Direitos Humanos e Globalização

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Escola Secundria de Rio Tinto

Ana Barbosa n2 Diogo Fernandes n13 10C

Professor Jorge Santos Filosofia

2013

Rio Tinto

NDICE

1. Introduo ..................................................................................................... 3 2. Os Direitos Humanos .................................................................................... 4 Histria dos direitos humanos ....................................................................... 6 3. A Globalizao ............................................................................................... 8 Consequncias da globalizao .................................................................. 10 4. Relao entre os Direitos Humanos e a Globalizao ................................. 12 5. Questes relacionadas com o tema ............................................................. 13 6. Concluso .................................................................................................... 14 7. Bibliografia.................................................................................................... 15

INTRODUO

Foram-nos sugeridos vrios temas, para que desses escolhssemos um com o objectivo de efectuarmos um trabalho sobre um deles. Assim sendo, no mbito da disciplina de Filosofia, optmos por realizar um trabalho em que iremos abordar a temtica dos Direitos Humanos e a Globalizao. importante referir que no podemos falar da Globalizao sem mencionarmos a importncia de aprovao de leis que deram privilgios e direitos ao ser humano, ao Homem. No entanto, apesar destes dois assuntos estarem interligados eles apresentam tambm algumas diferenas. Ora, com vista a facilitar a compreenso e organizao de todas as ideias, analisaremos cada um dos temas em separado e, posteriormente veremos como e em que aspectos estes se relacionam. No presente trabalho, abordaremos a histria e definio dos Direitos Humanos (a sua aceitao ou no por parte de alguns governos) juntamente com a definio de globalizao e a sua importncia na actualidade.

OS DIREITOS HUMANOS

O que so os direitos humanos? O Direito o conjunto de leis e normas que regulam os diversos comportamentos humanos na sociedade, ou seja, regulamentam o que e o que no permitido, garantindo assim a paz e a justia social. Por sua vez, o ser humano um ser singular, nico, irrepetvel. O Homem distingue-se dos outros animais por ser um ser aberto ao mundo, racional, livre e responsvel que possui uma grande capacidade mental e habilidade, o que lhe permite adquirir conhecimento, viver em sociedade e evoluir. A definio direitos humanos aponta para um conjunto de princpios ou fundamentos do agir humano, considerados fundamentais para que um ser humano seja tratado como tal. Por outras palavras, so os direitos que garantem que cada um de ns, seres humanos, sejamos tratados com dignidade, respeito e igualdade. So os direitos a que todas as pessoas tm direito independentemente da etnia, da orientao sexual, da religio, do grupo social entre outros, uma vez que todos ns, acima de qualquer outra coisa, somos seres humanos. Ora, assim sendo, basicamente so os direitos que temos simplesmente porque somos seres humanos. Os direitos humanos tm um suporte jurdico e poltico. Alm disso, tm a sua concretizao no interior de um Estado ou de uma instituio pblica. Assim, os direitos humanos pretendem realizar o equilbrio entre duas dimenses da actividade humana: A dimenso individual, dos seus interesses e garantias; A dimenso pblica, representada pelo Estado ou pela instituio e que representar os interesses da comunidade.

Direitos humanos um conceito que envolve, no seu interior, diversos direitos que, progressivamente, com o desenvolvimento das sociedades, se tm vindo a afirmar e/ou a ganhar reconhecimento. Vejamos ento quais as caractersticas que distinguem os direitos humanos: So inalienveis; isto : fazem parte do sujeito, no podem ser transferidos para outros; So inviolveis; no podem ser retirados ou alterados pelas instituies ou outra formas de poder; So efectivos: um direito tem que ser aplicado de facto e s por essa via ele se transforma num direito;

