Dir Ambiental - Coleta Seletiva Do Lixo
Dir Ambiental - Coleta Seletiva Do Lixo
Dir Ambiental - Coleta Seletiva Do Lixo
788 (Decreto Federal n 96.577 de 24/08/1988) 453 (Portaria MEC de 29/04/2010) IJN - Instituto Joo Nerico 3443 (Portaria MEC / Sesu n369 de 19/05/2008
Alann Frana Alana Ceclia Vieira Paulino Alano Vilarins Guedes Alinne Mendes Oliveira Jos do Carmo Goes Nelson Trajano Lima Barros
Acadmicos do 8 Perodo de Direito da FARO. Professora titular da disciplina de Direito Ambiental, orientadora do presente artigo.
Alann Frana Alana Ceclia Vieira Paulino Alano Vilarins Guedes Alinne Mendes Oliveira Jos do Carmo Goes Nelson Trajano Lima Barros
RESUMO: Coleta seletiva ou recolha seletiva o termo utilizado para o recolhimento dos materiais que so possveis de serem reciclados, previamente separados na fonte geradora. Dentre estes materiais reciclveis podemos citar os diversos tipos de papis, plsticos, metais e vidros. A separao na fonte evita a contaminao dos materiais reaproveitveis, aumentando o valor agregado destes e diminuindo os custos de reciclagem. Para iniciar um processo de coleta seletiva preciso avaliar, quantitativamente e qualitativamente, o perfil dos resduos slidos gerados em determinado municpio ou localidade, a fim de estruturar melhor o processo de coleta. A coleta seletiva de lixo de extrema importncia para a sociedade. Alm de gerar renda para milhes de pessoas e economia para as empresa, tambm significa uma grande vantagem para o meio ambiente uma vez que diminui a poluio dos solos e rios. Este tipo de coleta de extrema importncia para o desenvolvimento sustentvel do planeta.
1.
INTRODUO
As regras para o descarte adequado de produtos considerados "lixo industrial", tais como eletroeletrnicos, remdios, lmpadas fluorescentes, embalagens em geral e recipientes e sobras de leo lubrificantes, j esto em
vigor desde o segundo semestre de 2012, segundo projeo do Ministrio do Meio Ambiente (MMA). Integrantes da pasta do governo federal estiveram reunidos com membros do setor industrial e da sociedade civil, no intuito de debater sobre as normas para coleta, separao e reaproveitamento de tais materiais. A gerao de resduos slidos urbanos um problema global, devido s mudanas nos padres de consumo, o desenvolvimento industrial e os avanos tecnolgicos que provocaram alteraes na composio e no quantitativo de resduos gerados, exigindo da administrao pblica a melhoria na prestao dos servios de limpeza urbana e manejo de resduos slidos, em busca de solues integradas. A gesto dos Resduos Slidos Urbanos (RSU) tem se apresentado como um desafio constante para o poder pblico, sob os aspectos ambiental, econmico e social, no podendo mais ser tratada como custo, mas uma necessidade de minimizao do passivo ambiental que compromete a qualidade de vida da populao. A preocupao com os resduos slidos assume importante dimenso, tendo em vista a necessidade de adoo de polticas pblicas que visem reduzir a produo crescente de RSU e promova a destinao final adequada, minimizando os impactos ambientais. A Lei n 12.305/2010, Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS), passou a regulamentar especificamente a destinao final dos resduos no pas com o objetivo de proteger o meio ambiente e a sade humana, estabelecendo instrumentos de gesto como os planos de resduos slidos e a coleta seletiva, os sistemas de logstica reversa e outras ferramentas relacionadas implementao da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. O objetivo, de acordo com o MMA, que o cidado passe a ter informaes claras sobre como e onde depositar os resduos, sendo que os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes tero que observar normas mais rgidas de destinao adequada do lixo industrial. Nesse sentido, a educao ambiental aparece como fator importante no sentido de que o cidado implemente a coleta seletiva. Esta a opinio de Fernanda Daltro, coordenadora de Consumo Sustentvel da pasta. Na verdade, ela [a educao ambiental] transversalizada. As questes tm que fazer parte de todas as discusses. Nada impede que uma escola tenha um programa de educao ambiental. As crianas sabem da obrigao de cuidar do planeta, destacou a especialista Agncia Brasil. Diariamente, o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, das quais 40% so despejadas em aterros a cu aberto. O destino adequado do lixo um problema que afeta a maioria das cidades - apenas 8% dos 5.565 municpios (443 cidades) adotam programas de coleta seletiva, segundo dados de um estudo realizado pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre),
