Elementos de Comunicação e Funções Da Linguagem
Elementos de Comunicação e Funções Da Linguagem
Elementos de Comunicação e Funções Da Linguagem
Elementos da Comunicao
Os participantes de um ato comunicativo: emissor (tambm chamado de locutor ou de remetente) e receptor (locutrio ou destinatrio). O canal em que se d a comunicao. O canal o meio fsico por onde circula a mensagem entre o emissor e o receptor (ondas sonoras, papel, bytes, etc.). tambm a conexo psicolgica que se estabelece entre o emissor e receptor para que possam se comunicar. A mensagem a ser transmitida. A mensagem o conjunto de enunciados produzidos pela seleo e combinao de signos realizada por um determinado indivduo. O cdigo em que a mensagem transmitida. Trata-se do sistema que utilizado pelos falantes. Assim, o cdigo deve ser entendido como um conjunto de signos convencionais e das regras que determinam sua organizao. O contexto a que a mensagem se refere. O contexto o contedo, o assunto da mensagem. Nessa perspectiva, toda mensagem tem um objetivo predominante, que pode ser a transmisso de informao, o estabelecimento puro e simples de uma relao comunicativa, a expresso de emoes, e assim por diante.
propaganda a expresso tpica da funo conativa. As expresses lingsticas com vocativos e formas verbais no imperativo tambm exemplificam essa funo, como o caso das preces. 4- Funo ftica (nfase no canal) Quando o objetivo da mensagem simplesmente o de estabelecer ou manter a comunicao, ou seja, o contato entre o emissor e o receptor, diz-se que a funo predominante a ftica. As frmulas de abertura de dilogos, quase sempre frases feitas so exemplos tpicos da funo ftica da linguagem. Neste caso, sua finalidade marcar o incio e/ou o encerramento de um dilogo. Funo metalingstica (nfase no cdigo) Quando o objetivo da mensagem falar sobre a prpria linguagem, de que predomina no texto a funo metalingstica. Um exemplo evidente da funo metalingstica so as definies de verbetes encontradas nos dicionrios. Funo potica (nfase na mensagem) Quando o objetivo da mensagem chamar a ateno para a prpria mensagem, sugerindo que ela o resultado de um trabalho de elaborao feito sobre sua forma, diz-se que a funo predominante a potica. A funo potica marcada por uma maior liberdade no uso das palavras, exploradas mais pelo seu potencial em evocar imagens e produziu efeitos sonoros. Nesses casos, h um trabalho com os prprios signos, cujo objetivo provocar algum efeito de sentido no receptor. Num o elabora uma atravs de um veiculada por um para um Esquematicamente, temos: CONTEXTO EMISSOR MENSAGEM CDIGO CANAL RECEPTOR 65-
As funes da linguagem
De acordo com a inteno do falante, com as escolhas e combinaes realizadas e com os elementos da comunicao sobre os quais se centra a mensagem, possvel reconhecer diferentes funes da linguagem. As funes da linguagem so o conjunto das finalidades comunicativas realizadas por meio dos enunciados da lngua. Enunciado tudo aquilo que dito ou escrito por meio de palavras delimitadas por marcas formais: na fala, pela entoao; na escrita, pela pontuao est sempre associado ao contexto em que produzido. O lingista Roman Jakobson, afirma que "dificilmente lograramos [...] encontrar mensagens verbais que preenchessem uma nica funo. A diversidade reside no no monoplio de alguma dessas diversas funes, mas numa diferente ordem hierrquica de funes. A estrutura verbal de uma mensagem depende basicamente da funo predominante". (JAKOBSON, Roman. Lingustica e comunicao. So Paulo: Cultrix, 1970. p, 123.) Isto , em uma mesma mensagem verbal, possvel reconhecer sempre mais de uma funo; por outro lado, em toda mensagem prevalece uma das seis funes Funo referencial ou denotativa (nfase no contexto, a mensagem centrada na informao) Quando o objetivo da mensagem a transmisso de informao sobre a realidade ou sobre um elemento a ser designado, diz-se que a funo predominante no texto a referencial ou denotativa. Funo emotiva ou expressiva (nfase no emissor o texto em primeira pessoa) Quando o objetivo da mensagem a expresso das emoes, atitudes,estados de esprito do emissor com relao ao que fala, diz-se que a funo da linguagem predominante no texto a emotiva. A interjeio , ao lado da primeira pessoa do singular e de alguns sinais de pontuao (reticncias, ponto de exclamao), indicador seguro da funo emotiva da linguagem, 3- Funo conativa ou apelativa (nfase no receptor) Quando o objetivo da mensagem persuadir o destinatrio, influenciando seu comportamento, diz-se que a funo predominante no texto a conativa ou apelativa. A linguagem da 21-
Exerccios
01 - (UNIRIO RJ/1998) INTERROGAES 1 "Certa vez estranhei a ausncia de espelhos nos sonhos. 2 Talvez porque neles no nos podemos ver, como no velho conto do homem que perdeu a sombra. 3 Pelo contrrio, seremos to ns mesmos a ponto de dispensar o testemunho dos reflexos? 4 Ou ser to outra a nossa verdadeira imagem - e aqui comea um arrepio de medo - que seramos incapazes de a reconhecer naquilo que de repente nos olhasse do fundo de um espelho? 5 Em todo caso, l deve ter suas razes o misterioso cenarista dos sonhos..." (Mario Quintana) "... seremos to ns mesmos a ponto de dispensar o testemunho dos reflexos?" (par.3) A passagem anterior apresenta, predominantemente, as funes: a) conativa e emotiva. b) emotiva e potica. c) referencial e apelativa. d) ftica e metalingstica. e) metalingstica e conativa. 02 - (UNIFOR CE/2011)
II.
