Balan-O de Massa 1
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b) escape de gs de um bujo pressurizado. c) tanque de combustvel. Os processos tambm so classificados em relao ao tempo, como estado estacionrio ou transiente. 2.1 Processos em estado estacionrio ou regime permanente Se os valores de todas as variveis de processo (todas as temperaturas, presses, concentraes, vazes, etc.) no se alteram com o tempo (a menos de pequenas flutuaes) o processo dito que opera em estado estacionrio ou regime permanente. 2.2 Estado Transiente (ou no permanente) So aqueles processos onde ocorrem alteraes dos valores das variveis de processo com o tempo. Os processos em batelada e semi-contnuos, pela sua natureza, so operaes em estado transiente, j que ambos os casos h alterao das variveis ao longo do tempo. No exemplo dos reagentes colocados no tanque de forma instantnea, haver em cada tempo a alterao da composio do sistema, alm das decorrentes alteraes de presso, temperatura, volume, etc. No caso do escape de gs do butijo, haver alterao da massa e da presso dentro do sistema com o tempo. Os processos contnuos, no entanto, podem ocorrer tanto em regime permanente quanto em transiente. Se um dado ponto do sistema as variveis alterarem-se com o tempo, o regime ser transiente. Mas, se naquele ponto, no houver alterao, o regime ser permanente, mesmo que essas variveis tenham valores diferentes em um outro ponto do mesmo sistema, mas tambm a constantes no tempo. Consideremos o exemplo da parede de um forno de cozimento dentro da qual a temperatura igual a 200C. A temperatura do lado externo ambiente (25C). Quando se inicia o aquecimento do forno, a temperatura da parede interna ser de 200C e da externa 25C. Com o decorrer do tempo, a temperatura da parede externa ir aumentando at atingir uma temperatura final de 40C, por exemplo, e a partir da estabilizar-se- e se formar um perfil de temperaturas definido em funo das propriedades do material que compe o material. Ento at que a temperatura atinja esse valor inicial, o processo transiente pois a temperatura variou neste ponto (parede externa) com o tempo. Quando a temperatura da parede externa no mais se alterar, o regime atingiu regime permanente. Observemos que continuamente haver passagem de calor porque h uma diferena de temperatura entre as duas faces da parede do forno, mas em qualquer posio da parede isolante do forno, a temperatura ser constante com o tempo e o processo se desenvolve em estado estacionrio. Observemos que regime permanente no quer dizer equilbrio. Num determinado processo, se o equilbrio for alcanado, cessar a passagem de calor. A Figura 3.1 esquematiza este exemplo.
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T=200C
T=25C t0=0 Q T=30C t1>t0
T=200C
Q T=45C
T=200C
Q
t2>t1 permanente
Figura 3.1 Perfis de Temperatura Os processos em batelada so comumente utilizados quando quantidades relativamente pequenas de um produto necessitam ser produzidas em dadas ocasies. Os processos contnuos so usualmente desenvolvidos quando se necessitam de grandes produes. Eles so normalmente operados em estado estacionrio ocorrendo o estado transiente na partida do processo (start-up) ou quando ele necessita ser intencionalmente ou acidentalmente reparado. 1.2 Equao de Balano Suponha que ao final de um dado ms voc recebeu R$1000,00 de salrio. Perdeu R$200,00, gastou R$700,00 e ganhou R$400,00 na loteria. A quantidade de dinheiro acumulado no final do ms ser: = dinheiro que entra por ms dinheiro que desapareceu no ms = R$ (1000,00 + 400,00 - 200,00 - 700,00) = R$500,00 Assim, neste ms voc acumulou R$500,00. Suponhamos agora um processo contnuo onde entra e sai metano vazo qe (kg CH4/h) e qs (kg CH4/h), respectivamente, representado na Figura 3.2. As vazes foram medidas e constatou-se que qe diferente de qs. H cinco explicaes para este fato: 1- Est vazando metano atravs do equipamento; 2- O metano est sendo consumido como reagente; 3- O metano est sendo gerado como produto; 4- O metano est acumulando na unidade, possivelmente sendo absorvido em suas paredes; 5- As medidas esto erradas. Se as medidas esto corretas, e no h vazamento, as demais possibilidades (uma ou ambas) so responsveis pela diferena constatada.
