissecar esse perodo em oraes: 1 orao: Maria Berlini no mentira 2 orao: quando dissera 3 orao: que no trabalhava 4 orao: nem estudava .......................................... 1 orao: orao principal. A ela ir ligar-se a segunda orao, que indica o momento em que tal fato (expresso na principal) ocorre. 2 orao: orao subordinada adverbial temporal 3 orao: orao subordinada substantiva objetiva direta. Serve de complemento ao verbo dizer, presente na 2 orao (que, em relao 3, considerada principal) quando dissera ISSO. 4 orao: orao coordenada sindtica aditiva. Esta orao se liga por coordenao segunda. A conjuno nem tem valor aditivo, equivalendo a e no. Esta orao tambm complementa o sentido do verbo da 2 orao = dissera: 1) que no trabalhava; 2) nem estudava (= e que no estudava).

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Por isso, est certssima a afirmativa presente na opo e. No perodo, h duas oraes subordinadas (2 orao subordinada adverbial temporal; e 3 orao subordinada substantiva objetiva direta) e uma coordenada (4 = orao coordenada sindtica aditiva) e, ao mesmo tempo, subordinada ( segunda orao, em que est presente a forma verbal disseram, cujo sentido complementa). Excelente questo de prova! No toa que a banca da CESPE UnB considerada uma das melhores do Brasil.

14 A Os versos em anlise so: Feliz quem pode orgulhoso Dizer: - Nunca fui vadio No se assuste com a nomenclatura. Morfossintaxe nada mais do que o estudo das categorias das palavras considerando a morfologia e a sintaxe. Esses conceitos foram apresentados l na nossa primeira aula. No me diga que voc j os esqueceu??? No me decepcione assim... Morfologia estuda a palavra em si, quer em relao forma, quer em relao idia que ela encerra (classes das palavras, flexes, elementos mrficos, terminao, grafia). Esse o assunto da aula de hoje. Sintaxe o estudo da palavra com relao s outras que se acham na mesma orao (concordncia, regncia, colocao).

Assim, uma anlise morfossinttica a que abrange elementos da palavra em si (classe gramatical, conjugao verbal, ortografia) e de sua relao com as demais na orao (sintaxe de concordncia, regncia, colocao). Viu como no nenhum bicho-de-sete-cabeas? O erro est na opo a. Vamos analisar a funo sinttica exercida pelo adjetivo orgulhoso: Feliz quem pode orgulhoso dizer... o adjetivo se refere ao sujeito da forma verbal dizer. Assim, predicativo, mas do sujeito, representado pelo pronome indefinido quem, expressando a forma como o sujeito (quem) se encontra ao praticar a ao (dizer) predicado verbo-nominal. A assertiva est incorreta e o gabarito da questo. Para a anlise do perodo composto, vamos dividi-lo em suas oraes: - Quem pode dizer orgulhoso orao subordinada substantiva subjetiva ( o sujeito oracional do verbo SER) - que nunca foi vadio orao subordinada substantiva objetiva direta (iniciada por uma conjuno integrante quem pode dizer ISSO = que nunca foi vadio , vem complementar o sentido do verbo dizer de forma direta)

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- feliz orao principal, formada por um predicado nominal. Em relao s demais opes, cabem os seguintes comentrios. B) Da mesma forma que o adjetivo orgulhoso, o adjetivo feliz tambm se refere ao pronome indefinido quem, sujeito da orao. Note que possvel subentender o verbo ser: () feliz quem pode orgulhoso dizer.... Na ordem direta, em discurso indireto, a estrutura seria: Quem pode dizer orgulhoso que nunca foi vadio feliz.. Essa foi, inclusive, a assertiva da opo e. Em Nunca fui vadio, o adjetivo se refere ao pronome pessoal (oculto) eu, identificado a partir da desinncia verbal. Sua funo sinttica tambm a de predicativo do sujeito. Est, portanto, correta tal afirmao. C) Essa afirmao nos d a chance de analisar a circunstncia que o advrbio NUNCA atribui. Esse advrbio atribui, simultaneamente, valores de negao e tempo equivalente a em tempo algum. Est certa a assertiva. D) A locuo verbal pode dizer foi intercalada pelo adjetivo que, como vimos, exerce a funo de predicativo do sujeito (orgulhoso). Para se certificar de que se trata mesmo de uma locuo verbal, veja que o verbo principal poderia estar sozinho na orao, sem prejuzo gramatical (apenas havendo alterao semntica): Feliz quem orgulhoso diz (= pode dizer).... E) Est correta a afirmao, como vimos no comentrio opo b. O discurso indireto o meio pelo qual o autor reproduz o discurso alheio, no como foi dito, mas com suas prprias palavras, usando uma orao subordinada. Isso se verifica na passagem quem pode dizer que nunca foi vadio. 15 C Para comear, vamos dividir o perodo: 1 orao E se hoje sou venturoso 2 orao Devo ao trabalho o 3 orao que sou. A primeira orao iniciada pela conjuno E, que a coordena com a orao anterior. A conjuno se inicia uma orao subordinada condicional. Ela, semanticamente, se repete na expresso que se segue: o que sou. Esta orao (o que sou) exerce a funo de objeto direto do verbo dever: Ele deve ISSO (= o que sou = SOU VENTUROSO) ao trabalho. Assim, toda a orao o que sou (em que o o pronome demonstrativo) est no lugar de toda a orao se hoje sou venturoso. Ele um termo vicrio, ou seja, substitui algo que j foi mencionado anteriormente. Analise, agora, a segunda orao: Eu devo ao trabalho o (= aquilo, isso) O verbo dever tem dois complementos: objeto direto = o / objeto indireto = ao trabalho.

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A terceira orao vem restringir o alcance do pronome demonstrativo (objeto direto da orao anterior). Tem valor adjetivo e iniciada por um pronome relativo que. Feita a anlise sinttica, vamos s opes. a) Quantas vezes aparece o pronome eu (explcito ou subentendido)? TRS. E se hoje (EU) sou venturoso/ (EU) devo ao trabalho o que (EU) sou. b) No h registro de emprego de pronome pessoal oblquo na passagem. c) No segmento o que sou, h um pronome demonstrativo (o = aquilo) e um pronome relativo (que), que retoma esse antecedente, o demonstrativo (= aquilo que sou = sou aquilo). Est correta a afirmao. d) e e) H, no perodo, um predicado verbal, cujo ncleo o verbo dever (Devo ao trabalho o), e dois predicados nominais (Eu sou venturoso e que sou), cujos ncleos so, respectivamente, venturoso e (cuidado agora!!!) o pronome relativo que. Nessa orao subordinada adjetiva, o pronome relativo, que substitui o pronome demonstrativo o (= aquilo), o elemento que efetivamente exerce a funo de predicativo do sujeito. 16 D O vocbulo SE pode ser: - conjuno integrante inicia uma orao substantiva. Quero saber se voc est gostando da aula. = Quero saber ISSO. ORAO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA (complemento do verbo SABER). - conjuno adverbial - pode apresentar o valor condicional (Se ela dana, eu dano.). Como sabemos, o valor de uma conjuno adverbial s pode ser identificada na construo. - pronome pessoal oblquo, com valor reflexivo (Ela se cortou com a faca.) ou recproco (Os namorados se beijavam no cinema.) - parte integrante do verbo nesses casos, ainda que apresente uma idia reflexiva, o verbo no existe sem o pronome (Ele se queixa muito da sogra. Muito se arrepende de ter casado.). No existem os verbos QUEIXAR e ARREPENDER; s QUEIXAR-SE e ARREPENDER-SE. Por isso, o pronome parte integrante do verbo. - partcula de realce (ou expletiva) nenhuma funo exerce na orao. Tem valor, apenas, de realce, podendo ser retirada sem prejuzo gramatical ou semntico para a orao. Ele se foi embora e levou meu corao. (= Ele foi embora). - partcula apassivadora presente nas construes de voz passiva sinttica (tambm chamada de voz passiva pronominal). Coisas bonitas se vem por aqui (= coisas bonitas so vistas). - ndice de indeterminao do sujeito presente nas construes de sujeito indeterminado, em que o verbo (transitivo indireto, intransitivo ou de ligao) fica na 3 pessoa do singular. Precisa-se de sossego por aqui. Nessa questo, devemos diferenciar os casos em que o pronome apassivador (verbo TD ou TDI + SE) ou indeterminador do sujeito. A) O verbo desfazer TRANSITIVO DIRETO (Ele desfez o contrato.). Como est acompanhado do SE, forma voz passiva, em que o sujeito o regime de segregao racial.

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B) O verbo solidificar tambm TD (Ele solidificou a relao com os clientes.). Est, portanto, em voz passiva = A viso foi solidificada solidificou-se a viso. C) O verbo justificar TD (Ele justificou sua resposta.). tambm um pronome apassivador (o direito era justificado = justificava-se o direito). D) Finalmente, um verbo que no TD. O verbo lutar, na construo, TRANSITIVO INDIRETO, regendo a preposio por. Assim, o pronome SE tem a funo de indeterminar o sujeito da ao verbal. E) O verbo respeitar TD, e o pronome SE partcula apassivadora (o sinal vermelho ser respeitado respeitar-se o sinal vermelho). 17 - D O pronome se : a) um pronome apassivador. Acentuar um verbo transitivo direto e h idia passiva ... possvel que a tendncia positiva seja acentuada...; b) uma conjuno condicional se a queda do juro bsico se transferir... equivale a caso a queda do juro bsico se transfira...; c) um pronome apassivador. Transferir um verbo transitivo direto e h idia passiva se a queda do juro bsico for transferida para o crdito ao consumo...; d) uma conjuno condicional (gabarito da questo) se os salrios reais continuarem... equivale a caso os salrios reais continuem...; e) pronome apassivador. Recuperar um verbo transitivo direto e h idia passiva - se os salrios reais continuarem a ser recuperados... . No poderia ser um pronome reflexivo, pois o sujeito salrios paciente, sofre a ao e, dado o contexto, no poderia agir por conta prpria. 18 B Agora, veremos as classificaes do QUE: - conjuno integrante INICIA UMA ORAO SUBSTANTIVA Eu quero que tudo v pro inferno. Eu quero ISSO. A conjuno serve apenas para ligar termos ou oraes, no exerce funo sinttica nenhuma. - pronome relativo INICIA UMA ORAO ADJETIVA Eu quero o prmio a que tenho direito. Eu tenho direito ao prmio. Nesse caso, o pronome que substitui algum elemento mencionado anteriormente (no caso, a palavra prmio). Pode, assim, exercer qualquer das funes sintticas estudadas na aula sobre conectivos. - partcula de realce (ou expletiva) pode vir acompanhada do verbo ser, formando a expresso que. Como tambm j vimos, pode ser suprimida sem prejuzo gramatical para o perodo. Ns que deveramos reclamar (= Ns deveramos reclamar.). - conjuno adverbial (coordenativa ou subordinativa) pode apresentar diversas circunstncias (causal, consecutiva, comparativa, explicativa, concessiva, final, etc.), a depender do contexto em que seja empregada.

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- pronome interrogativo se vier no fim da orao (tnico), recebe um acento circunflexo (Voc tem fome de qu?). - substantivo - com acento circunflexo, equivale a algo Ele tem um qu de intelectual. - advrbio equivalente a quo, normalmente usado em interjeies: Que (= Quo) louco eu fui! - preposio acidental equivalente preposio de. Ele tem que entender isso (= tem de entender). - interjeio - (com acento circunflexo) Qu! No acredito nisso! So tantas que posso ter me esquecido de alguma. Aguardo sugestes pelo frum ou e-mail, caso isso tenha ocorrido. Desgraa pouca bobagem!!! Sabe quantas acepes da palavra que (com e sem acento) so registradas pelo Aurlio: s quinze! Vamos analisar as ocorrncias do que no texto da questo. Para isso, teremos de ter em mente o seguinte: se estiver substituindo um antecedente, pronome relativo; se puder ser substitudo (junto com o restante da orao) pelo pronome ISSO, conjuno integrante. o impassvel gigante que os contemplava com desprezo substitui gigante (o gigante os contemplava com desprezo) = pronome relativo na funo de sujeito do verbo contemplar; imperturbvel a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso substitui as palavras golpes e tiros (desfechavam golpes e tiros no dorso) = pronome relativo na funo de objeto direto do verbo desfechar; deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito CUIDADO!!! Esse que no substitui gemido. Quem d essa dica a forma verbal abrissem, que, por estar flexionada no plural, indica que no poderia ser um pronome relativo com antecedente no singular (gemido). Ele inicia uma orao. Faa a anlise a partir do contexto: o gigante deixava que lhe abrissem as entranhas de granito sem um gemido O gigante deixava ISSO sem um gemido. Melhor seria que a expresso sem um gemido estivesse isolada por vrgulas, por ser adverbial, mas essa pontuao facultativa, como veremos na prxima aula. Como inicia uma orao que exerce a funo sinttica de objeto direto (deixava que lhe abrissem as entranhas), esse que uma conjuno integrante.

Vamos s opes: a) ERRADA. A terceira ocorrncia uma conjuno integrante, enquanto que as outras duas so pronomes relativos. b) CERTA. Como vimos, o pronome relativo (primeira ocorrncia) exerce a funo de sujeito do verbo contemplar. c) ERRADA. No poderamos retirar esse que, pois ele um pronome relativo que retoma os substantivos golpes e tiros. d) ERRADA. Essa foi capciosa. O que, por ser uma conjuno integrante, no exerce funo sinttica nenhuma. Serve apenas como conectivo. Quem

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exerce a funo sinttica do verbo deixar toda a orao iniciada pela conjuno (que lhe abrissem as entranhas de granito). Maldade, hem? e) Somente na ltima ocorrncia, o que uma conjuno integrante. Por hoje s. Grande abrao e bons estudos.

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PONTUAO Na comunicao oral, o falante lana mo de certos recursos da linguagem, como a entoao da voz, os gestos e as expresses faciais para denotar dvida, hesitao, surpresa, incerteza etc. Quando se constri a comunicao por meio da escrita, quem passa a ter essa incumbncia a pontuao. Por isso, tanta gente associa indevidamente o emprego de vrgula a uma pausa da respirao. Isso no tem sentido. Se assim o fosse, tnhamos de colocar vrgula a cada palavra escrita. Ou voc, por acaso, fica sem ar ao escrever uma orao sem vrgulas? J pensou...rs... Afinal, qual a utilidade de colocarmos sinais de pontuao no texto? Alm de estabelecer na escrita aquelas denotaes expostas acima, tambm se digna a eliminar ambigidades que poderiam surgir em um texto sem pontuao ou a destacar certas palavras, expresses ou frases. O texto que reproduzimos abaixo, cuja autoria desconhecida, j foi usado recentemente at por Ana Maria Braga (acredite!) e exemplifica bem as funes da pontuao. Para quem no assistiu ao programa (espero, pois deveria estar estudando), segue o material. Um homem rico estava muito mal, pediu papel e pena. Escreveu assim: Deixo meus bens minha irm no a meu sobrinho jamais ser paga a conta do alfaiate nada aos pobres. Morreu antes de fazer a pontuao (at parece que isso seria possvel...). A quem ele deixou a fortuna? Eram quatro concorrentes. 1) O sobrinho fez a seguinte pontuao: Deixo meus bens minha irm? No! A meu sobrinho. Jamais ser paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres. 2) A irm chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: Deixo meus bens minha irm. No a meu sobrinho. Jamais ser paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres. 3) O alfaiate pediu cpia do original. Puxou a brasa para a sardinha dele: Deixo meus bens minha irm? No! A meu sobrinho? Jamais! Ser paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres. 4) Chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta pontuao: Deixo meus bens minha irm? No! A meu sobrinho? Jamais! Ser paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres. Cabe a ns, redatores, empregar a pontuao de modo que a mensagem por ns escrita chegue ao leitor no sentido exato que gostaramos de transmitir. Para fazer isso com correo, devemos conhecer suas regras. A pontuao depende da estrutura sinttica da orao. Para comear, interessante notar que a ordem direta das oraes a seguinte:

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SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS + ADJUNTOS Para colocar a orao nessa ordem direta, devemos partir do verbo (e no do sujeito, como alguns podem pensar), perguntando a ele quem o comanda, ou seja, quem o seu sujeito. A partir da, sabendo o sujeito e o verbo, identificaremos os complementos verbais (predicativos, objetos). Por adjuntos, entendem-se as condies em que a ao expressa pelo verbo se estabelece tempo, lugar, modo, intensidade, dvida, negao. Essas circunstncias so apresentadas pelos advrbios. lgico que, se uma dessas circunstncias (como a de negao) estiver acompanhando um termo especfico (como, por exemplo, um verbo), o advrbio ir se posicionar prximo ao esse termo, e no no fim da orao (Eu no sairei daqui). Os complementos, alm de verbais, podem ser nominais, quando completam o sentido de um nome: necessidade de carinho. Tambm aos nomes ligam-se elementos para restringi-los ou design-los (adjuntos adnominais). Esses termos regidos devem ficar prximos de seus termos regentes, onde quer que estejam (seja no sujeito, seja no predicado). Seu amor ptria era imenso. O nome AMOR faz parte do sujeito ( o seu ncleo), bem como os complementos SEU (pronome possessivo) e PTRIA (complemento nominal = idia passiva = a ptria amada). No h necessidade de chorar. O nome DE CHORAR faz parte do predicado. Esses conceitos so fundamentais para compreendermos alguns casos de proibio. Os sinais de pontuao so: ponto, ponto-e-vrgula, vrgula, ponto de exclamao, ponto de interrogao, travesso, parnteses, aspas, reticncias. Eles indicam entoao ou pausa. Nas palavras de Celso Cunha (Nova Gramtica do Portugus Contemporneo), esta distino, didaticamente cmoda, no , porm, rigorosa. Em geral, os sinais de pontuao indicam, ao mesmo tempo, a pausa e a melodia.. O sinal mais explorado em questes de prova , sem dvida, a vrgula. Por isso, comearemos por ela. Para fins didticos, iremos estudar o assunto a partir das proibies e das situaes especiais para o seu emprego. VRGULA CASOS PROIBIDOS: 1 - Separar por vrgula elementos inseparveis na ordem direta: 1.1 sujeito do verbo; 1.2 verbo do complemento verbal; 1.3 termo regente do termo regido (complemento nominal, adjunto adnominal); 1.4 verbos que compem uma locuo verbal;

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A maior parte dos erros de pontuao das provas envolve casos de proibio. Por isso, fique atento apareceu uma vrgula separando elementos inseparveis, xis nele!!! POLMICA: Alguns autores admitem, modernamente, a separao do sujeito do verbo em certas construes, como em adgios. Por exemplo, Quem avisa, amigo . o sujeito do verbo ser a orao Quem avisa. Contudo, isso se justifica, segundo eles, somente em casos especiais, normalmente por questo de estilo, j que, na fala, costumamos pausar aps o verbo (Quem avisa pausa amigo .). Se observarmos a norma culta, iremos eliminar esse sinal de pontuao (Quem avisa amigo .). Observe que, se a orao no estiver na ordem direta, o deslocamento dos complementos dever ser indicado por vrgulas, sem que isso constitua erro: Dos seus conselhos , no preciso mais. Se surgir uma vrgula aps um desses elementos inseparveis, verifique se no se trata de alguma intercalao de elementos. Nesse caso, para a correo do perodo, deve haver duas vrgulas nessa intercalao, uma abrindo o perodo e outra, fechando, e no apenas uma. o que se v no prximo item. 2 Colocar apenas uma das duas vrgulas obrigatrias para isolar termos ou expresses deslocados de sua posio original na orao (exceto, obviamente, se estiver no incio do perodo). Desse jeito, o perodo deslocado fica capenga, faltando uma das vrgulas. Se abriu, tem que fechar. Portanto, so necessrias duas vrgulas, mesmo que alguma delas esteja exercendo dupla funo (por exemplo, no caso de DOIS ou mais termos deslocados e adjacentes). Hoje, s duas horas da tarde, prximo ao supermercado, houve um grave acidente. Temos, nesse exemplo, trs elementos circunstanciais dois de tempo (Hoje, s duas horas da tarde) e um de local (prximo ao supermercado). As duas primeiras ocorrncias de vrgula separam elementos de mesma funo sinttica (adjuntos adverbiais). J a vrgula aps supermercado, serve tanto para encerrar essa enumerao, quanto para indicar o deslocamento desses elementos adverbiais. SITUAES ESPECIAIS - elipse de algum termo pode ser indicada por uma vrgula, como em : Fui festa levando muitos presentes; Joo, somente a boca. adjuntos adverbiais deslocados, desde que PEQUENOS E DE FCIL ENTENDIMENTO, dispensam a vrgula. Caso contrrio, longos, em oraes adverbiais extensas, ou, mesmo curtos, para dar nfase ao adjunto, devem ser isolados por vrgula. Hoje (,) irei embora. Embora tenha me mantido distante das negociaes, precisarei comparecer reunio de acionistas. Infelizmente (,) no poderei aceitar o convite. - em relao a algumas conjunes, a vrgula tem tratamento especial:

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conjuno coordenativa aditiva e a regra a dispensa da vrgula antes da conjuno aditiva e. Somente admitida em situaes especiais: 1) quando apresenta sujeitos diferentes e seu emprego tem por objetivo a clareza textual; 2) quando faz parte de uma figura de linguagem chamada polissndeto (poli = vrios + sndeto = elemento de ligao vrios elementos de ligao. O conceito de sndeto j foi objeto de comentrio na aula sobre CONECTIVOS CONJUNO). O uso excessivo de vrgulas e de conjunes tem a funo estilstica de fazer supor um fim que nunca chega com isso, enfatiza-se cada orao introduzida pela conjuno e: Soneto da Fidelidade Vincius de Moraes De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Tambm por clareza textual, possvel uma vrgula anteceder a conjuno e mesmo que as oraes apresentem o mesmo sujeito. Verifica-se isso, por exemplo, quando a primeira orao do perodo for to extensa que exija a retomada do sujeito. Isso feito a partir da pausa, indicada com a vrgula. conjunes coordenativas adversativas a conjuno mas faculta a vrgula antes de si e no admite outra posio que no seja a de incio da orao sindtica: A vida dura(,) mas nada me tira a vontade de viver. As demais conjunes (porm, entretanto, contudo, etc.) devem ser antecedidas por vrgula e, se deslocadas para o meio da orao, ficam, neste caso, isoladas por duas vrgulas ou, no fim do perodo, entre a vrgula e o ponto final: A vida dura, nada me tira, porm, a vontade de viver. A vida dura, nada me tira a vontade de viver, porm. (* veja observao acerca do ponto-e-vrgula) Caso tenha havido entre as duas oraes uma ruptura do perodo (indicada pelo ponto), a vrgula pode vir aps a conjuno: A vida dura. Entretanto, nada me tira a vontade de viver. conjunes coordenativas conclusivas a conjuno pois dever sempre vir posposta a um termo da orao sindtica a que pertence e isolada por vrgulas: Ela no respeita ningum. , pois, uma rebelde. As demais conjunes conclusivas (logo, portanto, por conseguinte) podem iniciar a orao ou vir no meio dela. Do mesmo modo que as adversativas, so escritas, respectivamente, com uma vrgula anteposta ou entre vrgulas. Ela no respeita ningum, , portanto, uma rebelde. (* veja observao acerca do ponto-e-vrgula)

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Caso entre as duas oraes tenha havido uma ruptura do perodo (ponto), a vrgula pode vir aps a conjuno. Ela no respeita ningum. Portanto, uma rebelde. conjunes coordenativas explicativas a conjuno pois, quando explicativa, deve iniciar a orao sindtica. As demais seguem a mesma regra das conjunes conclusivas e adversativas no que tange colocao de vrgula de acordo com a posio na orao. comum uma vrgula ser colocada antes da conjuno explicativa, para representar a pausa que normalmente se d na fala. Essa uma das caractersticas que diferenciam a conjuno coordenativa explicativa porque da subordinativa causal homnima. Consideram-na uma rebelde, pois no respeita ningum. Veja uma questo de prova. (FGV/PREF.ARAATUBA/2001) A alternativa correta quanto pontuao A. O aspirador, que no funciona, este. B. Alice nossa amiga, parece feliz. C. Creio, porm, que estava adormecido. D. O livro, disse o autor ilustrado. Est correto o emprego da conjuno porm entre vrgulas, j que est no meio da orao. Tanto na opo b quanto na d, a vrgula separa o sujeito (Alice / o livro, respectivamente) do verbo correspondente (parece / ) CASO DE PROIBIO. Na opo a, a orao adjetiva que no funciona tem valor restritivo, e no explicativo. No pode haver vrgulas. Essa explicao vir a seguir. - expresses denotativas ou de realce, como ainda, mesmo assim, por exemplo, isto , que servem para introduzir argumentos, retificaes ou desenvolvimento do assunto a ser explorado, ficam isoladas por vrgulas. - oraes subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas: restritivas - como o nome sugere, restringem o conceito dos substantivos e, a exemplo do que ocorre com adjetivos simples, no podero ser separadas dos substantivos a que se refiram. Vou pintar meu quarto com a cor azul. CASO 1.3 DAS PROIBIES - no se separa o termo regido (azul) do termo regente (cor), j que o valor do adjetivo restritivo (no qualquer cor, mas somente a cor azul). Por isso, se, em vez de um adjetivo simples, houver uma orao adjetiva restritiva, ela tambm no poder ser separada do substantivo por vrgula: Vou pintar o meu quarto com a cor de que eu gosto. Ento, em oraes adjetivas restritivas, a vrgula PROIBIDA!

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Os polticos que se envolveram no escndalo do mensalo deveriam ser expulsos da vida pblica. Quem deveria ser expulso da vida pblica: todos os polticos ou somente os que se envolveram no escndalo de corrupo (por favor, atenha-se ao texto...rs...)? Segundo a orao, somente aqueles envolvidos no escndalo. E, com base nesse ltimo exemplo, se colocssemos a orao adjetiva entre vrgulas, o que aconteceria? Ela passaria a ser explicativa. explicativas sua funo somente explicar; por isso, como qualquer elemento de funo meramente explicativa, devero ser colocadas entre vrgulas. Se aps a orao houver o encerramento do perodo, em vez de colocar a segunda vrgula, coloca-se o ponto final.

A vida do ex-presidente Juscelino Kubitschek, que foi o responsvel pela mudana da sede da capital para Braslia, foi contada na srie JK. Essa orao sublinhada tem valor explicativo e, por isso, foi colocada entre vrgulas. Ento, em oraes adjetivas explicativas, a vrgula OBRIGATRIA! De volta quele exemplo do mensalo, segundo a construo Os polticos, que se envolveram no escndalo do mensalo, deveriam ser expulsos da vida pblica., todos os polticos (provavelmente j enumerados anteriormente no texto) deveriam ser expulsos da vida pblica, pois agora a orao adjetiva explicativa. Mais um teste para fixao desse conceito: indique a pontuao adequada nas duas estruturas abaixo: O presidente do BACEN ( ) Henrique Meirelles ( ) e o ministro do STF ( Pertence ( ) compareceram cerimnia. ) Seplveda

Se a vrgula obrigatria em termos e oraes de valor explicativo e proibida em termos e oraes de valor restritivo, primeiro vamos definir o que explicativo e o que restritivo. Quantos presidentes o BACEN possui? Somente um. Quando se diz o presidente do BACEN, uma pessoa informada j sabe quem , pois s existe UM! Ento, o termo tem valor explicativo O presidente do BACEN, Henrique Meirelles, e.... Com vrgulas. Quantos ministros o STF possui? Onze! Ento, o termo tem valor restritivo ... e o ministro do STF Seplveda Pertence compareceu cerimnia.. Sem vrgulas. Agora voc percebe por que no foram colocadas vrgulas em ex-presidente Juscelino Kubitschek? Porque so vrios os ex-presidentes da Repblica. E qual o caso de vrgula facultativa em oraes adjetivas? Resposta: NENHUM!!!!! Ou a vrgula proibida (oraes adjetivas restritivas), ou a vrgula obrigatria (oraes adjetivas explicativas). Veja, agora, uma questo de prova que abordou esse tema. (FUNDEC / TRT 2 Regio / 2003)

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A governadora eleita, Rosinha Matheus, que recebeu um voto de esperana nesses bolses de carncia e pobreza, pode iniciar por a um programa de governo que recoloque nos trilhos os servios essenciais populao. No ltimo perodo do texto (acima transcrito), h duas oraes subordinadas de idntico valor sinttico as quais receberam distinta forma de redao: a primeira est separada por vrgulas e a segunda no. Essa diferena na forma de redao justificase por: A) ter a primeira sentido restritivo e a segunda, explicativo; B) ter a primeira um sentido explicativo e a segunda, restritivo; C) ser a primeira um aposto e a segunda, um adjunto adnominal; D) estar a primeira iniciada por pronome relativo e a segunda, por conjuno integrante; E) ter a primeira verbo no modo indicativo e a segunda, no modo subjuntivo. O gabarito a opo b. As virgulas so obrigatrias em oraes adjetivas explicativas, enquanto que nas oraes adjetivas restritivas so proibidas. A primeira orao adjetiva est isolada por vrgulas dado seu carter explicativo, ao passo que a seguinte, por ter funo restritiva, ou seja, por definir o programa de governo (um programa de governo que coloque nos trilhos os servios essenciais), no admite tal pontuao. PONTO a pausa mxima. Representa a ruptura do perodo, seja ele composto ou simples (orao absoluta). Quando os perodos se sucedem nas idias que expressam, o ponto simples usado para separ-los. Quando a ruptura maior, representando, inclusive, a mudana de um grupo de idias a outro, marca-se essa transposio maior com o ponto-pargrafo. O ponto tambm usado em abreviaturas (V.Sa./ Dr.Fulano/etc.). Quando o ponto abreviativo coincide com o fim de um perodo, emprega-se somente um, que passa a acumular as duas funes: Ele foi feira e comprou verduras, frutas, legumes etc. Em relao vrgula antes do etc., encontramos divergncias no tratamento. H os que buscam na etimologia motivo para dispens-la, uma vez estar presente, em seu significado, a conjuno e (etc. = et cetera = e as demais coisas.). H os que a justificam como mais um elemento da enumerao, o que legitima essa pontuao. Por isso, dificilmente isso seria objeto de questo de prova. Se alguma banca vier a adotar um desses posicionamentos, dever receber uma enxurrada de recursos com argumentao consistente para a anulao da questo. PONTO-E-VRGULA Dizer que um sinal intermedirio entre o ponto e a vrgula no ajuda muito, no ? Mas essa a melhor definio para o ponto-e-vrgula. Trata-se de uma pausa de durao suficiente para denotar que o perodo no se encontra encerrado totalmente mas que, tambm, no pertence orao anterior.

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Basicamente, usa-se o ponto e vrgula, a depender do contexto, para atribuir clareza ao texto. Por exemplo, quando, na orao, j existem elementos entre vrgulas, o ponto-e-vrgula usado para subdividir os perodos:

OBSERVAO: (*) Agora, compare com as formas apresentadas anteriormente e veja como estas ficaram bem mais claras. A vida dura; nada me tira, porm, a vontade de viver. Ela no respeita ningum; , portanto, uma rebelde. Transcrevemos, a seguir, uma questo de prova (tima!) em que foi exigido conhecimento acerca do emprego desse sinal de pontuao. Para isso, faz-se necessria a transcrio tambm do texto em que se baseia a questo. (CESPE UNB / AGU / 2002) O que a escravido representa para o Brasil, j o sabemos. Moralmente, a destruio de todos os princpios e fundamentos da moralidade religiosa ou positiva a famlia, a propriedade, a solidariedade social, a aspirao humanitria; politicamente, o servilismo, a desagregao do povo, a doena do funcionalismo, o enfraquecimento do amor ptria, a diviso do interior em feudos, cada um com seu regime penal, o seu sistema de provas, a sua inviolabilidade perante a polcia e a justia; econmica e socialmente, o bem-estar transitrio de uma classe nica, e essa, decadente e sempre renovada; a eliminao do capital produzido pela compra de escravos; a paralisao de cada energia individual para o trabalho na populao nacional; o fechamento dos nossos portos aos imigrantes que buscam a Amrica do Sul; a valorizao social do dinheiro, qualquer que seja a forma como for adquirido; o desprezo por todos os que, por escrpulos, se inutilizam ou atrasam em uma luta de ambies materiais; a venda dos ttulos de nobreza; a desmoralizao da autoridade, desde a mais alta at mais baixa. Observamos a impossibilidade de surgirem individualidades dignas de dirigir o pas para melhores destinos, porque o pas, no meio de todo esse rebaixamento do carter, do trabalho honrado, das virtudes obscuras, da pobreza que procura elevar-se honestamente, est, como se disse, apaixonado por sua prpria vergonha. A minha firme convico que, se no fizermos todos os dias novos e maiores esforos para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se no tivermos sempre presente a idia de que a escravido a causa principal de todos os nossos vcios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de durao legal calculadas todas as influncias que lhe esto precipitando o desfecho ser assinalado por sintomas crescentes de dissoluo social. Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intrpretes do Brasil, v. I. Nova Aguilar, 2000, p. 148-51 (com adaptaes). Julgue o item que se segue. O texto exemplifica que as estruturas sintticas construdas a partir de enumerao exigem sinais de ponto-e-vrgula quando no interior de alguns itens existem vrgulas.

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Essa afirmao est correta. a prpria definio de um dos empregos do ponto-evrgula. Quando j houver vrgulas no perodo, o sinal de ponto-e-vrgula deve ser usado principalmente para que haja clareza textual. Isso pode ser observado na passagem do texto a seguir reproduzida: nos segmentos, apresentado o que a escravido representa para o Brasil (primeira orao).

1 segmento: Moralmente, a destruio de todos os princpios e fundamentos da moralidade religiosa ou positiva a famlia, a propriedade, a solidariedade social, a aspirao humanitria; No primeiro segmento, apresentam-se, a partir do travesso, os princpios e fundamentos que foram aviltados sob o aspecto moral pela escravido. Como na seqncia sero apresentados outros aspectos, em continuidade argumentao, optouse pelo ponto-e-vrgula, que emprega uma pausa maior que a vrgula (permitindo uma ruptura branda) e menor que o ponto (que encerraria o perodo desnecessariamente). 2 segmento: politicamente, o servilismo, a desagregao do povo, a doena do funcionalismo, o enfraquecimento do amor ptria, a diviso do interior em feudos, cada um com seu regime penal, o seu sistema de provas, a sua inviolabilidade perante a polcia e a justia; No segundo segmento, enfoca-se o problema sob enfoque poltico. Note que o autor ir prosseguir na argumentao, apresentando os aspectos econmicos e sociais (3 segmento). 3 segmento: econmica e socialmente, o bem-estar transitrio de uma classe nica, e essa, decadente e sempre renovada; Todos esses segmentos, por constiturem um s argumento, pertencem ao mesmo perodo, devendo ser separados por ponto-e-vrgula, para a clareza do texto. essa a funo desse sinal de pontuao bastante desprezado ou maltratado por a, coitado. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Tambm usado o ponto-e-vrgula para separar itens enunciativos de textos legislativos (leis, decretos, regulamentos) e acepes de uma palavra em dicionrios: Art. 4 O interessado, pessoa fsica ou jurdica, somente poder exercer atividades relacionadas com o despacho aduaneiro: I - por intermdio do despachante aduaneiro; II - pessoalmente, se pessoa fsica ou jurdica. Veja uma questo do NCE UFRJ, aplicada em 2002: Polcia Vigilncia exercida pela autoridade competente para manter a ordem e o bem-estar pblicos em todos os ramos dos servios do Estado e em todas as partes ou localidades; corporao que engloba os rgos e instituies incumbidos de fazer

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respeitar essas leis ou regras e de reprimir e perseguir o crime. (Pequeno dicionrio jurdico) No texto do dicionrio acima h dois segmentos, separados por um ponto-evrgula(;); em relao a esses dois segmentos podemos dizer que: a) o segundo explica o primeiro; b) apresentam dois sentidos diferentes do termo polcia; c) o primeiro a causa do segundo; d) o segundo contradiz o primeiro; e) mostram que a polcia atua na preveno do crime. A funo do ponto-e-vrgula nessa construo apresentar as diferentes acepes da palavra POLCIA, presentes no Pequeno Dicionrio Jurdico. Por isso, a resposta foi opo b. DOIS PONTOS Esse sinal marca, na escrita, a suspenso de uma frase no concluda. Emprega-se, pois, para anunciar: - uma citao: s margens do Ipiranga, gritou D.Pedro I: - Independncia ou Morte! - uma enumerao: Aps o levantamento do inventrio, devemos tomar as seguintes providncias: encerrar o balano patrimonial, convocar uma reunio extraordinria, providenciar uma auditoria nas contas. (Esses elementos tambm poderiam estar separados por pontos-e-vrgulas, para maior clareza.) - um esclarecimento, um comentrio, uma sntese ou uma conseqncia do que foi enunciado: A razo clara: achava a sua conversa menos cansativa que a dos outros homens. Observe a questo de prova que abordou o assunto. (FUNDAO JOO GOULART/ SMF ANALISTA PLANEJAMENTO / 2005) Texto 2 Nunca as condies foram to favorveis para a adoo em grande escala do gs natural como propulsor dos nibus que circulam pelas grandes cidades brasileiras. Do ponto de vista ambiental, j eram conhecidas as vantagens desse combustvel em relao ao diesel, que predomina entre os veculos pesados. Esses benefcios motivaram diversas experincias anteriores de nibus a gs, que desde os anos 80 circulam em capitais brasileiras como So Paulo, Rio e Recife. No entanto, os nibus a gs mostraram pouca competitividade econmica e operacional, quando comparados com os movidos a diesel. Agora, o cenrio poltico e

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econmico outro, bem mais favorvel: as reservas brasileiras de gs simplesmente triplicaram em 2003 (hoje so 600 milhes de m3). Alm disso, o Brasil firmou um acordo no qual se compromete a comprar parte da produo da Bolvia, aumentando ainda mais a oferta de gs no mercado interno. A disponibilidade do combustvel, no entanto, no basta: a operao dos nibus a diesel continua sendo mais econmica. Para contornar esse obstculo, a Petrobras entrou em ao e, numa opo clara pelo meio ambiente, decidiu subsidiar o gs natural. Nos prximos dez anos, as empresas de nibus podero adquirir o gs nas distribuidoras a um preo fixado em 55% do valor do diesel, garante Paulo Barreiros, coordenador do Programa Tecnolgico de Gs Natural (Progas) do Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes). Conforme o uso desse combustvel comece a crescer, a fabricao de nibus a gs em grande escala deve tratar de diminuir a diferena de preo que existe na sua produo, operao e manuteno. Outro estmulo para as empresas de nibus adotarem o gs natural a melhoria da rede de distribuio desse combustvel no Brasil. A infra-estrutura de abastecimento evoluiu muito em relao aos anos 80, e isso pode facilitar a revenda dos nibus a gs para a renovao da frota, o que nem sempre era fcil no passado. Aproveitando o cenrio favorvel, a Petrobrs quer medir na ponta do lpis o desempenho de um nibus movido a gs natural em comparao com nibus a diesel, para melhor avaliar sua performance em condies reais de trnsito. (A hora e a vez do gs natural. Superinteressante. Abril de 2004, p. 10.) A disponibilidade do combustvel, no entanto, no basta: a operao dos nibus a diesel continua sendo mais econmica. Os dois-pontos empregados nesse trecho exercem a mesma funo dos que esto presentes em: A) Tnhamos decerto trs preocupaes: produo, distribuio e eficincia. B) Dentre as vantagens desse produto, uma inegvel: o baixo custo de produo. C) Aumentar a produo era primordial: esta providncia inibiria o aumento de preos. D) Nenhum teste adicional foi feito antes de pormos o produto no mercado: um erro indesculpvel. O gabarito foi letra C. A orao que vem aps o sinal de dois pontos tem carter explicativo, da mesma forma que o trecho em destaque (funo de aposto explicativo). Nesta, informa-se o motivo de no bastar somente a disponibilidade do gs a economia que se obtm com o uso de diesel na frota de nibus maior. J no segmento da opo c, informa-se por que o aumento da produo era principal: haveria inibio do aumento de preos. Nas opes a e c, os apostos tm funo enumerativa (trs preocupaes: produo, distribuio e eficincia / Dentre as vantagens ..., uma inegvel: o baixo custo de produo). J na opo e, faz-se um comentrio acerca da informao da orao anterior. TRAVESSO

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Segundo o Formulrio Ortogrfico, emprega-se o travesso, e no o hfen, para ligar palavras ou grupos de palavras que formam, por assim dizer, uma cadeia na frase: O trajeto MauCascadura. A esse conceito, Evanildo Bechara (Moderna Gramtica Portuguesa) acrescentou que o travesso pode substituir os parnteses para assinalar uma expresso intercalada.

Assim, uma expresso explicativa ou simplesmente acessria apresentada entre vrgulas, entre travesses ou entre parnteses.

pode

ser

Veja como isso foi apresentado em prova. (UnB CESPE/Banco do Brasil/2002) Julgue o item que se segue A substituio de todos os travesses do texto por vrgulas respeitaria as regras dos sinais de pontuao da norma culta e manteria a funo de isolar, em um contexto, palavras ou frases. Est correta a afirmao. Podemos substituir os travesses por vrgulas, pois ambos tm a funo de isolar elementos de natureza explicativa. Contudo, a recproca no verdadeira. Nem sempre a vrgula pode ser substituda por travesso. Ela pode, na orao, indicar um deslocamento, caso em que no cabe outro sinal de pontuao. E se o perodo se encerrar com uma expresso explicativa iniciada por um travesso: posso fazer isso com um ponto final sem usar o segundo travesso? Sim, se o perodo se encerra juntamente com essa expresso explicativa (iniciada por vrgula ou travesso), o segundo travesso ou a segunda vrgula pode ser substituda pelo ponto final. No horrio eleitoral, podemos ver inmeros parlamentares denunciados por corrupo tentando a reeleio o que s depende de voc, eleitor. Se a expresso indicada entre os travesses estiver dentro de uma outra construo indicada entre vrgulas, no constitui erro a indicao do segundo travesso e, em seguida, a vrgula que encerra o deslocamento. Apesar de seu tamanho, que causava terror a todos os que no o conheciam, a sua ndole era de uma criana inocente. Nesse exemplo, alm do deslocamento de uma orao adverbial (Apesar de seu tamanho), elemento suficiente e necessrio para o emprego de uma vrgula, ainda h uma orao de natureza explicativa (a respeito do tamanho), que poderia ser isolada por vrgulas, travesses ou parnteses (optou-se pelas vrgulas). A segunda vrgula, aps conheciam, tem dupla funo encerrar a orao explicativa e indicar o fim do deslocamento da orao adverbial. E se a orao explicativa viesse isolada por travesses como ficaria? Haveria duas possibilidades a primeira, manter os dois sinais (o travesso encerra a orao explicativa, enquanto que a vrgula indica o fim do deslocamento): Apesar de seu tamanho que causava terror a todos os que no o conheciam , a sua ndole era de uma criana inocente.

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Ou, a segunda, apenas a vrgula, que, nesse caso, continuaria em dupla jornada de trabalho ao mesmo tempo, encerra a explicao e o deslocamento: Apesar de seu tamanho que causava terror a todos os que no o conheciam, a sua ndole era de uma criana inocente. Veja um bom exemplo do emprego dessa pontuao em uma questo de prova. (FGV / Ministrio da Cultura /2006) Sem saber ainda direito como vai sobreviver "as reservas que acumulei em Nova York esto indo embora" , ele planeja as prximas paradas pela Amrica do Sul. O trecho entre travesses indica: (A) uma contradio. (B) uma exemplificao. (C) uma explicao. (D) uma explicitao. (E) um questionamento. Resposta: C O perodo isolado por travesses tem carter explicativo. Reproduz literalmente (por isso, as aspas em: "as reservas que acumulei em Nova York esto indo embora") as palavras do sujeito em que se baseia a afirmao da orao anterior (Sem saber direito como vai sobreviver). Note como houve o emprego do segundo travesso, indicando o fim da explicao, para, aps isso, ser empregada tambm a vrgula que finaliza o deslocamento da orao reduzida de infinitivo, formando [ ,]. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Finalmente, o travesso tambm pode ser usado no lugar dos dois pontos, quando representa a sntese do que se vinha dizendo, dando maior realce a essa concluso (recurso estilstico): Deixai-me chorar mais e beber mais Perseguir doidamente os meus ideais E ter f e sonhar encher a alma. (C.Pessanha)

PARNTESES So usados sempre em dupla e servem para intercalar qualquer informao acessria, como uma explicao, uma circunstncia, uma reflexo, uma nota do autor. Em relao aos sinais de pontuao, indica o Formulrio Ortogrfico: Quando uma pausa coincide com o incio da construo parenttica [entre parnteses], o respectivo sinal de pontuao deve ficar depois dos parnteses mas, estando a proposio ou a frase inteira encerrada pelos parnteses, dentro deles se pe a competente notao..

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No, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que seja, convosco, este suavssimo nome); no: o corao no to frvolo, to exterior, to carnal, quanto se cuida. (Rui Barbosa) O ponto-e-vrgula permaneceu aps o fim da construo entre os parnteses, por pertencer orao que se antecedia a construo parenttica. A imprensa (quem a contesta?) o mais poderoso meio que se tem inventado para a divulgao do pensamento. (Carlos Laet) O ponto de interrogao pertence orao entre parnteses e l deve ser empregado. Quer uma questo de prova? Ento, a est ela! (CESPE UNB/DEFENSORIA DA UNIO/2002) Pensar o corpo apenas como mquina ou, no limite, a sua substituio por mquinas inteligentes'' o mesmo que ver sem perceber. A mquina funciona, o homem vive, isto , estrutura seu mundo, seus valores e seu corpo. O que acontece quando se pensa que as mquinas so equivalentes a seres vivos? Um pensamento artificialista (segundo o qual preciso tudo refazer pelo artifcio humano) levado at um ponto em que o prprio pensamento desaparece. Os cultores do artificialismo no distinguem, por exemplo, crebro e mente. Ao desvendarem certos mecanismos do crebro, pensam ter descoberto o segredo do pensamento. certo que a vida mental muito mais complexa. Adaulo Novaes. A mquina do homem e da cincia. In: 0 homem e a mquina - ciclo de conferncias. Rio e Braslia: CCBB (com adaptaes). Julgue o item que se segue. Por constituir uma explicao do termo anterior, a orao entre parnteses (l.56) admite ter os parnteses substitudos por travesses ou por vrgulas. Essa questo serve como um reforo de tudo o que vimos sobre o emprego de vrgulas, travesses e parnteses. Podemos substituir parnteses por travesses ou por vrgulas. Tambm podemos substituir os travesses por parnteses ou por vrgulas. Esse troca-troca vlido para isolar elementos de natureza explicativa. Contudo (j vimos), nem sempre a recproca verdadeira (trocar as vrgulas pelos demais). Este sinal (vrgula) possui outras funes alm de isolar explicao serve para isolar conjunes, indicar deslocamento etc. ASPAS Usam-se aspas para indicar uma citao (em todas as nossas aulas, h exemplos desse emprego, inclusive aqui), para destacar uma expresso ou palavra a que se queira dar relevo na construo, ou realar ironicamente alguma palavra ou expresso. A isso eu chamo de hipocrisia burra. Esse o pas do jeitinho. Celso Cunha alerta para o emprego da pontuao no emprego de aspas: Quando a pausa coincide com o final da expresso ou sentena que se acha entre aspas, coloca-se o competente sinal de pontuao depois delas, se encerram apenas uma parte

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da proposio. Quando, porm, as aspas abrangem todo o perodo, sentena, frase ou expresso, a respectiva notao fica abrangida por elas. Ou seja, o mesmo tratamento dispensado pelo Formulrio Ortogrfico aos parnteses. PONTO DE INTERROGAO O ponto de interrogao empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta no exija resposta.

PONTO DE EXCLAMAO O ponto de exclamao empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonao exclamativa, que normalmente exprime admirao, surpresa, assombro, indignao etc. O ponto de exclamao tambm usado com interjeies e locues interjetivas: Oh! Valha-me Deus! O ponto de exclamao, nesses casos, somente acompanha a interjeio, no valendo como o fim da frase. Por isso, ele acumula a funo de vrgula: Ai! que saudade da Bahia. Perceba que a vrgula foi dispensada, porque a exclamao a substituiu. Note tambm que o sinal de pontuao no encerrou a frase; simplesmente acompanhou a interjeio. Se quiser usar inicial maiscula aps esse ponto, tudo bem. Mais erudito, porm, no us-lo. RETICNCIAS As reticncias so empregadas para marcar a interrupo da frase: a) para assinalar interrupo do pensamento ou hesitao em enunci-lo: - Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a conscincia de que fiz o meu dever. Mas o mundo saber... (Jlio Dinis) b) para indicar, numa narrativa, certas inflexes de natureza emocional (de alegria, de tristeza, de raiva): Mgoa de o ter perdido, amor ainda. dio por ele? No... no vale a pena... (Florbela Espanca) c) como forma de realar uma palavra ou expresso, colocando-se as reticncias antes dela: E teve um fim trgico... pobrezinho...j to novo com tanta responsabilidade!

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Como sinal meldico, indica uma pausa maior quando associado a outros sinais, como a vrgula, o ponto de interrogao ou de exclamao. Passai, vagas..., mas passai de manso! (C.Alves) Certas pessoas merecem punio severa! ... esbravejou a vtima. Muitos gramticos recomendam o uso de reticncias (inclusive entre parnteses), no incio, no meio ou no fim de uma citao, para indicar supresso no trecho transcrito, em cada uma dessas partes. Do mesmo modo que a frase no uma simples seqncia de palavras, o texto no uma simples sucesso de frases. So elos transfrsicos, (...), que fazem do texto um conjunto de informaes. (Elisa Guimares, A Articulao do Texto) Celso Cunha, no entanto, faz distino entre as reticncias, como sinal meldico de pontuao, e os trs pontos que marcam a supresso de palavras, expresses ou trechos de um texto. "Modernamente, continua o professor, para evitar qualquer dvida, tende a generalizar-se o uso de quatro pontos para marcar tais supresses, ficando os trs pontos como sinal exclusivo de reticncias."

isso. Vamos praticar um pouco. QUESTES DE FIXAO 1 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005) Assinale a letra que corresponde melhor redao, considerando correo, clareza e conciso. (A) Alguns sabem que certas coisas no tm preo; (B) Sabem alguns, que certas coisas no tem preo; (C) Certas coisas no tem preo, o que sabem alguns; (D) Sabem alguns que certas coisas no tem preo; (E) Alguns sabem que, certas coisas no tm preo. 2 - (FUNDAO JOO GOULART / ENGENHEIRO CIVIL / 2004) Nos doentes mentais, as iluses so devidas perturbao da ateno, a influncias emocionais e a alteraes da conscincia. Reescreve-se essa frase do texto em cada alternativa abaixo. A que est mal construda no que diz respeito pontuao : A) As iluses so devidas perturbao da ateno, a influncias emocionais e a alteraes da conscincia nos doentes mentais. B) As iluses nos doentes mentais, so devidas perturbao da ateno, a influncias emocionais e a alteraes da conscincia. C) Perturbao da ateno, influncias emocionais e alteraes da conscincia: a tais fatos so devidas as iluses nos doentes mentais.

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D) Nos doentes mentais, as iluses so devidas aos seguintes fatos: perturbao da ateno, influncias emocionais e alteraes da conscincia. 3 - (ESAF/AFC SFC/2000) Assinale a opo em que a afirmao a respeito da pontuao adequada para o texto est incorreta. Para medir o efeito de uma nova tecnologia preciso avaliar em que medida ela d mais eficincia aos processos de produo das empresas. A era do vapor deslocou a produo do lar para a fbrica(1) com a eletricidade(2) surge a linha de montagem. Agora(3) com computadores e Internet(4) a possibilidade de as empresas reformularem(5) seus processos surpreendente(6) da aquisio de insumos descentralizao e terceirizao. a) b) c) d) e) correto colocar um sinal de ponto e vrgula em (1). Em (2), (3) e (4) correto colocar vrgulas. Pode-se optar por travesses, parnteses ou vrgulas em (3) e (4). Em (5) h exigncia do uso de vrgula. Pode-se colocar vrgula ou travesso em (6).

4 - (NCE UFRJ / ANALISTA FINEP / 2006) Daqui a mais ou menos 1 bilho de anos, a Terra no ser mais habitvel; o emprego da vrgula nesse caso se justifica porque se trata: (A) de um aposto; (B) de um vocativo; (C) de um termo em ordem inversa; (D) de uma necessidade de evitar-se ambigidade; (E) de uma orao antecipada. 5 - (BESC / ADVOGADO/ 2004) "Esse lapso, bvio, tambm ser preenchido, esperam o governo e os prprios bancos, com a adoo de medidas que tornem essa travessia menos arriscada." (L.19-21) Assinale a alternativa em que, alterando-se a pontuao, no se altere o sentido da frase acima. (A) Esse lapso bvio, tambm ser preenchido, esperam o governo e os prprios bancos com a adoo de medidas que tornem essa travessia menos arriscada. (B) Esse lapso - bvio - tambm ser preenchido - esperam o governo e os prprios bancos, com a adoo de medidas que tornem essa travessia menos arriscada. (C) Esse lapso, bvio, tambm ser preenchido - esperam o governo e os prprios bancos - com a adoo de medidas que tornem essa travessia menos arriscada. (D) Esse lapso, bvio - tambm ser preenchido, esperam o governo e os prprios bancos - com a adoo de medidas que tornem essa travessia menos arriscada.

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(E) Esse lapso, bvio, tambm ser preenchido, esperam o governo e os prprios bancos, com a adoo de medidas, que tornem essa travessia menos arriscada. 6 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) O modo de produo capitalista no tem vocao suicida, e nada indica que ele esteja a ponto de morrer de morte natural. No trecho acima, utilizou-se corretamente a vrgula antes da conjuno e. Assinale a alternativa em que isso no tenha ocorrido. (A) Voc deve sair antes de anoitecer, e antes de acenderem as luzes, e antes de fecharem o comrcio. (B) Ele muito se esforou para a realizao daquele projeto, e acabou no sendo bemsucedido. (C) Os irmos compreendiam-se mutuamente, e, portanto, respeitavam-se. (D) A expedio encontrou um grupo perdido, e todos voltaram juntos. (E) A maioria dos estudantes aprovou a proposta, e seus pais acataram a deciso. 7 - (FGV / ICMS MS ATI / 2006) Os olhos empapuados so os mesmos mas o cabelo se foi e a barriga s parou de crescer porque no havia mais lugar atrs do balco. Assinale a alternativa que oferea pontuao igualmente correta para o trecho acima. (A) Os olhos empapuados so os mesmos, mas o cabelo se foi, e a barriga s parou de crescer porque no havia mais lugar atrs do balco. (B) Os olhos empapuados, so os mesmos mas o cabelo se foi e a barriga s parou de crescer, porque no havia mais lugar atrs do balco. (C) Os olhos empapuados so os mesmos, mas o cabelo, se foi, e a barriga s parou de crescer porque no havia mais lugar, atrs do balco. (D) Os olhos empapuados so os mesmos mas, o cabelo, se foi e a barriga, s parou de crescer, porque no havia mais lugar atrs do balco. (E) Os olhos empapuados so os mesmos, mas o cabelo se foi, e a barriga, s parou de crescer porque no havia mais lugar, atrs do balco. 8 - (CESGRANRIO / PREF.MANAUS / 2004) Assinale a opo em que a retirada da(s) vrgula(s) NO modifica o sentido da sentena. (A) Joo, desenha uma ave no caderno. (B) No dia 5 de outubro, comemora-se o Dia da Ave. (C) Chamei a menina, que estava sentada, e ela no se mexeu. (D) Ela falava sem parar da festa, do fim de semana e das frias de vero. (E) A secretria, organizada, no deixa trabalho para o dia seguinte.

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9 - (UnB CESPE/Banco do Brasil/2002) A indstria armamentista movimenta anualmente cerca de 800 bilhes de dlares. uma quantia equivalente a 2,5% do PIB mundial. Com um investimento de apenas 8 bilhes de dlares menos do que quatro dias de gastos militares mundiais , todas as crianas do planeta que hoje esto fora da escola poderiam freqentar uma sala de aula. Alis, a fabricao de um nico tanque de guerra consome o equivalente construo de 520 salas de aula, e o custo de um avio de caa supersnico daria para equipar 40 mil consultrios mdicos. O desperdcio da indstria da guerra. In: Famlia Crist, ano 68, n./ 795, mar./2002, p. 12 (com adaptaes). Julgue o item a seguir. Na linha 4, a ausncia de vrgulas para isolar a orao que hoje esto fora da escola indica que ela constitui restrio a crianas do planeta.

10 - (FCC / INSS MEDICO / 2006) A fragmentao dos objetivos intelectuais em compartimentos cada vez mais estreitos provocou, na nossa poca, uma verdadeira confuso de idiomas. Julgue a correo do item que se segue, em relao pontuao. No perodo acima, a eliso da vrgula aposta a provocou no prejudica a correo da frase, considerada a norma culta da lngua.

11 - (FCC / BANCO DO BRASIL / 2006) Est plenamente correta a pontuao do seguinte segmento: (A) Pode viver um homem sem acesso civilizao. No pode: embora haja muitos que pensem o contrrio. O que no evidentemente, o caso do cronista. (B)) O poeta lvares de Azevedo, no sculo XIX, parecia alimentar a mesma convico do cronista. Embora fosse um romntico, o poeta ridicularizava os idealistas que, tendenciosamente, omitiam as agruras da vida natural. (C) O cronista um dos maiores humoristas nossos, sem receio de ofender pontos de vista alheios, costuma atacar o senso comum; no que este tem de vicioso e sobretudo, artificial. (D) Provavelmente se sentiro hostilizados, aqueles que defendem as delcias da vida natural. Em compensao: os que relutam em aceit-la, muito se divertiro com essa crnica. (E) No se privaria o cronista, do conforto que oferecem instalaes sanitrias, em nome de uma vida mais pura e mais rstica. Por que haveramos de renunciar aos ganhos da civilizao, pergunta-se ele? 12 - (ESAF/AFRF/2002.1) A revoluo da informao, o fim da guerra fria com a decorrente hegemonia de uma superpotncia nica e a internacionalizao da economia impuseram um novo equilbrio de foras nas relaes humanas e sociais que parece jogar por terra as antigas

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aspiraes de solidariedade e justia distributiva entre os homens, to presentes nos sonhos, utopias e projetos polticos nos ltimos dois sculos. Ao contrrio: o novo modelo cuja arrogncia chegou ao extremo de considerar-se o ponto final, seno culminante, da histria promove uma brutal concentrao de renda em mbito mundial, multiplicando a desigualdade e banalizando de maneira assustadora a perverso social. Julgue se os itens a respeito do emprego dos sinais de pontuao no texto so falsos (F) ou verdadeiros (V) para, em seguida, assinalar a opo correta. ( ( ( ( ) ) ) ) As duas ocorrncias de duplo travesso demarcam intercalaes e desempenham funo anloga dos parnteses. As vrgulas que se seguem a homens(l.4) e sonhos(l.5) destacam uma explicativa restritiva e, por isso, seu emprego opcional. O emprego de dois-pontos aps contrrio(l.5) justifica-se por introduzir um esclarecimento sobre o que foi dito no perodo anterior. A funo das vrgulas que isolam a expresso seno culminante(l.6-7) a de destac-la sintaticamente e dar-lhe relevo estilstico.

A ordem correta dos itens a) V F V F b) F F V F c) V F F V d) V F V V e) F V V V 13 - (ESAF/Fiscal do Trabalho/2003) A sociedade baseada na liberdade contratual ser sempre, em grande parte, uma sociedade de classes, cuja estrutura defendida em vantagem dos ricos. Cumpre associar o indivduo no processo de autoridade, isto , o trabalhador no poder industrial. A excluso de algum de uma parcela do poder , forosamente, a excluso daquele dos benefcios deste. Todos deviam e devem, portanto, ter direito a uma parte dos resultados da vida social. E as diferenas devem existir somente quando necessrias ao bem comum. Impe-se, pois, uma igualdade econmica maior, porque os benefcios que um homem pode obter do processo social esto aproximadamente em funo de seu poder de consumo, o que resulta do seu poder de propriedade. Assim os privilgios econmicos so contrrios verdadeira sociedade democrtica. O prprio conceito de liberdade redefine-se atravs dos sculos, de acordo com as circunstncias histricas e o desenvolvimento das foras econmicas. E a liberdade, no mundo atual, s existir de fato quando assentada na segurana e em funo da igualdade. que a verdadeira democracia, j o disse Turner, o direito do indivduo de compartilhar as decises que respeitam a sua vida e da ao necessria execuo de tais decises. Para que a liberdade realmente exista, preciso que a sociedade se estruture sobre cooperao e no sobre a explorao. E assim os homens sero livres. (Joo Mangabeira, Orao do Paraninfo, proferida em Salvador, BA, em 8/12/1944, com adaptaes) Analise as seguintes afirmaes a respeito do uso dos sinais de pontuao no texto.

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I. O emprego da vrgula depois de classes (l.2) opcional e, por isso, sua retirada no causa prejuzo gramatical ao texto. II. Devido ao valor explicativo do perodo iniciado por A excluso(l.4), as regras gramaticais permitem trocar o ponto final que o antecede pelo sinal de dois pontos, desde que se empregue o artigo com letra minscula. III. Apesar de no ser obrigatrio o emprego da vrgula depois de Assim(l.9), o valor conclusivo do advrbio recomenda que a seja inserida. IV. Por se tratar de uma citao, as regras gramaticais admitem que o perodo entre aspas (l.14-15) seja precedido do sinal de dois pontos, em lugar de vrgula; e, nesse caso, as aspas podem ser retiradas. a) todos os itens esto corretos. b) nenhum item est correto. c) apenas o item II est correto. d) apenas os itens II e III esto corretos. e) apenas os itens II, III e IV esto corretos. 14 - (ESAF/Tcnico ANEEL /2006) Apesar das dificuldades, o Programa de Metas foi executado e seus resultados manifestam-se na transformao da estrutura produtiva nacional. O governo JK, que soube mobilizar com maestria a herana de Vargas e elevar a auto-estima do povo brasileiro, realizou-se em condies democrticas, com liberdade de imprensa e tolerncia poltica. A taxa de inflao, que em 1956 foi de 12,5%, no final do governo JK, elevou-se para o patamar de 30,5%. A Nao, por sua vez, obteve um crescimento econmico mdio de 8,1% ao ano. Apesar das presses do Fundo Monetrio Internacional (FMI), que j advogava o equilbrio fiscal e o Estado mnimo para o Brasil, e de setores conservadores da vida brasileira, JK conseguiu elevar o PIB nacional em cerca de 143%. E tudo isto ocorreu em um contexto marcado por um dficit de transaes correntes que atingiu 20% das exportaes em 1957 e 37% em 1960, o que ampliava a fragilidade externa e fazia declinar a condio de solvncia da economia brasileira. No entanto, foi graas ao controle do cmbio e ao regime de incentivos criados que as importaes de bens de consumo durveis foram contidas. (Rodrigo L. Medeiros, com adaptaes) Em relao ao texto, julgue a assertiva. As vrgulas aps JK (l.2) e aps brasileiro(l.4) isolam orao de natureza restritiva.

15 - (FCC/TRE MG /2005) A supresso da(s) vrgula(s) implicar alterao de sentido na frase: (A) Ao longo das ltimas dcadas, as obras de Umberto Eco vm ganhando mais e mais respeitabilidade. (B) Umberto Eco fundamentalista. homenageia os cientistas, que combatem o obscurantismo

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(C) O grande pensador italiano, Umberto Eco, homenageia em seu texto a atitude de um grande cientista. (D) Na atitude de Stephen Hawking, h uma grandeza que todo cientista deveria imitar. (E) No h como deixar de reconhecer, no texto de Humberto Eco, uma homenagem a Stephen Hawking. 16 - (FCC/TRE MG/2005) Atente para as seguintes frases: I. A preocupao do autor com os jornalistas, cuja liberdade de expresso se encontra ameaada. II. Os jornalistas, que costumam cuidar de seus prprios interesses, no preservam sua independncia. III. O direito livre informao dos jornalistas e, tambm, da sociedade como um todo. A supresso da(s) vrgula(s) altera o sentido APENAS do que est em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 1A Vimos que a vrgula no pode separar elementos inseparveis, que so: sujeito do verbo, verbo do complemento, termo regido do termo regente, conjuno ou pronome relativo da orao correspondente. Se houver uma intercalao separando-os, deve haver DUAS VRGULAS e no apenas uma. A orao totalmente correta est na letra a. As demais apresentam os seguintes erros. b) O verbo saber est separado de seu complemento oracional (que certas coisas no tm preo) por uma vrgula aps o termo que exerce a funo de sujeito (alguns). Alm disso, houve um erro de concordncia verbal (tem no lugar de tm, que possui o substantivo coisas como ncleo do sujeito). c) Que coisa feia essa de tem??? Cruzes! d) Olha essa feira a de novo!!! Ser que a banca imaginou que algum ia marcar uma coisa dessas como CERTA?!?!?! SOCORRO! e) Nessa opo, a conjuno que est separada indevidamente do restante da orao a que pertence. 2B

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Busca-se a opo em que se verifica erro de pontuao. Vejamos a construo da opo b: As iluses nos doentes mentais, so devidas perturbao da ateno, a influncias emocionais e a alteraes da conscincia. Houve uma indevida separao do sujeito (As iluses) do verbo correspondente (so) por meio de uma vrgula isolada. H duas formas de correo: elimina-se a vrgula (As iluses nos doentes mentais so devidas...) ou coloca-se uma outra vrgula, isolando a expresso nos doentes mentais (As iluses, nos doentes mentais, so devidas...). 3D Em a possibilidade de as empresas reformularem (5) seus processos, a vrgula no pode ser colocada nesse ponto, pois estaria separando o verbo reformular de seu complemento verbal seus processos um dos casos de proibio. Vamos analisar cada uma das demais propostas: a) Correta. Encerra-se a primeira passagem, mas o perodo seguinte segue a mesma linha argumentativa. Por isso, o melhor sinal o ponto-e-vrgula: A era do vapor deslocou a produo do lar para a fbrica; com a eletricidade [uma nova era].... b) Correta. Em (2), indica-se, com a vrgula, o deslocamento da expresso adverbial com a eletricidade para o incio da orao. Por sua vez, a expresso com computadores e Internet, de valor adverbial, deve ser isolada por vrgulas em (3) e (4). c) Correta. Com o emprego de vrgulas, travesses ou parnteses, destaca-se o valor explicativo da expresso adverbial com computadores e Internet. e) Correta. Tambm de valor explicativo (justifica-se o fato de ser considerado surpreendente), indicada a vrgula ou o travesso. Tendo em vista o fim do perodo com a expresso explicativa, no lugar do segundo sinal (que faria a dobradinha com o primeiro) colocado o ponto que encerra todo o perodo. 4C O deslocamento da expresso circunstancial Daqui a mais ou menos 1 bilho de anos (adjunto adverbial de tempo), por no ser curto, exige o emprego de vrgula. um termo deslocado ou, nas palavras do examinador, em ordem inversa. Na ordem direta, a construo seria A Terra no ser mais habitvel daqui a mais ou menos 1 bilho de anos.. 5C Expresses ou oraes intercaladas, que apresentem comentrios ou explicaes, devem ser isoladas por vrgulas, de modo a no interferir no restante da estrutura oracional. Note que na opo a houve uma alterao de sentido da expresso bvio, somente com a retirada de uma das vrgulas que deveriam isol-la. De acordo com a nova apresentao, o que bvio no mais o preenchimento do lapso (Esse lapso,

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bvio, tambm ser preenchido), mas o prprio lapso: Esse lapso bvio, tambm ser preenchido. Em outra construo igualmente errada (opo d), houve a separao do sujeito lapso da forma verbal passiva correspondente ser preenchido, por meio de travesso. Outra expresso que deveria se manter isolada: esperam o governo e os prprios bancos. Contudo, isso no foi respeitado nas construes das opes a e d (abriu com travesso e fechou com vrgula um samba do crioulo doido...rs...). O erro da opo e foi separar uma orao adjetiva restritiva de seu antecedente por vrgula (medidas que tornem essa travessia menos arriscada).

6C No est errado empregar uma vrgula antes da conjuno e. O problema como fazer isso para no errar. O autor do texto fez com perfeio, j que os sujeitos das oraes coordenadas so diferentes (o primeiro o modo de produo capitalista, e o segundo, nada). Quando o sujeito das duas oraes for o mesmo, isso no ser possvel, a no ser em casos muito especiais, por questes de clareza textual (quando, por exemplo, a primeira orao for muito longa e houver a necessidade de se retomar o sujeito distante). Muita gente deve ter achado estranha a primeira construo (opo a). Contudo, em aula, vimos os casos de polissndeto, em que podemos repetir a conjuno para dar nfase aos elementos (lembra do poema de Vincius?). Ento, estaria correta a construo. Refora-se, com a repetio, a necessidade de se sair cedo antes de anoitecer, antes de acenderem as luzes, antes de fecharem o comrcio. Na opo b, a conjuno e tem valor adversativo. Vimos na aula sobre conectivos que s podemos afirmar o valor da conjuno no perodo, lembra? Ento, h entre a primeira e a segunda orao idias contrrias muito esforo na realizao do projeto projeto mal-sucedido. Por isso, est correta a pontuao. No perodo da opo d, os sujeitos so distintos, assim como o fez o autor do texto. Na primeira orao, o sujeito A expedio, enquanto que, na segunda, o pronome todos. Por fim, tambm so diferentes os sujeitos do ltimo perodo: a maioria dos estudantes e seus pais. Assim, possvel o emprego de vrgula antes da conjuno aditiva e.

7A Temos, nessa questo, vrios dos casos de proibio. Vamos enumerar alguns deles.

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b) vrgula separando sujeito do verbo: Os olhos empapuados(,) so os mesmos; vrgula antes de conjuno causal ( possvel antes de conjuno explicativa): a barriga s parou de crescer (conseqncia)(,) porque (causa) no havia mais lugar.... c) vrgula separando sujeito do verbo: o cabelo (,) se foi; a expresso atrs do balco j est no fim do perodo, no havendo justificativa para uma pausa (indicada por vrgula). d) vrgula aps a conjuno adversativa mas (seria possvel ANTES e no DEPOIS) + vrgula separando sujeito do verbo: mas(,) o cabelo, se foi e a barriga(,) s parou de crescer; vrgula antes de conjuno causal ( possvel antes de conjuno explicativa). e) vrgula separando sujeito do verbo: a barriga(,) s parou de crescer; vrgula desnecessria antes de atrs do balco.

8B Agora, a pontuao que envolve oraes adjetivas. Lembre-se: no existe caso FACULTATIVO de vrgula com orao adjetiva. OU A VRGULA PROIBIDA (ORAO ADJETIVA RESTRITIVA), OU A VRGULA OBRIGATRIA (ORAO ADJETIVA EXPLICATIVA). Vejamos caso a caso: a) Joo, desenha uma ave no caderno. Com a vrgula, isola-se um vocativo (Joo). Sua retirada tornaria esta uma orao afirmativa (Joo desenha uma ave no caderno.). Ocorre, pois, alterao semntica. b) No dia 5 de outubro, comemora-se o Dia da Ave. A vrgula isola um elemento deslocado. Na ordem direta, seria: Comemora-se o Dia da Ave no dia 5 de outubro.. Como o elemento curto e de fcil entendimento, no haveria prejuzo algum o deslocamento sem vrgula: No dia 5 de outubro comemora-se o Dia da Ave. Assim, com a retirada da vrgula, no ocorre nenhuma mudana de sentido da frase. Esta a resposta correta. c) Chamei a menina, que estava sentada, e ela no se mexeu. A orao adjetiva, por estar isolada por vrgulas, tem valor explicativo. Com a retirada da vrgula, ela se tornaria uma orao adjetiva restritiva. Haveria, assim, mudana semntica na construo. d) Ela falava sem parar da festa, do fim de semana e das frias de vero. Com a vrgula, pode-se entender que so trs os temas de que ela falava: da festa, do fim de semana e das frias de vero. Com a ausncia da vrgula, a expresso do fim de semana deixa de ser um complemento verbal (ela falava do fim de semana) e passa a ser um complemento nominal, em relao a festa (a festa do fim de semana). Tambm ocorre a alterao de sentido. e) A secretria, organizada, no deixa trabalho para o dia seguinte. Da mesma forma que na construo da opo c, haveria a transformao de valor do termo isolado por vrgula: de explicativo (A secretria, por ser organizada, no deixa

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trabalho para o dia seguinte.), passaria a ser restritivo (Aquela secretria que organizada no deixa trabalho para o dia seguinte.). 9 - Item CORRETO exatamente essa a caracterstica da orao subordinada restritiva est ligada ao termo antecedente de forma direta, sem vrgula. 10 Item INCORRETO A retirada da vrgula aps provocou provocaria uma separao entre esse verbo e seu complemento, representado por uma verdadeira confuso de idiomas, em virtude da manuteno da vrgula aps a palavra poca. 11 - B As demais opes apresentam os seguintes erros. (A) O primeiro perodo, na verdade, deveria ser interrogativo (Pode viver um homem sem acesso civilizao?), apresentando-se a resposta no segundo perodo (No pode). A partir da, uma vrgula o separa da orao subordinada concessiva (No pode, embora haja muitos que pensem o contrrio). Os dois pontos esto empregados de forma incorreta. Ademais, o verbo ser foi separado indevidamente de seu complemento o caso do cronista por uma vrgula, e a expresso adverbial evidentemente deveria vir isolada por DUAS vrgulas ou sem nenhuma delas, por ser um termo curto e de fcil entendimento. Somente uma vrgula implica erro de pontuao para o perodo. (C) O primeiro perodo se encerra em nossos. Deve ser indicada essa interrupo por um ponto. A seguir, est indevidamente empregado o ponto-e-vrgula, que separa o verbo atacar de seu complemento (atacar no que este tem ...). Por fim, faltou a primeira vrgula da srie que isola o vocbulo sobretudo (e, sobretudo, artificial.). (D) O sujeito do verbo sentir aqueles. Na ordem direta, isso fica mais claro (Aqueles [que defendem as delcias da vida natural] se sentiro hostilizados provavelmente.). Uma vrgula separa o sujeito (aqueles) do verbo correspondente, devendo ser retirada. No perodo seguinte, a expresso introdutria Em compensao deve ser seguida por uma vrgula, e no pelo sinal de dois pontos. Em seguida, mais uma vez a vrgula separa o sujeito, representado pelo pronome demonstrativo os (em os [que relutam em aceit-la]), do predicado muito se divertiro, incorrendo em um dos casos de proibio (separar sujeito do verbo). (E) O complemento indireto do verbo bitransitivo privar foi separado deste por uma indevida vrgula (No se [objeto direto] privaria o cronista [sujeito] do conforto [objeto indireto]). 12 D A ordem V/F/V/V. 1 item) VERDADEIRO

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Vimos que os travesses se prestam para, assim como os parnteses, apresentar expresses acessrias, como no caso das construes destacadas. 2 item) FALSO Que doideira essa explicativa restritiva?! As oraes adjetivas podem ser explicativas (com vrgula obrigatria) ou restritivas (com vrgula proibida). No existe caso de vrgula opcional em oraes adjetivas. A primeira, antes de to presentes..., introduz construo adjetiva em relao a antigas aspiraes; a segunda separa itens de mesma funo sinttica em uma enumerao to presentes em sonhos, utopias e projetos polticos. Percebe-se, assim, que elas no tm relao entre si. 3 item) VERDADEIRO exatamente essa a funo dos dois pontos, podendo tambm ser usada a vrgula, que estabelece uma pausa mais breve. Se a inteno for de maior destaque, usa-se o ponto (Ao contrrio. O novo modelo...). 4 item) VERDADEIRO Em lugar das vrgulas, poderiam tambm ser usados travesses ou parnteses. 13 - E Est incorreto apenas o item I. Como j vimos, a vrgula em oraes adjetivas ou obrigatria (explicativa) ou proibida (restritiva). No h caso de vrgula opcional. Essa vrgula tem a funo de iniciar uma orao subordinada adjetiva explicativa, em relao a sociedade de classes. Esto corretos os itens: II - A associao proposta na orao anterior ser apresentada na orao iniciada por A excluso. Portanto, est correta a sugesto. III Por ser curto o advrbio, houve a dispensa da vrgula. Contudo, devido ao seu valor conclusivo, melhor seria mant-la aps Assim. IV As aspas servem para indicar que as palavras no pertencem ao autor do texto, mas quela pessoa mencionada por ele. A partir da colocao do sinal de dois pontos, essa distino fica clara, passando o emprego das aspas a ser facultativo. 14 - Item INCORRETO. Como vimos no incio do nosso estudo e ao longo dessa aula, as oraes adjetivas restritivas NO PODEM SER ISOLADAS POR VRGULAS. O valor do segmento destacado explicativo, o que justifica a pontuao empregada.

15 - B Cuidado com o enunciado. O examinador no busca a opo em que haver prejuzo gramatical com a retirada da vrgula, mas a em que haver alterao semntica (sentido na frase). Observamos que essa alterao ocorre com a retirada da vrgula que inicia a orao subordinada adjetiva explicativa. Do modo com apresentada na construo, a orao

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que combatem o obscurantismo fundamentalista indica essa prtica por todos os cientistas a quem Umberto Eco presta homenagem. A partir da retirada do sinal de pontuao, haveria mais de uma espcie de cientista, e s aos cientistas que combatem o obscurantismo fundamentalista o pensador italiano s renderia homenagens. 16 - D Na orao I, com a vrgula, afirma-se que o autor se preocupa com todos os jornalistas, pois eles (todos eles!) tm sua liberdade de expresso ameaada. Aps a retirada do sinal, a orao deixa de ter valor explicativo e passa a ser restritiva. Assim, de todos os jornalistas existentes no planeta, a preocupao do autor em relao queles cuja liberdade de expresso se encontra ameaada. H, portanto, alterao semntica com a retirada da vrgula. O mesmo acontece na orao II aps a retirada da vrgula, afirma-se que, do universo de jornalistas, aqueles que costumam cuidar de seus prprios interesses no preservam sua independncia. J na orao III, a retirada da vrgula no provoca nenhuma alterao no sentido da frase. A expresso tambm admite ser colocada diretamente na orao, sem pausas: O direito livre informao dos jornalistas e tambm da sociedade como um todo. Assim, houve alterao somente nas oraes dos itens I e II. Bons estudos e at a prxima - ltima aula chegando a, pessoal! No prximo encontro, veremos alguns casos que envolvem interpretao de textos e ordenao textual, questo de prova tpica da ESAF. Abrao e at l.

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INTERPRETAO E ORDENAO TEXTUAL Hoje o encerramento do nosso curso. Espero que, aps esses nossos encontros, eu possa ter trazido pelo menos um novo ensinamento, uma dica proveitosa, ou, no mnimo, um sorriso a partir de uma das minhas brincadeiras. Espero que tenha conseguido, tambm, semear o prazer no estudo de nossa Lngua Portuguesa, a nica disciplina, alis, que tem aplicao diria e imediata. Alguns alunos tm solicitado questes que versem sobre interpretao de textos. Esse ponto do programa exigiria um curso completo e, mesmo assim, ao seu trmino, ficaramos com a sensao de que algo ficou faltando. Isso porque interpretao uma questo extremamente subjetiva. Seria o mesmo que um curso de natao por correspondncia. Somente a prtica pode levar perfeio ou, pelo menos, melhoria do rendimento em questes que explorem interpretao. Faam provas anteriores (so muitas as questes disponveis), treinem muito, no se contentem apenas com a resposta procurem entender o que h de errado na opo que foi considerada incorreta. A dificuldade que reside em questes desse tipo que, alm do texto inteiro, h necessidade de ler TODAS as opes. Sim, porque uma pode estar boazinha, mas a seguinte pode ser ainda melhor, mais completa. Isso demanda tempo de prova e seria um CRIME ler as opes sem ter lido o texto voc pode acabar sendo convencido por algum argumento invlido do examinador. Por isso, o treino fundamental. como tocar um instrumento musical, como o piano. No incio, dedilhamos. Depois de muitos exerccios, a msica flui e os dedos acompanham a melodia. Na interpretao, medida que lemos, aumentamos nosso vocabulrio, a facilidade em compreender e, a partir da, interpretar a mensagem. COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTOS Sim, existe diferena entre COMPREENSO e INTERPRETAO de um texto. No processo de recepo textual, o leitor, primeiramente, reconhece o sentido das palavras e, em funo da coeso e coerncia, os argumentos apresentados pelo autor. Esse o processo de compreenso textual. Em seguida, tomando por base outros elementos, como os conhecimentos que possui acerca do tema (chamado de conhecimento do mundo, em que pesam suas experincias pessoais, profissionais, ou seja, de vida), mede a verossimilhana do discurso e, a partir da, pode extrair inferncias do texto. Esse o processo de interpretao textual. Inferir algo tirar por concluso, deduzir por raciocnio (segundo Aurlio), ou seja, o processo de raciocnio que leva a uma concluso a partir do que se apresentou no texto, no necessariamente com as mesmas palavras do autor, mas com base na mesma idia. Uma boa dica para obter sucesso em COMPREENSO E INTERPRETAO DE TEXTOS mergulhar no texto, ou seja, l-lo com gosto e boa-vontade. Afinal, no exatamente isso que fazemos ao ler um livro de cujo autor gostamos? Esquecemos da vida e at perdemos a hora (conheo gente que perdeu a estao do metr em que iria sair e acabou tendo de fazer todo o trajeto de volta...rs...). Quando lemos um texto interessante, que prende a nossa ateno e, sobretudo, cujo assunto dominamos, conseguimos compreend-lo e interpret-lo corretamente. Isso, contudo, no acontece ao lermos um texto sobre um assunto estranho, ao qual no estamos acostumados (no meu caso, textos sobre filosofia, informtica...). Com isso, criamos uma resistncia que deve ser quebrada. Mesmo que no compreenda exatamente todos os conceitos ou palavras, procure identificar elementos com os quais as opes tenham relao. Decomponha o texto em partes e extraia de cada trecho (um pargrafo ou parte dele) as idias bsicas.

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Entenda os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar sua tese. Entender um texto saber acompanhar o percurso argumentativo que o autor trilha. Identifique e grife ou escreva palavras-chave. Isso ajuda a eliminar as opes incorretas. Assim, mesmo sem compreender totalmente o texto (afinal, ele foge ao seu domnio), voc ter instrumentos para resolver a questo de prova. Algumas bancas costumam usar textos interessantes, ainda que longos e sem indicao de linhas ( o caso da Fundao Carlos Chagas, a banca da moda). Outras lanam mo de textos complicados, densos, repletos de linguagem tcnica ou simplesmente alheia ao padro comum. Esse o caso da ESAF e da CESPE. Em relao a esta ltima, outro elemento dificultoso so as prprias questes, em que se deve assinalar CERTO ou ERRADO. As questes podem apresentar argumentos que extrapolam ou contradizem (s vezes, usando as mesmas palavras, para complicar ainda mais) a tese do autor. Muitas vezes, os candidatos no se limitam ao texto e buscam nas respostas sua opinio sobre o tema. Com isso, acabam errando, e, nesse tipo de prova, um erro implica perda de ponto ganho em outra questo. cruel demais! Por isso, deixe a sua opinio sobre o tema para o barzinho com os amigos, na hora do chope com batatinha. Na hora da prova, atenha-se ao que o autor apresenta e, a partir do texto (e somente com base nele), analise as opes da prova. Algumas dicas podem ajud-lo nessa tarefa. 1 Leia o texto com calma, ateno, buscando extrair as idias principais e ter uma viso geral do assunto. 2 Se houver palavras desconhecidas, no se desespere prossiga a leitura. Muitas vezes, possvel inferir o seu significado a partir do contexto. 3 Volte ao texto e releia quantas vezes forem necessrias. Se no compreender algum trecho ou pargrafo, prossiga para ver se consegue faz-lo com os demais argumentos do autor. Caso contrrio, volte e releia, at conseguir extrair aquela idia-chave. 4 Para melhor compreenso, especialmente se o texto for longo, divida-o em segmentos (frases, perodos, pargrafos) e, se for preciso, sublinhe ou escreva ao lado palavras-chave. 5 Se for um texto dissertativo, procure identificar o posicionamento do autor e anote-o, para no confundi-lo com a sua prpria opinio. 6 Por fim, somente aps a leitura completa e bem feita, v s opes. Leia-as com a mesma calma que usou na leitura do texto. 7 Se o enunciado exigir correo gramatical, elimine antecipadamente as que apresentem erros como de sintaxe de concordncia, de regncia, ortografia, pontuao etc. Assim, aumentam as suas chances de gabaritar. 8 Se o enunciado buscar o trecho que COMPLETA o sentido, faa os mesmos passos acima (idia-ncleo, palavras-chave) em relao s opes, eliminando as que se distanciam da direo argumentativa do autor. por essas e outras que as provas apresentam textos (cada vez mais) longos e/ou complexos. O candidato que deixa a prova de Lngua Portuguesa para o fim, chega a ela cansado, esgotado, com pressa, e fica impedido de compreender o texto com perfeio. Acaba errando questes simples ou perde um tempo precioso em releituras que no seriam necessrias se estivesse com a mente descansada. Como j afirmamos em aulas anteriores, as bancas no buscam os candidatos que sabem mais; elas procuram os mais objetivos (e isso comea j na preparao), os que usam sua inteligncia a seu favor, sabendo explorar seus pontos fortes e sanar os pontos fracos.

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COESO E COERNCIA TEXTUAL O que falar sobre as questes que envolvem coeso e coerncia textuais? Bem, preciso, para comear, dominar certos conceitos. Na construo de um texto, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreenso do que se l. Para isso, importante o bom uso tanto da pontuao (Aula 11) e de mecanismos lingsticos que estabelecem a conectividade e a retomada do que foi escrito (referentes textuais, tratados nas aulas sobre Pronomes e Conectivos Conjunes e Preposies). Esses referentes buscam garantir a coeso textual para que, como conseqncia, haja coerncia, tanto entre os elementos que compem a orao, como tambm entre a seqncia de oraes dentro do texto. Essa coeso tambm pode muitas vezes se dar de modo implcito, baseado em conhecimentos anteriores que os participantes do processo tenham com o tema (o tal conhecimento do mundo). por isso que, como vimos, alguns textos, por tratarem de assuntos alheios ao conhecimento do candidato, so considerados desagradveis e de difcil compreenso. Costumamos usar uma linguagem figurada para apresentar os conceitos de coeso e coerncia. A coeso uma linha imaginria - composta de termos e expresses - que une os diversos elementos do texto e busca estabelecer relaes de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetio, substituio, associao), sejam gramaticais (emprego de pronomes, conjunes, numerais, elipses), constroem-se frases, oraes, perodos, que iro apresentar o contexto decorre da a coerncia textual. Um texto incoerente o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditria. Muitas vezes essa incoerncia resultado do mau uso daqueles elementos de coeso textual (uma conjuno inapropriada, um pronome mal empregado). Por isso, na organizao de perodos e de pargrafos, um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. Construdo com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. Se o examinador pedir ao candidato que aponte a assertiva que, alm dos aspectos de coeso e coerncia, apresente CORREO GRAMATICAL, uma boa dica (e somente nesse caso) , antes mesmo de ler o texto, verificar a correo gramatical das opes, descartando as que apresentarem erros de concordncia, regncia, pontuao, ortografia, etc. Assim, eliminam-se opes invlidas, aumentando, por conseguinte, as chances de identificar a correta. Em seguida, restando dois ou mais itens, a leitura do texto passa a ser fundamental. Na ltima prova para o TCU, a questo apontada como correta apresentava um erro de concordncia verbal. Vamos analis-la.

11- Indique a opo que pode anteceder o pargrafo transcrito abaixo, sem ferir os princpios de coerncia textual e desenvolvimento lgico das idias. Muito contribuiu para afirmaes desse tipo a divulgao da teoria de Cesare Lombroso (1835-1909), criminalista italiano, que procurou correlacionar aparncia fsica com tendncia para comportamentos criminosos. Por mais absurda que nos possa parecer, a teoria de Lombroso encontrou grande receptividade popular e, at recentemente, era ministrada em alguns cursos de direito, como verdade cientfica. Em nossos dias, o mau uso da sociobiologia tem exercido o mesmo papel. (Roque de Barros Laraia, Cultura um conceito antropolgico.)

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a) O perigo da crena nas qualidades (positivas ou negativas) adquiridas graas transmisso gentica que facilmente elas podem vir associadas a padres discriminatrios, sejam raciais, sejam sociais, na tentativa de justificar as diferenas sociais. b) Os dados cientficos de que dispomos atualmente no confirmam a teoria segundo a qual as diferenas genticas hereditrias constituiriam um fator de importncia primordial entre as causas das diferenas que se manifestam entre as culturas e as obras das civilizaes dos diversos povos ou grupos tnicos. c) Os grupos humanos diferem uns dos outros pelos traos psicologicamente inatos, quer se trate de inteligncia, quer de temperamento. O desenvolvimento das aptides mentais se explicam, antes de tudo, pelo aparato inato de que vem dotado cada ser humano apangio do que se designa por espcie humana. d) As diferenas existentes entre os homens no podem ser explicadas em termos das limitaes que lhes so impostas pelo seu aparato biolgico ou pelo seu meio ambiente. A grande qualidade da espcie humana foi ter rompido com suas prprias limitaes: um animal frgil dominou toda a natureza e se transformou no mais temvel dos predadores. e) Um jovem lobo, separado de seus semelhantes no momento do nascimento, saber uivar quando necessrio; saber distinguir, entre muitos odores, o cheiro de uma fmea no cio e distinguir, entre numerosas espcies animais, aquelas que lhe so amistosas ou adversrias. Do mesmo modo, um cachorrinho criado com uma ninhada de gatinhos nem mesmo experimentar miar latir e rosnar a primeira vez que lhe pisarem a pata.

O trecho a ser indicado como correto deveria anteceder o segmento apresentado no enunciado. O item-chave o pronome demonstrativo da primeira orao: Muito contribuiu para afirmaes desse tipo.... Que afirmao foi essa? A de que grupos humanos diferem uns dos outros pelos traos psicologicamente inatos e que o aparato congnito de que vem dotado o ser humano justifica o desenvolvimento de certas aptides mentais. Esse tipo de argumentao embasou a polmica tese do criminalista italiano em que se correlaciona aparncia fsica com comportamento criminoso (resposta presente na opo c). No entanto, essa opo c, indicada como correta, apresenta ERRO DE SINTAXE DE CONCORDNCIA. Na passagem O desenvolvimento das aptides mentais se explicam ... o verbo explicar deve concordar com o substantivo que exerce a funo sinttica de ncleo do sujeito desenvolvimento , sendo a forma correta: O desenvolvimento das aptides mentais se explica.... O problema que o enunciado no exigia a correo gramatical do segmento, somente respeito aos princpios de coerncia textual e desenvolvimento lgico das idias. Ainda assim, a questo foi passvel de recurso, pois, para que haja coerncia, os aspectos gramaticais devem ser respeitados. A ESAF no teve outra sada e anulou a questo. ORDENAO TEXTUAL Em questes que envolvem ordenao textual (questes tpicas da ESAF, mas que podero estar presentes em provas de outras bancas, como j ocorreu com a FCC), a identificao dos referentes textuais ajuda (e como!) a eliminao de muitas opes. Quando isso no for suficiente, a sim, a leitura e interpretao so necessrias para identificao da ordem correta.

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Deveremos eliminar, primeiramente, as opes que no poderiam ser o primeiro pargrafo do texto. Essas opes apresentam termos ou expresses que dependem de indicaes antecedentes (pronomes, conjunes etc.). s vezes, isso basta para encontrarmos a resposta correta. Na maior parte, ficamos com apenas duas ou trs opes. A, devemos analisar cada uma das ordens propostas e verificar a que melhor respeita a coeso e coerncia textuais. Vamos analisar uma dessas questes. 07- (TRF 2003) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordeneos nos parnteses e, em seguida, assinale a seqncia correspondente. ( ) As operaes de compra de imveis pelas off shores tambm esto sendo monitoradas pela Receita. Os dados sero comparados com as declaraes de Imposto de Renda dos residentes no Brasil e at com o cadastro de imveis das prefeituras. ( ) Sem identificao dos donos, cujos nomes so mantidos em sigilo pela legislao dos pases onde esto registradas, muitas dessas empresas fazem negcios no Brasil, como a participao em empreendimentos comerciais ou industriais, compra e aluguel de imveis. ( ) Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores, pois no h mecanismos legais que permitem acesso aos verdadeiros donos, o governo tambm no tem conhecimento da origem desse dinheiro aplicado no Pas, sem o recolhimento dos impostos devidos. ( ) A Receita Federal est fechando o cerco contra as empresas estrangeiras sediadas em parasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores. ( ) Para reduzir essa evaso fiscal, a Receita est identificando as pessoas fsicas que alugam imveis de luxo pertencentes a pessoas jurdicas ou mesmo fsicas que atuam em parasos fiscais. Toda remessa de aluguel tributada. (Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003) a) 1,2,4,3,5 b) 2,3,5,4,1 c) 5,2,3,1,4 d) 1,5,4,3,2 e) 3,2,1,5,4

Veremos que a banca apresenta esse tipo de questo de diversas formas. Nessa, devemos colocar os numerais ordinais nos parnteses. Primeiramente, vamos eliminar as opes que apontam, como primeiro pargrafo do texto (1), segmentos que apresentam palavras ou expresses dependentes de informaes anteriores, quer gramaticalmente (emprego de pronomes com funo anafrica - essas, suas, que exigem referncia textual anterior, conjuno relacionando oraes de trechos diferentes, oraes cujo sujeito j deveria ter sido mencionado, etc.), quer semanticamente (no faz o menor sentido, faltam informaes). Eliminamos da primeira posio os seguintes segmentos: 1) As operaes ... tambm esto sendo monitoradas pela Receita. o vocbulo tambm indica a necessidade de ter sido mencionada outra operao que esteja sendo monitorada pela

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Receita Federal. Alm disso, eu s sei que a Receita Federal por ter lido as demais opes. Em um texto, deve-se indicar inicialmente o nome do rgo de maneira completa. A indicao de parte desse nome Receita implica erro de coeso textual e prejudica a compreenso, pois o leitor no tem como saber que Receita essa (estadual, municipal, federal?). 2) Sem identificao dos donos, cujos nomes... donos de qu? muitas dessas empresas quais empresas? 3) Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores... que off shores so essas??? O que isso?? 5) Para reduzir essa evaso fiscal ... que evaso??? S poderamos comear pelo quarto segmento: A Receita Federal (nome do rgo completinho agora, sim!) est fechando o cerco contra as empresas sediadas em parasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores. (tambm se apresentou o conceito de off shores que pode ser desconhecido do grande pblico). Agora, sim. Todas as informaes necessrias foram apresentadas. Vamos s opes: eliminam-se as letras a, b, d, e. RESPOSTA: C Incrvel que somente essa providncia levou ao gabarito! Mas no fique muito animadinho(a), hem? Nem sempre funciona desse jeito mole, mole... Se houver tempo, verifique a ordem e comprove que essa mesmo a resposta correta. Caso contrrio, marque o X e corra pro abrao...rs... Bem, espero que essas dicas o ajudem a resolver, daqui pra frente, as questes que envolvem esse assunto. Por fim, apresentamos, para o seu deleite, a poesia de Ricardo Alberty, extrada do livro homnimo ilustrado por Eliana Brando (Ed.Melhoramentos). Temos a oportunidade de fazer algumas anlises que envolvem a compreenso do texto (alm de absorver a lio de grande valia que ela nos traz). A casa feita de sonho Leve como uma pluma, Alta como uma torre, Quente como um ninho E doce com o mel. Assim imaginei desde pequeno a minha casa... Mais tarde, quando me encontrei s no mundo, como no tinha dinheiro, resolvi constru-la com as prprias mos. Fiz primeiro a minha casa de papel, que um material barato. E assim que ficou pronta, vieram todos os ventos da Terra e levaram a minha casa de papel, leve como uma pluma... Fiquei sem casa, mas no desisti. E fiz a minha casa beira-mar, com areia da praia, que um material barato. Mal estava pronta, vieram todas as mars do mundo e levaram a minha casa de areia, alta como uma torre...

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Tive vontade de desistir, mas eu precisava de uma casa, e sobretudo no podia abandonar o meu sonho. E resolvi fazer a minha casa de madeira, que um material barato. Cortei-a dos bosques, com as prprias mos! Ficou linda!... Escondida entre a folhagem... Mas ainda mal a tinha acabado, vieram todos os fogos do cu e queimaram a minha casa de madeira, quente como um ninho... Chorei sobre as cinzas, como se chora uma pessoa querida que morreu. Mas, mesmo assim, no desisti. E resolvi fazer a minha casa de acar... Mas o acar no um material barato! No . Mas eu precisava de uma casa, e sobretudo no podia abandonar o meu sonho... Trabalhei, lutei, passei fome, para juntar o acar suficiente... E quando a minha casa estava pronta eram de acar as paredes, o cho, o teto, os mveis, as portas e as janelas - vieram todos os bichos da Terra e devoraram a minha casa de acar, doce como o mel... Fiquei sem casa. E desisti de constru-la com as prprias mos... Perguntaram-me onde moro... Onde moro eu? Sei l!... Vou pelo mundo, aqui, alm, no bosque, beira-mar... Perguntam-me se no tenho casa... Tenho, sim! Eu podia l abandonar o meu sonho!... Resolvi imagin-la. Num lugar onde no chega o vento, nem o mar, nem o fogo, nem os bichos da Terra. Fiz a minha casa com o meu prprio sonho. Ficou linda! Leve como uma pluma, Alta como uma torre, Quente como um ninho E doce como o mel... Ainda que de origem portuguesa, o autor capaz de relacionar vrias caractersticas comuns ao povo brasileiro: a busca incessante pela casa prpria, a perseverana na luta por seus ideais, a falta de condies financeiras (procura materiais baratos e usa sua prpria fora de trabalho para a construo) etc.

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Podemos perceber que, medida que enfrenta as adversidades, o personagem se abate, sim, cada vez mais (chega a chorar, em uma delas), mas no o suficiente para desistir de alcanar seu ideal. A leveza (da pluma), a imponncia (representada pela torre), a firmeza (da madeira) e a doura (do acar) sucumbiram, mas no o nosso heri. Seu ideal foi mais forte e o levou a construir, finalmente, sua prpria casa dessa vez de forma que adversidade alguma seria capaz de destru-la: com seu prprio sonho, mantendo-a em sua prpria imaginao. Faa sua prpria interpretao do texto e tenha em mente que s no vence aquele que desiste. Agora, chega de conversa. Vamos treinar um pouco. Na primeira parte, apresentamos algumas questes de prova que tratam de coeso e coerncia textuais. Na segunda, falaremos sobre ordenao de texto. Apresentaremos algumas dicas para eliminar opes e, com isso, resolver a questo ou, no mnimo, aumentar as chances de acerto. QUESTES DE FIXAO 1- (ESAF/AFRF/2002.1) Marque, em cada item, o perodo que inicia o respectivo texto de forma coesa e coerente. Depois, escolha a seqncia correta. I ......................................................................... O abandono da tematizao do capitalismo, do imperialismo, das relaes centro-periferia, de conceitos como explorao, alienao, dominao, abriu caminho para o triunfo do liberalismo. (X) O socialismo, em conseqncia desses fatores, desapareceu do horizonte histrico, em virtude de ter ganho atualidade poltica com a vitria da Revoluo Sovitica de 1917. (Y) O triunfo do neoliberalismo se consolidou quando o pensamento social passou a ser dominado por teses conservadoras. II .............................................................. Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores. Mas, como h uma dignidade que o vencedor no pode alcanar, como dizia Borges, o que ganharam em prestgio perderam em capacidade de anlise. (X) Os que abandonaram Marx com soltura de corpo e com alvio, como se se desvencilhassem de um peso, na verdade no trocavam um autor por outro, mas uma classe por outra. (Y) Eles substituram a explorao de classes e de pases pela temtica do totalitarismo, aperfeioando suas anlises polticas ao vincul-las dimenso social. III ........................................................................ No mundo contemporneo, tais modos nos permitem compreender a etapa atual do capitalismo, em sua fase de hegemonia poltica norte-americana. (X) Para atender a atualidade, so necessrios modos de compreenso frteis, capazes de dar conta das relaes entre a objetividade e a subjetividade, entre os homens como produtores e como produtos da histria.

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(Y) Trata-se de uma compreenso mope, que ignora componentes essenciais ao fenmeno do capitalismo que estamos vivendo. IV ......................................................................... Quem pode entender a poltica militarista dos EUA e do seu complexo militar-industrial sem a atualizao da noo de imperialismo? (X) Quem pode entender hoje a crise econmica superproduo, essencial ao capitalismo? internacional fora dos esquemas da

(Y) Portanto, a unipolaridade vigente h uma dcada que busca impor a dicotomia livre mercado/protecionismo. V ........................................................................... Nunca as relaes mercantis tiveram tanta universalidade, seja dentro de cada pas, seja nas novas fronteiras do capitalismo. (X) O capitalismo d mostras de enfrentar forte declnio, que leva os especialistas a preverem profunda fragmentao na ordem econmica interna de cada nao. (Y) Assiste-se ao capitalismo em plena fase imperialista consolidada, em que as formas de dominao se multiplicam. (Itens baseados em Emir Sader) a) X,X,Y,Y,X b) Y,X,X,X,Y c) Y,Y,X,X,Y d) X,Y,Y,X,Y e) X,Y,Y,X,X 2 - (ESAF/AFC SFC/2002) - Assinale, entre as opes propostas, aquela que se desvia, ainda que parcialmente, do conceito e da direo argumentativa expressos no perodo abaixo. Dizia o socilogo norte-americano, Robert Merton, que o que h de mais relevante e espantoso com as profecias que elas se auto-realizam, como um vaticnio, um augrio. a) Ao serem concebidas pela imaginao ilimitada dos homens, as profecias potencializam a chance de se transformarem em realidade, projetando e fortalecendo um desejo ou temor coletivo. b) Pelo simples fato de que foram inventadas por algum, com ousadia e eficcia simblica, ganham existncia real, criando a probabilidade de serem incorporadas vida social em futuro imediato ou distante. c) Quando uma grande (ou pequena) idia se cristaliza, sua fora transformadora entra em ao com os mesmos poderes que comandam as leis da Fsica. d) Acima de profetas e messias, est o imprio da histria, que constri o futuro com seus prprios vetores e foras internas atuando revelia do desiderato e do fado humanos. e) A histria da humanidade registra fatos que provam a existncia de uma simbiose natural entre os grandes sonhos e as grandes mudanas, fruto da magia pessoal e de uma vontade inabalvel.

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(Com base em artigo de Aspsia Camargo) 3 - (ESAF/AFRE MG/2005) Santo Agostinho (354-430), um dos grandes formuladores do catolicismo, uniu a teologia filosofia. Sua contribuio para o estudo das taxas de juros, ainda que involuntria, foi tremenda. Em suas Confisses, o bispo de Hipona, filho de Santa Mnica, conta que, ainda adolescente, clamou a Deus que lhe concedesse a castidade e a continncia e fez uma ressalva ansiava por essa graa, mas no de imediato. Ele admitiu que receava perder a concupiscncia natural da puberdade. A atitude de Santo Agostinho traduz impecavelmente a urgncia do ser humano em viver o aqui e agora. Essa atitude alia-se ao desejo de adiar quanto puder a dor e arcar com as conseqncias do desfrute presente sejam elas de ordem financeira ou de sade. justamente essa urgncia que explica a predisposio das pessoas, empresas e pases a pagar altas taxas de juros para usufruir o mais rpido possvel seu objeto de desejo. (Viver agora, pagar depois, (Fragmento). In: Economia e Negcios, Revista Veja, 30/03/2005, p.90) Assinale a opo correta com base no que se depreende do texto. a) Na adolescncia, o bispo de Hipona foi concupiscente. b) O clamor de Santo Agostinho a Deus inclua o adiamento dos prazeres libidinosos. c) A predisposio para o pagamento de altas taxas de juros causa da urgncia de se querer viver intensamente o momento presente. d) A atitude tomada pelo filsofo catlico, na adolescncia, diferenciava-o dos demais homens e prenunciava a santificao futura. e) O telogo e filsofo do catolicismo contribuiu significativamente para a formulao do conceito das taxas de juros, ainda que fosse contrrio matria. 4 - (ESAF/AFC STN/2002) Relacione cada pargrafo correspondente pergunta constante da relao proposta e, depois, marque a seqncia correta. ( ) Mercados so pessoas! Pessoas com necessidades e problemas demandando solues; pessoas com informaes e conhecimento ofertando solues. gente falando com gente o tempo todo. Negcios so relacionamentos. At a pode parecer bvio. Mas pare para pensar! Compare com o que acontece na vida real: uma enorme deturpao do que verdadeiramente seja o entendimento de mercado e de negcio. Na fbrica, as mquinas, os equipamentos e as instalaes valem mais do que os funcionrios; no estabelecimento comercial, a loja, as prateleiras e os estoques valem mais do que os funcionrios. Ironicamente, os recursos fsicos e tcnicos valem mais do que as pessoas. Os meios se sobrepem aos fins. Na fbrica, as mquinas e os equipamentos recebem manuteno preventiva e corretiva, sistematicamente. Existe at a conta manuteno e conservao, que prev gastos voltados atualizao desses ativos. Existem tambm os gastos com segurana patrimonial,destinados a preservar o patrimnio composto dos ativos fixos e imobilizados. No pouco o que se gasta para preservar recursos fsicos e tcnicos. Crises econmicas mostram a pouca convico que existe no que se refere formao de

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equipes e capacitao de pessoas. As pessoas no tm o privilgio das mquinas, eis a grande distoro. No existe a conta de aumento intelectual. (Baseado em Roberto Tranjan) 1. Quais as conseqncias nefastas da negligncia com a capacitao dos recursos humanos? 2. Qual a natureza dos mercados? 3. Consolidaram-se distores quanto a conceitos chave na economia de mercado? 4. Qual a prioridade na preservao do patrimnio no setor secundrio do sistema de produo? 5. Os recursos humanos nas diversas atividades produtivas esto subestimados? a) 2, 3, 5, 4, 1 b) 3, 1, 4, 5, 2 c) 2, 4, 3, 5, 1 d) 4, 5, 2, 1, 3 e) 5, 2, 1, 4, 3 5 - (ESAF/AFPS/2002) A entrada dos anos 2000 tm trazido a reverso das expectativas de que haveria a inaugurao de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Os resultados das cpulas mundiais alimentaram esperanas que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis. Contudo, o movimento que se observa em nvel mundial sinaliza perdas que ainda no podemos avaliar. O recrudescimento do conservadorismo e de prticas autoritrias, efetivadas sombra do medo, tem representado fonte de frustrao dos ideais historicamente buscados. (Roseli Fischmann, Correio Braziliense. 26/08/2002, com adaptaes) Se cada perodo sinttico do texto for representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, as relaes semnticas que se estabelecem no trecho correspondem s idias expressas pelos seguintes conectivos: a) X e Y mas W e Z. b) X porque Y porm W logo Z. c) X mas Y e W porque Z. d) No s X mas tambm Y porque W e Z. e) Tanto X como Y e W embora Z. 6 - (ESAF/AFRE MG/2005) Os tericos, ao dizerem que os indivduos so cronicamente insatisfeitos porque so consumistas, no esto constatando um fato, mas emitindo um julgamento moral, isto , a satisfao psicolgica obtida com a compra de objetos interpretada como insatisfao, porque seria um tipo de realizao emocional esprio. Em outras palavras, supe-se que existe uma forma mais nobre de satisfao emocional que se perderia no contato com o mundo dos artefatos, ou ento, como nos autores de orientao marxista, que a insatisfao inevitvel quando o sujeito expropriado do

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que ele prprio produz e coagido a comprar os objetos produzidos pelos proprietrios do capital. Em suma, pode existir satisfao com os objetos de uso, mas, no, com os de troca, ou seja, com a mercadoria. (Texto adaptado de Jurandir Freire Costa. "O vestgio e a aura: corpo e consumismo na moral do espetculo", p.203) Assinale a afirmativa que est de acordo com o que argumenta o autor do texto. a) Na anlise do ser humano e de sua conduta pessoal e social, deve haver mais rigor, para que no prevaleam as crenas e os fatos sejam examinados com objetividade. b) Aqueles que criticam as leis de mercado, como os marxistas, por exemplo, elaboram anlises equivocadas a respeito dos estados psicolgicos do ser humano. c) verdadeiro o pressuposto de que espria a satisfao emocional resultante da compra de objetos, mas a relao de causa e efeito entre esses dois fatos falsa. d) A mercadoria, vil da satisfao plena do indivduo, referida por grande parte dos tericos como a forma mais nobre de satisfao emocional. e) Os tericos no estariam emitindo julgamento de valor se, ao contrrio do que afirmam sobre a insatisfao crnica dos indivduos, declarassem que, apesar de insatisfeitos, os indivduos continuam consumistas. (FCC / AFTE PB / 2006) Com base no texto a seguir, responde s questes 7 a 9. Os nmeros do relatrio da CPI dedicada originalmente aos Correios so expressivos, dos milhares de pginas de texto e documentos aos mais de cem acusados. o tempo do espanto. Um oceano nos separa, contudo, do resultado concreto, o das absolvies e o das punies. Os dois momentos do mar imenso entre relatrio e resultado esto no julgamento final, cuja tendncia pessimista, a contar de exemplos recentes. No deveria ser. No deveria ser pela natureza mesma das comisses parlamentares de inqurito, cujo nome raramente objeto de meditao at pelos operrios do direito. "Comisso", alm do significado mercantil (depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em remunerao de servio, tambm o do grupamento encarregado de realizar tarefa de interesse comum. Interesse comum? No. De interesses conflituosos pela prpria natureza poltica de seu trabalho, pois o vocbulo "parlamentares" as afirma integradas por componentes de uma das casas do Congresso ou mistas, funcionando segundo seus regimentos internos. (...) "As comisses so teis ou necessrias?", perguntar o leitor. Sem a menor dvida e vigorosamente, respondo sim. H abusos. So lamentveis, mas inerentes vida parlamentar, no Brasil e em qualquer pas onde haja comisses parlamentares. Se os legisladores devem ser a expresso mdia de seu povo, fica manifesto que os parlamentos sejam compostos por homens e mulheres de bem, dedicados e honestos, mas tambm por pilantras, patifes, cachaceiros, delinqentes e assim por diante. (...) Seria ideal que o povo escolhesse melhor seus representantes, dizem as elites, mas sem razo. O povo vota sob influncia do poder econmico, aps seleo dos favoritos de chefes partidrios, para excluso dos que assumam linha independente da adotada pelas lideranas e assim por diante. Voltando CPI dos Correios, cabe esclarecer por que h um oceano entre o relatrio e o resultado. "Inqurito" trabalho de apurao. Se bem feito, propicia bom material aos julgadores. Se malfeito, facilita a "pizza", essa maravilhosa inveno atribuda aos italianos em geral, mas que

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vem do sul da Itlia. "Pizza" transformada em cambalacho e tapeao? No necessariamente. Muitas vezes o defeito da distncia entre a apurao e o julgamento est naquela, e no neste, principalmente se for judicial. O mal do julgamento poltico est em que no considera seu efeito paralelo do desprestgio para o Parlamento como um todo. No caso atual, porm, no se pode negar que j houve resultados apreciveis. Para o relatrio lido nesta semana cabe esperar pela travessia do oceano e torcer para que chegue a bom porto. (W. Ceneviva. Folha de S. Paulo. 01/04/2006, C2) Os dois momentos do mar imenso entre o relatrio e o resultado esto no julgamento final, cuja tendncia pessimista, a contar de exemplos recentes. De acordo com o texto, esse trecho significa (A) uma impressionante identidade entre relatrio e julgamento. (B) um julgamento pessimista, embora o relatrio seja um mar de otimismo. (C) um julgamento tendencioso que reflete o mar de ilcitos que constam do relatrio. (D) um desacordo considervel entre o resultado do julgamento e o relatrio. (E) um oceano de ilcitos, embora o relatrio seja tendencioso. 8 - De acordo com o texto, Pizza transformada em cambalacho e tapeao pode ser o resultado de (A) um julgamento em desacordo com as regras institucionais. (B) um relatrio que resulta de um inqurito que no apurou adequadamente os fatos. (C) uma maravilhosa inveno gastronmica, mas ruim por seu efeito paralelo. (D) um julgamento que no condiz com os fatos apurados. (E) uma Comisso Parlamentar de Inqurito dedicada a cambalachos e tapeao. 9 - As expresses travessia do oceano e bom porto podem ser substitudas, sem alterao de sentido, respectivamente por (A) apurao e bom julgamento. (B) julgamento e boa ncora. (C) relatrio e boa ncora. (D) relatrio e bom julgamento. (E) julgamento e bom termo. 10 (CESPE/BB/2002) Terminou mais um round na luta entre palestinos e israelenses. E pode-se dizer que h um empate tcnico. Feridos, os dois duelistas Ariel Sharon e Yasser Arafat seguem para seus cantos do ringue a fim de avaliar os danos. Arafat deixou seu isolamento forado de cinco meses mas ser que venceu? Sharon aparentemente se curvou s presses americanas mas tambm no se pode dizer que o premier israelense tenha sido derrotado, na opinio de analistas. Douglas McMillan. Round empatado. In: Jornal do Brasil, 2/5/2002, p. 7 (com adaptaes).

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Julgue o item que se segue. Infere-se do texto que a complexidade da questo do Oriente Mdio de tal ordem que, no momento, no h certeza absoluta acerca de quem venceu o episdio entre palestinos e israelenses mencionado no texto.

11- (ESAF/TRF/2003) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e, em seguida, assinale a seqncia correspondente. ( ) As operaes de compra de imveis pelas off shores tambm esto sendo monitoradas pela Receita. Os dados sero comparados com as declaraes de Imposto de Renda dos residentes no Brasil e at com o cadastro de imveis das prefeituras. Sem identificao dos donos, cujos nomes so mantidos em sigilo pela legislao dos pases onde esto registradas, muitas dessas empresas fazem negcios no Brasil, como a participao em empreendimentos comerciais ou industriais, compra e aluguel de imveis. Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores, pois no h mecanismos legais que permitem acesso aos verdadeiros donos, o governo tambm no tem conhecimento da origem desse dinheiro aplicado no Pas, sem o recolhimento dos impostos devidos. A Receita Federal est fechando o cerco contra as empresas estrangeiras sediadas em parasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores. Para reduzir essa evaso fiscal, a Receita est identificando as pessoas fsicas que alugam imveis de luxo pertencentes a pessoas jurdicas ou mesmo fsicas que atuam em parasos fiscais. Toda remessa de aluguel tributada. (Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003) a) 1,2,4,3,5 b) 2,3,5,4,1 c) 5,2,3,1,4 d) 1,5,4,3,2 e) 3,2,1,5,4 12 - (ESAF/TRF/2003) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordeneos nos parnteses e, em seguida, assinale a seqncia correspondente. ( ) Em geral, esta firma constituda apenas para atuar como subsidiria da estrangeira, intermediando seus negcios. Caso a empresa compre imvel no Brasil, tem que haver registro, tem que existir um responsvel, com CPF, o que permite o controle. O investidor estrangeiro entra no Brasil via Bolsa de Valores, fundos de investimentos ou como scio de uma empresa brasileira. O secretrio da Receita admite, no entanto, que no h mecanismos para controlar a

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atuao de brasileiros que mandam dinheiro ilcito para os parasos fiscais e o repatriam por meio de negcios realizados em nome das off shores. ( ) E tambm a contabilidade da empresa, em tais pases, no precisa ser auditada. Os donos dos recursos podem movimentar dinheiro ou constituir empresas por vrios meios que omitem seus nomes, como o sistema de aes ao portador. Esses pases conhecidos como parasos fiscais tm como principais atrativos a legislao tributria branda, com direito at a iseno de impostos, e garantia de sigilo bancrio, comercial e societrio. (Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003) a) 1,2,4,3,5 b) 2,1,3,5,4 c) 3,2,1,5,4 d) 1,5,4,3,2 e) 5,2,3,1,4 13 - (ESAF/TRF/2000) Os fragmentos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os de forma coesa e coerente e assinale a resposta correta. A. Na sede da entidade, a Receita recolheu para anlise dezenas de notas fiscais, comprovantes de pagamentos e livros contbeis. Com base nos documentos, o rgo federal espera esclarecer a questo. O movimento financeiro durante os dez dias da festa avaliado pelo Sebrae da cidade em R$ 278 milhes. Segundo sua anlise, o evento rene 1 milho de pessoas, com uma mdia de R$ 278 gastos por freqentador. Desses R$ 278 milhes, a mdia de arrecadao de 3%. Segundo informaes obtidas pela Receita, metade desse percentual estaria sendo sonegado - ou seja, R$ 4,17 milhes. Alm do clube, devem ser fiscalizados hotis, restaurantes e a empresa que vende os anncios da festa. A suspeita de sonegao surgiu porque o recolhimento dos tributos por parte de comerciantes e empresrios da regio, no perodo da festa, o mesmo dos outros meses do ano. "Todo mundo diz que o faturamento dobra ou triplica no perodo da festa, mas o total arrecadado em impostos fica igual", diz o delegado da Receita. O primeiro alvo dos auditores na cidade foi o clube Os Independentes, instituio responsvel pela organizao da Festa do Peo de Boiadeiro. A Receita Federal de Franca est apurando a sonegao de impostos praticada pelas empresas e associaes que atuam na Festa do Peo de Boiadeiro de Barretos. (Rogrio Pagnan, Folha de S. Paulo, 15/08/2000, p. F2, com adaptaes) a) C, A, B, D b) D, C, A, B c) A, B, C, D d) D, B, C, A

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e) B, C, D, A 14 - (FCC/Procurador BACEN/Janeiro 2006) Para responder a esta questo, considere os pargrafos que seguem. I. Essa situao prevaleceu ao menos durante os primeiros tempos da colnia. II. Vinte e sete anos mais tarde renova-se essa proibio, que s com a Restaurao seria parcialmente revogada, em favor de ingleses e holandeses. III. Com tudo isso, a administrao portuguesa parece, em alguns pontos, relativamente mais liberal do que a das possesses espanholas. Assim que, ao contrrio do que sucedia nessas, foi admitida aqui a livre entrada de estrangeiros que se dispusessem a vir trabalhar. Inmeros foram os espanhis, italianos, flamengos, ingleses, irlandeses, alemes que para c vieram, aproveitando-se dessa tolerncia. IV. S mudou em 1600, quando Felipe II ordenou fossem terminantemente excludos todos os estrangeiros do Brasil. Proibiu-se ento seu emprego como administradores de propriedades agrcolas, determinou-se fosse realizado o recenseamento de seu nmero, domiclio e cabedais, e em certos lugares como em Pernambuco deu-se-lhes ordem de embarque para os seus pases de origem. V. Aos estrangeiros era permitido, alm disso, percorrerem as costas brasileiras na qualidade de mercadores, desde que se obrigassem a pagar dez por cento do valor de suas mercadorias, como imposto de importao, e desde que no traficassem com os indgenas. Os pargrafos acima constituem um texto organizado, extrado do livro Razes do Brasil, de Srgio Buarque de Holanda (So Paulo: Jos Olympio, 1948, p. 153-4) cujos pargrafos foram transcritos de forma aleatria. A seqncia que reproduz a ordem original, garantindo clareza e coeso, : (A)) III, V, I, IV, II. (B) III, II, I, V, IV. (C) I, III, V, II, IV. (D) IV, V, I, III, II. (E) IV, I, V, II, III. 15 (ESAF/TRF/2006) Abaixo esto os segmentos inicial e final de uma correspondncia oficial. preciso complet-la nos espaos pontilhados, ordenando os pargrafos na ordem em que devem constar no documento. Numere os parnteses, obedecendo aos princpios de coeso, coerncia e encadeamento de idias. Assinale, a seguir, a opo que reproduz a ordem correta. E.M. n. 122 /Interministerial MF CGU-PR Braslia, 26 de setembro de 2005. Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica ......................................................................................... ......................................................................................... ......................................................................................

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Respeitosamente, MURILO PORTUGAL FILHO Ministro de Estado da Fazenda Interino WALDIR PIRES Ministro de Estado do Controle e da Transparncia (....) Com o objetivo de dar fiel cumprimento quela determinao legal, cuja finalidade precpua consiste na preservao do princpio constitucional da publicidade, submetemos a Vossa Excelncia o incluso Relatrio de Gesto Fiscal do Poder Executivo Federal, referente ao perodo de janeiro a agosto do exerccio de 2005. (....) O referido Relatrio dever ser objeto de encaminhamento ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da Unio, conforme dispe o art. 116 da Lei n. 10.934, de 11 de agosto de 2004. (....) O Relatrio de Gesto Fiscal, consoante determina a supracitada Lei, deve conter informaes relativas despesa total com pessoal, dvida consolidada, concesso de garantias e operaes de crdito, devendo, no ltimo quadrimestre, ser acrescido de demonstrativos referentes ao montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro, de cada exerccio e das inscries em restos a pagar. (....) Determina a mesma Lei que o Relatrio dever ser publicado e disponibilizado ao acesso pblico at trinta dias aps o encerramento do perodo a que corresponder, prazo esse que, para o segundo quadrimestre de 2005, se encerra em 30 de setembro do corrente. (....) A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, exige, em seu art. 54, a emisso, ao final de cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e rgos referidos no art. 20, do Relatrio de Gesto Fiscal assinado pelo respectivo Chefe e pelas autoridades responsveis pela administrao financeira e pelo controle interno, bem como por outras autoridades que vierem a ser definidas por ato prprio de cada Poder ou rgo. (http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2005/ adaptaes) A seqncia correta : a) 5 4 1 3 2 b) 4 5 2 3 1 c) 5 2 4 3 1 d) 1 3 2 4 5 e) 1 2 4 3 5 GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 1-B Essa foi a primeira questo do concurso de AFRF 2002.1, elaborada pela ESAF. A banca, obviamente, tentou desestabilizar o candidato. Essa questo tomava toda a primeira folha da prova 1, que se realizou no sbado primeiro dia de provas. Isso significa que essa foi a primeira questo de todo o concurso!!! relatorioLRF2005.pdf, com

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Se o candidato conseguisse manter a calma, veria que essa questo poderia ser solucionada respondendo apenas aos dois primeiros trechos. Se eu estivesse l, certamente teria deixado essa questo para depois, pois o tempo despendido com ela, para ganhar apenas 1 ponto, poderia ser gasto resolvendo vrias outras questes simples e rpidas (garantindo mais do que 1, com certeza), mas isso vai de cada um. Todos os segmentos constituem um texto e, por isso, a partir do segundo (II), pode haver referncias a termos expressos em trechos anteriores. Bem, no segmento I, de sada, j eliminamos o perodo X, que faz referncia a certos fatores ainda no apresentados no texto. Assim, I-Y. Vamos s opes: eliminam-se as letras a, d, e (opa, j tenho 50% de chances de acertar!). No segmento II, o pargrafo comea indicando uma ao praticada por algum ainda no identificado (Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores temos de identificar o sujeito da forma compravam). Como, no segmento I, no houve indicao de pessoa alguma, provavelmente essa meno se encontra no trecho omitido. O perodo X apresenta um candidato a sujeito: Os que abandonaram Marx, ou seja, aquelas pessoas que abandonaram Marx. J o perodo Y apresenta apenas um pronome pessoal reto Eles, tambm sem meno a seu referente, o que, se colocado no incio do pargrafo, prejudicaria a coeso textual. Assim, o segmento I deve ser preenchido pelo trecho X. At agora, temos Y X; vamos s opes: a resposta a letra b (a nica a apresentar essa disposio). A partir da, se o candidato for do tipo So Tom, pode confirmar que as demais sugestes de preenchimento atendem s exigncias textuais. III No pargrafo, h meno a determinados modos (tais modos), presentes no trecho X Para atender a atualidade, so necessrios modos de compreenso frteis, capazes de dar conta das relaes entre a objetividade e a subjetividade... - X IV H uma sucesso de questionamentos, iniciando-se pelo segmento X, dando continuidade com o trecho j apresentado e se encerram com uma concluso, apresentada pelo segmento Y, que seria colocado aps o trecho IV. Assim, a disposio seria: Introduo pelo segmento X: (X) Quem pode entender hoje a crise econmica superproduo, essencial ao capitalismo? internacional fora dos esquemas da

Quem pode entender a poltica militarista dos EUA e do seu complexo militar-industrial sem a atualizao da noo de imperialismo? E, na seqncia, o segmento Y: (Y) Portanto, a unipolaridade vigente h uma dcada que busca impor a dicotomia livre mercado/protecionismo. Assim, a lacuna seria preenchida por X. V Por fim, a expresso as formas de dominao se multiplicam, presente em Y, estabelece uma relao semntica com Nunca as relaes mercantis tiveram tanta universalidade Y. A ordem, portanto, Y X X X Y.

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2-D Por direo argumentativa, entende-se a linha de raciocnio do autor. Vamos resumir em algumas palavras o pargrafo em destaque: PROFECIAS SE REALIZAM. essa a idia principal. A partir da, leia cada uma das opes e identifique a que no apresenta essa idia. Em cada item, justifica-se de uma forma diferente a tese de que PROFECIAS SE REALIZAM, exceto na opo d: Acima de profetas e messias, est o imprio da histria, que constri o futuro com seus prprios vetores e foras internas atuando revelia do desiderato e do fado humanos. Neste caso, segundo o autor, a histria, com seus prprios vetores e foras internas, constri o futuro, revelia do desejo e da sorte e acima de profetas e messias (os que fazem as profecias). Ou seja, PROFECIAS NO SE REALIZAM. 3-A Em suas Confisses, (...) clamou a Deus que lhe concedesse a castidade e a continncia (...) mas no de imediato. Ele admitiu que receava perder a concupiscncia natural da puberdade. A partir dessa passagem, percebe-se que Santo Agostinho teria sido concupiscente (esse palavro significa aquele que deseja intensamente bens ou gozos materiais, inclusive em seu aspecto sexual). b) Segundo o trecho acima destacado, o que Santo Agostinho clamava era que fossem adiadas as graas da castidade e da continncia, e no os prazeres libidinosos, de que gostaria de fruir ainda na adolescncia. c) O autor utiliza o exemplo de Santo Agostinho para traar um paralelo com a predisposio das pessoas, empresas e pases a pagar altas taxas de juros na urgncia de usufruir o aqui e agora. Verifica-se, ento, que esta relao tem por CAUSA o viver intensamente e por CONSEQNCIA a disposio em arcar com esse nus to alto, e no o inverso como sugerido na opo. d) No h, no texto, nenhuma passagem que d respaldo a essa afirmao. e) Conforme comentrio da opo C, o que o autor fez foi traar um paralelo entre a atitude do bispo de Hipona e a dos seres humanos, empresas e governos, estes com relao s taxas de juros, no que tange urgncia em viver o aqui e o agora. 4-A Esse tipo de questo, se mal formulada, pode ser uma cilada para o candidato. Isto porque, numa entrevista, nem sempre a resposta condiz com a pergunta que foi formulada. s vezes, o entrevistado se entrega a devaneios e foge do assunto. Por isso, devemos buscar o que chamo de perguntas-chave. So perguntas simples, diretas, de preferncia que apresentem como resposta sim ou no. A pergunta-chave para resolver esse dilema a de n 2 Qual a natureza dos mercados?. Das respostas apresentadas, a nica que atende segmento). O mercado so pessoas! (primeiro

Vamos s opes: eliminamos trs opes: b, d, e (no acredito, de novo com 50%!!!). Em seguida, a pergunta 5 exige uma resposta afirmativa ou negativa: Os recursos humanos nas diversas atividades produtivas esto subestimados ?. A resposta, apresentada de forma indireta, est presente no terceiro segmento: Na fbrica, as mquinas, os equipamentos e as instalaes valem mais do que os funcionrios. A resposta, portanto, sim.

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Desse modo, a primeira lacuna preenchida com (2) e a terceira com (5) resposta: letra a. 5-A Para comear, o erro de concordncia do primeiro perodo foi objeto de questionamento em outro item e por isso ser mantido em nossos comentrios. Devemos, para iniciar a anlise em relao interpretao, identificar cada um dos perodos que compem o texto. Lembre-se de que o perodo se encerra com o ponto final, de interrogao ou de exclamao (s vezes, tambm com reticncias, mas nem sempre, pois estas podem indicar uma pausa no mesmo perodo, conforme lio da aula passada). X - A entrada dos anos 2000 tm trazido a reverso das expectativas de que haveria a inaugurao de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Y - Os resultados das cpulas mundiais alimentaram esperanas que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis. W - Contudo, o movimento que se observa em nvel mundial sinaliza perdas que ainda no podemos avaliar. Z - O recrudescimento do conservadorismo e de prticas autoritrias, efetivadas sombra do medo, tem representado fonte de frustrao dos ideais historicamente buscados. Entre o segundo (Y) e o terceiro (W) perodos do texto, observamos a presena de uma conjuno adversativa: contudo. Por isso, eliminamos as opes c e d (apresentam a conjuno porque). Eliminamos, tambm, a opo e, pois indica o incio da adversativa no quarto perodo, em vez de no terceiro. Com quantas opes ficamos? Duas a, b (50% de novo!!!) A relao entre o primeiro e o segundo perodos de coordenao, servindo o segundo para adicionar informaes ao primeiro. O mesmo ocorre entre o terceiro e o quarto perodos. No se observa, entre eles, relao conclusiva. Por isso, a resposta que atende ao enunciado a de letra a X e Y mas W e Z. 6-A O autor j expe sua anlise crtica na primeira passagem do texto, ao afirmar que os tericos no esto constatando um fato, mas emitindo um julgamento moral. Por isso, a afirmao deste item corrobora a posio adotada pelo autor a de que deve haver maior objetividade na anlise do comportamento humano. Em relao s demais opes, cabe-nos comentar. b) No se afirma que os marxistas critiquem as leis do mercado segundo o texto, os autores de orientao marxista analisam o reflexo da expropriao da produo prpria em prol dos bens produzidos pelos detentores do capital. c) O autor apresenta essa argumentao de forma crtica, logo no poderia ser considerado verdadeiro esse pressuposto. d) Pelo contrrio. Segundo esses autores, supe-se que existam formas mais nobres de satisfao emocional do que a obtida a partir da compra de objetos. e) Ainda assim, sob essa argumentao, haveria emisso de juzo de valor por parte dos autores.

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7-D A partir dessa questo, voc poder perceber a diferena entre as questes da ESAF e da FCC em relao a interpretao de textos. Enquanto a ESAF apresenta textos curtos e densos, a FCC utiliza textos longos e de agradvel leitura. A dificuldade reside na falta de indicao de linhas, exigindo do candidato cuidado em lembrar qual a passagem do texto em referncia no enunciado da questo. O segmento em anlise foi extrado do primeiro pargrafo, reproduzido a seguir. Os nmeros do relatrio da CPI dedicada originalmente aos Correios so expressivos, dos milhares de pginas de texto e documentos aos mais de cem acusados. o tempo do espanto. Um oceano nos separa, contudo, do resultado concreto, o das absolvies e o das punies. Os dois momentos do mar imenso entre relatrio e resultado esto no julgamento final, cuja tendncia pessimista, a contar de exemplos recentes. No deveria ser. O que corrobora a resposta (opo D) o trecho que tem incio no segundo perodo ( o tempo do espanto). Nessa frase, o autor prepara o leitor para a observao que vir: Os dois momentos do mar imenso entre relatrio e resultado esto no julgamento final, cuja tendncia pessimista, a contar de exemplos recentes. V-se, assim, que h uma grande discrepncia (representada pela metfora mar imenso) entre relatrio e resultado. A afirmao que reproduz esse fato um desacordo considervel entre o resultado do julgamento e o relatrio.. 8-B Novamente, o autor se vale de expresses como oceano para retratar a disparidade entre o que se apura no processo (indicado no relatrio) e o resultado prtico dessa apurao. O autor contrape a afirmao de que Inqurito trabalho de apurao. Se bem feito, propicia bom material aos julgadores com Se malfeito, facilita a pizza... para subsidiar a argumentao seguinte: ...o defeito da distncia entre a apurao e o julgamento est naquela [apurao] e no neste [julgamento].... Assim, pode-se inferir que um julgamento ineficaz resultado de um relatrio em cujo inqurito no houve a apurao adequada dos fatos (opo b). 9-E Partindo do pressuposto de que o relatrio j foi lido (Para o relatrio lido nesta semana...), infere-se que j houve a apurao dos fatos e a elaborao do relatrio. Os passos que deveriam se seguir seriam: o julgamento e o resultado final (aplicao da pena, se houver). Por isso, a expresso travessia do oceano reproduz o julgamento (prximo passo), enquanto que bom porto a que se chega retrata o resultado desse julgamento (bom porto = bom termo = bom fim = bom resultado). 10 Item CORRETO A incerteza acerca do vencedor do embate entre palestinos e israelenses fica clara nas seguintes passagens: Arafat deixou seu isolamento (...) mas ser que venceu? (...) Sharom

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aparentemente se curvou s presses americanas, mas tambm no se pode dizer que o premier israelense tenha sido derrotado .... 11- C Veremos que essa banca (ESAF) apresenta esse tipo de questo de diversas formas. Nessa, devemos colocar os numerais ordinais nos parnteses. Primeiramente, vamos eliminar as opes que apontam, como primeiro pargrafo do texto (1), segmentos que apresentam palavras ou expresses dependentes de informaes anteriores, quer gramaticalmente (emprego de pronomes com funo anafrica - essas, suas, que exigem referncia textual anterior, conjuno relacionando oraes de trechos diferentes, oraes cujo sujeito j deveria ter sido mencionado, etc.), quer semanticamente (no faz o menor sentido, faltam informaes). Eliminamos da primeira posio os seguintes segmentos: 1) As operaes ... tambm esto sendo monitoradas... depende da existncia / meno a outra operao que esteja sendo monitorada pela Receita Federal (a indicao de parte do nome do rgo Receita - tambm indica que j houve meno a ele, caso contrrio haveria prejuzo da compreenso textual que Receita - estadual, municipal, federal?); 2) Sem identificao dos donos, cujos nomes... donos de qu? muitas dessas empresas que empresas? 3) Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores... que off shores??? O que isso?? 5) Para reduzir essa evaso fiscal ... que evaso??? S poderamos comear pelo quarto segmento A Receita Federal est fechando o cerco contra as empresas sediadas em parasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores. Agora, sim, houve meno a empresas off shores. Vamos s opes: eliminam-se as letras a, b, d, e. RESPOSTA: C Incrvel que somente essa providncia levou ao gabarito! Mas no se anime muito, hem? Nem sempre funciona desse jeito mole, mole... Agora, se houver tempo, verifique a ordem e comprove que essa mesmo a resposta correta (no tenho dvidas). 12 - B J comearemos riscando o que no pode ser o 1 pargrafo do texto. Eliminaremos os seguintes segmentos: 1) Em geral, esta firma... que firma??? 3) O secretrio da Receita admite, no entanto, ... uma orao que depende da existncia de outra anteriormente apresentada no texto, a fim de estabelecer uma relao adversativa com ela. 4) E tambm a contabilidade da empresa... posso??? No. 5) Esses pases conhecidos como parasos fiscais ... que pases?? Bem, s podemos comear pelo segundo segmento (O investidor estrangeiro entra no Brasil via Bolsa de Valores, fundos de investimento ou como scio de uma empresa brasileira.).

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Vamos s opes: eliminam-se as letras a, c, d, e. RESPOSTA: B Isso o que se chama de ganhar um ponto fcil, hem?? No fique acostumado com essa boa vida ela vai acabar j, j... 13 - B Pronto. Agora, comeou a mudar o estilo. Em vez de indicar a ordem em ordinais (1, 2 etc.), devemos dizer qual a ordem dos segmentos. CUIDADO, pois j vi muita gente boa e inteligente fazendo confuso. Voc dever dizer, agora, qual o primeiro segmento: A, B, C ou D. Eliminamos da primeira posio os seguintes segmentos: A Na sede da entidade,... qual a entidade? No houve meno a ela, ainda, ento no tenho como adivinhar. No posso comear o texto com esse pargrafo. B Segundo sua anlise... anlise de quem ??? Vou chamar a Me Dinah para responder isso... C A suspeita de sonegao surgiu porque... sonegao do qu? ...por parte de comerciantes e empresrios da regio,... de qual regio? Bem, s podemos iniciar pelo trecho D: A Receita Federal de Franca est apurando a sonegao de impostos praticada pelas empresas e associaes que atuam na Festa do Peo de Boiadeiro de Barretos.. Vamos s opes. Acabou a moleza, viu? Agora s podemos eliminar os segmentos das letras a, c, e. Mesmo assim, voc j tem 50% de chances de acertar (de novo!!!). No trecho B, h meno a um determinado clube Alm do clube, devem ser fiscalizados hotis, restaurantes e a empresa que vende os anncios da festa. mas que clube esse? o clube citado no trecho C O primeiro alvo dos auditores na cidade foi o clube Os Independentes, instituio responsvel pela organizao da Festa do Peo de Boiadeiro.. Logo, esse trecho C dever anteceder o trecho B. Assim, as opes seriam: D, C, B, A (no existe essa opo) ou D, C, A, B. RESPOSTA: B 14 - A Vimos que, especialmente nas questes da ESAF, podemos eliminar itens pelo fato de eles apresentarem referncias textuais. Infelizmente, isso no seria possvel nessa questo. TODOS os segmentos apresentam referncias textuais. Veja s: I - Essa situao... que situao? II ...renova-se essa proibio... que proibio? III Com tudo isso... - isso o qu? IV S mudou em 1600,... o que mudou em 1600? V - Aos estrangeiros era permitido, alm disso...- alm do qu? Como no podemos seguir aquele caminho, iremos, ento, usar outra estratgia.

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Vamos buscar, em cada trecho, uma relao com outro, estabelecendo, assim, uma ordem entre eles. Note que existe um nexo entre o que est sendo apresentado no trecho I e a informao acerca da mudana ocorrida em 1600 (IV): I - Essa situao prevaleceu ao menos durante os primeiros tempos da colnia; IV - S mudou em 1600, quando Felipe II ordenou fossem terminantemente excludos todos os estrangeiros do Brasil. Proibiu-se ento seu emprego como administradores de propriedades agrcolas, Em resposta pergunta o que mudou em 1600?, temos uma resposta, ainda que incompleta: a situao dos estrangeiros no pas. Mas que situao essa? Encontramos resposta para essa outra pergunta no trecho V Aos estrangeiros era permitido, alm disso, percorrerem as costas brasileiras na qualidade de mercadores... . Percebemos, portanto, que o trecho V deve anteceder os demais (I e IV). Alm disso, o trecho V apresenta um elemento de conexo: alm disso, que se refere ao trabalho dos estrangeiros, presente no trecho III (foi admitida aqui a livre entrada de estrangeiros que se dispusessem a vir trabalhar.). Esses dois pargrafos (III e V, nessa ordem) devem ser apresentados logo no incio do texto; depois vir o trecho I e, finalmente, o trecho IV (III - V I IV). Finalmente, como encerramento, o segmento II faz referncia a essa proibio (Vinte e sete anos mais tarde renova-se essa proibio ...), proibio presente no segmento IV ( Proibiu-se ento seu emprego como administradores de propriedades agrcolas...). Constatamos, pois, que a ordem [III, V, I, IV, II] forma um texto coeso e coerente, sendo correta a resposta (A).

15 - B Como j falamos, primeiramente, devemos eliminar da primeira posio do texto (indicao com o n 1) os segmentos que apresentam elementos de coeso textual que dependem de informaes antecedentes. So eles: 1 segmento Com o objetivo de dar fiel cumprimento quela determinao legal... 2 segmento O referido Relatrio... 3 segmento O Relatrio de Gesto Fiscal, consoante determina a supracitada Lei... 4 segmento - Determina a mesma Lei... Diante disso, conclumos que o texto s poderia comear com o 5 segmento (A Lei Complementar n. 101...). O que deveria, ento, fazer o candidato, de acordo com o enunciado? Colocar o n 1 nos parnteses que antecedem o quinto segmento. Assim, na quinta posio da enumerao, estaria o n 1. Quais so as opes que apresentam essa disposio? As letras b e c.

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Nossa, professora, voc falou TRS VEZES que era para colocar o n 1 entre parnteses!!! Eu j entendi!!!. Sim, falei e repito, porque foi nesse ponto que muitos candidatos se confundiram. Equivocadamente, em virtude da pressa ou do cansao ou at de ambos leram somente uma parte do enunciado (Numere os parnteses...) e saram numerando seqencialmente os segmentos (indicaram o n 1 para Com o objetivo de dar...; o n 2 para O referido Relatrio... e assim por diante). Aps essa providncia, indicaram a ordem de acordo com o nmero que apuseram nos parnteses. A, consideraram que o texto comearia com o trecho de n 5 (o ltimo segmento). Como conseqncia, no encontraram a ordem correta e, como forma de arranjar uma resposta, mudaram a ordem adequada ao texto, indicando uma outra ordem apresentada pela opo a ou c. CUIDADO! NO FOI ESSA A DETERMINAO DO ENUNCIADO! Vejamos o que foi solicitado: Abaixo esto os segmentos inicial e final de uma correspondncia oficial. preciso complet-la nos espaos pontilhados, ordenando os pargrafos na ordem em que devem constar no documento. Numere os parnteses, obedecendo aos princpios de coeso, coerncia e encadeamento de idias. Assinale, a seguir, a opo que reproduz a ordem correta.. Nos parnteses deve ser indicado o nmero da posio que o segmento ocupar no texto (1 = 1 pargrafo; 2 = 2 pargrafo; e assim sucessivamente). A banca exige que se numere os parnteses, obedecendo aos princpios de coeso, coerncia e encadeamento de idias. Numerar de forma sucessiva, como muitos fizeram, prejudica os aspectos textuais exigidos pelo examinador. Voltando ordenao, vimos que o quinto segmento ocuparia a posio n 1 (A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, exige...).. Nele, faz-se meno, pela primeira vez, ao Relatrio de Gesto Fiscal (exige ... a emisso ... do Relatrio de Gesto Fiscal ...). Na seqncia, apresentar-se-o as informaes que devem constar desse relatrio, informaes essas presentes no TERCEIRO segmento, que receber, ento, nos parnteses, o n 2, quais sejam: O Relatrio de Gesto Fiscal, consoante determina a supracitada Lei, deve conter informaes relativas despesa total com pessoal, dvida consolidada, concesso de garantias e operaes de crdito. Alm disso, a expresso supracitada lei remete Lei n 101, mencionada na introduo do texto (quinto segmento posio 1), o que confirma a ordem at ento apresentada. No terceiro pargrafo do texto (ou seja, posio n 3), deve ser apresentado o QUARTO segmento, que trata da publicao do referido relatrio (Determina a mesma Lei que o Relatrio dever ser publicado e disponibilizado ao acesso pblico...). Em seguida, vir o PRIMEIRO segmento, que, por apresentar a expresso quela determinao legal, indica que este trecho se encontra distante do primeiro pargrafo (pronome demonstrativo aquela usado em referncia anafrica). Receber, portanto, o n 4. Finalmente, vir o SEGUNDO segmento, que encerra o texto indicando o encaminhamento que deve ser dado ao relatrio (O referido Relatrio dever ser objeto de encaminhamento ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da Unio ...) e, por isso, receber o n 5. Destarte, a ordenao dos segmentos seria: [ 4 5 2 3 1 ], opo do item b.

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:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Desejo a vocs muito sucesso nessa empreitada e a plena realizao de seus projetos. Continuarei, sempre, disposio para quaisquer dvidas, crticas, elogios e convites de comemorao (rs...). Grande abrao e bons estudos, sempre.

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AULA 1 - ESTRUTURA, FORMAO E CLASSE DAS PALAVRAS Ol, pessoal Algumas questes de provas utilizam a expresso anlise morfossinttica em seus enunciados, o que leva muita gente ao desespero: Nossa, eu no estudei isso!!!. Calma, povo! Em nosso estudo de hoje, abordaremos esses conceitos e saberemos que, ao fim do curso, voc ter sido apresentado aos elementos que possibilitam essa bendita anlise. A gramtica se divide basicamente em: FONTICA, MORFOLOGIA, SINTAXE, SEMNTICA e ESTILSTICA. Fontica estuda os sons e fonemas lingsticos. Neste ponto, estudam-se, inclusive, tonicidade, classificao da palavra segundo a slaba tnica, encontros voclicos ou consonantais etc. Parte disso j foi objeto de comentrio na aula anterior. Felizmente, no precisamos nos aprofundar, pois somente os aspectos relativos ortografia costumam fazer parte dos programas de concursos pblicos. Morfologia estuda a palavra em si, quer em relao forma, quer em relao idia que ela encerra (classes das palavras, flexes, elementos mrficos, terminao, grafia). Esse o assunto da aula de hoje. Sintaxe o estudo da palavra com relao s outras que se acham na mesma orao (concordncia, regncia, colocao). Semntica estuda os sentidos das palavras (j vimos na aula anterior) e Estilstica investiga o sistema expressivo que o idioma apresenta (figuras de estilo, de linguagem etc.). Assim, a anlise morfolgica considera a palavra, sua formao, sua classe, a possibilidade de emprego, suas flexes, enquanto que a anlise sinttica trata da relao dessa palavra com as demais numa estrutura oracional. Em suma, uma anlise morfossinttica aborda todos estes aspectos a palavra em si e sua relao com as demais da orao. Viu como no nenhum bicho-de-sete-cabeas??? Na Morfologia, um dos pontos a ser estudado a estrutura das palavras, isto , as unidades que as compem. ESTRUTURA DAS PALAVRAS Recentemente, esse ponto do programa vem sendo explorado em concursos pblicos, principalmente pela Fundao Getlio Vargas. Para conhecer a estrutura das palavras, iremos dissec-las, identificando cada uma de suas pequenas partes. As palavras so constitudas de morfemas, que so unidades mnimas indivisveis da palavra (equivalem s clulas do corpo). Esses morfemas apresentam significados, que podem ser de natureza lexical (conceitos e sentidos da lngua; lxico o conjunto de palavras de uma lngua, ou seja, vocabulrio) ou de natureza gramatical (gnero, nmero, modo, tempo). Vamos a um exemplo. Na palavra CUS, podemos distinguir dois morfemas o primeiro, que carrega a significao, forma, por si, um vocbulo: cu; o segundo no tem autonomia vocabular, serve para identificar o nmero: s. Ao primeiro, d-se

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o nome de morfema lexical (significado), e, ao segundo, o nome de morfema gramatical (define o nmero). Os morfemas podem ser divididos em: - elementos bsicos e significativos: raiz, radical e tema; - elementos modificadores de significao: afixos, desinncias e vogal temtica; - elementos de ligao: vogais ou consoantes, tambm chamados de infixos. Raiz o elemento mnimo, primitivo, carregado do ncleo significativo que se conserva atravs do tempo, comum s palavras cognatas, ou seja, da mesma famlia. objeto de estudo da Etimologia, parte da gramtica que estuda a origem das palavras. A ttulo de exemplo, as palavras estar (em latim, stare) e constar (em latim, constare) possuem a mesma raiz: st. Radical o elemento comum das palavras cognatas. responsvel pelo significado bsico da palavra. Ex.: Em terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre e aterrar, o radical comum a todos terr-. s vezes, pode sofrer alteraes. Ex.: dormir, durmo; querer, quis As palavras que possuem mais de um radical so chamadas de compostas. Ex.: passatempo Ao radical, juntam-se os demais elementos, como desinncias, sufixos, prefixos, infixos, vogais temticas, de forma a compor novas palavras. Nos verbos, o radical o que resta aps eliminar a terminao AR, ER, IR: CANTAR = radical CANT BEBER = radical BEB PARTIR = radical PART A partir da mesma raiz, formam-se vrios vocbulos: so cognatos os vocbulos corao, cardaco, cordial, cardiologista. Uma curiosidade: a expresso de cor, usada em saber de cor, tambm cognata de corao. Isso porque os antigos consideravam o corao como sede no s da sensibilidade (amor), mas tambm da inteligncia. Ento saber de cor liga-se idia de saber de corao. Vamos ver alguns exemplos da formao das palavras cognatas. Ao radical CARDI (do grego kardia = corao) podem ligar-se: a) O (vogal de ligao) + LOG (logos = tratado) + IA (sufixo) = CARDIOLOGIA b) O (vogal de ligao) + PAT (path a raiz de pscho = sofrer) + IA = CARDIOPATIA Afixos

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So partculas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois tipos de afixos: Prefixos: colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegal Sufixos: colocados depois do radical. Ex: felizmente, igualdade, confeitaria Infixos Os infixos, tambm chamados de vogais ou consoantes de ligao, no so significativos e, por isso, no so considerados morfemas. Entram na formao das palavras para facilitar a pronncia. Ex.: caf (radical) + T + eira (sufixo) = cafeteira capim(radical) + Z + al (sufixo) =capinzal rod (radical) + O + via (radical) = rodovia Vogal Temtica Vogal Temtica (VT) se junta ao radical para receber outros elementos. Pode existir vogal temtica tanto em verbos quanto em nomes. Ex.: beber, rosa, sala. Nos nomes, as vogais temticas podem ser a, e, o. Nos verbos, tambm so trs as vogais temticas a, e, i e estas indicam a conjugao a que pertencem os verbos (1, 2 ou 3 conjugao, respectivamente). Ex.: partir (PART + I + R) - verbo de 3 conjugao sonhando (SONH + A + NDO) verbo de 2.conjugao Eu disse pode existir porque nem todas as palavras possuem vogal temtica. H formas verbais e nomes sem vogal temtica. Isso pode ocorrer nos nomes terminados em consoante (rapaz, fcil) ou em vogal tnica (saci, f) casos em que o radical se confunde com o tema (resultado da unio do radical com a vogal temtica), ou em algumas conjugaes verbais. Em resumo, se um nome terminar por outra letra que no o a, e ou o, chamado de atemtico (sem tema). CUIDADO: no confunda vogal temtica com desinncia, que marca a flexo da palavra. Em palavras que no se flexionam em gnero, esse a, e ou o finais so o tema, e a desinncia de gnero indicada pelo smbolo : radical sala pinto livros estudantes sal pint livr estudant VT a o o e s s desinncia gnero desinncia nmero

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Quando o nome se flexiona, o a ser desinncia de gnero (feminino) e o, a desinncia no masculino. Esse o posicionamento de Celso Cunha e Lindley Cintra, em sua obra Nova Gramtica do Portugus Contemporneo.

radical aluno bela algumas menino meninas alun bel algum menin menin

desinncia gnero o a a o a

desinncia nmero

s s

OBSERVAO: Outros autores apontam como a indicao do gnero masculino, considerando que o morfema o seria a vogal temtica (menino = radical: menin + VT: o). Em nosso material, adotamos o posicionamento de Cunha e Cintra, por ser majoritrio. Acredito serem remotas as chances dessa classificao ser objeto de prova, mas, de qualquer forma, fica registrada a ressalva. Lembramos mais uma vez que algumas formas verbais podem no apresentar vogal temtica. Por exemplo: eu mato (1.pessoa do singular do presente do indicativo do verbo matar) mat o radical e o uma desinncia. Tema a unio do radical com a vogal temtica. Ex.: cantaremos = cant (radical) + a (VT) = canta (tema) mala = mal (radical) + a (VT) = mala Desinncias So morfemas colocados no fim das palavras para indicar flexes verbais ou nominais. Podem ser: 1) Nominais: indicam gnero (feminino ou masculino) e nmero (singular ou plural) dos nomes (substantivos, adjetivos, alguns pronomes e numerais). masculino.............. feminino................ singular................. plural.................... o a (ausncia de desinncia) s

GNERO NMERO

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2) Verbais: existem dois tipos de desinncias verbais: desinncia modo-temporal (DMT) e desinncia nmero-pessoal (DNP). Seus nomes j dizem tudo, no ? DMT indica o modo e o tempo (presente do indicativo, pretrito imperfeito do subjuntivo) DNP indica o nmero e pessoa (1.pessoa do singular, 3.pessoa do plural) 2.1) Verbo-nominais (VN): indica as formas nominais dos verbos (infinitivo, gerndio e particpio). Ex.: beber, correndo, partido Exemplos TEMPO/MODO/ FORMA NOMINAL CANTAVA CANTVAMOS COMPRARAMOS COMPRANDO COMPRAS AMASSE AMSSEMOS Pret.Imp.Indicativo Pret.Imp.Indicativo Fut.Presente Indic. Gerndio Presente Indicativo Pret.Imperf.Subj. Pret.Imperf.Subj. TEMA RADICAL CANT CANT COMPR COMPR COMPR AM AM VT A A A A A A SSE SSE MOS S DMT VA VA RA MOS MOS NDO DNP VN

PROCESSOS DE FORMAO DE PALAVRAS J conhecemos as partes das palavras - morfemas. Agora, veremos a maneira como os morfemas se organizam para formar novas palavras. PRIMITIVA Carne DERIVADA Encarnar Desencarnar Desencarnado Carnvoro

Os principais processos de formao so: Derivao, Composio, Hibridismo, Onomatopia, Sigla e Abreviao. Os principais so os dois primeiros. 1. Derivao Processo de formar palavras no qual a nova palavra derivada de outra chamada de primitiva. Os processos de derivao so:

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Derivao Prefixal A derivao prefixal um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais so acrescentados palavra primitiva. Ex.: pr (primitiva) / compor (prefixo + primitiva) / recompor (dois prefixos + primitiva) Derivao Sufixal A derivao sufixal um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais so acrescentados palavra primitiva. Ex.: real (primitiva) / realmente (primitiva + sufixo) Derivao Prefixal e Sufixal A derivao prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo so acrescentados palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presena de um dos afixos a palavra continua tendo significado. Ex.: deslealmente (prefixo: des + sufixo: -mente) - tambm existem os vocbulos: desleal / lealmente Alguns autores, todavia, no aceitam essa classificao. Julgam que houve, primeirament, um dos processos para, ento, ocorrer o outro. Por exemplo: graa desgraa (prefixao) desgraado (sufixao) Derivao Parassinttica A derivao parassinttica ocorre quando um prefixo e um sufixo so simultaneamente acrescentados palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos no podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra no se reveste de nenhum significado. Ex.: anoitecer (prefixo: a + sufixo: -ecer) - no existem anoite nem noitecer. desperdiar (prefixo: des + sufixo: -iar) no existem desperd(a) nem perdiar. engordar (prefixo: en + sufixo: -ar) no existem engord(a) nem gordar. Maria Nazar Laroca, no Manual de Morfologia do Portugus, observa que h uma grande produtividade deste processo de formao das palavras, sobretudo, com bases substantivas: PREFIXO EN" + en + en + en + Derivao Regressiva SUBSTANTIVO caderno terra cabea + SUFIXO AR + ar + ar + ar DERIVADA encadernar enterrar encabear

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Normalmente, as palavras derivadas so maiores que as primitivas. No processo de derivao regressiva ocorre o inverso a derivada menor que a primitiva. Ocorre perda vocabular. SARAMPO SARAMPO

Chama-se deverbal quando, a partir desse processo, um verbo (geralmente indicativo de ao) d origem a um substantivo abstrato. COMPRAR COMPRA VENDER VENDA ATACAR ATAQUE Derivao Imprpria A derivao imprpria, tambm intitulada de mudana de classe ou converso, ocorre quando palavra comumente usada como pertencente a uma classe usada na funo de outra, mantendo inalterada sua forma. A cerveja que desce redondo. (originalmente adjetivo, usado como advrbio). Comcio monstro (substantivo usado como adjetivo) SACAR SAQUE COMBATER COMBATE CASTIGAR CASTIGO

2. Composio Consiste na criao de uma nova palavra a partir da juno de dois ou mais radicais (palavra composta). Pode ocorrer de duas formas: - aglutinao - ocorre alterao na forma ou na acentuao dos radicais originrios. fidalgo (filho + de +algo) aguardente (gua + ardente) embora (em + boa + hora) pernalta (perna + alta)

- justaposio seu prprio nome j indica o processo. Os radicais so mantidos da forma original, podendo ser ligados diretamente ou por hfen. beija-flor malmequer bem-me-quer segunda-feira

Curiosidade: algumas palavras que, em portugus, apresentam forma simples, em sua origem eram compostas: aleluia provm do hebraico hallelu Yah (= louvai ao Senhor); oxal deriva do rabe wa as llh (= e queira Deus). (Fonte: Cunha, C. e Cintra, L., op.cit., p.108) 3. Hibridismo Consiste na formao de palavras pela juno de radicais de lnguas diferentes auto/mvel (grego + latim) 4. Onomatopia bio/dana (grego + portugus)

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Consiste na formao de palavras pela imitao de sons e rudos. pingue-pongue 5. Sigla Consiste na reduo de nomes ou expresses empregando a primeira letra ou slaba de cada palavra. UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica Uma vez vulgarizada, a sigla passa a ser considerada como primitiva, podendo formar derivadas: deputados petistas (PT), empregados celetistas (regidos pela CLT), pacientes aidticos (portadores de AIDS). 6. Abreviao ou reduo Consiste na reduo de parte de palavras com objetivo de simplificao. moto (motocicleta) gel (gelatina) cine (cinema) extra (extraordinria). bu miau tiquetaque zunzum

CLASSES GRAMATICAIS A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) enumera em dez as classes gramaticais: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, advrbio, preposio, conjuno e interjeio. Tomamos a liberdade de incluir mais uma, apresentada sem denominao na NGB, mas reconhecida por gramticos consagrados: palavras denotativas. Para fins didticos, separamo-las em duas categorias: variveis e invariveis: CLASSES DE PALAVRAS VARIVEIS Substantivo Adjetivo Artigo Pronome Numeral Verbo Cada uma delas ser analisada isoladamente. INVARIVEIS Advrbio Palavra Denotativa Preposio Conjuno Interjeio

1. SUBSTANTIVO Palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral. Primitivos Do origem a outras palavras. Ex.: terra, casa Derivados So criados a partir de outras palavras. Ex.: terreiro, aterrar; casebre, casinha

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Simples Formados por apenas um radical. Ex.: cabra, tempo Comuns Designao genrica, referente qualquer ser de uma espcie. Ex.: rua, praa, mulher Obs. Os dias da semana, como os meses do ano ou as estaes do ano, no so nomes prprios designam fraes do tempo. Concretos Nomeiam objetos, lugares, pessoas, animais, ou seja, coisas que tm subsistncia prpria. Entram nessa espcie os fictcios e coisas hipoteticamente existentes. Ex.: Carmem, mesa, urso, fada, Jpiter, mula-sem-cabea Coletivos a

Compostos Formados por mais de um radical. Ex.: cabra-cega, passatempo Prprios Um ser especfico da espcie. Ex.: rua Rio de Janeiro, praa Duque de Caxias, Isabela

Abstratos Nomeiam aes, estados, sentimentos, qualidades, noes, ou seja, coisas que s existem em funo de outras. Ex.:alegria, tristeza, realizao, modo, viagem, colheita, delicadeza, rispidez.

Os substantivos coletivos transmitem a noo de plural, embora sejam grafados no singular. Nomeiam um agrupamento de seres da mesma espcie. Ex.: matilha, multido, rebanho, freguesia. 1.1) Flexo em nmero Como vimos, os substantivos so palavras variveis, alterando-se em funo do nmero e do gnero. a) Formao do plural nos substantivos simples - Regra geral: o plural formado pelo acrscimo da desinncia -s. mapa mapas degrau degraus

- Substantivos terminados em -o: a regra a forma plural -es, mas tambm h casos em que formam -es ou -os. Todos os paroxtonos e alguns oxtonos terminados em o formam o plural os.

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questo questes irmo irmos capito capites rfo rfos

Alguns substantivos apresentam mais de uma forma: ano anes, anos aldeo aldeos, aldees, aldees

charlato charlates, charlates; etc. - Substantivos terminados em -r, -z: acrscimo de -es. bar bares raiz razes vez vezes jnior juniores

gravidez gravidezes

(estranhou, por qu? Significa mais de uma gestao)

- Substantivos terminados em -s: acrscimo de -es quando forem oxtonos; invariveis quando no forem oxtonos. pas pases lpis lpis nibus nibus

- Substantivos terminados em -l: substitui-se o -l por is; em alguns poucos casos, acrescenta o es. anel anis lcool lcoois mal males cnsul cnsules

- Substantivos diminutivos: segundo a norma culta, o plural de diminutivos obedece seguinte regra: do vocbulo original no plural, retirada a letra s, que ir para o fim da palavra, aps o sufixo que indica essa flexo em grau. faris faroizinhos bares barezinhos flores florezinhas

b) Formao do plural nos substantivos compostos A flexo de nmero dos substantivos compostos segue o quadro abaixo: Condio Substantivo composto sem hfen Palavras repetidas ou onomatopias Verbo ou palavra invarivel + substantivo ou adjetivo Dois substantivos ou substantivo + adjetivo (qualquer ordem) Varia o .... elemento 1. ltimo todos nenhum Exemplos pontaps, planaltos, aguardentes, vaivns tico-ticos, reco-recos sempre-vivas, vaga-lumes, pra-quedistas, abaixo-assinados guarda-roupas (idia de guardar)

X X

X
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guardas-noturnos, couves-flores, secretriosexecutivos

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Substantivos compostos ligados por preposio Verbo + advrbio Verbos antnimos Dois substantivos, quando o 2. indicar finalidade ou semelhana, limitando o sentido do 1 (flexo predominante). Modernamente, j se aceita a flexo dos dois elementos.

X X X

Ps-de-moleque, copos-de-leite, mulas-sem-cabea Os fala-mansa Os leva-e-traz

(X)

Pombos-correio(s), carros-bomba(s), salrios-famlia(s), navios-escola(s), peixes-boi(s)

1.2) Flexo em gnero Quanto ao gnero, os substantivos podem ser: a) Biformes: possuem duas formas, uma para o feminino e outra para o masculino. Pombo pomba prncipe princesa ator atriz pastor - pastora

b) Uniformes: possuem apenas uma forma para os dois gneros. Os substantivos uniformes se subdividem em: Epicenos: uma s forma para os dois gneros, a distino feita pelas palavras macho e fmea. a mosca a baleia o besouro a cobra o crocodilo (macho / fmea)

Comuns de dois gneros: uma s forma para os dois gneros, a distino feita pelo determinante (artigo, pronome, adjetivo...). a pianista / o pianista belo colega/ bela colega o intrprete / a interprete

Sobrecomuns: uma s forma para os dois gneros, no possvel fazer a distino pelos determinantes. A distino pode ser feita pela expresso: do sexo masculino/ do sexo feminino. a pessoa a criana o cnjuge a testemunha o dolo (no tem feminino)

* O gnero de alguns substantivos podem causar dvida: a alface o champanha o d (tanto compaixo como a nota musical)

E personagem, afinal? masculino ou feminino? Modernamente, esse um dos casos de comum de dois, ou seja, aceita o artigo feminino ou masculino: o/a personagem. * Certos substantivos, ao mudar de gnero, mudam tambm de significado: A cabea / o cabea o caixa / a caixa o moral (auto-estima)/ a moral (tica)

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Para distrair: No filme Carandiru, em sua participao especial, Rita Caddilac (lembra-se da figura?) cantava uma msica cujo refro era : bom para o moral / bom para o moral.... Pelo menos, acertou no gnero... rs....

O mesmo acontece em relao ao nmero de alguns: Fria (renda) x frias (dias de descanso, mesmo que seja s um) Bem (benefcio) x bens (riquezas, propriedades) Haver (verbo) x haveres (riquezas, bens) Cuidado com esses: culo (uma espcie de luneta instrumento que permite boa visibilidade distncia) x culos (lentes encaixadas em uma armao) J ouvi muita gente boa falando perdi o meu culos...ui!! Nesse sentido, sempre plural Perdi os meus culos. Outros so empregados apenas no plural: psames npcias vveres alvssaras (prmio ou recompensa)

1.3) Flexo em Grau a possibilidade de indicar o tamanho do ser que nomeia. Os substantivos podem estar em trs graus: normal , aumentativo e diminutivo. As variaes de grau podem ser feitas de duas formas: Analtica: acrscimo de um adjetivo: casa pequena/grande, p pequeno/grande Sinttica: acrscimo de um sufixo: casinha, casebre, pezinho, pezo

2. ADJETIVO Palavra varivel modificadora de substantivo ou palavra substantivada, exprimindo qualidade, estado ou propriedade. Pode tambm atribuir uma relao, como tempo (recebimento mensal), provenincia (vinho chileno) etc. A esses d-se o nome de adjetivos relacionais. Locuo adjetiva uma expresso que equivale a um adjetivo. Geralmente constituda de preposio e substantivo ou preposio e advrbio. mesa de madeira casa da frente

Cuidado! S podemos analisar e classificar os vocbulos a partir do contexto. Por exemplo, domstica, a princpio, seria um adjetivo. Contudo, em As domsticas no tm muitos de seus direitos reconhecidos, essa palavra um substantivo. Alis, muito estreita a relao entre o substantivo e o adjetivo. Muitas vezes, a posio desses elementos na orao implica alterao de sua morfologia.

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Por exemplo: negro jogador / jogador negro no primeiro, negro um substantivo e sua qualidade jogador (assim como em negro pintor ou negro lutador). Isso se inverte no segundo exemplo, em que negro uma caracterstica do jogador. A palavra-ncleo o substantivo, e o adjetivo o caracteriza. Essa possibilidade de alterao morfolgica e/ou semntica dos adjetivos, em funo de sua colocao na frase vem sendo objeto de questes dos mais recentes concursos pblicos. Como o adjetivo concorda sempre com o substantivo, sofrer as mesmas flexes que ele: gnero, nmero e grau. 2.1) Flexo de Gnero Os adjetivos podem ser: a) Biformes- possuem duas formas, uma para indicar cada gnero. Que garoto bonito! Que garota bonita! b) Uniformes - possuem apenas uma forma para indicar os dois gneros (feminino e masculino). Muitos deles terminam em ar/or (exemplar, maior), z (audaz, feliz), os paroxtonos terminados em s (simples), l (fcil, infiel), m (comum, virgem) etc. aluno ou aluna: inteligente, capaz, simples, amvel, mpar, ruim

CURIOSIDADE: Alguns adjetivos terminados em u, s e or no se flexionam em gnero. a mulher hindu a menina corts a remessa anterior a pior deciso

Nos adjetivos compostos, somente o gnero do ltimo elemento varia. interveno mdico-cirrgica sandlia azul-clara literatura latino-americana

Uma caracterstica em relao aos adjetivos ptrios: o menor inicia a locuo. acordo nipo-itlico 2.2) Flexo de Nmero Os adjetivos simples seguem as mesmas regras dos substantivos simples para flexionarem em nmero. til teis feroz ferozes mercadoria sino-japonesa

Adjetivo composto formado por dois adjetivos: s o segundo elemento varia. sapato marrom-escuro sapatos marrom-escuros camisa azul-clara camisas azul-claras Exceo: azul-marinho e azul-celeste todos os elementos so adjetivos, mas esses adjetivos no se flexionam. camisas azul-marinho / azul-celeste. OBS: No adjetivo composto surdo-mudo, variam os dois elementos:

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surdos-mudos / surda-muda Em relao a esse ponto, veja a assertiva INCORRETA presente em uma questo de prova da ESAF (AFC 2002): O plural do adjetivo composto poltico-institucional se faz adicionando a desinncia de plural aos dois elementos.. falsa essa afirmao, pois, como vimos, nesse caso, varia apenas o ltimo elemento: poltico-institucionais. Adjetivo composto formado por um adjetivo e um substantivo: permanecer invarivel. Uniformes verde-oliva sofs marrom-caf.

Isso tambm acontece em adjetivos simples indicativos de cores que derivam de substantivos. Vestidos cinza bons laranja carros prata anis turquesa

Luiz Antnio Sacconi (em Gramtica Bsica) destaca que o adjetivo infravermelho varivel (raios infravermelhos), enquanto que ultravioleta invarivel (raios ultravioleta). 2.3) Flexo de Grau A flexo de grau corresponde variao em intensidade da qualidade expressa pelo adjetivo. a) Grau comparativo Indica que um ser possui uma qualidade igual, inferior ou superior a outro. Este co to feroz quanto aquele. Este co menos feroz que aquele. Este co mais feroz que aquele. Tambm, em relao ao mesmo ser, pode determinar se uma qualidade que ele possua igual, inferior ou superior a outra. Ele to inteligente quanto bonito. Ele mais inteligente que bonito. Ele menos inteligente que bonito. b) Grau superlativo Absoluto o ser apresenta elevado grau em certa qualidade Sinttico expresso em uma s palavra. Ex.: Este co ferocssimo. Analtico formado com mais de uma palavra, normalmente um advrbio (muito, bastante, imensamente) . Ex.: Este co muito feroz. Relativo o ser se sobressai em relao aos demais seres que possuem a mesma qualidade. Superioridade. Ex.: Este co o mais feroz do bairro.

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Inferioridade. Ex.: Este co o menos feroz do bairro Alguns adjetivos possuem formas especiais para o comparativo e o superlativo sintticos. Observe: Adjetivo bom mau grande pequeno Comparativo melhor pior maior menor Superlativo absoluto timo pssimo mximo mnimo relativo o melhor o pior o maior o menor

Quando se comparam duas qualidades, a proximidade dos adjetivos bom, mau, grande e pequeno com mais ou menos no os transforma em melhor, pior, menor ou maior. Ele mais bom do que bonito. Ele mais pequeno que gordo.

3. ARTIGO Classe varivel que define ou indefine um substantivo. Gosto de brincar dizendo que o artigo igual a arroz s serve para acompanhar. Nunca vem isolado ou longe de um substantivo. Pertencem classe de palavras variveis, flexionando-se em gnero e nmero. Podem ser: Definidos: o/a, os/as Indefinidos : um/uma, uns/umas Servem para: - substantivar uma palavra que geralmente usada como pertencente a outra classe. cala verde (adjetivo) / o verde (substantivo) da camisa no quero (advrbio) / Deu um no (substantivo) como resposta. - evidenciar o gnero do substantivo comum-de-dois. o colega / a colega o personagem / a personagem o pianista / a pianista

4. PRONOME a palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome. Ana disse para sua irm:

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- Eu preciso do meu livro de matemtica. Voc no o encontrou? Ele estava aqui em cima da mesa. 1. sua acompanha irm e se refere a Ana; 2. eu substitui "Ana"; 3. meu acompanha "livro de matemtica"; 4. o substitui " livro de matemtica"; 5. ele substitui " livro de matemtica" Assim, os pronomes podem ser: ADJETIVOS acompanham o nome, determinando-o exemplos 1 e 3; SUBSTANTIVOS substituem o nome exemplos 2, 4 e 5. Os pronomes tambm identificam as trs pessoas do discurso: - primeira pessoa: a que fala; - segunda pessoa: com quem se fala; - terceira pessoa: de quem se fala. CLASSIFICAO DOS PRONOMES Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. Como o assunto muito extenso, por ora apresentamos somente alguns conceitos, deixando para a aula especfica o aprofundamento do assunto.

5. NUMERAL Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucesso, organizao. Os numerais podem ser: 5.1) Cardinais Indicam uma quantidade exata. Ambos, que substitui o cardinal os dois, numeral e se flexiona em gnero. Os cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos tambm variam em gnero (uma, duas, trezentas). J outros cardinais, inclusive o mil, so invariveis. 5.2) Ordinais Indicam uma posio exata e variam em gnero e nmero segundo 5.3) Multiplicativos So invariveis quando apresentam valor substantivo. dcimo primeiras

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Ele tem o dobro da idade de sua mulher. Empregados com valor adjetivo, flexionam-se em nmero e gnero. 5.4) Fracionrios Concordam com os cardinais que indicam o nmero das partes. um quarto INFORMAES IMPORTANTES: - Milho, bilho (ou bilio), trilho comportam-se como substantivos e variam em nmero. - Milhar pode ser precedido por um artigo de gnero masculino: os milhares de crianas que estiveram aqui.... dois dcimos metade

6. VERBO Conceito Palavra varivel (pessoa, tempo, nmero e modo) que exprime uma ao, um estado, um fenmeno. Sua importncia no estudo da gramtica to grande que teremos uma aula dedicada exclusivamente a ele. Passemos, agora, para as classes invariveis.

7. ADVRBIO Classe invarivel que expressa circunstncias. Os advrbios se ligam a verbos, adjetivos, outros advrbios ou at mesmo a oraes ou enunciaes inteiras. Ele corre tanto. Aquele piloto dirige muito mal. Ana Hickman to alta! Infelizmente, no poderei comparecer.

Tal como foi demonstrado, o problema grave. So algumas circunstncias expressas pelos advrbios: Tempo (sempre, amanh...) Lugar (aqui, ali...) Modo (amavelmente, rapidamente...) Intensidade (to, muito...) Uma caracterstica dos advrbios chamados nominais que eles podem se formar a partir da forma feminina dos adjetivos (quando a possuem) com o acrscimo de mente: Afirmao (sim, realmente...) Negao (nem, no...) Dvida (provavelmente, talvez...)

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rapidamente provisoriamente corretamente precariamente adequadamente certamente

Na enumerao de vrios advrbios nominais em seqncia, pode-se omitir o sufixo mente, mantendo apenas o do ltimo vocbulo. Sua repetio causaria o indesejvel efeito de eco: Ela danava linda, leve, encantadora e brilhantemente. Locuo adverbial - Duas ou mais palavras com valor de advrbio. Rubens estava morrendo de medo. (loc.adverbial expressa a circunstncia de causa) A bela mulher apareceu na porta. (loc.adverbial expressa a circunstncia de lugar) As locues adverbiais mais comuns so: com certeza, sem dvida, de longe, de perto, s vezes etc. Sobre o emprego dos advrbios bem e mal, acompanhados de bem e antes de adjetivos particpios, j falamos na aula zero. Prefere-se a no-juno: um dos jogadores mais bem pagos do mundo. No h necessidade (nem condio) de decorar listas de advrbios ou locues adverbiais. Voc ir identificar a classe gramatical a partir da relao que a palavra estabelece com as demais. Veja: a palavra meio pode ser advrbio, mas nem sempre o ser. Vamos aos exemplos: 1 - "Estava meio atrasada." 2 - "Resolvi dar meia volta." 3 - "O meio universitrio era favorvel para a disseminao daquelas idias." Voc notou que no exemplo 1, mesmo ao lado de um adjetivo feminino, o vocbulo permaneceu inalterado? Isso comprova que essa palavra um advrbio invarivel e modifica um adjetivo. J a segunda forma se flexionou em gnero, concordando com a palavra volta um numeral, classe de palavra varivel. No exemplo 3, o vocbulo est acompanhado de um artigo, o que o classifica como um substantivo. Tambm poderia se flexionar: Os meios acadmicos.... Tambm merecem destaque os advrbios interrogativos: onde, aonde, donde, como, que fazem parte de oraes interrogativas e no devem ser confundidos com os pronomes relativos homgrafos. Estes possuem antecedentes aos quais se referem, enquanto que os advrbios interrogativos so independentes e se referem a circunstncias como tempo, modo, causa ou lugar. Podem estar em construo interrogativa direta ou indireta. No sei como voc agenta esse homem! Aonde voc vai? (o verbo ir exige a preposio a, que a ele se liga: a + onde)

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Quero saber onde voc vai almoar. (quando o verbo exigir a preposio em, basta o onde.) Donde voc veio? (o verbo vir exige a preposio de, que se liga ao advrbio: de + onde)

8. PALAVRAS DENOTATIVAS Na lngua portuguesa, h algumas palavras e locues no definidas pela N.G.B. em qualquer das classes de palavras. So as palavras denotativas, que apresentam certa semelhana com os advrbios mas que, devido a algumas caractersticas peculiares, com eles no se confundem. A principal caracterstica que as distinguem dos advrbios o fato de estes se referirem a certos vocbulos (verbos, adjetivos, advrbios), enquanto que as palavras denotativas podem se referir a qualquer vocbulo ou at mesmo a nenhum diretamente. As palavras ou expresses denotativas mais comuns so: - de excluso exceto, salvo, apenas etc. Todos, menos Lula, sabiam do mensalo. - de incluso at, inclusive, mesmo, tambm etc. At Deus duvida disso! - de explicao isto , ou melhor, ainda, por exemplo, a saber etc. Este ato arbitrrio, ou seja, no respeita leis ou regras. - de retificao isto , ou melhor (a diferena entre esta e a anterior depende do contexto). Eu preciso de dois laudos, ou melhor, de trs. - de realce que, l, s, c, mas etc. Ele l sabe alguma coisa sobre isso? - de designao eis. Eis o vencedor da competio. - de situao ento, mas, afinal etc. Mas, afinal, o que voc queria?

9. PREPOSIO Classe invarivel que liga termos de uma orao de tal modo que o significado do primeiro (antecedente termo regente) explicado ou delimitado pelo segundo (conseqente - termo regido). Ex.: O professor gosta de trabalhos noturnos. No h necessidade de trabalharmos noite.

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So exemplos das preposies simples mais comuns, chamadas de essenciais: a, ante, aps, at, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem sob, sobre, trs Algumas palavras, cujo sentido original de outra classe gramatical, podem ser usadas como preposies so chamadas de preposies acidentais. Eu a considero como uma irm. Voc ter que fazer a prova amanh.

As locues prepositivas se caracterizam por apresentar, como ltimo vocbulo, uma preposio essencial: Abaixo de apesar de graas a por entre junto a embaixo de

10. CONJUNO Classe invarivel que liga oraes, s vezes, liga termos coordenados de uma orao. Ex.: Os pais viajaram e estudaram. (liga oraes) Os pais viajaram para Orlando e Paris. (liga termos dentro de uma orao) As conjunes podem ser: Coordenadas relacionam elementos de mesma funo gramatical. Subordinadas ligam duas oraes, sendo que uma complementa, determina ou restringe o sentido de outra. Locuo conjuntiva Formada por mais de um vocbulo, sendo que, normalmente, o ltimo uma conjuno. j que se bem que a fim de que

11. INTERJEIO Classe invarivel que expressa emoes, sensaes, sentimentos ou representa um chamamento. alvio (Ufa!) dor (Ai!) espanto (Qu!) medo (Credo!)

satisfao (Viva!)

chamamento (Oxal!)

saudao (Alvssaras!)

Locuo interjeitiva o conjunto de duas ou mais palavras com valor de interjeio. Que horror! Queira Deus! Ai de mim!

Na escrita, a interjeio vem acompanhada do sinal de exclamao, com exceo do de apelo ( menino, no faa isso), que no deve ser confundido com Oh, de admirao.

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Sobre Vivam os campees!, nosso mestre Evanildo Bechara observa, em seu Lies de Portugus pela Anlise Sinttica, que o emprego quase interjeitivo da orao e a proximidade com a interjeio (invarivel, portanto) Salve os campees! levam forma Viva os campees!, com evidente erro de concordncia. Contudo, ressalta o mestre: Apesar de correr vitoriosa na linguagem coloquial, esta concordncia no singular deve ser cuidadosamente evitada na lngua padro. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Algumas dessas classes gramaticais merecero destaque em nossos encontros. Por ora, vamos resolver algumas questes de prova para fixar todos esses conceitos. Abraos e at a prxima. QUESTES DE FIXAO 1 - (FGV / Ministrio da Cultura /2006) Assinale a alternativa que no apresente a classificao correta de um dos elementos mrficos do vocbulo deixasse (A) deix- = radical (B) -e = desinncia nmero-pessoal (C) -a = vogal temtica verbal (D) deixa = tema (E) -sse = desinncia modo-temporal 2 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) Assinale a alternativa em que um dos elementos mrficos da palavra contribuiu (L.65) no esteja corretamente analisado. (A) contribuiu = prefixo (B) contribuiu = raiz (C) contribuiu = desinncia modo-temporal (D) contribuiu = tema (E) contribuiu = vogal temtica 3 -(CESGRANRIO / INSPETOR DE POLCIA / 2001) Inmeros, ilcita, impropriedade tm em comum: a) o prefixo negativo; b) a classe gramatical; c) o gnero; d) o nmero; e) a forma grfica.

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4 - (FUNDEC / TRT 1.Regio / 2003) Os prefixos das palavras entressafra (linha 15) e internacional so sinnimos. Idntica relao semntica pode ser depreendida entre os prefixos das palavras: A) anti-higinico e suboficial; B) co-redator e contra-regra; C) arquiinimigo e hiper-humano; D) vice-diretor e sobreloja; E) ante-histrico e recm-chegado. 5 - (FGV / ALESP / 2002) Assinale a alternativa em que todas as palavras tm prefixo indicativo de negao: A. imoral - imprudente. B. imoral - deslocar. C. aderente - amoral. D. aderente - subterrneo. 6 - (FGV / Ministrio da Cultura /2006) Assinale a alternativa em que o prefixo tenha o mesmo sentido que o de imigrantes. (A) imberbe (B) imergir (C) incru (D) inquo (E) invlido 7 - (FGV / ICMS MS /2006) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo que entrevejo. (A) joalheria (B) serenidade (C) decodifica (D) acompanhando (E) perfumadas 8 - (FGV / ALESP / 2002) Assinale a alternativa que apresenta um prefixo indicando posio superior: A. Transatlntico. B. Permetro.

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C. Epiderme. D. Sublocar. 9 - (FGV / BESC ADVOGADO/ 2004) Assinale a alternativa em que o vocbulo NO seja formado pelo mesmo processo que "crescimento" (A) financeiro (B) rentabilidade (C) falta (D) prancheta (E) executveis 10 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002) Os prefixos das palavras supercomputador e contra-informao so sinnimos, respectivamente, dos prefixos das palavras: A) hiperinflao e megainvestidor; B) politraumatizado e desnecessrio; C) ultraleve e hemisfrio; D) alm-fronteira e endotrmico; E) arquimilionrio e antiinflacionrio. 11 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judicirio / 2001) O vocbulo perdo, presente no texto, tem como plural perdes; o item abaixo em que todos os vocbulos podem fazer o plural do mesmo modo : a) cidado, vulco, capelo; b) escrivo, aldeo, razo; c) capelo, situao, alazo; d) corrimo, cidado, escrivo; e) vulco, aldeo, alazo. 12 - (NCE UFRJ / Corregedoria Geral da Justia RJ ) Hibernao est para inverno, considerados os vrios aspectos de sua formao, como: (A) crescimento est para crescer; (B) diminuio est para diminuir; (C) mensal est para ms; (D) liberdade est para livre; (E) animao est para alma.

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13 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL/ 2006) A alternativa que mostra inadequao entre cognatos : (A) terra / aterrorizar; (B) lei / legalizar; (C) acordo / acordar; (D) temor / atemorizar; (E) homem / humanizar. 14 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) A relao ERRADA entre verbo e substantivo : (A) ceder / cesso; (B) estender / extenso; (C) exceder / exceo; (D) ascender / ascenso; (E) pretender / pretenso. 15 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) Agrrio se refere a campo; o vocbulo abaixo em que esse radical tem significado diferente : (A) agricultor; (B) agridoce; (C) agrimensor; (D) agreste; (E) agrcola. 16 - (FGV / ICMS MS TTI / 2006) Assinale a alternativa em que o prefixo tenha valor distinto do de incompetentes. (A) irrespondvel (B) agnsticos (C) ateus (D) incorrer (E) inafianvel 17 - (FGV / ICMS MS Fiscal de Rendas / 2006) Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo que acompanhamos.

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(A) rapidssimos (B) encanada (C) utilizamos (D) represso (E) intermedirias 18 - (CESGRANRIO / BNDES ADVOGADO / 2004) No ttulo do artigo A tal da demanda social, a classe de palavra de tal : (A) pronome. (B) adjetivo. (C) advrbio. (D) substantivo. (E) preposio. 19 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) Tal como est organizada, a sociedade gira em torno do mercado, de acordo com um sistema que alguns chamam de "economia de mercado", e outros, de "capitalismo". At hoje, no surgiu nenhum sistema to capaz de fazer crescer a economia. As experincias feitas em nome do socialismo no manifestaram fora prpria suficiente para competir, no plano do crescimento econmico, com o capitalismo. A palavra Tal classifica-se como: (A) adjetivo. (B) advrbio. (C) conjuno. (D) pronome demonstrativo. (E) pronome relativo. 20 - (CESGRANRIO / MPE RO / 2005) Dentre os plurais dos nomes compostos, o nico flexionado de modo adequado : (A) guarda-chuvas. (B) olhos azuis-turquezas. (C) escolas-modelos. (D) surdo-mudos. (E) pores-dos-sis. 21 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) matrias-primas faz plural da mesma forma que:

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(A) porta-voz; (B) guarda-comida; (C) bem-te-vi; (D) aluno-mestre; (E) pisca-pisca. 22 - (FGV / Pref.Araatuba / 2002) O plural dos adjetivos compostos est correto em A. Faltava sempre s segundas-feiras. B. Recebeu dois salrios-famlias. C. Houve alguns quebras-quebras na cidade. D. Gostava de sopa de gro-de-bicos. 23 - (FGV / ICMS MS / 2006) Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camels. Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria. No trecho acima, a inverso das palavras grifadas no provocou alterao de sentido. Assinale a alternativa em que a inverso dos termos provoca alterao gramatical e semntica. (A) novos papis / papis novos (B) vrias idias / idias vrias (C) lcidas lembranas / lembranas lcidas (D) tristes dias / dias tristes (E) poucas oportunidades / oportunidades poucas 24 - (UnB CESPE / Banco do Brasil / 2002) Passa quase despercebido para o mercado que, na guerra dos bancos pela carteira dos brasileiros, o Banco do Brasil S.A. (BB) est mais ativo do que nunca. Foi a casa que mais conquistou novos clientes em 2001, saltando de 10,5 milhes de correntistas pessoa fsica para 12 milhes. Na rea das empresas, o crescimento tambm foi robusto. Com a criao de uma diviso de corporate, sua carteira empresarial saltou de 767 mil para 900 mil clientes. O BB ainda tem um amplo terreno para conquistar clientes menos endinheirados por intermdio das concesses de crdito. A instituio, mesmo com 24,6% de todos os ativos do sistema financeiro nacional, no tinha agilidade suficiente para fazer isso, por conta do estoque de crditos ruins que a ancora. Depois do ajuste patrimonial, ganhou flego. QUESTO Acerca de aspectos estruturais e das idias do texto acima, julgue o seguinte item.

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No primeiro pargrafo do texto, as duas ocorrncias do advrbio mais intensificando ativo (l.3) e conquistou (l.3) comprovam que advrbios podem modificar tanto verbos como adjetivos.

25 - (FGV / BESC ADVOGADO/ 2004) Assinale a alternativa em que o termo grifado seja artigo definido. (A) "...o que os empurra a dar crdito para o setor privado e para as pessoas fsicas." (B) "O que se faz?" (C) "O que est ocorrendo que os interesses que prevaleceram..." (D) "...agora, o que se est fazendo buscar "acalmar" os que temem perder lucros na fase de transio." (E) "Ou seja, h uma possibilidade, no desprezvel, de o pas perder, mais uma vez, uma janela de oportunidade." GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 1 B - A forma verbal deixasse no possui desinncia nmero-pessoal: TEMA Radical DEIX Vogal tem. A DMT SSE DNP

2 C - O morfema u desinncia nmero-pessoal. TEMA Radical CON TRIBU Vogal tem. I U

PREFIXO

DMT

DNP

raiz trib unem-se os prefixos que formam os radicais dos verbos: retribuir, contribuir. O mesmo ocorre nos seguintes verbos: (raiz = preend) compreender, apreender, repreender; (raiz = vert) reverter, perverter, inverter, converter; (raiz = fer) preferir, conferir, deferir, inferir, desferir;

Esse so alguns exemplos de verbos formados a partir da unio de prefixos raiz. 3 A Os trs vocbulos apresentam prefixos negativos: inmeros, ilcita, impropriedade.

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4 Os prefixos latinos entre e inter designam posio intermediria. Os prefixos gregos da opo C tambm so sinnimos: arqui e hiper indicam superioridade. a) anti - prefixo grego = oposio / sub - prefixo latino = posio inferior b) co latino = companhia ou contigidade / contra latino = oposio d) vice latino = em lugar de / sobre latino = posio superior e) ante latino = anterioridade / recm latino = recente 5A b) i = negao / des = separao c) a em amoral = negao / a em aderente = separao d) a em aderente = separao / sub = posio inferior 6 B O prefixo i em imergir indica o movimento para dentro (como em imigrar). 7 E - O vocbulo entrevejo passou pelo processo de derivao prefixal, com a colocao do prefixo entre (posio intermediria). A esse mesmo processo se submeteu o vocbulo perfumadas, com o prefixo per (movimento atravs) a) derivao sufixal (jia + lh + eria) b) originalmente francesa, sofreu derivao sufixal com eria ou aria, que indicam atividade de, ramo de negcio. c) derivao prefixal e sufixal d) derivao parassinttica 8 C epiderme a camada mais superficial da pele (prefixo grego epi + radical grego derme) a) trans- latino = passar alm de. b) peri- grego = em torno de. d) sub- grego = posio abaixo. 9 C O vocbulo falta o prprio tema (radical falt + VT a). 10 E Os prefixos super, extra, ultra (latinos), mega, hiper e arqui (gregos) so equivalentes e indicam superioridade. J os prefixos contra-, ob-, o-, des- (latinos) e anti- e para- (gregos) denotam oposio. Os demais apresentam os seguintes significados: - hemi grego = metade; - poli grego = muitos; - endo grego = posio interna; - alm latino = adiante

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11 E - vulces; aldees ou aldees; alazes e alazes. a) cidados; vulces ; capeles. b) escrives; aldeos, aldees ou aldees; razes. c) capeles; situaes; alazes e alazes. d) corrimos; cidados; escrives. 12 E - Essa questo exigia bastante percepo do candidato. A dica para solucion-la estava na expresso considerados os vrios aspectos de sua formao. Assim como hibernao buscou em sua origem latina a forma que significa inverno (hiber), a palavra animao tem em sua raiz (nima) o sentido de alma. 13 A - A palavra aterrorizar tem relao com terror e no terra. 14 C O aluno que se lembrou da aula sobre Ortografia no errou essa questo. No material, mencionamos que exceo no deriva de EXCEDER, mas de EXCETUAR. 15 B - O elemento de composio em agridoce latino e significa acre, cido, azedo. J em agricultura, agrimensor, agreste e agrcola est presente o prefixo agri, tambm latino, que se refere a campo. 16 D O prefixo latino in em incorrer significa movimento para dentro. Os demais tm valor de negao. 17 B - O processo de acompanhamos o mesmo de encanada derivao parassinttica. a) rapidssimos - sufixao c) utilizamos - sufixao d) represso - prefixao e) intermedirias prefixao e sufixao (mediar intermediar intermediria) 18 A No nos cansamos de repetir a anlise morfolgica de uma palavra s pode ser feita de acordo com o contexto. Na orao A tal da demanda social, o vocbulo tal est sendo usado para indicar. Por isso, um pronome demonstrativo. Esse pronome faz parte da expresso O(a) tal de, usado na linguagem com desdm. No confunda com o tal, substantivo coloquial brasileiro de dois gneros usado para designar a pessoa que julga ser mais importante do que : Ela se acha o tal. Veja na prxima questo um outro emprego de tal.

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19 B - Muita gente boa, de cara, deve ter marcado "pronome demonstrativo" (D), e no foi toa que essa questo est nesta posio. Em Tal como est organizada, a sociedade gira em torno do mercado, esse "tal" indica MODO - circunstncia. Troque por "assim" ou "do modo" e continuar fazendo sentido. Assim, notamos que no pronome demonstrativo, mas ADVRBIO - opo B. 20 A b) olhos azul-turquesa note que turquesa (com s) um mineral azul ou esverdeado. Como o segundo elemento do adjetivo composto um substantivo, permanecer invarivel. c) escolas-modelo(s) atualmente, esta questo estaria sujeita a recursos, pois o enunciado no menciona a norma culta e modernamente j se aceita a flexo dos dois vocbulos, mesmo o segundo indicando finalidade. d) surdos-mudos os dois se flexionam. e) pores-do-sol s o primeiro elemento varia. 21 D - Matria-prima um substantivo composto formado por um substantivo e um adjetivo. No plural, os dois elementos variam. O mesmo acontece com alunosmestres. a) porta-voz porta-vozes (verbo + substantivo) b) guarda-comida guarda-comidas (idia de guardar no varia) c) bem-te-vi bem-te-vis e) pisca-pisca pisca-piscas

22 A Em segunda-feira, os dois elementos se flexionam: segundas-feiras (numeral e substantivo). Da mesma forma que a questo 20, esta seria passvel de anulao, em virtude da possibilidade de se flexionar os dois elementos do item B salrios-famlia(s). Assim, haveria duas respostas igualmente vlidas A e B. As demais opes, devidamente corrigidas, seriam: c) Houve alguns quebra-quebras na cidade. d) Gostava de sopa de gros-de-bico.

23 B A mudana da colocao do vocbulo vrias altera seu aspecto semntico e morfolgico. Em vrias idias, um pronome indefinido. J em idias vrias, tem valor adjetivo com o sentido de variadas. No h alterao morfolgica nem semntica entre os elementos das opes a, c e d (novos, lcidas e tristes, que mantm em qualquer das oraes o sentido e a classificao morfolgica adjetivo).

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A "pegadinha" do enunciado em relao opo E a exigncia de alterao SEMNTICA E GRAMATICAL: poucas oportunidade (pronome indefinido) e oportunidades poucas (adjetivo) H alterao gramatical. O Dicionrio Eletrnico Aurlio indica as seguintes acepes do vocbulo "pouco": Adjetivo. 1.Em pequena quantidade; escasso, reduzido. [Superl. abs. sint.: pouqussimo.] Pronome indefinido. 2.Algo (coisa ou indivduo) em quantidade ou em grau menor do que o habitual ou o esperado. Contudo, mesmo que haja alterao gramatical (um pronome indefinido e o outro, adjetivo), no h alterao semntica. Em qualquer das duas construes, a idia que so oportunidades em quantidade pequena ou menor do que o esperado. Por isso, no foi esse o gabarito. Pura maldade! 24 Item correto Essa uma tima oportunidade de vermos o emprego do advrbio. Com funo de intensidade, modifica tanto um adjetivo (o Banco do Brasil S.A. (BB) est mais ativo do que nunca) quanto um verbo (Foi a casa que mais conquistou novos clientes em 2001). 25 E Como vimos, o artigo estar sempre acompanhando um nome. A nica ocorrncia deste vocbulo na opo E, em que acompanha o substantivo pas. a) "...o que os empurra ..." pronome oblquo b) "O que se faz? pronome demonstrativo junto do pronome interrogativo que. c) "O que est ocorrendo..." - pronome demonstrativo junto do pronome interrogativo que. d) "...agora, o que se est fazendo buscar "acalmar" os que temem ..." pronome demonstrativo (aqueles) ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

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AULA 2 - VERBO Ol, amigos Hoje nossa aula vai tratar do corao da unidade oracional o VERBO. No toa que esse assunto vem logo aps vermos os processos de formao das palavras e antes de qualquer outro. O verbo tambm far parte das prximas aulas concordncia (nominal e verbal), regncia (nominal e verbal) e at mesmo crase. Nesta aula, veremos a classificao dos verbos, sua forma de conjugao (que um calo para muita gente), as flexes que o verbo pode sofrer (nmero, pessoa, tempo, modo e voz), a relao que os verbos tm em uma estrutura oracional e como manter essa relao harmnica, dentre tantas outras coisas. Bem, essa palavrinha muito especial. O verbo no tem sintaticamente uma funo que lhe seja privativa, pois, como veremos, o substantivo e o adjetivo tambm podem ser ncleos do predicado (veremos no mdulo 10 - Termos da Orao). Sua nica funo na estrutura oracional a de participar do predicado. CONSTRUO DOS VERBOS Todas as formas do verbo se irmanam pelo RADICAL, a parte invarivel que lhes d a base comum de significao. So aceitas as seguintes flexes: de nmero (singular e plural), pessoa (1, 2 ou 3), modo, tempo ou vozes. Celso Cunha identifica uma outra flexo: aspecto, que, em suas palavras, manifesta o ponto de vista do qual o locutor considera a ao expressa pelo verbo, por exemplo: pontual (acabo de chegar) ou durativa (fico a esperar), contnua (vou andando pelas ruas) ou descontnua (voltei a fumar) etc. Em relao ao processo de formao, como vimos, ao radical junta-se a terminao: vogal temtica (define as trs conjugaes), desinncias modo-temporal e nmeropessoal. Alguns conceitos so importantes: Formas rizotnicas o elemento de composio grego riz(o)- significa raiz. Assim, nas formas RIZOTNICAS, a slaba tnica (a que fomos apresentados em nosso primeiro encontro) recai no radical. verbo RECLAMAR radical RECLAM eu reclamo Como a slaba tnica recai no radical, essa forma chama-se rizotnica. Formas arrizotnicas - quando a slaba tnica recai fora do radical. Verbo CONSERVAR radical CONSERV ns conservaremos Como a slaba tnica recai fora do radical, essa forma chama-se arrizotnica.

CLASSIFICAO DOS VERBOS Os verbos classificam-se em regulares, irregulares, anmalos, defectivos e abundantes. 1. REGULARES - conservam o mesmo radical.

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eu canto, tu cantas, ns cantvamos, eles cantariam, ele cantasse 2. IRREGULARES - apresentam variao no radical ou nas desinncias. SABER (eu sei, ele soube) PERDER (perco) FAZER (fiz, fao)

Alguns autores consideram que alterao exclusivamente grfica (PROTEGER PROTEJO), em funo da ortografia, no poderia levar indicao de irregularidade verbal. Assim, segundo eles, so considerados irregulares somente os verbos que apresentam alterao GRFICA E FONTICA. Se no houver alterao fontica (como no exemplo: g/j), no se classifica como verbo irregular, sendo chamado por alguns autores de aparentemente irregular. 3. ANMALO so verbos irregulares que, por apresentarem profundas variaes, recebem classificao autnoma. So s dois: SER e IR. Curiosidade: Esses dois verbos so idnticos na conjugao dos seguintes tempos: pretrito perfeito do indicativo (fui, foste, ...), pretrito mais-que-perfeito do indicativo (fora, foras...), pretrito imperfeito do subjuntivo (fosse, fosses...) e futuro do subjuntivo (for, fores...). S d para identificar se est sendo usado um ou outro a partir do contexto. 4. ABUNDANTE - apresentam duas ou trs formas em certos tempos, modos, pessoas ou particpio. Por exemplo, no imperativo afirmativo, os verbos terminados em zer, como o verbo fazer, na 2 pessoa do singular, aceitam duas formas faze e faz. 5. DEFECTIVOS - apresentam defeito, ou seja, no se conjugam em todas as formas (tempo, pessoas, modos). Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo conjugao do PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele derivados (Presente do Subjuntivo e Imperativo). O defeito existe apenas no presente, no existe no passado nem no futuro. Por isso, mesmo defectivo, o verbo poder ser conjugado inteiramente nos outros tempos e modos verbais, como, por exemplo, no Pretrito do Perfeito do Indicativo, no Pretrito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc. H dois tipos de defeitos: 1) o verbo no possui a 1 pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, colorir, delinqir); 2) o verbo s apresenta as conjugaes da 1 e 2 pessoas do plural (adequar, reaver). Alguns autores definem como defectivos tambm os verbos que, de acordo com o seu emprego, s podem ser conjugados nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgncia), DOER (no sentido de sentir dor - alguma coisa di) e os unipessoais, que representam vozes de animais ou fenmenos da natureza, quando utilizados no sentido original (sentido denotativo, com d de dicionrio; seu oposto o sentido conotativo, tambm chamado de figurado, quando a palavra usada em um significado diferente do original). FLEXES DOS VERBOS NMERO Como as outras palavras variveis, o verbo admite dois nmeros: o singular e o plural. Dizemos que um verbo est no singular quando ele se refere a uma s pessoa ou coisa e, no plural, quando tem por sujeito mais de uma pessoa ou coisa.

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PESSOA a variao de forma que indica a pessoa do discurso a que se refere a ao verbal. 1 pessoa - aquela que fala. Corresponde aos pronomes pessoais eu (singular) e ns (plural). 2 pessoa - aquela a quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais tu (singular) e vs (plural). 3 pessoa - aquela de quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais ele/ela (singular) e eles/elas (plural). MODO, TEMPO e VOZES Essas modalidades de flexo merecem uma anlise mais aprofundada. MODOS E TEMPOS VERBAIS A classificao dos verbos nos MODOS VERBAIS depende da relao que o falante tem com aquilo que enuncia se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hiptese, uma suposio (subjuntivo); se faz um pedido ou d uma ordem (imperativo). Em outras palavras, depende do modo com que enuncia a ao verbal (percebeu? modo verbal). So trs modos verbais: INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que pode pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro. SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipottico, duvidoso, provvel ou possvel. IMPERATIVO - expressa idias de ordem, pedido, desejo, convite.

Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que provvel, hipottico, possvel, sem a certeza apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO tambm bastante usado com determinadas conjunes (embora, caso, que etc.) Perceba a diferena entre as duas oraes abaixo. O sujeito vai farmcia e diz ao balconista: Eu quero um remdio que acaba com a minha dor de cabea. Eu quero um remdio que acabe com a minha dor de cabea. Na primeira, o sujeito j sabe qual o medicamento que vai pedir e produzir resultado. J teve dor de cabea outras vezes e sabe qual o remdio que surte efeito. O fato situase no plano da CERTEZA modo INDICATIVO. Na segunda, o sujeito no tem certeza de qual medicamento poderia surtir efeito. Certamente est pedindo uma indicao ao balconista. O resultado que o remdio trar (acabar com a dor de cabea) ainda est no plano da hiptese. Por isso, est no modo SUBJUNTIVO. IMPERATIVO Sobre a conjugao no imperativo, em vez de memorizar vrias regras, vamos guardar apenas a exceo. A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do subjuntivo. So conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas as pessoas (2 do singular e do plural, 3 do singular e do plural e 1 do plural) no imperativo negativo, e nas 3

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pessoas (singular e plural) e 1 pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa a regra. 1 - Venha para a Caixa voc tambm 3 pessoa do singular (O comercial estava errado e voc no vai nem acreditar: uma banca examinadora explorou exatamente esse fato em prova!!! Veremos nos exerccios de fixao.). 2 - No nos deixeis cair em tentao 2 pessoa do plural (Ao se dirigir ao Pai, usa-se vs.) Agora veremos a exceo, que deve ser memorizada por ser em menor nmero. A exceo fica por conta das segundas pessoas (tu e vs) no imperativo afirmativo. Nessa conjugao, usa-se o presente do indicativo, sem o s final. RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2s pessoas (singular e plural) buscam a conjugao do presente do indicativo e tiram a letra s. Todo o restante tem origem no presente do subjuntivo. Exemplo: 1 - Dize-me com quem andas, que eu te direi quem s. - A forma dize a reduo do presente do indicativo da 2 pessoa do singular (dizes [s] = dize). Esse verbo, alis, abundante. Aceita as formas dize e diz, no imperativo afirmativo. 2 Fazei de mim um instrumento de vossa paz. A forma fazei a conjugao no presente do indicativo da 2 pessoa do plural (vs fazeis), sem o s. Os quadros abaixo resumem as conjugaes dos verbos no modo imperativo. PRESENTE DO SUBJUNTIVO eu fale tu fales ele fale ns falemos vs faleis eles falem PRESENTE DO INCATIVO eu falo tu falas ele fala ns falamos vs falais eles falam IMPERATIVO NEGATIVO no fales (tu) no fale (voc) (*) no falemos (ns) no faleis (vs) no falem (vocs) (*) PRESENTE DO SUBJUNTIVO eu fale tu fales ele fale ns falemos vs faleis eles falem

IMPERATIVO AFIRMATIVO fala (tu) fale (voc) (*) falemos (ns) falai (vs) falem (vocs) (*)

(*) Como o imperativo o modo em que se determina ou pede algo pessoa a quem se dirige (2 pessoa), as terceiras pessoas se referem a voc / vocs, e no a eles (3 pessoa).

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Os TEMPOS VERBAIS tm a funo de indicar o momento em que so enunciados os fatos. No modo INDICATIVO, os tempos so: PRESENTE fato ocorre no momento em que se fala (Ouo rudos na cozinha.); - fato que comum de ocorrer (Eu morro de inveja dele. / Chove todos os dias em Belm.); - apresenta um princpio, um conceito ou um dado (Todos os anos, muitas crianas morrem de desnutrio no Brasil.) PRETRITO PERFEITO fato ocorrido e perfeitamente concludo antes do momento em que se fala (Todos souberam do assassinato de Celso Daniel.) PRETRITO PERFEITO COMPOSTO denota repetio de um ato ou sua continuidade, com incio no passado, chegando ao momento presente, em que falamos (Eu tenho cometido muitos erros na escolha dos meus namorados. / Eu tenho lutado contra vrios preconceitos.); PRETRITO IMPERFEITO fato realizado e no concludo ou que apresenta certa durao (Ele buscava a perfeio antes de morrer./ O tempo corria sem que ningum notasse.); indica, entre aes simultneas, a que ocorria no momento em que sobreveio a outra (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladres.); denota ao passada habitual ou repetida (imperfeito freqentativo) (Sempre que eu chegava, ela saa do recinto.) PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO fato realizado antes de outro fato tambm no passado (Antes de sua morte, ele pedira o perdo aos filhos.) PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO forma mais comum de expressar o fato realizado antes de outro fato tambm no passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdo aos filhos.) FUTURO DO PRESENTE fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doarei todo o material de estudo aps a minha aprovao.); afirmao de valor categrico (De todas as mulheres do mundo, voc ser a mais bela o que se afirma que certamente voc a mais bela). FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO denota futura ocorrncia de um fato que se iniciou no presente (At o prximo ano, terei acumulado quase um milho de reais em dvidas.)

