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Apostila Cipa

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OBJETIVO DA CIPA A comisso interna de preveno de acidentes CIPA tem como objetivo a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatvel permanentemente o trabalho com a preservao da vida e a promoo da sade do trabalhador.

INDICE
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 O TRABALHO DA CIPA COMPOSIO DA CIPA ATRIBUIES DA CIPA O FUNCIONAMENTO DA CIPA O TREINAMENTO DA CIPA ABORDARA OS SEGUINTES TEMAS 04 04 05-06 06-07 07

ESTUDO DO AMBIENTE, DAS CONDIES DE TRABALHO, BEM COMO DOS 08-12 RISCOS ORIGINADOS DO PROCESSO PRODUTIVO ACIDENTES DE TRABALHO 12-16 CAUSAS DOS ACIDENTES 9- INVESTIGAO DE ACIDENTES ATRIBUIES DA CIPA: PROGRAMA DE PREVENO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) PROGRAMA DE CONTROLE MDICO DE SADE OCUPACIONAL (PCMSO) MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS NORMA REGULAMENTADORA N. 05 INSPEES DE SEGURANA INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE BENEFCIOS PREVIDENCIRIOS /ACIDENTRIOS NOES DE PRIMEIROS SOCORROS PRINCPIOS BSICOS DE PREVENO DE INCNDIOS DOENAS SEXUALMENTE TRANSMISSVEIS ATUAO DOS CIPEIROS E COMO SE REALIZA UMA REUNIO DE CIPA 17-18 18-21 22 23 23 24-25 26-27 27-31 31 32-40 40-51 51-56 57-58

1 - O TRABALHO DA CIPA Conforme a Portaria 3.214 de 08 de Junho de 1978, as Empresas privadas que possuam Empregados regidos pela CLT Consolidao das Leis do Trabalho, ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento por estabelecimento uma CIPA - Comisso Interna de Preveno de Acidentes. A COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES (CIPA) uma comisso composta de representantes do capital e do trabalho para cuidar de interesses comuns. enorme sua importncia na preveno de acidentes do trabalho e na preservao da sade do trabalhador, que seu bem estar fsico e mental. fato comprovado por estudos da Organizao Internacional do Trabalho que o elemento humano tem grande participao nas causas de acidente e comprovou que esse o mais complexo e mais importante que qualquer outro. O trabalho da CIPA deve ser um objetivo onde possam unir os esforos, dividir a carga de responsabilidades e atribuies. Cabe a CIPA e ao SESMT, promover a SIPAT, Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho. Tanto no campo prtico, orientando seus companheiros de trabalho no uso correto dos equipamentos de proteo, como no campo doutrinrio, nos momentos de reunies e palestra, mais se fortalece as atividades de uma CIPA devidamente organizada e prestigiada por apoio constante. Por experincia, sabemos, uma CIPA s pode ser bem sucedida se a direo da empresa acreditar em seu trabalho, se os representantes forem bem escolhidos e dedicados, e os demais trabalhadores depositarem nessas partes a sua confiana. 2 - COMPOSIO DA CIPA A CIPA ser composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com a Norma Regulamentadora n5, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos para setores econmicos especficos. Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes sero por eles designados. Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, sero eleitos em escrutnio secreto, do qual participem, independentemente de filiao sindical, exclusivamente os empregados interessados. O nmero de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos recebidos, ressalvadas as alteraes disciplinadas em atos normativos de setores econmicos especficos. O mandato dos membros eleitos da CIPA ter a durao de um ano, permitida uma reeleio. vedada a dispensa arbitrria ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direo de Comisses Internas de Preveno de Acidentes desde o registro de sua candidatura at um ano aps o final de seu mandato. Sero garantidas aos membros da CIPA condies que no descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferncia para outro estabelecimento sem a sua anuncia, ressalvado o disposto nos pargrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT. O empregador dever garantir que seus indicados tenham a representao necessria para a discusso e encaminhamento das solues de questes de segurana e sade no trabalho analisadas na CIPA. O empregador designar entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolhero entre os titulares o vice-presidente. Os membros da CIPA, eleitos e designados sero empossados no primeiro dia til aps o trmino do mandato anterior. Ser indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretrio e seu substituto, entre os componentes ou no da comisso, sendo neste caso necessria a concordncia do empregador.

3- ATRIBUIES DA CIPA Identificar Os Riscos Do Processo De Trabalho, E Elaborar O Mapa De Riscos, Com A Participao Do Maior Nmero De Trabalhadores, Com Assessoria Do SESMT, Onde Houver; Elaborar Plano De Trabalho Que Possibilite A Ao Preventiva Na Soluo De Problemas De Segurana E Sade No Trabalho; Participar Da Implementao E Do Controle Da Qualidade Das Medidas De Preveno Necessrias, Bem Como Da Avaliao Das Prioridades De Ao Nos Locais De Trabalho; Realizar, Periodicamente, Verificaes Nos Ambientes E Condies De Trabalho Visando A Identificao De Situaes Que Venham A Trazer Riscos Para A Segurana E Sade Dos Trabalhadores; Realizar, A Cada Reunio, Avaliao Do Cumprimento Das Metas Fixadas Em Seu Plano De Trabalho E Discutir As Situaes De Risco Que Foram Identificadas; Divulgar Aos Trabalhadores Informaes Relativas Segurana E Sade No Trabalho; Participar, Com O SESMT, Onde Houver, Das Discusses Promovidas Pelo Empregador, Para Avaliar Os Impactos De Alteraes No Ambiente E Processo De Trabalho Relacionados Segurana E Sade Dos Trabalhadores; Requerer Ao SESMT, Quando Houver, Ou Ao Empregador, A Paralisao De Mquina Ou Setor Onde Considere Haver Risco Grave E Iminente Segurana E Sade Dos Trabalhadores; Colaborar No Desenvolvimento E Implementao Do PCMSO E PPRA E De Outros Programas Relacionados Segurana E Sade No Trabalho; Divulgar E Promover O Cumprimento Das Normas Regulamentadoras, Bem Como Clusulas De Acordos E Convenes Coletivas De Trabalho, Relativas Segurana E Sade No Trabalho; Participar, Em Conjunto Com O SESMT, Onde Houver, Ou Com O Empregador Da Anlise Das Causas Das Doenas E Acidentes De Trabalho E Propor Medidas De Soluo Dos Problemas Identificados; Requisitar Ao Empregador E Analisar As Informaes Sobre Questes Que Tenham Interferido Na Segurana E Sade Dos Trabalhadores; Requisitar Empresa As Cpias Das CAT Emitidas; Promover, Anualmente, Em Conjunto Com O SESMT, Onde Houver, A Semana Interna De Preveno De Acidentes Do Trabalho - SIPAT; Participar, Anualmente, Em Conjunto Com A Empresa, De Campanhas De Preveno Da AIDS. ATRIBUIES DO PRESIDENTE Convocar os membros para as reunies da CIPA; Coordenar as reunies da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as decises da comisso; Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA; Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria; Delegar atribuies ao Vice-Presidente; ATRIBUIES DO VICE PRESIDENTE Executar atribuies que lhe forem delegadas; Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamentos temporrios;

ATRIBUIES DO (A) SECRETRIO (A) Acompanhar as reunies da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprovao e assinatura dos membros presentes; Preparar as correspondncias; e Outras que lhe forem conferidas. ATRIBUIES DO PRESIDENTE E VICE - PRESIDENTE Em conjunto, tero as seguintes atribuies: Cuidar para que a CIPA disponha de condies necessrias para o desenvolvimento de seus trabalhos; Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam alcanados; Delegar atribuies aos membros da CIPA; Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver; Divulgar as decises da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento; Encaminhar os pedidos de reconsiderao das decises da CIPA; Constituir a comisso eleitoral. ATRIBUIES DO EMPREGADOR Proporcionar aos membros da CIPA os meios necessrios ao desempenho de suas atribuies, garantindo tempo suficiente para a realizao das tarefas constantes do plano de trabalho. ATRIBUIES DOS EMPREGADOS Participar da eleio de seus representantes; Colaborar com a gesto da CIPA; Indicar CIPA, ao SESMT e ao empregador situaes de riscos e apresentar sugestes para melhoria das condies de trabalho; Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendaes quanto a preveno de acidentes e doenas decorrentes do trabalho. 4 - O FUNCIONAMENTO DA CIPA A CIPA ter reunies ordinrias mensais, de acordo com o calendrio preestabelecido. As reunies ordinrias da CIPA sero realizadas durante o expediente normal da empresa e em local apropriado. As reunies da CIPA tero atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cpias para todos os membros. As atas ficaro no estabelecimento disposio dos Agentes da Inspeo do Trabalho - AIT. Reunies extraordinrias devero ser realizadas quando: houver denncia de situao de risco grave e iminente que determine aplicao de medidas corretivas de emergncia; ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; houver solicitao expressa de uma das representaes. As decises da CIPA sero preferencialmente por consenso. No havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociao direta ou com mediao, ser instalado processo de votao, registrando-se a ocorrncia na ata da reunio. Das decises da CIPA caber pedido de reconsiderao, mediante requerimento justificado.

O pedido de reconsiderao ser apresentado CIPA at a prxima reunio ordinria, quando ser analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os encaminhamentos necessrios. O membro titular perder o mandato, sendo substitudo por suplente, quando faltar a mais de quatro reunies ordinrias sem justificativa. A vacncia definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, ser suprida por suplente, obedecida ordem de colocao decrescente registrada na ata de eleio, devendo o empregador comunicar unidade descentralizada do Ministrio do Trabalho e Emprego as alteraes e justificar os motivos. No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicar o substituto, em dois dias teis, preferencialmente entre os membros da CIPA. No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da representao dos empregados, escolhero o substituto, entre seus titulares, em dois dias teis. 5 - O TREINAMENTO DA CIPA ABORDAR OS SEGUINTES ITENS: Estudo do ambiente, das condies de trabalho, bem como os riscos originados do processo produtivo; Metodologia de investigao e anlise de acidentes e doenas do trabalho; Noes sobre acidentes e doenas do trabalho decorrentes de exposio aos riscos existentes na empresa; Mapa de Riscos Ambientais Princpios gerais de higiene do trabalho e de controle dos riscos; Inspees de Segurana Primeiros Socorros Combate a princpios de Incndio Noes sobre a sndrome da imunodeficincia adquirida AIDS, e medidas de preveno Organizao da CIPA e outros assuntos necessrios ao exerccio das atribuies da comisso

6- ESTUDO DO AMBIENTE, DAS CONDIES DE TRABALHO, BEM COMO DOS RISCOS ORIGINADOS DO PROCESSO PRODUTIVO So considerados riscos ambientais os agentes fsicos, qumicos, biolgicos, ergonmicos e de acidentes existentes nos ambientes de Trabalho e capazes de causar danos a sade do Trabalhador em funo de sua natureza, ou intensidade e tempo de exposio. AGENTES FSICOS: RUDO: rudo elevado poder produzir uma reduo na capacidade auditiva do trabalhador. Quanto mais altos os nveis encontrados, maior o nmero de trabalhadores que apresentaro incio de surdez profissional e menor ser o tempo em que este e outros problemas se manifestaro. VIBRAES MECNICAS: podem ser subdivididas em duas categorias: VIBRAES LOCALIZADAS: caracterizadas em operaes com ferramentas manuais eltricas ou pneumticas. Podero produzir, a longo prazo, problemas neurovasculares nas mos, osteoporose (perda de substncia ssea), e problemas nas articulaes de mos e braos. VIBRAES DE CORPO INTEIRO: caractersticas do trabalho a que esto expostos operadores de grandes mquinas, motoristas de caminhes e tratores, podendo produzir problemas na coluna vertebral, dores lombares, rins, etc. TEMPERATURAS EXTREMAS: as temperaturas extremas so as condies trmicas rigorosas, em que so realizadas diversas atividades profissionais, tais como: CALOR INTENSO: responsvel por uma srie de problemas que afetam a sade e o rendimento do trabalhador. Entre as principais doenas do calor temos a intermao ou insolao, a prostao trmica, a desidratao e as cibras do calor. FRIO INTENSO: encontrado em diversos tipos de indstrias que utilizam cmaras frigorficas ou em certas regies do pas, especialmente durante os meses de inverno. Poder ocorrer enregelamento dos membros, hipotermia (queda da temperatura corporal), leses na epiderme, conhecida como ulcerao do frio. PRESSES ATMOSFRICAS ANORMAIS: so encontradas em trabalhos submersos ou realizados abaixo do nvel do lenol fretico. Entre os problemas mais freqentes que afetam os trabalhadores expostos a presses elevadas, menciona-se a intoxicao pelo gs carbnico e diversos males conhecidos como doenas descompressivas, das quais a mais grave a embolia causada pelo nitrognio. RADIAES IONIZANTES: so provenientes de materiais radioativos como o caso dos raios alfa, beta e gama ou so produzidos artificialmente em equipamentos como o caso dos Raios-X. Podem provocar diversos males sade, comprometendo, inclusive, geraes futuras. RADIAES NO IONIZANTES: so de natureza eletromagntica, tais como: radiaes infravermelhas, ultravioleta, laser, microondas. Seus principais efeitos so queimaduras na pele e nos olhos que podem ser bastante graves, conforme o tipo, intensidade e durao da exposio.

UMIDADE: contato prolongado da pele, mos, ps ou qualquer parte do corpo com gua ou outros lquidos, podendo eliminar a membrana protetora da pele que ficar expostos penetrao de agentes nocivos causadores de doenas. AGENTES QUMICOS: So agentes causadores em potencial de doenas profissionais devido a sua ao qumica sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados na forma slida, lquida e gasosa. Diversas substncias apresentam risco de exploso de acordo com os nveis de concentrao e forma incorreta de armazenamento e utilizao. EXEMPLOS DE AGENTES QUMICOS: Nvoas Poeiras Gases Neblinas Fumos Vapores Substncias compostas ou produtos qumicos em geral

NVOAS: so encontradas quando lquidos so pulverizados, como em operaes de pinturas. So formadas normalmente quando h gerao de spray. POEIRAS: so formadas quando um material slido quebrado, modo ou triturado. quanto menor a partcula, mais tempo ela ficar suspensa no ar, sendo maior a chance de ser inalada. ex: minrio, madeira, poeiras de gros, amianto, slica, etc. Alguns tipos de poeira, a saber: Poeira mineral: slica, asbesto, carvo mineral Poeiras vegetais: algodo, bagao de cana de acar Poeiras alcalinas: calcrio GASES: so substncias no lquidas ou slidas nas condies normais de temperatura e presso, tais como: oxignio, nitrognio, gs carbnico, etc. VAPORES: ocorrem atravs da evaporao de lquidos ou slidos, geralmente so caracterizados pelos odores (cheiros), tais como: gasolina, querosene, solvente de tintas, etc. FUMOS: ocorrem quando um metal ou plstico fundido (aquecido), vaporizado e resfriado rapidamente, formando partculas muito finas que ficam suspensas no ar. Ex: soldagem, fundio, extruso de plsticos, etc.

