(Apostila) Tecnologia Mecânica - SENAI

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CURSO TCNICO EM

MECATRNICA
Tecnologia Mecnica

SENAI - PR, 2002

CDIGO DE CATLOGO : 2102


Trabalho elaborado pela Diretoria de Educao e Tecnologia
do Departamento Regional do SENAI - PR , atravs do
LABTEC - Laboratrio de Tecnologia Educacional.

Coordenao geral
Elaborao tcnica

Marco Antonio Areias Secco


Otvio D. Filho

Equipe de editorao
Coordenao
Diagramao
Ilustrao
Reviso tcnica
Capa

Lucio Suckow
Jos Maria Gorosito
Jos Maria Gorosito
Otvio D. Filho
Ricardo Mueller de Oliveira

Referncia Bibliogrfica.
NIT - Ncleo de Informao Tecnolgica
SENAI - DET - DR/PR

S474t SENAI - PR. DET


Tecnologia mecnica
Curitiba, 2002, 263 p

CDU - ..........................

Direitos reservados ao
SENAI Servio Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional do Paran
Avenida Cndido de Abreu, 200 - Centro Cvico
Telefone:
(41) 350-7000
Telefax:
(41) 350-7101
E-mail:
[email protected]
CEP 80530-902 Curitiba - PR

SUMRIO

1. Minrios ................................................................................................................ 05
Siderurgia ......................................................................................................... 10
2. Tecnologia dos metais ......................................................................................... 25
Metais no ferrosos .......................................................................................... 38
Teoria elementar das ligas ................................................................................ 63
3. Tratamento trmico dos aos .............................................................................. 76
4. Ensaios dos materiais ......................................................................................... 111
5. Tratamento superficial dos aos .......................................................................... 129
6. Verificadores ........................................................................................................ 138
7. Noes Sobre Roscas ......................................................................................... 160
8. Unio de Peas .................................................................................................... 166
9. Ferramentas de Corte em Geral .......................................................................... 189
10. Fluidos Lubrificantes E Refrigerantes .................................................................. 222
11. Mquinas .............................................................................................................. 236
12. Anexos ................................................................................................................. 256
13. Referncias bibliogrficas .................................................................................... 263

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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APRESENTAO

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A apostila de Tecnologia Mecnica faz parte do conjunto


disciplinas do curso Tcnico em Mecatrnica - Produo
Industrial. Ela foi preparada para que voc estude os principais assuntos necessrios ao bom entendimento das demais
disciplinas na rea metal mecnica. Dessa forma, voc vai
saber como um profissional da rea de Mecnica trabalha com

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tecnologia mecnica.

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Este material contm assuntos tais como: o estudo dos
minrios, metais, tratamento trmico, ensaios, tratamento superficial, verificadores, roscas, unio de peas, ferramentas
de corte, lubrificantes e refrigerantes e mquinas ferramentas, e ainda uma seo de anexos onde poder visualizar dados de corte e frmulas para clculo de velocidade de corte e

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rotao por minuto.

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1. MINRIOS

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INTRODUO

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Os diversos estados da matria

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Recordao: A matria se apresenta na natureza sob
os trs estados fsicos seguintes:

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1 slido

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2 lquido

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3 gasoso

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Caractersticas dos slidos:

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Rigidez, elasticidade, incompressibilidade, forma prpria.

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Caractersticas dos lquidos :

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Superfcie livre aparente, incompressibilidade, sem forma prpria.

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Caractersticas dos gases:

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Sem superfcie livre, grande compressibilidade,


expansibilidade, elasticidade. A maior parte dos corpos pode
facilmente mudar de estado, sob a ao do calor, da presso,
etc.

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Constituio da matria

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A matria constituda por partculas muito pequenas


chamadas molculas, cuja ordem de grandeza 1 (10-8
cm). Por exemplo, 1cm3 de gua (H2O) contm 33 x 1021
molculas.

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Nos slidos, as molculas, muito prximas, mantm-se


no lugar por foras de atrao e coeso. Uma disposio geomtrica regular das molculas num conjunto de massa caracteriza o estado cristalino.

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Em caso contrrio, uma disposio irregular das mol-

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culas na massa caracteriza o estado amorfo.

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Um corpo cristalizado anisotrpico, isto , as suas propriedades variam segundo a direo em que so medidas.

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Um lquido pode ser obtido, por exemplo, a partir de um

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slido, pela diminuio das foras de atrao ou de coeso.

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Um corpo gasoso obtido a partir de um slido ou de um lqui-

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do pela supresso de quase totalidade das foras j citadas.

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Um mesmo corpo pode apresentar - se (segundo as


condies) sob um dos trs estados:slido, lquido, gasoso.

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Por via qumica, possvel decompor a molcula at ao

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seu menor elemento: o tomo.

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Foram identificados 92 elementos ditos naturais, quer

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dizer, encontrados na natureza. (A fsica nuclear criou mais de

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uma dezena de outros elementos.)

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Estes 92 elementos se dividem em dois grandes gru-

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pos, os metais e os metalides (ver quadro).

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O tomo formado por um ncleo positivo e satlites

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negativos chamados eltrons, repartidos em vrias camadas

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concntricas - K, L ,M , N , O , P , Q - em volta do ncleo,

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definindo nveis decrescentes de energia.

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O ncleo composto por duas espcies de partculas :

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os prtons positivos e os nutrons semelhantes, mas eletrica-

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mente neutros. Estas ltimas partculas equilibram as foras

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de repulso dos prtons (+ e + se repelem).

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O ncleo portanto caracterizado por duas constantes :

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1) O nmero de prtons Z que determina o nmero

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atmico, varia de 1 (hidrognio) a 92 (urnio), este nmero de

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eltrons planetrios;

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2) O nmero de massa A indica a soma de partculas

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prtons + nutrons que corresponde sensivelmente massa

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atmica.

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As caractersticas de um elemento so simbolizadas da

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seguinte maneira :

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Z

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Smbolo

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Exemplo:

92

U o ncleo de urnio composto de 238

238

partculas das quais 92 prtons e (238 - 92) = 146 nutrons.

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As propriedades qumicas dos tomos so funo da


ultima camada de eltrons (dita camada perifrica).

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Os metais so elementos eletropositivos, quer dizer que

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liberam facilmente os eltrons da camada perifrica; ao con-

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trrio, os metalides so eletronegativos, quer dizer que tm

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tendncia a completar a sua ltima camada perifrica.

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O nmero de eltrons cedido pelos metais, ou o nmero

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de eltrons absorvido pelos metalides, define o nmero de

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ligaes ou valncias; diz - se que so mono , bi, tri, ... valen-

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tes quando tm 1,2,3, ... valncias.

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Os tomos possuindo a camada perifrica completa so,

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no estado natural, gases raros ou inertes, por isso muito est-

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veis. Esta estabilidade permanente desde que o tomo con-

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tenha 8 eltrons na ltima camada (2 no caso do hlio).

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Formao de um corpo

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As ligaes entre os tomos, para a formao de mol-

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culas, podem ocorrer :

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a) pelo abandono de eltrons, de um tomo em benef-

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cio de outro (metal para metalide);

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b) pela utilizao em comum de eltrons perifricos para

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completar a ltima camada (metalide para metalide); liga-

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o por covalncia, estvel e muito freqente nos materiais

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plsticos.

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Se os tomos se ligam entre si por valncia, ou

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covalncia, as molculas se atraem entre si, mais

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freqentemente pelas foras de coeso polares, devidas dis-

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tribuio desigual das cargas positivas e negativas na mol-

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cula.

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Esta polaridade aparece desde que os eltrons sofram

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uma atrao mais forte de certos tomos (muito comum nos

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materiais plsticos). As foras de coeso determinam as pro-

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priedades fsicas e qumicas dos materiais abordados nesta

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obra , podendo aquelas ser influenciadas pelas variaes de

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temperatura, de presso , dos campos eltricos ou magnti-

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cos, dos esforos mecnicos, etc.

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Introduo aos minerais

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A maior parte dos minrios constituda pela substn-

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cia mineral (ou corpo mineralizado), rodeada e misturada de

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ganga (substncia estril) eliminada por via qumica ou por via

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fsica.

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Usualmente, o corpo mineralizado no contm o metal

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no estado puro; este combinado quimicamente com outros

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elementos, tais como O, C, S ,P, e contm ainda gua de

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hidratao.

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Neste caso, a gua de hidratao eliminada em alta

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temperatura, o minrio poroso assim obtido sendo fracionado

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por via fsica ou dissociado por via qumica ou eletroltica em

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metal puro e metalide.

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SIDERURGIA

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MATRIAS - PRIMAS NA INDUSTRIA SIDERRGICA

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Dada a importncia do ferro na Idade Moderna, a side-

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rurgia deve ser considerada como um setor bsico e prioritrio

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para o desenvolvimento industrial e econmico.

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O ferro um metal cuja utilizao pelo homem muito

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antiga. As civilizaes antigas da Assria, Babilnia, Egito,

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Prsia, China, ndia e , mais tarde, da Grcia e de Roma , j

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fabricavam, por processos primitivos, armas e inmeros uten-

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slios de ferro e de ao. Do mesmo modo, muitos utenslios de

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ferro foram encontrados em stios ocupados por povos pr-

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histricos.

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A indstria siderrgica abrange todas as etapas neces-

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srias para, a partir das matrias - primas, produzir - se ferro

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e ao. O processo clssico e mais usado para a reduo do

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minrio de ferro o do "alto - forno", cujo produto consiste

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numa liga ferro - carbono de alto teor de carbono, denomina-

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do "ferro - gusa", o qual, ainda no estado lquido, encaminha-

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do a "aciaria", onde, em fornos adequados, transformado

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em ao.

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Este formado em forma de "lingotes", os quais por sua

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vez, so submetidos transformao mecnica, por interm-

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dio de laminadores, resultando "blocos" , 'tarugos" e "placas".

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Estes , finalmente ainda por intermdio de laminadores ,

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so transformados em formas estruturais como "ts" , "du-

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plos ts", "cantoneiras" , etc., e em outros produtos siderrgi-

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cos importantes, tais como trilhos, tubos, chapas, barras, etc.

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A figura a seguir representa, esquematicamente, as prin-

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cipais etapas para fabricao de determinados produtos de

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ao, pelo processo de alto - forno, a partir do minrio de ferro.

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ALTO - FORNO

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So aparelhos que funcionam continuamente, nos quais


ocorre um movimento duplo:

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Marcha ascendente dos gases, por oposio marcha


descendente dos slidos :

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1) O movimento de descida dos slidos constitudo


pelas cargas introduzidas pela boca.

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As cargas so constitudas por :

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a) Minrio em estado de xido, britado e aglomerado.

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b) Coque metalrgico que deve ter uma boa resistncia

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ao recalque e uma excelente porosidade para deixar

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passar a corrente gasosa.

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c) Fundente que um aditivo permitindo a separao

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do metal da ganga, a uma temperatura relativamente

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baixa. A natureza do fundente depende assim da na-

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tureza da ganga. Castinas sendo a ganga aluminosa.

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Argila sendo a ganga calcria.

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2) O movimento de subida dos gases, dos alcaraviz


boca.

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Estes dois movimentos formam as zonas seguintes :

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" A dessecao, entre 300 a 350 C perodo durante o

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qual o vapor de gua contido nos elementos das cargas se

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evapora. uma desidratao.

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" A reduo entre 350 e 750 C do minrio (xido de fer-

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ro) obtida no pelo carvo, mas sim pelo xido de carbono.

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Com o contato do minrio com o carvo obter-se-ia um

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rendimento muito inferior, o contato de minrio com um gs

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bem melhor.

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O xido de ferro perde o oxignio :

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A carburao, entre 750 e 1150C. Se a temperatura


no interior do alto - forno for elevada, o ferro puro, mas
gusa, produto contendo de 2,5 a 5% de carbono e outros elementos em pequena quantidade (mangans,
fsforo, silcio).

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A fuso, entre1150 a 1800C. Passagem do ferro

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carburado (gusa) funde o fundo do cadinho; sobre o

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metal flutua a escria, fazendo - se a separao por

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diferena de densidade.

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A liquefao. A temperatura de cerca de 1600C. O


metal lquido (gusa) funde o fundo do cadinho; sobre o
metal flutua a escria, fazendo - se a separao por
diferena de densidade.

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A escria constitui uma tela de proteo ao ar dos bocais, impedindo a gusa de se oxidar.

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Os altos - fornos modernos so aparelhos com trinta


metros de altura, constitudos principalmente por dois cones
truncados unidos pela base :

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1) O tronco inferior ou "talages" prolongam-se por uma


parte cilndrica de 8 m ou mais de dimetro, chamado "cadinho" no qual se acumulam os produtos obtidos: a gusa e a escria. Pelos "alcaraviz", tubos
cnicos colocados no alto do "cadinho", insufla-se
um enorme volume de ar quente (800 a 1200C)
destinado a provocar a combusto do coque.

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2) O tronco superior ou "cuba" termina num orifcio cha


mado "guela". pela guela , orifcio de fechamento
duplo, que so introduzidas em camadas alternadas as matrias - primas, as cargas, que so transportadas em caambas por um monta-cargas vertical ou uma espcie de funicular, a caamba de carregamento. A utilizao das correias transportadoras cada vez mais freqente.

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Logo que o cadinho enche e que as escrias so retira-

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das, procede - se ao vazamento da gusa :

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Abre - se o orifcio de corrida.

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Como o alto - forno funciona de maneira contnua, pro-

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cede - se a vrios escoamentos por dia.

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Pode - se obter assim mais de 2000 toneladas de gusa

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em 24 horas destinadas :

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fundio dos lingotes destinados a serem utilizados
nas aciarias de segunda fuso.

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execuo de grandes peas por vazamento direto nos


moldes.

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fabricao de ao. A gusa ento vazada para gran-

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des recipientes chamados misturadores. Estes aparelhos, que

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comportam um dispositivo de aquecimento a gs, visam trs

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objetivos:

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1) Permitir uma regularizao da qualidade de gusa,


visto que recebe, vrios vazamentos sucessivos.
2) Desempenhar a funo de reguladores de produo.

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3) Enfim, por sua estocagem durante vrias horas, per-

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mitir que a gusa assim estocada, sofra uma verda-

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deira refinao que melhore as suas qualidades.

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MATRIAS - PRIMAS PARA OBTER FERRO GUSA

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Como matrias - primas para obter ferro gusa se empregam minerais de ferro, combustveis e fundentes.

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a) Minrios de Ferro

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Os minrios de ferro so compostos naturais que con-

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tm xido de ferro e a chamada ganga. A ganga se compe

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basicamente de slica (SiP2), alumina (Al2O3), xido de clcio

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(CaO) e xido de magnsio (MgO).

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A utilidade do minrio de ferro para a fuso se determina

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pelo contedo de ferro, pela composio da ganga e pela pre-

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sena de impurezas prejudiciais, como o enxofre , o fsforo, o

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arsnico e outras.

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Entre os minrios de ferro industriais temos:

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A magnetita (ou im natural) contm ferro em forma de

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xido ferroso, frrico (Fe3O4). O contedo de ferro nestes

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minrios oscila, na prtica, entre 45 e 70%. O minrio tem

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propriedades magnticas, grande densidade e cor negra;

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A hematita o xido de ferro desidratado (Fe2O3). Este

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minrio contm de 50 a 60% de ferro e de cor avermelhado

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- anegrada. Recupera - se com maior facilidade do que o im

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natural (magnetita); o Brasil possui grandes reservas deste

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mineral;

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A limonita o xido de ferro hidratado (2Fe2O3 . 3H2O).

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O minrio contm de 20 a 60% de ferro e tem a cor parda com

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diferentes matizes. Recupera - se bem, o que torna econmi-

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ca a obteno de ferro fundido, inclusive com minerais po-

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bres;

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A siderita (ferro esptico) a combinao do cido

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carbnico com o ferro (FeCO3) (carbonato de ferro). O con-

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tedo de ferro neste mineral oscila, na prtica, entre 30 e 42%.

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O minrio tem uma cor gris com matizes de amarelo. A siderita

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se recupera muito bem.

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Preparo e enriquecimento do minrio

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s operaes de preparo e enriquecimento do minrio

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pertencem: a triturao, a classificao, a calcinao, a lava-

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gem, a separao eletromagntica e a ustulao. O processo

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de fuso nos altos - fornos, o gasto de combustvel e a quali-

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dade do ferro fundido que se obtm dependem da qualidade

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de preparo do minrio.

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A triturao se realiza em moinhos de mandbulas ou de

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cone; o minrio triturado se classifica em crivos ou peneiras

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de estrutura especial; separam - se os pedaos grandes dos

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finos, que posteriormente se submetem a ustulao.

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Os pedaos de tamanho grande, de 30 a 100 mm, clas-

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sificam - se em grupos e se enviam para fuso. Para fazer

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minrio poroso de fcil recuperao e livre de impurezas pre-

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judiciais, submetem - se calcinao em fornos especiais.

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Os minrios que tm muita argila, areia, terra argilosa etc.,

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so lavados com gua. Durante a lavagem, a ganga se sepa-

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ra por meio de um jato forte de gua. Os minrios que possu-

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em propriedades magnticas so classificados em instalao

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especiais, onde ims eltricos separam as partculas do mi-

...............................................

nrio de ferro, rejeitando a ganga no magntica. Os pedaci-

...............................................

nhos de minrio e cisto de coque so submetidos a ustulao

...............................................

com o fito de obter pedaos maiores. O equipamento para

...............................................

ustular consta de uma transportadora, composta de carro que

...............................................

se movem num circuito fechado. A mistura umedecida do mi-

...............................................

nrio e do combustvel esmiuado carregada sobre as gre-

...............................................

lhas dos carros, formando uma camada de 250 mm, o com-

...............................................

bustvel se infla por meio de um queimador e se faz passar ar

...............................................

de cima para baixo. Ao queimar - se combustvel, a temperatu-

...............................................

ra se eleva a 1200 - 1300 C, com o que os pequenos peda-

...............................................

os do minrio se aglomeram em pedaos porosos (aglome-

...............................................

rado), adequados para a fuso nos alto - fornos.

...............................................
...............................................
...............................................

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Atualmente se comeou a empregar a ustulao da mis-

...............................................

tura de minrio, combustvel e fundente (principal) com o obje-

...............................................

tivo de obter um aglomerado enriquecido em fundentes. Esta

...............................................

medida aumenta consideravelmente a capacidade de produ-

...............................................

o dos altos - fornos e diminui o gasto de combustvel na

...............................................

obteno de ferro fundido.

...............................................
...............................................

b) Combustvel

...............................................
...............................................

O combustvel uma matria orgnica composta de uma


parte inflvel e outra no-inflvel ("lastro"). As partes inflveis
so o carbono e o hidrognio; ao lastro pertencem a gua, a
cinza e o enxofre.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

O coque o combustvel fundamental para a fuso nos


altos-fornos. Obtm-se por meio da destilao seca do car-

...............................................
...............................................
...............................................

vo-de pedra.

...............................................
A produo do coque se realiza em fornos especiais

...............................................

temperatura de 1000 a 1100 C. O coque de boa qualidade

...............................................

tem uma cor cinza - clara um tanto prateada, no mancha as

...............................................

mos, bastante poroso e tem gretas em sua superfcie. O

...............................................

coque de Donetsk contm de 85 a 87% de carbono, de 1,5 a

...............................................

2% de enxofre, de 5 a 9% de umidade e de 10 a 13% de cinza.

...............................................

O poder calorfico do coque de 7000 a 8000 kcal/kg. A resis-

...............................................

tncia ao esmagamento alcana 140 kg/cm2. O coque de boa

...............................................

qualidade deve ter uma pequena porcentagem de cinza e de

...............................................

umidade, assim como um pequeno contedo especfico de


enxofre.

...............................................
...............................................

As vantagens do coque so: alto poder calrico,


porosidade, resistncia considervel ao esmagamento e desgaste, e baixo custo.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Para a produo nos altos-fornos o coque fornecido

...............................................
...............................................

em pedaos de 30 a 80 mm de tamanho.

...............................................
O carvo vegetal se obtm por meio da destilao seca

...............................................

da madeira em fornos especiais. O carvo vegetal de alta qua-

...............................................

lidade tem cor negra com matriz brilhante.

...............................................

Sua composio de 80 - 90% de C; 10 - 12% de (H + O

...............................................

+ N) e 0, 6-1% de cinza. Seu poder calrico da 6500 a 8000

...............................................
...............................................

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

kcal/kg. A ausncia de enxofre e a baixa porcentagem de cinza

...............................................

so as principais vantagens do carvo vegetal; sua desvanta-

...............................................

gem a baixa resistncia (cerca de 20 kg/cm2) e o alto custo.

...............................................

O carvo vegetal utilizado somente para obter ferro fundido

...............................................

de alta qualidade.

...............................................
...............................................

c) Os fundentes

...............................................
...............................................

So substncias minerais que se introduzem no alto forno, onde, ao fundir - se com as gangas dos minrios e com
a cinza do combustvel, produzem escrias facilmente fusveis. Quando os minrios contm impurezas de areia e de
argila, utiliza - se como fundente a calia; quando a composio de ganga calcria, podem empregar - se como fundentes

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

substncias que contenham slica, quartzo, arenito e quartzito.

...............................................

Antes da fuso os fundentes so triturados em pedaos de 30

...............................................

a 80 mm.

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...............................................
...............................................

