Associativismo e Cooperativismo - Noções Básicas
Associativismo e Cooperativismo - Noções Básicas
Associativismo e Cooperativismo - Noções Básicas
ACOPRION
ACOPRION
1.HISTRICO Pr-histria: partilha de recursos, de bens, de saberes, de segurana mtua, de busca. Acolhimento, apoio mtuo, partilha, intercmbio mental e afetivo Europa, sia e Amrica pr-colombiana. Revoluo industrial: socialismo associacionista contra a barbrie. Cristianismo social. Solidarismo. A barbrie neoliberal: desemprego estrutural, crculo vicioso do endividamento neocolonial, excluso e violncia; fim do Estado Social. Emergncia da Economia Solidria como um projeto de outra empresa, outra economia e outra sociedade.
2. O QUE ASSOCIATIVISMO Associao uma organizao resultante da reunio legal entre duas ou mais pessoas, com ou sem personalidade jurdica, para a realizao de um objetivo comum. A associao tambm pode ser interpretado como uma operao matemtica. dotada de patrimnio e movimentao financeira, porm no poder repartir o retorno econmico entre os associados, uma vez que ser usado no fim da associao. Tem registro no Cartrio e nunca est sujeita falncia ou recuperao econmica. A expresso associativismo designa, por um lado a prtica social da criao e gesto das associaes (organizaes providas de autonomia e de rgos de gesto democrtica: assembleia geral, direco, conselho fiscal) e, por outro lado, a apologia ou defesa dessa prtica de associao, enquanto processo no lucrativo de livre organizao de pessoas (os scios) para a obteno de finalidades comuns. O associativismo, enquanto forma de organizao social, caracteriza-se pelo seu carcter, normalmente, de voluntariado, por reunio de dois ou mais indivduos usado como instrumento da satisfao das necessidades individuais humanas (nas suas mais diversas manifestaes).
3. ALGUMAS FORMAS DE ASSOCIATIVISMO Algumas formas de associaes e como so criadas Associao (base legal no Captulo II e seus artigos, no Cdigo Civil e o Art. 5 da Constituio Federal) uma pessoa jurdica da sociedade civil sem fins lucrativos que pode ou no comercializar promovendo a implementao e defesa dos associados e da comunidade, alm de lutar pela melhoria das
condies tcnicas e culturais de seus scios, para constituir uma associao exigido um mnimo de duas pessoas. Para formar uma associao preciso: Mobilizar e sensibilizar os interessados; Criar comisso provisria; Discusso e elaborao do estatuto e aprovao em Assemblia convocada para isso; para aprovao necessria a maioria absoluta dos presentes, ou seja, metade mais um; Eleio da diretoria; Ata de constituio, com assinatura dos presentes; Registro do estatuto e ata no cartrio de registro de pessoas jurdicas da Comarca (lei 6.015/73, art.120e121); CNPJ na receita federal; Abertura de livros ata, caixa e de presena; Registro no INSS e Ministrio do Trabalho; Inscrio na Prefeitura? As associaes so isentas de pagar Imposto de renda (IR). Mesmo insenta obrigada a fazer declarao todo ano. Se a associao tiver certificado de fins filantrpicos fornecido pelo Conselho de Assistncia Social ela isenta de contribuio previdenciria. Cooperativa (amparo legal no Cdigo Civil (Lei 1046/2002) - Art. 1.094. Sindicato (base legal na CLT decreto-lei 5.452/43) Organizao Social (base legal na lei 9.637 de 15/05/98) Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico OSCIP (base legal na lei 9.790/99)
4. COMO CRIAR UMA ASSOCIAO Elaborar os Estatutos Os fundadores da associao devem marcar uma reunio informal com o objetivo de definirem os seguintes aspectos: Objeto Social Devem ser determinados os bens e servios que a associao vai prestar, bem como todos os seus objetivos. Este um dos aspectos mais importantes a estabelecer j que a organizao no poder desenvolver atividades que no estejam diretamente relacionadas com o seu objeto social. Neste sentido, o objeto social tende a ser bastante mais amplo que o verdadeiro mbito da associao, deixando espao para que futuramente os scios possam estender a sua atividade sem terem que alterar este ponto no texto do estatutos. Nome da Associao Os fundadores devem escolher cerca de cinco nomes para a sua associao, pois pode dar-se o caso de j existirem organizaes com a mesma denominao. Atualmente, possvel fazer um teste de confundibilidade no site da Direo-Geral dos Registros e Notariado. Atravs deste servio online, pode efetuar-se uma pesquisa pelo nome da pessoa coletiva que se pretende criar e fica-se a saber de imediato se j existe alguma entidade com a mesma designao.