associao sem fins lucrativos dedicada promoo da reciclagem e mantida por empresas privadas. No entanto, apesar do avano na destinao final dos resduos slidos, o problema do gerenciamento do lixo urbano na capital ainda significativo no que tange ao servio de limpeza urbana, coleta de lixo, tratamento e destinao final ambientalmente adequada, sem o gerenciamento integrado e sustentvel dos RSU. 2. COLETA SELETIVA
A coleta seletiva e a reciclagem de lixo tm um papel muito importante para o meio ambiente. Por meio delas, recuperam-se matrias-primas que de outro modo seriam tiradas da natureza. A ameaa de exausto dos recursos naturais no renovveis aumenta a necessidade de reaproveitamento dos materiais reciclveis, que so separados na coleta seletiva de lixo. Esta publicao tem como finalidade indicar os principais passos para a implantao de um sistema de coleta, de forma simples e objetiva. 2.1. CONCEITO um sistema de recolhimento de materiais reciclveis: papis, plsticos, vidros, metais e orgnicos, previamente separados na fonte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados. A coleta seletiva funciona, tambm, como um processo de educao ambiental na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas do desperdcio de recursos naturais e da poluio causada pelo lixo. 3. RECICLAGEM
o processo de transformao de um material, cuja primeira utilidade terminou, em outro produto. Por exemplo: transformar o plstico da garrafa PET em cerdas de vassoura ou fibras para moletom. A reciclagem gera economia de matrias-primas, gua e energia, menos poluente e alivia os aterros sanitrios, cuja vida til aumentada, poupando espaos preciosos da cidade que poderiam ser usados para outros fins como parques, casas, hospitais, etc. 3.1. RECICLVEL DIFERENTE DE RECICLADO. Reciclvel indica que o material pode ser transformado em outro novo material. Reciclado indica que o material j foi transformado. Algumas vezes, o material que foi reciclado pode sofrer o processo de reciclagem novamente. Certos materiais, embora reciclveis, no so aproveitados devido ao custo do processo ou falta de mercado para o produto resultante.
4.
Como colaborar? Praticando os 3 RS da sustentabilidade. Reduzir, Reutilizar e Reciclar. REDUZIR: Evitar a produo de resduos, com a reviso de seus hbitos de consumo. Ex: preferir os produtos que tenham refil. REUTILIZAR: Reaproveitar o material em outra funo. Ex: usar os potes de vidro com tampa para guardar miudezas (botes, pregos, etc.). RECICLAR: Transformar materiais j usados, por meio de processo artesanal ou industrial, em novos produtos. Ex: transformar embalagens PET em tecido de moletom. VANTAGENS DA COLETA SELETIVA Contribui para a melhoria do meio ambiente, na medida em que: Diminui a explorao de recursos naturais Reduz o consumo de energia Diminui a poluio do solo, da gua e do ar Prolonga a vida til dos aterros sanitrios Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo Diminui os custos da produo, com o aproveitamento de reciclveis pelas indstrias Diminui o desperdcio Diminui os gastos com a limpeza urbana Cria oportunidade de fortalecer organizaes comunitrias Gera emprego e renda pela comercializao dos reciclveis.
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5.1. ROTEIRO PARA IMPLANTAO Um programa de coleta seletiva no tarefa difcil de se realizar, porm trabalhosa, exige dedicao e empenho. Engloba trs etapas: PLANEJAMENTO, IMPLANTAO e MANUTENO, todas com muitos detalhes importantes. O primeiro passo para a realizao do programa verificar a existncia de pessoas interessadas em fazer esse trabalho. Uma pessoa sozinha no conseguiria arcar com tudo por muito tempo, e uma das principais razes para o sucesso de programas desse tipo o envolvimento das pessoas. Identificados alguns interessados, o prximo movimento reunilos em um grupo, que ser o responsvel pelas trs etapas. importante, desde o incio e durante o processo, informar as pessoas da comunidade envolvida sobre os passos que sero dados e sempre convidlas para participar, utilizando-se das formas costumeiras de organizao e comunicao daquele local (reunies de professores, da APM, de condminos, de SABs, etc.).