Processo do alto - forno

...............................................
No funcionamento do alto - forno tm lugar dois fluxos

...............................................

contnuos de contracorrente: de cima para baixo descem o

...............................................

minrio de ferro, coque, fundentes, e de baixo para cima se

...............................................

movem os produtos de combusto do coque e o ar quente. Ao

...............................................

descer, o coque se aquece pelos gases quentes que sobem,


e ao pr - se em contato com o ar da parte interior do forno se
queima de acordo com a reao : C + O2 = CO2 + 97650 cal.
Quando arde o coque, a temperatura se eleva at 1600
- 1750 C. O dixido de carbono que se forma entra reao
com novas camadas do coque aquecido ao rubro, reduzindo -

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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...............................................

se a monxido de carbono segundo a reao CO2 + C = 2CO

...............................................

- 37710 cal.

...............................................
...............................................

A mistura gasosa aquecida, composta de monxido de

...............................................

carbono, dixido de carbono e nitrognio do ar, sobe, e entran-

...............................................

do em contato com os materiais de carga que descem os aque-

...............................................

ce ininterruptamente criando em diferentes partes do forno as

...............................................

zonas de temperatura correspondentes. Na zona de tragante

...............................................

e na parte superior da cuba o minrio introduzido seca - se,

...............................................

aparecendo nele gretas. Na parte mdia e inferior, s tempe-

...............................................
...............................................

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

raturas de 400 - 900 C, o monxido de carbono, atuando so-

...............................................

bre o minrio, contribui para a reduo gradual do ferro segun-

...............................................

do as reaes.

...............................................
...............................................

2Fe2O3 + CO = 2Fe3O4 + CO2 + 8870 cal;

...............................................

2Fe2O3 + 2CO = 6FeO + 2CO2 - 9980cal;

...............................................

6FeO + 6CO = 6Fe + 6CO2 + 19500cal;

...............................................
...............................................

Como redutor do ferro atua tambm o carbono slido

...............................................

que se forma como resultado da decomposio do CO se-

...............................................

gundo a reao:

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...............................................
...............................................

2CO = C + CO2

...............................................
A reduo do ferro pelo carbono se realiza segundo a

...............................................
...............................................

seguinte reao:

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...............................................

FeO + C = Fe + CO - 34460 cal

...............................................
Os gros reduzidos de ferro comeam a soldar - se,

...............................................

criando pedacinhos de ferro esponjoso. Na zona do bojo com

...............................................

temperaturas aproximadas de 1100 a 1200 C se reduzem o

...............................................

mangans, silcio e fsforo que se dissolvem no ferro.

...............................................
...............................................

Paralelamente se verifica a saturao do ferro com o

...............................................

carbono formando - se carboneto de ferro segundo a reao:

...............................................
...............................................
...............................................

3Fe + 2CO = Fe3C + CO2

...............................................
O carboneto de ferro formando, assim como o carbono

...............................................

slido se dissolvem no ferro esponjoso, que medida que se

...............................................

satura, converte - se em ferro fundido. No ferro tambm se

...............................................

dissolvem as combinaes sulfricas e do coque. A dissolu-

...............................................

o do carbono silcio, mangans,fsforo e enxofre no ferro se

...............................................

chama ferro fundido. Na zona do bojo aparecem gotas de fer-

...............................................

ro fundido que caem gradualmente no crisol. Como j se indi-

...............................................

cou acima, o minrio contem ganga. Esta bastante refrata-

...............................................

ria, isto , fundi a uma temperatura muito alta. Para rebaixar a

...............................................

temperatura de fuso da ganga, introduz -se calia na carga. A


calia, pondo-se em interao (fundindo-se), forma escrias
com a ganga. Nas escrias se desove uma parte das impure20
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...............................................
...............................................

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

zas prejudiciais (sulfricas, fosfricas) e a cinza. As escrias

...............................................

mais bsicas contribuem para eliminao considervel do

...............................................

enxofre o ferro fundido. As escrias, assim como o ferro fundi-

...............................................

do, caem em forma de gotas na parte inferior do alto - forno.

...............................................

Contudo, as escrias tm peso especifico menor em compa-

...............................................

rao com ferro fundido e, por isso, sobem em estado lquido

...............................................

superfcie do ferro fundido lquido. O ferro fundido sai do alto

...............................................

- forno atravs da abertura 8 e as escrias, pela biqueira 9.

...............................................
...............................................

Descarregam-se as escrias aproximadamente de hora


em hora. As escrias descarregadas se transportam em
vagonetas especiais ao lugar onde se transformaro posteriormente. O ferro fundido sangrado umas 6 vezes ao dia.
Para sangrar o ferro fundido interrompe-se o fornecimento do

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

ar e se abre a abertura. O ferro derretido sai do forno por ca-

...............................................

nais e se verte em grandes colheres revestidas (recipiente do

...............................................

metal) que tambm se chamam mixer, por meio das quais o

...............................................

ferro fundido transportado ao lugar de seu emprego. Uma

...............................................

parte considervel do ferro fundido fornecida em estado l-

...............................................

quido s oficinas de fundio de ao e o restante se despeja

...............................................

em mquinas especiais para obter blocos.

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...............................................
...............................................

FABRICAO DO AO

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...............................................

Introduo

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Sendo o ferro gusa uma liga ferro -carbono em que o


carbono e as impurezas normais (Si, Mn, P e S, principalmente as duas primeiras) se encontraram em teores elevados, a
sua transformao em ao, que uma liga de mais baixos
teores deC,Si,Mn,P e S, corresponde a um processo de

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

oxidao,por intermdio do qual a porcentagem daqueles ele-

...............................................

mentos reduzida ate os valores desejados.

...............................................
...............................................

Em conseqncia, na transformao do ferro gusa em

...............................................

ao, utilizam-se "argentes oxidantes", os quais podem ser de

...............................................

natureza gasosa, como ar e oxignio, ou de natureza slida

...............................................

como minrio na forma de xidos.

...............................................

Assim sendo, os processos para produo de ao podem ser classificados de acordo de agentes utilizados:

...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

processos pneumticos, onde o argente oxidante ar


ou oxignio;
processos Siemens - Martin, eltrico, duplex, etc., em
que os agentes oxidantes so substncias slidas
contendo xidos.

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Processos pneumticos

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Os vrios tipos esto representados na figura abaixo.


Como se verifica, o princpio bsico de qualquer dos processos pneumticos introduzir ar ou oxignio, pelo fundo, lateralmente ou pelo topo, por intermdio de uma "lana".

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O processo pneumtico tradicional o que utiliza o


conversor Bessemer, cujo nome devido ao seu inventor, em
1847, na Inglaterra.

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A figura acima mostra, esquematicamente, o conversor

...............................................

Bessemer, cujas caractersticas principais so as seguintes:

...............................................

carcaa de ao cilndrica, com formato de uma "pera";


o aparelho suspenso por um eixo apoiado em dois
mulhes que permitem a rotao do forno, nos dois
sentidos para carregamento ou vazamento como a
parte inferior da figura mostra. O fundo do conversor
destacvel e contm as ventaneiras so construdas
de material refratrio slico- aluminoso;
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

o forno internamente revestido com material

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...............................................

silicoso,de natureza cida;

...............................................
o ar soprado pelo fundo, atravessando a camada de

...............................................

gusa lquida, proveniente do alto-forno, a qual ocupa

...............................................

um volume correspondente a uma espessura at cer-

...............................................

ca de 1 m;

...............................................

sendo as reaes de oxidao dos elementos contidos no ferro gusa lquido fortemente exotrmicas, principalmente a do silcio, no a necessidade de aquecimento da carga metlica do conversor, eliminandose, assim, a utilizao de qualquer combustvel.

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A capacidade da maioria dos conversores Bessemer si-

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tua- se entre 25 a 30 t.

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Conversor de sopro lateral

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...............................................

Trata- se de conversores de pequena capacidade, ge-

...............................................

ralmente at 2,5 t. seu revestimento silicoso, portanto de

...............................................

natureza cida. Um dos tipos conhecido como "conversor

...............................................

Tropenas". O ar introduzido lateralmente, acima da superf-

...............................................

cie do banho metlico.

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Conversor de sopro pelo topo

...............................................
O processo mais famoso e o L-D (Linz - Donawitz), tam-

...............................................

bm conhecido como processo BOP. Neste processo, intro-

...............................................

duz - se, por intermdio de uma lana metlica resfriada a

...............................................

gua, oxignio de pureza varivel entre 95 e 99,5%.

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Os conversores modernos so construdos com capacidades superiores s dos Bessemer ou Thomas,


freqentemente acima de 100 t de carga. A ponta de lana
introduzida no interiro do forno a uma distancia da superfcie
do banho lquido que varia de 0,30 a 1,00 m.

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Como de certo modo bvio, as temperaturas de reao nos conversores a oxignio so bem mais elevadas que
nos outros conversores, devido ao impacto do jato de oxignio
que provoca reao violenta e imediata, fazendo com que as
temperaturas locais sejam da ordem de 2500 a 3000 C. As
diferenas de temperatura provocam enrgica movimentao
do banho, o que facilita e acelera as reaes de oxidao atravs de todo o gusa lquido.

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2. TECNOLOGIA DOS METAIS

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...............................................

CLASSIFICAO DOS MATERIAIS

...............................................
A seguir, faremos uma descrio da Classificao dos

...............................................

Materiais, apresentando suas subdivises dentro da categoria

...............................................

dos "Materiais Slidos".

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CLASSIFICAO DAS PROPRIEDADES

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...............................................

A seguir, apresentamos a classificao das principais


propriedades dos Materiais Slidos, exemplificando - as :

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...............................................
...............................................

Esttica

- Trao

...............................................

- Toro

...............................................

- Compresso

...............................................

- Cizalhamento

...............................................

- Flexo

...............................................

RESIST.

...............................................

MECNICA
- Fadiga (esforo cclico)
Dinmica - Tenacidade
(resist. ao impacto)

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

- Fluncia
(escoamento a quente)

...............................................
...............................................
...............................................

- Resistncia Mecnica (Creep)

...............................................

- Capacidade de Absoro de calor

...............................................

PROP. TRMICAS - Condutibilidade Trmica

...............................................

- Dilatao Trmica

...............................................

- Resist. ao Calor (Refratariedade)

...............................................
...............................................

- Condutibilidade Luminosa
PROP. TICAS

- Refrao

...............................................
...............................................

- Difrao

...............................................

- Resistncia Oxidao
PROP. QUMICAS - Reao com outros materi
- Resistncia Corroso

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

- Ferromagnetismo

...............................................

PROP.

- Paramagnetismo

...............................................

MAGNTICAS

- Diamagnetismo

...............................................
...............................................

- Condutividade

...............................................

PROP.

- Semicondutividade

...............................................

ELTRICAS

- Isolamento

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- Estanqueidade

...............................................

- Densidade (Peso Especfico)

...............................................

- Resist. ao Desgaste

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...............................................

(Tribologia)
PROP. FUNCIONAIS

- Acabamento Superficial

...............................................

- Amortecimento de Vibraes

...............................................

- Elasticidade

...............................................

- Permeabilidade

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(Tubulaes/Tanques)
- Cor e Tonalidade

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

MTODOS DE ALTERAO DAS PROPRIEDADES

...............................................
...............................................

A seguir, apresentamos uma tpica classificao de m-

...............................................

todos destinados a alterar as Propriedades dos Materiais me-

...............................................

tlicos, principalmente os materiais denominados de ferrosos.

...............................................

Os processos descritos abaixo podem ser aplicados isolada-

...............................................

mente ou na forma combinada, isto em funo das Proprieda-

...............................................

des finais desejadas.

...............................................
...............................................

1. Tratamentos trmicos

...............................................
...............................................

- Alvio de Tenses

...............................................

- Esferoidizao

...............................................

- Recozimento

...............................................

- Normalizao

...............................................

- Tmpera

...............................................

- Revenimento

...............................................
...............................................
...............................................

2. Tratamentos termo - qumicos

...............................................
...............................................

- Cementao

...............................................

- Nitretao

...............................................

- Carbonitretao

...............................................

- Boretao

...............................................

- Sulfinizao

...............................................
...............................................
...............................................
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...............................................

3. Tratamentos de superfcie

...............................................
- Cobreamento

...............................................

- Niquelagem

...............................................

- Cromagem

...............................................

- Zincagem

...............................................

- Anodizao

...............................................

- Esmaltao

...............................................
...............................................
...............................................

4. Tratamento mecnico

...............................................
- Encruamento (Laminao)

...............................................

- Calibrao

...............................................

- Trefilao

...............................................

- Roletamento

...............................................

- Cunhagem

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

PROCESSOS DE FABRICAO

...............................................

A seguir, apresentamos os principais Processos de Fabricao empregados na elaborao de componentes mecnicos, divididos em categorias:

...............................................
...............................................
...............................................

1. Envolve mudana de estado slido - lquido - slido

...............................................
...............................................
...............................................

- A verde
Em areia

...............................................

- Shellmolding
- Molde cermico

FUNDIO

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

- Sob presso
Em

- Por gravidade

Coquilha

- Centrfuga
- Contnua

...............................................
...............................................
...............................................
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...............................................
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2. Envolve deformao do metal a frio ou a quente

...............................................
...............................................

- Laminao

...............................................

- Forjamento

...............................................

- Trefilao

...............................................

- Extruso

...............................................

- Repuxo

...............................................

CONFORMAO - Estiramento

...............................................

- Dobramento

...............................................
- Conformao

...............................................
...............................................

- Estampagem
- Corte

...............................................

- Embutinamento

...............................................

- Por exploso

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

3. Envolve remoo de material

...............................................

USINAGEM

- Torneamento

...............................................

- Fresamento

...............................................

- Furao

...............................................

- Rosqueamento

...............................................

- Aplainamento

...............................................

- Brunimento

...............................................

- Retificao

...............................................

- Brochamento

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

4. Envolve fuso parcial do material

...............................................

SOLDAGEM

- Eltrica

...............................................

- Oxi - acetilnica

...............................................

- Por abraso

...............................................
...............................................
...............................................

METALURGIA DO P

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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CLASSIFICAO DOS AOS

...............................................

LIGAS ESPECIAIS E FERROS FUNDIDOS

...............................................
...............................................

Sem dvida, so as ligas ferrosas as mais empregadas

...............................................

no mundo, isto em funo de suas propriedades como : dure-

...............................................

za, resistncia mecnica, trabalhabilidade, resistncia ao im-

...............................................

pacto, etc. ; alm de seu custo de elaborao atravs dos mais

...............................................

diversos processos de fabricao.

...............................................
...............................................

Os aos e ferros fundidos podem ser classificados em

...............................................

funo de sua Composio qumica (ABNT) ou ainda em fun-

...............................................

o de sua Aplicao (AISI) e Estrutura Metalrgica.

...............................................
...............................................

Estima - se que atualmente so transformado sno Brasil

...............................................

em torno de 1.000.000 (Um milho) de toneladas de ao por

...............................................

ano, produzindo componentes para as mais diversas indstri-

...............................................

as como: mecnica, naval, ferroviria, automobilstica, aero-

...............................................

nutica, etc.

...............................................
...............................................

A primeira fase a ser considerada, quando da escolha

...............................................

ou especificao d e um ao ou ferro fundido, uma avaliao

...............................................

criteriosa a cerca dos diversos componentes de seleo, que

...............................................

so:

...............................................
...............................................
...............................................

1 - Propriedades e caractersticas

...............................................
Quanto ao uso ou aplicao do componente
Quanto ao processamento de transformao

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

2 - Custos

...............................................
...............................................

Da matria - prima

...............................................

Do processamento

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

3 - Disponibilidade

...............................................
Quanto ao prazo de desenvolvimento

...............................................
...............................................

Com relao ao volume de fornecimento

...............................................
...............................................
...............................................

Segurana da qualidade

...............................................
...............................................
...............................................

DEFINIO DE AOS

...............................................
...............................................

Aos so ligas de natureza relativamente complexa, a

...............................................

rigor consideradas "binrias" , onde os principais elementos

...............................................

constituintes so o FERRO e o CARBONO . Aos comerciais

...............................................

contm geralmente teores de carbono entre valores de 0,002%

...............................................

a 2,06%, alm de elementos residuais como o Silcio,

...............................................

Mangans, Fsforo e Enxofre, resultantes do processo de fa-

...............................................

bricao do material.

...............................................
...............................................

Como exemplo teremos os aos ABNT 1020, 1045, 1060,


1080, etc.

...............................................
...............................................
...............................................

DEFINIO DE AO - LIGA

...............................................
...............................................

Os aos - liga so materiais ferrosos contendo alm dos

...............................................

elementos Ferro e Carbono, outros componentes cuja funo

...............................................

bsica a melhoria das propriedades mecnicas, eltricas,

...............................................

magnticas, etc. . So classificados em :

...............................................
...............................................

Aos de baixa liga

...............................................
...............................................

Representam os aos em que a soma dos teores de

...............................................

elementos de liga (Ex.: Cromo, Nquel, Molebdnio, Vandio,

...............................................

etc.) , no ultrapassa a 3,5% sendo que neste caso no ocor-

...............................................

rem alteraes significativas na estrutura do material e de suas

...............................................

propriedades mecnicas.

...............................................
...............................................

Como exemplo teremos : ABNT 8620, 4320, 5150, 4140, etc.

...............................................
...............................................
...............................................

31
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

Aos de mdia liga

...............................................

Correspondem ao grupo intermedirio de aos, onde a


soma dos teores de elementos de liga se situa na faixa entre
4% e 10%. Estas ligas j apresentam uma melhoria considervel nas propriedades mecnicas, principalmente Resistncia Trao, Tenacidade e Dureza aps Tratamento Trmico.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Como exemplo teremos : ABNT H 11, H 13, S 1, O 1, etc.

...............................................
...............................................
...............................................

Aos de alta liga

...............................................
...............................................

So os aos que contm elementos de liga no mnimo


10% a 12%, nestes materiais observamos profundas alteraes na microestrutura, sendo que estas ligas exigem Tratamentos Trmicos para ajustarem suas Propriedades Finais.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Como exemplo teremos : ABNT M 2, T 5, D 3, D 6, etc.

...............................................
...............................................
...............................................

CLASSIFICAO POPULAR DOS AOS EM FUNO


DO TEOR DE CARBONO

...............................................
...............................................
...............................................

1 - Aos extra-doce, contm menos do que 0,10% de carbono.

...............................................
...............................................
...............................................

2 - Aos doces, contm entre 0,10% a 0,25% de 0,40% de


carbono

...............................................
...............................................
...............................................

3 - Aos meio-doce, contm entre 0,25% a 0,405 de carbono.

...............................................
...............................................
...............................................

4 - Aos meio-duros, contm entre 0,40% e 0,60% de carbono.

...............................................
...............................................
...............................................

5 - Aos duros, contm entre 0,60% e 0.90% de carbono.

...............................................
...............................................

6 - Aos extra - duros, contm acima de 0,90% de carbono.

...............................................
...............................................
...............................................

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

CLASIFICAO DOS AOS PELO SISTEMA SAE / AISI

...............................................
...............................................

Dentre os diversos sistemas de classificao dos aos

...............................................

os mais amplamente aceitos so os da "Society of Automotive

...............................................

Engineers" [ SAE ], e da "American Iron and Steel Institute"

...............................................

[AISI], que utilizam mtodos semelhantes. No Brasil , o rgo

...............................................

responsvel pela elaborao das Normas Tcnicas a Asso-

...............................................

ciao Brasileira de Normas Tcnicas [ABNT], que por inter-

...............................................

mdio das normas NB - 80, NB - 81 e NB - 82, classifica os

...............................................

aos ao carbono e os de baixo teor de elementos de liga se-

...............................................

gundo os critrios adotados pela SAE e AISI.

...............................................
...............................................

O ao designado geralmente por quatro algarismos,

...............................................

dos quais o primeiro indica o tipo principal de elemento de liga,

...............................................

o segundo seu teor mdio aproximado e os dois ltimos indi-

...............................................

cam o teor de carbono, quando divide - se este nmero por

...............................................

100. Assim, um ao SAE / ABNT 1020 ser uma ao carbono

...............................................

contendo cerca de 0,20 % de carbono; j um ao SAE / ABNT

...............................................

5160 ser um ao ao cromo, contendo entre 0,70 % e 1,20 %

...............................................

Cr, alm de 0,60 % C.

...............................................
...............................................
...............................................

Sistema SAE, AISI e UNS de classificao dos aos

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

CLASSIFICAO SAE PARA O PRIMEIRO NMERO QUE INDICA OS


VRIOS TIPOS DE AOS

ALGARISMO NMERO
1
2
3
4
5
6
7
8
9

Exemplos :

ELEMENTO PRINCIPAL
SEM ELEMENTO DE LIGA
AO NQUEL
AO CROMO NQUEL
AO MOLIBDNIO
AO CROMO
AO CROMO VANDIO
AO TUNGSTNIO
AO CROMO NQUEL - MOLIBDNIO
AO SILCIO MANGANS

Ao 1045

Ao sem elemento de liga.

Ao 2140

Ao ligado ao Nquel

Ao 5150

Ao ligado ao Cromo

Ao 8620

Ao ligado ao Cromo - Nquel - Molibdnio.

