1 Drenagem Superficial

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ESPECIFICAES GERAIS PARA OBRAS RODOVIRIAS DRENAGEM DRENAGEM SUPERFICIAL

ESPECIFICAO DE SERVIO DER/RO-DR-01/93

DRENAGEM DRENAGEM SUPERFICIAL


1.0 DEFINIO E GENERALIDADES
Drenagem Superficial consiste no conjunto de processos destinados a promover a coleta e o rpido escoamento ou abaixamento das guas superficiais, que atingem ou possam atingir a estrada. Efetua-se atravs de diversos dispositivos e estruturas que evitam os inconvenientes e danos que a gua possa causar estrada construda, contribuindo para mant-la em permanentes condies de trfego.

1.1 ESTRUTURAS DE DRENAGEM SUPERFICIAL


A drenagem superficial pode ser feita atravs das seguintes estruturas de drenagem:
Reviso Data

Sarjetas. Valetas. Meios fios. Transposio de sarjetas. Entradas e Sadas dgua. Descidas dgua. Dissipadores de Energia. Caixas.
Aprovada por Reviso Data Aprovada por

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Sarjetas So canais de drenagem, revestidos ou no de concreto, executados nas bordas do pavimento ou do acostamento formados pela superfcie do pavimento ou do acostamento e por uma banqueta na borda destes, ou constitudas por uma depresso rasa. Estes dispositivos so aplicados aos segmentos em corte, na drenagem simultnea da pista de rolamento e do talude do corte. Quando aplicadas em trechos de aterros so denominadas sarjetas de aterro e podem ser conjugadas com meiosfios. Sarjetas so usadas tambm, na drenagem das banquetas construdas nos taludes de corte ou de aterros, assim como, na drenagem de canteiros centrais e bordos de interseo. Valetas so, tambm, dispositivos de drenagem superficial, podendo ou no ser revestidas de concreto. So canais de drenagem que executam a funo de resguardar o corpo estradal, interceptando possveis fluxos dgua que, atravs do terreno natural, se encaminhem para os taludes de corte ou os ps dos aterros, na linha dos off-sets. Conforme os casos denominam-se valetas de proteo de corte (valetas de coroamento) ou valetas de proteo do aterro (valetas de p de aterro). Estes dispositivos so aplicados, tambm, para remover a gua que cai na plataforma estradal e nos taludes de corte, bem como, na drenagem interna dos canteiros e das intersees. Meios-Fios so dispositivos de drenagem superficial, pr-moldados ou moldados in loco que se destinam a disciplinar o fluxo de guas pluviais que se precipitam sobre o pavimento, conduzindo para outros dispositivos que proporcionam o desgem. Os meios-fios, tambm chamados de banquetas, so aplicados nos bordos das pistas em aterro, nos canteiros centrais, etc. Transposio de Sarjetas so dispositivos que permitem a transposio de segmentos de sarjetas por veculos que se dirigem os acessos secundrios transversais rodovia. Entradas Dgua so dispositivos que coletam as guas conduzidas pelas sarjetas ou pelos meios-fios e lanam estas guas em dispositivos de descidas implantados nos taludes dos aterros.

