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Prova Saresp 3 Srie do Ensino Mdio - perodo manh

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Questionrio do A luno Voltar ao Gabarito

LEITURA E ESCRITA Ateno: Para responder as questes de nmeros 1 a 6, leia um trecho do artigo de um jornalista especializado em meio-ambiente. ndio plantando soja? Causou sensao nos jornais, h poucos dias, a divulgao de sntese do estudo publicado na revista Science por Michael Heckenberger e outros pesqui-sadores, dando conta de que entre 1250 e 1400 havia na regio do Xingu al-deias gigantescas, com at 500 mil metros quadrados e 5 mil pessoas, interliga-das por estradas de at 5 quilmetros de extenso por 50 metros de largura. Nesses lugares havia ainda, segundo o artigo, represas, pontes, aterros e fossas. [...] De qualquer forma, o estudo voltou a pr em evidncia o tema indgena, num momento em que se multiplicam os conflitos envolvendo muitas etnias, na Amaznia, nos dois Matos Grossos, no Paran, na Bahia, em Pernambuco, em Santa Catarina, em quase toda parte.[...] Tambm preocupante uma declarao atribuda pelos jornais ao novo pre-sidente da Funai (o 33o em 35 anos), em sua posse. Disse ele assegura o noticirio que o grande desafio transformar as economias indgenas para que elas tenham auto-sustentao. Para ele, os ndios devem produzir um excedente para que possam vender e no precisem mais pedir ajuda. Complicado. Para produzir excedentes e vender, as culturas indgenas tm de modificar-se profundamente, provavelmente complexificar-se socialmente, adquirir tecnologias que no geram eles mesmos, tornar-se dependentes por esse e outros motivos. Provavelmente, deixar de ser n-dios. Ser esse o objetivo da Funai? Integrar as culturas indgenas cultura externa, transform-las, lev-las a perder a identidade e tantas caractersticas que deveramos lutar para que subsistam, na medida em que apontam para vrias utopias humanas? Para qu? As razes invocadas so quase vergonhosas: No temos recursos financeiros para a assistncia indgena nem para demarcao. grave. A se configurarem essas palavras, o rgo encarregado da poltica indgena confessa sua impotncia. E prope caminhos que nascem no das necessidades nem dos desejos do Pas, mas de problemas oramentrios. [...] Quanto Amaznia, a poltica de fomento agrcola deve concentrar-se em reas j desmatadas, e no provocar novos desmatamentos; o modelo deve ser o da agricultura ecolgica e dos sistemas agroflorestais; a poltica agrcola deve estimular o cumprimento da legislao ambiental, especialmente a manuteno de reas de preservao permanente e reserva legal. Nessa moldura, no cabe ndio plantando soja. (Washington Novaes, O Estado de S.Paulo, 26/9/2003, p. A 2) 1. O assunto principal do texto (A) a (B) a (C ) a (D) a existncia, no Xingu, de aldeias gigantescas com at 500 mil m2, entre 1205 e 1400. existncia de mltiplos conflitos envolvendo vrias etnias indgenas brasileiras. alegada falta de recursos financeiros para assistir aos ndios e demarcar as terras. possibilidade de as culturas indgenas precisarem perder a identidade para sobreviver.

2. A publicao do artigo de Michael Heckenberger na revista Science serviu, no contexto brasileiro, para (A) provocar discusses sobre os problemas dos ndios brasileiros. (B) fornecer argumentos para o atual presidente da Funai. (C ) fazer com que, a partir de discusses polticas, os ndios possam produzir excedentes e vend-los. (D) possibilitar aos ndios plantar soja transgnica, sem provocar desmatamentos. 3. Observe como so curtos os perodos Complicado. e grave. Eles tm a funo de introduzir o 4o e o 5o pargrafos, ao mesmo tempo em que, em relao ao texto como um todo, enfatizam a (A) preocupao do articulista em destacar a insegurana econmica dos ndios. (B) discordncia do articulista em relao s declaraes do novo presidente da Funai. (C ) necessidade de integrar cultura indgena as novas tecnologias. (D) desconfiana do articulista quanto ao financiamento de recursos para os ndios.