Escolher a Sede A sede tambm deve ser um dos elementos a definir, uma vez que tem de estar fixada no texto dos estatutos. Normalmente, a sede refere-se ao local onde funciona a administrao principal da associao, mas pode ser escolhida outra morada. Outros Aspectos Os estatutos podem ainda descrever os direitos e obrigaes dos associados, as condies de admisso, sada ou excluso de novos scios, tal como as competncias dos rgos da associao, as suas receitas ou os termos de extino da pessoa coletiva. Para redigir os estatutos, os fundadores podem recorrer a modelos pr-existentes que devem alterar consoante a sua vontade. Contudo, alertamos que pode ser til consultar o captulo das pessoas coletivas do Cdigo Civil e obter apoio jurdico para a sua elaborao. Reunir a Primeira Assembleia-Geral Os fundadores da associao devem convocar uma reunio da Assembleia-Geral com a antecedncia mnima de 15 dias. Esta primeira Assembleia no pode tomar decises sem a presena de metade dos seus membros. No decorrer da reunio deve proceder-se aos seguintes trabalhos: Aprovao do Projeto de Estatutos O projeto dos estatutos tem de ser aprovado obrigatoriamente em Assembleia-Geral. Os estatutos consideram-se aprovados por maioria simples, ou seja, 50% mais um dos associados fundadores presentes tem de votar a favor. Eleio dos Elementos dos rgos Nesta assembleia devem tambm eleger-se os membros de cada um dos rgos da associao. As associaes so compostas por trs rgos: Assembleia-Geral, Administrao, Conselho Fiscal. A Assembleia-Geral dirigida por uma Mesa, com trs elementos eleitos (um presidente, um vogal e um secretrio), que tem como funes a destituio dos titulares de todos os rgos da associao, a aprovao do plano de atividades, dos estatutos e dos balanos e a extino da associao. J a Administrao constituda por trs pessoas (um presidente, um secretrio e um tesoureiro) e responsvel pela direo e gesto da associao. O Conselho Fiscal, tambm com um mnimo de trs scios (um presidente, um secretrio e um redator), faz essencialmente o controlo das contas da associao. As decises tomadas na reunio tm de ficar registradas num Livro de Atas. Este documento pode ser constitudo por folhas soltas numeradas sequencialmente e rubricadas pelos representantes do rgo a que pertence. Cada um dos rgos deve ter um Livro de Atas prprio e por cada reunio deve ser elaborada uma ata. O Livro de Atas deve respeitar um termo de abertura (veja o exemplo) e tem de ser apresentado num Servio de Finanas a fim de ser pago o respectivo imposto de selo. Sabia que... Na Assembleia-Geral podem participar todos os scios, a no ser que os estatutos definam excepes. A convocao da Assembleia-Geral deve ser feita pela Administrao pelo menos uma vez por ano para aprovao dos balanos, embora os estatutos possam estabelecer mais reunies obrigatrias e mesmo determinar as suas datas. Outras reunies extraordinrias podem ser convocadas por um grupo de scios com nmero igual quinta parte do total de associados. Porm, os estatutos podem definir um nmero menor que esse.
A reunio da Assembleia-Geral deve ser marcada por aviso postal enviado a cada um dos scios membros do rgo com um mnimo de oito dias de antecedncia, indicando o dia, a hora, o local e a ordem dos trabalhos. Todas as decises so tomadas por maioria absoluta de votos associados presentes, exceo de deliberaes relacionadas com a alterao aos estatutos ou com a dissoluo e prorrogao da pessoa coletiva que exigem o voto favorvel de trs quartos dos scios presentes na reunio.
5. PAPEL DA ASSOCIAO E SEUS INSTRUMENTOS a) em relao aos associados: como motivar/como atrair novos associados Conhecer a associao por dentro. Toda associao precisa conhecer seus associados: quem so os scios? Quais os seus interesses; O que os mobiliza. O papel dos scios. Deve ser transparente, dar informaes claras, e gerar em relao aos companheiros e Comunidade: Confiana; Solidariedade; Compromisso. Fazer com que o associado sinta-se parte de um todo: Tendo senso de responsabilidade; Cobrando responsabilidade de outros associados e d a Diretoria; Dividindo as responsabilidades de modo a no sobrecarregar ningum; Sendo solidrio nas dificuldades de cada scio. A comunicao e integrao. Como sugesto podem ser feitos dois tipos de comunicao: a primeira visando atingir um nmero grande de pessoas atravs de cartazes, carro de som, boca a boca, informes a pessoas-chave, jornal, rdio, vendas bares, escola, igrejas entre outros; e a segunda de maneira mais pessoal, enviando comunicados a casa das pessoas; isso pode motivar bastante os associados. Nos programas de rdio fazer os scios falarem sobre a associao e sua comunidade. Organizar eventos: Tambm para aproximar os scios e cultivar a convivncia; Para gerar confraternizao entre eles; trocar idias, fortalecer os laos de amizade e solidariedade; Pode-se angariar recursos, lembrando que este no o principal objetivo; Prestar contas mensalmente. Como sugesto podem ser organizados campeonatos esportivos, gincanas, festas comunitrias, mutires, bazares entre outros. Vale ressaltar que a comemorao de aniversrios um timo estimulo para os associados ou mesmo mandar um carto felicitando os scios pela data. Se a Associao tem sede, colocar os nomes dos aniversariantes no ms. Capacitao e formao