So indivisveis: cada direito tem que ser integrado na totalidade dos direitos e no de forma isolada. Os direitos civis e os direitos polticos esto num mesmo plano que os direitos econmicos e sociais A funo dos direitos humanos proteger os indivduos das arbitrariedades, do autoritarismo, da prepotncia e dos abusos de poder. So regras que tanto devem ser cumpridas e respeitadas pelo Estado como por todos ns cidados. Estas tornam-se ento importantes e fundamentais para que se tenha uma convivncia pacfica, ou seja, so como que uma maneira de afirmar a estabilidade e a segurana perante tais situaes. Existem vrios tipos de direitos, a maioria aplicada a um certo grupo, mas os direitos humanos so os nicos que se aplicam absolutamente a todos e em qualquer lugar. Todos temos exactamente os mesmos direitos humanos. Todos os homens so iguais, so uma nica espcie, uma nica essncia. Assim, desta forma, os direitos humanos esto associados a uma ideia de civilizao e de democracia, que em conjunto, reflectem uma ideia de igualdade para todos os seres humanos. So formulaes que visam a proteco da dignidade humana, que a mesma independentemente do sujeito. Estes direitos resultam de uma compilao de vrios pactos e convenes da defesa do ser humano. Existe uma Declarao Universal dos Direitos Humanos, no entanto, embora seja universal, nem todos os pases a cumprem. Apesar de tudo, muitos pases e muitas mentalidades obtusas teimam em negar esse direito igualdade e ao respeito pela vida. Os direitos humanos so uma criao cultural da sociedade ocidental (Europa e Estados Unidos da Amrica) e s tiveram a sua efectiva afirmao a partir do sculo XVIII, com a Revoluo Francesa. Contudo, fruto da globalizao em que vivemos, o conceito de direitos humanos tem vindo a ser progressivamente divulgado e considerado como um valor universal tal como iremos constatar mais frente neste trabalho.

Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. So dotadas de razo e conscincia e devem agir em relao umas s outras com esprito de fraternidade. Artigo 1 Declarao Universal dos Direitos Humanos

HISTRIA DOS DIREITOS HUMANOS

Embora os direitos humanos sejam um tema cada vez mais presente no discurso tico, social e poltico das sociedades contemporneas, eles no so uma questo recente. Aps a Guerra dos Trinta Anos terminar assinou-se, em 1648, o Tratado de Vesteflia. Neste definiram-se princpios como a no-agresso mtua dos estados membros, tolerncia religiosa e o esforo comum, afirmou-se a igualdade de direitos entre cristos e protestantes, procurando assim alcanar a paz e estabilidade entre os homens. No entanto, s com a Revoluo Francesa se pode considerar estarmos a falar da afirmao dos direitos humanos. Ora, os direitos humanos so o resultado de uma longa histria, foram debatidos ao longo dos sculos por filsofos e juristas. O incio desta caminhada remete-nos para o sculo XVIII, altura em que a reflexo dos filsofos Hobbes, Locke, Montesquieu, Voltaire, Rosseau e Kant deram relevncia questo. Eles reflectiram sobre a relao indivduo/poder e assim:

Defenderam a existncia de direitos naturais inalienveis, como a vida, a liberdade e a propriedade; Proclamaram o valor da pessoa humana e da tolerncia; Definiram a obedincia ao poder como uma atitude contratual, limitando a autoridade do Estado.

A questo teve um desenvolvimento crescente, foi considerada na elaborao dos programas de governo e traduzida em declaraes de direitos fundamentais comuns a toda a Humanidade, dando origem a uma nova concepo de obedincia, limitando o domnio do Estado. Contudo, o momento mais importante, na histria dos Direitos Humanos, deu-se aps a 2 Guerra Mundial, altura em que os Estados tomaram conscincia das tragdias e atrocidades cometidas durante esse conflito. Isso levou-os a criar a Organizao das Naes Unidas (ONU) em prol de estabelecer e manter a paz no mundo. Assim, a 10 de Dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Naes Unidas proclamou a Declarao Universal dos Direitos Humanos e ao fim de muitos anos, valores como a dignidade humana, a igualdade perante a lei, a liberdade de pensamento e de um governo democrtico foram considerados os princpios bsicos da tica poltica e social. Os direitos humanos de 1. gerao

