Estudo de Impacto Ambiental

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MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG

EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0007

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA.


CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL


LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO

VOLUME V

SETEMBRO DE 2007

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0007

EMPRESA RESPONSVEL POR ESTE RELAT RIO


Razo social: Brandt Meio Ambiente Ltda. CNPJ: 71.061.162/0001-88 http: www.brandt.com.br Diretor: Srgio Avelar

Nova Lima / MG - Alameda do Ing, 89 - Vale do Sereno - 34 000 000 - Nova Lim a - MG - Tel (31) 3071 7000 - Fax (31) 3071 7002 - [email protected]

EQUIPE TCNICA DA BRANDT MEIO AMBIENTE


ESTA EQUIPE PARTICIPOU DA ELABORAO DESTE DOCUMENTO E RESPONSABILIZA-SE TECNICAMENTE POR SUAS RESPECTIVAS REAS TCNICO FORMAO / REGISTRO PROF. RESPONSABILIDADE NO PROJETO

Armando Guy Britto de Castro Anderson Martins Guimares Ataliba Coelho tila Souza da Costa Carlos Eduardo de Viveiros Grelle Csar Horn Fernanda Sampaio Giovanni Galavotti

Eng de Minas CREA MG 7472/D Gelogo CREA MG 91229/D Gegrafo Eng. Agrimensor CREA MG 4000986 Bilogo CRB 12.026/2-D Eng. de Minas CREA-MG 74.515/D Enga Qumica CRQ/MG 02301437 Gegrafo CREA MG 05001836 Eng. Metalurgista e de Segurana do Trabalho CREA MG 75.798/D Bilogo CRB 8727/89 Biloga CRB 13.071/4-D Econom ista CORECON/MG 5.883D Biloga Biloga CRB 13429/4-D Eng. de Minas CREA-MG 34.225/D

Reviso do docum ento Descrio do empreendimento Diagnstico espeleologico Qualidade do ar e rudo ambiental Levantam ento da m astofauna Elaborao e Integrao do Docum ento Reviso da caracaterizao da Qualidade das guas Geoprocessam ento e tratam ento de imagens satlite Anlise Preliminar de Perigos

Gustavo Henrique Tetzl Rocha

Leonardo Vianna Lilia C. de Senna Horta Luiz Otvio Pinto de Azevedo Marcela Lisboa Pim enta Maria Guimares Vieira dos Santos Marcelo Guim ares Corra

Levantam ento da vegetao Coordenao do m eio bitico Coordenao do m eio antrpico Caracterizao Limnologica Compilao de dados para o meio bitico Gerente de projetos

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Continuao TCNICO FORMAO / REGISTRO PROF. RESPONSABILIDADE NO PROJETO

Moiss Perillo

Gelogo CREA-MG 71.183/D Biloga Bilogo CRB 21.463/02-D -2 Arqueloga/historiadora Arqueloga

Coordenao do m eio fsico Diagnstico fsico-qumico e bacteorolgico da qualidade das guas Levantam ento da avifauna Coordenao tcnica do diagnstico arqueologia Levantam ento de campo e laboratrio - caracaterizao arqueologica Localizao Regional, Legislao, Unidades de Conservao, reas de Influncia, Planos e Programas Governam entais, Sntese da Qualidade Ambiental. Levantam ento da ictiofauna Avaliao hidrolgica Levantam ento da herpetofauna Reviso do docum ento Diagnsticom eio fsico Reviso do docum ento
Assistente de produo Assistente de produo Auxiliar de produo Gerenciamento / edio

Patrcia Sena Coelho Paulo Henrique Chaves Cordeiro Loredana Ribeiro Llian Panachuk

Maria Elisa Castllanos Sola

Arqueloga - Especialista em Planejamento Ambiental Bilogo CRB 37349/4-D Engenheiro Civil


CREA-MG 83.694/D

Ren Eiji Souza Hojo Rodney Tagliatti Ribeiro Ronald Rezende de Carvalho Jnior Srgio Avelar Fonseca Vassily Rolim Wilfred Brandt

Bilogo CRB - MG: 16703/4-D Engenheiro Metalurgista CREA MG 38077/D Gelogo CREA MG 27 809/D Eng. de Minas CREA MG 33956/D
Adriana M. Souza Israel Ramos Leonardo Ferreira Eli Lemos

PRODUO GRFICA

EMPRESA RESPONSVEL PELO EMPREENDIMENTO


Razo social CNPJ Endereo CEP Responsvel Cargo Telefone Fax E-mail MMX MINAS RIO MINERAO S.A 07.366.649/0001-70 Lugarejo gua Limpa MG 010, Distrito de So Sebastio do Bom Sucesso, Zona Rural -Conceio do Mato Dentro 35.860.000 Carlos Roberto de Castro Gonzales Gerente Geral - Projeto Minas Rio 031-3516-71-08 031-3516-71-22 [email protected]

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INDICE

APRESENTAO

1 - INFORMAES GERAIS .................................................................................................. 2 1.1 - Identificao do empreendedor .................................................................................................................2 1.2 - Histrico do empreendimento....................................................................................................................2 1.3 - Tipo de atividade e o porte do empreendimento........................................................................................3 1.4 - Objetivos e justificativa do empreendimento .............................................................................................3 1.4.1 - Objetivos do empreendimento ...........................................................................................................3 1.4.2 - Justificativas do empreendimento ......................................................................................................6 1.5 - Localizao geogrfica regional ................................................................................................................6 1.5.1. Os Municpios .....................................................................................................................................6 1.5.2 - Os Acessos........................................................................................................................................8 1.5.3 - As Bacias Hidrogrficas .....................................................................................................................9 1.5.4 - Os Biomas .......................................................................................................................................10 1.5.5 - O Clima............................................................................................................................................11 1.6 - Compatibilidade com planos e programas governamentais ....................................................................13 1.6.1 - Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado - PMDI 2007-2023 ....................................................13 1.6.2 - Programa de Ao para o Desenvolvimento do Turismo no Nordeste - Prodetur / NE-II .................14 1.6.3 - PROGRAMA ESTRADA REAL - Projeto Estruturador do Governo do Estado.................................15 1.6.4 - PROJETO RUMYS: Rutas Minerales de Iberoamrica y Ordenamiento Territorial: un factor integral para el desarrollo sostenible de la sociedad - CYTED ........................................................17 1.6.5 - Zoneam ento Ecolgico - Econmico de Minas Gerais ....................................................................18 1.6.6 - reas Prioritrias para a Conservao, Utilizao Sustentvel e Repartio de Benefcios da Biodiversidade Brasileira. ................................................................................................................23 1.6.7 - Biodiversidade em Minas Gerais: Um Atlas para sua Conservao.................................................26 1.6.8 - Gerao de Energia - UHE e PCH...................................................................................................36 1.7 - Legislao incidente sobre o empreendimento........................................................................................40 1.7.1 - Aspectos constitucionais relacionados minerao e ao meio ambiente ........................................40 1.7.1.1 - Dos recursos minerrios...........................................................................................................42 1.7.2 - Do licenciamento ambiental .............................................................................................................43 1.7.3 - Reabilitao de reas degradadas ..................................................................................................45 1.7.4 - reas de preservao permanente ..................................................................................................45 1.7.5 - Unidades de conservao ...............................................................................................................49 1.7.6 - A Mata Atlntica...............................................................................................................................51 1.7.7 - Responsabilidade penal e administrativa .........................................................................................54 1.7.8 - Recursos hdricos ............................................................................................................................57 1.7.8.1 - Poltica Nacional de Recursos Hdricos....................................................................................57 1.7.9 - Patrimnio arqueolgico ..................................................................................................................58 1.7.10 - Cavidades Naturais Subterrneas .................................................................................................62 1.7.11 - Aspectos jurdicos - legislao estadual ........................................................................................64 1.7.11.1 - A Constituio do Estado de Minas Gerais ............................................................................64 1.7.11.2 - Licenciamento ambiental........................................................................................................65 1.7.11.3 - A poltica florestal do Estado ..................................................................................................66 1.7.11.4 - Unidades de conservao ......................................................................................................68 1.7.11.5 - Sanes ambientais ...............................................................................................................69 1.7.11.6 - guas estaduais.....................................................................................................................69 1.7.12 - Legislao municipal......................................................................................................................70 1.7.13 - Legislaes Federal e Estadual .....................................................................................................71 1.7.13.1 - Legislao Federal .................................................................................................................72 1.7.13.2 - Legislao Estadual ...............................................................................................................73 1.8 - Unidades de Conservao e Preservao Ecolgica ..............................................................................79 1.8.1 - Reserva da Biosfera ........................................................................................................................79 1.8.2 - Unidades de Conservao...............................................................................................................82 1.9 - Empreendimentos associado e/ou decorrentes.......................................................................................85 1.10 - Empreendimentos similares em outras localidades ...............................................................................87

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2 - DESCRIO DO EMPREENDIMENTO

............................................................................... 92

2.1 - Localizao detalhada do empreendimento ............................................................................................92 2.2 - Descrio do empreendimento planejado ...............................................................................................92 2.2.1 - Fase de implantao........................................................................................................................97 2.2.1.1 - Alojamentos .............................................................................................................................97 2.2.1.2 - Canteiro de obras.....................................................................................................................99 2.2.1.3 - Insumos bsicos de implantao............................................................................................ 100 2.2.1.4 - Rota de transporte dos insumos para a obra e equipamentos ............................................... 100 2.2.1.5 - Cronograma e mo de obra ................................................................................................... 104 2.2.2 - Fase de operao .......................................................................................................................... 106 2.2.2.1 - Mina ....................................................................................................................................... 106 2.2.2.2 - Alterao de traado da MG-010 ........................................................................................... 122 2.2.2.3 - Pilhas de Estril - Itapanhoacanga e Serra do Sapo-Ferrugem.............................................. 126 2.2.2.4 - rea Industrial e estruturas de apoio produo ................................................................... 128 2.2.2.5 - Barragem de rejeitos .............................................................................................................. 137 2.2.2.6 - Adutora de captao de gua no rio do Peixe ........................................................................ 144 2.2.2.7 - Insumos, utilidades................................................................................................................. 145 2.2.2.8 - Cronograma, mo de obra e salrios ..................................................................................... 148 2.4 - Alternativas tecnolgicas e locacionais ................................................................................................. 149 2.4.1. Alternativas tecnolgicas ................................................................................................................ 149 2.4.2 - Avaliao de alternativas locacionais............................................................................................. 154 2.4.2.1 - Pilha de estril........................................................................................................................ 155 2.4.2.2 - Usina de beneficiamento de minrio ...................................................................................... 167 2.4.2.3 - Barragem de rejeitos ............................................................................................................. 171 2.5 - Emisses, efluentes e resduos............................................................................................................. 174 2.5.1 - Emisses de material particulado e gasoso ................................................................................... 175 2.5.2 - Efluentes lquidos .......................................................................................................................... 176 2.5.3 - Resduos Slidos ........................................................................................................................... 178 2.5.4 - Rudos e Vibraes........................................................................................................................ 180

3 - REA DE INFLUNCIA

................................................................................................ 182

3.1 - Conceitos .............................................................................................................................................. 182 3.1.1 - Impacto ambiental ......................................................................................................................... 182 3.2 - rea Diretamente Afetada - ADA........................................................................................................... 183 3.3 - rea de Influncia Direta - AID .............................................................................................................. 185 3.4 - rea de Influncia Indireta (AII) ............................................................................................................. 189

4 - DIAGNSTICO AMBIENTAL .......................................................................................... 195 4.1 - Meio Fsico ............................................................................................................................................ 195 4.1.1 - Metodologia ................................................................................................................................... 195 4.1.2- Clima 195 4.1.2.1- A circulao de larga e meso-escala....................................................................................... 195 4.1.2.2- Climatologia das variveis meteorolgicas da regio .............................................................. 204 4.1.2.3 - Modelagem da precipitao e do escoamento superficial dos ventos. ................................... 216 4.1.2.4 - Concluses ............................................................................................................................ 218 4.1.3 - Monitoramento da Qualidade do Ar ............................................................................................... 220 4.1.3.1 - Metodologias e Pontos Monitorados ...................................................................................... 221 4.1.3.2 - Legislao Vigente ................................................................................................................. 222 4.1.3.3 - Resultados ............................................................................................................................. 223 4.1.4 - Nveis locais de rudo..................................................................................................................... 233 4.1.4.1 - Consideraes metodolgicas ............................................................................................... 234 4.1.4.2 - Referncia Legal e Resultados .............................................................................................. 236 4.1.5 - Geologia ........................................................................................................................................ 242 4.1.5.1 - Estratigrafia e caracterizao litolgica .................................................................................. 242 4.1.5.2 - Mineralogia e composio geoqumica das rochas ................................................................ 272 4.1.5.3 - Esboo estrutural ................................................................................................................... 278 4.1.5.4 - Condies geotcnicas dos macios de solo e de rocha ....................................................... 279 4.1.6 - Geomorfologia ............................................................................................................................... 280 4.1.6.1 - Descrio das formas e compartimentao geomorfolgica .................................................. 280 4.1.6.2 - Caracterizao e classificao das formas de relevo ............................................................. 287 4.1.6.3 - Dinmica dos processos geom orfolgicos ............................................................................. 301 4.1.7 - Solos 325 4.1.7.1 - Classes de solos .................................................................................................................... 327 4.1.7.2 - Aptido dos solos ................................................................................................................... 336 4.1.8 - Hidrografia ..................................................................................................................................... 340

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4.1.8.1 - Rede Hidrogrfica .................................................................................................................. 340 4.1.8.2 - Caractersticas da bacia ......................................................................................................... 343 4.1.8.3 - Estruturas hidrulicas existentes ............................................................................................ 364

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4.1.9 - Hidrogeologia................................................................................................................................. 366 4.1.9.1 - Caracterizao dos aqferos................................................................................................. 366 4.1.9.2 - Inventrio dos pontos d gua ................................................................................................. 378 4.1.10- Qualidade da gua: fsico-qumica e bacteriolgica ...................................................................... 387 4.1.10.1 - Campanhas de monitoramento realizadas pela Brandt Meio Ambiente nas guas da rea da MMX ........................................................................................................................ 387 4.1.10.2 - Resultados e Discusso ....................................................................................................... 390 4.1.10.3 - Avaliao da qualidade das guas da regio da Serra do Sapo - Pontos Superficiais ......... 395 4.1.10.4 - Avaliao da qualidade das guas da regio da Serra do Sapo-Ferrugem - Pontos de Nascentes ............................................................................................................................ 399 4.1.10.5 - Avaliao da qualidade das guas da regio de Itapanhoacanga - Pontos Superficiais ...... 403 4.1.10.6 - Avaliao da qualidade das guas da regio de Itapanhoacanga ........................................ 408 4.1.10.7 - Anlise Espacial da Qualidade da gua Superficial ............................................................. 410 4.1.10.8 - Qualidade da gua: Hidrobiologia ........................................................................................ 415 4.2 - Meio bitico ........................................................................................................................................... 418 4.2.1 - Metodologia ................................................................................................................................... 418 4.2.2 - Flora e vegetao .......................................................................................................................... 475 4.2.2.1 - Caracterizao geral .............................................................................................................. 480 4.2.2.2 - Objetivos do estudo de vegetao ......................................................................................... 481 4.2.2.3 - Aspectos da cobertura vegetal ............................................................................................... 481 4.2.2.4 - Aspectos florsticos ................................................................................................................ 503 4.2.3 - Mastofauna .................................................................................................................................... 506 4.2.3.1 - Introduo .............................................................................................................................. 506 4.2.3.2 - Aspectos fitofisionmicos relativos mastofauna................................................................... 507 4.2.3.3 - Anlise integrada.................................................................................................................... 509 4.2.3.4 - Anlise dos dados coletados em campo ................................................................................ 510 4.2.4 - Avifauna......................................................................................................................................... 517 4.2.4.1 - Introduo .............................................................................................................................. 517 4.2.4.2 - Caracterizao geral da avifauna ........................................................................................... 518 4.2.5 - Herpetofauna ................................................................................................................................. 525 4.2.5.1 - Introduo .............................................................................................................................. 525 4.2.5.2 - Caracterizao da comunidade herpetofaunstica.................................................................. 526 4.2.5.2.1 - Primeira campanha ............................................................................................................. 526 4.2.5.2.2 - Segunda campanha e integrao das duas campanhas ..................................................... 534 4.2.5.3 - Concluses ............................................................................................................................ 542 4.2.6 - Ictiofauna ....................................................................................................................................... 546 4.2.6.1 - Introduo .............................................................................................................................. 546 4.2.6.2 - Resultados ............................................................................................................................. 547 4.2.7 - Limnologia ..................................................................................................................................... 567 4.2.7.1 - Apresentao ......................................................................................................................... 567 4.2.7.2 - Comunidades de Fitoplncton ................................................................................................ 569 4.2.7.3 - Comunidades de Zooplncton................................................................................................ 573 4.2.7.4 - Comunidade de macroinvertebrados bentnicos ................................................................... 578 4.2.7.5 - Concluses ............................................................................................................................ 592 4.2.8 - Espcies novas, endmicas e ameaadas de extino ................................................................. 593 4.2.8.1 - Espcies novas ...................................................................................................................... 593 4.2.8.2 - Espcies endmicas .............................................................................................................. 593 4.2.8.3 - Espcies ameaadas de extino .......................................................................................... 594 4.3 - Meio antrpico....................................................................................................................................... 598 4.3.1 - Metodologia ................................................................................................................................... 598 4.3.2 - Patrimnio Natural e Cultural ......................................................................................................... 599 4.3.2.1 - Patrimnio Espeleolgico ....................................................................................................... 605 4.3.2.2 - Patrimnio Arqueolgico Pr-Histrico ................................................................................... 611 4.3.2.3 - Histrico da Ocupao do Territrio ....................................................................................... 636 4.3.2.4 - Patrimnio Arqueolgico Histrico.......................................................................................... 640 4.3.2.5 - Patrimnio Cultural - Histrico, Arquitetnico e Imaterial........................................................ 654 4.3.3 - Dinmica Populacional .................................................................................................................. 662 4.3.3.1 - Distribuio e mapeamento da populao, localizao das aglomeraes urbanas e rurais e hierarquizao dos ncleos. .................................................................................................... 662 4.3.3.2 - Taxa de Crescimento e Densidade Demogrfica ................................................................... 664 4.3.3.3 - Taxa de Urbanizao ............................................................................................................. 665 4.3.3.4 - Razo de Dependncia .......................................................................................................... 667 4.3.3.5 - Populao economicamente ativa, populao ocupada e taxa de desemprego..................... 669 4.3.3.6 - Fluxos migratrios (rea de Influncia Direta)........................................................................ 672

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4.3.4 - Uso e ocupao do solo ................................................................................................................ 674 4.3.4.1 - Aglomeraes populacionais na AID...................................................................................... 674 4.3.4.2 - O uso e a ocupao do solo como elemento formador da paisagem rural ............................. 675 4.3.4.3 - Uso do Solo - Produo Econmica do Setor Primrio (os principais usos rurais). ................ 679 4.3.4.4 - reas de expanso urbana .................................................................................................... 683 4.3.4.5 - reas de interesse para pesquisa cientfica e preservao - Unidades de Conservao (UCs)....................................................................................................................................... 686 4.3.4.6 - Caracterizao da estrutura fundiria..................................................................................... 688 4.3.5 - Uso da gua .................................................................................................................................. 693 4.3.5.1 - Gerao de energia eltrica ................................................................................................... 699 4.3.6 - Nvel de Vida ................................................................................................................................. 699 4.3.6.1 - Distribuio da renda - Indicadores de renda, pobreza e desigualdade ................................. 699 4.3.6.2 - ndice de Desenvolvimento Humano Municipal ...................................................................... 701 4.3.6.3 - Condies habitacionais nas cidades, povoados e zona rural................................................ 702 4.3.6.4 - Educao ............................................................................................................................... 708 4.3.6.5 - Sade..................................................................................................................................... 712 4.3.6.6 - Segurana Pblica ................................................................................................................. 715 4.3.7 - Lazer, turismo e cultura. ................................................................................................................ 716 4.3.7.1 - Introduo .............................................................................................................................. 716 4.3.7.2 - Consideraes preliminares sobre o setor de turismo ............................................................ 717 4.3.7.3 - Potencialidades Tursticas e de lazer ..................................................................................... 718 4.3.7.3.1 - A potencialidade turstica da AID..................................................................................... 718 4.3.7.3.2 - O estgio atual de desenvolvimento da atividade turstica na AID .................................. 724 4.3.7.3.3 - Equipamentos tursticos .................................................................................................. 728 4.3.7.3.4 - O setor de turismo na rea de Influncia Indireta - Serro e Santana do Riacho .............. 732 4.3.7.3.5 - Sntese conclusiva sobre o tema turismo ........................................................................ 739 4.3.7.3.6 - Formas de Lazer ............................................................................................................. 740 4.3.7.4 - Relao entre cultura e empreendimento............................................................................... 742 4.3.8 - Estrutura Produtiva e de Servios.................................................................................................. 743 4.3.8.1 - Relaes de troca entre economia local, regional e nacional - polarizao............................ 743 4.3.8.2 - Produto Interno Bruto ............................................................................................................. 744 4.3.8.3 - Valor Adicionado Fiscal .......................................................................................................... 747 4.3.8.4 - Finanas pblicas - Receita municipal - 2005 ........................................................................ 747 4.3.8.5 - Produto Interno Bruto - rea de Influncia Indireta - Serro..................................................... 748 4.3.8.6 - O empreendimento e a economia da rea de Influncia Direta ............................................. 748 4.3.9 - Organizao social ........................................................................................................................ 749 4.3.10 - Estrutura bsica ........................................................................................................................... 750

Quadros
QUADRO 1.1 reas Prioritrias para Conservao da Biodiversidade na regio do empreendimento proposto. ................................................................................................. 28 Sntese na rea do Parque Nacional da Serra do Cip ........................................... 36 Localizao das UHEs e PCHs na bacia hidrogrfica do Rio Santo Antnio. Fonte: Sigel - Aneel (consulta 07/2007) ............................................................................ 39 Procedimentos estabelecidos na Portaria IPHAN n 230 / 2002. ................................ 61 Aspectos ambientais e legislao aplicvel ......................................................... 75 Polgonos minerrios localizados totalmente ou parcialmente nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas e que possuem miniro de ferro como substncia mineral o ferro ............................................................................. 88

QUADRO 1.2 QUADRO 1.3 -

QUADRO 1.4 QUADRO 1.5 QUADRO 1.6 -

QUADRO 2.1 - Mo de obra / Regime de trabalho ..................................................................... 104 QUADRO 2.2 - Quantitativos dos recursos minerais estimados da rea de Itapanhoacanga .................... 108 QUADRO 2.3 - Composio qumica mdia dos recursos ............................................................ 108 QUADRO 2.4 - Reservas provveis de Itapanhoacanga .............................................................. 109 QUADRO 2.5 - Qualidade qumica mdia da reserva mineral ........................................................ 110

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QUADRO 2.6 - Qualidade do produto beneficiado (pellet feed) ...................................................... 110 QUADRO 2.7 - Reservas provveis da Serra do Sapo ................................................................ 111 QUADRO 2.8 - Parmetros utilizados no projeto da mina ............................................................. 111

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QUADRO 2.9 - Equipamentos de transporte ............................................................................ 113 QUADRO 2.10 - Equipamentos de carregamento ...................................................................... 113 QUADRO 2.11 - Quantitativo de equipamentos nas minas

........................................................... 114

QUADRO 2.12 - Movimentaes envolvidas durante o sequenciamento de lavra - mina Itapanhoacanga. ... 116 QUADRO 2.13 - Movimentaes envolvidas durante o sequenciamento de lavra - mina Serra do Sapo. ..... 122 QUADRO 2.14 - Regime operacional

.................................................................................... 135

QUADRO 2.15 - Gerao de rejeitos na usina de concentrao ..................................................... 137 QUADRO 2.16 - Caractersticas da barragem de rejeito do Projeto Minas-Rio .................................... 138 QUADRO 2.17 Quadro pessoal e qualificao tcnica para a gerncia de usina de beneficiamento do Projeto Minas-Rio. .................................................................................... 148 Mo de obra / Regime de trabalho ................................................................. 149 Aspectos de anlise para avaliao de alternativa locacional da pilha de estril Itapanhoacanga ( O volume adotado para pilha de estril para o estudo foi de 158x106m 3) ............................................................................................ 157 Aspectos de anlise para avaliao de alternativa locacional da pilha de estril Serra do Sapo .................................................................................................... 166

QUADRO 2.18 QUADRO 2.19 -

QUADRO 2.20 -

QUADRO 2.21 - Aspectos de anlise para avaliao de alternativa locacional da usina de beneficiamento .. 168 QUADRO 2.22 - Comparao dos aspectos de engenharia das alternativas locacionais da barragem ........ 171 QUADRO 2.23 - Aspectos de anlise para avaliao de alternativa locacional da barragem de rejeito ........ 172 QUADRO 2.24 - Emisses atmosfricas ................................................................................. 176 QUADRO 2.25 - Caractersticas do estril ............................................................................... 178 QUADRO 3.1 - rea ocupada pelas estruturas do empreendimento ................................................ 185 QUADRO 4.1 Normais climatolgicas anuais da estao meteorolgica de Conceio do Mato Dentro - 1971/1990. ........................................................................................... 203

QUADRO 4.2A - Normais climatolgicas da estao meteorolgica de Conceio do Mato Dentro 1971/1990. ............................................................................................. 215 QUADRO 4.2B - Estrutura do ndice de qualidade do ar .............................................................. 220 QUADRO 4.3 - Pontos, parmetros e periodicidade do monitoramento da qualidade do ar. QUADRO 4.4 - Padres primrios e secundrios para a Qualidade do Ar QUADRO 4.5 QUADRO 4.6 QUADRO 4.7 QUADRO 4.8 QUADRO 4.9 QUADRO 4.10 -

.................... 221

......................................... 222

Resultados das medies de PTS - PRIMEIRA CAMPANHA - QAR 01 - Vila do Sapo Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja. ................................................ 223 Resultados das medies de PTS - PRIMEIRA CAMPANHA - QAR 02 Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da igreja. ......................... 224 Resultados das medies de PI - PRIMEIRA CAMPANHA - QAR 01 - Vila do Sapo Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja. ................................................ 224 Resultados das medies de PI - PRIMEIRA CAMPANHA - QAR 02 - Itapanhoacanga laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da igreja. ............................................... 225 Resultados das medies de PI - SEGUNDA CAMPANHA - QAR 01 - Vila do Sapo Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja. ................................................ 226 Resultados das medies de PTS - SEGUNDA CAMPANHA - QAR 01 - Vila do Sapo Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja. ................................................ 226

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QUADRO 4.11QUADRO 4.12 -

Resultados das medies de PI - SEGUNDA CAMPANHA - QAR 02 - Itapanhoacanga laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da igreja. ............................................... 227 Resultados das medies de PTS - SEGUNDA CAMPANHA - QAR 02 Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da igreja. ......................... 228

QUADRO 4.13 - Pontos monitorados - rudo ............................................................................ 235

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QUADRO 4.14 - Nvel de critrio de avaliao NCA para ambientes externos, em Db(A)

....................... 236

QUADRO 4.15 - Resultados obtidos no monitoramento de rudo - PRIMEIRA CAMPANHA - OUTUBRO DE 2006 .................................................................................................... 237 QUADRO 4.16 Resultados obtidos no monitoramento de rudo - SEGUNDA CAMPANHA - MARO DE 2007 .................................................................................................... 238

QUADRO 4.17 - Comparativo dos Resultados - PERODO DIURNO

............................................... 239

QUADRO 4.18 - Comparativo dos Resultados - PERODO NOTURNO ............................................ 239 QUADRO 4.19 - SGL - LG7010-APR06 .................................................................................. 273 QUADRO 4.20 - SGL - LG7011-APR06 ................................................................................. 273 QUADRO 4.21 - SGL - LG7012-APR06 ................................................................................. 274 QUADRO 4.22 - SGL - LG7013-APR06 ................................................................................. 275 QUADRO 4.23 - SGL - LG7014-APR06 ................................................................................. 275 QUADRO 4.24 - SGL - LG7276-MAR06 QUADRO 4.25 - SGL - LG7277-MAR06

................................................................................ 276 ................................................................................ 277 ...................................................... 277 ...................................................... 278 ...................................................... 278

QUADRO 4.26 - Amostras analisadas pelo mtodo de plasma QUADRO 4.27 - Amostras analisadas pelo mtodo de plasma QUADRO 4.28 - Amostras analisadas pelo mtodo de plasma

QUADRO 4.29 - Pontos de captao de gua analisados ............................................................ 352 QUADRO 4.30 - Caractersticas gerais dos barramentos das alternativas analisadas............................ 352 QUADRO 4.31 - Vazo mxima de captao a fio d gua ............................................................ 353 QUADRO 4.32 - Vazo mxima de captao por reservatrio de regularizao

.................................. 353

QUADRO 4.33 - Relao das estaes pluviomtricas ................................................................ 356 QUADRO 4.34 - Relao das outorgas existentes ..................................................................... 360 QUADRO 4.35 - Precipitao mdia anual nas bacias hidrogrficas de interesse

................................ 361 ........................ 363

QUADRO 4.36 - Disponibilidades hdricas na seo fluvial da captao do rio do Peixe QUADRO 4.37 -

Nascentes cadastradas na rea de influncia da jazida de Itapanhoacanga (Fonte VOGBR). ............................................................................................... 379

QUADRO 4.38 - Relao dos pontos onde foram realizadas medies de vazo (Fonte VOGBR, 2006). .... 379 QUADRO 4.39 Relao dos furos de sondagem nos quais foram realizadas medies de nvel d gua (Fonte VOGBR, 2006). ............................................................................... 382

QUADRO 4.40 - Nascentes cadastradas na rea de influncia da jazida da Serra do Sapo (Fonte: VOGBR, 2006). ................................................................................................... 383 QUADRO 4.41 QUADRO 4.42 Relao dos pontos nos quais foram realizadas medies expeditas de vazo (Fonte: VOGBR, 2006). ....................................................................................... 384 Pontos de monitoramento da qualidade das guas superficiais contemplados nas campanhas de monitoramento realizadas pela Brandt Meio Ambiente em agosto/2006 e maro/2007 ............................................................................................ 388 Pontos de monitoramento da qualidade das nascentes contemplados nas campanhas de monitoramento realizadas pela Brandt Meio Ambiente em agosto/2006 e em maro/2007 ............................................................................................ 389

QUADRO 4.43 -

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0007

QUADRO 4.44 QUADRO 4.45 -

Resultados do monitoramento de qualidade das guas realizados em agosto de 2006 e em maro de 2007 .................................................................................... 391 Sistema de classificao de qualidade das guas com base nos macroinvertebrados aquticos, adaptada para ambiente tropical, baseada nos dados da bacia do alto rio das Velhas. ................................................................................................. 416

QUADRO 4.46- Pontos de amostragem da mastofauna

.............................................................. 421

QUADRO 4.47 - Coordenadas (em UTM) das trilhas de pequenos mamferos no voadores ................... 423

QUADRO 4.48 - Pontos de amostragem da avifauna .................................................................. 442 QUADRO 4.49 QUADRO 4.50 QUADRO 4.51 Pontos selecionados para realizao de amostragem sistemtica durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga-MG (2006). ............ 448 Pontos selecionados para realizao de amostragem sistemtica durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina serra do Sapo-MG (2006). .............. 450 Novo ponto selecionado para realizao de amostragem sistemtica durante a segunda campanha da herpetofauna na regio da mina serra do Sapo-MG (2007). .................. 454

QUADRO 4.52 - Esforo de pesca total (m), por malha, empregado nos pontos de amostragens nas reas de influncia da implantao das minas da MMX Minerao e Metlicos S.A, nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas (Itapanhoacanga)/ MG (agosto 2006 e fevereiro de 2007).................................................................. 454 QUADRO 4.53 - Localizao dos pontos de amostragem ictiofaunstica nas reas de influncia da mina de Itapanhoacanga e mina do Sapo, nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas MG ............................................................................... 458 QUADRO 4.54 Pontos amostrais e suas localizaes greogrficas nas campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007. ..................................................................................... 473

QUADRO 4.55 - Espcies consideradas como ameaadas de extino e sua categoria QUADRO 4.56 - Espcies consideradas como endmicas da serra do Espinhao

........................ 503

............................... 503

QUADRO 4.57 - Mamferos inventariados nas duas campanhas .................................................... 508 QUADRO 4.58 - Listagem potencial de mamferos (no voadores) da serra do Espinhao. ..................... 513 QUADRO 4.59 Comparao entre listas disponveis na literatura. Espcies no amostradas durante o trabalho de campo; espcies exclusivas do presente estudo e espcies comuns a este e estudos anteriores na regio. ..................................................................... 519 Espcies de anfbios registradas durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga (2006) ........................................................................ 526 Espcies de anfbios registradas durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina da serra do Sapo, Conceio do Mato dentro, MG ....................................... 529 Espcies de anfbios registradas durante a segunda campanha de campo da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga (2007) ....................................... 534 Riqueza total de espcies de anfbios registradas durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga (2006/2007) ................................ 535 Espcies de anfbios registradas durante a segunda campanha de campo da herpetofauna na regio da mina da serra do Sapo (2007) ..................................... 538 Riqueza total de espcies de anfbios registradas durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga (2006/2007) ................................ 539 Resultado obtido nos postos de captura durante a segunda campanha da herpetofauna na regio da mina serra do sapo ................................................................... 541

QUADRO 4.60 QUADRO 4.61 QUADRO 4.62 QUADRO 4.63 QUADRO 4.64 QUADRO 4.65 QUADRO 4.66 -

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0007

QUADRO 4.67 QUADRO 4.68 -

Classificao das espcies de peixes, capturadas nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007. .................................................. 548 Nmero de indivduos capturados (N), maiores (Max.) e menores (Min.) exemplares; mdia (Med.) para comprimento padro (CP) e peso corporal (PC) de cada espcie para a amostragem quantitativa e qualitativa nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007. .................................................. 550 Abundncia relativa das espcies capturadas nas amostragens quali e quantitativas, nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007. .... 551 Ocorrncia e riqueza de espcies, por ponto de coleta, nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007. ...................................... 553 Riqueza de espcies e ndices de diversidade e equitabilidade para as estaes amostradas quantitativamente nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007......................................................................... 559

QUADRO 4.69 QUADRO 4.70 QUADRO 4.71 -

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0007

QUADRO 4.72 -

Densidade total, riqueza em taxa e ndice de diversidade Shannon-Weaver (H) para a comunidade fitoplnctnica em guas superficiais nas campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007. ....................................................................................... 569 Densidade total, riqueza em taxa e ndice de diversidade Shannon-Weaver H para a comunidade zooplnctnica em guas superficiais nas campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007. ....................................................................................... 574 Riqueza (n taxa) e densidade (org./m2), ndice de diversidade (H e ndice bitico ) (BMWP) para a comunidade zoobentnica nos stios amostrados da rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07. ..................................................... 579

QUADRO 4.73 -

QUADRO 4.74 -

QUADRO 4.75 - Espcies consideradas como endmicas da serra do Espinhao

............................... 593

QUADRO 4.76 - Espcies da flora consideradas como ameaadas de extino e sua categoria. .............. 594 QUADRO 4.77 - Espcies de mamferos consideradas como am eaadas de extino e sua categoria. ...... 594 QUADRO 4.78 Localizao dos abrigos e cavernas em relao s reas de influncia do empreendimento ...................................................................................... 609

QUADRO 4.79 - Relao de abrigos e cavidades encontradas nas reas em estudo. ........................... 610 QUADRO 4.80. Locais relevantes para arqueologia pr-histrica

................................................... 623 ..................................... 626

QUADRO 4.81 - Informaes relevantes na rea da Cava da Serra do Sapo

QUADRO 4.82. Informaes relevantes na rea Industrial ........................................................... 627 QUADRO 4.83 - Sntese dos resultados ................................................................................. 631 QUADRO 4.84 - Locais arqueologicamente relevantes ................................................................ 644 QUADRO 4.85 - Locais relevantes para arqueologia histrica - Serra do Sapo

................................... 646 ......................... 648

QUADRO 4.86 - Informaes sobre patrimnio arqueolgico histrico - Serra do Sapo QUADRO 4.87 - Locais relevantes para arqueologia histrica

....................................................... 649

QUADRO 4.88 - Informaes orais - Barragem de Rejeitos .......................................................... 649 QUADRO 4.89 - Locais relevantes para arqueologia histrica - Cava Sul - Itapanhoacanga .................... 651 QUADRO 4.90 - Informaes orais sobre vestgios arqueolgicos - Cava Sul ..................................... 652 QUADRO 4.91. Local relevante para arqueologia histrica - Cava Norte - Itapanhoacanga ..................... 653 QUADRO 4.92 - Informaes orais sobre vestgios arqueolgicos - Cava Norte .................................. 653 QUADRO 4.93 - Patrimnio Cultural de Conceio do Mato Dentro tombado pelo IEPHA

...................... 657

QUADRO 4.94 - Populao absoluta e relativa da AID ................................................................ 663 QUADRO 4.95 - Populao absoluta e relativa dos distritos do entorno ............................................ 663 QUADRO 4.96 - Populao absoluta e relativa da AII ................................................................. 663 QUADRO 4.97 - Taxa de crescimento, extenso territorial e densidade demogrfica - AID ..................... 664 QUADRO 4.98 - Taxa de crescimento, extenso territorial e densidade demogrfica - AII

...................... 664

QUADRO 4.99 - Taxa de Urbanizao - AID ............................................................................ 666 QUADRO 4.100 - Taxa e crescimento da urbanizao na AII ........................................................ 667 QUADRO 4.101 - Razo de dependncia - AID ........................................................................ 668 QUADRO 4.102 - Razo de dependncia - AII

......................................................................... 668

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QUADRO 4.103 - Populao ocupada por atividade econmica, populao economicamente ativa e taxa de desemprego, em 2000 ........................................................................... 669 QUADRO 4.104 - Porcentagem ocupada da PEA por ramo de atividade em 2000 ............................... 670 QUADRO 4.105 - Porcentagem ocupada da PEA da rea de influncia indireta por ramo de atividade em 2000 .................................................................................................... 672 QUADRO 4.106 - Entradas, sadas e saldos migratrios, por situao do domiclio, no estado de Minas Gerais - perodo 1995/2000. ........................................................................ 673

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QUADRO 4.107 - Movimento migratrio no estado de Minas Gerais ................................................ 673 QUADRO 4.108 - Lavoura Permanente .................................................................................. 680 QUADRO 4.109 - Lavoura Temporria ................................................................................... 681 QUADRO 4.110- Pecuria ................................................................................................. 681 QUADRO 4.111 - Produtos de origem animal ........................................................................... 682 QUADRO 4.112 - Estabelecimentos agropecurios por grupos de rea total ...................................... 688 QUADRO 4.113 - Percentual de estabelecimentos agropecurios por grupos de rea total. .................... 689 QUADRO 4.114 - Percentual de rea ocupada pelos estabelecimentos agropecurios por grupos de rea total. .................................................................................................... 690 QUADRO 4.115 - Usos do solo da ADA por tipo de estrutura do empreendimento ............................... 691 QUADRO 4.116: Usos do solo da ADA em valores percentuais ..................................................... 691 QUADRO 4.117 - Indicadores de renda e igualdade social ........................................................... 700 QUADRO 4.118 - Renda apropriada por Extratos da populao - 2000 ............................................ 700 QUADRO 4.119 - ndice de Desenvolvimento Humano

............................................................... 701 .............. 703

QUADRO 4.120 - Nmero de domiclios e classificao das condies habitacionais. ........................... 703 QUADRO 4.121 - Percentual de domiclios segundo classificao das condies habitacionais.

QUADRO 4.122 - Condies habitacionais - Percentual de atendimento por variveis selecionadas .......... 708 QUADRO 4.123 - Estrutura educacional ................................................................................. 709 QUADRO 4.124 - Indicadores de educao ............................................................................. 709 QUADRO 4.125 - Indicador de Desempenho da Educao Bsica - IDEB/2005 .................................. 710 QUADRO 4.126 - Indicadores Educacionais do Serro ................................................................. 711 QUADRO 4.127 - Indicadores de educao ............................................................................. 712 QUADRO 4.128 - Indicador de Desempenho da Educao Bsica - IDEB/2005 .................................. 712 QUADRO 4.129- Mortalidade .............................................................................................. 712 QUADRO 4.130 - Infra-estrutura da rea de sade .................................................................... 713 QUADRO 4.131- Distribuio percentual das internaes por grupos de causas. QUADRO 4.132 - Indicadores de segurana pblica

................................ 714

.................................................................. 716

QUADRO 4.133 - Circuitos Tursticos da AID ........................................................................... 722 QUADRO 4.134 - Relao de Pousadas de Conceio do Mato Dentro............................................ 730 QUADRO 4.135 - Produto Interno Bruto e Valor Adicionado Total; 2004 ........................................... 745 QUADRO 4.136 - Composio percentual do Produto Interno Bruto ................................................ 745 QUADRO 4.137 - Finanas Pblicas ..................................................................................... 747

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Figuras
FIGURA 1.1 - Estrutura de Produo e Operacional do Projeto Minas-Rio, objeto do licenciamento ....................5 FIGURA 1.2 FIGURA 1.3 FIGURA 1.4 FIGURA 1.5 Mapa de localizao do Projeto Minas Rio, Conceio do Mato Dentro, Alvorada de Minaas e Dom Joaquim - MG, MMX .........................................................................................7 Mapa Rodovirio - DER, na regio do empreendimento mostrando os acessos pela MG010 e BR120 ............................................................................................................................8 Localizao georreferenciada do empreendimento (em vermelho) nas cabeceiras do Rio Santo Antnio,.na bacia hidrogrfica do Rio Doce. ..........................................................10 Localizao regional das serras da borda leste da Serra do Espinhao Meridional na regio compreendida entre Itapanhoacanga a norte e Conceio do Mato a sul. Imagem satlite Landsat 7. ..................................................................................................................11 Detalhe da localizao das serras da borda leste do Espinhao Meridional, no trecho compreendido entre a sede do distrito de Itapanhoacanga e a sede do municpio de Conceio do Mato Dentro. ....................................................................................................12 Localizao do empreendimento no Mapa de Vegetao do Brasil (IBGE, 2004) . ..............12 Localizao da regio do empreendimento com relao s isoietas anuais mdias da bacia do Rio Doce. .................................................................................................................13 Municpios pertencentes ao Programa Estrada Real no trecho do Caminho dos Diamantes. .............................................................................................................................17 Zonas Ecolgicas - Econmicas na regio onde o empreendimento prope-se implantar. O crculo amarelo indica a regio do empreendimento proposto. ..........................20 Mapa de Vulnerabilidade Natural do ZEE-MG. A regio do empreendimento encontra-se indicada no crculo azul. .........................................................................................................21

FIGURA 1.6 -

FIGURA 1.7 FIGURA 1.8 FIGURA 1.9 FIGURA 1.10 FIGURA 1.11 -

FIGURA 1.12A - Mapa de Prioridades para a Conservao dos Recursos Naturais - ZEE-MG. A regio em cor laranja corresponde s serras onde o empreendimento pretende se instalar, sendo consideradas pelo ZEE-MG como zonas de alta prioridade para conservao. .....................22 FIGURA 1.12B - Mapa de Prioridades para Recuperao dos Recursos Naturais - ZEE-MG. A regio em cor laranja corresponde s serras onde o empreendimento pretende se instalar, sendo consideradas pelo ZEE-MG como zonas de alta prioridade para recuperao. .....................23 FIGURA 1.13 FIGURA 1.14 reas Prioritrias para a Conservao, Utilizao Sustentvel e Repartio de Benefcios da Biodiversidade Brasileira. MMA/PROBIO, 2003. ..............................................24 Mapa georreferenciado da localizao do empreendimento proposto com relao s reas Prioritrias para a Conservao, Utilizao Sustentvel e Repartio de Benefcios da Biodiversidade Brasileira. MMA/PROBIO, 2003. ..............................................25 Mapa das reas Prioritrias para Conservao da Biodiversidade em Minas Gerais.............27 reas Prioritrias para a Conservao de Mamferos, em vermelho: rea do empreendi mento proposto e adutora de gua. ........................................................................................29 reas Prioritrias para a Conservao da Flora. Em vermelho: rea do empreendimento proposto e adutora de gua....................................................................................................31 reas Prioritrias para a Conservao de Rpteis e Anfbios. Em vermelho: rea do empreendimento proposto e adutora de gua. .......................................................................33 reas Prioritrias para a Conservao de Peixes. Em vermelho: rea do empreendimento proposto e adutora de gua. .......................................................................34 reas Prioritrias para a Conservao de Peixes. Em vermelho: rea do empreendimento proposto e adutora de gua. .......................................................................35 Localizao das UHEs e PCHs na bacia hidrogrfica do Rio Santo Antnio. Fonte: Sigel - Aneel (consulta 07/2007)......................................................................................................39 Localizao da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhao - MG. s pontos em vermelhos indicam a cidade de Conceio de Mato Dentro a sul e a localidade de Itapanhoacanga a norte..........................................................................................................80 Localizao da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhao nos municpios. O retngulo preto indica a rea do empreendimento proposto. ..................................................81

FIGURA 1.15 FIGURA 1.16 FIGURA 1.17 FIGURA 1.18 FIGURA 1.19 FIGURA 1.20 FIGURA 1.21 FIGURA 1.22 -

FIGURA 1.23 -

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0007

FIGURA 1.24 FIGURA 1.25 FIGURA 1.26 FIGURA 1.27 FIGURA 2.1 FIGURA 2.2 FIGURA 2.3 FIGURA 2.4 FIGURA 2.5 FIGURA 2.6 -

Unidades de Conservao de Proteo Integral na bacia do Rio Santo Antnio....................83 Localizao das Unidades de Conservao de Uso Sustentvel na rea das cabeceiras do Rio Santo Antnio..............................................................................................................84 Traado do mineroduto e decretos minerrios da MMX .........................................................86 Polgonos minerrios localizados nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas e respectivas fases de regularizao para extrao mineral. ...................90 Plano diretor do Projeto Minas Rio, localizado em Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas/MG - MMX...............................................................................................................94 Identificao dos decretos minerrios de titularidade da MMX na regio de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas .....................................................................................96 Trajeto rodovirio a ser adotado para transporte de equipamentos e insumos do Porto de Santos at Conceio do Mato Dentro ............................................................................ 102 Trajeto rodovirio a ser adotado para transporte de equipamentos e insumos do Porto de Praia Mole at Conceio do Mato Dentro ...................................................................... 103 Cronograma e histograma de mo de obra por tipo de servio para fase de implantao do Projeto Minas-Rio ............................................................................................................ 105 Desenho esquemtico do corte da Serra do Sapo, entre os rios Santo Antnio e do Peixe, apresentando a condio natural e a situao futura, aps o rebaixamento do lenol fretico. ...................................................................................................................... 112

FIGURA 2.7 - Seo tpica da cava Sul de Itapanhoacanga .............................................................................. 116 FIGURA 2.8 - Seqencial rea Sul e blocos de minrios na seo EW (Norte 7920970) .................................. 117 FIGURA 2.9 - Sequenciamento de Lavra Itapanhoacanga - Ano 01 .................................................................. 117 FIGURA 2.10 - Sequenciamento de Lavra Itapanhoacanga exausto ............................................................... 118 FIGURA 2.11 - Projeto dos limites do pit de lavra para configurao da mina no ano 20 na Serra do Sapo...... 119 FIGURA 2.12 FIGURA 2.13 Projeo da condio topogrfica da Serra do Sapo para configurao da mina no ano 20 na Serra do Sapo ............................................................................................................ 120 Projeo da condio topogrfica da Serra do Sapo para configurao da mina no ano 20 na Serra do Sapo ............................................................................................................ 121

FIGURA 2.14 - Traado atual da MG-010 e proposta da MMX para o novo percurso........................................ 125 FIGURA 2.15 - Geometria da pilha externa da cava das Serras do Sapo-Ferrugem ......................................... 127 FIGURA 2.16 - Fluxograma de processo da planta de beneficiam ento de minrio (Parte 1) ............................. 130 FIGURA 2.17 - Fluxograma de processo da planta de beneficiam ento de minrio (Parte 2) ............................. 131 FIGURA 2.18 - Curva cota x volume x rea do reservatrio da barragem ......................................................... 138 FIGURA 2.19 - Sistema extravasor da barragem de rejeito ............................................................................... 141 FIGURA 2.20 - Balano de gua preliminar da planta de beneficiamento do projeto Minas-Rio ........................ 147 FIGURA 2.21 Fluxograma macro de definies de alternativas tecnolgicas para empreendimento mineiro.................................................................................................................................. 151

FIGURA 2.22 - Alternativas locacionais para pilha de estril de Itapanhoacanga .............................................. 156 FIGURA 3.1 - rea de Influncia Direta (AID) do Meio Fsico ............................................................................ 187 FIGURA 3.2 - rea de Influncia Direta (AID) do Meio Bitico ........................................................................... 188 FIGURA 3.3 - rea de Influncia Direta (AID) do Meio Socio-Econmico .......................................................... 189 FIGURA 3.4 - rea de Influncia Indireta (AII) do Meio Fsico .......................................................................... 192 FIGURA 3.5 - rea de Influncia Indireta (AII) do Meio Bitico ......................................................................... 193 FIGURA 3.6 - rea de Influncia Indireta (AII) do Meio Socio-Econmico ........................................................ 194

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FIGURA 4.1 - Principais sistema de escala sinticas atuante na regio de Conceio do Mato Dentro ............ 197 FIGURA 4.2 Principais atividades convectivas atuantes na estao chuvosa (vero) em conceio do Mato Dentro..................................................................................................................... 199

FIGURA 4.3 - Principais sistemas de meso escala atuantes na estao seca (inverno) em Conceio do Mato Dentro.......................................................................................................................... 200 FIGURA 4.4 - Comportamento interanual da precipitao (mm) ........................................................................ 205 FIGURA 4.5- Comportamento interanual da precipitao mxima em 24 horas ................................................ 205 FIGURA 4.6- Comportamento interanual das temperaturas mdias, mximas e mnimas. ................................ 206 FIGURA 4.7 - Comportamento interanual das temperaturas mdias mximas .................................................. 207 FIGURA 4.8 - Comportamento interanual das temperaturas mdias mnimas ................................................... 208 FIGURA 4.9 - Comportamento interanual das temperaturas mnimas absolutas ............................................... 209 FIGURA 4.10- Comportamento interanual das temperaturas mximas absolutas.............................................. 210 FIGURA 4.11 - Aumento das temperaturas mdias interanuais e tendncias.................................................... 210 FIGURA 4.12 - Prognstico de temperaturas para os prximos 30 anos ........................................................... 211 FIGURA 4.13 - Comportamento interanual da Umidade Relativa ...................................................................... 212 FIGURA 4.14 - Comportamento interanual da nebulosidade ............................................................................. 213 FIGURA 4.15 - Comportamento interanual da presso atmosfrica................................................................... 214 FIGURA 4.16- Balano Hdrico .......................................................................................................................... 216 FIGURA 4.17 - Modelo digital de elevao ........................................................................................................ 218 FIGURA 4.18 FIGURA 4.19 FIGURA 4.20 FIGURA 4.21 DETERMINAO DE PTS - Ponto QAR 01 - Vila do Sapo - Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja..................................................................................................... 229 DETERMINAO DE PTS - Ponto QAR 02 - Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da Igreja. ....................................................................................................... 229 DETERMINAO DE PI - Ponto QAR 01 - Vila do Sapo - Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja. .................................................................................................................. 229 DETERMINAO DE PI - Ponto QAR 02 - Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da Igreja. ....................................................................................................... 230

FIGURA 4.22 - Dados histrico de Precipitao Pluviomtrica - Mdias mensais ............................................. 231 FIGURA 4.23 - Pontos de monitoramento de qualidade do ar e rudo ambiental. .............................................. 241 FIGURA 4.24 Mapa geolgico regional - Localizao da rea em estudo, na borda leste da Serra do Espinhao Meridional, em Minas Gerais (Figura retirada de Almeida Abreu, 1995). ............ 243

FIGURA 4.25 - Mapa geolgico da Serra do Espinhao Meridional segundo Pedrosa Soares et al. (1994). ..... 244 FIGURA 4.26 - Mapa geolgico COMIG 2004 modificado e sem escala ........................................................... 245 FIGURA 4.27 - Diagrama de freqncia de atitudes da lineao de estiramento de minerais e seixos. ............ 268 FIGURA 4.28 Diagrama de freqncia de plos de xistosidade paralela ao bandamento. Medidas feitas em todas as formaes encontradas na rea. ............................................................ 269

FIGURA 4.29- Diagrama de freqncia de direes de fraturas verticalizadas.................................................. 270 FIGURA 4.30 Distribuio dos compartimentos geomorfolgicos na regio da Serra do Espinhao Meridional (extrado de Uhlein, 1991). .................................................................................. 282

FIGURA 4.31 - Mapa morfotectnico da borda leste do Crton do So Francisco segundo Saadi (1991) ......... 285 FIGURA 4.32 - Perfil togogrfico regional passando por Itapanhoacanga, conforme Saadi (1995). .................. 286 FIGURA 4.33 - Classes de solos ....................................................................................................................... 333 FIGURA 4.34 - Mapa representativo da hidrografia da rea em estudo. ............................................................ 342 FIGURA 4.35 - Mapa de localizao dos pontos de captao de gua analisados............................................ 349 FIGURA 4.36 - Localizao do empreendimento e o ponto de captao em estudo.......................................... 350

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FIGURA 4.37 - Balano de gua do Projeto Minas-Rio..................................................................................... 351 FIGURA 4.38 - Mapa de localizao das estaes hidromtricas utilizadas no estudo...................................... 357 FIGURA 4.39 Usos outorgados na bacia do rio Santo Antnio, sob influncia da captao de gua nova do Projeto Minas-Rio. .................................................................................................. 359

FIGURA 4.40 - Mapa isoietal mdio anual para a regio da bacia hidrogrfica de interesse. ............................ 362 FIGURA 4.41 - Localizao das PCHs na bacia do rio do Peixe. ..................................................................... 365 FIGURA 4.42 - Seo geolgica E-W passando pela jazida Sul (Fonte VOGBR, 2006).................................... 368 FIGURA 4.43 - Seo geolgica E-W passando pela jazida Norte (Fonte VOGBR, 2006). ............................... 369 FIGURA 4.44 FIGURA 4.45 FIGURA 4.46 Principais direes do escoamento subsuperficial para a jazida da Serra de Itapanhoacanga (Fonte VOGBR, 2006)................................................................................ 370 Vista tridimensional das futuras cavas da jazida da Serra de Itapanhoacanga (Fonte VOGBR, 2006). .................................................................................................................... 371 Mapa geolgico da regio mostrando a localizao das nascentes para a jazida da Serra do Sapo (Fonte VOGBR, 2006). ................................................................................. 374

FIGURA 4.47 - Mapa geolgico* tridimensional da rea da Serra do Sapo (Fonte VOGBR, 2006). .................. 375 FIGURA 4.48 - Seo geolgica esquemtica da regio da Serra do Sapo (Fonte VOGBR, 2006). ................. 376 FIGURA 4.49 Direo aproximada do escoamento subsuperficial na rea da Serra do Sapo (Fonte VOGBR, 2006). .................................................................................................................... 377

FIGURA 4.50 - Localizao de pontos cadastrados. (Fonte VOGBR, 2006)...................................................... 381 FIGURA 4.51 Localizao de nascentes cadastradas e dos pontos de medio de vazo para a jazida da Serra do Sapo (Fonte VOGBR, 2006). ............................................................................ 386

FIGURA 4.52 - Variao da concentrao de DBO nas guas superficiais da Serra do Sapo ........................... 396 FIGURA 4.53 - Variao da concentrao de alumnio total nas guas superficiais da Serra do Sapo ............. 397 FIGURA 4.54 - Variao da concentrao de ferro total nas guas superficiais da Serra do Sapo ................... 397 FIGURA 4.55 - Variao da concentrao de chumbo total nas guas superficiais da Serra do Sapo .............. 398 FIGURA 4.56 - Variao do pH nas nascentes da Serra do Sapo-Ferrugem..................................................... 400 FIGURA 4.57 - Variao da concentrao de alumnio total nas nascentes da Serra do Sapo.......................... 401 FIGURA 4.58 - Variao da concentrao de ferro total nas nascentes da Serra do Sapo................................ 402 FIGURA 4.59 - Variao da concentrao de mangans total nas nascentes da Serra do Sapo ...................... 402 FIGURA 4.60 - Variao da concentrao de chumbo total nas nascentes da Serra do Sapo .......................... 403 FIGURA 4.61 - Variao do pH nas guas superficiais de Itapanhoacanga ...................................................... 404 FIGURA 4.62 Variao da concentrao dos slidos totais dissolvidos nas guas superficiais de Itapanhoacanga .................................................................................................................... 404

FIGURA 4.63 - Variao da concentrao de DBO nas guas superficiais de Itapanhoacanga ........................ 405 FIGURA 4.64 - Variao da concentrao de alumnio total nas guas superficiais de Itapanhoacanga ........... 406 FIGURA 4.65 - Variao da concentrao de ferro total nas guas superficiais de Itapanhoacanga ................. 407 FIGURA 4.66 - Variao da concentrao de coliformes totais nas guas superficiais de Itapanhoacanga ...... 407 FIGURA 4.67 - Variao da concentrao de coliformes fecais nas guas superficiais de Itapanhoacanga ..... 408 FIGURA 4.68 - Variao da concentrao de ferro total nas nascentes de Itapanhoacanga ............................. 410 FIGURA 4.69 FIGURA 4.70 Valores de pH no perodo seco e chuvoso nas nascentes e cursos de gua na regio do empreendimento................................................................................................................... 411 Localizao dos pontos amostrais que apresentam pH 6 ou abaixo de 6, no perodo da seca e da chuva, em relao s estruturas do projeto.......................................................... 412

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0007

FIGURA 4.72 -

Localizao dos pontos amostrais nas nascentes com valores elevados de metais. Cava Sapo-Ferrugem (a), Cava Itapanhoacanga (b) ............................................................ 414

FIGURA 4.73 - ndice Biolgico (BMWP) calculados nos stios amostrados na Serra do Sapo e Serra Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07.................. 417 FIGURA 4.74 - ndice Biolgico (BMWP) calculados nos stios amostrados na Serra do Sapo e Serra Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07.................. 417 FIGURA 4.75A - Pontos de verificao e coleta - mastofauna e avifauna.......................................................... 420 FIGURA 4.75B - Pontos de verificao e coleta - herpetofauna......................................................................... 446 FIGURA 4.75C - Pontos de verificao e coleta - Ictiofauna .............................................................................. 472 FIGURA 4.76A Localizao da rea do empreendimento (em vermelho) no relevo regional (altitudes superiores a 850 m).............................................................................................................. 476

FIGURA 4.76B - Cobertura Vegetal e Uso do Solo na borda leste do Espinhao. Probio - MMA/2007.............. 478 FIGURA 4.77. Mapa da Vegetao Nativa na regio do empreendimento. (IEF, 2003 - 2005. .......................... 479 FIGURA 4.78 - Nmero de espcies de mamferos por ambiente na rea do empreendimento. ....................... 510 FIGURA 4.79 Anlise comparativa da riqueza de espcies, por ordem, entre as duas campanhas de campo................................................................................................................................... 512

FIGURA 4.80 - Riqueza de espcies por ambiente amostrado na regio do estudo.......................................... 520 FIGURA 4.81 - Ambientes utilizados por aves amostradas durante o estudo. ................................................... 520 FIGURA 4.82 FIGURA 4.83 FIGURA 4.84 FIGURA 4.85 FIGURA 4.86 FIGURA 4.87 FIGURA 4.88 FIGURA 4.89 FIGURA 4.90 FIGURA 4.91 FIGURA 4.92 FIGURA 4.93 FIGURA 4.94 FIGURA 4.95 FIGURA 4.96 Relao entre a riqueza de espcies e o nmero de habitat utilizados por aves nos ambientes amostrados durante o estudo................................................................................. 521 Curva de acmulo de espcies registradas durante os censos quantitativos, nos trs pontos amostrados. ................................................................................................................. 522 Distribuio de espcies por rank de freqncia de registros (a) e nmero de indivduos (b) amostrados durante os censos quantitativos do estudo. .................................................... 523 Variao de densidade de indivduos das espcies em comum entre localidades amostradas em censos quantitativos durante o estudo. .......................................................... 524 Comparao da riqueza de espcies entre as duas campanhas de campo em relao aos diversos ambientes amostrados. ............................................................................................. 524 Freqncia de ocorrncia das espcies de anfbios registradas durante a amostragem da herpetofauna na regio da mina de Itapanhoacanga, Alvorada de Minas - MG. ..................... 527 Freqncia de ocorrncia das espcies de anfbios durante a amostragem da herpetofauna na regio da mina da serra do Sapo, Conceio do Mato dentro, MG............... 530 Curva do coletor obtida para o levantamento da herpetofauna na regio da mina serra do sapo (2006/2007) .................................................................................................................... 543 Curva do coletor obtida para o levantamento da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga (2006/2007)................................................................................................... 543 Curva do coletor para espcies capturadas nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007. ................................................................................. 549 Captura por unidade de esforo total, em nmero, por malha nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007......................................................... 554 Captura por unidade de esforo total, em biomassa, por malha nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007 .................................................. 555 Captura por unidade de esforo total, em nmero, por espcie nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007. ................................................. 555 Captura por unidade de esforo total, em biomassa, por espcie nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007 .................................................. 556 Captura por unidade de esforo total, em nmero, por ponto de coleta nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007 .................................. 557

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0007

FIGURA 4.97 - Captura por unidade de esforo total, em biomassa, por ponto de coleta nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007 .................................. 557 FIGURA 4.98 - Captura por unidade de esforo total, em nmero, por perodo de coleta nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007 .................................. 558 FIGURA 4.99 - Captura por unidade de esforo total em biomassa, por perodo de coleta nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007 .................................. 558 FIGURA 4.100 - ndices de diversidade de Shannon (H equitabilidade e riqueza de espcies por ponto ), de coleta nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereir o de 2007. ....................................................................................................................................... 559 FIGURA 4.101 - Riqueza mdia em taxa fitoplanctnicos nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007. ....................................................................................................................... 571 FIGURA 4.102 - Log da densidade mdia do fitoplncton total nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007. ....................................................................................................................... 571 FIGURA 4.103 FIGURA 4.104 FIGURA 4.105 FIGURA 4.106 FIGURA 4.107 FIGURA 4.108 FIGURA 4.109 FIGURA 4.110 FIGURA 4.111 FIGURA 4.112 FIGURA 4.113 FIGURA 4.114 FIGURA 4.115 FIGURA 4.116 FIGURA 4.117 FIGURA 4.118 FIGURA 4.119 FIGURA 4.120 Abundcia relativa mdia (%) dos grupos fitoplanctnicos encontrados nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007. .................................................................. 572 Mdia do ndice de diversidade de Shannon-Weaver (H para a comunidade ) fitoplanctnica nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007. ........................ 573 Riqueza mdia em taxa zooplanctnicos nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007...................................................................................................................... 575 Densidade mdia do zooplncton total nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007...................................................................................................................... 576 Abundcia relativa mdia (%) dos grupos zooplanctnicos nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007. ........................................................................................ 576 Mdia do ndice de diversidade de Shannon-Weaver (H para a comunidade ) zoooplanctnica nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007. ..................... 577 Riqueza total da comunidade de macroinvertebrados, nos stios amostrados da rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07, nos perodos de seca e chuva......... 580 Riqueza total da comunidade de macroinvertebrados, nos stios amostrados da rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07, nos perodos de seca e chuva......... 580 Densidade total da comunidade de macroinvertebrados, nos stios amostrados da rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07, nos perodos de seca e chuva.... 581 Densidade total da comunidade de macroinvertebrados, nos stios amostrados da rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07, nos perodos de seca e chuva.... 581 Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP01, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07................................... 582 Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP02 e ASP03, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07. ................... 582 Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP04, 05 e 06, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07. ................... 583 Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP07, 08 e 09, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07. ................... 583 Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP10, 11 e 12, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07. ................... 584 Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP13, 14 e 15, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07. ................... 584 Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP16, 17, 18, 19 e 20, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07. ........ 585 Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, nos stios ASP21 e 30, na Serra da Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07. ............................................................................................................................. 587 Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, nos stios ASP22, 23, 24, 25 e 26, na Serra da Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07. ............................................................................................................................. 588

FIGURA 4.121 -

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0007

FIGURA 4.122 -

Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, nos stios ASP27, 28, e 29, na Serra da Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07. ............................................................................................................................. 588 ndice de Diversidade de Shannon-Wiener (H calculados nos stios amostrados na ) Serra do Sapo e Serra Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento agosto/06 e maro/07. .......................................................................................................... 590 ndice de Diversidade de Shannon-Wiener (H calculados nos stios amostrados na ) Serra do Sapo e Serra Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento agosto/06 e maro/07. .......................................................................................................... 591

FIGURA 4.123 -

FIGURA 4.124 -

FIGURA 4.125 - Pontos de ocorrncia de espcies de peixes endmicas ou ameaadas-Itaponhacanga ........ 596 FIGURA 4.126 - Pontos de ocorrncia de espcies de peixes endmicas ou ameaadas-serra do Sapo. ........ 597 FIGURA 4.127 - Localizao e caminhamento espeleolgico - Projeto Minas - Rio. ......................................... 607 FIGURA 4.128 - Pontos vistoriados nos trabalhos de prospeco arqueolgica................................................ 624 FIGURA 4.129 FIGURA 4.130 Cavidades prospectadas porm sem potencial para stios arqueolgicos na Serra do Sapo. (Pontos 12, 13, 21, 22, 23, 26, 27, 29, 31, 32, 41, 44. ................................................ 627 Localizao do Stio Fazenda Fbrica dos Borges na rea noroeste da Cava Norte de Itapanhoacanga. Ponto vermelho: stio arqueolgico; linha amarela: limite da cava; tracejado vermelho pilha de estril. ...................................................................................... 630 Stio arqueolgico Abrigo Faz. Fbrica dos Borges situado na ADA da Cava Norte de Itapanhoacanga.................................................................................................................... 632 Stios arqueolgicos situados no entorno da Cava Sul - Itapanhoacanga ............................ 633 Stios informados pela equipe de espeleologia - rea Industrial........................................... 634 Informao de stio arqueolgico na rea da Barragem de Rejeitos - Dona Liluca: machado polido no terreno da casa...................................................................................... 635 Pontos vistoriados (81) nos trabalhos de prospeco arqueolgica. .................................... 645 Locais relevantes para arqueologia histrica na regio da Serra do Sapo. .......................... 647 Localizao dos vestgios histricos na rea da Barragem de Rejeitos................................ 650 Localizao dos vestgios relevantes para arqueologia histrica na regio da Cava Sul de Itapanhoacanga. .............................................................................................................. 652

FIGURA 4.131 FIGURA 4.132 FIGURA 4.133 . FIGURA 4.134 FIGURA 4.135 FIGURA. 4.136. FIGURA 4.137 FIGURA 4.138 -

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0007

APRESENTAO
Conforme definido pelo Ministrio do Meio Ambiente (PNLA, 2007) licenciamento O ambiental um importante instrumento de gesto da Poltica Nacional de Meio Ambiente. Por meio dele, a administrao pblica busca exercer o necessrio controle sobre as atividades humanas que interferem nas condies ambientais. Desta forma tem, por princpio, a conciliao do desenvolvimento econmico com o uso dos recursos naturais, de modo a assegurar a sustentabilidade dos ecossistemas em suas variabilidades fsicas, biticas, scio-culturais e econmicas. Este documento apresenta o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) referente ao empreendimento de minerao de ferro pretendido pela MMX Minas Rio Minerao e Logstica Ltda., nos municpios Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro, ambos no estado de Minas Gerais. A elaborao desse EIA foi feita segundo os preceitos estabelecidos na legislao e conseqentes normas ambientais vigentes, em especial as Resolues CONAMA 01/86 e 237/97. Alm disso, ressalta-se, foram adotados conceitos definidos em padres internacionais, em especial os Princpios do Equador (www.equator-principles.com). Dentro deste contexto, o Estudo de Impacto Ambiental aqui apresentado foi objeto de um processo de consulta e esclarecimento pblico, junto a formadores de opinio (Procedimento denominado Public Consultation and Disclosure Plan estabelecido , em normas IFC/Banco Mundial e adotado nos Princpios do Equador ). Dentre as aes empreendidas, destaca-se a elaborao de um EIA preliminar, o qual foi submetido e discutido junto ao municpio de Conceio de Mato Dentro e representantes da sociedade civil e organizaes no governamentais. Com base nestas discusses, houveram diversas reformulaes no projeto original do empreendimento, como por exemplo a alterao do mtodo de disposio de estril, de forma a reduzir impactos sobre propriedades rurais prximas mina, e permitindo a recuperao parcial do perfil da Serra do Sapo. Incorporando as demandas oriundas deste processo, foi revisado tanto o projeto do empreendimento quanto o EIA propriamente, incluindo os programas ambientais nele propostos, de forma a que o empreendimento da MMX pudesse ser mais adequadamente inserido no contexto socioambiental local.

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1 - INFORMAES GERAIS
Neste item apresentado um descritivo do empreendedor com sua respectiva identificao, localizao geogrfica do empreendimento, objetivos e outros.

1.1 - Identificao do empreendedor


O empreendedor a MMX - Minas-Rio Minerao e Logstica Ltda., cujos dados so a seguir descritos: - Razo Social: MMX - Minas-Rio Minerao e Logstica Ltda. - CNPJ: 07.366.649/0001-70 - Endereo: Praia do Flamengo, 154 - 10 andar - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22.210-030 - Responsvel: Sr. Joaquim Martino - Cargo: Diretor de Minerao - Telefone: 21 2555-5525 - Fax: 21 2555-5501 - Email: [email protected] - Cadastro IBAMA: 1490903

1.2 - Histrico do empreendimento


A MMX - Minas-Rio Minerao e Logstica Ltda. uma empresa brasileira, do Grupo EBX, que atua de forma integrada nos setores de minerao, siderurgia, florestal e logstica, buscando a otimizao de seus processos, custos adequados e excelncia nos resultados, com a viso e o compromisso do desenvolvimento sustentvel. A minerao a atividade que deu origem ao Grupo EBX, que j detm 26 anos de experincia e conhecimentos adquiridos, destacadamente nos setores de minrio de ferro e ouro. A empresa acredita que o ao continuar a ser matria prima bsica e indispensvel para inmeros bens de consumo, com demanda crescente ao longo dos anos que se seguem, tendo a siderurgia como expanso e complementao dos negcios da minerao de ferro. O plantio de florestas, atividade tambm desenvolvida pela empresa, reafirma seu compromisso com o meio ambiente e possibilita gerar o insumo carvo vegetal, indispensvel para suas atividades siderrgicas, preservando as matas nativas. Devido importncia do adequado escoamento da sua produo de minrio de ferro, a MMX tambm atua na rea de logstica, desenvolvendo sistemas integrados e prprios de estradas de ferro, minerodutos e portos, que tambm podero atender eventuais demandas de terceiros.

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Na produo de minrio de ferro destacam-se, no Brasil, trs grandes projetos da EBX/MMX: O Sistema Amap (mina + ferrovia + pelotizao + porto + produo florestal), o Sistema Corumb (mina + siderurgia) e o Sistema Minas - Rio (mina + mineroduto + pelotizao + porto). O Projeto Minas-Rio, foco deste EIA, est em fase de desenvolvimento de estudos e de detalhamento de projetos para a implantao de um empreendimento mnero ferrfero, nos municpios Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro, ambos localizados no estado de Minas Gerais.

1.3 - Tipo de atividade e o porte do empreendimento


O Projeto Minas-Rio prev a explorao de um conjunto de minas, para produo de 56,5 Mtpa (milhes de toneladas por ano) de minrio de ferro (ROM - Run of Mine), cuja massa ser processada em planta de beneficiamento por flotao e gerar 26,6 Mtpa de concentrado de minrio de ferro, base mida, ou 24,5 Mtpa em base seca. No item seguinte esto especificados os objetivos e todas as estruturas de produo e operacionais integrantes do Projeto Minas-Rio objetos do licenciamento ambiental neste EIA. O empreendimento ter suas atividades minerrias (operaes de lavra a cu aberto, beneficiamento mineral e infra-estrutura) para produo de minrio de ferro em reas mineralizadas identificadas como Serra do Sapo e Serra da Ferrugem, situadas no municpio de Conceio do Mato Dentro, e Itapanhoacanga, est no municpio de Alvorada de Minas, ambos no Estado de Minas Gerais. Alem destes est situado no municpio de Dom Joaquim o ponto de captao de gua e parte da adutora.

1.4 - Objetivos e justificativa do empreendimento


1.4.1 - Objetivos do empreendimento
O objetivo do empreendimento realizar a extrao de minrio ferro a partir do desenvolvimento de lavra a cu aberto e benefici-lo em planta de beneficiamento de minrio por flotao, para obteno de produto, finos de minrio de ferro - pellets feed como nome comercial,- com teor mdio de 68% de Fe. Para operacionalizao da produo de pellet feed, o empreendimento ser dotado de uma infra-estrutura completa de minerao e que objeto do presente licenciamento ambiental, contemplando as seguintes estruturas de produo e operacionais: - Duas cavas de mina situadas na serra de Itapanhoacanga, uma a norte e outra a sul; - Uma pilha de estril externa s cavas de Itapanhoacanga; - Uma cava de mina na serra do Sapo; - Uma pilha de estril externa a cava da serra do Sapo; - Uma rea industrial onde esto previstas a planta de beneficiamento mineral, escritrios de apoio operacional, oficinas mecnicas e eltricas, alm de ptios de insumos e resduos e sistemas de controle ambiental; - Uma barragem de rejeitos;

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- Uma adutora de gua nova de processo, com captao no rio do Peixe, e que vai at a rea industrial. - Uma estrada de acesso entre a mina de Itapanhoacanga e a rea industrial, exclusiva da MMX e paralela a estrada estadual MG-010; - Uma estrada de acesso entre a MG-010 e rea industrial; - Estruturas de apoio de alojamento e canteiro de obras a serem construdas temporariamente durante a etapa de implantao. A figura 1.1, a seguir, apresenta a localizao espacial de todos estes elementos objeto do presente licenciamento ambiental mostrados sob base de imagem Landsat 7.

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FIGURA 1.1 - Estrutura de Produo e Operacional do Projeto Minas-Rio, objeto do licenciamento GIS - A3

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1.4.2 - Justificativas do empreendimento


O empreendimento justificado pela ocorrncia, nos municpios de Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas, de recursos minerais estimados da ordem de 1,0 bilho de toneladas de minrio de ferro, com teor mdio de 41,22% de Fe, que esto sendo viabilizados em reservas lavrveis mediante trabalhos de pesquisa mineral desenvolvidos pela MMX, e que podem ser economicamente explotadas diante da demanda mundial de ferro para produo de ao, matria prima bsica e indispensvel para inmeros bens de consumo, com demanda crescente por muitos anos frente.

1.5 - Localizao geogrfica regional


1.5.1. Os Municpios
Inserido nos municpios mineiros de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro, na regio central do estado, o empreendimento possui sua maior rea neste ltimo municpio (Figura1.2). A poro norte do empreendimento situa-se prximo ao distrito de Itapanhoacanga em Alvorada de Minas. Enquanto Conceio do Mato Dentro situase na Macro-Regio Metalrgica / Campo das Vertentes, Alvorada de Minas situa-se na Macro-Regio Rio Doce.

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FIGURA 1.2 - Mapa de localizao do Projeto Minas Rio, Conceio do Mato Dentro, Alvorada de Minaas e Dom Joaquim - MG, MMX gis

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1.5.2 - Os Acessos
O acesso rodovirio ao municpio de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas, a partir de Belo Horizonte, pode ser realizado pela rodovia MG-010 que pavimentada at Conceio do Mato Dentro (Figura 1.3). Este percurso passa pelo Parque Nacional da Serra do Cip e APA Federal Morro da Pedreira, havendo trechos sinuosos e curvas acentuadas em alguns locais. A rea do empreendimento minerrio tambm pode ser acessada pela BR-259, a partir de Guanhes/Sabinpolis (segmento leste) ou por Gouveia/Datas (segmento oeste) at a cidade de Serro, e da, em direo sul, pela MG-010 no sentido de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro. FIGURA 1.3 - Mapa Rodovirio - DER, na regio do empreendimento mostrando os acessos pela MG-010 e BR120

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Uma alternativa ao acesso pela estrada MG-010 seria utilizar o roteiro que leva a Itabira, Santa Maria de Itabira, Ferros, sendo que a partir de Senhora do Porto, abandonando a BR-120 e entrando na MG-229, pode-se chegar em Dom Joaquim e da seguir, pela MG-010, para a rea do empreendimento. O acesso rea da Serra do Sapo, a partir de Conceio do Mato Dentro, feito pela rodovia MG-010, no sentido Serro at o entroncamento com o trevo de So Sebastio do Bom Sucesso a cerca de 15 km da sede do municpio. Deste entroncamento devese seguir no sentido do centro da comunidade de onde j possvel visualizar a Serra do Sapo ao longo de sua grande extenso norte-sul. Estradas locais no pavimentadas de acesso a fazendas permitem o acesso at a Serra do Sapo. Para acessar a rea alvo de extrao em Itapanhoacanga deve-se seguir pela rodovia MG-010, partindo de Conceio do Mato Dentro, sentido do municpio do Serro. Na altura do km 28, tendo como marco zero o municpio de Conceio do Mato Dentro, h placas de orientao indicando o povoado de Itapanhoacanga.. A rea est localizada na poro leste do povoado, tambm podendo ser acessado diretamente da rodovia MG-010.

1.5.3 - As Bacias Hidrogrficas


O empreendimento est localizado nas cabeceiras do rio Santo Antnio, afluente da margem esquerda do rio Doce. Situa-se no extremo oeste da bacia hidrogrfica do rio Doce, prximo aos limites das bacias do rio So Francisco e do rio Jequitinhonha (Figura 1.4), sendo a Serra do Espinhao Meridional o divisor destas bacias hidrogrficas federais. A sub-bacia do Rio Santo Antnio abrange cerca de 15% da rea de drenagem da bacia do Rio Doce. A bacia hidrogrfica do Rio Santo Antnio, alm do prprio curso d gua, constituda pelos rios Guanhes, Peixe, Preto, Tanque e do ribeiro do Giro, sendo que o empreendimento se encontra nas serras que dividem a sub-bacia do rio Santo Antnio (oeste) da sub-bacia do rio do Peixe (leste).

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FIGURA 1.4 - Localizao georreferenciada do empreendimento (em vermelho) nas cabeceiras do Rio Santo Antnio,.na bacia hidrogrfica do Rio Doce.

Bacia do Rio Jequitinhonha

Bacia do Rio Mucuri

Bacia do Rio So Mateus Bacia do Rio So Francisco

Bacia do Rio Doce

1.5.4 - Os Biomas
O empreendimento proposto encontra-se nas serras da borda leste da Serra do Espinhao Meridional (Figuras 1.5 e 1.6). Enquanto estas serras esto inseridas no Bioma da Mata Atlntica (Floresta Estacional Semidecidual), o Espinhao Meridional nesse trecho est inserido no Bioma do Cerrado (Campo Limpo). Assim, a rea do empreendimento est localizada numa regio que, desde o ponto de vista biogeogrfico, constitui um ectono, onde ocorre o contato entre dois biomas e ocorrem refgios vegetacionais montanos (comunidades relquias), conforme o Mapa de Vegetao do Brasil (IBGE, 2004) que pode ser visto na figura 1.7.

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1.5.5 - O Clima
Quanto ao clima, a rea do empreendimento est situada na regio onde ocorrem as maiores precipitaes na bacia hidrogrfica do Rio Doce (Figura 1.8). Conforme o Diagnstico elaborado pelo Comit da Bacia do Rio Doce, as cabeceiras do Rio Santo Antnio, juntamente com as cabeceiras do Rio Piracicaba apresentam os valores mximos de precipitao. FIGURA 1.5 - Localizao regional das serras da borda leste da Serra do Espinhao Meridional na regio compreendida entre Itapanhoacanga a norte e Conceio do Mato a sul. Imagem satlite Landsat 7.

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FIGURA 1.6 - Detalhe da localizao das serras da borda leste do Espinhao Meridional, no trecho compreendido entre a sede do distrito de Itapanhoacanga e a sede do municpio de Conceio do Mato Dentro.

FIGURA 1.7 - Localizao do empreendimento no Mapa de Vegetao do Brasil (IBGE, 2004) .

Regio onde se localiza o empreendimento (crculo em vermelho). F - Floresta Estacional Sem idecidual - Biom a da Mata Atlntica Sg - Campo limpo - Biom a do Cerrado Rm - Refgios vegetacionais m ontanos (em lils).

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FIGURA 1.8 - Localizao da regio do empreendimento com relao s isoietas anuais mdias da bacia do Rio Doce.

1.6 - Compatibilidade com planos e programas governamentais


1.6.1 - Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado - PMDI 2007-2023
A regio da bacia hidrogrfica do Rio Doce, apresenta o ndice de IDH-M inferior mdia do Estado. Para que os desafios ao desenvolvimento dessas regies sejam superados, o PMDI considerou necessrio estimular o desenvolvimento, com foco na emancipao econmica e na promoo de investimentos. Nesse sentido, o PMDI props os seguintes Objetivos Estratgicos: - Desenvolver a produo local, com nfase na formao profissional, na alfabetizao, no empreendedorismo e no acesso a mercados. - Atrair investimentos produtivos privados para as regies de baixo dinamismo econmico, com destaque para o agronegcio. - Aumentar a produtividade no campo, por meio da promoo do empreendedorismo, dos micronegcios e da extenso rural. - Promover a insero regional dos investimentos pblicos e privados, mediante a capacitao da mo-de-obra local, fornecimento local, logstica e gesto ambiental. - Reduzir as disparidades regionais em educao, sade e saneamento. - Inserir a regio nas trs dinmicas territoriais de desenvolvimento do Estado.

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As aes priorizadas para se atingir os objetivos explicitados no PMDI so as seguintes: - Intervenes para prover as bases do desenvolvimento da produo local e do aumento da produtividade no campo, com nfase na formao profissional, na promoo do empreendedorismo e na identificao e acesso a mercados; - Estmulo organizao de produtores e trabalhadores em cooperativas, no intuito de prover bases de desenvolvimento da produo local; - A promoo de investimentos e a insero regional, mediante a capacitao da mode-obra local, a estruturao da cadeia de fornecedores, infra-estrutura e promoo da gesto ambiental; - A universalizao dos servios de abastecimento de gua e de esgotamento sanitrio nas regies das bacias hidrogrficas dos Rios Jequitinhonha, Mucuri e nas bacias do leste; - A implementao de polticas pblicas inclusivas, capazes de criar as pr-condies para o desenvolvimento sustentvel das comunidades quilombolas, produtores familiares, acampados e assentados de reforma agrria, garimpeiros, povos indgenas, comunidades extrativistas e populaes tradicionais. - A acelerao do aprendizado nas regies em questo, com o fim de se reduzir a disparidade da populao infanto-juvenil das regies Norte de Minas, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce em relao mdia do estado.

1.6.2 - Programa de Ao para o Desenvolvimento do Turismo no Nordeste - Prodetur / NE-II


O Programa de Ao para o Desenvolvimento do Turismo no Nordeste PRODETUR/NE-II visa dar continuidade ao processo de desenvolvimento do setor de turismo na regio nordeste do Brasil. Em Minas, o Vale do Jequitinhonha a regio inicialmente contemplada. A rea de Planejamento do Programa inclui Diamantina, Serro e So Gonalo do Rio Preto, onde se concentram os principais atrativos e destinos tursticos da regio e os municpios de Capelinha, Couto de Magalhes de Minas, Felcio dos Santos, Itamarandiba, Minas Novas e Turmalina, que apresentam atrativos pontuais complementares. Os investimentos sero feitos, prioritariamente, em saneamento e transportes. O Centro de Estudos Econmicos e Sociais da Fundao Joo Pinheiro coordena a realizao do Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentvel (PDITS) do Plo Turstico do Vale do Jequitinhonha, no mbito do Prodetur/NE-II. O planejamento prev durao at o ano de 2020. O Instituto Estadual do Patrimnio Histrico e Artstico de Minas Gerais - IEPHA/MG participa do Conselho do Plo de Turismo do Vale do Jequitinhonha, instncia que aprecia, aprova e valida todas as etapas de elaborao do PDITS.

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Embora os Municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro no estejam inseridos na bacia hidrogrfica do Vale do Jequitinhonha, devido proximidade espacial e identidade histrica e cultural que apresentam na regio, compartilhando aes inclusive com outros circuitos tursticos, de se esperar que sejam beneficiados direta ou indiretamente pelas aes do PRODETUR. O Programa Monumenta um dos programas estratgicos do Ministrio da Cultura. Procura conjugar recuperao e preservao do patrimnio histrico com desenvolvimento econmico e social. Ele atua em cidades histricas protegidas pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN). O Monumenta, conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID e o apoio da Unesco, procurando garantir condies de sustentabilidade do Patrimnio Histrico Cultural. A descoberta deste patrimnio como fonte de conhecimento e de rentabilidade financeira vem transformando essas reas em plos culturais, incentivando a economia por meio do incremento do turismo cultural e gerao de empregos. O objetivo do Programa Monumenta de agir de forma integrada em cada um desses locais, promovendo obras de restaurao e recuperao dos bens tombados e edificaes localizadas nas cidades histricas. Alm de desenvolver atividades de capacitao de mo-de-obra especializada em restauro, formao de agentes locais de cultura e turismo, promoo de atividades econmicas e programas educativos. Atualmente, 26 cidades do territrio brasileiro participam do Programa Monumenta, estando entre elas Serro e Diamantina. Cabe ressaltar que os municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas tambm possuem bens tombados pelo IPHAN, reconhecidos como patrimnio histrico da nao, e portanto esto aptos para no futuro tambm participar do Programa Monumenta.

1.6.3 - PROGRAMA ESTRADA REAL - Projeto Estruturador do Governo do Estado


O Programa Estrada Real uma parceria pblico-privada entre o Estado de Minas Gerais e a Federao das Industrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG. O Instituto Estrada Real foi criado pela Federao das Indstrias do Estado de Minas Gerais em 5 de outubro de 1999, como uma sociedade civil sem fins lucrativos, que tem por objetivo organizar, fomentar e gerenciar o produto turstico Estrada Real. O Programa tem como objetivo a recuperao e a sustentabilidade do patrimnio cultural e natural situado ao longo da Estrada Real. O Instituto Estadual do Patrimnio Histrico e Artstico de Minas Gerais - IEPHA/MG tem participado de seminrios regionais realizados sobre o tema, tendo j inventariado os bens culturais localizados no trecho Ouro Preto/Ouro Branco. A Estrada Real atualmente um projeto estruturador do Governo do Estado de Minas Gerais e considerado um modelo de parceria pblico-privada, o Programa Estrada Real um projeto de desenvolvimento scio-econmico dos municpios, via o incentivo ao turismo cultural, religioso, histrico, gastronmico e rural, ao ecoturismo e ao turismo de aventura. Implantado em 177 municpios de trs estados de Minas Gerais (162 municpios), Rio de Janeiro (oito) e So Paulo (sete), o Programa Estrada Real tem o apoio do Ministrio do Turismo.

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O Programa Rede de Micro, Pequenas e Mdias Empresas Tursticas da Estrada Real, foi implementado atravs de convnio entre o Instituto Estrada Real, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o governo mineiro, visando integrar os produtos e servios ao longo do caminho histrico. A Estrada Real possui trs segmentos: o primeiro compreende o Caminho Velho partindo de Parati at Ouro Preto; o segundo compreende o Caminho Novo partindo do Rio de Janeiro at Ouro Preto; e o terceiro se refere ao Caminho dos Diamantes entre Ouro Preto e Diamantina, sendo que no seu primeiro trecho est o Caminho de Sabarabu. A rea onde est inserido o empreendimento proposto refere-se ao Caminho dos Diamantes aps o trecho de Sabarabuu, ou seja, entre Itamb do Mato Dentro e Diamantina. Como pode ser visto na figura 1.9, o Caminho dos Diamantes passa pelos seguintes ncleos urbanos: - Itamb do Mato Dentro - Morro do Pilar - Conceio do Mato Dentro - Crregos - Santo Antnio do Norte - Itapanhoacanga - Alvorada de Minas - Serro - Trs Barras - Milho Verde - So Gonalo do Rio das Pedras - Vau - Diamantina Observa-se que ncleos urbanos e municpios prximos ao traado principal da estrada tambm so contemplados pelo Programa Estrada Real, como por exemplo Dom Joaquim, municpio onde ser captada gua do rio do Peixe para o empreendimento. A maior parte do trajeto do Caminho dos Diamantes se encontra na poro oeste da bacia hidrogrfica do rio Santo Antnio (Rio Doce), sendo que o trecho de Milho Verde at Diamantina est situado na bacia do rio Jequitinhonha. Nota-se tambm, que no Caminho dos Diamantes, esto presentes dois Parques Nacionais e quatro Parques Estaduais.

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FIGURA 1.9 - Municpios pertencentes ao Programa Estrada Real no trecho do Caminho dos Diamantes.

No mbito do Programa Estrada Real, est sendo realizado o Projeto guas da Estrada Real pela Agncia Nacional das guas - ANA. O projeto elaborou um estudo dos principais indicadores que influenciam a gesto dos recursos hdricos. Os indicadores avaliados para os municpios da rea de influncia da Estrada Real so: gua encanada, coleta de lixo, instalaes de esgoto, destino final do esgoto, destino final do lixo.

1.6.4 -

PROJETO RUMYS: Rutas Minerales de Iberoamrica y Ordenamiento Territorial: un factor integral para el desarrollo sostenible de la sociedad - CYTED

O CYTED - Programa Ibero-americano de Cincia e Tecnologia para o Desenvolvimento foi criado em 1984, mediante o Acordo Marco Institucional firmado por 19 pases de Amrica Latina, Espanha e Portugal, constituindo um programa internacional de cooperao cientfica e tecnolgica multilateral. No projeto Rumys participam 75 pesquisadores de oito pases que so: Brasil, Chile, Colmbia, Equador, Espanha, Mxico, Peru e Portugal. O Projeto Estrada Real o componente brasileiro do Rumys.

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O objetivo geral do Projeto Rumys potencializar e difundir uma estratgia regional para estabelecer modelos de desenvolvimento sustentvel dos povos iberoamericanos com rotas minerais patrimoniais, sendo seus objetivos especficos: 1) Estabelecer em cada pas participante uma Rota Mineral para potencializar seu desenvolvimento sustentvel (No caso do Brasil foi escolhida a Estrada Real). 2) Realizar em cada Rota Mineral um inventrio histrico de produo, avaliao do patrimnio cultural e geomineral, e identificar os principais problemas sociais. 3) Publicar e promover os resultados da pesquisa para promover o desenvolvimento regional na Rota Mineral. 4) Promover a criao de rotas comuns entre os paises com reas metalogenticas similares, com critrio integrador no mbito da sociedade do conhecimento. 5) Formular em uma segunda fase o Programa de Desenvolvimento de Rotas Minerais e Seu Impacto Social em beroamrica. Conforme mencionado no Projeto, Rotas Minerais e seus produtos oferecem uma As oportunidade s comunidades do entorno para estabelecer novas fontes de negcios vinculadas aos seus valores patrimoniais que podem ser exploradas atravs do turismo. Sero identificados valores tangveis e intangveis do Patrimnio que oferecero uma riqueza de identidade, de preservao da histria e da busca por melhores dias estabelecidos no conceito de sustentabilidade. . Em junho de 2007 foi realizado no Rio de Janeiro um encontro sobre o componente brasileiro do Projeto Rumys, onde o projeto Estrada Real foi debatido pelo Centro de Tecnologia Mineral - CETEM do Ministrio de Cincia e Tecnologia e pelo Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (DG/GEO/UFRJ). A reunio foi realizada no mbito da 1 Etapa do Projeto Estrada Real, no qual esto sendo realizadas sete reunies com atores relevantes de ncleos selecionados na regio de influncia da Estrada Real: Belo Horizonte, Diamantina, Juiz de Fora, Ouro Preto, Petrpolis, Rio de Janeiro e So Joo Del Rey. Alm da divulgao do Projeto Rumys, tais reunies buscam identificar as percepes e expectativas dos atores com relao ao tema e coletar subsdios para o detalhamento do programa de execuo do projeto. Tambm foi apresentado o Projeto Caminhos Geolgicos que vem sendo conduzido pelo DRM/RJ e que constitui uma experincia de referncia que dever subsidiar as aes do Projeto Estrada Real, assim como as do Projeto Rumys.

1.6.5 - Zoneamento Ecolgico - Econmico de Minas Gerais


O Decreto Federal N 4.297, de 10 de julho de 2002, regulamenta o art. 9, inciso II, da Lei n 6.938, de 31 de agosto de 1981, estabelecendo critrios para o Zoneamento Ecolgico-Econmico do Brasil - ZEE.

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Conforme este decreto, o ZEE, um instrumento de organizao do territrio a ser obrigatoriamente seguido na implantao de planos, obras e atividades pblicas e privadas, e estabelece medidas e padres de proteo ambiental destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hdricos e do solo e a conservao da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentvel e a melhoria das condies de vida da populao. O ZEE tem por objetivo geral organizar, de forma vinculada, as decises dos agentes pblicos e privados quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, assegurando a plena manuteno do capital e dos servios ambientais dos ecossistemas. O ZEE, na distribuio espacial das atividades econmicas, levar em conta a importncia ecolgica, as limitaes e as fragilidades dos ecossistemas, estabelecendo vedaes, restries e alternativas de explorao do territrio e determinando, quando for o caso, inclusive a relocalizao de atividades incompatveis com suas diretrizes gerais. O referido decreto ainda menciona que: ... para o planejamento e a implementao de polticas pblicas, bem como para o licenciamento, a concesso de crdito oficial ou benefcios tributrios, ou para a assistncia tcnica de qualquer natureza, as instituies pblicas ou privadas observaro os critrios, padres e obrigaes estabelecidos no ZEE, quando existir, sem prejuzo dos previstos na legislao ambiental. O Zoneamento Ecolgico Econmico do Estado de Minas Gerais - ZEE-MG uma das diversas aes implementadas pela Gesto Ambiental Sc. XXI, constituindo a Ao P322 do Projeto Estruturador PE17. Os resultados at o momento disponveis do ZEE-MG constam nos mapas do Sistema Integrado de Informao Ambiental - SIAM / SEMAD / MG. A figura 1.10 mostra que regio das serras da borda leste do Espinhao Meridional, onde as atividades de minerao ora propostas sero desenvolvidas, foi considerada como Zona EcolgicaEconmica 6. Esta classificao indica tratar-se de terras com alta vulnerabilidade e baixo potencial social.

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FIGURA 1.10 - Zonas Ecolgicas - Econmicas na regio onde o empreendimento prope-se implantar. O crculo amarelo indica a regio do empreendimento proposto.

Legenda: Verm elho: Zona 6: alta vulnerabilidade em locais de baixo potencial social Laranja: Zona 5. baixa vulnerabilidade em locais de baixo potencial social Amarelo: Zona 4. alta vulnerabilidade em locais de mdio potencial social Azul: Zona 3. Terras de baixa vulnerabilidade em locais de mdio potencial social Cinza: zona urbana (sede municipal de Conceio do Mato Dentro) Verde escuro: Unidade de Conservao.

Conceitua-se vulnerabilidade natural no ZEE-MG como sendo a incapacidade do meio-ambiente de resistir ou recuperar-se de impactos negativos antrpicos. Pressupe-se uma situao atual que deve persistir ou se recuperar (adaptado do conceito de resilincia, consagrado em fsica, ecologia e economia). A figura 1.11 mostra que a vulnerabilidade das serras onde o empreendimento prope a sua implantao e operao possui uma vulnerabilidade muito alta e, conforme as diretrizes do ZEE-MG, nesta classe as reas apresentam restries srias quanto utilizao dos recursos naturais, pelo fato de que os mesmos encontram-se altamente vulnerveis s aes antrpicas. Essas reas demandam avaliaes cuidadosas para a implantao de qualquer empreendimento.

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FIGURA 1.11 - Mapa de Vulnerabilidade Natural do ZEE-MG. A regio do empreendimento encontra-se indicada no crculo azul.

Legenda: Verm elho: vulnerabilidade natural muito alta. Nesta classe as reas apresentam restries srias quanto utilizao dos recursos naturais, pelo fato de que os m esm os encontram -se altam ente vulnerveis s aes antrpicas. Essas reas dem andam avaliaes cuidadosas para a implantao de qualquer empreendimento. Laranja: vulnerabilidade natural alta. As reas apresentam restries considerveis. Amarelo: vulnerabilidade natural mdia. As reas apresentam restries m oderadas. Verde: vulnerabilidade natural baixa. As reas apresentam baixas restries quanto ao uso dos recursos naturais.

O ZEE-MG tambm aponta que a regio onde o empreendimento pretende se implantar apresenta prioridade alta, tanto para conservao dos recursos naturais como para a recuperao dos mesmos (Figuras 1.12 A e B). Desta forma, pode-se concluir que a regio das serras da borda lesta do Espinhao Meridional foi avaliada pelo ZEE-MG como sendo de vulnerabilidade natural muito alta, tendo alta prioridade para conservao e recuperao dos recursos naturais.

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FIGURA 1.12A - Mapa de Prioridades para a Conservao dos Recursos Naturais - ZEE-MG. A regio em cor laranja corresponde s serras onde o empreendimento pretende se instalar, sendo consideradas pelo ZEE-MG como zonas de alta prioridade para conservao.

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FIGURA 1.12B - Mapa de Prioridades para Recuperao dos Recursos Naturais ZEE-MG. A regio em cor laranja corresponde s serras onde o empreendimento pretende se instalar, sendo consideradas pelo ZEE-MG como zonas de alta prioridade para recuperao.

1.6.6 - reas Prioritrias para a Conservao, Utilizao Sustentvel e Repartio de Benefcios da Biodiversidade Brasileira.
O Mapa das reas Prioritrias constitui uma das aes realizadas pelo Governo do Brasil em cumprimento das obrigaes do pas junto Conveno sobre Diversidade Biolgica, firmada durante a RIO-92. Seu objetivo foi avaliar a situao da biodiversidade dos vrios biomas identificando os condicionantes ambientais, sociais e econmicos, e estabelecer propostas para a sua conservao, utilizao sustentvel e a repartio dos benefcios decorrentes da sua utilizao. As reas Prioritrias para Conservao, Utilizao Sustentvel e Repartio dos Benefcios da Biodiversidade foram reconhecidas pelo Decreto n 5.092, de 21 de maio de 2004, e pela Portaria MMA n 126, de 27 de maio de 2004.

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A figura 1.13 apresenta um recorte do mapa onde se observa ao centro as reas MA631 e CP-489, ambas situadas na rea do empreendimento. A primeira refere-se sua importncia no contexto do Bioma Mata Atlntica e a segundo no contexto do Bioma Cerrado, mostrando as caractersticas relevantes deste ectono. A figura 1.14 mostra o mapa georreferenciado da rea do projeto no contexto das reas Prioritrias para Conservao. Nota-se que a rea do projeto est claramente inserida no contexto das duas reas Prioritrias. FIGURA 1.13 - reas Prioritrias para a Conservao, Utilizao Sustentvel e Repartio de Benefcios da Biodiversidade Brasileira. MMA/PROBIO, 2003.

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FIGURA 1.14 - Mapa georreferenciado da localizao do empreendimento proposto com relao s reas Prioritrias para a Conservao, Utilizao Sustentvel e Repartio de Benefcios da Biodiversidade Brasileira. MMA/PROBIO, 2003.

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Segundo a descrio de cada uma destas reas prioritrias, a rea CP - 489, denominada no mapeamento como Cerrado - rea Serra do Cip possui uma prioridade de conservao extremamente alta, sendo recomendado que sejam realizados inventrios biolgicos. Participam desta rea , dentre outros,os municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro. Quanto rea MA - 631, mapeada como Mata Atlntica - Alto Rio Santo Antnio, a prioridade de conservao alta, sendo recomendado tambm que sejam realizados inventrios biolgicos. Desta rea participa o municpio de Conceio do Mato Dentro. A Resoluo CONABIO n 01, de 29 de junho de 2005, dispe sobre a utilizao de diretrizes para incorporar os aspectos da diversidade biolgica na legislao e ou nos processos de Avaliao de Impacto Ambiental e Avaliao Ambiental Estratgica nos biomas Cerrado e Pantanal. Considerando os compromissos assumidos pelo Brasil junto Conveno sobre Diversidade Biolgica, ratificada pelo Decreto Legislativo n 2, de 3 de fevereiro de 1994 e promulgada pelo Decreto n 2.519, de 16 de maro de 1998, particularmente aqueles explicitados na Deciso VI/7, que visa promover as diretrizes para incorporar as questes de biodiversidade na legislao e processos de avaliao de impacto ambiental e avaliao ambiental estratgica; Considerando as reas Prioritrias para Conservao, Utilizao Sustentvel e Repartio dos Benefcios da Biodiversidade reconhecidas pelo Decreto n 5.092, de 21 de maio de 2004, e pela Portaria MMA n 126, de 27 de maio de 2004, e o Mapa dos Biomas do Brasil elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE em 2004; Considerando o rpido processo de converso e degradao dos biomas Cerrado e Pantanal, e como forma de ordenar a ocupao de espao e frear a imensa perda de biodiversidade; resolve: Art 1 - Recomendar a utilizao das Diretrizes para Incorporar os Aspectos da Diversidade Biolgica na Legislao e/ou nos Processos de Avaliao de Impacto Ambiental e Avaliao Ambiental Estratgica, contidas no Anexo da Deciso VI/7 da Conferncia das Partes da Conveno sobre Diversidade Biolgica (Anexo). Art 2 - Solicitar ao Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, a utilizao das diretrizes citadas no Art 1. desta Resoluo, nas suas resolues, em especial naquelas que objetivem regular os Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e os Relatrios de Impacto Ambiental (RIMA).

1.6.7 - Biodiversidade em Minas Gerais: Um Atlas para sua Conservao


O Atlas da Biodiversidade de Minas Gerais (2005), j na sua segunda edio, constitui um instrumento bsico no planejamento e formulao de polticas pblicas, tendo sido regulamentado atravs da Deliberao Normativa COPAM n 55, de 13 de junho de 2002 que estabelece normas, diretrizes e critrios para nortear a conservao da Biodiversidade de Minas Gerais, com base neste documento (Figura 1.15)

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Conforme a DN COPAM n 55/2002 , o Atlas dever nortear: as aes compensatrias no Licenciamento Ambiental, a definio e validao de qualquer nova Unidade de Conservao pelo Estado, bem como subsidiar os processos de licenciamento ambiental de empreendimentos. FIGURA 1.15 - Mapa das reas Prioritrias para Conservao da Biodiversidade em Minas Gerais.

O Atlas mostra que na regio do empreendimento ocorrem trs reas prioritrias para conservao da biodiversidade: a) Espinhao Meridional; b) Florestas da Encosta Leste do Espinhao Meridional; c) Alto Rio Santo Antnio. As caractersticas destas reas podem ser vistas abaixo, no quadro 1.1.

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QUADRO 1.1 - reas Prioritrias para Conservao da Biodiversidade na regio do empreendimento proposto.
N Nome Espinhao Meridional Florestas da Encosta Leste do Espinhao Meridional Alto Rio Santo Antnio Aes Prioritrias Criao de Unidade de Conservao Urgncia: curto prazo Investigao Cientfica Urgncia: curtssim o prazo. Criao de Unidade de Conservao Urgncia: curtssim o prazo. Muito Alta Importncia Biolgica Especial Justificativa Espcies de aves endm icas, alta riqueza de espcies da flora e da fauna Alta riqueza da flora e da fauna.

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Especial

Espcie endm ica de peixe.

Com relao s reas prioritrias temticas observa-se que o empreendimento est localizado em reas relevantes para conservao dos mamferos

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a) Mamferos: FIGURA 1.16 - reas Prioritrias para a Conservao de Mamferos, em vermelho: rea do empreendi mento proposto e adutora de gua.

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29

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rea 29: Vertente Leste do Espinhao Justificativa: Presena de fragmentos de alta importncia biolgica, com potencial para reconexo e formao de pontos de ligao entre corredores. Cebus nigritus robustus, Callicebus nigrifrons, Alouatta quariba clamitans

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rea 28 - Serra do Cip Justificativa: Ambiente caracterstico de campo rupestre, com alto grau de endemismo para espcies vegetais, no existindo, entretanto, conhecimento cientfico para o grupo de mamferos. Informaes espordicas indicam a presena das seguintes espcies ameaadas de extino: Chrysocyon brachyurus, Puma concolor, Callithrix geoffroyi, Lonchophylla bookermanni. Salienta-se que esta ltima possui nesta regio o nico registro para o Estado de Minas Gerais. Este fato no foi considerado devido a insuficincia de inventrios para a ordem Chiroptera. - Chrysocyon brachyurus, Puma concolor, Callithrix geoffroyi, Lonchophylla bookermanni, L. longicaudis, L. pardalis, L. trigrinus, P. vetulus, T tetradactyla e Lonchophyla dekeyseri, espcie nectvora, parece ser dependente de ambientes crsticos.

b) Flora rea 41 - Florestas da Encosta Sudeste do Espinhao Justificativa: Florestas estacionais semideciduais, remanescentes com alto grau de conectividade, representa uma importante rea florestal no sul da Cadeia do Espinhao, possui identidade paisagstica com a vertente oeste onde predominam os Cerrados. - Panicum brachystachyum, Cyathea bipinnatifida, Isoetes gigantea, Dicksonia sellowiana, Hoffmansseggella sp.

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FIGURA 1.17 - reas Prioritrias para a Conservao da Flora. Em vermelho: rea do empreendimento proposto e adutora de gua.

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rea 22 - Corredor Espinhao Justificativa: Complexo formado pela Cadeia do Espinhao, constitui-se uma formao nica no pas, com fauna e flora exclusivas no planeta. A parte mais significativa desta cadeia concentra-se no Estado de Minas Gerais. A caracterstica tpica de altitudes elevadas associada a terrenos cristalinos antigos propicia a instalao de elementos biolgicos com histria evolutiva intimamente associada a esta formao. Alm do aspecto puramente biolgico, existe tambm a enorme riqueza paisagstica que varia na direo norte-sul e que deve ser preservada. considerado o ambiente que concentra o maior nmero de endemismos no pas.

c) Rpteis e Anfbios rea 12 - Espinhao Central Justificativa: Alta riqueza de espcies endmicas da Serra do Espinhao, sendo exemplos Tropidurus montanus, Eurolophosaurus nanusae, Gymnodactyllus gutulattus, Tropidophis spn., Placossoma cipoensis,Hyla alvarengai, Hyla saxicola, Phasmahyla jandaia. Endmicas do Espinhao Central: Hylodes otavioi, Physalaemus evangelistai, Procerathophrys cururu. Ameaados de extino Physalaemus deimaticus, Hyla pinima. Algumas possivelmente restritas rea. O relevo montanhoso, caracterizado pelo topo das serras isoladas, torna a regio extremamente importante e potencialmente muito rica.

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FIGURA 1.18 - reas Prioritrias para a Conservao de Rpteis e Anfbios. Em vermelho: rea do empreendimento proposto e adutora de gua.

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d) Peixes rea 13 - Alto Rio Santo Antnio Justificativa: Presena de espcie com distribuio restrita (Henochilus wheatlandii). Alta riqueza de espcies endmicas. Leporinus tahyeri, Characidae genn sp.n., Henochilus wheatlandii, Steindachneridion, Leporinus, Brycon.

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FIGURA 1.19 - reas Prioritrias para a Conservao de Peixes. Em vermelho: rea do empreendimento proposto e adutora de gua.

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e) Invertebrados FIGURA 1.20 - reas Prioritrias para a Conservao de Peixes. Em vermelho: rea do empreendimento proposto e adutora de gua.

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rea 12 - Serra do Espinhao Justificativa: Presena de vrias espcies de abelhas, borboletas e liblulas endmicas e ameaadas de extino rea 31 - Parque Nacional Serra do Cip Alta riqueza de abelhas, heterpteros e aranhas, mdia riqueza de borboletas e de Odonata - Lanophora campanulata machadoi, Xylocopa Truxali (lista nacional), alta riqueza de spp endmicas de Heteroptera, Nirodia belphegor (endmica e ameaada), Peripatus sp.n.

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QUADRO 1.2 - Sntese na rea do Parque Nacional da Serra do Cip


rea Temtica Mamferos rea 28 rea 29 Flora rea 22 rea 41 Rpteis e Anfbios rea 12 Peixes rea 13 Invertebrados rea 12 rea 31 Serra do Espinhao Parq. Nacional da Serra do Cip Especial Extrem a Alto Rio Santo Antnio Especial Espinhao Central Especial Corredor Espinhao Flor. da Encosta SE do Espinhao Corredor Muito Alta Serra do Cip Vertente Leste do Espinhao Extrem a Potencial Nome Importncia Biolgica

- Importncia Biolgica Especial: ocorrncia de espcies restritas rea e/ou ambiente - Importncia Biolgica Extrema: ocorrncia de alta riqueza de espcies endmicas, ameaadas ou raras no Estado e/ou fenmeno biolgico especial. - Importncia Biolgica Muito Alta: ocorrncia de mdia riqueza de espcies endmicas, ameaadas ou raras no Estado e/ou que representem extensos remanescentes significativos, altamente ameaados ou com alto grau de conservao. - Importncia Biolgica Potencial: rea insuficientemente conhecida, mas com provvel importncia biolgica, sendo portanto, prioritrias para investigao cientfica. Como pode ser visto acima, a regio onde se encontra o empreendimento proposto considerada prioritria para a conservao de todos os grupos biolgicos considerados no Atlas da Biodiversidade de Minas Gerais (2005), sendo a nica exceo o grupo das Aves.

1.6.8 - Gerao de Energia - UHE e PCH


Como visto no item 1.5, a rea do empreendimento proposto est situada na regio de maior precipitao na bacia hidrogrfica do rio Doce, sendo esta regio estratgica sob o ponto de vista de potencial de gerao de energia na bacia.

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Conforme o Diagnstico Consolidado da Bacia do Rio Doce, constante na verso final do Termo de Referncia para Elaborao do Plano de Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfica do Rio Doce (Projeto ANA/UNESCO, 2005), a bacia do Rio Santo Antnio, onde o empreendimento proposto se insere, est situada no Mdio Rio Doce. A respeito dos aspectos do meio bitico no Mdio Rio Doce, o Diagnstico menciona: No Mdio Doce existem registros de 61 espcies de peixes, das quais 14 so exticas (aproximadamente 23%). O nmero de espcies nativas (47) considervel em funo da ictiofauna da bacia do rio Doce ser avaliada por alguns autores como pouco diversa. De fato, esse nmero representa aproximadamente 61% de toda a ictiofauna relacionada para a bacia do rio Doce, que foi estimada em 77 espcies. O rio Santo Antnio considerado como de importncia biolgica extrema para a conservao da fauna de peixes. Atualmente, as principais ameaas para a manuteno da ictiofauna das drenagens superiores do rio Santo Antnio so representadas pela introduo de peixes exticos e a construo de usinas hidreltricas. Outras interferncias antrpicas so: desmatamento com conseqente assoreamento dos canais de drenagem, lanamento de esgotos domsticos e industriais, em menor escala, extrao de areia, garimpo e pesca no controlada. A calha do Mdio Doce, juntamente com a bacia do rio Santo Antnio, a poro da bacia que abriga o maior nmero de espcies (46), das quais cerca de 28% so exticas. Apesar do nmero relativamente alto de espcies, poucos estudos foram conduzidos nessa regio. Entre esses se destacam os estudos ambientais realizados para as UHEs Baguari e Aimors. O Inventario Hidreltrico (2001) destaca para o Mdio Doce que: - mdio rio Doce abriga uma ictiofauna bastante diversa e representativa O da bacia como um todo; - Existem registros de espcies raras ou ausentes em outras reas do rio Doce, sendo os exemplos mais marcantes o andir, o timbur e um pequeno caracdeo; - At o momento, poucos afluentes foram alterados pela construo de usinas hidreltricas, enquanto a calha central encontra-se em quase sua totalidade sem esse tipo de empreendimento; - O assoreamento um impacto marcante ao longo de todo o trecho analisado, entretanto, ocorre em intensidade na calha central do rio Doce e no baixo curso de alguns afluentes; - Os dados compilados para essa avaliao corroboram a proposta do Alto Rio Santo Antnio como uma rea prioritria para conservao de peixes em Minas Gerais. Essa bacia abriga mais de 50% da fauna de peixes do rio Doce, alm de manter duas espcies endmicas, cujos registros esto restritos a ambientes caractersticos encontrados somente no mdio/alto curso .

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Quanto ao Alto Rio Doce, o Diagnstico de referncia para o Plano Diretor da bacia ainda se refere ao Rio Piranga, outra rea apontada como prioritria para conservao da biodiversidade. Quanto aos aspectos relacionados conservao da biota desse rio, e o aproveitamento do seu potencial energtico, o Diagnstico menciona: - A adoo somente das formas convencionais de atenuao de impactos (transposio, repovoamentos, etc.) no ser suficiente para garantir a manuteno da diversidade da ictiofauna, uma vez que o requisito principal que condiciona a sua ocorrncia (trechos lticos), no poder ser mantido nas reas represadas; - Desta forma, torna-se imprescindvel que entre as estratgias de conservao esteja a manuteno de trechos lticos significativos e relativamente bem preservados, procedimento que certamente representar um nus econmico, pois sinalizar para a inviabilidade da implantao de todos ou da maioria dos empreendimentos sob avaliao; - Considerando o potencial energtico existente na bacia do rio Doce, torna-se imprescindvel realizao de uma anlise integrada dos aspectos referentes a ictiofauna, de forma a determinar os impactos a serem impostos com o arranjo dos aproveitamentos hidreltricos concebidos para a bacia. Estas recomendaes mencionadas no Diagnstico para o Rio Piranga tambm so pertinentes quanto bacia do Rio Santo Antnio. Conforme os dados disponveis no Sistema de Informaes Georreferenciadas do Setor Eltrico - Sigel - Aneel (consulta em 07/2007), na bacia hidrogrfica do rio Santo Antnio existem 2 usinas hidroeltricas (UHE) em operao, 3 pequenas centrais hidroeltricas (PCH) em operao e 6 PCHs em fase de outorga, totalizando 11 empreendimentos (Figuras 1.21 e quadro 1.3)

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FIGURA 1.21 - Localizao das UHEs e PCHs na bacia hidrogrfica do Rio Santo Antnio. Fonte: Sigel - Aneel (consulta 07/2007)

QUADRO 1.3 - Localizao das UHEs e PCHs na bacia hidrogrfica do Rio Santo Antnio. Fonte: Sigel - Aneel (consulta 07/2007)
Rio Guanhes Guanhes Guanhes Tanque Peixe Peixe Peixe Peixe Santo Antnio Santo Antnio Santo Antnio UHE / PCH PCH - outorga PCH - outorga PCH - outorga PCH - operao PCH - outorga PCH - outorga PCH PCH - outorga PCH - outorga UHE - operao UHE - operao Nome Jacar Senhora do Porto Funil Dona Rita Sumidouro Monjolo Coronel Amrico Brejaba Quindim Salto Grande Porto Estrela Municpio Dores de Guanhes Dores de Guanhes Dores de Guanhes Santa Maria de Itabira Conceio do Mato Dentro Conceio do Mato Dentro Conceio do Mato Dentro Ferros Santa Maria de Itabira Brana Aucena

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No foi possvel verificar se as recomendaes sobre a conservao das reas prioritrias para conservao da biodiversidade, elaboradas no referido Diagnstico, foram realizadas para conceder as outorgas para as PCH na bacia. Entretanto, com a efetivao do empreendimento proposto, a disponibilidade de trechos lticos significativos e bem preservados diminuir, sendo o impacto das UHE e PCH sobre a biota aqutica aumentado. Ainda, coloca-se a questo que, no se dispe de elementos suficientes para medir com preciso como o empreendimento proposto, ora em estudo, intervir na disponibilidade hdrica, tanto na bacia das cabeceiras do Santo Antnio como no Rio do Peixe, assim como ainda no possvel avaliar como a mobilizao de sedimentos, e potencial assoreamento dos cursos de gua que abastecem estes rios, ir interferir na vida til projetada para estas usinas.

1.7 - Legislao incidente sobre o empreendimento


Neste item so apresentados os aspectos legais relevantes para o empreendimento em questo. Ao final do item so sumarizados em quadros as leis, resolues, deliberaes e normas aplicveis ao empreendimento.

1.7.1 - Aspectos constitucionais relacionados minerao e ao meio ambiente


O regime estabelecido pela Constituio da Repblica para o aproveitamento de substncias minerais est baseado no princpio do domnio da Unio sobre os recursos minerais, conforme dispe o art. 20, cabendo ao rgo competente conferir aos mineradores as autorizaes e concesses para a sua devida pesquisa e explorao, de acordo com o art. 176, caput e em seu 1.

Art. 20 - So bens da Unio: (...) V - os recursos minerais, inclusive os de subsolo; "Art. 176 - As jazidas, em lavra ou no, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidrulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de explorao ou aproveitamento, e pertencem Unio, garantida ao concessionrio a propriedade do produto da lavra. 1 - A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o caput deste artigo somente podero ser efetuados mediante autorizao ou concesso da Unio, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituda sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administrao no Pas, na forma da lei, que estabelecer as condies especficas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indgenas.

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Ressalta-se, outrossim, que reservado Unio legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia (art. 22, XII). Todavia, a explorao mineral no est alheia preocupao com a preservao do meio ambiente, mas pelo contrrio, deve compatibilizar sua atividade ao desenvolvimento sustentvel. Assim se depreende da leitura do art. 225, o qual estabelece o direito de todos ao meio ambiental ecologicamente equilibrado: Art. 225. Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes. Nos 1 e 2 do referido artigo expem-se os aspectos relativos responsabilidade do poder pblico para a efetiva proteo do meio ambiente, inclusive prevendo alguns dos instrumentos utilizados para a realizao da poltica ambiental: 1. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder pblico: I - preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico das espcies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimnio gentico do Pas e fiscalizar as entidades dedicadas pesquisa e manipulao de material gentico; III - definir, em todas as unidades da Federao, espaos territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alterao e a supresso permitidas somente atravs de lei, vedada qualquer utilizao que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteo; IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidade; V - controlar a produo, a comercializao e o emprego de tcnicas, mtodos e substncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblica para a preservao do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica, provoquem a extino de espcies ou submetam os animais crueldade. 2. Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com soluo tcnica exigida pelo rgo pblico competente, na forma da lei. Nesse sentido, a explorao dos recursos minerais se entrelaa ao aproveitamento e preservao do meio ambiente, devendo, por isso, respeitar tambm as legislaes dos outros entes federados que tambm so competentes para legislar e fiscalizar aspectos relacionados aos recursos ambientais, conforme art. 23.

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Art. 23. competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios: (...) VI - proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; (...) XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios; Pargrafo nico. Lei complementar fixar normas para a cooperao entre a Unio e os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, tendo em vista o equilbrio do desenvolvimento e do bem-estar em mbito nacional. Cumpre frisar que, no direito ptrio, cabe a todos os entes federados o exerccio do poder de polcia administrativa em relao ao meio ambiente, face ao disposto no art. 23, inciso VI da Constituio da Repblica, o qual dispe ser de competncia comum proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas . Na Constituio, por conseguinte, consagra-se o princpio do desenvolvimento sustentvel, impingindo explorao de recursos minerais o dever de respeitar as legislaes da Unio, Estados e Municpios, e que, para se implantar e operar, primordial a autorizao do Poder Pblico, atravs dos rgos competentes. 1.7.1.1 - Dos recursos minerrios O sistema de concesso mineral adotado no Brasil est baseado principalmente no Cdigo de Minerao (Decreto-lei no 227, de 28.02.1967, posteriormente reformado em parte pela Lei no 9.314, de 14.11.1996). Nesse sistema, o os recursos minerais, inclusive os do subsolo, so bens da Unio, e no do proprietrio do solo (superficirio). Por meio de requerimento, qualquer cidado ou empresa pode receber a autorizao do poder pblico para realizao de pesquisa com o intuito de verificar a existncia, a importncia, a dimenso e a viabilidade de explorao de uma substncia mineral em certa rea, e posteriormente, caso se demonstre alguns requisitos normativos, obter a concesso de lavra para extrair bens minerais. O controle desse sistema realizado pelo Departamento Nacional de Produo Mineral - DNPM, vinculado ao Ministrio das Minas e Energia - MME, representado em Minas Gerais pela Delegacia Regional do 3 Distrito. A concesso de lavra mineral se d por Portaria de Lavra, concedida pelo Ministro das Minas e Energia, aps anlise do Relatrio de Pesquisa Mineral e do Plano de Aproveitamento Econmico - PAE, e desde que obtida a licena ambiental para o empreendimento.

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1.7.2 - Do licenciamento ambiental


A Poltica Nacional de Meio Ambiente, prevista na Lei no 6.938, de 31.08.1981, estabeleceu os princpios e meios a serem utilizados pelo Poder Pblico para proteo do bem ambiental. Destacam-se, como instrumentos de poltica ambiental, o zoneamento ambiental, a avaliao de impacto ambiental e o licenciamento ambiental como pr-requisito para o financiamento e a implantao de quaisquer atividades potencialmente poluidoras ou modificadoras do meio ambiente. O art. 10 da Lei no 6.938, de 31.08.1981, pretendeu repartir a competncia do licenciamento ambiental entre os rgos estaduais e o rgo federal. Entretanto preciso perceber que os municpios detm competncia para autorizar e fiscalizar os empreendimentos de impacto ambiental local, pela supremacia das normas constitucionais sobre a legislao ordinria, o que tambm reconhecido pela Resoluo CONAMA no 237/1997. No que tange a concesso da licena ambiental, cabe aos rgos do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, conforme determinado pelo Decreto no 99.274, de 06.06.1990, regulamentador da Lei de Poltica Ambiental, conced-la. A estrutura do sistema ambiental baseia-se na cooperao mtua entre os entes federados para a consecuo do objetivo de preservao do meio ambiente. Sua estrutura, no mbito federal, est composta, primordialmente, por um conselho consultivo e deliberativo, o Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, o qual integrado por representantes da sociedade, que inclui os do setor produtivo, do governo e de organizaes no governamentais de proteo ambiental, e um rgo executivo, o Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA (art. 6 da Lei no 6.938, de 31.08.1981). Cabe ao CONAMA estabelecer a poltica, algumas normas e padres ambientais, enquanto o IBAMA responsvel pela fiscalizao e o licenciamento ambiental, no mbito federal. O licenciamento ambiental constitui-se em um procedimento administrativo pelo qual o rgo ambiental competente licencia a localizao, instalao, ampliao e a operao de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradao ambiental considerando as disposies legais e regulamentares e as normas tcnicas aplicveis ao caso A licena, por conseguinte . o ato administrativo pelo qual o rgo ambiental competente, estabelece as condies, restries e medidas de controle ambiental que devero ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa fsica ou jurdica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradao ambiental - (art. 1, incisos I e II da Resoluo CONAMA n o 237/1997). Para regular a competncia dos agentes do SISNAMA, que composto pelos rgos federais, estaduais e municipais de proteo do meio ambiente, o CONAMA instituiu a Resoluo no 237/1997, tendo por escopo atribuir poderes a cada um desses para realizar o licenciamento ambiental.