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Devem ser localizadas nas partes baixa dos aterros e recebem o fluxo dgua pelos dois lados. Em segmentos com greide contnuo devem ser localizadas em pontos onde a vazo limite dos dispositivos de conduo superficial atingida e, neste caso, recebe o fluxo somente pelo lado de montante. Sadas Dgua so dispositivos aplicados nos extremos jusante dos segmentos de sarjetas de corte, proporcionando o desge lateral nos pontos de passagem. Descida Dgua so dispositivos de conduo de gua empregados para canaliz-las ao longo da inclinao dos taludes de aterro ou de corte. As descidas dgua so conformadas em escadaria ou calha inclinada ao longo dos taludes, localizadas nos pontos baixos que possam surgir ao longo do desenvolvimento dos aterros, bem como nos talvegues secundrios interceptados por cortes, cujas condies topogrficas no permitem o esgotamento atravs de valetas. Os tipos mais utilizados so: 1. Canaletas retangular lisa em concreto moldado in loco, executada em concreto simples ou armado; 2. Canaletas retangular em degraus, de concreto moldado in loco, executada em concreto simples ou armado; 3. Calha semi-circular de concreto pr-moldado ou corrugada metlica. Dissipadores de Energia so dispositivos destinados a minimizar o efeito erosivo do fluxo de gua concentrado sobre um nico ponto. Localizam-se ao p das descidas de guas e ao final de valetas que venham a desaguar diretamente sobre o terreno natural, passvel de eroso. Os dissipadores podem ser lisos ou com guarnies (dentes e cunhas), construdos de concreto ou so constitudos de enrocamento de pedras arrumada sou argamassadas. CAIXAS so dispositivos utilizados na captao de gua superficiais e podem ser: Caixas coletoras quando destinadas a coletar guas conduzidas por sarjetas, valetas e descidas dgua; Caixas de passagem: executadas em canalizaes onde ocorra mudana de direo, declividade ou seo transversal; Caixas de inspeo: quando executadas com a finalidade de facilitar os servios de manuteno e limpeza em segmentos de canalizaes muito longa ou pontos de conexo de canalizao de drenagem da rodovia com sistemas locais.
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2.0 MATERIAIS 2.1 MATERIAIS DE ESCAVAO


Os materiais de escavao relacionados com os dispositivos de drenagem de que trata esta Especificao sero classificados em categorias de acordo com o preconizado na Especificao de Servio DER-RO-TR-03/93 CORTES

2.2 MATERIAIS DE REVESTIMENTO E CONSTRUO


Para os dispositivos com revestimento vegetal, especifica-se o emprego de grama em leivas, de espcie tpica da regio da obra. Todos os dispositivos construdos ou revestidos de concreto, os materiais utilizados devero atender integralmente s seguintes especificaes, a saber: Cimento: DNER-EM 36-71- Recebimento e Aceitao de Cimento Portland Comum e Portland de Alto Forno. DNER-EM 38-71 Agregado Mido para Concreto e Cimento. DNER-EM 37-71 Agregado Grado para Concreto de Cimento. DNER-EM 34-70 gua para Concreto. DNER-ES-AO 31/71 - Concreto e Argamassas DNER-ES-AO 32/71 Concreto Armado. Armaduras para

Agregado Mido: Agregado Grado: gua: Concreto: Ao: Formas (Guias): Pedra-de-mo:

DNER-ES-AO 34/71 Formas e Cimbres. A pedra-de-mo utilizada dever ser originria de rocha s e estvel, apresentando os mesmos requisitos qualitativos exigidos para a pedra britada destinada confeco de concreto. O dimetro da pedra-de-mo deve se situar na faixa de 10 a 15 cm.
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O concreto utilizado dever ser preparado de acordo com o prescrito nas normas NBR 6118 E NBR 7187 da ABNT. Para os dispositivos construdos com calhas metlicas corrugadas, estas devero ter dimetro de 40 cm e espessura de 2 mm. Normalmente so utilizadas chapas galvanizadas, salvo em casos onde, sejam previstas condies agressivas, devido a algum produto qumico quando ento recomendada a utilizao de chapas revestidas com epxi. O fabricante dever ser cientificado das condies de utilizao vigentes no local e assegurar a adequao do produto fornecido.

3.0 EQUIPAMENTO
Os equipamentos necessrios execuo destes dispositivos podem ser os manuais e os mecnicos. A seguir so relacionados estes equipamentos que podem ser usados isoladamente ou em combinaes adequadas. a) Manuais: Os manuais abrangem as seguintes ferramentas: p, picareta, enxada, colher-de-pedreiro e desempenadeira de madeira ou rgua de desempeno; b) Mecnicos: motoniveladora, p carregadeira dotada de retroescavadeira, tratores de lmina, sapos mecnicos, placas vibratrias ou soquetes mecnicos, betoneira e mquina operatriz de meio-fio por extruso de concreto.