Capacitar os membros sobre temas de interesse dos associados atravs de: Cursos; Palestras; Seminrios; Oficinas; Manh de estudos; Conferncias; Estas atividades devem ter uma metodologia adequada, dinmica e participativa. Conhecer direitos e deveres Um dos papeis fundamentais da associao em relao aos associados , dentro de um esprito democrtico, garantir e fazer com que os associados conheam seus direitos. Esses direitos tanto podem ser referentes ao espao interno da associao quanto a um campo geral na luta pelo bem comum, pela comunidade e pelo pas. No espao interno temos: O direito de votar e ser votado; De participar das decises; De ser informado das decises, benefcios e aplicao de recursos; De criticar e sugerir; De convocar as assemblias, quando necessrio; De utilizar os equipamentos e bens comunitrios de acordo com o regulamento; Os direitos e os deveres so duas faces de uma mesma moeda por isso associao deve deixar claro que os scios: Tm o dever de participar nas decises; Tm o dever de cobrar informaes sobre decises, benefcios e aplicao de recursos; Tm dever de defender a organizao, contribuir para o seu fortalecimento e desenvolvimento; Devem contribuir mensalmente; Devem dividir responsabilidades; Devem buscar conhecer o estatuto; Devem criticar e sugerir; Devem cumprir as determinaes da assemblia; Devem divulgar as atividades da Associao. Vale ressaltar que os bens comunitrios so de propriedade da todos e de responsabilidade da cada um dos scios. O patrimnio da Associao de todos, assim ningum pode tomar conta desses bens s. b) em relao s outras organizaes Existe vrios grupos organizados, s vezes com objetivos iguais, mas tambm com objetivos diferentes. importante, portanto saber lidar com esses outros grupos organizados, atravs de negociaes, que sero proveitosas para todas as partes. A interao entre entidades pode ajudar as organizaes a se desenvolverem mais, e conseqentemente, aos seus associados e comunidade em geral. Para uma aproximao inicial importante analisar os outros grupos, e verificar se existe alguns projetos iguais, semelhantes ou at mesmo opostos aos propostos pela sua organizao. Aqui o momento de voc identificar possveis parceiros, que possam desenvolver atividades conjuntas.
Afinal juntas vo mobilizar pessoas, captar recursos, perseguir resultados de forma mais prtica e com resultados mais rpidos, afinal quanto mais pessoas trabalhando, mais realizaes so possveis. Alm de conseguir maior eficcia nos resultados das aes, de extrema importncia troca de experincias que pode ser realizada entre organizaes aliadas. Existem tambm outras formas de apoio que algumas entidades de maior porte podem prestar para entidades de menor porte, dependendo do poder de negociao desta: Apoio na comunicao (rdios, carro de som, impresso de panfletos, etc...); Apoio na capacitao e mobilizao; Apoio material; Assessoria tcnica, jurdica e pedaggica; Apoio poltico dentre outros. Vrios instrumentos podem ser usados para isso: Reunies conjuntas; Encontros; Parcerias; Visitas aos locais onde a associao desenvolve seus trabalhos; Troca de correspondncia. Poder tambm levar criao de entidades de articulao: centrais de associaes, plo sindical, coordenao regional, federaes, forums, as quais nem sempre precisam ser legalizadas, basta que tenham uma agenda comum, que se renam e desenvolvam aes comuns. No municpio, importante que haja esta coordenao para uma atuao conjunta, principalmente em sua ao junto ao poder pblico. Mas preciso ter cuidado para no cair na burocracia e na perda de autonomia da cada entidade. Juntar foras, multiplicar esforos para ter melhores resultados. c) papel da associao em relao ao poder pblico O que poder pblico? Instituies criadas para servir a toda populao Servio pblico. So trs esferas com competncias distintas: Poder pblico Municipal Executivo (Prefeito e Secretrios); Legislativo (Cmara de Vereadores); No tem poder judicirio. O conjunto de organizaes pode ser chamado de Sociedade Civil. Estas organizaes tm um importante papel junto ao poder pblico. Este papel est garantido pela Constituio Federal e lei Orgnica.Mas no depende s da lei, mas da fora e energia que as associaes possam ter. d) papel das organizaes da sociedade civil: Mobilizao/Expresso Organizao de Sociedade para acionar o poder pblico em prol de associaes coletivas para o bem de toda a sociedade. Exigindo direitos.Para isso so utilizados instrumentos como: Passeatas, acampamentos; Atos pblicos; Abaixo assinados; Denncias; Greve;
Proposio Propor iniciativas, projetos que atendam interesses coletivos.Passo que vai alm da critica, simplesmente.Utilizam-se os seguintes instrumentos: Iniciativa de projetos de lei 5% dos Eleitores; Uso da Tribuna Livre da Cmara; Proposta de emenda ao projeto do oramento rncaminhando atravs de um Vereador; Abaixo assinado /oficio; Comisso da cmara. Participao nas decises Democracia significa muito mais que o voto puro e simples, pode ser entendida como poder compartilhado. Existem meios de interferir nas decises de maneira direta, instrumentos como: Plebiscito; Referendo; Consulta popular; Instrumentos judiciais: (a) Mandato de segurana coletivo; b)Ao popular; c) Ao civil pblica; Audincia pblica; Participao nos Conselhos de polticas pblicas. Co-gesto Gesto compartilhada entre a sociedade e o poder pblico.Instrumentos: Acompanhamento de obras; Parcerias; Execuo de oramentos; Administrao em conjunto Sociedade Civil e poder pblico de um equipamento, servio; Acompanhamento das sesses da Cmara. Controle Social fiscalizao Garantido pela lei de responsabilidade Fiscal Constituio Federal e lei Orgnica Municipal; Analisar atas e decises do governo, verificando sua legalidade e se atenderem as necessidades da populao; Caso haja irregularidade, falhas, desvios, cobrar a responsabilidade, fazer denncia junto Cmara ao Tribunal de Contas e ao Ministrio pblico(Promotor). Aes Coletivas Direitas Aes que visem chamar ateno da sociedade e do poder pblico; Aes coletivas nem sempre so legais, como as ocupaes, por exemplo, mas podem ser lejtimas; Estas aes podem criar situaes de fato que podem levar as autoridades a tomar uma deciso. Para realiz-las preciso ganhar o apoio da populao e dos meios de comunicao.
6. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E FISCAIS a). OBRIGAES FISCAIS Para efeitos legais de fiscalizao e controle, a associao dever cumprir as seguintes exigncias: Manter livros atualizados para facilitar o preenchimento da Declarao de Iseno de Imposto de
Renda de Pessoa Jurdica (IRPJ), com apresentao anual obrigatria na Receita Federal; Livro de registro de notas fiscais de prestao de servios, mantendo atualizado para efeito de recolhimento do ISS, quando incidir, se a associao prestar servios aos associados; Efetuar controle de numerrios (caixa e Bancos); Emitir e controlar as notas fiscais de prestao de servios, quando da organizao de eventos e outros, com recolhimento do ISS junto Prefeitura do municpio sede. OBS.: Outras obrigaes podero surgir de acordo com o tipo de operao que a associao executar. b) CONTROLES INTERNOS COMUMENTE EXISTENTES Proposta de admisso de associados; Carteira de associado; Controle de anuidades e jias de admisso; Contas a receber; Contas a pagar; Cadastro dos associados; Outros controles segundo a sua atividade e necessidade; Livro caixa. c) COMERCIALIZAO DE PRODUTOS A comercializao dos produtos ser feita em nome de cada produtor, sendo que a associao apenas ir auxili-los na organizao e controle desses produtos desde a sua produo at a distribuio nos mercados consumidores, onde devero ser obedecidos os seguintes procedimentos: a. O produto dever ser transportado da propriedade at o local comum da venda com nota de produtor; b. A venda ser efetuada aos consumidores pelo prprio produtor. d) OBRIGAES SOCIAIS E TRABALHISTAS As associaes, na qualidade de empregadoras, no se diferenciam das demais entidades ou empresas. Por isso devero cumprir todas as obrigaes que envolvem a relao empregador/empregado. Exemplo: Recolher INSS, Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) e Programa de Integrao Social (PIS); Apresentar a Relao Anual de Informaes Sociais (RAIS); Recolhimento das contribuies sindicais do(s) funcionrio(s); Caso haja sobra dos produtos levados para vender, seu retorno propriedade do produtor dever ser legalmente documentado. Para isso, outra nota de produtor dever ser emitida, relacionando todos os itens que no foram comercializados; O Imposto sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao (ICMS) dever ser recolhido pelo produtor atravs de guia de recolhimento prpria, equivalente alquota estabelecida por lei, incidente no valor do produto vendido. Esse recolhimento dever ser feito no municpio de origem do produto (onde ele foi produzido), verificando no Posto Fiscal, ou Coletoria, a data em que dever ser efetuado o recolhimento; A Associao no efetuar nenhum registro da comercializao feita pelo produtor, mas poder cobrar taxa de prestao de servios aos referidos, devendo a mesma emitir notas fiscais de prestao de servios. Sobre esse valor poder incidir o ISS.
Sindicato (base legal na CLT decreto-lei 5.452/43) Sociedade civil sindical sem fins lucrativos. a reunio de pessoas de uma mesma categoria aconmica (profisso) que lutam para defender os interesses de categoria profissional, representando seus interesses e direitos, alm de celebrar contratos coletivos. Para formar um sindicato preciso um nmero mnimo que preencha os cargos de diretoria. Registro de utilidade pblica? Como? Porqu? Para constituir um sindicato preciso: Mobilizao dos interessados; Discusso e elaborao do estatuto e aprovao;
Eleio da diretoria; Ata de fundao, com assinatura dos scios fundadores; Registro de ata de estatuto no cartrio de Registro de pessoas Jurdica na Comarca; Encaminhamento da documentao no arquivo de Entidades Sindicais Brasileiras do ministrio do trabalho; CNPJ na Secretaria da Fazenda Estadual; Abertura de livros ata caixa e de presena;
Organizao Social (base legal na lei 9.637 de 15 / 05 / 98) Pessoa jurdica de direito privado sem fins lucrativos. Tem como atividades ensino, pesquisa cientifica, desenvolvimento tecnolgico, preservao do meio ambiente, cultura e sade. Possui um conselho de administrao formado por representantes do poder pblico, de entidades civis. Os recursos desse tipo de organizao so de origem pblica. O controle da gesto dessa organizao e realizado pelo poder pblico federal. Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico OSCIP (base legal na lei 9.790/99) Pessoa jurdica de direito privado sem fins lucrativos; no distribui excedentes e aplica os recursos para realizar objetivos. Atua nas reas de ensino, pesquisa, assistncia social, preservao do meio ambiente, cultura e sade. As fontes de recursos so atravs de execuo de projetos, doaes e prestao de servio. Os dirigentes podero ser remunerados, existe prestao de contas e auditria externa. So as ONG`S inscritas no Ministrio da justia. As regras de funcionamento, direitos e deveres do scio, organizao administrativa esto em um documento chamado Estatuto. Todos os scios devem conhec-lo.