4. Disse ele assegura o noticirio que o grande desafio transformar as economias indgenas para que elas tenham auto-sustentao. O verbo em destaque, assegurar, significa: garantir, afirmar com segurana ou certeza. No contexto, a palavra assegura nos informa que (A) afirmaes de pessoas do governo publicadas nos jornais so, geralmente, confiveis. (B) s quando saem nos jornais notcias envolvendo conflitos que podemos acreditar nelas. (C ) o articulista procura apoio nos jornais para reproduzir afirmaes que lhe pareceram questionveis. (D) o articulista discorda das afirmaes, s porque foram garantidas pelo noticirio. 5. O ttulo, ndio plantando soja?, traz uma pergunta cuja resposta o articulista j sabe, pois a sntese do artigo. Assinale o trecho que traz essa resposta. (A) Nesses lugares havia ainda, segundo o artigo, represas, pontes, aterros e fossas. (B) A se configurarem essas palavras, o rgo encarregado da poltica indgena confessa sua impotncia. (C ) O modelo deve ser o da agricultura ecolgica e dos sistemas agroflorestais. (D) E prope caminhos que nascem no das necessidades nem dos desejos do Pas, mas de problemas oramentrios. 6. A ilustrao que acompanha o texto um argumento que fundamenta a opinio de Washington Novaes sobre o problema do ndio. Observando esta ilustrao, correto o que se diz em: (A) O sorriso do ndio demonstra as boas relaes do povo da floresta com a Funai. (B) A mo do homem branco que aponta para o ndio significa sua superioridade com relao aos problemas indgenas. (C ) No h possibilidade de serem resolvidos os problemas que existem entre os brancos e os ndios. (D) Se em 35 anos da Funai j houve 33 presidentes, o rgo nunca ter condies de solucionar os problemas dos indgenas. Ateno: Para responder as questes de nmeros 7 a 8, leia trechos de um artigo sobre poluio.

Cada vez mais limpo Acidentes ecolgicos escondem uma boa notcia: o pas avanou no controle da poluio Trs fenmenos recentes espuma no Rio Tiet, vazamento de produtos qumicos no Para-ba do Sul e nuvens de fumaa sobre a Amaznia representam excees, muito evidentes, de uma nova regra na questo do meio ambiente: o Brasil melhorou em termos de controle de poluentes. [...] Houve uma revoluo em termos de despoluio, garante o ex-ministro Jos Carlos de Carvalho, titular de Meio Ambiente no fim do governo Fernando Henrique Cardoso e atual secretrio da pasta em Minas Gerais. O ar que se respira na maior e mais congestionada cidade brasileira tambm est mais limpo (veja quadro). Medidas adotadas a partir de 1986, melhorando a qualidade dos combustveis e determinando a produo de automveis menos poluentes, reduziram em 97% a emisso de gases txicos na atmosfera nos centros urbanos. Em So Paulo, o ndice de poluio do ar 17,5% mais baixo do que em 1985, mesmo com um aumento de 146% da frota desde ento. Muito desse progresso se deve lei de crimes ambientais, aprovada em 1998. Para grandes e m-dias empresas j foram emitidos 850 certificados ISO 14001, o atestado de qualidade ambiental.[...] (Jos Edward,Veja, 6/8/2003, p.66) 7. Comparando a foto, o grfico e o texto pode-se concluir que (A) diversas medidas esto ajudando no controle s vrias formas de poluio. (B) leis ambientais sugerem que se use a gua para despoluir o Rio Tiet. (C ) o monxido de carbono polui tanto o ar das grandes cidades quanto a gua do Rio Tiet. (D) o nvel de monxido de carbono no ar tem crescido, apesar das leis ambientais.

8. De acordo com o texto, a existncia de espuma no rio Tiet, o vazamento de produtos qumicos no rio Paraba do Sul e as nuvens de fumaa sobre a Amaznia indicam que (A) para obter o certificado ISO 14001, as pequenas e mdias empresas esto se empenhando na defesa do meio ambiente. (B) por falta de educao ambiental, ainda no se d a devida ateno aos crimes contra o ecossistema. (C ) nem a lei de crimes ambientais est resolvendo o problema da poluio. (D) mesmo o Brasil tendo melhorado no controle da poluio, ainda h agresses ao meio ambiente. 9. O principal argumento que o autor da notcia utiliza para defender seu ponto de vista : (A) S a partir de 1985 est havendo preocupao com o meio ambiente. (B) A melhora da qualidade dos combustveis e a produo de veculos menos poluentes colaboram para a limpeza do ar. (C ) O aumento da frota de automveis em 146% impediu melhor ndice de despoluio. (D) Grandes e mdias empresas ainda no esto preparadas para respeitar a lei de crimes ambientais. Ateno : Para responder as questes de nmeros 10 a 12, leia a charge da cartunista argentina Maitena.