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AGENTES BIOLGICOS:

So microorganismos causadores de doena, com os quais pode o trabalhador entrar em contato, no exerccio de suas atividades profissionais. Entre muitas doenas causadas por agentes biolgicos, incluem-se a tuberculose, a brucelose, o ttano, a malria, a febre amarela e o carbnculo. Bactrias Parasitas Vrus Fungos Bacilos Protozorios

Bactrias: causam as pneumonias e as inflamaes purulentas. Parasitas: sugam o homem as suas substncias nutritivas. Ex: vermes, lumbrigas. Vrus: so responsveis pelas gripes, cachumba, paralisia infantil. Fungos: responsveis pelas doenas em crianas e velhos debilitados. Ex. sapinho em bebs. Protozorios: ficam alojados no intestino, causando diarria. Ex.: ameba AGENTES MECNICOS: So responsveis por uma srie de leses nos trabalhadores, como cortes, fratura, escoriaes, queimaduras, etc. Exemplos de agentes mecnicos: Mquinas sem proteo; Arranjo fsico deficiente; Instalaes eltricas deficientes; Ferramentas defeituosas ou inadequadas;
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EPI inadequado; Pisos defeituosos ou escorregadios; Empilhamentos precrios ou fora de prumo; etc.

AGENTES ERGONMICOS: So agentes causadores de doena, se caracterizam por atitudes e hbitos profissionais prejudiciais a sade, os quais podem refletir no esqueleto e rgo do corpo. a adoo desses comportamentos no posto de trabalho pode criar deformaes fsicas, atitudes viciosas, modificaes da estrutura ssea, etc., Exemplos de situaes anti-ergonmica: A falta de bancos e assentos no ajustveis; Trabalho fsico pesado; Posturas incorretas e posies incomodas; Ritmos excessivos; Trabalho em regime de turno; Jornada prolongada; Conflitos, etc.

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7- ACIDENTE DE TRABALHO Introduo A investigao de acidentes envolve o exame metdico de um acontecimento no desejado que resulta ou pode resultar em danos fsicos s pessoas, ou danos a propriedade, ao processo e ao meio ambiente. ACIDENTE: um acontecimento no desejado que resulte em danos s pessoas, a propriedade, ao processo e ao meio ambiente. ACIDENTE PESSOAL: aquele que sofrido pelo empregado no desempenho de suas tarefas habituais, no ambiente de trabalho ou fora deste quando estiver a servio de empregador. ACIDENTE DE TRAJETO: um acontecimento no desejado, relacionado com o empregado no percurso habitual da residncia para o trabalho, ou vice versa. ACIDENTE COM LESO COM PERDA DE TEMPO (CPT): um acontecimento no desejado que resulta em leso pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou que resulta em perda da vida, incapacidade permanente total, incapacidade permanente parcial ou incapacidade temporria total. ACIDENTE COM LESO SEM PERDA DE TEMPO (SPT): um acontecimento no desejado que resulte em leso pessoal que no impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente. ACIDENTE COM DANOS MATERIAIS E AO MEIO AMBIENTE: um acontecimento no desejado, que gerou perdas de estrutura, equipamento, veculos, materiais ou dano ao meio ambiente. INCIDENTE (QUASE ACIDENTE): um acontecimento no desejado que em circunstncias ligeiramente diferentes, poderia resultar em leses pessoa, danos propriedade ou perda no processo ou ao meio ambiente. INFORMAO DO ACONTECIMENTO: todos os acidentes/incidentes no importa o quanto insignificante possam parecer, devem ser informados ao setor de segurana do trabalho de sua empresa/CIPA para averiguaes. COMUNICAO DE ACIDENTE FATAL: em caso de ocorrncia de acidente fatal, obrigatria a adoo das seguintes medidas: 1) Comunicar o acidente fatal, de imediato, autoridade policial competente e ao rgo regional do ministrio do trabalho, que repassar imediatamente ao sindicato da categoria profissional do local da obra;

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2)

Isolar o local diretamente relacionado ao acidente, mantendo suas caractersticas at sua liberao pela autoridade policial competente e pelo rgo regional do ministrio do trabalho;

COMUNICAO AO INSS: toda comunicao de acidentes com leso ser feita atravs de CAT. Muitas empresas, equivocadamente, deixam de emitir a CAT quando se verifica que no haver necessidade do empregado se afastar do trabalho por mais de 15 (quinze) dias. Ocorrendo o acidente de trabalho, independentemente de afastamento ou no, ainda que por meio perodo, obrigatria a emisso da CAT por parte do empregador, sob pena de multa pelo Ministrio do Trabalho, que pode variar entre 630 (seiscentos e trinta) e 6.304 (seis mil, trezentos e quatro) UFIR, dependendo da gravidade apurada pelo rgo fiscalizador. A emisso da CAT, alm de se destinar para fins de controle estatsticos e epidemiolgicos junto aos rgos Federais, visa principalmente, a garantia de assistncia acidentria ao empregado junto ao INSS ou at mesmo de uma aposentadoria por invalidez. O fato de no haver afastamento ou se este for inferior aos 15 (quinze) dias, no obsta a empresa do cumprimento legislao trabalhista e de preservar a sade do trabalhador. Hoje qualquer trabalhador que incorra em algum acidente de trabalho, poder se dirigir a um hospital devidamente credenciado junto ao INSS e registrar formalmente este acidente, independentemente da empresa faz-lo ou no. Isto lhe dar todas as garantias advindas do acidente do trabalho, estabelecidas pela legislao. A Constituio Federal de 88, refere, no art. 7, inciso XXVIII, que garantia do empregado seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizao a que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

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O QUE CAT? A CAT uma Comunicao de Acidente de trabalho ao INSS, que deve ser emitida nos casos de acidente de trabalho, incluindo os de trajeto, doena profissional e a doena do trabalho. Sua emisso importante no s para o tratamento de sade, mas tambm para que o trabalhador possa receber os benefcios acidentrios, bem como ser readaptado em outra funo. QUANDO EMITIR A CAT? A CAT deve ser emitida at o primeiro dia til da ocorrncia do acidente de Trabalho e, em caso de morte, de imediato autoridade competente. No caso da doena profissional ou do trabalho, a CAT deve ser emitida na data do incio da incapacidade laborativas para o exerccio da atividade habitual, ou o dia da segregao compulsria, ou o dia em que foi realizado o diagnstico, valendo o que ocorrer primeiro. QUEM DEVE EMITIR A CAT? A CAT deve ser emitida pelo empregador, mas pode tambm ser emitida pelos componentes da CIPA, ou empregados. A CAT emitida em seis vias, sendo que uma delas deve ser entregue ao prprio trabalhador e outra encaminhada ao sindicato. CAT com afastamento - Caso seja necessrio o afastamento por perodo superior a 15 dias, o empregado dever apresentar-se ao INSS com a CAT preenchida, para agendar percia mdica ou procurar o convnio com o INSS (em caso de bancos pblicos). CAT sem afastamento - Mesmo no existindo necessidade de afastamento do trabalho a CAT deve ser emitida pelo banco e registrada no INSS

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1 Emitente

COMUNICAO DE ACIDENTE DO TRABALHO - CAT


(Ler atentamente as orientaes no verso antes do preenchimento)

1 - Empregador 2 - Sindicato 3 - Mdico 4 - Segurado ou dependente 5 - Autoridade Pblica 1 - Tipo de CAT 1 - Incio 2 - Reabertura 3 - Comunicao de bito em:___/___/_____ 4 Tipo 1 - CGC 2 - CEI 3 - CPF 4 NIT 5 - CNAE

3 - Razo Social / Nome

6 - Endereo 10 - Nome

Rua/Av./N/Comp

Bairro

CEP

8 -UF

9 - Telefone

11 - Nome da me 13 - Sexo 14 - Estado Civil 1 - Solteiro 2 - Casado 3 - Vivo 4 - Sep. Judic. 5 Outro 6 - IGN Orgo Exp 18 19 UF PIS/PASEP Bairro 26 - CBO 27 - Filiao Previdncia Social 22 - Municpio 15 - CTPS Serie Data da emisso 16 - UF

12 - Data de nasc.

1 - Masc 2Fem 17 - Carteira de Data de Identidade emisso 21 - Endereo Rua/Av./N/Comp 25 - Nome da ocupao 30 - Data do acidente 35 - Local do Acidente

20 - Remunerao mensal 23 UF 24 - Telefone 28 - Aposentado? 29 - rea

1 - Empregado 2 - Trab. Avulso 7 - Seg. especial 8 - Mdico 1 - Sim 2 1 - Urbana 2 - Rural resid. No 31 - Hora do 32 - Aps quantas horas de trabalho? 33 - Houve afastamento? 34 - ltimo dia Trabalhado acidente 1 - Sim 2 - No 36 - CGC 37 - Municipio do local do 38 - 39-Especif.do local do acidente acidente UF 41 - Agente Causador 43 - Houve registro policial? 1 - Sim 2 - No 44 - Houve morte? 1 - Sim 2 - No

40 - Parte(s) do corpo atingida(s) 42 - Descrio da situao geradora do acidente ou doena

45 - Nome 46 - Endereo 49 - Nome 50 - Endereo Rua/Av./N/Comp Bairro CEP 51 Municpio 48 UF Telefone () Rua/Av./N/Comp Bairro CEP 47 Municpio 48 UF Telefone ()

Local e data 53 - Unidade de atendimento mdico 56 - Houve internao? 57- Durao provvel do tratamento dias

Assinatura e carimbo do emitente 54 - Data 55 - Hora

58 - Dever o acidentado afastar-se do trabalho durante o tratamento?

59 - Descrio e natureza da leso 60 - Diagnstico provvel 61 - CID - 10

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62 - Observaes

Local e data

Assinatura e carimbo do emitente Notas:

63 - Recebida 64 - Cdigo da 65 - Nmero do Unidade acidente 1 - A inexatido das declaraes desta Em comunicao implicar nas sanes previstas nos arts.171 e 299 do Cdigo Penal. 66 - reconhecido o direito do segurado habilitao 67 - Tipo 2 -de Abeneficio comunicao de acidente do trabalho acidentado? 1 - Tpico 2 - Doena 3 - Trajeto dever ser feita at o 1 dia til ps o 1 - Sim 2 -pena No de multa. acidente, sobe 3 - 68 Acomunicao acidente do trabalho Matricula dodo servidor regerse- pelo art. 134 do Decreto n 2.172/97. 4 - Os conceitos de acidente do trabalho e doena ocupacional esto definidos nos arts. 131 a 133 do Decreto n 2.172/97. 5 - A caracterizao do acidente reger-se- pelo art. 135 do Decreto n 2.172/97. Matrcula Assinatura do servidor

A COMUNICAO DO ACIDENTE OBRIGATRIA, MESMO NO CASO EM QUE NO HAJA AFASTAMENTO DO TRABALHO.

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8- CAUSAS DOS ACIDENTES So trs os motivos que podem gerar ocorrncia de acidentes: Ato inseguro/aes fora do padro; Condio insegura/condies fora do padro; Fator pessoal de insegurana. ATO INSEGURO OU AES FORA DO PADRO: tudo aquilo que o trabalhador faz, voluntariamente ou no, e que pode provocar um acidente, exemplos: O excesso de confiana dos que tem muita prtica profissional e se julgam imunes aos acidentes; A impercia, isto , a falta de habilidade para o desempenho da atividade (pode decorrer de aprendizado e/ou treinamento insuficiente); As idias preconcebidas como, por exemplo, a idia de que o acidente acontecer por fatalidade, no sendo necessrio cuidar de sua preveno; O exibicionismo; A vontade de revelar-se corajoso ou indiferente ao perigo s para impressionar os companheiros; FATOS MAIS COMUNS DE ATO INADEQUADO PRATICADOS NO DIA A DIA DE TRABALHO: A falta de uso de protees individuais; A inutilizaro de equipamentos de segurana; O emprego incorreto de ferramentas ou o emprego de ferramentas com defeito; O ajuste, a lubrificao e a limpeza de mquinas em movimento; A permanncia debaixo de carga suspensa; As correrias em escadarias e em outros locais perigosos.

CONDIO INSEGURA: So situaes existentes no ambiente de trabalho que podem vir a causar acidentes, tais como: Prdio com reas insuficientes, pisos fracos e irregulares; Iluminao deficiente ou mal distribuda; Ventilao deficiente ou excessiva; Instalaes sanitrias imprprias e insuficientes; Excesso de rudo e trepidaes; Falta de ordem e limpeza; Instalaes eltricas imprprias ou com defeito.