III.
Assinale a alternativa CORRETA: No quadrinho acima, observamos um problema de comunicao entre os personagens. Assinale a alternativa que apresenta o elemento da comunicao que levou a esse problema. a) b) c) d) e) Canal. Cdigo. Referente. Mensagem. Emissor. a) b) c) d) e) Apenas a I est correta. Apenas a II est correta. Apenas I e II esto corretas. Apenas I e III esto corretas. Apenas II e III esto corretas.
04 - (UFOP MG/2009) A metalinguagem est presente nestes versos de A Educao pela Pedra, de Joo Cabral de Melo Neto, exceto em: a) Certo poema imaginou que a daria a ver (sua pessoa, fora da dana) com o fogo. Porm o fogo, prisioneiro da fogueira, tem de esgotar o incndio, o fogo todo; e o dela, ela o apaga (se e quando quer) ou o mete vivo no corpo: ento, ao dobro. (MELO NETO, J. C. de. Dois P.S. a um poema.
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03 - (UFT TO/2011) Texto 1 Com Tim Liberty, voc navega e fala ilimitado, local e DDD com 41, para qualquer Tim do Brasil. Veja, ano 44, n 11, 16 de maro de 2011.
b)
c)
d)
In: A educao pela pedra. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2008, p. 218) Catar feijo se limita com escrever: jogam-se os gros na gua do alguidar e as palavras na da folha de papel; e depois joga-se fora o que boiar. Certo, toda palavra boiar no papel, gua congelada, por chumbo seu verbo: pois, para catar esse feijo, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco. (MELO NETO, J. C. de. Catar feijo. In: A educao pela pedra. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2008, p. 222) Durante as secas do Serto, o urubu, de urubu livre, passa a funcionrio. O urubu no retira, pois prevendo cedo que lhe mobilizaro a tcnica e o tacto, cala os servios prestados e diplomas, que o enquadrariam num melhor salrio, e vai acolitar os empreiteiros da seca, veterano, mas ainda com zelos de novato: aviando com eutansia o morto incerto, ele, que no civil quer o morto claro. (MELO NETO, J. C. de. O urubu mobilizado. In: A educao pela pedra. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2008, p. 209) Quando um rio corta, corta-se de vez o discurso-rio de gua que ele fazia; cortado, a gua se quebra em pedaos, em poos de gua, em gua paraltica. Em situao de poo, a gua equivale a uma palavra em situao dicionria: isolada, estanque no poo dela mesma; e porque assim estanque, estancada; e mais: porque assim estancada, muda, e muda porque com nenhuma comunica, porque cortou-se a sintaxe desse rio, o fio de gua por que ele discorria. (MELO NETO, J. C. de. Rios sem discurso. In: A educao pela pedra. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2008, p. 229-230)
06 - (UEMG/2009) A utilizao da funo metalingstica da linguagem um recurso comum s obras Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna e Meus poemas preferidos, de Manuel Bandeira, sabendo-se que tal recurso ocorre dentro dos respectivos gneros literrios. Marque, a seguir, a alternativa cujo fragmento textual NO comprova a afirmao acima: a) O comentrio musical da paisagem s podia ser o sussurro sinfnico da vida civil. No entanto o que ouo neste momento um silvo agudo sagim : (...) PALHAO preciso mudar o cenrio, para a cena do julgamento de vocs. Tragam o trono de Nosso Senhor! Agora a igreja vai servir de entrada para o cu e para o purgatrio.(...) Estou farto do lirismo que pra e vai averiguar no dicionrio [ o cunho vernculo de um vocbulo Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais (...) Vede como primo Em comer hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos.
b)
c)
d)
05 - (ESPM SP/2009) Leia: Sim, mas no esquecer que para escrever no-importa-o-qu o meu material bsico a palavra. Assim que esta histria ser feita de palavras que se agrupam em frases e destas se evola um sentido secreto que ultrapassa palavras e frases. (Clarice Lispector) Nesse trecho o texto se volta para o prprio texto, incluindose a o questionamento sobre a criao literria, por isso pode-se afirmar que est presente a funo da linguagem: a) b) emotiva conativa
07 - (ENEM Simulado/2009) Em uma famosa discusso entre profissionais das cincias biolgicas, em 1959, C. P. Snow lanou uma frase definitiva: No sei como era a vida antes do clorofrmio. De modo parecido, hoje podemos dizer que no sabemos como era a vida antes do computador. Hoje no mais possvel visualizar um bilogo em atividade com apenas um microscpio diante de si; todos trabalham com o auxlio de computadores. Lembramo-nos, obviamente, como era a vida sem computador pessoal. Mas no sabemos como ela seria se ele no tivesse sido inventado. PIZA, D. Como era a vida antes do computador? OceanAir em Revista, n- 1, 2007 (adaptado). Neste texto, a funo da linguagem predominante a) b) emotiva, porque o texto escrito em primeira pessoa do plural. referencial, porque o texto trata das cincias biolgicas, em que elementos como o clorofrmio e o computador impulsionaram o fazer cientfico. metalingustica, porque h uma analogia entre dois mundos distintos: o das cincias biolgicas e o da tecnologia.
