ESTEREOQUÍMICA-1 Parte
ESTEREOQUÍMICA-1 Parte
ESTEREOQUÍMICA-1 Parte
ESTEREOQUMICA
CONFORMAES
(1 parte)
2010-2011
ISMEROS
(Compostos diferentes, mas com a mesma frmula molcular)
Ismeros de constituio
Ismeros que tm as mesmas ligaes mas diferem no arranjo espacial dos tomos
Estereoismeros
Enantimeros
Diastereoismeros
Um CENTRO QUIRAL, ou CENTRO ESTEREOGNICO ou CENTRO ASSIMTRICO, define-se como um carbono com quatro substituintes diferentes.
O butan-2-ol:
Imagens no espelho
no sobreponveis, so enantimeros
TESTES de QUIRALIDADE: PLANOS de SIMETRIA Plano de simetria plano imaginrio que corta a molcula em duas metades de modo que cada uma a imagem da outra no espelho. Uma molcula com plano de simetria no pode ser quiral. Exemplo: 2-cloropropano tem plano de simetria (a) 2-clorobutano no tem plano de simetria (b)
Nomenclatura dos ENANTIMEROS Para definir a configurao de compostos quirais pode utilizar-se a representao tridimensional. Utilizam-se regras para definir a configurao do carbono quiral como R ou S. REGRAS de Cahn, Ingold e Prelog: 1. tomos com n atmico superior tm prioridade. Mas se 2 ou mais tomos, ligados ao carbono quiral so idnticos, ento considera-se a prioridade dos tomos a estes ligados. 2. No caso de istopos, o que tiver maior n de massa tem prioridade.
2. Colocar os substituintes de forma que o que tem prioridade 4 fique para trs do plano do papel.
3. Verificar a ordem dos substituintes em torno do carbono quiral. Se esto orientados no sentido dos ponteiros do relgio, correspondem a uma configurao R, se estiverem no sentido contrrio ao dos ponteiros do relgio a configurao S.
S-alanina
Quando o composto possu vrios tomos de carbono, tem de se considerar os outros tomos ligados directamente ao carbono quiral. Exemplo:
A molcula rodada de forma a colocar o grupo de menor prioridade para trs. Se os grupos substituintes de prioridade 1,2,3 na direco dos ponteiros do relgio, ento o enantimero R Se os grupos substituintes tm prioridade no sentido contrrio ao dos ponteiros do relgio, ento o enantimero S.
Grupos que contenham ligaes duplas ou triplas so considerados como se os tomos estivessem duplicados ou triplicados.
Exemplo: gliceraldedo
(2S)-gliceraldedo ou (2S)-2,3-di-hidroxipropanal
Propriedades dos ENANTIMEROS Os enantimeros tm propriedades fsicas semelhantes, tais como pontos de fuso, pontos de ebulio, solubilidades em solventes, excepto a rotao ptica. Muitas destas propriedades so dependentes das foras intramoleculares das molculas, para molculas que so a imagem no espelho uma da outra, estas foras so iguais. Os enantimeros tm espectros de infravermelho, ultravioleta e RMN, quando medidos em solventes aquirais. Os enantimeros tm reaces semelhantes com compostos aquirais.
Enantimeros de butan-2-ol
H
CH3CH2 H CH2CH3
C
H3C
OH
HO
CH3
(2R)-butan-2-ol
(2S)-butan-2-ol
Os enantimeros rodam o plano da luz polarizada em quantidades iguais, mas em direces opostas.
LUZ
Tem propriedades peridicas, pois a amplitude de onda aumenta e diminui.
A actividade ptica normalmente medida usando o comprimento de onda de 589 nm. Este o comprimento de onda da luz amarela da lmpada de sdio e denominada de linha (ou risca) D do sdio.
Um feixe de luz
Os campos magntico e elctrico de um feixe de luz vulgar, num plano.
LUZ POLARIZADA
A Luz vulgar (no-polarizada) consiste em muitos raios que vibram em diferentes planos. A Luz polarizada consiste em raios que vibram no mesmo plano.
Prisma de Nicol
POLARMETRO
ROTAO ESPECFICA
A rotao observada (a) depende do nmero de molculas e proporcional a: comprimento de onda (l), e concentrao c, para uma dada temperatura (T). Normalmente so medidos a 20C, em clorofrmio ou etanol
[a] =
a cl
Considere 28 mg do seguinte composto, numa soluo de etanol (1 cm3) foi colocado numa clula de um polarmetro de 10 cm de comprimento, a 20C, com o comprimento de onda de 589 nm. Foi medida uma rotao a de 4,35 (significa 4,35 para a esquerda). a Qual a rotao especfica do composto?
cido 2-fenil-2-hidroxi-etanico
[a] =
cl
Primeiro tem de se converter a concentrao em gramas por centmetro cbico: 28 mg em 1 cm3 o mesmo que 0,028 g.cm-3 o comprimento de 10 cm = 1 dm, ento:
concentrao = g/100 cm3
Comprimento em decmetros 0,028 g ---------- 1 cm3
No existe correlao entre a configurao dos enantimeros e a direco de rotao do plano da luz polarizada.
Um feixe de luz polarizada encontra a molcula de propan2-ol (molcula aquiral) numa orientao (a), seguidamente
encontra outra molcula com uma orientao de imagem no espelho da 1 (b), ento o feixe emerge destas duas molculas sem rotao do plano de polarizao.
Um feixe de luz polarizada encontra uma molcula de (R)-butan-2-ol numa orientao particular. Este produz a rotao do plano da luz polarizada (a).