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FATOR PESSOAL DE INSEGURANA o que podemos chamar de problemas pessoais do individuo e que, agindo sobre o trabalhador, podem vir a provocar acidentes, como por exemplo: Problemas de sade no tratados; Conflitos familiares; Falta de interesse pela atividade que desempenha; Alcoolismo; Uso de substncias txicas; Problemas diversos de ordem social e /ou psicolgica

9- INVESTIGAO DE ACIDENTES A investigao de acidentes no poder ter aspecto punitivo, pois o objetivo maior no descobrir culpados, mas sim causas que provocam os acidentes, para que seja evitada a sua repetio. A cuidadosa investigao de acidente oferece elementos valiosos para a anlise que deve ser feita. Alm disso, as conseqncias dos acidentes acarretam uma srie de providncias administrativas, tcnicas, mdicas, psicolgicas, educativas dentro da empresa, repercutindo tambm na rea da previdncia social que ampara por muitas formas os acidentados. COMUNICAO DE ACIDENTES A comunicao de acidente uma obrigao legal. Assim o acidentado, ou quem possa fazer isso por ele, deve comunicar o acidente logo que se de a ocorrncia

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ANLISE / INVESTIGAO DE ACIDENTES COM BASE NOS DADOS, DETERMINE AS CAUSAS DOS ACIDENTES: A) Um operador de martelete pneumtico, com 2 anos de trabalho, especificamente na funo, no final de uma jornada de 10 horas de trabalho, teve os dedos do p esquerdo amputados pela lmina de corte do martelete, por no haver retirado o p no momento em que manobrava o mesmo. B) Um operrio, aps quatro horas de trabalho contnuo, foi levantar sozinho um objeto cujo peso aproximado era de 60 kg. sentiu fortes dores na coluna, alm de um corte na mo esquerda provocado por arestas do objeto levantado. C) Um eletricista de manuteno, em trabalho rotineiro, sofreu um acidente em conseqncias de choque eltrico, caindo de uma plataforma de 5m de altura, fraturando o fmur direito. a anlise do acidente constatou que a queda se dera por falhas tcnicas na plataforma, que no tinha grade de proteo lateral nem rodap. D) Um operrio, cujo salrio mensal de 5.000, trabalhava numa ocupao periculosa e insalubre (grau mximo), classificada entre as previstas no decreto 83.080 de 24/01/79. A empresa decidiu resolver todas as questes de ordem legal e chamou os trabalhadores para que optassem entre os adicionais de insalubridade ou periculosidade. O nosso operrio decidiu-se pelo adicional de insalubridade, visando mais a aposentadoria especial que o valor pecunirio do referido beneficio. Pergunta-se: 1) Esse trabalhador fez a opo correta? Por qu? 2) O trabalhador teria outra opo que fosse mais vantajosa? Qual? Explique: RELATRIO DE INVESTIGAO DE ACIDENTE/INCIDENTE
FORMULRIO DE INVESTIGAO ACIDENTES, QUASE-ACIDENTES, PERDAS E ACIDENTES FORA DO TRABALHO N OCORRNCIA

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2a PARTE IDENTIF.

1 - TIPO DE OCORRNCIA / CLASSIFICAO 2- GRAVIDADE OU ( ) 0 - AUSNCIA DE ( ) 0 - QUASE-ACIDENTE LESO POTENCIALIDADE ( ) 1 - PRIMEIROS ( ) 1 - PERDA SOCORROS DO FATO ( ) 2 - ACID. DANO ( ) 2 - TRATAMENTO EQUIPAMENTO MDICO ( ) 3 - ACID. C/ LESO HUMANA ( ) 3 - RESTRIO ( ) 4 - ACID. C/ LESO ( ) 4 - AFASTAMENTO ( ) A- ALTA HUMANA E DANO NO EQIPAMENTO ( ) 5 - INVALIDEZ ( ) B- MDIA ( ) 5 - ACID. FORA DO TRABALHO ( ) 6 - BITO ( ) C- BAIXA 4 - SETOR: __________________________________________________________ 5 - LOCAL EXATO DA OCORRNCIA: ____________________________________ 6 - EMPREGADO ENVOLVIDO: ___________________________________________ 7 - TESTEMUNHAS: ____________________________________________________ 12- NOME DO ACIDENTADO: ____________________________________________

3 - PROBABILIDADE DE NOVA OCORRNCIA IGUAL OU SIMILAR SEM MEDIDAS PREVENTIVAS

1a PARTE CLASSIFIC.

( ) A- ALTA ( ) B- MDIA ( ) C- BAIXA 8 - DATA DA OCORRNCIA: ______________ 9 - DEPTO: ____________________________ 10 - HORRIO: _________________________ 11 - APS QUANTAS HORAS DE TRABALHO: 19- MATRCULA: ____________________________ 20- TEMPO NA FUNO: _____________________ 21- PARTE DO CORPO LESADA: _______________ 22- DIAS AFAST. / RESTRIO: _______________ CUSTO OU PERDA - R$ 24- REAL: 25- ESTIMADO:

3a PARTE LESO 5a PARTE 4a P. EVENTO PERDAS 6a PARTE PESQUISAS ATOS INADEQUADOS

13- NASCIMENTO:________________ 14- ESCOLARIDADE:___________________ 15- FUNO: _________________________ 16- ADMISSO: __________________ 17- TIPO DE LESO: _________________ 18- O QUE CAUSOU: ________________ 23- PERDAS OU DANOS PROPRIEDADE:

26 - DESCREVER O EVENTO:

27 - DESCREVER O(S) ATO(S) INADEQUADO(S): (AO ERRADA OU OMISSO QUE CAUSOU OU CONTRIBUIU

CLASSIFICAO: ( ) A - OPERAO SEM ALTORIZAO ( ) B - OPERAO EM VELOCIDADE INADEQUADA ( ) C - FALHA EM AVIZAR / SINALIZAR ( ) D - ANULOU O DESPOSITIVO DE SEGURANA ( ) E - USANDO EQUIPAMENTO INADEQUADAMENTE ( ) F - USANDO EQUIPAMENTO DEFEITUOSO ( ) G - ERRO OPERACIONAL ( ) H - USANDO EQUIP. / FERRAMENTAS ERRADAS

( ( ( ( ( ( (

) I - FALHA EM INTERROMPER FUNCIONAMENTO ) J - TRAFEGANDO EM EQUIP. INADEQUADO ) K - EM POSIO / POSTURA INADEQUADA ) L - BRINCADEIRA / DISTRAO )M - SEM EPI / USO INCORRETO ) N - DESVIO DO PROCEDIMENTO PADRO ) O - OUTRO ATO INADEQUADO

28 - O QUE CAUSOU OU INFLUENCIO OS ATOS OU OMISSES DESCRITOS NO ITEM 27 ?

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CLASSIFICAO: ( ) A - FALTA / FALHA DE TREINAMENTO / HABILITAO ( ) L - OUTRO TIPO DE CONFLITO DE INTERESSES ( ) B - EMPREGADO NOVO / NOVO NA FUNO ( ) M - INDUO AO / MOTIVOS SUPERIORES ( ) C - FALTA / FALHA / NO REVISO DA PRTICA ( ) N - NO COBRANA DE DESEMPENHO ( ) D - DESCONHECIMENTO DE INFORMAO CONHECIDA ( )O- NEGLIGNCIA/EXCESSO CONFIANA/ATALHOS OPERACIONAIS ( ) E - INFORMAO EM MUDANA ( ) P - NECESSIDADE OPERACIONAL ( ) F - INFORMAO ERRADA / CONFUSA ( ) Q - VISO OU AUDIO COMPROMETIDOS ( ) G - FALHA NA COMUNICAO ( ) R - SITUAO ERGONOMICA DESFAVORAVEL ( ) H - SELEO MDICA/PSICOLOGICA/EFETIVA/COMPLETA ( ) S - DESLIZE ( ) I - SOBRECARGA / MONOTONIA ( ) T - EMPREITEIRO ( ) J - INFLUNCIA EMOES / FADIGA ( ) U - DESCONHECIMENTO DO RISCO OU POTENCIAL PERDAS ( ) K - PRESSO DE TEMPO ( ) V - OUTRO FATOR 29 - DESCREVER AS CONDIES INADEQUADAS DE FERRAMENTAS, EQUIPAMENTOS OU SITUAES DE TRABALHO QUE CAUSARAM OU CONTRIBURAM PARA A OCORRNCIA:

CLASSIFICAO: ( ) A - AUSNCIA DISPOSITIVO SEG. / INADEQUADO ( ) B - SISTEMA ALARME INADEQUADO ( ) C - RISCO DE FOGO / EXPLOSES ( ) D - AUSNCIA DE AUTORIZAO TRABALHO ( ) E - M ARRUMAO E LIMPEZA ( ) F - PROJEO OBJETOS / LQUIDOS / VAPORES ( ) G - PASSAGEM FECHADA / CONGESTIONAMENTO 30 - O QUE CAUSOU OU INFLUENCIOU AS CONDIES DESCRITAS NO ITEM 29 ? ( ) H - ARMAZENAMENTO INADEQUADO ( ) I - EQUIPAMENTO / FERRAMENTAS INADEQUADAS ( ) J - CONDIES ATMOSFRICAS ( ) K - AGENTES FSICOS ( ILUM., RUDO, CALOR, OUTROS ( ) L - CONDIO ERGONMICA INADEQUADA ( ) M - OUTRA CONDIO INADEQUADA

CLASSIFICAO: ( ) A - CAUSADA PELO EMPREGADO ( ) B - CAUSADA POR OUTRO EMPREGADO / REA ( ) C - DEFEITO PELO USO NORMAL ( ) D - DEFEITO POR USO ERADO OU ABUSO ( ) E - FALTA DE / FALHA NA INSPEO PERIDICA PROCESSO) ( ) F - FALTA DE / FALHA NA ANLISE DE TAREFA ( ) G - FALHA DE DESENHO / PROJETO / CONSTRUO ( ) H - FALHA DE MANUTENO PREVENTIVA ( ) I - TEMPERATURA EXTREMA ( ) J - PRTICAS / ROTINAS E COMPRA ( ) K - EXPOSIO DETERIORAO ( ) L - ACEITAO / TOLERNCIA DA SUPERVISO ( ) M - MOROSIDADE DE PROVIDNCIAS ( ) N - NECESSIDADE OPERACIONAL (INERENTE AO ( ) O - RESPONSABILIDADE MAL DEFINIDA ( ) P - DESCONHECIMENTO DO RISCO / POTENCIAL PERDAS ( ) Q - CAUSADO POR EMPREGADO DE EMPREITEIRA ( ) R - OUTRA CAUSA BSICA

31 - ANEXE FOTOS E CROQUIS NECESSRIOS. INDIQUE OS NMEROS DOS ANEXOS: 9a PARTE PREVENO NOVA OCORRNCIA 32 - RECOMENDAES: PRAZO RESPONSVEL IMPLEMENT. RESPONSVEL

GRUPO DE ANLISE

MATRCULA

DATA

GRUPO ANLISE

MATRCULA

DATA

Tec. de Segurana

RH

GERENTE DA EPRESA:

10- ATRIBUIES DA CIPA: A) Identificar os riscos do processo de trabalho, elaborar o mapa de risco, com a participao do maior nmero de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;

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B) C) D) E) F) G)

Elaborar plano de trabalho que possibilite a ao preventiva na soluo de problemas de segurana e sade no trabalho; Participar da implementao e do controle da qualidade das medidas de preveno necessrias, bem como da avaliao das prioridades de ao nos locais de trabalho; Realizar, periodicamente, verificaes nos ambientes de condies de trabalho visando a identificao de situaes que venham a trazer riscos para a segurana e sade dos trabalhadores; Realizar, a cada reunio, avaliao do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situaes de risco que foram identificadas; Divulgar aos trabalhadores informaes relativas segurana e sade do trabalho; Participar com o SESMT, onde houver, das discusses promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alteraes no ambiente e processo de trabalho, relacionado a segurana e sade dos trabalhadores; Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisao de mquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente contra a segurana e sade dos trabalhadores; Colaborar no desenvolvimento e implementao do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados a segurana e sade no trabalho; Divulgar e promover o cumprimento das normas regulamentadoras, bem como clusulas de acordos e convenes coletivas de trabalho, relativas segurana e sade no trabalho; Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da anlise das causas das doenas e acidentes de trabalho e propor medidas de soluo dos problemas identificados; Requisitar ao empregador e analisar as informaes sobre questes que tenham interferido na segurana e sade dos trabalhadores;

H) I) J) K) L)

M) Requisitar empresa as cpias das CAT emitidas; N) O) Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a semana interna de preveno de acidentes do trabalho - SIPAT; Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de campanha de preveno a AIDS.

11- PROGRAMA DE PREVENO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA) NORMA REGULAMENTADORA (NR) 09 Esta norma regulamentadora NR estabelece a obrigatoriedade da elaborao e implementao, por parte de todos os empregados e instituies que admitam trabalhadores como empregados, do programa de preveno de riscos ambientais PPRA, visando preservao da sade e da integridade dos trabalhadores, atravs da antecipao, reconhecimento, avaliao e conseqente controle da ocorrncia de riscos ambientais existentes
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ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em considerao a proteo do meio ambiente e dos recursos naturais. O programa de preveno de riscos ambientais dever incluir as seguintes etapas: Antecipao e reconhecimento dos riscos; Estabelecimento de prioridades e metas de avaliao e controle; Avaliao dos riscos e da exposio dos trabalhadores; Implantao de medidas de controle e avaliao de sua eficcia; Monitoramento da exposio aos riscos; Registro e divulgao dos dados. 12- PROGRAMA DE CONTROLE MDICO DE SADE OCUPACIONAL (PCMSO) NORMA REGULAMENTADORA N. 07 Esta norma regulamentadora NR estabelece a obrigatoriedade da elaborao e implementao, por parte de todos os trabalhadores e instituies que admitam trabalhadores como empregados, do programa de controle mdico de sade ocupacional PCMSO, com o objetivo de promoo e preservao da sade do conjunto dos seus trabalhadores. O PCMSO deve incluir, entre outros, a realizao obrigatria dos exames mdicos: Admissional Peridico De retorno ao trabalho De mudana de funo Demissional 13- MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS NORMA REGULAMENTADORA N. 05 O Mapa de Riscos consiste na representao grfica do reconhecimento dos riscos existentes nos diversos locais de trabalho e visa a conscientizao e informao dos trabalhadores atravs da fcil visualizao dos riscos existentes na empresa. Ele deve ser afixado em local visvel, permitindo que os trabalhadores do local e a administrao da empresa saibam, apenas com uma olhada, os principais riscos de cada setor. ASSIM, O MAPA DE RISCOS TEM COMO PRINCIPAIS OBJETIVOS:

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D) Reunir as informaes necessrias para estabelecer o diagnostico da situao de segurana e sade do trabalho na empresa; D) Possibilitar, durante a sua elaborao, a troca e divulgao de informaes entre os trabalhadores, bem como estimular sua participao nas atividades de preveno Etapas de elaborao: A) Conhecer o processo de trabalho no local analisado: Os trabalhadores: nmero, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurana, sade, jornada; Os instrumentos e materiais de trabalho As atividades exercidas O ambiente Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme classificao da tabela;

B)

C) identificar as medidas preventivas existentes e sua eficcia: Medidas de proteo coletiva Medidas de organizao do trabalho Medidas de proteo individual Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatrios, vestirio, armrios, bebedouro, refeitrio, rea de lazer. D) Identificar os indicadores de sade: Queixas mais freqentes e comuns entre os trabalhadores expostos ao mesmo riscos; Acidentes de trabalho ocorridos; Doenas profissionais diagnosticadas; Causas mais freqentes de ausncia ao trabalho. E) conhecer os levantamentos ambientais j realizados no local; F) Elaborar o mapa de riscos, sobre o layout da empresa, indicando, atravs de crculo: O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada na tabela i; O nmero de trabalhadores expostos aos riscos, o qual deve ser anotado dentro do crculo; A especificao do agente (por exemplo, qumico: slica, hexano, cido clordrico; ou ergonmico: receptividade, ritmo excessivo, etc.) que deve ser anotada tambm dentro do crculo; A intensidade do risco, de acordo com a percepo dos trabalhadores que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes do circulo. GRUPO VERDE RISCOS FISICOS Rudo Vibraes Radiaes Ionizantes GRUPO VERMELHO RISCOS QUIMICOS Poeiras Fumos Nevoas GRUPO MARRON RISCOS BIOLOGICOS Vrus Bactrias Protozorios GRUPO AMARELO RISCOS ERGONOMICOS Esforo Fsico Levantamento e transporte manual de peso Exigncia de postura inadequada GRUPO AZUL RISCOS DE ACIDENTE Arranjo Fsico Inadequado Maquinas e equipamentos sem proteo Ferramentas Defeituosas e
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Radiaes no Ionizantes Frio Calor Presses anormais Umidade

Neblinas Gases Vapores Substancias Compostas Produtos Qumicos em Geral

Fungos Parasitas Bacilos

Trabalho em turno e noturno Jornadas de trabalho prolongadas Monotonia Repetitividade Ateno e responsabilidade

inadequadas Iluminao Inadequada Probabilidade de incndio ou exploso Eletricidade Animais peonhentos Outras situaes de risco que podero contribuir para ocorrncia de acidentes.