Classificao dos fundidos segundo norma DIN


Para os produtos fundidos usual aplicar a norma DIN, sendo que a codificao utilizada
consiste em um conjunto de cetras e nmeros que indicam respectivamente :

CODIFICAO APLICADA
GS
GG
GGG
GH
GT
GTS
GTW
K
Z
G
S
N
V

CLASSE DE FUNDIDO
AO FUNDIDO
FERRO FUNDIDO CINZENTO
FERRO FUNDIDO NODULAR
FERRO FUNDIDO BRANCO
FERRO MALEVEL
FERRO MALEVEL PRETO
FERRO MALEVEL BRANCO
COQUILHADO
CENTRIFUGADO
RECOZIDO
ALVIO DE TENSES
NORMALIZADO
TEMPERADO E REVENIDO

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SENAI-PR

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Observao: Aps o cdigo que especifica o tipo de

...............................................

material, separado por um hfen poderemos ter letras que indi-

...............................................

cam:

...............................................
...............................................
BS - Forno Bessemer

...............................................

E - Forno Eltrico

...............................................

S - Soldvel

...............................................
...............................................
...............................................

Exemplos :

...............................................
GS - E indica ser ao fundido em forno eltrico.

...............................................
...............................................

GG 15 indica ser ferro fundido cinzento classe de

...............................................
...............................................

resistncia Trao 15 Kg / mm2.

...............................................
GGG - N indica ser um ferro fundido nodular com

...............................................
...............................................

tratamento de normalizao.

...............................................
...............................................
CLASSIFICAO DAS LIGAS ESPECIAIS

...............................................
...............................................

Muitos aos comerciais no esto includos na classifi-

...............................................

cao vista anteriormente, como o caso dos aos de alto

...............................................

teor de elementos de liga para Ferramentas ou ainda os Aos

...............................................

Inoxidveis, nestes casos so adotadas denominaes espe-

...............................................

ciais.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

Classificao dos aos ferramentas

...............................................
A seguir, apresentamos uma tabela que relaciona todos

...............................................

os aos denominados Aos Ferramentas, estes foram classi-

...............................................

ficados pelo rgo americano AISI, sendo que posteriormente

...............................................

a ABNT aplicou a mesma forma de especificao, tornando -

...............................................

se o mtodo oficial de denominao para estes Materiais.

...............................................
...............................................

...............................................
ESPECIFICAO
DO AO
AO TEMPERVEL
EM GUA
...............................................
AO REISTENTE
AO
CHOQUE
...............................................
AO BAIXA LIGA
...............................................
AO TUNGSTENADO
AO PARA ...............................................
MOLDES PLSTICOS
AO TEMPERVEL
EM LEO
...............................................
AO TEMPERVEL EM AR
...............................................
AO ALTO CARBONO / CROMO
...............................................
AO DE TRABALHO
A QUENTE
AO RPIDO
AO TUNGSTNIO
...............................................
AO RPIDO
AO MOLIBDNIO
...............................................

CLASSIFICAO AISI / ABNT


W
S
L
F
P
O
A
D
H
T
M

...............................................
Observao: importante notar que para cada classe

...............................................

de ao ferramenta, existe uma subdiviso identificada por um

...............................................

nmero, assim por exemplo temos os aos: W - 1, S - 1, L - 7,

...............................................

H - 13, P - 20, O - 1, A - 2, D - 6, M - 2, etc. .

...............................................
...............................................

Classificao dos aos inoxidveis

...............................................
...............................................

Esta sem dvida uma das classes mais importantes

...............................................

dos Aos Liga Especiais representando aqueles Materiais, nos

...............................................

quais foram adicionadas quantidades superiores de elemen-

...............................................

tos de liga, notadamente o Cromo e o Nquel.

...............................................
...............................................

Uma primeira classificao, subdivide estes aos em :

...............................................
...............................................
...............................................

*Aos Inoxidveis

...............................................
...............................................

*Aos Resistentes ao Calor

...............................................
...............................................

*Aos Resistentes a cidos

...............................................
...............................................

*Aos Resistentes ao Desgaste

...............................................
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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

J uma segunda classificao, seguindo a Norma AISI /

...............................................

ABN, classifica os Aos de Liga Especial Inoxidveis em fun-

...............................................

o da sua ESTRUTURA METALRGICA em :

...............................................
...............................................
...............................................

Aos Inox Ferrticos

...............................................
...............................................

Aos Inox Austenticos

...............................................
...............................................

Aos Inox Martensticos

...............................................
...............................................

Aos Inox Endurecidos por Precipitao

...............................................
...............................................

Portanto em funo do tipo de estrutura que o material


apresentar, este ser classificado de forma diferenciada.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

DEFINIO DE FERROS FUNDIDOS

...............................................
...............................................

Os Ferros Fundidos so comercialmente definidos como

...............................................

sendo ligas "Ternrias" de Ferro - Carbono - Silcio, cuja ca-

...............................................

racterstica predominante o de apresentar o carbono na

...............................................

FORMA LIVRE, isto , na forma precipitada tambm denomi-

...............................................

nada de GRAFITA LIVRE.

...............................................
...............................................

Em funo da morfologia (forma) da grafia, teremos as


seguintes classes de Ferros Fundidos:

...............................................
...............................................
...............................................

Classificao dos ferros fundidos

...............................................
...............................................

CLASSE DE FERRO FUNDIDO


FERRO FUNDIDO CINZENTO
FERRO FUNDIDO NODULAR
FERRO FUNDIDO VERMICULAR
FERRO FUNDIDO BRANCO
FERRO MALEVEL BRANCO
FERRO MALEVEL PRETO
FERRO BRANCO SOLDVEL

FORMA DA GRAFITA
...............................................
VEIOS LAMERARES
...............................................
NDULOS
VERMCULOS ...............................................
CARBONO COMBINADO
...............................................
GRAFITA SEMI COMPACTA
...............................................
GRAFITA EXPLODIDA
GRAFITA SEMI...............................................
- COMPACTA
...............................................

Observao:

...............................................

Como pode ser observado para cada tipo de formao


de Grafita livre, corresponder uma determinada classe de
Ferro Fundido !

...............................................
...............................................
...............................................

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................
METAIS NO FERROSOS

...............................................
...............................................
...............................................

O COBRE E SUAS LIGAS

...............................................
...............................................

Origem

...............................................
A palavra cobre derivada de "cuprum", que significa

...............................................

metal da ilha de Chipre, onde foi descoberto em estado natural

...............................................

durante a Antigidade.

...............................................
...............................................

Atualmente, obtido a partir de minrios, sendo os mais

...............................................

divulgados os minrios sulfurados. Existem minas na Inglater-

...............................................

ra, Rssia, Egito, Japo, Estados Unidos e Congo.

...............................................
...............................................

Dois destes minrios destacaram - se em primeiro plano:


A calcopirita (Cu2S + Fe2S3) cujo teor em cobre de

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

34,5%
A calcosita (Cu2S) contendo cerca de 80% de cobre

...............................................
...............................................
...............................................

Os minrios oxidados e carbonatados tambm so en-

...............................................
...............................................

contrados freqentemente:

...............................................

a cuprita (Cu2O), xido de cobre

...............................................

a azurita (2 CuCO3), carbonato de cobre

...............................................
...............................................

a malaquita (CuCO3), carbonato de cobre.

...............................................

Uma observao geral deve ser feita sobre o local das

...............................................

jazidas de minrios de cobre: h predominncia de minrios

...............................................

oxidados na superfcie, os minrios sulfurados encontrando -

...............................................

se, pelo contrrio, em profundidade.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Metalurgia do cobre - Preparao:

...............................................
pelo calor que so geralmente tratados os minrios de

...............................................

cobre, mas a par da termometalurgia, existe um processo de

...............................................

extrao eletroltico.

...............................................
...............................................
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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Antes de se submeter aos diversos tratamentos trmi-

...............................................

cos, os minrios so submetidos a uma preparao mecni-

...............................................

ca que tem por objetivo enriquecer aqueles, eliminando a ganga,

...............................................

isto , todos os elementos no contendo metal ou em quanti-

...............................................

dade insuficiente para merecer um tratamento trmico.

...............................................
...............................................

Entre estas operaes, citam - se a moagem 1, a lava-

...............................................
...............................................

gem e a flotao2.

...............................................
Neste ltimo mtodo, o metal pulverizado na presena

...............................................

de um leo que s envolve os elementos sulfurados. O con-

...............................................

junto em seguida colocado na gua: os elementos sulfurados

...............................................

envolvidos no leo flutuam, enquanto que a ganga afunda (fig.

...............................................

6 - 1).

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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...............................................
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...............................................
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...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

Extrao do cobre

...............................................
Os tratamentos trmicos sucessivos para obter cobre
so os seguintes (fig. 6 -2):

...............................................
...............................................
...............................................

a) Calcinao do minrio (15 a 25%)

...............................................

b) Fuso para obter uma massa contendo cerca de 25

...............................................
...............................................

a 45% de cobre
c) Refinao ao conversor, sada do qual aparece o
cobre em bruto

...............................................
...............................................
...............................................

d) Refinao do cobre bruto

...............................................
...............................................
...............................................

Primeira operao

...............................................
...............................................

Calcinao A

...............................................
...............................................

Os minrios sulfurados sofrem uma calcinao que eli-

...............................................

mina os elementos volteis e prepara a eliminao do enxofre,

...............................................

combinando este com o cobre.

...............................................
...............................................

Os minrios oxidados so tratados num forno especial

...............................................

chamado "Water Jacket" no qual o oxignio do minrio redu-

...............................................

zido. Este forno possui paredes de alvenaria que so revestidas

...............................................

de camisas metlicas com circulao hidrulica, com o obje-

...............................................

tivo de aumentar sua durao.

...............................................
...............................................

Por um processo complexo, o enxofre e o oxignio so

...............................................

eliminados formando um gs sulfuroso SO2 (adicionado com

...............................................

gua recuperado para a fabricao de cido sulfuroso). O

...............................................

cobre ento extrado sob uma forma ainda impura chamada

...............................................

massa cprica. A operao exotrmica. Cu 40 a 50%

...............................................
...............................................
...............................................

Segunda operao

...............................................
...............................................

Fuso B

...............................................
...............................................

Forno de revrbero

...............................................

Massa de cobre 50 - 60%

...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Afinao C

...............................................
...............................................

A massa cprica obtida apresenta uma grande quantidade de impurezas. portanto necessria proceder a uma
afinao por meio de um conversor, que permite um ganho
considervel de tempo e melhora o rendimento. um cilindro
de ao revestido internamente de tijolos refratrio (de natureza bsica) e cuja posio pode ser mudada segundo os estgios da operao, assim como a insuflao de ar. Inclinando o
aparelho eliminam - se as escrias por simples vazamento. A

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

operao prossegue at que a massa atinja uma pureza de

...............................................

98 a 99% de cobre. A temperatura do banho atinge 1200C.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Terceira operao

...............................................
Refinao

...............................................
...............................................

1 Refinao trmica D

...............................................
...............................................

O cobre em bruto tambm pode ser refinado como os


aos, em fornos de atmosfera oxidante. Os metais mais raros
que o cobre (ouro, prata, selnio) subsistem no entanto no
metal, que pode ter, se a afinao for bem feita, propriedades
comparveis s do cobre eletroltico.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

2 Refinao eletroltica E

...............................................
O cobre bruto com 98% no mnimo refinado por pro-

...............................................

cesso eletroltico (e). vazado em placas que constituem os

...............................................

nodos e que mergulham num banho de sulfato de cobre e

...............................................

sulfato de ferro. O ctodo formado por uma folha fina de

...............................................

cobre puro.

...............................................
...............................................

Durante a passagem de uma corrente contnua no ba-

...............................................

nho, os ons de cobre Cu++ depositam - se sobre o ctodo

...............................................

enquanto que os ons SO4-combinam - se com os metais dos

...............................................

nodos e do sulfatos que regeneram o eletrlito. Escolhendo

...............................................

uma diferena de potencial suficientemente fraca entre os

...............................................

nodos e os ctodos, s os ctions de cobre depositam - se.


Obtm - se, assim, uma filtragem seletiva do cobre por meio
de uma corrente eltrica. Sua pureza atinge 99,98%.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Os metais no atrados pelo ctodo, encontram - se no

...............................................

fundo dos tanques, sob forma de massas compactas, cha-

...............................................

madas lamas andicas. Em os refundido, no forno de

...............................................

revrbero, obtm - se, para 1000 toneladas de cobre, 27 tone-

...............................................

ladas de prata e 5 Kg de ouro, conforme o tipo de minrio.

...............................................
...............................................

3 Cobre OFHC (isento de oxignio e de alta

...............................................
...............................................

condutividade)

...............................................
Este metal obtido por fuso, depois pela desoxidao

...............................................

dos ctodos obtidos por eletrlise e por fim fundido sob at-

...............................................

mosfera redutora.

...............................................
...............................................

Pode conter at 99,995% de cobre, e torna - se ento

...............................................

excelente condutor de corrente eltrica e adere perfeitamente

...............................................

ao vidro.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Propriedades

...............................................
...............................................

a) Fsicas

...............................................
Aspecto: metal de bonita cor rosa avermelhado.

...............................................

Densidade: 8,9 kg / dm3.

...............................................

Ponto de fuso: 1083 C

...............................................

Resistividade eltrica: 0,0171 mm2/m (cobre + 0,04% O2).

...............................................

Coeficiente de dilatao a 20 C:

...............................................

16,5 . 10-6 por C

...............................................
...............................................
...............................................

b) Qumicas

...............................................
A gua pura no exerce ao nenhuma sobre o cobre,

...............................................

qualquer que seja a temperatura. temperatura comum, o ar

...............................................

mido provoca a oxidao do cobre. H a formao de uma

...............................................

camada superficial de verdete que protege o metal de um ata-

...............................................

que em profundidade. O cobre atacado por todos os cidos.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

c) Mecnicas

...............................................
Variam muito, segundo o estado do metal:

...............................................
...............................................

O cobre dctil e malevel a frio, contudo, este trabalho

...............................................

leva a um estiramento intenso que se pode fazer desaparecer,

...............................................

em se procedendo a um recozimento.

...............................................
...............................................
...............................................
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...............................................
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...............................................

LIGAS DE COBRE

...............................................
...............................................

Ligas Cu Zn (os lates)

...............................................

(VSM 10 822 a 11 858)

...............................................
...............................................
...............................................
Conceitos gerais

...............................................

(ver tabela 6 - 4)

...............................................
...............................................

Estas ligas de cobre e zinco passam de vermelho a


amarelo segundo o teor em zinco.

...............................................
...............................................
...............................................

Estas ligas so obtidas sob duas formas:

...............................................
...............................................
...............................................

1. Ligas fundidas

...............................................
Exemplo segundo VSM: 10 822 G - Cu Zn 30 significa:
liga fundida de cobre - zinco, contendo 30% de zinco.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

2. Ligas de Cu Zn desbastado

...............................................
Exemplo segundo VSM: 10 822, Cu Zn 40 significa: liga
de cobre - zinco laminado, contendo 40% de zinco.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Elas contm em geral 55 a 90% de cobre. A adio de


zinco melhora as caractersticas mecnicas do cobre:

...............................................
...............................................
...............................................

a) A resistncia trao Rm de uma liga Cu Zn 40 o


dobro da do cobre (aproximadamente 550 N/mm).

...............................................
...............................................
...............................................

b) O alongamento A aumentado em grandes propores para uma liga contendo 28% de zinco.

...............................................
...............................................
...............................................

c) Uma liga Cu Zn 30 apresenta excelentes caractersti-

...............................................
...............................................

cas de embutimento.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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Ligas Cu Sn (os bronzes)

...............................................

(VSM 10801 a 10810)

...............................................
...............................................
...............................................

Conceitos gerais

...............................................

(ver tabela 6 - 5)

...............................................
...............................................

Estas ligas de cobre e de estanho tm uma cor que passa do vermelho ao amarelo em funo do teor em estanho.

...............................................
...............................................
...............................................

A composio das ligas industriais inclui em geral 95%

...............................................

de cobre e 5% de estanho. O teor nominal de estanho rara-

...............................................

mente ultrapassa 9%. As ligas de qualidade comum contm

...............................................

alm disso 2 a 3% de zinco. A presena de estanho melhora

...............................................

as caractersticas mecnicas. Para uma liga comum, a resis-

...............................................

tncia trao Rm de aproximadamente 400 N/mm2, para

...............................................

um alongamento A de 50% no estado recozido. Depois do

...............................................

estiramento, esta resistncia pode atingir 1000 N/mm2; o alon-

...............................................

gamento corresponde baixa para um valor de 2% no mximo.

...............................................
...............................................
...............................................

Ligas especiais

...............................................

(ver tabela 6 - 5)

...............................................
...............................................

Nas ligas especiais, classificaremos as ligas de cobre

...............................................

com os seguintes metais: alumnio, nquel, chumbo, berlio.

...............................................

Estas ligas binrias so chamadas "cuproalumnio",

...............................................

"cupronquel", etc.

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...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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...............................................
...............................................
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...............................................
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...............................................

O ALUMNIO E SUAS LIGAS

...............................................
Minrio de alumnio

...............................................
...............................................

O nico minrio utilizado a bauxita, cujo constituinte


essencial o alumnio hidratado (Al2 O3, H2 O) com um teor
de 50 a 70%. As principais impurezas so: a slica (Si O2), o
xido de ferro (Fe2 O3) e o xido de titnio (Ti O2).

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Existem duas categorias principais de bauxita: as vermelhas com teor de xido de ferro elevado e as brancas contendo pouco ferro, mas muito silcio. S as vermelhas so
utilizadas devido ao seu fraco teor de silcio (5%).

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Metalurgia do alumnio

...............................................
...............................................

Comporta duas fases distintas;

...............................................
a)
tratamento qumico do minrio para extrair a
alumina (Al2 O3), to pura quanto possvel;

...............................................
...............................................
...............................................

b)
reduo eletroltica da alumina, colocada em soluo num banho de fluoretos fundidos constitudo por criolita
(Al F3 3 Na F) e por fluoreto de alumnio.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Preparao da alumina
(Al 2 O3) (ver figura 6 - 6)

...............................................
...............................................

Devido ao elevado custo de transporte e calorias, por


vezes a extrao da alumina no rentvel.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Princpio do processo Bayer

...............................................
a)
Moagem e secagem da bauxita (1,2) Britagem, secagem ao forno (150 a 200 C), moagem fina.

...............................................
...............................................
...............................................

b)

Ataque sob presso pela soda (3,4 e 5)

...............................................
...............................................

A bauxita tratada pela soda (Na2 O) razo de 250 g/l


num autoclave em ao a cerca de 230 C, sob uma presso
de 30 bars aproximadamente.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

O aquecimento assegurado por injeo de vapor. Por

...............................................

meio desta operao, obtm - se uma solubilidade da alumina

...............................................

que se transforma em aluminato de sdio solvel (6 a 9).

...............................................
...............................................

Com a soda e a alumina, a slica forma um silicato duplo

...............................................

(3 Al2 O3, 3Na2 O, 5Si O2, 5 H2 O) insolvel, o que arrasta

...............................................

uma perda em alumina e em soda. Por esta razo, se utilizam

...............................................

materiais pobres em slica. Os xidos de ferro e de titnio so

...............................................

praticamente insolveis. Todo o "insolvel" constitui as "la-

...............................................

mas vermelhas".

...............................................
...............................................
...............................................

c) Evaporao, calcinao (10,11,12 e 13)

...............................................
...............................................

Antes da operao de calcinao, necessrio evapo-

...............................................

rar toda a gua acrescentada pela decomposio e durante

...............................................

as lavagens (1 kg de vapor para 4 kg de gua).

...............................................
...............................................

A alumina em seguida calcinada acima de 1150 em

...............................................

fornos rotativos inclinados, de 80 m de comprimento e aqueci-

...............................................

dos com leo pesado. Seu ponto de fuso de 2000C.

...............................................
...............................................
...............................................

Fabricao eletroltica do alumnio

...............................................
...............................................

A fabricao de alumnio faz - se por eletrlise da alumina

...............................................

(2), dissolvida na criolita (1) fundida a 1000 C, numa cuba em

...............................................

ao revestida de carvo. A eletrlise produz alumnio que se


deposita no fundo da cuba formando ctodo, assim como oxignio que queima os nodos de carbono puro (5).
A corrente contnua da eletrlise obtida por grupos de
turbina - dnamo ou regeneradores a vapor de mercrio.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Atualmente os regeneradores semi - condutores vo fi-

...............................................
...............................................

cando mais comuns (germnio ou silcio).


A figura 6 - 7 esquematiza a fabricao do alumnio.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

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Legendas fig. 6-6

7. Lamas vermelhas, slica, impurezas

1. Bauxita vermelha

8. Decomposio

2. Britagem

9. Entrada de gua

3. Soluo concentrada de soda custica

10. Filtro rotativo

4. Entrada de vapor

11. Alumina hidratada

5. Cuba de ataque

12. Calcinao a 1200

6. Filtrao

13. Alumina calcinada


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...............................................

O eletrlito

...............................................
A criolita (AlF3, 3 Na F) o nico eletrlito utilizado para a
fabricao do alumnio. um composto definido, estvel que

...............................................
...............................................
...............................................

funde a 1000 C.

...............................................
Observao: A criolita provm da Groelndia, nica mina
existente. possvel obt-la artificialmente.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Eletrlise do alumnio

...............................................
...............................................

A explicao da eletrlise no perfeitamente conheci-

...............................................

da. Uma teoria simples, admite que a criolita tem a funo de

...............................................

dissolvente ionizante. A alumina dissolvida na criolita fundida

...............................................

submetida, aproximadamente a 950 C, ao de uma cor-

...............................................

rente eltrica contnua e se decompe assim em alumnio e

...............................................

oxignio. O alumnio metlico deposita - se sobre o ctodo e o

...............................................

oxignio sobre o nodo com combusto deste ltimo. Os ga-

...............................................

ses liberados so constitudos por gs carbnico e monxodo

...............................................

de carbono.