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- indica uma ao futura que estar consumada antes de outra tambm no futuro (Amanh, quando voc chegar, eu j terei assinado o contrato.) - denota incerteza sobre fatos passados (Ter Joo sabido da traio?) FUTURO DO PRETRITO fato posterior a um fato passado (Voc me garantiu [FATO PASSADO] que o nosso amor no morreria [FATO FUTURO EM RELAO AO FATO PASSADO].); fato no chegou a se realizar (Eu iria sua casa, mas tive um problema.); pode denotar incerteza (Acharam um corpo que seria do chefe do trfico.) hiptese relacionada a uma condio (Se voc tivesse comprado o carro [CONDIO], no teria perdido o dinheiro no jogo [HIPTESE].) polidez (Voc poderia me passar o sal?). FUTURO DO PRETRITO COMPOSTO o mesmo que o Futuro do Pretrito com relao aos trs primeiros aspectos. FORMAS NOMINAIS Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que tambm podem ser empregadas nas funes prprias de adjetivos, substantivos ou advrbios. So elas: INFINITIVO, GERNDIO E PARTICPIO. INFINITIVO: Ele precisa pr os nomes nos livros. (verbo) O pr-do-sol lindo nessa poca do ano. (substantivo) Causa-me agonia o seu ranger de dentes. (substantivo) Precisamos colocar leo na porta que est a ranger.(verbo) O infinitivo divide-se em impessoal e pessoal. O infinitivo impessoal no tem sujeito (pessoa) e, por isso, no se flexiona. usado em sentido genrico (o ato de). Amar se aprende amando. J o infinitivo pessoal tem sujeito e pode flexionar-se ou no. Os casos em que o infinitivo pode, deve ou no pode se flexionar ser objeto de estudo na aula sobre CONCORDNCIA. GERNDIO: O presidente fica persistindo na argumentao de que nada sabia. (verbo) Persistindo os sintomas, o mdico dever ser consultado (advrbio de condio = Caso persistam os sintomas...)

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PARTICPIO: Ele havia lavado o cho da casa antes do temporal. (verbo) O uniforme lavado ficou todo sujo aps o vendaval. (adjetivo)

O particpio tem grande importncia na construo de LOCUES VERBAIS. Emprega-se com os auxiliares TER e HAVER para a formao de tempos compostos (Temos feito grande progresso., Nunca havia visitado este lugar antes.), com o verbo SER para formar os tempos da voz passiva de ao (O trabalho foi feito por todos ns.) e com o verbo ESTAR nos tempos de voz passiva de estado (Estou chocada com essa notcia.). No particpio, a maior parte dos verbos s apresenta a forma regular (terminadas por ado / ido). Contudo, existem algumas excees: alguns verbos apresentam mais de uma forma: a regular (ado / ido), usada com os verbos ter e haver (tempo composto) e a irregular, ligada aos verbos ser e estar (voz passiva). Dentre os irregulares, esto: ACEITAR (ter/haver) aceitado; (ser/estar) aceito ELEGER (ter/haver) elegido; (ser/estar) eleito ENTREGAR - (ter/haver) entregado; (ser/estar) entregue IMPRIMIR - (ter/haver) imprimido; (ser/estar) impresso SALVAR (ter/haver) salvado; (ser/estar) salvo SUSPENDIDO (ter/haver) suspendido; (ser/estar) suspenso Outras curiosidades: Apresentam somente a forma irregular do particpio os verbos abrir (aberto), cobrir (coberto), dizer (dito), escrever (escrito), fazer (feito), pr (posto), ver (visto), vir (vindo) e seus derivados. Observe que, neste ltimo (vir), a forma participial igual ao gerndio, o mesmo ocorrendo com os verbos dele derivados (intervir intervindo). Essa peculiaridade costuma ser objeto de questes de prova. Alguns verbos aceitam ambas as formas (regular e irregular) para qualquer dois verbos auxiliares ou seja, no tem como errar - com qualquer verbo auxiliar pode-se usar qualquer forma participial. Segundo a maioria dos gramticos, so quatro os verbos: pagar, pegar, ganhar e gastar (para memoriz-las, imagine a seguinte situao: no dia do pagamento, voc ganha o salrio e, no supermercado, pega o produto, paga por ele e gasta o dinheiro gostou do mtodo mnemnico?). O particpio do verbo CHEGAR um s o regular CHEGADO. A forma chego a conjugao de 1 pessoa do singular do presente do indicativo (Eu chego). No existe a forma de particpio irregular para esse verbo. Ento: Eu tinha chegado ao escritrio bem cedo..

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CONJUGAO VERBAL Para ajudar a resolver questes de conjugao verbal, uma boa dica a tcnica do PARADIGMA. Como funciona isso? Na dvida com relao conjugao de determinado verbo regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu dia-a-dia), basta observar a conjugao dos paradigmas clssicos (FALAR 1 conjugao, BEBER 2 conjugao, PARTIR 3 conjugao). Extraia o radical, que o que sobra do verbo aps retirar a terminao ar, er ou ir do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as desinncias, que so idnticas nos demais verbos regulares de mesma conjugao: Por exemplo: CONSUMAR (verbo regular de 1 conjug.): Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) CONSUMIR (verbo regular de 3 conjug.): Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) E a, como voc preencheu? Vamos buscar a desinncia dos verbos paradigmas. Infinitivo Falar Consumar Partir Consumir Pres.Indicativo Eu falo Eu consumo Eu parto Eu consumo (igual) Pres.Subjuntivo (que) eu fale (que) eu consume (que) eu parta (que) eu consuma

Se o verbo for irregular, ou seja, apresenta alterao no radical em determinadas conjugaes, procure outro verbo, tambm irregular, de mesma construo. Por exemplo: COMPETIR (3 conjugao) Eu comp.... (???) Esse verbo irregular, ou seja, no mantm o radical nas conjugaes. Normalmente no conjugamos esse verbo (pelo menos, no com convico) fora de uma locuo verbal. Mas usamos bastante outro verbo de idntica estrutura. J sabe qual ??? REPETIR. Ento, como fica a conjugao desse paradigma? Eu repito Eu compito E ADERIR? Como voc conjugaria a primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo? Est com dvida? Busque um paradigma. Aceito sugestes.... Lembrou de algum? Eu conheo um FERIR. Como fica a conjugao do paradigma? Eu firo Eu adiro

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A ttulo de exemplo, observe o seguinte item de uma questo de prova da ESAF (TCU/2002): O fato do patrimnio gerar empregos e receitas por meio do turismo no abule o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenmeno cultural tanto quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranas destitudas de familiaridade. Essa opo est errada. Voc percebeu qual o erro? O que significa abule? O contexto indica tratar-se do verbo ABOLIR. Se no tivermos certeza da conjugao desse verbo, vamos fazer o qu??? Buscamos o paradigma. Um verbo que apresenta a mesma forma de conjugao o verbo ENGOLIR. Na passagem, o verbo abolir est na terceira pessoa do singular, no presente do indicativo (O fato ... no abule...). O verbo engolir ficaria Ele engole. Logo, a conjugao correta abole (O fato ... no abole...). IMPORTANTE: Guarde esse dica do PARADIGMA. Ela pode ser de grande valia em uma questo de prova. LOCUES VERBAIS Sempre que se fala locuo, significa mais de uma palavra formando uma unidade. Assim, em locues verbais, mais de um verbo (ligados ou no por uma preposio) formam um conjunto. Formam-se locues verbais em: tempos compostos, com os verbos auxiliares TER e HAVER; construes de voz passiva, principalmente com os verbos auxiliares SER e ESTAR; construes com auxiliares modais, que determinam com mais rigor o modo como se realiza ou deixa de se realizar a ao verbal. Expressam circunstncias de: incio ou fim (comecei a estudar, acabei de acordar), continuidade (vai andando), obrigao (tive de entregar), possibilidade (posso escrever), dvida (parece gostar), tentativa (procura entender) e outras tantas.

Como num escritrio, onde quem manda o chefe e quem trabalha o empregado (ou voc j viu algum chefe trabalhando???), na locuo verbal, quem exerce a funo de chefe o verbo principal ele fica parado, s mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de acordo com as suas ordens. TEMPO COMPOSTO o tempo constitudo por um verbo auxiliar flexionado, seguido do verbo principal no particpio. Forma-se com os auxiliares TER e HAVER. Para simplificar, usamos nos exemplos somente o verbo auxiliar TER.

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1) Modo Indicativo TEMPO VERBAL presente perfeito pretrito imperfeito mais-que-perfeito simples composto simples simples composto do presente futuro do pretrito simples composto simples composto
falo falei tenho falado falava falara tinha falado falarei terei falado falaria teria falado

EXEMPLO
bebo bebi tenho bebido bebia bebera tinha bebido beberei terei bebido beberia teria bebido parto parti tenho partido partia partira tinha partido partirei terei partido partiria teria partido

VEJA S: Os tempos PRESENTE e PRETRITO IMPERFEITO no se subdividem, ou seja, s apresentam a forma verbal simples. Salvo nos futuros, em que os auxiliares ficam nos tempos correspondentes, os auxiliares dos demais tempos verbais compostos buscam a conjugao do tempo imediatamente anterior (segundo a ordem apresentada no nosso quadro): - no PRETRITO PERFEITO COMPOSTO, o auxiliar fica no presente do indicativo: tenho falado - no PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO, o auxiliar fica no pretrito imperfeito do indicativo: tinha falado

2) Modo Subjuntivo TEMPO VERBAL presente pretrito perfeito composto imperfeito mais-que-perfeito composto futuro simples composto
fale tenha falado falasse tivesse falado falar tiver falado

EXEMPLO
beba tenha bebido bebesse tivesse bebido beber tiver bebido parta tenha partido partisse tivesse partido partir tiver partido

No subjuntivo, assim como ocorre no modo indicativo, os tempos PRESENTE e PRETRITO IMPERFEITO no se subdividem. S apresentam a forma simples.

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Agora, surgem outros dois tempos compostos PRETRITO PERFEITO COMPOSTO e PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO. . Salvo no caso do futuro composto, em que o auxiliar tambm se apresenta no futuro do subjuntivo, os auxiliares dos tempos compostos buscam o tempo verbal imediatamente anterior. Ou seja, o raciocnio em relao conjugao do auxiliar o mesmo, s os nomes dos tempos verbais se modificam - no pretrito perfeito composto, o auxiliar fica no presente do subjuntivo: tenha falado; - no pretrito mais-que-perfeito composto, o auxiliar fica no pretrito imperfeito do subjuntivo: tivesse falado.

O quadro a seguir visa facilitar a compreenso e memorizao das conjugaes dos verbos regulares.

Trata-se de um quadro resumo com todas as desinncias regulares dos tempos simples.

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MODOS INDICATIVO Tempos 1 o as a amos ais am ava avas ava vamos veis avam ei aste ou amos astes aram ara aras ara ramos reis aram arei ars ar aremos areis aro aria arias aria aramos areis ariam 2 o es e emos eis em ia ias ia amos eis iam i este eu emos estes eram era eras era ramos reis eram erei ers er eremos reis ero eria erias eria eramos ereis eriam 3 o es e imos is em ia ias ia amos eis iam i iste iu imos istes iram ira iras ira ramos reis iram irei irs ir iremos ireis ir iria irias iria iramos ireis iriam IMPERATIVO AFIRMATIVO e a e emos ai em a e a amos ai am a e a amos i am e es e emos eis em NEGATIVO a as a amos ais am a as a amos ais am 1 e es e emos eis em asse asses asse ssemos sseis assem 2 a as a amos ais am esse esses esse ssemos sseis essem 3 a as a amos ais am isse isses isse ssemos sseis issem SUBJUNTIVO

Presente

Pret. Imperfeito

Pret. Perfeito

*****

*****

*****

Pret.maisqueperfeito

*****

*****

*****

Futuro do presente

ar ares ar armos ardes arem

er eres er ermos erdes erem

ir ires ir irmos irdes irem

Futuro do pretrito

*****

*****

*****

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DERIVAO VERBAL Voc j deve ter se deparado com dvidas como: em quando eu ..... o professor, passarei o seu recado, devemos usar ver ou vir? Para compreendermos a conjugao de alguns verbos, principalmente dos irregulares, necessrio conhecer a formao de alguns tempos derivados. Abaixo, segue um quadro com a indicao das formas primitivas e das derivadas. Salvo algumas poucas excees (como o verbo SER, SABER e outros), basta que se mantenha o radical das formas primitivas e a ele se acrescentem as desinncias correspondentes.

FORMA PRIMITIVA VERBO VER presente do indicativo 1 pessoa do singular

FORMAS DERIVADAS

eu vejo

presente do subjuntivo

eu veja tu vejas ele veja ns vejamos vs vejais eles vejam no no no no no veja (tu) vejas (voc) vejamos (ns) vejais (vs) vejam (vocs)

presente do subjuntivo

eu veja tu vejas ele veja ns vejamos vs vejais eles vejam

imperativo negativo

pret. perfeito do indicativo 3 pessoa do plural

eles viram

pretrito mais-queperfeito do indicativo

eu vira tu viras ele vira ns vramos vs vreis eles viram eu visse tu visses ele visse ns vssemos vs vsseis eles vissem

pretrito imperfeito do subjuntivo

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futuro do subjuntivo eu vir tu vires ele vir ns virmos vs virdes eles virem

VERBO CABER Infinitivo impessoal caber Futuro do presente do indicativo caberei cabers caber caberemos cabereis cabero caberia caberias caberia caberamos cabereis caberiam Caber Caberes Caber Cabermos Caberdes caberem cabendo Cabido (nos verbos de 2.conjugao, a vogal temtica passou de e para i, por influncia da vogal temtica da 3.conjugao - IR)

Futuro do pretrito do indicativo

Infinito pessoal

Gerndio Partcipio

Agora, experimente com outros verbos irregulares, como os verbos trazer, vir, fazer, pedir, caber e outros. TRAZER VIR FAZER PEDIR TRAGO TRAGA TROUXERAM TROUXERA /TROUXESSE /TROUXER VEJO VEJA VIERAM VIERA /VIESSE / VIER FAO FAA FIZERAM FIZERA / FIZESSE / FIZER PEO PEA

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PEDIRAM PEDIRA / PEDISSE / PEDIR CABER CAIBO CAIBA COUBERAM COUBERA / COUBESSE / COUBER CUIDADO COM A CONJUGAO DE ALGUNS VERBOS!!! VERBOS PERIGOSOS - REQUERER - no derivado do QUERER. No presente do indicativo: requeiro, requeres, requer... e no presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira... Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER. - PRECAVER-SE - no derivado do VER. defectivo. No presente do indicativo, s se conjuga nas 1 e 2 pessoas do plural: precavemos, precaveis. Conseqentemente, por no haver a 1 pessoa do singular do presente do indicativo, no h presente do subjuntivo. Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER. - REAVER - derivado do HAVER, mas s se conjuga quando houver a letra V na conjugao do haver. Assim, no presente do indicativo, s existem as formas da 1 e 2 pessoas do plural: reavemos, reaveis. Como no possui a 1 pessoa do singular do presente do indicativo, no apresenta presente do subjuntivo. No pretrito perfeito, conjuga-se: reouvestes, reouveram reouve, reouveste, reouve, reouvemos,

- PROVER - No derivado do VER, apesar de coincidir na 1 pessoa do singular do presente do indicativo e do subjuntivo. Pres.indicativo: provejo, provs, prov,... Pres.subjuntivo: proveja, provejas, proveja,... Pret. perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram - VIGER defectivo. No possui, no pres.indicativo, a 1 pessoa do singular. Logo, no h Pres.Subjuntivo nem Imperativo. Nas demais, conjuga-se como BEBER. Vamos analisar outras conjugaes especiais. 1. VERBOS TERMINADOS EM HIATO: UIR, exceto no caso dos defectivos (verbos que no possuem todas as formas de conjugao, como ruir), os verbos terminados em UIR apresentam duas formas de conjugao: 1) O paradigma ser POSSUIR (o radical possu) De acordo com esta regra, classificam-se praticamente todos os verbos com essa terminao. Nas 2 e 3 do singular trocam a letra e da conjugao regular (como em partir) pela letra i. Mantm as demais conjugaes inalteradas em relao conjugao do verbo paradigma partir: possuo, possuis, possui, possumos, possus, possuem. Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR, INFLUIR, ANUIR, ARGUIR (respeitada a acentuao), CONCLUIR, DISTRIBUIR, INCLUIR 2) CONSTRUIR (o radical constru) e DESTRUIR (o radical destru) So verbos abundantes. Alm da forma regular de conjugao (igual do verbo POSSUIR: construo,

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construis, construi, construmos, construs, construem), mais comum em Portugal, apresenta tambm a conjugao irregular, bastante usada no Brasil, em que as 2 e 3 pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto i": construo, constris, constri, construimos, construs, constroem, da mesma forma que os verbos terminados em -OER. OER: As 2 e 3 pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto i. As demais pessoas, em todos os outros tempos verbais seguem o paradigma beber, respeitadas as devidas acentuaes tnicas. Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER (sentir dor) e SOER (costumar, ter hbito de) so defectivos e s se conjugam nas terceiras pessoas. Exemplos: MOER (o radical MO-): mo, mis, mi, moemos, moeis, moem EAR: recebem a letra i nas formas rizotnicas (slaba tnica no radical). Nas demais, segue o paradigma falar. Exemplo: pentear (radical PENTE-). A slaba tnica foi sublinhada. Pres.indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam Pres.subjuntivo penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem Pret.perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, pentearam IAR: os verbos dessa terminao so regulares, ou seja, seguem a conjugao do paradigma falar. Exemplos: ADIAR (radical ADI-) Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, adiais, adiam VARIAR (radical VARI-) - Pres.Indic.: vario, varias, varia, variamos, variais, variam Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR. Por isso, nada de VAREIA, seno VICEIA!!! Como vimos, esses verbos so REGULARES. Mas, ento, por que ser que tanta gente se engana? Porque ocorre uma contaminao com os verbos terminados em EAR, como pentear, apresentado acima. No entanto, h cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra e nas formas rizotnicas (formas em que a slaba tnica recai no radical), como no presente do indicativo e presente do subjuntivo. Suas iniciais formam o anagrama M-A-R-I-O: Mediar (e derivados, como intermediar), Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, intermediais, intermedeiam Para facilitar, lembre-se da conjugao do verbo ODIAR, o mais comum deles. 2. VERBOS DERIVADOS DE GUA DESAGUAR, ENXAGUAR - mantm a acentuao de gua na conjugao. Pres.indicativo: desguo, desguas, desguas, desaguamos, desaguais, desguam

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Pres.subjuntivo: desge, desges, desge, desagemos, desageis, desgem No presente do subjuntivo, como o u pronunciado de forma fraca (tona), recebe o trema. 3. AVERIGUAR, APAZIGUAR - No seguem a regra dos derivados de gua. Tm a acentuao tnica nas formas rizotnicas (no radical). O radical de averiguar [averigu-] e segue o paradigma falar, ressalvada a acentuao grfica (especialmente no Pres.Subjuntivo). Pres.indicativo: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos, averiguais, averiguam Pres.subjuntivo: averige, averiges, averige, averigemos, averigeis, averigem Antes da vogal e, quando o u pronunciado sem intensidade, recebe trema; com intensidade, leva acento agudo. VOZES DO VERBO Voz ativa Sujeito pratica a ao expressa pelo verbo: sujeito agente (ativo). O presidente decretou a reforma econmica. Voz passiva O verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Sujeito recebe (sofre) a ao expressa pelo verbo: sujeito paciente (passivo). A voz passiva pode ser: a) Analtica: (anlise uma coisa demorada, longa, comprida...) construda com verbo auxiliar (ser, estar) + particpio do verbo principal. Por ser longa (analtica), possui locuo verbal (que pode ser formada com dois ou at mesmo trs verbos) e pode apresentar o agente da passiva, elemento que efetivamente pratica a ao verbal. Voc notou como essa construo grande?! Basta comparar com a seguinte a voz passiva sinttica. A reforma econmica foi decretada pelo presidente. b) Sinttica: (sntese uma coisa breve, resumida) construda com verbo principal + SE (pronome apassivador ou partcula apassivadora). Note que essa construo to resumida que emprega somente UM verbo e dispensa o agente da passiva. Decretou-se a reforma econmica. Como veremos na aula de concordncia, so muitas as questes de prova que exploram a concordncia verbal em voz passiva sinttica. Voz reflexiva Construda com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito agente e paciente ao mesmo tempo. A jovem vaidosa olhava-se no espelho a todo momento. Voz recproca (destaque feito por Evanildo Bechara)

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Construda com verbo e um pronome recproco. Os sujeitos so agentes e pacientes, ao mesmo tempo. Me e filho fitavam-se carinhosamente. TRANSPOSIO DE VOZES VERBAIS So muitas as questes de provas que abordam a transposio da voz ativa para a passiva, ou vice-versa. Por isso, vamos verificar o procedimento necessrio para essa transformao. O termo que exercia a funo sinttica de objeto direto na voz ativa ser o sujeito da voz passiva. No lugar de um verbo (ou uma locuo verbal), teremos uma locuo verbal com idia de passividade (incluso do verbo SER/ESTAR). O elemento que exercia a funo de sujeito da voz ativa ser, na voz passiva analtica, o agente da passiva. No h alterao nos demais complementos, como objeto direto, predicativo do objeto ou complementos adverbiais, que continuaro a exercer as mesmas funes. Veja o esquema abaixo: O professor VOZ ATIVA SUJEITO (AGENTE) deu VERBO o livro OBJETO DIRETO ao aluno. OBJETO INDIRETO

VOZ PASSIVA ANALTICA VOZ PASSIVA SINTTICA

O livro SUJEITO (PACIENTE) O livro

foi dado LOCUO VERBAL deu-se

pelo professor AGENTE PASSIVA DA

ao aluno. OBJETO INDIRETO ao aluno.

Na passiva analtica, normalmente o verbo antecede o sujeito, formando: Deu-se o livro ao aluno.

Cuidados que devem ser tomados na transposio: - identificar corretamente o objeto direto da voz ativa, elemento que exercer a funo de sujeito da voz passiva e com o qual o verbo ir concordar; - realizar a concordncia verbal corretamente; - manter a conjugao do verbo auxiliar da locuo passiva no mesmo tempo e modo do verbo apresentado na voz ativa. Veja, agora, uma questo de prova em que a ESAF explorou brilhantemente esse assunto:

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(ESAF / ACE / 2002) Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando , sem dvida, um dos mais srios, sobretudo porque dele decorrem inmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando j faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no suprimento da rede formal de comrcio, tomando o lugar de produtos legalmente comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilcitas proporcionam, aliados ao baixo risco a que esto sujeitas, favorecem e intensificam a formao de verdadeiras quadrilhas, at mesmo com participao de empresas estrangeiras. So organizaes de carter empresarial, estruturadas para promover tais prticas nos mais variados ramos de atividade. (Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) c) A estrutura Observa-se(l.2) corresponde, semanticamente, a Foi observado. Este item estava INCORRETO, pois o verbo originalmente, na voz passiva pronominal, apresentava-se no presente do indicativo (Observa-se), e na voz passiva analtica foi empregado no pretrito perfeito do indicativo (Foi observado). Erro na transposio da voz passiva sinttica para a analtica, em virtude da alterao do tempo verbal. DIFERENA ENTRE VERBOS REFLEXIVOS E VERBOS PRONOMINAIS Os verbos reflexivos indicam que o sujeito ao mesmo tempo pratica e sofre a ao verbal. O pronome exerce a funo sinttica de complemento verbal (objeto direto ou indireto). Eu me cortei com a faca. Ele se veste muito bem.

Esses verbos podem ser usados sem o valor reflexivo, com outro objeto que no o pronome: Eu cortei o brao com a faca. Ele vestiu o seu filho muito bem.

J os verbos pronominais apresentam o pronome como parte integrante do verbo. Esses verbos no admitem conjugao com outro objeto que no o pronome. Eu me queixei do tratamento que recebi. Ele sempre se arrepende do que faz.

Os pronomes que acompanham esses verbos no exercem nenhuma funo sinttica na orao.

CORRELAO VERBAL CORRELAO VERBAL consiste na articulao entre as formas verbais no perodo. Os verbos estabelecem, assim, uma correspondncia entre si. Esse tipo de questo, normalmente, o candidato consegue acertar usando o ouvido. Observe que alguma coisa parece estar errada na construo: Se voc se acomodasse com a situao, ela se tornar efetiva.. Isso acontece porque no houve correlao entre a forma verbal da primeira orao (acomodasse) que indica hiptese, possibilidade - com a da segunda (tornar) que indica certeza.

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A ttulo de curiosidade (e somente com esse propsito nada de ficar decorando listas), seguem alguns exemplos de construes corretas sob o aspecto de correlao verbal: a) Exijo que me diga a verdade. - presente do indicativo + presente do subjuntivo b) Exigi que me pret.imperf.subjuntivo. dissesse feito a verdade. uma boa pret.perf.indicativo presente +

c) Espero que ele tenha pret.perf.comp.subjuntivo. d) Gostaria que ele perf.comp.subjuntivo tivesse

prova.

indic.+

vindo.

fut.pretrito.ind.+

pret.mais-que-

e) Se voc quiser o material, eu o trarei. futuro do subjuntivo + fut.presente indicativo f) Se voc quisesse o livro, eu o traria. indicativo pret.imperf.subj.+ fut.pretrito do

Mais um exemplo de correlao entre os verbos. Veremos na aula sobre concordncia os casos em que o verbo haver impessoal. Um deles: indicao do tempo decorrido. Isso significa que o verbo ficar na terceira pessoa do singular, qualquer que seja o seu complemento (plural ou singular). Esse verbo deve estar em harmonia temporal com os demais do perodo, isto , se a estrutura oracional aponta para um fato passado, o verbo haver tambm dever ser conjugado no passado. Na edio da revista Veja sobre a morte de Cssia Eller, a manchete foi: A polcia suspeita que um coquetel de droga, lcool e remdios matou a cantora, que havia dois anos lutava para se livrar da dependncia de cocana Na poca, houve uma enxurrada de perguntas (inclusive para a redao da revista) sobre a correo dessa forma do verbo haver. Est CORRETSSIMA! Note que a afirmao se refere a um fato passado (afinal, infelizmente ela j no estava mais viva naquele momento). Assim, o tempo decorrido se encontrava concludo no passado, o que justifica o emprego de havia, da mesma forma que a forma lutava. Se a afirmao se referisse a um fato ainda atual: Fulano h dois anos luta para se livrar das drogas., todos os verbos se conjugariam no mesmo tempo verbal presente do indicativo. Vamos s questes de fixao. Mais uma vez, lembramos que so questes aplicadas nos mais diversos concursos pblicos do pas. Bons estudos a todos. QUESTES DE FIXAO (NCE UFRJ/ADMINISTRADOR PIAU/2006) TEXTO - A SADE E O FUTURO Druzio Varella Reflexes para o futuro Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorncia e irresponsabilidade do passado. Acharemos inacreditvel no havermos percebido em tempo, por exemplo, que

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o vrus da Aids, presente na seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar ao paraso por alguns instantes, infecta as mocinhas da favela, os travestis da cadeia, as garotas da boate, o menino esperto, a menininha ingnua, o senhor enrustido, a me de famlia e se espalha para a multido de gente pobre, sem instruo e higiene. Haver milhes de pessoas com Aids, dependendo de tratamentos caros e assistncia permanente. Seus sistemas imunolgicos deprimidos se tornaro presas fceis aos bacilos da tuberculose, que, por via area, iro parar nos pulmes dos que passarem por perto, fazendo ressurgir a tuberculose epidmica do tempo dos nossos avs. Sfilis, hepatite B, herpes, papilomavrus e outras doenas sexualmente transmissveis atacaro os incautos e daro origem ao avesso da revoluo sexual entre os sensatos. No caldo urbano da misria/sujeira/ignorncia crescero essas pragas modernas e outras imergiro inesperadas. Estar claro, ento, que o perigo ser muito mais imprevisvel do que aquele representado pelas antigas endemias rurais: doena de Chagas, malria, esquistossomose, passveis de controle com inseticidas, casas de tijolos, gua limpa e farta. Assustada, a sociedade brasileira tomar, enfim, conscincia do horror que ser pr filhos em um mundo to inspito. Nessas condies provvel que se organize para acabar com as causas dessas epidemias urbanas. Modernos hospitais sem fins lucrativos, dirigidos por fundaes privadas e mantidos com o esforo e a vigilncia das comunidades locais, podero democratizar o atendimento pblico. Eficientes programas de preveno, aplicados em parceria com instituies internacionais, diminuiro o nmero de pessoas doentes. Ento vir a fase em que surgiro novos rebeldes sonhadores, para enfrentar o desafio de estender a revoluo dos genes para melhorar a qualidade de vida dos que morarem na periferia das grandes cidades ou na imensido dos campos brasileiros. 1 - Como o texto tem um tom de profecia, a construo dessas previses se apia fundamentalmente: (A) no emprego do futuro do presente; (B) na abordagem de temas ainda desconhecidos; (C) na anteviso de um futuro sombrio; (D) na condenao do atraso social e cultural; (E) na utilizao de expresses de dvida. 2 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) ... desses mesmos sentimentos que tm levado o Brasil beira do abismo,...; a forma verbal tm levado indica uma ao: (A) que j terminou; (B) anterior a outra ao passada; (C) habitual no passado; (D) iniciada no passado que continua no presente; (E) iniciada no presente que continua no futuro. 3 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polcia / 2001) TEXTO - DROGAS: A MDIA EST DENTRO

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Eugnio Bucci H poucos dias, assistindo a um desses debates universitrios que a gente pensa que no vo dar em nada, ouvi um raciocnio que no me saiu mais da cabea. Ouvi-o de um professor um professor brilhante, bom que se diga. Ele se saa muito bem, tecendo consideraes crticas sobre o provo. Alis, o debate era sobre o provo, mas isso no vem ao caso. O que me interessou foi um comentrio marginal que ele fez e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentrio. Primeiro, ele disse que a publicidade no pode tudo, ou melhor, que nem todas as atitudes humanas so ditadas pela propaganda. Sim, a tese bvia, ningum discorda disso, mas o mais interessante veio depois. Para corroborar sua constatao, o professor lembrou que muita gente cheira cocana e, no entanto, no h propaganda de cocana na TV. Qual a concluso lgica? Isso mesmo: nem todo hbito de consumo ditado pela publicidade. A favor da mesma tese, poderamos dizer que, muitas vezes, a publicidade tenta e no consegue mudar os hbitos do pblico. Inmeros esforos publicitrios no resultam em nada. Continuemos no campo das substncias ilcitas. Existem insistentes campanhas antidrogas nos meios de comunicao, algumas um tanto soporferas, outras mais terroristas, e todas fracassam. Moral da histria? Nem que seja para consumir produtos qumicos ilegais, ainda somos minimamente livres diante do poder da mdia. Temos alguma autonomia para formar nossas decises. Tudo certo? Creio que no. Concordo que a mdia no pode tudo, concordo que as pessoas conseguem guardar alguma independncia em sua relao com a publicidade, mas acho que o professor cometeu duas impropriedades: anunciou uma tese fcil demais e, para demonstr-la, escolheu um exemplo ingnuo demais. Embora no vejamos um comercial promovendo explicitamente o consumo de cocana, ou de maconha, ou de herona, ou de crack, a verdade que os meios de comunicao nos bombardeiam, durante 24 horas por dia, com a propaganda no de drogas, mas do efeito das drogas. A publicidade, nesse sentido, no refreia, mas refora o desejo pelo efeito das drogas. Por favor, no se pode culpar os publicitrios por isso eles, assim como todo mundo, no sabem o que fazem. A favor da mesma tese, PODERAMOS dizer que...; o uso do futuro do pretrito, nesse segmento, indica: a) uma hiptese; b) uma forma polida de presente; c) uma possibilidade no realizada; d) ao posterior ao tempo em que se fala; e) incerteza sobre fatos passados. 4 - (NCE UFRJ / MPE RJ / 2001) TEXTO - RACISMO O Globo, 13/7/01 A imprensa brasileira vem noticiando uma proposta milionria do Lazio da Itlia, que pretende adquirir o passe do zagueiro Juan por 10 milhes de dlares.

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Este o time cuja torcida j agrediu o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, e perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estdio. Aqui fica uma sugesto a este jovem negro, atleta brasileiro de 22 anos, com um brilhante futuro profissional: recuse o convite e no troque o Brasil pela Itlia, pois moedas no resgatam a dignidade. Diga no aos xenfobos e racistas. Considerando que a ao de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos ocorreu antes de o Lazio perder o mando do campo, ao tambm passada, o verbo agredir deveria estar no: a) mais-que-perfeito do indicativo; b) imperfeito do indicativo; c) futuro do pretrito; d) imperfeito do subjuntivo; e) presente do subjuntivo. 5 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL Agente Adm ./2006) TEXTO - Racismo, discriminao, preconceito... Colocando os pingos nos is Maria Aparecida da Silva Recentemente assisti ao programa esportivo Carto Verde, da TV Cultura, no qual se discutia, de maneira tmida, a discriminao racial que um jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) teria praticado contra dois jogadores negros, Rincn (Corinthians) e Wagner (So Paulo), em momentos distintos. Havia controvrsias quanto veracidade dos fatos, quanto sinceridade dos protagonistas, quanto oportunidade ou oportunismo das denncias. Mas o que de fato despertou minha ateno foi a relativizao do racismo presente no futebol brasileiro. Os cronistas utilizavam a todo tempo a expresso preconceito, quando as situaes em foco constituam, na verdade, prticas de discriminao racial. A autora no afirma com segurana, no primeiro pargrafo, que o jogador Paulo Nunes cometeu um ato discriminatrio; o meio lingstico empregado para relativizar essa afirmao : (A) a adjetivao de tmida, dada discusso; (B) o emprego do futuro do pretrito composto teria praticado; (C) o discurso indireto; (D) a inverso dos termos da frase; (E) a utilizao dos parnteses. 6 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002) ESBOO DE UMA CASA Casa fria, de apartamento. Paredes muito brancas, de uma aspereza em que no d gosto passar a mo. A moram quatro pessoas, com a criada, sendo que uma das pessoas passa o dia fora, menina de colgio.

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Plantas, s as que podem caber num interior to longe da terra (estamos em um dcimo andar), e apenas corrigem a aridez das janelas. L embaixo, a fita interminvel de asfalto, onde deslizam automveis e bicicletas. E ao longo da fita, uma coisa enorme e estranha, a que se convencionou dar o apelido de mar, naturalmente falta de expresso sinttica para tudo o que h nele de salgado, de revoltoso, de boi triste, de cadveres, de reflexos e de palpitao submarina. Do dcimo andar rua, seria a vertigem, se chegssemos muito janela, se nos debrussemos. Mas adquire-se o costume de olhar s para a frente ou mais para cima ainda. Ento aparecem montanhas, uma esttua de pedra que s vezes cortada pelo nevoeiro, casas absurdas danando - ou imveis, aps a dana - sobre precipcios. H tambm um coqueiro irreal, sem nenhum coco, despojado e batido de vento (que se diria um vento bbedo), no alto do morro, quase ao nvel da casa. (ANDRADE, C. Drummond de. Confisses de Minas. In Poesia e Prosa. 5 ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p. 959.) Na correlao entre os dois verbos sublinhados no trecho Do dcimo andar rua, seria a vertigem, se chegssemos muito janela... (linhas 15-16), o enunciador manifesta uma atitude de: A) certeza, pois sabe que o fato no pode acontecer; B) subjetividade, pois no sabe se o fato tem possibilidade de acontecer; C) dvida quanto possibilidade de um fato acontecer, pois no h hiptese de o outro tambm acontecer; D) certeza quanto possibilidade de um fato acontecer, na condio de tambm o outro acontecer; E) descrena sobre a realizao do fato, pois est condicionado realizao de outro fato. 7 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) A forma envoltas, em envoltas num cambiante vu de nuvens, corresponde ao particpio irregular do verbo envolver, que tambm possui a forma envolvido. O verbo abaixo que NO admite duplo particpio : (A) morrer; (B) escrever; (C) matar; (D) pegar; (E) eleger. 8 - (NCE UFRJ / MPE RJ / 2001) Noticiando forma do gerndio do verbo noticiar; a frase em que a forma verbal destacada pode NO estar no gerndio : a) As notcias esto chegando da Itlia cada vez mais rapidamente; b) Transformando-se o dio em amor, acabam-se as guerras;

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c) Vindo o resultado, os clientes comearam a protestar; d) Os jogadores italianos esto reclamando dos estrangeiros; e) O atleta viajou, completando sua misso.

9 - (FGV/PREF.ARAATUBA/2001) O emprego do particpio verbal est errado em A. O menino tinha matado a fome. B. O diretor havia suspendido alguns auxiliares. C. O nibus tinha chego atrasado. D. As pessoas estavam salvas.

10 - (CETRO / TCM SP / 2006) Milton Friedman, agora com 92 anos de idade, um daqueles economistas que no pode ser acusado de simpatias esquerdistas. Suas credenciais conservadoras incluem o ttulo de papa do neoliberalismo, ferrenho defensor do mercado livre, republicano, membro do Instituto Hoover e o Prmio Nobel de Economia de 1985. com essas qualificaes que Friedman tem defendido a polmica proposta de legalizao de todas as drogas. Em entrevista exclusiva Folha, o economista voltou a sustentar que, se h algo que deve ser eliminado, no so as drogas, mas o programa antidrogas dos EUA. Com base num estudo recm-divulgado pela Universidade Harvard, segundo o qual os EUA economizariam US$ 14 bilhes por ano se a maconha fosse legalizada (menos US$ 7,7 bilhes de despesas com policiamento e mais US$ 6,2 bilhes com impostos), Friedman e outros 499 economistas enviaram a George W. Bush e ao Congresso norteamericano uma carta na qual pedem a liberao dessa droga. Em termos filosficos, a posio liberal do venerando economista sustentvel. Se acreditamos que a liberdade um valor a respeitar e cultivar e cremos nisso , ento a deciso sobre utilizar drogas, desde que tomada conscientemente, deveria ser estritamente pessoal e intransfervel. Se o Estado tem algum papel a exercer seria o de regulamentar o comrcio e zelar para que as pessoas recebam toda a informao disponvel a respeito dos perigos do consumo. (...) Sobre o terceiro pargrafo do texto acima, levando-se em considerao recomendaes da gramtica normativa tradicional, JULGUE a afirmao que segue. as

(A) no primeiro perodo, o termo venerando forma verbal de gerndio do verbo venerar e faz parte, no texto, de uma orao subordinada reduzida de gerndio. 11 - (ESAF/AFC SFC/2002) Assinale a opo gramaticalmente correta.

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a) Sob a tica de um Estado em particular a despeito de a Guerra Fiscal do ICMS ser prejudicial nao , h ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento conjuntural de receita para o Estado. b) Se todos os Estados parassem de conceder incentivos, todos ganhariam; mas se um Estado se abstesse de tal poltica e os demais continuassem a pratic-la, esse perderia. c) Tendo em vista a anlise histrica da Guerra Fiscal, alguns autores propuseram uma diviso de perodos que comeam com a criao do ICM e chegam at a atualidade. d) No primeiro perodo, o Governo Central tirou dos Estados a competncia de instituir e aumentar alquotas dos impostos, e ficou estabelecido que couberiam tais atribuies somente ao Senado. e) Pressionado pelas disputas inter-regionais, o Governo Federal interviu no incipiente mecanismo de concesso de incentivos, e, por meio de lei complementar, criou o CONFAZ. (Com base em artigo de Andr Eduardo da S. Fernandes & Nlio L. Wanderlei)

12 - (NCE UFRJ / ELETROBRS - Assistente Tcnico Administrativo /2005) E tantas vezes vim aqui...; a frase abaixo que apresenta uma forma INADEQUADA do verbo VIR : (A) Hoje vimos aqui para visitar a velha casa; (B) Amanh viro outros a visitar a mesma casa antiga; (C) Quando virem outros, a casa no ser a mesma; (D) Antigamente vinha muito a esta casa; (E) Eles no tm vindo a esta casa. 13 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) Se ele trabalhar, eu tambm trabalharei!; a alternativa que tem uma frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA : (A) Se ele for, eu tambm irei; (B) Se ele ver, eu tambm verei; (C) Se ele quiser, eu tambm quererei; (D) Se ele requerer, eu tambm requererei; (E) Se ele couber, eu tambm caberei. 14 (NCE UFRJ / CVM / 2005) Se ele lesse, eu tambm leria; a alternativa que apresenta uma frase com essa mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA : (A) Se ele trouxesse, eu tambm traria; (B) Se ele aprovasse, eu tambm aprovaria;

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(C) Se ele pusesse, eu tambm poria; (D) Se ele viesse, eu tambm viria; (E) Se ele mantesse, eu tambm manteria. 15 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005) Do segmento onde havia estado anteriormente e morara algum tempo, se quisssemos substituir a primeira forma verbal sublinhada a fim de que tivesse a mesma forma simples da segunda, deveramos escrever: (A) estava; (B) estaria; (C) esteve; (D) estivera; (E) tinha estado.

16 - (FCC / TRE AP - Tcnico Judicirio/ 2006) Est corretamente flexionada a forma verbal sublinhada na frase: (A) Se algum propor medidas para economia de energia, que seja ouvido com ateno. (B) Caso uma represa contenhe pouco volume de gua, as turbinas da usina desligamse. (C) Seria preciso que refizssemos os clculos da energia que estamos gastando. (D) S damos valor s coisas quando elas j escasseiaram. (E) Se no determos os desperdcios, pagaremos cada vez mais caro por eles. 17 - (NCE UFRJ / Guarda Municipal /2002) E agora passemos a outro programa; se nesta frase empregssemos o verbo PASSEAR em lugar do verbo PASSAR, a forma equivalente seria: a) passeiemos; b) passeamos; c) passeiamos; d) passeemos; e) passeiam. 18 - (FGV/PREF.ARAATUBA/2001) O verbo "despedir-se" apresenta erro grfico em: A. Despedir-se-o aps o jantar. B. Pedem que se despessam logo.

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C. No nos despediriam nessas circunstncias. D. Despeo-me de todos amanh. 19 - (Fundao Jos Pelcio Ferreira / ICMS RO / 2006) H erro de conjugao verbal em: a) Nas intervenes, sempre se apunham comentrios maliciosos ao meu depoimento. b) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira Repblica e hoje revela-se anacrnica. c) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara polcia h dois meses. d) No se pode admitir que o Direito sobresteja o curso dos fatos sociais. e) Disse-me ele que eu s vezes pretiro os limites do bom senso. 20 - (CESGRANRIO / BNDES ADVOGADO / 2004) Marque a opo em que a lacuna pode ser adequadamente preenchida com uma forma simples flexionada do verbo entre parnteses. (A) provvel que muitas empresas _____ com as novas medidas econmicas. (falir) (B) Atualmente, todos se _____ contra as oscilaes decorrentes de planos mal sucedidos. (precaver) (C) Ns _____ todos os documentos e contrato perdidos durante a mudana, na semana passada. (reaver) (D) uma pena que o vice-presidente da empresa _____ por causa de pequenos problemas. (explodir) (E) Os funcionrios ficaro mais bem dispostos caso a firma _____ as salas de cores claras. (colorir) 21 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) Tendo em conta a flexo verbal, CORRETO afirmar que as formas PROVM, PROVEM, PROVEM E PROVM referem-se, respectivamente, aos seguintes verbos: a) prover, provir, provar e provir b) provir, provar, prover e provir c) provar, prover, provir e prover d) provir, provar, provir e prover 22 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) Assinale a alternativa que complete CORRETAMENTE as lacunas das sentenas abaixo. Caso haja qualquer irregularidade, __________ as eleies. (impugnar) O condenado foi __________________ diante de uma multido. (decapitar) O governo quer que se _______________ as causas do acidente. (averiguar)

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a) impgno decaptado averige b) impugno decapitado averigem c) impuguino decapitado avergem d) impugno decaptado averigem.

23 (NCE UFRJ / INCRA / 2005) Na frase Vem pra CAIXA voc tambm h um erro gramatical que j foi bastante comentado; o desvio da norma culta, neste caso, est: (A) no uso de pra em lugar de para; (B) na grafia em maisculas do vocbulo CAIXA; (C) no tratamento ntimo voc em lugar de o senhor; (D) o uso do imperativo, com um tom inadequado de ordem; (E) a mistura de tratamentos.

24 - (FUNDEC / TRT 1.Regio / 2003) Considere a flexo do verbo sublinhado no trecho "Os trabalhadores se submetem a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho..." (linhas 12-14) e, em seguida, analise o mesmo verbo flexionado nas frases abaixo. Pode-se afirmar que o referido verbo est flexionado de forma INCORRETA na opo: A) Trabalhador, jamais te submeta a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho. B) Trabalhadores, no se submetam a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho. C) No somos trabalhadores que nos submetamos a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho. D) Jamais como trabalhador se submetera a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho. E) Constantemente submetemo-nos a formas mais ou menos intensas de desvalorizao da fora de trabalho.

25 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) Passando a fala "Adivinhe" para a forma de tratamento vs, obtm-se: (A) Adivinhais. (B) Adivinhai. (C) Adivinheis. (D) Adivinhei.

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(E) Adivinde. 26 - (NCE UFRJ / PCRJ / 2002) Se a forma verbal Tenha estivesse na forma negativa da mesma pessoa do imperativo, sua forma correta seria: a) no tem; b) no tenhas; c) no tende; d) no tenha; e) no tens. 27 - (FGV / ICMS MS TTI / 2006) Aqui h plantas que do duas, trs safras por ano. Substituindo-se a forma verbal do trecho acima por outra, s no se respeitou a norma culta em: (A) Aqui existem plantas que do duas, trs safras por ano. (B) Aqui deve haver plantas que do duas, trs safras por ano. (C) Aqui podem existir plantas que do duas, trs safras por ano. (D) Aqui h de existir plantas que do duas, trs safras por ano. (E) Aqui pode haver plantas que do duas, trs safras por ano. 28 - (ESAF / ACE / 1998) A diplomacia econmica dos Estados Unidos consagrou a idia de grandes mercados emergentes (Big Emerging Markets). Pases como a China, o Brasil, a ndia, a Coria do Sul ou a Indonsia, os maiores entre os grandes, reuniram oportunidades e vantagens excepcionais. Deveriam tornarem-se(A) alvos de uma diplomacia econmica ofensiva e insistente cujos(B) objetivos incluiriam a abertura comercial e o aumento do investimento estrangeiro. Entre os grandes, a ndia dos maiores. H previses de crescimento populacional que colocam(C) os indianos frente(D) dos chineses em um horizonte(E) de 25 anos. (Baseado em Gilson Schwartz, Folha de So Paulo, 8/03/1998) a) A b) B c) C d) D e) E 29 - (FCC / TRE AP - Tcnico Judicirio/ 2006) Transpondo-se para a voz passiva a frase Ele gasta dinheiro que nem gua, a forma verbal resultante ser

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(A) ser gasta. (B) foi gasta. (C) est sendo gasto. (D) ser gasto. (E)) gasto. 30 - (FUNDEC / TRT 2 Regio / 2003) Passando-se para a voz ativa e mantendo-se o sentido original, a orao Com verba do Estado, 18 composies j esto sendo reformadas (linhas 5-6) deve ter a forma expressa na opo: A) J esto reformando 18 composies com recursos do tesouro estadual. B) O Estado, com recursos prprios, j est reformando 18 composies. C) J esto sendo reformadas pelo Estado, com recursos do tesouro, 18 composies. D) 18 composies j esto sendo reformadas com recursos prprios do Estado. E) Atravs da verba do Estado esto reformando 18 composies.

31 - (FUNDAO JOO GOULART/PGM RJ/2004) O martelo de percusso confundido com um instrumento ameaador. Em voz ativa, essa frase do texto seria escrita da seguinte maneira: A) Confunde-se o martelo de percusso com um instrumento ameaador. B) Um instrumento ameaador confundiu-se com o martelo de percusso. C) Confundem o martelo de percusso com um instrumento ameaador. D) Um instrumento ameaador confundido com o martelo de percusso. 32 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polcia / 2001) nem todo hbito de consumo ditado pela publicidade.; colocando-se esse segmento do texto na voz ativa, temos como forma adequada: a) a publicidade no dita todo hbito de consumo; b) a publicidade dita todo hbito de consumo; c) o hbito de consumo dita a publicidade; d) o hbito de consumo no dita a publicidade; e) nem toda publicidade dita todo hbito de consumo. 33 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judicirio / 2001) Na voz passiva, a forma correta da frase o lenhador quebrou o silncio : a) quebraram o silncio; b) quebrou-se o silncio;

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c) quebrou-se o silncio pelo lenhador; d) o silncio foi quebrado pelo lenhador; e) o silncio era quebrado pelo lenhador. 34 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) Se voc assalariado... tem crdito; a alternativa abaixo que mostra uma concordncia INADEQUADA entre os tempos verbais : (A) Se voc fosse assalariado... teria crdito; (B) Se voc for assalariado... ter credito; (C) Se voc foi assalariado... teve crdito; (D) Se voc tivesse sido assalariado... teria tido crdito; (E) Se voc seja assalariado... tem crdito. 35 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) NO h a devida correlao temporal das formas verbais em: (A) Seria conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversrio; (B) conveniente que o time ficaria sem saber quem o adversrio; (C) Era conveniente que o time ficasse sem saber quem foi o adversrio; (D) Ser conveniente que o time fique sem saber quem o adversrio; (E) Foi conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversrio. 36 - (ESAF / AFC SFC / 2000) Assinale a opo em que a correlao entre tempos e modos verbais constitui erro de sintaxe. a) H pelo menos dois sculos, desde que Adam Smith inaugurou a profisso, os economistas consomem boa parte de seu tempo, enaltecendo os benefcios do livre comrcio e pregando a liberdade econmica. b) O mundo perfeito, garantem, aquele em que no h nenhum tipo de obstculo ao fluxo de mercadorias, pessoas e idias. c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida por uma mo invisvel que a fazia viver sempre em equilbrio. d) Presa, seria como uma mquina com areia nas engrenagens, cujo atrito traria desperdcio de energia e empobreceria os cidados. e) A virada do milnio reservou um paradoxo e tanto para os seguidores do economista escocs. Nunca como agora o mundo aderiu com tanta garra a suas teses. (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.135) 37 - (ESAF/AFT/2006)

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No atual estgio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrtico, no basta abolir a necessidade de bens bsicos. necessrio que o processo produtivo seja capaz de continuar, com eficincia, a produo e a oferta de bens considerados suprfluos. Em se tratando de um compromisso democrtico, uma hierarquia de prioridades deve colocar o bsico sobre o suprfluo. O que deve servir como incentivo para a proposta de casar democracia, fim da apartao e eficincia econmica em geral o fato de que o potencial econmico do pas permite otimismo quanto possibilidade de atender todas essas necessidades, dentro de uma estratgia em que o tempo no ser muito longo. (Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade tcnica modernidade tica, p.29) Julgue o item a seguir. - Substituir o conectivo de valor condicional se (l.1) por caso, resultando em: caso se. 38 - (CESPE UNB / AGU / 2002) A minha firme convico que, se no fizermos todos os dias novos e maiores esforos para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se no tivermos sempre presente a idia de que a escravido a causa principal de todos os nossos vcios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de durao legal calculadas todas as influncias que lhe esto precipitando o desfecho ser assinalado por sintomas crescentes de dissoluo social. Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intrpretes do Brasil, v. I. Nova Aguilar, 2000, p. 148-51 (com adaptaes). Julgue a assertiva abaixo. - As estruturas condicionais se no fizermos (l.1) e se no tivermos (l.2) podem ser substitudas, respectivamente, por caso no faamos e caso no tenhamos, sem prejuzo para a correo gramatical do texto. 39 - (NCE UFRJ / ANALISTA FINEP / 2006) Na frase O autor do texto pensa que a Terra se tornar invivel, criada a partir do tema do texto, a correspondncia de tempos verbais INADEQUADA correspondente, respectivamente, a pensa e se tornar : (A) pensou / se tornaria; (B) tinha pensado / se tornaria; (C) pensava / tornar; (D) pensar / se tornar; (E) teria pensado / se tornaria. 40 - (NCE UFRJ / MPE RJ AUXILIAR / 2001) Se houvesse uma lei que proibisse...; se, em lugar de SE, escrevssemos QUANDO, as formas verbais sublinhadas deveriam ser, respectivamente:

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a) houver / proba; b) haver / proibisse; c) haja / proibindo; d) haver / proba; e) houver / probisse.

GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 1A A expresso um tom de profecia, no enunciado, j d a deixa para a resposta certa. A partir do ttulo da matria (Reflexes sobre o futuro) se verifica que o autor apresentar fatos que podero ocorrer no futuro. Por isso, o texto se constri basicamente com verbos no futuro do presente do indicativo, apresentando um certo ar de previso. 2D O pretrito perfeito composto (tem levado) retrata fatos iniciados no passado que apresentam durao at o momento presente (o que justifica a conjugao do verbo auxiliar nesse tempo verbal). Essa questo vem afirmar o conceito desse tempo verbal composto. 3B Precisamos ler o texto para perceber o intuito no emprego do tempo verbal em questo. Em vez do futuro do pretrito, o verbo poderia se apresentar no presente do indicativo: A favor da mesma tese, PODEMOS dizer que.... Contudo, o autor optou por uma forma mais educada, polida de se dirigir ao leitor: PODERAMOS. Perceba que a banca explorou tambm algumas outras possibilidades de emprego do futuro do pretrito (hiptese, incerteza sobre fatos passados), motivo pelo qual tornouse necessria a transcrio do texto. 4A O tempo que indica um fato passado ocorrido antes de outro fato tambm no passado o pretrito mais-que-perfeito do indicativo. Uma possibilidade de construo do perodo : A torcida do Lazio j agredira (ou a forma composta tinha agredido) o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, quando o time perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estdio. 5B Quando no se tem convico acerca do que ser pronunciado, pode-se usar o futuro do pretrito simples ou composto.

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Essa foi a forma utilizada pela autora do texto ao empregar: a discriminao racial que um jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) teria praticado contra dois jogadores negros. Note que essa incerteza confirmada no perodo seguinte: Havia controvrsias quanto veracidade dos fatos, quanto sinceridade dos protagonistas, quanto oportunidade ou oportunismo das denncias.. Para no afirmar categoricamente a ocorrncia de um crime, a autora usa a forma verbal do futuro do pretrito composto e se mantm margem de qualquer acusao, apenas relatando os fatos. 6D sempre bem-vinda a oportunidade de ler Drummond. Nessa questo, a banca foi extremamente inteligente ao jogar com as palavras certeza e condio. Uma das possibilidades de emprego do futuro do pretrito do indicativo estabelecer uma hiptese (certeza de ocorrncia) relacionada a uma condio (incerteza de ocorrncia). Desse modo, estabelece-se a relao entre o modo indicativo e subjuntivo. A indicao apresentada no futuro do pretrito (modo indicativo) apresenta uma certa incerteza, haja vista necessidade de a condio se realizar (modo subjuntivo). No trecho Do dcimo andar rua, seria a vertigem, se chegssemos muito janela..., afirma-se que, se chegssemos junto janela [CONDIO], teramos vertigem [HIPTESE]. O que define como correta a afirmao do item D (e no a opo E) a certeza da ocorrncia do fato (ter vertigem) uma vez concretizada a condio (chegar junto janela). 7B Abordaremos, agora, as formas nominais. Como vimos, alguns verbos possuem mais de uma forma vlida para o particpio: regular e irregular. Dentre os verbos apresentados na questo, o nico que possui somente uma forma (irregular) o verbo escrever. Alis, fizemos meno a ele na nossa aula. As formas participiais dos demais verbos so: - MORRER morrido (regular) e morto (irregular) - MATAR matado (regular) e morto (irregular) [CURIOSIDADE: o particpio irregular morto tanto pode se referir ao verbo matar como ao verbo morrer.] - PEGAR pegado (regular) e pego (irregular) - ELEGER elegido (regular) e eleito (irregular) Lembrando que os particpios regulares so empregados nos tempos compostos com os verbos TER e HAVER, enquanto que os particpios irregulares so usados nas locues verbais de voz passiva, com os verbos SER e ESTAR.

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Os nicos verbos que admitem emprego indistinto (auxiliares TER, HAVER, SER ou ESTAR) de qualquer forma participial (regular ou irregular) so GANHAR, GASTAR, PEGAR E PAGAR (dois com P e dois com G). 8C Como vimos em nossa aula, o verbo VIR (e seus derivados) apresentam uma nica forma tanto para o gerndio quanto para o particpio: VINDO (intervindo, convindo, advindo). Por isso, a forma Vindo o resultado tanto pode estar no gerndio como no particpio. Note essa dupla possibilidade a partir da troca do verbo VIR por outro, como o RECEBER: Recebido o resultado, os clientes comearam a protestar. orao reduzida de particpio Recebendo o resultado, os clientes comearam a protestar. orao reduzida de gerndio As demais formas apresentam-se no gerndio e possuem forma participial distinta: chegando (chegado), transformando (transformado), reclamando (reclamado), completando (completado). 9C Essa questo para os que acharam um absurdo nosso comentrio sobre a forma do particpio do verbo CHEGAR. No sei em relao s demais regies do Brasil, mas aqui no Sul do pas muito comum ouvir: Ele no tinha chego ainda.. Tanto isso deve ser comum que a banca da Fundao Getlio Vargas, uma das melhores do pas, explorou esse conceito. Repetimos a lio: o verbo chegar apresenta uma NICA forma de particpio: o regular CHEGADO. Por isso, a forma correta da opo C seria: O nibus tinha chegado atrasado. 10 ITEM INCORRETO verdade que a forma venerando o particpio do verbo venerar. Contudo, no texto (que transcrevemos apenas parcialmente), esse vocbulo tem valor adjetivo, equivalente a venervel, respeitvel. por esse motivo que gerndio, particpio e infinitivo so chamadas FORMAS NOMINAIS. Derivam de verbos, mas podem ser usadas como adjetivos, advrbios ou substantivos. 11 C A partir de agora, nosso assunto passou a ser CONJUGAO VERBAL. Est correta a conjugao do verbo PROPOR em alguns autores propuseram, pois esse verbo derivado do verbo PR e se conjuga por ele: eles puseram / eles propuseram.

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Esto incorretas as formas verbais em: a) h ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento conjuntural pretrito imperfeito do subjuntivo do verbo HAVER. houvesse,

b) mas se um Estado se abstesse de tal poltica o verbo ABSTER derivado do verbo TER e se conjuga como ele: se tivesse se abstivesse. d) ficou estabelecido que couberiam tais atribuies somente ao Senado o verbo CABER se conjuga, no futuro do pretrito do indicativo, caberiam. Alis, essa a diferena entre o futuro do subjuntivo (couber) e o infinitivo pessoal (caber): o primeiro deriva da 3 pessoa do plural do pretrito perfeito do indicativo (couberam), formando quando eles couberem; j o segundo, deriva do infinitivo impessoal: para eles caberem. Na maior parte das vezes, especialmente nos verbos regulares, essas formas so grafadas de modo idntico: quando eles chegarem (fut.subjuntivo); para eles chegarem(infinitivo pessoal). Em outras, as formas so diferentes: TRAZER (quando eles trouxerem / para eles trazerem), VER (quando eles virem / para eles verem), dentre tantas outras. Essa distino muito importante, pois muitas vezes, na linguagem do dia-a-dia, nos verbos irregulares, acaba-se trocando uma pela outra. e) o Governo Federal interviu o verbo intervir derivado do vir e se conjuga como seu paradigma: ele veio / ele interveio. 12 C Dando seqncia ao estudo das formas verbais primitivas e derivadas, vamos analisar outra questo sobre o tpico. Est em foco, agora, o verbo VIR. A forma verbal da opo C o futuro do subjuntivo. Como revimos na questo anterior, esse tempo verbal deriva da 3.pessoa do plural do pretrito perfeito do indicativo (eles vieram). Assim, a forma correta seria: Quando vierem outros, a casa no ser a mesma.. Em caso de dvidas, reveja o quadro de formas primitivas / formas derivadas. A opo a, que pode ter deixado muita gente em dvida, apresenta a 1. pessoa do singular do presente do indicativo: ns vimos, tempo indicado pelo advrbio hoje. No confundam com o pretrito perfeito desse verbo (viemos). 13 B O futuro do subjuntivo deriva da 3. pessoa do plural do pretrito perfeito do indicativo. Assim, no verbo VER, a forma primitiva ser (eles) viram. Por isso, no futuro do subjuntivo, a forma correta Se ele vir, eu tambm verei.. Veja como esto corretas as demais construes verbais:

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VERBO IR QUERER REQUERER CABER FORMA PRIMITIVA 3.pessoa plural pret.perfeito ELES FORAM ELES QUISERAM ELES REQUERERAM ELES COUBERAM FORMA DERIVADA futuro do subjuntivo SE ELE FOR SE ELE QUISER SE ELE REQUERER SE ELE COUBER

14 E Essa questo idntica anterior. A diferena est no tempo verbal a ser analisado. Agora, ser o pretrito imperfeito do subjuntivo. Como vimos, esse tempo tambm deriva da 3. pessoa do plural do pretrito perfeito, assim como o futuro do subjuntivo (visto anteriormente). Ento, vamos ao quadro. FORMA PRIMITIVA VERBO TRAZER APROVAR PR VIR MANTER 15 - D O tempo verbal da locuo verbal havia estado nada mais do que o pretrito maisque-perfeito composto, construo em que o verbo auxiliar se conjuga no pretrito imperfeito. Assim, esto em perfeita correlao os verbos das duas oraes. O que o examinador sugere, em suma, que se substitua a forma composta pela simples: estivera. 16 C Para no errar questes de conjugao verbal, devemos ter em mente sempre a dica do PARADIGMA. Um verbo normalmente se conjuga como um outro parecido. Assim, na dvida, busque outro verbo (mais comum ao seu linguajar) cuja conjugao voc conhea e aplique a desinncia no verbo desconhecido. Vamos prtica: a) O verbo PROPOR se conjuga como o verbo PR. Assim: se algum puser leva a se algum propuser. b) O verbo CONTER se conjuga como o verbo TER. Por isso: caso uma represa tenha leva a caso uma represa contenha. d) O verbo ESCASSEAR (que dificilmente usamos) se conjuga como o verbo PASSEAR. Lembre-se de que esses verbos terminados em EAR s recebem a letra i nas formas 3.pessoa plural pret.perfeito ELES TROUXERAM ELES APROVARAM ELES PUSERAM ELES VIERAM ELES MANTIVERAM FORMA DERIVADA pretrito imperfeito do subjuntivo SE ELE TROUXESSE SE ELE APROVASSE SE ELE PUSESSE SE ELE VIESSE SE ELE MANTIVESSE

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rizotnicas, ou seja, quando a slaba tnica recaia no radical. Bem, ento: elas j passearam leva a elas j escassearam. Note que o radical do verbo ESCASSEAR ESCASSE-, e a slaba tnica recai fora do radical (escassearam), no devendo receber a letra i. e) O verbo DETER se conjuga como o verbo TER (novamente). Assim: se no tivermos leva a se no detivermos. Viu s como essa regra do paradigma uma mo na roda? 17 D J falamos sobre a conjugao dos verbos terminados em EAR na questo anterior, mas no custa nada repetir. Afinal, esses exerccios so de FIXAO. As formas rizotnicas (slaba tnica no radical) dos verbos terminados em EAR recebem a letra i. Por isso: eu passeio, tu passeias, ele passeia, ns passeamos, vs passeais, eles passeiam. Vimos tambm que o presente do subjuntivo um tempo verbal que busca o radical da 1.pessoa do singular do presente do indicativo. Assim, o radical passe de eu passeio forma todo o presente do subjuntivo. No se esquea de que continua valendo a regra da letra i nas formas rizotnicas. A conjugao do verbo PASSEAR no presente do subjuntivo ser: passeie / passeie / passeie / passeemos / passeeis / passeiem

18 B Sabe aquela regrinha do paradigma? Veja s como ela ajuda em questes como essa, de conjugao verbal. O verbo DESPEDIR lembra muito um outro verbo. Com certeza voc j adivinhou... o verbo PEDIR. Ento, sua conjugao segue a do seu paradigma: que peam leva a que despeam. E olha l na opo D uma dica dessa forma: o presente do subjuntivo (despeam) deriva de qual forma mesmo??? Deriva da 1. pessoa do singular do presente do indicativo: DESPEO. Bela ajuda que a banca deu para que voc no errasse essa questo, no ? 19 B Muita gente nunca deve ter ouvido falar dessa banca examinadora (eu, pelo menos, s a conheci agora). Ela foi a responsvel pela prova para o ICMS de Rondnia, recentemente aplicada. Essa questo o nosso mote para comearmos a falar sobre VERBOS DEFECTIVOS.

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Lembrando: esses verbos apresentam defeito, ou seja, no possuem todas as formas de conjugao. Esse defeito s aparece na conjugao do presente do indicativo e nas formas dele derivadas (presente do subjuntivo, imperativo). Na opo B, h erro na conjugao do verbo viger, que defectivo. Este verbo no possui a 1. pessoa do singular do presente do indicativo. Nas demais formas, se conjuga como o verbo paradigma BEBER (ele bebeu / ele vigeu). Assim, a forma correta seria: Trata-se de uma lei que vigeu .... As demais formas, que esto CORRETAS, so: a) o pretrito imperfeito do indicativo do verbo APOR, que derivado do verbo PR: sempre se punham leva a sempre se apunham. Provavelmente voc achou HORROROSA essa forma PUNHAM, talvez at nunca tenha-a usado. Mas est correta e deve fazer parte do seu cotidiano a partir de hoje. Afinal, no assim que as crianas fazem? Quando elas aprendem uma palavrinha nova, ficam-na usando constantemente. Saia por a falando punham pra l, apunham pra c... c) A forma delatara o pretrito mais-que-perfeito do verbo DELATAR. d) O verbo sobrestar, que, no contexto, apresenta o sentido de impedir, sustar, retardar, derivado do verbo ESTAR. Assim, no se pode admitir que o Direito esteja leva a no se pode admitir que o Direito sobresteja. e) Essa opo enganou muita gente. Os que se lembraram da dica do paradigma certamente acertaram. A forma pretiro, que causou estranheza a muita gente, a conjugao do verbo PRETERIR (deixar de lado), que se conjuga como seu paradigma PREFERIR eu prefiro eu pretiro. 20 C O verbo reaver conjugado no presente do indicativo nas formas em que o verbo HAVER apresenta a letra v. Vejamos, inicialmente, a conjugao do verbo HAVER, no presente do indicativo: Eu hei / tu hs / ele h / ns havemos / vs haveis / eles ho. Assim, o verbo HAVER s apresenta conjugao, no presente do indicativo, nas 1. e 2.pessoas do plural. O emprego do pronome ns na opo C fez com que essa fosse a resposta correta. Ns reavemos todos os documentos e contrato perdidos durante a mudana.... Vamos analisar as demais opes: a) O verbo falir defectivo e, assim como o verbo REAVER, no presente do indicativo, s se conjuga com os pronomes NS e VS (ns falimos / vs falis). b) O mesmo acontece com o verbo PRECAVER. S existem as formas ns nos precavemos e vs vos precaveis. d) O verbo EXPLODIR no possui a 1. pessoa do singular do presente do indicativo. Consequentemente, no possui nenhuma das formas do presente do subjuntivo. Assim, no possvel preencher a lacuna dessa opo com a forma simples do verbo, pois seria necessrio conjug-lo no presente do subjuntivo. Para confirmar isso, vamos trocar o verbo EXPLODIR por outro, como ABORRECER-SE: uma pena que o vice-presidente da empresa SE ABORREA por cauda de pequenos problemas.

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e) O verbo COLORIR tambm defectivo, no apresentando a 1.pessoa do singular do presente do indicativo. Por isso, no possui tambm o presente do subjuntivo, tempo em que seria conjugado na construo da opo e. Poderia ser substitudo por seu correspondente COLORAR, que regular e apresenta todas as formas verbais, ou mesmo pelo verbo PINTAR: Os funcionrios ficaro mais bem dispostos caso a firma COLORE / PINTE as salas de cores claras. 21 B Essa questo deve ter dado um n na cabea de muita gente boa. Isso porque explora a conjugao de verbos parecidos PROVAR, PROVER e PROVIR. Para solucionar essa questo, entra em jogo a maravilhosa dica do paradigma. Vamos comear pelo verbo PROVAR, que regular e se conjuga como o paradigma FALAR. O radical de FALAR FAL-, e o de PROVAR PROV-. A esses radicais, devemos acrescentar a terminao, que comum nos dois verbos. Que eles falem leva a que eles provem., cuja slaba tnica pro. Assim, a segunda forma do enunciado do verbo PROVAR. Com isso, j eliminamos as opes A e C (j temos 50% de chances de ganhar o ponto). Agora, vejamos a conjugao do verbo PROVER, cujo significado pode ser: - tomar providncias, providenciar (O sndico prover tudo.); - nomear (O governo proveu vrios cargos.); - tomar providncias; - a acepo mais comum, abastecer (Ele proveu a despensa com o que h de melhor.). Como vimos no tpico Verbos Perigosos e de acordo com os significados que esse verbo pode apresentar, vemos que ele no derivado do verbo VER, apesar de apresentar algumas formas de conjugao idnticas: provejo, provejas, provejas, prover, proveria etc. Uma dessas formas em que a conjugao de PROVER segue do VER na 3 pessoa do plural do presente do indicativo: PROVEM. A partir dessa resposta, vemos que est correta a opo B. O verbo PROVIR derivado do verbo VIR e como este se conjuga. Por isso, apresenta duas das formas indicadas no enunciado: PROVM (3 pessoa do singular no presente do indicativo) e PROVM (3 pessoa do plural do presente do indicativo). A primeira pode ter causado surpresa, mas no se esquea que as palavras oxtonas terminadas em A(s), E(s), O(s) e EM(ens) devem ser acentuadas. Exemplos: PROVM, tambm, mantm, convm. A conjugao do verbo VIR na 3.pessoa do singular do presente do indicativo no recebe acento por ser um monosslabo terminado em EM. Exemplos: VEM, tem, cem, sem. J na 3 pessoa do plural, a regra de acentuao do verbo PROVIR segue o que falamos sobre o ACENTO DIFERENCIAL DE NMERO (Aula demonstrativa pg.14).

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Por ser uma palavra oxtona terminada em EM, deve receber acento tanto a forma da 3 pessoa do singular como a do plural. O que diferencia o plural do singular que este recebe acento agudo (provm), enquanto aquele recebe o acento circunflexo (provm). Por isso, o acento desta ltima costuma ser chamado de diferencial de nmero. Considero esta uma excelente questo de prova. Parabns para a banca examinadora. 22 B 1 lacuna: O verbo impugnar regular, devendo o g permanecer sempre mudo: eu impugno, tu impugnas, ele impugna etc. Como a forma impugno uma paroxtona terminada em o, dispensa acentuao. 2 lacuna: Primeiramente, cabe esclarecer que no h consoante muda em decapitar. Este verbo apresenta, em sua etimologia, a palavra capita, como na expresso per capita, que grosso modo significa por cabea. Assim, decapitar literalmente tirar a cabea. um verbo regular e se conjuga pelo paradigma FALAR: eu decapito (Cuidado, no decapto!!! paroxtona, ou seja, a slaba tnica recai no pi), tu decapitas, ele decapita etc. Assim, o particpio decapitado. 3 lacuna: O verbo averiguar um daqueles perigosos. Por isso, devemos sempre lembrar as regras de formao dos verbos para no errar a conjugao verbal. A construo indica que o verbo da lacuna est no presente do subjuntivo. Este tempo verbal deriva da forma da 1 pessoa do singular do presente do indicativo: eu averiguo, em que a slaba tnica gu. Como est diante da vogal o, dispensa o acento. As formas do presente do subjuntivo so:

eu averige tu averiges ele averige ns averigemos vs averigeis

Do mesmo modo que a forma original (averiguo), nessas trs primeiras pessoas, a slaba tnica recai no u, o que justifica o acento agudo, pois agora est diante da vogal e. Nessas duas formas do plural, a fora recai no e, devendo o u ser pronunciado de forma fraca (com trema).

eles averigem A slaba tnica volta a recair no u, o que acaba levando a uma confuso. Note que a proximidade com o averigemos e averigeis acaba levando ao erro de construir a ltima forma verbal do mesmo modo. Por isso, CUIDADO!!!! A slaba tnica da 3 pessoa do plural volta para o u, registrando-se o acento agudo. A forma correta averigem. 23 E O assunto agora conjugao verbal no imperativo.

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O objetivo de uma propaganda se aproximar ao mximo de seu pblico-alvo. Assim, a comunicao deve ser direta e rpida. Muitas vezes, para se aproximar da linguagem coloquial, passa por cima de certas normas gramaticais. No comercial da Caixa Econmica Federal, houve uma mistura de tratamentos. Ao mesmo tempo em que flexiona o verbo como VEM, indicando o tratamento de segunda pessoa do singular (no imperativo tu vens s = vem tu), usa o pronome VOC, que leva o verbo para a 3 pessoa (no imperativo que ele venha = venha voc). Ainda que se alegue uma impropriedade no uso de pra em lugar de para, essa forma j encontra registro nos mais consagrados dicionrios. Alm disso, como indica o enunciado, o que mais se comentou em relao ao texto do comercial no foi o uso do pra, mas o emprego incorreto do verbo no imperativo. Por isso, a resposta foi letra E. 24 - A Na opo a, houve o emprego do verbo submeter no imperativo afirmativo. Como o tratamento usado de segunda pessoa (te), a regra indica que o verbo deve ser conjugado pelo presente do indicativo, sem a letra s (pres.indicativo: tu te submetes imperativo: submete [tu]). Assim, a forma correta seria: Trabalhador, jamais te submete a formas .... Certamente, algum deve estar se perguntando: mas essa construo no est no negativo, o que levaria o verbo para o imperativo negativo e, consequentemente, para a conjugao do presente do subjuntivo? Essa foi uma maldade da banca: o advrbio jamais, ainda que apresente uma idia negativa, considerado um advrbio de tempo, equivalente a em tempo algum, devendo o verbo ser conjugado no imperativo afirmativo. b) Note que, nesta opo, emprega-se o tratamento de terceira pessoa (no se submetam). Ainda que o tratamento fosse de segunda pessoa, a conjugao do verbo seria no imperativo negativo, em virtude da presena do no e seguiria o presente do subjuntivo (Trabalhadores, no te submetam a formas...). c) Est correto o emprego do verbo SUBMETER no presente do subjuntivo, j que indica uma situao hipottica (No somos trabalhadores que nos submetamos...). d) O verbo nessa opo est no pretrito mais-que-perfeito do indicativo, indicando a ocorrncia de um fato anterior a outro fato tambm passado. e) Essa questo seria passvel de anulao em virtude de uma colocao pronominal indevida. Na aula apropriada (Pronomes), veremos que um advrbio antes do verbo sem pausa (como uma vrgula) atrai o pronome. Nessa construo, para que estivesse correta a colocao pronominal, deveria haver uma vrgula aps Constantemente (Constantemente, submetemo-nos...) ou o pronome deveria vir antes do verbo (Constantemente nos submetemos...). Como nosso assunto hoje VERBO, vamos analisar a questo somente sob este aspecto. Quando os pronomes tonos nos e vos so empregados aps uma forma verbal terminada em s, essa letra cai: submetemo-nos / submetei-vos. Por isso, em relao forma verbal, est correta a opo. Contudo, Napoleo Mendes de Almeida (Gramtica Metdica da Lngua Portuguesa) justifica essa opo pela eliminao do s como hbito ou facilidade da pronncia, afirmando que no se pode considerar errada a forma queixamos-nos.

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Alis, vamos aproveitar para explorar um pouco mais esse assunto. Quando os pronomes o, a, os, as so empregados aps o verbo cuja terminao seja r, s, z, ao pronome agregada ao pronome a letra L (lo, la, los, las) e o r, s, z caem. Exemplo: Comprei o jornal para procurar emprego. = para procur-lo. Em relao acentuao, j comentamos na aula de ortografia que este verbo entendido como um vocbulo independente, devendo obedecer s regras: procur = oxtona terminada em a. Se o pronome dividir o verbo em duas partes, cada parte ser analisada, para fins de acentuao, como se um nico vocbulo formasse. Exemplo: Ns distribuiramos o medicamento. Em mesclise: DISTRIBUIRAMOS + O = DISTRIBUIR + O + AMOS A letra r cai e o pronome o vira lo = distribu-lo-amos. Agora, vamos acentuao: No pedacinho distribui , a slaba tnica recai no i. Como segunda vogal do hiato, deve ser acentuada = distribu (com acento agudo no i) O outro pedao amos recebe acento por ser uma proparoxtona. Assim, a forma verbal correta : distribu-lo-amos. Quando o verbo termina de forma nasal (-m, -o, -e), aos pronomes o, a, os, as acrescentada a letra n. Exemplo: Nossos destinos tomaram caminhos diversos. = TOMARAM + OS = tomaram-nos Os caridosos do o po aos que tm fome. DO + O = do-no Tem calma e pe a tua cabea no lugar PE + A = pe-na no lugar (Observe, nesse ltimo exemplo, o emprego do imperativo em construo de segunda pessoa tu) Mais sobre o assunto ser objeto da aula sobre PRONOMES. Vamos, agora, ver mais algumas questes que envolvem conjugao do imperativo para relembrar as regras. 25 B No imperativo afirmativo, a regra o emprego do presente do subjuntivo. As nicas excees (que, por ser em menor nmero, devem ser memorizadas) ficam por conta das segundas pessoas TU e VS, que buscam a conjugao do presente do indicativo sem a letra s. Assim, o verbo ADIVINHAR, na 2 pessoa do plural (vs) no presente do indicativo adivinhais. Sem a letra s, o imperativo adivinhai. 26 D Agora, vamos relembrar a conjugao do imperativo negativo. Essa mais fcil ainda. Todas seguem a conjugao do presente do subjuntivo.

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Por isso, o verbo TER, na 3 pessoa do singular (Tenha), fica no imperativo negativo: no tenha. No houve alterao pelo fato de o verbo, no imperativo afirmativo, ser conjugado pelo presente do subjuntivo. S h diferena entre as formas afirmativa e negativa para as segundas pessoas (tu e vs). 27 D Agora nosso assunto ser locuo verbal. Em uma locuo verbal, pode haver um ou mais verbos auxiliares e s um verbo principal. Quem manda o principal, mas quem se flexiona o primeiro (ou nico) auxiliar, da maneira como o principal, se estivesse sozinho, faria. Nessa questo, est em anlise o verbo HAVER. No sentido de existncia, esse verbo IMPESSOAL, ou seja, no possui sujeito, por isso se mantm na 3 pessoa do singular. O mesmo no acontece com o seu primo, o verbo EXISTIR. Esse verbo possui sujeito e se flexiona. Vamos analisar cada uma das opes para identificar a INCORRETA. A) O sujeito do verbo existir plantas, motivo que levou o verbo a se flexionar no plural: existem. Est certa! B) Agora, o verbo principal o HAVER. Como ele indica existncia, impessoal e no se flexiona. Ele d essa ordem ao seu auxiliar, que deve permanecer na 3 pessoa do singular: Deve haver plantas. Certssima! C) Dessa vez, o verbo principal o EXISTIR. Ento, o verbo auxiliar dever se flexionar, da mesma forma que o fez o verbo principal na opo A: Podem existir plantas. Certa! D) Em h de existir temos os dois verbos: HAVER e EXISTIR. Ento teremos de ver quem que manda nessa orao. O verbo haver auxiliar e s obedece ao verbo EXISTIR. Este se flexiona quando est sozinho. Ento essa a ordem que d ao seu auxiliar: flexione-se. Em Aqui h de existir plantas, h um erro de concordncia (o verbo auxiliar da locuo est em desacordo com o sujeito plantas. A forma correta seria: Aqui ho de existir plantas. essa a resposta. Sobre esse ponto, costumo cantar uma linda cano de Gilberto Gil que exemplifica muito bem a flexo em verbos auxiliares. Ela chama-se Estrelas: H de surgir Uma estrela no cu cada vez que oc sorrir H de apagar Uma estrela no cu cada vez que oc chorar Os verbos principais so surgir e apagar. Uma estrela surgir, Uma estrela se apagar. Como no esto sozinhos, mas acompanhados de um verbo auxiliar, formando uma locuo verbal, do essa ordem para seus auxiliares. Logo, Uma estrela h de surgir e Uma estrela h de se apagar.

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Se o sujeito fosse para o plural, seria Estrelas ho de surgir e Estrelas ho de se apagar, assim como seria Estrelas surgiro e Estrelas se apagaro. Quando uma locuo apresenta mais de um verbo auxiliar (at dois), apenas o primeiro se flexiona, devendo o segundo permanecer em uma forma nominal (normalmente o particpio). Isso ocorre em construes de voz passiva que se originam de tempos compostos na voz ativa. O exemplo elucida a teoria. VOZ ATIVA: Os usineiros tm explorado os trabalhadores. (tempo composto) VOZ PASSIVA: Os trabalhadores tm sido explorados pelos usineiros. E) O verbo principal HAVER faz com que o verbo auxiliar no se flexione: Pode haver plantas. Tambm est certa. 28 - A Como vimos exaustivamente na questo anterior, em uma locuo verbal, somente o verbo auxiliar se flexiona, mantendo-se o principal inalterado na forma nominal. Assim, est incorreta a flexo de tornarem-se, pois ele o verbo principal da locuo verbal. A forma corrigida seria: Deveriam tornar-se alvos de uma diplomacia.... 29 E Falaremos, agora, sobre transposio de vozes verbais. Primeiro cuidado: Passando da voz ativa para a passiva: identifique o objeto direto da voz ativa, que exercer a funo de sujeito na voz passiva; Passando da voz passiva para a ativa: voc dever identificar o sujeito da voz passiva e coloc-lo na posio de objeto direto da voz ativa; se no houver um agente da passiva, no haver sujeito na voz passiva, ou seja, ser um caso de sujeito indeterminado. O verbo ficar na terceira pessoa do plural, indefinindo o sujeito da ao verbal. Segundo cuidado: manter o verbo no mesmo tempo e modo verbais do original. Nesta questo, a transposio ser da voz ativa para a passiva. O sujeito exercer a funo de agente da passiva. O objeto direto ser o sujeito da voz passiva. O verbo se tornar uma locuo verbal, respeitando-se o tempo e modo originais. Assim, a voz passiva ser: Dinheiro gasto por ele que nem gua.. 30 A Agora, a transposio parte da voz passiva para a ativa. Note que no h agente da passiva, o que indica que, na voz ativa, teremos um caso de sujeito indeterminado.

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H duas formas de se construir sujeito indeterminado: 1. qualquer que seja a transitividade do verbo, este fica na terceira pessoa do plural; 2. verbos que no tenham objeto direto (ou seja, verbos de ligao, intransitivos ou transitivos indiretos), o verbo fica na 3 pessoa do singular acompanhado do pronome se. Como, na voz passiva, o verbo TEM DE SER transitivo direto ou transitivo direto e indireto, ou seja, tem de ter objeto direto, no h possibilidade de se construir, na voz ativa, a segunda forma de sujeito indeterminado. Assim, nos casos em que no h agente da passiva, na voz ativa o verbo ficar na 3 pessoa do plural, formando o primeiro caso de sujeito indeterminado. Vamos questo. Com a verba do Estado, 18 composies j esto sendo reformadas. 1 PASSO: Identificar o sujeito da voz passiva. O sujeito paciente 18 composies este elemento ser o objeto direto da voz ativa. 2 PASSO: Note que so trs os verbos na voz passiva: ESTO + SENDO + REFORMADAS dois auxiliares (esto e sendo) e um principal (reformadas). Isso indica que, na voz ativa, haver DOIS verbos (ESTAR + REFORMAR). O segundo verbo auxiliar (o do meio: SENDO) retirado. Como no h agente da passiva, no haver um sujeito na voz ativa. O verbo ficar na terceira pessoa do plural. Como se trata de uma locuo verbal, isso acontecer com o verbo auxiliar. Originalmente, o primeiro verbo auxiliar estava no presente do indicativo, forma em que continuar na voz ativa. Feitas essas alteraes, a voz ativa seria: Esto reformando 18 composies com a verba do Estado.. 31 C Mais uma vez, vamos treinar a transposio de voz passiva para a voz ativa. VOZ PASSIVA O martelo de percusso confundido com um instrumento ameaador. 1 passo: identificar o sujeito paciente O martelo de percusso esse ser o objeto direto da voz ativa. 2 passo: manter o verbo no mesmo tempo e modo originais: confundido, o verbo auxiliar est no presente do indicativo. Como no h agente da passiva, na voz ativa, teremos um caso de sujeito indeterminado, devendo o verbo permanecer na terceira pessoa do plural. Assim, a forma na voz ativa ser: Confundem o martelo de percusso com um instrumento ameaador. Algum parece estar perguntando: e se eu resolvesse colocar o verbo na terceira pessoa do singular acompanhado do pronome SE? Ainda assim no seria um caso de sujeito indeterminado?

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A resposta no. Quando um verbo transitivo direto ou direto e indireto est acompanhado do pronome SE, forma-se a voz passiva pronominal. isso o que ocorre na opo (A). Em Confunde-se o martelo de percusso..., foi mantida a voz passiva, s que da forma pronominal. A expresso o martelo de percusso continua a exercer a funo de sujeito paciente e o pronome se chamado de pronome apassivador. 32 A Finalmente, um caso de construo de voz passiva com agente da passiva, para facilitar a nossa vida!!! 1 passo: identificar o sujeito paciente nem todo hbito de consumo este elemento ser o objeto direto da voz ativa. 2 passo: manter o verbo no mesmo tempo e modo originais Em ditado, o verbo auxiliar est no presente do indicativo. O agente da passiva pela publicidade, elemento que ser o sujeito da voz ativa. Em virtude do valor negativo do nem no incio da construo, a voz ativa assim poderia ficar: A publicidade no dita todo hbito de consumo.. 33 D 1 passo: identificar o objeto direto: o silncio este ser o sujeito da voz passiva. 2 passo: manter o verbo no mesmo tempo e modo originais quebrou est no pretrito perfeito do indicativo. Por isso, a forma correta ser: foi quebrado. O sujeito da voz ativa ser o agente da voz passiva. Assim, a voz passiva analtica seria: O silncio foi quebrado pelo lenhador.. Se se optasse pela voz passiva pronominal, sairia de cena o agente da passiva e entraria o pronome apassivador: Quebrou-se o silncio.. Voltaremos a falar sobre esse assunto nas aulas sobre Concordncia. 34 E Vamos encerrar nosso estudo com CORRELAO VERBAL. Como dissemos, no h necessidade de se decorar listas e mais listas de relaes. Muitas vezes, esse tipo de erro voc identifica com o seu ouvido. Veja s esta questo. a) H uma clara relao entre fosse e teria. Esto os dois verbos no campo da suposio. b) Agora, ainda no campo da suposio, os fatos se reportam ao futuro: for e ter. c) Nessa relao, o fato existiu e pertence ao passado. Por isso, os verbos esto respectivamente no pretrito perfeito e pretrito imperfeito do indicativo.

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d) Agora, temos uma locuo verbal em tempo composto na primeira orao e um tempo composto correspondente na segunda. e) Note que h alguma coisa errada em Se voc seja.... Essa conjuno no leva o verbo para o subjuntivo, ao contrrio de sua prima, a conjuno caso (Caso voc seja...). 35 B Esto em desarmonia os verbos do perodo. Enquanto que o primeiro situa o fato no campo real ( conveniente...), o segundo est no plano da hiptese (o time ficaria...). 36 - C Estamos diante de uma correlao inadequada na opo C. A forma funcionaria figura no plano da hiptese. Assim, a forma verbal do verbo fazer deve manter essa linha de raciocnio do fato contido em funcionaria:(...) a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida por uma mo invisvel que a faria viver sempre em equilbrio A forma verbal empregada fazia - transmite uma idia de processo no concludo. Indica o que no passado era freqente ou contnuo, o que no encontra respaldo no contexto. 37 ITEM INCORRETO Muitas vezes, o modo subjuntivo uma exigncia da construo. Note que a conjuno se aceita que o verbo seja conjugado no presente do indicativo: ...se se deseja um regime democrtico.... A partir do momento em que se sugere a troca da conjuno se por sua equivalente, a conjuno caso, h necessidade de se alterar a conjugao do verbo a ela ligado, levando-o para o presente do subjuntivo: caso se deseje um regime democrtico.... O que torna incorreta a assertiva a omisso da necessidade de se alterar a forma verbal. 38 ITEM CORRETO Ao contrrio da questo anterior, dessa vez a banca examinadora j apresenta no s a troca da conjuno, como tambm a nova forma verbal, do futuro do subjuntivo (se no fizermos/tivermos) para o presente do subjuntivo (caso no faamos/tenhamos). 39 C Mais uma questo envolvendo correlao verbal. Est incorreta a relao dos verbos da opo C. Enquanto o primeiro apresenta um fato no pretrito imperfeito, indicando um fato de certa durao no passado, o segundo situa-o no campo da realidade futura, como se

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esse fato fosse certo de acontecer: O autor do texto pensava que a Terra se tornar invivel. A forma mais apropriada seria empregar o segundo verbo no futuro do pretrito, alocando o fato no campo das possibilidades, hipteses: O autor do texto pensava que a Terra se tornaria invivel. Note que essa a sugesto das opes a, b e e. 40 A Em Se houvesse uma lei que proibisse..., nota-se que essa lei no existe e no se tem certeza se ela existir um dia. Assim, todos os fatos esto no campo da suposio. J na opo A, tanto o primeiro verbo (houver) como o segundo (proba) situam os fatos tambm como hipteses, mas desta vez em relao ao futuro, entendendo-se que, no atual momento, tal lei efetivamente no existe, mas pode ser que ela venha a existir. por isso que est perfeita a relao entre esses dois verbos. No possvel a construo de se haver(b/d) e se haja(c). J a forma proibisse, alm de apresentar erro de acentuao, no estabelece uma relao adequada com a forma houver, que se reporta ao futuro.

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SINTAXE DE CONCORDNCIA PARTE 1 Hoje comearemos a tratar de um dos pontos mais importantes no estudo da Lngua Portuguesa de forma geral e especialmente para concursos pblicos. Infelizmente, h muitas regras nesse ponto do programa, motivo que nos leva a dividi-lo em duas partes. Sempre que possvel, procuraremos facilitar a sua vida, com dicas e mtodos de memorizao. CONCORDNCIA consiste no mecanismo que leva as palavras a adequarem-se umas s outras harmonicamente na construo frasal. Concordar significa estar de acordo com. Assim, na concordncia, tanto nominal quanto verbal, os elementos que compem a frase devem estar em consonncia uns com os outros. Essa concordncia poder ser feita de duas formas: - gramatical ou lgica segue os padres gramaticais vigentes; - atrativa ou ideolgica d nfase a apenas um dos vrios elementos, com valor estilstico. CONCORDNCIA VERBAL variao do verbo, conformando-se ao nmero e pessoa do sujeito. CONCORDNCIA NOMINAL adequao entre o substantivo e os elementos que a ele se referem (artigo, pronome, adjetivo). Como muitas questes abordam tanto concordncia nominal quanto verbal, tornando-se impossvel tratar cada uma delas de forma isolada, para tornar mais didtico o nosso estudo, deixamos para a prxima aula a apresentao de questes de fixao. Isso significa que nossa aula de hoje ser terica, com a apresentao de algumas questes de prova somente a ttulo exemplificativo. Mas no se preocupe: na prxima semana, as questes envolvero todo o programa (concordncia nominal e verbal) e voc poder praticar bastante. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Para estudarmos concordncia, devemos ter claros os conceitos e funes de alguns termos da orao. De incio, lembramos a distino entre as CLASSES GRAMATICAIS e FUNES SINTTICAS. Costumo dar o seguinte exemplo: JOO uma nica pessoa. No entanto, JOO pode exercer uma infinidade de funes na sociedade. Em casa, JOO um pai zeloso e marido exemplar. No condomnio em que mora, JOO o sndico e vizinho atencioso. Em seu trabalho, JOO chefe de setor. Na igreja, o ORGANISTA. Assim funcionam as palavras. Em analogia a JOO, apresentamos um SUBSTANTIVO (classe gramatical, que no se modifica). Esse substantivo (classe gramatical) pode exercer vrias funes sintticas. Pode ser o ncleo do sujeito, o objeto direto, o objeto indireto, o predicativo do sujeito etc. como se a classe gramatical fosse JOO, e as funes sintticas fossem pai zeloso, marido exemplar, sndico, chefe, organista, ou seja, a palavra pertence a certa classe gramatical e a funo sinttica que exerce pode, algumas vezes, variar, a depender da estrutura oracional.

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Vamos, agora, relembrar a tabela de classe das palavras variveis e invariveis, apresentada na Aula 1. CLASSES DE PALAVRAS VARIVEIS Substantivo Adjetivo Artigo Pronome Numeral Verbo FUNES SINTTICAS Trata-se de uma noo preliminar. O assunto ser explorado na aula prpria sobre Termos da Orao. So termos essenciais da orao: SUJEITO e PREDICADO. SUJEITO: - SIMPLES - possui apenas um ncleo - COMPOSTO - apresenta mais de um ncleo. - OCULTO - identificado pela desinncia verbal (Andei por estradas) ou por estar expresso em orao precedente (O Brasil jogou mal e foi eliminado [o Brasil] da Copa do Mundo pela Frana). - INDETERMINADO - a ao verbal atribuda a um ser que no determinado, ou seja, algum praticou a ao. S no se pode (ou no se quer) design-lo. - ORAO SEM SUJEITO - no existe um ser a quem se possa atribuir a ao verbal. PREDICADO: - VERBAL - Apresenta um verbo que indica uma ao, podendo ser intransitivo, transitivo direto ou indireto. - NOMINAL - Apresenta um verbo de ligao, que indica e possui predicativo do sujeito. - VERBO-NOMINAL - o predicado que, formado por um verbo intransitivo ou transitivo, atribui uma ao ao sujeito e uma qualidade ao sujeito (Predicativo do Sujeito) ou ao objeto (Predicativo do Objeto). Esto presentes nesse predicado tanto a ao (prpria do predicado verbal) como o estado ou a qualidade (que pode ser atribudo ao sujeito ou ao objeto). ELEMENTOS COMPLEMENTARES AO VERBO: - OBJETO DIRETO - o complemento que se liga ao verbo sem preposio obrigatria. - OBJETO INDIRETO o complemento que se liga ao verbo por meio de uma preposio obrigatria. - PREDICATIVO DO SUJEITO - o termo que, mesmo distante, se refere ao sujeito. Pode estar presente no predicado nominal ou no verbo-nominal. - PREDICATIVO DO OBJETO - o termo que indica uma qualidade ao objeto, direto ou indireto. Est presente no predicado verbo-nominal. INVARIVEIS Advrbio Palavra Denotativa Preposio Conjuno Interjeio

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- AGENTE DA PASSIVA - o complemento que, na voz passiva com auxiliar, designa o ser que pratica a ao sofrida ou recebida pelo sujeito paciente. ELEMENTOS ACESSRIOS - Por ora, s nos interessa um deles. ADJUNTO ADNOMINAL os elementos vm junto ao nome para definir ou restringir seu significado. CONCORDNCIA NOMINAL. Regra geral A regra geral define que os termos (pronomes, artigos, adjetivos e numerais) que dependem do nome (substantivo) com ele concordam em gnero e nmero. O que mais nos interessa estudar a concordncia entre ADJETIVOS e SUBSTANTIVOS, por constiturem vrios casos de concordncia. Os nossos mdicos descobriram a cura da doena. Passamos bons momentos juntos. Casos especiais No entanto, alguns casos fogem regra geral. Vejamos como o adjetivo se comporta em cada um dos casos especiais. O adjetivo (CLASSE GRAMATICAL) pode exercer uma das seguintes funes sintticas: ADJUNTO ADNOMINAL, PREDICATIVO DO SUJEITO ou PREDICATIVO DO OBJETO. CASO 1: ADJETIVO na funo de ADJUNTO ADNOMINAL O nome desta funo sinttica j ajuda a identific-la: ADJUNTO ADNOMINAL significa JUNTO AO NOME, ou seja, palavras que vm junto ao nome complementando, designando ou restringindo o seu significado. 1.1 - ADJETIVO ANTEPOSTO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO Adjetivo anteposto ao substantivo na funo de adjunto adnominal concorda com o mais prximo. BIZU: Para lembrar, memorize que tudo comea com a letra A: Adjetivo Anteposto na funo de Adjunto Adnominal concordncia Atrativa. Observaram-se boa disciplina, estudo e trabalho. Desfrutei de boas horas e momentos naquele lugar. OBSERVAO: Se preceder um substantivo como ttulo, prenome, parentesco ou se referir a nomes prprios, inclusive de pessoas ilustres, empregado SEMPRE no plural. Os irmos Pedro e Paulo estiveram aqui. Tivemos a presena dos ilustres Celso Cunha e Evanildo Bechara. Ele se referiu aos senhores Magalhes e Peixoto. 1.2 - ADJETIVO POSPOSTO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO O adjetivo pode ficar no singular (concorda com o mais prximo CONCORDNCIA ATRATIVA) ou no plural (concorda com todos os elementos CONCORDNCIA GRAMATICAL).

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A vontade e a inteligncia humana(s). As conquistas e as descobertas portuguesas. Na norma gramatical, quando os substantivos tiverem gneros diferentes (masculino e feminino), o masculino prevalece. Pode haver 200 substantivos femininos e um masculino, e o adjetivo dever ir para o masculino (viu como o Portugus machista???). O carro, a motocicleta e a bicicleta envenenada(os). O trabalho e as realizaes conseguidas(os). Defeitos e virtudes verdadeiros(as). 1.3 DOIS possibilidades. OU MAIS ADJETIVOS COM UM SUBSTANTIVO: h trs

Estudamos a civilizao grega e romana. Estudamos a civilizao grega e a romana. Estudamos as civilizaes grega e romana. Esse conceito j foi objeto de prova da Cespe/UnB. Vejamos. (UnB CESPE/Banco do Brasil/2002) Julgue a assertiva abaixo. 3) Seria igualmente correto substituir o trecho As polticas fiscal e monetria contriburam (R.21-22) por A poltica fiscal e monetria contribuiu, A poltica fiscal e a monetria contriburam ou As polticas fiscais e monetrias contriburam.

Este item foi considerado CORRETO. Foram apresentadas as trs possibilidades de concordncia entre um substantivo e mais de um adjetivo. Na primeira, os dois adjetivos se ligam ao substantivo e a concordncia verbal se faz no singular. Na segunda forma, individualizou-se cada uma das polticas, levando o verbo para o plural. Na terceira e ltima construo, apresentou-se o substantivo no plural, flexionando-se o verbo no mesmo nmero. Todas essas formas estariam corretas. 1.4 - O MESMO ADJETIVO EM RELAO A MAIS DE UM SUBSTANTIVO - Se estes substantivos forem ou puderem ser considerados SINNIMOS, ANTNIMOS ou formarem GRADAO das idias enunciadas, o adjetivo s pode permanecer no SINGULAR, concordando com o mais prximo, quer esteja anteposto ou posposto aos substantivos. Ele sempre teve idia e pensamento fixo naquela mulher. (SINNIMOS) Naquele pas, h frio e calor intenso. (ANTNIMOS) preciso dedicao ao carinho, amor e paixo alheia. (GRADAO) - CUIDADO COM O SENTIDO: algumas vezes, o adjetivo s pode estar se referindo a um dos substantivos, caso em que dever concordar com ele. Comprei no supermercado carne e legume fresco / frescos. A concordncia facultativa, pois tanto os legumes quanto a carne podem estar frescos.

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Comprei no supermercado carne e legume verdes. Opa! Essa carne deve estar estragada. O adjetivo s pode se referir a legume, devendo permanecer no singular: carne e legume verde. Observe, agora, uma tima questo de (Corregedoria de Justia do Rio de Janeiro): prova, aplicada pela NCE/UFRJ

...respirao e circulao sangnea. ; na Nova gramtica do portugus contemporneo, p. 265, o prof. Celso Cunha diz: (Quando o adjetivo vem depois dos substantivos), se os substantivos so do mesmo gnero e do singular, o adjetivo toma o gnero dos substantivos e, quanto ao nmero, vai: para o singular (concordncia mais comum) ou para o plural (concordncia mais rara). Assim sendo: (A) o adjetivo sangnea poderia tambm aparecer com a forma sangneas; (B) o autor preferiu a concordncia mais rara mais comum; (C) o autor do texto cometeu um erro de concordncia; (D) razes semnticas fazem que a nica forma possvel do adjetivo seja sangnea; (E) a nica forma correta do adjetivo sangneas. O gabarito foi a letra D. No h possibilidade de o adjetivo sangneas se referir a respirao, por razes semnticas. Contudo, muitos candidatos, levados pelo enunciado, devem ter marcado a opo A, esquecendo-se do sentido das palavras. 1.5 - Algumas palavras especiais: - MESMO, PRPRIO, TAL como PRONOMES DEMONSTRATIVOS, variam para concordar com o substantivo a que se referem (os pronomes so, regra geral, variveis). Elas mesmas no sabiam o porqu. O vocbulo MESMO no se flexiona quando apresentar valor adverbial (advrbio pertence classe de palavras invariveis), equivalente a realmente, de fato ou palavra invarivel at. Elas no sabem o que fazer mesmo (realmente). Mesmo elas, que eram to experientes, no sabiam o que fazer.

O vocbulo TAL tambm pode se apresentar na expresso TAL QUAL, caso em que cada elemento ir concordar com o substantivo ou pronome a que se referir. Ela queria que sua filha fosse tal quais as primas. Eles se comportam tais quais os pais. Eles se comportam tais qual a me. Que tal vermos uma questo de prova sobre isso? Vamos l. (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 28 - Assinale a frase com ERRO de concordncia da palavra mesmo: (A) A Portuguesa, mesmo derrotada, no cair para a segunda diviso; (B) Ela mesma arrumou toda a casa; (C) Joana teimosa mesmo;

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(D) As folhas rasgaram-se por si mesmo; (E) Na mesma praa, no mesmo jardim. Voc achou o erro? O gabarito foi a letra D. O correto seria as folhas rasgaram-se por si mesmas, j que o vocbulo um pronome demonstrativo e, portanto, varivel. Nas demais ocorrncias, a palavra mesmo : a) palavra denotativa (ainda que derrotada); logo, invarivel. b) um pronome demonstrativo corretamente flexionado, concordando com o pronome pessoal reto. c) esse mesmo tem valor adverbial (ela realmente teimosa) e, por isso, no varia. e) agora, esse pronome est em harmonia com o substantivo jardim. - ANEXO, INCLUSO, JUNTO, NENHUM, LESO, OBRIGADO, QUITE: com valor adjetivo, se flexionam em gnero e nmero de acordo com o termo que modificam. Observao: A locuo adverbial em anexo fica invarivel. Enviamos anexas as informaes / anexos os documentos. Mulheres nenhumas o agradavam. / Eles no so nenhuns santinhos. Estamos quites com voc./ Estou quite com voc. Vinham inclusas na pasta a carta e a procurao. Elas saem sempre juntas. Aqueles eram crimes de lesa-ptria / de leso-patriotismo / lesas-razes. Vamos bem, obrigados. (gratos, agradecidos) A palavra JUNTO s fica invarivel quando faz parte de uma locuo prepositiva (preposio faz parte da classe de palavras invariveis), como junto com / junto a. Por isso, nada de ns vamos chegar junto! O correto seria ns vamos chegar juntos. At porque voc j deve estar meio velhinho(a) para usar grias como ela(e) no chega junto no sentido de corresponder s expectativas ou coisas afins...rs... Essa expresso s admissvel na linguagem coloquial vulgar. Ns samos juntos, almoamos juntos, mas ele no chegou junto. (rs...)

Vamos analisar uma questo de prova: (FUNDEC / TJ MG / 2002 - adaptada) Julgue se a assertiva abaixo est de acordo com a norma culta escrita. II. Aps um longo perodo de dificuldades, estou finalmente quites com todos os meus credores. A construo apresenta erro de concordncia nominal. O adjetivo quite deve se flexionar de acordo com o nome ou pronome a que se refere, no caso ao pronome pessoal reto eu, identificado a partir da desinncia verbal (estou), ficando no singular: ...estou finalmente quite com todos os meus credores.

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- S, MEIO, BASTANTE, CARO, BARATO: concordam com o substantivo a que se referem. Se forem usados como advrbios ou palavras denotativas, ficam invariveis. Eles estavam ss no apartamento (adjetivo - varivel) Ele s quer o nosso bem (= apenas palavra denotativa - invarivel) Aquelas roupas estavam baratas/caras.(adjetivos - variveis) Os gneros alimentcios permanecem caros/baratos. (adjetivos variveis) Os gneros alimentcios custam caro/barato.(advrbios - invariveis) Ela estava meio embriagada pelo sucesso. (advrbio - invarivel) Suas idias eram bastante interessantes.(= muito advrbio invarivel) Compraram duas meias entradas para o espetculo. (numeral) Enfrentamos bastantes problemas difceis. (pronome indefinido varivel) A expresso a ss fica SEMPRE invarivel, por ser uma locuo adverbial. Ela gosta de estar a ss. A expresso por si s se flexiona com o substantivo ou pronome em referncia. As notcias, por si ss, no foram suficientes para acalm-la. Vamos ver outra questo de prova. (FGV / ALESP / 2002) 14. Assinale a alternativa cuja concordncia NO est de acordo com os padres cultos: A. Ela est meio cansada. B. Eles esto meio cansados. C. Eles esto meios cansados. D. Ele est meio cansado. Voc deve ter considerado esta questo bem mais fcil que as demais. A palavra MEIO, com valor adverbial, permanece INVARIVEL. Na dvida, tente trocar por outro advrbio, como MUITO: Ela est MUITO cansada, Eles esto MUITO cansados. Viu s? Se no houve alterao com MUITO, tambm no haver com MEIO. - MENOS - fica SEMPRE invarivel, qualquer que seja a sua classificao (pronome, advrbio). Vieram menos pessoas que o esperado.(pronome indefinido) Coma menos.(advrbio) - MONSTRO, ALERTA, PSEUDO ficam INVARIVEIS. Os soldados estavam alerta.(advrbio) H no governo alguns pseudo-intelectuais.(elemento de composio) Eles eram criaturas monstro.(formado a partir de derivao imprpria, ou seja, originalmente era um substantivo e foi usado como adjetivo).

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J existe registro no Dicionrio Eletrnico Aurlio da palavra alerta com valor adjetivo, caso em que se torna varivel. Nada lhes escapa, so homens alertas. Para treinarmos, que tal mais uma questo de prova? Vamos l. (FGV/PREF.ARAATUBA/2001) 21. A alternativa correta quanto concordncia nominal A. A empregada mesmo viu tudo. B. B. J fiz isso bastante vezes. C. C. Passado a crise, voltaram. D. D. As frutas chegaram meio estragadas. Vamos analisar cada uma das opes: a) O pronome demonstrativo MESMO deve concordar com o nome EMPREGADA. Se voc estiver achando estranho, troque o nome por um pronome: Ela mesma viu tudo. b) Os vocbulos MUITO e BASTANTE tanto podem ser pronomes indefinidos como advrbios. A diferena est no emprego e na flexo. Os advrbios modificam adjetivos, verbos ou outros advrbios e permanecem invariveis. Os pronomes indefinidos podem modificar substantivos, concordando com eles em gnero e nmero. Veja agora a que classe de palavra pertence o vocbulo modificado por BASTANTE: J fiz isso bastante vezes. Est modificando o substantivo VEZES. Logo, s pode ser um pronome indefinido e deve se flexionar: bastantes vezes (muitas vezes). c) Pergunto a voc: o que passou? Resposta: a crise. Ento o particpio passado deve com este substantivo concordar: Passada a crise. d) Como j vimos anteriormente, o vocbulo MEIO pode ter valor adverbial, assim como o MUITO. Na dvida, troque um pelo outro para verificar se h flexo. Se no houver, confirma-se o emprego como advrbio, e no uma classe de palavras varivel: As frutas chegaram muito estragadas As frutas chegaram meio estragadas. Est correta a orao da opo D. 1.6. Um e outro / Nem um nem outro Com essas construes, o substantivo permanece no singular, mas o adjetivo vai para o plural. BIZU: Como os elementos so ligados por elementos aditivos (E, NEM), h apenas um substantivo se referindo a cada um deles (singular), mas o adjetivo se refere a todos (plural). Houve um e outro homem escolhidos para o cargo. O delegado no apurou nem um nem outro crime praticados. Um e outro alimento naturais. Se voc estiver achando essa construo feia, espere at chegar a hora de falarmos sobre a concordncia verbal nesses casos !!!

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1.7 O(S) / A(S) mais / menos melhor(es) / pior(es) maior(es) / menor(es) qualquer adjetivo O adjetivo possvel segue o que indica o artigo o/a/os/as. Se estiver no plural (os/as), o adjetivo possvel tambm se flexiona (possveis). Se ficar no singular (o/a), assim tambm fica o adjetivo (possvel). BIZU: A expresso o mais possvel pode ser considerada uma locuo adverbial (invarivel), equivalente a muito ou bastante, enquanto que a expresso os mais possveis poderia ser considerada uma locuo adjetiva (varivel), equivalente a um superlativo. Conheci mulheres o mais encantadoras possvel. (muito encantadoras) Havia mestres os mais inteligentes possveis. (inteligentssimos) possvel(eis)

1.8. A olhos vistos Essa expresso pode ficar invarivel (locuo adverbial) ou a palavra visto concordar com o substantivo a que se refere. Ela tem piorado a olhos vistos / a olhos vista.

1.9. Haja vista Essa expresso est sempre certa quando invarivel, equivalente a Veja. Uma outra possibilidade de construo com o substantivo vista (INVARIVEL SEMPRE!) e o verbo se flexionando de acordo com o substantivo que se segue. Haja vista o resultado. Haja vista / Hajam vista os resultados. Haja vista / Hajam vista as dificuldades por que passamos. Uma terceira forma, apresentada por alguns autores, INVARIVEL com a preposio a ou de. Haja vista ao resultado. Haja vista do resultado. No possvel nenhuma construo com visto, provavelmente resultante de contaminao das expresses visto que ou visto como. BIZU: Uma boa maneira de lembrar as duas ltimas regras : enquanto no caso 1.8 quem pode se flexionar VISTO (a olhos vistos / vista / visto / vistas), no 1.9 essa palavra INFLEXVEL (haja / hajam vista).

Para encerrar esta parte, vamos resolver mais uma questo de prova.

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(BESC ADVOGADO/ 2004) Assinale a alternativa aceitvel segundo a norma culta. (A) Ela mesmo quis se apresentar para a diretoria. (B) H bastante coisas a serem feitas antes da chegada do nosso diretor. (C) Aqueles funcionrios so o mais capacitados possvel. (D) Eles pediram emprestado a caixa de documentos. (E) Anexo segue os documentos. O gabarito foi a letra C. Note que o adjetivo possvel segue a flexo do artigo o tudo no singular. Os erros das demais opes so: a) Ela mesma quis se apresentar para a diretoria. o pronome demonstrativo deve concordar com o nome/pronome a que faz referncia. b) Agora, o vocbulo bastante um pronome indefinido. Na dvida, troque por muito e veja como ficaria: H muitas coisas... H bastantes coisas.... d) O adjetivo emprestado deve concordar com o objeto direto caixa de documentos, cujo ncleo representado por caixa. Assim, a forma correta seria: Eles pediram emprestada a caixa de documentos. Esse um dos casos de ADJETIVO na funo de PREDICATIVO DO OBJETO, a ser analisado no Caso 3, mais adiante. e) O vocbulo anexo tem valor adjetivo, devendo concordar com o substantivo correspondente. Alm desse erro, houve tambm um de concordncia verbal, j que o sujeito os documentos, mas esse assunto para a prxima aula. A forma correta seria: Anexos seguem os documentos. Caso 2 - ADJETIVO na funo de PREDICATIVO DO SUJEITO Em predicados nominais, com verbos de ligao (Eles parecem preocupados. / Elas esto tristes.), ou em predicados verbo-nominais, com verbos indicativos de ao associados a adjetivos que se referem ao sujeito (Eles saram do escritrio preocupados. / Elas passaram a tarde tristes.), temos a funo sinttica de predicativo do sujeito. Essa funo, que pode ser exercida por um substantivo ou um adjetivo, mesmo distante, atribui ao sujeito um estado, condio, caracterstica. Nesses casos, o adjetivo no decide nada sozinho. Ele sempre vai seguir o caminho que o verbo escolher. 2.1. Sujeito composto anteposto: Quando o sujeito composto apresentado antes do verbo, segue-se a regra geral o verbo e o adjetivo concordam com o sujeito. O amor e a compreenso humanos estavam mortos.

2.2. Sujeito composto posposto: adjetivo concorda com o verbo. Esta concordncia nominal se reporta a uma regra da concordncia verbal. Quando o sujeito composto vem aps o verbo, fora da ordem direta (ou seja, primeiro vem o predicado e depois o sujeito), o verbo pode concordar com o primeiro elemento do sujeito composto (concordncia atrativa) ou com todos eles (concordncia gramatical).

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O adjetivo seguir a deciso do verbo. Se o verbo for para o plural, assim se flexionar o adjetivo. Se o verbo realizar a concordncia com o primeiro elemento, com ele o adjetivo concordar em gnero e nmero. Estava morto o amor e a compreenso humana/humanos. Estava morta a compreenso e o amor humano/humanos. Estavam mortos o amor e a compreenso humana/humanos.

2.3. Sujeito no-determinado: se o sujeito se mostra vago, genrico, o adjetivo fica invarivel em expresses com preciso, bom, necessrio e equivalentes. proibido entrada de estranhos. Cerveja preta bom para as lactantes..

2.4. Sujeito determinado: a flexo do adjetivo se torna possvel quando, nessas construes, o sujeito est acompanhado de um determinante (numeral, artigo, pronome). proibida a entrada de estranhos. Esta cerveja boa para as lactantes.

Caso 3: ADJETIVO na funo de PREDICATIVO DO OBJETO: Os verbos que permitem esse tipo de construo so os chamados verbos transobjetivos. Alm de serem transitivos diretos, deles se exige mais alguma informao, trazida pelo elemento que exerce a funo de predicativo do objeto (transobjetivo = vai alm do objeto predicativo do objeto). So verbos como julgar, considerar, chamar, encontrar e outros. No se pode dispensar a informao trazida pelo predicativo do objeto, sob risco de se prejudicar a coerncia oracional. O jri considerou o ru.... Voc percebeu que ficou faltando alguma coisa? Aquilo que se diz a respeito do ru (o que foi considerado a seu respeito) o elemento que exerce essa funo de predicativo do objeto. Uma boa maneira de se distinguir o adjetivo que exerce a funo de adjunto adnominal daquele que exerce a funo de predicativo do objeto substituir o substantivo (objeto direto) por um pronome tono correspondente. Exemplo: a) Contexto: Havia muitos dias que meu cavalo de estimao morrera, mas seu corpo no havia sido encontrado. At que, um dia, andando pelo campo... encontrei o cavalo morto encontrei-o. Quando o adjetivo acompanha o substantivo e todos os dois substantivo e adjetivo - so substitudos pelo pronome, o adjetivo estar exercendo a funo de adjunto adnominal.

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b) Contexto: Havia muitos dias que meu cavalo de estimao sumira. Ningum sabia de seu paradeiro. At que, um dia, andando pelo campo... encontrei o cavalo morto encontrei-o morto. Neste caso, o adjetivo permanece na orao, mesmo aps a troca do substantivo pelo pronome. Isso significa que essa informao necessria para a compreenso pelo leitor/ouvinte. A funo exercida pelo adjetivo, neste caso, a de predicativo do objeto. Agora que o significado da funo de predicativo do objeto foi apresentado, voltaremos a falar sobre a concordncia nominal com o adjetivo que exerce esta funo. bem simples. Se o adjetivo estiver na funo de PREDICATIVO DO OBJETO QUALQUER QUE SEJA SUA POSIO EM RELAO AO SUBSTANTIVO (anteposto ou posposto), a nica concordncia admitida a gramatical (com todos os elementos). Exemplo: Encontrei o cavalo e a vaca mortos / Encontrei mortos a vaca e o cavalo. 3.1. Objeto simples: adjetivo concorda em gnero e nmero. Encontrei tristonha a mulher abandonada.

3.2. Objeto composto: adjetivo fica no plural, independentemente de estar anteposto ou posposto. Como sempre, havendo gneros diferentes, prevalece o masculino ( a vida, fazer o qu???). Encontrei tristonhos a mulher e o rapaz. Voc ainda se lembra do comentrio questo de prova ao fim do item 3.2? O mote era a expresso pedir emprestado. Ento, vamos analisar uma outra questo de prova, desta vez elaborada pela Fundao Joo Goulart. (PGM RJ/2004) H m construo gramatical quanto concordncia em: A) Os mdicos consideravam inevitvel nos pacientes pequenas alteraes psicolgicas. B) As internaes por si ss j causam certos distrbios psicolgicos aos pacientes. C) Uma e outra hospitalizados. D) Distrbios hospitalares. e alterao alteraes psicolgica psicolgicos podem so afetar os em pacientes pacientes

normais

O gabarito foi a letra A. Observe um clssico caso de verbo transobjetivo CONSIDERAR. Eu considero aquele rapaz.... Ficou faltando alguma coisa, no ? O que faltou foi o predicativo do objeto, ou seja, o que se refere quele rapaz, a considerao que fazemos dele. Na construo Os mdicos consideravam inevitvel nos pacientes pequenas alteraes psicolgicas, pergunta-se: o que era inevitvel? Resposta: pequenas alteraes psicolgicas.

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Como o ncleo do objeto direto alteraes, o adjetivo, na funo de predicativo do objeto, deve se flexionar em nmero plural: Os mdicos consideravam inevitveis nos pacientes pequenas alteraes psicolgicas.. Caso 4: DISTINO ENTRE MIL, MILHO E MILHARES. 4.1) MIL Quando voc preenche um cheque no valor de R$ 1.000,00, tenho certeza de que coloca o um antes de mil, acertei? Tudo bem que voc faa isso para evitar fraudes, mas, na hora da prova, esquea esse hbito. Neste caso, o numeral vem sozinho (mil reais). A partir de dois, o numeral concorda com o substantivo: duas mil mulheres / dois mil homens. 4.2) MILHO - O numeral milho, como os demais numerais, pertence classe das palavras variveis. Assim, dever concordar com a parte inteira do numeral cardinal a ele relacionado. Aquela empresa investiu 1,5 milho de reais em novos equipamentos. O artigo e o numeral que o antecederem devem concordar com ele, no masculino: Os dois milhes de rvores plantadas agora recobrem toda a rea. Veja agora uma questo da prova da ESAF sobre o assunto (AFC STN/2002 adaptada). Um emprego novo na indstria siderrgica custa 1,4 milho de reais. No varejo, um nico emprego exige o dispndio de algo em torno de 30.000 reais: o custo do espao na loja, do balco e do estoque de mercadorias. Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. b) linha 1 seria tambm correto escrever-se 1,4 milhes de reais. Estaria incorreta a concordncia em 1,4 milhes de reais. Como a parte inteira representada pelo algarismo 1, o numeral milho dever ficar no singular: 1,4 milho de reais. 4.3) MILHARES Pode ser classificado como numeral ou substantivo. De qualquer forma, MASCULINO, devendo permanecer neste gnero qualquer que seja o seu complemento. Muitos dos milhares de batidas de trnsito so fruto da imprudncia.

Como esse assunto j caiu em prova? Vejamos uma questo elaborada pela ESAF. (TCE RN/2000) Nas questes seguintes, marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou de ortografia. Acredito que a maior parte dos senhores sabe(A) que a Secretaria de Educao gigantesca; por isso(B) se tem muita dificuldade de gerenciamento. composta(C) por 1,3 milhes(D) de alunos. Esta quantidade de alunos maior do que (E) a populao de muitas capitais no Brasil. a) A b) B c) C d) D

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e) E O gabarito foi a letra D. Como a parte inteira representado pelo algarismo 1, o numeral milho, que pertence classe das palavras variveis, dever concordar com ele, ficando no singular 1,3 milho de alunos. Na prxima aula, estudaremos os casos de concordncia verbal e teremos uma bateria de questes de prova para a fixao. At l.

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SINTAXE DE CONCORDNCIA PARTE 2 Hoje, daremos continuidade ao estudo da sintaxe de concordncia, desta vez analisando os casos de concordncia verbal. Segundo a regra geral, o verbo concorda com o ncleo do sujeito em nmero e pessoa. Em uma linguagem mais simples, o ncleo do sujeito manda no verbo, mas a partir do verbo que conseguimos identificar o sujeito. O tcnico escalou o time. Os tcnicos escalaram os times. Para isso, perguntamos ao verbo quem/o que o seu sujeito: quem escalou o time? O tcnico / os tcnicos. As construes dos exemplos acima apresentam sujeito simples (um nico ncleo) e dispem os elementos da orao na ordem direta, ou seja, SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS. Em frases como essas, fica bem fcil identificar o sujeito e seu ncleo e perceber qualquer erro de concordncia. Veja como isso caiu em uma das mais recentes provas da ESAF (essa acabou de sair do forno!): (ESAF/AFT/2006) Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opo que apresenta erro. a) A Primeira Revoluo Industrial pode ser entendida como uma guinada de todos os indicadores econmicos ingleses, sobretudo nas duas ltimas dcadas do sculo XVIII. b) Tal avano dos indicadores econmicos tiveram vrias razes: a intensificao do Comrcio Internacional desde o sculo XVI, a Revoluo Agrcola (e a expulso de vastos contingentes de campesinos para as cidades), o surgimento de uma indstria txtil inglesa etc. c) Esses acontecimentos propiciaram o que o historiador Eric Hobsbawm chama de a partida para o crescimento auto-sustentvel. Por crescimento auto-sustentvel entende-se: o poder produtivo das sociedades humanas, at ento sujeito a variveis climticas ou demogrficas, tornou-se crescente e constante livre de epidemias, fomes, pestes ou intempries, que regularmente ceifavam grandes contingentes de mo-de-obra em quase toda a Europa. d) Contraposto Idade Mdia, em que o problema crnico da produo era a falta de homens e mulheres nos campos (e no de terras), o perodo que se segue Revoluo Industrial aquele em que o homem comea a tornar-se um pouco mais suprfluo. e) Como explicita Hobsbawm, trata-se de perodo em que, s grandes massas de desempregados e campesinos desapossados, juntou-se um sistema fabril mecanizado que produzia em quantidades to grandes e a um custo to rapidamente decrescente a ponto de no mais depender da demanda existente, mas de criar o seu prprio mercado. (Raquel Veras Franco, Breve Histrico da Justia e do Direito do Trabalho no Mundo.http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/Historico) Ser que voc acertou??? O gabarito deu como incorreta a construo da opo B. Note que o ncleo do sujeito avano (Tal avano dos indicadores econmicos...). Com este elemento, o verbo TER deve concordar. Os demais elementos (tal, dos indicadores econmicos) s vm complementar o sentido do ncleo. Normalmente, devido

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proximidade do verbo com vrios elementos no plural, no notamos que ele deve permanecer no singular. Para evitar erros como esses (muito comuns nas provas da ESAF), uma boa dica assinalar o ncleo de alguma forma (sublinhando, envolvendo com um crculo etc). A construo correta seria: Tal avano dos indicadores econmicos teve vrias razes.... Esse um caso de construo na ordem direta (sujeito + verbo + complemento) com apenas um ncleo do sujeito (sujeito simples). Se voc achou essa questo complicada, prepare-se, pois pode piorar! Vida de concursando no essa maravilha a, no... Normalmente, as construes vm em ordem invertida e/ou com o sujeito bem distante do verbo, o que dificulta a constatao de um equvoco na concordncia. Esse, alis, o estilo da ESAF. Entre o ncleo do sujeito e o verbo so dispostos vrios elementos em nmero diverso do apresentado pelo sujeito. Resultado: sem que percebamos, acabamos contaminados e aceitamos uma concordncia incorreta. Daquela mesma prova, tiramos este outro exemplo de erro de concordncia, um pouco mais complicadinho. Resolva a questo e leia o comentrio. (ESAF/AFT/2006) Os trechos a seguir constituem um texto. Assinale a opo que apresenta erro de concordncia. a) As riquezas geradas eram, de fato, imensas e as condies de vida nas cidades costumavam ser horrveis. Para se ter idia, alguns recenseamentos ingleses, da dcada de 1840, relatam que o homem do campo vivia, em mdia, 50 anos e o da cidade, 30 anos. b) Talvez esses nmeros sejam indicadores da dramaticidade das modificaes ocasionadas, na vida de milhes de seres humanos, pela Revoluo Industrial. c) Essa dramaticidade que, muitas vezes, nos escapa, mas que podemos entrever, como nos informa Hobsbawm, se levarmos em conta que era comum, nas primeiras dcadas dos oitocentos, encontrar trabalhadores citadinos vivendo de forma que seria absolutamente irreconhecvel para seus avs ou mesmo para seus pais. d) A fragmentao das sociedades campesinas tradicionais, que originou as grandes massas nas cidades, fazem com que, nas palavras de Hobsbawm, nada se tornasse mais inevitvel do que o aparecimento dos movimentos operrios. e) Aqueles trabalhadores, que viviam em condies insuportveis, no tinham quaisquer recursos legais, somente alguns rudimentos de proteo pblica. (Raquel Veras Franco, Breve Histrico da Justia e do Direito do Trabalho no Mundo - http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/ Historico)

O gabarito a letra d. Desta vez, o ncleo do sujeito (fragmentao ncleo do sujeito na construo A fragmentao das sociedades campesinas tradicionais) est bem distante do verbo (fazer) e, entre eles, elementos no plural e no so poucos: das sociedades campesinas tradicionais, que originou as grandes massas nas cidades. Nada disso interessa! O ncleo do sujeito continua sendo o mesmo fragmentao no singular, e com ele deve o verbo concordar: a fragmentao (...) faz com que.... LEMBRE-SE DA DICA: em questes como essa, MARQUE o ncleo do sujeito, para no perd-lo de vista nem da memria.

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A seguir, apresentamos alguns casos especiais de concordncia verbal que devem ser observados. Caso 1 - Sujeito composto No sujeito composto, h mais de um ncleo do sujeito. Quando o sujeito composto estiver: 1.a) anteposto ao verbo (SUJEITO + VERBO), o verbo vai para o plural, ou seja, obedece concordncia gramatical o verbo concorda com os ncleos do sujeito. Como o sujeito (com todos os seus ncleos) j foi apresentado, no resta outra sada a no ser concordar com todos os elementos. O tcnico e os jogadores chegaram ontem a So Paulo.

1.b) posposto ao verbo (VERBO + SUJEITO), o verbo pode concordar com o sujeito mais prximo (concordncia atrativa) ou ir para o plural, concordando com todos eles (concordncia gramatical). O raciocnio dessa concordncia este: como o sujeito ainda no foi apresentado, o verbo pode garantir a concordncia logo com o primeiro (concordncia atrativa) ou aguardar a apresentao de todos e com todos eles concordar (concordncia gramatical). Chegou(aram) ontem o tcnico e os jogadores. Se houver idia de reciprocidade, obrigatoriamente o verbo vai para o plural; afinal, por ser recproca, a ao necessita de mais de um agente. Agrediam-se me e filha.

1.c) Havendo pronomes pessoais, formado com pessoas diferentes: verbo fica no plural da pessoa predominante (1, 2 ou 3), obedecendo seguinte ordem de preferncia: PREVALECE A 1 PESSOA VERBO NA 1 PESSOA DO PLURAL Eu, voc e os alunos iremos ao museu.(NS) NA AUSNCIA DA 1 PESSOA, PREVALECE A 2 PESSOA VERBO NA 2 PESSOA DO PLURAL: Tu, ela e os peregrinos visitareis o santurio.(VS) Nesse segundo caso, modernamente vrios autores (Rocha Lima, Sacconi, dentre outros) j aceitam a conjugao na 3 pessoa do plural, haja vista o desuso das segundas pessoas na linguagem coloquial brasileira. Tu, ela e os peregrinos visitaro o santurio (VOCS). Se a orao estiver em ordem inversa (VERBO + SUJEITO COMPOSTO), pode haver a concordncia atrativa, ou seja, o verbo pode tambm concordar com o primeiro elemento: Ir ao museu ela e eu (3 p.sing.) / Irei ao museu eu e ela (1 p.singular) OU Iremos ao museu ela e eu/eu e ela (1 p.plural)

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1.d) Com ncleos em correlao (tanto...como; como; no s ... bem como) POLMICA VISTA! Vrios autores registram o emprego do verbo concordando com o primeiro. O cientista assim como o mdico pesquisa a causa do mal. Esse o posicionamento do mestre LUIZ ANTNIO SACCONI (em Gramtica Bsica) Os exemplos dados pelo professor apresentam o segundo elemento isolado por vrgulas, com a flexo somente com o primeiro elemento: Meus amigos, assim como eu, gostam de estudar Portugus. Eu, bem como meus amigos, gosto de estudar Portugus. No entanto, tambm h registros de concordncia com todos os elementos. - CELSO CUNHA & LINDLEY CINTRA (em Nova Gramtica do Portugus Contemporneo) - O posicionamento dos professores Celso Cunha e Lindley Cintra que, se no houver pausa entre os sujeitos (ou seja, no houver vrgula), o verbo ir para o plural: Qualquer se persuadir de que no s a nao mas tambm o prncipe estariam pobres. Os gramticos ainda destacam o caso de sujeitos ligados por conjuno comparativa. Segundo eles, quando dois sujeitos esto unidos por uma das conjunes comparativas como, assim como, bem como e equivalentes, a concordncia depende do valor que atribumos ao conjunto. O verbo concordar com o primeiro elemento se quisermos destac-lo: A ris, como a impresso digital, nica em cada pessoa. Nesse caso, a conjuno conserva seu valor comparativo, e o segundo termo vem enunciado entre pausas, indicadas na escrita pelas vrgulas. Se os elementos se adicionam, se complementam, o verbo vai para o plural, seguindo o modelo apresentado nas estruturas correlativas no s... mas tambm, tanto...como, visto acima. - ROCHA LIMA (em Gramtica Normativa da Lngua Portuguesa)- O mestre registra a dupla possibilidade de flexo, destacando como prefervel a flexo no plural: Se o sujeito construdo com a presena de uma frmula correlativa, deve preferir-se o verbo no plural. Assim Saul como Davi, debaixo do seu saial, eram homens de to grandes espritos, como logo mostraram suas obras (ANTNIO VIEIRA) Segundo o autor, raro aparecer o verbo no singular: (...) tanto uma, como a outra, suplicava-lhe que esperasse at passar a maior correnteza. - EVANILDO BECHARA (em Moderna Gramtica Portuguesa)- Tambm merecem registro as palavras do emrito professor Evanildo Bechara, que apresenta a possibilidade de construir no singular ou no plural, indistintamente: Se o sujeito composto tem os seus ncleos ligados por srie aditiva enftica (no s... mas, tanto...quanto, no s...como, etc.), o verbo concorda com o mais prximo ou vai ao plural (o que mais comum quando o verbo vem antes do sujeito).

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Vamos eliminar esse monstro que apareceu a: srie aditiva enftica. Srie porque estamos diante, no de uma, mas de vrias palavras (no s...mas tambm, tanto...como, por exemplo). Aditiva por apresentar idia de adio, equivalente conjuno e. Finalmente, enftica por enfatizar cada um dos elementos da construo, ou at mais um do que outro, ao contrrio do que faria uma mera conjuno e, que coloca os dois elementos no mesmo patamar. Compare: Eu e meu irmo vimos o acidente. / No s eu como tambm meu irmo vimos o acidente.. Percebeu a diferena? Parece que ouvi algum gritar: Claudia, o que eu fao na hora da prova???. Resposta: vai depender da banca examinadora. Primeiramente, h as que indicam bibliografia. Se isso acontecer, siga o que diz o gramtico indicado. Em outros casos (a maioria, infelizmente), devemos tomar todo cuidado. Vejamos como se comportou a ESAF: (ESAF/Assistente de Chancelaria/2002) As viagens ao exterior e os encontros com figures estrangeiros constituem, desde o reinado de Dom Pedro II, um trunfo na estratgia das lideranas brasileiras. De fato, as crticas s viagens internacionais do Presidente da Repblica ou de outros dirigentes parecem despropositadas. Tanto o governo como a oposio devem reposicionar os interesses brasileiros num mundo em plena mutao. O problema que se coloca de outra natureza e se resume numa interrogao pouco formulada na campanha presidencial: quais devem ser os rumos de nossa diplomacia? (Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptaes) d) o conectivo Tanto...como(l.4-5) for substitudo por No s ... mas tambm, o verbo seguinte pode ser empregado no plural, devem(l.5), ou no singular, deve. A banca considerou CORRETO este item, ou seja, a partir dessa questo, podemos afirmar que o entendimento da ESAF que, em sries aditivas enfticas, o sujeito poder facultativamente se flexionar no singular ou no plural, com ou sem pausa (vrgula). Precisaramos analisar como se comportam as demais bancas, mas algumas passam ao largo da discusso e no exploram questes como essa. 1.e) Ligado por COM : verbo concorda com o antecedente do COM ou vai para o plural, entendendo que formam um sujeito composto. O professor, com os alunos, resolveu o problema. O maestro com a orquestra executaram a pea clssica. A opo por uma ou outra flexo livre, mas no indiferente. Vai depender da nfase que se queira dar. O plural destaca o conjunto dos elementos, com idia de cooperao, enquanto que o singular enfatiza somente um deles. Se a inteno for realar apenas um dos ncleos, o verbo concorda com ele. Neste caso, como nos ensina Rocha Lima, o segundo sujeito (ligado pela preposio com) posto em plano to inferior que se degrada simples condio de um complemento adverbial de companhia. A vrgula, neste caso, facultativa. A carta com o documento foi extraviada.

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1.f) Ligado por OU: verbo no singular ou plural, dependendo do valor do OU. Se for alternativo, com idia de excluso dos demais, o verbo fica no singular. Valdir ou Leo ser o goleiro titular. Tambm permanece no singular se a conjuno ou exprimir equivalncia, de tal forma que o verbo possa se dirigir a qualquer dos elementos. Um cardeal, ou um papa, enquanto homem, no mais do que uma pessoa. (MANUEL BERNARDES) Se o valor da conjuno for aditiva, de modo que a ao possa abranger todos os sujeitos, indistintamente, o verbo vai para o plural. Alegrias ou tristezas fazem parte da vida.(tanto umas como outras) O mesmo acontece quando um dos elementos j se apresenta no plural. O policial ou os populares poderiam ter prendido o perigoso assassino.

1.g) Ligado por NEM: segue o mesmo raciocnio que o caso 1.f (sujeito composto ligado por OU) verbo pode ficar no plural ou no singular. Nem Paulo nem Maria conquistaram a simpatia de Joana.(valor aditivo) Nem Ciro nem Enas ser eleito presidente.(valor alternativo ou excludente) Nesses dois ltimos casos (1.f e 1.g - sujeito composto ligado por OU / NEM), havendo, entre os sujeitos, algum expresso por um pronome reto, devemos seguir a regra 1.c (primazia das pessoas 1. e 2): Nem meu primo, nem eu freqentamos tal sociedade.(1 p.plural)

1.h) Resumido com pronome indefinido: o verbo concorda com o pronome, que exerce a funo de aposto resumitivo. Esse um caso de concordncia especial, em que o verbo concorda, no com o sujeito (todos os elementos), mas com o aposto (pronome indefinido). Jovens, adultos, crianas, ningum podia acreditar no que acontecia.

1.i) Modificado pelo pronome CADA: quando o pronome indefinido cada seguido por substantivo ou pronome substantivo, o verbo fica na 3 pessoa do singular. Cada homem, cada mulher, cada criana ajudava os flagelados.

Caso 2 - Sujeito constitudo por: 2.a) Um e outro. O verbo no singular ou plural, indiferentemente. Um e outro mdico descobriu(ram) a cura do mal. Nem um nem outro problema propostos foi(ram) resolvido(s). Estude este ponto juntamente com o caso 1.6 da Aula 3 (concordncia nominal com um e outro) 2.b) Um ou outro. Em funo da presena da conjuno ou, h nessa construo um valor excludente, que leva o verbo para o singular.

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Um ou outro candidato ser aprovado. 2.c) Nem um nem outro POLMICA VISTA. A posio majoritria no sentido de manter o verbo no SINGULAR, como ocorre com um ou outro: - EVANILDO BECHARA (em Lies de Portugus pela Anlise Sinttica): Com nem um nem outro continua de rigor o singular para o substantivo e o verbo se por no singular: Nem uma coisa nem outra necessria. - CELSO CUNHA E LINDLEY CINTRA: As expresses um ou outro e nem um nem outro, empregadas como pronome substantivo ou como pronome adjetivo, exigem normalmente o verbo no singular: Nem um nem outro havia idealizado previamente este encontro. - ROCHA LIMA: Tambm a expresso nem um, nem outro, seguida ou no de substantivo, exige o verbo no singular (s excepcionalmente se encontrar o verbo no plural): Nem um nem outro havia idealizado previamente esse encontro (pode parecer incrvel, mas o mesmo exemplo de TASSO DE OLIVEIRA apresentado nas duas obras citadas com divergncia no emprego do pronome demonstrativo este / esse). Precisamos, contudo, registrar o posicionamento divergente de DOMINGOS PASCHOAL CEGALLA em Novssima Gramtica da Lngua Portuguesa: Um e outro / Nem um nem outro o sujeito sendo representado por uma dessas expresses, o verbo concorda, de preferncia, no plural. Exemplos: Depois nem um nem outro acharam novo motivo para dilogo (Fernando Namora)/ Nem uma nem outra foto prestavam (ou prestava). Voc pode estar se perguntando por que eu citei todas essas posies doutrinrias. A resposta simples: como nosso curso amplo, voltado para as diversas bancas examinadoras do pas, caber ao candidato seguir o gramtico mencionado na bibliografia. Em provas realizadas por bancas como a FCC, ESAF, que no oferecem indicao bibliogrfica, deve seguir a posio majoritria, tomando sempre o cuidado de analisar todas as opes. 2.d) Expresses partitivas ou quantitativas (a maioria de, grande parte de, grande nmero de), seguidas de nome plural: Em expresses que indicam uma parte de um todo (por isso chamadas de termos ou expresses partitivas), o verbo pode concordar com o ncleo do sujeito (maioria, parte, metade), ficando no singular, ou com o especificador (substantivo que se segue). Assim, pode-se destacar o conjunto (singular) ou os elementos desse conjunto (plural). Neste ltimo caso, realiza-se a concordncia ideolgica (com a idia). A maioria dos candidatos conseguiu/conseguiram aprovao.

2.e) Coletivo geral: A idia que o substantivo coletivo j exerce a funo agregativa, ou seja, contm o valor de conjunto, deixando o verbo no singular. O povo escolher seu governante em 15 de novembro.

2.f) Expresses que indicam quantidade aproximada (cerca de, perto de, mais de) seguida de numeral: Nesses casos, o verbo concorda com o numeral que acompanha o substantivo. Mais de um jogador foi criticado pela crnica esportiva.

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Cerca de dez jogadores participaram da briga. Esse um dos casos em que o portugus se afasta completamente da lgica. Enquanto mais de um jogador (que indica, no mnimo, dois) mantm o verbo no singular (mais de um jogador foi criticado), a expresso menos de dois levaria o verbo para o plural (menos de dois jogadores foram criticados), mesmo que indique ser UM JOGADOR! Se houver idia de reciprocidade ou a expresso for repetida, o verbo fica obrigatoriamente no plural. Mais de um torcedor agrediram-se. Mais de um candidato, mais de um fiscal se queixaram da extenso da prova (exemplo de BECHARA em Lies de Portugus pela Anlise Sinttica)

Veja uma questo de prova que brincou com esse conceito. (NCE UFRJ / BNDES/ 2005) A lngua portuguesa e os conhecimentos matemticos nem sempre esto de acordo. A frase abaixo em que a concordncia verbal contraria a lgica matemtica : (A) 50% da torcida brasileira gostaram da seleo; (B) mais de trs jornalistas participaram da entrevista; (C) menos de dois turistas deixaram de participar do passeio; (D) so 16 de outubro; (E) participaram do congresso um e outro professor. O gabarito foi letra C. Mesmo que o sujeito apresente a idia de UM TURISTA (menos de dois s pode ser um!), por concordar com o numeral que acompanha a expresso (menos de dois turistas), o verbo deve ser flexionado no plural deixaram de participar. Note que, na opo B, foi respeitada a idia de plural (mais de trs), caso em que o verbo foi para o plural para concordar com o numeral (trs). Em relao opo E, vimos que, com a expresso um e outro, o verbo tanto pode ir para o plural como ficar no singular (participou/ participaram um e outro professor). Os demais casos de concordncia sero vistos mais adiante (nmero percentual e verbo ser). 2.g) Pronomes (indefinidos ou interrogativos) - no singular, seguidos de pronome: verbo no singular, concordando com o pronome. Qual de ns ser escolhido? - no plural, seguidos de pronome: o verbo concorda com o pronome pessoal ou vai para a 3 pessoa do plural. Poucos dentre eles sero chamados pelo Exrcito. Alguns de ns seremos / sero eleitos.

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O que est em jogo a inteno do autor em incluir, na ao, a figura representada pelo pronome. Compare: Alguns de ns sabem o resultado do jogo. Alguns de ns sabemos o resultado do jogo. Pergunta-se: em qual dos dois casos est clara a incluso do autor da frase no grupo de pessoas que sabe o resultado do jogo? Resposta: no segundo caso, indicada essa circunstncia pela desinncia verbal (sabemos). 2.h) Pronome QUEM: A concordncia vai depender da classificao da palavra QUEM. Se o verbo ficar na 3 pessoa do singular, indica-se que a palavra um pronome indefinido. Se for realizada a concordncia com seu antecedente, entende-se que se trata de um pronome relativo, assim como acontece com o pronome relativo QUE (caso 2.i). Sou eu quem pago o seu salrio. Sou eu quem paga o seu salrio. Nas oraes interrogativas iniciadas pelos pronomes QUEM, QUE, O QUE, o verbo SER concorda com o nome ou pronome que vier depois (BECHARA, op.cit.). Quem so os culpados? Que so os sonhos? O que seremos ns sem f?

2.i) Pronome relativo QUE na funo de sujeito: verbo concorda com o antecedente. No fui a aluna que chegou primeiro. Dos sonhos que me atordoam, esse o mais recorrente. Pronome relativo assim chamado por fazer referncia a algum outro termo (substantivo, pronome substantivo, orao substantiva) j mencionado anteriormente (ANTECEDENTE). Nas duas passagens, o que um pronome relativo. O pronome relativo d incio a uma orao que atribui a esse antecedente uma caracterstica, estado ou condio. Por esse motivo, a orao iniciada pelo pronome relativo uma orao subordinada adjetiva. Assim, conclumos que SEMPRE UM PRONOME RELATIVO D INCIO A UMA ORAO ADJETIVA. Quando esse pronome relativo exerce a funo sinttica de sujeito da orao adjetiva, para respeitar as regras de concordncia, deve-se observar a qual termo o pronome relativo est se referindo, e com ele ser feita a concordncia verbal. Em outras palavras, como se o pronome relativo fosse o CHEFE SUBSTITUTO. Na orao adjetiva, o pronome que exerce a funo de sujeito, mas a concordncia feita com o elemento que ele substitui na orao (o CHEFE de verdade o antecedente). Assim, funciona como se o pronome relativo dissesse ao verbo: Olha aqui, voc me respeita, pois aqui eu sou o sujeito. No entanto, s estou aqui substituindo

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aquele l. Ento, se voc quiser saber o que fazer, se vai para o plural ou para o singular, vai perguntar para ele.... Veja como esse assunto foi tratado em uma questo de prova.

(FCC/TRT 24 Regio/2006) (B) As maravilhas da geologia, da fauna e da flora do Brasil Central representa um paraso que no foram feitas para o turismo de massas de visitantes. Este item foi considerado INCORRETO. H, nessa passagem, dois erros de sintaxe de concordncia. Primeiro erro: em As maravilhas da geologia, da fauna e da flora do Brasil Central o ncleo do sujeito maravilhas. O verbo deve, pois, concordar com ele e ir para o plural representam (caso clssico). Em seguida, o segundo erro: o pronome exerce a funo de sujeito. Como seu antecedente o substantivo paraso, com ele devem o verbo e o adjetivo da orao adjetiva (foram feitas) ficar em harmonia. Nota-se, a, o deslize de concordncia: a forma correta seria no singular e, no caso do adjetivo, masculino: As maravilhas da geologia, da fauna e da flora do Brasil Central representam um paraso que no foi feito para o turismo de massa de visitantes. E, j que estamos falando em pronome relativo, vamos tratar de mais dois casos que envolvem esse termo. 2.j) Um dos (...) que: O verbo pode concordar com um, permanecendo no singular, ou com o complemento, flexionando-se no plural. Essa faculdade permite que se d nfase ao elemento individual (singular) ou aos elementos que compem o grupo (plural). Ele foi um dos alunos desta classe que resolveu / resolveram o problema. Seu filho foi um dos que chegou / chegaram tarde.

2.l) Com a expresso o que a concordncia se faz com o pronome relativo que. O que falta so recursos. O sujeito, nesse caso, no recursos, mas o pronome relativo que (a coisa que falta). J o verbo ser respeita as regras mais adiante expostas (caso 5). Vejamos como foi abordado o assunto em prova: (FCC/TCE SP/2005) O que se ...... (SEGUIR) concentrao de renda, do desemprego e da excluso social so as manifestaes violentas dos maiores prejudicados. A concordncia do verbo da lacuna deve ser feita com que (pronome relativo). Assim, o verbo conjugado na 3 pessoa do singular, independentemente do nmero (singular ou plural) do elemento que vem aps o verbo ser O que se segue (...) so as manifestaes violentas.... O verbo que preenche a lacuna fica no singular, pois.

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Alm da concordncia com a expresso o que, um dos casos de concordncia mais especiais, e que merece o nosso comentrio, com o verbo ser (... so as manifestaes...). Mais adiante, trataremos da concordncia com o verbo SER (caso 5). 2.m) Palavras sinnimas: O verbo concorda com o mais prximo (preferncia) ou fica no plural. A tica ou a Moral preocupa-se com o comportamento humano. A msica e a sonoridade sempre nos diz / dizem algo. Observao: Expressando uma gradao, mantm-se o verbo no singular: Um gesto, um olhar, um aperto de mo bastaria. Deste modo, a nfase recai no ltimo elemento, que representa a srie. 2.n) Verbos no infinitivo substantivado: verbo no singular. Estudar e trabalhar engradece o homem. (O fato de...) Se vierem determinados ou forem antnimos - verbo no plural. O falar e o escrever caracterizam um sbio. Rir e chorar fazem parte da vida.

2.o) Nmero percentual - pode concordar com o numeral ou com o termo posposto. 80% da populao acreditam (oitenta) / acredita (populao) na moeda. Dez por cento das pessoas declaram Imposto de Renda. (A nica forma plural dez e pessoas) Se vier determinado, vai para o plural. Os 10% mais ricos do Brasil possuem a maior parte da renda. Voltando ao exemplo do caso 2.f: 50% da torcida brasileira gostaram da seleo, o verbo poderia ir para o plural (como foi apresentado na opo, concordando com o numeral) ou ficar no singular, concordando com o complemento (torcida). Caso 3 - Verbo acompanhado da palavra SE Agora, iremos ver um dos casos mais recorrentes em questes de provas, especialmente da Fundao Carlos Chagas e ESAF construo de voz passiva pronominal. 3.a) SE = pronome apassivador: verbo concorda com o sujeito paciente. Na aula sobre VERBOS (Aula 2), vimos que, na voz passiva pronominal (ou sinttica), o verbo TRANSITIVO DIRETO ou DIRETO E INDIRETO, quando acompanhado do pronome SE, deve concordar com o sujeito paciente (que est sublinhado nos exemplos abaixo). Viam-se ao longe as primeiras casas.

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Ofereceu-se um grande prmio ao vencedor da corrida. Assim, para confirmao dessa passividade, temos de fazer duas perguntas: 1 O verbo transitivo direto (TD) ou transitivo direto e indireto (TDI)? 2 Existe uma idia passiva na construo? Se ambas as respostas forem SIM, estamos diante de uma construo de voz passiva e, ento, o verbo dever se flexionar de acordo com o sujeito paciente (mais precisamente com o seu ncleo). Veja uma questo de prova que abordou o assunto. (FCC / TCE SP / Dezembro 2005) Analise a afirmao: (E) Ainda que se vejam as fogueiras e se ouam os gritos dos manifestantes, no h sinais de medidas que levem soluo da crise social que a tantos vitima.

Este item est CORRETO. Logo no primeiro perodo, junto ao verbo ver (que TRANSITIVO DIRETO), h o pronome se. Quando um verbo de transitividade direta ou direta e indireta estiver acompanhado do pronome se, podemos estar diante de uma construo de voz passiva. Para confirmarmos essa passividade, teremos de fazer aquelas duas perguntinhas: 1 Os verbos apresentam transitividade direta (TD) ou direta e indireta (TDI)? SIM (algum v / ouve alguma coisa). 2 Existe uma idia passiva na construo? SIM, existe idia passiva (as fogueiras so vistas e os gritos so ouvidos). Como ambas as respostas foram SIM, estamos diante de construes de voz passiva e, ento, os verbos devero se flexionar de acordo com os sujeitos pacientes (mais precisamente com seus ncleos). No primeiro caso, o sujeito est representado por as fogueiras, cujo ncleo est no plural (fogueiras). Desse modo, o verbo dever ficar no plural, como, alis, se apresentou. Em seguida, o ncleo gritos, tambm no plural, tendo sido apresentada a correta flexo verbal. Portanto, essa assertiva apresenta correo gramatical. Temos nessa questo alguns outros exemplos de concordncia: com o verbo HAVER (impessoal), a ser estudado a seguir, e, em duas passagens, com o pronome relativo que, recentemente estudado. O pronome relativo exerce a funo de sujeito nas duas oraes adjetivas (que levem soluo da crise social e que a tantos vitima). Na primeira, tem por antecedente o substantivo medidas (medidas que levem soluo), o que justifica a flexo verbal no plural. Na segunda, o referente a palavra crise, deixando o verbo vitimar no singular (crise social que a tantos vitima). Perfeita est a construo.

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Voc precisa treinar bastante este tipo de questo (concordncia com verbos em voz passiva pronominal), pois, especialmente nas provas da FCC e da ESAF, esse tpico reiteradamente explorado. Vamos, ento, analisar um item de questo elaborada pela ESAF. (TCE ES/2001 - adaptada) Na rede esperam-se servio nota 1000 - ou nada aqum disso. Houve um erro de sintaxe de concordncia. O verbo esperar est acompanhado do pronome se. Devemos, ento, analisar se forma voz passiva e se a concordncia do verbo em relao ao sujeito foi respeitada. Vamos passo a passo: 1 o verbo esperar, na construo, transitivo direto ou direto e indireto? SIM o verbo esperar transitivo direto (Algum espera alguma coisa) 2 H idia passiva na construo? SIM O servio nota 1000 esperado pelo consumidor. Podemos, ento, concluir que se trata de uma construo de voz passiva pronominal, devendo o verbo estar de acordo com o sujeito paciente (ncleo = servio). A construo correta, portanto, seria Na rede, espera-se servio nota 1000). 3.b) SE = ndice de indeterminao do sujeito: verbo sempre na 3 pessoa do singular. Usa-se construo de sujeito indeterminado quando no se sabe - ou no se quer dizer quem o agente da ao verbal. Tambm usado em oraes de sentido genrico, vago. So duas as formas de construo do sujeito indeterminado: Forma 1 - o verbo (exceto transitivo direto ou direto e indireto) permanece na 3 pessoa do singular acompanhado do pronome se (ndice / partcula de indeterminao): Necessitava-se, naqueles dias, de novas esperanas. (verbo transitivo indireto) Estava-se muito feliz com o resultado das provas. (verbo de ligao) Morria-se de tdio nas noites de inverno.(verbo intransitivo) Forma 2 o verbo (qualquer que seja sua transitividade na construo), sem o pronome, fica na 3 pessoa do plural: Desviaram dinheiro dos cofres pblicos. Bateram na porta. Falaram mal de voc. No primeiro caso, a exemplo do que ocorre na voz passiva, o verbo est acompanhado do pronome SE. Voc dever saber se este pronome tem funo apassivadora ou indeterminadora do sujeito. A chave desse mistrio est na transitividade do verbo. Analise, agora, uma opo de prova, apresentada pela Fundao Carlos Chagas:

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(TRE AP Analista Judicirio / Janeiro 2006) As "operaes" a que se aludem nessa crnica referem-se reduo de uma cabea humana a propores mnimas.

Um verbo acompanhado do pronome SE pode formar voz passiva (verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos) ou construo de sujeito indeterminado. J em primeira anlise, podemos constatar que o verbo aludir no poderia se submeter a uma construo passiva, pois transitivo indireto: Algum alude a alguma coisa. Diante dessa impossibilidade, conclumos que se trata de uma construo com sujeito indeterminado, devendo o verbo ficar na 3 pessoa do singular (Forma 1): As "operaes" a que se alude nessa crnica .... Este item estava, pois, INCORRETO. As bancas adoram um verbo transitivo indireto para esse tipo de questo: tratarse de. Veja como recentemente j caiu em uma prova da ESAF: (AFRF/ 2005) Assinale a opo que constituiria, de maneira coerente com a argumentao e gramaticalmente correta, uma possvel resposta para a pergunta final do texto. d) Segundo alguns pensadores modernos, no se tratam de projees utpicas os empreendimentos culturais e sociais que renovam valores modernistas, enriquecendo saberes especializados. Observe que o verbo tratar foi indevidamente flexionado. Ele um verbo transitivo indireto, regendo a preposio DE. Por fazer parte de uma construo com sujeito indeterminado, o verbo deve ficar na 3 pessoa do singular. A forma correta, portanto, seria no se trata de projees utpicas. Caso 4 - Verbos impessoais So IMPESSOAIS, ou seja, no possuem SUJEITO, os verbos que indicam fenmenos da natureza (Chove l fora.); verbo HAVER indicando existncia (H muitas pessoas na sala.) ou tempo (H muito tempo no o vejo.); os verbos FAZER, IR, indicando tempo (Faz muito tempo que no o vejo./ Vai pra dez anos que no o vejo.). Como no possuem sujeito (casos de orao sem sujeito), os verbos ficam neutros, na 3 pessoa do singular. Durante o inverno, nevava muito. Ainda havia muitos candidatos para a Universidade. Ontem fez dez anos que ela se foi. Vai para dez meses que tudo terminou.

Como vimos na aula sobre verbos, deve ser respeitada a correlao entre o verbo impessoal que denota tempo decorrido e o verbo principal da orao correspondente. H muito tempo ele est sem dormir. (Ele ainda permanece nesse estado)

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Havia muito ele no via seu pai. (Tal situao no persiste pertence ao passado. Por isso, ambas construes verbais so conjugadas no pretrito). So inmeras as questes de prova, especialmente de bancas como FCC, CESGRANRIO, UFRJ, que abordam a concordncia com verbos impessoais. Agora, veremos uma dessas questes.

(NCE UFRJ / ADMINISTRADOR PIAU / 2006) 13 - Haver milhes de pessoas com Aids; a alternativa abaixo em que a substituio da forma do verbo haver est gramaticalmente INCORRETA : (A) dever haver; (B) poder haver; (C) poder existir; (D) existiro; (E) devero existir.

Dessa vez, a banca explorou a diferena entre os verbos HAVER e EXISTIR, em locues verbais. Enquanto o verbo EXISTIR possui sujeito, o verbo HAVER impessoal, e o que se lhe segue exerce a funo de complemento verbal. Assim, na orao Haver milhes de pessoas com Aids, a expresso milhes de pessoas com Aids o objeto direto, devendo o verbo, por ser IMPESSOAL, permanecer inalterado na 3.pessoa do singular (Haver). As formas das opes (A) e (B) apresentam locues verbais, em que o verbo HAVER funciona como verbo principal. Essa lio fez parte de nossa aula 2. Nesses casos, o verbo auxiliar (respectivamente DEVER e PODER) devem seguir as ordens do principal, mantendo-se inalterados na 3.pessoa do singular (dever haver / poder haver). As opes (C), (D) e (E) trocam o verbo HAVER pelo verbo EXISTIR. Apesar de semanticamente idnticos, o tratamento a ser dispensados aos verbos totalmente diferente. O que exercia a funo de complemento do verbo HAVER passa a ser o sujeito do verbo EXISTIR. Como a expresso est no plural (milhes de pessoas), o verbo EXISTIR ir tambm para o plural, conforme foi apresentado na opo (D): existiro. O mesmo ocorre em locues verbais, em que o verbo auxiliar dever se flexionar: (C) podero existir e (E) devero existir. Nota-se, assim, a incorreo do item (C), apontado como gabarito da prova. Caso 5 - Verbo SER Esse um verbo bastante especial. Para comear, admite a concordncia, no s com o sujeito (regra geral), mas tambm com seu complemento (predicativo do sujeito). Vejamos caso a caso. 5.a) Expresses que indicam tempo, distncia, datas, horas: concorda com o predicativo.

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Hoje dia trs de outubro, pois ontem foram dois e o amanh sero quatro. Daqui at o centro so dez quilmetros. uma hora e quinze minutos.

5.b) Com expresses muito , pouco , bastante , mais de - quando denotarem idia de preo, quantidade, medida, o verbo fica no singular. Se vier determinado, ir se flexionar.

Dez feijoadas era muito para ela. Vinte milhes era muito por aquela casa. As dezenas de famlias que pediam socorro eram poucas diante do universo de miserveis.

5.c) Em predicados nominais - Por estabelecer uma relao entre o sujeito e o seu predicativo, a concordncia pode se dar tanto com o primeiro quanto com o segundo elemento. H, contudo, algumas regras que prevalecem sobre essa faculdade. Algumas dessas regras j foram apresentadas no caso 1.c (pronomes pessoais). Qualquer que seja a sua funo sinttica (sujeito ou predicativo), prevalece a concordncia com o elemento que estiver representado por: 1 PRONOME PESSOAL RETO: Todo eu era olhos e corao. (Machado de Assis) 2 PESSOA, em detrimento de outro que seja COISA (substantivo, pronome substantivo, orao substantiva): Ovdio muitos poetas ao mesmo tempo, e todos excelentes. (A.F.Castilho). Havendo elementos personativos em ambas as funes (PESSOA x PESSOA), a concordncia facultativa com o sujeito ou com o predicado, a no ser que em um deles haja um pronome pessoal, caso em que prevalece a concordncia com este elemento (recai na 1 regra de prevalncia). O homem sempre foi suas idias. (pessoa x coisa = PESSOA) Santo Antnio era as esperanas da solteirona. (pessoa x coisa = PESSOA) Ele era os meus sonhos. (pronome reto x coisa = PRONOME RETO) O professor sou eu. (coisa x pronome reto = PRONOME RETO) Quando os dois elementos (do sujeito e do predicativo) forem COISAS (substantivos, oraes substantivas ou pronomes substantivos, como TUDO, NADA, ISSO, AQUILO), a concordncia facultativa, dando-se preferncia concordncia com o elemento no plural, por questo de eufonia: A casa era / eram runas. O mundo / so iluses. O problema era / eram os mveis. Hoje, tudo / so alegrias eternas. Em resumo, na concordncia verbal com o verbo ser, em predicados nominais:

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entre PRONOME RETO x COISA/PESSOA prevalece PRONOME RETO; entre PESSOA x COISA prevalece PESSOA; entre COISA x COISA concordncia facultativa, PREFERNCIA para o termo no plural.

Voltemos, agora, ao exemplo apresentado no item 2.l:

(FCC/TCE SP/2005) O que se ...... (SEGUIR) concentrao de renda, do desemprego e da excluso social so as manifestaes violentas dos maiores prejudicados. De um lado, temos uma orao (COISA): O que se segue concentrao de renda, do desemprego e da excluso social. De outro, tambm COISA: as manifestaes violentas dos maiores prejudicados. Nesse caso, a concordncia facultativa, dando-se PREFERNCIA ao elemento no plural. Essa a justificativa para a flexo no plural do verbo ser na questo. Ele concorda com o predicativo do sujeito por estar no plural concordncia preferencial. 5.d) Com a expresso que A expresso de realce que, em que os dois elementos se apresentam juntos, invarivel, devendo o verbo concordar com o substantivo ou pronome que a precede, pois so eles efetivamente o seu sujeito. Vamos transcrever a lio e o exemplo apresentados por Celso Cunha e Lindley Cintra, em Nova Gramtica do Portugus Contemporneo: A locuo que invarivel e vem sempre colocada entre o sujeito da orao e o verbo a que ele se refere. Assim: Jos que trabalhou, mas os irmos que se aproveitaram do seu esforo.. Por ter mera funo de realce, pode ser retirada sem que acarrete prejuzo ao perodo: Jos trabalhou, mas os irmos se aproveitaram do seu esforo.. E continuam os professores: uma construo fixa, que no deve ser confundida com outra semelhante, mas mvel, em que o verbo ser antecede o sujeito e passa, naturalmente, a concordar com ele e a harmonizar-se com o tempo dos outros verbos. Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo: Jos que trabalhou, mas foram os irmos que se aproveitaram do seu esforo. Ou este: Foi Jos que trabalhou, mas os irmos que se aproveitaram do seu esforo. Assim, quando o que estiver juntinho, no se modifica uma expresso denotativa e, portanto, invarivel (voc ainda se lembra daquele quadro das classes de palavras? Pois esto l do lado das INVARIVEIS as palavras denotativas).

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Se a expresso se separar, ficando um dos elementos antes do sujeito, com ele deve o verbo SER concordar (Foi Jos que trabalhou). 5.e) com pronomes interrogativos QUE/QUEM/O QUE - o verbo SER concorda com o nome/pronome que vem aps. Sei que este ponto j foi mencionado no caso 2.i, mas por que no repeti-lo? Quem so os culpados? Quem s tu?

Caso 6 - Verbo DAR Verbo dar (bater e soar) + hora(s): segue a regra geral, concordando com o sujeito. Deram duas horas no relgio do campanrio. (sujeito = duas horas; neste caso, o verbo intransitivo) Deu duas horas o relgio da igreja. (sujeito = o relgio da igreja; o verbo transitivo direto, com duas horas como complemento verbal)

Caso 7 - Sujeito com nome prprio plural 7.a) Topnimos Caso clssico de concordncia verbal com topnimos - nomes prprios que indicam lugares. - com artigo singular ou sem artigo Caso o topnimo no exija o artigo, mesmo sendo representado por um nome no plural, ou esteja acompanhado de artigo no singular, indicando a omisso de um substantivo (rio, municpio), o verbo ficar na 3 pessoa do singular. Bruxelas a capital da Blgica. Minas Gerais o estado mais elevado do pas, com 57% das terras acima dos 600 metros de altitude (voc sabia???). O Amazonas desgua no Atlntico. Minas Gerais exporta minrios. - com artigo plural Os topnimos que estiverem acompanhados de artigos flexionam os verbos e pronomes a ele correspondentes no plural. Estados Unidos (da Amrica) um exemplo de topnimo que SEMPRE vem precedido de artigo definido masculino plural (Eu vou para os Estados Unidos. / Eu morei nos Estados Unidos.). Por conseqncia, quando exerce a funo de sujeito, obriga a flexo do verbo no plural. Isso acontece mesmo que esteja representado por sua sigla (EUA), motivo que levou anulao de uma questo de prova da ESAF (a prxima a ser comentada).

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O mesmo acontece com qualquer outro nome precedido de artigo definido (Os Emirados rabes Unidos consistem de uma federao de sete emirados localizados no Golfo Prsico.). Os Estados Unidos enviaram tropas zona de conflito.

7.b) Obras O mesmo acontece com qualquer outro nome prprio precedido de artigo definido Os Lusadas narram as conquistas portuguesas. Se o ttulo da obra estiver entre aspas, o verbo fica no singular. Grandes Sertes Veredas um clssico nacional.

(ESAF/AFC STN/2000) Assinale a opo que apresenta erro de morfologia ou de concordncia verbal. a) A diferena entre as taxas de crescimento dos Estados Unidos, do Japo e da Europa, no longo prazo, um indcio do descompasso da economia global. Apesar das alegaes europias de que os mercados esto subestimando o euro, a moeda continua flutuando pouco acima de sua mais baixa cotao, 93 centavos de dlar. b) O iene est pouco abaixo de seu pico diante do dlar e permanece prximo de seu teto histrico ante o euro. Com resultados aqum dos desejados, Japo e Europa vm a exuberncia econmica dos Estados Unidos como uma ameaa - o que no errado. c) Em 98 e 99, a economia dos Estados Unidos cresceu cerca de 4% ao ano, enquanto as trs principais economias da zona do euro - Alemanha, Frana e Itlia - atingiram 2%, 3% e 2% ao ano, respectivamente, no perodo. O Fundo Monetrio Internacional prev que os trs pases cresam cerca de 3% este ano. d) Com esse resultado, a Europa no mais vista como causa de debilidade. Agora o ritmo do crescimento europeu to rpido que uma interveno do Banco Central Europeu - elevando as taxas de juros - apenas uma questo de tempo. e) Isso deixa o principal fardo da remoo dos desequilbrios econmicos aos cuidados do EUA, que precisam reduzir o ritmo de seu crescimento (hoje perto de 6% ao ano). A diferena entre os ciclos econmicos na Europa, Estados Unidos e Japo traz o fantasma da crise mundial.

Inicialmente, a banca apresentou como gabarito a opo B. Em Japo e Europa vm a exuberncia econmica dos Estados Unidos como uma ameaa, o que se registrou foi a 3 pessoa do plural do verbo vir: vm. Contudo o contexto indica ser, na verdade, o verbo ver (a exuberncia vista pelo Japo e Europa...), cuja flexo apresenta a forma vem. O que levou anulao da questo foi o erro no emprego do artigo definido masculino singular antes da sigla EUA (Estados Unidos da Amrica), na passagem da opo e: Isso deixa o principal fardo da remoo dos desequilbrios econmicos aos cuidados do EUA,....

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Mesmo sob a forma de sigla, o artigo que deveria acompanh-lo seria o masculino plural (os EUA), j que, como vimos, esse topnimo no s exige a flexo dos seus adjuntos adnominais, como tambm da forma verbal que o tenha como ncleo do sujeito. Havia, portanto, duas respostas vlidas: B e E. Na seqncia, observe que foi respeitada a concordncia verbal. O pronome relativo que em : ... remoo dos desequilbrios econmicos aos cuidados do EUA, que precisam reduzir o ritmo de seu crescimento ... tem por antecedente EUA (Estados Unidos da Amrica), levando a locuo verbal (precisam reduzir) para o plural. Caso 8 Sujeito oracional Todo cuidado pouco em construes com sujeito oracional. Primeiramente, saber diferenciar SUJEITO ORACIONAL de LOCUO VERBAL. Em locues verbais, os dois verbos formam um conjunto, em que um deles o principal (chefe) e o outro auxilliar (pode at haver mais de um auxiliar, como vimos na aula 2). O verbo auxiliar ir se flexionar, para concordar com o sujeito, na forma que o verbo principal o faria. Quando for o caso de um sujeito oracional, o verbo correspondente dever permanecer neutro, na 3 pessoa do singular. Os verbos, nesse caso, pertencem a estruturas sintticas distintas um o sujeito (oracional) enquanto que o outro faz parte do predicado. A voc compete estudar. Nesse exemplo, o sujeito do verbo COMPETIR (o que compete a voc?) ESTUDAR. Esse sujeito oracional pode se apresentar na forma reduzida (infinitivo) ou desenvolvida (acompanhado de uma conjuno integrante). Parece que ele decidiu o que fazer. E agora: qual o sujeito do verbo PARECER (o que parece?)? Resposta: que ele decidiu o que fazer. Neste caso, o sujeito oracional vem precedido de uma conjuno, designando-se uma orao desenvolvida. Vejamos alguns casos em que este ponto foi abordado. Essa questo longa, mas vale a pena coment-la por apresentar diversas formas de sujeito oracional. (FCC /TRT 13 Regio / Dezembro 2005) O verbo entre parnteses dever ser flexionado, obrigatoriamente, numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase: (A) Mesmo que no ...... (caber) a vocs tomar a deciso final, gostaria que discutissem bem esse assunto. (B) Eles sabiam que ...... (urgir) chegarem pousada, mas no conseguiram evitar o atraso. (C) A nenhum de vocs ...... (competir) decidir quem ser o novo lder do grupo. (D) Tais decises no ....... (valer) a pena tomar assim, de afogadilho. (E) A apenas um dos candidatos ...... (restar) ainda alguns minutos para rever a prova.

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O gabarito a letra E. Esse um tipo muito comum de questo da Fundao Carlos Chagas. A flexo exigida ora no plural, ora no singular. Relembremos que o sujeito apresentado sob a forma oracional leva o verbo correspondente para a 3 pessoa do singular. Ento, vamos s opes: (A) Alguma coisa cabe a algum. Vamos perguntar, ento: o que cabe a vocs? Resposta: Tomar a deciso final cabe a vocs. Como o sujeito do verbo caber est sob a forma de orao reduzida de infinitivo (tomar), o verbo se conjuga na 3 pessoa do singular: Mesmo que no caiba a vocs tomar a deciso final, .... (B) Algo urge ( urgente). O que urge? Chegarem pousada. O verbo chegar foi flexionado por estar em correspondncia com o pronome pessoal reto j apresentado na orao principal Eles sabiam. Se esta orao reduzida do infinitivo (Chegarem...) fosse desenvolvida, ou seja, apresentada com uma conjuno, teramos: ... urge que chegassem pousada, o que comprova a flexo do verbo chegar no plural (eles). Assim, tambm, fica mais evidente a relao do verbo urgir com a orao que exerce a funo de sujeito (chegarem pousada / que chegassem pousada). Novamente, por apresentar sujeito oracional, o verbo da lacuna deve ficar no singular: Eles sabiam que urge chegarem pousada..., equivalente a Eles sabiam que isso chegarem pousada urge (era urgente). (C) O que no compete a nenhum de vocs? Decidir quem ser o novo lder do grupo. O sujeito oracional exige o verbo competir na 3 pessoa do singular:A nenhum de vocs compete decidir.... (D) Note que, muitas vezes, devemos ajeitar a orao, colocando-a na ordem direta, para realizar a anlise. Para isso, devemos partir do verbo. H dois: valer e tomar. A princpio, isso poderia causar confuso e levar a pensar que se trata de uma locuo verbal. Mas, veja bem. Quem o sujeito do primeiro verbo (valer): o que no vale a pena? Tomar tais decises. Opa! O segundo verbo faz parte do sujeito do primeiro e, portanto, no forma com ele uma locuo (cada macaco no seu galho...). Assim, essa orao reduzida de infinitivo (tomar tais decises) o sujeito do verbo valer: Tomar tais decises no vale a pena.. O verbo, portanto, fica no singular (3. pessoa) por ter um sujeito oracional. (E) Esse o gabarito da questo. O que resta? Alguns minutos. Mais uma vez, o sujeito vem posposto ao verbo, o que poderia levar o candidato a pensar que, em vez de sujeito, seria esse elemento um objeto direto. No!!! Partindo do verbo restar, colocamos a orao na ordem direta: Alguns minutos ... restam a apenas um dos candidatos.. Todo cuidado pouco em construes invertidas como essa. Caso 9 - Verbo PARECER + Verbo no infinitivo Quando possui o significado de dar a impresso, seguido de infinitivo, permite duas construes: 1 PARECER no plural e INFINITIVO no singular Nesse caso, estamos diante de um simples caso de LOCUO VERBAL, em que o verbo auxiliar se flexiona e o principal se mantm em uma forma nominal (infinitivo). Os cientistas pareciam procurar grandes segredos. (locuo verbal)

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2 PARECER no singular e INFINITIVO no plural Agora, o caso de sujeito oracional. Como vimos no tpico anterior, o verbo que possui um sujeito oracional (quer desenvolvido ou reduzido de infinitivo) se mantm na 3 pessoa do singular. Os cientistas parecia procurarem grandes segredos. (sujeito oracional) Fica estranho, no ? Mas nem sempre o que esquisito est errado. No confie no seu bom senso. O que se afirma nessa construo que ALGO (os cientistas procurarem grandes segredos) PARECIA. Desenvolvida, essa construo seria: Parecia que os cientistas procuravam grandes segredos. Para complicar a sua vida que j no nem um pouco fcil, a banca pode deslocar o sujeito da orao subordinada para antes do verbo PARECER: Os meninos parecia que queriam sair. Ai,... que coisa feia!!! Mas est CORRETO! Na verdade, o que est registrado a Parecia que os meninos queriam sair. A construo est certinha. Agora, sinceramente, atire a primeira pedra quem no teve vontade de colocar o verbo PARECER no plural... BIZU: Em qualquer dos casos, somente um dos verbos se flexiona nunca flexione os dois ao mesmo tempo. Caso 10 - Flexo do infinitivo O infinitivo uma das trs formas nominais do verbo, junto com o gerndio e o particpio. Isso vimos na aula 2 Verbos. O infinitivo pode ser IMPESSOAL (no se flexiona em nmero ou pessoa) ou PESSOAL (possui sujeito e com ele pode concordar, havendo, nesse caso, flexo de nmero e pessoa). O infinitivo PESSOAL pode se flexionar ou no, a depender da construo. Flexionar quer dizer conjugar em todas as pessoas, por exemplo: vender, venderes, vender, vendermos, venderem. 10.a) casos em que o infinitivo se flexiona obrigatoriamente SUJEITOS DIFERENTES 1. Quando o sujeito da forma nominal est claramente expresso, ou seja, o infinitivo estiver acompanhado de um pronome pessoal ou de um substantivo o nico caso de flexo obrigatria. A eleio de 2006 ser o momento de os eleitores decidirem por uma renovao do Congresso Nacional. O sujeito do verbo SER A eleio de 2006. J o sujeito de DECIDIR os eleitores. Como so sujeitos diferentes, a flexo do infinitivo obrigatria. 2. Quando se deseja indicar o sujeito no expresso a partir da desinncia verbal: Est na hora de irmos embora. Observe que, se no houvesse a indicao pela desinncia, no ficaria claro quem deveria ir embora (Est na hora de ir embora... quem vai embora????). Nesse caso, a flexo passa a ser obrigatria para definir o sujeito da forma nominal.

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10.b) casos de flexo facultativa do infinitivo SUJEITO DO INFINITIVO O MESMO DA ORAO ANTERIOR, OU SEJA, J APARECEU. Quando o sujeito do infinitivo j estiver expresso em outra orao, geralmente na orao principal, a flexo torna-se facultativa. Recomenda-se, inclusive, omitir a flexo para o texto mais enxuto e objetivo, a no ser que exista o risco de ambigidade, caso em que a flexo ser necessria para dissipar qualquer dvida (como vimos no item 2 acima). De qualquer forma, a flexo do infinitivo, nesses casos, opcional pode-se flexionar ou no, a critrio do autor.

As mulheres se reuniram para decidir/decidirem a melhor forma de conduta. As trabalhadoras discutiram uma forma de se proteger/protegerem dos abusos no ambiente de trabalho. O ministro convidou os ndios para participar/participarem do debate.

Tomando o primeiro exemplo, quem se reuniu e quem iria decidir eram as mesmas pessoas: as mulheres. Assim, como o sujeito j se encontrava expresso na orao anterior, a flexo do infinitivo tornou-se facultativa. 10.c) casos de flexo do infinitivo em voz passiva Com relao flexo do infinitivo passivo, no esquema (INFINITIVO) + PARTICPIO, h duas possibilidades: PREPOSIO + SER

1 - Quando os sujeitos das oraes so distintos e o do infinitivo vem logo aps a preposio, a flexo do infinitivo FACULTATIVA, ou seja, as duas formas flexionada ou no - esto certas, dando-se preferncia flexo verbal. Essa preferncia se d em virtude da proximidade do particpio. O objetivo coletar informaes mais precisas para ser / serem cruzadas com outros bancos de dados. Indique as providncias a ser / serem tomadas. Envio os documentos para ser / serem analisados.

2 - Prefere-se a no-flexo: a) quando o sujeito (plural) das duas oraes for o mesmo: Doenas desse tipo levam at cinco anos para ser / serem tratadas. Eles esto para ser / serem expulsos. Saram sem ser / serem percebidos. Os pedidos levaram dez dias para ser / serem analisados. b) quando se tem um adjetivo antes da preposio: So obras dignas de ser / serem imitadas. Os alimentos estavam prontos para ser / serem comercializados.

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As presas pareciam fceis de ser / serem apanhadas. Apresentamos exerccios simples de ser / serem feitos.

Observe que se trata de PREFERNCIA, a depender da nfase que o autor queira dar. No podemos tachar de certo ou errado. Ao no flexionar, valoriza-se a ao; com a flexo, d-se nfase ao sujeito que a pratica. Muitas vezes, a escolha feita por questo de eufonia ou de clareza textual. Encerramos com as palavras de Pasquale Cipro Neto e Ulisses Infante (Gramtica da Lngua Portuguesa, Editora Scipione) de que "o infinitivo constitui um dos casos mais discutidos da lngua portuguesa", e "estabelecer regras para o uso de sua forma flexionada, por exemplo, tarefa difcil", e, "em muitos casos, a opo meramente estilstica". Vamos ver, agora, uma questo de prova da ESAF que tratou desse ponto do estudo. (Auditor RN/2005) Marque a opo que no substitui corretamente o item sublinhado no texto, respeitando-se a ordem em que ocorrem. Na medida em que a dinmica da acumulao privada e a mobilidade dos capitais j no so controladas pelo Estado atravs da tributao, os direitos humanos, numa viso jurdico-positiva, encontram-se em fase regressiva. Eles podem at continuar existindo no plano legal, sobrevivendo, em termos formais, aos processos de tributao. Mas no tm mais condies de ser efetivamente implementados no plano real (se que o foram, integralmente, um dia). a) Considerando que b) por meio c) continuarem d) j no tm e) serem

O erro est na opo C, pois, em uma locuo verbal (podem continuar existindo), no se admite a flexo do verbo continuar, o segundo verbo auxiliar. O nico verbo que se flexiona o primeiro auxiliar (poder). Os demais (segundo auxiliar CONTINUAR - e verbo principal - EXISTIR) permanecem em uma das formas nominais infinitivo, gerndio ou particpio. O que nos interessa nessa questo sugesto de troca do item e, que est correta. Mas [os direitos humanos] no tm mais condies de ser efetivamente implementados no plano real. A troca pelo infinitivo flexionado (serem) vlida, pelos motivos expostos no caso 11.c / 2 / b acima. Como vimos, prefere-se a forma no flexionada, para no tornar o texto repetitivo, mas isso no causaria erro de concordncia. Esto corretas, portanto, as duas formas: no tm mais condies de ser implementados ou no tm mais condies de serem implementados. 10.d) Verbos Causativos/ Sensitivos + Pronomes Oblquos + Infinitivo

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Para comear, vamos entender o que so os verbos causativos e sensitivos. CAUSATIVOS indicam causa/conseqncia (fazer, permitir, deixar, mandar) e SENSITIVOS expressam sensaes (ouvir, sentir, ver). Quando estes verbos (causativos e sensitivos) estiverem acompanhados de PRONOME PESSOAL OBLQUO TONO (que exercem a funo de sujeito do verbo no infinitivo que lhe segue), o infinitivo, mesmo pessoal (ou seja, possuindo um sujeito) no deve ser flexionado. Estou falando grego? Ento, vamos a um exemplo para compreender. Ouvi os meninos sair/sarem. Mandei os meninos sair/sarem. Quem vai sair? Resposta: os meninos. Nesse tipo de construo, quando, no objeto direto do verbo causativo/sensitivo, houver um substantivo (nome) no h consenso entre os gramticos: h autores que exigem a flexo obrigatria (sarem), outros que indicam uma faculdade (sair/sarem tanto faz) e, por fim, os que se recusam a flexionar o infinitivo (sair). Contudo, todos os gramticos concordam em um aspecto: quando esse substantivo (nome) representado por um pronome pessoal oblquo tono (o/ os/ a/ as). Nesse caso, o infinitivo NO PODE se flexionar! Ouvi-os sair. Mandei-os sair.

Caso 11 - PODER/DEVER + SE + INFINITIVO + SUBSTANTIVO NO PLURAL Na voz passiva, quando os verbos PODER/DEVER estiverem acompanhados do pronome apassivador SE, de um verbo no infinitivo e, por fim, de um substantivo no plural, h duas formas de anlise e, conseqentemente, de construo. Pod...-se identificar duas formas de contgio. 1. POSSIBILIDADE: o verbo PODER forma com o verbo IDENTIFICAR uma locuo verbal, em que aquele atua como verbo auxiliar e este, principal. Como acontece em qualquer locuo verbal, quem se flexiona o verbo auxiliar. Observamos, tambm, que existe um pronome SE acompanhando o verbo auxiliar. Como o verbo principal TRANSITIVO DIRETO (Algum identifica alguma coisa), a locuo faz parte de uma construo de voz passiva sinttica. Quem, ento, o sujeito dessa orao (o que se pode identificar?)? Resposta: duas formas de contgio. O sujeito paciente (voz passiva) est no plural, levando o verbo auxiliar mesma flexo. A construo correta seria: Podem-se identificar duas formas de contgio. 2. POSSIBILIDADE: Agora, o verbo PODER tem como sujeito uma orao reduzida de infinitivo identificar duas formas de contgio. Equivale dizer: possvel identificar duas formas de contgio = ISSO possvel. Assim, mesmo em construo de voz passiva (o verbo PODER transitivo direto e a construo apresenta idia passiva), o verbo PODER permanece na 3 pessoa do singular por apresentar um SUJEITO ORACIONAL (caso 8). A forma correta seria: Pode-se identificar duas formas de contgio.

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Note que ambas as formas verbais (flexionada ou no) esto corretas, mas a anlise que se faz de uma diferente da da outra. Treine a anlise com mais um exemplo: 1 - Devem-se manter os animais nas jaulas. Os animais devem ser mantidos nas jaulas. construo de voz passiva = verbo auxiliar concorda com o ncleo do sujeito: animais. 2 Deve-se manter os animais nas jaulas. Deve-se [manter os animais nas jaulas] - sujeito oracional = verbo na 3 pessoa do singular.

A ESAF adora questes como essa. Vejamos como o examinador abordou em uma de suas provas. (TCE RN/2000) Marque o item em que um dos dois perodos est gramaticalmente incorreto: c) No gnero das leis federativas, possvel discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas. / No gnero das leis federativas, podem-se discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas.

Os dois perodos apresentados na opo C estavam CORRETOS. O verbo PODER, no segundo perodo, est acompanhado do pronome se (podemse discernir duas espcies bem visveis). Vamos analisar a passividade dessa construo. Ento, devemos fazer aquelas perguntas (como , ainda se lembra???): 1- verbo TD ou TDI? Sim. Se considerarmos que os verbos formam uma locuo verbal (poder discernir), a transitividade de discernir (verbo principal) DIRETA, pois significa diferenciar, distinguir, discriminar. 2 H idia passiva? Sim, duas espcies de leis federativas podero ser discernidas, ou seja, diferenciadas. Ento, trata-se de voz passiva pronominal (sinttica) e o verbo auxiliar dever se flexionar de acordo com o ncleo do sujeito paciente espcies e ir para o plural podem-se discernir. A outra possibilidade de anlise e construo seria: pode-se discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas. Neste caso, o sujeito da forma verbal pode-se a orao reduzida de infinitivo discernir duas espcies.... So formas igualmente vlidas, cada uma com uma anlise sinttica diferente. CUIDADO COM CERTAS CONJUGAES Voc precisa tomar cuidado especial quando a questo de prova envolver concordncia com os verbos derivados dos verbos pr, ter e vir. Suas formas plurais no apresentam nenhuma distino fontica em relao s formas singulares.

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Vamos l: para perceber essa coincidncia, fale alto, no ligue se a sua vizinha pensar que voc enlouqueceu depois que voc passar no concurso, ela vem puxar o seu saco...: DISPE/DISPEM, MANTM/MANTM, CONVM/CONVM... Viu s? Isso pode enganar o seu ouvido direitinho. Por isso, sempre que surgir um verbo com esse tipo de casca de banana, sublinhe, circule, desenhe uma caveira, faa qualquer coisa para perceber se a forma verbal est de acordo com o sujeito correspondente. Para encerrarmos nossa aula de hoje, veja s como pode ser maldosa uma questo assim: (ESAF/TRF/2000) Assinale a opo em que h erro gramatical. No Primeiro Reinado, as idias de justia fiscal e capacidade de contribuio, que pressupe(A) que a cada cidado deva ser cobrado o imposto de acordo com suas possibilidades, simplesmente no existiam, j que(B) no havia legislao coerente que garantisse a defesa desses princpios. Como o clero e os senhores rurais eram livres das obrigaes fiscais, os privilgios subsistiam(C). Em face do(D) baixo grau de informao, da falta de instituies independentes e da ausncia de liderana, era impossvel qualquer manifestao que fosse contrria ao(E) sistema em vigor. a) A b) B c) C d) D e) E

Mais uma vez, temos de observar a qual palavra o pronome relativo que se refere (caso 2.i). Na passagem que pressupe, o relativo que tem como antecedente o substantivo plural idias (as idias de justia fiscal e capacidade de contribuio, que pressupe...). Por isso, o verbo PRESSUPOR deve com esse substantivo no plural concordar pressupem. Olhe a um desses verbos perigosos. Foneticamente, no h diferena entre a forma singular e a plural da conjugao verbal nas terceiras pessoas (pressupe / pressupem notou alguma diferena?). Por isso, todo cuidado pouco na prova. Dificuldade maior reside quando a questo transcreve um texto e apresenta em somente uma das opes a incorreo gramatical (sem sublinhar, como nessa). Em meio a tantas possibilidades de incorreo, ainda mais com grande distncia entre o verbo e o sujeito correspondente, um erro como esse (de concordncia) pode passar despercebido aos ouvidos e retina. Felizmente, chegamos ao fim de nosso encontro de hoje (ufa!!!), mas no sem antes treinarmos os conhecimentos aqui adquiridos. Ento, mos obra. Resolva as questes extradas de diversos concursos para, s depois, ver o gabarito e ler os comentrios. Grande abrao. QUESTES DE FIXAO 1 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) Texto 4 - PERIGO REAL E IMEDIATO

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Vilma Gryzinski Veja, 12/10/2005 Desde que a era das fotografias espaciais comeou, h quarenta anos, uma nova e prodigiosa imagem se formou no arquivo mental da humanidade sobre o que o planeta no qual vivemos. Do nosso ponto de vista no universo, provavelmente no existe nada que se compare beleza desta vvida esfera azul, brilhando na imensido do espao, gua e terra entrelaadas num abrao eterno, envoltas num cambiante vu de nuvens. (...) As regras de concordncia nominal dizem que o adjetivo posposto a dois substantivos concorda com o mais prximo ou com o plural dos dois; no caso de gua e terra entrelaadas, a afirmativa correta, entre as que esto abaixo, : (A) o adjetivo tambm poderia aparecer na forma entrelaada; (B) a forma entrelaados do adjetivo tambm estaria correta; (C) se anteposto, a nica forma possvel do adjetivo seria entrelaada; (D) por coerncia lgica, a nica forma possvel do adjetivo entrelaadas; (E) o adjetivo refere-se exclusivamente ao substantivo gua.

2 - (NCE UFRJ / ANALISTA FINEP / 2006) Assinale a alternativa em que a concordncia nominal NO adequada: (A) A temperatura do Sol obrigava a cuidado e proteo obrigatria; (B) A temperatura do Sol obrigava a cuidado e proteo obrigatrios; (C) A temperatura do Sol obrigava a cuidado e proteo foradas; (D) A temperatura do Sol obrigava a obrigatrio cuidado e proteo; (E) A temperatura do Sol obrigava a obrigatria proteo e cuidado. 3 - (NCE UFRJ / ANALISTA FINEP / 2006) A elevao da temperatura no terceiro planeta do sistema solar tornar invivel a sobrevivncia de qualquer criatura; sobre os aspectos da concordncia nominal e verbal dessa frase, podemos dizer que: (A) o adjetivo invivel concorda com criatura; (B) a forma verbal tornar concorda com o sujeito posposto; (C) o pronome qualquer invarivel; (D) o numeral terceiro no concorda com o substantivo planeta; (E) no plural, quaisquer criaturas no modificaria a forma do adjetivo invivel. 4 - (FUNDAO JOO GOULART/PGM RJ/2004) H m construo gramatical quanto concordncia em: A) Os mdicos consideravam inevitvel nos pacientes pequenas alteraes psicolgicas. B) As internaes por si ss j causam certos distrbios psicolgicos aos pacientes. C) Uma e outra alterao psicolgica podem afetar os pacientes hospitalizados.

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D) Distrbios e alteraes psicolgicos so normais em pacientes hospitalares. 5 - (FGV/PREF.ARAATUBA/2001) A alternativa correta quanto concordncia nominal A. A empregada mesmo viu tudo. B. J fiz isso bastante vezes. C. Passado a crise, voltaram. D. As frutas chegaram meio estragadas. 6 (ESAF / AFC STN / 2000) Marque o segmento do texto que contm erro de estruturao sinttica. a) Se algum tinha alguma dvida quanto retomada do crescimento econmico, os ltimos dados divulgados pelo IBGE e pela Confederao Nacional da Indstria se encarregaram de sepult-las. b) Todos os indicadores disponveis confirmam uma forte reao na produo industrial brasileira, que comeou ainda no ano passado, mas ganhou maior fora nos primeiros meses do ano 2000. c) A produo em fevereiro cresceu 16% em comparao com o mesmo ms do ano passado, enquanto as vendas cresceram 18%. d) Em uma perspectiva mais longa, que analisa a produo nos ltimos 12 meses, houve um crescimento de 1,4%, invertendo uma seqncia de resultados negativos que se arrastavam desde agosto de 1998. e) Em fevereiro, foram criados 18.000 novos postos no mercado formal, segundo dados do Ministrio do Trabalho. (Andr Lahz, com adaptaes) 7 - (NCE UFRJ / Guarda Municipal /2002) Assinale o item que est de acordo com as normas gramaticais. a) O fato nada teve a haver com o assalto ocorrido a cerca de 10 dias; b) O fato nada teve a ver com o assalto ocorrido h cerca de 10 dias; c) O fato nada teve a haver com o assalto ocorrido h cerca de 10 dias; d) O fato nada teve a haver com o assalto ocorrido acerca de 10 dias; e) O fato nada teve a ver com o assalto ocorrido acerca de 10 dias. 8 - (FGV/PREF.ARAATUBA/2001) Assinale a alternativa errada quanto ao emprego de "acerca de", "h cerca de" e "a cerca de". A. Ficou h cerca de dez passos da esquina. B. Fez uma exposio acerca do impasse. C. Viajou h cerca de uma semana. D. Dirigiu-se a cerca de cem pessoas.

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9 - (FCC / ICMS SP / 2006) Considere a seguinte frase: A busca de distino entre o que do bem e o que do mal traz consigo um dilema (...). O verbo trazer dever flexionar-se numa forma do plural caso se substitua o elemento sublinhado por (A) O fato de quase todas as pessoas oscilarem entre o bem e o mal (...). (B) A dificuldade de eles distinguirem entre as boas e as ms aes (...). (C) Muitas pessoas sabem que tal alternativa, nas diferentes situaes, (...). (D) Essa diviso entre o bem e o mal, medida que se acentua nos indivduos, (...). (E)) As oscilaes que todo indivduo experimenta entre o bem e o mal (...). 10 - (FGV / MPE AM / 2002) Assinale a alternativa em que ocorre uma concordncia verbal INACEITVEL em relao norma culta da lngua. (A) Pouco importavam ao cronista a crtica e o elogio. (B) Chegou editora o texto e uma carta do cronista. (C) Agradava-lhe o ritmo e o estilo do cronista. (D) Obrigavam-me a amizade e o dever de criticar aquele seu texto. (E) Faltava-lhe, naquele dia, fatos para escrever sua crnica. 11 - (CESGRANRIO / BNDES ADVOGADO / 2004) Indique a opo em que a concordncia NO est de acordo com as regras da norma culta. (A) Gosto de viajar para lugares o mais exticos possvel. (B) Compramos um sof, uma poltrona e uma mesa antigos. (C) A maioria das pessoas espera conseguir bons empregos. (D) Um dos cientistas que estudam a memria chegou ao Brasil. (E) Mais de um funcionrio vo pedir promoo no ms que vem. 12 - (FGV / Agente Tributrio Estadual / 2006) No trecho o primeiro namorado ou o primeiro marido no sabem (L.69-70), o verbo foi flexionado corretamente no plural, observando o caso de sujeito composto com ncleos ligados por OU. Assinale a alternativa em que, no mesmo caso, a flexo do verbo no seria possvel. (A) Espervamos que ele ou o irmo viessem nos apanhar. (B) Umidade intensa ou ressecamento excessivo no nos fazem bem. (C) Joo Carlos ou Pedro se casariam com Marta. (D) O jornal ou a revista podem apresentar detalhadamente a notcia. (E) Podem ser entregues o original do documento ou sua cpia. 13 - (CESGRANRIO / SEAD AM / 2005) Aponte a opo em que se encontra um uso INACEITVEL de concordncia.

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(A) Uma e outra coisa merece nossa ateno. (B) Nem um nem outro candidato conseguiram se destacar. (C) O mdico, com sua enfermeira, foi ao Congresso. (D) No relatrio da OMS, tinham vrios erros de tabela. (E) Os cientistas haviam tido muito cuidado nos experimentos. 14 - (FGV / Ministrio da Cultura /2006) L, alunos ajudaram a criar um centro cultural... Assinale a alternativa em que, substituindo-se alunos no trecho acima por outra expresso, foi mantida a correo gramatical. (A) L, 1,85% ajudaram a criar um centro cultural... (B) L, 0,98% ajudou a criar um centro cultural... (C) L, a maior parte ajudaram a criar um centro cultural... (D) L, tu e teus amigos ajudaram a criar um centro cultural... (E) L, dois teros ajudou a criar um centro cultural... 15 - (NCE UFRJ / PCRJ / 2002) Assinale o item que atende aos preceitos da norma culta da lngua. a) A maioria dos trabalhadores participaram da sesso de treinamento; b) A maioria dos trabalhadores participou da seo de treinamento; c) A maioria dos trabalhadores participou da cesso de treinamento; d) A maioria dos trabalhadores participaram da seco de treinamento; e) A maioria dos trabalhadores participaram da seo de treinamento. 16 - (FCC / MPE PE/ 2006) Est clara e correta a redao do seguinte comentrio sobre o texto: (A) Nem mesmo o mais rigoroso dos dicionrios so capazes de definir com preciso o sentido que os homens desejam discernir entre os conceitos fundamentais. (B) Quando se divergem, a filosofia e o direito acabam por criar um espao de hesitao para os conceitos, que seriam to desejveis estabelecer para a ao humana. (C)) Tanta dificuldade enfrentada na definio dos nossos valores essenciais demonstra que no dispomos de convices absolutas, de princpios realmente duradouros. (D) Tanto a felicidade como a justia devem de ser discutidos sobre os parmetros instveis da nossa conscincia, o que torna problemticos tanto um quanto outro. (E) No se esperem que nossos valores essenciais possam ser definidos sem controvrsias, pois as mesmas fazem parte da dinmica que se rege o nosso pensamento. 17 - (FCC / ANEEL TCNICO / 2006)

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Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opo gramaticalmente incorreta. a) A desigualdade na repartio da renda, riqueza e poder uma marca inalienvel do Brasil. b) De acordo com o Atlas de excluso social Os ricos no Brasil (Cortez, 2004), somente 5 mil famlias chegam a se apropriar de mais de 40% de toda a riqueza nacional, embora o pas registre mais de 51 milhes de famlias. c) Se considerarmos somente a parcela da populao que se concentram no dcimo mais rico, verificam-se que 75% de toda a riqueza contabilizada termina sendo por ela absorvida. d) Em outras palavras, restam 25% da riqueza nacional a ser apropriada por 90% da populao brasileira. Esse descalabro em relao concentrao sem limites da riqueza no Pas no algo recente. e) Pelo contrrio, isso parece ser algo consolidado desde sempre no Pas, embora desde 1980, com o abandono do projeto de industrializao nacional, tenha avanado no pas o ciclo da financeirizao da riqueza, com retorno ao modelo primrio-exportador de matrias-primas e produtos agropecurios. (Marcio Pochmann) 18 - (ESAF / ATE MS / 2001) Marque o item em que uma das sentenas est gramaticalmente mal formada: vedado Administrao Tributria: a) exigir tributo no previsto neste Cdigo / exigir tributo que no esteja previsto neste Cdigo. b) aumentar tributo sem que a lei o estabelea / aumentar tributos sem que a lei os estabeleam. c) cobrar tributos relativos a fatos geradores ocorridos antes do incio deste Cdigo ou de outra lei que os instituir ou aumentar / cobrar tributos relativos a fatos geradores ocorridos antes do incio deste Cdigo ou de outra lei que os institua ou aumente. d) cobrar tributos no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou / cobrar tributos no mesmo exerccio financeiro em que tenha sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. e) Estabelecer diferena tributria entre bens e servios de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino / estabelecer diferena tributria entre bens e servios de quaisquer naturezas, em razo de sua procedncia ou destino. 19 (ESAF/Fiscal de Fortaleza/1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Tudo parece indicar, a essa altura, que(A) as repercusses da crise dos pases asiticos sobre a Amrica Latina sero bem menos acentuadas do que(B) se imaginava faz(C) poucos meses. Pouco a pouco, foram-se percebendo(D) que os problemas daquela regio so devidos (E) desorganizao de seus sistemas financeiros e a uma especulao imobiliria desenfreada. (Gazeta Mercantil, 21 e 22/2/1998, adaptado) a) A

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b) B c) C d) D e) E 20 - (FGV/PREF.ARAATUBA/2001) A concordncia verbal est correta em A. Precisam-se de muitos tcnicos. B. Os Estados Unidos contrrio a essas medidas. C. Neste ms, deve haver muitos feriados. D. Tratavam-se de profissionais competentes. 21 - (NCE UFRJ INCRA/2005) Texto 1 - Internet, telefone e mais de 39 mil terminais de autoatendimento. So muitas as opes para voc movimentar a sua conta, efetuar pagamentos, obter crdito, receber benefcios, adquirir produtos e o que mais voc precisar. para isso que o Banco do Brasil investe tanto em tecnologia: para estar o tempo todo com voc. (O Globo, 06/10/2005) Se transformarmos as cinco primeiras oraes reduzidas de infinitivo em oraes desenvolvidas na forma passiva pronominal (com o pronome SE), as formas verbais adequadas sero, respectivamente: (A) movimente efetue obtenha receba adquira; (B) movimentem efetuem obtenham recebam adquiram; (C) movimente efetuem obtenha recebam adquiram; (D) movimentem efetue obtenham receba adquira; (E) movimente efetue obtenha receba adquiram.

22 - (FCC/BANCO DO BRASIL/2006) preciso corrigir a seguinte frase, na qual h um equvoco quanto concordncia verbal: (A) As maravilhas que se dizem a respeito de uma vida buclica ou primitiva no parecem ter em nada animado o cronista. (B) No consta, entre as fobias declaradas pelo cronista, a de se sentir distante de algum a quem o prendam laos afetivos. (C) No se ouvem apenas os cantos do mar, mas tambm os sons de insetos e animais que podem representar uma sria ameaa. (D)) Uma das convices do bem-humorado cronista a de que usar bermudas longas constituem a maior de suas concesses vida natural. (E) Fica sugerido que livros, jornais e revistas so, para o cronista, artigos de primeira necessidade, como o so fsforos ou aspirina.

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23 - (FCC / BANCO DO BRASIL / 2006) Est plenamente atendida a concordncia verbal em: (A) Para o amanuense, no teriam havido outras compensaes, alm das alegrias que lhe proporcionavam a elaborao da linguagem do dirio. (B) Entre um computador e um fax ainda existem, nas palavras do autor, muito estmulo para as nossas paixes se manifestarem. (C) As preocupaes ntimas, que se costuma traduzir na linguagem pessoal de um dirio, pode suscitar o interesse de um grande nmero de leitores. (D) Ningum duvide de que possa estar na forma modesta de um dirio pessoal as questes subjetivas que a cada um de ns capaz de afetar. (E)) nas palavras de um dirio que se formaliza a nossa subjetividade, nelas que se espelham as faces profundas dos nossos desejos. 24 - (FGV / ICMS PB / 2006) De acordo com a norma culta, a concordncia verbal est correta APENAS na frase: (A) O autor disse que existe comisses parlamentares vlidas e competentes. (B) Haviam perguntas que no foram respondidas durante o interrogatrio. (C) Em toda a parte do mundo podem haver polticos corruptos. (D) necessrio reconhecer que algumas atitudes que fere os princpios ticos precisam serem punidas. (E)) J faz cinco sesses que os deputados no votam nenhuma proposta do governo. 25 - (CESGRANRIO / INSPETOR DE POLCIA / 2001) ...no se pode culpar os publicitrios por isso eles, assim como todo mundo, no sabem o que fazem. Analise o comentrio sobre os componentes desse segmento do texto : a) igualmente correta seria a forma podem culpar . 26 - (TRT 15 Regio Analista Judicirio / Setembro 2004 _________ as aparncias enganosas de exatido. Preenche-se corretamente a lacuna por: (A) Deve ser evitado (B) Deve serem evitadas (C) Deve ser evitadas (D) Devem ser evitado (E))Devem ser evitadas 27 - (FCC / ANEEL TCNICO / 2006) De fato, os jovens tm motivos para se sentirem inseguros. Comeam a vida profissional assombrados pelos altos ndices de desemprego. Quase a metade dos desempregados nos grandes centros no Brasil jovem. Alm da falta de

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experincia, h o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalho ajuda a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar. Mas a disputa acirrada tambm entre os mais bem-preparados. A grande oferta de mo-de-obra resulta em um processo cruel de avaliao, com testes de conhecimentos e de raciocnio lgico, redao, dinmicas de grupo, entrevistas. E no s. O jovem deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se possui ou de descobrir como adquiri-las. Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rpido, a qualificao e o potencial comportamental que definem um bom candidato, e no s o preparo tcnico. (Adaptado de ISTO 5/10/2005) Julgue a assertiva abaixo. c) Como a expresso a metade (l.2) pode ser considerada um sinnimo textual para 50%, a substituio daquela por esta preservaria a coerncia textual e a correo gramatical. 28 (ESAF/ TFC/ 1997) Assinale o item que apresenta concordncia incorreta. a) As pessoas se agrupam em funo de objetivos comuns em associaes, federaes, confederaes, sindicatos, ONGs, colgios, empresas, sociedades, clubes, conselhos, fundaes, institutos, etc. b) Em qualquer uma dessas situaes pressupem-se que os grupos trabalham unidos na defesa de um iderio consubstanciado em estatutos, normas e procedimentos que determinam formas de atuao na sociedade. c) Entre os dez setores que mais geraram empregos no Brasil, em 1996, as entidades sem fins lucrativos despontaram em primeiro lugar.(...) d) Alm disso, possuem alto ndice de trabalhadores voluntrios que disponibilizam seu tempo livre em benefcio de toda a sociedade, algo nada desprezvel enquanto fora mobilizadora. e) A questo como usar esse poder. Talvez nunca como neste momento a conscientizao da necessidade do envolvimento do empresariado na vida da comunidade tenha sido to importante. (Maria Christina Andrade Vieira, Gazeta Mercantil -14 de agosto de 1997, com adaptaes) 29 - (FCC / ANEEL ANALISTA/ 2006) A pichao uma das expresses mais visveis da invisibilidade humana. So mais do que rabiscos. So uma forma de estabelecer uma relao de pertencimento com a comunidade mesmo que por meio da agresso e, ao mesmo tempo, de dar ao autor um sentido de auto-identidade. (Gilberto Dimenstein, Folha de S. Paulo, 21/01/2006) Sobre esse trecho, analise a assertiva abaixo. II. Nos dois perodos iniciados pela forma verbal So, a concordncia verbal se faz com o predicativo do sujeito. 30 - (FCC / ANEEL TCNICO / 2006) Apesar das dificuldades, o Programa de Metas foi executado e seus resultados manifestam-se na transformao da estrutura produtiva nacional. O governo

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JK, que soube mobilizar com maestria a herana de Vargas e elevar a autoestima do povo brasileiro, realizou-se em condies democrticas, com liberdade de imprensa e tolerncia poltica. A taxa de inflao, que em 1956 foi de 12,5%, no final do governo JK, elevou-se para o patamar de 30,5%. A Nao, por sua vez, obteve um crescimento econmico mdio de 8,1% ao ano. Apesar das presses do Fundo Monetrio Internacional (FMI), que j advogava o equilbrio fiscal e o Estado mnimo para o Brasil, e de setores conservadores da vida brasileira, JK conseguiu elevar o PIB nacional em cerca de 143%. E tudo isto ocorreu em um contexto marcado por um dficit de transaes correntes que atingiu 20% das exportaes em 1957 e 37% em 1960, o que ampliava a fragilidade externa e fazia declinar a condio de solvncia da economia brasileira. No entanto, foi graas ao controle do cmbio e ao regime de incentivos criados que as importaes de bens de consumo durveis foram contidas. (Rodrigo L. Medeiros, com adaptaes) c) Por se tratar de verbo expletivo, foi (l.13) pode ser retirado da orao sem prejuzo do sentido e da sintaxe. CONCORDNCIA QUE

GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 1D A questo j comea com a apresentao de um conceito de concordncia nominal. Contudo, por se tratar de caso de reciprocidade (a gua e a terra esto laadas entre si = entrelaadas), o verbo, necessariamente, ir para o plural. Essa informao apresentada na opo D. Em relao s demais opes: a) por haver essa idia de reciprocidade, o adjetivo no poderia ficar no singular; b) os dois substantivos so femininos (gua e terra), no havendo a possibilidade de flexionar o adjetivo no masculino; c) por ser recproco, mesmo anteposto, o adjetivo dever se flexionar no plural; e) o adjetivo se refere aos dois substantivos. 2C Vimos que, quando na funo de adjunto adnominal posposto aos nomes, existe a faculdade de concordncia do adjetivo com o nome mais prximo (concordncia atrativa opo A) ou com o conjunto de substantivos a que se refere (concordncia gramatical opo B) caso 1.2 da Aula 3. A nica forma incorreta a da letra C. Se for realizada a concordncia atrativa, o adjetivo fica no feminino singular para se harmonizar com o substantivo proteo. Se a opo for pela concordncia gramatical, por haver um elemento masculino (cuidado), o adjetivo fica no masculino plural (forados). No h, pois, possibilidade de o adjetivo ser empregado no feminino plural (opo C). Note que as opes D e E apresentam o adjetivo anteposto na funo de adjunto adnominal (caso 1.1 da Aula 3). Neste caso, a nica concordncia possvel a atrativa (lembre-se da dica: tudo com a letra a adjetivo anteposto na funo de adjunto adnominal concordncia atrativa).