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O Decreto no 99.274/1990 condicionou o licenciamento de algumas atividades de significativo impacto ambiental elaborao de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e o respectivo Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA, assim como disps sobre o procedimento de licenciamento, que corresponde obteno de trs tipos de licenas, cada qual a ser concedida em momentos oportunos, aps a avaliao de pressupostos e conferindo ao empreendedor direitos distintos, seno vejamos: Licena Prvia (LP): correspondente a fase de planejamento, anlise de viabilidade e projeto bsico do empreendimento. Para sua obteno, dentre outros documentos, necessria a apresentao do EIA/RIMA para os empreendimentos de significativos impactos ambientais e de uma certido da prefeitura municipal, no que tange explorao mineral, declarando que as caractersticas e a localizao do empreendimento esto de acordo com as leis e regulamentos administrativos. Demonstra que existe viabilidade para a implantao do empreendimento, conferindo ao empreendedor a prerrogativa de dar continuidade do projeto. Licena de Instalao (LI): corresponde fase de projeto executivo e de instalao do empreendimento. Para sua concesso, necessria a apresentao de um Plano de Controle Ambiental - PCA, que contemple, na forma de projetos executivos, as proposies conceituais de controle e reabilitao do meio ambiente. Nesta etapa necessria a apresentao da licena para desmate (se necessrio a interveno em reas de vegetao). Para os direitos minerrios concedidos no sistema de Portaria de Lavra, deve ser apresentada tambm cpia da aprovao do PAE (Plano de Aproveitamento Econmico) pelo DNPM. Confere ao empreendedor a possibilidade de implantao, atravs de obras executivas, do empreendimento e dos planos e instrumentos de controle ambiental. Licena de Operao (LO): concedida mediante comprovao da implantao dos sistemas projetados no PCA e apresentao de cpia da portaria de lavra ou do registro do licenciamento no DNPM. Esta etapa do licenciamento corresponde etapa de implantao final e autorizao de operao do empreendimento. Quanto ao Estudo de Impacto Ambiental, a Resoluo CONAMA no 01, de 23.01.1986, normatizou a sua elaborao e enumerou os elementos necessrios para sua realizao. No tocante ao licenciamento ambiental das atividades do setor de minerao, ressaltase a existncia da Resoluo CONAMA no 09, de 06.12.1990, que prev inclusive a necessidade de licenciamento ambiental para a realizao de pesquisa mineral e eventual extrao no caso de Guia de Utilizao, e da Resoluo CONAMA no 10, de mesma data, especificamente parte do setor para minerais de uso direto na construo civil. Como se depreende da leitura de leis e das resolues do CONAMA, em geral o licenciamento ambiental fica a cargo dos Estados, atuando a Unio supletivamente e em casos especiais nos quais lhe reservada a competncia originria (como, por exemplo, empreendimentos de explorao ou manipulao de materiais radioativos art 4, IV). Existe ainda a possibilidade de licenciamento no municpio de atividades de impacto ambiental local (art. 6).

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A obrigatoriedade do licenciamento de empreendimentos de extrao e tratamento de recursos minerais est prevista, dentre outros, no ANEXO I da Resoluo CONAMA no 237/97. Destaca-se ainda que esse licenciamento no inclui automaticamente o de desmate de reas, o qual, caso seja necessrio, dever realizar-se atravs de procedimento especfico junto ao rgo competente que cuida dos aspectos florsticos para sua obteno.

1.7.3 - Reabilitao de reas degradadas


A extrao mineral, como atividade antrpica, potencialmente degradadora do ambiente. Entretanto, uma caracterstica importante da minerao a extrao de recurso natural no renovvel, sendo que mesmo desenvolvendo-se a atividade dentro dos padres de controle ambiental exigidos, haver um impacto residual. Nesse sentido, estabelece a Constituio da Repblica no artigo 225, 2 (j citado anteriormente), a necessidade de recuperao das reas impactadas pela extrao mineral, conforme um plano apresentado ao rgo competente. Essa exigncia impe ao minerador o dever de conferir um uso especfico rea na qual transcorreu a minerao, tendo em vista os impactos residuais resultantes da atividade. Em atendimento ao dispositivo constitucional, foi instituda pelo Decreto no 97.632, de 10.04.1989, a obrigao, extensiva a todos os empreendimentos de extrao mineral, de apresentar o Plano de Recuperao de reas Degradadas - PRAD durante o processo de licenciamento ambiental, integrado aos programas do EIA.

1.7.4 - reas de preservao permanente


No Cdigo Florestal (Lei no 4.771, de 15.09.1965, alterado pela MP no 2166-67, de 24.08.2001), existe a previso de que algumas reas naturais, que so de singular importncia para o meio ambiente, devem ser objeto de peculiar proteo. As chamadas reas de Preservao Permanente (APP) so definidas no referido diploma legal, em seu art. 1, 2, II, como sendo reas, cobertas ou no por vegetao nativa, com a funo ambiental de preservar os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica, a biodiversidade, o fluxo gnico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populaes humanas. So enumeradas pelos arts. 2, podendo ser consideradas de pleno direito, ou seja, institudas atravs da lei, e 3, que prev sua declarao pelo poder pblico. Art. 2 - Consideram-se de preservao permanente, pelo s efeito desta Lei, as florestas e demais formas de vegetao natural situadas: a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'gua desde o seu nvel mais alto em faixa marginal cuja largura mnima seja: 1) de 30 (trinta) metros para os cursos d'gua de menos de 10 (dez) metros de largura;

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2) de 50 (cinqenta) metros para os cursos d'gua que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqenta) metros de largura; 3) de 100 (cem) metros para os cursos d'gua tenham de 50 (cinqenta) a 200 (duzentos) metros de largura; 4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d'gua que tenham de 200 (duzentos) a 500 (quinhentos) metros de largura; 5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'gua que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatrios d'gua naturais ou artificiais; c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'gua", qualquer que seja a sua situao topogrfica, num raio mnimo de 50 (cinqenta) metros de largura; d) no topo de morros, montes, montanhas e serras; e) nas encostas ou partes destas com declividade superior a 45, equivalente a 100% na linha de maior declive; f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projees horizontais; h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetao. i) REVOGADA Pargrafo nico - No caso de reas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos permetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regies metropolitanas e aglomeraes urbanas, em todo o territrio abrangido, observar-se- o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princpios e limites a que se refere este artigo. Art. 3 - Consideram-se, ainda, de preservao permanente, quando assim declaradas por ato do Poder Pblico, as florestas e demais formas de vegetao natural destinadas: a) a atenuar a eroso das terras; b) a fixar as dunas; c) a formar as faixas de proteo ao longo das rodovias e ferrovias; d) a auxiliar a defesa do territrio nacional, a critrio das autoridades militares; e) a proteger stios de excepcional beleza ou de valor cientfico ou histrico; f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaadas de extino; g) a manter o ambiente necessrio vida das populaes silvcolas h) a assegurar condies de bem estar pblico.

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1 A supresso total ou parcial de florestas e demais formas de vegetao permanente de que trata esta Lei, devidamente caracterizada em procedimento administrativo prprio e com prvia autorizao do rgo federal de meio ambiente, somente ser admitida quando necessria execuo de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pblica ou interesse social, sem prejuzo do licenciamento a ser procedido pelo rgo ambiental competente. 2 Por ocasio da anlise do licenciamento, o rgo licenciador indicar as medidas de compensao ambiental que devero ser adotadas pelo empreendedor sempre que possvel. A preocupao protetiva dessas reas reflete-se na necessidade de prvio procedimento autorizativo especfico para a supresso de vegetao, abrindo-se ao poder pblico a possibilidade de indicao de medidas mitigadoras e compensatrias a serem adotadas, conforme estabelecido nos 1 e 2 supratranscritos. A Resoluo CONAMA no 369, de 28 de maro de 2006, reconhece a utilidade pblica da extrao mineral e dispe sobre os casos excepcionais que possibilitam essa atividade ser realizada em rea de Preservao Permanente - APP. Art. 2. O rgo ambiental competente somente poder autorizar a interveno ou supresso de vegetao em APP, devidamente caracterizada e motivada mediante procedimento administrativo autnomo e prvio, e atendidos os requisitos previstos nesta resoluo e noutras normas federais, estaduais e municipais aplicveis, bem como no Plano Diretor, Zoneamento EcolgicoEconmico e Plano de Manejo das Unidades de Conservao, se existentes, nos seguintes casos: I - utilidade pblica: c) as atividades de pesquisa e extrao de substncias minerais, outorgadas pela autoridade competente, exceto areia, argila, saibro e cascalho; Art. 3. A interveno ou supresso de vegetao em APP somente poder ser autorizada quando o requerente, entre outras exigncias, comprovar: I - a inexistncia de alternativa tcnica e locacional s obras, planos, atividades ou projetos propostos; II - atendimento s condies e padres aplicveis aos corpos de gua; III - averbao da rea de Reserva Legal; e IV - a inexistncia de risco de agravamento de processos como enchentes, eroso ou movimentos acidentais de massa rochosa. Seo II . Das Atividades de Pesquisa e Extrao de Substncias Minerais Art. 7. A interveno ou supresso de vegetao em APP para a extrao de substncias minerais, observado o disposto na Seo I desta Resoluo, fica sujeita apresentao de Estudo Prvio de Impacto Ambiental-EIA e respectivo Relatrio de Impacto sobre o Meio Ambiente - RIMA no processo de licenciamento ambiental, bem como a outras exigncias, entre as quais: I - demonstrao da titularidade de direito mineral outorgado pelo rgo competente do Ministrio de Minas e Energia, por qualquer dos ttulos previstos na legislao vigente;

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II - justificao da necessidade da extrao de substncias minerais em APP e a inexistncia de alternativas tcnicas e locacionais da explorao da jazida; III - avaliao do impacto ambiental agregado da explorao mineral e os efeitos cumulativos nas APP's, da sub-bacia do conjunto de atividades de lavra mineral atuais e previsveis, que estejam disponveis nos rgos competentes; IV - execuo por profissionais legalmente habilitados para a extrao mineral e controle de impactos sobre meio fsico e bitico, mediante apresentao de Anotao de Responsabilidade TcnicaART, de execuo ou Anotao de Funo Tcnica-AFT, a qual dever permanecer ativa at o encerramento da atividade minerria e da respectiva recuperao ambiental; V - compatibilidade com as diretrizes do plano de recursos hdricos, quando houver; VI - no localizao em remanescente florestal de mata atlntica primria. 2 o A interveno ou supresso de vegetao em APP para as atividades de pesquisa mineral, observado o disposto na Seo I desta Resoluo, ficam sujeitos a EIA/RIMA no processo de licenciamento ambiental, caso sejam potencialmente causadoras de significativo impacto ambiental, bem como a outras exigncias, entre as quais: I - demonstrao da titularidade de direito mineral outorgado pelo rgo competente do Ministrio de Minas e Energia, por qualquer dos ttulos previstos na legislao vigente; II - execuo por profissionais legalmente habilitados para a pesquisa mineral e controle de impactos sobre meio fsico e bitico, mediante apresentao de ART, de execuo ou AFT, a qual dever permanecer ativa at o encerramento da pesquisa mineral e da respectiva recuperao ambiental. 3. Os estudos previstos neste artigo sero demandados no incio do processo de licenciamento ambiental, independentemente de outros estudos tcnicos exigveis pelo rgo ambiental. 6 o Os depsitos de estril e rejeitos, os sistemas de tratamento de efluentes, de beneficiamento e de infra-estrutura das atividades minerrias, somente podero intervir em APP em casos excepcionais, reconhecidos em processo de licenciamento pelo rgo ambiental competente, atendido o disposto no inciso I do art. 3 o desta resoluo. 7 o No caso de atividades de pesquisa e extrao de substncias minerais, a comprovao da averbao da reserva legal, de que trata o art. 3 o , somente ser exigida nos casos em que: I - o empreendedor seja o proprietrio ou possuidor da rea; II - haja relao jurdica contratual onerosa entre o empreendedor e o proprietrio ou possuidor, em decorrncia do empreendimento minerrio. 8 o Alm das medidas ecolgicas, de carter mitigador e compensatrio, previstas no art. 5, desta Resoluo, os titulares das atividades de pesquisa e extrao de substncias minerais em APP ficam igualmente obrigados a recuperar o ambiente degradado, nos termos do 2 o do art. 225 da Constituio e da legislao vigente, sendo considerado obrigao de relevante interesse ambiental o cumprimento do Plano de Recuperao de rea Degradada-PRAD.

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Art. 12. Nas hipteses em que o licenciamento depender de EIA/RIMA, o empreendedor apresentar, at 31 de maro de cada ano, relatrio anual detalhado, com a delimitao georreferenciada das APP, subscrito pelo administrador principal, com comprovao do cumprimento das obrigaes estabelecidas em cada licena ou autorizao expedida. Art. 14. O no-cumprimento ao disposto nesta Resoluo sujeitar os infratores, dentre outras, s penalidades e sanes, respectivamente, previstas na Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e no Decreto n o 3.179, de 21 de setembro de 1999.

1.7.5 - Unidades de conservao


Outra forma de implementao da poltica ambiental no pas o destacamento de reas para sua preservao. Assim, regulamentando o art. 225, 1, III, que estabelece a incumbncia do Poder Pblico em relevar reas de singular interesse, no territrio nacional, para a preservao de ecossistemas, instituiu-se a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza - SNUC (Lei no 9.985, de 18.07.2000), a qual estabelece formas diversas de proteo compondo um sistema com gradaes diferenciadas. A Lei do SNUC fixa maneiras de destacar essas reas, dividindo-as entre as de Proteo Integral, cujo objetivo bsico preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, salvo raras excees, e de Uso Sustentvel, cujo intuito compatibilizar a conservao da natureza com o uso sustentvel de parcela dos seus recursos naturais. A lei atribui a cada tipo de unidade restries em sua utilizao, assim como medidas para a sua conservao. Vale destacar que, em seu art. 25, a Lei no 9.985/2000, estabelece que as unidades de conservao exceo das reas de Proteo Ambiental e das Reservas Particulares do Patrimnio Natural devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecolgicos, cabendo ao rgo responsvel pela sua administrao estabelecer normas especficas regulamentando a ocupao e o uso dos recursos naqueles espaos. Alm disso, conforme o art. 27, as unidades de conservao devero dispor ainda de Plano de Manejo, elaborado em at 5 (cinco) anos posteriormente a sua criao, o qual deve abranger a sua rea, sua zona de amortecimento e, quando existirem, os corredores ecolgicos. Estabelece ainda a Lei do SNUC, em seu art. 36, que, na hiptese de licenciamento ambiental de empreendimentos considerados de significativo impacto ambiental, o empreendedor fica obrigado a apoiar a implantao e manuteno de unidade de conservao. Caber ao rgo ambiental licenciador definir as unidades de conservao a serem beneficiadas, considerando, para tanto, as propostas apresentadas no EIA/RIMA, sendo ouvido o empreendedor. Adicione-se que o 3 do mesmo dispositivo determina que, quando o empreendimento afetar unidade de conservao especfica ou sua zona de amortecimento, o licenciamento ambiental s poder ser concedido aps a autorizao do rgo responsvel pela gesto daquele espao protegido.

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Merecem destaques as seguintes categorias de unidades de conservao, dentre aquelas definidas na Lei Federal no 9.985/2000:

A) Estaes Ecolgicas Dispe o art. 9 da Lei Federal no 9.985/2000, que as estaes ecolgicas tm como objetivo a preservao da natureza, bem como a realizao de pesquisas cientficas, sendo de posse e domnio pblicos, cabendo ao Poder Pblico desapropriar as reas de propriedade privada situada entre seus limites. Tratam-se de unidades de conservao de proteo integral. A visitao pblica s estaes ecolgicas proibida, exceto quando tiver finalidade educacional, conforme dispuser o plano de manejo da unidade ou regulamento especfico. J a pesquisa cientfica depender de aprovao do rgo gestor da unidade de conservao, sujeitando-se s condies e restries por ele definidas, assim como quelas previstas em regulamento.

B) Parques Nacionais, Estaduais e Municipais Os Parques, sejam eles nacionais, estaduais, distritais ou municipais, tm como objetivo bsico a preservao de ecossistemas naturais de grande relevncia ecolgica e beleza cnica, possibilitando a realizao de pesquisas cientficas e o desenvolvimento de atividades de educao e interpretao ambiental, de recreao em contato com a natureza e de turismo ecolgico, conforme definio do art. 11 da Lei Federal no 9.985/2000. Tais unidades de conservao so de posse e domnio pblicos, sendo que as reas particulares includas em seus limites sero desapropriadas. Assim como as Estaes Ecolgicas, os Parques so unidades de conservao de proteo integral. Nessa categoria de unidade de conservao possvel a visitao pblica, a qual est sujeita s normas e restries estabelecidas no plano de manejo do respectivo parque e pelo rgo responsvel pela sua administrao, bem como quelas previstas em regulamento. A pesquisa cientfica depende de autorizao prvia do rgo gestor do parque, sujeitando-se s condies que este estabelecer, assim como quelas definidas em regulamento.

C) reas de Proteo Ambiental Dispe o art. 15 da Lei Federal no 9.985/2000, que a rea de Proteo Ambiental APA uma rea em geral extensa, com um certo grau de ocupao humana, dotada de atributos abiticos, biticos, estticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populaes humanas, e tem como objetivos bsicos proteger a diversidade biolgica, disciplinar o processo de ocupao e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais Trata-se de uma categoria . de unidade de conservao de uso sustentvel, que admite a existncia de propriedades privadas dentre seus limites, cuja utilizao poder ser disciplinada ou restringida, desde que respeitados os limites da Constituio da Repblica.

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Ademais do rgo responsvel pela sua administrao, a APA dispor de um Conselho Consultivo do qual participaro representantes dos rgos pblicos, das organizaes da sociedade civil e da populao residente. A APA deve ter sempre um zoneamento ecolgico-econmico, com vista ao atendimento de seus objetivos, conforme se verifica no art. 2 da Resoluo CONAMA n o 10/1988. O zoneamento deve estabelecer as normas de uso, de acordo com as condies geolgicas, urbansticas, agropastoris, extrativistas, culturais e outras. H que se perceber que o regime protetivo da APA permite o exerccio, em seu interior, de atividades como a agropecuria, minerao, atividades industriais, parcelamento do solo, dentre outras, desde que respeitados os padres de conservao do meio ambiente.

D) Reserva Particular do Patrimnio Natural O art. 21 da Lei no 9.985/2000, descreve uma RPPN como rea privada, gravada com a perpetuidade, tendo por objetivo principal a conservao da diversidade biolgica, sendo permitido, dentro de sua rea, apenas a pesquisa cientfica e a visitao com objetivos tursticos, recreativos e educacionais. Ressalta-se que apesar de ser qualificada, no art. 14 como uma Unidade de Uso Sustentvel, possui a RPPN restries caractersticas das reas de Proteo Integral, exceto pela inexistncia de zona de amortecimento. A propriedade, como o prprio nome indica, permanece sob a posse e domnio do particular, que se disps a restringir, perpetuamente, a utilizao da rea aos casos previstos no referido art. 21.

1.7.6 - A Mata Atlntica


A rea do empreendimento est situada no bioma da Mata Atlntica na sua poro mais ocidental na regio central de Minas Gerais. A Lei 11.428, de 22 de dezembro de 2006, dispe sobre a utilizao e proteo da vegetao nativa do Bioma Mata Atlntica. O art. 2 define as formaes florestais que integram o bioma e suas delimitaes. Art. 2o Para os efeitos desta Lei, consideram-se integrantes do Bioma Mata Atlntica as seguintes formaes florestais nativas e ecossistemas associados, com as respectivas delimitaes estabelecidas em mapa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, conforme regulamento: Floresta Ombrfila Densa; Floresta Ombrfila Mista, tambm denominada de Mata de Araucrias; Floresta Ombrfila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetaes de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste. O mapa de vegetao do IBGE coloca a regio do empreendimento associada Floresta Estacional Semidecidual. Tambm o mapa de Biomas do IBGE traz a regio como inserida no bioma da Mata Atlntica (vide figura 1.7 acima). Assim, na regio do projeto se aplica a legislao do bioma da Mata Atlntica.

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A Lei 11.428 tem como objetivo o desenvolvimento sustentvel assegurando a manuteno da biodiversidade e do regime hdrico do Bioma bem como o estmulo pesquisa e o fomento de atividades compatveis com o equilbrio ecolgico. Art. 6. A proteo e a utilizao do Bioma Mata Atlntica tm por objetivo geral o desenvolvimento sustentvel e, por objetivos especficos, a salvaguarda da biodiversidade, da sade humana, dos valores paisagsticos, estticos e tursticos, do regime hdrico e da estabilidade social. Pargrafo nico. Na proteo e na utilizao do Bioma Mata Atlntica, sero observados os princpios da funo socioambiental da propriedade, da eqidade intergeracional, da preveno, da precauo, do usurio-pagador, da transparncia das informaes e atos, da gesto democrtica, da celeridade procedimental, da gratuidade dos servios administrativos prestados ao pequeno produtor rural e s populaes tradicionais e do respeito ao direito de propriedade. Art. 7. A proteo e a utilizao do Bioma Mata Atlntica far-se-o dentro de condies que assegurem: I - a manuteno e a recuperao da biodiversidade, vegetao, fauna e regime hdrico do Bioma Mata Atlntica para as presentes e futuras geraes; II - o estmulo pesquisa, difuso de tecnologias de manejo sustentvel da vegetao e formao de uma conscincia pblica sobre a necessidade de recuperao e manuteno dos ecossistemas; III - o fomento de atividades pblicas e privadas compatveis com a manuteno do equilbrio ecolgico. O corte e a supresso de vegetao primria ou nos estgios avanados e mdio de regenerao so vedados quando abrigar espcies ameaadas de extino; formar corredores entre vegetao primria ou secundria em estgio avanado de regenerao; proteger o entorno das unidades de conservao; ou possuir excepcional valor paisagstico, reconhecido pelos rgos executivos. Art. 11. O corte e a supresso de vegetao primria ou nos estgios avanado e mdio de regenerao do Bioma Mata Atlntica ficam vedados quando: I - a vegetao: a) abrigar espcies da flora e da fauna silvestres ameaadas de extino, em territrio nacional ou em mbito estadual, assim declaradas pela Unio ou pelos Estados, e a interveno ou o parcelamento puserem em risco a sobrevivncia dessas espcies; b) exercer a funo de proteo de mananciais ou de preveno e controle de eroso; c) formar corredores entre remanescentes de vegetao primria ou secundria em estgio avanado de regenerao; d) proteger o entorno das unidades de conservao; ou e) possuir excepcional valor paisagstico, reconhecido pelos rgos executivos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA.

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Art. 12. Os novos empreendimentos que impliquem o corte ou a supresso de vegetao do Bioma Mata Atlntica devero ser implantados preferencialmente em reas j substancialmente alteradas ou degradadas. Art. 14. A supresso de vegetao primria e secundria no estgio avanado de regenerao somente poder ser autorizada em caso de utilidade pblica, sendo que a vegetao secundria em estgio mdio de regenerao poder ser suprimida nos casos de utilidade pblica e interesse social, em todos os casos devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo prprio, quando inexistir alternativa tcnica e locacional ao empreendimento proposto, ressalvado o disposto no inciso I do art. 30 e nos 1 e 2 do art. 31 desta Lei. Art. 17. O corte ou a supresso de vegetao primria ou secundria nos estgios mdio ou avanado de regenerao do Bioma Mata Atlntica, autorizados por esta Lei, ficam condicionados compensao ambiental, na forma da destinao de rea equivalente extenso da rea desmatada, com as mesmas caractersticasecolgicas, na mesma bacia hidrogrfica, sempre que possvel na mesma microbacia hidrogrfica, e, nos casos previstos nos arts. 30 e 31, ambos desta Lei, em reas localizadas no mesmo Municpio ou regio metropolitana. 1o Verificada pelo rgo ambiental a impossibilidade da compensao ambiental prevista no caput deste artigo, ser exigida a reposio florestal, com espcies nativas,em rea equivalente desmatada, na mesma bacia hidrogrfica, sempre que possvel na mesma microbacia hidrogrfica. A Resoluo CONAMA n 392, de 25 de junho de 2007 define a vegetao primria e secundria de regenerao de Mata Atlntica no Estado de Minas Gerais. A utilidade pblica para efeitos desta lei se refere s atividades de segurana nacional e proteo sanitria, obras essenciais de infra-estrutura de interesse nacional; enquanto o interesse social se refere s atividades de proteo da vegetao nativa, manejo agroflorestal sustentvel e demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resoluo do CONAMA. VII - utilidade pblica: a) atividades de segurana nacional e proteo sanitria; b) as obras essenciais de infra-estrutura de interesse nacional destinadas aos servios pblicos de transporte, saneamento e energia, declaradas pelo poder pblico federal ou dos Estados; VIII - interesse social: a) as atividades imprescindveis proteo da integridade da vegetao nativa, tais como: preveno, combate e controle do fogo, controle da eroso, erradicao de invasoras e proteo de plantios com espcies nativas, conforme resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA; b) as atividades de manejo agroflorestal sustentvel praticadas na pequena propriedade ou posse rural familiar que no descaracterizem a cobertura vegetal e no prejudiquem a funo ambiental da rea; c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

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As atividades de minerao mereceram destaque nesta lei, sendo permitida a


supresso de supresso de vegetao secundria em estgio avanado e mdio de regenerao desde que seja elaborado um EIA e demonstrado a falta de alternativa tcnica e locacional do projeto proposto. Art. 32. A supresso de vegetao secundria em estgio avanado e mdio de regenerao para fins de atividades minerrias somente ser admitida mediante: I - licenciamento ambiental, condicionado apresentao de Estudo Prvio de Impacto Ambiental/Relatrio de Impacto Ambiental - EIA/RIMA, pelo empreendedor, e desde que demonstrada a inexistncia de alternativa tcnica e locacional ao empreendimento proposto; II - adoo de medida compensatria que inclua a recuperao de rea equivalente rea do empreendimento, com as mesmas caractersticas ecolgicas, na mesma bacia hidrogrfica e sempre que possvel na mesma microbacia hidrogrfica, independentemente do disposto no art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000. Consideram-se sujeitos a esta lei os campos de altitude inseridos no domnio da Mata Atlntica, entretanto ainda no foram definidos os estgios avanados, mdios e iniciais deste tipo de vegetao. Atualmente encontra-se em discusso, na Cmara Tcnica de Biodiversidade, Fauna e Recursos Pesqueiros do CONAMA, a resoluo sobre os Estgios Sucessionais de Campos de Altitude Associados ao Bioma da Mata Atlntica.

1.7.7 - Responsabilidade penal e administrativa


A Constituio Federal estabelece, em seu art. 225, 3 que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos causados . As penalidades aplicadas aos poluidores e degradadores do meio ambiente, conforme estabelecido pelo 3 do art. 225 da CF, sero de natureza penal e administrativa, sem prejuzo da reparao ambiental a que poder ser condenado, recompondo ou compensando o dano por ele causado. Neste sentido, como toda a sociedade, est o empreendedor sujeito, caso viole a legislao pertinente, s punies estabelecidas na Lei no 9.605, de 12.02.1998. Essa lei, conhecida como Lei de Crime Ambientais, implantou uma sistemtica de punio criminal, a questes afetas ao dano ambiental, inclusive com a penalizao da pessoa jurdica, em alguns casos. A referida lei tipifica aes e omisses consideradas como ilcitos penais ambientais, definindo-os como crime. Em seu art. 38, prev como delito a conduta de destruir ou danificar florestas consideradas de preservao permanente, mesmo que em formao, ou utiliz-la com infringncia das normas de proteo para o qual comina a , pena de deteno de um a trs anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. Se culposo o crime, a pena ser reduzida metade. Tambm criminosa a conduta de cortar rvores em floresta considerada de preservao permanente, sem permisso da autoridade competente com pena de deteno, de um a trs anos, ou , multa, ou ambas as penas cumulativamente.
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Merecem destaque, tambm, os ilcitos descritos nos arts. 54 e 55 da Lei Federal n 9.605/1998, quais sejam: Art. 54 - Causar poluio de qualquer natureza em nveis tais que resultem ou possam resultar em danos sade humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruio significativa da flora: Pena - recluso, de um a quatro anos, e multa. 1 - Se o crime culposo: Pena - deteno, de seis meses a um ano, e multa. 2 - Se o crime: I - tornar uma rea, urbana ou rural, imprpria para a ocupao humana; II - causar poluio atmosfrica que provoque a retirada, ainda que momentnea, dos habitantes das reas afetadas, ou que cause danos diretos sade da populao; III - causar poluio hdrica que torne necessria a interrupo do abastecimento pblico de gua de uma comunidade; IV - dificultar ou impedir o uso pblico das praias; V - ocorrer por lanamento de resduos slidos, lquidos ou gasosos, ou detritos, leos ou substncias oleosas, em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou regulamentos: Pena - recluso, de um a cinco anos. 3 - Incorre nas mesmas penas previstas no pargrafo anterior quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precauo em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversvel. Art. 55 - Executar pesquisa, lavra ou extrao de recursos minerais sem a competente autorizao, permisso, concesso ou licena, ou em desacordo com a obtida; Pena - deteno, de seis meses a um ano, e multa. Pargrafo nico - Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a rea pesquisada ou explorada, nos termos da autorizao, permisso, licena, concesso ou determinao do rgo competente. Evidencia-se, porm, que a explotao de jazidas minerais executada sem infringncia das normas de proteo preconizadas pelas legislaes minerria, florestal e ambiental, mediante prvio licenciamento ambiental, no passvel de sancionamento penal.

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Existe, contudo, semelhana da Lei de Crimes Ambiental, o Decreto no 3.179, de 31.09.1989, que estabelece as sanes para cada tipo de infrao no mbito administrativo. As penalidades aplicadas esto descritas em seu art. 2: Art. 2 As infraes administrativas so punidas com as seguintes sanes: I - advertncia; II - multa simples; III - multa diria; V - apreenso dos animais, produtos e subprodutos da fauna c flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veculos de qualquer natureza utilizados na infrao; V - destruio ou inutilizao do produto; VI - suspenso de venda e fabricao do produto; VII - embargo de obra ou atividade; VIII - demolio de obra; IX - suspenso parcial ou total das atividades; X - restritiva de direitos; e XI - reparao dos danos causados. Apesar de no haver uma punio de mbito penal, os tipos apresentados pelo Decreto em muito se aproximam dos estabelecido na Lei no 9.605/1998, vejamos aqui exemplos ligados minerao: Art. 41. Causar poluio de qualquer natureza em nveis tais que resultem ou possam resultar em danos sade humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruio significativa da flora: Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 50.000.000,00 (cinqenta milhes de reais), ou multa diria. 1 Incorre nas mesmas multas, quem: I - tomar uma rea, urbana ou rural, imprpria para ocupao humana; II - causar poluio atmosfrica que provoque a retirada, ainda que momentnea, dos habitantes das reas afetadas, ou que cause danos diretos sade da populao; III - causar poluio hdrica que tome necessria a interrupo do abastecimento pblico de gua de uma comunidade;

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IV - dificultar ou impedir o uso pblico das praias; V - lanar resduos slidos, lquidos ou gasosos ou detritos, leos ou substncias oleosas em desacordo com as exigncias estabelecidas em leis ou regulamentos; e VI - deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precauo cm caso de risco de dano ambiental grave ou irreversvel. 2 As multas e demais penalidades de que trata este artigo sero aplicadas aps laudo tcnico elaborado pelo rgo ambiental competente, identificando a dimenso do dano decorrente da infrao. Art. 42. Executar pesquisa lavra ou extrao de resduos minerais sem a competente autorizao, permisso, concesso ou licena ou em desacordo com a obtida: Multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), por hectare ou frao. Pargrafo nico. Incorre nas mesmas multas, quem deixar de recuperar a rea pesquisada ou explorada, nos termos da autorizao, permisso, licena, concesso ou determinao do rgo competente. Alerta-se, por conseguinte, que uma conduta em afronta legislao ambiental poder trazer ao empreendedor no apenas a conseqncia de reparao ou ressarcimento, na esfera civil, mas tambm poder o mesmo ser punido, administrativa e penalmente, pela poluio que vier a causar.

1.7.8 - Recursos hdricos


A Constituio da Repblica atribui aos Estados, em seu art. 26, inciso I, a propriedade das guas superficiais ou subterrneas, fluentes, emergente e em depsitos, ressalvadas, neste caso, as decorrentes de obras da Unio J o art. 20, . inciso III do texto constitucional dispe que se inserem entre os bens da Unio os lagos, rios e quaisquer correntes de gua em terrenos de seu domnio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros Pases, ou se estendam a territrio estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais . Depreende-se que o legislador constituinte traou regime prprio para a titularidade dos recursos hdricos, no qual apenas a Unio e os Estados exercem domnio. 1.7.8.1 - Poltica Nacional de Recursos Hdricos O Cdigo de guas, ainda vigente no ordenamento jurdico ptrio, sofreu vrias modificaes, tendo em vista legislaes posteriores, inclusive disposies constitucionais, que modificaram o tratamento dado pelo referido diploma. Ressalta-se que alguns institutos so ainda vlidos, compatibilizando-se aos ditames da constituio, como a derivao de guas.

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O que singulariza o tratamento das guas no Brasil a instituio de Comits de Bacias, ou seja, rgos especializados no apenas dentro de um estado da federao, mas que congregam um ou mais representantes para elaborao de polticas afetas aos recursos hdricos, concebidos como integrantes de uma bacia hidrogrfica. A concesso de autorizao para o uso de guas, contudo, realizada atravs de outorga, segundo a Lei Federal no 9.433/1997, que instituiu a Poltica Nacional de Recursos Hdricos. A referida lei criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos, regulamentando o inciso XIX, do art. 21, da Constituio da Repblica e alterou o art. 1, da Lei no 8.001, de 13.03.1990, que modificou a Lei n 7.990, de 28.12.1989. De acordo com o art. 12, inciso I deste diploma, a derivao de gua para abastecimento pblico ou insumo de processo produtivo depende de outorga dos direitos de uso pelo Poder Pblico, com base em critrios gerais estabelecidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hdricos. Considerando, entre outros, que os custos do controle de poluio podem ser melhor adequados quanto aos nveis de qualidade exigidos para um determinado corpo de gua ou seus diferentes trechos, quando esto de acordo com os usos que se pretende dar aos mesmos, o CONAMA, mediante a Resoluo no 357, de 17.03.2005, classificou os corpos de gua e estabeleceu condies e padres de lanamento de efluentes nos mesmos.

1.7.9 - Patrimnio arqueolgico


A Lei n 3.924, de 26 de julho de 1961 dispe sobre os Monumentos Arqueolgicos e Pr-histricos. Os stios arqueolgicos ou pr-histricos se encontram sob guarda do Poder Pblico, sendo que a propriedade de superfcie no se aplica aos stios nem aos vestgios arquelgicos neles contidos. Consideram-se monumentos arqueolgicos ou pr-histricos os stios com vestgios dos paleoamerndios bem como os stios identificados como cemitrios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de aldeamento, "estaes" e "cermicos", nos quais se encontrem vestgios humanos de interesse arqueolgico ou paleoetnogrfico. proibida a destruio ou mutilao dos stios e os vestgios neles contidos antes de serem devidamente pesquisados. Artigo 1 - Os monumentos arqueolgicos ou pr-histricos de qualquer natureza existentes no territrio nacional e todos os elementos que neles se encontram ficam sob a guarda e proteo do Poder Pblico, de acordo com o que estabelece o Artigo 175 da Constituio Federal. Pargrafo nico - A propriedade da superfcie, regida pelo direito comum, no inclui a das jazidas arqueolgicas ou pr-histricas, nem a dos objetos nelas incorporados na forma do Artigo 152 da mesma Constituio.

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Artigo 2 - Consideram-se monumentos arqueolgicos ou pr-histricos: a) - as jazidas de qualquer natureza, origem ou finalidade, que representem testemunhos da cultura dos paleoamerndios do Brasil, tais como sambaquis, montes artificiais ou tesos, poos sepulcrais, jazigos, aterrados, estearias ou quaisquer outras no especificadas aqui, mas de significado idntico, a juzo da autoridade competente. b) - Os stios nos quais se encontram vestgios positivos de ocupao pelos paleoamerndios, tais como grutas, lapas e abrigos sob rocha; c) - Os stios identificados como cemitrios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de aldeiamento, "estaes" e "cermicos", nos quais se encontrem vestgios humanos de interesse arqueolgico ou paleoetnogrfico; d) - As inscries rupestres ou locais como sulcos de polimentos de utenslios e outros vestgios de atividade paleoamerndios. Artigo 3 - So proibidos em todo o territrio nacional, o aproveitamento econmico, a destruio ou mutilao, para qualquer fim, das jazidas arqueolgicas ou pr-histricas conhecidas como sambaquis, casqueiros, concheiros, biribigueiras ou semambis, e bem assim dos stios, inscries e objetos enumerados nas Alneas b, c e d do artigo anterior, antes de serem devidamente pesquisados, respeitadas as concesses anteriores e no caducas. O Artigo 8 menciona que a realizao de escavaes arqueolgicas, deve ser realizada mediante permisso do Governo da Unio, atravs da Diretoria do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional, ficando obrigado a respeit-lo o proprietrio ou possuidor do solo. Alm disto, o artigo n18 menciona que a descoberta fortuita de quaisquer elementos de interesse arqueolgico ou pr-histrico, histrico, artstico ou numismtico, dever ser imediatamente comunicada Diretoria do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional, ou aos rgos oficiais autorizados, pelo autor do achado ou pelo proprietrio do local onde tiver ocorrido. Quanto s atividades de minerao, o artigo n 22 menciona que o aproveitamento econmico dos stios arqueolgicos, poder ser realizado na forma e nas condies prescritas pelo Cdigo de Minas, uma vez concluda a sua explorao cientfica, mediante parecer favorvel da Diretoria do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional ou do rgo oficial autorizado. Ainda, o pargrafo nico menciona que ser preservada sempre que possvel ou conveniente, uma parte significativa, a ser protegida pelos meios convenientes, como blocos testemunhos. Os trabalhos de pesquisa e escavao a serem realizados nos stios arqueolgicos foram regulamentados pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional IPHAN, atravs da Portaria n 07 de 01 de dezembro de 1988, sendo posteriormente complementada pela Portaria n 230 de 17 dezembro de 2002. Esta ltima compatibiliza as fases de obteno de licenas ambientais com os estudos preventivos de arqueologia, objetivando o licenciamento de empreendimentos potencialmente capazes de afetar o patrimnio arqueolgico:

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Fase de obteno de Licena Prvia - LP (EIA/RIMA) Art 1 - Nesta fase, dever-se- proceder contextualizao arqueolgica e etnohistrica da rea de influncia do empreendimento, por meio de levantamento exaustivo de dados secundrios e levantamento arqueolgico de campo. Art 2 - No caso de projetos afetando reas arqueologicamente desconhecidas, pouco ou mal conhecidas que no permitam inferncias sobre a rea de interveno do empreendimento, dever ser providenciado levantamento arqueolgico de campo pelo menos em sua rea de influncia direta. Este levantamento dever contemplar todos os compartimentos ambientais significativos no contexto geral da rea a ser implantada e dever prever levantamento prospectivo de sub-superfcie. I - O resultado final esperado um relatrio de caracterizao e avaliao da situao atual do patrimnio arqueolgico da rea de estudo, sob a rubrica Diagnstico. Art 3 - A avaliao dos impactos do empreendimento do patrimnio arqueolgico regional ser realizada com base no diagnstico elaborado, na anlise das cartas ambientais temticas (geologia, geomorfologia, hidrografia, declividade e vegetao) e nas particularidades tcnicas das obras. Art 4 - A partir do diagnstico e avaliao de impactos, devero ser elaborados os Programas de Prospeco e de Resgate compatveis com o cronograma das obras e com as fases de licenciamento ambiental do empreendimento de forma a garantir a integridade do patrimnio cultural da rea.

Fase de obteno de Licena de Instalao (LI) Art 5 - Nesta fase, dever-se- implantar o Programa de Prospeco proposto na fase anterior, o qual devero prever prospeces intensivas (aprimorando a fase anterior de intervenes no subsolo) nos compartimentos ambientais de maior potencial arqueolgico da rea de influncia direta do empreendimento e nos locais que sofrero impactos indiretos potencialmente lesivos ao patrimnio arqueolgico, tais como reas de reassentamento de populao, expanso urbana ou agrcola, servios e obras de infra-estrutura. 1 - Os objetivos, nesta fase, so estimar a quantidade de stios arqueolgicos existentes nas reas a serem afetadas direta ou indiretamente pelo empreendimento e a extenso, profundidade, diversidade cultural e grau de preservao nos depsitos arqueolgicos para fins de detalhamento do Programa de Resgate Arqueolgico proposto pelo EIA, o qual dever ser implantado na prxima fase. 2 - O resultado final esperado um Programa de Resgate Arqueolgico fundamentado em critrios precisos de significncia cientfica dos stios arqueolgicos ameaados que justifique a seleo dos stios a serem objeto de estudo em detalhe, em detrimento de outros, e a metodologia a ser empregada nos estudos.

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Fase de obteno da Licena de Operao - LO Art 6 - Nesta fase, que corresponde ao perodo de implantao do empreendimento, quando acorrem as obras de engenharia, dever ser executado o Programa de Resgate Arqueolgico proposto no EIA e detalhado na fase anterior. 1 - nesta fase que devero ser realizados os trabalhos de salvamento arqueolgico nos stios selecionados na fase anterior, por meio de escavaes exaustivas, registro detalhado de cada stio e de seu entorno e coleta de exemplares estatisticamente significativos da cultura material contida em cada stio arqueolgico. 2 - O resultado esperado um relatrio detalhado que especifique as atividades desenvolvidas em campo e em laboratrio e apresente os resultados cientficos dos esforos despendidos em termos de produo de conhecimento sobre arqueologia da rea de estudo. Assim, a perda fsica dos stios arqueolgicos poder ser efetivamente compensada pela incorporao dos conhecimentos produzidos Memria Nacional. 7 - O desenvolvimento dos estudos arqueolgicos acima descritos, em todas as suas fases, implica trabalhos de laboratrio e gabinete (limpeza, triagem, registro, anlise, interpretao, acondicionamento adequado do material coletado em campo, bem como programa de Educao Patrimonial), os quais devero estar previstos nos contratos entre os empreendedores e os arquelogos responsveis pelos estudos, tanto em termos de oramento quanto de cronograma. 8 - No caso da destinao da guarda do material arqueolgico retirado nas reas, regies ou municpios onde foram realizadas pesquisas arqueolgicas, a guarda destes vestgios arqueolgicos dever ser garantida pelo empreendedor, seja na modernizao, na ampliao, no fortalecimento de unidades existentes, ou mesmo na construo de unidades museolgicas especficas para o caso. A norma estabelecida por esta portaria acima transcrita encontra-se resumida no quadro 1.4. QUADRO 1.4 - Procedimentos estabelecidos na Portaria IPHAN n 230 / 2002.
Fase de obteno da Licena Prvia LP 1 Realizao do Diagnstico Arqueolgico Realizao da Avaliao dos Impactos no Patrim nio Arqueolgico ? Planejamento do Programa de Prospeco Planejamento do Programa de Resgate Obteno da LP 2 Fase de obteno da Licena Fase de obteno da de Instalao - LI Licena de Operao - LO 3 4 5 6

Realizao do Program a de Prospeco (intensiva) ? Detalham ento do Program a de Resgate

Obteno da LI

Realizao do Program a de Resgate

Obteno da LO

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A Portaria IPHAN 07/88 trata sobre a obteno das licenas para realizar pesquisas e escavaes em stios arqueolgicos. Considerando que o trabalho de pesquisa de campo ocorre desde a primeira etapa dos trabalhos, ou seja, desde a elaborao do Diagnstico (levantamento de campo com levantamento prospectivo de subsuperfcie), necessrio solicitar a devida Licena ao IPHAN para realizar o Diagnstico Arqueolgico e Estudo de Impacto Ambiental.

1.7.10 - Cavidades Naturais Subterrneas


O Decreto Presidencial n 99.556, de 1 de outubro de 1990, dispe sobre a proteo das cavidades naturais subterrneas existentes no Territrio Nacional. Este decreto estipula que as cavidades naturais subterrneas devero ser preservadas e conservadas, entendendo-se como cavidade natural subterrnea qualquer espao penetrvel pelo homem, incluindo seu ambiente, contedo mineral e hdrico, a fauna e a flora ali encontrados e o corpo rochoso onde os mesmos se inserem, desde que a sua formao haja ocorrido por processos naturais. A rea de influncia de uma cavidade natural subterrnea dever ser definida por estudos tcnicos especficos. obrigatria a elaborao de estudo de impacto ambiental para os empreendimentos, previstos em reas de ocorrncia de cavidades naturais subterrneas ou de potencial espeleolgico, que possam ser lesivos s cavidades. Art.1 - As cavidades naturais subterrneas existentes no Territrio Nacional constituem patrimnio cultural brasileiro, e, como tal, sero preservadas e conservadas de modo a permitir estudos e pesquisas de ordem tcnicocientfica, bem como atividades de cunho espeleolgico, tnico-cultural, turstico, recreativo e educativo. Pargrafo nico - Entende-se como cavidade natural subterrnea todo e qualquer espao subterrneo penetrvel pelo homem com ou sem abertura identificada, popularmente conhecido como caverna, incluindo seu ambiente, contedo mineral e hdrico, a fauna e a flora ali encontrados e o corpo rochoso onde os mesmos se inserem, desde que a sua formao haja ocorrido por processos naturais, independentemente de suas dimenses ou do tipo de rocha encaixante. Nesta designao esto includos todos os termos regionais, tais como gruta, lapa, toca, abismo, furna e buraco. Art. 2 - A utilizao das cavidades naturais subterrneas e de sua rea de influncia deve fazer-se consoante a legislao especfica, e somente dentro de condies que assegurem sua integridade fsica e a manuteno do respectivo equilbrio ecolgico. Pargrafo nico - A rea de influncia de uma cavidade natural subterrnea h de ser definida por estudos tcnicos especficos, obedecendo s peculiaridades e caracterstica de cada caso.

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Art. 3 - obrigatria a elaborao de estudo de impacto ambiental para as aes ou os empreendimentos de qualquer natureza, ativos ou no, temporrios ou permanentes, previstos em reas de ocorrncia de cavidades naturais subterrneas ou de potencial espeleolgico, os quais, de modo direto ou indireto, possam ser lesivos a essas cavidades, ficando sua realizao, instalao e funcionamento condicionados aprovao, pelo rgo ambiental competente, do respectivo relatrio de impacto ambiental. A Resoluo CONAMA n 347, de 10 de Setembro de 2004 dispe sobre a proteo do patrimnio espeleolgico. Art. 3. O Cadastro Nacional de Informaes Espeleolgicas CANIE, parte integrante do Sistema Nacional de Informao do Meio Ambiente-SINIMA, ser constitudo por informaes correlatas ao patrimnio espeleolgico nacional. 4. O empreendedor que vier a requerer licenciamento ambiental dever realizar o cadastramento prvio no CANIE dos dados do patrimnio espeleolgico mencionados no processo de licenciamento independentemente do cadastro ou registro existentes em outros rgos. Art. 4. A localizao, construo, instalao, ampliao, modificao e operao de empreendimentos e atividades, considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou degradadores do patrimnio espeleolgico ou de sua rea de influncia dependero de prvio licenciamento pelo rgo ambiental competente, nos termos da legislao vigente. 1. As autorizaes ou licenas ambientais, na hiptese de cavidade natural subterrnea relevante ou de sua rea de influncia, na forma do art. 2 inciso II, dependero, no processo de licenciamento, de anuncia prvia do IBAMA, que dever se manifestar no prazo mximo de noventa dias, sem prejuzo de outras manifestaes exigveis. 2. A rea de influncia sobre o patrimnio espeleolgico ser definida pelo rgo ambiental competente que poder, para tanto, exigir estudos especficos, s expensas do empreendedor. 3. At que se efetive o previsto no pargrafo anterior, a rea de influncia das cavidades naturais subterrneas ser a projeo horizontal da caverna acrescida de um entorno de duzentos e cinqenta metros, em forma de poligonal convexa. 4. A pesquisa mineral com guia de utilizao em rea de influncia sobre o patrimnio espeleolgico dever se submeter ao licenciamento ambiental. Art. 5. Na anlise do grau de impacto, o rgo licenciador considerar, entre outros aspectos, a intensidade, a temporalidade, a reversibilidade e a sinergia dos referidos impactos. Pargrafo nico. Na avaliao dos impactos ao patrimnio espeleolgico afetado, o rgo licenciador dever considerar, entre outros aspectos: I - suas dimenses, morfologia e valores paisagsticos; II - suas peculiaridades geolgicas, geomorfolgicas e mineralgicas; III - a ocorrncia de vestgios arqueolgicos e paleontolgicos; IV - recursos hdricos;

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V - ecossistemas frgeis ou espcies endmicas, raras ou ameaadas de extino; VI - a diversidade biolgica; e VII - sua relevncia histrico-cultural ou scio-econmica na regio. A Portaria IBAMA n 887, de 15 de junho de 1990, ainda resolve que: Art. 5 - Proibir desmatamentos, queimadas, uso de solo e subsolo ou aes de quaisquer natureza que coloquem em risco as cavidades naturais subterrneas e sua rea de influncia, a qual compreenda os recursos ambientais, superficiais e subterrneos, dos quais dependam sua integridade fsica ou seu equilbrio ecolgico. & 1 - Aes ou omisses consideradas nocivas ao patrimnio espeleolgico, constituem-se em atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente, sujeitando os infratores s penalidades previstas na legislao administrativa, civil e penal, sem prejuzo ao dever de reparao do dano. & 2 - Constatada a infrao, ser lavrado o auto pela autoridade competente, com relatrio consubstanciado ao Ministrio Pblico da Unio e dos Estados, para a propositura das aes pertinentes. Em maro de 2007, o IBAMA publicou o Termo de Referncia, com orientaes, para o levantamento do patrimnio espeleolgico, em empreendimentos minerrios potencialmente lesivos ao meio ambiente.

1.7.11 - Aspectos jurdicos - legislao estadual


1.7.11.1 - A Constituio do Estado de Minas Gerais Segundo o art. 214 da Constituio do Estado de Minas Gerais, seguindo-se os ditames da Constituio Federal, todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, sendo imposto ao Estado e coletividade o dever de defend-lo e conserv-lo para as geraes presentes e futuras. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Estado, entre outras atribuies, exigir, na forma da lei, prvia anuncia do rgo estadual de controle e poltica ambiental, para incio, ampliao ou desenvolvimento de atividade, construo ou reforma de instalaes capazes de causar, sob qualquer forma, degradao do meio ambiente, sem prejuzo de outros requisitos legais, preservado o sigilo industrial. O licenciamento depende, nos casos de atividade ou obra potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, de estudo prvio de impacto ambiental, a que se deve dar publicidade.

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Mais adiante, em seu art. 249, a Constituio Estadual estabelece que a poltica hdrica e minerria destinam-se ao aproveitamento racional e proteo dos recursos naturais, em seus mltiplos usos, observada a legislao federal. Para tanto, o Poder Pblico, por intermdio do sistema estadual de gerenciamento de recursos hdricos e sistema estadual de gerenciamento de recursos minerrios, deve observar os seguintes preceitos: - adoo da bacia hidrogrfica como base de gerenciamento e de classificao dos recursos hdricos; - proteo e utilizao racional das guas superficiais e subterrneas, as nascentes e sumidouros e das reas midas adjacentes; - criao de incentivo a programas nas reas de turismo e sade, com vistas ao uso teraputico das guas minerais e termais na preveno e no tratamento de doenas; - conservao dos ecossistemas aquticos; - fomento das prticas nuticas, de pesca desportiva e de recreao pblica em rios de preservao permanente; - fomento pesquisa, explorao racional e ao beneficiamento dos recursos minerais do subsolo, por meio das iniciativas pblica e privada; - adoo de instrumentos de controle dos direitos de pesquisa e de explorao dos recursos minerais e energticos; - adoo de mapeamento geolgico bsico, como suporte para o gerenciamento e a classificao dos recursos minerais; - democratizao das informaes cartogrficas, de geocincias e de recursos naturais; - estmulo organizao das atividades de garimpo, sob a forma de cooperativas, com vistas promoo scio-econmica de seus membros, ao incremento da produtividade e reduo de impactos ambientais decorrentes dessa atividade. Por fim, importa destacar que, ao teor do art. 251 da Constituio do Estado, a explorao de recursos hdricos e minerais do Estado no pode comprometer os patrimnios natural e cultural, sob pena de responsabilidade, na forma da lei. No caso especfico do patrimnio cultural e arquitetnico, a principal proteo feita a partir do tombamento dos monumentos, impingindo ao proprietrio, particular ou ente pblico, que preserve suas caractersticas. 1.7.11.2 - Licenciamento ambiental Como j anteriormente abordado, para promover o desenvolvimento sustentvel, essencial o prvio licenciamento ambiental de empreendimentos efetiva ou potencialmente poluidores. Segundo os ditames da Resoluo CONAMA no 237/1997, possui o Estado, em geral, a atribuio de realizar esse licenciamento, atravs de rgos afetos ao meio ambiente. No caso do Estado de Minas Gerais, o tema abordado primordialmente na Lei Estadual de Meio Ambiente no 7.772 de 08.09.1980, o Decreto n 44.309, de 05.06.2006, bem ainda pelas Deliberaes Normativas e demais atos regulamentares exarados pelos rgos integrantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente.

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Um dos importantes destaques na legislao das Minas Gerais que a poltica ambiental tem como pea chave um Conselho Estadual, do qual participam, em consonncia ao CONAMA, a sociedade civil e o governo. Recentemente, o Conselho Estadual de Poltica Ambiental - COPAM, editou a Deliberao Normativa no 74/2004, de 09.09.2004, para reestruturar a forma e classificao das atividades que impactam o meio ambiente. Para as atividades que provocam significativo impacto ambiental, exige um procedimento mais completo e minucioso, enquanto aos demais requer apenas informaes para o seu funcionamento. Contudo, ainda cabe ao rgo ambiental estadual a fiscalizao de todo o empreendedor, qualquer que seja magnitude do impacto provocado, que venha a poluir ou degradar o meio ambiente. No tocante, especificamente ao licenciamento ambiental no estado, como j ressaltado, a Deliberao Normativa no 74/2004, apresentado inovaes em relao antiga Deliberao Normativa n o 01/1990, impe nova sistemtica para a sua exigncia. A nova deliberao classifica, segundo o porte e potencial poluidor, as atividades modificadoras do meio ambiente, passveis de autorizao ou de licenciamento ambiental no Estado, bem como determina os critrios para indenizao dos custos desses processos. Transforma em seis as antigas trs classes de empreendimentos. Os empreendimentos enquadrados nas classes 3, 4, 5 e 6, esto sujeitos ao licenciamento ambiental. Entretanto, aqueles classificados nas classes 1 e 2, considerados de impacto ambiental no significativo, ficam dispensados do processo de licenciamento ambiental no nvel estadual, porm, sujeitos, obrigatoriamente, autorizao de funcionamento emitida pelo rgo competente, mediante cadastro que se inicia com o preenchimento do Formulrio de Caracterizao do Empreendimento Integrado - FCEI, e podendo-lhe ser exigido, por legislao municipal, licenciamento local. Em Minas Gerais, no dia 06 de junho de 2006, foi publicado o Decreto n 44.309, de 05 de junho de 2006, que estabelece e detalha as normas para o licenciamento ambiental e a autorizao ambiental de funcionamento, e que tambm tipifica e classifica as infraes s normas de proteo ao meio ambiente e aos recursos hdricos, ao mesmo tempo em que estabelece o procedimento administrativo de fiscalizao e aplicao das penalidades. 1.7.11.3 - A poltica florestal do Estado A Lei Estadual no 14.309, de 19.07.2002, seguindo os preceitos do Cdigo Florestal, declara de preservao permanente no Estado as florestas e demais formas de vegetao natural e especificadas em lei.

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Define como reas de preservao permanente, no Estado, aquelas situadas: - em local de pouso de aves de arribao, assim declarado pelo poder pblico ou I protegido por convnio, acordo ou tratado internacional de que o Brasil seja signatrio; II - ao longo dos rios ou de qualquer curso d'gua, a partir do leito maior sazonal, medido horizontalmente, cuja largura mnima, em cada margem, seja de: a) 30m (trinta metros), para curso d'gua com largura inferior a 10m (dez metros); b) 50m (cinqenta metros), para curso d'gua com largura igual ou superior a 10m (dez metros) e inferior a 50m (cinqenta metros); c) 100m (cem metros), para curso d'gua com largura igual ou superior a 50m (cinqenta metros) e inferior a 200m (duzentos metros); d) 200m (duzentos metros), para curso d'gua com largura igual ou superior a 200m (duzentos metros) e inferior a 600m (seiscentos metros); e) 500m (quinhentos metros), para curso d'gua com largura igual ou superior a 600m (seiscentos metros). III - ao redor de lagoa ou reservatrio de gua, natural ou artificial, desde o seu nvel mais alto, medido horizontalmente, em faixa marginal cuja largura mnima seja de: a) 15m (quinze metros) para o reservatrio de gerao de energia eltrica com at 10ha (dez hectares), sem prejuzo da compensao ambiental; b) 30m (trinta metros) para a lagoa ou reservatrio situados em rea urbana consolidada; c) 30m (trinta metros) para corpo hdrico artificial, excetuados os tanques para atividade de aqicultura; d) 50m (cinqenta metros) para reservatrio natural de gua situado em rea rural, com rea igual ou inferior a 20ha (vinte hectares); e) 100m (cem metros) para reservatrio natural de gua situado em rea rural, com rea superior a 20ha (vinte hectares). IV - em nascente, ainda que intermitente, qualquer que seja a sua situao topogrfica, num raio mnimo de 50m (cinqenta metros); V - no topo de morros, monte ou montanha, em rea delimitada a partir da curva de nvel correspondente a dois teros da altura da elevao em relao base;

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VI - em encosta ou parte dela, com declividade igual ou superior a cem por cento ou 45 (quarenta e cinco graus) na sua linha de maior declive, podendo ser inferior a esse parmetro a critrio tcnico do rgo competente, tendo em vista as caractersticas edficas da regio; VII - nas linhas de cumeada, em seu tero superior em relao base, nos seus montes, morros ou montanhas, frao essa que pode ser alterada para maior, a critrio tcnico do rgo competente, quando as condies ambientais assim o exigirem; VIII - em borda de tabuleiro ou chapada, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100m (cem metros), em projeo horizontal; IX - em altitude superior a 1.800m (mil e oitocentos metros); X - em ilha, em faixa marginal alm do leito maior sazonal, medida horizontalmente, de conformidade com a largura mnima de preservao permanente exigida para o corpo d'gua; XI - em vereda. Ademais, o 1 do mesmo artigo dispe que tambm sero consideradas de preservao permanente, quando assim declaradas por ato do Poder Pblico, as florestas e demais formas de vegetao natural destinadas a: a) atenuar a eroso; b) formar as faixas de proteo ao longo das rodovias e ferrovias; c) proteger stios de excepcional beleza, de valor cientfico ou histrico; d) asilar populaes da fauna ou da flora raros e ameaados de extino; e) manter o ambiente necessrio vida das populaes indgenas; f) assegurar as condies de bem-estar pblico; g) preservao dos ecossistemas. Repetindo o exposto na legislao federal, a Lei Estadual, admite a utilizao de reas de preservao permanente ou de espcies nelas contidas, s desde que previamente autorizada pelo rgo competente, na hiptese, entre outras, de obras, atividades, planos e projetos de utilidade pblica ou de interesse social, mediante projeto especfico. Vale lembrar que compete ao rgo ambiental estadual no caso, o IEF a autorizao para supresso de vegetao em reas de preservao permanente. Cabe destacar, no entanto, que a Resoluo CONAMA no 369, de 28 de maro de 2006, reconhece a Utilidade Pblica da extrao mineral e dispe sobre os casos excepcionais que possibilitam essa atividade ser realizada em rea de Preservao Permanente-APP. E suas diretrizes devem ser adotadas pelo IEF-MG. 1.7.11.4 - Unidades de conservao O art. 22 da Lei Estadual no 14.309/2002, define como unidades de conservao os espaos territoriais e seus componentes, inclusive os corpos d'gua, com caractersticas naturais relevantes, legalmente institudas pelo poder pblico, com limites definidos, sob regime especial de administrao ou de restrio de uso, s quais se aplicam garantias adequadas de proteo de recursos naturais e paisagsticos, bem como de conservao ambiental .

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Adaptando-se Lei Federal no 9.985/2000, que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza - SNUC, e definiu as classes em que se dividem as unidades de conservao brasileiras, quais sejam, unidades de proteo integral e de uso sustentvel, adota a lei mineira a mesma classificao para dispor sobre as polticas florestal e de proteo biodiversidade no Estado. 1.7.11.5 - Sanes ambientais A Constituio da Repblica reserva exclusivamente Unio, segundo art. 22, a competncia para legislar sobre assuntos afetos ao direito penal. Por isso, no h qualquer lei estadual sobre a punio criminal dos agentes causadores de degradao ambiental. Todavia, na seara administrativa, inmeros diplomas normativos estaduais foram editados para o sancionamento dos agentes que, de alguma forma, infrigirem as normas de proteo ambiental, destacando-se, dentre eles, o Decreto n 44.309, de 05.06.2006. O referido Decreto classifica as infraes em leves, graves e gravssimas, cominando para cada qual as seguintes penalidades: advertncia; multa simples; multa diria; apreenso dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veculos de qualquer natureza utilizados na prtica da infrao; destruio ou inutilizao do produto; suspenso de venda e fabricao do produto; embargo de obra ou atividade; demolio de obra; suspenso parcial ou total das atividades; pena restritiva de direitos (art. 57). Ademais, esse Regulamento tambm disciplina, em seus diversos artigos, todo o procedimento referente aos processos administrativos de autuao. 1.7.11.6 - guas estaduais No Estado de Minas Gerais, a gesto das guas de jurisdio estadual, assim estabelecido pela Constituio da Repblica, em seu art. 26, I, de responsabilidade do Instituto de Gesto das guas - IGAM, com atribuies de ordem administrativa e de apoio tcnico, e do Conselho Estadual de Recursos Hdricos, competente para estabelecer os princpios e as diretrizes da Poltica Estadual de Recursos Hdricos a serem observados pelo Plano Estadual de Recursos Hdricos e pelos Planos Diretores de Bacias Hidrogrficas, dentre outras atribuies. Nesse sentido, quando da necessidade de uso dos recursos hdricos para a implantao e operao do empreendimento, deve ser requisitada a sua outorga ao IGAM, para, a partir da anlise do projeto e de seus controles de poluio de guas e tratamento de efluentes, possa ser concedida a respectiva outorga ao empreendedor.

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1.7.12 - Legislao municipal


O art. 23 da Constituio brasileira impe ao Municpio, como a todos os entes da federao, o dever de proteger o meio ambiente e combater a poluio em qualquer de suas formas, assim como preservar as florestas, a fauna e a flora; e registrar, acompanhar e fiscalizar as concesses de direitos de pesquisa e explorao de recursos hdricos e minerais em seus territrios. Nesse sentido, assume especial importncia a Lei Orgnica, verdadeira constituio de cada Municpio, sendo certo que, no caso de Conceio do Mato Dentro, esse diploma consagra captulo especfico proteo do meio ambiente, assegurado, tal qual no caput do art. 225 da CR/1988, como bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida (art. 172). Consoante o art. 172, 2 da Lei Orgnica municipal, o responsvel pela explorao de recursos minerais est obrigado a recuperar o meio degradado, de acordo com a soluo tcnica exigida pelo rgo competente, na forma da lei, estando previsto, no 10, que o Poder Pblico exigir, inclusive pela via judicial, o cumprimento dessa obrigao, devendo ser depositada cauo ou provada a existncia de seguro adequada, para o exerccio da atividade. Segundo dispe o 9 do art. 172, a explorao de recursos hdricos e minerais no poder comprometer os patrimnios cultural e natural do Municpio. Tambm importa no deslembrar que o Municpio pode, no interesse local, legislar sobre algumas matrias, notadamente a questo do uso do solo, atravs do Plano Diretor da cidade, e tambm no que tange proteo do meio ambiente, restringindo a utilizao de reas de singular importncia. Dentre os municpios avaliados somente Conceio do Mato Dentro possui plano diretor prprio. O Plano Diretor de Desenvolvimento do Municpio de Conceio do Mato Dentro, estabelecido pela Lei Complementar n 020/2003, de 19 de Dezembro de 2003, em seu Art. 26 estipula que a instalao, a construo, a ampliao e o funcionamento de indstrias e de quaisquer empreendimentos que venham a sobrecarregar a infraestrutura urbana ou repercutir significativamente no meio ambiente e no espao urbano ficam sujeitos a licenciamento ambiental pelos rgos municipais competentes, mediante avaliao do impacto urbanstico causado, sem prejuzo de outras licenas legalmente exigveis. E determina que ser exigida para esse licenciamento a elaborao de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e do respectivo Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA, ou de Relatrio de Controle Ambiental - RCA e Plano de Controle Ambiental - PCA, de acordo com a legislao ambiental vigente. Dentre as definies que o Plano decreta e sanciona como Lei e que se relacionam mais diretamente com o empreendimento da MMX esto:

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Ttulo II - Da Poltica Urbana - Captulo II - Do Ordenamento do Territrio - Seo II - Das Macrozonas Art.18 - Na zona rural, sero permitidas atividades destinadas explorao agrcola, pecuria, extrativa vegetal e mineral, agroindustrial e ecoturismo. Pargrafo nico - As atividades extrativa vegetal e mineral, agroindustrial e ecoturismo somente sero permitidas aps o licenciamento ambiental pelo setor responsvel do Executivo Municipal, de acordo com a legislao vigente e ouvidos o CODEMA e os rgo competentes, em especial o COPAM e a FEAM.

Ttulo IV - Da Poltica de Desenvolvimento Econmico - Capitulo IV Do Desenvolvimento Industrial e Minerao Art. 191 - As aes de promoo da atividade industrial e de minerao devero buscar a realizao dos seguintes objetivos: I - Promover a constituio de pequenos empreendimentos de origem local, cooperativas de artesanato, alimentos e outros similares, integrando os encadeamentos econmicos, quais sejam extrao e/ou produo, transformao e beneficiamento; II - Desenvolver a infra-estrutura para o exerccio de atividades industriais e de minerao em harmonia e em correspondncia com as diretrizes para a ocupao urbana preestabelecida; III - Adequar as atividades industriais e de minerao s normas de preservao ambiental e s caractersticas ecolgicas e histricas do Municpio, subordinando as atividades que causam impactos ao meio ambiente natural e urbano em especial a atividade mineradora, a um rigoroso licenciamento ambiental, fiscalizao, monitoramento constante e obrigatoriedade de preservao e recomposio dos ambientes por ventura afetados, com destaque para o retorno social das comunidades envolvidas. Demais disso, ainda em relao ao Municpio de Conceio do Mato Dentro, deve ser citada a Lei n 1.866, de 21.08.2006, que estrutura o Sistema Estadual de Meio Ambiente - SISMMA, regulamenta o licenciamento ambiental no nvel local e disciplina as sanes aplicveis s infraes de natureza administrativa. Mencione-se, tambm, a Lei n 1.867, de 21.08.2006, que dispe sobre a Poltica Municipal do Meio Ambiente, seus objetivos e instrumentos, contendo tambm regras atinentes penalizao administrativas de condutas infracionais e ao Fundo Municipal de Meio Ambiente - FUNDEMA.

1.7.13 - Legislaes Federal e Estadual


A seguir apresenta-se uma sntese da relao de legislao, de nvel federal, estadual aplicvel ao empreendimento. O quadro 1.5 apresenta uma correlao entre a legislao aplicvel e os aspectos ambientais do empreendimento, descritos no item 2.5 deste documento.

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1.7.13.1 - Legislao Federal - Constituio da Repblica, promulgada em 05 de outubro de 1988; - Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o novo Cdigo Florestal; - Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulao e aplicao, e d outras providncias; - Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que institui a Poltica Nacional de Recursos Hdricos, cria o sistema nacional de gerenciamento de recursos hdricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituio Federal, e altera o art. 1 da Lei n o 8.001, de 13 de maro de 1990, que modificou a Lei no 7.990, de 28 de dezembro de 1989; - Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias; - Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que regulamenta o art. 225, 1, incisos I, II, III e VII da Constituio Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza, e d outras providncias; - Decreto-Lei no 227, de 28 de fevereiro de 1967, que d nova redao ao Decreto-Lei n o 1.985 (Cdigo de Minas), de 29 de janeiro de 1940; - Decreto no 62.394, de 2 de julho de 1968, que regulamenta o Cdigo de Minerao; - Decreto no 97.632, de 10 de abril de 1989, que dispe sobre a regulamentao do artigo 2, inciso VIII da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e d outras providncias; - Decreto no 99.274, de 06 de junho de 1990, que regulamenta a Lei no 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispem, respectivamente, sobre a criao de estaes ecolgicas e reas de proteo ambiental e sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, e d outras providncias; - Resoluo CONAMA no 01, de 23 de janeiro de 1986, que estabelece critrios bsicos e as diretrizes gerais para o Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatrio de Impacto Ambiental - RIMA; - Resoluo CONAMA no 9, de 3 de dezembro de 1987, que dispe sobre a realizao da Audincia Pblica; - Resoluo CONAMA no 10, de 14 de dezembro de 1988, que dispe sobre as reas de Proteo Ambiental - APA; - Resoluo CONAMA no 23, de 23 de dezembro de 1996, que regulamenta a classificao de resduos; - Resoluo CONAMA no 237, de 19 de dezembro de 1997, que dispe sobre os procedimentos e critrios utilizados no licenciamento ambiental. - Resoluo CONAMA n 369, DE 28 DE MARO DE 2006, que dispe sobre os casos excepcionais, de utilidade pblica, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a interveno ou supresso de vegetao em rea de Preservao Permanente-APP.

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1.7.13.2 - Legislao Estadual - Constituio do Estado de Minas Gerais, promulgada em 21 de setembro de 1989; - Lei no 7.772, de 8 de setembro 1980, que dispe sobre a proteo, conservao e melhoria do meio ambiente no Estado de Minas Gerais; - Lei no 11.726, de 30 de dezembro de 1994, que dispe sobre a poltica cultural do Estado de Minas Gerais; - Lei no 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispe sobre a Poltica Estadual de Recursos Hdricos e d outras providncias; - Lei no 13.771, de 11 de dezembro de 2000, que dispe sobre a administrao, a proteo e a conservao das guas subterrneas de domnio do Estado, e d outras providncias; - Lei no 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispe sobre a Poltica Florestal no Estado; - Decreto no 37.191, de 28 de agosto de 1995, que dispe sobre o Conselho Estadual de Recursos Hdricos - CERH, e d outras providncias; - Decreto no 39.401, de 21 de janeiro de 1998, que dispe sobre a instituio, no Estado de Minas Gerais, de Reservas Particulares do Patrimnio Natural - RPPN, por destinao do proprietrio; - Decreto no 40.057, de 16 de novembro de 1998, que dispe sobre a fiscalizao e o controle da utilizao dos recursos hdricos no estado pelo Instituto Mineiro de Gesto das guas - IGAM, e d outras providncias; - Decreto no 41.578, de 8 de maro de 2001, que regulamenta a Lei no 13.199, de 29 de janeiro de 1999, que dispe sobre a Poltica Estadual de Recursos Hdricos; - Decreto no 43.710, de 08 de janeiro de 2001, que regulamenta a Lei no 14.309, de 19 de junho de 2002, que dispe sobre a Poltica Florestal no Estado de Minas Gerais; - Decreto n 44.309, de 05 de junho de 2006, que estabelece normas para o licenciamento ambiental e a autorizao ambiental de funcionamento, tipifica e classifica as infraes s normas de proteo ao meio ambiente e aos recursos hdricos e estabelece o procedimento administrativo de fiscalizao e aplicao das penalidades. - Deliberao Normativa COPAM no 7, de 29 de setembro de 1981, que fixa normas para disposio de resduos slidos; - Deliberao Normativa COPAM no 10, de 16 de dezembro de 1986, que estabelece normas e padres para qualidades das guas, lanamento de efluentes nas colees d gua, e d outras providncias; - Deliberao Normativa COPAM no 01, de 18 de setembro de 1989, que compatibiliza o exerccio da atividade de extrao e beneficiamento de minerais com a proteo ambiental; - Deliberao Normativa COPAM no 12, de 13 de dezembro de 1994, que dispe sobre a convocao e realizao de audincias pblicas; - Deliberao Normativa COPAM no 13, de 24 de outubro de 1995, que dispe sobre a publicao do pedido, da concesso e da renovao de licenas ambientais;

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- Deliberao Normativa COPAM no 30, de 29 de setembro de 1998, que estabelece o regimento interno do Conselho Estadual de Poltica Ambiental - COPAM; - Deliberao Normativa COPAM n o 74, de 9 de setembro de 2004, que estabelece critrios para classificao, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passveis de autorizao ou de licenciamento ambiental no nvel estadual, determina normas para indenizao dos custos de anlise de pedidos de autorizao e de licenciamento ambiental, e d outras providncias. - Portaria IGAM no 10, de 30 de dezembro de 1998, que altera a redao da Portaria DRH no 30, de 7 de junho de 1993; - Portaria IGAM no 01, de 4 de abril de 2000, que dispe sobre a publicidade dos pedidos de outorga de direito de uso de recursos hdricos do Estado; - Portaria IEF no 54, de 14 de abril de 2004, que Dispe sobre a interferncia em reas consideradas de Preservao Permanente e d outras providncias.

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QUADRO 1.5 - Aspectos ambientais e legislao aplicvel


Aspectos Ambientais Gerao de efluentes lquidos industriais Legislao Ambiental e Normas Aplicveis NBR 14063 NBR 13969 Resoluo CONAMA n 23, de 12 de dezembro de 1996 NBR 10004 NBR 11174 e NBR 12235

Descri

Indica os processos de tratamento para leo

Indica como ser realizado o projeto, construo e o tratamento complementar e disposi

O art. 1 traz a definio e classificao dos resduo classe III - Inertes. O enquadramento de cada categori Resolu

Indica a classificao dos resduos slidos e especifi

Indicam o procedimento a ser seguido para o devido resduos perigosos, conforme seu enqua

Gerao de resduos

Lei Estadual n 7.772, de 08.09.1980

Art. 3 - Os resduos lquidos, gasosos, slidos ou e provenientes de atividade industrial, comercial, agro qualquer outra espcie, s podem ser despejados em lanados atmosfera ou ao solo, desde que no exc competente, nos termos do R

Lei Estadual 13.796, de 20.12.2002 Deliberao Normativa COPAM n 62, de 17 de dezembro de 2002 NBR 13.221

Dispe sobre gerao e armazenamento

Dispe sobre critrios de classificao de barragen reservatrio de gua em empreendimentos industria

Indica as condies necessrias para o

A lei de Poltica Nacional de Recursos Hdricos tra instrumentos a outorga dos direitos Lei Federal n 9.433, de 08.01.1997

De acordo com o art. 12 da referida lei, esto sujeit subterrneo, o lanamento em corpo d gua de esgotos regime, quantidade ou q

Gerao e lanamentos de efluentes lquidos

Lei Estadual n 7.772, de 08.09.1980

Art. 3 - Os resduos lquidos, gasosos, slidos ou e provenientes de atividade industrial, comercial, agro qualquer outra espcie, s podem ser despejados em lanados atmosfera ou ao solo, desde que no exc competente, nos termos do R

Lei Estadual n 13.771, de 11.12.2000 Decreto Estadual n 40.057, de 16.11.1998

Dispe sobre a administrao, a proteo e a conse Estado, e d outras

Dispe sobre a fiscalizao e o controle da utilizao Mineiro de Gesto das guas

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Continuao Aspectos Ambientais Legislao Ambiental e Normas Aplicveis Deliberao COPAM n 10, de 16 de dezembro de 1986. Gerao e lanamentos de efluentes lquidos Deliberao Normativa COPAM n 62, de 17 de dezembro de 2002 NBR 11.174 e NBR 12.235

Descri

Estabelece normas e padres para qualidades das gua d outras prov

Dispe sobre critrios de classificao de barragens de c de gua em empreendimentos industriais e d

Indicam o procedimento a ser seguido para o devido arm perigosos, conforme seu enquadra

Para as guas destinadas ao empreendimento, os trech resoluo 20/86, consideradas Classe II para os efeitos guas

Os parmetros para a qualidade das guas Temperatura pH Cianeto Cor aparente

Classe

Condutividade eltric

Cromo hexavalent Fosfato total Deliberao COPAM n 10, de 16 de dezembro de 1986 leos e graxas -

DBO dias a 20C Gerao de efluentes lquidos industriais

Nitrognio amoniacal - 0,02 mg/L (

Oxignio dissolv

Slidos totais dissolv Sulfatos Sulfetos Turbidez Arsnio total Arsnio solvel Cdmio total Cdmio solvel Cobre Total

Slidos totais em suspe

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Continuao

Aspectos Ambientais

Legislao Ambiental e Normas Aplicveis

Descri Cobre solvel Cromo solvel Ferro total Ferro Solvel Mangans total Mangans solvel Coliformes totais - no dever exceder um

Cromo total - 0,55 mg/L (soma dos padres defi

Coliformes fecais - no dever exceder um l Cobre Total Cobre solvel Gerao de efluentes lquidos industriais Deliberao COPAM n 10, de 16 de dezembro de 1986 Cromo solvel Ferro total Ferro Solvel Mangans total Mangans solvel Coliformes totais - no dever exceder um

Estreptococos fecais

Cromo total - 0,55 mg/L (soma dos padres defin

Coliformes fecais - no dever exceder um l Temperatura

Estreptococos fecais

pH - 6,0 a Cianeto Cor aparente

Condutividade eltrica

Cromo hexavalente

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Continuao

Aspectos Ambientais

Legislao Ambiental e Normas Aplicveis

Descri DBO dias a 20C Fosfato total Nitrognio amoniacal - 0,02 mg/L

leos e graxas - virtua

Oxignio dissolv

Slidos totais dissolvi Sulfatos Sulfetos Turbidez Arsnio tota Arsnio solvel Gerao de efluentes lquidos industriais Deliberao COPAM n 10, de 16 de dezembro de 1986 Cdmio total Cdmio solvel Cobre Total Cobre solvel Cromo solve Ferro total Ferro Solvel Mangans total Mangans solvel Coliformes totais - no dever exceder um

Slidos totais em suspen

Cromo total - 0,55 mg/L (soma dos padres defin

Coliformes fecais - no dever exceder um l

Estreptococos fecais

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1.8 - Unidades de Conservao e Preservao Ecolgica


A regio do empreendimento est inserida na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhao. Nas cabeceiras do rio Santo Antnio esto localizadas 4 Unidades de Conservao de Proteo Integral e 10 Unidades de Conservao de Uso Sustentvel. Dentre as UC de Proteo Integral constam um Parque Estadual e dentre as UC de s s Uso sustentvel consta uma rea de Proteo Ambiental Federal, alm de uma Reserva Indgena.

1.8.1 - Reserva da Biosfera


Em junho de 2005, a Serra do Espinhao em Minas Gerais foi reconhecida como Reserva da Biosfera pela Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura - UNESCO integrando o programa "O Homem e a Biosfera/MAB" (Figuras 1.22. e 1.23). A RESBIO foi criada atravs do grupo de trabalho constitudo pela SEMAD - Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel de Minas Gerais, em parceria com a SAT - Sociedade Amigos do Tabuleiro e coordenao conjunta do IEF - Instituto Estadual de Florestas, IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renovveis, Feam - Fundao Estadual de Meio Ambiente, IGAM - Instituto Mineiro de Gesto das guas, Fundao Biodiversitas, Instituto Arapoty, Associao Civil Caminhos da Serra, Prefeitura Municipal de Conceio do Mato Dentro, Associao Civil PROTE-Rio, UFMG e PUC Minas. A RESBIO rene 12 Parques: Parque Nacional da Serra do Cip, Parque Nacional das Sempre Vivas, Parque Estadual do Itacolomy, Parque Estadual da Serra do Rola Moa, Parque Estadual do Rio Preto, Parque Estadual do Biribiri, Parque Estadual do Pico do Itamb, Estao Ecolgica Estadual de Tripu, Estao Ecolgica Estadual de Fechos, Parque Estadual Serra do Intendente, Parque Natural Municipal do Ribeiro do Campo e Parque Natural Municipal do Salo de Pedras, sendo que estes trs ltimos esto situados no municpio de Conceio do Mato Dentro. No programa Homem e a Biosfera (MaB) da UNESCO, as reservas da biosfera so estabelecidas para promover e demonstrar uma relao equilibrada entre os humanos e a biosfera, tendo as seguintes funes: i) ii) iii) conservao: contribuir para a conservao de paisagens, ecossistemas, espcies e variedades genticas; desenvolvimento: fomentar desenvolvimento econmico e humano que seja sociocultural e ecologicamente sustentado; e apoio logstico: apoiar projetos demonstrativos, educao ambiental e capacitao, pesquisa e monitoramento, referentes a temas locais, regionais, nacionais e globais de conservao [da natureza] e desenvolvimento sustentado.

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As Reservas da Biosfera no Brasil so definidas pelo captulo VI (Das reservas da Biosfera) da lei n 9985 de 18/07/2000, do SNUC - Sistema Nacional de Unidades de Conservao. No art. 41 a lei n 9985/2000 menciona que a Reserva da Biosfera um modelo, adotado internacionalmente, de gesto integrada, participativa e sustentvel dos recursos naturais, com os objetivos bsicos de preservao da diversidade biolgica, o desenvolvimento de atividades de pesquisa, o monitoramento ambiental, a educao ambiental, o desenvolvimento sustentvel e a melhoria da qualidade de vida das populaes. FIGURA 1.22 - Localizao da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhao - MG. s pontos em vermelhos indicam a cidade de Conceio de Mato Dentro a sul e a localidade de Itapanhoacanga a norte.

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FIGURA 1.23 - Localizao da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhao nos municpios. O retngulo preto indica a rea do empreendimento proposto.

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1.8.2 - Unidades de Conservao


reas Protegidas so reas de terra e/ou mar especialmente dedicadas proteo e manuteno da diversidade biolgica, e de seus recursos naturais e culturais associados, manejadas por meio de instrumentos legais ou outros meios efetivos. As Unidades de Conservao (UC), um tipo especial de rea Protegida, so espaos territoriais com caractersticas naturais relevantes, legalmente institudos pelo Poder Pblico, com objetivos de conservao e de limites definidos, sob regime especial de administrao, s quais se aplicam garantias adequadas de proteo. So tambm reas Protegidas as reas de Reserva Legal e reas de Preservao Permanente, conforme definido no Cdigo Florestal (www.mma.gov.br). Na bacia do Rio Santo Antnio esto localizadas 4 Unidades de Conservao Integral, todas elas situadas no municpio de Conceio do Mato Dentro: Parque Estadual Serra do Intendente, Parque Municipal Ribeiro do Campo, Parque Municipal Salo de Pedras e o Monumento Natural da Serra da Ferrugem, sendo que o limite deste ltimo coincide com a rea tombada da Serra da Ferrugem. Nota-se tambm que o Parque Estadual Serra do Intendente encontra-se superposto ao Parque Municipal Ribeiro do Campo (Figura 1.24). O limite oeste do Parque Municipal Salo de Pedras compreendido pelo Rio Santo Antnio e o Monumento Natural e Tombamento da Serra da Ferrugem so contguos cava de minerao do empreendimento. Ambas as UC se encontram a menos de 5 km. do empreendimento. s Observa-se que a APAM Gameleira e a APAM Renascena possuem seus limites no rio do Peixe, enquanto Aldeia Guarani dista 4 km da sua margem esquerda. Estas reas Protegidas encontram-se a jusante do ponto de captao de gua no Rio do Peixe para o empreendimento, ou das drenagens afluentes afetadas pelas cavas e estruturas do empreendimento.

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FIGURA 1.24 - Unidades de Conservao de Proteo Integral na bacia do Rio Santo Antnio.

Legenda: 1 - Parque Estadual Serra do Intendente 2 - Parque Municipal Ribeiro do Campo 3 - Parque Municipal Salo de Pedras. 4 - Monumento Natural e Tombamento da Serra da Ferrugem.

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FIGURA 1.25 - Localizao das Unidades de Conservao de Uso Sustentvel na rea das cabeceiras do Rio Santo Antnio.

Legenda: 1- APA Municipal Serra do Intendente. 2 - APA Federal Morro da Pedreira. 3 - APA Municipal Rio Pico 4 - APA Municipal Itacuru 5 - APA Municipal Crrego da Mata. 6 - APA Municipal Hematita 7 - APA Municipal Fortaleza de Ferros. 8 - APA Municipal Renascena 9 - Aldeia Guarani 10 - APA Municipal Gameleira

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1.9 - Empreendimentos associado e/ou decorrentes


A operacionalizao do Projeto Minas-Rio estar associada a empreendimentos outros de cunho logstico de transporte que permitiro a chegada do produto final da mina at o mercado consumidor. Para o transporte do minrio de ferro concentrado na planta de beneficiamento a MMX - Minerao e Metlicos implantar um mineroduto que se estender desde a rea de minerao, na microrregio de Conceio do Mato Dentro (especificamente municpios de Conceio do Mato Dentro, Alvorada de Minas e Serro), no estado de Minas Gerais, at Barra do Au, prximo a So Joo da Barra, no estado do Rio de Janeiro. Neste local est prevista a implantao de um porto para manipulao e embarque de minrio em navios transocenicos que levaro os produtos aos destinos finais. O mineroduto ser composto por tubulao de 24 polegadas ao longo de 525 km de extenso. A tubulao atravessar 33 municpios, sendo 26 em Minas Gerais e 7 no Rio de janeiro, e ser enterrada em quase toda a sua extenso, havendo poucas passagens areas. A figura 1.26 mostra o traado do mineroduto, assim como decretos minerrios de propriedade da MMX ao longo do mesmo, no se limitando ao objeto deste EIA. Nestes decretos podero ser desenvolvidas atividades de prospeco mineral, que caso identificado a existncia e a viabilidade de explotao do minrio de ferro utilizando assim a estrutura de transporte de produto, via mineroduto, at o porto em Barra do Au, abaixo abordado. Em Barra do Au, est prevista a construo da infraestrutura porturia necessria ao armazenamento e carregamento da matria prima mineral que, por transporte martimo, alcanar clientes de outros continentes. Ainda no porto previsto sistema de filtragem, providos de tanques de armazenagem e filtros de polpa de minrio, que promovero a separao da gua existente na polpa transportada do minrio a ser embarcado. Em funo da localizao destes dois empreendimentos, decorrentes da atividade de minerao, os mesmos sero objeto de licenciamento a parte, junto aos rgos ambientais competentes. Ou seja, por estar localizado em dois estados, o mineroduto est sendo licenciado no mbito do IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis, enquanto o porto ser licenciado na FEEMA Fundao Estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro.

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FIGURA 1.26 - Traado do mineroduto e decretos minerrios da MMX

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1.10 - Empreendimentos similares em outras localidades


Conceituando empreendimentos similares como aqueles empreendimentos que apresentam a mesma natureza, mesma funo e mesmo efeito, adota-se duas vertentes de identificao. Na primeira abordagem foram consideradas as atividades minerrias existentes na rea dos municpios onde est localizado o Projeto Minas-Rio. Uma identificao de atividades minerrias nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas a partir da gerao do CEFEM (Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Minerais), confirmadas pelo site do DNPM Departamento Nacional da Produo Mineral, assim como banco de dados do IBGE no indicou quaisquer existncia de atividades mineral operante atualmente nos municpios supracitados. Considerando a geologia local e regional de conhecimento geral dos estudiosos e profissionais tcnicos que atuam na regio possvel diagnosticar como real a possibilidade de futuro desenvolvimento de atividades minerrias de extrao de minrio de ferro, porte similar ao Projeto Minas-Rio, em reas em estudo na regio. Existem 184 polgonos minerrios concessionariados junto ao DNPM, em diferentes fases de regularizao para possvel extrao mineral. Considerado a substncia mineral ferro como critrio indicativo de similaridade ao Projeto Minas-Rio e indicativo de potencialidade de atividade de lavra, caso aprovada a existencia de reserva e viabilidade econmica, possvel totalizar a soma de 45 polgonos minerais. O quadro 1.6 e a figura 1.27 apresenta listagem e localizao dos polgonos minerrios localizados nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas e respectivas fases de regularizao para extrao mineral.

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QUADRO 1.6 - Polgonos minerrios localizados totalmente ou parcialmente nos municpios de Conc de Minas e que possuem miniro de ferro como substncia mineral o ferro
DECRETO ANO 822030 810565 810570 810571 810572 810573 810575 810577 810578 806066 831188 833138 833151 830683 831366 831390 832462 830069 830226 830299 830315 1971 1976 1976 1976 1976 1976 1976 1976 1976 1977 1983 2004 2004 2005 2005 2005 2005 2006 2006 2006 2006 SUBSTANCIA FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO FERRO FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO TITULAR RIO DOCE GEOLOGIA E MINERAO S.A. - DOCEGEO COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE EMIL COURI COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE MINERADORA GRUPHYARA LTDA. COMPANHIA VALE DO RIO DOCE MTRANSMINAS MINERAO E TRANSPORTES MINAS LTDA. MPC - MINERAO PESQUISA E COMRCIO LTDA MPC - MINERAO PESQUISA E COMRCIO LTDA MPC - MINERAO PESQUISA E COMRCIO LTDA COMPANHIA VALE DO RIO DOCE FASE

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Continuao

DECRETO ANO 830316 830325 830326 830327 830328 830329 830330 830332 830336 830422 830674 831185 831329 832692 832693 832695 832696 833304 833137 830682 830331 830348 830423 832694 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2006 2004 2005 2006 2006 2006 2006

SUBSTANCIA MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO MINRIO DE FERRO

TITULAR COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE MPC - MINERAO PESQUISA E COMRCIO LTDA COMPANHIA VALE DO RIO DOCE MPC - MINERAO PESQUISA E COMRCIO LTDA UILE REGINALDO PINTO COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE INGO GUSTAV WENDER EMIL COURI COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE MPC - MINERAO PESQUISA E COMRCIO LTDA COMPANHIA VALE DO RIO DOCE

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FIGURA 1.27 - Polgonos minerrios localizados nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas e respectivas fases de regularizao para extrao mineral. # inserir figura GIS: Figura_decretos_x_municipio #

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Em outra abordagem comparativa de similaridade identificou-se diversas minas, atualmente em operao no Quadriltero Ferrfero. Tambm foram considerados nesta identificao o porte do empreendimento, metodologia de lavra utilizada e processo de beneficiamento mineral adotado. A seguir so citados alguns dos empreendimentos mineiros atualmente em atividade de extrao de minrio de ferro: - SAMARCO MINERAO S.A, que desenvolve atividades de lavra e beneficiamento de minrio de ferro itabirtico desde 1977. Suas reservas minerais situam-se no chamado Complexo Alegria, localizado na Regio Leste do Quadriltero Ferrfero, municpios de Mariana e Ouro Preto. O produto do beneficiamento segue at Ub, em Anchieta, no ES, via mineroduto. - MINERAES BRASILEIRAS REUNIDAS S.A - MBR, que desenvolve atividades de lavra e beneficiamento de minrio de ferro hemattico e itabirtico em vrias minas na regio central do Quadriltero Ferrfero, tais como Mina do Pico, em Itabirito, Complexo Tamandu, em Nova Lima e Capo Xavier, tambm neste municpio. - A COMPANHIA VALE DO RIO DOCE - CVRD, que desenvolve atividades de lavra e beneficiamento de minrio de ferro hemattico e itabirtico em vrias minas no que identifica como Sistema Sul, composto por quatro complexos mineradores: Itabira, Mariana, Minas Centrais e Minas do Oeste, que englobam mais de 15 minas, localizadas no Quadriltero Ferrfero, em Minas Gerais. O mais antigo complexo do Sistema Sul o de Itabira, que compreende as minas de Cau e Conceio, cujas operaes tiveram incio em 1942. A capacidade de produo das minas encontra-se em torno de 160 milhes de toneladas por ano e o minrio produzido transportado para o Complexo Porturio de Tubaro, em Vitria-ES, atravs da Estrada de Ferro Vitria Minas (EFVM), e para o Porto de Itagua, no Rio de Janeiro, atravs da MRS Logstica.

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2 - DESCRIO DO EMPREENDIMENTO
2.1 - Localizao detalhada do empreendimento
As reas da Serra do Sapo-Ferrugem e de Itapanhoacanga, onde se encontram as minas do Projeto Minas-Rio, esto localizadas nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas, respectivamente, em Minas Gerais, como visto na figura 1.2, no captulo 1. O ponto de captao de gua nova e parte da adutora que leva rea Industrial est localizado no municpio de Dom Joaquim. O acesso rea da Serra do Sapo e Ferrugem feito a partir de Conceio do Mato Dentro pela rodovia MG-010, no sentido Serro at o entrocamento com a Vila Bom Jesus a cerca de 6 Km deste municpio. Deste entrocamento deve-se seguir no sentido centro da comunidade de onde j possvel visualizar a Serra do Sapo ao longo de sua grande extenso norte-sul. Estradas locais no pavimentadas de acesso a fazendas permitem o acesso at a Serra do Sapo. A Serra da Ferrugem pode ser alcanada da sede de Conceio do Mato Dentro e da MG010. Para acessar a rea alvo de extrao em Itapanhoacanga, deve-se seguir pela rodovia MG-010, partindo de Conceio do Mato Dentro, sentido do municpio do Serro. Na altura do Km 28, tendo como marco zero a cidade de Conceio do Mato Dentro, h placas de orientao indicando o povoado de Itapanhoacanga. A rea alvo est localizada na poro leste do povoado, tambm podendo ser acessada diretamente da rodovia MG-010.

2.2 - Descrio do empreendimento planejado


O Projeto Minas-Rio objeto de estudo ambiental neste documento compreende as seguintes obras e instalaes nas suas etapas de implantao e operao: - Alojamentos temporrios de apoio s obras de implantao; - Canteiro de obras; - Estradas de acessos e de servios; - Duas cavas de mina situadas na serra de Itapanhoacanga, uma a norte e outra a sul; - Uma pilha de estril externa s cavas de Itapanhoacanga; - Uma cava de mina na serra do Sapo; - Uma pilha de estril externa a cava da serra do Sapo; - Uma rea industrial onde esto previstas a planta de beneficiamento mineral, escritrios de apoio operacional, oficinas mecnicas e eltricas, alm de ptios de insumos e resduos industriais e sistemas de controle ambiental; - Uma barragem de rejeitos; - Uma adutora de gua nova de processo, com captao no rio do Peixe, e que vai at a rea industrial. - Uma estrada de acesso entre a MG-010 e rea industrial; - Estruturas de apoio de alojamento e canteiro de obras a serem construdas temporariamente durante a etapa de implantao.

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O Projeto Minas Rio foi concebido para produo de lavra a cu aberto de 56 Mtpa (milhes de toneladas por ano) de base mida de ROM. A figura 2.1 apresentada, em imagem de satlite Quick Bird, de alta resoluo, as estruturas de mina pretendidas a partir do plano diretor do empreendimento e que sero detalhadas a seguir neste item. O tratamento do minrio incluir moagem e flotao para gerar 24,5 Mtpa de concentrado de pellet feed (base seca) ou 26,5 mtpa em base mida. Este produto ser transportado via mineroduto, por aproximadamente 525 km, at o Porto do Au, que ser localizado no norte do estado do Rio de Janeiro. Tanto o mineroduto como o porto sero de propriedade da MMX e esto sendo licencados independentes, o primeiro pelo IBAMA e o segundo pela FEEMA. Os 24,5 Mtpa de pellet feed sero exportados como concentrado. A MMX detm aproximadamente 25 mil hectares de direitos minerais, cobrindo um trecho significativo de rea de formao de minrio de ferro ao norte do Quadriltero Ferrfero, em Itapanhoacanga e Conceio do Mato Dentro, Minas Gerais. Uma estimativa parcial dos recursos e reservas neste terreno foi realizada atravs de um programa de sondagem geolgica em 4 mil hectares, onde foram identificados 714 milhes de toneladas de recursos com teor mdio de 41,22% de ferro. Um extenso programa complementar de furos de sonda foi planejado e est em curso visando a identificar os recursos e reservas adicionais existentes nos restantes 21 mil hectares, acreditando-se alcanar reservas superiores a 1.000 Mt, o que assegurar uma vida til por mais de 20 anos na mina.

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FIGURA 2.1 - Plano diretor do Projeto Minas Rio, localizado em Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas/MG - MMX gis

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Ttulos de direitos minerrios junto ao DNPM De acordo com informaes atualizadas at o momento a MMX Minas Rio e sua controlada MPC so titulares dos direitos minerarios decorrentes dos seguintes Processos DNPM, e que so objeto do presente EIA: 830.286/04; 830.226/06; 830.422/06; 831.185/06 e 830.423/06. Os direitos decorrentes dos processos DNPM 832.978/02, 832.979/02, 830.359/04, 831.617/05, 832.666/05 e 832.809/05 foram cedidos a MMX Minas Rio em decorrncia de acordo com os anteriores titulares, firmado em 27 de abril de 2006, que foi encaminhado ao DNPM. Os direitos de minerao acima mencionados representam, coletivamente, 9.496 hectares sob controle da MMX ou de suas subsidiarias e que so objetos do presente EIA. A figura 2.2 mostra em imagem de satlite Landsat as reas descritas acima.

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FIGURA 2.2 - Identificao dos decretos minerrios de titularidade da MMX na regio de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas

GIS

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2.2.1 - Fase de implantao


Durante a fase de implantao do Projeto Minas-Rio sero desenvolvidas obras construtivas das estruturas de mina e de apoio necessrias operacionalizao do empreendimento. So previstos a construo de um canteiro de obras - a dar suporte s atividades assim como alojamentos que hospedaro a mo de obra envolvida nas obras, ambos em carter temporrio. 2.2.1.1 - Alojamentos Para alojar todo quadro de mo de obra direta est prevista a construo de alojamentos provisrios prximo ao canteiro das obras. A mo de obra indireta, de planejamento, fiscalizao e gerenciamento de obra, pretende-se utilizar a estrutura residencial existente em Conceio do Mato Dentro. Os alojamentos esto previstos para serem instalados prximos ao canteiro de obras para reduzir o transporte do grande contingente de mo de obra at os locais de construo, que se concentraro na rea industrial. Esta medida vai permitir menor trnsito nas estradas da regio e centralizar as aes de gesto de meio ambiente, tais como coleta e tratamento de efluentes sanitrios, coleta e destinao de resduos slidos. Os alojamentos tero estrutura completa com sistemas de controle ambiental, segurana e lazer para os trabalhadores.

Construo dos Alojamentos Para construo dos alojamentos ser instalado um pequeno canteiro de obras de modo a servir de suporte para as atividades de terraplenagem e construo civil. O canteiro ser instalado em pequena rea perifrica dentro dos limites do terreno destinado construo dos alojamentos e ser dotado de sanitrios, refeitrios, vestirios, almoxarifado, central de forma e armao e salas de escritrios para discusso de projetos. As atividades se resumiro em terraplenagem e obras civis. So previstos os seguintes servios e obras: - servios de supresso vegetal, limpeza do terreno e terraplenagem; - construo de rede de drenagem pluvial; - construo de rede de captao de esgotos domsticos; - construo de sistema de tratamento de esgotos domsticos; - construo de ptio de destinao provisria de resduos slidos; - servios de construo/montagem das edificaes temporrias.

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Est prevista a instalao de castelo d gua para o abastecimento de gua potvel. A gua potvel que ser consumida na obra e abastecer os alojamentos durante a fase de implantao ser captada do lenol fretico por poo profundo que ser objeto de outorga de captao hdrica em uma vazo de 50 m/h. Os efluentes lquidos (domsticos e industriais) sero tratados no prprio canteiro da obra. Os efluentes sanitrios de escritrios, refeitrio e dos vestirios sero direcionados para uma estao de tratamento de efluentes lquidos (ETE) do tipo modular e compacta. Os efluentes tratados sero lanados em corpo de gua superficial em concordncia com a Resoluo CONAMA 357/05 e Deliberao Normativa COPAM n 10/86. No trmino da obra, todo o canteiro ser desmontado, o entulho de construo existente ser retirado e toda a rea ser recuperada, atravs da aplicao de camada de solo orgnico. Todos os resduos slidos gerados no canteiro de obras e frentes de servio sero segregados no local de gerao, coletados e armazenados provisoriamente em abrigos adequados a cada tipo de resduos, para posterior destinao final. Tendo em vista a curta durao da obra e a pequena distncia do escritrio s frentes de servios, toda comunicao se dar por meio de enlace por rdio digital.

Descrio do alojamento A rea do alojamento ser provida de infra-estrutura bsica e estar dividida em diversos terrenos onde cada empreiteira ficar responsvel pela construo e controle de suas instalaes. Planeja-se que a rea destinada aos alojamentos seja capaz de comportar um contingente de, aproximadamente 4.200 profissionais. Este volume ser atingido na fase de pico dos servios. As seguintes estruturas esto consideradas na rea dos alojamentos: - edificaes dos alojamentos; - refeitrio e rea de coco; - rea de lazer com quadras esportivas e local para se assistir televiso; - distribuio de energia eltrica; - rede de abastecimento de gua; - sistemas de controle ambiental para tratamento de esgotos sanitrios e efluente de cozinha e refeitrio. Ser construda uma guarita de identificao para controle da entrada na rea dos alojamentos. Haver ainda um estacionamento para veculos pequenos. Ser construda uma central de armazenamento de resduos em rea devidamente adequada. Esta central de armazenamento temporario ser dividida em baias que permitir o armazenamento individualizado dos resduos de diferentes classes at a sua destinao adequada.

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Os resduos ficaro depositados at que haja volume mnimo que viabilize o seu transporte at o destino final. A MMX desenvolver diretrizes especficas de gesto de resduos slidos que ser seguida por todas as empresas envolvidas na obra e implementadas durante todo perodo de obras.

2.2.1.2 - Canteiro de obras Para atendimento s necessidades operacionais das empresas contratadas para a realizao da implantao ser realizada a construo de um canteiro de obras, localizada prximo ao local de instalao da usina de beneficiamento e estruturas de apoio operacional - a figura 2.1 plano diretor do empreendimento - localiza o canteiro de obras temporrio e ser composto pelas unidades abaixo detalhadas: - rea de prdios de apoio, devidamente cercada, conforme pode ser visto na figura 2.1, situada prxima ao local da obra e com disponibilidade de gua potvel e industrial e energia eltrica. As edificaes do canteiro tero as seguintes funes: - Escritrios administrativos; - Refeitrio; - Oficinas de manuteno; - Laboratrio de concreto e solo; - Central de forma e armao; - Ambulatrio; - Vestirio; - Almoxarifado. - rea especifica para armazenamento de agregados para a central de concreto; - O escritrio de obras da empresa contratada para o gerenciamento do empreendimento, com salas para os empregados da MMX. Todas as edificaes do canteiro a serem construdas na rea da MMX, devero ter a aprovao e autorizao prvia da Gerencia de Engenharia e obedecer as exigncias mnimas previstas nas Normas Regulamentadoras: NR-10 (instalaes e servios em eletricidade), NR-18 (Segurana do trabalho na construo civil), NR-23 (Segurana do trabalho no combate a incndio) e NR-24 (Condies sanitrias e de conforto nos locaisde trabalho) da portaria No 3.214 de 08.06.78 do Ministrio do Trabalho. O Canteiro de Obra ser dotado de sistemas de controle amnbiental para os efluentes industriais e sanitrios gerados, resduos slidos, drenagem pluvial e atenuao de nvel de rudo e emisses atmosfricas. No caso de frente avanada de obras, assim como para aqueles servios de curta durao, sero utilizados sistemas de controle ambiental mveis e em conformidade com a norma NR-18 - Segurana do Trabalho na construo civil.

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2.2.1.3 - Insumos bsicos de implantao Energia Eltrica Toda a demanda de energia eltrica do alojamento e canteiro de obras ser suprida pela CEMIG - Central de Energia de Minas Gerais, por meio de uma linha de distribuio em 13,8 kV proveniente da cidade de Conceio do Mato Dentro.

gua Durante a fase de implantao, prev-se o abastecimento de gua bruta a partir de captao subterrnea, utilizando-se o poo realizado para a implantao do canteiro. Ser instalada uma estao de tratamento de gua (ETA) compacta, de modo a fazer com que a gua captada no poo seja prpria para o consumo humano. A gua potvel ser utilizada para uso humano e sanitrio geral, nos chuveiros de emergncia com lava-olhos, nas caixas d gua das edificaes e na preparao de explosivos.

Combustvel Com a existncia de frota mvel de equipamentos e veculos leves em geral ser necessrio o suprimento de leo diesel e gasolina/lcool. Cada empresa responsvel pela obra ter em seu canteiro especfico locais de armazenamento e abastecimento adequados conforme a norma.

Agregados de construo civil Os agregados de construo civil (areia, brita e cimento) viro de fornecedores devidamente licenciados para operar. Tendo em vista a reduzida produo de agregados de construo civil na regio e considerando o elevado quantitativo de consumo previsto nas obras de implantao do empreendimento, prev-se que a maioria dos fornecedores devero estar situados em outras regies produtoras, possivelmente da regio metropolitana de Belo Horizonte. 2.2.1.4 - Rota de transporte dos insumos para a obra e equipamentos Durante as obras de implantao do Projeto Minas-Rio haver necessidade de importao de equipamentos de grande porte assim como de insumos de grande volume e ou peso. Estes produtos importados tero como principal via de translado at o Projeto MinasRio o transporte martimo devendo portanto aportar no pas pelos portos de Santos/SP ou da Praia Mole/ES, estruturas estas mais prximas rea do empreendimento minerrio. Aps o desembarque nos portos, os equipamentos e insumos seguiro via transporte terrestre at a rea do Projeto Minas-Rio.

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Para transporte terrestre a partir do Porto de Santos poder ser adotado o seguinte roteiro de acesso area de minerao: Seguir sentido a capital paulista atravs da Via Anchieta (SP-150) ou Imigrantes onde a partir desta prosseguir pela rodovia Ferno Dias - BR 361 at Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Seguir ento no sentido de Lagoa Santa onde se dever seguir para Conceio do Mato Dentro, pela MG-010. A figura 2.3 ilustra o trajeto rodovirio a ser adotado para transporte de equipamentos e insumos do Porto de Santos at Conceio do Mato Dentro. Este trajeto dever ser utilizado para equipamentos e peas de pequeno porte, com veculos que possam transitar pela MG-010. O outro porto de desembarque martimo o terminal Praia Mole. A partir deste ponto seguir pela BR 262 at o municpio de Joo Molevade, j no estado de Minas Gerais. Antes da interseo desta com a BR 381 deve-se seguir no sentido do municpio de Itabira, alcanando a BR-120, prosseguinto sentido Guanhes, onde deve-se seguir pela MG-010 at Conceio do Mato Dentro. A figura 2.4 ilustra o trajeto rodovirio a ser adotado para transporte de equipamentos e insumos do Porto de Praia Mole at Conceio do Mato Dentro.

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FIGURA 2.3 - Trajeto rodovirio a ser adotado para transporte de equipamentos e ins

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FIGURA 2.4 - Trajeto rodovirio a ser adotado para transporte de equipamentos e ins

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2.2.1.5 - Cronograma e mo de obra O Projeto Minas-Rio possui um cronograma de implantao previsto para um ano e dez meses. Ao longo do perodo de implantao o quantitativo de quadro funcional ser dinmico e varivel ao longo dos meses. A estimativa que no pico de obra ocorra um quantitativo acumulado de 4.300 pessoas envolvidas. So considerados dois regimes de trabalho durante a etapa de implantao: uma para as atividades de terraplenagem e outra para todos os outros tipos de servio. Os quadro 2.1 a seguir detalha as jornadas de trabalho: QUADRO 2.1 - Mo de obra / Regime de trabalho
Parametros Dias Trabalhados (dias/sem ana) Horas Trabalhadas (horas/dia) Jornada Mensal (h/tm s) Quantitativo 6 10 240 Quantitativo 5 8.8 196 Terraplenagem Outros Servios

O planejamento de implantao do projeto prev atividades de terraplenagem, barragem de rejeitos, construo civil, montagem eletro-mecnica, sub-estao 230kv, alm das atividades de comissionamento e gerenciamento. Estima-se que estas atividades devero ocorrerem em 1 ano e dez meses. A figura 2.5 a seguir apresenta o cronograma que baliza a implantao e o incio de operao.

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FIGURA 2.5 - Cronograma e histograma de mo de obra por tipo de servio para fase de implantao d

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2.2.2 - Fase de operao


2.2.2.1 - Mina Recursos e reservas - Produto: Minrio de ferro; - Taxa de Produo das minas: 56 Mtpa (milhes de toneladas por ano) base natural (ROM); - Taxa de produo beneficiada: 24,5 Mtpa de pellet feed (base seca) ou 26,6 Mtpa de pellet feed (base mida);. - Mina: Cavas convencionais a cu aberto (inicialmente esto previstas trs cavas); - Beneficiamento: Usina convencional de concentrao de minrio de ferro itabiritico por flotao; - Transporte do Produto: em forma de polpa de minrio, via mineroduto, com desaguamento por filtragem localizada na planta de pelotizao, junto ao porto na Barra do Au (RJ). - Embarque: Carregamento martimo em Porto de Au. - Base de recursos atuais: 714 Mt a 41,22% Fe - Base de recursos esperada ao final das campanhas de sondagem: superior a 1.000 Mt - Durao das Reservas das Minas: maior que 35 anos pela taxa de produo proposta de 56 Mtpa ROM. - Rejeitos: aproximadamente 25 Mtpa a serem descartados em barragem de rejeito. - Efetivo de Funcionrios: 1.100 pessoas, nas minas e planta, com produo de forma estvel. - Sequenciamento de Lavra: * Mina Itapanhoacanga: ano 11 ao ano 35 * Mina Serra do Sapo-Ferrugem: ano 1 ao ano 35.

Geologia das reas mineralizadas A formao ferrfera ocorre aproximadamente na direo norte-sul e mergulha para leste num ngulo de 20 a 25. A geologia local reflete o trend estrutural regional. Uma falha de empurro de baixo ngulo oriundo de um empuxo de leste para oeste, coloca a formao ferrfera sobreposta a xistos verdes e recoberta por quartzo-sericitaxisto. A espessura mdia da formao ferrfera de aproximadamente 80 metros, com um aumento progressivo de espessura de norte para sul (50 para 100m). A sondagem tem mostrado que, em profundidade, a camada de itabirito tem continuidade. O minrio composto por formaes ferrferas, fcies xido, tipo Lago Superior. Existem trs diferentes tipos de minrio na rea: itabiritos friveis (25% a 63% Fe), quartzitos ferruginosos (15% a 24% Fe) e hematitas compactas (>64%Fe). Estes minrios so compostos predominantemente por hematita. Minerais de canga, que ocorrem acima da superfcie de intemperismo, so basicamente quartzo e traos de minerais argilosos e micas.

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Modelamento Geolgico rea de Itapanhoacanga / Alvorada de Minas A base de dados geolgicos, em Itapanhoacanga, composta por 50 furos de sondagem rotativa, numa malha de 200 x 200 metros, totalizando 5.886 metros perfurados e 505 amostras coletadas. Todos os furos de sonda foram feitos no dimetro HQ e tiveram boa recuperao dos testemunhos (>85%). O mapa geolgico e as sees transversais verticais foram interpretados com base nos furos de sondagem e dados de superfcie. O modelo de slidos foi interpretado a partir de informaes das sees geolgicas verticais. O modelo geolgico relativamente simples, uma vez que as unidades litolgicas mostraram-se contnuas entre as sees verticais furadas. A diviso de tipos de minrio foi feita com base na geologia e anlises qumicas. Foram identificados dois tipos de minrios: hematita compacta (material duro com Fe acima de 64%) e itabirito frivel (incluindo toda a formao ferrfera frivel com teores entre 15 e 63%). Quartzito ferruginosos com menos de 15% de Fe e itabiritos duros foram classificados como estril na modelagem 3D. rea da Serra do Sapo / Conceio de Mato Dentro Para fins de avaliao preliminar, em todos os 12 km de extenso da Serra do Sapo contidos nos direitos minerarios da MMX, pode-se adotar uma espessura indicativa de 70 metros, como a observada num corte de estrada ao norte da Serra, e tambm comparvel com a profundidade observada pela CVRD nas suas reas da Serra da Serpentina, contgua Serra do Sapo, e pela prpria MMX em Itapanhoacanga. O grau de intemperismo a maior incerteza da mineralizao na rea da Serra do Sapo. Em Itapanhoacanga a MMX pode observar itabiritos totalmente friveis at a uma profundidade de 200 metros, mas em vrios casos o intemperismo ficou na faixa de 50 a 70 m. O nvel de intemperismo na serra da Serpentina superior a 80 ou 90 m. A MMX considera que uma estimativa conservadora do nvel de intemperismo na Serra do Sapo seria da ordem de 70 m e a espessura mdia da formao ferrfera frivel de 100 m. Como densidade mdia para efeito de estimativa de recursos a MMX optou em adotar o valor mdio obtido em Itapanhoacanga, que foi de 2,61t/m3. Considerando o baixo ngulo de mergulho das camadas, pouco superior ao da prpria inclinao da topografia local, a largura provvel de uma cava final de lavra ficaria entre 400 e 500m. O fundo da cava seguiria o contato com a rocha de base. Aplicando-se os parmetros acima, um nmero indicativo para o potencial de recursos seria da ordem de 1 bilho de toneladas. Estes nmeros esto consistentes com os 3.1 bilhes de toneladas estimados pela CVRD para os 33 km da Serra da Serpentina.

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Estimativa de recursos Metodologia Os recursos minerais em Itapanhoacanga foram estimados usando-se o mtodo do inverso do quadrado da distncia e os recursos foram classificados como indicados e inferidos. Os intervalos de amostragem originais foram regularizados e ajustados para intervalos de 10 metros, e restringidos nos contatos geolgicos. O raio de busca adotado foi de 600 x 600 x 30 metros (norte, oeste e elevao). O tamanho de bloco utilizado foi de 50 x 50 x 10 m nas direes NS, EW e vertical, respectivamente. O modelo final de blocos foi construdo em trs estgios: - Interseo de blocos com a topografia - Classificao dos blocos de acordo com os tipos litolgicos - Classificao de blocos como medidos, indicados e inferidos A classificao de recursos foi baseada na rea de influncia do programa de sondagem realizado. Os recursos localizados num raio de 200m da malha de 200 x 200 m foram classificados como indicados e aqueles num raio entre 200 e 600m dentro do corpo mineralizado foram classificados como inferidos. A mesma metodologia ser aplicada para a Serra do Sapo, em Conceio do Mato Dentro. Recursos identificados e potenciais Os quantitativos de cada tipo de recurso identificado em Itapanhoacanga so mostrados nos quadros 2.2 e 2.3 abaixo: QUADRO 2.2 - Quantitativos dos recursos minerais estimados da rea de Itapanhoacanga
Recurso Itabirito + Hem atita Tipo Indicado Inferido Vol.(m x 10) 156.267,30 60.766,30 Dens.(g/cm) 2,61 2,61 566,46 Ton. (106 ) 407,86 158,6

TOTAL 217.033,60 Fonte: SRK Consulting - Maio 2006

QUADRO 2.3 - Composio qumica mdia dos recursos


Composio Mdia do Recurso (%) - rea Itapanhoacanga Itabirito + Hem atita Fe SiO2 Al 2O3 P Mn TiO2 Fonte: SRK Consulting - Maio 2006 39,77 40,32 1,99 0,04 0,25 0,08

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A rea da Serra do Sapo-Serra da Ferrugem tambm possui significativo potencial de recursos adicionais de minrio de ferro. Entretanto, com as campanhas de sondagem ainda em fase inicial, no existem no momento informaes suficientes para determinar o volume dos recursos minerais. Essa avaliao de recursos ser possvel quando a espessura da camada intemperizada nos respectivos depsitos for melhor conhecida, e estiverem disponveis resultados de sondagem geolgica que mostrem, com suficiente preciso, as variaes de espessura da formao ferrfera, os teores dos minrios atravessados, as recuperaes metalrgicas e outras variveis do bem mineral pesquisado. No obstante tais limitaes, a seguir, apresenta-se uma estimativa do potencial de recursos da rea da Serra do Sapo-Serra da Ferrugem.

Reservas minerais em Itapanhoacanga Para as reas j pesquisadas em Itapanhoacanga as reservas foram definidas pela MMX como provadas e provveis. A reserva provada de 130.000 x 10 m , sendo o somatrio dos recursos indicados localizados dentro do limite da cava operacional. A estimativa da MMX para as reservas de minrio, considera apenas os recursos indicados, usando como base o mesmo modelo de blocos com as especificaes j descritas. Levando em considerao que se trata de um projeto que visa obteno de pellet feed e que todo o material proveniente da mina (ROM) ser blendado e modo, inclusive as hematitas compactas, ser possvel aproveitar itabiritos mais pobres, visando otimizao de reservas. Em relao ao preo do pellet feed, foi utilizada a tendncia do preo mdio de mercado, calculado para a vida til do projeto. As reservas provadas e provveis, em mil toneladas, da jazida de Itapanhoacanga esto mostradas no quadro 2.4 a seguir: QUADRO 2.4 - Reservas provveis de Itapanhoacanga
Reservas Provveis da rea Itapanhoacanga Tipo Itabirito frivel Hem atita compacta Total Estril Relao estril/m inrio Vol.(m x 10) 130.218 424 130.642 157.623 2,61 Dens.(g/cm) 2,61 4,43 Ton. (10 ) 340 2 342 411 1,2
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Fonte: SRK Consulting - Maio 2006

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O quadros 2.5 e 2.6, a seguir, disponibilizam informaes sobre a qualidade mdia esperada do minrio a ser lavrado, assim como a qualidade mdia do produto a ser obtido aps o beneficiamento. QUADRO 2.5 - Qualidade qumica mdia da reserva mineral
Qualidade Mdia da Reserva (%) Tipo de minrio Itabirito frivel Fe SiO2 Al 2O3 P Mn 39,45 40,8 2 0,035 0,25 Hematita compacta 66,67 2,78 1,19 0,025 0,15 0,04 Mdia 39,54 40,68 1,99 0,035 0,25 0,07

TiO2 0,08 Fonte: SRK Consulting - Maio 2006

QUADRO 2.6 - Qualidade do produto beneficiado (pellet feed)


Qualidade do Produto Pellet Feed Fe SiO2 Al 2O3 P S Mn Umidade -100# -325# Fonte: SRK Consulting - Maio 2006 68,50% 1,10% 0,30% 0,02% 0,00% 0,06% 9,00% 99,00% 85,00%

Reservas minerais na Serra do Sapo-Serra da Ferrugem O modelo geolgico identificado pelas atividadesde prospeco levam a crer o formato MineSight, com corpo itabirtico mineralizado. O corpo de itabirito tem dimenses de aproximadamente 12 km de comprimento com profundidade de 500 m, com um mergulho de 30 graus para leste. Esse corpo de minrio foi codificado em modelo de blocos de dimenses 25 m x 25 m x 10 m (X, Y, Z), contendo uma varivel extra denominado de ORE%, que quantifica a porcentagem de minrio contida no bloco. Com base nas informaes geolgicas conhecidas, ainda em fase de melhor detalhamento, as reservas minerais na rea da Serra do Sapo-Serra da Ferrugem so estimadas na ordem de 1,0 bilho de toneladas.

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As reservas provveis, em mil toneladas, do jazimento da Serra do Sapo- Serra da Ferrugem esto mostradas no quadro 2.7 a seguir: QUADRO 2.7 - Reservas provveis da Serra do Sapo
Reservas Provveis da Serra do Sapo-Ferrugem Tipo Minrio Itabirtico Estril Fonte: Engenharia de m inas MMX - agosto 2007 toneladas.(x M t) 1.543,00 1.974,10

Mtodo de lavra das minas e parmetros de projeto Como o minrio de boa parte da reserva aflorante e com mergulho das camadas geralmente acompanhando a topografia, a tcnica apropriada de lavra ser a de minerao a cu aberto. A lavra ser desenvolvida em bancadas de 10m de altura no sentido descendente e foi desenhada com ngulos de talude e comprimentos de berma dentro das normas de estabilidade e segurana. Os parmetros geotcnicos devero ser objeto de estudos futuros devido sensibilidade destes nmeros na otimizao dos recursos. Tendo como parmetros de entrada os recursos classificados como indicados, o ngulo de declive mximo e o modelo de blocos de 50 m x 50 m x 10 m, e com o apoio de software especfico que utilizou o algoritmo de Lerchs-Grossmann, foi feita a otimizao da cava. Os blocos de recursos inferidos que situam-se dentro da cava operacional, foram considerados como estril na funo benefcio, muito embora seja possvel que alguns destes blocos sejam includos como minrio em revises futuras do planejamento de lavra. O quadro 2.8 abaixo mostra os parmetros que foram utilizados no projeto das cavas das minas de Itapanhoacanga e Serra do Sapo QUADRO 2.8 - Parmetros utilizados no projeto da mina
Parmetros para otimizao das cavas das minas - itapanhoacanga e Serra do Sapo Altura de Banco Angulo de Face Comprimento de Berma Angulo Geral de Talude Largura de Rampa Inclinao da Rampa Fonte: SRK Consulting - Maio 2006 10 m 78,7 8m 45 10 m 10%

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Foi verificado nos trabalhos de sondagem na Serra de Itapanhoacanga e servios preliminares na Serra do Sapo a presena de aqufero na formao ferrfera. Durante a lavra do minrio, quando a cava atinge o lenol fretico, necessrio rebaix-lo por meio de poos tubulares, os quais bombeiam a gua subterrnea para fora da cava, forando o lenol a ficar abaixo da cota inferior da cava. Esta atividade, de rebaixamento do lenol fretico inerente s atividades mineiras e necessria para permitir a operao da mina, alm disto proporcionando estabilidade aos taludes de mina. O rebaixamento do lenol fretico ser executado nas cavas das Serras do Sapo-Ferrugem e de Itapanhoacanga. A figura 2.6 a seguir ilustra, de forma hipottica, a situao natural do aqufero e depois com a cava da mina. Ressalta-se que a ilustrao so meramente hipotticas, sendo o objetivo principal a visualizao do rebaixamento do lenol fretico, durante as operaes de lavra. FIGURA 2.6 - Desenho esquemtico do corte da Serra do Sapo, entre os rios Santo Antnio e do Peixe, apresentando a condio natural e a situao futura, aps o rebaixamento do lenol fretico.