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c)
d)
e)
potica, porque o autor do texto tenta convencer seu leitor de que o clorofrmio to importante para as cincias mdicas quanto o computador para as exatas. apelativa, porque, mesmo sem ser uma propaganda, o redator est tentando convencer o leitor de que impossvel trabalhar sem computador, atualmente.
08 - (UEMS/2008) As funes de linguagem que predominam nos perodos abaixo so, respectivamente: No interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu mdico. Seu mdico sabe o momento ideal para suspender o tratamento. a) referencial e potica b) metalingstica e referencial c) emotiva e ftica d) conativa e referencial e) referencial e conativa 09 - (UEPB/2007) A professora do Boco est corrigindo o dever de casa. A, balana a cabea, olha para o Boco e diz: No sei como uma pessoa s, consegue cometer tantos erros. E o Boco explica: No foi uma pessoa s, professora. Papai me ajudou. (ZIRALDO, Alves Pinto. Rolando de rir. O livro das gargalhadas do Menino Maluquinho. So Paulo: Melhoramentos, 2001. p. 20) Em relao ao texto acima, pode-se concluir que I. II. h predominncia da funo metalingstica. as falas dos interlocutores se sucedem sem a presena do narrador. III. a comicidade do texto se d em razo da interpretao literal de Boco. Analise as proposies e marque a alternativa conveniente. a) Apenas II e III esto corretas. b) Apenas I e II esto corretas. c) Apenas I e III esto corretas. d) Apenas III est correta. e) I, II e III esto corretas. 10 - (UFGD MS/2007) Leia o poema de Mrio Quintana e responda questo O poema Um poema como um gole dgua bebido no escuro. Como um pobre animal palpitando ferido. Como pequenina moeda de prata perdida para sempre na floresta noturna. Um poema sejm outra angstia que a sua misteriosa condio de poema.
11 - (UNAERP SP/2006) Assinale a opo cuja funo de linguagem no est corretamente analisada. a) "O poema que segue o mais popular de Alphonsus de Guimares. O texto situa-se na parte de sua obra que se inclina a buscar algumas sugestes de forma e contedo na tradio potica medieval." (potica) b) "Anda em mim, soturnamente, Uma tristeza ociosa, Sem objetivo, latente, Vaga, indecisa, medrosa" (emotiva) c) "No ande com o celular pendurado na cala. Fica feio, guarde-o na mochila. D pra escut-lo do mesmo jeito." (conativa) d) "Ah! Jamais ter necessidade de pronunciar essa interjeio" (metalingstica) e) "Neandertais comiam neandertais." As referncias so fortes. Os nossos primos neandertais extintos h uns 30.000 anos, comiam seus semelhantes. (referencial) 12 - (PUC SP/2001) Observe a seguinte afirmao feita pelo autor: Em nossa civilizao apressada, o bom dia, o boa tarde j no funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. Ela faz referncia funo da linguagem cuja meta quebrar o gelo. Indique a alternativa que explicita essa funo. a) Funo emotiva b) Funo referencial c) Funo ftica d) Funo conativa e) Funo potica Ribeiro Preto, SP Uma quadrilha assaltou o Banco Nossa Caixa de So Simo, na regio de Ribeiro Preto, 314 quilmetros ao norte de So Paulo, na manh desta quintafeira. [...] Funcionrios e seguranas foram rendidos e trancados, e dois assaltantes pegaram o dinheiro do cofre, valor no divulgado. A PM foi avisada s 10h30. No h pistas do bando. (O Estado de S. Paulo, 23 jan. 2003.) 13 - (UFAC/2006)
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Identifique a funo da linguagem que predomina no seguinte texto: a) emotiva b) potica c) conativa d) referencial e) metalingstica TEXTO 2 BALADA DAS TRS MULHERES DO SABONETE ARAX Manuel Bandeira As trs mulheres do sabonete Arax me invocam, me bouleversam, me hipnotizam. Oh, as trs mulheres do sabonete Arax s 4 horas da tarde! O meu reino pelas trs mulheres do sabonete Arax. Que outros, no eu, a pedra cortem Para brutais vos adorarem, brancaranas azedas, Mulatas cor da lua vm saindo cor de prata Ou celestes africanas: Que eu vivo, padeo e morro s pelas trs mulheres do sabonete Arax! So amigas, so irms, so amantes as trs mulheres do sabonete Arax? So prostitutas, so declamadoras, so acrobatas? So as trs Marias? Meu Deus, sero as trs Marias? A mais nua doirada borboleta. Se a segunda casasse, eu ficava safado da vida, dava pra beber e nunca mais telefonava. Mas se a terceira morresse... Oh, ento, nunca mais a minha vida outrora teria sido um festim! Se me perguntassem: Queres ser estrela? Queres ser rei? Queres uma ilha no Pacfico? um bangal em Copacabana? Eu responderia: No quero nada disso tetrarca. Eu s quero as trs mulheres do sabonete Arax: O meu reino pelas trs mulheres do sabonete Arax! 14 - (FEPECS DF/2007) A funo de linguagem, alm da funo potica, que predomina no poema : a) emotiva; b) ftica; c) metalingstica; d) conativa; e) referencial. TEXTO II