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Na opo D, o adjetivo concorda com o substantivo cuidado, enquanto que na opo E, o faz com o substantivo proteo. 3E Agora, o adjetivo est na funo de PREDICATIVO DO OBJETO (caso 3 da Aula 3). O verbo tornar transobjetivo, ou seja, alm do objeto direto, ele precisa da informao trazida pelo predicativo do objeto. Vamos analisar cada uma das opes: (A) o adjetivo invivel se refere ao substantivo sobrevivncia (a sobrevivncia se tornar invivel, e no a criatura). (B) o sujeito de tornar a elevao da temperatura. Essa elevao tornar a sobrevivncia invivel. Por isso, est incorreta a informao de que o sujeito est posposto. Na verdade, o sujeito est anteposto ao verbo, na ordem direta. (C) O pronome qualquer o nico caso em que a flexo se realiza no meio do vocbulo, em virtude do processo de sua formao (pronome QUAL + verbo QUER pronome QUAIS + QUER = quaisquer). Assim, est incorreta tal afirmao. (D) O numeral terceiro exerce a funo sinttica de adjunto adnominal ao substantivo planeta, devendo com ele concordar em gnero e nmero. Lembrese de que numeral classe de palavra varivel (nunca se esquea da tabelinha, hem?). (E) O objeto direto, que complementa o verbo tornar, sobrevivncia. com este substantivo que o adjetivo invivel deve concordar em nmero. A expresso de qualquer criatura exerce a funo de complemento do substantivo sobrevivncia. Por isso, sua flexo no influencia a alterao do adjetivo A elevao da temperatura (...) tornar invivel a sobrevivncia de quaisquer criaturas. Est correta a assertiva. 4A Citamos essa questo na Aula 3, mas no chegamos a avanar na anlise. Esse momento chegou. Mais uma vez, veremos a concordncia do adjetivo na funo de predicativo do objeto (caso 3). O verbo considerar tambm transobjetivo. Seu objeto direto, na construo, pequenas alteraes psicolgicas (Os mdicos consideravam pequenas alteraes psicolgicas...). O adjetivo inevitvel, por se referir a alteraes, deve concordar com esse vocbulo, flexionando-se em nmero. Assim, a forma correta seria: Os mdicos consideravam inevitveis nos pacientes pequenas alteraes psicolgicas. Na opo B, foi empregado corretamente o adjetivo ss, no plural por se harmonizar com o substantivo internaes. Na opo C, temos um exemplo da concordncia incorreta com a expresso uma e outra. Como vimos, essa construo possibilita a flexo verbal tanto no singular quanto no plural (caso 2.a da Aula 4). O verbo est corretamente flexionado. Contudo, o adjetivo, segundo a norma culta, deveria se flexionar

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obrigatoriamente no plural, enquanto que o substantivo ficaria no singular (item 1.6 da Aula 3). Assim, estaria correta a forma: Uma e outra alterao psicolgicas pode/podem afetar os pacientes hospitalizados. Por esse motivo, a questo seria passvel de anulao. 5D A palavra meio, quando advrbio, se mantm invarivel (olha a tabelinha a, gente!!!). Exercer a funo sinttica de adjunto adverbial, ou seja, vem junto de um adjetivo alterando ou delimitando o seu alcance. Na opo A, o pronome demonstrativo mesmo se refere ao substantivo empregada, devendo com ele concordar em gnero e nmero A empregada mesma (Ela mesma) viu tudo. Na opo B, o vocbulo bastante um pronome indefinido adjetivo, devendo se flexionar de acordo com o vocbulo que acompanha, no caso, o substantivo vezes. Na dvida, troque bastante por muito - J fiz isso muitas vezes = J fiz isso bastantes vezes. O pronome modifica um substantivo. Cuidado para no confundir com o advrbio bastante, que invarivel e modifica verbo, adjetivo ou outro advrbio (Corremos bastante./ Eles so bastante altos./ Preciso que voc fale bastante alto.) Em relao opo C, eu lhe pergunto: o que passou? Resposta: a crise. Por isso, o particpio deve concordar com esse substantivo = Passada a crise, voltaram. 6-A Eu pergunto: o que os ltimos dados trataram de sepultar? Resposta: alguma dvida em relao retomada do crescimento. Note que o pronome tono as, presente em sepult-las, se refere palavra dvida, mencionada na primeira orao. Assim, para que haja concordncia entre os termos, o pronome deve estar no singular sepult-la. Voc percebeu que o estilo de prova da ESAF diferente do das demais bancas j analisadas? Normalmente, as questes dessa banca que envolvem concordncia pedem que se assinale o item com erro de natureza gramatical, no indicando o tipo de erro cometido. Assim, voc dever ler com cuidado e analisar todas as relaes sintticas, ou seja, se os pronomes, adjetivos, verbos esto concordando uns com os outros. 7B Primeiramente, vamos eliminar as opes que apresentam erro na expresso ter a ver. Assim como na outra expresso no ter nada a ver com, a preposio a pode ser substituda pela conjuno que ter que ver / no ter nada que ver. Essas expresses indicam responsabilidade ou envolvimento em relao a um fato. Restam somente duas opes: b e e. Em seguida, temos um mote para estabelecer a diferena entre trs expresses muito parecidas: h cerca de / a cerca de / acerca de. Para isso, vamos partir do seguinte exemplo: Eles saram de casa h cerca de uma hora em direo fazenda que fica a cerca de 30 km de So Paulo. Tenho minhas dvidas acerca do tempo que levaro para chegar l, j que a estrada est em pssimas condies.

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CERCA DE significa aproximadamente. Ela consta das duas primeiras expresses (h cerca de uma hora / fica a cerca de 30 km), sendo que, na primeira, percebe-se o emprego do verbo impessoal haver na indicao de tempo decorrido (h cerca de). Com relao segunda (a cerca de), a preposio a precede a expresso por indicar distncia (A fazenda fica a 30 km de So Paulo.). J a expresso acerca de equivale a sobre (Tenho dvidas sobre/ acerca do tempo). No se pode confundi-las. 8A Essa questo serve para fixar o conceito apresentado na anterior. Perceba que a construo da opo A se assemelha do exemplo acima: Ficou a cerca de dez passos da esquina equivale a dizer Ficou a dez passos da esquina. O cerca de indica aproximao. Neste caso, antes da expresso, necessrio colocar a preposio a, indicativa de local/distncia. Nas demais passagens, houve correo. Na opo B, usou-se adequadamente a locuo prepositiva acerca de, que corresponde a sobre. Na assertiva C, como indicado tempo decorrido, usa-se o verbo HAVER, associado a cerca de, apresentando uma idia aproximada de tempo: h cerca de uma semana. Finalmente, na opo D, novamente a preposio a, exigida pelo verbo DIRIGIRSE, se associa expresso cerca de (aproximao). 9E Esse um caso clssico de concordncia verbal. O verbo concorda com o ncleo do sujeito. Em A busca de distino entre o que do bem e o que do mal (...), o ncleo o substantivo busca. Em torno dele, esto outros elementos que exercem a funo de adjunto adnominal (junto ao nome). Pelo fato de o ncleo ser representado por um substantivo no singular, o verbo trazer permaneceu no mesmo nmero. A banca sugere uma srie de trocas e pede que se identifique em qual delas o verbo teria de ir para o plural. Vamos analisar qual o ncleo do sujeito em cada uma das opes. A resposta dever apresentar um substantivo flexionado no plural. (A) (B) (C) O ncleo fato (singular); O ncleo dificuldade (singular); Dessa vez a banca procurou confundir, apresentando um outro elemento no plural, mas no pessoas o ncleo do sujeito do verbo trazer ele o ncleo do verbo saber (Muitas pessoas sabem...). O ncleo do sujeito alternativa (...sabem que tal alternativa ...) tambm singular; O ncleo diviso (singular); Agora, sim! O ncleo oscilaes. No foi toa que a resposta estava na opo E provavelmente, a banca esperava que o candidato assinalasse a opo C por engano.

(D) (E)

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Agora, iremos ver casos de concordncia verbal com sujeito posposto ao verbo (caso 1.b da Aula 4). Analisaremos cada uma das opes. (A) O sujeito do verbo importar composto a crtica e o elogio. Como o sujeito veio aps o verbo, haveria a possibilidade de se flexionar o verbo no plural, concordando com todos os elementos do sujeito (concordncia gramatical) ou no singular, em harmonia apenas com o mais prximo (concordncia atrativa). O autor escolheu a primeira opo. (B) Dessa vez, o autor escolheu a segunda opo a concordncia atrativa e manteve o verbo no singular, concordando com texto. (C) Novamente, a opo foi pela concordncia com o termo mais prximo ritmo mantendo o verbo no singular. (D) A flexo do verbo indica a opo pela concordncia gramatical, ou seja, com todos os ncleos do sujeito (amizade e dever), enfatizando-se, assim, o conjunto. (E) O erro dessa opo foi que h apenas um ncleo (sujeito simples), que se apresenta no plural (fatos). Assim, no h para o autor a opo de manter o verbo no singular. Obrigatoriamente, o verbo deve concordar com fatos e ir para o plural Faltavam-lhe, naquele dia, fatos para escrever sua crnica. 11 E Vimos que a concordncia com a expresso mais de um deve ser feita com o numeral (caso 2.f da Aula 4). Assim, est incorreta a forma apresentada na opo E. O verbo deveria estar no singular: Mais de um funcionrio vai pedir promoo no ms que vem, ainda que semanticamente isso indique ser dois ou mais funcionrios. Como vimos, nesse caso, a norma da Lngua Portuguesa contraria a lgica. Em relao s demais opes, cabem os seguintes comentrios. (A) Na expresso o mais ... possvel (caso 1.7 da Aula 3), o adjetivo deve se flexionar de acordo com o que fizer o artigo. Como se manteve no singular, tambm assim dever ficar o adjetivo. A outra construo possvel seria: Gosto de viajar para lugares os mais exticos possveis. (B) O adjetivo posposto a mais de um substantivo, na funo de adjunto adnominal, pode realizar a concordncia gramatical (com todos os elementos) ou a concordncia atrativa (com o mais prximo). Assim, a forma apresentada est correta, pois h um elemento masculino, o que leva o adjetivo para o masculino plural na concordncia com todos os elementos. Tambm estaria correta a forma: Compramos um sof, uma poltrona e uma mesa antiga. Contudo, poderia haver um prejuzo de sentido, levando a entender que somente a mesa seria antiga e os demais, novos. (C) A concordncia com termos partitivos (a maioria de, grande parte de caso 2.d da Aula 4) aceita duas formas de construo com o ncleo, mantendo-se no singular, ou com o complemento. Nesse caso, optou-se pela primeira forma. A segunda seria A maioria das pessoas esperam conseguir bons empregos. (D) Todo cuidado com essa opo. H duas anlises a serem feitas. A primeira envolve a concordncia com a expresso um dos (...) que (caso 2.j da Aula 4). O verbo tanto pode ficar no singular (concordando

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com um) ou no plural (concordando com cientistas). Nesse caso, o verbo que aceita essa faculdade o verbo chegar. O verbo estudar envolve a segunda anlise. Ele tem como sujeito o pronome relativo que (caso 2.i da Aula 4). Esta outra anlise a ser feita: o verbo que possui como sujeito o pronome relativo deve realizar a concordncia com o termo a que esse pronome se refere. No exemplo, o referente do pronome o substantivo cientistas. Para melhor compreenso, essa construo equivale a: Dos cientistas que estudam a memria, um (dos cientistas) chegou ao Brasil. 12 C tima questo que envolve a concordncia com sujeito composto ligado por OU (caso 1.f da Aula 4). No se pode flexionar o verbo no plural quando os elementos forem mutuamente excludentes, ou seja, a aceitao de um elimina o outro. Nos demais casos, em que os dois elementos podem exercer concomitantemente a ao, aceita-se a flexo verbal no plural. Vamos s opes: (A) Tanto ele quanto o irmo poderiam nos apanhar, no ? Ento, essa conjuno pode ter valor aditivo, admitindo-se a flexo verbal no plural. (B) Os dois elementos (umidade intensa e ressecamento excessivo) podem fazer mal, aceitando-se, assim, a forma plural do verbo. (C) Quantas pessoas poderiam se casar com Marta? Ao que me conste, no Brasil, somente uma. Por isso, o verbo s poderia ficar no singular, ou ento Marta seria presa por bigamia (rs...). (D) Quantos meios de comunicao poderiam apresentar a notcia em detalhes? Tantos quantos existirem: jornal, revista, telejornal... Por isso, o verbo pode ir para o plural. (E) E se quisermos entregar o original e a cpia: isso possvel? Sim. Ento o verbo tambm pode ir para o plural. 13 D Outra tima questo para fixarmos os conceitos de concordncia. O erro est no emprego do verbo TER no sentido de existir. No uso coloquial, h vrios registros desse uso, inclusive literrios (Drummond: No meio do caminho tinha uma pedra). Contudo, apesar de no haver meno a norma culta no enunciado, em virtude da correo das demais opes, s nos resta indicar esta como a incorreta. (A) A flexo verbal com a expresso uma e outra (caso 2.a da Aula 4)permite que o verbo fique no singular ou no plural. (B) Apesar de polmico, esse emprego do verbo no plural com a expresso nem um nem outro encontra respaldo na lio do mestre Domingos Paschoal Cegalla (caso 2.c). (C) Optou-se por manter o verbo no singular, a exemplo do que vimos no caso 1.e. (E) O verbo haver um verbo auxiliar na locuo haviam tido. O verbo principal, que determina a flexo verbal a ser executada pelo auxiliar, TER. Se estivesse sozinho na construo, esse verbo teria de se flexionar, para concordar

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com o sujeito cientistas (Os cientistas tinham muito cuidado...). Por isso, o verbo haver, na locuo verbal, dever se flexionar no plural haviam tido. 14 B A nica forma correta a apresentada na opo B. Como no h um nmero inteiro percentual (0,98%), associado ao fato de no haver complemento, o verbo s poder ficar no singular. O que est errado nas demais opes? (A) O nmero percentual inteiro 1 (1,85%), e no h complemento. Assim, a nica forma de concordncia do verbo no singular (L, 1,85% ajudou a criar...). (C) Cuidado com a casca de banana. A expresso a maior parte est desacompanhada de complemento. Assim, mais uma vez, o verbo s poderia ficar no singular, concordando com o ncleo parte. (D) Apesar de modernamente alguns autores aceitarem que o verbo se flexione na 3 pessoa do plural (vocs), em funo do desuso das segundas pessoas (tu e vs), em funo do erro gritante apresentado na opo B, vemos que a banca da Fundao Getlio Vargas segue as normas do padro culto formal da lngua, exigindo que, nesse caso, o verbo se flexione na 2 pessoa do plural L, tu e teus amigos (vs) ajudastes a criar... (E) Em nmeros fracionrios, a concordncia se realiza com o numerador (o raciocnio parecido com o apresentado para nmeros percentuais). Por isso, como no numerador temos dois (dois teros), o verbo deveria ir para o plural: L, dois teros ajudaram a criar... 15 A Com a expresso partitiva a maioria de, acompanhada de complemento no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Por isso, todas as opes seriam vlidas. Por isso, j poderamos eliminar as opes b, d e e, pois todas apresentam a forma seo (ou sua variante seco) e, se uma delas estivesse certa, as demais tambm estariam, ocasionando a anulao por mltiplas possibilidades de resposta ( assim que se faz prova, viu? Eliminando as opes invlidas e aumentando, assim, a possibilidade de acerto). O erro, nessa questo, mais de natureza ortogrfica: a diferena entre cesso, sesso e seo. Cesso o ato espontaneamente). de ceder (A cesso dos direitos autorais foi feita

Seo (antigamente indicada com o c mudo seco letra ainda mantida em algumas formas, como seccional, que tambm apresenta a forma variante secional) o ato de cortar. Por isso, indica a parte de um todo, uma diviso, um segmento. Assim, em um departamento (conjunto), h diversas sees (divises). Sesso o tempo de durao de algum espetculo, trabalho, reunio ou assemelhados. No Brasil, usa-se tambm para indicar cada um dos espetculos de teatro ou cinema. De volta questo, se o treinamento se realizou, houve uma sesso (tempo de durao) de treinamento.

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16 C Como se busca o item correto, vamos analisar os erros das demais opes. (A) Tanto o verbo ser quanto o adjetivo capaz devero permanecer no singular, para concordar com o ncleo do sujeito, representado pelo substantivo oculto dicionrio, indicado pela flexo do adjetivo rigoroso (no singular): Nem mesmo o mais rigoroso dos dicionrios capaz de (...). (B) H problemas graves de estruturao sinttica. Isso acaba causando um prejuzo na compreenso da orao. O que seria desejvel? Acredito que estabelecer (conceitos) para a ao humana. Assim, a construo deveria ser, por exemplo: Quando se divergem, a filosofia e o direito acabam por criar um espao de hesitao para os conceitos, cujo estabelecimento para a ao humana seria to desejvel. (D) Essa foi bastante capciosa. Os ncleos do sujeito esto ligados pela expresso Tanto...como (caso 1.d). Mesmo que passssemos ao largo da polmica apresentada em relao flexo verbal, note que ambos os ncleos esto representados por substantivos femininos (felicidade e justia). Assim, o adjetivo a eles correspondente s poderia ficar nesse gnero: Tanto a felicidade como a justia devem ser discutidas... Em relao ao emprego da preposio DE na locuo verbal (deve + ser), vejamos o que nos ensina Domingos Paschoal Cegalla, em seu Dicionrio de Dificuldades da Lngua Portuguesa: Para indicar probabilidade, pode-se inserir a preposio DE na locuo formada por DEVER + INFINITIVO, conforme faziam escritores clssicos: O Congresso deve de aprovar o projeto do governo. (...) No cabe a preposio, quando a idia de obrigao, necessidade: Motorista deve dirigir com cuidado. (...) A lngua de hoje raramente faz esta distino. Em geral se diz: O guarda devia estar dormindo. / O cano deve estar entupido. Assim, como se trata de uma obrigao (e no possibildade), a preposio deve ser retirada. (E) Este um caso de sujeito oracional. O verbo esperar est acompanhado do pronome SE (No se esperem...). Como este um verbo transitivo direto, estamos diante de uma construo de voz passiva. Ocorre que o sujeito paciente est representado por uma orao desenvolvida (... que nossos valores essenciais possam ser definidos sem controvrsias...). Por isso, o verbo esperar deve ficar na 3 pessoa do singular: No se espere que.... 17 C O verbo verificar est acompanhado de um pronome SE. Como esse verbo transitivo direto (Algum verifica alguma coisa) e apresenta idia passiva, tratase de um pronome apassivador. O verbo, portanto, deve concordar com o sujeito paciente. Contudo, esse sujeito representado por uma orao: que 75% de toda a riqueza.... Assim, o verbo dever ficar na 3 pessoa do singular: (...) verifica-se que (...). J na seqncia, o verbo terminar admite dupla flexo no plural, concordando com o nmero percentual (75%) ou no singular, concordando com o complemento (de toda a riqueza). Em relao s demais opes, cabem os seguintes comentrios. a) O ncleo do sujeito desigualdade, o que leva o verbo para o singular A desigualdade (...) uma marca....

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b) O verbo chegar est corretamente flexionado no plural, em harmonia com famlias. O infinitivo apropriar, por apresentar o mesmo sujeito do verbo da orao anterior, optou por ficar no singular. d) O que resta? Resposta: 25% da riqueza nacional. O verbo se flexionou no plural para concordar com o nmero percentual (25%). e) O que avanou no pas foi o ciclo de financeirizao da riqueza. O verbo auxiliar da locuo ter + avanado est corretamente no singular. 18 - B O sujeito do verbo estabelecer na segunda passagem do item B lei. Afinal, a lei que estabelece o aumento de tributos (aproveite para estudar Direito Tributrio! Conheo um timo professor: Eduardo Corra). Na ordem direta, a construo seria: sem que a lei estabelea. Alis, o que a lei estabelece: o tributo ou o aumento do tributo? A partir do contexto, entende-se que o aumento do tributo. Por isso, o correto seria empregar o pronome o, no masculino singular, pois esse pronome tem valor demonstrativo (sem que a lei estabelea isso e o que isso? Aumentar tributo). Assim, h dois erros de concordncia na passagem: um nominal (relao do pronome com o nome) e outro verbal. 19 D Primeiramente, uma locuo verbal (IR + PERCEBER) acompanhada de pronome se requer anlise: 1- o verbo principal (perceber) TD ou TDI? Sim. 2- H idia passiva? Sim Algo foi sendo percebido. Concluso: a construo est na voz passiva. Note, porm, que o sujeito no est expresso na forma de um nome (substantivo), mas de uma orao (subordinada) substantiva. Pergunta-se: o que foi sendo percebido? Resposta: que os problemas daquela regio so... o sujeito da forma verbal est representada por uma orao. No caso de sujeito oracional, o verbo DEVE FICAR na 3 pessoa do singular (foise percebendo que os problemas daquela regio so...). Veja a correo da flexo verbal de um verbo impessoal no item C o verbo fazer, ao indicar tempo decorrido, age da mesma forma que o verbo haver impessoal (no possui sujeito) e, por isso, fica na 3 pessoa do singular: faz poucos meses. Est igualmente correta a correlao do verbo fazer com o restante da estrutura, situada no presente (Tudo parece indicar...). Finalmente, cabe comentar a flexo do adjetivo devido em relao ao substantivo a que se refere: problemas Os problemas so devidos.... No confunda esse adjetivo (que rege a preposio a) com a locuo prepositiva devido a, empregada em estruturas como Devido s fortes chuvas, a festa no se realizou.. Como uma locuo prepositiva, permanece invarivel.

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Alis, essa locuo teve origem justamente no adjetivo que apresenta base participial (particpio do verbo dever). Como interessante a ligao que os vocbulos tm uns com os outros, no ? 20 C Agora, vamos tratar de sujeito indeterminado. Os verbos acompanhados do pronome SE podem formar voz passiva (verbos transitivos diretos ou diretos e indiretos) ou construo de sujeito indeterminado (verbos intransitivos, transitivos indiretos e verbos de ligao). a) O verbo precisar transitivo indireto e rege a preposio DE (Algum precisa de alguma coisa). Acompanhado do pronome, caso de sujeito indeterminado, devendo o verbo permanecer na 3 pessoa do singular: Precisa-se de muitos tcnicos. b) Vimos que Estados Unidos um topnimo que leva artigo, pronome, adjetivo e verbo para o plural. Assim, a forma correta seria: Os Estados Unidos so contrrios a essas medidas. c) O verbo haver, no sentido de existncia, impessoal (sem sujeito), devendo ficar na 3 pessoa do singular. Assim, est correta a construo. d) Como as bancas A-DO-RAM esse verbo. O verbo tratar transitivo indireto e rege a preposio DE. Est acompanhado do ndice de indeterminao do sujeito, devendo ficar na 3 pessoa do singular: Tratava-se de profissionais competentes. 21 C Essa questo quase um exame psicotcnico. Vamos aos poucos. O que o examinador quer saber se, acompanhados do pronome SE, em voz passiva, os verbos devem ou no se flexionar. Para comear, todos os verbos so transitivos diretos, o que possibilita a transposio para a voz passiva. Veja, agora, como a questo era mais simples do que parecia inicialmente: 1 orao Voz ativa: movimentar a sua conta Voz passiva: sujeito o elemento que, antes, exercia a funo de objeto direto: conta Como o sujeito est no singular, o verbo tambm deve ficar no singular. Voz passiva analtica: a conta movimentada Voz passiva sinttica (pronominal) = movimente-se a conta J podemos eliminar as opes B e D. 2 orao Voz ativa: efetuar pagamentos Voz passiva: sujeito o elemento que, antes, exercia a funo de objeto direto: pagamentos Como o sujeito est no plural, o verbo tambm deve ficar no plural.

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Voz passiva analtica: pagamentos so efetuados Voz passiva sinttica (pronominal) = efetuem-se pagamentos A partir dessa resposta, voc j poderia marcar o carto-resposta. Mesmo assim, vamos analisar as demais oraes. 3 orao Voz ativa: obter crdito Voz passiva: sujeito o elemento que, antes, exercia a funo de objeto direto: crdito Como o sujeito est no singular, o verbo tambm deve ficar no singular. Voz passiva analtica: crdito obtido Voz passiva sinttica (pronominal) = obtenha-se crdito 4 orao Voz ativa: receber benefcios Voz passiva: sujeito o elemento que, antes, exercia a funo de objeto direto: benefcios Como o sujeito est no plural, o verbo tambm deve ficar no plural. Voz passiva analtica: benefcios so recebidos Voz passiva sinttica (pronominal) = recebam-se benefcios 5 orao Voz ativa: adquirir produtos Voz passiva: sujeito o elemento que, antes, exercia a funo de objeto direto: produtos Como o sujeito est no plural, o verbo tambm deve ficar no plural. Voz passiva analtica: produtos so adquiridos Voz passiva sinttica (pronominal) = adquiram-se produtos 22 - D O que constitui a maior de suas concesses vida natural? Resposta: usar bermudas longas. Como o sujeito oracional (reduzido de infinitivo impessoal), o verbo fica na 3 pessoa do singular: Uma das convices do bem-humorado cronista a de que usar bermudas longas constitui a maior de suas concesses vida natural. Esto corretas as demais opes. Comentaremos algumas das passagens que podem ter sido objeto de dvidas. (A) O pronome relativo que refere-se a maravilhas. O verbo dizer transitivo direto (Algum diz alguma coisa). Acompanhado do pronome se, constri voz passiva, cujo sujeito maravilhas (maravilhas so ditas). Assim, est correta a flexo verbal em As maravilhas que se dizem a respeito de uma vida buclica ou primitiva. Em seguida, retomando o sujeito as maravilhas, a locuo verbal se flexiona no plural: no parecem ter em nada animado o cronista.

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(B) A passagem a quem o prendam laos afetivos equivale a laos afetivos prendem-no [o cronista] a quem [algum]. Como o sujeito do verbo prender laos afetivos, est correta a concordncia verbal. (C) Mais uma vez, temos timos exemplos de construo de voz passiva pronominal. O verbo ouvir transitivo direto. Acompanhado do pronome se (apassivador), deve concordar com o sujeito paciente, quais sejam: os cantos do mar e os sons de insetos e animais, justificando, assim, a flexo verbal (No se ouvem). Em seguida, o pronome relativo que substitui o substantivo sons e leva o verbo poder, auxiliar da locuo podem representar, para o plural. (E) Como o sujeito de Fica sugerido uma orao, o verbo est corretamente conjugado na 3 pessoa do singular (concordncia com sujeito oracional verbo no singular). 23 - E (A) Em uma locuo verbal, o verbo auxiliar realiza a flexo que o verbo principal faria se estivesse sozinho. Na locuo verbal teriam havido, o verbo haver (principal) impessoal, pois apresenta o sentido de existncia. Por isso, mantmse na 3 pessoa do singular. Assim, essa flexo deve ser realizada pelo verbo auxiliar ter, mantendo no singular ... no teria havido outras compensaes.... Vimos em nossas aulas que outras compensaes exerce a funo de objeto direto da construo oracional, no interferindo na concordncia verbal. (B) Tanto o verbo haver quanto o verbo existir podem indicar existncia. A despeito de apresentarem o mesmo significado, possuem estruturas sintticas distintas. Enquanto que o verbo haver impessoal (no tem sujeito) e, por isso mesmo, se mantm na 3 pessoa do singular (o que lhe segue o complemento verbal), o verbo existir possui sujeito e com este deve realizar a concordncia. A partir dessa observao, note que o sujeito de existir na construo Entre um computador e um fax ainda existem (...) muito estmulo um elemento que est no singular estmulo. Por isso, o verbo deveria ser conjugado na 3 pessoa do singular existe. (C) Nessa questo, verificamos uma tcnica muito comuns em bancas examinadoras para enganar o candidato em questes de concordncia (a ESAF mestra nisso). Consiste em separar o sujeito do verbo por uma srie de elementos, de preferncia em um nmero diferente do que dever figurar o verbo. Assim, o candidato corre o risco de se esquecer qual era o ncleo do sujeito e no perceber o deslize de correspondncia entre o verbo e o sujeito. Vamos sublinhar o que interessa para a anlise: As preocupaes ntimas, que se costuma traduzir na linguagem pessoal de um dirio, pode suscitar o interesse... Opa! A locuo verbal est no singular enquanto que o sujeito plural. Questo clssica. Na hora da prova, faa o que eu fiz sublinhe o sujeito e compare com o verbo. No tem como errar fazendo isso. (D) Em Ningum duvide de que possa estar na forma modesta de um dirio pessoal as questes subjetivas que a cada um de ns capaz de afetar?, notamse DOIS erros de concordncia. Para uma melhor anlise, vamos mudar a estrutura oracional.

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Ningum duvide de que... at a, tudo bem... O sujeito de possa estar na forma modesta de um dirio pessoal as questes subjetivas. Por isso, o verbo auxiliar da locuo deveria ser flexionado no plural possam estar (...) as questes subjetivas.... Por fim, o pronome relativo que inicia a orao adjetiva tem por referente as questes subjetivas, levando todos os elementos do predicado para o plural: as questes subjetivas que so capazes de afetar a cada um de ns. O complemento do verbo afetar (transitivo direto) recebeu uma preposio (afetar a cada um de ns) para evitar a ambigidade em relao ao elemento que seria o sujeito dessa orao, o pronome relativo. 24 E O verbo fazer indica um lapso temporal de cinco sesses. Como estamos diante de um caso de verbo impessoal, este deve se manter na 3 pessoa do singular. O mesmo iria ocorrer com o verbo haver: J h cinco sesses que os deputados no votam.... Est correta, portanto, a estrutura apresentada. Nas opes (A), (B) e (C), o examinador explora os verbos haver e existir. (A) O que existe? Resposta: comisses parlamentares vlidas e competentes. Como o verbo existir possui sujeito (cujo ncleo comisses), deve se flexionar no plural: O autor disse que existem comisses parlamentares.... (B) J o verbo haver, no sentido de existncia, no possui sujeito impessoal e deve se manter na 3 pessoa do singular: Havia perguntas que no foram respondidas durante o interrogatrio.. (C) Agora, o verbo haver o principal de uma locuo verbal. A ordem para no se flexionar (o que faria se estivesse sozinho) ele d ao seu auxiliar (seu paumandado): o verbo poder. Assim, a forma correta seria: Em toda a parte do mundo pode haver polticos corruptos. (D) necessrio reconhecer que... at aqui estava tudo certo. O verbo ser possui sujeito oracional: reconhecer. O problema surgiu mais adiante: ... reconhecer que algumas atitudes que... este pronome relativo, que o sujeito da orao adjetiva que inicia, possui como referente o substantivo atitudes. Assim o verbo ferir deve com este substantivo concordar: ...algumas atitudes que ferem os princpios ticos. Por fim, um outro erro: essa atitudes (que ferem os princpios ticos) precisam ser punidas. O verbo ser o segundo auxiliar de uma locuo verbal com trs verbos somente o primeiro verbo auxiliar (precisar) deve se flexionar. Os demais (segundo auxiliar e verbo principal) devem se manter em formas nominais (respectivamente infinitivo impessoal e particpio). 25 Item CORRETO Como vimos no caso 11, o verbo PODER/DEVER + SE + INFINITIVO + SUBSTANTIVO PLURAL, possibilita duas formas de construo: 1 no se pode culpar os publicitrios um caso de sujeito oracional (culpar os publicitrios no possvel) 2 no se podem culpar os publicitrios - um caso de locuo verbal de voz passiva: os publicitrios no podem ser culpados. Ambas as construes esto corretas.

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26 - E Mencionamos anteriormente que uma das possibilidades de anlise da construo PODER/DEVER + SE + INFINITIVO seria como locuo verbal de voz passiva pronominal (sinttica). Se o sujeito paciente estiver no plural, o verbo auxiliar dever ser flexionado: Devem-se evitar as aparncias enganosas de exatido. Nessa questo, o que a banca prope a forma de voz passiva analtica em uma construo idntica. O sujeito, no caso, as aparncia enganosas de exatido. O primeiro verbo auxiliar dever. O segundo auxiliar, por ser voz passiva, seria o verbo ser, no infinitivo impessoal. Assim, na voz passiva analtica, a construo adequada seria: Devem ser evitadas as aparncias enganosas de exatido.. 27 Item INCORRETO Essa questo pegou quem teve preguia de voltar ao texto para analisar a proposta do examinador. Realmente, tanto a expresso a metade quanto 50% so termos partitivos (indicam a parte de um todo). Contudo, a concordncia verbal vai depender tambm do complemento que foi apresentado em relao primeira. Vamos deixar a preguia de lado e ler o segmento em anlise: Quase a metade dos desempregados nos grandes centros no Brasil jovem. No fragmento, o verbo ser poderia concordar com metade (singular) ou com desempregados (plural). A partir do momento em que trocamos metade por 50%, tanto o termo partitivo (50%) quanto o complemento (dos desempregados) levaria o verbo para o plural. Assim, no restaria ao verbo outra opo a no ser se flexionar: Quase 50% dos desempregados (...) so jovens. Dessa forma, como foi sugerida, a troca acarretaria incorreo gramatical, com erro de concordncia verbal. 28 - B Essa opo envolveu dois aspectos estudados: sujeito oracional e flexo de verbos perigosos. Sujeito oracional mantm o verbo na 3 pessoa do singular pressupe-se que os grupos trabalham.... Com os verbos derivados de pr, ter e vir, o cuidado deve mesmo ser redobrado, para no confiar no ouvido, pois no h diferena fontica entre a forma singular e a plural. Essa questo explorou o mesmo verbo da questo comentada no fim da aula, mas de modo inverso. 29 Item INCORRETO Para constatar a incorreo dessa assertiva, devemos analisar os trs primeiros perodos do texto.

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A pichao uma das expresses mais visveis da invisibilidade humana. o sujeito pichao. So mais do que rabiscos. o sujeito foi retomado continua sendo pichao. E no poderia ser expresses, pois, de acordo com o sentido, o que so rabiscos a pichao, e no a expresso. J no predicativo do sujeito, temos um substantivo no plural: rabiscos. Por isso, a flexo se deu, corretamente, no plural: so mais do que rabiscos. So uma forma de estabelecer uma relao de pertencimento com a comunidade (...) agora, tanto no sujeito (presente na primeira orao e oculto nas demais pichao), quanto no predicativo do sujeito (forma), os ncleos so substantivos no singular! Devido aproximao com a orao anterior, houve o deslize de concordncia, mantendo o verbo no plural, sem que houvesse justificativa para tal flexo: (a pichao) uma forma de estabelecer... Por isso, est incorreta a afirmao de que, nos dois perodos iniciados por so, a concordncia se d com o predicativo. Na terceira orao, o predicativo singular. 30 Item INCORRETO A passagem que nos interessa No entanto, foi graas ao controle do cmbio e ao regime de incentivos criados que as importaes de bens de consumo durveis foram contidas.. Estamos diante de um dos casos da expresso de realce que, que vimos no caso 5.d. O examinador sugere a retirada do verbo foi, sob a alegao de que meramente expletivo (ou seja, de realce). Contudo, se houver a retirada do verbo ser, deve haver tambm a retirada da conjuno que: No entanto, (foi) graas ao controle do cmbio e ao regime de incentivos criados (que) as importaes de bens de consumo durveis foram contidas.. A retirada apenas de uma parte da expresso que prejudicaria a coeso e coerncia textuais. Grande abrao e at a prxima semana.

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SINTAXE DE REGNCIA Hoje, trataremos do assunto em epgrafe SINTAXE DE REGNCIA. H sempre nas oraes elementos regentes e elementos regidos. Chamamos de regentes aos termos que pedem complemento e de regidos aos que complementam o sentido dos primeiros. Regente COMPREI DEPENDO CRENA VIDO INSISTO VEJO DE EM DE EM Regido UMA CASA VOC DEUS CARINHO LUTAR O MAR

A sintaxe de regncia estudar, portanto, as relaes de subordinao ou dependncia entre os elementos da orao. Em palavras mais simples: regncia significa uso ou no de preposio. Veremos casos em que determinada palavra (substantivo, adjetivo, advrbio ou verbo) exige certa preposio ou tem o seu sentido modificado em virtude do emprego de alguma delas. Os complementos servem a nomes (substantivos, adjetivos ou advrbios) e a verbos da, a regncia dividir-se em nominal e verbal. REGNCIA NOMINAL estuda a relao entre um substantivo, um adjetivo ou um advrbio com o termo que complementa o seu significado. REGNCIA VERBAL analisa o emprego e o significado dos verbos de acordo com a preposio do seu complemento indireto (ou a ausncia da preposio no complemento direto). Nosso estudo terpor base, principalmente, as lies de Celso Pedro Luft presentes nas seguintes obras: - Dicionrio Prtico de Regncia Nominal - Editora tica 4 edio - 2003; - Dicionrio Prtico de Regncia Verbal Editora tica 8 edio 2002. REGNCIA NOMINAL Conforme visto anteriormente, a regncia nominal estuda a relao entre os nomes (substantivos, adjetivos e advrbios) e os termos regidos por estes nomes. Essa relao sempre regida por preposio. Muitos nomes derivados apresentam o mesmo regime dos verbos de que derivam. Assim sendo, o conhecimento do regime de certos verbos permite que se conhea o regime dos nomes cognatos, como o substantivo "obedincia", o adjetivo "obediente", e o advrbio "obedientemente", que regem a preposio a, exatamente como ocorre com o verbo "obedecer", que lhes deu origem.

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A ttulo de exemplo, segue uma pequena relao de substantivos e adjetivos acompanhados das preposies mais usuais (segundo Celso Luft, op.cit.): Substantivos Admirao (a, de, por, para (com), perante) Afeio (a, (com), por) Averso em) Atentado contra) Capacidade para, em) (a, para por, (a, (de, Dvida (acerca de, de, em, sobre) Medo (a, de) (OBS. Medo a evita ambigidades apresentadas por medo de: medo do inimigo o inimigo teme ou temido?) Obedincia (a, de, para com) Ojeriza (a, contra, por) Respeito (a, com, de, com, para com, por)

(OBS. preposio omissvel antes de orao desenvolvida No h dvida (de) que voc o melhor.) Habilidade (de, em, para) Liberdade (a, para, de) Manuteno em) (de,

Devoo (a, com, para com, por)

Adjetivos Acostumado com) (a, Essencial (a, para, em) Fcil (a, para, em, de) Favorvel (a, para) Hbil (em, para) Habituado (a, com) Prestes para) (a, em,

Agradvel (a, para, de) Ansioso (de, para, por)

Prximo, junto (a, de) Relacionado com) (a,

(OBS. preposio omissvel antes de orao desenvolvida Estava ansioso que a aula acabasse.) vido (de, por) Capaz (de, para) Compatvel entre) (com,

(OBS. Habituado com deve ser imitao de acostumado com Estava habituado com o cho de estrelas ...) Imbudo (de, em) Imprprio para) (a, de,

Satisfeito (com, de, em, por) Semelhante (a, em) Sensvel (a, para) Sito (em)

Contemporneo (a, de) Contguo (a, com, entre) Contraditrio (a, de, com, entre) Diferente entre, por) (de,

Insensvel (a, para, com, para com) Passvel (de, a)

(OBS. Passvel a empregado como se fosse sujeito a, talvez pela proximidade com passivo a)

(OBS: Os verbos que indicam permanncia regem preposio em: morar, residir, estar o mesmo ocorre com os adjetivos correspondentes: sito em; a construo sito a surgiu na lngua escrita jornalstica e de tabelies, e no encontra abono na gramtica normativa).

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Advrbios Os advrbios terminados em mente, via de regra, seguem o regime dos adjetivos de que derivam. Exemplos: anlogo (a) - analogamente (a); contrrio (a) - contrariamente (a); contraditrio (com) - contraditoriamente (com); diferente (de) - diferentemente (de); favorvel (a) favoravelmente (a); relativo (a) - relativamente (a). REGNCIA VERBAL E TRANSITIVIDADE O conceito de REGNCIA VERBAL passa necessariamente pela definio da TRANSITIVIDADE DO VERBO. H verbos que bastam por si mesmos so os verbos INTRANSITIVOS. Outros h que necessitam de informaes suplementares, ou seja, do auxlio de uma expresso subsidiria, que se apresenta sob a forma de COMPLEMENTO. Esses so os verbos TRANSITIVOS. Alis, essa denominao provm do conceito de TRANSITAR/TRNSITO. Se esse trnsito no encontra obstculo algum, ele DIRETO. O obstculo a preposio. Assim, quando no h preposio necessria (obstculo), o verbo TRANSITIVO DIRETO, ou seja, liga-se ao complemento diretamente (OBJETO DIRETO). No caso de a preposio ser obrigatria, o verbo classificado como TRANSITIVO INDIRETO e o complemento antecedido de preposio (OBJETO INDIRETO). Em todo momento, mencionamos preposio necessria ou obrigatria. Isso porque h casos em que, mesmo sendo dispensvel, a preposio utilizada como recurso estilstico (exemplo 1 abaixo), como, por exemplo, para evitar ambigidade, ou obrigatoriamente quando o objeto direto vier sob a forma de um pronome oblquo tnico (exemplo 2). Nesses casos, o complemento chamado de OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO. Exemplo 1 Matou o caador ao leo. Sem a preposio, no saberamos quem matou quem. Exemplo 2 Nem ele entende a mim, nem eu a ele. Os pronomes oblquos tnicos exigem sempre a preposio, mesmo que exera a funo de objeto direto. Em determinadas construes, alguns verbos, mesmo acompanhados de complemento direto (OBJETO DIRETO), podem requerer um outro complemento, precedido de preposio (OBJETO INDIRETO). Esses verbos so os chamados TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS ou BITRANSITIVOS, j estudados em aulas anteriores. Por fim, h tambm os que necessitam de uma informao adicional que venha a complementar o sentido ou alcance do objeto (direto ou indireto) j apresentado. Esses so os verbos TRANSOBJETIVOS, apresentados na Aula 2 - VERBOS. Essa informao complementar vem sob a forma de PREDICATIVO DO OBJETO. O predicativo do objeto pode estar ligado diretamente ao verbo (O jri considerou o ru inocente) ou por meio de uma preposio (Os mdicos consideravam a doena como incurvel.)

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Podem ser transobjetivos os verbos: chamar, considerar, julgar, reputar, supor, declarar, crer, estimar, tornar, designar, nomear, sagrar, coroar, encontrar, achar, deixar etc. Como j ressaltamos antes, a transitividade de um verbo s pode ser definida na orao, de acordo com os elementos presentes na construo. REGNCIA VERBAL E SIGNIFICAO DOS VERBOS Enquanto que os nomes (regncia nominal) exigem uma e/ou outra preposio, no tendo seu significado alterado, alguns verbos, a depender da acepo que se deseje apresentar, podem exigir determinada preposio, aceitar mais de uma ou at mesmo dispens-la. Ou seja, os substantivos e adjetivos podem reger diversas preposies sem que tenham seu sentido alterado. J os verbos apresentam sentidos diferentes a depender da preposio que for utilizada. Essa a diferena significativa entre regncia nominal e verbal e por isso que o estudo da sintaxe de regncia verbal bem mais complexo do que o de regncia nominal. Em relao s provas de concursos pblicos, o nmero de questes que envolvem aspectos de regncia verbal infinitamente maior que o de questes sobre regncia nominal. Isso voc ir perceber nos exerccios de fixao. H verbos que admitem mais de uma regncia sem ter seu sentido alterado. Falar sobre o assunto. Falar do assunto. Falar acerca do assunto. Ele no tarda em chegar. Ele no tarda a chegar. Em algumas construes, a preposio usada, mais do que para reger, para acrescentar novos matizes de significao aos verbos. Cumpri o dever. / Cumpri com o dever. O verbo originalmente transitivo direto (primeiro exemplo). A preposio serve para acentuar a idia de cuidado, zelo. Fiz que ele fosse aprovado./ Fiz com que ele fosse aprovado. O verbo fazer transitivo direto. A preposio emprega valor de dedicao, esforo. Comi o bolo. / Comi do bolo. Apenas um pedao do bolo, e no todo ele, foi comido.

COMPLEMENTOS VERBAIS COM REGNCIAS DIFERENTES Quando, em uma construo, surgirem dois ou mais verbos com regncias diferentes em relao a um mesmo elemento, o rigor gramatical exige que se apresentem os dois objetos distintos. Entrei e sa do quarto com extrema rapidez. CONSTRUO CONDENADA O verbo entrar rege a preposio em (entrei no quarto), enquanto que o verbo sair exige a preposio de (sa do quarto). Assim, para que se observe a norma gramatical, devemos colocar cada verbo acompanhado de seu complemento: Entrei do quarto e sa dele com extrema rapidez.

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Se a transitividade dos verbos for a mesma, seja direta, seja indireta com a mesma preposio, pode-se apresentar somente um dos elementos. O amigo que muito admiro e estimo veio aqui hoje. O pronome relativo que retoma o substantivo amigo. Tanto o verbo admirar quanto estimar so transitivos diretos. Assim, no h preposio antes do pronome relativo que exerce a funo de objeto direto de ambos os verbos. O amigo que muito admiro e me preocupo veio aqui hoje . Essa construo est condenada. Enquanto o verbo admitir transitivo direto, o verbo preocupar-se exige o complemento regido pela preposio com (Eu me preocupo com o amigo). Assim, para corrigi-la, devemos repetir o pronome relativo, tomando o cuidado em usar, no segundo caso (com preposio), o relativo quem (assunto a ser tratado na aula sobre PRONOMES). O amigo que muito admiro e com quem me preocupo veio aqui hoje. Todavia, alguns autores, para empregar ao texto maior brevidade e conciso, admitem a forma gramaticalmente inadequada. No se recorda ou no sabe que perdeu uma carta? (Machado de Assis) O verbo recordar transitivo indireto, com a preposio de (algum se recorda de alguma coisa), ao passo que o verbo saber apresenta emprego transitivo direto (algum sabe alguma coisa). No entanto, um nico complemento (o direto) foi apresentado. Note que essa simplificao ocorre tambm em outras construes: Ele esteve com ela antes e durante o velrio. (antes do velrio) Ele esteve com ela antes, durante e depois do velrio. (durante o velrio)

COMPLEMENTOS COMUNS A MAIS DE UM VERBO Se, em uma srie de verbos com a mesma regncia, apresenta-se um mesmo complemento expresso junto a um deles, pode-se repeti-lo (valorizando cada um dos verbos) ou omiti-lo (dando nfase ao conjunto de aes). Eu muito os admiro e os respeito. Eu muito os admiro e respeito. Tanto o verbo admirar como o respeitar so transitivos diretos, o que possibilita essa construo. REGNCIA DE ALGUNS VERBOS Agora, iremos analisar as possibilidades de sintaxe de regncia de alguns verbos. lgico que nosso objetivo no esgotar (at porque isso seria impossvel), mas simplesmente apresentar. Sempre que surgirem dvidas, busque o auxlio de um bom dicionrio de regncia (como o indicado no incio de nossa aula).

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Em alguns verbos, destacaremos observaes feitas por mestres consagrados, como Celso Luft, Evanildo Bechara e outros. Como tudo na lngua, a sintaxe de regncia tambm sofre mutaes decorrentes do uso. Por isso, sero registradas, tambm, algumas inovaes sintticas ocorridas em certos verbos e ressaltadas por Celso Luft em seu Dicionrio Prtico. Agradar a) No sentido de acariciar, acarinhar, transitivo direto. Com as mos calosas, agradava o filho choroso.

b) No sentido de satisfazer, contentar, transitivo indireto. Suas palavras agradaram ao pblico que o ouvia. Por analogia com contentar (transitivo direto), tambm ocorre a transitividade direta, no obstante impugnao dos puristas: Essa regncia (transitiva direta) se justifica nas acepes contentar e afagar, mimar. (Celso Luft). Esfora-se mas no consegue agrad-lo. E o que fazer na hora da prova? Analisar as demais opes e procurar identificar o posicionamento da banca se tradicional (transitividade indireta) ou moderna (direta). De qualquer forma, se houver meno a norma culta, segue-se a sintaxe original (agradar a algum). Aspirar a) No sentido de respirar, sorver, transitivo direto. "Aspirava o cheiro das rosas abertas depois da chuva." (Rachel de Queiroz)

b)No sentido de desejar, pretender, buscar, transitivo indireto (com preposio A). "E quem mora no beco, s aspira ao beco." (Rachel de Queiroz) No se diz aspiro-lhe, e sim aspiro a ele(s), a ela(s). S encontra o amor quem a ele aspira.

Assistir a) No sentido de ver, presenciar, estar presente, transitivo indireto. Esse objeto indireto deve ser encabeado pela preposio a, e se for expresso por pronome de 3 pessoa, exigir a forma a ele(s), ou a ela(s) (nunca lhe/lhes). Todos assistiam ao espetculo (a ele). Vimos em nossa aula de verbos que os verbos transitivos apenas indiretos no se constroem na voz passiva porque s o objeto direto da ativa pode transformar-se

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no sujeito da passiva. Ainda se lembra disso? Pois , agora a coisa vai complicar um pouquinho. Na linguagem coloquial, dada sua proximidade com os verbos VER, PRESENCIAR, OBSERVAR (todos eles transitivos diretos), usual o emprego do verbo ASSISTIR (que, nessa acepo, transitivo indireto) em voz passiva: A missa foi assistida por milhares de fiis. De qualquer forma, segundo a linguagem culta formal, deve-se abolir essa construo. Para a prova, mais uma vez recomendamos cuidado: bancas tradicionais exigem os aspectos cultos da gramtica, devendo ser respeitada a sintaxe original. Outras mais modernas podem aceitar a forma passiva. O jeito analisar as opes e agir com bom senso. b) No sentido de prestar assistncia, confortar, ajudar, proteger, servir, transitivo direto OU indireto (indiferentemente). O mdico assiste os doentes. Ele assistiu-lhe (ao doente) na enfermidade. Para lembrar: se for para prestar socorro, no importa a regncia assista o/ao acidentado de qualquer forma. c) No sentido de caber, pertencer de direito ou razo, transitivo indireto. No lhe assiste o direito de reclamar.

d) No sentido de morar, constri-se com preposio EM, sendo intransitivo. Alis, essa a sintaxe empregada aos verbos que indicam permanncia (morar, residir, estar, situar-se). Assiste em Lisboa. (Caldas Aulete, citado por Celso Luft)

Atender a) Quando o complemento for pessoa, transitivo direto ou indireto O diretor atendeu os/aos alunos. Se a preferncia for pelo pronome (e no o substantivo), usa-se somente de forma direta o, a, os, as (e no lhe/lhes): O diretor os atendeu.

b) Quando o complemento for coisa, transitivo indireto. No entanto, modernamente aceita tambm a forma direta para coisa. O governo no atende as/s reivindicaes dos grevistas.

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Atenda o/ao telefone, por favor. Resumo: Modernamente, aceitam-se a sintaxe direta ou indireta, indistintamente. Se o complemento estiver expresso por um pronome, usa-se a forma direta (o,a, os, as). Chamar a) No sentido de chamar a presena de algum, transitivo direto: Eu chamei meu filho e pedi um favor. Ningum o chamou aqui, seu moo.

b) Na acepo de pedir auxlio ou ateno, transitivo indireto, com a preposio por. "Gurgel tornou sala e disse a Capitu que a filha chamava por ela." (M. Assis)

c) Com o sentido de apelidar, dar nome, qualificar, admite as seguintes construes: Chamaram-no covarde. Chamaram-no de covarde. Chamaram-lhe covarde. Chamaram-lhe de covarde. Nessa construo, um verbo transobjetivo, apresentando o complemento verbal (objeto direto ou indireto) e o predicativo do objeto (que pode vir acompanhado de preposio ou no). Esse o nico verbo transobjetivo que apresenta complemento indireto. Todos os demais possuem apenas objetos diretos. Custar a) No sentido de ser custoso, difcil, tem como sujeito aquilo que difcil, podendo apresentar-se sob a forma de uma orao reduzida de infinitivo, que pode vir precedida da preposio a. Custa-me o seu silncio. (O seu silncio custoso para mim.) Custa-me dizer que acendeu um cigarro. Custou-me muito a brigar com Sabina. Como vimos na aula sobre concordncia verbal, quando o sujeito representado por uma orao (sujeito oracional), o verbo permanece na 3 pessoa do singular. Na linguagem cotidiana, dada a sua proximidade com demorar ou ser difcil, houve alterao na construo, atribuindo-se valor pessoa (Custei a entender essa lio, Ele custou a chegar aqui.).

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Essa inovao sinttica, presente at em registros literrios, segundo CEGALLA (Dicionrio de Dificuldades da Lngua Portuguesa), ainda no foi sancionada pelos gramticos. Para a prova, leve a sintaxe originria: Custou-lhe chegar aqui. Custou-me entender a lio. b) No sentido de causar, acarretar conseqncias, transitivo direto e indireto. A imprudncia custou-lhe lgrimas amargas. c) No sentido de indicar preo, intransitivo. Esta casa custou trinta mil dlares.

Informar, Avisar, Comunicar, Cientificar Agora, comeamos a conhecer alguns verbos que admitem dupla regncia, ou seja, indistintamente direta e indireta para coisa ou pessoa (sero chamados de flexveis), e outros que apresentam somente uma forma para coisa e outra para pessoa (inflexveis). Parece que estou falando grego, no ? Vamos, ento, partir para os exemplos. Assim, o conceito fica claro. Dentre os verbos flexveis, podemos destacar: - INFORMAR: Eu posso informar alguma coisa a algum (direto para coisa e indireto para pessoa) ou informar algum de/sobre alguma coisa (direto para pessoa e indireto para coisa). O ministro informou o povo sobre as novidades na Economia. O ministro informou as novidades na Economia ao povo. - AVISAR: Avisei o amigo do acidente. / Avisei o acidente ao amigo. Por isso, em construes de voz passiva, tanto a pessoa como a coisa podem exercer a funo de sujeito paciente, porque qualquer desses elementos pode ser o objeto direto, indiferentemente: O amigo foi avisado do acidente. O acidente foi avisado ao amigo.

Outros verbos no possuem essa flexibilidade. Vamos analisar alguns desses verbos inflexveis - COMUNICAR: Como o sentido originrio desse verbo TORNAR ALGO COMUM (enfatiza-se a coisa em detrimento da pessoa). Assim, esse verbo apresenta a sintaxe direta para coisa e indireta para pessoa = COMUNICAR ALGO A ALGUM. Comunicamos ao diretor a deciso do grupo.

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Por isso, segundo a norma culta, condena-se a construo de voz passiva em que a pessoa se apresente como sujeito, uma vez que ela exercia a funo de objeto indireto da voz ativa. Somente a coisa pode ser o sujeito paciente: A deciso do grupo foi comunicada ao diretor. (e no: O diretor foi comunicado da deciso do grupo)

- CIENTIFICAR: O sentido de CIENTIFICAR TORNAR ALGUM CIENTE (enfatizase a pessoa em detrimento da coisa). Enquanto o verbo comunicar apresenta construo direta para coisa e indireta para pessoa, o verbo cientificar direto para pessoa e indireto para coisa (Eu cientifiquei o diretor da deciso do grupo.). Agora, para uma melhor compreenso, vamos traar um paralelo entre COMUNICAR e CIENTIFICAR. COMUNICAR ALGO A ALGUM CIENTIFICAR ALGUM DE ALGO Celso Luft observa que s vezes ocorre a inovao sinttica cientificar algo a algum, que atinge tambm verbos como informar, avisar, certificar. Contudo, em linguagem culta forma, prefervel a sintaxe originria cientific-lo de. No decorrer dos exerccios de fixao, encontraremos mais alguns verbos de dupla possibilidade de regncia. Esquecer Admite trs construes diferentes: Esqueci o nome dele. Esqueci-me do nome dele. Esqueceu-me o nome dele. Quando pronominal (esquecer-se), o verbo necessariamente empregado com complemento indireto (esquecer-se de algo). Se este complemento for oracional, especialmente em oraes desenvolvidas (iniciadas pela conjuno que), admite-se a omisso da preposio DE: Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra (Drummond). O que nas duas primeiras construes objeto (direto ou indireto) passa a sujeito na terceira: "O nome dele esqueceu-me" significa que esse nome apagou-se da memria, saiu da lembrana. Essa sintaxe emprega construo um valor involuntrio da ao ocorrida (algo foi esquecido por mim). "Nunca me esqueceu esse fenmeno." (M. Assis) = O fenmeno (sujeito) nunca esqueceu a mim (objeto indireto) Tudo o que acontece com o verbo ESQUECER se repete com o verbo LEMBRAR. Lembrar

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a) Com o sentido de trazer lembrana, evocar, recordar-se, transitivo direto. Seu penteado lembrava as divas de Hollywood. b) Com sentido de vir memria, aceita, semelhana do que ocorre com o verbo esquecer, trs modelos de construo: Lembro o acontecimento. Lembro-me do acontecimento. Lembra-me o acontecimento

Implicar a) No sentido de ter implicncia com, mostrar m disposio para com algum, transitivo indireto. Implicou com os irmos..

b) No sentido de comprometer-se, enredar-se, envolver-se em situaes embaraosas, acompanhado de pronome reflexivo e de complemento introduzido pela preposio EM. Atualmente no so poucos os polticos que se implicam em negociatas.

c) No sentido de trazer como conseqncia, acarretar, transitivo direto. "... um dever que implica desdouro para meu amigo, se eu me esquivar a cumprilo." (C. C. Branco) "...sem que a investida do novo chefe implicasse a menor quebra no movimento poltico e social." (Latino Coelho) Celso Luft: Implicar em algo inovao em relao a implicar algo por influncia dos sinnimos redundar, reverter, resultar, importar. Aparentemente brasileirismo. Plenamente consagrado, admitido at pela Gramtica Normativa. P.ex.: Tal procedimento implica (em) desdouro (Rocha Lima, Gramtica Normativa da Lngua Portuguesa, pg. 401) Em relao a essa inovao, j vejamos uma questo de prova da ESAF:

(AFRF/2002.1) Julgue os perodos abaixo em relao correo gramatical. b) A prtica do racismo definida como crime na Lei n 7.716/89, isto , nessa Lei esto definidas vrias condutas que implicam tratamento discriminatrio, motivado pelo preconceito racial. / A prtica do racismo definida como crime na Lei n 7.716/89, isto , nessa Lei esto definidas vrias condutas que implicam em tratamento discriminatrio, motivado pelo preconceito racial.

Este item foi considerado CORRETO pela banca.

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Na acepo de trazer como conseqncia, acarretar, tradicionalmente o verbo implicar transitivo direto (Seu silncio implicava consentimento.). Contudo, provavelmente seguindo a doutrina recente, a construo com o verbo transitivo indireto foi tida por correta em ambos os perodos implicam tratamento / implicam em tratamento. Obedecer um verbo transitivo indireto, que rege a preposio a. Em relao possibilidade do emprego dos pronomes oblquos lhe/lhes no lugar de a ele(s)/ela(s), a maioria esmagadora dos gramticos se posiciona favoravelmente troca. Ele no capaz de obedecer s ordens de seu chefe. Quem lhe desobedecer sofrer sanes. Mesmo sendo um verbo transitivo indireto, modernamente admite voz passiva, reminiscncia do antigo regime transitivo direto. So diversos registros literrios dessa possibilidade. Essa observao, inclusive, consta da Nova Gramtica do Portugus Contemporneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, e abonada por Celso Luft (A voz passiva vista como normal - Algum obedecido.). "A Senhora manda, e obedecida." (Jos de Alencar) Em linguagem culta formal, contudo, ainda se recomenda a construo indireta. Para a prova, tome muito cuidado. Algumas bancas so extremamente tradicionais e ficam naquele feijo com arroz. Outras j preferem inovar e explorar novos conceitos. O candidato deve procurar identificar o posicionamento da banca e, se isso no for possvel, analisar as demais opes antes de tachar a afirmao como certa ou errada. Idntica a construo do antnimo desobedecer. Ele no podia mais desobedecer s vontades de Deus.

Vamos ver uma questo de prova: (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 25 - Sabemos que s os verbos transitivos diretos admitem a forma passiva; por isso, a alternativa que mostra uma forma adequada de passiva : (A) O pai do candidato foi comunicado do ocorrido; (B) Os professores so muito obedecidos pelos alunos; (C) O chefe foi substitudo pelo novo funcionrio; (D) O presidente Juscelino foi sucedido por Jnio Quadros; (E) A pea ser acontecida no dia 28 de agosto. O gabarito foi a letra C. Note que a banca da UFRJ no aceitou a forma passiva do verbo OBEDECER (opo B), considerando-a inadequada.

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Em relao aos demais verbos: a) o verbo COMUNICAR apresenta como objeto direto a COISA e indireto a PESSOA. Por isso, estaria incorreta a forma passiva de pessoa como sujeito paciente (O pai foi comunicado). c) o verbo SUBSTITUIR transitivo direto Uma pessoa substitui outra. Assim, possvel a construo passiva: O chefe foi substitudo. Essa foi a resposta certa. d) na acepo de ser o sucessor, o verbo SUCEDER constri-se com objeto indireto: Ele sucedeu ao pai na gesto dos negcios. Contudo, h registros clssicos da transitividade direta do verbo (sintaxe em desuso). Luft registra que compreensvel certa inclinao por suced-lo na linguagem culta formal, muito comum no portugus clssico, talvez por influncia do verbo substituir. Note que a banca no aceitou a forma direta, considerando incorreta a construo de voz passiva O presidente Juscelino foi sucedido por Jnio Quadros. e) O verbo ACONTECER pode ser INTRANSITIVO (algo acontece) ou TRANSITIVO INDIRETO com a preposio a (algo acontece a algum). No h, pois, objeto direto para que se possa construir voz passiva. Pedir Trata-se de um verbo transitivo direto. Somente aceita o complemento regido pela preposio para quando houver subentendida, entre o verbo e a preposio, uma palavra como licena, autorizao, permisso. Pedimos que sejam observadas as regras de convivncia. Os alunos pediram para sair. (permisso para sair)

Perdoar - Pagar Agradecer Na lngua culta, constroem-se com objeto direto em relao coisa e objeto indireto em relao pessoa. Perdoai-lhes, Senhor, porque no sabem o que fazem! Agradeci-lhe os presentes. J paguei as contas a meus credores. Contudo, por influncia de verbos do mesmo campo semntico desculpar algum / indenizar algum surgiu uma nova estrutura: objeto direto para a pessoa (perdoar algum / pagar algum), o que levou possibilidade de construo passiva: Todos foram perdoados pelo rei (o rei perdoou todos). Neste ms, os empregados no sero pagos (a empresa no pagar os empregados).

Preferir O verbo transitivo direto e indireto (Preferir uma coisa a outra).

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"Capitu preferiu tudo ao seminrio." (M. Assis) Em virtude da proximidade semntica com querer, desejar (uma coisa mais do que outra), passou a ser comum na linguagem coloquial a forma preferir uma coisa mais do que outra ou preferir muito mais, construes condenadas pelos gramticos. Para a prova, tenha sempre em mente a sintaxe original: PREFERIR ALGO A OUTRA COISA. No h impedimento algum para a construo com somente o complemento direto: Prefiro os antigos moldes.

Proceder a) No sentido de ter fundamento intransitivo. Seu pedido no procede. b) Como portar-se, conduzir-se, intransitivo tambm, sempre seguido de adjunto adverbial de modo. Sua esposa procedia brilhantemente em pblico. b) Na acepo de provir, originar-se, descender, usa-se com preposio de. A lngua portuguesa procede do latim. c) Usa-se com preposio a (transitivo indireto) no sentido de dar incio, realizar. Proceder-se- ao incio da sesso.

Responder A regncia primria apresenta complemento indireto, com a preposio a: Responder s cartas, s perguntas, ao questionrio. Contudo, na lngua vigente no Brasil, a sintaxe direta para coisa j est consagrada, ainda que repudiada pelos puristas. O verbo, nesse caso, pede objeto direto para coisa e indireto para pessoa (Responder algo a algum). O objeto indireto pode se apresentar sob a forma de pronome (lhe/lhes). No irei responder-lhe o pedido de casamento. Respondo as suas cartas.. Essa construo possibilita a voz passiva: As cartas foram respondidas.

Simpatizar O verbo simpatizar no pronominal. Pede objeto indireto regido da preposio com.

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Simpatizei com ela. (correto) Simpatizei-me com ela. (errado) No simpatizei com ele nem com suas idias. O verbo antipatizar apresenta o mesmo regime. A classe antipatizou com o novo professor.

Visar a) No sentido de dirigir a pontaria, apontar arma de fogo contra algo ou algum, transitivo direto. Visei o alvo. b) No sentido de pr o visto em, transitivo direto. As autoridades visaram o passaporte. c) Na acepo de ter em vista um fim, pretender, deve empregar-se de preferncia com a preposio a, embora modernamente, devido aproximao com verbos como buscar, pretender, objetivar (transitivos diretos), se acumulem exemplos com objeto direto. Nela visei, acima de tudo, ao bem da comunidade. O verbo visar j se constri, nesse sentido, sem a preposio: Essa sociedade no visa lucro. Essa inovao ocorre, principalmente, quando o complemento vem sob a forma nominal de infinitivo. Eles visam alcanar suas metas.

Vamos ver como a ESAF tratou do assunto: (TCU/ 2006) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical. A precariedade dos servios pblicos responsvel por cerca de(1) 8% das barreiras ao crescimento do Pas. Esse impacto se deve aos(2) efeitos em cascata que as deficincias no setor pblico causam economia. No Brasil, esses problemas parecem to arraigados rotina nacional que aparentam ser imutveis. No so. O Reino Unido est implementando uma reforma que visa o(3) aumento de produtividade e melhoria da qualidade dos servios pblicos. O primeiro passo aconteceu com o estabelecimento de alguns princpios: metas nacionais de desempenho, comparao pelo pblico; mensurveis e disponveis para

clara definio de responsabilidades entre as entidades pblicas; aumento de flexibilidade, por meio da(4) simplificao de processos e da reduo da burocracia;

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oportunidade de escolha por parte do pblico em relao aos provedores de servios. A estimativa que(5) essas reformas aumentem o PIB do Pas em 16 bilhes de libras. (Adaptado de Revista Veja, n. 49, p.154.) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 O gabarito foi a letra c o verbo visar, no sentido de objetivar, originalmente transitivo indireto. Assim, em uma reforma que visa o aumento de produtividade, devemos inserir a preposio a: visa ao aumento de produtividade. Caso restasse alguma dvida em relao possibilidade de se construir sob a forma direta (modernamente aceita), a banca tratou de sepult-la com a apresentao do outro objeto indireto: visa (...) melhoria da qualidade dos servios pblicos. assim que se faz prova: diante de uma questo cujo tema polmico, voc dever analisar com cuidado todas as possibilidades. Normalmente, bancas consagradas, como a ESAF, procurar fugir desse debate, indicando, de alguma forma, o seu posicionamento. VERBOS DE DESLOCAMENTO X VERBOS DE PERMANNCIA Verbos que indicam deslocamento (chegar, ir, voltar, etc.) constroem-se com a preposio a, opondo-se aos que indicam permanncia (morar, residir, etc.), que se constroem com a preposio em. Ele chegou ao colgio muito cedo. O presidente veio a So Paulo de avio. Ele mora na rua Virglio de Resende. Ficarei em casa a noite. Se voc ficou pensando naquela clssica expresso ENTREGAMOS DOMICLIO, muito comum nos letreiros de pizzarias, farmcias e afins, vamos entender. Para comear, como veremos na prxima aula, palavras masculinas no podem ser precedidas de a com acento grave, pois no apresentam um artigo definido feminino antes de si (afinal de contas, elas so masculinas!!!). Ento, no ocorre crase. Em relao regncia do verbo entregar, eu lhe pergunto: a entrega por ser feita a algum em algum lugar, no ? O complemento que indica a pessoa que recebe a entrega regido da preposio A (Entreguei ao porteiro). Mas domiclio no uma pessoa, e sim um local (expresso de valor adverbial). Por isso, a preposio que

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antecede esse vocbulo EM Entregamos em qualquer ponto do pas (e no a qualquer ponto do pas). Por isso, a entrega feita em domiclio ou no domiclio, e nunca domiclio. E agora, consegui acabar com aquela confuso que a pizzaria causou? Agora, at bateu uma fome. Ainda bem que nossa aula est chegando ao fim. O passo seguinte resolver as questes de fixao, at mesmo para ver como as bancas examinadoras se posicionam, e estudar, estudar, estudar... Em nossos prximos encontros, voltaremos a este assunto. Falaremos sobre CRASE e, em seguida, PRONOMES, estudando, inclusive, a relao entre sintaxe de regncia e pronomes relativos. Bons estudos e at l. QUESTES DE FIXAO 01 - (FGV/ALESP/2002) Assinale a alternativa cuja regncia est de acordo com o padro culto: A. Prefiro mais doce a salgado. B. Prefiro mais doce do que salgado. C. Prefiro doce do que salgado. D. Prefiro doce a salgado. 02 - (FGV/Pref.Guarulhos/2001) Assinale a alternativa em que h erro de regncia verbal. A. Minha aparncia no lhe agradou. B. Esta a regra que voc obedecer. C. Assiste-lhe sempre esse direito. D. Essa foi a concluso a que chegamos. 03 - (FGV/ICMS MS ATI/2006) Em Voc se lembra do rosto dela naquele instante?, obedeceu-se s regras de regncia verbal. Assinale a alternativa em que isso no tenha ocorrido. (A) Prefiro questes de gramtica do que de interpretao. (B) Aspiraram vaga de piloto da companhia area. (C) Os mdicos assistiram o paciente. (D) Perdoamos-lhes as dvidas. (E) Pagaram-lhe bem.

04 - (BESC / ADVOGADO/ 2004) Texto II CAPTULO III

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Do Contrato Estimatrio Art. 534. Pelo contrato estimatrio, o consignante entrega bens mveis ao consignatrio, que fica autorizado a vend-los, pagando quele o preo ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada. (Novo Cdigo Civil) Pela leitura do texto II, percebe-se a importncia do uso correto dos pronomes oblquos. Assinale a alternativa em que isso NO tenha ocorrido. (A) O chefe encontrou a secretria no corredor e pagou-a ali mesmo. (B) Cabia-lhe o direito de reaver o documento. (C) Os pacientes esperavam que o mdico os assistisse com urgncia. (D) Ele no lhe perdoou a dvida. (E) Ela lembrava-lhe a boa infncia. 05 - (ESAF/AFRF/2003) Julgue a assertiva abaixo em relao aos aspectos gramaticais. e) No nos esqueamos que a construo do autoritarismo, que profundamente nossas estruturas sociais, configurou o sistema imprescindvel para a manuteno e reproduo dessa dependncia. 06 - (FUNDEC / TRT 2 Regio / 2003) Sobre a regncia do verbo assistir na orao a Regio Metropolitana finalmente assistia ao incio de um captulo bom da novela protagonizada por mais de 3 milhes de pessoas (linhas 10-13), pode-se afirmar que: A) est correta, porque o verbo foi empregado como transitivo indireto, no sentido de ser do direito; B) semelhante regncia do verbo amar em frases como Deve-se amar ao prximo; C) admite a construo passiva, que seria: O incio de um captulo bom da novela protagonizada por mais de 3 milhes de pessoas era assistido finalmente pela Regio Metropolitana; D) est consoante com a lngua escrita padro, mas divergente dos hbitos da lngua falada no Brasil; 07 - (CESGRANRIO / PREF.MANAUS / 2004) Marque a opo em que a regncia do verbo NO est adequada, conforme a norma culta. (A) O pesquisador agregou-se ao grupo da universidade. (B) O auxiliar inseriu os dados no computador. (C) A criana agradeceu os primos o presente. (D) A situao de crise influiu na deciso do conselho. marcou poltico

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(E) Eu entreguei o requerimento ao advogado.

08 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005) Assinale a opo que corresponde melhor redao, considerando correo, clareza e conciso. (A) A parada o autorizava cobrar um novo preo; (B) A parada lhe autorizava de cobrar um novo preo; (C) A parada o autorizava de cobrar um novo preo; (D) A parada o autorizava a cobrar um novo preo; (E) A parada lhe autorizava a cobrar um novo preo. 09 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) A alternativa em que o pronome LHE est mal empregado : (A) S lhe comuniquei de minha deciso ontem; (B) No lhe desejo mal; (C) Deste ator s lhe conhecia a foto; (D) Vou apresentar-lhe meu amigo; (E) Atribumos-lhe uma atitude negativa. 10 - (UnB CESPE/INSS/1998) Quanto correo da substituio do trecho sublinhado pela forma apresentada em negrito, julgue os itens abaixo. 1. J fez sua declarao de imposto de renda? / J a fez? 2. Os decretos-leis (...) abanam o rabo negativamente / Os decretos-leis (...) abanam-lhe negativamente 3. Mas se tiveres alguma dvida / Mas se tiveres ela. 4. Os decretos-leis tentam barrar um senhor distinto / Os decretos-leis tentam barr-lo 5. Agora s (...) encheres este formulrio-sanfona / Agora s (...) o encheres 11 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) Muitos gramticos condenam o uso de um mesmo complemento referido a verbos de regncia diferente, o que ocorre em: (A) entrar e sair de casa; (B) contemplar e pintar a paisagem; (C) ler e memorizar o telefone; (D) conhecer e admirar a obra do artista;

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(E) precisar e gostar de boas companhias.

12 - (ESAF/AFC STN/2002) No passado, para garantir o sucesso de um filho ou de uma filha, bastava conseguir que eles tirassem um diploma de curso superior. Uma vez formados, seriam automaticamente chamados de doutor e teriam um salrio de classe mdia para o resto da vida. De uns anos para c, essa frmula no funciona mais. Quem quiser garantir o futuro dos filhos, alm do curso superior, ter de lhes arrumar um capital inicial. Esse capital dever ser suficiente para o investimento que gerar um emprego para seu filho. Em relao aos aspectos textuais, julgue a assero abaixo. d) A regncia do verbo chamar empregada no texto(l.3) considerada coloquial. A gramtica ortodoxa recomenda, como mais formal, o emprego desse verbo como transitivo direto. 13 - (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2006) Por meio de uma carta, os funcionrios _______________ aos superiores. Com respeito regncia, a forma verbal que preenche adequadamente a lacuna acima : (A) chamaram. (B) convidaram. (C) cumprimentaram. (D) pressionaram. (E) responderam. 14 - (FCC / INSS MEDICO / 2006) Empregou-se de acordo com o padro culto escrito a forma grifada em: (A)) Estava to atrapalhado, que enviou a carta justamente quele que nunca poderia t-la recebido. (B) A atitude desequilibrada daquele jovem foi uma heresia aos idosos que ali estavam sendo homenageados. (C) Informou-lhe de que deveria fechar o contrato at o fim do dia. (D) Recuperou-lhe daquele distrbio com a competncia e dedicao que todos lhe reconhecem. (E) Ele foi investido com uma difcil tarefa de comando, da qual se desincumbiu com grande habilidade. 15 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002)

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Como na frase O nvel de complexidade do Deep Fritz reside nas linhas de cdigo que o constituem (linhas 17-18), tambm as frases abaixo esto corretas quanto ao emprego do pronome o, menos em uma, em que o correto seria empregar o pronome lhe. Esta frase est na opo: A) Procurei um tcnico para cientific-lo de que havia um problema para resolver. B) Embora o problema fosse de difcil soluo, o computador o resolveu. C) Vou procurar o tcnico para certific-lo que o problema j foi resolvido. D) O cientista comentou que a empresa o contratou para resolver problemas complexos. E) A empresa que construiu o computador resolveu do-lo para um museu. 16 - (ESAF / Analista IRB/2004) Identifique a letra em que uma das frases apresenta erro de regncia verbal. a) Atender uma explicao. Atender a um conselho. b) O diretor atendeu aos interessados. O diretor atendeu-os no que foi possvel. c) Atender s condies do mercado. Os requerentes foram atendidos pelo juiz. d) Atender o telefone. Atender ao telefone. e) Ningum atendeu para os primeiros sintomas da doena. Ningum se atendeu aos primeiros alarmes de incndio. 17 - (UnB CESPE/DEFENSOR/2004) Analise a correo da assertiva abaixo. Em Por conseqncia, a morte de um idioma implica perda imensurvel a um pas e, inclusive, humanidade, pois perde-se, alm da forma bsica de comunicao, uma cultura com todas as suas expresses, como folclore, histria, musicalidade, religio etc., o emprego da preposio que antecede os termos um pas e humanidade exigido pelas regras de regncia segundo as quais est empregado o verbo implicar. 18 - (UnB CESPE / AGU / 2002) A impunidade que da deriva no est ligada, pois, a diferenas sociais que impliquem que nem todos sejam iguais perante a lei, mas to-s a que todos se submetem a ela como se vestissem roupas muito maiores que as devidas. A sociedade moderna democraticamente relaxada. Com base no trecho acima, julgue a assertiva.

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Em a diferenas sociais (l.1), a que todos (l.2) e a ela (l.3), as trs ocorrncias da preposio a devem-se regncia da palavra ligada (l.1). 19 - (ESAF/TFC SFC/2000) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical Outro mito muito em voga(A) de que(B) a globalizao torna(C) a vida das pessoas muito mais instvel. Isso s parcialmente verdade. As economias esto muito mais competitivas hoje em boa parte do mundo, o que(D) pode passar uma sensao maior de instabilidade. Um recente estudo do Banco Mundial, no entanto, mostra que(E) no h nenhuma evidncia de aumento da instabilidade em termos de crescimento de PIB e de consumo privado na Amrica Latina. (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.141) a) b) c) d) e) A B C D E

20 - (ESAF/TRF/2003) Assinale a opo em que o trecho do texto foi transcrito com erro de sintaxe. a) As empresas do setor imobilirio que deixaram de prestar contas das transaes realizadas em 2002 vo ser alvo de investigao da Receita Federal. Imobilirias, construtoras e incorporadoras tinham prazo limitado para entregar a Declarao de Informao sobre Atividades Imobilirias- Dimob. b) A estimativa de que metade das empresas no declarou, mas o coordenadorgeral de Fiscalizao da Receita acredita que muitas delas ainda vo cumprir a exigncia. At o prazo foram entregues 21.395 declaraes, mas nos registros da Receita constam em cerca de 40 mil empresas que estariam obrigadas a declarar. c) O coordenador diz que os dados da Dimob sero confrontados com as informaes da declarao das empresas e das pessoas fsicas. O coordenador afirma ainda que as informaes sero cruzadas com os dados da CPMF, que tm sido instrumento indispensvel ao trabalho de fiscalizao do rgo. d) Na declarao, as imobilirias s devem informar as operaes realizadas no ano passado. As empresas que no tiveram atividades em 2002 esto desobrigadas de prestar contas. Quem deixou de entregar a declarao no prazo pagar multa mnima de R$ 5 mil por ms-calendrio. Em caso de omisso ou informao de dados incorretos ou incompletos, a multa ser de 5% sobre o valor da transao. e) Essa declarao foi criada em fevereiro de 2003 para identificar as operaes de venda e aluguel de imveis. A Receita quer saber, por exemplo, a data, o valor da transao e a comisso paga ao corretor. No ano passado, foram fiscalizadas 495 empresas do setor, cujas autuaes somaram R$ 1,2 bilho. (Adaptado de www.receita.fazenda.gov.br, 5/06/2003) 21 - (UnB CESPE / AGU / 2002)

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Analise a assertiva a seguir. A substituio do trecho A minha firme convico que (R.25) por A minha firme convico a de que estaria em desacordo com as exigncias de formalidade da norma culta escrita.

22 - (UnB CESPE/Banco do Brasil/2002) Analise a proposio abaixo. O verbo conferem, em o BB adotou medidas que conferem maior transparncia s decises internas e s movimentaes da empresa no mercado bancrio est empregado no texto com a mesma regncia e com sentido equivalente ao que est empregado no seguinte exemplo: Os dados do relatrio final do BB conferem com aqueles divulgados pela imprensa no decorrer da semana. 23 - (UnB CESPE/CEF/2006) Julgue o item que se segue. No trecho que a famlia ensine a criana, desde pequena, a saber lidar com dinheiro e a se envolver com o controle dos gastos, o verbo ensinar rege um complemento com preposio e um sem preposio. 24 - (FCC/TCE MA Analista/2005) ... os portos da Amaznia tm um sistema de braos flutuantes... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima est na frase: (A) ... choveu menos na Amaznia. (B) ... assim como aconteceu no incio do sculo XX. (C)) ... duplicando o impacto sobre o ambiente. (D) ... que se trata de variaes mdias ao longo de trs dcadas. (E) ... a atual seca se torna mais relativa. 25 - (FCC/TRT 15 Regio/2004) O Conselho Nacional de Justia precisar de segmentos setoriais... O mesmo tipo de complemento exigido pelo verbo grifado acima est na frase: (A) ... tornando-a mais rpida... (B) ... limita a liberdade dos juzes... (C) ... e pode permitir a influncia do Executivo... (D) ... se a aplicao for restrita a matrias tributrias... (E) ... mas valem apenas para os advogados privados...

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GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 01 D Como vimos, o verbo preferir, quando se apresenta bitransitivo, ou seja, com complemento direto e indireto, emprega a preposio a junto a este ltimo. Assim, o certo prefiro doce a salgado. O paralelismo sinttico deve ser observado. O que isso? a relao entre elementos de mesma funo, no caso, complementos verbais. Se resolvermos colocar o artigo antes do primeiro elemento, exceto em situaes muito particulares, devemos repeti-lo nos demais. Assim, como no houve artigo antes do objeto direto (doce), tambm no haver antes do objeto indireto (salgado). No vai se acostumando com essa molezinha a, no... essa questo tranqila s foi colocada no incio da bateria de exerccios para dar um refresco. Mais adiante, vamos ver questes de verdade. 02 B O verbo obedecer transitivo indireto, regendo a preposio a. Por isso, essa preposio deve anteceder o pronome relativo que substitui o objeto indireto (regra): Esta a regra a que voc obedecer. Na opo a, temos o verbo agradar. A banca manteve o posicionamento originrio e apresentou o verbo, na acepo de contentar, como transitivo indireto, usando o pronome lhe. Supondo que o examinador apresentasse o verbo agradar com complemento direto (agrad-lo), o candidato deveria ler atentamente todas as opes antes de marcar a resposta. Na opo seguinte, a regncia estava inquestionavelmente incorreta. O verbo assistir, no sentido de caber razo ou direito, transitivo indireto (opo c). Finalmente, o verbo chegar, por indicar deslocamento, rege a preposio a. Quem diz chegar em no chega a lugar algum. Est correta a construo apresentada na opo e (Ns chegamos a uma concluso a concluso a que chegamos). 03 A Essa deve ter sido barbada tambm. A prova para o ICMS de Mato Grosso do Sul foi aplicada recentemente. Como vimos na questo 01, a regncia do verbo preferir, quando bitransitivo, exige a preposio a. Assim, prefiro questes de gramtica a de interpretao. O verbo aspirar, como desejar, transitivo indireto, com a preposio a. Est correta a opo b. O verbo assistir, no sentido de prestar assistncia, pode ser construdo com objeto direto ou indireto. O examinador apresentou a primeira forma. Tanto o verbo perdoar (d) quanto pagar (e), segundo a norma culta, possuem objeto direto de coisa e indireto de pessoa. Assim, tambm esto corretas as formas Perdoamos-lhes as dvidas e Pagaram-lhe [a ele] bem.

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04 A Conforme vimos na questo anterior, o verbo pagar, em relao pessoa, indireto. Assim, o correto seria pagou-lhe [ou a ela] ali mesmo. Na opo b, o sujeito do verbo caber era o direito de reaver o documento. Isso cabia a algum. Foi corretamente empregado o pronome lhe na indicao do objeto indireto de pessoa. Em questes anteriores, j falamos sobre a regncia dos verbos assistir (no sentido de prestar assistncia) e perdoar. Resta-nos destacar o emprego do pronome pessoal oblquo com valor possessivo na opo e. Em regra, os pronomes pessoais oblquos so usados para representar um nome (substantivo), evitando, assim, sua repetio (mais sobre isso ser tratado na aula especfica sobre pronomes). No entanto, o pronome oblquo pode ser tambm usado com valor possessivo, ou seja, no lugar do seu/sua ou dele/a. Esse emprego costuma causar muita confuso com a funo de objeto indireto, uma vez que o pronome tambm pode se ligar ao verbo por meio de hfen. Vejamos a diferena. Em Roubou-lhe a carteira, o que se quer dizer que roubou a sua carteira ou roubou a carteira dela. Esse pronome, na verdade, no est complementando o verbo roubar, mas atribuindo ao substantivo carteira uma caracterstica a sua propriedade. Assim, sua funo no a de objeto indireto (complemento verbal). Na orao Ela lembrava-lhe a boa infncia, o complemento verbal (objeto direto) a boa infncia, atendendo sintaxe de regncia do verbo lembrar (transitivo direto). Mais uma vez, vemos que a funo do pronome oblquo lhe no completar o sentido do verbo (como o faria um objeto indireto), mas modificar o substantivo infncia, como o faria um pronome possessivo sua (Ela lembrava a sua boa infncia). Por isso, a funo sinttica do pronome oblquo, com valor de possessivo, a de adjunto adnominal (elemento que vem junto ao nome para definir, alterar ou restringir o significado do nome). Est, portanto, correta a construo. Essa opo deve ter suscitado inmeras dvidas, hem? Bem que lhe avisei que a moleza iria acabar... No se preocupe com esses conceitos sobre pronome. Voltaremos a falar sobre o assunto na aula prpria. 05 - Item CORRETO J que falamos sobre o verbo lembrar, vamos falar agora sobre o seu antnimo. O verbo esquecer-se, como vimos, quando pronominal, transitivo indireto, regendo a preposio de (No se esquea de mim.). Contudo, quando o seu complemento indireto est sob a forma oracional (que a construo do autoritarismo...), possvel a elipse (omisso) da preposio. 06 D

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A banca brincou com a regncia do verbo assistir e o desuso da construo clssica. Na acepo de ver, presenciar, transitivo indireto com a preposio a. Por isso, no admite voz passiva. No entanto, na linguagem coloquial, a do dia-a-dia, a do botequim, duvido que algum tenha coragem de dizer: Saia da minha frente, pois estou assistindo ao jogo. No mnimo, vo achar que provocao. 07 C Ainda que voc se lembrasse da polmica do verbo agradecer (opo c), a banca facilitou a sua vida: apresentou dois complementos diretos. Segundo a norma padro, a forma adequada seria: A criana agradeceu aos primos o presente (indireto de pessoa, direto de coisa). 08 D Esse mais um verbo que apresenta dupla possibilidade de regncia: pode-se autorizar algum a algo (direto de pessoa e indireto de coisa) ou autorizar algo a algum (direto de coisa e indireto de pessoa). De qualquer forma, a preposio a, e no de. Eliminamos, assim, as opes b e c. Na opo e, a banca sugere dois complementos indiretos: lhe e a cobrar um novo preo, enquanto que na opo a coloca um acento grave antes de um verbo (que no pode ser antecedido de artigo definido feminino crase o assunto da prxima aula). Por isso, a nica opo correta mesmo a letra d A parada o autorizava (direto de pessoa) a cobrar um novo preo (indireto de coisa). 09 A O verbo comunicar transitivo direto para coisa e indireto para pessoa (Comunicar algo a algum). Assim, o erro no est necessariamente no emprego do pronome lhe, mas na colocao de uma preposio antes do objeto direto: S lhe comuniquei minha deciso ontem. No h, no Dicionrio Prtico de Regncia Verbal, de Celso Pedro Luft, abono para a construo Comunicar algum de algo, s Comunicar algo a algum. Na opo c, h um excelente exemplo do pronome oblquo com valor possessivo, mencionado na questo 4: S conhecia a foto do ator = S conhecia a sua foto / a foto dele = S lhe conhecia a foto. O pronome no est complementando o verbo, mas se referindo ao nome (foto). Nas demais opes, tambm est correto o emprego do pronome oblquo: b) No desejo mal a ele; d) Vou apresentar meu amigo a ele; e) Atribumos a ele uma atitude negativa. 10 C / E / E / C / C Esto incorretas as substituies propostas nos itens 2 e 3:

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Item 2 O verbo abanar transitivo direto (abanam o rabo). Assim, o pronome que deve ser usado o, e no o lhe. Aps verbos terminados de forma nasal (com m, -e ou o, como em abanam), os pronomes oblquos tonos (o, a, os, as) recebem a letra n: abanam-no. Essa lio consta do comentrio questo 24 da Aula 2 Verbo. Se voc j a tiver esquecido, volte a estud-la. Item 3 Na aula sobre pronomes, iremos tratar do emprego dos pronomes oblquos. Por ora, iremos nos ater a registrar que os pronomes ele, ela, eles, elas, quando oblquos, devem estar necessariamente acompanhados de preposio. O correto seria: Mas se a tiveres. 11 A Essa questo trata do emprego de verbos de regncias diferentes em relao a um mesmo complemento. Nesses casos, recomendvel a seguinte construo: entrar em casa e sair dela. As demais opes apresentam verbos de idntica regncia, podendo ser usado apenas um complemento para ambos. 12 - Item INCORRETO. O verbo CHAMAR, na acepo apresentada, um verbo transobjetivo, ou seja, alm do objeto, exige um predicativo do objeto. Ao contrrio de todos os demais verbos transobjetivos, o verbo chamar, segundo a norma culta, pode ser tanto transitivo direto quanto indireto, sem que o seu significado seja alterado. Em suma, com o sentido de apelidar, qualificar, tachar, o complemento verbal do verbo chamar tanto pode ser um objeto direto (Chamou fulano de mesquinho / Chamou-o de mesquinho) quanto um objeto indireto, com a preposio a ou o pronome lhe (Chamou a fulano de mesquinho / Chamou-lhe de mesquinho.). Por sua vez, o termo mesquinho, que, no exemplo acima, se refere a fulano (objeto direto/indireto), exerce a funo de predicativo do objeto (direto/indireto) e pode vir ou no precedido de preposio Chamou fulano (de) mesquinho / Chamou a fulano (de) mesquinho. Na construo de linha 3, o verbo chamar transitivo direto e est construdo em voz passiva (seriam automaticamente chamados de doutor...). Por isso, so dois os equvocos: 1. afirmar que o verbo chamar, na construo, no seria transitivo direto - ele transitivo direto, sim, e por isso possibilita a voz passiva; 2. considerar que a norma culta recomenda apenas a forma direta (admitem-se as duas transitividades direta ou indireta). 13 E

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Agora, o verbo chamar (opo a) significa convocar, solicitar a presena, transitivo direto. Tambm apresentam essa transitividade os verbos convidar, cumprimentar e pressionar. J o verbo responder, como vimos, requer complemento indireto, com a preposio a. Portanto, o nico que pode preencher a lacuna: Por meio da carta, os funcionrios responderam aos seus superiores. 14 A O verbo enviar apresenta, na construo, bitransitividade: objeto direto (a carta) e indireto (quele). Na aula sobre crase, veremos que o encontro da preposio a (exigida pelo verbo) com o pronome demonstrativo aquele forma crase. Os erros das demais opes so: b) o substantivo heresia rege a preposio contra. Essa uma das raras questes de regncia nominal. c) o verbo informar apresenta dois complementos indiretos um deles deve ser modificado. H duas possibilidades: informou-o de que deveria fechar ou informoulhe que deveria fechar. d) O verbo recuperar pronominal com valor reflexivo: recuperou-se daquele distrbio. Est correto o emprego do verbo reconhecer, na seqncia: no sentido de assegurar, transitivo direto e indireto todos lhe reconhecem a competncia e dedicao. 15 C O verbo certificar mais um exemplo de dupla possibilidade de regncia, assim como informar, avisar: a sintaxe originria certificar algum de alguma coisa (direto para pessoa e indireto para coisa); contudo, acabou evoluindo para certificar algo a algum (direto para coisa e indireto para pessoa). A banca explorou esse conceito. a) O objeto direto relativo a pessoa (representado pelo pronome oblquo o), enquanto que o indireto, referente a coisa (de que havia um problema). b) O verbo resolver transitivo direto (o computador resolveu o problema). Est correto o emprego do pronome oblquo o no lugar do nome. c) Agora, ao contrrio da opo a, o objeto direto do verbo certificar se referiu a coisa (que o problema j foi resolvido). Assim, referente a pessoa, deve-se empregar o pronome oblquo lhe (objeto indireto), e no o pronome o. Est incorreta a construo. Essa a resposta. d) O verbo contratar apresenta objeto direto de pessoa (contratar algum) e indireto, regido pela preposio para. Est correta a construo. e) O verbo doar apresenta transitividade direta (doar alguma coisa), sendo cabvel o pronome oblquo o.

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Em resumo para objetos diretos, use os pronomes o/a/os/as; para objetos indiretos, use os pronomes lhe/lhes, salvo nos casos em que s se aceitam as formas a ele(s)/a ela(s).

16 - E Essa questo praticamente uma aula de regncia verbal do verbo atender. Todos os exemplos apresentados nas opes da questo foram retirados do livro de Celso Pedro Luft (obra citada no incio da aula). Sobre a regncia do verbo atender: 1. o verbo ser facultativamente transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso, regendo a preposio a) nas seguintes acepes: no sentido de dar ou prestar ateno Atender a um conselho (opo a),Atender uma explicao (opo a), O diretor atendeu aos interessados (opo b); Luft ressalta que, se o complemento for um pronome pessoal referente a PESSOA, s se empregam as formas objetivas diretas O diretor atendeu os interessados ou aos interessados, mas somente O diretor atendeu-os.. na acepo de tomar em considerao, considerar, levar em conta, ter em vista Atender s condies do mercado. (opo c); com sentido de responder Atender ao / o telefone (opo d);

2. na acepo de conceder uma audincia , transitivo direto e, por isso, possibilita a construo na voz passiva Os requerentes foram atendidos pelo juiz (opo c); 3. no sentido de acolher, deferir, tomar em considerao, transitivo direto O diretor atendeu-os no que foi possvel (opo b) ; 4. no sentido de atentar, reparar, transitivo indireto, podendo reger as preposies a, para, em Ningum atendeu para os primeiros sintomas da doena (opo e). A nica forma incorreta Ningum se atendeu aos primeiros alarmes de incndio.. O sentido o da letra e (atentar, reparar), que, por ser transitivo indireto, no admite construo de voz passiva (Ningum se atendeu...). 17 Item INCORRETO. O verbo implicar, na acepo de acarretar, transitivo direto, segundo a norma culta. Esta sintaxe foi respeitada no segmento em comento a morte de um idioma implica perda.... As expresses a um pas e humanidade so regidos pelo substantivo perda (perda ... a um pas e, inclusive, humanidade). Portanto, a assertiva encontra-se INCORRETA. 18 Item INCORRETO.

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Mais uma vez, a banca tenta confundir o candidato. Ainda que no tenha sido objeto da questo, merece destaque o emprego culto do verbo implicar, com a transitividade direta (diferenas sociais que impliquem que...). Afirma o examinador que os trs elementos indicados (a diferenas sociais, a que todos, a ela) esto sendo regidos pelo adjetivo ligada. Em relao aos dois primeiros, isso verdade (no est ligada, pois, a diferenas sociais ..., mas to-s [ligada] a que todos se submetem...). Em virtude de o termo regente ser um adjetivo, temos a um caso de regncia nominal. Contudo, o terceiro elemento atua como complemento verbal de submeter: ... todos se submetem a ela [a impunidade] como se vestissem roupas muito maiores que as devidas.. Ao contrrio dos demais, esse um caso de sintaxe de regncia verbal. Por esse motivo, est incorreta a assertiva. 19 - B No perodo Outro mito muito em voga | de que a globalizao torna a vida das pessoas muito mais instvel, h duas oraes, quais sejam: Outro mito muito em voga de orao principal que a globalizao torna a vida das pessoas muito mais instvel. orao subordinada principal

A preposio de (sublinhada acima), que antecede a conjuno que, exigida pelo substantivo mito (mito de alguma coisa). Contudo, a ausncia da repetio desta palavra ou de sua substituio por um pronome acarretou a falha de coeso textual, acabando por deixar a preposio sozinha, sem termo ao qual pudesse se ligar. H duas possibilidades de correo e, conseqentemente, de classificao da orao subordinada: 1 possibilidade: - Outro mito muito em voga o de que a globalizao torna a vida das pessoas muito mais instvel. 1 orao - Outro mito muito em voga o de - orao principal (o pronome demonstrativo o representa o substantivo mito e passa a ser o termo regente da preposio de) 2 orao - que a globalizao torna a vida das pessoas muito mais instvel. orao subordinada completiva nominal (serve de complemento nominal ao substantivo mito) 2 possibilidade: - Outro mito muito em voga que a globalizao torna a vida das pessoas muito mais instvel. 1 orao - Outro mito muito em voga - orao principal (em relao ao exemplo anterior, foram retirados o pronome demonstrativo o e a preposio de)

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2 orao que a globalizao torna a vida das pessoas muito mais instvel. orao subordinada predicativa do sujeito (com a retirada da preposio, essa orao passa a exercer a funo de predicativo do sujeito, em um predicado nominal) A expresso de que, apresentada na questo, constitui um erro. Nas duas prximas questes, teremos mais exemplos de construes como essa.

20 - B A exemplo do que vimos na questo anterior, a passagem A estimativa de que metade das empresas no declarou apresenta duas possibilidades de correo: 1 A estimativa a de que metade das empresas no declarou. 2 A estimativa que metade das empresas no declarou. Outro erro foi na construo nos registros da Receita constam em cerca de 40 mil empresas que estariam obrigadas a declarar. No h justificativa para o emprego da preposio em. Na ordem direta, verificamos que Cerca de 40 mil empresas que estariam obrigadas a declarar o sujeito oracional de constam nos registros da Receita. H necessidade, portanto, de retirar a preposio em. Volte, agora, ao exemplo da pgina 16, em que apresentamos uma questo da ltima prova para o TCU, aplicada pela ESAF. O item e daquela questo apresenta uma estrutura idntica apresentada aqui: A estimativa que(5) essas reformas aumentem o PIB do Pas em 16 bilhes de libras. A conjuno indicada pelo item (5) inicia uma orao que serve de predicativo do sujeito (que essas reformas aumentem o PIB do Pas...). Para completar a srie, veremos como o tema foi abordado por outra banca examinadora UnB CESPE. 21 Item INCORRETO. Afirma-se que constitui erro a troca de A minha firme convico que por A minha firme convico a de que. Como acabamos de ver, ambas as construes estariam corretas. Na primeira, a orao iniciada pela conjuno que exerce a funo de predicativo do sujeito (A convico ISSO), ao passo que a segunda atua como complemento nominal do pronome demonstrativo (a)que substitui a palavra convico. Como o examinador afirma que a segunda estaria em desacordo, o item encontrase incorreto. A segunda forma est de acordo com a norma culta padro.

22 Item INCORRETO.

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A regncia de um verbo e seu significado esto interligados. O verbo conferir pode significar: 1. atribuir (A Cmara dos Vereadores conferiu o ttulo de cidado honorrio ao artista.), 2. estar de acordo (Sua verso para o acidente confere com os relatos das testemunhas.), 3. participar de conferncia (O mdico conferiu com seus colegas.), 4. imprimir, dar (Os auditores conferiram um carter s investigao.), etc. Na passagem do texto, o verbo apresenta a primeira acepo (atribuir), devendo ser transitivo direto (O BB adotou medidas que conferem [atribuem] maior transparncia s decises internas...). Em seguida, o examinador afirma que essa forma verbal possui regncia e sentido equivalentes ao verbo na segunda acepo (estar de acordo): Os dados ... conferem com aqueles divulgados pela imprensa caso em que o verbo transitivo indireto, com a preposio com. Est incorreta tal assertiva. 23 Item CORRETO. J afirmamos que a transitividade de um verbo s pode ser identificada a partir de seu emprego. Na passagem que a famlia ensine a criana ... a saber lidar com dinheiro, o verbo ensinar bitransitivo, ou seja, apresenta simultaneamente um complemento direto (a criana) e outro indireto, antecedido da preposio a (a saber lidar com o dinheiro). Portanto, est correta a afirmao de que, no trecho em destaque, o verbo ensinar rege um complemento com preposio (objeto indireto a saber lidar com o dinheiro) e outro sem (a criana). Esse verbo daqueles que admitem dupla possibilidade de regncia. A primeira acabamos de ver: ENSINAR ALGUM A (VERBO NO INFINITIVO). A segunda forma ENSINAR ALGO A ALGUM. Ambas as construes estariam corretas. 24 - C Os aspectos de regncia passam, necessariamente, pela transitividade de um verbo. Isso voc j se cansou de saber. O verbo ter, na construo os portos da Amaznia tm um sistema de braos flutuantes, transitivo direto (objeto direto um sistema de braos flutuantes). O examinador busca nas opes um verbo que apresente o mesmo tipo de complemento. Vamos verificar a transitividade de cada um deles: (A) intransitivo Em choveu menos na Amaznia, a expresso na Amaznia apresenta valor circunstancial de lugar um advrbio e, portanto, exerce a funo sinttica de adjunto adverbial (j estamos realizando a anlise sinttica: um advrbio sempre exerce a funo de adjunto adverbial). (B) intransitivo O mesmo ocorre com a expresso adverbial no incio do sculo XX, que apresenta um valor circunstancial de tempo/momento. (C) transitivo direto O objeto direto o impacto sobre o ambiente. ESSA A RESPOSTA CERTA!

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(D) transitivo indireto Esse um emprego clssico de sujeito indeterminado. Como vimos na aula sobre concordncia, o sujeito indeterminado se constri de duas formas: com verbos transitivos indiretos, intransitivos ou de ligao, na 3 pessoa do singular acompanhado do ndice de indeterminao do sujeito se; com verbos de qualquer transitividade, na 3 pessoa do plural (sem o pronome). Foi apresentada a primeira forma: que se trata de variaes mdias ao longo de trs dcadas (o objeto indireto est sublinhado). (E) Essa foi a opo mais difcil. O verbo tornar, na construo apresentada, alm do objeto direto (representado pelo pronome se), exige tambm um outro complemento o predicativo do objeto direto: mais relativa. Esse um verbo transobjetivo, que requer dois complementos objeto direto e predicativo do objeto direto. Por apresentar, alm do objeto direto, um predicativo do objeto, a construo no idntica do enunciado, que s possui o primeiro. 25 - E O verbo em epgrafe transitivo indireto (precisar de segmentos setoriais). A construo verbal que apresenta idntica transitividade a da letra (E) valem para os advogados. Vamos analisar a dos demais verbos: (A) transobjetivo objeto direto: a; predicativo do objeto direto: mais rpida; (B) transitivo direto objeto direto: a liberdade dos juzes; (C) transitivo direto objeto direto: a influncia do Executivo; (D) verbo de ligao predicativo do sujeito: restrita; complemento nominal (liga-se ao adjetivo restrita): a matrias tributrias. Este elemento o termo regido de um adjetivo, sendo, portanto, caso de sintaxe de regncia nominal. Essa era a pegadinha da questo. Muita gente deve ter marcado essa opo como correta imaginando que o elemento que exerce a funo de complemento nominal seria objeto indireto ledo engano! No foi toa que a opo correta era a letra (E).

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Aula 6 - CRASE Bom filho ___ casa torna A partir desse adgio, costumamos iniciar a aula sobre crase. E a, como voc preencheu a lacuna? Com um a? Com dois? Um com acento grave? Afinal, o que crase? CRASE NO O ACENTO, CRASE O FENMENO! Portanto, rejeitamos a forma crasear (arghh....), mesmo j tendo sido registrada nos melhores dicionrios e aceita por professores e gramticos gabaritados. Preferimos usar expresses como colocar o acento grave, indicativo de crase ou ocorre crase (fuso) - essa ltima voc vai ler bastante no nosso encontro de hoje. D-se o nome de crase ao encontro de duas vogais iguais e contguas. Na lngua portuguesa, s se registram com o acento grave os encontros da preposio a com outro a, que poder ser um artigo definido feminino, um pronome demonstrativo ou um pronome relativo. Ao fim da aula, voc ver que esse assunto no nenhum bicho-de-sete-cabeas. Vamos seguir o nosso mtodo da simplificao se tivermos vrias regras e uma ou outra exceo, o que fica mais fcil memorizar? O que h em menor nmero. Ento, vamos ao caso clssico de crase. Mais adiante, veremos alguns casos especiais. COMO ANALISAR A OCORRNCIA DE CRASE? Da mesma forma como voc ensina uma criana a atravessar a rua. Filhinho, voc deve olhar para os dois lados!. Ento aplicamos essa lio anlise de crase devemos olhar para os dois lados. TERMO REGENTE + TERMO REGIDO De um lado, h um termo regente, que pode ou no exigir uma preposio (e, nesta aula, s nos interessa a preposio a). Do outro lado, h um termo regido, que pode aceitar ou no um artigo definido feminino. Nessa posio de termo regido tambm pode existir um pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s) ou aquilo, um pronome relativo a qual/as quais. Se houver o encontro da preposio a com o outro a, OCORRE A CRASE: os dois viram um s a e recebem o acento grave (`) para indicar essa fuso: . Veja o quadro explicativo do caso clssico de crase. ARTIGO DEFINIDO A / AS = / s A / AS = / s Preposio A + PRONOME DEMONSTRATIVO AQUELE (S) = quele(s) AQUELA (S) = quela (s) AQUILO = aquilo PRONOME RELATIVO A QUAL / AS QUAIS = qual / s quais

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Voltando ao ditado que encabea o nosso estudo de hoje, antes de qualquer coisa, ajuda (e muito!) construir a orao na ordem direta (SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS): Bom filho torna ... casa.. De um lado, o termo regente (verbo tornar, que tem o mesmo sentido e regncia do verbo retornar) exige a preposio a (Algum torna / retorna a algum lugar.). Do outro lado, o termo regido casa, no sentido de lar, no recebe o acompanhamento do artigo. Note que voc costuma dizer quando eu for para casa, sa de casa ou fiquei em casa, sempre sem o artigo antes da palavra casa. Esse vocbulo s aceita artigo quando identificado como a casa de algum (Nunca mais piso na casa da minha sogra!), ou seja, quando a palavra casa estiver DETERMINADA. De volta anlise de um lado, o termo regente exige a preposio. De outro, o termo regido no aceita o artigo definido. H, portanto, a ocorrncia de apenas um a , que a preposio exigida pelo termo regente, no ocorrendo crase. Por isso, a construo correta bom filho a casa torna, sem acento grave. Em resumo: s haver crase (fuso) se houver dois as, isto , SIMULTANEAMENTE o termo regente exigir a preposio a e o termo regido: for o pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo; for o pronome relativo a qual / as quais; admitir artigo definido feminino (singular ou plural): a(s).

BIZU: Para ter certeza de que a palavra admite o artigo definido feminino, construa uma frase em que essa palavra seja o sujeito e verifique a possibilidade de colocar o artigo antes dela. 1. Eu me dirijo ____ menina. 2. Eu me dirijo ____ esta menina. 3. Eu me dirijo ____ voc Resoluo: Em todas as oraes, o termo regente o verbo DIRIGIR-SE. Ele exige a preposio a (Algum se dirige a algum). Por isso, nas trs ocorrncias, existe a preposio a. Para que ocorra crase, necessrio haver outro a, que, neste caso, pode ser um artigo definido feminino. Vamos verificar: Exemplo 1: O termo regido menina. Esta palavra pode, como sujeito, ser precedida de um artigo definido feminino (A menina est linda). Assim, o termo regido admite o artigo definido feminino antes de si. Como o termo regente exige preposio a e o termo regido admite o artigo definido feminino a, ocorre crase. 1. Eu me dirijo menina.

Exemplo 2: O termo regido, agora, vem precedido de um pronome demonstrativo: esta menina. Na funo de sujeito, a expresso no admite o artigo definido

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feminino. Voc nunca diria A esta menina est linda.. Ento, no podemos colocar um artigo definido feminino antes do termo regido. Em virtude disso, no ocorre crase e o a no recebe acento grave. 2. Eu me dirijo a esta menina.

Exemplo 3: Desta vez, a palavra escolhida voc. No seria possvel usar o artigo feminino antes desse pronome de tratamento. Como sujeito, duvido que voc dissesse A voc est linda hoje. Como no h artigo, no ocorre crase antes de voc. 3. Eu me dirijo a voc.

A partir da compreenso desses conceitos, evitamos aquela decoreba de listas e mais listas de casos de ocorrncia (ou, mais precisamente, de no ocorrncia) de crase, como: antes de palavra masculina - lgico que no h crase, uma vez que palavra masculina no admite artigo definido feminino antes de si; antes de verbo - um verbo no pode ser antecedido de artigo definido feminino; mesmo quando substantivado, recebe o artigo masculino e no feminino o ranger, o regressar; por isso, no poderia ocorre crase; antes de pronomes em geral - com exceo dos pronomes possessivos (que veremos adiante, nos casos especiais) e de alguns poucos pronomes indefinidos (mesmas, outras), os pronomes no admitem artigo definido feminino antes de si observe o caso do pronome demonstrativo essa no exemplo apresentado; antes de substantivos em sentido vago, genrico - por serem vagos, genricos, como no exemplo do adgio, esses substantivos no admitem artigo definido feminino; em expresses de palavras repetidas (cara a cara, dia a dia, boca a boca nesses casos, h apenas uma preposio ligando dois substantivos genricos que formam uma expresso. Se falta o artigo antes do primeiro elemento, tambm faltar antes do segundo.

CASOS ESPECIAIS DE EMPREGO DO ACENTO GRAVE Existem alguns casos em que o a recebe o acento grave () mesmo no havendo esse encontro de dois as. Outros de faculdade da crase. So os chamados casos especiais. H acento grave: em locues femininas, sejam elas adverbiais ( fora, vista), adjetivas ( fantasia, toa), conjuntivas ( medida que, proporo que) ou prepositivas ( espera de, procura de). Neste ponto, encontramos posies doutrinrias contrrias. Alguns gramticos consagrados s admitem o acento grave quando houver algum risco de ambigidade (Recebeu a bala Recebeu bala, Ele cheira a gasolina = aspira o combustvel Ele cheira gasolina = fede a combustvel), outros desaconselham em locues adverbiais de instrumento (escrever a mquina). Contudo, em provas de concursos, j encontramos questes que exigiram

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acento grave em locues adverbiais femininas. Por isso, nada melhor, na hora da prova, do que bom senso. Veja todas as opes antes de indicar certo ou errado; diante de masculino, em que esteja subentendida a expresso moda de, maneira de (Ele escrevia Machado de Assis., O artilheiro fez um gol Romrio.). Cuidado: em bife a cavalo ou em frango a passarinho no est subentendida essa expresso (no maneira do cavalo ou ao modo do passarinho) e, por isso, no leva acento. No h acento grave: palavras genricas como casa, no sentido de lar (j mencionado no incio da aula); terra, contrrio de a bordo (To logo o navio aportou, desci a terra.); ou indicao de distncia no determinada. Esse ltimo ponto tambm um pouco polmico. Celso Luft, considerando tratar-se de uma locuo adverbial feminina, aceita o acento grave mesmo sem indicao da distncia. Em prova, tenha em mente a posio majoritria (sem acento), devendo verificar as demais opes. Pode haver acento grave: em topnimos (logicamente femininos), ou seja, nomes dos lugares, a depender do emprego do artigo antes deles. Na aula sobre concordncia, j falamos sobre isso (caso 7.a da Aula 4 Concordncia parte 2). Se usamos artigo antes do nome, havendo preposio a antes dele, ocorrer crase. Para ter certeza desse emprego do artigo, uma DICA empregar o topnimo com o verbo morar. Veja: Bahia esse lugar aceita artigo (Eu morei na Bahia). Ento, por exemplo, com o verbo ir, que rege a preposio a, ocorre crase: Ele foi Bahia. Braslia vamos ao teste: Eu morei em Braslia. Ento, no usamos artigo antes desse topnimo: Ele foi a Braslia. Quando determinado de alguma outra forma (adjetivo ou locuo adjetiva), usa-se artigo e, necessariamente, haver crase no encontro da preposio a: Ele foi Braslia do mensalo. Faa o teste agora e preencha a lacuna: Ele foi ___ Roma e no viu o Papa. E a? Como fica? Para desvendar esse mistrio, use o verbo morar: Ele morou em Roma no foi usado artigo definido. Ento, no h crase: Ele foi a Roma e no viu o Papa. com nomes prprios (femininos, claro!) o emprego do artigo antes de nomes prprios depende de diversos fatores regionalismo (em alguns lugares, no se usa artigo antes de nomes das pessoas Fui casa de Fulana), intimidade que se tem com a pessoa (por isso, em referncia a pessoas ilustres, no se emprega o acento, por no se usar artigo definido (Li o livro de Raquel de Queiroz Eu me refiro a Raquel de Queiroz) Os dois prximos casos especiais so chamados por alguns de emprego facultativo do acento grave. Vamos analis-los para compreender onde reside essa faculdade:

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pronomes possessivos esses pronomes admitem o artigo definido antes de si. Se estivesse na funo de sujeito, poderamos empregar o artigo definido ou no: Minha mesa est suja ou A minha mesa est suja. Por isso, se o termo regente exigir a preposio a e se deseje empregar o pronome possessivo com artigo, haver crase (preposio a + artigo definido feminino + possessivo = sua Refiro-me sua professora.); em se escolhendo no colocar o artigo antes do possessivo, haver somente a preposio e, por isso, no haver a ocorrncia de crase (preposio a + possessivo = a sua - Refiro-me a sua professora.). No obstante alguns autores chamarem de um caso facultativo de crase, o que ocorre, na verdade, o uso opcional do artigo definido feminino antes do pronome possessivo; No entanto, ocorrendo a omisso do substantivo que acompanha o pronome possessivo, a acentuao obrigatria! Refiro a/ sua professora [facultativo], e no minha [obrigatrio]. Ele deu instrues a/ sua secretria [facultativo] e minha [obrigatrio]. Alguns gramticos, como Cegalla e Sacconi, rejeitam o artigo antes de nomes de parentesco precedidos de possessivos. Segundo eles, o correto seria Refiro-me a minha me. No entanto, j vimos questes de prova em que a banca examinadora no faz essa distino, tratando os nomes de parentesco do mesmo modo que os demais casos de pronome possessivo artigo definido facultativo e, conseqentemente, crase facultativa. Uma dessas questes ser comentada em nosso material, ao fim da aula. com a locuo prepositiva at a (que a juno das duas preposies: at + a). Havendo um termo regido que admita o artigo definido (A entrada de sua casa ali.), haver crase (at a + a = at Andei at entrada de sua casa.). Essa locuo prepositiva equivale preposio at, que, quando usada na forma simples, no leva fuso de dois as, pois s existe um o artigo (at + a = at a - Andei at a entrada de sua casa.). Em resumo, no primeiro exemplo, havia a contrao da locuo prepositiva ate a com o artigo a (at ); no segundo, o encontro da preposio at com o artigo a (at a). Por isso, alguns falam simplesmente que, com a preposio at, a crase facultativa. Na verdade, o que facultativo o uso da locuo prepositiva at a ou da preposio simples at com a primeira, haver crase (at ); com segunda, no (at a). Voc ver, nos exerccios de fixao, que a maior parte das questes de prova que tratam de crase envolvem o esquema TERMO REGENTE + TERMO REGIDO (caso clssico). Nesses casos, nunca se esquea de olhar para os dois lados antes de resolver uma questo de crase! Voc pode ser atropelado pela banca examinadora! (rs...) Ento, vamos s questes!

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QUESTES DE FIXAO 01 - (NCE UFRJ / Guarda Municipal /2002) Marque a opo que atende s normas gramaticais vigentes. a) Encaminhei os documentos perdidos as autoridades competentes; b) Encaminhei os documentos perdido as competentes autoridades; c) Encaminhei os documentos perdidos s autoridades competentes; d) Encaminhei os documentos perdidos as competentes autoridades; e) Encaminhei os documentos perdidos a autoridades competente. 02 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judicirio / 2001) ....por que enviar forca....; o acento grave indicativo da crase, nesse caso, marca: a) a unio do pronome demonstrativo A com o artigo definido A; b) a contrao de A regido pelo verbo com o artigo do substantivo seguinte; c) a presena de um adjunto adverbial; d) a presena de uma locuo adverbial com palavra feminina; e) a presena de uma locuo prepositiva com palavra feminina. 03 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005) Assinale a opo que corresponde melhor redao, considerando correo, clareza e conciso. (A) A parada o autorizava cobrar um novo preo; (B) A parada lhe autorizava de cobrar um novo preo; (C) A parada o autorizava de cobrar um novo preo; (D) A parada o autorizava a cobrar um novo preo; (E) A parada lhe autorizava a cobrar um novo preo. 04 - (ESAF/AFPS/2002) Identifique o item sublinhado que contenha erro de natureza ortogrfica ou gramatical, ou impropriedade vocabular. Fala-se(A) com arroubo(B) sobre os inesgotveis recursos de novas tecnologias, como o vdeo ou a realidade virtual, mas qualquer reflexo respeito do(C) invariavelmente orbita(D) em torno da matria-prima(E) desta pgina o texto. (Paul Saffo, com adaptaes) a) A b) B c) C

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d) D e) E 05 - (FCC / AFTE PB / 2006) Em relao aos aspectos gramaticais, julgue a assertiva abaixo: Apenas 20% dos deputados esto dispostos respeitar as concluses dos relatores dos processos.

06 - (FCC / MPE PE Tcnico/2006) O acesso ...... mercados externos por boa parte dos produtores que passaram ...... usar novas tecnologias, aconteceu devido tambm ...... qualidade das sementes. As lacunas da frase apresentada esto corretamente preenchidas, respectivamente, por (A) a - - (B)) a - a - (C) - - (D) a - a - a (E) - a - a 07 - (FCC / TRE PI / 2002) Diga ...... ela que esteja aqui ...... uma hora para conversarmos ...... respeito do projeto. (A) a - a - (B)) a - - a (C) - a - (D) - - a (E) - - 08 - (ESAF/ACE/2002) Marque o item sublinhado que represente impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortogrfico. A democracia, segundo Aristteles, forma de governo. Esse entendimento milenar(A) assim se conservou entre os publicistas(B) romanos e os telogos da Idade Mdia. No discreparam(C) tambm do juzo aristotlico pensadores polticos do tomo(D) de Montesquieu e Rousseau, presos as heranas(E) clssicas. (Baseado em Paulo Bonavides) a) A b) B

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c) C d) D e) E

09 - (UnB CESPE/Banco do Brasil/2002) O ano de 2001 caracterizou-se por grandes desafios para a economia brasileira, que levaram a mudanas substanciais na formao de expectativas quanto ao desempenho das principais variveis econmicas. Em relao ao trecho acima, julgue a assertiva. O uso do sinal indicativo de crase em levaram a mudanas (R.2) facultativo, porque mudanas est no plural.

10 - (UnB CESPE/Banco do Brasil/2002) A Venezuela, como a Argentina, ainda que de maneira distinta, recebe as duras lies de adaptaes malsucedidas ao dilema entre a valorizao do interno e a incorporao dos valores externos. A presidncia de Hugo Chvez, nos ltimos anos, expunha a fratura a que, estruturalmente, est submetida a Amrica Latina, inclusive o Brasil. A tenso entre a administrao para os de dentro, especialmente aqueles menos favorecidos pelo modelo de insero aberta e liberal, e o agrado aos centros internacionais de poder, especialmente queles que hegemonizam as relaes internacionais do presente, levou ao descompasso social e poltico a que chegou a Venezuela. Relativamente ao texto e ao assunto nele tratado, julgue o item seguinte. O sinal indicativo de crase em queles indica que ocorre a uma preposio, a, por exigncia do substantivo agrado, segundo as regras de regncia da norma culta.

11 - (UNB CESPE/CEF/2002) As carteiras Hipotecria e de Cobrana e Pagamentos surgiram em 1934, durante o governo Vargas, quando tiveram incio as operaes de crdito comercial e consignao. As loterias federais comearam a ser gerenciadas pela CAIXA em 1961, representando um importante passo na execuo dos programas sociais do governo, j que parte da arrecadao destinada seguridade social, ao Fundo Nacional de Cultura, ao Programa de Crdito Educativo e a entidades de prtica esportiva. Considerando o texto acima, julgue o item que se segue. Caso se reescrevesse o trecho "a entidades de prtica esportiva" (1.10-11) como entidades de prtica desportiva, o perodo permaneceria de acordo com a norma culta da lngua portuguesa.

12 - (FUNDEC / TRT 2 Regio / 2003)

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No enunciado os servios essenciais populao (linhas 41-42), obrigatrio o emprego do acento para marcar a crase. Nas alteraes do enunciado feitas abaixo dispensa-se o acento por no haver a crase. Numa das alteraes, entretanto, pode-se usar o acento por se tratar de um caso de crase facultativa. Esta alterao est na opo: A) os servios essenciais a essa populao; B) os servios essenciais a toda e qualquer populao; C) os servios essenciais a uma populao ansiosa por melhorias; D) os servios essenciais a quase toda a populao; E) os servios essenciais a nossa populao. 13 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) A alternativa em que o acento grave indicativo da crase optativo : (A) Entreguei-o minha me; (B) Entreguei-o quela mulher; (C) Entreguei-o elegante atriz; (D) Entreguei-o polcia; (E) Entreguei-o mesma funcionria. 14 - (FUNDAO JOO GOULART / ENGENHEIRO CIVIL / 2004) Dentre as frases abaixo, a que apresenta sinal indicador da crase indevido : A) Estas teses sobre a iluso, primeira vista, nada acrescentam ao que j se l nos estudos antigos. B) terapia convencional preferem os mdicos novas condutas que combatam as iluses patolgicas. C) Minha experincia revela que iluso no se pode combater seno com o tratamento psicolgico. D) A referncia a doenas mentais ligadas s iluses marcou o congresso de medicina do ms passado.

15 - (UnB CESPE / Banco do Brasil /2003) Ser cidado ter direito vida, liberdade, propriedade, igualdade perante a lei: , em resumo, ter direitos civis. tambm participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos polticos. Os direitos civis e polticos no asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participao do indivduo na riqueza coletiva: o direito educao, ao trabalho, ao salrio justo, sade, a uma velhice tranqila. Exercer a cidadania plena ter direitos civis, polticos e sociais. Jaime Pinsky. Histria da cidadania. (Org. Contexto 2003). Considerando o texto acima e a atualidade brasileira, julgue o item seguinte.

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Constitui uma estrutura alternativa e tambm correta para o primeiro perodo do texto o trecho Ser cidado ter direito a vida, liberdade, propriedade, igualdade perante a lei: , em resumo, ter direitos civis.

16 - (UnB CESPE/DEFENSOR/2004) No temos dado muita ateno a uma de nossas mais importantes riquezas nacionais. Trata-se de nosso patrimnio lingstico. Exatamente as lnguas ou idiomas e dialetos falados em nosso pas. Qual a situao atual e importncia? H proteo legal para eles? o que tentaremos analisar. A respeito da organizao do texto acima, julgue o seguinte item. Na linha 1, gramaticalmente opcional o emprego do sinal indicativo de crase em a, mas seu uso tornaria o sentido de ateno menos genrico e mais especificamente direcionado para riquezas nacionais (R.2).

17 - (UnB CESPE/SMF Macei/2003) FHC recua e tira superpoderes da Receita O presidente Fernando Henrique Cardoso alterou ontem o decreto que facilitava o acesso da Receita Federal a dados bancrios protegidos por sigilo e desobrigou os bancos de informarem ao rgo as movimentaes mensais superiores a R$ 5 mil, no caso de pessoas fsicas, e a R$ 10 mil, no caso de empresas. A respeito da organizao do texto acima, julgue o seguinte item. Na expresso a dados bancrios, caso o vocbulo dados fosse substitudo por informaes, seria necessrio no somente o ajuste na concordncia com bancrios e protegidos, na linha 2, mas tambm o emprego do sinal indicativo de crase no a que antecede a expresso.

18 - (FCC/CEAL Advogado/ 2005) Quanto necessidade ou no do uso do sinal de crase, a frase inteiramente correta : (A) Reportamo-nos inexperincia de um cidado comum quando candidato a um posto pblico, mas somos propensos rejeitar a candidatura de um poltico profissional. (B) O culto s aparncias um sintoma da vida moderna, uma vez que elas nos prendemos todos, em nossa vida comum. (C) a gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam queles artistas e profissionais que do graa nossa vida. (D) Assistimos exibio descarada de preconceitos, que tantos dissabores causam as pessoas, vtimas prximas ou distncia de ns. (E)) queles que alimentam um preconceito intil recomendar desprendimento, pois este se reserva s pessoas generosas. 19 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002)

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No trecho Do dcimo andar rua (linha 15), foi usado adequadamente o acento indicativo da crase. O mesmo NO ocorre na frase: A) H muito no se assistia peas com tanto senso crtico com estas. B) Chegando-se varanda, era possvel admirar a paisagem. C) Do Leblon a Ipanema e de Jacarepagu Barra, todas as vias expressa estavam engarrafadas. D) O povo referia-se s nossas praias como redutos de esgoto e mau cheiro. E) As ondas dirigiam-se direita e esquerda do palanque sobre a areia. 20 (ESAF/Tcnico ANEEL / Abril 2006) Julgue a correo da alterao proposta em relao ao texto abaixo. No a violncia nem as da economia e muito menos a sade. A maior preocupao do brasileiro o trabalho. A concluso resultado de uma consulta realizada com 23,5 mil pessoas de 42 pases. Num suposto ranking mundial de pessimismo em relao s oportunidades de trabalho, o brasileiro apareceria nas primeiras posies. Na mdia global, o emprego seguro citado por 21% dos entrevistados, ficando em segundo lugar entre as preocupaes de curto prazo, depois da economia. (Adaptado da Folha de So Paulo, 19 de fevereiro de 2006) Retirar o artigo definido antes de oportunidades(l.4), escrevendo apenas .

21 - (ESAF/Analista ANEEL/ Abril 2006) Indique a opo que preenche com correo as lacunas numeradas no texto abaixo. A colonizao jamais correspondeu, entre ns, ...(1)... necessidades do trabalho; correspondeu sempre, sim, ...(2)... necessidade da produo, ou, mais realmente necessidade das colheitas, isto , ...(3)... necessidades de dinheiro pronto e de dinheiro fcil, que o que sustenta as culturas, nas regies onde se encontram colonos. No dia em que se abrir guerra ...(4)... ociosidade e se oferecerem garantias ...(5)... gente do campo, afluir para o trabalho remunerado grande parte da populao, hoje mantida ........(6)................... da bondade alheia. (Adaptado de Alberto Torres, As fontes da vida no Brasil. Rio, 1915, p. 47) (1) a) b) c) d) e) s s as a a (2) a a (3) s as as s s (4) a a (5) a a a (6) a custas da s custas da a custas da a custa da custa da

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22 - (FCC/TRT 22 Regio/ 2004) Os dados comprovam que, de janeiro ...... julho deste ano, houve aumento na produo de veculos, em comparao com ...... obtida no ano passado. As montadoras passaram ...... exportar uma parte dessa produo. As lacunas da frase acima devem ser corretamente preenchidas por (A) a - a - a (B) - - a (C) - a - (D) a - - a (E) a - - 23 - (ESAF/Agente Tributrio - Piau/2001) Assinale a opo que corresponde a erro. Desde o incio de janeiro, quando foi sancionada a lei que permite ao(1) Executivo usar os dados da Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (CPMF) nas investigaes, o Fisco est apto a(2) ajudar o INSS nas investigaes das entidades filantrpicas. As informaes sobre a CPMF so enviadas a Receita(3) pelas instituies financeiras trimestralmente. Com esse(4) instrumento, possvel verificar se h distores muito grandes entre o faturamento da entidade e a sua movimentao financeira. Nos casos em que(5) o programa de informtica que faz o cruzamento de dados para o Fisco apontar discrepncia, a fiscalizao poder ser iniciada. (Adaptado de Simone Cavalcanti, www.estadao.com.br - 6/2/2001 ) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 01 C Para no perder o hbito, a primeira questo simples. Trata-se de um caso clssico de crase. Olhe para os dois lados: - termo regente: verbo encaminhar (Algum encaminha algo a algum) o verbo transitivo indireto e rege a preposio a. - termo regido: autoridades competentes esse elemento aceita o emprego de artigo definido feminino: As autoridades competentes receberam os documentos. De um lado, temos uma preposio a; de outro, o artigo definido feminino plural as: OCORRE CRASE!

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A posio do adjetivo competentes no iria influenciar nossa anlise, pois o termo regido , nesse caso, o substantivo autoridades. Assim, a construo correta : Encaminhei os documentos perdidos s autoridades competentes. 02 B Para comear, ocorre crase a partir da unio da PREPOSIO A com outro elemento, que pode ser o artigo definido feminino a/as, os pronomes demonstrativos a(s)/aquele(s)/aquela(s)/aquilo ou os pronomes relativos a qual/as quais. No h possibilidade de contrao de um pronome demonstrativo com um artigo, como sugere a opo a. Vamos olhar para os dois lados: - termo regente: o verbo enviar, que exige a preposio a (Algum envia alguma coisa a algum ou a algum lugar); - termo regido: o substantivo feminino forca, que admite o artigo definido feminino (A forca foi usada para matar Tiradentes). OCORRE CRASE! A justificativa para o emprego do acento grave est indicada na opo b. 03 D Como vimos na aula anterior, o verbo autorizar um daqueles que apresentam dupla possibilidade de regncia: posso autorizar alguma coisa a algum ou autorizar algum a (fazer) alguma coisa (normalmente, um verbo no infinitivo). Ento, de acordo com a primeira possibilidade, a construo seria: A parada lhe autorizava (lhe = objeto indireto) cobrar um novo preo (objeto direto sob a forma oracional). Construindo-se da segunda forma, seria: A parada o autorizava (o = objeto direto) a cobrar um novo preo. Vamos, agora, verificar a ocorrncia da crase: - termo regente: verbo autorizar, que exige a preposio a; - termo regido: a orao reduzida de infinitivo cobrar um novo preo. Antes de verbo, no podemos empregar um artigo definido feminino. Assim, a nica ocorrncia de a a preposio exigida pelo termo regente. No h crase! A construo correta : A parada o autorizava a cobrar um novo preo. Essa questo foi objeto de comentrio na aula anterior. Resolvemos coment-la tambm nesse encontro para que voc observe uma ocorrncia muito comum de erro: acento grave antes de verbo no infinitivo. Isso pode ser observado, tambm, em expresses como a partir de, locuo prepositiva cujo elemento principal um verbo. Nesse caso, no se coloca acento grave. As locues prepositivas que recebem acento, independentemente da verificao desse esquema TERMO REGENTE X TERMO REGIDO, so as locues FEMININAS.

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Esse o nosso prximo assunto. 04 C Essa questo trata de um dos casos especiais locues femininas; sejam elas adverbiais, prepositivas, adjetivas ou conjuntivas, recebem acento grave independentemente do esquema TERMO REGENTE x TERMO REGIDO. Acentuam-se as locues femininas. A locuo prepositiva a respeito de tem em seu ncleo um substantivo masculino, no sendo, portanto, acentuada a respeito de. Esto corretos os demais itens, cabendo comentrios em relao aos seguintes: (B) arroubo = xtase, encanto; (D) orbita = conjugao do verbo orbitar = girar (eu orbito, tu orbitas, ele orbita...) sentido conotativo de girar. Alm do erro de crase na locuo prepositiva (C), parece que faltou algum elemento regido por ela na seqncia: mas qualquer reflexo respeito do (... ? ...) invariavelmente orbita em torno da matria-prima desta pgina o texto. Perguntase: reflexo a respeito do qu? Ficou faltando algo, causando prejuzo na coeso textual e, por conseqncia, em sua coerncia. 05 Item INCORRETO Esse tipo de erro, como j mencionamos, muito comum em provas. Antes de verbo, no pode haver crase por inexistir um artigo definido feminino que se contraia com a preposio porventura exigida pelo termo regente. Assim, a nica coisa que existe ali a preposio a, exigncia da regncia nominal do adjetivo disposto (Algum est disposto a alguma coisa). 06 B Agora deve ter ficado bem mais fcil. Vamos analisar cada um das lacunas. 1 lacuna: - termo regente: acesso (Algum tem acesso a alguma coisa/algum lugar). A palavra exige a preposio a; - termo regido: mercados externos. Essa expresso no admite um artigo definido feminino. No mximo, masculino plural. Assim, no poderia ocorrer crase o nico a a preposio. O acesso a mercados externos ... 2 lacuna: - termo regente: verbo auxiliar modal passar. Falei grego? O que mesmo um verbo auxiliar modal? Bem, um verbo auxiliar faz parte de uma locuo verbal (ainda lembra, no ? VERBO AUXILIAR + VERBO PRINCIPAL).

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Esse tipo de verbo auxiliar (chamado de modal) emprega ao verbo principal um atributo, como em passar a usar, em que se exprime a mudana de ao (eles passaram a usar novas tecnologias), que no poderia ser alcanado somente com o emprego dos tempos normais presente, passado ou futuro. No meio de uma locuo verbal pode haver uma preposio (cheguei a comentar, estou a sair, acabo de saber). Assim, o termo regente (verbo auxiliar de uma locuo) exige a preposio a; - termo regido: o verbo principal da mesma locuo. Assim, em resumo, no meio de uma locuo verbal, s h espao para uma preposio, pura e simples. No pode haver um artigo definido que justifique a crase. ... por boa parte dos produtores que passaram a usar novas tecnologias... 3 lacuna: Voltamos ao caso clssico. - termo regente: a locuo prepositiva devido a. A locuo prepositiva devido a tem origem na forma participial adjetiva do verbo dever (devido). Vamos apertar a tecla SAP: como assim forma participial adjetiva? Vimos que o particpio uma forma nominal que, muitas vezes, exerce a funo que seria prpria de um adjetivo, lembra? Roupa lavada (adjetivo / particpio do verbo lavar), cabelo penteado (adjetivo / particpio do verbo pentear) Na funo adjetiva, a palavra devido (adjetivo, cuja origem o particpio do verbo dever) concorda em gnero e nmero com o substantivo correspondente e rege a preposio a: Sua ausncia devida a problemas de sade foi notada. Muitos acidentes devidos falta de prudncia dos motoristas so registrados nas estradas brasileiras..

Apesar de condenada por diversos puristas, que acham que essa palavra s deve ser empregada na funo adjetiva, a forma prepositiva devido a abonada por ilustres como Celso Luft, sendo constantemente apresentada em questes de prova. Quando usado na locuo prepositiva (devido a), o vocbulo devido no se flexiona (pertence ao conjunto de palavras invariveis, l dos primrdios do nosso curso) Devido aos problemas de sade, ela no veio., Muitos acidentes ocorrem devido falta de prudncia dos motoristas.. A preposio a, que faz parte da locuo prepositiva, poder se contrair ao artigo subseqente, no esquema termo regente termo regido. Vejamos, ento, qual o termo regido: - termo regido: qualidade das sementes. Essa expresso admite o artigo definido antes de si. Se estivesse na posio de sujeito, poderamos ter, por exemplo: A qualidade das sementes tem trazido bons resultados safra deste ano. De um lado, ento, temos a locuo prepositiva devido a, que apresenta em seu corpo a preposio a. De outro lado, temos um vocbulo que admite artigo definido feminino. Pronto! Ocorreu crase!

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... aconteceu devido tambm qualidade das sementes. A ordem correta , portanto: a / a / - opo B. 07 B Novamente, temos uma questo de lacunas. Nas provas, esse tema pode ser explorado em questes assim ou naquelas em que se exige todo tipo de conhecimento gramatical (concordncia, regncia, ortografia). 1 lacuna: - termo regente: o verbo dizer, que, na construo, bitransitivo (Dizer algo a algum). Complementam o verbo um objeto direto (a orao que se segue) e um objeto indireto, regido pela preposio a. - termo regido: o pronome pessoal ela. Esse pronome no admite artigo definido feminino antes de si (Ela est linda, e no A ela est linda). Assim, a nica coisa que vai aparecer antes dele a preposio, exigida pelo verbo. Diga a ela ... 2 lacuna: A expresso que ser apresentada a seguir tem valor adverbial. Indica o momento em que a pessoa deve estar em algum lugar. Na indicao de hora certa, usa-se preposio. Na dvida, uma boa sada a troca do feminino pelo masculino, sempre. Em vez de uma hora, vamos colocar meio-dia. Diga a ela que esteja aqui ao meio-dia... Opa! Se eu empreguei ao, j fico sabendo que, antes da expresso adverbial que indica horas, existe um artigo definido. Da mesma forma que uso ao meio dia (a+o), posso usar s duas horas, s dez horas ou uma hora (a+a). O que causa certo mal-estar a proximidade do a acentuado com o uma. Note, contudo, que esse vocbulo (uma) um numeral, e no um artigo indefinido. Por isso, est certssima a colocao de um acento grave antes do adjunto adverbial que indica as horas. O mesmo pode acontecer com expresses adverbiais que indicam lugar: entrada da sala. Em alguns casos, alm da troca do feminino pelo masculino, d certo substituir a preposio a (que introduz o advrbio) pela preposio em, ficando aparente o artigo ou pronome que forma crase com a preposio a: entrada da sala, fui avisada de que no haveria aula Na [em +a] entrada da sala ... quela hora da madrugada, recebi a notcia Naquela [em + aquela] hora da madrugada, ... Diga a ela que esteja aqui uma hora... 3 lacuna: como vimos na questo 4, a locuo prepositiva a respeito de tem um elemento masculino, no havendo justificativa para sua acentuao. ... para conversarmos a respeito do projeto.

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A ordem correta : a / / a opo B. 08 - E Caso clssico. De um lado, o termo regente presos exige a preposio a (Eles esto presos a alguma coisa); de outro, o termo regido as heranas admite artigo definido feminino (As heranas foram apresentadas.). Ocorre crase da preposio a com o artigo definido feminino plural as: presos s heranas. 09 Item INCORRETO De um lado, o termo regente (verbo levar) exige a preposio. Contudo, na posio de termo regido, temos um substantivo feminino plural (mudanas). No foi empregado o artigo na construo original devido ao emprego genrico do substantivo (no se determina quais foram essas mudanas). Se houvesse algum artigo antes desse vocbulo, este seria um artigo tambm no plural (as mudanas), por exigncia da sintaxe de concordncia. Exatamente por haver um substantivo plural, no existe a menor possibilidade de se empregar somente o acento grave, como sugere o examinador, pois, nesse caso, o artigo seria singular (a+a). 10 Item CORRETO O primeiro complemento ao substantivo agrado j indica a necessidade de se empregar a preposio a: o agrado aos centros internacionais de poder. De um lado, o termo regente agrado exige a preposio a; de outro, h um pronome demonstrativo aquele. Ocorre crase! Portanto, est correta a afirmativa. 11 Item INCORRETO Verifica-se nessa questo o mesmo erro apresentado na questo 09. Antes de um elemento no plural, pode-se usar um artigo definido tambm no plural. Por isso, estaria incorreta a construo entidades de prtica desportiva. 12 E Temos, agora, uma tima oportunidade de observar como se emprega o acento grave com pronomes. De um lado, o termo regente essenciais, que exige a preposio a (Algo essencial a alguma coisa). Do outro lado, temos: a) o pronome demonstrativo essa. Vamos fazer o teste do sujeito: Essa populao est carente. Podemos usar um artigo definido antes do essa?

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Lgico que no. Ento, no h crase! Est certa a opo. Ns estamos procurando um caso facultativo. Assim, essa no a nossa resposta. b) os pronomes indefinidos toda e qualquer. Na funo de sujeito: Toda e qualquer populao est carente. Podemos usar o artigo? No. Ento o emprego no facultativo. c) o artigo indefinido uma. Se j existe um artigo, por que colocar outro? S se for para confundir. d) a expresso indefinida quase toda a populao. Como sujeito: Quase toda a populao est carente. Posso usar outro artigo (A quase toda a populao)? Cruzes!!!! e) um pronome possessivo acompanhado de um substantivo. Como vimos, o emprego do artigo, nesses casos, opcional. Conseqentemente, a crase tambm poder ocorrer ou no. Essa a resposta. 13 A Veremos mais uma questo que aborda o emprego de pronome possessivo. Assim, vamos treinar mais uma vez: fale bem alto: Meu trauma com Portugus foi superado! ou O meu trauma com Portugus foi superado (repita 20 vezes, em voz alta!!!) Viu s? No s resolvemos um (possvel) bloqueio psicolgico (que talvez voc esteja carregando desde a sua 2 srie do 1 grau), como constatamos que, antes de pronome possessivo, o artigo facultativo. Agora, vamos resolver a questo. Essa uma tima oportunidade de analisarmos, na prtica, aquele conceito de no empregar artigo antes de nome de parentesco, defendido por alguns autores. Analisando todas as opes da questo, a nica em que o emprego do artigo definido feminino poderia ser facultativo seria a opo a: Entreguei-o minha me. A banca da NCE UFRJ considerou vlido o emprego de artigo antes de pronome possessivo que acompanha parentesco. por essas e outras que, em se tratando de pontos doutrinrios divergentes, devemos apresentar todas as formas vlidas, a fim de possibilitar ao candidato a anlise das opes e identificao da resposta vlida. Se a banca apresentar referncia bibliogrfica, siga a linha adotada pelo autor indicado. Caso contrrios, leve na manga todos esses conceitos e, na hora, analise as opes. De volta questo, em todos os casos, o termo regente o verbo entregar. Algum entrega alguma coisa a algum. Ento o termo regente (entregar) exige a preposio a. Assim, esto corretas as formas Entreguei-o a minha mulher e Entreguei-o minha mulher. Se for dinheiro, ento, entregue logo sua mulher de qualquer jeito, com crase ou sem crase! PRESTE BASTANTE ATENO quando houver, em construes com pronomes possessivos, mais de um termo regido. Neste caso, devemos respeitar o PARALELISMO SINTTICO, ou seja, o que acontecer com um elemento deve acontecer tambm com todos os demais que exercem a mesma funo sinttica. Exemplo:

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Preciso pedir dinheiro ..... minha patroa. Termo regente pedir exige preposio a Termo regido (a) minha patroa como o emprego do artigo facultativo, se houver artigo, h crase (pedir dinheiro minha patroa); se no houver artigo, no h crase (pedir dinheiro a minha patroa). Assim, a lacuna pode ser preenchida com a ou com . Com dois termos regidos: Preciso pedir dinheiro ..... minha patroa e ao meu patro. nesse caso, se houve o emprego do artigo antes do segundo elemento (ao meu patro), deve-se empregar tambm no outro ( minha patroa), j que ambos exercem a mesma funo sinttica: Preciso pedir dinheiro minha patroa e ao meu patro. A lacuna, agora, s poderia ser preenchida com . Sobre paralelismo sinttico, teremos outra questo mais adiante. 14 C Para acertar essa questo, devemos ter na ponta da lngua diversos tpicos j estudados nas aulas anteriores (concordncia e regncia). O gabarito foi opo c. A pergunta que soluciona o problema : o que se pode combater? A estrutura PODER + SE + VERBO NO INFINITIVO possibilita duas construes: 1. VOZ PASSIVA Pode-se combater a iluso. (= A iluso pode ser combatida). 2. SUJEITO ORACIONAL Pode-se combater a iluso. (= Combater a iluso possvel). De qualquer forma, o verbo fica na 3 pessoa do singular. Assim, na primeira construo, a iluso exerce a funo de sujeito, que no deve ser antecedido de preposio, segundo a norma culta. Na segunda, a iluso serve de complemento verbal para o verbo combater. Esse um complemento direto, dada a transitividade do verbo (Algum combate alguma coisa - transitivo direto). No h justificativa para o emprego da preposio qualquer que seja a construo escolhida. Em relao s demais opes: a) a locuo adverbial feminina recebe acento grave primeira vista. b) o termo regente o verbo preferir. Como bitransitivo, exige a preposio a antes de seu complemento indireto, que vem representado pela expresso terapia convencional. O que se afirma (colocando na ordem direta) : Os mdicos preferem novas condutas (...) s terapias convencionais. Portanto, est correta a construo. d) de um lado, o termo regente o substantivo referncia, que exige a preposio a (Algum faz referncia a alguma coisa). De outro, um substantivo usado em sentido amplo, genrico: doenas mentais. Nesse caso, h apenas um a, a preposio, o que impede a acentuao. Est correta a passagem. Em

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seguida, outra ocorrncia: o termo regente o adjetivo ligadas, que exige a preposio a. De outro lado, o termo regido iluses. Deu-se o encontro dos dois as: ligadas s iluses. Tudo certinho, certinho... 15 Item CORRETO Essa uma tima questo sobre paralelismo sinttico, que comeamos a estudar na resoluo da q.13. O termo regente direito. Algum tem direito a alguma coisa. Assim, o substantivo exige a preposio a. Na posio de termos regidos, originalmente o autor determinou cada um deles: a vida, a liberdade, a propriedade, a igualdade perante a lei. O examinador sugere a retirada desses determinantes. No h problema algum, desde que se retire TODOS os determinantes, como indicou (direito a [s a preposio] vida, liberdade, propriedade, igualdade...). Por isso, est correta tal assertiva. Observe, mais adiante no texto, um outro bom exemplo: o direito educao, ao trabalho, ao salrio justo, sade, a uma velhice tranqila.. Os termos educao, trabalho, salrio justo, sade esto acompanhados de artigos definidos. J o substantivo velhice, por ser vago, apresenta um artigo indefinido. De qualquer forma, todos os elementos apresentam-se junto de um determinante o artigo. 16 Item INCORRETO O termo regente dar (verbo que faz parte da locuo temos dado) apresenta complemento direto (ateno) e indireto (regido pela preposio a). Sugere o examinador que a expresso que se segue perderia seu carter genrico se estivesse, opcionalmente, antecedida de um a com acento grave. Tudo lindo, maravilhoso, no estivesse o termo regido acompanhado da expresso uma de nossas mais importantes. riquezas nacionais

Quem se ateve a ler a opo sem voltar ao texto deve ter cado direitinho nessa casca de banana. No possvel o emprego do acento grave por no ser possvel o emprego de um artigo definido feminino antes daquela expresso. Mesmo que assim no fosse, ou seja, que no houvesse a expresso, o termo regido seria riquezas nacionais, expresso plural que, se fosse o caso, seria acompanhada de um artigo definido plural. 17 Item INCORRETO O termo regente o substantivo acesso (Algum tem acesso a alguma coisa/ algum lugar), que exige a preposio a. A troca sugerida do termo regido, com o emprego do sinal grave, iria alterar o sentido da expresso dados bancrios protegidos por sigilo, que foi usada de maneira vaga, genrica (no so os dados bancrios X ou Y, mas quaisquer dados). Essa acentuao indicaria o uso de artigo definido antes do substantivo.

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Seria possvel, sim, a troca de dados por informaes, desde que ajustada a concordncia com os adjetivos correspondentes e mantida a preposio (exigida pelo termo regente) sem artigo, para dar expresso um valor vago: ... que facilitava o acesso da Receita Federal a informaes bancrias protegidas por sigilo.... 18 - E Para confirmar a existncia da preposio antes de aqueles, necessrio, primeiramente, colocar a orao na ordem direta. Para isso, partimos do verbo ser e, para haver lgica, do adjetivo intil. O que intil? Resposta: recomendar desprendimento (sujeito oracional). O verbo recomendar, na construo, transitivo direto e indireto (Recomendar alguma coisa a algum). O que se recomenda (ou seja, qual o objeto direto)? Desprendimento. A quem se recomenda desprendimento (qual o objeto indireto?) queles [a + aqueles] que alimentam um preconceito. Note que o objeto indireto regido pela preposio a. Na ordem direta, a orao seria: Recomendar desprendimento queles que alimentam um preconceito intil. Ento, seguindo a anlise de TERMO REGENTE + TERMO REGIDO, o termo regente, verbo recomendar, exige a preposio a. O termo regido o pronome demonstrativo aqueles. Houve crase, devendo ser indicado com o acento grave: queles que alimentam um preconceito intil recomendar desprendimento construo perfeita. Na seqncia, h outra ocorrncia de crase: TERMO REGENTE verbo reservar: Algum reserva alguma coisa a algum. Como est acompanhado do pronome se apassivador, o pronome este, que se refere a desprendimento, o sujeito paciente. Como vimos na aula sobre verbos, o objeto indireto da voz ativa (Fulano reservou alguma coisa a algum) continua a exercer a mesma funo na voz passiva (Alguma coisa foi reservada por Fulano a algum) esquema em Transposio de Vozes Verbais do tpico Vozes do Verbo da aula 2 (pg.17, se no me engano...). Como o termo regente exige a preposio a e o termo regido (pessoas generosas) admite artigo definido feminino plural, h ocorrncia de crase, estando correta a construo: ...este se reserva s pessoas generosas. Os demais itens apresentam as seguintes incorrees. (A) Dos dois registros de crase, somente o segundo est incorreto. Na primeira ocorrncia, o termo regente o verbo reportar-se, que exige a preposio a (Algum se reporta a algum/alguma coisa). O termo regido o substantivo inexperincia, que aceita o artigo definido feminino. H, portanto, ocorrncia de crase, que est devidamente indicada pelo acento grave em Reportamo-nos inexperincia de um cidado.... J no segundo registro, o termo regente propensos (adjetivo) exige a preposio a (Algum propenso a alguma coisa). Contudo, o termo regido no admite o artigo definido, pois um verbo (rejeitar). A construo seria: somos propensos a rejeitar a candidatura de um poltico profissional. (B) A primeira ocorrncia de crase est corretamente indicada. O termo regente culto exige a preposio a; o termo regido aparncias admite o artigo definido feminino plural h crase: O culto s aparncias.

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J no segundo, o termo regente, o verbo prender, transitivo direto (pronominal) e indireto, com a preposio a (Algum se prende a alguma coisa); no entanto, o termo regido o pronome pessoal elas, que no admite o artigo definido antes de si. H, portanto, apenas um a, que a preposio uma vez que a elas nos prendemos todos, em nossa vida comum. (C) O termo regente caber transitivo indireto (Alguma coisa cabe a algum). A expresso que exerce a funo de objeto indireto a gente, que, segundo o contexto, apresenta a acepo equivalente a ns; uma vez antecedida da preposio a, forma crase. Para a anlise, no se deve levar em conta a expresso denotativa que; na ordem direta, a construo seria: identificar os preconceitos (sujeito) cabe gente.. Em seguida, o termo regente, verbo afetar, transitivo (Alguma coisa afeta algum). O termo regido aqueles artistas e profissionais: sobretudo os que afetam aqueles artistas crase incorretamente indicada. Finalmente, o termo regente dar transitivo direto (objeto direto: graa) e indireto (objeto indireto: nossa vida), devendo o complemento indireto ser precedido da preposio a. Como o termo regido iniciado por um pronome possessivo, o emprego de artigo definido feminino facultativo, podendo ocorrer crase ou no (profissionais que do graa a / nossa vida). Portanto, est correta a indicao de crase. (D) O termo regente, verbo assistir, no sentido de ver, presenciar, transitivo indireto, exigindo a preposio a. O termo regido exibio, que admite artigo definido feminino. H crase: Assistimos exibio descarada de preconceitos.... Correto emprego do acento grave. O erro est na seqncia: o termo regente, verbo causar, transitivo direto (coisa) e indireto (pessoa) (Fulano causou alguma coisa a algum), regendo a preposio a; o termo regido pessoas, que admite o artigo definido feminino plural. Houve o registro desse artigo, mas faltou a indicao de crase para registrar a existncia da preposio. A forma correta seria: que tantos dissabores causam s pessoas.... Por fim, a expresso distncia, como vimos, objeto de bastante polmica. Vamos relembrar: A maioria dos gramticos afirma que, sem especificao, a expresso no recebe acento (Mantenha-se a distncia.). Havendo definio dessa distncia, usa-se o acento grave (Mantenha-se distncia de 10 metros.). Contudo, a recomendao do professor Celso Luft acentu-la sempre, por consider-la uma locuo adverbial feminina. Note que o examinador, nesta questo, no deixou clara a sua posio, ao indicar outro erro de crase antes dessa expresso. timo para o candidato, que no precisaria esquentar a cabea. Mas, mesmo assim, todo cuidado pouco. Leve esse conhecimento para a prova e, caso se depare com a polmica expresso adverbial a/ distncia, analise as demais opes para afirmar se est certo ou errado o emprego na questo. 19 A O verbo assistir transitivo indireto e rege a preposio a. Este o termo regente. O termo regido o substantivo peas, que, por estar no plural, deve ser acompanhado de artigo definido feminino plural. S que esse substantivo est sendo usado de

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maneira genrica, dispensando o artigo. Assim, a forma correta seria: ... no se assistia a peas com tanto senso crtico como estas. Em relao s demais opes, devemos observar. a) O termo regente chegar, verbo transitivo indireto que, por indicar movimento, rege a preposio a. Como o termo regido o substantivo varanda, a contrao do artigo que o acompanha com a preposio forma . Para nunca mais errar na regncia deste verbo, passe a us-lo corretamente no seu dia-a-dia. Assim que chegar a casa (sem acento, como vimos logo no incio), ensine essa lio ao seu filho, seu cnjuge, sua sogra, seu cunhado... seja um chato!!!! Passe a corrigir todo mundo!!! Assim que se apre(e)nde o conceito...rs... c) Um bom exemplo do emprego de artigo com topnimos. Vamos fazer o teste do morar: Eu moro em Ipanema, em Jacarepagu ou na Barra. Dos trs bairros, o nico que admite artigo o terceiro, motivo pelo qual o a foi acentuado. d) O verbo referir-se transitivo indireto, com a preposio a. O artigo antes de pronomes possessivos facultativo. O examinador optou por seu emprego. Assim, houve a fuso da preposio a com o artigo definido as = O povo referia-se s nossas praias.... e) Os artigos definidos que acompanham os substantivos direita e esquerda se contraram com a preposio exigida pelo termo regente, o verbo dirigir-se (transitivo indireto, regente da preposio a), formando crase (... direita e esquerda do palanque). Observe que estas no so locues adverbiais femininas, como em Vire direita / esquerda (que tambm seriam acentuadas). 20 Item INCORRETO At que essa questo no foi das piores, no mesmo? O termo regente a locuo prepositiva em relao a. O termo regido oportunidades. Houve crase por ter sido empregado o artigo definido feminino plural antes desse substantivo: as oportunidades. A questo prope a retirada do artigo. At a, tudo certo. O erro est em indicar que a forma passaria a ser . Opa! Voc j est careca de saber que a contrao da preposio a com o artigo definido singular feminino a. Se ele quisesse usar um artigo, no poderia ser, de modo algum, no singular, haja vista que o substantivo correspondente est no plural. A retirada do artigo levaria ao registro de em relao a oportunidades, em que s haveria a locuo prepositiva e, portanto, apenas um a, sem acento grave. 21 - E Essa questo de crase nos d a oportunidade de falar sobre a expresso custa de, que deve ter derrubado muita gente. Vamos analisar lacuna por lacuna. 1 lacuna) O termo regente corresponder exige a preposio a (Algo corresponde a alguma coisa). O termo regido poderia at admitir o artigo ou ser usado em sentido genrico (correspondeu s / a necessidades do trabalho). Para confirmar essa

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possibilidade, vamos construir uma orao em que necessidade do trabalho seja o sujeito: Necessidade do trabalho leva milhares de pessoas migrao ou - A necessidade do trabalho leva.... Pode haver artigo ou no. Mas de qualquer forma h preposio, exigida pelo termo regente. Eliminamos, assim, a opo c (as s artigo, sem preposio). 2 lacuna) Esse termo regido possui o mesmo termo regente (correspondeu) que exige a preposio a. Dessa vez, o termo regido foi usado em sentido especfico (necessidade da produo, ou mais realmente necessidade das colheitas) percebeu o antes da segunda ocorrncia de necessidade? Ento, h artigo antes de necessidade da produo tambm, o que provoca crase: [corresponde] necessidade da produo. 3 lacuna) Essa lacuna d continuidade estrutura que teve incio em correspondeu sempre, sim, necessidade de produo. Como houve artigo antes de necessidade da produo, antes de necessidade das colheitas, deve haver tambm antes de necessidades de dinheiro pronto e de dinheiro fcil. Todos esses substantivos encontram-se definidos, o que justifica o emprego do artigo. Em virtude do encontro com a preposio exigida por correspondeu, h crase: s necessidades de dinheiro. 4 lacuna) Agora a palavrao guerra (em abrir guerra) requer a preposio a (Algum abre guerra a ou contra algo/algum). Como ociosidade admite artigo, h crase: No dia em que se abrir guerra ociosidade.... 5 lacuna) O verbo oferecer bitransitivo, ou seja, apresenta complemento direto e indireto. O objeto direto garantias e o objeto indireto gente do campo. Como temos uma voz passiva pronominal (presena do pronome apassivador se se oferecerem garantias = se garantias forem oferecidas), o objeto direto exerce a funo de sujeito paciente. Mas nada disso afeta a funo de objeto indireto (olha o esquema a, gente!!!). Em relao a esse segundo complemento, exige-se a preposio a (Alguma coisa oferecida a algum). Antes de gente do campo pode haver artigo definido feminino singular, o que justifica o acento grave: se oferecem garantias gente do campo. 6 lacuna) Finalmente, chegamos ltima lacuna. Trata-se da expresso custa de, que significa s expensas de. Cuidado com a confuso que muita gente boa faz: o substantivo custas significa despesas judiciais devidas no processo. J o correspondente no singular (custa) tem o sentido de custo, dispndio, despesa. A partir do significado de cada um dos vocbulos, j d para perceber que a expresso deve ser grafada no singular: Aquele rapaz vive at hoje custa do pai, Eu no sou homem de viver custa de mulher. Se voc costumava usar essa expresso no plural, pode comear a mudar hoje mesmo. Como uma locuo feminina, recebe o acento grave. Esse conceito seria suficiente para definir a resposta dessa questo a nica opo que apresenta custa de a de letra E. 22 - A 1 lacuna: Para comear, analise uma outra estrutura: A loja funciona das 10h .... 18h.

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H um artigo (contrado com a preposio de) antes do primeiro elemento (das 10h). Ento, deve haver artigo antes do segundo. Como j existe uma preposio a, ocorre a fuso: das 10h s 18h. A isso se d o nome de paralelismo sinttico (Lembra? O que acontece com um elemento ocorre tambm com os demais de mesma funo sinttica). Note, agora, que antes de janeiro h somente uma preposio (de), no h artigo. Alis, no daria para ser diferente. Ningum fala do janeiro ao dezembro, no mesmo??? Pois, se no h artigo antes do primeiro elemento, no pode haver antes dos demais. A relao de ... a ..., somente com preposies. Por isso, no h crase: de janeiro a julho. Paralelismo nele! 2 lacuna: Na expresso em comparao com j existe uma preposio (com), o que impossibilita a existncia da preposio a. O que ir preencher a lacuna o pronome demonstrativo a, equivalente a aquela, que se refere palavra produo (houve aumento na produo de veculos, em comparao com [a produo] obtida no ano passado). No h dois as, somente um - o pronome demonstrativo. Portanto, no h crase: em comparao com a obtida.... 3 lacuna: Em locuo verbal, h apenas preposio, sem artigo. Por isso, no h crase: As montadoras passaram a exportar. A ordem ser: a, a, a opo (A) 23 - C Essa para terminarmos o nosso estudo de hoje. Vamos analisar cada um dos termos destacados. 1) O termo regente permitir exige a preposio a (permitir algo a algum); o termo regido Executivo admite artigo definido masculino forma-se ao - correto; 2) O termo regente apto exige a preposio a (Algum est apto a alguma coisa.); o termo regido ajudar um verbo e no admite artigo definido feminino. Portanto, no ocorre crase: est apto a ajudar - correto; 3) O termo regente enviar exige a preposio a (Algum envia algo a algum.); o termo regido Receita admite o artigo definido feminino (A Receita divulga o ltimo lote de restituio.). Por isso, ocorre crase: As informaes ... so enviadas Receita ... Esse o item incorreto. 4) O pronome demonstrativo est se referindo a alguma informao que j foi dada (pertence ao passado do texto), por isso requer a forma esse. O emprego de pronomes demonstrativos em relao ao texto (referncia anafrica) ser objeto de nossa prxima aula (Pronomes). 5) O pronome relativo que substitui casos. Em uma outra estrutura, teramos nesses (= em + esses) casos, o programa .... Percebe-se a necessidade do emprego da preposio em, ento a forma est correta: nos casos em que o programa.... Mas no se preocupe com pronome relativo. Em nosso prximo encontro (que ser bem maior que esse de hoje), veremos tambm esse assunto. Grande abrao e at l.

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PRONOMES Pronome o vocbulo que, ao p da letra, fica no lugar do nome (chamado de pronome substantivo) ou o determina (pronome adjetivo). Para compreender melhor a funo dos pronomes, precisamos saber o conceito de coeso textual, pois essas palavras, assim como os conectivos (conjuno e preposio a serem estudados na prxima aula), so responsveis por estabelecer nexo entre as idias do texto. Coeso textual a ligao entre os elementos da orao e delas em relao ao texto. A incoerncia de um texto muitas vezes se deve falta de coeso, exatamente porque a leitura fica prejudicada pelo emprego inadequado de pronomes, conjunes ou outros elementos textuais, inclusive a pontuao. Por exemplo, o uso inapropriado de porquanto ou de a ele pode levar o leitor a uma concluso diversa da que se pretendia dar, ou at mesmo a nenhuma concluso (alguns chamam de ruptura semntica). Os pronomes exercem um papel decisivo na construo de um texto coeso e coerente, a partir de indicaes corretas aos seus elementos. Muitas questes de prova abordam esse conhecimento. Algumas vezes, a banca (especialmente, ESAF e CESPE) faz afirmaes sobre as referncias textuais e o candidato deve verificar se esto corretas essas indicaes. Para isso, a compreenso correta do texto e o domnio do significado de seus elementos so decisivos. DEFINIO Pronomes so palavras que determinam um substantivo ou ocupam o seu lugar. Da, a designao pronomes adjetivos ou pronomes substantivos, respectivamente. Servem para, no primeiro caso, acompanhar um substantivo, determinando-lhe a extenso (assim como o faz um adjetivo) e, no segundo, representar o prprio substantivo, ficando em seu lugar. Todo pronome tem uma funo sinttica, que pode ser prpria do substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto) ou do adjetivo (adjunto adnominal, predicativo do sujeito, predicativo do objeto). Este produto importado. (pronome adjetivo / funo de adjunto adnominal) Isto importado. (pronome substantivo / funo de sujeito) Os pronomes podem ser interrogativos e relativos. PESSOAIS pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos,

representam as trs pessoas do discurso - a que fala (1 pessoa), a com quem se fala (2 pessoa) e a de quem se fala (3 pessoa); dividem-se em retos e oblquos. Regra geral, os retos exercem a funo de sujeito ou de predicativo do sujeito, enquanto que os oblquos funcionam como complementos (objetos diretos, indiretos ou adjuntos); os pronomes oblquos devem obedecer a certas regras de colocao (sintaxe de colocao pronominal), a serem estudadas mais frente.

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DE TRATAMENTO categoria dos pronomes pessoais que designa a forma de tratamento a ser usada no trato com certas pessoas. a pessoa com quem se fala pode ser expressa tambm pelo pronome de tratamento, que leva tanto o verbo quanto os pronomes para a 3 pessoa; os nicos pronomes de tratamento que admitem o uso do artigo acompanhando-os so: senhor, senhora, senhorita. estabelecem relao de posse entre os elementos regente e regido; como j vimos em aula anterior, h casos em que um pronome pessoal oblquo usado com valor possessivo, ponto a ser estudado mais adiante. indicam a posio dos seres no espao e no tempo (funo ditica dos pronomes demonstrativos) ou em referncia aos elementos do texto (funo anafrica ou catafrica); tambm podem substituir algum termo, expresso, orao ou idia, evitando sua repetio, no papel de termos vicrios (H muito tempo eu planejo sair de frias e vou faz-lo no meio desse ano. faz-lo = fazer isso = sair de frias, ou Eu lhe jurei que seria fiel e vou s-lo ser isso ser fiel o pronome permanece neutro, sem flexo de gnero ou nmero, assim como acontece com o isso). tm sentido vago ou indeterminado. uma subclasse dos pronomes indefinidos. Muito importante compreender a distino entre eles e os pronomes relativos, j que a grafia a mesma em alguns casos (como, quando, quem etc): os pronomes indefinidos so usados nas interrogaes, diretas ou indiretas, enquanto que os pronomes relativos apresentam referncia a termos antecedentes veja mais detalhadamente a seguir. referem-se a um termo anterior chamado antecedente ou referente (substantivo ou pronome substantivo); sempre do incio a oraes subordinadas adjetivas.

POSSESSIVOS

DEMONSTRATIVOS

INDEFINIDOS INTERROGATIVOS

RELATIVOS

1 - PESSOAIS 1.1 - CLASSIFICAO Designam as trs pessoas do discurso. Classificam-se em RETOS e OBLQUOS.

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RETOS: funcionam como sujeito ou predicativo do sujeito. Por isso, Rocha Lima os denomina pronomes subjetivos (no papel de sujeito). Tu no s eu. O fato de ele reconhecer o erro no importa. OBLQUOS: funcionam como complemento, motivo pelo qual Rocha Lima os chamou de pronomes objetivos. Vi-o na rua Deu-lhe um bom presente Quero compr-las Fi-los entrar Nesse ltimo exemplo (Fi-los entrar.) vemos um caso excepcional em que o pronome oblquo exerce a funo sinttica de sujeito (do verbo entrar), assunto que ser apresentado mais adiante (caso 1.3). QUADRO RESUMO DOS PRONOMES PESSOAIS CASO OBLQUO PESSOA 1 2 3 1 2 3 CASO RETO EU TU ELE/ELA NS VS ELES/ELAS TONO ME TE SE, O, A, LHE NOS VOS SE, OS, AS, LHES TNICO (sempre com preposio) MIM, COMIGO TI, CONTIGO SI, ELE*, ELA* NS*, CONOSCO VS*, CONVOSCO SI, ELES*, ELAS*

OBSERVAES: 1:(*) Quando oblquos, so sempre preposicionados: Nem ele entende a ns, nem ns a ele.. A preposio est na frase por fora do uso do pronome, sendo o caso de objeto direto preposicionado. Na linguagem coloquial informal, costumam ser usados acompanhados de numerais (Encontrei elas duas.) ou pronome indefinido (Trouxe todas elas.), construo no abonada pela linguagem culta formal (Encontrei-as, as duas. / Trouxe-as todas.). Os oblquos ns/vs podem ser usados acompanhados da preposio com e elementos reforativos, como os pronomes demonstrativos MESMOS ou PRPRIOS. Ex.: S podemos contar com ns mesmos. 2: Os pronomes me, te, se, nos, vos podem exercer as funes de objeto direto ou indireto, de acordo com a transitividade do verbo. Uma boa tcnica de saber se o pronome est na funo de complemento direto ou indireto trocar o pronome por um NOME, ou seja, por um substantivo: Ele no me obedece. trocamos o me por o pai: Ele no obedece ao pai.

PLURAL

SINGULAR

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Como o complemento verbal foi antecedido de preposio, o pronome me exerce a funo de objeto indireto. No adiantaria nada trocar o me por a mim, pois, como vimos acima, esse pronome oblquo sempre ser preposicionado. 3: Os pronomes oblquos podem ser, ainda, reflexivos e recprocos. Os primeiros, quando o objeto direto ou indireto representa a mesma pessoa ou coisa que o sujeito do verbo; os recprocos exprimem reciprocidade da orao. Vamos ver como isso j foi objeto de prova? (FCC / TRE PI / 2002) Afinal, os papis no haviam ficado ......, mas sim ...... . (A)) contigo - com ns mesmos (B) contigo - conosco mesmos (C) com ti - conosco mesmo (D) com tu - conosco mesmos (E) com tu - com ns mesmos Na funo de complemento, no se deve usar pronomes retos, como sugerem as opes d e e (com tu). A preposio com j faz parte da forma contigo, que deve preencher a primeira lacuna. Em seguida, o preposio com antecede o ns. Como esse pronome oblquo est acompanhado de um pronome demonstrativo mesmos, est correta a forma da opo A contigo / com ns mesmos. 1.2 - RELAO ENTRE PREPOSIO E PRONOME As preposies de e em contraem-se com o pronome reto de 3 pessoa ele(s) e ela(s): A pasta dele, e nela est o meu livro. Normalmente, aps preposio usa-se o pronome oblquo. Entre mim e ti existe um abismo profundo. Entretanto, se aps a preposio, especialmente a preposio para, o pronome estiver como sujeito do verbo no infinitivo, permanece sendo pronome reto e, segundo a norma culta, no poder se contrair, embora na linguagem coloquial j se admita a contrao. Observe os exemplos. 1) Apesar de ela no saber nada, passou no concurso. (quem no sabia nada? Resposta: ela sujeito pronome reto) 2) Isto no trabalho para eu fazer. (quem no vai fazer o trabalho? Resposta: eu - sujeito pronome reto) 3) Isto no trabalho para mim.

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(O trabalho para quem? Resposta: para mim = complemento nominal pronome oblquo) 4) O milagre de ele existir tinha-se dado naquele momento. (quem existe? Resposta: ele - sujeito pronome reto) 5) Pouco depois de ela sair, fomos embora. (quem saiu? Resposta: ela sujeito pronome reto) Faa agora um teste: Para mim comparecer a essa reunio foi um prazer. At o corretor ortogrfico do Word cai nessa pegadinha. Ele sugere a troca do mim pelo eu. Ser que isso estaria correto? Vejamos. Primeira pergunta: o que foi um prazer? Resposta: comparecer a essa reunio. Ento, na ordem direta (SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO), teramos: Comparecer a essa reunio foi um prazer. timo! Isso (comparecer a essa reunio) foi um prazer para quem? Resposta: para mim. Ento, complementando a estrutura acima, teramos: Comparecer a essa reunio foi um prazer para mim. O que levou o Word (e muitos alunos) a imaginar um erro (que no existe) foi o deslocamento do complemento nominal para o incio do perodo, causando, assim, a aproximao do mim (que atua como complemento nominal de prazer) com o verbo comparecer (que faz parte do sujeito oracional). Nessa, at o Bill Gates caiu!!! Sorte dele no precisar fazer um concurso pblico aqui no Brasil....rs.... Veja, agora, como j caiu em prova. (FUNDEC / TJ MG / 2002) Tendo em conta o emprego das formas pronominais "eu" e "mim", assinale a alternativa INCORRETA. a) Toda a conversa entre eles e eu se deu a portas fechadas. b) Seria muito penoso para mim comparecer ao julgamento. c) Quando me aproximei, notei que falavam sobre voc e mim. d) No h diferena entre eu lhes dar a notcia ou qualquer outra pessoa. O gabarito foi letra a. A conversa rolou entre eles e MIM. Aps uma preposio (entre), o pronome a ser usado o oblquo: MIM. S se usa pronome reto aps preposio quando este pronome exerce a funo de sujeito da forma verbal no infinitivo, como na construo da letra d: quem vai dar a notcia? Resposta: eu ou qualquer outra pessoa. Como o pronome o sujeito do verbo dar, est correto o emprego do pronome reto (eu). A opo b apresenta estrutura idntica do exemplo que apresentamos.

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Muitas vezes, quando o mim fica perto de um verbo no infinitivo, muita gente tem clicas e sai por a berrando: mim fazer quem diz ndio!!! Em parte, tem razo. Mas s em parte, pois preciso analisar a estrutura para verificar se este mim mesmo o sujeito do verbo no infinitivo, antes de sair por a condenando a estrutura. Na ordem direta, a construo seria: Comparecer ao julgamento seria muito penoso para mim.. O pronome, nesse caso, complemento nominal ao adjetivo penoso ( penoso para quem? Para mim.) e no sujeito de comparecer, que est sendo usado em sentido genrico (verbo impessoal). Note que o verbo continuaria inflexvel qualquer que fosse o pronome: Comparecer ao julgamento seria penoso para ns. Isso porque este verbo impessoal (no tem sujeito) e est sendo usado em sentido amplo (O ato de comparecer). Est perfeita a construo da letra c. Aps a preposio sobre, foi empregado corretamente o oblquo mim e o pronome de tratamento voc. 1.3 - PRONOME OBLQUO TONO SUJEITO DE UM INFINITIVO CASO 1 - Mandei que ele sasse. CASO 2 - Mandei-o sair. Nos dois casos, o sujeito do verbo mandar o mesmo e est indicado pela desinncia verbal: (eu) mandei. No entanto, apresentam complementos diferentes. Verificamos que o objeto direto do verbo mandar (Eu mandei o qu?) expresso: - no CASO 1: pela orao que ele sasse. - no CASO 2: pelo pronome seguido de infinitivo o sair. Agora, vamos analisar as oraes que exercem a funo de complemento do verbo mandar. CASO 1: orao desenvolvida (iniciada pela conjuno que) = que ele sasse. Quem vai sair? Resposta: ele. Ento, o sujeito de sasse o pronome pessoal reto ele. CASO 2: o sair = Quem vai sair? Resposta: o. Esse pronome oblquo, que representa algum substantivo (menino, rapaz, aluno etc.), o sujeito do verbo sair. Esse o caso especial de que tratamos logo no incio da nossa aula. Geralmente, a funo de sujeito exercida por um pronome pessoal reto, enquanto que cabe aos pronomes oblquos a funo de complemento verbal. Pois essa a nica exceo: VERBOS CAUSATIVOS (mandar, deixar, fazer) ou SENSITIVOS (ver, sentir, ouvir) acompanhados de complemento representado por um pronome oblquo na funo de sujeito e um verbo no infinitivo. Para treinar, vamos analisar a construo da belssima cano: Deixe-me ir, preciso andar Vou por a a procurar Rir pra no chorar Quero assistir ao sol nascer Ver as guas do rio correr Ouvir os pssaros cantar

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Eu quero nascer, quero viver. (Preciso me encontrar, de Candeia)

Quem o sujeito de ir, na primeira estrofe? O pronome oblquo me. Nas passagens Ver as guas dos rios correr / Ouvir os pssaros cantar, vimos que, em relao concordncia do verbo correr/cantar, no infinitivo, quando se apresenta um sujeito nominal (substantivo), no h consenso entre os gramticos. Uns indicam a flexo verbal obrigatria (Ver as guas dos rios correrem/ Ouvir os pssaros cantarem); outros probem a flexo (Ver as guas dos rios correr / Ouvir os pssaros cantar); h tambm os que facultam indistintamente essa flexo (Ver as guas dos rios correr/correrem, Ouvir os pssaros cantar / cantarem). Contudo, se no lugar dos nomes estiverem os pronomes oblquos correspondentes, so unnimes em afirmar que obrigatoriamente o verbo no infinitivo permaneceria sem flexo: V-las correr / Ouvi-los cantar. Na dvida, releia o item 10.d da Aula 4 Concordncia parte 2. muito comum, na linguagem coloquial, usar o pronome reto no lugar do oblquo: Mandaram eu sair. Vi ela sair. O curioso que tal incorreo no se repete quando se constri uma orao negativa: No me mandaram sair. No a vi sair. Para fixar esse conceito, a partir de agora, procure usar a construo correta: Ouvi-o dizer (e no Ouvi ele dizer) e afins. Para terminar o ponto, vejamos como a ESAF abordou o tema. (FISCAL MS / 2001) Marque a palavra, a seqncia ou o sinal de pontuao sublinhado, que foi mal empregado. Vivemos um perodo de adversidade,(A) mas contamos com o apoio de uma poltica econmica adequada para contorn-lo(B). Prova disso a atuao do Banco Central no cmbio, que mantm(C) tambm os juros sob(D) controle. No passado, vamos os juros subirem(E) de 15% a 45% de uma s vez. (Fernando Xavier Ferreira, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E O gabarito foi a letra C. Na verdade, a questo versava sobre concordncia. O sujeito do verbo manter (pronome relativo que) tem como referente o substantivo atuao, devendo ficar no singular. Afinal, a atuao do Banco Central que mantm os juros sob controle.

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Mas, mesmo que a sua interpretao seja de que o pronome relativo se refere a Banco Central (O Banco Central mantm os juros sob controle.), o verbo continuaria no singular. Na aula sobre concordncia, alertamos bastante para as construes com verbos derivados de pr, ter e vir. Suas formas plurais no apresentam nenhuma distino fontica em relao s formas singulares (mantm/mantm, convm/convm), o que poderia enganar o ouvido do candidato. O mesmo pode ocorrer com outros verbos (compor, propor, contrapor, supor, pressupor). Observe, agora, o item (E) No passado, vamos os juros subirem(E). Em estruturas como: VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO + PRONOME OBLQUO + INFINITIVO o verbo no infinito NO PODE SE FLEXIONAR, por apresentar como sujeito um pronome (Vi-os sair / No os deixe fazer isso.). Nessa questo, o verbo sensitivo (ver) vem acompanhado de um substantivo (juros) que o sujeito de um infinitivo (subirem). Orao reduzida do infinitivo Vamos os juros subirem. Nessas construes, quando o sujeito do infinitivo vem sob a forma de um substantivo (e no um pronome), h divergncia doutrinria. Contudo, a banca da ESAF considerou CORRETA a flexo verbal. Como no h consenso, a ESAF tratou de definir o gabarito em outra opo, de modo que, passando ao largo da discusso, no restasse dvida acerca da resposta correta (apresentou um erro crasso de concordncia na opo C). Resumindo: VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO INFINITIVO SEM FLEXO + PRONOME OBLQUO + INFINITIVO

VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO + SUBSTANTIVO + INFINITIVO O VERBO PODE OU NO FLEXIONAR-SE (depende do autor, h divergncia doutrinria) = busque nas demais opes a resposta.

1.4 ALTERAO GRFICA DOS VERBOS EM FUNO DA COLOCAO DOS PRONOMES Quando os pronomes tonos o, a, os, as se associam a uma forma verbal, pode haver alteraes grficas nessa ltima: - verbos terminados em r, s, z caem essas consoantes e os pronomes so grafados sob as formas lo, la, los, las. Mandaram prender + o = Mandaram prend-lo - verbos terminados em terminao nasal (o, e, am, em) os pronomes assumem as formas no, na, nos, nas. Sempre que meus pais tm roupas velhas, do-nas as pobres. 1.5 - PRONOME OBLQUO COM VALOR POSSESSIVO

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J falamos sobre Sintaxe de Regncia. isso nos comentrios questo 4 da aula 5 -

O pronome oblquo pode ser usado com sentido possessivo, exercendo a funo sinttica de ADJUNTO ADNOMINAL. Roubou-lhe a voz, ento no pde mais reclamar. (= Roubou sua voz)

1.6 - COMBINAES E CONTRAES DOS PRONOMES TONOS Vamos ver agora construes rarssimas na linguagem moderna. Quando numa mesma orao ocorrem dois pronomes tonos, um na funo de objeto direto e outro, objeto indireto, estes pronomes podem combinar-se, observadas as seguintes regras: o pronome se associa-se aos me, te, nos, vos, lhe(s), e NUNCA aos o(s), a(s). antepostos, conservam-se separados e, pospostos, ligam-se por hfen.

1) Eu quero paz. D-ma ma = me (a mim) + a (a paz) = D a paz (= a) a mim (= me) 2) Apesar de no receber cartas minhas, envio-lhas sempre. lhas = lhe (a ela) + as (as cartas) = Envio as cartas a ela = Envio-lhas. 3) Justia se lhe faa.

se (pronome apassivador = Justia seja feita / Justia se faa) + lhe (a ele/ela) = Justia seja feita a ela.
1.7 - COLOCAO PRONOMINAL Adoro essa parte da matria! o momento em que posso ajud-lo(a) a nunca mais errar uma questo sobre colocao pronominal. Basta que voc estude bem o que ser apresentado a seguir. Para comear, precisamos conhecer a terminologia que ser usada. nclise o pronome aparece aps o verbo. Prclise o pronome surge antes do verbo. Mesclise o pronome colocado no meio do verbo. Agora, a fim de facilitar a sua vida, resumimos a trs todas as regras de colocao pronominal: PRCLISE OBRIGATRIA / CASOS DE PROIBIO / EMPREGO FACULTATIVO. REGRA GERAL: NCLISE Segundo a norma culta, a regra nclise, ou seja, o pronome aps o verbo. Isso tem origem em Portugal, onde essa colocao mais comum. No Brasil, o uso da prclise (antes do verbo) mais freqente, por apresentar maior informalidade. Mas, como devemos abordar os aspectos formais da lngua, a regra ser nclise, usando prclise em situaes excepcionais.

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a) CASOS DE PRCLISE OBRIGATRIA: Desde que no haja pausa (normalmente marcada na escrita pela vrgula), as PALAVRAS INVARIVEIS atraem o pronome. Por palavras invariveis, entendemos as que no se flexionam (olhe o quadro da primeira aula!!!): os advrbios; as conjunes; alguns pronomes, como o pronome relativo que, os pronomes indefinidos quanto/como/ningum, os pronomes demonstrativos isso/aquilo/isto. Ele no se encontrou com a namorada. (advrbio de negao) Quando se encontra com a namorada, ele fica muito feliz. (conjuno) Havendo pausa, no ocorre a atrao. Aqui se aprende a estudar.(sem pausa, advrbio atrai) Aqui, aprende-se a estudar. (com pausa, recai na regra geral)

ORAES EXCLAMATIVAS ou que OPTATIVAS prclise obrigatria.

expressam

desejo,

chamadas

de

Vou te matar! Que Deus o abenoe! Macacos me mordam!

ORAES SUBORDINADAS ... e por isso que nele se acentua o pensador poltico (orao subordinada adverbial causal) H pessoas que nos querem bem. (orao subordinada adjetiva restritiva)

No se preocupe com esses nomes e sobrenomes das oraes. Tudo isso ser objeto de aula especfica (Perodos). b) CASOS DE PROIBIO: Iniciar perodo com pronome - a forma correta : D-me um copo dgua (e no Me d), Permita-me fazer uma observao (e no Me permita); Pronome tono aps verbo (nclise) no particpio, no futuro do presente e no futuro do pretrito. Com essas formas verbais, usa-se a prclise (desde que no caia na proibio acima iniciar perodo), modifica-se a estrutura (troca o me por a mim) ou, no caso dos futuros, emprega-se o pronome em mesclise. Concedida a mim a licena, pude comear a trabalhar.

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(No havia outra sada. A troca foi necessria por no podermos colocar o pronome aps o particpio - concedida-me nem iniciar perodo com ele me concedida esse so dois CASOS DE PROIBIO). Recolher-me-ei minha insignificncia. (No poderia ser recolherei-me nem Me recolherei CASOS DE PROIBIO).

c) EMPREGO FACULTATIVO: Com o verbo no INFINITIVO, mesmo que haja uma palavra atrativa, a colocao do verbo pode ser encltica (aps o verbo) ou procltica (antes do verbo). Tanto faz, desde que no recaia em um dos casos proibidos (como iniciar perodo). Para no me colocar em situao ruim, encerrei a conversa. Para no colocar-me em situao ruim, encerrei a conversa. Assim, com infinitivo est sempre certa a colocao, desde que no caia em um caso de proibio (comear perodo, por exemplo). CUIDADO!!! NO CONFUNDA INFINITIVO COM FUTURO DO SUBJUNTIVO Na maior parte dos verbos, essas formas so iguais (para comprar = INFINITIVO /quando comprar = FUTURO DO SUBJUNTIVO). Contudo, a regra da colocao pronominal s se aplica ao infinitivo. Se o verbo estiver no futuro do subjuntivo, aplica-se a regra geral. Para ter certeza de que o infinitivo mesmo e no o futuro do subjuntivo, troque o verbo por um que apresente formas diferentes, como o verbo trazer (para trazer / quando trouxer), fazer (para fazer/ quando fizer), pr (para pr/ quando puser), e tire a prova dos noves. Se for infinitivo, pode colocar o pronome antes ou depois, tanto faz. De qualquer jeito, estar certo, mesmo que haja uma palavra atrativa (invarivel). Observao importante: quando houver DUAS palavras invariveis, o pronome poder ser colocado entre elas. A essa intercalao d-se o nome de APOSSNCLISE. Para no levar-me a mal, irei apresentar minhas desculpas. como vimos, com infinitivo est sempre certa a colocao (caso facultativo), mesmo que haja uma palavra invarivel (no caso, so duas para e no). COLOCAES IGUALMENTE POSSVEIS: (1) Para no me levar a mal, ...- O pronome foi atrado pelo advrbio no. (2) Para me no levar a mal, ... O pronome foi atrado pela preposio para.

1.8 - COLOCAO PRONOMINAL EM LOCUO VERBAL Locues verbais so construes que apresentam um s conceito verbal sob a forma de um verbo auxiliar (ou mais) e um verbo principal. O auxiliar (o primeiro, no caso de mais de um) ir se flexionar, enquanto que o verbo principal ficar em uma das formas nominais: infinitivo, particpio ou gerndio (assim como os demais auxiliares).

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Em relao colocao pronominal, valem os conceitos j apresentados. 1 COM INFINITIVO EST SEMPRE CERTO; 2 COM GERNDIO ARROZ COM FEIJO: REGRA GERAL NCLISE HAVENDO PALAVRA INVARIVEL, O PRONOME ATRADO (PRCLISE); 3 COM PARTICPIO, A NCLISE (PRONOME APS O VERBO) PROIBIDA. A colocao do pronome ser analisada em relao a cada um dos verbos que compem a locuo. COM O VERBO PRINCIPAL NO INFINITIVO 1. PRONOME EM RELAO AO VERBO AUXILIAR - Eu lhe devo pedir um favor. Prclise ao verbo auxiliar CERTO Ainda que a regra seja a nclise, modernamente no se condena a prclise em estruturas como essa, desde que no recaia em algum caso de proibio (iniciar perodo, por exemplo). - No lhe devo pedir um favor. Prclise ao verbo auxiliar - CERTO Como o advrbio atrai, est CERTSSIMA a colocao! Caso de prclise obrigatria. - Eu devo-lhe pedir um favor. - No devo-lhe pedir um favor. nclise ao verbo auxiliar CERTO nclise ao verbo auxiliar ERRADO. O advrbio atrai o pronome, devendo ser empregada a prclise. 2. PRONOME EM RELAO AO VERBO PRINCIPAL - Eu devo lhe pedir um favor. A norma culta condena a prclise ao verbo principal, ou seja, o pronome solto no meio da locuo verbal. Na linguagem coloquial, o mais usado. - No devo lhe pedir um favor. Note que o advrbio est prximo do verbo auxiliar, e no do principal. Este verbo auxiliar atua como uma pausa, reduzindo o poder da palavra invarivel. Como j mencionamos, a norma culta condena essa colocao solta do pronome no meio da locuo.

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- Eu devo pedir-lhe um favor. nclise em relao ao verbo principal CERTO. Essa a construo abonada pela gramtica normativa. Como j observamos, h uma distncia entre o advrbio e o verbo principal. Assim, est CORRETA a colocao do pronome aps o verbo.

No devo pedir-lhe um favor.

COM O VERBO PRINCIPAL NO GERNDIO (igualzinho ao anterior) 1. PRONOME EM RELAO AO VERBO AUXILIAR Eu lhe estou pedindo perdo. No lhe estou pedindo perdo. Prclise ao verbo auxiliar CERTO Prclise ao verbo auxiliar - CERTO Como o advrbio atrai, est CERTSSIMA a colocao! Caso de prclise obrigatria. Eu estou-lhe pedindo perdo. No estou-lhe pedindo perdo. nclise ao verbo auxiliar CERTO nclise ao verbo auxiliar ERRADO. O advrbio atrai o pronome, devendo ser empregada a prclise.

2. PRONOME EM RELAO AO VERBO PRINCIPAL Eu estou lhe pedindo perdo. A norma culta condena a prclise ao verbo principal, ou seja, o pronome solto no meio da locuo verbal. Na linguagem coloquial, o mais usado. No estou lhe pedindo perdo. Note que o advrbio est prximo do verbo auxiliar, e no do principal. Este verbo auxiliar atua como uma pausa, reduzindo o poder da palavra invarivel. Como j mencionamos, a norma culta condena essa colocao solta do pronome no meio da locuo. Eu estou pedindo-lhe perdo. nclise em relao ao verbo principal

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CERTO. Essa a construo gramtica normativa. No estou pedindo-lhe perdo. abonada pela

Como j observamos, h uma distncia entre o advrbio e o verbo principal. Assim, est CORRETA a colocao do pronome aps o verbo principal.

COM O VERBO PRINCIPAL NO PARTICPIO 1. PRONOME EM RELAO AO VERBO AUXILIAR Eu lhe tenho obedecido. No lhe tenho obedecido. Prclise ao verbo auxiliar CERTO Prclise ao verbo auxiliar - CERTO Como o advrbio atrai, est CERTSSIMA a colocao! Caso de prclise obrigatria. Eu tenho-lhe obedecido. No tenho-lhe obedecido. nclise ao verbo auxiliar CERTO nclise ao verbo auxiliar ERRADO. O advrbio atrai o pronome, devendo ser empregada a prclise.

2. PRONOME EM RELAO AO VERBO PRINCIPAL Eu tenho lhe obedecido. A norma culta condena a prclise ao verbo principal, ou seja, o pronome solto no meio da locuo verbal. Na linguagem coloquial, o mais usado. No tenho lhe obedecido. Note que o advrbio est longe do verbo principal. Este verbo auxiliar atua como uma pausa, reduzindo o poder da palavra invarivel. Como j mencionamos, a norma culta condena essa colocao solta do pronome no meio da locuo, construo bastante comum na linguagem coloquial.

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Eu tenho obedecido-lhe. (ERRADO!) No tenho obedecido-lhe. (ERRADO!) a colocao do Est INCORRETA pronome aps o verbo principal, pois ele est no PARTICPIO, e pronome aps particpio um dos casos de PROIBIO.

Veja, agora, como esse assunto j foi abordado em prova. (CESGRANRIO / MPE RO / 2005) Indique a opo em que o pronome oblquo NO est colocado corretamente, de acordo com a norma culta. (A) O professor levou a moto para ser consertada levou-a. (B) O professor levar a moto para ser consertada lev-la-. (C) O professor levaria a moto para ser consertada a levaria. (D) O professor tinha levado a moto para ser consertada tinha levado-a. (E) O professor estava levando a moto para ser consertada a estava levando. A banca apresentou a letra d como o gabarito, e cheia de razo para isso. O pronome est INDEVIDAMENTE aps um verbo no PARTICPIO, um dos casos de proibio. Veja as demais opes: a) Construo certinha. Como vimos, segundo a norma culta, a regra a nclise. Assim, a forma levou-a abonada pela gramtica. b) Em lev-la- temos um caso de mesclise. A forma verbal est no futuro do presente do indicativo. Seria vlida tambm a prclise, uma vez que o pronome no iria iniciar perodo: O professor a levar .... Aproveite para observar a acentuao dessa forma mesocltica. Cada segmento considerado um vocbulo para as regras de acentuao (l do incio do nosso curso, lembra-se ainda?). c) Como o verbo est no futuro do pretrito do indicativo (levaria), o examinador apresentou o pronome procltico ao verbo. Tambm estaria correta a forma mesocltica: O professor lev-la-ia. e) Desta vez, optou-se pela prclise em relao locuo verbal (O professor a estava levando). As demais colocaes possveis seriam: O professor estava-a levando (nclise ao verbo auxiliar, menos recomendvel por formar um eco va-a) ou O professor estava levando-a (nclise ao verbo principal). Como podemos ver, nenhuma das opes apresentou prclise ao verbo principal (aquela do pronome solto no meio da locuo verbal). 1.9 PRONOMES DE TRATAMENTO Entre os pronomes pessoais, destacam-se os pronomes de tratamento, que so usados no trato com as pessoas.

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O pronome a ser utilizado vai depender da intimidade (voc, senhor, senhora) e/ou da cerimnia que se tenha com essa pessoa, de acordo com seu cargo, funo, ttulo etc. Esses so pronomes da segunda pessoa do discurso, ou seja, representam a pessoa com quem falamos. Para isso, usamos um pronome de 2 pessoa (vs) Vossa Majestade, Vossa Excelncia, Vossa Senhoria etc. No obstante serem usados ao nos dirigirmos a algum (2 pessoa do discurso), esses pronomes de tratamento levam o verbo e os pronomes possessivos 3 pessoa: Vossa Excelncia tem manifestado sua opinio. Para simplificar, basta lembrar o mais famoso pronome de tratamento: VOC. Tudo o que acontece com VOC vai acontecer com qualquer outro pronome de tratamento. Voc sabia que seu desempenho em Portugus tem melhorado bastante? Ento, se usssemos Vossa Senhoria, a construo seria: Vossa Senhoria sabia que seu desempenho em Portugus tem melhorado bastante? Isso tudo se explica: originalmente, a forma de tratamento era Vossa Merc, que variou para vosmec, dando origem a voc. Hoje em dia, na linguagem cotidiana, chegamos a abreviar ainda mais: falando, usamos c" (C soube da ltima?); na escrita, comum colocarmos vc, especialmente em textos coloquiais e da internet. Assim, encolhemos cada vez mais o pobrezinho! Qualquer dia ele some... rs... Quando nos referimos a pessoa de cerimnia (sem nos dirigirmos a ela), o pronome a ser usado passa a ser de 3 pessoa: Sua Majestade, Sua Excelncia, Sua Senhoria etc. Raramente, esse tema objeto de prova. Vejamos uma dessas raras questes: (FUNDEC / TRT 2 Regio / 2003) Se na festa de inaugurao dos trens algum resolvesse dirigir-se ao Governador do Estado para agradecer a obra realizada, usando uma linguagem correta e adequada, deveria expressar-se de acordo com a forma da opo: A) Senhor Governador, Vossa Excelncia tem conhecimento das dificuldades do povo e sabe que todos lhe so extremamente agradecidos por esta obra. B) Senhor Governador, Vossa Excelncia tendes conhecimento das dificuldades do povo e sabeis que todos lhe so extremamente agradecidos por esta obra. C) Senhor Governador, Sua Excelncia tem conhecimento das dificuldades do povo e sabe que todos lhe so extremamente agradecidos por esta obra. D) Senhor Governador, Sua Excelncia tens conhecimento das dificuldades do povo e sabes que todos te so extremamente agradecidos por esta obra. E) Senhor Governador, Vossa Senhoria tem conhecimento das dificuldades do povo e sabe que todos te so extremamente agradecidos por esta obra. Para nos dirigirmos cerimoniosamente a uma autoridade, usamos o pronome de tratamento Vossa Excelncia. Quem acompanha os debates do Congresso Nacional v que cortesia e cerimnia se resumem ao emprego do pronome o teor do discurso e o timbre da voz derrubam qualquer centelha de respeito entre os parlamentares.

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De volta questo, vamos eliminar a opo e, por apresentar a forma Vossa Senhoria, que se usa especialmente em ofcios, correspondncias e outros tratamentos cerimoniosos a pessoas comuns. Vimos que os pronomes de tratamento, apesar de se dirigem s segundas pessoas do discurso (com quem se fala), levam o verbo e os pronomes para a 3 pessoa (exatamente como faz o pronome voc). Ento, podemos eliminar, tambm, as opes b e d (que empregam verbos nas segundas pessoas, respectivamente do plural e do singular: tendes/tens). Ao nos dirigirmos pessoa do Governador (como indica o enunciado), devemos usar o pronome sob a forma de Vossa Excelncia (pronome de 2), como apresentado na opo a (gabarito), e no Sua Excelncia, utilizado em referncia a ele (O Governador chegou capital. Sua Excelncia ELE - deve permanecer na cidade at sexta-feira pronome de 3 pessoa). 2. POSSESSIVOS Esses pronomes referem-se s pessoas do discurso, atribuindo-lhes posse dos elementos possudos. PESSOA SINGULAR 1 EU 2 TU 3 ELE / ELA / VOC 1 NS 2 VS 3 ELES / ELAS / VOCS POSSESSIVOS MEU, MINHA, MEUS, MINHAS TEU, TUA, TEUS, TUAS SEU, SUA, SEUS, SUAS NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS SEU, SUA, SEUS, SUAS

Algumas bancas examinadoras exploram bastante a referncia textual, solicitando que o candidato indique a qual elemento se refere o pronome possessivo. Muitas vezes, preciso voltar a ler o texto para identificar a relao entre os vocbulos destacados pelo examinador. O pronome varia em gnero e nmero de acordo com a coisa possuda. O promotor almoou em sua casa. Em funo do emprego do pronome possessivo sua tambm em relao ao pronome de tratamento voc, preciso cuidado para no gerar ambigidade ao texto. No exemplo acima, de quem era a casa: do promotor ou de voc? Para eliminar a confuso, lana-se mo de expresso dele(s)/dela(s). Vimos anteriormente que os pronomes oblquos podem ser usados com valor possessivo. Trata-se de construo que imprime ao texto elegncia. O vento acariciava-lhe os cabelos. (= os seus cabelos / os cabelos dela)

PLURAL

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3. DEMONSTRATIVOS Indicam a posio dos seres em relao s trs pessoas do discurso. Essa referncia pode ser em relao a um lugar (posio espacial), a um momento (posio temporal) ou aos elementos de um texto (referncia textual). 3.1 FUNES DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS No quadro a seguir, sero apresentadas as funes ditica, anafrica e catafrica dos pronomes demonstrativos. O que foi??? Algum problema?? Parece que voc levou um susto com essas expresses. Vamos entender o que cada uma delas significa. - FUNO DITICA: a capacidade de indicar um objeto sem nome-lo. Assim, quando dizemos aquele tempo era maravilhoso!, o pronome demonstrativo indica o tempo a que me refiro (tempo distante ocorrido no passado usamos o pronome aquele para indic-lo). - FUNO ANAFRICA e CATAFRICA: em relao ao texto, o pronome demonstrativo pode se referir a algum elemento que j surgiu (referncia anafrica passado para trs) ou que ainda surgir (referncia catafrica futuro para a frente). PESSOA
PRONOME

1 pessoa
ESTE, ESTA, ISTO Perto do falante Este documento meu. - O documento est bem prximo do falante (ou mesmo em suas mos).

2 pessoa
ESSE, ESSA, ISSO Perto do ouvinte Esse documento meu. - O documento est bem prximo do ouvinte.

3 pessoa
AQUELE, AQUELA, AQUILO Longe do falante e do ouvinte Aquele documento que est na mesa seu? - O documento est distante tanto do falante quanto do ouvinte.

POSIO ESPACIAL

POSIO TEMPORAL

Em referncia a um momento presente ou que ainda no passou. Este ano est sendo proveitoso. O ano a que se refere est em curso (momento presente).

Em referncia a um momento passado.

Em referncia a tempos distantes, tanto no passado quanto no futuro. Naquela oportunidade algo estranho ocorreu.. Faz-se meno a um momento que ocorreu em um passado remoto.

Essa noite sonhei com ela. A noite a que se refere j passou (passado prximo).

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REFERNCIA TEXTUAL
Em relao ao que se vai enunciar (futuro prximo). Em relao ao que j foi mencionado anteriormente. Em relao ao que se encontra mais distante no texto, fazendo distino entre dois elementos textuais. Joo e Mrio estudam na UERJ. Este, Fsica; aquele, Letras. O pronome este (Mrio) faz meno ao mais prximo, enquanto que aquele (Joo) se refere ao mais distante.

O problema este: ningum est satisfeito com voc. ainda ser mencionado aquilo que indicado pelo pronome.

Ningum est satisfeito com voc. Esse o problema O pronome faz meno ao que j foi apresentado .

Em relao s referncias textuais, podemos simplificar a sua vida um pouquinho. Veja a seguir um mtodo para memorizar o correto emprego dos pronomes demonstrativos. 3.2 - PRONOMES DEMONSTRATIVOS EM REFERNCIAS TEXTUAIS Quando um pronome demonstrativo faz referncia a algo j mencionado no texto, ou seja, a algo que est no paSSado do texto, deve-se usar ESSE / ESSA / ISSO (com o SS do paSSado). Se a referncia ainda vier a ser apresentada (pertence ao fuTuro), usa-se ESTE / ESTA / ISTO (com o T do fuTuro) gostou dessa dica mnemnica? Modernamente, reduziu-se o rigor no emprego do pronome demonstrativo em referncias textuais, inclusive em relao s provas (veremos em seguida). Contudo, em textos formais, deve-se observar o correto emprego dos pronomes demonstrativos. Veja como isso foi explorado em uma questo de prova da ESAF. (TRF 2002.1) Assinale a opo em que uma das duas possibilidades de redao est gramaticalmente incorreta. a) A economia americana sobreviveu a muitos percalos e, at o incio da curta e moderada recesso, da qual parece comear a emergir, conheceu nove anos de uma das mais exuberantes expanses de sua histria. / A economia americana sobreviveu a muitos percalos e conheceu nove anos de uma das mais exuberantes expanses de sua histria at o incio da curta e moderada recesso, de que parece comear a emergir. b) O professor Paul Kennedy, figura expressiva da escola do declnio na dcada de 80, confessa ter mudado de posio. Temia o pior em 1985, quando o esforo militar consumia 45% do PIB. / Figura expressiva da escola do declnio na dcada de 80, o professor Paul Kennedy confessa que mudou de posio. Temia o pior em 1985, quando o esforo militar consumia 45% do PIB. c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preo de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento prximo em que os EUA gastaro com a defesa US$ 1 bilho por dia. / Seu pensamento hoje esse: tornou-se barato adquirir a hegemonia ao preo de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento prximo em que os EUA gastaro com a defesa US$ 1 bilho por dia.

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d) No quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou possam ignorar para sempre alguns ameaadores desequilbrios de sua economia e as reaes do resto do mundo. / No quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou que alguns ameaadores desequilbrios de sua economia e as reaes do resto do mundo possa por eles serem ignorados para sempre. e) Significa apenas reconhecer que a atual configurao do poder mundial est longe do declnio e que um pas como os Estados Unidos tem uma extraordinria capacidade para recuperar-se de erros que para outros seriam provavelmente fatais. / Significa apenas o reconhecimento de que a atual configurao do poder mundial est longe do declnio e de que um pas como os Estados Unidos tem uma extraordinria capacidade para recuperar-se de erros que para outros seriam provavelmente fatais. (Itens adaptados de Rubens Ricupero)

O gabarito foi a letra d. O segundo segmento apresenta um erro de construo da locuo verbal: alguns ameaadores desequilbrios de sua economia e as reaes do resto do mundo possa por eles serem ignorados. O sujeito composto e tem dois ncleos: desequilbrios e reaes. Em uma locuo verbal que apresente dois verbos auxiliares (poder + ser + ignorar), o que se flexiona o primeiro verbo auxiliar (PODER), enquanto que o segundo auxiliar e o verbo principal ficam sob formas nominais (respectivamente, infinitivo e particpio). O correto, portanto, seria possam ser ignorados. O que nos interessa, para esta aula de PRONOMES, observar a opo c. Este item foi considerado CORRETO pela banca da ESAF. Note que, no segundo segmento, o autor usa o pronome demonstrativo esse em referncia catafrica (algo que ainda ser mencionado para frente): Seu pensamento hoje esse: tornou-se barato adquirir a hegemonia .... Isso, segundo os puristas, seria um erro. Contudo, a banca indicou esse item como correto, reforando a tese de que se reduziu o rigor gramatical no emprego do pronome demonstrativo em relao aos elementos textuais. E na hora da prova, o que fazer??? Neste caso, o candidato, para indicar a forma incorreta, estava diante de uma forma duvidosa de referncia pronominal (em vez de este foi empregado esse) e de uma locuo verbal com construo totalmente inaceitvel. Ele deveria ficar com a segunda. Analise todas as opes antes de marcar. 3.3 CONTRAO DO PRONOME COM PREPOSIO Pode ocorrer a contrao dos pronomes demonstrativos com as preposies a, de e em. quela hora morta da madrugada, todos dormiam. Daquele dia em diante, nunca mais fumei. Ficaremos nesta posio at voc chegar. OBSERVAO: Em expresses de tempo (dia, ms, ano, dia da semana), pode-se omitir a preposio em. Na linguagem formal, recomenda-se manter a preposio.

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Vou viajar (n)este ano. (N)esta segunda-feira, ser divulgado o resultado do concurso. (No) Domingo, eu vou ao Maracan,...

3.4 OUTROS PRONOMES DEMONSTRATIVOS O pronome o (e flexes - a, os, as) tambm pode ser demonstrativo e aparecer junto ao relativo que ou da preposio de, equivalendo a aquele(s)/ aquela(s) /aquilo. Fiz o que voc mandou. Somos o que podemos ser. Prefiro a da direita. Pode tambm figurar sozinho, equivalendo a isto, isso, aquilo. Ele me pediu para sair da sala, e o fiz. (fiz isso sair da sala) Nesse caso, quando um pronome demonstrativo faz referncia a algum elemento do texto, quer antecedente (referncia anafrica), quer subseqente (referncia catafrica), lana-se mo de um recurso lingstico para evitar a repetio de palavras, expresses ou mesmo oraes: Os sem-terra ameaavam invadir a fazenda e isso aconteceu no ltimo domingo.. (isso = invadir a fazenda). Para obter a aprovao em um concurso pblico, so necessrios estes elementos: estudo, dedicao e persistncia. (estes = estudo, dedicao e persistncia). Esse pronome demonstrativo (o) pode, inclusive, representar toda a orao: Sua me no era fcil, ele mesmo o sabia (= que sua me no era fcil). Aparecem ainda como demonstrativos os vocbulos tal, mesmo, prprio e semelhante, quando equivalerem aos casos j citados. Vimos, inclusive, na aula sobre Concordncia (Aula 3 item 1.5) que, como pronomes demonstrativos, essas palavras se flexionam em gnero e nmero com o substantivo que acompanham. Estamos no mesmo lugar. (NESSE LUGAR) Tal atitude inaceitvel. (ESSA ATITUDE) Lucas errou e doeu-se por semelhante descuido. (ESSE DESCUIDO) Como realce, estes correspondente: pronomes tambm se harmonizam com o substantivo

Elas chegaram concluso por si prprias, por si mesmas. No h respaldo para o emprego do vocbulo mesmo (e variantes) no lugar de um substantivo, como se observa atualmente na linguagem coloquial: Para abrir a porta, bata at que a mesma quebre. (Ui! Essa doeu!!) Para evitar esse tipo de construo, sugerem os gramticos a substituio por pronomes pessoais ou demonstrativos, por um sinnimo ou at mesmo a repetio da

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palavra. Tudo menos esse mostrengo ( assim mesmo que se escreve essa palavra se no acreditar, procure o Aurlio!). No confunda esse pronome MESMO (demonstrativo) com: a) a palavra denotativa de incluso mesmo (equivalente a at). Mesmo uma ameba retardada seria capaz de entender aquela lio. (Esse exemplo uma homenagem ao Godinho prof. Matemtica/RJ!) b) advrbio mesmo, equivalente a realmente, de fato, de verdade. O que ela queria mesmo era me atingir. Uma dica: palavras denotativas e advrbios so INVARIVEIS! 4 - INDEFINIDOS Como o prprio nome j indica, referem-se terceira pessoa com sentido vago ou indeterminado. So exemplos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, vrios, demais, tanto, quanto, qualquer, algum, ningum, tudo, outrem, nada, cada, algo, mais, menos, que, quem, (LOCUES) cada qual, qualquer um, quem quer etc. 4.1 OBSERVAES SOBRE ALGUNS PRONOMES INDEFINIDOS ALGUM - O pronome indefinido algum, posposto ao substantivo, assume valor negativo: Problema algum ir me fazer desistir de estudar. (=NENHUM PROBLEMA) Acredite se puder: esse conceito j caiu em prova: (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 38 - Assinale a opo em que a mudana na ordem dos termos altera substancialmente o contedo semntico do enunciado: (A) Algum valor deve ser dado a este tipo de quadro / A este tipo de quadro, valor algum deve ser dado; (B) So duas estas ofertas especiais / Estas ofertas especiais so duas; (C) Qualidades que so pelos inimigos reconhecidas / Qualidades que so reconhecidas pelos inimigos; (D) isto que permite ao professor ganhar um melhor salrio / Isto que permite ao professor ganhar um melhor salrio; (E) Esta qualidade intelectual pode ser construda aos poucos / Pode esta qualidade intelectual ser construda aos poucos. A resposta foi, logicamente, a letra A. Em algum problema, o pronome indica a existncia de pelo menos um problema. J em problema algum, o pronome passa a ter valor negativo, indicando a presena de nenhum problema.