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UNIDADE DE qe (kg CH4 / h) PROCESSO Figura 3.2 Unidade de processo Um balano (ou contabilidade) de massa de um sistema (uma nica unidade, vrias unidades ou o sistema como um todo) pode ser escrito na seguinte forma geral: SAI = ENTRA + GERADO CONSUMIDO - ACUMULADO
(dentro do sistema) (dentro do sistema) (atravs da fronteira) (atravs da fronteira) (dentro do sistema)
qs (kg CH4 / h)
Esta a equao geral de balano que pode ser escrito para qualquer material que entra ou deixa um sistema: pode tanto ser aplicado a massa total de componentes do sistema ou a qualquer espcie molecular ou atmica envolvida no processo. Ns podemos tambm escrever dois tipos de balanos: A) Balanos Diferenciais So os balanos que indicam o que est acontecendo num dado sistema num dado instante. Cada termo da equao de balano expresso em termos de uma velocidade (taxa); e tem unidade da quantidade balanceada dividida pela unidade de tempo (g SO2 / h; pessoa/ano; barris / dia). Este o tipo de balano usualmente aplicado a um processo contnuo. B) Balanos Integrais So os balanos que descrevem o que acontece entre dois instantes de tempo (t). Cada termo da equao de balano ento uma quantidade balanceada com sua respectiva unidade (g SO2; pessoas, barris) Este tipo de balano usualmente aplicado a processos em batelada, como os dois instantes de tempo sendo o momento imediatamente aps a entrada da alimentao e o momento imediatamente anterior retirada do produto. Os termos gerado e consumido se referem produo ou consumo de matria relacionados s transformaes provocadas por reaes qumicas. Podem, portanto, serem substitudos pelo termo reage. Se um dado componente a ser balanceado estiver sendo produzido no interior do sistema, o termo ser positivo; caso contrrio ser negativo. Assim,
O acmulo de massa, prprio dos sistemas em regime transiente, relaciona a taxa de aumento (ou diminuio) de matria com o tempo (dmA/dt). Se em uma dada unidade de processo entram qAe (kg/s) de um dado componente A e saem qAs (kg/s) desse mesmo componente, havendo reao qumica (consumo ou gerao do componente) taxa rA (kg/s), a equao se transforma em:
q As = q Ae + rA
dm A dt
Nas sees seguintes estudaremos diferentes processos e realizaremos clculos a partir da equao geral de balano.
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2 BALANO TOTAL DE MASSA So os balanos envolvendo a massa total do conjunto de todos os componentes que entram e saem do sistema. 2.1 Processos Contnuos Num balano total de massa, desaparecem os termos sobre a gerao e consumo da equao geral, uma vez que a matria no pode ser criada nem destruda (a menos das reaes nucleares). Isto porque, a produo de uma ou mais substncias o resultado do consumo de outra ou mais substncias. Assim duas alternativas podem ocorrer: a) Estado no-estacionrio SAI = ENTRA ACUMULA Ou (dm/dt) = qe qs (kg/s)
b) Regime Permanente Como no h acmulo de matria, a quantidade total de massa que entra deve necessariamente ser igual quantidade que sai. Da: ENTRA = SAI 2.2 Processos em Batelada Pela prpria natureza, esses processos se desenvolvem em regime transiente. Como qe = qs = 0, j que no h matria atravessando a fronteira, vem: dm/dt = 0 MASSA FINAL = MASSA INICIAL 3 BALANO DE MASSA PARA UM COMPONENTE Consideremos que a espcie A participa de um dado processo. O balano de massa para esta espcie depende de cada tipo de operao. 3.1 Processos em Batelada 3.1.1 Balano para um componente com reao qumica Da equao geral vem: SAI = ENTRA = 0, ento: ACUMULA (A) = REAGE (A) e dmA/dt = rA qs = qe (kg/s)