Com a Revoluo Francesa inicia-se o que alguns autores chamam de 1. gerao dos direitos humanos. A Declarao dos Direitos do Homem e dos Cidados, aprovada pela Assembleia Nacional Constituinte Francesa, em 1789 e afirma o carcter indiscutvel de um conjunto de direitos para todos os cidados a liberdade de circulao, o respeito pela personalidade (respeito pela habitao, respeito pelo segredo de correspondncia), a liberdade de conscincia da expresso individual, o direito de propriedade. As caractersticas dos direitos humanos, nesta primeira fase, so: Liberdades afirmadas contra o Estado (o sujeito tem direito a fazer algo e o Estado no o pode impedir); Liberdades de emancipao do domnio do Estado; Liberdades de exigncia de no interveno do Estado na esfera (ou espao) do indivduo.

Os direitos humanos de 2.gerao Por sua vez, 2. gerao de direitos humanos, movimenta-se em sentido diferente. Em vez de serem direitos a delimitar a afirmao do Estado, so direitos que agora exigem que o mesmo intervenha em determinados domnios, garantindo aos cidados condies de humanidade. So exemplos desses mesmos direitos: O direito sade; O direito educao; O direito segurana social; O direito a um nvel de vida decente.

So direitos que so prprios de qualquer cidado, mas que o Estado deve preservar e criar condies para que isso acontea. Esta perspectiva corresponde a uma poca em que os problemas se relacionam com a questo social (a democratizao do trabalho, no sculo XIX, a emergncia de um novo grupo social, o proletariado, a emergncia de novas filosofias de carcter socializante, como por exemplo, as filosofias de Durkheim e de Karl Marx) e, por essa mesma razo, os direitos humanos so vistos na perspectiva de resposta s necessidades histricas daqueles grupos sociais. Se na primeira gerao, os direitos humanos tinham um pendor tipicamente burgus (defesa da individualidade, acima de tudo), respondendo ao grupo social que emergia na Revoluo Francesa, agora, com as transformaes sociais verificadas, o enquadramento dos direitos humanos de carcter mais grupal. Por isso, ao Estado (instituio do grupo, por excelncia) compete a obrigao de garantir os direitos dos indivduos. Os direitos humanos de 3. gerao Esta ltima gerao de valores (sculo XX) coloca a tnica em princpios mais generalizantes como os seguintes: O direito paz; O direito ao ambiente protegido; O direito ao desenvolvimento harmonioso das culturas.

Este tipo de direitos tem alguns problemas: relativamente aos fundamentos e clarificao de quem o efectivo destinatrio dos direitos. Ou seja, se considerarmos que em cada direito dever existir sempre um sujeito final a fazer uso desse direito, no caso dos direitos de terceira gerao, falamos de um grupo ou de uma sociedade que se apresenta como beneficirio final desse direito.

A GLOBALIZAO

O que a globalizao? A globalizao um fenmeno econmico, poltico, social e cultural do mundo de hoje e a filosofia, enquanto saber radical, autnomo, universal e histrico, deve debruar-se sobre ele. O tema da globalizao suscita entre outros o problema de se saber se favorvel expanso dos direitos humanos ou se, contrariamente implica a eroso dos mesmos. Deste modo, a mundializao, ao alargar-se do domnio econmico para o domnio social, poltico e cultural, atingindo toda a vida social, designa-se por globalizao, ou seja, o processo crescente d interdependncia de todos os pases e de povos na Terra, entre as sociedades do nosso planeta. A globalizao deu-se devida essencialmente s novas tecnologias de informao e comunicao que vieram no s contribuir para uma maior facilidade e rapidez na circulao de bens, servios e capitais pela via da informatizao, como tambm possibilitar a difuso escala global de valores, produtos culturais e modos de vida contribuindo assim para a chamada aldeia global. um fenmeno capitalista e complexo que comeou na era dos descobrimentos e que se desenvolveu a partir da Revoluo Industrial entre os sculos XVIII e XIX. Actualmente os principais beneficirios da globalizao so os grandes pases emergentes que possuem grandes economias de exportao, um grande mercado interno e que alcanam um rpido crescimento, tornando-se assim potncias mundiais. A globalizao afecta todas as reas da sociedade, mas destaca-se sobretudo na rea da informao e da cultura. De modo a acentuar e tornar possvel a globalizao foram importantes e fundamentais inovaes como: A televiso; A transmisso por satlite; O computador; A internet, entre muitas outras.