(Folha de S.Paulo, 21/9/2003, p.E 10)

10. Compare as funes que a neta exerce na charge com as palavras dos bales e indique a deduo correta. (A) A moa est reclamando de ter de consertar tomadas. (B) Hoje em dia, as moas opinam, trabalham, fazem terapias e no querem ter celulites. (C ) No ser boneca implica tambm fazer tarefas tradicionalmente atribudas ao sexo masculino. (D) A vov acha que no valeu a pena ter sido boneca, quando mais jovem. 11. O que melhor caracteriza a diferena de idade entre as duas personagens (A) a moa entender de eletricidade e a av, no. O ar debochado da moa e surpreso da av. (B) a moa no usar culos e a av us-los, no modelo gatinho. Os cabelos soltos de uma e presos da outra. (C ) as informais roupas de uma e discretas, de outra. Os gestos espontneos da mais moa e discretos da mais velha. (D) a coluna lisa da neta e arqueada da av; o uso de combinao por parte da av e os tnis da moa. 12. A charge, tanto nos seus elementos e recursos grficos quanto nos escritos, pe em discusso valores contemporneos. Leia as afirmaes a seguir e depois responda, de acordo com o texto: I. As mulheres de antigamente no tinham tantos direitos quanto as de hoje.

I. As mulheres de antigamente no tinham tantos direitos quanto as de hoje. II. As mulheres pagam um preo alto por sua libertao. III. A vov v muita vantagem em ser uma mulher liberada como sua neta. Est correto o que se afirma apenas em (A) I e II. (B) I e III. (C ) II e III. (D) I, II e III. Ateno: Para responder os textos de nmeros 13 a 15, leia trechos da seguinte reportagem. Terapia com animais ajuda a enfrentar algumas doenas, como depresso e paralisia cerebral As terapias que usam bichos j se contam s dezenas. A equoterapia usa cavalos para reabilitar pacientes com esclerose mltipla, paralisia cerebral e sndrome de Down, trabalhando o equilbrio e a concentrao. Animais aquticos, como golfinhos e orcas, so utilizados para trazer crianas autistas para a realidade e ajudar depressivos a recuperar a alegria de viver. At tetraplgicos j conseguem ter uma vida mais autnoma com a ajuda de macacos-prego treinados para buscar objetos e acionar botes.[...] A experincia com ces na priso feminina de Purdy, Estados Unidos, vem sendo copiada em mais de 50 penitencirias do mundo. O projeto era ocupar as detentas com o adestramento de cachorros. O resultado foi surpreendente. Os animais saram preparados e as mulheres no voltaram a cometer crimes depois de soltas. (Luciana Vicria, poca, 4/8/2003, p.91) 13. Segundo o relato, o assunto principal do texto : (A) Quem no est constantemente com animais sofre menos de estresse e de doenas do corao. (B) Est na moda ter animaizinhos de estimao para os momentos de lazer. (C ) H inmeras terapias para ajudar pessoas com problemas fsicos ou psicolgicos. (D) Animais ajudam a equilibrar emoes e at a restabelecer funes do organismo. 14. "Terapia com animais ajuda a enfrentar algumas doenas". A frase acima transmite a idia de que (A) doenas s so curadas com terapia feita com animais. (B) pesquisas feitas com alguns animais demonstraram que estes ajudam na cura de doenas. (C ) os animais seriamente doentes devem ser logo tratados. (D) animais e remdios so terapias para qualquer doena. 15. Da leitura do texto infere-se que (A) a experincia de ocupar detentas no treinamento de ces no deu certo. (B) cavalos colaboram para doentes recuperarem a alegria de viver. (C ) a reportagem no tem fundamentao cientfica. (D) trabalhar com animais diminuiu a criminalidade de mulheres americanas. Ateno: Para responder as questes de nmeros16 a 18, leia alguns trechos do estatuto da ONG OS VERDES - Movimento de Ecologia Social. CAPTULO PRIMEIRO Art. 2o - OS VERDES - Movimento de Ecologia Social uma entidade ecolgica, cultural e cientfica tendo por finalidades: I. a defesa intransigente dos direitos humanos, do meio ambiente e da paz; II. a proteo ao patrimnio cultural, artstico, esttico, histrico, turstico, paisagstico e aos direitos do consumidor; III. [...] IV. incentivar a formao e o desenvolvimento da conscincia ecolgica, como integrante de uma tica ambiental nacional e internacional; V. [...] VI. difundir a solidariedade e fraternidade entre todos os povos; VII. estimular e difundir as atividades culturais, educacionais e cientficas, atravs do desenvol-vimento de pesquisas, projetos, edio de obras, produo de vdeos, filmes, slides, encontros, exposies, festivais, espetculos teatrais, de dana e de msica. Art. 3o - OS VERDES - Movimento de Ecologia Social, proclama-se apartidrio, respeitando a liberdade de conscincia e opinio de seus associados, no admitindo, porm, controvrsias poltico-partidrias, religiosas, raciais ou sexuais em suas dependncias e atividades. 16. A alternativa que melhor apresenta a finalidade dos artigos acima (A) participar de partidos polticos que defendam o meio-ambiente. (B) incentivar o pblico em geral a participar de ONGs. (C ) divulgar, estudar, apoiar e promover atividades ecolgicas e culturais.