O NAVIO NEGREIRO Castro Alves (fragmento) Negras mulheres, suspendendo s tetas Magras crianas, cujas bocas pretas Rega o sangue das mes: Outras moas, mas nuas e espantadas, No turbilho de espectros arrastadas, Em nsia e mgoa vs! E ri-se a orquestra irnica, estridente... E da ronda fantstica a serpente Faz doudas espirais ... Se o velho arqueja, se no cho resvala, Ouvem-se gritos... o chicote estala. E voam mais e mais... Presa nos elos de uma s cadeia, A multido faminta cambaleia, E chora e dana ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martrios embrutece, Cantando, geme e ri! No entanto o capito manda a manobra, E aps fitando o cu que se desdobra, To puro sobre o mar, Diz do fumo entre os densos nevoeiros: "Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais danar!..." 15 - (IBMEC/2008) Alm da funo potica, qual outra funo da linguagem prevalece no poema de Castro Alves? a) metalingstica b) referencial c) apelativa d) ftica e) emotiva TEXTO II Os sonhos tambm envelhecem Os sonhos! Esses companheiros que movem a vida, que vm de mos dadas existncia! Sonhos que se realizam, sonhos possveis, impossveis sonhos, fceis e difceis, alavanca de cada dia. 5Sonhos dormidos, sonhos bem acordados. Li em algum lugar que os sonhos so os primeiros passos para as realizaes. Verdade, porque se realiza o que se pensa, se pensa o que se sonha. Engatinhamos em pensamento, damos os primeiros passos, andamos 10rumo vitria, pelo menos deveria ser assim.
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Estava pensando que os sonhos, assim como tudo, ficam velhos. Feio isso, no ? Sonhos velhos, velhos sonhos, que se cansaram de sonhar, que enrugaram a cara, a esperana, a vontade. 15Pergunto-me se os sonhos ficam velhos ou se erramos nas projees de realizao. Seguimos com tantos sonhos e vejo que alguns passam do sonho ao desafio a si mesmo. Muitas vezes, quando se chega ao p do sonho, 20quando o temos nas mos, no mais importante, apenas vencemos um desafio, no alcanamos o sonho bonito, digladiamos com a fora de fazer, quer se queira ainda ou no. A dialtica da vida, essa pressa de mudar tudo, faz 25as ticas mudarem tambm. Muitas vezes no percebemos e continuamos a trilhar na mesma estrada, como se as rvores que a enfeitam no fossem outras, medida que se evolui... Como se o tempo no passasse pela metamorfose de dia e noite, de chuva e sol. 30Continuamos as mesmas velhas pessoas, com os mesmos sonhos. Os sonhos tambm envelhecem, mas podem passar pela plstica da viso ampla e serem novos, novos sonhos, com cara de menino, com cara de vida, na nossa 35cara de vencedor... Importante se faz tirar o vu que cobre a jovialidade do sonho, identificar sua velhice, v-lo deitado e cansado de ser sonhado, interromper o desafio, fazer renascer, melhor, moderno e possvel... LAGARES, Jane (adaptado). Disponvel em: http://prosaepoesia.com.br/cronicas/ sonhos_envelhecem.asp. Acesso em: 12 nov. 2006. 16 - (UNIFICADO RJ/2007) Em Feio isso, no ? (l. 12), a funo da linguagem existente no segmento destacado : a) emotiva. b) conativa. c) metalingstica. d) potica. e) ftica. Da Bahia para o Sul, pouca gente saber o que vitalina e o que carit. Carit a pequena prateleira no alto da parede, ou nicho nas casas de taipa, onde as mulheres escondem, fora do alcance das crianas, o carretel de linha, o pente, o pedao de fumo, o cachimbo. Vitalina, conforme popularizou a cantiga, a solteirona, a moa-velha que se enfeita bota p e tira p mas no encontra marido. E assim, a vitalina que ficou no carit como quem diz que ficou na prateleira, sem uso, esquecida, guardada intacta. As cidades grandes j hoje quase desconhecem essa relquia da civilizao crist, que a solteirona, a donzela profissional. Porque se hoje, como sempre, continuam a existir as mulheres que no casam, elas agora vo para toda parte, menos para o carit. Para as reparties e os
escritrios e os balces de loja, para as bancas de professora e, at mesmo, Deus que me perdoe, para esses amores melanclicos e irregulares com um homem que tem outros compromissos, e que no lhes pode dar seno algumas poucas horas, de espao a espao, e assim mesmo fugitivas e escondidas. De qualquer forma, elas j no se sentem nem so consideradas um refugo, uma excrescncia, aquelas a quem ningum quis e que no tm um lugar seu em parte nenhuma. Pela provncia, contudo, diferente. Na provncia os preconceitos ainda so poderosos, ainda mantm presa a mulher que no tem homem de seu (o homem do uso, como se chama s vezes ao marido...) e assim, na provncia, a instituio da titia ainda funciona com bastante esplendor. E o curioso que raramente so as moas feias, as imprestveis, as geniosas, que ficam no carit. s vezes elas so bonitas e prendadas, e at mesmo arranjadas, com alguma renda ou propriedade, e contudo o elusivo marido no apareceu. Talvez porque elas se revelaram menos agressivas, ou mais ineptas, ou menos ajudadas da famlia na caada matrimonial? [...] Falta de homem? Bem, um dos motivos. Na provncia, os homens emigram muito. E para onde emigram, casam. Depois, tambm contribui para a existncia das solteironas a recluso mourisca que muito pai ainda costuma impor s filhas moas. Cobra que no anda no engole sapo. Ai, por estas provncias alm ainda existe muito pai carrana que s deixa a filha sair para ver a Deus ou aos parentes, e assim mesmo muito bem acompanhada. Reclusas, as meninas vo ficando tmidas e dentro em pouco j so elas prprias que se escondem com cerimnia dos estranhos. Depois - parece incrvel mas o egosmo das mes tambm contribui. Uma filha moa, no interior, no , como na China, uma praga dos deuses. , ao contrrio, uma auxiliar barata e preciosa, a ama-seca dos irmos menores, a professora, a costureira, o descanso da me. E ento as mes, para no perderem a ajudante insubstituvel, se associam aos pais no zelo exagerado, traindo a solidariedade do sexo por outra mais imperiosa, a solidariedade na explorao. [...] (Rachel de Queiroz. Obra Reunida. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1989, v. 4. p.23-25) 17 - (UNIFOR CE/2007) A linguagem utilizada no pargrafo predominantemente, a) esttica e conativa. b) conativa e referencial. c) referencial e metalingstica. d) metalingstica e emotiva. e) ftica e esttica.