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Equipamentos das minas Os equipamentos foram dimensionados de acordo com o cronograma de produo e os tipos de materiais a serem lavrados. Nesta anlise, alm do programa de produo, foram includos todos os parmetros que influem no dimensionamento dos equipamentos. Com relao ao nmero de horas, foi considerado hora calendrio, com trs turnos operando 365 dias por ano. Frota Os quadros 2.9 e 2.10 apresentam os parmetros utilizados para dimensionamento da frota de equipamentos de mina, cujos quantitativos podem ser vistos no quadro 2.11. QUADRO 2.9 - Equipamentos de transporte
Parmetro Modelo de Referncia Capacidade Carga (t) Utilizao (%) Disponibilidade (%) Horas de Operao por Ano (h) Produtividade (t/h) Fonte: SRK Consulting - Maio 2006 Caminho Fora de Estrada CAT 789 190 90 85 8.760 460

QUADRO 2.10 - Equipamentos de carregamento


Parmetros Modelo Referncia Volume da caamba (jd ) Utilizao (%) Disponibilidade (%) Horas de Operao por Ano (h) Produtividade (t/h) Fonte: SRK Consulting - Maio 2006
3

Escavadeira Buc 295BII 18 82 90 8.760 2.325

Carregadeira WA 2.100 Kom atsu 14 85 90 8.760 1.983

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QUADRO 2.11 - Quantitativo de equipamentos nas minas


N de Unidades 32 4 3 3 5 2 1 4 3 3 Fonte: SRK Consulting - Maio 2006 Descrio Cam inho CAT 789 ou Similar (190 st) Escavadeira ( 18 jd 3) P carregadeira (14 jd3 ) Motoniveladora CAT 16H Trator de esteira CAT D9 Perfuratriz Perfuratriz sobre pneus Cam inhonete Tanque de Irrigao Cam inho lubrificante

Uso dos Equipamentos nas minas Perfurao e Detonao: Para o caso de materiais brandos, sero utilizados tratores de esteira com uso de escarificador. Para rochas duras sero utilizadas perfuratrizez DTH que faro furaes de 10 polegadas que sero carregados e detonados com o ANFO. Para o caso de preparao de pit final sero utilizadas perfuratrizes de 3 a 4,5 polegadas de dimetro com o uso de emulso. Carregamento: Para o carregamento do material da mina, dois diferentes tipos de equipamentos sero operados. Escavadeiras sero utilizadas para garantir a alta produtividade e ps carregadeiras para garantir a flexibilidade que a lavra necessitar, principalmente para compor o blend do material. Transporte: Caminhes Fora de Estrada com capacidade de 190 t faro o transporte do minrio desde a mina at o britador primrio e do estril da mina para as pilhas fora do limite da cava. Infra-estrutura: Tratores D9 e Motoniveladoras 16H, ou similares, sero utilizadas para dar suporte lavra, na confeco e manuteno de rampas e estradas, nas aberturas de praas de perfurao, para receber o estril nos depsitos, drenagem e reabilitao ambiental. Todo o material estril a ser lavrado ser depositado em depsitos de estril, projetados visando o aproveitamento da topografia e de acordo com todas as normas ambientais e padres construtivos, e levando em considerao a otimizao da distncia de transporte, um fator sensvel nos clculos de viabilidade econmica. Algum estril poder ser lavrado por meio de contratos de extrao feito por empresas contratadas.

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Sequenciamento de Mina Durante a otimizao do sequenciamento da cava foram definidos como parmetros operacional a padronizao de ngulo de talude final de mina de 45 graus na parede leste da cava, sendo que na parede oeste ser usado o ngulo de mergulho do minrio (30 graus). As cavas mximas, tanto Itapanhoacanga quanto Serra do Sapo, foram operacionalizadas matematicamente e posteriormente otimizada conforme os itens a seguir. ngulo Geral = 45 ngulo de Fase = 63 Altura de Banco = 10m Berma mnima= 5m Largura de Rampa = 10m Inclinao de Rampa = 10%

Os desenhos 6 no anexo 1 mostram o sequenciamento das cavas de mina das serras do Sapo-Ferrugem e Itapanhoacanga. O sequenciamento mostrado para os anos 5, 10, 20 e 35 (cavas finais) anos do empreendimento. Desenvolvimento da Mina de Itapanhoacanga Conforme planejamento de seqenciamento de lavra, as atividades do Projeto MinasRio tero origem pela Serra do Sapo quando somente a partir do 10 ano tero incio as atividades em Itapanhoacanga. O perodo total de desenvolvimento das atividades de lavra de 35 anos. A cava de Itapanhoacanga se desenvolver em duas reas: uma localizada mais ao norte e outra mais ao sul de corpo mineral, vide figura 2.1 do plano diretor do empreendimento que apresenta os limites de cada uma delas. Operar 24 horas dos 365 dias do ano Dada caracterstica do depsito e geometria das cavas, o plano de lavra foi preparado por fases incrementais (dependentes). Para tal foi usado o valor econmico de cada bloco e geradas famlias de cavas matemticas. A figura 2.7 - apresenta seo tpica da cava Sul de Itapanhoacanga e os blocos de minrio.

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FIGURA 2.7 - Seo tpica da cava Sul de Itapanhoacanga

De modo a tornar a anlise criteriosa e o plano de lavra o mais factvel possvel, o minrio itabirito foi classificado como pobre (ITP), Mdio (ITM) e Rico (ITR) considerando os seguintes cortes: ITP = teor de Fe < 32,00%; ITR = teor de Fe > 48,25%; ITM = teor de Fe entre 32,00% e 48,25%. Adotou-se, ento, um sequenciamento de lavra para a extrao de um total volumtrico de 331,5 Mton de minrio e 293.9 Mton de estril. O quadro 2.12 detalha as movimentaes consideradas durante o sequenciamento de lavra para Mina de Itapanhoacanga. QUADRO 2.12 - Movimentaes envolvidas durante o sequenciamento de lavra mina Itapanhoacanga.
Ano 1 a 10 11 a 32 33 34 35 MINRIO (M ton/ano) 0 13,5 12,5 11,5 10,5 Estril (Mton/ano) 0 12,0 11,1 10,2 9,3 293,9 TOTAL DE MOVIMENTAO (Mton/ano) 0 25,5 33,6 21,7 19,8 625,4 RELAO E/M 0 0,89 0,89 0,89 0,89 0,89

Total Geral 331,5 Fonte - Engenharia de Mina MMX

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A figura 2.8 apresenta uma seo tpica da cava Sul de Itapanhoacanga, agora com os seqenciais de lavra e os blocos de minrio. FIGURA 2.8 - Seqencial rea Sul e blocos de minrios na seo EW (Norte 7920970)

Fonte - Engenharia de Mina MMX

As figuras 2.9 e 2.10 apresentam projees da seqncia evolutivas da lavra nas cavas Sul e Norte de Itapanhoacanga para o primeiro ano e lavra final. FIGURA 2.9 - Sequenciamento de Lavra Itapanhoacanga - Ano 01

Fonte - Engenharia de m ina MMX

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FIGURA 2.10 - Sequenciamento de Lavra Itapanhoacanga exausto

Fonte - Engenharia de Mina MMX

Desenvolvimento da Mina da Serra do Sapo -Serra da Ferrugem Para definio do pit para os diferentes cenrios foi usada a metodologia do Cone Flutuante, cujo resultado a cava de exausto mxima, ou seja, aproveitamento de todo o recurso conhecido . Como critrios restritivos foram respeitados a no interveno da cava de rea no entorno de 1.000 m do distrito de So Sebastio do Bom Sucesso, assim com a preservao do Monumento Natural Municipal Serra da Ferrugem. Foi usado um modelo de blocos com as dimenses e origem, usando um valor arbitrrio para os blocos de minrio (valor positivo grande o suficiente para lavrar todos o recurso conhecido e estril (valor negativo), observando-se que o modelo ) limitado pelo modelo topogrfico. As figuras 2.11 e 2.12 ilustram em projeo tridimensional os limites da cava e a condio de extrao de minrio na Serra do Sapo para a evoluo de lavra no ano 20.

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FIGURA 2.11 - Projeto dos limites do pit de lavra para configurao da mina no ano 20 na Serra do Sapo

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FIGURA 2.12 - Projeo da condio topogrfica da Serra do Sapo para configurao da mina no ano 20 na Serra do Sapo

O material estril ser depositado em pilha prxima da rea dos limites da cava da Serra do Sapo, onde se iniciaro as atividades. A partir do 4 ano, projeta-se que o limite da reserva ser atingido podendo ento ser depositado nesta rea o estril resultado do desenvolvimento das atividades. A figura 2.13 ilustra em projeo tridimensional os limites da pilhas de estril: pilha externa ao pit de lavra e depsito interno aos limites da cava.

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FIGURA 2.13 - Projeo da condio topogrfica da Serra do Sapo para configurao da mina no ano 20 na Serra do Sapo

A reserva total de minrio na Serra do Sapo-Serra da Ferrugem est estimada em 1.543,0 Mt e uma massa de 1.974,1 Mt de estril, o que representara um perodo de cerca de 35 anos de extrao. Conforme mencionado anteriormente, estrategicamente as atividades de extrao minerria no Projeto Minas-Rio tero incio na rea da Serra do Sapo, em sua poro Norte, com desenvolvimento para o sul e ser adotada tecnologia de disposio de estril dentro dos limites da cava com o desenvolvimento concomitante exausto da lavra. Esta metodologia de mtua extrao (Serra do Sapo e Itapanhoacanga) garantir qualidade e volume anual total contnuo de minrio itabirtico e estril ao longo de quase toda vida da mina. previsto um volume anual total de extrao de 56,6 Mton de minrio itabirtico e 68,5 Mton de estril, com a manuteno contnua em 1,21 de relao de estril/minrio. O sequenciamento de lavra, com as massas de movimentaes pretendidas para a Mina da Serra do Sapo, apresentado no quadro 2.13, a seguir.

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QUADRO 2.13 - Movimentaes envolvidas durante o sequenciamento de lavra mina Serra do Sapo.
Ano 1 2 3 a 10 11 a 32 33 34 35 MINRIO (M ton/ano) 2,9 48,2 56,6 43,1 34,0 30,0 26,9 Estril (Mton/ano) 3,4 58,3 68,5 56,5 45,2 40,0 35,9 1974,1 TOTAL DE MOVIMENTAO (Mton/ano) 6,3 106,5 125,1 99,6 79,2 70,0 62,8 3517,1 RELAO E/M 1,17 1,21 1,21 1,31 1,33 1,33 1,33 1,28

Total Geral 1.543,0 Fonte - Engenharia de Mina MMX

2.2.2.2 - Alterao de traado da MG-010 Embora no seja objeto deste EIA apresenta-se neste item uma caracterizao da proposta da MMX para a alterao do traado da MG-010. O desenvolvimento do sequenciamento da mina da Serra do Sapo-Serra da Ferrugem interceptar o atual traado da rodovia MG-010 em trecho localizado entre Conceio do Mato Dentro e So Sebastio do Bom Sucesso. Sendo assim planeja-se a implementao de novo traado deste trecho como alternativa de acesso populao local. A previso de necessidade de implementao desta alterao de traado est condicionada ao desenvolvimento dos limites da cava, estimado para aps o ano 20 do sequenciamento de lavra da Serra do Sapo-Ferrugem.

Caracterizao atual do traado da MG -010 O atual traado da MG-010 est localizado entre Conceio do Mato Dentro e So Sebastio do Bom Sucesso. Possui seu incio no final da ponte sobre o Crrego Joo Henrique - afluente do Ribeiro Santo Antnio, e segue at So Sebastio do Bom Sucesso. A,presenta uma extenso aproximada de 13 quilmetros. Nos primeiros 6 km o trecho atual desenvolve-se ao longo do Vale do Ribeiro Santo Antnio com curvas amplas, aclives e declives suaves. O trecho seguinte possui traado acompanhando o vale do Crrego Palmital que no km 8 inicia transposio da Serra do Sapo. O fim da transposio ocorre no km 12 na interseo com a MG-229. A partir do km 12 o segmento desenvolve-se em regio plana e atinge perifericamente a rea urbana de So Sebastio do Bom Sucesso.

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Proposta de traado da MG-010 Adotou-se como critrio definidor para locao da proposta de novo traado do trecho da MG-010 os traados de estradas no pavimentadas j existentes na regio. A proposta de novo traado para a MG-010 no trecho compreendido entre Conceio do Mato Dentro e So Sebastio do Bom Sucesso tem uma extenso total de aproximdadmente 19 km e desenvolve-se por acessos municipais e antigos acessos de fazendas leste da Serra do Sapo. O novo trecho do traado tem se incio no permetro urbano de Conceio do Mato Dentro, na Rua Jos Amrico que apresenta 15 m de largura entre meios-fios tendo como pavimento o revestimento asftico at a praa da igreja Bom Jesus do Matozinhos e a partir da praa seu revestimento passa a ser de alvenaria polidrica em bom estado. Ao final da Rua Jos Amrico, a rodovia desenvolve-se com pavimentao em revestimento primrio e no km 0,40 transpe por um pontilho de concreto um afluente do crrego Cuiab. O traado continua desenvolvendo-se atravs de uma regio de conurbao urbana at atingir o km 3.3 onde inicia a transposio da Serra da Ferrugem. A transposio da Serra da Ferrugem tem aproximadamente 5,00 km de extenso, terminando nas proximidades do km 8.0. No km 5 est a cota mais alta da Serra da Ferrugem, conhecido como Mirante da Torre, que possibilita ao visitante vislumbrar as paisagens da regio principalmente da cidade de Conceio do Dentro. Neste segmento o traado sinuoso apresentado aclives e declives em torno de 15% e a plataforma da rodovia apresenta largura mdia de 6,0 metros. Aps a transposio da Serra da Ferrugem, a diretriz do traado da rodovia toma o vale do Crrego Ponte Nova desenvolvendo-se por terrenos baixos at alacanar a sede da Fazenda Ponte Nova onde transpe o crrego do mesmo nome nas proximidades do km 11,00. Nesta parte, o traado acompanha um acesso estreito existente, com a largura da plataforma oscilando entre 4,0 a 5,0 metros. Ao transpor o crrego Ponte Nova entre os km 11,0 e km 14,0, a diretriz do traado toma o rumo da sede da Fazenda gua Quente. Este segmento com aproximadamente 3,00 km de extenso ir se desenvolver em regio de pastos e ser objeto de um melhor estudo para seu posicionamento.

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Aps o km 14,00 a diretriz do traado prossegue no vale de um afluente do Crrego gua Quente em terrenos ondulados apresentando curvas amplas, aclives e declives mais suaves at o km 16,5 onde cruza com o traado atual da MG-229. A partir do Km 16,50 o traado da rodovia atravessa o vale de um afluente do crrego Bom Sucesso, transpondo a localidade denominada de Turco, at atingir a chegada na zona urbana de So Sebastio do Bom Sucesso, nas proximidades do km 19,00. A figura 2.14 ilustra o traado atual da MG-010 e a proposta de traado.

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FIGURA 2.14 - Traado atual da MG-010 e proposta da MMX para o novo percurso. A ser inserida - GIS

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2.2.2.3 - Pilhas de Estril - Itapanhoacanga e Serra do Sapo-Ferrugem Nos locais onde sero dispostas as pilhas de estrel, tanto de Itapanhoacanga quanto da Serra do Sapo prev-se a limpeza e remoo do solo orgnico, caso existente, e ser estocado para posterior utilizao na revegetao das reas degradadas. Esta remoo ser realizada por tratores de esteiras. O material considerado estril ter seu desmonte conforme plano de fogo controlado sendo ento carregado em caminhes basculante fora de estrada para sua disposio controlada em pilhas com conformao executada por tratores de esteira. Para o seqenciamento da deposio de estril, a MMX adotar a disposio em pilhas localizadas prximas aos limites das cavas da Serra do Sapo e Itapanhoacanga. Com o desenvolvimento das atividades de lavra pretende-se iniciar a deposio de material estril dentro dos limites do pit de lavra assim que se tenha atingido a exausto de reserva de minrio em uma primeira rea dentro dos limites da cava. O tempo para incio de deposio de estril para dentro dos limites de cada um das minas so: - Mina Serra do Sapo:a partir do 4 ano de extrao. - Mina Itapanhoacanga Norte e Sul: a partir do 4 ano de incio de extrao. Sendo assim pretende-se depositar estril em pilha externa mina e logo que se tenha espao dentro do cava o estril ser disposto dentro da prpria rea de lavra. A figura 2.1 - plano diretor do empreendimento - apresenta os limites finais e as diversas localizaes das pilhas de estril da Serra do Sapo e Itapanhoacanga, enquanto a figura 2.15 ilustra a geometria proposta da pilha.

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FIGURA 2.15 - Geometria da pilha externa da cava das Serras do Sapo-Ferrugem CAD - A3

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A jusante das pilhas de estril est previsto a construo de diques de forma a conter os finos eventualmente carreados por guas pluviais. De forma a garantir o escoamento das guas de infiltrao esto previstos sistemas de drenagem no fundo das pilhas de estril. Os diques de conteno de sedimentos sero constitudos de materiais drenantes (blocos de rocha) com calha vertente central. A altura til de cada dique, no trecho da calha vertente, ser em torno de 5,0 m, aumentando esta altura para 6,50 m nas ombreiras, de modo a confinar o fluxo na calha vertente. O talude de montante ser de 1, 5 (H) : 1 (V) e o talude de jusante ter inclinao de 2,5 (H) : 1 (V), esta condicionada pelo vertimento na calha central. O macio dos diques sero construdos com enrocamento (blocos de rocha), com transies granulomtricas no parmetro de montante (contato com os sedimentos) e no contato com a fundao, quanto esta for em solo ou saprolito. Est prevista a remoo, na fundao, da camada superficial de solo orgnico (aproximadamente 0,20 m de espessura) e de eventuais bolses de solo mole. O enrocamento a ser colocado na face vertente ter granulometria controlada, predominantemente de blocos grados (dimetros superior a 0,30 m e inferior a 1,20 m) e sero travados entre si, com retroescavadeira, aps espalhamento/compactao dos mesmos com trator de esteiras. O enrocamento do ncleo no ter especificao de granulometria, restringindo-se, no entanto o percentual de finos, de modo a garantir um macio drenante, que auxilie no rebaixamento de nvel d gua dos sedimentos, de modo a facilitar as operaes de limpeza, caso necessrias. O ncleo ser construdo com espalhamento e compactao do material com trator de esteiras. 2.2.2.4 - rea Industrial e estruturas de apoio produo Planta de beneficiamento de minrio Ser instalada nas proximidades da Mina da Serra do Sapo-Ferrugem uma planta de tratamento de minrio de forma a concentrar o minrio in situ proveniente da mina. Para melhor entendimento das atividades de tratamento de minrio previstas para obteno do produto final - pellet feed - sugere-se o acompanhamento do descritivo pelos principais fluxogramas de processo apresentados no anexo 1, desenhos 1A a 1L. Um fluxograma de processo apresentado na figura 2.16 e 2.17. A unidade de manuseio e beneficiamento de itabiritos consistir das seguintes operaes: - Britagem Primria; - Peneiramento Primrio e Britagem Secundria; - Prensa; - Moagem primria;

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- Deslamagem; - Moagem secundria; - Flotao em clulas; - Flotao em colunas; - Remoagem; - Espessamento; - Planta de reagentes. Acredita-se que os minrios provenientes das reservas da MMX, localizadas na regio de Alvorada de Minas (Mina de Itapanhoacanga) e Conceio do Mato Dentro (Mina da Serra do Sapo-Ferrugem), que iro constituir o ROM, tero caractersticas semelhantes, representadas por Umidade mdia = 8%, Densidade aparente 2,20 t/m3, Peso especfico mdio de 4,00 t/m3, Teor mdio de 39,8 % em Fe, Recuperao metalrgica de 80 % e Recuperao mssica globa de 39,8 % X 80 % / 68 % = 46,8%. A alimentao anual da planta de beneficiamento est prevista em 24.500.000 / 46,8% = 53.324.121 t/ano base seca e 56.510.050 t/ano base mida. Apesar da caracterizao das jazidas ainda ser insuficiente para definir com total clareza a blendagem que ir compor o ROM, foi estimada e adotada como parmetro de projeto a seguinte: Itabirito Chapinha = 10 %, Itabirito Frivel= 78 %, Hematita Macia = 5 % e Hematita / Itabirito Compacto = 7 % (principalmente hematita).

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FIGURA 2.16 - Fluxograma de processo da planta de beneficiamento de minrio (Parte 1)


Minrio Bruto

Silo de Recebimento

Britagem Primria (2 linhas de Britagem)

Alimentador de placas

Grelha Vibratria Britador de Mandbula

Silo de Alimentao do Peneiramento

Alimentador de correia Britagem Secundria Peneiramento Peneira Vibratria

Britador de cone

Pilha Pulmo

Pilha Pulmo

Fornecedor p/ caminho

Alimentador de correias

Retomada Pilha Pulmo

Silo de Alimentao da prensa de rolo Minrio recuperado da rea Industrial Prensa de rolo

Prensa de rolos

Pond de drenagem industrial Bateria de ciclone Silo de recebimento

Fornecedor p/ caminho

Silo de bola

gua

Moinho de bola

Soda Minrio grosso no modo / resduo metlico (bolas / revestimento)

rea 0411

Moagem Primria

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FIGURA 2.17 - Fluxograma de processo da planta de beneficiamento de minrio (Parte 2)

Vem da bateria de hidrocarboneto 20"

Soda Amido

Flotao de finos Tanque de condicionador

Flotao em colunas

Soda Amina

Caixa de polpa

Flotao em coluna (RCL) gua concentrado Vai para Remoagem 009 Deslamagem 006 (Vem da bateria de ciclones 4") Parte 1 Flotao de ultrafinos Caixa de polpa Amina Flotao em coluna (SCV) gua Caixa de polpa Vai p/ barragem de rejeitos

Soda Amido

Tanque de condicionador

Amina

Tanque de condicionador

Flotao em coluna (CL) Remoagem Amostrador Linear


rea 0415

Vai para Pond de descarga

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Britagem Primria O minrio proveniente das minas (ROM), com tamanho mximo de 850 mm, ser transportado em caminhes e descarregado em moega (0111-MG-01/02). Desta moega, o minrio ser extrado por alimentadores de placas (0111-AP-01/02) e alimentar grelhas vibratrias (0111-GR-01/02). O material retido na grelha vibratria alimentar o britador giratrio (0111-BR-01). O material passante na grelha vibratria, juntamente com o material britado, segue para a etapa seguinte por sistema de transportadores de correia, composto pelos transportadores 0111-TC-01 e 0111-TC02, que alimentam um silo. A britagem primria ter capacidade nominal de 7.964 t/h - base seca e 8.601 t/h base natural

Peneiramento e britagem secundria Do silo (0121-SL-01), o minrio ser retomado por alimentadores de correia de velocidade varivel (0121-AL-01 a 08) para alimentar o peneiramento, constitudo por 08 peneiras vibratrias inclinadas, malhas de 15 mm, tipo banana (0121-PE-01 a 08). O retido na peneira, frao +15 mm, ser conduzido, atravs do transportador (0121TC-02), provido de extrator de sucata (0131-EX-02) e detector de metais (0131-DM01), que ir alimentar o silo (0131-SL-01). Do silo, esta frao ser retomada atravs de alimentadores de correia (0131-AL-01/02/03) para alimentar os trs britadores de cone (0131-BR-01/02/03) standard (HP500 da METSO ou similar). O produto dos britadores (0131-BR-01/02/03) ser recolhido pelo transportador (0121TC-04), que ir descarregar na correia transportadora (0121-TC-01), que por sua vez, descarregar no silo do peneiramento (0121-SL-01), fechando o circuito. O passante na peneira, frao -15 mm seguir para o ptio de homogeneizao por transportadores de correia (0121-TC-03). O peneiramento primrio a seco ter alimentao top size em 200mm, com umidade mdia de de 8%, e capacidade nominal de 9.557 t/h - base seca e 10.321 t/h - base natural. A britagem secundria (britador cnico HP500 METSO ou similar) tambm ter alimentao top size em 200mm com umidade mdia de 8 % e capacidade nominal de 1.593 t/h - base seca e 1.720 t/h - base natural No prevista britagem terciria (britador de impacto), mas tanto quanto possvel, ser preservado espao para futura implantao, quando de expanso da mina.

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Prensas de rolo Do transportador de correia 0213-TC-02 o minrio seguir para o silo de alimentao da prensa (0311-SL-01), de onde ser retomado por 02 alimentadores de correia (0311-AL-01/02) que alimentaro as prensas de rolos (0311-RP-01/02) com capacidade nominal de 6.492 t/h - base seca e 7.012 t/h - base natural. Consumo especfico de energia estimado em 1,5 kWh/t, e vida til dos revestimentos dos rolos de 8.000 h. Os alimentadores so providos com balanas 0311-BL-01/02 e detectores de metal 0311-DM-01/02. No caso de deteco, os alimentadores 0311-AL-01/02 tm seu sentido revertido descarregando diretamente no transportador de correias 0311-TC-02. Desta correia (0311-TC-02), o material seguir para o transportador (0311-TC-03), que ir abastecer o silo da moagem (0411-SL-01).

Moagem A extrao do minrio estocado no silo (0411-SL-01) ser realizada por 02 (dois) alimentadores de correia (0411-AL-01/02), de onde o material seguir para os moinhos de bolas primrios (0411-MB-01/02). O material cominudo descarregado nas caixas individuais dos moinhos (0411-CX-01/02). Cada caixa tem um bomba operacional e outra bomba reserva 0411-BP-01/02/01R/02R, cujos fluxos se unem na tubulao que alimenta o distribuidor 0411-DP-01, que distribui para as caixas dos moinhos secundrios (0411-CX-03/04/05/06). Os dois moinhos secundrios 0411-MB-03/04/05/06, alimentados com o produto da prensa de rolos, operam com grau de enchimento de 32% e bolas de 65 mm em circuito fechado com os ciclones 0411-HC-01 a 16, remoendo seu underflow. O overflow dos ciclones 0411-HC-01 a 16, classificado em 0,15 mm, o produto final da moagem. A descarga dos moinhos 0411-MB-03/04/05/06 segue para as caixas 0411CX-03/04/05/06 juntamente com os fluxos provenientes do distribuidor 0411-DP-01, de onde bombeado pelas bombas de polpa 0411-BP-03 a 06/03R a 06R para alimentao dos ciclones 0411-HC-01 a 16.

Deslamagem A deslamagem da frao - 0,15 mm, prvia flotao, ser realizada em 2 estgios. O overflow (frao -0,15 mm) dos ciclones 0411-HC-01 a 16 de classificao ser bombeado para o 1 estgio de deslamagem, realizado em 16 baterias de hidrociclones de 15 (0412-HC-01 a 16). Desta ciclonagem, o underflow seguir por gravidade para os tanques de condicionamento 0413-CN-01/02/03/04 da flotao. O overflow ser bombeado para o 2 estgio de deslamagem, realizado por 14 baterias de hidrociclones de 10 (0412-HC-17 a 31). O overflow do 2 estgio de deslamagem segue por gravidade para o espessador de lamas (0417-EP-02) e o underflow se juntar ao underflow do 1 estgio da deslamagem nos tanques de condicionamento da flotao (0413-CN-01/02/03/04) providos de agitadores (0413-AG-01/02/03/04), onde ser adicionado amido.

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Por transbordo, a polpa seguir para os tanques condicionadores (0413-CN05/06/07/08) providos de agitadores (0413-AG-05/06/07/08), onde sero adicionados soda e amina.

Flotao Aps o condicionamento da polpa, esta alimentar os estgios de flotao rougher, cleaner, scavenger I e scavenger II, a serem realizados em clulas mecnicas, e estgios recleaner e scavenger, a serem realizados em colunas. O circuito de flotao rougher (0413-MF-01 a 04), composto por 04 bancos de 02 clulas de 200 m receber a polpa proveniente dos condicionadores. O concentrado do circuito rougher seguir para o estgio cleaner (0413-MF-05 a 08), composto por 04 bancos de 04 clulas de 200 m. O rejeito rougher ser incorporado ao rejeito final da flotao. O estgio scavenger I (0413-MF-09 a 12) tratar o rejeito flotado do estgio cleaner (0413-MF-05 a 08) e ser composto por 04 bancos de 02 clulas de 200 m. O concentrado do circuito scavenger I seguir por gravidade para as caixas (0413-CX01/02). O rejeito scavenger I seguir para as clulas do estgio scavenger II (0413MF-13 a 16), que ser composto por 04 bancos de 02 clulas de 200 m. O concentrado do circuito scavenger II seguir por gravidade para as caixas (0413-CX01/02) de onde ser bombeado pelas bombas 0413-BP-01/02/03/04/01R/02R para o estgio rougher (0413-MF-01 a 04). O rejeito do scavenger II forma o rejeito final da flotao mecnica. A etapa cleaner de flotao mecnica ser alimentada pelo concentrado da etapa rougher. O concentrado cleaner seguir para alimentar a moagem secundria. O rejeito cleaner alimentar o estgio scavenger I. O concentrado da etapa cleaner ser transferido por gravidade para as caixas 0414CX-01/02/03/04 de onde as bombas 0414-BP-01/02/03/04/01R/02R/03R/04R alimentaro os ciclones de 20 0414-HC-01 a 16, cujo underflow segue para os moinhos verticais 0414-VM-01/02/03/04 que descarregam nas caixas 0414CX/01/02/03/04 onde se adiciona gua de modo a atingir a percentagem de slidos requerida. O overflow dos ciclones (20 seguir para os tanques de condicionamento ) (0415-CN-01 a 04) providos de agitadores (0415-AG-01 a 04), onde sero adicionados amido e soda. Por transbordo, sero alimentados os condicionadores 0415-CN-05 a 08) providos de agitadores (0415-AG-05 a 08) e em seguida a caixa 0415-CX-01, onde ser adicionado o reagente amina. A caixa 0415-CX-01 provida de quatro bombas 0415-CX-01/02/03/04 que transferem para a flotao em colunas. A flotao de finos em colunas, consiste em duas etapas: recleaner e scavenger. A primeira etapa, recleaner, ser realizada em 4 estgios (0415-CF-01 a 04) de 4 colunas de = 5 m e altura = 14,5 m. O rejeito recleaner seguir para a etapa scavenger da flotao em colunas 4 colunas (0415-CF-05 a 08) de = 5 m e altura = 14,5 m. O concentrado da etapa recleaner seguir para a classificao da remoagem e o concentrado da etapa scavenger incorporado alimentao da etapa recleaner.

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Remoagem A remoagem composta por moinhos verticais (0416-VM-01 a 12), e seu produto alimenta doze baterias de ciclones de 20 (0416-HC-01 a 12) passando pelas caixas 0416-CX-01 a 12 e pelas bombas 0416-BP-01 a 12. O overflow alimenta o espessador de concentrado (0417-EP-01).

Espessamento O espessador de concentrado (0417-EP-01) ser do tipo coluna central com dimetro de 47 m. O underflow, pellet feed empolpado com 68 % de slidos, bombeado para os tanques (0471-TQ01 a 04, de alimentao do mineroduto) atravs das bombas 0417-BP-01/02/02R, concluindo a rota de beneficiamento do minrio. O overflow segue para o reservatrio de gua recuperada (0711-RU-01). O overflow da deslamagem forma a alimentao do espessador de lamas 0417-EP-02, que ser do tipo coluna central com dimetro de 113 m. O seu overflow seguir para o reservatrio de gua recuperada (0711-RU-01) unindo-se ao overflow do espessador de concentrado e gua recuperada da barragem de rejeitos, sendo ento, bombeada para o processo. O underflow se juntar com o rejeito da flotao em colunas nas caixas 0415-CX05/06, sendo bombeado pelas bombas 0415-BP09/10/07R/08R para a barragem de rejeitos. O produto final da planta de beneficiamento ser 24,5 Mtpa de pellet feed - base seca, com especificao granulomtrica de 85% > 325 # e 4,9 (t/m3) de peso especfico.

Sistema de Reagentes A a rea operacional destinada aos reagentes inclui instalaes de recepo e armazenamento de amido, hidrxido de sdio, amido e floculante, locais de preparao, dosagem e sistemas de direcionamento das linhas de distribuio at os pontos de aplicao .

Regime operacional O regime operacional do Projeto Minas-Rio apresentado na quadro 2.14 a seguir. QUADRO 2.14 - Regime operacional
Regime operacional Dias program ados / ano Horas programadas / dia Horas programadas / ano Rendim ento operacional Horas efetiva / ano Fonte - ECM S.A. Projetos Industriais Britagem / Peneiramento 365 24 8.760 75,0 % 6.570 Planta de Beneficiamento 365 24 8.760 92,0 % 8.059

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Infra-estrutura de apoio a produo Para dar suporte s operaes do empreendimento do Projeto Minas-Rio foi prevista a construo de diversas instalaes de apoio operacional, administrativo e de utilidades. So elas: Apoio Operacional Constitudo por: - estrada interna, pavimentada com respectivos rotatrios e dispositivos de segurana, pista de rolamento com largura de 7 m, interligando as diversas reas do empreendimento, por exemplo: portaria, beneficiamento, mina, captao de gua, ETA, depsito de explosivos, etc.; - estrada de ligao entre a mina e a oficina de manuteno central, para atender aos equipamentos pesados, que ter largura de 35 m e ser de utilizao exclusiva destes equipamentos; - oficina mecnica / veculos leves; - almoxarifado; - estocagem e abastecimento de combustveis; - lavagem, borracharia e lubrificao; - laboratrio; - depsito de explosivos.

Apoio Administrativo Ser constitudo por: - escritrio administrativo; - centro de treinamento; - ambulatrio mdico; - refeitrio centralizado / cozinha; - refeitrio da mina; - central de segurana e bombeiros; - portaria da rea industrial; - vestirio central; - vestirio da mina; - terminal de nibus; - central de veculos leves.

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Sistema de Combate a Incndio O sistema de combate a incndio ser dotado de trs bombas no reservatrio de gua nova, uma bomba eltrica, uma bomba jockey e uma bomba a diesel. A rede cobrir toda a usina, incluindo hidrantes e armrios para mangueiras. Cada armrio conter dois sets de mangueiras com 30 metros de extenso cada, uma chave e uma elevao de . Sistema de Ar Comprimido Foi dimensionada uma instalao para os compressores com reservatrios separados para suprir ar para processamento industrial, para servios e para instrumentao da usina. Sistema de Bombeamento de Rejeitos/Sedimentos O sistema de bombeamento ser composto de 04 bombas operando em srie, e 04 de reserva. A concepo do sistema prev um tanque de passagem para o qual a adutora ser levada. Deste tanque sair uma linha de gravidade para conduo dos rejeitos/sedimentos aos pontos de lanamento na barragem.

2.2.2.5 - Barragem de rejeitos Estudos tcnicos e dimensionamento A barragem de rejeitos est sendo dimensionada para receber polpa efluente da planta de beneficiamento cuja composio mostrada no quadro 2.15 a seguir: QUADRO 2.15 - Gerao de rejeitos na usina de concentrao
Material Rejeitos da Flotao convencional Rejeitos da flotao em colunas Lam as Vazo de slidos (t/h) 2.819 228 406 Teor de slidos (%) 40 59 38 Densidade dos slidos (t/m) 3,48 3,3 3,7 Vazo de gua (m/h) 4.212 158 662 5.032 Teor de Fe (%) 30,0

Totais 3.453 Fonte: Fluxogram as de Processo, ECM, 29/8/06

Para o desenvolvimento dos estudos da barragem de rejeitos foram consideradas a base topogrfica, com curvas de nvel de 5 em 5 m, obtida com levantamento a laser e, tambm as informaes tcnicas dos fluxogramas de processo, com balano de massas, preparados pela empresa ECM S.A. Projetos Industriais. Os principais parmetros dos estudos foram: - Operao da usina = 8.059 h/ano - Horizonte de operao do projeto de engenharia = 20 anos

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- Valor adotado para a densidade seca dos rejeitos e lamas no reservatrio = 1,5 t/m - Massa anual de rejeitos = 3.453 t/h x 8.059 h/a = 27.827.727 t/a - Volume assoreado por ano = 27.827.727 t/a ? 1,5 t/m = 18.551.818 m/a - Volume assoreado ao longo de 20 anos = 18.551.818 m/a x 20 a = 371.036.360 m Considerando que a regio de implantao do Projeto de topografia acidentada, a disposio dos rejeitos deve ser conduzida atravs de barragens construdas em vales naturais. As principais caractersticas esto resumidas no quadro 2.16 seguinte. sua localizao mostrada na figura 2.1 - Plano diretor do empreendimento e parte do macio e sistema extravazor est mostrado na figura 2.19. QUADRO 2.16 - Caractersticas da barragem de rejeito do Projeto Minas-Rio
Volume do rea total do Massa de rejeitos (t) Volume do Altura da Cota da dique inicial (x reservatrio / rea do reservatrio (x barragem (m) barragem (m) 106 m) (ha) reservatrio (m) 106 m) 370 725 Fonte GE Geoconsultoria 1,03 875 85 63,43

A barragem garante uma vida til da ordem de 20 anos de operao, alm de apresentar tima relao massa de rejeitos (t) / rea do reservatrio (m). Esta relao reflete a melhor ocupao da rea utilizada. Para o vale selecionado para conter os rejeitos foi calculada a curva cota x volume x rea, mostrada na figura 2.18. FIGURA 2.18 - Curva cota x volume x rea do reservatrio da barragem
1000 720 710 700 690 875 750 625

rea (ha)

500

375

250

125

0 720 710 700 690 680 670

Cota (m)

680 670

Curva Cota x rea


660 660

Curva Cota x Volume


650 640 0 50 100 150 200 250 300 350 650 640 400

Volume (milhes m)

Fonte - GE Geoconsultoria

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Cota (m)

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Com base nessa curva observa-se que para acomodar os rejeitos por cerca de 20 anos de operao, o reservatrio estar ocupado at a cota aproximada 722,5 m. Com isto a barragem dever ser construda at a cota 725 m. Com a disposio dos rejeitos a partir do lado oeste do reservatrio, prximo da usina, a favor da declividade do terreno natural da serra, espera-se a inclinao da superfcie dos rejeitos com cerca de 1% no sentido leste. Assim, pode se esperar que o reservatrio ainda ter capacidade de armazenamento de rejeitos aps atingida a cota 722,5 m. Como a barragem dever se construda em etapas, a 1a. etapa ser executada com solo local, estabelecendo-se priori um tempo de operao de 2,5 anos at que o a alteamento com os rejeitos atinja cotas superiores. Com base na curva cota x volume e assoreamento observa-se que operar por 2,5 anos significa atingir a cota 677,5 m, posicionando-se a crista da barragem na cota 682,5 m. A folga de 5 m representa volume para clarificao da gua e laminao de cheias, mais a borda livre mnima. As reas do reservatrio a serem ocupadas nas etapas inicial e final so, respectivamente, de 450 e 875 ha.

Concepo e mtodo construtivo da barragem A barragem inicial, com crista prevista na cota 682,5 m, ser construda com terra compactada, provida de filtro vertical e tapete de fundo, com dreno. Para efeito de avaliao de geometria e volumes adotaram-se no desenho mesmo taludes de montante e de jusante com inclinao de 1V:2H e largura da crista de 7 m. A altura mxima da barragem, na 1a. etapa, ser de aproximadamente 45 m. Aps implantada a 1a. etapa, os alteamentos at a cota mxima 725 m sero executados com underflow (UF) dos rejeitos ciclonados, espalhados e compactados. A parte de montante da barragem ser formada hidraulicamente, com rejeitos totais e overflow (OF) da ciclonagem. Para estes alteamentos ser executado tambm um sistema de drenagem na base, sobre o terreno de fundao, no vale e parte das ombreiras. Para efeito de desenho da geometria da barragem alteada considera-se a inclinao do talude mdio de jusante de 1V:3,5H e a praia com declividade de 1%, com largura mnima de 200 m.

Sistema extravasor A tcnica de se altear a barragem com rejeitos ciclonados, praticamente compromete a soluo do extravasor clssico, pois no pode ser localizado junto barragem, para no verter slidos para jusante e, ao mesmo tempo, deve ser concebido de modo a permitir o controle da elevao do N.A. do reservatrio.

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Com base nesta premissa, e tendo em vista a topografia da rea e a geometria do reservatrio, prev-se que o sistema extravasor ser composto por uma galeria de encosta, com emboques na forma de torres, servidas com stop-logs, conectada a uma galeria de fundo, que continua em canal at a dissipao no talvegue do crrego Passa Trs, o mesmo que ser barrado no primeiro dique. A sua posio em planta est mostrada na figura 2.19. Na posio em que est previsto, a sua distncia at a crista da barragem de cerca de 1.300 m (medida perpendicularmente ao eixo).

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FIGURA 2.19 - Sistema extravasor da barragem de rejeito cad

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Balano hdrico O regime operacional da barragem de rejeitos influenciar o balano hdrico do empreendimento, tendo em vista que a gua liberada da sedimentao e adensamento parcial dos rejeitos ser retomada para uso no processo industrial. Considerando-se o valor de 1,5 t/m adotado para a densidade aparente seca dos rejeitos no reservatrio, e a densidade dos slidos como 3,5 t/m, calcula-se o teor de slidos como 72 %. Assim, em 3.453 t/h de rejeitos sedimentados no reservatrio ter-se- um volume de 1.315 m/h de gua retida. Como a vazo de gua descartada com os rejeitos de 5.032 m/h, resulta uma vazo recupervel de 3.717 m/h, que ser recirculada para o processo de beneficiamento. Tambm deve ser considerada a gua percolada pelo macio da barragem, cuja vazo estimada com base em trabalhos tcnicos publicados de barragens alteadas com rejeitos. O clculo baseado em vazes especficas mdias adotadas de 2 l/min/m de comprimento da barragem (barragens de terra) e de 4 l/min/m (barragens alteadas com rejeito) Como o comprimento da crista da barragem, na etapa inicial, ser de 630 m e na etapa final de 1.350 m, estimam-se as seguintes vazes: 1a. etapa = 75,6 m/h e etapa fina = 324,0 m/h. As larguras da praia esto estimadas em mnima = 200 m e na fase operacional entre 300 a 350 m Para clculo do volume de reservao para efeito de clarificao da gua, considerou 5 dias de residncia. Como a vazo de polpa de 8.485 t/h ou 6.018 m/h, o volume resultante de cerca de 700.000 m. O dimensionamento da rea do reservatrio considerou valor de 6 ha/1000 tpd como adequado para o presente caso. Assim a rea necessria ser de 20,7 ha. Estes valores so facilmente atingidos quando se observa a curva cota x volume x rea do reservatrio, tanto para a etapa inicial como para a final. A rea de contribuio da bacia de drenagem de 13,5 km

Diretrizes para disposio dos rejeitos Os rejeitos sero aduzidos por gravidade, por tubulaes, desde a usina at o reservatrio e o macio da barragem. Os rejeitos de flotao convencional, que representam a maior massa, sero encaminhados em parte por tubulao at o macio da barragem, contornando o reservatrio pelo seu limite sul, cruzando sobre a crista da barragem, at sua margem esquerda. Estes rejeitos sero ciclonados e utilizados para a formao do macio e da praia. Na tubulao que cruza o macio haver vrios pontos de descarga nos 2 braos de vale, na parte montante do reservatrio, como mostrado, em parte na figura 2.19.

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Outra linha independente ter caminhamento ao longo do lado oeste do reservatrio, transportando as lamas, rejeitos da flotao em coluna e parte dos rejeitos da flotao convencional, tambm com vrios pontos de descarga. Estas diretrizes da distribuio tm as seguintes bases: as lamas e os rejeitos da flotao em coluna so mais finos e com maior dificuldade de decantao, e por isto devem ser descartados em pontos mais distantes do extravasor. Por sua vez, os rejeitos da flotao convencional, mais grosseiros, so apropriados para a ciclonagem e, portanto, sero encaminhados at a barragem para permitir a sua construo. Como representam a maior massa (82% do total) no podem ser transportados na sua totalidade para a rea da barragem, sob pena de assoreamento do vale para montante, afetando a operao do extravasor. Assim, com o desenvolvimento do projeto bsico, sero definidas a vazo que dever ser desviada para a barragem e a vazo restante, que ser descartada, junto com as lamas e rejeitos da flotao em colunas, no interior do reservatrio.

Recirculao de gua A gua sobrenadante do reservatrio, composta de guas de chuvas, da drenagem natural afluente ao reservatrio e da frao liberada nos processos de sedimentao e adensamento dos rejeitos, ser captada e bombeada para a usina, para recirculao no processo. O sistema de captao ser flutuante (balsa) para aproveitar ao mximo o volume de gua armazenada, ficando em um brao de vale, prxima do extravasor da barragem. A vazo a ser captada ser definida com base no balano hdrico, mas estima-se que toda a vazo da gua descartada da usina ser recirculada a partir da barragem de rejeitos.

Monitoramento geotcnico e ambiental O sistema de disposio de rejeitos ter como elementos de monitoramento uma srie de piezmetros e indicadores de nvel d gua, locados na barragem e no terreno de fundao da mesma, para medio das presses neutras. Tambm ser dotada de medidores de recalques, para controle das deformaes da barragem, de medidor de vazo da gua do dreno de fundo da barragem, de rguas no reservatrio para medio do N.A. O controle do assoreamento ser mantido por batimetria do reservatrio, ao mesmo tempo que a geometria do projeto ser controlada por levantamento topogrfico das sees da barragem. Poos de monitoramento sero implantados a jusante da barragem, para coleta de amostras de gua e anlises fsico-qumicas e biolgicas. Tambm haver coleta e anlise sistemtica e periodica de amostras de gua na sada do extravasor e no dreno de fundo, para controle da sua qualidade e descarte.

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Inspees de campo rotineiras na barragem, no reservatrio e nos outros componentes do sistema, permitiro avaliar sua conformidade com as premissas de projeto. As freqncias e o programa do monitoramento sero detalhados no Plano de Controle Ambiental (PCA).

Plano de fechamento da barragem de rejeitos De maneira conceitual, o plano de fechamento da barragem de rejeitos, ao final de sua vida til, prev que o reservatrio dever estar assoreado com os rejeitos, formando uma larga praia emersa e permitindo a formao de um pequeno lago junto do extravasor. A praia de rejeitos ser revegetada conforme metodologia identificada no Programa de reas Degradadas - PRAD a ser desenvolvido no Plano de Controle Ambiental (PCA), na prxima etapa do licenciamento. O extravasor, na etapa de fechamento, ser alterado. O extravasor operacional, em galeria, ser tamponado e substitudo por um canal a cu aberto.

2.2.2.6 - Adutora de captao de gua no rio do Peixe Este item descreve o processo de captao de gua bruta, no Rio do Peixe, que atender a necessidade de gua nova de processo da Planta de Tratamento de Minrio. Como no haver disponibilidade hdrica na bacia de contribuio da barragem de rejeitos, torna-se necessria a captao no Rio do Peixe, com o intuito de repor a gua consumida no bombeamento do produto pelo mineroduto, bem como perdas no sistema. A planta ter como manancial de abastecimento a barragem de rejeitos (80% do consumo, no contabilizando a recuperao dos espessadores), localizada nas proximidades da planta e a captao no Rio do Peixe localizada a cerca de 21 km, em linha reta da mesma. Esta gua suprir as perdas operacionais. A figura 1.1 e 2.1 ilustram o ponto inicial de captao e o traado de aduo de gua at a planta de beneficiamento.

Descrio do sistema de captao e aduo O sistema de captao consiste em aduzir a vazo de 2.500 m3/h de gua bruta no rio do Peixe para abastecimento dos reservatrios de gua nova e de gua recuperada. Para tal foi necessria a implantao de duas estaes de bombeamento. A 1 estao de bombeamento ou casa de bombas estar localizada nas margens do rio do Peixe.

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Ser provida de 3 (trs) bombas de gua, sendo duas operacionais e uma reserva, com as seguintes caractersticas: - vazo nominal por bomba = 1.042 m3/h; - vazo de projeto por bomba = 1.250 m3/h; - modelo KSB-RDL-300-620-A /1.750 rpm ou similar - potncia dos motores = 1.300 CV. A 2 estao de bombeamento ser uma estao booster ou seja ter como funo , o rebombeamento para aumento da energia cintica, em funo da distncia e desnvel entre o ponto de captao no rio do Peixe e a Planta de Beneficiamento, de forma vencer a perda de carga do sistema e presso nas bombas. Estar localizada em cota 188 m acima da captao. Suas instalaes prevem 3 bombas de gua, sendo duas operacionais e uma reserva, com as mesmas caractersticas das bombas da 1 estao de bombeamento. O sistema de aduo ser composto por um sistema de tubulao denominada adutora. Ter sua estrutura apoiada em dormentes de madeira fixados sob solo compactado. Seu traado interligar o ponto de captao em Dom Joaquim at a planta de beneficiamento de minrio perfazendo uma distncia de cerca de 32.000 m. A adutora de gua se desenvolver em grande parte de sua extenso s margens da MG-229 e MG-010, conforme ilustrado no plano diretor - figura 1.1 - evitando a interveno em novas reas e conseqente supresso vegetal, alm da fragmentao das propriedades rurais. Na planta da beneficiamento a adutora se bifurcar: um ramal seguir para o reservatrio de gua de processo e o outro ramal, com auxilio de uma estao elevatria, ser encaminhado at ao reservatrio de gua nova, e ento encaminhado para ETA e para as reas de reagentes, gua de servio e para combate a incndio. A tubulao que compe o sistema de aduo possui as seguintes caractersticas: - tubo de ? 30 (STD); - material ASTM-A-283 grau C; - Fabricado conforme ASTM A 134; - com solda de topo.

2.2.2.7 - Insumos, utilidades Insumos de processo de beneficiamento Floculante: tipo poliacrilamida aninica, slido, fornecido em sacos de 40 kg, estoque para 7 dias de operao (39 sacos), preparao em soluo me com 0,1 %, seguida de diluio em linha a 0,01 %. A dosagem prevista de 15 g/t de lamas e 3 g/t de concentrado, gerando consumos especficos de 9,1 kg/h no espessador de concentrado e 1,2 kg/h no espessador de lamas.

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Coletor / espumante: tipo amina a granel (soluo 100 % p/p) com estoque para 7 dias de operao, peso especfico de 0,85 t/m. A preparao ser em bateladas, soluo 2 %, com dosagem de 100 g/t de alimentao e consumo especfico de 609 kg/h. Depressor: tipo amido (fub, gritz) gelatinizado com soda, fornecido a granel ou em big-bags de 1,5 t, com densidade aparente de 0,7. Estoque para 7 dias de operao (silo para 46 bags) e preparao em soluo 5 %, com dosagem de 1.000 g/t de alimentao e consumo especfico de 6.097 kg/h. Soda Custica: a granel, concentrada 50 %, com densidade1,53. Estoque para 7 dias de operao, preparao em soluo 10 %, com consumo especfico de 97,4 kg/h de soda pura e dosagem de 16 g/t na alimentao.

Energia eltrica O suprimento de energia da MMX dever ser feito atravs de uma linha de transmisso de 230kV trifsica, em estrutura metlica com condutores de alumnio com alma de ao - ACSR, derivada da subestao da CEMIG localizada na cidade de Itabira. A demanda de energia na usina de acordo com o projeto estimada em 55 MW.

gua Durante a fase de operao prevista a utilizao de guas nas instalaes industriais e de apoio, para consumo humano e utilidades, assim como para umectao de vias para controle de emisso de particulados. Para abastecimento do projeto, na etapa de operao ser realizada a construo de um sistema de captao a fio dgua no Rio do Peixe, municpio de Dom Joaquim e de adutora que o interligar com o reservatrio de gua nova da usina. Este sistema de captao de gua ter tambm como funo a reposio da gua consumida no bombeamento do produto pelo mineroduto, bem como perdas no sistema. O sistema de captao de gua bruta no rio do Peixe foi dimensionado para atender a vazo de projeto de 2.500 m3/h, vazo esta necessria para assegurar o consumo mdio de gua nova para a operao do Sistema Minas Rio da MMX. A captao no Rio do Peixe e ter uma extenso aproximada de 32 km da usina de beneficiamento. Na fase operacional da usina haver uma demanda inicial para suprimento dos equipamentos e logo que o processo de beneficiamento entre em regime ter seu abastecimento pela recirculao interna de gua de servio e pela barragem de rejeitos (80% do consumo, no contabilizando a recuperao dos espessadores), localizada nas proximidades da planta.

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Essa captao ser complementada com a recirculao de gua clarificada da barragem de rejeitos. O bombeamento ser feito a partir de uma balsa com 04 plataformas que permanecer no ancoradouro da barragem, com acesso via passadio com flutuadores, o que facilita a linha de aduo e a passagem das bandejas eltricas. Uma estao de tratamento de gua (10m/h) ser instalada ao lado do reservatrio de gua nova, com dois reservatrios auxiliares um para gua industrial e o outro para gua potvel. Essa estao de tratamento ser fornecida completa e acompanhada de duas bombas para gua potvel, uma operando e outra de reserva. A figura 2.20 apresenta um fluxograma simplificado do balano hdrico do Projeto Minas Rio. FIGURA 2.20 - Balano de gua preliminar da planta de beneficiamento do projeto Minas-Rio

Rio de Peixe

ROM

2.500 m/h

Mineroduto

623 m/h

1.717 m/h

- Consumo humano Planta de Beneficiamento


641 m/h

- Oficina e Servios - Molhamento de Pista

3.820 m/h 3.055 m/h

gua do rebaixamento de nvel d gua da

Barragem de Rejeitos

764 m/h

Perdas na Barragem de Rejeitos

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2.2.2.8 - Cronograma, mo de obra e salrios Prev-se um incio de operao aps um ano e dez meses do incio de implantao tendo seu desenvolvimento ao longo da vida til da mina, conforme planejamento de extrao das reservas minerais identificadas. Estima-se um total de aproximadamente 1.100 pessoas trabalhando no empreendimento, durante a fase operacional. A mo de obra operacional e administrativa ser contratada, preferencialmente, na regio ou entorno, e sero feitos convnios com rgos e entidades especializadas para para qualificao e capacitao de mo de obra local. O quadro 2.17 apresenta o quadro de pessoal e formao tcnica necessria para a gerencia de usina, sendo que na rea de mina o nmero de pessoal previsto de 405. Estas duas complementadas pelo quadro funcional do administrativo compem todo quadro funcional direto do empreendimento. QUADRO 2.17 - Quadro pessoal e qualificao tcnica para a gerncia de usina de beneficiamento do Projeto Minas-Rio.
REA CARGO 01 Gerente 02 Engenheiros GERNCIA USINA 05 Tecnicos 03 Supervisores 15 Operadores 01 Gerente GERNCIA UTILIDADES 02 Tcnicos 01 Supervisor 06 Operadores Gerente Engenheiro GERNCIA PROCESSOS 02 Supervisor 04 Tecnicos 03 Tcnicos gerente engenheiro GERNCIA MANUTENO supervisor 05 tecnicos m ecanico 01 eletricista

O pessoal administrativo e tcnico especializado ser dimensionado em conjunto com as outras disciplinas do projeto, podendo ser contratado localmente, ou no. O regime de trabalho est mostrado no quadro 2.18 a seguir:

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QUADRO 2.18 - Mo de obra / Regime de trabalho


Parametros Dias Trabalhados (dias/ano) Horas Trabalhadas (horas/dia) Turnos Horas Trabalhadas por turno (h/turno) Quantitativo 365 24 3 8,76

2.4 - Alternativas tecnolgicas e locacionais


2.4.1. Alternativas tecnolgicas
Por definio, minrio uma rocha e/ou mineral que pode ser aproveitado economicamente. Assim, um jazimento mineral somente se torna um recurso econmico se, atravs do uso de tecnologia adequada, se obtenha minrio dentro de condies econmicas. Inicialmente, necessrio o conhecimento do jazimento, o que se d pela pesquisa mineral. A partir deste conhecimento, definida uma rota tecnolgica, geralmente baseada em tecnologia conhecida, testada e aplicada em projetos semelhantes. O que se procura, portanto, a melhor soluo de engenharia, que confira segurana tcnica, ambiental e econmica ao projeto. No empreendimento em questo, para definio do mtodo de lavra e do processo mineral, foi realizada uma avaliao ampla e objetiva das possveis alternativas tecnolgicas para o empreendimento, no contexto da industria mineira atual. Foi relevante a confirmao da viabilidade socioeconmica do jazimento a partir do conhecimento do minrio, do nvel tecnolgico existente - em projetos com caractersticas similares - alm de uma anlise ambiental. Neste item sero apresentadas as diretrizes tcnicas principais que nortearam a definio da alternativa tecnolgica tima, convergindo para otimizao e harmonia quanto aos aspectos ambientais, tecnolgicos e scio-econmicos do empreendimento. A seguir apresentado um fluxograma macro, figura 2.21 exemplificando os direcionamentos dentre as alternativas tecnolgicas vigentes no mercado que foram necessrias para a definio da tecnolgica tima para desenvolvimento do Projeto Minas-Rio. Primeiramente a MMX-Projeto Minas-Rio promoveu pesquisa mineral, a partir de prospeco mineral na regio de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas, e teve confirmao positiva da disponibilidade do jazimento, identificado em suas diversas caractersticas fsicas, entre elas: forma, volume, teor, encaixantes e outros. Em seguida a equipe tcnica da MMX mobilizou-se com foco em certificar a viabilidade do empreendimento diante da realidade comercial do minrio de ferro, no contexto mundial. Foi possvel, ento, realizar uma anlise econmica do empreendimento. Avaliou-se os custos necessrios de investimento operao da mina, os custos operacionais e financeiros da explorao, os custos de comercializao e do transporte aos centros de consumo, de forma a verificar o lucro potencial e os riscos econmicos de tal operao.

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Tambm foram considerados, nesta etapa de avaliao os aspectos ambientais e tecnolgicos envolvidos na implantao e operao do Projeto Minas-Rio. No foram identificadas restries que pudessem inviabilizar o empreendimento, considerando para tanto os sistemas de controle, mitigao e minimizao dos impactos potenciais necessrios. Uma vez identificada a viabilidade do projeto, seguiu-se ao detalhamento das atividades necessrias extrao do jazimento. Foram consideradas as atividades bsicas de mina: definio do mtodo de lavra, definio das operaes unitrias de tratamento de minrio e o meio de transporte do produto final ao mercado consumidor - este ltimo objeto de licenciamento individual e especfico junto ao ambiental competente.

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FIGURA 2.21 - Fluxograma macro de definies de alternativas tecnolgicas para empreendimento mineiro.
NEGATIVA PESQUISA MINERAL POSITIVO

Inviabilidade do projeto # PARALISAO #

Inviabilidade em um dos aspectos avaliados

Avaliao de viabilidade econmica e tecnolgica Verificao de impedimentos sob o ponto de vista ambiental

Estudos e projetos para aproveitamento mineral

Pr-viabilidade do aproveitamento mineral

Avaliao Tecnologica e Econmica dos Mtodos de Lavra

Definio Operaes Unitrias de Tratamento de Minrio

Definio de Mtodo de Transporte ao consumidor final

Lavra Subterrnea

Cominuio

Rodovirio Ferrovirio

Lavra a cu aberto

Concentrao

Mineroduto Areo Naval Correia Transportadora

Lavra Submersa

Operaes Auxiliares

Avaliao de Impacto Ambiental

Avaliao tcnico - econmica

Licenciam ento

Financiamento

IMPLANTAO

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Dentre as metodologias clssicas de explotao de engenharia de minas e das caractersticas do corpo geolgico - proximidade a camada superficial da crosta, sentido de mergulhos e direes de caimentos - foi concludo que a metodologia adequada para desenvolvimento da lavra seria a abertura da cava em cu aberto. Outros mtodos de lavra avaliados mostraram-se inclusive inviveis, tal como a lavra subterrnea. Tambm foram fatores indicativos nesta definio de metodologia de lavra os custos intrnsecos a operacionalidade da mina. A lavra a cu aberto implica na abertura de uma cava, para que se tenha acesso ao corpo mineral, e como conseqncia, h necessidade de extrao de rochas que no fazem parte deste corpo mineral. Estas rochas so denominadas de estril. Quando a lavra a cu aberto se desenvolve um tiras, ou quando so abertas diversas cavas sequencialmente, possvel depositar este estril na parte j lavrada do depsito. Entretanto, muitas vezes isso no possvel, em funo da necessidade de abertura de uma ampla frente de lavra, que permita produo elevada, e para a disponibilizao de minrio com diferentes caractersticas, que ser convenientemente misturado de forma a obter um material homogneo para o processamento. A esse processo se d o nome de blendagem. Em funo destas caractersticas da lavra, ser necessria a construo de pilhas de estril, cuja localizao ser discutida no item de alternativas locacionais. Como raramente as espcies minerais se encontram puras na natureza, necessrio separ-las das demais - realizando a concentrao de um mineral. Este processo de tratamento mineral denominado concentrao de espcie til. O desenvolvimento do processo de concentrao esta nas caractersticas fsicas ou propriedades qumicas de cada espcie mineral, tais como: cor, forma, tamanho, propriedades eltricas, magnticas, etc. O processo de concentrao escolhido depender diretamente do minrio a ser tratado e suas peculiaridades. Raramente um nico processamento do mineral em uma operao unitria de concentrao suficiente - as matrias primas devem atender a exigncias mercadolgicas tanto qumicas quanto granulomtricas. Prtica comum , portanto, submeter diversas vezes determinada poro de minrio a determinada atividade unitria de concentrao, ou mesmo a uma srie de operaes de concentrao de at que se obtenha o teor de minrio exigido pelo mercado. Eventualmente podem ser exigidas outras propriedades e, ainda, uma mesma substancia mineral pode ter que atender a exigncia diferentes para diferentes aplicaes. Por exemplo, quando o minrio de ferro possuir como destino sua utilizao em alto forno, as partculas da espcie mineral precisam ter tamanhos adequados, no podendo ser finos, para no impedirem a passagem do ar soprado para dentro dele (alto forno). No pode tambm ser excessivamente grosso, pois se assim o for a reao de reduo demorar muito at chegar ao centro da partcula. O minrio de ferro natural utilizado em alto forno chamado lump e deve, por isso, ter tamanho entre 2 a 8 admitindo um mximo de 20% de partculas com tamanho , inferior a 2 .

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O Jazimento mineral em questo no contm minrio com esta caracterstica. Trata-se de um jazimento de minrio fino, do tipo itabirtico Este tipo de minrio gera um . produto em p, denominado pellet feed Para que este material seja aproveitado, ele . tem de ser aglutinado em forma de pelotas, o que se faz em uma planta de pelotizao. Mas para tal, antes necessrio que o mineral til (hematita) seja separado dos demais componentes do itabirito, basicamente o quartzo (ou seja, o componente da areia). A esta separao se d o nome de concentrao A . concentrao tem como conseqncia a gerao de uma polpa de material arenoso sem valor econmico, denominada de rejeito Este rejeito tem de ser disposto em . uma barragem, cuja localizao ser objeto de discusso no item alternativas locacionais . A correta escolha do mecanismo de concentrao fundamental para sobrevivncia da jazida. Para se determinar a rota de tratamento de minrio para o minrio natural, proveniente da mina, denominado de run of mine deve-se considerar toda , experincia prtica e terica j adquirida em estudos e desenvolvimento de projetos de semelhante porte para minrios de caractersticas parecidas. Em etapa posterior a esta, antes ainda implantao definitiva dos equipamentos so realizados estudos em escala piloto para confirmar as expectativas e subsidiar dados para dimensionamento e regulagem dos equipamentos. Todo circuito de beneficiamento constitudo por uma seqncia de operaes que se denominam operaes unitrias, por que elas so sempre as mesmas nos processos de beneficiamento mineral. O que varia a combinao e a seqncia delas, para atender a determinado objetivo, ou para tender s caractersticas especficas de um determinado minrio. Para definio das atividades unitrias a serem adotadas no projeto Minas-Rio adotou o fluxograma macro de definies de alternativas tecnolgicas para o empreendimento, figura 2.21 j apresentada, de forma a permitir por critrios tcnicos a seleo da operao unitria mais adequada. A seleo das operaes unitrias foram divididas em grupos de estilo de operao: operaes de cominuio, operaes de concentrao e operaes auxiliares. As operaes de cominuio visam colocar as partculas minerais no tamanho adequado s diferentes operaes a que devem ser submetidas. So basicamente os sucessivos estgios de britagem, necessrios para permitir o transporte contnuo do minrio )e tambm a sua estocagem e homogeneizao), e a moagem. As operaes de concentrao visam separar e estocar as partculas de diferentes espcies minerais. As operaes auxiliares caracterizam-se pelo transporte dos diferentes produtos intermedirios entre um operao e outra, alm de inclurem a separao do produtos - gua ou a seco. Resumidamente so elas: transporte de slidos particulados, transporte de slidos em suspenso em gua (em polpa), estocagem e homogeneizao em pilhas, estocagem em silos, espessamento, filtragem e secagem. Para concentrao do minrio fino que demanda tecnologia especfica, considerou-se as caractersticas fsico-qumicas destas partculas, que evidenciou pela concentrao pelo mtodo de flotao.

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Ressalta-se que a seqncia correta das operaes unitrias tima a ser adotada para cada um dos estgios, como descrito anteriormente, que vai determinar o sucesso de um dado circuito de beneficiamento. Isto demanda o equacionado das caractersticas do minrio at ento conhecidas nas reas do Projeto Minas-Rio e confirmaes prticas por meio de testes em escala de bancada ou pilotos entre os diversos equipamentos e mtodos conhecidos. A chegada do produto final ao mercado consumidor, dentro da especificao e prazo determinados de fundamental importncia para existncia da empresa. Tendo como principal consumidor da MMX clientes do mercado asitico, a rota de transporte possvel o translado do minrio de ferro - j dentro de sua especificao final - at o litoral brasileiro e a partir deste o translado martimo at seu destino final. Uma avaliao rigorosa foi realizada para definio do meio de transporte terrestre do minrio de ferro, trecho localizado entre a mina e o litoral. Nenhuma das possibilidades cogitadas para transporte terrestre (rodovirio e ferrovirio dentre outros) apresentou tantas vantagens quanto o transporte por meio de bombeamento em adutora. Este meio de transporte de minrio j em atividade no Brasil, realiza o translado do p minrio a partir de bombeamento de polpa, que uma forma fsica de minrio em ps misturado a gua, com impactos ambientais desprezveis quando comprveis aos demais.Tambm foi fator decisivo os custos operacionais deste tipo de transporte infinitamente inferiores ao longo da vida do empreendimento. O transporte do trecho martimo, a partir do litoral brasileiro, no apresentou possibilidade de dvidas, j que a tecnologia atual, confirma como o transporte naval como o indicado para longas distncias entre longos trechos separados por guas.

2.4.2 - Avaliao de alternativas locacionais


Neste item so apresentadas as alternativas locacionais que foram avaliadas para cada a localizao das estruturas de mina: pilha de estril, barragem e usina de beneficiamento de miniro. No foi avaliado a relocao da cava uma vez que esta estrutura de mina um recurso mineral natural imvel. Para avaliao das alternativas locacionais foi realizada uma anlise da situao e da realidade atual das reas propostas, quanto aos aspectos fsicos, biticos e antrpicos e em seguida uma anlise do futuro cenrio considerando a operacionalizao com ateno para os aspectos ambientais. Nesta avaliao tambm foram considerados como critrios relevantes aspectos de engenharia. Para as reas de deposio das pilhas de estril e rea de localizao a usina de beneficiamento considerou-se a Distncia Mdia de Transporte - DMT entre a frente de desenvolvimento de lavra e rea industrial de tratamento de minrio, assim como o suporte volumtrico da rea para disposio de estril. Dentre os aspectos ambientais abordados a presena de reas de Preservao Permanente - APP, tipologia de cobertura vegetal a ser suprimida, existncia de cursos d`gua etc.

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2.4.2.1 - Pilha de estril Pilha de estril - Cava Itapanhoacanga Como alternativas locacionais para a pilha de estril das cavas norte e sul de itapanhoacanga, foram avaliadas seis opes. Todas elas levaram em considerao um capacidade volumtrica de armazenamento para 158 milhes de m 3 de material. As reas correspondentes a cada opo podem ser observadas na figura 2.22. Foram analisados diversos aspectos para avaliao da alternativa mais interessante ao empreendimento. Estes aspectos foram subdivididos em reas de afinidade de anlise: engenharia, meio fsico, meio bitico e meio antrpico. O quadro 2.19 apresenta a matriz de inventariado de informaes que foi realizado para anlise comparativa.

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FIGURA 2.22 - Alternativas locacionais para pilha de estril de Itapanhoacanga gis

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QUADRO 2.19 - Aspectos de anlise para avaliao de alternativa locacional da pilha de estril Itap para pilha de estril para o estudo foi de 158x106m3)
Critrios Engenharia rea superficial total a ser ocupada (ha) Volume (Mm) Distncia Mdia Transporte (DMT)* Atendimento volumtrico da pilha Limite total dentro do decreto m inerario MMX Fsico Existncia de cursos d`gua Fragilidade ao intemprica Existncia de cavidades naturais Bitico rea de supresso de vegetao florestal (ha) *** Presena de espcies am eaadas de extino Diversidade de habitats** Conectividade com reas florestais a oeste Scio-Econm ico Interferncia em comunidades Interfere na Estrada Real Existncia de indcios arqueolgicos sim sim sim no no no No No Sim sim no sim 0,94 no baixa no 118,00 no alta sim 78,76 No Alta Sim 9,00 no baixa no sim alta no sim baixa no Sim baixa no sim alta no 188 178 m aior sim no 236 183 m enor sim no 179 166 m aior Sim no 90 106 m aior no no Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3

Alternativa

Interferncia MG-010 no sim sim sim Obs.: * Para a anlise da distncia m dia de Transporte adotou-se o critrio comparativo entre as alternativas estudadas face de cada estrutura, sendo qualificadas entre m aior ou m enor. ** O nvel de diversidade de habitats presente em cada um a das alternativas avaliadas foram consideradas baixa, m d entre elas, a rea de m aior diversidade com o referncia superior. *** Entende-se vegetao florestal as categorias m ata e capoeira. Esta ltim a por estar em estgio interm edirio de rege

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Opo 1 - Pilha de Estril Itapanhoacanga A opo 1 de localizao de pilha de estril est situada em rea intermediria entre a cava norte e sul de Itapanhoacanga, possui uma rea de aproximadamente 1,88 milhes de m e comporta um volume total de 178 milhes de m de material atendendo assim o volume necessrio deposio de material estril. Pelo fato de se localizar na poro oeste do divisor de guas possui uma Distncia Mdia de Transporte (DMT) desfavorvel quando comparadas com as demais alternativas. Esta opo apresenta parte dos limites de seu arranjo global de pilha fora da rea do decreto mineral da MMX, sua poro sudeste intercepta os limites da cava e ao traado da estrada real, no interferindo rodovia MG-010. Alm disto nesta, rea ocorre a existncia de cursos d gua significativos. Em termos pedolgicos, o solo superficial apresenta elevada fragilidade ao intemperica e interveno antrpica com existncia de pontos de relevncia arqueolgica. No foram identificadas cavidades naturais. Quanto aos aspecto vegetacional, a presena de vegetao florestal se faz presente em apenas, 0,94 ha , cerca de 0,5% - conformando rea de menor relevncia dentre todas as alternativas - e de capoeirinha em 77% da canga. Possibilita a conectividade com reas florestais oeste, apresenta baixa diversidade de habitats e no foram identificadas a presena de espcies animais ameaadas de exteno. Sob a tica scio-economica, observa-se que caso seja implementada esta alternativa ocorrer perda parcial de um dos acessos ao distrito de Itapanhoacanga (atualmente existem dois acessos um na poro norte do distrito e outro na poro sul), sedes de propriedades agrcolas seriam suprimidas, assim com toda infraestrutura de apoio estas existente, tais como como canais, fbrica de ferramentas, habitaes, etc. Outro fator relevante a proximidade desta alternativa do centro de aglomerao populacional. Os limites finais da pilha estaro margeando as residncias locais.

Opo 2 - Pilha de Estril Itapanhoacanga

A opo 2 de localizao de pilha de estril est situada na poro leste em rea da cava sul de Itapanhoacanga. Possui rea de aproximadamente 2,36 milhes de m e comportaria um volume total de 183 milhes de m de material estril, portanto atende a demanda volumtrica necessria. Apresenta uma Distncia Mdia de Transporte (DMT) menor quando comparado com outras alternativas uma vez que est em rea vizinha cava sul, local de onde haver maior volume de estril. Esta localizada totalmente fora dos limites dos decretos minerrios da MMX, interfere significativamente o traado na rodovia MG-010 e no interfere estrada real.

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Sob a tica dos aspectos fsicos, esta rea atinge dois talvegues de drenagem pluvial de relevncia ao escoamento pluvial da micro-bacia. Em caso de definio pela implantao desta alternativa, h de ser previstos a implementao de diques de controle e reteno de sedimentos que possivelmente possam ser arrastados pela gua pluvial.

Apresenta pedoligia associada latossolos, solos este que apresentam grande capacidade de infiltrao de d`gua e baixa suscetibilidade natural a eroso, escorregamentos e outros processos erosivos. No apresentam presena de cavidades naturais tampouco foram identificadas pontos de interesse arqueolgico. Em relao aos aspectos bitico pode-se indicar sua conectividade com reas florestais a oeste com presena de vegetao florestal em 118 ha, cerca de 50% da rea, conformando rea de maior relevncia ambiental. Apresenta elevada diversidade de habitat - sendo importante ambiente favorvel ao abrigo de espcies faunsticas. No foram identificadas espcies ameaadas de extino. Pelo fato de ser a opo que apresenta maior extenso de rea territorial, representar significativa alterao paisagstica, dada a supresso de grande rea de floresta, de uma lagoa e de estradas vicinais; No interfere em quaisquer aglomerados populacionais, estrada real mas interfere em trecho da rodovia MG-010.

Opo 3 - Pilha de Estril Itapanhoacanga A opo 3 de localizao de pilha de estril est situada na poro sul da cava sul de Itapanhoacanga, parcialmente dentro dos limites de decreto de lavra pertencentes a MMX. Possui uma rea de aproximadamente 179 ha e comporta um volume total de 166 milhes de m de material, que atende demanda volumtrica de estril a ser depositado. a opo que apresenta maior Distncia Mdia de Transporte - DMT de material para a cava norte de Itapanhoacanga . Esta rea atinge apenas um talvegue de drenagem pluvial de relevncia ao escoamento pluvial da micro-bacia - crrego Campinas. Em caso de definio pela implantao desta alternativa, h de ser previstos a implementao de diques de controle e reteno de sedimentos que possivelmente possam ser arrastados pela gua pluvial. Sua pedologia est ligada a latossolos naturalmente estveis e pouco sucetveis problemas geotcnicos. No apresentam cavidades naturais dentro dos limites.

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As caractersticas relativas ao meio bitico indicam a presena de vegetao florestal em 78,76 ha, cerca de 44% da rea, conformando rea de relevncia ambiental, especialmente quanto conectividade florestal poro oeste da serra. Sua alta diversidade de habitat, permite a importante funo de abrigo da fauna, alm de funcionar com corredor de conectividade com reas florestais a oeste. No foram identificadas espcies ameaadas de exteno. Sobre o aspecto antrpico no apresenta interferncia ao traado da estrda real, nem em comunidades. No entanto apresenta interseo com o traado da rodovia MG-010, apresenta pontos de interesse arqueolgico alm de se-sobrepor ao crrego Campinas. O crrego Campinas importante fonte hdrica da regio e a interferncia neste impactaria as atividades rurais produtivas - tais como dessedentao de gado, irrigao e abastecimento humano. Tambm afetaria um nmero indefinido de famlias situadas a jusante do referido rio, com supresso de residncias, estabelecimentos comerciais e de culturas agrcolas;

Opo 4 - Pilha de Estril Itapanhoacanga Esta opo esta situada na poro lesta da cava norte de Itapanhoacanga. Possui uma rea total de aproximadamente 90 ha e comportaria um volume total de 106 milhes de m de material estril. Portanto no atende volumetria de estril considerada. Apresenta distncia mdia de transporte (DMT) maior quando comparado as outras pilhas j a rea mais afastada da cava sul de Itapanhoacanga, local que prover maior quantidade de estril. Esta localizada em quase toda sua extenso fora dos limites dos decretos minerrios da MMX, interefere no traado da MG-010 assim como a rodovia de acesso Alvorada de Minas. Inexistncia de cavidades naturais dentro dos limites da pilha. No interfere no traado da estrada real. Em termos pedolgicos possui solos do tipo latossolo e cambissolo apresentando maior fragilidade, uma vez que os cambissolos quando associados a latossolos so mais frgeis e revelam potencial de mdio a alto para o desenvolvimento de processos erosivos, to logo desprovidos de cobertura vegetal. Uma drenagem secciona a rea quase pela metade. No que se refere aos aspectos biticos, a rea de menor relevncia no mbito ambiental pois possui somente 9,00 h de vegetao florestal no total de sua rea, no auxilia a conectividade rea florestais e baixa diversidade de habitats. No foram localizadas espcies florestais em extino.

Em relao a scio-economia localiza-se diretamente sob o povoado denominado Barbeiro, o que ocasionaria a necessidade de relocao de toda a populao ali existente, alm da perda de perda de culturas agropecurias.

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Opo 5 - Pilha de Estril Itapanhoacanga A opo 5 proposta para a construo da pilha de estril de Itapanhoacanga conforme apresentada na figura 2.22, est situada imediatamente a leste da futura cava, totalmente fora dos limites dos direitos minerrios da MMX. A geometria concebida capaz de acomodar todo o volume de estril estimada, aproximadamente 164x106 m 3 e ocupa uma rea de 210 ha. Apresenta uma Distncia Mdia de Transporte (DMT) menor quando comparado com alternativas 1 e 4, uma vez que est em rea vizinha cava sul, local de onde haver maior volume de estril. Esta localizada totalmente fora dos limites dos decretos minerrios da MMX, interfere significativamente o traado na rodovia MG-010 e no interfere estrada real. Interfere em um talvegue com drenagem de curso de gua. Os solos desta rea apresentam baixa fragilidade ao intemprica e no apresentam cavidades naturais. Em relao ao meio bitico identifica-se presena de vegetao florestal em menos de 20% da rea, o que representaria 42 ha. Possui diversidade de habitat mediana quando comparada s outras opes, propiciando a conectividade com reas florestais a oeste. No foram identificadas espcies ameaadas de extino. No apresenta interseo com quaisquer aglomerados populacionais e tampouco pontos de interesse arqueolgico. Opo 6 - Pilh a de Estril Itapanhoacanga A opo 6 possui sua localizao de pilha na poro leste da cava sul de Itapanhoacanga. composta por trs pilhas de deposio: uma localizada externamente cava norte de Itapanhoacanga, uma segunda pilha dentro da cava Itapanhoacanga sul e outra terceira dentro dos limites da cava Itapanhoacanga norte. A seqncia de deposio das pilhas seguir o planejamento de lavra. Inicialmente, o material estril ser depositado em pilha prxima da rea dos limites leste da cava sul de Itapanhoacanga, por onde se iniciaro as atividades. A partir do 4 ano, projeta-se a exausto de algumas reas dentro da cava, locais estes que poder ento ser depositado o estril resultado do desenvolvimento das atividades de mina. Esta medodologia propiciar diminuio na rea de interveno externa j que grande parte do estril ficar disposto dentro da A opo de pilha de estril externa s cavas possui rea externa de aproximadamente 73,06 ha e comportaria um volume total de 28,5 milhes de m de material estril.

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As trs cavas juntos apresentam volume suficiente para acomodar o material estril planejado .A pilha interna cava sul de Itapanhoacanga possui uma capacidade volumtrica de 105,8 Mm enquanto a pilha norte Itapanhoacanga possui uma capacidade volumtrica dimensionada de 31 Mm. A capacidade volumtrica total das pilha de 165,3 Mm. Assim como as alternativas 2 e 5 apresenta uma Distncia Mdia de Transporte (DMT) menor quando comparado com outras alternativas uma vez que est em rea vizinha cava sul, local de onde haver maior volume de estril Considerando a pilha externa s cavas, identifica-se que esta localizada totalmente fora dos limites dos decretos minerrios da MMX e que interferir no traado da rodovia MG-010, no interferindo na estrada real. Interfere em um talvegue com drenagem de curso de gua. Os solos desta rea apresentam baixa fragilidade ao intemprica e no apresentam cavidades naturais. Em relao ao meio bitico identifica-se presena de 14 ha de vegetao florestal. Possui diversidade de habitat mediana quando comparada s outras opes, propiciando a conectividade com reas florestais a oeste. No foram identificadas espcies ameaadas de extino. No apresenta inteferencia em quaisquer aglomerados populacionais e tampouco pontos de interesse arqueolgico.

Definio de localizao da Pilha de Estril Itapanhoacanga mais interessante A partir da anlise dos diversos aspectos relacionados no quadro matricial 2.20 foram identificados aspectos relevantes que auxiliaram pela excluso de algumas alternativas. As alternativas 1 e 4 no foram consideradas interessantes uma vez que apresentam interferncia direta com comunidades locais o que demandaria a relocao de todo este pblico, fato este que poderia gerar insatisfaes e nus para a empresa. Alm desta fato a opo 4 deve ser descartada por no comportar o volume de material estril estimado. A opo 2 e 3 foram evitadas por serem as reas de significativa relevncia ambiental. Dentre todas as opes analisadas so as que apresentam maiores extenses de vegetao florestal (mata e capoeira). Alm dist a alternativa 3 apresenta os seguintes aspectos que no a tornam atrativas: - pontos de interesse arqueolgico dentro dos limites da rea da pilha; - sobrepe o crrego Campinas;

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Dentre as alternativas 5 e 6, que restaram com alternativas, temos que apresentam mesma localizao e caractersticas parecidas um vez que a opo 6 ocupa frao da rea da alternativa 5,. Assim a alternativa 6 se torna mais atrativa pelos seguntes aspectos; - Composta por 3 cavas, apresentando menor rea de interferncia topografia natural do terreno, uma vez que grande parte do volume de estril ser depositado dentro dos limites da prpria cava. - Apresenta menor rea de supresso de vegetao florestal; - Propiciar menor Distncia Mdia de Transporte; - com o desenvolvimento de grande parte do transporte de estril se dar dentro dos limites da cava haver maior facilidade para efetivao das medidas de controle de impactos.

Pilha de estril - Serra do Sapo Para avaliao da localizao mais interessante para pilha de estril prximo s atividades da Serra do Sapo foram observados aspectos ambientais e operacionais. As premissas consideradas foram: - Evitar impacto visual com a vila de So Sebastio do Bom Sucesso; - Evitar areas de propriedades de outras empresas vizinhas; - Evitar reas com desnvel elevado; - Preservar Usina e Barragem. - Tentar evitar interferncia com a estrada. - Se possvel loc-la dentro dos decretos MMX. Como parmetros geotcnicos de projeodas pilhas foram adotados os seguintes parmetros para todas as alternativas: - ngulo Geral = 27 - ngulo de Fase =33 - Altura de Banco = 10m - Berma = 9m - Largura de Rampa = 10m - Inclinao de Rampa = 10% Opo de dep osio principal pilha de estril serra do Sapo Foram estudadas 3 opes de disposio de estril na rea da serra do sapo. Duas opes foram estudadas no lado leste da cava, enquanto a terceira opo foi estudada a oeste da cava. O desenho 7, no anexo 1 apresenta a localizao das trs opes de disposio de estril. O quadro 2.20 apresenta a matriz de interpolao de aspestos analisados que foi realizado para anlise comparativa da pilha de estril da Serra do sapo.

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Opo 1 - Pilha de Estril Serra d o Sapo Esta opo de pilha est localizada na poro leste da Serra do Sapo e proximidades do limite de lavra. Est dividido em duas reas de deposio: uma localizada mais ao norte da Serra do Sapo e outra localizada mais ao sul. Ambas ocupam rea total de 235 h e atendem a demanda volumtrica necessria. Apresenta topografia suave quando comparada com as demais alternativas e assim como todas as demais opes interfere diretamente em cursos d`gua Esta distribuio especial propicia uma menor Distncia Mdia de Transporte - DMT, com fluxo de carga favorvel operao quando observado que no haver relevos acentuados para serem vencido. No interfere diretamente em comunidade e tampouco serperceptvel quando mirada da estrada real, um vez que as duas pilhas que compem esta opo esto localizadas na poo leste da serra do Sapo. Interefe diretamente no traado da rodovia MG-010. Quanto ao aspecto bitico no indica a presena de espcies ameaadas e representaria a supresso de 235 h de vegetao florestal (mata + capoeira) Dentro dos limites da pilha, no foram identificadas cavidades naturais mas foram identificados pontos de interesse arqueolgico. Opo 2 - Pilha de Estril Serra do Sapo

Esta alternativa est localizada na poro oeste dos limites da Serra do Sapo e est prximo aos limites de cava. A pilha de disposio desta alternativa caracteriza-se por uma nica grande rea, 951 h, que se estande sentido N/S ao longo da Serra do Sapo,atendendo plenamente a demanda volumtrica. A desenvolvimento da pilha acompanharia o mesmo sentido de evoluo da mina N/S. A Distncia Mdia de Transporte para esta opo se apresenta desfavorvel uma vez que, por estar localizada oeste, seria necessrio a transposio do macio para alcance da rea de disposio necessitando maior dificuldade por parte dos equipamento com maior gasto decombustvis e desgaste do equipamento. Est localizada em regio acidentada, interferindo em nascentes e cursos d`agua. Quanto ao aspecto bitico no indica a presena de espcies ameaadas e representaria a supresso de 582,6 h de vegetao florestal. No foram identificadas cavidades naturais mas apresenta pontos de interesse arqueolgico dentro dos limites da pilha. Interfere diretamente na estrada real, mas em contrapartida no apresenta quaisquer impacto sobre comunidades existentes e rodovia MG-010.

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Opo 3 - Pilha de Estril Serra do Sapo Esta opo de localizao de pilha de estril considerou uma nova abordagem de disposio de rejeito uma vez que est vinculada diretamente ao sequenciamento de lavra. composta por duas pilhas de deposio: uma localizada leste do limite de lavra mais poro norte da Serra do Sapo - e outra dentro dos limites da cava. Um planejamento minucioso pela engenharia de minas da MMX permitiu a avaliao desta alternativa que seguir concomitantemente o sequenciamento de mina. Nesta opo seria adotado a metodologia de nos primeiros 4 anos de opeo de mina a disposio de material estril fora dos limites da cava. Aps este perodo estima-se que j exista dentro dos limites da cava reas exauridas que podero acomodar estril. A partir do 4 ano toda disposio de estril se daria dentro dos limites da cava uma vez que com o avano da mina nova rea seria aberta para deposio, podendo ser obedecido esta seqncia at o final da vida til da mina. A pilha externa aos limites da cava ocupa coincide com parte da pilha norte da opo 1 desta anlise. Assim sua interferncia em terreno natural totaliza somente 137,7 h no total uma vez que todo restante de sua rea est dentro do limite da cava. A Distncia Mdia de Transporte - DMT desta opo apresenta-se favorvel operacionalmente operacionalmente e interassante ambientalmente e. Operacionalmente pelo fato de todo transito aps o 4 ano de operao ocorrer dentro dos limites do pit de lavra, com menor distancia de transporte. Quanto aos aspectos biticos no foram identificadas espcies ameaadas em exteno e sua implantao significaria uma supresso de cerca de 49,5 h de mata ou capoeira. No interfere na estrada real, tampouco na MG-010 e comunidade locais. Para o caso da opo 03, a anlise indicou a existncia de pontos de interesse arqueolgico dentro dos limites da pilha que est dentro da cava. Apesar desta identificao no considera-se a deposio de material estril dentro dos limites da cava como agente primrio de inteferncia ao ponto de interesse arqueolgico identificado. Isto se justifica pelo fato de que a disposio de material estril somente ocorrer aps o desenvolvimento e exausto da lavra neste ponto, e que por sua vez o desenvolvimento da lavra somente ser possvel aps a realizao das medidas de salvamento, resgate do patrimnio natural e autorizao do rgo ambiental competente. Esta mesma anlise pode ser considerada para as cavidades naturais existentes dentro dos limites da pilha de estril localizada dentro da cava. Pelo fato da instalao da pilha ser o agente diretamente responsvel por quaisquer tipo de impacto, pois a interveno direta ser realizada pelo desenvolvimento das atividades de mina, consideraremos no ser considerado relevante este especto quando comparada esta opo com as demais

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QUADRO 2.20 - Aspectos de anlise para avaliao de alternativa locacional da pilha de estril Serra
Critrios Engenharia rea superficial total a ser ocupada (ha) Distncia Mdia Transporte (DMT) * Atendimento volumtrico da pilha Fsico Topografia favorvel Existncia de cursos d`gua Existncia de cavidades naturais Bitico Presena de espcies am eaadas de extino rea de supresso de vegetao florestal ** Scio-Econm ico Interferncia em comunidades Interfere na estrada MG-010 Impacto visual da estrada real no sim no no no sim no 235,0 no 582,6 sim sim no no sim no 672,5 favorvel sim 951,7 desfavorvel sim Alternativa 1 Alternativa 2

Existncia de ponto de interesse sim sim arqueolgico Obs.: * Para a anlise da distncia m dia de Transporte adotou-se o critrio comparativo entre as alternativas estudada proporcionados pela topografia local e barreiras naturais, sendo qualificadas entre favorvel ou desfavorvel.

** Entende-se vegetao florestal as categorias m ata e capoeira. Esta ltim a por estar em estgio interm edirio de regen

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Definio da Alternativa mais interessante de localizao da pilha de estril da Serra do Sapo Dentre as alternativas avaliadas a alternatiava 3 aquela que apresenta menor impacto visual junto a estrada real, uma vez que se localiza na poro leste da Serra do Sapo, alm de apresentar volume menor de pilha quando comparado com as demais. Outro fato que esta mesma alternatiava apresenta menor Distncia Mdia de Transporte - DMT dentre as opes, torna-a mais interessente perante os aspectos de engenharia e custo de transporte . Um fator relavante da alternativa 3 perante as outras alternativas que pelo fato de grande parte de sua volumetria se desenvolver dentro dos limites da cava, maior ser a facilidade de controle dos impactos ambientais.Os taludes da cava atuaro como barreira natural de proteo quanto proliferao de poeiras e rudos, proporcionando assim menores incmodos regio e populao local. Outro aspecto interessante que a opo 3 aquela que apresenta menor rea de supresso de vegetao florestal, cerca de 49,5 ha, contra 235,0 ha da alternatiava 1 e 582,6 ha da alternatiava 2 Todos estes fatores ambientais e ponderaes tcnicas indicaram que a adoo da alternativa 3 a mais interessante. 2.4.2.2 - Usina de beneficiamento de minrio Para definio locacional da rea para instalao da usina de beneficiamento foram avaliadas 03 opes, sendo todas elas localizadas em rea intermediria a Serra do Sapo e Itapanhoacanga, figura 2.22. Esta premissa de localizao foi adotada uma vez que a usina de beneficiamento atender as duas cavas - Serra do Sapo e Itapanhoacanga, sendo assim a eqidistncia das cava favorecer a uma menor Distncia Mdia de Transporte DMT ao longo de toda vida til do empreendimento. O quadro 2.21 apresenta os aspectos de anlise de deciso que nortearam a definio da alternativa locacional mais interessante para rea da usina. Um breve descritivo das caractersticas de cada uma das alternativas apresentado abaixo.

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QUADRO 2.21 - Aspectos de anlise para avaliao de alternativa locacional da usina de beneficiame
Critrios Engenharia rea superficial total a ser ocupada (ha) Riscos operacionais ocupao hum ana Facilidade de acesso Fsico Acesso topograficam ente favorvel Existncia de cavidades naturais Bitico Supresso de vegetao florestal* Presena de espcies am eaadas de extino rea de supresso de vegetao florestal (h) Scio-Econm ico Interferncia em comunidades Interfere na estrada MG-010 Existncia de ponto de interesse arqueolgico Obs.: no sim no no sim no sim no 10,18 sim no 19,05 no no sim sim 69,05 baixo no 55,39 baixo sim Alternativa 1 Alternativa 2

Impacto visual da MG-010 inexistente existe * Entende-se vegetao florestal as categorias m ata e capoeira. Esta ltim a por estar em estgio interm edirio de regene

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Alternativa 1 - usina de beneficiamento Esta alternativa apresenta localizao na poro oeste em relao Serra do Sapo,ocupa uma rea de 69,05 hs. Dentre as alternativas a mais distante da estrada MG-010, o que significa menor interferncia com os aspectos cnicos da referida a estrada e difcil acesso. No existe quaisquer estrutura de mina nas proximidades da rea, sendo um fator positivo segurana operacional e ocupao humana. Quanto ao aspecto operacional de mina, esta opo de localizao demandar grandes esforos no translado do minrio - que tem sua origem nas cavas das minas at a usina. Isto pelo fato de localizar-se mais na poro oeste da Serra do Sapo exigir que o percursso da via de acesso transponha a vertente norte da Serra do Sapo. O que siginifica maior dispndio de combustvel e desgaste dos equipamentos uma vez que ser necessrio vencer as irregularidades do terreno assim como os aclives. No foram identificadas cavidades naturais tampouco pontos de interesse arqueolgico nesta rea. A rea de supresso vegetal de 10,18 h e no foram localizadas espcies ameaadas de extino Alternativa 2 - usina de beneficiamento Assim como a opo 1, est localizada na poro norte da Serra do Sapo, ocupa um rea total de 55,39 ha. Apesar de localizada em terreno ngreme o acesso das minas pode ser realizado com relativa facilidade, uma vez que no haver necessidade de transposio da cota mximada serra. No existe quaisquer estrutura de mina nas proximidades da rea, sendo um fator positivo segurana operacional Apresenta impacto visual quando de mirada da MG-010, no interfere em quaisquer comunidades da regio e tampouco apresenta pontos de interesse arqueolgico. Apresenta seus limites duas cavidades naturais. A rea de supresso vegetal de 19,05 h e no foram localizadas espcies ameaadas de extino

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Alternativa 3 - usina de beneficiamento Esta opo ocupa uma rea total de 59,52, est localizada mais poro leste dentre as demais, de fcil acesso, estando mais prxima MG-010 entre todas as alternativas. Este fato aumenta o impacto visual, uma vez que a alterao da paisagem ser facilmente percebida pelos transeuntes deste rodovia. Em contra partida a opo menos impactante quanto aos aspectos visuais quanto mirada da estrada real que possui seu traado oeste da Serra do Sapo. Quanto aos aspectos operacionais, apresenta elevado risco de segurana humana uma vez que est localizada entre os limites da barragem e pilha de estril norte da Serra do Sapo. A proximidade da pilha de estril um indicativo que haver grande movimentao de mquinas de grande porte, deposio de considervel volume de material fragmente, no sendo o local indicado para instalaes de estruturas operacionais que tenham ocupao humana, como o caso de usina de beneficiamento. No apresenta presena de cavidades naturais nem de pontos de interesse arqueolgico. Sua rea de supresso vegetal de 19,05 h e no foram localizadas espcies ameaadas de extino Definio da alternativa locacional mais interessante Considerando a anlise dos aspectos identificados a opo 1 apresenta como aspecto de destaque perante as outras opes a menor rea de supresso vegetal e a maior dificuldade de acesso rea, pelas caractersticas do terreno, topografia irregular e ngrime. Este fator interferir diretamente nos aspectos de transporte de material da mina usina. Sabendo-se que o percurso a ser realizado pelos caminhes carregados de material at a usina de elevada declividade possvel inferir diversas dificuldades operacionais, tais como: esforo excessivo dos equipamentos e constante quebras, elevado gasto como combustveis, diminuio do rendimento do tempo Mdio de Transporte e elevado custo operacional. Portanto esta opo no interessante operacionalmente. Quanto a alternativa 3 de localizao da usina o elevado risco operacional ocupao humana identificado foi fator determinante. A opo 2 demonstra-se interessante quando comparada s alternativas 1 e 3 uma vez que no apresenta as dificuldades operacionais e situaes de risco eminentes. No entanto o fato de possuir 02 cavidades dentro de seus limites de rea um agravante. Diante do exposto a MMX pretende adotar a opo 2 como a mais interessante para instalao da usina devendo no entanto na elaborao dos projetos, quando possvel tecnicamente, considerar a preservao e conservao das mesmas.

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2.4.2.3 - Barragem de rejeitos Considerando que a regio de implantao do Projeto de topografia acidentada, a disposio dos rejeitos deve ser conduzida em vales naturais, devendo os mesmos (rejeitos) serem contidos por barragens. Foi adotada como condio de avaliao de localizao para disposio da barragem sua disposio na poro leste da Serra do Sapo pelo fato da poro oeste ser rea mineralizada, alm da necessidade de escolha de reas localizadas prximas usina de beneficiamento evitando assim necessidade de sistemas de bombeamentos para a barragem. So estimados a gerao anual de cerca de 18,5 x 106 m por ano de rejeito. No presente estudo foram avaliadas 3 opes de locais para a barragem so ilustradas na figura 2.22 e suas principais caractersticas de engenharia esto resumidas no quadro 2.22 a seguir.

QUADRO 2.22 - Comparao dos aspectos de engenharia das alternativas locacionais da barragem
Volume do Alternativa reservatrio (x 106 m) 1 2 370 63,5 Cota da barragem (m) 725 675 675 Volume do rea do dique inicial reservatrio (x 106 m) (ha) 1,03 1,02 0,27 875 336,5 149,2 Altura da Massa de rejeitos barragem (t) / rea do (m) reservatrio (m) 85 50 30 63,43 28,31 21,51

3 21,4 Fonte GE Geoconsultoria

Para a avaliao das barragens tambm foram considerados os aspectos ambientais e tcnicos relativos s trs opes de barragem. O quadro 2.23 apresenta os aspectos de anlise de deciso que nortearam a definio da alternativa locacional mais interessante para rea da usina. Um breve descritivo das caractersticas de cada uma das alternativas apresentado abaixo.

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QUADRO 2.23 - Aspectos de anlise para avaliao de alternativa locacional da barragem de rejeito
Critrios Engenharia rea superficial total a ser ocupada (ha) Volume do reservatrio (x 10 m) Atende a capacidade volumtrica necessria Vida til da barragem (anos) Proximidade da usina Fsico
Existncia de cavidades naturais no
6

Alternativa 1 875 370 sim 20 prxima

Alter

inter

Topografia favorvel Bitico


rea de supresso de vegetao florestal (h)

sim 181,02 no no
sim

Presena de espcies ameaadas de extino Scio-Econmico Interferncia em comunidades


Existncia de ponto de interesse arqueolgico

Interferncia na estrada MG-010


Obs.:

sim

* Entende-se vegetao florestal as categorias m ata e capoeira. Esta ltim a por estar em estgio interm edirio de regene

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Alternativa 1 - barragem de rejeito Dentre as alternativas avaliadas a que ocupa maior rea, cerca de 875 h e possui maior capacidade volumtrica para acumulao de rejeito, cerca de 370 x 106 m. Atende a capacidade volumtrica de armazenamento necessria. Afeta pequeno trecho da rodovia MG-010. Apresenta topografia favorvel implantao de barragem e pontos de interesse arqueolgico.dentro de seus limites de rea. No apresenta presena de cavidades naturais nem interferncia comunidades locais. Sua rea de supresso vegetal de 181,02 ha e no foram localizadas espcies ameaadas de extino Alternativa 2 - barragem de rejeito Esta alternativa est localizada em posio intermediria alternativa 1 e 3. Apresenta significativa interveno em trecho da MG-010, intervindo em grande extenso da mesma.. Dentre as alternativas avaliadas est em condio intermedirio de rea e volume de armazenamento, cerca de 336,5 h, e possui capacidade volumtrica para acumulao de rejeito de cerca de 63,5 x 106 m. Apresenta topografia favorvel implantao de barragem e pontos de interesse arqueolgico.dentro de seus limites de rea. No apresenta presena de cavidades naturais nem interferncia comunidades locais. Sua rea de supresso vegetal de 257,68 ha e no foram localizadas espcies ameaadas de extino Alternativa 3 - barragem de rejeito Esta alternativa est localizada na poro norte da opo 2, sendo das alternativas avaliadas aquela mais distante da usina de beneficiamento, o que necessitar extensa tubulao para levar o rejeito at a mesma. Ocupa uma rea de cerca de 149,2 h, possui capacidade volumtrica para acumulao de rejeito, cerca de 21,4 x 106 m e interfere no traado da MG-010 Apresenta topografia favorvel implantao de barragem e pontos de interesse arqueolgico.dentro de seus limites de rea.

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No apresenta presena de cavidades naturais nem interferncia comunidades locais. Sua rea de supresso vegetal de 104,17 h e no foram localizadas espcies ameaadas de extino Escolha da alternativa mas interessante Com base na anlise matricial realizada no quadro 2.23 possvel verificar que todas as opes apresentam pontos de interesse arqueolgico e inexistncia de cavidades naturais em seus limites de implantao. A opo 1 apresenta a maior rea de interveno direta, 875 ha, contra 336,5 ha da alternativa 2 e 149,2 ha da alternativa 3. No entanto a rea onde ocorreria maior supresso vegetal a opo 2, cerca de 257,68 ha - rea maor que a opo 3 enquanto as opes 1 e 2 seriam 181,02 h e 104,17 h respectivamente. Dentre as alternativas, a opo 1 aquela que apresenta terreno com melhores condies de suporte de barragem, com baixo ngulos de declividade o que favorece o escorrimento em baixas velocidades e maximizao do reservatrio. No entanto o fato determinante para escolha da alternativa mais interessante para instalao da barragem a capacidade volumtrica de armazenamento. Dentre todas as opes avaliadas a nica que possui uma vida til satisfatria a alternataiva 1, com 20 anos. As demais apresentam vida til muito baixa, (alternativa 2 com 3,4 anos e alternativa 3 com 1,2 anos) o que levaria a busca de novas reas de interveno para construo de uma nova barragem.. Alm deste aspecto destaca-se tambm a posio do reservatrio em relao posio da usina de concentrao, com vantagens econmicas, pois as descargas de usina podero ser encaminhadas por gravidade para o reservatrio da barragem e o comprimento da tubulao de aduo de rejeitos e de gua recuperada ser menor.

2.5 - Emisses, efluentes e resduos


Neste item so identificados todos os tipos efluentes lquidos, emisses atmosfricas, resduos, rudos e vibraes que sero gerados no empreendimento, considerando as fases de implantao e operao do mesmo. A todos os aspectos ambientais e atividades industriais geradoras dessas emisses, efluentes e resduos so determinados sistemas e programas de minimizao e controle, a fim de que os mesmos sejam devidamente controlados. Os sistemas e programas de minimizao e controle previstos nos projetos tcnicos do empreendimento so apresentados de forma conceitual tambm neste item a fim de que se possa ter uma melhor compreenso das medidas mitigadoras de impactos ambientais que sero implantadas. Ressalta-se que todos os projetos contendo os detalhes dos sistemas de controle ambiental previstos sero apresentados no Plano de Controle Ambiental - PCA, na prxima etapa do processo de licenciamento ambiental.

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2.5.1 - Emisses de material particulado e gasoso


As diversas etapas do processo produtivo devero provocar o lanamento de material particulado e gasoso para a atmosfera. O material particulado ser gerado nas atividades e equipamentos que transportam e manuseiam materiais slidos pulverulentos e, principalmente, nas vias e reas da mina no pavimentadas, devido movimentao de veculos. Na lavra sero executadas operaes de desenvolvimento de mina, ou seja, perfurao, desmonte, carregamento e transporte de minrio e estas operaes sero, potencialmente, as principais fontes de gerao de poeiras, gases de combusto e gases de detonao. Para minimizao e controle da poeira gerada nas atividades de desmonte, carregamento e principalmente transporte de materiais em vias no pavimentadas internas, est prevista a utilizao de gua (asperso). Os efluentes gasosos caractersticos do empreendimento consistem nos fumos e gases produzidos na queima de combustveis fsseis, basicamente o leo diesel, requerido para os caminhes e equipamentos pesados da mina e para veculos leves em geral, assim como os fumos e gases gerados nas detonaes para desmonte de rocha. Essas emisses no devero ser significativas e o controle de gases gerados pelos motores desses equipamentos ser efetuado com manutenes peridicas preventivas e corretivas, e regulagens adequadas dos motores, realizadas nas prprias oficinas da MMX. Ainda, na operao da planta de tratamento dever haver gerao de poeiras nas britagens, classificaes, transferncias de material e nas pilhas - pulmo da britagem e moagem. A partir da etapa de moagem, o processo passa a ser a mido e por isto no haver mais a gerao de poeira. Para o controle de poeira nos principais pontos de gerao na planta est prevista a instalao de sistemas fixos de asperso de gua para abatimento do p. A britagem primria e as transferncias de equipamentos no estanques (correias) devero ser dotados, onde necessrio, de aspersores fixos de gua para minimizar a emisso de material particulado. O quadro 2.24 a seguir apresenta uma listagem com as principais fontes de emisses atmosfricas caractersticas do empreendimento, identificando a etapa do processo produtivo onde ela ocorre, a origem fsica da emisso e o poluente lanado.

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QUADRO 2.24 - Emisses atmosfricas


Etapa do processo produtivo Minerao Mina a Cu Aberto Minerao Transporte de Minrio e Estril Minerao - Pilhas de Estril e Minrio, e Barragem de Rejeitos Minerao Britagem Primria Etapa do processo produtivo Minerao Transporte de Minrio e Estril Concentrao Ruas pavim entadas, ou no e outros acessos Tipo de emisso Gases e Material Particulado Gases e Material Particulado Material Particulado Material Particulado Tipo de em isso Material Particulado Material Particulado Material Particulado Origem da emisso Desm onte de rocha Movim entao de Veculos em Vias no Pavim entadas Ao Elica sobre as Pilhas Descarga de Cam inhes e Atrito entre Superfcies Secas Origem da emisso Transferncias entre Equipam entos no Estanques de Manuseio Transferncias entre Equipam entos no Estanques de Manuseio Movim entao de Veculos Automotores

2.5.2 - Efluentes lquidos


Sero gerados nas etapas de implantao e operao do empreendimento efluentes lquidos de natureza industrial, pluvial e sanitrio. Os principais efluentes lquidos sero o efluente da barragem de rejeitos, a drenagem da mina e os efluentes sanitrios, e tambm os efluentes do laboratrio qumico, os efluentes oleosos de oficinas, os efluentes pluviais de ptios e reas abertas, e os efluentes resultantes de lavagem de pisos de galpes e prdios onde for necessria essa atividade. Efluentes da barragem de rejeitos: Em condies normais de operao da mina e da usina de concentrao, a barragem de rejeitos no dever verter efluente. Em condies de elevada pluviosidade, se espera a gerao de efluente que desaguar atravs do vertedouro da barragem na drenagem natural do crrego Passa Trs, que se dirige para o rio do Peixe. Outro efluente da barragem ser proveniente do filtro do corpo da barragem e da drenagem pluvial dos taludes. Considera-se que as caractersticas qumicas dessas guas sero semelhantes s do efluente do extravasor da barragem. Drenagem da mina: A gerao de efluente lquido na mina pode ser atribuda a duas principais fontes: a gua efluente procedente das chuvas incidentes na cava e a gua de rebaixamento da gua subterrnea. A gua subterrnea de rebaixamento dever ser usada principalmente com o objetivo de repor as vazes de corpos d gua afetados pelo rebaixamento. O excedente poder ser usado no processo de beneficiamento. O volume de bombeamento ser ainda determinado em estudos hidrogeolgicos que se encontram em curso.

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Efluentes Pluviais: Com relao aos efluentes pluviais nas reas de mina e beneficiamento, tem-se uma contribuio que ir variar conforme o regime pluviomtrico da regio. As guas pluviais incidentes nas cavas sero coletadas e destinadas drenagem natural, devidamente adequadas uma vez que sero projetados e implantados diques e outros sistemas de conteno e sedimentao de slidos e separao de guas oleosas quando for o caso. Efluentes Sanitrios: Os efluentes sanitrios e guas servidas sero gerados em todas as reas onde houver circulao de pessoas com consumo de gua em banheiros, vestirios, refeitrios, canteiro de obras, e nas reas administrativas e operacionais, tanto na planta quanto na mina. Em todos os pontos geradores de efluentes sanitrios, em especial no canteiro de obras e nas edificaes administrativas da planta, sero construdos sistemas para coleta do esgoto e direcionamento para tratamento do tipo fossa sptica e filtro anaerbio construdos segundo normas especficas da ABNT. O efluente final tratado ser direcionado a sistemas de infiltrao em solo, quando possvel, ou para a drenagem natural mais prxima mas que tenha as caractersticas adequadas para recebimento. O lodo, que constitui a parte slida, ser periodicamente esvaziado do interior da fossa e encaminhado a aterro controlado previsto para ser construdo na rea da pilha de estril. Efluentes Oleosos: Os efluentes oleosos sero gerados principalmente nas atividades de lavagem de equipamentos e peas nas operaes das oficinas de manuteno, tanto na fase de obras quanto na operao. A lavagem dos caminhes fora de estrada e outros veculos, bem como das mquinas e equipamentos mveis, inclusive limpeza de compartimentos e pisos de oficinas mecnica, hidrulica e calderaria, constituiro fontes potenciais de emisses de efluentes que possuam leos como parte constituinte. O efluente oleoso ser composto basicamente por gua, leos, graxas, sedimentos e produtos de limpeza diversos. O controle dos efluentes oleosos ser realizado com a impermeabilizao do piso das reas onde sero realizadas as atividades de manuteno e lavagem dos veculos, equipamentos e peas. Estes efluentes sero coletados e direcionados para caixas de sedimentao e, posteriormente, para caixas separadoras de leo e gua. Estes dispositivos de controle sero construdos conforme recomendado pelas Normas ABNT e os projetos sero apresentados com detalhes no PCA. Efluentes de Laboratrio: O uso da gua indispensvel ao funcionamento de laboratrio qumico. Lavagem de vidrarias, amostras, preparao de anlises em via mida e a lavagem de gases oriundos da capela so seus principais prstimos. Tais usos geram efluentes lquidos, consistindo de guas cidas ou bsicas, diferenciadas em volume e composio, podendo conter metais e outros componentes dissolvidos ou no, que so poluentes de guas e solos. Esses efluentes sero recolhidos em um nico ponto, e sero tratados para precipitao / remoo de metais dissolvidos, retirada de lama por processo de decantao, e neutralizao antes de serem encaminhados, junto com os efluentes sanitrios, s fossas spticas. O Plano de Controle Ambiental apresentar detalhes das instalaes de tratamento dos efluentes do laboratrio qumico.

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2.5.3 - Resduos Slidos


Os principais resduos slidos a serem gerados no empreendimento sero o rejeito de processo metalrgico, o estril de mina, os resduos de desmate e das obras de terraplenagem, civis, e montagens eletro-mecnicas. Destacam-se, ainda, os resduos do refeitrio, domsticos e industriais, os resduos sanitrios, aqueles no inertes/perigosos e os resduos do ambulatrio. Neste item so identificados os resduos e as destinaes finais previstas, porm, as formas de acondicionamento, armazenamento temporrio e transporte sero detalhadas no Programa de Gesto de Resduos Slidos, parte integrante do PCA e documento necessrio a prxima etapa do licenciamento. O processo ir gerar uma polpa de rejeito que ser disposto na barragem para sedimentao. Estima-se uma gerao anual de aproximadamente 28.000.000 toneladas de rejeito, que ser encaminhado na forma de polpa da planta para a barragem, onde a frao slida da polpa sedimentar, enquanto a frao sobrenadante ser bombeada para utilizao no beneficiamento. Este resduo ser constitudo basicamente pelos mesmos minerais presentes na rocha mineralizada, com pequena percentagem de ferro, em granulometria fina, pois foram modos. A atividade de desenvolvimento de mina ir gerar material estril (rocha) que precisar ser disposto em rea fora dos limites da mina. A rea de disposio est prevista no arranjo geral do empreendimento, figura 2.1. Nas operaes de lavra sero gerados anualmente cerca de 60,5 x 106 t de estril, cujas caractersticas so descritas no quadro 2.25 a seguir. QUADRO 2.25 - Caractersticas do estril
Denominao Estril solo/latertico Estril franco Procedncia Decapeam ento Desenvolvim ento Caractersticas Material decomposto e canga latertica Material rochoso, desm ontado por explosivo

O estril ser depositado em reas contguas s cavas. Em todos os depsitos, a camada superficial orgnica, quando existente, ser retirada e estocada para futura utilizao. Todos os materiais sero depositados em pilhas ascendentes, com drenagem de coroamento para escoamento de guas pluviais, drenagem externa de pilhas no sentido "cristas - p dos taludes" e escoamento lateral em cada berma. O Depsito de Estril de Itapanhoacanga ter capacidade para 178 x 106 m3 de material. Nesta rea ser depositado o estril de capeamento, canga latertica e estril franco das cavas sul e norte de Itapanhoacanga. O depsito ser utilizado nos 6 primeiros anos de operao. Diques filtrantes de pedras arrumadas sero construdos a jusante do depsito.

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O Depsito de Estril da Serra do Sapo ter capacidade para 225 x 106 m3 de material. Nesta rea ser depositado o estril de capeamento, canga latertica e estril franco proveniente da cavde Serra do Sapo. Para implantao do canteiro de obras, construo das edificaes da rea industrial, abertura de acessos e construo da barragem de rejeitos, ser necessrio realizar a supresso da vegetao existente nas reas. O desmate ser realizado aps a obteno da licena expedida pelo rgo competente e seguir as tcnicas adequadas para minimizar os impactos no meio ambiente. O material lenhoso resultante do desmate ser armazenado temporariamente e aguardar a destinao final adequada, conforme ser definido no Plano de Desmatamento. Os demais resduos do desmate, constitudos por folhas, galhos e arbustos, sero reservados em uma rea previamente definida para posteriormente serem reaproveitados na recuperao de reas degradadas. Para construo das instalaes da planta ser necessrio executar escavaes para retirada da camada superficial de solo, preparao das fundaes e regularizao do terreno com terraplenagem. A camada superficial do solo orgnico ser removida e transportada para disposio temporria em local previamente definido para, posteriormente, ser utilizada junto com os restos da supresso de vegetao na recuperao das reas degradadas. O excedente das escavaes e das obras de terraplenagem ser, prioritariamente, aproveitado para a construo do macio da barragem de rejeitos, caso o material apresente a qualidade requerida para as obras. O material que no for aproveitado nas obras ser encaminhado para disposio em pilha de estril licenciada para a mina
a cu aberto.

Durante a etapa de implantao, os resduos de obras civis, constitudos basicamente por entulhos, restos de concreto ou material similar, formas de madeira, sacos de cimento, etc. sero estocados temporariamente em caambas e destinados para aterros controlados ou para rea a ser definida na mina, que possa receber tais resduos. O material de madeira poder ser doado para reaproveitamento. Os materiais de embalagem de equipamentos, sobras e aparas diversas de montagem eletro-mecnica sero segregados quanto ao tipo de resduos, reciclveis e no reciclveis, para serem destinados adequadamente. O procedimento de segregao ser detalhado no Programa de Gesto de Resduos Slidos como parte integrante do PCA. No refeitrio, basicamente, sero gerados resduos orgnicos, plsticos, vidros, madeiras e embalagens em geral. Nas reas administrativas e operacionais haver a gerao de outros tipos de resduos reciclveis como sucatas ferrosas e no ferrosas, vidros, plsticos, borrachas; e no reciclveis provenientes principalmente das atividades de manuteno dos equipamentos e da planta.

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Para os resduos reciclveis est prevista a implantao de um sistema de coleta seletiva e reaproveitamento dos resduos gerados nas diversas reas. Para tanto, o Programa de Gesto dos Resduos Slidos - PGRS dever mostrar os pontos de gerao e os tipos de resduos, permitindo assim um melhor planejamento e adoo de medidas para otimizao dos recursos, reduo da gerao de resduos e definio dos destinos finais para cada tipo de resduo. Os resduos no reciclveis sero acondicionados temporariamente, de forma adequada e segura, e encaminhados periodicamente para destinao final que pode ser o prprio aterro controlado a ser implantado na rea da pilha de estril, coprocessamento, retorno ao fabricante para tratamento, entre outros. Os resduos orgnicos constitudos por restos e sobras de alimentos podero ser segregados para destinao no aterro controlado a ser projetado por ocasio do PCA. Os resduos sanitrios sero gerados em diversas reas da empresa e sero constitudos por papel sanitrio, lixos comuns de varrio, poda e lodo das fossas spticas. As formas de tratamento, controle, acondicionamento, armazenamento temporrio, transporte e a destinao final destes resduos sero detalhados no PGRS. Durante as fases de implantao e operao do empreendimento sero gerados resduos slidos que so classificados como no inertes ou perigosos como, por exemplo, baterias cidas, lmpadas fluorescentes, pilhas, embalagens e resduos de reagentes qumicos, entre outros. Destacam-se leos das caixas separadoras de gua e leo e eventuais derrames e vazamentos, as lamas das caixas separadoras de leo dos lavadores de equipamentos e dos outros sistemas de separao e, ainda, outros resduos do processo, produzidos em menor monta, tais como resduos de vazamentos de reagentes e leos, baterias, filtros de leo etc. Estes resduos sero devidamente classificados e depositados controladamente, conforme norma NBR10004. Os depsitos tero a base impermeabilizada e uma capacidade, cada, para dois anos de deposio, sendo posteriormente selados com uma camada de argila e a superfcie reabilitada com solo e gramneas. O funcionamento do ambulatrio nas instalaes da empresa dever gerar uma quantidade pequena de resduos classificados como perigosos. Estes resduos devero ser devidamente separados e acondicionados para destinao final conforme descrito no PGRS.

2.5.4 - Rudos e Vibraes


As fontes principais de emisso de rudo, caractersticas do empreendimento, consistem no trnsito de caminhes e nas detonaes de ocorrncia intermitente. Em menor escala h gerao de rudo nas operaes de bombeamento, britagem e transferncias entre equipamentos, assim como na central de compressores. Como medidas mitigadoras a empresa dever manter os caminhes e motores de mquinas e equipamentos devidamente regulados e, na medida do necessrio, dotados de atenuadores prprios de rudo

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Na mina, a maior preocupao ser do ponto de vista ocupacional, e para tanto sero adotadas em todo o empreendimento, quando possvel, medidas preventivas que priorizam o isolamento das fontes. Alm disso, ser obrigatrio o uso de EPI por s parte dos funcionrios que estiverem expostos em nveis significativos de rudos, conforme previsto na legislao trabalhista. As operaes de desmonte de rocha por explosivo produzem efeitos de vibrao e sobrepresso acstica perceptveis no ambiente. O efeito de sobrepresso acstica mais perceptvel em operaes de mina a cu aberto. Na operao do empreendimento ser feito o monitoramento sismogrfico e monitoramento de rudo para medir os efeitos sobre estruturas mais prximas atividade da mina.

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3 - REA DE INFLUNCIA
A rea de Influncia representa a abrangncia espacial provvel de todos os impactos significativos decorrentes das intervenes ambientais, em todas as fases do projeto e que, conforme a diretrizes da Resoluo CONAMA 001/86, dever contemplar a bacia hidrogrfica. Art. 5 O estudo de impacto ambiental, alm de atender legislao, em especial os princpios e objetivos expressos na Le i de Poltica Nacional do Meio Ambiente, obedecer s seguintes diretrizes gerais: [...] III - Definir os limites da rea geogrfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada rea de influncia do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrogrfica na qual se localiza (Res. Conama n. 001/86). Por sua vez, o Termo de Referncia da FEAM explicita que a rea de Influncia dever conter as reas de incidncia dos impactos, abrangendo os distintos contornos para as diversas variveis enfocadas, sendo necessrio a justificativa da definio das reas de influncia e incidncia dos impactos, acompanhada de mapeamento, em escala adequada. Considerando as diretrizes e referncias estabelecidas pelos rgos ambientais, procurou-se definir as reas de influncia de acordo com as bacias hidrogrficas, na escala adequada, especialmente com relao aos meio fsico e bitico, sendo que para o meio socioeconmico tambm foram considerados outros parmetros, como as relaes de identidade cultural ou econmicas na regio. As reas de estudo sero apresentadas e descritas aqui. Sero discriminadas em rea de Influncia Indireta (AII), de Entorno (AE) e Diretamente Afetada (ADA) do empreendimento.

3.1 - Conceitos
Aqui sero apresentados os conceitos que definem as reas de influncia.

3.1.1 - Impacto ambiental


Conforme definido na Resoluo CONAMA 01/86, Impacto Ambiental qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: I - a sade, segurana e o bem-estar da populao; II - as atividades sociais e econmicas; III - a biota; IV - as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais.

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Tendo em vista que esta Resoluo indica que os impactos podem afetar de forma direta ou indireta, procurou-se estabelecer estas situaes. Para tal, a metodologia adotada pela BRANDT MEIO AMBIENTE define: - impacto de primeira ordem: aquele que resultante de um efeito direto do empreendimento; - impacto de segunda ordem, ou sucessivamente: o impacto de segunda ordem aquele gerado por uma conseqncia de um impacto de primeira ordem, e assim sucessivamente para outras ordens de impacto. Muito importante ressaltar que um impacto de segunda ordem (ou de outras ordens) no necessariamente um impacto menor, podendo at mesmo ser maior que um de primeira ordem. Com base nestas definies, convenciona-se: - impacto ambiental direto: o impacto de primeira ordem, portanto gerado por um efeito direto do empreendimento; - impactos ambientais indiretos: so impactos de segunda ou mais ordens, portanto decorrentes das conseqncias de impactos de primeira ou mais ordens.

3.2 - rea Diretamente Afetada - ADA


Na rea Diretamente Afetada ocorrero os impactos diretos e efetivos decorrentes da implantao e operao das estruturas necessrias ao empreendimento, constitui a poro de terreno que ser utilizado pelo empreendimento. A ADA corresponde rea sujeita aos impactos diretos das fases de instalao e operao do empreendimento, como as reas destinadas cava a ser minerada, canteiros de obras, vias de acesso; alojamentos, planta de beneficiamento, pilhas de estril, barragem de rejeitos, adutora de gua nova, estaes de bombeamento, cortes e aterros, emprstimos e bota-foras. A ADA representa, atualmente, uma dimenso fsico-espacial e um conjunto de elementos, atributos e processos fsicos, biolgicos e antrpicos que nelas se inscrevem ou ocorrem. Estando meio rural, estes elementos e processos so representados por nascentes, crregos, remanescentes florestas, campos, culturas agrcolas, pastos, sedes de fazendas, casas de trabalhadores e sistemas virios entre outros. Em funo da implantao e operao do empreendimento estes elementos e atributos sero permanentemente suprimidos, por isso se caracterizando como uma dimenso diretamente afetada. Assim, esta escala de detalhe facilita a visualizao da extenso espacial dos fatores ambientais diretamente atingidos pelas obras do empreendimento. A ADA comum a todos os meios. Ainda, a ADA evidencia impactos potenciais que podero ser evitados nas fases subseqentes de detalhamento do projeto, auxiliando na definio de melhores alternativas de arranjos espaciais das estruturas do empreendimento e assim minimizando os impactos ambientais negativos.