3.1.2 Balano para um componente sem reao qumica Como ENTRA = SAI e REAGE = 0, temos: dmA/dt = 0 e MASSA INCIAL DE A = MASSA FINAL DE A
Exemplo 1-Uma reao com estequiometria A B realizada a volume constante em um reator em batelada isotrmico. A velocidade de consumo de A, rA, diretamente proporcional
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concentrao molar de A no reator e ao volume (L). A concentrao inicial de A no reator 0,100 moles/L. Escreva a equao diferencial para A e a use para calcular o tempo necessrio para atingir 90% de converso de A. rA = (moles/s) = - 0,200 CA (moles/L) V(L) (o reagente A est sendo consumido) Soluo: Processo em batelada (regime transiente) A equao do balano , como qe = qs = 0, torna-se:
acmulo reage = 0
dn A dV dC rA = 0 V A + C A dt dt dt
dC A = 0,200C AV = rA V dt
Para termos uma converso de 90%, a concentrao final de A deve ser 10% da concentrao inicial 0,100 moles/L. Desta forma, CAf = (0,1) 0,100 = 0,01 moles/L. O balano diferencial que obtivemos pode facilmente ser integrado para obtermos a soluo analtica. Da equao diferencial obtida, podemos separar um lado da equao dependente de CA e outro lado da expresso dependente de t. Aplicando os devidos limites de integrao, podemos integrar e chegar soluo analtica. Vejamos:
dC A = 0,200dt CA
f dC A = 0,200 dt C A0 dt t0
C Af
0,010 ln 0,100 = 11,5s tf = 0,200 Outra forma de resolvermos a equao diferencial obtida atravs de mtodos matemticos de solues de equaes diferenciais ordinrias de primeira ordem, tais como mtodos de Euler, Runge-Kutta, Runge-Kutta-Gill, Runge-Kutta-Merson, etc.
Exemplo 2- Duas misturas metanol-gua de composies diferentes esto contidas em recipientes separados. A primeira mistura contm 40% de metanol e a segunda 70% metanol em massa. Se 200g da primeira mistura so combinados com 150g da segunda mistura, qual a massa e a composio do produto. Considerar que no h interao entre o metanol e a gua.
Soluo: Como podemos constatar, o processo no contnuo, e sim e batelada, sem reao qumica. Embora o processo no seja contnuo, podemos fazer um fluxograma para facilitar a compreesso. 200g 0,4 g CH3OH / g 0,6 g H2O / g 150g 0,7 g CH3OH / g
MISTURADOR
Q (g) x (g CH3OH / g)
0,3 g CH3OH / g
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Observemos que as correntes de entrada e sada, mostradas no diagrama, denotam estados iniciais do sistema em batelada. Como no h reao qumica, temos simplesmente que: ENTRA = SAI Balano global: 200g + 150g = Qe (g) Qe = Qs = 350g Balano para o metanol:
g 0,4 gCH 3OH 0,7 gCH 3OH + 150 = Qs x CH 3OH 200 g g g g mistura mistura mistura gCH 3OH X = 0,529 g mistura (200)(0,4) + (150)(0,7) = (350)( X )
SAI(A) = ENTRA(A) + REAGE (A) ACUMULA(A) Ou dmA/dt = qAe qAs + rA a prpria equao geral de balano. Lembremos que se A consumido, o sinal do termo de reao negativo, se produzido o sinal positivo.
b) em estado estacionrio:
SAI(A) = ENTRA(A)
ou
qAe = qAs
Exemplo 3 Um reator contnuo de tanque agitado usado para produzir um composto R em fase lquida pela reao AR. A alimentao entra no reator a uma vazo qe (L/s), a concentrao do reagente na alimentao CAe (g-mol A/L) e a densidade desta corrente e (g/L). O volume do contedo do tanque V(L). O vaso pode ser considerado perfeitamente misturado, tal que a densidade e a concentrao de A no tanque igual a da corrente da sada. Para este processo a velocidade de consumo de A dada por rA= -kCA (molA / s.L). Escreva um balano diferencial para a massa total e para o componente A.