tem
funo,
18 - (UFRN/2009) No slogan CELULAR: No Fale no Trnsito, uma caracterstica da funo conativa da linguagem a) b) c) d) a objetividade da informao transmitida. a manuteno da sintonia entre a STTU e o pblico-alvo. o esclarecimento da linguagem pela prpria linguagem. o emprego do verbo no modo imperativo. DESAFIO GLOBAL O Globo, 24-11-2008 No momento em que os brasileiros acabam de eleger seus prefeitos e prefeitas, o Brasil sediar o mais importante evento do mundo sobre o combate explorao sexual de crianas e adolescentes. A coincidncia de agendas no foi intencional, mas existe uma forte conexo entre as eleies e o tema que ser discutido por autoridades e especialistas de 150 pases durante o III Congresso Mundial de Enfrentamento da Explorao Sexual de Crianas e Adolescentes, que acontece entre os dias 25 e 28 de novembro no Rio de Janeiro. Apesar dos avanos obtidos nessa rea por governos, ONGs e sociedade civil, evidncias confirmam que a explorao sexual de crianas se alastra e atravessa fronteiras geogrficas. Mais de uma dcada aps o I Congresso Mundial contra a Explorao Sexual de Crianas, realizado em Estocolmo, a situao de crescente preocupao. O Congresso Mundial vai debater exatamente esses desafios globais, mas importante lembrar que as
19 - (FEPECS DF/2009) Considerando o texto como um todo, a funo de linguagem que nele predomina : a) b) c) d) e) referencial; conativa; ftica; metalingstica; emotiva. Palavras que ferem, palavras que salvam "Posso ajudar?" Eis duas palavrinhas que nos soam mais que familiares. Entra-se numa loja e l vem: "Posso ajudar?". Est desencadeado um processo durante o qual no mais conseguiremos nos livrar da prestimosa oferta. Ao entrar numa loja, o ser humano necessita de um tempo de contemplao. Precisa se acostumar ao novo ambiente, testar a nova luminosidade, respirar com calma o novo ar.
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Sobretudo, necessita de solido para, por meio de um dilogo consigo mesmo, distinguir entre os objetos expostos aquele que mais de perto fala sua necessidade, ao seu gosto ou ao seu desejo. A turma do "posso ajudar" no deixa. Mesmo que se diga "No, obrigado; primeiro quero examinar o que h na loja", ela s aparentemente entregar os pontos. Ficar por perto, olhando de esguelha, como policial desconfiado. Onde a situao atinge proporo mais dramtica nas livrarias. Livraria por excelncia lugar que convida ao exame solitrio das mesas e das prateleiras. lugar para passar lentamente os olhos sobre as capas, apanhar e sentir nas mos um ou outro volume, abrir um ou outro para testar um pargrafo. Um jornal certa vez avaliou como critrio de qualidade das livrarias a rapidez com que o atendente se apresentava ao fregus. Clamoroso equvoco. Boa a livraria em que o atendente s se apresenta quando o fregus o convoca. As melhores, sabiamente, dispensam o "posso ajudar". As mais mal administradas, desconhecedoras da natureza de seu ramo de negcio, insistem nele. Ainda se fossem outras as palavrinhas "Posso servilo? Precisa de alguma informao?" No; o escolhido o "posso ajudar", traduzido direto do jargo dos atendentes americanos ("May I help you?"). A m traduo das expresses comerciais americanas j cometeu uma devastao no idioma ao propagar o doentio surto de gerndios ("Vou estar providenciando", "Posso estar examinando") que, do telemarketing, contaminou outros setores da linguagem corrente. O "posso ajudar" caso parecido. Tal qual soa em portugus, mais merecia respostas como: "Pode, sim. Meu carro est com o pneu furado. Voc pode troc-lo?". Ou: "Est quase na hora de buscar meu filho na escola. Voc faz isso por mim? Assim me dedico s compras com mais sossego". Pode haver algo mais irritante do que o "posso ajudar"? Pode. o " s aguardar". Este prprio dos lugares em que se obrigado a esperar para ser atendido o banco, o INSS, o hospital, o cartrio, o Detran, a delegacia da Polcia Federal em que se vai buscar o passaporte. Ou bem h uma mocinha distribuindo senhas ou um mocinho organizando a fila. Chega-se, a mocinha d a senha, o mocinho aponta o lugar na fila, e tanto a mocinha quanto o mocinho diro em seguida: "Agora s aguardar". S? S mesmo? O que vocs esto dizendo que o mais difcil, que foi apanhar essa senha ou ouvir a instruo sobre em qual fila entrar aes que no me custaram mais que alguns segundos , j passou? Agora s gozar as delcias desta sala de espera, mais apinhada do que a Faixa de Gaza? Ou apreciar as maravilhas desta fila, comprida como a Muralha da China? Um trao caracterstico da turma do " s aguardar" que ela nunca cometer a descortesia de dizer " s esperar". Seus chefes lhes ensinaram que mais delicado, menos penoso, "aguardar" do que "esperar". um pouco como quando se diz que fulano "faleceu", em vez de dizer que "morreu". A crena geral que quem falece morre menos do que quem morre. No mnimo, morre de modo menos drstico e acachapante.