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DEMAIS - No confunda o pronome indefinido demais com o advrbio homnimo. Esse vocbulo indefinido quando equivale a outros e se referem a substantivos. J o advrbio indica intensidade, modificando um verbo (Ele bebe demais), adjetivo (Ele alto demais) ou um advrbio (Ele fala alto demais). Fiquei com dois cezinhos. Os demais (= OUTROS) foram vendidos na feira.

QUALQUER o nico vocbulo da lngua portuguesa que se flexiona no meio quaisquer em virtude do processo de formao (pronome indefinido qual + verbo quer). TODO Existe diferena entre o emprego desse pronome diretamente ligado ao substantivo e acompanhado de um artigo. Isso s acontece no singular. No primeiro caso, assume valor indefinido: Toda criana tem direito a assistncia familiar. (= qualquer criana) No segundo caso, acompanhado de artigo, passa a significar inteiro. Toda a criana ficou machucada. (= a criana toda inteira) Treine agora essa distino em: TODO LIVRO INTERESSANTE x TODO O LIVRO INTERESSANTE Na primeira orao, o autor demonstra prazer na leitura. Acha que qualquer livro (todo livro) interessante. J na segunda, ele se refere especificamente a um livro, dizendo que ele interessante, do comeo ao fim (todo o livro). 5 - INTERROGATIVOS Como os pronomes indefinidos (que no fundo tambm so), referem-se terceira pessoa de modo vago em interrogaes (diretas e indiretas) As diretas exigem uma resposta imediata e terminam com um ponto de interrogao. J as indiretas se constroem em perodos compostos (normalmente com verbos saber, ver, verificar, ignorar etc.) e no terminam com ponto de interrogao (com ponto final, reticncias etc). Quem vai praia? / Eu no sei o que voc tem feito. Cuidado para no confundir certos pronomes indefinidos com pronomes relativos de mesma grafia. Os pronomes indefinidos formam perguntas, mesmo que indiretamente. No sei quantas velas sero colocadas em seu bolo de aniversrio.

Quantas velas sero colocadas?


J os pronomes relativos possuem referentes que j foram mencionados. Coloque tantas velas quantas sejam necessrias.

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O pronome relativo quantas se refere a velas. No poderia ser construda uma orao interrogativa direta, como no exemplo anterior. 6 - RELATIVOS Sem medo de errar, afirmo que a maior parte das questes de prova que tratam de PRONOMES exploram o conhecimento do candidato acerca do emprego dos PRONOMES RELATIVOS. 6.1 - DEFINIO Os pronomes relativos referem-se a termos antecedentes. J falamos sobre concordncia e regncia com pronomes relativos. Agora, veremos quais so esses pronomes e como devem ser empregados na orao subordinada adjetiva que iniciam, especialmente em relao aos seus referentes e ao emprego de preposio. Sempre que abordo pronomes relativos, lembro a histria da Branca de Neve ( srio!!!) dos sete anes, seis apresentavam caractersticas particulares e fisicamente eram parecidos (pareciam gnomos); somente um deles se destacava dos demais era completamente diferente (parecia um duende, era mudo) e recebia tratamento especial (dizem que era o preferido da princesa). Agora, vamos fazer uma analogia com os pronomes relativos. Os pronomes que/o qual, onde, quando, quanto, como e quem devem ser usados, cada qual, de acordo com seus prprios referentes, mas, grosso modo, fazem a mesma coisa - referncia a um substantivo antecedente. J cujo (o Dunga do grupo e, sem dvida, o predileto das bancas examinadoras) diferente de todos liga dois substantivos com idia de posse (coisa que os outros no fazem), flexiona-se em gnero e nmero com o substantivo subseqente (coisa que os outros tambm no fazem o qual varia, mas de acordo com o antecedente). Talvez seja esse o motivo de tanta gente j ter abolido o pobrezinho do seu dia-a-dia (mataram o Dunga, e no o tcnico da nossa seleo o pronome CUJO!!!), usando o que indevidamente no seu lugar. No raro ouvirmos esse erro por a, inclusive em msicas. Veja um exemplo disso: Eu presto ateno em cores que eu no sei o nome/ Cores de Almodvar/ Cores de Frida Khalo... cores (Esquadros Adriana Calcanhoto) O que ela no sabe? O nome das cores. Ento, a construo seria: Eu presto ateno em cores cujos nomes no sei. Mas NINGUM IA CANTAR ISSO A!!! A msica no faria tanto sucesso...rs... Vou passar um dever de casa para vocs: quero ver quem encontra uma msica cuja letra (gostou dessa?) tenha o pronome CUJO (ou variantes) usado de forma correta. Confesso que no consegui encontrar nenhum exemplo para colocar aqui. Pode ser sertaneja, rock, pop... qualquer uma, desde que use o cujo certinho. Vou aguardar as mensagens no frum. Vamos ver se algum consegue... Est lanado o desafio!

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6.2 CARACTERSTICAS DOS PRONOMES RELATIVOS QUE Pode ser usado com qualquer antecedente, por isso chamado de pronome relativo universal. Normalmente empregado em relao a coisa, j que os demais referentes tm pronomes relativos especficos (lugar, quantidade, modo). Aceita somente preposies monossilbicas, exceto sem e sob. Assim como que, pode ser usado com qualquer antecedente. Aceita preposio com duas ou mais slabas, locues prepositivas, alm de sem e sob (rejeitadas pelo que). usado quando o referente se encontra distante ou para evitar ambigidade: Visitei a tia do rapaz que sofreu o acidente. Quem se acidentou? O rapaz ou a tia dele? Para evitar a dvida, uso o qual para ele ou a qual para ela. QUEM ONDE Somente usado com antecedente PESSOA. Sempre vir antecedido de preposio Ele o rapaz de quem lhe falei. Utilizado quando o referente for lugar, ou qualquer coisa que a isso se assemelhe (livro, jornal, pgina etc.) A gaveta onde guardei o dinheiro foi arrombada.; pode ser substitudo por em que. Usado com antecedente que indique MODO ou MANEIRA O jeito como escreve mostra a pessoa que . O antecedente d idia de TEMPO, tambm equivalente a em que poca de ouro era aquela, quando todos andavam tranqilos pelas ruas. O antecedente d idia de QUANTIDADE - normalmente precedido de um pronome indefinido (tudo, tanto(s), todos, todas) Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quanto quiser.

O QUAL

COMO QUANDO QUANTO

Esses pronomes relativos representam sempre substantivos ou pronomes substantivos nas oraes adjetivas que formam. Mais uma vez alertamos para no confundi-los com pronomes interrogativos que idntica grafia. Estes no tm antecedentes e podem aparecer em oraes interrogativas diretas ou indiretas (Quem bateu? / No sei onde moras/ Quanto custa? / Como farei? / Preciso saber quando estar pronto o almoo. / Que gostaria de saber?). CUJO (e flexes) o mais especial de todos; liga dois substantivos indicando idia de posse (entre os substantivos, haveria uma preposio de) O rapaz cuja me faleceu recentemente procurou por voc. (me do rapaz faleceu rapaz cuja me faleceu); concorda com o substantivo subseqente, flexionando-se em gnero e nmero, e dispensa o artigo (no existe cujo o ou cuja a);

DICA: Ao usar o pronome relativo, verifique: 1 qual deve ser o pronome mais adequado, a depender do antecedente (coisa, pessoa, tempo, modo, lugar...); 2 se o algum termo na orao adjetiva exige preposio. Para no errar, os conceitos de regncia devem estar vivinhos em sua memria.

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Exemplo: (1) Este o livro | que ganhei. Orao principal: Este o livro Orao subordinada adjetiva: que ganhei - O verbo ganhar transitivo direto (eu ganhei o livro) e no rege preposio. (2) Este o livro | a que me referi. Orao principal: Este o livro Orao subordinada adjetiva: a que me referi o verbo referir-se indireto e rege a preposio a (eu me referi ao livro). Por isso, a preposio antecede o pronome relativo, que est no lugar do termo regido livro. (3) Aquele o professor | por quem eu tenho muita admirao. Orao principal: Aquele o professor Orao subordinada adjetiva: por quem eu tenho muita admirao o substantivo admirao rege preposio por, que antecede o pronome relativo que substitui o termo regido professor (eu tenho muita admirao pelo professor). Algumas bancas, como a Fundao Carlos Chagas, se cansam de apresentar questes que envolvem o emprego de preposio (sintaxe de regncia) com pronomes relativos. Veremos uma srie delas nos exerccios de fixao. Para compreender a mecnica da coisa, vamos treinar: (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL Agente Adm./ 2006) com a qual ningum deseja se identificar; a utilizao da preposio COM antes do pronome relativo QUE se deve regncia cobrada pelo verbo IDENTIFICARSE. A alternativa em que houve erro num caso semelhante de regncia : (A) da qual ningum desejava afastar-se; (B) contra a qual ningum queria lutar; (C) com a qual ningum discordava; (D) sem a qual ningum podia sair; (E) pela qual ningum escapava. O enunciado j ajuda o candidato. Ele apresenta a regncia do verbo identificar-se: Algum se identifica COM alguma coisa/algum. O candidato deve marcar o item que apresenta erro no emprego da preposio antes do pronome relativo. Para isso, dever analisar a regncia de cada um dos verbos. A) ningum desejava afastar-se O verbo afastar-se (pronominal) rege a preposio de: Algum se afasta de algum lugar. Por isso, est correto o emprego da preposio antes do pronome relativo a qual: da qual ningum desejava afastar-se. B) contra a qual ningum queria lutar Vamos verificar a regncia do verbo lutar: Algum luta contra algo ou algum. Como devemos usar uma preposio disslaba, o nico pronome relativo cabvel a qual. Est certa.

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C) com a qual ningum discordava. O verbo discordar rege a preposio de, e no com. Algum discorda de alguma coisa. Por isso, est INCORRETA essa construo. Esse o gabarito. A forma correta seria: da qual ningum discordava. D) sem a qual ningum podia sair Vimos tambm que, com a preposio sem, no podemos usar o pronome relativo que; assim, est correta a forma apresentada. E) pela qual algum escapava Essa era a opo mais difcil. O verbo escapar apresenta as seguintes possibilidades de regncia: - escapar a/de: livrar-se eu escapei de ser assaltado.; - escapar a ou escapar-lhe: passar despercebido, ser omitido esse assunto escapa minha memria.; - escapar (intransitivo): sobreviver O carro bateu fortemente, mas eu escapei.; - escapar por: fugir por algum lugar, indicando direo o ladro escapou pelo telhado. Como outra opo (C) apresentou um erro grosseiro de regncia (C), no resta dvida de que o examinador optou pela ltima construo (escapar por alguma sada = pela qual algum escapava). Mais uma questo de prova. (FGV / MPE AM / 2002) Assinale a alternativa em que a preposio utilizada antes de cuja NO a correta. (A) Ele o cronista sobre cuja prosa escrevi alguns artigos. (B) Ele o cronista de cuja prosa j me pronunciei. (C) Ele o cronista com cuja prosa mais me entretenho. (D) Ele o cronista a cuja prosa j fiz reparos. (E) Ele o cronista por cuja prosa mais me interesso. Agora, vamos botar o preconceito de lado e usar o pronome CUJO (coitadinho...). Entre cronista e prosa (dois substantivos), h uma relao de subordinao (a prosa do cronista). Ento, o pronome adequado CUJO (... cronista cuja prosa...). No h diferena alguma em relao ao que j vimos. Identifique a preposio porventura exigida pelo verbo da orao adjetiva e coloque-a antes do pronome relativo, assim como voc fez no exemplo anterior. Analisando cada uma das opes: A) Eu escrevi alguns artigos sobre a prosa do cronista = sobre cuja prosa eu escrevi B) Eu j me pronunciei .... a prosa do cronista bem, no sentido de emitir opinio, o verbo PRONUNCIAR-SE aceita as preposies / locues prepositivas: em - pronunciar-se em algum assunto; sobre - pronunciar-se sobre algum assunto; acerca de - pronunciar-se acerca de algum assunto; a respeito de - pronunciar-se a respeito de algum assunto;

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por - pronunciar-se por algum (a favor ou contra).

As possibilidades seriam: Eu j me pronunciei sobre/a respeito da/ acerca da/ na prosa do cronista. O verbo no aceita a preposio de. Essa a opo INCORRETA. C) Eu me entretenho com a prosa do cronista = com cuja prosa eu me entretenho D) Eu j fiz reparos (fazer observao, comentrio crtico) prosa do cronista (tambm se admite a preposio sobre) = a cuja prosa eu fiz reparos E) Eu me interesso pela prosa do cronista = por cuja prosa eu me interesso Mais uma questo para treinarmos. (FCC / BANCO DO BRASIL / 2006) A expresso de que preenche corretamente a lacuna da frase: (A) A privao ...... o autor no se conforma a de itens como aspirina, fsforos e leituras. (B) O cronista no est nada interessado num tipo de vida ...... muita gente aspira. (C) H detalhes desagradveis da vida rstica ...... muita gente parece omitir, no entusiasmo de seus relatos. (D) Muitos leitores partilharo das mesmas fobias ...... o cronista enumerou em seu texto. (E)) H quem veja como suprfluos os recursos urbanos ...... o cronista se recusa a abrir mo. Essa a banca campe nesse assunto. Nessa questo, o examinador procura a opo que deve ser preenchida com DE QUE. Para isso, o verbo da orao adjetiva deve reger a preposio DE. Vamos busc-lo. A) O autor no se conforma COM a privao a preposio que antecede o pronome relativo que COM e no DE. B) Muita gente aspira A um tipo de vida tambm no essa a resposta correta. C) Muita gente parece omitir detalhes desagradveis da vida rstica o verbo OMITIR transitivo direto e no exige nenhuma preposio nesta acepo. D) O cronista enumerou as mesmas fobias outro verbo transitivo direto. O verbo enumerar se liga diretamente ao seu complemento, dispensando a preposio. E) O cronista se recusa a abrir mo DOS recursos urbanos Ufa! At que enfim! J estava ficando nervosa. Essa expresso (abrir mo) exige a preposio DE. essa a resposta correta. Gabarito: E 6.3 COM A EXPRESSO O QUE

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O pronome que sempre ser um pronome relativo aps o pronome demonstrativo O. Cuidado com a concordncia verbal nesse caso. Por estar se referindo ao demonstrativo (que est no singular), o relativo, na funo de sujeito, leva o verbo tambm para o singular: O que importa para mim so os meus filhos. Anlise: o = aquilo pronome demonstrativo que = pronome relativo o que importa = Aquilo que importa para mim so os meus filhos.

Mais um exemplo: O que falta so recursos. O sujeito do verbo faltar o pronome relativo que. O verbo ser concorda com o predicativo do sujeito, que est no plural. Essa possibilidade de concordncia foi abordada na aula especfica (item 5.c da Aula 4 Concordncia parte 2). Polticos corruptos o que no falta nesse pas. Nessa construo, o sujeito de faltar novamente o pronome relativo, presente no segmento o que no falta. O antecedente do pronome relativo, em todos esses casos, o pronome demonstrativo o. Quando, em vez de sujeito, o pronome relativo complemento verbal, todo cuidado pouco com a preposio exigida pelo verbo da orao adjetiva. Preciso saber no que ele pensa. Algum pensa em alguma coisa. O verbo pensar rege a preposio em. J o verbo saber, da primeira orao, transitivo direto (algum sabe alguma coisa). (eu) preciso saber isso: "aquilo em que ele pensa. O registro culto formal da construo deveria ser, portanto: Preciso saber o em que ele pensa. J vamos comear a nos ambientar com a diviso dos perodos. Para visualizar melhor, vamos dividir o perodo em oraes: 1 orao - Preciso saber o (= isso) 2 orao - em que ele pensa. (A preposio exigida pelo verbo pensar; por isso, pertence segunda orao). Em virtude disso, h erro de regncia em construo como esta: O que mais gosto chocolate. Algum gosta de alguma coisa. H necessidade de se empregar a preposio antes do elemento que representa essa coisa:

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O de que mais gosto chocolate. S que a proximidade do o com a preposio de acabou formando, na linguagem coloquial: Do que eu mais gosto (de) chocolate. Essa forma recebe a simpatia de muitos gramticos, embora no seja endossada pelos puristas. Vamos, agora, analisar uma questo de prova da ESAF. (Analista Comrcio Exterior/ 1998) Marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou impropriedade vocabular. A primeira expedio cientfica (A) Amaznia foi feita em 1638 por George Marcgrave, um naturalista alemo. At o final do sculo XVII, o que se procuravam(B) eram animais exticos, dentro da tica do "estranho mundo novo": peixe que d choque, aranhas gigantes, mamferos que vivem submersos nos rios. Nos sculos seguintes, o objetivo passou a ser a coleta do maior nmero possvel de bichos de diferentes espcies. At os anos 40, os museus estrangeiros pagavam coletores profissionais(C) para levar espcimes(D) da fauna e flora nacionais(E) para suas colees. O Brasil s assumiu a pesquisa cientfica na Amaznia h poucas dcadas. Agora, a idia conhecer para preservar. a) b) c) d) e) A B C D E

O gabarito foi letra B O tema era concordncia verbal com construo de voz passiva. Na passagem, podemos observar a forma abordada neste ltimo ponto pronome demonstrativo o acompanhado do pronome relativo que. Vamos aproveitar para relembrar um pouco de sintaxe de concordncia. Quando um verbo de transitividade direta ou direta e indireta estiver acompanhado do pronome se, todo cuidado pouco: poderemos estar diante de uma construo de voz passiva. Para confirmao, temos de fazer duas perguntas: 1 O verbo transitivo direto (TD) ou transitivo direto e indireto (TDI)? 2 Existe uma idia passiva na construo? Se ambas as respostas forem SIM, estamos diante de uma construo de voz passiva e, ento, o verbo dever se flexionar de acordo com o sujeito paciente. A existncia de um objeto direto na transitividade do verbo necessria pois, como vimos na aula sobre verbos, o objeto direto da construo de voz ativa ir exercer a funo essencial de sujeito da voz passiva.

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Na questo de prova ora comentada, o que se procuravam eram animais exticos, temos de fazer duas anlises: a primeira, em relao construo: 1 pergunta: O verbo transitivo direto (TD) ou transitivo direto e indireto (TDI)? Resposta: O verbo procurar transitivo direto (algum procura alguma coisa). 2 pergunta: Existe uma idia passiva na construo? Resposta: Sim, existe idia passiva os animais eram procurados. Concluso: temos uma construo de voz passiva. A segunda anlise versa sobre o antecedente do pronome relativo que. Para isso, vamos separar as oraes: Perodo composto: o | que se procuravam |eram animais exticos 1 orao: o [pronome demonstrativo = aquilo] eram animais exticos ORAO PRINCIPAL 2 orao: que se procuravam ORAO SUBORDINADA ADJETIVA (lembre-se: pronome relativo sempre inicia uma orao adjetiva!) O pronome que relativo e tem como antecedente o pronome demonstrativo o. Por isso, o verbo que o segue dever ficar no singular. Para melhor compreenso, iremos fazer a substituio do pronome relativo QUE pelo termo que substitui, o pronome demonstrativo o. Para simplificar ainda mais, em vez de o, colocaremos aquilo, seu equivalente. que se procurava - aquilo se procurava = AQUILO era procurado. Viu? O verbo s poder ficar no singular. Na orao principal (o eram animais exticos), devemos relembrar a concordncia do verbo ser. Esse aquele verbo especial, que admite a concordncia tanto com o sujeito quanto com o seu predicativo. De um lado, como sujeito, existe um pronome substantivo demonstrativo o - COISA. De outro lado, na funo de predicativo do sujeito, h um substantivo acompanhado de um adjetivo: animais exticos - COISA. Portanto, tanto de um lado (sujeito) como de outro (predicativo), os elementos so coisas (substantivos, pronomes substantivos ou oraes substantivas). Assim, a concordncia pode se dar com qualquer deles, PREFERENCIALMENTE com o elemento que estiver no PLURAL ... eram animais exticos. Isso justifica a flexo do verbo ser no plural. Por hoje s. Bons estudos e at a prxima aula. Grande abrao. QUESTES DE FIXAO 01 (FUNDEC / TJ MG / 2002)

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Tendo em conta o emprego dos pronomes pessoais oblquos tonos, assinale a alternativa em que a substituio das expresses sublinhadas nas sentenas abaixo esteja CORRETA. Os fs cercaram os cantores, No pde dar a informao aos reprteres. No se sabe quando recebero a restituio desses valores. a) cercaram-os lhes pde dar quando a recebero b) os cercaram pde lhes dar quando receb-la-o c) cercaram-nos pde dar-lhes quando a recebero d) os cercaram lhes pde dar quando receb-la-o 02 - (FCC / AFTE PB / 2006) A frase inteiramente de acordo com a norma culta : (A) De fato, punies seriam-lhe impostas, caso no se provasse sua inocncia em relao s graves denncias. (B) Os relatrios foram-lhe entregues pelos representantes da bancada ruralista. (C) O povo vota muito tempo sob a influncia das elites e dos chefes partidrios. (D) A Cmara dos Deputados ficou meia preocupada com as repercues das ltimas votaes nos processos de cassao. (E) Apenas 20% dos deputados esto dispostos respeitar as concluses dos relatores dos processos. 03 - (FUNDAO JOO GOULART / SMG - AGENTE DE POSTURAS / 2005) TEXTO EMPRESAS ACOMPANHAM O RESTO DA SOCIEDADE Toni Marques medida que a cultura pop divulga bem-sucedidos personagens que so tatuados atletas, cantores, modelos e atores maior a chance de as sociedades ocidentais passarem a aceitar a tatuagem como um adorno to corriqueiro quanto brincos em orelhas furadas. Com elas, as orelhas, aconteceu o mesmo. Houve tempo e lugar em que mulher de orelha furada no era digna da ateno das pessoas de bem, dada a relao que tais pessoas estabeleciam entre a mulher e indgenas diversos. Foi assim na Gr-Bretanha, onde tatuagem, desde o sculo XIX, smbolo de orgulho imperial, patritico e religioso. At a dcada de 50, l ainda se discutia se mulher podia ou no furar a orelha, muito embora o povo soubesse que o rei Eduardo VII foi tatuado, assim como seus dois filhos, um deles tambm monarca. A aceitao da tatuagem nas classes mdias do Ocidente se deu a partir do movimento hippie. [....] O mundo corporativo tende a acompanhar o resto da sociedade nessa matria. Afinal, a estrelinha que Giselle Bundchen tem no pulso no a impediu de se tornar a maior modelo do mundo. Do mesmo modo, o jogador de futebol Beckham tem mais ou menos tantas tatuagens quanto tem zeros no seu salrio no Real Madrid. Giselle e Beckham sabem negociar seus talentos respectivos.

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O antecedente do pronome relativo est indicado incorretamente na seguinte alternativa: A) ..dada a relao QUE tais pessoas estabeleciam... - relao B) Foi assim na Gr-Bretanha, ONDE tatuagem... Gr-Bretanha C) Afinal, a estrelinha QUE Giselle Bundchen tem no pulso... - a estrelinha D) medida que a cultura pop divulga bem-sucedidos personagens QUE so tatuados... - a cultura pop

04 - (FEPESE / TCE SC / 2006 - adaptada) Leia o texto abaixo para responder questo. Meu pai abraou-me com lgrimas. Tua me no pode viver, disse-me. Com efeito, no era j o reumatismo que a matava, era um cancro no estmago. A infeliz padecia de um modo cru, porque o cancro indiferente s virtudes do sujeito; quando ri, ri; roer o seu ofcio. Minha irm Sabina, j ento casada com o Cotrim, andava a cair de fadiga. (...) Meu filho! A dor suspendeu por um pouco as tenazes; um sorriso alumiou o rosto da enferma, sobre o qual a morte batia a asa eterna. Era menos um rosto do que uma caveira: a beleza passara, como um dia brilhante; restavam os ossos, que no emagrecem nunca. Mal poderia conhec-la; havia oito ou nove anos que nos no vamos. Ajoelhado, ao p da cama, com as mos dela entre as minhas, fiquei mudo e quieto, sem ousar falar, porque cada palavra seria um soluo, e ns temamos avis-la do fim. Vo temor! Ela sabia que estava prestes a acabar; disse-mo; verificamo-lo na seguinte manh. Longa foi a agonia, longa e cruel, de uma crueldade minuciosa, fria, repisada, que me encheu de dor e estupefao. Era a primeira vez que eu via morrer algum. Conhecia a morte de outiva; quando muito, tinha-a visto j petrificada no rosto de algum cadver, que acompanhei ao cemitrio, ou trazia-lhe a idia embrulhada nas amplificaes de retrica dos professores de cousas antigas, a morte aleivosa de Csar, a austera de Scrates, a orgulhosa de Cato. Mas esse duelo do ser e do no ser, a morte em ao, dolorida, contrada, convulsa, sem aparelho poltico ou filosfico, a morte de uma pessoa amada, essa foi a primeira vez que a pude encarar. No chorei; lembra-me que no chorei durante o espetculo: tinha os olhos estpidos, a garganta presa, a conscincia boquiaberta. Qu? uma criatura to dcil, to meiga, to santa, que nunca jamais fizera verter uma lgrima de desgosto, me carinhosa, esposa imaculada, era fora que morresse assim, trateada, mordida pelo dente tenaz de uma doena sem misericrdia? Confesso que tudo aquilo me pareceu obscuro, incongruente, insano... (Machado de Assis, Memrias Pstumas de Brs Cubas, cap. 23, com adaptaes) Indique V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, assinale a opo que apresenta a ordem correta. ( ) No trecho trazia-lhe a idia embrulhada nas amplificaes de retrica (ls. 20 e

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21), o pronome encltico retoma por substituio coesiva o vocbulo morte (l. 18). ( ( ( ) ) ) O trecho Tua me no pode viver, disse-me (l. 2) est em desacordo com as regras da gramtica normativa, pois o no atrairia o pronome me. No trecho tinha-a visto j petrificada no rosto de algum cadver (ls. 18 e 19), o pronome a faz remisso ao vocbulo morte (l. 18). O pronome no trecho tudo aquilo me pareceu obscuro (l. 42) admite mudana de colocao em consonncia com as regras da gramtica normativa. V V V V V FVF VFV VVF FFF FFV

a) b) c) d) e)

05 - (FUNDAO JOO GOULART / ENGENHEIRO CIVIL / 2004) Reescreve-se em cada alternativa abaixo uma frase do texto mediante incluso de um pronome pleonstico. A nova redao no bem sucedida em: A) Um estado emocional patolgico pode intensificar ao mximo a tendncia s iluses. A tendncia s iluses, um estado emocional patolgico pode intensific-las ao mximo. B) A emoo tem o poder de transformar ilusoriamente nossas percepes. Nossas percepes, a emoo tem o poder de transform-las ilusoriamente. C) Diz-se comumente que no h lobos pequenos, todos so enormes. Lobos pequenos, diz-se comumente que no os h, todos so enormes. D) Por si mesma, a iluso no constitui sintoma de doena mental. Sintoma de doena mental, a iluso no o constitui por si mesma. 06 - (FCC / BANCO DO BRASIL / 2006) O sonho desse amanuense Belmiro vem registrado e desenvolvido em seu dirio pessoal, que a forma pela qual o romance se apresenta: anotaes metdicas, datadas, em que o funcionrio fala do que lhe ocorreu na repartio, ou na rua, ou nos encontros com os amigos. Mas fala tambm de seu amor por Carmlia, moa que lhe inacessvel, que ele idealiza a no mais poder, fazendo dela o mito de sua vida. O leitor do romance acompanha nas pginas do dirio esse ir e vir entre o sonho e rotina, entre a vida estreita do funcionrio tmido e as projees de sua fantasia romntica. A nica compensao real para o amanuense est, de fato, em dar linguagem de seu dirio o capricho da melhor forma possvel; seu consolo a literatura, ainda que na forma modesta das pginas de um caderno pessoal. Do trecho acima transcrito, no perodo: Mas fala tambm de seu amor por Carmlia, moa que lhe inacessvel, que ele idealiza a no mais poder, fazendo dela o mito de sua vida. (A)) as duas ocorrncias da palavra que tm o mesmo referente da palavra dela.

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(B) as palavras seu e sua referem-se a pessoas distintas. (C) o pronome lhe tem como referncia a moa Carmlia. (D) a forma lhe poderia ser desdobrada e substituda por com ele. (E) o segmento que ele idealiza pode ser substitudo por que idealizado. 07 - (ESAF/AFRE MG/2005) O setor pblico no feito apenas de filas, atrasos, burocracia, ineficincia e reclamaes. A stima edio do Prmio de Gesto Pblica, coordenado pelo Ministrio do Planejamento, mostra que o servio pblico federal tambm capaz de oferecer servios com qualidade de primeiro mundo. De 74 instituies pblicas inscritas, 13 foram selecionadas por ter conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter prticas e rotinas de gesto capazes de melhorar de forma crescente seus resultados, tornando-os referncias nacionais. O perfil dos premiados mostra que o que est em questo no tamanho, visibilidade ou importncia estratgica, mas, sim, a capacidade de fazer com que as engrenagens da mquina funcionem de forma eficiente, constante e muito bem controlada. (Ilhas de Excelncia. ISTO, 2/3/2005, com adaptaes) Julgue a assertiva abaixo, em relao aos aspectos textuais. d) A retirada do pronome do termo tornando-os(l.8) preserva a correo gramatical e a coerncia textual, deixando subentendido o objeto de referncias nacionais(l.8). 08 - (ESAF/Auditor TCE ES/2001) Os contratos e seus aditamentos sero lavrados nas reparties interessadas, as quais mantero arquivo cronolgico dos seus autgrafos e registro sistemtico do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartrio de notas, de tudo juntando-se cpia no processo que lhe deu origem. Julgue a proposio abaixo, em relao aos elementos do texto. c) Os pronomes possessivos na segunda orao referem-se a arquivo cronolgico. 09 - (ESAF/TFC SFC/2000) O saber produzido pelo iluminismo no conduzia emancipao e sim tcnica e cincia moderna que mantm com seu objeto uma relao ditatorial. Se Kant ainda podia acreditar que a razo humana permitiria emancipar os homens de seus entraves, auxiliando-os a dominar e controlar a natureza externa e interna, temos de reconhecer hoje que essa razo iluminista foi abortada. A razo que hoje se manifesta na cincia e na tcnica uma razo instrumental, repressiva. Enquanto o mito original se transformava em Iluminismo, a natureza se convertia em cega objetividade. Inicialmente a razo instrumental da cincia e tcnica positivista tinha sido parte integrante da razo iluminista, mas no decorrer do tempo ela se autonomizou, voltando-se inclusive contra as suas tendncias emancipatrias. (B. Freitag, A Teoria Crtica Ontem e Hoje, p. 35, com adaptaes)

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Das seguintes expresses retiradas do texto, indique o item em que o elemento da coluna da esquerda faz remisso incorreta s expresses da coluna da direita. a) b) c) d) e) seu (l.2) .......... tcnica e cincia moderna seus(l.4) ......... homens os (l.4) .............homens ela (l.9) ..........razo instrumental suas (l.10) .......cega objetividade

10 - (ESAF/MPU/2005) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. A _______ intelectual de Nabuco provm de suas ________ e por isso que nele ______, mais do que o artista, o pensador poltico. uma tradio espiritual que ele conserva e eleva a um grau superior, ainda que a______ vocao poltica se alie ______ sensibilidade artstica. (Baseado em Graa Aranha) a) essncia origens razes influncias razes razes se acentua se acentua marca-se acentua-se acentua-se essa esta tal esta essa a a

b) riqueza c) carreira

d) qualidade e) vivncia

11 - (FCC/TRT 3 Regio Tcnico Judicirio / Janeiro 2005) Em cada um dos segmentos abaixo, a substituio da expresso grifada pelo pronome correspondente est INCORRETA em: (A) para oferecer trabalho = para oferec-lo. (B) evocar a lembrana de outro colega = evocar-lhe a lembrana. (C) tomaram caminhos paralelos = tomaram-nos. (D) a ocupar boa parte de minha vida = a ocupar-lhe. (E) cativava inteligncias e paladares = cativava-os. 12 - (FCC/TCE MA Analista / Novembro 2005) A maior parte da gua da chuva interceptada pela copa das rvores, ...... cobrem toda a regio. ...... evapora rapidamente, causando mais chuva, o que no ocorre em reas desmatadas, ...... solo pobre em matria orgnica. As lacunas da frase acima esto corretamente preenchidas, respectivamente, por (A) onde - A chuva - que o

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(B) nas quais - Aquela chuva - cujo (C) em que - A gua da chuva - que o (D) que elas - Essa chuva - aonde (E)) que - Essa gua - cujo 13 - (FCC / INSS MEDICO / 2006) O nico segmento grifado que NO est empregado em conformidade com o padro culto escrito : (A) No muito agradvel estar com aqueles meus primos, porque eles falam ininterruptamente de si. (B) Esse o tipo de questo que voc ter de resolver com ns mesmos. (C) A fim de no encontr-lo no consultrio, deixei para ir no dia seguinte. (D)) Ele preencheu o formulrio de modo inadequado, onde o coordenador chamou sua ateno. (E) Cabelos cacheados e sedosos moldam-lhe o rosto afilado e claro. 14 - (FCC / TRE PI / 2002) Afiano- ...... que V.Sa ...... grande influncia na resoluo do problema que submeto a ...... exame. (A)) lhe - ter - seu (B) vos - ter - vosso (C) lhe - tereis - seu (D) vos - tereis - vosso (E) lhe - ter - vosso 15 - (FGV / Ministrio da Cultura /2006) Foto dos Sonhos O engenheiro colombiano Joaqun Sarmiento trabalhava em Nova York e se sentia, muitas vezes, solitrio. Era mais um daqueles imigrantes nostlgicos. Para ocupar as horas vagas, decidiu aprender fotografia. Estava, nesse momento, descobrindo um novo ngulo para a sua vida, sem volta. A vontade de se aventurar pela Amrica Latina tirando fotos fez com que ele deixasse para sempre a paisagem nova-iorquina, aposentasse sua carreira de engenheiro e transformasse Paraispolis, uma das maiores favelas paulistanas, em seu cenrio cotidiano. "Estou ficando sem dinheiro, mas uma bela aventura." Depois de trs anos nos Estados Unidos, voltou para Bogot, planejando trabalhar em obras de infra-estrutura. Mudou de idia. Com 26 anos, percebeu que o hobby que tinha adquirido em Nova York se convertera em paixo. No final de 2004, veio com sua famlia para duas semanas de frias em So Paulo. "Como sempre tive muito interesse em estudar a

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Amrica Latina, fui ficando." Soube ento de uma experincia desenvolvida pelo colgio Miguel de Cervantes, criado por espanhis, na vizinha Paraispolis. L, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barraco dos Sonhos", no qual se misturam ritmos afros e ibricos. Desse encontro nasceu, por exemplo, a estranha mistura dos ritmos e bailados flamencos com o samba. "Resolvi registrar esse convvio e, aos poucos, ia me embrenhando na favela para conhecer seus personagens." O que era, inicialmente, para ser um cenrio fotogrfico virou uma espcie de laboratrio pessoal. Joaqun sentiu-se estimulado a dar oficinas de fotografia a jovens e crianas de Paraispolis. "Descobri mais um ngulo das fotos: o ngulo de ensinar a olhar." Lentamente, naquele espao, temido por muitos, Joaqun ia se sentindo em casa. "H um jeito muito similar de acolhimento dos latino-americanos, apesar de toda a violncia." Sem saber ainda direito como vai sobreviver "as reservas que acumulei em Nova York esto indo embora" , ele planeja as prximas paradas pela Amrica do Sul. Mas, antes de se despedir, pretende fazer uma exposio sobre o seu olhar pelo Brasil. At l, est aproveitando a internet (www.joaquinsarmiento.com) para mostrar algumas das imagens fotogrficas que documentam seus trajetos. (Gilberto Dimenstein. Folha de So Paulo, 12/04/2006)

Desse (L.17) tem valor: (A) anafrico. (B) catafrico. (C) ditico. (D) adverbial. (E) substantivo. 16 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) A alternativa que mostra uma construo equivocada : (A) So locais de que nunca mais nos esquecemos; (B) Li, nas frias, os romances de cujos autores falamos; (C) Aqui esto as msicas cujos autores aprecio; (D) Aqui esto as idias contra cujos autores me insurgi; (E) Comprei os livros de que tanto gosto de ler. 17 - (NCE UFRJ / BNDES/ 2005) Num pequeno texto distribudo por moradores de um condomnio da Zona Sul do Rio de Janeiro apareciam as seguintes frases: - os condminos cujas reclamaes o sndico no deu ateno... - os itens que no foram discutidos os pontos principais...

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Sobre essas frases pode-se afirmar, em termos de correo gramatical, o seguinte: (A) as duas frases apresentam perfeita estruturao gramatical; (B) as duas frases apresentam o mesmo tipo de erro gramatical; (C) s a primeira frase apresenta estrutura gramatical inadequada; (D) s a segunda frase apresenta estrutura gramatical inadequada; (E) as duas frases apresentam erros gramaticais de tipos diferentes. 18 - (FCC / ICMS SP / 2006) Nessa compulsria liberdade, de que fala o filsofo (...). Numa nova redao da frase acima, mantm-se corretamente a expresso sublinhada caso se substitua fala o filsofo por (A) se refere o filsofo. (B)) cuida o filsofo. (C) investiga o filsofo. (D) aflige o filsofo. (E) disserta o filsofo. 19 - (CESGRANRIO / BNDES ADVOGADO / 2004) Indique a opo em que somente a palavra cujo preenche corretamente a lacuna, de acordo com a norma culta. (A) O escritor _________ estilo eu no gosto vai lanar mais duas obras este ano. (B) A empresa _________ o nome foi decidido em Assemblia vai ser inaugurada amanh. (C) A professora _________ livro foi reeditado trabalhou em uma universidade estrangeira. (D) A universidade _________ vestibular meu filho se preparou fica no centro da cidade. (E) O rapaz, o _________ pai encontrei, trabalha na minha empresa. 20 (FCC/TCE SP/ Dezembro 2005) As expresses de que e com que preenchem corretamente, nessa ordem, as lacunas da frase: (A)) O prestgio ...... o texto de Maquiavel desfruta at hoje merecido, pois um tratado poltico ...... muitos tm muito a aprender. (B) As qualidades morais ...... muitos estavam habituados a considerar como tais foram substitudas pelas polticas, no tratado ...... Maquiavel tornou uma obra basilar. (C) Os valores abstratos ...... muita gente costuma cultuar no tinham, para Maquiavel, qualquer aplicao ...... pudesse se valer na anlise da poltica.

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(D) O adjetivo maquiavlico, ...... muitos utilizam para denegrir o carter de algum, ganhou uma acepo ...... costumam discordar os cientistas polticos. (E) A leitura de O Prncipe, ...... muita gente at hoje se entrega, interessa a todos ...... se sintam envolvidos na lgica da poltica. 21 (UnB CESPE / Banco do Brasil /2003) Texto II A sociedade brasileira clama por transformaes e a esperana tornou-se palavrachave desses novos tempos. A superao dos graves problemas que afligem o povo brasileiro, como a fome e a misria, o principal desafio do novo governo. Vencer as desigualdades faz parte de uma estratgia e de um novo modelo de desenvolvimento para o pas, que pode dispor, para tanto, da imensa riqueza natural de nossa Nao. A construo de um novo momento histrico um compromisso que deve estar pautado em todas as aes de governo. Nesse contexto que afirmamos o direito da sociedade brasileira informao e educao. O caminho, portanto, o da incluso social, momento em que deve ser construda uma nova cultura embasada nos direitos fundamentais da vida humana, fortalecidos na concepo e na prtica de uma nova poltica social e econmica para o pas.

Julgue o item a seguir, relativo ao texto II e ao tema por ele abordado. 1) Na linha 6, o pronome relativo que tem como referente desigualdades (R.5). 22 (UnB CESPE / Cmara dos Deputados / 2002)

Sabemos hoje que as identidades culturais no so rgidas nem, muito menos, imutveis. So resultados sempre transitrios e fugazes de processos de identificao. Mesmo as identidades aparentemente mais slidas, como a de mulher, homem, pas africano, pas latino-americano ou pas europeu, escondem negociaes de sentido, jogos de polissemia, choques de temporalidades em constante processo de transformao, responsveis em ltima instncia pela sucesso de configuraes hermenuticas que de poca para poca do corpo e vida a tais identidades. Identidades so, pois, identificaes em curso. Sabemos tambm que as identificaes, alm de plurais, so dominadas pela obsesso da diferena e pela hierarquia das distines. Quem pergunta pela sua identidade questiona as referncias hegemnicas mas, ao faz-lo, coloca-se na posio de outro e, simultaneamente, em uma situao de carncia e por isso de subordinao. Em relao aos elementos do texto, julgue a seguinte assertiva. O emprego do infinitivo verbal na estrutura sinttica ao faz-lo (R.13) sofre contrao com o pronome pessoal que o completa como objeto direto.

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23 (UnB CESPE / Cmara dos Deputados / 2002) A maioria dos primeiros textos que foram escritos para descrever terra e homem da nova regio levam a assinatura de portugueses. Respondem s prprias perguntas que colocam, umas atrs das outras, em termos de violentas afirmaes eurocntricas. A curiosidade dos primeiros colonizadores menos uma instigao ao saber do que a repetio das regras de um jogo cujo resultado previsvel. Os nativos eram de carne-e-osso, mas no existiam como seres civilizados, assemelhavam-se a animais. Na Carta de Pero Vaz de Caminha, escrita a el-rei D. Manuel, observam-se melhor as obsesses dos portugueses, intrusos assustados e visitantes temerosos, que desembarcam de inusitadas casas flutuantes, do que as preocupaes dos indgenas, descritos como meros espectadores passivos do grande feito e do grande evento que a cerimnia religiosa da missa, realizada em terra. No , pois, por casualidade que a primeira metfora para descrever a condio do indgena recm-visto a tbula rasa, ou o papel branco. Eis uma boa descodificao das metforas: eles no possuem valores culturais ou religiosos prprios e ns, europeus civilizados, os possumos; no possuem escrita e eu, portugus que escrevo, possuo. Mas da tbula rasa e do papel branco trazia o selvagem, ainda dentro do raciocnio etnocntrico, a inocncia e a virtude paradisacas, indicando que, no futuro, aceitariam de bom grado a voz catequtica do missionrio jesuta que, ao imp-los em lngua portuguesa, estaria ao mesmo tempo impondo os muitos valores que nela circulam em transparncia. Em relao aos elementos do texto, julgue a seguinte assertiva. Em imp-los (R.18), a forma pronominal encltica estabelece coeso ao referir-se a valores culturais ou religiosos (R.14) e escrita (R.15).

GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 01 C Em relao aos pronomes, esto em jogo os seguintes aspectos: uso do pronome oblquo adequado regncia (os/lhes) e colocao pronominal (um dos pontos mais importantes dessa aula). Primeira orao: Os fs cercaram os cantores. Como o complemento (os cantores) se liga ao verbo de forma DIRETA (objeto direto), o pronome oblquo adequado seria os. Assim, em funo da forma nasal com que termina o verbo, o pronome recebe a letra n. Por isso, a orao seria: Os fs cercaram-nos. S por essa, j descobrimos a resposta: C Mesmo assim, vamos continuar. Segunda orao: No pde dar a informao aos reprteres. Agora, o complemento INDIRETO, antecedendo-o a preposio a. Por isso, o pronome adequado lhes. Agora, vamos verificar a colocao pronominal. Temos uma locuo verbal (PODER + DAR) cujo verbo principal est no infinitivo. Assim, as possibilidades de emprego do pronome so:

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No lhes pde dar a informao. No pde dar-lhes a informao.

Vimos que a norma culta condena o pronome solto no meio da locuo (em prclise ao verbo principal). Da mesma forma, no pode haver nclise do pronome em relao ao verbo auxiliar (No pde-lhes dar) por fora da atrao que o advrbio no exerce, levando prclise. Estariam corretas, portanto, as formas apresentadas nas opes a, c, d. S para praticar mais um pouquinho: como ficaria a contrao dos pronomes que iriam substituir a informao e aos reprteres? Resposta: lha (lhe + a) No pde dar-lha ou No lha pde dar. Lindo isso, no ??? 3 orao: No se sabe quando recebero a restituio desses valores. Como o elemento sublinhado o objeto direto, o pronome que o substitui a. Cuidado! O verbo est no futuro do presente (recebero). Como vimos, um caso de proibio a colocao do pronome aps particpio, futuro do presente e futuro do pretrito. Por isso, a nica possibilidade a prclise, uma vez que antes do verbo temos uma palavra invarivel: quando a recebero. 02 B Na locuo verbal, o pronome est corretamente em nclise ao verbo auxiliar: foramlhe entregues. O que est errado nas demais opes? a) A forma seriam est no futuro do pretrito do indicativo. Assim, o pronome no pode estar encltico ao verbo. Estariam corretas as seguintes construes: punies lhe seriam impostas ou punies ser-lhe-iam impostas. c) Agora, o erro no emprego de crase por no existir contrao de preposio com artigo definido feminino. Deve ser empregado o verbo haver na indicao de tempo decorrido: O povo vota h muito tempo sob a influncia das elites e dos chefes partidrios. d) Agora, temos erros de ortografia. O advrbio meio, que modifica o adjetivo preocupada, deve permanecer inalterado. Alm desse erro, est errada a grafia da palavra repercusses. e) Novamente, colocou-se um acento grave indevidamente. Antes de verbos (j vimos) no h artigo definido feminino. Logo, no pode haver crase: Apenas 20% dos deputados esto dispostos a respeitar as concluses dos relatores dos processos. 03 - D O pronome relativo se refere a personagens. Eles que sero tatuados, e no a cultura pop. 04 A

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1 assertiva: VERDADEIRA O pronome oblquo est sendo usado com valor possessivo, retomando o substantivo morte. Para a anlise, transcreve-se parte do texto: Era a primeira vez que eu via morrer algum. Conhecia a morte de outiva; quando muito, tinha-a visto j petrificada no rosto de algum cadver, que acompanhei ao cemitrio, ou trazia-lhe a idia embrulhada nas amplificaes de retrica dos professores de cousas antigas, a morte aleivosa de Csar, a austera de Scrates, a orgulhosa de Cato. Note a passagem: Conhecia a morte ... tinha-a visto (visto a morte) ... trazia-lhe a idia embrulhada O verbo trazer transitivo direto. Seu complemento a idia. Mas que idia essa? a idia da morte. Note a relao de subordinao entre os dois substantivos (idia da morte / sua idia). O pronome lhe, na verdade, tem esse mesmo valor: trazia a idia da morte embrulhada. Por isso, est CORRETA a afirmao de que o pronome oblquo lhe retoma por substituio coesiva o vocbulo morte (evitando, assim, sua repetio). 2 assertiva: FALSA Esse advrbio no to poderoso como o examinador sugere. Ele s exerceria influncia na posio do pronome no caso de este pertencer locuo pode viver, e mesmo assim na posio encltica ao verbo auxiliar (no se pode viver). O que se observa que o pronome me acompanha a forma verbal disse, pertencente a outra orao. Assim, est INCORRETA tal assertiva. 3 assertiva: VERDADEIRA Essa assertiva retoma a anlise feita em relao primeira. Como observamos naquele item, o pronome a substitui a palavra morte. 4 assertiva: FALSA O que acontece quando uma palavra invarivel se apresenta prxima de um verbo acompanhado de um pronome (sem pausa)?? A palavra invarivel atrai o pronome e obriga a prclise. Na orao tudo aquilo me pareceu obscuro, o pronome acompanha o verbo parecer (pareceu-me obscuro). Contudo, a proximidade, no de uma, mas de duas palavras invariveis leva colocao do pronome antes do verbo: tudo aquilo me pareceu.... No h outra posio para o pronome que no seja essa. Portanto, est incorreta a afirmao de que poderia haver mudana de colocao deste. 05 A tima questo de prova. Pleonasmo o emprego de palavras causando uma redundncia. Existem dois tipos de pleonasmo: o vicioso, que resulta, muitas vezes, do desconhecimento do significado das palavras (hemorragia de sangue / elo de ligao), devendo ser evitado; e o estilstico, usado para enfatizar os elementos frasais (Ele vive uma vida de nababo). A questo apresenta o segundo, exigindo que se observem as regras gramaticais, especialmente de concordncia, em relao aos pronomes envolvidos.

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A) O ncleo do objeto direto tendncia. Assim, o pronome que lhe faz as vezes o pronome tono a. Na substituio, houve um erro de concordncia: um estado emocional patolgico pode intensific-las intensificar a tendncia s iluses. Esse foi o gabarito. O certo seria intensific-la (a tendncia). B) No lugar de percepes (objeto direto do verbo transformar), foi empregado corretamente o pronome as, feito o devido ajuste decorrente do encontro com a forma verbal terminada em r: tem o poder de transform-las transformar nossas percepes. C) Como o verbo haver impessoal (no possui sujeito) e transitivo direto (o que o acompanha o objeto direto), em substituio a lobos, cabe o pronome oblquo os. Diante da proximidade com a palavra invarivel no (advrbio), ocorreu a prclise: diz-se comumente que no os h que no h lobos. Aprofundando a anlise, note que, antes do advrbio, h tambm uma outra palavra invarivel: a conjuno que. Assim, havia mais uma possibilidade de colocao pronominal, em que o pronome se posiciona entre duas palavras invariveis contguas (isto , seguidinhas). No se assuste se esta construo aparecer est certa: diz-se comumente que os no h. O nome APOSSNCLISE. D) A palavra masculina sintoma (o sintoma) deve ser substituda pelo pronome oblquo o, uma vez que o verbo constituir transitivo direto. A pegadinha dessa opo era o fato de o pronome demonstrativo mesma se referir, no a sintoma, mas a iluso. A expresso por si mesma, no perodo, equivale a isoladamente. Colocando a expresso no incio do perodo, vemos mais claramente essa relao: Por si mesma, a iluso no o constitui no constitui sintoma de doena mental. Por isso, est correta a substituio. 06 - A O substantivo moa o referente do pronome relativo que nas duas passagens subseqentes: que lhe inacessvel = a moa lhe inacessvel e que ele idealiza = ele idealiza a moa, bem como o pronome ela, contrado com a preposio de em dela = fazendo da moa o mito de sua vida.. Est correta a afirmao da letra A. (B) O pronome possessivo seu (fala tambm de seu amor por Carmlia) tem por referente Belmiro, presente no perodo anterior, assim como o pronome sua, em o mito de sua vida. Os dois pronomes tm, portanto, o mesmo referente. Vimos que os pronomes possessivos se flexionam em gnero e nmero para se harmonizarem com seus termos subseqentes (seu amor / sua vida). (C) A passagem moa que lhe inacessvel equivale a a moa inacessvel a ele (Belmiro). Logo, o pronome lhe no se refere a moa, mas a ele / Belmiro. (D) Como vimos no comentrio acima, o pronome lhe equivale a a ele e no com ele. (E) No pode uma estrutura de voz ativa (ele idealiza a moa) ser substituda, sem prejuzo, pela forma passiva que idealizado, uma vez que o objeto direto (que passa a ser o sujeito na voz passiva) moa e no ele. Assim, se houvesse a transposio de vozes, a forma passiva seria que idealizada (a moa = adjetivo no feminino).

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07 - Item INCORRETO O segmento objeto de anlise : De 74 instituies pblicas inscritas, 13 foram selecionadas por ter conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter prticas e rotinas de gesto capazes de melhorar de forma crescente seus resultados, tornando-os referncias nacionais. O pronome pessoal oblquo faz referncia a seus resultados. Substituindo os termos, ento, a orao seria tornando seus resultados referncias nacionais, havendo um verbo transobjetivo (tornar) que exige dois complementos: objeto direto (seus resultados) e predicativo do objeto direto (referncias nacionais). A supresso sugerida poderia levar a uma ambigidade indesejada: no se saberia o que foi considerado referncias nacionais, se as prticas e rotinas de gesto, se as instituies pblicas selecionadas, se seus resultados, causando prejuzo coerncia textual. Essa a funo do pronome oblquo na orao. 08 - Item INCORRETO Como mencionamos, as bancas, especialmente CESPE UnB e ESAF, exigem que o candidato saiba identificar as referncias dos pronomes. Na maioria das vezes, indispensvel a compreenso do texto, como nessa questo, com o pronome possessivo seu. A segunda orao subordinada adjetiva: as quais mantero arquivo cronolgico dos seus autgrafos e registro sistemtico do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imveis. Tanto extrato, como autgrafo so elementos que fazem parte dos contratos. O arquivo cronolgico dos autgrafos apostos nos contratos e o registro sistemtico de seu extrato sero mantidos pelas reparties. Assim, os pronomes possessivos tm por referente os contratos e seus aditamentos, da orao principal (os contratos e seus aditamentos sero lavrados nas reparties interessadas). 09 - E Em questes como essas, talvez a maior dificuldade esteja na compreenso textual, decisiva para a identificao dos termos referentes. Uma parfrase para o ltimo perodo do texto : A razo instrumental da cincia e tcnica positivista, que antes era parte da razo iluminista, com o tempo se tornou autnoma, indo de encontro s suas prprias tendncias emancipatrias.. Assim, nota-se que tanto o ela, da linha 9, quanto o suas, da linha 10, tm por referente razo instrumental. 10 - A O preenchimento das duas primeiras lacunas no iria nos ajudar a resolver a questo, pois ambas envolvem vocabulrio.

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A partir da 3 lacuna, comeamos a desvendar o mistrio. T um dos pontos mais incidentes em questes que envolvem pronomes COLOCAO PRONOMINAL. A partir da conjuno e, logo aps a segunda lacuna, h uma orao subordinada adverbial conclusiva: ... por isso que nele ______ ... o pensador poltico.. No se preocupe por enquanto com essa terminologia. Iremos estudar mais a fundo os perodos compostos. Por ora, basta-nos saber que, em oraes subordinadas (como a que temos a), a prclise obrigatria. Por isso, a forma que preenche a lacuna se acentua. H somente duas opes que oferecem essa construo: a e b (j temos 50% de chances de ganhar o ponto!). A quarta lacuna preenchida por um pronome demonstrativo que se refere um termo mencionado na passagem anterior do texto (a vocao poltica pertencia ao pensador poltico, Nabuco). Esse o uso anafrico do pronome demonstrativo. O pronome, por fazer referncia a algo do passado, deve ser usado na forma ESSA: ... ainda que essa vocao poltica se alie.... 5) O termo regente aliar, na construo, pronominal (eu me alio, tu te alias, ele se alia) e transitivo indireto, exigindo a preposio a (Algum se alia a outrem.). Deve-se ler todo o perodo para se verificar qual seria o termo regido. Vamos l. O segmento : uma tradio espiritual que ele conserva e eleva a um grau superior, ainda que a essa vocao poltica se alie ____ sensibilidade artstica. Percebe-se que o a que a antecede essa vocao s pode ser uma preposio, no poderia ser um artigo definido. Quer ver? Vamos colocar a expresso essa vocao poltica como sujeito de uma orao: Essa vocao poltica surgiu ainda na adolescncia. Haveria alguma possibilidade de se colocar um ARTIGO DEFINIDO FEMININO antes do pronome essa (A essa vocao poltica surgiu...)? No! Ento, esse a que antecede a penltima lacuna uma preposio, exigida pelo verbo aliar-se. O termo regido, portanto, essa vocao poltica. Colocando na ordem direta, a construo seria: ... ainda que a sensibilidade artstica se alie a essa vocao poltica ... Percebe-se, assim, que sensibilidade artstica o sujeito da orao e sujeito no admite ser iniciado por preposio (se existir preposio, ela pertence a outra orao que no a desse sujeito). Concluso: esse a no acentuado. A resposta foi a letra a essncia / origens/ se acentua / essa / a. 11 D O que est incorreto na opo (D) o emprego do pronome lhe em substituio ao complemento direto boa parte da vida. Como o verbo transitivo direto, correta estaria a construo: a ocup-la. Vamos comear pela opo (B). Esse assunto j foi objeto de comentrio na questo 04 - emprego do pronome oblquo com valor possessivo.

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Em regra, os pronomes pessoais oblquos so usados para representar um nome (substantivo), evitando, assim, sua repetio. Podem se ligar ao verbo por hfen (nclise ou mesclise) ou sem este sinal (prclise), e sua colocao assunto recorrente em provas de concursos pblicos. No entanto, o pronome oblquo pode ser tambm usado com valor possessivo. Vamos ao exemplo presente na opo (B), considerada correta. Evocar a lembrana de outro colega a expresso sublinhada tem valor possessivo, equivalente a sua (evocar a sua lembrana), ou seja, a lembrana que se tem dele. No lugar da expresso, foi empregado corretamente o pronome oblquo evocar-lhe a lembrana. Observe que, mesmo que o substantivo estivesse no plural (lembranas), o pronome permaneceria no singular por estar em correlao com colega (Evocar-lhe as lembranas). As demais opes abordam o emprego dos pronomes oblquos como objetos diretos ou indiretos. Como vimos inmeras vezes, o pronome o (e flexes) s empregado quando o complemento for direto (sem preposio obrigatria), enquanto que lhe (e flexes) usado em objetos indiretos (com preposio). Quando os pronomes o, a, os, as so empregados aps o verbo cuja terminao seja r, s, z, ao pronome agregada ao pronome a letra L (lo, la, los, las) e o r, s, z caem. Processo parecido acontece com o pronome oblquo nos, diferenciando-se apenas no fato de no haver alterao grfica no pronome, que se mantm nos (Reportamo-nos a V.Sa. no intuito de...). Exemplo: opo (A) para oferecer trabalho = para oferec-lo. Em relao acentuao, j comentamos na aula de ortografia que este verbo entendido como um vocbulo independente, devendo obedecer s regras: oferec = oxtona terminada em e. Se o pronome dividir o verbo em duas partes, cada parte ser analisada, para fins de acentuao, como se um nico vocbulo formasse. Exemplo: Ns distribuiramos o medicamento. Em mesclise: DISTRIBUIRAMOS + O = DISTRIBUIR + O + AMOS A letra r cai e o pronome o vira lo = distribui-lo-amos. Agora, vamos acentuao: No pedacinho distribui , a slaba tnica recai no i. Como segunda vogal do hiato, deve ser acentuada = distribu (com acento agudo no i) O outro pedao - amos - recebe acento por ser uma proparoxtona. Assim, a forma verbal correta : distribu-lo-amos. Quando o verbo termina de forma nasal (-m, -o, -e), aos pronomes o, a, os, as acrescentada a letra n. Exemplo: opo (C) tomaram caminhos paralelos = TOMARAM + O = tomaramnos. Observe que, fora do contexto, no temos como afirmar se o nos em tomaram-nos o pronome oblquo os ou nos (tomaram a ns). A opo (E) no apresenta maiores dificuldades no lugar do objeto direto inteligncia e paladares, colocou-se o pronome oblquo os, j que um dos elementos masculino.

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12 - E Algumas lacunas sero preenchidas com pronomes relativos que iniciam oraes adjetivas. 1 lacuna Providncias a serem tomadas: 1) escolher qual pronome relativo deve ser empregado; 2) verificar se o pronome relativo deve ser antecedido por alguma preposio requerida pelo verbo da orao adjetiva. A orao adjetiva : ... cobrem toda a regio. Pergunta: o que cobre toda a regio? A dica para a resposta est na flexo verbal (cobrem). Resposta: as rvores (mencionada na orao imediatamente anterior). O pronome relativo substitui esse substantivo: As rvores cobrem toda a regio. Como o antecedente coisa, podemos usar o pronome relativo que. Tambm percebemos que o pronome relativo exerce a funo de SUJEITO do verbo cobrir (... rvores que cobrem toda a regio...), no devendo ser usada nenhuma preposio. Assim, a forma que preenche a primeira lacuna que: A maior parte da gua da chuva interceptada pela copa das rvores, que cobrem toda a regio. A nica opo vlida a letra (E). Levaramos um segundo para resolver a questo, hem? Na hora da prova, nada de perder tempo. Marcou a opo correta e partiu para a prxima. Como aqui estamos fazendo exerccios, vamos analisar as demais lacunas. 2 lacuna O que evapora rapidamente (verbo no singular)? Resposta: A gua da chuva. Essa expresso j foi mencionada na orao anterior e o texto se tornaria repetitivo no caso de apresent-la novamente. Assim, como elemento de coeso textual, usamos o pronome demonstrativo. Por ter sido apresentada no incio do texto, podemos usar essa gua (com ss de paSSado lembra?) ou aquela gua (j que est distante no texto, mas no h essa opo). Observe que o que evapora a gua, e no a chuva (fenmeno atmosfrico). Neste ponto, entra a anlise semntica, ou seja, o sentido que as palavras empregam ao texto/contexto. Quando tratamos de pronomes, o sentido (anlise semntica) tem um peso fundamental. a partir do conceito que conseguimos identificar os elementos a que os pronomes se referem. 3 lacuna Entre solo e reas desmatadas h uma relao de dependncia: o solo das reas desmatadas. Devemos, ento, empregar o pronome relativo cujo, que serve para ligar dois substantivos que tm relao de subordinao.

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Como o pronome faz parte do sujeito da orao subordinada adjetiva (O solo das reas desmatadas pobre...), no devemos colocar preposio alguma: o que no ocorre em reas desmatadas, cujo solo pobre em matria orgnica. A ordem ser: que / Essa gua / cujo. Gabarito: E 13 D O pronome relativo onde deve ser usado tendo como referente um lugar ou algo que a isso se assemelhe (pgina, folha etc.). Na orao, no h nenhum referente que justifique esse emprego. A) O pronome oblquo est sendo usado de modo reflexivo os primos falam de si mesmos. B) Est perfeita a construo com ns mesmos. Veja a observao do Quadroresumo de Pronomes Pessoais, pgina 3. C) O pronome o, em encontr-lo, est corretamente posicionado. Com verbo no infinitivo, a colocao estar sempre certa (desde que no inicie perodo), mesmo que haja uma palavra invarivel. Por isso, so duas as possibilidades: a fim de no encontr-lo e a fim de no o encontrar. E) O pronome oblquo, mais uma vez, est elegantemente usado com valor possessivo. Os cabelos moldam o rosto dela/dele = moldam-lhe o rosto. 14 A Para nunca errar o emprego de verbos e pronomes com pronomes de tratamento, basta lembrar: tudo o que acontece com voc vai acontecer tambm com os demais pronomes de tratamento (Vossa Senhoria, Vossa Excelncia, etc.). Por isso, os pronomes e os verbos sero usados na 3 pessoa do singular: Afiano-lhe que V.Sa. (voc) ter grande influncia na resoluo do problema que submeto a seu exame. s pensar como se fosse o pronome voc. No tem erro! 15 A O pronome faz referncia a um encontro mencionado no texto. Por isso, s havia duas possibilidades de resposta: anafrico (referncia anterior - para trs) e catafrico (referncia posterior - para a frente). Vamos ao texto para identificar que encontro esse: L, alunos ajudaram a criar um centro cultural batizado de "Barraco dos Sonhos", no qual se misturam ritmos afros e ibricos. Desse encontro nasceu, por exemplo, a estranha mistura dos ritmos e bailados flamencos com o samba. O encontro dos ritmos afros e ibricos, que formaram a estranha mistura dos ritmos e bailados flamencos como samba. Como se refere a um elemento do texto que j havia sido apresentado, houve uma referncia anafrica - resposta: A.

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16 E Voltamos a falar sobre pronomes relativos e regncia. Esse ser o nosso assunto das prximas questes. O erro da opo E est na anlise: o pronome relativo que substitui o substantivo livros. Vamos ver a qual verbo est ligado este substantivo: tanto gosto de ler. O verbo ler transitivo direto (eu gosto de ler livros); por isso, no deve haver nenhuma preposio a anteceder o pronome relativo: Comprei os livros que tanto gosto de ler. Veja as demais opes, que esto corretas. A) O verbo esquecer-se transitivo indireto e rege a preposio de. Portanto, est correta a construo: So locais de que nunca mais nos esquecemos. Se houvesse a retirada do pronome, o verbo seria esquecer e, portanto, transitivo direto. A construo, nesse caso, seria: So locais que nunca mais esquecemos. Notou a diferena significativa entre uma forma e outra? B) H relao de subordinao entre os substantivos romances e autores. Por isso, est correto o emprego do CUJO. Como o verbo da orao adjetiva falar, pode ser usada a preposio de, que ir anteceder o pronome relativo: Li os romances de cujos autores falamos (= ns falamos dos autores dos romances). C) Mais uma vez, observamos o correto uso do pronome relativo CUJO. A relao entre autores e msicas permite isso. Como o verbo apreciar transitivo direto, no h exigncia de nenhuma preposio antes do relativo: Aqui esto as msicas cujos autores aprecio (= eu aprecio os autores das msicas). D) Parece que o examinador cismou com o CUJO, no mesmo? Entre idias e autores, existe uma ligao (as idias dos autores). Como o verbo insurgir-se rege a preposio contra, esta colocada antes do pronome relativo: Aqui esto as idias contra cujos autores me insurgi (eu me insurgi contra os autores das idias e no contra as idias dos autores CUIDADO NA ANLISE!). 17 B Mais uma excelente questo de prova. Alis, mais do que uma questo, isso uma sugesto para apre(e)nder os conceitos de nossa lngua. Ao entrar em um elevador, ou passar pela portaria de seu prdio, analise a correo gramatical dos avisos colocados pelo sndico (se voc for o sndico, saiba desde j que est sendo julgado pelos demais condminos, hem?). Vamos criticar o panfleto? Complete a frase: O sndico no deu ateno... = a alguma coisa A regncia exige a preposio a. Pergunta-se: a que o sndico no deu ateno? Resposta: s reclamaes dos condminos. Notou a relao entre esses dois substantivos? Pois . No d pra acertar sempre, no ? O texto acertou no emprego do CUJO e se esqueceu de colocar a preposio antes desse pronome relativo.

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Depois de corrigida, a orao seria: os condminos a cujas reclamaes o sndico no deu ateno.... Na segunda orao, existe tambm uma relao entre pontos principais e itens: os pontos principais dos itens (de discusso, provavelmente). Assim, o pronome correto seria cujo. Acho que o pessoal do condomnio ficou com medo de usar duas vezes o CUJO e errar, mas acabou errando ao no coloc-lo. A construo correta seria: os itens cujos principais pontos no foram discutidos... Nas duas oraes, houve erro no emprego do pronome relativo. Por isso, a resposta correta B. 18 B O que o examinador quer saber qual dos verbos rege a preposio de que antecede o pronome relativo que. a) Algum se refere a alguma coisa a que se refere o filsofo. b) Algum cuida de alguma coisa de que cuida o filsofo. Oba! Essa a resposta! c) Algum investiga alguma coisa (transitivo direto) que investiga o filsofo. d) Algo aflige algum (transitivo direto) que aflige o filsofo (nessa construo, o filsofo o objeto direto, ou seja, ele sofre aflio por causa dessa liberdade). e) Algum disserta sobre/acerca de alguma coisa sobre a qual disserta o filsofo (como a preposio disslaba, precisaramos, tambm, substituir o que por a qual (a liberdade). 19 C Nas oraes dos itens a, c e d, est correto o emprego de CUJO, pois existe uma relao de subordinao entre os dois substantivos: a) estilo do escritor b) livro da professora c) vestibular da universidade O problema da opo d est na presena de um artigo antes do termo regente nome, formando o condenado cujo o. Este pronome relativo j se flexiona para concordar com o termo subseqente. Por isso, constitui erro a presena de um artigo definido. Na opo e, a presena de um artigo antes da lacuna impossibilita o emprego do pronome, eliminando essa opo. Em seguida, vamos analisar a regncia dos verbos das oraes adjetivas para identificar o que seja transitivo direto e, portanto, dispense preposio, mantendo na lacuna apenas o pronome relativo. a) eu no gosto do estilo do escritor o verbo gostar exige a preposio de. Assim, a lacuna seria preenchida com de cujo: O escritor de cujo estilo eu no gosto vai lanar mais duas obras este ano.

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b) esta a resposta certa. A expresso livro da professora exerce a funo de sujeito da forma verbal (A professora cujo livro foi reeditado = o livro da professora foi editado), dispensando, assim, qualquer preposio. c) Meu filho se preparou para o vestibular da universidade. H exigncia da presena da preposio para: A universidade para cujo vestibular meu filho se preparou.... 20 - A Vamos analisar lacuna por lacuna. (A) O prestgio ..... o texto de Maquiavel desfruta at hoje o verbo desfrutar, na construo, transitivo indireto com a preposio de (Algum desfruta de alguma coisa); o pronome relativo se refere a prestgio. Logo a primeira lacuna dever ser preenchida com de que. Em seguida, na passagem pois um tratado poltico ..... muitos tm muito a aprender, devemos analisar a transitividade do verbo principal da locuo verbal ter a aprender. O verbo aprender, por estar acompanhado do advrbio muito, apresenta, na construo, a forma transitiva indireta, acompanhado da preposio com (da mesma forma que em Eu aprendi muito com os meus erros). Como o pronome relativo substitui a expresso tratado poltico, a construo deveria ser: pois um tratado poltico com que muitos tm muito a aprender. Lacunas: de que / com que - esta a resposta correta. (B) O verbo considerar transitivo direto. Na orao Muitos estavam habituados a considerar as qualidades morais (termo este que ser substitudo pelo pronome relativo), no h necessidade do emprego de preposio alguma, j que o verbo considerar transitivo direto. Assim, a primeira lacuna ser preenchida somente com o pronome relativo: As qualidades morais que muitos estavam habituados a considerar como tais.... Na segunda lacuna, o pronome relativo exerce a funo de objeto direto do verbo tornar. Este verbo , na construo, transobjetivo, ou seja, alm do objeto direto, requer um predicativo do objeto direto (j falamos sobre isso na Aula 1 Verbos, questo 31). Aps a substituio do pronome relativo pelo substantivo (seu antecedente), a construo seria: Maquiavel tornou o tratado uma obra basilar, em que o tratado exerce a funo de objeto direto e uma obra basilar, predicativo do objeto direto. Para deixarmos essa funo de objeto direto bastante clara, vamos trocar o substantivo por um pronome oblquo: Maquiavel tornou-o uma obra basilar. Observe que obra basilar tem valor adjetivo (atribui uma qualidade) em relao a tratado, e com ele no se confunde. O predicativo do objeto uma funo necessria compreenso. No haveria nexo se este elemento faltasse ao perodo: Maquiavel tornou o tratado ... a pergunta provavelmente seria: tornou o tratado o qu? O elemento que completa essa orao exerce a funo de predicativo do objeto. Como o objeto direto no requer preposio, na segunda lacuna h somente o pronome relativo: no tratado que Maquiavel tornou uma obra basilar. Lacunas: que / que

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(C) Muita gente costuma cultuar alguma coisa o verbo cultuar (principal da locuo) transitivo direto. Assim, na primeira lacuna, h apenas o pronome relativo que se refere a valores abstratos: Os valores abstratos que muita gente costuma cultuar.... No segundo perodo, o verbo valer-se exige complemento indireto com a preposio de (Algum pode se valer de alguma coisa). Essa preposio ir anteceder o pronome relativo: qualquer aplicao de que pudesse se valer na anlise da poltica.. Lacunas: que / de que (D) O verbo utilizar transitivo direto muitos utilizam o adjetivo maquiavlico. No h necessidade de se empregar preposio alguma O adjetivo maquiavlico, que muitos utilizam para denegrir o carter de algum.... Na seqncia, o verbo discordar (verbo principal da locuo verbal) transitivo indireto, com a preposio de (Algum discorda de alguma coisa). Observe que a orao est na ordem invertida: os cientistas polticos sujeito: ... ganhou uma acepo de que costumam discordar os cientistas polticos. (equivalente a os cientistas polticos costumam discordar da acepo). Lacunas: que / de que (E) Algum se entrega a alguma coisa o verbo entregar-se (pronominal) transitivo indireto com a preposio a. Esta preposio deve anteceder o pronome relativo que substitui a leitura de O Prncipe: A leitura de O Prncipe, a que muita gente at hoje se entrega.... Na seqncia, temos um caso de regncia nominal o adjetivo envolvidos exige a preposio em (Algum se sente envolvido em alguma situao). Esse complemento nominal j est representado por na lgica da poltica. J o pronome relativo exerce a funo de sujeito da orao subordinada adjetiva e se refere a todos: todos se sintam envolvidos na lgica da poltica. A construo seria: ... interessa a todos que se sintam envolvidos na lgica da poltica. Lacunas: a que / que 21 Item INCORRETO Vamos analisar o segmento em que o pronome relativo em questo aparece. Vencer as desigualdades faz parte de uma estratgia e de um novo modelo de desenvolvimento para o pas, que pode dispor, para tanto, da imensa riqueza natural de nossa Nao. O verbo dispor transitivo indireto (Algum dispe de alguma coisa). A primeira dica: a locuo verbal est no singular (pode dispor), indicando que o referente tambm apresenta esse nmero. Na seqncia, apresentado o complemento do verbo dispor: de imensa riqueza natural de nossa Nao. Pergunta: quem dispe de imensa riqueza natural de nossa nao? Resposta: O pas, mencionado na orao anterior o pas pode dispor (para vencer as desigualdades) da imensa riqueza natural de nossa Nao.

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Viu como a compreenso textual essencial para a soluo de questes como essa? Na hora da prova, no tenha preguia de voltar ao texto. O objetivo da banca engan-lo, e voc deve estar preparado para vencer esse desafio. 22 Item CORRETO Finalmente, vemos um caso de pronome oblquo usado como termo vicrio, ou seja, substituindo um termo ou orao mencionada anteriormente. Isso muito comum com o verbo fazer. O pronome, nesse caso, serve como complemento do verbo, retomando a ao apresentada no perodo anterior: Quem pergunta pela sua identidade questiona as referncias hegemnicas mas, ao faz-lo, coloca-se na posio de outro (...). ao fazer o qu? Toda a expresso (faz-lo) se refere a questiona as referncias hegemnicas. Est correta, portanto, a afirmao de que o pronome exerce a funo de objeto direto do verbo fazer. 23 Item CORRETO Essa basicamente uma questo de interpretao. Os ndios eram considerados pelos portugueses tbula rasa, ou seja, desprovidos de valores culturais ou religiosos prprios e sem escrita, tudo o que o portugus possua. Acreditavam que eles aceitariam de bom grado, a voz catequtica do missionrio jesuta que, ao imp-los em lngua portuguesa... O que seria imposto em lngua portuguesa aos ndios? Podemos entender que tanto os valores culturais ou religiosos quanto a prpria escrita, elementos que os portugueses possuam e que iriam impor aos ndios. Dessa forma, o pronome retoma, de forma coesa, os elementos textuais anteriormente apresentados. Veja como importante conhecer a nomenclatura: forma pronominal encltica essa expresso poderia assustar quem no a conhecesse. Bons estudos e at a prxima aula Conectivos: Preposio e Conjuno.

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CONECTIVOS PREPOSIO E CONJUNO Ol, pessoal Na aula passada, lancei um desafio encontrar uma letra de msica que contivesse o pronome relativo CUJO usado de forma apropriada. Um heri conseguiu! Parabns, Rmulo Faria! A letra da msica A Foto da Capa, do CD Paratodos. J adivinhou o autor??? Tinha de ser: Chico Buarque!!! Segue a letra para a nossa anlise: O retrato do artista quando moo No promissora, cndida pintura a figura do larpio rastaqera Numa foto que no era para capa Uma pose para cmera to dura Cujo foco toda lrica solapa Era rala a luz naquele calabouo Do talento a clarabia se tampara E o poeta que ele sempre se soubera Claramente no mirava algum futuro Via o tira da sinistra que rosnara E o fotgrafo frontal batendo a chapa uma foto que no era para capa Era a mera contracara, a face obscura O retrato da para quando o cara Se prepara para dar a cara a tapa O foco da cmera solapa (destri ou oculta, esconde) toda lrica (poesia, beleza) em virtude da dureza (rigidez) daquela. A relao de subordinao entre os dois elementos (foco da cmera) abona o emprego do pronome relativo CUJO. Lindo isso, no ? Nossa busca, no entanto, no terminou. Quem encontrar outras letras de msica com o pronome CUJO empregado corretamente, pode apresent-las no frum ou mand-las por e-mail para mim. Vamos enriquecer nossa aula. Hoje nosso assunto ser a funo e o emprego dos conectivos conjunes e preposies. Ao lado dos pronomes, esses elementos so responsveis por estabelecer o nexo entre os vocbulos de uma orao e entre as oraes, perodos e pargrafos em um texto. Sero apresentados os conceitos de um e de outro para, ao fim, exercitarmos com questes de prova que exploram esse conhecimento.

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PREPOSIO CONCEITO Palavra invarivel que, colocada entre duas outras, faz com que uma se torne membro da outra, criando-se um elo de subordinao. Casa da me Joana Cadeira de ferro Vida de co til a todos Preciso de ajuda Na aula sobre sintaxe de regncia (Aula 5), j vimos essa relao entre subordinante (ou antecedente: casa, cadeira, vida, til, preciso) e subordinado (ou conseqente: da me Joana, de ferro, de co, a todos, de ajuda) As preposies no possuem, isoladamente, um significado. Elas atribuem circunstncias aos elementos a ela ligados. Veja os diversos sentidos que a mesma preposio (com) pode exprimir: Dirija com calma. (modo) Ele cortou-se com a faca. (instrumento) Fomos ao cinema com nossos amigos. (companhia) Aquela escultura foi feita com argila. (matria) Agora compare a seguinte orao com os exemplos apresentados: Concordo com voc. Ao contrrio das demais frases, em que a preposio circunstncia, nessa, a preposio com foi exigida pelo verbo. introduz uma

Assim, ora as preposies so usadas com valor semntico, de modo a exprimir certas circunstncias aos elementos oracionais (como na funo de adjunto adverbial), ora por exigncia gramatical, como na funo de objeto indireto. CLASSIFICAO DAS PREPOSIES As preposies podem ser: ESSENCIAIS so palavras que, desde sua origem, so usadas como preposio: a, ante, at, aps, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trs. Todos esto contra a mudana do horrio.

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ACIDENTAIS palavras de outras classes gramaticais que por acidente so usadas como preposio: durante, mediante, conforme, segundo, consoante, que. Tenho que sair. Ns os temos como irmos. Fugiu durante a noite. Veja uma interessante questo de prova que explorou esse conceito de preposio acidental. (ESAF/AFRF/2002.1) O homem moderno na medida das senhas de que ele escravo para ter acesso vida. No mais o senhor de seu direito constitucional de ir-evir. A senha a senhora absoluta. Sem senha, voc fica sem seu prprio dinheiro ou at sem a vida. No cofre do hotel, so quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador da empresa, voc tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A porta do meu carro tem senha; o alarme do seu, tambm. Cada um de nossos cartes tem senha. Se for sensato, voc percebe que sua memria no pode ser ocupada com tanta baboseira intil. Seus neurnios precisam ter finalidade nobre. Tm que guardar, sim, os bons momentos da vida. Ento, desesperado, voc descarrega tudo na sua agenda eletrnica, num lugar secreto que s senha abre. Agora s falta descobrir em que lugar secreto voc vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas. (Alexandre Garcia, Abre-te ssamo, com adaptaes) c) Respeitam-se as regras de regncia da norma culta ao empregar a preposio de em vez de que na expresso verbal Tm que (l.10).

Este item est CORRETO. Uma locuo verbal pode apresentar, entre o verbo principal e o auxiliar, uma preposio (acabei de chegar, chego a tremer, acabo de fazer, tenho de aceitar). No meio da locuo, no lugar da preposio, foi usada a palavra que: ter que guardar. Segundo a norma culta, deveria ser ter de guardar. Esse que (originalmente uma conjuno), por estar no lugar de uma preposio, recebe o nome de preposio acidental. O mesmo acontece em Eu a tenho como uma irm, em que a palavra como (pronome, conjuno ou advrbio) est usada no lugar de uma preposio (Eu a tenho por uma irm). Em locues prepositivas, a ltima palavra sempre uma preposio essencial. (abaixo de, acima de, a fim de, junto a, de acordo com, devido a ...). As preposies tambm podem surgir isoladamente, conhecidas como sintagmas avulsos preposicionados (Com sua licena, por favor). Pode-se entender, todavia, que o antecedente, nesses casos, foi omitido.

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PREPOSIO EM ADJUNTO ADVERBIAL Vimos na aula passada que pode ocorrer a elipse (omisso) da preposio, especialmente em adjuntos adverbiais de tempo Neste/Este fim de semana, irei ao litoral, Chegarei (no) domingo., A lista dos aprovados sair (n)esta semana ainda.. Contudo, se o adjunto adverbial vier sob a forma de orao, h divergncia doutrinria. Alguns julgam ser uma questo de convenincia, mas a posio majoritria pela OBRIGATORIEDADE do emprego da preposio antes do pronome relativo correspondente. Encontramos, inclusive, posicionamento: (ESAF/AFC STN/2002) Marque o item sublinhado que representa impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortogrfico. Em vista da crescente conscientizao sobre a necessidade de preservar o patrimnio cultural, tem havido muitas discusses sobre a proteo da rea do entorno(A) ou do envoltrio(B)do bem imvel tombado. H, principalmente, divergncias quanto sua(C) dimenso adequada ou ideal e ao momento que(D) passa a ser protegida.(E) (Baseado em Antnio Silveira R. dos Santos) a) A b) B c) C d) D e) E uma questo de prova que corrobora esse

Na opo D, gabarito da questo, o pronome relativo que (cujo referente o substantivo momento) cria, na orao adjetiva que inicia, uma estrutura equivalente a a rea passa a ser protegida no momento. Percebe-se, assim, o valor adverbial da expresso sublinhada, exigindo o emprego da preposio em (em + o = no). Por isso, essa preposio em deve anteceder o pronome relativo que, que representa a palavra momento ... momento em que passa a ser protegida.. Com relao ao item c (correto), a locuo quanto a uniu-se ao artigo que antecede sua dimenso, formando quanto sua dimenso. Como vimos na aula de crase, seria facultativo o emprego do artigo definido antes do possessivo - (a) sua dimenso - e, por conseguinte, a acentuao quanto a () sua dimenso.

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PREPOSIO EM COMPLEMENTOS NOMINAIS E VERBAIS A preposio pode anteceder um complemento nominal ou um complemento verbal. Quando esse complemento vem sob a forma oracional, podemos adotar os seguintes posicionamentos. Em relao omisso da preposio em complementos verbais (objeto indireto oracional), a posio majoritria da doutrina de aceitar a omisso de preposio antes da conjuno. Veja uma questo de prova em que isso ocorreu: (ESAF/AFRF/2003) Julgue a assertiva abaixo em relao aos aspectos gramaticais. e) No nos esqueamos que a construo do autoritarismo, que marcou profundamente nossas estruturas sociais, configurou o sistema poltico imprescindvel para a manuteno e reproduo dessa dependncia. Este item da questo foi considerado CORRETO. O verbo esquecer-se (OLHA A AULA DE REGNCIA A, GENTE!!!) pronominal transitivo indireto, regendo a preposio de (No se esquea de mim.). Contudo, como o seu complemento indireto est sob a forma oracional (que a construo do autoritarismo...), possvel a elipse (omisso) da preposio. Assim, em determinadas construes verbais (convencer-se, lembrar-se, esquecer-se, assegurar-se, duvidar, concordar, discordar, torcer), a preposio poderia ser omitida no complemento verbal oracional: Concordamos (com) que todos devem ser aprovados. Duvidamos (de) que algum venda mais barato. (essa era a propaganda das Casas Sendas, no RJ; algum a se lembra disso?).

Ento, com objeto indireto oracional, a preposio pode ser omitida. Beleza! Agora, a norma culta prev que, quando a preposio exigncia de um nome (adjetivo, substantivo abstrato ou advrbio) e o complemento est sob a forma oracional, a preposio deve anteceder a conjuno integrante que d incio ao complemento nominal: Tenho a convico de que estamos no caminho certo. (Tenho a convico disso. - algum tem convico de alguma coisa) Somos favorveis a que todos sejam nomeados rapidamente (Somos favorveis a isso. - algum favorvel a alguma coisa).

Em relao omisso da preposio em complementos nominais, o assunto bastante controverso. H quem defenda a omisso da preposio em complementos nominais sob a forma oracional.

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Celso Luft, em seu Dicionrio Prtico de Regncia Nominal, observa que vivel a elipse da preposio antes do que Exemplo: Estou certa que me hs de compreender. (Algum est certo de alguma coisa = Estou certa de que...) . Algumas bancas j deixaram clara a sua posio. A ESAF, por exemplo, at hoje, sempre considerou um erro a omisso de preposio antes de uma orao que complementa um nome (adjetivo, substantivo, advrbio). Veja uma dessas questes:

(ESAF/AFT/2003) Julgue a correo gramatical da assero abaixo. c) Na Amrica Latina, por exemplo, a integrao global aumentou ainda mais as desigualdades salariais, e h uma preocupao generalizada que o processo esteja levando uma maior desigualdade no prprio interior dos pases. Essa desigualdade j alcanou os Estados em suas relaes assimtricas. Este item foi considerado INCORRETO. O substantivo preocupao, a depender do significado, pode reger diversas preposies ou locues prepositivas (com, para com, em, etc.). Uma delas a preposio de: Notei a sua preocupao de todos serem bem atendidos. No segmento h uma preocupao generalizada que o processo esteja levando..., faltou o emprego da preposio de antes da conjuno que. Quem tem uma preocupao, tem preocupao de alguma coisa. A forma correta seria: h uma preocupao generalizada de que o processo esteja levando.... Houve tambm outro erro de regncia - a omisso da preposio a em ...esteja levando a uma maior desigualdade no prprio interior dos pases.. Contudo, isso no significa que a banca no possa mudar de idia e, com base na lio de Celso Luft, passe a aceitar um complemento nominal oracional sem a preposio. Por isso, caso aparea uma questo como essa, em que o complemento nominal oracional estiver sem a preposio, tome cuidado: desenhe uma caveira ao lado da opo e continue lendo a questo at o fim. Se no surgir nada mais errado, essa deve ser a resposta. MAIS ALGUMAS PECULIARIDADES NO USO DAS PREPOSIES. Eu sei que j falamos sobre isso na aula passada, mas no custa nada reforar o ensinamento. De acordo com a norma culta, o sujeito das oraes reduzidas de infinitivo deve estar separado da preposio Apesar de elas no saberem a matria, tiveram um bom resultado.. Modernamente, aceita-se a contrao da preposio com o pronome ou artigo do sujeito Est na hora da ona beber gua. (exemplo do mestre Evanildo Bechara).

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CUIDADO! Para analisar adequadamente a construo, devemos dispor os termos da orao na ordem direta. Lembra-se da pegadinha em que o Bill Gates caiu? Para ____ estar aqui um prazer imenso. Como mesmo que se preenche essa lacuna? Com eu ou mim? Devemos perguntar ao verbo quem o seu sujeito: o que um prazer imenso? Resposta: estar aqui. Ento, colocando COMPLEMENTO): os termos na ordem direta (SUJEITO VERBO

ESTAR AQUI (sujeito) um prazer para ____ . Agora ficou mais fcil, no ? Aps preposio, coloca-se um pronome oblquo, desde que esse pronome no seja o sujeito de uma forma verbal. Ento, devemos completar com mim. Na ordem original seria Para mim estar aqui um prazer imenso.. Uma vrgula aps mim cairia bem, j que iria mostrar que esse pronome no o sujeito do verbo estar, que, alis, impessoal (Para mim, estar aqui um prazer.). Todavia, essa vrgula no obrigatria (mas isso outro assunto...). Preencha, agora, as lacunas das seguintes oraes: O amor entre ____ e ____ morreu. (eu / mim tu / ti). Como voc completaria? Vamos comear identificando o sujeito: quem/o que morreu? Resposta: o amor. Bem, se aps preposio, devemos empregar o pronome oblquo, ficaria O amor entre mim e ti morreu.. Entre ____ pedir e ____ fazeres, h grande distncia. (eu / mim tu / ti). Como fica agora? Como o pronome que ir ocupar a primeira lacuna ser o sujeito do verbo pedir. Quem vai pedir? Resposta: eu. Ento, s podemos colocar um pronome reto ( quem exerce as funes de sujeito e de predicativo do sujeito - aula sobre pronomes). O mesmo acontece com o sujeito do verbo fazer. Assim, a forma Entre eu pedir e tu fazeres, h grande distncia.. CONJUNO DEFINIO So vocbulos de funo estritamente gramatical, utilizados para o estabelecimento da relao entre dois termos na mesma orao ou entre duas oraes, que formam um perodo composto. Assim como a preposio, no tem significado nem funo sinttica. CONCEITOS FUNDAMENTAIS

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1. FRASE a unidade mnima de sentido completo na comunicao. Pode ser simples (Fogo!) ou complexa, formada por diversas oraes. Pode conter verbo ou no. 2. ORAO a frase (ou elemento frasal) com estrutura que comporta sujeito e predicado. H verbo, explicito ou oculto. Note a diferena entre frase e orao a partir dos seguintes exemplos: Que mulher insuportvel! Aquela mulher insuportvel! Na primeira, a opinio apresentada de forma direta, sem verbo. J na segunda, a mesma opinio apresentada sob uma estrutura oracional (com sujeito e predicado). 3. PERODO a estrutura composta por uma ou mais oraes, dividindose, assim, em perodo simples e composto. 3.1 - Perodo Simples apresenta a orao absoluta. Estou muito feliz. 3.2 - Perodo Composto apresenta mais de uma orao, que podem estar em coordenao (independentes) ou em subordinao (uma exerce funo sinttica na outra relao de dependncia). Por que esta nomenclatura: subordinada e coordenada? Pense bem so coordenadas estruturas que no dependem uma da outra, ou seja, caminham paralelamente. J as subordinadas exercem influncia uma na outra, ou seja, uma estrutura exerce alguma funo sinttica (sujeito, objeto direto, objeto indireto etc.) na outra estrutura, estabelecendo, assim, uma relao de subordinao. CLASSIFICAO DAS ORAES Orao Absoluta a orao que forma um perodo simples. H somente uma orao no perodo. Por isso, absoluta, vitaminada, poderosa... nica! Oraes Coordenadas so oraes independentes entre si. No exercem funo sinttica umas nas outras. Por serem equivalentes, uma no mais importante do que a outra. O que difere a presena de uma conjuno em uma delas. Por sndeto, temos o conceito de ligao, juno. Por isso, chamam-se assindticas as oraes que no so introduzidas por conjuno (assindticas a = prefixo de negao, ausncia = sem sndeto no possuem o elemento de ligao). Conseqentemente, as que recebem conjuno coordenativa se chamam sindticas. As conjunes coordenativas podem ser aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.

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Oraes Subordinadas so oraes que, como o nome j diz, se subordinam, ou seja, exercem funo sinttica em outra orao. Por isso, falamos em orao principal e orao subordinada. A orao subordinada exerce alguma funo sinttica na orao principal e pode se ligar a ela por meio das conjunes. Essa funo sinttica pode ser prpria de um adjetivo (orao subordinada adjetiva), de um substantivo (orao subordinada substantiva) ou de um advrbio (orao subordinada adverbial): - Adjetivas do mesmo modo que os adjetivos fazem referncia a substantivos (cala clara, roupa velha), os pronomes relativos se referem aos substantivos presentes em oraes antecedentes - so os referentes. Por isso, os pronomes relativos do incio a oraes subordinadas adjetivas, que podem ser restritivas (restringir o conceito do substantivo) ou explicativas (explicar seu contedo, alcance ou conceito). PRONOMES RELATIVOS SEMPRE INICIAM ORAES SUBORDINADAS ADJETIVAS. - Substantivas - As oraes subordinadas substantivas (tambm j vimos) so iniciadas pelas conjunes integrantes. Uma boa dica para identificar uma orao subordinada substantiva (e, conseqentemente, a conjuno integrante) substituir a orao iniciada pela conjuno pelo pronome substantivo ISSO. Veja estes exemplos: 1 - Eu quero | que voc me deixe em paz. Eu quero ISSO. Ento, que voc venha equivale a um substantivo (Eu quero sossego./Eu quero paz.). , portanto, uma orao subordinada substantiva. A funo sinttica exercida pelo substantivo objeto direto (Algum quer alguma coisa = Eu quero isso = que voc me deixe em paz), e por isso a orao se chama: orao subordinada substantiva objetiva direta. 2 - preciso | que voc preste bastante ateno. preciso ISSO. que voc preste bastante ateno uma orao subordinada substantiva. Como o pronome exerce a funo de sujeito (Isso preciso), a orao se chama: orao subordinada substantiva subjetiva. CONJUNES INTEGRANTES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS. SEMPRE INICIAM ORAES

- Adverbiais - Finalmente, as oraes subordinadas adverbiais so iniciadas por uma conjuno adverbial, que pode expressar uma das seguintes circunstncias: causa, comparao, concesso, condio, consecuo, conformidade, finalidade, proporcionalidade, temporalidade. CONJUNES ADVERBIAIS SEMPRE INICIAM ORAES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Esses conceitos fundamentais foram apresentados para que se compreenda o papel das conjunes, que o de ligar elementos dentro de uma orao ou ligar oraes entre si, formando perodos compostos.

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No se preocupe com esses nomes e sobrenomes das oraes. Aguarde a prxima aula, sobre Perodos. EMPREGO DAS CONJUNES As conjunes podem ser usadas em oraes coordenadas (conjunes coordenativas) ou subordinadas (conjunes subordinativas). DICA IMPORTANTE: NO SE CLASSIFICA UMA ORAO SOMENTE PELA CONJUNO INTRODUZIDA POR ELA. Deve-se observar o valor que essa conjuno emprega ao perodo para, somente ento, classific-la.

CONJUNES COORDENATIVAS: A conjuno que relaciona termos ou oraes de idntica funo gramatical tem o nome de COORDENATIVA. O tempo e a mar no esperam por ningum. Ouvi primeiro e falai por derradeiro.

ADITIVAS possuem a funo de adicionar termos ou oraes de mesma funo gramatical e, nem, no s... mas tambm (sries aditivas enfticas) ADVERSATIVAS estabelecem uma relao de contraste entre os termos ou oraes mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, porm, enquanto ALTERNATIVAS unem oraes independentes (coordenadas), indicando sucesso de fatos que se negam entre si ou que so mutuamente excludentes (a ocorrncia de um exclui a do outro) ou, ora, nem, quer, seja (repetidos ou no) CONCLUSIVAS exprimem concluso em relao (s) orao(es) anterior(es) pois (no meio da orao subordinada), portanto, logo, por isso, assim, por conseguinte EXPLICATIVAS a orao subordinada explica o contedo da orao principal pois (no incio da orao subordinada), porque, que, porquanto

CONJUNES SUBORDINATIVAS: Denominam-se SUBORDINATIVAS as conjunes que ligam duas oraes, uma das quais determina ou completa o sentido da outra. Eram trs da tarde quando cheguei. (a orao exerce a funo de advrbio de momento) Pediram-me que definisse o contexto da tese. (a orao exerce a funo de objeto direto do verbo PEDIR Pediram-me isso.)

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Nas locues conjuntivas, geralmente a ltima palavra que. As conjunes subordinativas dividem-se em: INTEGRANTES e ADVERBIAIS. INTEGRANTES so apenas duas (graas a Deus!) que e se . Elas sempre iniciam ORAES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS, ou seja, oraes que esto no lugar de um substantivo. Por isso, exercem funes sintticas prprias dos substantivos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, agente da passiva etc. Aproveitando o exemplo j apresentado: Pediram-me que definisse o contexto da tese. O verbo pedir bitransitivo na orao (Algum pede alguma coisa a algum.). Isso significa que o verbo possui um complemento indireto (representado pelo pronome me) e um complemento direto (representado pela orao que definisse o contexto da tese). Como a orao est no lugar de um substantivo (Pediram-me pacincia.), uma orao subordinada substantiva. ADVERBIAIS iniciam oraes subordinadas adverbiais. As circunstncias expressas pelas oraes podem ser: CAUSAIS a orao exprime causa em relao a outra orao porque, pois, que, uma vez que, j que, porquanto, desde que, como, visto que, por isso que COMPARATIVAS subordinam uma orao a outra por meio de comparao ou confronto de idias que, do que (antecedidas por expresses mais, menor, melhor, pior etc.), (tal) qual, assim como , bem como CONCESSIVAS apresentam idias opostas s da orao principal embora, apesar de, mesmo que, ainda que, posto que, conquanto, mesmo quando, por mais que CONSECUTIVAS apresentam a conseqncia para um fato exposto na orao principal (tanto/tamanho(a)/ to) que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que CONFORMATIVAS expressam conformidade em relao ao fato da orao principal conforme, segundo, consoante, como (no sentido de conforme) FINAIS apresentam a finalidade dos atos contidos na orao principal a fim de (que), para que, porque, que PROPORCIONAIS expressam simultaneidade e proporcionalidade dos fatos contidos na orao subordinada em relao aos fatos da orao principal proporo que, medida que, quanto mais (tanto), quanto menos (mais/menos) TEMPORAIS indicam o tempo/momento da ocorrncia do fato expresso na orao principal quando, enquanto, logo que, agora que, to logo, apenas, toda vez que, mal, sempre que

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Para a prova, duas providncias so necessrias: - MEMORIZAR o significado de algumas dessas conjunes (especialmente as sublinhadas, que no esto no nosso linguajar cotidiano); - ANALISAR o contexto para identificar a circunstncia expressa pela orao subordinada. No basta memorizar essa lista (alis, essa providncia infrutfera memorize apenas as conjunes inusitadas). til compreender as circunstncias em que devam ser empregadas.

TABELA DAS CONJUNES


ADITIVAS ADVERSATIVAS ALTERNATIVAS COORDENADAS CONCLUSIVAS EXPLICATIVAS

INTEGRANTES (iniciam oraes subordinadas substantivas) SUBORDINADAS CAUSAIS COMPARATIVAS CONCESSIVAS ADVERBIAIS (iniciam oraes subordinadas adverbiais) CONSECUTIVAS CONFORMATIVAS FINAIS PROPORCIONAIS

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TEMPORAIS Vamos ao treino? Bons estudos. QUESTES DE FIXAO 1 - (NCE UFRJ / ADMINISTRADOR PIAU / 2006) ...[a droga ] usada pelo adolescente da periferia para viajar ao paraso por alguns instantes; a alternativa abaixo em que a utilizao de um desses vocbulos apresenta o mesmo valor semntico presente nesse segmento destacado do texto : (A) se espalha para a multido de gente pobre; (B) o bacilo da tuberculose, que, por via area...; (C) ir parar nos pulmes dos que passarem por perto; (D) provvel que se organize para acabar com as causas; (E) dirigidos por fundaes privadas. 2 - (NCE UFRJ / ADMINISTRADOR PIAU / 2006) TEXTO A SADE E O FUTURO Druzio Varella Reflexes para o futuro Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorncia e irresponsabilidade do passado. Acharemos inacreditvel no havermos percebido em tempo, por exemplo, que o vrus da Aids, presente na seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar ao paraso por alguns instantes, infecta as mocinhas da favela, os travestis da cadeia, as garotas da boate, o menino esperto, a menininha ingnua, o senhor enrustido, a me de famlia e se espalha para a multido de gente pobre, sem instruo e higiene. Haver milhes de pessoas com Aids, dependendo de tratamentos caros e assistncia permanente. Seus sistemas imunolgicos deprimidos se tornaro presas fceis aos bacilos da tuberculose, que, por via area, iro parar nos pulmes dos que passarem por perto, fazendo ressurgir a tuberculose epidmica do tempo dos nossos avs. Sfilis, hepatite B, herpes, papilomavrus e outras doenas sexualmente transmissveis atacaro os incautos e daro origem ao avesso da revoluo sexual entre os sensatos. No caldo urbano da misria/sujeira/ignorncia crescero essas pragas modernas e outras imergiro inesperadas. Estar claro, ento, que o perigo ser muito mais imprevisvel do que aquele representado pelas antigas endemias rurais: doena de Chagas, malria, esquistossomose, passveis de controle com inseticidas, casas de tijolos, gua limpa e farta. Assustada, a sociedade brasileira tomar, enfim, conscincia do horror que ser pr filhos em um mundo to inspito. Nessas condies provvel que se organize para acabar com as causas dessas epidemias urbanas. Modernos hospitais sem fins lucrativos, dirigidos por fundaes privadas e mantidos com o esforo e a vigilncia das comunidades locais, podero democratizar o atendimento pblico. Eficientes programas de preveno, aplicados em parceria com instituies internacionais, diminuiro o nmero de pessoas doentes.

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Ento vir a fase em que surgiro novos rebeldes sonhadores, para enfrentar o desafio de estender a revoluo dos genes para melhorar a qualidade de vida dos que morarem na periferia das grandes cidades ou na imensido dos campos brasileiros. A alternativa em que a preposio destacada tem valor semntico de meio : (A) para acabar com as causas dessas epidemias; (B) aplicados em parceria com instituies internacionais; (C) passveis de controle com inseticidas; (D) mantidos com o esforo e a vigilncia das comunidades locais; (E) Haver milhes de pessoas com Aids. 3 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) ... sob novo signo.; nesse segmento o autor empregou corretamente a preposio sob; o item abaixo em que houve troca entre sob/sobre : (A) Sob esse aspecto, a economia vai mudar; (B) A economia foi analisada sob vrios pontos de vista; (C) A industrializao vir sob um novo governo; (D) O congresso vai discutir sob poltica econmica; (E) A industrializao foi feita sob presso de grupos. 4 (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL Agente Adm./ 2006) Havia controvrsias quanto veracidade dos fatos; a forma abaixo que ALTERA o sentido original desse segmento do texto : (A) quanto veracidade dos fatos, havia controvrsias; (B) em relao veracidade dos fatos, existiam controvrsias; (C) no que diz respeito veracidade dos fatos, havia controvrsias; (D) afora a veracidade dos fatos, havia controvrsias; (E) quanto veracidade dos fatos, controvrsias havia. 5 - (NCE UFRJ / AGER) TEXTO NO Salomo Rabinovich (Psiclogo) A adolescncia tem caractersticas particulares. So prprias dela a prepotncia, a luta pela auto-afirmao, a sensao de que se pode tudo. Mas sabido que, nessa fase da vida, somos inexperientes, inseguros, mais desatentos e um tanto desengonados. Os jovens ainda esto em fase de crescimento, e o desenvolvimento biolgico ainda no est completo. Por todos esses motivos, no recomendvel dar a carteira de motorista a um menor de 18 anos. O Brasil campeo mundial de acidentes de carro. O trnsito em nossas grandes cidades catico e violento. Os motoristas com idade entre 18 e 25 anos so os

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que mais correm e por isso a incidncia de acidentes maior nessa faixa etria. Desde o incio do ano, temos o novo Cdigo de Trnsito Brasileiro que vem sendo criticado por ser rigoroso demais, e nesse contexto que se deseja dar a carteira de motorista aos maiores de 16 anos. Para qu? No possvel esperar dois anos para comear a dirigir? Ser contra esse projeto de lei no ser contra os jovens. Quando um adolescente vota, ele pode at estar fazendo uma escolha errada, mas ainda assim ter aprendido a exercer sua cidadania. Com um voto, porm, ele no vai morrer nem matar o que pode acontecer se estiver dirigindo um carro. As vtimas, suas famlias e as pessoas que causaram acidentes sabem como doloroso conviver com isso, principalmente quando um jovem morre ou fica invlido. Para ser contra a carteira de motorista para maiores de 16 anos, basta visitar os hospitais das grandes cidades e ver o estrago que a morte de um adolescente causa. J temos muitos problemas para resolver em relao ao trnsito e aos jovens brasileiros. No precisamos de mais esse. O item em que o emprego da preposio em destaque est preso a uma necessidade gramatical e no de sentido : (A) ...a sensao DE que se pode tudo; (B) POR todos esses motivos...; (C) DESDE o incio do ano...; (D) PARA qu?; (E) Ser CONTRA esse projeto de lei.... 6 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) Podemos ser operados com anestesia, suavizar dores com analgsicos. As duas ocorrncias da preposio respectivamente, o sentido de: (A) meio e modo. (B) meio e meio. (C) modo e meio. (D) modo e modo. (E) companhia e instrumento. com no trecho acima expressam,

7 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polcia / 2001) H poucos dias, assistindo a um desses debates universitrios que a gente pensa que no vo dar em nada, ouvi um raciocnio que no me saiu mais da cabea.; o comentrio correto sobre esse segmento do texto : a) os trs qus do texto pertencem idntica classe gramatical; b) a expresso a gente, por dar idia de quantidade, deve levar o verbo para o plural; c) a forma verbal vo deveria ser substituda pela forma vai;

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d) a forma verbal vo dar transmite idia de possibilidade; e) a ltima orao do texto restringe o sentido do substantivo raciocnio. 8 - (UnB CESPE/Banco do Brasil/2002) De olho no que julgam ser a maior oportunidade de negcios nos prximos anos em todo o mundo, as empreiteiras brasileiras articulam a formao de grandes consrcios a fim de disputar com mais chances de vitria as licitaes para a ampliao do canal do Panam. O lobby que o presidente Fernando Henrique Cardoso fez pessoalmente em maro, durante visita ao Panam, uma clara manifestao de que as empresas brasileiras contam com boas chances de serem escolhidas. Daniel Rittner. Ampliao do canal do Panam atrai empreiteiras. In: Valor Econmico, 3/5/2002, p. A12. Na linha 6, preservam-se o sentido textual e a correo gramatical ao se substituir o pronome relativo que por qual, desde que tambm seja alterada a preposio de para da. 9 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) Curiosamente, no momento em que os marxistas (e, com eles, a esquerda em geral) sublinhavam a significao crucial dos valores, da tica, a direita assumia a centralidade da economia e passava a acreditar que possua a chave da compreenso correta (e da soluo) dos problemas que nos afligem no presente. Assinale a alternativa correta quanto classe gramatical e funo sinttica, respectivamente, das ocorrncias da palavra QUE grifadas no trecho acima. CLASSE GRAMATICAL (A) pronome relativo conjuno integrante pronome relativo conjuno integrante conjuno subordinativa conjuno integrante preposio pronome relativo conjuno integrante conjuno integrante conjuno subordinativa conjuno subordinativa pronome relativo conjuno integrante FUNO SINTTICA adjunto adnominal objeto direto sujeito complemento nominal sem funo sinttica objeto direto sem funo sinttica objeto indireto sem funo sinttica sem funo sinttica objeto indireto objeto direto adjunto adverbial sem funo sinttica

(B)

(C)

(D)

(E)

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pronome relativo 10 - (FCC / ICMS SP / 2006) Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas so antes produtos de uma disciplina consciente. J Plato a comparou ao adestramento de ces de raa. A princpio, esse adestramento limitava-se a uma reduzida classe social, a nobreza. Considere as afirmaes que seguem sobre o fragmento transcrito, respeitado sempre o contexto. I. A conjuno mas pode ser substituda, sem prejuzo do sentido original, por entretanto. II. O advrbio J introduz a idia de que mesmo Plato percebera a similaridade que o autor comenta, baseado na comparao feita pelo filsofo entre ces de raa e nobreza. III. A expresso A princpio leva ao reconhecimento de duas informaes distintas na frase, uma das quais est subentendida. Est correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C)) III. (D) I e II. (E) II e III. 11 (FCC / ICMS SP/2006) Escrito h cerca de setenta anos, / conserva a capacidade de atualizao das pginas escritas com arte e verdade. Estaria explicitada a relao de sentido entre os dois segmentos destacados no perodo acima caso iniciasse (A) o primeiro segmento por Uma vez. (B) o primeiro segmento por Porquanto. (C)) o primeiro segmento por Ainda que. (D) o segundo segmento por por isso. (E) o segundo segmento por de tal modo. 12 - (BESC / ADVOGADO/ 2004) Assinale a alternativa em que se tenha usado corretamente o porqu. (A) Os perigos porque passamos fizeram-nos amadurecer. (B) Porque todos vo ficar calados voc tambm vai ficar? (C) No havia um por qu para a ausncia da equipe. sujeito

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(D) Sem saber porque, todos ficaram atnitos. (E) Eles no se manifestaram, porqu? 13 - (FGV/PREF.ARAATUBA/2001) Assinale a alternativa correta quanto ao uso de "porque", "porqu", "por que", "por qu". A. No saiu por que chovia. B. No sei por que brigamos. C. Respondi por qu tinha certeza. D. Porque voc no correu? 14 - (FGV / ICMS MS ATI / 2006) Perguntei por que ele no tocava mais piano. Assinale a alternativa correta acerca do uso do porqu na frase acima. (A) A forma est correta, pois corresponde preposio POR + o pronome relativo QUE. (B) A forma est correta, pois uma conjuno, sendo, nesse caso, sempre grafada como duas palavras. (C) A forma est correta, pois equivale a "por qual razo", caracterizando uma pergunta indireta. (D) A forma est incorreta, pois a forma com duas palavras s se usa em perguntas. O correto seria PORQUE. (E) A forma est incorreta, pois, embora seja grafada com duas palavras, a forma QUE deveria levar acento circunflexo. 15 - (ESAF/TRF/2002.1) Assinale a opo que, ao preencher as lacunas, torna o texto sintaticamente incorreto. ___________ na execuo de programas sociais no Nordeste, ______ no desenho das relaes entre centros de pesquisa e empresas, um dos maiores problemas sempre foi o de garantir que os recursos cheguem ao seu destino e que sejam usados com inteligncia. a) Seja / seja b) Tanto / quanto c) Conquanto/ ou d) Tanto / como e) Quer/ quer 16 - (FGV / ICMS MS TTI / 2006)

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O brasileiro como eu ou voc. J no digo como o presidente, pois este nem pecado tem, mas como eu, voc ou o vizinho. O povo bom e honesto. Como demonstrou um programa para auxiliar famlias pobres do interior. Os pobres no receberam a ajuda, que ficou com as famlias remediadas ou ricas mesmo. E, quando algum que no precisa recusa essa ajuda, a gente d uma festa e bota no jornal, apesar de ser acontecimento to trivial. (Joo Ubaldo Ribeiro. O Globo, 22/05/2005) Em Como demonstrou um programa para auxiliar famlias pobres do interior., a palavra destacada apresenta noo de: (A) causa. (B) comparao. (C) condio. (D) conformidade. (E) modo. 17 - (FGV / Ministrio da Cultura /2006) Mudou de idia. Com 26 anos, percebeu que o hobby que tinha adquirido em Nova York se convertera em paixo. No final de 2004, veio com sua famlia para duas semanas de frias em So Paulo. "Como sempre tive muito interesse em estudar a Amrica Latina, fui ficando." Soube ento de uma experincia desenvolvida pelo colgio Miguel de Cervantes, criado por espanhis, na vizinha Paraispolis. (Gilberto Dimenstein. Folha de So Paulo, 12/04/2006) O vocbulo Como (L.3) introduz idia de: (A) causa. (B) comparao. (C) concesso. (D) conseqncia. (E) explicao. 18 - (FUNDEC / TRT 2 Regio / 2003) Fazendo-se a juno de pensamentos expressos nos dois perodos do terceiro pargrafo nas ltimas dcadas vem se formando ali um cinturo de misria (...) _____ a regio ostenta ndices de desenvolvimento humano to desesperadores quanto o de alguns dos pases mais atrasados da frica (linhas 17-23), com o cuidado de se manter o sentido original, poderiam ser usados os conectivos abaixo relacionados, EXCETO: A) de modo que; B) tal que; C) tanto que; D) posto que;

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E) de sorte que. 19 - (FCC / BANCO DO BRASIL / 2006) Somos todos da mesma espcie, mas o que encanta uns horroriza outros. Caso o perodo acima iniciasse com a frase O que encanta uns horroriza outros, uma consecuo coerente e correta seria: (A) dado que somos todos da mesma espcie. (B) embora se tratem todos da mesma espcie. (C) haja vista de que somos todos da mesma espcie. (D)) conquanto sejamos todos da mesma espcie. (E) posto que formos todos da mesma espcie. 20 - (ESAF/TRF/2003) Leia o texto abaixo para responder questo 07. O panorama da sociedade contempornea sugere-nos incontveis abordagens da tica. medida que a modernidade ou a ps-modernidade avana, novas facetas surgem com a metamorfose do esprito humano e sua variedade quase infinita de aes. Mas, falar sobre tica como tratar da epopia humana. Na verdade, est mais para odissia, gnero que descreve navegaes acidentadas, lutas e contratempos incessantes, embates de vida e morte, iluses de falsos valores como cantos de sereias, assdios a pessoas e a propriedades, interesses contraditrios de classes dominantes figuradas pelos deuses, ora hostis ora favorveis. As aventuras de Ulisses sintetizam e representam o confronto de ideais nobres e de paixes mesquinhas. No obstante narram-se tambm feitos de abnegao, laos de fidelidade entre as pessoas e suas terras, lances de racionalidade e emoo, a perseverana na reconquista de valores essenciais. Os mitos clssicos so representaes de vicissitudes humanas e situaes ticas reais. Em relao ao texto, assinale a opo correta. a) Em sugere-nos(l.1) o pronome encltico exerce a mesma funo sinttica do se em narram-se(l.10). b) Ao se substituir medida que(l.2) por medida em que, preservam-se as relaes semnticas originais do perodo. c) A preposio com(l.3) est sendo empregada para conferir a idia de comparao entre novas facetas(ls.2-3) e metamorfose do esprito humano(l.3). d) A expresso Na verdade, est mais para odissia(l.4-5) e as informaes que se sucedem permitem a inferncia de que epopia(l.4) no traria a noo de dificuldades, fracassos. e) O perodo permaneceria correto se a preposio na expresso confronto de ideais(ls.9-10) fosse, sem outras alteraes no perodo, substituda por entre. 21 - (ESAF/TRF/2003)

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A cincia moderna desestruturou saberes tradicionais, e seu paradigma mecanicista, que encara o mundo natural como mquina desmontvel, levou a razo humana aos limites da perplexidade, porquanto a fragmentao do conhecimento em pequenos redutos fechados se afasta progressivamente da viso do conjunto. A excessiva especializao das partes subtrai o conhecimento do todo. Da resulta a dificuldade terica e prtica para que o esprito humano se situe no tempo e no espao da sua existncia concreta. (Jos de vila Aguiar Coimbra, Fronteiras da tica, SoPaulo: Senac, 2002) Em relao ao texto, julgue a assertiva abaixo. - Ao se substituir a conjuno porquanto(l.3) pela conjuno porque, as relaes sintticas e semnticas do perodo so mantidas. 22 - (ESAF/Oficial de Chancelaria/2002) Assinale a opo em que uma das duas sugestes no preenche corretamente a lacuna correspondente. A diplomacia defende e projeta no exterior os interesses nacionais, _____1______que ela procura melhorar a insero internacional do pas que representa. ____2____ ela no cria interesses ____3_____pode projetar o que no existe. O pas que se encontra por trs da diplomacia o nico elemento _____4________ela pode operar.______5________, a diplomacia s poder responder adequadamente s transformaes do cenrio internacional se essas transformaes forem, de alguma forma, internalizadas pelo pas. (Adaptado de www.mre.gov.br, Comisso de Relaes Exteriores da Cmara dos Deputados) a) 1 - da mesma forma / do mesmo modo b) 2 - Entretanto / Todavia c) 3 - nem / to pouco d) 4 - a partir do qual / com base em que e) 5 - Por isso / Por conseguinte 23 - (ESAF/Gestor Fazendrio MG/2005) A economia brasileira apresentou um bom desempenho ano passado, incentivada, principalmente, por anterior queda nos juros e pelo crescimento das vendas do pas no exterior. ____(a)___este ano, um desses motores est ausente. ___(b)___ o Banco Central, para combater a inflao, vem elevando seguidamente a taxa bsica, hoje situada em 19,25% ao ano. ____(c)____, os juros altos esto contribuindo para frear o crescimento econmico, mas no a inflao._____(d) _____o ganho com a queda da inflao pequeno, se comparado perda no crescimento econmico. No se defende por meio dessa comparao, o aumento da produo a qualquer custo. _____(e)_____o objetivo expor a atual ineficcia do aumento dos juros sobre a inflao. O outro motor importante para o crescimento de 2004 (as exportaes brasileiras), no entanto, continua presente este ano, com timo desempenho. (Inflao e crescimento. Opinio.Correio Braziliense, com adaptaes)

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Desconsiderando o emprego de letras maisculas e minsculas, assinale a opo que, ao preencher a lacuna, mantm o texto coeso, coerente e gramaticalmente correto. a) Haja vista que b) Apesar de c) Entretanto d) Embora e) To pouco 24 - (ESAF/Assistente de Chancelaria/2002) Assinale a opo em que ao menos um dos conectivos propostos para preencher a lacuna provoca incoerncia textual ou erro gramatical. O Brasil um pas grande, diversificado _____(a)_____ visto como uma promessa que parece nunca se realizar. O potencial existe, _____(b) _____ h algo bloqueando o Brasil. Acho que uma combinao de fatores como o sistema poltico e o modo de trabalhar do cidado, pouco engajado nos problemas da sociedade, ______(c) _____ muito freqente o brasileiro eleger polticos por seu nvel de popularidade, sem avaliar seus programas e aes. um pas muito importante para a economia mundial, _____(d) _____ sermos sempre decepcionados. , ______(e) _____, um desafio delicado entender por que as coisas no acontecem rapidamente no Brasil. (Michel Porter, Veja, 5/12/2001, com adaptaes) a) e / mas b) entretanto / mas c) j que / pois d) embora / apesar de e) contudo / portanto GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 1D A preposio para pode assumir, dentre outros, os seguintes valores: - em relao ao espao, direo: Ele vai para Curitiba. Note que h uma significativa distino do verbo acompanhado da preposio para em relao ao mesmo verbo acompanhado da preposio a. No primeiro caso, apresenta-se um valor de permanncia (Vou para Curitiba = Vou ficar um longo tempo em Curitiba) muito maior do que no segundo (Vou a Curitiba Vou passar um tempo em Curitiba.). - tempo: Ele deixou o trabalho para segunda-feira. - de finalidade: Ele no responde para no se aborrecer.

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A preposio empregada no segmento do enunciado tem valor adverbial, apontando a finalidade do uso da droga: para viajar ao paraso (note o valor transitrio da preposio a nessa orao viajar ao paraso = vai, mas volta logo). O sentido da preposio para a finalidade. Esse mesmo sentido apresentado na estrutura da opo d: provvel que se organize para acabar com as causas (para = a fim de) J a preposio por pode apresentar os seguintes aspectos (dentre outros): - caminho, percurso: Ele anda pelos campos. - de tempo: Por um minuto, pensei em voc. - circunstancial: Ele contou tudo, tim-tim por tim-tim (de modo). Pelas mos do escultor, surge a obra (de meio). - agente da passiva - A instituio foi administrada por ela no ano passado. Na expresso por alguns instantes, h a indicao de tempo. Isso no se repete nas demais opes: - b pelas vias areas (meio); - c por perto (proximidade). - e - a preposio introduz o agente da passiva: (so) dirigidos por fundaes privadas. 2C Para identificar a construo que indica meio, ser vlida a troca da preposio por pela expresso por meio de. Uma opo que poderia suscitar dvidas seria a de letra d: mantidos com o esforo e a vigilncia das comunidades locais. Contudo, a expresso introduzida pela preposio no apresenta os meios, como seria em mantidas com recursos do governo federal = por meio dos recursos. Ela denota o apoio com que os hospitais poderiam contar. S h uma opo em que aquela troca possvel: c - passveis de controle [por meio de] inseticidas. 3D H significativa distino entre as preposies sob e sobre. A primeira (sob) significa debaixo de e pode ser usada em expresses como sob esse aspecto, sob uma condio, sob o domnio de, sob o governo de sempre com a idia de subordinao. J a preposio sobre pode exprimir valor de acima de (posio), a respeito de (assunto), dentre outras acepes. Por isso, o gabarito a letra d: algum discute a respeito de alguma coisa. Ento, a preposio adequada seria sobre: O congresso vai discutir sobre poltica econmica.

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4D Construda a partir da contrao da preposio a com o advrbio fora, a expresso afora (escrita assim mesmo, tudo junto) pode ser classificada como: - um advrbio: Viajando pelo mundo afora, na cidade que no tem mais fim (letra de Francesa, de Cludio Zoli e Antnio Ccero, sucesso de Marina Lima quem tem cerca de 30 anos certamente se lembra dessa, no ?) - uma preposio, com valor de: alm de: Afora os percalos do caminho, encontramos tambm pessoas ingratas. exceto, salvo: Encontramos dificuldade no caminho, afora neste trecho que foi reformado.

Por isso, est empregada de forma inapropriada na opo d. 5A As preposies podem ser usadas para apresentar circunstncias (em adjuntos adverbiais) ou em funo de exigncias gramaticais (objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva). Em a sensao de que se pode tudo, a regncia do substantivo sensao exige a preposio de. Essa a resposta. Nas demais ocorrncias, a preposio introduz elementos circunstanciais orao. 6C Para no errar, tenha em mente que a preposio com atribui circunstncia de meio quando puder ser substituda pela expresso por meio de. Vamos testar: - Podemos ser operados por meio de anestesia... Isso no faz sentido algum! Com anestesia o modo pelo qual o sujeito ser operado. Para identificar essa circunstncia mais facilmente, imagine um dentista perguntando ao seu cliente: como o senhor deseja ser tratado, com ou sem anestesia? ou seja, de que modo quer ser tratado?. - ... suavizar dores por meio de analgsicos Agora, sim! Os analgsicos sero os meios pelos quais as dores sero suavizadas. Assim, as circunstncias apresentadas so, respectivamente, de modo e de meio. 7E

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Agora, iremos tratar da diferena entre PRONOME RELATIVO e CONJUNO INTEGRANTE. A primeira, j vimos, inicia uma orao subordinada adjetiva. A segunda, uma orao subordinada substantiva. Mas, como fazer essa distino na orao? Afinal de contas, a palavra QUE pode, dentre outras coisas, ser um pronome relativo (chamado de pronome relativo universal) ou uma conjuno integrante. Ser pronome relativo quando tiver um referente, ou seja, um substantivo ou pronome substantivo pertencente orao anterior ao qual ir se referir (por isso, o termo referente). J como conjuno integrante, no. Por ter valor de substantivo, essa orao pode, regra geral, ser substituda pelo pronome ISSO. Vamos aos exemplos: O rapaz que conheci viajou. Esse perodo composto por duas oraes. Orao 1: O rapaz viajou (principal) que rapaz esse? Orao 2: que conheci (orao subordinada) A palavra que est no lugar do substantivo rapaz (Eu conheci o rapaz). Ento, essa palavra mesmo um pronome relativo. A orao 2 uma orao subordinada adjetiva e exerce a funo sinttica de adjunto adnominal, pois atribui ao substantivo rapaz uma caracterstica (no qualquer rapaz, mas o rapaz que conheci).

Eu reconheo que errei. Esse perodo tambm composto por duas oraes. Orao 1: Eu reconheo (principal) Orao 2: que errei. (orao subordinada) A segunda orao poderia ser substituda pelo pronome ISSO: Eu reconheo isso. Essa palavra que , portanto, uma conjuno integrante e a orao uma orao subordinada substantiva. Algum reconhece alguma coisa. No lugar de alguma coisa, est a orao. Ela exerce a funo sinttica de objeto direto da orao principal (Eu reconheo isso = que errei). Por isso, chamada de orao subordinada substantiva objetiva direta. J estamos comeando a nos acostumar com essa nomenclatura, que ser objeto de estudo do prximo encontro. Vamos, agora, analisar os qus que surgiram no enunciado. H poucos dias, assistindo a um desses debates universitrios que a gente pensa que no vo dar em nada, ouvi um raciocnio que no me saiu mais da cabea.

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Como disse o esquartejador, vamos por partes (horrvel essa, mas no pude resistir): ... um desses debates universitrios que a gente pensa que no vo dar em nada Vamos substituir o pronome pelo substantivo correspondente e colocar na ordem direta: A gente pensa que esses debates universitrios no vo dar em nada. O primeiro que est no lugar de esses debates universitrios. J o segundo (a gente pensa que...) inicia uma orao que poderia ser substituda pelo pronome isso: A gente pensa ISSO. (Sim, o verbo pensar tambm pode ser transitivo direto consulte um bom dicionrio de regncia verbal, no caso de dvida). , ento, uma conjuno integrante. 2) ... ouvi um raciocnio que no me saiu mais da cabea O que no saiu mais da cabea? Resposta: um raciocnio. Em seu lugar, foi empregada a palavra que (que no me saiu mais da cabea). Ela , portanto, um pronome relativo. Assim, segundo a ordem de aparecimento, os trs qus so: Pronome relativo / conjuno integrante / pronome relativo. Vamos, agora, analisar as opes: a) ERRADA eles no pertencem mesma classe gramatical: o segundo uma conjuno integrante, enquanto que os outros so pronomes relativos. b) ERRADA a expresso a gente exige o verbo no singular, mesmo que indique vrias pessoas. c) ERRADA a anlise que fizemos j nos permite afirmar que o sujeito da locuo verbal vo dar debates universitrios (A gente pensa que esses debates universitrios no vo dar em nada.). d) ERRADA essa locuo verbal equivale a daro, com o verbo no futuro do presente indicando fato futuro e certo, e no uma possibilidade (verbo no futuro do pretrito ou no modo subjuntivo). e) CERTA a orao que no me saiu mais da cabea restringe o alcance da palavra raciocnio. uma orao subordinada adjetiva restritiva. As oraes subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas. Veja o seguinte exemplo: Meu primo que paulista esteve aqui. Pergunto: quantos primos eu tenho? De acordo com essa orao, certamente mais de um. No houve pausa entre a primeira orao (meu primo esteve aqui orao principal) e a orao subordinada adjetiva que se refere a primo. Assim, essa orao adjetiva tem

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valor RESTRITIVO. De todos os primos que tenho, o que paulista esteve aqui. O mineiro, no esteve; o baiano tambm no. Agora, mudo a orao adjetiva, colocando-a entre vrgulas: Meu primo, que paulista, esteve aqui. Quantos primos eu tenho, segundo essa construo? S um o paulista. Isso porque a orao, com pausa, EXPLICATIVA. Ela poderia ser omitida, afinal a informao dispensvel: meu primo esteve aqui (eu s tenho um e ele paulista!). Esses conceitos sero abordados novamente em aulas futuras. 8 Item INCORRETO A banca examinadora tentou enganar voc, hem? Sugeriu simplesmente a troca de um de que por um da qual. Se voc no fosse to esperto(a), teria cado diretinho, no mesmo? Ainda bem que voc voltou ao texto e percebeu que esse que no era um pronome relativo, mas uma conjuno. (Foi exatamente isso que aconteceu, no ?!?!?!?!...rs...) Vamos analisar a construo. O lobby que o presidente Fernando Henrique Cardoso fez pessoalmente em maro, durante visita ao Panam, uma clara manifestao de que as empresas brasileiras contam com boas chances de serem escolhidas. Vamos simplificar: O lobby (...) uma clara manifestao DISSO . Mas DISSO o qu? Resposta: de que as empresas brasileiras contam com boas chances de serem escolhidas. Toda a orao complementa o substantivo manifestao. Sua funo sinttica , portanto, complemento nominal. Como pudemos substituir toda a orao pelo pronome ISSO (conjugado com a preposio de formando DISSO), a orao subordinada substantiva completiva nominal, e a palavra que uma conjuno integrante. A essa altura do campeonato, voc j deve ter decifrado o enigma dessa nomenclatura: orao subordinada substantiva completiva nominal. - orao subordinada (exerce funo sinttica na orao anterior); - substantiva (est no lugar de um substantivo); - completiva nominal (exerce a funo sinttica de complemento nominal). 9E J aprendemos a distinguir um pronome relativo de uma conjuno integrante. Essa questo uma tima oportunidade de vermos, tambm, a funo sinttica que podem ser exercidas.

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Primeira providncia - verificar se o "que" se refere a algum termo antecedente (PRONOME RELATIVO) ou inicia uma orao substantiva (que pode ser substituda por "ISSO" - CONJUNO INTEGRANTE). 1. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - PRONOME RELATIVO (nesse momento) 2. "passava a acreditar que possua a chave" - passava a acreditar NISSO CONJUNO INTEGRANTE 3. "compreenso dos problemas que nos afligem" - "que" se refere a "problemas"- PRONOME RELATIVO (os problemas nos afligem). A ordem , portanto, pronome relativo / conjuno integrante / pronome relativo. Vamos, agora, s opes - as letras a e e so as nicas que apresentam essa disposio (J temos 50% de chances de ganhar o ponto!!!). Vamos, agora, analisar a funo sinttica dos termos. A conjuno integrante no exerce funo sinttica nenhuma s um conectivo (como nos indica o ttulo da aula de hoje). Assim, podemos eliminar tambm a opo a, que indica a funo de objeto direto. No caia nessa pegadinha!!! Para comear, o verbo acreditar transitivo indireto Algum acredita em alguma coisa. Como o objeto indireto est sob a forma oracional, a preposio pode ser omitida (espero que voc ainda se lembre dessa lio, hem????). S que quem exerce a funo de objeto indireto no a conjuno, mas toda a orao que foi iniciada por ela: (em) que possua a chave da compreenso .... Os pronomes relativos, sim, exercem funes sintticas nas oraes adjetivas que iniciam: 1. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - refere-se a uma informao circunstancial (momento) - sua funo ADJUNTO ADVERBIAL. 3. "compreenso dos problemas que nos afligem" - "que" se refere a "problemas" - os problemas nos afligem - a funo a de SUJEITO. A ordem seria, portanto: adjunto adverbial / sem funo sinttica / sujeito, confirmando, assim, a resposta: letra e. 10 C I A partir deste item, veremos que no se pode afirmar a classificao de uma conjuno sem verificar o valor que ela atribui ao perodo. Orao 1 = Nem uma nem outra nasceram do acaso Orao 2 = So antes produtos de uma disciplina consciente Note que no h divergncia entre as duas oraes. Pelo contrrio, elas se completam: no nascem do acaso so produtos de uma disciplina consciente. Assim, o valor da conjuno mas para o perodo de ADIO.

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Portanto, essa assertiva est INCORRETA. II Note que o vocbulo J equivale a por sua vez: J Plato a comparou ao adestramento de ces de raa = Plato, por sua vez, a comparou ao adestramento de ces de raa. estabelecida, portanto, uma relao contrria entre as oraes um afirma isso; outro, por sua vez, afirma aquilo. So argumentos que se encontram em direes opostas. Por isso, est INCORRETA a afirmao de que o pensamento do autor se assemelha ao de Plato. III Existe uma diferena entre a expresso A princpio e Em princpio. A primeira equivale a primeiramente, em primeiro lugar. J a segunda significa em tese, dependente de confirmao posterior. Ao afirmar que a princpio, esse adestramento limitava-se a uma reduzida classe social, a nobreza, podemos supor que, posteriormente, o adestramento se estendeu a outras classes sociais. essa a informao que est subentendida. Por isso, est CORRETA a afirmao do item III. A partir da prxima questo, vamos analisar o valor de algumas conjunes cabeludas. 11 - C As conjunes uma vez que, por isso, porquanto, de tal modo atribuem orao subordinada um valor causal (por esse motivo) Contudo, as oraes Escrito h cerca de setenta anos e conserva a capacidade de atualizao das pginas escritas com arte e verdade esto em campos semnticos opostos: o primeiro indica antiguidade (escrito h setenta anos), enquanto que o segundo, sua atualidade (conserva a capacidade de atualizao). Em virtude disso, a conjuno que se presta a unir as duas oraes ainda que, de valor concessivo, ou seja, liga oraes que apresentam idias contrrias. 12 B Em vrios livros voltados para concursos pblicos h listas e mais listas sobre o porque e suas formas (separado com acento, separado sem acento, junto com acento, junto sem acento). Primeiro devemos entender o motivo da acentuao do vocbulo.

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Quando o pronome ou a conjuno est no incio ou no meio do perodo, normalmente a palavra tona, chegando, por regionalismo, a ser pronunciada como porqui. Todavia, no fim do perodo, recebe nfase e passa a ser forte, tnica. por isso que, nessa posio, recebe o acento circunflexo (por qu). Tambm acentuado o substantivo porqu, que, na mudana de classe gramatical, passou a ter uma tonicidade que, na forma de pronome ou conjuno, no tinha. Em resumo: recebe acento circunflexo o vocbulo tnico, quer pronome interrogativo no fim da frase (Eu preciso saber por qu.), quer substantivo (Ele no sabe o porqu da demisso.). Assim ,em resumo, se for: substantivo - (o/um/este)- junto e com acento: porqu conjuno (explicativa ou causal), junto, sem acento porque. pronome relativo (que) acompanhado de preposio (por) - separado e pode ser substitudo por pelo qual e flexes: H muitas razes por que [pelas quais] tanta gente presta concurso pblico. por que. preposio + pronome interrogativo (em pergunta direta ou indireta), ele separado e apresenta a idia de por qual motivo / por qual razo: No sei por que voc no veio. / Por que voc no veio? / Voc no veio por qu? (recebeu acento por ser tnico) por que.

Usa-se essa forma tambm como complemento de expresses como eis, da e em outras em que esteja implcita a palavra motivo Eis por que (motivo) eu no irei festa. / Estive doente, da por que (motivo) no fui festa. / No h por que (motivo) voc se aborrecer comigo.. Vamos, agora, analisar as opes. A) O pronome relativo que substitui o substantivo perigos, enquanto que a construo exige a preposio por: Ns passamos por perigos. Como uma preposio + pronome relativo, escrevem-se separadamente: Os perigos por que passamos. B) Cuidado com a pegadinha! O porque no um pronome interrogativo que forme uma orao interrogativa. Essa ordem da orao nos leva a imaginar isso! Na verdade, colocando na ordem direta, a orao interrogativa seria: Voc tambm vai ficar (calado) porque todos vo ficar calados?. Ou seja, em virtude de/ pela razo de / pelo motivo de todos ficarem calados, voc tambm ficar? Esse porque uma conjuno causal, devendo ser grafada assim: porque. Por isso, est certa a grafia desse vocbulo. Realmente, essa questo foi muito maldosa!

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C) Agora, esse porqu um substantivo. Prova disso que est acompanhado de um artigo indefinido: um porqu. Assim, deve ser grafado com acento e tudo junto: porqu. D) Nessa orao, est subentendida a palavra motivo: Sem saber por que (motivo), todos ficaram atnitos. Nesse caso, trata-se de uma preposio acompanhada de um pronome interrogativo, devendo ter a grafia separada por que. Como o pronome est no fim da orao, recebe tambm um acento circunflexo por ser tnico: Sem saber por qu, todos ficaram atnitos. E) Temos, a, uma pergunta. Por isso, o vocbulo deve ser separado, mantendo o acento por ser tnico: Eles no se manifestaram, por qu? Resolva, agora, a prxima, para fixar esses conceitos. 13 B A) A segunda orao apresenta o motivo pelo qual o sujeito da primeira orao no saiu. Essa uma conjuno causal, devendo ser grafada como uma nica palavra: No saiu porque chovia causa: chovia / conseqncia: no saiu. muito tnue a linha divisria entre orao subordinada causal e a orao coordenada explicativa. Usando o exemplo acima, note a diferena entre estas duas oraes: No saiu porque chovia. (causal) No saia, porque est chovendo. (explicativa) Algumas dicas, colhidas aqui e ali, podem ajudar na classificao da orao. Compilei-as aqui e vamos analis-las, uma a uma: I - na orao explicativa, normalmente h uma pausa, marcada no texto por uma vrgula antes da conjuno (como se observa no segundo exemplo); no entanto, se a orao principal for extensa, tambm possvel o emprego da vrgula antes da conjuno causal (ou seja, essa dica no ajuda muito...); II - aps oraes no imperativo, as oraes so explicativas (como aconteceu na segunda orao): No venha, pois no estarei sozinha. (Essa dica funciona mesmo!); III - enquanto a orao coordenada explicativa independente da orao assindtica (at mesmo por ser coordenada), a orao subordinada causal exerce a funo sinttica de adjunto adverbial na orao principal (Esse o conceito e, por isso, foi mencionado. No fundo, no ajuda muito.); IV - se for possvel a troca do porque pelo que, a orao explicativa. Comparemos: No saiu porque estava chovendo. no posso substituir pelo que = causal. / No saia, porque est chovendo. posso substituir pelo que (No saia, que est chovendo) explicativa. (Essa dica merece nota 7 muitas vezes funciona mas pode furar...). Na prxima aula, voltaremos a analisar essa diferena. Por ora, com a aplicao do mtodo IV, confirmamos o valor causal da orao. No seria possvel a troca do porque pelo que.

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Esse porque , portanto, causal. Voltemos s demais opes. B) Est CORRETA a construo. Note que est subentendida a palavra motivo: No sei por que (motivo) brigamos. Assim, escreve-se separadamente. C) Mais uma vez, temos uma conjuno causal. Na segunda orao, apresentase o motivo de no ter respondido (orao principal): Respondi porque tinha certeza. Assim, a palavra deve ser escrita juntinha porque. D) Essa uma orao interrogativa direta, devendo estar separado: Por que voc no correu? 14 C Essa para encerrar essa srie de porqus. Veja como o examinador exige que o candidato conhea o motivo da grafia, e no saia por a decorando listas sem sentido. Temos uma pergunta indireta, em que est subentendida a palavra motivo ou razo. Assim, devemos escrever separadamente: Perguntei por que (motivo/razo) ele no tocava mais piano. 15 - C Enquanto que as sugestes das opes a, b, d e e so conjunes alternativas ou comparativas, a conjuno conquanto concessiva (equivalente a embora, apesar de), o que prejudicaria a coeso textual. 16 D No d certo decorar preciso entender. Veja os diversos valores da conjuno como. Em O brasileiro como eu ou voc, o como tem valor comparativo. J no perodo em destaque, poderia ser substituda pela conjuno conforme: Conforme demonstrou um programa para auxiliar famlias pobres do interior. Assim, apresenta noo de conformidade opo d. Veja, agora, a questo seguinte. 17 A Agora, esse mesmo vocbulo apresenta a seguinte idia: Porque sempre tive muito interesse em estudar a Amrica Latina [por esse motivo], fui ficando O valor da conjuno como de causa, motivo, razo conjuno causal.

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Note a relao de causa e conseqncia entre as duas oraes: Causa sempre tive muito interesse em estudar a Amrica Latina Conseqncia fui ficando

18 D Posto que uma das cabeludas. Ela equivalente a ainda que, embora, mesmo que. Esta locuo conjuntiva no pode ser usada no sentido de porque, visto que, ou seja, no atribui valor de causa, mas de concesso (idia contrria). A banca examinadora explorou exatamente essa forma que, na linguagem coloquial, tornou-se comum, sem obter abono da norma culta. Trate logo de sublinhar essa expresso em seu material e guardar na memria posto que equivale a embora. As demais atribuem segunda orao um valor consecutivo: CAUSA Formao de um cinturo de misria CONJUNO de modo que tal que tanto que de sorte que CONSEQNCIA A regio ostenta ndices de desenvolvimento humano desesperadores

19 - D A idia entre as duas oraes contrria. Deve-se usar, portanto, uma conjuno adversativa ou concessiva. Por isso, foi corretamente usada a conjuno conquanto. Ela parecida com a que vimos anteriormente: porquanto (questo 11) As duas so raramente usadas e poderiam levar a alguma confuso. Ento, seus problemas acabaram!!!! Vamos traar um paralelo entre elas (que so parecidas) para guardar seus significados: Porquanto por causa de (causal ou explicativa) Conquanto concessiva Gostou do mtodo de memorizao? Ah, no... ento, invente o seu! Voltando anlise da questo. O enunciado exige que se observe, tambm, a correo gramatical da proposta. Esto incorretas as demais sugestes pelos motivos que se seguem.

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(A) A conjuno dado que atribui um valor causal orao (uma vez que, por causa de), quando o que se busca um valor concessivo ou adverso. O erro no est na conjuno, mas na flexo do verbo tratar que, acompanhado do pronome se, forma sujeito indeterminado: embora se trate da mesma espcie. Alm de ser inapropriado o emprego de haja vista que (cujo valor causal), houve um erro ao acrescentar uma preposio de expresso (haja vista de que ?!?!). A conjuno posto que, corretamente utilizada por ter carter concessivo, exige que o verbo seja conjugado no subjuntivo (posto que sejamos todos da mesma espcie). Acertou na conjuno (concessiva), mas errou na conjugao verbal.

(B)

(C)

(E)

20 - D Essa questo envolvia diversos assuntos: vocabulrio, emprego de pronomes, preposio, conjuno. Enquanto epopia traz somente a idia de uma luta, odissia indica uma srie de dificuldades bem mais complexas do que em uma simples luta. Est correta, portanto, essa afirmao da letra d. As incorrees das demais opes so: a) Em sugere-nos, o pronome exerce a funo sinttica de objeto indireto. Para a anlise, no adianta a troca do pronome nos por a ns, uma vez que os pronomes ele(s), ela(s), ns e vs, quando oblquos, so obrigatoriamente precedidos de preposio. H duas formas de se comprovar a funo direta ou indireta dos pronomes me, te, se, nos e vos trocar o pronome pelo nome (por exemplo: sugere ao analista incontveis abordagens da tica) ou anlise da regncia do verbo (sugerir alguma coisa a algum). Assim, verificamos que a funo sinttica de objeto indireto. J o pronome se em narram-se tambm feitos de abnegao apassivador o verbo narrar transitivo direto, existe a idia passiva (feitos so narrados) e est acompanhado do pronome se. Portanto, a afirmao est incorreta. b) No existe a conjuno medida em que; existem as conjunes medida que (proporcional) e na medida em que (causal). c) A preposio com, na passagem, equivale a a partir de origem: novas facetas surgem com a/a partir da metamorfose do esprito humano e sua variedade quase infinita de aes.. e) Se houvesse a troca da preposio de pela preposio entre, seria necessria a retirada da preposio de antes de paixes mesquinhas representam o confronto entre ideais nobres e de paixes mesquinhas. Como a opo indica no ser necessria mais nenhuma alterao, est incorreta a proposio. Cuidado em questes como essa. Para que a troca de um elemento por outro seja vlida, a banca deve indicar, tambm, as demais alteraes necessrias para que a substituio no incorra em erros gramaticais.

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21 - Item CORRETO. Para facilitar a memorizao, sugerimos a forma porquanto = por causa. S que essa conjuno tambm pode apresentar valor explicativo. Este item est correto, pois a conjuno porquanto, seja com valor causal ou explicativo, equivalente conjuno porque. 22 - C Todas as opes so vlidas, por estarem adequadamente grafadas e empregadas, exceto a que apresenta o advrbio tampouco, que equivale a tambm no ou muito menos. Foi empregado com erro na grafia. To pouco, combinao do advrbio de intensidade (to) com o (tambm) advrbio pouco, remete idia de pequena quantidade Nunca comi to pouco! ou Tenho to pouco interesse em assistir ao Big Brother que prefiro estudar Portugus!. No aceita pela norma culta a colocao da conjuno nem (que significa e no) antes desse advrbio (nem tampouco), por este j apresentar valor de negao (tambm no). Vamos aproveitar a deixa para tratar de algumas palavras especiais, que podem ser classificadas como advrbios de intensidade, adjetivos ou pronomes indefinidos: bastante, pouco e muito. O que ir nos auxiliar na identificao da classe gramatical o conceito apresentado na aula de apresentao se so variveis ou invariveis. Como vimos, os advrbios so palavras invariveis, enquanto que os adjetivos e os pronomes se flexionam em gnero e/ou nmero. Veja s: ADVRBIO (invarivel)
POUCO

ADJETIVO (varivel) estudado No se aborrea com essa coisa pouca (pequena). Tenho livros bastantes (que bastam / suficientes) -

PRON.INDEF. (varivel) Tenho poucos livros desse assunto (em quantidade pequena) Tenho bastantes livros (em grande quantidade). Tenho muitos livros.

Voc tem pouco. Voc tem bastante. Voc tem muito.

BASTANTE

estudado

MUITO

estudado

23 - C No terceiro perodo do texto, informa-se que o Banco Central, para combater a inflao, vem elevando seguidamente a taxa bsica de juros. Na orao seguinte, iniciada pela lacuna (c), afirma-se que os juros altos no esto freando a inflao.

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Essas duas afirmaes situam-se em campos semnticos opostos: O BC AUMENTA JUROS PARA FREAR A INFLAO OS JUROS ALTOS NO ESTO FREANDO A INFLAO

Por isso, deve-se empregar uma conjuno adversativa, como entretanto. A sugesto apresentada na opo c est CORRETA. As demais opes esto incorretas. a) Nessa lacuna, deve-se empregar uma conjuno de valor adversativo (entretanto, todavia, contudo), e no a locuo adverbial haja vista, que corresponde a considerando, tendo em vista. Sobre a flexo desta expresso, lembramos que o vocbulo vista permanece invarivel, enquanto que o verbo pode ficar no singular (acompanhado ou no de preposio) ou concordar com o termo subseqente (Haja vista os resultados / Haja vista aos resultados / Hajam vista os resultados). b) A orao iniciada por esta lacuna ir apresentar uma explicao para a afirmao presente no perodo anterior (um desses motores est ausente). Por isso, no pode ser empregada a conjuno apesar de concessiva. Deve-se optar por uma conjuno explicativa: em virtude disso, por isso, assim. d) O emprego da conjuno embora, alm de causar erro na flexo verbal do verbo ser Embora o ganho (...) pequeno (correto = seja), prejudicaria a coeso textual em virtude da ausncia de uma orao principal. O mais apropriado seria empregar expresses como alm disso, ademais, de forma a introduzirem informaes adicionais passagem anterior. e) No existe a conjuno to pouco (DE NOVO!!!!), mas o advrbio tampouco que equivale a muito menos, menos ainda, imprprio para a passagem. 24 - D As conjunes embora e apesar de, a despeito de estarem situadas no mesmo campo semntico, levam o verbo a conjugaes distintas. Enquanto que a conjuno apesar de exige o verbo no infinitivo (sermos), a conjuno embora leva a flexo verbal ao subjuntivo (sejamos). Provocou-se, portanto, erro de natureza gramatical (conjugao verbal) o emprego da conjuno embora. Em relao s demais opes: a) O valor da conjuno verificado na construo. No primeiro perodo do texto, a idia adversativa (que tanto pode ser apresentada pela conjuno e quanto pela mas) reside na oposio entre os adjetivos grande e diversificado (adjetivos favorveis ao Brasil) e o fato desfavorvel de ser uma promessa que parece nunca se realizar. Assim, essa conjuno e tem valor adversativo, como em: Ela queria que eu fosse e eu no fui (= mas eu no fui). Logo, qualquer das duas conjunes poderia ser empregada nessa lacuna. b) Na segunda lacuna, as duas opes empregam valor adversativo ao perodo: entretanto / mas.

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c) Na terceira, justifica-se o pouco engajamento do cidado ao fato de ele no avaliar os programas e as aes dos polticos (como essa questo atual, no mesmo???) e, com isso, elege-os de acordo com sua popularidade. Assim, tanto pode ser usada a conjuno j que como pois. d) Apesar a importncia do pas na economia mundial, ns, brasileiros, sempre sofremos decepes (nem me fale nisso...). Esse valor adversativo tanto pode ser apresentado pela conjuno embora quanto pela apesar de. O problema foi de conjugao verbal. J vimos que este item est INCORRETO. e) No ltimo perodo, pode-se apresentar uma concluso, com o emprego da conjuno portanto ou estabelecer uma idia contrria ao fato de ser um pas to importante, a partir do emprego da conjuno contudo. As duas conjunes seriam vlidas. Bons estudos e at a prxima!

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PERODOS Oi, pessoal Tudo certinho? Esto estudando bastante? Para comear, vamos encerrar as buscas, iniciadas na aula 7, pelas letras de msica que contenham o pronome CUJO. O vencedor foi Rmulo Faria. Ele nos trouxe mais uma. Vamos analis-la: Viagem - Joo de Aquino e Paulo Csar Pinheiro , tristeza me desculpe, estou de malas prontas Hoje a poesia veio ao meu encontro, j raiou o dia, vamos viajar Vamos indo de carona Na garupa leve do vento macio Que vem caminhando desde muito longe, l do fim do mar Vamos visitar a estrela da manh raiada Que pensei perdida pela madrugada, mas que vai escondida querendo brincar Senta nessa nuvem clara, minha poesia ainda se prepara Traz uma cantiga,vamos espalhando msica no ar Olha quantas aves brancas, minha poesia Danam nossa valsa pelo cu que o dia fez todo bordado de raios de sol , poesia, me ajude,vou colher avencas, lrios, rosas, dlias Pelos campos verdes que voc batiza de jardins do cu Mas pode ficar tranqila, minha poesia Pois ns voltaremos numa estrela guia, num claro de lua quando serenar Ou talvez at, quem sabe, ns s voltaremos no cavalo baio No alazo da noite, CUJO nome raio, raio de luar Os dois ltimos versos registram o emprego correto do pronome relativo CUJO. O nome do cavalo baio (castanho) RAIO DE LUAR. A relao entre NOME e CAVALO/ALAZO justifica o emprego do pronome. Parabns, Rmulo, por sua contribuio primorosa. At agora, fizemos diversas anlises em relao aos elementos que compem uma orao sintaxe de concordncia: harmonia entre verbo e sujeito (concordncia verbal) ou entre o nome e os elementos a ele relacionados (concordncia nominal); sintaxe de regncia: relao entre o verbo (regncia verbal) ou adjetivo, advrbio e substantivo (regncia nominal) em funo de seus complementos.

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Para isso, analisamos a estrutura interna da orao. Para essa anlise sinttica, lanamos mo, muitas vezes, de uma s orao. Isso significa que a anlise se realizava em um perodo simples. A partir da aula de hoje, veremos que, algumas vezes, em vez de um substantivo, um adjetivo ou um advrbio, temos uma orao que representa esses nomes. Forma-se, assim, o perodo composto. A aula de hoje certamente lhe parecer familiar. Muitos dos conceitos j foram apresentados em aulas anteriores. Vamos relembrar alguns deles: Perodo Simples - enunciado que possui uma nica orao, que se chama orao absoluta. Perodo Composto - o perodo constitudo de duas ou mais oraes, sabendo-se que cada orao , obrigatoriamente, estruturada em torno de um verbo. O perodo composto pode ser formado por COORDENAO (oraes independentes) ou SUBORDINAO (oraes dependentes). I - ORAES COORDENADAS As oraes coordenadas so independentes sintaticamente. No exercem nenhuma funo sinttica em relao a outra dentro do perodo. Quando no so introduzidas por conjunes (conectivos), so classificadas como assindticas. Vim, vi, venci. Se introduzidas por conjunes (conectivo), classificam-se como sindticas, recebendo o nome da conjuno que as introduzem. Lembre-se: no se deve classificar uma orao considerando apenas a conjuno que a introduz. Deve-se, sim, analisar o seu sentido na frase para, ento, classificar a conjuno/orao. a) Aditivas (e, nem, mas tambm...) O ministro no pediu demisso e manteve sua posio anterior. b) Adversativa (mas, porm, todavia, contudo, entretanto) O ministro pediu demisso, mas o presidente no a aceitou. c) Explicativas (que, porque, e a palavra pois antes do verbo) Peam a demisso dos seus assessores, pois eles pouco fazem para o bem do povo. d) Conclusivas (logo, portanto, por conseguinte, por isso, de modo que e a palavra pois no meio ou fim da orao) Os assessores pouco fazem pelo povo; devem, pois, deixar seus cargos. e) Alternativas (ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... seja, j ... j, talvez ... talvez) O Congresso deve ser soberano, ou perder a legitimidade.

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Pode ocorrer coordenao entre oraes que se subordinam mesma orao principal. Veja o seguinte exemplo: Espero que passe no concurso e que seja o primeiro colocado. As oraes que passe no concurso e que seja o primeiro colocado so oraes subordinadas em relao orao principal Espero. No entanto, entre si, so coordenadas, pois esto ligadas por uma conjuno coordenativa aditiva. Nesses casos, pode-se manter apenas a primeira conjuno integrante (Espero que passe no concurso e seja o primeiro colocado). ORAES INTERCALADAS Sob essa denominao, incluem-se as oraes que, apresentando informaes adicionais, geralmente para esclarecimento, no so introduzidas por conjunes coordenativas. - V embora! disse-me ela. Ele, que eu saiba, nunca estudou muito. Boaventura, permita-me o trocadilho, era sujeito de boa sorte. II - ORAES SUBORDINADAS So oraes dependentes sintaticamente de outra. Exercem uma funo sinttica correspondente ao substantivo, adjetivo ou advrbio, ou seja, esse termo sinttico (sujeito, objeto direto, objeto indireto etc.) assume a forma de uma orao. Por isso, h oraes principais (em que esto presentes os termos regentes) e subordinadas (termos regidos). Por exemplo: Os credores internacionais esperavam / que o Brasil suspendesse o pagamento dos juros. Nesse exemplo, a segunda orao est subordinada primeira, pois exerce funo sinttica de objeto direto do verbo esperar (termo regente presente na orao principal): Os credores internacionais esperavam ISSO - o qu? Resposta: que o Brasil suspendesse o pagamento dos juros Essa um orao subordinada substantiva (est no lugar de um substantivo) que exerce, em relao orao principal, a funo sinttica de objeto direto. Seu nome orao subordinada substantiva objetiva direta.

Meu primo que mora no Rio de Janeiro vir para a festa. Usamos um exemplo parecido com esse na aula passada. Eu pergunto: quantos primos eu tenho?

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Resposta: Com certeza, mais de um, pois a orao que se liga de forma adjetiva ao substantivo primo tem valor restritivo, ou seja, de todos os primos que eu tenho, aquele que mora no Rio de Janeiro vir para a festa. A orao subordinada adjetiva que mora no Rio de Janeiro exerce a funo sinttica de adjunto adnominal em relao orao principal (limita o alcance do substantivo primo, designando-lhe uma caracterstica prpria: morador do Rio de Janeiro). , portanto, uma orao subordinada adjetiva restritiva.

Desde que voc me ligou, no penso em outra coisa. A orao destacada indica o momento em que o fato expresso na orao principal teve incio. Veja que a locuo conjuntiva desde que apresenta valor temporal, atribuindo outra orao uma circunstncia (de tempo, momento). Essa , logo, uma orao subordinada adverbial temporal. Vamos analisar, agora, como classificar as oraes subordinadas. 1 - ORAES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS So aquelas que exercem funo sinttica prpria de um substantivo. SO INICIADAS POR CONJUNO INTEGRANTE. Na identificao dessas oraes, apresentamos: - sua condio de subordinada; - sua classe gramatical (substantiva); - e a funo sinttica que exerce em relao principal (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, aposto ou agente da passiva). Assim temos: a) Subjetiva exerce a funo de sujeito em relao ao verbo da principal. importante / que tenhamos o equilbrio da balana comercial. importante ISSO. ISSO = que tenhamos o equilbrio da balana comercial SUJEITO.

Ainda se espera / que o governo mude as normas do imposto de renda. CUIDADO COM A VOZ PASSIVA O verbo ESPERAR transitivo direto e est acompanhado de um pronome SE APASSIVADOR com idia passiva = caso de voz passiva sinttica. O que se espera (o que esperado?)?

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Resposta: que o governo mude... SUJEITO

Ainda era esperado / que a equipe palmeirense se reabilitasse. Agora, temos um caso de voz passiva analtica: Ainda era esperado ISSO. ISSO = que a equipe palmeirense se reabilitasse SUJEITO.

Consta / que haver mudanas na equipe, caso o presidente seja reeleito. O verbo CONSTAR um dos que, normalmente, apresenta um sujeito oracional. Como vimos, nos casos de sujeito sob a forma oracional, o verbo da orao principal fica na 3 pessoa do singular = CONSTA ISSO (= Isso consta). ISSO = que haver mudanas na equipe SUJEITO. b) Objetiva direta - Funo de objeto direto em relao ao verbo da principal. Os contribuintes esperam / que o governo altere as normas do imposto de renda. Os contribuintes esperam ISSO. ISSO = que o governo altere as normas do imposto de renda objeto direto do verbo esperar. c) Objetiva indireta - exerce a funo de objeto indireto em relao ao verbo da principal. O pas necessita de / que se faa uma melhor distribuio de renda. O pas necessita dISSO (de + ISSO). ISSO = que se faa uma melhor distribuio de renda objeto indireto do verbo necessitar. Lembre-se da lio apresentada na aula sobre Regncia!!! Quando um objeto indireto vem sob a forma oracional (orao subordinada substantiva objetiva indireta), a preposio pode ser omitida, sem prejuzo para o perodo. Vimos naquela oportunidade uma questo de prova que explorou exatamente esse conhecimento. J em relao orao que complementa um nome (orao subordinada substantiva completiva nominal a prxima), no h consenso. Se em uma das opes tiver sido omitida a preposio antes da orao, analise as demais alternativas antes de definir como certo ou errado. d) Completiva nominal - exerce a funo sinttica de complemento nominal em relao a um substantivo, adjetivo ou advrbio da principal.

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O pas tem necessidade de / que se faa uma reforma social. O pas tem necessidade dISSO (de + ISSO). ISSO = que se faa uma reforma social complemento nominal do substantivo necessidade.

O governador era contrrio a / que mudassem as regras do jogo. O governador era contrrio a ISSO. ISSO = que se mudassem as regras do jogo complemento nominal do adjetivo contrrio.

Percebia-se / que agia favoravelmente a / que mudassem as regras do jogo. Este um bom exemplo de perodo composto por trs oraes. Vejamos quais so elas: - orao principal: Percebia-se (ISSO) O verbo perceber transitivo direto e est acompanhado de pronome apassivador. O que era percebido? A resposta a essa pergunta apresenta a segunda orao. Resposta: que agia favoravelmente a orao subordinada substantiva subjetiva (sujeito da voz passiva sob a forma oracional, o que justifica a flexo do verbo perceber na 3 pessoa do singular PERCEBIA-SE) S que o complemento nominal ao advrbio favoravelmente est tambm sob a forma oracional Agia favoravelmente a qu? (Introduz-se, agora, a terceira orao do perodo composto) - que mudassem as regras do jogo orao subordinada substantiva completiva nominal (complemento nominal ao advrbio favoravelmente). Como a preposio exigncia do advrbio, ela pertence segunda orao (orao em que o advrbio est presente). Agora, voc percebeu como um perodo composto pode ser bem complexo, no mesmo? e) Predicativa - exerce a funo de predicativo do sujeito em relao principal. O medo dos empresrios era / que sobreviesse uma violenta recesso. O medo dos empresrios era ISSO. ISSO = que sobreviesse uma violenta recesso predicativo do sujeito. f) Apositiva - exerce a funo de aposto em relao a um termo da principal. O receio dos jogadores era esse: / que o tcnico no os ouvisse. O receio dos jogadores era esse: ISSO. ISSO = que o tcnico no os ouvisse aposto.

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g) Agente da passiva - exerce a funo de agente da passiva em relao principal. O assunto era explicado por / quem o entendia profundamente. Essa a nica funo em que o esquema do ISSO no funciona muito bem, porque, em vez de uma conjuno integrante, empregado um pronome indefinido. Por isso, o substitumos por outro pronome substantivo algum. O assunto era explicado por ALGUM. ALGUM = quem o entendia profundamente agente da passiva. 2 - ORAES SUBORDINADAS ADJETIVAS So aquelas que exercem funo sinttica prpria de um adjetivo. SO INICIADAS POR PRONOMES RELATIVOS. Seu nome e sobrenome ser, ento: - sua condio de subordinada; - sua classe gramatical (adjetiva); - e o alcance desse adjetivo (restritiva ou explicativa). a) Restritivas - Restringem, limitam o sentido de um termo da orao principal. No so isoladas por vrgulas. A doena que surgiu nestes ltimos anos pode matar muita gente. b) Explicativas - Explicam, generalizam o sentido de um termo da orao principal. So isoladas por vrgulas. As doenas, que so um flagelo da humanidade, j mataram muita gente.

Voc notou, assim, que, em relao pontuao, as oraes subordinadas adjetivas podem apresentar dois comportamentos: - VRGULA PROIBIDA ORAO SUBORDINADA ADJETIVA RESTRITIVA Em funo de seu carter restritivo (assim como ocorre com os adjetivos em geral: camisa vermelha, rapaz bonito), no pode haver pausa entre o termo regente e o termo regido. - VRGULA OBRIGATRIA ORAO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA Regra geral, os elementos de natureza explicativa se apresentam isolados por vrgulas, em funo de seu carter acessrio, dispensvel. Voc leu a em cima algum caso de vrgula facultativa em oraes adjetivas? Certamente que no.

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Esse conceito importantssimo para a aula sobre PONTUAO, pois essa casca de banana muito comum em provas de diversas bancas. 2.1 - FUNO SINTTICA DO PRONOME RELATIVO NA ORAO ADJETIVA As oraes subordinadas adjetivas so introduzidas por pronomes relativos: que, quem, o qual, a qual, cujo, onde, como, quando etc. Enquanto as conjunes so elementos conectivos e, por isso, no exercem funo sinttica nas oraes subordinadas, o mesmo no acontece com os pronomes relativos. Eles substituem um nome (substantivo ou pronome tido como referente). Assim, esses pronomes relativos podero exercer, na orao subordinada adjetiva, as seguintes funes sintticas: a) Sujeito Os trabalhadores exigiam aumento salarial. (PERODO SIMPLES = orao absoluta) Que trabalhadores eram esses que exigiam aumento salarial? Ser formado, assim, um perodo composto, pois ser necessrio identificar esses trabalhadores. Os trabalhadores que fizeram greve exigiam aumento salarial. (= Os trabalhadores fizeram greve.) O pronome relativo que substitui, na orao adjetiva, o substantivo trabalhadores. O pronome exerce a funo de sujeito dessa orao. CUIDADO: Se a banca perguntar quem o sujeito da forma verbal fizeram, a sua resposta dever ser: O PRONOME RELATIVO QUE. Como o pronome se refere ao substantivo trabalhadores, muita gente acha, indevidamente, que o substantivo o sujeito da forma verbal fizeram. ERRADO! So duas as oraes: - orao principal: Os trabalhadores exigiam aumento salarial - orao subordinada adjetiva restritiva: que fizeram greve. Agora que sabemos o que um perodo composto e como ele se divide, vemos mais claramente que cada macaco est no seu galho, ou seja, o substantivo da orao principal Os trabalhadores exigiam aumento salarial no poderia exercer funo sinttica em outra orao, no caso, a orao subordinada adjetiva que fizeram greve. No lugar do nome, colocou-se o pronome relativo, que (ESTE SIM) exerce a funo sinttica de sujeito. Assim, quem o sujeito da forma verbal fizeram? Resposta: O PRONOME RELATIVO QUE. Ficou claro? Essa uma pegadinha muito comum em provas, especialmente as da ESAF e da CESPE UnB. Fique esperto(a)!

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b) Objeto direto As reivindicaes que os trabalhadores faziam preocupavam os empresrios. (= Os trabalhadores faziam as reivindicaes.) O que os trabalhadores faziam? Pela lgica, iramos responder: reivindicaes. Vamos dividir o perodo em oraes: - orao principal: As reivindicaes preocupavam os empresrios. - orao subordinada adjetiva restritiva: que os trabalhadores faziam Na orao subordinada adjetiva, no lugar desse substantivo, foi empregado o pronome relativo, que exerce, nessa orao, a funo sinttica de objeto direto. Ento, quem exerce a funo sinttica de OBJETO DIRETO da forma verbal faziam? Resposta: O PRONOME RELATIVO QUE. c) Objeto indireto O aumento de que todos necessitavam proveria o sustento da casa. (= Todos necessitavam do aumento.) Todos necessitavam de qu? Resposta lgica: De aumento. Na orao subordinada adjetiva, quem faz as vezes de objeto indireto do verbo necessitar o pronome relativo. - orao principal : O aumento proveria o sustento da casa. - orao subordinada adjetiva restritiva: de que todos necessitavam Note, agora, que o elemento que exige a preposio de o verbo necessitar, da orao adjetiva (Algum necessita de alguma coisa). Por isso, a preposio pertence orao subordinada adjetiva e est sublinhada. Muito cuidado na diviso do perodo em oraes: A PREPOSIO FICA NA ORAO EM QUE EST PRESENTE O TERMO REGENTE. d) Complemento nominal O aumento de que todos tinham necessidade proveria o sustento da casa. (= Todos tinham necessidade do aumento.) De que todos tinham necessidade? Resposta lgica: do aumento. No lugar desse nome, foi colocado um pronome relativo, que exerce a funo sinttica de complemento nominal ao substantivo necessidade. - orao principal: O aumento proveria o sustento da casa - orao subordinada adjetiva restritiva: de que todos tinham necessidade Mais uma vez, quem exige a preposio um elemento presente na orao subordinada adjetiva (o substantivo necessidade), motivo que nos levou a sublinhar tambm aquele vocbulo.

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e) Predicativo do sujeito O grande mestre que ele sempre foi agradava a todos. Ele sempre foi o grande mestre no lugar da expresso sublinhada, foi empregado um pronome relativo. Dividindo o perodo: - orao principal: O grande mestre agradava a todos. - orao subordinada adjetiva restritiva: que ele sempre foi Ento, quem exerce a funo de predicativo do sujeito da forma verbal foi ? Resposta: O PRONOME RELATIVO QUE. f) Adjunto adnominal Os peregrinos de cujas contribuies a parquia dependia retornaram sua cidade. (= A parquia dependia das contribuies dos peregrinos.) Entre os substantivos peregrinos e contribuies, existe uma relao de subordinao, o que justifica o emprego do pronome relativo cujo. Essa uma caracterstica desse pronome relativo (CUJO e flexes). Ele sempre exerce a funo sinttica de adjunto adnominal, exatamente por estabelecer uma relao entre dois substantivos com idia ativa (os peregrinos contribuem a contribuio dos peregrinos adjunto adnominal). A diferena entre adjunto adnominal e complemento nominal ser assunto de nossa prxima aula Termos da Orao. Vamos dividir o perodo: - orao principal Os peregrinos retornaram sua cidade. - orao subordinada adjetiva restritiva de cujas contribuies a parquia dependia Vimos anteriormente que, caso um elemento da orao subordinada exija uma preposio, essa ser colocada antes do pronome relativo. A parquia dependia das contribuies dos peregrinos. Como o verbo depender exige a preposio de, esta foi empregada antes do pronome relativo cujo, que estabelece a relao entre contribuies e peregrinos. g) Adjunto adverbial Observem o jeitinho como ela se requebra. (= Ela se requebra com jeitinho.)

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O pronome relativo como introduz a orao que indica o modo como ela se requebra essa uma circunstncia (modo) e, portanto, o pronome relativo exerce a funo sinttica de adjunto adverbial.

BIZU: Os pronomes relativos como e onde, por introduzirem elementos circunstanciais, sempre exercero na orao adjetiva a funo sinttica de adjunto adverbial. J o pronome cujo (e flexes), por estabelecer a ligao entre dois substantivos com idia ativa, exercer sempre na orao adjetiva a funo de adjunto adnominal.

3 - ORAES SUBORDINADAS ADVERBIAIS So aquelas que exercem funo sinttica prpria de advrbio, ou seja, adjunto adverbial em relao principal. SO INICIADAS POR CONJUNO ADVERBIAL. Agora, toda a orao subordinada exerce, em relao orao principal, a funo sinttica de adjunto adverbial. As circunstncias apresentadas podem ser as seguintes: a) Causal Todos se opuseram a ele porque no concordavam com suas idias. Apresenta-se, na orao subordinada adverbial causal, o motivo da oposio de todos (presente na orao principal). ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: importante destacar a diferena entre a orao subordinada adverbial causal e a orao coordenada sindtica explicativa, pois muitas das conjunes empregadas em uma e em outra se assemelham. SUBORDINADA CAUSAL X COORDENADA EXPLICATIVA Em alguns momentos, as oraes subordinadas adverbiais causais e as oraes coordenadas explicativas apresentam semelhanas que podem dificultar sua anlise. Porm, um pouco de ateno para os aspectos que vamos assinalar pode ser de grande utilidade. Na primeira, est presente a relao CAUSA x CONSEQNCIA. Ele pegou a doena porque andava descalo. CAUSAL Causa: andava descalo Conseqncia: pegou a doena Note, agora, a diferena para o seguinte exemplo: No ande descalo, porque vai pegar uma doena. EXPLICATIVA Ordem: No ande descalo Explicao: vai pegar uma doena Na aula passada, apresentamos uma srie de elementos que possibilitam essa distino. Alguns do certo; outros, nem tanto. Para relembrar quais so eles, d uma olhadinha no comentrio questo 13.

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Adriano da Gama Kury (em Novas Lies de Anlise Sinttica) nos indica uma forma que, a princpio, parece ser a melhor de todas. Para que seja causal, a orao subordinada poderia, sem nenhum prejuzo para a coerncia, ser trocada por outra orao reduzida de infinitivo e iniciada pela preposio por: Ele pegou a doena porque andava descalo

Ele pegou a doena por andar descalo. Isso no seria possvel em uma orao coordenada explicativa. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: b) Condicional Se houvesse opinies contrrias, o acordo seria desfeito. Na orao subordinada adverbial condicional, foi estabelecida a condio para o desfazimento do acordo (orao principal). c) Temporal Assim que chegou a casa, resolveu os problemas. Indica-se, na orao subordinada adverbial temporal, o momento em que sero resolvidos os problemas (orao principal). d) Proporcional Quanto mais obstculos surgiam, mais ele se superava. A idia de proporo apresentada na orao subordinada adverbial proporcional, em associao ao mais presente na orao principal. e) Final O pai sempre trabalhou para que os filhos estudassem. A finalidade do trabalho do pai (orao principal) est presente na orao subordinada adverbial final. f) Conformativa Os jogadores procederam segundo o tcnico lhes ordenara. Para introduzir a orao subordinada conformativa, poderiam ter sido empregadas as conjunes/locues conjuntivas conforme, segundo, de acordo com, dentre outras.

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g) Consecutiva Suas dvidas eram tantas que vivia nervoso. Apesar de no ser uma regra, costumam ser associados orao subordinada adverbial consecutiva os pronomes to, tanto, tal, presentes na orao principal. h) Concessiva Embora enfrentasse dificuldades, procurava manter a calma. Na orao subordinada adverbial concessiva, apresenta-se um fato que, embora contrrio ao apresentado na orao principal, no impede que este se realize. i) Comparativa Ele sempre se comportou tal qual um cavalheiro. Apresenta-se, na orao subordinada adverbial comparativa, o segundo elemento de uma comparao. Alguns autores acrescentam mais dois tipos de oraes subordinadas adverbiais, no registrados pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB): j) Locativas Fique onde quiser. Equivalem a um adjunto adverbial de lugar. Apresentam-se desenvolvidas sem conjuno, introduzidas por advrbio de lugar onde (combinado ou no com preposio). l) Modais Faa como quiser. Equivalem a um adjunto adverbial de modo. Expressam a maneira como ser realizado o fato enunciado na orao principal. III - ORAES REDUZIDAS No so introduzidas por conjuno e possuem verbo em uma das formas nominais (infinitivo, particpio ou gerndio). a) Infinitivo (pessoal ou impessoal) Exemplo 1. Todos sabiam ser impossvel a manuteno da poltica econmica. Todos sabiam ISSO ISSO = ser impossvel a manuteno da poltica econmica.

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A orao reduzida de infinitivo est no lugar de um substantivo e exerce a funo sinttica de objeto direto do verbo saber (da orao principal). Por isso, chama-se: ORAO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA REDUZIDA DE INFINITIVO. Exemplo 2. Seria bom manteres a calma nesse momento. Seria bom ISSO nesse momento. ISSO = manteres a calma A orao reduzida de infinitivo ocupa o lugar de um substantivo e exerce a funo sinttica de sujeito da orao principal (ISSO seria bom nesse momento). ORAO SUBORDINADA INFINITIVO. b) Gerndio Exemplo 3. Entrando na sala de aula, foi recebido com frieza. A orao reduzida de gerndio apresenta o momento em que o sujeito da orao principal foi recebido com frieza. Assim, indica uma circunstncia (tempo, momento). chamada, portanto, de: ORAO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL REDUZIDA DE GERNDIO. Exemplo 4. Vencendo seus adversrios futuros, o clube ganhar o campeonato. Note o valor condicional da orao reduzida de gerndio: Caso vena seus adversrios futuros = Vencendo seus adversrios futuros, o clube ganhar o campeonato. A orao subordinada recebe o nome de: ORAO SUBORDINADA GERNDIO. c) Particpio Exemplo 5. Realizado o congresso internacional, percebeu-se a gravidade da molstia. A orao reduzida de particpio pode atribuir um valor de momento estrutura: a partir da realizao do congresso internacional, percebeu-se a gravidade da molstia. ORAO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL REDUZIDA DE PARTICPIO. ADVERBIAL CONDICIONAL REDUZIDA DE SUBSTANTIVA SUBJETIVA REDUZIDA DE

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Exemplo 6. Encontrado o autor dos assaltos, a populao ficar aliviada. O tempo verbal da orao principal decisivo para a identificao da circunstncia apresentada pela orao subordinada. Nessa construo, o valor condicional: Caso seja encontrado o autor dos assaltos, a populao ficar aliviada. ORAO SUBORDINADA PARTICPIO. ADVERBIAL CONDICIONAL REDUZIDA DE

Veja, agora, como pode ser alterada a interpretao se o tempo do verbo da orao principal for tambm modificado: Exemplo 7. Encontrado o autor dos assaltos, a populao ficou aliviada. Agora, a orao subordinada atribui estrutura um valor causal: Porque foi encontrado o autor dos assaltos, a populao ficou aliviada. Por no apresentar uma conjuno, mais do que nunca necessria a anlise da circunstncia apresentada pela orao ao perodo, para que seja realizada sua classificao. Para isso, na maioria das vezes, necessrio voltar ao texto. No tenha preguia na hora da prova muita gente perde um ponto valioso por acreditar somente na memria ou no que a banca argumenta. Volte ao texto quantas vezes forem necessrias! H pouco tempo, discutia-se muito a estrutura oracional da advertncia veiculada pelo Ministrio da Sade nos comerciais de medicamentos. Vamos duas formas de apresentao: Ao persistirem os sintomas, procure um mdico. A persistirem os sintomas, procure um mdico. Afinal, existe diferena entre a primeira e a segunda construo? A resposta SIM! Na primeira, o fato de persistirem os sintomas quase certo s no se sabe o momento em que isso ocorrer. A orao reduzida de infinitivo, por ter sido iniciada por ao, equivale a: Quando persistirem os sintomas / Assim que persistirem os sintomas / To logo persistam os sintomas.... Veja como essa construo se assemelha a: Ao entrar em casa, deparou-se com o bandido. O valor temporal da orao subordinada adverbial bem notrio nesse ltimo exemplo. Por isso, na primeira estrutura, a orao subordinada adverbial tem valor temporal.

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J na segunda, h um valor condicional: Caso persistam os sintomas, procure um mdico. E a, como deveria, ento, ser veiculada essa advertncia: sob a forma temporal (fato futuro e certo) ou condicional (fato futuro e incerto)? Acredito que da segunda maneira, pois o remdio, em princpio, deveria eliminar os sintomas da enfermidade. Caso isso no ocorra, o mdico dever ser consultado e a gramtica tambm!!! IV - CONCEITO DE ORAO PRINCIPAL E ORAO SUBORDINADA Agora que estamos prestes a encerrar nossa aula sobre PERODOS, podemos perceber que essa denominao de orao principal bem relativa. Em um perodo composto, pode haver diversas oraes, que, como numa engrenagem, se ligam umas s outras. Assim, pode ser que uma orao subordinada a outra tenha uma terceira orao que se subordine a ela. Em relao a essa terceira, a orao subordinada (a segunda) ser considerada uma orao principal. Complicou? Vamos desatar o n com exemplo.

O livro que me pediu ser entregue a quem estiver disposto a receb-lo.

1 orao (principal): O livro ser entregue a 2 orao (subordinada adjetiva restritiva em relao ao substantivo livro): que me pediu 3 orao (subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo): quem estiver disposto a 4 orao (subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo, em relao ao adjetiva disposto): receb-lo. A 2 orao subordinada primeira, ou seja, exerce a funo sinttica de adjunto adnominal ao substantivo presente na orao principal (livro). O mesmo ocorre com a 3 orao, que o objeto indireto do verbo da orao principal (entregar). J a 4 orao exerce uma funo sinttica em relao ao elemento presente na 3 orao. Assim, a 3 orao, que subordinada em relao primeira, principal em relao 4 orao.

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Poderamos, ento, resumir os conceitos apresentados na aula de hoje no seguinte esquema:

PERODO COMPOSTO - CLASSIFICAO DAS ORAES ASSINDTICAS - QUANTO AO CONECTIVO SINDTICAS COORDENADAS ADITIVAS ADVERSATIVAS - QUANTO AO VALOR ALTERNATIVAS CONCLUSIVAS EXPLICATIVAS SUBORDINADAS SUBJETIVAS OBJETIVAS DIRETAS OBJETIVAS INDIRETAS SUBSTANTIVAS PREDICATIVAS COMPLETIVAS NOMINAIS APOSITIVAS AGENTE DA PASSIVA ADJETIVAS ADVERBIAIS RESTRITIVAS EXPLICATIVAS CAUSAIS CONDICIONAIS TEMPORAIS PROPORCIONAIS FINAIS CONFORMATIVAS

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CONSECUTIVAS CONCESSIVAS COMPARATIVAS LOCATIVAS MODAIS At a prxima aula! QUESTES DE FIXAO 1 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) Essa chave o instrumento simblico mais eficiente da ideologia dominante (que, como dizia Marx, sempre a ideologia das classes dominantes): ela que insiste em nos convencer que as desigualdades sociais so naturais, que no h alternativa para o capitalismo, que o socialismo j foi tentado e fracassou. A orao que no h alternativa para o capitalismo deve ser corretamente classificada como: (A) orao subordinada substantiva apositiva. (B) orao subordinada substantiva completiva nominal. (C) orao subordinada substantiva objetiva direta. (D) orao subordinada substantiva objetiva indireta. (E) orao subordinada substantiva subjetiva. 2 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) Assinale a alternativa em que a orao sublinhada tenha sido CORRETAMENTE analisada. a) Parece que no haver mudanas no Ministrio da Economia. (orao subordinada substantiva subjetiva) b) Como disse o primeiro entrevistado, no h motivo para pnico. (orao subordinada adverbial comparativa) c) A atriz declarou que no sabia como tinha sido furtada. (orao subordinada adverbial comparativa) d) Lembrei-o de que no poderamos nos atrasar mais. (orao subordinada substantiva objetiva direta) 3 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) Assinale a alternativa que apresente anlise INCORRETA da orao sublinhada. a) Encerrada a palestra, foram jantar. (orao subordinada adverbial temporal) b) Caso a febre persista, telefone-me. (orao subordinada adverbial condicional)

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c) Era verdade que tudo no passara de um engano. (orao principal) d) Quem estuda passa. (orao subordinada adjetiva restritiva) 4 - (FUNDAO JOO GOULART/ SMF ANALISTA PLANEJAMENTO / 2005) Outro estmulo para as empresas de nibus adotarem o gs natural a melhoria da rede de distribuio desse combustvel no Brasil. O segmento em destaque nessa frase no adequadamente substitudo na seguinte alternativa: A) Outro estmulo para que as empresas de nibus adotem o gs natural a melhoria da rede de distribuio desse combustvel no Brasil. B) Outro estmulo que incentiva as empresas de nibus a adotar o gs natural a melhoria da rede de distribuio desse combustvel no Brasil. C) Outro estmulo de as empresas de nibus adotarem o gs natural a melhoria da rede de distribuio desse combustvel no Brasil. D) Outro estmulo para a adoo do gs natural pelas empresas de nibus a melhoria da rede de distribuio desse combustvel no Brasil. 5 - (FUNDAO JOO GOULART / PGM RJ / 2005) Quando os filhos saem de casa e entram na universidade ou no trabalho, a interferncia dos pais comea a enfraquecer. Nessa frase do texto, as oraes coordenadas mantm com a principal as seguintes relaes semnticas: A) Condio e causalidade. B) Conformidade e condio. C) Temporalidade e causalidade. D) Temporalidade e conformidade. 6 - (FUNDEC / TRT 1.Regio / 2003) Dentre as mudanas feitas abaixo na orao sublinhada no perodo A anlise da genealogia das famlias dos cortadores de cana, considerando pelo menos trs a quatro geraes, demonstra que a reproduo social deste segmento da fora de trabalho se orienta por trs perspectivas (linhas 1-5), aquela em que se alterou o seu sentido original : A) consideradas pelo menos trs a quatro geraes; B) desde que se considerem pelo menos trs a quatro geraes; C) quando se consideram pelo menos trs a quatro geraes; D) caso sejam consideradas pelo menos trs a quatro geraes; E) por serem consideradas pelo menos trs a quatro geraes. 7 - (FUNDAO JOO GOULART/ SMF ANALISTA PLANEJAMENTO / 2005)

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Alm disso, o Brasil firmou um acordo no qual se compromete a comprar parte da produo da Bolvia, aumentando ainda mais a oferta de gs no mercado interno. Nesse trecho, a orao iniciada no gerndio expressa valor semntico de: A) conformidade. B) conseqncia. C) condio. D) causa.

8 - (NCE UFRJ / Guarda Municipal /2002) Polcia Vigilncia exercida pela autoridade competente para manter a ordem e o bem-estar pblicos em todos os ramos dos servios do Estado e em todas as partes ou localidades; corporao que engloba os rgos e instituies incumbidos de fazer respeitar essas leis ou regras e de reprimir e perseguir o crime. (Pequeno dicionrio jurdico) ...para manter a ordem e o bem-estar pblicos...; se esta orao reduzida adotasse a forma desenvolvida, sua forma correta seria: a) para que se mantesse a ordem e o bem-estar pblicos; b) para que se mantessem a ordem e o bem-estar pblicos; c) afim de que se mantenham a ordem e o bem-estar pblicos; d) afim de que se mantivessem a ordem e o bem-estar pblicos; e) para que se mantivesse a ordem e o bem-estar pblicos.

9 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judicirio / 2001) Mas, desculpe minha infinita ignorncia, por que enviar forca uma mulher que no julgamento perdoou ao frio assassino do filho? O nmero de oraes neste perodo do texto : a) uma; b) duas, c) trs; d) quatro; e) cinco. 10 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006)

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Mas ainda no h um programa alternativo maduro que se contraponha euforia do programa conservador, aplicado por gente que foi de esquerda e aplaudido pela direita. Quantos verbos h no trecho acima? (A) seis (B) cinco (C) quatro (D) trs (E) dois 11 Agora vamos treinar. Divida os perodos e classifique as oraes subordinadas substantivas: a) Aprendi que devemos falar a verdade. b) Falta resolver as ltimas questes. c) Tenho receio de que fales a verdade. d) Ignoro quem fez a pergunta. e) Convm que tomes alguma atitude. f) A verdade que ningum a deseja. g) Avisei-o de que havamos chegado. h) Algum deve saber quando ela viaja. i) Este trabalho foi feito por quem entende do assunto. GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTES DE FIXAO 1D Olha a o que comentamos a respeito da omisso de preposio antes de oraes que exercem funo sinttica de objeto indireto!!! Vamos ter um certo trabalhinho, mas, para compreenso, teremos de dividir o perodo composto em oraes. Vamos l! ela que insiste em nos convencer que as desigualdades sociais so naturais, que no h alternativa para o capitalismo, que o socialismo j foi tentado e fracassou. Para comear, notamos a expresso de realce que em ela que insiste.... Vamos elimin-la: Ela insiste em nos convencer... J no incio, temos duas oraes: - Ela insiste em (orao principal) Ela insiste nISSO.

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ISSO = nos convencer (orao subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo Virgem Maria, isso um palavro!!!) Vamos, agora, analisar a segunda orao (que subordinada em relao primeira Ela insiste em e principal em relao s oraes que se seguem). Bem, algum convence outra pessoa (objeto direto) de alguma coisa (objeto indireto). O complemento indireto do verbo convencer, nessa construo, rege a preposio de. Como esse complemento vem sob a forma oracional, a preposio pode ser omitida, e assim o foi: Ela insiste em nos convencer (de): 1 - que as desigualdades so naturais 2 que no h alternativa para o capitalismo 3 que o socialismo j foi tentado e fracassou Como complemento indireto do verbo convencer, temos trs oraes indicadas acima. Elas, em relao sua orao principal (nos convencer), so subordinadas e recebem o nome de orao subordinada substantiva objetiva indireta. Entre si, so coordenativa. oraes coordenadas assindticas, ou seja, sem conjuno

Estruturas como essa, em que os perodos so ligados tanto por coordenao (entre si) e por subordinao (em relao principal), recebem a designao de perodo misto, ou seja, composto simultaneamente por coordenao e subordinao. Note que, na terceira orao subordinada substantiva objetiva indireta (ufa!!!), h duas outras oraes coordenadas: o socialismo j foi tentado e (o socialismo) fracassou. timo esse treino, no mesmo?!?!? Felizmente, a escassez de questes pde ser compensada pela qualidade das que encontramos. 2A Tradicionalmente, o verbo parecer vem acompanhado de sujeito oracional. Nesse caso, como j vimos por diversas vezes, o verbo fica na 3 pessoa do singular. Fazendo a anlise, poderamos trocar toda a orao pelo pronome substantivo demonstrativo ISSO: Parece ISSO. ISSO = que no haver mudanas no Ministrio da Economia. Pois essa orao exerce a funo sinttica de sujeito do verbo parecer. Est correta a anlise da opo a.

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Em relao s demais opes, cabe-nos comentar: b) Como disse o primeiro entrevistado, no h motivo para pnico. A orao em destaque , sim, uma orao subordinada adverbial. S que a circunstncia que ela apresenta no de comparao (no podemos decorar listas, lembra?), mas de conformidade. Troquemos, pois, por outra conjuno conformativa: Segundo disse o primeiro entrevistado / Conforme disse o primeiro entrevistado. Viu como fez sentido? Est, portanto, incorreta a anlise. c) A atriz declarou que no sabia como tinha sido furtada. Nesse perodo composto, temos trs oraes, a saber: Orao principal = A atriz declarou A atriz declarou ISSO ISSO = que no sabia (2 orao) Como a orao pde ser substituda pelo pronome ISSO, uma orao subordinada substantiva (e no adverbial, como indica o examinador). O verbo declarar transitivo direto. Seu complemento (objeto direto) est sob a forma oracional. Assim, a orao se chama: orao subordinada substantiva objetiva direta. que no sabia ISSO ISSO = como tinha sido furtada (3 orao) Essa orao que complementa o verbo saber (verbo transitivo direto) tambm exerce a funo sinttica de objeto direto. A nica diferena que, em vez de uma conjuno integrante, a orao foi iniciada por um advrbio como. d) Lembrei-o de que no poderamos nos atrasar mais. Quase que o examinador acerta essa... Lembra-se da aula sobre regncia? O verbo LEMBRAR-SE (pronominal) transitivo indireto e rege a preposio de. O mesmo acontece com o verbo ESQUECER-SE. Essa mesma transitividade se aplica tanto com pronome reflexivo, quanto com complemento direto sob a forma de outra pessoa (lembrar algum de alguma coisa), como apresentado na questo: (eu) lembrei algum (representado pelo pronome oblquo o) de alguma coisa.. Lembrei-o dISSO. ISSO = que no poderamos nos atrasar mais (objeto indireto) Trata-se de uma orao subordinada substantiva objetiva indireta. Ainda que a preposio fosse omitida (Lembrei-o que no poderamos nos atrasar mais), no haveria alterao na classificao dessa orao. S mais um detalhe: a preposio exigida pelo verbo da orao principal (lembreio de ...). Por isso, no deveria ter sido sublinhada, pois no pertence orao subordinada, e sim principal.

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3D a) Encerrada a palestra, foram jantar. Esse um caso de orao reduzida. A orao reduzida de particpio indica o momento em que o fato expresso na orao principal ocorreu. , portanto, uma orao subordinada adverbial temporal reduzida de particpio. Houve a omisso dessa ltima parte. Por isso, devemos analisar todas as opes para verificar a existncia de um erro, e no de uma simples omisso como essa. b) Caso a febre persista, telefone-me. A orao subordinada indica uma condio para que o evento expresso na orao principal venha a se efetivar. , portanto, uma orao subordinada adverbial condicional. Est correta a anlise. c) Era verdade que tudo no passara de um engano. A orao em destaque mesmo a principal do perodo composto. A outra orao, iniciada pela conjuno integrante, representa o sujeito dessa orao principal: Era verdade ISSO = que tudo no passara de um engano. d) Quem estuda passa. A orao sublinhada o sujeito do verbo passar. Deveremos classific-la, pois, como uma orao subordinada substantiva subjetiva. Em vez de uma conjuno, foi empregado um pronome indefinido. Por ser o sujeito da orao principal (representada somente pelo verbo: passa), a norma culta condena uma vrgula entre esses elementos. Podemos, tambm, analisar a orao subordinada substantiva subjetiva. O pronome indefinido quem atua como sujeito da forma verbal estuda. 4C A orao em destaque tem valor de finalidade. As opes a, b e d apresentam formas em que esse valor no foi alterado: a) para que as empresas de nibus adotem o gs natural houve apenas a alterao de orao reduzida de infinitivo para uma orao desenvolvida (com conjuno). b) que incentiva as empresas de nibus a adotar o gs natural a idia de finalidade foi mantida. d) para a adoo do gs natural pelas empresas de nibus houve apenas uma troca do verbo pelo substantivo correspondente, mantendo-se o sentido no lugar de as empresas adotarem, usou-se a adoo pelas empresas. Na opo c, a mudana da preposio alterou o valor da construo. Na nova estrutura, poderamos entender que o estmulo partiu das empresas, e no do governo. A troca, portanto, no seria vlida. 5C Nessa construo, as duas oraes subordinadas adverbiais esto coordenadas entre si. Elas apresentam orao principal duas circunstncias: tempo e causa.

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A partir do momento (temporalidade) em que os filhos saem de casa e entram na universidade ou no trabalho, e tambm em virtude disso (causalidade), a interferncia dos pais comea a enfraquecer. Assim, so apresentadas, simultaneamente, as relaes semnticas de tempo (momento) e causa (motivo). 6E De acordo com o texto, realiza-se uma anlise genealgica das famlias dos cortadores de cana, respeitada a condio de serem consideradas pelo menos trs a quatro geraes. Por isso, esto corretas as estruturas que mantm o aspecto condicional dessa orao: consideradas (reduzida de particpio), desde que se considerem, quando se consideram, caso sejam consideradas (conjunes condicionais). J em por serem consideradas pelo menos trs a quatro geraes, alterou-se o valor de condicional para causal (em virtude de terem sido consideradas...). Houve, assim, alterao semntica na estrutura da opo e.

7B O Brasil firmou um acordo em que se compromete a comprar parte da produo de gs da Bolvia. Esse fato levou a um aumento ainda maior na oferta de gs no mercado interno. Entre esses dois eventos, verifica-se uma relao de CAUSA e CONSEQNCIA. No segundo perodo, apresenta-se o reflexo (aumento da oferta de gs no mercado interno) do fato descrito no primeiro (compromisso brasileiro em comprar parte da produo boliviana). Por isso, a orao reduzida de gerndio, em destaque no enunciado, apresenta valor consecutivo (b conseqncia). 8E Sero analisados aspectos de concordncia verbal e nominal, conjugao verbal e manuteno dos aspectos semnticos em funo da troca de conjuno. Vamos verificar cada uma das opes: a) Em para que se mantesse a ordem e o bem-estar pblicos, houve erro na conjugao do verbo manter, que segue a conjugao do verbo ter para que se tivesse / para que se mantivesse. b) O mesmo se repetiu nessa opo: para que se mantessem deveria ser substitudo por para que se mantivessem. c) e d) Acertaram na conjugao (as duas formas seriam vlidas: a primeira situa o fato no condicional presente mantenham e a segunda, no condicional passado mantivessem), mas erraram na indicao da locuo conjuntiva. O vocbulo afim

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(juntinho) significa o que apresenta afinidade (pessoas afins, vocbulos afins). A locuo deve ser escrita a fim de que, com o a fim separadinho. O sujeito composto do verbo manter est aps o verbo. Mesmo sendo uma construo de voz passiva, possvel realizar a concordncia somente com o primeiro elemento: a ordem para que se mantivesse a ordem e o bem-estar pblicos. J o adjetivo pblicos, ao se flexionar no plural, deixou clara sua referncia aos dois elementos (ordem e bem-estar).

9C A palavra Mas que inicia o segmento no possui, na estrutura, funo sinttica nenhuma. usado, principalmente na linguagem oral, para introduzir falas, apresentar argumentos, ligar idias (Mas, o que voc queria saber?). As oraes so: 1 desculpe minha infinita ignorncia um bom exemplo de orao intercalada, em que o autor interrompe a linha de raciocnio principal para prestar algum esclarecimento ou fazer alguma observao. 2 por que enviar forca uma mulher orao interrogativa (principal) 3 que no julgamento perdoou ao frio assassino do filho orao subordinada adjetiva restritiva (em relao ao substantivo mulher). So trs as oraes do perodo. 10 B Para a anlise, vamos dividir o perodo em oraes, destacando os verbos. O segmento j comea com uma conjuno adversativa: - Mas ainda no h um programa alternativo maduro orao coordenada sindtica adversativa Em seguida, tem incio uma orao que restringe o conceito de programa alternativo maduro: - que se contraponha euforia do programa conservador orao subordinada adjetiva restritiva (em relao ao substantivo programa) Outras oraes subordinadas adjetivas reduzidas de particpio se referem expresso programa conservador: - aplicado por gente - aplaudido pela direita Ainda que se considerasse somente o valor adjetivo de tais expresses, no h dvidas de que seriam adjetivos formados a partir da forma participial dos verbos aplicar e aplaudir, atendendo ao pedido do enunciado (Quantos verbos h no trecho acima?).

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O substantivo gente da orao aplaudido por gente foi acompanhado de uma orao subordinada adjetiva restritiva: - que foi de esquerda So, portanto, CINCO verbos: h, contraponha, aplicado, foi e aplaudido. 11 a) Aprendi / que devemos falar a verdade. Aprendi ISSO = que devemos falar a verdade (objeto direto) Orao subordinada substantiva objetiva direta. b) Falta / resolver as ltimas questes. Falta ISSO = resolver as ltimas questes (SUJEITO) Orao subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. c) Tenho receio de/ que fales a verdade Tenho receio d ISSO = que fales a verdade (COMPLEMENTO NOMINAL) Orao subordinada substantiva completiva nominal Obs: A preposio pertence orao principal, por exigncia do substantivo RECEIO. d) Ignoro / quem fez a pergunta Ignoro ISSO = quem fez a pergunta (OBJETO DIRETO) Orao subordinada substantiva objetiva direta e) Convm / que tomes alguma atitude. Convm ISSO = que tomes alguma atitude (SUJEITO) Orao subordinada substantiva subjetiva f) A verdade / que ningum a deseja. A verdade ISSO = que ningum a deseja (PREDICATIVO DO SUJEITO) Orao subordinada substantiva predicativa do sujeito g) Avise-o de / que havamos chegado. Avise-o dISSO / que havamos chegado (OBJETO INDIRETO) Orao subordinada substantiva objetiva indireta

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h) Algum deve saber / quando ela viaja. Algum deve saber ISSO = quando ela viaja. (OBJETO DIRETO) Orao subordinada substantiva objetiva direta i) Este trabalho foi feito por / quem entende do assunto Orao subordinada substantiva agente da passiva Bons estudos e at a prxima!

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI AULA 0: ORTOGRAFIA Ol, pessoal Mais uma vez, vamos estudar a nossa querida Lngua Portuguesa a partir da resoluo de questes de prova da ESAF. Apesar de ter apresentado, em alguns concursos mais recentes, atitudes que no podem ser esperadas de uma banca to tradicional e competente, suas provas costumam ser muito boas, previsveis em alguns pontos, como em pontuao, e interessantes em questes de interpretao. Costumo dizer que a melhor maneira de se estudar a disciplina fazer muitos exerccios. Assim, essa ser a nossa proposta com esse trabalho. O programa, apesar de traado em apenas uma linha no edital, muito extenso. Por isso, abordaremos os principais temas gramaticais, ou seja, os que so recorrentemente exigidos nas provas dessa banca, como ortografia, verbos, concordncia, regncia, crase e pontuao. Como no se trata de um curso terico, iremos fazer uma breve reviso de algumas regras gramaticais e, sempre que possvel, apresentar dicas que possam auxiliar o candidato a compreend-las e memoriz-las. Sero 10 (dez) encontros, nos quais sero comentadas questes aplicadas nas provas da ESAF sobre os principais pontos de Lngua Portuguesa. Abordaremos tambm algumas questes presentes nos ltimos certames dessa banca, como AFRF 2005, TCU 2005, Tcnico da Receita Federal 2005/2006 e outros que sejam realizados no decorrer do nosso curso. Questes que abordem um nico assunto sero reproduzidas na ntegra. As que explorem assuntos diversos na mesma questo sero tratadas de forma diferente: tero cada opo separada por assunto e sua correo ser analisada sob a forma de certo ou errado (como nas provas da Cespe/UnB). Assim, o enunciado original dessas questes ser modificado para julgue a assertiva abaixo. Se preciso for, o texto correspondente ser reproduzido em cada uma delas. O objetivo exclusivamente didtico, de modo que possibilite ao aluno o estudo de cada ponto da disciplina separadamente.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Ao fim de cada aula, ser apresentada a lista com todos os exerccios nela comentados, para que o aluno, a seu critrio, os resolva antes de ver o gabarito e ler seus comentrios. O assunto de hoje um dos pontos iniciais da disciplina ORTOGRAFIA. Juntamente com explorao do vocabulrio e processo de formao das palavras, costuma ser objeto de questes de prova. Antigamente, l por 1997 e 1998, era comum a ESAF abordar o assunto em questes exclusivas. Hoje, exige-se do candidato um bom vocabulrio e o conhecimento do significado de expresses, especialmente das parnimas. Nas palavras de Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante (Gramtica da Lngua Portuguesa): A competncia para grafar corretamente as palavras est diretamente ligada ao contato ntimo com essas mesmas palavras. Isso significa que a freqncia do uso que acaba trazendo a memorizao da grafia correta. Alm disso, deve-se criar o hbito de esclarecer as dvidas com as necessrias consultas ao dicionrio. Trata-se de um processo constante, que produz resultados a longo prazo. Ningum obrigado a conhecer TODAS as palavras da lngua. Logo, no vergonha nenhuma desconhecer o significado de uma ou outra. Por isso, na dvida, deixe a preguia de lado e abra o dicionrio para verificar como se escreve ou o que significa algumas delas. J pensou se cai na prova? O remorso que voc vai sentir? Algumas regras ajudam a entender o processo de formao de algumas palavras, mas o que ajuda mesmo a fixar a grafia a memria visual. J viu como faz uma criana que acabou de ser alfabetizada? Ela l tudinho que passa na sua frente, de out-door a embalagem de biscoito. Vai juntando slaba por slaba at identificar a palavra, cujo significado conhea. Com o tempo, nos acostumamos a ler o conjunto, a figura que a palavra forma. Identificamos a grafia de uma palavra em seu todo, no lemos mais letra por letra, slaba por slaba, a no ser que a palavra seja totalmente desconhecida para ns. Quer ver s? INEXPUGNABILIDADE. Confesse: voc leu de primeira ou teve de juntar as letrinhas? Mais outra: INEXTINGUIBILIDADE (essa tive de digitar aos poucos pra no errar... e voc, ao ler, pronunciou ou no o u do dgrafo gui ? Viu algum trema ali? Daqui a pouco veremos se voc leu certinho...). Ento, isso que acontece com a ORTOGRAFIA. As palavras que voc j conhece passam rpido. As que voc desconhece tropeam

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI pelo caminho (ou porque voc nunca viu, ou porque j viu, mas no sabe o seu significado). O estudo da ORTOGRAFIA abrange: 1 - EMPREGO DE LETRAS (s/z; sc/s/ss; j/g; izar/isar; etc) 2 - ACENTUAO GRFICA 3 - USO DE OUTROS SINAIS DIACRTICOS (principalmente o HFEN e o TREMA) Com relao ao primeiro tpico (emprego de letras), h, no mercado, vasto material de qualidade que trata disso (uso do G / J, SC / S / / SS, etc). Vou-me ater a lembrar-lhes que a palavra derivada costuma conservar a grafia da palavra primitiva. Por exemplo, normalmente se usa x aps en (enxuto, enxovalhar), mas isso no acontece com encher, que deriva de cheio, ou com encharcado, que provm de charco (pntano), pelo fato de o dgrafo ch j constar da palavra primitiva. Costuma, porque raras vezes podemos nos deparar com alguns casos (excepcionais) que buscam na etimologia a mudana das letrinhas, por exemplo, estender e extenso (o substantivo que manteve o x da forma verbal latina extendere, segundo Aurlio) ou catequese e catequizar. E por que paralisar (paralisia) se escreve com s e imunizar (imune) se escreve com z? Porque, quando as palavras primitivas j apresentam a letra s, ela mantida nas palavras derivadas (exemplo: anlise analisar / atraso atrasar / mesa mesinha / pas - paisinho). Caso no conste essa letra na palavra primitiva, entra em ao o z nas derivadas (exemplo: aval avalizar / computador computadorizado / comercial comercializar / pai paizinho). Outra dica: na dvida com relao grafia de uma palavra que sofreu algum processo de transformao (substantivo derivado de verbo ou substantivo derivado de adjetivo), busque a grafia de outra palavra conhecida sua (que servir de paradigma), tomando o cuidado de observar se esta sofreu o mesmo processo daquela. Aquilo que aconteceu com uma ir acontecer com a outra tambm. Veja os exemplos. compreender -> compreenso / pretender -> pretenso permitir -> permisso / emitir -> emisso

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI conceder -> concesso / retroceder -> retrocesso Cuidado!!! EXCEO derivado de EXCETUAR e no de EXCEDER. Deve ser esse o motivo de tanta gente fazer confuso. Veja agora uma questo de prova da ESAF que abordou esse assunto: 01- (AFC/SFC 2002) No texto abaixo, foram introduzidos erros. Para san-los, foram propostas algumas substituies. Julgue a assertiva abaixo, em relao ao padro culto formal do idioma. O conceito de tributo, face sua interpretao nos conformes Constituio, tem essa peculiaridade: deve obedecer ao princpio da legalidade estrita. Cumpre ressaltar mais uma vez: no h possibilidade de discricionariedade na definio legislativa do tributo, mas s teremos tributo se o dever de pagar uma importncia ao Estado for vinculado previso de ter riqueza. (Nina T. D. Rodrigues, com adaptaes) IV. substituir discricionariedade(l .5 e 6) por discricionaridade Item ERRADO. Comentrio. Se houvesse dvida com relao grafia, o candidato poderia buscar uma outra palavra parecida (ou seja, um paradigma) que tivesse passado pelo mesmo processo: SRIO -> SERIEDADE SOLIDRIO -> SOLIDARIEDADE SCIO -> SOCIEDADE SBRIO -> SOBRIEDADE DISCRICIONRIO -> DISCRICIONARIEDADE Como bem maior a quantidade de vocbulos terminados por IO, em comparao com os de terminao EO, pode ocorrer a contaminao e, por conseguinte, erro na grafia de vocbulos como HOMOGNEO (confira como foi a questo 17 da prova para AFRF 2003, mais adiante). Ento, para dissipar dvidas, vamos buscar um paradigma. O que acontece com essa palavra o mesmo que ocorre com: CORPREO -> CORPOREIDADE IDNEO -> IDONEIDADE www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI CONTEMPORNEO -> CONTEMPORANEIDADE INSTANTNEO -> INSTANTANEIDADE ESPONTNEO -> ESPONTANEIDADE Dos exemplos acima, claro que o candidato inteligente vai buscar como paradigma o segundo, no ? Ou at outro mais comum ainda, pense a voc... Essa dica do paradigma vai tambm ajudar e muito em relao a conjugao verbal. Mas isso fica para um prximo ponto. 2 - (Fiscal do Trabalho/1998) Leia o texto seguinte para responder s questes. Existe atualmente, uma srie de leis que protegem o trabalhador. O trabalhador cede o seu trabalho e quem toma o trabalho do operrio v-se obrigado a cumprir um conjunto de obrigaes, que esto agrupadas na lei denominada Consolidao das Leis do Trabalho (CLT). Sempre que houver a despedida de um trabalhador motivada ou imotivadamente, e qualquer uma das partes, principalmente o empregado, considerar que, aquilo que foi tratado por ocasio de seu contrato de trabalho no foi cumprido na sua demisso, ele vai ao seu sindicato e argi perante as Juntas de Conciliao e Julgamento, os seus direitos. Quando argida a insalubridade ou a pericolosidade, o juz requisitar percias a cargo do mdico do trabalho ou engenheiro do trabalho. (Baseado em Joo Alberto Maeso Montes e Dirceu Francisco Arajo Rodrigues) Com relao ortografia, ocorre(m) no texto a) b) c) d) e) nenhum erro dois erros quatro erros trs erros um erro

GABARITO: D Comentrio. So trs os erros de ortografia:

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 1) 2) 3) linha 10 - argi - quando o U do dgrafo que, qui, gue ou gui pronunciado intensamente, recebe o acento agudo; linha 13 - periculosidade - do latim periculosus + o sufixo (i)dade; linha 13 - juiz - sem acento por atender regra das oxtonas.