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14- INSPEES DE SEGURANA As inspees de segurana fazem parte das obrigaes legais da CIPA. Elas tm a finalidade de prevenir acidentes, detectar fatores que causem doenas profissionais e verificar se as medidas sugeridas para controle/eliminao dos problemas foram adotadas. Atravs delas, os cipeiros conhecem outros setores (e seus riscos), alm dos seus, recebem reclamaes e do orientaes aos outros trabalhadores. A norma do Ministrio do Trabalho faz a seguinte classificao das inspees de segurana: INSPEES GERAIS - so aquelas feitas em todos os setores da empresa e abrangem todos os aspectos de Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho. til para incio de mandato dos cipeiros; INSPEES PARCIAIS - limita-se a determinadas reas, setores ou atividades, onde j se sabe que existem problemas; INSPEES DE ROTINA - feitas pela CIPA e pelos setores de segurana e manuteno, a partir de prioridades estabelecidas, visando a melhor organizao do trabalho. Tambm, so assim classificadas, as inspees feitas pelos prprios trabalhadores em suas mquinas e ferramentas; INSPEES PERIDICAS - feitas, normalmente, pelos setores de manuteno e engenharia e se destinam a levantar os riscos existentes em ferramentas, mquinas, equipamentos e instalaes eltricas; INSPEES EVENTUAIS - no tm data ou perodo determinado; podem ser feitas por vrios tcnicos e visam solucionar problemas considerados urgentes; INSPEES OFICIAIS - so aquelas realizadas por agentes de rgos oficiais e das empresas de seguro; INSPEES ESPECIAIS - so realizadas por tcnicos especializados, com aparelhos de teste e medio. Por exemplo, as medies de rudo ambiental, de temperatura, etc. De acordo com a legislao, os procedimentos de uma inspeo devem seguir as seguintes etapas: Observao: neste passo, deve-se observar criteriosamente as condies de trabalho e de atuao das pessoas, sendo complementado com dados obtidos atravs de entrevistas e preenchimento de questionrios junto aos encarregados e trabalhadores. Registro: registrar os riscos observados sobre sade e segurana do trabalho. Anlise de Riscos: deve-se decompor e separar as fases da operao, para verificao cuidadosa dos riscos que esto presentes em cada fase. Priorizao: a partir da anlise de riscos, priorizar os problemas de forma a atender queles mais graves e/ou iminentes. Implantao: os relatrios com as medidas corretivas definidas devero ser encaminhados ao departamento responsvel para sua efetivao. A operacionalizao das medidas dever ser negociada no prprio setor responsvel, em prazos determinados com prioridade. Acompanhamento: consiste na verificao e cobrana das medidas preventivas propostas. Devem ser realizados, junto unidade responsvel, setores afins e com o SESMT.

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Quadro de Decomposio de uma operao Dados


O que feito? Como feito? Por que feito?

Anlise dos riscos


Deve ser feito isso que est sendo observado ou existe algum risco que sugere a alterao? A tcnica desenvolvida correta? Contm riscos que podem ser eliminados com pequenas alteraes? O objetivo da atividade ser alcanado corretamente em segurana?

15. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE Insalubridade Atividade ou operao insalubre toda aquela que: desenvolvida acima dos limites de tolerncia previstos nos anexos no 1, 2, 3, 5, 11 e 12 da Norma Regulamentadora no 15 (NR-15 - Atividades e Operaes Insalubres) da Portaria 3.214 do Ministrio do Trabalho, sem uso de EPIs adequados; mencionada nos anexos no 5, 6, 13 e 14 da mesma NR-15; comprovada atravs de laudo de inspeo do local de trabalho, constantes dos anexos nmeros 7, 8, 9 e 10 da mesma NR-15; Entende-se por Limite de Tolerncia, para os fins da NR-15, a concentrao ou intensidade mxima ou mnima, relacionada com a natureza e o tempo de exposio ao agente, que no causar dano sade do trabalhador, durante a sua vida laboral. O exerccio de trabalho em condies de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepo de adicional, incidente sobre o salrio mnimo, equivalente a: 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau mximo; 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau mdio; 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mnimo. No caso de incidncia de mais de um fator de insalubridade, ser apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acrscimo salarial, sendo vedada a percepo cumulativa. Graus de Insalubridade Atividades ou operaes que exponham o trabalhador a ... Nveis de rudo contnuo ou intermitente superiores aos limites de tolerncia fixados Nveis de rudo de impacto superiores aos limites de tolerncia fixados Exposio ao calor com valores de IBUTG superiores aos limites de tolerncia fixados Nveis de iluminamento inferiores aos mnimos exigidos Nveis de radiaes ionizantes com radioatividade superior aos limites de tolerncia fixados Ar comprimido Percentual 20 % 20 % 20 % 40 % 40 %

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Atividades ou operaes que exponham o trabalhador a ... Radiaes no ionizantes consideradas insalubres em decorrncia de inspees realizadas nos locais de trabalho Vibraes consideradas insalubres em decorrncia de inspees realizadas nos locais de trabalho Frio considerado insalubre em decorrncia de inspees realizadas nos locais de trabalho Umidade considerada insalubre em decorrncia de inspees realizadas nos locais de trabalho Agentes qumicos cujas concentraes sejam superiores aos limites de tolerncia fixados Poeiras minerais cujas concentraes sejam superiores aos limites de tolerncia fixados Atividades ou operaes, envolvendo agentes qumicos, consideradas insalubres em decorrncia de inspees realizadas no local de trabalho Agentes biolgicos

Percentual 20 % 20 % 20 % 20 % 10%, 20% ou 40% 40 % 10%, 20% ou 40% 20% ou 40%

Periculosidade Para efeito legal, as atividades que envolvem o trabalho com explosivos, inflamveis, radiaes ionizantes e eletricidade so consideradas perigosas e podem fazer com que o trabalhador tenha direito a receber um adicional por desenvolver suas atividades em tais ambientes. Segundo o artigo 193 da CLT, o adicional de periculosidade corresponde a um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salrio base sem os acrscimos resultantes de gratificaes, prmios ou participaes nos lucros da empresa. O adicional de periculosidade para os trabalhadores expostos a risco com eletricidade estabelecido pela Lei no 7.369, de 20/09/1985, cuja aplicao regulamentada pelo Decreto no 93.412, de 14/10/1986. Uma observao importante que o trabalhador poder optar pelo adicional de insalubridade ou pelo de periculosidade, ou seja, os adicionais no so cumulativos. Explosivos a NR-16 que estabelece um conjunto de situaes em que o trabalhador desenvolve atividade perigosa com explosivos. Que so: Atividades ou Operaes Perigosas com Explosivos Atividades Armazenamento de explosivos Adicional de 30% Todos os trabalhadores nesta atividade ou que permaneam na rea de risco Todos os trabalhadores nesta atividade

No transporte de explosivos Na operao de escorva dos cartuchos Todos os trabalhadores nesta atividade de explosivos

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Atividades Na operao de carregamento de explosivos Na detonao Na verificao de detonaes falhadas Na queima e destruio de explosivos deteriorados Nas operaes de manuseio de explosivos Inflamveis

Adicional de 30% Todos os trabalhadores nesta atividade Todos os trabalhadores nesta atividade Todos os trabalhadores nesta atividade Todos os trabalhadores nesta atividade Todos os trabalhadores nesta atividade

a NR-16 que estabelece um conjunto de situaes em que o trabalhador desenvolve atividade perigosa com inflamveis. A ser relataremos algumas: Atividades ou Operaes Perigosas com Inflamveis Atividades Na produo, transporte, processamento e armazenagem de gs liquefeito No transporte e armazenamento de inflamveis lquidos e gasosos liquefeitos e de vasilhames vazios no desgaseificados ou decantados Nas operaes de desgaseificao, decantao e reparos de vasilhames no desgaseificados ou decantados Nas operaes de teste de aparelhos de consumo de gs e seus equipamentos No transporte de inflamveis lquidos e gasosos liquefeitos em caminho-tanque No transporte de vasilhames (em caminho de carga), contendo inflamvel lquido, em quantidade total igual ou superior a 200 litros No transporte de vasilhames (em carreta ou caminho de carga), contendo inflamvel gasoso e lquido, em quantidade total, igual ou superior, a 135 quilos Na operaes em postos de servios e bombas de abastecimento de inflamveis lquidos Adicional de 30% Todos os trabalhadores nesta atividade ou que operam na rea de risco Todos os trabalhadores da rea de operao Todos os trabalhadores nesta atividade ou que operam na rea de risco Todos os trabalhadores nesta atividade ou que operam na rea de risco Motorista e ajudante Motorista e ajudantes

Motorista e ajudantes Operador de bomba e trabalhadores que operam na rea de risco

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Radiao Ionizante a NR-16 que estabelece um conjunto de situaes em que o trabalhador desenvolve atividade e operaes perigosa com radiaes ionizantes. A ser relataremos algumas: Atividades e Operaes Perigosas com Radiaes Ionizantes Atividades Atividades de operao com aparelhos de Raios-X, com irradiadores de radiao gama, radiao beta ou radiao nutrons, incluindo: Diagnstico mdico e odontolgico. Radioterapia. Radiografia industrial, gamagrafia e neutronradiografia. Anlise de materiais por difratometria. Testes, ensaios e calibrao de Detectores e monitores de radiao. Irradiao de alimentos. Esterilizao de instrumentos mdicohospitalares. Irradiao de espcimes minerais e Biolgicos. Medio de radiao, levantamento de dados radiolgicos, ensaios, testes Inspees, fiscalizao de trabalhos tcnicos. Eletricidade O Decreto no 93.412, de 14/10/1986, em seu artigo 2, estabelece que tero direito ao adicional (de periculosidade) o empregado que, independente do cargo, categoria ou ramo da empresa: Permanea habitualmente em rea de risco, executando ou aguardando ordens, e em situao de exposio contnua, caso em que o adicional incidir sobre o salrio da jornada de trabalho integral; Ingresse de modo intermitente ou habitual, em rea de risco, caso em que o adicional incidir sobre o salrio do tempo despendido pelo empregado na execuo de atividade em condies de periculosidade ou do tempo disposio do empregador. Pargrafo 1. O ingresso ou permanncia eventual em rea de risco no gera direito ao adicional de periculosidade. Pargrafo 2. So equipamentos ou instalaes eltricas em situao de risco, aqueles cujo contato fsico ou exposio aos efeitos da eletricidade possam resultar em incapacitao, invalidez permanente ou morte. reas de Risco Salas de irradiao e operao de aparelhos de raios-X e irradiadores gama, beta ou nutrons. Laboratrios de testes, ensaios e calibrao com as fontes de radiao descritas. Manuseio de fontes. Manuseio de fontes. Manuseio do equipamento. Manuseio de fontes e amostras radioativas. Manuseio de fontes e instalaes para a irradiao de alimentos. Manuseio de fontes e instalaes para operao. Manuseio de amostras irradiadas. Laboratrios de ensaios e calibrao de fontes e materiais radioativos.

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Pargrafo 3. O fornecimento pelo empregador dos EPIs ou a adoo de tcnicas de proteo ao trabalhador eximiro a empresa do pagamento do adicional, salvo quando no for eliminado o risco resultante da atividade do trabalhador em condies de periculosidade. O pagamento do adicional de periculosidade no desobriga o empregador de promover as medidas de proteo ao trabalhador, destinadas eliminao ou neutralizao da periculosidade, nem autoriza o empregado a desatend-las. Este mesmo Decreto estabelece um quadro de atividades e reas de risco consideradas perigosas. 16- BENEFCIOS PREVIDENCIRIOS /ACIDENTRIOS o segurado da previdncia social tem direito a vrios benefcios quando ocorre acidente do trabalho que resulte incapacidade temporria, permanente ou, no caso de morte acidentaria, benefcios para os dependentes. Auxlio-doena acidentria: o segurado da previdncia ter direito a este auxlio a partir do dcimo sexto dia seguinte ao do afastamento. o dia do acidente, bem como os 15 dias subseqentes de afastamento, sero pagos pela empresa, correspondente a 91% do salrio de contribuio do empregado, vigente no dia do acidente. Aposentadoria por invalidez acidentria: devida ao acidentado que est definitivamente incapacitado para o trabalho. o valor mensal da aposentadoria corresponde ao salrio de contribuio do segurado, vigente no dia do acidente. Penso por morte acidentria: devida aos dependentes do segurado falecido em decorrncia de acidente, a contar da data do bito. o valor mensal igual ao salrio de contribuio, vigente no dia do acidente. Auxilio-acidente: devido ao acidentado quando o mesmo no tem mais condies de trabalhar na mesma funo. O valor ser de 50% do valor da aposentadoria por invalidez acidentria. SAT: SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO Custeio: atendido pelas contribuies previdencirias a cargo do segurando, da empresa e da unio. o encargo das empresas (ou das entidades) varia em funo dos riscos, que so classificados em leves (1%), mdios (2%), e graves (3%), percentuais que incidem sobre o total da folha de pagamento.