20 - (IBMEC/2009) Considerando seus conhecimentos sobre funes de linguagem, avalie as afirmaes a seguir. I. A expresso Posso ajudar?, empregada por atendentes de lojas, exemplifica a funo ftica, cuja meta estabelecer contato com o receptor. II. Para compreender o enunciado Agora s gozar as delcias desta sala de espera, mais apinhada do que a Faixa de Gaza?, necessrio ecorrer a informaes extralingusticas, que a principal caracterstica da funo referencial de linguagem. III. O fato de a linguagem estar sendo usada como assunto da prpria linguagem permite dizer que, nesse artigo, a funo metalingustica predominante. Est(o) correta(s) a) b) c) d) e) Apenas I. Apenas II. Apenas III. Apenas II e III. Apenas I e III. Disparidades raciais Fator decisivo para a superao do sistema colonial, o fim do trabalho escravo foi seguido pela criao do mito da democracia racial no Brasil. Nutriu-se, desde ento, a falsa idia de que haveria no pas um convvio cordial entre as diversas etnias. Aos poucos, porm, pde-se ver que a coexistncia pouco hostil entre brancos e negros, por exemplo, mascarava a manuteno de uma descomunal desigualdade socioeconmica entre os dois grupos e no advinha de uma suposta diviso igualitria de oportunidades.
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O cruzamento de alguns dados do ltimo censo do IBGE relativos ao Rio de Janeiro permite dimensionar algumas dessas inequvocas diferenas. Em 91, o analfabetismo no Estado era 2,5 vezes maior entre negros do que entre brancos, e quase 60% da populao negra com mais de 10 anos no havia conseguido ultrapassar a 4. srie do 1. grau, contra 39% dos brancos. Os nmeros relativos ao ensino superior confirmam a cruel seletividade imposta pelo fator socioeconmico: at aquele ano, 12% dos brancos haviam concludo o 3. Grau, contra s 2,5% dos negros. inegvel que a discrepncia racial vem diminuindo ao longo do sculo: o analfabetismo no Rio de Janeiro era muito maior entre negros com mais de 70 anos do que entre os de menos de 40 anos. Essa queda, porm, ainda no se traduziu numa proporcional equalizao de oportunidades. Considerando que o Rio de Janeiro uma das unidades mais desenvolvidas do pas e com acentuada tradio urbana, parece inevitvel extrapolar para outras regies a inquietao resultante desses dados. (Folha de So Paulo, 9. de jun. de 1996. Adaptado). 21 - (UFS SE/2008) Considerando as funes que a linguagem pode desempenhar, reconhecemos que, no texto acima, predomina a funo: a) b) c) d) e) apelativa: algum pretende convencer o interlocutor acerca da superioridade de um produto. expressiva: o autor tenciona apenas transparecer seus sentimentos e emoes pessoais. ftica: o propsito comunicativo em jogo o de entrar em contato com o parceiro da interao. esttica: o autor tem a pretenso de despertar no leitor o prazer e a emoo da arte pela palavra. referencial: o autor discorre acerca de um tema e expe sobre ele consideraes pertinentes.
01. Por se tratar de um texto publicitrio, a linguagem predominante a referencial. 02. No texto, ao empregar verbos no infinitivo, o autor expressa a inteno de no marcar as noes de pessoa, nmero e tempo. 04. Embora o texto esteja apresentado na forma de propaganda, a linguagem predominante a potica. 08. Pode-se dizer que o autor do texto procura estabelecer um dilogo com o leitor, ao empregar a palavra pes. 16. O nico objetivo da propaganda promover a venda de pes. CARINHOSO Pixinguinha e Joo de Barro Meu corao No sei por que Bate feliz, quando te v E os meus olhos ficam sorrindo E pelas ruas vo te seguindo Mas mesmo assim foges de mim. Ah! Se tu soubesses Como sou to carinhoso E muito e muito que te quero E como sincero o meu amor Eu sei que tu no fugirias mais de mim Vem, vem, vem, vem Vem sentir o calor Dos lbios meus procura dos teus Vem matar esta paixo Que me devora o corao E, s assim ento Serei feliz, bem feliz. 23 - (FEPECS DF/2010) Nos trs primeiros versos da terceira estrofe do poema, predomina a funo de linguagem denominada: a) b) c) d) e) emotiva ou expressiva; conativa ou apelativa; ftica; metalingustica; referencial.