4.0 EXECUO
O projeto fornecer todos os detalhes executivos de todos os dispositivos de drenagem superficial a serem empregados. Os diversos dispositivos de drenagem devem ser locados topograficamente pelo EXECUTANTE de acordo com as cotas, declividades e alinhamentos definidos na Nota de Servio expedida pela FISCALIZAO, com base no projeto. A EXECUTANTE proceder s escavaes necessrias, de acordo com o projeto, precedidas das operaes de desmatamento e limpeza, quando for o caso.
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4.1 EXECUO DE SARJETAS E VALETAS


A execuo das sarjetas de banquetas de corte ou de aterro e as valetas de proteo de corte ou de aterro devero iniciar-se, somente aps a concluso dos servios de terraplenagem. As sarjetas de corte devero ser executadas aps o trmino dos servios de pavimentao e de todas as operaes, cujas atividades necessitam da utilizao da faixa anexa pista de rolamento. Os servios de escavao e regularizao da superfcie de assentamento sero executados atravs de operaes manuais, obedecendo aos alinhamentos, cotas de dimenses indicadas no projeto. No caso de valetas de proteo de aterros ou cortes admite-se a utilizao de equipamentos mecnicos, tais como o emprego de retro-escavadeira, lmina de motoniveladora, ou p-carregadeira. Os materiais escavados e no utilizados nas operaes de preparo e regularizao da superfcie de assentamento sero carregados, transportados, descarregados e espalhados em bota-foras, os quais devem ser feitos prximos aos pontos de passagem e de modo a no prejudicar o escoamento das guas superficiais. Para as valetas os materiais escavados sero dispostos de modo a formar uma banqueta de material apiloado no lado da crista do talude, a jusante da valeta de proteo de corte e, assim, aumentar a seo til de vazo da valeta, ou para conformar o terreno, na regio situada entre o lado de jusante da valeta de proteo de aterro e a saia do aterro.

4.1.1 SARJETAS E VALETAS REVESTIDAS DE CONCRETO


As sarjetas e valetas revestidas de concerto devero ser moldadas no local de assentamento. O concreto utilizado ser dosado experimentalmente para uma resistncia caracterstica compresso (fck) min. aos 28 dias de 15 MPa. Para execuo do revestimento de concreto devero ser observados os seguintes procedimentos: a) Instalao das guias de referncia. As guias de madeira que serviro de referncia para a concretagem sero instaladas segundo a seo transversal de todos os dispositivos, espaadas de 2m.
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b) Concretagem O lanamento do concreto far-se- em panos alternados. O espalhamento e acabamento do concreto sero feito mediante o emprego de ferramentas manuais, em especial de uma rgua que, apoiada nas duas guias adjacentes, permitir a conformao da sarjeta ou valeta de acordo com a seo projetada. As guias dos panos concretados devero ser retiradas, to logo se constate o suficiente endurecimento do concreto aplicado. O espalhamento e acabamento do concreto nos panos intermedirio sero efetuados utilizando-se, como apoio para a rgua de desempeno, o prprio concreto dos panos adjacente. c) Juntas A sexta guia de cada segmento s ser retirada aps a concretagem dos dois panos adjacentes. Em seu lugar ser executada uma junta de dilatao, preenchendo-se com cimento asfltico previamente aquecido. Desta forma resultaro juntas espaadas de 12m. d) Revestimento vegetal complementar Quando especificado no projeto, ser executado revestimento vegetal sobre o material apiloado ao lado do dispositivo de drenagem indicado.

4.1.2 Aplicao de terra vegetal


A execuo de sarjetas e valetas com revestimento vegetal, aps a preparao e regularizao da superfcie de assentamento e disposio do material escavado, observar os seguintes procedimentos: a) Aplicao de terra vegetal: Concluda a regularizao da superfcie de assentamento, ser aplicada camada de terra vegetal, importada de local previamente selecionado e aprovado pela FISCALIZAO. b) Implantao das leivas As leivas selecionadas sero implantadas sobre a camada de terra vegetal, recebendo em seguida uma cobertura leve de terra vegetal e compactao com soquetes de madeira. Recomenda-se o emprego de leivas de gramneas de porte baixo, de sistema radicular profundo e abundante, nativas da regio e podadas de forma rente ao solo antes de sua extrao.
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c) Irrigao O revestimento vegetal aplicado ser periodicamente irrigado, at se constatar a sua efetiva fixao s sarjetas ou valetas; Durante o perodo remanescente da obra ficar a cargo do EXECUTANTE a recomposio de segmentos em que a fora erosiva das guas canalizadas possa, eventualmente, danificar o revestimento vegetal aplicado, at a sua fixao ao terreno.