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qe ( L / s) e (g / L) CAe (mols A / L) V(L) s qs (L / s) s (g / L) CAe (mols A/ L) Figura 4.3 Reator do Exerccio 3 Soluo : Processo contnuo, com reao qumica em regime permanente. Balano total: ENTRA ACUMULA = SAI Entra (g/s) = qe (L/s). e (g/L) Sai (g/s) = qs (L/s). s (g/L) Acmulo (g/s) = dm/dt = d (sV) / dt Da: d ( sV ) = (qe )( e ) (qs )( s ) dt d s dV + s = e qe s qs dt dt
Resolvendo: V
Considerando-se no haver variao substancial na densidade antes e aps o processo, d/dt=0, portanto a equao fica:
dV = e qe s qs dt
Com a considerao que e = s temos: Balano de A: Entra (moles A/s) = qe (L/s). CAe (moles A/L) Sai (moles A/s) = qs (L/s).CAs (moles A/L)
dV/dt = qe - qs
dC A dV + CA = qeC Ae qsC As kC AV dt dt
Exemplo 4 - 1000 kg/h de uma mistura de benzeno (C6H6) e tolueno (C7H8) que contm 50% em massa so separados em uma coluna de destilao em duas fraes. A vazo mssica de benzeno na corrente de sada do topo 450 kg B / h e para o tolueno na corrente de sada do fundo 475 kg T / h. A operao se desenvolve em regime permanente. Escreva os balanos de massa para o benzeno e o tolueno. Calcular as vazes no conhecidas nas correntes de sada.
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450 kg B / h 500 kg B / h 500 kg T / h DESTILADOR 475 kg T / h q2 (kg B / h) Figura 3.5- coluna de destilao benzeno-tolueno Soluo: Processo contnuo em estado estacionrio, sem reao qumica Balano para o benzeno: 500 kg B / h = 450kg B/ h + q2 q2 = 50 kg B / h Balano para o tolueno: 500 kg T / h = q1 + 475 kg T / h q1 = 25 kg T / h Conferindo: Balano de massa total ENTRA = 1000 kg / h SAI = 450 + q1 + q2 + 475 = 1000 kg / h
4 PROCEDIMENTO PARA REALIZAAO DE CLCULOS DE BALANO DE MASSA
q1 (kg T / h)
Todos os problemas de balano de material so variaes de um nico tema: dados valores de algumas variveis nas correntes de entrada e sada, calcular os valores das demais. A resoluo das equaes finais uma questo de lgebra, mas a obteno destas equaes depende do entendimento do processo. Alguns procedimentos facilitam esta tarefa de a partir da descrio do processo, montar-se as equaes de balano correspondentes.
4.1 Indicao das variveis no fluxograma
Algumas sugestes para indicao das variveis nos fluxogramas auxiliam os clculos de balano de material. 1-Escreva os valores e unidades de todas as variveis conhecidas sobre as linhas que indicam as correntes de processo. Por exemplo: uma corrente contendo 21% de O2; 79% N2 molar a 520C e 1,4 atm fluindo a uma vazo de 400g-mols / h pode assim ser indicada: 400 mols / h 0,21 mols O2 / mol 0,79 mols N2 / mol T= 520C; P = 1,4 atm Quando isso realizado para todas as correntes, voc tem um sumrio das informaes conhecidas acerca do processo. 2- Indique sobre as respectivas correntes as variveis desconhecidas com os smbolos algbricos e unidades. Por exemplo: se as fraes molares do exemplo anterior no forem conhecidas, a corrente poderia ser assim indicada:
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400 mols / h XO2 (mols O2 / mol) XN2 (mols N2 / mol) T= 520C; P = 1,4 atm No nos esqueamos que Xo2 + XN2 = 1. Assim podemos escrever tambm: 400 mols / h X (mols O2 / mol) 1- X (mols N2 / mol) T= 520C; P = 1,4 atm 3- Se a vazo volumtrica de uma corrente conhecida, til indic-la no fluxograma na forma de uma vazo mssica ou molar, uma vez que os balanos no so normalmente escritos em termos de quantidades volumtricas, pois freqentemente h variao de densidade. 4- Quando vrias correntes de um processo esto envolvidas, interessante numer-las. Assim, as vazes mssicas podem ser indicadas por Q1, Q2, Q3, etc.