17- NOES DE PRIMEIROS SOCORROS Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessrio prestao de primeiros socorros em funo das atividades que desenvolve, conforme determina a NR-7 da portaria n. 3214/78 Primeiro socorro atendimento imediato que se d a um acidentado ou portador de mal-sbito, antes da chegada do mdico.
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Pra se ter um primeiro contato com a vitima preciso seguir algumas Regras Bsicas de Primeiros Socorros Manter a calma, afastar os curiosos e agir com rapidez e segurana. Colocar a vtima deitada de costas, com a cabea ao nvel do corpo. Se o rosto comear a ficar congestionado (vermelho), conservar a cabea levantada, colocando um pano em baixo. Se tiver vmitos, voltar cabea da vtima para um dos lados. Isso evita que o vmito chegue at os pulmes. Se tiver inconsciente, retirar dentadura, comida, lama ou outros objetos da boca. Manter a lngua do acidentado esticada para evitara a sufocao, colocando um pano dobrado na nuca. Desapertar as roupas e tirar sapatos, cintos, gravatas ou qualquer outra coisa que possa prejudicar a circulao. No remover a vtima, enquanto no tiver uma idia precisa da natureza e extenso de seus ferimentos e sem, antes, prestar os primeiros socorros. Evitar fazer a vtima sentar ou levantar. Verificar o estado da vtima, remover a roupa que for preciso, at rasgando-a ou cortando-a sempre com cuidado. Se a vtima estiver consciente, perguntar o que ela sente. Se houver hemorragias graves ou parada respiratria, agir com a maior urgncia. No tentar dar de beber pessoa que estiver inconsciente. Nunca dar bebidas alcolicas para beber. Em caso de suspeita de fratura ou luxao, no fazer massagem, nem mudar a posio da vtima, imobilizar o local atingido na posio correta. Se a fratura for na coluna, transportar a vtima em leito rijo. Em caso de queimaduras, no aplicar leo, pasta de dente ou qualquer outra coisa. No mexer em ferimentos com sangue j coagulado. Acalmar a vtima e no deix-la ver os ferimentos. CONTATO COM A VTIMA Se a vtima estiver consciente o socorrista deve: 1. Apresentar-se, dizendo seu nome e que esta para ajudar a socorrer; 2. Indagar se pode ajud-la (obtenha o consentimento). 3. Questionar sobre o ocorrido; 4. Questionar a sua queixa principal; 5. Informar que vai examin-la e a importncia de faz-lo. Ao avaliar a vtima observe 1. Seqncia sistemtica de avaliao da vtima (Anlise Primria e Secundria); 2. Sinais e sintomas especficos de emergncia mdica ou de trauma apresentados pela vtima; 3. Indcios de leso na coluna vertebral, sempre que a vtima sofrer um trauma, ou ainda quando for encontrada inconsciente; 4. Conduta e/ou comportamento da vtima, atentando para qualquer alterao em suas condies em quaisquer das etapas de avaliao. ANLISE PRIMRIA Processo ordenado para identificar e corrigir de imediato, problemas que ameacem a vida em curto prazo.
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(A) Estabilizar a coluna cervical manualmente, verificar responsividade e verificar permeabilidade das vias areas. (B) Verificar respirao e ministrar oxignio. (C) Verificar circulao e hemorragias. (D) Realizar exame neurolgico sucinto. (E) Expor a vtima (prevenir hipotermia). (A) Estabilizar a coluna cervical manualmente, verificar responsividade e verificar permeabilidade das vias areas. 1. Apoiar a cabea da vtima para evitar movimentao (estabilizao manual da coluna cervical) at a colocao do colar cervical e protetor lateral de cabea. 2. Chamar a vtima pelo menos trs vezes (Ei, voc est me ouvindo? Ei, voc pode me ouvir? Ei, fala comigo?) tocando em seu ombro sem moviment-la. ANLISE SECUNDRIA Processo ordenado que visa descobrir leses ou problemas clnicos que, se no tratados, podero ameaar a vida, atravs da interpretao dos achados na verificao dos sinais vitais, exame fsico e na entrevista. Atravs da avaliao dos sinais e sintomas apresentados pela vtima o socorrista poder determinar o tipo de emergncia e os procedimentos operacionais especficos. Uma parte da anlise objetiva, atravs do exame dos sinais vitais e do corpo da vtima (exame fsico) e a outra subjetiva, atravs de dados colhidos em entrevista. SINAIS VITAIS E SINAIS DIAGNSTICOS
Toda leso ou doena tem formas peculiares de se manifestar e isso pode ajud-lo no descobrimento do tipo de problema que

afeta a vtima. Estes indcios so divididos em dois grupos: os sinais e os sintomas. Alguns so bastante bvios, mas outros indcios importantes podem passar despercebidos, a menos que voc examine a vtima cuidadosamente, da cabea aos ps. SINAIS so detalhes que voc poder descobrir fazendo o uso dos sentidos viso, tato, audio e olfato durante a avaliao da vtima. Sinais comuns de leso incluem sangramento, inchao (edema), aumento de sensibilidade ou deformao; j os sinais mais comuns de doenas so pele plida ou avermelhada, suor, temperatura elevada e pulso rpido. SINTOMAS so sensaes que a vtima experimenta e capaz de descrever. Pode ser necessrio que o socorrista faa perguntas para definir a presena ou ausncia de sintomas. Pergunte vtima consciente se sente dor e exatamente onde. Examine a regio indicada procurando descobrir possveis leses por trauma, mas lembre-se de que a dor intensa numa regio pode mascarar outra enfermidade mais sria, embora menos dolorosa. Alm da dor, os outros sinais que podem ajud-lo no diagnstico incluem nuseas, vertigem, calor, frio, fraqueza e sensao de mal-estar. SINAIS VITAIS Refletem o estado atual dos sistemas respiratrio e circulatrio: 1. Verificar a freqncia respiratria e a qualidade da respirao; 2. Verificar a freqncia cardaca e a qualidade do pulso; 3. Verificar a presso arterial. FREQNCIA RESPIRATRIA E QUALIDADE DA RESPIRAO

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a) A respirao normal fcil, sem dor e sem esforo; b) Observar a expanso do trax da vtima; c) Palpar o pulso radial para evitar que a vtima perceba que o socorrista est checando a respirao; d. Observar os movimentos torcicos e contar durante 30 (trinta) segundos, multiplicando-se por 2 (dois), obtendo a freqncia de movimentos respiratrios por minuto (m.r.m.) e. Se a respirao for irregular, contar durante 1 minuto.

Observar a qualidade da respirao, avaliando se: Normal; Superficial; Profunda; Rpida; Lenta.

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Verificar tipo de respirao se: Regular; Simtrico; Rudos anormais. Se a vtima estiver inconsciente, solicite imediatamente por apoio, no caso de Bombeiros, informe ao Centro de comunicao; VIAS AEREAS 1. Fazer abertura das vias areas, por uma das manobras: Manobra de elevao da mandbula; Manobra de trao do queixo; Manobra de extenso da cabea, nos casos em que no h suspeita de trauma de coluna cervical; 2. Fazer aspirao, caso haja vmito ou sangue nas vias areas; 3. Utilizar a cnula orofarngea. Se a vtima estiver consciente Verificar se as vias areas esto prvias. 1. Manobra de Elevao da Mandbula: (executada por equipe de Resgate em vtima de trauma). a. Posicionar-se atrs da cabea da vtima; b. Colocar as mos espalmadas lateralmente a sua cabea, com os dedos voltados para frente, mantendo-a na posio neutra; c. Posicionar os dedos indicadores e mdios das mos, em ambos os lados da cabea da vtima, no ngulo da mandbula; d. Posicionar os dois dedos polegares sobre o mento (queixo) da vtima; e. Simultaneamente, fixar a cabea da vtima com as mos, elevar a mandbula com os indicadores e mdios, abrindo a boca com os polegares.

Observao Esta manobra aplica-se a todas as vtimas, principalmente em vtimas de trauma, pois proporciona ao mesmo tempo liberao das vias areas, alinhamento da coluna cervical e imobilizao 2. Manobra de Trao do Queixo: (executada por socorrista atendendo isoladamente uma vtima de trauma). a. Apie com uma das mos a testa da vtima evitando que a cabea se mova; b. Segurar o queixo da vtima com o polegar e o indicador da outra mo e tracion-lo para cima e em seguida efetuar a abertura da boca.

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Observao Assim que possvel, obtenha auxlio de outro socorrista para auxiliar na manuteno da abertura das vias areas e na estabilizao da coluna cervical. 3. Manobra de Extenso da Cabea: (executada em vtimas em que no h suspeita de leso raquimedular): a. Posicionar uma das mos sobre a testa e a outra com os dedos indicador e mdio tocando o mento da vtima; b. Mantendo apoio com a mo sobre a testa, elevar o mento da vtima; c. Simultaneamente, efetuar uma leve extenso do pescoo; d. Fazer todo o movimento de modo a manter a boca da vtima aberta.

Observao Este procedimento aplica-se apenas s vitimas que no possua indcios de ter sofrido trauma de coluna vertebral, especialmente, leso cervical. TIPOS DE EMERGNCIAS Fraturas a ruptura do osso. O PRIMEIRO SOCORRO consiste em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando assim o agravamento da leso. Fechadas - quando o osso quebrado no perfura a pele. Exposta - quando o osso quebrado rompe a pele

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Como se manifesta: Dor e edema (inchao) local, Dificuldade ou incapacidade de movimentao, Posio anormal da regio atingida. H uma sensao de atrito das partes sseas no local da fratura, em fratura expostas h a rotura da pele com exposio do osso fraturado. Como Proceder FRATURA FECHADA Mantenha a vtima em repouso, evite movimentar a regio atingida e o estado de choque. Aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesado, at posterior orientao mdica. Imobilize o local usando tbua, papelo, jornal ou revistas dobradas, travesseiro, manta e tiras de pano. Proteja a regio lesada usando algodo ou pano, afim de evitar danos pele, faa a imobilizao de modo que o aparelho atinja as duas articulaes prximas fratura. Amarre as talas com ataduras ou tiras de pano com firmeza, SEM APERTAR, em 4 pontos:

ACIMA e ABAIXO DO LOCAL DA LESO. ACIMA e ABAIXO das articulaes prximas regio leso.

Remova a vtima para o hospital mais prximo, aps a imobilizao IMPORTANTE: No tente reduzir a fratura (colocar o osso quebrado no lugar) FRATURA EXPOSTA Mantenha a vtima em repouso, evite movimentar a regio atingida. Estanque a HEMORRAGIA e faa um curativo protetor sobre o ferimento, usando compressas, leno ou pano limpo. Evite o estado de choque, aplique compressas geladas ou saco de gelo no local lesado, at posterior orientao mdica. Imobilize o local usando tbua, papelo, jornal ou revistas dobradas, travesseiro, manta e tiras de pano. Remova a vtima para o hospital mais prximo, aps a imobilizao. IMPORTANTE: No tente reduzir a fratura (colocar o osso quebrado no lugar). FERIMENTOS Qualquer rompimento anormal da pele ou superfcie do corpo chamado de ferimento. A maioria dessas leses comprometem os tecidos moles, a pele e os msculos. As feridas podem ser abertas ou fechadas. A ferida aberta aquela na qual existe uma perda de continuidade da superfcie cutnea. Na ferida fechada, a leso do tecido mole ocorre abaixo da pele, porm no existe perda da continuidade na superfcie. Todos os ferimentos logo que ocorrem, causam dor, produzem sangramentos e podem causar infeces. As roupas sobre um ferimento devero ser sempre removidas para que o socorrista possa melhor visualizar a rea lesada. Remova-as com um mnimo de movimento. melhor cort-las do que tentar retir-las inteiras, porque a mobilizao poder ser muito dolorosa e causar leso e contaminao dos tecidos. O socorrista no dever tocar no ferimento, caso a ferida estiver suja, ou ainda, se for provocada por um objeto sujo, dever ser limpa com o uso de gua e sabo. Diminua a probabilidade de contaminao de uma ferida, utilizando materiais limpos e esterilizados para fazer o curativo inicial. Todos os ferimentos devem ser cobertos por uma compressa (curativo universal), preparada com um pedao de pano bem limpo ou gaze