O assunto dessa questo foi ACENTUAO GRFICA. De uma maneira geral, a regra ACENTUAR O MNIMO DE PALAVRAS. Ento, acentua-se o que h em menor nmero. Se buscarmos nos dicionrios, bem menor a quantidade de proparoxtonas. A maior parte das palavras da lngua portuguesa composta de paroxtonas e oxtonas (neste ltimo caso, por exemplo, classificam-se todos os verbos no infinitivo impessoal fazer, comer, estabelecer, etc.). Por isso, uma das regras de acentuao : T O D A S A S P R O P A R O X T O N A S S O A C E N T U A D A S (como so poucas, pe acento em todas elas). Por sua vez, pequeno o nmero de oxtonas que terminam em A / E / O / EM, e seus respectivos plurais. Por isso, essas sero acentuadas. De acordo com essa regra, as oxtonas terminadas por R ficaram de fora e, com isso, todos os verbos no infinitivo impessoal. Veja, agora, o quadro resumidor sobre acentuao grfica, ACENTUAO GRFICA so acentuados os: 9 MONOSSLABOS TNICOS TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S) - c, p, p, rs, ms, cs, n, pr (verbo), jus, bis, si, mim, sol, cor; 9 OXTONOS TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S), EM(NS) caf, caqui (fruta), tambm, vender, refns, domin, ardil, portugus, sermo, juiz, pas, raiz, colher, ruim (a slaba tnica im), parabns, sabi; 9 PAROXTONOS NO TERMINADOS EM A(S), E(S), O(S), EM(NS) - hfen (termina em EN), hifens (sem acento), biquni, item, domino (verbo), fnix, bceps, fcil, coco (fruta), lbum, difcil, fcil, cqui (cor), sabia (verbo), txi; 9 PAROXTONOS TERMINADOS EM DITONGO CRESCENTE (*), EM O, EM O - glria, indivduos, sbia, concordncia, acrdo, abeno; 9 TODAS AS PROPAROXTONAS - fsforo, matemtica, hfenes

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (*) Segundo o Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa (V.O.L.P.), que tem fora de lei no Brasil, a acentuao dos ditongos abertos classificada na regra dos proparoxtonos (s-ri-e / vi-t-ri-a) e os monosslabos so classificados na mesma regra dos oxtonos. ENCONTROS VOCLICOS: 9 OS DITONGOS ABERTOS I-, -U-, -I- : heri, apiam, idias, mausolu 9 NUM HIATO, RECEBEM ACENTO I OU U, COMO 2 VOGAL DO HIATO, SOZINHO (DESDE QUE NO SEGUIDO DE NH) OU ACOMPANHADO DE S. COM QUALQUER OUTRA LETRA OU SOZINHO E SEGUIDO DE NH, NO RECEBE O ACENTO AGUDO. Ex: Piau, juzes, razes, rainha, campainha, juiz, Lus, ruim, Ita (apesar de terminar com U regra das oxtonas acentuada por tratar-se de U como segunda vogal do hiato, sozinho na slaba I-ta-) CUIDADO! A pronncia de palavras como GRATUITO, FORTUITO FLUIDO (substantivo) assemelham-se de MUITO. Nessas palavras no existe acento agudo na letra i (ao contrrio do que acontece no particpio do verbo fluir - FLU--DO), de modo que, naqueles casos, existe um ditongo, e no um hiato. 9 -EM DOS VERBOS LER, VER, CRER, DAR e derivados - O Vocabulrio Ortogrfico determina que se conserva, por clareza grfica, o acento circunflexo no plural desses verbos: crem, dem, lem, vem, descrem, desdem, relem, revem, etc.

3 - (Analista Com.Exterior/1998) Leia o texto seguinte para responder s questes. Em Direito Tributrio, a expresso sanes polticas corresponde a restries ou proibies impostas ao contribuinte, como forma indireta de obrig-lo ao pagamento do tributo, tais como a interdio do estabelecimento, a apreenso de mercadorias, o regime especial de fiscalizao, entre outras. Qualquer que seja a restrio que implique cerceamento da liberdade de exercer atividade lcita inconstitucional, porque contraria o disposto nos artigos 5o, inciso XIII, e 170, pargrafo nico, do estatuto maior do pas. O Supremo Tribunal Federal sumulou sua jurisprudncia no sentido de serem inconstitucionais as sanes polticas. A Smula 70 diz que

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI inadimissvel a interdio de estabelecimento como meio coercitivo para cobrana de tributo. Diz a Smula 323 que inaceitvel a apreenso de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributo, e a 547, estabelece que no lcito autoridade proibir que o contribuinte em dbito adquira estamplias, despache mercadorias nas alfndegas e exera suas atividades profissionais. No obstante inconstitucionais, as sanes polticas, que no Brasil remontam aos tempos da ditadura de Vargas, vm-se tornando, a cada dia, mais numerosas e arbitrrias, consubstanciando as mais diversas formas de restries a direitos do contribuinte, como forma oblqua de obrig-lo ao pagamento de tributos ou, s vezes, como forma de retaliao contra o contribuinte que vai a juzo pedir proteo contra cobranas ilegais. (Baseado em Hugo de Brito Machado, Direito e Justia, CB, 27/04/1998) Em relao ortografia, ocorre(m) no texto a) b) c) d) e) um erro dois erros nenhum erro trs erros quatro erros

Gabarito: B Comentrio. Os dois erros so inadmissvel (linha 11), com d mudo, e estampilha (l.15) com LH, que nada mais do que o diminutivo irregular de estampa. Cuidado!!! J que o assunto ortografia, falemos sobre consoantes mudas. Devemos ter cuidado com algumas palavras especiais: AFICIONADO (tem apenas um c formalmente, no existe aficcionado), ABRUPTO , OPTAR (cuidado na conjugao do verbo, em que a letra p muda eu opto, tu optas...). Outras (e suas derivadas) facultam a colocao da letra muda CONTA(C)TO, INFE(C)O, CORRU(P)O, A(C)CESSVEL (com o c dobrado, pronuncia-se <cs>), como o x de txi). No acredita? Consulte o Aurlio. Outra palavra perigosa CARTER. O plural correspondente busca em sua origem latina a grafia CARACTERES (Aquele rapaz um mau carter. Aqueles rapazes so uns maus caracteres).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 4 - (Analista Com.Exterior/1998) Assinale o perodo com grafia inteiramente correta. a) Na solenidade de inaugurao da escola, o diretor revelou alviareira notcia: a liberao de recursos para a construo de uma quadra poliesportiva. b) Agradeceu tambm aos professores e estudantes que sempre perfilharam ao lado da direo na busca de um ensino de melhor qualidade. c) Renovou seu idealismo de puguinar para a escola alar-se categoria de escola-padro do municpio. d) Enfatizou serem as escolas, ocupem-se elas do grau de ensino que for, o lugar em que se vai construindo o cidado consciente e crtico. e) Reinterou sua convico no atingimento das metas a que se props como fundador e primeiro diretor da escola. GABARITO: D Comentrio. Os erros das demais opes so: a) alvissareira palavra derivada de alvssaras, interjeio que serve para anunciar boas novas (Aurlio) b) Mais um par de parnimos perfilar significa organizar em filas, enquanto que perfilhar significa dar a paternidade a algum (filho). No caso, a grafia do primeiro. c) Pugnar tem o g mudo e significa combater, lutar, brigar. Na dvida, poderia lembrar de uma derivada dessa impugnao. e) A grafia correta reiterar, cujo sinnimo iterar, repetir. Alm disso, no h registro formal da palavra atingimento. 5 (MPU/2005) Marque o item em que uma das sentenas no est gramaticalmente correta. a) A literatura depende muito de condies subjetivas, raramente satisfaz apenas os sentidos, exige colaborao, embora muitos acreditem que as obras literrias possam brotar de crebros insulados./ A literatura depende muito de condies subjetivas, www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI raramente satisfaz apenas aos sentidos, exige colaborao, embora muitos acreditem que as obras literrias possam brotar de crebros insulados. b) Um povo no perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e pratica a pintura e a msica de outra origem, mas dificilmente adotar literatura estranha sem perda de alguns de seus valores. / Um povo no perder os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e praticar a pintura e a msica de outra origem, mas dificilmente adotar literatura estranha sem perda de alguns de seus valores. c) J tive ocasio de mostrar quanto me parecem precrias trs afirmativas de Euclides da Cunha: a questo do cruzamento; a fatalidade da luta das raas e o autoctonismo do homem americano. / J tive ocasio de mostrar como me parecem precrias trs afirmativas de Euclides da Cunha: a questo do cruzamento; a fatalidade da luta das raas e o autoctonismo do homem americano. d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao sistema de que falei h pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao sistema de que faz pouco falei. e) No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um sistema interessantssimo, que a cerca de trezentos anos desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um sistema interessantssimo, que h cerca de trezentos anos se desenvolve. (Baseado em Roquette Pinto) GABARITO: E Comentrio. Vamos estabelecer a diferena entre trs expresses muito parecidas: h cerca de / a cerca de / acerca de, a partir do seguinte exemplo: Eles saram de casa h cerca de uma hora em direo fazenda que fica a cerca de 30 km de So Paulo. Tenho minhas dvidas acerca do tempo que levaro para chegar l, j que a estrada est em pssimas condies. CERCA DE significa aproximadamente. Ela consta das duas primeiras expresses, sendo que, na primeira, percebe-se o emprego do verbo impessoal haver na indicao de tempo decorrido (h cerca de). Com relao segunda (a cerca de), a preposio a precede a expresso por indicar distncia (A fazenda fica a 30 km de So

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Paulo.). J a expresso acerca de equivale a sobre. No se pode confundi-las. Logo, um dos erros da opo E est na construo que a cerca de trezentos anos. Por indicar tempo decorrido, o correto o emprego do verbo haver (que h cerca de trezentos anos), como na segunda proposio do mesmo item. O outro erro refere-se colocao pronominal em desenvolve-se, que ser objeto de estudo posteriormente. 6 - (TRF/2002) Indique a opo que completa com correo gramatical e com coerncia as lacunas do texto abaixo. O Estado cresceu em termos de pessoal e, principalmente, em termos de receita e despesa. Em muitos pases, os servidores pblicos, excludos os trabalhadores das empresas estatais, correspondem ___________10 a 20 por cento da fora de trabalho, __________no incio do sculo XX essa proporo estava prxima de 5 por cento. As despesas do Estado, por sua vez, ___________ nesse perodo: nos ltimos trinta anos ____________, variando entre 30 e 50 por cento do PIB. Naturalmente, esse processo de crescimento ocorria ao mesmo tempo em que _________________as funes do Estado, principalmente na rea social. (Luiz Carlos Bresser Pereira, com adaptaes) a) a cerca de / enquanto / multiplicaram-se / dobraram / se ampliavam b) acerca de / quando / multiplicara / dobraram-se / ampliava-se c) cerca de / quanto / multiplicaram / dobravam-se / se ampliava d) em cerca de / em quanto / se multiplicava / dobrou / ampliavam e) de cerca de / por quanto / multiplicavam / dobravam-se / ampliava GABARITO: A Comentrio. As opes correspondentes s trs ltimas lacunas tratam de concordncia verbal e colocao pronominal. Por isso, sero comentadas posteriormente. Para resolver essa questo, bastaria ao candidato verificar o item que preenche a primeira lacuna para garantir um pontinho. Na hora da prova, tempo precioso. Por isso, se voc j tiver certeza da resposta,

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI no perca tempo: assinale a opo correta e passe para a prxima questo. Na passagem os servidores pblicos, (...) , correspondem ____ 10 a 20 por cento da fora de trabalho,..., o verbo corresponder exige a preposio a (X corresponde a Y.). Na seqncia, verifica-se a indicao de nmero aproximado (10 a 20 por cento). Por isso, usase a expresso cerca de que, como vimos, equivale a aproximadamente. Assim, a expresso que ir preencher a primeira lacuna a cerca de e a nica opo que apresenta essa resposta a letra A. 7 - (Auditor de Fortaleza/1998) Nas questes seguintes, indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. No muito difcil imaginar os motivos que teria a Argentina para entabular(A) agora uma conversa mais sria com o Brasil a cerca(B) da criao de uma moeda nica no Mercosul. Existe uma motivao no reconhecida oficialmente mas plenamente visvel: o receio das desvalorizaes do real na base de(C) 0,6% ao ms e o impacto que isso j est tendo sobre os preos das exportaes argentinas ao mercado brasileiro. O tema complexo e tem muito mais implicaes(D) do que a deciso de mandar um argentino em viagem (E) Lua. (Maria Clara R. M. Prado - Gazeta Mercantil - 21 e 22/2/1998, adaptado) a) b) c) d) e) A B C D E

GABARITO: B Comentrio. Mais uma vez, a banca exigiu conhecimento sobre esses vocbulos. Relembrando: a locuo prepositiva acerca de equivale a sobre, a respeito de, relativamente a. A expresso cerca de significa aproximadamente e pode vir antecedida do verbo haver (h cerca de) para indicar tempo decorrido aproximado ou da preposio a (a

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI cerca de), indicando distncia ou tempo futuro aproximados. O candidato no pode confundi-las. Essa uma questo clssica, abordada tambm em questes de crase (com lacunas) ou nas em que a banca pede que se assinale a questo com erro gramatical. 8- (AFC/SFC/2000) Assinale, entre as substituies propostas, a que corrige adequadamente o erro do trecho seguinte: Antes de digladiar sobre como os novos impostos deveriam ser distribudos entre as trs esferas de governo - questo que consumiu a melhor parte dos humores e energia de prefeitos, governadores e autoridades fazendrias federais nos ltimos trs anos -, talvez vale a pena perguntar como, de um ponto de vista agregado, deixando por um momento de lado as complexidades do federalismo fiscal, poderiam ser os R$ 131 bilhes arrecadados de forma mais racional. (Adaptado de Rogrio L. F. Werneck , O Estado de S. Paulo, 27/10/2000) SUBSTITUIR a) b) c) d) e) Digladiar Sobre Entre Vale poderiam ser POR degladiar a cerca da forma dentre valha poderia ser

GABARITO: D Como nosso assunto ortografia, vocabulrio e afins, vamos comentar somente as substituies propostas nas opes a e b, tidas como INCORRETAS. Nessa questo, o enunciado poderia levar o candidato a uma interpretao equivocada do que deveria ser assinalado. O examinador pede que seja marcada a troca vlida para correo de um erro no texto. Na primeira opo, a palavra correta DIGLADIAR, apresentada originalmente no texto, e no existe a forma proposta na opo a (degladiar). Com relao opo b, observe o que mencionamos na correo da prova para Fiscal de Fortaleza - 1998, sobre cerca de (que significa www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI aproximadamente) e acerca de (que equivale a sobre) e perceba que a troca sugerida invlida, sendo o correto acerca da forma. 9 -(TCE RN/2000) Marque o item em que um dos dois perodos est gramaticalmente incorreto. a) Entre as leis editadas pela Unio, algumas h que se destinam organizao poltico-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na estrutura da Repblica Federativa, para nela dispor instituies e institutos, quer essenciais, quer acidentais repblica e federao. / Entre as leis editadas pela Unio, algumas h que se destinam organizao poltica-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na estrutura da Repblica Federativa, para nela dispr instituies e institutos, quer essenciais, quer acidentais repblica e federao. b) O federalismo brasileiro de duplo grau, declinando por dois degraus entre trs patamares, pelo que suporta, em trs nveis de poder, trs reparties genricas de competncia. / O federalismo brasileiro de duplo grau, declinando por dois degraus entre trs patamares, razo por que suporta, em trs nveis de poder, trs reparties genricas de competncia. c) No gnero das leis federativas, possvel discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas. / No gnero das leis federativas, podem-se discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas. d) As leis nacionais podem ser de ordem pblica ou de ordem privada, guardando preponderante interesse pblico ou administrativo, ou social, ou privado. / As leis nacionais podem ser de ordem pblica ou de ordem privada, e guardam preponderante interesse pblico ou administrativo, ou social, ou privado. e) Algumas leis eminentemente federativas, como o Cdigo Tributrio Nacional, autoproclamam-se nacionais. / Algumas leis eminentemente federativas, como o Cdigo Tributrio Nacional, se autoproclamam nacionais. (Baseado em Srgio Resende de Barros) GABARITO: A ACENTOS DIFERENCIAIS A partir da mudana ortogrfica, em 1971, conservaram-se somente os acentos diferenciais abaixo indicados: 9 DE TIMBRE (vogal aberta ou fechada) o nico que restou foi: pode (pres.indicativo) pde (pret.perf.ind) www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 9 DE INTENSIDADE ou TONICIDADE (vogal tona ou tnica). Os mais comuns so: pr (verbo) por (preposio) pra (verbo) para (preposio) plo (substantivo) pelo (contrao de por + o) O acento circunflexo do verbo pr usado para diferenci-lo da preposio tona por (um dos casos de acento diferencial de tonicidade). Por isso, no h acento nos verbos derivados do pr, como propor, dispor, contrapor, indispor, repor, cuja (falta de) acentuao grfica se justifica pela norma das oxtonas. 10 - (TTN 1998) Leia o texto seguinte e responda questo abaixo. Segundo os cientistas, os macacos pongdeos termo usado para designar os bichos mais prximos do homem, como gorilas, orangotangos, chimpanss e bonobos vivem em sociedades organizadas, em que as relaes entre os individuos so semelhantes s humanas. Diferentemente dos animais mais primitivos, aos quais se atribuem apenas emoes simples, como medo e fome, esses macacos parecem possuir compaixo e solidariedade. Sua capacidade intelectual est muito acima de todo o restante dos bichos e a diferena entre seu cdigo gentico e o dos seres humanos de apenas 1,6%. As pesquisas com essas espcies vem causando tanta comoo que, no final de 1997, um grupo de bilogos, assessorado por advogados ambientalistas, publicou um documento pedindo a extenso dos direitos humanos aos pongdeos! (Valria Frana - Veja - 28/1/98, adaptado) H, no texto, a) b) c) d) e) trs erros de ortografia nenhum erro de ortografia dois erros de ortografia um erro de ortografia quatro erros de ortografia

GABARITO: A Comentrios.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI J apresentamos essa questo na rea aberta do stio. Mas, dada a sua importncia, a repetimos aqui, nesta aula de ortografia. Os trs erros so: - CHIMPANZ (linha 2) ou chipanz, mas sempre com a letra Z; - INDIVDUOS (linha 3), que est grafado sem o acento agudo; - VM (linha 11), tendo sido considerada a ausncia do acento circunflexo da forma plural (o sujeito pesquisas) como erro de ortografia. Alguns gramticos classificam o acento circunflexo dos verbos ter e vir (e derivados) na 3 pessoa do plural (tm, vm, contm, entretm, detm, retm etc.) como ACENTO DIFERENCIAL DE NMERO. As formas verbais singulares tem e vem so monosslabos tnicos e, por isso, dispensariam a acentuao (a regra acentuar somente os monosslabos tnicos terminados em A / E / O). A conjugao na 3 pessoa do singular dos verbos derivados recebe acentuao (detm, contm, entretm etc.) em atendimento regra dos oxtonos terminados por EM. Esses gramticos consideram, ento, que o acento circunflexo (tm, vm, detm, contm, entretm) serve to-somente para indicar que o verbo est no plural. Dessa forma, a regra de acentuao, segundo eles, : tm (acento diferencial de nmero) vm (acento diferencial de nmero) detm (oxtona terminada em EM) detm (acento diferencial de nmero c/c oxtona terminada em EM). 11 -(AFTN/1998) Julgue a assertiva abaixo. a) O acento circunflexo diferencial na forma verbal pr explica-se, tambm, porque este monosslabo tnico. Item CORRETO. Comentrio. O que nos interessa nessa questo comentar a opo que aborda o tema de hoje ORTOGRAFIA, VOCBULOS E AFINS. Por isso, no chegamos nem a transcrever o texto que serve de base para a www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI questo. Perceba que na opo (a), que foi considerada correta, o examinador usou a palavra tambm para reforar que, alm do carter diferencial, seu acento circunflexo se deve ao fato de o verbo pr ser um monosslabo tnico, em comparao com a preposio por, que tona. 12 - (AFRF 2003) Indique o item em que todas as palavras esto corretamente empregadas e grafadas. a) A pirmide carcerria assegura um contexto em que o poder de infringir punies legais a cidados aparece livre de qualquer excesso e violncia. b) Nos presdios, os chefes e subchefes no devem ser exatamente nem juzes, nem professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem pais, porm avocam a si um pouco de tudo isso, num modo de interveno especfico. c) O carcerrio, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder tcnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento em um e de arbitrrio no outro, atenuando os efeitos de revolta que ambos possam suscitar. d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados. e) A existncia de uma proibio legal cria em torno dela um campo de prticas ilegais, sob o qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilcito, mas que se torna manejvel por sua organizao em delinqncia. (Itens adaptados de Michel Foucault) GABARITO: B Comentrio. Nessa questo, a ESAF testou o conhecimento de alguns parnimos (palavrinhas parecidas, mas cujos significados so diferentes). Esto incorretas: a) INFRINGIR cometer infrao / INFLIGIR (correto) aplicar uma pena c) Est incorreta a grafia da palavra HOMOGENEIZAR (HOMOGNEO + IZAR). Sobe esse processo de formao da palavra, reveja as observaes iniciais deste ponto.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) IMINENTE prestes a acontecer / EMINENTE (correto) importante e) AFERIR medir / AUFERIR (correto) ganhar, obter. 13 - (TTN 1997) Julgue as assertivas abaixo, em relao correo gramatical. d) O relatrio conclue que no preciso haver um Estado reduzido no mnimo, mas um Estado que funciona. e) Poltica, histria, instituies e leis, todos esses fatores vo determinar o bom ou mal funcionamento da economia, e no existe estratgia de desenvolvimento que seja adequada a todos os casos. (Folha de S. Paulo - 13.7.97, com adaptaes) Itens INCORRETOS. Comentrio. d) CONCLUI Essa confuso - to comum - tem uma explicao (explica mas no justifica o erro): os verbos terminados em ir conjugam-se normalmente com um e na desinncia das terceiras pessoas do Presente do Indicativo PARTIR: ele parte / eles partem FERIR: ele fere / eles ferem - DECIDIR: ele decide / eles decidem. Esse raciocnio leva os falantes da lngua a fazerem a mesma conjugao com os verbos terminados em hiato, como o caso de CONCLUIR. Contudo, nesses verbos, a conjugao da 3 pessoa do singular (ele/ela/voc) termina com a letra i CONCLUIR: ele conclui OBSTRUIR: ele obstrui POSSUIR: ele possui. Mas, na 3 pessoa do plural, retoma-se a desinncia EM (com E): CONCLUIR: eles concluem - OBSTRUIR: eles obstruem POSSUIR: eles possuem. e) No confunda estes vocbulos: BOM MAU (adjetivos) / BEM MAL (advrbios) Ex: Eu nado muito BEM / MAL. (advrbios) Ele um rapaz BOM / MAU. (adjetivos) O texto da opo e: Poltica, histria, instituies e leis, todos esses fatores vo determinar o bom ou mal funcionamento da economia,... Opa! Um dos dois est errado! Temos de identificar a classe gramatical dos vocbulos. Eles apresentam uma idia circunstancial (advrbio) ou uma qualidade (adjetivo) ao substantivo funcionamento? www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Nessa construo, por estarem modificando um SUBSTANTIVO (funcionamento), so ADJETIVOS, e no advrbios. ADVRBIO palavra invarivel que, apresentando uma idia circunstancial, modifica um VERBO, um ADJETIVO ou outro ADVRBIO. ADJETIVO atribui ao substantivo (ou um termo que o represente) uma caracterstica, qualidade ou estado. Logo, so dois adjetivos BOM e MAU. Sendo assim, a forma correta seria ...o bom ou mau funcionamento da economia,.... No foi toa que escolhi Classes de palavras e Funo Sinttica para o nosso primeiro encontro, l no meu primeiro ponto. Muitas vezes, a partir do conhecimento desses conceitos, possvel resolver uma questo de prova. 14 - (MPOG/ 2003) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical ou de grafia das palavras. Considerando que a constituio de uma nova cultura do trabalho nos empreendimentos populares s pode ser(1) compreendida como um processo que perspassa(2) o conjunto mais amplo das relaes sociais, seria(3) uma iluso imaginar que possvel encontrar no interior da sociedade capitalista uma organizao econmica que, mesmo gerida(4) pelos prprios trabalhadores, pudesse se(5) caracterizar, em seu conjunto, como cultura de novo tipo. (Adaptado de Lia Tiriba) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 GABARITO: B Comentrio. O verbo perpassar (olha a grafia), como transitivo direto, significa segundo o Aurlio postergar, preterir. Talvez, a inteno da banca tenha sido promover uma contaminao desse verbo com outros mais comuns, com o transpassar, ou at com os substantivos perspectiva, perspiccia.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Quer uma surpresa? Olhe a prxima questo, da prova para AFC CGU, aplicada meses aps a do MPOG, que acabamos de ver. 15 - (AFC/CGU 2003/2004) Assinale a opo que corresponde a palavra ou expresso do texto que contraria a prescrio gramatical. No sculo XX, a arte cinematogrfica introduziu um novo conceito de tempo. No mais o conceito linear, histrico, que perspassa(1) a Bblia e, tambm, as pinturas de Fra Angelico ou o Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimemse(3) as barreiras entre tempo e espao. O tempo adquire carter espacial, e o espao, carter temporal. No filme, o olhar da cmara e do espectador(4) passa, com toda a liberdade, do presente para o passado e, desse, para o futuro. No h continuidade ininterrupta(5). (Adaptado de Frei Betto) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 GABARITO: A Comentrio. Assim no vale! Agora ficou fcil! Voc j tinha visto como se escreve o verbo do item (1). E por essas e outras que no me canso de recomendar a resoluo de provas anteriores da ESAF (ou at de outras bancas) como mtodo de estudo. As questes muitas vezes se repetem, e isso se aplica a todas as disciplinas. Item (2) - O que voc achou do simultaneidade? familiar para voc? No preciso comentar, no mesmo? Na dvida, releia este ponto desde o comeo. Item (3) por tratar de construo de voz passiva e concordncia, esse comentrio fica para a aula sobre verbos. Item (4) - Espectador o que v ou testemunha certos atos (ou programas de televiso), enquanto que seu parnimo expectador o que est na expectativa. O uso daquele vocbulo est certinho de acordo com o contexto.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Item (5) - Estamos diante de mais um caso de substantivo com letrinha indispensavelmente muda ININTERRUPTA. 16 (AFTE RN/2005) Julgue a assertiva abaixo em relao ao texto seguinte: O ano de 2003 marcado pela recesso econmica no Brasil e em vrios pases do mundo. Aqui, o clima foi de expectativa em relao a um novo governo que assumiu o Pas diante de um grave quadro de desigualdade social. O Brasil assistiu, estarrecido, no outro lado do mundo, a uma invaso no Oriente Mdio promovida pela dupla Bush/Blair. E o terrorismo s recrudesceu. De que forma todos esses acontecimentos podem ter infludo no imaginrio do executivo brasileiro? (Carta Capital, n 307) c) Expectador uma palavra cognata de Expectativa, mas ao contrrio dessa pode tambm ser grafada com s na primeira slaba, sem alterao de sentido. Item INCORRETO. Comentrio. O problema desse item est na parte final, em que afirma no ocorrer alterao de sentido na grafia de expectador com s (espectador). Como vimos, so parnimos: espectador significa o que assiste a algo e expectador, o que possui expectativa sobre algo. 17 - (AFC/CGU 2003/2004) Assinale a opo que corresponde a palavra ou expresso do texto que contraria a prescrio gramatical. Aos poucos, o horizonte histrico apaga-se(1), como as luzes de um palco aps o espetculo. A utopia sai de cena, o que(2) permite a Fukuyama vatiscinar(3): "A histria acabou". Ao contrrio do que(4) adverte Colet, no Eclesiastes, no h mais tempo para construir e tempo para destruir; tempo para amar e tempo para odiar; tempo para fazer a guerra e tempo para estabelecer a paz. O tempo agora. E nele se sobrepem(5) construo e destruio, amor e dio, guerra e paz. (Adaptado de Frei Betto) a) 1 b) 2 www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) 3 d) 4 e) 5 GABARITO: C Comentrio. Como o verbo que corresponde prtica de um VATICNIO? O verbo VATICINAR, que significa predizer, prenunciar. A regra da palavra derivada conserva a grafia da palavra primitiva aplicvel aqui nesta questo. Ambas so escritas com c e no sc. 18 - (TTN/ 1997) Assinale o item incorreto em relao s exigncias do padro culto da lngua escrita. a) A Organizao Internacional de Aviao Civil (OECI) considera todo passageiro areo um terrorista inocente em potencial. b) A entidade das Naes Unidas encarregada de cuidar da segurana de vo, com sede no Canad, emitiu, ano passado, alerta aos organismos governamentais sobre produtos perigosos carregados em bagagens. c) O alerta lista 3.291 itens e solicita que os governos criem campanhas publicitrias para concientizar os passageiros sobre o risco de levar na bagagem explosivos que se escondem sob a forma de objetos aparentemente inofensivos, como sprays para cabelos, isqueiros a gs, caixas de fsforos, kits de limpeza de computadores e pilhas alcalinas. d) A recomendao no pra a. Alguns produtos podem causar irritao ou sufocamento, como cido frmico, arsnico e inseticidas, ou ferimentos graves, como oxidantes, cido sulfrico, produtos alcalinos e soda custica. e) Outro ponto lembrado na norma refere-se a interferncias em equipamentos aeronuticos causadas por ms e equipamentos eletrnicos, como celulares. (Correio Braziliense - 15.7.97, com adaptaes) GABARITO: C Comentrio.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Houve um erro de ortografia na palavra CONSCIENTIZAR. Esse vocbulo deriva de conscincia e apresenta o dgrafo sc. Mais uma vez, bastaria lembrar a regra palavra derivada conserva a grafia da palavra primitiva. 19 - (TTN/1997) Assinale o item incorreto em relao s exigncias do padro culto da lngua escrita. a) O Fundo de Estabilizao Fiscal (FEF) permite ao governo remanejar recursos do oramento e fazer uma reserva para cobrir despesas extras. O FEF composto de recursos diversos, entre eles parte do Imposto de Renda (IR) de funcionrios pblicos e fornecedores da Unio. b) Sem o FEF, o governo s pode realizar despesas previstas no oramento, conforme as regras da Constituio. Sem o fundo no possvel usar para pagar salrios um dinheiro destinado sade, por exemplo. O FEF, portanto, garante maior mobilidade. c) Entretanto, o IR tambm o principal item do Fundo de Participao dos Municpios (FPM), uma espcie de mesada paga pelo governo aos municpios. d) Por determinao da Constituio, todos os municpios tm direito a 17% do FPM (que reune recursos do IR e do Imposto sobre Produtos Industrializados). e) Desde o incio da vigncia do FEF, em 1994, (antes chamava-se Fundo Social de Emergncia) os municpios j perderam R$ 1 bilho/ano. Isso porque a principal fonte do FEF e do FPM a mesma: o IR. (Correio Braziliense - 15.7.97, com adaptaes) GABARITO: D Comentrio. Faltou um acento agudo no vocbulo rene. A letra i ou u, segunda vogal de um hiato, sozinha na slaba (desde que no seguida de NH) ou acompanhada da letra s, deve receber o acento agudo, como rudo, egosta, maniquesta. A dica do paradigma ajuda bastante: na dvida, procure uma outra palavra parecida cuja grafia voc conhea (servir de paradigma) e verifique com se escreve. Parecida com rene, existe cime.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 20 - (AFC/STN 2002) - Marque o item em que a forma proposta no preenche a lacuna do respectivo segmento do texto com preciso vocabular e correo gramatical. a) No mbito das polticas pblicas, houve mudanas concretizadas atravs das propostas coletadas no Relatrio do Ministrio da Justia pelo Comit Nacional para a participao brasileira na III Conferncia Mundial das Naes Unidas contra o Racismo, --------------------Racial, Xenofobia e Intolerncia Correlata. Descriminao b) No documento oficial est a seguinte proposta: adio de cotas ou outras medidas afirmativas que promovam ---------------------------------------------- universidades pblicas. o ascenso de negros s c) O prprio presidente do Supremo Tribunal Federal defende a ao afirmativa, que considera constitucional: Precisamos deixar de lado a postura ---------------------- e partir para atos concretos. contemplativa d) O nico modo de se ---------------------- desigualdades colocar a lei a favor daquele que tratado de modo desigual. corrigirem e) Em vrios setores do Governo Federal, medidas de ao afirmativa j foram ou -------------------- implantadas. tm sido (Baseado em UnB Revista, n 6) GABARITO: A Comentrio. Nessa questo, a banca voltou a exigir o conhecimento sobre parnimos: DISCRIMINAO e DESCRIMINAO. DISCRIMINAO equivale a SEGREGAO, SEPARAO (A discriminao contra imigrantes uma das causas dos recentes protestos na Frana.) ou, em outro contexto, significa a faculdade de discernir, distinguir (Ele discriminou os itens que gostaria de abordar em sua tese.). DESCRIMINAO, por sua vez, significa retirar a criminalidade de um fato (ato de descriminar). Somente uma atenta leitura poder elucidar qual desses vocbulos deve ser empregado na www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI lacuna. Os vocbulos Racismo, Xenofobia, Intolerncia Correlata apontam para o primeiro conceito DISCRIMINAO. Os itens b e c tambm exploram o vocabulrio do candidato. No me canso de repetir: havendo dvidas, pense na ortografia de uma palavra correlata (regra do paradigma) ou em como se escreve a palavra originria (regra palavra derivada conserva a grafia da palavra primitiva). Provavelmente o vocbulo ascenso no faz parte do seu vocabulrio cotidiano, mas quase todos os dias voc se depara com aquele trabalhador que tem muitos sobes-e-desces na vida: fica dentro do elevador, apertando os botezinhos dos andares. Quem ele? O ASCENSORISTA (boa essa dica, hem?). Ento, o que faz o ascensorista? ASCENDER (subir, elevar-se, segundo Aurlio). Talvez, algum, alguma vez na vida, o tenha chamado (ou pelo menos pensado em cham-lo) de acessorista, sim ou no? Isso poderia ter acontecido por analogia palavra acesso. Tudo bem, isso acontece... O problema que acessorista, segundo o dicionrio, a pessoa responsvel pelos acessrios, ou seja, no tem nada a ver com aquele sujeito simptico que o leva ao andar desejado. 21) (TRF 2006) Julgue a assertiva abaixo, em relao correo gramatical. e) Nessa ao incremental de governo tem papel de destaque um amplo trabalho de marketing poltico sob a hgide da ideologia da casa prpria e a partir da doao de terreno e uso constante dos meios de comunicao de massa anunciando as diferentes estratgias de acesso a lotes. Item INCORRETO Erro de ortografia a grafia da palavra gide, que, em sentido conotativo, significa defesa, proteo. 22) (TRF 2006) Indique a opo que preenche com as formas gramaticalmente corretas as lacunas do trecho. Numa economia industrial, a inverso faz crescer diretamente a renda da coletividade em quantidade idntica __1__. A inverso feita numa economia __2__ fenmeno inteiramente diverso. A mo-de-obra escrava pode ser comparada s instalaes de uma fbrica: a inverso consiste na compra do escravo, e sua manuteno representa custos fixos. __3__ a fbrica ou o escravo trabalhando ou no, os gastos de manuteno __4__. www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Celso Furtado, Formao econmica do Brasil, com adaptaes) 1 2 3 esteja 4 tero de dispendidos ser ser ser ser ser

a) a si mesma exportadoraescravocrata b) a si prpria c) a mesma d) consigo mesma e) consigo prpria exportadoraescravista

estejam tero de dispendidos esteja tero de despendidos

ela exportadoraescravista exportadoraescravagista exportadoraescravagista

estejam tero de despendidos estando tero de dispendiosos

Gabarito: C Mesmo sem ler o texto, poderamos eliminar trs das opes apresentadas. Houve erro na grafia do verbo despender. Talvez a inteno do examinador tenha sido causar confuso do verbo com o substantivo correspondente dispndio. Contudo, assim como ocorre na relao estender extensivo, o verbo no manteve a forma original do latim, passando a ser grafado com a letra e (despender origina da forma latina dispendere). Ficamos com as opes c e d. Elas divergem nas primeira e terceira lacunas, j que escravagista, escravocrata e escravista so palavras sinnimas. A primeira lacuna resolve a questo o pronome consigo apresenta idia reflexiva, incabvel ao contexto. Assim, a resposta correta foi c. At o prximo encontro. LISTA DAS QUESTES COMENTADAS

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 01- (AFC/SFC 2002) No texto abaixo, foram introduzidos erros. Para san-los, foram propostas algumas substituies. Julgue a assertiva abaixo, em relao ao padro culto formal do idioma. O conceito de tributo, face sua interpretao nos conformes Constituio, tem essa peculiaridade: deve obedecer ao princpio da legalidade estrita. Cumpre ressaltar mais uma vez: no h possibilidade de discricionariedade na definio legislativa do tributo, mas s teremos tributo se o dever de pagar uma importncia ao Estado for vinculado previso de ter riqueza. (Nina T. D. Rodrigues, com adaptaes) IV. substituir discricionariedade(l .5 e 6) por discricionaridade 2 - (Fiscal do Trabalho/1998) Leia o texto seguinte para responder s questes. Existe atualmente, uma srie de leis que protegem o trabalhador. O trabalhador cede o seu trabalho e quem toma o trabalho do operrio v-se obrigado a cumprir um conjunto de obrigaes, que esto agrupadas na lei denominada Consolidao das Leis do Trabalho (CLT). Sempre que houver a despedida de um trabalhador motivada ou imotivadamente, e qualquer uma das partes, principalmente o empregado, considerar que, aquilo que foi tratado por ocasio de seu contrato de trabalho no foi cumprido na sua demisso, ele vai ao seu sindicato e argi perante as Juntas de Conciliao e Julgamento, os seus direitos. Quando argida a insalubridade ou a pericolosidade, o juz requisitar percias a cargo do mdico do trabalho ou engenheiro do trabalho. (Baseado em Joo Alberto Maeso Montes e Dirceu Francisco Arajo Rodrigues) Com relao ortografia, ocorre(m) no texto a) b) c) f) g) nenhum erro dois erros quatro erros trs erros um erro

3 - (Analista Com.Exterior/1998) Leia o texto seguinte para responder s questes.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Em Direito Tributrio, a expresso sanes polticas corresponde a restries ou proibies impostas ao contribuinte, como forma indireta de obrig-lo ao pagamento do tributo, tais como a interdio do estabelecimento, a apreenso de mercadorias, o regime especial de fiscalizao, entre outras. Qualquer que seja a restrio que implique cerceamento da liberdade de exercer atividade lcita inconstitucional, porque contraria o disposto nos artigos 5o, inciso XIII, e 170, pargrafo nico, do estatuto maior do pas. O Supremo Tribunal Federal sumulou sua jurisprudncia no sentido de serem inconstitucionais as sanes polticas. A Smula 70 diz que inadimissvel a interdio de estabelecimento como meio coercitivo para cobrana de tributo. Diz a Smula 323 que inaceitvel a apreenso de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributo, e a 547, estabelece que no lcito autoridade proibir que o contribuinte em dbito adquira estamplias, despache mercadorias nas alfndegas e exera suas atividades profissionais. No obstante inconstitucionais, as sanes polticas, que no Brasil remontam aos tempos da ditadura de Vargas, vm-se tornando, a cada dia, mais numerosas e arbitrrias, consubstanciando as mais diversas formas de restries a direitos do contribuinte, como forma oblqua de obrig-lo ao pagamento de tributos ou, s vezes, como forma de retaliao contra o contribuinte que vai a juzo pedir proteo contra cobranas ilegais. (Baseado em Hugo de Brito Machado, Direito e Justia, CB, 27/04/1998) Em relao ortografia, ocorre(m) no texto a) um erro b) dois erros c) nenhum erro d) trs erros e) quatro erros 4 - (Analista Com.Exterior/1998) Assinale o perodo com grafia inteiramente correta. a) Na solenidade de inaugurao da escola, o diretor revelou alviareira notcia: a liberao de recursos para a construo de uma quadra poliesportiva. b) Agradeceu tambm aos professores e estudantes que sempre perfilharam ao lado da direo na busca de um ensino de melhor qualidade. www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) Renovou seu idealismo de puguinar para a escola alar-se categoria de escola-padro do municpio. d) Enfatizou serem as escolas, ocupem-se elas do grau de ensino que for, o lugar em que se vai construindo o cidado consciente e crtico. e) Reinterou sua convico no atingimento das metas a que se props como fundador e primeiro diretor da escola. 5 (MPU/2005) Marque o item em que uma das sentenas no est gramaticalmente correta. a) A literatura depende muito de condies subjetivas, raramente satisfaz apenas os sentidos, exige colaborao, embora muitos acreditem que as obras literrias possam brotar de crebros insulados. / A literatura depende muito de condies subjetivas, raramente satisfaz apenas aos sentidos, exige colaborao, embora muitos acreditem que as obras literrias possam brotar de crebros insulados. b) Um povo no perde os seus mais fortes determinantes se recebe, aceita e pratica a pintura e a msica de outra origem, mas dificilmente adotar literatura estranha sem perda de alguns de seus valores. / Um povo no perder os seus mais fortes determinantes se receber, aceitar e praticar a pintura e a msica de outra origem, mas dificilmente adotar literatura estranha sem perda de alguns de seus valores. c) J tive ocasio de mostrar quanto me parecem precrias trs afirmativas de Euclides da Cunha: a questo do cruzamento; a fatalidade da luta das raas e o autoctonismo do homem americano. / J tive ocasio de mostrar como me parecem precrias trs afirmativas de Euclides da Cunha: a questo do cruzamento; a fatalidade da luta das raas e o autoctonismo do homem americano. d) Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao sistema de que falei h pouco. / Quando surgiu Euclides da Cunha, nossa literatura podia enumerar grandes nomes pertencentes ao sistema de que faz pouco falei. e) No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um sistema interessantssimo, que a cerca de trezentos anos desenvolve-se. / No Brasil, a nacionalidade e a literatura formaram um sistema interessantssimo, que h cerca de trezentos anos se desenvolve. (Baseado em Roquette Pinto) 6 - (TRF/2002) Indique a opo que completa com correo gramatical e com coerncia as lacunas do texto abaixo. www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O Estado cresceu em termos de pessoal e, principalmente, em termos de receita e despesa. Em muitos pases, os servidores pblicos, excludos os trabalhadores das empresas estatais, correspondem ___________10 a 20 por cento da fora de trabalho, __________no incio do sculo XX essa proporo estava prxima de 5 por cento. As despesas do Estado, por sua vez, ___________ nesse perodo: nos ltimos trinta anos ____________, variando entre 30 e 50 por cento do PIB. Naturalmente, esse processo de crescimento ocorria ao mesmo tempo em que _________________as funes do Estado, principalmente na rea social. (Luiz Carlos Bresser Pereira, com adaptaes) a) a cerca de / enquanto / multiplicaram-se / dobraram / se ampliavam b) acerca de / quando / multiplicara / dobraram-se / ampliava-se c) cerca de / quanto/ multiplicaram / dobravam-se / se ampliava d) em cerca de / em quanto / se multiplicava / dobrou / ampliavam e) de cerca de / por quanto / multiplicavam / dobravam-se / ampliava 7 - (Auditor de Fortaleza/1998) Nas questes seguintes, indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. No muito difcil imaginar os motivos que teria a Argentina para entabular(A) agora uma conversa mais sria com o Brasil a cerca(B) da criao de uma moeda nica no Mercosul. Existe uma motivao no reconhecida oficialmente mas plenamente visvel: o receio das desvalorizaes do real na base de(C) 0,6% ao ms e o impacto que isso j est tendo sobre os preos das exportaes argentinas ao mercado brasileiro. O tema complexo e tem muito mais implicaes(D) do que a deciso de mandar um argentino em viagem (E) Lua. (Maria Clara R. M. Prado - Gazeta Mercantil - 21 e 22/2/1998, adaptado) a) b) c) d) e) A B C D E

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 8- (AFC/SFC/2000) Assinale, entre as substituies propostas, a que corrige adequadamente o erro do trecho seguinte: Antes de digladiar sobre como os novos impostos deveriam ser distribudos entre as trs esferas de governo - questo que consumiu a melhor parte dos humores e energia de prefeitos, governadores e autoridades fazendrias federais nos ltimos trs anos -, talvez vale a pena perguntar como, de um ponto de vista agregado, deixando por um momento de lado as complexidades do federalismo fiscal, poderiam ser os R$ 131 bilhes arrecadados de forma mais racional. (Adaptado de Rogrio L. F. Werneck , O Estado de S. Paulo, 27/10/2000) SUBSTITUIR a) b) c) d) e) Digladiar Sobre Entre Vale poderiam ser POR degladiar a cerca da forma dentre valha poderia ser

9 - (TCE RN/2000) Marque o item em que um dos dois perodos est gramaticalmente incorreto. a) Entre as leis editadas pela Unio, algumas h que se destinam organizao poltico-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na estrutura da Repblica Federativa, para nela dispor instituies e institutos, quer essenciais, quer acidentais repblica e federao. / Entre as leis editadas pela Unio, algumas h que se destinam organizao poltica-administrativa do Estado brasileiro, penetrando na estrutura da Repblica Federativa, para nela dispr instituies e institutos, quer essenciais, quer acidentais repblica e federao. b) O federalismo brasileiro de duplo grau, declinando por dois degraus entre trs patamares, pelo que suporta, em trs nveis de poder, trs reparties genricas de competncia. / O federalismo brasileiro de duplo grau, declinando por dois degraus entre trs patamares, razo por que suporta, em trs nveis de poder, trs reparties genricas de competncia. c) No gnero das leis federativas, possvel discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas. / No gnero das leis federativas, podem-se discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) As leis nacionais podem ser de ordem pblica ou de ordem privada, guardando preponderante interesse pblico ou administrativo, ou social, ou privado. / As leis nacionais podem ser de ordem pblica ou de ordem privada, e guardam preponderante interesse pblico ou administrativo, ou social, ou privado. e) Algumas leis eminentemente federativas, como o Cdigo Tributrio Nacional, autoproclamam-se nacionais. / Algumas leis eminentemente federativas, como o Cdigo Tributrio Nacional, se autoproclamam nacionais. (Baseado em Srgio Resende de Barros) 10 - (TTN 1998) Leia o texto abaixo. seguinte e responda questo

Segundo os cientistas, os macacos pongdeos termo usado para designar os bichos mais prximos do homem, como gorilas, orangotangos, chimpanss e bonobos vivem em sociedades organizadas, em que as relaes entre os individuos so semelhantes s humanas. Diferentemente dos animais mais primitivos, aos quais se atribuem apenas emoes simples, como medo e fome, esses macacos parecem possuir compaixo e solidariedade. Sua capacidade intelectual est muito acima de todo o restante dos bichos e a diferena entre seu cdigo gentico e o dos seres humanos de apenas 1,6%. As pesquisas com essas espcies vem causando tanta comoo que, no final de 1997, um grupo de bilogos, assessorado por advogados ambientalistas, publicou um documento pedindo a extenso dos direitos humanos aos pongdeos! (Valria Frana - Veja - 28/1/98, adaptado) H, no texto, a) b) c) d) e) trs erros de ortografia nenhum erro de ortografia dois erros de ortografia um erro de ortografia quatro erros de ortografia

11 - (AFTN/1998) Julgue a assertiva abaixo. a) O acento circunflexo diferencial na forma verbal pr explica-se, tambm, porque este monosslabo tnico.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 12 - (AFRF 2003) Indique o item em que todas as palavras esto corretamente empregadas e grafadas. a) A pirmide carcerria assegura um contexto em que o poder de infringir punies legais a cidados aparece livre de qualquer excesso e violncia. b) Nos presdios, os chefes e subchefes no devem ser exatamente nem juzes, nem professores, nem contramestres, nem suboficiais, nem pais, porm avocam a si um pouco de tudo isso, num modo de interveno especfico. c) O carcerrio, ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder tcnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento em um e de arbitrrio no outro, atenuando os efeitos de revolta que ambos possam suscitar. d) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o corpo dos supliciados. e) A existncia de uma proibio legal cria em torno dela um campo de prticas ilegais, sob o qual se chega a exercer controle e aferir lucro ilcito, mas que se torna manejvel por sua organizao em delinqncia. (Itens adaptados de Michel Foucault) 13 - (TTN 1997) Julgue as assertivas abaixo, em relao correo gramatical. d) O relatrio conclue que no preciso haver um Estado reduzido no mnimo, mas um Estado que funciona. e) Poltica, histria, instituies e leis, todos esses fatores vo determinar o bom ou mal funcionamento da economia, e no existe estratgia de desenvolvimento que seja adequada a todos os casos. (Folha de S. Paulo - 13.7.97, com adaptaes) 14 - (MPOG/ 2003) Considerando que a constituio de uma nova cultura do trabalho nos empreendimentos populares s pode ser(1) compreendida como um processo que perspassa(2) o conjunto mais amplo das relaes sociais, seria(3) uma iluso imaginar que possvel encontrar no interior da sociedade capitalista uma organizao econmica que, mesmo gerida(4) pelos prprios trabalhadores, pudesse se(5) caracterizar, em seu conjunto, como cultura de novo tipo. www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Adaptado de Lia Tiriba) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 15 - (AFC/CGU 2003/2004) Assinale a opo que corresponde a palavra ou expresso do texto que contraria a prescrio gramatical. No sculo XX, a arte cinematogrfica introduziu um novo conceito de tempo. No mais o conceito linear, histrico, que perspassa(1) a Bblia e, tambm, as pinturas de Fra Angelico ou o Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. No filme, predomina a simultaneidade(2). Suprimemse(3) as barreiras entre tempo e espao. O tempo adquire carter espacial, e o espao, carter temporal. No filme, o olhar da cmara e do espectador(4) passa, com toda a liberdade, do presente para o passado e, desse, para o futuro. No h continuidade ininterrupta(5). (Adaptado de Frei Betto) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 16 (AFTE RN/2005) Julgue a assertiva abaixo em relao ao texto seguinte: O ano de 2003 marcado pela recesso econmica no Brasil e em vrios pases do mundo. Aqui, o clima foi de expectativa em relao a um novo governo que assumiu o Pas diante de um grave quadro de desigualdade social. O Brasil assistiu, estarrecido, no outro lado do mundo, a uma invaso no Oriente Mdio promovida pela dupla Bush/Blair. E o terrorismo s recrudesceu. De que forma todos esses acontecimentos podem ter infludo no imaginrio do executivo brasileiro? (Carta Capital, n 307)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) Expectador uma palavra cognata de Expectativa, mas ao contrrio dessa pode tambm ser grafada com s na primeira slaba, sem alterao de sentido. 17 - (AFC/CGU 2003/2004) Aos poucos, o horizonte histrico apagase(1), como as luzes de um palco aps o espetculo. A utopia sai de cena, o que(2) permite a Fukuyama vatiscinar(3): "A histria acabou". Ao contrrio do que(4) adverte Colet, no Eclesiastes, no h mais tempo para construir e tempo para destruir; tempo para amar e tempo para odiar; tempo para fazer a guerra e tempo para estabelecer a paz. O tempo agora. E nele se sobrepem(5) construo e destruio, amor e dio, guerra e paz. (Adaptado de Frei Betto) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 18 - (TTN/ 1997) Assinale o item incorreto em relao s exigncias do padro culto da lngua escrita. a) A Organizao Internacional de Aviao Civil (OECI) considera todo passageiro areo um terrorista inocente em potencial. b) A entidade das Naes Unidas encarregada de cuidar da segurana de vo, com sede no Canad, emitiu, ano passado, alerta aos organismos governamentais sobre produtos perigosos carregados em bagagens. c) O alerta lista 3.291 itens e solicita que os governos criem campanhas publicitrias para concientizar os passageiros sobre o risco de levar na bagagem explosivos que se escondem sob a forma de objetos aparentemente inofensivos, como sprays para cabelos, isqueiros a gs, caixas de fsforos, kits de limpeza de computadores e pilhas alcalinas. d) A recomendao no pra a. Alguns produtos podem causar irritao ou sufocamento, como cido frmico, arsnico e inseticidas, ou ferimentos graves, como oxidantes, cido sulfrico, produtos alcalinos e soda custica.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) Outro ponto lembrado na norma refere-se a interferncias em equipamentos aeronuticos causadas por ms e equipamentos eletrnicos, como celulares. (Correio Braziliense - 15.7.97, com adaptaes) 19 - (TTN/1997) Assinale o item incorreto em relao s exigncias do padro culto da lngua escrita. a) O Fundo de Estabilizao Fiscal (FEF) permite ao governo remanejar recursos do oramento e fazer uma reserva para cobrir despesas extras. O FEF composto de recursos diversos, entre eles parte do Imposto de Renda (IR) de funcionrios pblicos e fornecedores da Unio. b) Sem o FEF, o governo s pode realizar despesas previstas no oramento, conforme as regras da Constituio. Sem o fundo no possvel usar para pagar salrios um dinheiro destinado sade, por exemplo. O FEF, portanto, garante maior mobilidade. c) Entretanto, o IR tambm o principal item do Fundo de Participao dos Municpios (FPM), uma espcie de mesada paga pelo governo aos municpios. d) Por determinao da Constituio, todos os municpios tm direito a 17% do FPM (que reune recursos do IR e do Imposto sobre Produtos Industrializados). e) Desde o incio da vigncia do FEF, em 1994, (antes chamava-se Fundo Social de Emergncia) os municpios j perderam R$ 1 bilho/ano. Isso porque a principal fonte do FEF e do FPM a mesma: o IR. (Correio Braziliense - 15.7.97, com adaptaes) 20 - (AFC/STN 2002) - Marque o item em que a forma proposta no preenche a lacuna do respectivo segmento do texto com preciso vocabular e correo gramatical. a) No mbito das polticas pblicas, houve mudanas concretizadas atravs das propostas coletadas no Relatrio do Ministrio da Justia pelo Comit Nacional para a participao brasileira na III Conferncia Mundial das Naes Unidas contra o Racismo, --------------------Racial, Xenofobia e Intolerncia Correlata. Descriminao

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) No documento oficial est a seguinte proposta: adio de cotas ou outras medidas afirmativas que promovam ---------------------------------------------- universidades pblicas. o ascenso de negros s c) O prprio presidente do Supremo Tribunal Federal defende a ao afirmativa, que considera constitucional: Precisamos deixar de lado a postura ---------------------- e partir para atos concretos. contemplativa d) O nico modo de se ---------------------- desigualdades colocar a lei a favor daquele que tratado de modo desigual. corrigirem e) Em vrios setores do Governo Federal, medidas de ao afirmativa j foram ou -------------------- implantadas. tm sido (Baseado em UnB Revista, n 6) 21) (TRF 2006) Julgue a assertiva abaixo, em relao correo gramatical. e) Nessa ao incremental de governo tem papel de destaque um amplo trabalho de marketing poltico sob a hgide da ideologia da casa prpria e a partir da doao de terreno e uso constante dos meios de comunicao de massa anunciando as diferentes estratgias de acesso a lotes. 22) (TRF 2006) Indique a opo que preenche com as formas gramaticalmente corretas as lacunas do trecho. Numa economia industrial, a inverso faz crescer diretamente a renda da coletividade em quantidade idntica __1__. A inverso feita numa economia __2__ fenmeno inteiramente diverso. A mo-de-obra escrava pode ser comparada s instalaes de uma fbrica: a inverso consiste na compra do escravo, e sua manuteno representa custos fixos. __3__ a fbrica ou o escravo trabalhando ou no, os gastos de manuteno __4__. (Celso Furtado, Formao econmica do Brasil, com adaptaes) 1 2 3 4

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) a si mesma exportadoraescravocrata b) a si prpria c) a mesma d) consigo mesma e) consigo prpria exportadoraescravista esteja tero de dispendidos ser ser ser ser ser

estejam tero de dispendidos esteja tero de despendidos

ela exportadoraescravista exportadoraescravagista exportadoraescravagista

estejam tero de despendidos estando tero de dispendiosos

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AULA 1: VERBO
Ol a todos. Daremos incio, hoje, a um dos assuntos mais importantes no estudo da Lngua Portuguesa VERBO. Quase tudo no estudo da gramtica envolve verbo concordncia verbal, regncia verbal, conjugao verbal (englobando, inclusive, questes de ortografia, como vimos na aula zero), colocao pronominal (a posio do pronome em relao ao verbo), anlise sinttica etc. Ele um verdadeiro corao do conjunto oracional sua volta, funcionam os demais elementos. O tpico de hoje abordar conjugao verbal. Para isso, temos de relembrar alguns conceitos bsicos (como sempre). Falaremos, inicialmente, sobre a estrutura de um verbo (formao da palavra). Conceito: VERBO uma palavra varivel (pode flexionar-se em nmero, pessoa, modo, tempo e voz) que indica uma ao, estado ou fenmeno. As questes de prova podem abordar diversos aspectos relacionados a verbo conjugao, voz verbal, correlao entre verbos no perodo, dentre tantos outros. Ento, vamos l. Lembro que na parte final do nosso estudo esto todas as questes comentadas. Por isso, se voc preferir, imprima as ltimas pginas, faa os exerccios e, somente depois disso, veja os comentrios. Bom estudo. CONJUGAO VERBAL 1 - (ACE TCU 2002) Identifique o segmento inteiramente correto quanto ortografia e morfologia. a) A sensao de que o sculo XX ainda no acabou dificilmente pde perdurar at a ocorrncia de um cataclisma como foi a guerra de 14, mesmo porque h um sentimento catastrfico na vida desta virada de tempo. O excesso de tecnologia corre no rumo da desesperao. b) O homem, cada vez mais angustiado, tenta encontrar refrigrio nas miragens do lazer, fazendo do turismo um campo formidvel de negcios.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A tragdia ecolgica aponta para a escassez de gua como primeiro item na lista das penrias a que poder submeter-se o cidado do futuro. c) A prevalescncia do alusivo na dinmica dos tempos atuais refere a fora da realidade virtual, a que todos se entregam na certeza de sua primazia. d) O fato do patrimnio gerar empregos e receitas por meio do turismo no abule o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenmeno cultural tanto quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranas destitudas de familiaridade. e) As cidades perdem em qualidade esttica porque no h, na descaracterizao avassaladora dos espaos urbanos, fontes capazes de saciar prazeres que h muito deixaram de s-lo, na acaxapante rotina que uniformiza os cenrios e robotiza o cidado. (ngelo Oswaldo, A herana do futuro, com adaptaes) GABARITO: B Comentrio. Os erros das demais opes so: Opo a) A palavra certa cataclismo (alis, essa palavrinha j foi objeto de prova, no concurso de TTN 1997 questo 15); Opo c) no existe o vocbulo prevalescncia, mas prevalncia (ato de prevalecer, cuja grafia, por si s, j poderia ajudar na identificao do erro) e houve um erro de sintaxe de regncia do verbo referir; Opo e) a palavra correta acaapante ou acachapante (significa esmagador). O mais importante nessa questo o erro do item d) que envolve conjugao verbal. Para ajudar a resolver questes de conjugao verbal, usamos a tcnica do paradigma. Como isso? Na dvida com relao conjugao de determinado verbo regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu dia-a-dia), basta observar a conjugao dos paradigmas clssicos (FALAR 1 conjugao, BEBER 2 conjugao, PARTIR 3 conjugao). Extraia o radical, que o que sobra do verbo aps retirar a terminao ar, er ou ir do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as desinncias, que so idnticas nos demais verbos regulares de mesma conjugao:

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Por exemplo: CONSUMAR (verbo regular de 1 conjug.): Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) CONSUMIR (verbo regular de 3 conjug.): Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) E a, como voc preencheu? Vamos buscar a desinncia dos verbos paradigmas. Infinitivo Falar Consumar Partir Consumir Pres.Indicativo Eu falo Eu consumo Eu parto Eu consumo (igual) Pres.Subjuntivo (que) eu fale (que) eu consume (que) eu parta (que) eu consuma

Se o verbo for irregular, ou seja, apresenta alterao no radical em determinadas conjugaes, procure outro verbo, tambm irregular, de mesma construo. Por exemplo: COMPETIR (3 conjugao) Eu comp.... (???) Esse verbo irregular, ou seja, no mantm o radical nas conjugaes. Normalmente no conjugamos esse verbo (pelo menos, no com convico) fora de uma locuo verbal. Mas usamos bastante outro verbo de idntica estrutura. J sabe qual ??? REPETIR. Ento, como fica a conjugao desse paradigma? Eu repito => Eu compito E ADERIR? Como voc conjugaria a primeira pessoa do singular do Presente do Indicativo? Est com dvida? Busque um paradigma. Aceito sugestes.... Lembrou de algum? Eu conheo um FERIR. Como fica a conjugao do paradigma? Eu firo. Logo, eu adiro. Voltando questo da ESAF, voc percebeu qual foi o erro da letra d? O que significa abule? O contexto indica tratar-se do verbo ABOLIR. Se no tivermos certeza da conjugao desse verbo, vamos fazer o qu??? Buscamos o paradigma. Sugiro o verbo ENGOLIR. Na passagem, o verbo

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI abolir est na terceira pessoa do singular, no Presente do Indicativo. O verbo engolir ficaria Ele engole. Logo, a conjugao correta abole. 2 - (PROCURADOR BACEN/ 2002) Analise a assertiva abaixo. a) A forma verbal intermedeia(l.9) pode ser substituda por intermedia sem que haja transgresso norma culta formal.

3 - (TTN/1997) Analise a assertiva abaixo. a) Os perodos A venda intermediada por uma empresa localizada em um paraso fiscal (l.22 e 23) e Uma Empresa localizada em paraso fiscal intermedia a venda so equivalentes e gramaticalmente adequados ao padro culto da lngua escrita. Itens INCORRETOS. Comentrio. Como abordam o mesmo verbo, tero o mesmo comentrio. No existe a forma verbal sugerida (intermedia). Os verbos terminados em IAR so regulares, ou seja, seguem a conjugao do paradigma falar. Exemplos: ADIAR (radical adi) Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, adiais, adiam VARIAR (radical vari) - Pres.Indicativo: vario, varias, varia... Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR. Por isso, nada de VAREIA, seno VICEIA!!! Como vimos, esses verbos so REGULARES. Mas, ento, por que ser que tanta gente se engana? Porque ocorre uma contaminao com os verbos terminados em EAR. H cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra e nas formas rizotnicas (Pres.Indicativo e Pres.Subjuntivo). Suas iniciais formam o anagrama M-A-R-I-O: Mediar (e derivados), Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, intermediais, intermedeiam

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Para facilitar, lembre-se da conjugao do verbo ODIAR, o mais comum deles. 4 - (Auditor do Trabalho/2003) Analise o trecho abaixo em relao correo gramatical. d) A interao entre as polticas estruturais e macroeconmicas constitue elemento de grande fora explicativa para a trajetria da economia brasileira na ltima dcada. Item INCORRETO Comentrio. H erro de conjugao verbal. Os verbos, como o constituir, terminados pelo hiato UIR, exceto no caso dos defectivos (verbos que no apresentam todas as formas de conjugao, como ruir), apresentam duas formas de conjugao: 1) O paradigma ser POSSUIR (o radical possu) De acordo com esta regra, classificam-se praticamente todos os verbos com essa terminao. Nas 2 e 3 do singular trocam a letra e da conjugao regular (como em partir) pela letra i. Mantm as demais conjugaes inalteradas em relao conjugao do verbo partir: possuo, possuis, possui, possumos, possus, possuem. Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR, INFLUIR, ANUIR, ARGUIR (respeitada a acentuao), CONCLUIR, DISTRIBUIR, INCLUIR 2) CONSTRUIR (o radical constru) e DESTRUIR (o radical destru) So verbos abundantes. Alm da forma regular de conjugao (igual do verbo POSSUIR: construo, construis, construi, construmos, construs, construem), mais comum em Portugal, apresenta tambm a conjugao irregular, em que as 2 e 3 pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto i": construo, constris, constri, construimos, construs, constroem, da mesma forma que os verbos terminados em OER. Assim, vimos que os verbos terminados em uir recebem, na 3 pessoa do singular, a letra i constitui, e no o e como apresentado na questo. Vamos analisar outras conjugaes especiais. 1. VERBOS TERMINADOS EM HIATO:

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI OER: As 2 e 3 pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto i. As demais pessoas, em todos os outros tempos verbais seguem o paradigma beber, respeitadas as devidas acentuaes tnicas. Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER e SOER (costumar, ter hbito de) so defectivos e s se conjugam nas terceiras pessoas. Exemplos: MOER moem (o radical mo) - mo, mis, mi, moemos, moeis,

EAR: recebem a letra i nas formas rizotnicas (slaba tnica no radical). Nas demais, segue o paradigma falar. Exemplo: pentear (radical pente). A slaba tnica foi sublinhada. Pres.Indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam Pres.Subjuntivo penteiem Pret.Perfeito: pentearam penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis,

penteei,

penteaste,

penteou,

penteamos,

penteastes,

2. VERBOS DERIVADOS DE GUA DESAGUAR, ENXAGUAR - mantm a acentuao de gua na conjugao. Pres.Indicativo: desguo, desguas, desguas, desaguamos, desaguais, desguam Pres.Subjuntivo: desge, desges, desge, desagemos, desageis, desgem 3. AVERIGUAR, APAZIGUAR, APANIGUAR - No seguem a regra dos derivados de gua. Tm a acentuao tnica nas formas rizotnicas (no radical). O radical de averiguar [averigu-] e segue o paradigma falar, ressalvada a acentuao grfica (especialmente no Pres.Subjuntivo). Pres.Indicativo: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos, averiguais, averiguam Pres.Subjuntivo: averige, averiges, averige, averigemos, averigeis, averigem (Quando o u pronunciado sem intensidade, leva trema; com intensidade, leva acento agudo) 5 - (Auditor do Trabalho/2003) Julgue a assertiva abaixo. d) A interao entre as polticas estruturais e macroeconmicas constitue elemento de grande fora explicativa para a trajetria da economia brasileira na ltima dcada.

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Item INCORRETO. Comentrio. Perceba como as questes (e os erros) se repetem. Por isso to importante praticar com provas anteriores da ESAF. Como j vimos, a forma verbal correta constitui. 6 - (AFRF/2002-2) A reforma tributria no pode ser realizada, na verdade, para livrar o oramento da sangria dos juros exorbitantes, embora enfeitada com os argumentos apelativos, tanto da simplificao fiscal para todo o empresariado quanto do milagre fiscal da multiplicao dos empregos para os mais despossudos. Trata-se do contrrio. Os de baixo vo, de fato, pagar mais e no h garantia nenhuma da boa teoria econmica de que o emprego possa crescer sem o planejamento de um projeto nacional digno do nome, que defina e articule todas as potencialidades existentes para tanto. (Ftima Gondim Farias, Reforma Tributria, em Tributao em revista, abril/junho de1999, com adaptaes) Julgue a assero abaixo, a respeito dos elementos lingsticos do texto. b) Se, no mesmo contexto sinttico de defina e articule(l.9) estivessem os verbos argir e averiguar, a expresso correta (deixando-se de lado os ajustes de sentido) seria argua e averige. Item CORRETO. Comentrio. A estrutura oracional proposta apresenta os verbos no presente do subjuntivo. Os verbos argir e averiguar so regulares e se conjugam como os paradigmas partir e falar, respectivamente. Vamos, ento, relembrar como seria: 1 extraia o radical argu / averigu 2 - inclua a desinncia correspondente ao tempo, modo, pessoa e nmero 3 pessoa do singular do presente do subjuntivo.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI DICA: busque essa desinncia nos verbos paradigmas - parta (part + a) e fale (fal + e). Ento, seria argu + a = argua e averigu + e = averige. Neste ltimo verbo, como ocorreria um dgrafo (gue), considerando o fato de que a letra u deve ser pronunciada com tonicidade (fortemente), devemos colocar o acento agudo nela. 7 - (Oficial de Chancelaria/2002) Marque o conjunto de itens que completa de forma coerente e gramaticalmente correta as lacunas do respectivo texto. Durante a maior parte do ps-guerra, os Estados Unidos __________ claramente a hegemonia econmica mundial e, em grande medida tambm, a ____________ poltico-estratgica sobre os negcios internacionais. A primeira era assegurada pela sua _____________ fora econmica, comercial e tecnolgica em face dos parceiros capitalistas tradicionais Europa Ocidental e Japo que ________________ a reconstruo de seus _________________ econmicos destrudos pela guerra, mas tambm pelo relativo controle exercido sobre as instituies de Bretton Woods FMI, Banco Mundial e Gatt que determinavam o padro de comportamento esperado de economias colocadas em situao de _____________ no quadro de uma mesma ordem liberal-capitalista. (Baseado em Paulo Roberto de Almeida) a) detem, proeminncia, interdependncia b) detiveram, preeminncia, interdependncia c) deteriam, interdependncia relevncia, singular, singular, relevante, desenvolvia, equipamentos, aparelhos, aparelhos,

empreendiam, empreendia,

d) detm, proeminncia, especial, empreendia, acervos, independncia e) detem, liderana, isolada, desenvolvia, equipamentos, independncia Gabarito: B Comentrio. Para acertar essa questo, bastaria preencher corretamente a primeira lacuna. Perceba que as demais formas verbais esto conjugadas em tempos pretritos (A primeira era assegurada...; ...que determinavam...) e se

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI reportam a fatos j ocorridos. Assim, o verbo deter somente poderia estar conjugado no passado. A nica opo vlida a de letra b - detiveram. As opes a e e foram descartadas por apresentarem uma conjugao incorreta do verbo deter, que, por ser derivado do verbo ter, conserva a mesma grafia da forma plural (detm). A opo c apresenta um verbo no futuro do pretrito, que, como veremos a seguir, situa a ao no campo da hiptese, da condio, do fato no real, o que contraria o contexto. 8 - (AFRF 2002-2) Julgue a opo abaixo. b) Pelo princpio da igualdade material o Estado tem obrigao de intervim e retificar a ordem social, a fim de remover as mais profundas e perturbadoras injustias sociais. Item INCORRETO. Comentrio. Na passagem o Estado tem obrigao de ..., o verbo que ir completar esse raciocnio deve estar no infinitivo impessoal, por exercer a funo de complemento nominal. No possvel, neste caso, qualquer conjugao por no existir sujeito da forma verbal. O verbo intervir derivado do verbo vir e acompanha sua conjugao. A forma grafada foi intervim, que a conjugao de primeira pessoa do singular do pretrito perfeito do indicativo (Eu vim ontem aqui / Eu intervim na conversa dos rapazes). Como o verbo deve ficar no infinitivo, corrigindo-o, ficaria: o Estado tem obrigao de intervir. MODOS E TEMPOS VERBAIS 9 - (Procurador do BACEN/ 2002) Uma crise bancria pode ser comparada a um vendaval. Suas conseqncias so imprevisveis sobre a economia das famlias e das empresas. Os agentes econmicos relacionam-se em suas operaes de compra, venda e troca de mercadorias e servios, de modo que, a cada fato econmico, seja ele de simples circulao, de transformao ou de consumo, corresponde, ao menos, uma operao de natureza monetria realizada junto a um intermedirio financeiro, em regra um banco comercial, que recebe um depsito, paga um cheque, desconta um ttulo

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI ou antecipa a realizao de um crdito futuro. A estabilidade do sistema que intermedeia as operaes monetrias, portanto, fundamental para a prpria segurana e estabilidade das relaes entre os agentes econmicos. (www.bcb.gov.br) Julgue a assertiva abaixo, em relao correo gramatical. b) O emprego do modo indicativo em corresponde(l.5) deve ser substitudo pelo subjuntivo corresponda para que o texto respeite a norma culta. Item INCORRETO. Comentrio. A classificao dos verbos nos modos verbais depende da relao que o falante tem com aquilo que enuncia se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hiptese, uma suposio (subjuntivo); se faz um pedido (imperativo). Em outras palavras, depende do modo com que enuncia a ao verbal. So trs modos verbais: INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que pode pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro. SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipottico, duvidoso, provvel ou possvel. convite. IMPERATIVO - expressa idias de ordem, pedido, desejo,

Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que provvel, hipottico, possvel, sem a certeza apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO tambm bastante usado com determinadas conjunes (embora, caso, que etc.) Perceba a diferena entre as duas oraes abaixo. Ele procura um remdio que acaba com a dor de cabea. Ele procura um remdio que acabe com a dor de cabea. Na primeira, o sujeito j sabe qual o medicamento que produz resultado. Vai farmcia e pede ao balconista, porque sabe o resultado que obter. O fato situa-se no plano da CERTEZA modo INDICATIVO. Na segunda, o sujeito no tem certeza de qual medicamento poderia surtir efeito. Vai ao balco da farmcia, pede ao farmacutico uma indicao, www.pontodosconcursos.com.br 10

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI mas no tem certeza se ir surtir o efeito esperado. Por isso, est no plano da possibilidade modo SUBJUNTIVO. Essa assertiva foi considerada errada porque os verbos, no modo subjuntivo, enunciam situaes no campo da hiptese, suposio, possibilidade ou probabilidade. No o que se verifica. Trata-se de texto enunciativo, que relata fatos e situaes reais. As formas verbais so (l.1), relacionam-se (l.3) e (l.9) corroboram essa afirmao. 10 - (TRF 2002) Quem no declarou no ano passado est classificado pela Receita como pendente. Embora no tenha o CPF cancelado agora, sua situao ser considerada irregular perante a Receita. O cancelamento do documento pode significar muitos problemas, pois o CPF passou a ser mais solicitado do que a carteira de identidade. Sem ele, impossvel abrir uma conta bancria, comprar a prazo, prestar concurso pblico. Caso ganhe em uma loteria, tambm ser impedido de retirar o prmio. (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptaes) Julgue a assertiva abaixo a respeito das estruturas lingsticas do texto. d) O emprego das duas formas verbais no subjuntivo, tenha(l.3) e ganhe(l.11) justifica-se por exigncia da estrutura sinttica em que ocorrem. Item CORRETO. Comentrio. De acordo com a lio que vimos no comentrio anterior, o modo subjuntivo empregado em hipteses (Caso ganhe em uma loteria...) ou em construes com algumas conjunes (Embora no tenha o CPF cancelado agora...). Essa a tal da exigncia da estrutura sinttica em que ocorrem enunciada no item d. 11 - (TRF 2003) Julgue a assertiva abaixo. e) A dupla possibilidade verbal que o texto oferece, torcamos/torcemos(l.29 e 30) envolve variao no tempo e modo verbais, mas preserva a pessoa gramatical. Item INCORRETO. Comentrio. www.pontodosconcursos.com.br 11

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Questo capciosa essa, que pode ter levado muitos candidatos a erro. Torcamos verbo conjugado na 1 pessoa do plural (ns), no tempo Pretrito Imperfeito do modo indicativo. Torcemos est conjugado na 1 pessoa do plural (ns), no tempo Presente do modo indicativo. Houve somente variao no tempo verbal, conservando-se a pessoa (1 p.p.) e o modo (indicativo), e no somente a pessoa, como asseverado. Os tempos verbais tm a funo de indicar o momento em que so enunciados os fatos. No modo INDICATIVO: PRESENTE fato ocorre no momento em que se fala (Ouo rudos na cozinha.); ou fato que comum de ocorrer (Eu morro de inveja dele. / Chove todos os dias em Belm.); ou apresenta um princpio, um conceito ou um dado (Todos os anos, muitas crianas morrem de desnutrio no Brasil.) PRETRITO PERFEITO fato ocorrido e perfeitamente concludo antes do momento em que se fala (Todos souberam do assassinato de Celso Daniel.) PRETRITO PERFEITO COMPOSTO denota continuidade do ato, com incio no passado (Eu tenho cometido muitos erros na escolha dos meus namorados.) PRETRITO IMPERFEITO fato realizado e no concludo (Ele buscava a perfeio antes de morrer.) ou que apresenta uma certa durao (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladres.) PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO fato realizado antes de outro fato tambm no passado (Antes de sua morte, ele pedira o perdo aos filhos.) PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO forma mais comum de expressar o fato realizado antes de outro fato tambm no passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdo aos filhos.) FUTURO DO PRESENTE fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doarei todo o material de estudo aps a minha aprovao.) FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO denota futura ocorrncia de um fato que se iniciou no presente (At o prximo ano, terei acumulado quase um milho de reais em dvidas.) www.pontodosconcursos.com.br 12

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI FUTURO DO PRETRITO 1) fato posterior a um fato passado (Voc me garantiu [FATO PASSADO] que o nosso amor no morreria [FATO FUTURO EM RELAO AO FATO PASSADO].); ou 2) fato no chegou a se realizar (Eu iria sua casa, mas tive um problema.); 3) tambm pode denotar incerteza (Acharam um corpo que seria do chefe do trfico.), hiptese relacionada a uma condio (Se voc tivesse comprado o carro [CONDIO], no teria perdido o dinheiro no jogo [HIPTESE].) ou polidez (Voc poderia me passar o sal?). FUTURO DO PRETRITO COMPOSTO o mesmo que o Futuro do Pretrito com relao aos dois primeiros aspectos.

12 - (TRF 2002.2) Leia o texto a seguir para responder s questes. No passado, para garantir o sucesso de um filho ou de uma filha, bastava conseguir que eles tirassem um diploma de curso superior. Uma vez formados, seriam automaticamente chamados de doutor e teriam um salrio de classe mdia para o resto da vida. De uns anos para c, essa frmula no funciona mais. Quem pretende garantir o futuro dos filhos, alm do curso superior, ter de lhes arrumar um capital inicial. Esse capital dever ser suficiente para o investimento que gerar um emprego para seu filho. Todo emprego requer investimentos prvios, algo bvio mas esquecido por nossos polticos e governantes. (Stephen Kanitz, VEJA, 5/6/2002, com adaptaes) O texto apresenta dois grupos de formas verbais: um expressa situaes ligadas ao passado; outro, ao presente. Marque a opo em que a substituio proposta para a forma verbal provoca erro gramatical ou desrespeita as relaes temporais do texto. a) seriam(l.2) > eram b) teriam(l.3) c) funciona(l.4) d) pretende(l.4) e) ter(l.5) GABARITO: D Comentrio. O texto, em sua primeira parte, apresenta situaes condicionais e, para isso, usa o futuro do pretrito (Uma vez formados [condio], seriam > tinham > tem funcionado > pretendia > tem

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI automaticamente chamados de doutor e teriam um salrio de classe mdia [conseqncia hipottica]). Na segunda parte, utiliza o presente do indicativo para retratar fatos reais (...essa frmula no funciona mais.). Na questo, sugere trocas que devem atender a dois preceitos: manter a correo gramatical e respeitar as relaes temporais do texto. nesse segundo aspecto que apresenta erro quando sugere a troca de pretende presente por pretendia passado (pretrito imperfeito). 13 (AFRF/2002-1) Leia o texto abaixo para responder questo. A moral e a tica no so fatos ou institutos jurdicos. Direito uma coisa, moral outra. Todo ser humano informado sabe disso. O comportamento das pessoas em grupo, tornando suas aes conhecidas e avaliadas, segundo critrios ticos do mesmo grupo quanto ao carter, s condutas ou s intenes manifestadas e assim por diante, s repercutem no direito se extrapolarem os limites deste. A manifestao ofensiva a respeito de outrem confunde os dois elementos no plano individual. (Walter Ceneviva, Moralidade como Fato Jurdico, com adaptaes) Analise a assertiva abaixo a respeito das estruturas lingsticas do texto. b) Altera-se o tempo verbal, mas garante-se a correo gramatical, se no lugar de se extrapolarem(ls.6 e 7), for empregado quando extrapola. Item CORRETO. Comentrio. Mais uma vez, o que se exige unicamente a correo gramatical. No se exige manuteno dos aspectos semnticos. Troca-se uma orao condicional (se extrapolarem) por uma temporal (quando extrapola) e, com isso, muda-se o tempo verbal, de futuro do subjuntivo para presente do indicativo. Sob a tica gramatical, a troca perfeitamente vlida. 14 - (Fiscal de Fortaleza 2003) Em relao ao texto abaixo, julgue a proposio a seguir. O capitalismo o modo de produo em que os meios de produo e de distribuio, assim como o trabalho, tornam-se mercadorias, apropriadas privadamente. Os meios de produo e distribuio tornam-se capital

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI medida que se concentram nas mos duma minoria, enquanto a maioria se limita posse de sua capacidade individual de trabalho. (Paul Singer) b) No primeiro perodo do texto predominam os tempos verbais do presente por tratar-se de uma definio, de um conceito. Item CORRETO. Comentrio. O verbo no presente do indicativo pode ter a funo de apresentar um conceito, uma definio, e tambm enunciar um fato que ocorre no momento em que se fala ou que comum de acontecer. 15 - (AFC CGU 2003/2004) Leia o texto para responder s questes. A felicidade, que em si resultaria de um projeto temporal, reduz-se hoje ao mero prazer instantneo derivado, de preferncia, da dilatao do ego (poder, riqueza, projeo pessoal etc.) e dos "toques" sensitivos (tico, epidrmico, gustativo etc.). A utopia privatizada. Resume-se ao xito pessoal. A vida j no se move por ideais nem se justifica pela nobreza das causas abraadas. Basta ter acesso ao consumo que propicia excelente conforto: o apartamento de luxo, a casa na praia ou na montanha, o carro novo, o kit eletrnico de comunicaes (telefone celular, computador etc.), as viagens de lazer. Uma ilha de prosperidade e paz imune s tribulaes circundantes de um mundo movido a violncia. O Cu na Terra prometem a publicidade, o turismo, o novo equipamento eletrnico, o banco, o carto de crdito etc. (Frei Betto) Em relao s estruturas e s idias do texto, julgue a assertiva abaixo. a) O emprego do futuro do pretrito em resultaria(l.1) indica que o fenmeno a que essa forma verbal se refere est impedido de ocorrer. Item INCORRETO. Comentrio. O verbo no FUTURO DO PRETRITO coloca a estrutura no campo da hiptese, sem garantir que o fenmeno esteja impedido de ocorrer ou no. 16 - (CVM 2000) www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Chegamos a um ponto muito prximo da comunidade econmica eficaz, com seus desdobramentos sobre o quotidiano coletivo, e possvel que no nos encontremos longe de outros ideais comunitrios que as constituies preconizam, e que tm to longa histria: a integrao poltica, cultural e social. Se isso no fosse possvel ao longo de tanto tempo passado desde as projees bolivarianas, se nessa espera atravessamos um sculo e j outro bate nossa porta, h pelo menos uma convico generalizada no sentido de que os passos at agora dados so seguros, no havendo mais risco de retrocesso. E no h dvida de que o xito em empreendimentos econmicos comuns tem como pressuposto o cenrio poltico que o continente hoje apresenta. (Francisco Resek) Em relao aos elementos constituintes do texto acima, julgue a assero. a) O verbo encontrar(l.2) est no subjuntivo por exigncia da estrutura anterior possvel que(l.4), que confere ao perodo a idia de probabilidade e no de certeza. Item CORRETO. Comentrio. Essa assertiva define bem uma das funes do modo subjuntivo: situar o fato no campo da probabilidade. 17 (AFC 2002) Analise a morfossinttica do texto abaixo. proposio a respeito da estrutura

A Guerra Fiscal pertence a uma classe geral de fenmenos que emergem quando iniciativas polticas dos Governos subnacionais adquirem conotaes negativas e geram efeitos econmicos perversos em decorrncia do carter insuficiente ou conjunturalmente inoperante do quadro poltico-institucional que regula os conflitos federativos, o qual se revela incapaz de garantir um equilbrio mnimo entre interesses locais de forma a evitar efeitos macroeconmicos e sociais perversos. (C. Cavalcanti & G. Prado, com adaptaes) b) Emergir verbo defectivo, ao qual faltam as formas em que ao radical se seguiria o ou a. Item CORRETO.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O verbo emergir defectivo, pela razo exposta no item b, gabarito da questo. Os verbos defectivos apresentam DEFEITO em alguma conjugao, ou seja, em algum tempo/modo, o verbo no apresenta conjugao completa. Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo conjugao do PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele derivados (Presente do Subjuntivo e Imperativo). O defeito existe apenas no presente, no existe no passado nem no futuro. Assim, mesmo defectivo, o verbo poder ser conjugado inteiramente nos outros tempos e modos verbais, como, por exemplo, no Pretrito do Perfeito do Indicativo, no Pretrito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc. H dois tipos de defeitos: 1) no possui a 1 pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, colorir, delinqir); 2) s apresentam as conjugaes da 1 e 2 pessoas do plural (adequar, reaver). Alguns autores definem como defectivos, tambm, os verbos que, de acordo com o seu emprego, s podem ser conjugados nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgncia), DOER (alguma coisa di) e os unipessoais, que representam vozes de animais ou fenmenos da natureza, quando utilizados no sentido original (sentido denotativo, com d de dicionrio; seu oposto o sentido conotativo, tambm chamado de figurado, quando a palavra usada em um significado diferente do original). 18 (Assistente de Chancelaria/2002) Segundo o noticirio, o Pentgono passou a propugnar o uso de minibombas atmicas. Ou seja, armas nucleares para estourar depsitos subterrneos onde estariam escondidas armas (nucleares, qumicas, bacteriolgicas) de destruio macia. A hiptese de banalizao das armas atmicas, inscrita na proposta do Pentgono, liquidaria os tratados internacionais de no-proliferao nuclear e jogaria o Brasil no meio da tormenta, relanando a corrida nuclear. (Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptaes) Assinale a opo incorreta a respeito do emprego das formas verbais no texto. a) O emprego da perfrase verbal passou a propugnar(l.1 e 2) constitui um recurso para evitar o uso do presente do indicativo de um verbo defectivo: propugnar.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) A opo pelo emprego do futuro do pretrito em estariam(l.4), indica uma certa resistncia do autor para acreditar na veracidade da informao a respeito das armas escondidas. c) A forma de particpio inscrita(l.8) confunde-se com o adjetivo porque exprime mais um estado do que uma relao temporal. d) O emprego do futuro do pretrito em liquidaria(l.9) e jogaria(l.10) refora a idia de hiptese(l.7). e) Para manter a coerncia no emprego dos tempos verbais, a substituio do gerndio relanando(l.11) por uma forma no-nominal deve ser: e relanaria. Gabarito: A Comentrio. O erro do item a est em se afirmar que o verbo propugnar defectivo. Assim como impugnar ou pugnar, o verbo propugnar conjuga-se em todos os tempos e modos. Para no errar, o candidato deveria se basear na regra do paradigma, tratada na questo 1. Perfrase um recurso que exprime algo que poderia ser expresso em um menor nmero de palavras (em vez de se mencionar Castro Alves, usa-se o poeta dos escravos). A expresso perfrase verbal significa uma forma verbal com mais de um verbo (equivale a locuo verbal). As opes b e d exploram o conceito do tempo verbal futuro do pretrito incerteza, hiptese. J os itens c e e tratam das FORMAS NOMINAIS particpio e gerndio. Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que tambm podem ser empregadas nas funes prprias de adjetivos, substantivos ou advrbios. So elas: PARTICPIO, GERNDIO E INFINITIVO. PARTICPIO: Ele havia lavado o cho da casa antes do temporal. (verbo) O uniforme lavado ficou todo sujo aps o vendaval. (adjetivo) Dou essa discusso por encerrada.(adjetivo) Encerradas as discusses, iniciou-se (advrbio de tempo Quando se encerraram...) GERNDIO: www.pontodosconcursos.com.br a votao.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O presidente fica persistindo na argumentao de que nada sabia sobre o valerioduto. (verbo) Persistindo os sintomas, o mdico dever ser (advrbio de condio = Caso persistam os sintomas...) INFINITIVO: Ele precisa pr os nomes nos livros. (verbo) O pr-do-sol lindo nessa poca do ano. (substantivo) Causa-me agonia o seu ranger de dentes. (substantivo) Precisamos colocar leo na porta que est a ranger.(verbo) 19 - (AFC/SFC 2000) Leia o texto e julgue a proposio correspondente. 0 ano 2000 chegou com mudanas surpreendentes: avano espetacular da Internet, fuses e incorporaes a rodo, globalizao e queda de mitos. 0 que se convencionou chamar de Velha Economia, contudo, no se evaporou no espao. A humanidade vai entrar no novo milnio movida ainda a petrleo e a energia eltrica e continua consumindo o po de cada dia que a velha e estressada terra produz. Ser possvel crescer nesse novo ambiente de instabilidade? 0 erro no ver que o velho e o novo continuaro convivendo por geraes, at que se estabeleam, provavelmente na segunda metade do sculo XXI, padres inteiramente novos de comportamento empresarial e individual. Nesse contexto que se deve localizar o desafio do crescimento do Brasil. Um contexto que no envolve apenas nmeros redondos sobre o crescimento industrial, a taxa de desemprego ou o barulho provocado pela m distribuio das propriedades no campo. (Jornal do Brasil, 10/09/2000) e) A forma verbal continuaro(l.10) admite a substituio por vo continuar, sem alterao do significado. Item CORRETO. Comentrio. O que se prope trocar o verbo do Futuro do Presente (continuaro) para uma locuo verbal, cujo verbo auxiliar se encontra no Presente do Indicativo (vo continuar). www.pontodosconcursos.com.br 19 consultado..

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Essa troca vlida, em funo de um recurso estilstico chamado de ENLAGE. Uma das definies desse recurso a alterao da concordncia que consiste na mudana anti-sinttica de um modo, tempo ou gnero, em correspondncia com outro. Trocando em midos: mudana do tempo, modo ou gnero com alguma inteno estilstica. Com relao aos verbos, consiste no emprego de um tempo verbal diferente do que seria normalmente utilizado. Muitas vezes, a inteno modificar o tempo para o presente. Em textos jornalsticos, isso muito comum. FURACO DESTRI CIDADES AMERICANAS- o fato efetivamente j ocorreu, pertence ao passado, mas o uso do presente tem a inteno de tornar o fato atual, imediato, como se a notcia estivesse fresquinha. AMANH EU VOU FINAL DO CAMPEONATO. talvez a inteno seja de trazer para o momento atual o fato que s se realizar amanh. EU IA SUA CASA, MAS TIVE UM PROBLEMA. a forma verbal apropriada o Futuro do Pretrito (Eu iria), mas nada impede essa substituio. 20 - (Tcnico do IPEA 2004) A Grande Depresso no foi apenas a maior crise de desemprego da Histria, mas tambm a primeira crise de desemprego nas grandes democracias ocidentais que se abateu sobre um eleitorado constitudo, principalmente, por trabalhadores ameaados pelo desemprego ou vtimas diretas dele. O corpo poltico havia mudado. No levar em conta os interesses objetivos do eleitorado era um suicdio poltico certo. (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) Em relao ao texto, julgue a assertiva abaixo. e) A preferncia pela forma verbal seria no lugar de era(l.5) mantm a correo gramatical do texto. Item CORRETO. Comentrio. Perceba que a nica exigncia a correo gramatical, sem falar nada sobre aspectos semnticos. Assim, est correta essa proposio. Com o verbo no futuro do pretrito do indicativo (seria), a construo ficaria no

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI campo da possibilidade, enquanto que o pretrito imperfeito (era) atribui um aspecto verdadeiro, real. 21 - (BACEN 2001) Analise o item a respeito do emprego das formas verbais no texto. Uma profunda transformao tecnolgica ser promovida nos bancos brasileiros neste primeiro semestre para que eles se adaptem s normas determinadas pelo Banco Central (BC), que prevem a reestruturao do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). O novo modelo entra em vigor no dia 1o de outubro, quando j deve estar em funcionamento a transferncia de grandes valores com liquidao bruta em tempo real e o monitoramento on line da conta reservas bancrias mantida no BC, que se livrar da obrigao de cobrir os saldos negativos deixados pelos bancos nas operaes do dia-a-dia. Se, de um lado, as cerca de 170 instituies financeiras movimentam-se para modernizar seu aparato tecnolgico, de outro as indstrias de software travam uma batalha para conquistar uma fatia dos investimentos que sero feitos. (Gazeta Mercantil, 20/2/2001, com adaptaes) IV. O emprego do tempo presente em entra em vigor (l.6 e 7) desrespeita as regras da conjugao verbal e da coerncia textual porque o texto pede que a se empregue o futuro entrar. Item INCORRETO. Comentrio. No houve desrespeito algum a regras de conjugao verbal ou de coerncia textual. Mais uma vez, deslocou-se o tempo verbal para o presente como recurso estilstico tornar atual um fato que pertence ao futuro. 22 - (MPU/2005) Leitor, que j tens direito _____ uma cadeira na cmara ________ ; que j ests _______ na fatal casa dos enta, _______ se comea a rolar pelo plano inclinado dos ps-de-galinha nas ______ de lua; leitor benvolo, que s pai e av de fresca data, _______ alguns minutos de ateno. (Baseado em Frana Jnior) a) b) a de honra perptua Assentado Assentado das quais de onde fases fases preste-me prestai-me

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) a d) a e) vitalcia perptua vitalcia Aboletado Parado Estacionado donde da qual donde conjunes casas conjunes presta-me preste-me prestai-me

GABARITO: C Comentrio: Para concluir essa parte que trata de modos e tempos verbais, vamos a uma das poucas questes da ESAF que tratam do imperativo. Por questes didticas, vamos comentar somente a ltima lacuna da questo, exatamente a que aborda o tpico ora estudado. Na hora da prova, quem comeasse por essa lacuna iria resolver a questo em um minuto. No texto, percebe-se o uso da segunda pessoa do singular (tens, ests, s). Para manter o paralelismo sinttico, que exige o mesmo tratamento no texto (2 ou 3 pessoa), a forma verbal a ser usada ser PRESTA, apresentada somente na opo c. Sobre a conjugao no imperativo, em vez de memorizar vrias regras, vamos guardar apenas a exceo. A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do subjuntivo. So conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas as pessoas (2 do singular e do plural, 3 do singular e do plural e 1 do plural) no imperativo negativo, e nas 3 pessoas (singular e plural) e 1 pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa a regra. Exemplo: Venha para a Caixa voc tambm 3 pessoa do singular (O comercial estava errado!!!). No nos deixeis cair em tentao 2 pessoa do plural (Ao se dirigir ao Pai, usa-se vs.) Essa a regra. Agora a exceo, que deve ser memorizada, por ser em menor nmero. A exceo fica por conta das segundas pessoas (tu e vs) no imperativo afirmativo. Nessa conjugao, usa-se o presente do indicativo, sem o s final. RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2s pessoas (singular e plural) buscam a conjugao do presente do indicativo e tiram a letra s. Todo o restante tem origem no presente do subjuntivo. www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Exemplo: 1 - Dize-me com quem andas, que eu te direi quem s. - A forma dize a reduo do presente do indicativo da 2 pessoa do singular (dizes [s] = dize). Detalhe: o verbo dizer, assim como todos que tm essa terminao -zer, um verbo abundante, que admite tanto dize como diz, no imperativo. 2 Fazei de mim um instrumento de vossa paz. A forma fazei a conjugao no presente do indicativo da 2 pessoa do plural (vs fazeis), sem o s. Alis, esse segundo exemplo foi retirado de uma orao a Orao de So Francisco de Assis, que no to conhecida quanto o Pai Nosso. No Pai Nosso, temos vrios exemplos do uso do imperativo, tanto afirmativo quanto negativo. D-se a Deus a respeitosa forma de tratamento "vs", que, como j vimos, da segunda pessoa do plural. Em "Perdoai as nossas ofensas", as pessoas que rezam dirigem-se ao Criador e pedem a Ele que lhes perdoe as ofensas praticadas. para isso que tambm serve o imperativo. Alm de ordem, essa forma verbal pode expressar tambm splica, desejo ardente, que como so feitos esses pedidos. Na prece, perdoai" e "livrai" ("perdoai as nossas ofensas"/"livrai-nos do mal") esto no imperativo afirmativo, enquanto que "deixeis" ("no nos deixeis cair em tentao") est no imperativo negativo. "Perdoai" e "livrai" obedecem a um esquema que j vimos. Como so conjugaes de 2 pessoa do plural, essas formas vm do presente do indicativo, sem o "s" final. Fazem parte da EXCEO. E "No nos deixeis cair em tentao"? da conjugao do imperativo negativo e recai na REGRA GERAL, ou seja, se forma a partir do presente do subjuntivo (que eu deixe, que tu deixes, que ele deixe, que ns deixemos, que vs deixeis, que eles deixem). Na hora da dvida, mesmo que voc no seja catlico, comece a rezar o Pai Nosso e veja como se conjugam as formas verbais no Imperativo. Mas, para dar certo, voc deve aprender a rezar direito!!!! 23 (TRF 2005/2006) Leia o texto abaixo para resolver a questo. Na opinio de Malthus, os habitantes da Terra multiplicar-se-iam numa taxa muito superior disponibilidade de recursos. Seria uma catstrofe. Sua previso falhou por no prever o espetacular desenvolvimento da

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI cincia e o aumento da eficincia na produo de alimentos e outros bens. Mas ser que essa eficincia ser mantida nos prximos 50 anos? bem provvel que sim, a despeito de certos recursos que esto se esgotando, como o caso da terra agriculturvel e da gua. (Antnio Ermrio de Moraes, O planeta e o desafio do futuro. Jornal do Brasil, 20 de maro de 2005, com adaptaes) A respeito do emprego dos modos e tempos verbais no texto, assinale a opo incorreta. a) O sentido do verbo e o emprego do pretrito perfeito em falhou(l.3) justifica o emprego do futuro do pretrito em multiplicar-se-iam (l.1) e em Seria (l.2). b) Embora prever(l.3) no tenha marca de tempo, subentende-se textualmente que indica uma ao ocorrida no passado. c) Com o emprego do futuro do presente em ser que(l.5), o autor anuncia um acontecimento provvel em tempo posterior ao da elaborao do texto. d) Considerando a idia de hiptese ou probabilidade da orao, o desenvolvimento da textualidade permitiria que o modo indicativo na flexo de (l.5) fosse alterado para o correspondente modo subjuntivo. e) O emprego da forma composta em esto se esgotando(l.6) enfatiza a idia de continuidade, durao do fato em um momento preciso do presente; nfase que no haveria com a flexo de presente simples do indicativo. Gabarito: D Comentrio. O emprego da forma Seja, conforme proposto pela opo d, prejudica a coeso textual Seja bem provvel que sim.. A idia de probabilidade fica por conta do adjetivo que acompanha o verbo, no havendo necessidade da flexo verbal no subjuntivo. Em relao s demais opes, cabe comentar que: a) o futuro do pretrito, em uma de suas possibilidades de emprego, serve para enunciar um fato posterior a outro fato passado. O ato de ter falhado a previso de Malthus antecedeu a realizao dos fatos apresentados no incio do texto multiplicao dos habitantes da terra e a conseqente catstrofe que da resultaria. Como esses fatos seriam posteriores a um outro fato passado, corretamente foi empregado o tempo futuro do pretrito.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) em Sua previso falhou por no prever..., a marca de tempo passado est na conjugao do verbo falhou, j que prever se encontra na forma nominal do infinitivo, que no indica momento em que a ao ocorre. c) alm de estar relacionada a um momento futuro (ser que essa eficincia ser mantida...), tambm denota incerteza do autor, confirmada na seqncia bem provvel que sim.... e) o uso do gerndio se preza, em construes como essa, a indicar a continuidade de um processo que ter certa durao. Os recursos no se esgotam de um momento para o outro leva um tempo para que isso acontea. Por isso, est apropriadamente empregada a forma ESTAR + GERNDIO. Da mesma forma, admitem-se construes como: Quando voc chegar noite, eu devo estar dormindo.. O mesmo no acontece em construes que so uma verdadeira praga no ramo de telemarketing nacional, agravadas com o verbo ir a acompanhar os outros dois vou estar transferindo sua ligao ou vou estar dizendo o que o senhor deve fazer. SOCORRO!!! Transferir uma ligao algo que se conclui em alguns segundos (at que voc comece a ouvir um Pour Elize insuportvel). Dizer, mesmo que dure algo, no comporta esse tipo de construo. Fale simplesmente Vou dizer o que o senhor deve fazer ou simplesmente Direi por que no usar o futuro do presente? De qualquer modo, a construo apresentada no texto, e objeto do item e da questo, est perfeita. 24 - (AFC CGU/2006) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. O prmio Objetivos de Desenvolvimento do Milnio consiste em uma das estratgias adotadas pelo governo brasileiro para ___1___ administraes locais, empresas pblicas e privadas e organizaes da sociedade civil no desenvolvimento de aes, programas e projetos que ___2___ efetivamente para que essas metas ___3___ atingidas. ___4___ trs categorias disputadas: uma para aes de governos municipais, outra para iniciativas de organizaes (entre as quais ___5___ rgos pblicos e privados e entidades no-governamentais) e a ltima para destaques individuais e coletivos (pessoas ou entidades pblicas ou privadas). (Em Questo, Subsecretaria de Comunicao Institucional da SecretariaGeral da Presidncia da Repblica, n. 390, Braslia, 06 de janeiro de 2006) 1/2/3/4/5 a) dar estmulo a / contribuem / serem / So / enquadram

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) estimulando / contribussem / forem / Seriam / enquadra c) estimular / contribuam / sejam / Sero / se enquadram d) estimularia / contribuem / so / Vo ser / enquadram-se e) estimulasse / contribuam / sero / Seriam / enquadra-se Gabarito: C Comentrio. Vamos comentar cada uma das lacunas. 1) Podem preench-la as formas dar estmulo a (a) e estimular (c), j que ao verbo antecede a preposio para, que exige o verbo subseqente no infinitivo. 2) Como a ao figura no plano da possibilidade / hiptese, o verbo correspondente deve ser conjugado no Subjuntivo. Assim, a nica forma possvel contribuam. 3) Em correlao orao anterior, esta tambm deve estar no subjuntivo sejam. 4) Pode ser empregada tanto a forma no presente do indicativo (So trs categorias...) quanto no futuro do presente do indicativo (Sero / Vo ser...), uma vez que no se definiu, a partir do contexto, o momento em que tal prmio foi aventado (se ele j existir, pode usar o presente; se ainda est na fase de projeto, usa-se o futuro.). De qualquer forma, indevida a construo Seria, que denotaria incerteza em relao realizao do projeto. 5) Nesta lacuna, o pronome deve estar antes do verbo (caso que estudaremos na aula sobre Pronomes Colocao Pronominal) e o verbo deve estar no plural para concordar com o sujeito rgos pblicos e privados e entidades no-governamentais (objeto de estudo na aula sobre Concordncia) se enquadram. 25 (AFRF 2005) Leia o texto para responder questo abaixo. O advento da moderna indstria tecnolgica fez com que o contexto em que passa a dispor-se a mquina mudasse completamente de configurao. Entretanto, tal mudana obedece a certas coordenadas que comeam a ser pensadas j na antiga Grcia, que novamente se relacionam com a questo da verdade. que a verdade, a partir de Plato e Aristteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutao em sua prpria essncia. Desde ento, entende-se www.pontodosconcursos.com.br 26

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI usualmente a verdade como sendo o resultado de uma adequao, ou seja, a verdade pode ser constatada sempre que a idia que o sujeito forma de determinado objeto coincida com esse objeto. (Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) Julgue a assertiva a respeito do uso das estruturas lingsticas do texto. a) Mantm-se a coerncia da argumentao ao substituir fez (l.1) por faz; mas para que a correo gramatical seja mantida, torna-se obrigatria ento a substituio de mudasse (l.2) para mude. Item CORRETO Comentrio. A substituio do verbo para o presente do modo indicativo desloca o fato do campo da hiptese/suposio para o campo da realidade. Com isso, acarreta, tambm, alterao na conjugao do verbo da orao subordinada. Em funo da estrutura sinttica, o verbo mudar se mantm no modo subjuntivo, mas deve ser conjugado no tempo presente. Isso se refere a correlao verbal, que ser o primeiro ponto do prximo encontro. Bons estudos e at l. LISTA DAS QUESTES COMENTADAS. 1 - (ACE TCU 2002) Identifique o segmento inteiramente correto quanto ortografia e morfologia. a) A sensao de que o sculo XX ainda no acabou dificilmente pde perdurar at a ocorrncia de um cataclisma como foi a guerra de 14, mesmo porque h um sentimento catastrfico na vida desta virada de tempo. O excesso de tecnologia corre no rumo da desesperao. b) O homem, cada vez mais angustiado, tenta encontrar refrigrio nas miragens do lazer, fazendo do turismo um campo formidvel de negcios. A tragdia ecolgica aponta para a escassez de gua como primeiro item na lista das penrias a que poder submeter-se o cidado do futuro. c) A prevalescncia do alusivo na dinmica dos tempos atuais refere a fora da realidade virtual, a que todos se entregam na certeza de sua primazia. d) O fato do patrimnio gerar empregos e receitas por meio do turismo no abule o paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenmeno

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI cultural tanto quanto pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranas destitudas de familiaridade. e) As cidades perdem em qualidade esttica porque no h, na descaracterizao avassaladora dos espaos urbanos, fontes capazes de saciar prazeres que h muito deixaram de s-lo, na acaxapante rotina que uniformiza os cenrios e robotiza o cidado. (ngelo Oswaldo, A herana do futuro, com adaptaes) 2 - (PROCURADOR BACEN/ 2002) Analise a assertiva abaixo. a) A forma verbal intermedeia(l.9) pode ser substituda por intermedia sem que haja transgresso norma culta formal.

3 - (TTN/1997) ) Analise a assertiva abaixo. a) Os perodos A venda intermediada por uma empresa localizada em um paraso fiscal (l.22 e 23) e Uma Empresa localizada em paraso fiscal intermedia a venda so equivalentes e gramaticalmente adequados ao padro culto da lngua escrita. 4 - (AUDITOR DO TRABALHO 2003) Analise o trecho abaixo em relao correo gramatical. d) A interao entre as polticas estruturais e macroeconmicas constitue elemento de grande fora explicativa para a trajetria da economia brasileira na ltima dcada. 5 - (Auditor do Trabalho/2003) Julgue a assertiva abaixo. d) A interao entre as polticas estruturais e macroeconmicas constitue elemento de grande fora explicativa para a trajetria da economia brasileira na ltima dcada. 6 - (AFRF/2002-2) A reforma tributria no pode ser realizada, na verdade, para livrar o oramento da sangria dos juros exorbitantes, embora enfeitada com os argumentos apelativos, tanto da simplificao fiscal para todo o empresariado quanto do milagre fiscal da multiplicao dos empregos para os mais despossudos. www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Trata-se do contrrio. Os de baixo vo, de fato, pagar mais e no h garantia nenhuma da boa teoria econmica de que o emprego possa crescer sem o planejamento de um projeto nacional digno do nome, que defina e articule todas as potencialidades existentes para tanto. (Ftima Gondim Farias, Reforma Tributria, em Tributao em revista, abril/junho de1999, com adaptaes) Julgue a assero abaixo, a respeito dos elementos lingsticos do texto. b) Se, no mesmo contexto sinttico de defina e articule(l.9) estivessem os verbos argir e averiguar, a expresso correta (deixando-se de lado os ajustes de sentido) seria argua e averige. 7 - (Oficial de Chancelaria/2002) Marque o conjunto de itens que completa de forma coerente e gramaticalmente correta as lacunas do respectivo texto. Durante a maior parte do ps-guerra, os Estados Unidos __________ claramente a hegemonia econmica mundial e, em grande medida tambm, a ____________ poltico-estratgica sobre os negcios internacionais. A primeira era assegurada pela sua _____________ fora econmica, comercial e tecnolgica em face dos parceiros capitalistas tradicionais Europa Ocidental e Japo que ________________ a reconstruo de seus _________________ econmicos destrudos pela guerra, mas tambm pelo relativo controle exercido sobre as instituies de Bretton Woods FMI, Banco Mundial e Gatt que determinavam o padro de comportamento esperado de economias colocadas em situao de _____________ no quadro de uma mesma ordem liberal-capitalista. (Baseado em Paulo Roberto de Almeida) a) detem, proeminncia, interdependncia b) detiveram, preeminncia, interdependncia c) deteriam, interdependncia relevncia, singular, singular, relevante, desenvolvia, equipamentos, aparelhos, aparelhos,

empreendiam, empreendia,

d) detm, proeminncia, especial, empreendia, acervos, independncia e) detem, liderana, isolada, desenvolvia, equipamentos, independncia 8 - (AFRF 2002-2) Julgue a opo abaixo.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) Pelo princpio da igualdade material o Estado tem obrigao de intervim e retificar a ordem social, a fim de remover as mais profundas e perturbadoras injustias sociais. 9 - (Procurador do BACEN/ 2002) Uma crise bancria pode ser comparada a um vendaval. Suas conseqncias so imprevisveis sobre a economia das famlias e das empresas. Os agentes econmicos relacionam-se em suas operaes de compra, venda e troca de mercadorias e servios, de modo que, a cada fato econmico, seja ele de simples circulao, de transformao ou de consumo, corresponde, ao menos, uma operao de natureza monetria realizada junto a um intermedirio financeiro, em regra um banco comercial, que recebe um depsito, paga um cheque, desconta um ttulo ou antecipa a realizao de um crdito futuro. A estabilidade do sistema que intermedeia as operaes monetrias, portanto, fundamental para a prpria segurana e estabilidade das relaes entre os agentes econmicos. (www.bcb.gov.br) Julgue a assertiva abaixo, em relao correo gramatical. b) O emprego do modo indicativo em corresponde(l.5) deve ser substitudo pelo subjuntivo corresponda para que o texto respeite a norma culta. 10 - (TRF 2002) Quem no declarou no ano passado est classificado pela Receita como pendente. Embora no tenha o CPF cancelado agora, sua situao ser considerada irregular perante a Receita. O cancelamento do documento pode significar muitos problemas, pois o CPF passou a ser mais solicitado do que a carteira de identidade. Sem ele, impossvel abrir uma conta bancria, comprar a prazo, prestar concurso pblico. Caso ganhe em uma loteria, tambm ser impedido de retirar o prmio. (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptaes) Julgue a assertiva abaixo a respeito das estruturas lingsticas do texto. d) O emprego das duas formas verbais no subjuntivo, tenha(l.3) e ganhe(l.11) justifica-se por exigncia da estrutura sinttica em que ocorrem. 11 - (TRF 2003) Julgue a assertiva abaixo.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) A dupla possibilidade verbal que o texto oferece, torcamos/torcemos(l.29 e 30) envolve variao no tempo e modo verbais, mas preserva a pessoa gramatical. 12 - (TRF 2002.2) Leia o texto a seguir para responder s questes. No passado, para garantir o sucesso de um filho ou de uma filha, bastava conseguir que eles tirassem um diploma de curso superior. Uma vez formados, seriam automaticamente chamados de doutor e teriam um salrio de classe mdia para o resto da vida. De uns anos para c, essa frmula no funciona mais. Quem pretende garantir o futuro dos filhos, alm do curso superior, ter de lhes arrumar um capital inicial. Esse capital dever ser suficiente para o investimento que gerar um emprego para seu filho. Todo emprego requer investimentos prvios, algo bvio mas esquecido por nossos polticos e governantes. (Stephen Kanitz, VEJA, 5/6/2002, com adaptaes) O texto apresenta dois grupos de formas verbais: um expressa situaes ligadas ao passado; outro, ao presente. Marque a opo em que a substituio proposta para a forma verbal provoca erro gramatical ou desrespeita as relaes temporais do texto. a) seriam(l.2) > eram b) teriam(l.3) c) funciona(l.4) d) pretende(l.4) e) ter(l.5) > tinham > tem funcionado > pretendia > tem

13 (AFRF/2002-1) Leia o texto abaixo para responder questo. A moral e a tica no so fatos ou institutos jurdicos. Direito uma coisa, moral outra. Todo ser humano informado sabe disso. O comportamento das pessoas em grupo, tornando suas aes conhecidas e avaliadas, segundo critrios ticos do mesmo grupo quanto ao carter, s condutas ou s intenes manifestadas e assim por diante, s repercutem no direito se extrapolarem os limites deste. A manifestao ofensiva a respeito de outrem confunde os dois elementos no plano individual. (Walter Ceneviva, Moralidade como Fato Jurdico, com adaptaes) Analise a assertiva abaixo a respeito das estruturas lingsticas do texto. b) Altera-se o tempo verbal, mas garante-se a correo gramatical, se no lugar de se extrapolarem(ls.6 e 7), for empregado quando extrapola. www.pontodosconcursos.com.br 31

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14 - (Fiscal de Fortaleza 2003) Em relao ao texto abaixo, julgue a proposio a seguir. O capitalismo o modo de produo em que os meios de produo e de distribuio, assim como o trabalho, tornam-se mercadorias, apropriadas privadamente. Os meios de produo e distribuio tornam-se capital medida que se concentram nas mos duma minoria, enquanto a maioria se limita posse de sua capacidade individual de trabalho. (Paul Singer) b) No primeiro perodo do texto predominam os tempos verbais do presente por tratar-se de uma definio, de um conceito. 15 - (AFC CGU 2003/2004) Leia o texto para responder s questes. A felicidade, que em si resultaria de um projeto temporal, reduz-se hoje ao mero prazer instantneo derivado, de preferncia, da dilatao do ego (poder, riqueza, projeo pessoal etc.) e dos "toques" sensitivos (tico, epidrmico, gustativo etc.). A utopia privatizada. Resume-se ao xito pessoal. A vida j no se move por ideais nem se justifica pela nobreza das causas abraadas. Basta ter acesso ao consumo que propicia excelente conforto: o apartamento de luxo, a casa na praia ou na montanha, o carro novo, o kit eletrnico de comunicaes (telefone celular, computador etc.), as viagens de lazer. Uma ilha de prosperidade e paz imune s tribulaes circundantes de um mundo movido a violncia. O Cu na Terra prometem a publicidade, o turismo, o novo equipamento eletrnico, o banco, o carto de crdito etc. (Frei Betto) Em relao s estruturas e s idias do texto, julgue a assertiva abaixo. a) O emprego do futuro do pretrito em resultaria(l.1) indica que o fenmeno a que essa forma verbal se refere est impedido de ocorrer. 16 - (CVM 2000) Chegamos a um ponto muito prximo da comunidade econmica eficaz, com seus desdobramentos sobre o quotidiano coletivo, e possvel que no nos encontremos longe de outros ideais comunitrios que as constituies preconizam, e que tm to longa histria: a integrao poltica, cultural e social. Se isso no fosse possvel ao longo de tanto tempo passado desde as projees bolivarianas, se nessa espera atravessamos um sculo e j outro bate nossa porta, h pelo menos uma convico generalizada no sentido de que os passos at agora dados so www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI seguros, no havendo mais risco de retrocesso. E no h dvida de que o xito em empreendimentos econmicos comuns tem como pressuposto o cenrio poltico que o continente hoje apresenta. (Francisco Resek) Em relao aos elementos constituintes do texto acima, julgue a assero. a) O verbo encontrar (l.2) est no subjuntivo por exigncia da estrutura anterior possvel que(l.4), que confere ao perodo a idia de probabilidade e no de certeza. 17 (AFC 2002) Analise a morfossinttica do texto abaixo. proposio a respeito da estrutura

A Guerra Fiscal pertence a uma classe geral de fenmenos que emergem quando iniciativas polticas dos Governos subnacionais adquirem conotaes negativas e geram efeitos econmicos perversos em decorrncia do carter insuficiente ou conjunturalmente inoperante do quadro poltico-institucional que regula os conflitos federativos, o qual se revela incapaz de garantir um equilbrio mnimo entre interesses locais de forma a evitar efeitos macroeconmicos e sociais perversos. (C. Cavalcanti & G. Prado, com adaptaes) b) Emergir verbo defectivo, ao qual faltam as formas em que ao radical se seguiria o ou a. 18 (Assistente de Chancelaria/2002) Segundo o noticirio, o Pentgono passou a propugnar o uso de minibombas atmicas. Ou seja, armas nucleares para estourar depsitos subterrneos onde estariam escondidas armas (nucleares, qumicas, bacteriolgicas) de destruio macia. A hiptese de banalizao das armas atmicas, inscrita na proposta do Pentgono, liquidaria os tratados internacionais de noproliferao nuclear e jogaria o Brasil no meio da tormenta, relanando a corrida nuclear. (Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptaes) Assinale a opo incorreta a respeito do emprego das formas verbais no texto. a) O emprego da perfrase verbal passou a propugnar(l.1 e 2) constitui um recurso para evitar o uso do presente do indicativo de um verbo defectivo: propugnar.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) A opo pelo emprego do futuro do pretrito em estariam(l.4), indica uma certa resistncia do autor para acreditar na veracidade da informao a respeito das armas escondidas. c) A forma de particpio inscrita(l.8) confunde-se com o adjetivo porque exprime mais um estado do que uma relao temporal. d) O emprego do futuro do pretrito em liquidaria(l.9) e jogaria(l.10) refora a idia de hiptese(l.7). e) Para manter a coerncia no emprego dos tempos verbais, a substituio do gerndio relanando(l.11) por uma forma no-nominal deve ser: e relanaria. 19 - (AFC/SFC 2000) Leia o texto e julgue a proposio correspondente. 0 ano 2000 chegou com mudanas surpreendentes: avano espetacular da Internet, fuses e incorporaes a rodo, globalizao e queda de mitos. 0 que se convencionou chamar de Velha Economia, contudo, no se evaporou no espao. A humanidade vai entrar no novo milnio movida ainda a petrleo e a energia eltrica e continua consumindo o po de cada dia que a velha e estressada terra produz. Ser possvel crescer nesse novo ambiente de instabilidade? 0 erro no ver que o velho e o novo continuaro convivendo por geraes, at que se estabeleam, provavelmente na segunda metade do sculo XXI, padres inteiramente novos de comportamento empresarial e individual. Nesse contexto que se deve localizar o desafio do crescimento do Brasil. Um contexto que no envolve apenas nmeros redondos sobre o crescimento industrial, a taxa de desemprego ou o barulho provocado pela m distribuio das propriedades no campo. (Jornal do Brasil, 10/09/2000) e) A forma verbal continuaro(l.10) admite a substituio por vo continuar, sem alterao do significado. 20 - (Tcnico do IPEA 2004) A Grande Depresso no foi apenas a maior crise de desemprego da Histria, mas tambm a primeira crise de desemprego nas grandes democracias ocidentais que se abateu sobre um eleitorado constitudo, principalmente, por trabalhadores ameaados pelo desemprego ou vtimas diretas dele. O corpo poltico havia mudado. No levar em conta os interesses objetivos do eleitorado era um suicdio poltico certo.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) Em relao ao texto, julgue a assertiva abaixo. e) A preferncia pela forma verbal seria no lugar de era(l.5) mantm a correo gramatical do texto. 21 - (BACEN 2001) Analise o item a respeito do emprego das formas verbais no texto. Uma profunda transformao tecnolgica ser promovida nos bancos brasileiros neste primeiro semestre para que eles se adaptem s normas determinadas pelo Banco Central (BC), que prevem a reestruturao do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). O novo modelo entra em vigor no dia 1o de outubro, quando j deve estar em funcionamento a transferncia de grandes valores com liquidao bruta em tempo real e o monitoramento on line da conta reservas bancrias mantida no BC, que se livrar da obrigao de cobrir os saldos negativos deixados pelos bancos nas operaes do dia-a-dia. Se, de um lado, as cerca de 170 instituies financeiras movimentam-se para modernizar seu aparato tecnolgico, de outro as indstrias de software travam uma batalha para conquistar uma fatia dos investimentos que sero feitos. (Gazeta Mercantil, 20/2/2001, com adaptaes) IV. O emprego do tempo presente em entra em vigor (l.6 e 7) desrespeita as regras da conjugao verbal e da coerncia textual porque o texto pede que a se empregue o futuro entrar. 22 - (MPU/2005) Leitor, que j tens direito _____ uma cadeira na cmara ________ ; que j ests _______ na fatal casa dos enta, _______ se comea a rolar pelo plano inclinado dos ps-de-galinha nas ______ de lua; leitor benvolo, que s pai e av de fresca data, _______ alguns minutos de ateno. (Baseado em Frana Jnior) a) b) a c) a d) a e) de honra perptua vitalcia perptua vitalcia Assentado Assentado Aboletado Parado Estacionado das quais de onde donde da qual donde fases fases conjunes casas conjunes preste-me prestai-me presta-me preste-me prestai-me

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 23 (TRF 2005/2006) Leia o texto abaixo para resolver a questo. Na opinio de Malthus, os habitantes da Terra multiplicar-se-iam numa taxa muito superior disponibilidade de recursos. Seria uma catstrofe. Sua previso falhou por no prever o espetacular desenvolvimento da cincia e o aumento da eficincia na produo de alimentos e outros bens. Mas ser que essa eficincia ser mantida nos prximos 50 anos? bem provvel que sim, a despeito de certos recursos que esto se esgotando, como o caso da terra agriculturvel e da gua. (Antnio Ermrio de Moraes, O planeta e o desafio do futuro. Jornal do Brasil, 20 de maro de 2005, com adaptaes) A respeito do emprego dos modos e tempos verbais no texto, assinale a opo incorreta. a) O sentido do verbo e o emprego do pretrito perfeito em falhou(l.3) justifica o emprego do futuro do pretrito em multiplicar-se-iam (l.1) e em Seria (l.2). b) Embora prever(l.3) no tenha marca de tempo, subentende-se textualmente que indica uma ao ocorrida no passado. c) Com o emprego do futuro do presente em ser que(l.5), o autor anuncia um acontecimento provvel em tempo posterior ao da elaborao do texto. d) Considerando a idia de hiptese ou probabilidade da orao, o desenvolvimento da textualidade permitiria que o modo indicativo na flexo de (l.5) fosse alterado para o correspondente modo subjuntivo. e) O emprego da forma composta em esto se esgotando(l.6) enfatiza a idia de continuidade, durao do fato em um momento preciso do presente; nfase que no haveria com a flexo de presente simples do indicativo. 24 - (AFC CGU/2006) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. O prmio Objetivos de Desenvolvimento do Milnio consiste em uma das estratgias adotadas pelo governo brasileiro para ___1___ administraes locais, empresas pblicas e privadas e organizaes da sociedade civil no desenvolvimento de aes, programas e projetos que ___2___ efetivamente para que essas metas ___3___ atingidas. ___4___ trs categorias disputadas: uma para aes de governos municipais, outra para iniciativas de organizaes (entre as quais ___5___ rgos pblicos e privados e entidades no-governamentais) e a ltima para destaques individuais e coletivos (pessoas ou entidades pblicas ou privadas). www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Em Questo, Subsecretaria de Comunicao Institucional da SecretariaGeral da Presidncia da Repblica, n. 390, Braslia, 06 de janeiro de 2006) 1/2/3/4/5 a) dar estmulo a / contribuem / serem / So / enquadram b) estimulando / contribussem / forem / Seriam / enquadra c) estimular / contribuam / sejam / Sero / se enquadram d) estimularia / contribuem / so / Vo ser / enquadram-se e) estimulasse / contribuam / sero / Seriam / enquadra-se 25 (AFRF 2005) Leia o texto para responder questo abaixo. O advento da moderna indstria tecnolgica fez com que o contexto em que passa a dispor-se a mquina mudasse completamente de configurao. Entretanto, tal mudana obedece a certas coordenadas que comeam a ser pensadas j na antiga Grcia, que novamente se relacionam com a questo da verdade. que a verdade, a partir de Plato e Aristteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutao em sua prpria essncia. Desde ento, entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado de uma adequao, ou seja, a verdade pode ser constatada sempre que a idia que o sujeito forma de determinado objeto coincida com esse objeto. (Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) Julgue a assertiva a respeito do uso das estruturas lingsticas do texto. a) Mantm-se a coerncia da argumentao ao substituir fez (l.1) por faz; mas para que a correo gramatical seja mantida, torna-se obrigatria ento a substituio de mudasse (l.3) para mude.

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AULA 2: VERBO E SEUS ASPECTOS


Ol, alunos virtuais Hoje, daremos continuidade ao estudo sobre verbos e seus aspectos. Na aula passada, vimos conjugao verbal, tempos e modos. Nesta, o primeiro ponto CORRELAO VERBAL ir retomar muitos dos conceitos j estudados. Por se tratar de um nico tpico, a numerao das questes seqencial. Sem mais delongas, vamos aula. CORRELAO VERBAL 26 - (AFC/SFC 2000) Assinale a opo em que a correlao entre tempos e modos verbais constitui erro de sintaxe. a) H pelo menos dois sculos, desde que Adam Smith inaugurou a profisso, os economistas consomem boa parte de seu tempo, enaltecendo os benefcios do livre comrcio e pregando a liberdade econmica. b) O mundo perfeito, garantem, aquele em que no h nenhum tipo de obstculo ao fluxo de mercadorias, pessoas e idias. c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida por uma mo invisvel que a fazia viver sempre em equilbrio. d) Presa, seria como uma mquina com areia nas engrenagens, cujo atrito traria desperdcio de energia e empobreceria os cidados. e) A virada do milnio reservou um paradoxo e tanto para os seguidores do economista escocs. Nunca como agora o mundo aderiu com tanta garra a suas teses. (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.135) GABARITO: C Comentrio. Questo recorrente nos mais recentes certames CORRELAO VERBAL, que consiste na articulao entre as formas verbais no perodo. Os verbos estabelecem, assim, uma correspondncia entre si. www.pontodosconcursos.com.br 1

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Na questo, estamos diante de uma correlao inadequada na opo C. A forma funcionaria figura no plano da hiptese. Assim, a forma verbal do verbo fazer deve manter essa linha de raciocnio do fato contido em funcionaria:(...) a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida por uma mo invisvel que a faria viver sempre em equilbrio A forma verbal empregada fazia - transmite uma idia de processo no concludo. Indica o que no passado era freqente ou contnuo, o que no encontra respaldo no contexto. Esse tipo de questo, normalmente, o candidato consegue acertar usando o ouvido. Observe que alguma coisa parece estar errada na construo: Se voc se acomodasse com a situao, ela se tornar efetiva.. Isso acontece porque no houve correlao entre a forma verbal da primeira orao (acomodasse) que indica hiptese, possibilidade - com a da segunda (tornar) que indica certeza. A ttulo de curiosidade (e somente com esse propsito nada de ficar decorando listas), seguem alguns exemplos de construes corretas sob o aspecto de correlao verbal: a) Exijo que me diga a verdade. Presente do Indicativo + Presente do Subjuntivo b) Exigi que me dissesse a verdade. Pret.Perf.Indicativo + Pret.Imperf.Subjuntivo. c) Espero que ele tenha feito uma boa prova. - Presente Indic.+ Pret.Perf.Comp.Subjuntivo. d) Gostaria que ele tivesse vindo. Pret.Mais-que-perf.Comp.Subjuntivo Fut.Pretrito.Ind.+

e) Se voc quiser o material, eu o trarei. Futuro do Subjuntivo + Fut.Presente Indicativo f) Se voc quisesse o livro, eu o traria. Fut.Pretrito do Indicativo Pret.Imperf.Subj.+ Futuro Subj.+

g) Quando puder, lerei o seu material. Fut.Presente Indicativo

27 - (AFC/SFC 2000) Assinale a opo que foi transcrita com problemas na correlao dos tempos verbais. a) Em setembro de 1998, pesquisa realizada com o apoio do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) procurou medir a capacidade do trabalhador brasileiro de entender o que l e estabelecer relaes entre quantidades expressas em nmeros, com critrios semelhantes aos usados nos pases da Organizao para a Cooperao e

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Desenvolvimento Econmico (OCDE), que rene os 29 principais pases industrializados. b) Seria assustador que 82% dos entrevistados no entenderam a conta de juros reais que incidam, por exemplo, na prestao de um eletrodomstico. Na era da informtica, que tipo de oportunidade profissional pode ter uma pessoa com tais carncias de qualificao? c) A pesquisa, realizada em vrias cidades brasileiras, entre a populao de baixa escolaridade, entre 15 e 55 anos, mostrou que, entre 69% e 81% (conforme a regio) dos 2 mil entrevistados, quando solicitados a analisar texto informativo simples, apenas reconheciam o tema, sem assimilar o sentido do texto. d) A oferta de escolaridade combate o analfabetismo absoluto, como prova o caso brasileiro, mas no garante capacidade de apreenso, compreenso e concentrao que os empregos modernos exigem. e) Por isso a Unesco insiste em que preciso educao de qualidade. Alfabetizar custa pouco o Comunidade Solidria gasta US$ 34 per capita. Educar para o moderno mercado de trabalho tem custo bem mais elevado, mas so poucos os pases dispostos a paglo. (O Estado de S. Paulo - Notas e Informaes, 22/4/2000, p. A3, com adaptaes) Gabarito: B Comentrio. Percebe-se erro de correlao verbal na passagem Seria assustador que 82% dos entrevistados no entenderam a conta de juros reais. O primeiro verbo (seria), que pertence orao principal, situa o fato no campo da hiptese. Assim, o verbo da orao a ele subordinada, com a funo de sujeito (Pergunta: o que seria assustador? Resposta: que 82%...), deve manter esse aspecto, com a conjugao no modo subjuntivo Seria assustador que 82% dos entrevistados no tivessem entendido a conta.... Contudo, extrai-se do contexto que a inteno foi retratar um fato efetivamente. O verbo ser, por esse motivo, dever ter a conjugao no pretrito do indicativo (as pesquisas ocorreram em 1998 e o texto de 2000), e o verbo da orao subordinada subjetiva (orao que tem a funo sinttica de sujeito da orao principal) deve manter essa correspondncia (modelo c do comentrio da questo 20), conjugando-se no pretrito perfeito composto do subjuntivo. Assim, seria melhor a construo:Foi assustador que 82% dos entrevistados no tenham entendido a conta dos juros reais.... www.pontodosconcursos.com.br

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28 - (Auditor do Trabalho/2003) No texto abaixo, assinale o trecho transcrito corretamente. a) Pesquisadores do Banco Mundial revelam que, a globalizao reduz a pobreza, mas no em todos os lugares. b) Embora muitas naes globalizadas procurem acompanhar o ritmo das mais opulentas, grande parte do mundo em desenvolvimento esto se tornando marginalizados. c) Na Amrica Latina, por exemplo, a integrao global aumentou ainda mais as desigualdades salariais, e h uma preocupao generalizada que o processo esteja levando uma maior desigualdade no prprio interior dos pases. Essa desigualdade j alcanou os Estados em suas relaes assimtricas. d) Embora Marx no estava pensando em escala global quando falou da distncia, que separa os ricos dos pobres de forma crescente, essas previses nunca pareceram to verdadeiras quanto hoje. e) A inverso apenas metodolgica: trata-se do relacionamento entre o primeiro e o terceiro mundo, com os ricos ficando cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. (Adaptado de Fernando Magalhes, A globalizao e as lies da histria) Gabarito: E Comentrio. Somente os itens B e D nos interessam. No b, estamos diante de uma construo com termos partitivos grande parte de. Como o complemento, h um termo no singular mundo em desenvolvimento. Assim, s resta uma nica possibilidade de concordncia no singular est se tornando marginalizado. Sobre isso, iremos voltar a comentar na aula apropriada. O item d o que realmente importa. A estrutura do perodo, com o emprego da conjuno embora, exige que o verbo seja conjugado no subjuntivo Embora Marx no estivesse pensando (...), essas previses nunca pareceram to verdadeiras. 29 - (AFRF/2002-2) Julgue as assertivas abaixo, em relao correo gramatical dos perodos. c) Para que alcanamos tais objetivos, indispensvel que o Sistema Tributrio Nacional seja utilizado como instrumento de distribuio de

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI renda e redistribuio de riqueza, com o apoio de outros mecanismos auxiliares. d) A essncia do direito a sua aplicao prtica dever das autoridades pblicas. Os princpios constitucionais no podem ser meras declaraes de boas intenes, embora a regra jurdica existe para agir sobre realidade social. Itens INCORRETOS. Comentrio. c) O verbo alcanar est sendo empregado em situao hipottica, estabelecendo com a orao seguinte uma relao condicional. Alm disso, acompanhado da locuo conjuntiva para que, que leva o verbo para o subjuntivo. Por isso, h necessidade de o verbo ser conjugado no presente do subjuntivo alcancemos. d) Na ltima orao do segundo perodo, verificam-se dois erros. O primeiro, de conjugao verbal. O verbo existir deve estar no presente do subjuntivo, por pertencer a uma orao subordinada adverbial concessiva, com o emprego da conjuno embora (embora a regra jurdica exista para agir...). Na seqncia, houve erro de crase (sobre a realidade social). Contudo, por questes didticas, no iremos nos aprofundar nesse comentrio deste erro. 30 - (AFC/SFC 2000) Indique a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. preciso que a discusso da reforma tributria ___________ norteada pela mesma premissa bsica que inspirou vrias propostas de reforma, defendidas tanto pelo Executivo como pelo Congresso, a partir do final de 1997. Por divergentes que ____________, tais propostas partiram todas do mesmo diagnstico. De que a reforma que _________ necessria ________ a eliminao dos tributos cumulativos, bem como do IPI, ICMS e ISS, e a introduo de uma forma de taxao indireta, centrada em esquema amplo e coerente de impostos sobre valor adicionado. A grande questo - e nisso que as propostas ________- como fazer essa mudana. (Adaptado de Rogrio L. F. Werneck, Estado de a) b) c) d) e) S. Paulo, 27/10/2000)

volta a ser - tenham sido - fazia-se - requer - divergissem volte a serem - fossem - se fez - requeresse - divergiram volte a ser - tenham sido - se fazia - requeria - divergem volte sendo - eram - se faria - requeriam - divergiro voltem a ser - tivessem sido - fazia - requerem - diverge www.pontodosconcursos.com.br 5

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Gabarito: C Comentrio. S com o preenchimento da primeira lacuna, o candidato poderia acertar a questo. Como o trecho indica um fato que se encontra no plano de possibilidade ( preciso...), e no no plano da certeza, eliminamos a opo a, que apresenta a estrutura verbal no presente do indicativo (volta a ser). Numa locuo verbal, o verbo principal no se flexiona. Assim, est descartada tambm a letra b. A opo da letra d no confere nenhum sentido ao texto, devendo ser eliminada (volte sendo). Como o sujeito discusso ( preciso que a discusso...), o verbo auxiliar da locuo verbal dever ficar no singular. Elimina-se, assim, a opo e (voltem a ser). De acordo com as consideraes acima, verbo dever ser conjugado na terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo volte a ser. Portanto, a resposta a opo c. Somente para fins didticos, comentaremos as demais lacunas. Na segunda lacuna, mais uma vez, a estrutura verbal situa-se no campo da hiptese, sendo caso de conjugao no modo subjuntivo. Se j no tivssemos verificado o gabarito, haveria duas opes vlidas: fossem e tivessem sido. A terceira lacuna reproduz uma situao verbal pretrita. Das alternativas apresentadas nas opes, a melhor indica o verbo no Pretrito Imperfeito fazia acompanhado do pronome se e do predicativo necessria, equivalente a que se tornava necessria ou mesmo que era necessria. Sem aprofundar o comentrio, a nica posio possvel do pronome se procltica, ou seja, deve anteceder o verbo, por exigncia do pronome relativo que. Na seqncia, em correlao verbal com o verbo fazer, o prximo verbo ficou no Pretrito Imperfeito, em correlao ao verbo anterior, tambm na forma pretrita (A reforma, que se fazia necessria [situao pretrita], requeria [correlao outra forma verbal] a eliminao dos tributos cumulativos). Por fim, a divergncia das propostas de reforma tributria um fato real, concreto, que efetivamente ocorre. Deve o verbo, pois, ser conjugado no presente do indicativo as propostas divergem. Alm disso, deve haver correspondncia entre o tempo do verbo ser ( nisso...) com o que segue (divergem).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 31 (AFRF 2005) Leia o texto para responder questo abaixo. O advento da moderna indstria tecnolgica fez com que o contexto em que passa a dispor-se a mquina mudasse completamente de configurao. Entretanto, tal mudana obedece a certas coordenadas que comeam a ser pensadas j na antiga Grcia, que novamente se relacionam com a questo da verdade. que a verdade, a partir de Plato e Aristteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutao em sua prpria essncia. Desde ento, entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado de uma adequao, ou seja, a verdade pode ser constatada sempre que a idia que o sujeito forma de determinado objeto coincida com esse objeto. (Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) Analise a opo abaixo a respeito do uso das estruturas lingsticas do texto. Mantm-se a coerncia da argumentao ao substituir fez (l.1) por faz; mas para que a correo gramatical seja mantida, torna-se obrigatria ento a substituio de mudasse (l.2) para mude. Item CORRETO. Comentrio. Para anlise, iremos manter apenas os termos necessrios para a compreenso do primeiro perodo: O advento da moderna indstria tecnolgica fez com que o contexto (...) mudasse completamente de configurao. A primeira substituio de tempo verbal do pretrito perfeito do indicativo (fez) para o presente do indicativo (faz) - acarreta a alterao na correlao deste verbo com o verbo mudar, presente na orao que exerce a funo de objeto indireto da orao principal, levando tambm para o presente do subjuntivo (mude) o tempo verbal que estava conjugado no pretrito imperfeito do subjuntivo (mudasse). LOCUO VERBAL 32 - (Tcnico do IPEA 2004) A Grande Depresso no foi apenas a maior crise de desemprego da Histria, mas tambm a primeira crise de desemprego nas grandes democracias ocidentais que se abateu sobre um eleitorado constitudo, principalmente, por trabalhadores ameaados pelo

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI desemprego ou vtimas diretas dele. O corpo poltico havia mudado. No levar em conta os interesses objetivos do eleitorado era um suicdio poltico certo. (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) Em relao ao texto, julgue a proposio a seguir. c) Caso a expresso O corpo poltico(l. 5) v para o plural, estaria gramaticalmente correto manter a expresso havia mudado no singular, pois o verbo haver impessoal. Item INCORRETO. Comentrio. Locuo verbal o conjunto semntico de dois ou mais verbos. Forma-se com um verbo principal e um ou mais verbos auxiliares. s vezes, no meio da locuo verbal pode aparecer uma preposio (de, a), como em comecei a trabalhar, hei de vencer ou tenho de esquecer. Enquanto o principal vem sob uma forma nominal (infinitivo, gerndio ou particpio), seu(s) auxiliar(es) pode(m) vir em uma forma finita (indicativo, subjuntivo, imperativo) ou tambm nominal. Nessa relao, o que se flexiona o verbo auxiliar, mas do modo como o verbo principal iria variar. Em outras palavras, o verbo auxiliar faz tudo o que o verbo principal iria fazer se estivesse sozinho. Formam-se locues verbais em: construes de voz passiva, principalmente com os verbos auxiliares SER e ESTAR; tempos compostos, com os verbos auxiliares TER e HAVER. construes com auxiliares modais, que determinam com mais rigor o modo como se realiza ou deixa de se realizar - a ao verbal. Expressam circunstncias de: incio ou fim (comecei a estudar, acabei de acordar), continuidade (vai andando), obrigao (tive de entregar), possibilidade (posso escrever), dvida (parece gostar), tentativa (procura entender) e outras tantas. Como num escritrio, onde quem manda o chefe e quem trabalha o empregado (ou voc j viu algum chefe trabalhando???), na locuo verbal, quem exerce a funo de chefe o verbo principal ele fica parado, s mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de acordo com as suas ordens.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Na locuo verbal da questo (havia mudado) o verbo auxiliar (havia) dever se flexionar do mesmo modo que o verbo principal (mudar) o faria se estivesse sozinho: Os corpos polticos mudavam -> Os corpos polticos haviam mudado.. Acima de tudo, est incorreta a afirmao de que o verbo haver, nessa construo, impessoal. Ele o verbo auxiliar da locuo e, por isso, tem sujeito ( pessoal) e se flexiona. O verbo HAVER impessoal quando no possui sujeito, como no caso em que apresenta o sentido de existir (H cem mil interessados no prmio.). Por isso, no se flexiona. Assim, se ele for o verbo principal da locuo verbal, dar essa ordem ao seu auxiliar, que no se flexionar tambm: Deve haver cem mil interessados no prmio. Contudo, se o verbo haver estiver na posio de auxiliar (empregado), como nessa questo de prova (havia mudado), possui sujeito (corpo poltico) e ir se flexionar de acordo com as ordens do verbo principal. Um bom exemplo encontramos na letra de Esotrico, de Gilberto Gil: No adianta nem me abandonar Porque mistrio sempre h de pintar por a Temos que mistrio sempre pintar ou, usando a locuo verbal, h de pintar. O verbo auxiliar ficou no singular (h) porque o verbo principal assim ficaria (pintar), em concordncia com o sujeito, que est no singular. E se o sujeito fosse mistrios, no plural, como muita gente canta por a? Mistrios sempre .... ? Descobriu? Algum palpite? Como o verbo pintar, na passagem, iria para o plural (Mistrios sempre pintaro), o verbo haver, na locuo verbal, dever obedecer ordem e se flexionar tambm. Assim, Mistrios sempre ho de pintar.. Para treinarmos (e nos desestressarmos), mais uma musiquinha do Gil, agora Estrelas: H de surgir Uma estrela no cu cada vez que oc sorrir H de apagar Uma estrela no cu cada vez que oc chorar Agora, os verbos principais so surgir e apagar. Uma estrela surgir, Uma estrela se apagar. Logo, Uma estrela h de surgir e Uma estrela h de se apagar. Se o sujeito fosse para o plural, seria Estrelas ho de surgir e Estrelas ho de se apagar.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Essa regra se aplica a todos os verbos que formam uma locuo verbal. Quando os verbos componentes da locuo esto prximos, menos corriqueiro o equvoco de flexo, por isso seriam extremamente fceis questes desse tipo. Para aumentar a possibilidade de erro, a ESAF costuma distanciar os verbos da locuo, como em: "As certides devero, sob pena de invalidade do ato e impedimento para o registro, acompanharem o traslado da escritura" (corrija-se para: devero... acompanhar). Uma simples juno dos verbos ora afastados poderia evitar o erro. 33 - (Assistente de Chancelaria/2002) Leia o texto abaixo para responder s questes 01 e 02. O sculo XX foi o mais assassino na histria registrada. O nmero total de mortes causadas por ou associadas a suas guerras foi estimado em 187 milhes. O equivalente a mais de 10% da populao mundial em 1913. Entendido como tendo-se iniciado em 1914, foi um sculo de guerra quase ininterrupta, com poucos e breves perodos sem conflito armado organizado em algum lugar. Foi dominado por guerras mundiais: quer dizer, por guerras entre Estados territoriais ou alianas de Estados. Apesar disso, o sculo no pode ser tratado como um bloco nico, seja cronolgica, seja geograficamente. Cronologicamente, ele se distribui em trs perodos: a era de guerras mundiais centrada na Alemanha, a era de confronto entre as duas superpotncias e a era desde o fim do sistema de poder internacional clssico. Chamarei a esses perodos de 1, 2 e 3. Geograficamente, o impacto das operaes militares tem sido desigual. Com uma exceo (a Guerra do Chaco), no houve guerras entre Estados significantes (em oposio a guerras civis) no hemisfrio Ocidental no ltimo sculo. Em contrapartida, guerras entre Estados, no necessariamente desconectadas do confronto global, permaneceram endmicas ao Oriente Mdio e ao sul da sia, e guerras maiores diretamente resultantes do confronto global aconteceram no leste e no sudeste da sia. Mais impressionante a eroso da distino entre combatentes e nocombatentes. As duas guerras mundiais da primeira metade do sculo envolveram toda a populao dos pases beligerantes; tanto combatentes quanto no-combatentes sofreram. (Eric Hobsbawn, A epidemia da guerra, com adaptaes)

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Julgue a opo abaixo a respeito do emprego das palavras e expresses do texto.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) A forma verbal composta tem sido(l. 15), por se constituir com o auxiliar ser, indica uma orao de voz passiva. Item INCORRETO Comentrio. Como vimos, os verbos ser e estar constroem locues verbais em oraes de voz passiva analtica, enquanto que os verbos ter e haver formam locues de tempo composto. O que a banca tentou foi induzir o candidato ao erro no ltimo trecho da questo por constituir com o auxiliar ser, indica uma orao de voz passiva. Tal assertiva estaria correta se no fosse o verbo ser, na locuo tem sido, o verbo principal, e no o auxiliar, este representado pelo verbo ter. Trata-se, pois, de tempo composto, e no de voz passiva. 34 - (ACE 2002) Marque o item sublinhado que impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortogrfico. represente

Hoje, nos pases em desenvolvimento, desconfia-se de que(A) camufladamente(B) grande parte daquelas sociedades nogovernamentais e misses religiosas desempenham a mesma funo de vilipndio(C); na rota de ocupao, buscam credenciarem-se(D) como cientistas do solo, da fauna e da flora, consoante(E) j o fizeram nos casos do Mxico e da Colmbia. (Baseado em Paulo Bonavides) a) A b) B c) C d) D e) E Gabarito:D Comentrio. Por se tratar de uma locuo verbal, o verbo principal dever permanecer na forma de infinitivo impessoal (sem flexo). Assim, a forma correta seria buscam credenciar-se. Aproveitaremos para tratar, agora, dos casos em que o infinitivo se flexiona.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI FLEXO DO INFINITIVO 35 (Auditor RN/2005) Marque a opo que no substitui corretamente o item sublinhado no texto, respeitando-se a ordem em que ocorrem. Na medida em que a dinmica da acumulao privada e a mobilidade dos capitais j no so controladas pelo Estado atravs da tributao, os direitos humanos, numa viso jurdico-positiva, encontram-se em fase regressiva. Eles podem at continuar existindo no plano legal, sobrevivendo, em termos formais, aos processos de tributao. Mas no tm mais condies de ser efetivamente implementados no plano real (se que o foram, integralmente, um dia). (Baseado em Mrio Antnio Lobato de Paiva em www.ambitojuridico.com.br) a) Considerando que b) por meio c) continuarem d) j no tm e) serem Gabarito: C Comentrio. Trata-se de uma locuo verbal podem continuar existindo, no se admitindo a flexo do verbo continuar. O nico verbo que se flexiona o primeiro auxiliar. Os demais (segundo auxiliar e verbo principal) permanecem em uma das formas nominais infinitivo, gerndio ou particpio. O que nos interessa nessa questo sugesto de troca do item e. Mas [os direitos humanos] no tm mais condies de ser efetivamente implementados no plano real. A troca pelo infinitivo flexionado (serem) vlida, pelos motivos a seguir expostos. INFINITIVO O infinitivo uma das trs formas nominais do verbo, junto com o gerndio e o particpio. O infinitivo pode ser IMPESSOAL (no se flexiona em nmero ou pessoa) ou PESSOAL (possui sujeito e com ele pode concordar, havendo, nesse caso, flexo de nmero e pessoa).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O infinitivo PESSOAL pode se flexionar ou no, a depender da construo. Flexionar quer dizer conjugar em todas as pessoas, por exemplo: vender, venderes, vender, vendermos, venderem. CASOS EM QUE O INFINITIVO FLEXIONA 1. Quando o sujeito da forma nominal est claramente expresso, ou seja, o infinitivo estiver acompanhado de um pronome pessoal ou de um substantivo o nico caso de flexo obrigatria. A eleio de 2006 ser o momento de os eleitores decidirem por uma renovao do Congresso Nacional. 2. Quando se deseja indicar o sujeito no expresso a partir da desinncia verbal: Est na hora de irmos embora. Observe que, se no houvesse a indicao pela desinncia, no ficaria claro quem deveria ir embora. CASOS DE FLEXO FACULTATIVA DO INFINITIVO Quando o sujeito do infinitivo j estiver expresso em outra orao, geralmente na orao principal, a flexo torna-se facultativa. Recomenda-se, inclusive, omitir a flexo para o texto mais enxuto e objetivo, a no ser que exista o risco de ambigidade, caso em que a flexo ser necessria para dissipar qualquer dvida. De qualquer forma, a flexo do infinitivo, nesses casos, opcional pode-se flexionar ou no, a critrio do autor. As mulheres se reuniram para decidir/decidirem a melhor forma de conduta. As trabalhadoras discutiram uma forma de se proteger/protegerem dos abusos no ambiente de trabalho. O ministro convidou os ndios para participar/participarem do debate. CASOS DE FLEXO DO INFINITIVO EM VOZ PASSIVA Com relao flexo do infinitivo passivo (questo da prova de Auditor RN/2005), no esquema SUJEITO / PREPOSIO / SER / PARTICPIO, h duas possibilidades:

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 1 - Quando os sujeitos das oraes so distintos e o do infinitivo vem logo aps a preposio, as duas formas FLEXIONADA OU NO esto certas, dando-se preferncia flexo verbal. O objetivo coletar informaes mais precisas para ser / serem cruzadas com outros bancos de dados. Indique as providncias a ser / serem tomadas. Envio os documentos para ser / serem analisados. 2 - Prefere-se a no-flexo: a) quando o sujeito (plural) das duas oraes for o mesmo: Doenas desse tipo levam at cinco anos para ser / serem tratadas. Eles esto para ser / serem expulsos. Saram sem ser / serem percebidos. Os pedidos analisados. levaram dez dias para ser / serem

b) quando se tem um adjetivo antes da preposio: So obras dignas de ser / serem imitadas. Os alimentos estavam comercializados. prontos para ser / serem

As presas pareciam fceis de ser / serem apanhadas. Apresentamos exerccios simples de ser / serem feitos. Observe que se trata de PREFERNCIA, a depender da nfase que o autor queira dar. No podemos tachar de certo ou errado. Ao no flexionar, valoriza-se a ao; com a flexo, d-se nfase ao sujeito que a pratica. Muitas vezes, a escolha feita por questo de eufonia ou de clareza textual. Encerramos esse comentrio-aula com as palavras de Pasquale Cipro Neto e Ulisses Infante (Gramtica da Lngua Portuguesa, Editora Scipione) de que "o infinitivo constitui um dos casos mais discutidos da lngua portuguesa", e "estabelecer regras para o uso de sua forma flexionada, por exemplo, tarefa difcil", e, "em muitos casos, a opo meramente estilstica". 36 - (AFPS/2002) Leia o texto para responder, em seguida, questo. Acho que a globalizao tem graves problemas. Ns estamos percebendo que hora de fazer ajustes, de garantir acesso dos

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI pases pobres aos mercados do Primeiro Mundo. hora de os pases ricos fazerem algumas concesses. Culturalmente falando, a globalizao um sucesso espetacular, mas do ponto de vista econmico um fracasso. Precisamos entender que a globalizao no uma fora indomvel da natureza. Ela criao humana, produto de instituies e governos, de regras, e pode ser alterada. (Michel Bailey, VEJA, 22/05/2002, com adaptaes) Julgue os itens a respeito do emprego das estruturas lingsticas do texto e marque, a seguir, a opo correta. III. A substituio da preposio de(l.3) por que, antes de os pases ricos(l.3-4), e a conseqente substituio de fazerem(l.4) por fizessem, mantm as relaes semnticas e a correo gramatical. IV. As regras da norma culta permitem que a forma de infinitivo verbal fazerem(l.4) seja tambm empregada sem flexo: fazer. Itens INCORRETOS. Comentrio. Item III exige-se, no item, que sejam mantidas as relaes semnticas (significado) e a correo gramatical. Efetuando-se a troca sugerida, a orao seria: hora que os pases ricos fizessem algumas concesses. Alm do prejuzo na correlao verbal entre presente do indicativo que denota situao real e fizessem- pretrito do subjuntivo, indicando incerteza, haveria tambm uma alterao no sentido original do texto. Item incorreto, portanto. Item IV o sujeito da forma verbal pases ricos. Como o sujeito est explcito e no plural, a nica forma possvel para o infinitivo seria flexionado fazerem caso de flexo obrigatria. 37 - (TRF 2002) O CPF hoje um dos documentos mais utilizados no Brasil. Foi criado em 1965, com o objetivo de identificar o contribuinte pessoa fsica perante a Secretaria da Receita Federal e para que ela tivesse um maior controle dos contribuintes brasileiros. Com o passar do tempo, instituies financeiras e o comrcio passaram a exigir o nmero do documento para fazer vrias operaes, como financiamentos, por exemplo. Enquanto o CPF uma forma de identificao do contribuinte, a carteira de identidade tem a finalidade de identificar o cidado por meio da Secretaria de Segurana Pblica. www.pontodosconcursos.com.br 15

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptaes) Julgue a assero abaixo. c) O emprego do infinitivo flexionado, fazerem, no lugar de fazer(l.6) mantm a coerncia textual e a correo gramatical. Item CORRETO (gabarito da questo). Comentrio. A passagem Com o passar do tempo, instituies financeiras e o comrcio passaram a exigir o nmero do documento para fazer vrias operaes.... Como o sujeito das duas oraes o mesmo (instituies financeiras e o comrcio), a flexo do infinitivo facultativa. 38 - (TRF 2002) Quem no declarou no ano passado est classificado pela Receita como pendente. Embora no tenha o CPF cancelado agora, sua situao ser considerada irregular perante a Receita. O cancelamento do documento pode significar muitos problemas, pois o CPF passou a ser mais solicitado do que a carteira de identidade. Sem ele, impossvel abrir uma conta bancria, comprar a prazo, prestar concurso pblico. Caso ganhe em uma loteria, tambm ser impedido de retirar o prmio. (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptaes) A respeito das estruturas lingsticas do texto, julgue a assertiva abaixo. c) O infinitivo no flexionado na locuo verbal passou a ser(l.5) porque complementa um verbo causativo. Item INCORRETO. Comentrio. Nesse caso, o infinitivo no foi flexionado por fazer parte de uma locuo verbal. Os verbos causativos expressam noo de causa (deixar, fazer, mandar, como Mandei os alunos chegarem, Fizeram-no confessar o crime.) e, em construes com o uso de infinitivo, este no se flexiona quando tem por sujeito um forma pronominal tona (Deixeos sair.).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 39 - (IRB ANALISTA/2004) - Leia o seguinte texto para responder s questes. As sociedades humanas so complexas e os seus membros se atraem ou se repelem em funo de sua pertinncia. O homem s no existe, mesmo quando solitrio. Para se construir e entender-se, o homem precisa pertencer. Essa pertinncia vai desde a linguagem, passa pelos grupos e classes sociais e invade as culturas, os saberes, e at mesmo as idiossincrasias. As sociedades no so essencialmente harmnicas. Elas esto sempre se transformando a partir dos conflitos e das contradies que as fazem mover e se transformar. Assim, as sociedades funcionam muito mais pela lgica das contradies que pela lgica da identidade. (Roberto de Aguiar, tica e direitos humanos, com adaptaes) Julgue se a substituio proposta preservaria a correo gramatical e a coerncia do texto. mover(l.8) > moverem

Item INCORRETO. Comentrio. Para anlise, necessrio transcrever toda a orao. Elas [as sociedades] esto sempre se transformando a partir dos conflitos e das contradies que as fazem mover e se transformar. Mais uma vez, a banca explorou a flexo do infinitivo com verbos causativos e sensitivos. O verbo fazer um verbo causativo exprime relao de causa. O que se extrai do trecho que Conflitos e contradies as fazem [as = sociedades] mover. O sujeito do verbo fazer conflitos e contradies e o objeto direto tudo que se segue ao verbo as mover, sendo que o pronome demonstrativo as est em substituio expresso as sociedades. O objeto direto tambm est sob a forma oracional [as mover], com sujeito (representado pelo pronome oblquo as) e um verbo (mover). Assim, como tem por sujeito uma forma pronominal tona, o infinitivo no pode se flexionar. Trata-se de uma forma pessoal (possui sujeito) sem flexo verbal. Isso acontece em construes com VERBOS CAUSATIVOS (fazer, permitir, deixar, mandar) e SENSITIVOS (que expressam sensaes ouvir, sentir, ver), acompanhados de PRONOMES TONOS (que www.pontodosconcursos.com.br 17

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI exercem a funo de sujeito) + NO FLEXIONADO. VERBOS NO INFINITIVO PESSOAL

Assim, est incorreta a sugesto, pois o verbo no infinitivo no poderia se flexionar (moverem). 40 - (TRF 2002) Analise as opes abaixo e julgue a correo gramatical em relao s alteraes propostas. Maior a exigncia de uma ao transparente naqueles domnios em(a) que a atividade estatal gera encargos financeiros para a cidadania. o caso da imposio de tributos. Se os indivduos devem concorrer(b) para a manuteno dos servios pblicos, ho(c) de ter a garantia de no ser surpreendidos. por isso que a constituio estabelece como princpio que os tributos sejam institudos num(d) exerccio e cobrados noutro, e sempre criados por lei. Assim se assegura o benefcio ao Estado(e), e ao indivduo a garantia do conhecimento prvio e certo de suas responsabilidades. (Josaphat Marinho, Surpresas Tributrias, com adaptaes) b) substituir concorrer(l.4) por concorrerem. c) substituir ho(l.4) por h. Itens INCORRETOS. Comentrio. Os verbos CONCORRER e HAVER fazem parte de locues verbais, na qualidade de, respectivamente, verbo principal e verbo auxiliar. Se os indivduos devem concorrer... permanece no infinitivo impessoal. o verbo principal

[os indivduos] ho de ter a garantia de... - o verbo auxiliar segue a flexo que teria o verbo principal. Como a forma verbal ter iria se flexionar, para concordar com o sujeito da ao (os indivduos tero...), assim ficar o verbo haver (ho de ter). 41 - (Tcnico IPEA/2004) Julgue se a substituio preservaria a coerncia e a correo gramatical do texto. proposta

O conceito de tica tambm algo estreitamente vinculado ao sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus costumes, como indica a raiz grega da palavra (ethos), e tem naturalmente evoludo no seu contedo, como evoluem esses costumes ao longo do tempo e da histria. (R. Saturnino Braga, tica e poltica, com adaptaes) b) viverem por viver(L.2) www.pontodosconcursos.com.br

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Item INCORRETO. Comentrio. O infinitivo, na funo de complemento nominal (completa o sentido do substantivo modo), no possui sujeito e, em virtude disso, no pode se flexionar. So formas igualmente no flexionadas as em que o verbo no infinitivo: - esteja ligado a um adjetivo, apresentando uma idia passiva: So coisas fceis de fazer (de serem feitas); - faa parte de uma locuo verbal, inclusive no lugar de uma forma no gerndio: Vamos estudar para a prova.; Ela ficou a esperar (esperando) pelo marido ausente.; - se ligue a verbos causativos (deixar, mandar, fazer e sinnimos) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir e sinnimos) e tenha como sujeito um pronome oblquo: Deixe-me ir; Ouvi-os cantar pela casa..

VOZES VERBAIS 42 - (TRF 2002) Assinale a opo em que uma das duas possibilidades de redao est gramaticalmente incorreta. a) A economia americana sobreviveu a muitos percalos e, at o incio da curta e moderada recesso, da qual parece comear a emergir, conheceu nove anos de uma das mais exuberantes expanses de sua histria. / A economia americana sobreviveu a muitos percalos e conheceu nove anos de uma das mais exuberantes expanses de sua histria at o incio da curta e moderada recesso, de que parece comear a emergir. b) O professor Paul Kennedy, figura expressiva da escola do declnio na dcada de 80, confessa ter mudado de posio. Temia o pior em 1985, quando o esforo militar consumia 45% do PIB. / Figura expressiva da escola do declnio na dcada de 80, o professor Paul Kennedy confessa que mudou de posio. Temia o pior em 1985, quando o esforo militar consumia 45% do PIB. c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preo de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento prximo em que os EUA gastaro com a defesa US$ www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 1 bilho por dia. / Seu pensamento hoje esse: tornou-se barato adquirir a hegemonia ao preo de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento prximo em que os EUA gastaro com a defesa US$ 1 bilho por dia. d) No quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou possam ignorar para sempre alguns ameaadores desequilbrios de sua economia e as reaes do resto do mundo. / No quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou que alguns ameaadores desequilbrios de sua economia e as reaes do resto do mundo possa por eles serem ignorados para sempre. e) Significa apenas reconhecer que a atual configurao do poder mundial est longe do declnio e que um pas como os Estados Unidos tem uma extraordinria capacidade para recuperar-se de erros que para outros seriam provavelmente fatais. / Significa apenas o reconhecimento de que a atual configurao do poder mundial est longe do declnio e de que um pas como os Estados Unidos tem uma extraordinria capacidade para recuperar-se de erros que para outros seriam provavelmente fatais. (Itens adaptados de Rubens Ricupero) Gabarito: D Comentrio. Neste item, o segundo segmento apresenta um erro de flexo na locuo verbal. O correto seria possam ser ignorados. Essa questo nos remete ao estudo das vozes verbais. Alm das flexes em nmero, pessoa, tempo e modo, o verbo tambm pode variar em vozes. So elas: VOZ ATIVA O sujeito pratica a ao expressa pelo verbo. um sujeito agente, ativo. VOZ PASSIVA O sujeito recebe (sofre) a ao verbal. um sujeito paciente, passivo. Divide-se em ANALTICA (anlise coisa longa, demorada) e PRONOMINAL ou SINTTICA (sntese coisa breve, rpida). VOZ REFLEXIVA Construda com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito pratica contra si mesmo a ao verbal.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI VOZ RECPROCA - Classificao apresentada pelo professor Evanildo Bechara, a voz recproca construda com o verbo e um pronome recproco. Ao mesmo tempo em que pratica a ao, recebea de volta por outro agente. Por ser recproco, o verbo deve estar sempre no plural, pois o ato praticado por dois ou mais agentes (Ao fim do jogo, os jogadores agrediram-se, Aquela relao bem difcil pois se odeiam me e filha.). O cuidado maior que se deve ter na transposio das vozes ativa para passiva / passiva analtica para passiva sinttica, especialmente com relao conjugao (tempo/modo) do verbo.

(1) VOZ ATIVA: O PROFESSOR sujeito ativo

(3) DEU verbo

(2) O LIVRO objeto direto

(4) AO ALUNO. objeto indireto

(2) VOZ PASSIVA ANALTICA: O LIVRO sujeito passivo

(3) FOI DADO locuo verbal

(1) PELO PROFESSOR agente da passiva

(4) AO ALUNO. objeto indireto

(1) O termo que exercia a funo sinttica de SUJEITO na voz ativa passar funo de AGENTE DA VOZ PASSIVA, pois isso exatamente que ele faz AGE, PRATICA A AO. (2) - O termo que exercia a funo sinttica de OBJETO DIRETO na voz ativa passar funo de SUJEITO da construo passiva, j que ele sofre a ao verbal. (3) - O verbo passa a ser uma locuo verbal, e nesse ponto que o candidato deve ter mais ateno. No pode haver mudana no tempo ou no modo verbal. Se o verbo originalmente estava no Pretrito

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Perfeito do Indicativo, o verbo auxiliar da locuo verbal dever manter essa mesma conjugao. (4) - E o que acontece com o termo que exercia a funo de objeto indireto? Vai continuar na mesma. Vai continuar exercendo a funo de objeto indireto. Na construo em voz passiva sinttica, como o nome j sugere, h uma simplificao das formas. No h locuo verbal o verbo ir concordar com o seu sujeito paciente e ao seu lado ser colocado um pronome, chamado de pronome apassivador, porque ele quem indica essa construo. E tambm no existe a figura do AGENTE DA PASSIVA. praxe que, nessa estrutura sinttica, o verbo anteceda o sujeito paciente. (3) VOZ DEU-SE PASSIVA SINTTICA: Verbo + pronome apassivador (2) O LIVRO sujeito passivo (4) AO ALUNO. objeto indireto

Note que, para que seja possvel a construo de voz passiva (tanto analtica como sinttica), indispensvel que o verbo tenha transitividade direta, ou seja, tenha um complemento direto (OBJETO DIRETO). Isso porque esse termo exercer a funo de SUJEITO da voz passiva. Assim, o verbo dever ser TRANSITIVO DIRETO ou TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO para que possa ser construdo em voz passiva. Os verbos que no atendem a essa exigncia, pela norma culta, esto impossibilitados de construo passiva. Esse assunto ser tratado novamente (e exausto) quando falarmos de concordncia verbal e de regncia verbal. Na questo, o primeiro segmento apresenta uma locuo verbal na construo de voz ativa que os americanos [SUJEITO] possam ignorar [LOCUO VERBAL] alguns ameaadores desequilbrios de sua economia e as reaes do resto do mundo [OBJETO DIRETO].. Transpondo-se a construo do segundo segmento para a voz passiva - que alguns ameaadores desequilbrios de sua economia e as reaes do resto do mundo [SUJEITO PACIENTE] possam ser ignorados [LOCUO VERBAL PASSIVA] por eles [= pelos americanos - AGENTE DA PASSIVA]. Assim, estamos diante de uma locuo verbal com dois verbos auxiliares (possam + ser) e um principal (ignorados). Somente o

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI primeiro verbo auxiliar (possam) dever se flexionar, enquanto os demais se mantm em uma forma nominal (infinitivo, gerndio ou particpio). Finalmente, na voz reflexiva, o sujeito pratica e sofre, concomitantemente, a ao expressa pelo verbo. Mais adiante, comentaremos algumas das poucas questes da ESAF que abordaram esse ponto do assunto. 43 - (BACEN 2001) Analise o item a respeito do emprego das formas verbais no texto. Uma profunda transformao tecnolgica ser promovida nos bancos brasileiros neste primeiro semestre para que eles se adaptem s normas determinadas pelo Banco Central (BC), que prevem a reestruturao do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). O novo modelo entra em vigor no dia 1 de outubro, quando j deve estar em funcionamento a transferncia de grandes valores com liquidao bruta em tempo real e o monitoramento on line da conta reservas bancrias mantida no BC, que se livrar da obrigao de cobrir os saldos negativos deixados pelos bancos nas operaes do dia-a-dia. Se, de um lado, as cerca de 170 instituies financeiras movimentam-se para modernizar seu aparato tecnolgico, de outro as indstrias de software travam uma batalha para conquistar uma fatia dos investimentos que sero feitos. (Gazeta Mercantil, 20/2/2001, com adaptaes) I. Mantm-se a correo gramatical e a idia de voz passiva ao se substituir a expresso verbal ser promovida (l.1) por promoverse-. Item CORRETO. Comentrio. Abstraindo-se a questo relativa colocao pronominal, objeto de estudo posterior, na troca de ser promovida por promover-se-, houve to-somente a mudana da voz passiva analtica para a voz passiva sinttica, mantendo-se plenamente a correo gramatical. 44 - (TRF 2002) Em relao ao texto, julgue as assertivas abaixo. A reforma do Estado vista freqentemente como um processo de reduo do tamanho do Estado, que envolve a delimitao de sua abrangncia institucional e a redefinio de seu papel. Diante do seu crescimento excessivo no sculo XX, das esperanas demasiadamente grandes que foram nele depositadas pelos

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI socialistas e das distores de que o Estado afinal foi vtima, essa perspectiva absolutamente correta. (Luiz Carlos Bresser Pereira, com adaptaes) a) O uso da voz passiva em vista(l.1) um recurso que torna o agente da ao mais evidente. d) A expresso pelos socialistas(l.5-6) complemento nominal de nele (l.5). Itens INCORRETOS. Comentrio. A opo de letra a incorreta, uma vez que, na voz passiva, a nfase recai sobre o sujeito paciente, que sofre a ao verbal, no caso, A reforma do estado, e no no agente da ao, representado pela funo sinttica de agente da passiva. No houve meno, na passagem, pessoa que pratica a ao verbal, ou seja, quem efetivamente v a reforma do Estado. Esse termo, na estrutura, repetimos, estaria exercendo a funo de agente da passiva. J no item d, igualmente incorreto, temos um bom exemplo de agente da passiva: Diante do seu crescimento excessivo no sculo XX, das esperanas demasiadamente grandes que foram nele depositadas pelos socialistas.... Modificando a estrutura, para fins de anlise, e colocando na ordem direta, temos que: Esperanas demasiadamente grandes foram depositadas no sculo XX pelos socialistas.. Dessa forma, podemos perceber uma estrutura de voz passiva, na qual quem exerce a funo de sujeito (sofre a ao) a expresso esperanas demasiadamente grandes e quem pratica a ao verbal (agente da passiva) socialistas. 45 - (AFRF/2002-2) H muitos anos a Reforma Tributria brasileira vem sendo considerada como uma prioridade nacional, mas parece condenada a um eterno projeto. Apesar de haver consenso quanto a sua necessidade, a discusso no avana. Desde 1995, quando o governo encaminhou sua primeira proposta ao Legislativo, o tema debatido e no se chega a uma concluso. Todos concordam que o sistema tributrio brasileiro repleto de distores e deficincias, porm, quando se aprofunda o debate, os conflitos de interesses aparecem, dificultando a aprovao do projeto. (www.unafisco.org.br) exerce a funo de

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Em relao aos elementos que estruturam o texto, julgue a afirmativa. a) A expresso vem sendo considerada(l.1-2), poderia, sem prejuzo para a correo gramatical do perodo, ser substituda por tem sido considerada. Item CORRETO. As duas construes tm a mesma estrutura passiva (verbo ser como segundo auxiliar), mas apresentam diferentes aspectos. Na primeira, o verbo vir atribui um valor de continuidade da ao, por ser um auxiliar modal (imputa locuo uma idia circunstancial). A segunda uma locuo verbal de tempo composto. Como a questo aborda exclusivamente aspectos gramaticais, a substituio possvel, sem prejuzo para o perodo. 46 (Tcnico do IPEA/2004) Julgue se substituio proposta preserva a coerncia e a correo gramatical do texto. O conceito de tica tambm algo estreitamente vinculado ao sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus costumes, como indica a raiz grega da palavra (ethos), e tem naturalmente evoludo no seu contedo, como evoluem esses costumes ao longo do tempo e da histria. (R. Saturnino Braga, tica e poltica, com adaptaes) d) vem naturalmente evoludo(L.3 e 4) Item CORRETO. Comentrio. Perceba como essa questo muito parecida com a que acabamos de analisar. Mais uma vez, sugerida uma troca que preserve os aspectos gramaticais e a coerncia textual. Tanto o sintagma tem evoludo como vem evoluindo fornecem o aspecto de continuidade da ao e respeitam a ortodoxia gramatical. 47 - (MPOG 2000) A globalizao um fato. Os desafios institucionais que ela vem gerando devem ser compreendidos utilizando os prprios instrumentos metodolgicos que ela produziu. Embora o Brasil no tenha uma autntica tradio de livre mercado e de competio, se www.pontodosconcursos.com.br evoluindo por tem naturalmente

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI se lograr superar a inrcia, ser fcil ao pas lanar-se na vanguarda da modernidade, precisamente porque nossa reconhecida desvantagem, a de no possuirmos instituies estveis e bem arraigadas, poder ser, afinal, o nosso trunfo nesta vertiginosa era das comunicaes. (Diogo de Figueiredo Moreira Neto) Em relao ao texto, analise a assertiva abaixo. c) Em lanar-se(l.5) o pronome se indica indeterminao do sujeito. Item INCORRETO. A questo aborda VOZ REFLEXIVA, situao em que o sujeito pratica e sofre, ao mesmo tempo, a ao verbal. Por isso, o verbo vem sempre acompanhado de um pronome reflexivo (pentear-se, envenenar-se, enganar-se, superar-se). Na passagem, verifica-se que o pas ir lanar a si mesmo na vanguarda da modernidade. Ao mesmo tempo, pratica e sofre a ao. Logo, esse pronome reflexivo, e no forma sujeito indeterminado. 48 - (IRB ANALISTA/2004) - Leia o seguinte texto para responder questo. As sociedades humanas so complexas e os seus membros se atraem ou se repelem em funo de sua pertinncia. O homem s no existe, mesmo quando solitrio. Para se construir e entender-se, o homem precisa pertencer. Essa pertinncia vai desde a linguagem, passa pelos grupos e classes sociais e invade as culturas, os saberes, e at mesmo as idiossincrasias. As sociedades no so essencialmente harmnicas. Elas esto sempre se transformando a partir dos conflitos e das contradies que as fazem mover e se transformar. Assim, as sociedades funcionam muito mais pela lgica das contradies que pela lgica da identidade. (Roberto de Aguiar, tica e direitos humanos, com adaptaes) Analise se a substituio proposta preservaria a correo gramatical e a coerncia do texto. b) entender-se(l.3) > entender Item CORRETO. Comentrio.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Mais uma vez, verificamos o emprego de um pronome reflexivo. Na passagem O homem s no existe, mesmo quando solitrio. Para se construir e entender-se, o homem precisa pertencer., percebe-se que o homem ir construir a si mesmo e entender a si mesmo. O item est correto, pois sugere uma troca vlida. O pronome reflexivo j estava expresso, ao lado do primeiro verbo da relao, dispensando-se a sua repetio.

49- (AFC/STN 2000) Em relao ao texto a seguir, analise a opo abaixo. Contamos com dois tipos tidos como clssicos" de burgus: o que combina poupana e avidez de lucro propenso de converter a acumulao de riqueza em fonte de independncia e de poder; e o que encarna a "capacidade de inovao" o "gnio empresarial" e o "talento organizador", requeridos pelos grandes empreendimentos econmicos modernos. Alm disso, os dois tipos sucedem-se no tempo, como objetivaes de processos histrico-sociais distintos, mas de tal maneira que certas qualidades ou atributos bsicos do "esprito burgus" se associam crescentemente ao estilo de vida imperante nas cidades e s formas de socializao dele decorrentes. (Florestan Fernandes, A Revoluo Burguesa no Brasil, pg. 1512, Intrpretes do Brasil, vol. 3) c) Em sucedem-se (l.6), se indica o uso da voz passiva.

Item INCORRETO. Comentrio. Perceba que a idia apresentada no texto a de que um tipo de burgus sucede ao outro no tempo. Assim, esse um caso de pronome recproco (mais de um agente praticando a ao verbal contra os outros). 50 (AFC CGU/2006) O final do sculo XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanas na histria do pensamento e da tcnica. Ao lado da acelerao avassaladora nas tecnologias da comunicao, de artes, de materiais e de gentica, ocorreram mudanas paradigmticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituies. De modo geral, as crticas apontam para as razes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem e seus aspectos, constitudos no momento histrico iniciado no sculo XV e consolidado no sculo XVIII. A modernidade que www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI surgira nesse perodo agora criticada em seus pilares fundamentais, como a crena na verdade, alcanvel pela razo, e na linearidade histrica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, so propostos novos valores, menos fechados e categorizantes. (http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com adaptaes)) Julgue a assertiva abaixo. c) A supresso do pronome se(l.5) alteraria as relaes sintticas da orao, mas preservaria a coerncia textual, pois a estrutura da orao admite a omisso do sujeito. Item CORRETO. Comentrio. A construo do verbo pensar, que transitivo direto, com o pronome se forma uma voz passiva, cujo sujeito paciente representado por a sociedade e suas instituies. Apesar de composto (dois ncleos sociedade e instituies), por estar posposto ao verbo, faculta a flexo deste no singular. Ao se retirar o pronome, se desfaz essa passividade, passando o verbo a no apresentar o sujeito, tornando-se impessoal (no modo de pensar a sociedade e suas instituies). Resulta da a correo da afirmativa a estrutura da orao admite a omisso do sujeito. Neste caso, os termos que antes exerciam a funo de sujeito da voz passiva passam a exercer a funo de objeto direto. Grande abrao a todos, bons estudos e at a prxima. LISTA DAS QUESTES COMENTADAS. 26 - (AFC/SFC 2000) Assinale a opo em que a correlao entre tempos e modos verbais constitui erro de sintaxe. a) H pelo menos dois sculos, desde que Adam Smith inaugurou a profisso, os economistas consomem boa parte de seu tempo, enaltecendo os benefcios do livre comrcio e pregando a liberdade econmica. b) O mundo perfeito, garantem, aquele em que no h nenhum tipo de obstculo ao fluxo de mercadorias, pessoas e idias. c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida por uma mo invisvel que a fazia viver sempre em equilbrio. www.pontodosconcursos.com.br 28

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) Presa, seria como uma mquina com areia nas engrenagens, cujo atrito traria desperdcio de energia e empobreceria os cidados. e) A virada do milnio reservou um paradoxo e tanto para os seguidores do economista escocs. Nunca como agora o mundo aderiu com tanta garra a suas teses. (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.135) 27 - (AFC/SFC 2000) Assinale a opo que foi transcrita com problemas na correlao dos tempos verbais. a) Em setembro de 1998, pesquisa realizada com o apoio do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) procurou medir a capacidade do trabalhador brasileiro de entender o que l e estabelecer relaes entre quantidades expressas em nmeros, com critrios semelhantes aos usados nos pases da Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE), que rene os 29 principais pases industrializados. b) Seria assustador que 82% dos entrevistados no entenderam a conta de juros reais que incidam, por exemplo, na prestao de um eletrodomstico. Na era da informtica, que tipo de oportunidade profissional pode ter uma pessoa com tais carncias de qualificao? c) A pesquisa, realizada em vrias cidades brasileiras, entre a populao de baixa escolaridade, entre 15 e 55 anos, mostrou que, entre 69% e 81% (conforme a regio) dos 2 mil entrevistados, quando solicitados a analisar texto informativo simples, apenas reconheciam o tema, sem assimilar o sentido do texto. d) A oferta de escolaridade combate o analfabetismo absoluto, como prova o caso brasileiro, mas no garante capacidade de apreenso, compreenso e concentrao que os empregos modernos exigem. e) Por isso a Unesco insiste em que preciso educao de qualidade. Alfabetizar custa pouco o Comunidade Solidria gasta US$ 34 per capita. Educar para o moderno mercado de trabalho tem custo bem mais elevado, mas so poucos os pases dispostos a paglo. (O Estado de S. Paulo - Notas e Informaes, 22/4/2000, p. A3, com adaptaes) 28 - (Auditor do Trabalho/2003) No texto abaixo, assinale o trecho transcrito corretamente. a) Pesquisadores do Banco Mundial revelam que, a globalizao reduz a pobreza, mas no em todos os lugares.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) Embora muitas naes globalizadas procurem acompanhar o ritmo das mais opulentas, grande parte do mundo em desenvolvimento esto se tornando marginalizados. c) Na Amrica Latina, por exemplo, a integrao global aumentou ainda mais as desigualdades salariais, e h uma preocupao generalizada que o processo esteja levando uma maior desigualdade no prprio interior dos pases. Essa desigualdade j alcanou os Estados em suas relaes assimtricas. d) Embora Marx no estava pensando em escala global quando falou da distncia, que separa os ricos dos pobres de forma crescente, essas previses nunca pareceram to verdadeiras quanto hoje. e) A inverso apenas metodolgica: trata-se do relacionamento entre o primeiro e o terceiro mundo, com os ricos ficando cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. (Adaptado de Fernando Magalhes, A globalizao e as lies da histria) 29 - (AFRF/2002-2) Julgue as assertivas abaixo, em relao correo gramatical dos perodos. c) Para que alcanamos tais objetivos, indispensvel que o Sistema Tributrio Nacional seja utilizado como instrumento de distribuio de renda e redistribuio de riqueza, com o apoio de outros mecanismos auxiliares. d) A essncia do direito a sua aplicao prtica dever das autoridades pblicas. Os princpios constitucionais no podem ser meras declaraes de boas intenes, embora a regra jurdica existe para agir sobre realidade social. 30 - (AFC/SFC 2000) Indique a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. preciso que a discusso da reforma tributria ___________ norteada pela mesma premissa bsica que inspirou vrias propostas de reforma, defendidas tanto pelo Executivo como pelo Congresso, a partir do final de 1997. Por divergentes que ____________, tais propostas partiram todas do mesmo diagnstico. De que a reforma que _________ necessria ________ a eliminao dos tributos cumulativos, bem como do IPI, ICMS e ISS, e a introduo de uma forma de taxao indireta, centrada em esquema amplo e coerente de impostos sobre valor adicionado. A grande questo - e nisso que as propostas ________- como fazer essa mudana. (Adaptado de Rogrio L. F. Werneck, Estado de S. Paulo, 27/10/2000)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) b) c) d) e) volta a ser - tenham sido - fazia-se - requer - divergissem volte a serem - fossem - se fez - requeresse - divergiram volte a ser - tenham sido - se fazia - requeria - divergem volte sendo - eram - se faria - requeriam - divergiro voltem a ser - tivessem sido - fazia - requerem - diverge

31 (AFRF 2005) Leia o texto para responder questo abaixo. O advento da moderna indstria tecnolgica fez com que o contexto em que passa a dispor-se a mquina mudasse completamente de configurao. Entretanto, tal mudana obedece a certas coordenadas que comeam a ser pensadas j na antiga Grcia, que novamente se relacionam com a questo da verdade. que a verdade, a partir de Plato e Aristteles, passa a ser determinada de um modo novo, verificando-se uma transmutao em sua prpria essncia. Desde ento, entende-se usualmente a verdade como sendo o resultado de uma adequao, ou seja, a verdade pode ser constatada sempre que a idia que o sujeito forma de determinado objeto coincida com esse objeto. (Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) Analise a opo abaixo a respeito do uso das estruturas lingsticas do texto. Mantm-se a coerncia da argumentao ao substituir fez (l.1) por faz; mas para que a correo gramatical seja mantida, torna-se obrigatria ento a substituio de mudasse (l.2) para mude. 32 - (Tcnico do IPEA 2004) A Grande Depresso no foi apenas a maior crise de desemprego da Histria, mas tambm a primeira crise de desemprego nas grandes democracias ocidentais que se abateu sobre um eleitorado constitudo, principalmente, por trabalhadores ameaados pelo desemprego ou vtimas diretas dele. O corpo poltico havia mudado. No levar em conta os interesses objetivos do eleitorado era um suicdio poltico certo. (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) Em relao ao texto, julgue a proposio a seguir. c) Caso a expresso O corpo poltico(l. 5) v para o plural, estaria gramaticalmente correto manter a expresso havia mudado no singular, pois o verbo haver impessoal. www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 33 - (Assistente de Chancelaria/2002) Leia o texto abaixo para responder s questes 01 e 02. O sculo XX foi o mais assassino na histria registrada. O nmero total de mortes causadas por ou associadas a suas guerras foi estimado em 187 milhes. O equivalente a mais de 10% da populao mundial em 1913. Entendido como tendo-se iniciado em 1914, foi um sculo de guerra quase ininterrupta, com poucos e breves perodos sem conflito armado organizado em algum lugar. Foi dominado por guerras mundiais: quer dizer, por guerras entre Estados territoriais ou alianas de Estados. Apesar disso, o sculo no pode ser tratado como um bloco nico, seja cronolgica, seja geograficamente. Cronologicamente, ele se distribui em trs perodos: a era de guerras mundiais centrada na Alemanha, a era de confronto entre as duas superpotncias e a era desde o fim do sistema de poder internacional clssico. Chamarei a esses perodos de 1, 2 e 3. Geograficamente, o impacto das operaes militares tem sido desigual. Com uma exceo (a Guerra do Chaco), no houve guerras entre Estados significantes (em oposio a guerras civis) no hemisfrio Ocidental no ltimo sculo. Em contrapartida, guerras entre Estados, no necessariamente desconectadas do confronto global, permaneceram endmicas ao Oriente Mdio e ao sul da sia, e guerras maiores diretamente resultantes do confronto global aconteceram no leste e no sudeste da sia. Mais impressionante a eroso da distino entre combatentes e nocombatentes. As duas guerras mundiais da primeira metade do sculo envolveram toda a populao dos pases beligerantes; tanto combatentes quanto no-combatentes sofreram. (Eric Hobsbawn, A epidemia da guerra, com adaptaes)

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Julgue a opo abaixo a respeito do emprego das palavras e expresses do texto. d) A forma verbal composta tem sido(l. 15), por se constituir com o auxiliar ser, indica uma orao de voz passiva. 34 - (ACE 2002) Marque o item sublinhado que impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortogrfico. represente

Hoje, nos pases em desenvolvimento, desconfia-se de que(A) camufladamente(B) grande parte daquelas sociedades nogovernamentais e misses religiosas desempenham a mesma funo de vilipndio(C); na rota de ocupao, buscam credenciarem-se(D) como cientistas do solo, da fauna e da flora, consoante(E) j o fizeram nos casos do Mxico e da Colmbia. (Baseado em Paulo Bonavides) www.pontodosconcursos.com.br 32

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) A b) B c) C d) D e) E 35 (Auditor RN/2005) Marque a opo que no substitui corretamente o item sublinhado no texto, respeitando-se a ordem em que ocorrem. Na medida em que a dinmica da acumulao privada e a mobilidade dos capitais j no so controladas pelo Estado atravs da tributao, os direitos humanos, numa viso jurdico-positiva, encontram-se em fase regressiva. Eles podem at continuar existindo no plano legal, sobrevivendo, em termos formais, aos processos de tributao. Mas no tm mais condies de ser efetivamente implementados no plano real (se que o foram, integralmente, um dia). (Baseado em Mrio Antnio Lobato de Paiva em www.ambitojuridico.com.br) a) Considerando que b) por meio c) continuarem d) j no tm e) serem

36 - (AFPS/2002) Leia o texto para responder, em seguida, questo. Acho que a globalizao tem graves problemas. Ns estamos percebendo que hora de fazer ajustes, de garantir acesso dos pases pobres aos mercados do Primeiro Mundo. hora de os pases ricos fazerem algumas concesses. Culturalmente falando, a globalizao um sucesso espetacular, mas do ponto de vista econmico um fracasso. Precisamos entender que a globalizao no uma fora indomvel da natureza. Ela criao humana, produto de instituies e governos, de regras, e pode ser alterada. (Michel Bailey, VEJA, 22/05/2002, com adaptaes) Julgue os itens a respeito do emprego das estruturas lingsticas do texto e marque, a seguir, a opo correta. III. A substituio da preposio de(l.3) por que, antes de os pases ricos(l.3-4), e a conseqente substituio de fazerem(l.4) www.pontodosconcursos.com.br 33

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI por fizessem, mantm as relaes semnticas e a correo gramatical. IV. As regras da norma culta permitem que a forma de infinitivo verbal fazerem(l.4) seja tambm empregada sem flexo: fazer. 37 - (TRF 2002) O CPF hoje um dos documentos mais utilizados no Brasil. Foi criado em 1965, com o objetivo de identificar o contribuinte pessoa fsica perante a Secretaria da Receita Federal e para que ela tivesse um maior controle dos contribuintes brasileiros. Com o passar do tempo, instituies financeiras e o comrcio passaram a exigir o nmero do documento para fazer vrias operaes, como financiamentos, por exemplo. Enquanto o CPF uma forma de identificao do contribuinte, a carteira de identidade tem a finalidade de identificar o cidado por meio da Secretaria de Segurana Pblica. (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptaes) Julgue a assero abaixo. c) O emprego do infinitivo flexionado, fazerem, no lugar de fazer(l.6) mantm a coerncia textual e a correo gramatical. 38 - (TRF 2002) Quem no declarou no ano passado est classificado pela Receita como pendente. Embora no tenha o CPF cancelado agora, sua situao ser considerada irregular perante a Receita. O cancelamento do documento pode significar muitos problemas, pois o CPF passou a ser mais solicitado do que a carteira de identidade. Sem ele, impossvel abrir uma conta bancria, comprar a prazo, prestar concurso pblico. Caso ganhe em uma loteria, tambm ser impedido de retirar o prmio. (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptaes) A respeito das estruturas lingsticas do texto, julgue a assertiva abaixo. c) O infinitivo no flexionado na locuo verbal passou a ser(l.5) porque complementa um verbo causativo. 39 - (IRB ANALISTA/2004) - Leia o seguinte texto para responder s questes. As sociedades humanas so complexas e os seus membros se atraem ou se repelem em funo de sua pertinncia. O homem s no existe, mesmo quando solitrio. Para se construir e entender-se, o homem precisa pertencer. Essa pertinncia vai desde a linguagem, passa www.pontodosconcursos.com.br 34

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI pelos grupos e classes sociais e invade as culturas, os saberes, e at mesmo as idiossincrasias. As sociedades no so essencialmente harmnicas. Elas esto sempre se transformando a partir dos conflitos e das contradies que as fazem mover e se transformar. Assim, as sociedades funcionam muito mais pela lgica das contradies que pela lgica da identidade. (Roberto de Aguiar, tica e direitos humanos, com adaptaes) Julgue se a substituio proposta preservaria a correo gramatical e a coerncia do texto. mover(l.8) > moverem

40 - (TRF 2002) Analise as opes abaixo e julgue a correo gramatical em relao s alteraes propostas. Maior a exigncia de uma ao transparente naqueles domnios em(a) que a atividade estatal gera encargos financeiros para a cidadania. o caso da imposio de tributos. Se os indivduos devem concorrer(b) para a manuteno dos servios pblicos, ho(c) de ter a garantia de no ser surpreendidos. por isso que a constituio estabelece como princpio que os tributos sejam institudos num(d) exerccio e cobrados noutro, e sempre criados por lei. Assim se assegura o benefcio ao Estado(e), e ao indivduo a garantia do conhecimento prvio e certo de suas responsabilidades. (Josaphat Marinho, Surpresas Tributrias, com adaptaes) b) substituir concorrer(l.4) por concorrerem. c) substituir ho(l.4) por h. 41 - (Tcnico IPEA/2004) Julgue se a substituio preservaria a coerncia e a correo gramatical do texto. proposta

O conceito de tica tambm algo estreitamente vinculado ao sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus costumes, como indica a raiz grega da palavra (ethos), e tem naturalmente evoludo no seu contedo, como evoluem esses costumes ao longo do tempo e da histria. (R. Saturnino Braga, tica e poltica, com adaptaes) b) viverem por viver(L.2) 42 - (TRF 2002) Assinale a opo em que uma das duas possibilidades de redao est gramaticalmente incorreta. a) A economia americana sobreviveu a muitos percalos e, at o incio da curta e moderada recesso, da qual parece comear a www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI emergir, conheceu nove anos de uma das mais exuberantes expanses de sua histria. / A economia americana sobreviveu a muitos percalos e conheceu nove anos de uma das mais exuberantes expanses de sua histria at o incio da curta e moderada recesso, de que parece comear a emergir. b) O professor Paul Kennedy, figura expressiva da escola do declnio na dcada de 80, confessa ter mudado de posio. Temia o pior em 1985, quando o esforo militar consumia 45% do PIB. / Figura expressiva da escola do declnio na dcada de 80, o professor Paul Kennedy confessa que mudou de posio. Temia o pior em 1985, quando o esforo militar consumia 45% do PIB. c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preo de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento prximo em que os EUA gastaro com a defesa US$ 1 bilho por dia. / Seu pensamento hoje esse: tornou-se barato adquirir a hegemonia ao preo de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento prximo em que os EUA gastaro com a defesa US$ 1 bilho por dia. d) No quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou possam ignorar para sempre alguns ameaadores desequilbrios de sua economia e as reaes do resto do mundo. / No quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou que alguns ameaadores desequilbrios de sua economia e as reaes do resto do mundo possa por eles serem ignorados para sempre. e) Significa apenas reconhecer que a atual configurao do poder mundial est longe do declnio e que um pas como os Estados Unidos tem uma extraordinria capacidade para recuperar-se de erros que para outros seriam provavelmente fatais. / Significa apenas o reconhecimento de que a atual configurao do poder mundial est longe do declnio e de que um pas como os Estados Unidos tem uma extraordinria capacidade para recuperar-se de erros que para outros seriam provavelmente fatais. (Itens adaptados de Rubens Ricupero) 43 - (BACEN 2001) Analise o item a respeito do emprego das formas verbais no texto. Uma profunda transformao tecnolgica ser promovida nos bancos brasileiros neste primeiro semestre para que eles se adaptem s normas determinadas pelo Banco Central (BC), que prevem a reestruturao do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). O novo modelo entra em vigor no dia 1 de outubro, quando j deve estar em funcionamento a transferncia de grandes valores com liquidao bruta em tempo real e o monitoramento on line da conta reservas bancrias mantida no BC, que se livrar da obrigao de cobrir os www.pontodosconcursos.com.br 36

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI saldos negativos deixados pelos bancos nas operaes do dia-a-dia. Se, de um lado, as cerca de 170 instituies financeiras movimentam-se para modernizar seu aparato tecnolgico, de outro as indstrias de software travam uma batalha para conquistar uma fatia dos investimentos que sero feitos. (Gazeta Mercantil, 20/2/2001, com adaptaes) I. Mantm-se a correo gramatical e a idia de voz passiva ao se substituir a expresso verbal ser promovida (l.1) por promoverse-. 44 - (TRF 2002) Em relao ao texto, julgue as assertivas abaixo. A reforma do Estado vista freqentemente como um processo de reduo do tamanho do Estado, que envolve a delimitao de sua abrangncia institucional e a redefinio de seu papel. Diante do seu crescimento excessivo no sculo XX, das esperanas demasiadamente grandes que foram nele depositadas pelos socialistas e das distores de que o Estado afinal foi vtima, essa perspectiva absolutamente correta. (Luiz Carlos Bresser Pereira, com adaptaes) a) O uso da voz passiva em vista(l.1) um recurso que torna o agente da ao mais evidente. d) A expresso pelos socialistas(l.5-6) complemento nominal de nele (l.5). exerce a funo de

45 - (AFRF/2002-2) H muitos anos a Reforma Tributria brasileira vem sendo considerada como uma prioridade nacional, mas parece condenada a um eterno projeto. Apesar de haver consenso quanto a sua necessidade, a discusso no avana. Desde 1995, quando o governo encaminhou sua primeira proposta ao Legislativo, o tema debatido e no se chega a uma concluso. Todos concordam que o sistema tributrio brasileiro repleto de distores e deficincias, porm, quando se aprofunda o debate, os conflitos de interesses aparecem, dificultando a aprovao do projeto. (www.unafisco.org.br) Em relao aos elementos que estruturam o texto, julgue a afirmativa. a) A expresso vem sendo considerada(l.1-2), poderia, sem prejuzo para a correo gramatical do perodo, ser substituda por tem sido considerada.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 46 (Tcnico do IPEA/2004) Julgue se substituio proposta preserva a coerncia e a correo gramatical do texto. O conceito de tica tambm algo estreitamente vinculado ao sentimento dos povos, ao seu modo de viver e aos seus costumes, como indica a raiz grega da palavra (ethos), e tem naturalmente evoludo no seu contedo, como evoluem esses costumes ao longo do tempo e da histria. (R. Saturnino Braga, tica e poltica, com adaptaes) d) vem naturalmente evoludo(L.3 e 4) 47 - (MPOG 2000) A globalizao um fato. Os desafios institucionais que ela vem gerando devem ser compreendidos utilizando os prprios instrumentos metodolgicos que ela produziu. Embora o Brasil no tenha uma autntica tradio de livre mercado e de competio, se se lograr superar a inrcia, ser fcil ao pas lanar-se na vanguarda da modernidade, precisamente porque nossa reconhecida desvantagem, a de no possuirmos instituies estveis e bem arraigadas, poder ser, afinal, o nosso trunfo nesta vertiginosa era das comunicaes. (Diogo de Figueiredo Moreira Neto) Em relao ao texto, analise a assertiva abaixo. c) Em lanar-se(l.5) o pronome se indica indeterminao do sujeito. 48 - (IRB ANALISTA/2004) - Leia o seguinte texto para responder questo. As sociedades humanas so complexas e os seus membros se atraem ou se repelem em funo de sua pertinncia. O homem s no existe, mesmo quando solitrio. Para se construir e entender-se, o homem precisa pertencer. Essa pertinncia vai desde a linguagem, passa pelos grupos e classes sociais e invade as culturas, os saberes, e at mesmo as idiossincrasias. As sociedades no so essencialmente harmnicas. Elas esto sempre se transformando a partir dos conflitos e das contradies que as fazem mover e se transformar. Assim, as sociedades funcionam muito mais pela lgica das contradies que pela lgica da identidade. (Roberto de Aguiar, tica e direitos humanos, com adaptaes) Analise se a substituio proposta preservaria a correo gramatical e a coerncia do texto. evoluindo por tem naturalmente

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) entender-se(l.3) > entender

49- (AFC/STN 2000) Em relao ao texto a seguir, analise a opo abaixo. Contamos com dois tipos tidos como clssicos" de burgus: o que combina poupana e avidez de lucro propenso de converter a acumulao de riqueza em fonte de independncia e de poder; e o que encarna a "capacidade de inovao" o "gnio empresarial" e o "talento organizador", requeridos pelos grandes empreendimentos econmicos modernos. Alm disso, os dois tipos sucedem-se no tempo, como objetivaes de processos histrico-sociais distintos, mas de tal maneira que certas qualidades ou atributos bsicos do "esprito burgus" se associam crescentemente ao estilo de vida imperante nas cidades e s formas de socializao dele decorrentes. (Florestan Fernandes, A Revoluo Burguesa no Brasil, pg. 1512, Intrpretes do Brasil, vol. 3) d) Em sucedem-se (l.6), se indica o uso da voz passiva.

50 (AFC CGU/2006) O final do sculo XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanas na histria do pensamento e da tcnica. Ao lado da acelerao avassaladora nas tecnologias da comunicao, de artes, de materiais e de gentica, ocorreram mudanas paradigmticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituies. De modo geral, as crticas apontam para as razes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem e seus aspectos, constitudos no momento histrico iniciado no sculo XV e consolidado no sculo XVIII. A modernidade que surgira nesse perodo agora criticada em seus pilares fundamentais, como a crena na verdade, alcanvel pela razo, e na linearidade histrica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, so propostos novos valores, menos fechados e categorizantes. (http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com adaptaes)) Julgue a assertiva abaixo. c) A supresso do pronome se(l.5) alteraria as relaes sintticas da orao, mas preservaria a coerncia textual, pois a estrutura da orao admite a omisso do sujeito.