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At o momento no se encontram definidas a localizao das estradas de circulao interna (dentro da rea do projeto). Como mostrado no item 1.4 a linha de transmisso de energia que alimentar a rea industrial e a rea do canteiro de obras e dos alojamentos no objeto deste licenciamento, portanto no est includa na rea de influncia do empreendimento. Alm de todas estas estruturas, ainda deve-se considerar que na rea do Projeto Minas-Rio tambm estar presente o trecho inicial do mineroduto cujo licenciamento vem sendo realizado junto ao IBAMA. Finalmente, o empreendimento intercepta a MG-010 em dois trechos, tendo sido proposta uma alternativa para a interveno prxima Conceio do Mato Dentro, faltando ainda uma proposta para a interceptao prximo a Itapanhoacanga. De qualquer modo, estas interceptaes e alternativas locacionais ainda devero ser submetidas apreciao do DER - MG e a detalhamento de viabilidade tcnica e ambiental. A extenso da ADA pode ser avaliada tanto pela rea onde se encontram inscritas as estruturas componentes do empreendimento (menor polgono que contem as estruturas) ou pela somatria das reas de cada uma destas estruturas. A estimativa da extenso da ADA atravs de polgonos onde se inserem as estruturas fornece uma idia aproximada do espao que efetivamente seria apropriado pelo empreendimento, j que estas estruturas estaro ligadas entre si por vias de circulao de pessoas, veculos e caminhes. Alm disto, pode-se esperar que estas reas correspondam a terrenos preferenciais para instalar os alojamentos, ampliar instalaes durante o detalhamento do projeto ou nos anos futuros, colocar bota-foras, etc. Considerando a rea do menor polgono que abarca as estruturas, a regio de Itapanhoacanga possui aproximadamente 1.290 hectares, a rea da barragem, rea industrial e canteiro de obras possui cerda de 1.390 hectares e as reas das Minas Serra do Sapo-Serra da Ferrugem com cerca de 1.200 hectares. A rea total do empreendimento, sem contar com a adutora de gua nova, compreende cerca de 3.880 hectares. O quadro 3.1, mostra as reas para cada estrutura operacional do empreendimento. Do total de 2.417,5 ha, as reas das cavas contribuem com 1.156,58 hectares de rea minerada e as pilhas de estril, externas s cavas, correspondem a 346,83 hectares, sendo que a barragem de rejeitos contribui com 822,92 ha. Alm disto, a adutora de gua captada no rio do Peixe, perfaz um trajeto de cerca de 32 km. A figura 1.1 apresenta as estruturas do empreendimento objeto do licenciaciamento e correspondem ADA aqui definida.

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QUADRO 3.1 - rea ocupada pelas estruturas do empreendimento


Regio do Empreendimento Regio Itapanhoacanga Cava Norte Cava Sul Pilha de estril externa a Cava Estrada de ligao Itapanhoacanga a rea industrial** Sub-total Regio Industrial rea Industrial Barragem de Rejeitos Canteiro de Obras Adutora gua nova* Adutora de gua de processo - retorno da barragem de rejeito* Estradas de ligao MG-010 a rea industrial Estradas de acesso Interno Alojamentos Sub-total Regio Sapo-Ferrugem Cava Pilha de Estril Estrada de desvio da MG-010 prximo a Conceio do Mato Dentro** Sub-total Total * rea no dim ensionada em hectares. ** Extenso em kilometros. 826,03 137,31 21,4 963,34 2.417,50 No disponvel No disponvel 914,09 79,31 822,92 11,86 32,0 61,61 268,94 73,06 10,5 540,07 Hectares

3.3 - rea de Influncia Direta - AID


Nesta rea, a abrangncia dos impactos incide diretamente, seja como impacto de primeira ordem ou de segunda ordem, sobre os recursos ambientais e antrpicos, bem como na rede de relaes sociais, econmicas e culturais.

Meio Fsico Na definio da AID considerou-se as bacias hidrogrficas vulnerveis ao assoreamento e poluio qumica provocado pelas atividades da minerao, bem como tambm a diminuio da disponibilidade de gua devido captao de gua no Rio do Peixe assim como a supresso de nascentes e o rebaixamento do nvel dos lenis freticos quando da operao da mina. Assim, foram definidas como AID as primeiras sub-bacias que ocorrem nas vertentes prximas ADA acima definida, incluindo a rea de captao na bacia hidrogrfica do rio do Peixe que se localiza a montante do ponto de captao.Desta forma considerou-se a bacia de captao do rio do Peixe, a qual engloba toda a rea do empreendimento que se localiza na Serra de Itapanhoacanga a norte, bem como a regio de transio entre esta rea e aquela que se localiza na Serra do Sapo a sul.
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Em relao regio da Serra do Sapo- Serra da Ferrugem, como esta o divisor de gua local entre as bacias do rio do Peixe e rio Santo Antnio, tambm foram definidas como reas de influncia direta as primeiras sub-bacias imediatamente a jusante da ADA. A leste e sul, o limite congruente com aquele estabelecido pela bacia de captao do Rio do Peixe. Na poro oeste foram definidas como AID, as sub-bacias afluentes da margem esquerda do Ribeiro Santo Antnio (Figura 3.1).

Meio Bitico Para delimitao da rea de Influncia Direta foi considerado o efeito do potencial assoreamento e poluio qumica das guas sobre a biota, bem como a supresso de nascentes e o rebaixamento do nvel dos lenis freticos quando da operao da mina em especial a herpetofauna e a ictiofauna.

Meio Scio-Econmico A rea de Influncia Direta compreende toda a rea dos municpios onde o empreendimento ir ocorrer. A incluso de toda a rea dos municpios como rea de influncia direta justificada porque o empreendimento tem potencial para gerar impactos socioeconmicos diretos sobre esses municpios como um todo, incluindo suas sedes urbanas. Portanto, considera-se como AID os municpios de Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas (Figura 3.3). Ressalta-se que o municpio de Dom Joaquim possui uma estrutura do empreendimento em sua territorialidade, que a bomba de captao de gua. Porm esta no possui relevncia suficiente para defini-lo como rea de Influncia Direta, uma vez que no tem potencial para gerar impactos socioeconmicos diretos sobre o municpio. Isto porque a bomba de captao de gua no se constitui um fator gerador de emprego e renda nem de atrao populacional. As reas que estaro no entorno imediato do empreendimento estaro sujeitas aos impactos diretos de maior intensidade. Estas formam um subgrupo da AID e, por isso, ser alvo de uma abordagem diferenciada de acordo com o impacto identificado. As reas que sero mais diretamente afetadas por estarem mais prximas ao empreendimento so as propriedades lindeiras ao empreendimento, bem como os distritos de Itapanhoacanga, em Alvorada de Minas, e de So Sebastio do Bom Sucesso, em Conceio do Mato Dentro.

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FIGURA 3.1 - rea de Influncia Direta (AID) do Meio Fsico

Legenda: Em azul: AID - bacia do Rio do Peixe at a captao de gua para o empreendimento Em verde: AID - sub-bacias de m ananciais da margem esquerda do Rio Santo Antnio ao longo das

Serras do Sapo e da Ferrugem


Em vermelho: estruturas do empreendimento

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FIGURA 3.2 - rea de Influncia Direta (AID) do Meio Bitico

Legenda: Em verde: AID - sub-bacias de mananciais da margem esquerda do Rio Santo Antnio ao longo

das Serras do Sapo e da Ferrugem


Em ciano: AID - sub-bacias da m argem direita do Rio do Peixe Em vermelho: estruturas do empreendimento Em azul: a leste: bacia do Rio do Peixe, a oeste, bacia do Rio Santo Antnio.

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FIGURA 3.3 - rea de Influncia Direta (AID) do Meio Socio-Econmico

Legenda: Em Verde: AID compreendendo os municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas.

3.4 - rea de Influncia Indireta (AII)


rea onde incidem os impactos indiretos, decorrentes e associados aos impactos diretos, sob a forma de interferncia nas suas interrelaes ecolgicas, sociais e econmicas, podendo extrapolar os divisores da bacia hidrogrfica e os limites municipais.

Meio Fsico A rea de Influncia Indireta sobre Meio Fsico foi delimitada em funo dos impactos indiretos do assoreamento e contaminao das guas, bem como da reduo da disponibilidade hdrica regional. Compreende a totalidade das cabeceiras do Rio Santo Antnio bem como a bacia hidrogrfica do Rio do Peixe. O curso do Rio Santo Antnio tambm considerado AII at sua confluncia com o Rio Tanque, o primeiro grande afluente do Santo Antnio aps o Rio do Peixe (Figura 3.4).

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Meio Bitico rea de Influncia Indireta sobre o Meio Bitico foi delimitada em funo da presena de ictiofauna endmica e ameaada presente nas cabeceiras da bacia hidrogrfica do Rio Santo Antnio, constituindo rea prioritria para conservao da biodiversidade. Considera-se toda a cabeceira da bacia devido mobilidade da ictiofauna, e sua migrao entre habitats diferentes para crescimento e reproduo, etc. A rea coincide com o limite da AII do meio fsico tendo em vista os impactos do empreendimento sobre os recursos hdricos e condies dos ecossistemas aquticos, estendendo-se tambm para o curso do Rio Santo Antnio at sua confluncia com o Rio Tanque (Figura 3.5). Meio Scio Econmico A rea de Influncia Indireta compreende os municpios de Santana do Riacho, Serro e Dom Joaquim. Esses municpios esto sujeitos a alguns impactos indiretos decorrentes do empreendimento (Figura 3.6). O empreendimento, dada sua grande dimenso econmica e social, tem potencial para impactar alguns aspectos da socioeconomia dos municpios supracitados. Ressalta-se que os impactos sobre a rea de Influncia Indireta se daro de maneira distinta para cada municpio nela inserido. O municpio de Santana do Riacho poder sofrer impactos sobre a atividade turstica que l se desenvolve. As razes que justificam esta previso so elencadas a seguir: - o municpio Santana do Riacho faz divisa com Conceio do Mato Dentro; - o distrito de Serra do Cip (atual denominao de Cardeal Mota), que pertence Santana do Riacho, est no eixo da MG - 010 e o principal acesso ao empreendimento, portanto, praticamente todos que se dirigirem ao empreendimento iro cruz-lo. Mas, ressalta-se que embora o transporte dos insumos, mquinas e matrias-primas se dar por outro rota viria, mesmo assim ao longo da implantao e operao a MG-010 se manter como uma importante via de acesso ao empreendimento; - uma importante identidade cultural de Santana do Riacho, qual seja, estar inserido na Serra do Cip vem sendo incorporada pelo municpio de Conceio do Mato Dentro, uma vez que este tambm se insere no Circuito Turstico que distingue a regio, que o Circuito Turstico Serra do Cip; - o distrito de Serra do Cip possui diversos atrativos naturais e uma infra-estrutura de turismo de boa qualidade, o que o faz ser atrativo para as pessoas envolvidas com o empreendimento. O municpio do Serro sofrer impactos sobre sua infra-estrutura social (educao e sade), sobre sua atividade e potencialidade turstica e sobre seu mercado de trabalho. Os motivos que justificam esta previso so: - o municpio faz divisa com Alvorada de Minas e est no eixo da MG - 010; - o municpio um plo cultural e econmico na regio; - o municpio possui potencialidade turstica, podendo ser atrativo para as pessoas do empreendimento;

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- o municpio possui uma estrutura educacional e de sade de maior porte do que Alvorada de Minas e semelhante ao de Conceio do Mato Dentro, portanto, tem potencial para exercer atrao sobre as famlias dos trabalhadores do empreendimento, principalmente na etapa de operao; - o municpio o nico prximo ao empreendimento que possui instituies de nvel superior o que indica a existncia de um maior contingente de mo-de-obra qualificada; - a populao do municpio tem a mesma escala de tamanho que a de Conceio do Mato Dentro e poder contribuir para a formao da mo-de-obra direta e indireta do empreendimento. O municpio de Dom Joaquim se insere na rea de Influncia Indireta porque o empreendimento ir captar gua para o desenvolvimento de suas atividades no seu territrio, mais precisamente no rio do Peixe. Ressalta-se que outros municpios da regio de planejamento central possuem isoladamente alguma das caractersticas acima descritas. Porm, o conjunto delas que define cada um dos municpios citados como integrante da rea de influncia do empreendimento. Em termos metodolgicos, os municpios da rea de influncia direta tero um tratamento diferenciado dos municpios da rea de influncia indireta. Isto porque os impactos sobre esses afetaro as mais diversas instncias econmicas, culturais, sociais e ambientais que os caracterizam. Enquanto que os municpios da AII sofrero impactos especficos sobre alguns de seus aspectos e potencialidades. Portanto, tanto o diagnstico como a anlise de impacto sobre os municpios da AII ser focada nos aspectos desses municpios que possuem potencial de sofrerem interferncia do empreendimento.

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FIGURA 3.4 - rea de Influncia Indireta (AII) do Meio Fsico

Legenda: Em Lils: AII nas cabeceiras do Rio Santo Antnio Em Azul: AII na bacia do Rio do Peixe Em Verde e Ciano: AID (veja Figura 3.1).

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FIGURA 3.5 - rea de Influncia Indireta (AII) do Meio Bitico

Legenda: Em Azul: AII na bacia do Rio do Peixe Em Lils: AII na bacia do Rio Santo Antnio Em Verde e Ciano: AID (veja Figura 3.2).

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FIGURA 3.6 - rea de Influncia Indireta (AII) do Meio Socio-Econmico

Legenda: Em Verde: II compreendendo os municpios de Santana do Riacho, Dom Joaquim e Serro. Em Vermelho: AID (veja Figura 3.3).

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4 - DIAGNSTICO AMBIENTAL
Neste capitulo apresentado o diagnstico ambiental da regio do Projeto Minas-Rio.

4.1 - Meio Fsico


O diagnstico ambiental permite o reconhecimento dos principais atributos ambientais relevantes da rea de modo a subsidiar a anlise dos impactos ambientais advindos do empreendimento, a proposio de medidas de mitigao e controle adequadas e a execuo dessas medidas. Os estudos de campo foram realizados considerando a concepo original do empreendimento projetado inicialmente para explotao dos jazimentos ferrferos nas Serras do Sapo e Itapanhoacanga. Desta forma, este diagnstico no aborda, na sua totalidade, a Serra da Ferrugem, localizada ao sul da Serra do Sapo.

4.1.1 - Metodologia
O diagnstico ambiental do meio fsico envolveu uma equipe multidisciplinar composta de gelogos, gegrafos e engenheiros, com auxlio de dados primrios e secundrios para a produo do documento supracitado. Podemos dizer que os dados secundrios proporcionaram a contextualizao regional e os levantamentos de campo geraram dados primrios utilizados para caracterizao local. Foram usados como dados secundrios, informaes enviadas pela MMX, imagens de satlite, bibliografia tcnica especializada, etc.

4.1.2- Clima
A caracterizao climtica da regio de Conceio do Mato Dentro foi realizada a partir de dados obtidos junto ao Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais- INPE e Instituto Nacional de Meteorologia- INMET. Procurou-se caracterizar a dinmica atmosfrica local a partir da interao dos componentes da circulao de larga-escala e meso-escala. Fatores de ordem regional foram fundamentalmente abordados, contudo a utilizao dos dados da estao climatolgica local contribuiu essencialmente para uma melhor compreenso da dinmica atmosfrica em pequena escala (climatologia local). 4.1.2.1- A circulao de larga e meso-escala O conhecimento das caractersticas estruturais da conveco tropical importante para a compreenso da organizao individual das clulas convectivas e sua interao com a circulao em grande escala. Vrios tipos de sistemas foram estudados na dcada de 70 e incio dos anos 80, definindo-se diferentes tipos de sistemas convectivos de mesoescala (SCM) tais como: linhas de instabilidade e Complexos Convectivos de Mesoesca la.

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Situada na regio intertropical do globo, a regio de Conceio do Mato Dentro tem a circulao atmosfrica e suas caractersticas climticas explicadas a partir da interao do modelo de larga-escala, termicamente forada, representado pelo sistema Hadley-Walker, os sistemas de escala sintica (Frentes Polares- FP) e as caractersticas geogrficas geradoras de sistemas de ordem regional e local. sistema Hadley -Walker apresenta movimentos de ar O ascendentes nas regies onde a atmosfera est sendo aquecida pela liberao de calor latente da condensao de nuvens convectivas profundas (Climanlise, 1986,4) . Por outro lado, verificam-se movimentos de subsidncia atmosfrica nas latitudes subtropicais o que inibe a formao de nuvens e a precipitao. O sistema HadleyWalker determinante na compreenso da dinmica atmosfrica e responsvel pela manuteno de ventos predominantes de leste em todo o cinturo intertropical. Conforme Ayoade (1998), as baixas latitudes so dominadas por ventos predominantes de leste - os alseos - que, originrios do Anticiclone do Atlntico Sul (AAS) compem o sistema de circulao de larga-escala. Sua forte influncia sentida durante todo o ano, impondo regio as caractersticas de sua rea de origem. Sob sua influncia predominam condies de estabilidade atmosfrica e temperaturas elevadas, fatos relativizados pela interao com a superfcie subjacente. A predominncia da atuao do Anticiclone do Atlntico Sul durante o perodo que se estende de abril a setembro, de modo em geral, garante a estabilidade atmosfrica, forte insolao e baixa nebulosidade sobre toda a regio em estudo. Durante o perodo primavera-vero o aquecimento solar intenso sobre o continente sul-americano desloca o ramo ascendente da circulao Hadley-Walker para o Hemisfrio Sul e observa-se o incio da precipitao em grande parte do Brasil (Climanlise, 1986). Ainda durante o vero configura-se a Zona de Convergncia do Atlntico Sul (ZCAS) , um eixo de intensa atividade convectiva, de orientao NW-SE, que funciona como uma espcie de calha que conduz a umidade oriunda da Amaznia para as regies Centro-Oeste e Sudeste. Ancorada por sistemas frontais, esta configurao sintica responsvel pela precipitao de grandes volumes pluviomtricos, numa configurao sintica que pode durar vrios dias at vir se dissipar. Os sistemas frontais so originrios das latitudes extra-tropicais e possuem vital importncia para a climatologia da regio e entorno de Conceio do Mato Dentro. No vero produzem instabilidade e forte nebulosidade associada. Os sistemas frontais so acompanhados por anticlones polares mveis. Durante o inverno a atuao dos Anticiclones Polares Mveis (APM) produz condies de reduo das temperaturas mdias. Sob sua influncia registram-se as temperaturas mnimas absolutas. A figura 4.1 sumariza a atuao dos principais sistemas de circulao atmosfrica de escala sintica em Conceio do Mato Dentro.

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FIGURA 4.1 - Principais sistema de escala sinticas atuante na regio de Conceio do Mato Dentro

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A regio de Conceio do Mato Dentro afetada pela maioria dos sistemas sinticos que atingem o sul do pas, com algumas diferenas em termos de intensidade e sazonalidade do sistema. Vrtices ciclnicos em altos nveis, oriundos da regio do Pacfico, organizam-se com intensa conveco associada instabilidade causada pelo jato subtropical. Linhas de instabilidade pr-frontais, geradas a partir da associao de fatores dinmicos de grande escala e caractersticas de meso-escala so responsveis por intensa precipitao, segundo Cavalcanti et al. (1982). A regio caracterizada pela atuao de sistemas que se associam caractersticas de sistemas tropicais com sistemas tpicos de latitudes mdias. Durante os meses de maior atividade convectiva, a Zona de Convergncia do Atlntico Sul (ZCAS) um dos principais fenmenos que influenciam no regime de chuvas nessa regio. O fato da banda de nebulosidade e chuvas permanecerem semi-estacionrias por dias seguidos favorece a ocorrncia de inundaes nas reas afetadas. Os sistemas frontais que atuam durante o ano todo sobre a regio so um dos maiores causadores de distrbios meteorolgicos na rea. O deslocamento desses sistemas est associado ao escoamento ondulatrio de grande escala. A intensificao ou dissipao dos mesmos est relacionada com as caractersticas atmosfricas da regio, denominadas de regies frontogneticas, ou seja, locais onde as frentes podem se intensificar ou podem se formar. Durante o regime de vero, as frentes frias ao ingressarem no sul do pas, associamse a um sistema de baixa presso em superfcie sobre o Paraguai conhecida como Baixa do Chaco e intensificam-se. Estes sistemas neste perodo, freqentemente ficam semi-estacionados na regio de Conceio do Mato Dentro, devido presena de vrtices ciclnicos em altos nveis. A permanncia dos sistemas frontais sobre esta regio organiza a conveco tropical e caracteriza a formao de ZCAS (Zona de Convergncia do Atlntico Sul) escoando grande parte da umidade da regio amaznica para a regio Sudeste, e, claro para a regio de Conceio do Mato Dentro. A zona de convergncia intertropical - ZCIT tambm um dos mais importantes sistemas meteorolgicos atuando nos trpicos. Devido sua estrutura fsica, a ZCIT tem se mostrado decisiva na caracterizao das diferentes condies de tempo e de clima na regio em estudo. O conjunto de caractersticas associadas ZCIT possui um deslocamento norte-sul ao longo do ano. A marcha anual da ZCIT tem, aproximadamente, o perodo de um ano, alcanando sua posio mais ao norte (8 N) durante o vero do Hemisfrio Norte, e a sua posio mais ao sul (1 N) durante o ms de abril (Hastenrath e Heller, 1977 e Citeau et alii, 1988a e 1988b). Alm dessa oscilao anual, a ZCIT apresenta oscilaes com maiores freqncias, com o perodo variando de semanas a dias. As imagens do satlite meteorolgico Goes presentes nas figuras 4.2 e 4.3, sumarizam a atuao dos principais sistemas de circulao atmosfrica de escalas sintica atuantes no vero e no inverno de Conceio do Mato Dentro.

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FIGURA 4.2 - Principais atividades convectivas atuantes na estao chuvosa (vero) em concei

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FIGURA 4.3 - Principais sistemas de meso escala atuantes na estao seca (inverno) em Concei

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Outros fenmenos de freqncia menos intensa e mais irregular atuam na regio de Conceio do Mato Dentro e provocam mudanas significativas nas condies atmosfricas local.

A interferncia do El - Nio O evento do El Nio/Oscilao Sul (ENOS) de 1982-1983 foi um dos mais intensos e afetou o tempo e clima da Amrica do Sul de vrias maneiras. Este perodo (Janeiro/Fevereiro 82/83) foi caracterizado por possuir o menor ndice pluviomtrico nos ltimos 50 anos. Anos de El-Nio muito intenso, como foram os anos de 1925-26, 1976-76 ou 1982-83, a precipitao do vero foi mais baixa que nos anos normais. Estudos realizados por Marengo e Hastenrath (1993), e que foram comprovados por estudos de modelagem do clima de Marengo et al. (1993), mostram que, durante anos de grande aquecimento das guas do Pacifico equatorial (El-Nio), a ZCIT situa-se anmalamente mais ao norte do que sua posio normal sobre o Atlntico tropical. Consequentemente os ventos alseos de NE so mais fracos.

O Jato Subtropical

Em altos nveis da atmosfera, prximo tropopausa, existe uma regio onde a componente do vento zonal, de oeste, atinge valores mximos. Esta componente aumenta com a altura devido existncia de gradientes meridionais de temperatura. O escoamento caracterizado por valores mximos denominado de Corrente de Jato. Vrias pesquisas j foram realizadas, onde direta ou indiretamente estudou-se a Corrente de Jato e assim pode-se verificar sua importncia associadas alguns casos de precipitao, ou o inverso, bloqueios de frentes polares advindas da regio sul em altos nveis A posio longitudinal e a intensidade dos jatos no Hemisfrio Sul apresentam, geralmente, uma variao interanual em altos nveis (200 hPa) que podem ser observados mais frequentemente no trimestre de inverno (JJA). O trimestre de vero (D,J,F) o Jato Subtropical praticamente desaparece, prevalecendo o Jato Polar ou Extratropical. Durante os meses de Vero, no Hemisfrio Sul, o jato em mdia fica situado entre 40 S e 50 S. No outono o Jato Subtropical apresenta-se bem definido e em processo de intensificao. A intensificao do jato uma resposta ao gradual aumento do gradiente meridional de temperatura. Os meses de Inverno (Junho, Julho, Agosto) o jato atinge a sua mxima intensidade e atuao sobre a Amrica do Sul.

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Vrtices ciclnicos em altos nveis Os VCAN so definidos como sistemas fechados de baixa presso, de escala sintica, que se formam na alta troposfera. So comumente chamados de baixas frias, pois apresentam centro mais frio que a periferia. Com o auxilio de imagens de satlite meteorolgico, observa-se que os VCAN, em determinadas situaes, causam grande precipitao na regio de Conceio do Mato Dentro. Normalmente, estes vrtices originam-se no Oceano Pacfico e quando penetram no continente, ocorre instabilidade e precipitao nos setores leste e nordeste do vrtice. Os vrtices ciclnicos possuem uma vida mdia que varia consideravelmente, uns duram apenas algumas horas, outros mais de duas semanas. Ocasionalmente, os vrtices ciclnicos intensificam-se para baixo na vertical e podem refletir no campo de presso em superfcie. Os vrtices ciclnicos em altos nveis (VCAN) atuam sobre a regio de Conceio do Mato Dentro por um perodo de 1 ou 2 dias provocando chuvas e ventos fortes. Alm de causar chuvas fortes na regio os VCAN tambm esto muitas vezes associados a ocorrncia de baixas temperaturas que geralmente podem causar grandes prejuzos para a agricultura. Apesar da grande influncia dos VCAN no tempo da regio, diversas caractersticas sinticas desses sistemas (variaes sazonais e interanuais, processos fsicos envolvidos, manuteno, etc.) ainda no so bem conhecidos. Os VCAN formam-se devido pr-existncia de um cavado frio em altos nveis de latitudes mdias, que ao penetrar nos subtrpicos pode ter uma inclinao meridional bem acentuada. Essa inclinao faz com que a parte do cavado, em baixas latitudes, tenha uma velocidade zonal inferior ao resto do cavado atrasando-se at desprenderse completamente. Desse modo, uma circulao ciclnica fechada nesta parte desprendida, ou seja, quando massas de ar de altas latitudes associadas com cavados estendidos, tornam-se desprendidas. Os vrtices ciclnicos podem tambm ser classificados como "midos" ou "secos", dependendo da quantidade de nebulosidade associada. Os vrtices confinados na mdia e alta troposfera possuem pouca nebulosidade e so denominados secos. Os vrtices "secos", como descrito por Frank (1970), esto caracterizados por movimento descendente e seco no seu centro. Os vrtices que atingem os nveis mais baixos da troposfera possuem bastante nebulosidade, sendo chamados de vrtices "midos". A nebulosidade associada varia, ocorrendo muitas vezes intensa nebulosidade e precipitao e outras vezes o cu est quase claro. Isto sugere uma reverso na circulao vertical.

Complexos convectivos de meso-escala A trajetria dos CCM subtropicais tem geralmente incio na regio a leste dos Andes numa latitude mdia de 25 S e sobre os vales dos rios Paran e Paraguai. As condies de grande escala mdias associadas a CCM foram enfocadas tanto em Guedes (1985) como em Velasco e Fritsch (1987). A caracterstica principal a presena de um jato em baixos nveis (850 hPa) de norte que proporciona forte adveco de ar quente e mido. A borda sul desse jato costuma coincidir com a posio do CCM denotando forte convergncia de umidade.

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Embora essa situao de grande escala seja favorvel ao incio do sistema convectivo, a evoluo temporal subseqente no inteiramente definida por essas caractersticas. Numa simulao numrica de um sistema convectivo de mesoescala, com caractersticas de CCM, realizada por Rocha (1992), mostra-se atravs de experimentos de sensibilidade, que a evoluo do CCM est simbiticamente ligada liberao de calor latente nos processos convectivos: sem essa fonte de energia o sistema decai rapidamente.

Distrbios Ondulatrios de Leste Na atmosfera tropical, caracterizada por muita umidade e intensa atividade convectiva, so observados fenmenos meteorolgicos em vrias escalas de espao e de tempo, desde a conveco cmulos at a oscilao quase-bienal Em vrias regies da faixa tropical tem sido observada a presena de um fenmeno de tempo caracterizado por distrbios nos ventos de leste, que vem sendo estudado h mais de quarenta anos. Estes distrbios foram chamados de ondas de leste e foram encontrados no Pacfico leste e oeste, no Atlntico Norte e na faixa tropical perto da frica. As condies de tempo relacionadas a estas ondas so: bom tempo associado subsidncia a oeste do cavado e mau tempo a leste do cavado; na baixa troposfera, a onda se move mais lentamente que a corrente bsica, e possui um ncleo de ar mais frio que a vizinhana; a intensidade mxima da onda se d em torno de 700 hPa a 500 hPa, e a inclinao para leste com a altura. Essas caractersticas so usadas at hoje na determinao dos distrbios de leste. QUADRO 4.1 - Normais climatolgicas anuais da estao meteorolgica de Conceio do Mato Dentro - 1971/1990.
Varivel Climatolgica Presso Atm osfrica Anual Temperatura Mdia Anual Temperatura Mxim a Anual Temperatura Mnim a Anual Temperatura Mxim a Absoluta Temperatura Mnim a Absoluta Precipitao Mdia Anual Precipitao Mxim a 24 horas Evaporao Umidade Relativa Insolao Anual Valor 939,7 20,8 28,1 14,9 37,8 0,2 1521,3 145,6 (14/02/1978) 770,1 75,7 1984,3 Unidade mb C C C C C mm mm mm % h

Nebulosidade 6,2 0-10 Fonte: Normais Climatolgicas (1931 -1960 e 1960 -1990), INMET - Instituto Nacional de Metereologia, 1984 e 1992.

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4.1.2.2- Climatologia das variveis meteorolgicas da regio Caracterizao pluviomtrica A precipitao uma das variveis meteorolgicas mais importantes para os estudos climticos das diversas regies do Brasil. Tal importncia deve-se s conseqncias que elas podem ocasionar, quando ocorridas em excesso (precipitao intensa), para os setores produtivos da sociedade tanto econmico e social (agricultura, transporte, hidrologia, etc), causando enchentes, assoreamentos dos rios, quedas de barreiras, etc. Chuva intensa define-se como sendo aquela que registra um grande volume de gua precipitado num curto espao de tempo. Estas chuvas intensas ocorrem isoladamente ou associadas a outros sistemas meteorolgicos. As precipitaes intensas, geralmente esto acompanhadas de troves, descargas eltricas, granizos e ventos fortes. A nuvem de chuva caracterstica na regio de Conceio do Mato Dentro o cumulonimbus, cuja base pode situar-se entre 300 e 3000 m. A distribuio da mdia pluviomtrica ao longo do ano para a cidade de Conceio do Mato Dentro de 1521,3 mm, que por sua vez marcado por uma grande variao interanual (um perodo seco e chuvoso). Os meses mais chuvosos estendem-se de outubro-maro (Figura 4.4). Os meses de abril e setembro so meses de transio entre um regime e outro. J o semestre de abril-setembro marcado pela estao seca na regio. Contudo, devido dinmica atmosfrica e a ao de vrios elementos interagindo e alterando est dinmica, tanto a estao seca quanto a chuvosa podem prolongar-se ou sofrerem atrasos. A distribuio de chuva no trimestre novembro-dezembro-janeiro (NDJ) apresenta uma regio de precipitao alta (superior a 814 mm). Por outro lado, no trimestre junhojulho-agosto (JJA), devido a baixa atividade convectiva, os valores no ultrapassam a 119,4 mm. A regio fica sob a ao do Anticiclone do Atlntico Sul, induzindo um perodo de seca bem caracterstico. No incomum o registro de ausncia de precipitao no trimestre mais seco do ano. Este comportamento est completamente de acordo com o ciclo anual da atividade convectiva na regio.

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FIGURA 4.4 - Comportamento interanual da precipitao (mm)


450 434,9 400

Perodo de Dados :1931-1970


350

Perodo de Dados : 1971-1990

300 281,1 261,2 250 211,2 200 174,3 173 141,5 147,3 150 104,3 88,5 100 44,4 192,8

286,5 257

275,9

34,6 50 37 15,4 15,3 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO 14,8 11,9 8,5 18

43,6

SET

OUT

NOV

DEZ

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia -INMET

Pode-se observar na figura 4.5, h uma clara tendncia ao aumento de pancadas de chuvas em curtos perodos de tempo, conforme as mdias histricas de 1931-1970 para 1971-1990. Tais evidncias vm de encontro aos diversos estudos de especialistas no mundo inteiro que identificam o mesmo comportamento da pluviosidade em varias regies do globo. FIGURA 4.5- Comportamento interanual da precipitao mxima em 24 horas
150 145,6

Perodo de Dados :1931-1960 Perodo de Dados : 1971-1990


121,8 120 107,1 98,6 89,6 90 99,6 93,8 88,6 90,6 85,6 118,8 118,2

105,6

72,2 65,7 63 60 46,9 48,2 38,1 38,9 32,3 30 58 53,4

73,8

0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia -INMET

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Caracterizao trmica Durante o perodo 1931-1990 as maiores temperaturas mdias anuais (TMED) so registradas no trimestre de janeiro-fevereiro-maro (JFM). Contudo, ao contrrio que se espera para uma regio equatorial as temperaturas so amenas ao longo de todo o ano e acompanham a dinmica das mdias latitudes continentais com vero e inverno bem caracterizados termicamente. Para tanto ainda pode-se observar que as mdias ao longo do ano no ultrapassam a casa dos 23,2C (figura 4.6). A variabilidade da temperatura local pode ser considerada baixa conforme atestam os valores de desvio que variam de 2,46 C (TMED) a 1,60C (TMAX). Este comportamento reflete a tropicalidade do clima local, embora possa ser verificada uma variao sazonal de certa forma significativa. FIGURA 4.6- Comportamento interanual das temperaturas mdias, mximas e mnimas.
35

29,5

29,75 29,15 28,1 27,6 26,2 25,25 24,8 26,4 27,5 28,2 28,3

30

25
23,15 23,15 22,65 22,15 20,95 19,85 21,35 22,5

20
17,8 17,85 17,6

18,7 16,9 15,9

17,75 17,25 16,45 15,6

17,95

15
13,3 13

10,85 9,85

10,35

10
Temperatura Mxima Mensal Temperatura Mdia Mensal Temperatura Mnima Mensal

5 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: Instituto Nacional de Meteorolo gia-INMET

As maiores mdias das mximas ao longo do ano (TMAX) so registradas no trimestre de janeiro-fevereiro-maro (JFM), com temperaturas de 29,5C, 29,8C e 29,2C, respectivamente (Figuras 4.6 e 4.7). Tais caractersticas, esto relacionadas a maior quantidade de energia solar disponvel no sistema terra-atmosfera, resultante da modificao do eixo de inclinao da terra neste perodo, hemisfrio sul, onde os raios solares ficam mais paralelos diminuindo o ngulo de incidncia sobre a superfcie terrestre, e consequentemente maior quantidade de energia (Kj/cm2).

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FIGURA 4.7 - Comportamento interanual das temperaturas mdias mximas


32

30,3 30 30 28,8 29 28 29,2 28,4 28,4 27,5 27,7 26,9 26,8 25,9 26 25,5 26 25,5 24,6 24 24,1 26,8 27,5 27,7 27,6 28,5 28,9 29,9

22 Perodo de Dados: 1931-1960 Perodo de Dados: 1971-1990 20 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia -INMET

As menores mdias das mnimas ao longo do ano (TMIN) so registradas no perodo de inverno (JJA) com temperaturas de 10,9C, 9,9C e 10,4C, rescpectivamente. Em uma anlise mais criteriosa do comportamento atmosfrico da regio, tais caractersticas esto relacionadas a predominncia de baixa nebulosidade, o que de certa forma contribui para o registro das menores mnimas, uma vez que neste perodo, a permanncia de cu claro induz liberao de calor no perodo noturno para a atmosfera mais eficientemente, sem ser barrado pelas nuvens, um importante elemento do efeito estufa natural. Outro fenmeno que induz as baixas mnimas verificadas na figura 4.8 o eixo de inclinao da terra que neste perodo, hemisfrio sul, onde os raios solares ficam mais inclinados sobre a superfcie terrestre, diminuindo a quantidade de energia (Kj/cm2) no sistema terra-atmosfera.

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FIGURA 4.8 - Comportamento interanual das temperaturas mdias mnimas


20

17,8

17,9 17,6 17,8 17,6 17 17,5

18 17,9

18
17,8

16
15,7

16,1

15,9

15,3

14
13,5 13,1 13,2 12,8

12
11,1 10,6 10,1 10 9,6 Perodo de Dados: 1931-1960 Perodo de Dados: 1971-1990 10,7

10

8 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia -INMET

Um outro elemento importante que merece ser analisado o aumento mdio das temperaturas mnimas absolutas do perodo de 1931-170 para 1971-1990 (Figura 4.9). Segundo anlise estatstica realizada, houve um aumento mdio de 0,6 C anual nos registros de temperatura mnima absoluta. Tais evidncias podem estar relacionadas com possveis alteraes na superfcie de Conceio do Mato Dentro o que poderia estar alterando o albedo do solo e, consequentemente, a dinmica da relao entre a superfcie e a energia absorvida-refletida.

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FIGURA 4.9 - Comportamento interanual das temperaturas mnimas absolutas


14
13

12,1

12
11,1 11,8 10,8 10,8

10
9,4 9,2 8

10

9,5 8,5

8
7

4
3,2 2,2 2,2 3,2

2 1,9

2,5

2
Perodo de Dados: 1931-1960 Perodo de Dados: 1971-1990 1,5 1

0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia -INMET

As temperaturas mximas absolutas do perodo de 1931-170 para 1971-1990 (Figura 4.10), tambm registraram um aumento mdio, cerca de 1 C. Tais evidncias podem estar relacionadas tambm com possveis alteraes na superfcie de Conceio do Mato Dentro o que poderia estar alterando o albedo do solo e, consequentemente, a dinmica da relao do solo e atmosfera em superfcie, alm das possveis mudanas ou variaes climticas de escala global, conforme atestam estudos do IPCC.

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FIGURA 4.10- Comportamento interanual das temperaturas mximas absolutas


40

37,8 38 37,4 36,7 36,6 36,6 36 36 35,2 35,4 34,5 34,8 34 33 32,8 32,8 32 32,6 34,2 34,8 35,6 36,5 36,6 35,8

35,6

Perodo de Dados: 1931-1960 31 30 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Perodo de Dados: 1971-1990 30,8

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia -INMET

O grfico da figura 4.11 mostra o real aumento das temperaturas interanuais entre os perodos histricos de 1931-1970 e 1971-1990. Guardadas as devidas propores e a prpria dinmica da atmosfera no seu comportamento e resposta s inmeras variveis, nota-se uma tendncia ao aumento de temperatura em mdia de 0,6 C. FIGURA 4.11 - Aumento das temperaturas mdias interanuais e tendncias
1,2

1 0,9

0,8 0,7 0,7 0,7 0,6 0,6 0,5 0,5 0,4 0,7 0,7 0,6

0,2 0,2 Aumento real em C 0,1 0 Tendncia do aumento mdio

ABR

OUT

FEV

MAR

AGO

NOV

210

DEZ

JUN

JUL

SET

JAN

MAI

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Utilizando-se de tcnicas de modelagem estatstica com entrada de dados das variveis trmicas compreendidas entre perodos histricos de 1931-1970 e 19711990, foram traados os prognsticos da temperatura para Conceio do Mato Dentro para um perodo de 30 anos. Contudo, a modelagem realizada utilizou a tendncia verificada nos dois ltimos perodos histricos analisados, desconsiderando possveis alteraes na linha de tendncia que podem ser maior que a verificada at a dcada de noventa, ou, at mesmo menor, possibilidade mais remota. De forma mais objetiva, os atuais usos e atividades antrpicas na regio podem estar intensificando ainda mais as tendncias e os prognsticos traados para os prximos anos. FIGURA 4.12 - Prognstico de temperaturas para os prximos 30 anos
29,0

27,0

25,0

23,9

24,2 23,7 23,2 22,4 23,4

Temperatura C

23,0

23,4

23,5 23,0

22,0 22,5 20,6 22,8

21,0
21,3 19,6 19,1 20,1

21,7

19,0
19,0 17,2 18,2

17,0
17,0

16,6

Perodo de 1971 a 1990 Prognstico para 30 anos

16,5

15,0 JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

Caracterizao da umidade relativa do ar A umidade relativa do ar na regio de Conceio do Mato Dentro apresentou baixa variabilidade anual. Contrariando as expectativas que se conhece sobre o comportamento mdio esperado da umidade do ar na faixa intertropical, os grficos indicam a existncia de maiores valores mdios durante o inverno e mais baixos durante o inicio do vero. O trimestre de abril-maio-junho (AMJ) constitui o mais mido, enquanto os meses de agosto-setembro-outubro (ASO) registram-se as menores porcentagens de umidade (figura 4.13).

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FIGURA 4.13 - Comportamento interanual da Umidade Relativa


Perodo de 1971 a 1990 Perodo de 1931 a 1970 80,6 79,5 80 77,9 79,4 80,3 79,2 78,2 77,6 76,5 75,7 75 74 72,5 70,7 71 70,8 72,9 74,8 73,3 76,2 77,8 77,1 77 80,6 79,7 79,4

83

68,5 68

65 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia -INMET

Caracterizao da nebulosidade mdia Como j era de se esperar a nebulosidade bastante reduzida no perodo de inverno onde a atuao do anticiclone do Atlntico Sul se faz mais intenso na regio de Conceio do Mato Dentro (Sudeste do Brasil). Com a atuao do anticiclone a regio se torna rea de subsidncia de ventos de leste e inibe a formao de nuvens de grande verticalizao. Como conseqncia os invernos na rea possuem grande quantidade de horas de brilho solar e baixa nebulosidade. No vero a situao se inverte, a alta atividade convectiva propicia a formao de nuvens e baixa quantidade de horas de brilho solar, conforme pode ser observado na figura 4.14.

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FIGURA 4.14 - Comportamento interanual da nebulosidade


10,0

9,0

8,1 8,0 7,5 7,3 7,2 7,0 7,0 6,8 6,3 6,0 6,0 5,8 5,2 5,0 6,4 7,8

4,0 JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN MESES

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia -INMET

Caracterizao da presso atmosfrica A presso atmosfrica na regio de Conceio do Mato Dentro est condicionada a atuao e intensificao dos anticiclones (alta presso) e dos sistemas de baixa presso. Nota-se (Figura 4.15) que a presso atmosfrica na regio aumenta gradativamente medida que o ASAS se intensifica nas guas tropicais do Atlntico Sul. De modo em geral a chuvas na regio so ocasionadas a partir da diminuio da presso ao longo do ano conforme pode ser observado na relao das figuras 4.3 e 4.15.

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FIGURA 4.15 - Comportamento interanual da presso atmosfrica


944,0

943,0

942,0

941,0

940,0

939,0

938,0

937,0

936,0

935,0 Presso hPa 934,0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia -INMET

Caracterizao dos ventos A caracterizao da direo preferencial dos ventos da regio de Conceio do Mato Dentro foi realizada a partir de dados obtidos junto ao Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais - INPE e Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Procurou-se caracterizar a dinmica dos ventos locais a partir da interao dos componentes da circulao de larga-escala e meso-escala. Fatores de ordem regional foram fundamentalmente abordados, contudo a utilizao dos dados da estao climatolgica do INMET, normais climatolgicas de 1971 a 1990, contriburam essencialmente para uma melhor compreenso da dinmica atmosfrica em pequena escala (climatologia local). Situada na regio intertropical do globo, a regio de Conceio do Mato Dentro tem a circulao atmosfrica e suas caractersticas climticas explicadas a partir da interao do modelo de larga-escala, representado pelo sistema Hadley-Walker. Sabese, contudo que a regio de estudo dominada por ventos predominantes de sudeste - originrios do Anticiclone do Atlntico Sul (AAS) compem o sistema de circulao de larga-escala. Sua forte influncia sentida durante todo o ano, impondo regio as caractersticas de sua rea de origem, conforme pode ser observado no quadro abaixo. Outro elemento que merece ser observado baixa velocidade dos ventos ao longo de todo o ano, mais especificamente no perodo de inverno. Tais caractersticas indicam estabilidade dos ventos em superfcie provenientes da dinmica morfolgica local, das condies geogrficas e das caractersticas ambientais onde a estao climatolgica est instalada.

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QUADRO 4.2A - Normais climatolgicas da estao meteorolgica de Conceio do Mato Dentro - 1971/1990.
Perodo 1971 /1990 1971 /1990 1971 /1990 1971 /1990 1971 /1990 1971 /1990 1971 /1990 1971 /1990 1971 /1990 1971 /1990 1971 /1990 1971 /1990 Meses Janeiro Fevereiro Maro Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Direo preferencial (origem dos ventos) SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE SE Velocidade mdia m/s 1,4 1,5 1,3 1,3 1,0 1,0 1,2 1,5 1,6 1,6 1,5 1,6

Caracterizao do balano hdrico De outubro a abril o sistema terra-atmosfera trabalha com excedente hdrico que pode chegar at 213,1mm em dezembro e 211,7 em janeiro. No perodo de maio a setembro (MJJAS) devido baixa significativa de precipitao o sistema trabalha com dficit hdrico. Apenas no ms de outubro que o sistema supera as perdas e trabalha com supervits em virtude do coeficiente de precipitao menos evapotranspirao ser positivo no perodo (Figura 4.16). Pode-se constatar que a regio de estudo convive com um perodo de deficincia hdrica longa, durando cerca de cinco meses sucessivos. Devido a grande variabilidade interanual da pluviosidade sugere que o uso dos recursos hdricos se faa de maneira criteriosa, principalmente das guas superficiais, prevendo-se a flutuabilidade no ritmo das precipitaes e da disponibilidade hdrica local.

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FIGURA 4.16- Balano Hdrico


250,0

211,7 200,0

150,0 111,6 110,7 100,0 213,1 189,0

50,0

38,1 69,2 -17,8 -33,9 jun -51,6 jul -54,7 ago -34,2 set out nov Dez

0,0 Jan

fev

mar

abr

mai

-50,0

-100,0

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia -INMET

4.1.2.3 - Modelagem da precipitao e do escoamento superficial dos ventos. Foram realizados estudos de modelagem, utilizando de recursos de geoprocessamento baseados no modelo digital de elevao (DEM), para inferir o escoamento superficial dos ventos e possveis alteraes na precipitao local em virtude da implantao do empreendimento. Para tanto o trabalho utilizou de sistemas de animao baseados na cinemtica para gerao do movimento na tentativa de gerar resultados mais realistas. Com base nesta premissa, este estudo apresenta um modelo simplificado para simulao do movimento de uma superfcie flexvel e de fluidos dinmicos sobre ela. Foram abordados os modelos geomtricos, que foram utilizados como o modelo fsico, os de foras aplicadas sobre a superfcie (ventos) e os de restries que podem ser impostas pelo mundo no qual a mesma est inserida. O objetivo principal na simulao de modelos deformveis ou flexveis produzir movimentos fisicamente realistas definido atravs de modelos fsicos de curvas e superfcies, governados atravs de leis mecnicas. Essas leis podem ser expressas, por exemplo, atravs de equaes diferenciais dinmicas, unificando, deste modo, a descrio de formas e movimentos. Com a resoluo dessas equaes numericamente, devemos ser capazes de criar animaes realsticas envolvendo a interao entre modelos deformveis e a aplicao de vrias foras, meio ambiente e obstculos impenetrveis, em uma simulao virtual da fsica da realidade.

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O modelo geomtrico aqui considerado para simular uma superfcie deformvel consiste de uma malha retangular representada por uma matriz de pontos M. Cada elemento Mj, j desta matriz contm um terno (x, y, z) correspondente a um ponto da superfcie, em um espao tridimensional. Considera-se ainda r como a distncia entre os elementos da matriz M acima definida. Com o objetivo de simplificao, considerou-se aqui a aplicao de apenas quatro foras distintas: fora da gravidade, fora de elasticidade, fora de curvatura e toro; e fora dos ventos. Desta forma, pode-se dizer que a fora resultante em cada ponto da malha pode ser calculada da seguinte forma:

FRESULTANTE = FGRAVIDADE + FELASTICIDADE + FCURVATURA + FVENTO

Resultados Com base no modelo digital de elevao e no modelo de circulao geral dos ventos, constatou-se que a implantao do empreendimento no alterar a principio a direo preferencial dos ventos, o escoamento superficial, a velocidade dos ventos nem a precipitao de forma significativa. Obedecida dinmica proposta no Projeto MinasRio de extrao mineral prev-se apenas a formao de um micro-clima local confinado na rea da cava da mina em virtude de supresso vegetal, emisso de gases e particulados e mudana no albedo do solo; alteraes estas j regularmente previstas em toda atividade de explorao mineral de grande porte ou no. Sendo assim, as possveis alteraes previstas para o escoamento superficial dos ventos e da precipitao aps o estudo realizado sero mnimas, quando existentes. Para tanto no est previsto nenhuma alterao climtica regional considervel para a regio de Conceio do Mato Dentro e adjacncias. Contudo, ressalta-se a importncia de um monitoramento climtico constate nas reas diretamente afetadas pelo empreendimento, na tentativa de monitorar possveis alteraes climticas no previstas pelo presente estudo.

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FIGURA 4.17 - Modelo digital de elevao

4.1.2.4 - Concluses Sob o ponto de vista da caracterizao climatolgica regional, algumas consideraes so pertinentes. Embora a criao de um empreendimento minerrio possua escala relativamente reduzida e confinada na paisagem, toda interveno sobre o espao capaz de impactar sua rea de abrangncia direta (ADA). Estudos realizados em diferentes escalas indicam que os processos de impermeabilizao do solo, edificao, pavimentao, supresso da cobertura vegetal acompanhada de cortes e escavaes so capazes de criar pequenas ilhas de calor, sendo to importantes quanto maior o grau de transformao da superfcie natural.

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Sendo assim, e estando o empreendimento localizado em rea de clima tropical, dotada de elevada incidncia de radiao solar superfcie, elevado nmero potencial de horas de insolao mensais e anuais e cujas temperaturas mdias superam, com facilidade a marca dos 20C, o conforto trmico constitui um alvo a ser atingido e observado. Sendo assim, sugere-se a manuteno da arborizao nativa ao entorno do empreendimento. A manuteno da vegetao nativa disposta ao longo da rea do empreendimento permite a manuteno de um micro-clima local prximo ao natural em virtude de suas caractersticas fisiolgicas. Alm disto, a liberao de calor latente proveniente da disposio de vapor d gua, contribui para a manuteno do conforto trmico nas reas adjacentes a floresta semidecidual . Do contrrio, uma mudana nas pretenses do uso do solo, que por sua vez possa acarretar em grande expanso das reas de extrao mineral poder alterar substancialmente o albedo do solo, que uma vez alterado, ir interferir nas condies topoclimticas locais. Ainda, a manuteno de reas dotadas de considervel cobertura vegetal pode contribuir para que a recarga do lenol fretico seja garantida e que a umidade relativa do ar no atinja patamares capazes de comprometer a sade dos moradores, essencialmente nos meses de julho-agosto-setembro, onde, naturalmente, a regio apresenta valores mais baixos em comparao com os demais meses. O volume pluviomtrico elevado e a forma de sua distribuio, concentrada no semestre outubro-maro e, especialmente, no trimestre dezembro-janeiro-fevereiro devem merecer especial ateno no dimensionamento do sistema de escoamento pluvial (canais de drenagem) tanto nas reas da cava da mina quanto nos arruamentos de acesso interno e local. Preocupao constante tambm deve se ter com as reas de maior declividade, com os taludes da mina e com possveis e futuras reas propensas a processos erosivos. Sugere-se ainda que os programas de recomposio da flora nas reas mineradas se atenham s caractersticas pluviomtricas locais. Para tanto, o semestre de outubromaro o mais indicado para o plantio de espcies arbreo-arbustivas sem grandes perdas e com baixo consumo de gua, conforme pode ser observado nas figuras 4.3 e 4.16. J os meses de maio a setembro (MJJAS), dependendo das espcies a serem plantadas, o perodo menos indicado. O baixo volume pluviomtrico, essencialmente, caracterizado entre os meses de maio a setembro (MJJAS), estao seca, merece especial ateno no que se diz respeito a concentrao de particulados na atmosfera. Para tanto, necessrio um cuidado redobrado na manuteno diria dos locais carentes de asperso d gua como, as vias de acesso ao empreendimento e nas reas da mina, cujo objetivo diminuir a concentrao de particulados na atmosfera inerentes atividade minerria. Preocupao constante tambm deve se ter com o consumo excessivo de gua neste perodo, uma vez que o balano hdrico local demonstra certa deficincia hdrica neste momento. A implementao e manuteno de programas de educao ambiental, assim como sistemas hidrulicos mais racionais nas reas da mina e de apoio, so medidas essenciais que tendem a diminuir o consumo de gua captada superficialmente, permitindo assim, a manuteno e uma boa vazo dos corpos d gua em perodos de estiagem.

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A presena de corpos d gua na rea do empreendimento sugere a criao de espaos destinados a sua preservao. A conservao de caractersticas ambientais, mais prximas ao seu estado natural pode contribuir para a manuteno de importantes bitopos, que uma vez garantido suas caractersticas primitivas, atuam como reguladores dos processos naturais da temperatura, umidade, absoro de energia e da precipitao incidente sobre a superfcie.

4.1.3 - Monitoramento da Qualidade do Ar


Este diagnstico retrata as condies atuais, considerando o perodo avaliado, da qualidade do ar na rea de projeto da MMX, localizado na regio da Serra do Sapo, municpio de Conceio do Mato Adentro, e outra na localidade de Itapanhoacanga, no municpio de Alvorada de Minas, ambas em Minas Gerais. Os resultados ora apresentados se referem aos dados coletados durante duas campanhas de monitoramentos, sendo uma realizada no ms de outubro de 2006 (perodo chuvoso) e outra em abril e princpio de maio de 2007 (perodo de estiagem). Este estudo tem como objetivo oferecer um levantamento inicial do background da qualidade do ar na regio. Visa o acompanhamento futuro de parmetros indicadores da manuteno da qualidade do ar, devido ao potencial modificador decorrente das atividades a serem implementadas pelo empreendimento. Os resultados so apresentados na forma de quadros e de grficos. Para possibilitar um processo de divulgao dos dados atravs dos meios de comunicao da empresa, foi tambm calculado ndice de Qualidade do Ar - IQA. Em procedimento desenvolvido pela agncia norte-americana de proteo ambiental EPA, o IQA tem como objetivo principal estabelecer uma padronizao na divulgao de dados sobre a qualidade do ar. Segue abaixo a estrutura do ndice da qualidade do ar (quadro 4.2B).

QUADRO 4.2B - Estrutura do ndice de qualidade do ar


PTS (? g/m ) 0 - 80 81 - 240 241 - 375 376 - 625 626 - 875 =2100
3

PI (? g/m ) 0 - 50 51 - 150 151 - 250 251 - 420 421 - 500 =500


3

IQA - ndice de Qualidade do Ar 0 - 50 51 - 100 101 - 199 200 - 299 300 - 399 =400

Qualidade do ar BOA REGULAR INADEQUADA M PSSIMA CRTICA

Cor de referncia

Resoluo CONAMA 03/90 ATENDE AO PADRO

NO ATENDE AO PADRO

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4.1.3.1 - Metodologias e Pontos Monitorados De acordo com as diretrizes definidas para este diagnstico, a qualidade do ar foi determinada quanto s concentraes de PTS - Partculas Totais em Suspenso e PI Partculas Inalveis . Estes parmetros de avaliao foram determinados em funo das caractersticas do futuro empreendimento, sendo atividades de extrao do minrio de ferro em mina a cu aberto, carregamento e transporte de minrio em vias no pavimentadas, e beneficiamento em planta. Foi instalado tambm na rea de estudo, uma estao meteorolgica automtica que ficar em operao durante 12 (doze) meses, iniciando em outubro de 2006, recolhendo informaes horrias de direo e velocidade de vento, temperatura do ar, precipitao pluviomtrica e umidade relativa do ar. O quadro 4.3 abaixo identifica os pontos, parmetros, localizao e periodicidade do monitoramento realizado, tambm podendo ser visualizado atravs da figura 4.18 de uma imagem satlite, a localizao destes pontos. Os certificados das anlises esto disponveis no anexo 2. QUADRO 4.3 - Pontos, parmetros e periodicidade do monitoramento da qualidade do ar.
Pontos QAR 01 - Vila do Sapo Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja. Parmetros PTS - Partculas totais em suspenso PI - Partculas Inalveis PTS - Partculas totais em suspenso PI - Partculas Inalveis Periodicidade 1 CAMPANHA: 08 a 29 de outubro de 2006. 2 CAMPANHA: 18 de abril a 09 de maio de 2007. 1 CAMPANHA: 07 a 31 de outubro de 2006. 2 CAMPANHA: 18 de abril a 09 de maio de 2007. 1 CAMPANHA: 10 de outubro a 1 de novembro de 2006. 2 CAMPANHA: 18 de abril a 10 de maio de 2007. 1 CAMPANHA: 07 a 30 de outubro de 2006. 2 CAMPANHA: 18 de abril a 08 de maio de 2007.

QAR 02 Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da igreja.

Os trabalhos foram realizados conforme metodologias definidas nas seguintes normas: - ABNT NBR 9547 - Material Particulado em Suspenso no Ar Ambiente Determinao da Concentrao Total pelo Mtodo do Amostrador de Grande Volume; - ABNT NBR 13412 - Material Particulado em Suspenso no Ar Ambiente Determinao da Concentrao de Partculas Inalveis pelo Mtodo do Amostrador de Grande Volume Acoplado a um Separador Inercial de Partculas; - MTODO US EPA - Reference Method for the Determination of Suspended Particulate Matter in the Atmosphere contido no Federal Register 40 CFR 50, , Appendix B; - MTODO US EPA - Reference Method for the Determination of Particulate Matter as PM10 in the At mosphere contido no Federal Register 40 CFR 50, Appendix J. ,

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Para coleta das amostras de material particulado - Partculas Totais em Suspenso, foi utilizado 01 Amostrador de Grande Volume - HI-VOL e para coleta de Partculas , Inalveis, foi utilizado 01 Amostrador de Grande Volume para Partculas de at 10 ? m PM10 . Os amostradores foram calibrados em campo, utilizando-se o calibrador padro - Kit de Calibrao. Os resultados alcanados foram ainda comparados com a legislao ambiental vigente, Resoluo COPAM n1, de 26/05/1981. Os limites equivalem aos padres federais estabelecidos pelo CONAMA 03 de 28/06/90. 4.1.3.2 - Legislao Vigente No Estado de Minas Gerais, os padres primrios de qualidade do ar so fixados pela Deliberao Normativa COPAM n01 de 1981. Os padres primrios de Qualidade do Ar so as concentraes de poluentes que, se ultrapassadas podero afetar a sade da populao. A nvel federal referencia-se a Resoluo CONAMA n03 de 1990 que, alm de definir padres primrios, os quais possuem a mesma magnitude que a DN COPAM n01/81 supracitada, define tambm padres secundrios de Qualidade do Ar. Os padres secundrios so as concentraes de poluentes que, abaixo das quais se prev o mnimo dano fauna, flora, materiais e ao meio ambiente em geral. O quadro 4.4 apresenta os padres para qualidade do ar para Partculas Totais em Suspenso - PTS e Partculas Inalveis - PI. QUADRO 4.4 - Padres primrios e secundrios para a Qualidade do Ar
CONCENTRAES de PTS (? g/m3)* Legislao Padres Primrios Mxima diria*** 240 CONCENTRAES de PI (? g/m3)** Mdia aritmtica anual 50 Mdia Mxima diria*** geomtrica anual 80 150

Padres Secundrios 150 60 150 50 * Mtodo de referncia: m todo do am ostrador de grandes volumes ou m todo equivalente. ** Mtodo de referncia: m todo da separao inercial / Filtrao ou m todo equivalente. *** Este valor no deve ser excedido m ais de um a vez por ano.

Especificamente para as Partculas Inalveis os padres primrios e secundrios so iguais.

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4.1.3.3 - Resultados Os resultados das concentraes dirias de PTS e PI so apresentados nos quadros a a seguir e os certificados das anlises esto disponveis no anexo 2 QUADRO 4.5 - Resultados das medies de PTS - PRIMEIRA CAMPANHA - QAR 01 - Vila do Sapo - Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja.
Data da coleta De 07 a 08/10/06 De 08 a 09/10/06 De 10 a 11/10/06 De 11 a 12/10/06 De 12 a 13/10/06 De 13 a 14/10/06 De 14 a 15/10/06 De 15 a 16/10/06 De 17 a 18/10/06 De 18 a 19/10/06 De 19 a 20/10/06 De 20 a 21/10/06 De 21 a 22/10/06 De 22 a 23/10/06 De 23 a 24/10/06 De 24 a 25/10/06 De 25 a 26/10/06 De 26 a 27/10/06 De 27 a 28/10/06 De 28 a 29/10/06 De 29 a 30/10/06 De 30 a 31/10/06 8,22 10,64 9,44 9,42 15,01 11,29 7,83 Concentrao (? g/m3) 12,43 13,30 28,92 42,95 33,63 18,67 13,23 20,71 8,70 22,40 11,24 9,21 10,13 IQA 8 8 18 27 21 12 8 13 5 14 7 6 6 5 7 6 6 9 7 5 Qualidade do ar BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA Cor de referncia

Amostra cancelada - tempo de coleta inferior a 23 horas

Amostra cancelada - tempo de coleta inferior a 23 horas

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QUADRO 4.6 - Resultados das medies de PTS - PRIMEIRA CAMPANHA - QAR 02 - Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da igreja.
Data da coleta De 10 a 11/10/06 De 11 a 12/10/06 De 12 a 13/10/06 De 13 a 14/10/06 De 14 a 15/10/06 De 17 a 18/10/06 De 18 a 19/10/06 De 19 a 20/10/06 De 20 a 21/10/06 De 21 a 22/10/06 De 22 a 23/10/06 De 23 a 24/10/06 De 24 a 25/10/06 De 25 a 26/10/06 De 26 a 27/10/06 De 27 a 28/10/06 De 28 a 29/10/06 De 29 a 30/10/06 De 30 a 31/10/06 De 31/10 a 1/11/06 19,24 17,31 20,30 Concentrao (? g/m3) 29,44 30,44 18,89 13,51 9,23 10,37 7,68 13,46 11,44 10,40 13,24 11,72 14,45 13,35 16,34 24,20 IQA 18 19 12 8 6 6 5 8 7 7 8 7 9 8 10 15 12 11 13 Qualidade do ar BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA Cor de Referncia

Amostra cancelada - tempo de coleta inferior a 23 h

QUADRO 4.7 - Resultados das medies de PI - PRIMEIRA CAMPANHA - QAR 01 - Vila do Sapo - Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja.
DATA DA COLETA De 07 a 08/10/06 De 08 a 09/10/06 De 10 a 11/10/06 De 11 a 12/10/06 De 12 a 13/10/06 De 13 a 14/10/06 De 14 a 15/10/06 De 15 a 16/10/06 De 17 a 18/10/06 De 18 a 19/10/06 De 19 a 20/10/06 De 20 a 21/10/06 De 21 a 22/10/06 De 22 a 23/10/06 De 23 a 24/10/06 De 24 a 25/10/06 10,66 19,04 6,84 15,90 5,13 10,34 7,70 8,77 10,15 CONCENTRAO (? g/m3) 14,22 13,63 23,51 28,35 27,25 11,67 IQA 14 14 24 28 27 12 QUALIDADE DO AR BOA BOA BOA BOA BOA BOA COR DE REFERNCIA

Amostra Cancelada - tempo de coleta inferior 23h. 11 19 7 16 5 10 8 9 10 BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA

224

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Continuao

DATA DA COLETA De 25 a 26/10/06 De 26 a 27/10/06 De 27 a 28/10/06 De 28 a 29/10/06 De 29 a 30/10/06 De 30 a 31/10/06

CONCENTRAO (? g/m3) 11,87 14,10 12,20 14,79 13,74 1,02

IQA 12 14 12 15 14 1

QUALIDADE DO AR BOA BOA BOA BOA BOA BOA

COR DE REFERNCIA

QUADRO 4.8 - Resultados das medies de PI - PRIMEIRA CAMPANHA - QAR 02 - Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da igreja.
DATA DA COLETA De 07 a 08/10/06 De 08 a 09/10/06 De 10 a 11/10/06 De 11 a 12/10/06 De 12 a 13/10/06 De 13 a 14/10/06 De 14 a 15/10/06 De 15 a 16/10/06 De 17 a 18/10/06 De 18 a 19/10/06 De 19 a 20/10/06 De 20 a 21/10/06 De 21 a 22/10/06 De 22 a 23/10/06 De 23 a 24/10/06 De 24 a 25/10/06 De 25 a 26/10/06 De 26 a 27/10/06 De 27 a 28/10/06 De 28 a 29/10/06 De 29 a 30/10/06 2,13 8,86 9,71 8,05 10,31 6,31 7,63 10,01 10,38 10,04 12,65 14,71 CONCENTRAO (? g/m3) 12,96 66,26 18,17 22,43 15,53 7,52 IQA 13 58 18 22 16 8 9 10 8 10 6 8 10 10 10 13 15 2 QUALIDADE DO AR BOA REGULAR BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA BOA COR DE REFERNCIA

Amostra cancelada. Tempo de coleta inferior a 23 horas.

Amostra cancelada. Tempo de coleta inferior a 23 horas.

Amostra cancelada. Tempo de coleta inferior a 23 horas.

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QUADRO 4.9 - Resultados das medies de PI - SEGUNDA CAMPANHA - QAR 01 - Vila do Sapo - Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja.
DATA DA COLETA 18/04/2007 19/04/2007 20/04/2007 21/04/2007 22/04/2007 23/04/2007 24/04/2007 25/04/2007 26/04/2007 27/04/2007 28/04/2007 29/04/2007 02/05/2007 03/05/2007 04/05/2007 05/05/2007 06/05/2007 07/05/2007 08/05/2007 09/05/2007 CONCENTRAO 3 (? g/m ) 54,80 52,08 38,89 20,87 11,72 18,48 13,98 13,45 22,61 28,95 15,28 23,85 17,57 27,49 36,34 16,49 20,96 37,75 32,02 8,85 IQA 52 51 39 21 12 18 14 13 23 29 15 24 18 27 36 16 21 38 32 9 QUALIDADE DO AR Regular Regular Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa COR DE REFERNCIA

QUADRO 4.10 - Resultados das medies de PTS - SEGUNDA CAMPANHA - QAR 01 - Vila do Sapo - Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja.
DATA DA COLETA 18/04/2007 19/04/2007 20/04/2007 21/04/2007 22/04/2007 23/04/2007 24/04/2007 25/04/2007 26/04/2007 CONCENTRAO 3 (? g/m ) 73,65 52,64 26,91 13,83 21,24 21,64 21,72 45,98 36,23 IQA 46 33 17 9 13 14 14 29 23 QUALIDADE DO AR Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa COR DE REFERNCIA

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Continuao DATA DA COLETA 27/04/2007 28/04/2007 29/04/2007 02/05/2007 03/05/2007 04/05/2007 05/05/2007 06/05/2007 07/05/2007 08/05/2007 09/05/2007 CONCENTRAO (? g/m ) 21,33 27,36 28,98 26,16 41,36 16,36 34,60 28,65 41,77 37,22 10,43
3

IQA 13 17 18 16 26 10 22 18 26 23 7

QUALIDADE DO AR Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa

COR DE REFERNCIA

QUADRO 4.11- Resultados das medies de PI - SEGUNDA CAMPANHA - QAR 02 - Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da igreja.
DATA DA COLETA 18/04/2007 19/04/2007 20/04/2007 21/04/2007 22/04/2007 23/04/2007 24/04/2007 25/04/2007 26/04/2007 27/04/2007 28/04/2007 29/04/2007 30/04/2007 02/05/2007 03/05/2007 04/05/2007 05/05/2007 06/05/2007 07/05/2007 10/05/2007 CONCENTRAO (? g/m ) 13,74 19,07 9,75 11,49 16,47 14,70 22,40 19,33 19,78 16,25 13,99 8,50 12,15 12,68 26,09 12,18 28,19 21,10 11,89 23,17
3

IQA 14 19 10 11 16 15 22 19 20 16 14 8 12 13 26 12 28 21 12 23

QUALIDADE DO AR Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa

COR DE REFERNCIA

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QUADRO 4.12 - Resultados das medies de PTS - SEGUNDA CAMPANHA - QAR 02 - Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da igreja.
DATA DA COLETA 18/04/2007 19/04/2007 20/04/2007 21/04/2007 22/04/2007 23/04/2007 24/04/2007 25/04/2007 26/04/2007 27/04/2007 28/04/2007 29/04/2007 30/04/2007 02/05/2007 03/05/2007 04/05/2007 05/05/2007 06/05/2007 07/05/2007 08/05/2007 CONCENTRAO (? g/m3) 18,96 28,57 16,35 14,38 9,29 16,82 16,98 32,49 35,27 25,22 17,15 19,44 16,29 17,24 33,63 14,66 20,95 30,72 28,99 20,30 IQA 12 18 10 9 6 11 11 20 22 16 11 12 10 11 21 9 13 19 18 13 QUALIDADE DO AR Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa Boa COR DE REFERNCIA

A seguir so apresentados os grficos dos resultados obtidos nas duas campanhas para PTS e PI.

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FIGURA 4.18 - DETERMINAO DE PTS - Ponto QAR 01 - Vila do Sapo - Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja.
300 250 200 (g/m3) 150 100 50 0

Outubro de 2006

Abril de 2007

Lim ite COPAM 240ug/m 3

FIGURA 4.19 - DETERMINAO DE PTS - Ponto QAR 02 - Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da Igreja.
300 250 200 (g/m3) 150 100 50 0

Outubro de 2006

Abril de 2007

Lim ite COPAM 240ug/m 3

FIGURA 4.20 - DETERMINAO DE PI - Ponto QAR 01 - Vila do Sapo - Ptio da agncia dos Correios ao lado da igreja.
160 140 120 100 (g/m )
3

80 60 40 20 0

Outubro de 2006

Abril de 2007

Lim ite COPAM 240ug/m 3

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FIGURA 4.21 - DETERMINAO DE PI - Ponto QAR 02 - Itapanhoacanga - laje da casa da Sra. Ana Maria, ao lado da Igreja.
160 140 120 100 80 60 40 20 0

Outubro de 2006

Abril de 2007

Lim ite COPAM de 240ug/m 3

- Em relao concentrao mxima diria de Partculas Totais em Suspenso - PTS para o perodo amostrado, verifica-se que o limite de 240? g/m 3 no foi ultrapassado em nenhuma das medidas. - Em relao concentrao mxima diria de Partculas Inalveis - PM10 para o perodo amostrado, verifica-se tambm que o limite de 150? g/m 3, no foi ultrapassado em nenhuma das medidas. - Todos os valores encontrados se encontram dentro dos padres legais, sinalizando em quase a totalidade dos resultados obtidos, como boa a qualidade do ar na regio, sob a tica do ndice de Qualidade do Ar. Vale ressaltar que para comparaes futuras, os perodos de monitoramentos devem ser coincidentes, a fim de aproximar as caractersticas climatolgicas do perodo avaliado, sendo campanhas nos meses de outubro (perodo chuvoso), abril e/ou maio (perodo de seca). A figura abaixo apresenta o comportamento da precipitao pluviomtrica a partir de dados histricos da regio.

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FIGURA 4.22 - Dados histrico de Precipitao Pluviomtrica - Mdias mensais


450
434,9

400

Perodo de Dados:1931-1970
350

Perodo de Dados: 1971-1990

300
281,1 261,2

286,5 257

275,9

250
211,2 192,8 174,3 173 141,5 147,3

200

150
104,3

88,5

100
44,4

34,6

43,6 15,4 15,3 18 8,5

50

37 14,8 11,9

0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fonte: INMET - Instituto Nacional de Meteorologia (Estao Meteorolgica de Conceio do Mato Dentro, MG).

Atualmente, a principal fonte geradora de emisso de material particulado na regio de estudo se restringe ao trnsito nas vias de acessos, principais e secundrias. So vias no pavimentadas e de usos rotineiros e variados pelos habitantes locais e pelo turismo. As figuras apresentadas abaixo ilustram isso.

Estrada MG-10

Estrada MG-10 (turismo)

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Casas lindeiras no acesso a Crregos

Aspecto das construes lindeiras

A avaliao dos resultados obtidos pelo monitoramento realizado na etapa de background, considerados os pontos e perodo de amostragem, demonstram que as emisses atuais no so suficientemente capazes de aumentar os niveis de concentraes de PTS - Partculas Totais em Suspenso para superarem os limites legais estabelecidos pela legislao vigente. Dentro da engenharia ambiental aplicada minerao, a poluio atmosfrica por material particulado um tema de grande relevncia. A poluio atmosfrica associada s atividades de minerao est presente ao longo de todas as fases de um empreendimento mineiro. Os poluentes atmosfricos podem causar problemas ao meio ambiente e sade humana, os quais podem abranger grandes reas ou intervalos de tempo. As atividades mineiras produzem vrios tipos de poluentes atmosfricos, dentre eles os quais se destacam os xidos de carbono (CO e CO2), os xidos de nitrognio (NOx), os xidos de enxofre (SOx), os hidrocarbonetos (Hc) e os Materiais Particulados (MP). Dentre esses vrios poluentes atmosfricos produzidos numa minerao, o MP se destaca por apresentar um grande potencial poluidor devido ao fato de estar associado quase todas as atividades mineiras. De um modo geral, as principais fontes de emisso numa minerao esto nas frentes de lavra (desmonte por explosivos e carregamento de minrio), plantas de processamento (equipamentos de britagem e peneiramento), vias de acesso (trfego de caminhes) e locais de descarregamento, estocagem e transferncia de minrio (silos, pilhas). Portanto, uma abordagem conceitual nos aspectos disperso atmosfrica da poeira deve ser feita. Neste sentido, foi verificada primeiramente a direo preferencial dos ventos na regio, as fontes de emisses, a topografia e a proximidade do empreendimento com os ncleos habitacionais. Esta avaliao preliminar demonstrou que Itapanhoacanga, distrito de Alvorada de Minas, est localizado em posio desvaforvel s emisses de poeira a serem provocadas pelas atividades minerrias do empreendimento quando avaliada a direo dos ventos, que possuem origens preferenciais leste (E) e sudeste (SE) e pela sua proximidade ao empreendimento, ou seja, este ncleo habitacional poder ter influncia direta das emisses de MP.

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A caracterizao da direo preferencial dos ventos da regio de Conceio do Mato Dentro foi realizada a partir de dados histricos obtidos junto ao Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais - INPE e Instituto Nacional de Meteorologia - INMET, conforme a caracterizao climtica realizada no item 4.1.2. Algumas medidas no projeto de engenharia mineraria j foram consideradas, como a determinao da rea a ser lavrada. A maior parte do lado da serra adjacente a Itapanhoacanga ser mantida, podendo atuar, entre outros aspectos, como uma barreira fsica para a disperso atmosfrica do MP. O distrito de So Sebastio do Bom Sucesso, conhecido tambm como Vila do Sapo, pode ser considerado como o segundo ncleo habitacional em proximidade s atividades a serem implementadas. Apesar de estar favorecido quanto a direo preferencial dos ventos, uma vez que est localizado a sotavento em relao ao empreendimento, as principais vias de acesso regional esto prximas. No entanto, a caracterizao atual da qualidade do ar boa. Na indstria mineral, quase todas as atividades envolvendo lavra, transporte e tratamento de minrios tm a capacidade de produzir particulado. Algumas tcnicas atualmente vm sendo praticadas no controle da poluio por material particulado e apresentando eficincias suficientes para minimizar os impactos ambientais. Destacam-se a asperso com o uso de gua em vias de transporte, podendo ser associada a resinas e ou agentes umectantes que atuam como inibidor do particulado; revegetao de taludes, reduo da velocidade dos veculos que transitam em vias no pavimentadas, etc. Portanto, faz se necessrio um bom programa de controle a poluio, alm da seleo de indicadores ambientais para o devido acompanhamento. Este programa deve contemplar medidas preventivas e preditivas nas fontes geradoras das emisses, monitoramentos suficientementes capazes em suas metodologias de anlises, determinar e acompanhar toda a evoluo do projeto, desde a sua instalao quanto a sua operao.

4.1.4 - Nveis locais de rudo


Este item apresenta os resultados do monitoramento dos nveis de presso acstica, caracterizando o background da rea do projeto da MMX, regio de Serra do Sapo, municpio de Conceio do Mato Adentro, e outra na localidade de Itapanhoacanga, no municpio de Alvorada de Minas, ambas em Minas Gerais. O objetivo fundamental desse monitoramento oferecer um levantamento inicial do background do rudo ambiental provocado pelas atividades naturais e cotidianas desta regio, anteriormente etapa de implantao do empreendimento. Possibilitar ento o acompanhamento dos parmetros indicadores do nvel de rudo de fundo, em funo do potencial modificador das atividades e obras a serem implementadas pelo empreendimento. Esto presentes neste relatrio, alm dos resultados alcanados, as normas e metodologias aplicadas, os parmetros analisados e os locais de medies.

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4.1.4.1 - Consideraes metodolgicas Conceitos gerais Os rudos podem ser classificados segundo trs distncias de apreenso: - rudo na fonte: o rudo de cada equipamento ou operao considerado separadamente e supostamente localizado em campo livre, isto , sem a presena de qualquer obstculo na proximidade. Nesta distncia, menor que algumas dezenas de metros, so identificadas as caractersticas sonoras intrnsecas dos equipamentos, independentemente dos efeitos de vizinhana; - rudo em campo prximo: cada equipamento ou material localizado dentro de um ambiente prximo, que pode modificar as suas caractersticas acsticas. Em relao a um campo livre, este nvel sonoro pode ser aumentado pela presena de paredes refletoras prximas ao equipamento ou, ao contrrio, atenuada pela presena de obstculos naturais ou artificiais entre a fonte e o receptor; - rudo em campo distante: se nos dois primeiros nveis de apreenso, as caractersticas acsticas so essencialmente ligadas aos equipamentos, operaes e a prpria organizao do espao das instalaes industriais, o rudo em campo distante dependente de outros fatores suplementares. Estes fatores so principalmente os fenmenos meteorolgicos e, em particular, a direo e a velocidade do vento, a variao vertical da temperatura, a absoro do rudo pelo solo/vegetao e a topografia do terreno.

Equipamento utilizado Para as medies de rudo ambiental foi utilizado o equipamento da marca LARSON DAVIS LABORATORIES - Modelo 820, Microfone Modelo 2540 nmeros de srie 4131 e 4154. Medidor de Preciso: Tipo 1; Calibrador: Nvel de presso sonora: 114,0 dB - Freqncia: 250 Hz ? 0,5 Hz - Distoro: < 1%.

Parmetros de avaliao Aps cada medio o equipamento calcula instantaneamente vrios parmetros, dentre os quais, para o caso enfocado, foram selecionados os seguintes: - Nvel Mximo (Lmx): o nvel de som mximo verificado durante cada amostragem; - Nvel Estatstico Mximo (L10): o nvel de som ultrapassado por somente 10% dos valores medidos. Neste caso representa os nveis de som estranhos ao empreendimento como latidos de ces e conversas indesejveis e espordicas entre os presentes;

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- Nvel Estatstico Mnimo (L90): o nvel ultrapassado por 90% dos valores medidos. Para o presente caso, com o empreendimento paralisado, representa o rudo de fundo ambiental; - Nvel Estatstico 33 (L33): o nvel de som ultrapassado por 33% dos valores medidos; - Nvel Estatstico Mdio (L50): representa a mdia das ocorrncias registradas; - Nvel Estatstico 67 (L67): o nvel de som ultrapassado por 67% dos valores medidos; - Nvel Mnimo (LMn): o nvel de som mnimo verificado durante cada amostragem; - Nvel Contnuo Equivalente (Leq): representa o nvel mdio contnuo de energia sonora, equivalente ao sinal varivel medido. O Leq particularmente til na avaliao de incmodo, situaes de poluio sonora e reaes subjetivas diante do rudo.

Amostragem e critrios estabelecidos As medies foram efetuadas a 1,20 metros do solo. A medio de rudo na rea do futuro empreendimento foi realizada em 12 pontos, os quais podem ser visualizados na figura 4.23. Foram definidos os seguintes pontos, apresentados no quadro 4.13. QUADRO 4.13 - Pontos monitorados - rudo
Ponto RDO 01 RDO 02 RDO 03 RDO 04 RDO 05 RDO 06 RDO 07 RDO 08 RDO 09 RDO 10 RDO 11 RDO 12 Descrio do ponto Vila do Barbeiro Cidade de Itapanhoacanga Trevo de Alvorada de Minas Fazenda da Barra (no curral) rea de pastagem prxima a um rio Entrada de uma fazenda rea de pastagem Ponto prxim o estrada MG 10 rea deserta de eucaliptal Estrada de boi prxim o a rodovia MG 10 Mata aberta com pastagens rea de pastagem Localizao UTM 667.495 / 7.924.571 665.027 / 7.922.539 667.987 / 7.920.110 665.347 / 7.924.216 662.005 / 7.914.510 668.507 / 7.913.609 662.415 / 7.909.716 668.493 / 7.911.437 664.300 / 7.900.306 670.856 / 7.901.740 668.589 / 7.916.259 668.193 / 7.897.533

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4.1.4.2 - Referncia Legal e Resultados Referncia de padro legal Constitui incmodo a ser avaliado sob o rigor legal, a produo de rudo, entendido como sendo o som puro ou mistura de sons com dois ou mais tons, capaz de prejudicar a sade, a segurana ou o sossego pblico. Para efeitos comparativos das medies realizadas nas reas de influncia do futuro empreendimento da MMX, foram seguidas as instrues citadas na RESOLUO CONAMA N1, DE 08 DE MARO DE 1990 (Retificao - Dirio Oficial da Unio 02/04/1990), a qual referencia a norma da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, sendo ela: NBR 10.151 - Avaliao do Rudo em reas Habitadas visando o conforto da comunidade. O quadro 4.14 abaixo apresenta os nveis mximos aceitveis previstos na Norma NBR10.151, salvo comentrios apresentados aps os resultados. QUADRO 4.14 - Nvel de critrio de avaliao NCA para ambientes externos, em Db(A)
Tipos de reas reas de Stios e fazendas reas estritam ente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas rea m ista, predom inantem ente residencial rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa rea m ista, com vocao recreacional rea predom inantem ente industrial Diurno 40 50 55 60 65 70 Noturno 35 45 50 55 55 60

Resultados Para efeito da norma NBR10.151, a avaliao dos nveis de rudo ambiental foi realizada considerando-se somente o nvel Leq. Os quadros abaixo apresentam os resultados das medies dos nveis de rudo realizadas nos perodos diurno e noturno (quadros 4.15 e 4.16) nas duas campanhas de medies, sendo a primeira realizada em outubro de 2006 e a segunda em maro de 2007. Os certificados das medies encontram-se no anexo 3.

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QUADRO 4.15 - Resultados obtidos no monitoramento de rudo - PRIMEIRA CAMPANHA - OUTUBRO DE 2006
Ponto / data RDO 01 10/10/06 RDO 02 10/10/06 RDO 03 10/10/06 RDO 04 10/10/06 RDO 05 17/10/06 RDO 06 10 e 11/10/06 RDO 07 17/10/06 RDO 08 10/10/06 RDO 09 17/10/06 RDO 10 18/10/06 RDO 11 10/10/06 RDO 12 18/10/06 Descrio dos pontos - Tipos de rea, conforme a Norma ABNT 10.151. Vila do Barbeiro - reas estritam ente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas Cidade de Itapanhoacanga - rea m ista, predom inantem ente residencial Trevo de Alvorada de Minas - rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa Fazenda da Barra (no curral) - reas de Stios e fazendas rea de pastagem prxima a um rio - reas de Stios e fazendas Entrada de uma fazenda - reas de Stios e fazendas rea de pastagem - reas de Stios e fazendas Ponto prxim o estrada MG 10 - rea m ista, com vocao com ercial e administrativa rea de eucaliptal - reas de Stios e fazendas Estrada de boi prxim o MG 10 - rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa Mata aberta com pastagens - reas de Stios e fazendas rea de pastagem - reas de Stios e fazendas Limites Resultados em dB(A)

DIURNO NOTURNO DIURNO NOTURNO 50 45 46 46

55 60 40 40 40 40

50 55 35 35 35 35

48 47 39 43 43 45

46 45 45 44 44 43

60

55

41

44

40 60 40 40

35 55 35 35

43 44 43 43

46 45 45 43

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QUADRO 4.16 - Resultados obtidos no monitoramento de rudo - SEGUNDA CAMPANHA - MARO DE 2007
Ponto / data RDO 01 27/03/07 RDO 02 27/03/07 RDO 03 27/03/07 RDO 04 27/03/07 RDO 05 RDO 06 27 e 28/03/07 RDO 07 27 e 28/03/07 RDO 08 27 e 28/03/07 RDO 09 27 e 28/03/07 RDO 10 27 e 28/03/07 RDO 11 27 e 28/03/07 RDO 12 27 e 28/03/07 Descrio dos pontos - Tipos de rea, conforme a Norma ABNT 10.151. Vila do Barbeiro - reas estritam ente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas Cidade de Itapanhoacanga - rea m ista, predom inantem ente residencial Trevo de Alvorada de Minas - rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa Fazenda da Barra (no curral) - reas de Stios e fazendas Limites Resultados em dB(A)

DIURNO NOTURNO DIURNO NOTURNO 50 45 43 39

55 60 40 40 40 40 60 40 60 40 40

50 55 35 35 35 35 55 35 55 35 35

43 44 44 44 45 44 44 44 44 44 44

38 38 39 38 39 38 39 37 37 39 36

rea de pastagem prxima a um rio - reas de Stios e fazendas 27 e 28/03/07 Entrada de uma fazenda - reas de Stios e fazendas rea de pastagem - reas de Stios e fazendas Ponto prximo estrada MG 10 - rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa rea de eucaliptal - reas de Stios e fazendas Estrada de boi prxim o MG 10 - rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa Mata aberta com pastagens - reas de Stios e fazendas rea de pastagem - reas de Stios e fazendas

Considerando os nveis de critrio de avaliao para ambientes externos, os pontos de medio foram classificados em campo de acordo com os respectivos tipos de reas s quais esto associados, considerando que os municpios em estudo no possuem um zoneamento definido. Deve-se considerar, no entanto que existe uma tendncia futura na classificao dos pontos medidos como rea predominantemente industrial, aps a instalao do empreendimento, a qual possui valores limites de 70 e 60 dB(A) para os perodos diurno e noturno respectivamente. Exceo se faz aos pontos dentro das reas urbanas destes municpios. Para efeito comparativo dos nveis de rudo nestas reas, os resultados obtidos nas duas campanhas foram tratados obtendo-se as suas mdias aritmticas e os maiores valores observados entre estas duas campanhas. Os quadros 4.17 e 4.18 a seguir apresentam os resultados das duas campanhas nos perodos diurno e noturno, respectivamente.
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QUADRO 4.17 - Comparativo dos Resultados - PERODO DIURNO


Pontos RDO 01 RDO 02 RDO 03 RDO 04 RDO 05 RDO 06 RDO 07 RDO 08 RDO 09 RDO 10 RDO 11 RDO 12 Descrio dos pontos - Tipos de rea, conforme a Norma ABNT 10.151. Vila do Barbeiro - reas estritam ente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas Cidade de Itapanhoacanga - rea m ista, predom inantem ente residencial Trevo de Alvorada de Minas - rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa Fazenda da Barra (no curral) - reas de Stios e fazendas rea de pastagem prxima a um rio - reas de Stios e fazendas Entrada de uma fazenda - reas de Stios e fazendas rea de pastagem - reas de Stios e fazendas Ponto prxim o estrada MG 10 - rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa rea de eucaliptal - reas de Stios e fazendas Estrada de boi prxim o MG 10 - rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa Mata aberta com pastagens - reas de Stios e fazendas rea de pastagem - reas de Stios e fazendas DIURNO 50 55 60 40 40 40 40 60 40 60 40 40 Limites Maior valor entre as Mdia duas campanhas 46 48 47 44 44 45 45 44 44 44 44 44 48 53 58 38 38 38 38 58 38 58 38 38

QUADRO 4.18 - Comparativo dos Resultados - PERODO NOTURNO


Pontos Descrio dos pontos - Tipos de rea, conforme a Norma ABNT 10.151. Vila do Barbeiro - reas estritam ente residencial urbana ou de hospitais ou de escolas Cidade de Itapanhoacanga - rea m ista, predom inantem ente residencial Trevo de Alvorada de Minas - rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa Fazenda da Barra (no curral) - reas de Stios e fazendas rea de pastagem prxima a um rio - reas de Stios e fazendas Entrada de uma fazenda - reas de Stios e fazendas rea de pastagem - reas de Stios e fazendas Ponto prxim o estrada MG 10 - rea m ista, com vocao com ercial e adm inistrativa rea de eucaliptal - reas de Stios e fazendas Estrada de boi prxim o MG 10 - rea m ista, com vocao comercial e administrativa Mata aberta com pastagens - reas de Stios e fazendas rea de pastagem - reas de Stios e fazendas Limites NOTUR NO 45 50 55 35 35 35 35 55 35 55 35 35 Maior valor entre as Mdia duas campanhas 46 46 45 45 44 44 43 44 46 45 45 43 45 50 55 35 35 35 35 55 35 55 35 35

RDO 01 RDO 02 RDO 03 RDO 04 RDO 05 RDO 06 RDO 07 RDO 08 RDO 09 RDO 10 RDO 11 RDO 12

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Conforme a norma, o nvel de rudo ambiente o nvel de presso sonora equivalente em , no local e horrio considerados, na ausncia do rudo gerado pela fonte A sonora em questo. Se o nvel de rudo ambiente for superior ao valor da tabela 1 da Norma ABNT 10.151 (valores apresentados nos quadros acima) para rea e horrio em questo, o NCA - Nvel de Critrio de Avaliao assume o valor do rudo ambiente. Portanto, os resultados destacados em vermelho assumem a referncia de NCA, o que caracteriza o rudo ambiente destas reas para avaliaes futuras, conforme este diagnstico apresentado.

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FIGURA 4.23 - Pontos de monitoramento de qualidade do ar e rudo ambiental. TERRAVISION - A MESMA FIGURA DO RELATRIO ANTERIOR

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4.1.5 - Geologia
4.1.5.1 - Estratigrafia e caracterizao litolgica Caracterizao Regional Borda leste da Serr a do Espinhao Meridional Introduo A Serra do Espinhao, termo introduzido por Eschwege (1822), representa a faixa orognica pr-cambriana mais extensa e contnua do territrio brasileiro. Alonga-se por cerca de 1200 km na direo N-S desde a regio de Belo Horizonte at os limites norte da Bahia com os estados de Pernambuco e Piau. A parte sul desta serra chamada de Serra do Espinhao Meridional e compreende cerca de 300 Km, na direo norte-sul, a partir do Quadriltero Ferrfero e edificada essencialmente por litologias do Supergrupo Espinhao (Figura 4.24). Alm da separao entre Serra do Espinhao Meridional e Espinhao Setentrional ainda comumente feita uma diviso leste-oeste na Serra do Espinhao meridional em trs diferentes compartimentos: a regio central, a borda oeste da serra e a borda leste da serra. Este trabalho apresenta uma sntese da borda leste da Serra do Espinhao Meridional que a regio onde est inserido o empreendimento em anlise e suas reas de influncia. A figura 4.25 apresenta o mapa geolgico da Serra do Espinhao Meridional com a localizao da rea estudada. A figura 4.26 apresenta o mapa geolgico da COMIG 2004, modificado atentando para a presena de metais pesados nas reas de influncia do empreendimento.

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FIGURA 4.24 - Mapa geolgico regional - Localizao da rea em estudo, na borda leste da Serra do Espinhao Meridional, em Minas Gerais (Figura retirada de Almeida Abreu, 1995).

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FIGURA 4.25 - Mapa geolgico da Serra do Espinhao Meridional segundo Pedrosa Soares et al. (1994).

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FIGURA 4.26 - Mapa geolgico COMIG 2004 modificado e sem escala

Serro

Au Au Fe Fe Cr

Cr Ni

Cr Fe AL Au

Conceio do Mato Dentro


Fe Au Pt Au

Au

Fe

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Modelo estratigrfico da borda leste Na chamada borda leste da Serra do Espinhao Meridional afloram: 1. Conjuntos granito/gnissicos de idade arqueana; 2. Seqncias metassedimentares; 3. Seqncias mistas metassedimentares e metagneas; 4. Rochas intrusivas. O conjunto de granitos/gnaisses de idade arqueana constitudo por rochas do Complexo Basal e do Grupo Guanhes (Knauer & Grossi Sad, 1995). Dentro das seqncias metassedimentares afloram, a parte basal do Supergrupo Espinhao e uma seqncia itabirtica quartztica/filtica (seqncia Itabirtica de Uhlein 1982, e de Assis 1982) tpica e exclusiva da borda leste da serra. Esta seqncia itabirtica quartztica/filtica foi primeiramente correlacionada ao Supergrupo Minas do Quadriltero Ferrfero (e.g. Assis & Marini 1983) e foi estudada em seu setor mais meridional por Dossin (1985), que prope a designao seqncia Itabirtica da Serra da Serpentina (que corresponder ao Grupo Serra da Serpentina de Grossi-Sad & Magalhes 1989). Mais a norte, a seqncia Itabirtica foi dividida em duas unidades tectono-estratigrficas por Almeida-Abreu et al. (1989), denominadas Formao Itapanhoacanga e Formao Serra do Sapo (Almeida Abreu & Renger, 2002). As rochas do Grupo Serra da Serpentina foram estudadas com maior detalhe por Vilela & Santos (1983), Herrgesell (1985) e Dossin (1985). Foram subdivididas no Projeto Espinhao (1996) em trs unidades informais, as quais, da base para o topo, so: Unidade Quartztica (quartzitos micceos com intercalaes de filitos, xistos e metaconglomerados), Unidade Itabirtica (itabiritos com intercalaes quartzticas e, mais raramente, de clorita xistos) e Unidade Filtica (quartzo-moscovita filitos at xistos com intercalaes quartzticas). O Grupo Serra da Serpentina foi considerado (Assis & Marini, 1983) como cronocorrelato ao Supergrupo Minas do Quadriltero Ferrfero, porm, hoje, alguns autores contestem esta proposio (Almeida Abreu & Pflug, 1994; Almeida Abreu & Renger, 2002; Knauer, 1990), considerando suas rochas como resultantes da abertura da "Bacia Espinhao". Uma seqncia mista, em parte metassedimentar e em parte metagnea (seqncia Vulcano-Sedimentar de Serro, Uhlein 1982), tambm exclusiva da borda leste da serra e tpica da regio do Serro, foi considerada, em conjunto com metassedimentos qumicos e clsticos aflorantes a sul do Serro, como um greenstone belt de idade arqueana por Uhlein (1982). Um carter ofioltico foi defendido por Fogaa (1985) e Almeida-Abreu & Pflug (1994). As rochas meta-ultramficas desta seqncia foram includas por Almeida Abreu & Renger (2002) na Suite Ultramfica de Alvorada de Minas e por Knauer (1990) e Knauer & Grossi Sad (1995) no Grupo Serro (por eles definido; no confundir com o Grupo Serro de Almeida Abreu & Renger, 2002). Para os metassedimentos considerados como pertencentes esta seqncia por Assis (1982), Knauer (1990) sugere a designao ainda informal de Unidade Zagaia, considerando-a como resultante do desenvolvimento do Supergrupo Espinhao. Estas mesmas rochas, com uma concepo evolutiva similar, mas com distribuio mais ampla, foram denominadas por Almeida-Abreu et al. (1989) de Formao Jacm.

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Desta forma a seqncia Vulcano-sedimentar do Serro de Uhlein (1982) foi dividida por Almeida Abreu et al. (1989) em Formao Jacm (a parte metassedimentar) e Sute Ultramfica de Alvorada de Minas (a parte metagnea). A Formao Jacm, a Sute Ultramfica de Alvorada de Minas, a Formao Itapanhoacanga e a Formao Serra do Sapo (todas definidas por Almeida-Abreu et al. 1989) foram englobadas em um mesmo grupo por Almeida Abreu & Renger (2002), constituindo o Grupo Serro (no confundir com o Grupo Serro de Knauer, 1990 e Knauer & Grossi Sad, 1995). Outra seqncia mista, composta por metassedimentos e por metagneas, encontrada na borda leste da Serra do Espinhao a Seqncia Vulcano-sedimentar Rio Mata Cavalo (Dossin, 1985), correspondente a pequenas lascas tectnicas de rochas metaultramficas vulcnicas normalmente consideradas como restos de um greenstone belt arqueano. A continuidade de lascas tectnicas similares para a regio central da serra, com constituio litolgica semelhante, permite sua correlao com o Grupo Pedro Pereira. Na borda leste da Serra do Espinhao Meridonal, so encontrados cinco tipos distintos de rochas intrusivas, a saber: 1) Rochas granticas da Sute Borrachudos e dos corpos de granitos porfirticos Dom Joaquim e Jacm; 2) Unidade Metagnea Conceio do Mato Dentro; 3) Rochas ultramficas do Grupo Serro; 4) Metabasitos da Sute Pedro Lessa; 5) Diabsios Mesozicos (no metamorfisados) em forma de dique. As rochas gneas das unidades acima relacionadas tm idade compreendida desde o Proterozico Mdio at o Cretceo. As mais antigas so granticas, as mais novas, baslticas. Finalmente, tem-se ainda as coberturas fanerozicas ainda mal estudadas, no sendo, at o momento, includas em nenhuma unidade estratigrfica formal. Normalmente relacionadas ao Quaternrio e, provavelmente, ao Tercirio, agrupam-se sedimentos de origem eluvionar, coluvionar e aluvionar, estes ltimos caracterizados usualmente por areias mdias a grossas, e cascalhos intensamente explotados desde o sculo XVIII em virtude de seu inegvel potencial diamantfero e/ou aurfero. A seguir apresentada em detalhe as unidades geolgicas que afloram na rea estudada neste EIA. Complexo basal Aflora a leste da serra, sendo constitudo por duas faixas principais separadas por rochas do Grupo Guanhes. Uma das faixas bordeja a prpria seqncia dominante da Serra do Espinhao, o Supergrupo Espinhao, enquanto a outra desenvolve-se na regio de Guanhes. A faixa que bordeja a Serra do Espinhao estreita, atingindo at 15 km de largura. Inicia-se a oeste de Dom Joaquim, desenvolvendo-se neste mesmo sentido, at encontrar rochas quartzticas do Supergrupo Espinhao. A faixa flete para o sul, sempre acompanhando essas rochas quartzticas e passa a incluir cunhas tectnicas de outras unidades estratigrficas, especialmente do Grupo Serro (na definio de Knauer & Grossi Sad, 1995), do Grupo Serra da Serpentina, da Unidade Zagaia e do prprio Supergrupo Espinhao.

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Na Folha Conceio do Mato Dentro, parte do Complexo Basal foi individualizada sob a designao de Complexo Dona Rita, formado por gnaisses e migmatitos da poro central da Folha Conceio do Mato Dentro, descritos por Guimares (1992), que atribui idade arqueana para as rochas deste complexo. Destaca-se, pela sua generalizao, o carter milontico das rochas desse complexo, o tipo mais comum sendo um milonito gnaisse. Supergrupo Espinhao O Supergrupo Espinhao da borda leste da Serra do Espinhao Meridional caracterizado (conforme Knauer & Grossi-Sad, 1995) por unidades includas no Grupo Guinda a unidade de maior complexidade faciolgica sendo atribuda tradicionalmente ao Mesoproterozico. Dataes U-Pb em zirces de metagneas cidas aflorantes nas proximidades de Serro confirmaram um posicionamento prximo a interface PaleoMesoproterozico, fornecendo idades de 1,77 Ga (Brito-Neves et al., 1979), 1.711 + 8/- 4 Ma, e 1.715 2 Ma (Machado et al., 1989). Deve-se frisar, entretanto, que estas idades no fornecem o incio da "sedimentao Espinhao", que deve ter ocorrido anteriormente e limitada pelo valor de 1.844 15 Ma (Machado et al., 1989), correspondente ao ltimo evento metamrfico nas rochas do Grupo Costa Sena. Alm disso, a intruso, pelo menos local, destas metagneas em quartzitos relacionados ao Espinhao (Herrgesell, 1984) confirma amplamente esta assertiva. O Grupo Guinda na poro leste da serra do Espinhao est representado pelas clssicas formaes So Joo da Chapada e Sopa-Brumadinho (dentro da concepo de Pflug, 1968), e pelas rochas da chamada Formao Itapanhoacanga, definida por Knauer & Grossi-Sad (1995). Aflorando como uma estreita faixa descontnua a norte da cidade de Conceio do Mato Dentro, as rochas da Formao So Joo da Chapada marcam claramente a base do Supergrupo Espinhao na regio. Seu contato inferior, invariavelmente com rochas do Complexo Basal, marcado por zonas de cisalhamento dctil de baixo angulo, provavelmente representando superfcies de descolamento basal. J seu contato superior, quando no tectonizado, se faz com sequncias rochosas includas na Formao Sopa-Brumadinho, tendo carter comprovadamente gradacional, marcado geralmente pelo progressivo aumento na granulometria e no contedo em xidos de ferro. Dominam na unidade rochas quartzticas brancas ou acinzentadas, localmente com gradaes para termos mais escuros e ferruginosos. Quase sempre micceos (sericita/moscovita), estes quartzitos possuem granulometria fina a mdia, localmente grosseira, e podem preservar estratificaes cruzadas tabulares e tangenciais base, de porte mdio (ocasionalmente grande), e com ngulos medianos a pequenos. Eventualmente so observadas intercalaes decimtricas (at mtricas?) de quartzo filitos acinzentados e esverdeados, sempre na forma de corpos tabulares concordantes.

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Tambm marcantemente concordantes, corpos at mtricos de filitos hematticos tem sido reconhecidos. Trata-se de rochas densas e escuras, via de regra constitudas de sericita/moscovita e hematita, localmente com importantes concentraes de turmalina, seja na forma de agregados milimtricos fibro-radiais, seja como nveis, tambm milimtricos, concordantes com a foliao. Os metaconglomerados so bastante raros, aparecendo na forma de lentes de espessuras decimtricas, caracterizados por matriz quartztica fina a mdia (com grnulos) suportando seixos de quartzitos e de quartzo de veio. A Formao Sopa-Brumadinho aflora a oeste da rea estudada, numa faixa de espessura varivel, devido principalmente ao forte tectonismo caracterstico da regio. constituda principalmente por diversos tipos de quartzitos, com intercalaes de filitos (hematticos ou no), metaconglomerados, xistos verdes e formaes ferrferas bandadas, estas ltimas algo mais raras. Seus contatos com as outras unidades da regio so quase sempre tectnicos, exceto com rochas da Formao So Joo da Chapada, cujo carter gradacional j foi descrito. Uma anlise dos termos quartzticos da unidade comprova a marcante heterogeneidade, j que variam desde puros at ferruginosos e/ou micceos, apresentam granulometria fina at grosseira e mesmo microconglomertica, via de regra com seixos esparsos de quartzo. Os metaconglomerados so matriz-suportados, composta por quartzito mdio, eventualmente fino e aparecem na forma de lentes de espessuras mtricas. Entre os seixos, predominam aqueles de quartzitos, ferruginosos ou no, e de quartzo de veio sobre aqueles de filitos e de formaes ferrferas bandadas. Exclusiva da borda leste da Serra do Espinhao Meridional, a chamada Formao Itapanhoacanga (Knauer & Grossi-Sad, 1995) caracterizada por variados tipos de quartzitos (com gradaes locais para quartzo-xistos) com importantes intercalaes de formaes ferrferas bandadas, filitos, filitos hematticos e metaconglomerados. Seus contatos invariavelmente tectnicos com as outras unidades aflorantes impedem uma melhor caracterizao de suas relaes estratigrficas, mas seu carter litolgico, especialmente de algumas de suas intercalaes, indicam sua atribuio ao Grupo Guinda (Knauer & Grossi-Sad, 1995). Uma grande variao granulomtrica e composicional/mineralgica caracterstica dos quartzitos da unidade (Knauer, 1990), com rochas desde finas at grosseiras, as vezes com grnulos e seixos esparsos de quartzo no mostrando claramente nenhuma lei de distribuio interna. O contedo em micas, usualmente sericita/moscovita, pode exceder os 20-25%, gradando ento para verdadeiros quartzo-xistos. Tambm aleatrios so quartzitos ferruginosos, ocasionalmente constituindo intercalaes desde centimtricas at decamtricas, estas ltimas mostrando tpico bandamento. Os quartzitos micceos finos, que apresentam comumente intercalaes mtricas de quartzo filitos esverdeados, assumem coloraes rosadas e esverdeadas quando milonitizados, sendo explotados a oeste do meridiano de Itapanhoacanga.

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As formaes ferrferas bandadas (Formao Itapanhoacanga), sempre da fcies xido, tem espessuras mximas da ordem das dezenas de metros, sendo caracterizadas por um bandamento milimtrico visvel macroscopicamente. Aparecendo na forma de lentes (tectnicas?) e nveis (estes mais espessos), os itabiritos podem se associar localmente a camadas decimtricas de dolomitos rosados sempre mostrando rompimento estrutural caracterstico. Os metaconglomerados, via de regra matriz-suportados, afloram na forma de lentes mtricas com pequena continuidade lateral. A matriz, quartztica fina a mdia, envolve seixos (normalmente estirados) de variados tipos de quartzitos, de quartzo e de formaes ferrferas bandadas. Filitos hematticos, na forma de intercalaes concordantes de espessuras at decamtricas, so comuns. Trata-se de rochas acinzentadas, bandadas ou no, constitudas essencialmente por sericita e hematita, e com contedos muito menores de turmalina e leucoxnio. O quartzo ocorre em valores anormalmente baixos, aparentemente nunca excedendo os 8 ou 10%. Estes filitos hematticos tiveram zirces tratados por metodologia Pb-Pb (Dossin et al., 1993), fornecendo idade de 171012 Ma. Grupo Serra da Serpentina Caracterstico apenas da borda leste do setor meridional da Serra do Espinhao, o chamado Grupo Serra da Serpentina (Souza et al., 1995; Knauer & Grossi-Sad, 1995; Guimares et al., 1995) corresponde (no todo ou em sua maior parte) Sequncia Sedimentarde Vilela & Santos (1983), Sequncia Itabirticade Uhlein et al. (1982), ao Supergrupo Minas de Assis & Marini (1983), a Sequncia Itabirtica da Serra da Serpentina de Dossin (1985) e a Sequncia Serra do Sapo de Almeida-Abreu et al. (1989). Aflorando na forma de faixas de direo aproximadamente norte sul, as unidades constituintes do grupo mostram-se submetidas a um forte tectonismo, o que muitas vezes impede o seu correto posicionamento estratigrfico. Assim, de forma algo genrica, Knauer & Grossi-Sad (1995) dividem o grupo em trs unidades informalmente denominadas de Quartztica , Itabirtica e Filtica/Quartztica . A chamada Unidade Quartztica pode ser caracterizada por pelo menos 60 ou 70 metros de quartzitos, sempre micceos, com granulometria varivel entre fina e mdia, localmente grosseira at microconglomertica. Um pequeno contedo em xido de ferro pode ser observado em todas as sees, sempre mostrando enriquecimento em direo ao topo da sequncia. Nos ltimos 20 metros, por exemplo, so comuns nveis centimtricos at decimtricos de quartzitos ferruginosos finos e micceos. Lentes mtricas de metaconglomerados polimticos so relativamente raras, aparecendo especialmente nas pores mais basais da unidade. Suportados pela matriz quartztica miccea, mostram seixos estirados de quartzo, quartzitos de variados tipos e, mais raramente, de formaes ferrferas bandadas do fcies xido.

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Correspondendo quase que integralmente chamada Formao Serra do Sapo de Almeida-Abreu et al. (1989), a Unidade Itabirtica apresenta espessuras altamente variveis, mas que parecem no ultrapassar os oitenta metros (e.g. Vilela & Santos, 1983). Predominam formaes ferrferas bandadas do fcies xido, se bem que localmente (regio noroeste da Folha Conceio do Mato Dentro) tenha sido descrita ocorrncia pontual de fcies carbonato (Dossin, 1985). Representam assim, verdadeiros itabiritos, marcados pela alternncia de bandas mili at centimtricas ricas em quartzo com bandas ricas em xidos de ferro (quase sempre hemattico). Intercalaes nesta Unidade Itabirtica dominantemente de origem sedimentar, so , muito comuns, em especial aquelas quartzticas. Na maior parte das vezes so nveis e lentes (em parte tectnicas?) com espessuras mtricas de quartzitos finos e ferruginosos, sempre micceos, que podem gradar localmente para tipos mais grosseiros (mdios com grnulos esparsos) e mais pobres em hematita. Com espessuras altamente variveis, mas que podem ultrapassar as trs centenas de metros, a chamada Unidade Filtica/Quartztica de Knauer & Grossi-Sad (1995) corresponde a maior parte da Seqncia Jacm de Almeida-Abreu et al. (1989) e de Knauer (1990). Os dados atualmente existentes indicam uma variao faciolgica lateral relativamente importante, com o progressivo aumento dos termos de origem peltica para sul. Deste modo, na poro setentrional da unidade, ntida uma associao de quartzitos sericticos, quartzitos puros, quartzitos ferruginosos e filitos, com aparente maior predomnio dos primeiros (Knauer & Grossi-Sad, 1995). Na poro meridional da rea de ocorrncia desta unidade superior, o predomnio de rochas filticas at xistosas (apresentando intercalaes quartzticas micceas finas at mdias) caracterstico. Estes filitos, quando frescos, tm cores esverdeadas at acinzentadas, mostrando o predomnio de sericita/moscovita, quartzo e clorita. Seqncia Vulcano -sedimentar de Serro A descrio desta seqncia ser apresentada a seguir com a sua diviso em Grupo Serro e Unidade Zagaia, conforme proposto por Knauer (1990). Grupo Serro O Grupo Serro (no sentido de Knauer, 1990) ou Complexo Serro aflora principalmente na folha de mesmo nome, sendo exclusivo da borda leste da Serra do Espinhao Meridional. Investigado com algum detalhe por Uhlein (1982) e Bastos Neto (1982), constitudo principalmente por rochas metaultramficas submetidas a intensos processos de milonitizao, podendo apresentar intercalaes metamrficas e mesmo metassedimentares, estas ltimas, pelo menos em parte, tectnicas. Seu posicionamento, seja geocronolgico seja geotectnico, ainda incerto, podendo corresponder a corpos alpinos do Proterozico Inferior (Renger, 1972), a greenstone belt do Arqueano (Uhlein, 1982) ou mesmo a restos de crosta ocenica do Proterozico Mdio (Fogaa, 1985).

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Unidade Zagaia Aflora principalmente nas proximidades de Alvorada de Minas (Folha Serro), onde dois grandes conjuntos de rochas podem ser reconhecidos nesta unidade, sendo o mais importante predominantemente quartztico com intercalaes filticas e outro, subordinado, base de itabiritos e metacherts ferrferos (Assis, 1982). Esta unidade corresponde Formao Jacm de Almeida-Abreu et al. (1989) que a descreve assim: Formao Jacm litologicamente montona representada por quartzitos com uma A persistente laminao plano-paralelo em bandas milimtricas a decimtricas com intercalaes milimtricas a mtricas de quartzitos micceos e filitos. Localmente aparecem intercalaes sub-mtricas a mtricas de formaes ferrferas e metavulcanitos bsicos (xistos verdes) . Sute Metagnea Conceio do Mato Dentro Tpicas da regio logo a norte da cidade de Conceio do Mato Dentro, onde normalmente apresentam contatos iminentemente tectnicos com as outras unidades aflorantes, algumas rochas gneas, flsicas, de granulao fina so englobadas dentro da chamada Sute Metagnea Conceio do Mato Dentro (Knauer, 1990; Knauer & Grossi-Sad, 1995). Predominam tipos claros, normalmente acinzentados, eventualmente cinza-avermelhados, com matriz fina envolvendo fenocristais de quartzo azulado, mais comuns, e de feldspato, algo mais raros. Mais localmente podem ser observadas rochas mais escuras, mas tambm estas mostram os fenocristais de quartzo tpicos. Correspondem aos metariolitos descritos na literatura (e.g. Grossi-Sad & Mello, 1969; Brito Neves et al., 1981) com os termos mais escuros podendo representar, segundo Herrgesell (1984), verdadeiros metariodacitos. Estas rochas subvulcnicas at vulcnicas cidas metamorfisadas em baixo grau, claramente relacionadas ao Supergrupo Espinhao, foram estudadas com algum detalhe por Herrgesell (1984) e Dossin (1985). Os valores geocronolgicos iniciais obtidos por Brito Neves et a.i (1979) para estas rochas (por volta de 1770 milhes de anos) foram recentemente confirmados por Machado et al. (1989), atravs de mtodo U-Pb em zirces, os quais obtiveram idades de 1711 81-4 Ma. e 17152 Ma.. interessante notar que mais a norte, as mesmas rochas forneceram idades mais antigas, por volta de 17522 Ma. em Planalto de Minas (Machado et al. 1989). Granitos porfirticos Dois corpos de rocha porfirtica (porfiroblstica) so caracterizados pelo Projeto Espinhao na Folha Serro e receberam os nomes de plutonitos Dom Joaquim e Jacm. Damos destaque aqui ao Plutonito Jacm porque ele faz contato direto com as rochas do Supergrupo Espinhao, na borda leste da serra.

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Plutonito Jacm Trata-se de corpo ovalado, com 14,5 km de eixo maior e 7,5 km de largura, em sua parte mais aberta. O corpo quase que totalmente encaixado em gnaisse do bordo do Espinhao. H, contudo, contatos falhados a NW, com rochas do Supergrupo Espinhao e Grupo Serra da Serpentina e, a SE, com rochas do Supergrupo Espinhao e Grupo Serro. As rochas deste corpo foram denominadas "migmatitos", por Herrgesell (1984) e composicionalmente, correspondem a material grantico do tipo S.

Caracterizao local Introduo A rea em estudo compreende as regies localmente denominadas Serra do Sapo a sul e Serra de Itapanhoacanga, a norte. Alm disto, tambm foram realizados estudos em uma regio intermediria entre estas duas serras, a qual apresenta forma de uma faixa norte-sul com 3 a 5 km de largura, onde sero instaladas as bacias de rejeito, as pilhas de estril e as instalaes de beneficiamento. Para efeito de simplificao, a seguir apresentado em caracterizao litolgica local da Serra do Sapo e depois as caractersticas diferenciais da geologia da Serra de Itapanhoacanga e da rea intermediria entre estas serras. Isto feito visando facilitar a descrio e a compreenso da geologia local. O desenho 2 do anexo 1 apresenta um mapa geolgico local, englobando as regies estudadas. Lito-estratigrafia da Serra do Sapo Na descrio do empilhamento lito-estratigrfico das formaes geolgicas que ocorrem na Serra do Sapo, a formao ferrfera bandada, portadora do minrio de ferro, que ser foco central de atuao da minerao apresentada como camada central e guia. Desta forma, realizada a descrio desta formao e posteriormente suas encaixantes imediatas de topo e base e finalmente as outras formaes que aparecem mais ao topo e base destas encaixantes. Na Serra do Sapo a formao ferrfera bandada uma rocha cinza clara a cinza escura, localmente negra azulada, formada por alternncia de camadas milimtricas a centimtricas em espessura, brancas a cinza claras, quartzosas, com faixas de mesma gama de espessuras, cinza escuras a negras, ricas em hematita, magnetita e localmente mostrando grandes cristais de especularita (Foto 1).

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Foto 1 - Formao ferrfera bandada mostrando intercalaes de faixas claras quartzosas e faixas cinza escuras hematticas. As dobras intrafoliais de flanco rompido so freqentes nesta formao. UTM 667400E - 7904026N.

Outros tipos litolgicos, variaes deste tipo bsico descrito, podem ocorrer com freqncias variadas: 1. as faixas claras quartzosas podem ser substitudas por faixas marrons avermelhadas claras, provavelmente carbonticas, mantendo a mesma gama de espessuras j descrita - so freqentes nas proximidades da base da camada e, provavelmente, so formaes ferrferas bandadas de fcies carbontica (Foto 2); as faixas e o bandamento deixam de ocorrer e a rocha se transforma em um quartzito ferruginoso, macio, formando bancos decimtricos a mtricos, mais comuns prximo base da camada; o bandamento deixa de existir e a rocha se enriquece em hematita e possibilidade de magnetita, formando bancos mtricos de hematita dura e compacta (Foto 3). Ocorrem por toda a rea, mas no de forma freqente. Estes bancos so espordicos e encontrados na maior parte das vezes nos locais de maior potncia da camada; freqente a ocorrncia de superfcies iridescentes nestas bandas, as quais devem ter sido formadas pela mobilizao (lixiviao?) do quartzo, por efeito de processos tectnicos, pois comum se observar, nestas bandas, fantasmas de um antigo bandamento da rocha; a rocha deixa de ser bandada, se enriquece em micas claras, ficando bastante foliada e adquire aspecto de um filito hemattico - so raros os bancos decimtricos encontrados e quase sempre se encontram junto ao contato com a encaixante da lapa.

2.

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Foto 2 - Formao ferrfera mostrando alternncia de bandas cinza escuras hematticas e bandas rosadas a avermelhadas carbonticas. UTM 665185E 7907955N.

Foto 3 - Formao ferrfera na base da camada, praticamente sem bandamento, macia, enriquecida e dura, muito fina, provavelmente milonitizada. UTM 665239E - 7907996N.

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Estas rochas afloram quase que exclusivamente na cumeeira da Serra do Sapo, na forma de escarpas, cristas, blocos e pontes rochosos (Fotos 4 a 6). Raramente formam lajedos na face leste da serra ou em leitos de drenagem que descem desta serra (Foto 7). Esta formao ferrfera bandada foi colocada por Almeida Abreu & Renger (2002) na Formao Serra do Sapo, sendo mantido neste trabalho o modelo estratigrfico destes autores, por melhor se encaixar nas observaes de campo. Na maior parte das vezes a rea de exposio das formaes ferrferas est coberta por solo e/ou canga (Fotos 8 e 9). Os solos so argilo-arenosos marrom avermelhados a ocre, aparecendo em ravinas e normalmente recobertos por matas. Ocorrem, tambm, solos arenosos cinzentos, muitas vezes ricos em fragmentos hematticos (chapinhas), formados pela desagregao fsica direta da formao ferrfera, sem, aparentemente, modificaes mineralgicas. Estes solos so comuns no topo da serra e na encosta abrupta de oeste (Foto 10).

Foto 4 - Paredo de formao ferrfera aflorando na encosta oeste da Serra do Sapo. O plat no fundo, direita, de xistos e filitos prateados muito cisalhados. UTM 666227E - 7905611N. Vista olhando para sul. Veja a Foto 14.

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Foto 5 - Cristas e blocos de formao ferrfera bandada aflorando no alto da Serra do Sapo, em sua poro norte. Este o ponto mais ao norte da rea em que se v cristas e blocos de formao ferrfera em grandes afloramentos. UTM 664900E 7908826N.

Foto 6 - Afloramento de formao ferrfera, dura, compacta, laminada, na Serra do Sapo em sua poro central. UTM 668084E - 7900995N. Vista norte para sul.

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Foto 7 - Vista de um dos raros lajedos na encosta leste da Serra do Sapo onde aflora a formao ferrfera. Normalmente esta formao s aflora na crista e na escarpa oeste da serra. UTM 668439E - 7899270N.

Foto 8 - Solo e canga de formao ferrfera que normalmente recobrem toda a encosta leste da Serra do Sapo. UTM 669020 - 7903545N.

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Foto 9 - Canga recobrindo a encosta leste da Serra do Sapo. Este recobrimento mascara contatos e impossibilitou a observao da espessura real da camada ferrfera. UTM 667452E - 7904668N.

Foto 10 - Solo de formao ferrfera, arenoso e rico em fragmentos da prpria formao. Muito comum na parte superior da encosta oeste da Serra do Sapo. UTM 667175E - 7904257N.

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A canga normalmente no estruturada, detrtica, com pedaos de formao ferrfera e de hematita compacta envoltos por matriz limontica. Quanto mais prxima da rocha fonte, maiores e mais preservados encontram-se os fragmentos e blocos de itabirito, chegando a ser mtricos e mantendo a estruturao original (canga estruturada). Quanto mais a canga encontra-se transportada e distante da rocha fonte, mais avanado o estado de alterao/decomposio dos fragmentos de itabirito, maior a quantidade de matriz limontica, ocre a avermelhada e menores os fragmentos. So extremamente comuns blocos e escarpas com 2 a 10 metros de altura, formadas em canga, margeando encostas laterais de drenagens de direo leste-oeste, transversais a serra, descendo da cumeeira para leste. Na regio no entorno da estrada MG-10, quando esta corta a formao ferrfera, ocorrem quartzitos brancos, sericticos, mdio a grossos, na forma de mega lentes com centenas de metros de dimenso maior, intercaladas nas formaes ferrferas, mas tambm a recobrindo. Nos afloramentos nos cortes da MG-10 possvel observar a ntima e complexa relao entre estes quartzitos e a formao ferrfera, j que possvel encontrar uma e outra rocha aflorando lado a lado. Os contatos entre as duas litologias so bruscos, rpidos, no necessariamente tectnicos, apesar de estarem tectonizados atualmente. comum encontrar bancos centimtricos a decimtricos intercalados, de ambas as litologias, uma dentro da outra, nas proximidades dos contatos, tanto nas passagens laterais como na transio vertical (Foto 11).

Foto 11 - Intercalaes decimtricas de formao ferrfera e quartzitos. O banco central na foto, onde est apoiado o martelo, de quartzito. As rochas mais foliadas so formaes ferrferas. Esta uma transio lateral entre quartzitos e a formao ferrfera. UTM 667459E - 7903754N.

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Estes quartzitos foram considerados, neste trabalho, como parte da Formao Serra do Sapo de Almeida Abreu & Renger (2002), isto , so quartzitos sedimentologicamente ligados s formaes ferrferas e, portanto, colocados juntos em uma mesma unidade lito-estratigrfica. Por sobre os quartzitos, quando estes ocorrem, e por cima da formao ferrfera quando os quartzitos no existem, ocorrem gnaisses, rochas granitides gnassificadas e em parte migmatizadas e mica xistos marrons avermelhados, totalmente decompostos, somente observados distantes da serra, a oeste. Nos trabalhos regionais da bibliografia geolgica, estas rochas so consideradas como parte de seqncia de xistos/rochas granitides arqueanas encontradas a leste da rea mapeada e compondo a base da coluna estratigrfica regional. Na rea, estas rochas esto fora de sua posio estratigrfica normal, posicionadas tectonicamente por falhamento de empurro por sobre a seqncia de metassedimentos mapeadas a leste. Este contato no foi observado em nenhum afloramento na rea mapeada e foi inferido pelo posicionamento e atitude das camadas. A presena destas rochas na rea e seu contato com a formao ferrfera e/ou quartzitos so inferidos pelos solos caractersticos que elas formam. O contato inferior da formao ferrfera se d de forma rpida e brusca com filitos cinzas a prateados. possvel visualiz-lo na escarpa oeste da Serra do Sapo em vrios pontos, todos de difcil acesso (Foto 12). De uma forma geral as formaes ferrferas encontradas so friveis a semi-friveis e ricas em ferro. Atingem cerca de 80 metros de espessura, tendo, em mdia, 30 a 40 metros, porm, no possvel avaliar de forma correta a espessura deste pacote de rochas j que seu contato superior foi erodido e no pode ser visualizado na rea mapeada, nem mesmo em seu bordo leste, onde foi recoberto por cangas.