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esterilizada. Esta compressa dever ser posicionada sobre a ferida e fixada firmemente com uma atadura ou bandagem. No socorro pr-hospitalar indicado o uso de bandagens triangulares que podem ser confeccionadas em diversos tamanhos, no entanto, recomenda-se o uso de bandagens com base de no mnimo 1 metro de comprimento. Confeccionada em algodo cr com costura dupla nos acabamentos, a bandagem largamente utilizada na proteo de ferimentos, quer na posio aberta (estendida) ou dobrada, proporcionando uma tcnica de socorro rpido e seguro. Antes de utilizar a bandagem, o socorrista dever proteger o ferimento com compressas limpas e de tamanho adequado. Deixe sempre as extremidades descobertas para observar a circulao e evite o uso de bandagens muito apertadas que dificultam a circulao sangnea, ou ainda, as muito frouxas, pois soltam. No devemos remover corpos estranhos (facas, lascas de madeira, pedaos de vidro ou ferragens) que estejam fixados em ferimentos. As tentativas de remoo do corpo estranho (objeto cravado) podem causar hemorragia grave ou lesar ainda mais nervos e msculos prximos a ele. Controle as hemorragias por compresso e use curativos volumosos para estabilizar o objeto encravado. Aplique ataduras ao redor do objeto, a fim de estabiliz-lo e manter a compresso, enquanto a vtima transportada para o hospital, onde o objeto ser removido. Se o ferimento provocar uma ferida aberta no trax da vtima (ferida aspirante) e, for possvel perceber o ar entrando e saindo pelo orifcio, o socorrista dever imediatamente providenciar seu tamponamento, para tal, dever usar simplesmente a mo (protegida por uma luva descartvel) sobre a ferida ou fazer um curativo oclusivo com material plstico ou papel alumnio (curativo de trs pontas). Aps fechar o ferimento no trax, conduza a vtima com urgncia para um hospital. Se o ferimento for na regio abdominal da vtima e houver a sada de rgos (eviscerao abdominal), o socorrista dever cobrir as vsceras com um curativo mido e no tentar recoloc-las para dentro do abdome. Fixe o curativo com esparadrapo ou uma atadura no muito apertada. Em seguida, transporte a vtima para um hospital. No d alimentos ou lquidos para o vitimado. Em alguns casos, partes do corpo da vtima podero ser parcialmente ou completamente amputadas. s vezes, possvel, por meio de tcnicas micro cirrgicas, o reimplante de partes amputadas. Quanto mais cedo a vtima, junto com sua parte amputada, chegar no hospital, melhor. Conduza a parte amputada protegida dentro de um saco plstico com gelo modo. O frio ajudar a preservar o membro. No deixe a parte amputada entrar em contato direto com o gelo. No lave a parte amputada e no ponha algodo em nenhuma superfcie em carne viva. Em casos de esmagamento (normalmente encontrados nos acidentes de trnsito, acidentes de trabalho, desabamentos e colapsos estruturais), se a vtima ficar presa por qualquer perodo de tempo, duas complicaes muito srias podero ocorrer. Primeiro, a compresso prolongada poder causar grandes danos nos tecidos (especialmente nos msculos). Logo que essa presso deixa de ser exercida, a vtima poder desenvolver um estado de choque, medida que o fluido dos tecidos v penetrando na rea lesada. Em segundo lugar, as substncias txicas que se acumularam nos msculos so liberadas e entram na circulao, podendo causar um colapso nos rins (processo grave que poder ser fatal). O tratamento merecido por uma vtima com parte do corpo esmagado o seguinte: 1. Evite puxar a vtima tentando liber-la. Solicite socorro especializado para proceder o resgate (emergncia fone 193); 2. Controle qualquer sangramento externo; 3. Imobilize qualquer suspeita de fratura; Trate o estado de choque e promova suporte emocional vtima; 4. Conduza a vtima com urgncia para um hospital. QUEIMADURAS Queimadura a leso causada por ao de calor ou de outras radiaes sobre o organismo. As queimaduras, alm de provocarem intensa dor local, podem causar choque e levar a vtima morte, dependendo do estado e da extenso da rea atingida.
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Os seguintes agentes podem causar queimaduras: Lquidos ferventes, contato direto com chama, slidos superaquecidos ou incandescentes, vapores quentes, substncias qumicas, radiaes infravermelhas e ultravioletas naturais, emanaes radiativas e eletricidade. Classificao: As queimaduras externas podem ser superficiais, quando atingem apenas camadas da superfcie da pele, ou profundas, quando h destruio da pele na rea atingida. A classificao das queimaduras em graus uma classificao prtica, que indica apenas a profundidade da leso. Queimaduras de todos os graus podem apresentar-se no mesmo paciente. 1 GRAU: Caracteriza a leso superficial da pele, sem formao de bolhas. Forma-se somente eritema, isto , vermelhido. A dor suportvel. E o caso das queimaduras causadas pelos raios solares e por radioatividade. 2 GRAU: Caracteriza a leso das camadas mais profundas da pele, com formao de flictenas (bolhas). Por vezes extensas, por desprendimento das camadas superficiais. 3 GRAU: Neste nvel, as leses atingem todas as camadas da pele, tecido celular subcutneos, em certos casos, os msculos profundos, podendo chegar carbonizao da rea atingida. PARADA CARDACA Uma pessoa tem parada cardaca quando o corao pra de bater. Para socorrer uma pessoa com esse problema, fazer, juntamente com a respirao boca-boca, os seguintes movimentos de recuperao: Deitar a pessoa em uma superfcie firme e dura; Apoiar a palma da mo sobre a altura do corao e colocar a outra apoiada sobre a primeira; Calar, com as mos, o peito da vtima, fazendo fora para baixar o peito. Fazer esse movimento de calar 5 vezes, e parar. Nesse instante, o auxiliar dever realizar o movimento de respirao artificial; No parar a massagem por mais de 5 segundos. O intervalo para descansar no pode passar de 5 segundos. Para controlar, para medir esse tempo, basta falar 101,102, 103, 104, e 105; Continuar os movimentos de recuperao e a respirao boca-boca at que a vtima volte a respirar e o corao comece a bater normalmente.

CONVULSES Convulso quando uma pessoa tem um ataque ou contrao dos msculos, geralmente acompanhada da perda de conscincia. D-se de repente. A vtima, normalmente cai, agita todo o corpo, com batimentos da cabea, braos e pernas, e a sua face fica expressa de careta, com olhos revirados para cima e salivao abundante. Aps a convulso, a pessoa entra em sono pesado. Como socorre:
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Evitar, se possvel, a queda da vtima contra cho; Colocar um pano entre os dentes para que a vtima no morda a lngua; Proteger a cabea, braos e pernas para que no se machuquem; Evitar estmulos como sacudidas, aspirao de vinagre, lcool ou amonaco; No jogar gua sobre a vtima; No ficar com medo da salivao abundante.

DESMAIOS Desmaio a perda da conscincia, caracterizada geralmente por sensao de vazio no estmago, enjo, suor abundante, escurecimento das vistas e palidez. Ocorre, quase sempre, por jejum prolongado, crises nervosas e queda de presso. Como socorre Colocar a vtima deitada, com a cabea em nvel mais baixo do que o do corpo, para melhorar a circulao do sangue no crebro; Afrouxar as roupas; Se voltar conscincia, dar lquidos aucarados, mas nunca bebidas alcolicas; Se no voltar a conscincia, chamar o mdico o mais rpido possvel. ENVENENAMENTOS Envenenamento a ingesto de substncias estranhas e agressivas ao organismo. Como socorrer: Transportar a vtima ao pronto socorro. Tem que ser rpido para que o organismo no tenha tempo de absorver o veneno; No deixar a vtima andar. O esforo fsico auxilia a absoro do veneno; Se desconhecer a natureza do veneno, no se deve dar leite; No dar leo comestvel, pois podero apressar a absoro de certos venenos; Se o veneno for corrosivo, ou se a vtima estiver inconsciente, no provocar o vmito. 18- PRINCPIOS BSICOS DE PREVENO DE INCNDIOS A questo dos incndios nos locais de trabalho de extrema importncia em razo dos riscos para os trabalhadores e de prejuzos materiais que podem acarretar. De acordo com as estatsticas, as principais causas de incndios se devem a eletricidade (sobrecarga dos circuitos, curtos circuitos, fascas provenientes de chaves e outros aparelhos eltricos, ausncia de proteo no circuito, etc), fumantes descuidos (fsforos e pontas de cigarros jogados a esmo), e fogos de artifcios (rojes, bombinhas, bales juninos, etc). Para que entendamos o fogo, passaremos a estudar os elementos que o compem. CONCEITO DE FOGO Fogo um processo qumico de transformao. Podemos tambm defini-lo como o resultado de uma reao qumica que desprende luz e calor devido combusto de materiais diversos. Elementos que compem o fogo Os elementos que compem o fogo so: Combustvel
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Comburente (oxignio) Calor

COMBUSTVEL todo material que se queima. Exemplo: Papel, madeira, gasolina e etc.

COMBURENTE (OXIGNIO) o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamveis dos combustveis, dando vida as chamas e possibilitando a expanso do fogo. CALOR a forma de energia. o elemento que da inicio ao fogo, ele que faz o fogo propagar. Pode ser uma fasca, uma chama ou ate mesmo um super aquecimento em maquinas ou equipamentos energizados.

REAO EM CADEIA Os combustveis, aps iniciarem a combusto, geram mais calor(1). Esse calor provocar o desprendimento de mais gases ou vapores combustveis (2), desenvolvendo uma transformao em cadeia ou reao em cadeia, que, em resumo, o produto de uma transformao gerando outra transformao.

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PONTO DE FULGOR Ponto de fulgor ou ponto de inflamao a menor temperatura na qual um combustvel liberta vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura inflamvel por uma fonte externa de calor. O ponto de fulgor no suficiente para que a combusto seja mantida. Por mistura inflamvel, para a obteno do ponto de fulgor, entenda-se a quantidade de gs ou vapor misturada com o ar atmosfrico suficiente para iniciar uma inflamao em contacto com uma fonte de calor (isto , a queima abrupta do gs ou vapor), sem que haja a combusto do combustvel emitente. Outro detalhe verificado que, ao retirar-se a fonte de calor, acaba a inflamao (queima) da mistura. Trata-se de um dado importante para classificao dos produtos combustveis, em especial no que se refere segurana, aos riscos de transporte, armazenagem e manuseamento. Atravs do ponto de fulgor distinguem-se os lquidos combustveis e inflamveis, de acordo com norma regulamentadora: Lquido combustvel: todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70 C (setenta graus Celsius) e inferior a 93,3 C (noventa e trs graus e trs dcimos de graus Celsius). O lquido combustvel acima classifica-se como lquido combustvel Classe III Lquido inflamvel: todo aquele que possua ponto de fulgor inferior a 70 C (setenta graus Celsius) e presso de vapor que no exceda 2,8 kg/cm2 absoluta a 37,7 C (trinta e sete graus e sete dcimos de graus Celsius). Quando o lquido inflamvel definido acima possui ponto de fulgor superior a 37,7 C (trinta e sete graus e sete dcimos de graus Celsius) e inferior a 70 C (setenta graus Celsius), ele classificado como lquido combustvel Classe II. Quando o lquido inflamvel possui ponto de fulgor inferior a 37,7 C (trinta e sete graus e sete dcimos de graus Celsius) , ele classificado como lquido combustvel Classe I.

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Exemplo:

Bum

1) Com uma fonte externa de calor 2) Os gases entram em COMBUSTO. 3) Afastada a fonte, cessa a combusto. PONTO DE COMBUSTO Ponto de combusto a temperatura mnima necessria para que um combustvel desprenda vapores ou gases combustveis que, combinados com oxignio do ar e em contato com uma chama ou centelha (agente gneo) externa, se inflamam; e mantm-se queimando, mesmo com a retirada do agente gneo, face a quantidade de vapores liberados quela temperatura, bem como o aumento da temperatura provocada pela queima. Exemplo:

1) Com uma fonte externa de calor 2) Os gases entram em COMBUSTO. 3) Afastada a fonte, a combusto continua. PONTO DE INGNIO O ponto de ignio consiste na temperatura (muito acima dos pontos de inflamao e de combusto) qual os vapores desprendidos entram em combusto espontnea (independentemente

Exemplo:

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Os gases entram em combusto espontaneamente, independente de uma fonte externa de calor. PROPAGAO DO FOGO Conduo Em transferncia de calor, conduo (ou conduo de calor) a transferncia de energia trmica entre molculas vizinhas em uma substncia devido a gradiente de temperatura. Isso sempre ocorre a partir de uma regio de maior temperatura para uma regio de baixa temperatura, e atua para equalizar as diferenas de temperatura. Genericamente, ocorre a propagao de calor sem transporte da substncia formadora do sistema, ou seja, atravs de choques entre suas partculas integrantes ou intercmbios energticos dos tomos, molculas, e eltrons. Conduo ocorre em todas as formas de matria, slidos, lquidos, gases e plasmas, mas no requer qualquer movimento de massa da matria. Em slidos, devido combinao das vibraes das molculas em um retculo cristalino e o transporte de energia por eltrons livres.Os eltrons suscetveis de mover denominam-se eltrons de conduo no modelo do eltron livre. Em gases e lquidos, a conduo devida s colises e difuso das molculas durante o seu movimento aleatrio. Os metais e suas ligas, devido elevada condutividade trmica, so excelentes meios de propagao de calor, normalmente associada condutividade eltrica. Os gases e alguns slidos, que possuem baixa condutividade trmica, so pssimos meios de propagao de calor. Em fluidos (lquidos e gases) tambm ocorre transferncia de calor por conduo, porm nestes o aumento da temperatura provoca uma alterao na densidade do fluido na parte mais quente, o que provoca uma movimentao macroscpica. Esse deslocamento que surge entre a parte do lquido mais quente e a mais fria aumenta a velocidade de transporte de energia trmica. A este fenmeno d-se o nome de conveco. Exemplo:

Irradiao A irradiao ou radiao o processo mais importante de propagao de calor, pois atravs dele que o calor do Sol chega at a Terra. Sem esse processo no haveria vida na Terra. A irradiao o processo de transferncia de calor atravs de ondas eletromagnticas, chamadas ondas de calor ou calor radiante. Enquanto a conduo e a conveco ocorrem somente em meios materiais, a irradiao ocorre tambm no vcuo. De um modo geral podemos dizer que, em diferentes quantidades, todos os corpos emitem energia radiante devido a sua temperatura. Estas radiaes, ao serem absorvidas por outro corpo, provocam, nele, uma elevao de temperatura. Quando uma pessoa est prxima de um corpo aquecido, em geral, recebe calor pelos trs processos: conduo, conveco e irradiao. Quanto maior for temperatura do corpo aquecido, maior ser a quantidade de calor transmitida por radiao.

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Exemplo:

So l

Conveco o processo de transmisso do calor, nos lquidos ou nos gases, por efeito das camadas aquecidas que se chamam correntes de conveco. Na conveco, no ocorre passagem de energia de um corpo para outro, mas movimento de partculas, levando consigo a energia de uma posio para outra. Por isso, a conveco no pode ocorrer no vcuo. A conveco explica, por exemplo, as brisas martimas e terrestres; porque os aparelhos de ar-condicionado devem ser instalados elevados; porque os refrigeradores tm o congelador na parte superior. Exemplo:

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CLASSES DE INCNDIO Os incndios so classificados de acordo com as caractersticas dos seus combustveis. Somente com o conhecimento da natureza do material que est se queimando, pode-se descobrir o melhor mtodo para uma extino rpida e segura. CLASSE A Caracteriza-se por fogo em materiais slidos; queimam em superfcie e profundidade; aps a queima deixam resduos, brasas e cinzas; Esse tipo de incndio extinto principalmente pelo mtodo de resfriamento, e s vezes por abafamento atravs de jato pulverizado. Exemplo: Papel, madeira, tecido.

CLASSE B Caracteriza-se por fogo em combustveis lquidos inflamveis; queimam em superfcie; aps a queima, no deixam resduos; Esse tipo de incndio extinto pelo mtodo de abafamento. Exemplo:

Gasolina, lcool, ter e etc.

