FICHA DE APLICAO DE CONHECIMENTOS DE LNGUA PORTUGUESA

Nome: ____________________________________________________________________
N: _______

6 Ano

Turma: ________

Data: _____ / _____/ __________

Classificao: ___________________________

Tomei conhecimento.

Assinatura da professora: __________________

Assinatura do Enc. de Educao:________________________

L o texto A. Podes consultar o vocabulrio apresentado a seguir ao texto.

TEXTO A
Sempre achei nos dias cinzentos e chuvosos algo de acolhedor. A luz no to rspida, e dir-se-ia
que as nuvens so como cortinas que tiram aos raios do sol a intensidade mortal. Depois, as janelas so
bons olhos para olhar a chuva, e a gua a correr tem cantar de regato e refresca. A terra surge ento
perfumada e cheirosa.
Quando eu estava na quinta e pairava sobre as montanhas a sombra de um dia assim, parecia que
os barulhos da casa assumiam outro tom. Mais ntido. O ranger do soalho na varanda sob os passos da
av que, com a Altina, ajeitava as bacias de recolher a gua das gretas do telhado, o restolhar1 das
chamas no fogo da sala, o vento bufando as folhas das ramadas, tudo se compunha de tato musical.
Ento a chuva caa. As nuvens pranteavam2 a terra ensopando os caminhos, e as telhas sobrepostas
encarregavam-se de guiar a gua que, pelo telhado, escorria at s caleiras3.
- Chove a cntaros!
Se algum entrava, no passava a soleira da porta, onde havia um tapete para limpar os ps, que
no dissesse:
- Que molha!
Na aldeia atribuam a S. Pedro essa gua do cu, e, quando trovejava, diziam em ar de chalaa4 que
o santo andava l por cima a arrumar as cadeiras
Em baixo, ao fundo dos campos de erva rasteira e verde, o Febras, riacho de que s vezes fazamos
pouco por ir quase vazio, troava ento de ns, recebendo essa nova gua que, vinda das nuvens, lhe
engrossava a corrente, fazendo-a andar mais depressa, entre as margens de fetos e tlias bravas, de
musgo e ervas, at represa5. Do lado de l, a casa grande do arquelogo. Fora um vizinho distinto,
magro e irnico, que dedicara a vida a tirar do ventre das montanhas civilizaes extintas. Assim se
tornara clebre. Contava a minha av que havia pessoas de muito longe que vinham escutar as
explicaes do seu saber apaixonado.
Olhar a chuva e ouvi-la cantar dentro de casa era bom.

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Eu era pequeno, andava no internato6 e vinha passar os fins de semana a casa, mas tinha de
regressar segunda-feira de manh, s seis horas.
Era um sobressalto quando me acordavam batendo porta do meu quarto. Vestir, examinar as
malas a ver se faltava alguma coisa e andar ligeiro.
O bom do Antnio, feitor de meu bisav, de meu av e que ali ficara que nem o pinheiro manso do
extremo da casa, j me esperava. Amarrava as malas na traseira da bicicleta com umas borrachas duras,
e seguamos pelo macadame7, o caminho todo calados, ele guiando o biciclo pela mo, eu cinzento da
partida como a chuva do dia.
Ao cruzamento, nos casinhotos desbotados, passava a camioneta. O para-brisas afastava no vidro
da frente as gotas de gua, que corriam como numa cara de gente chorando sem cessar. Eram para
mim dias difceis aqueles do regresso ao internato. Mas, se ficava em casa e ao outro dia era dia de
estar ali, gostava muito de ouvir a chuva.
Incio Pignatelli, Lembranas da Chuva,
Edies Afrontamento, 2009 (texto adaptado)

VOCABULRIO
1

o restolhar das chamas o rudo produzido pelas chamas.

pranteavam choravam; molhavam de lgrimas.

caleiras canos colocados sob o telhado para escoar as guas da chuva.

chalaa piada; dito com graa.

represa construo feita em rio ou canal para travar o curso da gua e armazen-la.

internato estabelecimento de ensino em que os alunos habitam em permanncia.

macadame camada de pavimento coberta de terra britada.

Responde ao que te pedido sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as orientaes que te so dadas.