5.2. PRIMEIRA ETAPA DO PLANEJAMENTO Conhecendo um pouco o lixo do local: Nmero de participantes (alunos, moradores, funcionrios); Quantidade diria do lixo gerado (pode ser em peso ou nmero de sacos de lixo); De quais tipos de resduos o lixo composto e porcentagens de cada um (papel, alumnio, plstico, vidro, orgnicos, infectante, etc.); O caminho do lixo: desde onde gerado at onde acumulado para a coleta municipal; Identificar se alguns materiais j so coletados separadamente e, em caso positivo, para onde so encaminhados. Conhecendo as caractersticas do local: Instalaes fsicas (local para armazenagem, locais intermedirios); Recursos materiais existentes (tambores, lates e outros que possam ser reutilizados); Quem faz a limpeza e a coleta normal do lixo (quantas pessoas); Rotina da limpeza: como feita a limpeza e a coleta (frequncia, horrios). Conhecendo um pouco o mercado dos reciclveis: Doao: uma opo para quem vai implantar a coleta seletiva encaminhar os materiais para associaes ou cooperativas que, por sua vez, vendem ou reaproveitam esse material. Se for esta a opo, bom ter uma lista desses interessados mo. No site da SMA existe uma lista com algumas entidades. Esta lista poder ser complementada por meio de pesquisa na sua regio, pois h muitas entidades beneficentes que aceitam materiais reciclveis. Venda: preos e compradores podem ser consultados no site da SMA, em listas telefnicas (sucatas, papel, aparas, etc.) ou nos sites indicados no final desta publicao.
Com todos os dados obtidos at esse ponto (as quantidades geradas de lixo por tipo de material, as possibilidades de estocagem no local, os recursos humanos existentes, etc.), est na hora de comear a planejar como ser todo o esquema. Agora se deve decidir: Se a coleta ser de todos os materiais ou s dos mais fceis de serem comercializados; Se a armazenagem dos reciclveis ser em um lugar s ou com pontos intermedirios; Quem far a coleta; Onde ser estocado o material; Para quem ser doado e/ou vendido o material;
Como ser o caminho dos reciclveis, desde o local onde gerado at o local da estocagem;
Esta parte fundamental para o programa dar certo: integra todas as atividades de informao, sensibilizao e mobilizao de todos os envolvidos. O primeiro passo consiste em listar os diferentes segmentos envolvidos. Ex: Nas escolas: todos os alunos, professores, funcionrios da rea administrativa e da limpeza e pais devem participar; Em um condomnio: moradores (jovens, crianas, adultos), funcionrios da limpeza e empregadas domsticas. O segundo passo pensar que tipo de informao cada segmento deve receber. O terceiro passo : pensando em cada segmento e nas informaes que se quer passar, PLANEJAR quais atividades propor para cada segmento, visando atingir com mais sucesso o objetivo. Entre as atividades usadas, sugerimos: cartazes, palestras, folhetos, reunies, gincanas, festas, etc. Realizar uma variedade grande de atividades sempre melhor, pois atinge mais pessoas. SEGUNDA ETAPA DA IMPLANTAO
5.3.
Uma vez desencadeado o processo, ajustes sempre sero necessrios, mas importante manter seu controle. Diviso dos trabalhos: para garantir a realizao das vrias tarefas e contatos planejados a estratgia mais eficiente. O grupo responsvel, ou um grupo ampliado para essa fase, dever tomar as providncias acertadas: compras, se necessrio; confeco de placas sinalizadoras, cartazes, etc.; instalao dos equipamentos; treinamento dos funcionrios responsveis pela coleta; elaborao de folhetos informativos (horrios, frequncias, etc.).