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CLASSE C Caracterizase por fogo em materiais/equipamentos energizados (geralmente equipamentos eltricos); A extino s pode ser realizada com agente extintor no-condutor de eletricidade, nunca com extintores de gua ou espuma; O primeiro passo num incndio de classe C, desligar o quadro de fora, pois assim ele se tornar um incndio de classe A ou B. Exemplo: Computadores, televiso, motores e etc.

CLASSE D Caracteriza-se por fogo em metais pirofricos (alumnio, antimnio, magnsio, etc.) So difceis de serem apagados; So difceis de serem apagados; Esse tipo de incndio extinto pelo mtodo de abafamento; nunca utilizar extintores de gua ou espuma para extino do fogo. Exemplo: Estes metais so encontrados em fbricas e indstrias automobilsticas por exemplos raspa de zinco, limalha de magnsio, etc. METODOS DE EXTINO DO FOGO A maioria dos incndios comea com um pequeno foco, fcil de debelar. Conhea os mtodos de extino do fogo e ajude os bombeiros a evitar que um incndio se transforme numa catstrofe. Em todo incndio ocorre um reao de combusto, envolvendo trs elementos: o combustvel, o comburente e o calor. Os mtodos de extino do fogo consistem em romper o triangulo do fogo. Isolamento Esse mtodo consiste em duas tcnicas: Retirada do material que est queimando; Retirada do material que est prximo ao fogo.

Abafamento Este mtodo consiste na diminuio ou impedimento do contato de oxignio com o combustvel.
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Resfriamento Este mtodo consiste na diminuio da temperatura e eliminao do calor, at que o combustvel no gere mais gases ou vapores e se apague.

AGENTES DE EXTITORES So substncias qumicas, podendo ser lquidas ou gasosas e sero utilizadas no combate ao fogo. Dispostos em aparelhos portteis de utilizao imediata (extintores), conjuntos hidrulicos (hidrantes) e alguns dispositivos especiais (splinkers). Agente extintor todo material que aplicado ao incndio interfere em sua reao qumica, provocando uma descontinuidade, e alterando as condies para que haja fogo. Estes Agentes podem ser encontrados nos estados lquidos, gasosos ou slidos. Como: gua Gs Carbnico (CO2) P Qumico Seco P qumico ABC

Agentes Improvisados (areia, cobertor, tampa de vasilhame, etc.) Os Aparelhos Extintores so os vasilhames, fabricados com dispositivos que possibilitam a aplicao do Agente Extintor sobre os focos de incndio. Normalmente, recebem o nome do Agente que neles contm, destinam-se ao combate imediato de pequenos focos, pois acondicionam pouco volume de Agente Extintor para manterem a condio de fcil transporte. So de grande utilidade, desde que, manejados adequadamente e no momento certo.

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EXTINTOR DE INCNDIO GUA PRESSURIZADA

o agente extintor indicado para incndios de classe A; Age por resfriamento e/ou abafamento; Pode ser aplicado na forma de jato compacto, chuveiro e neblina. Para os dois primeiros casos, a ao por resfriamento. Na forma de neblina, sua ao de resfriamento e abafamento. ATENO: Nunca use gua em fogo das classes C e D. Nunca use jato direto na classe B. EXTINTOR DE INCNDIO CO2

o agente extintor indicado para incndios da classe C, por no ser condutor de eletricidade. Age por abafamento, podendo ser tambm utilizado nas classes A, somente em seu incio e na classe B em ambientes fechados.

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EXTINTOR DE INCNDIO P QUIMICO SECO PQS

o agente extintor indicado para combater incndios da classe B; Age por abafamento, podendo ser tambm utilizados nas classes A e C, podendo nesta ltima danificar o equipamento. EXTINTOR DE INCNDIO DE P QUIMICO ABC Com p ABC apaga os trs tipos de incndio. Com ele, voc no precisa identificar a classe do fogo antes de utilizar o equipamento.

VIAS DE ESCAPE Com relao ao escape de pessoas, em caso de emergncia, os principais pontos que a NR-23 determina, so os seguintes: Os locais de trabalho devero dispor de sadas, em nmero suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandon-los com rapidez e segurana; A largura mnima das aberturas de sada dever ser 1,20 metro e o sentido de abertura da porta no poder ser para o interior do local de trabalho; As aberturas, sadas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direo de sada; As sadas devem ser dispostas de tal forma que entre elas e qualquer local de trabalho no se tenha de percorrer distncia maior que 15 metros nos de risco grande e 30 metros nos de riscos mdio e pequeno; Os pisos em nveis diferentes devem ter rampas que os contornem suavemente e, neste caso, dever ser colocado um aviso no incio da rampa no sentido da descida; Escadas em espiral, de mo ou externas de madeira no sero consideradas partes de uma sada de emergncia. No existindo uma Brigada de Incndio nas empresas em que trabalham, so os Cipeiros, em razo dos conhecimentos aprendidos nos cursos de formao de componentes das CIPAs e treinamentos
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suplementares, as pessoas mais indicadas para compor uma equipe de preveno e combate a princpios de incndios. 19- DOENAS SEXUALMENTE TRANSMISSVEIS

As doenas sexualmente transmissveis so aquelas transmitidas durante a relao sexual, ou outro contato ntimo. Isso pode e deve ser evitado. Quem se interessa por seu corpo, tem que interessar tambm pelo seu bem-estar. Esta a compensao que equilibra uma relao. Seu corpo deve ser respeitado e valorizado, no s pelo(a) parceiro(a), mas principalmente por voc. voc quem impem limites e, se o(a) parceiro(a) no se mostra amigo(a) do seu corpo, sua responsabilidade proteg-lo. Lembre-se: voc o(a) melhor amigo(a) do seu corpo. Os dois tipos mais comuns de DST so gonorria e sfilis. Existem outras como cancro mole, condiloma acuminado, herpes genital, chlamydia e a AIDS a qual daremos especial ateno. GONORRIA: Nas mulheres muitas vezes assintomtica. Quando h sintomas, incluem aumento da freqncia urinaria, corrimento vaginal, sangramento aumentado durante a menstruao e prurido retal. Os homens geralmente so sintomticos, com corrimento amarelado de pus e muco no pnis, dor ao urinar e aumento da freqncia urinaria. Os sintomas aparecem de sete a vinte e um dias aps o contato sexual. Se no for tratado, o organismo da gonorria (Gonococos) pode penetrar no resto do corpo pela corrente sangunea e ir para os ossos, articulaes e outros tecidos. Neste estgio difcil detectar a doena sendo muitas vezes diagnosticada erroneamente como artrite simples. SFILIS: causada por uma bactria chamada Treponema Pallidum. Aps o contgio, passa por vrias fases clnicas. Perodo de incubao: de 10 a 90 dias, com mdia ao redor de trs semanas. No existem sinais ou sintomas, nem se conseguem detectar anticorpos. Fase Primria: surge a primeira manifestao caracterstica, que o Cancro Duro, lcera, geralmente isolada, com bordas ntidas e sobrelevadas, dura, indolor, com fundo limpo. Esta leso desaparece espontaneamente, sem deixar cicatriz, no perodo de trs a seis semanas. Fase Secundria: ocorre aps seis a oito semanas de contato, caracteriza-se por febre, dor de cabea, fraqueza e dores musculares. Nas mucosas pode-se encontrar placas e eroses. Na pele pode haver mculas (Roseolas sifilticas), descamao do tronco, raiz dos membros superiores, palmas das mos e plantas dos ps. A leses costumam desaparecer, sem deixar seqelas, em quatro a doze semanas. Fase de Latncia: ocorre nos indivduos no tratados. A doena assintomtica e caracteriza-se pela presena de reaes sorolgicas positivas. A doena pode permanecer assim por 40 anos e o indivduo um transmissor. CANCRO MOLE: Caracteriza-se por lcera aguda, em geral localizada nos genitais. O perodo de incubao de um a cinco dias. Na mulher o cancro mole pode ser assintomtico. Quando aparecem leses, estas se desenvolvem nos grandes lbios, no nus e no colo uterino. Inicia-se como mancha avermelhada que evolui para pstula

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(bolha) que se rompe dando origem lcera, que sendo auto-inoculvel pode se desenvolver em leses mltiplas. Importante caracterstica a dor que acompanha a lcera. CONDILOMA ACUMINADO: Infeco pelo Papilomavrus humano (HPV, do ingls, Human Papiloman Vrus). Pode ser assintomtica, mas com freqncia causa o condiloma acuminado ou verrugas genitais, sexualmente transmitidas e altamente contagiosas. Mais de 20 tipos de HPV podem infectar o trato genital, muitos deles assintomticos. As verrugas genitais visveis so causadas pelos tipos 6 e 11 do HPV. Outros tipos (16, 18, 31, 33, 35, 45, 51, 52, 56, 58 e 61) so fortemente associados displasia do colo uterino fator de risco para cncer de colo e so diagnosticados no exame de Papanicolau. O perodo de incubao pode ser de at oito meses. As leses so carnosas, indolores, macias, vegetantes, isoladas ou mltiplas, na rea vulvar, vaginal, no colo uterino, uretral ou anal. O tratamento das leses externas pode ser feito pelo prprio paciente com mltiplas aplicaes de uma preparao tpica. importante saber que o objetivo da terapia retirar as leses visveis, mas o HPV no ser curado ou eliminado e poder ser transmitido para os novos parceiros sexuais. HERPES GENITAL: As leses ocorrem de dois a dez dias aps a exposio inicial, s vezes com febre, indisposio, aumento dos gnglios e dor de cabea para infeco primria. Estas manifestaes so precedidas pela sensao de formigamento, seguidas de leses como vesculas (bolhas) sobre reas avermelhadas e inchadas, passando para lceras dolorosas, as quais formam crostas que se resolvem sem deixar cicatrizes. A leses recorrentes podem ser estimuladas por febre, estresse, doenas, trauma local, menstruao ou queimaduras solar. importante que seja evitado a relao sexual desde o primeiro sinal de surto ativo at a resoluo das leses (pelo menos duas semanas com infeco primria e aproximadamente uma semana com as infeces recorrentes). Devemos ter em mente que possvel a disseminao do vrus atravs das secrees genitais mesmo durante o perodo assintomtico, de modo que o parceiro deve ser notificado. CHLAMYDIA: uma DST comum que ocorre em mulheres e homens, principalmente em adolescentes e adultos jovem. Nas mulheres pode ser assintomtica ou apresentar secreo vaginal secreo mucide clara e cremosa. Nos homens , com freqncia, assintomtica, mas pode apresentar-se como uretrite (dor ao urinar). Ateno: importante que o parceiro seja tratado ao mesmo tempo, apesar da falta de sintomas e do resultado negativo para teste de chlamydia. AIDS O que AIDS AIDS que dizer sndrome da imunodeficincia adquirida. Sndrome: a associao de vrios sinais (sintomas) que permitem identificar uma doena Imunodeficincia: um enfraquecimento importante do sistema imunolgico. significa que, fraca, a pessoa pode pegar muitas doenas.

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Adquirida: porque a pessoa no nasce com ela, mas a pega ao entrar em contato com o vrus da AIDS, o HIV. HIV o vrus: o HIV o vrus que faz o corpo ficar fraco, possibilitando a ocorrncia de diversas doenas oportunistas (que se aproveitam da situao de fraqueza da pessoa). ele pode ficar muito tempo dormindodentro de espcies de casinhaschamadas linfcitos t4. quando acordacomea a se multiplicar at destruir a casinha (clula) e outra e outra e outra mais. o corpo fica sujeito a todo tipo de doenas, inclusive aquelas que no causariam grandes problemas em pessoas sem o HIV, como por exemplo, o sapinho na boca, a diarria etc. Estas so as fases de infeco pelo HIV: fase soropositiva: aparentemente, o individuo saudvel, mas est contaminado. tem o vrus e no apresenta nenhum sintoma da doena, mesmo assim, pode transmitir a AIDS para outras pessoas sadias. Fase intermediria: quando aparecem e persistem os sintomas como diarria, emagrecimento muito rpido, gnglios (caroos) inchados no pescoo ou debaixo dos braos. Fase da doena: a fase mais grave da AIDS propriamente dita. Aparecem doenas como pneumonia, meningite, tubercul0se, herpes, que se aproveitam da fraqueza do corpo. so conhecidas, hoje, mais de 25 doenas oportunistas e alguns tipos de cncer, tumores. Exatamente porque o corpo est fraco, difcil de tratar, pois os remdios no fazem muito efeito. importante lembrar que as fases 2 (intermediria) e 3 (da doena) podem se juntar uma na outra. Mais importante ainda saber que nas trs fases a pessoa infectada pode transmitir o vrus. A TRANSMISSO Quando est fora do corpo humano, o vrus da AIDS morre logo, no sobrevive por muito tempo. Ainda bem. Alm disso, preciso haver uma grande quantidade do vrus para contaminar uma pessoa sadia. O que s acontece quando o HIV entra em contato direto com o sangue, esperma (lquido que sai do pnis do homem na hora do gozo ou secrees vaginais (lquidos na vagina das mulheres). A AIDS pode ser transmitida por: 1) Relao sexual com pessoas portadoras do HIV Durante as relaes sexuais ocorrem ferimentos muito pequenos, to pequenos que no d para ver a olho nu. por a que o vrus entra. Todo contato com sangue, esperma e lquidos vaginais contaminados perigoso. O sexo anal (por trs) ainda mais ariscado, pois o anus (por onde saem as fezes) o local ideal para o vrus se alojar. O sexo oral (a boca no pnis ou na vagina) tambm apresenta risco de contaminao, principalmente se houver ejaculao (gozo) na boca ou, no caso da mulher, quando estiver no perodo de mestruao (regra ou incmodo). Se um dos parceiros tiver algum tipo de ferimento na boca ou na gengiva, por exemplo, poder haver a contaminao. Neste caso, ser novamente atravs do sangue, isto , o vrus entrar direto na corrente sangunea da pessoa. 2) Transfuso ou recepo de sangue