Para cancelar esta rotao, era necessrio uma segunda molcula que fosse a imagem no espelho da primeira, que no est presente. Ento ocorre a rotao do plano da luz polarizada.
FORMAS RACMICAS Mistura 50:50 de enantimeros quirais. FORMAS RACMICAS E EXCESSO ENANTIOMRICO
MISTURA RACMICA
Uma mistura que contm quantidades iguais de enantimeros denominada Mistura Racmica Uma mistura racmica opticamente inactiva (a = 0) Uma amostra que opticamente inactiva, pode ser uma substncia aquiral ou uma mistura racmica.
OPTICAMENTE PUROS
Uma substncia opticamente pura consiste exclusivamente
num enantimero
Excesso enantiomrico = % um enantimero % outro enantimero
CONFIGURAO e CONFORMAO
Modificar uma CONFIGURAO de uma molcula significa sempre que algumas ligaes tm de ser quebradas. Uma CONFIGURAO diferente uma molcula diferente.
Modificar a CONFORMAO de uma molcula significa rodar em torno de ligaes, mas no quebr-las.
As CONFORMAES de uma molcula so interconvertveis e correspondem todas a uma mesma molcula.
Duas configuraes
do
Se uma molcula contm um tomo de carbono possuindo 4 grupos substituintes diferentes, ento no pode ter plano de simetria.
Um tomo de carbono possuindo quatro grupos substituintes diferentes um centro quiral ou centro estereognico. Mistura racmica uma mistura de dois enantimeros em propores iguais.
Um plano de simetria corta a molcula em duas metades de imagens no espelho uma da outra. 1-Bromo-1-cloro-2-fluoroeteno tem um plano de simetria.
Um ponto no centro da molcula um centro de simetria, se traar uma linha equidistante a dois tomos iguais.
1,2-dibromo-1,2diclorociclopropano
Mecanismo:
Tem-se dois pares de enantimeros (1,2) e (3,4). enantimeros no so facilmente separados um do outro.
Os
Diaestereosismeros so ismeros que no so a imagem no espelho um do outro. Por exemplo 1 e 3 ou 1 e 4. Apresentam diferentes propriedades fsicas e podem ser separados.
Molculas com mais do que um centro estereognico Diastereoismeros so estereoismeros que no so a imagem no espelho um do outro.
Compostos com mais do que dois centros quirais A famlia dos acares apresenta muitos exemplos de compostos com diversos centros quirais. Por exemplo a ribose um acar de 5 carbonos que contm 3 centros quirais. Os 3 centros quirais da D-ribose, utilizada no metabolismo de todos os seres vivos, tm configurao R. O clculo do n de ESTEREOISMEROS dado por 2n, sendo n o n de carbonos quirais. Podemos ter:
COMPOSTOS MESO
Por vezes molculas com 2 ou mais centros estereognicos apresentam um nmero inferior de estereismeros.
Meso-2,3-dibromobutano
COMPOSTOS MESO
Se uma molcula contm um plano de simetria que divide a molcula em duas metades que so a imagem no espelho uma da outra. Ento forma MESO.
Meso-2,3-dibromobutano
Para nomear molculas com 2 ou mais centros estereognicos, considera-se que cada um independente.
(2R),(3R)-2,3-dibromobutano
FRMULAS DE PROJECO DE FISCHER As molculas quirais podem ser representadas a 2 dimenses: As linhas verticais representam as ligaes projectadas para trs do plano do papel; As linhas horizontais representam as linhas para fora do plano do papel.
Rotao de 180
Rotao de 90
Atribuio de configuraes R e S a PROJECES DE FISCHER 1. Atribuir as prioridades aos 4 substituintes. 2. Efectuar uma das duas mudanas permitidas, para que o grupo de menor prioridade fique para baixo, na projeco de Fischer. Efectuar outra mudana. 3. Determinar a direco da rotao 1, 2 e 3 e atribuir a configurao R ou S.
Os enantimeros podem ser descritos como (+) ou (-) Pode considerar-se o facto de 2 enantimeros, que rodam o plano da luz polarizada em direces opostas, para lhes atribuir uma classificao que no depende de saber a sua configurao. Enantimero (+) roda o plano da luz polarizada para a direita. Tambm denominado dextrgiro. Enantimero (-) roda o plano da luz polarizada para a esquerda. Tambm denominado levgiro.
A direco segundo a qual desviam o plano da luz polarizada no depende do centro quiral ser R ou S.
Por exemplo a S-(+)-alanina.
ENANTIMEROS D ou L
Antes do aparecimento da cristalografia de raios X, era difcil determinar a configurao de enantimeros. Os qumicos utilizavam complexos processos de degradao dos compostos. Em funo dos compostos formados podia-se determinar a estrutura da molcula.
Um dos compostos quirais simples o D-gliceraldedo, que foi muito estudado. Ento considerou-se como padro de comparao para atribuio de D ou L. Considerou-se ento que D-gliceraldedo para o (+).
Considerou-se L-gliceraldedo para o (-).
(+)D-gliceraldedo
As molculas podem classificar-se como: R/S, +/-, ou D/L. Estas classificaes derivam de observaes diferentes e o facto de uma molcula ter uma configurao R no d nenhuma pista de ter actividade ptica (+) ou (-) ou ser D ou L.
No possvel saber se uma molcula (+) ou (-) apenas olhando para a sua estrutura. A atribuio D e L utiliza-se apenas para molculas naturais bem conhecidas, como por exemplo L-aminocidos ou D-acares.