Todas elas permitiram a formao e deram origem a uma rede mundial de comunicaes. Isto , permitiu um fluxo de ideias e informaes. Nos dias de hoje, muito mais fcil aceder a qualquer tipo e a uma enorme diversidade de informao que circula pelo mundo. Hoje em dia, conseguimos muito bem comunicar, em tempo real, com pessoas que se encontram espalhadas pelo mundo, em diversos pases e em regies geograficamente distantes daquela em que nos encontramos. Isso s possvel graas globalizao mundial. A eliminao de fronteiras fsicas e a reduo das distncias entre pases, tambm elas fruto da globalizao, vieram por em contacto povos com valores e smbolos culturais diversos. H, no entanto, aspectos tanto positivos quanto negativos na globalizao. Em seguida, vamos analisar todas essas situaes.

S saberemos que a Globalizao est de facto a promover a incluso a e permitir que todos partilhem as oportunidades que oferece, quando os homens, mulheres e crianas comuns das cidades e aldeias do mundo inteiro puderem melhorar a sua vida. E essa a chave para eliminar a pobreza do mundo . Kofi Annan

CONSEQUNCIAS DA GLOBALIZAO
No podemos negar que o fenmeno globalizao mudou radicalmente a vida de todos os seres humanos, aproximou povos e culturas de uma forma nunca antes vista em toda a histria da humanidade. Infelizmente, nem todos os aspectos so positivos como vimos anteriormente. Do ponto de vista dos direitos humanos, um aspecto positivo a fora de comunicao global. A globalizao traz com ela o desenvolvimento e, por sua vez, o desenvolvimento traz o respeito pelos direitos humanos. Muitos dos casos de violao dos direitos humanos so hoje resolvidos graas denncia meditica. A comunicao social tem, aqui, um lugar de relevo, pois pode ser o facto de maior presso a nvel governamental na tentativa de correco ou interveno em situaes de ameaa desses mesmos direitos, ao actuar como um despertador da conscincia cvica e poltica internacional. importante referir tambm que a globalizao nem sempre sinnimo de progresso social.

A globalizao ao abrir fronteiras ao comrcio mundial desenvolveu a competio entre empresas e trabalhadores de todo o mundo. Para alm disso, existem ainda zonas do mundo onde as novas tecnologias ainda no esto ao alcance de toda a populao, o que as torna desfavorecidas em relao s restantes. Enquanto nos pases desenvolvidos h um ndice, mesmo que muito pequeno de pessoas que no tem acesso as novas tecnologias, no Mdio Oriente esta questo nem se coloca, pois a maior parte da populao no tem acesso sequer s necessidades bsicas como alimentao, higiene e habitao, quanto mais ter acesso s novas tecnologias. Outra caracterstica da globalizao reside no facto de esta vir a acentuar de forma dramtica a percepo das desigualdades entre os povos, ou seja, enquanto numa grande parte do mundo, milhares de crianas morrem fome, noutra parte do mundo h crianas que morrem com obesidade, vtimas do consumismo, por exemplo.

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As tecnologias pelo mundo esto mal distribudas, ou seja, no esto repartidas de forma uniforme, igual. Existem zonas onde estas ainda no chegaram, outras onde s as pessoas de maior importncia e com mais posses lhes tm acesso e outras ainda onde, embora existindo, grande parte da populao no tem conhecimento disso.