O texto abaixo de autoria do poeta Manuel Bandeira, que foi o grande homenageado da stima edio da Festa Literria Internacional de Paraty (Flip), em julho de 2009. Vou-me embora pra Pasrgada 22 - (UFMS/2008) Assinale a(s) proposio(es) correta(s). Vou-me embora pra Pasrgada L sou amigo do rei
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L tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasrgada Vou-me embora pra Pasrgada Aqui eu no sou feliz L a existncia uma aventura De tal modo inconseqente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Vem a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginstica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo Tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio Mando chamar a me dgua Pra me contar as histrias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasrgada Em Pasrgada tem tudo outra civilizao Tem um processo seguro De impedir a concepo Tem telefone automtico Tem alcalide vontade Tem prostitutas bonitas Pra gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de no ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar L sou amigo do rei Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasrgada (Manuel Bandeira) 24 - (IBMEC/2010) Em Vou-me embora pra Pasrgada, a mensagem centra-se, exclusivamente, no emissor; logo, predomina a funo: a) b) c) d) e) Potica. Conativa ou apelativa. Metalingstica. Denotativa ou referencial. Emotiva ou expressiva.
Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionrio pblico com livro de ponto expediente protocolo e manifestaes de apreo ao Sr. diretor. Estou farto do lirismo que pra e vai averiguar no dicionrio o cunho vernculo de um vocbulo. Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construes sobretudo as sintaxes de exceo Todos os ritmos sobretudo os inumerveis Estou farto do lirismo namorador Poltico Raqutico Sifiltico De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo De resto no lirismo Ser contabilidade tabela de co-senos secretrio do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar s mulheres, etc. Quero antes o lirismo dos loucos O lirismo dos bbedos O lirismo difcil e pungente dos bbedos O lirismo dos clowns de Shakespeare No quero mais saber do lirismo que no libertao. 25 - (IBMEC/2010) Alm da funo potica, sempre presente na poesia, quais as outras funes de linguagem mais predominantes no texto? a) b) c) funo apelativa, pois o emissor refere-se constantemente ao destinatrio e referencial. funo metalingstica, pois discute a prpria linguagem utilizada pelo emissor e funo emotiva. funo referencial, pois a mensagem centrada no contexto e o emissor procura fornecer informaes da realidade e funo ftica. funo ftica, pois o canal posto em destaque pelo emissor e funo metalingustica. funo emotiva, pois mensagem centrada nas opinies e emoes do emissor e funo apelativa. O bl-bl-bl das empresas O que voc entende da frase "tal colaborador foi desligado"? Antes de pensar que um consultor de sua empresa se mostra desatento ou que um colega que tem contrato temporrio foi dispensado de um projeto,
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d) e)
O texto abaixo de autoria do grande poeta Manuel Bandeira, que foi o homenageado da stima edio da Festa
experimente trocar a palavra colaborador por funcionrio e desligado por demitido. Captou a mensagem? Cada vez mais, palavras usadas no discurso das companhias seja no trato com o funcionrio, cliente ou fornecedor vm sendo substitudas por outras, capazes de amenizar o que realmente significam. Apontada por especialistas em recursos humanos (RH) como uma ferramenta aplicada para manter um bom clima organizacional, esse vocabulrio tambm entendido como um reflexo da falta de transparncia, gerando impreciso. Resumo da pera: se voc faz, bem, mil coisas diferentes ao mesmo tempo no trabalho, no adianta reclamar que est "sobrecarregado". A empresa provavelmente gosta e considera voc um funcionrio "multifuncional". (O Globo, 29/07/2009.) 26 - (IBMEC/2010) No texto, predomina a seguinte funo de linguagem a) b) c) d) e) apelativa, em que se exploram os jogos de palavras de duplo sentido, comuns na empresas. metalingustica, que consiste em usar o cdigo como objeto de anlise do texto. ftica, empregada para expressar ideias de forma claramente evasiva. referencial, uma vez que busca efeitos de objetividade por meio da conotao. emotiva, marcada pela subjetividade, dando vazo aos sentimentos expressos nas empresas. Soneto de Despedida Uma lua no cu apareceu Cheia e branca; foi quando, emocionada A mulher a meu lado estremeceu E se entregou sem que eu dissesse nada. Larguei-as pela jovem madrugada Ambas cheias e brancas e sem vu Perdida uma, a outra abandonada Uma nua na terra, outra no cu. Mas no partira delas; a mais louca Apaixonou-me o pensamento; dei-o Feliz - eu de amor pouco e vida pouca Mas que tinha deixado em meu enleio Um sorriso de carne em sua boca Uma gota de leite no seu seio. 27 - (IBMEC/2011) Esse poema, como alguns outros do mesmo autor, revela uma forte marca de experincias sentimentais vivenciadas pelo eu lrico. A partir dessa afirmativa, assinale a opo que contm a funo da linguagem que serve de base para a construo da mensagem do poema.