...............................................
...............................................

Desde que o teor do banho em alumina desa a 1,5%,


uma lmpada acende - se e assinala ao operador de servio
que deve acrescentar alumina. Para isso, ele utiliza um martelo picador pneumtico que penetra na massa de alumina que
se encontra acima do banho, para faze - la dissolver at que a
lmpada apague - se. O banho fica recoberto de novo de
alumina, que estar pronta para a operao seguinte. Esta nova
camada assegura, alm do mais, calefao da cuba (11).

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

A extrao do alumnio no cadinho catdico feita por

...............................................

sifonagem por depresso (13) atravs de um sifo em ferro

...............................................

fundido, ligado a uma panela de ao, revestida de tijolos

...............................................

aluminosos. A espessura do banho de alumnio varia entre 150

...............................................

a 200 mm. A extrao feita todos os dias ou de dois em dois

...............................................

dias.

...............................................
...............................................
...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Legendas fig. 6 - 7
1. Criolita
2. Alumina
3. Carbono para eltrodos
4. Alumnio lquido
5. Eltrodos (nodos)
6. Cuba em chapa de ao
7. Tijolos refratrios

8. Cadinho em blocos de antracita


9. Ctodo em ferro
10. Banho
11. Camada de alumina
12. Suporte de eltrodos regulvel
13. Aparelho de extrao
14. Lmpada - piloto
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CONSUMO E RENDIMENTO
Para fabricar 1kg de alumnio, preciso (fig. 6 - 8):

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...............................................

Propriedades do alumnio

...............................................
...............................................

a) Fsicas

...............................................
Aspectos: branco - cinzento

...............................................

Densidade a 20 C: 2,7 kg/dm3.

...............................................

Ponto de fuso: 660 C

...............................................

Resistividade a 20 C: 2,630 mm2/ m no estado recozido

...............................................

e 2,80 mm2/ m para o alumnio comercial de 99,5 %.

...............................................

Coeficiente de dilatao entre 22 e 47 C: 23,13 . 10-6.

...............................................

Estrutura cbica de faces centradas.

...............................................
...............................................
...............................................

b) Qumicas

...............................................
O alumnio inaltervel ao ar, porque protegido por uma

...............................................

camada compacta de alumina amorfa formada na superfcie.

...............................................

A gua pura no o ataca entre 0 e 100 C. A gua sob presso

...............................................

a 300 C, faz aparecer uma camada de alumina hidratada (Al2

...............................................

O3 . H2 O) que desagrega o metal, sobretudo se este refina-

...............................................

do.

...............................................
...............................................
temperatura elevada, a maior parte dos xidos metli-

...............................................
...............................................

cos so reduzidos pelo alumnio.

...............................................
A preparao dos metais isentos de carbono, tais como

...............................................

o mangans, o cromo, o ferro e o titnio se faz por

...............................................

aluminotermia. Este mesmo processo (reao da mistura 2 Al

...............................................

+ Fe2 O3) utilizado para a soldagem dos trilhos (ver captulo 8).

...............................................
...............................................

O alumnio se combina com todos os metalides exceto

...............................................
...............................................

o hidrognio.

...............................................
O cido clordrico o solvente comum do alumnio.

...............................................
...............................................

Protegido pela sua camada de alumina, o alumnio re-

...............................................

siste muito bem em atmosfera urbanas, industriais ou mari-

...............................................

nhas, com a condio, no entanto, de no estar em contato

...............................................

com um metal pesado (chumbo, cobre e suas ligas, nquel),

...............................................

que criariam um par termoeltrico, o qual em certas condi-

...............................................

es de umidade provocaria corroses.

...............................................
...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

c) Mecnicas
Variam muito com o estado, pureza e temperatura do
metal.

Tabela mostrando a variao das caractersticas em funo da temperatura

O alumnio dctil e malevel a frio; no entanto, este


trabalho provoca um estiramento, que se pode fazer desaparecer procedendo a um recozimento.
CLASSIFICAO SEGUNDO VSM
Alumnio virgem (cf. VSM 10 842)
um alumnio de primeira fuso, vazado em lingotes na
usina de produo.
Designao: H Al 99,5 VSM 10 842.
Alumnio (cf. VSM 10 842)
alumnio de segunda fuso, obtido nas usinas de
laminao pela refundio de aparas. O produto reutilizado
nas prprias oficinas.
Designao: Al 99,5 VSM 10 842.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Alumnio extra puro e suas ligas (cf. VSM 10 843).

...............................................
...............................................

aluminio fabricado por refinao do alumnio virgem ou

...............................................
...............................................

de aparas de alumnio.

...............................................
As ligas de alumnio extrapuro so fabricadas a partir de

...............................................

alumnios extrapuros aos quais se acrescenta 0,2 a 2,5% Mg.

...............................................

Designao: R Al - 1,5 duro VSM 10 843.

...............................................
...............................................
...............................................

Ligas de alumnio

...............................................
As designaes comerciais, tratamentos trmicos e ca-

...............................................

ractersticas diversas das ligas de desbaste so dadas pelas

...............................................

normas VSM 10 846 a 10 859. (ver tabela 6 - 10).

...............................................
...............................................

As designaes comerciais das ligas de alumnio de

...............................................

fundio com ou sem tratamento trmico so dadas pelas

...............................................

normas VSM sob o nmero 10 895.

...............................................
...............................................

As ligas so classificadas por categoria, marca comercial, cdigo, fornecedor e composio dos lingotes.
Consultar as folhas individuais VSM, para cada liga, assim como a tabela resumo 6 - 12 no fim do captulo.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

AS LIGAS DE ALUMNIO

...............................................
A fraca resistncia Rm 80 N / mm2 limita as utilizaes

...............................................

do alumnio puro; a obteno de diversas ligas tem desenvolvi-

...............................................

mento consideravelmente as suas aplicaes (ver tabela 6 - 9).

...............................................

Distinguem - se:

...............................................
...............................................

a) ligas de laminao sem tratamento trmico:

...............................................
...............................................

Aluman, Peraluman;
b) ligas de laminao com tratamento trmico:
Anticorodal, Extrudal, Aldrey, Avional e Peronal;
c) ligas de fundio, com ou sem tratamento trmico: vazadas em areia ou em coquilhas tais como:
Alufont, Anticorodal, Silafont Peraluman 34 e Unifont.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Nestas ligas, o elemento mais importante o silcio

...............................................

(0,15 a 13,5%) depois o cobre (0,03 a 4,9%) o

...............................................

magnsio (0,05 a 3,6%) assim como Fe, Mn, Zn, Ti,

...............................................

etc.

...............................................
...............................................
...............................................

TRATAMENTOS TRMICOS DO ALUMNIO E


DE SUAS LIGAS (CF. VSM 10 847)

...............................................
...............................................
...............................................

Estiramento

...............................................

As caractersticas mecnicas das ligas sem tratamento


trmico s so modificadas pelo estiramento provocado por
uma deformao plstica a frio, devido laminao, ao

...............................................
...............................................
...............................................

forjamento, etc. A rede cristalina perturbada, o que provoca

...............................................

um aumento de carga de ruptura e do limite elstico, em detri-

...............................................

mento do alongamento.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Recozimento

...............................................
Tem por objetivo fazer desaparecer os efeitos

...............................................

endurecedores do estiramento nas ligas, seja com ou sem

...............................................

tratamento trmico. O recozimento se faz s temperaturas de

...............................................

280 a 500 C durante o intervalo de uma meia hora a seis ho-

...............................................

ras para as ligas de laminao, e s temperaturas de 510 a


560 C, durante trs a oito horas para as ligas de fundio.
Velocidade de esfriamento: 20 a 25 C por hora.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Tmpera

...............................................

Este tratamento consiste em efetuar um aquecimento

...............................................

at um pouco abaixo da temperatura euttica, para saturar a

...............................................

soluo slida dos componentes e depois esfriar muito brus-

...............................................

camente mergulhando na gua, ar ou leo.

...............................................
...............................................

A tmpera se faz s temperaturas de 350 a 550 C du-

...............................................

rante o intervalo de uma meia hora a trs horas para as ligas

...............................................

de laminao, e s temperaturas de 510 a 560 C durante trs

...............................................

a oito horas para as ligas de fundio. A velocidade de

...............................................

esfriamento deve ser superior velocidade crtica da tmpera

...............................................

prpria de cada liga.

...............................................
...............................................
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Maturao

...............................................
...............................................

A maturao acontece espontaneamente temperatura

...............................................

ambiente. Imediatamente aps a tmpera, diz - se que o metal

...............................................

est no estado de tmpera fresca. As caractersticas mecni-

...............................................

cas so ento vizinhas das do estado recozido. Permanecen-

...............................................

do algum tempo temperatura ambiente, o metal, por endure-

...............................................

cimento estrutural, encontrar as propriedades desejadas; a

...............................................

maturao, quando a evoluo produzida temperatura nor-

...............................................

mal.

...............................................
...............................................
A durao da maturao das ligas de laminao de en-

...............................................

durecimento estrutural se faz entre oito horas e 90 dias con-

...............................................

forme a liga.

...............................................
...............................................

Revenido

...............................................
...............................................

O endurecimento estrutural chamado revenido quan-

...............................................

do a evoluo acelerada por um tratamento a uma tempera-

...............................................

tura moderada. So geralmente efetuados sobre as ligas que

...............................................

no beneficiam de maturao a uma temperatura mais eleva-

...............................................

da.

...............................................
Segundo sua durao e temperatura qual so

...............................................

efetuados, os tratamentos de revenido permitem obter uma

...............................................

certa gama de caracterstica mecnicas no caso de uma mes-

...............................................

ma liga (Rm; Rp 0,2 e HB aumentam, mas A diminui).

...............................................
...............................................

A temperatura de revenido varia entre 140 e 230 C com

...............................................

uma durao indo de 4 a 16 horas para as ligas de fundio. A

...............................................

velocidade e o modo de esfriamento no tm importncia.

...............................................
...............................................

Estabilizao

...............................................
...............................................

Ela se faz geralmente sobre as peas de fundio, tra-

...............................................

balhando a uma certa temperatura criando variaes de di-

...............................................

menses. o caso das ligas para pistes, expostas a tempe-

...............................................

raturas capazes de provocar um recozimento parcial.

...............................................
...............................................

Um tratamento apropriado a maneira mais correta de-

...............................................

vendo o pisto conservar rigorosamente suas dimenses s

...............................................

temperaturas de funcionamento.

...............................................
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...............................................
TEORIA ELEMENTAR DAS LIGAS

...............................................
...............................................
...............................................

ESTRUTURA CRISTALINA

...............................................
Os tomos

...............................................
...............................................

Ao solidificar, os metais so formados por uma massa


de pequenos cristais constitudos por tomos.
Estes tomos se dispem sempre de forma regular nos
cristais para formar slidos geometricamente perfeitos.
(Ver instruo, classificao peridica dos elementos)

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Quando os tomos no se distribuem regularmente se


tem uma substncia amorfa no cristalina.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

A malha

...............................................
Os tomos de ferro se dispem segundo dois sistemas
cbicos:

...............................................
...............................................
...............................................

1 - Sistema cbico centrado para o ferro alfa e delta. A


aresta mede 0,29 milsimos de mcron.
Seria necessrio para formar um comprimento de 1 mm,
cerca de 3000000 de arestas.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

2 - Sistema cbico de faces centradas para o ferro gama.


A aresta mede 0,36 milsimos de mcron.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

O cristal

...............................................

As malhas formadas unem - se entre si e constituem,


assim, uma rede chamada cristal.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

As dendritas

...............................................
A justaposio entrecruzada dos cristais constitui as

...............................................
...............................................

dendritas.

...............................................
...............................................
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...............................................

Princpio

...............................................
O eixo principal forma - se em primeiro lugar, depois apa-

...............................................

recem em ngulos retos os eixos secundrios mais curtos e

...............................................

em ngulos retos com estes eixos ainda mais curtos.

...............................................
...............................................

Estes diversos eixos se alongam e aumentam progres-

...............................................
...............................................

sivamente.

...............................................
O seu crescimento limitado pelas superfcies de contato com outros cristais, oriundos de centros vizinhos.

...............................................
...............................................
...............................................

O nmero de centros de solidificao tanto maior quanto

...............................................
...............................................

mais rpida for a solidificao.

...............................................
Uma solidificao rpida produz, ento, pequenas

...............................................

dendritas e, inversamente, uma solidificao lenta produz gran-

...............................................

des dendritas.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Os gros

...............................................
Cada eixo principal ou centro de solidificao deu ori-

...............................................
...............................................

gem a um gro.

...............................................
Estes gros so tambm chamadas macrocristais.

...............................................
...............................................

O metal slido ento constitudo por um conjunto com-

...............................................

pacto de gros, no tendo nenhuma forma exterior geomtri-

...............................................

ca regular e em que cada um corresponde a uma orientao

...............................................

cristalina constante no seu interior.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Nota

...............................................
Os raios X ou o microscpio eletrnico permitem conhe-

...............................................
...............................................

cer a estrutura cristalina.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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FUSO E SOLIDIFICAO DE UM METAL PURO

...............................................
...............................................
...............................................

Princpio

...............................................
Aquecer uma amostra do metal puro por um aumento

...............................................

progressivo de calor, depois anotar a elevao de temperatura

...............................................

desta amostra num diagrama, com os tempos de aquecimen-

...............................................

to em abscissas e as temperaturas em ordenadas.

...............................................
...............................................

1. A temperatura eleva - se regularmente.

...............................................
...............................................

2. A temperatura se fixa desde que surge uma gota de

...............................................

lquido e fica constante enquanto estiver em presena de lqui-

...............................................

do e slido.

...............................................
...............................................

Esta temperatura constante o ponto de fuso do metal

...............................................
...............................................

presso em que foi realizada a experincia.

...............................................
...............................................

Notas

...............................................
O calor fornecido ao metal durante a fuso serve unica-

...............................................

mente para a transformao do slido em lquido sem eleva-

...............................................

o da temperatura.

...............................................
...............................................

3. Quando toda a massa slida atinge o estado lquido,


a temperatura continuar a elevar - se regularmente.

...............................................
...............................................
...............................................

Inversamente, deixando esfriar o lquido:

...............................................
...............................................
...............................................

1. A temperatura baixa regularmente.

...............................................
2. A temperatura permanece constante quando aparece alguma parte slida no seio do lquido (ver cristalizao).

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Nota

...............................................
O calor de solidificao igual ao calor de fuso.

...............................................
...............................................

3. Quando toda a massa atingir o estado slido, o calor

...............................................
...............................................

continuar a diminuir.

...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

Transformaes alotrpicas

...............................................
O estudo da refrigerao de certos metais, ferro, nquel,

...............................................

estanho, etc., mostra que a curva apresenta, para alm do

...............................................

patamar de solidificao, um ou mais patamares no estado

...............................................

slido do metal.

...............................................
...............................................

O patamar corresponde a uma transformao do metal,

...............................................

caracterizada essencialmente por uma modificao profunda

...............................................

de sua estrutura cristalina, designada transformao alotrpica.

...............................................
...............................................

A temperatura de transformao, tanto para as mudan-

...............................................

as de estado slido em lquido ou lquido em slido, efetua -

...............................................

se temperatura constante.

...............................................
...............................................
...............................................

Exemplo

...............................................
Ao aquecer (Ac) o ferro, este sofre uma primeira trans-

...............................................

formao perto dos 906 C. O ferro alfa transforma - se em

...............................................

ferro gama, e, a 1401 C uma segunda transformao, o fero

...............................................

gama em ferro delta (fig. 3 - 2).

...............................................
...............................................

As duas transformaes so invertidas, se deixarmos

...............................................
...............................................

esfriar (Ar) o ferro em fuso.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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...............................................

FUSO E SOLIDIFICAO DE LIGAS

...............................................
...............................................

Generalidades

...............................................
O fenmeno de fuso e solidificao para um s ele-

...............................................

mento, metal puro, feito a uma temperatura constante cha-

...............................................

mada ponto de fuso.

...............................................
...............................................

Para a mistura de metais com outros elementos, metais

...............................................

ou metalides, a liga comea a fundir a uma certa temperatu-

...............................................

ra e passa inteiramente ao estado lquido a uma temperatura

...............................................

mais elevada ou, inversamente, do estado lquido ao estado

...............................................

slido a uma temperatura mais baixa.

...............................................
...............................................

Entre estas duas temperaturas a liga forma uma massa

...............................................

pastosa, constituda de metal lquido e de cristais slidos, cujas

...............................................

propores variam em funo da temperatura.

...............................................
...............................................

Liga dando uma soluo slida

...............................................

(fig. 3-3)

...............................................
...............................................
...............................................

Princpio

...............................................
Sobre um diagrama, coloca - se em abscissas de 0 a

...............................................

100% do elemento A e de 100% a 0 do elemento B. Em orde-

...............................................

nadas, as temperaturas, depois anotam - se todos os pontos

...............................................

de incio e de fim de fuso da liga dos elementos A e B, confor-

...............................................

me a sua porcentagem.

...............................................
...............................................

Unindo todos os pontos obtidos traa - se uma curva de

...............................................

incio de fuso chamada "Solidus" e uma outra curva de fim de

...............................................

fuso chamada "Liquidus".

...............................................
...............................................
...............................................

Nota

...............................................
Os cristais desta liga contm simultaneamente os dois

...............................................
...............................................

elementos A e B.

...............................................
impossvel distinguir os dois elementos nos cristais.

...............................................
...............................................
...............................................

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Exemplo: A gua no se distingue do sal numa soluo

...............................................
...............................................

salgada.

...............................................
...............................................

A liga est no estado de soluo slida.

...............................................
Os dois metais ficam perfeitamente miscveis no estado

...............................................
...............................................

slido.

...............................................
...............................................

Ligas

...............................................
Cobre - nquel, cobre - platina, ferro - molibdnio,

...............................................
...............................................

antimnio - ouro, etc.

...............................................
...............................................
LIGA DANDO LUGAR FORMAO DE UMA

...............................................

MISTURA EUTTICA

...............................................

(fig. 3 - 4)

...............................................
...............................................
...............................................

Princpio

...............................................
Sobre um diagrama tendo em abscissas de 0 a 100%

...............................................

do elemento X e de 100% a 0 do elemento Y, colocam - se as

...............................................

temperaturas dos pontos de fuso dos elementos X e Y em

...............................................

ordenadas, assim como todos os pontos de incio e de fim de

...............................................

fuso das ligas formadas por X - Y conforme sua porcenta-

...............................................

gem.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Ponto euttico

...............................................
Juntando todos os pontos obtidos, constata - se que as

...............................................

duas curvas de lquidos se juntam num ponto C chamado: ponto

...............................................

euttico.

...............................................
...............................................

Esta palavra deriva do grego, e significa "fundido bem".

...............................................
...............................................

A temperatura da liga euttica constante para a passa-

...............................................

gem do estado slido ao estado lquido ou inversamente do

...............................................

lquido ao slido, ela inferior ao ponto de fuso dos dois me-

...............................................

tais.

...............................................
...............................................
70
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

Nota

...............................................
A massa, chamada mistura euttica, constituda por

...............................................

um entrecruzamento de cristais muito pequenos de cada um

...............................................

dos dois elementos.

...............................................
...............................................

Ligas inferiores ou superiores euttica

...............................................
...............................................

mistura slida obtida no homognea, os dois me-

...............................................
...............................................

tais no so miscveis no estado slido.

...............................................
Na parte inferior haver cristais de y e uma mistura

...............................................
...............................................

euttica.

...............................................
Na parte superior haver cristais de X e uma mistura

...............................................
...............................................

euttica.

...............................................
...............................................

Ligas

...............................................
Chumbo - estanho,

chumbo - cdmio,

...............................................

Chumbo - antimnio,

estanho - cdmio,

...............................................
...............................................

Berlio - silcio, etc.

...............................................
...............................................
...............................................

DIAGRAMA FERRO - CARBONO

...............................................
...............................................

Princpio

...............................................
...............................................

O diagrama formado em abscissas:

...............................................
esquerda 100% de ferrita (ferro puro);

...............................................

direita 100% de cementita (carbeto de ferro), com-

...............................................

binao qumica de ferro e de carbono, cuja molcula

...............................................

Fe3 C;

...............................................
...............................................

em ordenadas a temperatura.

...............................................
...............................................

Nota

...............................................
importante conhecer o teor em carbono desta liga, ra-

...............................................
...............................................

zo da introduo da escala do carbono.

...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Peso atmico do ferro 55,84.

...............................................

Peso atmico do carbono 12.

...............................................

Peso atmico da molcula de Fe3 C = 55,84 . 3 + 12 =

...............................................

179,52

...............................................

para 12 de carbono.

...............................................

Para 100% de cementita pura h:

...............................................

12

...............................................

. 100 = 6,67% de carbono.

...............................................

179,52

...............................................
...............................................
...............................................

Estudo do diagrama

...............................................
Para estudar de uma maneira lgica o diagrama ferro -

...............................................
...............................................

carbono, necessrio distinguir :

...............................................
...............................................
1. Estamos em presena de um sistema binrio com
a existncia de dois diagramas de equilbrio segundo a influncia da velocidade de esfriamento:

...............................................
...............................................
...............................................