(C ) divulgar, estudar, apoiar e promover atividades ecolgicas e culturais. (D) tornar pblico o movimento Os Verdes. 17. Suponhamos que um associado de Os Verdes Movimento de Ecologia Social proponha um encontro para formar um grupo religioso cristo que se una para defender a natureza. Essa atitude (A) contraria o artigo 3o. (B) est de acordo com o estatuto. (C ) s estar correta, se os encontros forem na sede. (D) est amparado pelo artigo 3o, que respeita a liberdade de conscincia de seus associados. 18. Algumas das aes que a ONG OS VERDES se prope realizar esto definidas, no artigo 2o, pelos verbos "incentivar", "difundir" e "estimular". Eles poderiam ser trocados, sem alterar o sentido destas aes, por (A) incentivado, difundido e estimulado. (B) incentivou, difundiu e estimulou. (C ) o incentivo, a difuso e o estmulo. (D) incentivasse, difundisse e estimulasse. Ateno: Observe atentamente a propaganda abaixo e em seguida resolva as questes 19 a 22.

19. A propaganda dirige-se a (A) fs de desenhos animados. (B) quem j foi atropelado. (C ) pessoas de todas as idades e sexos. (D) motoristas que dirigem velozmente. 20. A figura do coelho atropelado, junto frase "Na vida real diferente", refora a idia: (A) contida na figura do coelho na cadeira de rodas. (B) de que isso s acontece em desenhos animados. (C ) de que h riscos nos atropelamentos e nos mergulhos em guas rasas. (D) de que somente se voc atravessar na faixa de pedestres, no ser atropelado. 21. A expresso "Previna Acidentes" convoca o leitor a (A) doar dinheiro para a AAC D. (B) tomar cuidados para no ter de ficar um tempo numa cadeira de rodas. (C ) usar culos ao atravessar a rua para enxergar bem os carros. (D) mergulhar em guas rasas e pular de lugares altos. 22. A propaganda usa diferentes recursos para persuadir o leitor. Dentre eles, o que mais se destaca, nesta propaganda, (A) so as cores escuras.

(A) so as cores escuras. (B) o coelho em cadeira de rodas. (C ) so os culos quebrados do coelho. (D) o logotipo da AAC D. Ateno: Para responder as questes de nmeros 23 a 26, leia a carta de um leitor/consumidor, enviada seo de reclamaes de um jornal paulista e a resposta da empresa a que dirigida. Carta de reclamao Defeito no celular irrita usurio Quero resolver um problema com a empresa X. Meu aparelho desbloqueia sozinho e faz com que eu perca alguns crditos. A pedido deles, ligo para a empresa, mas de nada adianta. Eles no resolvem nada. O mximo que consigo passar de uma atendente para outra e ficar escutando a msica de espera. A cada uma delas tenho que explicar todo o problema novamente. Estou chateado, pois o celular desbloqueia sozinho e quando vejo est discando. Estou to insatisfeito que quero doar o aparelho. Em uma das ligaes, a central de atendimento me transferiu para a central de vendas e tentaram me convencer a comprar um novo aparelho. (E.L.P., guarda-civil, Capital, SP)