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Foto 12 - Contato entre a formao ferrfera (escarpa a esquerda no alto da foto) e os filitos/xistos cinzentos da base (escarpa da parte inferior direita da foto). UTM 666227E - 7905611N.

A formao ferrfera contnua por toda rea mapeada, de norte a sul, sem interrupes por falhamentos. Na base das formaes ferrferas ocorrem filitos cinzentos, prateados, sedosos ao tato, com marcante foliao ondulada, milontica tipo SC, s vezes bandado milimtrica a centimetricamente por alternncia de faixas cinza escuras e cinza claras. Estes filitos so considerados como parte integrante da Formao Serra do Sapo de Almeida Abreu & Renger (2002), apesar de individualizlos no mapa geolgico local (Desenho 2 do anexo 1). muito caracterstico desta rocha a presena de cristais de magnetita quase sempre decompostos e representados somente pelos buracos que marcam a sua antiga localizao. Contm intercalaes de filitos negros a cinza escuros, possivelmente grafitosos e (raras) de quartzitos micceos, brancos, na forma de bancos decimtricos, localmente conglomerticos (matriz suportados), com seixos pequenos (1 a 2 cm) de quartzo (monomticos). O contato superior se d com a formao ferrfera, de forma brusca, tectonizada, porm, no necessariamente por falhamento. Aparentemente este contato era transicional, rpido, sendo posteriormente tectonizado, o que mascara o aspecto transicional. O contato inferior se d com mica quartzo xistos, avermelhados quando decompostos, de forma transicional, porm, brusco e bem definido.

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Esta formao filtica aflora como escarpa na encosta oeste da Serra do Sapo, apresentando-se de maneira contnua com a escarpa formada pela formao ferrfera, sendo difcil, distncia, de se separar as duas formaes. Outras vezes forma degrau na serra, isto um patamar e uma escarpa abrupta, distanciada para oeste da escarpa sustentada pela formao ferrfera (Fotos 13 e 14). Tem espessura variando de 10 a 60 metros - e forma, em mapa, uma estreita faixa de direo NNW observada logo a oeste da cumeeira da Serra do Sapo. Esta camada filtica chave para determinar a base da formao ferrfera, j que bem caracterstica litologicamente e facilmente identificada pela presena de numerosos mega cristais de magnetita envoltos por matriz filtica cinza prateada (Foto 15). Na lapa destes filitos da base da formao ferrfera ocorrem mica xistos marrons avermelhados, s encontrados decompostos, associados a quartzo mica xistos cinza e a quartzo moscovita xistos lenticulares, com lentculas milimtricas a centimtricas de quartzo envoltas por filmes micceos. Estes xistos se espalham por vasta faixa de direo norte-sul, a oeste Serra do Sapo. A posio estratigrfica destes xistos ainda duvidosa. Foram colocados pelo Projeto Espinhao (1996) na Unidade Filtica do Grupo Serra da Serpentina (Knauer & Grossi Sad, 1995). Neste trabalho adotou-se o modelo estratigrfico de Almeida Abreu & Renger (2002), onde colocamos tentativamente estes mica xistos na Formao Jacm.

Foto 13 - Vista da encosta oeste da Serra do Sapo, de norte para sul, a partir do ponto de coordenadas UTM 667842E - 7902904N, mostrando linhas de escarpas rochosas. O pacote de rochas superior, no alto da serra formado pela formao ferrfera. A camada na meia encosta, mais a direita na foto, formada por xistos e filitos cinza prateados que formam a camada da lapa da formao ferrfera.

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Foto 14 - Vista de norte para sul da encosta oeste da Serra do Sapo a partir do ponto de coordenadas UTM 665549E - 7907068N. A encosta em primeiro plano, onde passa a trilha, formada, no tero superior, pela formao ferrfera e no restante, por filitos cinza.

Foto 15 - Filito cinza da camada de lapa da formao ferrfera, mostrando sua caracterstica principal: mega cristais de magnetita. UTM 667703E 7903196N.

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Lito-estratigrafia da rea intermediria entre a Serra do Sapo e a Serra de Itapanhoacanga. No extremo norte da Serra do Sapo, a formao ferrfera termina lateralmente, como tambm termina esta serra. Desta regio at a Serra de Itapanhoacanga, ao norte, ocorrem algumas mudanas geolgicas que devem ser destacadas: Os filitos cinza da base da formao ferrfera terminam e passam a aflorar, na base da formao ferrfera, quartzitos rosados, finos contendo intercalaes mtricas em espessura de conglomerados polimticos, com seixos de quartzo, quartzito, filitos e de formao ferrfera. Estes quartzitos que se posicionam sob as formaes ferrferas (Foto 16) e foram considerados como pertencentes a Formao Itapanhoacanga de Almeida Abreu & Renger (2002). Estes quartzitos formam pacote que se inicia estreito e se espessa para o norte atingindo 500 a 600 m de espessura na regio de Itapanhoacanga.

Foto 16 - Em primeiro plano os quartzitos com bancos de conglomerados que ocorrem no extremo norte da rea. No horizonte os ltimos afloramentos ao norte da formao ferrfera da Serra do Sapo. UTM 665106E - 7912022N.

Na base da Formao Itapanhoacanga ocorre a Formao Sopa-Brumadinho, formada por espessos pacotes de quartzitos com caractersticas muito heterogneas e portando intercalaes de nveis conglomerticos. A Formao Sopa-Brumadinho surge como portentosos afloramentos na regio a oeste de Itapanhoacanga, constituindo inclusive a majestosa Serra de So Jos (veja fotos no item Geomorfologia deste relatrio).

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No topo da formao ferrfera (Formao Itapanhoacanga), na parte norte da Serra do Sapo, no mais ocorrem as rochas do Complexo Basal e comeam a ser encontrados quartzitos, finos, com persistente laminao plano-paralela, contendo nveis decimtricos em espessura, conglomerticos, matriz suportados, com seixos pouco arredondados, de 1 a 2 cm de comprimento predominantemente de quartzo. Estes quartzitos esto associados a quartzo-moscovita xistos, xistos esverdeados (metagneas?) e mica xistos decompostos e marrom avermelhados. Este pacote de rochas foi considerado como pertencentes Formao Jacm. Esto colocados tectonicamente sobre a Formao Serra do Sapo e, quando esta acaba ao norte, sobre os quartzitos da Formao Itapanhoacanga. No topo da Formao Jacm ocorrem rochas do Complexo Basal ou do Plutonito Jacm, tectonicamente posicionados por falhamentos de empurro. Ambas as unidades tm pouqussimos afloramentos na rea estudada, ficando difcil caracterizlas. No foi possvel no campo separar o Plutonito Jacm do Complexo Basal. A determinao dos seus contatos foi feita exclusivamente pelo uso dos mapas geolgicos regionais. Assim, na rea central entre a Serra do Sapo a sul e a Serra de Itapanhoacanga a norte temos, em um perfil de oeste para leste: a Formao Sopa-Brumadinho, e sobre ela, posicionada tectonicamente por falhamento de empurro, a Formao Itapanhoacanga. Mais a leste, sobre Formao Itapanhoacanga ocorre a Formao Jacm que, por sua vez, tem em seu topo o Plutonito Jacm e o Complexo Basal. Todos os contatos so feitos por falhamentos de empurro. O mapa geolgico local (desenho 2 do anexo 1) mostra tais feies.

Lito-estratigrafia da Serra de Itapanhoacanga Esta serra sustentada pela formao ferrfera bandada. As caractersticas desta formao nesta serra so praticamente as mesmas daquelas encontradas na Serra do Sapo e j relatadas. Uma diferena importante a presena de nveis carbonatados de cor rosa avermelhado na base da formao ferrfera. So formaes ferrferas de fcies carbontica, que tem espessura mtrica e so mais espessas na regio norte da serra de Itapanhoacanga. Alm desta caracterstica diferencial as formaes ferrferas da serra de Itapanhoacanga so muito semelhantes s da Serra do Sapo. As cangas, bastantes comuns e contnuas na Serra do Sapo, so bem menos importantes na Serra de Itapanhoacanga. Ocorrem de forma mais localizada e como superfcies descontnuas. A estratigrafia da serra de Itapanhoacanga a mesma daquela descrita para a regio central, entre serras, porm, voltando a aparecer as formaes ferrferas que se encontram assentadas, em contato normal, brusco, por cima da formao Jacm. A Formao Jacm se coloca em parte sobre o Complexo Basal (posio estratigrfica normal) e em parte sobre a formao Itapanhoacanga, a oeste, configurando uma inverso estratigrfica, realizada por um falhamento de empurro. O mapa geolgico local contendo tais litologias apresentado no desenho 2 do anexo 1.

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As demais camadas continuam nas posies estratigrficas e geogrficas como descrito para a rea central: Formao Sopa-Brumadinho no extremo oeste da rea e formao Itapanhoacanga empurrada sobre ela; Formao Jacm com a formao Serra do Sapo ocupando a regio da serra de Itapanhoacanga e na poro leste da rea surgem o Complexo Basal e o Plutonito Jacm, tambm com contato oeste invertido por falhamento de empurro.

Geologia estrutural A organizao espacial das camadas simples, complicado o posicionamento estratigrfico. Elas formam um monoclinal de direo geral NNW e mergulho em torno de 30 para NE. Mais detalhadamente, as camadas tm direo N10W ao sul da rea, sofrendo uma pequena mudana de direo na parte central, passando a N30W e nova mudana no extremo norte da rea, onde passam a ter direo norte-sul. O mergulho varia pouco sempre se mantendo em torno dos 30, invariavelmente para nordeste/leste. A tectnica regional, descrita pela literatura, compressiva, com formao de falhamentos de empurro de direo geral norte sul, mergulho para leste e com transporte de massas de leste para oeste (Almeida-Abreu & Renger, 2002). A principal conseqncia destes falhamentos na estruturao das camadas so as inverses estratigrficas com o posicionamento de camadas mais velhas, infracrustais, por sobre seqncias mais novas de rochas supracrustais. bem caracterstico desta regio (a chamada Borda Leste da Serra do espinhao Meridional) o posicionamento de rochas gnissicas/granticas do embasamento arqueano por sobre as seqncias metassedimentares, proterozicas de oeste. Desta forma, na regio os falhamentos de empurro no s atingem os metassedimentos supracrustais como, tambm, as rochas do embasamento. A tectnica da rea mapeada se encaixa perfeitamente dentro deste contexto regional. As estruturas observadas mostram que esta compresso leste-oeste atingiu a rea mapeada e que ela gerou, inicialmente, um forte deslizamento intra-estratal evidenciado pela formao de numerosas dobras intrafoliais observadas principalmente na formao ferrfera e pela existncia de conspcua estrutura linear marcada pelo estiramento de minerais e de seixos de conglomerados. A lineao de estiramento tem atitude mdia 90/20 (Figura 4.27). As dobras so mesoscpicas com 5 a 80 cm de amplitude, apertadas, de charneiras pouco arredondadas, muitas vezes formando um conjunto tpico em chevron. O eixo destas dobras varia sempre em torno da direo leste-oeste, sempre com caimento para leste em torno de 20 a 30. O posicionamento dos eixos sub-paralelos direo de transporte de massas considerado uma evidncia de um grande deslizamento de massas paralelo ao bandamento (Bell, 1978).

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FIGURA 4.27 - Diagrama de freqncia de atitudes da lineao de estiramento de minerais e seixos.

Na rea, a presena de dobras em bainha (Cobbold & Quinquis, 1980), tipicamente formadas nas deformaes muito plsticas, confirma este grande movimento intraestratal de massas. Estas dobras foram observadas em duas oportunidades e j tinham sido descritas pela literatura na regio (Almeida-Abreu, et al., 1988) (Foto 17). Outra evidncia da grande deformao plstica que atingiu as camadas ferrferas a presena de charneiras de dobras rompidas. Algumas destas charneiras, quando formadas por faixas quartzosas, ao se romperem adquirem um aspecto elipsoidal, ficando muito semelhantes a seixos de quartzo inclusos na formao ferrfera (Foto 18). Uma nica e conspcua foliao ocorre em toda a rea. Esta foliao, uma xistosidade, apresenta direo geral NS e mergulho de 20 a 30 (Figura 4.28) para leste, penetrativa, paralela ao bandamento das rochas e plano axial das dobras descritas. No contato entre camadas, este deslizamento intra-estratal gera regies decimtricas de concentrao de deformao, com foliaes SC nos filitos (Foto 19) e caractersticas milonticas nas rochas. provvel que este processo deformacional, e os dobramentos descritos, possam tambm gerar intercalaes de uma litologia na outra, nas proximidades dos contatos, como comumente se observa no contato entre os filitos da base e a formao ferrfera. Podem tambm ser responsveis pelas intercalaes de quartzitos e formao ferrfera descritas prximas da parte superior da camada ferrfera. De toda forma, no possvel descartar a possibilidade de que todas estas intercalaes (entre filitos e formao ferrfera na base e quartzitos e formao ferrfera no topo) tenham origem sin-sedimentar.

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FIGURA 4.28 - Diagrama de freqncia de plos de xistosidade paralela ao bandamento. Medidas feitas em todas as formaes encontradas na rea.

Como conseqncia tardia, j que cortam a foliao paralela ao bandamento, a compresso leste-oeste gerou falhamentos de empurro com inverses estratigrficas. Na rea, um grande falhamento de empurro colocou o embasamento gnissico/grantico de leste sobre os metassedimentos de oeste. Praticamente todo este falhamento de empurro encontra-se, na rea de trabalho, encoberto por solos e canga. Alm deste importante empurro, outros foram gerados e provocaram as inverses estratigrficas descritas anteriormente e podem ser observados no Mapa Geolgico de Detalhe em anexo 1. Foram encontrados tambm conjuntos de fraturas, sendo importante a presena de fraturamento subvertical de direo ENE (Figura 4.29). As fraturas observadas so persistentes por metros e no contm preenchimento por neo-minerais, mas existem algumas excees: nas formaes ferrferas ocorre localmente preenchimento de fraturas por xidos de ferro de cor marrom escura a negra (Foto 12); so encontrados tambm, ainda mais raramente, em fraturas nos quartzitos, filmes e manchas de mesma cor e composio. Esta percolao e deposio de xidos de ferro em fraturas um processo intemprico posterior a gnese dos fraturamentos. O espaamento das fraturas observadas varia em torno de decmetros. No foi encontrada nenhuma regio onde este espaamento estivesse substancialmente diminudo, isto , no foram localizadas regies de concentrao de fraturamentos que pudessem indicar a presena de um falhamento rptil.

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Na rea estudada, de uma forma geral, as fraturas so fechadas, porm, nas cristas de serra, esto comumente abertas, gerando grandes (mtricos a decamtricos) blocos de rochas (quartzitos, quartzo xistos e formaes ferrferas) que tombam, rolam e caem no sop da escarpa de oeste, formando campos de blocos e compondo depsitos de tlus (Fotos 5 e 6). Nenhum fraturamento observado apresentou algum tipo de rejeito ou movimentao que fizesse suspeitar da existncia de falhamentos transversais direo das camadas na rea. Nenhum falhamento direcional, transcorrente, de alto ngulo foi encontrado na rea. FIGURA 4.29- Diagrama de freqncia de direes de fraturas verticalizadas

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Foto 17 - Dobra em bainha centimtrica, em formao ferrfera. Este tipo de dobramento indica deformaes dcteis de grande magnitude. UTM 666706E - 7904967N.

Foto 18 - Pseudo-seixos de quartzo inclusos em formao ferrfera. Na realidade so charneiras de dobras com flancos rompidos que ficam com forma elipsoidal se assemelhando a seixos. Tambm so indicadoras de deformaes dcteis de grande magnitude, como as dobras em bainha. UTM 665357E - 7907312N.

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Foto 19 - Filitos cinzas da camada encaixante da base da formao ferrfera, mostrando foliao ondulada muito bem marcada, tipo SC de zonas de cisalhamento. UTM 667705E - 7903471N.

4.1.5.2 - Mineralogia e composio geoqumica das rochas Nesta etapa do diagnstico esto sendo avaliados os certificados das anlises geoqumicas por fluorescncia de raios-x e plasma realizadas em amostras de Itapanhaoacanga e Serra do Sapo. Estes certificados podem ser vistos no anexo 4, composio das rochas. As anlises das composies das rochas foram realizadas pela SGS Geosol Laboratrios Ltda, situado em Belo Horizonte, MG, rua So Vicente, n 255B no Bairro Olhos dgua. Os mtodos de anlise usados foram de calcinao 1000C at peso constante (P.F), infravermelho leco (S), titulao (FeO) e as demais anlises fuso com tetraborato de ltio - fluorescncia de raios - x (Al2O3, CaO, Fe total, Mg, MnO, P, SiO2, TiO2). Com o intuito de estabelecer os maiores e menores valores em porcentagem, da composio das amostras coletadas nos respectivos furos de sondagem, foram criados quadros que podem ser observados a seguir:

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QUADRO 4.19 - SGL - LG7010-APR06


Composio Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F FeO S_Leco Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F FeO S_Leco Furo de Sondagem 28 19 53 19 38 38, 10 3 28 38 1 11, 38, 39, 46 41 3, 6 a 9, 20 a 38, 40 a 50, 52,53 3 2, 3, 6 a 8, 20 a 27, 29 a 50, 52, 53 3, 29, 31, 33 a 37, 41, 52 3, 41, 45, 47, 48 53 3, 10, 24, 41, 44 a 49 41 40 1 a 10, 12 a 37, 40 a 45, 47 a 52 Porcentagem (%) 7,4 0,55 68,5 1,4 1,4 0,12 99,1 0,35 2,68 3,21 0,01 <0,1 <0,1 1,3 <0,1 <0,1 <0,1 0,98 <0,1 <0,1 0,29 <0,1

QUADRO 4.20 - SGL - LG7011-APR06


Composio Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F FeO S_Leco Al2O3 CaO Fe total Furo de Sondagem 23 6 25 7 18 6 7 22 23 26 1 a 24 19 1, 2, 5, 8 a 12, 14 a 18, 20 a 25 7 Porcentagem (%) 1,9 0,12 68,4 0,11 0,19 0,056 60,8 0,04 0,86 2,14 <0,01 0,21 <0,01 27,9

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Continuao

Composio Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F FeO S_Leco

Furo de Sondagem 1 a 6, 8 a 25 1, 5, 12, 14 a 17 14 a 16 25 2 a 6, 12, 13, 15 a 19 2, 3, 4, 6, 13, 16, 19 12 1 a 24

Porcentagem (%) <0,01 <0,01 <0,01 0,92 <0,01 <0,01 0,28 <0,01

QUADRO 4.21 - SGL - LG7012-APR06


Composio Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F FeO S_Leco Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F FeO S_Leco Furo de Sondagem 8 52 56 52 5 31 41 1 52 7 1 a 54 41 1, 2, 3, 5, 7, 10, 11, 17, 18, 19, 22, 23, 25 a 30, 33 a 39, 41 a 48, 53, 56 41 2, 3, 5, 6, 7, 9, 10, 17 a 19, 22, 23, 26 a 30, 32 a 44, 46 a 49, 53, 56 27 a 29, 33 a 37, 41 28, 35 a 37, 41 56 27, 28, 33, 34, 36, 37, 39, 41 35 a 37, 41 40 1 a 54 Porcentagem (%) 6,5 11,6 68,3 6,6 0,7 0,088 98,7 0,7 19,21 6,61 <0,01 0,12 <0,01 0,99 <0,01 <0,01 <0,01 0,92 <0,01 <0,01 0,72 <0,01

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QUADRO 4.22 - SGL - LG7013-APR06


Composio Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F FeO S_Leco Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F FeO S_Leco Furo de Sondagem 24 50 58 52 4 24 41 24 24 59 24 41 2, 6 a 29, 31 a 37, 40 a 43, 53 a 58 41 1 a 28, 31 a 38, 40 a 45, 47, 48, 50, 51, 53 a 58 21, 34, 35, 41 a 43 10, 36, 41, 45 58 6 a 10, 14, 33, 37, 41, 44 a 51, 55 10, 37, 41, 44 a 49, 51, 55 30 1 a 23, 27 a 57 Porcentagem (%) 12,3 0,39 68,1 0,51 0,7 0,25 99,1 2,6 6,69 2,01 0,01 <0,01 <0,01 1,4 <0,01 <0,01 <0,01 0,98 <0,01 <0,01 0,65 <0,01

QUADRO 4.23 - SGL - LG7014-APR06


Composio Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F FeO S_Leco Al2O3 CaO Fe total Mg Furo de Sondagem 23 23 55 23 24 20, 21 41 20, 21 24 56 9, 24, 33 41 1 a 18, 24 a 44, 46 a 51, 53 a 55 41 1 a 4, 7 a 18, 24 a 26, 28 a 55 Porcentagem (%) 3,9 0,29 68,7 1 0,54 0,11 99,1 0,35 1,92 2,05 0,01 <0,01 <0,01 0,64 <0,01

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Continuao

Composio MnO P SiO2 TiO2 P.F FeO S_Leco

Furo de Sondagem 12, 13, 29 a 33, 36, 37, 41, 50 a 53, 54 3, 41 a 43, 47, 48, 50 55 2, 36 a 39, 41 a 43, 45 a 52 41 a 43, 45, 51 17 1 a 8, 10 a 23, 25 a 32, 34 a 54

Porcentagem (%) <0,01 <0,01 0,91 <0,01 <0,01 0,13 <0,01

QUADRO 4.24 - SGL - LG7276-MAR06


Composio Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F S_Leco Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F S_Leco Furo de Sondagem 68 35 70 32 59 35 41 68 68 14, 16, 24, 26, 29, 31, 54, 56 a 60, 63 a 65, 67, 68 41 1 a 31, 37 a 39, 41 a 56, 58 a 70 41 1 a 30, 37 a 67, 69, 70 1, 3 a 11, 41, 68, 67 14, 41 70 14, 15, 41, 49, 50 41 1 a 13, 15, 17 a 23, 25, 27, 28, 30, 32 a 53, 55, 61, 62, 66, 69 Porcentagem (%) 11,1 0,6 68,4 1,8 4,7 0,16 98,1 0,6 3,73 0,01 0,12 <0,01 1,3 <0,01 <0,01 <0,01 0,9 <0,01 <0,01 <0,01

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QUADRO 4.25 - SGL - LG7277-MAR06


Composio Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F S_Leco Al2O3 CaO Fe total Mg MnO P SiO2 TiO2 P.F S_Leco Furo de Sondagem 1 36 38 3 14 20 32 1 1 1, 24 7, 19 1 a 35, 37, 38 33 1, 2, 4 a 38 29 7, 31, 37 38 19, 26, 27 18 2 a 37 Porcentagem (%) 5,9 0,01 68,5 0,14 2 0,08 68,6 0,33 3,6 0,01 0,5 <0,01 18,1 <0,01 0,01 0,013 0,96 <0,01 0,27 <0,01

Os quadros seguintes mostram as anlises tratadas pelos mtodos, infravermelho leco (S), e os demais elementos por digesto multiacida - ICP (Ag, Al, As, Ba, Be, Bi, Ca, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, K, La, Li, Mg, Mn, Mo, Na, Ni, P, Pb, Sb, Sc, Se, Sn, Sr, Th, Ti, Tl, U, V, W, Y, Zn, Zr QUADRO 4.26 - Amostras analisadas pelo mtodo de plasma
Sample ID AMSAL01 AMSAL02 AMSSP01 AMSSP02 AMSSP03 SCP-SS2 S % 0,07 0,01 0,01 0,01 0,02 --Ag ppm <3 <3 <3 <3 <3 <3 Al % 5,6 6,5 4,2 5 7 4,8 As ppm < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 65 Ba ppm 232 65 602 776 256 610 Be ppm <3 <3 <3 <3 <3 4,4 Bi ppm < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 Ca % 4,1 < 0.01 0,26 0,92 3,2 11,7 Cd ppm <3 <3 <3 <3 <3 <3 Co ppm 30 46 8,6 17 60 12 Cr ppm 83 412 78 103 12 50 Cu ppm 602 31 <3 <3 96 165

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QUADRO 4.27 - Amostras analisadas pelo mtodo de plasma


Sample ID AMSAL01 AMSAL02 AMSSP01 AMSSP02 AMSSP03 SCP-SS2 Fe % 6,2 10,3 3,5 11,3 10,1 2,7 K % 4 0,06 3,1 1,5 0,3 1,8 La ppm < 20 < 20 25 43 34 46 Li ppm 57 77 50 25 33 21 Mg % 6,3 8,5 0,75 0,76 3,8 1,4 Mn % 0,1 0,06 0,22 3,6 0,14 0,05 Mo ppm 8,3 <3 <3 <3 8 3,2 Na % 0,17 0,12 0,08 1,5 1,2 1,2 Ni ppm 55 119 32 52 13 50 P % 0,09 0,03 0,14 0,32 0,31 0,09 Pb ppm <8 <8 <8 <8 <8 123 Sb ppm < 10 < 10 < 10 < 10 < 10 < 10

QUADRO 4.28 - Amostras analisadas pelo mtodo de plasma


Sample ID AMSAL01 AMSAL02 AMSSP01 AMSSP02 AMSSP03 SCP-SS2 Sc 20 32 7,2 6,3 26 6,6 Se Sn Sr 35 <3 10 38 123 383 Th ppm < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 Ti % 0,5 0,27 0,19 0,29 2,6 0,28 Tl ppm < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 U ppm < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 V ppm 195 205 41 38 331 50 W < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 Y 5,4 <3 7,6 37 36 20 Zn ppm 61 23 25 21 122 411 Zr ppm 81 49 37 66 162 75 ppm ppm ppm ppm < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 < 20 ppm ppm

4.1.5.3 - Esboo estrutural A Serra do Espinhao Meridional pode ser definida como um orgeno de direo aproximada N-S cuja macroestrutura marcada por um espetacular sistema de falhas de empurro/zonas de cisalhamento dctil de direo prxima ao meridiano, responsvel pelas duplicaes ou supresses das unidades, assim como pelas freqentes inverses estratigrficas. Os elementos estruturais importantes encontrados na borda leste da serra so sintetizados por Knauer (1990) na seguinte lista: - Foliao principal usualmente com aspecto anastomosado (Sn), com mximos variveis entre N10W e N10E e mergulhos moderados, eventualmente altos, para leste; - Planos do tipo S-C, onde os ngulos entre S e C variam, na maior parte dos casos, entre 30 e 0; - Constante lineao de estiramento, com valores prximos a S80-85E e N80-85E, marcada pela orientao de minerais, seixos e concrees ferruginosas; - Dobras intrafoliais fechadas at isoclinais deitadas, bastante frequentes nas regies mais deformadas; - Dobras fechadas at isoclinais de caractersticas sin-milonticas apresentando planos axiais de direo N-S e mergulhos fracos at moderados para leste; - Dobras fechadas at isoclinais com planos axiais deitados e com eixos prximos a E-W; - Encurvamento progressivo dos eixos de direo N-S tendendo a se reorientar paralelamente lineao de estiramento;

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- Dobras em bainha de escala centimtrica at decimtrica, relativamente (mas no exclusivamente) comuns na borda leste da serra; - Amplas dobras abertas (localmente fechadas) com eixos aproximadamente N-S, em cujo plano axial, usualmente com vergncia para oeste, desenvolve-se clivagem de crenulao Sn+1; - Eventuais dobras bastante abertas, com eixos prximos a E-W, provavelmente responsveis pela gerao de parte das clivagens (de fratura at crenulao) Sn+2; - Zonas de cisalhamento (Shear bands) tardias de ocorrncia restrita, com direes prximas a N-S e mergulhos moderados at altos para leste. Segundo Knauer & Grossi Sad (1995), os elementos acima apresentados, analisados em conjunto com o padro geomtrico e associativo das estruturas descritas na Serra do Espinhao Meridional, parecem indicar um evento deformacional principal de carter dctil, com desenvolvimento progressivo at condies dcteis-rpteis. A marcante foliao milontica de mergulhos baixos ou moderados evidencia predomnio de movimentos prximos a horizontalidade durante o evento, que pode ento ser definido como tangencial. A natureza heterognea da deformao, aliada a seu carter no coaxial, esperado nos domnios onde a deformao concentrada, permite a acomodao de grandes quantidades de strain (Deformao).

Comentrios finais A partir do trabalho realizado, percebe-se que o conjunto de trabalhos existente sobre a geologia da serra do Espinhao Meridional e especificamente sobre sua borda leste enorme, porm, polmicas, discusses e pontos controversos ainda existem e so muitos. O posicionamento estratigrfico das unidades bastante controverso, principalmente devido aos falhamentos de empurro que atingiram a rea e provocaram inverses estratigrficas que ainda no puderam ser estabelecidas com preciso. Assim, no fcil distinguir no campo os contatos que eram normais e foram tectonizados, porm, sem inverso estratigrfica, daqueles que esto tectonizados e resultam de falhamentos de empurro com inverso estratigrfica. No texto descritivo e no mapa da geologia local (Desenho 2 do anexo 1) utilizada a proposta estratigrfica de Almeida Abreu & Renger (2002) por melhor se encaixar nas observaes de campo. muito provvel que os dados oriundos da pesquisa mineral, bem como das possveis frentes de lavra, venham ajudar no esclarecimento pelo menos parcial da estratigrafia da borda leste da Serra do espinhao Meridional. 4.1.5.4 - Condies geotcnicas dos macios de solo e de rocha Nesta etapa de caracterizao do empreendimento minerrio ainda no foram feitos estudos que mostrem as condies geotcnicas dos macios de solo e de rocha.

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Sismicidade Na regio do empreendimento no existem relatos de atividades ssmicas que tenham causados danos a obras civis; Estas atividades no so provveis na regio porque ela est situada em rea estvel sismicamente; Mineraes a cu aberto e suas atividades associadas como as pilhas de estril e as bacias de depsitos de rejeito no tm histrico de provocarem abalos ssmicos nem mesmo de pequenas magnitudes, como os causados pelos grandes reservatrios de hidroeltricas; Atividade ssmica no deve ser motivo de preocupao para a atividade mineraria a ser desenvolvida pelo empreendimento, no necessitando sequer de monitoramento.

4.1.6 - Geomorfologia
4.1.6.1 - Descrio das formas e compartimentao geomorfolgica Descrio regional A rea em estudo est localizada na borda leste de um conjunto de terras altas, com direo aproximada norte-sul, denominada Serra do Espinhao - termo introduzido por Eschwege (1822) - que constitui um grande divisor hidrogrfico interposto entre as bacias do centro-leste brasileiro e a do rio So Francisco. Segundo Saadi (1995), a Serra do Espinhao em Minas Gerais, tem a forma de um bumerangue de direo geral norte-sul e convexidade orientada para oeste. Alonga-se por cerca de 1200 km desde a regio de Belo Horizonte at os limites norte da Bahia com os Estados de Pernambuco e Piau. Ainda segundo este autor a denominao serra esconde, no entanto, uma realidade fisiogrfica que seria melhor definida pelo termo planalto Este planalto pode ser dividido em dois compartimentos distintos: os . planaltos meridional e setentrional, com direes gerais, SSE-NNW e SSW-NNE respectivamente, que so separados por uma zona deprimida alongada na direo SE-NW, passando por Couto de Magalhes, pouco a norte de Diamantina. O planalto meridional ou Serra do Espinhao Meridional se estende por cerca de 300 Km, na direo norte-sul, a partir do Quadriltero Ferrfero, ao norte de Belo Horizonte e edificada essencialmente por litologias do Supergrupo Espinhao. A rea em estudo se encontra na borda leste da Serra do Espinhao Meridional, iniciando-se pouco a norte de Conceio do Mato Dentro, onde as rochas do Supergrupo Espinhao limitam-se, a leste, com rochas do Complexo Basal e as caractersticas geomorfolgicas da serra cedem lugar a um conjunto de morros arredondados tpicos de terrenos granticos-gnssicos. Em uma escala mais regional a Serra do Espinhao pode ser diferenciada atravs de seis compartimentos geomorfolgicos (Figura 4.30). Esses compartimentos foram descritos de forma resumida por Pflug (1965), Uhlein (1991) e Almeida Abreu (1993) como segue:

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- o compartimento I relacionado a rochas quartzticas do Supergrupo Espinhao. Nesta regio as cotas altimtricas variam em torno de 1.000 a 1.500 metros formando um relevo muito acidentado, freqentemente em forma de espiges. Ocorrem tambm reas de campos ondulados e cristas quartzticas alinhadas. Este compartimento foi subdividido em IA (correspondente a Serra do Cabral), IB (correspondente a Serra do Espinhao Meridional) e IC (correspondente a Serra do Espinhao Central). - o compartimento II ocorre a sudoeste e a noroeste da Serra do Espinhao, junto ao rio So Francisco, sendo relacionado a rochas do Grupo Bambu e coberturas detrticas do Cretceo. Estas regies so caracterizadas por um alternncia entre um relevo suave (colinas com vertentes suaves) e chapadas tabulares formadas por arenitos cretceos. As cotas variam em torno de 500 a 600 metros, podendo atingir 800 a 1.000 metros nas proximidades da Serra do Espinhao. - o compartimento III relacionado a borda leste da Serra do Espinhao onde o relevo dominado por hog backs apresentando alinhamento geral N-S. As cristas so sustentadas por quartzitos ou carapaas laterticas que podem atingir grandes altitudes, mostrando front para oeste e dip slop para leste, intercaladas tectonicamente com rochas gneas. - o compartimento IV representado pelo relevo irregular de meia laranja, caracterizado por mar de morros com vertentes de inclinao varivel e talvegues apertados. Ocorrem nos anticlinrios de Gouveia (IV A) e Itacambira (IV C) e na poro leste da Serra do Espinhao (IV B), onde afloram rochas granticas e gnissicas o embasamento. As cotas variam entre 500 a 800 metros, podendo alcanar 1.000 metros. - o compartimento V ocorre na regio nordeste da Serra do Espinhao abrangendo as bacias hidrogrficas dos rios Araua e principalmente do Jequitinhonha. associado a presena de chapadas (antigas superfcies de aplainamento) que podem apresentar cotas em torno de 900 metros onde o relevo no dissecado. - o compartimento VI caracterizado pela presena de pontes, pes de acar e chapadas sobre terreno grantico localizados no extremo nordeste da Serra do Espinhao. As cotas variam em torno de 550 metros, diminuindo bastante em reas prximas ao rio Jequitinhonha. A rea estudada est inserida no domnio do compartimento III que engloba a borda leste da Serra do Espinhao Meridional, regio do Vale do Jequitinhonha que se desenvolve desde o Jurssico/Trissico.

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FIGURA 4.30 - Distribuio dos compartimentos geomorfolgicos na regio da Serra do Espinhao Meridional (extrado de Uhlein, 1991).

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Geomorfologia da Serra do Espinhao Meridional Mantendo a anlise geomorfolgica dentro do contexto regional, porm, concentrando somente no compartimento meridional do planalto Espinhao, isto , na serra do Espinhao Meridional, pode-se dizer que este compartimento geomorfolgico apresenta as seguintes caractersticas: - o alinhamento das cristas principais (acima da cota 1 200m) parece constituir um espigo de direo norte-sul, centrado no meridiano 43W (Figura 4.30). Esta impresso desfeita pela observao detalhada da forma revelada pela massa de relevo contornada pela curva de nvel 1.000m. Entre as latitudes de Belo Horizonte e Montes Claros, define-se um arco cuja convexidade orientada para oeste, com pice no eixo Trs Marias - Diamantina. - o alinhamento norte-sul , na realidade, constitudo por uma srie de linhas de cristas descontnuas gerando um padro sub-ortogonal, composto pelo cruzamento das direes prximas de NE-SW e NW-SE; - o maior volume topogrfico representado por um planalto de aspecto macio, cujo teto encontra-se em altitude mdia de 1 .300m, na regio de Diamantina, enquanto suas extremidades declinam para cotas mdias de 900m, ao norte, e 1.200m, ao sul; - a parte central deste planalto, tambm a mais elevada - correspondente ao Planalto de Diamantina (Abreu 1982) apresenta um desenho de romboedro perfeito, definido por bordas retilneas com direes N40E e N30W;

O Planalto Meridional Este compartimento inicia-se na extremidade meridional da serra, ou seja nas nascentes do rio Cip alojadas na serra homnima, a aproximadamente 50km a norte de Belo Horizonte. Nesta regio, sua largura a mais reduzida (30km), aumentando rapidamente em direo a norte, para atingir 90km entre Santo Antnio do Itamb e Conselheiro Mata (Saadi, 1995). A altitude mdia da superfcie situa-se em torno de 1.200m, com ponto culminante em 2.062m, no Pico do ltamb. Do ponto de vista geolgico (Veja Figura 4.24 e o Mapa geolgico - anexo 1), a caracterstica fundamental , sem dvida, a predominncia absoluta dos quartzitos que, em toda extenso do compartimento, compem uma cobertura rgida, no entanto, densamente fraturada e cisalhada. As formas de relevo resultantes de sua esculturao pela dissecao fluvial so representadas, majoritariamente, por cristas, escarpas e vales profundos adaptados s direes tectnicas e estruturais. Em meio a este cenrio de planalto descamado, alojam-se uma srie de reas deprimidas, desde Gouveia at Conceio do Mato Dentro. Nestas depresses, rochas granitides, metassedimentares e metavulcnicas sustentam morfologias colinares policonvexas mais ou menos suavizadas. As bordas deste planalto meridional, ambas nitidamente escarpadas, apresentam, no entanto, algumas diferenas morfolgicas relacionadas com as respectivas posies no contexto geotectnico global.

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A escarpa que forma a borda oeste - representada principalmente pelo trecho entre So Jos de Almeida e Rodeador, passando por Cardeal Mota, Santana do Pirapama, Presidente Juscelino e Engenheiro Navarro - apresenta altura mdia de 400m e traado regular, via de regra, sustentada por pacotes de quartzitos, pelo menos no topo. caracterstico desta parte da escarpa o paralelismo mantido entre esta escarpa e os cursos d gua principais. Apenas alguns, de menor importncia, a recortam perpendicularmente em trechos encachoeirados, principalmente na extremidade sul. So tambm caractersticos deste trecho da borda oeste: - os canyons entalhados, perpendicularmente escarpa, por cursos d gua pertencentes bacia do rio So Francisco, como os rios Pardo Grande. Pardo Pequeno, Preto e Jequita, entre outros; - os deslocamentos da linha de escarpa, correspondendo s falhas de direo WNWESE, que tiveram movimentao transcorrente dextral no Proterozico (Almeida Abreu & Pflug 1994).

A Borda Leste De maior importncia para este estudo, pois nela que se localiza a nossa rea de interesse, a chamada borda leste do planalto meridional da Serra do Espinhao. Nesta borda o relevo dominado por escarpas na forma de hog backs apresentando alinhamento geral N-S. As cristas so sustentadas por quartzitos ou carapaas laterticas (cangas) e mostram front para oeste e dip slop para leste, intercaladas por reas mais baixas, mais dissecadas, onde ocorrem intercalaes tectnicas de rochas gnssicas e/ou granticas. O escarpamento que constitui a borda leste do Planalto Meridional, segundo Saadi (1995), no apresenta a mesma regularidade nem continuidade observadas em sua borda oeste. O traado geral forma uma concavidade voltada para leste, entre Pedra Menina, ao norte, e Itamb do Mato Dentro, ao sul. No detalhe, trata-se de um escarpamento descontnuo, com altura varivel entre 100 e 400m, freqentemente composto por 2 ou mais degraus e bruscas mudanas de direo. Aparentemente, esta configurao parece resultar da combinao entre a importante variabilidade de resistncia das rochas que l se entremeiam (quartzitos e conglomerados versus granitides e xistos) e tambm a grande variabilidade de estruturas tectnicas. Estas combinaes ocasionam um avano diferenciado da frente de dissecao movida pelos afluentes da margem esquerda do rio Doce, que penetram profundamente esta parte do planalto, ao longo das janelas estruturais NNW-SSE, localizadas entre as frentes de empurro vergentes para W, como por exemplo o rio Santo Antnio, na regio de Conceio do Mato Dentro, que passa poucos quilmetros a leste da rea de estudo. O trecho mais setentrional, entre Serro e Pedra Menina, apresenta a particularidade do escarpamento mais retilneo, com direo N30E, apesar de densamente recortado pela zona de cisalhamento NW-SE que controla a Depresso de Couto Magalhes. nesta regio que se encontram as maiores altitudes de toda a Serra do Espinhao: 2.062 no Pico do Itamb; 1759m na Serra da Bicha e 1628m a oeste de Serra Azul de Minas.

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A rea marginal (a leste) desta borda do planalto Espinhao Meridional constitui um mega-anfiteatro onde se alojam as bacias de quatro dos maiores afluentes do rio Doce. Esta feio (caracterizada por Saadi 1991, como Anfiteatro Escalonado da Margem Esquerda do Rio Doce composta por compartimentos morfotectnicos ) delimitados por falhas NE-SW, tectonicamente escalonados de NW para SE (em sentido decrescente) e basculados em direo NW (Figura 4.31). O primeiro degrau a margear a Serra do Espinhao - segmento Serro-Virginpolis apresenta morfologia de colinas baixas e suaves, com a seguinte organizao: a) topos residuais a 960m portando carapaa ferruginosa com 2m de espessura; b) a linha de topos mdia (850m) apresenta colvios areno-argilosos sobre stone lines composta por fragmentos da carapaa ferruginosa; c) as encostas exibem seqncia aluvial de plancie, provavelmente do Pleistoceno Superior, com 20m de espessura; d) os fundos de vales atuais (cota mdia de 800m) so totalmente afogados por extensas plancies, freqentemente pantanosas. O piso morfotectnico da rea marginal constitudo pelo vale do Rio Doce, que se situa na cota 300 m, na regio dos lagos de Ipatinga - Timteo. FIGURA 4.31 - Mapa morfotectnico da borda leste do Crton do So Francisco segundo Saadi (1991)

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Concluses A rea de estudo se localiza na borda leste da Serra do Espinhao Meridional. Esta serra seria melhor definida pelo termo planalto, isto , um conjunto de terras altas delimitadas por regies de menor altitude em suas bordas. Este se alonga na direo norte-sul, a partir do norte de Belo Horizonte, tem forma curva, com convexidade voltada para oeste, pice no eixo Trs Marias-Diamantina, e comprimento em torno de 300 km. Ao norte deste planalto se localiza uma zona deprimida, de direo NW-SE, passando por Couto Magalhes ao norte de Diamantina, que separa a Serra do Espinhao Meridional de sua poro setentrional. A borda leste um conjunto de hog-backs com front para oeste, algumas vezes intercalados por reas deprimidas com morfologia em colinas arredondas de vertentes suaves, que mais a leste predominam completamente, formando a rea marginal da borda do planalto Espinhao Meridional. Um perfil topogrfico regional tpico da serra do Espinhao Meridional, passando pelo centro da rea estudada, por ser visto na figura 4.32. A influncia das litologias e da evoluo geotectnica da rea da maior importncia, aparentemente deixando em segundo plano as intervenes paleoclimticas (Saadi, 1995). FIGURA 4.32 - Perfil togogrfico regional passando por Itapanhoacanga, conforme Saadi (1995).

Descrio local A anlise em detalhe da rea de estudo nos revela as mesmas feies descritas pelos estudos geomorfolgicos regionais para esta regio da borda leste da Serra do Espinhao Meridional: serras em hog-back intercaladas e limitadas por regies topograficamente mais baixas com morfologias de morros arredondados e vertentes suaves (Foto 20).

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Assim, observa-se na regio estudada trs (3) formas principais de relevos: - hog-backs e depsitos de tlus associados; - morros e colinas arrendodados e; - superfcies planas aluvionares. Foi possvel separar trs compartimentos geomorfolgicos na rea, onde, em cada um destes compartimentos, temos o predomnio de uma das 3 morfologias citadas (ver Mapa Geomorfolgico - Desenho 3 do anexo 1).

Foto 20 - Vista geral da parte centro norte da rea. Em primeiro plano morros e colinas com vertentes suaves. Ao fundo um hog-back da serra de So Jos. Foto feita a partir do ponto de coordenadas UTM 667496E - 7912396N. Vista de SE para NW.

4.1.6.2 - Caracterizao e classificao das formas de relevo Os morros arredondados As regies de morros arredondados se posicionam por sobre rochas gnssicasgranticas do Complexo Basal ou por sobre rochas meta-gneas vulcnicas intercaladas no metassedimentos. Apresentam uma morfologia em colinas e morros suaves, na forma de meia-laranjas, de encostas com vertentes de inclinao varivel e talvegues apertados (Foto 21). As cotas variam entre 600 a 800 metros, e o desnvel entre o fundo dos vales e o topo dos morros fica normalmente em torno de 100 m. As cotas de topo das colinas so comumente niveladas e s ocorre alguma variao morfolgica quando aparecem intercalaes de rochas mais resistentes, como por exemplo camadas de quartzo-xistos ou de quartzitos. Neste caso podem ser formadas algumas cristas e o relevo se mostra localmente mais acidentado, com encostas mais ngremes e vales com forma de V.

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A morfologia de morros arrendodados ocorre predominante na parte leste e sudeste da rea estudada, perfazendo cerca 40% do seu total (Mapa Geomorfolgico, desenho 3 - anexo 1).

Foto 21 - Mar de morros, policonvexos, arredondados, por sobre rochas do Complexo Basal. Ao fundo a Serra do Sapo. Foto feita no ponto de coordenadas 667499E - 7921223N; vista de NE para SW.

As serras As serras na rea tm direo norte-sul, em mdia, formam hog-backs, sendo uma nica serra no trecho sul da rea, e vrias (pode-se individualizar pelo menos uns 4 hog-backs) na poro norte. Dentre estas serras destacam-se a Serra do Sapo e a serra de Itapanhoacanga, pela sua importncia morfolgica, mas tambm por serem os locais pretendidos pelo empreendimento. A Serra do Sapo um hog-back de direo NNW, com face abrupta, subvertical, voltada para oeste, com 100 a 300 metros de desnvel e uma encosta longa, de caimento suave para leste (Fotos 22 a 24). A face de oeste algumas vezes se mostra menos abrupta por causa da presena de depsitos de tlus. Esta serra levanta-se a partir de um patamar de altitudes mdias em torno de 700m tanto a leste como a oeste desta serra, elevando-se a altitudes de at 1150m. O pico culminante, na rea estudada se localiza no extremo sul da rea, poucos quilmetros ao norte de Conceio do Mato Dentro (Foto 25); e tambm ocorrem cumes importantes nos arredores do lugarejo de So Sebastio do Bom Sucesso (Foto 26) onde as altitudes atingem valores em torno de 1050 a 1075m.

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Foto 22 - Vista de sul para norte da face oeste da Serra do Sapo a partir do ponto de coordenadas UTM 668084 com face oeste abrupta e face leste de caimento suave.

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Foto 23 - Vista panormica da vertente oeste do hog-back da Serra do Sapo, em sua poro sul. Vista a partir sustentada por formao ferrfera bandada e por quartzo-xistos. Ao p da encosta ocorrem diversos e espes ponto de coordenadas UTM 666321E - 7903002N.

Foto 24 - Vista de oeste para leste da escarpa da Serra do Sapo na sua poro norte. Em primeiro plano j oco vertentes suaves em mica-xistos. A fazenda Taboo da Serra aparece no centro da foto e est localizad 7908009N.

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Foto 25 - Vista de norte para sul, do alto da Serra do Sapo. A cidade de Conceio do Mato Dentro aparece no canto direito superior da foto. O pico no fundo a esquerda o ponto culminante da serra, usado pela populao da cidade para saltos com asa delta. Foto feita no ponto de coordenadas UTM 667965E - 7900712N.

Foto 26 - Vista de NE para SW do povoado de So Sebastio do Bom Sucesso em primeiro plano, construdo sobre rochas do Complexo Basal, em terreno com morfologia de morros arredondados de vertentes suaves. Ao fundo, na linha do horizonte observa-se a Serra do Sapo. Nas proximidades deste povoado esta serra atinge cotas culminantes em torno de 1075m. Foto feita nas margens da MG-10, no ponto de coordenadas UTM 668406E 7907595N.

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A encosta suave de leste tem caimento bem constante em torno de 20 a 30 e comprimento em torno de 1 km. Praticamente toda esta encosta leste sustentada por uma laterita ferruginosa, caracterizando uma carapaa muito dura e resistente ao intemperismo: uma canga (Fotos 27 e 28). Parte desta encosta localizada mais a leste, s vezes se horizontaliza, formando um plat recoberto pela carapaa ferruginosa que comumente termina em pequena escarpa com, no mximo 30 m e, em mdia, 10 m de altura. Estas escarpas em canga tambm so observadas nos raros vales de drenagens que correm de oeste para leste nesta encosta. Estas drenagens transversais a serra, quando conseguem romper a canga, mostram vales encaixados, com escarpas em canga na parte superior de suas vertentes. Com estas caractersticas, a Serra do Sapo se prolonga por cerca de 14 km a partir de Conceio do Mato Dentro - a continuao natural para norte da Serra da Serpentina - e passa ao lado oeste de So Sebastio do Bom Sucesso continuando rumo NNW at a latitude UTM 7911000N. Deste paralelo para o norte, a Formao Ferrfera Bandada, que d origem s cangas, se interrompe (voltando a aparecer somente nas proximidades de Itapanhoacanga) e a Serra do Sapo deixa de ser sustentada por esta litologia, passando a ser sustentada por quartzitos. Sua imponncia dentro da morfologia regional diminuda, suas altitudes mximas passam a ser em torno de 850 a 875m; sua encosta leste, suave, desprotegida pela ausncia da canga, sofre muito mais o ataque das drenagens que correm para o Rio Santo Antonio, ficando muito mais recortada por vales transversais e perdendo uma caracterstica quase planar que tinha desde Conceio do Mato Dentro. A escarpa oeste se mantm, mas tambm perde em possana e destaque, com desnveis de somente 50 a 100m. Estas novas caractersticas perduram, na direo norte-sul por mais 4 km at a latitude UTM 7917000N.

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Foto 27 - Esta foto-montagem permite ver um tpico perfil da Serra do Sapo, em sua vertente leste. A vertente sustentada totalmente por uma carapaa de canga. Na poro mais leste desta vertente (extremo direito d horizontal configurando um plat de canga. Vista de NW para SE a partir do ponto de coordenadas UTM 6653

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Foto 28 - Plat de canga na encosta leste da Serra do Sapo. Este plat subhorizontal e contnuo para oeste, com a canga que recobre toda esta encosta da serra. Vista de sul para norte a partir do ponto de coordenadas UTM 668652E - 7902417N.

Deste ponto para norte, novas caractersticas geomorfolgicas predominam na rea. Do extremo sul da rea em estudo, at a latitude UTM 7917000N ocorria um nico hog-back - a Serra do Sapo - limitada a leste e a oeste por terras mais baixas de morfologia em meia laranja. Da latitude UTM 7917000N para norte passam a ocorrer vrios hog-backs de direo norte sul, formando vrios degraus, com escarpas abruptas, de flancos curtos, voltadas para oeste e encostas suaves caindo para leste. O maior destes hog-backs, que se destaca sobremaneira na paisagem local, a serra da Candonga ou serra da Escadinha ou ainda serra de So Jos (nomes locais para a mesma serra), que se localiza no extremo noroeste da rea, bem ao sul do povoado de Escadinha (Fotos 29 e 30). A serra de Itapanhoacanga o hog-back mais a leste (e tambm o menos imponente) de todos. A serra de So Jos atinge altitude mxima de prxima a 1300m e desnvel na sua encosta oeste, abrupta, de at 500m. o hog-back mais a oeste na rea (seu limite oeste j se encontra fora da rea de estudo) e sustentado por quartzitos da Formao Sopa-Brumadinho. A serra de Itapanhoacanga, o hog-back mais a leste da rea, sustentada por formao ferrfera bandada e por suas carapaas laterticas. Tem altitude mxima em torno de 910m, tem 4 km de comprimento e 1 a 1,2 km de largura. Localiza-se logo a oeste do lugarejo de Itapanhoacanga. O recobrimento por canga no to notrio como na Serra do Sapo e seu limite leste se d com os morros arredondados das regies granticas-gnssicas orientais (Foto 31).

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Pelo menos mais dois hog-backs podem ser observados na latitude de Itapanhoacanga, entre a Serra de Itapanhoacanga a leste e a Serra de So Jos a oeste. Estes hog-backs no formam serras com alguma denominao local. So sustentados por rochas quartzticas e tem caractersticas semelhantes ao hog-back da serra de So Jos, porm, com imponncia intermediria entre aquela serra e a serra de Itapanhoacanga.(Foto 32 e 33). As escarpas oeste destes hog-backs apresentam importantes depsitos de tlus, formando colvios constitudos por solo e blocos rochosos (mtricos a decamtricos) cados da escarpa a leste (Foto 34).

Depsitos aluvionares A superfcie de base da regio formada por reas planas dos aluvies. Estes aluvies so estreitos, com 100 a 200m de largura em mdia (Foto 35). Somente no extremo norte da rea ocorre um aluvio com largura maior: cerca de 500 m. Os comprimentos deste aluvies so de poucos quilmetros sendo em mdia de 1 km. Ocupam rea pouco significativa na morfologia local como pode ser visto no Mapa Geomorfolgico (Desenho 3 do Anexo 1).

Foto 29 - Hog-back da serra de So Jos. Vista de norte para sul a a partir do ponto de coordenadas UTM 661753E - 7920965N.

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Foto 30 - Vista de Itapanhoacanga ao p dos vrios hog-backs que ocorrem a oeste da cidade. A serra de So Jos vista no fundo (linha do horizonte) da foto. Vista de NE para SW a partir do ponto de coordenadas UTM 667503E 7925000N.

Foto 31 - Povoado de Itapanhoacanga, no sop da serra homnima. A encosta da serra que se observa na foto a de oeste. A serra sustentada por formao ferrfera bandada em parte recoberta por canga. Vista de oeste para leste a partir do ponto de coordenadas UTM 664372E - 7922533N.

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Foto 32 - Na parte noroeste da rea, ocorre uma seqncia de hog-backs sustentados por rochas quartzticas. Nesta foto vemos ao fundo a Serra de So Jos, que o hog-back localizado mais a oeste e uma srie de cristas quartzticas (hog-backs) voltadas para oeste, com vertente suave caindo para leste (a direita na foto). Vista de SE para NW a partir do ponto de coordenadas UTM 665150E - 7918945N.

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Foto 33 - Vista geral da rea, de NE para SW a partir do ponto de coordenadas UTM 667503E - 792 Itapanhoacanga. Esta serra o hog-back localizado mais a leste, dos vrios que ocorrem na parte norte da localiza-se entre a serra homnina e a serra So Jos a oeste. Um mar de morros arredondados e de ve limitando todas as serras.

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Foto 34 - Vista de vertente oeste da serra de So Jos a partir do ponto de coordenadas UTM 661208E - 7920201N. Observe o enorme depsito de tlus que ocorre em todo o sop da encosta.

Foto 35 - Aluvio arenoso em crrego localizado no extremo norte da rea. Os aluvies encontrados so normalmente estreitos e de pequena importncia no contexto geomorfolgico da regio. Foto de SE para NW a partir do ponto de coordenadas UTM 662601E - 7924512N.

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Compartimentos e sua gnese Trs compartimentos geomorfolgicos foram encontrados na rea estudada: 1. Compartimento com predomnio de hog-backs de direo geral norte-sul com escarpa abrupta voltada para oeste e encosta suave caindo para leste. Ocorrem sustentados por rochas quartzticas ou por formaes ferrferas bandadas, onde so comuns depsitos de tlus na encosta oeste. Este depsitos contm blocos mtricos a decamtricos das rochas que sustentam as cristas da serra. Nestes depsitos tambm nascem drenagens de direo leste-oeste, correndo para oeste. Estas drenagens apresentam vales bem encaixados e mais profundos do que aqueles comumente observados no domnio dos morros arredondados. possvel que uma reativao ps-cretcica (plioceno-pleistoceno) dos falhamentos de empurro pr-cambrianos tenha possibilitado este encaixamento mais vigoroso da drenagem na borda oeste das serras (Saadi, 1995). Esta reativao deu origem ao basculamento para leste da superfcie eocnica-oligocnica Sulamerica de King (1956) - que constitui o topo das serras em 1000-1100m - favorecendo a formao dos hog-backs. 2. Compartimento com predomnio de mar de morros arredondados com vertentes suaves na forma de meia-laranjas, por sobre rochas granitides do embasamento, por sobre rochas meta-gneas vulcnicas ou ainda por sobre mica (quartzo) xistos. Neste compartimento ocorrem algumas pequenas cristas, por sobre intercalaes de rochas quartizticas mais resistentes. O processo denudacional deste compartimento principalmente fluvial, porm, agindo em conjunto com as guas pluviais. Todos estes fatores atuando por sobre rochas com resistncias diferentes geram as caractersticas morfolgicas deste compartimento. 3. Aluvies arenosos estreitos, pouco importantes quanto a rea que abrangem. O nvel arenoso o nvel inferior nos aluvies. Nveis de terraos com cascalhos, mais altos (5 a 10m), tambm ocorrem, mas foram raramente observados. A dissecao fluvial que originou os aluvies deste compartimento foi considerada por Saadi (1995) de idade pleistocnica a holocnica e a gnese dos nveis de terraos mais elevados foi considerada por este mesmo autor como uma resposta clara a um processo de soerguimento da plataforma brasileira oriunda da mesma tectnica compressiva, j citada, que reativou os falhamentos pr-cambrianos.

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4.1.6.3 - Dinmica dos processos geomorfolgicos Introduo Os processos geomorfolgicos descritos anteriormente como responsveis principais pela gnese das formas e compartimentos geomorfolgicos - a dissecao fluvial e uma neotectnica compressiva de este para oeste - continuam ativos at os dias atuais conforme discutido por Saadi (1995). facilmente observado na rea que o grande fator acelerador e modificador deste processos a interveno antrpica. Desta interveno destacam-se dois importantes processos: o desmatamento e a construo de obras civis. O desmatamento provoca a exposio do solo a uma atuao intemprica mais forte; a construo de obras civis gera descontroles nos processos de escoamento superficial das guas pluviais e a modificao morfolgica do terreno, transformando formas estveis em formas instveis. Ambos os processos acabam por gerar os focos erosivos e os movimentos de massas observados Mesmo creditando toda esta merecida importncia interveno antrpica, deve-se deixar claro que a gnese de focos erosivos e de movimentos de massas ainda intermediada por outro importante fator: as caractersticas pedolgicas. Assim, um tipo de interveno antrpica atuando sobre solos resistentes pode gerar processo erosivo bem menos importante que aquele gerado pela mesma interveno em reas de solos susceptveis. A seguir apresentada uma descrio dos focos erosivos e movimentos de massas identificados e catalogados neste levantamento preliminar e reportados fotograficamente. Posteriormente faremos uma discusso dos dados coletados. Uma proposta de atuao do empreendimento frente s informaes levantadas est colocada na avaliao dos impactos ambientais e nas propostas de medidas mitigadoras.

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Feies erosivas
Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 663293E 7922368N 847 m Quartzitos Data: 15/08/2006 Feio N001

Descrio: Sulcos e ravinas em solo litlico pouco profundo em beira de estrada. A vegetao foi retirada pelos trabalhos de construo da estrada e o solo desenvolveu o processo erosivo sob ao das guas pluviais. Com o o solo pouco profundo o foco erosivo no evolui para um a vooroca.

Documentao fotogrfica

Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 667499E 7921223N 699 m Gnaisses Data: 15/08/2006 Feio N002

Descrio: Ravinas e vooroca em solo de rochas gnissicas - granticas do Complexo Basal. O local foi aparentem ente ponto de retirada de m aterial para construo civil o que provavelm ente deu origem ao foco erosivo.

Documentao fotogrfica

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 668075E 7919850N 665 m Gnaisses Data: 15/08/2006 Feio N003

Descrio: Sulcos, ravinas e eroso por escoam ento lam inar em barragem para represamento de gua para o gado. A retirada de m aterial nas encostas ao lado, para a construo da barragem, resultou no aparecim ento do foco erosivo.

Documentao fotogrfica

Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 666276E 7919188N 707 m Quartzitos Data: 16/08/2006 Feio N004

Descrio: Ravinam ento em beira de estrada antiga para lavra de quartzitos. O descontrole das guas superficiais provoca o aparecim ento das ravinas. O solo raso impede o crescim ento do foco erosivo.

Documentao fotogrfica

Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predom inante: 667774E 7917688N 704 m Mica xistos Data: 16/08/2006 Feio N005

Descrio: Corte de barranco s m argens da MG-10. O corte da estrada gera terreno instvel para o tipo de solo o que acaba por provocar a queda do talude. Praticam ente toda a MG-10 dentro da rea estudada apresenta cortes com o mesmo problema.

Documentao fotogrfica

Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 668539E 7909843N 691 m Quartzo-m ica-xistos Data: 16/08/2006 Feio N006

Descrio: Ravinas e escoam ento lam inar provocando eroses em encosta ao lado da MG-10. A perda da cobertura vegetal leva a atuao m ais forte dos processos intempricos.

Documentao fotogrfica

Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 668406E 7997595N 709 m Gnaisse/granitos Data: 16/08/2006 Feio N007

Descrio: Vooroca nas m argens da MG-10. O local foi utilizado como rea de emprstimo durante a construo da estrada e acabou por desenvolver intenso processo erosivo, facilitado pelo tipo local de solo.

Documentao fotogrfica

Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 664617E 7901692N 774 m Xistos Data: 16/08/2006 Feio N008

Descrio: Sulcos e eroso lam inar em pasto a beira de aluvio. As trilhas de passagem do gado so suficientes com o pontos iniciadores de processos erosivos.

Documentao fotogrfica

Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 665835E 7921250N 845 m Mica-quartzo-xistos Data: 18/08/2006 Feio N009

Descrio: Corte de estrada de acesso a Itapanhoacanga. O corte da estrada gerou um terreno com m orfologia instvel que acabou por desm oronar. O movimento de massa localizado porque o corte de pequena altura. Este tipo de feio muito comum nesta estrada.

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Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 667720E 7902904N 902 m Itabirito e m ica xisto Data: 19/05/2006 Feio N010

Descrio: Vista de norte para sul da Serra do Sapo. A encosta muito ngreme a oeste (direita na foto) sofre a ao forte de um a eroso lam inar que desnuda o solo e dificulta a fixao de vegetao rasteira. Este fenm eno natural e dispensa a interveno antrpica para ocorrer. J o ravinam ento e os sulcos observados na base da foto so oriundos da interveno hum ana atravs da construo de estrada de acesso s torres de transm isso de energia eltrica. Detalhe da ravina no centro da foto pode ser vista na ficha da feio 11.

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Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 667703E 7903196N 821 m Moscovita-xistos Data: 19/05/2006 Feio N011

Descrio: Ravinam ento forte, com m ovim entao de m assa. No topo desta feio existe um a antiga estrada que serviu de canalizao para guas pluviais at este ponto, dando origem ao processo erosivo.

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Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 667021E 7902962N 768 m Mica-quartzo-xisto Data: 19/05/2006 Feio N012

Descrio: Antiga cascalheira, usada para retirada de cascalho e saibro para construo civil. V-se ravina profunda e eroso lam inar extensa.

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 664815E 7903410N 831 m Gnaisse/xistos Data: 18/08/2006 Feio N013

Descrio: Local onde ocorreu um deslizam ento de m assas na encosta do m orro. um a cicatriz de m ovim ento de m assas antigo. O deslizam ento j foi todo estabilizado e som ente as partes superiores da feio, m ais ngrem es, ainda m ostram algum sinal de instabilidade. Feies deste tipo so caractersticas do desenvolvim ento natural da forma morfolgica, no estando necessariam ente ligadas atuao antrpica.

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 664878E 7910970N 862 m Itabiritos Data: 07/06/2006 Feio N014

Descrio: Feio tpica da encosta oeste da Serra do Sapo. A alta inclinao da vertente perm ite a atuao de forte processo de eroso lam inar. Nesta regio a atuao antrpica mnima j que nem gado criado nestas encostas. Desta form a pode-se concluir que este processo erosivo a form a natural de evoluo de terreno. Veja no centro da foto a form ao de alguns sulcos e ravinas.

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: Foto feita a partir do ponto 665549E 7907068N 1065 m Itabirito Data: 29/05/2006 Feio N015

Descrio: Vista da Serra do Sapo de norte para sul. A encosta leste sustentada por carapaa latertica ferruginosa. A encosta oeste, a direita na foto, m ostra forte atuao de eroso laminar, provocada pela inclinao acentuada do terreno. Detalhes desta feio podem ser vistos nas fichas das Feies 16 e 17.

Documentao fotogrfica

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 665918E 7906416N 905 m Itabirito Data: 29/05/2006 Feio N016

Descrio: Feies de eroso lam inar na encosta oeste da Serra do Sapo. Alguns pontos m ostram deslizamentos de massas.

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 666015E 7906237N 913 m Mica xisto Data: 29/05/2006 Feio N017

Descrio: Sulcos em trilha na meia encosta. A pequena interveno humana facilita a ao erosiva de guas pluviais.

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 666725E 7906349N 772 m Itabiritos Data: 30/05/2006 Feio N018

Descrio: Outro local (dos muitos existentes) na encosta oeste da Serra do Sapo onde ocorre um a forte eroso lam inar. Neste ponto a eroso se concentra em sulcos e m esm o pequenos m ovim entos de m assas. O processo constri o depsito de tlus observado na base da escarpa, a direita na foto.

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 664310E 7908009N 707 m Quartzo xistos Data: 31/05/2006 Feio N019

Descrio: Feies de ravinam entos e sulcos na m eia encosta. Ao fundo a Serra do Sapo. Vista de oeste pata leste.

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 668559E 7896864N 964 m Moscovita xistos Data: 23/05/2006 Feio N020

Descrio: Queda de corte de estrada. Movim ento de m assa causado pela posio instvel da encosta gerada pela interveno hum ana.

Documentao fotogrfica

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Ficha de descrio de feio erosiva EIA das minas em Itapanhoacanga - So Sebastio do Bom Sucesso Conceio do Mato Dentro - Alvorada de Minas - MG Localizao UTM: Elevao: Litologia Predominante: 667705E 7904305N 812 m Quartzitos Data: 24/05/2006 Feio N021

Descrio: Eroso lam inar em m eia encosta. A retirada da vegetao natural favorece a atuao de processo erosivo.

Documentao fotogrfica

Responsvel Tcnico: Vassily Rolim

Discusso Pela anlise dos focos erosivos e dos pontos de movimento de massa descritos, possvel se chegar a algumas concluses sobre a dinmica dos processos erosivos na rea. Os processos erosivos so influenciados por trs fatores fundamentais: o tipo de solo; a declividade do terreno; a interveno antrpica. Os solos de rochas do Complexo Basal e os mica-xistos de outras unidades geolgicas geram solos profundos muito susceptveis a ao de processos erosivos. As voorocas e os grandes ravinamentos so tpicos de solo do Complexo Basal.

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Os quartzitos e os quartzo-xistos tambm mostram sulcos e ravinamentos, mas os solos por sobre estas litologias so rasos e mesmo ocorrendo interveno antrpica, que propicie a gnese de feies erosivas, estas feies no se desenvolvem muito. Os itabiritos normalmente do origem a carapaas ferruginosas extremamente resistentes ao dos processos erosivos. Porm, na face oeste da Serra do Sapo, onde a inclinao do terreno muito forte, no ocorre a formao de canga por sobre os itabiritos e a eroso laminar atua fortemente, impedindo a fixao de vegetao. visvel a instabilidade dos terrenos nesta encosta oeste da serra atravs dos diversos, porm, pequenos movimentos de massas. Nesta encosta a interveno humana praticamente nula. No so habitadas, no se observa criao de gado e no existem plantaes. Desta forma, a dinmica erosiva nesta regio a forma natural de evoluo do terreno. A interveno humana , de longe, o principal fator gerador de focos de eroso e de instabilidade do terreno. As estradas, trilhos, caminhos, cercas, etc so bons condutores das guas de chuva que passam a escoar superficialmente em maior proporo do que infiltram no solo e arrastam partculas do solo gerando sulcos e ravinas. Os cortes das estradas no respeitam a capacidade de estabilidade dos solos. A nova morfologia do terreno gerada pelos cortes instvel e acaba por determinar um movimento de massa. Em sntese, pode-se dizer que as intervenes humanas citadas promovem o descontrole do escoamento superficial de guas pluviais e geram morfologias instveis do terreno.

Fragilidade do terreno Dois fatores determinam fragilidade do terreno na regio: as caractersticas pedolgicas e a declividade do terreno. As estruturas tectnicas no so fatores importantes na configurao de instabilidades morfolgicas. A grande maioria das estruturas foi formada em regime de deformao dctil. Mesmo os falhamentos, importantes em toda a regio, produziram milonitos, que so rochas formadas por processos predominantemente dcteis e no brechas que, estas sim, so rochas originadas por fraturamentos e cominuio das rochas originais. As rochas da regio no apresentam um padro de fraturamento elevado que seja importante a ponto de influenciar na estabilidade dos terrenos. Nenhuma outra estrutura tectnica se mostrou com alguma importncia no que concerne estabilidade os terrenos. Pode ser que, ao serem feitas grandes transformaes morfolgicas no terreno, como aberturas de cavas para minerao, estas estruturas tectnicas se mostrem mais importantes na gerao de instabilidades do terreno do que mostra esta avaliao inicial. De qualquer forma, antes da definio do projeto de lavra, devero ser realizados detalhados estudos geotcnicos que definiro com preciso o grau de influncia das estruturas planares da estabilidade dos taludes.

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Por enquanto, neste estgio de estudo, duas importantes variveis foram utilizadas para definir o grau de fragilidades dos terrenos: - caractersticas pedolgicas, e; - declividade do terreno. Pedologicamente ocorrem as seguintes caractersticas influentes: - sobre a vertente leste dos corpos de formao ferrfera bandada ocorre uma carapaa latertica ferruginosa (canga) extremamente resistente ao intemperismo que sustenta parte da topografia das serras. - o solo sobre rochas quartzticas so pouco profundos. comum encontrar largas reas com afloramentos rochosos contnuos. Estas regies so muito estveis e pouco sensveis s aes intempricas. - os solos sobre rochas de Complexo Basal, por sobre os metarriolitos da Unidade meta-gnea Conceio do Mato Dentro e sobre mica-xistos so profundos e muito sensveis a eroso. Nestas reas qualquer interveno antrpica feita de maneira desordenada pode dar incio a processos erosivos que evoluem rapidamente at se tornarem voorocas de grandes dimenses. - o solo sobre as formaes ferrferas bandadas, quando elas no so recobertas por cangas, tambm sensvel a ao erosiva. Quanto declividade do terreno, observou-se que: nas reas de elevada declividade, onde o terreno atinge inclinaes acima de 45 (100%), este fator predomina sobre a influencia do tipo de solo e gera terrenos de alta instabilidade. Estes terrenos instveis por causa da elevada inclinao do terreno somente ocorrem nas encostas oeste dos maiores hog-backs. O melhor exemplo a encosta oeste da Serra do Sapo; boa parte dela mostra sinais de instabilidade, que foram documentados em vrios pontos, que esto listados nas Fichas de Descrio de Feies Erosivas, colocados no item 6.1.4.3 deste relatrio. Utilizando estas caractersticas pedolgicas e topogrficas foi produzido um Mapa de Fragilidade do Terreno, apresentado em conjunto com o Mapa Geomorfolgico (Desenho 3 do Anexo 1). Neste mapa foram separadas as seguintes regies com diferentes graus de fragilidade. Fragilidade 1 - Regio de fragilidade baixa, pouco sensvel a ao intemprica e interveno antrpica. Definida por apresentar solos pouco profundos ou largas exposies rochosas ou ainda por serem recobertas por cangas. Fragilidade 2 - Regio de alta fragilidade, muito sensvel ao intemprica e interveno antrpica. Definida pela presena de solos profundos originados de rochas do Complexo Basal, dos metarriolitos da Unidade meta-gnea Conceio do Mato Dentro e dos mica-xistos. Fragilidade 3 - Regio de fragilidade elevada por apresentar alta declividade do terreno associada a solos sensveis a processos erosivos.

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4.1.7 - Solos
Aspectos metodolgicos A caracterizao e o mapeamento pedolgicos apresentados enfocaram a rea de Influncia Direta das futuras instalaes minerrias da MMX nas serras do Sapo e da Ferrugem e de Itapanhoacanga, incluindo as cavas, depsitos de estril, barragens e acessos. A execuo do levantamento foi dividida em trs etapas: reviso bibliogrfica, trabalho de campo e elaborao do mapa e relatrio. Na etapa de campo foram utilizadas imagens do satlite QUICKBIRD na escala 1:10.000 e 1:70.000, alm de imagem do satlite LANDSAT, na escala de 1:70.000. Assim a rea de Influncia Direta do empreendimento foi subdividida em trs cartasimagens que possibilitaram o detalhamento dos solos encontrados na mesma. Realizou-se ento uma malha de amostragem com cerca de 97 pontos de coleta ao todo, onde foram conferidas a tipologia do solo e registradas suas principais caractersticas, como profundidade, textura e coeso. Ainda nesta oportunidade foram identificados os processos erosivos que ocorrem na AID, sendo que posteriormente correlacionou-se os mesmos aos aspectos pedolgicos e morfolgicos do terreno. O diagnstico pedolgico teve como base o Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria - EMBRAPA, 1999). Os procedimentos relativos descrio de solos no campo se deram a partir da anlise de perfis pedolgicos em cortes de estradas, taludes e furos de sondagem. Salienta-se que o mapeamento pedolgico teve como objetivo, diante da metodologia aplicada, detalhar em escala compatvel aos estudos ambientais (1:10.000 da imagem base) os solos que ocorrem na AID do empreendimento, utilizando-se o maior nmero de pontos de amostragem possvel, como mencionado. Portanto, o levantamento ateve-se as propriedades fsicas dos solos, o que viabilizou sua classificao categrica em ordens e subordens, no sendo realizadas coletas e anlises laboratoriais de material.

Contexto regional Os solos guardam uma forte relao com as caractersticas geolgicas e geomorfolgicas da rea em estudo. Eles interferem sobremaneira nos processos relacionados ao escoamento e infiltrao das guas das chuvas, bem como indica a propenso ocorrncia de processos erosivos. Dessa maneira, o estudo pedolgico fundamental para o uso racional da superfcie e facilita o planejamento do conjunto de aes ambientais, como a adoo de medidas geotcnicas apropriadas s caractersticas de cada tipologia.

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Os solos que compem a paisagem so resultantes de processos de degradao e agradao das estruturas de relevo que a integram. No entanto, no se pode furtar ao entendimento da dinmica de gnese do solo, onde seus fatores de formao atuam de forma diversificada no meio, fazendo com que estruturas de relevo idnticas possam apresentar solos diferenciados. Salienta-se que especialmente em relao rea de Influncia Indireta foram considerados estudos regionais existentes, como os mapeamentos apresentados por CETEC (1983) e EMATER (1993), que apontam a ocorrncia na regio de basicamente duas classes de solos: os Latossolos Vermelhos (LV) e os Neossolos Litlicos (RL). Destaca-se que os referidos mapeamentos foram elaborados em escala pequena, 1:1.000.000, o que limita o entendimento da realidade no mbito das micro-bacias, como o caso desse estudo. Portanto, os dados regionais serviram apenas como referncia para o levantamento local realizado. Entretanto, atravs do detalhamento realizado verificou-se ainda, localmente, a presena de segmentos de Cambissolos Hplicos (CX). A seguir so apresentadas algumas das principais caractersticas das classes de solos existentes na rea de Influncia do empreendimento: Neossolos Litlicos (RL) - ocorrem sobre as rochas metassedimentares e gneas, sendo pouco desenvolvidos, apresentando horizonte A incipiente e cascalhoso, onde a percentagem de rocha superior a de terra; so solos bem drenados, a estrutura granular mais susceptvel a eroso, em cortes artificiais sem proteo. So considerados solos "jovens" que possuem minerais primrios e altos teores de silte at mesmo nos horizontes superficiais. Latossolos Vermelho s (LV) - ocorrem sobre as rochas do embasamento cristalino, se estendendo por grande parte da AI, a partir das mdias e baixas encostas das serranias da regio sobre reas de colinas suaves que possibilitam a intensa modelao do relevo. Apresentam-se profundos, com horizonte B latosslico e textura argilosa. Normalmente so solos altamente permeveis e profundos. Os Latossolos Vermelhos so solos cuja cor igual ou mais vermelha que 2,5YR na notao de Munsell. A cor vermelha geralmente devida ao mineral hematita (um xido de ferro). Existem LV com todo o tipo de textura desde muito argilosa mdia. A forte colorao faz com que seja relativamente difcil separar os horizontes somente com base na cor. Cambissolos Hplicos so solos rasos e relativamente bem drenados. Apresentam transies geralmente claras entre horizontes, sendo solos em evoluo e, portanto, com uma maior percentagem de minerais primrios em seu perfil. Sendo assim, o desenvolvimento pedogentico dos mesmos geralmente pequeno.

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4.1.7.1 - Classes de solos A distribuio dos solos na rea de Influncia Direta encontra-se diretamente associada s formaes geolgicas que a compe, bem como as feies geomorfolgicas e s condies climticas locais. Inserida na borda leste da Serra do Espinhao meridional, nos segmentos localmente denominados de Serra do Sapo e Serra da Ferrugem, ao sul, e Serra de Itapanhoacanga, ao norte, a rea em tela possui dois ambientes distintos no que se refere pedognese. Um est relacionado s rochas metassedimentares e coberturas quaternrias, basicamente itabiritos, quartzitos, filitos e canga latertica, que compem as altas e mdias encostas, conformando ambientes em geral mais resistentes ao intemperismo, e que possuem um relevo vigoroso, nesse segmento sobressaem os Neossolos Litlicos. O segundo associa-se s rochas do embasamento, mica xistos, migmatitos e gnaisses, marcantes a leste em direo aos talvegues da sub-bacia do Rio do Peixe, e os metapelitos, meta-arenitos, metariolitos e metaconglomerados, que ocorrem predominantemente a oeste na sub-bacia do Rio Santo Antnio, segmentos que apresentam Cambissolos Hplicos e Latossolos Vermelhos, sobre um relevo suavizado com colinas e morros. A figura 4.33 apresenta a distribuio das classes de solos na rea de influncia direta do empreendimento. A amplitude entre tais ambientes elevada, sobretudo a oeste, resultado do intenso trabalho tectnico que contribuiu para o soerguimento das serras e a formao das escarpas que marcam o relevo local. Assim as elevadas declividades aceleram o carreamento dos sedimentos, que se acumulam nas encostas na forma de tlus e superfcies coluvionares.

Cambissolos Hplicos Os cambissolos hplicos se formam sobre rochas metassedimentares e gneas, tendo origem ainda na alterao do material coluvionar e dos detritos rochosos oriundos da poro superior das serras do Sapo e de Itapanhoacanga. Eles so resultantes de um lento processo de alterao das rochas de origem, foto 36 e 37.

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Foto 36 - Vertente oeste da Serra do Sapo onde se observa a formao de rampas de tlus de detritos, em destaque. Neste material, resultante da desagregao da rocha matriz, observa-se a ocorrncia de cambissolos hplicos, com elevada pedregosidade.

Foto 37 - Viso geral da vertente leste da Serra do Sapo a partir da MG 010. Na mdia vertente, em destaque, verifica-se a ocorrncia de cambissolos hplicos, numa faixa de transio entre os neossolos do topo e os latossolos desenvolvidos sobre as rochas do embasamento.

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Foto 38 - Perfil de cambissolo hplico situado na mdia vertente da cava norte da mina de Itapanhoacanga. Notar a presena de material coluvionar assentado sobre o manto de alterao da rocha matriz. (Coordenadas 666.067/7.924.535)

O cambissolo hplico com textura mdia, fase rochosa, ocorre ao longo das encostas das serras do Sapo, da Ferrugem e de Itapanhoacanga, ocupando a mdia vertente onde se observa o acmulo de material coluvionar, muito representativo na unidade de mapeamento, foto 38. So solos pouco desenvolvidos, normalmente com argila de atividade alta e com saturao de bases acima de 50%, conferido-lhes o carter eutrfico. Apresentam contato com a rocha ou material parcialmente consolidado, entre 50 cm e 100 cm da superfcie do solo e possuem seqncia de horizontes A-BiC, com relativa diferenciao. Na rea em estudo verifica-se pontualmente a incidncia de horizontes plnticos de cores avermelhadas, estrutura prismtica composta de blocos, com concrees e ndulos de ferro, foto 39.

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Foto 39 - Detalhe de horizonte plntico na Serra do Sapo; quando seco este horizonte apresenta-se compacto, duro, e quando mido firme a muito firme (Coordenadas -667.192/7.907.287).

Portanto, sua consistncia ligeiramente dura quando seco, frivel quando mido e plstica e pegajosa quando molhado. Logo abaixo do horizonte A evidencia-se uma seo representada por fraes do solo constitudas por material mineral que sofreu pouca alterao fsica e qumica (horizonte B incipiente - Bi). A textura neste horizonte franco argilo-arenosa e a estrutura granular. Estes solos ocorrem em reas com declividades variadas na rea de Influncia Direta (AID), predominando na faixa de 30 a 47%.

Neossolos Litlicos Na rea de Influencia Direta do empreendimento os neossolos litlicos ocorrem em reas de relevo movimentado, que dificultam a pedognege e favorecem o carreamento de material para as mdias e baixas vertentes. So solos pouco desenvolvidos que se encontram associados a afloramentos de itabiritos, quartzitos e depsitos de canga que sustentam as cristas, foto 40.

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Foto 40 - Neossolo litlico prximo ao topo da Serra do Sapo sobre a formao ferrfera. O horizonte A assentado diretamente sobre a rocha consolidada, indica a pequena atuao dos processos pedogenticos (Coordenadas - 666.004/7.907.192).

Tratam-se de solos bastante homogneos, com boa drenagem, ocorrendo normalmente em associao a um relevo ondulado a fortemente ondulado, com declividades de 30 a at 100%, conformando escarpas; contudo, verifica-se isoladamente sua presena em superfcies planas com at 10% de inclinao, foto 41.

Foto 41 - Superfcie aplainada situada na alta vertente da Serra do Sapo, conformando um plat onde se verifica a presena de neossolos litlicos, originados da desagregao da rocha matriz (Coordenadas 666.154/7.907169).

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Os neossolos litlicos so pouco evoludos, com ausncia de horizonte B diagnstico, indicando que esto em processo inicial de formao, seja pela reduzida atuao dos processos pedogenticos ou por caractersticas inerentes ao material originrio. A cobertura ferrfera com a presena de neossolos litlicos tambm verificada na poro superior da cava sul de Itapanhoacanga. Essas formaes configuram um pequeno plat, sendo que em direo s vertentes observa-se o acumulo de material inconsolidado, detritos, que se aprofundam nas cotas inferiores, contribuindo para a pedognese, foto 42.

Foto 42 - Coberturas Quaternrias, onde se formam neossolos litlicos sobre o espesso pacote de rochas ferrferas da cava sul de Itapanhoacanga (Coordenadas - 665.917/7.922.398).

Em geral tais solos possuem textura grosseira, so muito porosos e com elevada permeabilidade. Tal atributo, juntamente com a baixa capacidade adsortiva, caracteriza-os como material pouco adequado para receber efluentes devido facilidade de contaminao dos aquferos.

Latossolos Vermelhos Os latossolos vermelhos constituem a classe predominante de solos na rea estudada, sobretudo no entorno do empreendimento (figura 4.33). Situados a partir das mdias vertentes, dominam a maior parte dos fundos de vale da regio, estando diretamente relacionados s rochas do embasamento. Compreendem ainda a maioria absoluta das terras utilizadas na agropecuria, tanto a oeste, quanto a leste das elevaes serranas, foto 43.

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FIGURA 4.33 - Classes de solos GIS - A3

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Foto 43 - Viso geral, de norte para sul, da AID do empreendimento, tendo ao fundo a Serra de Itapanhoacanga na parte central, indicada pela seta. Em primeiro plano o domnio de latossolos vermelhos com relevo suavizado (Coordenadas - 666.251/7.7.925.486).

So considerados solos antigos resultantes da exposio ao longo de milhares de anos aos processos qumicos e fsicos relacionados pedognese. Dessa forma, so submetidos intensa lixiviao e intemperismo, apresentam como caractersticas grande profundidade, pouca diferenciao entre os subhorizontes, predomnio de xidos de ferro (Fe) e alumnio (Al) e argilo minerais de estrutura 1:1 (caulinita) de baixa capacidade de reteno de bases, virtual ausncia de minerais primrios facilmente decomponveis, estrutura granular e boa drenagem, sendo macio quando seco e de alta friabilidade quando mido. Em geral, os latossolos apresentam horizonte B imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A, dentro de 2m da superfcie do solo ou dentro de 3m, se o horizonte A apresenta mais que 1,5m de espessura, foto 44.

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Foto 44 - Perfil de latossolo vermelho, demonstrando a transio clara dos horizontes A, B e C, onde resulta a rocha pouco alterada (Coordenadas - 668.192/7.906.939).

Os latossolos vermelhos tm matiz 2,5YR ou mais vermelho na maior parte dos primeiros 1m do horizonte B (inclusive BA). Em geral, solos com boas propriedades fsicas e esto situados, na maioria dos casos, em relevo suave ondulado a ondulado. Sua principal limitao a baixa disponibilidade de nutrientes nos solos distrficos e a toxicidade por alumnio trocvel. Correspondem a solos com boa drenagem interna, como pode ser observado na rea em estudo. A baixa atividade das argilas verificadas nos latossolos em geral conferelhes diminuta expansibilidade e contratibilidade, qualificando, os de textura argilosa. Por serem solos fceis de serem escavados e ainda bastante profundos e porosos so bastante apropriados para atividades diversas como a agropecuria, foto 45.

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Foto 45 - Latossolo vermelho em primeiro plano, no sop oeste da Serra do Sapo. Sua profundidade e porosidade propiciam a utilizao agropecuria (Coordenadas - 664.322/7.908.234).

Salienta-se que os latossolos so extremamente vulnerveis a processos erosivos, principalmente quando expostos por ao antrpica, como ser discutido a seguir.

4.1.7.2 - Aptido dos solos Este item aborda a identificao e a caracterizao dos tipos de uso e formas de ocupao existentes na rea de Influncia Direta do empreendimento, considerando a perspectiva de sua evoluo a partir do cenrio atual. Procurou-se, desta forma, descrever sucintamente, as estruturas e os usos diversos que as comunidades locais fazem da terra, no intuito de se retrat-los e apontar algumas das possibilidades futuras de uso e ocupao. Ainda foi observado o nvel de dependncia que a populao local tem em relao aos recursos naturais da regio, particularmente em relao gua, dada a interveno que o empreendimento ter sobre parte das nascentes das micro-bacias locais. Para isso, foram gerados mapas de uso e ocupao, tendo como base imagem do satlite QUICKBIRD nas escalas 1:10.000, apresentados nos desenhos 4A a 4D do anexo 1, e 1:70.000, como visto na figura 4.33.

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Na etapa de campo, quando toda a rea de Influncia Direta (AID) e parte da rea de Influncia Indireta (AII) foram percorridas, identificaram-se as diferentes estruturas, as formas de uso e ocupao do solo e foram observados o nvel de manejo existente no que se refere utilizao das terras. A ocupao na AID foi ressaltada, possibilitando uma melhor compreenso do espao onde os efeitos do empreendimento sero mais sensveis. No decorrer desta etapa ainda foram realizados contatos, informais, com moradores locais com a finalidade de se identificar a situao atual e futura no que diz respeito aos diversos usos nas reas abrangidas pelo empreendimento. Assim, com base nos dados e informaes apurados, procurou-se traar a caracterizao das formas de uso e ocupao na rea de Influncia Direta do empreendimento, apontando as tendncias identificadas. Caracterizao dos usos e formas de ocupao A rea de Influncia Direta das minas encontra-se definida no item 3. O principal acesso a AID, a partir de Conceio do Mato Dentro, a MG 010 seguindo-se em direo ao Serro, percorrendo-se cerca de 12 Km at alcanar a Serra do Sapo. Outra via importante a estrada que liga a cidade ao distrito de Crregos, a oeste da AID, que constitui parte da Estrada Real. Alm dessas, h diversas estradas vicinais na regio do empreendimento. Ncleos populacionais Nos limites da AID existem trs ncleos populacionais, So Sebastio do Bom Sucesso, Itapanhoacanga e, no extremo oeste, Crregos. Todos apresentam caractersticas tipicamente rurais, com edificaes simples, a maioria formada por um casario antigo, onde s vezes h a presena de quintais nos fundos das edificaes. Ressalta-se que essas aglomeraes remontam ao ciclo do diamante, quando ali passavam os tropeiros que faziam o caminho da Estrada Real. Assim, sues ncleos guardam muitas das feies daquele perodo, com destaque para as capelas e igrejas erigidas naquele perodo. Estes povoados so formados por uma via principal, onde se encontra grande parte das construes, como a igreja e um pequeno comrcio, voltado para o atendimento das necessidades bsicas da populao ali residente. Todos contam com rede de energia eltrica e de telefonia. O abastecimento de gua realizado atravs de nascentes situadas nos arredores. No caso de Itapanhoacanga a gua do reservatrio que supre o distrito proveniente da Serra de So Jos, a oeste; em So Sebastio do Bom Sucesso, a gua captada numa nascente localizada na Serra do Sapo. A base da economia destas comunidades a pecuria leiteira, desenvolvida nas propriedades existentes na regio. A populao tambm sobrevive dos pequenos roados que cultiva em seus terrenos. Mais recentemente o turismo vem ganhando espao na regio, situada entre Conceio do Mato Dentro e Serro, num dos segmentos da Estrada Real. Tal atividade, ainda incipiente, vem sendo desenvolvida mais nos povoados de Crrego e Itapanhoacanga, onde h uma pequena pousada.

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Para a subsistncia a populao dos povoados costuma manter pequenas culturas, como hortas, pomares, alm de rebanhos de galinceos, eventualmente porcos. Entretanto, observa-se que essas atividades so praticadas de maneira muito rudimentar, tradicional, sem a adoo de tcnicas e a preocupao com a produtividade. Contribui para isso o fato da maioria dos moradores trabalhar nas fazendas da regio, como j mencionado, tendo pouco tempo para a manuteno de seus prprios cultivos, alm do que as terras disponveis so pequenas.

Superfcies agropecurias e formaes nativas Nas propriedades rurais situadas na AID das minas das serras do Sapo, da Ferrugem e Itapanhoacanga predomina, conforme j mencionado, a pecuria leiteira, o que inclui a manuteno de pequenas capineiras e canaviais para a forragem. Secundariamente aparece a agricultura de subsistncia, sendo outras atividades tradicionais mantidas pelos fazendeiros mais antigos, como a produo de rapadura. Outra atividade observada, mas de maneira ainda muito incipiente, em algumas propriedades na regio de Crrego, oeste da Serra do Sapo e da Ferrugem j no limite extremo da AID, a silvicultura representada pelo plantio de eucalipto. Nota-se que a regio caracterizada por mdias e grandes propriedades, apresenta extensos pastos formados e representativas manchas de remanescentes de mata, capoeira e campo. As matas esto presentes em reas intermedirias das encostas e prximo ao fundo dos vales, principalmente nas regies de gua Santa e ao norte de Itapanhoacanga. J as formaes campestres recobrem a parte alta das serranias locais, com destaque para a Serra do Sapo e da Ferrugem, onde ocorre grande parte da vegetao sobre canga identificada na rea. Interessante observar que apesar de haver muitas matas preservadas nos domnios da AID elas se concentram espacialmente. Ou seja, a mata mantida em determinadas pores e totalmente suprimida em outras, como para ceder lugar s pastagens, onde neste caso rara a manuteno da vegetao ciliar. As pastagens existentes so predominantemente melhoradas, com a introduo de espcies exticas, como a brachiaria e a utilizao de fertilizantes e defensivos. Os pastos nativos, sujos, so mais raros, ficando restritos geralmente s encostas, e em parte das formaes campestres. Geralmente os pastos dividem o espao com as matas e os pequenos cultivos, como capineira e cana, alm de outras culturas menos disseminadas, como milho, banana, hortas e pomares. Predomina na regio o manejo extensivo, com baixo aproveitamento das pastagens. A relativa estagnao da atividade agropecuria na rea de estudo pode ser atribuda, em parte, aos solos pobres e a manuteno de grandes e mdias propriedades de famlias tradicionais, que por possurem vnculos em outras regies no se preocupam com o desenvolvimento das atividades rurais. Nas glebas as benfeitorias presentes correspondem, de forma geral, a casa sede, as casas de agregados e empregados, currais e demais instalaes complementares.

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Quanto gua, o principal uso que se faz na regio corresponde ao consumo humano, para tal so utilizadas captaes junto s nascentes. Em seguida vem a dessedentao dos animais. A irrigao das lavouras pouco disseminada, sendo que no foi identificado, por exemplo, nenhuma estrutura de irrigao em grande escala, como a utilizao de pivs centrais.

Tendncias identificadas Verificou-se que a ocupao da rea de Influncia Direta, e parte da rea de Influncia Indireta do empreendimento so antigas apresentando pouca diversidade em relao aos usos e a sua economia, baseada na produo leiteira. Esta ocupa grande parte dos espaos destinados a agropecuria, que representa a principal forma de sustento das comunidades locais. O plantio de subsistncia vem em segundo lugar, no que se refere ao aproveitamento das terras, com destaque para a manuteno de pequenas hortas. Em termos espaciais as pastagens representam a principal forma de ocupao na rea estudada. A maioria das glebas inseridas na AID se caracteriza como grandes propriedades pertencentes famlias tradicionais que, durante sculos, tiveram sua prosperidade garantida pela pecuria leiteira. Nesse cenrio, observa-se uma homogeneidade da paisagem, formada por extensos pastos, matas, capoeiras e campos entrecortados por estradas. Tambm integram esse contexto os povoados, onde se concentra parte da comunidade residente na AID e onde se localizam os principais equipamentos pblicos e de convvio social. Observou-se que h, localmente, uma relativa estagnao das atividades econmicas, pautadas na pecuria e desenvolvidas de modo conservador, com a utilizao limitada de tcnicas agropecurias, o que reflexo, em parte, da prpria evoluo histrica do processo de ocupao da regio. Espalhados pela rea de estudo observam-se fragmentos de vegetao nativa e vrios afloramentos rochosos que do o contorno aos topos das elevaes locais. Tais fragmentos so importantes, pois neles que se encontra a maior parte da biodiversidade local e as nascentes das sub-bacias inseridas na AID, que vo alimentar importantes cursos d gua jusante, como o rio do Peixe, a leste, e o rio Santo Antnio, a oeste. Neste contexto, onde o uso do solo extensivo, a perspectiva de alteraes quanto ao uso e ocupao das terras baixa. Mesmo em relao a novas atividades que surgem no contexto regional, como o turismo e a silvicultura, verificam-se que estas so atividades ainda incipientes, apesar de possurem elevado potencial de desenvolvimento. Conclui-se que mediante a manuteno do cenrio atual, sem grandes intervenes, como a implantao do empreendimento minerrio, a tendncia a manuteno das atividades agropecurias, mantendo-se o carter extensivo das mesmas, resultando em limitadas perspectivas para as comunidades locais.

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4.1.8 - Hidrografia
O estudo ora apresentando visa situar os recursos hdricos perante um quadro regional, de forma a apresentar uma caracterizao com embasamento geolgico geomorfolgico - hidrolgico. Para tanto os estudos apresentados so uma compilao de dados a nvel regional e a partir de observao local. O estudo apresentou como objetivo principal avaliar as condies hidrolgicas e hidrogeolgicas das reas de jazimento mineral atravs do levantamento de informaes existentes, visando subsidiar um programa de monitoramento hdrico/hidrogeolgico e os estudos hidrogeolgicos mais detalhados, bem como avaliar as condies de captao para suprimento de gua nova para o empreendimento. Assim, o estudo realizado envolveu o desenvolvimento de um modelo hidrogeolgico conceitual com base nos dados geolgicos (litolgicos e estruturais) e a anlise da disponibilidade hdrica local, onde se verificou tambm a possibilidade de disponibilidade hdrica para a alimentao da planta de beneficiamento do empreendimento. Para efeitos de estudos hidrogeolgicos, estes sero apresentados distintamente para as cavas de interesse. 4.1.8.1 - Rede Hidrogrfica O empreendimento insere-se na sub-bacia do rio Santo Antnio, dentro da bacia federal do rio Doce. Localmente esta sub-baica foi dividida em seus principais formadores, o rio Santo Antnio propriamente dito e o rio do Peixe, sendo que este ltimo constitui um dos principais afluentes da margem esquerda do rio Santo Antnio, unindo suas guas a sudeste do empreendimento, j no municpio de Ferros. Ambos os cursos d gua integram a bacia hidrogrfica do rio Doce, drenando para leste. O rio Santo Antnio apresenta vazo mdia de longo termo igual a 153.540 m3/h em um ponto imediatamente anterior sua confluncia com o rio do Peixe, o qual apresenta vazo mdia de longo termo igual a 135.128 m3/h, imediatamente anterior sua confluncia, sem considerar a captao igual a 2500 m3/h necessria para suprir o volume previsto para abastecimento para a planta industrial do empreendimento, conforme mostrado no item Disponibilidade Hdrica. Considerando essa captao, a vazo mdia de longo termo igual a 132.628 m3/h. Assim, com essa captao de 2.500 m3/h, haver uma diminuio inferior a 1% aps a confluncia destas duas drenagens, totalizando uma vazo igual a 286.168m3/h. As sub-bacias acima denominadas dividida pelas reas onde se pretende instalar as futuras lavras, configurando como divisiores de gua, estando a sub-bacia do rio do Peixe a leste e a do rio Santo Antnio a oeste. Na rea de Influncia Direta do empreendimento, verifica-se que nos limites das cavas e demais instalaes de Itapanhoacanga a principal drenagem, ao norte, o ribeiro das Pedras que possui direo geral de escoamento de noroeste para sudeste. Ainda neste trecho, o ribeiro das Pedras recebe dois afluentes o crrego Vermelho, margem direita, e o crrego do Barbeiro, margem esquerda, entre outros.

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A rede de drenagem na regio da cava sul das minas de Itapanhoacanga dividida pela serra homnima, onde a oeste se localiza as nascentes do crrego Vermelho que atravessa o povoado de Itapanhoacanga, seguindo em direo ao norte at desaguar no ribeiro das Pedras. Na vertente leste verifica-se a presena de pequenas nascentes que desguam no ribeiro das Pedras, alm de pequenas drenagens que convergem para o crrego Campinas e o crrego Ouro Fino, limite sul da Serra de Itapanhoacanga. Tais cursos so afluentes do ribeiro Trs Barras que, por sua vez, afluente do rio do Peixe. Estas drenagens apresentam, de maneira geral, forte condicionamento estrutural, encaixando principalmente ao longo das direes de fraturamente NW-SE, E-W e secundariamente N-S, como parte da drenagem do crrego Vermelho a oeste do povoado de Itapanhocanga. Na rea de Influncia Direta da cava da Serra do Sapo, a principal drenagem a leste desta o rio do Peixe, que neste caso recebe contribuies diretas das guas vertentes leste da serra. Dentre os principais contribuintes esto os crregos gua Santa, (extremo norte), Vargem Grande e Candeia Mansa, localizados na extremidade norte, e Bom Sucesso, localizado na poro sul. Tambm se deve destacar, mais ao norte, a sub-bacia do crrego Passa-Trs, onde ser implantada a barragem de rejeitos da Planta de Beneficiamento. A oeste da Serra do Sapo o principal curso d gua o rio Santo Antnio, para onde se direcionam as drenagens que nascem na encosta da Serra do Sapo. Na poro sul dessa face o ribeiro Santo Antnio coleta as guas dos crregos Amolar e Palmital. Nas pores central e norte, os crregos Duro, do Lucas, Escadinha e Buriti desguam no ribeiro Santo Antnio do Cruzeiro, que passa a se chamar apenas ribeiro Santo Antnio a partir da confluncia com o crrego Palmital. A figura 4.34 a seguir apresenta o mapa hidrogrfico da rea em estudo, o qual apresenta a localizao do empreendimento no contexto regional.

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FIGURA 4.34 - Mapa representativo da hidrografia da rea em estudo. (GIS - A3)

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4.1.8.2 - Caractersticas da bacia A maior parte dos cursos fluviais que drenam a AID, de acordo com a classificao de HORTON, de 1, 2 ou 3 ordem. Geralmente tambm so pouco volumosos, com canais estreitos e em alguns locais apresentam elevada carga de material aluvial, pouco rolado, apresentando segmentos levemente encachoeirados devido ao evidente controle estrutural da regio, foto 46.

Foto 47 - Trecho com afloramento de rochas e deposio de cascalho do crrego Zal, afluente do crrego Campinas. A elevada presena de material no leito do crrego, alm da baixa vazo relativa favorece a acumulao de sedimentos em seu canal.

Em relao ao padro de drenagem os cursos d gua possuem distribuio dendrtica, com ramificaes em vrias direes, apresentando forte controle estrutural, relacionados ao condicionamento das fraturas geolgicas regionais. Em relao ao padro de drenagem, os cursos d gua possuem distribuio dendrtica com ramificaes em vrias direes. A tipologia dos canais fluviais da rea de estudo pode ser localmente classificada como meandrante, havendo, contudo no raramente a presena de segmentos retilneos, foto 48.

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Foto 48 - Crrego Campinas junto ponte da rodovia MG 010; o padro meandrante predomina nas drenagens, tanto na rea de Itapanhoacanga, quanto na da Serra do Sapo. Os cursos d gua ganham maior volume e capacidade de transporte, somente a partir das mdias vertentes na maioria das vezes sobre o relevo mais suave do embasamento rochoso.

Os rios meandrantes so resultantes da relao largura/profundidade do canal e do tamanho das partculas. medida que a carga de sedimentos em suspenso aumenta em proporo carga de leito, a relao largura/profundidade decresce, e o canal se estreita e aprofunda. Em razo destes ajustes, uma maior quantidade de energia despendida nas margens e menos no leito, aumentando a sinuosidade do canal e formando os meandros. A sedimentao tpica deste padro de canal fluvial realizada nas margens. Nos segmentos retilneos verifica-se a ocorrncia de blocos em seu leito, estando associados na rea em estudo s regies mais elevadas, e prximas s nascentes, onde seu volume e sua velocidade so medianos, foto 49.

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Foto 49 - Crrego Passa Sete, afluente do crrego gua Santa a jusante do empreendimento (Coordenadas - 668.663/7.913.781).

As principais drenagens apresentam orientao geral de NW para SE, com variaes de direo, sobretudo nos seus tributrios que conferem orientao difusa j mencionada. Um exemplo o crrego Vermelho que atravessa o distrito de Itapanhoacanga, foto 50, tendo orientao N-S, com sentido de drenagem para N at a confluncia com o ribeiro das Pedras, quando inflete para sudeste.

Foto 50 - Crrego Vermelho ao cruzar o povoado de Itapanhoacanga, quando apresenta direo geral S-N, prolongando-se assim at a confluncia com o ribeiro das Pedras.

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Na Serra do Sapo a direo aproximada NW-SE seguida pelo crrego Bom Sucesso e seus tributrios no segmento sul, enquanto que as drenagens dos crregos Vargem Grande e Candeia Mansa apresentam direo geral SW-NE. Os principais coletores dessa regio, com destaque para o crrego Bom Sucesso, apresentam traados radiais s estruturas regionais, fluindo NW para SE ou de SWNE, como acima citado, foto 51.

Foto 51 - Crrego Bom Sucesso no povoado de So Sebastio do Bom Sucesso. O curso d gua recebe os principais afluentes da vertente leste da Serra do Sapo, apresentando um trecho relativamente plano neste ponto.

Na regio da sub-bacia do crrego gua Santa verifica-se a presena de afluentes que nascem nas partes mais elevadas que a circundam, sendo que os perfis longitudinais dos canais no so profundos, favorecendo o escoamento mediano de suas guas. Os vales so mais abertos do que nas regies de relevo mais agudo adjacentes, proporcionando a formao de pequenas plancies aluviais, bastante restritas nas demais sub-bacias estudadas. Assim, observa-se no geral que as drenagens na rea do empreendimento so constitudas por contribuintes de 1, 2 e 3 ordem, com baixa vazo e canais relativamente estreitos, encaixados diretamente sobre as litologias que compem o substrato rochoso. Os vales em funo do relevo intensamente movimentado apresentam-se em forma de , com vertentes acentuadas na maior extenso da AID, V foto 52.

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Foto 52 - Vale em formato de V encaixado sobre as rochas do embasamento e material coluvionar, a oeste da cava norte de Itapanhoacanga.

Disponibilidade hdrica - Captao de gua no rio do Peixe A partir da necessidade de uso de gua no empreendimento minerrio, foram executados estudos de avaliao das disponibilidades hdricas superficiais e de estabelecimento de alternativas de captao de gua nova, na regio das Minas de Itapanhoacanga e Serra do Sapo, para atendimento da demanda prevista de 2.500 m/h. No presente estudo, as alternativas de captao foram definidas com base apenas nos aspectos tcnicos, adotando-se como critrio a ocorrncia, ou no, de disponibilidades de vazes para atendimento da demanda de gua, respeitando-se os limites de derivao e de manuteno de fluxo residual a jusante estabelecidos pela legislao de outorga do estado de Minas Gerais e o fator de proximidade em relao usina de beneficiamento. Para a avaliao detalhada das disponibilidades hdricas, inicialmente, foram destacados os principais cursos de gua da regio e do entorno do projeto, em termos de magnitude de rea de drenagem e de proximidade em relao s reas de mina. A aplicao desse critrio resultou na seleo de 6 (seis) possveis pontos de captao em 3 cursos de gua distintos, cujas sees fluviais de interesse consideradas nos estudos, com as respectivas caractersticas, encontram-se descritas nos quadros 4.29 e 4.30 e localizadas na figura 4.35.

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Para cada um dos pontos de captao selecionados foi avaliado o potencial para derivao, considerando-se captaes a fio d gua e com reservatrio de regularizao. Os resultados obtidos esto apresentados nos quadros 4.31 e 4.32, estando os valores de fluxo residual mnimo a jusante do ponto de captao e de vazo mxima de derivao em conformidade com a legislao de outorga. Na definio das alternativas de captao, considerou-se o cenrio de demanda de gua referente vazo de 2.500 m/h, sendo consideradas captaes a fio d gua e reservatrios de regularizao. Caso alguma das barragens seja utilizada tambm para disposio de rejeitos, dever ser considerado o aumento do volume do reservatrio e barramento de forma a propiciar a acumulao desse material. Para subsidiar uma avaliao preliminar, algumas informaes foram adicionadas, incluindo a distncia em linha reta do ponto de captao ao provvel local da usina de beneficiamento e o desnvel geomtrico mximo (quadro 4.29). Nas alternativas que envolviam barramentos foram obtidas tambm, de forma estimada, a altura das barragens e a rea alagada pelo reservatrio. A partir dos critrios acima mencionados, foi definido como ponto de captao aquele localizado na bacia do rio do Peixe. Na figura 4.36 apresentada a localizao geral do empreendimento, destacando-se os principais componentes de interesse para o presente estudo, quais sejam: a usina de beneficiamento de minrio e a captao de gua nova do empreendimento. A utilizao de gua no empreendimento ocorrer (i) no processo de concentrao de minrio de ferro, (ii) como veculo de conduo da polpa de minrio processado, pelo mineroduto, (iii) para usos diversos em oficinas e escritrios e (iv) para a asperso de controle de poeiras. A gua utilizada no processo de beneficiamento e concentrao do minrio ser recuperada em grande parte nos espessadores e no reservatrio da barragem de conteno de rejeitos. As perdas de gua ocorrero na asperso de pilhas e acessos, em usos diversos em oficinas e escritrios e nos vazios do rejeito, totalizando cerca de 1.406 m/h. A vazo de gua descartada no rejeito ser da ordem de 4.372 m/h, sendo 874 m/h retido nos mesmos e 3.498 m/h recuperada e recirculada para o processo. Para conduo da polpa de minrio no mineroduto estima-se um consumo de aproximadamente 1.717 m/h. Com base nas informaes acima, a demanda total de gua nova do empreendimento pode ser estimada em 3.123 m/h. Considerando a umidade agregada ao ROM de 623 m/h, a vazo de captao adicional ( make-up ) para atendimento da demanda dever ser de 2.500 m/h. O balano hdrico do empreendimento encontra-se ilustrado na figura 4.37. A gua de make-up (2.500 m/h) ser suprida por uma captao a fio d gua no rio do Peixe, objeto do presente pedido de outorga, localizada no municpio de Dom Joaquim e distante aproximadamente 30 km da usina de beneficiamento. A seleo da captao a fio d gua no rio do Peixe partiu de um estudo detalhado da empresa VOGBR, onde foram cotejados os aspectos tcnicos, econmicos e ambientais de diversas alternativas, envolvendo captaes diretas e com reservatrios de regularizao (barragens).
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FIGURA 4.35 - Mapa de localizao dos pontos de captao de gua analisados.

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FIGURA 4.36 - Localizao do empreendimento e o ponto de captao em estudo.

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FIGURA 4.37 - Balano de gua do Projeto Minas-Rio.

Rio de Peixe

ROM

Mineroduto
2.500 m/h

623 m/h

1.717 m/h

- Consumo huma Planta de Beneficiamento


641 m/h

- Oficina e Servi - Molhamento de

3.820 m/h 3.055 m/h

gua do rebaixamento de nvel d gua da mina

Barragem de Rejeitos

764 m/h

Perdas na Barragem de Rejeitos

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QUADRO 4.29 - Pontos de captao de gua analisados


Coordenadas UTM Alternativas de Captao Curso de gua Tipo de Captao Leste 660.296,75 666.828,88 674.764,95 674.764,95 683.925,79 684.890,30 687.499,31 Norte 7.909.706,94 7.923.617,45 7.917.692,13 7.917.692,13 7.904.110,46 7.901.750,63 7.898.254,38 rea de Drenagem (km) 187 101 499 499 962 1.145 1.245

Distncia em R Usina d Beneficiamen 6,76 12,4 10,2 10,2 20,6 22,4 26,3

AI AII AIII_A AIII_B AIV_A AIV_B AIV_C

Ribeiro Santo Antnio do Cruzeiro Ribeiro das Pedras Rio do Peixe Rio do Peixe Rio do Peixe Rio do Peixe Rio do Peixe

Reservatrio de Regularizao Reservatrio de Regularizao Reservatrio de Regularizao Reservatrio de Regularizao Fio dgua Fio dgua Fio dgua

QUADRO 4.30 - Caractersticas gerais dos barramentos das alternativas analisadas


Alternativas de Captao AI AII AIII_A AIII_B Curso de gua Ribeiro Santo Antnio do Cruzeiro Ribeiro das Pedras Rio do Peixe Rio do Peixe Altura da Barragem (m) 13,50 13,85 13,70 17,80

Volume do Reservatr x m) 162 40,1 53,5 101

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QUADRO 4.31 - Vazo mxima de captao a fio d gua


Vazo Mxima de Captao a Fio Dgua Ponto de Captao AIV_A AIV_B AIV_C Rio do Peixe Curso de gua (30% da Q7,10) (m/h) 2.500 3.010 3.266

QUADRO 4.32 - Vazo mxima de captao por reservatrio de regularizao


Ponto de Captao AI AII AIII_A AIII_B Curso de gua Ribeiro Santo Antnio do Cruzeiro Ribeiro das Pedras Rio do Peixe Rio do Peixe Vazo Mxima de Captao (m/h) 3.125 2.500 2.500 3.125

Estudos hidrolgicos do ponto de captao de gua superficial - Rio do Peixe A captao de gua nova ser construda na margem direita do rio do Peixe, a jusante da rea urbana da cidade de Dom Joaquim e da confluncia com o ribeiro Folheta, numa seo fluvial de coordenadas geogrficas 18 58 5,40 latitude Sul e 43 14 41,08 longitude Oeste e rea de drenagem de 1.145 km. O local da captao e a posio relativa em relao s instalaes do Projeto Minas-Rio podem ser visualizados na figura 4.36. A operao ser do tipo a fio d gua e a estao de bombeamento composta de casa de bombas, com tomada d gua em bueiro ARMCO, e estao booster. Tanto a casa de bombas quanto o booster apresentaro 2+1 (reserva) bombas cada uma, sendo a capacidade nominal delas de 1.250 m/h/bomba. O regime de funcionamento da captao ser de duas bombas de 1.250 m/h, durante 24 horas por dia. A tubulao da adutora, que interligar a captao do rio do Peixe usina de beneficiamento, ser de ao ASTM-A-283 e dimetro de 30? tendo um comprimento , aproximado de 32,0 km. Visando minimizar a movimentao de terra ao longo da mesma, a tubulao ser lanada sobre o terreno e ser acompanhada por um acesso de manuteno com 5,0 m de largura. A avaliao da disponibilidade hdrica superficial foi feita a partir da caracterizao do regime hidrolgico do rio do Peixe, baseando-se na estimativa das vazes mdias e mnimas, abstradas dos valores de vazes outorgadas a montante do ponto de captao. Os estudos hidrolgicos foram realizados a partir de tcnicas de regionalizao, utilizando as informaes da rede hidromtrica da regio prxima captao.

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A partir da informao de disponibilidade hdrica no ponto de captao foram definidos os limites legais de derivao e manuteno de fluxo residual mnimo a jusante, os quais foram cotejados com a demanda de gua do empreendimento e os usos outorgados a jusante. Assim, foi estudada a disponibilidade hdrica da bacia do rio do Peixe na seo fluvial da captao frente os limites legais para derivao e manuteno do fluxo residual mnimo e o cotejo com a demanda de gua do empreendimento e para atendimento das vazes outorgadas a jusante, bem como apresentados os estudos de avaliao do impacto da captao de gua nova do Projeto Minas-Rio sobre o potencial de gerao de energia das PCHs inventariadas na cascata do rio do Peixe.

Informaes bsicas O conjunto de informaes bsicas composto de cartografia, desenhos, dados pluviomtricos, fluviomtricos e estudos anteriores. Para elaborao dos estudos foram utilizadas as seguintes bases cartogrficas. - Cartas topogrficas do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatsticas, em escala 1:100.000, denominadas Serro, Rio Vermelho, Conceio do Mato Dentro e Presidente Kubitshek. Utilizadas no traado do divisor de drenagem da bacia do rio do Peixe na seo fluvial da captao e da estao fluviomtrica, das isoietas anuais de precipitao e para a locao das estaes pluviomtricas e fluviomtricas; Dados Pluviomtricos A caracterizao do regime pluviomtrico mdio anual na bacia hidrogrfica do rio do Peixe foi realizada a partir de dados consistidos de precipitao diria de estaes de monitoramento da ANA - Agncia Nacional de gua, obtidos no endereo eletrnico www.ana.gov.br. A relao das estaes utilizadas, bem como a estimativa da precipitao mdia anual esto apresentadas no quadro 4.33. A localizao dos postos pluviomtricos pode ser visualizada na figura 4.38. Dados Flu viomtricos Os registros da estao fluviomtrica Dom Joaquim da ANA foram utilizados para a caracterizao do regime hidrolgico de vazes na bacia do rio do Peixe. A localizao da estao fluviomtrica pode ser visualizada na figura 4.38. As principais caractersticas dessa estao esto apresentadas a seguir: Cdigo: 56765000; Nome: Dom Joaquim; Cidade: Dom Joaquim; Curso de gua: Rio do Peixe;

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Responsvel: ANA; Operadora: CPRM; Coordenadas Geogrficas: 18 5758 S; 43 1435 W; Coordenadas UTM: E 684.979,31; N 7.901.993,06; Perodo de operao: 1946-2003; rea de Drenagem: 976 km; Vazo mdia de longo termo: 18,0 m/s.

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QUADRO 4.33 - Relao das estaes pluviomtricas


Cdigo 01842005 01842007 01842020 01843000 01843001 01843002 01843003 01843011 01843012 01942001 01942003 01942005 01942008 01942029 01942030 01942032 01943001 01943002 01943003 01943004 01943005 01943006 01943007 01943008 01943025 01943035 01943042 Nome Coroaci Guanhes So Joo Evangelista Usina Parauna Serro Gouveia Mendanha - Montante Serro Rio Vermelho Cachoeira Escura Coronel Fabriciano Antnio Dias Dom Cavati Mrio de Carvalho CENIBRA Naque Velho Rio Piracicaba Conceio do Mato Dentro Ferros Jaboticatubas Nova Era Sabar Santa Brbara Santa Maria de Itabira Morro do Pilar Vau da Lagoa Fazenda Carabas Cidade Coroaci Guanhes So Joo Evangelista Presidente Juscelino Serro Gouveia Diamantina Serro Rio Vermelho Belo Oriente Coronel Fabriciano Antnio Dias Dom Cavati Coronel Fabriciano Belo Oriente Naque Rio Piracicaba Conceio do Mato Dentro Ferros Jaboticatubas Nova Era Sabar Santa Brbara Santa Maria de Itabira Morro do Pilar Santana do Riacho Baldim Responsvel ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA Operadora CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM Latitude 18 36' 43" S 18 46' 20" S 18 33' 10" S 18 38' 08" S 18 36' 00" S 18 27' 56" S 18 06' 48" S 18 35' 34" S 18 16' 47" S 19 23' 00" S 19 32' 00" S 19 39' 00" S 19 22' 25" S 19 31' 29" S 19 18' 59" S 19 11' 19" S 19 55' 22" S 19 01' 00" S 19 15' 01" S 19 31' 14" S 19 46' 00" S 19 53' 35" S 19 56' 43" S 19 26' 31" S 19 13' 03" S 19 13' 08" S 19 07' 11" S

Coordenadas Geog

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- Mapa de localizao das estaes hidromtricas utilizadas no estudo.

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Usos Outorgados - Com a finalidade de avaliar possveis interferncias da captao do rio do Peixe s captaes de gua existentes e disponibilidade hdrica a montante do mesmo, foi realizado um levantamento das outorgas existentes na regio de estudo (figura 4.39), cuja relao encontra-se transcrita no quadro 4.34. A vazo total outorgada a montante do ponto de captao de 190,16 m/h (Pontos PO-01 a PO0-05). A jusante da captao, o uso outorgado ao longo dos rios do Peixe e Santo Antnio resulta numa vazo de 188,64 m/h (Pontos PO-06 a PO-08). A finalidade de uso principal dos pontos outorgados o abastecimento humano, havendo, tambm, uso para irrigao (PO-02 e PO-06) e atividades industriais (PO07). O valor total dos usos outorgados a montante da seo fluvial da captao (190,16 m/h) foi considerado na obteno da srie de vazes do local de interesse. Esse valor foi descontado das vazes mdias mensais da srie regionalizada para o ponto de captao, para o clculo da vazo mnima de referncia (Q7,10).

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FIGURA 4.39 - Usos outorgados na bacia do rio Santo Antnio, sob influncia da cap

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QUADRO 4.34 - Relao das outorgas existentes


Ponto Outorgado PO-01 PO-02 PO-03 Requerente COPASA / MG Eymard Miranda Guimares COPASA / MG Prefeitura Municipal de Alvorada de Minas COPASA / MG Fuad Jorge Noman Filho Posto Ferrense Ltda COPASA / MG Curso de gua Rio do Peixe Rio do Peixe Afluente do Crrego Pago Afluente do Crrego Vermelho Rio do Peixe Rio Santo Antnio Rio Santo Antnio Rio Santo Antnio Municpio Serro Serro Alvorada de Minas Alvorada de Minas Dom Joaquim Ferros Ferros Naque Coordenadas UTM N 7.942.687,24 7.940.877,24 7.926.037,94 E 667.057,46 666.601,79 672.182,51 Vazo (m/h) 130 18,0 10,8 Finalidade Abastecimento Irrigao Abastecimento

Data d Vencime

5/12/201

26/11/20

1/9/201

PO-04

7.920.761,88

663.934,94

2,56

Abastecimento

17/1/202

PO-05 PO-06 PO-07 PO-08

7.901.938,84 7.874.956,05 7.872.899,06 7.871.196,82

684.247,37 705.830,45 708.232,04 780.353,66

28,8 14,76 1,08 144

Abastecimento Irrigao Industrial Abastecimento

5/12/201

5/2/200

28/1/200

1/9/201

Fonte: Instituto Mineiro de Gesto das guas - IGAM, junho/2006.

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Estudos hidrolgicos Bacia hidrogrfica de contribuio A bacia hidrogrfica de contribuio do rio do Peixe, no local da seo fluvial da captao, foi delimitada na cartografia disponvel, em escala 1:100.000. A rea de contribuio obtida nesse local foi de 1.145 km e pode ser visualizada na figura 4.40. Caracterizao do regime pluviomtrico A caracterizao do regime de precipitaes mdias anuais na bacia hidrogrfica de interesse foi realizada com auxilio do mapa isoietal da figura 4.40, elaborado a partir dos dados do quadro 4.33. A partir dessa figura pode-se observar que a precipitao mdia anual na bacia do rio do Peixe varia entre 1.300 mm e 1.600 mm, sendo o valor para a seo fluvial da captao de 1.464 mm. O clculo da precipitao mdia anual tambm foi realizado para a bacia hidrogrfica da estao fluviomtrica de interesse para o estudo, com a finalidade de estimar o valor de evapotranspirao mdia anual na regio. Os valores de precipitao mdia anual nas bacias de interesse foram obtidos por um processo de ponderao entre a rea de influncia de cada uma das isoietas e a rea total da bacia. O quadro 4.35 sintetiza os valores obtidos. QUADRO 4.35 - Precipitao mdia anual nas bacias hidrogrficas de interesse
Bacia Hidrogrfica Rio do Peixe em Dom Joaquim (56765000) Rio do Peixe na Seo Fluvial da Captao (MMX) Precipitao Mdia Anual (mm) 1.454 1.464

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FIGURA 4.40 - Mapa isoietal mdio anual para a regio da bacia hidrogrfica de interesse.