A. Diagrama meta - estvel (traos cheios)


Arrefecimento bastante rpido, o carbono se encontra
no estado de carbeto de ferro ou cementita. Gusas bran
cas.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

(Os elementos tais como Mn ou Cr favorecem a forma


o da cementita).

...............................................
...............................................

B. Diagrama estvel (em trao interrompido)

...............................................
...............................................

Arrefecimento lento, o carbono se encontra no estado

...............................................

de grafita.

...............................................

A liga no sofre nenhuma modificao sob a ao do

...............................................

calor. Gusas cinzentas.

...............................................

( Os elementos tais como Si, Al tm o papel de

...............................................

catalisadores, favorecendo a formao de um equilbrio est-

...............................................

vel).

...............................................
...............................................
2. Uma zona lquida, acima do Liquidus.

...............................................

Uma zona slida, abaixo do Solidus. Duas zonas de

...............................................

transformao de lquido em slido ou de slido em lquido,

...............................................

conforme o sentido de variao da temperatura (estado pas-

...............................................

toso).

...............................................
72
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

3. Ponto euttico C = Ledeburita

...............................................
Ponto de formao bem determinado para:4,3% de car-

...............................................
...............................................

bono a 1145 C.

...............................................
Esta temperatura constante inferior ao ponto de fuso

...............................................
...............................................

do metal mais fusvel.

...............................................
Passagem do estado lquido homogneo ao estado sli-

...............................................

do com dois constituintes distintos:

...............................................

Austenita + Cementita

...............................................
...............................................
...............................................

4. Ponto eutetide (Perlita).

...............................................
Mesma propriedade que o euttico mas se forma a partir
de corpos solidificados a : 721 C para 0,83% de carbono.

...............................................
...............................................
...............................................

A austenita, cujo carbono est intimamente misturado

...............................................

com o ferro gama no interior do mesmo cristal, se transforma

...............................................

por perda de calor num agregado.

...............................................
...............................................

Cada gro ser composto por justaposio de redes de

...............................................

cristais de ferro alfa e de redes de carbeto de ferro (cementita).

...............................................
...............................................

Transformaes alotrpicas do ferro gama em ferro alfa

...............................................
...............................................

temperatura constante.

...............................................
5. 768 C ponto de Curie.

...............................................

Perda do magnetismo do ferro alfa.

...............................................
...............................................

6. 210 C

...............................................

Perda do magnetismo da cementita.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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3. TRATAMENTO TRMICO DOS AOS

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

TRATAMENTOS TRMICOS

...............................................
...............................................

Introduo

...............................................
Uma das formas para melhorar as "Propriedades mec-

...............................................

nicas", a adio de Elementos de Liga como cromo, nquel,

...............................................

molibdnio, vandio, mangans, etc. . no entanto, a Resistn-

...............................................

cia Mecnica mxima obtida est em torno de 100 kgf / mm2 ,

...............................................

que para muitas aplicaes insuficiente.

...............................................
...............................................

Para atingir as propriedades necessrias, lanamos mo

...............................................

dos TRATAMENTOS TRMICOS especficos, que nos permi-

...............................................

tem variar as propriedades superficiais e de ncleo das pe-

...............................................

as.

...............................................
...............................................
Os tratamentos trmicos so milenares, sendo que o

...............................................

homem j realiza a tmpera a mais de 3.000 anos. Estudos

...............................................

realizados mostraram que a cementao data de aproxima-

...............................................

damente 300 anos antes de Cristo, e era realizada pelo pro-

...............................................

cesso slido, empregando carvo vegetal como agente

...............................................

cementante.

...............................................
...............................................

De uma forma resumida, podemos afirmar que no h

...............................................

outro processo com custos to baixos e que afeta to decisi-

...............................................

vamente as qualidades dos aos e ferros fundidos.

...............................................
...............................................

Os Tratamentos Trmicos dos aos, ligas especiais e

...............................................

ferros fundidos englobam uma das mais amplas faixas de tem-

...............................................

peraturas dentre os processos Industriais, variando desde tem-

...............................................

peraturas sub - zero, a - 196 C , at temperaturas da ordem

...............................................

de 1.250 - 1.300 C.

...............................................
...............................................

Outro fator importante envolvido no tratamento Trmico

...............................................

a condio de resfriamento das peas, que permite a obten-

...............................................

o de larga faixa de propriedades de dureza, resistncia me-

...............................................

cnica, tenacidade, etc. .

...............................................
...............................................
76
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

claro que para a realizao destes tratamentos so

...............................................

necessrios fornos e outros equipamentos auxiliares. Tais equi-

...............................................

pamentos no sero analisados por estarem em constante

...............................................

evoluo e sua escolha dependerem de outros aspectos, alm

...............................................

dos interesses metalrgicos.

...............................................
...............................................

Para a sua seleo, esto mais capacitados os Depar-

...............................................
...............................................

tamentos Tcnicos de Empresas do ramo.

...............................................
PRINCIPAIS OBJETIVOS DOS TRATAMENTOS

...............................................
...............................................

TRMICOS

...............................................
1 - Remoo de Tenses Internas e Superficiais, pro-

...............................................

venientes de trabalhos mecnicos (forjamento,

...............................................

laminao, trefilao, usinagem, soldagem, etc.) ou

...............................................

resfriamento desigual que ocorrem aps os proces-

...............................................

sos de conformao a quente.

...............................................
...............................................
...............................................

2 - Aumento da Resistncia Mecnica

...............................................
...............................................

3 - Aumento da Resistncia Fadiga

...............................................
4 - Aumento ou Diminuio da Dureza

...............................................
...............................................
...............................................

5 - Melhora da Dutibilidade

...............................................
...............................................

6 - Melhora da Usinibilidade

...............................................
7 - Melhora da Resistncia ao desgaste

...............................................
...............................................

8 - Melhora da resistncia ao Desgaste

...............................................
...............................................

9 - Alterao das Propriedades Eltricas

...............................................
...............................................

10 - Alterao das propriedades Magnticas

...............................................
...............................................

11 - Reduo do Coeficiente de Atrito na superfcie da

...............................................
...............................................

pea.

...............................................
...............................................
...............................................
77
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

FATORES DE INFLUNCIA NOS TRATAMENTOS

...............................................
...............................................

TRMICOS

...............................................
...............................................

Aquecimento

...............................................
Com o aquecimento alteram - se algumas das proprie-

...............................................

dades mecnicas, sendo que a velocidade de aquecimento

...............................................

muito importante, pois se for acelerada demais, podem apare-

...............................................

cer fissuras ou empenamentos devido s tenses residuais j

...............................................

existentes, provenientes de deformao ou tratamentos tr-

...............................................

micos descritos a seguir, analisaremos em cada caso as ve-

...............................................

locidades de aquecimento mais corretas.

...............................................
...............................................

Tempo de permanncia temperatura de

...............................................

aquecimento

...............................................
...............................................

Tempos longos em temperatura podem provocar

...............................................

"descarbonetao, oxidao alm do crescimento do gro" (o

...............................................

que torna o material quebradio, devido a concentrao de

...............................................

impurezas no contorno dos gros, facilitando a propagao

...............................................

de trincas).

...............................................
...............................................
...............................................

Temperatura de aquecimento

...............................................
Cada ao, em razo de sua composio qumica, pos-

...............................................

sui temperaturas de tratamentos trmicos que no podem ser

...............................................

ultrapassadas. Caso o sejam, ocorrero srias conseqnci-

...............................................

as, como: crescimento de gro, superaquecimento que torna

...............................................

o ao mais dtil e mais quebradio.

...............................................
...............................................

O ao super - aquecido pode ser regenerado, isto ,

...............................................

retomar sua granulao normal atravs de outros tratamentos

...............................................

trmicos.

...............................................
...............................................

No caso de queima do material, este foi aquecido entre

...............................................

1.150 - 1.400C, ficando muito quebradio no sendo poss-

...............................................

vel, neste caso, sua regenerao.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
78
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Resfriamento

...............................................
...............................................

o teor que determinar a "Estrutura e Propriedades

...............................................

Finais" dos aos. Os meios de resfriamento mais comuns so:

...............................................

dentro dos prprios fornos, no ar, meios lquidos (gua, leo,

...............................................

banho de sais neutros).

...............................................
...............................................

Dependendo das propriedades finais desejadas, esco-

...............................................

lhe - se o meio de resfriamento, levando - se em conta o perfil,

...............................................

a seo e forma da pea com intuito de se evitar resultados e

...............................................

conseqncias indesejveis como o empenamento e ruptura.

...............................................

Dos meios lquidos, os menos drsticos so os banhos de

...............................................

sais aquecidos, vindo a seguir o leo morno. J os mais drs-

...............................................

ticos so a gua, a salmoura, a soluo de soda custica e a

...............................................

soluo de carbonato de sdio.

...............................................
...............................................

Para o leo, existem diferenas pois cada tipo de leo

...............................................

apresenta uma viscosidade diferente. Alm disso, a formao

...............................................

de vapor bastante prejudicial pea, pois o vapor formado

...............................................

adere mesma constituindo uma pelcula isolante, que torna

...............................................

a velocidade de resfriamento mais lenta.

...............................................
...............................................

A gua perde sua eficcia e medida que aquece. Deve -

...............................................

se manter a gua em circulao, e passando por trocadores

...............................................

de calor para obter - se resfriamentos eficientes. A adio de

...............................................

sal soda caustica ou soluo de carbonato melhora a troca de

...............................................

calor, tornando mais homogneo a esfriamento.

...............................................
...............................................

Atmosfera do forno

...............................................
...............................................

Sempre que possvel, deve-se utilizar uma atmosfera

...............................................

protetora nos fornos com a finalidade de se minimizar e at

...............................................

eliminar a ocorrncia de descarbonetao (perda de carbono

...............................................

com conseqente camada mole na superfcie), ou oxidao

...............................................

(que a formao de uma camada de xido na superfcie).

...............................................
...............................................

CLASSES DE TRATAMENTOS TRMICOS

...............................................
...............................................

Os Tratamentos Trmicos so classificados em funo

...............................................

da "Temperatura de Processamento", que pode ser dividida

...............................................

conforme citado a seguir:

...............................................
79
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Tratamento Trmico abaixo de 723 C

...............................................
...............................................
...............................................

Alvio de Tenses

...............................................
...............................................

Recristalizao

...............................................
...............................................

Nitretao

...............................................
...............................................

Esferoidizao

...............................................
...............................................
...............................................

Revenimento

...............................................
...............................................

Tratamento Sub - zero

...............................................
...............................................

Tratamento Trmico acima de 723 C

...............................................
...............................................

Recozimento pleno

...............................................
...............................................

Normalizao

...............................................
...............................................

Tmpera

...............................................
...............................................
...............................................

Homogeneizao, etc.

...............................................

OS PRINCIPAIS TRATAMENTOS TRMICOS SO:

...............................................
...............................................
...............................................

Sub - Zero

...............................................
...............................................

Alvio de Tenses

...............................................
...............................................

Recristalizao

...............................................
...............................................
...............................................

Recozimento de Esferoidizao

...............................................
...............................................

Recozimento Pleno

...............................................

Recozimento de Crescimento de Gro


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SENAI-PR

...............................................
...............................................

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Normalizao
Tmpera
Revenimento
Austmpera
Martmpera
Cementao
Carbo - nitretao
Cianetrao
Nitretao
Tmpera por Chama
Tmpera por Induo
Ausforming
PVD , CVD

DESCRIO DOS TRATAMENTOS TRMICOS


Neste captulo, sero estudados separadamente os diferentes tipos de Tratamentos Trmicos, levando em considerao suas principais caractersticas tcnicas, cuidados no
processamento e logicamente seu objetivo sobre a alterao
das propriedades mecnicas dos aos, ligas especiais e ferros fundidos. Ao final, apresentaremos um "FICHRIO TCNICO DE TRATAMENTO TRMICO", contendo um resumo completo dos diferentes processos de Tratamentos Trmicos.

81
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Recristalizao
um dos tratamentos trmicos mais simples e ao mesmo tempo importante, que objetiva promover uma alterao
significativa no "interior da pea", transformando os gros
encruados ou muito grandes em "novos gros" pequenos e
bem distribudos.
Como sabido sabido, um dos fatores determinantes
para a qualidade de uma pea, seu tamanho de gro, isto ,
quanto menor for este tamanho, melhor ser a resistncia
mecnica, a capacidade de absorver impactos e resistncia
fadiga do material.
Seu processo, muito simples, consiste em aquecer a
pea at uma temperatura entre 520 C e 550 C, permanecendo nesta condio um tempo em torno de 1 hora. Muito
importante, que o tempo deve ser rigorosamente observado,
uma vez que a partir de 1 hora, inicia novo processo de crescimento de gro, fazendo com que o ao volte a ter gros grosseiros.
Quanto ao resfriamento, este deve ocorrer ao ar, logo
aps o trmino do tratamento, deve - se evitar o resfriamento
lento no forno, pois neste caso tambm ir ocorrer novo aumento do tamanho dos gros na pea.

Temperaturas de recristalizao

METAL OU LIGA
Cobre puro
Cobre / 5% Zinco
Cobre / 5% Alumnio
Alumnio 99%
Nquel / 30% Cobre
Ferro puro
Ao Baixo Carbono
Chumbo puro

TEMPERATURA DE RECRISTALIZAO C

200
320
290
275
590
400
540
-4

82
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

Esferoidizao

...............................................
Conhecido tambm pelo nome de "COALECIMENTO",

...............................................

um processo de Recozimento, sendo de fundamental im-

...............................................

portncia para a Indstria metal - Mecnica.

...............................................
...............................................

Seu objetivo principal produzir uma estrutura MACIA de

...............................................

grande conformabilidade e excepcional usinibilidade. Normal-

...............................................

mente realizado em aos de mdio e alto teor de carbono,

...............................................

tais como os aos 1050; 1070; 1080; D - 3; D - 6; A - 2; T - 1; M

...............................................

- 2; etc. .

...............................................
...............................................

Nenhum tratamento trmico existente, tem a mesma efi-

...............................................

ccia sobre a estrutura como a Esferoidizao, reduzindo ao

...............................................

mximo a dureza do material.

...............................................
...............................................

Seu processo consiste em aquecer lentamente o ao,

...............................................

at uma temperatura em torno de 680 C a 715 C, permane-

...............................................

cendo nesta condio longos tempos, que podero variar des-

...............................................

de 8 horas at 30 horas.

...............................................
...............................................

Quanto ao resfriamento, tambm dever ser lento, de

...............................................

preferncia dentro do forno, evitando assim um

...............................................

reendurecimento do material.

...............................................
...............................................

A Esferoidizao na verdade um processo que permi-

...............................................

tir ao ao ser usinado ou deformado (extruso, laminao a

...............................................

frio, trefilao, etc.) sem que o mesmo apresente grandes di-

...............................................

ficuldades, melhorando assim todo a trabalhabilidade alm de

...............................................

reduzir os tempos de fabricao de uma pea.

...............................................
...............................................

Para os aos ao carbono, pode - se calcular a Dureza


Final em Brinell, empregando a seguinte frmula :

...............................................
...............................................
...............................................

DUREZA HB = 90 + 76,9 x %CARBONO

...............................................
...............................................

Por exemplo, a dureza aps a esferoidizao de um Ao

...............................................
...............................................

ABNT 1080 :

...............................................
...............................................
...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

HB = 90 + 76,9 x 0,80

...............................................
...............................................

HB = 90 + 61,52

...............................................
HB = 151 , 5 Brinell

...............................................
...............................................
...............................................

Importante a observar, que o mesmo ao sem trata-

...............................................

mento trmico ir apresentar dureza aps normalizao ao

...............................................

ar, em torno de 240 HB, representando um acrscimo de 58%na


dureza, e por conseqncia maior dificuldade de usinagem e
conformao mecnica.

...............................................
...............................................
...............................................

No caso de Aos Ferramentas, a temperatura de


coalecimento poder ser na faixa entre 720 C e 750 C, com
tempos de no mnimo 10 horas. Sendo que a dureza final de

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

um ao tipo D - 6 (VC - 131) de 250 HB.

...............................................
...............................................

Recozimento pleno

...............................................
O Recozimento Pleno ou Secundrio, tem por objetivo a

...............................................

homogeneizao da estrutura, isto , anular o efeito de qual-

...............................................

quer tratamento trmico ou deformao que a pea tenha so-

...............................................

frido anteriormente.

...............................................
...............................................

Neste processo, as peas so aquecidas a uma certa

...............................................

temperatura, a qual depende do material (teor de Carbono prin-

...............................................

cipalmente) , mantendo - se, nesta condio por um determinado tempo, que varia normalmente entre 2 a 6 horas deixando resfriar lentamente, de preferncia dentro do forno.
Tambm obtm - se como resultado do Recozimento
uma reduo da dureza do material, melhorando sua usinagem,
alm de regenerar a estrutura e eliminar tenses internas nas

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

peas de ao ou ferro fundido.

...............................................
Para se determinar a Temperatura de Recozimento (TR)

...............................................

de um ao ao carbono comum, contendo at 0,80% C, deve -

...............................................

se empregar a frmula abaixo, que nos dar a condio ideal

...............................................

de processamento.

...............................................
...............................................

TR = 925 - 214 x % Carbono

...............................................
...............................................

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Por exemplo, calculo da temperatura de recozimento de

...............................................

duas peas, sendo a primeira uma ao ABNT 1030 e a segun-

...............................................

da ao ABNT 1030:

...............................................
...............................................

1) Temperatura de recozimento para o ao ABNT 1030:

...............................................
...............................................

Teor de Carbono no material = 0,30 %

...............................................
...............................................
...............................................

TR = 925 - 214 x 0,30

...............................................
...............................................

TR = 925 - 64,2

...............................................
...............................................

TR = 860,8 C

...............................................
2) Temperatura de recozimento para o ao ABNT 1080:

...............................................
...............................................

Teor de Carbono no material = 0,80%

...............................................
...............................................
...............................................

TR = 925 - 214 x 0,80

...............................................
...............................................

TR = 925 - 171,2

...............................................
...............................................

TR = 753,8 C

...............................................
Portanto podemos afirmar que as temperaturas de tra-

...............................................

tamento trmico de recozimento do ao 1030 860 C, e do

...............................................

ao 1080 755 C.

...............................................
...............................................
...............................................

Normalizao

...............................................
O tratamento de normalizao definido como o aque-

...............................................

cimento de um apea de ao ou ferro fundido a uma tempera-

...............................................

tura ligeiramente acima da Zono Crtica, oscilando entre 880

...............................................

C e 920 C, para a maioria dos aos. Aps o tempo de perma-

...............................................

nncia necessrio a pea resfriada ao ar calmo, objetivando

...............................................

a melhoria da sua estrutura interna.

...............................................
...............................................

Principal objetivo do tratamento destruir a estrutura bruta

...............................................

de fuso em peas fundidas, homogeneizando as proprieda-

...............................................

des do material, ou ento de forma geral e refino do gro.

...............................................
...............................................

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

A normalizao semelhante ao recozimento, diferindo

...............................................

apenas na velocidade de aquecimento e resfriamento, obten-

...............................................

do - se na normalizao uma estrutura muito mais fina.

...............................................
...............................................

Para peas que sero temperadas e revenidas, a nor-

...............................................

malizao feita anteriormente melhora bastante os resultados,

...............................................

reduzindo as tendncias ao empenamento e facilitando a dis-

...............................................

soluo dos carbonetos e elementos de liga.

...............................................
...............................................

A tabela a seguir apresenta as temperaturas usuais de

...............................................
...............................................

normalIzao, isto para aos ao carbono.

...............................................
...............................................
TEMPERATURAS DE NORMALIZAO

...............................................
...............................................

TIPO DE AO CARBONO
1015
1020
1035
1040
1045
1050
1060
1095

FAIXA DE TEMPERATURA (C)


...............................................
900 927
...............................................
900
927
870
900
...............................................
845
870
...............................................
845 870
...............................................
850 870
...............................................
815
845
815
845
...............................................
...............................................

No processo de Normalizao, as peas devero ser


aquecidas lentamente, principalmente as peas grandes ou
de formas complicadas. No caso de fornos j aquecidos, as
peas devero ser pr - aquecidas antes de serem introduzidas
no mesmo.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

A temperatura de tratamento uma funo do teor de


carbono, como visto na tabela anterior, no devendo exceder
acima da temperatura crtica especificada.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Tmpera plena

...............................................
...............................................

Um aquecimento direto da temperatura ambiente a alta


temperatura aumenta o perigo de "empenamento" e "formao de trincas", devido as tenses internas provocadas pelo
aquecimento diferencial e pela baixa condutibilidade trmica
do material. Por isso, o PR - AQUECIMENTO, at a temperatura de tmpera, deve ser lento e uniforme.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Nos aos para construo mecnica e para ferramen-

...............................................
...............................................

tas vale a seguinte relao:

...............................................
Condies de pr - aquecimento

...............................................
...............................................

Temperatura de tmpera (C)


Menor que 900
Menor que 900
Acima de 1.100

Faixa de Pr aquecimento (C)


...............................................
400 - 600
...............................................
600
- 700
...............................................
Estgio
1: 300 - 350
Estgio
2: 850
...............................................
Estgio3: 1.000
...............................................

Uma vez que as peas estejam corretamente pr aquecidas, inicia agora o processo efetivo de tmpera.

...............................................
...............................................
...............................................

A Tmpera representa o aquecimento do material a uma

...............................................

temperatura dentro da zona "austentica", seguindo - se por

...............................................

um resfriamento a uma velocidade tal que a estrutura resul-

...............................................

tante martenstica.