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A rede hospitalar no Brasil est consciente do perigo da transmisso da AIDS atravs de transfuses de sangue. Por isso, um nmero cada vez maior de hospitais est fazendo teste para descobrir possveis doadores contaminados. A recepo do sangue com HIV pode acontecer tambm pelo uso agulhas e seringas contaminadas. Os hospitais brasileiros s usam seringas descartveis. Portanto, no h problema. O problema aparece entre os drogados que se utilizam de uma mesma agulha e seringa para passar a droga de um para outro. Se ficou uma gota de sangue ali, a contaminao certa. 3) De me para filho A transmisso da me para o filho pode acontecer durante o parto, pela amamentao ou via vertical ( da me para o feto), durante a gravidez. No caso de mes portadoras do vrus da AIDS, a possibilidade de contaminao do feto de mais ou menos 30 por cento, isto , uma em cada trs crianas contaminada. Portanto, 70 por cento dos bebs podem nascer sem o HIV, segundo as pesquisas. A criana pode ser contaminada tambm durante o parto. Os mdicos recomendam que as mes com vrus no amamentem e no doem seu leite. O vrus da AIDS j foi encontrado na saliva, nas lagrimas, no suor, na urina e nas fezes, mas em pequenas quantidades. o risco de pegar AIDS em contato com esses lquidos muito pequeno. Beijar muito bom e no faz mal a ningum. S h possibilidade de pegar AIDS se o beijo for profundo e se houver sangramento nas gengivas. At hoje, no houve nenhum caso de transmisso por beijo, cientificamente provado. praticamente impossvel a transmisso por: mosquitos, pernilongos, animais domsticos, copos, alimentos, privadas, nibus, talheres, dinheiro, maanetas, piscinas, escolas, parques pblicos ou pelo ar. O que o doente sente muito comum que os doentes da AIDS sintam dores agudas na cabea, no peito, mos e ps. Feridas na boca ou nas partes baixas (em volta do pnis, da vagina ou do nus tambm podem ser muito dolorosas. antes que a dor se torne aguda, preciso dar algum remdio mais forte do que aspirina. o mdico pode receitar os remdios adequados. porm, o doente e as pessoas que cuidam dele precisam saber que os remdios mais fortes, que fazem dormir, podem agravar o seu estado de sade. para aliviar a dor, coloque um pano limpo e mido sobre as feridas, a cabea ou peito, derrame gua limpa e depois enxugue bem. o local da dor pode tambm ser massageado suavemente com leo ou vaselina. pea ao doente para respirar profunda e regularmente, para relaxar. existem tambm remdios que podem melhorar as feridas. fale com o mdico. A diarria pode ser um problema grave, com fezes aguadas, cheiro muito ruim e pus. O doente, s vezes, se recusa a comer e a beber, com medo de piorar a diarria. ele se sente triste e deprimido. Quem estiver cuidando dele precisa encoraj-lo a comer alimentos leves e nutritivos, como sopo, gua de arroz, suco de frutas, ch fraco. a desidratao ser combatida assim. Se o doente vomitar, d a ele de pouco em pouco tempo uma pequena quantidade de lquido. Alimentos e lquidos contendo muito acar podem piorar a diarria. Use plstico para proteger o colcho e os cobertores. Troque a roupa de cama sempre que necessrio, ainda que seja duas ou mais vezes por dia. O doente deve estar sempre limpo, seco e confortvel. Tenha uma comadre sempre mo. a diarria e os suores deixam um cheiro muito ruim no ambiente. Por isso, use um ventilador ou desodorantes de ambientes tipo bom-ar (se disponveis). Conviver com a AIDS

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Conviver e cuidar de um parente, amigo ou parceiro doente de AIDS muito cansativo, fsica e emocionalmente. O peso das tarefas de casa, lavar, passar, fazer comida, aumenta muitssimo. Por isso, alm de precisar de ajuda fsica para fazer os servios, a famlia precisa de apoio emocional, muitas vezes at mais que o doente. Isto parque a famlia ou que est convivendo com a AIDS, tem dificuldades para aceitar o que est acontecendo. se voc tem um conhecido, amigo ou parente com AIDS, ajude- seja solidrio. Sua fora importante para que ele aceite com mais naturalidade a doena. Mudar j! Ou aumentar o risco de vida Herbert de Souza o Betinho em seu livro a cura da AIDS escreveu: viver sob o signo da morte no viver. se a morte irreversvel, o importante saber viver e, para isso, fundamental que possamos reduzir o contgio com o vrus HIV. um desafio que temos que vencer. Sem dvida, esse um desafio muito difcil de vencer. O primeiro passo uma mudana total de comportamento das pessoas. o perigo de contgio ronda todos ns. Por isso, precisamos nos conscientizar de que somente com proteo que podemos evitar a AIDS. O descuido pode ser fatal Nunca pensei que isso fosse acontecer comigo. Essa frase muito ouvida diariamente por mdico em todo o brasil. so pessoas como voc, que precisam entender de uma forma ou de outra, que AIDS est a, violenta, sem escolher suas vtimas. por isso chegado o momento de todo mundo parar para pensar e mudar. a primeira atitude que devemos assumir o uso da camisinha. Ela a nica forma conhecida de preveno da AIDS. Aquele velho papo de no vou chupar bala com papel tem de ser esquecido. Ou se faz sexo com camisinha, ou o risco de contrair o vrus da AIDS imenso. Ainda sobre o uso da camisinha: muitas pessoas no usam com medo de magoar ou chatear o parceiro. Por isso porque, nas relaes entre parceiros, muito difcil acreditar que o outro possa estar contaminado. Mas, ser que existe total sinceridade entre todos, a ponto de haver garantia da no contaminao? O outro ponto importante diz respeito s drogas aplicadas diretamente na veia. De um modo geral, os mdicos especialistas em AIDS afirmam que a maioria daqueles que usam drogas na veia um dia vai se contaminar. Portanto no h outra sada: o uso de drogas na veia tem de acabar. Mas, no caso disso ser impossvel para algum, que haja pelo menos o cuidado de utilizar seringas individuais e nunca participar de sesses coletivas de uso de droga. Este seu corpo, cuide bem dele. Saliva: o vrus da AIDS foi encontrado na saliva de portadores e doentes, porm em quantidade muito pequenas. Um beijo leve, mesmo que na boca de uma pessoa doente, no representa perigo de contgio. Um beijo profundo pode apresentar perigo se houver algum sangramento de gengiva. A a transmisso ser atravs do sangue e no pela saliva. Axilas: o suor do corpo, principalmente, embaixo do brao, contm pequenas quantidades de vrus da AIDS. Tambm no representa nenhum perigo de contaminao. Lgrimas: as lgrimas saem constantemente para lavar os olhos. No h perigo de pegar AIDS em contato com esse lquido.

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Seios: tambm conhecidos por mamas ou peitos, os seios produzem o leite, principal alimento para recmnascidos. Os mdicos recomendam que mes portadoras do vrus da AIDS no amamentem seus filhos e nem doem leite, porque o leite contaminado pode transmitir a AIDS. Vagina: o rgo sexual da mulher. Ela produz secrees que aumentam na hora da relao sexual. Numa mulher contaminada, essas secrees podem transmitir a AIDS. Pnis: o rgo sexual do homem. Durante a ejaculao (gozo), solta o esperma, o lquido branco que sai do pnis. Num homem contaminado, o esperma contm uma quantidade muito grande de vrus HIV. Na vagina, no nus ou na boca, o esperma transmite AIDS. Urina: a gua de no serve ao corpo filtrada pelos rins. Sai pelo pnis (no homem) e pela uretra (canal que fica perto da vagina da mulher). No h perigo de pegar AIDS em contato com a urina. nus: local por onde saem s fezes. Normalmente cheio de bactrias, o nus ideal para transmisso da AIDS. Em qualquer relao sexual pelo nus, com pessoa contaminada e sem a proteo de uma ou mais camisinhas, a transmisso da AIDS praticamente certa. Empresas: educar para prevenir A informao continua sendo o melhor remdio para preveno da doena. A princpio, havia os chamados grupos de risco. Isso j no existe mais. Hoje, temos o comportamento de risco, isto , qualquer pessoa pode pegar o vrus da AIDS, no importando o sexo, idade, raa, classe social, preferncia sexual ou profisso. Por isso, muito muito importante que as empresas tenham programas internos de combate a AIDS. Alm do aspecto humano de assistncia mdica e psicolgica ao doente, a AIDS tem custos muito elevados. Um doente custa, diretamente, no Brasil, cerca de 50 dlares por dia. Mas, o custo indireto, para as empresas, muito maior. ela investiu no seu funcionrio, oferecendo treinamento, benefcios, plano de carreira etc. provavelmente, este funcionrio est no auge de sua profisso, entre 25 e 40 anos de idade.

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20- ATUAO DOS CIPEIROS E COMO SE REALIZA UMA REUNIO DE CIPA ATUAO DOS MEMBROS DA CIPA Integram a CIPA representantes do empregador e representantes dos empregados. O presidente da CIPA ser designado pelo empregador, dentre os seus representantes titulares. O Presidente devido sua funo deve conduzir os trabalhos e criar um clima de confiana para todos participantes, a fim de que haja liberdade de serem discutidos os assuntos sem receio. Deve ainda: Manter estreito contato com a administrao, no sentido de verificar o andamento das recomendaes sugeridas pela CIPA; Justificar, se for o caso, a no adoo de medidas sugeridas em reunio anterior; Definir e coordenar as atribuies dos demais membros. Ao Vice-Presidente da CIPA compete exercer funes que, por delegao, lhe forem atribudas pelo Presidente, alm de substitu-lo nos seus impedimentos. Ao Secretrio, cargo fundamental para o bom desenvolvimento administrativo da CIPA, cabe: Redigir a ata, que dever ser bem clara em relao ao que foi discutido e votado; Preparar correspondncia; Elaborar relatrios estatsticos. Os membros representantes dos empregados devem estar conscientes das suas responsabilidades e da confiana neles depositada pelos companheiros que os elegeram. O empregado quando participar da CIPA como membro eleito, estar protegido pela Consolidao das Leis do Trabalho. Dessa forma que a sua atuao pelo fato de votar nas decises e de solicitar meios de segurana os equipamentos de proteo e por perder algumas horas de servio para comparecer s reunies no seja prejudicada. Deve respeitar a opinio dos outros e, quando quiser oferecer as suas sugestes, dever solicitar a palavra, no interrompendo os outros membros da CIPA. Quando algum estiver falando, dever procurar compreender a mensagem e se colocar no lugar de quem a transmite. Havendo uma proposta com a qual no possa concordar, dever explicar o porqu, fazendo uma outra proposta em seu lugar. Essas propostas e observaes devem ser sempre baseadas em fatos e no em simples opinies. Se uma proposta no for acatada pela maioria, a recusa dever ser aceita com tranqilidade. Desentendimentos pessoais no devem alterar o comportamento dos membros da CIPA. Os representantes dos empregados devem apresentar relatrios de acidentes, de atos inseguros, de condies inseguras do trabalho e, naturalmente, sugestes para melhoria dos mtodos de segurana e reduo de riscos. No final da reunio, os representantes dos empregados estaro comprometidos com tudo que ficou acertado e votado. Depois, em reunies com os seus colegas de trabalho, transmitiro as recomendaes de segurana e relataro quais as medidas prticas que sero tomadas para a preveno de acidentes. Essa , tambm, uma boa ocasio para colher opinies e sugestes dos colegas. Elas devero ser apresentadas na reunio seguinte da CIPA. Alis, os membros da CIPA devem multiplicar seus contados com os companheiros porque, assim estaro ampliando as possibilidades de identificar riscos de acidentes e, ao mesmo tempo, podero anotar as idias prticas que podem ajudar a resolver os problemas. COMO SE REALIZA UMA REUNIO DA CIPA

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A CIPA constituda por um grupo de pessoas que se interessam e trabalham por objetivos comuns. Tanto os empregados como os empregadores, representados nesta comisso, procuram, basicamente, a eliminao ou reduo das causas de acidentes e doenas do trabalho. Ser membro efetivo ou suplente da CIPA constitui responsabilidade de grande importncia, devendo cada um revelar interesse pelo estudo terico, pela observao, prtica e pela participao ativa na pesquisa de atos inseguros, de condies inseguras e j, nas reunies, Dar demonstrao objetiva do desejo de encontrar solues para os problemas levantados. Nessa reunio, participam diversas pessoas, diferentes umas das outras, cada uma com a sua personalidade. Sentimentos pessoais no devem interferir no objetivo da reunio. Assim, deve-se adotar a seqncia de assuntos da reunio, sem que os problemas pessoais sejam trazidos como motivo de discusso. Existem algumas regras para que o grupo tenha seus objetivos alcanados. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. O Ambiente deve ser um lugar sossegado, com mesa, cadeiras, lpis e papel; Os assuntos a discutir devem ser estabelecidos antes, para que todos deles tenham conhecimento. Para no ocorrerem casos de inibio, toda pessoa desconhecida deve ser apresentada. Todos devem ser estimulados a apresentar a sua opinio. No devem ser feitos comentrios que fujam aos assuntos discutidos. As pessoas tmidas devem ser estimuladas a participar, manifestando suas idias. O horrio da reunio deve ser respeitado. As concluses tomadas devem ser aquelas que forem aceitas pela maioria dos participantes. Todos aqueles que participarem da reunio devero comprometer-se a trabalhar para o cumprimento daquilo que foi decidido.

Observaes: As reunies da CIPA, como j podemos perceber, devem seguir um plano de trabalho. Elas tm de ser muito bem preparadas. Os cipeiros devem procurar conhecer as matrias que sero abordadas antecipadamente, a fim de discutir com os colegas de trabalho que sugestes e reivindicaes devero fazer. Todos os cipeiros coloquem os problemas de seus setores ou que foram por eles anotados; Discutir como apresentar para a empresa tais problemas. Os mais graves e urgentes devem vir em primeiro lugar. O cipeiro que for apresent-los deve ser o mais preparado; Caso haja dvida quanto a qualquer problema, procurar auxlio do sindicato; Os acidentes de trabalho ocorridos devem ser analisados em reunio preparatria. Devem ser levantadas suas causas e, se possvel, apresentadas sugestes como forma de preveno de novos acidentes; Ao final da reunio da CIPA, deve haver encontros com os outros trabalhadores para que os cipeiros possam transmitir o andamento das discusses e informar as resolues tomadas. A partir da, as resolues devem ser discutidas, como objetivo de verificar se esto ou no atendendo s necessidades dos trabalhadores da empresa, estabelecendo-se, atravs do debate, a continuidade para o enfrentamento dos problemas. Os membros da CIPA devem multiplicar seus contatos com os companheiros. Agindo assim, estaro ampliando as possibilidades de identificar riscos de acidentes, degradao de sade e, ao mesmo tempo, podero anotar as idias prticas que possam solucionar problemas.

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