A
1. Assinala com X a opo que completa a frase, de acordo com o sentido do texto.
1.1. As recordaes do narrador esto ligadas aos dias

1.2. O narrador lembra momentos que passou

frescos, mas com sol.

na casa de um arquelogo.

amenos e perfumados.

no internato, com os colegas.

quentes, mas ventosos.

na quinta dos seus avs.

nublados e com chuva.

na margem do rio, com o feitor.

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1.3. No excerto dir-se-ia que as nuvens so como 1.4. As expresses ranger do soalho e restolhar das
cortinas que tiram aos raios do sol a intensidade chamas sugerem sensaes
mortal, a palavra como estabelece, entre os
elementos sublinhados, uma relao de

causa.

visuais

semelhana.

olfativas.

contraste.

auditivas.

oposio.

tteis.

1.5. Em -Chove a cntaros!, a expresso sublinhada d a entender que a chuva

fraca.
abundante.
escassa.
miudinha.
2. Ento a chuva caa.
Transcreve do texto as duas frases que o narrador ouvia nessa ocasio.
Cumpre as regras de translineao.
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3. Em o Febras, riacho de que s vezes fazamos pouco por ir quase vazio, troava ento de ns, recebendo essa
nova gua, o narrador recorre a uma personificao.
Justifica a afirmao anterior.
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4. Do lado de l, a casa grande do arquelogo.

Transcreve do texto a expresso que explica como o arquelogo se tinha tornado clebre.
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5. O regresso ao internato, nas manhs de segunda-feira, narrado no texto a partir do dcimo pargrafo.
Ordena, de 1 a 7, os momentos desse regresso, de acordo com a sequncia pela qual so narrados. O primeiro
momento j est numerado.

O encontro com Antnio, o feitor.

A chegada ao cruzamento.

O acordar em sobressalto.

A partida na camioneta.
A verificao da bagagem.
O percurso silencioso.
A acomodao das malas na bicicleta.

6. L a frase: Eram para mim dias difceis aqueles do regresso ao internato.

Na tua opinio, por que motivo seria to difcil para o menino regressar ao internato?

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L a informao do folheto seguinte.

TEXTO B
Vamos poupar gua?

No jardim

Rega as plantas de manh

ou noite. Se o fizeres tarde,
a
gua
evapora-se
rapidamente, devido ao calor.
H plantas que precisam
de pouca gua. Evita reg-las
sem necessidade.
Se possvel, utiliza gua de
poos ou de ribeiros.
Deves preferir plantas tpicas da regio onde vives,
porque esto adaptadas ao clima local.
Quando lavares a bicicleta, utiliza um balde em vez
de
mangueira.
Na cozinha
Se tiveres piscina, no a enchas em poca seca.
Pe uma garrafa de gua no frigorfico. Desta
maneira, evitas gastar gua at que saia fresca da
Torneiras
torneira.
Quando ajudares a lavar a loia, no
No deixes as torneiras a pingar. Fecha-as bem. Se
deixes a gua a correr. Enche o lava-loia e
no pararem de pingar, devem ser arranjadas
usa s a quantidade necessria.
imediatamente.
As mquinas de lavar, roupa ou loia,
devem trabalhar s quando estiverem
Na rua
cheias.
Se vires alguma rotura na canalizao, pede a um
adulto que avise os Servios Municipalizados.
Sabias que mais de 70%do nosso corpo
constitudo por gua? No h vida sem gua. Se ela
acabar, ns no sobrevivemos.
Sabes como poupar gua? Segue as recomendaes
que te damos e transmite-as aos teus familiares e
amigos.
Todos temos o dever
de economizar gua.
Desde j, tu podes colaborar.
Vamos dizer-te como

Na casa de banho

Evita tomar banho de imerso.

No duche, fecha a gua enquanto te
ensaboas. No demores muito tempo no

PREVENIR

chuveiro.
No deixes a gua a correr enquanto lavas os dentes
ou as mos.
Um autoclismo avariado pode desperdiar muita
gua. Deve ser arranjado sem demora.

PLANEAR

SOCORRER

Ministrio da Administrao Interna

Autoridade Nacional de Proteo Civil
www.portalseguranca.gov.pt
(acedido em 15/12/2010 adaptado

Responde ao que te pedido sobre o texto que acabaste de ler, seguindo as orientaes que te so dadas.