Exemplo 5 - Uma experincia de velocidade de crescimento de microorganismos requer o estabelecimento de um ambiente de ar mido enriquecido em oxignio. Trs correntes so alimentadas cmara de evaporao para produzir uma corrente de sada com a composio desejada.
A) gua lquida, alimentada a vazo de 20 cm3 / min B) ar (21% O2, 79% N2 molar) C) oxignio puro, com vazo molar igual a um quinto da vazo molar da corrente B O gs de sada analisado em um cromatgrafo e observa-se que ele contm 1,5% molar de gua. Calcule as variveis desconhecidas. Soluo: Processo contnuo, em regime permanente, sem reao qumica. Seja N a indicao do nitrognio; O de oxignio e A de gua. Q2 mols O2 /min CMARA DE Q1 mols ar /min XO1 = 0,21 mols O2 / mol XN1 = 0,79 mols N2 / mol EVAPORAO Q4 mols/min XA4 =0,015 mols H2O/mol XN4 = mols N2 / mol XO4 = moles O2 / mol Q3 mols A / min Figura 3.6 Evaporao Sabemos que: Q2 = (1/5) Q1
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Balano molar total: ENTRA = SAI Q1 + Q2 + Q3 = Q4 Q1 + 0,2 Q1 + Q3 = Q4 Q1 = 60,80 mols /min Balano de N2: 0,79 Q1 = XN4 Q4
XN4 = 0,648 mol N2
O fluxograma da Figura 3.7 mostra uma destilao de uma mistura de benzeno (C6H6) e tolueno(C7H8). Amplie a escala para a produo de 100 lbm/min de corrente superior de sada. 0,5g 1g 0,6 g benzeno 0,4 g tolueno COLUNA DE DESTILAO 0,5g 0,3g B / g 0,7g T / g Figura 3.7 Coluna de Destilao Mudana de Escala necessrio inicialmente calcular-se as fraes mssicas de cada corrente de entrada. 0,6 g B = 0,6 g B / g 1g e 0,4g T = 0,4 g T / g 1g 0,9g B / g 0,1g T / g
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Composio de entrada: 60% B; 40% T; Composio da corrente de sada superior: 90% B; 10% T Composio da corrente de sada inferior: 30% B; 70% T. 100 lbm / min 200 lbm/min 0,6 lbm B / lbm 0,4 lbm T / lbm COLUNA DE DESTILAO 100 lbm / min 0,3 lbm B / lbm 0,7 lbm T / lbm Figura 3.8 Coluna de destilao Escala alterada fundamental checar o balano, para certificar-se que a mudana de escala manteve o processo balanceado. Balano Global: ENTRA=SAI Entra: 200 lbm /min Sai: 100 + 100 lbm /min Balano de massa para o benzeno: Entra: 200 lbm / min x 0,6 lbm B / lbm = 120 lbm B / min Sai: 100(0,9) + 100(0,3) = 120 lbm B /min Note que no podemos alterar a escala de massa para mol (ou vazo mssica para vazo molar) ou vice-versa atravs da simples multiplicao. Converses deste tipo s podem ser realizadas segundo o procedimento anteriormente realizado. Desde que um processo pode ter sempre modificada sua escala, os clculos de balano de material podem ser realizados em qualquer base conveniente de quantidade de matria ou de fluxo de matria, e posteriormente alterados para uma escala desejada. O primeiro passo no procedimento de um balano de um procedimento escolher uma quantidade (bsica ou molar) ou vazo (mssica ou molar) de uma corrente ou de um componente de uma corrente como uma base de clculo. Todas as variveis desconhecidas de uma corrente sero ento determinadas relativas a base escolhida. Se uma quantidade ou vazo fornecida, mais conveniente utiliz-lo como base de clculo; todos os clculos subseqentes fornecero automaticamente os valores corretos para o processo. Se nenhuma quantidade ou vazo conhecida, deve-se assumir uma. Neste caso, escolhe-se uma quantidade de uma corrente com composio conhecida. Se a frao fornecida for molar, escolhe-se uma quantidade (ou vazo) molar, via de regra 100 mols, caso contrrio escolhe-se uma quantidade mssica. Tambm nesse caso o nmero mais indicado 100 (100 kg; 100g, 100 lbm, etc.).