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Disponibilidades hdricas na bacia do rio do Peixe A partir dos estudos hidrolgicos, foi possvel se a caracterizao hidrolgica da bacia de captao bem como estabelecer os critrios para realizao da disponibilidade hdrica na bacia do rio do Peixe. No processo de caracterizao do regime hidrolgico dos mananciais, as vazes mnimas representam o limite de explotao nas condies a fio-d gua, considerando a demanda prevista e a manuteno do fluxo residual para jusante, segundo os preceitos da legislao estadual que regulamenta os processos de outorga para uso da gua. Para orientao dos processos de outorga, a vazo de referncia corresponde ao quantil Q7,10 (vazo mnima anual com perodo de retorno de 10 anos e 7 dias de durao). A vazo mxima de captao equivale a 30% da vazo Q7,10, garantindo, dessa forma, um fluxo residual mnimo correspondente a 70% da descarga de referncia. A partir da amostra utilizada nos estudos de anlise de freqncia, a qual refere-se aos mnimos anuais de vazo mdia mensal, a transformao para os respectivos valores com 7 dias de durao foi feita pela multiplicao dos fatores de proporo para eventos mnimos, constantes na mencionada publicao da COPASA MG / HIDROSISTEMAS (1993). Considerando que a bacia do rio do Peixe est inserida na Tipologia 311, conforme o mapa de regies homogneas da referida publicao, os grficos respectivos indicam um valor multiplicativo de 0,928, para transformar os quantis de mnimos anuais de vazo mdia mensal em mnimos anuais de vazes com 7 dias de durao, com perodo de retorno de 10 anos. No quadro 4.36 apresentada uma sntese das disponibilidades hdricas da bacia do rio do Peixe, na seo fluvial da captao de gua nova do Projeto Minas-Rio, cujo projeto se encontra na ntegra no anexo 5. QUADRO 4.36 - Disponibilidades hdricas na seo fluvial da captao do rio do Peixe
Varivel Modalidade de Captao Q30,10 (m/s / m/h) Fator de proporo Q7,10 (m/s / m/h) Vazo Mxim a de Captao 30% Q7,10 (m/s / m/h) Fluxo Residual Mnimo a Jusante 70% Q7,10 (m/s / m/h) Captao de gua Nova Fio d gua 3,61 / 12.996 0,928 3,35 / 12.060 1,01 / 3.618 2,35 / 8.460

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Considerando os dados de demanda de gua para consumo industrial e a veiculao da polpa de minrio do Projeto Minas-Rio (2.500 m/h) e de capacidade nominal das bombas (2 x 1.250 m/h = 2.500 m/h), o valor de vazo a ser outorgado dever ser de 2.500 m/h. Cabe ressaltar que, o valor de vazo mxima de captao da tabela acima j considera os usos outorgados a montante do ponto de captao, uma vez que foram abstrados da srie de vazes mdia mensal. Considerando a demanda de gua nova complementar do empreendimento de 2.500 m/h (correspondendo a aproximadamente a 70% da vazo mxima de captao), existe uma reserva hdrica de aproximadamente 1.100 m/h, que ainda poder ser outorgada na bacia de contribuio, sem que haja interferncia com a captao da MMX. Essa reserva representa cerca de 5 vezes o valor de vazo atualmente outorgado na bacia a montante do ponto de captao (190 m/h). O valor de fluxo residual mnimo estabelecido para o ponto de captao (8.460 m/h) suficiente para manuteno da vazo necessria para suprir os usos outorgados a jusante (189 m/h), na ocasio de um evento de estiagem extrema. Ressalta-se que, ao valor do fluxo residual, ainda dever ser adicionado contribuio de outros cursos de gua, inclusive o rio Santo Antnio, na confluncia com o rio do Peixe. 4.1.8.3 - Estruturas hidrulicas existentes Com objetivo de se descrever as estruturas hidrulicas existentes e que poderiam vir a sofrerem algum tipo de alterao em virtude da atividade, estas foram estudadas em relao quelas existentes ao longo do rio do Peixe, drenagem esta que sofrer captao a fio d gua para suprir o a planta do empreendimento com gua nova. No rio do Peixe, h previso de um conjunto de pequenas centrais hidreltricas - PCH que podero ser impactadas frente subtrao de gua a montante, sendo estas: Santa Rita, Monjolo e Brejaba. A figura 4.41 apresenta um esquema das cascatas contendo o posicionamento relativo das PCHs e tambm o ponto de captao de gua. Assim, foram analisados, entre outros fatores, a disponilibilidade de gua a jusante da captao e sua influncias quanto s possveis interferncias sobre o potencial de gerao de energia na bacia do rio do Peixe. O objetivo da avaliao foi definir a quebra de energia firme nas PCHs localizadas a jusante da captao de gua nova do Projeto Minas-Rio. Para tanto, os estudos foram orientados conforme critrios e premissas consideradas nos Estudos de Inventrio dos Rios do Peixe, utilizando dados oficiais disponibilizados pela Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL, especificamente: - Estudos de Inventrio Hidreltrico Simplificado do Rio do Peixe Construtora , Barbosa Mello S.A., 2001. Adicionalmente, foi considerada a vazo de captao de 2.500 m3/h, valor correspondente solicitao de outorga, e uma tarifa de energia de R$ 160,00 / MWh.

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A presente avaliao surgiu da preocupao do Comit de Bacia Hidrogrfica do Rio Santo Antnio quanto s possveis interferncias da captao de gua nova sobre o potencial de gerao de energia na bacia do rio do Peixe. O objetivo da avaliao foi definir a quebra de energia firme nas PCHs localizadas a jusante da captao de gua nova do Projeto Minas-Rio. No rio do Peixe, h previso de um conjunto de pequenas centrais hidreltricas - PCH que podero ser impactadas frente subtrao de gua a montante. As PCHs previstas para esse curso de gua so as Santa Rita, Monjolo e Brejaba. A figura 4.41 apresenta um esquema das cascatas contendo o posicionamento relativo das PCHs e tambm o ponto de captao de gua.

FIGURA 4.41 - Localizao das PCHs na bacia do rio do Peixe.

Para a avaliao da possibilidade de impacto da captao sobre as PCHs foram definidos 2 (dois) cenrios: - Cenrio 1: Situao corrente, sem captao de gua nas cascatas, e; - Cenrio 2: Situao com a captao direta de gua no rio do Peixe. O cenrio 1, situao sem captao, corresponde s simulaes realizadas para as mesmas condies constantes nos Estudos de Inventrio que a partir dos quais serviro como referncia para o levantamento dos impactos energticos em funo da captao de gua a montante.

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Assim, os estudos seguiram as mesmas premissas consideradas nos estudos de viabilidade de forma a identificar os impactos inerentes captao. Da mesma forma, os dados considerados foram os mesmos indicados nos estudos de inventrio. A partir dos estudos, os resultados obtidos apontam que a quebra de energia, considerando a captao do rio do Peixe, foi em mdia de 0,419 MW, que corresponde a 1,23 % no potencial de gerao de energia da bacia do rio do Peixe. A permanncia da potncia nominal no tempo para os Cenrios 1 e 2 foram de, respectivamente, 13,73 % e 13,60 %, representando uma quebra de potncia de 0,89 %. A permanncia da potncia gerada em 50 % do tempo para os Cenrios 1 e 2 foram de, respectivamente, 13,31 % e 12,88 %, que corresponde a uma quebra de potncia de 3,22 %. Os resultados obtidos sugerem, portanto, que a captao do rio do Peixe no proporciona interferncias significativas no potencial de gerao de energia na bacia hidrogrfica.

4.1.9 - Hidrogeologia
4.1.9.1 - Caracterizao dos aqferos Jazida Serra de Itapanhoacanga A partir dos dados coletados, das informaes de sondagens e do mapeamento geolgico existente, foi possvel conceber um modelo hidrogeolgico conceitual preliminar para a rea da jazida de Itapanhoacanga. Assim, foi possvel inferir a direo dos fluxos de guas subterrneas, bem como sua recarga, circulao e descarga. Para a definio das unidades hidroestratigrficas foram utilizados dados litolgicos obtidos pelas sondagens realizadas na pesquisa mineral. As litologias descritas nos testemunhos de sondagens so mais variadas do que aquelas que constam no mapa geolgico e por isto foram utilizadas. Foram definidas 5 (cinco) unidades hidroestratigrficas principais, que, da base para o topo, sero descritas a seguir: - Quartzitos mdios a grossos, que constituem uma unidade aqfera de porosidade primria e permeabilidade alta. Esses quartzitos afloram na vertente oeste do Morro da Antena, onde a recarga nessa unidade realizada, e mergulham para leste, com inclinao aproximada de 10. No existem informaes conclusivas sobre sua profundidade na rea de pesquisa, localizada na vertente leste daquele morro. Essa unidade parte da Formao Jacm e sobreposta por xistos verdes (tambm parte integrante da Formao Jacm), que lhe servem de camada confinante. Na poro norte da rea os quartzitos esto ausentes;

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- Xistos verdes (Formao Jacm), de granulao fina, porosidade primria muito baixa e porosidade secundria composta por fraturas e fissuras. Ocorrem nas cotas altas da vertente oeste do Morro da Antena e ao longo de toda a vertente oeste da jazida Norte, com mergulho para leste, entre 10 e 15 aproximadamente. Essa unidade caracteriza-se pela baixa permeabilidade, comportando-se como aqitarde ou mesmo como aqiclude, dependendo da maior ou menor densidade de fraturas, respectivamente. Na jazida Sul, os xistos ocorrem sotopostos aos itabiritos, separando-os dos quartzitos; na jazida norte os xistos ocorrem sotopostos aos itabiritos e sobrepostos a rochas gnissicas; - Unidade ferrfera (Formao Serra do Sapo), composta de itabiritos friveis, itabiritos compactos, lentes de hematita compacta, e finas lentes de quartzito, mergulhando para leste com inclinao entre 8 e 15. Na jazida Sul possui espessura entre 70 e 100 m e, na jazida Norte entre 30 e 60 m. A porosidade primria e a permeabilidade nessa unidade so altas, principalmente nos itabiritos friveis, formando, assim, uma importante unidade aqfera, a exemplo do que ocorre tambm no Quadriltero Ferrfero. Na jazida Sul, essa unidade recebe a recarga em uma extensa rea nas cotas altas da vertente leste do Morro da Antena (geralmente acima da cota 700 m), sendo ento, confinada, por cima, por sericita-xistos de topo e, por baixo, por xistos verdes. Na jazida Norte, a rea de recarga da unidade ferrfera consideravelmente menor, sofrendo, porm, o mesmo confinamento inferior e superior pelos xistos de base e de topo, respectivamente. - Sericita-xisto (xisto de topo), de granulao fina, porosidade primria muito baixa e porosidade secundria composta por fraturas e fissuras. Estas rochas so parte do Complexo Basal. Na jazida Sul, ocorrem nas cotas mais baixas da vertente leste, mergulhando para leste com inclinao aproximada de 10. Na jazida Norte, ocorrem em toda a poro leste da rea, com mergulho para leste de aproximadamente 15. Essa unidade caracteriza-se pela baixa permeabilidade, comportando-se como aqitarde ou como aqiclude, dependendo da maior ou menor densidade de fraturas, respectivamente. Em ambas as jazidas essa unidade serve como camada confinante para a unidade ferrfera sotoposta; e, - Rochas gnissicas (Complexo Basal), de porosidade primria muito baixa e porosidade secundria apenas em fraturas e fissuras. Essa unidade ocorre a partir da vertente noroeste do Morro da Antena em direo norte-noroeste, e sotoposta unidade ferrfera, na jazida Sul, e aos xistos verdes, na jazida Norte. Para efeito de simplificao, j que hidrogeologicamente no importa formalmente em que unidade estratigrfica se encontram as litologias acima descritas, foi adotada a denominao xisto de base todos os xistos que se posicionam na lapa das formaes ferrferas e tm o mesmo comportamento hidrogeolgico. Da mesma forma, foi denominado de xistos de topo as rochas xistosas que se posicionam na capa das formaes ferrferas. Os xistos de topo englobam tanto sericita-xistos como tambm rochas do embasamento intensamente deformadas, as quais apresentam caractersticas hidrogeolgicas semelhantes.

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Como dito anteriormente, as reas de recarga dos principais aqferos do sistema hidrogeolgico de Itapanhoacanga - os quartzitos e itabiritos - correspondem: - Jazida Sul - aos afloramentos de quartzitos que ocorrem na vertente oeste do Morro da Antena, e aos afloramentos da unidade ferrfera, correspondentes aos itabiritos que ocorrem na vertente leste; - Jazida Norte - aos afloramentos da unidade ferrfera. As demais reas de cotas topogrficas elevadas tambm constituem reas de recarga atravs do solo residual, formando, possivelmente, lenis freticos superiores que encontram seus pontos de sada nas nascentes encaixadas em fundos de vales. Os quartzitos e itabiritos formam sistemas aqferos livres nas cotas elevadas, seja por serem aflorantes ou por no possurem camadas que lhes sejam sobrepostas, confinando-as. Porm, devido ao mergulho para leste e presena de camadas confinantes sobrepostas (xisto topo, no caso dos itabiritos; xisto base, no caso dos quartzitos), essas unidades formam, ento, sistemas aqferos confinados, como pode ser visto nas sees da figura 4.42 (jazida Sul) e da figura 4.43 (jazida Norte). Nas regies confinadas desses aqferos, os nveis piezomtricos so ditados, basicamente, pelas cotas do lenol na rea de recarga, que, no caso, so elevadas. A condio de confinamento da gua nos itabiritos foi confirmada no campo atravs do artesianismo verificado nos furos de sondagem SEFDAL36, SEFDAL 43 e SEFDAL 57. FIGURA 4.42 - Seo geolgica E-W passando pela jazida Sul (Fonte VOGBR, 2006).

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FIGURA 4.43 - Seo geolgica E-W passando pela jazida Norte (Fonte VOGBR, 2006).

As reas de descarga desse sistema correspondem, nas reas mais elevadas, s nascentes que ocorrem de maneira disseminada nos fundos de vales e, nas reas mais baixas, pelas drenagens representadas pelos crregos Vermelho, Barbeiro, das Pedras e das Campinas na regio da jazida de Itapanhoacanga. As principais direes do escoamento subsuperficial so mostradas na figura 4.44.

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FIGURA 4.44 - Principais direes do escoamento subsuperficial para a jazida da Serra de Itapanhoacanga (Fonte VOGBR, 2006).

Concluses e recomendaes A exemplo do que acontece nas minas de ferro do Quadriltero Ferrfero, as formaes ferrferas de Itapanhoacanga constituem aqferos com elevado potencial de armazenamento de gua. As futuras cavas das jazidas Sul e Norte podero vir a receber um aporte significativo de guas subterrneas, tanto pelo aumento da rea de recarga da formao ferrfera (quando da abertura das cavas) quanto pela profundidade que as cavas alcanaro, como se pode perceber analisando a figura 4.45.

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FIGURA 4.45 - Vista tridimensional das futuras cavas da jazida da Serra de Itapanhoacanga (Fonte VOGBR, 2006).

A cava Sul, estendendo-se por praticamente toda a vertente leste do Morro da Antena, e alcanando uma profundidade aproximada de 270 m, poder afetar consideravelmente as condies de escoamento subsuperficial nos seus entornos. A proximidade dessa cava com o crrego das Campinas sugere que seja dada ateno s possveis interaes entre o aprofundamento da cava e as vazes naquele crrego. A cava Norte, por sua localizao em cotas mais elevadas e em virtude de suas dimenses mais reduzidas, poder oferecer menor impacto aos recursos hdricos dos seus entornos que aquele oferecido pela cava Sul.

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Dessa forma, os estudos hidrogeolgicos ora em andamento sero aprofundados para que sejam obtidas informaes detalhadas que serviro de subsdio ao dimensionamento do sistema de desaguamento das cavas e para a avaliao dos eventuais impactos da abertura das cavas e subseqente rebaixamento da superfcie fretica nas nascentes e cursos d gua da regio, conforme detalhado no programa de estudos hidrogeolgicos.

Caracterizao dos aqferos Serra do Sapo A caracterizao hidrogeolgica da Serra do Sapo seguiu os mesmos passos que a de Itapanhoacanga, sendo assim possvel conceber um modelo hidrogeolgico conceitual preliminar para a rea da jazida de Itapanhoacanga. Assim, foi possvel inferir a direo dos fluxos de guas subterrneas, bem como sua recarga, circulao e descarga. Na regio de ocorrncia da Serra do Sapo as rochas arqueanas so representadas pelo Complexo Basal, constitudos de gnaisses, migmatitos e mica xistos (Desenho 2 do anexo 1 e figura 4.46). Seguem ento os quartzitos da Formao Jacm, sotopostos pelos filitos da Formao Serra do Sapo que, por sua vez, so sotopostos pelos itabiritos, tambm da Formao Serra do Sapo. A formao ferrfera coberta por uma extensa camada de canga latertica. A extremidade norte da cava prevista para a Serra do Sapo encontra-se na extremidade sul da Formao Itapanhoacanga, que composta por quartzitos bandados. Ainda encontram-se presentes na regio rochas do Supergrupo Espinhao, cujo representante mais expressivo a Unidade Meta-gnea Conceio do Mato Dentro, formada de metariolitos e metariodacitos, situada a oeste da cava. Na figura 4.47 mostrada uma viso tridimensional da geologia de superfcie. Na figura 4.48 mostrada uma seo geolgica representativa da Serra do Sapo, com posicionamento indicado na figura 4.46. Essa seo foi preparada com base na topografia e no mapa geolgico; portanto, as disposies das camadas foram inferidas dos dados de campo e por similaridade com as unidades presentes na cava de Itapanhoacanga, onde j foram efetuados e descritos furos de sondagem. De maneira geral, a formao ferrfera encontra-se disposta numa orientao sul-norte e sudestenoroeste coincidente com a crista da Serra do Sapo, e apresentando um mergulho para leste. Os filitos e quartzitos afloram na vertente oeste e tambm mergulham para leste, sob a formao ferrfera. A vertente leste recoberta principalmente pelas cangas laterticas. As nascentes da vertente oeste ocorrem prximas ao contato entre os quartzitos e filitos; na vertente leste, elas ocorrem prximas ao contato da canga latertica e do Complexo Basal (Figuras 4.46 e 4.47). A posio dessas nascentes reflete as condies hidrogeolgicas presentes na rea.

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Os principais aqferos so representados pelos itabiritos da Formao Serra do Sapo e pelos quartzitos da Formao Jacm, que provavelmente encontram-se separados pela unidade filtica, que atua como um aquitardo ou at mesmo como um aquiclude. Dessa forma, pode-se considerar, preliminarmente, que existem dois aqferos livres na regio: um na vertente leste (sob a canga latertica e possivelmente na formao ferrfera) e um na vertente oeste (na camada de quartzitos). Esse aqfero, quando sotoposto pela camada de filitos, poder assumir caractersticas de confinamento, como indicado na figura 4.48. Na figura 4.49 mostrada as direes aproximadas do escoamento subsuperficial esperado para a regio da Serra do Sapo. Essas direes foram inferidas a partir da topografia e da disposio geolgica descrita acima. Basicamente, a rea de recarga corresponde s cotas mais altas das formaes ferrferas e dos quartzitos, com a descarga ocorrendo a partir das cotas das nascentes. Em virtude da ausncia de piezmetros e de medidores de nvel d gua na regio, no possvel, no momento, estabelecer linhas equipotenciais.

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FIGURA 4.46 - Mapa geolgico da regio mostrando a localizao das nascentes para a jazida da Serra do Sapo (Fonte VOGBR, 2006).

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FIGURA 4.47 - Mapa geolgico* tridimensional da rea da Serra do Sapo (Fonte VOGBR, 2006).

* - Para legenda, vide figura 4.50.

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FIGURA 4.48 - Seo geolgica esquemtica da regio da Serra do Sapo (Fonte VOGBR, 2006).

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FIGURA 4.49 - Direo aproximada do escoamento subsuperficial na rea da Serra do Sapo (Fonte VOGBR, 2006).

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Concluses A exemplo do que ocorre na regio de Itapanhoacanga, a regio da Serra do Sapo demonstra um elevado potencial aqfero, que se reflete na abundncia de nascentes na regio. A futura cava da Serra do Sapo, que se encontra na rea de recarga, provavelmente receber um aporte significativo de guas subterrneas, o que poder demandar sistemas de rebaixamento de nvel d gua. Conseqentemente, aquelas nascentes que se situam dentro ou prximas da cava, principalmente as situadas na vertente leste, devero sofrer impactos decorrentes da lavra, tendo suas vazes reduzidas, ou at mesmo sendo suprimidas dimuindo a vazo de aporte para o rio do Peixe. Em relao a vertente oeste, a diminuio de vazo, caso as nascentes sejam suprimidas da ordem de 5.904 m3/h, valor este correspondente s drenagens que ocorrem na vertente oeste da Serra do Sapo como j mencionado, o que representa uma reduo de 24,5% da vazo do ribeiro Santo Antnio na poro sul desta serra em sua vertente oeste. Assim, os estudos hidrogeolgicos devero ser prosseguidos ao longo da vida til do empreendimento, os quais so descritos com melhor detalhe no programa de estudos hidrogeolgicos. 4.1.9.2 - Inventrio dos pontos d gua Serra de Itapanhoacanga Foi realizado um trabalho de cadastramento, onde foram cadastradas 19 nascentes na rea de influncia do projeto (Quadro 4.37 e Figura 4.50). As nascentes ocorrem, em geral, como surgncias de gua a partir de solo residual areno-siltoso, de cor avermelhada ou de cobertura orgnica. As nascentes de gua, de um modo geral, surgem prximas cota 700 m, podendo variar entre as cotas 648 m e 807 m. A localizao das nascentes, juntamente com um resgate fotogrfico dos seus respectivos locais de surgncia mostrada no desenho 5 do anexo 1. As nascentes na regio apresentam-se de forma difusa, em banhados ou brejos, em fundos de vales recobertos por mata ciliar. Esta caracterstica difusa impossibilitou que se realizassem medidas de vazo junto aos pontos de surgncia. Dessa forma, foram realizadas medies expeditas de vazes a jusante das nascentes e tambm em outros pontos caractersticos da regio, sempre que as condies locais permitissem a realizao do procedimento. O mtodo utilizado foi o de medio de volume com a utilizao de baldes graduados, anotando-se o tempo gasto com um cronmetro. Porm, nos pontos em que a vazo era excessiva a ponto de inviabilizar a utilizao desse mtodo, no foram aferidos os respectivos valores de vazo. Nesses locais, a vazo dever ser determinada posteriormente, atravs de mtodos mais apropriados, seja pela instalao de vertedouros ou do levantamento de sees topobatimtricas. Ao todo, foram cadastrados 19 pontos de vazo na rea de interesse, listados no quadro 4.38 e mostrados na figura 4.50, assim como no desenho 5 do anexo 1.

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QUADRO 4.37 - Nascentes cadastradas na rea de influncia da jazida de Itapanhoacanga (Fonte VOGBR).
Nascente NAS01 NAS02 NAS03 NAS04 NAS05 NAS06 NAS07 NAS08 NAS09 NAS10 NAS11 NAS12 NAS13 NAS14 NAS15 NAS16 NAS17 NAS18 NAS19 Coordenadas UTM (m) Este 666.125 666.975 666.863 667.278 667.619 667.067 666.915 667.106 666.862 666.526 666.356 665.925 666.912 665.504 665.618 665.669 665.654 666.160 666.912 Norte 7.921.300 7.920.415 7.920.557 7.920.691 7.921.139 7.922.002 7.921.050 7.921.662 7.922.726 7.924.575 7.920.312 7.920.348 7.925.619 7.921.955 7.922.048 7.921.432 7.921.587 7.922.779 7.922.474 Cota (m) 807 685 705 680 670 668 710 668 648 693 762 772 687 740 757 765 770 713 675

QUADRO 4.38 - Relao dos pontos onde foram realizadas medies de vazo (Fonte VOGBR, 2006).
Ponto de vazo PV01 PV02 PV03 PV04 PV05 PV06 PV07 PV08 PV09 PV10 PV11 PV12 PV13 PV14 Coordenadas UTM (m) Este 7.920.384 7.921.104 7.922.148 7.921.793 7.921.015 7.922.046 7.921.371 7.923.633 7.925.149 7.923.319 7.922.071 7.921.472 7.923.294 7.922.130 Norte 667.197 667.772 667.190 667.250 667.070 665.424 667.201 666.929 665.317 667.474 665.572 665.594 667.571 667.177 Cota (m) 668 655 652 662 680 720 690 620 625 620 745 756 620 653 Vazo (m/h) 18,0 4,4 8,8 31,2 8,2 2,3 0,46 0,82 1,2 1,8 1,6 Medio a ser realizada posteriorm ente. Furo com artesianism o (SEFDAL 36) Furo com artesianism o (SEFDAL 43) Medio a ser realizada posteriorm ente. Medio a ser realizada posteriorm ente. Observao

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Continuao

Ponto de vazo PV15 PV16 PV17 PV18 PV19

Coordenadas UTM (m) Este 7.922.423 7.922.239 7.919.929 7.920.415 7.920.970 Norte 667.239 667.297 667.234 666.975 667.163

Cota (m) 640 645 650 685 680

Vazo (m/h) 0,72 4,4

Observao Medio a ser realizada posteriorm ente. Medio a ser realizada posteriorm ente. Medio a ser realizada posteriorm ente. Furo com artesianism o (SEFDAL 57)

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FIGURA 4.50 - Localizao de pontos cadastrados. (Fonte VOGBR, 2006).

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Foram realizadas, tambm, medies da profundidade do nvel d gua em furos de sondagem utilizando medidor de nvel d gua eletrnico (quadro 4.39). As leituras foram realizadas em furos que se encontravam completamente desobstrudos; para aqueles furos, que se encontravam parcialmente ou totalmente obstrudos, foram registradas apenas as profundidades das obstrues, sendo que o nvel d gua encontra-se em cota inferior, porm, desconhecida. Cabe ressaltar que no possvel distinguir, de acordo com essas leituras, se o nvel d gua medido corresponde ao nvel d gua do lenol fretico superior ou do nvel piezomtrico do aqfero itabirtico inferior, uma vez que ainda no existem piezmetros instalados nesses furos de sondagem. Assim, caso o nvel piezomtrico no aqfero itabirtico se encontre em cota superior ao lenol fretico superior, o nvel d gua no furo refletir essa maior presso da gua atravs da medida de um nvel d gua mais elevado. Esse o caso por exemplo de trs furos de sondagem nos quais foram observadas condies de artesianismo (quando o nvel piezomtrico encontra-se acima da cota do terreno) SEFDAL36, SEFDAL43 e SEFDAL57 - o que corrobora o exposto acima. No desenho 5 do anexo 1 so mostrados todos os furos visitados, enquanto a figura 4.50 mostra somente os furos nos quais foram feitas leituras do nvel d gua . QUADRO 4.39 - Relao dos furos de sondagem nos quais foram realizadas medies de nvel d gua (Fonte VOGBR, 2006).
Coordenadas Furo de sondagem SEFDAL 07 SEFDAL 08 SEFDAL 10 SEFDAL 11 SEFDAL 12 SEFDAL 13 SEFDAL 19 SEFDAL 20 SEFDAL 25 SEFDAL 27 SEFDAL 28 SEFDAL 31 SEFDAL 36 SEFDAL 37 SEFDAL 41 SEFDAL 43 SEFDAL 44 SEFDAL 45 SEFDAL 46 SEFDAL 48 SEFDAL 52 SEFDAL 53 UTM (m) Este 666.179 666.657 666.543 666.758 666.959 666.560 666.711 666.558 666.911 666.330 667.180 666.718 667.201 666.760 666.360 666.934 666.577 666.329 666.354 666.560 666.691 666.461 Norte 7.922.374 7.922.372 7.922.770 7.920.402 7.920.770 7.920.969 7.921.170 7.924.974 7.921.170 7.924.770 7.920.770 7.921.970 7.921.371 7.922.171 7.921.987 7.923.610 7.924.569 7.924.571 7.922.567 7.924.770 7.922.570 7.925.172 Cota da boca (m) 836 719 730 711 738 774 752 747 726 722 706 739 679 707 822 619 700 720 781 718 718 630 Profundidade do furo (m) 78,00 85,10 47,55 105,50 185,85 85,70 69,65 122,55 100,75 59,65 207,20 104,65 193,85 108,90 112,30 270,50 118,80 272,25 326,80 135,80 94,15 70,60 Profundidad e do NA (m) > 56,7 34,8 > 28,0 > 21,2 > 30,2 > 29,9 > 57,9 > 12,3 36,2 16,7 9,4 36,2 0 19,0 > 81,5 0 1,9 34,3 62,6 16,0 42,5 48,1 PZ nesse furo. PZ nesse furo. Furo obstrudo Artesianism o Artesianism o Furo obstrudo Furo obstrudo Furo obstrudo Furo obstrudo Furo obstrudo Furo obstrudo Observao Furo obstrudo

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Continuao

Coordenadas Furo de sondagem SEFDAL 54 SEFDAL 57 SEFDAL 68 SEFDAL 72 SEFDAL 73 SEFDAL 74 UTM (m) Este 666.881 667.163 666.457 666.457 666.259 666.453 Norte 7.922.569 7.920.970 7.922.270 7.925.066 7.924.673 7.924.875

Cota da boca (m) 695 680 731 729 710 727

Profundidade do furo (m) 97,85 127,15 66,35 68,55 27,70 60,05

Profundidad e do NA (m) 23,3 0 21,0 46,7 27,7 14,1

Observao

Artesianism o

Serra do Sapo/ Serra da-Ferrugem Foram cadastradas 36 nascentes na rea de influncia do Projeto Minas-Rio (Quadro 4.40 e figura 4.51). As nascentes da vertente leste ocorrem entre as cotas 650 m e 825 m, enquanto as da vertente oeste ocorrem entre as cotas 650 m e 925 m. Na mdia, as nascentes situam-se em torno da cota 770 m. Ressalta-se que a identificao das nascentes foi efetuada no final do perodo seco, e que o nmero das nascentes poder ser maior no final do perodo chuvoso, mostrando as diferenas sazonais. QUADRO 4.40 - Nascentes cadastradas na rea de influncia da jazida da Serra do Sapo (Fonte: VOGBR, 2006).
Cdigo da Nascente NAS-01 NAS-02 NAS-03 NAS-04 NAS-05 NAS-06 NAS-07 NAS-08 NAS-09 NAS-10 NAS-11a NAS-11b NAS-12 NAS-13 NAS-14 NAS-15 NAS-16 NAS-17 NAS-18 Coordenadas UTM (m) Este 667.770 667.412 666.902 665.932 665.597 665.561 665.796 665.226 668.787 663.999 663.333 663.333 664.405 665.886 665.929 666.050 665.356 664.910 664.723 Norte 7.902.533 7.903.143 7.904.222 7.905.748 7.906.078 7.906.074 7.906.333 7.907.735 7.902.829 7.913.984 7.913.080 7.913.080 7.913.847 7.907.849 7.908.698 7.910.805 7.911.388 7.908.090 7.908.375 Cota (m) 825 775 800 800 750 750 800 875 725 805 745 745 810 775 750 725 775 775 775 Vazo (m/h) 0,71 0,83 2,34 0,72 1,69 1,26 0,90 0,42 1,50 1,08 1,68 0,84 0,08 1,62 3,35 2,61 0,56 4,46 Mtodo determinao da vazo balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico sem m edio

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Continuao

Cdigo da Nascente NAS-19 NAS-20 NAS-21 NAS-22 NAS-23 NAS-24 NAS-25 NAS-26 NAS-27 NAS-28 NAS-29 NAS-30 NAS-31 NAS-32 NAS-33 NAS-34 NAS-35 NAS-36

Coordenadas UTM (m) Este 664.889 664.942 668.985 667.688 668.203 664.221 667.715 667.825 667.737 667.846 667.101 666.858 666.470 669.821 669.528 669.355 664.529 667.689 Norte 7.909.535 7.911.957 7.899.632 7.899.968 7.903.193 7.899.020 7.903.712 7.904.097 7.904.131 7.904.817 7.906.163 7.906.539 7.907.758 7.903.202 7.902.260 7.901.984 7.898.734 7.898.602

Cota (m) 800 825 825 875 725 670 775 775 800 725 750 750 725 650 700 750 675 925

Vazo (m/h) 0,59 2,88 4,28 1,66 0,17 0,01 0,09 1,73 0,24 1,64 1,83 8,17 0,64 0,36 0,28

Mtodo determinao da vazo m edido no MVS-22 balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico seca Medido no MVS-44 balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico balde volumtrico m edido no MVS-38 balde volumtrico sem m edio seca balde volumtrico balde volumtrico

Algumas das nascentes apresentam suas surgncias em locais de difcil acesso em virtude do relevo acidentado. Dessa forma, nessas nascentes, a medio de vazo foi realizada em local que possibilitasse o acesso e a tomada das vazes. Os pontos de medio de vazo esto listados no quadro 4.41 e so mostrados na figura 4.51. O mtodo utilizado para a determinao das vazes variou conforme as condies encontradas nos locais. Ressalta-se que as medies feitas pelo mtodo do flutuador oferecem apenas uma estimativa da ordem de grandeza das vazes. Ao todo, foram cadastrados 19 pontos de vazo na rea de interesse. QUADRO 4.41 - Relao dos pontos nos quais foram realizadas medies expeditas de vazo (Fonte: VOGBR, 2006).
Ponto de Medio de vazo MVS-01 MVS-02 MVS-03 MVS-04 MVS-05 MVS-07 MVS-08 MVS-09 MVS-10 Coordenadas UTM E 667.311 664.343 664.276 663.562 669.969 668.350 666.855 666.826 668.625 N 7.902.534 7.903.589 7.904.608 7.905.823 7.904.836 7.912.471 7.912.809 7.908.916 7.910.702 Cota (m) 700 640 645 645 625 705 655 685 650 Vazo (m/h) 44,6 514,8 7,9 145,8 399,6 576,0 2.354,4 24,8 70,9 Observao flutuador flutuador balde volumtrico flutuador flutuador flutuador flutuador seo crtica seo crtica

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Continuao

Ponto de Medio de vazo MVS-11 MVS-16 MVS-17 MVS-18 MVS-19 MVS-20 MVS-21 MVS-22 MVS-23 MVS-24 MVS-25 MVS-26 MVS-28 MVS-29 MVS-30 MVS-31 MVS-32 MVS-33 MVS-34 MVS-35 MVS-36 MVS-37 MVS-38 MVS-39 MVS-40 MVS-43 MVS-44 MVS-46

Coordenadas UTM E 666.405 664.531 664.459 664.194 663.354 663.843 663.671 664.864 663.409 662.716 662.637 664.522 670.163 670.350 665.450 665.813 668.187 668.628 664.678 664.068 668.513 667.524 666.610 668.201 668.931 670.220 664.131 667.175 N 7.911.932 7.908.194 7.908.027 7.908.014 7.904.955 7.907.707 7.908.920 7.909.532 7.910.222 7.910.571 7.910.504 7.911.575 7.899.576 7.899.623 7.900.276 7.900.459 7.905.338 7.905.602 7.902.152 7.899.915 7.905.746 7.907.048 7.907.785 7.907.030 7.911.775 7.903.111 7.899.042 7.898.102 Cota (m) 670 710 710 695 640 680 705 780 695 680 680 720 630 625 645 655 645 640 635 635 645 660 710 650 645 650 670 Vazo (m/h) 11,3 2,5 30,3 63,7 11.206,8 0,0 78,8 0,6 175,7 486,0 32,3 33,8 85,0 78,5 339,8 187,9 206,6 20,5 7,2 0,0 3,4 4,8 8,2 48,2 35,8 26,9 0,2 11,3 Observao seo crtica balde volumtrico flutuador flutuador flutuador falta informao flutuador balde volumtrico flutuador flutuador seo crtica flutuador seo crtica seo crtica flutuador flutuador flutuador seo crtica seo crtica falta informao seo crtica seo crtica balde volumtrico flutuador flutuador flutuador balde volumtrico balde volumtrico

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A 4.51 - Localizao de nascentes cadastradas e dos pontos de medio de vazo para a jazida da Serra do Sapo R, 2006).

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4.1.10- Qualidade da gua: fsico-qumica e bacteriolgica


Introduo Este relatrio apresenta a consolidao dos resultados do monitoramento fsicoqumico e bacteriolgico das guas da rea das futuras instalaes da Minerao MMX nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas, nas bacias dos rios Santo Antnio e do Peixe. O objetivo do presente relatrio oferecer um diagnstico da qualidade das guas, para registro das condies ambientais, e para o acompanhamento futuro dos parmetros indicadores da manuteno da qualidade ambiental da regio do empreendimento. Sero abordadas duas campanhas do monitoramento realizadas pela Brandt Meio Ambiente em agosto de 2006 e em maro de 2007. Esto presentes nos itens a seguir as metodologias aplicadas, as normas e legislaes pertinentes e os resultados encontrados. Posteriormente feita uma discusso dos resultados apresentados, bem como consideraes gerais e propostas.

Metodologias Aplicadas Pontos de monitoramento Os pontos de amostragem abrangem a rea de influncia direta das futuras instalaes da Minerao MMX, englobando um total de quarenta e cinco (45) pontos de monitoramento. A seguir so apresentados os pontos de monitoramento da qualidade das guas de acordo com as duas campanhas realizadas 4.1.10.1 - Campanhas de monitoramento realizadas pela Brandt Meio Ambiente nas guas da rea da MMX O monitoramento das guas realizado pela Brandt Meio Ambiente contemplou duas campanhas de amostragem realizadas em corpos de gua na rea da MMX em Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas. A primeira campanha foi realizada no ms de agosto de 2006 e a segunda em maro de 2007. Foram denominadas duas reas, dentro da regio contemplada com o projeto de instalao da futura minerao, quais sejam Serra do Sapo, pertencente ao municpio de Conceio do Mato Dentro e Itapanhoacanga, em Alvorada de Minas. Esta diviso foi feita apenas para facilitar a exposio dos resultados, uma vez que ambas as reas integram a regio destinada ao empreendimento da MMX, foco das anlises aqui apresentadas.

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Embora todos os pontos sejam de guas superficiais, faz-se uma diferenciao no que diz respeito denominao dos mesmos. Alguns foram considerados como superficiais (ASP) e assumem a numerao de ASP01 a ASP30, enquanto outros so considerados nascentes (ASB), captados o mais prximo possvel da surgncia e enumerados de ASB01 a ASB15. Apesar desta diferenciao, a anlise ser a mesma, sendo considerados os mesmos parmetros e os mesmos padres. Os quadros a seguir apresentam a relao dos quarenta e cinco (45) pontos monitorados, respectivos cdigos e coordenadas geogrficas. QUADRO 4.42 - Pontos de monitoramento da qualidade das guas superficiais contemplados nas campanhas de monitoramento realizadas pela Brandt Meio Ambiente em agosto/2006 e maro/2007
Identificao ASP01 ASP02 ASP03 ASP04 ASP05 ASP06 ASP07 ASP08 ASP09 ASP10 ASP11 ASP12 ASP13 ASP14 ASP15 ASP16 ASP17 ASP18 ASP19 ASP20 AS21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30 Natureza da amostra Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Superficial Classe Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 X: Coordenadas UTM aproximadas X: 0670502 X: 0668862 X: 0670982 X: 067250 X: 0669905 X: 0669784 X: 0667686 X: 0669611 X: 0674093 X: 0666986 X: 0668725 X: 0666481 X: 0665190 X: 0663070 X: 0662332 X: 0662781 X: 0661695 0664474 X: 0661695 X: 0785388 X: 0668791 X: 0668123 X: 0667703 X: 0667300 X: 0666101 X: 0665301 X: 0664688 X: 0664943 X: 0665589 X: 0666101 Y: 7900420 Y: 7903713 Y: 7905033 Y: 7905354 Y: 7905941 Y: 7906580 Y: 7910189 Y: 7911903 Y: 7913077 Y: 7912870 Y: 7 913755 Y: 7913452 Y: 7915661 Y: 7910851 Y: 7910411 Y: 7906511 Y: 7906756 Y: 7903519 Y: 7906756 Y: 7720325 Y: 7917912 Y: 7922439 Y: 7923137 Y: 7924705 Y: 7924151 Y: 7925170 Y: 7922624 Y: 7922387 Y: 7919428 Y: 7916612

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QUADRO 4.43 - Pontos de monitoramento da qualidade das nascentes contemplados nas campanhas de monitoramento realizadas pela Brandt Meio Ambiente em agosto/2006 e em maro/2007
Identificao ASB01 ASB02 ASB03 ASB04 ASB05 ASB06 ASB07* ASB08 ASB09 ASB10 ASB11 ASB12 ASB13 ASB14 Natureza da amostra Nascente Nascente Nascente Nascente Nascente Nascente Nascente Nascente Nascente Nascente Nascente Nascente Nascente Nascente Classe Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 Classe 2 X: 668671 X: 0666511 X: 0668625 X: 0664461 X: 665441 X: 0666631 X: 0668112 X: 0666391 Y: 7908115 Y: 7906538 Y: 7900178 Y: 7920603 Y: 7922010 Y: 7924665 Y: 7924439 Y: 7921411 Coordenadas UTM aproximadas X: 0667731 X: 0666647 X: 0664874 X: 0664878 X: 0664901 X: 0667991 Y: 7899185 Y: 7904181 Y: 7908387 Y: 7911830 Y: 7913116 Y: 7904282

ASB15 Nascente *Ficha no apresenta as coordenadas.

Parmetros de Anlise Para cada ponto monitorado, foram feitas analises dos seguintes parmetros: - cor aparente, DBO, pH, leos e graxas totais, slidos sedimentveis, slidos totais dissolvidos, slidos totais em suspenso, slidos totais, turbidez, coliformes fecais, coliformes totais, ferro total, alumnio total, mangans total, chumbo total e mercrio total. Parmetros fsico-qumicos - Mtodos de coleta, preservao e processamento das amostras submetidas a anlise fsico-qumicas A orientao bsica para a execuo das amostragens dos parmetros fsico-qumicos foi feita a partir das diretrizes exigveis pela ABNT previstas nas normas: - NBR 9897 - Planejamento de amostragem de efluentes lquidos e corpos receptores - Procedimento; - NBR 9898 - Preservao e tcnicas de amostragem de efluentes lquidos e corpos receptores - Procedimento. As coletas das amostras de guas foram efetuadas pela submerso subsuperficial de um pote de polietileno, com boca larga, selecionando-se pontos de amostragem representativos, evitando-se a coleta em reas estagnadas, em pontos de remanso ou muito prximos s margens. Todas as amostras foram mantidas sob refrigerao e encaminhadas aos laboratrios analticos.

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As metodologias de preservao e anlises fsico-qumicas seguiram os mtodos analticos presentes no STANDARD METHODS FOR THE ANALYSIS OF WATER AND WASTEWATER, ou mtodos EPA, em sua ltima edio.

Legislao Ambiental Para a caracterizao da qualidade das guas, os parmetros fsico-qumicos e bacteriolgicos so avaliados quanto a sua magnitude de acordo com os padres previstos pela Legislao Estadual em vigor, Deliberao Normativa COPAM n 10/86, bem como pela Legislao Federal em vigor, Resoluo CONAMA n 357/2005. Foram considerados os padres mais restritivos definidos pela legislao ambiental supracitada. Em relao aos corpos de gua avaliados no presente estudo, todos os pontos amostrados pertencem a uma regio da bacia hidrogrfica do rio Doce que ainda no foi contemplada com o Enquadramento, que define padres de qualidade de acordo com a classe respectiva. Sendo assim, todos os pontos abordados so enquadrados como Classe 2, conforme inciso C do Artigo 11 da Deliberao Normativa do Conselho Estadual de Poltica Ambiental (COPAM) n 10, datada de 16 de dezembro de 1986. Considerando-se os pontos tratados como nascentes conforme mencionado , anteriormente, estes se tratam de guas superficiais em proximidade a surgncias. Por este motivo, a ttulo de comparao com a legislao ambiental, os resultados obtidos tambm sero comparados aos padres definidos para guas superficiais de Classe 2. 4.1.10.2 - Resultados e Discusso Este item apresenta os resultados obtidos com o monitoramento das guas da rea de MMX, nas regies denominadas Serra do Sapo e Itapanhoacanga, o qual foi realizado pela Brandt Meio Ambiente. Os resultados obtidos encontram-se apresentados no quadro 4.44 a seguir. Os Certificados Analticos so apresentados no anexo 6. Conforme mencionado anteriormente, a rea monitorada foi contemplada com quarenta e cinco (45) pontos. A coleta no foi realizada em funo da falta de gua nos pontos ASP18, ASB07 e ASB11 na campanha de agosto/2006. A avaliao considera os resultados obtidos nas duas campanhas separadamente por rea, para pontos superficiais e nascentes, proporcionando assim uma anlise mais especfica dos resultados obtidos, conforme apresentado a seguir. Posteriormente a esta avaliao especfica por ponto de amostragem, realizada uma nova avaliao integrada e conjunta de todos os pontos amostrados. Os resultados obtidos sero comparados aos padres ambientais estabelecidos pela legislao federal, atravs da Deliberao Normativa COPAM n 10/86 e Resoluo CONAMA n 357/05 (parmetros mais restritivos), para os quais sero feitas as consideraes pertinentes.

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QUADRO 4.44 - Resultados do monitoramento de qualidade das guas realizados em agosto de 2006
Parmetros Unidade Padro CONAMA 357/05 Classe 2 pH (Laboratrio) Cor Aparente Turbidez Slidos Sedim entveis Slidos em Suspenso Slidos Dissolvidos Totais Dem anda Bioqumica de Oxignio (DBO5) leos e Graxas Alumnio Total Ferro Total Mangans Total Chumbo Total Mercrio Total NMP de Coliformes Totais NMP de Coliformes Term otolerantes (Fecais) uH(mgPtCo/L) NTU ml/L mg/L mg/L m g/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L UFC/100m L UFC/100m L 6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1 0,01 0,0002 1 x 103 Padro COPAM 10/86 Classe 2 6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1 0,1 0,01 0,0002 1 x 103 Ponto ASP01 ago/06 7,00 15 1,6 <1,0 <10 16 10,6 <10,0 <0,05 <0,05 <0,02 0,02 <0,0002 mar/07 6,11 50 10,4 <0,5 <0,5 36 0,7 <0,3 0,16 1,54 0,05 <0,01 <0,0002 Ponto ASP02 ago/06 7,30 25 4,2 <1,0 <10 <10 <3,0 <10,0 <0,05 0,57 <0,02 <0,01 <0,0002 <1 <1 mar/07 6,30 20 11,8 <0,5 4,0 30 0,9 <0,3 0,26 0,67 0,05 <0,01 <0,0002 0,62 x 103 0,17 x 103

Ponto ago/06 6,80 30 10,7 <1,0 <10 44 6,5 <10,0 0,14 1,43 0,05 <0,01 <0,0002 <1 <1

5,0 x 103 0,62 x 103 0,012 x 103 0,17 x 103

Continuao

Parmetros

Unidade

Padro CONAMA 357/05 Classe 2 6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes -

Padro COPAM 10/86 Classe 2 6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1

Ponto ASP09 ago/06 7,20 40 8,4 <1,0 <10 26 7,3 <10,0 <0,05 mar/07 6,92 40 10,1 <0,5 1,5 34 0,4 <0,3 0,21

Ponto ASP10 ago/06 6,10 30 4,1 <1,0 <10 38 28,5 <10,0 <0,05 mar/07 5,83 30 7,6 <0,5 1,0 29 0,8 <0,3 0,47 <1,0

ago/06 6,00

pH (Laboratrio) Cor Aparente Turbidez Slidos Sedim entveis Slidos em Suspenso Slidos Dissolvidos Totais Dem anda Bioqumica de Oxignio (DBO5) leos e Graxas Alumnio Total

uH(mgPtCo/L) NTU ml/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L

<10,0

<0,05

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Continuao

Parmetros

Unidade

Padro CONAMA 357/05 Classe 2 0,1 0,01 0,0002 1 x 103

Padro COPAM 10/86 Classe 2 0,1 0,01 0,0002 1 x 103

Ponto ASP09 ago/06 0,96 <0,02 <0,01 <0,0002 1 x 103 <1 mar/07 0,95 <0,05 <0,01 <0,0002 2,5 x 103 8,0 x 102

Ponto ASP10 ago/06 0,68 <0,02 <0,01 <0,0002 4,5 x 103 0,052 x 103 mar/07 0,33 <0,05 <0,01 <0,0002 5,0 x 102 5,6 x 10

ago/06 0,68

Ferro Total Mangans Total Chumbo Total Mercrio Total NMP de Coliformes Totais NMP de Coliformes Term otolerantes (Fecais)

mg/L mg/L mg/L mg/L UFC/100m L UFC/100m L

<0,02

<0,01

<0,000

Continuao

Parmetros

Unidade

Padro CONAMA 357/05 Classe 2 6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1 0,01 0,0002 1 x 10
3

Padro COPAM 10/86 Classe 2 6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1 0,1 0,01 0,0002 1 x 10
3

Ponto ASP17 ago/06 6,50 20 6,5 <1,0 <10 40 <3,0 <10,0 <0,05 0,09 <0,02 <0,01 <0,0002 0,046 x 3 10 <1 mar/07 6,12 30 7,9 <0,5 2,0 29 0,6 <0,3 0,12 0,54 <0,05 <0,01 <0,0002 1,0 x 10
3

Ponto ASP18 ago/06 mar/07 6,58 30 5,4 <0,5 1,5 10,0 1,3 <0,3 0,10 0,59 0,07 <0,01 <0,0002 6,4 x 10 6,2 x 10
2

ago/06 7,01

pH (Laboratrio) Cor Aparente Turbidez Slidos Sedim entveis Slidos em Suspenso Slidos Dissolvidos Totais Dem anda Bioqumica de Oxignio (DBO5) leos e Graxas Alumnio Total Ferro Total Mangans Total Chumbo Total Mercrio Total NMP de Coliformes Totais NMP de Coliformes Term otolerantes (Fecais)

uH(mgPtCo/L) NTU ml/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L UFC/100m L UFC/100m L

<1,0 <10

<10,0 0,11 0,90

<0,02

<0,01 0,062

<0,000

6,0 x 10

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EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAM

Continuao

Parmetros

Unidade

Padro CONAMA 357/05 Classe 2

Padro COPAM 10/86 Classe 2

Ponto ASP25 ago/06 mar/07 6,02 40 11,5 <0,5 <0,5 29 1,1 <0,3 0,17 1,28 <0,05 <0,01 <0,0002
3 3

ago/06 7,03

pH (Laboratrio) Cor Aparente Turbidez Slidos Sedimentveis Slidos em Suspenso Slidos Dissolvidos Totais Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO5) leos e Graxas Alumnio Total Ferro Total Mangans Total Chumbo Total Mercrio Total NMP de Coliformes Totais NMP de Coliformes Termotolerantes (Fecais)

uH(mgPtCo/L) NTU ml/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L UFC/100mL UFC/100mL

6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1 0,01 0,0002 1 x 10


3

6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1 0,1 0,01 0,0002 1 x 10
3

6,95 45 4,4 <1,0 <10 534 38,7 <10,0 0,08 1,19 0,03 <0,01 <0,0002 0,03 x 10

4,3 <1,0 <10

7,7 <10,0 0,06 0,94 <0,02 <0,01

<0,0002

1,8 x 10

0,002 x 1

0,02 x 10

9,0 x 10

0,004 x 1

Continuao

Parmetros

Unidade

Padro CONAMA 357/05 Classe 2

Padro COPAM 10/86 Classe 2

Ponto ASB01 ago/06 mar/07 5,86 20 15,8 <0,5 10,0 34 0,9 <0,3 1,59 1,84 <0,05 <0,01 <0,0002 5,4 x 103 5,4 x 103

Ponto ASB02 ago/06 6,10 10 3,6 <1,0 <10 34 4,9 <10,0 0,18 1,23 0,03 <0,01 <0,0002 0,006 x 103 0,002 x 103 mar/07 6,61 10 0,9 <0,5 <0,5 84 0,3 <0,3 <0,05 0,05 <0,05 <0,01 <0,0002 2,4 x 102 <3,0 <1,0

ago/06 4,20

pH (Laboratrio) Cor Aparente Turbidez Slidos Sedimentveis Slidos em Suspenso Slidos Dissolvidos Totais Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO5) leos e Graxas Alumnio Total Ferro Total Mangans Total Chumbo Total Mercrio Total NMP de Coliformes Totais NMP de Coliformes Termotolerantes (Fecais)

uH(mgPtCo/L) NTU ml/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L UFC/100mL

6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1 0,01 0,0002 1 x 103

6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1 0,1 0,01 0,0002 1 x 103

6,70 15 4,0 <1,0 <10 32 <3,0 <10,0 0,09 0,34 <0,02 <0,01 <0,0002 0,002 x 103

<10,0

<0,05 0,26

<0,02

<0,01

<0,000

0,046 x 1

UFC/100mL

<1

7,0

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Continuao

Parmetros

Unidade

Padro CONAMA 357/05 Classe 2

Padro COPAM 10/86 Classe 2 6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1 0,1 0,01 0,0002 1 x 103

Ponto ASB09 ago/06 5,00 10 0,5 <1,0 <10 20 <3,0 <10,0 <0,05 0,19 <0,02 <0,01 <0,0002 2,4 x 102 4,8 x 10 mar/07 5,51 20 <0,1 <0,5 <0,5 12 0,3 <0,3 0,09 2,33 <0,05 <0,01 <0,0002 <1 <1

Ponto ASB10 ago/06 6,86 15 37,2 <1,0 28 38 <3,0 <10,0 0,12 0,53 1,04 <0,01 <0,0002 0,15 x 103 <1

mar/0

pH (Laboratrio) Cor Aparente Turbidez Slidos Sedimentveis Slidos em Suspenso Slidos Dissolvidos Totais Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO5) leos e Graxas Alumnio Total Ferro Total Mangans Total Chumbo Total Mercrio Total NMP de Coliformes Totais NMP de Coliformes Termotolerantes (Fecais)

uH(mgPtCo/L) NTU ml/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L mg/L UFC/100mL UFC/100mL

6,0 a 9,0 100 500 5 Virtualmente ausentes 0,1 0,01 0,0002 1 x 103

<0,00

4,4 x 1 3,4 x

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4.1.10.3 - Avaliao da qualidade das guas da regio da Serra do Sapo - Pontos Superficiais Os pontos superficiais amostrados na regio da Serra do Sapo incluem aqueles denominados de ASP01 a ASP020. No foi realizada amostragem no ponto ASP018 na campanha de agosto/2006. Considerando-se o parmetro pH, os valores obtidos em laboratrio apresentaram-se com poucas variaes. Os valores encontrados permaneceram entre 6,00 (ASP11, agosto/2006) e 7,80 (ASP14, agosto/2006), dentro do padro estipulado pela legislao ambiental, com exceo dos pontos ASP10 e ASP19 na campanha de maro/2007, que apresentaram um valor levemente cido (5,83). Todos os resultados de slidos totais dissolvidos apresentaram-se em conformidade em relao ao padro ambiental de 500 mg/L, onde o valor mximo registrado foi de 89 mg/L para a estao ASP20 (agosto/2006). Em relao aos slidos totais em suspenso, estes apresentaram valores menores do que 10mg/L em 90% das amostragens realizadas. Os maiores valores encontrados equivalem a 12 mg/L (ASP06, agosto/2006) e a 23 mg/L (ASP04, maro/2006). Considerando-se os slidos sedimentveis, os resultados foram mnimos, permanecendo menores do que 1mg/L para as anlises de agosto de 2006 e menores do que 0,5 para as anlises de maro/2007. Os valores de slidos totais, acompanhando a mesma tendncia dos slidos dissolvidos, apresentaram-se entre os valores mnimos <10,0 mg/L (ASP02, agosto/2006) e o valor mximo encontrado de 89 mg/L (ASP20, agosto/2006). A turbidez, em funo dos baixos teores de slidos presentes nas guas avaliadas, apresentou-se discreta, em conformidade com o padro ambiental de 100 NTU. O maior valor registrado foi 54,7 (ASP15, maro/2007). A cor da gua pode ser considerada conseqncia das substncias dissolvidas, sendo originada de forma natural, da decomposio de matria orgnica, principalmente vegetais, bem como de metais como ferro e mangans. O parmetro cor influenciado por matrias slidas em suspenso (turbidez), que devem ser eliminadas antes da medida (cor real). Entretanto, deve ser observado que para guas relativamente lmpidas, a determinao da cor pode ser feita sem preocupao com a turbidez, sendo neste caso, a cor obtida denominada cor aparente. Neste monitoramento foi analisada a cor aparente em funo de os corpos de gua amostrados apresentarem baixas concentraes de matrias slidas em suspenso, conforme observado nos resultados aqui apresentados. O parmetro cor apresentouse homogneo, variando de 10 mg Pt/L (ASP14, agosto/2006) a um valor mximo de 80 mg Pt/L (ASP15, maro/2007). Com relao legislao ambiental vigente, esta define um padro para o parmetro cor real (75 mg Pt/L) - medio aps filtragem especial de material em suspenso, e no para cor aparente. Considerando-se, como referncia o padro definido para cor real, os resultados obtidos referentes cor aparente encontraram-se em conformidade ao padro, com um nico valor pouco acima deste em ASP15 (maro/2007), porm sem relevncia.

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Em relao Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), os resultados obtidos na primeira campanha, para a maioria dos pontos considerados (68,4%), apresentaramse superiores ao limite de 5 mg O2/L, sendo que no ponto ASP07, o resultado encontrado foi 42,3 mgO2/L. A amostragem realizada em maro/2007 no apresentou nenhum valor em desconformidade com os padres legais, com variaes entre 0,3 (ASP03) e 1,9 mgO2/L (ASP15), fato que pode ser explicado pelo efeito de mistura e de movimentao que a chuva provoca, ocasionando a oxigenao das guas de um rio. A figura 4.52 a seguir apresenta a evoluo das concentraes da Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO) nos pontos amostrados. FIGURA 4.52 - Variao da concentrao de DBO nas guas superficiais da Serra do Sapo
50

DBO (mgO2/L)

40 30 20 10 0

ASP01

ASP02

ASP03

ASP04

ASP05

ASP06

ASP07

ASP08

ASP09

ASP10

ASP11

ASP12

ASP13

ASP14

ASP15

ASP16

ASP17

ASP18

ASP19

Pontos ago/06 mar/07 Padro Ambiental

Para o parmetro leos e graxas totais, a legislao estabelece como padro de qualidade de gua para leos e graxas somente sua ausncia virtual, sem determinar valores propriamente ditos. Desta forma, est sendo considerado, neste relatrio, que qualquer valor detectado pelo mtodo de anlise implica que a concentrao de leos e graxas est fora desta qualificao, mesmo que estes valores no estejam elevados. Considerando-se os resultados, com exceo de ASP05 em agosto/2006 (14 mg/L), todos os pontos de monitoramento abordados apresentaram valores menores que o mtodo de quantificao, em ambas as campanhas. O valor elevado em ASP05 pode estar associado com algum despejo de origem industrial. A concentrao de alumnio total variou entre valores menores do que o limite de deteco de 0,05 mg/L em nove dos pontos amostrados (agosto/2006) ao valor mximo de 2,15 mg/L no ponto ASP15 (maro/2007). A legislao delimita o valor padro de 0,1 mg/L para alumnio total, embora sua presena possa ser atribuda prpria geologia da regio que est inserida na cadeia da Serra Espinhao. Como acontece com os metais constituintes do solo, a presena do alumnio potencializada no perodo chuvoso, em funo do seu carreamento para o leito do rio. A figura 4.53 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de alumnio total nos pontos amostrados.

396

ASP20

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FIGURA 4.53 - Variao da concentrao de alumnio total nas guas superficiais da Serra do Sapo
Alumnio Total (mg/L Al)
2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00

ASP01

ASP02

ASP03

ASP04

ASP05

ASP06

ASP07

ASP08

ASP09

ASP10

ASP11

ASP12

ASP13

ASP14

ASP15

ASP16

ASP17

ASP18

ASP19
ASP19

Pontos ago/06 m ar/07 Padro Ambiental

A legislao no delimita uma concentrao padro para o ferro total, porm determina 0,3 mg/L para a concentrao ideal de ferro dissolvido. Tomando-se como referncia este valor, os resultados apresentaram-se relativamente elevados, tendo sido verificadas as maiores concentraes de 1,43 e de 1,94 mg/L Fe nos pontos ASP03 e ASP04, respectivamente, na campanha de agosto/2006. Na amostragem realizada em maro/2007, os valores apresentaram-se mais elevados, com destaque para o ponto ASP08 (3,18 mg/L). O ferro um metal tpico da constituio do solo da regio avaliada, sendo sua presena naturalmente associada s caractersticas geolgicas. O perodo chuvoso, bem como o mau uso do solo contribui para a disponibilizao deste metal para os corpos de gua. A figura 4.54 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de ferro total nos pontos amostrados. FIGURA 4.54 - Variao da concentrao de ferro total nas guas superficiais da Serra do Sapo
Ferro Total (mg/L Fe)
3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00

ASP01

ASP02

ASP03

ASP04

ASP05

ASP06

ASP07

ASP08

ASP09

ASP10

ASP11

ASP12

ASP13

ASP14

ASP15

ASP16

ASP17

ASP18

Pontos ago/06 mar/07

397

ASP20

ASP20

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Em relao ao mangans total, todos os pontos amostrados apresentaram-se em conformidade com o padro ambiental fixado em 0,1 mg/L. Os resultados variam entre 0,02 para 74% dos pontos amostrados em agosto/2006 e o valor mximo de 0,07 < mg/L Mn para ASP18 em maro/2007. As anlises de chumbo total apresentaram-se inferiores ao limite legal e de quantificao de 0,01 mg/L, com exceo de ASP01 (agosto/2006), cujo resultado registrado foi 0,02 mg/L Pb. A figura 4.55 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de chumbo total nos pontos amostrados. FIGURA 4.55 - Variao da concentrao de chumbo total nas guas superficiais da Serra do Sapo
0,03

Chumbo (mg /L Pb)

0,02 0,01 0

ASP01

ASP02

ASP03

ASP04

ASP05

ASP06

ASP07

ASP08

ASP09

ASP10

ASP11

ASP12

ASP13

ASP14

ASP15

ASP16

ASP17

ASP18

ASP19

Pontos ago/06 mar/07 Padro Ambiental

Em relao ao parmetro mercrio total, todos os resultados obtidos, em todos os pontos amostrados, apresentaram-se inferiores ao limite definido pela legislao de 0,2 mg/L. Considerando-se as anlises bacteriolgicas dos coliformes fecais e coliformes totais, ressalta-se que no foi registrada nenhuma violao em relao ao padro de 1000 e 5000 UFC/100ml definidos pela legislao ambiental nas duas campanhas realizadas. Ressaltamos que alguns pontos esto localizados em um mesmo corpo de gua ou em afluentes que contribuem para um curso d gua maior. Destacamos a seguir os pontos localizados seqencialmente na rea da Serra do Sapo, com as devidas consideraes:

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ASP20

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Grupo 1: Pontos ASP02, ASP03, ASP04, ASP05, e ASP06 ASP02 e ASP03 esto num mesmo corpo de gua, assim como ASP05 e ASP06. ASP04 localizado aps a confluncia destes pontos, recebendo, portanto o somatrio da contribuio destes tributrios, principalmente em relao aos valores de demanda bioqumica de oxignio (DBO) na primeira campanha e de ferro e alumnio total em ambas as campanhas.

Grupo 2: Pontos ASP07, ASP08, ASP09, ASP10, ASP11 e ASP12 ASP07 e ASP08 esto num mesmo corpo de gua, assim como ASP10 e ASP11. ASP09 localizado aps a confluncia destes pontos, recebendo, portanto o somatrio da contribuio destes tributrios acrescidos de ASP12, principalmente em relao aos valores da demanda bioqumica de oxignio (DBO) na primeira amostragem, de alumnio na segunda e de ferro total nas duas amostragens.

Grupo 3: Pontos ASP14 e ASP15 ASP14 e ASP15 esto num mesmo corpo de gua. Foi detectada apenas uma violao em ASP14, onde a demanda bioqumica de oxignio apresentou o valor de 16,3 mg/L em agosto/2006. Em maro/2007, perodo que corresponde as chuvas, foram detectados valores elevados de ferro total em ASP14 e de ferro e alumnio total em ASP15. Convm destacar que, os metais ferro e alumnio so constituintes tpicos do solo desta regio, e que a presena dos mesmos na gua est associada aos processos erosivos e ao carreamento proporcionado pelas chuvas.

Grupo 4: Pontos ASP19 e ASP20 ASP19 e ASP20 esto num mesmo corpo de gua. Os valores encontrados para os dois pontos permaneceram dentro dos limites legais na amostragem realizada em agosto/2006. Em maro/2007, entretanto, foram detectados valores elevados de ferro total nos dois pontos e violaes de alumnio total em ASP19. 4.1.10.4 - Avaliao da qualidade das guas da regio da Serra do SapoFerrugem - Pontos de Nascentes Os pontos de nascentes amostrados na regio da Serra do Sapo incluem aqueles denominados de ASB01 a ASB010. No foi realizada amostragem no ponto ASB07 na campanha de agosto/2006. Considerando-se o parmetro pH, cerca de 40% dos valores obtidos em laboratrio apresentaram-se mais prximos da faixa cida, com destaque para ASB03 (agosto/2006), cujo registro foi de 4.20. A figura 4.56 a seguir apresenta a evoluo do pH nos pontos amostrados.

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FIGURA 4.56 - Variao do pH nas nascentes da Serra do Sapo-Ferrugem


12 9

pH

6 3 0

ASB01

ASB02

ASB03

ASB04

ASB05

ASB06

ASB07

ASB08

ASB09

Pontos ago/06 mar/07 Limite mnimo Lim ite mximo

Todos os resultados de slidos totais dissolvidos apresentaram-se em conformidade em relao ao padro ambiental de 500 mg/L, onde o valor mximo registrado foi de 84 mg/L para a estao ASB02 (maro/2007). Em relao aos slidos totais em suspenso, a maioria dos valores se apresentou abaixo do limite de quantificao da metodologia utilizada nas duas campanhas. O maior valor encontrado, equivalente a 13 mg/L, foi em ASB08 (agosto/2006). Considerando-se os slidos sedimentveis, todos os resultados permaneceram menores do que 1mg/L e 0,5 mg/L para as amostragens realizadas em agosto /2006 e em maro/2007, respectivamente. Os valores de slidos totais, acompanhando a mesma tendncia dos slidos dissolvidos, apresentaram-se entre os valores mnimos de 4 mg/L (ASB07, maro/ 2007) e o valor mximo encontrado de 84 mg/L (ASB02, maro/2007). A turbidez, em funo dos baixos teores de slidos presentes nas guas avaliadas, apresentou-se discreta, em conformidade com o padro ambiental de 100 NTU. O maior valor registrado foi em ASB10 (37,02) na campanha de agosto/2006. A cor da gua pode ser considerada conseqncia das substncias dissolvidas, sendo originada de forma natural, da decomposio de matria orgnica, principalmente vegetais, bem como de metais como ferro e mangans. O parmetro cor influenciado por matrias slidas em suspenso (turbidez), que devem ser eliminadas antes da medida (cor real). Entretanto, deve ser observado que para guas relativamente lmpidas, a determinao da cor pode ser feita sem preocupao com a turbidez, sendo neste caso, a cor obtida denominada cor aparente. Nesta campanha de monitoramento foi analisada a cor aparente em funo de os corpos de gua amostrados apresentarem baixas concentraes de matrias slidas em suspenso, conforme observado nos resultados aqui apresentados. O parmetro cor variou de 5 mg Pt/L (nos pontos ASB04 e ASB05 em agosto/2006 e em ASB04 em maro/2007) a um valor mximo de 50 mg Pt/L (ASB08, agosto/2006). Com relao legislao ambiental vigente, esta define um padro para o parmetro cor real (75 mg Pt/L) medio aps filtragem especial de material em suspenso, e no para cor aparente. Considerando-se, como referncia, o padro definido para cor real, os resultados obtidos referentes cor aparente encontraram-se em conformidade ao padro.

400

ASB10

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Em relao Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), os resultados obtidos para todos os pontos, apresentaram-se inferiores ao limite de 5 mg O2/L, sendo que em 84% de todas as amostragens realizadas o resultado encontrado foi inferior 3 mg O2/L. Para o parmetro leos e graxas totais, a legislao estabelece como padro de qualidade de gua para leos e graxas somente sua ausncia virtual, sem determinar valores propriamente ditos. Considerando-se os resultados, todos os pontos de monitoramento abordados apresentaram valores menores que o mtodo de quantificao. A concentrao de alumnio total variou entre valores menores do que o limite de deteco de 0,05 mg/L a valores de 0,72 (ASB08, agosto/2006) e de 1,59 mg/L (ASB01, maro/2007). A legislao delimita o valor padro de 0,1 mg/L para o alumnio total. A figura 4.57 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de alumnio total nos pontos amostrados. FIGURA 4.57 - Variao da concentrao de alumnio total nas nascentes da Serra do Sapo
Alumnio Tot. (mg/L Al)
2,00 1,60 1,20 0,80 0,40 0,00

ASB01

ASB02

ASB03

ASB04

ASB05

ASB06

ASB07

ASB08

ASB09

Pontos ago/06 mar/07

A legislao no delimita uma concentrao padro para o ferro total, porm determina 0,3 mg/L para a concentrao ideal de ferro dissolvido. Tomando-se como referncia este valor, os resultados apresentaram-se relativamente elevados, tendo sido verificadas as maiores concentraes de 2,34 e de 2,33 mg/L Fe nos pontos ASP08 (agosto/2006) e ASP09 (maro/2007), respectivamente. O ferro um metal tpico da constituio do solo da regio avaliada, sendo sua presena naturalmente associada s caractersticas geolgicas. A figura 4.58 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de ferro total nos pontos amostrados.

401

ASB10

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FIGURA 4.58 - Variao da concentrao de ferro total nas nascentes da Serra do Sapo
Ferro Total (mg/L Fe)

3,00 2,00 1,00 0,00

ASB01

ASB02

ASB03

ASB04

ASB05

ASB06

ASB07

ASB08

ASB09

Pontos ago/06 mar/07

Em relao ao mangans total, todos os pontos amostrados apresentaram-se em conformidade com o padro ambiental fixado em 0,1 mg/L, com exceo do ponto ASB10 (agosto/2006), cujo registro foi de 1,04 mg/L Mn. A figura 4.59 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de mangans total nos pontos amostrados. FIGURA 4.59 - Variao da concentrao de mangans total nas nascentes da Serra do Sapo
1,20

Mangans Total (mg/L Mn)

0,90 0,60 0,30 0,00

ASB01

ASB02

ASB03

ASB04

ASB05

ASB06

ASB07

ASB08

ASB09

Pontos ago/06 mar/07 Padro Ambiental

As anlises de chumbo total apresentaram-se inferiores ao limite de quantificao de 0,01 mg/L, com exceo de ASP06 (agosto/2006), cujo resultado registrado foi 0,05 mg/L Pb. A figura 4.60 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de chumbo total nos pontos amostrados.

402

ASB10

ASB10

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FIGURA 4.60 - Variao da concentrao de chumbo total nas nascentes da Serra do Sapo
0,06

Chumbo Total (mg/L Pb)

0,05 0,04 0,03 0,02 0,01 0,00

ASB01

ASB02

ASB03

ASB04

ASB05

ASB06

ASB07

ASB08

ASB09

Pontos ago/06 mar/07 Padro Ambiental

Em relao ao parmetro mercrio total, todos os resultados obtidos, em todos os pontos amostrados, apresentaram-se inferiores ao limite de quantificao analtica empregado. Considerando-se as anlises bacteriolgicas dos coliformes fecais e coliformes totais, ressalta-se que no foi registrada nenhuma violao em relao ao padro de 1000 e 5000 UFC/100ml definidos pela legislao ambiental vigente, com exceo do ponto ASB01 (maro/2007). Por ser uma regio onde a pecuria desenvolvida, o perodo chuvoso pode ter contribudo para o carreamento dos coliformes do solo para o leito do rio. 4.1.10.5 - Avaliao da qualidade das guas da regio de Itapanhoacanga Pontos Superficiais Os pontos superficiais amostrados na regio de Itapanhoacanga incluem aqueles denominados de ASP21 a ASP030. Considerando-se o parmetro pH, alguns valores obtidos em laboratrio apresentaram-se apresentaram mais prximos da faixa cida, refletindo as prprias caractersticas do solo e da vegetao, com destaque para ASB27 (agosto/2006), cujo registro foi de 3.95. A figura 4.61 a seguir apresenta a evoluo do pH nos pontos amostrados.

403

ASB10

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FIGURA 4.61 - Variao do pH nas guas superficiais de Itapanhoacanga


12 9

pH

6 3 0

ASP21

ASP22

ASP23

ASP24

ASP25

ASP26

ASP27

ASP28

ASP29

Pontos ago/06 mar/07 Lim ite mnimo Limite mximo

Todos os resultados de slidos totais dissolvidos apresentaram-se em conformidade ao padro definido pela legislao ambiental vigente, com exceo de ASP25 (agosto/2006). O valor registrado foi de 534 mg/L, pouco acima do limite estipulado em 500 mg/L. A figura 4.62 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de slidos totais dissolvidos nos pontos amostrados. FIGURA 4.62 - Variao da concentrao dos slidos totais dissolvidos nas guas superficiais de Itapanhoacanga
Sl. Tot. Dissolvidos (mg/L)
600,00 500,00 400,00 300,00 200,00 100,00 0,00

ASP21

ASP22

ASP23

ASP24

ASP25

ASP26

ASP27

ASP28

ASP29

Pontos ago/06 m ar/07 Padro Ambiental

Em relao aos slidos totais em suspenso e aos slidos sedimentveis, todos os resultados se apresentaram bem discretos, prximos ao limite de deteco dos mtodos utilizados. A turbidez apresentou-se discreta, em conformidade com o padro ambiental de 100 NTU. O maior valor registrado foi de 15,8 em ASP23 (maro/2007).

404

ASP30

ASP30

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A cor da gua pode ser considerada conseqncia das substncias dissolvidas, sendo originada de forma natural, da decomposio de matria orgnica, principalmente vegetais, bem como de metais como ferro e mangans. O parmetro cor influenciado por matrias slidas em suspenso (turbidez), que devem ser eliminadas antes da medida (cor real). Entretanto, deve ser observado que para guas relativamente lmpidas, a determinao da cor pode ser feita sem preocupao com a turbidez, sendo neste caso, a cor obtida denominada cor aparente. Nesta campanha de monitoramento foi analisada a cor aparente em funo de os corpos de gua amostrados apresentarem baixas concentraes de matrias slidas em suspenso, conforme observado nos resultados aqui apresentados. O parmetro cor variou de 10 mg Pt/L (ASP24, maro/2007) a um valor mximo de 80 mg Pt/L (ASP22, maro/2007). Com relao legislao ambiental vigente, esta define um padro para o parmetro cor real (75 mg Pt/L) - medio aps filtragem especial de material em suspenso, e no para cor aparente. Considerando-se, como referncia, o padro definido para cor real, os resultados obtidos referentes cor aparente encontraram-se em conformidade ao padro, com a exceo de ASP22 na campanha de maro/2007. Em relao Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), os resultados obtidos para oito dos dez pontos avaliados na primeira campanha apresentaram-se superiores ao limite de 5 mg O2/L. Os maiores registros foram 38,7 e 38 mg/ L O2 em ASP25 e ASP29, respectivamente. Por outro lado, as amostragens realizadas na segunda campanha permaneceram dentro do limite estabelecido, variando entre o valor mnimo de <0,1 (ASP23) e mximo de 1,7 mg/L O2 (ASP27). Pelo fato da segunda campanha ter sido realizada no perodo das chuvas, a diferena entre os valores de DBO entre as duas campanhas provavelmente se deve ao efeito de mistura e de movimentao que a chuva provoca em um corpo de gua. A figura 4.63 a seguir apresenta a evoluo das concentraes da Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO) nos pontos amostrados. FIGURA 4.63 - Variao da concentrao de DBO nas guas superficiais de Itapanhoacanga
40,00

DBO (mg/L O2)

30,00 20,00 10,00 0,00

ASP21

ASP22

ASP23

ASP24

ASP25

ASP26

ASP27

ASP28

ASP29

Pontos ago/06 mar/07 Padro Ambiental

405

ASP30

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Para o parmetro leos e graxas totais, a legislao estabelece como padro de qualidade de gua para leos e graxas somente sua ausncia virtual, sem determinar valores propriamente ditos. Considerando-se os resultados, todos os pontos de monitoramento abordados apresentaram valores menores que o mtodo de quantificao. A concentrao de alumnio total variou entre valores menores do que o limite de deteco de 0,05 mg/L (ASP30, agosto/2006) ao valor mximo de 0,53 mg/L (ASP22, maro/2007). A legislao delimita o valor padro de 0,1 mg/L para alumnio A figura 4.64 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de alumnio total nos pontos amostrados. FIGURA 4.64 - Variao da concentrao de alumnio total nas guas superficiais de Itapanhoacanga
Alumnio Tot. (mg/L Al)
0,60 0,40 0,20 0,00

ASP21

ASP22

ASP23

ASP24

ASP25

ASP26

ASP27

ASP28

ASP29

Pontos
ago/06 mar/07 Padro Ambiental

A legislao no delimita uma concentrao padro para o ferro total, porm delimita o limite de 0,3 mg/L para a concentrao ideal de ferro dissolvido. Tomando-se como referncia este valor, os resultados apresentaram-se relativamente elevados, tendo sido verificada a maior concentrao de 4,0 mg/L Fe no ponto ASP29 (agosto/2006). O ferro um metal tpico da constituio do solo da regio avaliada, sendo sua presena naturalmente associada s caractersticas geolgicas. A figura 4.65 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de ferro total nos pontos amostrados.

406

ASP30

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FIGURA 4.65 - Variao da concentrao de ferro total nas guas superficiais de Itapanhoacanga
Ferro Total (mg/L Fe)
5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00

ASP21

ASP22

ASP23

ASP24

ASP25

ASP26

ASP27

ASP28

ASP29

Pontos ago/06 mar/07

Em relao ao mangans total, todos os pontos amostrados apresentaram-se em conformidade com o padro ambiental fixado em 0,1 mg/L. As anlises de chumbo total apresentaram-se inferiores ao limite legal e de quantificao de 0,01 mg/L, em todas as amostragens realizadas. Em relao ao parmetro mercrio total, todos os resultados obtidos, em todos os pontos amostrados, apresentaram-se inferiores ao limite de quantificao analtica empregado de 0,0002 mg/L. Considerando-se as anlises bacteriolgicas dos coliformes fecais e coliformes totais, ressalta-se que foram registradas violaes nos pontos ASP21, ASP24, ASP27 e ASP28 em relao ao padro de 1000 e 5000 UFC/100ml definidos pela legislao vigente na amostragem de maro/2007. A figura 4.66 e 4.67 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de coliformes totais e fecais (termotolerantes) nos pontos amostrados. FIGURA 4.66 - Variao da concentrao de coliformes totais nas guas superficiais de Itapanhoacanga
25000 20000 15000 10000 5000 0 ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30

Coliformes Totais (NMP/100ml)

Pontos ago/06 mar/07 Padro Ambiental

407

ASP30

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FIGURA 4.67 - Variao da concentrao de coliformes fecais nas guas superficiais de Itapanhoacanga
15000

Coliformes Fecais (NMP/100ml)

12000 9000 6000 3000 0

ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30 Pontos ago/06 mar/07 Padro Ambiental

Ressaltamos que alguns pontos esto localizados em um mesmo corpo de gua ou em afluentes que contribuem para um corpo de gua maior. Destacamos a seguir os pontos localizados seqencialmente na rea de Itapanhoacanga, com as devidas consideraes:

Grupo 1: Pontos ASP13, ASP21, e ASP30 ASP13, ASP21 e ASP30 esto localizados em um mesmo corpo de gua, da montante para a jusante. ASP30 recebe, portanto o somatrio da contribuio destes tributrios, principalmente em relao aos valores da demanda bioqumica de oxignio na campanha de agosto/2006.

Grupo 3: Pontos ASP27 e ASP28 ASP27 e ASP28 esto num mesmo corpo de gua e os valores encontrados para esses dois pontos seguem uma mesma tendncia. 4.1.10.6 - Avaliao da qualidade das guas da regio de Itapanhoacanga Pontos de Nascentes Os pontos de nascentes amostrados na regio de Itapanhoacanga incluem aqueles denominados de ASB11 a ASB15. No foi realizada amostragem no ponto ASB11 na campanha de agosto/2006. Considerando-se o parmetro pH, 100% dos valores obtidos em laboratrio apresentaram-se em conformidade com os limites mximo e mnimo estabelecidos pela legislao vigente. Os resultados variaram de 6,0 (ASB14, agosto/2006) a 7,48 (ASB13, agosto/2006).

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Todos os resultados de slidos totais dissolvidos apresentaram-se em conformidade em relao ao padro ambiental de 500 mg/L, onde o valor mximo registrado foi de 71 mg/L para a estao ASB15 (agosto/2006). Em relao aos slidos totais em suspenso, estes apresentaram valores baixos, prximos ao limite de deteco. Os valores de slidos totais, acompanhando a mesma tendncia dos slidos dissolvidos, apresentaram-se entre os valores mnimos de 11 mg/L (ASB12, agosto/2006) e o valor mximo encontrado de 71 mg/L (ASB15, agosto/2006). A turbidez, em funo dos baixos teores de slidos presentes nas guas avaliadas, apresentou-se bem discreta, em conformidade com o padro ambiental de 100 NTU. O maior valor registrado foi em ASB13 na campanha de maro/2007 (23,6 NTU). A cor da gua pode ser considerada conseqncia das substncias dissolvidas, sendo originada de forma natural, da decomposio de matria orgnica, principalmente vegetais, bem como de metais como ferro e mangans. O parmetro cor influenciado por matrias slidas em suspenso (turbidez), que devem ser eliminadas antes da medida (cor real). Entretanto, deve ser observado que para guas relativamente lmpidas, a determinao da cor pode ser feita sem preocupao com a turbidez, sendo neste caso, a cor obtida denominada cor aparente. Nesta campanha de monitoramento foi analisada a cor aparente em funo de os corpos de gua amostrados apresentarem baixas concentraes de matrias slidas em suspenso, conforme observado nos resultados aqui apresentados. O parmetro cor variou de 15 mg Pt/L (ASB12, agosto/2006) a um valor mximo de 100 mg Pt/L (ASB14, maro/2007). Com relao legislao ambiental vigente, esta define um padro para o parmetro cor real (75 mg Pt/L) - medio aps filtragem especial de material em suspenso, e no para cor aparente. Considerando-se, como referncia, o padro definido para cor real, pode-se registrar uma violao em ASP14 na campanha de maro/2007. Em relao Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO), os resultados obtidos para todos os pontos, apresentaram-se inferiores ao limite legal de 5 mg O2/L. Para o parmetro leos e graxas totais, a legislao estabelece como padro de qualidade de gua para leos e graxas somente sua ausncia virtual, sem determinar valores propriamente ditos. Considerando-se os resultados, todos os pontos de monitoramento abordados apresentaram valores menores que o mtodo de quantificao nas duas campanhas. A concentrao de alumnio total variou entre um valor menor que o limite de deteco de 0,05 mg/L (ASB15, agosto/2006) ao valor mximo encontrado de 0,47 mg/L ( ASB13, maro/2007 ). A legislao delimita o valor padro de 0,1 mg/L para alumnio total. A legislao no delimita uma concentrao padro para o ferro total, porm determina 0,3 mg/L para a concentrao ideal de ferro dissolvido. Tomando-se como referncia este valor, os resultados apresentaram-se relativamente elevados, tendo sido verificada a maior concentrao de 1,37 mg/L Fe no ponto ASB01 (maro/2007). O ferro um metal tpico da constituio do solo da regio avaliada, sendo sua presena naturalmente associada s caractersticas geolgicas.

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A figura 4.68 a seguir apresenta a evoluo das concentraes de ferro total nos pontos amostrados. FIGURA 4.68 - Variao da concentrao de ferro total nas nascentes de Itapanhoacanga
Ferro Total (mg/L Fe)
1,50

1,00

0,50

0,00 ASB12 ASB11 ASB13 Pontos ago/06 m ar/07 ASB14 ASB15

Em relao ao mangans total, todos os pontos amostrados apresentaram-se em conformidade com o padro ambiental fixado em 0,1 mg/L. As anlises de chumbo total apresentaram-se inferiores ao limite legal e de quantificao de 0,01 mg/L, em todas as amostragens realizadas. Em relao ao parmetro mercrio total, todos os resultados obtidos, em todos os pontos amostrados, apresentaram-se inferiores ao limite de quantificao analtica empregado de 0,0002 mg/L. Considerando-se as anlises bacteriolgicas dos coliformes fecais e coliformes totais, ressalta-se que no foi registrada nenhuma violao em relao ao padro de 1000 e 5000 UFC/100ml definidos pela legislao ambiental. 4.1.10.7 - Anlise Espacial da Qualidade da gua Superficial pH O relatrio qualidade da gua superficial mostra que diversos pontos amostrais apresentaram pH igual ou abaixo de 5, alguns chegando a constituir verdadeiros cursos de gua cida com pH 4. A figura 4.69 mostra que os valores de pH mais cidos (<5) ocorrem preferencialmente durante o perodo da seca, tanto nas guas das nascentes como dos cursos de gua, sugerindo que trata-se de valores naturais de pH e no de poluio antrpica. Este fato corroborado pelas poucas atividades antrpicas na regio, ligadas a principalmente a agricultura e pecuria de subsistncia, assim como a ausncia de atividades que poderiam poluir e acidificar a gua superficial.

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FIGURA 4.69 - Valores de pH no perodo seco e chuvoso nas nascentes e cursos de gua na regio do empreendimento.
Nascentes Curso de gua

seca chuva

6 pH 5 4 3
ASB01 ASB02 ASB03 ASB04 ASB05 ASB06 ASB07 ASB08 ASB09 ASB10 ASB11 ASB12 ASB13 ASB14 ASB15 ASP01 ASP02 ASP03 ASP04 ASP05 ASP06 ASP07 ASP08 ASP09 ASP10 ASP11 ASP12 ASP13 ASP14 ASP15 ASP16 ASP17 ASP18 ASP19 ASP20 ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30

pontos amostrais

A espacializao dos dados (Figura 4.70a, b e c) mostra que estes valores baixos de pH esto presentes em toda a rea do empreendimento (Cava Norte, Cava Sul Itapanhoacanga, Cava Sapo-Ferrugem, Barragem de Rejeitos). Estes dados sugerem que as caractersticas geolgicas da rea do empreendimento podem estar gerando guas cidas e apresentam potencial para acidificar os cursos de gua atravs da mobilizao, e exposio ao intemperismo dos minerais das rochas atravs das atividades de minerao.

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FIGURA 4.70 - Localizao dos pontos amostrais que apresentam pH 6 ou abaixo de 6, no perodo da seca e da chuva, em relao s estruturas do projeto.

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Os Metais A figura 4.71 mostra os valores de Fe, Pb, Al e Mn nas nascentes, tanto para o perodo da seca como da chuva. Os valores de Pb e Mn mantiveram-se na sua maioria em valores baixos, destacandose apenas um ponto amostral (ASB 06) para o Pb durante o perodo seco e um ponto amostral para o Mn (ASB 10) tambm para o perodo seco. O Alumnio mostrou 5 pontos amostrais com valores elevados, um durante o perodo seco (ASB 08) e quatro durante o perodo chuvoso (ASB 01, 12,13,14). O Ferro mostrou comportamento sazonal mais varivel, destacando-se durante o perodo seco 5 pontos amostrais (ASB 02, 06, 08,13,14) e 4 durante o perodo chuvoso (ASB 01, 09, 11 e 15).

2,5 2,0 mg / L 1,5 1,0 0,5 0,0

Nascentes Fe seca Fe chuva


mg / L

0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,00

Nascentes Pb seca Pb chuva

ASB01 ASB02 ASB03 ASB04 ASB05 ASB06 ASB07 ASB08 ASB09 ASB10 ASB11 ASB12 ASB13 ASB14 ASB15

pontos amostrais

2,5 2,0 mg / L 1,5 1,0 0,5 0,0

Nascentes Al seca Al chuva


mg / L

2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0

ASB01 ASB02 ASB03 ASB04 ASB05 ASB06 ASB07 ASB08 ASB09 ASB10 ASB11 ASB12 ASB13 ASB14 ASB15

pontos amostrais

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ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB pontos amostrais

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB ASB pontos amostrais

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

Nascentes Mn sec Mn chu

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A figura 4.72 mostra a espacializao dos pontos amostrais com valores elevados de metais presentes nas nascentes, tanto no perodo chuvoso como na seca. Observa-se que na Cava Norte - Itapanhoacanga o Ferro aumenta seus valores na seca enquanto o Alumnio na chuva. J na Cava Sul, ambos aumentam os valores na chuva. Na cava Sapo-Ferrugem, o Ferro e o Alumnio aumentam na seca ou na chuva enquanto Mn e Pb aumentam na seca. Estes resultados refletem a heterogeneidade das fontes destes metais, sendo necessrio estudar o comportamento da poluio destes metais e demais metais pesados, frente s variaes sazonais de pH. FIGURA 4.72 - Localizao dos pontos amostrais nas nascentes com valores elevados de metais. Cava Sapo-Ferrugem (a), Cava Itapanhoacanga (b)

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4.1.10.8 - Qualidade da gua: Hidrobiologia As comunidades hidrobiolgicas integram e respondem ao conjunto das variaes dos parmetros fsicos e qumicos do meio hdrico, sejam elas pontuais, ou dispersas. As alteraes das comunidades hidrobiolgicas refletem diretamente as alteraes das variveis fsicas e qumicas das guas dos sistemas hdricos avaliados, tornandose, segundo Johnson (1995), uma das chaves mais sensveis na deteco de alteraes em sistemas aquticos. O aumento da turbidez e de slidos, decorrente da movimentao de terras durante as obras de instalao do empreendimento tiveram por conseqncia, a diminuio da transparncia da gua, que implicar numa srie de fatores, tem 4.2.7 - Limnologia do diagnstico do Meio Bitico. O diagnstico feito com bioindicadores pode refletir no s a qualidade da gua, mas tambm as condies e nveis de distrbio dos ecossistemas aquticos no que diz respeito poluio aqutica decorrente tambm de alteraes provocadas no substrato, por deposio de rejeitos de minrio, desmatamento ciliar, assoreamentos e outros. De acordo com o item 4.2.7 - Limnologia (Diagnstico do Meio Bitico), de acordo com Branco (1986) o ndice de diversidade de Shannom-Weaver varia de 0 a 5 bits/ind., sendo que valores menores que 1 so tpicos de ambientes aquticos bastante alterados, entre 1 e 3 tm sido registrados em guas moderadamente alteradas, e aqueles maiores que 3 correspondem a guas limpas.

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Ainda conforme consta no sub-item do Meio Bitico, 4.2.7.6.3 - Comunidade de Macroinvertebrados bentnicos, pertencente ao item 4.2.7- Limnologia, mostram representantes tpicos de ambientes lticos no ponto ASP03, como os Ephemeroptera, Trichoptera e Plecoptera, estes so considerados de um modo geral, organismos aquticos bastante sensveis s alteraes ambientais sendo reconhecidos como bioindicadores de boa qualidade das guas. O ndice BMWP (Biological Monitoring Working Party Score System ) adaptado por Junqueira & Campos (1998) e Junqueira et al. (2000) para a bacia do Alto Rio das Velhas, com intuito de aproximar o ndice, criado para ambientes temperados, aos ambientes tropicais. O BMWP relaciona a qualidade das guas com os macroinvertebrados bentnicos registrados nos sistemas aquticos e fornece o enquadramento do ambiente em classes distintas (Quadro 4.45).

QUADRO 4.45 - Sistema de classificao de qualidade das guas com base nos macroinvertebrados aquticos, adaptada para ambiente tropical, baseada nos dados da bacia do alto rio das Velhas.
Classe 1 2 3 4 5 Fonte : CETEC, 1998 Faixa do ndice > 81 80 - 61 60 - 41 40 - 26 < 25 Qualidade da gua Excelente Boa Regular Ruim Pssim a

De acordo com as Figuras 4.73 e 4.74, o ndice BMWP em agosto/06, nos stios que representam Serra do Sapo indicou guas, sob o aspecto hidrobiolgico, de qualidade pssima em 02, 04, 06, 07, 08, 09, 11, 15, 16, 18, 19 e 20, ruim em ASP01, 03, 05, 12, 13 e 14, regular em AS10 e 17, ruim em AS01. Nos stios da Serra da Itaponhoacanga, no mesmo perodo, o BMWP indicou guas de qualidade pssima para os stios ASP21, 22, 24, 27 e 28, regular para ASP23, 26, 29 e 30 e boa para o stio ASP25. J em maro/07 houve uma queda nos valores do BMWP, impossibilitando assim o clculo do ndice para alguns stios, como ASP01, 02, 09, 10, 15, 17, 24 e 25. No entanto, para os stios da Serra do Sapo o ndice bitico classificou as guas como de qualidade pssima, exceto para o stio ASP11, que obteve classificao ruim. Na Serra da Itaponhoacanga os stios ASP21, 23, 28, 29 e 30 foram classificados como qualidade pssima, ASP27 ruim e ASP26 regular.

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FIGURA 4.73 - ndice Biolgico (BMWP) calculados nos stios amostrados na Serra do Sapo e Serra Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento agosto/06 e maro/07.
Serra do Sapo 60 50
Scorer

40 30 20 10 0
ASP01 ASP02 ASP03 ASP04 ASP05 ASP06 ASP07 ASP08 ASP09 ASP10 ASP11 ASP12 ASP13 ASP14 ASP15 ASP16 ASP17 ASP18 ASP19 ASP20

Stios de am ostragem ago/06 m ar/07

FIGURA 4.74 - ndice Biolgico (BMWP) calculados nos stios amostrados na Serra do Sapo e Serra Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento agosto/06 e maro/07.
Serra da Itaponhoacanga

60 50
Scorer

40 30 20 10 0 ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30 Stios de am ostragem ago/06 m ar/07

Em relao s duas amostragens, no perodo de estiagem (agosto/06) foi encontrado as maiores pontuaes para o BMWP, no trecho correspondente Serra do Sapo , o stio ASP10 obteve a melhor classificao, na Serra da Itaponh oacanga o stio ASP25 se destacou, sendo este valor o maior dentre todos os stios amostrados. Pode-se considerar que as pontuaes para os ndices acima mencionados, foram mais expressivas em agosto/06, visto que no perodo chuvoso (maro/07), devido s altas vazes existe certa dificuldade de acesso aos locais colonizados pelos macroinvertebrados, bem como o provvel efeito de deriva e arraste de organismos neste perodo sazonal, ou seja, as condies so pouco propcias coleta.

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4.2 - Meio bitico


4.2.1 - Metodologia
Flora e vegetao Inicialmente, procedeu-se a uma pesquisa de dados secundrios produzidos na regio, de forma a caracterizar, de forma geral, as tipologias vegetais ocorrentes e inseri-las em seu contexto biogeogrfico. Com base em imagens de satlite e ortofotocartas definiram-se as principais unidades paisagsticas existentes na regio em estudo. Cada uma destas unidades identificadas foi visitada e caracterizada quanto sua tipologia vegetal, seu grau de preservao, espcies vegetais componentes e grau de conectividade entre os fragmentos de vegetao nativa. Foram realizadas observaes diretas do ambiente e de suas espcies vegetais componentes caracterizando-se os principais aspectos da estrutura florstica e fisionmica da cobertura vegetal, com referncias dinmica do ecossistema em estudo. Especial ateno foi dada aos ambientes especficos da rea a ser diretamente impactada, principalmente em relao vegetao sobre canga. De forma a avaliar a importncia desta vegetao no contexto regional foram avaliados estudos desenvolvidos em ambientes semelhantes. A primeira campanha de campo ocorreu no perodo de 16 a 23 de agosto de 2006 e a segunda de 26 de fevereiro a 03 de maro de 2007, abrangendo, desta forma, o perodo seco e o chuvoso, respectivamente. O segundo levantamento de campo teve o propsito de adicionar dados sobre a vegetao regional e local, aprofundando o diagnstico florstico e fitogeogrfico da regio do empreendimento. Como material de campo utilizou-se tesoura de poda, tesoura para podo de vara, saco de coleta, prensa, binculo, GPS, mquina fotogrfica e mapas, imagens de satlite e ortofotocartas em diferentes escalas. Para coleta de campo foi obtida a licena para coleta e transporte de material botnico, emitida pelo IEF, nmero 070/06. Espcies no identificadas e que apresentaram estruturas reprodutivas (flores e/ou frutos) foram coletadas e processadas com tcnicas usuais em botnica. Uma estufa de campo foi usada para secar o material, objetivando a adequada conservao das exsicatas. As plantas coletadas foram identificadas em laboratrio atravs de chaves taxonmicas, literatura especializada e comparadas com a coleo do herbrio BHCB da UFMG, em Belo Horizonte, para onde as exsicatas sero doadas. Alm disto, foram consultadas literaturas botnicas gerais, a exemplo de: Corra (1969), Rizzini (1978), Lorenzi et al (1996), Lorenzi (1991, 1992 e 1998).

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Mastofauna reas de Amostragem Os pontos de amostragem de campo foram selecionados a partir de anlises, em campo, das diversas indicaes de uso pelo empreendimento. Assim, foram priorizados os pontos dentro dos limites das principais infra-estruturas (cavas, pilhas de estril, barragem e rea industrial). Os pontos verificados em campo e os pontos onde foram conduzidas as amostragens so apresentados no quadro 4.46 e na figura 4.75A.

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FIGURA 4.75A - Pontos de verificao e coleta - mastofauna e avifauna

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Capturas Nesses ambientes foram realizados levantamentos qualitativos e quantitativos de mamferos (pequeno, mdio e grande porte) nos pontos de amostragem, com intuito de avaliar os impactos do empreendimento. Os mamferos de pequeno porte foram inventariados com armadilhas (Jones et al. 1996) e os de mdio e grande porte por observao direta e indireta (Rudran et al. 1996). Os pequenos mamferos (marsupiais e roedores) foram capturados atravs de armadilhas live-trap do tipo Tomahawk e Sherman dispostas em trilhas, colocadas ao longo de duas trilhas perpendiculares em trs reas selecionadas, todas localizadas em Florestas Estacionais Semideciduais. As trilhas tinham eqidistncia de pelo menos 50m para garantir a independncia das amostras. Cada trilha tinha 10 pontos de captura, com eqidistncia de 15 metros. Em cada ponto de captura das trilhas (pontos 4, 6 e 22 - quadro 4.46 e quadro 4.47) foram posicionadas duas armadilhas (uma Sherman e uma Tomahawk). Ao todo foram armadas 20 armadilhas em cada trilha. Sempre que possvel uma destas armadilhas foi instalada acima do solo, presas vegetao de sub-bosque. Os indivduos capturados foram: i) identificados, ii) marcados com brinco na orelha, iii) pesados e iv) soltos no mesmo local de captura. Normalmente os estudos sobre dinmica de populaes de pequenos mamferos so feitos com as armadilhas dispostas em quadrados. Contudo, como o objetivo inventariar as reas, otimizou-se o nmero de armadilhas para abranger a maior rea possvel. Os dados sobre os mamferos mdios e grandes foram obtidos atravs de busca nas trilhas j existentes, assim como nas estradas vicinais de pouco movimento. Todas as pegadas encontradas foram comparadas com os esquemas dos livros de referncia (Becker & Dalponte 1991, Toms 2004). Sempre que possvel, a equipe de campo procurou conversar com moradores rurais para saber quais espcies de mamferos ocorriam na regio. Tais entrevistas foram feitas sem induzir qualquer tipo de resposta, quando inclusive se procurou por indcios da presena de espcies nas propriedades destes moradores. As campanhas a campo foram realizadas no perodo de 22 a 27/08/2006 e 26/02 a 03/03/2007, utilizando-se a licena de coleta 275/06 NUFAS/DIREN. QUADRO 4.46- Pontos de amostragem da mastofauna
Ponto 1 2 3 Coordenadas UTM 666936 667347 666629 7923609 7922930 7922144 Observaes Travessia de um pequeno crrego pela MG-010, m ata ciliar conservada (Floresta Estacional Sem idecidual). Pequena propriedade rural a m argem da MG-010, rea de m ata queim ada com fornos de carvo em funcionamento. Acesso a Itapanhoacanga (a partir da MG-010), com m ata secundria (Floresta Estacional Sem idecidual) em estgio inicial de sucesso. Ponto de am ostragem na cava sul da mina de Itapanhoacanga. Fragm ento de Mata de encosta (Floresta Estacional Sem idecidual) em estgio interm edirio de sucesso. Fotos 53 54 55

666240

7922634

56

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Continuao

Ponto 5

Coordenadas UTM 666657 7920951

Observaes Cava sul (m ina de Itapanhoacanga), rea de pastagem com acessos s praas de sondagem. Ponto de am ostragem na cava sul da mina de Itapanhoacanga. Rem anescente de Floresta (Floresta Estacional Sem idecidual) em estgio interm edirio de sucesso. Pequeno curso d gua no interior da m ata. Cidade de Itapanhoacanga. Travessia do crrego Campinas pela MG-010, ausncia de m ata ciliar com reas de pastagem e rvores isoladas, presena de casas e pequena infra-estrutura rural. Travessia do crrego Zalu pela MG-010, m ata ciliar preservada, rvores altas e dossel fechado, presena de casas na m argem da estrada. Travessia do crrego Passa Sete pela MG-010, m ata ciliar preservada, rvores altas e dossel fechado. Travessia do crrego Perreira pela MG-010, ausncia de m ata ciliar com reas de cultura (banana) e rvores isoladas (eucaliptos), presena de casas e pequena infraestrutura rural. Acesso fazenda Jardim pela MG-0101, pastagem extensiva e pequenos rem anescentes de Floresta Estacional Sem idecidual. Fazenda Jardim, rea da sede com instalaes rurais, pastagem extensiva e grande fragm ento de m ata no entorno. Fazenda gua Santa, pastagem com instalaes rurais, presena de pequenos crregos e rem anescentes isolados de Floresta Estacional Sem idecidual. Acesso ao colgio rural em rea de afloram entos de quartzito, riachos e vegetao arbustiva com predomnio de candeias. MG-010, acesso a So Joaquim, vista da serra do Sapo, pastagem com pequenos rem anescentes. Rem anescente de Floresta Estacional Sem idecidual isolado em estgio interm edirio de sucesso. Crista da serra do Sapo, vegetao de canga, com afloram entos rochosos e encostas ngrem es na fase oeste, com uma rampa suave na vertente leste. MG-010, acesso a Conceio de Mato Dentro, eucaliptal com crrego e pequenos rem anescentes isolados. MG-010, acesso a Itapanhoacanga e Crregos, reas de pastagem e rvores isoladas. Vista da cava do Sapo, poro sul, a partir da MG-010, rea de fazendas de gado, com pastagem e pequenas reas de m ata. rea de am ostragem em remanescente de floresta (Floresta Estacional Sem idecidual) isolado, em estgio interm edirio de sucesso. Mata em aranhada, fina e baixa, com dossel descontnuo e reas abertas em seu interior.

Fotos 57

6 7 8

666032 665178 668029

7921236 7922435 7919435

58 59 60

9 10

667588 668626

7917871 7913699

61 62

11

668870

7910720

63

12

668428

7909128

64

13

666577

7910376

65

14

666982

7912708

66

15 16 17 18 19 20 21

665607 668305 670479 667838 664590 664517 666258

7912819 7904486 7903792 7903632 7901953 7903268 7903011

67 68 69 70 71 72 73

22

670320

7904289

74

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Continuao

Ponto 23 24 25

Coordenadas UTM 664877 664627 664892 7913082 7912276 7912205

Observaes Campo de altitude, com afloram entos rochosos, rem anescentes de m ata ciliar, casas abandonadas e acesso dificultado. Bosque de altitude, m ata secundria, rvores finas com vestgios de fogo e retirada de m adeira. Candeial extenso com afloram entos rochosos (quartzito) e relevo acidentado. rea de extrao de pedras ornam entais, acesso antigo, atividades descontinuadas, entorno coberto por fragm entos de Floresta Estacional Sem idecidual em bom estado de conservao em estgio avanado de sucesso. Vista do rio Santo Antnio, a partir da MG-010, ausncia de m ata ciliar, entorno coberto por pastagens, presena de eucaliptal na margem oposta. Aude s m argens da estrada para Itapanhoacanga, pastagens e rvores isoladas. Rem anescente de Floresta Estacional Sem idecidual, bemconservado, em estgio avanado de sucesso, ao longo do rio Santo Antnio. Ilha no rio Santo Antnio, s margens da estrada de acesso a Itapanhoacanga, rvores isoladas, e m ata ciliar bem conservada na m argem oposta. Vista oposta da crista da serra do Sapo, pastagem e grandes reas de eucalipto recm plantado. Cidade de So Sebastio do Bom Sucesso

Fotos 75 76 77

26

665079

7912124

78

27 28 29

664070 664306 663947

7899802 7903802 7904318

79 80 81

30 31 32

663772 661660 668355

7904654 7906653 7906842

82 83 84

QUADRO 4.47 - Coordenadas (em UTM) das trilhas de pequenos mamferos no voadores
Trilha A B C D E F Coord UTM 666082 666263 670483 670485 666266 666319 7921257 7921227 7903772 7903818 7922558 7922490 Caracterizao Mata secundria, em estgio avanado de regenerao Mata secundria, em estgio avanado de regenerao Mata secundria, em estgio m dio de regenerao Capoeira Mata secundria, em estgio inicial de regenerao Capoeira

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Foto 53 - Travessia de crrego pela MG-010, mata ciliar bem-conservada de Floresta Estacional Semidecidual (666936/7923609).

Foto 54 - Pequena propriedade rural a margem da MG-010, rea de mata queimada com fornos de carvo em funcionamento (667347/7922930).

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Foto 55 - Acesso a Itapanhoacanga a partir da MG-010, mata secundria de Floresta Estacional Semidecidual em estgio inicial de sucesso (666629/7922144).

Foto 56 - Vista da cava norte da mina de Itapanhoacanga, no acesso a Itapanhoacanga a partir da MG-010. Mata de encosta em estgio intermedirio (666240/7922634).

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Foto 57 - reas degradada na cava sul da mina de Itapanhoacanga, rea de pastagem com acessos s praas de sondagem (666657/7920951).

Foto 58 - Vista da cava sul da mina de Itapanhoacanga, no acesso a cidade a partir da MG-010. Mata ciliar em estgio intermedirio de sucesso (666032/7921236).

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Foto 59 - Distrito de Itapanhoacanga (665178/7922435).

Foto 60 - Travessia do crrego Campinas pela MG-010, ausncia de mata ciliar com reas de pastagem e rvores isoladas (668029/7919435)

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Foto 61 - Travessia do crrego Zalu pela MG-010, mata ciliar preservada, rvores altas e dossel fechado, presena de casas na margem da estrada (667588/7917871).

Foto 62 - Travessia do crrego Passa Sete pela MG-010, mata ciliar preservada, rvores altas e dossel fechado (668626/7913699).

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Foto 63 - Travessia do crrego Pereira pela MG-010, ausncia de mata ciliar com reas de cultura (banana) e eucaliptos, presena de casas e infraestrutura rural (668870/7910720).

Foto 64 - Acesso fazenda Jardim pela MG-0101, pastagem extensiva e pequenos remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual (668428/7909128).

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Foto 65 - Fazenda Jardim, rea da sede com instalaes rurais, pastagem extensiva e grande fragmento de mata no entorno (666577/7910376).

Foto 66 - Fazenda gua Santa, pastagem com instalaes rurais, presena de pequenos crregos e remanescentes isolados de Floresta Estacional Semidecidual (666982/7912708).

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Foto 67 - Acesso ao colgio rural em rea de afloramentos de quartzito, riachos e vegetao arbustiva com predomnio de candeias (665607/7912819).

Foto 68 - MG-010, acesso a So Joaquim, vista da serra do Sapo, pastagem com pequenos remanescentes (668305/7904486).

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Foto 69 - Remanescente de floresta em estgio intermedirio de sucesso (670479/7903792).

Foto 70 - Crista com encostas ngremes na fase oeste, com uma rampa suave na vertente leste (667838/7903632).

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Foto 71 - MG-010, acesso a Conceio do Mato Dentro, eucaliptal com crrego e pequenos remanescentes (664590/7901953).

Foto 72 - MG-010, acesso a Itapanhoacanga e Crregos, reas de pastagem e rvores isoladas (664517/7903268).

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Foto 73 - Vista da Serra do Sapo, poro sul, a partir da MG-010, rea de fazendas de gado, com pastagem e pequenas matas (666258/7903011).

Foto 74 - Interior de remanescente de Floresta Estacional Semidecidual isolado em estgio intermedirio de sucesso (670320/7904289).

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Foto 75 - Campo de altitude, com afloramentos rochosos, remanescentes de mata ciliar, casas abandonadas e acesso dificultado (664877/7913082).

Foto 76 - Bosque de altitude, mata secundria, rvores finas com vestgios de fogo e retirada de madeira (664627/7912276).

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Foto 77 - Candeial extenso com afloramentos rochosos (quartzito) e relevo acidentado (664892/7912205).

Foto 78 - rea de extrao de pedras ornamentais, acesso antigo, atividades descontinuadas, entorno coberto fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual em estgio avanado de regenerao (665079/7912124).

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Foto 79 - Vista do rio Santo Antnio, a partir da MG-010, ausncia de mata ciliar, presena de eucaliptal na margem oposta (664070/7899802).

Foto 80 - Aude as margens da estrada para Itapanhoacanga, pastagens e rvores isoladas (664306/7903802).

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Foto 81 - Remanescente de Floresta Estacional Semidecidual, bemconservado, em estgio avanado de sucesso, ao longo do rio Santo Antnio (663947/7904318).

Foto 82 - Ilha no rio Santo Antnio, s margens da estrada de acesso a Itapanhoacanga, rvores isoladas, e mata ciliar bem-conservada na margem oposta (663772/7904654).

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Foto 83 - Vista da vertente oeste da crista da serra do Sapo, pastagem e grandes reas de eucalipto recm plantado (661660/7906653).

Foto 84 - Distrito de So Sebastio do Bom Sucesso (668355/7906842).

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Avifauna Os estudos da avifauna foram desenvolvidos em fases. A primeira coligiu informaes das colees zoolgicas do Museu de Zoologia da Universidade de So Paulo, Museu Nacional do Rio de Janeiro e Coleo Ornitolgica da Universidade Federal de Minas Gerais. Tambm foram reunidos trabalhos relevantes anteriormente realizados na regio e elaborada uma listagem de espcies da localidade estudada. A segunda etapa do trabalho traduziu-se na verificao da ocorrncia dessas espcies diretamente em campo. Essa etapa foi subdividida em duas campanhas de campo e distribudas entre a poca seca e a estao chuvosa. A primeira campanha foi realizada em 22 a 27/08/2006 (estao seca) e a segunda campanha ocorreu em 26/02 a 03/03/2007 (estao chuvosa). A avifauna foi inventariada atravs de censos quantitativos e censos qualitativos em duas etapas de campo. Durante os levantamentos foi dada nfase ao registro de espcies endmicas, raras e ameaadas que podero auxiliar na identificao e caracterizao de reas e aes prioritrias, alm de direcionar medidas mitigadoras. Pontos de amostragem Os pontos de amostragem foram posicionados de forma que abrangessem todas as fitofisionomias e ambientes associados, presentes nas reas de influncia do empreendimento e encontram-se distribudos, preferencialmente, na seguinte ordem: rea Diretamente Afetada (ADA), rea de Influncia Direta (AID) e rea de Influncia Indireta (AII) do empreendimento (quadro 4.48, figura 4.75B). As informaes ambientais dos pontos de amostragem foram coletadas diretamente em campo. Nesses pontos foi empregado o mximo de esforo para identificar as espcies de aves, ora atravs das estratgias de visualizao direta, ora pela identificao atravs de zoofonia. No quadro 4.48, os pontos de amostragem qualitativa e quantitativa foram numerados, localizados (atravs de coordenadas geogrficas), e ilustrados na figura 4.75B, caracterizados quanto aos ambientais mais relevantes e ilustrados por meio de fotos de campo (fotos 53 a 84). Desse conjunto de dados destacam-se os pontos amostrados quantitativamente, descritos a seguir:

Ponto A O primeiro ponto de amostragem qualitativa (ponto 4) foi escolhido ao norte da cava sul, na ADA da mina de Itapanhoacanga. O Ponto A localiza-se em uma posio de destaque na rea Diretamente Afetada, compreendendo remanescentes de floresta, bordas de mata e Candeiais (foto 56). As matas se encontram em estgio intermedirio de regenerao, com estrato arbreo contnuo que atinge 12 m de altura. As rvores so finas, mas o sub-bosque emaranhado. A rea ainda apresenta um relevo movimentado, com encostas ngremes, cobertas por vegetao densa. No interior do fragmento ocorrem afloramentos rochosos, caractersticos de uma crista montanhosa.

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Ponto B O segundo ponto de amostragem qualitativa tambm foi selecionado na cava sul, da mina de Itapanhoacanga (ponto 6). Nesse ponto da ADA, os ambientes de mata se encontram em estgio intermedirio de regenerao. O remanescente apresenta estrato arbreo que atinge os 15 m. As rvores so grossas, com at 40 cm de DAP (dimetro a altura do peito). Nesse ponto, o sub-bosque bem desenvolvido e denso, sendo freqente a ocorrncia de bambus. O dossel relativamente contnuo e fechado. No interior desse fragmento ainda existe um pequeno curso d gua, tornando suas margens (Matas Ciliares), um ambiente associado importante (foto 58).

Ponto C O ltimo ponto de amostragem quantitativa (ponto 22) est localizado na AID do empreendimento, prximo a cava da serra do Sapo. O Ponto C composto por um mosaico de diferentes coberturas florestais, com predominncia de ambiente de mata secundria. O sub-bosque denso, com dossel baixo, alm de clareiras e bordas emaranhadas ao longo de campos de pastagem (foto 74). Trabalho de campo Durante os censos foram desenvolvidos censos quantitativos atravs de caminhadas aleatrias que se iniciavam ao amanhecer e terminaram no anoitecer. O tempo total em campo foi calculado em 70 horas por campanha, totalizando aproximadamente 140 horas de campo. Nesse intervalo tambm foram desenvolvidos censos quantitativos em trs pontos de amostragem (quadro 4.48). As espcies foram observadas e identificadas com auxlio de binculos - Pentax 7x20, Baushlomb 10 x 40 mm, ou Zeiss 10x25. As espcies identificadas somente pelas vocalizaes foram registradas apenas por ambiente, sem meno utilizao de habitat. As vozes das aves, sempre que possvel, foram gravadas com auxlio de um aparelho analgico Sony TCM 5000 EV ou registradas digitalmente em minidisc, com aparelhos Sony MZ-R37. Todas as gravaes foram realizadas com microfone ultra-direcional Sennheiser ME 66 (40-20.000 Hz) associado a uma cpsula Power Module Sennheiser K6.

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QUADRO 4.48 - Pontos de amostragem da avifauna


Ponto 1 2 3 Coordenadas UTM 666936 667347 666629 7923609 7922930 7922144 Observaes Travessia de um pequeno crrego pela MG-010, m ata ciliar conservada (Floresta Estacional Sem idecidual). Pequena propriedade rural a margem da MG-010, rea de m ata queim ada com fornos de carvo em funcionamento. Acesso a Itapanhoacanga (a partir da MG-010), com m ata secundria (Floresta Estacional Sem idecidual) em estgio inicial de sucesso. Ponto de am ostragem qualitativa (Ponto A) na cava sul da m ina de Itapanhoacanga. Fragm ento de Mata de encosta (Floresta Estacional Sem idecidual) em estgio interm edirio. Cava sul (m ina de Itapanhoacanga), rea de pastagem com acessos s praas de sondagem. Ponto de am ostragem qualitativa (Ponto B) na cava sul da m ina de Itapanhoacanga. Rem anescente de floresta (Floresta Estacional Sem idecidual) em estgio interm edirio de sucesso. Pequeno crrego na m ata. Cidade de Itapanhoacanga. Travessia do crrego Campinas pela MG-010, ausncia de m ata ciliar com reas de pastagem e rvores isoladas, presena de casas e pequena infra-estrutura rural. Travessia do crrego Zalu pela MG-010, m ata ciliar preservada, rvores altas e dossel fechado, presena de casas na m argem da estrada. Travessia do crrego Passa Sete pela MG-010, m ata ciliar preservada, rvores altas com dossel. Travessia do crrego Perreira pela MG-010, ausncia de m ata ciliar com reas de cultura (banana) e rvores isoladas (eucaliptos), presena de casas e pequena infra-estrutura. Acesso fazenda Jardim pela MG-0101, pastagem extensiva e pequenos rem anescentes de Floresta Estacional Sem idecidual. Fazenda Jardim, rea da sede com instalaes rurais, pastagem extensiva e grande fragm ento de m ata no entorno. Fazenda gua Santa, pastagem com instalaes rurais, presena de pequenos crregos e rem anescentes isolados de Floresta Estacional Sem idecidual. Acesso ao colgio rural em rea de afloram entos de quartzito, riachos e vegetao arbustiva com predomnio de candeias. MG-010, acesso a So Joaquim, vista da serra do Sapo, pastagem com pequenos rem anescentes. Rem anescente de Floresta Estacional Sem idecidual isolado em estgio interm edirio de sucesso. Vista parcial da borda da mata do Ponto C (censos qualitativos). Crista da serra do Sapo, vegetao de canga, com afloram entos rochosos e encostas ngrem es na fase oeste, com uma rampa suave na vertente leste. MG-010, acesso a Conceio de Mato Dentro, eucaliptal com crrego e pequenos rem anescentes isolados. MG-010, acesso a Itapanhoacanga e crregos, reas de pastagem e rvores isoladas. Fotos 53 54 55

4 5

666240 666657

7922634 7920951

56 57

6 7 8

666032 665178 668029

7921236 7922435 7919435

58 59 60

9 10 11

667588 668626 668870

7917871 7913699 7910720

61 62 63

12 13 14

668428 666577 666982

7909128 7910376 7912708

64 65 66

15 16 17

665607 668305 670479

7912819 7904486 7903792

67 68 69

18 19 20

667838 664590 664517

7903632 7901953 7903268

70 71 72

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Continuao

Ponto 21

Coordenadas UTM 666258 7903011

Observaes Vista da cava do Sapo, poro sul, a partir da MG-010, rea de fazendas de gado, com pastagem e pequenas reas de m ata. Ponto C (censos qualitativos). Rem anescente de floresta (Floresta Estacional Sem idecidual) isolado, em estgio interm edirio de sucesso. Mata em aranhada, fina e baixa, com dossel descontnuo e reas abertas em seu interior. Campo de altitude, com afloramentos rochosos, rem anescentes de m ata ciliar, casas abandonadas e acesso dificultado. Bosque de altitude, m ata secundria, rvores finas com vestgios de fogo e retirada de m adeira. Candeial extenso com afloram entos rochosos (quartzito) e relevo acidentado. rea de extrao de pedras ornamentais, acesso antigo, atividades descontinuadas, entorno coberto por fragm entos de Floresta Estacional Sem idecidual em bom estado de conservao em estgio avanado de sucesso. Vista do rio Santo Antnio, a partir da MG-010, ausncia de m ata ciliar, entorno coberto por pastagens, presena de eucaliptal na margem oposta. Aude s m argens da estrada para Itapanhoacanga, pastagens e rvores isoladas. Rem anescente de Floresta Estacional Sem idecidual, bemconservado, em estgio avanado de sucesso, ao longo do rio Santo Antnio. Ilha no rio Santo Antnio, s margens da estrada de acesso a Itapanhoacanga, rvores isoladas, e m ata ciliar bem conservada na m argem oposta. Vista oposta da crista da serra do Sapo, pastagem e grandes reas de eucalipto recm plantado. Cidade de So Sebastio do Bom Sucesso

Fotos 73

22

670320

7904289

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664877 664627 664892

7913082 7912276 7912205

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7899802 7903802 7904318

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663772 661660 668355

7904654 7906653 7906842

82 83 84

Inventrio da avifauna Durante os inventrios, as aves foram observadas e identificadas com auxlio de binculos Zeiss (10x25). Suas vozes, sempre que possvel, foram gravadas analogicamente, por um aparelho Sony TCM 5000 EV, ou digitalmente, em um MD Sony MZ-R37. Todas as gravaes foram efetuadas com um microfone direcional Sennheiser ME 66 (40-20.000 Hz), associado a uma cpsula Power Module Sennheiser K6 e utilizadas para posterior comparao e identificao nos arquivos sonoros do Museu Nacional do Rio de Janeiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro ou da Fundao Fritz Mller. Durante a amostragem, foram anotadas todas as espcies observadas ou ouvidas, juntamente com os ambientes onde ocorreram. Para estimar os parmetros ecolgicos das comunidades, foram realizados censos quantitativos, atravs do mtodo da listagem das 10 primeiras espcies (modificado a partir de Poulsen et al., 1997).

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O mtodo da listagem das 10 primeiras espcies vem sendo empregado com sucesso em avaliaes ecolgicas rpidas para medir a suficincia do esforo de amostragem. Nessa metodologia, grupos de 10 espcies, observadas em seqncia, so reunidos em micro-listas consecutivas. Essas micro-listas so repetidas durante todo o tempo de amostragem, resultando diversas micro-listas que, somadas, renem a totalidade de espcies registradas. Para a indicao da significncia do esforo de coleta, considera-se que a primeira das micro-listas sempre possui 10 espcies e que as demais listas tendem a apresentar um nmero cada vez menor de espcies ainda no registradas durante a realizao dos censos. Dessa forma, possvel identificar o ponto de saturao, ou quando as micro-listas tendem a no apresentar nova espcie. A partir desse momento, o ponto de amostragem pode ser considerado estatisticamente bemamostrado (POULSEN et al., 1997). Anlises de dados Para a validao das estimativas dos parmetros ecolgicos das comunidades, realizados atravs dos censos, os valores obtidos foram testados quanto sua representatividade (POULSEN et al., 1997). A verificao da saturao das curvas de coleta foi realizada por meio da anlise dos grficos, sendo considerado significativamente bem-amostrado o ponto que visualmente estabilizasse seus nmeros. A representatividade dos inventrios de riqueza de espcies realizados em campo foi testada atravs de uma comparao simples entre as estimativas geradas por simulaes atravs de Jackknife de primeira ordem (HELTSHE e FORRESTER, 1983) e as informaes obtidas em campo. Os clculos foram feitos utilizando-se o programa EstimateS (COLWELL, 1997). Nas estimativas de sensibilidade, a distribuio geogrfica das espcies bioindicadoras foi adotada como unidade de anlise das informaes reunidas em campo. A anlise dos dados primrios tambm foi embasada na comparao entre os padres de ocorrncia esperados (conforme bases de dados de ocorrncia disponveis) e os padres revelados a partir da anlise dos dados obtidos diretamente em campo (KREBS, 1989; MAGURRAN, 1998).

Herpetofauna Foram amostradas diversas localidades ao longo da rea do empreendimento e de seu entorno. A escolha destas reas aconteceu de acordo com a disponibilidade de acessos e caractersticas propcias ocorrncia de exemplares, tais como ambientes midos, e reas de formaes vegetacionais em bom estado de conservao. Durante a escolha dos mesmos buscou-se representar da melhor forma possvel os diferentes ambientes disponveis na rea, observando-se o status atual de conservao e o gradiente altitudinal. Os pontos verificados em campo e os pontos onde foram conduzidas as amostragens so apresentados na figura 4.75B.