B
7. Todos temos o dever de economizar gua.
Justifica a afirmao anterior com base na informao contida no folheto.
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8. Transcreve do folheto uma recomendao para evitar o gasto excessivo de gua em cada situao.
Situao A Dentro de casa: _______________________________________________________________________
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Situao B Fora de casa: _________________________________________________________________________
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9. Imagina que o teu vizinho tem o hbito de lavar o carro com a mangueira ligada a uma torneira e de deixar a gua
sempre a correr.
Redige o conselho que lhe darias a partir da informao contida no folheto.
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Responde ao que te pedido sobre o funcionamento da lngua.

C
10. L a frase.
O rio recebia a gua da chuva que lhe engrossava a corrente.
Escreve uma frase em que utilizes o nome sublinhado, mas com um significado diferente.
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11. Completa o seguinte quadro, assinalando a opo correta com X.
Classificao quanto ao nmero de slabas
Monosslabo

Disslabo

Trisslabo

Polisslabo

Classificao quanto slaba tnica

Esdrxula

Grave

Aguda

cinzentos
chuva
arquelogo
cntaros
bisav
luz
12. Classifica as seguintes palavras quanto sua subclasse, gnero, nmero e grau.
Nomes
cordilheira
civilizaes
alegria
chuvinha
Antnio

Subclasse

Gnero

Nmero

Grau

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13. Ordena alfabeticamente as seguintes palavras, numerando-as de 1 a 9.
corrente
cinzento
chuvisco

chover
chuva
cheirosa

clebre
cntaro
chuvoso

14. A partir da palavra FRIAS, forma um campo

lexical/rea vocabular.
___________
___________

15. A partir da palavra CHUVA, forma uma

famlia de palavras.
___________
___________

___________

___________

___________

___________

16. Retira do texto A os sinnimos/antnimos das seguintes palavras.

Palavra

Sinnimo

Palavra

hospitaleiro
arrefece
sobrado
fendas
soprando
folhagem
entrada
ilustre
voltar
susto

Antnimo

nunca
amvel
noite
cheio
gordo
perto
continuar

17. Assinala com X, em cada coluna, a palavras que pertence classe gramatical nela indicada.
Determinante

av
depois
e
vosso

Nome

chuvoso
assim
ajeitava
tapete

Pronome

algum
chuva
ento
para

Adjetivo

soleira
corria
depois
clebre

Conjuno

dentro
sobre
magro
mas

18. Indica os graus em que se encontram os adjetivos de cada frase, indicando a alnea correta.
Ele sentia-se contente.
O vizinho da av era muito importante.
No internato, o rapaz sentia-se tristssimo.
Para ele, os dias chuvosos eram os mais acolhedores.
A casa dos avs era menor do que a do arquelogo.

___
___
___
___
___

a) Grau comparativo de inferioridade.

b) Grau superlativo relativo de superioridade.
c) Grau superlativo absoluto sinttico.
d) Grau superlativo absoluto analtico.
e) Grau normal

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19. L o texto que se segue e identifica os advrbios que so pedidos.

Os avs moram longe e ele ir visit-los amanh. Certamente, sentem-se ansiosos, mas ele far a
viagem calmamente.
a) advrbio de afirmao: _________________________

c) advrbio de modo: ___________________________

b) advrbio de lugar: _____________________________

d) advrbio de tempo: __________________________

20. L a frase.
Durante muitos anos, o arquelogo da aldeia dedicou a vida ao estudo.
Faz a anlise sinttica da frase.
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_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________
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21. Classifica, quanto ao processo de formao, as seguintes palavras:

Chuvosos- ________________________________________________________________________________
Planalto - ________________________________________________________________________________
Engrossava - ______________________________________________________________________________

- Traz o guarda-chuva.

22. L a frase.

Reescreve a frase na forma negativa, mantendo a pessoa verbal

________________________________________________________________________________________________________

23. L a frase.
Quando chovia, a av pedia Altina que fosse buscar bacias para a gua.

Imagina que a av se dirigia diretamente Altina.

Escreve a frase que a av diria.

Quando chovia, a av pedia:

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Nota: Antes de entregares a tua ficha, rel tudo com muita ateno.

BM TRABALHO!