Exemplo 6 Uma soluo aquosa de Ca(OH)2 contm 25% de Ca(OH)2 em massa. Deseja-se obter uma soluo com 5% dessa base, diluindo-se a soluo original com gua pura. Calcule a relao g H2O / g soluo alimentada.
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Soluo : Como no so dadas as vazes de entrada e de sada, estabelecemos uma base de clculo de 100 g/min de soluo de alimentao. Assim: 100 g/min 0,25 g Ca(OH)2 / g 0,75 g H2O / g Q1 (g H2O / min) Figura 3.9 Tanque diluidor Ento para um processo contnuo em regime permanente e sem reao qumica: Balano total: ENTRA = SAI 100 + Q1 = Q2 Balano Ca(OH)2 : ENTRA = SAI 100 (0,25) = Q2(0,05) Q2 = 500 g / min Q1 = Q2 100 = 400 g / min
Q 400 gH 2O = = =4 gsoluao alimentaao 100 100
Fica como sugesto utilizar outra base de clculo e verificar o resultado encontrado.
4.3 Procedimento geral para clculos de balano de massa
Dada a descrio de um processo, o valor de vrias variveis de processo e a lista daquelas a serem determinadas: 1- Desenhe um fluxograma e indique todos os valores das variveis conhecidas; 2- Escolha base de clculo, uma quantidade ou vazo de uma das correntes. Se nenhuma quantidade ou vazo for conhecida, assuma uma qualquer como base de clculo (100kg, 100 kg/h, etc.) 3- Indique no fluxograma, atravs de letras e ndices, as variveis desconhecidas. 4- Converta valores de volumes e vazes volumtricas em quantidades mssicas ou molares, usando dados tabelados de densidade ou da lei dos gases. 5- Se houver uma mistura de unidades mssicas e molares, conveniente adotar-se uma ou outra para realizao dos clculos transformando-as de acordo com procedimento j estudado (converso de frao mssica em molar e vice-versa). 6- Escreva equaes de balano material, identificando o tipo de processo em questo (contnuo, batelada, transiente, permanente, com ou sem reao qumica). Como as equaes de massa so interdependentes, se no houver reao e N espcies estiverem presentes, voc pode escrever um mximo de N equaes. Se uma for equao de balano total, ento voc escrever N-1 equaes para componentes. Escreva os balanos numa ordem tal que envolvam o menor nmero de variveis desconhecidas sejam escritas em primeiro lugar. Lembre-se que o nmero de equaes tem que ser iguais ao nmero de variveis desconhecidas. Caso contrrio, h algo errado.
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Quando se tem mais que uma unidade compondo um determinado processo, fundamental definir-se as fronteiras dentro das quais se est se realizando o balano. O espao delimitado por essas fronteiras usualmente denominado de volume de controle (VC) ou sistema (e sub-sistema). Um VC pode ser um processo como um todo, ou uma parte apenas. Pode combinar unidades interligadas ou localizar-se sobre uma mesma unidade ou mesmo ponto de juno ou diviso de correntes de processo. Para a identificao dos diferentes sistemas considerados, utiliza-se o desenho de blocos em linhas pontilhadas em torno da regio considerada no fluxograma, tomando-se para efeito de balano, as correntes de fluxo que atravessam essas fronteiras imaginrias. Consideremos o fluxograma abaixo de um processo contendo 2 unidades e 5 VC. Alimentao 2 A B Alimentao1
UP1
C 11
E
UP2
Figura 3.10 Sistema com mltiplas unidades Os volumes de controle ficam assim delimitados: A) Compreende o processo como um todo, compreendendo todas as correntes de alimentao e produto (volume de controle global). B) Compreende um ponto de mistura de duas correntes de alimentao. C) Compreende a primeira unidade de processo D) Compreende um ponto de separao (diviso de correntes) E) Compreende a segunda unidade de processo F) Compreende um sub-sistema formado pela unidade de processo 1 (UP1) e pelo volume de controle D. O procedimento para resoluo de problemas de balano de massa nesses processos com mltiplas unidades basicamente o mesmo daquele utilizado para uma simples unidade, exceto que com mais de uma unidade ns devemos ter que isolar e escrever balano em vrios sub-sistemas (em cada volume de controle) para obtermos equaes suficientes para a determinao das variveis de processo desconhecidas. aconselhvel fazer-se inicialmente o balano no volume de controle do processo global como um todo, de modo a visualizar-se as quantidades no conhecidas, e a partir da, escolhe-se os prximos volumes de controle a
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serem analisados. O ideal desenhar-se as fronteiras do sistema de um modo a conterem a menor quantidade possvel de variveis desconhecidas.