...............................................
...............................................

Cada tipo de ao possui uma determinada regio de tem-

...............................................

peratura de aquecimento, dentro as qual se obtm a mxima

...............................................

dureza, bem como uma quantidade obtimal de carbonetos,

...............................................

sem crescimento de gro.

...............................................
...............................................

No tratamento de tmpera, o resfriamento a partir da

...............................................

austenitizao um dos fatores mais importantes a ser con-

...............................................

siderado. Grandes diferenas na velocidade de resfriamento,

...............................................

entre o ncleo e a periferia, resultam em tenses internas que

...............................................

podero gerar trincas na pea. Deve - se cuidar muito, para

...............................................

evitar o gradiente trmico entre periferia e ncleo, controlando

...............................................

o Meio de Resfriamento.

...............................................
...............................................

Para cada classe de ao existe uma temperatura espe-

...............................................

cfica de tmpera e revenimento, que est exemplificada a

...............................................

seguir.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

IMPORTANTE
PARA EVITAR A PERDA DE CARBONO DA SUPERFCIE DAS PEAS,
FUNDAMENTAL QUE SE FAA A PROTEO
DESTAS, EMPREGANDO AGENTES ESPECIAIS, DO TIPO GRANULADO DE CARBONO,
CAVACO DE FERRO FUNDIDO OU AINDA UTILIZANDO UM BANHO DE SAL NEUTRO.

Temperatura de tmpera dos aos ao caborno

PERCENTUAL
DE CARBONO
0,3%
0,4%
0,5%
0,6%
0,7%
0,8%

TEMPERATURA
(C)
870
840
830
810
790
780

PERCENTUAL
DE CARBONO
0,9%
1,0%
1,1%
1,2%
1,3%
1,4%

TEMPERATURA
(C)
775
770
770
765
760
769

TEMPERATURA DE TMPERA DOS AOS FERRAMENTAS

Temperatura de tmpera dos aos ferramentas

TIPO DE AO
(CLASSE)
M2
H 12
O1
D3
W2
A2
D-6

TEMPERATURA
(C)
1.200
1.020
820
980
790
950
940

TIPO DE AO
(CLASSE)
D1
P 20
W1
S1
H 13
M7
T-1

TEMPERATURA
(C)
1.000
850
800
950
1.020
1.190
1.290

Tempo de permanncia temperatura de tmpera


A durao do aquecimento varia de acordo a espessura das peas e composio do
material. Geralmente os aos ao carbono so mantidos 5 minutos para cada 10 milmetros de
espessura, sendo que os aos liga para esta mesma dimenso so mantidos 10 minutos.
recomendvel que a permanncia das peas no forno no seja muito grande uma vez
que poder ocorrer a descarbonetao, caso no estejam protegidas.
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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Quando o aquecimento feito em banhos de sais, a

...............................................

durao do tratamento, mais curta que nos fornos tipo mufla,

...............................................

uma vez que a transmisso de calor se realiza rapidamente.

...............................................
...............................................

Outro fator de suma importncia, a velocidade de

...............................................

resfriamento e o meio de resfriamento, que difere para cada

...............................................

material. Um ao ao carbono, para atingir a dureza mxima

...............................................

tem que ser resfriado em segundos, enquanto que os aos

...............................................

ligados podem endurecer mesmo com resfriamento lentos

...............................................

como por exemplo o ar calmo (tmpera de ao rpido).

...............................................
...............................................

Os meios mais comuns de resfriamento so:

...............................................
...............................................
...............................................

Resfriamento em gua

...............................................

Resfriamento em salmoura (9 a 11% Sal de cozinha)


Banho de sais (operam entre 180 C e 550 C)
leo (ponto de fulgor maior que 180 C)

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Ar (calmo)

...............................................

Nitrognio gasoso (Tmpera vcuo)

...............................................
...............................................

Dentre estes meios, o mais utilizado o resfriamento


em banho de leo, devendo se observar alguns itens

...............................................
...............................................
...............................................

importantes:

...............................................
1) O leo sempre dever estar morno, em temperatura

...............................................
...............................................

prxima a 55 C.

...............................................
2) O tamanho do tanque de leo importante, uma regra
geral diz: 8,7 litros de leo para cada quilograma de
pea. Por exemplo para se temperar 20 kg de ao,
devemos ter um tanque com 170 litros de leo, no

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

mnimo.

...............................................
3) A adio de leo deve ser feita normalmente, sendo
permitida a mistura entre os leos novo e usado.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

4) O tanque deve ser limpo regularmente, retirando as carepas do fundo deste.


5) Muito importante, que durante o mergulho das peas no leo de tmpera, as
mesmas devem ser movimentadas objetivando remover as eventuais bolhas de vapor
que se formam na superfcie, e que prejudicam o resfriamento da pea, resultando
em grande variao de dureza no material.
A tabela a seguir relaciona a dureza resultante na tmpera dos aos ao carbono, isto em
funo do teor de carbono e quantidade de austenita retida.
Dureza x teor de carbono / austenita retida

TEOR DE
CARBONO
0,30%
0,40%
0,50%
0,60%
0,70%
0,80%

99%
50
55,5
60
62,5
63,5
64

95%
46
52
58
60,5
62
63

DUREZA HRc
90%
80%

65%

50%

Como pode ser observada, a Dureza de um ao temperado dependo de dois fatores


importantes: primeiramente do teor de carbono (quanto maior, maior ser a dureza), e em
segundo lugar da quantidade de austenita retida, que uma estrutura que resulta da tmpera
em meios mais drstico, como o caso da gua e salmoura.
Da anlise da Tabela acima, possvel agora, atravs da medio da dureza de um ao
conhecido, prever qual a quantidade de austenita retida que existe na superfcie da pea. No
caso deste teor ser superior a 10%, sugere se que se realize um novo tratamento, denominado
de Tratamento Sub Zero, que ser visto mais adiante neste curso.
O tempo transcorrido desde que se retira a pea do forno at sua imerso no banho de
leo, deve ser o mais breve possvel, a permanncia neste deve permitir um resfriamento
completo.
As peas compridas ou de pouca espessura (eixos, brocas, lminas, facas e outros
similares), devem ser aquecidas e resfriadas na posio vertical. Tal condio conseguida
com a utilizao de suportes guia, ou outros dispositivos especiais.
Quando realizam os tratamentos isotrmicos, utilizam se banhos de sais neutros para
a etapa de resfriamento. Com estes banhos obtm se uma boa velocidade de resfriamento,
at a temperatura do banho quente, isto em funo da elevada condutibilidade trmica do
mesmo.
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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Os sais mais empregados so uma mistura de nitrito de sdio, e o nitrato de potssio,


que se utilizam em temperaturas entre 150C e 400C.
As misturas de sais comuns de sais mais comuns so as seguintes:
55% de Nitrato de Potssio + 45% de Nitrato de Sdio
50% de Nitrato de Potssio + 50% de Nitrato de Sdio
Comercialmente consegue se preparados de sais com diferentes nomes.
Para usar estas misturas, deve se consultar as tabelas dos Fabricantes.

REVENIMENTO
O tratamento de Tmpera, gera no ao alta dureza e alta resistncia mecnica, porm
reduz sua ductilidade e eleva o nvel de tenses internas.
A estrutura resultante da tmpera deve portanto ser tratada, objetivando melhorar estas
caractersticas sem alterar profundamente as propriedades de dureza e resistncia. Este
tratamento chama se REVENIMENTO e aplicado em funo das Propriedades Finais
desejadas.
Cores de revenimento
Quando uma pea de ao aquecida, ou resfriada ao ar, forma-se na superfcie uma
pelcula de xido (Fe3O4), que em funo da espessura ir dar diferentes coloraes pea.
Esta colorao ocorre entre 220C a 320C, para aos ao carbono.

TEMPERATURA C
220
240
260
280
300
320

CORESDE
DEREVENIDO
REVNIDO
CORES
Amarelo claro
Amarelo ouro
Pardo avermelhado
Roxo
Azul
Azul claro

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Importante a ser observado, que para cada classe de

...............................................

ao existe uma condio diferente para o revenimento. Por

...............................................

exemplo, para um ao ao carbono tipo ABNT 1060, a condio

...............................................

normal de revenido atravs do aquecimento da pea a uma

...............................................

temperatura prxima a 210 C, permanecendo em torno de uma

...............................................

(1) hora. J para um ao ferramenta tipo ABNT H 13, a

...............................................

temperatura de revenido ser de 540 C, permanecendo um

...............................................

tempo de duas (2) horas no mnimo. Como terceiro

...............................................

exemplo,indicamos o revenimento de um ao rpido tipo ABNT

...............................................

M 2, onde os revenidos ocorrem prximos a 550 C, durante


duas (2) horas, repetindo se esta operao de aquecimento
pelo menos duas vezes. Este processo denominado de
Duplo Revenimento, e fundamental importncia para o bom
desempenho de uma ferramenta.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

AUSTENITA RETIDA

...............................................
Um dos principais defeitos de tratamento de tmpera,

...............................................

principalmente nos aos alto carbono e alta liga, a formao

...............................................

de uma estrutura junto a superfcie da pea, que apresenta

...............................................

riscos muito grandes de gerar trincas no material, alm de

...............................................

reduzir a dureza nesta regio. Como j foi visto na tabela que

...............................................

relaciona dureza aps tmpera de aos, em funo do teor de

...............................................

carbono e quantidade de austenita retida, esta estrutura traz

...............................................

inmeros perigos para a nossa pea, devendo portanto ser

...............................................

evitada e / ou transformada posteriormente ao primeiro

...............................................

tratamento de revenimento.

...............................................
...............................................

A quantidade de austenita retida aps tratamento de


tmpera funo:

...............................................
...............................................

Composio Qumica

...............................................

Quanto maior o teor de carbono, maior ser a quantidade

...............................................

...............................................
...............................................

de austenita retida.
Quanto maior o teor de elementos de liga, maior tambm

...............................................
...............................................

ser a quantidade da austenita retida.

...............................................
Temperatura de Austenitizao (tmpera)

...............................................

Quanto maior a temperatura de tmpera, maior ser a

...............................................
...............................................

quantidade de austenita retida no material.

...............................................
92
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Meios de Resfriamento

...............................................
...............................................

Quanto maior a velocidade de resfriamento, maior ser

...............................................
...............................................

o teor de austenita retida na pea.

...............................................
Observao (1): Para eliminar ou transformar a
austenita retida, devemos

realizar um novo tratamento,

...............................................
...............................................
...............................................

chamado Tmpera Sub-Zero.

...............................................
...............................................

Este processo ser mostrado logo a seguir.

...............................................
Observao (2): A estrutura resultante da transformao
da austenita retida chama se Martensita Secundria.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

TRATAMENTO SUB - ZERO

...............................................
Um problema srio que poder aparecer aps o

...............................................

tratamento de tmpera convencional, a presena da fase

...............................................

Austenita retida, que durante o uso da pea, poder de

...............................................

transformar em martensita secundrias, causando srias

...............................................

variaes dimensionais.

...............................................
...............................................

Nestes casos, a eliminao desta austenita poder ser

...............................................

feita por um tratamento denominado SUB ZERO, que

...............................................

consiste em resfriar a ferramenta a temperaturas menores do

...............................................

que zero graus centgrados, com Nitrognio Lquido

(-196

...............................................

C), ou ainda com Gelo seco ( - 68 C ), atingindo temperaturas

...............................................

inferiores M f , ocorrendo a total transformao austenita

...............................................

para martensita.

...............................................
...............................................

Muito importante, que aps a permanncia das peas

...............................................

no meio gelado (tempo mdio 1 hora na temperatura), as

...............................................

mesmas devero ser aquecidas at a temperatura ambiente,

...............................................

vindo a seguir um novo revenimento para alvio das tenses

...............................................

internas.

...............................................

comum se observar que aps o Sub zero, as peas

...............................................

apresentam maior dureza do que antes de serem resfriadas,

...............................................

isto ocorre em funo da formao da martensita secundria

...............................................

junto a superfcie da mesma.

...............................................
...............................................
93
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

TRATAMENTOS ISOTRMICOS

...............................................
Os tratamentos isotrmicos so processos realizados
em fornos secundrios, onde as peas j pr austenitizadas
(aquecidas), iro ser resfriadas rapidamente, atingindo em
questo de segundos a temperatura do banho neutro. Aps a
introduo das peas neste banho, as mesmas iro
permanecer entre 10 minutos a at uma hora, dependendo do
processo desejado.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Martmpera

...............................................
...............................................

A martmpera um processo utilizado para eliminar ou


minimizar os riscos de trincas e empenamentos em peas
que devem ser temperadas, em funo do brusco resfriamento.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

O tratamento consiste em :

...............................................
Aquecimento da pea a temperatura de tmpera
comum.
Resfriamento num banho de sal, mantido a uma
temperatura em torno de 200 C.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Resfriamento ao ar moderado.

...............................................

A necessidade de uma velocidade de resfriamento


relativamente alta, limita o processo a peas de pequena
espessura. No caso de ao ao carbono, que so aos de baixa
temperabilidade, as espessuras mximas variam de 5,0 mm
a 8,0 milmetros, podendo chegar a espessuras maiores em
aos ligados.
Os aos ligados mais adequados martmpera so:
4140 ; 4150 ; 4340 ; 8630 ; 8640 ; 8740 ; 8750 ; 5140 ; e
outros.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Para aos de muito baixa capacidade de endurecimento,


exige se uma temperatura de martmpera menor do que o
convencional, esta temperatura ficar prxima a 180 C.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Muito importante, que aps o tratamento das peas,


as mesmas devero sofrer um tratamento de revenimento,
eliminando as eventuais tenses residuais que estejam ainda
no material.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

Austmpera (bainitizao)

...............................................
A principal caracterstica da austmpera que se permite

...............................................

a obteno de uma estrutura dura ideal e de alta resistncia

...............................................

semelhante a obtida na tmpera / revenimento, porm com

...............................................

maior tenacidade.

...............................................
...............................................

A austmpera um tratamento isotrmico com


temperatura inferior ao cotovelo da curva T T T (Tempo
Temperatura Transformao), obtendo se uma estrutura
denominada BAINITA.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Procedimento para a austmpera :

...............................................
Aquecimento at a temperatura de tmpera

...............................................
...............................................

Resfriamento rpido, em banho de sal com temperatura

...............................................
...............................................

constante em torno de 370 C.

...............................................
Permanecia no banho a esta temperatura, objetivando

...............................................

a transformao isotrmica da austenita em bainita.

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...............................................

Resfriamento at a temperatura ambiente no ar.

...............................................
...............................................

A grande vantagem da austmpera, que o mesmo no


necessita ser revenido.

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A desvantagem, que s podem ser aplicadas a peas


pequenas, onde a velocidade de resfriamento homognea.

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TRATAMENTOS TRMICOS SUPERFICIAIS

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...............................................

Os tratamentos trmicos superficiais, so divididos em

...............................................

dois grupos distintos que diferem basicamente do efeito de

...............................................

alterao da composio qumica das peas tratadas. Esta

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diviso est descrita a seguir :

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...............................................

1 Tratamentos sem alterao da

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composio qumica

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Tmpera por Induo

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Tmpera por Chama

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

2 Tratamentos com alterao da

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composio qumica

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Cementao

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Nitretao

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Boretao

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Carbonitretao

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PVDeCVD

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Sulfonitretao

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Manganetizao

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...............................................

Anodizao Dura

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3 Objetivos dos Tratamentos Superficiais

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Resistncia ao Desgaste

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Reduo do Coeficiente de Atrito

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Resistncia Fadiga

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Nsistncia Corroso

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Resistncia Altas Presses

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4 Meios para Tratamentos Trmicos Superficiais

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Tratamento em meio Slido

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Tratamento em meio Lquido

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Tratamento em meio Gasoso

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Tratamento em meio plasmtico (Ionizao fria)

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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Tmpera superficial

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A tmpera superficial consiste em produzir se uma

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tmpera localizada apenas na superfcie da pea, que assim

...............................................

ir adquiri as propriedades e caractersticas da estrutura de

...............................................

tmpera plena, j estudada anteriormente.

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...............................................

Importante a ser observado, que o ncleo da pea ir


permanecer inalterado no sofrendo qualquer modificao ao
longo do processo.

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Classes de tmperas Superficiais

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1 Tmpera por Chama

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2 Tmpera por Induo

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...............................................
Principais vantagens das tmperas superficiais

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1 Dimenso das Peas (peas grandes exigem fornos


muito especiais)

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...............................................

2 O tratamento Seletivo

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...............................................

3 Melhor Controle Dimensional

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...............................................

4 Uso de aos Mais Econmicos

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5 Controle rgido da Profundidade de Tmpera

...............................................
...............................................
...............................................

6 Diminuio dos riscos Trincas

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...............................................
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...............................................

Tmpera por chama

...............................................
Neste processo, aquece se rapidamente a superfcie a

...............................................

ser endurecida, por intermdio de uma Chama Oxiacetilnica

...............................................

, seguindo-se um jato de gua, forma um borrifo, de modo a

...............................................

produzir uma camada endurecida at a profundidade desejada.

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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Os trs mtodos de aplicao so:

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Mtodo progressivo (dentes de engrenagens)

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Mtodo giratrio (a pea rotaciona)

...............................................
...............................................

Mtodo combinado (a pea e maando se


movimentam)

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A figura abaixo nos esquematiza diferentes dispositivos


para Tmpera Superficial por Chama.

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Tmpera por induo

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As principais vantagens do processo de tmpera por

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induo so:

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Baixa taxa de oxidao em funo da velocidade de

...............................................
...............................................

aquecimento.

...............................................
Aquecimento perfeitamente uniforme e reproduzvel.

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...............................................

O tratamento trmico seletivo (o calor localizado

...............................................
...............................................

na pea).

...............................................
Inaltera a estrutura interna da pea.

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...............................................

No ocorre deformao macroscpica (o ncleo

...............................................

absorve as tenses geradas durante a tmpera).

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...............................................

O processo de fcil automao

...............................................
...............................................

O calor gerado na superfcie da prpria pea, no

...............................................

havendo contado entre a pea e a fonte geradora do

...............................................

calor (rdio freqncia).

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A figura abaixo nos esquematiza alguns dispositivos para

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a tmpera por induo.

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Cementao

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Definio

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Cementao um proceso de tratamento termoqumico,visando

...............................................

o endurecimento superficial dos aos, atravs da difuso de carbono,

...............................................

rsultando na modificao parcial das propriedades mecnicas da pea.

...............................................
...............................................

Jos vicente chiaverini

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A cementao consiste na formao de uma camada


superficial de Alto Percentual de carbono, isto em um ao de
baixo teor de carbono.
Para que um ao seja classificado como sendo Ao para
Cementao. Este dever atender aos seguintes requisitos:
Deve ser capaz de absorver carbono, na temperatura
de cementao (880 C a 980 C), em alta velocidade,
apresentando sempre uma acamada uniforme, com teor de
carbono acima de 0,70%.
Dever apresentar considervel tenacidade e
resistncia mecnica no ncleo, aps o tratamento
trmico.
Dever apresentar a mnima distoro aps tmpera
e revenimento.

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Deve ser de fcil usinagem

...............................................

O teor de carbono num ao para cementao dever


ser menor do que 0,25%, sendo que os aos baixo
carbono (C < 0,15%) iro apresentar excelente
tenacidade, porm baixa resistncia no ncleo da
pea.

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Muito comum o uso de alguns Elementos de Liga, como


cromo, Nquel, Molebdnio e Vandio, em adies individuais
ou combinadas, objetivando o aumento da dureza, resistncia
ao desgaste, resistncia mecnica no ncleo, alm da reduo
das distores durante o resfriamento rpido.
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SENAI-PR

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Empregam se para a cementao trs classes de aos:


aos ao carbono, aos baixa liga e aos mdia liga. A seguir
apresentamos os principais tipos de ao para cementao.

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Tipos de aos para cementao

AO AO CARBONO
1008
1010
1015
1020
1025

...............................................

AO BAIXA LIGA
8115
8615
8620
8720
8822

AO
MDIA LIGA
...............................................
3310
...............................................
4320
...............................................
4615
...............................................
4620
4820
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Aps a cementao, o ao ao ser temperado endurece


a camada enriquecida em carbono, sendo que seu ncleo
permanecer inalterado.

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O resultado final uma pea com uma superfcie muito


dura e um ncleo muito dtil.

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A cementao normalmente realizada a temperatura


entre 860 C e 930 C.

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...............................................

O tempo de permanncia a temperatura, dependendo


do potencial carbonetante e da profundidade desejada. O ao
normalmente empregado, possui teor de carbono menor do
que 0,25% C. Aos ligados soa usados apenas para elevar as
caractersticas do ncleo. A dureza mxima a ser atingida na
cementao e tmpera de 62 a 64 HRc. Durezas inferiores
a 60 HRc indicam desvio na cementao ou tmpera.

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MEIOS DE CEMENTAO

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1 Processo Slido (com granulado)

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2 Processo Lquido (em banho de cianeto)


3 Processo Gasoso (atmosfera rica em CO)

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

No processo slido, o carbono fornecido pea atravs

...............................................

de um Granulado rico em carbono. As peas so portanto

...............................................

colocadas ordenadamente em uma caixa e preenchidas e

...............................................

recobertas com o produto carbonetante.

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...............................................

Tradicionalmente utiliza se uma mistura de carvo

...............................................

vegetal e carbonato de brio (~ 15%) por ser de fcil preparo e

...............................................

baixo custo.