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SINTAXE DE CONCORDNCIA
Nosso assunto de hoje CONCORDNCIA, que consiste no mecanismo que leva as palavras a adequarem-se umas s outras harmonicamente na construo frasal. Concordar significa estar de acordo com. Assim, na concordncia, tanto nominal quanto verbal, os elementos que compem a frase devem estar em consonncia uns com os outros. Essa concordncia poder ser feita de duas formas: - gramatical ou lgica segue os padres gramaticais vigentes; - atrativa ou ideolgica d nfase a apenas um dos vrios elementos, com valor estilstico. CONCORDNCIA VERBAL variao do verbo, conformando-se ao nmero e pessoa do sujeito. CONCORDNCIA NOMINAL adequao entre o substantivo e os elementos que a ele se referem (artigo, pronome, adjetivo). medida que comentarmos as questes de prova da ESAF, iremos abordar cada um dos casos de concordncia, indistintamente (verbal e nominal). Procuramos selecionar o maior nmero possvel de situaes em que esse tpico do programa costuma ser exigido. Como muitas questes abordam tanto concordncia nominal quanto verbal, tornando-se impossvel tratar cada uma delas de forma isolada, a soluo foi, para tornar mais didtico o nosso estudo, agrupar os casos repetidos sob ttulos. Uma ltima dica: questes do tipo assinale o item com erro de natureza gramatical abordam TODOS os aspectos gramaticais, inclusive (e principalmente) relacionados sintaxe de concordncia, tanto verbal como nominal. Por isso, ao resolver este tipo de questo, todo cuidado pouco; aja como se estivesse pisando em ovos, analisando palavra por palavra (verificando a ortografia), orao por orao (concordncia, regncia, pontuao etc.). Finalmente, lembramos que, como algumas questes tratam de assuntos diversos em suas alternativas, mantivemos o item que ser objeto de anlise e comentrio. Julgue, nesses casos, se o item est certo ou errado, sem que isso represente o gabarito da questo. QUESTES DE PROVA DA ESAF 1 - (AFC 2002) Assinale a norma gramatical que justifica, com correo e propriedade, a flexo plural do verbo ser no perodo abaixo. www.pontodosconcursos.com.br 1

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI J mais do que conhecido que o principal problema do sistema tributrio nacional so justamente as contribuies, e no os impostos propriamente ditos. (Revista CNT, Lixo tributrio) a) Com os verbos ser e parecer a concordncia se faz de preferncia com o predicativo, se este plural. (Luiz Antonio Sacconi) b) Nas frases em que ocorre a locuo invarivel que, o verbo concorda com o substantivo ou pronome que a precede, pois so eles efetivamente o seu sujeito. (Celso Cunha & Lindley Cintra) c) Se tanto o sujeito como o predicativo forem personativos e nenhum dos dois for pronome pessoal, a concordncia ser facultativa (pode-se concordar com o sujeito ou o predicativo). (Dileta S. Martins & Lbia S. Zilberknop) d) Expresses de sentido quantitativo (...) acompanhadas de complemento no plural admitem concordncia verbal no singular ou no plural. (Manual de Redao da Presidncia da Repblica) e) Se o sujeito composto tem os seus ncleos ligados por srie aditiva enftica (...), o verbo concorda com o mais prximo ou vai ao plural (o que mais comum quando o verbo vem antes do sujeito).(Evanildo Bechara) Gabarito: A Comentrio. Esta questo foi escolhida para ser a primeira por ser um verdadeiro aulo sobre concordncia. Cada opo apresenta uma regra aplicvel ao assunto e, no enunciado, solicita-se ao candidato que se indique a regra cabvel ao pargrafo. A resposta foi letra a. Aula da opo a: O verbo ser um verbo bastante especial. Por estabelecer uma relao entre o sujeito e o seu predicativo, a concordncia pode se dar tanto com o primeiro quanto com o segundo elemento. H, contudo, algumas regras que prevalecem sobre essa faculdade. Qualquer que seja a sua funo sinttica (sujeito ou predicativo), prevalece a concordncia com o elemento que estiver representado por: 1 um pronome pessoal reto: Todo eu era olhos e corao. (Machado de Assis); www.pontodosconcursos.com.br 2

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 2 uma pessoa, em detrimento de outro que seja uma coisa (substantivo, pronome substantivo, orao substantiva): Ovdio muitos poetas ao mesmo tempo, e todos excelentes. (A.F.Castilho). Observe que no item c h meno sobre essa concordncia: havendo elementos personativos em ambas as funes, a concordncia facultativa com o sujeito ou com o predicado, a no ser que em um deles haja um pronome pessoal, caso em que prevalece a concordncia com este elemento (cai na 1 regra de prevalncia). Quando os dois elementos (do sujeito e do predicativo) forem coisas (substantivos, pronomes substantivos, oraes substantivas), a concordncia facultativa, dando-se preferncia concordncia com o elemento no plural: Na vida, nem tudo so flores., O resto so atributos sem importncia. Voltando questo, no pargrafo destacado, o verbo ser tem por sujeito o principal problema do sistema tributrio nacional (ncleo: problema) e por predicativo do sujeito as contribuies. Assim, os dois elementos so coisas e a concordncia se faz, preferencialmente, com o elemento plural no caso, com o predicativo. Aula da opo b: A regra exposta pelo item b refere-se concordncia em frases que contenham a expresso que. Vamos lio de Celso Cunha e Lindley Cintra, em Nova Gramtica do Portugus Contemporneo: A locuo que invarivel e vem sempre colocada entre o sujeito da orao e o verbo a que ele se refere. Assim: Jos que trabalhou, mas os irmos que se aproveitaram do seu esforo.. Perceba que a locuo poderia ser retirada sem prejuzo para o perodo: Jos trabalhou, mas os irmos se aproveitaram do seu esforo.. Por isso, classificada como uma locuo denotativa de realce, que tem a nica funo de destacar os termos que acompanha (no caso, os substantivos Jos e irmos, respectivamente). E continuam os professores: uma construo fixa, que no deve ser confundida com outra semelhante, mas mvel, em que o verbo ser antecede o sujeito e passa, naturalmente, a concordar com ele e a harmonizar-se com o tempo dos outros verbos. Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo: www.pontodosconcursos.com.br 3

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Jos que trabalhou, mas aproveitaram do seu esforo. Ou este: Foi Jos que trabalhou, mas os irmos que se aproveitaram do seu esforo. Tambm no deve ser confundido com a expresso de realce que o encontro da forma verbal com a conjuno integrante que em contextos do tipo: Bom que no haja mais discusses. equivalente a bom que no haja mais discusses.. Nesse ltimo caso, a conjuno integrante que introduz uma orao que exerce a funo sinttica de sujeito da orao principal: [ bom] orao principal PERGUNTA-SE: O que bom? [que no haja mais discusses] orao subordinada subjetiva Aula da opo c: Em se tratando da concordncia do verbo ser em um predicado nominal (verbo de ligao), em que existem sujeito e predicativo do sujeito, h algumas regras de prevalncia: 1) A concordncia com um pronome pessoal prevalece sobre todos os demais elementos, exera o pronome a funo de sujeito ou de predicativo. Ex: Suas esperanas (coisa substantivo) no casamento era eu. 2) Na sua ausncia, a concordncia o termo que se refira a uma pessoa (personativo) prevalece sobre o que representa uma coisa (por coisa entenda-se um substantivo, um pronome substantivo ou uma orao substantiva). Ex: Santo Antnio (pessoa) era as esperanas (coisa substantivo) da solteirona. Se ambos forem personativos, a concordncia com qualquer dos termos facultativa (sujeito ou predicativo). 3) Se ambos os elementos forem coisas, a concordncia facultativa com qualquer dos elementos, preferindo-se aquela feita com o termo no plural. Ex: Tudo (coisa - pronome substantivo) so flores (coisa - substantivo). Em resumo, na concordncia verbal com o verbo ser: entre PRONOME PRONOME; PESSOAL x COISA/PESSOA prevalece foram os irmos que se

entre PESSOA x COISA prevalece PESSOA; entre COISA x COISA concordncia facultativa, PREFERNCIA para o termo no plural. www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Aula da opo d: Texto original do Manual de Redao da Presidncia da Repblica: Expresses de sentido quantitativo (grande nmero de, grande quantidade de, parte de, grande parte de, a maioria de, a maior parte de, etc), tambm chamadas de termos partitivos, por indicar parte de um todo, acompanhadas de complemento no plural, admitem concordncia verbal no singular, estabelecendo a concordncia com o ncleo do conjunto concordncia gramatical ou lgica, ou no plural, concordando com o complemento concordncia atrativa ou ideolgica: A maioria dos condenados acabou (ou acabaram) por confessar sua culpa. Um grande nmero de Estados aprovaram (ou aprovou) a Resoluo da ONU. Metade dos medidas.. Aula da opo e: Por srie aditiva enftica entendemos todas as expresses que enumerem elementos de mesma funo sinttica, no caso, sujeito, com o mesmo sentido da conjuno aditiva e: no s... mas tambm; no s... como. Sobre esse ponto do assunto, contudo, h divergncia doutrinria. Enquanto o mestre Evanildo Bechara, como vimos, faculta a flexo verbal, Celso Cunha e Lindley Cintra (obra citada) destacam que, se no houver pausa entre os sujeitos (e, portanto, no houver vrgula), o verbo ir para o plural: Qualquer se persuadir de que no s a nao mas tambm o prncipe estariam pobres. Observe como foi tratado esse assunto em outra prova da ESAF. 2 -(Assistente de Chancelaria/2002) As viagens ao exterior e os encontros com figures estrangeiros constituem, desde o reinado de Dom Pedro II, um trunfo na estratgia das lideranas brasileiras. De fato, as crticas s viagens internacionais do Presidente da Repblica ou de outros dirigentes parecem despropositadas. Tanto o governo como a oposio devem reposicionar os interesses brasileiros num mundo em plena mutao. O problema que se coloca de outra natureza e se resume numa interrogao pouco formulada na campanha presidencial: quais devem ser os rumos de nossa diplomacia? www.pontodosconcursos.com.br 5 Deputados repudiou (ou repudiaram) as

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptaes) Analise a afirmao abaixo a respeito do emprego das estruturas lingsticas no texto. d) o conectivo Tanto...como(l.5) for substitudo por No s ... mas tambm, o verbo seguinte pode ser empregado no plural, devem(l.5), ou no singular, deve. Item CORRETO Comentrio. Foi considerada correta a faculdade de flexo, mesmo a srie aditiva estando sem pausa, ou seja, sem vrgulas. Logo, a partir dessas duas questes, podemos afirmar que o entendimento da ESAF que, em sries aditivas enfticas, o sujeito poder facultativamente se flexionar no singular ou no plural, com ou sem pausa. CONCORDNCIA COM PRONOME RELATIVO QUE 3 - (AFC 2002) Julgue a proposio a respeito da estrutura morfossinttica do texto abaixo. A Guerra Fiscal pertence a uma classe geral de fenmenos que emergem quando iniciativas polticas dos Governos subnacionais adquirem conotaes negativas e geram efeitos econmicos perversos em decorrncia do carter insuficiente ou conjunturalmente inoperante do quadro poltico-institucional que regula os conflitos federativos, o qual se revela incapaz de garantir um equilbrio mnimo entre interesses locais de forma a evitar efeitos macroeconmicos e sociais perversos. (C. Cavalcanti & G. Prado, com adaptaes) a) A forma verbal emergem(l.2), flexionada no plural, constitui incorreo, pois sua concordncia deve se dar com o substantivo classe(l.1), ncleo do grupo nominal classe geral de fenmenos. Item INCORRETO. Comentrio. Pronome relativo assim chamado por fazer referncia a algum outro termo (substantivo, pronome substantivo, orao substantiva) j mencionado anteriormente (ANTECEDENTE).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O pronome relativo d incio a uma orao que atribui a esse antecedente uma caracterstica, estado ou condio. Por esse motivo, a orao iniciada pelo pronome relativo uma orao subordinada adjetiva. Assim, conclumos que SEMPRE UM PRONOME RELATIVO D INCIO A UMA ORAO ADJETIVA. Para respeitar as regras de concordncia, deve-se observar a qual termo o pronome relativo est se referindo, e com ele ser feita a concordncia verbal. No caso da questo de prova, iremos reproduzir parcialmente a passagem para melhor anlise: A Guerra Fiscal pertence a uma classe geral de fenmenos que emergem quando iniciativas polticas dos Governos subnacionais adquirem conotaes negativas Nesse perodo composto, h trs oraes: 1 orao principal A Guerra Fiscal pertence a uma classe geral de fenmenos 2 orao subordinada adjetiva que emergem restringe o conceito do substantivo fenmenos. 3 orao subordinada adverbial quando iniciativas polticas dos Governos subnacionais adquirem conotaes negativas apresenta uma idia circunstancial de momento. Note que o sujeito da orao adjetiva que emergem o pronome relativo que. O substantivo fenmenos pertence orao principal. Contudo, como se o pronome relativo somente estivesse ocupando o lugar de fenmenos na orao adjetiva ele exerce a funo de sujeito do verbo emergir, mas a concordncia deve ser feita com a palavra que est substituindo fenmenos. At imagino o pronome relativo falando para o verbo Olha s, sou eu o seu chefe substituto, mas quem manda mesmo o meu patro, o termo a quem eu me refiro, ou seja, o meu referente - fenmenos. Aqui, s estou ocupando um lugar que seria dele (fenmenos emergem). Ento, se voc quiser concordar com algum, concorde com ele, ok?. Percebe-se que o pronome relativo que tem por antecedente o substantivo fenmenos (o que emerge no a classe, mas os fenmenos), e por isso correta estaria a flexo do verbo no plural (emergem). 4 - (AFC 2002) Analise a correo gramatical da assertiva abaixo. d) Modernizar, palavra neutra em matria de valores morais, pode simplesmente servir de pretexto para justificar a adeso ao www.pontodosconcursos.com.br 7

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI paradigma dominante, desqualificando, ao mesmo tempo, como dinossauros pr-histricos, os que a ele resiste. Item INCORRETO. Comentrio. Em outra ordem, a ltima parte da construo equivale a desqualificando, ao mesmo tempo, como dinossauros pr-histricos, os que resiste a eles. Nessa estrutura, voc percebeu a incorreo gramatical? Mais uma vez, o sujeito da forma verbal um pronome relativo que. O pronome relativo remete a concordncia ao termo antecedente a que se refere. No caso, o referente o demonstrativo os, equivalente a aqueles; por isso, o verbo dever ser conjugado na 3 pessoa do plural na ordem direta desqualificando os que resistem a ele., ou na ordem apresentada no texto: desqualificando os que a ele resistem.. VERBOS ACOMPANHADOS DO PRONOME SE 5 - (Analista Comrcio Exterior/ 1998) Marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou impropriedade vocabular. A primeira expedio cientfica (A) Amaznia foi feita em 1638 por George Marcgrave, um naturalista alemo. At o final do sculo XVII, o que se procuravam(B) eram animais exticos, dentro da tica do "estranho mundo novo": peixe que d choque, aranhas gigantes, mamferos que vivem submersos nos rios. Nos sculos seguintes, o objetivo passou a ser a coleta do maior nmero possvel de bichos de diferentes espcies. At os anos 40, os museus estrangeiros pagavam coletores profissionais(C) para levar espcimes(D) da fauna e flora nacionais(E) para suas colees. O Brasil s assumiu a pesquisa cientfica na Amaznia h poucas dcadas. Agora, a idia conhecer para preservar. (Baseado em Flvia Varella, Veja - Amaznia, 24/12/1997) a) A b) B c) C d) D e) E GABARITO: B www.pontodosconcursos.com.br 8

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Comentrio. Quando um verbo de transitividade direta ou direta e indireta estiver acompanhado do pronome se, todo cuidado pouco: poderemos estar diante de uma construo de voz passiva. Para confirmao, temos de fazer duas perguntas: 1 O verbo transitivo direto (TD) ou transitivo direto e indireto (TDI)? 2 Existe uma idia passiva na construo? Se ambas as respostas forem SIM, estamos diante de uma construo de voz passiva e, ento, o verbo dever se flexionar de acordo com o sujeito paciente. A existncia de um objeto direto na transitividade do verbo necessria pois, como vimos na aula sobre verbos, o objeto direto da construo de voz ativa ir exercer a funo essencial de sujeito da voz passiva. Na questo de prova ora comentada, o que se procuravam eram animais exticos, temos de fazer duas anlises: a primeira, em relao construo: 1 pergunta: O verbo transitivo direto (TD) ou transitivo direto e indireto (TDI)? Resposta: O verbo procurar transitivo direto (algum procura alguma coisa). 2 pergunta: Existe uma idia passiva na construo? Resposta: Sim, existe idia passiva os animais eram procurados. Concluso: temos uma construo de voz passiva. A segunda anlise versa sobre o antecedente do pronome relativo que. Para isso, vamos separar as oraes: Perodo composto: o | que se procuravam |eram animais exticos 1 orao: o [pronome demonstrativo = aquilo] eram animais exticos ORAO PRINCIPAL 2 orao: que se procuravam ORAO SUBORDINADA ADJETIVA O pronome que relativo e tem como antecedente o pronome demonstrativo o. Por isso, o verbo que o segue dever ficar no singular. Para melhor compreenso, iremos fazer a substituio do pronome relativo QUE pelo termo que substitui, o pronome demonstrativo o. Para simplificar ainda mais, em vez de o, colocaremos aquilo, seu equivalente. www.pontodosconcursos.com.br 9

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI que se procurava - aquilo se procurava = AQUILO era procurado. Viu? O verbo s poder ficar no singular. Na orao principal (o eram animais exticos), devemos lembrar da concordncia do verbo ser. De um lado, como sujeito, demonstrativo o - COISA. existe um pronome substantivo

De outro lado, na funo de predicativo do sujeito, h um substantivo acompanhado de um adjetivo: animais exticos - COISA. Portanto, tanto de um lado (sujeito) como de outro (predicativo), os elementos so coisas (substantivos, pronomes substantivos ou oraes substantivas). Assim, a concordncia pode se dar com qualquer deles, PREFERENCIALMENTE com o elemento que estiver no PLURAL ... eram animais exticos. Isso justifica a flexo do verbo ser no plural. 6 - (Analista Comrcio Exterior/ 1998) Marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou impropriedade vocabular. No prximo ano, estar a Declarao Universal de Direitos Humanos completando seu cinqentenrio, no limiar do novo sculo. Ao longo das cinco ltimas dcadas, testemunhamos o processo histrico de gradual formao, consolidao, expanso e aperfeioamento da proteo internacional dos direitos humanos, conformando(A) um direito de proteo dotado de especificidade prpria. Esse processo partiu das premissas de que(B) os direitos humanos so inerentes ao ser humano e, como tais(C) antecedem a(D) todas as formas de organizao poltica, e de que sua proteo no se esgota na ao do Estado. Ao longo deste meio sculo, como respostas s necessidades de proteo, tem-se(E) multiplicado os tratados e instrumentos de direitos humanos, a partir da Declarao Universal de 1948, tida como ponto de partida do processo de generalizao da proteo internacional dos direitos humanos. (Baseado em Antnio Augusto Canado Trindade) a) A b) B c) C d) D e) E www.pontodosconcursos.com.br 10

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Gabarito: E Comentrio. Mais uma vez, estamos diante de um verbo acompanhado de um pronome se, o que poder ser um caso de construo de voz passiva. Vamos, ento, responder s perguntas de confirmao: 1 um verbo transitivo direto (TD) ou direto e indireto (TDI)? Como no se trata de um verbo, mas de uma locuo verbal, temos de analisar a transitividade do verbo principal da locuo multiplicar. Na construo, este um verbo transitivo direto Algum/alguma coisa multiplicou os tratados e os instrumentos de direitos humanos.. Sim, TD. 2 H idia passiva? Sim, os tratados e os instrumentos de direitos humanos foram multiplicados. Concluso: CONSTRUO DE VOZ PASSIVA. Relembre que a flexo verbal numa locuo: quem se modifica o verbo auxiliar (ter) mas da maneira que o principal (multiplicar) o faria. Assim, a construo verbal correta, em concordncia com o sujeito representado por os tratados e os instrumentos de direitos humanos, tm-se multiplicado. 7 - (TCE RN/2000) Julgue a correo gramatical dos dois perodos abaixo apresentados. c) No gnero das leis federativas, possvel discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas. / No gnero das leis federativas, podem-se discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas. Item CORRETO Comentrio. Novamente, perguntas: verbo acompanhado do pronome se. Vamos s

1- verbo TD ou TDI? Sim. Na locuo poder discernir, a transitividade de discernir (verbo principal) DIRETA, pois significa diferenciar, distinguir, discriminar. 2 H idia passiva? Sim, duas espcies de leis federativas podero ser discernidas, ou seja, diferenciadas. www.pontodosconcursos.com.br 11

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Ento, trata-se de voz passiva e o verbo auxiliar dever flexionar-se de acordo com o ncleo do sujeito paciente espcies e ir para o plural podem-se discernir. Haveria uma outra possibilidade de construo: pode-se discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas. Neste caso, o sujeito da forma verbal pode-se a orao reduzida de infinitivo discernir duas espcies.... Esse tipo de construo possvel com os verbos PODER, DEVER e outros. Um outro exemplo: 1 - Devem-se manter os animais nas jaulas. Os animais devem ser mantidos nas jaulas. construo de voz passiva = verbo auxiliar concorda com o ncleo do sujeito: animais. 2 Deve-se manter os animais nas jaulas Deve-se [manter os animais nas jaulas] - sujeito oracional = verbo na 3 pessoa do singular. So formas igualmente vlidas, cada uma com uma anlise sinttica diferente. Esse ponto pode ser objeto de questo do tipo com barrinha no meio, cujo enunciado costuma ser assinale a opo em que os dois perodos esto corretos. 8 - (TCE RN/2000) Marque o segmento do texto que apresenta erro(s) de construo sinttica. a) Em julho ltimo, editou a Unio a Lei ordinria no 8.666, cujo artigo 5o imps Administrao Pblica, nos trs nveis de Governo, a obrigao de pagar, em estrita ordem cronolgica das datas de suas exigibilidades, para cada fonte diferenciada de recursos, os bens e servios que adquirir. b) A ementa dessa Lei esclarece que a norma est regulamentada no inciso XXI do artigo 37 da Constituio, que impe o processo de licitao nas aquisies governamentais de bens e servios, assegurando que nos certames preciso haver igualdade de condies entre os concorrentes e que nos contratos se estabelea obrigaes de pagamento, mantida as condies efetivas da proposta. c) A Unio legislou obviamente no exerccio da competncia que lhe deferiu o inciso XXVII do artigo 23 da Constituio, para editar normas gerais de licitao e contratao. d) E, ao faz-lo, inseriu dispositivo no pertinente a esse campo, mas sim ao direito financeiro. e) Mas tambm a a competncia para legislar, embora concorrentemente com os Estados e Distrito Federal, foi atribuda Unio pelo artigo 24, inciso I, da Constituio. www.pontodosconcursos.com.br 12

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Baseado em Austen da Silva Oliveira) Gabarito: B Comentrio. Observe como a concordncia verbal, em construo de voz passiva pronominal, constantemente objeto de questes da ESAF. Por isso, temos de treinar bastante essa anlise. Quando o enunciado aborda erro de construo sinttica, esse erro pode estar em sintaxe de concordncia, de regncia, de colocao, ou seja, deve-se analisar cada orao com bastante critrio para perceber o equvoco. Como mencionei l no comeo, para andar pisando em ovos. No item B, o erro foi com relao flexo do verbo estabelecer. Este verbo est acompanhado do pronome se e, por isso, vamos anlise: 1 verbo TD ou TDI? Sim. Algum estabeleceu obrigaes de pagamento. 2 H idia passiva? Sim. As obrigaes foram estabelecidas. Concluso: VOZ PASSIVA. Sujeito: obrigaes de pagamento Ncleo do sujeito: obrigaes Construo correta: se estabeleam obrigaes de pagamento O outro erro refere-se concordncia nominal, logo na seqncia: o que ser mantida? Resposta: as condies efetivas da proposta. Como o ncleo do sintagma nominal condies, o adjetivo a ele correspondente dever se flexionar no gnero feminino e nmero plural mantidas, ficando assim: ... assegurando que nos certames preciso haver igualdade de condies entre os concorrentes e que nos contratos se estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta. . 9 -(Fiscal de Fortaleza 1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Tudo parece indicar, a essa altura, que(A) as repercusses da crise dos pases asiticos sobre a Amrica Latina sero bem menos acentuadas do que(B) se imaginava faz(C) poucos meses. Pouco a pouco, foram-se percebendo(D) que os problemas daquela regio so devidos (E) desorganizao de seus sistemas financeiros e a uma especulao imobiliria desenfreada. www.pontodosconcursos.com.br 13

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Gazeta Mercantil, 21 e 22/2/1998, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E GABARITO: D Comentrio. Primeiramente, uma locuo verbal acompanhada de pronome se requer anlise: 1- o verbo principal (perceber) TD ou TDI? Sim. 2- H idia passiva? Sim Algo foi sendo percebido. Concluso: construo de voz passiva. Acontece que o sujeito no est expresso na forma de um nome (substantivo), mas de uma orao (subordinada) substantiva. Pergunta-se: o que foi sendo percebido? Resposta: que os problemas daquela regio so... o sujeito da forma verbal est representada por uma orao. No caso de sujeito oracional, o verbo DEVE FICAR na 3 pessoa do singular (foi-se percebendo que os problemas daquela regio so...). 10 - (Oficial de Chancelaria/2002) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical. Nunca antes foram to(1) favorveis as condies para uma poltica externa de realizaes no Brasil. preciso(2) aproveitar essas condies, multiplicar o seu efeito benfico, p-las(3) a servio de interesses muito claros e preementes(4) do Brasil em suas relaes com o mundo exterior. Fizemos(5) muito para consolidar uma imagem nova, de credibilidade e confiabilidade, de um Pas que capaz de enfrentar com determinao e autoconfiana os seus problemas. Demos passos concretos nesse sentido e estamos recolhendo os benefcios. (Adaptado de www.mre.gov.br, Comisso de Relaes Exteriores da Cmara dos Deputados) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 www.pontodosconcursos.com.br 14

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) 5 Gabarito: D Comentrio. No existe registro do vocbulo PREEMENTE, mas de PREMENTE, que significa urgente, aplicvel ao contexto. Talvez a banca tenha tentado associar esse vocbulo inexistente ao substantivo PREEMINNCIA (superioridade/grandeza) ou ao adjetivo PREEMINENTE. O que nos interessa nessa questo comentar o item (2), em que temos um bom exemplo de sujeito oracional anteposto a um predicado nominal. Por ser neutro, o sujeito representado sob a forma de uma orao mantm o verbo no singular e, conseqentemente, da mesma forma, o predicativo do sujeito ( preciso). Nesse caso, o sujeito composto est representado pelas trs oraes reduzidas de infinitivo: (1) aproveitar essas condies, (2) multiplicar o seu efeito benfico, (3) p-las a servio de interesses muito claros ... do Brasil em suas relaes com o mundo exterior. 11 - (TCE ES/2001) O pensamento moral da Ilustrao baseava-se em trs idias centrais: a idia de que a moral podia ter um fundamento secular; a idia de que o indivduo, considerado como clula elementar da sociedade, tinha direito auto-realizao e felicidade e podia descentrar-se com relao vida comunitria, criticando-a de fora; e a idia de que existe uma natureza humana universal, de que existem princpios universais de validao tica, e de que existe um pequeno ncleo de normas materiais universais. (Srgio Paulo Rouanet) Analise a afirmao abaixo em relao ao texto. d) A expresso "baseava-se" (l.1) pode, sem prejuzo para a correo gramatical do perodo, ser substituda por eram baseados. Item INCORRETO. Comentrio. Verbo acompanhado de pronome se. Anlise: 1 verbo TD ou TDI? Sim, na construo, Algum baseou o pensamento em trs idias centrais. 2 Idia passiva? Sim, o pensamento foi baseado. www.pontodosconcursos.com.br 15

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A opo sugere a troca da voz passiva pronominal pela construo de voz passiva analtica (verbo auxiliar + verbo principal). O erro reside na concordncia do verbo auxiliar. Como o sujeito (paciente) est representado pelo substantivo pensamento, a forma correta seria era baseado. Deve-se tomar muito cuidado para manter a flexo de nmero (singular), de tempo (pretrito imperfeito) e de modo (indicativo) na transposio de vozes verbais. 12 - (AFC 2002) Os argumentos em favor da poltica industrial mudam, mas em geral eles continuam sofrendo da mesma falta de embasamento econmico. Um deles, que vem sendo repetido de uns tempos para c, o da economia de divisas. Identifica-se um item de peso na pauta de importaes como, por exemplo, componentes eletrnicos. Ora, se o dispndio com este produto alto, por que ento no fazer com que ele seja produzido no pas por meio de uma poltica industrial ativa, poupando-se, desta forma, moeda forte? (Adaptado de Cludio Haddad) Julgue se a substituio sugerida est de acordo com a norma culta. d) Identifica-se(l.4) por identificado Item CORRETO. Comentrio. Repete-se a exigncia de troca da voz passiva pronominal (sinttica) para voz passiva analtica, desta vez com correo. Foram preservados o tempo e o modo verbal (presente do indicativo), bem como respeitada a concordncia com o sujeito paciente, que tem como ncleo o substantivo masculino singular item (Identifica-se um item de peso) 13 - (TCE ES/2001) Julgue as assertivas abaixo em relao s regras gramaticais da norma culta. a) Pesquisas nos Estados Unidos mostra que a tolerncia ao erro no comrcio eletrnico zero. Quem compra um CD e no recebe, simplesmente "deleta" o endereo da loja virtual pisou na bola. d) A reao contrria do consumidor desmezurada. Na rede esperam-se servio nota 1000 - ou nada aqum disso. Itens INCORRETOS www.pontodosconcursos.com.br 16

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Comentrio. Erro da opo a: quem mostra que a tolerncia ao erro no comrcio eletrnico zero so as pesquisas. Por isso, o verbo mostrar deveria estar no plural Pesquisas nos Estados Unidos mostram.... Erro da opo d: alm do erro na grafia de desmensuradas, houve um erro de sintaxe de concordncia. O verbo esperar (na construo, transitivo direto) est acompanhado do pronome se e apresenta uma idia passiva (servio nota 1000 esperado pelo consumidor), o que nos leva a concluir que se trata de uma construo de voz passiva pronominal, cujo verbo deve estar de acordo com o sujeito paciente (servio). A construo correta, portanto, seria Na rede, espera-se servio nota 1000). 14 - (TRF 2003) Em relao ao texto, julgue a afirmao que segue. A cincia moderna desestruturou saberes tradicionais, e seu paradigma mecanicista, que encara o mundo natural como mquina desmontvel, levou a razo humana aos limites da perplexidade, porquanto a fragmentao do conhecimento em pequenos redutos fechados se afasta progressivamente da viso do conjunto. A excessiva especializao das partes subtrai o conhecimento do todo. Da resulta a dificuldade terica e prtica para que o esprito humano se situe no tempo e no espao da sua existncia concreta. (Jos de vila Aguiar Coimbra, Fronteiras da tica, p. 27) e) Em se situe(l.8) o pronome se indica indeterminao do sujeito e contribui para conferir impessoalidade ao texto. Item INCORRETO. Comentrio. Vamos definir, agora, as diferenas entre o pronome apassivador se e o ndice de indeterminao do sujeito se: a transitividade do verbo dentro da orao e a idia que o contexto oracional apresenta (se passiva ou ativa). Como vimos reiteradas vezes, o verbo transitivo direto (TD) e transitivo direto e indireto (TDI), por possurem o complemento direto, podem formar uma estrutura de voz passiva, j que o objeto direto ir exercer, nessa construo, a funo sinttica de sujeito paciente. Na construo de voz passiva, o verbo dever fazer a concordncia com o sujeito paciente: Viam-se ao longe as primeiras casas (verbo transitivo direto) www.pontodosconcursos.com.br 17

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Ofereceu-se um grande prmio ao primeiro colocado. (verbo transitivo direto e indireto). Alm da transitividade do verbo, deve haver uma idia passiva do elemento que exerce a funo de sujeito (como nos exemplos acima: as casas eram vistas / o prmio era oferecido) Os demais verbos (transitivo indireto, intransitivo, verbo de ligao), se estiverem acompanhados do pronome se, estaro formando o sujeito indeterminado e o pronome correspondente chama-se ndice ou partcula de indeterminao do sujeito. Usa-se construo de sujeito indeterminado quando no se sabe - ou no se quer dizer quem pratica/praticou a ao verbal. Tambm usado em oraes de sentido genrico, vago. So duas as formas de construo: 1 - o verbo (exceto transitivo direto ou direto e indireto) permanece na 3 pessoa do singular acompanhado do pronome se (ndice / partcula de indeterminao): Necessitava-se, naqueles dias, de novas esperanas. (verbo transitivo indireto) Estava-se muito feliz com o resultado das provas. (verbo de ligao) Morria-se de tdio nas noites de inverno.(verbo intransitivo) 2 o verbo (qualquer que seja sua transitividade na construo), sem o pronome, fica na 3 pessoa do singular: Desviaram dinheiro dos cofres pblicos. Bateram na porta. Falaram mal de voc. Na questo da ESAF, o verbo situar transitivo direto (algum situa alguma coisa) apresenta ao sujeito uma idia passiva (que o esprito humano seja situado). Por isso, constri voz passiva pronominal, cujo verbo dever concordar com o sujeito. A afirmao do item e, portanto, no procede. 15 - (AFC CGU/2006) Baseado no texto abaixo, julgue a assertiva. As normas jurdicas embasadas nos valores ticos e que traduzem os procedimentos e as vivncias mais fortes e consolidados da coletividade tendem a ter a adeso espontnea da maioria das pessoas que nelas se sentem representadas. o sentimento de identidade nacional, de ptria, sem o qual a coeso social se esgara e abre as portas para o caminho do individualismo, do salve-se quem puder, da corrupo, da violncia. A consolidao desse sentimento www.pontodosconcursos.com.br 18

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI pressupe, alm das leis, uma ao constante, coordenada pelo Estado, com a participao da sociedade, dos organismos intermedirios e das famlias, num processo de educao cvica, nacional, patritica. (Adaptado de Patrus Ananias, Civilizao pelo Estado, Correio Braziliense, 9 de janeiro de 2005) IV. O pronome indicativo de indeterminao de sujeito em salvese(l.7) exige que o verbo seja flexionado no singular. Item INCORRETO. Comentrio. O pronome se em salve-se quem puder no indeterminador do sujeito. Para anlise, colocaremos a orao na ordem direta (SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTOS): Quem puder salve-se. Percebe-se que o sujeito do verbo salvar a orao Quem puder, enquanto que o pronome se apresenta valor reflexivo, equivalente a salve a si mesmo, caso em que o agente oracional, ao mesmo tempo em que pratica, sofre a ao verbal. Est, portanto, incorreta tal assertiva. 16 - (TRF 2003) Assinale o trecho que, ao preencher a lacuna correspondente, provoca erro gramatical, de pontuao ou de coeso textual. ___________(1)_______________ com predominncia de fuses e aquisies de empresas, a mudana de natureza das inverses diretas iniciou-se nos Estados Unidos na dcada de 80. ________(2)__________ acompanhada de uma grande expanso do investimento de portflio e da formao de megacorporaes, estendeu-se aos demais pases nos anos 90. ______________(3)__________ apoiada na valorizao global das Bolsas, ocorreu com maior intensidade na segunda metade dos anos 90. _________(4)___________ de movimento de natureza patrimonial que deu lugar a dois processos simultneos: a fuso de empresas, com fechamento de plantas no centro industrializado, e o concomitante deslocamento para a periferia dinmica.__________________(5)__________ da concorrncia mundial ensejou a criao concentrada de capacidade produtiva nos setores de nova tecnologia e nas regies capazes de promover uma integrao virtuosa ao processo de internacionalizao capitalista. www.pontodosconcursos.com.br 19

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a) 1- necessrio esclarecer que, b) 2 - Tal transformao na economia, c) 3 - Essa acelerao da centralizao de capital, d) 4 - Tratavam-se, essencialmente, e) 5 - Esse ltimo estgio da evoluo da estrutura Gabarito: D (alterado aps os recursos) Comentrio. Questo clssica de sujeito indeterminado versa sobre o verbo tratar. Quando significa a questo que importa ou que se discute, transitivo indireto e pronominal (Trata-se de uma nova tcnica cirrgica.). Forma, com o pronome se, uma estrutura de sujeito indeterminado, devendo o verbo SEMPRE ficar na 3 pessoa do singular Trata-se de. No item a, estamos diante de um sujeito oracional, que leva o verbo para a 3 pessoa do singular. 17 - (AFRF 2005) Assinale a opo que constituiria, de maneira coerente com a argumentao e gramaticalmente correta, uma possvel resposta para a pergunta final do texto. d) Segundo alguns pensadores modernos, no se tratam de projees utpicas os empreendimentos culturais e sociais que renovam valores modernistas, enriquecendo saberes especializados. Item INCORRETO. Comentrio. Observe que o verbo tratar foi, mais uma vez, indevidamente flexionado. Por fazer parte de um sujeito indeterminado, o verbo deve ficar na 3 pessoa do singular. A construo correta, portanto, seria no se trata de projees utpicas. 18 - (TTN 1998) Marque o texto que contm erro de estruturao sinttica ou de pontuao. a) A cada dia que passa, uma revoluo silenciosa vai tomando conta das mentalidades dos empresrios e altos executivos brasileiros, cristalizando-se e arregimentando foras entre os especialistas em Recursos Humanos. www.pontodosconcursos.com.br 20

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) Pouco a pouco, ela se concretiza nas necessidades especficas das indstrias de tecnologia de ponta e recolhe novos testemunhos dos lderes que lutam para fazer negcios, vencer uma concorrncia encarniada ou simplesmente manter suas corporaes de p em meio borrasca da recesso. c) E chega concluso mais simples possvel: que nem s de computadores, tecnologias de ponta, robs ou telefones celulares vive uma empresa, se ela no contar com uma equipe profissional, treinada, entusiasmada, e, ainda por cima, motivada. d) A nova mentalidade comea por botar o ovo em p e reconhecer o valor insubstituvel, inigualvel, da qualidade do trabalho humano. e) Esta revoluo trata-se de uma mudana radical de mentalidade, que comeou a tomar corpo no finalzinho dos anos 80, depois de toda aquela onda de conteno de despesas, cortes de pessoal, diminuio de "elefantes brancos" empresariais, fim de estoques inteis, melhoria de qualidade, de competitividade e de produtividade. (Mrcio Roberto Graf, com adaptaes) Gabarito: E Comentrio. Por formar uma estrutura oracional de sujeito indeterminado, a expresso trata-se de no admite sujeito, como o apresentado na introduo do item e (Esta revoluo trata-se de...). 19 - (CVM 2000) Marque o segmento do texto que contm erro de estruturao sinttica. a) J se tornou lugar-comum afirmar que investir em cincia e tecnologia condio necessria para o desenvolvimento de um pas. b) Se essa afirmao pode ser considerada consensual, no o a compreenso acerca de qual tipo de investimento deve ser feito. c) De fato, pode-se afirmar que a forma de financiamento para cincia e tecnologia dependente da viso que o governo tem do desenvolvimento da sociedade. d) No foi por outro motivo que, durante o regime militar, se optaram por pesados investimentos na construo de um aparato de pesquisa vinculado ao Estado. e) Aquele modelo refletia o singular nacionalismo dos militares, em aliana com setores da burocracia estatal. (Henrique Carlos de O. de Castro, com adaptaes) www.pontodosconcursos.com.br 21

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Gabarito: D Comentrio. O verbo optar, no contexto, transitivo indireto (Algum optou por alguma coisa.) e est acompanhado do pronome se, o que aponta para uma construo de sujeito indeterminado. Desse modo, o verbo dever permanecer na 3 pessoa do singular No foi por outro motivo que, durante o regime militar, se optou por pesados investimentos.... No item c, observamos uma passagem de sujeito oracional com o verbo auxiliar poder, que possibilita duas anlises: I pode-se | afirmar | que a forma de financiamento para a cincia e tecnologia dependente da viso | que o governo tem do desenvolvimento da sociedade. 1 orao: pode-se orao principal o verbo fica na 3 pessoa do singular porque seu sujeito est sob forma oracional (2 orao). 2 orao: afirmar orao subordinada subjetiva reduzida de infinitivo (exerce a funo sinttica de sujeito do pode-se, que equivale a possvel - o que possvel? Afirmar.) 3 orao que a forma de financiamento para a cincia e tecnologia dependente da viso orao subordinada objetiva direta (exerce a funo sinttica de objeto direto de afirmar). 4 orao que o governo tem do desenvolvimento da sociedade orao subordinada adjetiva restritiva (orao que serve para limitar o alcance do substantivo viso, presente na orao anterior) II pode-se afirmar | que a forma de financiamento para a cincia e tecnologia dependente da viso | que o governo tem do desenvolvimento da sociedade. 1 orao pode-se afirmar orao principal formada por uma locuo verbal e um pronome apassivador. O verbo auxiliar poder fica no singular porque o sujeito est sob forma oracional ( a segunda orao). 2 orao que a forma de financiamento para a cincia e tecnologia dependente da viso orao subordinada subjetiva agora, esta orao exerce a funo sinttica de sujeito paciente da forma verbal expressa na 1 orao (de voz passiva). 3 orao que o governo tem do desenvolvimento da sociedade orao subordinada adjetiva restritiva (orao que serve para limitar o alcance do substantivo viso, presente na orao anterior) no houve mudana em relao anlise anterior.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A banca poderia ter explorado a classificao da segunda orao da anlise II. Est vendo como a ESAF, muitas vezes, boazinha? 20 - (Analista Comrcio Exterior/ 1998) Marque o item em que um dos dois perodos est gramaticalmente incorreto. a) A qualquer observador da histria moderna pode afigurar-se paradoxal que a primeira conferncia multilateral sobre o tema do desenvolvimento social se tenha realizado numa poca em que o neoliberalismo, como alternativa "eficiente" ao chamado Estado-Providncia, e o culto do mercado, como fator de regulao da convivncia social configuram a ideologia dominante. / A qualquer observador da histria moderna podese afigurar paradoxal que a primeira conferncia multilateral sobre o tema do desenvolvimento social se tenha realizado numa poca em que o neoliberalismo, como alternativa "eficiente" ao chamado Estado-Providncia, e o culto do mercado, como fator de regulao da convivncia social configuram a ideologia dominante. O primeiro paradoxo a respeito da Cpula Mundial sobre o Desenvolvimento Social reside no fato da proposta de sua realizao ter sido aceita mais rapidamente pelos pases desenvolvidos do que pelo conjunto de pases em desenvolvimento. / O primeiro paradoxo a respeito da Cpula Mundial sobre o Desenvolvimento Social reside no fato de a proposta de sua realizao ter sido aceita mais rapidamente pelos pases desenvolvidos do que pelo conjunto de pases em desenvolvimento. O triunfalismo do Ocidente desenvolvido com o esboroamento do antigo bloco comunista e a alegada vitria do liberalismo traduzia-se, ento, no apenas na noo da "nova ordem internacional" preconizada pelo Presidente Bush dentro do Grupo dos Sete. / O triunfalismo do Ocidente desenvolvido com o esboroamento do antigo bloco comunista e a alegada vitria do liberalismo traduziam-se, ento, no apenas na noo da "nova ordem internacional" preconizada pelo Presidente Bush dentro do Grupo dos Sete. Alguns pases desenvolvidos brandiam a noo de good governance, ou "boa governana", na qual se embutia uma crtica aos pases do Terceiro Mundo como locus exclusivo do desperdcio de recursos e da corrupo governamental antes, naturalmente, da Operao Mos Limpas na Itlia. / Alguns pases desenvolvidos brandiam a noo de good governance, ou "boa governana", em que se embutia uma crtica aos pases do Terceiro Mundo como locus exclusivo do desperdcio de recursos www.pontodosconcursos.com.br 23

b)

c)

d)

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e da corrupo governamental antes, naturalmente, da Operao Mos Limpas na Itlia. e) Temiam os pases em desenvolvimento que a conferncia proposta se transformasse num foro de repreenso no sentido Norte-Sul, em que os pases ricos viessem a tentar impor novos tipos de condicionalidades a assistncia e cooperao internacionais. / Temiam os pases em desenvolvimento que a conferncia proposta se transformasse num foro de repreenso no sentido Norte-Sul, em que os pases ricos viessem a tentar impor novos tipos de condicionalidades assistncia e cooperao internacionais.

GABARITO: C Comentrio. No segundo segmento da opo c, temos um daqueles erros clssicos de concordncia verbal entre o ncleo do sujeito e o verbo esto colocados vrios elementos: O triunfalismo do Ocidente desenvolvido com o esboroamento do antigo bloco comunista e a alegada vitria do liberalismo traduziam-se (...). Verbo traduzir com o pronome se vamos anlise: 1 transitivo direto; 2 apresenta idia passiva. Logo, construo de voz passiva. O sujeito paciente tem por ncleo o substantivo triunfalismo. Assim, a forma verbal dever ficar no singular traduzia-se. O que pode ter induzido muita gente a erro foi imaginar que a alegada vitria seria um outro ncleo do sujeito. Para dirimir essa questo, devemos observar o contexto. Sabendo que esboroamento tem por sinnimo o substantivo declnio, pode-se extrair do texto que foram dois os fatores que levaram ao triunfalismo do Ocidente: a derrocada comunista e a vitria do liberalismo (h, inclusive, uma estreita relao entre esses dois acontecimentos). Com isso, conclumos que qualquer anlise sinttica s pode ser feita em conjunto com uma anlise semntica, ou seja, para se verificar a concordncia, temos a necessidade de compreender o texto. 21 (TRF 2006) Analise a correo gramatical da assertiva abaixo. c) Aparentemente, as cidades parecem apresentar maior densidade de fixos, pois o carter de mudanas e transformaes no www.pontodosconcursos.com.br 24

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI capturado ao longo de uma mesma gerao social, ou se percebe apenas aquelas mudanas de maior impacto, como derrubada de velhas fbricas nas quais se constroem modernos centros de compras. Item INCORRETO. Comentrio. Na construo, o verbo perceber transitivo direto (Algum percebe alguma coisa). Por estar acompanhado do pronome se, apresentando idia passiva, constri voz passiva pronominal, em que o sujeito o termo plural aquelas mudanas. Por isso, o verbo deve com ele concordar ... ou se percebem apenas aquelas mudanas de maior impacto.... CONCORDNCIA COM SUJEITO COMPOSTO 22 - (TCE ES/2001) Em relao estrutura gramatical do texto, assinale o fragmento correto. a) A vida moral e a vida do poder d a impresso de correrem paralelas, com raras convergncias. b) Este desencontro entre a tica e a poltica incomodam e indignam a todos que querem ver e sentir a presena de virtudes na conduo dos negcios pblicos. c) H um aspecto clssico, mas sempre atual, do problema das relaes entre a moral e o poder, a saber: o da mentira na gesto pblica. d) H muitos argumentos que justifica a mentira como exceo ao princpio tico da veracidade. e) Mas, hoje, na teoria democrtica, ao assim chamado direito do governante de mentir em benefcio da comunidade, se contrapem, para cont-los, o direito a uma informao exata e honesta dos governados. (Itens adaptados de Celso Lafer) GABARITO: C Comentrio. A concordncia se faz com o ncleo do sujeito. No caso de sujeito simples, h apenas um ncleo. No caso de sujeito composto, h mais de um ncleo. Quando a orao est na ordem DIRETA, ou seja, na forma de SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO, o verbo dever www.pontodosconcursos.com.br 25

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI OBRIGATORIAMENTE fazer a concordncia gramatical, isto , concordar com o(s) ncleo(s), uma vez que eles j foram apresentados. Se a orao estiver em ordem INVERSA, com o sujeito composto aps o verbo (VERBO + SUJEITO COMPOSTO), a concordncia poder ser, FACULTATIVAMENTE, gramatical (com todos os elementos) ou atrativa, concordando, nesse caso, com o ncleo mais prximo. Exemplo: Nas estaes de trem, fica difcil a entrada e a sada das composies nos horrios de maior movimento. (concordncia atrativa) Nas estaes de trem, ficam difceis a entrada e a sada das composies nos horrios de maior movimento. (concordncia gramatical). No item a, temos um sujeito composto anteposto ao verbo. Por isso, a nica forma possvel de concordncia a gramatical o verbo ir para o plural: A vida moral (SUJEITO 1) e a vida do poder (SUJEITO 2) DO a impresso (...). No item b, o ncleo est representado pelo substantivo desencontro, e com ele os verbos devero concordar: Este desencontro entre a tica e a poltica incomoda e indigna (o que incomoda e indigna o desencontro). No item d, o pronome relativo que tem por antecedente o substantivo argumentos. Assim, o verbo dever com ele concordar H muitos argumentos que justificam a mentira. O item e apresenta uma construo em ordem inversa, o que poderia confundir a anlise do candidato. Colocando os termos da orao na ordem direta, temos que: o direito a uma informao exata e honesta dos governados se contrapem ao assim chamado direito do governante de mentir em benefcio da comunidade . Dessa forma, pode-se perceber que o sujeito da forma verbal contrapem DIREITO, e com ele dever o verbo concordar: ao assim chamado direito do governante de mentir em benefcio da comunidade, se contrape, para cont-los, o direito a uma informao exata e honesta dos governados. 23 (TRF 2006) Julgue a assertiva abaixo em relao correo gramatical. e) Ainda assim, a intensidade da alta da cotao e a durao do perodo de petrleo caro justifica as dvidas em relao permanncia do dinamismo da economia mundial. At porque essa www.pontodosconcursos.com.br 26

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI alta pode se estancar, mas, dada a demora para a expanso da oferta, uma queda expressiva e rpida do preo do petrleo no esperada. Item INCORRETO. Comentrio. Sujeito composto anteposto ao verbo exige a flexo deste no plural (concordncia gramatical) ...a intensidade da alta da cotao e a durao do perodo de petrleo caro justificam.... 24 (AFC CGU 2006) Analise a correo gramatical do pargrafo abaixo. b) A taxa de analfabetismo para pessoas de 10 anos ou mais caiu de 12,3% para 10,4% entre 1999 e 2004 e o nvel de escolarizao de crianas e adolescentes aumentaram. Item INCORRETO. O verbo realiza a concordncia com o ncleo do sujeito. Na passagem o nvel de escolarizao de crianas e adolescentes, o ncleo representado por nvel, devendo o verbo ser conjugado na 3 pessoa do singular aumentou. 25 - (TC PR/2002-2003) Assinale a opo gramaticalmente correta. a) A maior cooperao dos rgos de controle medida indispensvel para aumentar a eficcia da fiscalizao de obras pblicas. A dificuldade de fiscalizar obras aumenta constantemente devido sofisticao cada vez maior dos mecanismos de desvio de recursos, porquanto das prprias peculiaridades do processo de planejamento, contratao e execuo de obras pblicas. b) A cooperao, sobretudo entre o Tribunal de Contas da Unio e os Tribunais de Contas dos estados, na troca de experincias e informaes, de modo a ampliar uma base de conhecimentos comuns e criarem uma rede de controle que permita deteco mais rpida de irregularidades, a melhor alternativa para enfrentar as adversidades, uma vez que a maioria das grandes obras pblicas patrocinada com recursos federais e estaduais. c) Hoje h maior sintonia do TCU com o Congresso Nacional na fiscalizao de obras pblicas, e os contratos ou convnios relativos a obras em que o tribunal tenha apontado indcios de irregularidades graves fica com os recursos oramentrios bloqueados. d) importante estimular o controle social, pois as limitaes de recursos dos rgos de fiscalizao tornam praticamente impossvel o www.pontodosconcursos.com.br 27

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI monitoramento contnuo de todos os empreendimentos. O TCU colocou em sua pgina na Internet, para consulta pblica, dados relativos a obras com indcios de irregularidades graves. Desse modo, qualquer um pode acompanhar os problemas existentes nas obras realizadas em sua comunidade e cobrar dos responsveis as providncias corretivas. e) Os recursos somente so liberados aps o adoo de providncias corretivas pelo gestor de um decreto legislativo especfico. O anualmente irregularidades graves em cerca fiscalizadas. Gabarito: D Comentrio. Com relao passagem apresentada no item c, pergunta-se: o que/quem fica com os recursos oramentrios bloqueados? Resposta: os contratos ou convnios relativos a obras em que o tribunal tenha apontado indcios de irregularidades graves (em negrito, os ncleos do sujeito). Para estar em harmonia com o sujeito composto anteposto a si, o verbo dever ser conjugado no plural ... os contratos ou convnios relativos a obras em que o tribunal tenha apontado indcios de irregularidades graves ficam com os recursos oramentrios bloqueados. Mais adiante, comentaremos a orao (correta) as limitaes de recursos dos rgos de fiscalizao tornam praticamente impossvel o monitoramento contnuo, presente no item d um caso de concordncia com verbo transobjetivo. As demais opes apresentam os seguintes erros: Opo a) emprego indevido da conjuno porquanto (causal) prejudica a coerncia textual, uma vez que mais adequada seria uma conjuno de valor concessivo. Opo b) a flexo verbal do verbo criar na passagem de modo a ampliar ... e criarem uma rede de controle... o verbo fica na forma de infinitivo no flexionado criar. Opo e) problema na regncia verbal do verbo constatar, que transitivo direto constatar que. 26- (Analista Comrcio Exterior/ 1998) Marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou impropriedade vocabular. TCU constatar de que a da obra e aps a edio TCU tem encontrado de um tero das obras

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Trs setores devem reforar seus lucros neste ano: telecomunicaes, fertilizantes e construo civil. As empresas de telecomunicaes devem ganhar com o aumento de demanda e, principalmente, com os ajustes preparando(A) a privatizao. A boa safra e a possibilidade de manuteno de preos dos commodities agrcolas em patamar elevado(B) poder(C) ajudar as empresas do setor de fertilizantes. Nesse caso, porm, h um risco: possveis impactos da crise asitica sobre o preo dos commodities. As previses de crescimento moderado so(D) para as empresas de energia eltrica, pela perspectiva de baixo crescimento do PIB. A queda dos preos internacionais do petrleo e a possvel reduo de demanda por petroqumicos devem(E) limitar o crescimento do setor. (Baseado em Tatiana Bautzer, Jornal do Brasil - Economia, 22/03/1998) a) A b) B c) C d) D e) E GABARITO: C Comentrio. Agora, temos um caso de sujeito composto (A boa safra e a possibilidade de manuteno de preos dos commodities agrcolas em patamar elevado), cujos ncleos so safra e possibilidade. Assim, a locuo verbal, posposta ao sujeito, dever fazer a concordncia gramatical, concordando com os dois ncleos (A boa safra e a possibilidade de manuteno de preos dos commodities agrcolas em patamar elevado podero ajudar). Percebeu quantas palavras separaram os ncleos do sujeito da forma verbal correspondente? Uma boa dica sublinh-los, de modo a evitar que sejam esquecidos. Perceba que o item E, considerado correto (A queda dos preos internacionais do petrleo e a possvel reduo de demanda por petroqumicos devem limitar o crescimento do setor.), reproduz a mesma estrutura sinttica do item C sujeito composto e anteposto ao verbo o flexiona no plural em negrito os ncleos do sujeito e a locuo verbal. 27 - (FISCAL MS/2001) Leia o texto abaixo para responder questo. www.pontodosconcursos.com.br 29

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Mesmo sem ser includo entre os pases cujo desenvolvimento a convite foi fortemente apoiado por motivos geopolticos pelo governo americano, o Brasil transformou-se no laboratrio de uma estratgia associada pblica e privada de industrializao que contemplou todos os segmentos do capitalismo central. No se pode esquecer que, depois da vitria da Revoluo Chinesa e da Guerra da Coria, e do incio da descolonizao asitica, o desenvolvimentismo se transformou na resposta capitalista tolerada pelos liberais ao projeto socialista para os pases subdesenvolvidos. Esse foi um fator decisivo para que o projeto de industrializao e o intervencionismo estatal do novo modelo econmico contassem com o apoio de quase todos os segmentos da classe dominante brasileira e de suas elites polticas regionais. Quando essas facilidades se estreitaram, com o fim do padro dlar e a crise econmica mundial dos anos 70, e quando a poltica econmica internacional dos Estados Unidos e a geoeconomia dos pases centrais mudaram, com a restaurao liberalconservadora dos anos 80, o consenso e a coalizo desenvolvimentista se desfizeram. (Jos Lus Fiori, Um pas ao sul dos imprios, Correio Braziliense, 22/07/2001) Em relao ao texto, gramaticalmente correta. analise se a substituio sugerida

e) contassem (l.11) por contasse . Item INCORRETO Comentrio. Mais um caso de sujeito composto. Para anlise, reproduzimos a passagem onde se localiza a troca proposta. Esse foi um fator decisivo para que o projeto de industrializao e o intervencionismo estatal do novo modelo econmico contassem com o apoio de quase todos os segmentos da classe dominante brasileira e de suas elites polticas regionais. Pergunta-se: o que iria contar com o apoio de quase todos os segmentos da classe dominante brasileira e de suas elites polticas regionais? Resposta: O projeto de industrializao e o intervencionismo estatal. Os ncleos do sujeito so projeto e intervencionismo. Por apresentar mais de um ncleo, estando o sujeito ANTEPOSTO ao verbo, no se admite a construo do verbo no singular. A troca implicaria erro de concordncia verbal. 28 - (TRF/2000) Assinale a opo em que h erro gramatical. www.pontodosconcursos.com.br 30

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Ao contrrio das flutuaes do nvel de atividade, os processos de ajuste econmico tendem(A) a gerar mudanas estruturais na economia. Como esses processos requerem(B) tempo para serem(C) realizados, enquanto trabalhadores esto se movendo de um emprego para outro, a magnitude desses custos e a rapidez com que o mercado se ajusta s(D) novas condies de funcionamento da economia depende(E), em grande medida, do grau de flexibilidade do mercado de trabalho. (Edward Amadeo et al., com adaptaes) a) b) c) d) e) A B C D E

Gabarito: E Comentrio. Qual o sujeito da forma verbal depende? Resposta: tudo isto - a magnitude desses custos e a rapidez com que o mercado se ajusta s(D) novas condies de funcionamento da economia, cujos ncleos foram destacados. Desse modo, como o sujeito composto est anteposto ao verbo, este dever ir para o plural dependem. CONCORDNCIA COM VERBOS TRANSOBJETIVOS 29 - (AFC STN/2002) Assinale o trecho transcrito com erro gramatical. a) O Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal (SIAFI) o principal instrumento de administrao oramentria e financeira da Unio que oferece suporte aos rgos centrais, setoriais e executores da gesto pblica, tornando absolutamente segura a contabilidade da Unio. b) Ligados ao Sistema encontram-se todos os rgos da Administrao Direta, Autarquias, Fundaes, Empresas Pblicas, Sociedades de Economia Mista e rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio. c) Por meio do SIAFI so obtidas as informaes que subsidiam o Balano Geral da Unio e os relatrios de execuo do oramento e de administrao financeira, que compem a demonstrao das www.pontodosconcursos.com.br 31

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Contas apresentadas ao Congresso Nacional pelo Presidente da Repblica, em conformidade com a Constituio Federal. d) Encontram-se disponvel, ainda, um servio de troca de mensagens, que interliga cerca de 30 mil usurios em todo o Brasil agilizando a comunicao entre as Unidades Gestoras. e) Principal usurio do SIAFI, o Tesouro Nacional responsvel pela definio das normas de utilizao do Sistema, orientando e controlando as atividades dos gestores pblicos que o utilizam. (Trechos adaptados de http://www.stn.fazenda.gov.br) Gabarito: D O verbo encontrar, nessa construo com o sentido de achar-se em certo estado ou condio, transitivo direto pronominal (encontrar-se, em que o pronome exerce a funo sinttica de objeto direto), exigindo, tambm, um predicativo do objeto direto. Como o sujeito um servio de troca de mensagens, cujo ncleo servio, o verbo dever permanecer no singular Encontra-se disponvel, ainda, um servio.... Aproveitamos o mote para falarmos sobre a concordncia nominal entre o adjetivo e o substantivo, quando o primeiro exerce certas funes sintticas: 1 - ADJETIVO na funo sinttica de ADJUNTO ADNOMINAL essa funo (adjunto adnominal = junto ao nome) vem somente complementar o significado dos substantivos, ao atribuir a eles caractersticas. Por isso, considerado um termo acessrio. Quando o adjetivo exerce a funo de adjunto adnominal (junto ao nome) e est: - anteposto aos substantivos, deve fazer a concordncia atrativa, obrigatoriamente - exemplo: Vimos pelo caminho belos pastos e casas / Vimos pelo caminho belas casas e pastos. - posposto aos substantivos, pode concordar com todos os substantivos (concordncia gramatical ou lgica), uma vez que os substantivos j foram apresentados, ou concordar com mais prximo (concordncia atrativa ou ideolgica): Vimos pelo caminho pastos e casas belas (atrativa)/ belos (gramatical). Se houver gneros diferentes, prevalece, na concordncia gramatical, o gnero masculino. 2 - ADJETIVO na funo sinttica de PREDICATIVO DO SUJEITO em predicados nominais, com verbos de ligao (Eles parecem preocupados, Elas esto tristes), ou em predicados verbonominais, com verbos indicativos de ao associados a adjetivos que www.pontodosconcursos.com.br 32

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI se referem ao sujeito (Eles saram do escritrio preocupados, Elas passaram a tarde tristes), temos a funo sinttica de predicativo do sujeito. Essa funo, que pode ser exercida por um substantivo ou um adjetivo, mesmo distante, atribui ao sujeito um estado, condio, caracterstica. Quando um adjetivo exercer esta funo e estiver: - anteposto ao sujeito composto (normalmente junto com o verbo), poder fazer, facultativamente, a concordncia gramatical ou atrativa, desde que siga a concordncia que o verbo fizer Estavam bastante ansiosos o advogado e a r / Estava bastante ansioso o advogado e a r / Estava bastante ansiosa a r e o advogado. - posposto ao sujeito composto, dever fazer a concordncia gramatical, atendendo ao seguinte raciocnio: se o sujeito composto j foi mencionado, a nica concordncia possvel com todos os elementos concordncia gramatical. 3 - ADJETIVO na funo sinttica de PREDICATIVO DO OBJETO os verbos que permitem esse tipo de construo so os chamados transobjetivos. Alm de serem transitivos diretos, deles se exige mais alguma informao, trazida pelo elemento que exerce a funo de predicativo do objeto. So verbos como julgar, considerar, chamar, encontrar e outros. No se pode dispensar a informao trazida pelo predicativo do objeto, sob risco de se prejudicar a coerncia oracional exemplo: O jri considerou o ru.... ficou faltando alguma coisa. Aquilo que se diz a respeito do ru (o que foi considerado a seu respeito) exerce essa funo de predicativo do objeto. Uma boa maneira de se distinguir o adjetivo que exerce a funo de adjunto adnominal daquele que exerce a funo de predicativo do objeto substituir o substantivo (objeto direto) por um pronome tono correspondente. Exemplo: a) Contexto: Havia muitos dias que meu cavalo de estimao morrera, mas seu corpo no havia sido encontrado. At que, um dia, andando pelo campo... encontrei o cavalo morto. Encontrei-o. Quando o adjetivo acompanha o substantivo e todos os dois substantivo e adjetivo - so substitudos pelo pronome, o adjetivo estar exercendo a funo de adjunto adnominal. b) Contexto: Havia muitos dias que meu cavalo de estimao sumira. Ningum sabia de seu paradeiro. At que, um dia, andando pelo campo... encontrei o cavalo morto. Encontrei-o morto.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Neste caso, o adjetivo permanece, mesmo aps a troca do substantivo pelo pronome. Isso significa que essa informao necessria para a compreenso pelo leitor/ouvinte. A funo exercida pelo adjetivo, neste caso, a de predicativo do objeto. Agora que o significado da funo de predicativo do objeto foi apresentado, voltaremos a falar sobre a concordncia nominal com o adjetivo que exerce esta funo. bem simples. Se o adjetivo estiver na funo de PREDICATIVO DO OBJETO QUALQUER QUE SEJA SUA POSIO EM RELAO AO SUBSTANTIVO (anteposto ou posposto), a nica concordncia admitida a gramatical (com todos os elementos). Exemplo: Encontrei o cavalo e a vaca mortos / Encontrei mortos a vaca e o cavalo. Reveja a questo 20 e faa a anlise da orao do item d (correta): as limitaes de recursos dos rgos de fiscalizao tornam praticamente impossvel o monitoramento contnuo de todos os empreendimentos.. Observe que o sujeito (ncleo: limitaes) leva o verbo tornar para o plural (tornam), mas o adjetivo correspondente ao objeto direto monitoramento mantido no singular (impossvel na funo sinttica de predicativo do objeto direto). Isso porque o verbo tornar, nesta acepo, transobjetivo alm do complemento verbal representado pelo objeto direto, ele exige alguma informao adicional trazida pelo predicativo do objeto direto. Em resumo, as regras da concordncia nominal com adjetivo so: - na funo de ADJUNTO ADNOMINAL depois dos substantivos concordncia gramatical ou atrativa; antes dos substantivos somente a concordncia atrativa (obrigatoriamente); - na funo de PREDICATIVO DO OBJETO em qualquer posio, antes ou depois dos substantivos concordncia gramatical; - na funo de PREDICATIVO DO SUJEITO segue o verbo e, anteposto ao sujeito, pode fazer a concordncia gramatical ou atrativa; posposto ao sujeito, deve obrigatoriamente fazer a concordncia gramatical. 30 - (Fiscal de Fortaleza/2003) Leia o texto para responder questo. O desenvolvimento no mundo capitalista vem dos pases do Norte para os pases do Sul; vem dos mercados ricos, das empresas transnacionais, das agncias multilaterais e dos governos do grupo dos mais ricos, em um movimento que tende apropriao e ao controle do patrimnio natural e cultural dos pases do Sul, e www.pontodosconcursos.com.br 34

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI homogeneizao dos modos de vida, incluindo necessidades, quereres, gostos e modos de expresso. Vem do macro para o micro, do espao global para o local, daqueles que se consideram civilizados para aqueles que esses consideram atrasados e subdesenvolvidos. Aqueles agentes polticos e econmicos atuam segundo esses pressupostos e essa lgica e manipulam os sistemas polticos e culturais para que se estabeleam nos pases do Sul governos subordinados a esses mesmos valores, conceitos e objetivos, isto , governos e polticos que se identifiquem muito mais com os ricos do Hemisfrio Norte do que com a maioria trabalhadora e empobrecida das suas populaes. (Sandra Quintela e Marcos Arruda) Em relao ao texto julgue a assero abaixo. d) Em que se consideram(l.8) o se indica indeterminao do sujeito. Item INCORRETO. Comentrio. Agora que j apresentamos a definio de verbo transobjetivo, podemos comentar essa questo de prova. Na passagem Vem do macro para o micro, do espao global para o local, daqueles que se consideram civilizados para aqueles que esses consideram atrasados e subdesenvolvidos, o verbo considerar transobjetivo, ou seja, um verbo transitivo direto que exige um predicativo do objeto como complemento verbal, como no exemplo Fulano considerava Beltrano seu amigo, em que Fulano o sujeito, Beltrano o objeto direto e seu amigo predicativo do objeto. Como possui o objeto direto, pode ser construdo na voz passiva, tanto analtica (Beltrano era considerado amigo por Fulano) quanto pronominal (Considera-se Beltrano amigo). No texto da questo, o trecho daqueles que se consideram civilizados... poderia ser reescrito como daqueles que so considerados civilizados..., transpondo-se a orao da voz passiva pronominal para voz passiva analtica, o que comprova que o pronome se no ndice de indeterminao do sujeito, mas pronome apassivador. 31 - (Fiscal de Fortaleza 1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Nos Estados Unidos e na Frana, as burocracias capturam(A) o esprito das culturas administrativas anglo-saxs(B) e gaulesas. Na www.pontodosconcursos.com.br 35

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Amrica do Norte, a burocracia pede emprestadas(C) (D) diablica eficincia do mundo empresarial a simplificao, a velocidade, o pragmatismo e a incorporao da tecnologia (fax, computador, telefone e carto de crdito). Mais ainda, os burocratas so tementes a(E) um pblico reclamador. (Claudio de Moura Castro, adaptado - Veja, 25/2/1998) a) A b) B c) C d) D e) E GABARITO: C Comentrio. Pergunta-se: o que a burocracia pede emprestado diablica eficincia do mundo empresarial? Resposta: a simplificao, a velocidade, o pragmatismo e a incorporao da tecnologia (fax, computador, telefone e carto de crdito) Primeiramente, cabe-nos analisar a transitividade do verbo. Algum pede algo a algum a princpio, trata-se de um verbo transitivo direto e indireto. Aplicando esse conceito passagem do texto, e excluindo informaes desnecessrias anlise, teramos que: A burocracia (sujeito) pede (verbo) a simplificao, a velocidade, o pragmatismo e a incorporao da tecnologia (objetos diretos - o que pedido) eficincia do mundo empresarial (objeto indireto sujeito a quem se pede algo). E o que acontece com o emprestadas, que no foi mencionado acima? A quem esse adjetivo se refere? Ele se refere aos elementos que exercem a funo de objeto direto (a simplificao, a velocidade, o pragmatismo e a incorporao da tecnologia). Estaria esse adjetivo somente atribuindo uma caracterstica aos elementos [funo de adjunto adnominal] ou seria ele indispensvel compreenso do ato verbal em si [no pedir algo, mas pedir algo emprestado funo de predicativo do objeto direto]? A correta a segunda opo. Esse adjetivo essencial para a compreenso do que efetivamente se praticou. Sem ele, haveria alterao semntica no texto. www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Conclumos que a funo exercida pelo adjetivo emprestadas a de predicativo do objeto direto. Relembrando: a concordncia do adjetivo na funo de predicativo do objeto sempre gramatical, isto , concorda com todos os elementos que exercem a funo de objeto direto. Ento, o adjetivo corretamente flexionado seria emprestados, j que prevalece o gnero masculino plural nos elementos que compem o objeto direto (a simplificao, a velocidade, o pragmatismo e a incorporao da tecnologia). 32 - (AFRF 2002.1) Marque o segmento do texto que foi transcrito com erro gramatical. a) Em recente acrdo, proferido no AG n 96.01.01984-7/DF, ajuizado contra deciso que, em processo executivo, homologou clculos de atualizao de dvida da Fazenda Pblica decorrente de condenao em reclamao trabalhista, no conheceu do recurso a Primeira Turma Suplementar do Tribunal Regional Federal da 1 Regio. b) Este o nico fundamento do julgado: ... na sistemtica processual trabalhista inexiste recurso contra sentena homologatria de clculos de liquidao, porque a CLT, em norma clara e objetiva, composta nos pargrafos 3 e 4 do seu artigo 844, prev, com exclusividade, o instituto dos embargos para impugnao de ato jurisdicional de tal jaez. c) Incorreu, data vnia, o ato decisrio ora analisado em dois grandes e manifestos equvocos. d) O primeiro deles confundir clculos de atualizao do valor do ttulo exeqendo com liquidao da sentena. e) Na atual sistemtica processual civil, essa atualizao, depois de tornada certa o valor da condenao, ainda que decorrente de conta elaborada pelo exeqente, no constitui uma liquidao: no curso de processo executivo, tem a natureza de questo incidente deste. (Baseado em Diomar Bezerra Lima) Gabarito:E Comentrio. Ningum merece uma questo como essa. E onde mais poderia estar o erro? bvio que na letra e, pois um dos objetivos da banca cansar o candidato (s os fortes sobrevivem...) e fazer com que ele, antes de chegar resposta certa, marque qualquer coisa para se livrar da questo maldita!!! www.pontodosconcursos.com.br 37

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O que poderia suscitar dvida nas demais opes, imagino eu, so: a) a regncia do verbo conhecer em no conhecer do recurso encontra respaldo no Dicionrio Prtico de Regncia Verbal, de Celso Luft (Jur.) Ter (juiz ou tribunal) competncia para intervir num processo. b) jaez significa eletrnica. qualidade, espcie, segundo Aurlio-verso

c) data venia uma expresso latina respeitosa com que se inicia uma argumentao divergente da de outrem. O vocbulo vnia j encontra registro nos dicionrios, com significado de licena, permisso ou perdo, absolvio. d) exeqendo um adjetivo jurdico que se refere ao que est em execuo, uma sentena ou um documento. Na opo e, onde reside o erro, o que ser tornada certa? Resposta: o valor da condenao. O ncleo desse grupo nominal valor, com o que os termos devero concordar: tornado certo. CONCORDNCIA COM APOSTO RESUMITIVO 33 - (Especialista MPOG 2000) Os fragmentos abaixo constituem um texto que foi transcrito com erros. Assinale a opo gramaticalmente correta. e) Novas carreiras, equiparao de salrios defasados em relao ao que pagam o mercado e a realizao de concursos pblicos (h muito interrompidos), alm do oferecimento de oportunidades de treinamento, tudo isso foi feito tendo em vista a prioridade de conferir o melhor atendimento ao cidado-cliente. Item INCORRETO Comentrio. Com a mudana na ordem direta (SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO), o examinador tenta induzir o candidato ao erro. Na passagem, pergunta-se: quem paga salrios? Resposta: o mercado. Assim, a construo correta seria: ...equiparao de salrios defasados em relao ao que paga o mercado.... Uma dvida que poderia ter surgido seria em relao concordncia com o pronome indefinido tudo (tudo isso foi feito tendo em vista...). A funo desse pronome resumir o que foi mencionado anteriormente. O pronome indefinido tudo exerce a funo sinttica de aposto resumitivo e esse um dos poucos casos em que a www.pontodosconcursos.com.br 38

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI concordncia no feita com o(s) ncleo(s) do sujeito, funo essa exercida pelo sintagma nominal Novas carreiras, equiparao de salrios defasados em relao ao que pagam o mercado e a realizao de concursos pblicos (h muito interrompidos), alm do oferecimento de oportunidades de treinamento. Por apresentar um sujeito muito complexo, com diversos elementos, optou-se por resumir em um nico pronome (apresentado na expresso tudo isso) e com ele fazer a concordncia verbal. 34 - (TC PR/2002-2003) O Tribunal de Contas do Estado do Paran tem uma histria a contar. So mais de 50 anos de fiscalizao perene da coisa pblica, cujos princpios foram pinados da prpria histria das Cortes de Contas de todo o mundo. Das contribuies gregas e romanas ao modelo canadense de auditoria moderna, do Tribunal Imperial do Brasil de 1824 ao Tribunal de Contas de 1890, do insigne paranaense Manoel Francisco Correia, filho de Paranagu e primeiro Presidente do Tribunal de Contas da Unio, aos ilustres pares que hoje conduzem essa casa, tudo contribuiu para o desenvolvimento de um rgo de fiscalizao eficiente e dinmico dado o constante aperfeioamento das aes , e para a solidificao institucional de um colegiado independente e atuante, como o Tribunal de Contas paranaense. E dentro de sua competncia, o Tribunal de Contas tem buscado na informao, por intermdio dos mais diferenciados meios de comunicao, a formao de sua histria, na luta incessante e implacvel contra a corrupo e o mau uso do dinheiro pblico. www.tcparan.gov.br Em relao ao texto, analise a assertiva abaixo. e) O uso da palavra tudo(l.9) recurso coesivo que retoma de forma sinttica as informaes anteriores, exigindo a concordncia do verbo contribuir no singular. Item CORRETO. Comentrio. O que se afirma no item e j foi comentado na questo anterior. O pronome tudo, bem como outros pronomes (nada, todos, ningum), nesse tipo de construo, tem a funo de retomar, de forma resumida, o sujeito j apresentado (normalmente enumerativo, longo e complexo) e, excepcionalmente, substitui o elemento (sujeito) com quem o verbo deveria concordar. 35 - (TC PR/2002-2003) Assinale a opo correta. www.pontodosconcursos.com.br 39

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O problema da corrupo e do uso indevido do dinheiro do povo na administrao pblica constitue(1) um mal que, em maior ou menor escala, atinge todas as sociedades. No Brasil, a atuao do TCU de grande importncia no combate ao desvio do dinheiro pblico. Neste ano e at agora, os julgamentos do Tribunal implicaram em condenaes de maus gestores que atingiram acerca de(2) quatrocentos milhes de reais, recursos esses que sero revertidos aos(3) cofres da Nao. Na rea de fiscalizao de obras pblicas, em sintonia com o Congresso Nacional, poder ser bloqueado,(4) no Oramento da Unio para 2003, recursos federais para mais de 160 obras auditadas pelo TCU, nas quais(5) apresentaram irregularidades graves, compreendendo recursos da ordem de bilhes de reais. www.tcu.gov.br Notas da imprensa, 25-11-2002, com adaptaes. a) 1 b) 2 c) 4 d) 3 e) 5 Gabarito: D Comentrio. O item correto o (3), letra d. Vrios candidatos no perceberam a armadilha na correspondncia entre os nmeros e as letras das opes. Houve inverso entre os itens (3) e (4) e as opes c e d. Com isso, muita gente deve ter marcado a letra c pensando estar indicando o item correto (3), quando, na verdade, estava marcando um dos itens incorretos, o (4)! Pura maldade! Em suma: essa no foi somente uma prova de Lngua Portuguesa, mas tambm um teste avaliador da ateno do candidato. A questo em si foi simples. As incorrees so: Item (1) constitui Item (2) - que atingiram cerca de (aproximadamente) quatrocentos milhes de reais Item (5) as quais (as obras) apresentaram irregularidades O item que merece maior comentrio o (4) houve desacerto entre o sintagma verbal poder ser bloqueado e o termo a que ele se referia: recursos federais. A construo correta seria Na rea de fiscalizao de obras pblicas, em sintonia com o Congresso Nacional, podero ser bloqueados, no Oramento da Unio para 2003, recursos federais para mais de 160 obras auditadas pelo TCU. www.pontodosconcursos.com.br 40

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36 - (TFC SFC/2000) Assinale a opo em que ocorre erro de concordncia verbal. a) Em uma economia estatal ou centralmente planejada, a responsabilidade pelas decises econmicas so centralizadas nas mos do governo. b) Os meios de produo com exceo da mo-de-obra - so de propriedade coletiva. c) A burocracia governamental decide quais so os produtos e em que quantidade sero produzidos de acordo com um plano nacional centralizado. d) Os recursos so alocados entre unidades atravs do sistema de cotas. e) Os defensores desse sistema enfatizam os benefcios da sincronizao e distribuio de recursos em um todo unificado, evitando o desperdcio da duplicao inerente competio. (Adaptado de Enciclopdia Compacta de Conhecimentos Gerais Isto - p.204 e 205) Gabarito: A Comentrio. Com relao s informaes apresentadas no item a, pergunta-se: o que centralizado nas mos do governo? Resposta: a responsabilidade pelas decises econmicas. O ncleo do sujeito responsabilidade, de modo que o verbo de ligao e o predicativo do sujeito, para que se respeitem as normas de concordncia, devero ficar na 3 pessoa do singular a responsabilidade pelas decises econmicas centralizada nas mos do governo. 37 - (FISCAL MS / 2001) Marque a palavra, a seqncia ou o sinal de pontuao sublinhado, que foi mal empregado. Trs fatores condicionam hoje o panorama nacional:(A) a crise argentina, a crise de energia e as incertezas polticas. A persistncia desses(B) quadros reduzem(C) o ritmo de crescimento do pas de 4% para cerca de 2% ao ano(D) e deixa o mercado cambial mais instvel(E). (Geraldo Carbone, adaptado) a) A b) B www.pontodosconcursos.com.br 41

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) C d) D e) E GABARITO: C Comentrio. A essa altura, voc j deve ter percebido como vm sendo apresentadas as questes de concordncia. So duas as tcnicas usadas para que o candidato se confunda, esquea o que j leu e erre a concordncia verbal: o ncleo do sujeito se distancia do verbo e entre os dois so colocados diversos elementos (em nmero oposto ao do ncleo do sujeito); ou altera-se a ordem direta dos elementos da orao, sem que, em nenhum dos casos, se respeite a concordncia verbal. Na questo ora analisada, o ncleo do sujeito persistncia e o verbo reduzir deveria estar no singular (A persistncia desses quadros reduz o ritmo de crescimento do pas...). 38 - (FISCAL MS / 2001) Assinale a opo em que o texto foi transcrito com erro de concordncia. a) Seja qual for a forma adotada para controle global sobre as foras globais, no pode ser uma cpia ampliada das instituies democrticas desenvolvidas nos primeiros sculos da histria contempornea. b) Tais instituies se fizeram na medida do Estado nacional que era ento a totalidade social maior e so particularmente pouco aptas para ampliao em uma escala global. c) O Estado nacional tambm no era uma hiprbole dos mecanismos comunitrios, mas, pelo contrrio, era o produto final de formas radicalmente novas de convivncia humana, assim como a solidariedade social. d) O Estado nacional, que finalmente proporcionou a to procurada resposta aos desafios da primeira secesso, surgiram apesar dos obstinados defensores das tradies comunitrias e mediante progressiva eroso das j dbeis e diminutas soberanias locais. e) Toda resposta eficaz globalizao no pode ser nada alm de global. E o destino de semelhante resposta global depende de que surja e tome corpo um mbito poltico global, entendido como algo distinto de internacional. (Zygmunt Bauman, O desafio tico da globalizao, www.pontodosconcursos.com.br 42

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Correio Braziliense, 21/07/2001) GABARITO: D Comentrio. Com relao passagem apresentada no item d, pergunta-se: o que surgiu apesar dos obstinados defensores das tradies comunitrias e mediante progressiva eroso das j dbeis e diminutas soberanias locais? Resposta: o Estado nacional, sujeito do perodo, cujo ncleo representado por Estado. Assim o verbo deveria estar no singular (surgiu) O Estado nacional, que finalmente proporcionou a to procurada resposta aos desafios da primeira secesso, surgiu apesar dos obstinados defensores das tradies comunitrias e mediante progressiva eroso das j dbeis e diminutas soberanias locais. 39 - (AFC STN/2002) Julgue o trecho abaixo quanto correo gramatical. IV. Eu, como outros analistas, vimos a experincia argentina de perto e, mesmo que o Brasil tenha um governo democrtico forte, com instrumentos para agir rpido e munio para disparar, nada podem contra as foras do mercado, disse o economista. Item INCORRETO. Comentrio. Dessa vez, o pronome indefinido nada exerce a funo de complemento verbal de poder (O Brasil pode nada contra as foras de mercado.). O sujeito est representado pelo substantivo prprio Brasil. Observe que o erro foi de concordncia verbal, devendo a construo ser: ... e, mesmo que o Brasil tenha um governo democrtico forte, com instrumentos para agir rpido e munio para disparar, nada pode contra as foras do mercado, disse o economista. . Sobre a concordncia com sujeitos ligados por conjuno comparativa (Eu, como outros analistas, vimos a experincia argentina...), reproduzimos a lio dos professores Celso Cunha e Lindley Cintra: Quando dois sujeitos esto unidos por uma das conjunes comparativas como, assim como, bem como e equivalentes, a concordncia depende da interpretao que dermos ao conjunto. Assim, o verbo concordar: a) com o primeiro sujeito, se quisermos destac-lo: www.pontodosconcursos.com.br 43

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O nome, como o corpo, ns tambm. O dlar, como a girafa, no existe. Neste caso, a conjuno conserva pleno o seu valor comparativo, e o segundo termo vem enunciado entre pausas, que se marcam, na escrita, por vrgulas. b) com os dois sujeitos englobadamente (isto , o verbo ir para o plural), se os considerarmos termos que se adicionam, que se reforam, interpretao que normalmente damos, por exemplo, a estruturas correlativas do tipo tanto...como. intil acrescentar que tanto ele como eu esperamos que voc nos d sempre notcias. Tanto um como outro se ocupavam em mercadejar. Considerando que o segmento Eu, como outros analistas, ... melhor se encaixaria na definio de letra a, a concordncia deveria ser feita com o pronome reto: Eu, como outros analistas, vi a experincia argentina de perto. Bem, por hoje s (s?!?!?!). Na prxima aula, voltamos a tratar desse assunto, apresentando outros casos de concordncia. LISTA DAS QUESTES COMENTADAS. 1 - (AFC 2002) Assinale a norma gramatical que justifica, com correo e propriedade, a flexo plural do verbo ser no perodo abaixo. J mais do que conhecido que o principal problema do sistema tributrio nacional so justamente as contribuies, e no os impostos propriamente ditos. (Revista CNT, Lixo tributrio) a) Com os verbos ser e parecer a concordncia se faz de preferncia com o predicativo, se este plural. (Luiz Antonio Sacconi) b) Nas frases em que ocorre a locuo invarivel que, o verbo concorda com o substantivo ou pronome que a precede, pois so eles efetivamente o seu sujeito. (Celso Cunha & Lindley Cintra)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) Se tanto o sujeito como o predicativo forem personativos e nenhum dos dois for pronome pessoal, a concordncia ser facultativa (pode-se concordar com o sujeito ou o predicativo). (Dileta S. Martins & Lbia S. Zilberknop) d) Expresses de sentido quantitativo (...) acompanhadas de complemento no plural admitem concordncia verbal no singular ou no plural. (Manual de Redao da Presidncia da Repblica) e) Se o sujeito composto tem os seus ncleos ligados por srie aditiva enftica (...), o verbo concorda com o mais prximo ou vai ao plural (o que mais comum quando o verbo vem antes do sujeito).(Evanildo Bechara)

2 -(Assistente de Chancelaria/2002) As viagens ao exterior e os encontros com figures estrangeiros constituem, desde o reinado de Dom Pedro II, um trunfo na estratgia das lideranas brasileiras. De fato, as crticas s viagens internacionais do Presidente da Repblica ou de outros dirigentes parecem despropositadas. Tanto o governo como a oposio devem reposicionar os interesses brasileiros num mundo em plena mutao. O problema que se coloca de outra natureza e se resume numa interrogao pouco formulada na campanha presidencial: quais devem ser os rumos de nossa diplomacia? (Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptaes) Analise a afirmao abaixo a respeito do emprego das estruturas lingsticas no texto. d) o conectivo Tanto...como(l.5) for substitudo por No s ... mas tambm, o verbo seguinte pode ser empregado no plural, devem(l.5), ou no singular, deve. 3 - (AFC 2002) Julgue a proposio a respeito da estrutura morfossinttica do texto abaixo. A Guerra Fiscal pertence a uma classe geral de fenmenos que emergem quando iniciativas polticas dos Governos subnacionais adquirem conotaes negativas e geram efeitos econmicos perversos em decorrncia do carter insuficiente ou conjunturalmente inoperante do quadro poltico-institucional que regula os conflitos federativos, o qual se revela incapaz de garantir um equilbrio mnimo entre interesses locais de forma a evitar efeitos macroeconmicos e sociais perversos. www.pontodosconcursos.com.br 45

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (C. Cavalcanti & G. Prado, com adaptaes) a) A forma verbal emergem(l.2), flexionada no plural, constitui incorreo, pois sua concordncia deve se dar com o substantivo classe(l.1), ncleo do grupo nominal classe geral de fenmenos. 4 - (AFC 2002) Analise a correo gramatical da assertiva abaixo. d) Modernizar, palavra neutra em matria de valores morais, pode simplesmente servir de pretexto para justificar a adeso ao paradigma dominante, desqualificando, ao mesmo tempo, como dinossauros pr-histricos, os que a ele resiste. 5 - (Analista Comrcio Exterior/ 1998) Marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou impropriedade vocabular. A primeira expedio cientfica (A) Amaznia foi feita em 1638 por George Marcgrave, um naturalista alemo. At o final do sculo XVII, o que se procuravam(B) eram animais exticos, dentro da tica do "estranho mundo novo": peixe que d choque, aranhas gigantes, mamferos que vivem submersos nos rios. Nos sculos seguintes, o objetivo passou a ser a coleta do maior nmero possvel de bichos de diferentes espcies. At os anos 40, os museus estrangeiros pagavam coletores profissionais(C) para levar espcimes(D) da fauna e flora nacionais(E) para suas colees. O Brasil s assumiu a pesquisa cientfica na Amaznia h poucas dcadas. Agora, a idia conhecer para preservar. (Baseado em Flvia Varella, Veja - Amaznia, 24/12/1997) a) A b) B c) C d) D e) E 6 - (Analista Comrcio Exterior/ 1998) Marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou impropriedade vocabular. No prximo ano, estar a Declarao Universal de Direitos Humanos completando seu cinqentenrio, no limiar do novo sculo. Ao longo das cinco ltimas dcadas, testemunhamos o processo histrico de gradual formao, consolidao, expanso e aperfeioamento da proteo internacional dos direitos humanos, conformando(A) um direito de proteo dotado de especificidade prpria. Esse processo partiu das premissas de que(B) os direitos humanos so inerentes ao ser humano e, como tais(C) antecedem a(D) todas as formas de www.pontodosconcursos.com.br 46

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI organizao poltica, e de que sua proteo no se esgota na ao do Estado. Ao longo deste meio sculo, como respostas s necessidades de proteo, tem-se(E) multiplicado os tratados e instrumentos de direitos humanos, a partir da Declarao Universal de 1948, tida como ponto de partida do processo de generalizao da proteo internacional dos direitos humanos. (Baseado em Antnio Augusto Canado Trindade) a) A b) B c) C d) D e) E 7 - (TCE RN/2000) Julgue a correo gramatical dos dois perodos abaixo apresentados. c) No gnero das leis federativas, possvel discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas. / No gnero das leis federativas, podem-se discernir duas espcies bem visveis: leis federais intransitivas e transitivas. 8 - (TCE RN/2000) Marque o segmento do texto que apresenta erro(s) de construo sinttica. a) Em julho ltimo, editou a Unio a Lei ordinria no 8.666, cujo artigo 5o imps Administrao Pblica, nos trs nveis de Governo, a obrigao de pagar, em estrita ordem cronolgica das datas de suas exigibilidades, para cada fonte diferenciada de recursos, os bens e servios que adquirir. b) A ementa dessa Lei esclarece que a norma est regulamentada no inciso XXI do artigo 37 da Constituio, que impe o processo de licitao nas aquisies governamentais de bens e servios, assegurando que nos certames preciso haver igualdade de condies entre os concorrentes e que nos contratos se estabelea obrigaes de pagamento, mantida as condies efetivas da proposta. c) A Unio legislou obviamente no exerccio da competncia que lhe deferiu o inciso XXVII do artigo 23 da Constituio, para editar normas gerais de licitao e contratao. d) E, ao faz-lo, inseriu dispositivo no pertinente a esse campo, mas sim ao direito financeiro.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) Mas tambm a a competncia para legislar, embora concorrentemente com os Estados e Distrito Federal, foi atribuda Unio pelo artigo 24, inciso I, da Constituio. (Baseado em Austen da Silva Oliveira) 9 -(Fiscal de Fortaleza 1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Tudo parece indicar, a essa altura, que(A) as repercusses da crise dos pases asiticos sobre a Amrica Latina sero bem menos acentuadas do que(B) se imaginava faz(C) poucos meses. Pouco a pouco, foram-se percebendo(D) que os problemas daquela regio so devidos (E) desorganizao de seus sistemas financeiros e a uma especulao imobiliria desenfreada. (Gazeta Mercantil, 21 e 22/2/1998, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E 10 - (Oficial de Chancelaria/2002) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical. Nunca antes foram to(1) favorveis as condies para uma poltica externa de realizaes no Brasil. preciso(2) aproveitar essas condies, multiplicar o seu efeito benfico, p-las(3) a servio de interesses muito claros e preementes(4) do Brasil em suas relaes com o mundo exterior. Fizemos(5) muito para consolidar uma imagem nova, de credibilidade e confiabilidade, de um Pas que capaz de enfrentar com determinao e autoconfiana os seus problemas. Demos passos concretos nesse sentido e estamos recolhendo os benefcios. (Adaptado de www.mre.gov.br, Comisso de Relaes Exteriores da Cmara dos Deputados) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 11 - (TCE ES/2001) www.pontodosconcursos.com.br 48

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O pensamento moral da Ilustrao baseava-se em trs idias centrais: a idia de que a moral podia ter um fundamento secular; a idia de que o indivduo, considerado como clula elementar da sociedade, tinha direito auto-realizao e felicidade e podia descentrar-se com relao vida comunitria, criticando-a de fora; e a idia de que existe uma natureza humana universal, de que existem princpios universais de validao tica, e de que existe um pequeno ncleo de normas materiais universais. (Srgio Paulo Rouanet) Analise a afirmao abaixo em relao ao texto. d) A expresso "baseava-se" (l.1) pode, sem prejuzo para a correo gramatical do perodo, ser substituda por eram baseados. 12 - (AFC 2002) Os argumentos em favor da poltica industrial mudam, mas em geral eles continuam sofrendo da mesma falta de embasamento econmico. Um deles, que vem sendo repetido de uns tempos para c, o da economia de divisas. Identifica-se um item de peso na pauta de importaes como, por exemplo, componentes eletrnicos. Ora, se o dispndio com este produto alto, por que ento no fazer com que ele seja produzido no pas por meio de uma poltica industrial ativa, poupando-se, desta forma, moeda forte? (Adaptado de Cludio Haddad) Julgue se a substituio sugerida est de acordo com a norma culta. d) Identifica-se(l.4) por identificado 13 - (TCE ES/2001) Julgue as assertivas abaixo em relao s regras gramaticais da norma culta. a) Pesquisas nos Estados Unidos mostra que a tolerncia ao erro no comrcio eletrnico zero. Quem compra um CD e no recebe, simplesmente "deleta" o endereo da loja virtual pisou na bola. d) A reao contrria do consumidor desmezurada. Na rede esperam-se servio nota 1000 - ou nada aqum disso. 14 - (TRF 2003) Em relao ao texto, julgue a afirmao que segue. A cincia moderna desestruturou saberes tradicionais, e seu paradigma mecanicista, que encara o mundo natural como mquina desmontvel, levou a razo humana aos limites da perplexidade, porquanto a fragmentao do conhecimento em pequenos redutos fechados se afasta progressivamente da viso do conjunto. A excessiva especializao das partes subtrai o conhecimento do todo. www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Da resulta a dificuldade terica e prtica para que o esprito humano se situe no tempo e no espao da sua existncia concreta. (Jos de vila Aguiar Coimbra, Fronteiras da tica, So Paulo: Senac, 2002, p. 27) e) Em se situe(l.8) o pronome se indica indeterminao do sujeito e contribui para conferir impessoalidade ao texto. 15 - (AFC CGU/2006) Baseado no texto abaixo, julgue a assertiva. As normas jurdicas embasadas nos valores ticos e que traduzem os procedimentos e as vivncias mais fortes e consolidados da coletividade tendem a ter a adeso espontnea da maioria das pessoas que nelas se sentem representadas. o sentimento de identidade nacional, de ptria, sem o qual a coeso social se esgara e abre as portas para o caminho do individualismo, do salve-se quem puder, da corrupo, da violncia. A consolidao desse sentimento pressupe, alm das leis, uma ao constante, coordenada pelo Estado, com a participao da sociedade, dos organismos intermedirios e das famlias, num processo de educao cvica, nacional, patritica. (Adaptado de Patrus Ananias, Civilizao pelo Estado, Correio Braziliense, 9 de janeiro de 2005) IV. O pronome indicativo de indeterminao de sujeito em salvese(l.7) exige que o verbo seja flexionado no singular. 16 - (TRF 2003) Assinale o trecho que, ao preencher a lacuna correspondente, provoca erro gramatical, de pontuao ou de coeso textual. ___________(1)_______________ com predominncia de fuses e aquisies de empresas, a mudana de natureza das inverses diretas iniciou-se nos Estados Unidos na dcada de 80. ________(2)__________ acompanhada de uma grande expanso do investimento de portflio e da formao de megacorporaes, estendeu-se aos demais pases nos anos 90. ______________(3)__________ apoiada na valorizao global das Bolsas, ocorreu com maior intensidade na segunda metade dos anos 90. _________(4)___________ de movimento de natureza patrimonial que deu lugar a dois processos simultneos: a fuso de empresas, com fechamento de plantas no centro industrializado, e o concomitante deslocamento para a periferia dinmica.__________________(5)__________ da concorrncia mundial ensejou a criao concentrada de capacidade produtiva nos setores de nova tecnologia e nas regies capazes de www.pontodosconcursos.com.br 50

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI promover uma integrao virtuosa ao processo de internacionalizao capitalista. a) 1- necessrio esclarecer que, b) 2 - Tal transformao na economia, c) 3 - Essa acelerao da centralizao de capital, d) 4 - Tratavam-se, essencialmente, e) 5 - Esse ltimo estgio da evoluo da estrutura 17 - (AFRF 2005) Assinale a opo que constituiria, de maneira coerente com a argumentao e gramaticalmente correta, uma possvel resposta para a pergunta final do texto. d) Segundo alguns pensadores modernos, no se tratam de projees utpicas os empreendimentos culturais e sociais que renovam valores modernistas, enriquecendo saberes especializados. 18 - (TTN 1998) Marque o texto que contm erro de estruturao sinttica ou de pontuao. a) A cada dia que passa, uma revoluo silenciosa vai tomando conta das mentalidades dos empresrios e altos executivos brasileiros, cristalizando-se e arregimentando foras entre os especialistas em Recursos Humanos. b) Pouco a pouco, ela se concretiza nas necessidades especficas das indstrias de tecnologia de ponta e recolhe novos testemunhos dos lderes que lutam para fazer negcios, vencer uma concorrncia encarniada ou simplesmente manter suas corporaes de p em meio borrasca da recesso. c) E chega concluso mais simples possvel: que nem s de computadores, tecnologias de ponta, robs ou telefones celulares vive uma empresa, se ela no contar com uma equipe profissional, treinada, entusiasmada, e, ainda por cima, motivada. d) A nova mentalidade comea por botar o ovo em p e reconhecer o valor insubstituvel, inigualvel, da qualidade do trabalho humano. e) Esta revoluo trata-se de uma mudana radical de mentalidade, que comeou a tomar corpo no finalzinho dos anos 80, depois de toda aquela onda de conteno de despesas, cortes de pessoal, diminuio de "elefantes brancos" empresariais, fim de estoques inteis, melhoria de qualidade, de competitividade e de produtividade. (Mrcio Roberto Graf, com adaptaes) www.pontodosconcursos.com.br 51

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19 - (CVM 2000) Marque o segmento do texto que contm erro de estruturao sinttica. a) J se tornou lugar-comum afirmar que investir em cincia e tecnologia condio necessria para o desenvolvimento de um pas. b) Se essa afirmao pode ser considerada consensual, no o a compreenso acerca de qual tipo de investimento deve ser feito. c) De fato, pode-se afirmar que a forma de financiamento para cincia e tecnologia dependente da viso que o governo tem do desenvolvimento da sociedade. d) No foi por outro motivo que, durante o regime militar, se optaram por pesados investimentos na construo de um aparato de pesquisa vinculado ao Estado. e) Aquele modelo refletia o singular nacionalismo dos militares, em aliana com setores da burocracia estatal. (Henrique Carlos de O. de Castro, com adaptaes) 20 - (Analista Comrcio Exterior/ 1998) Marque o item em que um dos dois perodos est gramaticalmente incorreto. a) A qualquer observador da histria moderna pode afigurar-se paradoxal que a primeira conferncia multilateral sobre o tema do desenvolvimento social se tenha realizado numa poca em que o neoliberalismo, como alternativa "eficiente" ao chamado Estado-Providncia, e o culto do mercado, como fator de regulao da convivncia social configuram a ideologia dominante. / A qualquer observador da histria moderna podese afigurar paradoxal que a primeira conferncia multilateral sobre o tema do desenvolvimento social se tenha realizado numa poca em que o neoliberalismo, como alternativa "eficiente" ao chamado Estado-Providncia, e o culto do mercado, como fator de regulao da convivncia social configuram a ideologia dominante. O primeiro paradoxo a respeito da Cpula Mundial sobre o Desenvolvimento Social reside no fato da proposta de sua realizao ter sido aceita mais rapidamente pelos pases desenvolvidos do que pelo conjunto de pases em desenvolvimento. / O primeiro paradoxo a respeito da Cpula Mundial sobre o Desenvolvimento Social reside no fato de a proposta de sua realizao ter sido aceita mais rapidamente pelos pases desenvolvidos do que pelo conjunto de pases em desenvolvimento.

b)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) O triunfalismo do Ocidente desenvolvido com o esboroamento do antigo bloco comunista e a alegada vitria do liberalismo traduzia-se, ento, no apenas na noo da "nova ordem internacional" preconizada pelo Presidente Bush dentro do Grupo dos Sete. / O triunfalismo do Ocidente desenvolvido com o esboroamento do antigo bloco comunista e a alegada vitria do liberalismo traduziam-se, ento, no apenas na noo da "nova ordem internacional" preconizada pelo Presidente Bush dentro do Grupo dos Sete. Alguns pases desenvolvidos brandiam a noo de good governance, ou "boa governana", na qual se embutia uma crtica aos pases do Terceiro Mundo como locus exclusivo do desperdcio de recursos e da corrupo governamental antes, naturalmente, da Operao Mos Limpas na Itlia. / Alguns pases desenvolvidos brandiam a noo de good governance, ou "boa governana", em que se embutia uma crtica aos pases do Terceiro Mundo como locus exclusivo do desperdcio de recursos e da corrupo governamental antes, naturalmente, da Operao Mos Limpas na Itlia. Temiam os pases em desenvolvimento que a conferncia proposta se transformasse num foro de repreenso no sentido Norte-Sul, em que os pases ricos viessem a tentar impor novos tipos de condicionalidades a assistncia e cooperao internacionais. / Temiam os pases em desenvolvimento que a conferncia proposta se transformasse num foro de repreenso no sentido Norte-Sul, em que os pases ricos viessem a tentar impor novos tipos de condicionalidades assistncia e cooperao internacionais.

d)

e)

21 (TRF 2006) Analise a correo gramatical da assertiva abaixo. c) Aparentemente, as cidades parecem apresentar maior densidade de fixos, pois o carter de mudanas e transformaes no capturado ao longo de uma mesma gerao social, ou se percebe apenas aquelas mudanas de maior impacto, como derrubada de velhas fbricas nas quais se constroem modernos centros de compras. 22 - (TCE ES/2001) Em relao estrutura gramatical do texto, assinale o fragmento correto. a) A vida moral e a vida do poder d a impresso de correrem paralelas, com raras convergncias. b) Este desencontro entre a tica e a poltica incomodam e indignam a todos que querem ver e sentir a presena de virtudes na conduo www.pontodosconcursos.com.br 53

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI dos negcios pblicos. c) H um aspecto clssico, mas sempre atual, do problema das relaes entre a moral e o poder, a saber: o da mentira na gesto pblica. d) H muitos argumentos que justifica a mentira como exceo ao princpio tico da veracidade. e) Mas, hoje, na teoria democrtica, ao assim chamado direito do governante de mentir em benefcio da comunidade, se contrapem, para cont-los, o direito a uma informao exata e honesta dos governados. (Itens adaptados de Celso Lafer) 23 (TRF 2006) Julgue a assertiva abaixo em relao correo gramatical. e) Ainda assim, a intensidade da alta da cotao e a durao do perodo de petrleo caro justifica as dvidas em relao permanncia do dinamismo da economia mundial. At porque essa alta pode se estancar, mas, dada a demora para a expanso da oferta, uma queda expressiva e rpida do preo do petrleo no esperada. 24 (AFC CGU 2006) Analise a correo gramatical do pargrafo abaixo. b) A taxa de analfabetismo para pessoas de 10 anos ou mais caiu de 12,3% para 10,4% entre 1999 e 2004 e o nvel de escolarizao de crianas e adolescentes aumentaram. 25 - (TC PR/2002-2003) Assinale a opo gramaticalmente correta. a) A maior cooperao dos rgos de controle medida indispensvel para aumentar a eficcia da fiscalizao de obras pblicas. A dificuldade de fiscalizar obras aumenta constantemente devido sofisticao cada vez maior dos mecanismos de desvio de recursos, porquanto das prprias peculiaridades do processo de planejamento, contratao e execuo de obras pblicas. b) A cooperao, sobretudo entre o Tribunal de Contas da Unio e os Tribunais de Contas dos estados, na troca de experincias e informaes, de modo a ampliar uma base de conhecimentos comuns e criarem uma rede de controle que permita deteco mais rpida de irregularidades, a melhor alternativa para enfrentar as adversidades, uma vez que a maioria das grandes obras pblicas patrocinada com recursos federais e estaduais. www.pontodosconcursos.com.br 54

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) Hoje h maior sintonia do TCU com o Congresso Nacional na fiscalizao de obras pblicas, e os contratos ou convnios relativos a obras em que o tribunal tenha apontado indcios de irregularidades graves fica com os recursos oramentrios bloqueados. d) importante estimular o controle social, pois as limitaes de recursos dos rgos de fiscalizao tornam praticamente impossvel o monitoramento contnuo de todos os empreendimentos. O TCU colocou em sua pgina na Internet, para consulta pblica, dados relativos a obras com indcios de irregularidades graves. Desse modo, qualquer um pode acompanhar os problemas existentes nas obras realizadas em sua comunidade e cobrar dos responsveis as providncias corretivas. e) Os recursos somente so liberados aps o adoo de providncias corretivas pelo gestor de um decreto legislativo especfico. O anualmente irregularidades graves em cerca fiscalizadas. TCU constatar de que a da obra e aps a edio TCU tem encontrado de um tero das obras

26- (Analista Comrcio Exterior/ 1998) Marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou impropriedade vocabular. Trs setores devem reforar seus lucros neste ano: telecomunicaes, fertilizantes e construo civil. As empresas de telecomunicaes devem ganhar com o aumento de demanda e, principalmente, com os ajustes preparando(A) a privatizao. A boa safra e a possibilidade de manuteno de preos dos commodities agrcolas em patamar elevado(B) poder(C) ajudar as empresas do setor de fertilizantes. Nesse caso, porm, h um risco: possveis impactos da crise asitica sobre o preo dos commodities. As previses de crescimento moderado so(D) para as empresas de energia eltrica, pela perspectiva de baixo crescimento do PIB. A queda dos preos internacionais do petrleo e a possvel reduo de demanda por petroqumicos devem(E) limitar o crescimento do setor. (Baseado em Tatiana Bautzer, Jornal do Brasil - Economia, 22/03/1998) a) A b) B c) C d) D e) E

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 27 - (FISCAL MS/2001) Leia o texto abaixo para responder questo. Mesmo sem ser includo entre os pases cujo desenvolvimento a convite foi fortemente apoiado por motivos geopolticos pelo governo americano, o Brasil transformou-se no laboratrio de uma estratgia associada pblica e privada de industrializao que contemplou todos os segmentos do capitalismo central. No se pode esquecer que, depois da vitria da Revoluo Chinesa e da Guerra da Coria, e do incio da descolonizao asitica, o desenvolvimentismo se transformou na resposta capitalista tolerada pelos liberais ao projeto socialista para os pases subdesenvolvidos. Esse foi um fator decisivo para que o projeto de industrializao e o intervencionismo estatal do novo modelo econmico contassem com o apoio de quase todos os segmentos da classe dominante brasileira e de suas elites polticas regionais. Quando essas facilidades se estreitaram, com o fim do padro dlar e a crise econmica mundial dos anos 70, e quando a poltica econmica internacional dos Estados Unidos e a geoeconomia dos pases centrais mudaram, com a restaurao liberalconservadora dos anos 80, o consenso e a coalizo desenvolvimentista se desfizeram. (Jos Lus Fiori, Um pas ao sul dos imprios, Correio Braziliense, 22/07/2001) Em relao ao texto, gramaticalmente correta. analise se a substituio sugerida

e) contassem (l.11) por contasse .

28 - (TRF/2000) Assinale a opo em que h erro gramatical. Ao contrrio das flutuaes do nvel de atividade, os processos de ajuste econmico tendem(A) a gerar mudanas estruturais na economia. Como esses processos requerem(B) tempo para serem(C) realizados, enquanto trabalhadores esto se movendo de um emprego para outro, a magnitude desses custos e a rapidez com que o mercado se ajusta s(D) novas condies de funcionamento da economia depende(E), em grande medida, do grau de flexibilidade do mercado de trabalho. (Edward Amadeo et al., com adaptaes) a) b) c) d) e) A B C D E www.pontodosconcursos.com.br 56

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29 - (AFC STN/2002) Assinale o trecho transcrito com erro gramatical. a) O Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal (SIAFI) o principal instrumento de administrao oramentria e financeira da Unio que oferece suporte aos rgos centrais, setoriais e executores da gesto pblica, tornando absolutamente segura a contabilidade da Unio. b) Ligados ao Sistema encontram-se todos os rgos da Administrao Direta, Autarquias, Fundaes, Empresas Pblicas, Sociedades de Economia Mista e rgos dos Poderes Legislativo e Judicirio. c) Por meio do SIAFI so obtidas as informaes que subsidiam o Balano Geral da Unio e os relatrios de execuo do oramento e de administrao financeira, que compem a demonstrao das Contas apresentadas ao Congresso Nacional pelo Presidente da Repblica, em conformidade com a Constituio Federal. d) Encontram-se disponvel, ainda, um servio de troca de mensagens, que interliga cerca de 30 mil usurios em todo o Brasil agilizando a comunicao entre as Unidades Gestoras. e) Principal usurio do SIAFI, o Tesouro Nacional responsvel pela definio das normas de utilizao do Sistema, orientando e controlando as atividades dos gestores pblicos que o utilizam. (Trechos adaptados de http://www.stn.fazenda.gov.br) 30 - (Fiscal de Fortaleza/2003) Leia o texto para responder questo. O desenvolvimento no mundo capitalista vem dos pases do Norte para os pases do Sul; vem dos mercados ricos, das empresas transnacionais, das agncias multilaterais e dos governos do grupo dos mais ricos, em um movimento que tende apropriao e ao controle do patrimnio natural e cultural dos pases do Sul, e homogeneizao dos modos de vida, incluindo necessidades, quereres, gostos e modos de expresso. Vem do macro para o micro, do espao global para o local, daqueles que se consideram civilizados para aqueles que esses consideram atrasados e subdesenvolvidos. Aqueles agentes polticos e econmicos atuam segundo esses pressupostos e essa lgica e manipulam os sistemas polticos e culturais para que se estabeleam nos pases do Sul governos subordinados a esses mesmos valores, conceitos e objetivos, isto , governos e polticos que se identifiquem muito mais com os ricos do Hemisfrio Norte do que com a maioria trabalhadora e empobrecida das suas populaes. www.pontodosconcursos.com.br 57

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Sandra Quintela e Marcos Arruda) Em relao ao texto julgue a assero abaixo. d) Em que se consideram(l.8) o se indica indeterminao do sujeito. 31 - (Fiscal de Fortaleza 1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Nos Estados Unidos e na Frana, as burocracias capturam(A) o esprito das culturas administrativas anglo-saxs(B) e gaulesas. Na Amrica do Norte, a burocracia pede emprestadas(C) (D) diablica eficincia do mundo empresarial a simplificao, a velocidade, o pragmatismo e a incorporao da tecnologia (fax, computador, telefone e carto de crdito). Mais ainda, os burocratas so tementes a(E) um pblico reclamador. (Claudio de Moura Castro, adaptado - Veja, 25/2/1998) a) A b) B c) C d) D e) E 32 - (AFRF 2002.1) Marque o segmento do texto que foi transcrito com erro gramatical. a) Em recente acrdo, proferido no AG n 96.01.01984-7/DF, ajuizado contra deciso que, em processo executivo, homologou clculos de atualizao de dvida da Fazenda Pblica decorrente de condenao em reclamao trabalhista, no conheceu do recurso a Primeira Turma Suplementar do Tribunal Regional Federal da 1 Regio. b) Este o nico fundamento do julgado: ... na sistemtica processual trabalhista inexiste recurso contra sentena homologatria de clculos de liquidao, porque a CLT, em norma clara e objetiva, composta nos pargrafos 3 e 4 do seu artigo 844, prev, com exclusividade, o instituto dos embargos para impugnao de ato jurisdicional de tal jaez. c) Incorreu, data vnia, o ato decisrio ora analisado em dois grandes e manifestos equvocos.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) O primeiro deles confundir clculos de atualizao do valor do ttulo exeqendo com liquidao da sentena. e) Na atual sistemtica processual civil, essa atualizao, depois de tornada certa o valor da condenao, ainda que decorrente de conta elaborada pelo exeqente, no constitui uma liquidao: no curso de processo executivo, tem a natureza de questo incidente deste. (Baseado em Diomar Bezerra Lima) 33 - (Especialista MPOG 2000) Os fragmentos abaixo constituem um texto que foi transcrito com erros. Assinale a opo gramaticalmente correta. e) Novas carreiras, equiparao de salrios defasados em relao ao que pagam o mercado e a realizao de concursos pblicos (h muito interrompidos), alm do oferecimento de oportunidades de treinamento, tudo isso foi feito tendo em vista a prioridade de conferir o melhor atendimento ao cidado-cliente. 34 - (TC PR/2002-2003) O Tribunal de Contas do Estado do Paran tem uma histria a contar. So mais de 50 anos de fiscalizao perene da coisa pblica, cujos princpios foram pinados da prpria histria das Cortes de Contas de todo o mundo. Das contribuies gregas e romanas ao modelo canadense de auditoria moderna, do Tribunal Imperial do Brasil de 1824 ao Tribunal de Contas de 1890, do insigne paranaense Manoel Francisco Correia, filho de Paranagu e primeiro Presidente do Tribunal de Contas da Unio, aos ilustres pares que hoje conduzem essa casa, tudo contribuiu para o desenvolvimento de um rgo de fiscalizao eficiente e dinmico dado o constante aperfeioamento das aes , e para a solidificao institucional de um colegiado independente e atuante, como o Tribunal de Contas paranaense. E dentro de sua competncia, o Tribunal de Contas tem buscado na informao, por intermdio dos mais diferenciados meios de comunicao, a formao de sua histria, na luta incessante e implacvel contra a corrupo e o mau uso do dinheiro pblico. www.tcparan.gov.br Em relao ao texto, analise a assertiva abaixo. e) O uso da palavra tudo(l.10) recurso coesivo que retoma de forma sinttica as informaes anteriores, exigindo a concordncia do verbo contribuir no singular. 35 - (TC PR/2002-2003) Assinale a opo correta. www.pontodosconcursos.com.br 59

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O problema da corrupo e do uso indevido do dinheiro do povo na administrao pblica constitue(1) um mal que, em maior ou menor escala, atinge todas as sociedades. No Brasil, a atuao do TCU de grande importncia no combate ao desvio do dinheiro pblico. Neste ano e at agora, os julgamentos do Tribunal implicaram em condenaes de maus gestores que atingiram acerca de(2) quatrocentos milhes de reais, recursos esses que sero revertidos aos(3) cofres da Nao. Na rea de fiscalizao de obras pblicas, em sintonia com o Congresso Nacional, poder ser bloqueado,(4) no Oramento da Unio para 2003, recursos federais para mais de 160 obras auditadas pelo TCU, nas quais(5) apresentaram irregularidades graves, compreendendo recursos da ordem de bilhes de reais. www.tcu.gov.br Notas da imprensa, 25-11-2002, com adaptaes. a) 1 b) 2 c) 4 d) 3 e) 5 36 - (TFC SFC/2000) Assinale a opo em que ocorre erro de concordncia verbal. a) Em uma economia estatal ou centralmente planejada, a responsabilidade pelas decises econmicas so centralizadas nas mos do governo. b) Os meios de produo com exceo da mo-de-obra - so de propriedade coletiva. c) A burocracia governamental decide quais so os produtos e em que quantidade sero produzidos de acordo com um plano nacional centralizado. d) Os recursos so alocados entre unidades atravs do sistema de cotas. e) Os defensores desse sistema enfatizam os benefcios da sincronizao e distribuio de recursos em um todo unificado, evitando o desperdcio da duplicao inerente competio. (Adaptado de Enciclopdia Compacta de Conhecimentos Gerais Isto - p.204 e 205) 37 - (FISCAL MS / 2001) Marque a palavra, a seqncia ou o sinal de pontuao sublinhado, que foi mal empregado.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Trs fatores condicionam hoje o panorama nacional:(A) a crise argentina, a crise de energia e as incertezas polticas. A persistncia desses(B) quadros reduzem(C) o ritmo de crescimento do pas de 4% para cerca de 2% ao ano(D) e deixa o mercado cambial mais instvel(E). (Geraldo Carbone, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E 38 - (FISCAL MS / 2001) Assinale a opo em que o texto foi transcrito com erro de concordncia. a) Seja qual for a forma adotada para controle global sobre as foras globais, no pode ser uma cpia ampliada das instituies democrticas desenvolvidas nos primeiros sculos da histria contempornea. b) Tais instituies se fizeram na medida do Estado nacional que era ento a totalidade social maior e so particularmente pouco aptas para ampliao em uma escala global. c) O Estado nacional tambm no era uma hiprbole dos mecanismos comunitrios, mas, pelo contrrio, era o produto final de formas radicalmente novas de convivncia humana, assim como a solidariedade social. d) O Estado nacional, que finalmente proporcionou a to procurada resposta aos desafios da primeira secesso, surgiram apesar dos obstinados defensores das tradies comunitrias e mediante progressiva eroso das j dbeis e diminutas soberanias locais. e) Toda resposta eficaz globalizao no pode ser nada alm de global. E o destino de semelhante resposta global depende de que surja e tome corpo um mbito poltico global, entendido como algo distinto de internacional. (Zygmunt Bauman, O desafio tico da globalizao, Correio Braziliense, 21/07/2001) 39 - (AFC STN/2002) Julgue o trecho abaixo quanto correo gramatical. IV. Eu, como outros analistas, vimos a experincia argentina de perto e, mesmo que o Brasil tenha um governo democrtico forte, www.pontodosconcursos.com.br 61

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI com instrumentos para agir rpido e munio para disparar, nada podem contra as foras do mercado, disse o economista.

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SINTAXE DE CONCORDNCIA - II
Salve, sobrevivente no estudo para concursos! dura a vida de um futuro servidor pblico. Como no conheo outro jeito de melhorar na vida (no acredito em sorte), vamos aos estudos. Hoje damos continuidade nossa aula sobre Concordncia. Antes de iniciarmos a segunda parte de concordncia, vamos ver uma das questes do ltimo concurso realizado pela ESAF Tcnico Administrativo da ANEEL (prova em 02/04/2006). Para isso, vamos reproduzir parcialmente o texto da questo 3.
Leia o seguinte texto para responder s questes 02 e 03. (...) O jovem deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se possui ou de descobrir como adquiri-las. Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rpido, a qualificao e o potencial comportamental que definem um bom candidato, e no s o preparo tcnico. (Adaptado de ISTO 5/10/2005)

Analise agora a assertiva presente na questo 03:


e) A forma de singular em (l.18) deve-se ao emprego do vocbulo que (l.18); pois o verbo que se flexiona de acordo com o sujeito da orao definem (l.18).

Em nosso ltimo encontra, no comentrio Questo 01 da Aula 3, afirmamos:


A regra exposta pelo item b refere-se concordncia em frases que contenham a expresso que. Vamos lio de Celso Cunha e Lindley Cintra, em Nova Gramtica do Portugus Contemporneo: A locuo que invarivel e vem sempre colocada entre o sujeito da orao e o verbo a que ele se refere. Assim: Jos que trabalhou, mas os irmos que se aproveitaram do seu esforo.. Perceba que a locuo poderia ser retirada sem prejuzo para o perodo: Jos trabalhou, mas os irmos se aproveitaram do seu esforo.. Por isso, classificada como uma locuo denotativa de realce, que tem a nica funo de destacar os termos que acompanha (no caso, os substantivos Jos e irmos, respectivamente).

Agora, analise a construo do texto da prova da ANEEL: www.pontodosconcursos.com.br 1

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rpido, a qualificao e o potencial comportamental que definem um bom candidato Afirma-se na letra e da questo 03 que o verbo definir flexiona-se de acordo com a exigncia do sujeito (a qualificao e o potencial comportamental). Isso est correto, pois a expresso que denotativa de realce, suprflua, podendo ser retirada do texto sem prejuzo gramatical para o perodo. Por esse motivo, no se flexiona em funo dos termos da orao. Viu s como as questes da ESAF se repetem! Vamos continuar nosso estudo. Boa aula. CONCORDNCIA DO VERBO HAVER 40 - (AFC 2002) A economia brasileira, h alguns anos, apresentava fortes barreiras protecionistas, e controles cambiais provocavam a valorizao artificial do cmbio comercial, havendo gio expressivo no mercado livre. A realidade hoje outra. As barreiras tarifrias foram muito reduzidas, a taxa de cmbio flutuante e no h diferena significativa entre o mercado oficial e o paralelo. Os modelos economtricos disponveis, por menos precisos que sejam, so unnimes em apontar para uma desvalorizao do real acima do seu equilbrio de longo prazo, e no o contrrio. Logo, onde est o problema? Por que gastar escassos recursos pblicos pois no se faz poltica industrial sem eles para poupar divisas quando o mercado j est bem sinalizado nesta direo? Pode at haver outras razes para justificar a poltica proposta. Mas economia de divisas no uma delas. (Adaptado de Cludio Haddad) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. I. Caso a expresso diferena significativa(l.5/6) seja colocada no plural a forma verbal que a antecede deve ser obrigatoriamente flexionada. Item INCORRETO. Comentrio. Ao contrrio do que assevera o item I, caso a expresso diferena significativa estivesse no plural, ainda assim forma verbal haver no www.pontodosconcursos.com.br 2

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI sofreria nenhum tipo de flexo, por se tratar de verbo impessoal (verbo haver no sentido de existir). Apesar de apresentarem significados iguais, as relaes sintticas entre os verbos haver e existir so completamente diferentes. Enquanto o verbo existir possui sujeito, com o qual deve concordar (existem diferenas significativas), o verbo haver no possui sujeito, no se flexiona e o que se segue exerce a funo de complemento verbal, ou seja, o seu objeto direto. 41 - (CVM 2000) Leia o texto seguinte para responder s questes seguintes. Uma das grandes iluses da dcada dos 90 que houve tal mudana na economia americana que precisamos de uma nova teoria econmica para explic-la. verdade que no perodo 1995/1999 houve uma acelerao do crescimento da economia acompanhada (o que parece paradoxal) por uma reduo da taxa de inflao. um paradoxo apenas na aparncia. No existe nenhuma razo para pensar que a simples e pura acelerao do crescimento deve, necessariamente, levar a um aumento da taxa de inflao. Isso s deveria ocorrer se a demanda global estivesse tentando crescer mais depressa do que a oferta global e a economia estivesse em pleno emprego. H muitas razes pelas quais no se deve aceitar tal relao de causalidade. Por exemplo, se a participao da massa salarial na renda global estiver diminuindo e a produtividade do trabalho estiver crescendo, o custo do trabalho por unidade de produto diminuir e haver um aumento de lucro. Isso estimular o investimento e a incorporao de novas tecnologias, aumentando a oferta global. Outra possibilidade a combinao de uma reduo dos preos das importaes com uma valorizao externa da moeda. Mas em que a dcada dos 90 diferente da dos 80 na economia americana? A tabela abaixo compara as duas, usando a mdia trimestral das variveis. Verificamos que as diferenas residem no aumento da produtividade do trabalho, na reduo da taxa de desemprego e na queda da taxa de inflao. Esta ltima notvel quando levamos em conta que uma taxa anual de 5,6% produz, em dez anos, uma inflao acumulada de 72%, enquanto uma taxa anual de 3% produz uma inflao acumulada, na dcada, de 34%. (Antonio Delfim Netto, com adaptaes) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. www.pontodosconcursos.com.br 3

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) No se flexionou no plural a forma verbal do verbo haver(l.14) porque o sintagma que se lhe segue est no singular. Item INCORRETO (gabarito da questo) Comentrio. O verbo haver, no sentido de existir, impessoal e, por isso, permanece na 3 pessoa do singular. O que lhe segue, j o dissemos, exerce a funo sinttica de objeto direto e, por isso, no exerce influncia sobre a flexo verbal. Independentemente do nmero que apresente o complemento verbal (singular ou plural), o verbo haver ficaria no singular por ser impessoal. 42- (Fiscal de Fortaleza/1998) Marque o item em que um dos dois perodos est gramaticalmente incorreto. a) Nas declaraes aos jornais, o governo se comporta como se a venda das estatais pudesse se dar de modo independente do cenrio econmico. / Nas declaraes aos jornais, o governo comporta-se como se a venda das estatais pudesse se dar de modo independente do cenrio econmico. b) Do cronograma de vendas de estatais do BNDS consta a Telebrs, as Centrais Eltricas de Alagoas, Furnas e aes da Petrobrs excedentes ao percentual necessrio ao controle da Unio. / Do cronograma de vendas de estatais do BNDS constam a Telebrs, as Centrais Eltricas de Alagoas, Furnas e aes da Petrobrs excedentes ao percentual necessrio ao controle da Unio. c) Os bancos trabalham com um cronograma de privatizaes mais conservador do que o do governo. / Os bancos trabalham com um cronograma de privatizaes mais conservador do que o governo. d) No caso da Telebrs, se houverem processos judiciais contra uma das 13 empresas venda, o leilo fica em suspenso. / No caso da Telebrs, se houver processo judicial contra uma das 13 empresas venda, o leilo fica suspenso. e) No caso da Banda B da telefonia celular, a venda seqencial possibilitou que envelopes de algumas reas fossem abertos antes da disputa pelo interior de So Paulo parar nos tribunais. / No caso da Banda B da telefonia celular, a venda seqencial possibilitou que envelopes de algumas reas fossem abertos antes de a disputa pelo interior de So Paulo parar nos tribunais. (Baseado em texto de Daniel Japiassu - Carta Capital, 18/2/1998) www.pontodosconcursos.com.br 4

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GABARITO: D Comentrio. No primeiro segmento da opo d, houve um erro de concordncia do verbo haver, que apresenta o sentido de existir. O se que o antecede no um pronome, mas a conjuno condicional se, equivalente a caso. 43 - (AFRF 2002-2) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. a) Importncia especial tm os princpios gerais do direito no suprimento das chamadas lacunas (se que as ho) de direito. Ferrara, por exemplo, rechaava a idia de lacunas de direito, posto que, a seu sentir, no h lacunas e, sim, defeitos da lei. Item INCORRETO. Comentrio. O erro deste item que a forma verbal do haver na orao entre parnteses, por apresentar o sentido de existir, impessoal e no se flexiona. O pronome que o segue exerce a funo sinttica de complemento verbal direto (objeto direto). A expresso entre parnteses equivale a se que existem lacunas. O substantivo foi trocado pelo pronome as e o verbo utilizado foi, em vez do verbo existir, o haver, na 3 pessoa do singular, obrigatoriamente. Com isso, a construo correta deveria ter sido se que as h. Alm desse erro, h outro: a locuo conjuntiva posto que foi utilizada fora de seu sentido original, que concessiva, equivalente a embora, ainda que. J em Importncia especial tm os princpios gerais do direito, o verbo est corretamente flexionado no plural para concordar com o ncleo do sujeito princpios. Na ordem direta, a construo seria os princpios gerais do direito tm importncia especial. CASOS CLSSICOS DE CONCORDNCIA 44 - (Fiscal do Trabalho/1998) A Justia do Trabalho custar R$ 3 bilhes em 1999. Essa importncia no seria excessiva se acaso viesse(A) sendo acionada unicamente em casos relevantes e inevitveis, www.pontodosconcursos.com.br 5

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI aps falharem(B) todas as tentativas de preveno e soluo dos conflitos diretamente pelas partes. A vulgarizao do Judicirio, talvez estimulada pela inexistncia de custos, no deveria contribuir para projetar imagem negativa do Pas, desencorajando a gerao de empregos. Se desejamos ampliar e modernizar o mercado, indispensvel colocarmos o dedo na ferida, procurando saber as razes por que(C), medida que(D) aumentam o desemprego e as relaes informais de trabalho, o Pas se converte em fonte inesgotvel de reclamaes trabalhistas, sem que disso resultem (E) a elevao do padro de vida dos assalariados. (Baseado em Almir Pazzianotto Pinto) a) b) c) d) e) A B C D E

GABARITO: E Comentrio. A partir desta questo, veremos os casos mais comuns de questes de concordncia na ESAF. Normalmente, a banca tenta disfarar o problema de concordncia distanciando os elementos (ncleo do sujeito e verbo) ou invertendo a ordem da orao, de modo a dificultar, inclusive, a compreenso textual. A partir do contexto, o candidato dever buscar no verbo o sujeito correspondente. Nessa questo, houve a inverso da ordem direta, com o sujeito posposto ao verbo. Pergunte ao verbo resultar quem o seu sujeito, ou seja, em outras palavras: o que no resulta da fonte inesgotvel de reclamaes trabalhistas? Resposta: a elevao do padro de vida dos assalariados. Este o sujeito do verbo resultar, que tem por ncleo o substantivo elevao. Por isso, o verbo dever ser conjugado no singular.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Em uma outra construo, podemos ver mais claramente o equvoco da flexo verbal A elevao do padro de vida dos assalariados no resulta da fonte inesgotvel das reclamaes trabalhistas. 45 - (Fiscal de Fortaleza 1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Geograficamente, a regio entre o Parnaba, o Tocantins e o So Francisco pertencem(A), em grande parte, a (B) Pernambuco, mas a histria prende-a (C) Bahia. Foram baianos que, procurando terrenos apropriados criao de gado, passaram (D) Serra do Espinhao, e favorecidos pelas catingas decduas, chegaram ao rio de So Francisco, espontando(E) todos os rios secos que retalham Pernambuco, Paraba, Rio Grande do Norte e Cear. (Capistrano de Abreu, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E GABARITO: A Comentrio. O ncleo do sujeito regio, e com ele deve o verbo concordar (a regio) pertence. Os itens que tratam de crase sero comentados na aula apropriada. 46 - (Fiscal de Fortaleza 1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. No imaginrio popular, o usineiro de acar vive como rei no nordeste do pas, veste terno de linho branco e chapu panam, est sempre arrancando algum dinheiro aos(A) cofres pblicos. O terno branco e o panam, os coronis j os(B) largaram h(C) muito tempo. Eles agora esto abandonando (D) o prprio Nordeste, a terra que dominaram por 400 anos e que ajudaram a transformar no que hoje: uma das regies mais pobres do pas. O movimento ainda no indica uma retirada em massa, mas so cada vez maiores(E) o nmero de www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI usineiros nordestinos que esto lanando seus projetos novos no centro-sul do Brasil. (Marcos Gusmo - Veja - 28/1/1998, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E GABARITO: E Comentrio. Pergunta: o que so cada vez maiores? Resposta: o nmero de usineiros nordestinos que esto lanando seus projetos novos no centro-sul do Brasil. Pergunta: qual o ncleo desse sujeito? Resposta (decisiva para a correo do perodo): NMERO Assim, a concordncia, tanto verbal como nominal, se d com este elemento cada vez maior o nmero de usineiros.... Observe a quantidade de elementos no plural, tentando disfarar o erro de concordncia: usineiros, nordestinos, seus, projetos, novos. Os demais itens esto corretos: (A) o verbo arrancar, na acepo de desviar, transitivo direto e indireto, podendo reger as preposies de e a ; (B) o pronome os refere-se aos objetos j mencionados (objeto direto pleonstico) o terno branco e o panam. O pleonasmo uma figura de linguagem que importa no emprego de expresses redundantes. Pode ser considerado um estilo (como no caso da questo, com o intuito de realce do objeto rir meu riso, derramar meu pranto Vincius de Moraes) ou um vcio (erro, quando no houver motivo para tal repetio exemplo: elo de ligao, subir para cima, hemorragia de sangue); (C) verbo haver na indicao de tempo decorrido foi empregado corretamente sem flexo por ser impessoal;

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (D) esse verbo ser tem valor meramente de realce, sendo plenamente dispensvel e, por isso, no concorda com termo algum. 47 - (FISCAL MS / 2001) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. a) Durante os setenta anos da histria imperial brasileira, o velho sonho do paraso, que alimentou a vontade dos primeiros colonizados, foram sendo substitudos pela utopia da modernizao, uma idealizao explcita do modelo socieconmico das potncias da Europa do norte, e mais tarde do modelo da sociedade norte-americana. Item INCORRETO Comentrio. Pergunta: qual o sujeito da forma verbal foram sendo substitudos? Resposta: o velho sonho do paraso ncleo: SONHO. Por isso, o item est incorreto. A forma verbal apropriada seria foi sendo substitudo. O vocbulo socieconmico resulta da contrao desses dois adjetivos (scio + econmico). No h registro dessa forma no Aurlio verso eletrnica (s socioeconmico), mas o Vocabulrio Ortogrfico da Academia Brasileira de Letras abona essa forma (http://www.academia.org.br/vocabulario/frame11.htm). 48 - (AFC STN/2002) Marque o item transcrito com erro de ortografia, de estrutura sinttica ou de pontuao. a) A CEPAL (Comisso Econmica para a Amrica Latina e o Caribe) acaba de divulgar um estudo cujo ttulo Globalizao e desenvolvimento extremamente importante e oportuno para o entendimento dos problemas que afetam as economias da regio e das questes centrais envolvidas em um padro alternativo de desenvolvimento e insero internacional. b) O estudo projeta a anlise do processo de globalizao em um arco de 130 anos, distinguindo trs fases: a primeira, de 1879 at 1913, marcada por uma grande mobilidade internacional do capital e da mode-obra ( poca das grandes migraes, que envolveram cerca de 10% da populao mundial).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) A segunda, aps um perodo de retrao das relaes econmicas internacionais associada s duas guerras mundiais e crise dos anos 30, vo do ps-guerra (1945/50) at 1973, caracterizando-se pela reduzida mobilidade tanto do capital como da mo-de-obra, que coexistem com um ciclo de notvel expanso do comrcio de manufaturas entre os pases desenvolvidos. d) Finalmente, a terceira fase engloba o ltimo quartel do sculo 20, que tem na expanso e elevada mobilidade dos fluxos de capital, na integrao escala mundial dos sistemas de produo das empresas transnacionais e na homogeneizao dos modelos de desenvolvimento suas caractersticas principais. e) interessante observar como esse processo foi acompanhado, particularmente em sua terceira fase, por uma crescente concentrao e polarizao da renda e da riqueza mundiais. (Baseado em Aloizio Mercadante) Gabarito: C Comentrio. Veja como as questes se repetem. Novamente, o sujeito A segunda (fase) est no singular enquanto o verbo foi grafado no plural (vo do ps-guerra). Entre os dois, uma srie longa de palavras no plural (aps um perodo de retrao das relaes econmicas internacionais associada s duas guerras mundiais e crise dos anos 30). Voc j deve estar calejado com esse tipo de questo, no mesmo? Assim eu espero. 49 - (Especialista MPOG 2000) Assinale a opo em que h erro de sintaxe. a) Se, em 1987, a legio dos prias da Terra, ou seja, os condenados a viver com menos de um dlar por dia, chegava a 880 milhes, atualmente, essa multido de pobres desvalidos j constitui uma inacreditvel massa de 1,2 bilho de pessoas, isto , nada menos do que 20% da humanidade. b) Em 1987 calculou-se que a legio dos prias da Terra - os condenados a viverem com menos de um dlar por dia - cifravam-se em 880 milhes, atualmente essa multido de pobres diabos j constituem uma formidvel massa de 1,2 bilho de pessoas, isto , nada menos do que em 20% da humanidade. www.pontodosconcursos.com.br 10

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) A legio dos prias da Terra, ou seja, dos condenados a viver com menos de um dlar por dia, em 1987, era calculada em 880 milhes. Atualmente, essa multido de excludos constitui uma assustadora massa de 1,2 bilho de pessoas, isto , nada menos do que 20% da humanidade. d) Se, em 1987, os condenados a viver com menos de um dlar por dia - a legio dos prias da Terra - eram 880 milhes, atualmente, essa multido de pobres j constitui uma inquietante massa de 1,2 bilho de pessoas, isto , cerca de 20% da humanidade. e) Se foi calculado que, em 1987, a legio dos prias da Terra - os condenados a viver com menos de um dlar por dia - era de 880 milhes, atualmente, essa multido de desvalidos j constitui uma massa de 1,2 bilho de pessoas, isto , 20% da humanidade. (Adaptado de Fbio Konder Comparato, Folha de S. Paulo, MAIS!, 31/12/2000) GABARITO: B Comentrio. Na passagem os condenados a viverem com menos de um dlar por dia, prefere-se a forma no flexionada do verbo viver por estar na funo de complemento nominal a um adjetivo condenados a viver/viverem (comentrio questo 32 da Aula 2 verbos). O maior problema (para sepultar qualquer dvida em relao incorreo deste item) reside na concordncia verbal devemos perguntar: qual o sujeito do verbo cifrar? Resposta: a legio dos prias da Terra, cujo ncleo legio. Dica: perceba que h um pronome se junto ao verbo e, considerando que o verbo tem transitividade direta e apresenta, no contexto, idia passiva, estamos diante de uma construo de voz passiva. Por isso, o verbo dever se flexionar no singular cifrava-se. Esse erro se repete na seqncia do mesmo item atualmente essa multido de pobres diabos j constituem uma formidvel massa de 1,2 bilho de pessoas. O ncleo do sujeito multido e o verbo com ele deve concordar, ficando no singular constitui. O ltimo erro est no emprego desnecessrio da preposio no trecho que em 20% da humanidade. Pelo menos, uma passagem correta nesse item b: temos um bom exemplo de concordncia com sujeito oracional. Com correo, o verbo www.pontodosconcursos.com.br 11

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI permaneceu na 3 pessoa do singular (calculou-se que a legio dos prias da Terra...). Diversas vezes, ao longo da questo, nos deparamos com a expresso 1,2 bilho. um bom mote para tratarmos de concordncia nominal. Nestes casos, o numeral ir concordar com a parte inteira do algarismo. Na seqncia, outras questes que abordaram esse ponto.

CONCORDNCIA NOMINAL COM NUMERAL 50 - (TCE RN/2000) Nas questes seguintes, marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou de ortografia. Acredito que a maior parte dos senhores sabe(A) que a Secretaria de Educao gigantesca; por isso(B) se tem muita dificuldade de gerenciamento. composta(C) por 1,3 milhes(D) de alunos. Esta quantidade de alunos maior do que (E) a populao de muitas capitais no Brasil. a) A b) B c) C d) D e) E GABARITO: D Comentrio. Como a parte inteira representado pelo algarismo 1, o numeral milho, que pertence classe das palavras variveis, dever concordar com ele, ficando no singular 1,3 milho de alunos. O item (A), correto, apresenta a concordncia com um termo partitivo (a maior parte dos senhores sabe). O verbo poderia ter concordado com o ncleo (parte) ou com o complemento (senhores), indistintamente a maior parte dos senhores sabe/sabem.... 51 - (AFC STN/2002) Um emprego novo na indstria siderrgica custa 1,4 milho de reais. No varejo, um nico emprego exige o dispndio de algo em torno de www.pontodosconcursos.com.br 12

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 30.000 reais: o custo do espao na loja, do balco e do estoque de mercadorias. Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. b) linha 1 seria tambm correto escrever-se 1,4 milhes de reais. Item INCORRETO. Comentrio. Pelos motivos j expostos, a troca sugerida (de 1,4 milho para 1,4 milhes) acarretaria um erro de concordncia nominal, pois o numeral concorda com a parte inteira 1. 52 - (TRF 2003) Assinale a opo em que a concordncia est de acordo com a norma padro. a) Os milhares de pessoas que cometeram delitos, aps cumprirem suas penas, ficam quites com a sociedade. b) Nenhum dos colegas de seo afirmaram ter presenciado qualquer ato delituoso, apenas relataram o que ouviram do funcionrio punido. c) A maioria dos casos examinados indicava ser necessrio a instaurao de sindicncia, ainda que alguns de ns relutssemos em acatar a auditoria realizada. d) Dadas as circunstncias em que ocorreu um grande nmero de exoneraes, foi publicado, na mdia, uma nota que justificava tal procedimento administrativo. e) Seguia anexo ao processo administrativo a cpia dos contratos de servios especializados que haviam sido prestados na gesto anterior. Gabarito: A Comentrio. Se no me engano, na dcada de 40 (no, eu no havia nascido cultura musical mesmo!), fez muito sucesso um sambinha engraado, gravado por Moreira da Silva, que dizia assim: Etelvina, acertei no milhar, ganhei 500 contos, no vou mais trabalhar (ai, quem me dera!). Esse milhar se refere ao nmero sorteado no jogo do bicho, muito comum no Rio de Janeiro, e nos faz lembrar que esse vocbulo milhar pode ser classificado como numeral (correspondente a mil unidades) ou substantivo masculino (milhares de vezes, exemplo do Aurlio). www.pontodosconcursos.com.br 13

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Caso apresente um artigo definido, este dever com ele concordar: os milhares. Tambm est correta a flexo no plural de quite, adjetivo de dois gneros. Este o item correto. Vamos comentar, agora, as incorrees dos demais: Opo b) Quando o pronome indefinido nenhum estiver acompanhado de substantivo no plural, o verbo dever permanecer na 3 pessoa do singular. Assim, a forma correta seria: Nenhum dos colegas de seo afirmou ter presenciado qualquer ato delituoso. Em casos de concordncia como locues pronominais (algum de ns/vs, alguns de ns/vs, qual de ns/vs, quais de ns/vs, quem de ns/vs, muitos de ns/vs), aplicam-se as seguintes regras: - o verbo fica no singular quando o primeiro pronome (algum, qual, nenhum, quem) estiver no singular essa regra tambm se aplica expresso cada um de ns/vs; - se o primeiro pronome estiver no plural (quais, alguns) o verbo pode concordar com esse (3 pessoa do plural) ou como pronome pessoal (1 ou 2 pessoa do plural). Essa segunda concordncia tem um valor que transcende a questo gramatical. uma questo de concordncia ideolgica, ou seja, uma escolha reveladora da posio do falante. Ao colocar o verbo na 1 pessoa do plural, ele se inclui entre os elementos que praticam a ao. Por exemplo, em muitos de ns sabem a verdade dos fatos., no se tem certeza se o falante se inclui ou no no rol de pessoas que sabem a verdade. Contudo, na construo muitos de ns sabemos a verdade dos fatos., temos a certeza de que ele sabe, e, alm dele, outros tantos. Opo c) Como vimos no comentrio da primeira questo (aula 3), a concordncia com termos partitivos a maioria de, a metade de, grande parte de, etc que apresentem complemento sob a forma plural (a maioria dos alunos, grande parte dos eleitores), pode ser feita com o ncleo (concordncia gramatical ou lgica) ou com o complemento (concordncia atrativa ou ideolgica). Deste modo, est correta a forma verbal indicava. A desarmonia aconteceu entre o adjetivo necessrio e o substantivo correspondente, instaurao. Ainda nesse item c, h a concordncia com a expresso alguns de ns, que possibilita a concordncia com o pronome indefinido (alguns) ou como pronome pessoal (ns) alguns de ns relutassem/relutssemos. Como houve a preferncia pela segunda

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI forma, sabe-se, de antemo, que o autor da orao relutou em acatar a auditoria realizada. Opo d) Pergunta: o que foi publicado? Resposta: uma nota. Percebe-se, assim, equvoco na concordncia nominal entre os dois termos a forma correta seria foi publicada, na mdia, uma nota. A expresso dadas (de base participial) no rege preposio e concorda com o substantivo que acompanha dado o embate, dadas as possibilidades, dados os elementos. Opo e) O adjetivo anexo, como qualquer outro, deve se flexionar em gnero e nmero de acordo com o substantivo a que se refira. O que vai anexa a cpia (ncleo) dos contratos. No confunda com a locuo adverbial em anexo, que no se flexiona. Finalmente, a construo verbal haviam sido prestados est correta, pois o verbo haver auxiliar e, como tal, deve se flexionar de acordo com o que faria o principal (prestar). Como seu sujeito (pronome relativo que) faz referncia a servios especializados, com esta expresso dever concordar. CONCORDNCIA VERBAL COM TERMOS PARTITIVOS 53 - (Fiscal do Trabalho/2003) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. b) Embora muitas naes globalizadas procurem acompanhar o ritmo das mais opulentas, grande parte do mundo em desenvolvimento esto se tornando marginalizados. Item INCORRETO. Comentrio. A concordncia com termos partitivos s facultativa se o complemento estiver no plural. No caso dessa questo, a expresso grande parte de tem como complemento o mundo. J que todos os elementos esto no singular, no h justificativa para que o verbo e o adjetivo sejam flexionados no plural. A forma correta, portanto, seria grande parte do mundo em desenvolvimento est se tornando marginalizado.. (Procurador BACEN/2002) Leia o texto abaixo para responder s questes 54 e 55.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Pode at mesmo parecer um pouco antagnica a conjugao dos termos tecnologia e poltica, mas a prtica e sua intensidade com que se desenvolve o processo de convencimento popular em tempos atuais, com toda a sofisticao de recursos no necessariamente tcnicos que se possa imaginar, nos leva a admitir a absoluta compatibilidade entre aqueles termos, ao ponto em que imaginar-se uma candidatura sem o arrojo dos avanos estratgicos polticos o mesmo que se predispor mais imprevisvel das aventuras. Segundo dados da ONU, dois teros da populao mundial no se sente representada por seus governos e tem uma pssima opinio sobre a honestidade e sentido pblico dos polticos, muitas vezes sendo o voto uma manifestao mais contra o que se teme, do que a favor do que se espera. (Alexandre Vidigal de Oliveira, Tecnologia poltica e a globalizao da crise de representatividade, in: Correio Braziliense, 14/10/2002, com adaptaes) 54 - Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. a) Preserva-se a correo gramatical da orao alternativamente, sentem em lugar de sente(l.9). ao empregar,

Item INCORRETO Comentrio. O problema dessa sugesto no est na flexo verbal, plenamente possvel, j que o verbo pode concordar com o numerador do termo fracionrio (dois teros) ou com o complemento (populao mundial) mas na falta de concordncia do adjetivo correspondente representada. Todas as trocas necessrias devem ser mencionadas, para que a opo seja considerada correta. Como o verbo est acompanhado de um adjetivo, se este for para o plural, a flexo do adjetivo tambm necessria, em concordncia com o numeral (dois teros da populao no se sentem representados).

55 - Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. e) Mantm-se a coerncia textual ao empregar a expresso a maioria da populao, em lugar de dois teros da populao(l.9), mas para manter a correo gramatical necessrio substituir tem(l.10) por tm. Item INCORRETO www.pontodosconcursos.com.br 16

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Comentrio. Houve equvoco na proposta de substituio da expresso dois teros por a maioria de. O examinador afirma que o verbo dever ser substitudo para a forma tm (3 pessoa do plural). Contudo, nessa nova estrutura, o sujeito dessa forma verbal seria a maioria da populao. Ora, sabemos que facultativa a concordncia, em termos partitivos, com o ncleo (maioria) ou com o complemento, que neste caso seria populao. Como no caso da questo 49, qualquer das duas formas manteria o verbo na 3 pessoa do singular. Assim, essa substituio verbal sugerida est INCORRETA. 56 -(Assistente de Chancelaria/2002) As viagens ao exterior e os encontros com figures estrangeiros constituem, desde o reinado de Dom Pedro II, um trunfo na estratgia das lideranas brasileiras. De fato, as crticas s viagens internacionais do Presidente da Repblica ou de outros dirigentes parecem despropositadas. Tanto o governo como a oposio devem reposicionar os interesses brasileiros num mundo em plena mutao. O problema que se coloca de outra natureza e se resume numa interrogao pouco formulada na campanha presidencial: quais devem ser os rumos de nossa diplomacia? (Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptaes) Assinale a relao de condio incorreta a respeito do emprego das estruturas lingsticas no texto. Se a) encontros(l.1) for empregada no singular, constituem(l.2) deve ser substituda por constitui. b) as crticas(l.3) for substituda por criticar, o sinal indicativo de crase, em s(l.3), deve ser retirado. c) as crticas(l.3) for substituda por criticar, parecem despropositadas(l.4-5) deve ser substituda por parece despropositado. d) o conectivo Tanto...como(l.5) for substitudo por No s ... mas tambm, o verbo seguinte pode ser empregado no plural, devem(l.5), ou no singular, deve. Gabarito: A Comentrios. Essa assertiva est incorreta (gabarito da prova), pois, por ser um caso de sujeito composto anteposto ao verbo, a concordncia obrigatoriamente gramatical. Mesmo que um dos elementos v para o singular (o encontro com figures estrangeiros), o outro (As viagens ao www.pontodosconcursos.com.br 17

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI exterior) continuaria formando com ele um sujeito composto, caso em que se exige a flexo gramatical no plural. Os demais itens foram considerados corretos. Na opo c, o segmento em anlise : De fato, as crticas s viagens internacionais do Presidente da Repblica ou de outros dirigentes parecem despropositadas. A transformao de um sujeito nominal (representado pelo ncleo crticas) por um outro oracional reduzido do infinitivo (criticar) deve levar o verbo para a 3 pessoa do singular e o adjetivo para o masculino singular (forma neutra), conforme proposto (parece despropositado). Contudo, essa alterao requer, tambm, a retirada do acento grave que se segue (De fato, criticar s viagens internacionais...), uma vez que o verbo criticar, nesta acepo, transitivo direto. Por esse motivo, est correta tambm a opo b (Se as crticas(l.5) for substituda por criticar, o sinal indicativo de crase, em s(l.5), deve ser retirado). A opo d aborda srie aditiva enftica e j foi objeto de comentrio na questo 2 da Aula 3. 57 (ANEEL Tcnico / 2006) De fato, os jovens tm motivos para se sentirem inseguros. Comeam a vida profissional assombrados pelos altos ndices de desemprego. Quase a metade dos desempregados nos grandes centros no Brasil jovem. Alm da falta de experincia, h o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalho ajuda a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar. Mas a disputa acirrada tambm entre os mais bem-preparados. A grande oferta de mo-de-obra resulta em um processo cruel de avaliao, com testes de conhecimentos e de raciocnio lgico, redao, dinmicas de grupo, entrevistas. E no s. O jovem deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se possui ou de descobrir como adquiri-las. Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rpido, a qualificao e o potencial comportamental que definem um bom candidato, e no s o preparo tcnico. (Adaptado de ISTO 5/10/2005) Julgue a assertiva abaixo.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) Como a expresso a metade (l.3) pode ser considerada um sinnimo textual para 50%, a substituio daquela por esta preservaria a coerncia textual e a correo gramatical. Item INCORRETO Comentrio. Essa prova foi aplicada no dia 02 de abril de 2006 ( quentinha!). Na construo a metade dos desempregados, o verbo ser poderia concordar com metade (singular) ou com desempregados (plural). No haveria alterao semntica alguma na substituio deste termo partitivo pelo numeral percentual correspondente. Contudo, a relao entre os termos que compem o sujeito e o verbo seria alterada. Agora, os dois elementos com que o verbo poderia realizar a concordncia estariam no plural (o numeral 50 e seu complemento desempregados), levando o verbo obrigatoriamente (e, conseqentemente, o adjetivo) tambm para o plural: 50% dos desempregados so jovens. Por essa razo, est incorreta a afirmao de que a substituio preservaria (...) a correo gramatical.

CUIDADO COM CERTAS CONJUGAES VERBAIS 58 - (FISCAL MS / 2001) Marque a palavra, a seqncia ou o sinal de pontuao sublinhado, que foi mal empregado. Vivemos um perodo de adversidade,(A) mas contamos com o apoio de uma poltica econmica adequada para contorn-lo(B). Prova disso a atuao do Banco Central no cmbio, que mantm(C) tambm os juros sob(D) controle. No passado, vamos os juros subirem(E) de 15% a 45% de uma s vez. (Fernando Xavier Ferreira, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E GABARITO: C www.pontodosconcursos.com.br 19

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Comentrio. O sujeito do verbo manter (pronome relativo que) tem como referente o substantivo atuao, devendo ficar no singular. Afinal, a atuao do Banco Central que mantm os juros sob controle. Mas, mesmo que a sua interpretao seja de que o pronome relativo se refere a Banco Central (O Banco Central mantm os juros sob controle.), o verbo continuaria devendo se manter no singular. Cuidado com os verbos derivados dos verbos ter e vir. Suas formas plurais no apresentam nenhuma distino fontica em relao s formas singulares (mantm/mantm, convm/convm), o que poderia enganar o ouvido do candidato. O mesmo pode ocorrer outros verbos (compor, propor, contrapor, supor, pressupor). Observe o item (E) Vamos os juros subirem Na questo 36 da Aula 2, falamos sobre verbos causativos e sensitivos quando apresentam a seguinte estrutura: VERBO + PRONOME OBLQUO + INFINITIVO. Nesse caso, lembremos, o verbo no infinito NO PODE SE FLEXIONAR, por apresentar como sujeito um pronome (Vi-os sair / No os deixe fazer isso.). Nessa questo, o verbo sensitivo (ver) vem acompanhado de um substantivo que o sujeito de um infinitivo. Orao reduzida do infinitivo Vamos os juros subirem. Orao desenvolvida (com conjuno) Vamos que os juros subiam. Toda a orao reduzida exerce a funo de objeto direto do verbo ver Ns vamos ISSO (= os juros subirem). Nessas construes, quando o sujeito do infinitivo vem sob a forma de um substantivo (e no mais pronome), a flexo facultativa (Vamos os juros subir/subirem). Mas em relao a isso no h consenso doutrinrio. Por isso, quando a ESAF coloca esse tipo de questo em prova, trata de definir o gabarito em outra opo de modo que no reste dvida (como fez na opo C). Em resumo: VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO+PRONOME+INFINITIVO=no flexiona VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO+SUBSTANTIVO+INFINITIVO= ou no flexionar-se (h divergncia doutrinria) 59 - (TRF 2000) Assinale a opo em que h erro gramatical. No Primeiro Reinado, as idias de justia fiscal e capacidade de contribuio, que pressupe(A) que a cada cidado deva ser cobrado o imposto de acordo com suas possibilidades, simplesmente no www.pontodosconcursos.com.br 20 pode

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI existiam, j que(B) no havia legislao coerente que garantisse a defesa desses princpios. Como o clero e os senhores rurais eram livres das obrigaes fiscais, os privilgios subsistiam(C). Em face do(D) baixo grau de informao, da falta de instituies independentes e da ausncia de liderana, era impossvel qualquer manifestao que fosse contrria ao(E) sistema em vigor. a) b) c) d) e) A B C D E

Gabarito: A Comentrio. Mais uma vez, temos de observar a qual palavra o pronome relativo que se refere. Na passagem que pressupe ..., o relativo que tem como antecedente o substantivo plural idias (as idias de justia fiscal e capacidade de contribuio, que pressupe...), devendo o verbo correspondente com ele concordar pressupem. Olhe a um verbo cuja conjugao igual do verbo pr. Como mencionamos acima, foneticamente no h diferena entre a forma singular e a plural da conjugao verbal nas terceiras pessoas. Por isso, todo cuidado pouco na prova. Dificuldade maior reside quando a questo transcreve um texto e apresenta em somente uma das opes a incorreo gramatical (sem sublinhar, como nessa). Em meio a tantas possibilidades de incorreo, ainda mais com grande distncia entre o verbo e o sujeito correspondente, um erro como esse (de concordncia) pode passar despercebido aos ouvidos e retina. 60 - (PROVA TFC 1997) Assinale o item que apresenta concordncia incorreta. a) As pessoas se agrupam em funo de objetivos comuns em associaes, federaes, confederaes, sindicatos, ONGs, colgios, empresas, sociedades, clubes, conselhos, fundaes, institutos, etc. b) Em qualquer uma dessas situaes pressupem-se que os grupos trabalham unidos na defesa de um iderio consubstanciado em www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI estatutos, normas e procedimentos que determinam formas de atuao na sociedade. c) Entre os dez setores que mais geraram empregos no Brasil, em 1996, as entidades sem fins lucrativos despontaram em primeiro lugar.(...) d) Alm disso, possuem alto ndice de trabalhadores voluntrios que disponibilizam seu tempo livre em benefcio de toda a sociedade, algo nada desprezvel enquanto fora mobilizadora. e) A questo como usar esse poder. Talvez nunca como neste momento a conscientizao da necessidade do envolvimento do empresariado na vida da comunidade tenha sido to importante. (Maria Christina Andrade Vieira, Gazeta Mercantil -14 de agosto de 1997, com adaptaes) Gabarito: B Comentrio. Sujeito oracional mantm o verbo na 3 pessoa do singular pressupe-se. Essa questo explorou o mesmo verbo da questo comentada anteriormente, mas de modo inverso. 61 - (TRF 2003) Assinale o trecho do texto que foi transcrito com erro. a) Os direitos humanos, a grande conquista moderna, procedem da idia de que o governo est a servio dos cidados, e no o contrrio. Cada indivduo, antes mesmo de fazer parte do poder poltico, j detm direitos que so seus, pelo simples ato de nascer. b) esse vnculo dos direitos humanos ao nascimento que permite dizer que eles so direitos naturais. J o Estado um instrumento para realizar fins comuns s pessoas. c) Vrios tericos da poltica, ao longo dos sculos XVII e XVIII, afirmaram que o Estado nasceria de um contrato. Eles foram indevidamente contestados depois que os avanos da histria mostraram que seria impossvel a pessoas isoladas entre si desenvolverem a sofisticao necessria para adotar o conjunto de regras e leis que forma um Estado. d) O que os contratualistas pretendiam no era tanto afirmar uma verdade histrica, ou sequer uma hiptese, mas expressar uma idia filosfica forte, revolucionria: o indivduo tem prioridade sobre o Estado. www.pontodosconcursos.com.br 22

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) Mesmo que cada um de ns, em sua vida, nasa dentro de um Estado e, portanto, depois dele , este ltimo somente tem validade como ferramenta ou meio para promover fins que so os nossos. Adaptado de Renato Janine Ribeiro, Fronteiras da tica, So Paulo: Senac, 2002, p.134,135. Gabarito: A Comentrio. Na passagem do item a Cada indivduo, antes mesmo de fazer parte do poder poltico, j detm direitos que so seus, pelo simples ato de nascer. percebe-se incorreo de sintaxe de concordncia, uma vez que o sujeito, cada indivduo, est no singular, exigindo igual flexo do verbo correspondente detm. Quando o sujeito, mesmo composto, tem cada um dos seus elementos acompanhado do pronome indefinido cada, o verbo dever permanecer no singular. Isso porque o pronome indefinido cada atribui ao elemento uma funo individualizadora (cada indivduo), conceito esse muito bem explorado pela questo seguinte. Observe que no item e ele manteve corretamente o verbo no singular Mesmo que cada um de ns ... nasa dentro de um Estado.... 62 - (AFRF 2002.1) O homem moderno na medida das senhas de que ele escravo para ter acesso vida. No mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e-vir. A senha a senhora absoluta. Sem senha, voc fica sem seu prprio dinheiro ou at sem a vida. No cofre do hotel, so quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador da empresa, voc tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A porta do meu carro tem senha; o alarme do seu, tambm. Cada um de nossos cartes tem senha. Se for sensato, voc percebe que sua memria no pode ser ocupada com tanta baboseira intil. Seus neurnios precisam ter finalidade nobre. Tm que guardar, sim, os bons momentos da vida. Ento, desesperado, voc descarrega tudo na sua agenda eletrnica, num lugar secreto que s senha abre. Agora s falta descobrir em que lugar secreto voc vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas. (Alexandre Garcia, Abre-te ssamo, com adaptaes)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. b) A expresso quantificadora Cada um (l.7) tem valor totalizante porque faz associar uma senha ao conjunto de cartes, os meus e os seus. Item INCORRETO. Comentrio. A incorreo deste item est em atribuir um valor totalizante expresso cada um. Como vimos na questo anterior, esse vocbulo tem o condo de individualizar os elementos, tanto assim que no admite flexo no plural (no existe cadas). Por isso, mesmo que esteja em um sujeito composto ou acompanhado de um pronome reto, mantm o verbo na 3 pessoa do singular. Exemplos: Cada homem, cada mulher, cada criana ajudava os flagelados. Cada um de ns compe a sua histria, e cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz(Almir Sater) CONCORDNCIA COM TOPNIMOS NO PLURAL 63 - (Fiscal de Fortaleza 1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Aos 26 anos, a cearense Jerusa Novais fala um ingls claudicante(A), conhece os Estados Unidos apenas pela Internet, mas acaba de conseguir uma ascenso(B) profissional de causar inveja aos 12.000 estudantes de informtica que saem anualmente das faculdades brasileiras. A partir de maro, trocar seu salrio de 2.500 reais no Banco do Estado do Cear por outro de 5.000 dlares na empresa IMR com sede na Flrida. Ela e outros dezenove cearenses foram contratados pela IMR por salrios que variam entre(C) 4.500 e 6.000 dlares mensais. O grupo vai-se juntar (D) aos 1.000 profissionais brasileiros de informtica que j encontraram colocao no mercado americano. Vivendo um perodo de prosperidade sem precedentes, os Estados Unidos da Amrica no est(E) conseguindo preencher as 300.000 vagas de trabalho que so abertas a cada ano na rea com os novos profissionais cerca de 24.000 que saem de suas universidades. (Manoel Fernandes - Veja - 28/1/1998, adaptado) a) A www.pontodosconcursos.com.br 24

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) B c) C d) D e) E GABARITO: E Comentrio. Caso clssico de concordncia verbal com topnimos - nomes prprios que indicam lugares. Estados Unidos da Amrica um topnimo que SEMPRE vem precedido de artigo definido masculino plural. Por conseqncia, quando exerce a funo de sujeito, obriga a flexo do verbo no plural. Isso acontece mesmo que esteja representado por sua sigla (EUA), motivo que levou anulao de uma questo de prova da ESAF (a prxima a ser comentada). Assim, o verbo estar (verbo auxiliar da locuo verbal) deveria ser flexionado no plural para que houvesse correo no perodo (os Estados Unidos da Amrica no esto conseguindo preencher...). O mesmo acontece com qualquer outro nome precedido de artigo definido (Os Emirados rabes Unidos consistem de uma federao de sete emirados localizados no Golfo Prsico.). Caso o topnimo no exija o artigo, mesmo sendo representado por um nome no plural, o verbo ficar na 3 pessoa do singular (Bruxelas a capital da Blgica, Minas Gerais o estado mais elevado do pas, com 57% das terras acima dos 600 metros de altitude.).

64 - (AFC STN/2000) Assinale a opo que apresenta erro de morfologia ou de concordncia verbal. a) A diferena entre as taxas de crescimento dos Estados Unidos, do Japo e da Europa, no longo prazo, um indcio do descompasso da economia global. Apesar das alegaes europias de que os mercados esto subestimando o euro, a moeda continua flutuando pouco acima de sua mais baixa cotao, 93 centavos de dlar. b) O iene est pouco abaixo de seu pico diante do dlar e permanece prximo de seu teto histrico ante o euro. Com resultados aqum dos desejados, Japo e Europa vm a exuberncia econmica dos Estados Unidos como uma ameaa - o que no errado. www.pontodosconcursos.com.br 25

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) Em 98 e 99, a economia dos Estados Unidos cresceu cerca de 4% ao ano, enquanto as trs principais economias da zona do euro Alemanha, Frana e Itlia - atingiram 2%, 3% e 2% ao ano, respectivamente, no perodo. O Fundo Monetrio Internacional prev que os trs pases cresam cerca de 3% este ano. d) Com esse resultado, a Europa no mais vista como causa de debilidade. Agora o ritmo do crescimento europeu to rpido que uma interveno do Banco Central Europeu - elevando as taxas de juros - apenas uma questo de tempo. e) Isso deixa o principal fardo da remoo dos desequilbrios econmicos aos cuidados do EUA, que precisam reduzir o ritmo de seu crescimento (hoje perto de 6% ao ano). A diferena entre os ciclos econmicos na Europa, Estados Unidos e Japo traz o fantasma da crise mundial. Gabarito: B e E questo anulada Comentrio. Antes dos recursos, o gabarito oficial indicava letra b como a que apresentava erro. Em Japo e Europa vm a exuberncia econmica dos Estados Unidos como uma ameaa, o que se registrou foi a 3 pessoa do plural do verbo vir: vm. Contudo o contexto indica ser, na verdade, o verbo ver, cuja flexo apresenta a forma vem. O que levou anulao da questo foi o erro no emprego do artigo definido masculino singular antes da sigla EUA (Estados Unidos da Amrica), na passagem da opo e: Isso deixa o principal fardo da remoo dos desequilbrios econmicos aos cuidados do EUA,.... Mesmo sob a forma de sigla, o artigo que deveria acompanh-lo seria o masculino plural, j que, como vimos na questo anterior, esse topnimo no s exige a flexo dos seus adjuntos adnominais, como tambm da forma verbal que o tenha como ncleo do sujeito. Na seqncia, foi respeitada a concordncia verbal: ... remoo dos desequilbrios econmicos aos cuidados do EUA, que precisam reduzir o ritmo de seu crescimento .... O pronome relativo que tem por referente EUA, e por isso a locuo verbal foi flexionada no plural (precisam reduzir). CONCORDNCIA EM PREDICADO NOMINAL www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 65 - (TRF 2000) Marque a opo em que um dos perodos apresenta estrutura sinttica incorreta. a) A sonegao provoca, simultaneamente, um enorme prejuzo social e uma grande concentrao de renda. / provocada pela sonegao, simultaneamente, um enorme prejuzo social e uma grande concentrao de renda. b) Aquelas pessoas jurdicas definidas na lei como contribuintes so meros "repassadores" dos impostos efetivamente pagos pelos consumidores finais de produtos e servios./ A lei define como contribuintes aquelas pessoas jurdicas que so meros "repassadores" dos impostos efetivamente pagos pelos consumidores finais de produtos e servios. c) H alguns economistas que afirmam que mesmo os impostos diretos, do tipo Imposto de Renda, so repassados para os preos e suportados pelos consumidores. / O que alguns economistas afirmam que mesmo os impostos diretos, do tipo Imposto de Renda, so repassados para os preos e suportados pelos consumidores. d) Protegido o direito pblico, resta garantir ao contribuinte a agilidade no atendimento e o acesso a informao, a orientao e a esclarecimentos, pois o interesse coletivo deve se sobrepor aos interesses particulares./ Como o interesse coletivo deve se sobrepor aos interesses particulares, desde que o direito pblico esteja protegido, resta garantir ao contribuinte a agilidade no atendimento e o acesso a informao, a orientao e a esclarecimentos. e) Cabe esclarecer quem, de fato, so os contribuintes e quais os interesses devem ser protegidos em um Estado de Direito. / Cabe esclarecer quem so os contribuintes de fato e que interesses devem ser protegidos em um Estado de Direito. (Folha de S. Paulo, 19/08/2000, p. A3, com adaptaes) Gabarito: A Comentrio. No segundo segmento do item a, vemos um dos casos de sujeito composto com predicado nominal (verbo de ligao + predicativo do sujeito), em que predicado est anteposto ao sujeito (inverso da ordem direta). Nesse caso, o verbo e, conseqentemente, o predicativo do sujeito podero concordar com o ncleo do sujeito mais prximo (concordncia atrativa) ou fazer a concordncia gramatical (com todos os ncleos). www.pontodosconcursos.com.br 27

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Na construo provocada pela sonegao, simultaneamente, um enorme prejuzo social e uma grande concentrao de renda., o sujeito composto formado por dois ncleos, sendo que o mais prximo o substantivo prejuzo. Assim, o adjetivo provocada est em desacordo com o substantivo correlato, devendo figurar no masculino singular provocado. As duas possibilidades de concordncia so: So provocados (concordncia gramatical) / provocado (concordncia atrativa) pela sonegao, simultaneamente, um enorme prejuzo social e uma grande concentrao de renda.. 66 - (Oficial de Chancelaria/2002) Assinale a opo em que uma das duas formas de redao est gramaticalmente incorreta. a) A estabilizao da economia, o ajuste, as reformas em curso e a retomada do crescimento em bases mais seguras tm tido efeito positivo sobre a imagem do Brasil no exterior e sobre o crescimento do interesse de nossos parceiros pelo Brasil. / Tm tido efeito positivo sobre a nossa imagem no exterior e sobre o crescimento do interesse de nossos parceiros pelo Brasil, a estabilizao da economia, o ajuste, as reformas em curso e a retomada do crescimento em bases mais seguras. b) A percepo do Brasil como pas de oportunidades e como fora emergente na economia mundial se est consolidando. / Est-se consolidando a percepo do Brasil como pas de oportunidades e como fora emergente na economia mundial. c) O Brasil ser sempre, l fora, o que ns quisermos que ele seja, o que ns formos capazes de fazer com que ele seja. / O que quisermos que o Brasil seja l fora, o que formos capazes de fazer com que ele seja, ele ser sempre. d) No h imagem que se sustente sem a base firme da realidade, nem se pode viver a iluso de que a imagem pode substituir a realidade. / No se sustenta uma imagem sem a base firme da realidade, nem se pode viver a iluso de que a imagem substitua a realidade. e) Com a estabilizao e com as reformas em curso, ns mudamos quase que completamente para positivo o sinal com que figuramos na agenda internacional e na agenda das relaes com nossos principais parceiros, tanto no mundo desenvolvido quanto no mundo em desenvolvimento. / O sinal com que figuramos na agenda internacional e na agenda das relaes com nossos principais parceiros, tanto no mundo desenvolvido quanto no mundo em desenvolvimento, com a www.pontodosconcursos.com.br 28

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI estabilizao e com as reformas em curso, foram mudados quase que completamente para positivo. (Adaptado de www.mre.gov.br Comisso de Relaes Exteriores da Cmara dos Deputados) Gabarito: E Comentrio. Com relao ao segundo segmento do item e, devemos perguntar: o que foi mudado quase que completamente para positivo (ultima linha da questo)? Resposta: o sinal com que figuramos na agenda internacional e na agenda das relaes com nossos principais parceiros, tanto no mundo desenvolvido quanto no mundo em desenvolvimento. O ncleo do sujeito sinal e, por isso, o predicado nominal deve com ele concordar foi mudado. 67 - (FISCAL DO TRABALHO/1998) Marque o item sublinhado que apresenta erro de estruturao sinttica ou de propriedade vocabular. Para o desempenho de suas funes, pode o perito e assistente tcnico utilizar-se(A) de todos os meios necessrios, ouvindo testemunhas, obtendo informaes, solicitando documentos que estejam em poder da parte ou em reparties pblicas, bem como(B) instruir o laudo com plantas, desenhos e quaisquer outras peas. O artigo 429 se aplica, por exemplo, aos locais em que a obra est concluda, no mais havendo ali trabalhadores em exerccio. Ento, baseados(C) nesse artigo, podemos realizar a inspeo pericial em outra obra, desde que mantido(D) as mesmas condies tcnicas de trabalho do tempo em que(E) o reclamante ali trabalhava. (Baseado no artigo 429 da CPC) a) b) c) d) e) A B C D E

GABARITO: D Comentrio.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Como bem sabemos, o adjetivo uma classe de palavras varivel, ou seja, flexiona-se em gnero e nmero, para estar de acordo com o substantivo a que se referir. Primeiramente, devemos observar que o adjetivo mantido se liga ao substantivo condies. Por isso, dever se flexionar em gnero (feminino) e nmero (plural) para com ele concordar mantidas. 68 - (TC PR/2002-2003) Monteiro Lobato, ao afirmar que "um pas se faz com homens e livros", por certo indicou o caminho das pedras queles que, descuidadamente, promovem a histria sem a preocupao de seu registro e que, por conseqncia, legam ao p do esquecimento tudo o que foi feito certo ou errado ou deixado de fazer. Os homens fazem a histria. Os livros registram a histria. Sem estes, os exemplos do passado, os conhecimentos tcnicos e cientficos armazenados, o testemunho e as provas colhidas no seriam repassados s geraes futuras, o que comprometeria a chamada evoluo. www.tcparan.gov.br Em relao ao texto, julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. d) O fato de a forma verbal repassados(l.8) estar no masculino comprova o fato de que predomina o masculino genrico quando o antecedente constitudo de elementos dos dois gneros. Item CORRETO Comentrio. Como vimos, havendo dois ou mais substantivos de gneros diferentes, predomina o masculino plural. No caso, o adjetivo repassados exerce a funo sinttica de predicativo do sujeito e, por estar posposto ao sujeito, deve fazer a concordncia gramatical, ou seja, concordar com todos os elementos, que so representados pelos ncleos: exemplos, conhecimentos, testemunho e provas. 69 - (TFC SFC 2000) A globalizao teve impactos muito positivos ao(A) preparar a economia brasileira (e de outros pases) para um novo ciclo de crescimento. Quando combinadas(B) com boas polticas www.pontodosconcursos.com.br 30

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI macroeconmicas,(C) a abertura produz um ambiente muito mais saudvel para as empresas, sem tantos desvios de energia e dinheiro em(D) setores pouco competitivos. isso que est por trs(E) das previses muito mais favorveis para a prxima dcada. (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.143) a) b) c) d) e) A B C D E

Gabarito: B Comentrio. O adjetivo combinadas tem por referente o substantivo abertura e com ele estar em harmonia, mantendo-se no gnero feminino e nmero singular. Exerce a funo sinttica de predicativo do sujeito, uma vez estar implcito um verbo de ligao na passagem Quando (est/) combinada com boas polticas macroeconmicas, a abertura produz um ambiente muito mais saudvel.... 70 - (Oficial de Chancelaria/2002) Marque o item sublinhado que corresponda a erro gramatical ou de grafia ou configure uma incoerncia por impropriedade vocabular. Max Weber deixou um legado importante ao abordar as esferas da sociedade como campos autnomos(A), com caractersticas especficas e com regras prprias de conduta. Quanto mais independentes(B) essas(C) esferas forem concebidas,(D) mais livre(E) estaro para exercer suas atividades. (Baseado em Maria Francisca Pinheiro Coelho) a) A b) B c) C d) D e) E

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Gabarito: E Comentrio. O vocbulo livre pertence classe das palavras variveis, como todo adjetivo usado em seu sentido prprio. Por isso, deve concordar (no caso em nmero, j que um adjetivo de dois gneros) com o substantivo a que se refira esferas. Essa a incorreo do item (E). O certo seria mais livres estaro.

OUTRAS QUESTES DE CONCORDNCIA 71 - (TFC SFC 2000) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais em relao ao texto. Uma fora de trabalho mais bem treinada ajuda a aumentar a produtividade da economia, alm de contribuir para a acelerao de desenvolvimento e para a introduo de tecnologias e produtos superiores e mais modernos. (Adaptado de Enciclopdia Compacta de Conhecimentos Gerais Isto - p.204 e 205) b) A palavra treinada est no feminino singular para concordar com fora. Item CORRETO Comentrio. O que treinada a fora de trabalho, conjunto nominal, cujo ncleo fora, que forma uma unidade nica de significado: a capacidade dos trabalhadores de produzirem riqueza material. Portanto, a afirmativa verdadeira, pois o adjetivo deve concordar em gnero e nmero com o substantivo correspondente. Com relao construo mais bem treinada, cabe-nos ressaltar que esta a forma aceita pela norma culta. Quando um advrbio (mal / bem) antecede um verbo no particpio, formando uma unidade adjetiva (com hfen ou no) bem-humorado, bem-dotado, bem vestido, bem colocado - no ocorre a contrao do advrbio com o mais que o precede. No entanto, como o superlativo de bem (mais bem) melhor da mesma forma que o de mal (mais mal) pior a expresso se transformou com o tempo e modernamente j se aceitam expresses (As competncias agora esto melhor / mais bem distribudas). www.pontodosconcursos.com.br 32

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI De qualquer forma, na hora da prova, cuidado! Algumas bancas so bastante tradicionais e poderiam no considerar correta a estrutura melhor distribudas. Se o enunciado fizer meno a norma culta, no hesite em assinalar esse exemplo como INCORRETO. Pela norma culta, a construo deveria ser As competncias agora esto mais bem distribudas.. 72- (TRF 2000) Assinale a opo em que h erro gramatical. At fins do sculo passado, movidos(A) a gua(B) havia, nas grandes fazendas, o engenho de caf, o de milho e o de farinha e, ainda, o descascador de arroz, ao lado da grande m(C), que servia para extrair da mamona o azeite, empregados(D) para a iluminao da fazenda e outros misteres(E). (Gilberto Paim, com adaptaes) a) A b) B c) C d) D e) E Gabarito: D Comentrio. Conforme j comentamos em nosso estudo, a anlise sinttica (relao entre os elementos da orao) somente possvel quando associada anlise semntica (significado desses elementos no contexto em que se encontram). Pergunta-se: o que era utilizado na iluminao da fazenda e em outros misteres (ofcios, trabalhos)? Resposta: o azeite da mamona. Ento, a partir do contexto, percebe-se o erro de concordncia nominal entre o adjetivo empregados e o substantivo azeite. A forma correta seria que servia para extrair da mamona o azeite, empregado para a iluminao da fazenda e outros misteres. O que poderia levar a uma contaminao para o plural seriam todos os elementos que antecederam este adjetivo em outra orao. Mas o www.pontodosconcursos.com.br 33

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI candidato deve sempre compreender o contexto para identificar a funo sinttica de cada vocbulo. 73 - (Fiscal de Fortaleza/2003) Assinale o trecho do texto abaixo que foi transcrito de forma gramaticalmente correta. a) A razo de ser do desemprego como elemento estrutural do capitalismo, derivam diretamente do antagonismo entre compradores e vendedores da fora de trabalho. b) Aos compradores as empresas capitalistas interessa que haja concorrncia entre os vendedores para que o custo caia; aos trabalhadores, obviamente, interessam o contrrio. c) Relativamente cedo os trabalhadores conquistaram o direito de se unir em sindicatos, o que tornou possvel e provvel a monopolizao da oferta da fora de trabalho. d) A monopolizao do mercado de trabalho, acrescidas das sucessivas conquistas de direitos sociais pelos trabalhadores, tornou o custo do trabalho o preo estratgico da economia capitalista, contraposto taxa de lucro sobre o capital invertido. e) Sempre que a economia se aproxima do pleno emprego isto , quando o exrcito de reserva tende zero quase todos os preos subindo, ameaando o valor real da riqueza financeira. (Itens adaptados de Paul Singer) Gabarito: C Comentrio. A opo c, que est correta, apresenta um caso de flexo de infinitivo os trabalhadores conquistaram o direito de se unir em sindicatos. No haveria necessidade de se flexionar o verbo no infinitivo, considerando que o sujeito dessa forma nominal o mesmo do da orao principal. Ocorre que, por estar acompanhado do pronome se, essa flexo poderia ocorrer os trabalhadores conquistaram o direito de se unirem em sindicatos. As duas formas (flexionado ou no) so possveis. As demais opes foram consideradas incorretas: Opo a) alm do emprego inadequado da vrgula (separa o sujeito do verbo), houve erro na concordncia entre o verbo e o ncleo do sujeito.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Pergunta-se: o que deriva diretamente do compradores e vendedores da fora de trabalho? antagonismo entre

Resposta: A razo de ser do desemprego como elemento estrutural do capitalismo. O ncleo razo, logo o verbo dever permanecer no singular deriva. Opo b) Novamente, observa-se erro de concordncia, desta vez com a inverso dos termos da orao: aos trabalhadores, obviamente, interessam o contrrio. Na ordem direta: o contrrio (daquilo que j se exps) interessa aos trabalhadores. Na inverso, antecede ao verbo um termo no plural (trabalhadores), o que poderia dar uma falsa sensao de ser ele o sujeito da forma verbal. Opo d) O erro est na concordncia nominal entre o adjetivo acrescidas e o substantivo correspondente, monopolizao, sendo que o correto seria A monopolizao do mercado de trabalho, acrescida das sucessivas conquistas de direitos sociais pelos trabalhadores. O verbo, na seqncia, foi corretamente flexionado, pois o ncleo do sujeito monopolizao ("A monopolizao do mercado de trabalho, ..., tornou o custo do trabalho o preo estratgico da economia capitalista). Opo e) No ocorre crase antes de palavra masculina tende a zero. Mais sobre o assunto ser tratado na aula de crase. (TRF 2000) Considere o trecho abaixo, transcrito com erros, para responder s questes 74 e 75.

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As verses anteriores sobre a existncia, no Novo Mundo, de alguma nao de mulheres adversas ao jugo varonil, deviam predispor os aventureiros europeus a acolher, colorindo-as e enriquecendo-as, segundo lhes pediam a imaginao, certas notcias sobre tribos indgenas onde as esposas porfiavam com os maridos na faina guerreira. Foi s beiradas daquele rio-mar, porm, e quando pela primeira vez na histria um bando de espanhis o cursou em sua maior extenso at chegar embocadura, que elas vieram a ganhar corpo.
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Tendo saido de Quito em 1541, rumo ao imaginrio Pas da Canela, Francisco de Orellana e seus companheiros, foram avisados de que, guas abaixo, no grande rio, se achavam amazonas, e que apartadas dele e metida terra adentro estavam as dependncias do chefe Ica, abundantssimas em metal amarelo. Esse ltimo senhorio nunca o viram e nem ouviram falar os expedicionrios. Das amazonas, no entanto, voltaram a ter notcia, quando, mais adiante, lhes advertiram-nos outros ndios do perigo a que se expunham de alcan-las, por serem poucos e elas muitas. (Srgio Buarque de Holanda)

74 - Ocorre erro de concordncia nominal na linha a) 16 b) 19 c) 3 d) 18 e) 25 Gabarito: D Comentrio. Essa foi uma das provas mais difceis de Lngua Portuguesa da ESAF. O texto de Srgio Buarque de Holanda, belssimo por sinal, apresenta construes sintticas complexas, com elementos retirados de sua posio habitual no conjunto oracional, pronomes em referncias anafricas distantes. Tudo isso exige muita ateno do leitor. A passagem com incorreo de sintaxe de concordncia : Francisco de Orellana e seus companheiros, foram avisados de que, guas abaixo, no grande rio, se achavam amazonas, e que apartadas dele e metida terra adentro estavam as dependncias do chefe Ica, abundantssimas em metal amarelo. Pergunta-se: o que estava apartado do grande rio e metido terra adentro? www.pontodosconcursos.com.br 36

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Resposta: as dependncias do chefe Ica. Ento, os adjetivos relacionados a dependncias devem com esse substantivo concordar e que apartadas dele e metidas terra adentro estavam as dependncias do chefe Ica.... 75 - (TRF 2000) Ocorre erro de concordncia verbal na linha a) 3 b) 11 c) 5 d) 17 e) 24 Gabarito: C Comentrio. Essa questo teve como base o mesmo texto da anterior. Vamos analisar o trecho que vai do incio do pargrafo at o ponto em que se constata o erro de concordncia verbal, de modo que, a partir da compreenso textual, possamos realizar a anlise sinttica. As verses anteriores sobre a existncia, no Novo Mundo, de alguma nao de mulheres adversas ao jugo varonil, deviam predispor os aventureiros europeus a acolher, colorindo-as e enriquecendo-as, segundo lhes pediam a imaginao, certas notcias sobre tribos indgenas onde as esposas porfiavam com os maridos na faina guerreira. Parafraseando (= em outras palavras): As verses anteriores sobre a existncia de alguma nao de mulheres adversas submisso ao homem deviam preparar os aventureiros europeus a aceitar certas notcias sobre tribos indgenas onde as mulheres concorriam com os maridos na lida guerreira. O trecho que apresenta incorreo gramatical foi retirado dessa parfrase e consiste em: colorindo-as e enriquecendo-as, segundo lhes pediam a imaginao.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI As duas ocorrncias do pronome oblquo tono (as) fazem referncia a certas notcias, enquanto que o pronome oblquo lhes refere-se aos aventureiros europeus. Quem pedia a quem? A imaginao pedia aos aventureiros A imaginao pedia-lhes. O sujeito , portanto, imaginao e o verbo dever estar no singular pedia. Percebe-se, assim, erro de concordncia verbal. A forma correta seria: colorindo-as e enriquecendo-as, segundo lhes pedia a imaginao. At a prxima. LISTA DAS QUESTES COMENTADAS. 40 - (AFC 2002) A economia brasileira, h alguns anos, apresentava fortes barreiras protecionistas, e controles cambiais provocavam a valorizao artificial do cmbio comercial, havendo gio expressivo no mercado livre. A realidade hoje outra. As barreiras tarifrias foram muito reduzidas, a taxa de cmbio flutuante e no h diferena significativa entre o mercado oficial e o paralelo. Os modelos economtricos disponveis, por menos precisos que sejam, so unnimes em apontar para uma desvalorizao do real acima do seu equilbrio de longo prazo, e no o contrrio. Logo, onde est o problema? Por que gastar escassos recursos pblicos pois no se faz poltica industrial sem eles para poupar divisas quando o mercado j est bem sinalizado nesta direo? Pode at haver outras razes para justificar a poltica proposta. Mas economia de divisas no uma delas. (Adaptado de Cludio Haddad) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. I. Caso a expresso diferena significativa(l.5/6) seja colocada no plural a forma verbal que a antecede deve ser obrigatoriamente flexionada. 41 - (CVM 2000) Leia o texto seguinte para responder s questes seguintes. Uma das grandes iluses da dcada dos 90 que houve tal mudana na economia americana que precisamos de uma nova teoria econmica para explic-la. verdade que no perodo 1995/1999 houve uma acelerao do crescimento da economia acompanhada (o que parece paradoxal) por uma reduo da taxa de inflao. um paradoxo apenas na aparncia. No existe nenhuma razo para pensar que a simples e www.pontodosconcursos.com.br 38

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI pura acelerao do crescimento deve, necessariamente, levar a um aumento da taxa de inflao. Isso s deveria ocorrer se a demanda global estivesse tentando crescer mais depressa do que a oferta global e a economia estivesse em pleno emprego. H muitas razes pelas quais no se deve aceitar tal relao de causalidade. Por exemplo, se a participao da massa salarial na renda global estiver diminuindo e a produtividade do trabalho estiver crescendo, o custo do trabalho por unidade de produto diminuir e haver um aumento de lucro. Isso estimular o investimento e a incorporao de novas tecnologias, aumentando a oferta global. Outra possibilidade a combinao de uma reduo dos preos das importaes com uma valorizao externa da moeda. Mas em que a dcada dos 90 diferente da dos 80 na economia americana? A tabela abaixo compara as duas, usando a mdia trimestral das variveis. Verificamos que as diferenas residem no aumento da produtividade do trabalho, na reduo da taxa de desemprego e na queda da taxa de inflao. Esta ltima notvel quando levamos em conta que uma taxa anual de 5,6% produz, em dez anos, uma inflao acumulada de 72%, enquanto uma taxa anual de 3% produz uma inflao acumulada, na dcada, de 34%. (Antonio Delfim Netto, com adaptaes) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. a) No se flexionou no plural a forma verbal do verbo haver(l.14) porque o sintagma que se lhe segue est no singular. 42 - (Fiscal de Fortaleza/1998) Marque o item em que um dos dois perodos est gramaticalmente incorreto. a) Nas declaraes aos jornais, o governo se comporta como se a venda das estatais pudesse se dar de modo independente do cenrio econmico. / Nas declaraes aos jornais, o governo comporta-se como se a venda das estatais pudesse se dar de modo independente do cenrio econmico. b) Do cronograma de vendas de estatais do BNDS consta a Telebrs, as Centrais Eltricas de Alagoas, Furnas e aes da Petrobrs excedentes ao percentual necessrio ao controle da Unio. / Do cronograma de vendas de estatais do BNDS constam a Telebrs, as Centrais Eltricas de Alagoas, Furnas e aes da Petrobrs excedentes ao percentual necessrio ao controle da Unio. www.pontodosconcursos.com.br 39

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) Os bancos trabalham com um cronograma de privatizaes mais conservador do que o do governo. / Os bancos trabalham com um cronograma de privatizaes mais conservador do que o governo. d) No caso da Telebrs, se houverem processos judiciais contra uma das 13 empresas venda, o leilo fica em suspenso. / No caso da Telebrs, se houver processo judicial contra uma das 13 empresas venda, o leilo fica suspenso. e) No caso da Banda B da telefonia celular, a venda seqencial possibilitou que envelopes de algumas reas fossem abertos antes da disputa pelo interior de So Paulo parar nos tribunais. / No caso da Banda B da telefonia celular, a venda seqencial possibilitou que envelopes de algumas reas fossem abertos antes de a disputa pelo interior de So Paulo parar nos tribunais. (Baseado em texto de Daniel Japiassu - Carta Capital, 18/2/1998) 43 - (AFRF 2002-2) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. a) Importncia especial tm os princpios gerais do direito no suprimento das chamadas lacunas (se que as ho) de direito. Ferrara, por exemplo, rechaava a idia de lacunas de direito, posto que, a seu sentir, no h lacunas e, sim, defeitos da lei. 44 - (Fiscal do Trabalho/1998) A Justia do Trabalho custar R$ 3 bilhes em 1999. Essa importncia no seria excessiva se acaso viesse(A) sendo acionada unicamente em casos relevantes e inevitveis, aps falharem(B) todas as tentativas de preveno e soluo dos conflitos diretamente pelas partes. A vulgarizao do Judicirio, talvez estimulada pela inexistncia de custos, no deveria contribuir para projetar imagem negativa do Pas, desencorajando a gerao de empregos. Se desejamos ampliar e modernizar o mercado, indispensvel colocarmos o dedo na ferida, procurando saber as razes por que(C), medida que(D) aumentam o desemprego e as relaes informais de trabalho, o Pas se converte em fonte inesgotvel de reclamaes trabalhistas, sem que disso resultem (E) a elevao do padro de vida dos assalariados. (Baseado em Almir Pazzianotto Pinto) a) b) c) A B C www.pontodosconcursos.com.br 40

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) e) D E

45 - (Fiscal de Fortaleza 1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Geograficamente, a regio entre o Parnaba, o Tocantins e o So Francisco pertencem(A), em grande parte, a (B) Pernambuco, mas a histria prende-a (C) Bahia. Foram baianos que, procurando terrenos apropriados criao de gado, passaram (D) Serra do Espinhao, e favorecidos pelas catingas decduas, chegaram ao rio de So Francisco, espontando(E) todos os rios secos que retalham Pernambuco, Paraba, Rio Grande do Norte e Cear. (Capistrano de Abreu, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E 46 - (Fiscal de Fortaleza 1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. No imaginrio popular, o usineiro de acar vive como rei no nordeste do pas, veste terno de linho branco e chapu panam, est sempre arrancando algum dinheiro aos(A) cofres pblicos. O terno branco e o panam, os coronis j os(B) largaram h(C) muito tempo. Eles agora esto abandonando (D) o prprio Nordeste, a terra que dominaram por 400 anos e que ajudaram a transformar no que hoje: uma das regies mais pobres do pas. O movimento ainda no indica uma retirada em massa, mas so cada vez maiores(E) o nmero de usineiros nordestinos que esto lanando seus projetos novos no centro-sul do Brasil. (Marcos Gusmo - Veja - 28/1/1998, adaptado) a) A b) B c) C www.pontodosconcursos.com.br 41

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) D e) E 47 - (FISCAL MS / 2001) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. a) Durante os setenta anos da histria imperial brasileira, o velho sonho do paraso, que alimentou a vontade dos primeiros colonizados, foram sendo substitudos pela utopia da modernizao, uma idealizao explcita do modelo socieconmico das potncias da Europa do norte, e mais tarde do modelo da sociedade norte-americana. 48 - (AFC STN/2002) Marque o item transcrito com erro de ortografia, de estrutura sinttica ou de pontuao. a) A CEPAL (Comisso Econmica para a Amrica Latina e o Caribe) acaba de divulgar um estudo cujo ttulo Globalizao e desenvolvimento extremamente importante e oportuno para o entendimento dos problemas que afetam as economias da regio e das questes centrais envolvidas em um padro alternativo de desenvolvimento e insero internacional. b) O estudo projeta a anlise do processo de globalizao em um arco de 130 anos, distinguindo trs fases: a primeira, de 1879 at 1913, marcada por uma grande mobilidade internacional do capital e da mode-obra ( poca das grandes migraes, que envolveram cerca de 10% da populao mundial). c) A segunda, aps um perodo de retrao das relaes econmicas internacionais associada s duas guerras mundiais e crise dos anos 30, vo do ps-guerra (1945/50) at 1973, caracterizando-se pela reduzida mobilidade tanto do capital como da mo-de-obra, que coexistem com um ciclo de notvel expanso do comrcio de manufaturas entre os pases desenvolvidos. d) Finalmente, a terceira fase engloba o ltimo quartel do sculo 20, que tem na expanso e elevada mobilidade dos fluxos de capital, na integrao escala mundial dos sistemas de produo das empresas transnacionais e na homogeneizao dos modelos de desenvolvimento suas caractersticas principais. e) interessante observar como esse processo foi acompanhado, particularmente em sua terceira fase, por uma crescente concentrao e polarizao da renda e da riqueza mundiais. (Baseado em Aloizio Mercadante) www.pontodosconcursos.com.br 42

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49 - (Especialista MPOG 2000) Assinale a opo em que h erro de sintaxe. a) Se, em 1987, a legio dos prias da Terra, ou seja, os condenados a viver com menos de um dlar por dia, chegava a 880 milhes, atualmente, essa multido de pobres desvalidos j constitui uma inacreditvel massa de 1,2 bilho de pessoas, isto , nada menos do que 20% da humanidade. b) Em 1987 calculou-se que a legio dos prias da Terra - os condenados a viverem com menos de um dlar por dia - cifravam-se em 880 milhes, atualmente essa multido de pobres diabos j constituem uma formidvel massa de 1,2 bilho de pessoas, isto , nada menos do que em 20% da humanidade. c) A legio dos prias da Terra, ou seja, dos condenados a viver com menos de um dlar por dia, em 1987, era calculada em 880 milhes. Atualmente, essa multido de excludos constitui uma assustadora massa de 1,2 bilho de pessoas, isto , nada menos do que 20% da humanidade. d) Se, em 1987, os condenados a viver com menos de um dlar por dia - a legio dos prias da Terra - eram 880 milhes, atualmente, essa multido de pobres j constitui uma inquietante massa de 1,2 bilho de pessoas, isto , cerca de 20% da humanidade. e) Se foi calculado que, em 1987, a legio dos prias da Terra - os condenados a viver com menos de um dlar por dia - era de 880 milhes, atualmente, essa multido de desvalidos j constitui uma massa de 1,2 bilho de pessoas, isto , 20% da humanidade. (Adaptado de Fbio Konder Comparato, Folha de S. Paulo, MAIS!, 31/12/2000) 50 - (TCE RN/2000) Nas questes seguintes, marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou de ortografia. Acredito que a maior parte dos senhores sabe(A) que a Secretaria de Educao gigantesca; por isso(B) se tem muita dificuldade de gerenciamento. composta(C) por 1,3 milhes(D) de alunos. Esta quantidade de alunos maior do que (E) a populao de muitas capitais no Brasil. a) A b) B www.pontodosconcursos.com.br 43

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) C d) D e) E 51 - (AFC STN/2002) Um emprego novo na indstria siderrgica custa 1,4 milho de reais. No varejo, um nico emprego exige o dispndio de algo em torno de 30.000 reais: o custo do espao na loja, do balco e do estoque de mercadorias. Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. b) linha 1 seria tambm correto escrever-se 1,4 milhes de reais. 52 - (TRF 2003) Assinale a opo em que a concordncia est de acordo com a norma padro. a) Os milhares de pessoas que cometeram delitos, aps cumprirem suas penas, ficam quites com a sociedade. b) Nenhum dos colegas de seo afirmaram ter presenciado qualquer ato delituoso, apenas relataram o que ouviram do funcionrio punido. c) A maioria dos casos examinados indicava ser necessrio a instaurao de sindicncia, ainda que alguns de ns relutssemos em acatar a auditoria realizada. d) Dadas as circunstncias em que ocorreu um grande nmero de exoneraes, foi publicado, na mdia, uma nota que justificava tal procedimento administrativo. e) Seguia anexo ao processo administrativo a cpia dos contratos de servios especializados que haviam sido prestados na gesto anterior. 53 - (Fiscal do Trabalho/2003) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. b) Embora muitas naes globalizadas procurem acompanhar o ritmo das mais opulentas, grande parte do mundo em desenvolvimento esto se tornando marginalizados. (Procurador BACEN/2002) Leia o texto abaixo para responder s questes 54 e 55.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Pode at mesmo parecer um pouco antagnica a conjugao dos termos tecnologia e poltica, mas a prtica e sua intensidade com que se desenvolve o processo de convencimento popular em tempos atuais, com toda a sofisticao de recursos no necessariamente tcnicos que se possa imaginar, nos leva a admitir a absoluta compatibilidade entre aqueles termos, ao ponto em que imaginar-se uma candidatura sem o arrojo dos avanos estratgicos polticos o mesmo que se predispor mais imprevisvel das aventuras. Segundo dados da ONU, dois teros da populao mundial no se sente representada por seus governos e tem uma pssima opinio sobre a honestidade e sentido pblico dos polticos, muitas vezes sendo o voto uma manifestao mais contra o que se teme, do que a favor do que se espera. (Alexandre Vidigal de Oliveira, Tecnologia poltica e a globalizao da crise de representatividade, in: Correio Braziliense, 14/10/2002, com adaptaes) 54 - Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. a) Preserva-se a correo gramatical da orao alternativamente, sentem em lugar de sente(l.9). ao empregar,

55 - Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. e) Mantm-se a coerncia textual ao empregar a expresso a maioria da populao, em lugar de dois teros da populao(l.9), mas para manter a correo gramatical necessrio substituir tem(l.10) por tm. 56 -(Assistente de Chancelaria/2002) As viagens ao exterior e os encontros com figures estrangeiros constituem, desde o reinado de Dom Pedro II, um trunfo na estratgia das lideranas brasileiras. De fato, as crticas s viagens internacionais do Presidente da Repblica ou de outros dirigentes parecem despropositadas. Tanto o governo como a oposio devem reposicionar os interesses brasileiros num mundo em plena mutao. O problema que se coloca de outra natureza e se resume numa interrogao pouco formulada na campanha presidencial: quais devem ser os rumos de nossa diplomacia? (Luiz Felipe de Alencastro, Veja, 10/04/2002, com adaptaes) www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Assinale a relao de condio incorreta a respeito do emprego das estruturas lingsticas no texto. Se a) encontros(l.1) for empregada no singular, constituem(l.2) deve ser substituda por constitui. b) as crticas(l.3) for substituda por criticar, o sinal indicativo de crase, em s(l.3), deve ser retirado. c) as crticas(l.3) for substituda por criticar, parecem despropositadas(l.4-5) deve ser substituda por parece despropositado. d) o conectivo Tanto...como(l.5) for substitudo por No s ... mas tambm, o verbo seguinte pode ser empregado no plural, devem(l.5), ou no singular, deve. 57 (ANEEL Tcnico / 2006) De fato, os jovens tm motivos para se sentirem inseguros. Comeam a vida profissional assombrados pelos altos ndices de desemprego. Quase a metade dos desempregados nos grandes centros no Brasil jovem. Alm da falta de experincia, h o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalho ajuda a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar. Mas a disputa acirrada tambm entre os mais bem-preparados. A grande oferta de mo-de-obra resulta em um processo cruel de avaliao, com testes de conhecimentos e de raciocnio lgico, redao, dinmicas de grupo, entrevistas. E no s. O jovem deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se possui ou de descobrir como adquiri-las. Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rpido, a qualificao e o potencial comportamental que definem um bom candidato, e no s o preparo tcnico. (Adaptado de ISTO 5/10/2005) Julgue a assertiva abaixo. b) Como a expresso a metade (l.3) pode ser considerada um sinnimo textual para 50%, a substituio daquela por esta preservaria a coerncia textual e a correo gramatical. 58 - (FISCAL MS / 2001) Marque a palavra, a seqncia ou o sinal de pontuao sublinhado, que foi mal empregado. Vivemos um perodo de adversidade,(A) mas contamos com o apoio de uma poltica econmica adequada para contorn-lo(B). Prova disso a atuao do Banco Central no cmbio, que mantm(C) tambm os juros www.pontodosconcursos.com.br 46

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI sob(D) controle. No passado, vamos os juros subirem(E) de 15% a 45% de uma s vez. (Fernando Xavier Ferreira, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E 59 - (TRF 2000) Assinale a opo em que h erro gramatical. No Primeiro Reinado, as idias de justia fiscal e capacidade de contribuio, que pressupe(A) que a cada cidado deva ser cobrado o imposto de acordo com suas possibilidades, simplesmente no existiam, j que(B) no havia legislao coerente que garantisse a defesa desses princpios. Como o clero e os senhores rurais eram livres das obrigaes fiscais, os privilgios subsistiam(C). Em face do(D) baixo grau de informao, da falta de instituies independentes e da ausncia de liderana, era impossvel qualquer manifestao que fosse contrria ao(E) sistema em vigor. a) b) c) d) e) A B C D E

60 - (PROVA TFC 1997) Assinale o item que apresenta concordncia incorreta. a) As pessoas se agrupam em funo de objetivos comuns em associaes, federaes, confederaes, sindicatos, ONGs, colgios, empresas, sociedades, clubes, conselhos, fundaes, institutos, etc. b) Em qualquer uma dessas situaes pressupem-se que os grupos trabalham unidos na defesa de um iderio consubstanciado em estatutos, normas e procedimentos que determinam formas de atuao na sociedade.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) Entre os dez setores que mais geraram empregos no Brasil, em 1996, as entidades sem fins lucrativos despontaram em primeiro lugar.(...) d) Alm disso, possuem alto ndice de trabalhadores voluntrios que disponibilizam seu tempo livre em benefcio de toda a sociedade, algo nada desprezvel enquanto fora mobilizadora. e) A questo como usar esse poder. Talvez nunca como neste momento a conscientizao da necessidade do envolvimento do empresariado na vida da comunidade tenha sido to importante. (Maria Christina Andrade Vieira, Gazeta Mercantil -14 de agosto de 1997, com adaptaes) 61 - (TRF 2003) Assinale o trecho do texto que foi transcrito com erro. a) Os direitos humanos, a grande conquista moderna, procedem da idia de que o governo est a servio dos cidados, e no o contrrio. Cada indivduo, antes mesmo de fazer parte do poder poltico, j detm direitos que so seus, pelo simples ato de nascer. b) esse vnculo dos direitos humanos ao nascimento que permite dizer que eles so direitos naturais. J o Estado um instrumento para realizar fins comuns s pessoas. c) Vrios tericos da poltica, ao longo dos sculos XVII e XVIII, afirmaram que o Estado nasceria de um contrato. Eles foram indevidamente contestados depois que os avanos da histria mostraram que seria impossvel a pessoas isoladas entre si desenvolverem a sofisticao necessria para adotar o conjunto de regras e leis que forma um Estado. d) O que os contratualistas pretendiam no era tanto afirmar uma verdade histrica, ou sequer uma hiptese, mas expressar uma idia filosfica forte, revolucionria: o indivduo tem prioridade sobre o Estado. e) Mesmo que cada um de ns, em sua vida, nasa dentro de um Estado e, portanto, depois dele , este ltimo somente tem validade como ferramenta ou meio para promover fins que so os nossos. Adaptado de Renato Janine Ribeiro, Fronteiras da tica, So Paulo: Senac, 2002, p.134,135. 62 - (AFRF 2002.1) www.pontodosconcursos.com.br 48

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O homem moderno na medida das senhas de que ele escravo para ter acesso vida. No mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e-vir. A senha a senhora absoluta. Sem senha, voc fica sem seu prprio dinheiro ou at sem a vida. No cofre do hotel, so quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador da empresa, voc tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A porta do meu carro tem senha; o alarme do seu, tambm. Cada um de nossos cartes tem senha. Se for sensato, voc percebe que sua memria no pode ser ocupada com tanta baboseira intil. Seus neurnios precisam ter finalidade nobre. Tm que guardar, sim, os bons momentos da vida. Ento, desesperado, voc descarrega tudo na sua agenda eletrnica, num lugar secreto que s senha abre. Agora s falta descobrir em que lugar secreto voc vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas. (Alexandre Garcia, Abre-te ssamo, com adaptaes) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. b) A expresso quantificadora Cada um (l.7) tem valor totalizante porque faz associar uma senha ao conjunto de cartes, os meus e os seus. 63 - (Fiscal de Fortaleza 1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Aos 26 anos, a cearense Jerusa Novais fala um ingls claudicante(A), conhece os Estados Unidos apenas pela Internet, mas acaba de conseguir uma ascenso(B) profissional de causar inveja aos 12.000 estudantes de informtica que saem anualmente das faculdades brasileiras. A partir de maro, trocar seu salrio de 2.500 reais no Banco do Estado do Cear por outro de 5.000 dlares na empresa IMR com sede na Flrida. Ela e outros dezenove cearenses foram contratados pela IMR por salrios que variam entre(C) 4.500 e 6.000 dlares mensais. O grupo vai-se juntar (D) aos 1.000 profissionais brasileiros de informtica que j encontraram colocao no mercado americano. Vivendo um perodo de prosperidade sem precedentes, os Estados Unidos da Amrica no est(E) conseguindo preencher as 300.000 vagas de trabalho que so abertas a cada ano na rea com os novos profissionais cerca de 24.000 que saem de suas universidades. (Manoel Fernandes - Veja - 28/1/1998, adaptado) a) A www.pontodosconcursos.com.br 49

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) B c) C d) D e) E 64 - (AFC STN/2000) Assinale a opo que apresenta erro de morfologia ou de concordncia verbal. a) A diferena entre as taxas de crescimento dos Estados Unidos, do Japo e da Europa, no longo prazo, um indcio do descompasso da economia global. Apesar das alegaes europias de que os mercados esto subestimando o euro, a moeda continua flutuando pouco acima de sua mais baixa cotao, 93 centavos de dlar. b) O iene est pouco abaixo de seu pico diante do dlar e permanece prximo de seu teto histrico ante o euro. Com resultados aqum dos desejados, Japo e Europa vm a exuberncia econmica dos Estados Unidos como uma ameaa - o que no errado. c) Em 98 e 99, a economia dos Estados Unidos cresceu cerca de 4% ao ano, enquanto as trs principais economias da zona do euro Alemanha, Frana e Itlia - atingiram 2%, 3% e 2% ao ano, respectivamente, no perodo. O Fundo Monetrio Internacional prev que os trs pases cresam cerca de 3% este ano. d) Com esse resultado, a Europa no mais vista como causa de debilidade. Agora o ritmo do crescimento europeu to rpido que uma interveno do Banco Central Europeu - elevando as taxas de juros - apenas uma questo de tempo. e) Isso deixa o principal fardo da remoo dos desequilbrios econmicos aos cuidados do EUA, que precisam reduzir o ritmo de seu crescimento (hoje perto de 6% ao ano). A diferena entre os ciclos econmicos na Europa, Estados Unidos e Japo traz o fantasma da crise mundial.

65 - (TRF 2000) Marque a opo em que um dos perodos apresenta estrutura sinttica incorreta. a) A sonegao provoca, simultaneamente, um enorme prejuzo social e uma grande concentrao de renda. / provocada pela sonegao, simultaneamente, um enorme prejuzo social e uma grande concentrao de renda. www.pontodosconcursos.com.br 50

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) Aquelas pessoas jurdicas definidas na lei como contribuintes so meros "repassadores" dos impostos efetivamente pagos pelos consumidores finais de produtos e servios./ A lei define como contribuintes aquelas pessoas jurdicas que so meros "repassadores" dos impostos efetivamente pagos pelos consumidores finais de produtos e servios. c) H alguns economistas que afirmam que mesmo os impostos diretos, do tipo Imposto de Renda, so repassados para os preos e suportados pelos consumidores. / O que alguns economistas afirmam que mesmo os impostos diretos, do tipo Imposto de Renda, so repassados para os preos e suportados pelos consumidores. d) Protegido o direito pblico, resta garantir ao contribuinte a agilidade no atendimento e o acesso a informao, a orientao e a esclarecimentos, pois o interesse coletivo deve se sobrepor aos interesses particulares./ Como o interesse coletivo deve se sobrepor aos interesses particulares, desde que o direito pblico esteja protegido, resta garantir ao contribuinte a agilidade no atendimento e o acesso a informao, a orientao e a esclarecimentos. e) Cabe esclarecer quem, de fato, so os contribuintes e quais os interesses devem ser protegidos em um Estado de Direito. / Cabe esclarecer quem so os contribuintes de fato e que interesses devem ser protegidos em um Estado de Direito. (Folha de S. Paulo, 19/08/2000, p. A3, com adaptaes) 66 - (Oficial de Chancelaria/2002) Assinale a opo em que uma das duas formas de redao est gramaticalmente incorreta. a) A estabilizao da economia, o ajuste, as reformas em curso e a retomada do crescimento em bases mais seguras tm tido efeito positivo sobre a imagem do Brasil no exterior e sobre o crescimento do interesse de nossos parceiros pelo Brasil. / Tm tido efeito positivo sobre a nossa imagem no exterior e sobre o crescimento do interesse de nossos parceiros pelo Brasil, a estabilizao da economia, o ajuste, as reformas em curso e a retomada do crescimento em bases mais seguras. b) A percepo do Brasil como pas de oportunidades e como fora emergente na economia mundial se est consolidando. / Est-se consolidando a percepo do Brasil como pas de oportunidades e como fora emergente na economia mundial. c) O Brasil ser sempre, l fora, o que ns quisermos que ele seja, o que ns formos capazes de fazer com que ele seja. / O que quisermos www.pontodosconcursos.com.br 51

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI que o Brasil seja l fora, o que formos capazes de fazer com que ele seja, ele ser sempre. d) No h imagem que se sustente sem a base firme da realidade, nem se pode viver a iluso de que a imagem pode substituir a realidade. / No se sustenta uma imagem sem a base firme da realidade, nem se pode viver a iluso de que a imagem substitua a realidade. e) Com a estabilizao e com as reformas em curso, ns mudamos quase que completamente para positivo o sinal com que figuramos na agenda internacional e na agenda das relaes com nossos principais parceiros, tanto no mundo desenvolvido quanto no mundo em desenvolvimento. / O sinal com que figuramos na agenda internacional e na agenda das relaes com nossos principais parceiros, tanto no mundo desenvolvido quanto no mundo em desenvolvimento, com a estabilizao e com as reformas em curso, foram mudados quase que completamente para positivo. (Adaptado de www.mre.gov.br Comisso de Relaes Exteriores da Cmara dos Deputados) 67 - (FISCAL DO TRABALHO/1998) Marque o item sublinhado que apresenta erro de estruturao sinttica ou de propriedade vocabular. Para o desempenho de suas funes, pode o perito e assistente tcnico utilizar-se(A) de todos os meios necessrios, ouvindo testemunhas, obtendo informaes, solicitando documentos que estejam em poder da parte ou em reparties pblicas, bem como(B) instruir o laudo com plantas, desenhos e quaisquer outras peas. O artigo 429 se aplica, por exemplo, aos locais em que a obra est concluda, no mais havendo ali trabalhadores em exerccio. Ento, baseados(C) nesse artigo, podemos realizar a inspeo pericial em outra obra, desde que mantido(D) as mesmas condies tcnicas de trabalho do tempo em que(E) o reclamante ali trabalhava. (Baseado no artigo 429 da CPC) a) b) c) d) e) A B C D E

68 - (TC PR/2002-2003)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Monteiro Lobato, ao afirmar que "um pas se faz com homens e livros", por certo indicou o caminho das pedras queles que, descuidadamente, promovem a histria sem a preocupao de seu registro e que, por conseqncia, legam ao p do esquecimento tudo o que foi feito certo ou errado ou deixado de fazer. Os homens fazem a histria. Os livros registram a histria. Sem estes, os exemplos do passado, os conhecimentos tcnicos e cientficos armazenados, o testemunho e as provas colhidas no seriam repassados s geraes futuras, o que comprometeria a chamada evoluo. www.tcparan.gov.br Em relao ao texto, julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais. d) O fato de a forma verbal repassados(l.8) estar no masculino comprova o fato de que predomina o masculino genrico quando o antecedente constitudo de elementos dos dois gneros. 69 - (TFC SFC 2000) A globalizao teve impactos muito positivos ao(A) preparar a economia brasileira (e de outros pases) para um novo ciclo de crescimento. Quando combinadas(B) com boas polticas macroeconmicas,(C) a abertura produz um ambiente muito mais saudvel para as empresas, sem tantos desvios de energia e dinheiro em(D) setores pouco competitivos. isso que est por trs(E) das previses muito mais favorveis para a prxima dcada. (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.143) a) b) c) d) e) A B C D E

70 - (Oficial de Chancelaria/2002) Marque o item sublinhado que corresponda a erro gramatical ou de grafia ou configure uma incoerncia por impropriedade vocabular. Max Weber deixou um legado importante ao abordar as esferas da sociedade como campos autnomos(A), com caractersticas especficas e com regras prprias de conduta. Quanto mais independentes(B) essas(C) esferas forem concebidas,(D) mais livre(E) estaro para exercer suas atividades. www.pontodosconcursos.com.br 53

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Baseado em Maria Francisca Pinheiro Coelho) a) A b) B c) C d) D e) E 71- (TFC SFC 2000) Julgue a assero abaixo em seus aspectos gramaticais em relao ao texto. Uma fora de trabalho mais bem treinada ajuda a aumentar a produtividade da economia, alm de contribuir para a acelerao de desenvolvimento e para a introduo de tecnologias e produtos superiores e mais modernos. (Adaptado de Enciclopdia Compacta de Conhecimentos Gerais Isto - p.204 e 205) b) A palavra treinada est no feminino singular para concordar com fora. 72- (TRF 2000) Assinale a opo em que h erro gramatical. At fins do sculo passado, movidos(A) a gua(B) havia, nas grandes fazendas, o engenho de caf, o de milho e o de farinha e, ainda, o descascador de arroz, ao lado da grande m(C), que servia para extrair da mamona o azeite, empregados(D) para a iluminao da fazenda e outros misteres(E). (Gilberto Paim, com adaptaes) a) A b) B c) C d) D e) E 73 - (Fiscal de Fortaleza/2003) Assinale o trecho do texto abaixo que foi transcrito de forma gramaticalmente correta. www.pontodosconcursos.com.br 54

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) A razo de ser do desemprego como elemento estrutural do capitalismo, derivam diretamente do antagonismo entre compradores e vendedores da fora de trabalho. b) Aos compradores as empresas capitalistas interessa que haja concorrncia entre os vendedores para que o custo caia; aos trabalhadores, obviamente, interessam o contrrio. c) Relativamente cedo os trabalhadores conquistaram o direito de se unir em sindicatos, o que tornou possvel e provvel a monopolizao da oferta da fora de trabalho. d) A monopolizao do mercado de trabalho, acrescidas das sucessivas conquistas de direitos sociais pelos trabalhadores, tornou o custo do trabalho o preo estratgico da economia capitalista, contraposto taxa de lucro sobre o capital invertido. e) Sempre que a economia se aproxima do pleno emprego isto , quando o exrcito de reserva tende zero quase todos os preos subindo, ameaando o valor real da riqueza financeira. (Itens adaptados de Paul Singer) (TRF 2000) Considere o trecho abaixo, transcrito com erros, para responder s questes 74 e 75.