Exemplo 7 - O fluxograma de um processo de destilao contnua em estado estacionrio mostrado na Figura 3.11. Cada corrente contm 2 componentes, chamados de A e B em diferentes propores. Calcule as vazes e composies das correntes 1,2 e 3.
40 kg / h 0,9 kg A / kg 0,1 kg B / kg 100 kg / h 0,5 kg A / kg 0,5 kg B / kg 1 30 kg / h 0,3 kg A / kg 0,7 kg B / kg Figura 3.11 Fluxograma com vrios volumes de controle 2
Figura 3. 12 Fluxograma com Reciclo Uma operao tambm comum na indstria qumica o desvio de uma parte de alimentao de uma unidade e a combinao dessa corrente chamada de by-pass com a corrente de sada daquela unidade. Um fluxograma tpico apresentado na Figura 3.13. O procedimento para o clculo de balano nesses processos com reciclo e by-pass baseado no mesmo adotado para processos com mltiplas unidades.
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Alimentao
Unidade de Processo
produto
Corrente de by-pass Figura 3.13 Fluxograma com by-pass Outro procedimento adotado nas indstrias qumicas consiste da purga, em que parte de uma corrente que no interessa separada da parte de corrente de interesse. Na Figura 3.14, vemos um fluxograma de um processo com reciclo e purga. Problemas envolvendo reciclo e purga de correntes so freqentemente encontrados na indstria qumica. As correntes de reciclo na engenharia qumica so usadas para enriquecer um produto, para conservar energia, ou para reduzir custos operacionais. So vrios exemplos industriais onde estas correntes podem estar presentes. Em processos fsicos de separao podemos citar: a) em torres de destilao, parte do destilado retorna torre como refluxo para enriquecer o destilado no componente mais leve, obtendo uma melhor qualidade do destilado, quanto maior for essa corrente de refluxo; b) em operaes de secagem com ar, parte do ar efluente do secador reciclado, misturandose com o ar fresco na entrada do secador, aquecendo apenas o ar fresco e mantendo o ar em nvel razovel. No item a, o reciclo usado para melhorar a qualidade do produto, no item b, para reduo do custo operacional.
Alimentao Nova
Processo
Produto
Reciclo I
IV
Purga
Figura 3.14 Fluxograma com Reciclo e Purga Nos processos qumicos com reao, como nos processos de refino de petrleo, a maioria das correntes so misturas muito complexas, exigindo muitas etapas de separao que envolvem reciclo de algumas correntes. Nos reatores catalticos, como nos processos de sntese de amnia a partir de N2 e H2, ou sntese de metanol a partir de CO e H2, somente parte dos gases presentes na carga reagem, ou seja, a converso no produto final no total. Os produtos so separados e a mistura gasosa no convertida em produto reciclada para o reator, aps ser misturada coma carga fresca (alimentao nova). Estas operaes de reciclo so importantes, pois desta forma se consegue um aproveitamento maior da matria-prima, levando a uma reduo do custo de operao, apesar do maior custo de investimento, uma vez
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que reatores precisaro ter maior capacidade para permitir processar uma vazo maior de carga do reator. Se componentes inertes (que no participam da reao qumica) estiverem presentes na carga (alimentao), tais como o argnio (proveniente do ar) na mistura de N2-H2 (carga do conversor de amnia), necessrio que se faa uma purga contnua da mistura gasosa no convertida para limitar a concentrao deste inerte na entrada do reator, ou seja, no se fazendo a purga e reciclando todo o material noreagente, a concentrao de inerte cresceria ilimitadamente no reator. Freqentemente, os clculos de reciclo provocam dificuldades. Os clculos de reciclo so feitos para o estado estacionrio, ou seja, no h perda ou acrscimo de massa no processo, nem na corrente de reciclo.