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A reao de cementao obedece a seguinte frmula:

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...............................................

C + O2 CO2

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C + CO2 2CO

...............................................

3 Fe + 2CO Fe3C + CO2

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A seguir, apresentamos de forma simplificada o

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procedimento para a execuo de uma Cementao Slida.

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1 Preparao da caixa de cementao

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Estenda no fundo da caixa uma camada uniforme

...............................................

de 3 centmetros de granulado para cementao

...............................................

(Fig. 1).

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Coloque as peas na caixa, distanciadas 2

...............................................

centmetros uma da outra, evitando que as

...............................................

mesmas se toquem (Fig.2).

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...............................................

Estenda sobre as peas outra camada de


granulado, cobrindoas com aproximadamente 2
centmetros de material.

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...............................................

Coloque a tampa sobre a caixa, vibrando

...............................................

levemente a carga. No soque ou comprima o

...............................................

material, pois o ar e o espaamento interno

...............................................

importante para a circulao do gs monxido de

...............................................

carbono formado durante a reao a alta

...............................................

temperatura.

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...............................................

Como indicado na Figura 3, deve se lacrar a

...............................................

caixa evitando desta forma que o CO possa sair

...............................................

e prejudicar a cementao.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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2 Cementao no forno

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Com o forno pr aquecido (550 C) introduza a


caixa, aguardando o tempo necessrio para a

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...............................................

homogeneizao da temperatura.

...............................................

Aps, aquecer o forno at a temperatura efetiva de


cementao que dever estar entre 890 C e 950 C,
aguardando o tempo calculado para a obteno da
camada desejada.

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3 Tmpera

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Aps o tempo de cementao, deve se retirar

...............................................

rapidamente a caixa do forno, e promover a

...............................................

tmpera das peas no meio ideal de resfriamento

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(gua, leo, banho de sal neutro).

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

A Cementao Lquida, o processo mais comumente

...............................................

usado, que um sal fundido cuja mistura permite a

...............................................

carbonetao da superfcie da pea.

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Os sais so em geral misturas de :

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...............................................

Cloreto de Brio

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...............................................

Cloreto de Potssio

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...............................................

Cloreto de Sdio

...............................................
...............................................

Cianeto de Sdio

...............................................
A cementao em banho muito rpida, comparada

...............................................

com a cementao slida e a gs, uma vez que o poder

...............................................

carbonetante do Cianeto de Brio elevado. As reaes que

...............................................

ocorrem so :

...............................................
...............................................

2Na CN + BaCl2 Ba (CN)2 + 2Na Cl

...............................................
...............................................
...............................................

Ba (CN)2 + 3 Fe Fe3C + Ba CN2

...............................................
...............................................
A temperatura de cementao tem o papel fundamental
no processo lquido, na prtica constatou se que o tempo de
cementao 4 vezes maior a 850 C do que a 930 C.

...............................................
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...............................................
...............................................

DADOS DE CEMENTAO A 950 C

...............................................
TEMPO DE
PERMANNCIA

...............................................
PROFUNDIDADE

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...............................................
...............................................

2,0 HORAS

0,80 a 1,00 mm

...............................................
...............................................

4,0 HORAS

1,00 a 1,40 mm

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...............................................
...............................................

6,0 HORAS

1,40 a 1,80 mm

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Na Cementao Gasosa, o carbono depositado

...............................................

continuamente em camadas muito finas, atravs de reao

...............................................

gasosa que ocorre na superfcie do material.

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...............................................

As reaes que ocorrem na cementao gasosa so:

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...............................................

1. 2CO + 3 Fe Fe3C + CO2

...............................................
...............................................

2. CH4 + 3 Fe Fe3C + 2H2

...............................................
...............................................

3. CO + H2 + 3Fe Fe3C + H2O

...............................................

Como pode ser observado, a atmosfera carburante


formada por Hidrocarbonetos, Monxido de Carbono e

...............................................
...............................................
...............................................

Hidrognio.

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...............................................

Os principais gases empregados so:

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...............................................

PROPANO : (C3H8 + C4H10 + C2H4)

...............................................
BUTANO : (C4H10 + C3H8)

...............................................
...............................................

GS DE COQUERIA : (CH4 + H2 + CO + N2)

...............................................
...............................................

Uma frmula simplificada para calcular a Profundidade


de Cementao Gasosa, em funo do tempo, pode ser lida
abaixo. Esta frmula foi desenvolvida por E.F. HARRIS. Para o
caso de temperaturas pr fixadas, a equao de Harris se
converte em :

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...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Pc = K x t
Onde:
Temperatura C

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...............................................
Valor de K

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...............................................

870

0,18

...............................................
...............................................

900

0,21

930

0,25

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...............................................
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Observao: O tempo calculado na frmula deve ser


lido em horas!

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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NITRETAO

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O processo de Nitretao, pode ser realizado tanto em

...............................................

banhos de sais, como em atmosfera gasosa e meio slido

...............................................

(granulado).

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...............................................

Industrialmente, o mtodo mais empregado o de

...............................................

nitretao lquida, empregando sais fundidos, onde o mesmo

...............................................

se encontra num cadinho de Inox ou Titnio, isto a uma

...............................................

temperatura que varia entre 550 C a 575 C.

...............................................
...............................................

A principal caracterstica da nitretao, que o mesmo

...............................................

considerado indeformvel, podendo se desta forma tratar

...............................................

peas j acabadas,

...............................................
...............................................

Durante o processo de nitretao, o nitrognio se

...............................................

combina com o ferro, cromo e alumnio, formando nitretos de

...............................................

alta dureza.

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...............................................
...............................................

As principais caractersticas da nitretao so:

...............................................
...............................................
...............................................

Alta resistncia ao desgaste

...............................................
...............................................

Maior resistncia fadiga

...............................................
...............................................

Maior resistncia corroso

...............................................
...............................................

Elevada dureza superficial

...............................................
...............................................
...............................................

Baixo coeficiente de atrito

...............................................
...............................................

Mantm sua dureza at 500 C

...............................................

Tratamento com baixa taxa de deformao

...............................................
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106
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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Tipos de nitretao

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Nitretao Lquida (banho de sal)

...............................................
Nitretao Gasosa (atmosfera de NH3)

...............................................
...............................................
...............................................

Nitretao Slida (uso de granulado)

...............................................
...............................................

Nitretao Inica (descarga inica sobre N2)

...............................................
...............................................

No caso da nitretao lquida, os sais so compostos

...............................................

por cianetos e cianatos, que uma vez quimicamente

...............................................

decomposto geram um ambiente muito rico em nitrognio, alm

...............................................

de conter tambm carbono ativo.

...............................................
...............................................

Com a decomposio do cianato, o nitrognio e carbono

...............................................

iro penetrar na estrutura superficial da pea, formando Nitretos

...............................................

e Carbonetos.

...............................................

Tipicamente, neste tratamento a espessura da camada

...............................................

oscila entre 5 e 15 microns, podendo em casos especiais

...............................................

chegar a 20 microns. Uma caractersticas muito importante

...............................................

da nitretao, que ela elimina o risco de engripamento uma

...............................................

vez que a camada formada de baixssimo coeficiente de atrito

...............................................

e elevada dureza.

...............................................
...............................................

Outro aspecto importante, que a camada nitretada

...............................................

aumenta a resistncia fadiga uma vez que os nitretos

...............................................

formados geram tenses de compresso na superfcie,

...............................................

incrementando assim o Limite de Fadiga.

...............................................
...............................................

Dependendo da composio qumica, um ao tratado

...............................................

poder apresentar dureza, na camada branca, da ordem de

...............................................

at 1.200 H. Vickers (110 HRc).

...............................................
...............................................

Quanto ao tempo de tratamento, comum o processo

...............................................

ser realizado entre 45 minutos a 120 minutos, devendo se

...............................................

evitar tempos muito prolongados, uma vez que a camada

...............................................

formada ficar muito frgil.

...............................................
...............................................
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107
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

A principal aplicao da nitretao de d em peas

...............................................

sujeitas ao desgaste adesivo, onde se englobam engrenagens,

...............................................

ferramentas, matrizes, virabrequins, etc.

...............................................
...............................................

Quanto a alteraes dimensionais durante o tratamento,

...............................................

este provoca uma mnima variao, independente da forma e

...............................................

posio dentro do banho. A eventual mudana dimensional ser

...............................................

apenas funo da composio qumica do material. A tabela

...............................................

abaixo nos mostra o aumento mdio do dimetro de um eixo

...............................................

nitretado 90 minutos, com dimetro inicial de uma polegada.

...............................................
...............................................
...............................................

Variao dimensional na nitretao

...............................................

TIPO DE MATERIAL
ABNT 1038
ABNT 4137
FERRO FUNDIDO
ABNT H - 13

AUMENTO
DO DIMETRO
...............................................
6 8 microns
...............................................
6 8 microns
10 ...............................................
12 microns
2 ...............................................
4 microns
...............................................

Os valores acima independem do tipo de processo,


isto , nitretao lquida, slida ou gasosa.

...............................................
...............................................
...............................................

Importante a ser observado, que preferencialmente as


peas devero estar temperadas e revenidas antes de se
realizar a nitretao. Este pr- tratamento ir garantir um ncleo
mais resistente, alm de atuar como um substrato firme para

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

a camada nitretada.

...............................................
Outra informao chave, que a dureza de uma camada
nunca deve ser especificada, isto porque a dureza resultante
do processo funo apenas da composio qumica do

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

material.

...............................................
A tabela a seguir nos apresenta exemplos de durezas
superficiais, obtidas em peas tratadas pelo processo de

...............................................
...............................................
...............................................

nitretao em banho de sais.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
108
SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

Dureza em peas nitretadas

...............................................

MATERIAL
ABNT 1038
RECOZIDO
ABNT 1038
BENEFICIADO
ABNT 1038
TEMPERADO /
REVENIDO
INOX 18 8

FERRO FUND.
NODULAR
ABNT H 13
TEMPERADO /
REVENIDO
ABNT 8550
TEMPERADO /
REVENIDO
ABNT 4141

TEMPO DE
TRATAMENTO
90 min.

...............................................
DUREZA MDIA
DUREZA MDIA
...............................................
ANTES DO
APS O
TRATAMENTO ...............................................
TRATAMENTO
180 HV1
320 HV1
...............................................

90 min.

250 HV1 ...............................................


420 HV1

90 min.

340 HV1

...............................................
650 HV1
...............................................

90 min.

230 HV1

90 min.

380 HV 0,1

...............................................
700 HV1
...............................................

740 HV1

...............................................

90 min.

450 HV1 ...............................................


900 HV1
...............................................

450 HV1 ...............................................


880 HV1

90 min.

...............................................
...............................................

90 min.
2h
3h
4h

370 HV1
560 HV1
380 HV1 ...............................................
600 HV1
...............................................
400 HV1
640 HV1
380 HV1 ...............................................
740 HV1
...............................................

Os principais aos destinados nitretao, so aqueles

...............................................

que contm em sua composio qumica os elementos cromo,

...............................................

molebdnio, alumnio, alm de um teor mdio de 0,40%

...............................................

Carbono, que garante a possibilidade da pr-tmpera das

...............................................

peas.

...............................................

Para a desnitretao de um componente, basta aquece-

...............................................

lo acima de 550 C, permanecendo 2 horas. Neste tempo, todo

...............................................

o nitrognio se dissolve, eliminando a camada branca.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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4. ENSAIO DOS MATERIAIS

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ENSAIOS

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Para que servem os ensaios

...............................................

Se voc parar observar crianas brincando de cabo-deguerra, ou uma dona de casa torcendo um pano de cho, ou
ainda um ginasta fazendo acrobacias numa cama elstica,
ver alguns exemplos de esforos a que os materiais esto
sujeitos durante o uso.

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Veja a seguir a representao esquemtica de alguns


tipos de esforos que afetam os materiais.

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evidente que os produtos tm de ser fabricados com


as caractersticas necessrias para suportar esses esforos.
Mas como saber se os materiais apresentam tais
caractersticas?

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...............................................

Realizando ensaios mecnicos! Os ensaios mecnicos


dos materiais so procedimentos padronizados que
compreendem testes, clculos, grficos e consultas a tabelas,
tudo isso em conformidade com normas tcnicas.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Realizar um ensaio consiste em submeter um objeto j

...............................................

fabricado ou um material que vai ser processado

...............................................

industrialmente a situaes que simulam os esforos que eles

...............................................

vo sofrer nas condies reais de uso, chegando a limites

...............................................

extremos de solicitao.

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...............................................
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Onde so feitos os ensaios

...............................................
Os ensaios podem ser realizados na prpria oficina ou

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em ambientes especialmente equipados para essa finalidade:

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os laboratrios de ensaio.

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Os ensaios fornecem resultados gerais, que so

...............................................

aplicados a diversos casos, e devem ser repetidos em qualquer

...............................................

local que apresente as condies adequadas.

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...............................................

So exemplos de ensaios que podem ser realizados na

...............................................
...............................................

oficina:

...............................................
Ensaios por lima utilizado para verificar a dureza

...............................................

por meio do corte do cavaco. Quanto mais fcil retirar o

...............................................

cavaco, mais mole o material. Se a ferramenta desliza e no

...............................................

corta, podemos dizer que o material duro.

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Ensaio pela anlise da centelha utilizado para fazer

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a classificao do teor de carbono de um ao, em funo da

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forma das centelhas que o material emite ao ser atritado num

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esmeril.

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Por meio desses tipos de ensaios no se obtm valores

...............................................

precisos, apenas conhecimentos de caractersticas especficas

...............................................

dos materiais.

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...............................................

Os ensaios podem ser realizados em prottipos, no

...............................................

prprio produto final ou em corpos de prova e, para serem

...............................................

confiveis, devem as normas tcnicas estabelecidas.

...............................................
...............................................

Imagine que uma empresa resolva produzir um novo tipo

...............................................

de tesoura, com lmina de ao especial. Antes de lanar

...............................................

comercialmente o novo produto, o fabricante quer saber, com

...............................................

segurana, como ser seu comportamento na prtica.

...............................................
...............................................

Para isso, ele ensaia as matrias primas, controla o

...............................................

processo de fabricao e produz uma pequena quantidade

...............................................

dessas tesouras, que passam a ser os prottipos. Cada uma

...............................................

dessas tesouras ser submetida a uma srie de testes que

...............................................

procuraro reproduzir todas as situaes de uso cotidiano. Por

...............................................

exemplo, o corte da tesoura pode ser testado em materiais

...............................................

diversos, ou sobre o mesmo material por horas seguidas. Os

...............................................

resultados so analisados e servem como base para o

...............................................

aperfeioamento do produto.

...............................................
...............................................

Os ensaios de prottipos so muito importantes, pois

...............................................

permitem avaliar se o produto testado apresenta caractersticas

...............................................

adequadas sua funo.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Os resultados obtidos nesses testes no podem ser

...............................................

generalizados, mas podem servir de base para outros objetos

...............................................

que sejam semelhantes ou diferentes.

...............................................
...............................................

J os ensaios em corpos de provas, realizados de acordo

...............................................

com as normas tcnicas estabelecidas, em condies

...............................................

padronizadas, permitem obter resultados de aplicao mais

...............................................

geral, que podem ser utilizados e reproduzidos em qualquer

...............................................

lugar.

...............................................
...............................................
Prottipo a verso preliminar de um produto, produzida

em pequena quantidade, e utilizada durante a fase de testes.


Corpo de prova uma amostra do material que se
deseja testar, com dimenses e forma especificadas em

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...............................................
...............................................

normas tcnicas.

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...............................................
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Propriedades dos materiais

...............................................
Todos os campos da tecnologia, especialmente aqueles

...............................................

referentes construo de mquinas e estruturas, esto

...............................................

intimamente ligados aos materiais e s suas propriedades.

...............................................
...............................................

Tomando como base as mudanas que ocorrem nos

...............................................

materiais, essas propriedades podem ser classificadas em

...............................................

dois grupos:

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...............................................

fsicas;

...............................................

qumicas.

...............................................

Se colocamos gua fervente num copo descartvel de


plstico, o plstico amolece e muda sua forma. Mesmo mole,
o plstico continua com sua composio qumica inalterada. A

...............................................
...............................................
...............................................

propriedade de sofrer deformao sem sofrer mudana na

...............................................

composio qumica uma propriedade fsica.

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...............................................

Por outro lado, se deixarmos uma barra de ao carbono

...............................................

(ferro + carbono) exposta ao tempo, observaremos a formao

...............................................

de ferrugem (xido de ferro:ferro + oxignio). O ao carbono,

...............................................

em contato como ar, sofre corroso, com mudana na sua

...............................................

composio qumica. A resistncia corroso uma

...............................................

propriedade qumica.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Entre as propriedades fsicas, destacam se as

...............................................

propriedades mecnicas, que se referem forma como os

...............................................

materiais reagem aos esforos externos, apresentando

...............................................

deformao ou ruptura.

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...............................................

Quando voc solta o pedal da embreagem do carro, ele

...............................................

volta posio de origem graas elasticidade da mole ligada

...............................................

ao sistema acionador do pedal.

...............................................
...............................................

A elasticidade um exemplo de propriedade mecnica.

...............................................

Pode ser definida como a capacidade que um material tem de

...............................................

retornar a sua forma e dimenses originais quando cessa o

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esforo que o deformava.

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...............................................

A estampagem de uma chapa de ao para fabricao de

...............................................

um cap de automvel, por exemplo, s possvel em

...............................................

materiais que apresentem plasticidade suficiente. Plasticidade

...............................................

a capacidade que um material tem de apresentar deformao

...............................................

permanente aprecivel, sem se romper.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Uma viga de um aponte rolante deve suportar esforos

...............................................

de flexo sem se romper. Para tanto, necessrio que ela

...............................................

apresente resistncia mecnica suficiente. Resistncia

...............................................

mecnica a capacidade que um material tem de suportar

...............................................

esforos externos (trao, compresso, flexo etc.) sem se

...............................................

romper.

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Para determinar qualquer dessas propriedades

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...............................................

necessrio realizar um ensaio especfico.

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...............................................

Tipos de ensaio mecnico

...............................................

Existem vrios critrios para classificar os ensaios


mecnicos. A classificao que adotaremos neste mdulo
agrupa os ensaios em dois blocos:

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...............................................
...............................................

ensaios destrutivos;

...............................................

ensaios no destrutivos.

...............................................

Ensaios destrutivos so aqueles que deixam algum


sinal na pea ou corpo de prova submetido ao ensaio, mesmo
que estes no fiquem inutilizados.

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Os ensaios destrutivos abordados nas prximas aulas


deste mdulo so

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trao

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compresso

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cisalhamento

...............................................

dobramento

...............................................

flexo

...............................................

embutimento

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

toro

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dureza

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fluncia

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fadiga

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impacto

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...............................................

Ensaios no destrutivos so aqueles que aps sua

...............................................

realizao no deixam nenhuma marca ou sinal e, por

...............................................

conseqncia, nunca inutilizam a pea ou corpo de prova. Por

...............................................

essa razo, podem ser usados para detectar falhas em

...............................................

produtos acabados e semi acabados.

...............................................
...............................................

Os ensaios no destrutivos tratados nas aulas deste

...............................................
...............................................

mdulo so:

...............................................
visual

...............................................

lquido penetrante

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partculas magnticas

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ultra som

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radiografia industrial

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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ENSAIOS DE DUREZA

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...............................................

Generalidades

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A dureza de smbolo H, de um metal, pode ser definida

...............................................

pela resistncia que ele oferece penetrao sob presso

...............................................

(esttica) ou com choque (dinmica) de outro metal mais

...............................................

duro que o metal a ensaiar.

...............................................

Prefere-se, na maioria dos casos, utilizar processos

...............................................

permitindo a medida sem choque, ou seja, um dimetro de

...............................................

impresso do penetrador :

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...............................................
...............................................

Dureza BRINELL

...............................................

Dureza VICKERS

...............................................

o seja, duma profundidade de penetrao:

...............................................

Dureza ROCKWELL esfera

...............................................

Dureza ROCKWELL cone

...............................................
...............................................

Estes ensaios, na maioria dos casos no destrutveis,


encontram suas aplicaes nos seguintes casos:

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...............................................
...............................................
...............................................

1. Dureza dos metais a usinar:

...............................................

Brinell, Rockwell esfera

...............................................
...............................................

2. Eficcia de um tratamento trmico:

...............................................

Rockwell, Vickers

...............................................
3. Dureza de um tratamento de superfcie,

...............................................
...............................................

cementao, nitretao, revestimento:

...............................................

Vickers

...............................................
...............................................

Nota

...............................................
A preparao da superfcie que receber o penetrador

...............................................
...............................................

deve ser objeto de grandes cuidados.

...............................................
Deve ser polida, evitando qualquer calefao e

...............................................
...............................................

qualquer estiramento superficiais.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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Ensaios Brinell

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Smbolo HB

...............................................
O penetrador uma esfera em ao temperado.

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...............................................
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Princpio

...............................................
Pr a esfera em contato com a superfcie a ensaiar

...............................................
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(fig. 2 7)

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...............................................
Carregar a esfera, progressivamente e sem choque,

...............................................

com um peso correspondente ao dimetro da esfera, de

...............................................

maneira a atingir a carga mxima em 15 segundos.

...............................................
...............................................