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As verses anteriores sobre a existncia, no Novo Mundo, de alguma nao de mulheres adversas ao jugo varonil, deviam predispor os aventureiros europeus a acolher, colorindo-as e enriquecendo-as, segundo lhes pediam a imaginao, certas notcias sobre tribos indgenas onde as esposas porfiavam com os maridos na faina guerreira. Foi s beiradas daquele rio-mar, porm, e quando pela primeira vez na histria um bando de espanhis o cursou em sua maior extenso at chegar embocadura, que elas vieram a ganhar corpo. Tendo saido de Quito em 1541, rumo ao imaginrio Pas da Canela, Francisco de Orellana e seus companheiros, foram avisados de que, guas abaixo, no grande rio, se
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achavam amazonas, e que apartadas dele e metida terra adentro estavam as dependncias do chefe Ica, abundantssimas em metal amarelo. Esse ltimo senhorio nunca o viram e nem ouviram falar os expedicionrios. Das amazonas, no entanto, voltaram a ter notcia, quando, mais adiante, lhes advertiram-nos outros ndios do perigo a que se expunham de alcan-las, por serem poucos e elas muitas. (Srgio Buarque de Holanda)

74 - Ocorre erro de concordncia nominal na linha a) 16 b) 19 c) 3 d) 18 e) 25 75 - (TRF 2000) Ocorre erro de concordncia verbal na linha a) 3 b) 11 c) 5 d) 17 e) 24

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CRASE Bom filho ... casa torna


A partir desse adgio, comeamos nossa aula sobre crase. E a, como voc preencheu a lacuna? Com um a? Dois? Um com acento grave? Afinal, o que crase? Isso no nos cansamos de repetir CRASE NO O ACENTO, CRASE O FENMENO!. Portanto, rejeito a forma crasear (arghh....), mesmo j tendo sido registrada nos melhores dicionrios e aceita por tantos professores e gramticos gabaritados. Prefiro usar colocar o acento grave, indicativo de crase ou ocorre crase (fuso) - essa expresso voc vai ler bastante no nosso encontro de hoje. D-se o nome de crase ao encontro de duas vogais iguais e contguas. Na lngua portuguesa, s se registram com o acento grave os encontros da preposio a com outro a, que poder ser um artigo definido feminino, um pronome demonstrativo ou um pronome relativo. COMO ANALISAR A OCORRNCIA DE CRASE? Da mesma forma como voc ensina uma criana a atravessar a rua. Filhinho, voc deve olhar para os dois lados!. Ento aplicamos essa lio anlise de crase devemos olhar para os dois lados. TERMO REGENTE + TERMO REGIDO: De um lado, h um termo regente, que pode ou no exigir uma preposio (e, nesta aula, s nos interessa a preposio a). Do outro lado, h um termo regido, que pode aceitar ou no um artigo definido feminino. Nessa posio de termo regido tambm pode existir um pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s) ou aquilo, um pronome relativo a qual/as quais. Se houver o encontro da preposio a com o outro a, OCORRE A CRASE: os dois viram um s a e recebem o acento grave (`) para indicar essa fuso: . Voltando ao ditado, antes de qualquer coisa, ajuda (e muito) construir a orao na ordem direta Bom filho torna ... casa.. De um lado, o termo regente (verbo tornar) exige a preposio a (tem o mesmo sentido e regncia do verbo retornar Algum torna/retorna a algum lugar.). www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Do outro lado, casa, no sentido de lar, no recebe o acompanhamento do artigo (Quando eu for para casa, avisarei. / Passei o fim de semana em casa.). Esse casa s aceita artigo quando identificado como a casa de algum (Nunca mais piso na casa da minha sogra!) Como o termo regido no aceita o artigo definido, h a ocorrncia de apenas um a , que a preposio exigida pelo termo regente, no ocorrendo crase. Por isso, a construo correta bom filho a casa torna. Em resumo: s haver crase (fuso) se houver dois as regente exigir a preposio a e o termo regido: o termo

for o pronome demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo; for o pronome relativo a qual / as quais; admitir artigo definido feminino (singular ou plural): a(s). Para ter certeza de que a palavra admite o artigo definido feminino, construa uma frase em que essa palavra seja o sujeito e verifique a possibilidade de colocar o artigo antes dela. Exemplo: a palavra escolhida voc: no seria possvel usar o artigo feminino antes desse pronome de tratamento -A voc est linda hoje-, logo no h crase antes de voc. antes de palavra masculina (pois no admite artigo definido feminino por ser masculina); antes de verbo (pois no admite artigo definido feminino mesmo quando substantivado, recebe o artigo masculino e no feminino o ranger, o regressar); antes de pronomes em geral; com exceo dos pronomes possessivos (como veremos adiante) e os enumerados no resumo (demonstrativos a, aquele, aquela, aquilo, e relativos a qual, e seus plurais), todos os demais no admitem artigo definido feminino; antes de substantivos em sentido vago, genrico (no admitem artigo definido feminino por serem vagos, genricos, como no exemplo do adgio); em expresses de palavras repetidas (cara a cara, dia a dia, boca a boca).

Nesse resumo esto vrias daquelas regras de crase. No ocorre crase:

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Existem alguns casos em que o a recebe o acento grave () mesmo no havendo esse encontro de dois as. So os chamados casos especiais: locues femininas, sejam elas adverbiais ( fora, vista), adjetivas ( fantasia, toa), conjuntivas ( medida que, proporo que) ou prepositivas ( espera de, procura de); diante de masculino, em que esteja subentendida a expresso moda de, maneira de (Ele escrevia Machado de Assis., O artilheiro fez um gol Romrio.). Cuidado: em bife a cavalo ou em frango a passarinho no est subentendida essa expresso (no maneira do cavalo ou do passarinho) e, por isso, no leva acento.

Por fim, antes de iniciarmos os comentrios s questes de prova, destacamos dois casos chamados facultativos, explicando onde reside essa faculdade: pronomes possessivos esses pronomes admitem o artigo definido antes de si (Minha mesa est suja ou A minha mesa est suja). Por isso, caso se empregue o pronome possessivo com artigo, desde que o termo regente exija preposio a, haver crase (preposio a + artigo definido feminino + possessivo = sua Refiro-me sua irm.); em se escolhendo no colocar o artigo antes do possessivo, haver somente a preposio e, por isso, no haver a ocorrncia de crase (preposio a + possessivo = a sua - Refiro-me a sua irm.). Alguns autores chamam de um caso facultativo de crase, mas o que ocorre, na verdade, o uso opcional do artigo definido feminino; com a locuo prepositiva at a (que a juno das duas preposies: at + a). Havendo um termo regido que admita o artigo definido, haver crase (at a + a = at Andei at entrada de sua casa.). Essa locuo prepositiva equivale preposio at, que, quando usada na forma simples, no leva fuso de dois as, pois s existe um o artigo (at + a = at a Andei at a entrada de sua casa.). Por isso, alguns falam simplesmente que, com a preposio at, a crase facultativa. Na verdade, o que facultativo o uso da locuo prepositiva at a ou da preposio simples at com a primeira, haver crase (at ); com segunda, no (at a).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A maior parte das questes de crase envolvem o esquema TERMO REGENTE + TERMO REGIDO, como veremos a partir de agora. QUESTES DE PROVA DA ESAF 01 - (TCPR 2002/2003) Monteiro Lobato, ao afirmar que "um pas se faz com homens e livros", por certo indicou o caminho das pedras queles que, descuidadamente, promovem a histria sem a preocupao de seu registro e que, por conseqncia, legam ao p do esquecimento tudo o que foi feito certo ou errado ou deixado de fazer. Os homens fazem a histria. Os livros registram a histria. Sem estes, os exemplos do passado, os conhecimentos tcnicos e cientficos armazenados, o testemunho e as provas colhidas no seriam repassados s geraes futuras, o que comprometeria a chamada evoluo. www.tcparan.gov.br Julgue a assertiva abaixo. e) O emprego do sinal indicativo de crase em queles(l.2) exigido pela regncia do verbo indicou. Item CORRETO. Comentrio. O termo regente indicar exige preposio a. Esse verbo transitivo direto (coisa) e indireto (pessoa), regendo a preposio a (Algum indica alguma coisa a algum.). O termo regido o pronome demonstrativo aqueles. Assim, ocorre a crase dos dois as (preposio + a inicial de aqueles = queles). 02 - (TCPR 2002/2003) Assinale a opo gramaticalmente incorreta. a) As Entidades Fiscalizadoras Superiores tm-se destacado em diversos pases como rgos fundamentais para a consolidao de Estados democrticos e para a busca de implantao de bons governos. b) A atuao das Entidades Fiscalizadoras tem contribudo decisivamente para aumentar a transparncia no setor pblico, para garantir a transparncia das aes governamentais e para melhorar a gesto pblica de forma geral. As instituies de controle so essenciais www.pontodosconcursos.com.br

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI para garantir que mudanas no setor pblico e reformas administrativas visem sempre ao benefcio da sociedade. c) So os auditores governamentais que podem avaliar se agncias pblicas esto atuando com eficincia, se a qualidade dos servios pblicos est sendo melhorada, se as tarefas esto sendo racionalmente divididas entre os funcionrios e se os programas esto atingindo seus objetivos. d) O controle do desempenho governamental foi desenvolvido como complemento auditoria tradicional, assim como a nova gesto pblica adicionou eficcia e efetividade administrativa aos valores burocrticos tradicionais de prudncia e preciso processual. e) Em relao s duas principais vertentes atuais do controle, avaliao de desempenho e o controle de conformidade, no vivel que a primeira venha a substituir integralmente a segunda. Itens adaptados de www.tcu.gov.br Notas da imprensa, 21-11-2002. Gabarito: E Comentrio. No segmento em relao s duas principais vertentes, h, de um lado, o termo regente: a locuo prepositiva em relao a; do outro, o termo regido: vertentes , que aceita artigo definido feminino plural. O encontro desses dois as (preposio + artigo) forma a crase, indicada pelo acento grave. Est correta a acentuao. O erro est na colocao de um acento grave no artigo que acompanha avaliao, por no existir nenhum termo regente que o justifique. Observe que a passagem do item e indica a existncia de duas vertentes atuais do controle do desempenho governamental. Quais so elas? Resposta: a avaliao de desempenho e o controle de conformidade. Esses dois elementos exercem funo explicativa (aposto) em relao ao referente duas principais vertentes. Trata-se de uma enumerao, tanto que, em seguida, o autor comenta a inviabilidade de a primeira (avaliao de desempenho) substituir integralmente a segunda (controle de conformidade). No h nenhuma justificativa para a colocao de um sinal indicativo de crase no primeiro elemento. O erro da questo, portanto, est na acentuao do artigo definido que antecede avaliao. www.pontodosconcursos.com.br 5

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI No item d, est correta a indicao de crase. Termo regente: complemento exige apresenta um complemento a alguma coisa) preposio a (Algum

Termo regido: auditoria tradicional admite o artigo definido feminino. Para confirmar isso, colocaremos essa expresso na funo de sujeito de uma orao. Exemplo: A auditoria tradicional aponta para vrias irregularidades.. Portanto, ocorre crase: O controle do desempenho governamental foi desenvolvido como complemento auditoria tradicional..

03 - (TRF/2000) Assinale a opo em que o fragmento do texto foi transcrito com erro gramatical. a) A receita federal australiana anunciou que os atletas que ganharem bnus de suas respectivas confederaes ou comits nacionais por conquistarem medalhas nos Jogos de Sydney sero obrigados a pagar imposto calculado sobre o valor da premiao. b) Segundo as autoridades locais, o pagamento da taxa ser obrigatrio mesmo que o dinheiro seja entregue ao atleta quando este j tiver retornado a seu pas. c) Em diversos pases, os bnus so considerados uma forma de reembolso por gastos ocorridos durante os treinamentos. d) Autoridades afirmam que esta ser a primeira vez na histria que atletas tero de pagar taxa referente ganhos financeiros derivados sobre sua participao em Jogos. e) Os EUA oferecem US$ 15 mil por medalha de ouro, US$ 10 mil pela prata, e US$ 7,5 mil pelo bronze. A Rssia oferece US$ 100 mil por medalha de ouro. O Comit Olmpico Brasileiro no oferece premiaes em dinheiro. (Folha de S. Paulo, 18/08/2000, p. D5, com adaptaes) Gabarito: D Comentrio. Em relao ao segmento ...atletas tero de pagar taxa referente ganhos financeiros... , fazemos a seguinte anlise: termo regente referente exige a preposio a; termo regido ganho no admite o artigo definido feminino (o ganho). www.pontodosconcursos.com.br 6

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Como s existe um a (preposio), no ocorre crase. 04 - (Analista BACEN/2001) As instituies financeiras esto obrigadas a operar dentro das regras e definies do novo sistema de pagamentos que compreende os servios de compensao de cheques e outros papis, a liquidao de ordens eletrnicas de dbitos e crditos, a transferncia de fundos e outros ativos financeiros, a compensao e liquidao de operaes na Bolsa de Mercadorias e Futuros, incluindo aquelas relativas a derivativos financeiros. Desta forma, conceitua-se o Sistema de Pagamentos Brasileiro como um conjunto de regras, procedimentos, instrumentos de controle e sistemas operacionais que devem funcionar integrados para transferir fundos do pagador para o recebedor. (BANCO HOJE, maro de 2001, p.57, com adaptaes) d) Em relativas a derivativos(l.6) o uso do sinal indicativo de crase facultativo. Item INCORRETO. Comentrio. Na passagem a compensao e liquidao de operaes na Bolsa de Mercadorias e Futuros, incluindo aquelas relativas a derivativos financeiros, verifica-se, de um lado, que o termo regente relativas exige a preposio a. De outro, o termo regido vem sob a forma masculina plural derivativos no admitindo artigo definido feminino. Assim, no existe a possibilidade de ocorrncia de crase por haver apenas a preposio a exigida pelo termo regente. Se houver o emprego de um artigo, ele ser os (relativas aos derivativos). 05 - (Tcnico IPEA/2004) Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale o que apresenta problema de regncia. a) Entre a crise econmica mundial de 1930 e o fim da Segunda Guerra, no espao aberto pela luta entre as Grandes Potncias, o Brasil adotou polticas que acabaram fortalecendo o estado central e a sua economia nacional. b) Sua margem de autonomia, entretanto, foi pequena e curta, e, em 1938, o Brasil j havia se alinhado nova liderana mundial norteamericana.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) Do ponto de vista econmico, contudo, a resposta a crise dos anos 30 obrigou o Brasil a um protecionismo pragmtico, para enfrentar o problema da escassez de divisas. d) Esse procedimento acabou estimulando espontneo de substituio de importaes. um processo quase

e) Um processo embrionrio que deu impulso industrializao, mas que acabou enfrentando limites claros e imediatos, que s foram superados quando a restrio externa deu origem, a partir de 1937/38, a um projeto de industrializao liderado pelo Estado e voltado para o mercado interno. (Adaptado de Jos Lus Fiori Brasil: Insero Mundial e Desenvolvimento) Gabarito: C Comentrio. De um lado, o termo regente respostas exige a preposio a (Algum apresenta uma resposta a alguma coisa.). De outro, o termo regido crise, que admite o artigo definido feminino. O encontro da preposio a com o artigo definido a provoca a crase a resposta crise dos anos 30 obrigou o Brasil... . Observe as seguintes passagens corretamente acentuadas: Opo b) Em O Brasil j havia se alinhado nova liderana mundial norte-americana., o termo regente alinhar-se (verbo principal da locuo verbal) exige preposio a (Algum se alinha a alguma coisa.). O termo regido nova liderana admite o artigo definido feminino. Ocorre crase: j havia se alinhado nova liderana. Opo e) O termo regente dar impulso exige a preposio a (Algum d impulso a alguma coisa.). O termo regido industrializao admite artigo definido feminino. Ocorre crase: deu impulso industrializao. 06 - (ACE/2002) Marque o item sublinhado que impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortogrfico. represente

A democracia, segundo Aristteles, forma de governo. Esse entendimento milenar(A) assim se conservou entre os publicistas(B) romanos e os telogos da Idade Mdia. No discreparam(C) tambm do www.pontodosconcursos.com.br 8

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI juzo aristotlico pensadores polticos do tomo(D) de Montesquieu e Rousseau, presos as heranas(E) clssicas. (Baseado em Paulo Bonavides) a) A b) B c) C d) D e) E Gabarito: E Comentrio. De um lado, o termo regente presos exige a preposio a (Eles esto presos a alguma coisa); de outro, o termo regido as heranas admite artigo definido feminino (As heranas foram apresentadas.). Ocorre crase da preposio a com o artigo definido feminino plural as: presos s heranas. 07- (Agente Tributrio - Piau/2001) Assinale a opo que corresponde a erro. Desde o incio de janeiro, quando foi sancionada a lei que permite ao(1) Executivo usar os dados da Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (CPMF) nas investigaes, o Fisco est apto a(2) ajudar o INSS nas investigaes das entidades filantrpicas. As informaes sobre a CPMF so enviadas a Receita(3) pelas instituies financeiras trimestralmente. Com esse(4) instrumento, possvel verificar se h distores muito grandes entre o faturamento da entidade e a sua movimentao financeira. Nos casos em que(5) o programa de informtica que faz o cruzamento de dados para o Fisco apontar discrepncia, a fiscalizao poder ser iniciada. (Adaptado de Simone Cavalcanti, www.estadao.com.br - 6/2/2001 ) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Gabarito: C Comentrio. Vamos analisar cada um dos termos destacados. 1) O termo regente permitir exige a preposio a (permitir algo a algum); o termo regido Executivo admite artigo definido masculino forma-se ao - correto; 2) O termo regente apto exige a preposio a (Algum est apto a alguma coisa.); o termo regido ajudar um verbo e no admite artigo definido feminino. Portanto, no ocorre crase: est apto a ajudar correto; 3) O termo regente enviar exige a preposio a (Algum envia algo a algum.); o termo regido Receita admite o artigo definido feminino (A Receita divulga o ltimo lote de restituio.). Por isso, ocorre crase: As informaes ... so enviadas Receita ... Esse o item incorreto. 4) O pronome demonstrativo est se referindo a alguma informao que j foi dada (pertence ao passado do texto), por isso requer a forma esse. O emprego de pronomes demonstrativos em relao ao texto (referncia anafrica) ser objeto de aula especfica (aula sobre conectivos). 5) O pronome relativo que substitui casos. Em uma outra estrutura, teramos nesses (= em + esses) casos, o programa .... Percebe-se a necessidade do emprego da preposio em, ento a forma est correta: nos casos em que o programa.... (TTN/1997) O texto que se segue serve de base para as questes 08 e 09: Existem duas formas de operao marginal: a que toma a classificao genrica de economia informal, correspondente a mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB), e a representada pelos trabalhadores admitidos sem carteira assinada. Ambas so portadoras de efeitos econmicos e sociais catastrficos. A atividade econmica exercida ao largo dos registros oficiais frustra a arrecadao de receitas tributrias nunca inferiores a R$50 bilhes ao ano. A perda de receita fiscal de tal porte torna precrios os programas governamentais para atendimento demanda por sade, educao, habitao, assistncia previdenciria e segurana pblica. Quanto aos trabalhadores sem anotao em carteira, formam um colossal conjunto de excludos. Esto margem de benefcios sociais garantidos pelos direitos de cidadania, entre os quais vale citar o acesso www.pontodosconcursos.com.br 10

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI aposentadoria, ao seguro desemprego e s indenizaes reparadoras pela despedida sem justa causa. De outro lado, no recolhem a contribuio previdenciria, mas exercem fortes presses sobre os servios pblicos de assistncia mdico-hospitalar. A reforma tributria poder converter a expresses tolerveis a economia informal. A reduo fiscal incidente sobre as micro e pequenas empresas provocar, com certeza, a regularizao de grande parte das unidades produtivas em ao clandestina. E a adoo de uma poltica consistente para permitir o aumento do emprego e da renda trar de volta ao mercado formal os milhes de empregados sem carteira assinada. preciso entender que o esforo em favor da insero da economia no sistema mundial no pode pagar tributo ao desemprego e marginalizao social de milhes de pessoas. (Correio Braziliense - 13.7.97) 08 - (TTN/1997) Julgue a assero abaixo, em relao aos aspectos gramaticais do texto. b) As expresses aposentadoria, ao seguro desemprego e s indenizaes(l.14-15) poderiam ser substitudas por a aposentadoria, a seguro desemprego e a indenizaes e o texto continuaria correto. Item CORRETO. Comentrio. O trecho objeto de anlise : Quanto aos trabalhadores sem anotao em carteira, formam um colossal conjunto de excludos. Esto margem de benefcios sociais garantidos pelos direitos de cidadania, entre os quais vale citar o acesso aposentadoria, ao seguro desemprego e s indenizaes reparadoras pela despedida sem justa causa. De um lado, o termo regente acesso exige a preposio a (Algum tem acesso a alguma coisa/algum lugar.); do outro, os termos regidos so vrios elementos, que admitem artigo definido: a aposentadoria, o seguro desemprego, as indenizaes. Quando usados em sentido genrico, os substantivos no admitem artigo (Aposentadoria no setor pblico um dos temas mais discutidos pelos analistas previdencirios. / A concesso de seguro desemprego tem sido objeto de fraudes.). www.pontodosconcursos.com.br 11

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI De acordo com a proposta do item b, esses vocbulos seriam usados em sentido genrico. Por isso, retira-se o artigo de cada um dos elementos, mantendo apenas a preposio exigida pelo termo regente - a aposentadoria, a seguro desemprego e a indenizaes. Est correta essa proposio. 09 - (TTN/1997) Julgue a assero abaixo, em relao aos aspectos gramaticais do texto. c) Em converter a expresses tolerveis (l.18) o uso de sinal indicativo de crase opcional. Item INCORRETO. Comentrio. De um lado, o termo regente converter exige a preposio a (Ele se converteu ao kardecismo.); de outro, o termo regido expresses tolerveis est sendo utilizado em sentido genrico, no admitindo, portanto, artigo definido. Por isso, no h possibilidade de ocorrncia de crase. 10 - (AFPS/2002) A entrada dos anos 2000 tm trazido a reverso das expectativas de que haveria a inaugurao de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Os resultados das cpulas mundiais alimentaram esperanas que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis. Contudo, o movimento que se observa em nvel mundial sinaliza perdas que ainda no podemos avaliar. O recrudescimento do conservadorismo e de prticas autoritrias, efetivadas sombra do medo, tem representado fonte de frustrao dos ideais historicamente buscados. (Roseli Fischmann, Correio Braziliense. 26/08/2002, com adaptaes) Julgue a assertiva abaixo, em relao aos elementos do texto. IV. Para que o texto fique gramaticalmente correto, obrigatria a insero do sinal indicativo de crase em a qualidade(l.5). Item INCORRETO. www.pontodosconcursos.com.br 12

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Comentrio. O segmento ora analisado ... novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis. De um lado, o termo regente referentes exige a preposio a (Uma coisa referente a outra.). De outro, h como termo regido um sintagma nominal de sentido genrico qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis (Qualidade de vida o que buscam as pessoas que vo para o interior). Note que nenhum dos elementos (qualidade de vida / relacionamento humano) est acompanhado de artigo definido. Por apresentar sentido vago, no se admite o emprego de um artigo definido feminino antes do primeiro. O que existe somente a preposio a, no devendo ser acentuada em virtude da no ocorrncia de crase. Por isso, considera-se INCORRETA a afirmao de que obrigatria a insero do sinal indicativo de crase em a qualidade.. Ao contrrio. proibida a colocao desse acento, uma vez que no ocorre crase em novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis.. Mesmo no sendo o assunto dessa aula, no podemos deixar de comentar o erro de concordncia verbal logo no primeiro perodo do texto: A entrada dos anos 2000 tm trazido.... O ncleo do sujeito entrada e com ele o verbo auxiliar da locuo verbal deve concordar tem trazido. 11 - (Fiscal de Fortaleza/2003) A crtica ao desenvolvimento no contexto da globalizao capitalista que ele est centrado na iluso de que o crescimento econmico pode ser ilimitado, que ele e ser sempre sinnimo de mais empregos, bem-estar e felicidade, e isso para toda a humanidade. A histria de quinhentos anos de capitalismo e de todo sistema centrado no produtivismo e no consumismo tem comprovado que essa noo equivocada; tem sido motivo de frustrao para a maioria da populao trabalhadora e fator de sistemtica destruio do meio ambiente. Questiona-se tambm o fato de o crescimento capitalista no estar centrado nas necessidades, aspiraes e recursos dos povos e naes, mas na propenso ao consumo daqueles indivduos e pases que tm poder de compra. Em conseqncia, quanto mais se produzem e se acumulam riquezas, maior o nmero das pessoas, coletividades e pases www.pontodosconcursos.com.br 13

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI excludos daquele crescimento, daquela acumulao e, portanto, do direito vida, ao trabalho e ao desenvolvimento. (Sandra Quintela e Marcos Arruda) Julgue a proposio abaixo, em relao aos aspectos gramaticais do texto. e) Conforme a norma escrita culta, ao se eliminar o sinal indicativo de crase antes de vida, antes de trabalho e de desenvolvimento (l.15) o emprego dos artigos definidos obrigatrio. Item INCORRETO. Comentrio. A passagem a ser analisada : Em conseqncia, quanto mais se produzem e se acumulam riquezas, maior o nmero das pessoas, coletividades e pases excludos daquele crescimento, daquela acumulao e, portanto, do direito vida, ao trabalho e ao desenvolvimento. Antes da anlise em relao ao acento grave, observe a correta conjugao verbal em voz passiva dos verbos produzir e acumular. Por serem transitivos diretos (Algum produz alguma coisa / Algum acumula alguma coisa) e estarem acompanhados do pronome se, formam voz passiva. Como o sujeito est representado por riquezas, os verbos com ele concordaram se produzem e se acumulam riquezas. Analisemos agora o emprego do sinal indicativo de crase. De um lado, o termo regente direito exige preposio a (Algum tem direito a alguma coisa.). De outro, os termos regidos admitem artigo definido a vida, o trabalho, o desenvolvimento. De acordo com a proposta do item e, eliminar-se-ia o sinal indicativo de crase antes de vida (direito a vida) e, com isso, o substantivo estaria sendo usado em sentido genrico restaria somente a preposio a, exigncia do termo regente direito. Contudo, na seqncia da sugesto, o examinador afirma que, eliminando-se o acento em vida, os artigos antes dos vocbulos masculinos seriam obrigatrios. A reside o erro. O que se elimina, ao usar um substantivo em sentido genrico, o artigo definido. A preposio se mantm obrigatoriamente em virtude da exigncia de outro elemento o termo regente. www.pontodosconcursos.com.br 14

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Assim, respeitando-se o paralelismo sinttico (ou seja, o que se fizer com um elemento deve-se fazer com todos os demais de mesma funo sinttica no perodo), assim ficaria: ... do direito a vida, a trabalho e a desenvolvimento, com a preposio, sozinha, antes de cada elemento, ou ... do direito a vida, trabalho e desenvolvimento, com a preposio antecedendo apenas o primeiro elemento da srie.

Mantm-se, portanto, a preposio e retiram-se os artigos definidos. 12- (TRF/2003) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical ou de grafia das palavras. O Tribunal de Contas da Unio, por meio do(1) Acrdo(2) n 1.137, de 13 de agosto de 2003, apresentou o resultado de trabalhos de inspeo realizados junto aos rgos Centrais, (3) Delegacia da Receita Federal em Braslia e Delegacia Especial de Instituies Financeiras em So Paulo, tendo por objeto avaliar o controle exercido pela Superintendncia da Receita Federal sobre (4) rede arrecadadora de receitas federais. Em diversos trechos de seu relatrio, aquele Tribunal reconhece os benefcios advindos(5) do Projeto de Reestruturao do Controle da Rede Arrecadadora de Receitas Federais - Projeto Nova Rarf. (Adaptado de www. receita. fazenda.gov.br, 10/09/2003) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Gabarito: D Comentrio. O segmento a ser analisado : ... tendo por objeto avaliar o controle exercido pela Superintendncia da Receita Federal sobre rede arrecadadora de receitas federais.. De um lado, o termo regente exercer, construdo na forma nominal de particpio (exercido), j faz uso da preposio sobre, no se admitindo o emprego de outra preposio, no caso a preposio a. Assim, a forma correta seria: sobre a rede arrecadadora. www.pontodosconcursos.com.br 15

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13- (TRF/2003) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical ou de grafia das palavras. A sociedade humana, desde os seus primrdios, soube desenvolver as dimenses essenciais de sua atividade prtica e j por isso o homem pde (1) ser definido como tendo sido, desde a sua origem, um animal tcnico, ou seja, uma criatura afeita fainas(2) da transformao da natureza. Foi a filosofia grega, no entanto, e apenas ela, que conseguiu estabelecer aquelas categorias fundamentais para o desdobramento da tecnologia. No que esse desdobramento estivesse desde sempre(3) na mira daqueles primeiros pensadores gregos. Em verdade(4), a ligao entre esse pensamento das categorias de base e a sua subservincia ao desenvolvimento da tecnologia s viria a manifestarse(5) dois milnios mais tarde. (Adaptado de Gerd Bornheim, Fronteiras da tica, So Paulo: Senac, 2002, p.147) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Gabarito: B Comentrio. De um lado, o termo regente o adjetivo afeito, que exige a preposio a (assim como o seu sinnimo acostumado). De outro, o substantivo faina (trabalho contnuo, lida), por estar no plural fainas - admite o artigo definido feminino plural as fainas. Assim, o encontro da preposio com o artigo produzir afeito s fainas e no afeito fainas. 14 - (Oficial de Chancelaria/2002) Assinale a opo em que o trecho apresenta erro de estruturao sinttica. a) A diplomacia s ser eficiente se tiver uma viso realista do Pas, de seus acertos e de seus problemas. Melhorar as condies da nossa insero internacional um instrumento bsico no processo de transformao qualitativa da sociedade brasileira, ao mesmo tempo em www.pontodosconcursos.com.br 16

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI que essa transformao qualitativa ser uma alavanca fundamental para a melhoria do padro dessa insero externa do Brasil. b) Com a economia mais aberta, conseqncia de um processo de maior exposio competio internacional em benefcio dos consumidores brasileiros e da nossa prpria competitividade, temos melhores condies de buscar e mesmo exigir acesso mais desimpedido ao mercado internacional e prticas leais e transparentes em matria de comrcio, transferncia de tecnologia e investimentos. c) Temos uma agenda interna mais definida, com a ateno posta no crescimento e a busca de maior eqidade social, na qual as reformas assumem prioridade porque tm uma funo cumprir na consolidao da estabilidade e na retomada do crescimento com mais justia social. d) Nossos compromissos em matria de direitos humanos, proteo ambiental, combate criminalidade e ao narcotrfico e proteo das minorias do-nos um vigor novo para lidar com uma agenda renovada no plano externo, buscando parcerias, cooperao e dilogo construtivo necessrios para avanar internamente. e) O Brasil mais confivel e tem mais credibilidade internacional, porque soubemos, em tempo hbil e sem comprometer princpios ou sacrificar vises de longo prazo em favor de benefcios conjunturais duvidosos, fazer as alteraes de poltica que melhor respondiam s mudanas em curso no mundo, no nosso Continente e no prprio Pas. E essas alteraes prosseguiro, reforando nosso capital poltico e nosso instrumental de atuao internacional. (Adaptado de www.planalto.gov.br - Mensagem ao Congresso Nacional) Gabarito:C Comentrio. No segmento as reformas assumem prioridade porque tm uma funo cumprir..., a preposio que introduz uma orao reduzida de infinitivo (a cumprir) no poderia se juntar a nenhum artigo definido feminino, uma vez que o termo regido um verbo (que no admite artigo definido feminino). Assim, o correto seria: porque tm uma funo a cumprir... simplesmente a preposio a. 15 - (Oficial de Chancelaria/2002) Desde o sculo XIX, a mdia desempenhou papel fundamental na construo de uma esfera pblica de presso social. Sua pluralidade natural de vozes e seu papel fiscalizador sempre foram os sinnimos www.pontodosconcursos.com.br 17

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI mais evidentes do que entendemos por democracia. O fato que o sculo XXI nasceu assistindo a uma estranha metamorfose da mdia. Neste sentido, o caso paradigmtico foi Silvio Berlusconi: o primeiroministro italiano que hoje controla praticamente todo o sistema de comunicaes da Itlia. Graas a ele, lembramos que a mdia, mesmo em sociedades democrticas, pode funcionar como bloqueio discusso poltica por meio de artifcios cada vez mais sutis. Ela no precisa excluir pessoas e idias (como no velho sistema totalitrio). Berlusconi gosta de repetir que suas editoras publicam boa parte dos intelectuais de esquerda que o criticam. Mas ele sabe que h uma geografia da comunicao, ou seja, na mdia, nem todos os espaos se equivalem. Com isso, pode-se regionalizar a crtica, de forma que ela opere em espaos de pouca exposio (cadernos de cultura, livros de pequena tiragem, revistas especializadas). Basta deix-la fora dos espaos miditicos de grande exposio, os quais continuaro repetindo sempre o mesmo raciocnio monoltico e estabelecendo as pautas de discusso. (Vladimir Safatle, Correio Braziliense, 31/03/2002, Pensar, p.8) Em relao s estruturas do texto, julgue a assero a seguir: III. linha 9, seria correta a redao como bloqueio qualquer discusso... Item INCORRETO. Comentrio. De um lado, o termo regente o substantivo bloqueio, que exige a preposio a (Algum aps um bloqueio a alguma coisa.). De outro, na forma originalmente registrada, o termo regido discusso poltica, que admite artigo definindo feminino. H, pois, crase, estando corretamente indicada com o acento grave: bloqueio discusso poltica. Segundo a proposta de substituio do item III, na posio de termo regido, passaria a existir um pronome indefinido a acompanhar o substantivo qualquer discusso. Esse novo termo regido no admite, entretanto, artigo definido feminino. Para termos certeza, colocaremos essa expresso como sujeito de uma orao: Qualquer discusso sobre o assunto incua. Observe que no poderamos empregar o artigo antes de qualquer (A qualquer discusso incua.).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Ento, nessa nova construo, h apenas a ocorrncia da preposio a, exigida pelo termo regente. No ocorre crase e a forma correta seria como bloqueio a qualquer discusso.... 16 - (Procurador BACEN/2002) Julgue as afirmaes a respeito do emprego das estruturas lingsticas do texto. Do ponto de vista do pai de famlia pobre da dcada de 20 ou 30, o Estado aparece como aquele que deve prover os cidados do conforto material mnimo sobrevivncia, na forma de emprego ou de outras condies mais diretas, como moradia, sade ou educao. No se trata de emitir um juzo de valor sobre esta concepo, mas de constatar sua existncia. Necessrio, porm, confrontar isso com o reverso da medalha, ou seja, a poltica estatal em relao a esse tipo de reivindicao, especialmente para o perodo que antecede 1930 e que surge para a historiografia como domnio exclusivo das oligarquias. (Jaime Rodrigues, Crise da primeira repblica: classes mdias e Estado na dcada de 20, com adaptaes) IV. A substituio de esse tipo de reivindicao (l.7-8) por essa reivindicao preservaria a coerncia textual, mas, para manter a correo gramatical da orao, seria necessrio empregar o sinal indicativo de crase no a que antecede a expresso. Item INCORRETO. Comentrio. De um lado, a locuo prepositiva em relao a j apresenta a preposio a. De outro, como termo regido, h um pronome demonstrativo e um substantivo acompanhado de seu complemento (esse tipo de reivindicao). Sugere-se a troca desse termo regido pela construo correspondente essa reivindicao. Contudo, o pronome demonstrativo essa no admite artigo definido. Para confirmar, colocamos a estrutura na funo de sujeito: Essa reivindicao no produz resultados. No se admite: A essa reivindicao no produz resultados.. Assim, h apenas uma preposio a, que faz parte da locuo prepositiva em relao a (em relao a essa reivindicao), no existindo justificativa para o emprego do acento grave.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 17 - (AFRF 2002.2) Julgue a assertiva abaixo, em relao aos seus aspectos gramaticais. e) Portanto, j no basta igualdade formal. tempo de concretizar os direitos fundamentais estabelecidos pela Constituio. preciso buscar a igualdade material, na sua acepo ideal, humanista, que significa acesso a bens da vida. Item INCORRETO Comentrio. Pergunta-se: o que j no basta? Resposta: a igualdade formal. Observa-se, assim, que o sintagma nominal a igualdade formal exerce a funo sinttica de sujeito, no existindo justificativa para o acento grave, uma vez que no existe termo regente que exija preposio a. O a apenas um artigo definido feminino: ... j no basta a igualdade formal. 18 - (AFPS/2002) Identifique o item sublinhado que contenha erro de natureza ortogrfica ou gramatical, ou impropriedade vocabular. Fala-se(A) com arroubo(B) sobre os inesgotveis recursos de novas tecnologias, como o vdeo ou a realidade virtual, mas qualquer reflexo respeito do(C) invariavelmente orbita(D) em torno da matriaprima(E) desta pgina o texto. (Paul Saffo, com adaptaes) a) A b) B c) C d) D e) E Gabarito: C Comentrio. Essa questo trata de um dos casos especiais locues femininas, sejam elas adverbiais, prepositivas, adjetivas ou conjuntivas, recebem acento grave. www.pontodosconcursos.com.br 20

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Acentuam-se as locues femininas. A locuo prepositiva a respeito de tem em seu ncleo um substantivo masculino, no sendo, portanto, acentuada a respeito de. Esto corretos todos os demais itens, cabendo comentrios em relao aos seguintes: (B) arroubo = xtase, encanto; (D) orbita = conjugao do verbo orbitar = girar (eu orbito, tu orbitas, ele orbita...) sentido conotativo do verbo. Alm do erro de crase na locuo prepositiva (C), parece que faltou algum elemento regido por ela na seqncia: mas qualquer reflexo respeito do (... ? ...) invariavelmente orbita em torno da matria-prima desta pgina o texto. Pergunta-se: reflexo a respeito do qu? Ficou faltando algo, causando prejuzo na coeso textual e, por conseqncia, em sua coerncia. 19 - (Fiscal de Fortaleza/1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Geograficamente, a regio entre o Parnaba, o Tocantins e o So Francisco pertencem(A), em grande parte, a (B) Pernambuco, mas a histria prende-a (C) Bahia. Foram baianos que, procurando terrenos apropriados criao de gado, passaram (D) Serra do Espinhao, e favorecidos pelas catingas decduas, chegaram ao rio de So Francisco, espontando(E) todos os rios secos que retalham Pernambuco, Paraba, Rio Grande do Norte e Cear. (Capistrano de Abreu, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E Gabarito: A (concordncia) Comentrio. A opo incorreta (gabarito da questo) envolvia um aspecto de concordncia, j objeto de comentrio na aula correspondente (questo 41 da aula 4). Hoje, nos interessa falar sobre crase antes de topnimos, assunto que foi explorado nos itens corretos. www.pontodosconcursos.com.br 21

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Em concordncia nominal, vimos o uso de artigo definido antes de nomes de lugares, como em os Estados Unidos (a partir da questo 58 da Aula 4). Se o topnimo for feminino, ou seja, se aceitar um artigo definido feminino antes do nome do lugar, e houver um termo regente a exigir a preposio, haver a ocorrncia de crase. Para confirmar o emprego do artigo feminino, plenamente vlido o teste com o verbo morar Eu morei na (em + a) Bahia. Ento Bahia um topnimo que aceita o artigo definido feminino. Assim, na construo Eu fui Bahia, h crase por existir, como termo regente, o verbo ir, que exige preposio a, e no termo regido o substantivo Bahia, que aceita artigo definido feminino. Aplica-se, portanto, a regra geral de anlise termo regido - termo regente. Por isso, est correto o item (C): o termo regente prender (Algum prende uma coisa a outra), que exige a preposio a; o termo regido o substantivo Bahia, que, como vimos, aceita o artigo definido feminino. Assim, encontram-se a preposio a e o artigo a a histria prende-a Bahia. Tambm esto corretas as seguintes opes: - (B) O topnimo Pernambuco masculino e, portanto, no admite o artigo definido feminino, que seria necessrio para a ocorrncia de crase. Portanto, est correta a forma ... pertencem, em grande parte, a Pernambuco.. - (D) O termo regente passar, que, no sentido de ir, transitivo indireto, exigindo a preposio a. O termo regido Serra do Espinhao. Vamos ao teste do morar para saber se este sintagma aceita artigo Eu morei na Serra do Espinhao. Sim, aceita o artigo definido feminino. Por isso, est correta a forma ... passaram Serra do Espinhao. 20 - (TTN/1998) Identifique o item sublinhado que contm erro de natureza ortogrfica ou gramatical ou impropriedade vocabular, e marque a letra correspondente. S uma visita (A) Cuba, a ilha comunista encravada no calcanhar dos Estados Unidos, poderia ter levado uma viagem de Joo Paulo II de volta s(B) manchetes com grande destaque. Numa ressurreio do interesse despertado pelas primeiras viagens pontifcias, quando desafiou o imprio vermelho na Polnia e rezou missa em grotes do Terceiro Mundo, o desembarque do Papa em Havana esteve envolto na mstica de ser um desses momentos histricos, carregados de www.pontodosconcursos.com.br 22

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI promessas. A Igreja sofre restries em Cuba, que j foi um pas catlico e hoje conta com um nmero insignificante de seguidores da palavra de Roma, mas o Papa no foi (C) ilha para passar um sermo pblico em Fidel Castro. Aos 71 anos e sade debilitada, o comandante Fidel no tem sucessor (D) altura de seu carisma e o mundo do pscomunismo torna impensvel a manuteno do regime cubano, tal como sobrevive hoje, depois que Fidel for prestar contas a(E) Marx. (Veja - 28/1/98, adaptado) a) b) c) d) e) A B C D E

Gabarito: A Comentrio. Mais uma questo envolvendo topnimo. Desta vez, Cuba. Vamos ao teste? Eu morei em Cuba. Esse substantivo no admite artigo definido. Logo, est incorreto o acento grave do item (A), devendo a forma correta ser: S uma visita a Cuba.... Com relao comentrios: aos demais itens corretos, cabem os seguintes

(B) O termo regente de volta rege preposio a (Algum est de volta a algum lugar.). O termo regido manchetes admite artigo definido feminino. Assim, ocorre a contrao dos dois vocbulos, formando s: ... de volta s manchetes .... (C) O termo regente ir exige a preposio a (Algum vai a algum lugar). O termo regido ilha aceita artigo definido feminino. Ocorre crase: ... o Papa no foi ilha ... (D) A locuo prepositiva feminina altura de recebe acento grave sem que haja necessidade da anlise termo regente-termo regido. um dos casos especiais. (E) O termo regente prestar contas exige preposio (Algum presta contas a outrem). O termo regido um nome prprio. S se emprega artigo antes de nomes de pessoas quando se tem uma relao ntima com elas (Soube que a Maria vai se casar.). www.pontodosconcursos.com.br 23

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Mesmo assim, por regionalismo, algumas pessoas omitem esse artigo, mesmo tendo intimidade com o sujeito de quem falam algo. Isso acontece em alguns estados e at mesmo em algumas cidades (em Niteri-RJ freqente a construo Vou casa de Snia). De qualquer forma, quando for nome de uma pessoa clebre, no se admite a colocao do artigo (Os textos de Ceclia Meirelles tocam fundo em nossa alma. / Raquel de Queiroz projetava-se na vida literria do pas aos vinte anos .). Alm de tudo isso, Marx um nome masculino, no podendo de forma alguma ser antecedido de artigo definido feminino ... depois que Fidel for prestar contas a Marx. Por ltimo, um ponto que no foi explorado pelo examinador mas que pode ter deixado muita gente com a pulga atrs da orelha. Na passagem o mundo do ps-comunismo torna impensvel a manuteno do regime cubano, muita gente boa e estudiosa poderia achar que o a mereceria um acento grave, usando o seguinte raciocnio: Alguma coisa impensvel a algum/alguma coisa.. Vamos l: levante a mo na frente do computador quem seguiu esse raciocnio... Acontece que o a antes de manuteno somente um artigo. Essa construo est correta, pois no tem acento mesmo. No existe preposio. Dispondo os termos da orao em outra ordem, iremos analisar a funo sinttica de impensvel: O mundo do ps-comunismo torna a manuteno do regime cubano impensvel. SUJEITO: o mundo do ps-comunismo VERBO: torna (um verbo transobjetivo, ou seja, possui objeto direto e predicativo do objeto direto) OBJETO DIRETO: a manuteno do regime complemento direto, no apresenta preposio) cubano (por ser

PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO: impensvel (refere-se ao objeto direto, mas exigido pelo verbo que, sem esse elemento, teria seu sentido prejudicado o mundo torna a manuteno ... [o qu?]... impensvel.) 21 - (TRF/2000) Assinale a opo em que h erro gramatical. A economia brasileira, na dcada de 30 at a metade da de 40, embora(A) mais pujante(B) que a de alguns pases vizinhos, poderia igualmente classificar-se como dbil. Aquela altura(C) a indstria nacional produzia quase que s bens de consumo. Apesar www.pontodosconcursos.com.br 24

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI de o(D) Brasil dispor(E) das maiores reservas mundiais do melhor minrio de ferro, s em virtude da Segunda Guerra Mundial, sob gigantesco esforo, foi possvel construir a Companhia Siderrgica Nacional. (Sylvio Wanick Ribeiro, com adaptaes) a) b) c) d) e) A B C D E

Gabarito: C Comentrio. Mais um caso especial de crase, em que no se necessita aquela anlise de termo regente termo regido. Nesse caso, a acentuao se justifica pelo fato de o vocbulo apresentar valor circunstancial, exercendo na orao a funo sinttica de adjunto adverbial (quela altura / naquela altura / quela hora / naquela hora). Normalmente, vocbulos de valor adverbial, como esses, so introduzidos por uma preposio. Perceba que, se trocssemos o aquela pelo esta, ficaria: a esta altura / a esta hora. Por esse motivo, deve ser acentuado quela altura. 22 - (TCE ES/2001) A parte racional e a parte irracional da alma esto em permanente conflito e contradio uma com a outra. Se a virtude no pertence apenas ao mundo da razo e no , portanto, uma cincia una, invarivel, absoluta, ela pode ser mltipla, mutante e at mesmo falsa. Mais ainda: se as virtudes esto relacionadas com as aes e as paixes, conforme afirma Aristteles, estes movimentos e estas paixes so um dado da natureza humana. No em razo daquilo que sentimos que somos julgados bons ou maus. Isso seria um absurdo, pois os sentimentos esto inscritos em nosso aparelho psquico, e no podemos deixar de senti-los. Ningum se encoleriza intencionalmente. Ora, a qualificao bom /mau supe que aquele que assim julga escolheu agir assim. Um homem no escolhe as paixes. Ele no ento responsvel por elas, mas somente pelo modo como faz com que elas se submetam sua ao. deste modo que os outros o julgam sob o aspecto tico, isto , apreciando seu carter. www.pontodosconcursos.com.br 25

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Julgue o item abaixo, em relao estrutura do texto. (Adauto Novaes)

II. O emprego do sinal indicativo de crase em " sua"(l.14) obrigatrio. Item INCORRETO. Comentrio. Qual das duas frases est correta: Minha me uma pessoa maravilhosa. ou A minha me uma pessoa maravilhosa? Resposta: AS DUAS! No s porque ela mesmo maravilhosa (beijo, D.Cllia!) mas, principalmente, porque o artigo antes do pronome possessivo facultativo. Fale bem alto: Meu trauma com Portugus foi superado! ou O meu trauma com Portugus foi superado (repita 20 vezes, em voz alta!!! No estou ouvindo!!!) Viu s? No s resolvemos um (possvel) bloqueio psicolgico (que talvez voc esteja carregando desde a sua 2 srie do 1 grau), como constatamos que, antes de pronome possessivo, o artigo facultativo. Ento, usaremos a nossa tcnica para verificar a ocorrncia da crase: ... faz com que elas se submetam sua ao. O termo regente, o verbo submeter, exige a preposio a (Algum se submete a alguma situao). O termo regido (pronome possessivo + substantivo) admite o artigo definido feminino a sua ao. No encontro da preposio com o artigo, haver crase: sua ao. Ocorre que facultativa a colocao desse artigo definido antes do pronome possessivo [(a) sua ao]. Caso no haja artigo, no haver tambm crase, uma vez que o nico a ser a preposio (a sua ao). Essa assertiva, portanto, est INCORRETA ao afirmar que o acento obrigatrio em sua. No. Ele facultativo, porque facultativo o emprego do artigo antes do pronome possessivo. CUIDADO quando houver, em construes com pronomes possessivos, mais de um termo regido. Neste caso, devemos respeitar o paralelismo sinttico, ou seja, o que acontecer com um elemento deve acontecer www.pontodosconcursos.com.br 26

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI tambm com todos os demais que exercem a mesma funo sinttica. Exemplo: Preciso pedir dinheiro ..... minha me. Termo regente pedir exige preposio a Termo regido (a) minha me como o emprego do artigo facultativo, se houver artigo, h crase (pedir dinheiro minha me); se no houver artigo, no h crase (pedir dinheiro a minha me). Assim, a lacuna pode ser preenchida com a ou com . Com dois termos regidos: Preciso pedir dinheiro ..... minha me e ao meu pai. nesse caso, se houve o emprego do artigo antes do segundo elemento (ao meu pai), deve-se empregar tambm no outro ( minha me), j que ambos exercem a mesma funo sinttica: Preciso pedir dinheiro minha me e ao meu pai. A lacuna, agora, s poderia ser preenchida com . Caetano Veloso disse uma vez que ao o masculino de . Esta troca plenamente vlida para anlise: substituir uma palavra no feminino por outra no masculino e verificar se o virou ao. 23 - (ACE/2002) Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando , sem dvida, um dos mais srios, sobretudo porque dele decorrem inmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando j faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no suprimento da rede formal de comrcio, tomando o lugar de produtos legalmente comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilcitas proporcionam, aliados ao baixo risco a que esto sujeitas, favorecem e intensificam a formao de verdadeiras quadrilhas, at mesmo com participao de empresas estrangeiras. So organizaes de carter empresarial, estruturadas para promover tais prticas nos mais variados ramos de atividade. (Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) Julgue a assertiva abaixo. d) Em a que esto sujeitas(l.7), a admite o uso de sinal indicativo de crase. Item INCORRETO www.pontodosconcursos.com.br 27

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Comentrio. Na passagem aliados ao baixo risco a que esto sujeitas, o pronome relativo que substitui baixo risco (esto sujeitas a baixo risco). Assim, percebe-se que o termo regente da preposio a o adjetivo sujeitas. O termo regido o pronome relativo. Como o pronome relativo no aceita artigo definido feminino antes de si, no ocorre crase, o que nos leva a afirmar que a assertiva est incorreta. 24 - (AFC CGU 2003/2004) O que leva um compositor popular consagrado, uma glria da MPB, a escrever romances? Para responder a essa pergunta, convm lembrarmos algumas caractersticas da personalidade de Chico Buarque de Holanda. Primeiro, a forte presena de um pai que, alm de ser um historiador notvel, era um fino crtico literrio. Depois, o fato de Chico ter se dado conta de que sua genial produo musical no bastava para dizer tudo que ele tinha a nos dizer. No se pode dizer que o que o Chico nos diz nos romances no tem nada a ver com o que ele passa aos seus ouvintes atravs das suas canes. No recm-lanado Budapeste, por exemplo, eu, pessoalmente, vejo um clima de bemhumorada resignao do personagem com suas limitaes, um clima que me parece que encontrei, em alguns momentos, na sua obra musical. Uma coisa, porm, so as imagens sugestivas das canes; outra a complexa construo de um romance. A distncia entre ambas talvez pudesse ser comparada quela que vai das delicadas e rsticas capelas romnicas s imponentes catedrais gticas. Chico Buarque percorreu esse caminho com toda a humildade de quem queria aprender a fazer melhor, mas tambm com a autoconfiana de quem sabia que podia se tornar um mestre romancista. Valeu a pena. A autodisciplina lhe permitiu mergulhar mais fundo na confuso da nossa realidade, nas ambigidades do nosso tempo. A fico, s vezes, possibilita uma percepo mais aguda das questes em que estamos todos tropeando. No caso deste romance mais recente de Chico Buarque, temos um rico material para repensarmos, sorrindo, o problema da nossa identidade: quem somos ns, afinal? (Leandro Konder, Jornal do Brasil, 18/10/2003) Julgue a assertiva abaixo, em relao aos aspectos gramaticais do texto. c) O sinal indicativo de crase em quela que vai das delicadas... (l.15) opcional.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Item INCORRETO. Comentrio. O termo regente comparada, que exige a preposio a (Alguma coisa comparada a outra.). O termo regido est representado pelo pronome demonstrativo aquela. Assim, obrigatria a acentuao do primeiro a do pronome, como indicativo de sua contrao com a preposio a. Esse delicioso texto est repleto de expresses que poderiam suscitar dvidas (vale a pena, nada a ver) e de passagens corretas em relao aos aspectos gramaticais j estudados em nossos encontros (para responder a essa pergunta regncia verbal e crase / uma coisa so as imagens concordncia verbal com o verbo ser). Por isso, acredito que valha a pena l-lo vrias vezes, analisando os aspectos sintticos dos elementos textuais. 25 - (TTN/1998) Marque o texto que contm erro de estruturao sinttica ou de pontuao. a) Os profissionais liberais tm-se mostrado conscientes e dispostos a participar do movimento pela reforma da sociedade. b) Para diminuir a sonegao fiscal, o governo concede anistia a quem apresentar a retificao de sua declarao de renda. c) Cidados e governo colocaram-se frente a frente e finalmente entraram em acordo sobre a reforma tributria. d) Devido a necessidade de tornar a tarefa poltica mais tica e saudvel, tem havido significativa mobilizao. e) O Secretrio solicita a essas pessoas que recorram a profissionais credenciados para obter esclarecimentos.

Gabarito: D Comentrio. A locuo prepositiva devido a tem origem na forma participial adjetiva do verbo dever (devido). Como assim forma participial adjetiva? Vimos que o particpio uma forma nominal que, muitas vezes, exerce a funo que seria prpria de um adjetivo, lembra? Roupa lavada (adjetivo / particpio do verbo lavar), cabelo penteado (adjetivo / particpio do verbo pentear) www.pontodosconcursos.com.br 29

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Na funo adjetiva, a palavra devido (adjetivo / particpio do verbo dever) concorda em gnero e nmero com o substantivo correspondente e rege a preposio a: Sua ausncia devida a problemas de sade foi notada., Muitos acidentes devidos falta de prudncia dos motoristas so registrados nas estradas brasileiras.. Apesar de condenada por diversos puristas, que acham que essa palavra s deve ser empregada na funo adjetiva, a forma prepositiva devido a abonada por ilustres como Celso Luft, sendo constantemente apresentada em questes da ESAF. Quando usado na locuo prepositiva (devido a), o vocbulo devido no se flexiona (pertence ao conjunto de palavras invariveis) Devido aos problemas de sade, ela no veio., Muitos acidentes ocorrem devido falta de prudncia dos motoristas.. A preposio a, que forma a locuo, poder se contrair ao artigo subseqente, no esquema termo regente termo regido, como vimos recorrentemente neste estudo, havendo crase se o termo regido admitir artigo definido feminino (O espetculo foi cancelado devido chuva). Assim, na opo d, o termo regente devido a. O termo regido necessidade, que aceita o artigo definido feminino. Forma-se, ento, crase Devido necessidade de tornar.... Na correta opo c, temos um exemplo de locuo com palavras repetidas: frente a frente, caso em que no se coloca acento. Foi mencionado no incio do nosso estudo de hoje. QUESTES DE CRASE COM LACUNAS A partir de agora, veremos a forma mais comum com que a ESAF explora esse assunto questes com lacunas. Muitas vezes o candidato consegue identificar a resposta correta sem ter de preencher todas as lacunas. Uns preferem observar se, em algum dos itens, h uma lacuna cujas opes sejam totalmente divergentes nas alternativas. Resolvendo-se corretamente esta lacuna, acerta-se a questo de prova sem perda de tempo. Outros comeam com as lacunas que apresentam duas ou trs opes iguais, aumentando, assim, as chances de acertar a resposta a partir da eliminao das incorretas. H tambm a possibilidade de ir preenchendo uma a uma e, aos poucos, eliminando as opes, at que reste apenas uma. Como a prtica leva perfeio, ao fazer vrios exerccios como esses, o candidato desenvolver cada vez mais habilidade para solucionar www.pontodosconcursos.com.br 30

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI questes de crase no menor tempo possvel. Cada um que escolha a melhor maneira. 26 - (AFC SFC/2000) Indique a seqncia que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. A histria nos mostra que o desenvolvimento econmico europeu, ____ partir das navegaes, sempre se fez ____ custa dos territrios ultramarinos. No foram apenas as matrias-primas, destinadas ao consumo ou ____ produo que o financiaram, mas tambm o capital propriamente dito, fruto dos lucros e resultado do saqueio da natureza virgem. Hoje, a biotecnologia abre grande perspectiva ___ um pas como o Brasil, de ricos bancos genticos. O nosso territrio foi dos primeiros ____ ser saqueado em sua riqueza vegetal. necessrio impedir que os produtos da flora e da fauna nos sejam roubados, como roubados fomos no passado. No entanto, o governo est empenhado em aprovar uma proposta de emenda ____ Constituio que facilitar a entrega de nossos recursos biolgicos ____ estrangeiros. (Mauro Santayana, Correio Braziliense, 25/10/2000, com adaptaes) a) b) c) d) e) a, a, a, , , , a, , a, , , , , a, a, a, a, , , , a, a, a, , a, , a, , a, , a a a a

Gabarito: A Comentrio. Iremos analisar lacuna por lacuna. 1) a partir de locuo prepositiva masculina no meio da locuo h um verbo e, antes de verbo, no h artigo (se for substantivado, recebe artigo masculino o partir do navio). S se acentuam as locues femininas ( procura de, espera de) - ... A partir das navegaes.... 2) custa de esta, sim, uma locuo prepositiva feminina, que deve receber acento grave ... custa dos territrios.... 3) de um lado, o termo regente destinadas exige preposio a (destinadas a); do outro, o termo regido admite artigo definido feminino (a produo). Portanto, ocorre crase: ... destinadas produo...; www.pontodosconcursos.com.br 31

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 4) de um lado, o termo regente abrir perspectiva exige a preposio a ; de outro, o termo regido o substantivo masculino pas, que j est acompanhado de um artigo indefinido (um pas). No se admite a colocao de um artigo definido feminino e, em virtude disso, no ocorre crase: abre perspectiva A um pas como o Brasil; 5) a preposio inicia uma orao reduzida de infinitivo e antes de verbo no pode haver artigo definido feminino. Por isso, o nico a que existe a preposio: ... foi dos primeiros A ser saqueado... 6) de um lado, o termo regente emenda exige a preposio a (emenda a alguma coisa); de outro, o substantivo Constituio (termo regido) admite o emprego de um artigo definido feminino (como sujeito, teramos A Constituio tem sido alvo de crticas.). Ocorre crase da preposio a com o artigo definido a = uma proposta de emenda Constituio; 7) de um lado, o termo regente entrega exige a preposio a (entrega de alguma coisa a algum); de outro, o termo regido um substantivo masculino plural empregado de forma genrica estrangeiros que no admite artigo definido feminino. Portanto, no ocorre crase: facilitar a entrega de nossos recursos A estrangeiros. Assim, a ordem de preenchimento ser: a, , , a, a, , a. 27 - (Procurador BACEN/2002) O ingresso dos bancos na era digital no se fez, obviamente, sem grandes e continuados investimentos. Slida infra-estrutura, bom trabalho de orientao, as experincias bem-sucedidas de quem no v maiores dificuldades na operao eletrnica vo dissipando _____resistncias dos ainda no-digitalizados. Os clientes adaptam-se ___ novas tecnologias de modos muito distintos. _____ segmentos de pessoas maduras, com mais de 60 anos, nos quais a utilizao da Internet maior do que em segmentos jovens, com menos de 30 anos. Procura-se fornecer o maior nmero de informaes aos clientes, ajudando-os ___ superar as primeiras dificuldades e demonstrando que, nos meios eletrnicos, "o ndice de falhas sistmicas mnimo". Embora metade da populao economicamente ativa brasileira esteja fora do sistema bancrio e este um novo territrio ainda ___ conquistar , ___ marcha da digitalizao para os que j esto dentro do sistema um caminho que no tem volta. (Adaptado de www2.estado.estadao.com.br/edio/especial/bancos) Indique a opo cujos itens completam corretamente as lacunas do texto acima. www.pontodosconcursos.com.br 32

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) b) c) d) e) as as as s s s as s s as H H A H A a a a a a a a a a a

Gabarito: A Comentrio. 1) O verbo dissipar transitivo direto e seu complemento as resistncias dos ainda no-digitalizados. Como o termo regente (dissipar) no exige preposio a, no ocorre crase; h somente o artigo definido feminino plural: vo dissipando as resistncias. 2) O termo regente adaptar exige a preposio a (Algum se adapta a alguma coisa). O termo regido novas tecnologias, que admite artigo definido feminino plural (as novas tecnologias). Ocorre crase: Os clientes adaptam-se s novas tecnologias. 3) Esta lacuna no poderia ser preenchida com A, pois no h termo regente a exigir uma preposio, tampouco o substantivo segmentos admite artigo definido feminino. Preenche-se com o verbo haver (no sentido de existir), que impessoal e, por isso, no se flexiona. H segmentos de pessoas maduras. 4) Inicia-se, a partir do elemento dessa lacuna, uma orao reduzida de infinitivo. Normalmente, emprega-se uma preposio; no caso, a preposio a. Como verbo no admite artigo definido feminino, h apenas a preposio e no ocorre crase ajudando-os a superar. 5) Tal qual a quarta lacuna, essa deve ser preenchida por uma preposio que inicia uma orao reduzida de infinitivo de valor passivo (equivalente a um novo territrio ser conquistado). H somente a preposio, sem acento por no haver crase: um novo territrio a conquistar. 6) ___ marcha da digitalizao ... um caminho que no tem volta.. O substantivo marcha o ncleo do sujeito. No h termo regente que exija uma preposio. Portanto, o nico a um artigo que antecede esse substantivo:A marcha da digitalizao. A ordem correta dos vocbulos : as / s / H / a / a / a . 28 - (AFRF 2002.1) Marque a opo que preenche corretamente as lacunas. www.pontodosconcursos.com.br 33

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Completamente excludos das engrenagens de desenvolvimento da sociedade, os miserveis so reduzidos _____ uma condio subumana. Seu nico horizonte passa ____ ser ____ luta feroz pela sobrevivncia. No lixo do Valparaso, ____ poucos quilmetros de Braslia, ____ gente disputando os restos com os animais. (Fonte: Revista VEJA, edio 1735) a) , a, a, h, h b) a, , h, a c) a, a, a, a, h d) , a, a, , h e) a, , , h, a Gabarito: C Comentrio. 1) O termo regente reduzidos exige a preposio (Todos foram reduzidos a alguma coisa). O termo regido j apresenta um artigo indefinido (uma), o que impede a colocao de um outro artigo. No ocorre crase: os miserveis so reduzidos a uma condio subumana. 2) No meio de uma locuo verbal pode haver uma preposio passa a ser, no existindo a possibilidade de emprego de artigo que justifique a acentuao. 3) O termo regente a locuo verbal passa a ser, cujo verbo principal (ser) no exige preposio. Por isso, antes do termo regido luta, h somente artigo definido: Seu nico horizonte passa a ser a luta feroz pela sobrevivncia. 4) Quando houver indicao de distncia ou de tempo futuro (Eu moro a dez metros da farmcia./ Eu moro a vinte minutos do centro. / A dois meses do incio do curso, ele cancelou sua inscrio.), usa-se a preposio a. O termo que se segue (poucos) no admite artigo definido feminino. Portanto, apenas existe, nessa construo, uma preposio: a poucos quilmetros de Braslia. 5) Nessa lacuna, deve-se empregar o verbo existir ou haver. O segundo verbo, por ser impessoal, no se flexiona: h gente disputando os restos com os animais. A ordem correta, portanto, a / a / a / a / h

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 29 - (Fiscal do Par/2002) Assinale a opo que preenche as lacunas de forma gramaticalmente correta. No que diz respeito ____ taxa de inflao, ainda que os resultados estejam longe da meta (mais de 7% ante ____ meta de 4%), preciso reconhecer que diante dos acontecimentos de 2001 no se trata de um mau resultado. Todos sabemos que os choques de oferta no se prestam ____ ser controlados facilmente pela manipulao da taxa de juros e que freqentemente, quando ocorre um choque melhor encontrar um caminho mais longo para retornar ____ meta do que forar uma volta rpida com maiores custos em matria de crescimento. (Antonio Delfim Netto) a) a a b) a a c) a a d) a a a a e) a a a Gabarito: A Comentrio. 1) O termo regente dizer respeito exige a preposio a (Isso no diz respeito a voc.). O termo regido taxa admite o artigo definido feminino. Ocorre crase: No que diz respeito taxa de inflao. 2) A preposio ante, que equivale a perante, o termo regente e no aceita a preposio a (Ante a negativa / Ante o infortnio / Ante as explicaes). Por isso, no ocorre crase: mais de 7% ante a meta de 4%. 3) Antes de verbo no h artigo feminino. O que existe a somente a preposio a exigida pelo termo regente prestar (Isso se presta a alguma coisa) prestam a ser controlados. 4) O termo regente retornar exige preposio (Alguma coisa retorna a algum lugar/alguma situao). O termo regido admite o artigo definido feminino. Ocorre crase: para retornar meta. A ordem : / a / a / 30 - (AFC STN/2002) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. www.pontodosconcursos.com.br 35

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A substituio da conta Movimento do Governo no Banco do Brasil pela Conta nica do Tesouro no Banco Central, em 1988, contribuiu para que ____ administrao e o controle das finanas federais estivessem associados ____ execuo financeira das unidades gestoras. A implantao da Conta nica eliminou mais de cinco mil contas bancrias governamentais, permitindo o controle mais eficaz do fluxo de caixa do Governo. Paralelamente, ocorreu ____ unificao dos oramentos, eliminando-se o oramento monetrio e, por conseguinte, atrelando os gastos governamentais _____ prvia autorizao do Congresso Nacional. Ainda ao final dos anos 80, o Tesouro Nacional assume as atividades relativas aos Programas de Fomento ____ Agricultura e ____ Exportaes, transferidos do Banco Central, assim como das atividades relativas ao planejamento e administrao da Dvida Mobiliria Interna. (Trecho adaptado de http://www.stn.fazenda.gov.br) a) / / a / / a / as b) a / / a / / / s c) a / a / / / / a d) / a / a / a / a / e) a / a / / a / / as Gabarito: B Comentrio. 1) Os vocbulos administrao e controle exercem a funo sinttica de ncleos do sujeito composto e, por no haver termo regente a exigir preposio, h apenas artigo antes dos substantivos (como em o controle). A administrao e o controle. 2) O termo regente associados exige preposio a. O termo regido execuo admite artigo definido feminino. Ocorre crase, ento: associados execuo financeira. 3) A expresso unificao dos oramentos o sujeito de ocorreu, e, assim como na primeira lacuna, no existe preposio, s artigo definido: ocorreu a unificao dos oramentos. 4) O termo regente atrelar transitivo direto e indireto, exigindo a preposio a (Atrelar uma coisa a outra). O termo regido prvia autorizao aceita artigo definido feminino. Ocorre crase: atrelando os gastos governamentais prvia autorizao do Congresso Nacional. www.pontodosconcursos.com.br 36

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 5 e 6) Essas duas lacunas devero ser tratadas de forma idntica por exercerem a mesma funo sinttica complemento ao substantivo fomento. O termo regente fomento exige preposio a; os termos regidos agricultura e exportaes admitem artigo definido feminino, respectivamente no singular e no plural. Assim, ocorre crase: Programas de Fomento Agricultura e s Exportaes. Em respeito ao paralelismo sinttico, no poderia ser dado um tratamento diferente a cada um dos elementos, como sugerem as opes c (preposio com artigo no 1 elemento e somente preposio no 2), d (somente preposio no 1 e preposio com artigo no singular no 2) e e (preposio com artigo no 1 e somente artigo no 2). Tampouco poderia ser omitida a preposio, como ocorre na opo a (somente artigo nos dois elementos). Por isso, se comessemos por esta ltima lacuna, j saberamos que a nica opo correta a de letra b. 31 - (AFC CGU 2006) Assinale a substituio gramaticalmente correto.

necessria

para

que

texto

fique

O estudo da FGV atribuiu a queda da pobreza ao crescimento econmico do pas e listou fatores como estabilidade da inflao, reajuste do salrio mnimo, recuperao do mercado de trabalho, aumento da gerao de empregos formais e, ainda, o aumento da presena do Estado na economia, com uma maior transferncia de renda para a sociedade. O aumento da taxa de escolarizao da populao tem sido fundamental para a reduo da desigualdade entre ricos e pobres. E h uma nova gerao de programas sociais que est fazendo a sociedade brasileira enxergar que preciso dar mais quem tem menos, e entre os exemplos esto o Programa Bolsa-Famlia e o Programa de Aposentadoria Rural. A cobertura desses dois programas alcana os bolses de pobreza das zonas mais distantes dos grandes centros, reduzindo bastante a misria no pas. (Trecho adaptado de Em Questo, Subsecretaria de Comunicao Institucional da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, n. 379, Braslia, 30 de novembro de 2005) a) a queda(l.1) por queda b) como(l.2) por tais como c) o aumento(l.4) por a ampliao www.pontodosconcursos.com.br 37

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) tem sido(l. 6) por vem sendo e) quem(l.9) por a quem Gabarito: E Comentrio. O termo regente dar , no contexto, um verbo transitivo indireto. O objeto indireto (pessoa) representado por quem tem menos. O termo regido iniciado pelo pronome indefinido quem, que no admite artigo definido feminino. Assim, para a correo do perodo, deve-se eliminar o acento grave, pois h apenas a preposio e, portanto, no houve a ocorrncia de crase. Vamos comentar a proposio da letra a, que tambm aborda o assunto da aula de hoje. O verbo atribuir, no perodo, apresenta transitividade direta e indireta (Algum atribui algo a outrem). O estudo da FGV [sujeito] atribuiu a queda da pobreza [objeto direto] ao crescimento econmico do pas [objeto indireto]. No h, portanto, justificativa para o emprego de um acento grave antes da expresso a queda da pobreza, uma vez que esse complemento se liga ao verbo sem preposio. 32 - (AFC CGU 2006) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio no Brasil, o presidente Luiz Incio Lula da Silva lanou o Prmio ODM BRASIL. A iniciativa do governo federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e o Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai selecionar e dar visibilidade __1___ experincias em todo o pas que esto contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio (ODM), como __2__ erradicao da extrema pobreza e __3__ reduo da mortalidade infantil. Os ODM fazem parte de um compromisso assumido, perante __4__ Organizao das Naes Unidas, por 189 pases de cumprir __5__ 18 metas sociais at o ano de 2015. (Em Questo, Subsecretaria de Comunicao Institucional da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, n. 390, Braslia, 06 de janeiro de 2006) 1 2 3 4 5 38

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) b) c) d) e) a as s a as a a a a a a a a a s as s as s

Gabarito: D Comentrio. 1 lacuna: O termo regente dar transitivo direto e indireto, regendo a preposio a antes do objeto indireto; o termo regido experincias, usado de maneira genrica, no admite o artigo definido feminino plural (como em: Experincias em todo o pas contribuem...). Portanto, no h crase: dar visibilidade a experincias em todo o pas. 2 lacuna: Aps a conjuno como, que inicia a enumerao das experincias que esto contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio, no pode haver a preposio a, uma vez que no h termo regente algum que justifique esse emprego. O a que preenche essa lacuna o artigo definido que antecede o substantivo erradicao. No h crase: como a erradicao da extrema pobreza. 3 lacuna: O mesmo acontece nessa lacuna. H apenas um artigo definido feminino antes do substantivo: [como] a reduo da mortalidade infantil. 4 lacuna: A preposio perante dispensa o emprego de outra preposio (perante algo). Assim, a lacuna ser preenchida com o artigo definido que acompanha Organizao das Naes Unidas, vocbulo que admite esse determinante (faa o teste, colocando essa expresso como sujeito de uma orao, por exemplo: A Organizao das Naes Unidas estabeleceu como meta...). Assim, o perodo ser assim construdo: Os ODM fazem parte de um compromisso assumido, perante a Organizao das Naes Unidas.... 5 lacuna: O verbo cumprir transitivo direto (Algum cumpre alguma coisa). Assim, o complemento no exige a preposio a, havendo apenas o artigo definido feminino plural: por 189 pases de cumprir as 18 metas sociais at o ano de 2015. A ordem ser, ento: a, a, a, a, as.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 33 - (TRF 2006) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. Na prxima reunio de cpula do Mercosul, no fim do ano, os diplomatas esperam sacramentar ___1___ regulamentao para acabar com a burocracia nas aduanas, para a passagem de produtos hoje sujeitos ___2___ alquota zero na tarifa de importao comum. o primeiro passo para estender progressivamente a liberalizao do trnsito de produtos ___3___ outros importados, esses sujeitos a pagamento de tarifas. A maior resistncia ___4___ liberalizao vem do Paraguai, pela dependncia do pas em relao ___5___ receitas das alfndegas 40% do total arrecadado pelo Tesouro local. Os europeus j ofereceram a sua experincia aos pases do Cone Sul, para tentar remover as resistncias e obstculos ___6___ integrao das alfndegas. (Sergio Leo, Valor Econmico,12/09/2005) 1 a) b) c) d) e) a a a 2 a a a 3 a a a 4 a a a 5 as s as as s 6 a a a a

Gabarito: E Comentrio. Vamos analisar lacuna por lacuna: 1) O verbo sacramentar transitivo direto. Por isso, a lacuna ser preenchida somente com artigo definido a. 2) Essa lacuna poderia ser preenchida, indiferentemente, por a ou por . Vamos construir uma orao em que a expresso alquota zero seja sujeito, a fim de verificarmos a necessidade (ou no) do artigo: Alquota zero constantemente confundida com iseno.. Poderia usar o artigo? Sim. A alquota zero estimulou os importadores do produto.. Viu s? Pode ser dispensado ou usado o artigo. Por isso, est correta a indicao da opo e, com a na segunda lacuna. 3) O termo regente liberalizao, h exigncia da preposio a. Como o termo regido outros importados, no poderia haver o

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI emprego de artigo definido a antes dessa expresso. Por isso, no houve acentuao. 4) O termo regente resistncia exige a preposio a; o termo regido admite artigo definido feminino ocorre a crase . 5) A locuo prepositiva em relao a j apresenta a preposio a. O termo regido admite artigo definido feminino plural. Assim, forma-se a crase s. 6) A contrao da preposio a, exigida pelos regentes resistncias e obstculos, com o artigo definido feminino que antecede o substantivo feminino integrao, forma . A ordem , portanto: a, a, a, , s, . 34 (TRF 2006) Os trechos abaixo compem seqencialmente um texto. Assinale a opo em que o segmento est de acordo com as exigncias da norma escrita padro. a) As presses sobre o preo do petrleo se renovam. A cotao do produto voltou subir nos ltimos dias, refletindo, sobretudo, o temor de que, prejudicada pelo impacto dos furaces Katrina e Rita, a capacidade de refino dos EUA se revele insuficiente para atender demanda. b) A alta do petrleo j se estende por um bom tempo. Analistas e instituies, como o FMI, manifestaram vrias vezes surpresa com o fato de que, at o momento, o crescimento da economia global se viu muito pouco afetado pelo encarecimento de um produto to estratgico. c) Alguns fatores capazes de efetivamente atenuar o impacto da alta do petrleo esto presentes. Desde fins da dcada de 70, quando eclodiu a chamada segunda crise do petrleo, houve esforos importantes de economia do combustvel, seja por meio de uma maior eficincia no seu consumo, sejam por meio de sua substituio por outras fontes de energia. d) Com isso e a despeito de certo relaxamento nesse esforo de conservao de energia fssil na dcada de 90, quando o preo do produto chegou nveis bastante baixos , o consumo de petrleo por unidade do PIB mundial caiu muito, comparativamente dcada de 70. e) Ainda assim, a intensidade da alta da cotao e a durao do perodo de petrleo caro justifica as dvidas em relao permanncia do dinamismo da economia mundial. At porque essa alta pode se www.pontodosconcursos.com.br 41

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI estancar, mas, dada a demora para a expanso da oferta, uma queda expressiva e rpida do preo do petrleo no esperada. (Itens adaptados de Folha de S. Paulo, 02/10/2005, Editorial) Gabarito: B Comentrio. O nico item inteiramente correto o de letra b. Duas das quatro opes incorretas apresentam erro de crase. Vejamos: a) Em locues verbais, como ...voltou a subir..., no h justificativa para o emprego do acento grave, uma vez que h apenas a presena de uma preposio. c) O erro foi no emprego da conjuno seja...seja, que se mantm invarivel nas duas ocorrncias ... seja por meio de uma maior eficincia no seu consumo, seja por meio de sua substituio... Assunto da aula sobre Conectivos. d) O segundo erro de crase da questo. Em ...quando o preo do produto chegou nveis bastante baixos..., o termo regente chegar exige a preposio a. Contudo, antes do termo regido nveis, um vocbulo empregado com valor genrico, no plural e masculino, no se poderia empregar artigo definido feminino. Por haver apenas a preposio a, no h crase: o preo do produto chegou a nveis bastante baixos.... e) A orao apresenta um sujeito composto anteposto ao verbo ...a intensidade da alta da cotao e a durao do perodo de petrleo caro..., o que leva o verbo para o plural: justificam. 35 - (TRF 2006) No trecho abaixo, foram inseridos erros no que respeita ao emprego da norma gramatical padro. O ministro da Controladoria Geral da Unio, Waldir Pires, escreveu uma longa carta a Oded Grajew, na qual reconhece que o Brasil ainda carece de aes preventivas no combate corrupo. Diante de uma mquina estatal pouco transparente e que reage as tentativas de publicidade das suas aes, o Pas surpreende-se com os casos de corrupo, e s os descobre quando j so esquemas consolidados e milionrios. Waldir Pires afirma que vem mudando essa realidade. Criou o Portal da Transparncia e o sistema de auditoria por sorteio, estabeleceu convnio para troca de informaes com o Ministrio Pblico, articulouse com a Polcia Federal em diversas operaes que a PF realizou nos ltimos anos. A carta do ministro para Oded, tornada pblica, gerou www.pontodosconcursos.com.br 42

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI uma segunda carta, dessa vez do presidente da Unio Nacional dos Analistas e Tcnicos de Finanas e Controle (Unacon), Fernando Antunes, que reconhece o desejo real da CGU de tornar o Estado brasileiro mais transparente. Conseqentemente admite a existncia de uma queda-de-brao entre setores do governo. Nem a todos interessa a publicidade dos atos governamentais. (Adaptado de Rudolfo Lago, Correio Braziliense 24/10/2005) Analise a alterao proposta: I. Usar o acento grave para indicar ocorrncia de crase na expresso reage as tentativas (l.4). Item CORRETO. Comentrio. O termo regente reagir transitivo indireto, exigindo a preposio a (Algum reage a alguma coisa). O termo regido tentativas admite o artigo definido feminino plural. H crase, devendo ser empregado o acento grave: que reage s tentativas de publicidade.... 36 (Tcnico ANEEL / Abril 2006) Julgue a alterao proposta em relao ao texto abaixo. No a violncia nem as turbulncias da economia e muito menos a sade. A maior preocupao do brasileiro o trabalho. A concluso resultado de uma consulta realizada com 23,5 mil pessoas de 42 pases. Num suposto ranking mundial de pessimismo em relao s oportunidades de trabalho, o brasileiro apareceria nas primeiras posies. Na mdia global, o emprego seguro citado por 21% dos entrevistados, ficando em segundo lugar entre as preocupaes de curto prazo, depois da economia. (Adaptado da Folha de So Paulo, 19 de fevereiro de 2006) V. Retirar o artigo definido antes de oportunidades(l.5), escrevendo apenas . Item INCORRETO Comentrio. At que essa questo no foi das piores, no mesmo? O termo regente a locuo prepositiva em relao a. O termo regido oportunidades. Houve crase por ter sido empregado o artigo definido www.pontodosconcursos.com.br 43

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI feminino plural antes desse substantivo: as oportunidades. A questo prope a retirada do artigo. At a, tudo certo. O erro est em indicar que a forma passaria a ser . Opa! Voc j est careca de saber que a contrao da preposio a com o artigo definido singular feminino a. Se ele quisesse usar um artigo, no poderia ser, de modo algum, no singular, haja vista que o substantivo correspondente est no plural. A retirada do artigo leva ao registro de em relao a oportunidades, em que s h a locuo prepositiva e, portanto, apenas um a, sem acento grave. 37 - (Analista ANEEL/ Abril 2006) Indique a opo que preenche com correo as lacunas numeradas no texto abaixo. A colonizao jamais correspondeu, entre ns, ...(1)... necessidades do trabalho; correspondeu sempre, sim, ...(2)... necessidade da produo, ou, mais realmente necessidade das colheitas, isto , ...(3)... necessidades de dinheiro pronto e de dinheiro fcil, que o que sustenta as culturas, nas regies onde se encontram colonos. No dia em que se abrir guerra ...(4)... ociosidade e se oferecerem garantias ...(5)... gente do campo, afluir para o trabalho remunerado grande parte da populao, hoje mantida ........(6)................... da bondade alheia. (Adaptado de Alberto Torres, As fontes da vida no Brasil. Rio, 1915, p. 47) (1) a) b) c) d) e) s s as a a (2) a a (3) s as as s s (4) a a (5) a a a (6) a custas da s custas da a custas da a custa da custa da

Gabarito: E Comentrio. Essa a prova mais recente aplicada pela ESAF. Essa questo de crase nos d a oportunidade de falar sobre a expresso custa de. Vamos analisar lacuna por lacuna. www.pontodosconcursos.com.br 44

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 1) O termo regente corresponder exige a preposio a (Algo corresponde a alguma coisa). O termo regido poderia at admitir o artigo ou ser usado em sentido genrico (correspondeu s / a necessidades do trabalho). Para confirmar essa possibilidade, vamos construir uma orao em que necessidade do trabalho seja o sujeito: Necessidade do trabalho leva milhares de pessoas migrao ou A necessidade do trabalho leva.... Pode haver artigo ou no. Mas de qualquer forma h preposio, exigida pelo termo regente. Eliminamos, assim, a opo c (as s artigo, sem preposio). 2) Esse termo regido possui o mesmo termo regente (correspondeu) que exige a preposio a. Dessa vez, o termo regido foi usado em sentido especfico (necessidade da produo, ou mais realmente necessidade das colheitas) percebeu o antes da segunda passagem de necessidade? Ento, h artigo antes de necessidade da produo tambm, o que provoca crase: [corresponde] necessidade da produo. 3 lacuna) Essa lacuna d continuidade estrutura que teve incio em correspondeu sempre, sim, necessidade de produo. Como houve artigo antes de necessidade da produo, antes de necessidade das colheitas, deve haver tambm antes de necessidades de dinheiro pronto e de dinheiro fcil. Todos esses substantivos encontram-se definidos, o que justifica o emprego do artigo. Em virtude do encontro com a preposio exigida por correspondeu, h crase: s necessidades de dinheiro. 4 lacuna) Agora a expresso abrir guerra requer a preposio a (Algum abre guerra a algo/algum). Como ociosidade admite artigo, h crase: No dia em que se abrir guerra ociosidade.... 5 lacuna) O verbo oferecer bitransitivo, ou seja, apresenta complemento direto e indireto. O objeto direto garantias e o objeto indireto gente do campo. Em relao a esse segundo complemento, exige a preposio a (Algum oferece alguma coisa a algum). Antes de gente do campo h artigo definido feminino singular, o que justifica o acento grave: se oferecem garantias gente do campo. 6 lacuna) Finalmente, chegamos ltima lacuna. Trata-se da expresso custa de, que significa s expensas de. O substantivo custas significa despesas judiciais devidas no processo. J o correspondente no singular (custa) tem o sentido de custo, dispndio, despesa. A partir do significado de cada um dos vocbulos, j d para perceber que a expresso deve ser grafada no singular: Aquele rapaz www.pontodosconcursos.com.br 45

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI vive at hoje custa do pai, Eu no sou homem de viver custa de mulher. Se voc costumava usar essa expresso no plural, pode comear a mudar hoje mesmo. Como uma locuo feminina, recebe o acento grave. Esse conceito seria suficiente para definir a resposta dessa questo a nica opo que apresenta custa de a de letra E.

Por hoje, chega. A partir dessa aula, no admito que ningum erre questo de crase, viu????? (rs...) s seguir o esquema termo regente termo regido, lembrar-se dos casos especiais e correr pro abrao. At a prxima.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI LISTA DAS QUESTES COMENTADAS. 01 - (TCPR 2002/2003) Monteiro Lobato, ao afirmar que "um pas se faz com homens e livros", por certo indicou o caminho das pedras queles que, descuidadamente, promovem a histria sem a preocupao de seu registro e que, por conseqncia, legam ao p do esquecimento tudo o que foi feito certo ou errado ou deixado de fazer. Os homens fazem a histria. Os livros registram a histria. Sem estes, os exemplos do passado, os conhecimentos tcnicos e cientficos armazenados, o testemunho e as provas colhidas no seriam repassados s geraes futuras, o que comprometeria a chamada evoluo. www.tcparan.gov.br Julgue a assertiva abaixo. e) O emprego do sinal indicativo de crase em queles(l.2) exigido pela regncia do verbo indicou.

02 - (TCPR 2002/2003) Assinale a opo gramaticalmente incorreta. a) As Entidades Fiscalizadoras Superiores tm-se destacado em diversos pases como rgos fundamentais para a consolidao de Estados democrticos e para a busca de implantao de bons governos. b) A atuao das Entidades Fiscalizadoras tem contribudo decisivamente para aumentar a transparncia no setor pblico, para garantir a transparncia das aes governamentais e para melhorar a gesto pblica de forma geral. As instituies de controle so essenciais para garantir que mudanas no setor pblico e reformas administrativas visem sempre ao benefcio da sociedade. c) So os auditores governamentais que podem avaliar se agncias pblicas esto atuando com eficincia, se a qualidade dos servios pblicos est sendo melhorada, se as tarefas esto sendo racionalmente divididas entre os funcionrios e se os programas esto atingindo seus objetivos. d) O controle do desempenho governamental foi desenvolvido como complemento auditoria tradicional, assim como a nova gesto pblica adicionou eficcia e efetividade administrativa aos valores burocrticos tradicionais de prudncia e preciso processual.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) Em relao s duas principais vertentes atuais do controle, avaliao de desempenho e o controle de conformidade, no vivel que a primeira venha a substituir integralmente a segunda. Itens adaptados de www.tcu.gov.br Notas da imprensa, 21-11-2002.

03 - (TRF/2000) Assinale a opo em que o fragmento do texto foi transcrito com erro gramatical. a) A receita federal australiana anunciou que os atletas que ganharem bnus de suas respectivas confederaes ou comits nacionais por conquistarem medalhas nos Jogos de Sydney sero obrigados a pagar imposto calculado sobre o valor da premiao. b) Segundo as autoridades locais, o pagamento da taxa ser obrigatrio mesmo que o dinheiro seja entregue ao atleta quando este j tiver retornado a seu pas. c) Em diversos pases, os bnus so considerados uma forma de reembolso por gastos ocorridos durante os treinamentos. d) Autoridades afirmam que esta ser a primeira vez na histria que atletas tero de pagar taxa referente ganhos financeiros derivados sobre sua participao em Jogos. e) Os EUA oferecem US$ 15 mil por medalha de ouro, US$ 10 mil pela prata, e US$ 7,5 mil pelo bronze. A Rssia oferece US$ 100 mil por medalha de ouro. O Comit Olmpico Brasileiro no oferece premiaes em dinheiro. (Folha de S. Paulo, 18/08/2000, p. D5, com adaptaes)

04 - (Analista BACEN/2001) As instituies financeiras esto obrigadas a operar dentro das regras e definies do novo sistema de pagamentos que compreende os servios de compensao de cheques e outros papis, a liquidao de ordens eletrnicas de dbitos e crditos, a transferncia de fundos e outros ativos financeiros, a compensao e liquidao de operaes na Bolsa de Mercadorias e Futuros, incluindo aquelas relativas a derivativos financeiros. Desta forma, conceitua-se o Sistema de Pagamentos Brasileiro como um conjunto de regras, procedimentos, instrumentos de controle e sistemas operacionais que devem funcionar integrados para transferir fundos do pagador para o recebedor. (BANCO HOJE, maro de 2001, p.57, com adaptaes) www.pontodosconcursos.com.br 48

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) Em relativas a derivativos(l.6) o uso do sinal indicativo de crase facultativo. 05 - (Tcnico IPEA/2004) Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale o que apresenta problema de regncia. a) Entre a crise econmica mundial de 1930 e o fim da Segunda Guerra, no espao aberto pela luta entre as Grandes Potncias, o Brasil adotou polticas que acabaram fortalecendo o estado central e a sua economia nacional. b) Sua margem de autonomia, entretanto, foi pequena e curta, e, em 1938, o Brasil j havia se alinhado nova liderana mundial norteamericana. c) Do ponto de vista econmico, contudo, a resposta a crise dos anos 30 obrigou o Brasil a um protecionismo pragmtico, para enfrentar o problema da escassez de divisas. d) Esse procedimento acabou estimulando espontneo de substituio de importaes. um processo quase

e) Um processo embrionrio que deu impulso industrializao, mas que acabou enfrentando limites claros e imediatos, que s foram superados quando a restrio externa deu origem, a partir de 1937/38, a um projeto de industrializao liderado pelo Estado e voltado para o mercado interno.
(Adaptado de Jos Lus Fiori Brasil: Insero Mundial e Desenvolvimento)

06 - (ACE/2002) Marque o item sublinhado que impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortogrfico.

represente

A democracia, segundo Aristteles, forma de governo. Esse entendimento milenar(A) assim se conservou entre os publicistas(B) romanos e os telogos da Idade Mdia. No discreparam(C) tambm do juzo aristotlico pensadores polticos do tomo(D) de Montesquieu e Rousseau, presos as heranas(E) clssicas. (Baseado em Paulo Bonavides) a) A b) B c) C d) D e) E www.pontodosconcursos.com.br 49

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07- (Agente Tributrio - Piau/2001) Assinale a opo que corresponde a erro. Desde o incio de janeiro, quando foi sancionada a lei que permite ao(1) Executivo usar os dados da Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira (CPMF) nas investigaes, o Fisco est apto a(2) ajudar o INSS nas investigaes das entidades filantrpicas. As informaes sobre a CPMF so enviadas a Receita(3) pelas instituies financeiras trimestralmente. Com esse(4) instrumento, possvel verificar se h distores muito grandes entre o faturamento da entidade e a sua movimentao financeira. Nos casos em que(5) o programa de informtica que faz o cruzamento de dados para o Fisco apontar discrepncia, a fiscalizao poder ser iniciada. (Adaptado de Simone Cavalcanti, www.estadao.com.br - 6/2/2001 ) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 (TTN/1997) O texto que se segue serve de base para as questes 08 e 09: Existem duas formas de operao marginal: a que toma a classificao genrica de economia informal, correspondente a mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB), e a representada pelos trabalhadores admitidos sem carteira assinada. Ambas so portadoras de efeitos econmicos e sociais catastrficos. A atividade econmica exercida ao largo dos registros oficiais frustra a arrecadao de receitas tributrias nunca inferiores a R$50 bilhes ao ano. A perda de receita fiscal de tal porte torna precrios os programas governamentais para atendimento demanda por sade, educao, habitao, assistncia previdenciria e segurana pblica. Quanto aos trabalhadores sem anotao em carteira, formam um colossal conjunto de excludos. Esto margem de benefcios sociais garantidos pelos direitos de cidadania, entre os quais vale citar o acesso aposentadoria, ao seguro desemprego e s indenizaes reparadoras pela despedida sem justa causa. De outro lado, no recolhem a contribuio previdenciria, mas exercem fortes presses sobre os servios pblicos de assistncia mdico-hospitalar. www.pontodosconcursos.com.br 50

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A reforma tributria poder converter a expresses tolerveis a economia informal. A reduo fiscal incidente sobre as micro e pequenas empresas provocar, com certeza, a regularizao de grande parte das unidades produtivas em ao clandestina. E a adoo de uma poltica consistente para permitir o aumento do emprego e da renda trar de volta ao mercado formal os milhes de empregados sem carteira assinada. preciso entender que o esforo em favor da insero da economia no sistema mundial no pode pagar tributo ao desemprego e marginalizao social de milhes de pessoas. (Correio Braziliense - 13.7.97) 08 - (TTN/1997) Julgue a assero abaixo, em relao aos aspectos gramaticais do texto. b) As expresses aposentadoria, ao seguro desemprego e s indenizaes(l.14-15) poderiam ser substitudas por a aposentadoria, a seguro desemprego e a indenizaes e o texto continuaria correto.

09 - (TTN/1997) Julgue a assero abaixo, em relao aos aspectos gramaticais do texto. c) Em converter a expresses tolerveis (l.18) o uso de sinal indicativo de crase opcional. 10 - (AFPS/2002) A entrada dos anos 2000 tm trazido a reverso das expectativas de que haveria a inaugurao de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Os resultados das cpulas mundiais alimentaram esperanas que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis. Contudo, o movimento que se observa em nvel mundial sinaliza perdas que ainda no podemos avaliar. O recrudescimento do conservadorismo e de prticas autoritrias, efetivadas sombra do medo, tem representado fonte de frustrao dos ideais historicamente buscados. (Roseli Fischmann, Correio Braziliense. 26/08/2002, com adaptaes) Julgue a assertiva abaixo, em relao aos elementos do texto. IV. Para que o texto fique gramaticalmente correto, obrigatria a insero do sinal indicativo de crase em a qualidade(l.5). www.pontodosconcursos.com.br 51

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11 - (Fiscal de Fortaleza/2003) A crtica ao desenvolvimento no contexto da globalizao capitalista que ele est centrado na iluso de que o crescimento econmico pode ser ilimitado, que ele e ser sempre sinnimo de mais empregos, bem-estar e felicidade, e isso para toda a humanidade. A histria de quinhentos anos de capitalismo e de todo sistema centrado no produtivismo e no consumismo tem comprovado que essa noo equivocada; tem sido motivo de frustrao para a maioria da populao trabalhadora e fator de sistemtica destruio do meio ambiente. Questiona-se tambm o fato de o crescimento capitalista no estar centrado nas necessidades, aspiraes e recursos dos povos e naes, mas na propenso ao consumo daqueles indivduos e pases que tm poder de compra. Em conseqncia, quanto mais se produzem e se acumulam riquezas, maior o nmero das pessoas, coletividades e pases excludos daquele crescimento, daquela acumulao e, portanto, do direito vida, ao trabalho e ao desenvolvimento. (Sandra Quintela e Marcos Arruda) Julgue a proposio abaixo, em relao aos aspectos gramaticais do texto. e) Conforme a norma escrita culta, ao se eliminar o sinal indicativo de crase antes de vida, antes de trabalho e de desenvolvimento (l.15) o emprego dos artigos definidos obrigatrio. 12- (TRF/2003) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical ou de grafia das palavras. O Tribunal de Contas da Unio, por meio do(1) Acrdo(2) n 1.137, de 13 de agosto de 2003, apresentou o resultado de trabalhos de inspeo realizados junto aos rgos Centrais, (3) Delegacia da Receita Federal em Braslia e Delegacia Especial de Instituies Financeiras em So Paulo, tendo por objeto avaliar o controle exercido pela Superintendncia da Receita Federal sobre (4) rede arrecadadora de receitas federais. Em diversos trechos de seu relatrio, aquele Tribunal reconhece os benefcios advindos(5) do Projeto de Reestruturao do Controle da Rede Arrecadadora de Receitas Federais - Projeto Nova Rarf. (Adaptado de www. receita. fazenda.gov.br, 10/09/2003) a) 1 b) 2 www.pontodosconcursos.com.br 52

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) 3 d) 4 e) 5 13- (TRF/2003) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical ou de grafia das palavras. A sociedade humana, desde os seus primrdios, soube desenvolver as dimenses essenciais de sua atividade prtica e j por isso o homem pde (1) ser definido como tendo sido, desde a sua origem, um animal tcnico, ou seja, uma criatura afeita fainas(2) da transformao da natureza. Foi a filosofia grega, no entanto, e apenas ela, que conseguiu estabelecer aquelas categorias fundamentais para o desdobramento da tecnologia. No que esse desdobramento estivesse desde sempre(3) na mira daqueles primeiros pensadores gregos. Em verdade(4), a ligao entre esse pensamento das categorias de base e a sua subservincia ao desenvolvimento da tecnologia s viria a manifestarse(5) dois milnios mais tarde. (Adaptado de Gerd Bornheim, Fronteiras da tica, So Paulo: Senac, 2002, p.147) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 14 - (Oficial de Chancelaria/2002) Assinale a opo em que o trecho apresenta erro de estruturao sinttica. a) A diplomacia s ser eficiente se tiver uma viso realista do Pas, de seus acertos e de seus problemas. Melhorar as condies da nossa insero internacional um instrumento bsico no processo de transformao qualitativa da sociedade brasileira, ao mesmo tempo em que essa transformao qualitativa ser uma alavanca fundamental para a melhoria do padro dessa insero externa do Brasil. b) Com a economia mais aberta, conseqncia de um processo de maior exposio competio internacional em benefcio dos consumidores brasileiros e da nossa prpria competitividade, temos melhores condies de buscar e mesmo exigir acesso mais desimpedido ao www.pontodosconcursos.com.br 53

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI mercado internacional e prticas leais e transparentes em matria de comrcio, transferncia de tecnologia e investimentos. c) Temos uma agenda interna mais definida, com a ateno posta no crescimento e a busca de maior eqidade social, na qual as reformas assumem prioridade porque tm uma funo cumprir na consolidao da estabilidade e na retomada do crescimento com mais justia social. d) Nossos compromissos em matria de direitos humanos, proteo ambiental, combate criminalidade e ao narcotrfico e proteo das minorias do-nos um vigor novo para lidar com uma agenda renovada no plano externo, buscando parcerias, cooperao e dilogo construtivo necessrios para avanar internamente. e) O Brasil mais confivel e tem mais credibilidade internacional, porque soubemos, em tempo hbil e sem comprometer princpios ou sacrificar vises de longo prazo em favor de benefcios conjunturais duvidosos, fazer as alteraes de poltica que melhor respondiam s mudanas em curso no mundo, no nosso Continente e no prprio Pas. E essas alteraes prosseguiro, reforando nosso capital poltico e nosso instrumental de atuao internacional. (Adaptado de www.planalto.gov.br - Mensagem ao Congresso Nacional) 15 - (Oficial de Chancelaria/2002) Desde o sculo XIX, a mdia desempenhou papel fundamental na construo de uma esfera pblica de presso social. Sua pluralidade natural de vozes e seu papel fiscalizador sempre foram os sinnimos mais evidentes do que entendemos por democracia. O fato que o sculo XXI nasceu assistindo a uma estranha metamorfose da mdia. Neste sentido, o caso paradigmtico foi Silvio Berlusconi: o primeiroministro italiano que hoje controla praticamente todo o sistema de comunicaes da Itlia. Graas a ele, lembramos que a mdia, mesmo em sociedades democrticas, pode funcionar como bloqueio discusso poltica por meio de artifcios cada vez mais sutis. Ela no precisa excluir pessoas e idias (como no velho sistema totalitrio). Berlusconi gosta de repetir que suas editoras publicam boa parte dos intelectuais de esquerda que o criticam. Mas ele sabe que h uma geografia da comunicao, ou seja, na mdia, nem todos os espaos se equivalem. Com isso, pode-se regionalizar a crtica, de forma que ela opere em espaos de pouca exposio (cadernos de cultura, livros de pequena tiragem, revistas especializadas). Basta deix-la fora dos espaos miditicos de grande exposio, os quais continuaro repetindo sempre o mesmo raciocnio monoltico e estabelecendo as pautas de discusso. www.pontodosconcursos.com.br 54

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Vladimir Safatle, Correio Braziliense, 31/03/2002, Pensar, p.8) Em relao s estruturas do texto, julgue a assero a seguir: III. linha 9, seria correta a redao como bloqueio qualquer discusso... 16 - (Procurador BACEN/2002) Julgue as afirmaes a respeito do emprego das estruturas lingsticas do texto. Do ponto de vista do pai de famlia pobre da dcada de 20 ou 30, o Estado aparece como aquele que deve prover os cidados do conforto material mnimo sobrevivncia, na forma de emprego ou de outras condies mais diretas, como moradia, sade ou educao. No se trata de emitir um juzo de valor sobre esta concepo, mas de constatar sua existncia. Necessrio, porm, confrontar isso com o reverso da medalha, ou seja, a poltica estatal em relao a esse tipo de reivindicao, especialmente para o perodo que antecede 1930 e que surge para a historiografia como domnio exclusivo das oligarquias. (Jaime Rodrigues, Crise da primeira repblica: classes mdias e Estado na dcada de 20, com adaptaes) IV. A substituio de esse tipo de reivindicao (l.7-8) por essa reivindicao preservaria a coerncia textual, mas, para manter a correo gramatical da orao, seria necessrio empregar o sinal indicativo de crase no a que antecede a expresso. 17 - (AFRF 2002.2) Julgue a assertiva abaixo, em relao aos seus aspectos gramaticais. e) Portanto, j no basta igualdade formal. tempo de concretizar os direitos fundamentais estabelecidos pela Constituio. preciso buscar a igualdade material, na sua acepo ideal, humanista, que significa acesso a bens da vida. 18 - (AFPS/2002) Identifique o item sublinhado que contenha erro de natureza ortogrfica ou gramatical, ou impropriedade vocabular. Fala-se(A) com arroubo(B) sobre os inesgotveis recursos de novas tecnologias, como o vdeo ou a realidade virtual, mas qualquer reflexo respeito do(C) invariavelmente orbita(D) em torno da matriaprima(E) desta pgina o texto. (Paul Saffo, com adaptaes) www.pontodosconcursos.com.br 55

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) A b) B c) C d) D e) E 19 - (Fiscal de Fortaleza/1998) Indique entre os itens sublinhados o que contm erro gramatical ou impropriedade vocabular. Geograficamente, a regio entre o Parnaba, o Tocantins e o So Francisco pertencem(A), em grande parte, a (B) Pernambuco, mas a histria prende-a (C) Bahia. Foram baianos que, procurando terrenos apropriados criao de gado, passaram (D) Serra do Espinhao, e favorecidos pelas catingas decduas, chegaram ao rio de So Francisco, espontando(E) todos os rios secos que retalham Pernambuco, Paraba, Rio Grande do Norte e Cear. (Capistrano de Abreu, adaptado) a) A b) B c) C d) D e) E 20 - (TTN/1998) Identifique o item sublinhado que contm erro de natureza ortogrfica ou gramatical ou impropriedade vocabular, e marque a letra correspondente. S uma visita (A) Cuba, a ilha comunista encravada no calcanhar dos Estados Unidos, poderia ter levado uma viagem de Joo Paulo II de volta s(B) manchetes com grande destaque. Numa ressurreio do interesse despertado pelas primeiras viagens pontifcias, quando desafiou o imprio vermelho na Polnia e rezou missa em grotes do Terceiro Mundo, o desembarque do Papa em Havana esteve envolto na mstica de ser um desses momentos histricos, carregados de promessas. A Igreja sofre restries em Cuba, que j foi um pas catlico e hoje conta com um nmero insignificante de seguidores da palavra de Roma, mas o Papa no foi (C) ilha para passar um sermo pblico em Fidel Castro. Aos 71 anos e sade debilitada, o comandante Fidel no tem sucessor (D) altura de seu carisma e o mundo do pswww.pontodosconcursos.com.br 56

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI comunismo torna impensvel a manuteno do regime cubano, tal como sobrevive hoje, depois que Fidel for prestar contas a(E) Marx. (Veja - 28/1/98, adaptado) a) b) c) d) e) A B C D E

21 - (TRF/2000) Assinale a opo em que h erro gramatical. A economia brasileira, na dcada de 30 at a metade da de 40, embora(A) mais pujante(B) que a de alguns pases vizinhos, poderia igualmente classificar-se como dbil. Aquela altura(C) a indstria nacional produzia quase que s bens de consumo. Apesar de o(D) Brasil dispor(E) das maiores reservas mundiais do melhor minrio de ferro, s em virtude da Segunda Guerra Mundial, sob gigantesco esforo, foi possvel construir a Companhia Siderrgica Nacional. (Sylvio Wanick Ribeiro, com adaptaes) a) b) c) d) e) A B C D E

22 - (TCE ES/2001) A parte racional e a parte irracional da alma esto em permanente conflito e contradio uma com a outra. Se a virtude no pertence apenas ao mundo da razo e no , portanto, uma cincia una, invarivel, absoluta, ela pode ser mltipla, mutante e at mesmo falsa. Mais ainda: se as virtudes esto relacionadas com as aes e as paixes, conforme afirma Aristteles, estes movimentos e estas paixes so um dado da natureza humana. No em razo daquilo que sentimos que somos julgados bons ou maus. Isso seria um absurdo, pois os sentimentos esto inscritos em nosso aparelho psquico, e no podemos deixar de senti-los. Ningum se encoleriza intencionalmente. www.pontodosconcursos.com.br 57

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Ora, a qualificao bom /mau supe que aquele que assim julga escolheu agir assim. Um homem no escolhe as paixes. Ele no ento responsvel por elas, mas somente pelo modo como faz com que elas se submetam sua ao. deste modo que os outros o julgam sob o aspecto tico, isto , apreciando seu carter. (Adauto Novaes) Julgue o item abaixo, em relao estrutura do texto. II. O emprego do sinal indicativo de crase em " sua"(l.14) obrigatrio. 23 - (ACE/2002) Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando , sem dvida, um dos mais srios, sobretudo porque dele decorrem inmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, que o contrabando j faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais quanto no suprimento da rede formal de comrcio, tomando o lugar de produtos legalmente comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilcitas proporcionam, aliados ao baixo risco a que esto sujeitas, favorecem e intensificam a formao de verdadeiras quadrilhas, at mesmo com participao de empresas estrangeiras. So organizaes de carter empresarial, estruturadas para promover tais prticas nos mais variados ramos de atividade. (Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) Julgue a assertiva abaixo. d) Em a que esto sujeitas(l.7), a admite o uso de sinal indicativo de crase. 24 - (AFC CGU 2003/2004) O que leva um compositor popular consagrado, uma glria da MPB, a escrever romances? Para responder a essa pergunta, convm lembrarmos algumas caractersticas da personalidade de Chico Buarque de Holanda. Primeiro, a forte presena de um pai que, alm de ser um historiador notvel, era um fino crtico literrio. Depois, o fato de Chico ter se dado conta de que sua genial produo musical no bastava para dizer tudo que ele tinha a nos dizer. No se pode dizer que o que o Chico nos diz nos romances no tem nada a ver com o que ele passa aos seus ouvintes atravs das suas canes. No recm-lanado Budapeste, por exemplo, eu, pessoalmente, vejo um clima de bemhumorada resignao do personagem com suas limitaes, um clima www.pontodosconcursos.com.br 58

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI que me parece que encontrei, em alguns momentos, na sua obra musical. Uma coisa, porm, so as imagens sugestivas das canes; outra a complexa construo de um romance. A distncia entre ambas talvez pudesse ser comparada quela que vai das delicadas e rsticas capelas romnicas s imponentes catedrais gticas. Chico Buarque percorreu esse caminho com toda a humildade de quem queria aprender a fazer melhor, mas tambm com a autoconfiana de quem sabia que podia se tornar um mestre romancista. Valeu a pena. A autodisciplina lhe permitiu mergulhar mais fundo na confuso da nossa realidade, nas ambigidades do nosso tempo. A fico, s vezes, possibilita uma percepo mais aguda das questes em que estamos todos tropeando. No caso deste romance mais recente de Chico Buarque, temos um rico material para repensarmos, sorrindo, o problema da nossa identidade: quem somos ns, afinal? (Leandro Konder, Jornal do Brasil, 18/10/2003) Julgue a assertiva abaixo, em relao aos aspectos gramaticais do texto. c) O sinal indicativo de crase em quela que vai das delicadas... (l.15) opcional. 25 - (TTN/1998) Marque o texto que contm erro de estruturao sinttica ou de pontuao. a) Os profissionais liberais tm-se mostrado conscientes e dispostos a participar do movimento pela reforma da sociedade. b) Para diminuir a sonegao fiscal, o governo concede anistia a quem apresentar a retificao de sua declarao de renda. c) Cidados e governo colocaram-se frente a frente e finalmente entraram em acordo sobre a reforma tributria. d) Devido a necessidade de tornar a tarefa poltica mais tica e saudvel, tem havido significativa mobilizao. e) O Secretrio solicita a essas pessoas que recorram a profissionais credenciados para obter esclarecimentos.

26 - (AFC SFC/2000) Indique a seqncia que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. A histria nos mostra que o desenvolvimento econmico europeu, ____ partir das navegaes, sempre se fez ____ custa dos territrios ultramarinos. No foram apenas as matrias-primas, destinadas ao consumo ou ____ produo que o financiaram, mas tambm o capital propriamente dito, fruto dos lucros e resultado do saqueio da natureza www.pontodosconcursos.com.br 59

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI virgem. Hoje, a biotecnologia abre grande perspectiva ___ um pas como o Brasil, de ricos bancos genticos. O nosso territrio foi dos primeiros ____ ser saqueado em sua riqueza vegetal. necessrio impedir que os produtos da flora e da fauna nos sejam roubados, como roubados fomos no passado. No entanto, o governo est empenhado em aprovar uma proposta de emenda ____ Constituio que facilitar a entrega de nossos recursos biolgicos ____ estrangeiros. (Mauro Santayana, Correio Braziliense, 25/10/2000, com adaptaes) a) b) c) d) e) a, a, a, , , , a, , a, , , , , a, a, a, a, , , , a, a, a, , a, , a, , a, , a a a a

27 - (Procurador BACEN/2002) O ingresso dos bancos na era digital no se fez, obviamente, sem grandes e continuados investimentos. Slida infra-estrutura, bom trabalho de orientao, as experincias bem-sucedidas de quem no v maiores dificuldades na operao eletrnica vo dissipando _____resistncias dos ainda no-digitalizados. Os clientes adaptam-se ___ novas tecnologias de modos muito distintos. _____ segmentos de pessoas maduras, com mais de 60 anos, nos quais a utilizao da Internet maior do que em segmentos jovens, com menos de 30 anos. Procura-se fornecer o maior nmero de informaes aos clientes, ajudando-os ___ superar as primeiras dificuldades e demonstrando que, nos meios eletrnicos, "o ndice de falhas sistmicas mnimo". Embora metade da populao economicamente ativa brasileira esteja fora do sistema bancrio e este um novo territrio ainda ___ conquistar , ___ marcha da digitalizao para os que j esto dentro do sistema um caminho que no tem volta. (Adaptado de www2.estado.estadao.com.br/edio/especial/bancos) Indique a opo cujos itens completam corretamente as lacunas do texto acima. a) b) c) d) as as as s s as s s H H A H a a a a a a a a 60

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) s as A a a

28 - (AFRF 2002.1) Marque a opo que preenche corretamente as lacunas. Completamente excludos das engrenagens de desenvolvimento da sociedade, os miserveis so reduzidos _____ uma condio subumana. Seu nico horizonte passa ____ ser ____ luta feroz pela sobrevivncia. No lixo do Valparaso, ____ poucos quilmetros de Braslia, ____ gente disputando os restos com os animais. (Fonte: Revista VEJA, edio 1735) a) , a, a, h, h b) a, , h, a c) a, a, a, a, h d) , a, a, , h e) a, , , h, a 29 - (Fiscal do Par/2002) Assinale a opo que preenche as lacunas de forma gramaticalmente correta. No que diz respeito ____ taxa de inflao, ainda que os resultados estejam longe da meta (mais de 7% ante ____ meta de 4%), preciso reconhecer que diante dos acontecimentos de 2001 no se trata de um mau resultado. Todos sabemos que os choques de oferta no se prestam ____ ser controlados facilmente pela manipulao da taxa de juros e que freqentemente, quando ocorre um choque melhor encontrar um caminho mais longo para retornar ____ meta do que forar uma volta rpida com maiores custos em matria de crescimento. (Antonio Delfim Netto) a) a a b) a a c) a a d) a a a a e) a a a 30 - (AFC STN/2002) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. www.pontodosconcursos.com.br 61

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A substituio da conta Movimento do Governo no Banco do Brasil pela Conta nica do Tesouro no Banco Central, em 1988, contribuiu para que ____ administrao e o controle das finanas federais estivessem associados ____ execuo financeira das unidades gestoras. A implantao da Conta nica eliminou mais de cinco mil contas bancrias governamentais, permitindo o controle mais eficaz do fluxo de caixa do Governo. Paralelamente, ocorreu ____ unificao dos oramentos, eliminando-se o oramento monetrio e, por conseguinte, atrelando os gastos governamentais _____ prvia autorizao do Congresso Nacional. Ainda ao final dos anos 80, o Tesouro Nacional assume as atividades relativas aos Programas de Fomento ____ Agricultura e ____ Exportaes, transferidos do Banco Central, assim como das atividades relativas ao planejamento e administrao da Dvida Mobiliria Interna. (Trecho adaptado de http://www.stn.fazenda.gov.br) a) / / a / / a / as b) a / / a / a / / s c) a / a / / / / a d) / a / a / a / a / e) a / a / / a / / as

31 - (AFC CGU 2006) Assinale a substituio gramaticalmente correto.

necessria

para

que

texto

fique

O estudo da FGV atribuiu a queda da pobreza ao crescimento econmico do pas e listou fatores como estabilidade da inflao, reajuste do salrio mnimo, recuperao do mercado de trabalho, aumento da gerao de empregos formais e, ainda, o aumento da presena do Estado na economia, com uma maior transferncia de renda para a sociedade. O aumento da taxa de escolarizao da populao tem sido fundamental para a reduo da desigualdade entre ricos e pobres. E h uma nova gerao de programas sociais que est fazendo a sociedade brasileira enxergar que preciso dar mais quem tem menos, e entre os exemplos esto o Programa Bolsa-Famlia e o Programa de Aposentadoria Rural. A cobertura desses dois programas alcana os bolses de pobreza das zonas mais distantes dos grandes centros, reduzindo bastante a misria no pas.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Trecho adaptado de Em Questo, Subsecretaria de Comunicao Institucional da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, n. 379, Braslia, 30 de novembro de 2005) a) a queda(l.1) por queda b) como(l.2) por tais como c) o aumento(l.4) por a ampliao d) tem sido(l. 6) por vem sendo e) quem(l.9) por a quem 32 - (AFC CGU 2006) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio no Brasil, o presidente Luiz Incio Lula da Silva lanou o Prmio ODM BRASIL. A iniciativa do governo federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e o Programa das Naes Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai selecionar e dar visibilidade __1___ experincias em todo o pas que esto contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio (ODM), como __2__ erradicao da extrema pobreza e __3__ reduo da mortalidade infantil. Os ODM fazem parte de um compromisso assumido, perante __4__ Organizao das Naes Unidas, por 189 pases de cumprir __5__ 18 metas sociais at o ano de 2015. (Em Questo, Subsecretaria de Comunicao Institucional da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, n. 390, Braslia, 06 de janeiro de 2006) 1 a) b) c) d) e) a as s a as 2 a a a 3 a a a a 4 a a 5 s as s as s

33 - (TRF 2006) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Na prxima reunio de cpula do Mercosul, no fim do ano, os diplomatas esperam sacramentar ___1___ regulamentao para acabar com a burocracia nas aduanas, para a passagem de produtos hoje sujeitos ___2___ alquota zero na tarifa de importao comum. o primeiro passo para estender progressivamente a liberalizao do trnsito de produtos ___3___ outros importados, esses sujeitos a pagamento de tarifas. A maior resistncia ___4___ liberalizao vem do Paraguai, pela dependncia do pas em relao ___5___ receitas das alfndegas 40% do total arrecadado pelo Tesouro local. Os europeus j ofereceram a sua experincia aos pases do Cone Sul, para tentar remover as resistncias e obstculos ___6___ integrao das alfndegas. (Sergio Leo, Valor Econmico,12/09/2005) 1 a) b) c) d) e) a a a 2 a a a 3 a a a 4 a a a 5 as s as as s 6 a a a a

34 - (TRF 2006) Os trechos abaixo compem seqencialmente um texto. Assinale a opo em que o segmento est de acordo com as exigncias da norma escrita padro. a) As presses sobre o preo do petrleo se renovam. A cotao do produto voltou subir nos ltimos dias, refletindo, sobretudo, o temor de que, prejudicada pelo impacto dos furaces Katrina e Rita, a capacidade de refino dos EUA se revele insuficiente para atender demanda. b) A alta do petrleo j se estende por um bom tempo. Analistas e instituies, como o FMI, manifestaram vrias vezes surpresa com o fato de que, at o momento, o crescimento da economia global se viu muito pouco afetado pelo encarecimento de um produto to estratgico. c) Alguns fatores capazes de efetivamente atenuar o impacto da alta do petrleo esto presentes. Desde fins da dcada de 70, quando eclodiu a chamada segunda crise do petrleo, houve esforos importantes de economia do combustvel, seja por meio de uma maior eficincia no seu consumo, sejam por meio de sua substituio por outras fontes de energia. www.pontodosconcursos.com.br 64

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) Com isso e a despeito de certo relaxamento nesse esforo de conservao de energia fssil na dcada de 90, quando o preo do produto chegou nveis bastante baixos , o consumo de petrleo por unidade do PIB mundial caiu muito, comparativamente dcada de 70. e) Ainda assim, a intensidade da alta da cotao e a durao do perodo de petrleo caro justifica as dvidas em relao permanncia do dinamismo da economia mundial. At porque essa alta pode se estancar, mas, dada a demora para a expanso da oferta, uma queda expressiva e rpida do preo do petrleo no esperada. (Itens adaptados de Folha de S. Paulo, 02/10/2005, Editorial) 35 - (TRF 2006) No trecho abaixo, foram inseridos erros no que respeita ao emprego da norma gramatical padro. O ministro da Controladoria Geral da Unio, Waldir Pires, escreveu uma longa carta a Oded Grajew, na qual reconhece que o Brasil ainda carece de aes preventivas no combate corrupo. Diante de uma mquina estatal pouco transparente e que reage as tentativas de publicidade das suas aes, o Pas surpreende-se com os casos de corrupo, e s os descobre quando j so esquemas consolidados e milionrios. Waldir Pires afirma que vem mudando essa realidade. Criou o Portal da Transparncia e o sistema de auditoria por sorteio, estabeleceu convnio para troca de informaes com o Ministrio Pblico, articulouse com a Polcia Federal em diversas operaes que a PF realizou nos ltimos anos. A carta do ministro para Oded, tornada pblica, gerou uma segunda carta, dessa vez do presidente da Unio Nacional dos Analistas e Tcnicos de Finanas e Controle (Unacon), Fernando Antunes, que reconhece o desejo real da CGU de tornar o Estado brasileiro mais transparente. Conseqentemente admite a existncia de uma queda-de-brao entre setores do governo. Nem a todos interessa a publicidade dos atos governamentais. (Adaptado de Rudolfo Lago, Correio Braziliense 24/10/2005) Analise a alterao proposta: I. Usar o acento grave para indicar ocorrncia de crase na expresso reage as tentativas (l.4).

36 (Tcnico ANEEL / Abril 2006) Julgue a alterao proposta em relao ao texto abaixo. No a violncia nem as turbulncias da economia e muito menos a sade. A maior preocupao do brasileiro o trabalho. A concluso www.pontodosconcursos.com.br 65

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI resultado de uma consulta realizada com 23,5 mil pessoas de 42 pases. Num suposto ranking mundial de pessimismo em relao s oportunidades de trabalho, o brasileiro apareceria nas primeiras posies. Na mdia global, o emprego seguro citado por 21% dos entrevistados, ficando em segundo lugar entre as preocupaes de curto prazo, depois da economia. (Adaptado da Folha de So Paulo, 19 de fevereiro de 2006) V. Retirar o artigo definido antes de oportunidades(l.5), escrevendo apenas . 37 - (Analista ANEEL/ Abril 2006) Indique a opo que preenche com correo as lacunas numeradas no texto abaixo. A colonizao jamais correspondeu, entre ns, ...(1)... necessidades do trabalho; correspondeu sempre, sim, ...(2)... necessidade da produo, ou, mais realmente necessidade das colheitas, isto , ...(3)... necessidades de dinheiro pronto e de dinheiro fcil, que o que sustenta as culturas, nas regies onde se encontram colonos. No dia em que se abrir guerra ...(4)... ociosidade e se oferecerem garantias ...(5)... gente do campo, afluir para o trabalho remunerado grande parte da populao, hoje mantida ........(6)................... da bondade alheia. (Adaptado de Alberto Torres, As fontes da vida no Brasil. Rio, 1915, p. 47) (1) a) b) c) d) e) s s as a a (2) a a (3) s as as s s (4) a a (5) a a a (6) a custas da s custas da a custas da a custa da custa da

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI PRONOMES Pronome o vocbulo que, ao p da letra, fica no lugar do nome (chamado de pronome substantivo) ou o determina (pronome adjetivo). Para compreender melhor a funo dos pronomes, precisamos saber o conceito de coeso textual, pois essas palavras, assim como os conectivos (conjuno e preposio a serem estudados na prxima aula), so responsveis por estabelecer nexo entre as idias do texto. Coeso textual a ligao entre os elementos da orao e delas em relao ao texto. A incoerncia de um texto muitas vezes se deve falta de coeso, exatamente porque a leitura fica prejudicada pelo emprego inadequado de pronomes, conjunes ou outros elementos textuais, inclusive a pontuao. Por exemplo, o uso inapropriado de porquanto ou de a ele pode levar o leitor a uma concluso diversa da que se pretendia dar, ou at mesmo a nenhuma concluso (alguns chamam de ruptura semntica). Muitas questes da ESAF abordam esse conhecimento. A banca faz afirmaes sobre as referncias textuais e o candidato deve verificar se esto corretas essas indicaes. Para isso, a compreenso correta do texto e o domnio do significado de seus elementos so decisivos. Os pronomes podem ser: pessoais: referem-se s trs pessoas do discurso - a que fala (1 pessoa), a com quem se fala (2 pessoa) e a de quem se fala (3 pessoa); dividem-se em retos e oblquos regra geral, os retos exercem a funo de sujeito ou de predicativo do sujeito, enquanto que os oblquos funcionam como complementos (objetos diretos, indiretos ou adjuntos); os pronomes oblquos devem obedecer a certas regras de colocao (sintaxe de colocao pronominal), a serem estudadas mais frente; possessivos: estabelecem relao de posse entre os elementos regente e regido; como veremos adiante, h casos em que um pronome pessoal oblquo usado com valor possessivo; demonstrativos: indicam a posio dos seres no espao e no tempo (funo ditica dos pronomes demonstrativos) ou em referncia aos elementos do texto (funo anafrica ou catafrica); tambm podem substituir algum termo, expresso, orao ou idia, evitando sua repetio, no papel de termos vicrios (H muito tempo eu planejo sair de frias e vou faz-lo no meio desse ano. faz-lo = fazer isso = sair de frias, ou Eu lhe jurei que seria fiel e vou s-lo ser isso ser fiel o www.pontodosconcursos.com.br 1

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI pronome permanece neutro, sem flexo de gnero ou nmero, assim como acontece com o isso); indefinidos: tm sentido vago ou indeterminado; interrogativos: uma subclasse dos pronomes indefinidos. Muito importante compreender a distino entre eles e os pronomes relativos, j que a grafia a mesma em alguns casos (como, quando, quem etc): os pronomes indefinidos so usados nas interrogaes, diretas ou indiretas, enquanto que os pronomes relativos apresentam referncia a termos antecedentes; relativos: referem-se a um termo anterior chamado antecedente ou referente (substantivo ou pronome substantivo); sempre do incio a oraes subordinadas adjetivas.

Os pronomes exercem um papel decisivo na construo de um texto coeso e coerente, a partir de indicaes corretas aos seus elementos. Quando um pronome demonstrativo faz referncia a algum elemento do texto, quer antecedente (referncia anafrica), quer subseqente (referncia catafrica), lana-se mo de um recurso lingstico para evitar a repetio de palavras, expresses ou mesmo oraes: Os semterra ameaavam invadir a fazenda e isso aconteceu no ltimo domingo.. (isso = invadir a fazenda). Para obter a aprovao em um concurso pblico, so necessrios estes elementos: estudo, dedicao e persistncia. (estes = estudo, dedicao e persistncia). Em No tive mais notcias de Ricardo porque no voltei a v-lo. A ele no pretendo dirigir-me mais., os pronomes oblquos o (ver + o = v-lo) e ele (a ele) referem-se a Ricardo. Ficaria enfadonho o texto se houvesse a repetio do nome. Ento, em seu lugar, foram usados pronomes. Esses dois pronomes tm o mesmo antecedente Ricardo. O pronome relativo, como o prprio nome sugere, apresenta um referente, ou seja, um termo j mencionado, substituindo-o na orao adjetiva O nmero de candidatos que prestaram o concurso aumentou significativamente. o pronome relativo que est no lugar de candidatos (os candidatos prestaram o concurso). Aspectos prprios de cada um dos pronomes sero abordados nos comentrios s questes de prova. Ento, estude bastante.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI QUESTES DE PROVA DA ESAF 01 - (AFRE MG/2005) O setor pblico no feito apenas de filas, atrasos, burocracia, ineficincia e reclamaes. A stima edio do Prmio de Gesto Pblica, coordenado pelo Ministrio do Planejamento, mostra que o servio pblico federal tambm capaz de oferecer servios com qualidade de primeiro mundo. De 74 instituies pblicas inscritas, 13 foram selecionadas por ter conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter prticas e rotinas de gesto capazes de melhorar de forma crescente seus resultados, tornando-os referncias nacionais. O perfil dos premiados mostra que o que est em questo no tamanho, visibilidade ou importncia estratgica, mas, sim, a capacidade de fazer com que as engrenagens da mquina funcionem de forma eficiente, constante e muito bem controlada. (Ilhas de Excelncia. ISTO, 2/3/2005, com adaptaes) Julgue a assertiva abaixo, em relao aos aspectos textuais. d) A retirada do pronome do termo tornando-os(l.8) preserva a correo gramatical e a coerncia textual, deixando subentendido o objeto de referncias nacionais(l.8). Item INCORRETO O segmento objeto de anlise : De 74 instituies pblicas inscritas, 13 foram selecionadas por ter conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter prticas e rotinas de gesto capazes de melhorar de forma crescente seus resultados, tornando-os referncias nacionais. O pronome pessoal oblquo faz referncia a seus resultados. Substituindo os termos, ento, a orao seria tornando seus resultados referncias nacionais, havendo um verbo transobjetivo (tornar) que exige dois complementos: objeto direto (seus resultados) e predicativo do objeto direto (referncias nacionais). A supresso sugerida poderia levar a uma ambigidade indesejada: no se saberia o que foi considerado referncias nacionais, se as prticas e rotinas de gesto, se as instituies pblicas selecionadas, se seus resultados, causando prejuzo coerncia textual. Essa a funo do pronome oblquo na orao.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 02 - (Auditor TCE ES/2001) Os contratos e seus aditamentos sero lavrados nas reparties interessadas, as quais mantero arquivo cronolgico dos seus autgrafos e registro sistemtico do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartrio de notas, de tudo juntando-se cpia no processo que lhe deu origem. Julgue a proposio abaixo, em relao aos elementos do texto. c) Os pronomes possessivos na segunda orao referem-se a arquivo cronolgico. Item INCORRETO Comentrio. A segunda orao a subordinada adjetiva as quais mantero arquivo cronolgico dos seus autgrafos e registro sistemtico do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imveis. Tanto extrato, como autgrafo so elementos que fazem parte dos contratos. O arquivo cronolgico dos autgrafos apostos nos contratos e o registro sistemtico de seu extrato sero mantidos pelas reparties. Assim, os pronomes possessivos tm por referente os contratos e seus aditamentos, da orao principal (os contratos e seus aditamentos sero lavrados nas reparties interessadas). 03 - (TFC SFC/2000) O saber produzido pelo iluminismo no conduzia emancipao e sim tcnica e cincia moderna que mantm com seu objeto uma relao ditatorial. Se Kant ainda podia acreditar que a razo humana permitiria emancipar os homens de seus entraves, auxiliando-os a dominar e controlar a natureza externa e interna, temos de reconhecer hoje que essa razo iluminista foi abortada. A razo que hoje se manifesta na cincia e na tcnica uma razo instrumental, repressiva. Enquanto o mito original se transformava em Iluminismo, a natureza se convertia em cega objetividade. Inicialmente a razo instrumental da cincia e tcnica positivista tinha sido parte integrante da razo iluminista, mas no decorrer do tempo ela se autonomizou, voltando-se inclusive contra as suas tendncias emancipatrias. (B. Freitag, A Teoria Crtica Ontem e Hoje, p. 35, com adaptaes)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Das seguintes expresses retiradas do texto, indique o item em que o elemento da coluna da esquerda faz remisso incorreta s expresses da coluna da direita. a) b) c) d) e) seu (l.2) .......... tcnica e cincia moderna seus(l.4) ......... homens os (l.4) .............homens ela (l.11) ..........razo instrumental suas (l.12) .......cega objetividade

Gabarito: E Comentrio. Em questes como essas, talvez a maior dificuldade esteja na compreenso textual, decisiva para a identificao dos termos referentes. Uma parfrase para o ltimo perodo do texto : A razo instrumental da cincia e tcnica positivista, que antes era parte da razo iluminista, com o tempo se tornou autnoma, indo de encontro s suas prprias tendncias emancipatrias.. Assim, nota-se que tanto o ela, da linha 11, quanto o suas, da linha 12, tm por referente razo instrumental. 04 - (Assistente de Chancelaria/2003) Em relao ao texto abaixo, assinale o que se pede. Compara-se vulgarmente a dominao americana sobre o mundo, hoje, com a do Imprio Romano. Mas vejo muitas diferenas. Os romanos de fato conseguiram fazer uma coisa que os americanos no alcanaram: eles transformaram os habitantes de seu imprio em cidados romanos. J no primeiro sculo da era crist, o prprio So Paulo, que era judeu, claro, se dizia antes de tudo um cidado romano. No quero dizer que seja culpa deles, mas os americanos esto num mundo onde a americanizao deve forosamente parar num certo momento. Com sua potncia militar ou econmica, eles dominam muitos Estados, mas no esto numa situao que lhes permita fazer das pessoas que dominam verdadeiros americanos. Isso ao mesmo tempo bom e ruim. bom porque as pessoas conservam o que se chama hoje de sua identidade. ruim porque isso impede que essas pessoas se tornem membros inteiros

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI da democracia americana, que , apesar de seus enormes defeitos, uma democracia. (Depoimento de Jacques le Goff a Alcino Leite Neto, Folha de So Paulo, 14/04/2002, com adaptaes) Assinale o par em que, no texto, o pronome da primeira coluna no se refere expresso da segunda coluna. a) eles(l.4) ----- romanos(l.2) b) deles(l.7) ----- americanos(l.7) c) lhes(l.10) ----- verdadeiros americanos (l.11) d) sua(l.12) ------ pessoas(l.12) e) seus(l.14) ------ democracia americana (l.14) Gabarito: C Comentrio. Para compreenso textual, ser transcrito o segmento em anlise na opo c: No quero dizer que seja culpa deles, mas os americanos esto num mundo onde a americanizao deve forosamente parar num certo momento. Com sua potncia militar ou econmica, eles dominam muitos Estados, mas no esto numa situao que lhes permita fazer das pessoas que dominam verdadeiros americanos. Assim, extrai-se da passagem que os americanos dominam muitos Estados mas no esto numa situao que permita a eles [os americanos] fazer das pessoas dominadas [por eles, os americanos] verdadeiros americanos. O pronome oblquo lhes, objeto indireto do verbo permitir (permitir alguma coisa a algum), refere-se aos americanos, e no aos verdadeiros americanos que seriam os estrangeiros dominados por aqueles. 05 - (AFRF 2003) Em relao aos elementos que constituem a coeso do texto abaixo, assinale a opo correta. O carter tico das relaes entre o cidado e o poder est naquilo que limita este ltimo e, mais que isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua primeira verso, como direitos civis, limitavam a ao do Estado sobre o indivduo, em especial na qualidade que este tivesse, de proprietrio. Com a extenso dos direitos humanos a direitos polticos e www.pontodosconcursos.com.br 6

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI sobretudo sociais, aqueles passam pelo menos idealmente a fazer mais do que limitar o governante: devem orientar sua ao. Os fins de seus atos devem estar direcionados a um aumento da qualidade de vida, que no se esgota na linguagem dos direitos humanos, mas tem nela, ao menos, sua condio necessria, ainda que no suficiente. (Renato Janine Ribeiro, Fronteiras da tica, So Paulo: Senac, 2002, p.140) a) Em o orienta(l.2), o refere-se a cidado(l.1). b) Em este tivesse(l. 4), este refere-se a Estado(l.3). c) Em aqueles polticos(l.5). passam(l.6), aqueles refere-se a direitos

d) sua ao(l.7) e seus atos(l.8) remetem ao mesmo referente: proprietrio(l.5). e) sua condio(l.10) refere-se a um aumento da qualidade de vida(l.8-9). Gabarito: E (Adaptada originalmente anulada por erro de digitao na opo e) Comentrio. Para resolver essa questo, devemos relembrar as regras do emprego do pronome demonstrativo em referncias textuais. O recurso lingstico de ligar a elementos textuais os pronomes que a eles se referem chama-se referncia anafrica (se o termo for antecedente ao pronome) ou catafrica (em caso de termo referente aps o pronome). PRONOMES DEMONSTRATIVOS EM REFERNCIAS TEXTUAIS Forma 1 - Quando um pronome demonstrativo faz referncia a algo j mencionado no texto, ou seja, a algo que est no paSSado do texto, deve-se usar ESSE / ESSA / ISSO (com o SS do paSSado). Se a referncia ainda vier a ser apresentada (pertence ao fuTuro), usa-se ESTE / ESTA / ISTO (com o T do fuTuro) gostou dessa dica mneumnica? Forma 2 - Quando se citam dois elementos, retoma-se o ltimo, ou seja, o mais prximo, pelo pronome "este" (ou "esta", "estes", "estas"). O primeiro elemento citado, isto , o mais distante, retomado por "aquele" (ou suas flexes). Exemplo: Em 1998, Joo e Pedro fizeram a prova para Auditor da Receita Federal. Este para Aduana e aquele para www.pontodosconcursos.com.br 7

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Auditoria. Nesta construo, este o referente mais prximo (Pedro) e aquele, o mais distante (Joo). Modernamente, reduziu-se o rigor no emprego do pronome demonstrativo em referncias textuais, inclusive em relao s provas (veremos na prxima questo) mas, em textos formais e nas provas, deve-se observar o correto emprego dos pronomes demonstrativos. De volta questo da prova. A anlise sinttica depende da anlise apresentamos abaixo uma parfrase ao texto: semntica. Por isso,

Primeiramente, os direitos humanos, exclusivamente na qualidade de direitos civis, somente limitavam a ao do Estado sobre o indivduo, especialmente na qualidade deste como proprietrio. Posteriormente, com a extenso desse conceito tambm a direitos polticos e, sobretudo, sociais, os direitos humanos, alm de limitar a ao do Estado (o que j fazia), passou a orient-lo, ou melhor, a orientar a ao de seu governante, pelo menos idealmente. A finalidade dos atos do governante deve ser o aumento da qualidade de vida, que no se limita aos direitos humanos, mas tem neles a condio necessria, mesmo que no suficiente, para esse aumento de qualidade de vida. a) Tanto a expresso este ltimo como o pronome o exercem funo anafrica em relao a poder: O carter tico das relaes entre o cidado e o poder est naquilo que limita este ltimo e, mais do que isso, o orienta [limita e orienta o poder]. b) como o pronome demonstrativo utilizado foi este, denota que est se referindo ao elemento mais prximo indivduo e no ao mais distante Estado, ao qual se empregaria o pronome aquele. c) A partir da compreenso textual, e sobretudo a partir do uso anafrico do pronome demonstrativo aqueles (fazendo referncia ao termo mais distante), deduz-se que esse pronome faz meno a direitos humanos, e no direitos polticos como sugerido. d) O fim de seus atos atos do governante; devem orientar a sua ao ao do governante. Assim, os possessivos possuem o mesmo referente governante. e) Havia um erro de digitao (corrigido neste material) que acarretou a anulao desta questo. Isso no nos impede de analisar a referncia do possessivo sua em sua condio necessria. O que se infere do texto, no ltimo perodo, que os objetivos dos governantes devem ser um aumento da qualidade de vida, que tem por condio necessria (condio do aumento da qualidade de vida) mesmo que no www.pontodosconcursos.com.br 8

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI suficiente linguagem dos direitos humanos. Assim, est correta a correlao entre sua condio e aumento da qualidade de vida.

06 - (TRF 2002.1) Julgue se as formas de redao abaixo esto gramaticalmente corretas. c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preo de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento prximo em que os EUA gastaro com a defesa US$ 1 bilho por dia. / Seu pensamento hoje esse: tornou-se barato adquirir a hegemonia ao preo de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento prximo em que os EUA gastaro com a defesa US$ 1 bilho por dia. Item CORRETO. Comentrio. Observe que, no segundo segmento, o autor usa o pronome demonstrativo esse em referncia catafrica, o que seria, segundo os puristas, um erro. Contudo, a banca indicou esse item como correto. Isso refora a tese de que se reduziu o rigor gramatical no emprego anafrico do pronome demonstrativo. Originalmente na prova (questo 10 TRF 2002.1), o enunciado buscava o item incorreto e a resposta foi a letra d, em virtude do erro de construo da locuo verbal possam ser ignorados (o segundo segmento apresentava a forma indevida possa serem ignorados). Esse item j foi objeto de comentrio na Aula 2 verbos, questo 39. Diante de uma forma duvidosa de referncia pronominal (em vez de este colocou-se esse) e uma locuo verbal com construo incorreta, o candidato deveria marcar como gabarito a segunda. 07 - (AFC / 2002) Julgue a substituio proposta para adequar o texto ao padro culto formal do idioma. O conceito de tributo, face sua interpretao nos conformes Constituio, tem essa peculiaridade: deve obedecer ao princpio da legalidade estrita. Cumpre ressaltar mais uma vez: no h possibilidade de discricionariedade na definio legislativa do tributo, mas s teremos tributo se o dever de pagar uma importncia ao Estado for vinculado previso de ter riqueza. www.pontodosconcursos.com.br 9

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Nina T. D. Rodrigues, com adaptaes) III. substituir essa(l.2) por esta Item CORRETO Comentrio. O conceito de tributo, ... , tem essa peculiaridade: deve obedecer ao princpio da legalidade estrita. Como a peculiaridade ainda ser mencionada, o pronome demonstrativo apropriado esta. Dessa vez, ao contrrio da questo anterior, o enunciado exige que se siga o padro culto formal da lngua. O que isso significa? Que modernismos, como o comentado na questo 5/b, no se aplicam quando se tratar de norma culta formal. (TFC SFC/2000) Leia o texto para responder questo 08. As casas-grandes requintadas, com negros tocando pera e cantando em latim, no foram tpicas de uma aristocracia rural que, isolando-se, cercando-se s de subordinados, fez sempre mais questo da quantidade que da qualidade dos seus ttulos de grandeza: do nmero de seus ps de caf e dos seus ps de cana; do nmero das suas cabeas de escravos e das suas cabeas de gado; do nmero das salas e dos quartos de suas casas-grandes. Isso que, aos olhos da maioria dos brasileiros da era patriarcal ainda predominantemente rural, era grandeza. O senhor rural, mais pervertido pelo isolamento, desprezava tudo, pelo regalo de mandar sobre muitos escravos e de falar gritando com todo o mundo, tal a distncia, no s social, como fsica, que o separava quase sempre das mulheres, dos filhos, dos negros, em casas vastas, com salas largas, onde quase nunca as pessoas estavam todas perto uma da outra; onde nas prprias mesas de jantar, de oito metros de comprido, era preciso que o senhor falasse senhorialmente alto para ser ouvido no fim da mesa quase de convento. (Gilberto Freire, Sobrados e Mucambos, p.46) 08 - Julgue a assertiva abaixo, em relao correo dos elementos textuais b) O pronome demonstrativo Isso (l.7) refere-se enumerao apresentada no perodo anterior e constitui um recurso de coeso textual. Item CORRETO. www.pontodosconcursos.com.br 10

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Comentrio. Verifica-se o uso correto do pronome demonstrativo Isso em funo anafrica. O que a maioria dos brasileiros considerava riqueza era o nmero de ps de caf e de cana, de cabeas de escravos e de gado, de salas quartos das casas-grandes elementos que antecedem o pronome demonstrativo isso. Essa assertiva resume o objetivo do emprego dos pronomes demonstrativos como recurso lingstico, que a retomada e substituio dos elementos textuais como forma de coeso. 09 - (TC PR 2002/2003) Monteiro Lobato, ao afirmar que "um pas se faz com homens e livros", por certo indicou o caminho das pedras queles que, descuidadamente, promovem a histria sem a preocupao de seu registro e que, por conseqncia, legam ao p do esquecimento tudo o que foi feito certo ou errado ou deixado de fazer. Os homens fazem a histria. Os livros registram a histria. Sem estes, os exemplos do passado, os conhecimentos tcnicos e cientficos armazenados, o testemunho e as provas colhidas no seriam repassados s geraes futuras, o que comprometeria a chamada evoluo. www.tcparan.gov.br Julgue a assertiva abaixo, em relao correo dos elementos textuais. a) A expresso o que comprometeria (l.8-9) pode ser substituda por os quais comprometeriam, sem prejuzo das relaes sintticas e semnticas originais. Item INCORRETO. Comentrio. A orao o que comprometeria a chamada evoluo refere-se ao no repasse s geraes futuras de tudo o que antecede os exemplos do passado, os conhecimentos tcnicos e cientficos armazenados, o testemunho e as provas colhidas. Assim, o que uma expresso vicria que retoma a idia apresentada anteriormente. Por isso, deve-se manter neutro, sem flexo de gnero ou nmero.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 10 - (TFC SFC/2000) Assinale a opo incorreta em relao ao texto. O universo financeiro compreende dois canais principais para colocar doadores e tomadores de recursos, assim como poupadores e investidores em contato. Todos eles formam o mercado financeiro, que lida, basicamente, com ttulos de curto prazo, como letras de cmbio, ttulos do Tesouro e emprstimos interbancrios, e o mercado de aes, que trabalha, principalmente, com aes e cotas empresariais e aes pblicas.
(Adaptado de Enciclopdia Compacta de Conhecimentos Gerais Isto )

Julgue a assertiva abaixo, em relao correo dos elementos textuais. d) Em que lida (l.3-4) o que corresponde a cujo.

Item INCORRETO. Comentrio. Sem dvida, dos pronomes, o relativo o mais recorrente em questes da ESAF. E, dos pronomes relativos, o cujo ganha em disparada. Por isso, to importante seu estudo e domnio de seu conceito. Na passagem Todos eles formam o mercado financeiro, que lida, basicamente, com ttulos de curto prazo, o pronome relativo tem como antecedente mercado financeiro e exerce a funo de sujeito da orao adjetiva. Por isso, no possvel a troca por cuja, que empregado para ligar dois substantivos com idia de dependncia (nem sempre h idia de posse). PRONOMES RELATIVOS Os pronomes relativos referem-se a termos antecedentes. J falamos sobre concordncia e regncia com pronomes relativos. Agora, veremos quais so esses pronomes e como devem ser empregados na orao subordinada adjetiva que iniciam, especialmente em relao aos seus referentes e ao emprego de preposio. Engraado, sempre que abordo pronomes relativos, lembro a histria dos sete anes seis apresentavam caractersticas prprias, mas fisicamente eram parecidos (pareciam gnomos), e um deles se destacava dos demais era completamente diferente (parecia um duende, era mudo) e recebia tratamento especial (dizem que era o preferido da Branca de Neve).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Fao uma analogia com os relativos: os pronomes que/o qual, onde, quando, quanto, como e quem devem ser usados, cada qual, de acordo com seus prprios referentes, mas, grosso modo, fazem a mesma coisa - referncia a um substantivo antecedente; j cujo (o Dunga do grupo) diferente de todos liga dois substantivos com idia de posse (coisa que os outros no fazem), flexiona-se em gnero e nmero com o substantivo subseqente (coisa que os outros tambm no fazem o qual varia, mas de acordo com o antecedente). Talvez seja esse o motivo de tanta gente j ter abolido o pobrezinho do seu dia-a-dia, usando o que indevidamente no seu lugar. A partir de hoje, procure empregar corretamente os pronomes relativos, bem como as preposies a eles ligadas. Assim, acho, fica mais fcil apre(e)nder a matria. Vamos ver as caractersticas dos anes, digo, dos pronomes relativos.
QUE Pode ser usado com qualquer antecedente, por isso chamado de pronome relativo universal. Normalmente empregado em relao a coisa, j que os demais referentes tm pronomes relativos especficos (lugar, quantidade, modo). Aceita somente preposies monossilbicas, exceto sem e sob. Assim como que, pode ser usado com qualquer antecedente. Aceita preposio com duas ou mais slabas, locues prepositivas, alm de sem e sob (rejeitadas pelo que). usado quando o referente se encontra distante ou para evitar ambigidade: Visitei a tia do rapaz que sofreu o acidente. Quem se acidentou? O rapaz ou a tia dele? Para evitar a dvida, uso o qual para ele ou a qual para ela. QUEM ONDE Somente usado com antecedente PESSOA. Sempre vir antecedido de preposio Ele o rapaz de quem lhe falei. Utilizado quando o referente for lugar, ou qualquer coisa que a isso se assemelhe (livro, jornal, pgina etc.) A gaveta onde guardei o dinheiro foi arrombada.; pode ser substitudo por em que. Usado com antecedente que indique MODO ou MANEIRA O jeito como escreve mostra a pessoa que .

O QUAL

COMO

QUANDO O antecedente d idia de TEMPO, tambm equivalente a em que poca de ouro era aquela, quando todos andavam tranqilos pelas ruas. QUANTO O antecedente d idia de QUANTIDADE - normalmente precedido de um pronome indefinido (tudo, tanto(s), todos, todas) Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quanto quiser.

Esses pronomes relativos representam sempre substantivos ou pronomes substantivos nas oraes adjetivas que formam. No os confunda com pronomes interrogativos, que no tm antecedentes e podem aparecer em www.pontodosconcursos.com.br 13

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI oraes interrogativas diretas ou indiretas (Quem bateu? / No sei onde moras/ Quanto custa? / Como farei? / Preciso saber quando estar pronto o almoo. / Que gostaria de saber?). CUJO (e flexes) o mais especial de todos; liga dois substantivos indicando idia de posse (entre os substantivos, haveria uma preposio de) O rapaz cuja me faleceu recentemente procurou por voc. (me do rapaz faleceu rapaz cuja me faleceu); concorda com o substantivo subseqente, flexionando-se em gnero e nmero, e dispensa o artigo (no existe cujo o ou cuja a); DICA: Ao usar o pronome relativo, verifique: 1 qual deve ser o pronome mais adequado, a depender do antecedente (coisa, pessoa, tempo, modo, lugar...); 2 se o algum termo na orao adjetiva exige preposio. Exemplo: (1) Este o livro | que ganhei. Orao principal: Este o livro Orao subordinada adjetiva: que ganhei - O verbo ganhar transitivo direto e no rege preposio. (2) Este o livro | a que me referi. Orao principal: Este o livro Orao subordinada adjetiva: a que me referi o verbo referir-se indireto e rege a preposio de. Por isso, a preposio antecede o pronome relativo, que est no lugar do termo regido livro. (3) Aquele o professor | por quem eu tenho muita admirao. Orao principal: Aquele o professor Orao subordinada adjetiva: por quem eu tenho muita admirao o substantivo admirao rege preposio por, que antecede o pronome relativo que substitui o termo regido professor. 11 (TRF 2002.1) Marque o segmento do texto que foi transcrito com erro gramatical. a) Finalmente, aps cinco anos de debate, a Lei Brasileira de Arbitragem (Lei Marco Maciel), de iniciativa do Congresso Nacional, sancionada pelo Executivo, recebeu o nada obsta do Supremo Tribunal, em uma de suas ltimas reunies plenrias de 2001. www.pontodosconcursos.com.br 14

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) Apesar de analisada e selada pelos trs poderes da Repblica, o fato mais marcante onde caracteriza a Lei de Arbitragem a simpatia com que foi recebida por grande parcela da sociedade. c) Tal aspecto, em termos brasileiros, emblemtico, pois expressa, talvez, a chancela mas importante: a do cidado, a confirmar que a lei pegou. d) De fato, a longa discusso quanto constitucionalidade da Lei de Arbitragem manteve-se ao largo da atividade da sociedade civil, tendo em vista a implementao desse meio extrajudicial de soluo de conflito. e) Foram intensos, nesses cinco anos de existncia da Lei Marco Maciel, os cursos, as conferncias, a publicao de estudos e livros, enfim, os debates travados ao redor do tema. (Baseado em Pedro Batista Martins) Gabarito: B Comentrio. O pronome relativo onde deve ter como referente um lugar, o que no se verifica na passagem. O pronome relativo mais apropriado seria que, uma vez que seu referente fato - coisa: ... o fato mais marcante que caracteriza a Lei de Arbitragem a simpatia . 12 - (AFC SFC/2000) Assinale a opo em que o item gramatical grifado constitui erro. a) preciso pensar em como ajudar as pessoas que no esto conseguindo se beneficiar da globalizao. b) Uma medida necessria o treinamento e reciclagem dos trabalhadores que perderam seus empregos, para que possam ser reincorporados. c) E aqueles cujos no conseguirem voltar ao sistema produtivo devem ser alvo de polticas compensatrias que aliviem as tenses de uma transio econmica to complexa. d) Trata-se de mudar de uma economia protegida h dcadas para uma mais integrada. e) Programas de renda mnima e seguro-desemprego, para ficar em dois exemplos, so extremamente necessrios em pases como o Brasil. (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.143) www.pontodosconcursos.com.br 15

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Gabarito: C Comentrio. Mais uma vez, houve a colocao do pronome relativo cujo em construo inadequada, prejudicando, assim, a coeso e coerncia textuais. Esse relativo tem a funo de ligar dois substantivos com idia de posse, o que no o caso. Mais correto seria o emprego do relativo universal que, em referncia ao pronome demonstrativo aqueles E aqueles que no conseguirem voltar ao sistema produtivo devem ser alvo de polticas compensatrias... Em relao s opes corretas: a) A preposio em exigncia do verbo pensar; j o advrbio interrogativo como inicia uma pergunta indireta (equivalente a Como ajudar as pessoas que no esto conseguindo se beneficiar da globalizao? preciso pensar nisso). O como seria um pronome relativo se tivesse um antecedente a quem pudesse se referir. b) A locuo conjuntiva indica finalidade (para que). Esse assunto ser objeto de estudo na prxima aula. d) O verbo haver, no sentido de tempo decorrido, impessoal e no se flexiona h dcadas. e) Preposio que inicia uma orao subordinada reduzida de infinitivo. 13 - (AFC SFC/2000) Indique a opo em que o texto foi transcrito com problemas de estruturao sinttica. a) Assim como em Os Trabalhadores, de que predomina e d direo do trabalho a viso poltica e social do fotgrafo. Para Salgado, o centro do xodo moderno est nas populaes mais pobres e deserdadas. b) A violncia do sistema econmico contemporneo o agente que direciona o movimento das cmeras do fotgrafo em milhares de pelculas tradicionais, numa era aclamada pela globalizao e pela transmisso digital de imagens num mundo virtual. c) Contar a histria da humanidade em trnsito , como diz o prprio fotgrafo, uma histria perturbadora. Mais ainda com o foco de ateno voltado para os refugiados, os favelados, os humilhados, os fugitivos da pobreza, da represso, da guerra. d) Por seis anos, Salgado andou dos campos de refugiados s favelas urbanas. Presenciou momentos histricos de Kosovo, Eldorado dos www.pontodosconcursos.com.br 16

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Carajs e Ruanda, cones do extermnio contemporneo, produzindo lembranas fotogrficas de que a globalizao no , e no ser, a soluo. e) Mesmo com um cenrio mundial desesperador, as imagens dos livros de Sebastio Salgado fazem pensar que o fotgrafo acredita e tem esperanas na humanidade. So imagens pungentes, delicadas, realadas pela qualidade e dramaticidade do preto-e-branco, numa crena absoluta de que a reflexo vir com a exposio do problema da maneira mais ampla possvel. (Gazeta Mercantil, 8 e 9/4/2000, p.13, com adaptaes) Gabarito: A Comentrio. Na passagem Assim como em Os Trabalhadores, de que predomina e d direo do trabalho a viso poltica e social do fotgrafo., no h termo regente que justifique o emprego da preposio de antes do relativo que em de que predomina. O correto seria colocar um pronome demonstrativo com o relativo correspondente o que predomina e d direo do trabalho a viso poltica e social do fotgrafo. Leia o texto abaixo para responder s questes 14 e 15. Rpida Utopia O sculo do triunfo tecnolgico foi tambm o da descoberta da fragilidade. Um moinho de vento pode ser reparado, mas o computador no tem defesa diante da m inteno de um garoto precoce. O sculo est estressado porque no sabe de quem se deve defender nem como: somos demasiado poderosos para poder evitar nossos inimigos. Encontramos o meio de eliminar a sujeira, mas no o de eliminar os resduos. Porque a sujeira nascia da indigncia, que podia ser reduzida, ao passo que os resduos (inclusive os radioativos) nascem do bemestar que ningum quer mais perder. Eis por que nosso sculo foi o da angstia e da utopia de cur-la. Com um superego mais forte, a humanidade se embaraa num mal que conhece perfeitamente, confessa-o em pblico, tenta purificaes expiatrias, s quais se juntam as Igrejas e os governos, e repete o mal porque ao a distncia e linha de montagem impedem de identific-lo no incio do processo. Espao, tempo, informao, crime, castigo, arrependimento, absolvio, indignao, esquecimento, descoberta, crtica, nascimento, longa vida, www.pontodosconcursos.com.br 17

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI morte... tudo em altssima velocidade. A um ritmo de estresse. Nosso sculo o do enfarte. (Umberto Eco - traduo de Paulo Neves, com adaptaes) 14 - (TCE ES/2001) Em relao ao emprego das palavras e expresses do texto, julgue a assertiva abaixo. e) Mantm-se o sentido e a correo gramatical ao substituir a expresso "s quais" (l.12) pelo pronome relativo que. Item INCORRETO Comentrio. Quando falamos de pronome relativo, alertamos para os dois cuidados que devem ser tomados: 1 adequao do pronome relativo ao antecedente; 2 emprego da preposio exigida por algum termo da orao. O examinador sugere a troca de qual (que, como vimos em crase, a fuso da preposio a com o pronome relativo a qual) pelo pronome relativo que. O termo regente juntar-se exige a preposio (as Igrejas e os governos se juntam a...). O termo regido o pronome relativo que tem por referente purificaes expiatrias. No texto, foi empregado o relativo as quais que, com a crase, forma s quais. Com a troca do as quais pelo que, construir-se- a que. Omitiu-se indevidamente a preposio que, por exigncia do termo regente, deve anteceder o pronome relativo. 15 - (TCE ES/2001) lingsticas do texto. Analise a correspondncia entre as estruturas

I- "que" (l.7) refere-se a "sujeira" (l.7) II- "-la", em "cur-la"(l.10) refere-se a "angstia" (l.10) III- "-o" em "confessa-o"(l.12) refere-se a "superego"( l.10) IV- "-lo" em "identific-lo"(l.14) refere-se a "processo"(l.14) V- "tudo"(l.17) refere-se s informaes enumeradas nas linhas 15 a 17.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Marque a opo correta. a) Esto corretos todos os itens. b) Esto corretos apenas os itens I, II e IV. c) Esto corretos apenas os itens II e V. d) Esto corretos apenas os itens III, IV e V. e) Nenhum dos itens est correto. Gabarito: C Comentrio. No podemos nos deixar levar pelas sugestes da banca. preciso, nesse tipo de questo, ler a passagem em que se encontra o segmento analisado para, a partir da compreenso textual, inferir a qual elemento se refere o pronome. I) II) III) Porque a sujeira nascia da indigncia, que podia ser reduzida o que podia ser reduzido era a indigncia, e no sujeira.REFERNCIA INCORRETA Eis por que nosso sculo foi o da angstia e da utopia de cur-la. utopia de curar a angstia - REFERNCIA CORRETA Com um superego mais forte, a humanidade se embaraa num mal que conhece perfeitamente, confessa-o em pblico, tenta purificaes expiatrias,... a humanidade confessa esse mal em pblico, e no superego - REFERNCIA INCORRETA e repete o mal porque ao a distncia e linha de montagem impedem de identific-lo no incio do processo. impedem de identificar o mal no incio do processo, e no o processoREFERNCIA INCORRETA Espao, tempo, informao, crime, castigo, arrependimento, absolvio, indignao, esquecimento, descoberta, crtica, nascimento, longa vida, morte... tudo em altssima velocidade. conforme estudamos em concordncia, pronomes indefinidos, como tudo, nada, ningum, se prestam funo de apostos resumitivos. Todos os elementos enumerados resumem-se no pronome tudo REFERNCIA CORRETA.

IV)

V)

Esto corretas, portanto, as inferncias II e V. 16 - (AFRF 2003) Julgue a assertiva abaixo: www.pontodosconcursos.com.br 19

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) O Fundo Monetrio Internacional deixou de disciplinar a paridade das moedas, cuja a funo foi criada h 59 anos para contentar-se com o crax de auditor de confiana dos bancos credores nas contas e nos planos dos governos devedores, sem entrar no mrito do formato, do contedo e da seqela dessa assistncia. Item INCORRETO Comentrio. Alm do erro ortogrfico em crach, o pronome relativo cujo foi usado de forma incorreta, pois ele se flexiona de acordo com o substantivo que antecede, concordando em gnero e nmero com ele. Por isso, no h artigo depois dele cuja funo foi criada. 17 - (TCU 2006) Assinale a substituio necessria para que o texto fique gramaticalmente correto. A situao social, poltica e econmica em que se encontra a populao negra conseqncia de um longo processo estrutural-histrico do qual mudanas dependem de polticas pblicas amplas e pautas muito alm das formulaes dos preconceitos ou das discriminaes do racismo como tm sido dadas. Aprofundar a base terica significa aprofundar o campo das aes nas reas do trabalho, da habitao, do urbanismo, da economia, da sade, da cultura e da educao. (Henrique Cunha Jr. Novos caminhos para os movimentos negros in Poltica Democrtica - Revista de Poltica e Cultura, Braslia: Fundao Astrogildo Pereira, Ano V, n. 12, agosto de 2005.) a) em que (l.1) > na qual b) do qual (l.3) > cujas c) de um (l. 2) > do d) tm sido (l. 6) > so e) nas ( l. 7) > em Gabarito: B Comentrio. O pronome relativo cujo empregado entre dois substantivos que possuem uma relao de dependncia. Note que, entre mudanas e www.pontodosconcursos.com.br 20

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI processo estrutural-histrico (substantivos), h essa relao (mudanas do processo). Ento, deve ser realizada essa substituio com vistas correo do perodo. As demais opes apresentam sugestes em que no se verifica erro no texto original. 18 - (TCE ES 2001) Marque a opo que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. Um portal na Internet ______ o cidado poder consultar as suas pendncias burocrticas e financeiras com o governo e ________ ter todo o tipo de informao pessoal, como extrato do seu FGTS, entre outros. _______ um cenrio j existente em algumas cidades do mundo e que poder chegar ao Brasil nos prximos anos, dentro do projeto de governo eletrnico. Um dos desafios de ______ projeto a parte de segurana. a) onde - ainda - Esse - tal b) que - assim - Tal - esse c) em que - ainda - Eis - tal d) onde - assim - Esse - um tal e) que - tambm - Esse - tal Gabarito: A Comentrio. Comentaremos a possibilidade de preenchimento de cada lacuna: 1) o referente algo que pode se assemelhar a um lugar (portal na Internet), por isso podem ser empregados tanto o relativo onde quanto seu correspondente em que (Restam as opes a/c/d). 2) Seriam vlidos os vocbulos ainda e tambm, por atriburem passagem valor complementar/aditivo. Devemos eliminar a opo d, pois o conectivo assim tem valor causal (= por isso), no se aplicando ao contexto. (Restam a/c) 3) O demonstrativo Eis prejudica a coerncia textual acaso empregado, em virtude da forma verbal que se segue. O demonstrativo esse, por se referir a elementos antecedentes, estaria sendo corretamente utilizado. (gabarito: a) 4) tal pronome demonstrativo, usado no texto em referncia anafrica (projeto j foi mencionado: projeto de governo www.pontodosconcursos.com.br 21

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI eletrnico). Se acompanhado de um, o tal ganha valor indefinido um tal sujeito passou por aqui. Seria imprprio o emprego de esse porque o demonstrativo automaticamente se contrai com a preposio de (desse) e no a forma apresentada na opo (de esse). 19 - (AFRF/2003) Vinte e quatro sculos atrs, Scrates, Plato e Aristteles lanaram as bases do estudo cientfico da sociedade e da poltica. Muito se aprendeu depois disso, mas os princpios que eles formularam conservam toda a sua fora de exigncias incontornveis. O mais importante a distino entre o discurso dos agentes e o discurso do cientista que o analisa. Doxa (opinio) e episteme (cincia) so os termos que os designam respectivamente, mas estas palavras tanto se desgastaram pelo uso que, para torn-las novamente teis, preciso explicar o seu sentido em termos atualizados. Foi o que fez Edmund Husserl com a distino entre discurso pr-analtico e o discurso tornado consciente pela anlise de seus significados embutidos. Por exemplo, na linguagem corrente, podemos opor o comunismo ao anticomunismo como duas ideologias. No entanto, comunismo uma ideologia, mas o anticomunismo no uma ideologia, a simples rejeio de uma ideologia. analisando e decompondo compactados verbais como esse e comparando-os com os dados disponveis que o estudioso pode chegar a compreender a situao em termos bem diferentes daqueles do agente poltico. Mas tambm certo que os prprios conceitos cientficos da obtidos podem incorporar-se depois no discurso poltico, tornando-se expresses da doxa. isso, precisamente, o que se denomina uma ideologia: um discurso de ao poltica composto de conceitos cientficos esvaziados de seu contedo analtico e imantados de carga simblica. Ento, preciso novas e novas anlises para neutralizar a mutao da cincia em ideologia. (Olavo de Carvalho, com cortes) Marque com (V) as afirmaes verdadeiras e com (F) as falsas. Indique, em seguida, a seqncia correta. ( ) Mantm-se a correo gramatical substituindo-se a expresso Vinte e quatro sculos atrs(l.1) por H vinte e quatro sculos ou por Fazem vinte e quatro sculos. A orao Muito se aprendeu depois disso(l.2 e 3) poderia ser substituda por Aprenderam-se muitas coisas depois, preservando-se o sentido e a correo gramatical do texto. Compromete-se a clareza do texto e h prejuzo para a correo gramatical do perodo se o pronome da expresso estas www.pontodosconcursos.com.br 22

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI palavras(l.7) for substitudo por essas. a) F, V, F, b) F, F, F, c) V, V, V d) F, F, V e) V, F, F Gabarito: A Comentrio. 1) Verbos que indicam tempo decorrido so impessoais e no se flexionam H vinte e quatro sculos / Faz vinte e quatro sculos (e no fazem, como proposto). - FALSA 2) As duas formas esto em construes de voz passiva pronominal, tendo sido substituda apenas a forma muito por muitas coisas e, conseqentemente, a forma verbal para concordar com o sujeito. A correo gramatical foi mantida e os aspectos semnticos respeitados. 3) preciso voltar ao texto para compreender a passagem. O mais importante a distino entre o discurso dos agentes e o discurso do cientista que o analisa. Doxa (opinio) e episteme (cincia) so os termos que os designam respectivamente, mas estas palavras tanto se desgastaram pelo uso que ... O pronome demonstrativo estas est em referncia anafrica, devendo, segundo a norma culta, ser substitudo por essas. Note que, dessa vez, no houve referncia a norma culta e, mesmo assim, a banca considerou necessria a troca dos pronomes. 20 - (MPU/2005) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. A _______ intelectual de Nabuco provm de suas ________ e por isso que nele ______, mais do que o artista, o pensador poltico. uma tradio espiritual que ele conserva e eleva a um grau superior, ainda que a______ vocao poltica se alie ______ sensibilidade artstica. (Baseado em Graa Aranha)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) essncia b) riqueza c) carreira e) vivncia Gabarito: A Comentrio. A partir dessa 3 lacuna dessa questo, abordaremos um dos pontos mais incidentes em questes que envolvem pronomes COLOCAO PRONOMINAL. Para fins didticos, iremos comentar cada uma das lacunas. 1 E 2) Qualquer das formas propostas serviria para preencher a primeira e a segunda lacunas. 3) As trs posies que o pronome ocupa em relao ao verbo so: antes do verbo (prclise), no meio do verbo (mesclise, que s ocorre com verbos no futuro do presente e no futuro do pretrito do indicativo) ou aps o verbo (nclise). A fim de facilitar, resumimos todas as regras de colocao pronominal a trs: 1) REGRA GERAL: Segundo a norma culta, a regra a nclise, ou seja, o pronome aps o verbo. Isso tem origem em Portugal, onde essa colocao mais comum. No Brasil, o uso da prclise mais freqente, por apresentar maior informalidade. Mas, como devemos abordar os aspectos formais da lngua, a regra ser nclise, usando prclise em situaes excepcionais, que so: Palavras invariveis (advrbios, alguns pronomes, conjuno) atraem o pronome. Por palavras invariveis, entendemos os advrbios, as conjunes, alguns pronomes que no se flexionam, como o pronome relativo que, os pronomes indefinidos quanto/como, os pronomes demonstrativos isso, aquilo, isto. Exemplos: Ele no se encontrou com a namorada. prclise obrigatria por fora do advrbio de negao. www.pontodosconcursos.com.br 24 origens razes se acentua se acentua acentua-se acentua-se essa esta tal esta essa a a

influncias marca-se razes

d) qualidade razes

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Quando se encontra com a namorada, ele fica muito feliz. prclise obrigatria por fora da conjuno; Oraes exclamativas (Vou te matar!) ou que expressam desejo, chamadas de optativas (Que Deus o abenoe!) prclise obrigatria. Oraes subordinadas (... e por isso que nele se acentua o pensador poltico uma orao subordinada causal, como a da questo, exige a prclise.). 2) EMPREGO PROIBIDO: Iniciar perodo com pronome (a forma correta : D-me um copo dgua. / Permita-me fazer uma observao.); Aps verbo no particpio, no futuro do presente e no futuro do pretrito. Com essas formas verbais, usa-se a prclise (desde que no caia na proibio acima), modifica-se a estrutura (troca o me por a mim) ou, no caso dos futuros, empregase o pronome em mesclise. Exemplos: Concedida a mim a licena, pude comear a trabalhar. (No poderia ser concedida-me aps particpio proibido - nem me concedida iniciar perodo com pronome proibido). Recolher-me-ei minha insignificncia (No poderia ser recolherei-me nem Me recolherei). 3) EMPREGO FACULTATIVO: Com o verbo no infinitivo, mesmo que haja uma palavra atrativa, a colocao do verbo pode ser encltica (aps o verbo) ou procltica (antes do verbo). Exemplo: Para no me colocar em situao ruim, encerrei a conversa. Para no colocar-me em situao ruim, encerrei a conversa. Assim, com infinitivo est sempre certa a colocao, desde que no caia em um caso de proibio (comear perodo). NO CONFUNDA INFINITIVO COM FUTURO DO SUBJUNTIVO Na maior parte dos verbos, essas formas so iguais (para comprar/quando comprar). Contudo, a regra da www.pontodosconcursos.com.br 25

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI colocao pronominal s se aplica ao infinitivo. Se o verbo estiver no futuro do subjuntivo, aplica-se a regra geral. Para ter certeza de que o infinitivo mesmo e no o futuro do subjuntivo, troque o verbo por um que apresente formas diferentes, como o verbo trazer (para trazer / quando trouxer), fazer (para fazer/ quando fizer), pr (para pr/ quando puser), e tire a prova dos noves. Se for infinitivo, pode colocar o pronome antes ou depois, tanto faz. De qualquer jeito, estar certo, mesmo que haja uma palavra atrativa (invarivel). Observao importante: quando houver DUAS palavras invariveis, o pronome poder ser colocado entre elas. A esse fenmeno d-se o nome de APOSSNCLESE. Exemplo: Para no levar-me a mal, irei apresentar minhas desculpas. como vimos, com infinitivo est sempre certa a colocao (caso facultativo), mesmo que haja uma palavra invarivel (no caso, so duas para e no). COLOCAES IGUALMENTE POSSVEIS: (1) Para no me levar a mal, ...- O pronome foi atrado pelo advrbio. (2) Para me no levar a mal, ... O pronome foi atrado pelo pronome. Voltando questo da prova, como vimos, em oraes subordinadas, ocorre a prclise. Essa uma orao subordinada adverbial conclusiva: ... por isso que nele se acentua ... o pensador poltico.. H somente duas opes que oferecem essa construo: a e b (j temos 50% de chances de ganhar o ponto!). 4) A quarta lacuna preenchida por um pronome demonstrativo que se refere um termo mencionado na passagem anterior do texto (a vocao poltica pertencia ao pensador poltico, Nabuco). Esse o uso anafrico do pronome demonstrativo. O pronome, por fazer referncia a algo do passado, deve ser usado na forma ESSA: ... ainda que essa vocao poltica se alie.... 5) O termo regente aliar, na construo, pronominal (eu me alio, tu te alias, ele se alia) e transitivo indireto, exigindo a preposio a (Algum se alia a outrem.). Deve-se ler todo o perodo para se verificar qual seria o termo regido. www.pontodosconcursos.com.br 26

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Vamos l. O segmento : uma tradio espiritual que ele conserva e eleva a um grau superior, ainda que a essa vocao poltica se alie ____ sensibilidade artstica. Percebe-se que o a que a antecede essa vocao s pode ser uma preposio, no poderia ser um artigo definido. Quer ver? Vamos colocar a expresso essa vocao poltica como sujeito de uma orao: Essa vocao poltica surgiu ainda na adolescncia. Haveria alguma possibilidade de se colocar um ARTIGO DEFINIDO FEMININO antes do pronome essa (A essa vocao poltica surgiu...)? No! Ento, esse a que antecede a penltima lacuna uma preposio, exigida pelo verbo aliar-se. O termo regido, portanto, essa vocao poltica. Colocando na ordem direta, a construo seria: ... ainda que a sensibilidade artstica se alie a essa vocao poltica ... Percebe-se, assim, que sensibilidade artstica o sujeito da orao e sujeito no admite ser iniciado por preposio (se existir preposio, ela pertence a outra orao que no a desse sujeito). Concluso: esse a no acentuado. A resposta foi a letra a essncia / origens/ se acentua / essa / a. Leia o texto para responder questo 21. A defesa do contribuinte no Brasil mais ampla do que em muitos pases mais desenvolvidos, onde a democracia j est consolidada. Antes de recorrer Justia comum, o contribuinte pode-se defender em duas instncias da esfera administrativa. So tantos expedientes protelatrios que, muitas vezes, os impostos devidos tornam-se incobrveis pela morte ou pelo desaparecimento do devedor. O resultado so dezenas de bilhes de reais inscritos na dvida ativa que ficam definitivamente nas mos dos sonegadores. Essa tolerncia com a sonegao, que no vista como crime, faz parte da nossa cultura, do nosso processo histrico. (Folha de S. Paulo, 19/08/2000, p. A3, com adaptaes) 21- (TRF/2000) incorreto afirmar que, no texto, a) pode-se eliminar o do da expresso mais ampla do que (l.1) sem prejuzo gramatical para o perodo b) o pronome relativo onde (l.2) equivale a nos quais www.pontodosconcursos.com.br 27

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) a expresso pode-se defender (l.3) admite a colocao pode defender-se d) a expresso que no vista como crime (l.9) est entre vrgulas por tratar-se de uma explicao e) o se em tornam-se (l.5) indica a indeterminao do sujeito Gabarito: E Comentrio. Na passagem So tantos expedientes protelatrios que, muitas vezes, os impostos devidos tornam-se incobrveis pela morte ou pelo desaparecimento do devedor, o verbo tornar transobjetivo, ou seja, possui um objeto direto e um predicativo do objeto direto. O que se torna incobrvel? Resposta: os impostos. Ento, com o verbo tornar, que transitivo direto e est acompanhado do pronome se, constrise voz passiva, sendo o sujeito paciente representado pelo vocbulo impostos. A funo desse pronome se, portanto, apassivadora. As demais opes corretas so: a) facultativa a colocao da preposio antes da conjuno comparativa mais ampla (do) que. b) O pronome relativo onde pode ser substitudo, sem problemas, pelo correspondente em que ou no qual (e flexes), mas a recproca nem sempre verdadeira. O relativo onde deve ter como referncia um lugar. O em que pode ser usado com qualquer referente desde haja um termo que exija a preposio em. Exemplo: Nas palestras em que o tema foi abordado houve discusses acirradas., o vocbulo palestras um evento, e, pela norma culta, no admite o relativo onde. No texto, o relativo refere-se a pases, ento tanto onde quanto em que/nos quais estariam corretos. c) A norma culta condena o pronome solto no meio da locuo verbal ou, numa linguagem mais apropriada, em prclise em relao ao principal (pode se defender). Na linguagem coloquial (do dia-a-dia), constantemente utilizada essa forma de colocao. Na construo analisada, o verbo auxiliar aceita nclise (pode-se defender); o principal est no infinitivo, que tambm aceita o pronome nessa posio (pode defender-se). Portanto, est correta a proposta do item c. d) na aula sobre pontuao, veremos que elementos de natureza explicativa so colocados entre vrgulas. www.pontodosconcursos.com.br 28

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22 - (AFC 2002) Quanto norma culta, em relao aos termos grifados, assinale a opo correta. Para que a interveno governamental se justifique preciso, primeiro, que se prove a existncia de uma distoro que faa com que o mercado no aloque eficientemente os recursos. Segundo, que se pondere as alternativas para corrigir aquela distoro luz de seus custos e benefcios. Pode-se concluir pela adoo de medidas corretivas, e de que tipo devem ser, somente aps esta anlise. Dada a realidade brasileira, provvel que essas tendam a ser muito mais relativas natureza da poltica econmica do que da poltica industrial. Esta ltima ainda precisa ser muito melhor embasada. (Adaptado de Cludio Haddad) a) Todas as ocorrncias de se admitem mudana de colocao. b) Em se justifique, a prclise do se est em desacordo com a norma culta. c) Em se prove, a norma culta admite a nclise do se. d) Em se pondere, a prclise do se facultativa. e) Em Pode-se, a nclise do se justifica-se por ser incio de orao. Gabarito: E Comentrio. Os erros das demais opes so: a) h ocorrncias em que a colocao apresentada no admite mudanas prclise em que se prove (atrao pela conjuno); nclise em Pode-se concluir (incio do perodo). b) a prclise de se justifique se deve orao subordinada a qual integra (para que a interveno governamental se justifique... orao subordinada adverbial final). c) a prclise obrigatria em se prove por fora da conjuno integrante que ( preciso ISSO que se prove a existncia...). Para relembrar a diferena entre pronome relativo e conjuno, leia a aula 5, comentrio questo 2. 23 - (Oficial de Chancelaria/2002) Marque o item sublinhado que corresponda a erro gramatical ou de grafia ou configure uma incoerncia por impropriedade vocabular. www.pontodosconcursos.com.br 29

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI No Brasil, os intelectuais formaram-se e desenvolveram-se sombra(A) do Estado. So uma elite que reafirma-se(B) como classe mdia. Estiveram em evidncia como pensadores do social nos anos 30, como idelogos(C) do desenvolvimento na dcada de 60, como atores(D) polticos sob(E) a ditadura. (Baseado em Ana Maria Fernandes) a) A b) B c) C d) D e) E Gabarito: B Comentrio. O pronome relativo que (substitui elite), por ser uma palavra invarivel, provoca a atrao do pronome oblquo se que se reafirma. Leia o texto abaixo para responder questo 24. Uma das grandes iluses da dcada dos 90 que houve tal mudana na economia americana que precisamos de uma nova teoria econmica para explic-la. verdade que no perodo 1995/1999 houve uma acelerao do crescimento da economia acompanhada (o que parece paradoxal) por uma reduo da taxa de inflao. um paradoxo apenas na aparncia. No existe nenhuma razo para pensar que a simples e pura acelerao do crescimento deve, necessariamente, levar a um aumento da taxa de inflao. Isso s deveria ocorrer se a demanda global estivesse tentando crescer mais depressa do que a oferta global e a economia estivesse em pleno emprego. H muitas razes pelas quais no se deve aceitar tal relao de causalidade. Por exemplo, se a participao da massa salarial na renda global estiver diminuindo e a produtividade do trabalho estiver crescendo, o custo do trabalho por unidade de produto diminuir e haver um aumento de lucro. Isso estimular o investimento e a incorporao de novas tecnologias, aumentando a oferta global. Outra possibilidade a combinao de uma reduo dos preos das importaes com uma valorizao externa da moeda. Mas em que a dcada dos 90 diferente da dos 80 na economia americana? A tabela abaixo compara as duas, usando a mdia trimestral www.pontodosconcursos.com.br 30

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI das variveis. Verificamos que as diferenas residem no aumento da produtividade do trabalho, na reduo da taxa de desemprego e na queda da taxa de inflao. Esta ltima notvel quando levamos em conta que uma taxa anual de 5,6% produz, em dez anos, uma inflao acumulada de 72%, enquanto uma taxa anual de 3% produz uma inflao acumulada, na dcada, de 34%. (Antonio Delfim Netto, com adaptaes) 24 - (CVM/2000) Marque com (V) as afirmaes verdadeiras e com (F) as falsas. Indique, em seguida, a seqncia correta. ( ) O segmento H muitas razes pelas quais...(l.10) pode tambm ser corretamente escrito como H muitas razes por que... Por uma questo estilstica, deve-se preferir a nclise do pronome ao verbo auxiliar em no se deve aceitar(l.11). O pronome Isso(l.14) refere-se a todo o perodo anterior.

( (

) )

a) F / F / V b) F / V / F c) V / F / V d) V / V / F e) V / V / V Gabarito: C V / F / V Comentrio. 1) O relativo as quais (cujo antecedente razes) com a preposio por forma pelas quais. Ento, a substituio do relativo as quais pelo que e manuteno da preposio (por que) mantm o perodo correto. Em vrios livros voltados para concursos pblicos h listas e mais listas sobre o porque e suas formas (separado com acento, separado sem acento, junto com acento, junto sem acento). Primeiro devemos entender o motivo da acentuao do vocbulo. Quando o pronome ou a conjuno est no incio ou no meio do perodo, normalmente tona, chegando, por regionalismo, ser pronunciada como porqui. Todavia, no fim do perodo, recebe nfase e passa a ser forte, tnico. por isso que, nessa posio, recebe o acento circunflexo. Tambm acentuado o substantivo porqu, que, na mudana de classe www.pontodosconcursos.com.br 31

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI gramatical, passou a ter uma tonicidade que na forma de pronome ou conjuno no tinha. Em resumo: recebe acento circunflexo o vocbulo tnico, quer pronome interrogativo no fim da frase (Eu preciso saber por qu.), quer substantivo (Ele no sabe o porqu da demisso.). Se for: - conjuno (explicativa ou causal), junto porque. - pronome relativo acompanhado de preposio (como na questo) separado e pode ser substitudo por pelo qual e flexes por que. - preposio + pronome interrogativo (em pergunta direta ou indireta), ele separado por que (No sei por que voc no veio. / Por que voc no veio? / Voc no veio por qu? recebeu acento por ser tnico), com a idia de por qual motivo / por qual razo. Usa-se essa forma tambm como complemento de expresses como eis, da e em outras em que esteja implcita a palavra motivo Eis por que (motivo) eu no irei festa. / Estive doente, da por que (motivo) no fui festa. / No h por que (motivo) voc se aborrecer comigo.. 2) O item sugere a colocao do pronome aps o verbo auxiliar. A forma proposta foi: no deve-se aceitar(nclise ao auxiliar). Est incorreta, pois o advrbio (palavra invarivel) atrai o pronome tono para junto de si no se deve aceitar. 3) O segmento a ser analisado : H muitas razes pelas quais no se deve aceitar tal relao de causalidade. Por exemplo, se a participao da massa salarial na renda global estiver diminuindo e a produtividade do trabalho estiver crescendo, o custo do trabalho por unidade de produto diminuir e haver um aumento de lucro. Isso estimular o investimento e a incorporao de novas tecnologias, aumentando a oferta global. O pronome demonstrativo isso faz referncia anafrica, ou seja, em relao a termos antecedentes do texto. Esses termos so os que compem o perodo imediatamente anterior. O que estimular o investimento e a incorporao de novas tecnologias, aumentando a oferta global, ser o aumento do lucro decorrente da diminuio do custo do trabalho por unidade de produto. Est correta a afirmao.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 25- (APO MPOG/2005) Aponte a opo que finaliza com correo gramatical o trecho abaixo. O desenvolvimento cientfico e tecnolgico tem, de fato, uma coerncia imanente fundamental. O seu temido desvirtuamento decorre sempre de fatores acidentais, alheios portanto sua lgica intrnseca e fatal que, levada s ltimas conseqncias, sempre a favor e no contra o homem, porquanto no somente somos parte integrante do processo, mas o seu remate. Se a televiso, por exemplo, pode revelar-se aborrecida ou nociva, _______________________________________ (Lcio Costa, O novo humanismo cientfico e tecnolgico) a) no que o deve ser necessariamente, mas porque o critrio do seu emprego a torna assim. b) no que deva s-lo necessariamente, mas por que o critrio do seu emprego a torna assim. c) no porque seja-o necessariamente, mas por que o critrio do seu emprego torna-a assim. d) no que a deve ser necessariamente, mas porque o critrio do seu emprego torna-a assim. e) no que deve s-la necessariamente, mas por que o critrio do seu emprego torna-a assim. Gabarito: A Comentrio. Alm do aspecto semntico, devemos observar a correo gramatical. Por isso, para aumentar nossas chances de acertar a questo, vamos eliminar os itens que apresentam erros gramaticais: As opes b, c e e apresentam o vocbulo por que (separado), que um pronome interrogativo. Na orao, deve ser usada uma conjuno de valor explicativo. Na opo d, o erro de colocao pronominal: numa orao subordinada explicativa, iniciada pela conjuno explicativa porque, o pronome deve estar em prclise; contudo, observa-se o pronome em nclise (mas porque o critrio do seu emprego torna-a assim). S com essa anlise gramatical, teramos acertado a questo. Para fins didticos, iremos avaliar o aspecto semntico da construo e a funo de seus elementos. preciso, antes de tudo, compreender o texto. Para isso, precisamos vencer alguns obstculos, quais sejam: o www.pontodosconcursos.com.br 33

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI emprego de vocbulos desconhecidos por ns. Alguns so essenciais, outros no. Glossrio: Imanente algo sempre presente, inseparvel; Porquanto conjuno de valor causal, equivalente a porque; Remate acabamento, fim, e, em linguagem conotativa, cume, auge, ponto mximo. Fala-se da coerncia prpria do desenvolvimento cientfico e tecnolgico, de seu desvirtuamento e das conseqncias disso, sempre a favor do homem, que no s parte, mas tambm o fim desse processo. A partir disso, aborda-se o papel da televiso nesse contexto. Para compreendermos a funo do pronome demonstrativo o em no que o deve ser necessariamente, vamos dissecar a passagem: Se a televiso, por exemplo, pode revelar-se aborrecida ou nociva, no que necessariamente deve (a televiso) ser assim (aborrecida ou nociva), mas porque o seu emprego (emprego da televiso) a torna (torna a televiso) assim (aborrecida ou nociva). Afinal, qual a funo do pronome demonstrativo em no que o deve ser? Retomar a idia de que a televiso pode revelar-se aborrecida ou nociva. Por ser usado em referncia a todo um perodo anterior, o pronome demonstrativo, em funo vicria (substitui todo o antecedente), mantm-se neutro no singular masculino o deve ser. Um exemplo desse tipo de construo Preciso tirar frias mas vou faz-lo no prximo ano.. Faz-lo retoma a idia de tirar frias. Mantm-se, portanto, sob forma neutra masculino e singular. Leia o texto abaixo para responder questo 26. A extrema diferenciao contempornea entre a moral, a cincia e a arte hegemnicas e a desconexo das trs com a vida cotidiana desacreditaram a utopia iluminista. No faltaram tentativas de conectar o conhecimento cientfico com as prticas ordinrias, a arte com a vida, as grandes doutrinas ticas com a conduta comum, mas os resultados desses movimentos foram pobres. Ser ento a modernidade uma causa perdida ou um projeto inconcluso? (Nestor Garcia Canclini, Culturas Hbridas, p. 33, com adaptaes)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 26 - (AFRF 2005) Assinale a opo que constituiria, de maneira coerente com a argumentao e gramaticalmente correta, uma possvel resposta para a pergunta final do texto. a) A resposta poderia estar na sugesto de aprofundar o projeto modernista, inserindo-o com a prtica cotidiana, renovando-o o sentido das possveis contradies. b) Para no consider-la causa perdida, alguns tericos sugerem encontrar outras vias de insero da cultura especializada na prxis cotidiana, por meio de novas polticas de recepo e de apropriao dos saberes profissionais. c) Visando ao desenvolvimento de uma autonomia social e cultural, vrios autores retomam uma tradio de pensamento que diz de que o moderno se forma nas cinzas do antigo e na luz que trouxe pelo novo. d) Segundo alguns pensadores modernos, no se tratam de projees utpicas os empreendimentos culturais e sociais que renovam valores modernistas, enriquecendo saberes especializados. e) Nem causa perdida, nem projeto inconcluso: apenas a necessidade que o conhecimento e as relaes sociais vm a ser recolocados em novos patamares de dinmica interna, criando novas relaes entre os sujeitos. Gabarito: B (alterado aps os recursos) Comentrio. O gabarito, inicialmente tido como letra a, foi alterado para b, que no apresenta incorreo gramatical alguma. O pronome tono encltico ao verbo no infinitivo est correto, pois com infinitivo est sempre certa a colocao, mesmo que, antes do verbo, haja DUAS palavras invariveis (a preposio para e o advrbio no). Os erros das demais opes so: a) O primeiro erro de regncia verbal do verbo inserir em inserindoo com a prtica cotidiana. No sentido de fixar(-se); implantar(-se), significado este que atende ao contexto, o verbo inserir pode ser transitivo direto e indireto, regendo a preposio em, ou transitivo direto pronominal e indireto, tambm com a mesma preposio em. Exemplo: Inserir(-se) a democracia na vida nacional. Considerando o contexto em que se apresenta tal passagem, a preposio empregada deveria ter sido em e no a preposio com. A segunda incorreo reside no emprego do pronome tono o na passagem renovando-o o sentido das possveis contradies. Tal como www.pontodosconcursos.com.br 35

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI empregado, prejudica a coerncia textual. H duas possibilidades de correo do perodo: 1 caso se considere a inteno do autor em utilizar a acepo de tornar novo, a transitividade do verbo renovar direta, devendo ser eliminado o pronome e mantido o objeto direto (renovando o sentido das possveis contradies). 2 de outro modo, se a opo tiver sido de apresentar o pronome com valor possessivo, igualmente se estaria incorrendo em erro, pois, segundo nos ensinam Celso Cunha e Lindley Cintra na Nova Gramtica do Portugus Contemporneo, neste caso, o mais apropriado o pronome oblquo lhe (renovando-lhe o sentido...). Esse uso muito comum em expresses como Beijou-lhe o rosto o seu rosto, Roubou-me a bolsa a minha bolsa. Assim, esse pronome oblquo, apesar de ligado ao verbo (beijou-lhe / roubou-me), tem valor possessivo e sua funo a de adjunto adnominal (a mesma funo que seria exercida por um pronome possessivo seu rosto / minha bolsa). c) O problema foi a regncia do verbo dizer. transitivo direto, no havendo justificativa para o emprego da preposio de (que diz de que o moderno se forma). Alm disso a construo e na luz que trouxe pelo novo est sintaticamente mal construda, com prejuzo de coerncia. d) a forma de sujeito indeterminado trata-se de deve ficar na 3 pessoa do singular no se trata de projees. e) A regncia do substantivo necessidade exige a preposio de apenas a necessidade de que o conhecimento e as relaes sociais. Na seqncia, um problema de conjugao verbal. Por se apresentar em uma orao de valor hipottico, o verbo auxiliar deve ser conjugado no modo subjuntivo a necessidade de que o conhecimento e as relaes sociais venham a ser recolocados em novos patamares de dinmica interna. Bons estudos para todos vocs. LISTA DAS QUESTES COMENTADAS. 01 - (AFRE MG/2005) O setor pblico no feito apenas de filas, atrasos, burocracia, ineficincia e reclamaes. A stima edio do Prmio de Gesto Pblica, coordenado pelo Ministrio do Planejamento, mostra que o servio pblico federal tambm capaz de oferecer servios com www.pontodosconcursos.com.br 36

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI qualidade de primeiro mundo. De 74 instituies pblicas inscritas, 13 foram selecionadas por ter conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter prticas e rotinas de gesto capazes de melhorar de forma crescente seus resultados, tornando-os referncias nacionais. O perfil dos premiados mostra que o que est em questo no tamanho, visibilidade ou importncia estratgica, mas, sim, a capacidade de fazer com que as engrenagens da mquina funcionem de forma eficiente, constante e muito bem controlada. (Ilhas de Excelncia. ISTO, 2/3/2005, com adaptaes) Julgue a assertiva abaixo, em relao aos aspectos textuais. d) A retirada do pronome do termo tornando-os(l.8) preserva a correo gramatical e a coerncia textual, deixando subentendido o objeto de referncias nacionais(l.8). 02 - (Auditor TCE ES/2001) Os contratos e seus aditamentos sero lavrados nas reparties interessadas, as quais mantero arquivo cronolgico dos seus autgrafos e registro sistemtico do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartrio de notas, de tudo juntando-se cpia no processo que lhe deu origem. Julgue as proposies abaixo, em relao aos elementos do texto. c) Os pronomes possessivos na segunda orao referem-se a arquivo cronolgico. 03 - (TFC SFC/2000) O saber produzido pelo iluminismo no conduzia emancipao e sim tcnica e cincia moderna que mantm com seu objeto uma relao ditatorial. Se Kant ainda podia acreditar que a razo humana permitiria emancipar os homens de seus entraves, auxiliando-os a dominar e controlar a natureza externa e interna, temos de reconhecer hoje que essa razo iluminista foi abortada. A razo que hoje se manifesta na cincia e na tcnica uma razo instrumental, repressiva. Enquanto o mito original se transformava em Iluminismo, a natureza se convertia em cega objetividade. Inicialmente a razo instrumental da cincia e tcnica positivista tinha sido parte integrante da razo iluminista, mas no decorrer do tempo ela se autonomizou, voltando-se inclusive contra as suas tendncias emancipatrias. (B. Freitag, A Teoria Crtica Ontem e Hoje, p. 35, com adaptaes) www.pontodosconcursos.com.br 37

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Das seguintes expresses retiradas do texto, indique o item em que o elemento da coluna da esquerda faz remisso incorreta s expresses da coluna da direita. a) b) c) d) e) seu (l.2) .......... tcnica e cincia moderna seus(l.4) ......... homens os (l.4) .............homens ela (l.11) ..........razo instrumental suas (l.12) .......cega objetividade

04 - (Assistente de Chancelaria/2003) Em relao ao texto abaixo, assinale o que se pede. Compara-se vulgarmente a dominao americana sobre o mundo, hoje, com a do Imprio Romano. Mas vejo muitas diferenas. Os romanos de fato conseguiram fazer uma coisa que os americanos no alcanaram: eles transformaram os habitantes de seu imprio em cidados romanos. J no primeiro sculo da era crist, o prprio So Paulo, que era judeu, claro, se dizia antes de tudo um cidado romano. No quero dizer que seja culpa deles, mas os americanos esto num mundo onde a americanizao deve forosamente parar num certo momento. Com sua potncia militar ou econmica, eles dominam muitos Estados, mas no esto numa situao que lhes permita fazer das pessoas que dominam verdadeiros americanos. Isso ao mesmo tempo bom e ruim. bom porque as pessoas conservam o que se chama hoje de sua identidade. ruim porque isso impede que essas pessoas se tornem membros inteiros da democracia americana, que , apesar de seus enormes defeitos, uma democracia. (Depoimento de Jacques le Goff a Alcino Leite Neto, Folha de So Paulo, 14/04/2002, com adaptaes) Assinale o par em que, no texto, o pronome da primeira coluna no se refere expresso da segunda coluna. a) eles(l.4) ----- romanos(l.2) b) deles(l.7) ----- americanos(l.7) c) lhes(l.10) ----- verdadeiros americanos (l.11) d) sua(l.12) ------ pessoas(l.12) e) seus(l.14) ------ democracia americana (l.14)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 05 - (AFRF 2003) Em relao aos elementos que constituem a coeso do texto abaixo, assinale a opo correta. O carter tico das relaes entre o cidado e o poder est naquilo que limita este ltimo e, mais que isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua primeira verso, como direitos civis, limitavam a ao do Estado sobre o indivduo, em especial na qualidade que este tivesse, de proprietrio. Com a extenso dos direitos humanos a direitos polticos e sobretudo sociais, aqueles passam pelo menos idealmente a fazer mais do que limitar o governante: devem orientar sua ao. Os fins de seus atos devem estar direcionados a um aumento da qualidade de vida, que no se esgota na linguagem dos direitos humanos, mas tem nela, ao menos, sua condio necessria, ainda que no suficiente. (Renato Janine Ribeiro, Fronteiras da tica, So Paulo: Senac, 2002, p.140) a) Em o orienta(l.2), o refere-se a cidado(l.1). b) Em este tivesse(l. 4), este refere-se a Estado(l.3). c) Em aqueles polticos(l.5). passam(l.6), aqueles refere-se a direitos

d) sua ao(l.7) e seus atos(l.8) remetem ao mesmo referente: proprietrio(l.5). e) sua condio(l.10) refere-se a um aumento da qualidade de vida(l.8-9). 06 - (TRF 2002.1) Julgue se as formas de redao abaixo esto gramaticalmente corretas. c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preo de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento prximo em que os EUA gastaro com a defesa US$ 1 bilho por dia. / Seu pensamento hoje esse: tornou-se barato adquirir a hegemonia ao preo de 3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento prximo em que os EUA gastaro com a defesa US$ 1 bilho por dia. 07 - (AFC / 2002) Julgue a substituio proposta para adequar o texto ao padro culto formal do idioma. O conceito de tributo, face sua interpretao nos conformes Constituio, tem essa peculiaridade: deve obedecer ao princpio da www.pontodosconcursos.com.br 39

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI legalidade estrita. Cumpre ressaltar mais uma vez: no h possibilidade de discricionariedade na definio legislativa do tributo, mas s teremos tributo se o dever de pagar uma importncia ao Estado for vinculado previso de ter riqueza. (Nina T. D. Rodrigues, com adaptaes) III. substituir essa(l.2) por esta (TFC SFC/2000) Leia o texto para responder questo 08. As casas-grandes requintadas, com negros tocando pera e cantando em latim, no foram tpicas de uma aristocracia rural que, isolando-se, cercando-se s de subordinados, fez sempre mais questo da quantidade que da qualidade dos seus ttulos de grandeza: do nmero de seus ps de caf e dos seus ps de cana; do nmero das suas cabeas de escravos e das suas cabeas de gado; do nmero das salas e dos quartos de suas casas-grandes. Isso que, aos olhos da maioria dos brasileiros da era patriarcal ainda predominantemente rural, era grandeza. O senhor rural, mais pervertido pelo isolamento, desprezava tudo, pelo regalo de mandar sobre muitos escravos e de falar gritando com todo o mundo, tal a distncia, no s social, como fsica, que o separava quase sempre das mulheres, dos filhos, dos negros, em casas vastas, com salas largas, onde quase nunca as pessoas estavam todas perto uma da outra; onde nas prprias mesas de jantar, de oito metros de comprido, era preciso que o senhor falasse senhorialmente alto para ser ouvido no fim da mesa quase de convento. (Gilberto Freire, Sobrados e Mucambos, p.46) 08 - Julgue a assertiva abaixo, em relao correo dos elementos textuais b) O pronome demonstrativo Isso (l.7) refere-se enumerao apresentada no perodo anterior e constitui um recurso de coeso textual. 09 - (TC PR 2002/2003) Monteiro Lobato, ao afirmar que "um pas se faz com homens e livros", por certo indicou o caminho das pedras queles que, descuidadamente, promovem a histria sem a preocupao de seu registro e que, por conseqncia, legam ao p do esquecimento tudo o que foi feito certo ou errado ou deixado de fazer. Os homens fazem a histria. Os livros registram a histria. Sem estes, os exemplos do passado, os www.pontodosconcursos.com.br 40

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI conhecimentos tcnicos e cientficos armazenados, o testemunho e as provas colhidas no seriam repassados s geraes futuras, o que comprometeria a chamada evoluo. www.tcparan.gov.br Julgue a assertiva abaixo, em relao correo dos elementos textuais. a) A expresso o que comprometeria (l.8-9) pode ser substituda por os quais comprometeriam, sem prejuzo das relaes sintticas e semnticas originais. 10 - (TFC SFC/2000) Assinale a opo incorreta em relao ao texto. O universo financeiro compreende dois canais principais para colocar doadores e tomadores de recursos, assim como poupadores e investidores em contato. Todos eles formam o mercado financeiro, que lida, basicamente, com ttulos de curto prazo, como letras de cmbio, ttulos do Tesouro e emprstimos interbancrios, e o mercado de aes, que trabalha, principalmente, com aes e cotas empresariais e aes pblicas.
(Adaptado de Enciclopdia Compacta de Conhecimentos Gerais Isto )

Julgue a assertiva abaixo, em relao correo dos elementos textuais. d) Em que lida (l.3-4) o que corresponde a cujo.

11 (TRF 2002.1) Marque o segmento do texto que foi transcrito com erro gramatical. a) Finalmente, aps cinco anos de debate, a Lei Brasileira de Arbitragem (Lei Marco Maciel), de iniciativa do Congresso Nacional, sancionada pelo Executivo, recebeu o nada obsta do Supremo Tribunal, em uma de suas ltimas reunies plenrias de 2001. b) Apesar de analisada e selada pelos trs poderes da Repblica, o fato mais marcante onde caracteriza a Lei de Arbitragem a simpatia com que foi recebida por grande parcela da sociedade. c) Tal aspecto, em termos brasileiros, emblemtico, pois expressa, talvez, a chancela mas importante: a do cidado, a confirmar que a lei pegou. d) De fato, a longa discusso quanto constitucionalidade da Lei de Arbitragem manteve-se ao largo da atividade da sociedade civil, tendo www.pontodosconcursos.com.br 41

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI em vista a implementao desse meio extrajudicial de soluo de conflito. e) Foram intensos, nesses cinco anos de existncia da Lei Marco Maciel, os cursos, as conferncias, a publicao de estudos e livros, enfim, os debates travados ao redor do tema. (Baseado em Pedro Batista Martins) 12 - (AFC SFC/2000) Assinale a opo em que o item gramatical grifado constitui erro. a) preciso pensar em como ajudar as pessoas que no esto conseguindo se beneficiar da globalizao. b) Uma medida necessria o treinamento e reciclagem dos trabalhadores que perderam seus empregos, para que possam ser reincorporados. c) E aqueles cujos no conseguirem voltar ao sistema produtivo devem ser alvo de polticas compensatrias que aliviem as tenses de uma transio econmica to complexa. d) Trata-se de mudar de uma economia protegida h dcadas para uma mais integrada. e) Programas de renda mnima e seguro-desemprego, para ficar em dois exemplos, so extremamente necessrios em pases como o Brasil. (Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.143) 13 - (AFC SFC/2000) Indique a opo em que o texto foi transcrito com problemas de estruturao sinttica. a) Assim como em Os Trabalhadores, de que predomina e d direo do trabalho a viso poltica e social do fotgrafo. Para Salgado, o centro do xodo moderno est nas populaes mais pobres e deserdadas. b) A violncia do sistema econmico contemporneo o agente que direciona o movimento das cmeras do fotgrafo em milhares de pelculas tradicionais, numa era aclamada pela globalizao e pela transmisso digital de imagens num mundo virtual. c) Contar a histria da humanidade em trnsito , como diz o prprio fotgrafo, uma histria perturbadora. Mais ainda com o foco de ateno voltado para os refugiados, os favelados, os humilhados, os fugitivos da pobreza, da represso, da guerra. www.pontodosconcursos.com.br 42

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) Por seis anos, Salgado andou dos campos de refugiados s favelas urbanas. Presenciou momentos histricos de Kosovo, Eldorado dos Carajs e Ruanda, cones do extermnio contemporneo, produzindo lembranas fotogrficas de que a globalizao no , e no ser, a soluo. e) Mesmo com um cenrio mundial desesperador, as imagens dos livros de Sebastio Salgado fazem pensar que o fotgrafo acredita e tem esperanas na humanidade. So imagens pungentes, delicadas, realadas pela qualidade e dramaticidade do preto-e-branco, numa crena absoluta de que a reflexo vir com a exposio do problema da maneira mais ampla possvel. (Gazeta Mercantil, 8 e 9/4/2000, p.13, com adaptaes)

Leia o texto abaixo para responder s questes 14 e 15. Rpida Utopia O sculo do triunfo tecnolgico foi tambm o da descoberta da fragilidade. Um moinho de vento pode ser reparado, mas o computador no tem defesa diante da m inteno de um garoto precoce. O sculo est estressado porque no sabe de quem se deve defender nem como: somos demasiado poderosos para poder evitar nossos inimigos. Encontramos o meio de eliminar a sujeira, mas no o de eliminar os resduos. Porque a sujeira nascia da indigncia, que podia ser reduzida, ao passo que os resduos (inclusive os radioativos) nascem do bemestar que ningum quer mais perder. Eis por que nosso sculo foi o da angstia e da utopia de cur-la. Com um superego mais forte, a humanidade se embaraa num mal que conhece perfeitamente, confessa-o em pblico, tenta purificaes expiatrias, s quais se juntam as Igrejas e os governos, e repete o mal porque ao a distncia e linha de montagem impedem de identific-lo no incio do processo. Espao, tempo, informao, crime, castigo, arrependimento, absolvio, indignao, esquecimento, descoberta, crtica, nascimento, longa vida, morte... tudo em altssima velocidade. A um ritmo de estresse. Nosso sculo o do enfarte. (Umberto Eco - traduo de Paulo Neves, com adaptaes) 14 - (TCE ES/2001) Em relao ao emprego das palavras e expresses do texto, julgue a assertiva abaixo. www.pontodosconcursos.com.br 43

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) Mantm-se o sentido e a correo gramatical ao substituir a expresso "s quais" (l.12) pelo pronome relativo que. 15 - (TCE ES/2001) lingsticas do texto. Analise a correspondncia entre as estruturas

I- "que" (l.7) refere-se a "sujeira" (l.7) II- "-la", em "cur-la"(l.10) refere-se a "angstia" (l.10) III- "-o" em "confessa-o"(l.12) refere-se a "superego"( l.10) IV- "-lo" em "identific-lo"(l.14) refere-se a "processo"(l.14) V- "tudo"(l.17) refere-se s informaes enumeradas nas linhas 15 a 17. Marque a opo correta. a) Esto corretos todos os itens. b) Esto corretos apenas os itens I, II e IV. c) Esto corretos apenas os itens II e V. d) Esto corretos apenas os itens III, IV e V. e) Nenhum dos itens est correto. 16 - (AFRF 2003) Julgue a assertiva abaixo: e) O Fundo Monetrio Internacional deixou de disciplinar a paridade das moedas, cuja a funo foi criada h 59 anos para contentar-se com o crax de auditor de confiana dos bancos credores nas contas e nos planos dos governos devedores, sem entrar no mrito do formato, do contedo e da seqela dessa assistncia. 17 - (TCU 2006) Assinale a substituio necessria para que o texto fique gramaticalmente correto. A situao social, poltica e econmica em que se encontra a populao negra conseqncia de um longo processo estrutural-histrico do qual mudanas dependem de polticas pblicas amplas e pautas muito alm das formulaes dos preconceitos ou das discriminaes do racismo como tm sido dadas. Aprofundar a base terica significa aprofundar o campo das aes nas reas do trabalho, da habitao, do urbanismo, da economia, da sade, da cultura e da educao. www.pontodosconcursos.com.br 44

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Henrique Cunha Jr. Novos caminhos para os movimentos negros in Poltica Democrtica - Revista de Poltica e Cultura, Braslia: Fundao Astrogildo Pereira, Ano V, n. 12, agosto de 2005.) a) em que (l.1) > na qual b) do qual (l.3) > cujas c) de um (l. 2) > do d) tm sido (l. 6) > so e) nas ( l. 7) > em 18 - (TCE ES 2001) Marque a opo que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo. Um portal na Internet ______ o cidado poder consultar as suas pendncias burocrticas e financeiras com o governo e ________ ter todo o tipo de informao pessoal, como extrato do seu FGTS, entre outros. _______ um cenrio j existente em algumas cidades do mundo e que poder chegar ao Brasil nos prximos anos, dentro do projeto de governo eletrnico. Um dos desafios de ______ projeto a parte de segurana. a) onde - ainda - Esse - tal b) que - assim - Tal - esse c) em que - ainda - Eis - tal d) onde - assim - Esse - um tal e) que - tambm - Esse - tal 19 - (AFRF/2003) Vinte e quatro sculos atrs, Scrates, Plato e Aristteles lanaram as bases do estudo cientfico da sociedade e da poltica. Muito se aprendeu depois disso, mas os princpios que eles formularam conservam toda a sua fora de exigncias incontornveis. O mais importante a distino entre o discurso dos agentes e o discurso do cientista que o analisa. Doxa (opinio) e episteme (cincia) so os termos que os designam respectivamente, mas estas palavras tanto se desgastaram pelo uso que, para torn-las novamente teis, preciso explicar o seu sentido em termos atualizados. Foi o que fez Edmund Husserl com a distino entre discurso pr-analtico e o discurso tornado consciente pela anlise de seus significados embutidos. Por www.pontodosconcursos.com.br 45

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI exemplo, na linguagem corrente, podemos opor o comunismo ao anticomunismo como duas ideologias. No entanto, comunismo uma ideologia, mas o anticomunismo no uma ideologia, a simples rejeio de uma ideologia. analisando e decompondo compactados verbais como esse e comparando-os com os dados disponveis que o estudioso pode chegar a compreender a situao em termos bem diferentes daqueles do agente poltico. Mas tambm certo que os prprios conceitos cientficos da obtidos podem incorporar-se depois no discurso poltico, tornando-se expresses da doxa. isso, precisamente, o que se denomina uma ideologia: um discurso de ao poltica composto de conceitos cientficos esvaziados de seu contedo analtico e imantados de carga simblica. Ento, preciso novas e novas anlises para neutralizar a mutao da cincia em ideologia. (Olavo de Carvalho, com cortes) Marque com (V) as afirmaes verdadeiras e com (F) as falsas. Indique, em seguida, a seqncia correta.