Outro aspecto negativo da globalizao a dependncia que a maioria dos pases tem de pases mais evoludos e com maior poder econmico. Assim uma crise econmica em pases mais poderosos far uma crise mundial de propores trgicas que levaro a um empobrecimento massivo. Outro aspecto negativo a abertura do mercado econmico a produtos de custo mais baixo que podero acabar com a economia de pases com produo dos mesmos produtos mas mais caros. Os produtos baratos so de fraca qualidade e so produzidos por pessoas a quem lhes so negados os seus direitos humanos. Como exemplo, a China e a Indonsia, com a sua mo-de-obra infantil e pagamento de salrios muito baixos. Do ponto de vista cultural, a partilha de informao melhorada, no entanto, a aldeia global pode produzir um impacto negativo, pois poder verificar-se uma massificao e uniformizao do mundo. Culturas perder-se-o em prol de uma cultura homognea. Aspectos positivos: Maior troca de informaes com o mundo todo, permitindo a evoluo; Aumento do fluxo comercial que, naturalmente gera mais riqueza; Conhecimento e respeito pelas outras realidades culturais e sociais; Aumento do interesse pela cultura, economia e poltica de outros pases. Aumento do intercmbio cultural e cientfico, entre outros.

Aspectos negativos: Criao de mais desigualdade, muito embora tenda a melhorar o padro de vida das pessoas (mas no de forma uniforme); M distribuio da riqueza e das tecnologias, Instabilidade econmica nos pases menos desenvolvidos; Dificuldades, falta de alimento e condies em certos pases, entre outras coisas.

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RELAO ENTRE OS DIREITOS HUMANOS E A GLOBALIZAO

Os direitos Humanos esto directamente ligados globalizao, porque sem eles a globalizao no seria possvel, visto que, o Homem no seria livre e a maioria dos pases mundiais no teriam governos democrticos e liberais que permitissem o seu desenvolvimento. A tecnologia tambm foi fundamental para a globalizao, mas ela no evoluiria sem a liberdade de criao dada pelos Direitos Humanos. Esses mesmos direitos foram essenciais para a evoluo tecnolgica e social que se deu a partir da metade do sculo XX. Apenas a abertura ao desconhecido e a valorizao do ser humano como ser individual e digno de respeito por parte de outros, independentemente da sua raa, religio ou cor, tornou possvel uma partilha global de conhecimentos. Por sua vez, a globalizao tornou possvel o intercmbio cultural, poltico e religioso. A aceitao das diferenas levou abertura das fronteiras o que permitiu uma troca global de bens, servios e ideias. Alm disso, os prprios meios de comunicao social assumiram uma posio importante no despertar da conscincia cvica e poltica internacional devido denncia que fazem dos casos de violao dos direitos humanos. O equilbrio entre a individualizao dos direitos humanos e a globalizao torna-se, por vezes, difcil de conseguir h que encontrar uma posio ponderada, quer sobre o valor da afirmao individual quer sobre a importncia da sociedade e da globalizao. A globalizao faz aproximar as culturas e facilita a comunicao a nvel mundial, sendo que, desta forma, possibilita uma maior propaganda aos direitos humanos, fazendo assim com que mais pessoas os conheam e os respeitem o que, por si s, leva sua universalizao. Resumindo, os direitos humanos tm-se, progressivamente, vindo a afirmar e/ou a ganhar reconhecimento com o desenvolvimento das sociedades, ou seja, devido em grande parte globalizao. Existe, assim, uma clara

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relao entre os direitos humanos e a globalizao, uma vez que esta depende deles para a sua completa realizao sendo ento complementada pelos direitos humanos que visam sua concretizao.

QUESTES RELACIONADAS COM O TEMA

Os direitos Humanos so apenas algo abstracto, que no se aplica?