4.1.3 SARJETAS E VALETAS NO REVESTIDAS


As sarjetas e valetas no revestidas aplicam-se a local em que associam moderadas precipitaes com materiais resistentes eroso e/ou baixas declividades longitudinais. Sua execuo compreende as operaes e procedimentos descritos relativos preparao e regularizao da superfcie e disposio do material escavado. A gua recolhida pelas sarjetas dever ser esgotada atravs de sadas d gua abertas nas extremidades dos cortes, antes do ponto de passagem para o aterro e que sero executadas de forma idntica das prprias sarjetas, as quais sofrero deflexo na sada do corte e se prolongaro por cerca de 10m. Este valor poder ser ajustado, na obra, em funo das caractersticas particulares de cada local, a critrio da FISCALIZAO.

4.2 EXECUO DE MEIOS-FIOS


Aps a escavao do terreno deve ser executada uma base de brita para regularizao e apoio dos meios-fios. O concreto utilizado ser dosado experimentalmente para uma resistncia caracterstica compresso (fck) min. aos 28 dias de 15 MPa. 4.2.1 Meios-Fios Moldados In loco Guias de madeira devem ser instaladas segundo a seo transversal do meio-fio, espaadas de 2m. Nos trechos em curva esse espaamento ser reduzido para permitir melhor concordncia. Aps a instalao das formas lanado o concreto e vibrado.
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As juntas devem ser preenchidas com argamassa cimento-areia com trao 1:3 e junta de dilatao deve ser previstas a intervalos de 12 m devendo, neste caso, o preenchimento se dar com asfalto ou outro material aprovado pela FISCALIZAO. Para garantir maior resistncia dos meios-fios a impactos laterais, quando estes no forem contidos por canteiros ou passeios, sero aplicadas ancoras de concreto magro (bolas), espaadas de 2m. Pode ser empregado processo executivo com uso de formas metlicas deslizantes e com o emprego de mquinas automotrizes de moldagem por extenso. O processo executivo a ser empregado dever ser adequado s particularidades de cada obra e submetido aprovao da FISCALIZAO. 4.2.2 Meios-Fios Pr-Moldados em Concreto de Cimento Os meios-fios devero ser pr-moldados em formas metlicas ou de madeira revestida que proporcione igual acabamento, sendo submetidos a adensamento por vibrao. As peas devero ter comprimido mximo de 1,00m. Os meios-fios instalados devero ter rejuntamento com argamassa de cimento-areia, trao 1:3.

4.3 EXECUO DE TRANSPOSIO DE SARJETAS


4.3.1 Transposio de Sarjetas com Tubos de Concreto As etapas executivas destes dispositivos so as seguintes: a) Interromper a construo da sarjeta no segmento correspondente ao acesso a ser atendido. b) Proceder escavao de modo a comportar o dispositivo e fazer o apiloamento da superfcie de escavao; c) Executar a concretagem da base de assentamento do tubo, em espessura de 10 cm; d) Instalar e rejuntar os tubos, com argamassa cimento-areia, trao 1:3;
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e) Completar o envolvimento dos tubos com o mesmo tipo de concreto da base, obedecendo geometria prevista no projeto e a um recobrimento mnimo sobre a geratriz do tubo de 5 cm. 4.3.2 Transposio de Sarjeta com Laje de Concreto Armado As etapas executivas deste dispositivo so as que se seguem: a) Pr-moldagem da laje armada em mdulos de 0,50m de comprimento; b) Interromper a construo da sarjeta no segmento correspondente ao acesso a ser atendido. c) Proceder escavao de modo a comportar o dispositivo e fazer o apiloamento da superfcie de escavao; d) Executar a base de assentamento da transposio; e) Completar a sarjeta no segmento interrompido; f) Instalar os mdulos da laje pr-moldada. O concreto utilizado ser dosado experimentalmente para uma resistncia caracterstica a compresso (fck) min. aos 28 dias de 20 MPa (base de assentamento) ou 20 MPa (tubos e laje de cobertura).