Mantm-se a correo gramatical substituindo-se a expresso Vinte e quatro sculos atrs(l.1) por H vinte e quatro sculos ou por Fazem vinte e quatro sculos. A orao Muito se aprendeu depois disso(l.2 e 3) poderia ser substituda por Aprenderam-se muitas coisas depois, preservando-se o sentido e a correo gramatical do texto. Compromete-se a clareza do texto e h prejuzo para a correo gramatical do perodo se o pronome da expresso estas palavras(l.7) for substitudo por essas.

a) F, V, F, b) F, F, F, c) V, V, V d) F, F, V e) V, F, F 20 - (MPU/2005) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. A _______ intelectual de Nabuco provm de suas ________ e por isso que nele ______, mais do que o artista, o pensador poltico. uma www.pontodosconcursos.com.br 46

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI tradio espiritual que ele conserva e eleva a um grau superior, ainda que a______ vocao poltica se alie ______ sensibilidade artstica. (Baseado em Graa Aranha) a) essncia b) riqueza c) carreira e) vivncia origens razes se acentua se acentua acentua-se acentua-se essa esta tal esta essa a a

influncias marca-se razes

d) qualidade razes

Leia o texto para responder questo 21. A defesa do contribuinte no Brasil mais ampla do que em muitos pases mais desenvolvidos, onde a democracia j est consolidada. Antes de recorrer Justia comum, o contribuinte pode-se defender em duas instncias da esfera administrativa. So tantos expedientes protelatrios que, muitas vezes, os impostos devidos tornam-se incobrveis pela morte ou pelo desaparecimento do devedor. O resultado so dezenas de bilhes de reais inscritos na dvida ativa que ficam definitivamente nas mos dos sonegadores. Essa tolerncia com a sonegao, que no vista como crime, faz parte da nossa cultura, do nosso processo histrico. (Folha de S. Paulo, 19/08/2000, p. A3, com adaptaes) 21- (TRF/2000) incorreto afirmar que, no texto, a) pode-se eliminar o do da expresso mais ampla do que (l.1) sem prejuzo gramatical para o perodo b) o pronome relativo onde (l.2) equivale a nos quais c) a expresso pode-se defender (l.3) admite a colocao pode defender-se d) a expresso que no vista como crime (l.9) est entre vrgulas por tratar-se de uma explicao e) o se em tornam-se (l.5) indica a indeterminao do sujeito 22 - (AFC 2002) Quanto norma culta, em relao aos termos grifados, assinale a opo correta. www.pontodosconcursos.com.br 47

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Para que a interveno governamental se justifique preciso, primeiro, que se prove a existncia de uma distoro que faa com que o mercado no aloque eficientemente os recursos. Segundo, que se pondere as alternativas para corrigir aquela distoro luz de seus custos e benefcios. Pode-se concluir pela adoo de medidas corretivas, e de que tipo devem ser, somente aps esta anlise. Dada a realidade brasileira, provvel que essas tendam a ser muito mais relativas natureza da poltica econmica do que da poltica industrial. Esta ltima ainda precisa ser muito melhor embasada. (Adaptado de Cludio Haddad) a) Todas as ocorrncias de se admitem mudana de colocao. b) Em se justifique, a prclise do se est em desacordo com a norma culta. c) Em se prove, a norma culta admite a nclise do se. d) Em se pondere, a prclise do se facultativa. e) Em Pode-se, a nclise do se justifica-se por ser incio de orao. 23 - (Oficial de Chancelaria/2002) Marque o item sublinhado que corresponda a erro gramatical ou de grafia ou configure uma incoerncia por impropriedade vocabular. No Brasil, os intelectuais formaram-se e desenvolveram-se sombra(A) do Estado. So uma elite que reafirma-se(B) como classe mdia. Estiveram em evidncia como pensadores do social nos anos 30, como idelogos(C) do desenvolvimento na dcada de 60, como atores(D) polticos sob(E) a ditadura. (Baseado em Ana Maria Fernandes) a) A b) B c) C d) D e) E

Leia o texto abaixo para responder questo 24. Uma das grandes iluses da dcada dos 90 que houve tal mudana na economia americana que precisamos de uma nova teoria econmica www.pontodosconcursos.com.br 48

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI para explic-la. verdade que no perodo 1995/1999 houve uma acelerao do crescimento da economia acompanhada (o que parece paradoxal) por uma reduo da taxa de inflao. um paradoxo apenas na aparncia. No existe nenhuma razo para pensar que a simples e pura acelerao do crescimento deve, necessariamente, levar a um aumento da taxa de inflao. Isso s deveria ocorrer se a demanda global estivesse tentando crescer mais depressa do que a oferta global e a economia estivesse em pleno emprego. H muitas razes pelas quais no se deve aceitar tal relao de causalidade. Por exemplo, se a participao da massa salarial na renda global estiver diminuindo e a produtividade do trabalho estiver crescendo, o custo do trabalho por unidade de produto diminuir e haver um aumento de lucro. Isso estimular o investimento e a incorporao de novas tecnologias, aumentando a oferta global. Outra possibilidade a combinao de uma reduo dos preos das importaes com uma valorizao externa da moeda. Mas em que a dcada dos 90 diferente da dos 80 na economia americana? A tabela abaixo compara as duas, usando a mdia trimestral das variveis. Verificamos que as diferenas residem no aumento da produtividade do trabalho, na reduo da taxa de desemprego e na queda da taxa de inflao. Esta ltima notvel quando levamos em conta que uma taxa anual de 5,6% produz, em dez anos, uma inflao acumulada de 72%, enquanto uma taxa anual de 3% produz uma inflao acumulada, na dcada, de 34%. (Antonio Delfim Netto, com adaptaes) 24 - (CVM/2000) Marque com (V) as afirmaes verdadeiras e com (F) as falsas. Indique, em seguida, a seqncia correta. ( ) O segmento H muitas razes pelas quais...(l.10) pode tambm ser corretamente escrito como H muitas razes por que... Por uma questo estilstica, deve-se preferir a nclise do pronome ao verbo auxiliar em no se deve aceitar(l.11). O pronome Isso(l.14) refere-se a todo o perodo anterior.

( (

) )

a) F / F / V b) F / V / F c) V / F / V d) V / V / F e) V / V / V www.pontodosconcursos.com.br 49

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25 (APO MPOG/2005) Aponte a opo que finaliza com correo gramatical o trecho abaixo. O desenvolvimento cientfico e tecnolgico tem, de fato, uma coerncia imanente fundamental. O seu temido desvirtuamento decorre sempre de fatores acidentais, alheios portanto sua lgica intrnseca e fatal que, levada s ltimas conseqncias, sempre a favor e no contra o homem, porquanto no somente somos parte integrante do processo, mas o seu remate. Se a televiso, por exemplo, pode revelar-se aborrecida ou nociva, _______________________________________ (Lcio Costa, O novo humanismo cientfico e tecnolgico) a) no que o deve ser necessariamente, mas porque o critrio do seu emprego a torna assim. b) no que deva s-lo necessariamente, mas por que o critrio do seu emprego a torna assim. c) no porque seja-o necessariamente, mas por que o critrio do seu emprego torna-a assim. d) no que a deve ser necessariamente, mas porque o critrio do seu emprego torna-a assim. e) no que deve s-la necessariamente, mas por que o critrio do seu emprego torna-a assim. Leia o texto abaixo para responder questo 26. A extrema diferenciao contempornea entre a moral, a cincia e a arte hegemnicas e a desconexo das trs com a vida cotidiana desacreditaram a utopia iluminista. No faltaram tentativas de conectar o conhecimento cientfico com as prticas ordinrias, a arte com a vida, as grandes doutrinas ticas com a conduta comum, mas os resultados desses movimentos foram pobres. Ser ento a modernidade uma causa perdida ou um projeto inconcluso? (Nestor Garcia Canclini, Culturas Hbridas, p. 33, com adaptaes) 26 - (AFRF 2005) Assinale a opo que constituiria, de maneira coerente com a argumentao e gramaticalmente correta, uma possvel resposta para a pergunta final do texto.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) A resposta poderia estar na sugesto de aprofundar o projeto modernista, inserindo-o com a prtica cotidiana, renovando-o o sentido das possveis contradies. b) Para no consider-la causa perdida, alguns tericos sugerem encontrar outras vias de insero da cultura especializada na prxis cotidiana, por meio de novas polticas de recepo e de apropriao dos saberes profissionais. c) Visando ao desenvolvimento de uma autonomia social e cultural, vrios autores retomam uma tradio de pensamento que diz de que o moderno se forma nas cinzas do antigo e na luz que trouxe pelo novo. d) Segundo alguns pensadores modernos, no se tratam de projees utpicas os empreendimentos culturais e sociais que renovam valores modernistas, enriquecendo saberes especializados. e) Nem causa perdida, nem projeto inconcluso: apenas a necessidade que o conhecimento e as relaes sociais vm a ser recolocados em novos patamares de dinmica interna, criando novas relaes entre os sujeitos.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI CONECTIVOS PREPOSIES E CONJUNES Ol, pessoal Hoje nosso assunto ser a funo e o emprego dos conectivos conjunes e preposies. Ao lado dos pronomes, esses elementos so responsveis por estabelecer o nexo entre os vocbulos de uma orao e entre as oraes, perodos e pargrafos em um texto. Por questes didticas, iremos alterar a nossa forma de apresentao. Como o assunto grande, para no corrermos o risco de deixar de fora alguma conjuno ou preposio, apresentaremos nessa primeira parte os conceitos a serem relembrados para, em seguida, resolvermos as questes de prova. PREPOSIES So palavras invariveis que, colocadas entre duas outras, estabelecem uma relao de subordinao de uma em relao outra. Tambm podem surgir isoladamente, conhecidos como sintagmas avulsos preposicionados (Com sua licena, por favor). Pode-se entender, todavia, que o antecedente, nesses casos, est elptico. Preposio em adjunto adverbial Sobretudo na fala, pode ocorrer, tambm, a elipse da preposio, especialmente em adjuntos adverbiais Neste/Este fim de semana, irei ao litoral, Chegarei (no) domingo., A lista dos aprovados sair (n)esta semana ainda.. Contudo, se o adjunto adverbial vier sob a forma de orao, a preposio antes do pronome relativo correspondente OBRIGATRIA. Isso j foi considerado um erro em inmeras questes de prova da ESAF: No momento que ele chegou, todos se retiraram. o correto seria em que. Olhe s a propaganda de uma grande seguradora do pas: o seguro que socorre voc no momento que voc mais precisa.. Para correo, deve-se empregar a preposio antes do pronome que: ...no momento em que voc mais precisa.. Preposio em complemento nominal e complemento verbal Quando a preposio exigncia de um nome (adjetivo, substantivo abstrato ou advrbio) e o complemento est sob a forma oracional, a preposio deve anteceder a conjuno integrante que d incio ao complemento nominal: Tenho a convico de que estamos no caminho certo. (Tenho a convico disso. - algum tem convico www.pontodosconcursos.com.br 1

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI de alguma coisa), Somos favorveis a que todos sejam nomeados rapidamente (Somos favorveis a isso. - algum favorvel a alguma coisa). H, tambm, quem defenda a omisso da preposio em complementos nominais sob a forma oracional. Celso Luft, em seu Dicionrio Prtico de Regncia Nominal, observa que vivel a elipse da preposio antes do que Exemplo: Estou certa que me hs de compreender.. Em relao omisso da preposio em complementos verbais, j houve questo de prova e nela se aceitou a omisso da preposio em objeto indireto oracional (comentrio questo 19 da Aula 5 AFRF 2003: No nos esqueamos que a construo ... verbo esquecerse transitivo indireto com a preposio de). Assim, determinadas construes verbais (convencer-se, lembrar-se, esquecer-se, assegurar-se, duvidar, concordar, discordar, torcer), a preposio poderia ser omitida no complemento verbal oracional: Concordamos (com) que todos devem ser aprovados., Duvidamos (de) que algum venda mais barato. (essa era a propaganda das Casas Sendas, no RJ, algum a se lembra disso?). Mas, em relao omisso da preposio em complementos nominais, at hoje, a banca no adotou esse mesmo posicionamento. Em todas as vezes, a ESAF considerou um erro essa omisso. Porm, como prudncia e caldo de galinha no faz mal a ningum, caso aparea uma questo como essa, em que o complemento nominal oracional estiver sem a preposio, tome cuidado: desenhe uma caveira ao lado da opo e continue lendo a questo at o fim. Se no surgir nada mais errado, essa deve ser a resposta. Mais algumas peculiaridades no uso das preposies. De acordo com a norma culta, o sujeito das oraes reduzidas de infinitivo devem ter a preposio separada do sujeito Apesar de elas no saberem a matria, tiveram um bom resultado.. Modernamente, aceita-se a contrao da preposio com o pronome ou artigo do sujeito Est na hora da ona beber gua.. CUIDADO! Para analisar adequadamente a construo, devemos dispor os termos da orao na ordem direta. Veja esse exemplo: - Para ____ estar aqui um prazer imenso. voc preencheria com eu ou mim? Bem, se voc raciocinou que quem fala para mim fazer ndio, est redondamente enganado. www.pontodosconcursos.com.br 2

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Devemos perguntar ao verbo quem o seu sujeito: o que um prazer imenso? Resposta: estar aqui. Ento, colocando os termos na ordem direta (SUJEITO VERBO COMPLEMENTO): ESTAR AQUI (sujeito) um prazer para ____ . Agora ficou mais fcil, no ? Aps preposio, coloca-se um pronome oblquo, desde que esse pronome no seja o sujeito de uma forma verbal. Ento, devemos completar com mim. Na ordem original seria Para mim estar aqui um prazer imenso.. Uma vrgula aps mim cairia bem, j que iria mostrar que esse pronome no o sujeito do verbo estar, que, alis, impessoal (Para mim, estar aqui um prazer.). Todavia, essa vrgula no obrigatria (mas isso outro assunto...). Outro teste: O amor entre ____ e ____ morreu. (eu / mim tu / ti). Como voc completaria? Bem, se aps preposio, devemos empregar o pronome oblquo, ficaria O amor entre mim e ti morreu.. Est correto. Ento, preencha agora: Entre ____ pedir e ____ fazeres, h grande distncia. (eu / mim tu / ti). Como fica agora? Como o pronome que ir ocupar a primeira lacuna ser o sujeito do verbo pedir, s podemos colocar um pronome reto ( quem exerce as funes de sujeito e de predicativo do sujeito - aula sobre pronomes). O mesmo acontece com o sujeito do verbo fazer. Assim, a forma Entre eu pedir e tu fazeres, h grande distncia.. CONJUNES So vocbulos de funo estritamente gramatical, utilizados para o estabelecimento da relao entre dois termos na mesma orao ou entre duas oraes, que formam um perodo composto. Perodo Simples apresenta a orao absoluta. Perodo Composto apresenta mais de uma orao, que podem estar em coordenao (independentes) ou em subordinao (uma exerce funo sinttica na outra relao de dependncia). As conjunes podem ser usadas em oraes coordenadas (conjunes coordenativas) ou subordinadas (conjunes subordinativas). Primeiro conceito importante: no se classifica uma orao somente pela conjuno introduzida por ela. Deve-se observar o valor que essa conjuno emprega ao perodo para, somente ento, classific-la.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Orao Absoluta a orao que forma um perodo simples. H somente uma orao no perodo. Oraes Coordenadas so oraes independentes entre si. No exercem funo sinttica umas nas outras. Chamam-se assindticas as oraes que no so introduzidas por conjuno. As que recebem conjuno coordenativa se chamam sindticas (sndeto = ligao). As conjunes coordenativas podem ser aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas. Oraes Subordinadas so oraes que, como o nome j diz, se subordinam, ou seja, exercem funo sinttica em outra orao. Por isso, falamos em orao principal e orao subordinada. Essa funo sinttica pode ser prpria de um substantivo (orao subordinada substantiva), de um adjetivo (orao subordinada adjetiva) ou de um advrbio (orao subordinada adverbial): - Adjetivas do mesmo modo que os adjetivos fazem referncia a substantivos (cala clara, roupa velha), os pronomes relativos se referem a substantivos presentes em oraes antecedentes so os referentes. Por isso, os pronomes relativos do incio a oraes subordinadas adjetivas, que podem ser restritivas (restringir o conceito do substantivo) ou explicativas (explicar seu contedo, alcance ou conceito). - Substantivas - As oraes subordinadas substantivas (tambm j vimos) so iniciadas pelas conjunes integrantes. Uma boa dica para identificar uma orao subordinada substantiva (e, conseqentemente, a conjuno integrante) substituir a orao iniciada pela conjuno pelo pronome substantivo ISSO. Exemplos: 1 - Eu quero | que voc me deixe em paz. Eu quero ISSO. Ento, que voc venha equivale a um substantivo (Eu quero sossego./Eu quero paz.) , portanto, uma orao subordinada substantiva. A funo sinttica exercida pelo substantivo objeto direto (Eu quero isso), e por isso a orao se chama: orao subordinada substantiva objetiva direta. 2 - preciso | que voc preste bastante ateno. preciso ISSO. que voc preste bastante ateno uma orao subordinada substantiva. Como o pronome exerce a funo de sujeito (Isso preciso), a orao se chama: orao subordinada substantiva subjetiva. - Adverbiais - Finalmente, as oraes subordinadas adverbiais apresentam uma conjuno adverbial, que pode expressar uma www.pontodosconcursos.com.br 4

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI das seguintes circunstncias: causa, comparao, concesso, condio, consecuo, conformidade, finalidade, proporcionalidade, temporalidade. CONJUNES COORDENATIVAS: ADITIVAS possuem a funo de adicionar termos ou oraes de mesma funo gramatical e, nem, no s... mas tambm (sries aditivas enfticas) ADVERSATIVAS estabelecem uma relao de contraste entre os termos ou oraes mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, porm, enquanto ALTERNATIVAS unem oraes independentes (coordenadas), indicando sucesso de fatos que se negam entre si ou que so mutuamente excludentes (a ocorrncia de um exclui a do outro) ou, ora, nem, quer, seja (repetidos ou no) CONCLUSIVAS exprimem concluso em relao (s) orao(es) anterior(es) pois (no meio da orao subordinada), portanto, logo, por isso, assim, por conseguinte EXPLICATIVAS a orao subordinada explica o contedo da orao principal pois (no incio da orao subordinada), porque, que, porquanto

CONJUNES SUBORDINATIVAS: INTEGRANTES so apenas duas (graas a Deus!) que e se iniciam oraes subordinadas substantivas e exercem funes sintticas prprias dos substantivos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo do sujeito, agente da passiva etc. ADVERBIAIS iniciam oraes subordinadas adverbiais. CAUSAIS a orao exprime causa em relao a outra orao porque, pois, que, uma vez que, j que, porquanto, desde que, como, visto que, por isso que COMPARATIVAS subordinam uma orao a outra por meio de comparao ou confronto de idias que, do que (antecedidas por expresses mais, menor, melhor, pior etc), (tal) qual, assim como , bem como CONCESSIVAS apresentam idias opostas s da orao principal embora, apesar de, mesmo que, ainda que, posto que, conquanto, mesmo quando, por mais que www.pontodosconcursos.com.br 5

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI CONSECUTIVAS apresentam a conseqncia para um fato exposto na orao principal (tanto/tamanho(a)/ to) que, de sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que CONFORMATIVAS expressam conformidade em relao ao fato da orao principal conforme, segundo, consoante, como (no sentido de conforme) FINAIS apresentam a finalidade dos atos contidos na orao principal a fim de (que), para que, porque, que PROPORCIONAIS expressam simultaneidade e proporcionalidade dos fatos contidos na orao subordinada em relao aos fatos da orao principal proporo que, medida que, quanto mais (tanto), quanto menos (mais/menos) TEMPORAIS indicam o tempo/momento da ocorrncia do fato expresso na orao principal quando, enquanto, logo que, agora que, to logo, apenas, toda vez que, mal, sempre que

Para a prova, duas providncias so necessrias: a memorizao do significado de algumas dessas conjunes (especialmente as sublinhadas, que no esto no nosso linguajar cotidiano); anlise do contexto para que identifique a circunstncia expressa pela orao subordinada. No basta memorizar essa lista (alis, essa providncia infrutfera). til compreender as circunstncias em que devam ser empregadas. Vamos, agora, prtica. QUESTES DE PROVA DA ESAF 01 - (AFRF 2002.2) Em artigo publicado na dcada de noventa, o professor Paul Krugman explicava que todos aqueles pases que falavam ingls haviam tido um desempenho econmico acima da mdia de seus vizinhos e que o ingls estava se tornando rapidamente a lngua franca dos negcios, do turismo e da internet. Assim, os processos de fuso de empresas, to comuns naquele tempo, s teriam sucesso se utilizassem o ingls como lngua de integrao das corporaes. Essa viso nos preocupou quando resolvemos integrar todas as reas de consultoria espalhadas pela Amrica Latina em uma nica diviso de consultoria. Mas ficou uma pergunta no ar: que lngua oficial adotar? O espanhol ou o portugus acirraria a rivalidade www.pontodosconcursos.com.br 6

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI que j era bastante grande no campo dos esportes. Adotar o ingls teria a vantagem da neutralidade e da facilidade de interao com nossos colegas de outras regies, mas com perda significativa na agilidade da comunicao e no andamento das reunies. Foi adotada ento uma postura nica: haveria trs lnguas oficiais. Essa pequena sutileza significava, na verdade, que todos eram obrigados a entender as trs lnguas, mas poderiam se expressar no idioma em que se sentissem mais vontade. Hoje, cinco anos depois, sentimos que essa deciso foi fundamental para o nosso processo de integrao, e a lio aprendida que muitas vezes a criatividade local pode ser mais efetiva que verdades importadas. (Jos Luiz Rossi, Integrao cultural na Amrica Latina, CLASSE ESPECIAL, 89/2001, com adaptaes) Julgue os itens abaixo, em relao ao emprego das estruturas lingsticas do texto. I - As duas ocorrncias da conjuno que(l.2 e 4) tm a funo de demarcar o incio das duas oraes ligadas por e(l.4), mas, sintaticamente, o segundo que pode ser omitido. II - A preposio em(l.9), exigida pelas regras de regncia do verbo integrar(l.8), pode sofrer contrao com o artigo que a segue, sem prejudicar a correo e as idias do texto. Itens CORRETOS Comentrio. I A orao principal o professor Paul Krugman explicava possui duas outras subordinadas, na funo de complementos verbais (objetos diretos). So elas: 1 que todos aqueles pases que falavam ingls haviam tido um desempenho econmico acima da mdia de seus vizinhos; 2 que o ingls estava se tornando rapidamente a lngua franca dos negcios, do turismo e da internet. Como as duas exercem a mesma funo sinttica em relao mesma orao principal, a segunda conjuno integrante pode ser omitida sem prejuzo gramatical para o perodo. O mesmo ocorre com preposies que regem termos de mesma funo sinttica, como mencionado no comentrio questo 16 da Aula 5 Regncia Verbal.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Essa questo foi anulada na prova, pois houve indicao incorreta da linha em que se encontrava a primeira conjuno. Na prova, em vez de se indicar a linha 2, onde se encontrava a conjuno antecedente a todos aqueles pases, indicou-se a linha 3, onde estava presente, no uma conjuno, mas o pronome relativo que em aqueles pases que falavam ingls. Isso mostra como importante ao candidato saber diferenciar o pronome relativo da conjuno. Na dvida, releia o comentrio questo 2 da Aula 5 Regncia. II Na passagem Essa viso nos preocupou quando resolvemos integrar todas as reas de consultoria espalhadas pela Amrica Latina em uma nica diviso de consultoria., a preposio pode ser contrada com o artigo indefinido subseqente numa nica diviso. 02 - (Tcnico IPEA/2004) A Grande Depresso no foi apenas a maior crise de desemprego da Histria, mas tambm a primeira crise de desemprego nas grandes democracias ocidentais que se abateu sobre um eleitorado constitudo, principalmente, por trabalhadores ameaados pelo desemprego ou vtimas diretas dele. O corpo poltico havia mudado. No levar em conta os interesses objetivos do eleitorado era um suicdio poltico certo. (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) Em relao ao texto, julgue a assertiva abaixo. a) O emprego de mas tambm(l.2) est sinttica e semanticamente vinculado ao emprego de no ... apenas(l.1). Item CORRETO. Comentrio. Estamos diante de uma srie aditiva enftica. J falamos sobre isso, l em concordncia verbal (questo 1, item e da Aula 3 Concordncia Parte 1). Trata-se de uma srie que, alm de atribuir um valor aditivo (corresponde conjuno e), busca enfatizar seus elementos. Observe que, se usssemos a conjuno e, no conseguiramos destacar os predicativos da Grande Depresso A Grande Depresso foi a maior crise de desemprego da Histria e a primeira que se abateu sobre um www.pontodosconcursos.com.br 8

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI eleitorado constitudo, principalmente, por trabalhadores ameaados pelo desemprego ou vtimas diretas dele.. Tambm so sries aditivas enfticas: no s... mas tambm, no s... como, no somente... assim como, tanto...quanto (este ltimo, exemplo do mestre Evanildo Bechara). 03 - (Tcnico IPEA/ 2004) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical, de coeso ou de coerncia textual. relevante(1) o fato de que (2), na idade de ouro do capitalismo, nos 25 anos do ps-guerra, entre os pases industrializados, de cada (3) dez empregos criados, seis o (4) eram no setor pblico. Essa informao no deve surpreender, no obstante (5) a principal caracterstica do estado de bem-estar social a existncia de um servio pblico de qualidade e em quantidade suficiente. (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Gabarito: E Comentrio. A conjuno no obstante tem valor adversativo, equivalente a no entanto, contudo, entretanto. O uso inadequado de uma conjuno prejudica a coeso textual e prejudica o nexo do texto. A segunda orao do perodo (a principal caracterstica do estado de bem-estar social a existncia de um servio pblico de qualidade e em quantidade suficiente) apresenta valor explicativo em relao primeira (Essa informao no deve surpreender). Por isso, deve-se usar uma conjuno coordenativa explicativa, como porque, pois. A orao explicativa (e no causal) por trazer uma explicao para a afirmao da orao assindtica (sem conjuno). muito tnue a linha divisria entre orao subordinada causal e a orao coordenada explicativa. www.pontodosconcursos.com.br 9

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Algumas dicas, colhidas aqui e ali, podem ajudar na classificao da orao. Compilei-as aqui e vamos analis-las, uma a uma: 1 na explicativa, normalmente h uma pausa, marcada no texto por uma vrgula antes da conjuno (como se observa na passagem); no entanto, se a orao principal for extensa, tambm possvel o emprego da vrgula antes da conjuno causal (ou seja, essa dica no ajuda muito...); 2 aps oraes no imperativo, as oraes so explicativas: No venha, pois no estarei sozinha. (essa dica funciona mesmo!); 3 enquanto a orao coordenada explicativa independente da orao assindtica, a orao subordinada causal exerce a funo sinttica de adjunto adverbial na orao principal (esse o conceito e, por isso, foi mencionado no fundo, no ajuda muito.); 4 se for possvel a troca do porque pelo que, a orao explicativa. Comparemos: No gostava muito de estudar, porque a famlia no deu um bom exemplo. no posso substituir pelo que = causal. / bom voc vir logo, porque no estou com muita pacincia. posso substituir pelo que = explicativa. (na minha opinio, essa dica merece nota 7 muitas vezes funciona mas pode furar...). De qualquer forma, para a resoluo das questes da ESAF, esses conhecimentos podem ajudar mas no so imprescindveis. Nessa questo, por exemplo, bastava que voc percebesse que, na lacuna, no caberia a conjuno no obstante, concorda? Mas isso s iria acontecer se voc no tivesse cado na armadilha da ESAF e marcado o item (4) como errado. Ele est CERTO. Vejamos. O segmento : entre os pases industrializados, de cada (3) dez empregos criados, seis o (4) eram no setor pblico. Esse o sem flexo pode ter sido objeto de MUITAS dvidas. Algumas pessoas podem ter pensado que o pronome fazia referncia a empregos e, por isso, deveria ser os, e no o. Mas, se eu j adiantei que essa opo est correta, por que ser que o o no se flexionou? Voc se lembra do vicrio? Pois . esse o caso. Esse pronome demonstrativo o est substituindo a idia empregos eram criados. Veja como fica a troca: de cada dez empregos criados, seis eram criados no setor pblico. Assim como os pronomes isso, isto, aquilo, esse pronome demonstrativo na funo vicria tambm no varia permanece neutro, sem flexo de gnero ou nmero. www.pontodosconcursos.com.br 10

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Mais um bom exemplo para compreenso do termo vicrio: Eu prometi que seria fiel e vou s-lo (vou ser fiel).. Mesmo que o adjetivo fosse feminino e plural, o pronome vicrio continuaria sendo o (neutro): Ns, mulheres, prometemos que seramos vitoriosas e vamos s-lo.. Por isso, est correto o pronome o do item (4). 04 - (Analista IRB/2004) Fazer pesquisa ofcio que exige dedicao e pacincia, ____1_____ os resultados so lentos e incertos. Alm disso, por genial que seja um cientista, no possvel produzir conhecimento sozinho. H o contexto de criao, a comunidade cientfica nacional e internacional ____2____ se discutem os resultados e ____3____ se expem mtodos e tcnicas desenvolvidas em prol do saber. De maneira marcante h a formao de discpulos, ____4_____ iniciao cientfica, quando o estudante ainda est nos cursos de graduao, ao doutorado e ps-doutorado.______5_______, sumamente relevante o debate de idias em favor do objeto de estudo. (Adaptado de Roseli Fischmann, Cincia, democracia e direitos,Correio Braziliense, 26/01/2004) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. 1 a) b) c) d) e) j que pois porque porquanto vez que 2 de que com quem na qual a que onde 3 para a qual em que para a qual da qual de que 4 da para a desde a com a pela 5 Por todas elas Tais nveis Em todos esses nveis Naquelas Em certos nveis

Gabarito: C Comentrio. Iremos comentar cada uma das lacunas. 1) Devemos empregar uma conjuno causal pois a segunda orao (subordinada) apresenta o motivo de ser necessrio ter dedicao e pacincia ao fazer pesquisas. Todas as sugestes so vlidas. www.pontodosconcursos.com.br 11

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 2) Comunidade um grupo de pessoas e, por extenso, o local onde elas se encontram. Por isso, com ela se discutem os resultados (considerando a primeira acepo) ou nela se discutem os resultados (de acordo com a segunda). No se empregam as preposies: - de: haveria alterao semntica com o emprego dessa preposio: no se discutem resultados da comunidade - os resultados so do cientista; -a: a regncia do verbo discutir no admite essa preposio; aceitam-se as preposies em, sobre, com e de (esta em outro sentido). (Restam as opes b, c e e.) 3) Mtodos e tcnicas desenvolvidas em prol do saber so expostos / para a comunidade. Como a preposio para disslaba, devemos usar o pronome relativo a qual para a qual. Na acepo de lugarpara comunidade cientfica, aceita a preposio em em que. No cabvel a preposio de. (Restam, agora, b e c.) 4) O que ir determinar o preenchimento desta lacuna a expresso subseqente ao doutorado e ps-doutorado. Percebe-se assim, uma enumerao que teve incio em iniciao cientfica. A preposio que ir estabelecer essa seqncia lgica de ou desde desde a / da iniciao cientfica, quando o estudante ainda est nos cursos de graduao (orao explicativa), ao / at o doutorado e psdoutorado. Como a alternativa a (que sugere para esta lacuna a forma da) j foi eliminada, restou somente a opo c. 05 - (Oficial de Chancelaria/2002) Alm de estabelecer um parmetro esportivo at aqui intransponvel, Pel parte de uma outra epopia. Sem ele, talvez o Brasil no tivesse derrotado nem o complexo de inferioridade de sua sociedade em geral nem o racismo velado que se manifestava at no futebol. Com Pel, brasileiro e negro, foi possvel vencer um e outro complexos. Ns, jornalistas brasileiros, temos uma dvida enorme com Pel. Vrios companheiros e eu mesmo j escapamos de situaes delicadas, usando a palavra mgica Pel, em pases remotos nos quais a palavra Brasil no faz o menor sentido, a no ser quando www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI associada a Pel. Sem ele, talvez alguns de ns at poderamos ter morrido. No assim que algum marca uma poca? (Clovis Rossi, Folha de S. Paulo, 7/04/2002) Em relao ao texto assinale a opo incorreta. a) A palavra epopia(l.2) est sendo utilizada em sentido figurado, pois no se refere a um poema longo, mas a uma ao ou srie de aes grandiosas. b) A eliminao da primeira ocorrncia de nem(l.3) e a substituio da segunda(l.4) por e mantm a correo sinttica do perodo. c) Os termos brasileiro e negro(l.5) e jornalistas brasileiros(l.6) exercem funo sinttica idntica. d) Pode-se, sem alterar a correo do perodo, substituir nos quais (l. 8 a 9) por em que. e) A transformao do trecho nos quais a palavra Brasil(l.8 a 9) por nos quais falar no Brasil dispensa outras transformaes no texto. Gabarito: E Comentrio. A troca sugerida no item e retira do texto o vocbulo palavra, referente do adjetivo associada em a no ser quando associada a Pel. Com isso, houve prejuzo para a coeso textual (em pases remotos nos quais falar no Brasil no faz o menor sentido, a no ser quando associada a Pel). Comentrios aos itens corretos: a) Em sentido denotativo (com d de dicionrio), um poema de longo flego acerca de assunto grandioso e herico. Em sentido conotativo (figurado) uma ao ou srie de aes hericas (definio do Aurlio). A diferena entre sentido denotativo e conotativo j foi objeto de vrias questes de prova, inclusive neste ltimo concurso para o Tribunal de Contas da Unio (provas em 21 e 22 de janeiro de 2006 prxima questo a ser comentada). b)A conjuno aditiva negativa nem significa e no. Por isso, sua retirada de uma orao que j apresenta um advrbio de negao e, em seu lugar, a colocao da conjuno e no provocariam erro gramatical, tampouco prejuzo para a coerncia textual: www.pontodosconcursos.com.br 13

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Sem ele, talvez o Brasil no tivesse derrotado o complexo de inferioridade de sua sociedade em geral e o racismo velado que se manifestava at no futebol. c) Tanto brasileiro e negro quanto jornalistas brasileiros exercem a funo de aposto em relao ao termo que sucedem, respectivamente, Pel e ns. d) A troca do pronome relativo os quais pelo que (ambos acompanhados da preposio em) no modifica a correo do perodo: ... em pases remotos em que a palavra Brasil no faz o menor sentido.... 06 - (ACE TCU/2006) Em relao ao texto, assinale a opo incorreta. As barreiras regulatrias vo da dificuldade burocrtica de abrir um empreendimento ao custo tributrio de mant-lo em funcionamento. No Brasil, representam 11% da muralha antidesenvolvimento e resultam, na maioria das vezes, da mo pesada do Estado criador de labirintos burocrticos, de onerosa e complexa teia de impostos e de barreiras comerciais. (Adaptado de Revista Veja, 7 de dezembro de 2005.) a) A substituio de da (l.1) por desde a mantm a correo gramatical do perodo. b) A substituio de ao (l. 2) por at o mantm a correo gramatical do perodo. c) As formas verbais representam (l.3) e resultam (l. 4) referem-se a As barreiras regulatrias (l.1). d) A expresso mo pesada (l. 4) est sendo empregada em sentido conotativo. e) A expresso teia (l. 5) est empregada em sentido denotativo. Gabarito: E Comentrio. As preposies desde e de servem para o estabelecimento limites, sejam reais - fsicos ou no como em do Oiapoque ao Chu, sejam referentes a uma enumerao As barreiras regulatrias vo da/desde a dificuldade burocrtica de abrir um empreendimento....

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Por sua vez, tanto a preposio a como at so usadas em contraposio quelas ... at o / ao custo tributrio de mant-lo em funcionamento.. Observe a questo de paralelismo sinttico se houver artigo aps a primeira preposio (seja ela desde ou de), deve-se empregar artigo aps a segunda (at ou a). Ento, em construes como Hoje em dia, compra-se de tudo na farmcia de perfume a roupa at remdio.. Considerando que antes do primeiro elemento foi colocada somente a preposio (de), o mesmo deve ser feito em relao ao segundo (sem crase, por no haver artigo). E mande o corretor ortogrfico e gramatical do Word pro inferno!!! Por isso, esto corretas as proposies dos itens a e b. Tanto a expresso mo pesada quanto teia esto usadas em sentido conotativo (figurado). Assim, a opo e est incorreta, pois teia, em sentido denotativo, significa o entrelaamento de fios. (TRF/2003) Leia o texto abaixo para responder questo 07. O panorama da sociedade contempornea sugere-nos incontveis abordagens da tica. medida que a modernidade ou a psmodernidade avana, novas facetas surgem com a metamorfose do esprito humano e sua variedade quase infinita de aes. Mas, falar sobre tica como tratar da epopia humana. Na verdade, est mais para odissia, gnero que descreve navegaes acidentadas, lutas e contratempos incessantes, embates de vida e morte, iluses de falsos valores como cantos de sereias, assdios a pessoas e a propriedades, interesses contraditrios de classes dominantes figuradas pelos deuses, ora hostis ora favorveis. As aventuras de Ulisses sintetizam e representam o confronto de ideais nobres e de paixes mesquinhas. No obstante narram-se tambm feitos de abnegao, laos de fidelidade entre as pessoas e suas terras, lances de racionalidade e emoo, a perseverana na reconquista de valores essenciais. Os mitos clssicos so representaes de vicissitudes humanas e situaes ticas reais. (Adaptado de Jos de vila Aguiar Coimbra, Fronteiras datica, So Paulo: Senac, 2002, pgs.17 e 18) 07 - Em relao ao texto, assinale a opo correta. a) Em sugere-nos(l.1) o pronome encltico exerce a mesma funo sinttica do se em narram-se(l.12). www.pontodosconcursos.com.br 15

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) Ao se substituir medida que(l.2) por medida em que, preservam-se as relaes semnticas originais do perodo. c) A preposio com(l.3) est sendo empregada para conferir a idia de comparao entre novas facetas(l.3) e metamorfose do esprito humano(l.3-4). d) A expresso Na verdade, est mais para odissia(l.6) e as informaes que se sucedem permitem a inferncia de que epopia(l.5) no traria a noo de dificuldades, fracassos. e) O perodo permaneceria correto se a preposio na expresso confronto de ideais(l.11) fosse, sem outras alteraes no perodo, substituda por entre. Gabarito: D Comentrio. Enquanto epopia traz somente a idia de uma luta, odissia indica uma srie de dificuldades bem mais complexas do que em uma simples luta. Est correta, portanto, essa afirmao da letra d. As incorrees das demais opes so: a) Em sugere-nos, o pronome exerce a funo sinttica de objeto indireto. Para a anlise, no adianta a troca do pronome nos por a ns, uma vez que os pronomes ele(s), ela(s), ns e vs, quando oblquos, so obrigatoriamente precedidos de preposio. H duas formas de se comprovar a funo direta ou indireta dos pronomes me, te, se, nos e vos trocar o pronome pelo nome (por exemplo: sugere ao analista incontveis abordagens da tica) ou anlise da regncia do verbo (sugerir alguma coisa a algum). Assim, verificamos que a funo sinttica de objeto indireto. J o pronome se em narram-se tambm feitos de abnegao apassivador o verbo narrar transitivo direto, existe a idia passiva (feitos so narrados) e est acompanhado do pronome se. Portanto, a afirmao est incorreta. b) No existe a conjuno medida em que; existem as conjunes medida que (proporcional) e na medida em que (causal). c) A preposio com, na passagem, equivale a a partir de origem: novas facetas surgem com/a partir da metamorfose do esprito humano e sua variedade quase infinita de aes.. e) Se houvesse a troca da preposio de pela preposio entre, seria necessria a retirada da preposio de antes de paixes mesquinhas www.pontodosconcursos.com.br 16

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI representam o confronto entre ideais nobres e de paixes mesquinhas. Como a opo indica no ser necessria mais nenhuma alterao, est incorreta a proposio.

(TRF/2003) A cincia moderna desestruturou saberes tradicionais, e seu paradigma mecanicista, que encara o mundo natural como mquina desmontvel, levou a razo humana aos limites da perplexidade, porquanto a fragmentao do conhecimento em pequenos redutos fechados se afasta progressivamente da viso do conjunto. A excessiva especializao das partes subtrai o conhecimento do todo. Da resulta a dificuldade terica e prtica para que o esprito humano se situe no tempo e no espao da sua existncia concreta. (Jos de vila Aguiar Coimbra, Fronteiras da tica, SoPaulo: Senac, 2002, p. 27) 08 - Em relao ao texto, julgue a assertiva abaixo. - Ao se substituir a conjuno porquanto(l.4) pela conjuno porque, as relaes sintticas e semnticas do perodo so mantidas. Item CORRETO. Comentrio. A conjuno porquanto equivalente conjuno porque, seja com valor causal ou explicativo. 09 - (Oficial de Chancelaria/2002) Assinale a opo em que uma das duas sugestes no preenche corretamente a lacuna correspondente. A diplomacia defende e projeta no exterior os interesses nacionais, _____1______que ela procura melhorar a insero internacional do pas que representa. ____2____ ela no cria interesses ____3_____pode projetar o que no existe. O pas que se encontra por trs da diplomacia o nico elemento _____4________ela pode operar.______5________, a diplomacia s poder responder adequadamente s transformaes do cenrio internacional se essas transformaes forem, de alguma forma, internalizadas pelo pas. (Adaptado de www.mre.gov.br, Comisso de Relaes Exteriores da Cmara dos Deputados) www.pontodosconcursos.com.br 17

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) 1 - da mesma forma / do mesmo modo b) 2 - Entretanto / Todavia c) 3 - nem / to pouco d) 4 - a partir do qual / com base em que e) 5 - Por isso / Por conseguinte Gabarito: C Comentrio. Todas as opes so vlidas, por estarem adequadamente grafadas e empregadas, exceto o advrbio tampouco, que equivale a tambm no ou muito menos. No aceita pela norma culta a colocao da conjuno nem antes desse advrbio, por ele j apresentar valor de negao. To pouco, combinao do advrbio de intensidade (to) com o (tambm) advrbio pouco, remete idia de pequena quantidade Nunca comi to pouco! ou Tenho to pouco interesse em assistir ao Big Brother que prefiro estudar Portugus!. Algumas palavras podem ser classificadas como advrbios de intensidade, como adjetivos e/ou tambm como pronomes indefinidos: bastante, pouco, muito, menos. O que ir nos auxiliar nessa classificao o conceito apresentado na aula de apresentao se so variveis ou invariveis. Como vimos, os advrbios so palavras invariveis, enquanto que os adjetivos e os pronomes se flexionam em gnero e/ou nmero. Veja s: - pouco advrbio (Voc tem estudado pouco); adjetivo (No se aborrea com essa coisa pouca. coisa pequena); pronome indefinido (Tenho poucos livros de Direito Constitucional em quantidade pequena ou insuficiente). - bastante advrbio (Voc tem estudado bastante. / Esse volume est bastante alto.); adjetivo (Tenho livros bastantes. livros que bastam, que so suficientes); pronome indefinido (Tenho bastantes livros de Direito Constitucional.- em grande quantidade). - muito - advrbio (Voc tem estudado muito. / Esse volume est muito alto.); pronome indefinido (Tenho muitos livros de Direito Constitucional.- em grande quantidade).

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Gestor Fazendrio MG/2005) A economia brasileira apresentou um bom desempenho ano passado, incentivada, principalmente, por anterior queda nos juros e pelo crescimento das vendas do pas no exterior. ____(a)___este ano, um desses motores est ausente. ___(b)___ o Banco Central, para combater a inflao, vem elevando seguidamente a taxa bsica, hoje situada em 19,25% ao ano. ____(c)____, os juros altos esto contribuindo para frear o crescimento econmico, mas no a inflao._____(d) _____o ganho com a queda da inflao pequeno, se comparado perda no crescimento econmico. No se defende por meio dessa comparao, o aumento da produo a qualquer custo. _____(e)_____o objetivo expor a atual ineficcia do aumento dos juros sobre a inflao. O outro motor importante para o crescimento de 2004 (as exportaes brasileiras), no entanto, continua presente este ano, com timo desempenho. (Inflao e crescimento. Opinio.Correio Braziliense, 9 de abril de 2005, com adaptaes) 10 - Desconsiderando o emprego de letras maisculas e minsculas, assinale a opo que, ao preencher a lacuna, mantm o texto coeso, coerente e gramaticalmente correto. a) Haja vista que b) Apesar de c) Entretanto d) Embora e) To pouco Gabarito: C Comentrio. No terceiro perodo do texto, informa-se que o Banco Central, para combater a inflao, vem elevando seguidamente a taxa bsica de juros. Na orao seguinte, iniciada pela lacuna (c), afirma-se que os juros altos no esto freando a inflao. Essas duas afirmaes situam-se em campos semnticos opostos. Por isso, deve-se empregar uma conjuno adversativa, como entretanto. As demais opes esto incorretas. a) Nessa lacuna, deve-se empregar uma conjuno de valor adversativo (entretanto, todavia, contudo), e no a locuo adverbial haja vista, que corresponde a considerando, tendo em vista. Sobre www.pontodosconcursos.com.br 19

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a flexo desta expresso, lembramos que o vocbulo vista permanece invarivel, enquanto que o verbo pode ficar no singular (acompanhado ou no de preposio) ou concordar com o termo subseqente (Haja vista os resultados / Haja vista aos resultados / Hajam vista os resultados). b) A orao iniciada por esta lacuna ir apresentar uma explicao para a afirmao presente no perodo anterior (um desses motores est ausente). Por isso, no pode ser empregada a conjuno apesar de concessiva. d) O emprego da conjuno embora, alm de causar erro na flexo verbal do verbo ser Embora o ganho (...) pequeno (correto = seja), prejudicaria a coeso textual em virtude da ausncia de uma orao principal. O mais apropriado seria empregar expresses como alm disso, ademais, de forma a introduzirem informaes adicionais passagem anterior. e) No existe a conjuno to pouco, mas o advrbio tampouco que equivale a muito menos, menos ainda, imprpria para a passagem. 11 -(Assistente de Chancelaria/2002) Assinale a opo em que ao menos um dos conectivos propostos para preencher a lacuna provoca incoerncia textual ou erro gramatical. O Brasil um pas grande, diversificado _____(a) visto como uma promessa que parece nunca se realizar. O potencial existe, _______(b) h algo bloqueando o Brasil. Acho que uma combinao de fatores como o sistema poltico e o modo de trabalhar do cidado, pouco engajado nos problemas da sociedade, ______(c) muito freqente o brasileiro eleger polticos por seu nvel de popularidade, sem avaliar seus programas e aes. um pas muito importante para a economia mundial, _____(d) sermos sempre decepcionados. , _______(e), um desafio delicado entender por que as coisas no acontecem rapidamente no Brasil. (Michel Porter, Veja, 5/12/2001, com adaptaes) a) e / mas b) entretanto / mas c) j que / pois d) embora / apesar de e) contudo / portanto www.pontodosconcursos.com.br 20

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Gabarito: D Comentrio. As conjunes embora e apesar de, a despeito de estarem situadas no mesmo campo semntico, levam o verbo a conjugaes distintas. Enquanto que a conjuno apesar de exige o verbo no infinitivo (sermos), a conjuno embora leva a flexo verbal ao subjuntivo (sejamos). Provocou-se, portanto, erro de natureza gramatical (conjugao verbal) o emprego da conjuno embora. Em relao s demais opes: a) O valor da conjuno verificado na construo. No primeiro perodo do texto, a idia adversativa (que tanto pode ser apresentada pela conjuno e quanto pela mas) reside na oposio entre os adjetivos grande e diversificado e o fato de ser uma promessa que parece nunca se realizar. Assim, essa conjuno e tem valor adversativo, como em: Ela queria que eu fosse e eu no fui.. Logo, as duas conjunes podem ser empregadas nessa lacuna. b) Na segunda lacuna, as duas opes empregam valor adversativo ao perodo: entretanto / mas. c) Na terceira, justifica-se o pouco engajamento do cidado ao fato de ele no avaliar os programas e as aes dos polticos e, com isso, elege-os de acordo com sua popularidade. Assim, tanto pode ser usada a conjuno j que como pois. d) Apesar a importncia do pas na economia mundial, ns, brasileiros, sempre sofremos decepes (nem me fale nisso...). Esse valor adversativo tanto pode ser apresentado pela conjuno embora quanto pela apesar de. O problema foi de conjugao verbal. Este item est INCORRETO. e) No ltimo perodo, pode-se apresentar uma concluso, com o emprego da conjuno portanto ou estabelecer uma idia contrria ao fato de ser um pas to importante, a partir do emprego da conjuno contudo. 12 - (TRF/2003) Quem no declarou no ano passado est classificado pela Receita como pendente. Embora no tenha o CPF cancelado agora, sua situao ser considerada irregular perante a Receita. O cancelamento do documento pode significar muitos problemas, pois o CPF passou a ser mais solicitado do que a carteira de identidade. Sem www.pontodosconcursos.com.br 21

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI ele, impossvel abrir uma conta bancria, comprar a prazo, prestar concurso pblico. Caso ganhe em uma loteria, tambm ser impedido de retirar o prmio. (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptaes) Analise a assertiva abaixo, a respeito das estruturas lingsticas do texto. a) Mantm-se as relaes semnticas e a correo gramatical ao substituir Embora(l.3) por Apesar de. Item INCORRETO. Comentrio. Como j vimos, h necessidade de se alterar a forma verbal para o infinitivo Apesar de no ter o CPF cancelado agora,.... (TRF/2000) O setor comercial online cresce mais de 30% ao ano. primeira vista, parece que o consumidor beneficiado por produtos mais baratos. O problema que o preo baixo conseguido custa de concorrentes, que so obrigados a pagar impostos, e de governos, que perdem receita fiscal. Apesar de estar crescendo muito, o comrcio eletrnico ainda pequeno em relao ao comrcio total, o que faz as distores econmicas e fiscais serem menores. (Robert J. Samuelson, Exame, 22/03/2000, com adaptaes) 13 - O texto permanece correto se forem feitas as seguintes substituies, exceto: a) o que faz / os quais fazem(l. 6) b) custa de / tendo como base o prejuzo de (l.3 e 4) c) Apesar de estar / Embora esteja (l.5) d) em relao ao / em comparao com(l.6) e) ao ano / por ano(l.1) Gabarito: A Comentrio. www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A expresso o que na passagem de linhas 6 e 7, tem a funo de retomar a idia j expressa no perodo anterior (o comrcio eletrnico ainda pequeno em relao ao comrcio total). O pronome demonstrativo que a compe equivale a isto, isso ou aquilo e fica sem flexo de gnero ou nmero. Essa a funo vicria de que j tratamos na questo 03 item d desta aula. Mais uma vez (item c), estabelece-se uma relao entre as conjunes concessivas apesar de e embora, desta vez com correo. (AFRF 2002.1) O homem moderno na medida das senhas de que ele escravo para ter acesso vida. No mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e-vir. A senha a senhora absoluta. Sem senha, voc fica sem seu prprio dinheiro ou at sem a vida. No cofre do hotel, so quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador da empresa, voc tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A porta do meu carro tem senha; o alarme do seu, tambm. Cada um de nossos cartes tem senha. Se for sensato, voc percebe que sua memria no pode ser ocupada com tanta baboseira intil. Seus neurnios precisam ter finalidade nobre. Tm que guardar, sim, os bons momentos da vida. Ento, desesperado, voc descarrega tudo na sua agenda eletrnica, num lugar secreto que s senha abre. Agora s falta descobrir em que lugar secreto voc vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas. (Alexandre Garcia, Abre-te ssamo, com adaptaes) 14 Julgue a proposio abaixo, em relao aos elementos do texto. c) Respeitam-se as regras de regncia da norma culta ao empregar a preposio de em vez de que na expresso verbal Tm que (l.10). Item CORRETO. Comentrio. Uma locuo verbal pode apresentar, entre o verbo principal e o auxiliar, uma preposio (acabei de chegar, chego a tremer, acabo de fazer, tenho de aceitar). No meio da locuo, no lugar da preposio, foi usada a palavra que: ter que guardar. Segundo a norma culta, deveria ser ter de guardar. Quando no lugar de uma preposio, usa-se um vocbulo de outra classe, a esse se d o nome de preposio acidental. O mesmo acontece em Eu a tenho como uma www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI irm, em que a palavra como (pronome, conjuno ou advrbio) est usada no lugar de uma preposio (Eu a tenho por uma irm). 15- (TFC SFC/2000) Assinale o item que no preenche a lacuna do texto com coeso e coerncia. Os historiadores dizem que a troca de e-mails, o download de fotos dos amigos ou as reservas para as frias feitas pelo computador talvez sejam divertidos, ______________ a Internet no pode ser comparada a inovaes como a inveno da imprensa, o motor a vapor ou a eletricidade. (Adaptado de Negcios Exame, p.94) a) contudo b) no entanto c) entretanto d) todavia e) porquanto Gabarito: E Comentrio. Enquanto as conjunes contudo, no entanto, entretanto e todavia esto no campo semntico da oposio, porquanto causal (Porquanto no terem sido muitos os aprovados, foi realizado outro concurso.). (Procurador BACEN/2002) Uma crise bancria pode ser comparada a um vendaval. Suas conseqncias so imprevisveis sobre a economia das famlias e das empresas. Os agentes econmicos relacionam-se em suas operaes de compra, venda e troca de mercadorias e servios, de modo que, a cada fato econmico, seja ele de simples circulao, de transformao ou de consumo, corresponde, ao menos, uma operao de natureza monetria realizada junto a um intermedirio financeiro, em regra um banco comercial, que recebe um depsito, paga um cheque, desconta um ttulo ou antecipa a realizao de um crdito futuro. A estabilidade do sistema que intermedeia as operaes monetrias, portanto, fundamental para a prpria segurana e estabilidade das relaes entre os agentes econmicos. www.pontodosconcursos.com.br 24

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (www.bcb.gov.br) 16 - Julgue a assertiva abaixo. e) Caso a posio da conjuno portanto(l.9) seja alterada para o incio ou fim do perodo, prejudica-se a coerncia e a correo gramatical do trecho. Item INCORRETO. Comentrio. A posio da conjuno portanto em relao orao subordinada adverbial a que pertence no altera nem prejudica a coerncia textual ou a correo gramatical, desde feitos os ajustes na pontuao. O exposto na assertiva se aplica a outra conjuno pois. No meio da orao e isolada por vrgulas, a conjuno pois classificada como conclusiva (Esse assunto no tem importncia. Devemos, pois, retirlo da pauta.). Caso seja colocada no incio, passa a ter um valor explicativo (Iremos retirar o assunto da pauta, pois ele no tem importncia.). Talvez a inteno da banca tenha sido levar o candidato confuso de uma conjuno com a outra. (Procurador BACEN/2002) O Brasil tem o maior e mais complexo sistema financeiro da Amrica Latina, com 208 bancos, que se distribuem por mais de 17 mil agncias e aproximadamente 15 mil postos de atendimento adicionais. Contudo, o desenvolvimento desse imenso complexo, nos ltimos trinta anos foi profundamente marcado pelo crnico processo inflacionrio que predominou, nesse perodo, na economia brasileira. A longa convivncia com a inflao possibilitou s instituies financeiras ganhos proporcionados pelos passivos no-remunerados, como os depsitos a vista e os recursos em trnsito, o que compensou ineficincias administrativas e perdas decorrentes de concesses de crditos que foram se revelando, ao longo do tempo, de difcil liquidao. (www.bcb.gov.br) 17 - Assinale a opo em que a substituio sugerida est de acordo com as idias do texto e no exige outras transformaes no texto para assegurar a correo gramatical. a) que se distribuem(l.2) / os quais seriam distribudos b) o que compensou(l.9) / compensadas www.pontodosconcursos.com.br 25

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) possibilitou s instituies financeiras ganhos(l.7 e 8) / permitiu que as instituies financeiras ganhassem d) como os depsitos a vista(l.9) / como, tambm, os depsitos a vista e) Contudo, o desenvolvimento desse imenso complexo(l.4) / O desenvolvimento de tal sistema, todavia, Gabarito: E Comentrio. Esto incorretas as seguintes opes: a) na transposio de voz ativa sinttica (que se distribuem) para a analtica (os quais seriam distribudos), houve alterao indevida do tempo verbal de presente do indicativo para futuro do pretrito do indicativo); b) novamente, a funo do pronome demonstrativo o em o que compensou retoma o que foi mencionado anteriormente (possibilitou s instituies financeiras ganhos proporcionados pelos passivos noremunerados) e, por isso, no tem o valor adjetivo da forma compensadas, como sugerido na alternativa; c) alterando-se como proposto, o perodo seria: A longa convivncia com a inflao permitiu que as instituies financeiras ganhassem proporcionados pelos passivos no-remunerados, como os depsitos a vista e os recursos em trnsito. Percebe-se, assim, grave prejuzo coeso e coerncia textuais, pois os termos proporcionados pelo passivos no-remunerados, que complementavam o substantivo ganhos, retirado na substituio sugerida, ficaram sem nexo na nova estrutura. d) a palavra denotativa de incluso tambm, para que no haja prejuzo na coerncia textual, depende da existncia de um primeiro elemento ao qual o segundo elemento iria se relacionar. Contudo, verifica-se que o sintagma depsitos a vista o primeiro da srie, no admitindo, portanto, o uso de tambm. Aproveitamos para comentar a forma no acentuada de a vista nessa passagem. Alguns autores de renome exigem, para a acentuao de locues adverbiais femininas, a existncia de ambigidade no perodo. O mesmo se aplica expresso distncia. Consideram que essa locuo adverbial somente seria acentuada se houvesse determinao da distncia ( distncia de 10 metros). www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Usada em distncia). sentido genrico, no receberia acento (ensino a

No entanto, como mencionado na aula sobre crase, a posio majoritria da doutrina aponta para a acentuao das locues femininas, sejam elas adverbiais, adjetivas, conjuntivas ou prepositivas, posio essa que tem, inclusive, o aval do consagrado professor Celso Luft (A tendncia da lngua acentuar o a inicial das locues femininas adverbiais, prepositivas e conjuntivas -, mesmo quando no crase). Se, na hora da prova, uma dessas locues femininas no estiver acentuada, cuidado! Observe as demais opes, pois, como a ESAF no indica bibliografia, pode ser que estejam seguindo a linha de autores que exigem ambigidade para o emprego do acento grave. (TRF/2002.1) 18 - Assinale a opo que, ao preencher as lacunas, torna o texto sintaticamente incorreto. ___________ na execuo de programas sociais no Nordeste, ______ no desenho das relaes entre centros de pesquisa e empresas, um dos maiores problemas sempre foi o de garantir que os recursos cheguem ao seu destino e que sejam usados com inteligncia. (Gilson Schwartz) a) Seja / seja b) Tanto / quanto c) Conquanto/ ou d) Tanto / como e) Quer/ quer Gabarito: C Comentrio. Enquanto que as sugestes das opes a, b, d e e so conjunes alternativas ou comparativas, a conjuno conquanto concessiva (equivalente a embora, apesar de), o que prejudicaria a coeso textual. 19 - (TRF/2002) www.pontodosconcursos.com.br 27

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O CPF hoje um dos documentos mais utilizados no Brasil. Foi criado em 1965, com o objetivo de identificar o contribuinte pessoa fsica perante a Secretaria da Receita Federal e para que ela tivesse um maior controle dos contribuintes brasileiros. Com o passar do tempo, instituies financeiras e o comrcio passaram a exigir o nmero do documento para fazer vrias operaes, como financiamentos, por exemplo. Enquanto o CPF uma forma de identificao do contribuinte, a carteira de identidade tem a finalidade de identificar o cidado por meio da Secretaria de Segurana Pblica. (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptaes) Assinale a opo correta a respeito do emprego das palavras e expresses no texto. a) A preposio com(l.2) agrega ao substantivo objetivo uma idia de modo, como na expresso com vagar. b) A preposio para(l.3), na sentena em que ocorre, introduz um julgamento, uma opinio. c) O emprego do infinitivo flexionado, fazerem, no lugar de fazer(l.6) mantm a coerncia textual e a correo gramatical. d) A preposio de, em controle dos contribuintes(l.4), estabelece entre os nomes que liga uma relao semntica correspondente a os contribuintes que controlam. e) O valor semntico do conectivo Enquanto (l.7) corresponde ao de uma conjuno alternativa. Gabarito: C Comentrio. Em relao resposta correta (gabarito), j houve comentrio na aula sobre verbos (Aula 2 questo 34). O que nos interessa hoje comentar os demais itens, que exploram conceitos acerca do emprego de preposies e de conjunes. a) O valor da preposio com na passagem causal (para identificar o contribuinte - causa criou-se o CPF conseqncia) e no de modo, como em com vagar (lentido), ele chegou aqui.. Assim como acontece com a conjuno, o valor da preposio s pode ser determinado no contexto. Por exemplo, a preposio com, alm do valor causal, pode ter os seguintes aspectos: companhia (Fui morar com o meu pai.), preo (Voc pagou com traio a quem lhe deu a mo.), instrumento ou meio (Ele me bateu com o martelo.), www.pontodosconcursos.com.br 28

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI matria (Com farinha e gua, faz-se a massa.), modo (Com muito tato, dei-lhe a notcia.), tempo (Samos da festa com o raiar do dia.), estado (Com lgrimas nos olhos, despedi-me.). Esta lista somente exemplificativa. H tantas outras situaes possveis. Por isso, deve-se analisar o contexto. b) A idia expressa pela preposio para de finalidade. d) Essa exatamente a diferena entre as funes sintticas de adjunto adnominal e complemento nominal. A primeira (adjunto adnominal) exercida pelo elemento que completa um substantivo concreto (porta de ferro) ou um substantivo abstrato com idia ativa; a segunda (complemento nominal) exercida pelo elemento que completa um adjetivo (Esse material til aos alunos.), um advrbio (O deputado votou favoravelmente ao projeto.) ou substantivo abstrato com idia passiva. Vemos que o termo que complementa um substantivo abstrato tanto pode exercer a funo tanto de adjunto adnominal quanto de complemento nominal. O que ir diferenciar uma da outra? O valor atribudo ao termo, se ativo ou passivo. Por exemplo: A invaso do exrcito o exrcito invade (ativo) ou invadido(passivo)? Ele invade, pratica a ao. Ento sua funo adjunto adnominal. A invaso da cidade a cidade invade (ativo) ou invadida (passivo)? Ela invadida, sofre a ao. Ento sua funo complemento nominal. Na questo, a expresso controle do contribuinte. A depender do contexto, pode-se classificar o complemento como adjunto adnominal (valor ativo) ou complemento nominal (valor passivo). A idia apresentada no texto que a Receita Federal exerce um controle do contribuinte. Como ele ir sofrer a ao (valor passivo), essa expresso exerce a funo sinttica de complemento nominal. Em virtude dessa relao semntica, est incorreta a troca por os contribuintes que controlam. Quer uma ajuda para memorizar essa regra de identificao da funo sinttica? Ento l vai: substantivo Abstrato com complemento de valor Ativo a funo de Adjunto Adnominal (tudo com A). e) O que determina o valor da conjuno o seu emprego. A conjuno enquanto pode ter um valor temporal (Enquanto eu estudo Matemtica, desenvolvo o meu raciocnio. ou Enquanto eu dito, voc escreve. fatos simultneos) ou adversativo (Joo estudioso, enquanto seu irmo no . fatos opostos). Condena-se a www.pontodosconcursos.com.br 29

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI expresso enquanto que, que deve ter sido influenciada pela conjuno equivalente ao passo que. Pior ainda o uso dessa expresso no lugar de na qualidade de ou na condio de Eu, enquanto chefe do Departamento, ordeno que saia.. Querendo falar bonito, muita gente a usa por a. SOCORRO! No vamos complicar o que podemos simplificar: usa-se como e ficar tudo certo Eu, como chefe do Departamento,.... Na passagem Enquanto o CPF uma forma de identificao do contribuinte, a carteira de identidade tem a finalidade de identificar o cidado por meio da Secretaria de Segurana Pblica, os fatos so simultneos e no alternativos, como indica a opo. Logo, tambm est incorreta. 20 - (ACE TCU/2006) Assinale a assero falsa acerca da estruturao lingstica e gramatical do texto abaixo. Nem o sim nem o no venceram o referendo, e quem confiar no resultado aritmtico das urnas logo perceber a fora do seu engano. O vencedor do referendo foi o Grande Medo. Esse Medo latente, insidioso, que a todos nos faz to temerosos da arma que o alheio possa ter, quanto temerosos de no ter defesa alguma na aflio. Se um lado ou outro aparenta vantagem na contagem das urnas, no faz diferena. O que importa extinguir o Grande Medo. E nem um lado nem outro poderia faz-lo. Todos sabemos muito bem porqu. (Jnio de Freitas, Folha de S. Paulo, 24/10/2005 com adaptaes.) a) Para o texto no apresentar nenhuma incorreo de ordem sinttica, a concordncia do sujeito composto ligado por nem... nem (l. 7 e 8) deve ser feita com o verbo no plural, tal como se fez na ocorrncia do mesmo sujeito composto, na primeira linha do texto. b) Apesar de sua posio deslocada na frase, o advrbio logo (l. 2) dispensa a colocao de vrgulas em virtude de ser de pouca monta, de pouca proporo. c) Um medo latente, insidioso (l.3 e 4) um medo no manifesto, encoberto, enganador, traioeiro, prfido. d) O trecho contido nas linhas de 4 a 5 admite a seguinte reescritura, sem que se incorra em erro de linguagem: ... que nos faz a todos no s temerosos da arma que o outro possa ter, mas tambm temerosos de ficarmos indefesos na angstia.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) A ltima palavra do texto merece reparo. H duas expresses que a substituiriam com a devida correo gramatical: 1) por qu e 2) o porqu. Gabarito: A Comentrio. Mais uma vez, relembramos que o valor da conjuno deve ser aferido no contexto em que se encontra. A conjuno nem, na primeira passagem do texto, apresenta valor aditivo, equivalente a dizer que O sim e o no no venceram o referendo. quem venceu foi um terceiro o medo. J na passagem de linhas 7 e 8, tem valor alternativo ou (qualquer dos lados) um lado ou outro poderia faz-lo. qualquer um dos dois poderia faz-lo. Por isso, manteve-se no singular. Em relao aos demais itens corretos, devemos comentar: b) na aula sobre pontuao veremos que expresses adverbiais curtas e de fcil entendimento dispensam a colocao de vrgulas, como fez o autor no trecho de linha 2. Portanto, est correta essa proposio. e) porque e por que recebem acento circunflexo quando tnicos. Isso ocorre em duas situaes a primeira, quando usado na funo de um substantivo o porqu ou, a segunda, quando interrogativo, sob a forma direta ou indireta, ao fim da orao, estando subentendida a expresso por qual motivo, por qual razo No veio por qu?, Voc no veio e todos sabemos por qu. A forma apresentada no texto no encontra respaldo na gramtica normativa a forma correta seria por qu. 21 - (TFC SFC/2000) Indique a seqncia que preenche corretamente as lacunas. A Organizao das Naes Unidas para Educao, Cincia e Cultura (Unesco) estima que h 880 milhes de analfabetos adultos e 115 milhes de jovens em idade escolar fora da escola, entre a populao mundial. A Unesco, _______, no divulgou os nmeros para cada pas pesquisado. Em setembro do ano passado, o Ministrio da Educao divulgou os dados mais recentes sobre o Brasil, _______ 14,7% da populao entre 14 e 49 anos de idade continua analfabeta. Houve uma grande reduo do problema, _____, h 20 anos, mais de 30% da populao naquela faixa etria no sabia ler e escrever. www.pontodosconcursos.com.br 31

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI O Ministrio relacionou a queda dos ndices de analfabetismo com o aumento da escolaridade: em 1980, apenas 49% das crianas entre 7 e 14 anos estavam na escola, percentual que subiu para 96% no ano passado. O Brasil reduziu pela metade o percentual de analfabetos na populao, _______ dobrou o nmero de crianas em idade escolar nas salas de aula. Esse avano relevante, ______ a simples alfabetizao j no mais suficiente para a conquista de emprego num mercado de trabalho competitivo. (O Estado de S. Paulo - Notas e Informaes, 22/4/2000, p.A3) a) porm, onde, pois, porque, contudo b) entretanto, apesar de, j que, por que, mas c) apesar de, entretanto, pois, por que, mas d) no entanto, onde, apesar de, j que, por que e) pois, porque, apesar de, j que, entretanto Gabarito: A Comentrio. 1 lacuna) Das opes apresentadas, podem ser colocadas entre vrgulas as seguintes conjunes: porm, entretanto, no entanto e pois. Contudo, esta ltima deve ser eliminada por no atender ao sentido do texto. Deve-se empregar, nessa lacuna, uma conjuno de valor contrrio, j que o texto informa que, apesar ter sido estimado o nmero de analfabetos na populao mundial, no foram divulgados os nmeros para cada pas pesquisado idia adversativa. (Restam as opes a, b e d.) 2) Como h um referente indicando lugar (Brasil), deve-se usar o pronome relativo onde. (Restam as opes a e d.) 3) 1 informao: houve reduo no percentual de analfabetos; 2 informao: dobrou o nmero de crianas em idade escolar nas salas de aula. As idias se complementam. Portanto, no so contrrias. Ento, elimina-se a opo d que apresenta sugesto de preenchimento com apesar de (conjuno concessiva). A melhor conjuno pois (explicativa) a resposta a letra a. 4) Apesar de relevante, a alfabetizao no suficiente para a conquista de emprego num mercado competitivo. As idias, portanto, so contrrias, admitindo-se o emprego da conjuno contudo. www.pontodosconcursos.com.br 32

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22 - (AFPS/2002) Depois de quase 1.400 turnos de votao ________praticamente todas as palavras do documento, a Assemblia Geral da ONU aprovou, no dia 10 de dezembro de 1948, a Declarao Universal dos Direitos Humanos. Passados 53 anos, o desrespeito e o desprezo _______vida ainda continuam mundo______ , nos massacres de periferia, nas lutas do campo ou no trabalho infantil. Os abusos esto estampados ________ dias nos jornais. Esse fluxo de relatos em si um tributo Declarao, _________ possibilitou discusso sria sobre o tema e incentivou forte movimento internacional pelos direitos humanos. (Almanaque Brasil, dezembro de 2001, com adaptaes) Para completar corretamente o trecho acima necessrio inserir, pela ordem, os seguintes termos: a) de - - afora - todos - em que b) sobre - por a - afora - todos os - com que c) de - pela - a fora - todos - por que d) sobre - pela - afora - todos os - que e) em - - a fora - todos - com que Gabarito: D Comentrio. 1) A preposio que melhor preenche esta primeira lacuna sobre (documento sobre o qual houve quase 1.400 turnos de votao). Restam as opes b e d. 2) Os substantivos desrespeito e desprezo regem as preposies por, para (com), de e a (a forma por a item b - leva contrao: pela). Elimina-se a letra b. Resposta: d. 3) A preposio cabvel nesta lacuna afora (equivalente a por toda a extenso no tempo e no espao). Essa preposio e outras, como perante, aps, dentre, so derivadas da combinao de dois elementos, respectivamente a + fora, per + ante, a+ps, de+entre. Hoje em dia, entendem-se como preposies simples. H outras que se mantm sem contrao para com / por entre. Aparecem lado a lado e a interpretao do elo semntico que elas definem se d pela composio dos sentidos individuais de cada preposio. www.pontodosconcursos.com.br 33

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 4) Todos os dias equivale a diariamente, dia a dia (advrbio que no se confunde com o substantivo dia-a-dia = cotidiano). Algumas palavras tm seu sentido alterado se, numa expresso como essa, estiverem sem o artigo. Exemplo: toda mulher qualquer mulher; toda a mulher a mulher inteira; todo mundo todas as pessoas; todo o mundo o mundo inteiro. 5) Como o pronome relativo que, que faz referncia a Declarao Universal dos Direitos Humanos, exerce a funo sinttica de sujeito em possibilitou discusso sria sobre o tema e, por isso, no pode estar regido por preposio alguma. A ordem , portanto: sobre, pela (por + a), afora, todos os, que. 23 - (Tcnico ANEEL/2006) De fato, os jovens tm motivos para se sentirem inseguros. Comeam a vida profissional assombrados pelos altos ndices de desemprego. Quase a metade dos desempregados nos grandes centros no Brasil jovem. Alm da falta de experincia, h o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalho ajuda a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar. Mas a disputa acirrada tambm entre os mais bempreparados. A grande oferta de mo-de-obra resulta em um processo cruel de avaliao, com testes de conhecimentos e de raciocnio lgico, redao, dinmicas de grupo, entrevistas. E no s. O jovem deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se possui ou de descobrir como adquiri-las. Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rpido, a qualificao e o potencial comportamental que definem um bom candidato, e no s o preparo tcnico. (Adaptado de ISTO 5/10/2005) Julgue a assertiva abaixo. a) A relao de sentidos entre os dois primeiros perodos sintticos do texto permite subentender uma idia explicativa, expressa pela conjuno Pois, antes de Comeam (l.1). Item CORRETO. Comentrio. O segundo perodo apresenta uma explicao ([os jovens] Comeam a vida profissional assombrados pelos altos ndices de desemprego) acerca da afirmao presente no perodo anterior(os jovens tm motivos para se sentirem inseguros). Por esse motivo, a conjuno www.pontodosconcursos.com.br 34

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI pois poderia ligar essas duas oraes em um perodo composto por coordenao, uma vez que se trata de um conectivo de natureza explicativa. 24 (Tcnico ANEEL/2006) poca Qual o grande problema brasileiro? Ricardo Neves Assim como a inflao foi nosso drago tempos atrs, a informalidade nosso cncer que est entrando em metstase. A informalidade tem trs eixos. O primeiro so os direitos de propriedade. Os barracos das favelas no podem ser comercializados, no podem ser usados para conseguir crdito. O segundo o trabalho. Estima-se que entre 55% e 60% dos trabalhadores esto na informalidade. So pessoas que no contribuem, no pagam INSS. A carga tributria fica concentrada nos 40% restantes da populao. O terceiro a informalidade na cadeia produtiva. So empresas que esto fora da lei, seja porque os tributos so altos, seja porque a burocracia complicada. Em relao ao texto acima, julgue a proposio abaixo. IV. Pelas marcas de alternao, seja ...seja(l.11 e 12), que ligam as oraes indicadoras das razes da informalidade na cadeia produtiva, depreende-se que tais razes excluem-se mutuamente: ou existe uma ou existe outra. Item INCORRETO. As conjunes alternativas podem ser, ou no, mutuamente excludentes, a depender da construo em que so empregadas. As empresas informais encontram-se nessa situao em decorrncia de um dos fatores (tributos altos/burocracia complexa) ou at mesmo de ambos. Por isso, as oraes iniciadas pelas conjunes alternativas no apresentam, entre si, idias adversas ou contraditrias que justificassem a afirmao. Por isso, est incorreta tal assertiva. 25 (AFRF/1998) Escreva diante de cada texto, adaptado de Aliomar Baleeiro, o nmero do operador lgico que preenche corretamente a lacuna: ( ) caracterstica da taxa a especializao do servio em proveito direto ou por ato do contribuinte, ____________, na aplicao do www.pontodosconcursos.com.br 35

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI imposto, no se procura apurar se h qualquer interesse, direto ou indireto, por parte de quem o paga. Em 1896, Amaro Cavalcnti ponderava que a palavra taxa, sem embargo de ser igualmente usada como sinnimo geral de impostos, no devia ser assim entendida ou empregada; ________________, na sua acepo prpria, designa o gnero de contribuio que os indivduos pagam por um servio diretamente recebido. O pagamento das taxas facultativo; , por assim dizer, o preo do servio obtido e _____________ em que cada um o exige ou dele tira proveito. As taxas se devem revestir sempre do carter de contraprestao inerente a essa espcie de tributos. Ao adotar-se interpretao outra, malograr-se-o todas as cautelas da Constituio, que estabeleceu e quer uma rgida discriminao de competncia, ___________, prevendo a reedio de velhos abusos fiscais mascarados com o nome de taxas, preceituou proibio inequvoca. As despesas de administrao da justia poderiam ser pagas convenientemente por uma contribuio particular, __________ que a ocasio o exigisse. Enquanto pelas taxas, o indivduo procura obter um servio que lhe til pessoalmente, o Estado, _____________, procura, pelo imposto, os meios de satisfazer as despesas necessrias da administrao. Os clssicos, assim como os contemporneos, no divergem sobre a noo bsica de taxa, ___________ se separem acerca de outros pontos acessrios.

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(1) embora (2) ao passo que (3) medida (4) tanto assim que (5) na medida (6) visto como (7) ao contrrio A seqncia numrica correta : a) 6, 5, 1, 3, 4, 7, 2 b) 1, 7, 5, 4, 2, 3, 6 c) 2, 6, 5, 4, 3, 7, 1 d) 1, 3, 2, 6, 5, 7, 4 e) 2, 5, 6, 7, 4, 3, 1 Gabarito: C www.pontodosconcursos.com.br 36

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Comentrio. Muitas vezes, o critrio de seleo da prova no saber mais, mas saber resolver a prova, com o mximo de acertos, no menor tempo possvel. Mas ser que isso possvel? Sim. O que eu quero dizer com isso? O candidato pode dominar um assunto, mas, se na hora da prova, ele gastar muito tempo com determinada matria, vai faltar tempo em outra. Voc j deve ter ouvido lamentaes como eu sabia, mas no tive tempo de resolver a prova chutei tudo.. lastimvel quando isso acontece. para evitar isso que, alm de abordarmos o contedo da disciplina, temos a obrigao de mostrar como resolver uma prova de maneira mais simples. Questes como essa, por exemplo, devem ser resolvidas de forma objetiva. No adianta ler todas as opes e testar conectivo por conectivo at encontrar a ordem correta. Certamente, acabaria acertando, mas no conseguiria resolver tudo de Matemtica, Estatstica, Informtica... e o desfecho voc j deve imaginar, no ? Como eu faria, ou melhor, como eu fao: 1) busquei a menor orao terceiro segmento: O pagamento das taxas facultativo; , por assim dizer, o preo do servio obtido e _____________ em que cada um o exige ou dele tira proveito. H uma preposio em antecedendo o que. Essa preposio no exigida pelos termos subseqentes exigir ou tirar proveito. Ento, s poderia ser exigncia da conjuno omitida. Com isso, elimino, mesmo sem ler o perodo, as seguintes opes: embora, ao passo que (j tem o que), medida (no existe a conjuno medida em que), tanto assim que (tambm j tem o que), visto como (no admitiria o complemento em que), ao contrrio (tambm no admitiria o complemento em que). O que restou? A conjuno na medida em que causal. Lendo o fragmento do texto, ela se encaixa perfeitamente. Vou s opes e vejo quais indicam o n 5 (na medida) na terceira posio b e c. A essa altura, j estou com 50% de chances de ganhar o ponto. 2) passo a analisar outro segmento pequeno o ltimo: Os clssicos, assim como os contemporneos, no divergem sobre a noo bsica de taxa, ___________ se separem acerca de outros pontos acessrios. e vou testar as sugestes dos itens b e c. O verbo no subjuntivo se separem ajuda na seleo da conjuno. A primeira (de acordo com a ordem de c) j se encaixa com perfeio www.pontodosconcursos.com.br 37

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a conjuno embora leva o verbo para o subjuntivo e atende relao antagnica estabelecida pelas expresses no divergem e se separem. J a opo b sugere a colocao da conjuno visto como. Acontece que, alm do prejuzo na coerncia textual, o verbo deveria estar no indicativo (visto como se separam) e no no subjuntivo. Resolvida a questo em menos de dois minutos gabarito: C. Por questes didticas, iremos analisar as demais lacunas. 1) CUIDADO! No a conjuno que est entre vrgulas (o que poderia levar muita gente a preencher com ao contrrio), mas a expresso na aplicao do imposto. De um lado, fala-se na caracterstica da taxa ser um tributo de carter contraprestacional (em proveito direto ou por ato do contribuinte); de outro, o imposto, em que no h essa contrapartida estatal (no se procura apurar se h qualquer interesse, direto ou indireto, por parte de quem o paga). Assim, expresses em campos semnticos opostos devem ser ligadas por conjunes adversativas ou concessivas: como embora j foi usado, resta-nos ao passo que. 2) orao no devia ser assim entendida ou empregada, segue uma orao de valor causal. Das opes apresentadas, as conjunes com esse valor so: visto como (equivalente conjuno visto que) e na medida em que. Como esta, alm de estar desfalcada do seu em que, j foi usada na terceira lacuna, a nica forma possvel visto como. 3) J foi comentada. 4) Agora, a orao a ser introduzida pela conjuno tem valor consecutivo: tanto a Constituio previu a reedio de velhos abusos mascarados com o nome de taxas, que preceituou proibio inequvoca tanto assim que. 5) Nesse perodo, estabelece-se a noo de proporcionalidade as despesas poderiam ser pagas medida que a ocasio o exigisse medida (o que j faz parte do segmento, auxiliando a identificao). 6) Novamente, idias opostas: de um lado, o carter individualista das taxas (um servio que lhe til pessoalmente); de outro, o carter generalista do imposto (satisfazer as despesas da administrao). Por isso, est correta a colocao da expresso ao contrrio. 7) Tambm j comentada.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Com essa, encerramos o assunto de hoje. Bons estudos para vocs. LISTA DAS QUESTES COMENTADAS. 01 - (AFRF 2002.2) Em artigo publicado na dcada de noventa, o professor Paul Krugman explicava que todos aqueles pases que falavam ingls haviam tido um desempenho econmico acima da mdia de seus vizinhos e que o ingls estava se tornando rapidamente a lngua franca dos negcios, do turismo e da internet. Assim, os processos de fuso de empresas, to comuns naquele tempo, s teriam sucesso se utilizassem o ingls como lngua de integrao das corporaes. Essa viso nos preocupou quando resolvemos integrar todas as reas de consultoria espalhadas pela Amrica Latina em uma nica diviso de consultoria. Mas ficou uma pergunta no ar: que lngua oficial adotar? O espanhol ou o portugus acirraria a rivalidade que j era bastante grande no campo dos esportes. Adotar o ingls teria a vantagem da neutralidade e da facilidade de interao com nossos colegas de outras regies, mas com perda significativa na agilidade da comunicao e no andamento das reunies. Foi adotada ento uma postura nica: haveria trs lnguas oficiais. Essa pequena sutileza significava, na verdade, que todos eram obrigados a entender as trs lnguas, mas poderiam se expressar no idioma em que se sentissem mais vontade. Hoje, cinco anos depois, sentimos que essa deciso foi fundamental para o nosso processo de integrao, e a lio aprendida que muitas vezes a criatividade local pode ser mais efetiva que verdades importadas. (Jos Luiz Rossi, Integrao cultural na Amrica Latina, CLASSE ESPECIAL, 89/2001, com adaptaes) Julgue os itens abaixo, em relao ao emprego das estruturas lingsticas do texto. I - As duas ocorrncias da conjuno que(l.2 e 4) tm a funo de demarcar o incio das duas oraes ligadas por e(l.4), mas, sintaticamente, o segundo que pode ser omitido. II - A preposio em(l.9), exigida pelas regras de regncia do verbo integrar(l.8), pode sofrer contrao com o artigo que a segue, sem prejudicar a correo e as idias do texto. 02 - (Tcnico IPEA/2004)

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A Grande Depresso no foi apenas a maior crise de desemprego da Histria, mas tambm a primeira crise de desemprego nas grandes democracias ocidentais que se abateu sobre um eleitorado constitudo, principalmente, por trabalhadores ameaados pelo desemprego ou vtimas diretas dele. O corpo poltico havia mudado. No levar em conta os interesses objetivos do eleitorado era um suicdio poltico certo. (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) Em relao ao texto, julgue a assertiva abaixo. a) O emprego de mas tambm(l.2) est sinttica e semanticamente vinculado ao emprego de no ... apenas(l.1). 03 - (Tcnico IPEA/ 2004) Assinale a opo que corresponde a erro gramatical, de coeso ou de coerncia textual. relevante(1) o fato de que (2), na idade de ouro do capitalismo, nos 25 anos do ps-guerra, entre os pases industrializados, de cada (3) dez empregos criados, seis o (4) eram no setor pblico. Essa informao no deve surpreender, no obstante (5) a principal caracterstica do estado de bem-estar social a existncia de um servio pblico de qualidade e em quantidade suficiente. (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 04 - (Analista IRB/2004) Fazer pesquisa ofcio que exige dedicao e pacincia, ____1_____ os resultados so lentos e incertos. Alm disso, por genial que seja um cientista, no possvel produzir conhecimento sozinho. H o contexto de criao, a comunidade cientfica nacional e internacional ____2____ se discutem os resultados e ____3____ se expem mtodos e tcnicas desenvolvidas em prol do saber. De maneira marcante h a formao de discpulos, ____4_____ iniciao cientfica, quando o estudante ainda est nos cursos de graduao, ao www.pontodosconcursos.com.br 40

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI doutorado e ps-doutorado.______5_______, sumamente relevante o debate de idias em favor do objeto de estudo. (Adaptado de Roseli Fischmann, Cincia, democracia e direitos,Correio Braziliense, 26/01/2004) Assinale a opo que preenche corretamente as lacunas do texto. 1 a) b) c) d) e) j que pois porque porquanto vez que 2 de que com quem na qual a que onde 3 para a qual em que para a qual da qual de que 4 da para a desde a com a pela 5 Por todas elas Tais nveis Em todos esses nveis Naquelas Em certos nveis

05 - (Oficial de Chancelaria/2002) Alm de estabelecer um parmetro esportivo at aqui intransponvel, Pel parte de uma outra epopia. Sem ele, talvez o Brasil no tivesse derrotado nem o complexo de inferioridade de sua sociedade em geral nem o racismo velado que se manifestava at no futebol. Com Pel, brasileiro e negro, foi possvel vencer um e outro complexos. Ns, jornalistas brasileiros, temos uma dvida enorme com Pel. Vrios companheiros e eu mesmo j escapamos de situaes delicadas, usando a palavra mgica Pel, em pases remotos nos quais a palavra Brasil no faz o menor sentido, a no ser quando associada a Pel. Sem ele, talvez alguns de ns at poderamos ter morrido. No assim que algum marca uma poca? (Clovis Rossi, Folha de S. Paulo, 7/04/2002) Em relao ao texto assinale a opo incorreta. a) A palavra epopia(l.2) est sendo utilizada em sentido figurado, pois no se refere a um poema longo, mas a uma ao ou srie de aes grandiosas. b) A eliminao da primeira ocorrncia de nem(l.3) e a substituio da segunda(l.4) por e mantm a correo sinttica do perodo.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI c) Os termos brasileiro e negro(l.5) e jornalistas brasileiros(l.6) exercem funo sinttica idntica. d) Pode-se, sem alterar a correo do perodo, substituir nos quais (l. 8 a 9) por em que. e) A transformao do trecho nos quais a palavra Brasil(l.8 a 9) por nos quais falar no Brasil dispensa outras transformaes no texto. 06 - (ACE TCU/2006) Em relao ao texto, assinale a opo incorreta. As barreiras regulatrias vo da dificuldade burocrtica de abrir um empreendimento ao custo tributrio de mant-lo em funcionamento. No Brasil, representam 11% da muralha antidesenvolvimento e resultam, na maioria das vezes, da mo pesada do Estado criador de labirintos burocrticos, de onerosa e complexa teia de impostos e de barreiras comerciais. (Adaptado de Revista Veja, 7 de dezembro de 2005.) a) A substituio de da (l.1) por desde a mantm a correo gramatical do perodo. b) A substituio de ao (l. 2) por at o mantm a correo gramatical do perodo. c) As formas verbais representam (l.3) e resultam (l. 4) referem-se a As barreiras regulatrias (l.1). d) A expresso mo pesada (l. 4) est sendo empregada em sentido conotativo. e) A expresso teia (l. 5) est empregada em sentido denotativo. (TRF/2003) Leia o texto abaixo para responder questo 07. O panorama da sociedade contempornea sugere-nos incontveis abordagens da tica. medida que a modernidade ou a psmodernidade avana, novas facetas surgem com a metamorfose do esprito humano e sua variedade quase infinita de aes. Mas, falar sobre tica como tratar da epopia humana. Na verdade, est mais para odissia, gnero que descreve navegaes acidentadas, lutas e contratempos incessantes, embates de vida e morte, iluses de falsos valores como cantos de sereias, assdios a pessoas e a propriedades, interesses contraditrios de classes dominantes figuradas pelos deuses, ora hostis ora favorveis. As aventuras de Ulisses sintetizam e representam o confronto de ideais nobres e de paixes mesquinhas. No obstante narram-se tambm feitos de abnegao, laos de www.pontodosconcursos.com.br 42

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI fidelidade entre as pessoas e suas terras, lances de racionalidade e emoo, a perseverana na reconquista de valores essenciais. Os mitos clssicos so representaes de vicissitudes humanas e situaes ticas reais. (Adaptado de Jos de vila Aguiar Coimbra, Fronteiras datica, So Paulo: Senac, 2002, pgs.17 e 18) 07 - Em relao ao texto, assinale a opo correta. a) Em sugere-nos(l.1) o pronome encltico exerce a mesma funo sinttica do se em narram-se(l.12). b) Ao se substituir medida que(l.2) por medida em que, preservam-se as relaes semnticas originais do perodo. c) A preposio com(l.3) est sendo empregada para conferir a idia de comparao entre novas facetas(l.3) e metamorfose do esprito humano(l.3-4). d) A expresso Na verdade, est mais para odissia(l.6) e as informaes que se sucedem permitem a inferncia de que epopia(l.5) no traria a noo de dificuldades, fracassos. e) O perodo permaneceria correto se a preposio na expresso confronto de ideais(l.11) fosse, sem outras alteraes no perodo, substituda por entre. (TRF/2003) A cincia moderna desestruturou saberes tradicionais, e seu paradigma mecanicista, que encara o mundo natural como mquina desmontvel, levou a razo humana aos limites da perplexidade, porquanto a fragmentao do conhecimento em pequenos redutos fechados se afasta progressivamente da viso do conjunto. A excessiva especializao das partes subtrai o conhecimento do todo. Da resulta a dificuldade terica e prtica para que o esprito humano se situe no tempo e no espao da sua existncia concreta. (Jos de vila Aguiar Coimbra, Fronteiras da tica, SoPaulo: Senac, 2002, p. 27) 08 - Em relao ao texto, julgue a assertiva abaixo. - Ao se substituir a conjuno porquanto(l.4) pela conjuno porque, as relaes sintticas e semnticas do perodo so mantidas.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 09 - (Oficial de Chancelaria/2002) Assinale a opo em que uma das duas sugestes no preenche corretamente a lacuna correspondente. A diplomacia defende e projeta no exterior os interesses nacionais, _____1______que ela procura melhorar a insero internacional do pas que representa. ____2____ ela no cria interesses ____3_____pode projetar o que no existe. O pas que se encontra por trs da diplomacia o nico elemento _____4________ela pode operar.______5________, a diplomacia s poder responder adequadamente s transformaes do cenrio internacional se essas transformaes forem, de alguma forma, internalizadas pelo pas. (Adaptado de www.mre.gov.br, Comisso de Relaes Exteriores da Cmara dos Deputados) a) 1 - da mesma forma / do mesmo modo b) 2 - Entretanto / Todavia c) 3 - nem / to pouco d) 4 - a partir do qual / com base em que e) 5 - Por isso / Por conseguinte (Gestor Fazendrio MG/2005) A economia brasileira apresentou um bom desempenho ano passado, incentivada, principalmente, por anterior queda nos juros e pelo crescimento das vendas do pas no exterior. ____(a)___este ano, um desses motores est ausente. ___(b)___ o Banco Central, para combater a inflao, vem elevando seguidamente a taxa bsica, hoje situada em 19,25% ao ano. ____(c)____, os juros altos esto contribuindo para frear o crescimento econmico, mas no a inflao._____(d) _____o ganho com a queda da inflao pequeno, se comparado perda no crescimento econmico. No se defende por meio dessa comparao, o aumento da produo a qualquer custo. _____(e)_____o objetivo expor a atual ineficcia do aumento dos juros sobre a inflao. O outro motor importante para o crescimento de 2004 (as exportaes brasileiras), no entanto, continua presente este ano, com timo desempenho. (Inflao e crescimento. Opinio.Correio Braziliense, 9 de abril de 2005, com adaptaes) 10 - Desconsiderando o emprego de letras maisculas e minsculas, assinale a opo que, ao preencher a lacuna, mantm o texto coeso, coerente e gramaticalmente correto. www.pontodosconcursos.com.br 44

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) Haja vista que b) Apesar de c) Entretanto d) Embora e) To pouco 11 -(Assistente de Chancelaria/2002) Assinale a opo em que ao menos um dos conectivos propostos para preencher a lacuna provoca incoerncia textual ou erro gramatical. O Brasil um pas grande, diversificado _____(a) visto como uma promessa que parece nunca se realizar. O potencial existe, _______(b) h algo bloqueando o Brasil. Acho que uma combinao de fatores como o sistema poltico e o modo de trabalhar do cidado, pouco engajado nos problemas da sociedade, ______(c) muito freqente o brasileiro eleger polticos por seu nvel de popularidade, sem avaliar seus programas e aes. um pas muito importante para a economia mundial, _____(d) sermos sempre decepcionados. , _______(e), um desafio delicado entender por que as coisas no acontecem rapidamente no Brasil. (Michel Porter, Veja, 5/12/2001, com adaptaes) a) e / mas b) entretanto / mas c) j que / pois d) embora / apesar de e) contudo / portanto 12 - (TRF/2003) Quem no declarou no ano passado est classificado pela Receita como pendente. Embora no tenha o CPF cancelado agora, sua situao ser considerada irregular perante a Receita. O cancelamento do documento pode significar muitos problemas, pois o CPF passou a ser mais solicitado do que a carteira de identidade. Sem ele, impossvel abrir uma conta bancria, comprar a prazo, prestar concurso pblico. Caso ganhe em uma loteria, tambm ser impedido de retirar o prmio. (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptaes) Analise a assertiva abaixo, a respeito das estruturas lingsticas do texto. www.pontodosconcursos.com.br 45

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) Mantm-se as relaes semnticas e a correo gramatical ao substituir Embora(l.3) por Apesar de. (TRF/2000) O setor comercial online cresce mais de 30% ao ano. primeira vista, parece que o consumidor beneficiado por produtos mais baratos. O problema que o preo baixo conseguido custa de concorrentes, que so obrigados a pagar impostos, e de governos, que perdem receita fiscal. Apesar de estar crescendo muito, o comrcio eletrnico ainda pequeno em relao ao comrcio total, o que faz as distores econmicas e fiscais serem menores. (Robert J. Samuelson, Exame, 22/03/2000, com adaptaes) 13 - O texto permanece correto se forem feitas as seguintes substituies, exceto: a) o que faz / os quais fazem(l. 6) b) custa de / tendo como base o prejuzo de (l.3 e 4) c) Apesar de estar / Embora esteja (l.5) d) em relao ao / em comparao com(l.6) e) ao ano / por ano(l.1) (AFRF 2002.1) O homem moderno na medida das senhas de que ele escravo para ter acesso vida. No mais o senhor de seu direito constitucional de ir-e-vir. A senha a senhora absoluta. Sem senha, voc fica sem seu prprio dinheiro ou at sem a vida. No cofre do hotel, so quatro algarismos; no seu home bank, seis; mas para trabalhar no computador da empresa, voc tem que digitar oito vezes, letras e algarismos. A porta do meu carro tem senha; o alarme do seu, tambm. Cada um de nossos cartes tem senha. Se for sensato, voc percebe que sua memria no pode ser ocupada com tanta baboseira intil. Seus neurnios precisam ter finalidade nobre. Tm que guardar, sim, os bons momentos da vida. Ento, desesperado, voc descarrega tudo na sua agenda eletrnica, num lugar secreto que s senha abre. Agora s falta descobrir em que lugar secreto voc vai guardar a senha do lugar secreto que guarda as senhas. (Alexandre Garcia, Abre-te ssamo, com adaptaes) www.pontodosconcursos.com.br 46

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 14 Julgue a proposio abaixo, em relao aos elementos do texto. c) Respeitam-se as regras de regncia da norma culta ao empregar a preposio de em vez de que na expresso verbal Tm que (l.10). 15- (TFC SFC/2000) Assinale o item que no preenche a lacuna do texto com coeso e coerncia. Os historiadores dizem que a troca de e-mails, o download de fotos dos amigos ou as reservas para as frias feitas pelo computador talvez sejam divertidos, ______________ a Internet no pode ser comparada a inovaes como a inveno da imprensa, o motor a vapor ou a eletricidade. (Adaptado de Negcios Exame, p.94) a) contudo b) no entanto c) entretanto d) todavia e) porquanto (Procurador BACEN/2002) Uma crise bancria pode ser comparada a um vendaval. Suas conseqncias so imprevisveis sobre a economia das famlias e das empresas. Os agentes econmicos relacionam-se em suas operaes de compra, venda e troca de mercadorias e servios, de modo que, a cada fato econmico, seja ele de simples circulao, de transformao ou de consumo, corresponde, ao menos, uma operao de natureza monetria realizada junto a um intermedirio financeiro, em regra um banco comercial, que recebe um depsito, paga um cheque, desconta um ttulo ou antecipa a realizao de um crdito futuro. A estabilidade do sistema que intermedeia as operaes monetrias, portanto, fundamental para a prpria segurana e estabilidade das relaes entre os agentes econmicos. (www.bcb.gov.br) 16 - Julgue a assertiva abaixo. e) Caso a posio da conjuno portanto(l.9) seja alterada para o incio ou fim do perodo, prejudica-se a coerncia e a correo gramatical do trecho. www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Procurador BACEN/2002) O Brasil tem o maior e mais complexo sistema financeiro da Amrica Latina, com 208 bancos, que se distribuem por mais de 17 mil agncias e aproximadamente 15 mil postos de atendimento adicionais. Contudo, o desenvolvimento desse imenso complexo, nos ltimos trinta anos foi profundamente marcado pelo crnico processo inflacionrio que predominou, nesse perodo, na economia brasileira. A longa convivncia com a inflao possibilitou s instituies financeiras ganhos proporcionados pelos passivos no-remunerados, como os depsitos a vista e os recursos em trnsito, o que compensou ineficincias administrativas e perdas decorrentes de concesses de crditos que foram se revelando, ao longo do tempo, de difcil liquidao. (www.bcb.gov.br) 17 - Assinale a opo em que a substituio sugerida est de acordo com as idias do texto e no exige outras transformaes no texto para assegurar a correo gramatical. a) que se distribuem(l.2) / os quais seriam distribudos b) o que compensou(l.9) / compensadas c) possibilitou s instituies financeiras ganhos(l.7 e 8) / permitiu que as instituies financeiras ganhassem d) como os depsitos a vista(l.9) / como, tambm, os depsitos a vista e) Contudo, o desenvolvimento desse imenso complexo(l.4) / O desenvolvimento de tal sistema, todavia, (TRF/2002.1) 18 - Assinale a opo que, ao preencher as lacunas, torna o texto sintaticamente incorreto. ___________ na execuo de programas sociais no Nordeste, ______ no desenho das relaes entre centros de pesquisa e empresas, um dos maiores problemas sempre foi o de garantir que os recursos cheguem ao seu destino e que sejam usados com inteligncia. (Gilson Schwartz) a) Seja / seja b) Tanto / quanto c) Conquanto/ ou www.pontodosconcursos.com.br 48

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) Tanto / como e) Quer/ quer 19 - (TRF/2002) O CPF hoje um dos documentos mais utilizados no Brasil. Foi criado em 1965, com o objetivo de identificar o contribuinte pessoa fsica perante a Secretaria da Receita Federal e para que ela tivesse um maior controle dos contribuintes brasileiros. Com o passar do tempo, instituies financeiras e o comrcio passaram a exigir o nmero do documento para fazer vrias operaes, como financiamentos, por exemplo. Enquanto o CPF uma forma de identificao do contribuinte, a carteira de identidade tem a finalidade de identificar o cidado por meio da Secretaria de Segurana Pblica. (Correio Braziliense, 16/2/2002, com adaptaes) Assinale a opo correta a respeito do emprego das palavras e expresses no texto. a) A preposio com(l.2) agrega ao substantivo objetivo uma idia de modo, como na expresso com vagar. b) A preposio para(l.3), na sentena em que ocorre, introduz um julgamento, uma opinio. c) O emprego do infinitivo flexionado, fazerem, no lugar de fazer(l.6) mantm a coerncia textual e a correo gramatical. d) A preposio de, em controle dos contribuintes(l.4), estabelece entre os nomes que liga uma relao semntica correspondente a os contribuintes que controlam. e) O valor semntico do conectivo Enquanto (l.7) corresponde ao de uma conjuno alternativa. 20 - (ACE TCU/2006) Assinale a assero falsa acerca da estruturao lingstica e gramatical do texto abaixo. Nem o sim nem o no venceram o referendo, e quem confiar no resultado aritmtico das urnas logo perceber a fora do seu engano. O vencedor do referendo foi o Grande Medo. Esse Medo latente, insidioso, que a todos nos faz to temerosos da arma que o alheio possa ter, quanto temerosos de no ter defesa alguma na aflio. Se um lado ou outro aparenta vantagem na contagem das urnas, no faz diferena. O que importa extinguir o Grande Medo. E nem um lado nem outro poderia faz-lo. Todos sabemos muito bem porqu. www.pontodosconcursos.com.br 49

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Jnio de Freitas, Folha de S. Paulo, 24/10/2005 com adaptaes.) a) Para o texto no apresentar nenhuma incorreo de ordem sinttica, a concordncia do sujeito composto ligado por nem... nem (l. 7 e 8) deve ser feita com o verbo no plural, tal como se fez na ocorrncia do mesmo sujeito composto, na primeira linha do texto. b) Apesar de sua posio deslocada na frase, o advrbio logo (l. 2) dispensa a colocao de vrgulas em virtude de ser de pouca monta, de pouca proporo. c) Um medo latente, insidioso (l.3 e 4) um medo no manifesto, encoberto, enganador, traioeiro, prfido. d) O trecho contido nas linhas de 4 a 5 admite a seguinte reescritura, sem que se incorra em erro de linguagem: ... que nos faz a todos no s temerosos da arma que o outro possa ter, mas tambm temerosos de ficarmos indefesos na angstia. e) A ltima palavra do texto merece reparo. H duas expresses que a substituiriam com a devida correo gramatical: 1) por qu e 2) o porqu. 21 - (TFC SFC/2000) Indique a seqncia que preenche corretamente as lacunas. A Organizao das Naes Unidas para Educao, Cincia e Cultura (Unesco) estima que h 880 milhes de analfabetos adultos e 115 milhes de jovens em idade escolar fora da escola, entre a populao mundial. A Unesco, _______, no divulgou os nmeros para cada pas pesquisado. Em setembro do ano passado, o Ministrio da Educao divulgou os dados mais recentes sobre o Brasil, _______ 14,7% da populao entre 14 e 49 anos de idade continua analfabeta. Houve uma grande reduo do problema, _____, h 20 anos, mais de 30% da populao naquela faixa etria no sabia ler e escrever. O Ministrio relacionou a queda dos ndices de analfabetismo com o aumento da escolaridade: em 1980, apenas 49% das crianas entre 7 e 14 anos estavam na escola, percentual que subiu para 96% no ano passado. O Brasil reduziu pela metade o percentual de analfabetos na populao, _______ dobrou o nmero de crianas em idade escolar nas salas de aula. Esse avano relevante, ______ a simples alfabetizao j no mais suficiente para a conquista de emprego num mercado de trabalho competitivo. (O Estado de S. Paulo - Notas e Informaes, 22/4/2000, p.A3) www.pontodosconcursos.com.br 50

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI a) porm, onde, pois, porque, contudo b) entretanto, apesar de, j que, por que, mas c) apesar de, entretanto, pois, por que, mas d) no entanto, onde, apesar de, j que, por que e) pois, porque, apesar de, j que, entretanto 22 - (AFPS/2002) Depois de quase 1.400 turnos de votao ________praticamente todas as palavras do documento, a Assemblia Geral da ONU aprovou, no dia 10 de dezembro de 1948, a Declarao Universal dos Direitos Humanos. Passados 53 anos, o desrespeito e o desprezo _______vida ainda continuam mundo______ , nos massacres de periferia, nas lutas do campo ou no trabalho infantil. Os abusos esto estampados ________ dias nos jornais. Esse fluxo de relatos em si um tributo Declarao, _________ possibilitou discusso sria sobre o tema e incentivou forte movimento internacional pelos direitos humanos. (Almanaque Brasil, dezembro de 2001, com adaptaes) Para completar corretamente o trecho acima necessrio inserir, pela ordem, os seguintes termos: a) de - - afora - todos - em que b) sobre - por a - afora - todos os - com que c) de - pela - a fora - todos - por que d) sobre - pela - afora - todos os - que e) em - - a fora - todos - com que 23 - (Tcnico ANEEL/2006) De fato, os jovens tm motivos para se sentirem inseguros. Comeam a vida profissional assombrados pelos altos ndices de desemprego. Quase a metade dos desempregados nos grandes centros no Brasil jovem. Alm da falta de experincia, h o despreparo mesmo. Grande parte tem baixa escolaridade. O mercado de trabalho ajuda a perpetuar a desigualdade. Muitos jovens deixam de estudar para trabalhar. Mas a disputa acirrada tambm entre os mais bempreparados. A grande oferta de mo-de-obra resulta em um processo cruel de avaliao, com testes de conhecimentos e de raciocnio lgico, redao, dinmicas de grupo, entrevistas. E no s. O jovem deve demonstrar habilidades que muitas vezes nem teve tempo de saber se www.pontodosconcursos.com.br 51

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI possui ou de descobrir como adquiri-las. Como o conhecimento hoje fica obsoleto muito rpido, a qualificao e o potencial comportamental que definem um bom candidato, e no s o preparo tcnico. (Adaptado de ISTO 5/10/2005) Julgue a assertiva abaixo. a) A relao de sentidos entre os dois primeiros perodos sintticos do texto permite subentender uma idia explicativa, expressa pela conjuno Pois, antes de Comeam (l.1). 24 (Tcnico ANEEL/2006) poca Qual o grande problema brasileiro? Ricardo Neves Assim como a inflao foi nosso drago tempos atrs, a informalidade nosso cncer que est entrando em metstase. A informalidade tem trs eixos. O primeiro so os direitos de propriedade. Os barracos das favelas no podem ser comercializados, no podem ser usados para conseguir crdito. O segundo o trabalho. Estima-se que entre 55% e 60% dos trabalhadores esto na informalidade. So pessoas que no contribuem, no pagam INSS. A carga tributria fica concentrada nos 40% restantes da populao. O terceiro a informalidade na cadeia produtiva. So empresas que esto fora da lei, seja porque os tributos so altos, seja porque a burocracia complicada. Em relao ao texto acima, julgue a proposio abaixo. IV. Pelas marcas de alternao, seja ...seja(l.11 e 12), que ligam as oraes indicadoras das razes da informalidade na cadeia produtiva, depreende-se que tais razes excluem-se mutuamente: ou existe uma ou existe outra. 25 (AFRF/1998) Escreva diante de cada texto, adaptado de Aliomar Baleeiro, o nmero do operador lgico que preenche corretamente a lacuna: ( ) caracterstica da taxa a especializao do servio em proveito direto ou por ato do contribuinte, ____________, na aplicao do imposto, no se procura apurar se h qualquer interesse, direto ou indireto, por parte de quem o paga. ( ) Em 1896, Amaro Cavalcnti ponderava que a palavra taxa, sem embargo de ser igualmente usada como sinnimo geral de impostos, no devia ser assim entendida ou empregada; ________________, www.pontodosconcursos.com.br 52

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI na sua acepo prpria, designa o gnero de contribuio que os indivduos pagam por um servio diretamente recebido. O pagamento das taxas facultativo; , por assim dizer, o preo do servio obtido e _____________ em que cada um o exige ou dele tira proveito. As taxas se devem revestir sempre do carter de contraprestao inerente a essa espcie de tributos. Ao adotar-se interpretao outra, malograr-se-o todas as cautelas da Constituio, que estabeleceu e quer uma rgida discriminao de competncia, ___________, prevendo a reedio de velhos abusos fiscais mascarados com o nome de taxas, preceituou proibio inequvoca. As despesas de administrao da justia poderiam ser pagas convenientemente por uma contribuio particular, __________ que a ocasio o exigisse. Enquanto pelas taxas, o indivduo procura obter um servio que lhe til pessoalmente, o Estado, _____________, procura, pelo imposto, os meios de satisfazer as despesas necessrias da administrao. Os clssicos, assim como os contemporneos, no divergem sobre a noo bsica de taxa, ___________ se separem acerca de outros pontos acessrios.

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(1) embora (2) ao passo que (3) medida (4) tanto assim que (5) na medida (6) visto como (7) ao contrrio A seqncia numrica correta : a) 6, 5, 1, 3, 4, 7, 2 b) 1, 7, 5, 4, 2, 3, 6 c) 2, 6, 5, 4, 3, 7, 1 d) 1, 3, 2, 6, 5, 7, 4 e) 2, 5, 6, 7, 4, 3, 1

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INTERPRETAO E ORDENAO TEXTUAL


Hoje o encerramento do nosso curso. Espero que, aps esses nossos dez encontros, eu possa ter trazido pelo menos um novo ensinamento, uma dica proveitosa, ou, no mnimo, um sorriso a partir de uma das minhas brincadeiras. Espero que tenha conseguido, tambm, semear o prazer no estudo de nossa Lngua Portuguesa, a nica disciplina, alis, que tem aplicao diria e imediata. Alguns alunos tm solicitado questes que versem sobre interpretao de textos. Esse ponto do programa exigiria um curso completo e, mesmo assim, ao seu trmino, ficaramos com a sensao de que algo ficou faltando. Isso porque interpretao uma questo extremamente subjetiva. Seria o mesmo que um curso de natao por correspondncia. Somente a prtica pode levar perfeio ou, pelo menos, melhoria do rendimento em questes que explorem interpretao. Faam provas anteriores (so muitas as questes disponveis), treinem muito, no se contentem apenas com a resposta procurem entender o que h de errado na opo que foi considerada incorreta. A dificuldade que reside em questes desse tipo que, alm do texto inteiro, h necessidade de ler TODAS as opes. Sim, porque uma pode estar boazinha, mas a seguinte pode ser ainda melhor, mais completa. Isso demanda tempo de prova. Por isso, o treino fundamental. como tocar um instrumento musical. No incio, dedilhamos (estou pensando em um piano). Depois de muitos exerccios, a msica flui e os dedos acompanham a melodia. Na interpretao, medida que lemos, aumentamos nosso vocabulrio, a facilidade em compreender e, a partir da, interpretar a mensagem. Uma boa dica procurar mergulhar no texto l-lo com gosto e boa-vontade. Afinal, quando lemos um texto interessante, que prende a nossa ateno e, sobretudo, cujo assunto dominamos, conseguimos compreend-lo e interpretlo corretamente. Isso, contudo, no acontece ao lermos um texto sobre um assunto estranho, ao qual no estamos acostumados (no meu caso, textos sobre filosofia, informtica...). Com isso, criamos uma resistncia que deve ser quebrada. Mesmo que no compreenda exatamente todos os conceitos, procure identificar elementos com os quais as opes tenham relao. Procure extrair do texto a sua idia central e escreva ou grife palavras-chave. Isso ajuda a eliminar as opes incorretas. Assim, mesmo sem compreender o texto (afinal, ele foge ao seu domnio), voc poder resolver a questo de prova. O que falar sobre as questes que envolvem coeso e coerncia textuais? Bem, preciso, para comear, dominar certos conceitos. Na construo de um texto, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreenso do que se l. Para isso, importante o bom uso tanto da pontuao (Aula 9) e de mecanismos lingsticos que estabelecem a conectividade e a www.pontodosconcursos.com.br 1

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI retomada do que foi escrito (referentes textuais, tratados nas aulas 7 e 8 Pronomes e Conectivos). Esses referentes buscam garantir a coeso textual para que, como conseqncia, haja coerncia, tanto entre os elementos que compem a orao, como tambm entre a seqncia de oraes dentro do texto. Essa coeso tambm pode muitas vezes se dar de modo implcito, baseado em conhecimentos anteriores que os participantes do processo tenham com o tema. A isso, d-se o nome de intertextualidade (palavrinha da moda, atualmente, em vestibulares e concursos pblicos). por isso que, como vimos, alguns textos, por tratarem de assuntos alheios ao conhecimento do candidato, so considerados desagradveis e de difcil compreenso. Costumamos usar uma linguagem figurada para apresentar os conceitos de coeso e coerncia. A coeso uma linha imaginria - composta de termos e expresses que une os diversos elementos do texto e busca estabelecer relaes de sentido entre eles. Dessa forma, com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetio, substituio, associao), sejam gramaticais (emprego de pronomes, conjunes, numerais, elipses), constroem-se frases, oraes, perodos, que iro apresentar o contexto decorre da a coerncia textual. Um texto incoerente o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditria. Muitas vezes essa incoerncia resultado do mau uso daqueles elementos de coeso textual (uma conjuno inapropriada, um pronome mal empregado). Por isso, na organizao de perodos e de pargrafos, um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. Construdo com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. Quando o examinador pede ao candidato que aponte a assertiva que completa o texto de forma coesa, coerente e gramaticalmente correta, uma boa dica comear a verificar, antes mesmo ler o texto, a correo gramatical das opes. Podemos descartar as que apresentam erros de concordncia, regncia, pontuao, ortografia, etc. Em seguida, a leitura do texto passa a ser necessria se restarem dois ou mais itens vlidos gramaticalmente. Na ltima prova para o TCU, aplicada recentemente, a questo apontada como correta apresentava um erro de concordncia verbal (vejam na rea pblica o recurso proposto). O nico problema que o enunciado no exigia a correo gramatical do segmento, somente respeito aos princpios de coerncia textual e desenvolvimento lgico das idias. Ainda assim, acreditamos que seria passvel de recurso. Vamos aguardar o pronunciamento da ESAF em relao aos pedidos de anulao da questo 11, ou seja, se sero acatados ou no. Se a questo no for anulada, cuidado, a partir de agora, com o enunciado. Nas questes que envolvem ordenao textual, a identificao dos referentes textuais ajuda (e como!) a eliminao de muitas opes. Quando isso no for www.pontodosconcursos.com.br 2

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI suficiente, a sim, a leitura e interpretao so necessrias para identificao da ordem correta. Bem, espero que essas dicas ajudem a resolver, daqui pra frente, as questes que envolvam esse assunto. Agora, chega de conversa. Vamos treinar um pouco? Na primeira parte, apresentamos algumas questes de prova que tratam de coeso e coerncia textuais. Na segunda, falaremos sobre ordenao de texto. Apresentaremos algumas dicas para eliminar opes e, com isso, resolver a questo ou, no mnimo, aumentar as chances de acerto. QUESTES DE PROVA DA ESAF 01- (AFRF 2002.1) Marque, em cada item, o perodo que inicia o respectivo texto de forma coesa e coerente. Depois, escolha a seqncia correta. I ......................................................................... O abandono da tematizao do capitalismo, do imperialismo, das relaes centroperiferia, de conceitos como explorao, alienao, dominao, abriu caminho para o triunfo do liberalismo. (X) O socialismo, em conseqncia desses fatores, desapareceu do horizonte histrico, em virtude de ter ganho atualidade poltica com a vitria da Revoluo Sovitica de 1917. (Y) O triunfo do neoliberalismo se consolidou quando o pensamento social passou a ser dominado por teses conservadoras. II .............................................................. Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores. Mas, como h uma dignidade que o vencedor no pode alcanar, como dizia Borges, o que ganharam em prestgio perderam em capacidade de anlise. (X) Os que abandonaram Marx com soltura de corpo e com alvio, como se se desvencilhassem de um peso, na verdade no trocavam um autor por outro, mas uma classe por outra. (Y) Eles substituram a explorao de classes e de pases pela temtica do totalitarismo, aperfeioando suas anlises polticas ao vincul-las dimenso social.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI III ........................................................................ No mundo contemporneo, tais modos nos permitem compreender a etapa atual do capitalismo, em sua fase de hegemonia poltica norte-americana. (X) Para atender a atualidade, so necessrios modos de compreenso frteis, capazes de dar conta das relaes entre a objetividade e a subjetividade, entre os homens como produtores e como produtos da histria. (Y) Trata-se de uma compreenso mope, que ignora componentes essenciais ao fenmeno do capitalismo que estamos vivendo. IV ......................................................................... Quem pode entender a poltica militarista dos EUA e do seu complexo militarindustrial sem a atualizao da noo de imperialismo? (X) Quem pode entender hoje a crise econmica internacional fora dos esquemas da superproduo, essencial ao capitalismo? (Y) Portanto, a unipolaridade vigente h uma dcada que busca impor a dicotomia livre mercado/protecionismo. V ........................................................................... Nunca as relaes mercantis tiveram tanta universalidade, seja dentro de cada pas, seja nas novas fronteiras do capitalismo. (X) O capitalismo d mostras de enfrentar forte declnio, que leva os especialistas a preverem profunda fragmentao na ordem econmica interna de cada nao. (Y) Assiste-se ao capitalismo em plena fase imperialista consolidada, em que as formas de dominao se multiplicam. (Itens baseados em Emir Sader) a) X,X,Y,Y,X b) Y,X,X,X,Y c) Y,Y,X,X,Y d) X,Y,Y,X,Y e) X,Y,Y,X,X Gabarito: B Comentrio.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Essa foi a primeira questo do concurso de AFRF 2002.1. A banca, obviamente, tentou desestabilizar o candidato. Essa questo tomava toda a primeira folha da prova 1 (que se realizou no sbado). Se o candidato conseguisse manter a calma, veria que essa questo poderia ser solucionada respondendo apenas aos dois primeiros trechos. Se eu estivesse l, certamente teria deixado essa questo para depois, pois o tempo despendido com ela, para ganhar apenas 1 ponto, poderia ser gasto resolvendo vrias outras questes simples e rpidas (garantindo mais do que 1, com certeza), mas isso vai de cada um. Todos os segmentos constituem um texto e, por isso, a partir do segundo (II), pode haver referncias a termos expressos em trechos anteriores. Bem, no segmento I, de sada, j eliminamos o perodo X, que faz referncia a certos fatores ainda no apresentados no texto. Assim, I-Y. Vamos s opes: eliminam-se as letras a, d, e (opa, j tenho 50% de chances de acertar!). No segmento II, o pargrafo comea indicando uma ao praticada por algum ainda no identificado (Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores temos de identificar o sujeito da forma compravam). Como, no segmento I, no houve indicao de pessoa alguma, provavelmente essa meno se encontra no trecho omitido. O perodo X apresenta um candidato a sujeito: Os que abandonaram Marx, ou seja, aquelas pessoas que abandonaram Marx. J o perodo Y apresenta apenas um pronome pessoal reto Eles, tambm sem meno a seu referente, o que, se colocado no incio do pargrafo, prejudicaria a coeso textual. Assim, o segmento I deve ser preenchido pelo trecho X. At agora, temos Y X; vamos s opes: a resposta a letra b (a nica a apresentar essa disposio). A partir da, se o candidato for do tipo So Tom, pode confirmar que as demais sugestes de preenchimento atendem s exigncias textuais. III No pargrafo, h meno a determinados modos (tais modos), presentes no trecho X Para atender a atualidade, so necessrios modos de compreenso frteis, capazes de dar conta das relaes entre a objetividade e a subjetividade... - X IV H uma sucesso de questionamentos, iniciando-se pelo segmento X, dando continuidade com o trecho j apresentado e se encerram com uma concluso, apresentada pelo segmento Y, que seria colocado aps o trecho IV. Assim, a disposio seria: Introduo pelo segmento X: (X) Quem pode entender hoje a crise econmica internacional fora dos esquemas da superproduo, essencial ao capitalismo? www.pontodosconcursos.com.br 5

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Quem pode entender a poltica militarista dos EUA e do seu complexo militarindustrial sem a atualizao da noo de imperialismo? E, na seqncia, o segmento Y: (Y) Portanto, a unipolaridade vigente h uma dcada que busca impor a dicotomia livre mercado/protecionismo. Assim, a lacuna seria preenchida por X. V Por fim, a expresso as formas de dominao se multiplicam, presente em Y, estabelece uma relao semntica com Nunca as relaes mercantis tiveram tanta universalidade Y. A ordem, portanto, Y X X X Y. 02 - (AFC SFC/2002) - Assinale, entre as opes propostas, aquela que se desvia, ainda que parcialmente, do conceito e da direo argumentativa expressos no perodo abaixo. Dizia o socilogo norte-americano, Robert Merton, que o que h de mais relevante e espantoso com as profecias que elas se auto-realizam, como um vaticnio, um augrio. a) Ao serem concebidas pela imaginao ilimitada dos homens, as profecias potencializam a chance de se transformarem em realidade, projetando e fortalecendo um desejo ou temor coletivo. b) Pelo simples fato de que foram inventadas por algum, com ousadia e eficcia simblica, ganham existncia real, criando a probabilidade de serem incorporadas vida social em futuro imediato ou distante. c) Quando uma grande (ou pequena) idia se cristaliza, sua fora transformadora entra em ao com os mesmos poderes que comandam as leis da Fsica. d) Acima de profetas e messias, est o imprio da histria, que constri o futuro com seus prprios vetores e foras internas atuando revelia do desiderato e do fado humanos. e) A histria da humanidade registra fatos que provam a existncia de uma simbiose natural entre os grandes sonhos e as grandes mudanas, fruto da magia pessoal e de uma vontade inabalvel. (Com base em artigo de Aspsia Camargo) Gabarito: D Comentrio.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Por direo argumentativa, entende-se a linha de raciocnio do autor. Vamos resumir em algumas palavras o pargrafo em destaque: PROFECIAS SE REALIZAM. essa a idia principal. A partir da, leia cada uma das opes e identifique a que no apresenta essa idia. Em cada item, justifica-se de uma forma diferente a tese de que PROFECIAS SE REALIZAM, exceto na opo d: Acima de profetas e messias, est o imprio da histria, que constri o futuro com seus prprios vetores e foras internas atuando revelia do desiderato e do fado humanos. Neste caso, segundo o autor, a histria, com seus prprios vetores e foras internas, constri o futuro, revelia do desejo e da sorte e acima de profetas e messias (os que fazem as profecias). Ou seja, PROFECIAS NO SE REALIZAM. 03 - (AFC STN/2002) Marque o elemento coesivo que estabelece a relao lgica entre as idias apresentadas este texto adaptado de Darcy Ribeiro. Depois escolha a seqncia correta. I. O Brasil foi regido primeiro como uma feitoria escravista, exoticamente tropical, habitada por ndios nativos e negros importados................ , como um consulado, em que um povo sublusitano, mestiado de sangues afros e ndios, vivia o destino de um proletariado externo dentro de uma possesso estrangeira. X Paralelamente Y Depois II. Os interesses e as aspiraes do seu povo jamais foram levados em conta, ................ s se tinha ateno e zelo no atendimento dos requisitos de prosperidade da feitoria exportadora. X aonde Y porque III. Essa primazia do lucro sobre a necessidade gera um sistema econmico acionado por um ritmo acelerado de produo do que o mercado externo exigia, com base numa fora de trabalho afundada no atraso, famlica, ......... nenhuma ateno se dava produo e reproduo das suas condies de existncia. X pois Y cuja

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI IV. ................., coexistiram sempre uma prosperidade empresarial, que s vezes chegava a ser a maior do mundo, e uma penria generalizada da populao local. X Em conseqncia Y Seno V. Alcanam-se, ................., paradoxalmente, condies ideais para a transfigurao tnica pela desindianizao forada dos ndios e pela desafricanizao do negro, que, despojados de sua identidade, se vem condenados a inventar uma nova etnicidade englobadora de todos eles. X ao contrrio Y assim a) X, X, Y, X, Y b) Y, X, X, Y, X c) X, Y, X, Y, Y d) X, Y, Y, Y, X e) Y, Y, X, X, Y Gabarito: E Comentrio. I H uma relao entre os dois primeiros perodos: O Brasil foi regido primeiro como uma feitoria escravista... ...., como um consulado. A vrgula do segundo perodo marca a elipse da expresso foi regido. Assim, o termo que melhor completa a lacuna Depois, a fim de apresentar a sucesso dos fatos. - Y. Vamos s opes ( assim que se resolve esse tipo de questo, para otimizar o tempo de prova responde uma e olha as opes, responde outra e olha novamente, at encontrar a resposta): eliminamos as opes a, c, d (j comeo com 50% de chances de acert-la). II Este item decisivo, pois h divergncia entre as opes que restaram (b, e). O pronome relativo onde associado a uma preposio a (= aonde) deve fazer referncia a lugar e tambm apresentar algum termo que exija aquela preposio. Isso no observado nesse segmento. A conjuno que atende exigncia da lacuna porque, pois apresenta a justificativa para o fato de no terem sido considerados os interesses e as aspiraes do seu povo. A conjuno inicia uma www.pontodosconcursos.com.br 8

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI orao coordenada explicativa, conferindo uniformidade ao texto Y a resposta a letra E. III O pronome relativo cuja liga dois substantivos com idia de subordinao de um ao outro. No poderia, pois, preencher a lacuna, j que o termo subseqente nenhuma ateno. Assim, a lacuna deve ser preenchida com a conjuno explicativa pois X. IV A palavra Seno pode ser classificada como uma palavra denotativa de excluso (Aurlio a classifica como preposio), equivalente a exceto (Ningum, seno sua me, compareceu audincia.) ou como uma conjuno, equivalente a ao contrrio, de outro modo (Venha, seno ser demitido.). No se deve confundi-la com Se no conjuno condicional (que pode ser substituda pela conjuno equivalente caso) acompanhada de advrbio de negao (Se no fizer o que eu peo, irei embora Caso no faa o que eu peo...). De acordo com o contexto, nenhuma das duas classificaes poderia ser empregada no trecho. Trata-se de uma continuidade do que se exps nos segmentos anteriores, apresentando a conseqncia de se atribuir grande importncia ao lucro em detrimento das condies de existncia da fora de trabalho. O que melhor preenche a lacuna, portanto, Em conseqncia X. V - Ao lado da lacuna, j existe o advrbio paradoxalmente, que se situa no mesmo campo semntico de ao contrrio (contraditoriamente), o que acabaria por se tornar uma redundncia. O conclusivo assim preenche com rigor o trecho entre vrgulas Y, j que se trata da parte final do texto. A ordem : Y, Y, X, X, Y 04 - (AFC STN/2002) Relacione cada pargrafo correspondente pergunta constante da relao proposta e, depois, marque a seqncia correta. ( ) Mercados so pessoas! Pessoas com necessidades e problemas demandando solues; pessoas com informaes e conhecimento ofertando solues. gente falando com gente o tempo todo. Negcios so relacionamentos. At a pode parecer bvio. Mas pare para pensar! Compare com o que acontece na vida real: uma enorme deturpao do que verdadeiramente seja o entendimento de mercado e de negcio. Na fbrica, as mquinas, os equipamentos e as instalaes valem mais do que os funcionrios; no estabelecimento comercial, a loja, as prateleiras e os estoques valem mais do que os funcionrios. Ironicamente, os recursos fsicos e tcnicos valem mais do que as pessoas. Os meios se sobrepem aos fins. Na fbrica, as mquinas e os equipamentos recebem manuteno 9

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI preventiva e corretiva, sistematicamente. Existe at a conta manuteno e conservao, que prev gastos voltados atualizao desses ativos. Existem tambm os gastos com segurana patrimonial,destinados a preservar o patrimnio composto dos ativos fixos e imobilizados. No pouco o que se gasta para preservar recursos fsicos e tcnicos. ( ) Crises econmicas mostram a pouca convico que existe no que se refere formao de equipes e capacitao de pessoas. As pessoas no tm o privilgio das mquinas, eis a grande distoro. No existe a conta de aumento intelectual. (Baseado em Roberto Tranjan) 1. Quais as conseqncias nefastas da negligncia com a capacitao dos recursos humanos? 2. Qual a natureza dos mercados? 3. Consolidaram-se distores quanto a conceitos chave na economia de mercado? 4. Qual a prioridade na preservao do patrimnio no setor secundrio do sistema de produo? 5. Os recursos humanos nas diversas atividades produtivas esto subestimados? a) 2, 3, 5, 4, 1 b) 3, 1, 4, 5, 2 c) 2, 4, 3, 5, 1 d) 4, 5, 2, 1, 3 e) 5, 2, 1, 4, 3 Gabarito: A Comentrio. Esse tipo de questo, se mal formulada, pode ser uma cilada para o candidato. Isto porque, numa entrevista, nem sempre a resposta condiz com a pergunta que foi formulada. s vezes, o entrevistado se entrega a devaneios e foge do assunto. Por isso, devemos buscar o que chamo de perguntas-chave. So perguntas simples, diretas, de preferncia que apresentem como resposta sim ou no. A pergunta-chave para resolver esse dilema a de n 2 Qual a natureza dos mercados?. Das respostas apresentadas, a nica que atende a do primeiro segmento O mercado so pessoas!. www.pontodosconcursos.com.br 10

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Vamos s opes: eliminamos as letras b, d, e (no acredito, de novo com 50%!!!). Em seguida, a pergunta n 5 exige uma resposta afirmativa ou negativa: Os recursos humanos nas diversas atividades produtivas esto subestimados. A resposta, apresentada de forma indireta, est presente no terceiro segmento: Na fbrica, as mquinas, os equipamentos e as instalaes valem mais do que os funcionrios. A resposta, portanto, sim. Desse modo, a primeira lacuna preenchida com (2) e a terceira com (5) resposta: letra a. (AFPS/2002) A entrada dos anos 2000 tm trazido a reverso das expectativas de que haveria a inaugurao de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Os resultados das cpulas mundiais alimentaram esperanas que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis. Contudo, o movimento que se observa em nvel mundial sinaliza perdas que ainda no podemos avaliar. O recrudescimento do conservadorismo e de prticas autoritrias, efetivadas sombra do medo, tem representado fonte de frustrao dos ideais historicamente buscados. (Roseli Fischmann, Correio Braziliense. 26/08/2002, com adaptaes) 05 - Se cada perodo sinttico do texto for representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, as relaes semnticas que se estabelecem no trecho correspondem s idias expressas pelos seguintes conectivos: a) X e Y mas W e Z. b) X porque Y porm W logo Z. c) X mas Y e W porque Z. d) No s X mas tambm Y porque W e Z. e) Tanto X como Y e W embora Z. Gabarito: A Comentrio. Devemos, para iniciar a anlise, identificar cada um dos perodos que compem o texto. Lembre-se de que o perodo se encerra com o ponto final, de interrogao ou de exclamao (s vezes, tambm com reticncias, mas nem sempre, pois estas podem indicar uma pausa no mesmo perodo). www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI X - A entrada dos anos 2000 tm trazido a reverso das expectativas de que haveria a inaugurao de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Y - Os resultados das cpulas mundiais alimentaram esperanas que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis. W - Contudo, o movimento que se observa em nvel mundial sinaliza perdas que ainda no podemos avaliar. Z - O recrudescimento do conservadorismo e de prticas autoritrias, efetivadas sombra do medo, tem representado fonte de frustrao dos ideais historicamente buscados. Entre o segundo (Y) e o terceiro (W) perodos do texto, observamos a presena de uma conjuno adversativa: contudo. Por isso, eliminamos as opes c e d (apresentam a conjuno porque). Eliminamos, tambm, a opo e, pois indica o incio da adversativa no quarto perodo, em vez de no terceiro. Com quantas opes ficamos? Duas a, b (50% de novo!!!) A relao entre o primeiro e o segundo perodos de coordenao, servindo o segundo para adicionar informaes ao primeiro. O mesmo ocorre entre o terceiro e o quarto perodos. No se observa, entre eles, relao conclusiva. Por isso, a resposta que atende ao enunciado a de letra a X e Y mas W e Z. 06 - (AFRF 1998) Numere o segundo conjunto de sentenas de acordo com o primeiro, de modo que cada par forme uma seqncia coesa e lgica. (1) (2) A experincia mundial produziu uma ordem razoavelmente depurada de radicalismos ideolgicos neste fim de sculo. As reformas tributria, da legislao trabalhista e da previdncia so necessrias consolidao de uma economia de mercado com altas doses de investimento e de gerao de empregos. O Plano Real interrompeu a ciranda de preos e, com isso, erradicou o imposto inflacionrio. Um fator crtico para consolidar a moeda forte um banco central independente. Os governos nacionais que compreendem a lgica da economia de mercado implementam polticas pblicas compatveis com a nova ordem em formao. (Baseado em Paulo Guedes, Exame, 1/7/1998) www.pontodosconcursos.com.br 12

(3) (4) (5)

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI ( ) Este era politicamente ilegtimo (uma taxao sem legislao) e socialmente injusto. ( ) Ele remeteria ao Congresso o ritual de aprovao de despesas e arrecadao de impostos, o que poderia aumentar a transparncia da atuao do Estado. ( ) Os que no a compreendem, quer por preconceitos ideolgicos, quer por motivos religiosos, quer por ignorncia, cavam um fosso no qual aprisionam populaes inteiras. ( ) Mas elas precisam ser transmitidas em linguagem cotidiana para que globalizao no signifique desnacionalizao industrial somada a ciranda financeira internacional. ( ) Seus alicerces so sistemas polticos democrticos, economias de mercado em processo de globalizao, ao social descentralizada por parte de governos nacionais e a consolidao de moedas fortes. A seqncia numrica correta : a) 5, 4, 2, 3, 1 b) 2, 1, 4, 5, 3 c) 1, 5, 3, 4, 2 d) 4, 2, 5, 1, 3 e) 3, 4, 5, 2, 1 Gabarito: E Comentrio. Devemos relacionar as sentenas do primeiro conjunto com as do segundo. Uma maneira objetiva , a partir de elementos do segundo grupo, identificar os referentes nas sentenas do primeiro. Vamos comear pelo segundo trecho do segundo grupo (o dos parnteses). Devemos identificar a quem se refere o pronome ele, sujeito da orao (quem remeteria ao Congresso o ritual de aprovao de despesas e arrecadao de impostos?). A nica opo que apresenta um termo que poderia ser o referente do pronome o de n 4 um banco central independente. Vamos s opes: eliminamos as letras b, c, d (s d 50%!!!). Vamos identificar, agora, o trecho que atende ao primeiro segmento: Este era politicamente ilegtimo (uma taxao sem legislao) e socialmente injusto.. www.pontodosconcursos.com.br 13

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Quem pode ser esse vilo??? Dica: tem relao com taxao. S pode ser o imposto inflacionrio do segmento (3). Resposta: E

ORDENAO TEXTUAL A partir da prxima questo, iremos falar sobre ordenao textual. Deveremos eliminar, primeiramente, as opes que no poderiam ser o primeiro pargrafo do texto. Essas opes apresentam termos ou expresses que dependem de indicaes antecedentes (pronomes, conjunes etc.). s vezes, isso basta para encontrarmos a resposta correta. Na maior parte, ficamos com apenas duas ou trs opes. A, devemos analisar cada uma das ordens propostas e verificar a que melhor respeita a coeso e coerncia textuais. 07- (TRF 2003) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e, em seguida, assinale a seqncia correspondente. ( ) As operaes de compra de imveis pelas off shores tambm esto sendo monitoradas pela Receita. Os dados sero comparados com as declaraes de Imposto de Renda dos residentes no Brasil e at com o cadastro de imveis das prefeituras. Sem identificao dos donos, cujos nomes so mantidos em sigilo pela legislao dos pases onde esto registradas, muitas dessas empresas fazem negcios no Brasil, como a participao em empreendimentos comerciais ou industriais, compra e aluguel de imveis. Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores, pois no h mecanismos legais que permitem acesso aos verdadeiros donos, o governo tambm no tem conhecimento da origem desse dinheiro aplicado no Pas, sem o recolhimento dos impostos devidos. A Receita Federal est fechando o cerco contra as empresas estrangeiras sediadas em parasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores. Para reduzir essa evaso fiscal, a Receita est identificando as pessoas fsicas que alugam imveis de luxo pertencentes a pessoas jurdicas ou mesmo fsicas que atuam em parasos fiscais. Toda remessa de aluguel tributada. www.pontodosconcursos.com.br 14

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003) a) 1,2,4,3,5 b) 2,3,5,4,1 c) 5,2,3,1,4 d) 1,5,4,3,2 e) 3,2,1,5,4 Gabarito: C Comentrio. Veremos que a banca apresenta esse tipo de questo de diversas formas. Nessa, devemos colocar os numerais ordinais nos parnteses. Primeiramente, vamos eliminar as opes que apontam, como primeiro pargrafo do texto (1), segmentos que apresentam palavras ou expresses dependentes de informaes anteriores, quer gramaticalmente (emprego de pronomes com funo anafrica - essas, suas, que exigem referncia textual anterior, conjuno relacionando oraes de trechos diferentes, oraes cujo sujeito j deveria ter sido mencionado, etc.), quer semanticamente (no faz o menor sentido, faltam informaes). Eliminamos da primeira posio os seguintes segmentos: 1) As operaes ... tambm esto sendo monitoradas... depende da existncia / meno a outra operao que esteja sendo monitorada pela Receita Federal (a indicao de parte do nome do rgo Receita - tambm indica que j houve meno a ele, caso contrrio haveria prejuzo da compreenso textual que Receita - estadual, municipal, federal?); 2) Sem identificao dos donos, cujos nomes... donos de qu? muitas dessas empresas que empresas? 3) Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores... que off shores??? O que isso?? 5) Para reduzir essa evaso fiscal ... que evaso??? S poderamos comear pelo quarto segmento A Receita Federal est fechando o cerco contra as empresas sediadas em parasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores. Agora, sim, houve meno a empresas off shores. Vamos s opes: eliminam-se as letras a, b, d, e. RESPOSTA: C www.pontodosconcursos.com.br 15

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Incrvel que somente essa providncia levou ao gabarito! Mas no fique muito animadinho(a), hem? Nem sempre funciona desse jeito mole, mole... Agora, se houver tempo, verifique a ordem e comprove que essa mesmo a resposta correta (no tenho dvidas).

08 - (TRF 2003) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e, em seguida, assinale a seqncia correspondente. ( ) Em geral, esta firma constituda apenas para atuar como subsidiria da estrangeira, intermediando seus negcios. Caso a empresa compre imvel no Brasil, tem que haver registro, tem que existir um responsvel, com CPF, o que permite o controle. O investidor estrangeiro entra no Brasil via Bolsa de Valores, fundos de investimentos ou como scio de uma empresa brasileira. O secretrio da Receita admite, no entanto, que no h mecanismos para controlar a atuao de brasileiros que mandam dinheiro ilcito para os parasos fiscais e o repatriam por meio de negcios realizados em nome das off shores. E tambm a contabilidade da empresa, em tais pases, no precisa ser auditada. Os donos dos recursos podem movimentar dinheiro ou constituir empresas por vrios meios que omitem seus nomes, como o sistema de aes ao portador. Esses pases conhecidos como parasos fiscais tm como principais atrativos a legislao tributria branda, com direito at a iseno de impostos, e garantia de sigilo bancrio, comercial e societrio. (Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003) a) 1,2,4,3,5 b) 2,1,3,5,4 c) 3,2,1,5,4 d) 1,5,4,3,2 e) 5,2,3,1,4 www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Gabarito: B Comentrio. J comeo riscando o que no pode ser o 1 pargrafo do texto. Eliminaremos os seguintes segmentos: 1) Em geral, esta firma... que firma??? 3) O secretrio da Receita admite, no entanto, ... uma orao que depende da existncia de outra anteriormente apresentada no texto, a fim de estabelecer uma relao adversativa com ela. 4) E tambm a contabilidade da empresa... posso??? No. 5) Esses pases conhecidos como parasos fiscais ... que pases?? Bem, s podemos comear pelo segundo segmento (O investidor estrangeiro entra no Brasil via Bolsa de Valores, fundos de investimento ou como scio de uma empresa brasileira.). Vamos s opes: eliminam-se as letras a, c, d, e. RESPOSTA: B Isso que se chama ganhar um ponto fcil, hem?? No fique acostumado com essa boa vida ela vai acabar j, j...

09 - (TRF 2000) Os fragmentos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os de forma coesa e coerente e assinale a resposta correta. A. Na sede da entidade, a Receita recolheu para anlise dezenas de notas fiscais, comprovantes de pagamentos e livros contbeis. Com base nos documentos, o rgo federal espera esclarecer a questo. O movimento financeiro durante os dez dias da festa avaliado pelo Sebrae da cidade em R$ 278 milhes. Segundo sua anlise, o evento rene 1 milho de pessoas, com uma mdia de R$ 278 gastos por freqentador. Desses R$ 278 milhes, a mdia de arrecadao de 3%. Segundo informaes obtidas pela Receita, metade desse percentual estaria sendo sonegado - ou seja, R$ 4,17 milhes. Alm do clube, devem ser fiscalizados hotis, restaurantes e a empresa que vende os anncios da festa. A suspeita de sonegao surgiu porque o recolhimento dos tributos por parte de comerciantes e empresrios da regio, no perodo da festa, o mesmo dos outros meses do ano. "Todo mundo diz que o faturamento dobra ou triplica no perodo da festa, mas o total arrecadado em impostos fica igual", diz o delegado da Receita. O primeiro alvo dos auditores na www.pontodosconcursos.com.br 17

B.

C.

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI cidade foi o clube Os Independentes, organizao da Festa do Peo de Boiadeiro. D. instituio responsvel pela

A Receita Federal de Franca est apurando a sonegao de impostos praticada pelas empresas e associaes que atuam na Festa do Peo de Boiadeiro de Barretos. (Rogrio Pagnan, Folha de S. Paulo, 15/08/2000, p. F2, com adaptaes)

a) b) c) d) e)

C, A, B, D D, C, A, B A, B, C, D D, B, C, A B, C, D, A

Gabarito: B Comentrio. Pronto. Agora, comeou a mudar o estilo. Em vez de indicar a ordem 1, 2 etc., devemos dizer qual a ordem dos segmentos. Cuidado, pois j vi muita gente boa e inteligente fazendo confuso. Voc dever dizer, agora, qual o primeiro segmento: A, B, C ou D. Eliminamos da primeira posio os seguintes segmentos: A Na sede da entidade,... qual a entidade? No houve meno a ela, ainda, ento no tenho como adivinhar. No posso comear o texto com esse pargrafo. B Segundo sua anlise... anlise de quem, cara plida?? C A suspeita de sonegao surgiu porque... sonegao do qu? ...por parte de comerciantes e empresrios da regio,... de qual regio? Bem, s podemos iniciar pelo trecho D: A Receita Federal de Franca est apurando a sonegao de impostos praticada pelas empresas e associaes que atuam na Festa do Peo de Boiadeiro de Barretos.. Vamos s opes. Acabou a moleza, viu? Agora s podemos eliminar os segmentos das letras a, c, e. Mesmo assim, voc j tem 50% de chances de acertar (de novo!!!). No trecho B, h meno a um determinado clube Alm do clube, devem ser fiscalizados hotis, restaurantes e a empresa que vende os anncios da festa. mas que clube esse?

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI o clube citado no trecho C O primeiro alvo dos auditores na cidade foi o clube Os Independentes, instituio responsvel pela organizao da Festa do Peo de Boiadeiro.. Logo, esse trecho C dever anteceder o trecho B. Assim, as opes seriam: D, C, B, A (no existe essa opo) ou D, C, A, B. RESPOSTA: B

10 - (TRF 1998) Numere os perodos de modo a compor um texto coeso e coerente e, depois, escolha a seqncia correta. ( ) No caso das carteiras exclusivas, hoje restritas a investidores institucionais como fundos de penso e seguradoras, o "dono" do fundo conseguia garantir liquidez diria, sem detrimento da rentabilidade. Com essa medida, que atinge em cheio os chamados "fundos exclusivos" (ou de um nico cotista), o rendimento referente aos saques feitos fora da data de aniversrio vai para os cofres do governo. Segundo a Receita, o objetivo do governo com a cobrana do IOF inibir operaes realizadas por fundos exclusivos. Ainda que em menor escala, os fundos de penso sero atingidos pela deciso do governo de cobrar, a partir de fevereiro, 0,5% ao dia de IOF (Imposto sobre Operaes Financeiras) sobre a diferena entre o valor da cota resgatada de um fundo de renda fixa e o valor pago ao cotista. Dos cerca de R$ 19 bilhes aplicados em fundos exclusivos, os fundos de penso detm aproximadamente R$ 3 bilhes. At ento, esse ganho revertia em favor do prprio fundo. (Baseado em Isto Dinheiro, 14/1/98) a) b) c) d) e) 2, 6, 4, 1, 3, 4, 1, 2, 2, 4, 3, 3, 6, 4, 5, 6, 5, 1, 5, 2, 5, 4, 5, 6, 6, 1 2 3 3 1

( (

) )

( (

) )

Gabarito: C www.pontodosconcursos.com.br 19

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Comentrio. Voltamos ao mtodo da numerao, indicando com o nmero 1 o primeiro pargrafo e, assim, sucessivamente. Eliminamos da primeira posio os segmentos: 1) No caso das carteiras exclusivas,... essa expresso denota a existncia de um argumento antecedente, com base em que se contraporiam as carteiras exclusivas no posso iniciar o texto com esse segmento. 2) Com essa medida... que medida??? 6) At ento, esse ganho... depende de informao antecedente. Nenhuma das opes indica o n 1 no 3 nem no 5 segmento. Considerando que o 1, o 2 e o 6 foram eliminados da primeira posio, o nico trecho que poderia iniciar o texto seria o 4 segmento Ainda que em menor escala.... A nica opo que indica o quarto segmento como primeiro pargrafo a letra: C.

11 - (TTN 1997) Numere os perodos na ordem em que formem um texto coeso e coerente, e marque o item correspondente. ( ) Essa mudana trazida pela nova Medida Provisria (MP) do Cadastro Informativo de Crditos no Quitados (Cadin). ( ) O que a Fazenda Nacional quer com essa nova redao transformar em caixa os valores depositados em juzo pelas empresas nas batalhas judiciais que j tiveram deciso desfavorvel ao contribuinte em julgamento no Supremo Tribunal Federal. ( ) A Fazenda Nacional est investindo em mais uma arma para reduzir o volume de aes tributrias na Justia. ( ) De acordo com a nova redao do artigo 21 dessa Medida Provisria, a Fazenda Nacional abre mo de seus honorrios (10% a 15% sobre os valores envolvidos nas aes perdidas) caso as empresas desistam de algumas brigas tributrias contra a Unio. ( ) Esse esforo se traduz na modificao de um dispositivo legal que torna mais atraente s empresas a desistncia de algumas aes judiciais que so, na verdade, casos considerados perdidos. (Gazeta Mercantil - 17.7.97, com adaptaes) a) 5, 3, 1, 2, 4 www.pontodosconcursos.com.br 20

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI b) c) d) e) 2, 5, 3, 4, 4, 2, 5, 1, 3, 3, 1, 5, 1, 1, 4, 3, 5 4 2 2

Gabarito: D Comentrio. Os nicos segmentos que receberam o n 1 nas opes foram o 2, 3 e 4. Vamos eliminar os que no poderiam ocupar essa posio: 2) O que a Fazenda Nacional quer com essa nova redao... que nova redao essa??? 4) De acordo com a nova redao do artigo 21 dessa Medida Provisria... que medida provisria. Perceba que a resposta para o 2 segmento (que nova redao?) est presente no 4 (a nova redao do artigo 21). No podemos comear nenhum dos seguintes trechos: 1 (no existe opo), 2, 4 e 5; s podemos comear, ento, pelo 3 segmento A Fazenda Nacional est investindo.... Vamos s opes: eliminamos as letras b, c, e. A Medida Provisria foi citada pela primeira vez no 1 segmento. Esse segmento deve anteceder o 4, que faz meno MP e cita o artigo 21, cuja nova redao foi mencionada no 2 segmento. Assim, a indicao de nmeros deve atender seguinte ordem: 1 segmento / 4 segmento / 2 segmento. As duas opes restantes so: a, d. a) 5, 3, 1, 2, 4 De acordo com essa ordem, o 1 segmento seria colocado na posio 5, ou seja, no ltimo pargrafo do texto, o que no possvel, pois ele indica, pela primeira vez, a Medida Provisria objeto do texto. d) 3, 5, 1, 4, 2 Assim, o 1 segmento (que fica na posio 3) antecede o 4 segmento (posio 4), que antecede o 2 segmento (posio 5). Essa a resposta correta. Deu mais um pouquinho de trabalho, mas conseguimos resolver. 12 - (Tcnico IPEA/2004) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e aponte a opo correta. www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI ( ) Em decorrncia desse avano, a constituio majoritria, hoje, de nosso corpo poltico de classes mdias, classes mdias baixas, pobres, analfabetos. Todos, bem ou mal, participam do processo poltico. ) Alm disso, a partir do incio dos anos 80, mergulhamos numa crise de crescimento, com taxas medocres, pouco acima de 2%, ao longo de duas dcadas. ) No Brasil, historicamente, tivemos desenvolvimentismo no ps-guerra, mas nosso estado do bem-estar social ficou a meio caminho. ) No campo poltico, porm, tivemos avanos realmente significativos. A Constituio de 88 Constituio cidad, de Ulysses Guimares expandiu os direitos de cidadania at limites antes inimaginveis, abarcando desde menores de 16 anos a analfabetos. ) , no entanto, este corpo majoritrio de cidados que atingido diretamente pelas altas taxas de desemprego, pelo subemprego, pela falta de perspectiva de vida. ) O resultado desse fraco desempenho econmico foi, entre outras coisas, taxas de desemprego sem precedentes em nossa Histria a partir da segunda metade dos anos 90. (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) a) 5, 2, 1, 4, 6, 3 b) 3, 5, 4, 1, 2, 6 c) 6, 2, 3, 4, 5, 1 d) 4, 6, 1, 3,2, 5 e) 6, 1, 5, 2, 3, 4 Gabarito: A Comentrio. Para facilitar a explicao, iremos indicar cada um dos segmentos com nmeros romanos. I( ) Em decorrncia desse avano, a constituio majoritria, hoje, de nosso corpo poltico de classes mdias, classes mdias baixas, pobres, analfabetos. Todos, bem ou mal, participam do processo poltico. www.pontodosconcursos.com.br 22

( (

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI II ( ) Alm disso, a partir do incio dos anos 80, mergulhamos numa crise de crescimento, com taxas medocres, pouco acima de 2%, ao longo de duas dcadas. No Brasil, historicamente, tivemos desenvolvimentismo no psguerra, mas nosso estado do bem-estar social ficou a meio caminho. No campo poltico, porm, tivemos avanos realmente significativos. A Constituio de 88 Constituio cidad, de Ulysses Guimares expandiu os direitos de cidadania at limites antes inimaginveis, abarcando desde menores de 16 anos a analfabetos. , no entanto, este corpo majoritrio de cidados que atingido diretamente pelas altas taxas de desemprego, pelo subemprego, pela falta de perspectiva de vida. O resultado desse fraco desempenho econmico foi, entre outras coisas, taxas de desemprego sem precedentes em nossa Histria a partir da segunda metade dos anos 90.

III - ( IV (

) )

V-

VI -

Quais so os segmentos que no podem iniciar o texto? I) Em decorrncia desse avano... avano do qu? II) Alm disso... uma expresso conectiva, que serve para ligar dois argumentos. No poderia dar incio ao texto. III) No campo poltico, porm,... a conjuno adversativa depende de um antecedente ao qual se oponha. IV) , no entanto, ... mesma justificativa do segmento IV. V) O resultado desse fraco desempenho... o desempenho j deveria ter sido mencionado. Assim, resta apenas um segmento, III, que receber a indicao 1, como primeiro pargrafo do texto. H duas opes:a, d. A soluo est na meno a um fraco desempenho pelo segmento VI. Onde foi citado pela primeira vez esse desempenho? No segmento II: Alm disso, a partir do incio dos anos 80, mergulhamos numa crise de crescimento, com taxas medocres, pouco acima de 2%, ao longo de duas dcadas.. www.pontodosconcursos.com.br 23

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Por isso, o segmento II deve anteceder o VI. Isso ocorre na ordenao proposta pela letra a - 5, 2, 1, 4, 6, 3 (II=2 / VI=3). A ordem da letra d no segue esse critrio, colocando o segmento VI em 5, antes do II, que est em 6. Ento, a numerao entre os parnteses ficar na seguinte ordem: 5, 2, 1, 4, 6, 3. 15- (AFC SFC/2000) Numere os trechos de modo a compor um texto coeso e coerente, e assinale a seqncia correta. ( ) Ela teria tambm eliminado a inflao e os ciclos econmicos. ( ) Mas ser que tudo isso est de fato transformando a economia? ( ) No h dvida de que h uma revoluo em curso na forma como nos comunicamos, trabalhamos, compramos e nos divertimos. ( ) Em decorrncia disso, as velhas regras econmicas e as formas tradicionais de valorizao das aes no se aplicam mais. ( ) Os otimistas radicais dizem que a tecnologia da informao ajuda-a a crescer mais rapidamente. (Adaptado de Negcios Exame, p.93) a) b) c) d) e) 5, 1, 3, 2, 4 3, 4, 2, 5, 1 2, 3, 4, 1, 5 1, 5, 3, 4, 2 4, 2, 1, 5, 3

Gabarito: E Comentrio. No podemos iniciar o texto com os seguintes trechos: 1) Ela teria tambm... 2) Mas ser que tudo isso... 4) Em decorrncia disso... 5) Os otimistas radicais dizem que a tecnologia da informao ajuda-a... o pronome faz referncia a algum termo antecedente. Eliminamos as opes a, b, c, d. Resposta: E www.pontodosconcursos.com.br 24

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(AFC STN/2000) Nas questes 16 e 17, numere os trechos, observando a ordem em que devem aparecer para constiturem um texto coeso e coerente, e assinale a resposta correta. 16( ) Esse processo constituiu-se, ento, em duas fases: 1) a ruptura da homogeneidade da "aristocracia agrria"; 2) o aparecimento de novos tipos de agentes econmicos, sob a presso da diviso do trabalho em escala local, regional ou nacional. Ela se constitui lentamente, por vezes sob convulses profundas, numa trajetria de ziguezagues. Uma Nao no aparece e se completa de uma hora para outra. Isso sucedeu no Brasil, mas de maneira a converter essa transio, do ponto de vista econmico, no perodo de consolidao do capitalismo. (Florestan Fernandes, A Revoluo Burguesa no Brasil, pg. 1518, com adaptaes) a) b) c) d) e) 4, 2, 1, 3 2, 4, 3, 1 3, 1, 4, 2 1, 3, 2, 4 3, 2, 1, 4

( (

) )

Gabarito: A Comentrio. O texto s poderia iniciar com o terceiro fragmento Uma Nao no aparece e se completa de uma hora para outra., apresentando, na seqncia, o segundo trecho Ela se constitui lentamente, por vezes sob convulses profundas, numa trajetria de ziguezagues. A dvida paira entre a posio do terceiro e do quarto trechos. O pronome Isso se refere ao aparecimento da Nao brasileira e, em seguida, relata a forma em que se deu esse processo (concluso primeiro segmento, que recebe o n.4). Assim, a ordem indicada seria: 4, 2, 1, 3.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 17 - (AFC STN/2000) ( ) No primeiro, no preciso justificar a importncia atribuda s liberdades. So desejveis como valores independentes de qualquer outra considerao. Todo o esforo de transformao econmica s tem sentido pelo que acrescenta vida de cada indivduo e de cada famlia. ( ) O enfoque nas capacidades mais satisfatrio que a nfase nos bens primrios, pois inclui a considerao de como as pessoas podem, de fato, utilizar os meios bsicos oferecidos a cada um. Nos dois casos acima, este um ponto especialmente importante e a responsabilidade coletiva enfatizada. ( ) Ao se descrever o desenvolvimento como um processo de expanso das liberdades reais, dois papis so atribudos s liberdades: so o fim primordial do desenvolvimento, mas tambm so seu meio principal. ( ) No segundo, a tese requer uma argumentao mais tcnica. Parte dessa argumentao familiar a quem conhece a noo de capital humano, mas a idia geral mais ampla e mais complicada. a) 1, 3, 2, 4 b) 1, 2, 4, 3 c) 2, 4, 1, 3 d) 3, 1, 4, 2 e) 3, 2, 1, 4 Gabarito: C Comentrio. O texto somente poderia iniciar a partir do terceiro segmento Ao se descrever.... Os demais requerem informaes antecedentes. Nas duas opes (c, e), o primeiro trecho antecede o quarto. A diferena est na posio do segundo segmento. Este, ao fim, faz a seguinte afirmao Nos dois casos acima,.... Pronto, a posio do segundo segmento leva o n 4. A ordem : 2, 4, 1, 3. 18 - (AFC/2002) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto ordenados aleatoriamente. I. O grande desafio, portanto, est em buscar um caminho que no signifique retorno s velhas polticas de reservas de mercado, subsdios generalizados e protecionismo. www.pontodosconcursos.com.br 26

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI II. Porm, ela fez com que o Brasil tambm ficasse no curto prazo mais dependente de importaes e poupana externa. III. A abertura econmica dos anos 90 tornou as empresas aqui instaladas mais competitivas. IV. Ento, para que possa percorrer a trajetria de um crescimento sustentado e duradouro, a economia brasileira ter, antes, que reunir condies que possibilitem s empresas exportarem mais e importarem relativamente menos. V. Um crescimento acelerado do PIB agora voltaria a provocar desequilbrios na balana comercial e levaria o endividamento no exterior para um patamar perigoso. (O Globo Editorial, 3/3/2002) Em relao a uma ordenao coesa e coerente, assinale a opo correta. a) O item V deve ser o primeiro, uma vez que no apresenta dependncia a antecedentes. b) O item I o encerramento do texto, pois uma concluso propositiva. c) A ocorrncia do pronome ela, no item II, indica que este deve ser subseqente ao IV, pois constitui um elo coesivo com trajetria. d) A ocorrncia do ditico aqui, no item III, faz com que ele deva ser subseqente ao II, no qual est o referente Brasil. e) A conjuno Porm (item II) uma articulao sinttica em oposio idia colocada no item V. Gabarito: B Comentrio. Essa uma nova forma de apresentao desse mesmo tipo de questo. Agora, a banca sugere posies de acordo com determinadas anlises. Somente uma delas est correta. Ento, a minha sugesto : coloque os trechos em ordem, como fizemos at agora, e, somente depois dessa providncia, analise as opes. Descartamos do primeiro pargrafo os segmentos: I O grande desafio, portanto,... II Porm, ... conjuno inicia um orao que se contrape a algo j mencionado. IV Ento, ... esse conectivo d seqncia a alguma argumentao.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI V - Um crescimento acelerado do PIB agora voltaria a provocar desequilbrios... percebe-se o carter seqencial desse segmento, que, portanto, no poderia ser o primeiro. Comecemos, ento, pelo III: A abertura econmica dos anos 90 tornou as empresas aqui instaladas mais competitivas.. O emprego do advrbio aqui no exige uma referncia anterior, pois o texto, publicado em jornal de circulao nacional e em editorial, s poderia fazer meno ao Brasil. O segmento II emprega o pronome ela, que se refere abertura econmica dos anos 90. Assim, deve ser a seqncia do segmento III. A linha argumentativa tem nos trechos V e IV, sucessivamente, a apresentao do quadro referente ao crescimento da economia. O trecho I a concluso do texto. Vejamos, agora, as proposies: a) b) c) d) e) No devemos comear pelo V, mas pelo III. Esta resposta atende nossa anlise. Vejamos as demais. J observamos que ela a abertura econmica. Tambm vimos que esse advrbio no exige um antecedente, por ser indicativo do pas em que foi publicado o editorial. O item II se contrape afirmao do item III, primeiro pargrafo do texto.

A resposta correta , portanto, a de letra b. 19 - (AFC CGU/2003-2004) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os e, em seguida, assinale a seqncia correta correspondente. ( ( ) Nem tinham estabelecido relaes entre si que permitissem falar na existncia de um sistema estatal ou de um sistema econmico americano. ) O Brasil foi um dos pioneiros na experimentao dessa estratgia proposta por Adam Smith e seus discpulos. Primeiro, foram os Tratados de Comrcio, assinados pela Coroa Portuguesa com a Inglaterra, em 1806 e 1810, e com a Frana, em 1816; e, logo depois da Independncia, os Tratados assinados pelo Imprio Brasileiro com a Inglaterra, em 1827, com a ustria e a Prssia, no mesmo ano de 1827, e com a Dinamarca, os Estados Unidos e os Pases Baixos, em 1829. ) Esse dinamismo surgiu depois de se integrarem como produtores especializados do sistema internacional de diviso do trabalho, articulado pelas necessidades da industrializao inglesa e pelos famosos Tratados www.pontodosconcursos.com.br 28

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Comerciais, preconizados pela economia poltica clssica e impostos ao mundo pela Inglaterra e demais pases europeus. ( ) Ao lado dos Estados Unidos, o Brasil e demais pases latino-americanos foram os primeiros Estados a nascer fora da Europa. Mas, na hora da sua independncia, nenhum deles dispunha de verdadeiras estruturas polticas e econmicas nacionais. ) Pelo contrrio, os Estados latinos s lentamente foram monopolizando e centralizando o uso da fora, e suas economias s adquiriram dinamismo no sculo XIX.
(Adaptado de Jos Lus Fiori, O Brasil no mundo: o debate da poltica externa)

a) 2, 5, 4, 1, 3 b) 4, 3, 5, 2, 1 c) 5, 4, 1, 3, 2 d) 1, 2, 5, 4, 3 e) 3, 1, 2, 5, 4 Gabarito: A Comentrio. Devemos iniciar o texto com o quarto segmento (Ao lado dos Estados Unidos, o Brasil.... Os demais esto impossibilitados informaes antecedentes: por apresentarem termos que exigem

1 Nem tinham estabelecido relaes entre si que... no sabemos a quem est se referindo o texto. 2 O Brasil foi um dos pioneiros na experimentao dessa estratgia... 3 Esse dinamismo surgiu... 5 Pelo contrrio, os Estados latinos... Assim, a resposta a letra A. 20 - (AFRF 1998) Numere os perodos de modo a constiturem um texto coeso e coerente e, depois, indique a seqncia numrica correta. ( ) Por isso era desprezado por amplos setores, visto como resqucio da era do capitalismo desalmado. ( ) Durante dcadas, Friedman que hoje tem 85 anos e h muito aposentou-se da Universidade de Chicago foi visto como uma espcie de pria brilhante. www.pontodosconcursos.com.br 29

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI ( ) Mas isso mudou; o impacto de Friedman foi to grande que ele j se aproxima do status de John Maynard Keynes (1883-1945) como o economista mais importante do sculo. ( ) Foi apenas nos ltimos 10 a 15 anos que Milton Friedman comeou a ser visto como realmente : o mais influente economista vivo desde a Segunda Guerra Mundial. ( ) Ele exaltava a liberdade, louvava os livres mercados e criticava o 'excesso de interveno governamental.' (Baseado em Robert J. Samuelson, Exame, 1/7/1998) a) 3, 1, 5, 2, 4 b) 1, 2, 5, 3, 4 c) 5, 2, 4, 1, 3 d) 4, 2, 5, 1, 3 e) 2, 5, 4, 3, 1 Gabarito: D Comentrio. Vamos eliminar os trechos que no podem iniciar o texto: 1 Por isso... 2 Durante dcadas, Friedman... quem Friedman? 3 Mas isso mudou... 5 Ele exaltava a liberdade... quem ele? Note que a diferena entre as duas opes que tm o quarto segmento com o n 1 na ordem entre o 4 e o 5 pargrafo (c 5, 2, 4, 1, 3 / d 4, 2, 5, 1, 3) Assim, vamos diretamente ao trecho 3 Mas isso mudou... - o que mudou? - O fato de Milton Friedman ser desprezado por amplos setores. Hoje ele tem a reputao prxima da de John Maynard Keynes, considerado o economista mais importante do sculo. Assim, o trecho 3 deve ser o encerramento do texto. A ordem ser: 4, 2, 5, 1, 3. 21 (AFRF 2005) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e indique a seqncia correta. www.pontodosconcursos.com.br 30

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( ) Principalmente porque, com recursos parcos e uma formao basicamente literria, ele anteviu o mundo em que vivemos, no qual as palavras se evaporam e se dispersam em redes virtuais, as idias circulam em direes caticas e a noo de sentido, quer dizer, de uma direo e de um futuro, se perde num presente em abismo. ( ) E no qual, enfim, depois de sculos de hostilidade e de enclausuramento, o homem se veria dissolvido em uma grande colcha democrtica, capaz de abrigar a todos, sem lugares fixos e sem destinos rgidos, um mundo, por fim, em que poderamos compartilhar uma mesma experincia.

( ) Profeta da morte da imprensa e do fim de um mundo linear e geomtrico, ele antecipou, j nos anos 50 e 60, a chegada de um novo mundo unificado, na forma de grande teia, e gerido por uma espcie de alma suprapessoal. ( ) Nascido em 1911, em Edmonton, Canad, Herbert Marshall McLuhan foi, afora erros e acertos de suas hipteses, um pensador genial. ( ) Previa McLuhan que, nesse novo mundo unificado da mdia que estava a se afirmar, os homens se veriam imersos em uma grande malha global, um mundo devassado, sobreposto e instantneo, no qual as idias se dissolveriam e as diferenas se anulariam exatamente como na cultura pop que ele mesmo via nascer. (Adaptado de Jos Castello/http://nominimo.ibest.com.br)

a) 5, 3, 2, 1, 4 b) 2, 5, 3, 1, 4 c) 3, 2, 4, 5, 1 d) 4, 1, 5, 3, 2 www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) 1, 4, 2, 5, 3

Gabarito: B Comentrio. Em cada par de parnteses, o candidato deve indicar o numeral ordinal indicativo do pargrafo do texto. Assim, j podemos eliminar da 1 posio (correspondente ao numeral 1) os seguintes segmentos: PRIMEIRO (Principalmente porque ...) a conjuno porque exige referncia antecedente; SEGUNDO (E no qual, enfim, depois de sculos...) a expresso enfim conclusiva, servindo de conectivo a algo que j se enunciou; TERCEIRO (Profeta da morte da imprensa ...)- houve meno a algum (ele antecipou, j nos anos 50 e 60...) ainda no enunciado no texto; QUINTO (Previa McLuhan que, nesse novo mundo unificado...) o pronome demonstrativo nesse em nesse novo mundo unificado exige meno a um antecedente, o que ainda no ocorreu.

Assim, o nico pargrafo que poderia receber o ordinal 1 seria o QUARTO SEGMENTO (Nascido em 1911, em Edmonton, Canad, Herbert Marshall McLuhan foi, afora erros e acertos de suas hipteses, um pensador genial.). Com essa providncia, eliminam-se as opes c, d e e e voc passa a ter 50% de chances de acertar a questo. Agora, s ler e buscar a melhor ordenao, de modo a constituir um texto coeso e coerente. Note que o quarto segmento - j indicado como 1 pargrafo do texto informa, ao fim, que Herbert McLuhan foi um pensador genial. O trecho que melhor d seqncia a este segmento, explicando o porqu desta afirmao (de ser ele genial), o PRIMEIRO segmento: "Principalmente porque, com recursos parcos e uma formao basicamente literria, ele anteviu o mundo em que vivemos, ...". Assim, este primeiro segmento recebe a indicao de 2. Note que, colocado na 5 posio, conforme indica a letra a, haveria prejuzo da coeso e coerncia textual. O que ir definir a posio do segundo segmento, finalmente, seriam expresses e vocbulos que indicam a necessidade de este trecho figurar, no no meio do texto (3 pargrafo, segundo a opo a), mas no fim (5 pargrafo, de acordo com a opo b). So eles: o advrbio enfim, equivalente a finalmente, por fim, www.pontodosconcursos.com.br

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI utilizado como elemento conclusivo; toda a passagem um mundo, por fim, em que poderamos compartilhar uma mesma experincia. Assim, conclumos que a melhor ordem seria a indicada na opo b (2, 5, 3, 1, 4). 22 (TRF 2006) Abaixo esto os segmentos inicial e final de uma correspondncia oficial. preciso complet-la nos espaos pontilhados, ordenando os pargrafos na ordem em que devem constar no documento. Numere os parnteses, obedecendo aos princpios de coeso, coerncia e encadeamento de idias. Assinale, a seguir, a opo que reproduz a ordem correta. E.M. n. 122 /Interministerial MF CGU-PR Braslia, 26 de setembro de 2005. Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica ......................................................................................... ......................................................................................... ...................................................................................... Respeitosamente, MURILO PORTUGAL FILHO Ministro de Estado da Fazenda Interino WALDIR PIRES Ministro de Estado do Controle e da Transparncia (....) Com o objetivo de dar fiel cumprimento quela determinao legal, cuja finalidade precpua consiste na preservao do princpio constitucional da publicidade, submetemos a Vossa Excelncia o incluso Relatrio de Gesto Fiscal do Poder Executivo Federal, referente ao perodo de janeiro a agosto do exerccio de 2005. (....) O referido Relatrio dever ser objeto de encaminhamento ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da Unio, conforme dispe o art. 116 da Lei n. 10.934, de 11 de agosto de 2004. (....) O Relatrio de Gesto Fiscal, consoante determina a supracitada Lei, deve conter informaes relativas despesa total com pessoal, dvida consolidada, concesso de garantias e operaes de crdito, devendo, no ltimo quadrimestre, ser acrescido de demonstrativos referentes ao montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro, de cada exerccio e das inscries em restos a pagar. www.pontodosconcursos.com.br 33

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (....) Determina a mesma Lei que o Relatrio dever ser publicado e disponibilizado ao acesso pblico at trinta dias aps o encerramento do perodo a que corresponder, prazo esse que, para o segundo quadrimestre de 2005, se encerra em 30 de setembro do corrente. (....) A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, exige, em seu art. 54, a emisso, ao final de cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e rgos referidos no art. 20, do Relatrio de Gesto Fiscal assinado pelo respectivo Chefe e pelas autoridades responsveis pela administrao financeira e pelo controle interno, bem como por outras autoridades que vierem a ser definidas por ato prprio de cada Poder ou rgo. (http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2005/ relatorioLRF2005.pdf, com adaptaes) A seqncia correta : a) 5 4 1 3 2 b) 4 5 2 3 1 c) 5 2 4 3 1 d) 1 3 2 4 5 e) 1 2 4 3 5 Gabarito: B Comentrio. Como j falamos, primeiramente, devemos eliminar da primeira posio do texto (indicao com o n 1) os segmentos que apresentam elementos de coeso textual que dependem de informaes antecedentes. So eles: 1 segmento Com o objetivo de dar fiel cumprimento quela determinao legal... 2 segmento O referido Relatrio... 3 segmento O Relatrio de Gesto Fiscal, consoante determina a supracitada Lei... 4 segmento - Determina a mesma Lei... Diante disso, conclumos que o texto s poderia comear com o 5 segmento (A Lei Complementar n. 101...). O que deveria, ento, fazer o candidato, de acordo com o enunciado? Colocar o n 1 nos parnteses que antecedem o quinto segmento. Assim, na quinta posio da www.pontodosconcursos.com.br 34

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI enumerao, estaria o n 1. Quais so as opes que apresentam essa disposio? As letras b e c. Nossa, professora, voc falou TRS VEZES que era para colocar o n 1 entre parnteses!!! Eu j entendi!!!. Sim, falei e repito, porque foi nesse ponto que muitos candidatos se confundiram. Equivocadamente, em virtude da pressa ou do cansao ou at de ambos leram somente uma parte do enunciado (Numere os parnteses...) e saram numerando seqencialmente os segmentos (indicaram o n 1 para Com o objetivo de dar...; o n 2 para O referido Relatrio... e assim por diante). Aps essa providncia, indicaram a ordem de acordo com o nmero que apuseram nos parnteses. A, consideraram que o texto comearia com o trecho de n 5 (o ltimo segmento). Como conseqncia, no encontraram a ordem correta e, como forma de arranjar uma resposta, mudaram a ordem adequada ao texto, indicando uma outra ordem apresentada pela opo a ou c. CUIDADO! NO FOI ESSA A DETERMINAO DO ENUNCIADO! Vejamos o que foi solicitado: Abaixo esto os segmentos inicial e final de uma correspondncia oficial. preciso complet-la nos espaos pontilhados, ordenando os pargrafos na ordem em que devem constar no documento. Numere os parnteses, obedecendo aos princpios de coeso, coerncia e encadeamento de idias. Assinale, a seguir, a opo que reproduz a ordem correta.. Nos parnteses deve ser indicado o nmero da posio que o segmento ocupar no texto (1 = 1 pargrafo; 2 = 2 pargrafo; e assim sucessivamente). A banca exige que se numere os parnteses, obedecendo aos princpios de coeso, coerncia e encadeamento de idias. Numerar de forma sucessiva, como muitos fizeram, prejudica os aspectos textuais exigidos pelo examinador. Voltando ordenao, vimos que o quinto segmento ocuparia a posio n 1 (A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, exige...).. Nele, faz-se meno, pela primeira vez, ao Relatrio de Gesto Fiscal (exige ... a emisso ... do Relatrio de Gesto Fiscal ...). Na seqncia, apresentar-se-o as informaes que devem constar desse relatrio, informaes essas presentes no TERCEIRO segmento, que receber, ento, nos parnteses, o n 2, quais sejam: O Relatrio de Gesto Fiscal, consoante determina a supracitada Lei, deve conter informaes relativas despesa total com pessoal, dvida consolidada, concesso de garantias e operaes de crdito.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Alm disso, a expresso supracitada lei remete Lei n 101, mencionada na introduo do texto (quinto segmento posio 1), o que confirma a ordem at ento apresentada. No terceiro pargrafo do texto (ou seja, posio n 3), deve ser apresentado o QUARTO segmento, que trata da publicao do referido relatrio (Determina a mesma Lei que o Relatrio dever ser publicado e disponibilizado ao acesso pblico...). Em seguida, vir o PRIMEIRO segmento, que, por apresentar a expresso quela determinao legal, indica que este trecho se encontra distante do primeiro pargrafo (pronome demonstrativo aquela usado em referncia anafrica). Receber, portanto, o n 4. Finalmente, vir o SEGUNDO segmento, que encerra o texto indicando o encaminhamento que deve ser dado ao relatrio (O referido Relatrio dever ser objeto de encaminhamento ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da Unio ...) e, por isso, receber o n 5. Destarte, a ordenao dos segmentos seria: [ 4 5 2 3 1 ], opo do item b. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

Desejo a vocs muito sucesso nessa empreitada e a plena realizao de seus projetos. Continuarei, sempre, disposio para quaisquer dvidas, crticas, elogios e convites de comemorao (rs...). Grande abrao e bons estudos, sempre.
LISTA DAS QUESTES COMENTADAS. 01- (AFRF 2002.1) Marque, em cada item, o perodo que inicia o respectivo texto de forma coesa e coerente. Depois, escolha a seqncia correta. I ......................................................................... O abandono da tematizao do capitalismo, do imperialismo, das relaes centroperiferia, de conceitos como explorao, alienao, dominao, abriu caminho para o triunfo do liberalismo. (X) O socialismo, em conseqncia desses fatores, desapareceu do horizonte histrico, em virtude de ter ganho atualidade poltica com a vitria da Revoluo Sovitica de 1917. (Y) O triunfo do neoliberalismo se consolidou quando o pensamento social passou a ser dominado por teses conservadoras. www.pontodosconcursos.com.br 36

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II .............................................................. Compravam um passaporte para o camarote dos vencedores. Mas, como h uma dignidade que o vencedor no pode alcanar, como dizia Borges, o que ganharam em prestgio perderam em capacidade de anlise. (X) Os que abandonaram Marx com soltura de corpo e com alvio, como se se desvencilhassem de um peso, na verdade no trocavam um autor por outro, mas uma classe por outra. (Y) Eles substituram a explorao de classes e de pases pela temtica do totalitarismo, aperfeioando suas anlises polticas ao vincul-las dimenso social. III ........................................................................ No mundo contemporneo, tais modos nos permitem compreender a etapa atual do capitalismo, em sua fase de hegemonia poltica norte-americana. (X) Para atender a atualidade, so necessrios modos de compreenso frteis, capazes de dar conta das relaes entre a objetividade e a subjetividade, entre os homens como produtores e como produtos da histria. (Y) Trata-se de uma compreenso mope, que ignora componentes essenciais ao fenmeno do capitalismo que estamos vivendo. IV ......................................................................... Quem pode entender a poltica militarista dos EUA e do seu complexo militarindustrial sem a atualizao da noo de imperialismo? (X) Quem pode entender hoje a crise econmica internacional fora dos esquemas da superproduo, essencial ao capitalismo? (Y) Portanto, a unipolaridade vigente h uma dcada que busca impor a dicotomia livre mercado/protecionismo. V ........................................................................... Nunca as relaes mercantis tiveram tanta universalidade, seja dentro de cada pas, seja nas novas fronteiras do capitalismo. (X) O capitalismo d mostras de enfrentar forte declnio, que leva os especialistas a preverem profunda fragmentao na ordem econmica interna de cada nao. (Y) Assiste-se ao capitalismo em plena fase imperialista consolidada, em que as formas de dominao se multiplicam. www.pontodosconcursos.com.br 37

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Itens baseados em Emir Sader) a) X,X,Y,Y,X b) Y,X,X,X,Y c) Y,Y,X,X,Y d) X,Y,Y,X,Y e) X,Y,Y,X,X 02 - (AFC SFC/2002) - Assinale, entre as opes propostas, aquela que se desvia, ainda que parcialmente, do conceito e da direo argumentativa expressos no perodo abaixo. Dizia o socilogo norte-americano, Robert Merton, que o que h de mais relevante e espantoso com as profecias que elas se auto-realizam, como um vaticnio, um augrio. a) Ao serem concebidas pela imaginao ilimitada dos homens, as profecias potencializam a chance de se transformarem em realidade, projetando e fortalecendo um desejo ou temor coletivo. b) Pelo simples fato de que foram inventadas por algum, com ousadia e eficcia simblica, ganham existncia real, criando a probabilidade de serem incorporadas vida social em futuro imediato ou distante. c) Quando uma grande (ou pequena) idia se cristaliza, sua fora transformadora entra em ao com os mesmos poderes que comandam as leis da Fsica. d) Acima de profetas e messias, est o imprio da histria, que constri o futuro com seus prprios vetores e foras internas atuando revelia do desiderato e do fado humanos. e) A histria da humanidade registra fatos que provam a existncia de uma simbiose natural entre os grandes sonhos e as grandes mudanas, fruto da magia pessoal e de uma vontade inabalvel. (Com base em artigo de Aspsia Camargo) 03 - (AFC STN/2002) Marque o elemento coesivo que estabelece a relao lgica entre as idias apresentadas este texto adaptado de Darcy Ribeiro. Depois escolha a seqncia correta. I. O Brasil foi regido primeiro como uma feitoria escravista, exoticamente tropical, habitada por ndios nativos e negros importados................ , como um consulado, em que um povo sublusitano, mestiado de sangues afros e ndios, vivia o destino de um proletariado externo dentro de uma possesso estrangeira. www.pontodosconcursos.com.br 38

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI X Paralelamente Y Depois II. Os interesses e as aspiraes do seu povo jamais foram levados em conta, ................ s se tinha ateno e zelo no atendimento dos requisitos de prosperidade da feitoria exportadora. X aonde Y porque III. Essa primazia do lucro sobre a necessidade gera um sistema econmico acionado por um ritmo acelerado de produo do que o mercado externo exigia, com base numa fora de trabalho afundada no atraso, famlica, ......... nenhuma ateno se dava produo e reproduo das suas condies de existncia. X pois Y cuja IV. ................., coexistiram sempre uma prosperidade empresarial, que s vezes chegava a ser a maior do mundo, e uma penria generalizada da populao local. X Em conseqncia Y Seno V. Alcanam-se, ................., paradoxalmente, condies ideais para a transfigurao tnica pela desindianizao forada dos ndios e pela desafricanizao do negro, que, despojados de sua identidade, se vem condenados a inventar uma nova etnicidade englobadora de todos eles. X ao contrrio Y assim a) X, X, Y, X, Y b) Y, X, X, Y, X c) X, Y, X, Y, Y d) X, Y, Y, Y, X e) Y, Y, X, X, Y

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 04 - (AFC STN/2002) Relacione cada pargrafo correspondente pergunta constante da relao proposta e, depois, marque a seqncia correta. ( ) Mercados so pessoas! Pessoas com necessidades e problemas demandando solues; pessoas com informaes e conhecimento ofertando solues. gente falando com gente o tempo todo. Negcios so relacionamentos. At a pode parecer bvio. Mas pare para pensar! Compare com o que acontece na vida real: uma enorme deturpao do que verdadeiramente seja o entendimento de mercado e de negcio. Na fbrica, as mquinas, os equipamentos e as instalaes valem mais do que os funcionrios; no estabelecimento comercial, a loja, as prateleiras e os estoques valem mais do que os funcionrios. Ironicamente, os recursos fsicos e tcnicos valem mais do que as pessoas. Os meios se sobrepem aos fins. Na fbrica, as mquinas e os equipamentos recebem manuteno preventiva e corretiva, sistematicamente. Existe at a conta manuteno e conservao, que prev gastos voltados atualizao desses ativos. Existem tambm os gastos com segurana patrimonial,destinados a preservar o patrimnio composto dos ativos fixos e imobilizados. No pouco o que se gasta para preservar recursos fsicos e tcnicos. Crises econmicas mostram a pouca convico que existe no que se refere formao de equipes e capacitao de pessoas. As pessoas no tm o privilgio das mquinas, eis a grande distoro. No existe a conta de aumento intelectual. (Baseado em Roberto Tranjan) 1. Quais as conseqncias nefastas da negligncia com a capacitao dos recursos humanos? 2. Qual a natureza dos mercados? 3. Consolidaram-se distores quanto a conceitos chave na economia de mercado? 4. Qual a prioridade na preservao do patrimnio no setor secundrio do sistema de produo? 5. Os recursos humanos nas diversas atividades produtivas esto subestimados? a) 2, 3, 5, 4, 1 b) 3, 1, 4, 5, 2 c) 2, 4, 3, 5, 1 www.pontodosconcursos.com.br 40

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) 4, 5, 2, 1, 3 e) 5, 2, 1, 4, 3 (AFPS/2002) A entrada dos anos 2000 tm trazido a reverso das expectativas de que haveria a inaugurao de tempos de fraternidade, harmonia e entendimento da humanidade. Os resultados das cpulas mundiais alimentaram esperanas que novos tempos trariam novas perspectivas referentes a qualidade de vida e relacionamento humano em todos os nveis. Contudo, o movimento que se observa em nvel mundial sinaliza perdas que ainda no podemos avaliar. O recrudescimento do conservadorismo e de prticas autoritrias, efetivadas sombra do medo, tem representado fonte de frustrao dos ideais historicamente buscados. (Roseli Fischmann, Correio Braziliense. 26/08/2002, com adaptaes) 05 - Se cada perodo sinttico do texto for representado, respectivamente, pelas letras X, Y, W e Z, as relaes semnticas que se estabelecem no trecho correspondem s idias expressas pelos seguintes conectivos: a) X e Y mas W e Z. b) X porque Y porm W logo Z. c) X mas Y e W porque Z. d) No s X mas tambm Y porque W e Z. e) Tanto X como Y e W embora Z. 06 - (AFRF 1998) Numere o segundo conjunto de sentenas de acordo com o primeiro, de modo que cada par forme uma seqncia coesa e lgica. (1) (2) A experincia mundial produziu uma ordem razoavelmente depurada de radicalismos ideolgicos neste fim de sculo. As reformas tributria, da legislao trabalhista e da previdncia so necessrias consolidao de uma economia de mercado com altas doses de investimento e de gerao de empregos. O Plano Real interrompeu a ciranda de preos e, com isso, erradicou o imposto inflacionrio. Um fator crtico para consolidar a moeda forte um banco central independente. Os governos nacionais que compreendem a lgica da economia de mercado implementam polticas pblicas compatveis com a nova ordem em www.pontodosconcursos.com.br 41

(3) (4) (5)

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI formao. (Baseado em Paulo Guedes, Exame, 1/7/1998) ( ) Este era politicamente ilegtimo (uma taxao sem legislao) e socialmente injusto. ( ) Ele remeteria ao Congresso o ritual de aprovao de despesas e arrecadao de impostos, o que poderia aumentar a transparncia da atuao do Estado. ( ) Os que no a compreendem, quer por preconceitos ideolgicos, quer por motivos religiosos, quer por ignorncia, cavam um fosso no qual aprisionam populaes inteiras. ( ) Mas elas precisam ser transmitidas em linguagem cotidiana para que globalizao no signifique desnacionalizao industrial somada a ciranda financeira internacional. ( ) Seus alicerces so sistemas polticos democrticos, economias de mercado em processo de globalizao, ao social descentralizada por parte de governos nacionais e a consolidao de moedas fortes. A seqncia numrica correta : a) 5, 4, 2, 3, 1 b) 2, 1, 4, 5, 3 c) 1, 5, 3, 4, 2 d) 4, 2, 5, 1, 3 e) 3, 4, 5, 2, 1 07- (TRF 2003) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e, em seguida, assinale a seqncia correspondente. ( ) As operaes de compra de imveis pelas off shores tambm esto sendo monitoradas pela Receita. Os dados sero comparados com as declaraes de Imposto de Renda dos residentes no Brasil e at com o cadastro de imveis das prefeituras. Sem identificao dos donos, cujos nomes so mantidos em sigilo pela legislao dos pases onde esto registradas, muitas dessas empresas fazem negcios no Brasil, como a participao em empreendimentos comerciais ou industriais, compra e aluguel de imveis. Alm de no saber quem so os proprietrios dessas off shores, pois no h www.pontodosconcursos.com.br 42

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI mecanismos legais que permitem acesso aos verdadeiros donos, o governo tambm no tem conhecimento da origem desse dinheiro aplicado no Pas, sem o recolhimento dos impostos devidos.

A Receita Federal est fechando o cerco contra as empresas estrangeiras sediadas em parasos fiscais que atuam no Brasil, conhecidas como off shores. Para reduzir essa evaso fiscal, a Receita est identificando as pessoas fsicas que alugam imveis de luxo pertencentes a pessoas jurdicas ou mesmo fsicas que atuam em parasos fiscais. Toda remessa de aluguel tributada. (Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003)

a) 1,2,4,3,5 b) 2,3,5,4,1 c) 5,2,3,1,4 d) 1,5,4,3,2 e) 3,2,1,5,4 08 - (TRF 2003) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e, em seguida, assinale a seqncia correspondente. ( ) Em geral, esta firma constituda apenas para atuar como subsidiria da estrangeira, intermediando seus negcios. Caso a empresa compre imvel no Brasil, tem que haver registro, tem que existir um responsvel, com CPF, o que permite o controle. O investidor estrangeiro entra no Brasil via Bolsa de Valores, fundos de investimentos ou como scio de uma empresa brasileira. O secretrio da Receita admite, no entanto, que no h mecanismos para controlar a atuao de brasileiros que mandam dinheiro ilcito para os parasos fiscais e o repatriam por meio de negcios realizados em nome das off shores. E tambm a contabilidade da empresa, em tais pases, no precisa ser auditada. Os donos dos recursos podem movimentar dinheiro ou constituir empresas por vrios meios que omitem seus nomes, como o sistema de aes ao portador. www.pontodosconcursos.com.br 43

( (

) )

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI ( ) Esses pases conhecidos como parasos fiscais tm como principais atrativos a legislao tributria branda, com direito at a iseno de impostos, e garantia de sigilo bancrio, comercial e societrio. (Adaptado de Ana D'Angelo, Andrea Cordeiro e Vicente Nunes, Correio Braziliense, 08/09/2003) a) 1,2,4,3,5 b) 2,1,3,5,4 c) 3,2,1,5,4 d) 1,5,4,3,2 e) 5,2,3,1,4

09 - (TRF 2000) Os fragmentos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os de forma coesa e coerente e assinale a resposta correta. A. Na sede da entidade, a Receita recolheu para anlise dezenas de notas fiscais, comprovantes de pagamentos e livros contbeis. Com base nos documentos, o rgo federal espera esclarecer a questo. O movimento financeiro durante os dez dias da festa avaliado pelo Sebrae da cidade em R$ 278 milhes. Segundo sua anlise, o evento rene 1 milho de pessoas, com uma mdia de R$ 278 gastos por freqentador. Desses R$ 278 milhes, a mdia de arrecadao de 3%. Segundo informaes obtidas pela Receita, metade desse percentual estaria sendo sonegado - ou seja, R$ 4,17 milhes. Alm do clube, devem ser fiscalizados hotis, restaurantes e a empresa que vende os anncios da festa. A suspeita de sonegao surgiu porque o recolhimento dos tributos por parte de comerciantes e empresrios da regio, no perodo da festa, o mesmo dos outros meses do ano. "Todo mundo diz que o faturamento dobra ou triplica no perodo da festa, mas o total arrecadado em impostos fica igual", diz o delegado da Receita. O primeiro alvo dos auditores na cidade foi o clube Os Independentes, instituio responsvel pela organizao da Festa do Peo de Boiadeiro. A Receita Federal de Franca est apurando a sonegao de impostos praticada pelas empresas e associaes que atuam na Festa do Peo de Boiadeiro de Barretos.

B.

C.

D.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI (Rogrio Pagnan, Folha de S. Paulo, 15/08/2000, p. F2, com adaptaes) a) b) c) d) e) C, A, B, D D, C, A, B A, B, C, D D, B, C, A B, C, D, A

10 - (TRF 1998) Numere os perodos de modo a compor um texto coeso e coerente e, depois, escolha a seqncia correta. ( ) No caso das carteiras exclusivas, hoje restritas a investidores institucionais como fundos de penso e seguradoras, o "dono" do fundo conseguia garantir liquidez diria, sem detrimento da rentabilidade. Com essa medida, que atinge em cheio os chamados "fundos exclusivos" (ou de um nico cotista), o rendimento referente aos saques feitos fora da data de aniversrio vai para os cofres do governo. Segundo a Receita, o objetivo do governo com a cobrana do IOF inibir operaes realizadas por fundos exclusivos. Ainda que em menor escala, os fundos de penso sero atingidos pela deciso do governo de cobrar, a partir de fevereiro, 0,5% ao dia de IOF (Imposto sobre Operaes Financeiras) sobre a diferena entre o valor da cota resgatada de um fundo de renda fixa e o valor pago ao cotista. Dos cerca de R$ 19 bilhes aplicados em fundos exclusivos, os fundos de penso detm aproximadamente R$ 3 bilhes. At ento, esse ganho revertia em favor do prprio fundo. (Baseado em Isto Dinheiro, 14/1/98) a) b) c) d) e) 2, 6, 4, 1, 3, 4, 1, 2, 2, 4, 3, 3, 6, 4, 5, 6, 5, 1, 5, 2, 5, 4, 5, 6, 6, 1 2 3 3 1

( (

) )

( (

) )

11 - (TTN 1997) Numere os perodos na ordem em que formem um texto coeso e coerente, e marque o item correspondente. www.pontodosconcursos.com.br 45

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI ( ) Essa mudana trazida pela nova Medida Provisria (MP) do Cadastro Informativo de Crditos no Quitados (Cadin). ( ) O que a Fazenda Nacional quer com essa nova redao transformar em caixa os valores depositados em juzo pelas empresas nas batalhas judiciais que j tiveram deciso desfavorvel ao contribuinte em julgamento no Supremo Tribunal Federal. ( ) A Fazenda Nacional est investindo em mais uma arma para reduzir o volume de aes tributrias na Justia. ( ) De acordo com a nova redao do artigo 21 dessa Medida Provisria, a Fazenda Nacional abre mo de seus honorrios (10% a 15% sobre os valores envolvidos nas aes perdidas) caso as empresas desistam de algumas brigas tributrias contra a Unio. ( ) Esse esforo se traduz na modificao de um dispositivo legal que torna mais atraente s empresas a desistncia de algumas aes judiciais que so, na verdade, casos considerados perdidos. (Gazeta Mercantil - 17.7.97, com adaptaes) a) b) c) d) e) 5, 2, 5, 3, 4, 3, 4, 2, 5, 1, 1, 3, 3, 1, 5, 2, 1, 1, 4, 3, 4 5 4 2 2

12 - (Tcnico IPEA/2004) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e aponte a opo correta. ( ) Em decorrncia desse avano, a constituio majoritria, hoje, de nosso corpo poltico de classes mdias, classes mdias baixas, pobres, analfabetos. Todos, bem ou mal, participam do processo poltico. ) Alm disso, a partir do incio dos anos 80, mergulhamos numa crise de crescimento, com taxas medocres, pouco acima de 2%, ao longo de duas dcadas. ) No Brasil, historicamente, tivemos desenvolvimentismo no ps-guerra, mas nosso estado do bem-estar social ficou a meio caminho.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI ( ) No campo poltico, porm, tivemos avanos realmente significativos. A Constituio de 88 Constituio cidad, de Ulysses Guimares expandiu os direitos de cidadania at limites antes inimaginveis, abarcando desde menores de 16 anos a analfabetos. ) , no entanto, este corpo majoritrio de cidados que atingido diretamente pelas altas taxas de desemprego, pelo subemprego, pela falta de perspectiva de vida. ) O resultado desse fraco desempenho econmico foi, entre outras coisas, taxas de desemprego sem precedentes em nossa Histria a partir da segunda metade dos anos 90. (Adaptado de J. Carlos de Assis, A Crise da Economia enquanto Crise do Trabalho) a) 5, 2, 1, 4, 6, 3 b) 3, 5, 4, 1, 2, 6 c) 6, 2, 3, 4, 5, 1 d) 4, 6, 1, 3,2, 5 e) 6, 1, 5, 2, 3, 4 15- (AFC SFC/2000) Numere os trechos de modo a compor um texto coeso e coerente, e assinale a seqncia correta. ( ) Ela teria tambm eliminado a inflao e os ciclos econmicos. ( ) Mas ser que tudo isso est de fato transformando a economia? ( ) No h dvida de que h uma revoluo em curso na forma como nos comunicamos, trabalhamos, compramos e nos divertimos. ( ) Em decorrncia disso, as velhas regras econmicas e as formas tradicionais de valorizao das aes no se aplicam mais. ( ) Os otimistas radicais dizem que a tecnologia da informao ajuda-a a crescer mais rapidamente. (Adaptado de Negcios Exame, p.93) a) b) c) d) 5, 1, 3, 2, 4 3, 4, 2, 5, 1 2, 3, 4, 1, 5 1, 5, 3, 4, 2 www.pontodosconcursos.com.br 47

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI e) 4, 2, 1, 5, 3

(AFC STN/2000) Nas questes 16 e 17, numere os trechos, observando a ordem em que devem aparecer para constiturem um texto coeso e coerente, e assinale a resposta correta. 16( ) Esse processo constituiu-se, ento, em duas fases: 1) a ruptura da homogeneidade da "aristocracia agrria"; 2) o aparecimento de novos tipos de agentes econmicos, sob a presso da diviso do trabalho em escala local, regional ou nacional. Ela se constitui lentamente, por vezes sob convulses profundas, numa trajetria de ziguezagues. Uma Nao no aparece e se completa de uma hora para outra. Isso sucedeu no Brasil, mas de maneira a converter essa transio, do ponto de vista econmico, no perodo de consolidao do capitalismo. (Florestan Fernandes, A Revoluo Burguesa no Brasil, pg. 1518, com adaptaes) a) b) c) d) e) 4, 2, 1, 3 2, 4, 3, 1 3, 1, 4, 2 1, 3, 2, 4 3, 2, 1, 4

( ( (

) ) )

17 - (AFC STN/2000) ( ) No primeiro, no preciso justificar a importncia atribuda s liberdades. So desejveis como valores independentes de qualquer outra considerao. Todo o esforo de transformao econmica s tem sentido pelo que acrescenta vida de cada indivduo e de cada famlia. ( ) O enfoque nas capacidades mais satisfatrio que a nfase nos bens primrios, pois inclui a considerao de como as pessoas podem, de fato, utilizar os meios bsicos oferecidos a cada um. Nos dois casos acima, este um ponto especialmente importante e a responsabilidade coletiva enfatizada.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI ( ) Ao se descrever o desenvolvimento como um processo de expanso das liberdades reais, dois papis so atribudos s liberdades: so o fim primordial do desenvolvimento, mas tambm so seu meio principal. ) No segundo, a tese requer uma argumentao mais tcnica. Parte dessa argumentao familiar a quem conhece a noo de capital humano, mas a idia geral mais ampla e mais complicada. 1, 3, 2, 4 1, 2, 4, 3 2, 4, 1, 3 3, 1, 4, 2 3, 2, 1, 4

a) b) c) d) e)

18 - (AFC/2002) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto ordenados aleatoriamente. I. O grande desafio, portanto, est em buscar um caminho que no signifique retorno s velhas polticas de reservas de mercado, subsdios generalizados e protecionismo. II. Porm, ela fez com que o Brasil tambm ficasse no curto prazo mais dependente de importaes e poupana externa. III. A abertura econmica dos anos 90 tornou as empresas aqui instaladas mais competitivas. IV. Ento, para que possa percorrer a trajetria de um crescimento sustentado e duradouro, a economia brasileira ter, antes, que reunir condies que possibilitem s empresas exportarem mais e importarem relativamente menos. V. Um crescimento acelerado do PIB agora voltaria a provocar desequilbrios na balana comercial e levaria o endividamento no exterior para um patamar perigoso. (O Globo Editorial, 3/3/2002) Em relao a uma ordenao coesa e coerente, assinale a opo correta. a) O item V deve ser o primeiro, uma vez que no apresenta dependncia a antecedentes. b) O item I o encerramento do texto, pois uma concluso propositiva. c) A ocorrncia do pronome ela, no item II, indica que este deve ser subseqente ao IV, pois constitui um elo coesivo com trajetria.

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI d) A ocorrncia do ditico aqui, no item III, faz com que ele deva ser subseqente ao II, no qual est o referente Brasil. e) A conjuno Porm (item II) uma articulao sinttica em oposio idia colocada no item V. 19 - (AFC CGU/2003-2004) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os e, em seguida, assinale a seqncia correta correspondente. ( ( ) Nem tinham estabelecido relaes entre si que permitissem falar na existncia de um sistema estatal ou de um sistema econmico americano. ) O Brasil foi um dos pioneiros na experimentao dessa estratgia proposta por Adam Smith e seus discpulos. Primeiro, foram os Tratados de Comrcio, assinados pela Coroa Portuguesa com a Inglaterra, em 1806 e 1810, e com a Frana, em 1816; e, logo depois da Independncia, os Tratados assinados pelo Imprio Brasileiro com a Inglaterra, em 1827, com a ustria e a Prssia, no mesmo ano de 1827, e com a Dinamarca, os Estados Unidos e os Pases Baixos, em 1829. ) Esse dinamismo surgiu depois de se integrarem como produtores especializados do sistema internacional de diviso do trabalho, articulado pelas necessidades da industrializao inglesa e pelos famosos Tratados Comerciais, preconizados pela economia poltica clssica e impostos ao mundo pela Inglaterra e demais pases europeus. ) Ao lado dos Estados Unidos, o Brasil e demais pases latino-americanos foram os primeiros Estados a nascer fora da Europa. Mas, na hora da sua independncia, nenhum deles dispunha de verdadeiras estruturas polticas e econmicas nacionais. ) Pelo contrrio, os Estados latinos s lentamente foram monopolizando e centralizando o uso da fora, e suas economias s adquiriram dinamismo no sculo XIX.
(Adaptado de Jos Lus Fiori, O Brasil no mundo: o debate da poltica externa)

a) 2, 5, 4, 1, 3 b) 4, 3, 5, 2, 1 c) 5, 4, 1, 3, 2 d) 1, 2, 5, 4, 3 e) 3, 1, 2, 5, 4

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI 20 - (AFRF 1998) Numere os perodos de modo a constiturem um texto coeso e coerente e, depois, indique a seqncia numrica correta. ( ) Por isso era desprezado por amplos setores, visto como resqucio da era do capitalismo desalmado. ( ) Durante dcadas, Friedman que hoje tem 85 anos e h muito aposentou-se da Universidade de Chicago foi visto como uma espcie de pria brilhante. ( ) Mas isso mudou; o impacto de Friedman foi to grande que ele j se aproxima do status de John Maynard Keynes (1883-1945) como o economista mais importante do sculo. ( ) Foi apenas nos ltimos 10 a 15 anos que Milton Friedman comeou a ser visto como realmente : o mais influente economista vivo desde a Segunda Guerra Mundial. ( ) Ele exaltava a liberdade, louvava os livres mercados e criticava o 'excesso de interveno governamental.' (Baseado em Robert J. Samuelson, Exame, 1/7/1998) a) 3, 1, 5, 2, 4 b) 1, 2, 5, 3, 4 c) 5, 2, 4, 1, 3 d) 4, 2, 5, 1, 3 e) 2, 5, 4, 3, 1 21 (AFRF 2005) Os trechos abaixo constituem um texto, mas esto desordenados. Ordene-os nos parnteses e indique a seqncia correta.

( ) Principalmente porque, com recursos parcos e uma formao basicamente literria, ele anteviu o mundo em que vivemos, no qual as palavras se evaporam e se dispersam em redes virtuais, as idias circulam em direes caticas e a noo de sentido, quer dizer, de uma direo e de um futuro, se perde num presente em abismo. ( ) E no qual, enfim, depois de sculos de hostilidade e de enclausuramento, o

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CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI homem se veria dissolvido em uma grande colcha democrtica, capaz de abrigar a todos, sem lugares fixos e sem destinos rgidos, um mundo, por fim, em que poderamos compartilhar uma mesma experincia. ( ) Profeta da morte da imprensa e do fim de um mundo linear e geomtrico, ele antecipou, j nos anos 50 e 60, a chegada de um novo mundo unificado, na forma de grande teia, e gerido por uma espcie de alma suprapessoal. ( ) Nascido em 1911, em Edmonton, Canad, Herbert Marshall McLuhan foi, afora erros e acertos de suas hipteses, um pensador genial. ( ) Previa McLuhan que, nesse novo mundo unificado da mdia que estava a se afirmar, os homens se veriam imersos em uma grande malha global, um mundo devassado, sobreposto e instantneo, no qual as idias se dissolveriam e as diferenas se anulariam exatamente como na cultura pop que ele mesmo via nascer. (Adaptado de Jos Castello/http://nominimo.ibest.com.br)

a) 5, 3, 2, 1, 4 b) 2, 5, 3, 1, 4 c) 3, 2, 4, 5, 1 d) 4, 1, 5, 3, 2 e) 1, 4, 2, 5, 3

22 (TRF 2006) Abaixo esto os segmentos inicial e final de uma correspondncia oficial. preciso complet-la nos espaos pontilhados, ordenando os pargrafos na ordem em que devem constar no documento. Numere os parnteses, obedecendo aos princpios de coeso, coerncia e encadeamento de idias. Assinale, a seguir, a opo que reproduz a ordem correta. E.M. n. 122 /Interministerial MF CGU-PR Braslia, 26 de setembro de 2005. www.pontodosconcursos.com.br 52

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica ......................................................................................... ......................................................................................... ...................................................................................... Respeitosamente, MURILO PORTUGAL FILHO Ministro de Estado da Fazenda Interino WALDIR PIRES Ministro de Estado do Controle e da Transparncia (....) Com o objetivo de dar fiel cumprimento quela determinao legal, cuja finalidade precpua consiste na preservao do princpio constitucional da publicidade, submetemos a Vossa Excelncia o incluso Relatrio de Gesto Fiscal do Poder Executivo Federal, referente ao perodo de janeiro a agosto do exerccio de 2005. (....) O referido Relatrio dever ser objeto de encaminhamento ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da Unio, conforme dispe o art. 116 da Lei n. 10.934, de 11 de agosto de 2004. (....) O Relatrio de Gesto Fiscal, consoante determina a supracitada Lei, deve conter informaes relativas despesa total com pessoal, dvida consolidada, concesso de garantias e operaes de crdito, devendo, no ltimo quadrimestre, ser acrescido de demonstrativos referentes ao montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro, de cada exerccio e das inscries em restos a pagar. (....) Determina a mesma Lei que o Relatrio dever ser publicado e disponibilizado ao acesso pblico at trinta dias aps o encerramento do perodo a que corresponder, prazo esse que, para o segundo quadrimestre de 2005, se encerra em 30 de setembro do corrente. (....) A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal, exige, em seu art. 54, a emisso, ao final de cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e rgos referidos no art. 20, do Relatrio de Gesto Fiscal assinado pelo respectivo Chefe e pelas autoridades responsveis pela administrao financeira e pelo controle interno, bem como por outras autoridades que vierem a ser definidas por ato prprio de cada Poder ou rgo. (http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2005/ relatorioLRF2005.pdf, com adaptaes) www.pontodosconcursos.com.br 53

CURSOS ON-LINE PORTUGUS EM EXERCCIOS TURMA 2 PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI A seqncia correta : a) 5 4 1 3 2 b) 4 5 2 3 1 c) 5 2 4 3 1 d) 1 3 2 4 5 e) 1 2 4 3 5

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