DIRETORIA EXECUTIVA A Diretoria de uma Associao e composta geralmente por: Presidente e vice-presidente; Secretario e segundo Secretario; Tesoureiro e Segundo Tesoureiro. O mandato da diretoria est estabelecido no Estatuto. A diretoria tem responsabilidade de executar o que decidido em Assemblia, para isso, poder pedir auxilio a alguns associados, sempre que necessrio. A diretoria no s o presidente, um coletivo que deve atuar em conjunto. importante que a diretoria se rena pelo menos uma vez por ms, para organizar as aes que devem ser realizadas. A Diretoria deve motivar os scios, conduzir as aes de forma que todos participem. Em cada reunio de diretoria deve se registrar em ata, em livro prprio as decises nelas tomadas. Uma atribuio muito importante da diretoria desenvolver um plano a partir das necessidades definidas na Assemblia Geral para alcanar os resultados. Caminhos para transformar a realidade Para onde queremos ir? Para transformar a realidade local temos que planejar este caminho. O planejamento o pensar e organizar o futuro a partir do presente sem o qual a gente no transforma a realidade. Sem ele a gente nunca vai poder comear a concretizar nosso sonho Como a Associao consegue realizar melhor as atividades. Para uma Associao conseguir realizar os objetivos de um planejamento. preciso uma Diretoria que tenha: Organizao-dividir as responsabilidades. Cada um responsvel por uma coisa; Democracia interna todos participa das decises e todos tm que cumprir o combinado, mesmo aqueles que no concordam; Controle Administrativo deve haver fiscalizao para ver se todos esto cumprindo o combinado; Direo dirigir, ou seja, tomar decises, indicar caminhos e assumir compromissos. O que um plano de trabalho? So os passos a serem dados para atingir os objetivos do planejamento. O plano de trabalho ajuda a organizar as decises. Os principais passos so: Definir os objetivos e prioridades o que mais importante (onde ser realizada na Assemblia Geral); Levantar as atividades; Escolher os meios adequados e maneiras de fazer as coisas; Identificar os recursos (sem recursos nenhum plano sai do papel); Estabelecer metas e os prazos; Definir como avaliar o plano: - Se o que estamos fazendo est nos levando ao nosso objetivo - Se precisamos adaptar/modifucar os objetivos - Se a maneira utilizada deve ou no ser modificar. Algumas Atividades do Presidente Como representante legal da Associao, cabe ao presidente: Supervisionar as atividades da associao; Cumprir a fazer cumprir o Estatuto; Delegar poderes (tentar criar grupos de trabalho para dividir as responsabilidades e tarefas); Representar oficial e judicialmente a associao; Autorizar pagamentos e verificar saldos; Convocar e presidir as reunies; Assinar Atas e outros documentos da Associao; Assinar, juntamente com o Tesoureiro, cheques, ordem de pagamento, convnio, emprstimo bancrio e outros; Criar fundo de manuteno de aquipamentos e de reserva; Apresentar Assemblia Geral Ordinria, o relatrio e o balano anual, bem como o parecer do conselho fiscal; Analisar a participao dos scios; Outras atribuies que venham a ser estabelecida no Estatuto. Atividades do Secretrio
Lavrar ou mandar lavrar as Atas das reunies da diretoria e da Assemblia Geral; Manter a guarda dos livros sociais; Elaborar as correspondncias, relatrios e outros documentos da Associao; Organizar os documentos arquivando-os por assunto, em pastas separadas; Divulgar avisos, informaes de interesse dos scios; Outras atividades atribudas no Estatuto.