4.4 EXECUO DE ENTRADAS E SADAS DGUA


As etapas executivas destes dispositivos, aps a preparao e regularizao do terreno, so as seguintes: a) Prolongamento dos meios-fios ou sarjetas de aterro, por deflexo de seus alinhamentos, de acordo com o projeto considerado; b) Instalao das formas laterais quando necessrias seguindo-se o lanamento e espalhamento do concreto para a formao do piso e paredes. Nesta etapa devem ser feitos os ajustes necessrios ao encaixe com os dispositivos subseqentes; c) Concretagem da barreira transversal, para o caso de entradas dgua e, greide contnuo, bem como no caso das sadas dgua de sarjetas de corte; d) Aps o perodo inicial de cura, retirar as formas. O concreto utilizado ser dosado experimentalmente para uma resistncia caracterstica compresso (fck) min. aos 28 dias de 15 MPa.

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4.5 EXECUO DE DESCIDA DGUA


4.5.1 Descida Dgua em Meia-Cana de Concreto, Pr-Moldada, Assente sobre a Base de Concreto. As etapas executivas so as seguintes: a) Escavao do canal ao longo do talude de aterro, de forma a comportar o bero de assentamento, mais um excesso lateral destinado instalao de formas. Nestas etapas sero tambm escavados os dentes, conforme prescrito no projeto-tipo adotado, devendo ser ainda apiloado o fundo do canal; b) Instalao das formas necessrias; c) Concretagem da poro do bero de assentamento, at o nvel do fundo da meia-cana de concreto; d) Instalao das meias-canas de concreto sobre a poro inferior do bero, to logo este exiba resistncia suficiente; e) Concretagem da poro remanescente do bero de assentamento, envolvendo as meias-canas, tomando-se o cuidado prvio de escarificar a superfcie da 1 camada anteriormente concretada; f) Retirada das formas e preenchimento do espao lateral com solo compactado; g) Rejuntamento da meia-canas com argamassa cimento-areia, trao 1:3; h) Reconformao lateral do terreno, no caso, do talude, com preenchimento de solo e posterior apiloamento. 4.5.2 Descidas Dgua em Calha Semicircular Corrugada Metlica As etapas executivas so as seguintes: a) Escavao dos dentes de ancoragem e do canal para assentamento das calhas metlicas;

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b) Compactao do canal de assentamento;

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c) Concretagem dos dentes de ancoragem, tomando-se o cuidado de chumbar no concreto, os parafusos necessrios amarrao das calhas metlicas; d) Disposio das calhas e fixao das mesmas com parafusos e porcas, entre si e nos blocos de ancoragem; e) Reconformao lateral do terreno com preenchimento de solo e posterior apiloamento. 4.5.3 Descida Dgua em Canaleta Retangular em Concreto Moldado In loco, Simples ou Armado. As etapas so as seguintes: a) Escavao do canal de assentamento do dispositivo, inclusive dentes de ancoragem, impondo-se um excesso lateral destinado instalao de formas; b) Compactao da superfcie resultante da escavao; c) Instalao das formas; d) Instalao das armaduras do piso e das alas, para o caso das verses em concreto armado; e) Concretagem a partir da sua poro inferior; f) Retirada das formas, aps cura do concreto; g) Reconformao lateral do terreno, com preenchimento de solo e posterior apiloamento. 4.5.4 Descida Dgua em Canaleta Retangular em Degraus em Concreto Moldado In loco, Simples ou Armado. As etapas executivas so as seguintes: a) Escavao do canal de assentamento da descida dgua, obedecendo s dimenses previstas no projeto-tipo adotado, mais uma folga lateral destinada instalao de formas laterais;
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b) Instalao das formas;