Manter esta carga durante 15 segundos para os aos,

...............................................
...............................................

e 30 segundos para os metais no ferrosos.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Medir a impresso deixada pela esfera ao centsimo de milmetro, por meio de um


microscpio com micrmetro ocular.
A dureza HB expressa sobre pela relao entre a carga aplicada sobre a
esfera e a superfcie de impresso no material.
Desenvolvimento (fig. 2 8)
Superfcie de impresso = superfcie da calota sc
Sc = . D . h

Notas
aconselhvel no submeter ao ensaio Brinell, seno materiais cuja dureza seja
inferior a 4000 N/mm2, ou a resistncia trao seja aproximadamente 1400 N/mm2 (tabela
2 10).
Escolher a carga de tal maneira, que a impresso deixada pela esfera seja de d = 0,3 a
0,6D
A distncia dos centros de duas impresses vizinhas deve ser igual pelo menos a 3d, e
2d do fim da pea (fig. 2 9).
No se deve, em nenhum caso, constatar uma deformao na superfcie oposta da
impresso.
Para os ensaios, torna se a mdia dos resultados obtidos pelo menos em duas,
geralmente tr~es impresses vizinhas.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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Relao entre a dureza HB e o ensaio de trao

...............................................
...............................................

A relao entre a dureza HB e o ensaio de trao,

...............................................

somente para os aos ao carbono ou aos liga frgeis,

...............................................

sensivelmente igual a um tero da dureza BRINELL.

...............................................
...............................................

Esta relao no significa que o ensaio BRINELL


substitua o ensaio de trao.

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...............................................

Relatrio de ensaio

...............................................
...............................................

O smbolo HB designa o ensaio normal: esfera de 10mm


de dimetro carregada com 30 000 N durante 15 segundos.

...............................................
...............................................
...............................................

O smbolo HB seguido de nmeros indica as condies


do ensaio:

...............................................
...............................................
...............................................

Exemplo : HB 5/750/15.

...............................................
...............................................

Esfera de 5 mm de dimetro carregada com 7500 N


durante 15 segundos.

...............................................
...............................................
...............................................

Importante

...............................................
...............................................

Os valores numricos HB nas tabelas de aos so

...............................................

representados por 1/10 da resistncia penetrao [N / mm2].

...............................................

Exemplo : Resultando obtido 2010 [N / mm ] = HB 201.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Ensaio Vickers
DYREZA VICKRES
Smbolo HV
O penetrador um diamante talhado em forma de pirmide com a base quadrada, cujo
ngulo das faces de 136.
Princpio (fig. 2 11)

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

1. A pirmide de diamante posta em contato com a

...............................................
...............................................

superfcie a ensaiar.
2. Carregar esta pirmide gradualmente, sem choque e
sem vibraes, com a carga mxima fixada.

...............................................
...............................................
...............................................

3. Como regra geral, manter esta carga durante 15


segundos.

...............................................
...............................................

1. Medir a impresso deixada pela pirmide com

...............................................

aparelhos de alta preciso munidos de microscpios.

...............................................

2. O tambor dividido e o nnio do o comprimento da


diagonal ao dcimo milsimo de milmetro.

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...............................................
...............................................

A dureza HV a relao entre a carga aplicada sobre


o penetrador e a superfcie da impresso deixada pela

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...............................................
...............................................

pirmide.

...............................................
...............................................

Notas

...............................................
O controle da dureza VICKERS uma das mais precisas.

...............................................
...............................................
...............................................

utilizada para os carbetos metlicos ou a eficcia de


um tratamento trmico.

...............................................
...............................................
...............................................

Serve para o controle de peas muito pequenas e


sobretudo de espessura muito fina.

...............................................
...............................................
...............................................

As cargas geralmente usadas so: 50 N, 100 N, 300 N, 500 N.


A dureza VICKERS praticamente independente da
carga exercida, os resultados obtidos com cargas
diferentes so comparveis entre eles.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

preciso evitar utilizar o mtodo VICKERS para

...............................................

determinar a dureza da gusa malevel e da gusa

...............................................

cinzenta rica em carbono ou em grafita.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Relatrio de ensaio
O smbolo HV 30 exprime a dureza VICKERS, medida sob uma carga de 300 N exercida
durante 15 segundos.
O smbolo HV 30/30 indica as condies do ensaio:
300 N durante 30 segundos.
Importante
Os valores numricos HV nas tabelas de aos so expressos por 1/10 da resistncia
penetrao [N/mm2].
Exemplo:
Resultado obtido 4100 [N/mm2] = HV 410.
Encaixe de figura.
Desenvolvimento
Fig. 2-12
Superfcie da impresso = superfcie da pirmide Sp

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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

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Ensaio Rockwell

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...............................................

DUREZA ROCKWELL ESFERA

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...............................................

Smbolo HRB

...............................................
O penetrador uma esfera em ao temperado de
dimetro 1,59 mm, exatamente 1/16 da polegada inglesa (fig.

...............................................
...............................................
...............................................

2-13).

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...............................................
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...............................................
...............................................
...............................................

DUREZA ROCKWELL CONE

...............................................
...............................................

Smbolo HRC

...............................................
O penetrador um cone de diamante cujo ngulo no
vrtice de 120, a base uma calota esfrica de raio 0,2 mm

...............................................
...............................................
...............................................

(fig. 2 14).

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Notas

...............................................
A dureza ROCKWELL no indicada para as gusas
maleveis ou cinzentas ricas em carbono ou grafita.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Relatrio de ensaio

...............................................
O smbolo HRB designa o ensaio ROCKWELL esfera.

...............................................
...............................................

O smbolo HRC designa o ensaio ROCKWELL cone.

...............................................
...............................................
...............................................

Princpio (fig. 2-15)

...............................................
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SENAI-PR

2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

1. O penetrador posto em contato com a superfcie a

...............................................

ensaiar e pressionado progressivamente com uma

...............................................

carga inicial: Fo = 100 N.

...............................................

2. Coloca se o zero do mostrador em frente da agulha


e o penetrador submetido a uma carga suplementar
F 1:

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

F1 para HRB = 900 N

...............................................

F1 para HRC = 1400 N

...............................................
...............................................
...............................................

3. Para atingir progressivamente de 3 . . . a 6 segundos


a carga total F:

...............................................
...............................................
...............................................

F para HRB = 100 + 900 = 1000 N

...............................................

F para HRC = 100 + 1400 = 1500 N

...............................................
...............................................
4. Logo que agulha que se desloca no sentido anti-horrio

...............................................

pra, suprime se a carga suplementar F1 para deixar

...............................................

apenas a carga inicial Fo.

...............................................
...............................................
...............................................

5. Por causa da supresso das deformaes elsticas


do material, o penetrador torna a subir ligeiramente, a
agulha do comparador volta para trs.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

A dureza ROCKWELL indicada diretamente sobre


o mostrador pela posio da agulha.

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

A escala para HRB de 130 divises.

...............................................

A escala para HRC de 100 divises.

...............................................

Para ter uma medida precisa, uma diviso corresponde


a uma diferena de profundidade de 0,002 mm (fig. 2 15).

...............................................
...............................................
...............................................
...............................................

Dureza HRC = 100 divises profundidade e

...............................................
...............................................
...............................................

Exemplo: HRC 60

...............................................
...............................................
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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

...............................................

Profundidade da impresso e:

...............................................
100 60 = 40

...............................................

40 x 0,002 = 0,08 mm

...............................................
...............................................
...............................................

Dureza HRB = 130 divises profundidade e

...............................................
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...............................................

Exemplo : HRB 80

...............................................

Profundidade da impresso e:

...............................................

130 80 = 50

...............................................

50 x 0,002 = 0,1 mm

...............................................
...............................................
...............................................

Ensaio Knoop

...............................................
...............................................

DUREZA KNOOP

...............................................
...............................................

O penetrador um diamante talhado em forma de


pirmide com a base em losango e cuja diagonal maior 7,11
vezes maior que a diagonal menor.

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O ngulo correspondente diagonal maior de 172 30


enquanto que o ngulo formado pelas outras duas arestas
de 130. Fig. 2-16.

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TABELA DE COMPARAO
Os nmeros desta tabela so apenas valores de
comparao e so dados a ttulo indicativo.

* O fator 0,34 empregado


para o ao temperado e
trefilado da resistncia mdia.
* O fator 0,36 empregado
para o ao ao caborno
destemperado ou no-tratado,
assim como para o ao de
alta resistncia depois de
temperado, com ou sem
trefilao.
** HB 1/10 da resistncia
penetrao [N/mm]
** HV 1/10 da resistncia
penetrao [N/mm]

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5. TRATAMENTO SUPERFICIAL DOS AOS

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PROTEO DOS METAIS

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As causas externas, como o contato com o ar mido, os


gases, vapores de gua, vapores contendo cidos, sais,
exercem muitas vezes uma influncia destrutiva sobre os
metais submetidos ao seu contato.

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, portanto, necessrio prever proteo eficaz para todas


as partes metlicas, que constituem as peas de mquinas
ou de instalao.

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Segundo as condies, as protees a considerar sero


de natureza diferente.

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Certos metais como o cobre, alumnio, zinco, e chumbo


se recobrem, ao ar mido, de uma fina camada de xido
impermevel, que constitui por si s uma proteo natural; s
o aspecto externo muda e toma um aor mate. O emprego
destes materiais , por isto, largamente divulgado na construo
civil (telhados, condutos, etc.).

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O ao se oxida facilmente (ferrugem Fe2O3 + 2H2O). Mas,


contrariamente aos metais pr-citados, esta oxidao continua
sua ao at ao interior do metal.Convm, portanto, eliminar
todos os traos eventuais de ferrugem, antes de comear um
tratamento de superfcie.
Os aos doces so mais sensveis oxidao que os
aos duros. Certas ligas, como os aos contendo cromo e
nquel, so mais resistentes (aos inoxidveis).

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A fundio gris, em razo de sua forte porcentagem de


carbono, possui uma boa resistncia. As superfcies polidas,
no apresentando irregularidades, so mais dificilmente
atacadas que as superfcies rugosas.
exceo de ligas especiais que, por sua estrutura, so
refratrias oxidao, a maior parte dos processos utilizados
tem como objetivo formar um acamada isolante.

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Podem-se classificar em duas categorias:

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Revestimentos no metlicos

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Pintura. A proteo pelas tintas e lacas a mais antiga.

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fcil de executar (pincel, pistola, imerso), e tem aspecto

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agradvel (cores). (Ver cap.10).

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As tintas empregadas devem obedecer a um certo

...............................................

nmero de condies: ter boa aderncia, no ser porosa, ser

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suficientemente plstica (para responder a variao de volume,

...............................................

devidas a mudanas de temperatura), e ter boa resistncia

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luz.

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Utiliza se uma camada de base quimicamente neutra,

...............................................

cuja funo principal de assegurar a impermeabilidade. A

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camada da superfcie deve assegurar durao pela sua

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resistncia aos agentes externos e a colorao realizada pela

...............................................

escolha de pigmentos que so acrescentados.

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As lascas que servem de revestimento so solues de

...............................................

resinas sintticas em lquidos (lcool, acetona, terebintina, etc.).

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Graxas e leos resinosos. So utilizados para a

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proteo de peas metlicas de pequena espessura, para

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estocagem e para transporte. S se utilizaro leos e graxas

...............................................

minerais.

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Alcatro, asfalto, resinas. Formam revestimentos

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destinados aos condutos subterrneos, caixas de cabos, etc.

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...............................................

Estes revestimentos so feitos a quente (250-300) por

...............................................
...............................................

imerso.

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Os tubos de aos e os cabos so protegidos por fitas de

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...............................................

juta, impregnadas destes produtos.


Esmaltagem. Utilizada para recipientes em ferro fundido,

...............................................

objetos de chapa, reservatrios para a indstria qumica,

...............................................

insgnias.

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As matrias de base, que constituem o esmalte, so

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corpos vitrificveis tais como: o quartzo, feldspato, argila e

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brax.

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Utilizam-se geralmente duas camadas: o esmalte de

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base que serve de pelcula elstica intermediria entre o metal

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e a camada superior que assegura o aspecto esttico.

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O esmalte vitrificado em fornos temperatura de 820


a 950. A camada obtida dura e resiste bem ao calor.

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Revestimentos metlicos

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A proteo obtida pela aplicao de uma fina camada

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de zinco, estanho, chumbo, cobre, cromo, nquel, cdmio e

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alumnio. As peas, chapas, etc. so decapadas

...............................................

cuidadosamente antes do tratamento.

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Processo por imerso. utilizado para os metais cujo

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ponto de fuso muito baixo: zinco, estanho, chumbo, cdmio.

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Os metais a proteger so mergulhados em cubas,

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aquecidas s temperaturas correspondentes (Zn = 450-470

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C; Sn = 250-300 C; Pb = 360-380 C).

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O tempo de imerso de um a vinte minutos, conforme

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a camada desejada (0.02 a 0,05 mm).

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Aps o tratamento, as peas so limpas e

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desembaraadas do metal em excesso.

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Para o zinco, este processo chamado zincagem.

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Para o estanho, estanhagem.

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Em caso de grandes peas, no sendo possvel

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mergulha-las em uma cuba, usa-se a pistola Shoop, que

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proteja, sobre as superfcies a revestir, uma camada de zinco

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fundido.

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Um arame de zinco, conduzido por uma turbina de ar

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comprimido, fundido na passagem por um maarico ou um

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arco eltrico.

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O metal ejetado pelo ar atravs de um bico. As peas a

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proteger so previamente decapadas a jato de areia, para

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aumentar a aderncia do metal de enchimento.

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Uma vantagem deste processo que, dado a baixa

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temperatura do metal projetado, se podem metalizar diversas

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matrias, tais como: papis, tecidos, couros, etc.

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Preparam se, assim os carves de contato das


mquinas eltricas.

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Processo galvnico ou eletroltico. utilizado para o


zinco, cromo e nquel. Obtm se a camada desejada pelo
emprego de solues de sais metlicos na gua, com o auxlio
de corrente contnua (tenso 1-4 v, intensidade da corrente
0,5-10 A/dm 2 ). O revestimento de zinco se chama

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galvanizao.

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Os objetos a revestir so suspensos ao ctodo (plo

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negativo) por meio de fios e mergulhados na soluo. O nodo

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(plo positivo) constitudo por barras ou placas de metal a

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depositar.

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A temperatura dos banhos no deve ser muito baixa e


para tal se prevem dispositivos de aquecimento eltrico.

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Aps o tratamento, as peas devem ser cuidadosamente


lavadas com gua quente, e depois secas.

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Processos modificando o estado da superfcie

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Protegem igualmente da corroso.

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Xerardizao, ou processo de difuso.

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Pode se fazer com o zinco. muito utilizado para tratar

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pequenas peas em grandes quantidades, tais como:

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parafusos, porcas, agulhas. Forma se um acamada fina que

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no influi muito sobre as dimenses dos objetos tratados.

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As peas so colocadas em um tambor rotativo em ao,

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

onde se introduz ar comprimido (25 a 45 rpm).

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No tambor, encontra se p de zinco (10 a 20%)

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misturado com areia de quartzo. O conjunto aquecido a uma

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temperatura variando entre 250 a 400, conforme o metal que

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constitui as peas.

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A esta temperatura, formam se vapores de zinco, que

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penetram nos poros do metal e formam uma liga dura ferro-

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zinco.

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O processo leva de duas a cinco horas, conforme a

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espessura da camada desejada. Aps esfriamento (doze a

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vinte e quatro horas), as peas so extradas do tambor e

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limpas da poeira.

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Calorizao. um processo para proteger as peas,

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antes de submete ls a latas temperaturas, utilizando se

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caixas de cementao, tubos de proteo dos pirmetros,

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cadinhos para banhos de sais, cestas de tmpera, etc.

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As peas cuidadosamente decapadas so colocadas em

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caixas de cementao, com uma mistura de 49% de p de

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alumnio, 49% de argila e 2% de cloreto de amonaco. So

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aquecidas durante vrias horas a uma temperatura de 800 a

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900. Forma se superfcie uma camada de 1-2 mm de

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uma liga Al/Fe muito densa e muito resistente ao calor.

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Parquerizao ou bonderizao. um processo

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semelhante, tendo por fim a formao, superfcie do metal a

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proteger, de uma pelcula de fosfato de ferro insolvel e muito

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resistente. Utiliza se uma soluo de fosfato de zinco com

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nitrato de zinco, que serve de acelerador da operao e que,

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alm disso, aumenta a durao de atividade de banho.

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As peas, anteriormente limpas, so mergulhadas no

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banho, sejam por um tambor perfurado, sejam suspensas em

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um gancho. A soluo (3-3,5 kg de sal para 100 litros de gua),

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aquecida a 98 C, forma o banho. Conta-se com 50 a 80 g de

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sal por metro quadrado de superfcie a tratar.

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2102 - TECNOLOGIA M ECNICA - CTMECA

Em trs a cinco minutos, forma-se a pelcula fosfatada

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protetora. Ao fim do tratamento, as peas devem ser lavadas

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com gua quente e depois submetidas a uma operao

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destinada a fixar a camada por meio de leo, lascas ou tintas

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a leo. feita por imerso, pintura, etc.

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Existem certos inconvenientes: a camada fosfatada no

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suporta grandes tenses mecnicas, nem temperaturas

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atingindo 400. A soldagem eltrica se torna difcil porque a

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pelcula isolante.

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Granodizao. um processo recente.


As peas so mergulhadas em um banho base de
fosfato de zinco. Uma corrente alternada provoca a fosfatao.
(densidade da corrente 2,5 a 5,5 A/dm2). A temperatura do

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banho levada de 70 a 95. A durao da operao de cerca

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de quatro minutos.

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Polimento. D s peas tratadas um belo aspecto, preto,

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brilhante. uma operao qual se recorre, quando se trata

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de peas em ao, temperado ou no.

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Utilizam se, para isso, sais base de soda custica

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dissolvidos em gua e aquecidos a uma temperatura de 140

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C. As peas so, de incio, cuidadosamente desengraxadas.

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So em seguida suspensas no banho e deixadas at obteno

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da tonalidade desejada.

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Termina se a operao por uma lavagem em gua


corrente fria.

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Oxidao andica do alumnio e de suas ligas

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Sabe se que os metais deste tipo, expostos ao ar, se

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recobrem de uma camada protetora de xido que, pelo fato de

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sua impermeabilidade, se torna uma proteo contra os efeitos

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da corroso. Contudo, em muitos casos, esta camada (0,05)

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insuficiente.

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por isso que se procede a um tratamento eletroqumico


que lhe refora a espessura (10 a 40).

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A oxidao andica, assim chamada, forma uma camada

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de xido e de hidrxido de alumnio, que fortemente ligado

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com o metal de base. Produz se um leve aumento de volume,

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de cerca de um tero da espessura da camada formada.

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Conforme a densidade da corrente, a temperatura e a

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durao do tratamento, obtm se uma pelcula dura e

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impermevel, ou ento porosa e elstica. Chega se assim a

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uma proteo mxima, por impregnao de resina sinttica.

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Diversos processos so utilizados, que se chamam com


nomes diferentes tais como Aluminizao e Eloxagem.

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Um dos mais empregados utiliza, como eletrlito de

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base, uma soluo de cido sulfrico, em cubas revestidas

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de chumbo, que servem ao mesmo tempo de ctodo. As peas

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a oxidar so ligadas ao nodo. A eletrlise se faz em corrente

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contnua cuja intensidade fixada entre 0,5 e 3 ampres por

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decmetro quadrado de superfcie da pea. A durao de 30

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a 45 minutos.

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As superfcies porosas podem ser atingidas com cores

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orgnicas ou inorgnicas. Os objetos so mergulhados em

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uma cuba contendo esta soluo, a 75 C, durante 10 a 20

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minutos. A colorao obtida resiste gua e luz.

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Corroso eletroqumica

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Convm ainda examinar as causas de uma corroso por


via eletroqumica.

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Na realidade, ela produzida como em um elemento


galvnico.

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Se considerarmos um aplaca da cobre e uma placa de


zinco em um eletrlito condutor (gua acidulada), a corrente

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circula do cobre (+) ao zinco (-). O metal que 12constitui o

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plo negativo destrudo pouco a pouco.


Quando dois metais diferentes esto em contato e um
eletrlito penetra entre eles, se produz o mesmo fenmeno,

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alis, com uma tenso que varia segundo os metais presentes.


Ensaiando diferentes metais ao contato de uma placa de
magnsio, obtm se as tenses dadas pela tabela abaixo
(fig. 8-31).

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Pode se assim ver quais seriam os efeitos obtidos entre


dois metais. Por exemplo, se tomar uma placa de nquel com
uma placa de zinco, obtm se 1,62 1,09 = 0,53 volts.

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Neste caso, a placa de zinco, negativa, que atacada.


Com um elemento nquel-cobre, o primeiro que destrudo.
Quanto maior for a diferena de tenses, mais rapidamente
se efetua a destruio.

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Como eletrlito, podemos citar: gua do mar, guas da


chuva, de fontes, transpirao das mos, umidade do ar, etc.
Chama se corroso por contato aquela que se
produz desde que dois metais estejam em presena intima
um do outro, e que um eletrlito possa infiltrar se. preciso,
ento, evitar ou isolar os metais entre si.

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Corroso intercristalina aquela que se produz entre


os cristais de um metal em presena de umidade.
Por exemplo, no ao, os cristais de cementita (Fe3C)
so eletropositivos contrariamente aos cristais de ferrita (Fe)
que so eletronegativos. Estabelece se uma corrente que

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destri pouco a pouco os cristais de ferrita.

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