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As coletas sistemticas referentes anurofauna tiveram seu incio no crepsculo, terminando conforme a atividade das espcies. Foram utilizados os mtodos por registros zoofnicos (vocalizao) e/ou registros diretos (visualizao), auxiliados pelo uso de lanterna de mo de luz branca. As vocalizaes foram registradas com gravador porttil de marca Panasonic (RQ-L309) velocidade de 4,5 cm/s No perodo diurno, poas, alagados e outros corpos d gua foram averiguados para a observao e coleta de girinos e desovas, que podem ser coletados com auxlio de redes e peneiras. Os exemplares capturados foram acondicionados em sacos plsticos de um litro, contendo uma pequena amostra umedecida da vegetao do local a fim de se evitar o ressecamento dos mesmos, at serem mortos. Estes indivduos coletados foram preparados conforme tcnicas usuais para o grupo, sendo posteriormente incorporados a uma coleo cientfica de referncia, no caso a Coleo Herpetolgica do Museu de Cincias Naturais da PUC.MINAS, como material testemunho do trabalho desenvolvido. Nesta coleo foram tambm elucidadas dvidas de cunho taxonmico. Realizou-se tambm a documentao fotogrfica de alguns dos ambientes amostrados, espcimes visualizados e procedimentos aplicados. O registro da ocorrncia de espcies de rpteis foi realizado no perodo diurno e noturno atravs da procura ativa em pontos de amostragem (transectos em terra e/ou corpos d gua), amostragens de estrada ( road sampling (Fitch, 1987) e ) visualizaes ocasionais. Locais passveis de serem utilizados como abrigo, como frestas em acmulos de pedras e aglomerados rochosos, troncos cados e madeira empilhada, termiteiros, vegetao marginal e a camada de folhedo que se acumula no cho foram examinados. A captura eventual e o manuseio foram auxiliados atravs da utilizao de gancho, garrotes de borracha, lao e luvas de raspa de couro. Qualquer oportunidade de registro por visualizao foi quantificada, considerando-se, at mesmo, animais encontrados mortos (geralmente atropelados). Inclui-se tambm como indcio da ocorrncia de espcies a presena de carcaas, mudas ou ovos de rpteis.

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FIGURA 4.75B - Pontos de verificao e coleta - herpetofauna

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Sempre que possvel, procurou-se anotar os dados referentes abundncia e comportamento das espcies (atividade de vocalizao, presena de jovens etc), assim como caractersticas do ambiente em que foram observadas (microhabitats). Para tal, cada rea amostrada foi descrita conforme os principais aspectos da vegetao e dos corpos d'gua presentes. O ambiente foi considerado fechado ou aberto de acordo com o porte da vegetao e, conseqentemente, da incidncia de luminosidade nos estratos mais baixos. Sendo assim, quando o local apresenta vegetao alta, capaz de sombrear o ambiente, denominado fechado; quando apresenta vegetao de pequeno porte, permitindo grande incidncia de luz, considerado aberto. J os corpos d'gua so considerados permanentes ou temporrios. Procurou-se obter informaes referentes atual ocorrncia de exemplares da herpetofauna (sobretudo quelnios e jacars), bem como o seu histrico de ocupao na regio, atravs de entrevistas com moradores ribeirinhos, enfatizando aqueles que moram prximos aos locais selecionados. Foram observadas as caractersticas dos pontos selecionados e o nvel atual de presso de caa. Com a finalidade de ampliar os resultados foi utilizada a metodologia de instalao de postos de captura em casas e fazendas, com a devida autorizao do rgo ambiental competente. O procedimento consiste em deixar com os moradores baldes plsticos (e tampas) de vinte litros contendo soluo de formalina a 10%. A equipe apresentada e o trabalho realizado, bem como sua importncia, so devidamente explicados aos mesmos. Salienta-se os cuidados a serem tomados durante a execuo de atividades rotineiras, para se evitar acidentes, e tambm como proceder no caso de captura de exemplares e manuseio de formol. Para captura/ coleta/ transporte da fauna foi utilizada licena junto ao IBAMA nmero 275/06 NUFAS/DIREN. A interpretao dos dados obtidos para as espcies considera os seguintes fatores: - ocorrncia de espcies especialistas, que por serem muito dependentes do meio em que vivem no toleram grandes alteraes ambientais; - presena de espcies endmicas, que podem ter sua sobrevivncia comprometida com a supresso de habitats naturais; - presena de espcies arborcolas, que ocupam ambientes de mata e tm sua sobrevivncia ameaada com a escassez de estratificao vegetacional; - predominncia de espcies sinantrpicas, que pode determinar o grau de alterao do meio; - ocorrncia de espcies peonhentas, que possuem interesse mdico e podem gerar algum risco para a populao humana, estando, por isto, sob risco de mortandade predatria; - presena de espcies ameaadas de extino, para as quais destina-se uma maior preocupao em termos conservacionistas. A primeira campanha ocorreu no perodo de 11 a 20/09/2006 e a segunda, entre os dias 30/01 e 08/02/2007, visando a obteno de dados adicionais para incremento dos resultados. O esforo amostral consistiu de aproximadamente 80 horas, ou 10 horas/dia, para cada campanha.

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Descrio dos pontos de coleta Para a rea da mina de Itapanhoacanga foram determinados 33 pontos (01 a 33) para realizao de coleta sistemtica, entre ambientes abertos, fechados, lnticos e lticos, procurando-se compreender as diferentes formaes encontradas, de forma a representar toda a regio (quadro 4.49 e figura 4.75B). QUADRO 4.49 - Pontos selecionados para realizao de amostragem sistemtica durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga-MG (2006).
Ponto de Amostragem Caracterizao sucinta do ambiente Crrego Campinas alternando pores de rea aberta e reas com pequena vegetao ciliar. Crrego e form ao de brejo prxim os a benfeitoria rural constituindo rea alterada em funo da atividade antrpica. Corpo d gua que desce do alto de serra prxim o a fragm ento de m ata. Audes em rea de pasto prxim o a benfeitoria rural. Riacho prxim o a rea urbanizada. Riacho que corta rea de afloram ento rochoso. rea mida (aude e pequeno crrego) prxima a benfeitoria rural. Crrego com vegetao m arginal descaracterizada. rea de encontro entre dois crregos dotada de vegetao ciliar. Riacho prxim o a fragm ento de m ata em encosta de serra. Riacho dotado de vegetao m arginal prximo a benfeitoria rural. Nascente em rea de pasto Riacho em rea de pasto com resqucios de vegetao m arginal Encontro de corpos d gua; nascentes em rea de pasto em sop de serra, prximo a benfeitoria. Crrego em rea de pastagem com vegetao ciliar rudim entar Localizao UTM (23 K)/Altitude (m) 668049/7919863 657m 667651/7919663 643m 667201/7919924 653m 665468/7921717 775m 664838/7922444 672m 663738/7922152 762m 664671/7923422 632m 665056/7924617 624m 665251/7925213 6522m 665606/7926330 640m 665676/7924699 632m 665562/7925009 631m 666986/7923948 170m 667478/7924553 669m 667476/7923315 623m

P 01

P 02

P 03 P 04 P 05 P 06 P 07 P 08 P 09 P 10 P 11 P 12 P 13

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Continuao

Ponto de Amostragem P 16 P 17 P 18 P 19

Caracterizao sucinta do ambiente Aude em m eio a rea de pasto. Crrego prxim o a rea de capoeira e prximo a via de acesso. rea de form ao lacustre a m argem da via de acesso. Crrego e pequena poa em rea de habitao humana. Riacho em m eio a rea de pasto com vegetao herbcea-arbustiva abundante Complexo de drenagens interm itentes e poas; rea em formao de afloram ento rochoso. Corpo d gua com resqucios de vegetao ciliar em rea de campo. rea dotada de form ao lacustre e crrego em m eio a rea aberta em alto de serra. Crrego com vegetao ciliar em m eio a rea de campo em alto de serra. Crrego em m eio a uma rea de fragmento de mata. Drenagem temporria em rea de fragmento de mata. Crrego prxim o a estrada com pequena poro de vegetao ciliar. Poro de um corpo d gua com form ao de charco. Crrego em m eio a rea de pastagem. Aude e brejo com vegetao herbcea-arbustiva em ergente. Audes prximos a benfeitoria rural em m eio a pastagem. Crrego com vegetao ciliar emergente. Represa d gua proveniente de um a nascente em rea aberta, presena de trs extratos arbreos.

Localizao UTM (23 K)/Altitude (m) 667336/7922896 631m 667298/7922251 652m 667282/7921779 660m 665151/7922245 685m 665064/7921783 174m 664087/7920773 830m 664764/7920303 720m 662041/7921873 896m 661759/7919993 1062m 667200/79200385 673m 664731/7927181 649m 662652/7925851 672m 662279/7924631 653m 663696/7926185 656m 663523/7925753 653m 664886/7925322 625m 663527/7924951 631m 662615/7923869 673m

P 20

P 21

P 22

P 23

P 24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32

P33

Para a rea da mina da serra do Sapo foram determinados 78 pontos (01 a 78) para realizao de coleta sistemtica (quadro 4.50 e figura 4.75B).

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QUADRO 4.50 - Pontos selecionados para realizao de amostragem sistemtica durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina serra do Sapo-MG (2006).
Ponto de Amostragem P 01 P 02 P 03 P 04 P 05 Caracterizao sucinta do ambiente rea de afloram ento rochoso em encosta de serra circundada por pastagem e capoeira. Nascente e riacho prxim os a rea de agricultura em regio de encosta de serra. rea de capoeira e pastagem. Riacho de grande porte. Audes em rea antropizada. Encontro de quatro nascentes com vegetao ciliar escassa, em m eio a pasto em rea de encosta de serra. Lagoa dotada de vegetao m arginal em m eio a rea de pastagem. rea de drenagem em grota em meio a rea de pasto. Nascente com vegetao ciliar presente. rea de nascente que segue em um riacho em meio a pasto limpo. Lagoa usada para piscicultura m argeada por pasto e capoeira; nas proxim idades h tambm a form ao de um a rea brejosa. Riacho constituindo o m esm o corpo d gua do P11 com rudimentos de mata ciliar em m eio a rea de pastagem; audes com m argem desprovida de vegetao m arginal prximos. Rio Santo Antnio prximo a rea de m ata de encosta de serra; neste m esm o ponto encontram -se um pequeno riacho e um aude com vegetao m arginal herbceo-arbustiva. Crrego em rea aberta com resqucios de m ata ciliar. Crrego que form a um pequeno brejo com vegetao herbcea m arginal. Pequena represa artificial e um a pequena form ao de brejo com vegetao herbcea m arginal. Aude prximo a duas nascentes. Localizao UTM (23 K)/Altitude (m) 666350/7907930 740m 666057/7908327 756m 666114/7907873 753m 666855/7908903 694m 668284/7908597 720m 668206/7905342 471m 668716/7905498 637m 668142/7904588 676m 666496/7902920 679m 666496/7902920 679m 664986/7903612 668m

P 06

P 07 P 08 P 09 P 10

P 11

P 12

664345/7903598 638m

P 13

663754/7904825 660m 663548/7905848 634m 663497/7907474 669m 663855/797737 685m 664401/7907987 706m

P 14 P 15

P 16

P 17

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Continuao

Ponto de Amostragem P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36 P37

Caracterizao sucinta do ambiente Form ao lacustre em rea vizinha a m ata de encosta prxim o a nascente Crrego em m eio a rea de pastagem. Ponto com duas poas em ambiente aberto. Aude prximo a nascente em rea de sop de serra dotado de m ata. rea mida constituda por um aude prximo a brejo em regio de campo. rea nas proxim idades do rio Santo Antnio em m eio a pastagem. Crrego em m eio a rea de capoeira. Crrego em m eio a rea de capoeira. rea de charco com vegetao herbceaarbustiva em ergente. Crrego em m eio a rea de capoeira. Ponto com dois audes em rea aberta. Crrego com pequena poro de vegetao ciliar. Ponto constitudo por uma poa e um brejo em m eio a rea aberta. Aude em m eio a rea de pasto. Crrego nas proxim idades de um a habitao rural. Crrego e poa prxim os a rea de pastagem. Nascente form ando pequena poa em rea de pastagem com vegetao herbcea abundante. Ambiente lacustre prximo a residncias rurais com m argem beira de um fragmento de mata. Lagoa em m eio a rea de pastagem com m argens desprovidas de vegetao. Crrego em grota em meio rea de pastagem com vegetao herbcea-arbustiva abundante nas m argens. Aude em meio a pasto.

Localizao UTM (23 K)/Altitude (m) 664048/7908363 701m 663682/7908905 684m 663997/7909502 775m 664388/7909680 774m 662860/7910035 743m 661995/7907634 642m 661299/7907816 649m 660649/7908391 644m 660505/790872 658m 660444/7908977 667m 659809/7909796 656m 659029/7910052 651m 658101/7910787 711m 661533/7906932 652m 670332/7903281 654m 669963/7904830 613m 670894/7904696 630m 671137/7904611 614m 671790/7904545 6722475/7904795 600m 673081/7904035 635m

P38

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Continuao

Ponto de Amostragem P39 P40 P41 P42 P43 P44 P45 P46 P47 P48 P49 P50 P51 P52 P53 P54 P55 P56 P57 P58 P59

Caracterizao sucinta do ambiente Crrego dotado de m ata ciliar. Riacho localizado na rea da Mata da Taquara. rea dotada do encontro de duas nascentes e form ao lacustre. Nascente em m eio a pastagem Crrego com pequena poro de vegetao ciliar. Lagoa em m eio a pastagem. Crrego em m eio a rea antropizada. Lagoa em rea de capoeira. rea mida formada por uma nascente e um grande brejo em m eio a pastagem. Lagoa prxim a a benfeitoria rural e a rea de encosta. rea de pastagem prximo a benfeitoria rural. rea dotada de lagoa e um a nascente em m eio a rea de pasto. Crrego em perm etro urbano, vegetao herbcea e arbustiva m arginal. Crrego em m eio a pastagem. Crrego e pequena lagoa prxim os a rea de pastagem Lagoa prxim a a fragm ento de m ata. Lagoa com vegetao m arginal emergente em m eio a rea de pasto. Nascente e aude prxim o a capo de m ata. Crrego em rea de pasto, m osaico trs extratos vegetacionais. Nascente e aude prxim o a rea de capoeira. Lagoa prxim a a sede de fazenda, em rea aberta.

Localizao UTM (23 K)/Altitude (m) 671359/7901018 640m 670503/7900470 613m 670332/7899460 632m 6709645/7895484 623m 671062/7897946 635m 664346/787949 676m 664683/79020231 639m 664540/7902690 640m 669003/7904117 638m 668874/7903345 561m 668519/7905756 609m 668607/7906425 664m 668265/7906904 645m 667869/7907096 653m 667615/7907154 658m 667362/7907389 681m 669021/7906668 642m 668419/7908962 740m 667717/7909813 667m 667237/7910271 681m 666751/7910420 678m

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Continuao

Ponto de Amostragem P60 P61 P62 P63 P64 P65 P66 P67 P68 P69 P70 P71 P72 P73 P74 P75 P76 P77 P78

Caracterizao sucinta do ambiente Poro represada do crrego Pereira . rea dotada de crrego e um aude em m eio a rea de pastagem. Crrego em m eio a rea de pastagem. Encontro de dois crregos prxim o a um pequeno capo de m ata. Nascente em sop de serra em m eio a rea de pastagem e de capoeira. Nascente em sop de serra em m eio a rea de pastagem e de capoeira. Nascente em sop de serra em m eio a rea de pastagem e de capoeira rea dotada de um crrego e um aude. Crrego m argem da via de acesso. Represa de um crrego em rea de pasto. Ambiente lacustre em rea de pastagem. Nascente em m eio a pasto sujo. Corpo d`gua-nascente em m eio a pastagem e capoeira. Crrego contribuinte do crrego Santo Antnio, trecho em m eio a pastagem. Riacho prxim o a fragm ento de m ata.. Poa em rea de alto de serra. Corpo dgua de pequeno porte prxim o a rea antropizada . rea de brejo prxim o a via de acesso. Crrego em rea alterada.

Localizao UTM (23 K)/Altitude (m) 668677/7910746 668m 668764/7911156 652m 667272/7913354 659m 666843/7913480 673m 665412/7912799 719m 665244/7912952 736m 664916/7913126 767m 667561/7913063 679m 668645/7913736 648m 664745/7900711 639m 665758/7900476 652m 665318/7908180 652m 666104/7900231 661m 664054/7899894 641m 665311/7915722 723m 663636/7913603 827m 659223/7913416 694m 657848/7912367 659m 669140/7904506 653m

Na segunda campanha de campo a maioria dos pontos foi novamente visitada restando apenas aqueles cujas estradas se encontravam em condies precrias, impossibilitando o acesso. Um novo ponto foi selecionado na rea da mina do Sapo, descrito no quadro 4.51 a seguir.

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QUADRO 4.51 - Novo ponto selecionado para realizao de amostragem sistemtica durante a segunda campanha da herpetofauna na regio da mina serra do Sapo-MG (2007).
Ponto de Amostragem P 79 Caracterizao sucinta do ambiente Poa inserida em rea de capoeira e pastagem. Localizao UTM (23 K)/Altitude (m) 661918/7907576 643m

Ictiofauna Procedimentos durante as coletas e em laboratrio As amostragens foram realizadas em duas estaes: estao seca (31/07 a 09/08/2006) e estao chuvosa (23/02 a 03/03/2007), no intuito de serem amostradas a maioria das espcies presentes na regio do empreendimento. Para os pontos determinados para amostragens de ictiofauna foram realizadas amostragens qualitativas (arrasto de malha 2 mm, peneiras de malhas 2 mm e tarrafas de malhas 3 e 4 cm entre ns opostos), e quantitativas (redes de emalhar de 10 metros de comprimento por 1,5 metros de altura, com malhas variando de 1,5 a 6 cm entre ns opostos). As redes foram armadas no final da tarde e retiradas na manh do dia seguinte, permanecendo na gua por aproximadamente 12 horas (fotos 85 a 88). As capturas foram realizadas atravs da licena do IEF - Categoria D-n 032-06. Para pontos onde no houve a autorizao dos proprietrios para as amostragens foram realizadas entrevistas sobre as espcies que ocorrem no local. As amostragens qualitativas foram realizadas em todos os pontos de coleta, enquanto as quantitativas ocorreram apenas nos cursos d`gua onde as caractersticas fisiogrficas dos mesmos possibilitaram a utilizao desta tcnica de captura (quantitativa), como por exemplo, maiores profundidades e guas menos correntosas. As amostragens quantitativas foram realizadas nos pontos (IR3, CMC19 CMR2 e CMR3). O esforo empregado com os respectivos tamanhos de malhas foi registrado para cada ponto amostral (quadro 4.52). QUADRO 4.52 - Esforo de pesca total (m), por malha, empregado nos pontos de amostragens nas reas de influncia da implantao das minas da MMX Minerao e Metlicos S.A, nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas (Itapanhoacanga)/ MG (agosto 2006 e fevereiro de 2007).
Malha (cm) 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 5.0 6.0 Total IR3 15 15 15 15 15 15 15 15 120 Esforo de pesca (m) CMC19 15 15 15 15 15 15 15 15 120 CMR2 15 15 15 15 15 15 15 15 120 CMR3 15 15 15 15 15 15 15 15 120

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Nos crregos a realizao de coletas com redes de espera freqentemente impossvel devido aos seus pequenos volumes d gua e profundidade. No entanto, o uso de amostragens qualitativas sem critrios limitadores de tempo e espao amostrado impede que se faam comparaes confiveis entre os mesmos. Para que fossem possveis estas comparaes, as coletas nos crregos foram padronizadas. Isto foi possvel graas limitao do trecho amostrado em 30 metros lineares, com redes nas extremidades deste trecho (para impedir a sada de indivduos em fuga) e ao uso de um esforo padro de 2 horas por local de coleta, utilizando-se peneiras, tarrafas e arrasto de tela mosquiteira para captura dos exemplares. Os peixes capturados foram separados por local de captura e pelo tipo de petrecho utilizado para captura e acondicionados em sacos plsticos, contendo etiqueta com indicaes de sua procedncia, data e coletor. Em algumas ocasies, antecedendo o processo de fixao, os peixes foram fotografados. Os exemplares selecionados como testemunho, no destinados a dissecao, foram imediatamente fixados com formol diludo em gua a 10%. Este material foi necessariamente incorporado ao acervo do Museu de Histria Natural da PUC/ Minas. No laboratrio, os peixes foram lavados, triados e conservados em soluo de lcool etlico a 70o GL. Foi realizada a triagem, etiquetao, identificao taxonmica, e a retirada dos dados biomtricos. Os dados obtidos foram digitados, conferidos e tabulados para a realizao das anlises necessrias, ou seja, clculo da Captura por Unidade de Esforo (CPUE), riqueza e diversidade (H de espcies. ) Foram realizadas alm das amostragens qualitativas e quantitativas, entrevistas com pescadores amadores em relao s espcies de peixes nos pontos onde no houve autorizao dos proprietrios para amostragens e nos locais onde no foram capturados peixes. Anlise do material em laboratrio Em laboratrio os peixes foram: identificados at o menor nvel taxonmico, pesados [peso corporal (PC) em gramas] e mensurados [comprimento total (CT) e comprimento padro (CP) em centmetros]. Para a identificao dos exemplares foram utilizadas chaves taxonmicas segundo IHERING (1931); GOSLINE (1947), GRY (1977), GARAVELLO (1979), ISBRCKER (1981), MENEZES (1987), BRITSKI ET AL. (1988), BURGESS (1989), VARI (1992); OYAKAWA (1993), MAZZONI ET AL (1994), SILFVERGRIP (1996), REIS (1997), ALVES ET AL. (1999), GARUTTI & BRITSKI (2000) E REIS & PEREIRA (2000). As gnadas de cada exemplar foram retiradas para anlise macroscpica do estdio de maturao gonadal, baseando-se na classificao proposta por Bazzoli (2004), onde se observaram caractersticas como: seu percentual de ocupao da cavidade celmica, forma, transparncia, tugor, grau de irrigao sangnea, presena e tamanho dos ovcitos. Aps a identificao, elas foram pesadas em balana de preciso. Nos casos em que houve dvida em relao ao estdio de maturao gonadal, o material foi coletado e submetido s tcnicas histolgicas de rotina; incluso em parafina, corte em micrtomo com espessura de aproximadamente 5 a 7 ? m, colorao com Hematoxilina - Eosina [H.E.] e posteriormente analisado em microscpio estereoscpico seguindo classificao proposta por Bazzoli (2004):

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1 = repouso, ovrios delgados, translcidos, volume reduzido, contendo O1 e O2; testculos filiformes ou franjados e transparentes, contendo somente espermatognias e lume dos tbulos seminferos fechado. 2 = maturao inicial, ovrios volumosos, alguns ovcitos visveis a olho nu, contendo O1, O2 e O3; testculos volumosos e esbranquiados, com pequena quantidade de espermatozides no lume dos tbulos seminferos em relao s outras clulas da linhagem espermatognica. 3 = maturao avanada/maduro, ovrios com volume mximo com numerosos ovcitos visveis a olho nu, contendo O1, O2, O3 e O4 e testculos trgidos, branco leitosos, com lume dos tbulos seminferos repleto de espermatozides. 4A = parcialmente desovado/esgotado, ovrios flcidos, hemorrgicos, contendo O1, O2, O3 e O4 e folculos ps-ovulatrios. Testculos flcidos, hemorrgicos, com quantidades apreciveis de espermatozides e lume dos tbulos seminferos abertos. 4B = totalmente desovado/esgotado, ovrios muito flcidos, hemorrgicos, contendo numerosos O1 e O2, vrios folculos ps-ovulatrios e O3 e O4 em atresia. Testculos delgados, hemorrgicos, contendo somente espermatognias na parede dos tbulos seminferos com lume aberto. Tamanho e abundncia dos exemplares capturados A variao nos tamanhos das espcies para o perodo amostrado foi avaliada por meio da construo de tabelas com os comprimentos e pesos mdios, mximos e mnimos dos exemplares capturados. A abundncia relativa foi determinada atravs da captura por unidade de esforo (CPUE), definida como o somatrio do nmero (CPUEn) ou biomassa (CPUEb em kg) de peixes em 100 m2 das redes empregadas por 12 horas. Este procedimento possibilita comparaes quantitativas entre espcies, estaes e perodos amostrados, sendo obtido da seguinte forma: CPUEn =

N / E x 100

CPUEb =

i? 1

B / E x 100, onde:

i? 1

CPUEn = captura em nmero em 100 m2 por unidade de esforo; CPUEb = captura em biomassa (kg) em 100 m2 por unidade de esforo; N = n de peixes capturados para um determinado tamanho de malha; n = tamanhos de malha empregados (1.5, 2, 2.5, 3.0, 3.5, 4, 5, 6); B = biomassa (kg) dos peixes capturados para um determinado tamanho de malha;

E = esforo de pesca para um dado tamanho de malha (rea de rede empregada) durante o tempo de exposio.

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Anlise da diversidade i ctiofaunstica Para o clculo da diversidade de espcies foram empregados os dados quantitativos obtidos atravs das capturas com redes de emalhar (CPUE). Ser utilizado o ndice de diversidade de Shannon (Magurran, 1988), descrito pela equao: S H' = - ? (pi) . (logn pi), onde: i=1 S = nmero total de espcies na amostra; i = espcie 1, 2, 3 ...i na amostra; pi = proporo do nmero de indivduos da espcie i na amostra, atravs da CPUE em nmero. Informaes adicionais A definio do porte das espcies segue a proposio apresentada em VAZZOLER et. al. (1997), onde: - porte pequeno (< 20 cm); - porte mdio (entre 20 e 40 cm) e, - porte grande (> 40 cm). Neste estudo, so consideradas espcies reoflicas as que necessitam do ambiente ltico (guas correntes) para completarem o seu ciclo de vida. Essas espcies podem ser migradoras ou no. Caracterizao dos pontos de amostragem Para a elaborao do levantamento da ictiofauna, aps anlise cartogrfica, foram selecionados os cursos d gua localizados nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas, abrangendo assim as reas de influncia do empreendimento (quadro 4.53 e figura 4.75C).

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QUADRO 4.53 - Localizao dos pontos de amostragem ictiofaunstica nas reas de influncia da mina de Itapanhoacanga e mina do Sapo, nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas MG
Pontos IE1 - Viveiros para criao de peixes (ponto 2) IE2 - Lagoa Rio das Pedras (ponto 3) IE3 - Lagoa Rio das Pedras (ponto 4) IR1 - Rio Verm elho (ponto 5) IR2 - Rio das Pedras (Faz. Juquinha) (ponto 6) IR3 - Rio das Pedras (Faz. Kitungo) (ponto 7) ICS1 - Crrego Logradouro (ponto 8) ICS2 - Crrego (Faz. Z Pedro) (ponto 9) ICS3 - Crrego (Faz. Z Pedro) (ponto 10) IC1 - Crrego (Faz. Z Pedro) (ponto 11) ICS3 - Crrego (Faz. Z Maria) (ponto 12) IR4 - Rio das Pedras (Faz. Z Maria) (ponto 13) IC2 - Crrego Campinas (Faz. Fbrica) (ponto 14) ICS4 - Crrego Pedra de Ferro (ponto 15) ICS5 - Crrego Campinas (ponto 16) Coordenadas [UTM - 23K] 7925291 664833 7927183 664735 7922611 669046 7923429 664668 7924803 665617 7925803 665026 7922914 665156 7923465 665417 7923989 665765 7924217 665914 7923313 667469 7923215 667638 7919906 667154 7919922 667065 7919459 668026 Descrio Viveiros escavados artificiais, vegetao ciliar ausente (pastagem) Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, arenoso e profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,5 m Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato argiloso e profundidade mxima de aproxim adam ente 8 m Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, pedregoso e arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 60 cm Vegetao ciliar na m argem direita e ausente (pastagem) na margem esquerda, substrato arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,5 m Vegetao ciliar escassa nas duas m argens, substrato argiloso, pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,5 m Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, baixa coluna d gua, ausncia de peixes Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, baixa coluna d gua, ausncia de peixes Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, baixa coluna d gua, ausncia de peixes Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato arenoso, pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 50 cm Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato arenoso, baixa coluna d gua, ausncia de peixes Vegetao ciliar escassa na m argem esquerda e ausente (pastagem) na margem direita, substrato arenoso, pedregoso, profundidade de aproxim adam ente 60 cm Vegetao ciliar na m argem esquerda e ausente (pastagem) na margem direita, substrato arenoso, profundidade mxima de aproximadamente 1,5 m Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato arenoso, pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 40 cm Vegetao ciliar na m argem esquerda e ausente (pastagem) na margem direita, substrato arenoso, profundidade mxima de aproximadamente 1,5 m, ausncia de peixes Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 20 cm, matria vegetal em decomposio, ausncia de peixes

ICS6 - Crrego Palmital (ponto 17)

7922221 667301

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Continuao

Pontos

Coordenadas [UTM - 23K] 7922412 668048

Descrio Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 20 cm, matria vegetal em decomposio , ausncia de peixes. Vegetao ciliar na m argem esquerda e ausente (pastagem) na margem direita, substrato argiloso, pedregoso, profundidade mxima de aproxim adam ente 2,0 m, matria vegetal em decomposio Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, pedregoso, profundidade mxima de aproxim adam ente 1,0 m, macrfitas aquticas Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 2,0 m, matria vegetal em decomposio, macrfitas aquticas rea encachoeirada, vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, arenoso, profundidade mxima de aproximadamente 2,0 m, m atria vegetal em decomposio, ausncia de peixes por barreira natural (cachoeira) rea encachoeirada, vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, arenoso, profundidade mxima de aproximadamente 2,0 m, m atria vegetal em decomposio, ausncia de peixes por barreira natural (cachoeira) Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato arenoso, pedregoso, profundidade mxima de aproxim adam ente 50 cm Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato arenoso, pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,20 m Vegetao ciliar escassa nas duas m argens, substrato arenoso, pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,20 m, macrfitas aquticas Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato arenoso, pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,0 m Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, pedregoso, m acrfitas aquticas, esgoto Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 20 cm, ausncia de peixes Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,5 m, macrfitas aquticas Vegetao ciliar ausente (pastagem e plantao de bananas), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 1,5 m, macrfitas aquticas, m atria vegetal em decomposio

ICS7 - Crrego Capanga (ponto 18)

IR5 - Rio das Pedras (Faz. Joo do Tapa) (ponto 19)

7922619 669034

IC3 - Crrego (Faz. Joo do Tapa) (ponto 20) ICS8 - Crrego Zalu (ponto 21)

792251 669101 7917882 667573

ICS9 - Crrego Zalu (ponto 22)

7915716 665305

ICS10 - Crrego Zalu (ponto 23)

7915773 665273

ICS11 - Crrego do Botabem (ponto 24) IR6 - Rio das Pedras (Faz. Afonso da Fortuna) (ponto 25) IC4 - Crrego do Botabem (ponto 26) IR7 - Rio das Pedras (Faz. Baslio) (ponto 27) ICS12 - Crrego Ponte Itapanhoacanga (ponto 29) ICS13 - Crrego do Lizaldo (ponto 30)

7924515 662473 7924658 662382 7924478 662449 7925628 663692 7922447 664844 7913724 663754

CMC1 - Crrego Passa Sete (ponto 31)

7913724 668628

CMC2 - Crrego Pereira (ponto 32)

7910699 668663

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Continuao

Pontos

Coordenadas [UTM - 23K] 7899850 664043

Descrio Vegetao ciliar na m argem esquerda e ausente (pastagem) na margem direita, substrato argiloso, pedregoso, profundidade mxima de aproxim adam ente 60 cm Vegetao ciliar escassa na m argem direita e ausente (pastagem) na margem esquerda, substrato pedregoso, arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 2,0 m, matria vegetal em decomposio Vegetao ciliar ausente (pastagem e plantao de bananas), substrato pedregoso, arenoso, argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 2,0 m Vegetao ciliar escassa na m argem esquerda e ausente (pastagem) na margem direita, substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 20 cm, ausncia de peixes Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, argiloso e arenoso, profundidade mxima de aproximadamente 2,0 m, m atria vegetal em decomposio Vegetao ciliar escassa nas duas m argens, substrato pedregoso, argiloso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 40 cm, macrfitas aquticas, m atria vegetal em decomposio Vegetao ciliar escassa nas duas m argens, substrato pedregoso, argiloso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,5 m, macrfitas aquticas, m atria vegetal em decomposio Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato pedregoso, argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 2,0 m Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 1,5 m Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 1,0 m, macrfitas aquticas Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 10 cm, ausncia de peixes Artificial. Peixes introduzidos: tambaqui, piau branco, tilpia, trairo, carpa, bagre africano Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, pedregoso, profundidade mxima de aproxim adam ente 1,2 m, macrfitas aquticas Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 30 cm Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, argiloso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 20 cm

CME1 - (Crrego do Cruzeiro) (ponto 33)

CMR1 - Rio Santo Antnio (ponto 34)

7900649 664607

CMR2 - Rio Santo Antnio (Faz. Giovani) (ponto 35)

7901835 664445

CMS1 - Crrego (ponto 36)

7902145 664660

CME2 - Rio Santo Antnio (ponte cam inho para Crregos) (ponto 37)

7904897 663.374

CMC3 - Crrego (ponto 38)

7906799 661557

CMC4 - Crrego (ponto 39)

7903585 664348 7904528 669169 7905618 668594 7907048 668272 7900668 664902 7900462 665748 7900275 665495 7900193 666104 7899800 666352

CMC5 - Crrego da Fbrica (ponto 40) CMC6 - Crrego (ponto 41) CMC7 - Crrego (Faz. Carm ita) (ponto 42) CMS2 - Crrego Am ol (ponto 43) CME3 - Lagoa (ponto 44) CMC8 - Crrego (ponto 45) CMS3 -Crrego (ponto 46)

CMS4 -Nascente (ponto 47)

460

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Continuao

Pontos

Coordenadas [UTM - 23K] 7899150 663807 7896945 664093 7896865 670778 7897472 670632 7898404 669982 7897367 670050 7897958 671070 7898513 670961 7899475 670325 7899556 670217 7899524 670150 7900581 670219

Descrio Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 20 cm Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato pedregoso, arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,0 m, presena de lambari, m andi, trara, car, esgoto Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade de aproximadamente 50 cm Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 1,5 m Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 10 cm Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 10 cm Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato argiloso, pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 40 cm, matria vegetal em decomposio Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 10 cm Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 50 cm Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 50 cm Vegetao ciliar escassa (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 50 cm Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 40 cm, macrfitas aquticas, m atria vegetal em decomposio Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 50 cm, matria vegetal em decomposio Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 1,2 m, macrfitas aquticas Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,2 m , matria vegetal em decomposio Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 50 cm, macrfitas aquticas

CMS5 -Crrego (ponto 48) CME4 - Crrego (ponte Conceio Mato Dentro) (ponto 49) CMC9 - Crrego (ponto 50)

CME5 - Lagoa (ponto 51)

CMS6 - Crrego (ponto 52)

CMS7 - Crrego (ponto 53)

CMS8 - Crrego (ponto 54)

CMS9 - Crrego (ponto 55) CMC10 - Crrego (Faz. Denilson) (ponto 56) CMC11 - Crrego (Faz. Denilson) (ponto 57) CMC12 - Crrego (Faz. Denilson) (ponto 58) CMS10 - Crrego, Nascente (Mata da Taquara) (ponto 59) CMC13 - Crrego (Mata da Taquara) (ponto 60) CMC14 - Crrego (ponto 61) CMC15 - Crrego Tote Velho (ponto 62) CMC16 - Crrego Tote Velho (ponto 63)

7900630 670133 7896992 671893 7901004 671336 7901235 671395

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Continuao

Pontos CME6 - Crrego da Ponte Nova (Faz. Breno) (ponto 64) CMC17 - Nascente Ponte Nova (ponto 65) CMC18 - Nascente Companhia (ponto 66)

Coordenadas [UTM - 23K] 7902407 672948 7902634 670.633 7902052 670968

Descrio Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato pedregoso, arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,5 m Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 1,3 m, macrfitas aquticas Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato argiloso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 50 cm, matria vegetal em decomposio Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 3,0 m, matria vegetal em decomposio Vegetao ciliar abundante na m argem direita e ausente (pastagem) na margem esquerda, substrato pedregoso, arenoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 20 cm, macrfitas aquticas Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 50 cm, macrfitas aquticas Vegetao ciliar abundante na margem esquerda e ausente (pastagem) na margem direita, substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 1,3 m, grande quantidade de m acrfitas aquticas Vegetao ciliar escassa nas duas margens, substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 20 cm, matria vegetal em decomposio Vegetao ciliar abundante na m argem direita e ausente (pastagem) na margem esquerda, substrato pedregoso, argiloso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 10 cm, macrfitas aquticas Vegetao ciliar abundante nas duas m argens, substrato pedregoso, argiloso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 2,0 m, macrfitas aquticas Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 60 cm, macrfitas aquticas Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 60 cm, macrfitas aquticas Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 1,5 m Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato arenoso, pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 50 cm

CMC19 - Crrego da Ponte Nova (ponto 67)

7901598 671863

CMC20 - Crrego (Faz. Z Horta) (ponto 68)

7905841 0663562

CMC21 - Crrego (Taboo da Serra) (ponto 69)

7908046 0664355

CMC22 - Crrego (Taboo da Serra) (ponto 70)

7907881 0664407

CMC23 - Crrego (ponto 71)

7908403 0664032

CMC24 - Crrego (Faz. Martinho) (ponto 72)

7909658 0664598

CMR3 - Rio Santo Antnio (ponto 73) CMC25 - Crrego (Faz. Sidney) (ponto 74) CMC26 - Crrego (Faz. Bi) (ponto 75) CMC27 - Crrego (Faz. Jardim) (ponto 76) CMC28 - Crrego (Faz. Carm ita) (ponto 77)

7907642 0661999 7903673 0665808 7902902 0666366 7909821 0667720 7907154 0667617

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Continuao

Pontos

Coordenadas [UTM - 23K]

Descrio

CMS11 - Nascente (Faz. Carm ita) (ponto 78) CMS12 - Nascente So Sebastio do Bom Sucesso (Sapo) (ponto 79) CMC29 - Nascente gua Limpa (ponto 80) CMC30 - Nascente gua Limpa (ponto 81) CMC31 - Nascente (Faz. Z da Bota) (ponto 82) CMC32 - Nascente (Faz. Z da Bota) (ponto 83)

7907098 0667871 7906637 0668181 7905909 0668093 7906021 0668244 7905284 0668134 7905228 0668082

Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato arenoso, pedregoso, profundidade m xim a de aproxim adam ente 20 cm, macrfitas aquticas, ausncias de peixes Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 50 cm Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 50 cm, macrfitas aquticas Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, pedregoso, profundidade mxima de aproxim adam ente 50 cm Vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 20 cm Vegetao ciliar escassa na m argem esquerda e ausente (pastagem) na margem direita, substrato argiloso, profundidade mxima de aproxim adam ente 30 cm

IE - Itapanhoacanga entrevista ............................................................................CME - Conceio do Mato Dentro entrevista IR - Itapanhoacanga rio ...................................................................................................CMR - Conceio do Mato Dentro rio IC - Itapanhoacanga crrego ..................................................................................CMC - Conceio do Mato Dentro crrego ICS - Itapanhoacanga crrego sem peixe ....................................................................CMS - Itapoacanga crrego sem peixe

Foto 85 - Utilizao de arrasto de tela mosquiteira no ponto de amostragens (IR3) em fevereiro de 2007.

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Foto 86 - Utilizao de tarrafa no ponto de amostragens (IR7) em fevereiro de 2007.

Foto 87 - Utilizao de peneira de tela mosquiteira no ponto de amostragem (CMC2) em fevereiro de 2007.

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Foto 88 - Utilizao de redes de emalhar (seta) no ponto de amostragem (CMR3) em fevereiro de 2007.

FOTO 89 - Ponto de amostragem (IR2), rio das Pedras, localizado em propriedade particular (Faz. Juquinha), municpio de Itapanhoacanga.

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FOTO 90 - Ponto de amostragem (ICS2), crrego localizado em propriedade particular (Faz. Z Pedro), apresentando baixa coluna d gua, vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso e ausncia de peixes.

FOTO 91 - Ponto de amostragem (IC1), crrego localizado em propriedade particular (Faz. Z Pedro), apresentando vegetao ciliar abundante nas duas margens, substrato arenoso, pedregoso, profundidade de aproximadamente 50 cm.

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FOTO 92 - Ponto de amostragem (ICS3), crrego localizado em propriedade particular (Faz. Z Maria), apresentando baixa coluna d gua, vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato arenoso e ausncia de peixes.

FOTO 93 - Ponto de amostragem (IR4), rio das Pedras, localizado em propriedade particular (Faz. Z Maria), apresentando vegetao ciliar escassa na margem esquerda e ausente (pastagem) na margem direita, substrato arenoso, pedregoso, profundidade de aproximadamente 60 cm.

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FOTO 94 - Ponto de amostragem (CMR2), rio Santo Antnio, localizado em propriedade particular (Faz. Giovani), vegetao ciliar ausente (pastagem e plantao de bananas), substrato pedregoso, arenoso, argiloso, profundidade de aproximadamente 2,0 m.

Foto 95 - Ponto de amostragem (CMC5), crrego da Fbrica, vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato pedregoso, argiloso, profundidade mxima de aproximadamente 2,0 m.

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Foto 96 - Ponto de amostragem (CMC21), crrego, localizado em propriedade particular (Faz. Taboo da Serra), vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato argiloso, profundidade mxima de aproximadamente 50 cm, macrfitas aquticas.

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Foto 97 - Ponto de amostragem (CMC24), crrego, localizado em propriedade particular (Faz. Martinho), vegetao ciliar abundante na margem direita e ausente (pastagem) na margem esquerda, substrato pedregoso, argiloso, profundidade mxima de aproximadamente 10 cm, macrfitas aquticas.

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Foto 98 - Ponto de amostragem (CMC28), crrego localizado em propriedade particular (Faz. Carmita), vegetao ciliar ausente (pastagem), substrato arenoso, pedregoso, profundidade mxima de aproximadamente 50 cm.

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FIGURA 4.75C - Pontos de verificao e coleta - Ictiofauna

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Limnologia Plano de amostragem Foram realizadas duas campanhas de monitoramentos nos meses de agosto de 2006 e maro de 2007, representando os perodos de seca e chuva, respectivamente. As amostras hidrobiolgicas (fitoplncton, zooplncton e macroinvertebrados bentnicos) foram coletadas em 30 pontos amostrais localizados em cursos de gua da bacia hidrogrfica do Rio Doce. Estes cursos de gua esto inseridos na regio de influncia onde se pretende instalar o empreendimento da Minas-Rio Minerao Logstica LtdaMMX (Quadro 4.54). QUADRO 4.54 - Pontos amostrais e suas localizaes greogrficas nas campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007.
Identificao ASP01 ASP02 ASP03 ASP04 ASP05 ASP06 ASP07 ASP08 ASP09 ASP10 ASP11 ASP12 ASP13 ASP14 ASP15 ASP16 ASP17 ASP18 ASP19 ASP20 ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30 Coordenadas UTM aproximadas X: 0670502 X: 0668862 X: 0670982 X: 0672501 X: 0669905 X: 0669784 X: 0667686 X: 0669611 X: 0674093 X: 0666986 X: 0668725 X: 0666481 X: 0665190 X: 0663070 X: 0662332 X: 0662781 X: 0661695 X: 0664474 X: 0661695 X: 0785388 X: 0668791 X: 0668123 X: 0667703 X: 0667300 X: 0666101 X: 0665301 X: 0664688 X: 0664943 X: 0665589 X: 0666101 Y: 7900420 Y: 7903713 Y: 7905033 Y: 7905354 Y: 7905941 Y: 7906580 Y: 7910189 Y: 7911903 Y: 7913077 Y: 7912870 Y: 7 913755 Y: 7916452 Y: 7915661 Y: 7910851 Y: 7910411 Y: 7906511 Y: 7906756 Y: 7903519 Y: 7906756 Y: 7720325 Y: 7917912 Y: 7922439 Y: 7923137 Y: 7924705 Y: 7924151 Y: 7925170 Y: 7922624 Y: 7922387 Y: 7919428 Y: 7916612

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Metodologia de Coleta e Anlises das Comunidades hidrobiolgicas Comunidade fitoplanctnica Em cada ponto amostral foram realizadas amostragens qualitativas e quantitativas de fitoplncton. Para as amostras qualitativas utilizou-se uma rede de amostragem de plncton com 20 m de abertura de malha. As amostras foram obtidas deixando-se a abertura da rede contra a correnteza por aproximadamente 15 minutos, sendo mantidas in natura sob refrigerao e em laboratrio o material foi analisado ainda vivo com auxlio de microscpio ptico. Para as anlises quantitativas, coletou-se um litro de gua para cada amostra na profundidade sub-superficial, a cerca de 20cm, atravs de um caneco de inox sendo as amostras transferidas para frascos mbar contendo lugol, reagente utilizado para corar e preservar as amostras. Em laboratrio, a contagem do fitoplncton foi realizada em cmara de Sedwig-Rafter sob microscpio ptico, de acordo com APHA (2005). Os resultados foram expressos em indivduos por mililitro (ind./mL). A partir dos dados de riqueza e densidade dos taxa fitoplanctnicos foi calculada a diversidade de Shannon-Weaver (H para cada ponto de amostragem (Magurran, ) 1988). Para a identificao das espcies foi utilizada a seguinte bibliografia: Bourrelly (1968), Bourrelly (1972), Bourrelly (1985). Os laudos sobre as anlises de fitoplncton encontram-se no anexo 7.

Comunidade zooplanctnica Em cada ponto amostral foram realizadas amostragens qualitativas e quantitativas de zooplncton. As amostras qualitativas foram obtidas por meio de arrastos oblquos com rede de plncton de 35 m abertura de malha. Tais amostras foram mantidas in natura sob refrigerao e em laboratrio o material ainda vivo foi analisado com auxlio de microscpio ptico. Quanto s amostras quantitativas, estas consistiam na filtrao de 150 litros de gua na mesma rede e obtidas com auxlio de um balde com volume previamente conhecido. Imediatamente as amostras foram fixadas em formadedo e coradas com corante vital rosa-bengala. Tais amostras foram contadas em cmara de Sedwig-Rafter sob microscpio ptico de acordo com APHA (2005). Os resultados foram expressos em indivduos por litro (ind./L). A partir dos dados de riqueza e densidade dos taxa zooplanctnicos foi calculada a diversidade de ShannonWeaver (H para cada ponto nas duas campanhas de amostragem (Magurran, 1988). ) Para a identificao das espcies foi utilizada a seguinte bibliografia: Chardez (1967), Ruttner-Kolisko (1974), Koste (1978), Ogden & Hedley (1980), Sendacz & Kubo (1982), Reid (1985), Segers (1995) e Elmoor-Loureiro (1997).

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Comunidade zoobentnica Os organismos zoobentnicos so coletados conforme o tipo de substrato de fundo do leito dos corpos d'gua. Assim, para a anlise quantitativa utiliza-se o mtodo de amostragem da fauna zoobentnica para substratos arenosos e argilosos, que realizado conforme o mtodo de "dipping". Este mtodo consiste em amostrar uma rea determinada atravs de uma concha de mo com raio de 7,5 cm e abertura de malha de 0,5 mm, para a retirada, por raspagem superficial, de volumes definidos de sedimento. Ressalta-se que uma amostra composta pelo volume de trs conchadas. So avaliadas nos locais de coleta as reas onde mais adequado realizar as conchadas. O material coletado foi acondicionado em sacos plsticos e imediatamente fixado com soluo de formalina a 10% para o transporte ao laboratrio. A amostragem qualitativa feita pelo mtodo de "kincking", que consiste no revolvimento de volume indefinido de sedimento do leito do rio coletado em uma rede colocada contra a corrente, lavando pedras, folhas e galhos, etc, de modo que os organismos que se encontram aderidos ao objeto, passem para a rede. Em ambientes mais profundos o procedimento o mesmo, porm a coleta realizada na margem do corpo hdrico. O material coletado para anlise qualitativa fixado com formalina a 10 %, tentando assim a manuteno da integridade dos organismos. No laboratrio, aps tamisao, com peneira de malha inferior ou igual a 0,3 mm, o material foi triado sob estereomicroscpio e os organismos acondicionados em tubos de vidro com lcool 70%, para posterior identificao taxonmica, com o auxlio de chaves, comparaes com pranchas ilustrativas e consultas literatura especializada. O conhecimento taxonmico dos macroinvertebrados bentnicos em ecossistemas aquticos tropicais encontra-se ainda muito restrito, quase no existindo chaves de identificao apropriadas. Geralmente, as chaves taxonmicas usadas so confeccionadas para regies temperadas ou para regies tropicais restritas ou para grupos restritos; tornando invivel, em estudos de curta durao, a identificao taxonmica a nveis especficos. Sendo assim, as determinaes taxonmicas foram feitas, quando possvel, no nvel de famlia e gnero, utilizando-se as chaves taxonmicas: Pennak, 1978; Merrit & Cummins, 1984; Nieser et al., 1997; Pinde, 1983, Strixino & Strixino,1995, entre outros.

4.2.2 - Flora e vegetao


Aspectos Biogeogrficos Como mencionado no item Localizao Geral, a regio do empreendimento est situada no limite oeste da rea de ocorrncia da Mata Atlntica. O bioma naquela latitude tem como fronteira o contraforte leste da Serra do Espinhao. A Figura 4.76A mostra a insero da rea do empreendimento no relevo regional. esquerda observa-se o grande macio da Serra do Espinhao e direita a borda leste do mesmo, onde ocorre o conjunto de serras onde ser localizado o empreendimento. Pode ser observado que o espao compreendido entre este contraforte e a vertente oeste do conjunto de serras, onde situa-se o empreendimento, constitui um espao relativamente isolado, estando cercado por elevaes superiores a 850 m. Desta forma, pode-se considerar que a floresta estacional semidecidual a oeste do alinhamento de serras do empreendimento est relativamente isolada fisicamente daquelas a leste do alinhamento das serras.

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FIGURA 4.76A - Localizao da rea do empreendimento (em vermelho) no relevo regional (altitudes superiores a 850 m).

De acordo como o Mapa da Vegetao - PROBIO - MMA/2007, observa-se que na regio da borda leste do Espinhao predominam a Floresta Estacional Semidecidual Montana, ocorrendo tambm as Savanas Florestada e Gramnio-lenhosa, assim como os refgios alto-montanos e montanos (Fig.2). A floresta Estacional Semidecidual a fisionomia de maior distribuio original do bioma, sendo considerada a fisionomia mais devastada do bioma restando pouco mais de 4% da sua distribuio original. As comunidades relquias, que compem os refgios vegetacionais, tm sua maior expresso nos campos de altitudes. A Figura 4.76B mostra que os remanescentes da Floresta Estacional Semidecidual Montana esto preferencialmente localizados na borda leste do Espinhao, havendo inclusive um hiato na conectividade destes remanescentes com aqueles situados mais a leste. Alm disto, os fragmentos localizados na borda leste do Espinhao apresentam entre si maior conectividade do que aqueles situados mais a leste. Notase ainda que na borda leste do Espinhao que nascem os principais afluentes da margem esquerda do Rio Doce, entre eles o Rio Santo Antnio.

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Assim sendo, a borda leste do Espinhao se constitui numa regio importante no contexto regional do Bioma da Mata Atlntica, tanto do ponto de vista de conservao da biodiversidade, por apresentar ambientes mais preservados que no restante do bioma na regio, como tambm pela sua condio de prestao de servios ambientais como a produo de gua e a proteo das nascentes de um rio nacional. Conforme j mencionado no item Localizao Geral, o empreendimento proposto estar localizado numa regio que, desde o ponto de vista biogeogrfico, constitui um ectono, onde ocorre o contato entre dois biomas (Mata Atlntica e Cerrado) e ocorrem tambm refgios vegetacionais montanos (comunidades relquias), conforme o Mapa de Vegetao do Brasil (IBGE, 2004). A Figura 4.77 mostra o Mapeamento da Flora Nativa e Reflorestamentos de Minas Gerais - IEF, 2003-2005, 2Edio (escala 1:50.000) juntamente com as curvas de nvel acima de 850 m. na regio. Observa-se que no conjunto de serras (Itapanhoacanga - Sapo - Ferrugem), onde ser implantado o empreendimento, esto presentes os campos de altitude permeados eventualmente por manchas de vegetao florestal, muitas destas associadas a nascentes. Esta condio mostra a diversidade de ambientes destas serras e justifica sua condio de ectono e importncia para a biodiversidade regional. Finalmente, foi mencionado que os remanescentes florestais do lado oeste do conjunto de serras Itapanhoacanga - Sapo - Ferrugem esto relativamente isolados. Na Fig.3 observa-se que a presena de vegetao florestal nestas serras, permeando as reas de campos de altitude, permitiriam o fluxo gnico da biota diminuindo o isolamento relativo devido ao relevo.

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FIGURA 4.76B - Cobertura Vegetal e Uso do Solo na borda leste do Espinhao. Probio - MMA/2007.

Escala de mapeamento: 1:250.000 Floresta Estacional Semidecidual Montana Floresta Estacional Semidecidual Submontana Refgio Alto Montano Refgio Montano Savana Gramnio-Lenhosa rea Urbana

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FIGURA 4.77. Mapa da Vegetao Nativa na regio do empreendimento. (IEF, 2003 - 2005.

Em ciano: campos de altitude Em verde: vegetao florestal Em vermelho: reflorestamento Em amarelo: ncleos urbanos Em spia: curvas de nvel acima de 850 m. Em amarelo: corredores de vegetao florestal permeando os campos de altitude no alinhamento de serras.

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4.2.2.1 - Caracterizao geral A regio de insero da rea pleiteada para a instalao do empreendimento minerrio em Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas situa-se no limite oeste da distribuio da Floresta Atlntica, estando separada do domnio do Cerrado pelo macio da cadeia do Espinhao (Andrade Lima, 1966; Fernandes & Bezerra, 1990, Ab Saber, 1971; Cmara, 1991). Esta posio geogrfica, juntamente com fatores fsicos, como umidade, solos e geomorfologia determinam os aspectos fisionmicos e florsticos dos tipos vegetacionais distribudos ao longo da regio. Segundo IBGE (1993) e Rizzini (1979) na regio em estudo a Floresta Atlntica representada pela Floresta Estacional Semidecidual, havendo, ainda os campos rupestres sobre quartzito e sobre canga. A Floresta Estacional Semidecidual ocorre na poro mais oeste do bioma Mata Atlntica, onde o clima caracteriza-se por duas estaes bem definidas, uma chuvosa e outra seca. Durante a estao seca, cerca de 20 a 50% dos indivduos perdem as folhas (Veloso et al. 1991). Os Campos Rupestres ocorrem sobre os afloramentos de rochas ferruginosas e sobre os quartzitos da cadeia do Espinhao, a qual considerada como rea prioritria para conservao no estado de Minas Gerais, com importncia biolgica extremadevido alta riqueza florstica e faunstica e presena de diversas espcies endmicas e ameaadas (Costa et al., 1998). De acordo com Joly (1970), entre todos os ecossistemas brasileiros, o Campo Rupestre o que apresenta o maior ndice de endemismo. Alm da presena de espcies de ocorrncia restrita, essa vegetao possui grande valor paisagstico, elevada diversidade e suas plantas possuem riqueza de adaptaes morfolgicas e fisiolgicas que lhes permite sobreviver s condies extremas de temperatura, pobreza dos solos e baixa disponibilidade de gua nos solos (Mendona & Lins 2000). Entre as famlias mais representadas nesses ambientes esto as Orquidaceae, Melastomataceae, Asteraceae (Compositae), Poaceae (Graminae) e Verbenaceae. Tambm as florestas da regio possuem importantes valores ambientais, apresentando rica composio florstica e diversas espcies na lista de risco de extino. A estrutura fisionmica das formaes florestais desta rea pode, quando em clmax e conforme o tipo de solo, apresentar rvores de at 25-30 m de altura. Possuem estratificao definida com sub-bosque pouco denso composto por arbustos e arvoretas de diversas famlias botnicas e freqentemente com presena de plantas epfitas, como bromlias, orqudeas e samambaias. Spix & Martius (1981) em suas viagens no incio do sculo passado descrevem a regio como sendo coberta por densas matas e em alguns locais de maior altitude apresentam vegetao de campos. A regio congrega um longo histrico de interveno humana em seus ecossistemas, o qual se remete poca do apogeu da explorao de ouro e diamante, tendo sido agravado com o fornecimento de madeira para ferrovias e fornos de siderrgicas em meados do sculo XX (Dean, 1997). Em um passado mais recente a supresso da cobertura florestal nativa teve como causa a abertura dos campos de pastagens para a pecuria extensiva.

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Atualmente, as florestas remanescentes encontram-se fragmentadas, em diferentes estgios de regenerao e, em alguns casos, exploradas atravs da extrao seletiva de madeira. Apesar de haverem alguns avanos pontuais na atividade agropecuria na regio, nota-se, freqentemente, um abandono das pastagens e sua colonizao por espcies nativas pioneiras, sendo comum a formao de capoeiras derivadas deste uso. Considerando a rea de influncia do empreendimento, especificamente o municpio de Conceio do Mato Dentro, identificam-se os Parques Municipais Ribeiro do Campo e Salo das Pedras e os Parques Nacionais da Serra do Cip, a APA Morro da Pedreira abrangendo pores de outros municpios no contexto da Serra do Espinhao. importante salientar que o empreendimento proposto encontra-se inserido na zona de amortecimento do Parque Natural Municipal Salo de Pedra, distando 5 Km deste. Alm destas Unidades de Conservao, toda a Serra do Espinhao, incluindo a serra do Sapo e a serra de Itapanhoacanga, fazem parte da Reserva da Biosfera reconhecida pela UNESCO - dada sua importncia ambiental. De acordo com o Decreto 4.340 em seu artigo 41, a Reserva da Biosfera um modelo de gesto integrada, participativa e sustentvel dos recursos naturais, que tem por objetivos bsicos a preservao da biodiversidade e o desenvolvimento das atividades de pesquisa cientfica, para aprofundar o conhecimento dessa diversidade biolgica, o monitoramento ambiental, a educao ambiental, o desenvolvimento sustentvel e a melhoria da qualidade de vida das populaes. 4.2.2.2 - Objetivos do estudo de vegetao Este estudo tem como objetivo caracterizar a cobertura vegetal da rea de influncia do empreendimento, bem como avaliar o impacto sobre a cobertura vegetal decorrente de sua instalao e operao. 4.2.2.3 - Aspectos da cobertura vegetal Como padro geral da paisagem original da regio em estudo (foto 99) pode-se dizer que h o predomnio do ambiente florestal pertencente ao bioma da Floresta Atlntica nas cotas inferiores a 900 m, e acima desta altitude, onde h afloramento rochoso, so comuns os campos rupestres, apesar de haver algumas excees. Dois tipos de campos rupestres se fazem presentes na regio: o sobre canga ferruginosa, localizado principalmente na rea do jazimento, e os campos rupestres sobre quartzito com as diversas variaes que lhes so peculiares, a oeste do empreendimento, ainda abrangendo parte da AII. Apesar de haver algumas espcies comuns entre os campos rupestres sobre quartzito e os sobre canga, diversas outras so especficas a um dos ambientes, o que se relaciona s caractersticas do substrato. Atualmente, os ambientes florestais existentes encontram-se todos alterados, havendo desde aqueles em estgio inicial de regenerao (capoeirinha) at aqueles em estgio avanado (capoeiro). Diversos fragmentos so encontrados e ainda se pode identificar uma certa conexo entre eles (foto 100).

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No caso das vegetaes campestres, estas ainda encontram-se bem preservadas. H indcios de incndios e de coleta predatria de algumas plantas ornamentais (principalmente orqudeas), mas, em termos gerais, os campos apresentam a estrutura original e seus processos ecolgicos encontram-se preservados.

Foto 99 - Paisagem da regio com fragmentos florestais nas altitudes menores e a serra do Sapo ao fundo, onde os campos sobre canga se desenvolvem.

Foto 100 - Paisagem geral da regio com formaes florestais secundrias distribudas em diversos fragmentos.

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Caracterizao da rea de influncia indireta Floresta estacional semidecidual Esta a feio vegetal original predominante na rea de estudo (foto 101). Trata-se de uma floresta secundarizada devido intensa retirada de madeira e/ou resultante da regenerao de antigas derrubadas para produo de carvo e pastagens abandonadas. Com base nas espcies observadas atualmente, pode-se afirmar que a produo madeireira destas florestas foi significativa, tendo contribudo para a construo das cidades regionais e, possivelmente, participado do comrcio com outras regies. rvores de jacarand cavina (Dalbergia nigra ), garapa (Apuleia leiocarpa ), vinhtico (Platymenia foliolosa ), brana (Melanoxylon brauna ), canela sassafrs (Ocotea odorifera ) e canelas (Ocotea sp.) so ainda observadas nessas florestas, mas, em geral, representadas por rvores de porte mdio. Tambm a produo de carvo teve sua importncia econmica no sculo passado, constituindo a base energtica de diversas siderrgicas e do transporte ferrovirio, ao mesmo tempo em que exauriu a floresta regional. comum de se ver antigos fornos de carvo em diversos locais, testemunhando este evento passado (foto 102). No por acaso a denominao do municpio possui mato dentro em seu nome. Apesar da generalizao como floresta estacional semidecidual, h diferenas locais em funo da disponibilidade hdrica, do tipo de solo ou de intervenes passadas, refletindo variaes tanto na composio em espcies como na estrutura fisionmica. Nas pores mais prximas da linha de drenagem e se estendendo pela meia encosta comum a presena de rvores da sangra d gua (Croton urucurana ), do pau-pombo (Tapirira guianensis ) e de diversas espcies de pteridfitas. Dentre as espcies presentes nestes locais, o jequitib-rosa (Cariniana legalis ) o que alcana o maior porte. Algumas grandes rvores desta espcie foram observadas com altura de 25 m, mas ainda sem atingir todo o seu potencial de crescimento. Tambm com porte prximo a este, observouse a presena de angico vassoura (Parapiptadenia contorta ), licurana (Hyeronima alchornioides ), aoita-cavalo (Luehea divaricata ) e pau-balaio (Lonchocarpus guimellinanus ). Nas maiores altitudes a comunidade vegetal se modifica. O porte menor e as espcies predominantes so outras, apesar de algumas em comum com as pores mais baixas. Dentre as espcies presentes nestes locais, destacam-se o canudo-de-pito (Mabea fistulifera ), o barbatimo-da-mata (Stryphnodednron polyphyllum ), o camboat-vermelho (Sclerolobium rugosum ), a pindaba (Guatteria vilosissima e G. sellowiana ), o anil (Dyctioloma vandellianum ), a caroba (Jacaranda micrantha ), a folha de cidreira (Hyptidendron asperrimum ) e a leiteira (Maprounea guianensis ), entre outras. Como espcies presentes em diferentes altitudes, citam-se a quaresmeira (Tibouchina candoleana ), a nega-mina (Siparuna guianensis ), o jacarand-cavina (Dalbergia nigra ), o jacarand-de-sangue (Machaerium brasiliensis ), o murici-canudo (Miconia cinnamomifolia ) e o vinhtico (Platymenia foliolosa ). Esta ltima espcie, s vezes, predomina em determinados fragmentos florestais, destacando-se de longe devido sua copa amarelada no perodo seco do ano.

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No entorno dos ambientes florestais ou em clareiras comum a presena dos arbustos Lippia elega ns, Trembleya parviflora, das gramneas Panicum campestre , Panicum penicilatum, Ichnathus bambusiflorus entre outros. Essas gramneas tambm ocorrem no interior da mata e, s vezes, espcies como P. penicilatum ou I. bambusiflorus , formam densos emaranhados no sub-bosque. Como diversos ambientes florestais encontram-se em estgios iniciais comum de se observar plantas jovens de espcies arbreas que iro formar o futuro dossel. Entre elas, observam-se muitos camboats-vermelhos (Sclerolobium rugosum ), que quando adultos atingem grande porte e formam densa copa. No sub-bosque comum a presena de espcies da famlia Rubiaceae, a exemplo de Palicourea marcgravii , Psychotria deflexa, Psychotria florestana e Psychotria sp.. Com ocorrncia preferencial ao longo das drenagens esto algumas espcies arbustivas do gnero Piper, a exemplo de P. aduncun . Pelo fato destas espcies possurem uma estreita relao com morcegos, que se alimentam de seus frutos, as linhas de drenagem constituem-se em importantes corredores de forrageamento para diversas espcies de morcegos. Arvoretas de Amaiuoa guianensis , A. intermedia e a nega-mina (Siparuna guianensis ) tambm so comuns no estrato inferior da mata, ocorrendo em diferentes condies do relevo. Como planta herbcea no interior da mata, observam-se diversas pteridfitas, a exemplo de Lindisaea stricta , Adiantum subcordatum as gramneas Panicum pantricum, Panicum sellowii, Panicum piloso, Panicum penicilatum, Ichnanthus bambusiflorus, Paradiolyra micrantha, da cypercea Scleria scabra e a rubicea rastejante Coccocypselum lanceolatum . Palmeiras so poucas nestas matas. Apenas foram observadas algumas plantas de jeriv (Syagrus romanzoffiana ) e de macaba (Acrocomia aculeata ), sendo que esta ltima foi encontrada com mais freqncia em meio s pastagens. O jeriv possui grande importncia como fonte de alimentao para psitacdeos, enquanto os frutos da segunda servem como alimento para roedores e para a fabricao de leo de uso culinrio. Plantas epfitas so bastante raras, refletindo mais o estgio secundrio em que a vegetao se encontra que a ausncia natural deste componente vegetal. Esta categoria de planta apenas se instala na vegetao quando esta j se encontra estruturada com as grandes rvores j desenvolvidas, pois sobre elas que iro se desenvolver. Como comprovao desta hiptese, verificou-se uma grande rvore de taba (Guarea guidonea ) coberta por plantas epfitas. Sobre seus galhos observaram-se diversas pteridfitas como Asplenium sp., Micrograma squamulosa, Pleopeltis angustus e Polipodium hissuti . Em algumas rvores existentes em meio floresta observaram-se poucas bromlias do gnero Tillandsia e sobre algumas candeias tem-se a presena de liquens do gnero Usnea.

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Caracterizando o ambiente de capoeira, observam-se agrupamentos de espcies pioneiras, tais como embaba-branca (Cecropia hololeuca ), murici (Byrsonima sericea ), pindaba pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica ), ruo (Vismia magnolyophita ), adrago (Aparisthimum cordatum ) e as candeias (espcies do gnero Eremanthus ), cujo ambiente ser abordado em particular no item seguinte, dada sua freqncia e peculiaridade. Estes agrupamentos de espcies pioneiras ocorrem em grandes extenses, caracterizando ambientes que foram totalmente desmatados em um passado recente, ou em pequenos agrupamentos em meio a uma floresta mais alta, indicando derrubada para retirada de madeira. Formando o estrato arbustivo nestes ambientes pioneiros comum a ocorrncia de Miconia albicans , que s vezes formam comunidades quase homogneas.

Foto 101 - Aspecto de uma Floresta Estacional Semidecidual em estgio avanado de regenerao (capoeiro).

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Foto 102 - Antigo forno de carvo, testemunhando a presso a que a floresta j esteve sujeita no passado.

Floresta ribeirinha Em funo da maior disponibilidade de gua para as plantas, as florestas marginais aos cursos d gua possuem como caracterstica uma menor taxa de caducifolia, sendo por este motivo, definidas como florestas ombrfilas. Muitas espcies tpicas das florestas estacionais tambm se desenvolvem nas vegetaes ribeirinhas, mas existem algumas especficas destas ltimas, a exemplo de samambaiaus (Cyathea delgadii e com menor freqncia a Cyathea corcovandesis ), do landi (Calophyllum brasiliensis ) e de diversos arbustos do gnero Piper. Apesar de haver algumas espcies em comum, nota-se uma diferena florstica e estrutural entre as florestas ribeirinhas da zona florestal e aquelas que bordejam as regies de afloramento de quartzito. Espcies como as arbreas Richeria grandis e Xylopia emarginata , a palmeira Syagrus glaucescens e a epfita Aechmea lamarckei foram observadas apenas no quartzito, enquanto a garapa (Apuleia leiocarpa ), a pororoca (Myrsine coriaceae) e a sangra d gua (Croton urucurana ), apenas foram identificadas em meio s regies florestais. Em comum, as duas possuem o pau de leo (Copaifera langsdorffii ), o pau-pombo (Tapirira guianensis ), o sobre (Emotun nitens ), a nega-minha (Siparuna guianensis ) e o mandioco (Schephlera vinosa ), entre outras. Um tipo especfico de floresta ribeirinha aquela onde o solo se apresenta saturado de gua, sendo que na poca de chuvas encontra-se bastante encharcado. Trata-se da floresta paludosa, que possui como componente da comunidade vegetal a grande presena de amescas (Protium heptaphyllum ) e de pteridfitas, com destaque para o samambaiau (Cyathea delgadii ), alm das espcies Blechnum cordatum , B. polipodioides , Thelipteris subgineo , Ligodium venustum e Salpilaena volubile , sendo estas ltimas de hbito trepador.

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Este tipo de ambiente foi observado em alguns locais das reas destinadas barragem de rejeito e seu entorno, a exemplo da fazenda Jardim, sob as coordenadas 667480-L e 7909813-N.

Candeial Apesar de constituir uma forma secundria da floresta estacional sobre solos deficientes em nutrientes, por sua peculiaridade e intensidade de ocorrncia na regio, destaca-se como uma fisionomia parte (foto 105). Quatro espcies de candeias foram observadas na regio, mas a de maior ocorrncia e a que forma extensas comunidades homogneas a Eremanthus glomerulatus . As demais (E. erythropappus , E., polycephalus e E. incanus)1 formam agrupamentos menores, estando a primeira relacionada a solos um pouco mais frteis, a segunda aos agrupamentos de alecrins (Baccharis spp.) e a terceira a solos ainda mais depauperados que aqueles onde ocorre a E. glomerulatus . Outras espcies de Eremanthus tambm esto presentes, mas no so denominadas popularmente como candeias, a exemplo do E. crotonoides . Na regio em estudo comum de se observarem locais onde o estrato arbreo quase que somente formado pela candeia (Eremanthus glomerulatus ) e o arbustivo por espcies do gnero Miconia, com predominncia da M. albicans, a qual em alguns locais, ocorre quase que exclusivamente. Tambm pertencente famlia Melastomataceae e tambm bastante comuns, assim como a Miconia, tm-se arbustos de mixiriquinha (Clidemia cf. neglicta ) (foto 106) e com menor freqncia Leandra sp. e Trembleya parviflora. As espcies do gnero Miconia, e tambm Leandra e Clidemia, produzem grande quantidade de pequenos frutos intensamente apreciados pelas aves. Por este aspecto, estes locais de candeial com o sub-bosque ocupado por estas espcies possuem grande importncia ambiental ao disponibilizar considervel volume de alimento para diversas espcies de aves. Dentre as poucas espcies arbreas presentes, alm da candeia, destaca-se a pindaba pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica ), a qual apresenta-se como predominante em alguns locais, em geral sobre altitudes inferiores. Gramneas tambm so comuns nestes ambientes de candeiais. s vezes predomina a Aristida torta, em outros locais Echinolaema inflexa , e em outros a espcie extica capim meloso (Melinis minutiflora ), que foi utilizada intensamente como planta forrageira no incio do sculo passado. Com menor freqncia, esto presentes as gramneas Gyminopogon glomerulatus e Andropogon leucostachyus . Sobre as candeias mais velhas observam-se alguns liquens do gnero Usnea, conhecidos como barba de velho. Estas plantas tm grande importncia na ciclagem de nutrientes, pois se associam as bactrias que captam nitrognio da atmosfera, acabando por disponibiliz-los ao sistema.
1 Dentre estas espcies de candeia, a E. erythropappus a que possui a madeira de melhor qualidade, sendo por isto mesmo, a preferida para ser usada como mouro de cerca, apesar das demais tambm se prestarem a este fim. Alm disto, de seu tronco se extrai um leo utilizado em perfumaria e farmacologia, de grande valor no mercado. Em alguns locais do Estado de Minas Gerais esta rvore est sendo plantada e manejada comercialmente.

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Foto 103 - Ambiente de candeial com sua caracterstica homogeneidade fisionmica, onde o estrato arbreo constitudo por rvores de candeias e o arbustivo e herbceo so bastante ralos.

Foto 104 - Plantas de Clidemnia sp. formando o sub-bosque de candeial. A intensa produo de frutos desta planta representa uma importante fonte de alimento para aves.

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Arbustal Da mesma forma que o candeial, trata-se de uma vegetao secundria sobre solos quartzticos, apresentando uma unidade fisionmica e florstica que se permite distingui-la (foto 105). Mas, neste caso, possui porte arbustivo, elevada densidade de plantas e so comuns a oeste da serra do Sapo. Em meio a estes arbustais nota-se a presena de algumas rvores de candeia, mas estas no chegam a predominar como ocorre nos candeiais. Neste caso a espcie de candeia mais comum Eremanthus polycephalus , que possui porte menor que as demais. Com menor freqncia, observam-se alguns E. incanus e E. glomerulatus . Dentre as espcies predominantes neste tipo de ambiente esto os alecrins (Baccharis salzmannii e B. dracunculifolia ). Muitas gramneas tambm constituem esta comunidade. Dentre elas a mais freqente Aristida torta e com menor freqncia tem-se a Schyzachyrium sanguineum . A tendncia deste ambiente evoluir para uma estrutura arbrea, mas em uma taxa de crescimento bastante lenta, pois a restrio do solo muito grande. Apenas com o acmulo de matria orgnica haver condies do solo evoluir e assim suportar uma vegetao de maior biomassa. A lixiviao do solo pelas guas da chuva e o risco de incndios podero contribuir para o retardo desta regenerao, mantendo assim, uma comunidade vegetal semelhante atual.

Foto 105 - Aspecto geral do ambiente de arbustal, onde o predomnio de espcies arbustivas grande.

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Campos hidromrficos Cursos d gua assoreados e antigas represas de propriedades rurais formam ambientes brejosos, denominados tambm como campos hidromrficos. Apesar de serem conseqncia de usos do solo inadequados nas bacias em que se situam, os brejos (ou campos hidromrficos) representam um ambiente de significncia ambiental, pois nele diversas espcies de anfbios, rpteis, aves e alguns mamferos encontram nichos adequados para forragear e reproduzir. Utilizando-se dos espaos marginais a estes brejos, constitudos por matas ou pastagens, os animais integram estes ambientes. Apesar de absorver uma significativa amostra de espcies nativas, no se observa na regio a existncia de campos hidromrficos originais. Trata-se de uma comunidade vegetal instalada em decorrncia de conseqncias antrpicas. A comunidade vegetal formada por uma densa biomassa de ervas (foto 106), onde as gramneas, cyperceas e a taboa (Typha angustifolia ) possuem grande participao. J o estrato arbustivo bastante ralo e poucas espcies o compem, com destaque para as plantas conhecidas como cruz-de-malta (Ludwigia spp.), alm de algumas espcies das famlias Asteraceae (Compositae) e Melastomataceae. Este tipo de ambiente foi observado em diversos locais a leste da serra do Sapo, sendo relativamente comum em locais de pequenos cursos d gua, cujas bacias de contribuio tiveram sua cobertura vegetal alterada e sofreram processos erosivos.

Foto 106 - Aspecto geral de um brejo, observando-se o denso estrato herbceo, composto por grande nmero de gramneas.

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Campo rupestre sobre quartzito Este tipo de campo (foto 107) possui uma diversidade de espcies bem maior que os campos sobre canga ferruginosa, o que pode estar relacionado com uma restrio qumica maior do elemento ferro, alm da maior extenso de campos de quartzito existentes na regio. Como exemplo desta maior riqueza em espcies neste tipo de campo identificou-se 10 espcies do gnero Vellozia, enquanto no campo sobre canga foram apenas duas. Para as orqudeas observou-se o mesmo padro: diversas foram observadas no campo sobre quartzito, enquanto no campo sobre canga foram apenas duas espcies. Arbustos como Eremanthus crotonoides , Wunderlichia sennae , Wunderlichia mirabilis , e Calliandra sp. so bastante comuns neste tipo de ambiente, assim como as gramneas Paspalum hyalinum, Panicum mollinioides, Paspalum poliphyllum , a cypercea Lagenocarpus rigidus e as bromlias Encholirium balansae e Orthophiton Mello -barretoi. Este ambiente bastante comum a oeste e sudoeste da sede de Itapanhoacanga, sobre os extensos afloramentos quartzticos existentes nas serras do Monteiro e da Escadinha.

Foto 107 - Vista geral do campo rupestre sobre quartzito, com destaque para a populao de canela-de-emas (Vellozia cf. glbra).

Vegeta o sobre canga Relacionada diretamente com o afloramento de rochas ferruginosas (foto 108), esta tipologia vegetal restrita s serras do Sapo, da Ferrugem e de Itapanhoacanga, como so conhecidas localmente e onde concentra-se este tipo de rocha e, obviamente, grande parte da jazida pleiteada pelo empreendimento minerrio.

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Alm de algumas reas mais extensas e contnuas de campo rupestre sobre canga situadas na poro central da serra do Sapo, diversas outras reas de menor extenso so observadas. Algumas constituem uma ilha de vegetao herbcea/arbustiva em meio floresta, mantendo uma correlao com outras reas semelhantes apenas por via area, seja pelo vento ou por aves. Em Minas Gerais, alm da regio em estudo, este tipo vegetacional ocorre tambm na zona do Quadriltero Ferrfero. Em outros estados relatada sua ocorrncia na serra dos Carajs e em algumas serras prximas a Corumb, MS. Por ocorrer em locais isolados, circundada por outro tipo de formao vegetal, neste tipo de vegetao comum a ocorrncia de espcies endmicas, sendo algumas restritivas a apenas uma determinada serra. Diversas espcies nesta situao so relatadas para reas de vegetao sobre canga j pesquisadas (Porto & Silva, 1989, Cavalcante, 1970; Kirbride, 1980 e Silva, 1991, Viana & Lombardi, no prelo. ). A estrutura vegetal nestes locais varia do aspecto campestre, nos locais onde a rocha encontra-se mais exposta, a uma forma arborescente, onde h presena de solo. A forma arborescente bordeja as florestas e, em alguns locais, ocorre de forma isolada em meio aos afloramentos. Ao contrrio dos campos rupestres sobre canga do Quadriltero Ferrfero, a presena de orqudeas nesta regio pequena. Apenas foram observados agrupamentos de Pleurotalis teres , uma pequena orqudea sem muita expresso ornamental, e poucas moitas de Hoffmannseggella crispata . Trs espcies de canela-de-ema foram observadas (Vellozia minima , Vellozia cf. glabra e Vellozia sp.). Esta ltima, ainda em identificao, parece ser, segundo o taxonomista Pero Viana, uma espcie ainda no descrita e, possivelmente, endmica desta regio em estudo. Da mesma forma, possvel que diversas outras espcies sejam endmicas deste conjunto de serra ferruginosa, pois seu isolamento em relao a outros ambientes semelhantes grande, o que dificulta o deslocamento de material gentico atravs de plen e sementes entre as reas, propiciando, assim, maiores possibilidades de especiao. Tambm uma espcie de gramnea coletada parece ser uma espcie ainda no descrita e outras plantas ainda em anlise podem apresentar este mesmo status, pois para algumas no se identificou nenhuma exsicata semelhante no herbrio da UFMG, que se constitui em uma importante referncia da flora de Minas Gerais com seu acervo de cerca de 100.000 plantas depositadas. Por outro lado, muitas espcies so comuns em outros locais com vegetao sobre canga. Este o caso dos arbustos Faramea ferruginea, Cordiera concolor e Sebastiania glandulosa , do gervo da serra (Starchytapheta glabra ), da orqudea Pleurothalis teres , da erva Trixis glutinosa , da gramnea Axonopus siccus e da bromlia Dyckia saxatilis, alm de diversas outras. A grande maioria das espcies encontradas possui esta caracterstica de tambm ocorrer em outros locais de canga. Nos locais arborizados, grande a presena do pau de leo (Copaifera langsdorffii ), do angiquinho (Piptadenia sp.), da Humiria balsaminifera , Callisthemine minor e da arvoreta Pimenta pseudocaryophyllus.

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Dentre as gramneas presentes sobre a canga, tem-se algumas comuns aos campos quartzticos e aos cerrados e outras exclusivas. Dentre as primeiras esto Axonopus siccus, Gymnopogon foliosus e Panicum mollinioides e dentre as segundas esto Paspalum scalarie e Andropogon ingratus . Diversas espcies encontradas nos campos rupestres sobre canga ferruginosa apresentam uma distribuio agrupada (foto 109), sendo fcil identificar agrupamentos de canelas-de-emas (Vellozia sp.), de gramneas e de bromlias, entre outras. Muitas das espcies vegetais presentes neste tipo de ambiente possuem alguma forma de deslocamento gentico atravs do vento, seja atravs da polinizao, ou da disperso de sementes. Desta forma, se deslocam a longa distncia, podendo manter intercmbios genticos com serras mais distantes, incluindo o macio quartztico da serra do Espinhao. Da a presena de espcies comuns entre estas reas. Mas a especificidade do substrato faz com que ocorram espcies exclusivas de uma ou de outra serra. Fora da ADA, este tipo de ambiente apenas observado na Serra da Ferrugem ao a sul do empreendimento, em rea prxima sede do municpio de Conceio do Mato Dentro, em local, segundo moradores da regio, pleiteado por outras empresas mineradoras.

Foto 108 - Aspecto geral do campo rupestre sobre canga, observando-se a variao fisionmica pertinente a este ambiente.

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Foto 109 - Detalhe do campo rupestre sobre canga, observando-se um agrupamento da planta Vellozia minima.

Vegetao antrpica Nesta categoria esto as pastagens e as poucas lavouras existentes na regio. Pela regio observa-se que a atividade agropecuria j no to proeminente quanto foi no passado. Muitas das pastagens observadas atualmente encontram-se abandonadas, estando destitudas de qualquer tipo de manejo. Nestas, a presena de plantas invasoras grande, formando densos emaranhados de arbustos e de rvores jovens, dentre as quais se destaca a pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica ). Lavouras tambm so poucas, restringindo-se a cultivos de milho e mandioca em escala de subsistncia. No entanto, h relatos de extensas reas plantadas por cana, arroz e milho no passado, estando estas reas ocupadas atualmente por vegetao secundria. Quando as pastagens encontram-se sujeitas a manejo intensivo (foto 110), a principal grama forrageira utilizada o capim braquiria (Brachiaria decumbens ), havendo algumas fazendas que utilizam de roada mecnica e fazem terraos em curva de nvel. Mas estas so excees, estando a maioria das propriedades rurais praticando formas extensivas de pecuria. Insere-se tambm nesta categoria de vegetao os pomares, jardins e quintais existentes junto s residncias rurais e urbanas. Apesar de reduzidos e constitudos por plantas exticas em sua maioria, formam cobertura do solo e oferecem recursos alimentares e de abrigos a diversos elementos da fauna nativa. Dentre as plantas cultivadas esto diversas orqudeas nativas retiradas dos campos rupestres da regio, a exemplo de Brassavola tuberculata, Oncidium cf. macropetalum, Catasetum sp. e Hoffmannseggella crispata e da bromlia Aechemea bromeliifolia .

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Foto 110 - Pastagem manejada presente em algumas fazendas da regio. Na poro central da foto observa-se a estreita vegetao ribeirinha mantida nesta rea.

Caracterizao da rea de influnc ia direta Na rea de influncia direta, tem-se que, exceo dos campos rupestres sobre canga, os mesmos ambientes descritos para a rea de influncia indireta (AII) so tambm observados.

Caracterizao da rea diretamente afetada A exceo do campo sobre quartzito, todas as demais formas vegetacionais descritas para a AII tambm esto presentes na ADA. Cada rea a ser ocupada apresenta alguma particularidade, conforme descrito a seguir e so ilustradas no mapa de cobertura vegetal (desenho 4, anexo 1). Cava - Serra do Sapo Esta cava est projetada para ocupar o local denominado como serra do Sapo (foto 111) situado a oeste do distrito de So Sebastio do Bom Sucesso, tambm conhecido como Sapo, estendendo ainda para sul e noroeste deste povoamento. Apresentando uma escarpa a oeste e uma declividade menor para leste, esta serra possui afloramentos rochosos de canga ferruginosa, ocupada por uma vegetao predominantemente herbcea e arbustiva. Trata-se do campo rupestre sobre canga, que possui rea de ocorrncia bem menor que os demais ambientes regionais.

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Compondo esta vegetao observam-se diversas espcies com padro de distribuio agrupado. Entre elas destacam-se as canelas-de-emas, das quais foram identificadas 3 espcies (Vellozia minima , V. cf. glabra e Vellozia sp.), sendo esta ltima ainda no descrita pela cincia, conforme j mencionado. Notou-se para esta espcie uma maior ocorrncia na poro superior da encosta, prximo linha de cumeada, onde ocorre em densos agrupamentos com altura de at 1,80 m. A Vellozia minima ocupa o estrato herbceo, no ultrapassando 30 cm de altura, enquanto a Vellozia cf. glabra possui altura maior que 2 m. Tambm compondo o estrato herbceo esto presentes diversas gramneas, raras orqudeas (apenas avistou-se o Pleurotalis teres e Hoffmannseggella crispata ), ervas de Trixis glutinosa e Porophyllim linearis , os cactos Pilocereus aurisetus e Cipocereus minensis e a bromlia Dickia cf. saxatilis , entre outras. No estrato arbustivo, alm das canelas-de-emas citadas anteriormente, esto as espcies Faramea ferruginea , Cordiera concolor . Alguns agrupamentos arbreos so observados em meio ao campo, mas formados por rvores baixas e com pouca diversidade de espcies. Neles esto pequenas rvores da myrtcea Pimenta pseudocaryophyllus , que possui folha com forte aroma de cidreira, do pau de leo (Copaifera langsdorffii ) e do angiquinho (Piptadenia sp.), da Humira balsaminifera , Ternistroemia brasiliensis e Callisthemine minor . Na poro abaixo do campo rupestre comum a presena de agrupamentos da candeia (Eremanthus glomerulatus ), constituindo a formao vegetal denominada como candeial. Neste ambiente, poucas espcies alm da candeia se fazem presentes, formando um ambiente bastante homogneo.

Foto 111 - Aspecto geral da rea pleiteada para implantao da cava do Sapo

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Cava Norte - Mina Itapanhoacanga Esta rea (foto 112) formada por ambientes de pastagem e de floresta secundria em estgio inicial de regenerao (capoeirinha) e mdio (capoeira), alm dos quintais de algumas casas. Em meio s reas de capoeirinhas observam-se algumas rvores de garapa (Apuleia leiocarpa ) e de embaba branca (Cecropia hololeuca ) sobressaindo sobre o dossel das demais. O estrato arbreo, que se concentra em torno de 4-5 m, formado por anil (Dyctioloma vandellianum ), espeto (Casearia decandra ), aoita-cavalo (Luehea grandifolia ), murici (Byrsonima sericea ) e muita Heteropteris byrsonimifolia , entre outras. No estrato arbustivo so comuns o arbusto Miconia albicans e a gramnea taquari (Paradiolyra micrantha ). Nas capoeiras, alm dessas espcies, verifica-se a intensa presena do murici-canudo (Miconia cinnamomifolia ), do jacarand-t (Macaherium villosum ) e do pau-pombo (Tapirira guianensis ), que so rvores tambm comuns em locais de floresta em estgio mais avanado.

Foto 112 - rea de capoeira e pasto da cava norte- Itapanhoacanga.

Cava Sul - Mina Itapanhoacanga Em termos gerais, identificam-se trs tipos de ambientes (fotos 113 e 114): pastagem, mata secundria e campo rupestre sobre canga. A rea de pastagem formada por capim braquiria, havendo algumas rvores que foram mantidas, o que de certa forma suporta a presena de algumas aves.

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J o ambiente florestal, apesar de secundrio, apresenta, de forma geral, uma boa estrutura, com o dossel atingindo cerca de 15 m de altura. Destaca-se a presena de diversas rvores de brana (Melanoxylon brauna ), por ser uma espcie produtora de madeira de excelente qualidade e ser considerada como ameaada de extino. Alm da brana foram observadas rvores de pau de leo (Copaifera langsdorffii ), espetovermelho (Casearia arborea ), para-tudo (Hortia arborea ), Lacistema pubescens , canudode-pito (Mabea fistulifera ), jacarand-cavina (Dalbergia nigra ), vinhticos (Platymenia foliolosa ), paus-jacars (Piptadenia gonoacantha ) e angicos (Parappitadenia contorta ). Sinais de desmates recentes foram verificados nesta rea, assim como um antigo forno de carvo, indicando a intensa alterao que a rea como um todo esteve e ainda est sujeita. Nestes locais alterados grande a presena da cidreira do mato (Hyptidendron asperrimum) e anil (Dyctioloma vandellianum ). Uma pequena extenso de afloramento de canga verificada na rea da cava. Parte da cobertura vegetal sobre esta rocha encontra-se alterada pela lmina de trator, que abriu acesso para uma torre de transmisso. Nesta rea alterada desenvolve-se um grande nmero de arbustos de Eremanthus crotonoides e Starchytapheta glabra , alm das gramneas Andropogon leucostachys , Giminopogon foliosus e Ageratum fantigiatus . Nas reas menos alteradas da vegetao sobre canga, predominam os arbustos Peixotoa tomentosa e Lippia elegans . No estrato herbceo grande a presena da liana rastejante Camptosema sp., alm da erva Trixis waulthierii , Porophillum sp., da gramnea Panicum sp. e da espcie Barbacenia sp., que forma alguns densos agrupamentos. Diferentemente de outras reas de afloramento de canga, neste local no foram observadas plantas de canela-de-ema (Vellozia spp.), nem cactos e nem Callisthemine minor. Por outro lado, observaram-se duas palmeiras de Syagrus glaucecens , que comum nos campos sobre quartzito.

Foto 113 - Aspecto geral da cava sul de Itapanhoacanga, observando-se ambiente de pastagem e de floresta.

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Foto 114 - Vegetao sobre canga presente na rea da cava sul de Itapanhoacanga.

rea industrial A rea industrial situa-se a norte do jazimento da cava serra do Sapo em local onde predomina a formao de candeial com a espcie Eremanthus glomerulatus formando uma comunidade arbrea quase homognea (foto 115). Este local funcionou at 2001 como uma rea de expedio de pedras ornamentais, havendo vestgios das estradas, pilhas de material e ptios de estoque e manobra. Aps abandono a vegetao pioneira colonizou. Primeiramente se desenvolveu a candeia, cujas sementes foram trazidas pelo vento. Com seu estabelecimento, criaram-se estruturas para o pouso de aves que trouxeram sementes em suas fezes, promovendo a formao de um sub-bosque quase que exclusivamente formado por espcies arbustivas e sub-arbreas da famlia Melastomataceae, cujos frutos so consumidos pelas aves. Por este motivo, apesar de se tratar de uma vegetao secundria, esta rea representa um importante local de forrageamento de aves. Em uma estimativa a partir de um ponto central, observou-se 8 espcies dos gneros Miconia, Clidemia e Leandra, todas da famlia Melastomataceae e produtoras de frutos apreciados pelas aves. A taxa mdia de cobertura do solo por estas plantas foi estimada como sendo cerca de 70%. Em alguns locais onde as espcies de Miconia no dominaram comum a presena da gramnea Echinolaema inflexa , formando uma densa cobertura verde sobre o solo. Este local apresenta uma feio savnica (foto 115), mas sem constituir um cerrado, pois faltam as espcies tpicas desta tipologia vegetal.

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Outras gramneas tambm esto presentes, mas em menor densidade. Entre elas esto Aristida setifolia , Eragrostris cf. rufescens, Andropogon leucostachys , entre outras. Esta rea tambm abrange a formao de capoeira, onde se destaca a presena das pindabas (Xylopia brasiliensis, X. sericea e Guatteria sellowiana ), do pau de leo (Copaifera langsdorffii ), do sobre (Emotun nitens ), e da mandioqueira (Schephlera vinosa ). Alguns locais de afloramento de rocha quartztica tambm esto presentes e neles observa-se a presena de Barbacenia sp., Tetrapteris microphilla, Remijia ferruginea , Vellozia cf. glabra, Eriope macrostachia , gramneas como Panicum mollimioides e Paspalum polyphillum e a bromlia Encholirium sp..

Foto 115 - Vegetao de candeial em rea de quartzito, apresentando um aspecto semelhante a um ambiente savnico.

Pilha de estril - Serra do Sapo Localizada em reas de fazendas, predominam as formaes de pasto sujo (foto 116), havendo grande quantidade do arbusto Miconia albicans e das rvores papagaio (Aegiphilla selowiana ), pindaba pimenta de macaco (Xylopia aromatica ) e da palmeira macaba (Acrocomia aculeata ). Diversas outras espcies tambm esto presentes, mas em menor representatividade, caracterizando um tpico ambiente em estgio inicial, onde se observa uma predominncia de poucas espcies.

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Foto 116 - rea de pasto e capoeirinha no local destinado pilha de estril da cava do Sapo.

Pilha de estril - Itapanhoacanga No local projetado para se formar a pilha de estril de Itapanhoacanga predominam as formaes de pastagens plantadas com o capim braquiria (Brachiaria decumbens ), havendo diferentes graus de invaso de plantas pioneiras, tais como o assa-peixe (Vernonia polyanthes ) e o alecrim (Baccharis dracunculifolia ). Em locais com maior presena de espcies invasoras, caracterizando um pasto sujo ou uma capoeirinha, a rvore pindaba pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica ) mostra-se predominante, juntamente com a arbustiva Miconia albicans , que predomina no estrato inferior. Estas plantas so importantes como fornecedoras de frutos para a fauna, constituindo um importante local para forrageamento de aves. Uma representativa rea formada por floresta em estgio de capoeira tambm se faz presente neste local, sendo comum o ip-tabaco (Zeyehera tuberculosa ), cinco-folhas (Sparatosperma leucanthum ), paus-jacars (Piptadenia gonoacantha ), camboats (Cupania vernalis ), vinhticos (Platymenia foliolosa ), Heteropteris byrsomifolia , pindaba pimenta de macaco (Xylopia aromatica ), etc. Este ambiente florestal mantm conexo com outros fragmentos, ampliando, desta forma, a capacidade suporte regional. Animais e propgulos vegetativos tm nestas conexes possibilidades de deslocamentos, mantendo trocas genticas que contribuem para a sobrevivncia em longo prazo da diversidade biolgica. Pequenos brejos bordejam diversos pontos dos cursos d gua, sendo formados por taboas (Typha angustifolia ) e gramneas tais como os capins Hypogynum virgatum e Arandinela hispida .

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Barragem de rejeito Os ambientes presentes nesta rea so os florestais em estgio de capoeira e capoeirinha e extensas reas ocupadas por pastos sujos (foto 117), onde predominam os arbustos de Miconia albican e assa-peixe (Vernonia polyanthes ), alm da arvoreta papagaio (Aegiphila sellowiana ). Pastos limpostambm se fazem presentes nesta rea, sendo formados pelo capim braquiria. Nas capoeiras comum a presena de ip-tabaco (Zeyehera tuberculo sa), vinhticos (Platymenia foliolosa ), Heteropteris byrsomifolia , pindaba pimenta de macaco (Xylopia aromatica), etc. Em alguns locais de solo encharcado observa-se a presena da mata paludosa, com sua caracterstica predominncia de amesca (Protium hep taphyllum ) e elevada freqncia de pteridfitas no sub-bosque. Ao longo de pequenos cursos d gua observados na rea destinada a esta barragem temse a formao de brejos decorrentes do assoreamento do leito destes crregos. Neles tem-se a presena das gramneas Hypogynum virgatum , Arandinela hispida e do sap (Imperata brasiliensis ). Algumas residncias so encontradas e junto a elas os quintais ocupados por plantas domsticas, a exemplo de bananeiras, mamoeiros, ctricos, mangueiras, etc.

Foto 117 - Mosaico de tipologias vegetais na rea destinada barragem de rejeito.

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4.2.2.4 - Aspectos florsticos Na primeira campanha foram registradas 279 espcies para a rea em estudo, e na segunda acrescentaram-se mais vinte e uma (anexo 8). No entanto, salienta-se que outro montante deste encontra-se em processo de identificao junto ao herbrio BHCB/UFMG, por constiturem espcies mais raras e que demandam consultas a especialistas nas diversas famlias botnicas. Dentre estas, provvel que estejam algumas espcies ainda no descritas pela cincia, a exemplo de uma gramnea do gnero Paspalum, de uma herbcea do gnero Philanthus , assim como outras plantas das famlias Poaceae, Xyridaceae e Bromeliaceae, alm de variedades e novas ocorrncias. Dez espcies so consideradas como ameaadas de extino (quadro 4.55) e 11 consideradas como endmicas da serra do Espinhao (quadro 4.56). Das espcies consideradas como ameaadas apenas Wunderlichia sennae no foi observada na ADA, apenas na AII. QUADRO 4.55 - Espcies consideradas como ameaadas de extino e sua categoria
Famlia Annonaceae Annonaceae Asteraceae Asteraceae Cactaceae Cactaceae Fabaceae Fabaceae Lauraceae Espcie Guatteria sellowiana Guatteria vilosissima Eremanthus polycephalus Wunderlichia sennae Cipocereus minensis Pilosocereus aurisetus Dalbergia nigra Melanoxylon brauna Ocotea odorifera Nome popular pindaba pindaba candeia -cactos cactos jacarand cavina brana canela sassafrs Categoria de ameaa Vulnervel Vulnervel Vulnervel Criticam ente am eaada Em perigo Criticam ente am eaada Vulnervel Vulnervel Vulnervel Fonte 1 1 1 1 1 1 1,2 1,2 1,2

Velloziaceae Vellozia cf. glabra canela de em a Vulnervel 1 Legenda da Fonte: 1 - Lista das Espcies Ameaadas de Extino da Flora de Minas Gerais - Deliberao Copam 085/97. 2 - Lista Oficial de Espcies da Flora Brasileira Am eaada de Extino - Portaria IBAMA No 06-N.de 15/01/92

QUADRO 4.56 - Espcies consideradas como endmicas da serra do Espinhao


Famlia Arecaceae Asteraceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Cactaceae Cactaceae Poaceae Velloziaceae Velloziaceae Verbenaceae Espcie Syagrus glaucescens Wunderlichia sennae Encholirium subsecundum Orthophytum mello -barretoi Vriesea oligantha Cipocereus minensis Pilosocereus aurisetus Panicum molinioides Vellozia cf. glabra Vellozia minima Starchytapheta glabra gervo da serra canela de em a bromlia bromlia bromlia cactos cactos Nome popular Fonte Lorenzi, et alli, 1996 P. Viana (comunicao pessoal) Versieux , 2005 Versieux , 2005 Versieux , 2005 Taylor & Zappi, 2004 Taylor & Zappi, 2004 Viana, 2004 Mello-Silva & Menezes, 1999 Giulietti et alii, 1987 Atkins, 2005

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Para a Floresta Estacional Semidecidual, a qual se encontra toda em estado secundrio, salienta-se a importncia das espcies pindaba pimenta-de-macaco (Xylopia aromatica ) e murici (Byrsonima sericea ), como espcies pioneiras e que predominam em diversas reas de capoeiras. Apesar de formarem ambientes secundrios e serem bastante comuns na regio, estas espcies possuem grande importncia na escala regional, pois produzem grande quantidade de frutos consumidos por diversas aves, so muito freqentes e ofertam um grande volume de alimento em pocas seqenciais (entre fevereiro e maro a pindaba frutifica e entre maro e maio o murici). Desta forma, as aves, e tambm mamferos, encontram na regio grande oferta de alimentos, o que representa uma significativa capacidade suporte em escala regional. Obviamente, diversas outras espcies vegetais contribuem para a sustentao da fauna na regio e so fundamentais na composio da dieta de diferentes animais. Estas duas espcies apenas se sobressaem pelo grande nmero de indivduos, refletindo no volume de frutos disponveis. Considerando a dinmica florestal, onde o deslocamento da fauna e, em conjunto com ela, o transporte dos propgulos (sementes) da vegetao, um aspecto relevante, a existncia de conexes florestais torna-se significante em nvel da paisagem regional. Assim sendo, a ocorrncia de ambientes florestais transpondo a serra do Sapo representa a possibilidade dos animais dependentes da estrutura arbrea se deslocarem entre as vertentes leste e oeste da serra. Dentre as reas formadoras dessas conexes, duas se destacam por constiturem corredores florestais mais permeveis: - Coordenadas UTM 7902598-N e 0667832-L, cabeceira do crrego da gua Quente para leste e do crrego Palmital para oeste. - Coordenadas UTM 7912120-N e 0665085-L, cabeceira dos crregos gua Santa e Passa Trs para leste e de formadores do crrego Buriti para oeste. Dentre as reas visitadas apenas na segunda campanha, destaca-se a floresta secundria em avanado estgio de regenerao situada nas coordenadas UTM 7903772-N e 0670483-L, onde a equipe de mastozoologia montou algumas armadilhas. Trata-se de uma floresta com algumas rvores atingindo 10 a 15 m de altura, com predomnio do angico vermelho (Anadenanthera peregrina ), alm da presena de diversas rvores de vinhtico (Paltymenia foliolosa ), cinco-folhas (Sparatosperma leucanthum ), de jacarand branco (Platypodium elegans ), murta (Myrcia falax) e pindaba pimenta-demacaco (Xylopia aromatica ), alm de diversas outras. Quanto vegetao sobre canga, refora-se sua importncia regional por constituir-se uma disjuno de outros ambientes semelhantes, os quais se localizam em reas prximas a Belo Horizonte (MG, denominada como Quadriltero Ferrfero), a Corumb (MS) e serra dos Carajs (PA). Esta disjuno, como j citado, cria condies para que ocorram especiaes, permitindo assim a existncia de espcies endmicas. Como se trata de uma rea ainda no estudada, tudo indica que algumas espcies coletadas venham a ser espcies novas para a cincia. Este o caso de uma canela de ema (gnero Vellozia) e de uma gramnea, ambas inseridas na coleo do herbrio BHCBUFMG e repassadas e especialistas das respectivas famlias botnicas. Como o processo de anlise dessas plantas para a descrio de uma nova espcie demanda um tempo maior que o disponvel confeco do presente relatrio, ainda no se tem a referncia final dessas identificaes.

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De qualquer forma, a probabilidade dessas coletas virem a ser espcies novas alta e com um estudo sistemtico objetivando unicamente o levantamento florstico da vegetao sobre canga, possivelmente, outras espcies viro a ser descritas. Este estudo prolongado dever ser desenvolvido nas reas de vegetao sobre canga que no sero suprimidas. O que se releva deste quadro de descrio de novas espcies para vegetao sobre canga o fato da importncia deste ambiente para a conservao da biodiversidade, somado aos poucos estudos desenvolvidos na regio. Considerando o maior esforo amostral para a vegetao sobre canga, j que ser a principal rea impactada pelo empreendimento, considera-se o nmero de espcies presentes neste ambiente como pequeno (apenas 95 espcies, 31,5% do total), enquanto nas florestas foram observadas 141 espcies. No obstante esta baixa riqueza florstica da vegetao sobre canga, a maior parte das espcies a presentes so exclusivas deste tipo de ambiente e a taxa de endemismo significativa. Este o caso, por exemplo, da canela de ema (Vellozia sp.), a qual, ao que indicam os estudos, trata-se de uma espcie ainda no descrita pela cincia. Neste gnero de planta comum a ocorrncia de endemismos em certas pores da serra do Espinhao, formando populaes que ocorrem de forma agrupada em apenas uma determinada regio. Assim parece ser o caso da Vellozia coletada na vegetao sobre canga da rea em estudo. Esta espcie forma densos agrupamentos, quase que homogneos, que ocupam as rampas da vertente leste da serra do Sapo. Por esta caracterstica agrupada, a abertura de acessos para as praas de sondagem da pesquisa mineral tem sido responsvel pela supresso de diversos indivduos (foto 118).

Foto 118 - Canelas de emas derrubadas para construo de acesso a ptio de sondagem.

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Uma das reas visitadas na segunda campanha e no observada na campanha anterior situa-se prxima ao local que a estrada MG-010 corta a serra do Sapo, tanto para norte como para sul. Nestes locais reforaram-se os padres j constados nas demais reas, onde comum a ocorrncia de diversos agrupamentos de determinadas espcies e um intenso potencial ornamental de diversas plantas. Em relao ao campo rupestre sobre quartzito, refora-se grande riqueza e diversidade de espcies e de nichos ecolgicos neste ambiente. Como o empreendimento no acarretar em impacto direto sobre este tipo de ambiente, a amostra nesta vegetao apresentou menor intensidade que nas florestas e vegetao sobre canga. Apenas uma pequena rea foi percorrida, o equivalente a cerca de 1 ha. Sem muitos esforos, 32 espcies foram identificadas neste local, havendo ainda outras mais em processo de identificao no herbrio do Departamento de Botnica da UFMG, dando o indicativo do potencial da composio florstica desses campos sobre quartzito. O campo sobre quartzito presente na rea de influncia do empreendimento situa-se no limite leste do grande macio da serra do Espinhao, no qual esta feio da paisagem predomina com toda sua diversidade de espcies, ocorrncia de endemismos e riqueza de ambientes. O macio montanhoso includo na AII, representado pela serra do Pinho, serra da Escadinha e serra do Monteiro (Folha Serro- IBGE, 1978 - Escala 1:100.000), encontra-se um pouco afastado do macio maior da serra do Espinhao. Esta certa disjuno e a zona limtrofe com ambiente distinto (florestas) estabelecem condies ambientais propcias a especiaes, de cujo aspecto se tem indcios atravs da coleta de plantas no reconhecidas por alguns especialistas consultados na UFMG. Por esse motivo, estudos contnuos neste ambiente, assim como na vegetao sobre canga, so indicados para desenvolvimento durante a operao do empreendimento.

4.2.3 - Mastofauna
4.2.3.1 - Introduo Os mamferos so freqentemente usados em estudos de avaliao ambiental, pois so um grupo com hbitos locomotores diversos (cursoriais, arborcolas, semiaquticos, semi-fossoriais e voadores) e grande amplitude de pesos corporais, de 20 g a 236 kg (Fonseca et al. 1996). O grupo tambm se caracteriza pelo modo de vida bastante variado, distribudo por todo tipo de ambiente. De uma forma geral, a maioria dos mamferos brasileiros est associada aos ambientes de mata e os endemismos so muito mais freqentes em reas florestadas, principalmente na Amaznia e Mata Atlntica, 50% e 60%, respectivamente (Cerqueira 1982, Fonseca et al. 1999, Grelle et al. 1999, Vivo & Carmignotto 2004). Existem pelo menos 91 espcies de mamferos endmicos da Mata Atlntica (Fonseca et al. 1996, Grelle et al. 1999). Contudo, o nmero de espcies endmicas do Cerrado muito menor, cerca de 19, e aparentemente, s Oligoryzomys rupest ris endmico dos Campos Rupestres, tendo sido coletado na Chapada dos Veadeiros, GO, e no Pico das Almas, BA (Weskler & Bonvicino 2005). A espcie Trinomys moojeni s foi capturada em Conceio do Mato Dentro e na RPPN do Caraa (Pessoa et al. 1992, Cordeiro & Talamoni 2006), podendo ser considerada endmica da serra do Espinhao.

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Com relao aos levantamentos de mastofauna realizados em Minas Gerais, as Florestas Estacionais Semideciduais foram as mais inventariadas. Existem estudos feitos em pelo menos sete localidades: RPPN do Caraa (Cordeiro & Talamoni 2006, Moura et al. 2005, Moraes Jr et al. 2003), APA Carste de Lagoa Santa (Grelle et al. 1998), Parque Estadual do Rio Doce (PERD) (Grelle 2003, Stallings 1989), Estao Ecolgica de Caratinga (Fonseca & Kierulff 1989), Rio Casca (Fonseca & Kierulff 1989), Estao Ecolgica de Peti (Herrman 1991) e reas da CAF, com plantaes de eucalipto, no entorno do PERD (Fonseca 1997). Nesse contexto, os pequenos mamferos no voadores (marsupiais e roedores) so facilmente inventariados atravs de armadilhas, permitindo o uso dos dados de ocorrncia das suas espcies para avaliaes ambientais. Alm disso, um dos grupos de vertebrados com maior vulnerabilidade extino (Machado et al. 2005), o que auxilia as tomadas de deciso sobre a viabilidade ambiental de empreendimentos. 4.2.3.2 - Aspectos fitofisionmicos relativos mastofauna Floresta Estacional Semidecidual Todas as espcies listadas no quadro 4.57 podem ser encontradas na Floresta Estacional Semidecidual, com exceo do lobo-guar. Esse candeo uma espcie tpica de reas mais abertas e sua ocorrncia provvel nas reas do empreendimento prximas ao Cerrado, e nos pontos onde aparece Campo Rupestre.

Campo Rupestre Nesta tipologia tambm podem ocorrer todas as espcies que ocorrem na Floresta Estacional Semidecidual (quadro 4.57) e que no so estritamente florestais. Seriam elas as espcies de maior tamanho corporal, pertencentes s ordens Edentata (tatus e tamandus), Carnivora (a raposa, o cachorro-do-mato, o mo-pelada, o lobo-guar, a irara, o cangamb, a suuarana, a jaguatirica e o gato-mourisco), Perissodactyla (anta), Artiodactyla (veado-mateiro, veado-catingueiro e cateto) e algumas espcies pequenas, das ordens Didelphimorphia, Rodentia e Lagomorpha, com capacidade de manter populaes em ambientes abertos (catita, cuca, cuca-quatro-olhos cinza, cuca-quatro-olhos marrom, gamb, rato-do-mato (Euryzygomatomys spinosus ), pre, rato-do-cho (Akodon cursor), rato-do-campo (Oxymycterus sp.) e o tapeti.

reas alagadas (brejos, audes e represas) Nesses ambientes, originalmente ocorria a Floresta Estacional Semidecidual. No existem mamferos aquticos com ocorrncia para a regio. Entre os semi-aquticos, embora a degradao ambiental dos brejos e outras reas alagadas seja notvel, potencialmente podem ocorrer lontras (Lontra longicaudis ) nas reas mais preservadas. Atualmente nas reas alagadas podem ser encontradas as seguintes espcies de roedores: a capivara (Hydrochaeris hydroch aeris) e o rato-da-gua (Nectomys squamipes ).

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reas de pastagem As reas abertas, utilizadas pela pecuria (pastagens), geralmente so cobertas por gramneas exticas. Nessa fisionomia ocorrem poucas espcies de mamferos e geralmente, tambm so registradas em outras reas modificadas. Nas pastagens podem ser encontradas as seguintes espcies: Cavia aperea, Galea spixii, Akodon cursor e o Oxymyscterus sp..

Vegetao antrpica Nos ambientes urbanos sempre existe a possibilidade da ocorrncia de espcies tolerantes a mudanas antrpicas. A nica espcie observada nesse ambiente durante os trabalhos de campo foi o gamb (Didelphis albiventris ). Nessa categoria tambm so includas as reas de silvicultura, sobretudo os eucaliptais, que de uma forma geral, so ambientes pouco usados pelos mamferos. Nesses casos podem ser ocasionalmente observados alguns indivduos de mamferos grandes que transitam entre os eucaliptais e a mata (Fonseca 1997). Durante esse estudo no foram realizadas observaes nas pequenas manchas de eucalipto localizadas na AII. QUADRO 4.57 - Mamferos inventariados nas duas campanhas
Espcies ORDEM DIDELPHIMORPHIA Marmosops incanus Didelphis albiventris ORDEM EDENTATA Dasypus novencinctus ORDEM PRIMATES Callithrix penicillata Callithrix geoffroyi Callicebus personatus ORDEM CARNIVORA Cerdocyon thous Cachorrodo-mato Irara, papamel Suuarana Jaguatirica Gato-domato Criticamente Criticamente Em perigo Mata AID (cava sul Itapanhoaganga) AID e AII(Itapanhoacang a) AID (rea industrial) AID (cava da serra do Sapo) AID (cava sul Itapanhoaganga) AII AID (cava sul Itapanhoaganga) Micoestrela Sagui Guig Vulnervel Mata Mata Mata AID (cava sul Itapanhoaganga) AID (Itapanhoacanga) AID (Itapanhoacanga) Tatu galinha Mata AID (cava sul Itapanhoaganga) Cuca Gamb Mata Urbano/mata AID (cava sul Itapanhoaganga) Itapanhoacanga Nome comum Conservao
a

Ambiente

Campanha 1

Campanha 2

Eira barbara

Mata

Puma concolor Leopardus pardalis Leopardus tigrinus

Mata Campo rupestre Mata

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Continuao Espcies ORDEM RODENTIA Trinomys elegans Rato-deespinho Rato-docho Esquilo, Caxinguel Capivara Mata AID (cava sul Itapanhoaganga) AID (Pilha de estril Itapanhoacanga) AID (cava sul de Itapanhoacanga) AII AID (cava sul Itapanhoaganga) Nome comum Conservao
a

Ambiente

Campanha 1

Campanha 2

Akodon cursor

Mata

Sciurus aestuans Hydrochaeris hydrochaeris ORDEM LAGOMORPHA Sylvilagus brasiliensis

Mata Mata ciliar

Tapeti

Campo sujo/Borda da mata

AID (rea industrial)

AID (cava sul de Itapanhoacanga)

Legenda: a: de acordo com a Lista de Fauna Am eaada de Extino de Minas Gerais (Lins et al. 1997)

4.2.3.3 - Anlise integrada Comparando as riquezas de espcies nas tipologias encontradas, percebe-se que a Floresta Estacional Semidecidual a que, potencialmente, abriga o maior nmero de espcies (figura 4.78). Este padro facilmente explicado pelo fato de que os ambientes com maior heterogeneidade espacial e complexidade de habitats, tambm apresentam maior diversidade de habitats e, portanto, uma maior riqueza de espcies (Grelle 2003). Heterogeneidade espacial seria a variao horizontal dos habitats e complexidade de habitats seria a variao vertical, no nmero de estratos florestais. Notadamente os ambientes com menor heterogeneidade espacial e complexidade vertical, geralmente os brejos e reas alagadas, pastagens, eucaliptais e meio urbano, so os lugares com menor riqueza de espcies.

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FIGURA 4.78 - Nmero de espcies de mamferos por ambiente na rea do empreendimento.

55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 FES MCIL RUPEST BREJ Ambientes PAST EUCAL URB

Legenda: FES: Floresta Estacional Semidecidual, MCIL: Mata Ciliar, RUPEST: Campo Rupestre, BREJ: Brejos, PAST: rea de Pastagem, EUCAL: Eucaliptal e URB: Ambientes Urbanos.

4.2.3.4 - Anlise dos dados coletados em campo Na primeira campanha, com um esforo de captura de 480 armadilhas-noite, foram capturados trs pequenos mamferos: dois Trinomys elegans fmeas adultas (foto 119) e um Akodon cursor macho adulto (foto 120). Todos foram capturados em armadilhas no cho em reas de Floresta Estacional Semidecidual. A captura dos dois indivduos do rato-do-espinho (Trinomys elegans ) merece comentrios adicionais. At o momento, esta espcie s havia sido capturada em duas localidades com altitudes muito inferiores s observadas na serra do Espinhao, em Rio Casca e Lagoa Santa, MG (Lara e Patton 2000). Desta forma, aps o trabalho de captura ficou evidenciado que a distribuio geogrfica da espcie maior do que o anteriormente conhecido. Esse grupo de roedores (famlia Echimyidae) apresenta vrios outros registros de simpatria de espcies do mesmo gnero (ocorrncia na mesma rea), tanto na Mata Atlntica (Lara e Patton 2000), quanto na Amaznia (Grelle 2002). Indcios de outros mamferos foram obtidos para vrias regies do empreendimento e esto sintetizados no quadro 4.57, apresentados anteriormente.

Riqueza de espcies

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Das espcies de mdios e grandes mamferos com possvel ocorrncia (quadro 4.58), o trabalho de campo detectou a presena de algumas espcies comuns, facilmente encontradas e outras menos freqentes. Entre estas, pode-se destacar os indcios de ocorrncia de espcies ameaadas: a suuarana, a jaguatirica e o gato-do-mato nas reas da cava sul de Itapanhoacanga e da cava da mina da serra do Sapo. A irara outra espcie de carnvoro pouco freqente em reas muito degradadas e que foi observada na AID de Itapanhoacanga. As outras espcies observadas (tatu-galinha, cachorro-do-mato, esquilo e tapeti) so facilmente observadas em outras regies. Nenhuma espcie de primata foi observada na primeira campanha. Este grupo de mamferos estritamente arborcola, e a ausncia dessas espcies pode ser explicada pela descontinuidade do dossel de todas as reas de mata (Floresta Estacional Semidecidual). Na segunda campanha, com um esforo de amostragem de 480 armadilhas-noite, foram capturados dois indivduos de cuca (Marmosops incanus Foto 121) em Floresta Estacional Semidecidual em estgio avanado de regenerao; um indivduo de gamb (Didelphis aurita Foto 122) tambm capturado em Floresta Estacional Semidecidual em estgio avanado de regenerao; e dois indivduos de rato-doespinho (Trinomys elegans Foto 123) capturado em Floresta Estacional Semidecidual em estgio avanado de regenerao e em Floresta Estacional Semidecidual em estgio inicial de regenerao. Os mamferos identificados em campo durante as campanhas so apresentados no quadro 4.59. Com relao s espcies que s foram capturadas na segunda campanha (fevereiro de 2007), a ocorrncia da cuca (Marmosops incanus ) tambm j era esperada. A Figura 4.79 mostra os resultados de uma anlise comparativa entre as espcies registradas nas duas campanhas realizadas. A principal diferena que nenhuma espcie de primata havia sido registrada na campanha de agosto de 2006. Durante a segunda campanha foi registrada a vocalizao de uma espcie de guig (Callicebus sp.), provavelmente C. personatus , mas no foi possvel visualizar os indivduos para uma determinao especfica. A outra espcie foi o sagui Callithrix geoffroyi , que tem a serra do Espinhao como um dos limites de sua distribuio geogrfica (Grelle 2000). Indiscutivelmente, com a realizao da segunda campanha foram obtidas informaes que enriqueceram sobremaneira o conjunto de dados sobre a mastofauna da rea do empreendimento. Contudo, inventariar a mastofauna de qualquer regio no Brasil no trivial e na maioria dos casos as curvas do coletor raramente indicaro o ponto de suficincia amostral, sem que as reas sejam exaustivamente estudadas por pelo menos dois anos (Voss e Emmons 1996).

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FIGURA 4.79 - Anlise comparativa da riqueza de espcies, por ordem, entre as duas campanhas de campo.

Nmero de espcies

6 5 4 3 2 1 0
Ca rn ivo ra Ro de nti a Di de lph im or ph ia La go mo rp ha Pr im at es

ago/06 fev/07

Discusso Os dados gerados pelo trabalho de campo, pelo levantamento de dados secundrios, permitiram uma diagnose da rea do empreendimento. Os mamferos mdios e grandes apresentam distribuies geogrficas maiores do que os limites geopolticos do Estado de Minas Gerais. De uma forma geral, so ainda capazes de deslocamentos maiores do que a rea de todo o empreendimento. A princpio as reas que sero desmatadas e alteradas para o empreendimento no afetariam de forma direta as populaes destas espcies. No entanto, a questo que restam poucas reas e as unidades de conservao no so suficientemente grandes para manter as populaes. Mesmo espcies pequenas como o marsupial Micoureus travassossi, precisam de grandes reas isoladas para se manter. Anlises recentes sobre viabilidade populacional desta espcie, indicam que as populaes s seriam viveis em longo prazo (>100 anos), em matas com mais de 5.000ha (Brito & Grelle 2004). Quaisquer populaes de mamferos silvestres precisam de grandes reas florestais para manter sua viabilidade populacional, sem depender de imigraes.

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QUADRO 4.58 - Listagem potencial de mamferos (no voadores) da serra do Espinhao.


Espcies ORDEM DIDELPHIMORPHIA Monodelphis iheringi Marmosops incanus Gracilinanu s microtarsus Philander frenatus Micoureus travassossi Metachirus nudicaudatus Didelphis albiventris ORDEM EDENTATA Tamandua tetradacty la Myrmecophaga tridactyla Dasypus novencinctus Dasypus septemcinctus Cabassous unicintus Euphractus sexcintus ORDEM PRIMATES Alouatta guariba clamitans Callithrix penicillata Callithrix geoffroyi Callicebus personatus Cebus nigritus ORDEM CARNIVORA Lycalopex vetulus Cerdocyon thous Procyon cancrivorus Chrysocyon brachyurus Nasua nasua Eira barbara Galictis vitata Conepatus semistriatus Lontra longicaudis Puma concolor Leopardus pardalis Leopardus tigrinus Herpailurus yaguarondi . ORDEM PERISSODACTYLA Tapirus terrestris ORDEM ARTIODACTYLA Mazama americana Mazama gouazoubira Pecari tajacu Veado-mateiro Veado-catingueiro Cateto 29000 16000 19000 Em perigo 3 3 3 Anta 239000 Criticamente 2, 3, 4 Raposa Cachorro-do-mato Mo-pelada Lobo-guar Quati Irara, papa-mel Furo Cangamb lontra Suuarana Jaguatirica Gato do mato Gato-mourisco 4000 6500 5400 22000 5100 4850 1750 2400 5800 74500 10000 2250 5000 Vulnervel Criticamente Criticamente Em perigo Vulnervel Vulnervel 2, 3 2, 3 2, 3 2, 3 2, 3 2, 3 2, 3 2, 3 3 2 2, 3 5 3 Bugio, barbado Mico-estrela Sagui Guig Macaco-prego 5650 290 300 1350 2500 Vulnervel Vulnervel 3 2 2 2 3 Tamandu-mirim Tamandu Tatu galinha Tatu Tatu-de-rabo-mole Tatu-peludo 5200 30500 3650 1500 3200 5400 Vulnervel Em perigo Em perigo 2 2 2 2 3 3 Catita Cuca Catita Cuca-quatro-olhos cinza Cuca Cuca-quatro-olhos marrom Gamb 50 64 31 360 105 280 1250 1, 2 1, 2 1, 2 1, 2 3 2 1 Nome comum Peso (g) Conservaoa Fonteb

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Continuao

Espcies ORDEM RODENTIA Trinomys gratiosus Trinomys iheringi Trinomys mooje ni Euryzygomatomys spinosus Galea spixii Cavia aperea Agouti paca Coendou prehensilis Dasyprocta azarae Oecomys catherine Juliomys pictipes Akodon cursor Nectomys squamipes Oligoryzomys sp. Rhipidomys mastacalis Oryzomys sp Oxymycterus sp Sciurus aestuans Hydrochaeris hydrochaeris ORDEM LAGOMORPHA Sylvilagus brasiliensis

Nome comum

Peso (g)

Conservaoa

Fonteb

Rato-de-espinho Rato-de-espinho Rato-de-espinho Rato-do-mato Pre Pre Paca Ourio-Caixeiro Cutia Rato-do-mato Rato-do-mato Rato-do-cho Rato-d gua Rato-do-mato Rato-da-rvore Rato-do-mato Rato-do-mato Esquilo, Caxinguel Capivara Tapeti

180 180 180 190 600 549 8227 3360 2800 60 34 38 249 27 80 90 90 189 50000 934

1, 2 1, 2 1, 5 1, 2 3 1, 2 2 2 2 3 1, 2 1, 2 1, 2 1, 2 1, 2 3 3 2 5 1, 2

Legenda: a: de acordo com a Lista de Fauna Am eaada de Extino de Minas Gerais (Lins et al. 1997); b: Fonte: 1. coleo cientfica do Departam ento de Zoologia, UFMG; 2. Moura et al. 2005, 3. Mesquita (2004); 4. Moraes Jr et al. 2003; 5. Pessoa et al. 1992.