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c) Instalao das armaduras do piso, do espelho do degrau e das alas, para os casos das verses em concreto armado; d) Concretagem do dispositivo a partir do degrau inferior; e) Retirada das formas, depois de constatada a suficiente cura do concreto aplicado; f) Recomposio lateral do terreno, com preenchimento de solo e posterior apiloamento. O concreto utilizado ser dosado experimentalmente para uma resistncia caracterstica compresso (fck) min. aos 28 dias de 15 Mpa. Devero ser executadas juntas de dilatao a intervalos de no mximo 10,00m, medidos segundo o talude, preenchendo-se estas juntas com cimento asfltico, ou outro material aprovado pela Fiscalizao. Especial ateno deve ser conexo da descida dgua com os dispositivos de entrada (entrada dgua ou boca de jusante de bueiro tubular) e com sua descarga em caixa coletora ou dissipador de energia.

4.6 EXECUO DE DISSIPADORES DE ENERGIA


Os dispositivos de energia sero moldados in loco e as sadas dgua devero estar no mesmo nvel do terreno. Devem ser evitadas escavaes que excedam s dimenses do dissipador de energia e requeiram complementao com solo local compactado, gerado possveis pontos de eroso. As etapas executivas a serem obedecidas so as seguintes, segundo o tipo do dispositivo: 4.6.1 Dissipadores em Pedra de Mo Arrumada a) Escavao manual ou mecnica do terreno na extremidade de jusante do dispositivo cujo fluxo dever ter sua energia dissipada, atendendo s dimenses estabelecidas no projeto tipo adotado; b) Compactao manual ou mecnica da superfcie resultante aps escavao;
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c) Preenchimento da escavao com pedra de mo arrumada, executando de modo a sobrar o menor nmero de vazios possvel; 4.6.2 Dissipadores em Alvenaria de Pedra Argamassada a) Escavao manual ou mecnica do terreno na extremidade de jusante do dispositivo cujo fluxo dever ter sua energia dissipada, atendendo s dimenses estabelecidas no projeto tipo adotado; b) Compactao manual ou mecnica da superfcie resultante aps escavao; c) Preenchimento da poro inferior da caixa com argamassa cimentoareia, trao 1:3, em espessura de cerca de 5 cm; d) Preenchimento da escavao com a pedra-de-mo especificada, rejuntada com argamassa cimento-areia, trao 1:3. 4.6.3 Dissipadores Constitudos por Caixa de Concreto Preenchida por Alvenaria de Pedra Argamassada a) Escavao manual ou mecnica do terreno de forma a proporcionar a conformao prevista no projeto tipo adotado; b) Compactao manual ou mecnica da superfcie resultante aps escavao; c) Instalao das formas laterais; d) Lanamento do concreto destinado caixa e vibrao manual ou mecnica; e) Retirada das formas, aps cura do concreto; f) Preenchimento da caixa com pedra-de-mo argamassada, previamente, espalhar sobre o concreto da caixa uma camada de argamassa de rejuntamento, cimento-areia, trao 1:3, em espessura de cerca de 5 cm; g) Complementao de eventuais espaos laterais decorrentes da instalao de forma, com solo local fortemente compactado;

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4.6.4 Dissipadores de Concreto Providos de Dentes a) Escavao manual ou mecnica do terreno de forma a proporcionar a conformao prevista no projeto tipo adotado; b) Compactao manual ou mecnica da superfcie resultante aps escavao; c) Instalao das formas necessrias moldagem da base e dos dentes; d) Lanamento e vibrao do concreto; e) Retirada das formas, aps cura do concreto; f) Complementao de eventuais espaos laterais decorrentes da instalao de formas, com solo local fortemente compactado; A argamassa cimento-areia dever ser preparada manualmente, na impossibilidade do seu preparo em betoneiras; O concreto utilizado ser dosado experimentalmente para uma resistncia caracterstica compresso (fck) min. aos 28 dias de 15 MPa. Especial ateno deve ser dada conexo das sadas dos dispositivos com dissipadores de energia, de forma a evitar pontos fracos ou de infiltrao de gua. Se necessrio rejuntar a zona de contato com cimento asfltico.