Atividades do Tesoureiro Arrecadar as receitas e depositar no banco; Fazer os pagamentos autorizados pelo Presidente; Zelar pelo recolhimento das obrigaes fiscais, tributrias, previdencirias e outras de responsabilidade da associao e pela cobrana das mensalidades; Fazer ou mandar fazer a escriturao dos livros contbeis e t-los sob sua guarda. Participar de atividades de captao de recursos propondo atividades que possam gerar receita; Assinar convnios, ordem de pagamento e emprstimos juntamente com o Presidente; Zelar pela economia de despesas da Associao; Outras atribuies que venham a ser estabelecida no Estatuto. Observao: O Vice-Presidente, Segundo Secretario e Segundo Tesoureiro assumiro as funes descritas, no caso se substituio dos membros efetivos. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal deve acompanhar as aes da diretoria, verificando se esto de acordo com as deliberaes tomadas em Assemblia. Geralmente constitudo por trs membros efetivos e trs membros suplentes, eleitos para o mandato estabelecido em Estatuto. Os suplentes sero chamados a substituir os efetivos, nas ausncias ou impedimentos destes, em prazo superior a 60 dias. O Conselho Fiscal dever reunir-se, pelo menos de dois em dois meses ou de acordo com as deliberaes tomadas em Assemblias. Este rgo deve fiscalizar as atividades da Associao e, ainda, avaliar o andamento das atividades, verificando a prestao de contas e comprovando as despesas realizadas. Atividades do Conselho Fiscal Examinar sempre a escriturao e o estado financeiro da Associao; Dar perecer, por escrito, sobre o balano, relatrio e contas apresentadas pela Diretoria; Fiscalizar toda Diretoria e a prestao de contas; Estudar o livro caixa, quando achar oportuno; Assistir as reunies da Diretoria, sempre que for necessrio; Divulgao da prestao de contas; Outras atribuies estabelecidas no Estatuto.
PAPEL DA ASSOCIAO EM RELAO AOS ASSOCIADOS: COMO MOTIVAR/COMO ATRAIR NOVOS ASSOCIADOS.
Conhecer a associao por dentro. Toda associao precisa conhecer seus associados: quem so os scios? Quais os seus interesses; O que os mobiliza. Necessita trabalhar idias que ajudem a responder questes que todos tm: Porque estamos fazendo tudo isso? Por que mudar? Vale a pena? Como a Associao trata seus scios? Como os scios vem a associao? O papel dos scios. Deve ser transparente, dar informaes claras, e gerar em relao aos companheiros e Comunidade: Confiana; Solidariedade; Compromisso. Fazer com que o associado sinta-se parte de um todo: Tendo senso de responsabilidade; Cobrando responsabilidade de outros associados e d a Diretoria; Dividindo as responsabilidades de modo a no sobrecarregar ningum; Sendo solidrio nas dificuldades de cada scio. Deve divulgar eficientemente suas atividades: Para aproximar os scios; Para aproximar as pessoas que ainda no so associadas. A comunicao e integrao. Como sugesto podem ser feitos dois tipos de comunicao: a primeira visando atingir um nmero grande de pessoas atravs de cartazes, carro de som, boca a boca, informes a pessoas-chave, jornal, rdio, vendas bares, escola, igrejas entre outros; e a segunda de maneira mais pessoal, enviando comunicados a casa das pessoas; isso pode motivar bastante os associados. Nos programas de rdio fazer os scios falarem sobre a associao e sua comunidade. Organizar eventos: Tambm para aproximar os scios e cultivar a convivncia; Para gerar confraternizao entre eles; trocar idias, fortalecer os laos de amizade e solidariedade; Pode-se angariar recursos, lembrando que este no o principal objetivo; Prestar contas mensalmente. Como sugesto podem ser organizados campeonatos esportivos, gincanas, festas comunitrias, mutires, bazares entre outros. Vale ressaltar que a comemorao de aniversrios um timo estimulo para os associados ou mesmo mandar um carto felicitando os scios pela data. Se a Associao tem sede, colocar os nomes dos aniversariantes no ms. Capacitao e formao Capacitar os membros sobre temas de interesse dos associados atravs de: Cursos; Palestras; Seminrios; Oficinas; Manh de estudos; Conferncias; Estas atividades devem ter uma metodologia adequada, dinmica e participativa.
Conhecer direitos e deveres Um dos papeis fundamentais da associao em relao aos associados , dentro de um esprito democrtico, garantir e fazer com que os associados conheam seus direitos. Esses direitos tanto podem ser referentes ao espao interno da associao quanto a um campo geral na luta pelo bem comum, pela comunidade e pelo pas. No espao interno temos: O direito de votar e ser votado; De participar das decises; De ser informado das decises, benefcios e aplicao de recursos; De criticar e sugerir; De convocar as assemblias, quando necessrio; De utilizar os equipamentos e bens comunitrios de acordo com o regulamento; No campo geral est o direito de ser representado junto ao poder pblico; o associado, atravs de uma aproximao permanente com as instncias de poder, pode cobrar de maneira direta o cumprimento de leis que lhe assegurem direitos, bem como exercer presso no sentido da conquista de novos direitos. A reside uma grande vantagem em ser associado, o exerccio do controle social de maneira organizada, segura e eficaz. neste campo que a associao pode mostrar sua fora. Ela tem uma funo pblica no apenas de representar os associados, mas, a comunidade. Fazer com que os agentes do poder poltico ouam a voz dos associados e procurem atender as demandas da comunidade. Os direitos e os deveres so duas faces de uma mesma moeda por isso associao deve deixar claro que os scios: Tm o dever de participar nas decises; Tm o dever de cobrar informaes sobre decises, benefcios e aplicao de recursos; Tm dever de defender a organizao, contribuir para o seu fortalecimento e desenvolvimento; Devem contribuir mensalmente; Devem dividir responsabilidades; Devem buscar conhecer o estatuto; Devem criticar e sugerir; Devem cumprir as determinaes da assemblia; Devem divulgar as atividades da Associao. Vale ressaltar que os bens comunitrios so de propriedade da todos e de responsabilidade da cada um dos scios. O patrimnio da Associao de todos, assim ningum pode tomar conta desses bens s.