Transcrio da resposta da empresa X A empresa X informa que j entrou em contato com o consumidor e solicitou que o mesmo encaminhe seu aparelho a um servio autorizado da empresa de sua preferncia. Segundo a empresa, sero realizados testes e reparos necessrios, de acordo com o C ertificado de Garantia. E. diz que a empresa realmente o procurou. Ele conta que no levar o aparelho at um servio autorizado, pois no ir pagar pelo conserto. Ele alega que s procuraria tal servio se a empresa fosse arcar com o conserto. [...] (Dirio de S.Paulo, 22/9/2003, p.B4) 23. O destinatrio da carta ......................... e o remetente lhe d um tratamento ......................... . (A) a empresa X magoado. (B) servio autorizado agressivo. (C ) o jornal O Dirio de S.Paulo irritado. (D) uma operadora de celulares profissional. 24. A queixa principal de E.L.P. que (A) o (B) o (C ) o (D) a aparelho desbloqueia sozinho e gera despesa. atendimento da empresa X no muito bom. aparelho muito dispendioso. central de vendas quis vender-lhe um novo aparelho.

25. Leia tambm a transcrio de resposta da empresa X no jornal e observe as afirmaes abaixo. I. O consumidor est to aborrecido que quer doar o seu celular. II. A empresa X prontificou-se a trocar o aparelho. III. Ao ler a resposta da empresa X, E. L.P. deduziu que precisar pagar pelo conserto. Est correto o que se afirma somente em: (A) I e II. (B) I e III. (C ) II e III. (D) I, II e III. 26. O verbo est na voz passiva em (A) sero realizados testes e reparos necessrios. (B) Estou muito insatisfeito com o aparelho. (C ) pois no ir pagar pelo conserto. (D) e ficar esperando a msica de espera. Ateno: Para responder as questes de nmeros 27 a 30, leia as letras de duas msicas envolvendo jovens.

TEXTO 1 RUA AUGUSTA Entrei na Rua Augusta a 120 por hora, botei a turma toda do passeio pra fora, fiz curva em duas rodas sem usar a buzina, parei a quatro dedos da vitrina! (Legal!) Hi! Hi! Johnny! Hi! Hi! Alfredo! Quem da nossa gangue no tem medo! Meu carro no tem breque, no tem luz, no tem buzina, tem trs carburadores, todos trs envenenados, s pra na subida quando acaba a gasolina, s passa se tiver sinal fechado! (Brbaro!) Hi! Hi! Johnny! Hi! Hi! Alfredo! Quem da nossa gangue no tem medo! Toquei a 130 com destino cidade, no Anhangaba botei mais velocidade, com trs pneus carecas derrapando na raia subi a galeria Prestes Maia! (Tremendo!) Hi! Hi! Johnny! Hi! Hi! Alfredo! Quem da nossa gangue no tem medo (Herv C ordovil http://www.osvipsadupla.hpg.com.br/ letra_ruaaugusta.htm)

TEXTO 2 DEZESSEIS Joo Roberto era o maioral, o nosso Johnny eraum cara legal Ele tinha um Opala metlico azul Era o rei dos pegas na Asa Sul e em todo lugar Quando ele pegava no violo C onquista as meninas e quem mais quisesse ver Sabia tudo da Janis, do Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling Stones Mas de uns tempos pr c meio sem querer alguma coisa aconteceu Johnny andava meio quieto demais s que quase ningum percebeu Johnny estava com um sorriso estranho Quando marcou um super pega no fim-de-semana No vai ser no C ASEB*, nem no Lago Nortenem na UnB** As mquinas prontas, o ronco de motor A cidade inteira se movimentou E Johnny disse: - Eu vou pr C urva do Diaboem Sobradinho e vocs? E os motores saram ligados a mil pr estrada da morte, o maior pega que existiu S deu pr ouvir foi aquela exploso E os pedaos do Opala azul de Johnny pelo cho No dia seguinte falou o diretor:O aluno Joo Roberto no est mais entre ns Ele s tinha dezesseis Que isso sirva de aviso pr vocs E na sada da aula foi estranho e bonito Todo mundo cantando baixinho: Strawberry Fields Forever Strawberry Fields Forever E at hoje quem se lembra diz que no foi ocaminho Nem a curva fatal e nem a exploso Johnny era fera demais pr vacilar assim E o que dizem que foi tudo por causa de um corao partido Um corao Bye bye Johnny Johnny bye bye Bye bye Johnny

Rua Augusta (So Paulo), em 1965.