4.7 EXECUO DE CAIXAS COLETORAS


As execues das caixas coletoras envolvem as seguintes etapas: a) Escavao do poo destinado instalao da caixa coletora, com espaos laterais suficientes aos trabalhos de colocao e retirada de formas; b) Regularizao e compactao do fundo da vala. Se necessrio, utilizar nesta operao, uma camada de brita adequadamente compactada; c) Instalao das formas das paredes, respeitadas as dimenses e aberturas especificadas no projeto;
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d) Conexo dos tubos de bueiros, e eventuais drenos, caixa coletora; e) Lanamento e vibrao mecnica do concreto; f) Retirada das formas, aps perodo inicial de cura; g) Complementao das laterais com solo local compactado; h) Instalao da grelha de ao ou concreto, para as caixas coletoras de bueiros de greide ou de grota, quando for o caso; Se necessrio utilizar bomba de esgotamento durante a execuo da caixa coletora. A tampa a ser utilizada na caixa coletora se sarjeta, seja do tipo grelha de ao ou concreto, ser preparada aps a concluso da caixa coletora, e devidamente ajustada s suas dimenses finais. No caso de grelha de ao, a mesma dever ser previamente pintada com tinta anti-oxidante. O concreto utilizado na construo de caixas coletoras ser dosado experimentalmente para uma resistncia caracterstica compressa (fck) min. aos 28 dias de 15 MPa para a caixa coletora ou 25 MPa para a tampa de concreto armado.

4.8 RECOMENDAES GERAIS


Para os dispositivos que utilizam o concreto de cimento Portland, este dever ser preparado em betoneiras, com fator gua/cimento apenas suficiente para se alcanar boa trabalhabilidade, em quantidade suficiente para seu uso imediato, no se permitindo o lanamento depois de decorrida mais de 1 hora do seu preparo e nem seu retemperamento. Aps a concluso dos dispositivos de drenagem superficial, dever ser feito o reaterro e compactao para concordncia do terreno natural com esses dispositivos de modo a garantir o perfeito escoamento das guas pluviais para os mesmos.

5.0 PRESERVAO AMBIENTAL


Os materiais escavados e no aproveitados nas operaes de escavaes sero destinados a bota-foras feitos prximos aos pontos de passagem de modo a no prejudicarem o escoamento das guas superficiais.
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Tambm, vedada deposio de sobras de materiais provenientes da concretagem beira da estrada ou em qualquer local que possa causar prejuzo ambiental.

6.0 CONTROLE
6.1 CONTROLE GEOMTRICO E DE ACABAMENTO Sero feitos os controles topogrficos de alinhamento, declividade e cotas. O controle geomtrico consistir de medidas a trena das dimenses externas dos dispositivos, tomadas aleatoriamente. O controle das condies de acabamento ser feito visualmente pela Fiscalizao. Adicionalmente, sero avaliadas as caractersticas geomtricas das sarjetas e valetas, de acordo com o seguinte plano de amostragem. a) Sarjetas e valetas com revestimento em concreto: Determinao da espessura da camada de concreto aplicada, razo de um ponto a cada 200 metros. A determinao da espessura ser feita quando da retirada das guias do primeiro conjunto de panos concretados, em pontos aleatoriamente selecionados pela Fiscalizao; Determinao das dimenses transversais do dispositivo, por medidas a trena, nos mesmos pontos em que forem procedidas determinaes de espessuras. b) Sarjetas e valetas com revestimento vegetal ou no-revestidas: Determinao das dimenses transversais do dispositivo razo de 1 ponto a cada 200 metros, por medidas a trena.