Os direitos humanos devem ser sempre aplicados no quotidiano das comunidades, no s pessoalmente como tambm mundialmente. A ONU uma das associaes que consegue afirmar a verdade destas palavras, pois uma associao conhecida em todo o mundo e que confirma os direitos de minorias ou de grupos mais desfavorecidos. Na maioria das naes, tal como acontece em Portugal, so estabelecidas as proteces mnimas que possibilitam ao indivduo viver uma vida digna, ou seja, existe conjunto de direitos que todas as autoridades devem de respeitar. Deste modo, so deliberados o direito satisfao das necessidades vitais (alimentao, habitao, sade e na educao), o direito a usufruir de liberdades polticas e civis (liberdade de pensamento, liberdade de expresso e religio), respeito pela integridade do indivduo como um s, a igualdade perante a lei, entre outros. De certa forma, so estabelecidas normas ou leis que nos permitem viver a nossa vida dignamente. Existe unanimidade no reconhecimento dos direitos humanos?

Nos dias de hoje, existe uma maior concordncia da parte de todos no que diz respeito ao reconhecimento destes direitos, mas nem sempre foi assim. S muito lentamente os estados foram reconhecendo a dignidade que todos merecem. Foi e ainda difcil de se aceitar completamente estes direitos, uma vez que certos pases seguem uma religio cujas regras esto bem definidas. Ao longo do tempo, as pessoas passaram a comearam a aceitar e a respeitar mais os direitos humanos, evoluindo na sua maneira de pensar e julgar, tornando o mundo melhor. Existe ainda algum tipo de relutncia contra estes Direitos?

Infelizmente, em muitas regies do planeta no so cumpridos os direitos do Homem. Na realidade, o que foi decretado na Declarao Universal dos Direitos Humanos no universalmente praticado, no passando assim, em muitas ocasies de frases escritas num papel. Podemos comprovar isso com constantes casos de tortura, conflitos sociais e guerras que acontecem

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diariamente no nosso mundo. Em muitos casos, embora essas situaes sejam denunciadas e consideradas incorrectas, no h quem as julgue e seja capaz de punir os culpados. Embora haja evoluo do pensamento, do respeito e haja cada vez mais o cumprimento dos direitos humanos, nunca deixar de haver pessoas que no os cumprem. Haver sempre pases cegos pelas tradies e preconceitos, cegos por princpios errados e que no faro o que deve de ser feito para tornar o mundo num stio melhor.

CONCLUSO

Aps tudo isto, podemos ento concluir que o cumprimento e o respeito dos direitos humanos apenas dependem de ns. Se fizermos a coisa certa, se fizermos o que deve de ser feito para que cada um de ns, seres humanos, seja tratado de uma forma digna, tenha o valor que realmente merece e seja respeitado por todos, o mundo tornar-se- melhor a olhos vistos. A globalizao que se tornou possvel no s graas evoluo tecnolgica, mas principalmente, ao reconhecimento dos direitos humanos que originaram a tolerncia e o respeito por todos. Tornmo-nos cidados do mundo e abolimos fronteiras fsicas e psicolgicas para alcanar uma coexistncia pacfica e criar um ambiente propcio vida em comunidade. Contudo, ainda existem culturas resistentes globalizao e aceitao de outras formas de encarar o mundo. Em suma, a globalizao que tanto pode promover o desenvolvimento do ser humano, do Homem, pode tambm tornar-se num inimigo para o prprio, pois ela pode constituir uma sria ameaa aos seus direitos, aos direitos humanos, os quais so fundamentais.

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BIBLIOGRAFIA

Livros: FRANKLIN, Agostinho. GOMES, Isabel. (2009). Phi Filosofia 10.ano.Texto Editores. Lisboa. Imagens: Http://popcreatedesigner.blogspot.pt/2012/01/bonecos.html Http://o-espetacular.blogspot.pt/2011/11/globalizacao-e-seus-efeitos-na.html Http://www.eseig.ipp.pt/eseig/index.php/pt/cursos/licenciaturas/recursoshumanos Sites consultados: PowerPoint dos Direitos Humanos - Pensar Azul Texto Editores Http://www.slideshare.net/Kevinkr9/direitos-humanos-e-globalizao-13167173 Http://www.youtube.com/watch?v=uCnIKEOtbfc Http://br.youthforhumanrights.org/voices-for-human-rights.html

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