Exemplo 8: O fluxograma de um processo para recuperao de cromato de potssio (K2CrO4) a partir de uma soluo aquosa deste sal mostrada na Figura 3.15.
H2O
evaporador Cristalizador e filtro
Figura 3.15 Fluxograma de um processo de recuperao de K2CrO4 Nesta operao, 4500 kg/h de uma soluo com 33,33% de K2CrO4 em massa combinada com uma corrente de reciclo contendo 36,36% de K2CrO4 em massa. A corrente formada pela juno das duas correntes anteriores alimentada ao evaporador. A corrente concentrada que deixa o evaporador contm 49,4% de K2CrO4 em massa; esta corrente alimentada ao cristalizador, na qual resfriada (formando cristais de K2CrO4) e ento filtrada. A torta de filtro contm cristais de K2CrO4 e uma soluo (que umedece a torta) que contm 36,36% de K2CrO4 em massa; os cristais so responsveis por 95% da massa total da torta. A soluo que passa atravs do filtro tambm tem 36,36% K2CrO4 em massa e constitui-se na corrente de reciclo. Calcular a massa de gua removida pelo evaporador, a taxa de produo de K2CrO4 cristalino, a relao (kg reciclo / kg alimentao nova) e as vazes com que o evaporador e o cristalizador devem ser projetados.
Soluo: Seja K representando o K2CrO4 e A representando a gua. Na corrente 5, seja Q5C a vazo mssica dos cristais e Q5S a vazo mssica da soluo.
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Fundamentos de Processos
Q3 kg A/h
III
Q1 = 4500 kg/h I Q2 kg/h II xk2 = kg K/h xA2 = kg A/h R kg/h xKR = 0,3636 kg K / kg xAR = 0,6364 kg A /kg Evaporador Q4 kg/h IV xk4 =0,4940 kg K/h xA4 = 0,5060kg A/h
Cristalizador e filtro
Q5 kg/ h
R kg/h
Figura 3.16 - Fluxograma de um processo de recuperao de K2CrO4 O processo contnuo, sem reao qumica, portanto: Q1 = Q3 + Q5 como: Q5 = Q5C + Q5S
Q1 = Q3 + Q5C + Q5S
Balano Global para o K: Q1 xk1 = Q5C + Q5S xK5S 4500,0 (0,3333) = Q5C + Q5S (0,3636) Mas h uma relao entre Q5C e Q5S: E voltando na equao anterior:
Q5C =
Q5S = 0,05263(1472) = 77,5 kg soluo / h Na equao global de massa: 4500 = Q5S + Q5C + Q3
Considerando que no cristalizador temos apenas duas variveis desconhecidas envolvidas (Q4 e R), j que Q5 foi determinado ( 1472+77,5 = 1550 kg/h), enquanto que nos demais sistemas h mais de duas variveis desconhecidas, ento: Balano de massa no cristalizador: Q4 = Q5 + R (kg/h) Balano de gua no cristalizador: 0,506 Q4 = 0,6364 Q5S + 0,6364 R (kg A/h) Como: Q5S = 77,5 kg/h Q4 = 97,35 + 1,258 R Resolvendo-se esta equao com o balano total nessa unidade: R = 5630 kg/h Q4 = 7180 kg/h 5630 reciclo kg reciclo = = 1,25 Logo: a lim entaao nova 4500 kg alim. nova A alimentao no evaporador ser: 4500 + R = Q2 Q2 = 10130 kg/h Cheque no evaporador: Q3 + Q4 = 2950 + 7180 = 10130 kg/h
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