6.2 CONTROLE TECNOLGICO


O controle tecnolgico do concreto, quando este for utilizado, ser realizado pela ruptura de corpos de prova cilndricos em ensaio de compresso simples, de acordo com o prescrito na Norma NBR 6118 da ABNT para controle assistemtico. Para tal, dever ser estabelecida, previamente a relao experimental entre as resistncias compresso simples aos 28 e aos 7 dias.
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O controle da pedra-de-mo argamassada ser feito visualmente e por testes expeditos de sua resistncia, efetuados in situ, submetendo o servio ao mecnica de uma barra de ferro.

6.3 ACEITAO
O servio ser considerado como aceito desde que atendidas as seguintes condies: O acabamento seja julgado satisfatrio pela FISCALIZAO; As dimenses externas e as medidas de espessura dos dispositivos no difiram das do projeto de mais do que 10%, em pontos isolados; O valor estimado da resistncia caracterstica do concreto compresso simples, determinada segundo prescrito na NBR 6118 para controle assistemtico, seja igual ou superior resistncia caracterstica especificada (fck est fck). Caso ocorra fck est < fck a deciso a tomar ser baseada nas verificaes recomendadas na Norma NBR 6118 da ABNT.

7.0 MEDIO
As sarjetas, valetas e meios-fios sero medidos, pela determinao das extenses efetivamente executadas, expressas em metros lineares (m), separando-se a medio segundo os tipos previstos no Projeto. O revestimento vegetal, quando houver, ser medido em m (metro quadrado). As entradas e sadas dgua sero medidas pela determinao do nmero de unidades executadas, de acordo com o tipo empregado. As descidas dgua em calha ou degraus, sero medidas, pelo comprimento efetivamente executados, avaliadas segundo o ngulo de inclinao do talude, expressas em metros lineares (m), separando-se na medio segundo os tipos previstos no projeto. Os dissipadores de energia sero medidos, para fins de pagamento, por cada tipo de servio executado para sua construo, envolvendo: - Escavao, em m, medida na cava; - Compactao manual, em m;
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ESPECIFICAES GERAIS PARA OBRAS RODOVIRIAS DRENAGEM DRENAGEM SUPERFICIAL


ESPECIFICAO DE SERVIO DER/RO-DR-01/93

- Formas planas, em m; - Pedra-de-mo, em m, medida aps aplicao; - Concreto Fck > 15 MPa, em m aplicado; - Argamassa cimento-areia, em m aplicado. As caixas coletoras de concreto sero medidas, de acordo com o tipo empregado e altura da caixa, pelo nmero de unidades executadas. As tampas utilizadas nas caixas coletoras de sarjetas sero computadas parte, de acordo com o tipo empregado, pelo nmero de unidades executadas. O volume de escavao ser medido em separado, expresso em metros cbicos. O reaterro no ser objeto de medio. Para os dispositivos com dimenses no padronizadas, devero ser medidos: - A escavao, em m; - O volume de concreto, em m; - Peso do ao empregado, em kg; - A rea de revestimento vegetal, em m.

8.0 PAGAMENTO
O pagamento ser efetuado pelos preos unitrios proposto para cada dispositivo, aplicados s quantidades determinadas na medio. Os preos unitrios devem remunerar toda a mo-de-obra, equipamentos e ferramentas, encargos e eventuais, escavao e apiloamento, materiais e transportes necessrios completa execuo do dispositivo, inclusive execuo de juntas. Os dispositivos com dimenses no padronizadas sero pagos pelos preos unitrios propostos para os itens medidos conforme 6.0, estando includo nestes preos os custos de mo-de-obra, equipamentos, fornecimento, transporte e aplicao dos materiais e preparo do terreno. Caso seja adotado um dos procedimentos alternativos para moldagem de meios-fios, nenhuma remunerao adicional em relao ao custo dos meios-fios moldados in loco, com emprego de formas comuns, ser prevista.
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ESPECIFICAO DE SERVIO DER/RO-DR-01/93

Nenhum pagamento adicional ser efetuado em razo de execuo de qualquer tipo de transporte, considerando-se que os preos unitrios compreendem o ressarcimento de todas as despesas com transporte desde os centros de produo e locais de explorao, at o local de aplicao.

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