Acertos finais: normalmente com uma ou duas reunies se resolve o que est pendente e pode-se, finalmente, partir para a inaugurao. Deve ser um evento bem divulgado e ter sempre uma caracterstica alegre, criativa, de festa, mas no qual as informaes principais tambm possam ser passadas. Pode ser uma exposio, uma palestra. Faa desta data algo marcante. 5.4. TERCEIRA ETAPA MANUNTENO Acompanhamento: Acompanhamento e gerenciamento da coleta, do armazenamento, venda e ou doao dos materiais. Levantamento: Levantamento das quantidades coletadas e receita gerada (caso o material tenha sido vendido), at setorizado por tipo de material se possvel.
Atividades contnuas de informao e sensibilizao: Retomar os objetivos e divulgar notas em jornais/boletins (internos), palestras, reunies, gincanas, cartazes, so estratgias que incentivam. Balano: Balano de andamento e resultados do programa. fundamental que sejam divulgados.
CONCLUSO A responsabilidade municipal pelo gerenciamento dos RSU enfrenta muitas dificuldades, tais como a carncia de recursos financeiros e a reduzida qualificao dos recursos humanos, necessitando de apoio tanto do Governo Federal como Estadual em busca de uma gesto integrada e sustentvel dos resduos slidos. Do ponto de vista poltico-institucional, a falta de efetividade da legislao nacional e municipal reflete a dificuldade de coordenao do poder pblico local para implementar aes que possibilitem fonte de recursos financeiros necessrios para a operacionalizao do setor de forma mais qualitativa, assim como a aplicabilidade dos recursos existentes sem planejamento adequado. Entende-se que no possvel se alcanar uma gesto eficiente e sustentvel dos resduos slidos sem a cobrana de taxa, assim como ocorre em outros servios, como gua e energia, desde que a cobrana seja proporcional s quantidades produzidas, como uma forma de conscientizao dos cuidados com o meio ambiente e com a necessidade de reduo dos resduos gerados. A prefeitura tem como prtica o favorecimento das etapas de coleta e transporte, com a destinao final em terreno distante de suas reas urbanas, mas atualmente, o desafio inverter esta lgica, com o investimento em aes de reduo da gerao de resduos e desperdcio, e o favorecimento da coleta seletiva com a incluso dos catadores. Nesse sentido, as novas prticas devem ser respaldadas em um Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos indicando os procedimentos operacionais que sero priorizados na gesto, o que se espera reflita em iniciativas de polticas pblicas de apoio coleta seletiva com incluso de catadores, metas de reduo da gerao de RSU com programas de educao ambiental formal e informal. Municpios tero de se adaptar Poltica de Resduos Slidos que probe os lixes e o descarte de resduos que possam ser reciclados ou reutilizados. Em quatro anos, no dia 3 de agosto de 2014, o Brasil estar livre dos lixes a cu aberto, presentes em quase todos os municpios brasileiros. Isso o que define o artigo n 54 da Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS),
recentemente regulamentada por Decreto Presidencial, em 23 de dezembro de 2010. Tambm ficar proibido, a partir de 2014, colocar em aterros sanitrios qualquer tipo de resduo que seja passvel de reciclagem ou reutilizao. Isso significa que os municpios brasileiros, para se adequar a nova legislao, tero que criar leis municipais para a implantao da coleta seletiva. Uma outra data definida na regulamentao da PNRS quanto elaborao do Plano Nacional de Resduos Slidos. Pela regulamentao, a Unio, por meio do Ministrio do Meio Ambiente, tem 180 dias de prazo, a contar da publicao do Decreto, para elaborar a proposta preliminar do Plano Nacional de Resduos Slidos, com vigncia por prazo indeterminado e horizonte de 20 anos, devendo ser atualizado a cada quatro. A proposta do plano ser submetida consulta pblica, pelo prazo mnimo de 60 dias. Em sua verso preliminar, o Plano de Resduos Slidos vai definir metas, programas e aes para todos os resduos slidos. Para sua construo, a ser coordenada por um comit interministerial, ser utilizada a experincia e estudos sobre resduos slidos j acumulados em 18 estados da Federao. O Comit Interministerial da Poltica Nacional de Resduos Slidos, ser coordenado pelo Ministrio do Meio Ambiente e composto por nove ministrios mais a Casa Civil e a Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica. Logstica reversa De acordo com o texto do Decreto, logstica reversa o instrumento de desenvolvimento econmico e social caracterizado pelo conjunto de aes, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituio dos resduos slidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinao final ambientalmente adequada. A regulamentao definiu como se dar a responsabilidade compartilhada no tratamento de seis tipos de resduos e determinou a criao de um comit orientador para tratar destes casos especficos. So eles: pneus; pilhas e baterias; embalagens de agrotxicos e leos lubrificantes alm das lmpadas fluorescentes e dos eletroeletrnicos. O comit orientador vai tambm definir cronograma de logstica reversa para um outro conjunto de resduos que inclui as embalagens e produtos que provoquem impacto ambiental e na sade pblica. Os instrumentos para operar os sistemas de logstica reversa so: acordos setoriais; regulamentos expedidos pelo Poder Pblico; ou termos de compromisso. Atualmente, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabelece, por meio de Resoluo, os procedimentos para o descarte ambientalmente correto de quatro grupos de resduos. So eles:
pneus(Resoluo 362/2005); pilhas e baterias (Resoluo 257/1999); leos lubrificantes (Resoluo 258/1999); e embalagens de agrotxicos (Resoluo 334/2003 e Lei n 9.974/2000). Os acordos setoriais ou os termos de compromisso serviro para revalidar ou refazer os que est definido nas resolues e leis em vigor. Embalagens A novidade que a regulamentao traz a obrigatoriedade da logstica reversa para embalagens. O secretrio explica que possvel aplicar o procedimento para todo o tipo de embalagem que entulham os lixes atualmente, inclusive embalagens de bebidas. Ele relata, inclusive, que o Ministrio do Meio Ambiente j foi formalmente procurado pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustveis e de Lubrificantes (Sindicom) para informar que esto aptos a fazer a coleta de leos lubrificantes. O MMA foi tambm procurado pela Associao Tcnica Brasileira das Indstrias Automticas de Vidro (Abividro) que demonstrou interesse em implantar a logstica reversa em embalagens de vidro. Segundo ele, existem duas formas de se fazer a logstica reversa para embalagens. Uma, de iniciativa do setor empresarial, que pode instituir o procedimento para uma determinada cadeia. A outra, de iniciativa do Poder Pblico. Neste caso, o primeiro passo a publicao de edital, onde o comit orientador d incio ao processo de acordo setorial. No edital estaro fixados o prazo, as metas e a metodologia para elaborao de estudos de impacto econmico e social. Os acordos setoriais so atos de natureza contratual firmados entre o Poder Pblico e os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes visando implantao da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. Depois de definidas as bases do acordo setorial, os setores envolvidos no processo de logstica reversa definem como pretendem faz-lo. A proposta levada ao Governo Federal para anlise. Estando em acordo ao que estabelece o edital, a proposta acolhida e homologada via Comit Orientador. A partir de ento, o processo de logstica reversa comea a ser implementado. O Governo Federal pode transformar o acordo em regra nacional por meio de regulamento. O processo vale para os eletroeletrnicos. A partir do momento em que o Comit Orientador definir o processo de logstica reversa, ficar determinado onde o cidado deve devolver seu resduo. Silvano Silvrio informa que o comit orientador estabelecer, por edital, o incio dos acordos setoriais. Catadores A regulamentao da Poltica Nacional de Resduos Slidos (PNRS) d ateno especial aos catadores de materiais reciclveis. Est definido, por exemplo, que o sistema de coleta seletiva de resduos slidos e a
logstica reversa priorizaro a participao de cooperativas ou de outras formas de associao de catadores de materiais reutilizveis constitudas por pessoas fsicas de baixa renda. Determina tambm que os planos municipais de gesto integrada de resduos slidos definam programas e aes para a participao dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou outras formas de associao de catadores de materiais reutilizveis e reciclveis tambm constitudas por pessoas fsicas de baixa renda. REFERNCIAS HOEWELL, Indian M. (1998). CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem Viva o Meio Ambiente com Arte na Era da Reciclagem. 3 ed. Florianpolis, agosto. FUZARO, Joo Antonio e Wolmer, Fernando Antonio (2001). CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Compndio sobre tratamento e disposio de resduos slidos. So Paulo. Secretaria de Estado do Meio Ambiente (2001). Guia Pedaggico do Lixo. 2 ed. So Paulo. www.lixo.com.br www.neoambiental.com.br www.reciclaveis.com.br