* C ASEB: C entro de Ensino Fundamental em Braslia. ** UnB: Universidade de Braslia. (Msica do Legio Urbana e letra de Renato Russo)

27. Observe que h um nome comum aos dois textos, Johnny. Da leitura das letras infere-se que (A) no (B) no (C ) no (D) os texto 1, o eu potico o Johnny. texto 2, Johnny era amigo do eu potico. texto 1, Johnny e Alfredo so a mesma pessoa. dois Johnnys morrem no final dos textos.

28. Considere que no texto 2, pega, em Braslia, tem o mesmo sentido que racha, no estado de So Paulo, e responda ao que se diz dos textos.

So Paulo, e responda ao que se diz dos textos. (A) Tanto em Rua Augusta quanto em Dezesseis, os personagens so corredores profissionais. (B) Nos dois textos, h caractersticas psicolgicas dos motoristas dos carros. (C ) O texto 2 apresenta mais espaos onde ocorrem os "pegas" ou "rachas" do que o Texto 1. (D) As duas letras de msica tm refro. 29. Quanto violncia urbana, deduz-se que (A) a violncia do texto 1 se deve a uma revolta de classe social. (B) o eu potico do texto 1 menciona a razo de sua postura agressiva em relao sociedade. (C ) os motoristas dos dois textos so personagens romnticas. (D) no texto 2, Johnny foi mais violento consigo mesmo do que com a sociedade. 30. O texto 2 apresenta mais linguagem figurada do que o Texto 1, como em E os motores saram ligados a mil, O aluno Joo Roberto no est mais entre ns, Johnny era fera demais pra vacilar assim. O Texto 1 tem linguagem mais direta, pouco figurada, e mais expresses tpicas de jovens da poca, como Legal!, Brbaro! e Tremendo! C omparando o tratamento expressivo dado linguagem dos dois textos, afirma-se que (A) Rua Augusta mais elaborado esteticamente do que Dezesseis. (B) Dezesseis mais elaborado esteticamente do que Rua Augusta. (C ) ter ou no linguagem figurada no altera os efeitos de sentido. (D) a linguagem de Dezesseis mais agressiva, porque h a descrio dos pedaos do Opala azul. Ateno: Para responder as questes de nmeros 31 a 33, leia o poema abaixo. Soneto CCXXLV Seus lbios feitos pela mo do Amor O som lanaram que dizia Odeio; Mas quando ela notou a minha dor, Ela, toda a razo do meu anseio A piedade tomou-lhe o corao, E repreendendo a lngua que jamais Proferira cruel condenao, Ensinou-a a alegrar-me uma vez mais: O Odeio ela alterou com um final Que o seguiu como noite o dia terno, Quando a sombra, imitando o Anjo do Mal, Do cu se precipita para o inferno: Salvando a minha vida, logo a ouvi Acrescentar: um outro, no a ti. (William Shakespeare, trad. Pricles Eugnio da Silva Ramos. Sonetos de Shakespeare. So Paulo, Saraiva, 1953, p.163) 31. H diversos jogos de sentido no poema. O principal a oposio (A) amor dio. (B) piedade cruel condenao. (C ) noite dia terno. (D) cu inferno. 32. Neste poema de gnero lrico, h linguagem figurada em todos os versos abaixo, EXCETO em: (A) Seus lbios feitos pela mo do Amor. (B) Do cu se precipita para o inferno. (C ) E repreendendo a lngua que jamais proferira cruel condenao. (D) Mas quando ela notou a minha dor. 33. Em relao amada, o eu lrico se mostra predominantemente (A) decepcionado, por no se sentir correspondido. (B) piedoso, por entender os motivos da amada. (C ) grato, por ela odiar a outro e no a ele. (D) sofrido, por se sentir abandonado. Ateno: Para responder as questes de nmeros 34 a 39, leia o conto abaixo. Corrente Aps meses de sofrimento e solido chega o correio:

esta corrente veio da Venezuela escrita por Salomo Fuais para correr mundo faa vinte e quatro cpias e mande a amigos em lugares distantes: antes de nove dias ter surpresa, graas a Santo Antnio. Tem vinte e quatro cpias, mas no tem amigos distantes, Jos Edouard, Exrcito venezuelano, esqueceu de distribuir cpias, perdeu o emprego. Lupin Gobery incendiou cpia, casa pegou fogo, metade da famlia morreu. Mandar ento a amigos em lugares prximos Tambm no tem amigos em lugares prximos. Fecha a casa. Deitado na cama, espera surpresa. (Rubem Fonseca, org. Boris Schhnaiderman. C ontos reunidos, So Paulo, C ia das Letras, 1994, p.324) 34. O texto lido do gnero conto (prosa narrativa), mas tem caractersticas de outro gnero, denominado corrente, aqui diretamente relacionado com (A) o correio. (B) a televiso. (C ) a internet. (D) os jornais. 35. Uma nica palavra permite saber que a personagem principal (A) uma mulher. (B) um homem. (C ) uma criana. (D) uma jovem. 36. Considere a frase Aps meses de sofrimento e solido chega o correio. e relacione-a com o que se diz do conto. (A) A personagem esperava a corrente. (B) A personagem fica feliz, porque poderia ter sua solido amenizada pela corrente. (C ) A personagem gostaria de enviar uma carta. (D) Havia meses que o correio no chegava. 37. Observe que h duas narrativas: a que conta o conto e a que conta a corrente. no jogo das duas narrativas que o conflito criado. Entre os elementos que nos permitem reconhecer as duas histrias so os tempos verbais. S est na narrativa da corrente a frase: (A) Aps meses de sofrimento e solido chega o correio. (B) Tem vinte e quatro cpias, mas no tem amigos distantes. (C ) Antes de nove dias ter surpresa. (D) Fecha a casa [...]. 38. A respeito do narrador, deduz-se que est em (A) 3a pessoa e demonstra pena da personagem. (B) 1a pessoa e confessa seu sofrimento e sua solido. (C ) 1a pessoa e tem medo do que diz a corrente. (D) 3a pessoa e no expe seu ponto de vista. 39. O narrador cria um clima predominantemente (A) de aventura. (B) tragicmico. (C ) fantasmagrico. (D) lrico. Ateno: Para responder as questes de nmeros 40 a 42, observe a foto que retrata uma congada.

O cortejo nas ruas do Centro, rumo gua Branca: encontro de representantes de vrias cidades. (Jos Luiz da Conceio/A.E. O Estado de S.Paulo, 11/9/2003, p.C 4) 40. Observe a foto e os elementos que a compem. Est certo o que se afirma em: (A) H uma composio harmnica entre todos os elementos. (B) O grupo folclrico o componente menos importante da foto. (C ) Os arranha-cus, pela sua altura, destacam-se das pessoas e dos objetos mais baixos. (D) As demarcaes do trnsito, no asfalto das avenidas, conflitam com os outros elementos da foto. 41. Os prdios aparecem pouco ntidos porque (A) a mquina no conseguiu pegar todo o conjunto. (B) o fotgrafo desfocalizou a lente. (C ) no eram importantes para compor uma cena urbana. (D) na foto esto no plano de fundo. 42. Deduz-se desta cena que focaliza o corao de So Paulo que (A) os prdios esto velhos e precisam de uma boa pintura. (B) expor juntos cortejo de congada e prdios no acrescenta nada a uma megalpole de 450 anos. (C ) as metrpoles e as tradies regionais convivem bem no tempo e no espao. (D) o fotgrafo deve estar saudoso de sua cidade natal e criou um clima interiorano. Ateno: As questes de nmeros 43 a 45 referem-se s pinturas e ao texto abaixo.

"Os modernistas, rejeitando o passado acadmico, dese-javam uma linguagem mais de acordo com o seu tempo, tam-bm buscavam desenvolver uma arte brasileira autntica". (R. Ventrella et. al. Link da Arte Moderna. SP. 2002. p. 69)

Ve nde dor de Frutas. Tarsila do Am aral 1925

Abaporu. Tarsila do Am aral. 1928.