(http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index-overman.html) 28 - (IBMEC/2011) A funo de linguagem predominante no quadrinho aparece em: a) Sentia um medo horrvel e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinrio. Aquele silncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. (Graciliano Ramos) a luta branca sobre o papel que o poeta evita, luta branca onde corre o sangue de suas veias de gua salgada. (Joo Cabral de Melo Neto) Ol, como vai?/ Eu vou indo e voc, tudo bem?/ Tudo bem, eu vou indo pegar um lugar no futuro e voc? (Paulinho da Viola) Se um dia voc for embora/ Ria se teu corao pedir/ Chore se teu corao mandar. (Danilo Caymmi & Ana Terra) Al, al continuas a no responder/E o telefone cada vez chamando mais (Andr Filho, com O Grupo do Canhoto) Entrevista com Evanildo Bechara Jornalista. fato que o portugus est sendo invadido por expresses inglesas ou americanizadas como background, playground, delivery, fastfood, dowload... Isso o preocupa? Bechara. No. preciso diferenciar lngua e cultura. O sistema da lngua no sofre nada com a introduo de termos estrangeiros. Pelo contrrio, quando esses termos entram no sistema tm de se submeter s regras de funcionamento da lngua, no caso, o portugus. Um
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b)
c)
d)
e)
exemplo: ns recebemos a palavra xerox. Ao entrar na lngua, ela acabou por se submeter a uma srie de normas. Da surgiram xerocar, xerocopiar, xerografar, enfim, nasceu uma constelao de palavras dentro do sistema da lngua portuguesa. Jornalista. Ento esse processo no ruim? Bechara. at enriquecedor, pois incorpora palavras. No h lngua que tenha seu lxico livre dos estrangeirismos. A lngua que mais os recebe, curiosamente, o ingls, por ser um idioma voltado para o mundo. Hoje, fala-se delivery, mas poderamos dizer entrega a domiclio. E h quem diga que o correto entrega em domiclio. Ser? Na dvida, h quem fique com o delivery. A palavra inglesa delivery no chegou a entrar nos sistemas da nossa lngua, pois dela no resultam outras palavras. Apenas entrou no vocabulrio do dia a dia no contexto dos alimentos. Agora deram de falar que entrega em domiclio melhor do que entrega a domiclio. No sei de onde isso saiu, porque o verbo entregar normalmente se constri com a preposio a. Fulano entregou a alma a Deus. De qualquer modo, a lngua se enriquece quando voc tem dois modos de dizer a mesma coisa. Jornalista. E por que usar delivery, se temos uma expresso prpria em portugus? No mais um badulaque desnecessrio? Bechara. No sei se badulaque, o fato que a lngua, que no tem vida independente, tambm admite modismos, alm de refletir todas as qualidades e os defeitos do povo que a fala. Estrangeirismos aparecem, somem e podem ser substitudos por termos nossos. Foi o que aconteceu com a terminologia clssica e introdutria do futebol no Brasil, quando se falava em goalkeeper, off side e corner. Com a passar do tempo, e sem nenhuma atitude controladora, os termos estrangeiros do futebol foram dando lugar a expresses feitas no Brasil, como goleiro, impedimento, escanteio. (Entrevista de Evanildo Bechara. Disponvel em http.//www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=. Acesso em 30 de maro de 2008. Adaptado). 29 - (UFAL/2011) Considerando alguns aspectos que, globalmente, caracterizam o Texto 1, analise as seguintes observaes. 1. No texto predomina a funo referencial, uma funo centrada no contexto de produo e de circulao do texto. Do ponto de vista da tipologia textual, podemos reconhecer no Texto 1 um exemplar dos textos narrativos. Por se tratar de uma entrevista, o texto apresenta, entre outras, formulaes prprias do dilogo oral. O fato de no se tratar de um texto literrio leva a que o entrevistado no use palavras em sentido figurado.
UMA MSICA... Carta na Escola. So Paulo: Confiana, ed. 51, p. 3, 31 nov. 2010. Encarte Publicitrio. 30 - (UEFS BA/2011) Atravs da funo potica presente na msica Mais uma vez, o principal objetivo do anncio publicitrio a) b) c) d) e) garantir ao receptor a qualidade dos servios prestados pela empresa evidenciada no anncio. persuadir o receptor a economizar atravs dos servios da instituio em destaque. fazer o receptor refletir sobre a importncia do pensamento otimista. convencer o leitor a continuar investindo na sua prpria vida. convidar o receptor a acreditar num futuro prspero.
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3. 4.
GABARITO:1) Gab:B. 2) Gab: B 3) Gab: E 4) Gab: C 5) Gab: E 6) Gab: A 7) Gab: B 8) Gab: D 9) Gab: C 10) Gab: C 11) Gab: A 12) Gab: C 13) Gab: D 14) Gab: A 15) Gab: B 16) Gab: E 17) Gab: C 18) Gab: D 19) Gab: B 20) Gab: E 21) Gab: E 22) Gab: 14 23) Gab: B 24) Gab: E 25) Gab: B 26) Gab: B 27) Gab: E 28) Gab: B 29) Gab: C 30) Gab: B
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