Caso haja irregularidade, falhas, desvios, cobrar a responsabilidade, fazer denncia junto Cmara ao Tribunal de Contas e ao Ministrio pblico(Promotor).
Aes Coletivas Direitas Aes que visem chamar ateno da sociedade e do poder pblico; Aes coletivas nem sempre so legais, como as ocupaes, por exemplo, mas podem ser lejtimas; Estas aes podem criar situaes de fato que podem levar as autoridades a tomar uma deciso. Para realiz-las preciso ganhar o apoio da populao e dos meios de comunicao.
Pois bem, atravs de conversas com seus moradores, ouvindo reivindicaes, pedidos e reclamaes, as associaes podem falar por eles em espaos pblicos importantes, fazendo uso de alguns meios legais e procurando sempre ter certeza de onde est garantido seu direito. O QUE SE PODE E O QUE SE DEVE FAZER Na Cmara Municipal: A lei Orgnica Municipal (LOM) de Alagoinhas, como em geral de outro municpio, no seu ttulo IX, do as associaes alguns instrumentos de participao e fiscalizao dos poderes pblicos; interessante conseguir uma cpia dela e t-la sempre junto aos documentos da entidade. Toda vez que se requerer Cmara o uso de qualquer instrumento como o projeto de Iniciativa Popular, ele dever ser em carter de urgncia se cumprir todas as condies que esto no artigo 203 da lei Orgnica (LOM, artigo 203, pargrafo terceiro). Quando o assunto for de interesse de apenas um bairro ou um distrito, a iniciativa popular poder ser tomada por cinco por cento dos eleitores inscritos e domiciliados neste mesmo bairro ou distrito (LOM, artigo 203, pargrafo segundo) isto se comprova coletando assinaturas de pessoas at atingir ou ultrapassar este nmero de pessoas, e elas devem se identificar com o nmero do seu ttulo de eleitor. Os instrumentos garantidos pela LOM so: Acompanhamento das sesses para acompanhar votao de projetos, desempenho dos vereadores ( importante pedir antes a pauta de votao para saber o que vai ser discutido e em que ordem); Tribuna Popular- usada para denunciar problemas ou discutir um certo assunto. A LOM (artigo 203, pargrafo Sexto) d s associaes o direito de us-la e limita sua durao h dez minutos, sem direito a apartes. Convocao de Sesses Especiais sobre determinados temas deve ser organizada junto com a Mesa da Cmara, convidando-se pessoas especialistas no assunto para debat-lo; as associaes podem prop-lo atravs de petio ou de um Vereador. Convocao de audincias pblicas De acordo com a LOM (artigo 204, pargrafo primeiro e segundo), as associaes com mais de (mil associados?) podem requerer Prefeitura ou Cmara a realizao de audincias pblicas para ter esclarecimentos sobre projetos, obras e outras matrias de sua competncia nas questes de Oramento no h esta exigncia de nmeros de scios. Tanto a prefeitura quanto a Cmara ficam obrigadas a realizar a audincia em no mximo trinta dias a contar da data de entrega do requerimento, e os documentos relativos ao assunto da audincia devero ficar disposio das entidades (incluindo as associaes) e movimentos da sociedade civil depois de dez dias da data do pedido at o momento de realizao da audincia. A audincia pblica poder ser realizada por proposta de um Vereador nas Comisses da Cmara. Petio Mesa da Cmara para conseguir informaes sobre o andamento de projetos ou de relatrios - O artigo 205 da LOM d s entidades da sociedade (incluindo as Associaes) e a qualquer cidado o poder de ancaminhar ao poder Legislativo (Cmara) pedido de informao ou certido sobre atos, contratos, decises, projetos ou quaisquer assuntos de interesse social. Estes pedidos devero ser atendidos em trinta dias, ou, caso no possam ser atendidos, dever ser apresentada justificativa e apresentao de novo prazo em vez da resposta. Em relao ao Executivo estes documentos devem ser fornecidos em 15 dias, conforme lei Federal 9.051 de 18 / 05 / 95. Apresentao de proposta de iniciativa popular de projeto de lei - projeto com assinatura de cinco por cento do eleitorado (LOM, artigo 203, pargrafo primeiro, segundo e terceiro) O projeto apresentado poder ser de uma lei ordinria ou de emenda lei orgnica; a associao ou associaes que o apresentaram tm o direito de designar um representante para defender o projeto no plenrio da Cmara Municipal (LOM, artigo 203, pargrafo quarto), e o Presidente da Mesa tem o dever de receber este projeto e coloc-lo em votao; Conselho Municipal popular - O artigo 206 da LOM cria o Conselho Municipal Popular, cuja regulamentao depende de lei. Cabe s associaes procurar neste Conselho, caso ele j esteja regulamentado, e pressionar para sua regulamentao, em caso contrario. Denncia no Plenrio quando houver descumprimento de lei; impedimento ao exame de livros e documentos; no atendimento a pedidos de informao; Nas Reparties pblicas:
Pedido de informao - A Constituio Federal (artigo 5, inciso XXXlll) d a todos o direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, quase da mesma forma que o artigo 205 da LOM. Caso no se cumpra o prazo estabelecido (15 dias) na LOM ou na lei Federal N 9.051 de 18 / 05 / 95 ou a autoridade pblica no apresente justificativa para o atraso, a autoridade estar cometendo CRIME DE RESPONSABILIDADE, e pode perder o cargo ou o mandato. Para isso deve-se representar junto ao ministrio pblico contra esta autoridade. Petio em defesa de direitos, contra ilegalidade ou abuso de poder-A Constituio Federal (artigo 5, inciso XXXIV) assegura a todos, independente do pagamento de taxas, o direito de petio aos poderes pblicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder. Direito obteno de certides - Todos podem requerer dos poderes pblicos a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos, e esclarecimento de situaes de interesse pessoal (Constituio Federal, artigo 5, inciso XXXIV) (prazo de 15 dias); qualquer autoridade ou funcionrio que se recuse a fornecer certides est cometendo CRIME DE RESPONSABILIDADE, e pode perder o cargo ou o mandato. Fiscalizao das Contas Municipais O Prefeito e a Cmara Municipal tm o dever de prestar contas mensais at quinze dias depois de terminado o ms, e estas contas devero ficar na Secretaria da Cmara Municipal e na prefeitura disposio de qualquer cidado, partido poltico, entidade, associaes ou sindicatos vinte dias depois de recebidas, para que sejam examinadas e apreciadas (LOM, artigo 207, pargrafos primeiro e segundo). Existe tambm, de acordo com a Constituio Federal (artigo 31, Pargrafo terceiro), o dever do poder pblico de, uma vez por ano, manter as contas municipais disposio de qualquer contribuinte (qualquer pessoa que pague imposto) para exame e apreciao. Caso sejam encontradas irregularidades, o artigo 207 da LOM d poder a qualquer cidado, partido poltico, entidades, associao ou sindicato para denunciar irregularidades ou ilegalidades nas contas pblicas ao Tribunal de Contas dos Municpios, Comisso da Cmara e ao Ministrio Pblico. Esta denncia tambm est na Constituio Federal (artigo 74, pargrafo segundo) e na lei de Responsabilidade Fiscal (98/ 99). Reclamao administrativa a Constituio Federal (artigo 37, pargrafo terceiro) d a qualquer cidado o direito de oferecer reclamao quando qualquer servio pblico no lhe seja prestado de uma forma que lhe satisfaa. Na Ouvidoria pblica: A ouvidoria pblica serve para receber toda e qualquer reclamao sobre os servios pblicos. Ela apura as denncias, prope medidas para a punio dos responsveis e acompanha os processos movidos contra eles. No Ministrio pblico (Promotoria): Qualquer cidado ou entidade pode dirigir-se ao promotor de sua cidade, pessoalmente ou por petio, para inform-lo sobre o descumprimento de uma lei ou a prtica de irregularidades por agentes pblicos (representao de improbidade administrativa e crimes de responsabilidade), e tambm para a proteo do meio ambiente, da criana e do adolescente, aos direitos do consumidor e ao patrimnio pblico. No poder judicirio: Os instrumentos so garantidos s associaes, mas precisam de um advogado para que possam ser usados em nome da associao. So eles: Ao popular usada para anular ato do poder pblico que ofenda o meio ambiente, a moralidade administrativa, o patrimnio pblico e o patrimnio histrico e cultural. Qualquer cidado pode mov-la, de acordo com a Constituio Federal (artigo 5, LXXXIII) e com a lei 4.717 / 65. Mandato de Segurana Coletivo usada para defender um direito coletivo ameaado ou violado por ato de autoridade. Qualquer associao legalmente constituda e em funcionamento h mais de um ano pode encaminh-lo, mas isto deve ser feito no mximo at 120 dias depois de se tomar conheci mento do ato irregular (Constituio Federal, artigo 5, inciso LXX). Ao Civil pblica - serve para impedir danos ao meio ambiente e ao consumidor, para proteger bens de valos histrico, paisagstico e esttico e outros direitos coletivos e difusos, como os direitos da criana e do adolescente. Qualquer associao em funcionamento h mais de um ano pode encaminh-la (Constituio Federal, artigo 129, inciso III, regulamentada pela lei 7347 / 85).
Direito educao a educao, de acordo a Constituio Federal, a educao direito de todos dever da famlia e do Estado ou seja, do poder pblico (artigo 205). O artigo 208 indica em seus sete incisos como o poder pblico cumprir seu dever de garantir educao para todos, caso ele no oferea o encino obrigatrio ou o oferea de maneira irregular, a autoridade responsvel por oferecer estar cometendo CRIME DE RESPONSABILIDADE. O acesso ao ensino fundamental direito pblico subjetivo; qualquer cidado, grupo de cidados, associao comunitria, organizao sindical. Entidade de classe ou outra legalmente constituda, e, ainda, o Ministrio pblico, pode acionar o poder pblico para exigi-l0 (Lei 9394 / 96, artigo 5, pargrafo terceiro e quarto).