43. Observando-se as telas da Tarsila da Amaral (1886-1973), pode-se perceber que os

43. Observando-se as telas da Tarsila da Amaral (1886-1973), pode-se perceber que os modernistas (A) representavam formas e figuras que refletiam as caractersticas do pas e de seu povo. (B) obedeciam as caractersticas da arte inovadora trazida para o Brasil pela Misso Francesa. (C ) renovavam alguns elementos da pintura, retratando uma euforia exagerada diante do progresso industrial. (D) introduziam elementos novos na pintura como o jogo de claro e escuro, o linear e o pictrico. 44. Nessas obras, exemplos de pinturas de artistas que apontaram novos caminhos para a arte, podemos observar (A) formas e figuras que correspondem realidade. (B) a nfase nos diferentes planos. (C ) alterao da forma em relao a uma norma de representao. (D) a utilizao de diferentes materiais: papel, tecido, tintas, fios, resinas. 45. Considerando as principais caractersticas do movimento modernista, qual das frases poderia estar associada s duas pinturas de Tarsila do Amaral? (A) "Ver com olhos livres". (B) "Amar sem ser amado". (C ) "Sonhar um sonho impossvel". (D) "Distanciar a inteno do gesto". PRODUO TEXTUAL Para redigir seu texto, leia atentamente as instrues a seguir. 1. Leia com ateno todos os textos que sero estmulos visuais e verbais para sua reflexo. 2. Escolha somente um dos temas propostos. 3. Utilize todos os seus conhecimentos para desenvolver o tema escolhido. 4. D um ttulo ao seu texto. 5. Escreva um texto dissertativo/argumentativo; no faa desenhos nem redija narrativas ou poemas. 6. Escreva no mnimo 20 linhas, considerando-se letra de tamanho regular. 7. Faa o rascunho na folha a ele destinada. 8. Desenvolva sua redao a tinta, na folha a ela destinada. TEMA 1 Texto 1 Clonagem Humana A natureza fornece a cada indivduo uma identidade gentica nica e singular. Abrir mo dessa riqueza natural pode, algum dia, nos levar a uma diviso gentica artificial entre humanos dotados de genomas originais e humanos cujos genomas so clonados. Ser que a humanidade j no sofre tipos de discriminao que cheguem? O homem no um mamfero qualquer. Os animais podem ser reproduzidos por meio da clonagem. Mas os humanos so moldados pela educao, a cincia e a cultura, no pela clonagem. (Koichiro Matsuura, Clonagem humana, Folha de S. Paulo, 21/09/2003, p. A 3)

Texto 2

(Narcisismo da cincia, edio comemorativa dos 35 anos da Veja, setembro/2003, p.p 94/95)

Com base nos textos apresentados, discorra sobre os limites ticos da reproduo humana e clonagem.

Tema 2 - Texto 1

Texto 2 O Estatuto do Desarmamento foi elaborado por uma comisso mista de deputados federais e senadores e aprovado pelo Senado no ltimo ms de julho. Agrupa 57 projetos que tramitavam na Cmara dos Deputados e oito no Senado, restringindo a posse e proibindo o porte de arma. Se a votao na Cmara aprovar o mesmo texto que j recebeu o aval do Senado, o porte de armas ser proibido exceto para algumas categorias profissionais, como seguranas em servios, policiais e militares. O porte ilegal, nesse caso, passar a ser um crime inafianvel, com penas que variam de 2 a 12 anos de priso, alm de multa. Atualmente, quem porta uma arma ilegalmente solto mediante o pagamento de fiana. (Fabiana Cimieri e Talita Figueiredo, "Projeto original s permite porte em alguns casos", Folha de S. Paulo, 15/09/2003, p. C 1) Texto 3 Texto 4

Manife stante s durante passe ata e m C opacabana (zona sul do R io) para pre ssionar o C ongre sso a aprovar o Estatuto do De sarm am e nto. (Foto de Fe lipe Varanda, Folha de S. Paulo, 15/09/2003, p. C 1)

Com base nos textos apresentados, discorra sobre o controle do uso de armas.

Redao Rascunho

Redao Rascunho

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