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Foto 119 - Rato-do-espinho (Trinomys elegans), capturado em armadilha de cho em reas de Floresta Estacional Semidecidual.

Foto 120 - Um pequeno mamfero roedor (Akodon cursor), macho adulto, capturado durante o inventrio.

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Foto 121 - Cuca (Marmosops incanus) capturado na Floresta Estacional Semidecidual em rea Diretamente Afetada.

Foto 122. Gamb (Didelphis aurita) capturado na Floresta Estacional Semidecidual em rea Diretamente Afetada.

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Foto 123 - Rato-de-espinho (Trinomys elegans) capturado na Floresta Estacional Semidecidual em rea Diretamente Afetada.

4.2.4 - Avifauna
4.2.4.1 - Introduo A serra do Espinhao apresenta diversos ambientes exclusivos (Eiten, 1992), como os campos rupestres, de elevada riqueza de herbceas e arbustos, onde ocorrem flores polinizadas por beija-flores endmicos (Vasconcelos e Lombardi, 2001). Na poro sul da serra do Espinhao, onde se localiza o Parque Nacional da Serra do Cip e o Parque da Serra do Caraa, ocorrem importantes centros de biodiversidade, com a ocorrncia de diversos endemismos (Davies, 1997; Cordeiro et al. 1998; Vasconcelos e Melo-Jnior, 2001). Apesar do relevante posicionamento biogeogrfico e da alta importncia para a biodiversidade brasileira, os estudos que investigaram a avifauna da serra do Espinhao so pontuais e de curta durao. O primeiro estudo sistemtico foi realizado por Pinto (1952), que em suas expedies pelo estado de Minas Gerais, coletou aves na regio da serra do Cip. Autores modernos, como Vasconcelos e Melo-Jnior (2001) estudaram a poro do extremo sul da regio, a serra do Caraa. Willis e Oniki (1991) realizaram o primeiro estudo de grande extenso geogrfica na regio, incluindo inventrios no municpio de Conceio do Mato Dentro. Por sua vez, Mello-Jnior et al. (2001) estudaram as aves das vertentes oeste e leste, e indicaram as relaes das espcies com os habitats. Por fim, Rodrigues et al. (2005) apresentam uma amostragem completa das aves da poro baixa da serra do Cip.

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A avifauna representa um dos grupos taxonmicos mais importantes nos estudos ambientais. Isso se deve ao fato de que as aves so bem conhecidas, e por isso relativamente fceis de registrar em campo. Esses organismos ainda apresentam forte associao com os habitats onde vivem, o que permite uma anlise rpida e consistente da qualidade dos ambientes (Stotz et al., 1996).

4.2.4.2 - Caracterizao geral da avifauna A avifauna amostrada na regio do empreendimento (anexo 9) caracterstica dos ambientes com maior esforo de amostragem, como a mata mesfila, suas bordas, capoeiras e transies a campos rupestres, candeiais e pastos. Estes ambientes em geral apresentavam-se em estgios iniciais a mdios de regenerao, havendo indcios de explorao presente para lenha pelas comunidades locais. Nos ambientes florestais (matas, bordas, capoeiras) foram comuns espcies frugvoras, como surucus (Trogon), os tangars (Manacus) e traupdeos (e.g. Tangara, Dacnis, Thraupis, Hemitthraupis ), vrios nectarvoros especialistas como os beija-flores (e.g Amazilia, Eupetomena ), provavelmente associados farta oferta de flores na regio (Vasconcelos e Lombardi 2003), insetvoros de mdio e sub-bosque como chocas (e.g. Herpsilochmus, Pyriglena, Formicivoras ), joo-tenenns (Synallaxis ) e pula-pulas (Basileuterus ), usualmente encontrados em bordas de matas e capoeiras (Sick 1997). Nos ambientes de mata mesfila e de galeria, entretanto, foi notvel a presena de arapaus (Dendrocolaptidae) e vira-folhas (Sclerurus scansor, Lochmias nematura ), usualmente indicadores de qualidade ambiental por necessitarem de habitats especficos para forrageamento e reproduo, como grandes rvores, serrapilheira desenvolvida e cursos d gua com ciliares densos (Sick 1993, Stotz et al. 1996). Do ponto de vista biogeogrfico, a avifauna amostrada apresentou influncia, sobretudo atlntica, com a presena, por exemplo: da sara-douradinha (Tangara cyanoventris), a borralhara (Makenziana severa ), o tangarazinho (Ilicura militaris ) e a rendeira (Manacus manacus) dentre vrios outros. Nos ambientes mais abertos, como os campos rupestres e candeais foram observados periquitos e ararinhas (Forpus, Brotogeris, Aratinga ), inclusive em rvores-dormitrio; sabis (Turdus); caracars (Caracara plancus ), sabiapocas (Mimus), graveteiros (Phacelodomus ), tico-tico-do-campo (Amodramus), siriemas (Cariama cristata) dentre outros. A amostragem revelou ainda a presena de uma espcie endmica dos campos rupestres da serra do Espinhao, o rabo-mole-da-serra (Embernagra longicauda ), na AII da mina de Itapanhoacanga. Por outro lado, a influncia do Cerrado e da Caatinga tambm pode ser verificada, com os registros de espcies associadas a esses biomas, como: a cigarra-do-campo (Neothraupis fasciata ), espcie do Cerrado; e a choca-do-nordeste (Sakesphorus cristatus) das matas secas da Caatinga.

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Comparao entre a avifauna registrada e esperada A avifauna registrada durante o estudo apresentou considervel variao em relao quela esperada para a regio, quando considerados os levantamentos existentes para a serra do Cip (i.e. Willis e Oniki 1991, Melo-Jnior et al. 2001, Rodrigues et al. 2005). Apesar do elevado nmero de espcies amostradas em relao ao intervalo amostral, as espcies registradas diferem em cerca de 60% daquelas inventariadas por Willis e Oniki (1991) na regio de Conceio do Mato Dentro h uma dcada e meia atrs. Considerando-se somente as espcies observadas na vertente leste por Melo-Jnior et al. 2001, a variao em relao ao inventrio do presente estudo tambm foi grande. A maior diferena em inventrios em relao quele apresentado em Rodrigues et al. (2005), uma vez que este estudo realizou-se exclusivamente na vertente oeste da serra do Cip (quadro 4.59). As diferenas entre as faunas esperada e observada devem-se principalmente pela ausncia de diversos tipos de ambientes, como as reas midas, ambientes aquticos, campos rupestres, campos de altitude entre outros. Entretanto, o presente estudo revelou a presena de espcies no amostradas em estudos mais longos na regio, mesmo na vertente leste da serra (e.g. Melo-Jnior et al. 2001), sobretudo espcies de mata, como por exemplo a rendeira (Manacus manacus) e o flautin (Schiffornis virescens ); alm de espcies de ambientes mais abertos como o sovi (Ictinia plumbea ) e a sara-douradinha (Tangara cyanoventris ).

QUADRO 4.59 - Comparao entre listas disponveis na literatura. Espcies no amostradas durante o trabalho de campo; espcies exclusivas do presente estudo e espcies comuns a este e estudos anteriores na regio.
Espcies No amostradas Exclusivas Em comum Total Willis & Oniki (1991) 60 67 94 154 Melo-Jnior et al. (2001) 71* 35 128 257 Rodrigues et al. (2005) 116 54 108 224

* Considerando-se somente a vertente leste do estudo; chegando a 132 quando ambas as vertentes so consideradas.

Riqueza de espcies e especificidade de ambientes As matas mesfilas da regio concentraram a riqueza de espcies registradas. Contudo, as pastagens, portanto um ambiente alterado, tambm abrigam uma parcela significativa da riqueza de aves da regio (Figura 4.80). Ambientes alterados como pastos facilitam o estabelecimento de espcies outrora no residentes, habitantes de reas abertas, como talvez o caso de espcies tpicas de campos e cerrados que expandem suas distribuies, como a cigarra-do-campo (Neothraupis fasciata ), oferecendo ainda habitat para espcies de reas abertas como a maracan (Aratinga leucophtalmus ).

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A maioria das aves registradas foi observada em apenas um ambiente, em geral matas mesfilas ou matas de galeria, i.e. ambientes florestais, indicando elevada especificidade por estes ambientes (Figura 4.81). Tais ambientes florestais tambm apresentaram maior riqueza de habitats, como a presena de lianas, serrapilheira, bambus, dentre outros, o que resultou em uma forte correlao entre a riqueza de habitats e espcies amostradas (Figura 4.82). FIGURA 4.80 - Riqueza de espcies por ambiente amostrado na regio do estudo.
100 90 80

Nmero de espcies

70 60 50 40 30 20 10 0
Mata Mes fila Pas t agem Mata Ciliar Candeial Campo Rupes t r e Ambiente urbano Brejos

FIGURA 4.81 - Ambientes utilizados por aves amostradas durante o estudo.


120

100

Nmero de Espcies

80

60

40

20

0 1 2 3 4 5 6

Nmero de Ambientes

520

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FIGURA 4.82 - Relao entre a riqueza de espcies e o nmero de habitat utilizados por aves nos ambientes amostrados durante o estudo.
100 90 80 Mata mesfila

Nmero de espcies

70 60 50 Mata ciliar 40 30 20 10 0 0 1 2 Candeial Campo rupestre Ambiente urbano Brejos 3 4 5 6 7 R2 = 0,8385 Pastagem

Nmero de habitats

Amostragem quantitativa Foram amostradas 83 espcies durante os censos quantitativos, realizados exclusivamente em ambientes de mata mesfila, e em suas bordas, capoeiras, e transies a matas de galeria, campos rupestres e pastos. Nas trs reas inventariadas a amostragem no foi significativamente completa mesmo aps duas campanhas de campo, i.e. h a necessidade de um esforo amostral maior para que as espcies destes ambientes sejam satisfatoriamente amostradas, o que deveria estabilizar as curvas de coletor apresentadas na Figura 4.83. Entretanto, a distribuio de freqncias de ocorrncia de espcies, e de suas abundncias (Figura 4.84), revelou comunidades estruturadas de acordo com o esperado em regies tropicais, com predominncia de espcies raras em distribuio log-normal (Hubbel 2000). A relativa escassez de espcies pouco abundantes nestas amostragens reflete a prpria natureza dos dados, dada a dificuldade de se amostrarem espcies raras e evidenciam a amostragem incompleta, sendo o ndice de abundncia de indivduos mais sensvel para deteco do padro de amostragem. A variao observada nas densidades das espcies mais comuns (Figura 4.85) revela que h diferenas entre as comunidades e localidades de um mesmo ambiente na regio de estudo, sugerindo alta relevncia de cada localidade independentemente para a conservao da avifauna regional.

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Anlise comparativa entre as campanhas Os resultados obtidos na segunda campanha de campo acrescentaram informaes importantes ao conjunto de dados anteriormente reunido. Contudo, a riqueza de espcies assinalada na segunda campanha significativamente menor em grande parte dos ambientes (Figura 4.86). O ambiente mais sensvel a mudanas na riqueza de espcies em funo da sazonalidade foi o Campo Rupestre. No total, 36,4% das espcies de aves observadas nesse ambiente durante a primeira campanha no foram registrados na segunda. As caractersticas de menor umidade e conseqente restrio de recursos alimentares possivelmente acarretaram a movimentao dessas espcies para outros locais. O ambiente florestal que sofreu maiores diminuies de sua riqueza em funo do perodo seco foi a borda da mata. A interface entre os habitats florestados e as reas abertas apresentou diferena significativa entre as duas estaes, com o desaparecimento de 28,6% das espcies. Conforme o esperado, as Matas Ciliares mantm a umidade ao longo de grande parte do ano e conseqentemente foi a que apresentou menor variao da riqueza entre as duas campanhas de campo (9,3%). Esses resultados podem ser explicados pelo padro de atividade diferenciado das aves durante o perodo no reprodutivo. J que a poca em que foi realizada a segunda campanha coincidiu com essa fase de menor atividade das aves, os registros das espcies foram sensivelmente prejudicados. Por outro lado, soma-se o fato de que diversas espcies assinaladas durante a primeira campanha deslocaram-se para outras reas, procurando melhores locais de alimentao e abrigo, o que conseqentemente reduziu a riqueza de espcies localmente. FIGURA 4.83 - Curva de acmulo de espcies registradas durante os censos quantitativos, nos trs pontos amostrados.
120

100

Riqueza de espcies

80

60

40

20

0 1 6 11 16 21 Amostras Estimado Observado 26 31 36

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FIGURA 4.84 - Distribuio de espcies por rank de freqncia de registros (a) e nmero de indivduos (b) amostrados durante os censos quantitativos do estudo.
30

a)
25

Nmero de espcies

20

15

10

0 1 2 3 4 5 6 Rank - frequncia de ocorrncia

40 35 30 Nmero de espcies 25 20 15 10 5 0 1 2 3 4 5 6 Rank - nmero de indivduos

b)

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FIGURA 4.85 - Variao de densidade de indivduos das espcies em comum entre localidades amostradas em censos quantitativos durante o estudo.
25

20

Densidade (ind/m2)

15

10

0
He rp silo ch m us atr ica pil us Py rig len al eu co pte ra Fo rm iciv or as er ra na Da cn is ca Ba ya sile na ute ru sc uli civ or us M ya rch us fer ox Sy ris tes To sib lm ila tor olm yia sf lav ive ntr is Ilic ur am M ilita eg ris ar yn ch us pit an gu a ru tila ns Am az ilia ve rs ico lor Tr og on su rru cu ra Xe no ps

Depsito de Rejeito

Cava 2 (Itapanhocanga)

Cava 1 (Itapanhocanga)

FIGURA 4.86 - Comparao da riqueza de espcies entre as duas campanhas de campo em relao aos diversos ambientes amostrados.
100 90 90 80 72

Riqueza de espcies

70 60 50 40 30 20 20 11 10 0 Areo Mata Campo Mesfila Rupestre Mata Ciliar Pastagem Candeial Brejo Borda de mata Urbano 4 7 2 2 1 14 14 10 5 4 43 39 53 46

Primeira campanha

Segunda campanha

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4.2.5 - Herpetofauna
4.2.5.1 - Introduo Atualmente, so conhecidas mais de 5.000 espcies de anfbios e mais de 8.000 espcies de rpteis. A regio tropical concentra grande parte da riqueza de espcies. Contudo, a paisagem natural desta regio sofre com os efeitos da ocupao humana. As conseqncias imediatas da destruio das paisagens naturais so: a remoo das populaes e o seu isolamento nos fragmentos remanescentes. O processo de erradicao ou alterao de biomas tem, atualmente, contribudo para o desaparecimento de espcies especialistas e/ou endmicas e o favorecimento de espcies ruderais - favorecidas pela atividade do homem - ou generalistas. Este processo tem sido observado tambm para populaes de anfbios ao redor de todo o mundo (Duellman e Trueb, 1986). As particularidades biolgicas dos anfbios e dos rpteis, associadas ao potencial de valor agregado aos mesmos (uso de espcies de rpteis e anfbios como fonte de protena na alimentao, utilizao das toxinas dos anfbios na produo de medicamentos, o que tem, recentemente, chamado a ateno da indstria farmacutica; alm do uso desses animais como indicadores de qualidade ambiental, entre outros) (Silvano, 1999), ressaltam a relevncia de sua conservao. Deste modo, torna-se importante o conhecimento das espcies constituintes das reas impactveis e ao mesmo tempo em que sejam tomadas medidas de conservao e manejo destes grupos, uma vez que os impactos gerados sobre estas espcies podem significar a perda de informaes importantes, bem como gerar impacto nas comunidades biticas. Neste estudo foi realizado um diagnstico sobre a herpetofauna local. Desta forma, procurou-se obter subsdios para alcanar os seguintes objetivos: - inventariamento da herpetofauna local, verificando a existncia de espcies raras, endmicas, ameaadas de extino; - identificao dos habitats disponveis e sua herpetofauna associada; - procurar indicar as possveis interferncias do empreendimento sobre a composio e estruturao da herpetofauna local; - avaliar a necessidade de elaborao de um plano de manejo e/ou monitoramento para potenciais grupos herpetofaunsticos; - indicar possveis aes ambientais com a finalidade de compensar os possveis impactos gerados pelo empreendimento.

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4.2.5.2 - Caracterizao da comunidade herpetofaunstica 4.2.5.2.1 - Primeira campanha Para a rea do empreendimento da mina de Itapanhoacanga foram observadas 20 espcies de anfbios (fotos 124 a 129), distribudas em cinco famlias: Bufonidae (2), Hylidae (11), Leiuperidae (2), Leptodactylidae (4) e Microhylidae (1) (quadro 4.60) e quatro de rpteis, distribudas em trs famlias: Colubridae (2) Teiidade (1) e Tropiduridae (1). De modo geral, a maioria das espcies possui ampla ocorrncia em territrio brasileiro, sendo algumas de hbitos generalistas, at mesmo favorecidas pela alterao de ambientes. A ttulo de exemplo podem ser citadas Dendropsophus minutus, D. elegans , Hypsiboas albopunctatus, H. crepitans, H. polytaenius, Leptodactylus fuscus e L. labirynthicus, que consistiram as espcies mais ocorrentes nos ambientes amostrados (figura 4.87), bem como as quatro espcies de rpteis encontradas. Este resultado pode ser explicado pelo fato de que alguns dos pontos de amostragem se encontram com algum nvel de interferncia humana sobre a paisagem natural. Woodruff (2001) chama ateno para o fato de que a homogeneizao de biotas um dos fatores que tem contribudo para o predomnio de espcies generalistas e ruderais em detrimento de espcies raras ou endmicas muito mais importantes do ponto de vista da conservao. Destaca-se a ocorrncia da espcie Physalaemus sp. uma espcie ainda desconhecida cientificamente, e para a qual no existem informaes sobre sua biologia. Neste momento, foram obtidos registros de sua ocorrncia apenas no ponto 17 (AID). Outros txons ainda no identificados plenamente, Scinax gr. catharinae, Scinax cf. duartei e Leptodactylus sp., alguns com ocorrncia conhecida para a serra do Cip MG (Eterovick e Sazima, 2004), uma rea vizinha do empreendimento. Os dois primeiros foram observados em apenas um ponto de amostragem.

QUADRO 4.60 - Espcies de anfbios registradas durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga (2006)
Famlia Bufonidae Espcie Chaunus rubescens Chaunus schneideri Dendropsophus elegans D. minutus D. branneri Hylidae Hypsiboas albopunctatus H. crepitans H. faber H. polytaenius Tipo de registro V, VOC V, VOC V, VOC V, VOC V, VOC V, VOC V, VOC VOC VOC Pontos com registro da espcie 23 5,26 4,5,7,8,9,10,12,14,15,18,19,2 8,30,31,32 2,4,5,6,7,12,15,17,18,22,23,3 0,31,32,33 8,10,15,18,19,23,28,30,33 4,7,10,12,14,16,18,21,23,24,2 8,31,32,33 1,2,4,5,8,11,14,15,19,23,24,3 0,31 18,33,31,26 2,4,5,7,8,9,10,12,13,14,15,18, 19,20,25,26,30,32,33 reas de ocorrncia AID, AII AID AID, AII AID, AII AID, AII AID, AII AID, AII AID AID, AII

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Continuao

Famlia

Espcie Phyllomedusa burmeisteri

Tipo de registro VOC V V, VOC V, VOC V, VOC V, VOC, AE V, VOC V, VOC VOC V, VOC VOC

Pontos com registro da espcie 19 21 33 31 7,8,15,17,18,23,28,31 5,7,17,18,19,21,23,24 28 26,28,30,32 14,18,23,24,33 17 23

reas de ocorrncia AID AII AID AII AID, AII AID, AII AID AID AID, AII AID AII

Hylidae

Scinax gr. catharinae Scinax cf. duartei S. eurydice Leptodactylus fuscus L. labyrinthicus L. mystacinus Leptodactylus sp. Physalaemus cuvieri Physalaemus sp. Elachistocleis ovalis

Leptodactylidae

Leiuperidae Microhylidae

V = Visualizado; VOC = Vocalizando e AE = Amostragem de estrada

FIGURA 4.87 - Freqncia de ocorrncia das espcies de anfbios registradas durante a amostragem da herpetofauna na regio da mina de Itapanhoacanga, Alvorada de Minas - MG.

As espcies de rpteis ocorrentes na regio da mina Itapanhoacanga foram: - Famlia Colubridae: Phylodryas nattereri (amostragem de estrada), Sibynomorphus neuwiedii (P8; AII); - Famlia Teiidae: Ameiva ameiva (P7; AII); - Famlia Tropiduridae: Tropidurus respectivamente). gr. torquatus (P8 e P11 - AII e AID,

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As espcies de lagartos A. ameiva e Tropidurus gr. torquatus so de ampla distribuio de ocorrncia e hbitos generalistas. As demais constituem espcies de serpentes das quais pouco se sabe sobre sua biologia, mas tambm ocorrentes em uma extensa faixa geogrfica (Marques et al., 2001). Como mecanismo para incremento do resultado referente aos rpteis e, sobretudo serpentes, foram estabelecidos quatro postos de captura na regio de abrangncia da mina da serra do Sapo, denominados PC1 a PC4, conforme a seguir: - PC1) Sr. Joaquim Ferreira - UTM 666057/7908327 - PC2) Sr. Jos Alves Mariano - UTM 670332/7903281 - PC3) Sr. Jos Teixeira Saldanha - UTM 664401/7907987 - PC4) Sr. Jos Atade - UTM 668572/7906815 Estes pontos foram percorridos na segunda campanha, para verificao e recolhimento do eventual material coligido. Para a rea da mina serra do Sapo foram observadas 23 espcies de anfbios (fotos 124 a 129), distribudas em cinco famlias: Bufonidae (2), Cycloramphidae (1) Hylidae (13), Leiperidae (1), Leptodactylidae (5) e uma espcie que no foi possvel a identificao (sp1) (quadro 4.61). Apenas uma espcie de rptil foi registrada na rea em questo, o calango Tropidurus gr. torquatus, avistado por diversas ocasies durante os deslocamentos. Contudo, provvel que a ocorrncia das espcies encontradas para a rea da mina de Itapanhoacanga se repita na serra do Sapo, dada proximidade e similaridade na fisionomia ambiental das duas reas. Outras espcies de serpentes e lagartos, tpicas do Cerrado, certamente habitam territrios inseridos na rea de interesse, no tendo sido registradas no presente devido ocasionalidade de tais registros. De modo geral, as espcies encontradas so tambm de carter generalista possuindo grande distribuio ao longo do territrio brasileiro. Como exemplos citam-se Chaunus schneideri e Leptodactylus fuscus, duas espcies reconhecidamente sinantrpicas, bem como Hypsiboas albopunctatus, H. polytaenius, D. elegans, D. minutus , as mais freqentes neste estudo (figura 4.88). Este resultado pode ser explicado pelo fato de que alguns dos pontos de amostragem correspondem a reas degradadas, em funo da atividade antrpica, como a transformao de reas naturais em pastagens. Ressalta-se a presena da espcie Crossodactylus bokermani, atualmente considerada ameaada de extino (Fundao Biodiversitas, 1998). Foram obtidos registros de sua ocorrncia apenas no ponto 02 (AID). A espcie apresenta hbitos diurnos e possui estreita relao com ambientes lticos pedregosos (riachos), onde se abriga em locas e fendas perto da gua. Um outro fator que pode ter exercido influncia nos resultados deste estudo a poca da realizao dos estudos, correspondendo ao final da estao seca. Assim outras espcies de requerimentos biolgicos mais restritos tm grande chance de no terem sido observadas por concentrarem a atividade durante o perodo de maiores ndices pluviomtricos. Por isso, a segunda campanha, durante o perodo chuvoso, assume grande importncia e faz-se essencial para buscar um melhor entendimento da composio de espcies de anfbios e rpteis da regio, sobretudo espcies-chave.

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Outros txons ainda no identificados plenamente, como Scinax gr. catharinae, Pseudopaludicola sp1 e sp2, Leptodactylus sp. e sp1, observados praticamente em apenas um ponto de amostragem cada, se destacam das demais espcies ocorrentes, sendo importante a obteno de mais informaes acerca do seu status atual. A espcie denominada sp1 foi registrada somente por zoofonia devido ao difcil acesso nos locais em que se encontrava. QUADRO 4.61 - Espcies de anfbios registradas durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina da serra do Sapo, Conceio do Mato dentro, MG
Famlia Bufonidae Cycloramphidae Espcie Chaunus rubescens Chaunus schneideri Crossodactylus bokermani Dendropsophus elegans Tipo de registro VOC VOC/G VOC/V VOC/V Pontos com registro da espcie 21 12,29 2 31, 12, 30, 22, 21, 12, 60, 62, 68, 61, 57, 59, 56, 01, 5, 55, 50, 7, 6, 32, 77, 11, 33, 35, 36, 38, 49. 31, 22, 21, 18, 64, 63, 62, 68, 60, 57, 59, 56, 4, 3, 1, 5, 55, 52, 54, 53, 50, 6, 33, 32, 11, 10, 38, 40, 41 11,30,33,35,3660,77 31, 12, 30, 29, 28, 22, 21, 17, 15, 12, 66, 63, 62, 52, 56, 55, 52, 49 7, 77, 11, 10, 47, 33, 35, 36, 37, 38 65 12,28,29,30,33,47,77 41 21, 18, 17, 16, 14, 47, 63, 62, 56, 1, 2, 55, 51, 52, 50, 49, 6, 33, 11, 10, 78, 47, 33, 35, 36, 37, 38, 41, 42, 70, 71 63 39 17,26,66 02 66 30,78 17,28,30,47,55,77 47,78 7,47 47,48 7,11,30,36,47 56,62,67 reas de ocorrncia AID AID /AII AID AID /AII

D. minutus D. branneri Hypsiboas albopunctatus Bokermanohyla cf. nanuzae Hylidae H. crepitans H. faber

VOC/V VOC/V VOC/V

AID /AII AID /AII ADAE/AII

V VOC/V VOC/V VOC/V/ G VOC VOC/V VOC/V VOC V VOC VOC/V VOC/V VOC VOC VOC VOC

AID AID /AII AII

H. polytaenius

AID /AII

Phyllomedusa burmeisteri Scinax cf. carnevalii Scinax cf. machadoi S. fuscomarginatus Scinax gr. catharinae Leptodacty lus fuscus L. labyrinthicus Leptodactylidae Leptodactylus sp. Pseudopaludicola sp1 Pseudopaludicola sp2 Leiuperidae Physalaemus cuvieri SP1

AID AII AID /AII AID AID AID AID /AII AID AID AID AID /AII AID

V = Visualizado; VOC = Vocalizando, AE = Amostragem de estrada; G = girino

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FIGURA 4.88 - Freqncia de ocorrncia das espcies de anfbios durante a amostragem da herpetofauna na regio da mina da serra do Sapo, Conceio do Mato dentro, MG.

Como mecanismo para incremento do resultado referente aos rpteis e, sobretudo serpentes, foi estabelecido um posto de captura na regio de abrangncia da mina da serra do Sapo, localizado na fazenda Corao de Jesus - Retiro da Cachoeira, e denominado PC1, conforme a seguir: - PC1) Faz. Retiro da Cachoeira, prop. Sr. Corjsus - UTM 664671/7923422 Estes pontos foram percorridos na segunda campanha, para verificao e recolhimento do eventual material coligido. Informaes sobre a possvel ocorrncia de jacars e cgados nas lagoas que se formam em propriedades particulares foram tambm levantadas (p. ex. P36, 41), contudo, no confirmadas em campo. Foram obtidos relatos de caa e pesca predatria de exemplares. De toda forma, no possvel inferir detalhadamente sobre nenhuma delas sem a confirmao de ocorrncia in loco . certo que a riqueza de espcies herpetofaunsticas na rea do empreendimento maior do que a apresentada no presente estudo. Sabe-se que inventrios de curto termo tendem a subestimar a riqueza de espcies uma vez que esta uma funo direta do esforo de amostragem ao longo do tempo. Este fato deve ser marcante para as espcies de rpteis, em especial as serpentes, que devido a particularidades em seus hbitos so menos freqentemente encontradas e requerem a aplicao de metodologias especficas e de longo prazo. Outros fatores que reforam estes fatos so a abundncia e riqueza de espcies conhecidas para reas muito prximas do empreendimento, como a serra do Cip (Eterovick e Sazima, 2004) e o distrito de Tabuleiro (Leite, com. pess.).

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Embora no tenham sido capturados, ressalta-se a probabilidade de ocorrncia das espcies Heterodactylus lundi (Reinhardt & Ltken, 1862), nome popular: cobra-devidro, que se encontra na categoria vulnervel da lista de espcies ameaadas do estado de Minas Gerais, e da espcie Placosoma cipoense (Cunha, 1966), nome popular: lagartinho-do-cip, que se encontra na categoria em perigo de ameaa da lista de espcies ameaadas do estado de Minas Gerais, alm das espcies endmicas de lagartos Eurolophosaurus nanuzae e Tropidurus montanus . (Biodiversitas, 1998). A composio paisagstica da regio do empreendimento e a composio da herpetofauna local faz com que seja possvel que as espcies aqui relacionadas possam ocorrer tanto na AII quanto na AID.

Foto 124 - Exemplar de Chaunus rubescens encontrado ao longo da regio dos empreendimentos mina Itapanhoacanga e mina do Sapo -Setembro de 2006.

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Foto 125 - Exemplar de Dendropsophus elegans encontrado ao longo da regio dos empreendimentos mina Itapanhoacanga e mina do Sapo Setembro de 2006.

Foto 126 - Exemplar de Leptodactylus fuscus encontrado ao longo da regio dos empreendimentos mina Itapanhoacanga e mina do Sapo - Setembro de 2006.

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Foto 127 - Exemplar de Leptodactylus mystacinus encontrado ao longo da regio do empreendimento mina Itapanhoacanga - Setembro de 2006.

Foto 128 - Exemplar de Scinax cf. carnevalii encontrado ao longo da regio do empreendimento mina do Sapo - Setembro de 2006.

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Foto 129 - Casal de Hypsiboas crepitans encontrado ao longo da regio do empreendimento mina Itapanhoacanga - Setembro de 2006.

4.2.5.2.2 - Segunda campanha e integrao das duas campanhas Para a rea do empreendimento da mina de Itapanhoacanga foram agora observadas 24 espcies de anfbios, distribudas em seis famlias: Bufonidae (1), Brachycephalidae (1), Hylidae (15), Leptodactylidae (5), Leiuperidae (1) e Microhylidae (1) (quadro 4.62) (fotos 130 a 132).

QUADRO 4.62 - Espcies de anfbios registradas durante a segunda campanha de campo da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga (2007)
Famlia Bufonidae Brachycephalidae Espcie Chaunus pombali Eleutherodactylus sp. Bokermannohyla saxicola Bokermannohyla cf. nanuzae Bokermannohyla sp. Dendropsophus branneri D. minutus D. elegans Tipo de registro V VOC V, VOC V V, VOC VOC VOC VOC Pontos com registro da espcie 21 17, 26 6, 24 6 21 8, 10, 28 9, 10, 17, 18, 24, 31, 32, 33, 9, 10, 18, 19, 28, 31, 32, 33 reas de ocorrncia AII AID, AII AII AII AII AID, AII AID, AII AID, AII

Hylidae

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Continuao

Famlia

Espcie

Tipo de registro

Pontos com registro da espcie 8, 19, 20, 24, 28, 32, 33, 10, 17, 18, 26., 31 10, 28 8, 19, 28, 31, 33 10, 19, 24, 28, 31, 32, 33 8, 9, 10, 17, 19, 26, 33 17, 21 18, 28, 31, 33 31 10, 17 31 28 20, 24, 26 8, Vila 24 10, 18, 19, 28, 31, 32, 33

reas de ocorrncia

Hypsiboas albopunctatus H. albomarginatus H. crepitans H. faber Hylidae H. polytaenius Scinax gr. catharinae Scinax cf. curicica S. fuscomarginatus S. fuscovarius Leptodactylus fuscus L. labyrinthicus Leptodactylidae L. mystacinus Leptodactylus cf. mystaceus Leptodactylus gr. fuscus Leiuperidae Physalaemus cuvieri

VOC V, VOC V, VOC VOC VOC VOC VOC VOC VOC VOC VOC V, VOC V VOC VOC

AID, AII AID, AII AID, AII AID, AII AID, AII AII AID, AII AII AII AII AID AID, AII AID, AII AII AID, AII AID

Microhylidae Elachistocleis ovalis VOC 18, 32 Legenda: V = Visualizado; VOC = Vocalizando e AE = Amostragem de estrada

A riqueza da segunda campanha obtida supera a da campanha anterior em que 20 espcies haviam sido observadas, atravs do registro de 10 espcies inditas para o estudo. O quadro 4.63 traz a listagem de todas as espcies presentes na rea de Itapanhoacanga e apresenta uma comparao da ocorrncia das mesmas entre as duas etapas. QUADRO 4.63 - Riqueza total de espcies de anfbios registradas durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga (2006/2007)
Espcie Chaunus pombali Chaunus rubescens Chaunus schneideri Eleutherodactylus sp. Bokermannohyla saxicola Bokermannohyla cf. nanuzae Bokermannohyla sp. Dendropsophus branneri D. minutus Total pontos com registro da espcie - SET 2006 0 1 2 0 0 0 0 9 15 Total pontos com registro da espcie - JAN 2007 1 0 0 2 2 1 1 3 8

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Continuao

Espcie D. elegans Hypsiboas albopunctatus H. albomarginat us H. crepitans H. faber H. polytaenius Phyllomedusa burmeisteri Scinax gr. catharinae Scinax cf. curicica S. eurydice S. fuscomarginatus S. fuscovarius Leptodactylus fuscus L. labyrinthicus L. mystacinus Leptodactylus cf. mystaceus Leptodactylus gr. fuscus Physalaemus cuvieri Physalaemus sp. Elachistocleis ovalis Riqueza total

Total pontos com registro da espcie - SET 2006 15 14 0 14 4 19 1 1 1 1 0 0 8 8 1 0 0 5 1 1

Total pontos com registro da espcie - JAN 2007 9 12 2 5 7 7 0 2 4 0 1 2 1 1 3 2 1 7 0 2

29 spp.

possvel observar que 14 espcies foram comuns s duas campanhas, cinco estiveram presentes apenas na etapa de setembro de 2006 e 10 foram exclusivas de janeiro de 2007: Chaunus pombali , Eleutherodactylus sp., Bokermannohyla saxicola , Bokermannohyla cf. nanuzae e Bokermannohyla sp., Hypsiboas albomarginatus, Scinax fuscomarginatu s, Scinax fuscovarius, Leptodactylus cf. mystaceus e Leptodactylus gr. fuscus, denotando a grande importncia da complementao do diagnstico observando a sazonalidade. Neste grupo cinco espcies destacam-se por representarem txons ainda no identificados, como as representantes do gnero Bokermannohyla cuja distribuio relacionada a reas montanhosas, sobretudo Bokermannohyla sp., desconhecida pela equipe executora. Com relao distribuio espacial na rea de estudo, comparativamente, quatro espcies ampliaram sua rea de ocorrncia entre as duas campanhas realizadas, H. faber, Scinax cf. curicica e L mystacinus, que foram agora observadas tambm na AII do empreendimento, e E. ovalis , que ocorreu tambm em pontos inseridos na AID. Para as demais comuns a ambas as campanhas, no houve alteraes. A espcie anteriormente denominada Scinax cf. duartei corresponde, na verdade, a Scinax cf. curicica, txon recentemente descrito pela cincia (Pugliese et al., 2004).

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Como j relatado, outros txons ainda no identificados plenamente, Scinax gr. catharinae, Scinax cf. curicica e Leptodactylus sp., alguns com ocorrncia conhecida para a serra do Cip - MG (Eterovick e Sazima, 2004), uma rea vizinha do empreendimentos, tambm se destacam das demais espcies ocorrentes, sendo importante a obteno de mais informaes acerca do seu status atual. Quatro espcies de rpteis foram tambm observadas e elas se distribuem em quatro famlias: Colubridae (1) Teiidade (1), Tropiduridae (1) e Afisbenidae (1), quais sejam, respectivamente: Pseudoboa sp., Ameiva ameiva , Tropidurus gr. torquatus e Amphisbaena alba . Estas espcies foram encontradas, respectivamente, nas seguintes reas:
Espcie Ameiva ameiva Tropidurus gr. torquatus Pseudoboa sp. Amphisbaena alba Ponto/rea MG-10 09 MG-10 MG-10

A riqueza de espcies de rpteis considerando-se as duas etapas de trabalho correspondeu a sete espcies, com o acrscimo das serpentes Philodryas nattereri e Sibynomorphus neuwiedii , registradas em setembro de 2006, alm de Crotalus durissus, obtida agora atravs da metodologia de postos de captura (-PC1: Faz. Retiro da Cachoeira, prop. Sr. Corjsus - UTM 664671/7923422). Os lagartos foram comuns s duas campanhas realizadas e as serpentes Pseudoboa sp. e C. durissus , e A. alba exclusivas de janeiro de 2007. As espcies de lagartos A. ameiva e Tropidurus gr. torquatus so de ampla distribuio de ocorrncia e hbitos generalistas. As demais constituem espcies de serpentes em que pouco se sabe sobre sua biologia, mas tambm ocorrentes em uma extensa faixa geogrfica (Marques et al., 2001), assim como o anfisbendeo registrado. Embora ainda comporte componentes de caractersticas conspcuas, de modo geral, a maioria das espcies possui ampla ocorrncia no estado de Minas Gerais, sendo algumas de hbitos generalistas, at mesmo favorecidas pela alterao de ambientes. Este resultado pode ser explicado pelo fato de que alguns dos pontos de amostragens se encontram com algum nvel de interferncia humana sobre a paisagem natural. Woodruff (2001) ressalta o fato de que a homogeneizao de biotas um dos fatores que tem contribudo para o predomnio de espcies generalistas e ruderais em detrimento de espcies raras ou endmicas muito mais importantes do ponto de vista da conservao. Destaca-se a ocorrncia da espcie Physalaemus sp., observada apenas durante a primeira etapa, no ponto 17 (AID) em setembro de 2006, e que representa uma espcie ainda desconhecida cientificamente, para a qual no existem informaes sobre sua biologia. A anlise dos espcimes e a constatao segura j foram realizadas por pesquisadores da PUC.Minas e UFRJ/MN.

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A Cadeia do Espinhao foi recentemente reconhecida como uma das Reservas Mundiais da Biosfera (www.unesco.com) devido a particularidades biolgicas, como o grande nmero de espcies endmicas de plantas (Giulietti et al., 2000) e animais. Esta cadeia de montanhas est includa no domnio do Cerrado, uma das reas prioritrias para a conservao da biodiversidade do planeta (Fundao Biodiversitas, 2003). Devido ao elevado nmero de espcies endmicas ocorrentes ao longo do Espinhao, a ocorrncia de uma nova espcie em formaes associadas a esta cadeia de montanhas impe a necessidade de uma investigao mais detalhada sobre os aspectos de sua biologia, entre elas a distribuio de populaes ao longo da rea do empreendimento, antes da implantao do mesmo. importante confirmar ou no o carter endmico de ocorrncia desta espcie, e em caso de confirmao, a implantao do empreendimento poder contribuir para a extino de populaes locais ou mesmo da espcie. O Programa de Monitoramento do referido txon est contemplado no EIA. Para a rea da mina serra do Sapo foram observadas 20 espcies de anfbios, distribudas em seis famlias: Bufonidae (1), Brachycephalidae (1) Hylidae (14), Leptodactylidae (1), Leiuperidae (2) e Microhylidae (1) (quadro 4.64) (foto 133). QUADRO 4.64 - Espcies de anfbios registradas durante a segunda campanha de campo da herpetofauna na regio da mina da serra do Sapo (2007)
Famlia Bufonidae Brachycephalidae Espcie Chaunus schneideri Eleutherodactylus sp. Dendropsophus branneri Tipo de registro VOC VOC VOC Pontos com registro da espcie 33, 44 15 12, 29, 33, 35, 36, 44, 56, 61 5, 12, 15, 16, 18, 28, 29, 33, 35, 36, 56, 60, 51, 55, 44, 70 5, 16, 17, 18, 21, 29, 33, 44, 61 35, 44, 51, 56, 61 5, 12, 13, 15, 16, 17, 18, 21, 24, 25, 28, 29, 33, 35, 36, 61, 55, 56, 44, 51, 70 35, 36 17, 24, 28, 29, 35, 51, 79 5, 12, 13, 16, 28, 29, 33, 36, 60, 44, 70 13, 15, 16, 17, 18, 21, 51, 56 33, 55, 61 13, 24, 36, 60, 70 12, 24, 29, 79 15, 17, 19 5, 12, 55, 56, 60 reas de ocorrncia AID, AII AII AID, AII

D. elegans

VOC

AID, AII

D. minutus D. rubicundulus

VOC VOC

AID, AII AID, AII

Hypsiboas albopunctatus

VOC

AID, AII

Hylidae

H. albomarginatus H. crepitans H. faber H. polytaenius Scinax eurydice Scinax fuscovarius S. fuscomarginatus Scinax aff. perereca Scinax cf. curicica

VOC V, VOC VOC VOC VOC VOC VOC VOC VOC

AII AID, AII AID, AII AID, AII AID, AII AID, AII AID AID, AII AID, AII

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Continuao

Famlia Leptodactylidae Leiuperidae Microhylidae

Espcie Leptodactylus fuscus Physalaemus cuvieri Pseudopaludicola sp. Elachistocleis ovalis

Tipo de registro VOC VOC V, VOC VOC

Pontos com registro da espcie 29 5, 17, 18, 19, 24, 29, 33, 35, 36, 55, 61 79 29, 51

reas de ocorrncia AII AID/AII AII AII

Legenda: V = Visualizado; VOC = Vocalizando, AE = Amostragem de estrada

A riqueza obtida na segunda campanha foi ligeiramente inferior da campanha anterior em que 23 espcies haviam sido observadas. Contudo, houve registro de oito espcies inditas para o estudo. O quadro 4.65 traz a listagem de todas as espcies presentes na rea da mina do Sapo e apresenta uma comparao da ocorrncia das mesmas entre as duas etapas. QUADRO 4.65 - Riqueza total de espcies de anfbios registradas durante o levantamento da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga (2006/2007)
Espcie Chaunus rubescens Chaunus schneideri Eleutherodactylus sp. Crossodactylus bokermani Bokermanohyla cf. nanuzae Dendropsophus branneri D. elegans D. minutus D. rubicundulus Hypsiboas albopunctatus H. albomarginatus H. crepitans H. faber H. polytaenius Phyllomedusa burmeisteri Scinax eurydice Scinax fuscovarius S. fuscomarginatus Scinax aff. perereca Scinax cf. carnevalii Scinax cf. machadoi Scinax cf. curicica Scinax gr. catharinae Leptodactylus fuscus Total pontos com registro da espcie - SET 2006 1 2 0 2 1 7 27 29 0 28 0 7 1 31 1 0 0 1 0 1 3 0 1 2 Total pontos com registro da espcie - JAN 2007 0 2 1 0 0 8 16 9 5 21 2 7 11 8 0 3 5 4 3 0 0 5 0 1

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Continuao

Espcie L. labyri nthicus Leptodactylus sp. Pseudopaludicola sp. Pseudopaludicola sp2 Physalaemus cuvieri Elachistocleis ovalis SP1 Riqueza total

Total pontos com registro da espcie - SET 2006 6 2 2 2 5 0 3 31

Total pontos com registro da espcie - JAN 2007 0 0 1 0 11 2 0

possvel observar que 12 espcies foram comuns s duas campanhas, 11 estiveram presentes apenas na etapa de setembro de 2006 e oito foram exclusivas de janeiro de 2007: Eleutherodactylus sp., D. rubicundulus, H. albomarginatus, S. fuscovarius, S. eurydice, Scinax aff. perereca, Scinax cf. curicica e E. ovalis , denotando a grande importncia da complementao do diagnstico observando a sazonalidade. Neste grupo trs espcies destacam-se por representarem txons ainda no identificados, como Scinax aff. perereca, que apesar de apresentar-se atualmente bem distribuda no estado de Minas Gerais (Carvalho Jr., obs. pess.), constitui tambm uma espcie nova para a cincia e em fase de descrio. Com relao distribuio espacial na rea de estudo, comparativamente, apenas duas espcies ampliaram sua rea de ocorrncia entre as duas campanhas realizadas, H. faber e L fuscus, que foram agora observadas tambm na AID e AII do empreendimento, respectivamente. Para as demais comuns a ambas as campanhas, no houve alteraes significativas. A espcie anteriormente denominada Scinax cf. duartei corresponde, na verdade, a Scinax cf. curicica, txon recentemente descrito pela cincia (Pugliese et al., 2004). Como j relatado, outros txons ainda no identificados plenamente, como Scinax gr. catharinae, Pseudopaludicola sp1 e sp2, Leptodactylus sp., e sp1, observados ativos em poucos pontos de amostragem, tambm se destacam das demais espcies ocorrentes, sendo importante a obteno de mais informaes acerca do seu status atual. Trs espcies de rpteis foram tambm observadas e elas se distribuem em duas famlias: Colubridae (2) Geckonidae (1), quais sejam, respectivamente: Chironius cf. carinatus, Philodryas olfersii e Hemidactylus mabouya . Estas espcies foram encontradas, respectivamente, nas seguintes reas:
Espcie Chironius cf. carinatus Philodryas olfersii Hemidactylus mabouya Ponto/rea MG-10 MG-10 rea urbana

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A riqueza de espcies de rpteis considerando as duas campanhas correspondeu a 16 espcies, com o acrscimo do lagarto Tropidurus gr. torquatus, registrado em setembro de 2006, alm de outras 12 diferentes espcies obtidas agora atravs da metodologia de postos de captura, conforme a seguir (quadro 4.66). QUADRO 4.66 - Resultado obtido nos postos de captura durante a segunda campanha da herpetofauna na regio da mina serra do sapo
Posto de Captura localizao PC1 UTM 670332/7903281 PC2 UTM 666057/7908327 PC3 UTM 664401/7907987 PC4 UTM 668572/7906815 Total Proprietrio Sr. Joaquim Ferreira Sr. Jos Alves Mariano Sr. Jos Teixeira Saldanha Sr. Jos Atade Espcies coligidas Bothrops sp., Chironius flavolineatus, Chironius sp. (2), Crotalus duris sus, Leptodeira annulata (2), Liophis poecilogyrus , Oxyrhopus sp., Leposternon sp. Bothrops sp., Liophis cf. miliaris, Liophis sp., Oxyrhopus guibei Chironius sp., Philodryas olfersii, Oxyrhopus sp. 13 Total de exemplares 0

10

04 03 17

Do total de 17 exemplares, 13 foram serpentes no peonhentas (Colubridae), trs foram serpentes peonhentas (Viperidae) e uma cobra-de-duas-cabeas (Amphisbaenidae). Nove espcies no foram plenamente identificadas, a maioria devido ao estado de conservao pouco apropriado e por consistirem indivduos jovens. Destacam-se as serpentes dos gneros Bothrops e Crotalus, devido sua importncia mdica. Como apenas o lagarto Tropidurus gr. torquatus foi registrado na primeira campanha, todas as demais espcies foram exclusivas de janeiro de 2007, o que demonstra a importncia e eficcia da utilizao da metodologia de postos de captura em amostragens sazonais. Embora ainda comporte componentes de caractersticas conspcuas, de modo geral, vrias destas espcies possuem ampla ocorrncia no estado de Minas Gerais, sendo algumas de hbitos generalistas, at mesmo favorecidas pela alterao de ambientes. Este resultado pode ser explicado pelo fato de que alguns dos pontos de amostragens se encontram com algum nvel de interferncia humana sobre a paisagem natural. Woodruff (2001) ressalta o fato de que a homogeneizao de biotas um dos fatores que tem contribudo para o predomnio de espcies generalistas e ruderais em detrimento de espcies raras ou endmicas muito mais importantes do ponto de vista da conservao. altamente provvel que a ocorrncia das espcies encontradas para a rea da mina de Itapanhoacanga se repita na serra do Sapo e vice-versa, dada a proximidade e similaridade na fisionomia ambiental das duas reas. Da mesma forma, outras espcies de serpentes e lagartos, tpicas do Cerrado, certamente habitam territrios inseridos na rea de interesse, no tendo sido registradas no presente devido ocasionalidade de tais registros.

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Ressalta-se a ocorrncia da espcie Crossodactylus bokermani, observada apenas durante a primeira etapa, no ponto 02 (AID) em setembro de 2006, atualmente considerada ameaada de extino (Fundao Biodiversitas, 1998). A ocorrncia de uma espcie ameaada ao longo da rea do empreendimento impe a necessidade de uma investigao mais detalhada sobre os aspectos de sua biologia, entre elas a distribuio de populaes ao longo da rea, antes da implantao do mesmo. Somente aps conhecer como a espcie se distribui ao longo do ambiente que se poder traar a melhor estratgia de manejo para suas populaes. O Programa de Monitoramento do referido txon est contemplado no EIA. 4.2.5.3 - Concluses As reas dos empreendimentos estendem-se ao longo de diferentes formaes vegetacionais quais sejam campos rupestres, campos de altitude, cerrado (sensu strictu) e matas de galeria. Trata-se de uma regio importante do ponto de vista da conservao da biodiversidade, com o potencial de ocorrncia de espcies endmicas ou raras. Esta importncia ressaltada pelo fato da regio se encontrar inserida nos limites das reas indicadas como de prioridade alta e extremamente alta para a conservao, utilizao sustentvel e repartio de benefcios da biodiversidade brasileira (Ministrio do Meio Ambiente, 2004). So denominadas respectivamente, CP-489 Serra do Cip e MA-631 Alto do Rio Santo Antnio (Ministrio do Meio Ambiente, 2004). A herpetofauna das reas pretendidas para implantao dos empreendimentos e sua rea de influncia segue o padro de composio de espcies encontradas para reas em diferentes nveis de degradao do estado de Minas Gerais (Leite, Carvalho Jr. & Galdino, em preparao). Contudo, existem alguns elementos faunsticos tpicos das formaes dos campos de altitude da Cadeia do Espinhao, que apresenta alto endemismo. Assim provvel que as espcies registradas para esta rea sejam encontradas tambm nas adjacncias dos empreendimentos, ressaltando a importncia dessas reas adjacentes para planos de conservao. A ocorrncia da espcie nova Physalaemus sp. na rea da mina de Itapanhoacanga (associada Cadeia do Espinhao), impe a necessidade da investigao do status de conservao de suas populaes ao longo da rea bem como de sua distribuio geogrfica, para que se conclua se o caso corresponderia ou no a mais um endemismo para o Espinhao. Da mesma forma, a ocorrncia da espcie ameaada Crossodactylus bokermani requer cautela nas aes impactantes aos seus ambientes de ocorrncia, que podem resultar na extino de populaes locais de uma espcie com risco de extino. A alta riqueza de espcies encontrada (29 e 31) contando com diversos elementos de caractersticas conspcuas, alguns ainda no totalmente identificados e outros com ocorrncia pontual, a presena de espcies novas e/ou ameaadas denotam a importncia da regio amostrada. Alm do que j foi discutido, determinados gneros e grupos de espcies podem tambm ser destacados, como Scinax gr. ruber (S. cf. curicica e S. aff. perereca), Scinax gr. catharinae (S. cf. carnevalii, S. cf. machadoi etc), Pseudopaludicola (sp e sp2), entre outros, por apresentarem taxonomia difcil com possibilidade de outros novos txons serem descritos.

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A complementao dos dados observada entre uma campanha e outra acentua a importncia da amostragem sazonal. A curva do coletor no se estabilizou totalmente para nenhuma das duas reas, como mostram as figuras 4.89 a 4.90 a seguir.

FIGURA 4.89 - Curva do coletor obtida para o levantamento da herpetofauna na regio da mina serra do sapo (2006/2007)
45

N espcies registradas

40 35 30 25 20 15 10 5 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Dias de amostragem

FIGURA 4.90 - Curva do coletor obtida para o levantamento da herpetofauna na regio da mina Itapanhoacanga (2006/2007)
40 35

N espcies registradas

30 25 20 15 10 5 0 1 2 3 4 5 6 Dias amostragem

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Essas figuras trazem o resultado dirio obtido para anfbios e rpteis, para as duas campanhas realizadas, sendo que o material obtido atravs de postos de captura (coleta indireta) no foi considerado nesta anlise. A perda de habitats foi apontada como o principal responsvel pelo declnio de 82% da fauna ameaada de Minas Gerais. A maior parte dessas espcies, cerca de 60%, est associada Mata Atlntica, ecossistema mais ameaado no estado, e outros 30% so espcies que tm como habitat o Cerrado.

Foto 130 - Exemplar de Bokermannohyla saxicola encontrado ao longo da regio dos empreendimentos mina Itapanhoacanga e mina do Sapo -Janeiro de 2007.

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Foto 131 - Exemplar de Bokermannohyla sp. encontrado ao longo da regio dos empreendimentos mina Itapanhoacanga e mina do Sapo - Janeiro de 2007.

Foto 132 - Exemplar de Leptodactylus cf. mystaceus encontrado ao longo da regio dos empreendimentos mina Itapanhoacanga e mina do Sapo - Janeiro de 2007.

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Foto 133 - Exemplar de Hypsiboas albomarginatus encontrado ao longo da regio do empreendimento mina Itapanhoacanga - Janeiro de 2007.

4.2.6 - Ictiofauna
4.2.6.1 - Introduo A bacia hidrogrfica do rio Doce est situada na regio Sudeste, entre os paralelos 1845' e 2115' de latitude sul e os meridianos 3955' e 4345' de longitude oeste, compreendendo uma rea de drenagem de cerca de 83.400 km, dos quais 86% pertencem ao estado de Minas Gerais e o restante ao estado do Esprito Santo. Abrange, total ou parcialmente, reas de 228 municpios e possui uma populao total da ordem de 3,1 milhes de habitantes. Limita-se ao sul com a bacia hidrogrfica do rio Paraba do Sul, a oeste com a bacia do rio So Francisco, e, em pequena extenso, com a do rio Grande. Ao norte, limita-se com a bacia dos rios Jequitinhonha e Mucuri e a noroeste com a bacia do rio So Mateus. O rio Doce, com uma extenso de 853 km, tem como formadores os rios Piranga e Carmo, cujas nascentes esto situadas nas encostas das serras da Mantiqueira e Espinhao. Seus principais afluentes so: pela margem esquerda os rios Piracicaba, Santo Antnio e Suau Grande, em Minas Gerais, Pancas e So Jos, no Esprito Santo; pela margem direita os rios Casca, Matip, Caratinga-Cuiet e Manhuau, em Minas Gerais, e Guandu, no Esprito Santo.

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Uma anlise dos processos de ocupao e crescimento econmico da bacia hidrogrfica do rio Doce, concentrados principalmente nos ltimos 50 anos, mostra que a estruturao territorial aconteceu de uma forma totalmente desordenada. Na zona rural encontram-se vastas reas em estado avanado de desertificao, lagoas eutrofizadas, nascentes desprotegidas e processos erosivos. Da cobertura vegetal original, mais de 90% foi extinta. Do restante, menos de 1% encontra-se em estgio primrio. Nas cidades, praticamente todo o esgoto e lixo so lanados nos cursos d'gua ou em suas margens. Associadas a estes fatores de degradao ambiental, concentraes pontuais de grandes indstrias - siderurgia e celulose, no Vale do Ao, suinocultura e beneficiadoras de cana-de-acar, em Ponte Nova, e minerao, em Itabira - interferem significativamente tanto qualitativa quanto quantitativamente nos usos mltiplos dos recursos hdricos. As condies abiticas da gua (WOOTTON 1992, 1999) e a disponibilidade de recursos no habitat onde vivem (GOULDING 1981, PITCHER & HART 1982), so fatores importantes na regulao da composio e estrutura de uma comunidade de peixes. Esses e outros fatores de carter ecolgico devem ser levados em considerao quando relacionados conservao das espcies presentes em determinada regio. Determinadas comunidades merecem ateno especial em funo da sua riqueza em espcies ou do carter endmico de algumas de suas populaes, alm da importncia social ou econmica que podem expressar (SUTHERLAND 2001). Assim como qualquer outro ser vivo, as espcies de peixes esto adaptadas a viver em seus ambientes e as alteraes causadas nesses habitats podem trazer conseqncias srias ao equilbrio dinmico da comunidade. Dentre as vrias causas de alterao do ambiente aqutico natural, esto a contaminao por agentes qumicos, a introduo de espcies exticas e a implantao de empreendimentos. O presente estudo se desenvolveu na microrregio de Conceio do Mato Dentro que congrega, alm do municpio que lhe d nome, as cidades de Alvorada de Minas, Congonhas do Norte, Dom Joaquim, Itamb do Mato Dentro, Morro do Pilar, Passabem, Rio Vermelho, Santo Antnio do Itamb, Santo Antnio do Rio Abaixo, So Sebastio do Rio Preto, Serra Azul de Minas e Serro. A drenagem nesta microrregio composta de afluentes e subafluentes da bacia hidrogrfica do rio Doce. Entre eles, destacam-se os rios Tijuco e Santo Antnio, alm do rio Parana e ribeires e crregos de menor expresso. 4.2.6.2 - Resultados Foram capturados 4294 exemplares de peixes nas reas de influncia da implantao das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007, distribudos em 4 Ordens, 11 famlias e 22 espcies. Estas espcies representam 28,6% das 77 espcies descritas para bacia hidrogrfica do rio Doce (BIODIVERSITAS, 1998). No quadro 4.67, apresentada a classificao sistemtica das espcies de peixes coletadas, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007 (fotos 134 a 153).

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QUADRO 4.67 - Classificao das espcies de peixes, capturadas nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007.
Espcies ORDEM CHARACIFORMES Famlia Characidae Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758) Astyanax fasciatus (Cuvier, 1819) Astyanax taeniatus (Jenyns, 1842) Astyanax scabripinnis (Jenyns, 1842) Astyanax sp. Astyanax sp2 Oligosarcus argenteus Gngher, 1864 Brycon opalinus (Curvier, 1819) Famlia Crenuchidae Characidium sp. Famlia Erythinidae Hoplias lacerdae Miranda Ribeiro, 1908 Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) Famlia Anostomidae Leporinus mormyrops Steindachner,1875 Leporinus copelandii Steindachner,1875 ORDEM SILURIFORMES Famlia Heptapteridae Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) Famlia Trichomycteridae Trichomycterus sp. Famlia Callichthyidae Callichthys callich thys (Linnaeus, 1758) Famlia Loricariidae Hypostomus sp. Paratocinclus sp. Hisonotus sp. Famlia Gymnotidae Gymnotus carapo Linnaeus, 1758 ORDEM CYPRINODONTIFORMES Famlia Poecilidae Phaloceros caudimaculatus (Hensel, 1868) ORDEM PERCIFORMES Famlia Cichlidae Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaim ard, 1824) Nome vulgar

Lambari do rabo amarelo Lambari do rabo vermelho Lambari Lambari Lambari Lambari Lambari-bocarra, lambari-cachorra Piabanha

Canivete

Trairo Trara Piau-boquinha Piau-vermelho

Bagre

Cambeva

Tamboat

Cascudo Cascudo Cascudo Sarap

Barrigudinho

Car

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Curva do coletor A curva do coletor para a rea de estudo mostrou estabilidade da comunidade (figura 4.91), sendo pelo menos 95,2% das espcies recapturadas no perodo chuvoso. As diferenas foram encontradas devido captura de duas espcies que s ocorreram uma em cada perodo. As espcies L. copelandii e H. malabarcus , sendo a primeira capturada no perodo seco (ago/06) e a segunda no perodo chuvoso (fev/07). Alguns estudos consideram que a amostragem ideal para uma comunidade seja aquela onde ocorre a estabilizao do nmero de espcies capturadas, ou que o nmero de recapturas ultrapassasse 50% dos indivduos. Portanto considera-se a comunidade de peixes na rea de influncia do empreendimento seja uma comunidade estvel com relao s espcies encontradas na rea. FIGURA 4.91 - Curva do coletor para espcies capturadas nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007.
24 22 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06 jan/07 fev/07 Nmero de espcies Nmero de espcies novas

A variao nos tamanhos das espcies para o perodo amostrado foi avaliada por meio da construo de tabelas com os comprimentos e pesos mdios, mximos e mnimos dos exemplares capturados. O maior exemplar capturado foi um trairo (H. lacerdae ) 22,0 cm de comprimento padro (CP) e 184,0 g de peso corporal (PC) e os menores o car (G. brasiliensis) com 1,0 cm de CP e 0,5 g de PC, a cambeva (Trychomicterus sp.) com 1,6 cm de CP e 0,2 g de PC e o cascudinho (Hisonotus sp.) com 1,7 cm e 0,3 g de PC e a. As amplitudes de comprimento padro (CP) e peso corporal (PC) por espcie e nmero de indivduos capturados se encontra no quadro 4. 68.

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QUADRO 4.68 - Nmero de indivduos capturados (N), maiores (Max.) e menores (Min.) exemplares; mdia (Med.) para comprimento padro (CP) e peso corporal (PC) de cada espcie para a amostragem quantitativa e qualitativa nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007.
Espcie A. bimaculatus A. fasciatus A. scabripinnis A. taeniatus Astyanax sp. Astyanax sp2 B. opalinus C. callichthys Characidium sp. G. brasiliensis G. carapo H. lacerdae H. malabaric us Hisonotus sp. Hypostomus sp. L. copelandii L. mormyrops O. argenteus P. caudimaculatus Paratocinclus sp. R. quelen Trichomicterus sp. N 201 269 319 1052 125 7 3 8 121 117 9 11 1 13 6 1 41 111 27 17 9 26 CP (cm) Max 11,0 9,0 15,3 9,5 6,2 5,0 21,5 6,4 6,5 14,9 13,0 22,0 20,5 10,0 19,0 16,0 15,5 18,0 3,5 4,2 23,0 5,0 Min 3,0 2,0 2,4 1,8 2,5 5,0 7,0 4,5 2,0 1,0 6,0 6,0 20,5 1,7 3,0 16,0 2,5 3,0 2,5 2,5 6,0 1,6 Med 5,8 4,7 4,0 4,0 3,5 5,0 16,7 5,4 3,9 5,5 8,4 14,1 20,5 3,8 7,7 16,0 9,4 7,0 3,0 3,3 13,3 3,2 Max 47,5 16,5 42,0 18,0 13,5 3,0 199,0 7,0 3,5 82,0 10,0 184,0 145,0 22,0 135,5 67,0 65,0 113,0 1,0 1,0 191,0 1,0 PC (g) Min 1,0 0,3 0,3 0,3 0,3 3,0 7,5 2,5 0,3 0,5 0,5 5,5 145,0 0,1 0,5 67,0 0,3 0,5 0,5 0,3 3,5 0,1 Med 7,5 3,6 2,5 1,7 1,5 3,0 135,2 4,1 1,0 11,2 2,8 76,1 145,0 3,9 26,3 67,0 21,9 12,3 0,7 0,5 54,2 0,4

Abundncia relativa As espcies mais abundantes no presente estudo considerando-se toda a rea de influncia da implantao das minas e as duas estaes de amostragens (seca e chuvosa), foram o lambari (A. taeniatus ), com 42,12% das capturas, em segundo o lambari (A. scabripinnis ) com 12,79% e, em terceiro o lambari (A. fasciatus) com 9,87% das capturas (quadro 4.69). Os pontos de maiores abundncias na rea de Itapanhoacanga foram os pontos IR4 com 8,50% e IC1 com 5,61% das capturas, principalmente pela abundncia da espcie A. taeniatus . J para a rea de Conceio do Mato Dentro foram os pontos CMC3 com 5,25% e CMR3 com 5,81% das capturas, assim como em Itapanhoacanga principalmente pela abundncia da espcie A. taeniatus. As menores abundncias relativas foram registradas nos pontos IR5 com 0,60%, e CMC18 com 0,52% das capturas respectivamente, para estes pontos e os outros com baixo ndice de capturas, a baixa abundncia pode estar relacionada profundidade (baixa), proximidade das nascentes, dificuldade na utilizao dos petrechos de pesca, descarga de esgoto e ausncia de macrfitas aquticas que servem como locais de abrigo, alimentao e reproduo para espcies de pequeno porte.

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QUADRO 4.69 - Abundncia relativa das espcies capturadas nas amostragens quali e quantitativas, na
IC1 A. bimaculatus A. fasciatus A. scabripinnis A. taeniatus Astyanax sp. Astyanax sp2 B. opalinus C. callichthys Characidium sp. G. brasiliensis G. carapo H. lacerdae H. malabaricus Hisonotus sp. Hypostomus sp. L. copelandii L. mormyrops O. argenteus P. caudimaculatus Paratocinclus sp. R. quelen Trichomicterus sp. 0,00 0,36 1,92 1,84 0,00 0,00 0,00 0,00 0,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,20 0,16 0,00 0,00 0,00 0,56 5,61 Continuao CMC15 A. bimaculatus A. fasciatus A. scabripinnis A. taeniatus Astyanax sp. Astyanax sp2 B. opalinus C. callichthys Characidium sp. G. brasiliensis G. carapo H. lacerdae H. malabaricus Hisonotus sp. Hypostomus sp. L. copelandii L. mormyrops O. argenteus P. caudimaculatus Paratocinclus sp. R. quelen Trichomicterus sp. 0,00 0,36 0,00 0,64 0,00 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,16 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 1,48 CMC16 0,00 0,00 0,48 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,64 CMC17 0,00 0,00 0,00 0,00 1,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 1,44 CMC18 0,00 0,00 0,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,52 CMC19 0,00 0,80 0,00 1,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,20 0,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 0,00 0,00 0,04 0,00 4,13 CMC20 0,00 0,00 0,00 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,48 CMC21 0,00 0,00 0,84 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,92 CMC22 0,00 0,00 0,40 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,72 0,00 0,00 0,00 0,00 1,20 IC2 0,00 0,00 0,00 2,73 0,00 0,00 0,04 0,00 0,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,12 0,00 0,00 0,00 0,36 3,89 IC3 0,00 0,04 0,00 0,00 0,64 0,00 0,00 0,00 0,16 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08 0,00 0,00 0,92 IC4 0,00 0,00 0,00 2,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,44 0,00 0,00 0,00 0,00 2,45 IR1 0,00 1,08 0,00 0,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 2,25 IR2 0,08 0,00 0,04 1,48 0,64 0,00 0,00 0,00 0,48 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,12 0,00 0,00 2,85 IR3 1,00 0,56 0,52 0,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,28 0,24 0,00 0,00 0,12 0,00 3,77 IR4 0,40 0,16 0,00 5,37 0,00 0,00 0,00 0,00 0,48 0,00 0,00 0,04 0,00 0,48 0,00 0,00 0,64 0,84 0,00 0,08 0,00 0,00 8,50 IR5 0,00 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,60 IR6 0,00 0,00 0,00 1,68 0,00 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,40 0,00 0,00 0,00 0,00 2,33 IR7 0,00 0,00 0,00 1,52 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,76 CMC1 0,00 0,00 0,00 1,36 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,40 CMC2 0,00 0,00 0,00 1,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,08 0,08 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,13

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Ocorrncia e Riqueza Os pontos de coleta mais ricos em espcies na rea de Itapanhoacanga foram os pontos localizados no rio das Pedras IR4 e IR3, ambos com 9 espcies cada. Os demais pontos nesta rea apresentaram entre 2 e 6 espcies, este fato est relacionado a proximidade das nascentes, onde esperada uma riqueza baixa em relao a outros locais da bacia. O lambari (A. taeniatus ), o canivete (Characidium sp.) e o lambari-cachorro (O. argenteus ) foram as espcies com mais ampla distribuio, ocorrendo em 10, 9 e 7 locais, respectivamente. Para a rea de Conceio do Mato Dentro os pontos de coleta mais ricos em espcies foram os localizados no rio Santo Antnio CMR3 e CMR2, com 11 e 10 espcies, respectivamente. Os demais pontos nesta rea apresentaram entre 1 e 7 espcies, este fato est relacionado a proximidade das nascentes, onde esperada uma riqueza baixa em relao a outros locais da bacia. O lambari (A. taeniatus ), o car (G. brasiliensis ) e o lambari-do-rabo-amarelo (A. bimaculatus ) foram as espcies com mais ampla distribuio, ocorrendo em 21, 16 e 11 locais, respectivamente. Esses resultados refletem o porte dos ambientes estudados, ou seja, crregos e rios de pequeno porte. A semelhana do nmero de espcies estimada para os crregos da rea de influncia pode ser explicada pela capacidade suporte dos mesmos, que devido sua estrutura, principalmente largura e profundidade, e diversidade de microhabitats, deve ser semelhante, dando suporte a um nmero de espcies no muito diferente. Dados sobre ocorrncia, abundncia e riqueza por ponto amostral esto listados no quadro 4.70.

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QUADRO 4.70 - Ocorrncia e riqueza de espcies, por ponto de coleta, nas reas de influncia das min
IC1 A. bimaculatus A. fasciatus A. scabripinnis A. taeniatus Astyanax sp. Astyanax sp2 B. opalinus C. callichthys Characidium sp. G. brasiliensis G. carapo H. lacerdae H. malabaricus Hisonotus sp. Hypostomus sp. L. copelandii L. mormyrops O. argenteus P. caudimaculatus Paratocinclus sp. R. quelen Trichomicterus sp. _ X X X _ _ _ _ X _ _ _ _ _ _ _ X X _ _ _ X 6 Continuao CMC15 A. bimaculatus A. fasciatus A. scabripinnis A. taeniatus Astyanax sp. Astyanax sp2 B. opalinus C. callichthys Characidium sp. G. brasiliensis G. carapo H. lacerdae H. malabaricus Hisonotus sp. Hypostomus sp. L. copelandii L. mormyrops O. argenteus P. caudimaculatus Paratocinclus sp. R. quelen Trichomicterus sp. _ X _ X _ X _ _ _ _ _ _ _ _ X _ _ _ _ X _ _ 5 CMC16 _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ X _ _ _ _ _ X _ _ _ _ 3 CMC17 _ _ _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ X _ _ _ _ 2 CMC18 _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 1 CMC19 _ X _ X _ _ _ _ X X _ _ _ _ _ _ _ X _ _ X _ 6 CMC20 _ _ _ X _ _ _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ 2 CMC21 _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ X _ _ _ _ 2 IC2 _ _ _ X _ _ X _ X _ _ _ _ _ _ _ _ X _ _ _ X 4 4 2 4 6 9 9 4 3 2 2 3 IC3 _ X _ _ X _ _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ X _ IC4 _ _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ X _ _ _ IR1 _ X _ X _ _ _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ X _ _ _ IR2 X _ X X X _ _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ X _ IR3 X X X X _ _ _ _ X _ _ _ X _ _ _ X X _ _ X IR4 X X _ X _ _ _ _ X _ _ X _ X _ _ X X _ X _ IR5 _ _ _ X _ _ _ _ X _ _ _ _ X _ _ _ _ _ X _ IR6 _ _ _ X _ _ _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ X _ _ _ IR7 _ _ _ X X _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ CMC1 _ _ _ X _ _ _ _ _ X _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ CMC2 _ _ _ X _ _ _ _ X X _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

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Capturas por unidade de esforo em nmero e biomassa (CPUEN, B) A anlise do esforo de captura foi baseada apenas na amostragem quantitativa ocorrida nos pontos IR3, CMC19, CMR2, e CMR3. Salienta-se que nos demais pontos, ocorreram apenas amostragens qualitativas, devido s caractersticas fisiogrficas dos mesmos serem inadequadas para utilizao de redes de emalhar. As malhas mais eficientes nas capturas em nmero foram as menores (malhas 1,5 e 2,0), este fato est diretamente relacionado ao pequeno porte da maioria das espcies encontradas em agosto de 2006 e fevereiro de 2007 (figura 4.92). A ocorrncia de poucas espcies nos locais amostrados inviabiliza anlises pormenorizadas. Esses dados foram incorporados aos obtidos nas amostragens qualitativas. FIGURA 4.92 - Captura por unidade de esforo total, em nmero, por malha nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007
60,0 50,0 40,0 CPUEn (ind/1002 ) 30,0 20,0 10,0 0,0 M1,5 M2,0 Malhas M2,5 M3,0

Em relao s capturas por unidade de esforo em biomassa as malhas mais eficientes foram as malhas 2,0 e 2,5 cm, com os maiores valores principalmente pela captura de peixes das espcies: trairo (H. lacerdae ), piabanha (Brycon opalinus ), piau-boquinha (L. mormyrops) e o cascudo (Hypostomus sp.) que so peixes que chegam a atingir mdio porte (figura 4.93).

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FIGURA 4.93 - Captura por unidade de esforo total, em biomassa, por malha nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007

40,0 35,0 30,0 25,0 CPUEb (kg/100m ) 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 M1,5 M2,0 Malhas M2,5 M3,0
2

As espcies mais representativas na CPUE em nmero foram as espcies de pequeno porte: lambari-do-rabo-amarelo (A. bimaculatu s) e car (G. brasiliensis ) e o lambaricachorro (O. argenteus ), respectivamente, figura 4.94.

FIGURA 4.94 - Captura por unidade de esforo total, em nmero, por espcie nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007.
R. quelen O. argenteus L. mormyrops L. copelandii Hypostomus sp. H. malabaricus H. lacerdae G. brasiliensis B. opalinus A. taeniatus A. scabripinnis A. fasciatus A. bimaculatus

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

CPUEn (ind/100m2)

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Em relao CPUE por espcie em biomassa, as duas espcies mais representativas foram o lambari-cachorro (O. argenteus ) e o lambari do rabo amarelo (A. bimaculatus ) ambos por serem abundantes na rea (figura 4.95). FIGURA 4.95 - Captura por unidade de esforo total, em biomassa, por espcie nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007
R. quelen O. argenteus L. mormyrops L. copelandii Hypostomus sp. H. malabaricus H. lacerdae G. brasiliensis B. opalinus A. taeniatus A. scabripinnis A. fasciatus A. bimaculatus

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

20,0

CPUEb (kg/100m2)

A maior CPUEn, figura 4.96, foi verificada no ponto localizado em Itapanhoacanga (IR3), em funo do grande nmero de lambaris (A. bimaculatus ) capturados. Mesmo assim, o local CMR2, superou os demais em biomassa, figura 4.97, face coleta de peixes de grande porte como trairo (H. lacerdae ) e de mdio porte como a piabanha (Brycon opalinus ), piau-boquinha (L. mormyrops) e os cascudos (Hypostomus sp.).

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FIGURA 4.96 - Captura por unidade de esforo total, em nmero, por ponto de coleta nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007
40,0 35,0 30,0 25,0 CPUEn 20,0 (ind/100m2) 15,0 10,0 5,0 0,0 CMC19 CMR2 Pontos CMR3 IR3

FIGURA 4.97 - Captura por unidade de esforo total, em biomassa, por ponto de coleta nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007

45,0 40,0 35,0 30,0 CPUEb (kg/100m2 ) 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 CMC19 CMR2 Pontos CMR3 IR3

As malhas de maior tamanho, principalmente 3,5; 4,0; 5,0 e 6,0 cm foram ineficientes em todas as reas amostradas. A maior CPUEn e CPUEb, figuras 4.98 e 4.99, por perodo amostral foram verificadas no perodo seco (ago/06), em funo da maior facilidade para o encontro de locais apropriados utilizao de redes de emalhar. No perodo chuvoso em crregos e rios de pequeno porte as guas ficam muito correntosas e muito material fica preso nas redes como folhas e galhos tornando-as perceptveis aos peixes, e assim a tcnica fica um pouco prejudicada.

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FIGURA 4.98 - Captura por unidade de esforo total, em nmero, por perodo de coleta nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007

60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Perodo seco (ago/2006) Perodo chuvoso (fev/2007) CPUEn (ind/100m 2)

FIGURA 4.99 - Captura por unidade de esforo total em biomassa, por perodo de coleta nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007

70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Perodo seco (ago/2006) Perodo chuvoso (fev/2007) CPUEb (kg/100m2)

Diversidade Os valores de diversidade, equitabilidade e riqueza de espcies, obtidos nas amostragens quantitativas para cada um dos pontos de coleta, encontram-se na figura 4.100 e quadro 4.71.

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No seu conjunto, os pontos de amostragens no apresentaram diferenas marcantes nos ndices de diversidade e equitabilidade. Em cada um dos pontos, a diferena foi pequena na riqueza de espcies, no havendo grandes diferenas entre as comunidades. Observa-se que o ponto CMC19 apresentou os menores valores de diversidade, equitabilidade e riqueza, fato diretamente relacionado ao menor porte desse ambiente em relao aos outros amostrados com redes de emalhar. QUADRO 4.71 - Riqueza de espcies e ndices de diversidade e equitabilidade para as estaes amostradas quantitativamente nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007.
ndices Riqueza Diversidade (H) Equitabilidade Pontos de coleta IR3 9 1,81 0,54 CMC19 6 1,65 0,43 CMR2 10 1,89 0,59 CMR3 11 1,98 0,71

FIGURA 4.100 - ndices de diversidade de Shannon (H equitabilidade e riqueza ), de espcies por ponto de coleta nas reas de influncia das minas da MMX, em agosto de 2006 e fevereir o de 2007.
12 10 8 Riqueza 6 4 2 0 IR3 CMC19 CMR2 CMR3 Diversidade (H) Equitabilidade

A pesca nas reas de influncia Nas reas de influncia das minas, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007 foi registrada atividade de pesca somente amadora.

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A pesca amadora (para o prprio consumo) ocorre em toda a rea do empreendimento, sendo mais intensa no rio das Pedras (Itapanhoacanga) e no rio Santo Antnio (Conceio do Mato Dentro), principalmente em locais de fcil acesso prximo aos vilarejos. Essa atividade exercida tanto por moradores locais, como de outras localidades relativamente prximas: Alvorada de Minas, distrito de Crregos e Dom Joaquim. Conforme observaes de campo, a pesca realizada das margens do rio utilizando-se principalmente varas de bambu e redes. Praticamente todas as espcies passveis de captura so alvos da pesca amadora. Entretanto, as espcies mais procuradas so: trairo, piau-vermelho, piau-boquinha, tilpia, bagre e os diversos lambaris. Como pode ser observado, alguns dos peixes preferidos pelos pescadores amadores so representados por espcies migradoras como piau-vermelho. Segundo os relatos, essa espcie pode ser capturada na regio durante todo o ano, embora sejam mais abundantes nas cheias, que coincidem com o perodo de migrao reprodutiva.

Caracterizao biolgica das espcies capturadas O lambari do rabo amarelo A. bimaculatus ocorre em vrias bacias hidrogrficas brasileiras (FOWLER, 1951). um dos principais peixes forrageiros e muito utilizado como petisco e isca viva para captura de peixes carnvoros maiores (SATO, 1999). apreciado na pesca esportiva e parece ter importante funo na cadeia alimentar dos sistemas ecolgicos em que ocorre (AGOSTINHO et al., 1984). As fmeas podem atingir mais de 17,0 cm de comprimento total e 88 g de peso corporal e os machos 12,0 cm e 26 g respectivamente (GODOY, 1975). O lambari-cachorro Oligosarcus argenteus encontrado somente na bacia hidrogrfica do rio Doce segundo MENEZES (1987). Informaes sobre a biologia desta espcie ainda no so disponveis. uma das espcies mais abundantes na rea estudada. O lambari Astyanax scabripinnis (Eigenmann, 1907) vem sendo considerada uma espcie tpica das cabeceiras dos rios, riachos e ribeires (BRITSKI 1972). Esta espcie nativa da bacia do rio Doce sendo encontrada tambm em outras bacias hidrogrficas brasileiras. Astyanax fasciatus apresenta corpo relativamente baixo, perfil da cabea arredondado. Cor geral do corpo creme ou palha. Uma faixa prateada desde a regio umeral at o pednculo caudal, onde h uma mancha ovalada horizontalmente. Nadadeira caudal amarela (JNIOR, 2002). A dieta desta espcie considerada onvora (CEMIG e CETEC, 2000). Apresenta desova total com maior atividade reprodutiva de dezembro a janeiro (BARBIERI, HARTZ e VERANI, 1996). Hoplias malabaricus est distribuda na Amrica do Sul desde a Costa Rica at a Argentina (REIS, KULLANDER e FERRARIS, 2003). Peixe de porte mediano podendo atingir cerca de 35 cm de comprimento. Corpo alongado e rolio, irregularmente manchado. As nadadeiras dorsal, anal e caudal possuem listras escuras alternadas com claras. No possui nadadeira adiposa e nem fontanela. uma espcie bem adaptada nos sistemas fluviais, principalmente em ambientes lnticos. A espcie tem hbito alimentar piscvoro, podendo ingerir insetos nas fases mais jovens. Reproduzse em lagoas, apresentando ovos adesivos. Comea a desovar em julho, prolongando-se at maro do ano seguinte. Em alguns locais podem reproduzir durante todo o ano (CEMIG e CETEC, 2000).
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O trairo Hoplias lacerdae (foto 148), espcie carnvora, nativa da bacia Amaznica, apresenta carne de excelente qualidade e caractersticas desejveis para a pesca esportiva. Por alcanar um tamanho relativamente maior, apreciada por pescadores profissionais e amadores, sendo sua carne muito saborosa. Apresenta lngua lisa e tambm predadora. Na dcada de 70 e incio dos anos 80, foram difundidas, tanto na piscicultura para consorciao com tilpias, quanto para serem usadas em reintroduo em alguns reservatrios de hidreltricas. Atinge um metro de comprimento, e encontrado nos estados do Amazonas, Par, Mato Grosso e So Paulo. Em ambiente natural atinge 20kg, podendo chegar em cativeiro entre 8 e 10kg. A piabanha Brycon opalinus, cujo gnero realiza migraes reprodutivas, se alimenta normalmente de frutas e sementes, por isso so espcies extremamente sensveis a modificaes do ambiente, principalmente aos desmatamentos da mata ciliar dos rios onde vivem. O piau-vermelho Leporinus copelandii ocorre ao longo de toda regio leste brasileira, do rio Jequitinhonha, no estado da Bahia, at o rio Ribeira de Iguape, no estado de So Paulo (GARAVELLO, 1979). considerada uma espcie migradora, onvora de mdio porte atingindo 40 cm de comprimento padro. O piau-boquinha Leporinus mormyrops uma espcie endmica da regio leste brasileira, ocorrendo do rio Mucuri at o rio Paraba do Sul (GARAVELLO, 1979). uma espcie de pequeno porte atingindo cerca de 20 cm no mximo e freqentemente capturada na bacia do rio Santo Antnio. O canivete Characidium sp.. A maior parte das espcies deste gnero est associada a ambientes lticos e de fundo. uma espcie de pequeno porte e no migradora. Esta espcie no foi identificada at nvel especfico, mas j est sendo enviada para um especialista para sua identificao. O gnero Gymnotus inclui espcies de peixes de gua doce, que habitam preferencialmente ambientes lnticos, de guas turvas e com vegetao aqutica. Esse gnero o nico da famlia Gymnotidae e suas espcies possuem ampla distribuio geogrfica, estando presentes desde a Costa Rica na Amrica Central at o rio de La Plata, na Argentina (BORIN e JLIO JR, 1994). Gymnotus carapo possuem corpo alongado, cilndrico na regio anterior e comprimido na regio posterior. Corpo castanho escuro com faixas oblquas claras. Mandbula prognata. Fenda bucal superior. Nadadeiras dorsal e ventrais ausentes. Anal longa alternando reas escuras e claras (JNIOR, 2002) Esta espcie apresenta hbito alimentar insetvoro (HAHN et al. 1997). Callichthys callichthys encontrada na maioria das drenagens dos rios da Cordilheira dos Andes na Amrica do Sul e no norte de Buenos Aires (REIS, KULLANDER e FERRARIS, 2003). Peixe de porte mdio. Corpo alongado e baixo. Olhos pequenos em posio superior. Nadadeira mais clara que o corpo e com pequenas manchas. Nadadeira caudal arredondada (JNIOR, 2002). Esta espcie tem hbitos noturnos e alimenta-se de peixes, insetos e plantas (MILLS e VEVERS, 1989). A sub-famlia Hypostominae, sendo a maioria das espcie restritas a gua doce. So peixes que vivem no fundo dos rios, entre as pedras, e apresentam hbitos noturnos (REIS, KULLANDER e FERRARIS, 2003).

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O gnero Rhamdia formado por 11 espcies, dentre as quais a Rhamdia quelen (jundi) que possui 49 sinonmias (SILFVERGRIP, 1996). O jundi um peixe que apresenta grande aceitao pelo mercado consumidor devido sua carne saborosa e ausncia de espinhos intramusculares. Esse siluriforme encontrado desde o centro da Argentina at o sul do Mxico (GOMES et al., 2000). Possui corpo baixo, castanho acinzentado. Coberto com manchas pequenas irregulares. Nadadeira adiposa longa e a dorsal com o perfil arredondado (JNIOR, 2002). A maturidade sexual atingida com um ano de idade em ambos os sexos, quando os machos com 13,4 cm iniciam o processo de maturao gonadal e as fmeas com 16,5cm (NARAHARA, GODINHO e ROMAGOSA, 1985). Os adultos desta espcie so onvoros no ambiente natural, tendo preferncia por peixes, crustceos, insetos, restos vegetais e detritos orgnicos (GOMES et al., 2000). A cambeva Trychomycterus sp. (foto 144) tambm uma espcie de pequeno porte. tpica de riachos e crregos de cabeceiras, se alimenta de microcrustceos e pequenos insetos. Geophagus brasiliensis popularmente denominado de car, acar ou papa-terra tem ampla distribuio pelo Brasil. Esta espcie de porte mdio. Possui corpo alto, achatado lateralmente. Fenda bucal moderavelmente grande. Colorao marrom. Numerosas manchas azul metlico sobre o oprculo e sobre o meio das escamas (JNIOR, 2002). Tem como hbito alimentar a onivoria (SABINO & CASTRO, 1990). A reproduo ocorre em ambientes lnticos, no perodo que se estende de setembro a janeiro, podendo desovar mais de uma vez por ano. A espcie apresenta cuidado parental (CEMIG e CETEC, 2000). Phalloceros caudimaculatus possui porte diminuto. Corpo com colorao marrom. No apresenta nadadeira adiposa. Nadadeiras hialina, caudal arredondadas. Uma mancha alongada verticalmente sob a nadadeira dorsal em ambos os sexos. Apresenta gonopdio. Fenda bucal voltada para cima. (JNIOR, 2002).

Espcies ameaadas de extino Para a bacia hidrogrfica do rio Doce so citadas trs espcies que esto na lista de espcies ameaadas: o surubim-do-doce Steindachneridion doceana (Steindachner, 1876), a piabanha Brycon opalinus (Curvier, 1819) (foto 142) e o andir Henochilus wheatlandi (Garman, 1890) que constam na lista nacional das espcies de invertebrados aquticos e peixes ameaados de extino com categorias da IUCN (2004). Quanto s espcies Steindachneridion doceana (Steindachner, 1876) e o andir Henochilus wheatlandi (Garman, 1890), nenhum indivduo foi coletado dentro da rea influncia das minas da MMX, tanto em agosto de 2006 quanto em fevereiro de 2007. A biologia destas espcies ainda no bem conhecida e, por isto, difcil afirmar a causa da baixa abundncia desta nos ambientes hdricos estudados. possvel que elas apresentem uma distribuio bastante restrita e, que a sua rea de ocorrncia no se sobreponha rea amostrada ou rea de influncia da implantao das minas. Entretanto, possvel tambm que o andir e o surubim-do-doce apresentem naturalmente abundncia muito baixa na rea de estudo, fato que pode ter dificultado a coleta destas espcies.

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Para a espcie de piabanha Brycon opalinus foram capturados 3 indivduos durante o estudo nos meses de agosto de 2006 (2 exemplares) e fevereiro de 2007 (1 exemplar), no rio Santo Antnio (AII) do empreendimento. Esta espcie tambm se encontra na lista nacional das espcies de invertebrados aquticos e peixes ameaados de extino com categorias da IUCN (2004) como citado anteriormente. A populao dessa espcie vem sofrendo declnio, nos rios do Estado de Minas Gerais, um de seus habitats naturais, em conseqncia de fatores que interferem no comportamento migratrio das espcies icticas, dentre eles, o desmatamento marginal dos cursos d gua, a poluio e a construo de barragens para hidreltricas.

Espcies migradoras Para a bacia hidrogrfica do rio Doce, j so citadas como espcies migradoras o surubim do rio Doce Steindachneridion doceana (Steindachner, 1876), o andir Henochil us wheatlandi (Garman, 1890), a piabanha Brycon opalinus (Curvier, 1819) e o piau Leporinus copelandii (Steindachner, 1875), dos quais apenas as duas ltimas espcies foram coletadas dentro da rea de influncia da MMX, em agosto de 2006 e fevereiro de 2007. Estas espcies realizam migraes reprodutivas no perodo chuvoso (outubro a maro), em direo s cabeceiras dos rios procura de reas propcias s desovas.

Aspectos reprodutivos Com relao aos aspectos reprodutivos para as espcies capturadas durante o estudo, em agosto de 2006, observa-se que foram encontrados peixes em todos os estdios de maturao gonadal. Este fato est relacionado maioria destes peixes ter desova do tipo parcelado, ou seja, reproduzem praticamente o ano todo. Os exemplares de piau-vermelho Leporinus copelandii e de piabanha (Brycon opalinus ), capturados em agosto no rio Santo Antnio estavam em estdio de repouso, j para as amostragens de fevereiro de 2007, as piabanhas capturadas estavam parcialmente desovadas, indicando que este perodo o pico de atividade reprodutiva para esta espcie. Estas espcies realizam migraes reprodutivas no perodo chuvoso, onde ocorrem maiores temperaturas e pluviosidade, coincidindo assim com o pico de reproduo para a maioria dos peixes neotropicais.

Avaliao dos resultados Atualmente a rea de influncia do empreendimento passa por um processo de degradao, sendo a rea praticamente ocupada por agropecuria e agricultura. Esta regio drenada por crregos e rios de pequeno porte, cercados por pastagens e cerrado. A ictiofauna encontrada na rea de estudo formada de espcies predominantemente de pequeno porte, caractersticas de guas pobres em nutrientes, com alta dependncia de material alctone, correntosas e com baixas temperaturas. Nos rios das Pedras e Santo Antnio so capturados peixes de maior porte, mas com pequenas abundncias.

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A partir da anlise dos dados pode-se identificar a rea de influncia das minas da MMX como uma regio de riqueza de espcies de peixes intermediria (22 espcies coletadas). A riqueza de espcies de peixes dos rios da AII (rio das Pedras e rio Santo Antnio) semelhante riqueza do restante dos ambientes hdricos estudados. J nos tributrios foi identificada uma riqueza inferior em relao aos cursos d gua principais. Aparentemente, a riqueza de espcies e a diversidade biolgica deste trecho da bacia hidrogrfica do rio Doce so inferiores (no caso dos tributrios) ou similares (no caso dos rios das Pedras e Santo Antnio) aos demais trechos da bacia. O Dirio Oficial da Unio nmero 102, de 28 de maio de 2004, cita atravs da Instruo Normativa nmero 5, que duas espcies da regio esto ameaadas de extino, sendo elas o surubim-do-Doce Steindachneridion doceana (Steindachner, 1876) e o andir Henochilus wheatlandi (Garman, 1890). No entanto, nenhuma das duas espcies foi coletada ou citada nas entrevistas com pescadores. Isto se pode dever ao fato da rea de influncia das minas estar fora da rea de ocorrncia destas espcies ou, mais provavelmente, ao fato de suas distribuies j estarem muito reduzidas. Deve ser considerada a espcie de piabanha Brycon opalinus , pois esta espcie se encontra na lista nacional das espcies de invertebrados aquticos e peixes ameaados de extino com categorias da IUCN (2004).

Concluses Os estudos ictiofaunsticos j realizados para a bacia hidrogrfica do rio Doce revelam que esta bacia caracteriza-se por um sistema pobre, se comparado com a bacia do Paran ou do Amazonas. De fato, a captura de apenas 22 espcies em 43 pontos de amostragens confirma a baixa riqueza de espcies nos cursos d gua sob influncia do empreendimento minerrio da MMX. A diversidade e abundncia encontradas so baixas e podem ter sido diminudas com as atividades agropecurias exercidas no local e despejo de esgoto pelas localidades prximas. Nos crregos localizados na rea de influncia das minas, existe um predomnio de assemblias compostas de espcies nativas de pequeno porte e no piscvoras, caractersticas de guas pobres em nutrientes, com alta dependncia de material alctone, correntosas e com baixas temperaturas ao passo que nos rios (das Pedras e Santo Antnio), ocorre a captura de espcies de mdio e grande porte. As malhas mais eficientes nas capturas em nmero foram 1.5 e 2.0, enquanto que em biomassa foi a malha 2.0; Foi capturada uma espcie que consta como ameaada de extino, a piabanha Brycon opalinus. Esta espcie se encontra na lista nacional das espcies de invertebrados aquticos e peixes ameaados de extino com categorias da IUCN (2004), sendo trs exemplares desta espcie capturados no presente estudo na AID do empreendimento. Portanto dever ser dada ateno especial para esta espcie durante futuros programas de monitoramento.

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A presena da espcie extica H. lacerdae , o trairo, j deve representar uma fonte de impacto sobre a comunidade nativa de peixes de toda a regio da bacia do rio Santo Antnio, uma vez que esta espcie predadora e apresenta tamanho corporal bem superior s demais espcies. De fato, um dos indivduos de maior tamanho corporal coletado pertencia espcie H. lacerdae. Espcies com ocorrncia restrita a apenas determinados pontos de amostragens, so indicadoras de regies especficas desta rea de influncia das minas da MMX, como por exemplo, nos crregos onde ocorreram espcies que no apareceram em nenhum outro ponto de amostragens. A explorao e interpretao dos dados sugerem que a rea de influncia das minas da MMX no possui caractersticas distintas que a tornem rea prioritria para a conservao da ictiofauna da bacia do rio Doce, salvo a rea do rio Antnio onde foram capturados exemplares da espcie Brycon opalinus . Aparentemente, a riqueza de espcies e a diversidade biolgica deste trecho da bacia do rio Doce so inferiores (no caso dos crregos) ou similares (no caso dos rios das Pedras e Santo Antnio) aos demais trechos da bacia hidrogrfica do rio Doce.

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Foto 135 - Lambari-do rabo-vermelho Astyaax fasciatus

Foto 134- Lambari-do rabo-amarelo Astyanax bimaculatus.

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Foto 136 - Lambari Astyanax taeniatus

Foto 137 - Lambari Astyanax scabripinnis

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Foto 139 - Canivete Characidium sp.

Foto 138 - Lambari-cachorro Oligosarcus argenteus

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Foto 140 - Piau-vermelho Leporinus copelandii

Foto 141 - Piau-boquinha Leporinus mormyrops

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Foto 142 - Piabanha Brycon opalinus

Foto 143 - Bagre Rhamdia quelen.

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Foto 144 - Cambeva Trychomycterus sp.

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Foto 145 - Cascudo Hemipsiliichthyes sp..

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Foto 146 - Cascudo Paratocinclus sp.

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Foto 147 - Cascudo Hypostomus sp.

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1 cm
Foto 149 - Tamboat Callichthys callichthys

Foto 148 - Trairo Hoplias lacerdae

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1 cm

Foto 150 - Sarap Gymnotus carapo

Foto 151 - Car Geophagus brasiliensis

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Foto 152 - Barrigudinho Phaloceros caudimaculatus Foto 153 - Traira Hoplias malabaricus

4.2.7 - Limnologia
4.2.7.1 - Apresentao Neste documento apresentado o Relatrio de Monitoramento limnolgico, caracterizando as comunidades hidrobiolgicas e a qualidade ambiental dos cursos de gua na rea de influncia onde se pretende instalar o empreendimento da Minas-Rio Minerao Logstica Ltda-MMX localizado nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Itapanhoacanga. Foram abordadas as comunidades fitoplanctnicas, zooplanctnicas e macroinvertebrados bentnicos em duas campanhas de coleta realizadas em agosto de 2006 e maro de 2007, referentes ao perodo de seca e chuva, respectivamente.

Introduo A crescente valorizao da gua doce como recurso exige um acurado e rpido monitoramento biolgico da qualidade das guas (Cummins, 1996). Embora parmetros qumicos continuem sendo crticos para avaliao de qualidade de gua, parmetros biolgicos so sempre preferidos (Averett & Mcknigth, 1997). Essa avaliao da qualidade procura assegurar a perpetuao da oferta de boa qualidade. Os mtodos biolgicos de avaliao de qualidade de gua usam como informao a resposta dos organismos ou da comunidade s alteraes ambientais (Graa, 1985) atravs do uso de espcies, ou guildas indicadoras, riqueza, ndices de diversidade, mtodos multivariados e ndices de integridade bitica (Fausch et al. 1990). Dentre as principais vantagens de realizar a qualificao de um corpo d gua com o uso de parmetros biticos, encontram-se (Resh et al. 1996): i) a natureza sedentria de algumas espcies, nos permite estudar efeitos de distrbios locais; ii) existe um grande nmero de respostas s perturbaes e; iii) as amostragens quantitativas e qualitativas so geralmente simples o que permite o uso de equipamentos tambm simples e de baixo custo. Alm destas, os mtodos biolgicos possuem a vantagem, em relao aos parmetros fsicos e qumicos, de no refletir apenas uma situao momentnea, mas exibem as caractersticas da histria de um determinado ambiente (Marvan, 1979).

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As algas perifticas apresentam alta diversidade, tempo de gerao curto e ciclo de vida relativamente simples (Dickerson & Robinson, 1985), representando a base da cadeia alimentar em muitos ecossistemas lticos. Em ambientes lticos tropicais, apesar da correnteza e elevada turbidez, observa-se uma grande abundncia e diversidade dos organismos fitoplanctnicos. Sendo assim, a avaliao da composio em espcies, fornece bons indicadores no s da grande capacidade de adaptao desses organismos como tambm das condies gerais do ambiente (Barbosa et al., 1997). O zooplncton constitui um conjunto extraordinrio de pequenos animais que tem em comum a explorao do mesmo habitat, a coluna dgua (Wetzel, 1983). Esta comunidade de grande relevncia ecolgica, uma vez que seus componentes atuam como um elo de transferncia energtica entre os produtores e os nveis trficos superiores da cadeia alimentar aqutica (Esteves, 1998). Este fato demonstra que os estudos sobre a comunidade zooplanctnica, no s trazem avanos para a biologia e ecologia desses animais, mas tambm para a compreenso do funcionamento dos ecossistemas aquticos. Os macroinvertebrados aquticos, bentnicos ou associados vegetao exercem papel fundamental no funcionamento dos ambientes aquticos, contribuindo diretamente na dinmica de nutrientes, na transformao da matria e no fluxo de energia destes ecossistemas. Esses organismos possuem a capacidade de responder, rapidamente, s perturbaes ambientais de origem antrpica ou no, pois sofrem alteraes funcionais e estruturais, conferindo importncia no estudo da sade e qualidade do meio aqutico. Devido a algumas caractersticas intrnsecas biota, a utilizao da comunidade aqutica em estudos ecolgicos oferece vantagens importantes sobre as medies qumicas, tais como exposio prolongada a todas as variaes de parmetros ambientais, fornecendo, portanto, uma resposta integrada. Os dados qumicos so eficientes, mas so dados instantneos, requerendo um grande nmero de medies para se obter uma representao fiel, enquanto que a biota apresenta diferentes sensibilidades e taxas de recuperao (dependendo das espcies e dos ciclos de vida). Os macroinvertebrados bentnicos tm sido amplamente utilizados como bioindicadores de qualidade de gua e sade de ecossistemas por apresentarem ciclos de vida longo, comparando-se com os organismos do plncton, so organismos grandes (maiores que 125 ou 250 m), ssseis ou de pouca mobilidade; sensveis a diferentes concentraes de poluentes no meio, fornecendo ampla faixa de respostas frente a diferentes nveis de contaminao ambiental. Os ndices biticos so uma importante ferramenta em estudos de monitoramento de condies ecolgicas, em geral considerando a composio taxonmica e dominncia de alguns grupos tolerantes a poluio. Ao contrrio dos parmetros fsico-qumicos e bacterilgicos, os hibrobiolgicos no possuem uma legislao ambiental para anlise de seus componentes, tais como: fitoplncton, zooplncton e macroinvertebrados bentnicos. A anlise do monitoramento biolgico realizada atravs da aplicao de diferentes protocolos de avaliao, ndices biolgicos e multimtricos, tendo como base a utilizao de bioindicadores de qualidade de gua e habitats.

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Objetivos Caracterizar as comunidades hidrobiolgicas (fitoplncton, zooplncton macroinvertebrados bentnicos) da regio onde se pretende instalar empreendimento (background). e o

Inferir sobre a qualidade ambiental dos cursos d guas por meio da estrutura das comunidades fitoplanctnicas, zooplanctnicas e de macroinvertebrados bentnicos da regio onde se pretende instalar o empreendimento. Avaliar diferenas na estrutura das comunidades hidrobiolgicas entre os perodos de seca (agosto de 2006) e chuva (maro de 2007). Inferir sobre potenciais impactos do empreendimento para as comunidades hidrobiolgicas. Apresentar medidas mitigadoras de impactos sobre as comunidades hidrobiolgicas.

4.2.7.2 - Comunidades de Fitoplncton A densidade total, a riqueza e o ndice de diversidade foram expressadas no quadro 4.72 para a comunidade fitoplanctnica em guas superficiais nas campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007.

QUADRO 4.72 - Densidade total, riqueza em taxa e ndice de diversidade Shannon-Weaver (H) para a comunidade fitoplnctnica em guas superficiais nas campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007.
Ponto amostral ASP01 ASP02 ASP03 ASP04 ASP05 ASP06 ASP07 ASP08 ASP09 ASP10 ASP11 ASP12 ASP13 ASP14 ASP15 Densidade total ago/06 1,26 3565,83 5,55 1,07 4,5 1,77 0,2 2,31 62,77 3,52 7,6 11,63 0,44 8,98 19,93 mar/07 6,24 0,218 1,042 0,78 0,092 0,139 3,63 2,536 0,381 0,437 0,446 0,345 0,422 0,324 2,61 riqueza em taxa ago/06 31 32 39 35 44 41 26 37 38 15 41 12 28 43 29 mar/07 4 11 10 12 13 14 7 7 13 15 12 8 11 13 20 ndice de ShannonWeaver ago/06 2,09 0,06 1,82 2,31 2,6 2,27 2,34 1,83 0,21 0,09 2,1 0,53 1,52 2,07 1,82 mar/07 0 1,38 0,46 1,33 2,16 2,29 0,67 0,29 1,15 1,38 1,01 0,47 1,25 1,16 1,94

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Continuao

Ponto amostral ASP16 ASP17 ASP18 ASP19 ASP20 ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30

Densidade total ago/06 0,26 2,72 36 2,96 2,83 77,93 1,97 7226470,55 2,58 77944852,9 6,59 3,8 11,13 2,56 0,15 mar/07 0,069 0,064 0,155 3,21 1,82 1,27 3,02 0,023 0,175 1,56 2,9 2,2 2,59 0,345 0,241

riqueza em taxa ago/06 16 32 25 32 45 26 15 34 20 36 42 25 11 21 21 mar/07 15 13 9 10 15 16 15 8 11 7 10 6 8 21 8

ndice de ShannonWeaver ago/06 1,98 1,73 1,85 1,32 2,04 1,41 1,46 0,49 0,74 0,13 2,23 0,72 0,68 1,92 1,29 mar/07 2,00 2,17 1,93 0,71 1,35 2,39 1,71 1,88 0,69 0,44 0,97 0,29 0,21 1,62 1,10

Foram identificados um total de 179 taxa fitoplanctnicos nos 30 pontos amostrais nas campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007, sendo 38 taxa pertencentes Bacillariophyta, 111 Chlorophyta, 9 Cyanophyta, 1 Cryptophyta, 16 Euglenophyta e 4 Pyrrophyta. Dos taxa observados, 132 corresponderam campanha de agosto de 2006 e somente 47 na campanha de maro de 2007. A riqueza em taxa fitoplanctnicos apresentou um valor mdio por ponto maior na campanha de agosto de 2006 com 29,73 indivduos, contra 11,4 em maro de 2007 (fig.1). Na primeira campanha a riqueza em taxa variou de 11 no ponto ASP20 ao mximo de 45 em ASP28. Na segunda campanha, teve-se a variao de 4 taxa no ponto ASP1 a 29 taxa no ponto ASP29.

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FIGURA 4.101 - Riqueza mdia em taxa fitoplanctnicos nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007.

30 25

riqueza em taxa

20 15 10 5 0 ago/06 campanhas de coleta mar/07

A densidade total da comunidade fitoplanctnica apresentou um valor mdio extremamente elevado na campanha de agosto de 2006 com 2839172 ind./mL contra apenas 1,30 ind./mL em maro de 2007 (fig.2). Na primeira campanha a densidade total da comunidade variou de 0,15 ind./mL no ponto ASP30 ao mximo de 77944853 ind./mL em ASP25. Na segunda campanha, variou de 0,064 ind./mL no ponto ASP17 ao mximo de 6,24 ind./mL. FIGURA 4.102 - Log da densidade mdia do fitoplncton total nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007.

log da densidade do fitoplncton (ind./mL)

10000000 1000000 100000 10000 1000 100 10 1 ago/06 campanhas de coleta mar/07

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A estrutura dos grandes grupos tambm foi bastante distinta entre as duas campanhas. Na campanha de agosto de 2006, Bacillariophyta foi dominante com 59,36% da abundncia relativa mdia da comunidade fitoplanctnica, seguida por Chlorophyta com 36,10%, Euglenophyta com 3,27%, Pyrrophyta com 1,12%, Cyanophyta com 0,12% e Cryptophyta com 0,002% (fig.3). Na segunda campanha Cyanophyta teve sua participao aumentada para 68,19%, enquanto Bacillariophyta, Chlorophyta e Euglenophyta tiveram sua participao reduzida para 27,15%, 4,42% e 0,21% respectivamente. Os taxa (Cryptophyta e Pyrrophyta) no foram encotrados. FIGURA 4.103 - Abundcia relativa mdia (% ) dos grupos fitoplanctnicos encontrados nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007.

120

abundncia relativa (%)

Cryptophyta Pyrrophyta Euglenophyta Cyanophyta Chlorophyta Bacillariophyta

100 80 60 40 20 0 ago/06 m ar/07 campanha de coleta

A diversidade da comunidade fitoplanctnica seguiu tendncias contrrias s observadas para a riqueza e densidade total. A mdia dos ndices de diversidade de Shannon-Weaver foi semelhante entre as campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007, apresentando um valor mdio por ponto de 1,45 bits/ind., contra 1,21 bits/ind., respectivamente (Figura.104). Segundo apresentado em Branco (1986), ndices entre 1 e 3 tm sido registrados em guas moderadamente poludas e valores acima de 3 indicam guas limpas.

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FIGURA 4.104 - Mdia do ndice de diversidade de Shannon-Weaver (H para a ) comunidade fitoplanctnica nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007.

1,5

ndice Shanon-Weaver (bits/ind.)

0,5

0 ago/06 campanhas de coleta mar/07

Na primeira campanha em agosto de 2006, o ndice de diversidade de ShannonWeaver variou de 0,06 bits/ind. no ponto ASP02 ao mximo de 2,34 em ASP07, na maioria dos pontos, este ndice variou entre 1 e 3 bits/ind., sugerindo que a grande maioria dos ambientes amostrados encontra-se em um estgio moderadamente impactado. Na segunda campanha, o ndice de diversidade de Shannon-Weaver variou de 0,21 no ponto ASP28 a 2,29 bits/ind. no ponto ASP06. A expressiva reduo da densidade total e da riqueza em taxa na campanha de maro de 2007 est relacionado ao aumento da velocidade da correnteza devido a maior precipitao pluvial nesta poca do ano. Geralmente valores menores que 1,5 bits/indivduo para o ndice de diversidade foram observados durante a estao chuvosa em maro de 2007, quando a vazo do corpo d gua aumenta e o fitoplncton lavado durante as chuvas. 4.2.7.3 - Comunidades de Zooplncton O quadro 4.73 mostra a densidade total, a riqueza e o ndice de diversidade para a comunidade zooplanctnica em guas superficiais nas campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007.

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QUADRO 4.73 - Densidade total, riqueza em taxa e ndice de diversidade Shannon-Weaver H para a comunidade zooplnctnica em guas superficiais nas campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007.
Ponto amostral ASP01 ASP02 ASP03 ASP04 ASP05 ASP06 ASP07 ASP08 ASP09 ASP10 ASP11 ASP12 ASP13 ASP14 ASP15 ASP16 ASP17 ASP18 ASP19 ASP20 ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30 Densidade total ago/06 0,27 32,04 1,48 209,2 52,5 1,74 0,48 16,75 22,01 0,17 44,39 0,58 0,23 25,4 17,5 0,142 0,56 14,43 11,31 41,13 37,19 0,14 0,54 0,41 1,8 6,87 6,69 7,44 0,44 0,34 mar/07 0 0,004 0,007 0 0,007 0 0 0,022 0,007 0,016 0,21 0 0 0,2 0,187 0,007 0 0,016 0,067 0,011 0,053 0,007 0 0 0 0,008 0,016 0,007 0,788 0,041 riqueza em taxa ago/06 21 32 20 17 25 25 23 33 33 17 32 17 16 27 30 9 23 30 28 27 29 14 20 19 30 29 21 20 16 12 mar/07 1 5 2 0 2 1 1 3 2 3 3 1 1 2 10 1 0 3 3 2 4 2 2 1 2 2 3 2 9 3 ndice de Shannon-Weaver ago/06 2,61 2,23 2,29 0,09 1,31 2,5 2,4 2,31 3,01 2,56 1,29 2,6 1,77 2,39 2,75 1,93 2,68 2,1 2,52 2,37 2,58 2,34 2,27 2,69 2,6 2,15 2,41 1,43 2,47 2,02 mar/07 0 1,32 0 0 0 0 0 0,69 0 0,69 1,1 0 0 1,2 1,88 0 0 0,69 0,5 0 0,87 0 0 0 0 0 0,69 0 1,88 0,87

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Um total de 64 taxa zooplanctnicos foi identificado nos 30 pontos amostrais nas campanhas de agosto de 2006 e maro de 2007, sendo 25 de Protozoa, 25 de Rotifera, 6 de Cladocera, 3 de Copepoda e 1 de Gastrotricha, Nematoda, Tardigrada e Turbellaria. Destes taxa, 61 foram observados na campanha de agosto de 2006 e apenas 28 na de maro de 2007. A riqueza em taxa zooplanctnicos apresentou um valor mdio por ponto maior na campanha de agosto de 2006 com 23,16 espcies, contra apenas 2,56 em maro de 2007 (fig.5). Na primeira campanha a riqueza em taxa variou de 9 no ponto ASP16 ao mximo de 33 em ASP08 e ASP09. Na segunda campanha, nenhum taxa foi registrado nas amostras quantitativas e qualitativas nos pontos ASP04 e ASP17 e a maior riqueza foi observada no ponto ASP15 com 10 taxa.

FIGURA 4.105 - Riqueza mdia em taxa zooplanctnicos nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007. 25
20

riqueza em taxa

15 10 5 0 ago/06 campanhas de coleta mar/07

A densidade total da comunidade zooplanctnica tambm apresentou um valor mdio maior na campanha de agosto de 2006 com 18,47 ind./L, contra apenas 0,056 ind./L em maro de 2007 (fig.6). Na primeira campanha a densidade total da comunidade variou de 0,14 ind./L no ponto ASP22 ao mximo de 209,2 ind./L em ASP04. Na segunda campanha, nenhum organismo foi registrado nas amostras quantitativas em 33,33% dos pontos (ASP01, ASP04, ASP06, ASP12, ASP13, ASP17, ASP23, ASP24, ASP25) e o valor mximo foi verificado em ASP29 com 0,79 ind./L.

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FIGURA 4.106 - Densidade mdia do zooplncton total nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007.

20

densidade do zooplncton (Ind./L)

18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 ago/06 campanhas de coleta mar/07

A estrutura dos grandes grupos tambm foi bastante distinta entre as duas campanhas. Na campanha de agosto de 2006, Rotifera foi o grupo dominante com 75,55% da abundncia relativa media da comunidade zooplanctnica, seguida por Protozoa com 17,43%, outros txons (Insecta, Gastrotricha, Nematoda, Tardigrada e Turbellaria) com 4,13, Copepoda com 1,56% e Cladocera com 1,21% (fig.7). Na segunda campanha Protozoa teve sua participao aumentada para 38,14%, enquanto Rotifera, Copepoda e Cladocera tiveram sua participao reduzida para 61,67%, 0,39% e 0,4% respectivamente. Outros taxa (Insecta, Gastrotricha, Nematoda, Tardigrada e Turbellaria) no foram amostrados. FIGURA 4.107 - Abundcia relativa mdia (% ) dos grupos zooplanctnicos nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007.
100

abundncia relativa mdia (%)

90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 ago/06 campanhas de coleta m ar/07


Outros Cladocera Copepoda Protozoa Rotifera

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A diversidade da comunidade zooplanctnica seguiu a mesma tendncia da observada para a riqueza e densidade total. Os ndices de diversidade de ShannonWeaver foram maiores na campanha de agosto de 2006, apresentando um valor mdio de 2,22 bits/ind. por ponto, contra 0,41 em maro de 2007 (fig.8). Na primeira campanha o ndice de diversidade de Shannon-Weaver variou de 0,09 bits/ind. no ponto ASP04 ao mximo de 3,01 em ASP09. Na segunda campanha, o ndice de diversidade de Shannon-Weaver foi igual a 0 (zero) na maioria dos pontos amostrados (ASP01, ASP03, ASP04, ASP05, ASP06, ASP07, ASP09, ASP12, ASP13, ASP16, ASP17, ASP20, ASP22, ASP23, ASP24, ASP25, ASP26, ASP28), uma vez que nestes pontos no foram registradas duas espcies ou mais nas amostras quantitativas. A maior diversidade nesta campanha foi registrada nos pontos ASP15 e AS29 com o ndice de Shannon-Weaver igual a 1,88 bits/ind. FIGURA 4.108 - Mdia do ndice de diversidade de Shannon-Weaver (H para a ) comunidade zoooplanctnica nos pontos amostrais em agosto de 2006 e maro de 2007.
ndice Shannon-Weaver (bits/ind.)
2,5

1,5

0,5

0 ago/06 campanhas de coleta m ar/07

Esses resultados demonstram que a comunidade zooplanctnica foi fortemente influenciada pela sazonalidade. A expressiva reduo da densidade total, da riqueza em taxa e do ndice de diversidade Shannon-Weaver na campanha de maro de 2007, est relacionado ao aumento da velocidade da correnteza devido a maior precipitao pluvial nesta poca do ano. De acordo com Brook & Woodward (1957) a velocidade da correnteza inversamente proporcional densidade do zooplncton devido a uma maior perda de organismos arrastados pela correnteza. O aumento da contribuio percentual de Protozoa na campanha de maro de 2007 (perodo chuvoso) est provavelmente relacionada sua melhor adaptao a ambientes turbulentos devido presena de estruturas fixao ao substrato e ciclo de vida curto (Lansac-Tha et al. , 1997). A ocorrncia de grupos como Insecta, Gastrotricha, Nematoda, Tardigrada e Turbellaria apenas na primeira campanha est provavelmente relacionada reduzida profundidade dos cursos d gua. Este fato facilita a amostragem de organismos tpicos do fundo dos rios.

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De acordo com Branco (1986) o ndice de diversidade de Shannom-Weaver varia de 0 a 5 bits/ind., sendo que valores menores que 1 so tpicos de ambientes aquticos bastante alterados, entre 1 e 3 tm sido registrados em guas moderadamente alteradas, e aqueles maiores que 3 correspondem a guas limpas. Quanto mais as condies de vida de um bitopo se afastarem das condies timas para a maioria dos organismos, tanto mais pobres e uniformes em espcies sero as comunidades (Thienemann, 1918 apud Esteves, 1998). Considerando que a forte correnteza foi uma condio naturalmente desfavorvel para a comunidade zooplanctnica em maro de 2007, a anlise da qualidade dos ambientes atravs deste ndice, torna-se adequada apenas para o perodo de seca (agosto de 2006). Nesta campanha, a comunidade zooplanctnica teve ndice inferior a 1 bits/ind., no ponto amostral ASP04 (0,09 bits/ind) e superior a 3 no ponto ASP9 (3,01 bits/ind). Nos demais 28 pontos, este ndice variou entre 1 e 3 bits/ind., sugerindo que a grande maioria dos ambientes amostrados encontra-se em um estgio moderadamente impactado. De fato, os pontos amostrais em sua grande maioria encontram-se circundados por pastagens ou outra matriz antropizada (estradas, pequenos assentamentos humanos, e criaes domsticas) e com ausncia total ou parcial de mata ciliar. Para uma avaliao mais precisa da estrutura da comunidade em funo das caractersticas do ambiente fundamental o monitoramento de parmetros relacionados ao grau de trofia dos ambientes que no foram amostrados como: sries nitrogenadas (nitrato, nitrito, amnio, nitrognio total) e fosfatada (fosfato, ortofosto, fosfato total) e clorofila a. 4.2.7.4 - Comunidade de macroinvertebrados bentnicos O levantamento da diversidade biolgica da comunidade bentnica e a avaliao da qualidade das guas foram realizados atravs de ndices de sedimento que sero descritos abaixo. Foi calculado o ndice de Diversidade proposto por Shannon-Wiener (H') (Odum, 1985), os principais atributos da estrutura das comunidades, tais como a riqueza de espcies, a equitatividade e a dominncia, so considerados nos clculos, fornecendo informaes sobre a ocorrncia de poucas espcies dominantes ou um conjunto de espcies distribudas de forma eqitativa na comunidade. Segundo apresentado em Branco (1986), ndices entre 1 e 3 tm sido registrados em guas moderadamente poludas e valores acima de 3 indicam guas limpas. A listagem completa dos organismos identificados apresentada no anexo 7. Os resultados de riqueza e densidade, em termos do nmero de famlias, foram agrupados entre os grandes grupos destes organismos. Os dados obtidos nas amostragens de agosto/2006 e maro/2007 so apresentados no Quadro 4.74 e Figuras 4.109 , 4.110, 4.111, e 4.112.

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QUADRO 4.74 - Riqueza (n taxa) e densidade (org./m2), ndice de diversidade (H e ndice bitico (BMWP) para a comunidade zoobentnica nos stios ) amostrados da rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07.
Stio de amostragem Riqueza ago/06 mar/07 TOTAL Densidade ago/06 mar/07 Indce de Diversidade Shannon Wiener (H') ago/06 mar/07 ndice Bitico BMWP ago/06 mar/0 7 0 0 1 5 0 1 11 16 0 0 26 10 9 21 0 1 0 19 2 11 2 0 19 0 0 45 27 1 9 1

Serra do Sapo ASP01 ASP02 ASP03 ASP04 ASP05 ASP06 ASP07 ASP08 ASP09 ASP10 ASP11 ASP12 ASP13 ASP14 ASP15 ASP16 ASP17 ASP18 ASP19 ASP20 ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 7 8 6 2 11 5 1 3 6 10 3 7 11 6 5 2 10 3 5 5 4 4 11 3 13 11 5 3 11 0 0 1 1 0 1 2 4 0 0 7 2 2 5 0 1 0 4 1 4 1 0 7 0 0 8 7 1 2 1411,1 344,4 588,9 33,3 866,7 77,8 22,2 100,0 211,1 2000,0 23,2 122,2 134,3 255,6 88,9 144,4 900,0 33,3 100,0 144,5 25,2 35,3 866,7 44,4 611,1 677,8 200,0 244,4 488,9 0,0 0,0 75,0 100,0 0,0 150,0 75,0 100,0 0,0 0,0 650,0 75,0 50,0 525,0 0,0 75,0 0,0 175,0 50,0 125,0 150,0 0,0 225,0 0,0 0,0 475,0 1125,0 75,0 50,0 1,11 1,78 0,84 0,64 1,85 1,55 0,00 0,85 1,12 1,36 1,04 1,77 1,75 1,58 1,56 0,27 1,21 1,10 1,52 1,31 1,33 1,32 1,23 1,04 1,80 1,57 1,19 0,71 2,00 1,24 * * 0,00 0,00 * 0,00 0,64 1,39 * * 1,36 0,64 0,69 1,25 * 0,00 * 1,28 0,00 2,22 1,65 * 1,89 * * 1,91 1,46 0,00 0,69 0,00 26 18 29 4 40 15 4 11 24 56 10 34 35 27 11 7 51 18 10 18 16 19 54 12 65 59 19 14 59 53

Serra da Itaponhoacanga

ASP30 11 1 1211,1 50,0 * ndice no calculado devido ausncia de organism os

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FIGURA 4.109 - Riqueza total da comunidade de macroinvertebrados, nos stios amostrados da rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07, nos perodos de seca e chuva.
Serra do Sapo 12 10 8 6 4 2 0

ASP01

ASP02

ASP03

ASP04

ASP05

ASP06

ASP07

ASP08

ASP09

ASP10

ASP11

ASP12

ASP13

ASP14

ASP15

ASP16

ASP17

ASP18

ASP19

Riqueza ago/06

Riqueza m ar/07

FIGURA 4.110 - Riqueza total da comunidade de macroinvertebrados, nos stios amostrados da rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07, nos perodos de seca e chuva.
Serra da Itaponhoacanga 15 12 9 6 3 0 ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30

Riqueza ago/06

Riqueza m ar/07

580

ASP20

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FIGURA 4.111 - Densidade total da comunidade de macroinvertebrados, nos stios amostrados da rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07, nos perodos de seca e chuva.
Serra do Sapo 2000,0 1800,0 1600,0 1400,0 1200,0 1000,0 800,0 600,0 400,0 200,0 0,0

ASP01

ASP02

ASP03

ASP04

ASP05

ASP06

ASP07

ASP08

ASP09

ASP10

ASP11

ASP12

ASP13

ASP14

ASP15

ASP16

ASP17

ASP18

ASP19

Densidade ago/06

Densidade m ar/07

FIGURA 4.112 - Densidade total da comunidade de macroinvertebrados, nos stios amostrados da rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07, nos perodos de seca e chuva.
Serra da Itaponhoacanga 1400,0 1200,0 1000,0 800,0 600,0 400,0 200,0 0,0 ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30

Densidade ago/06

Densidade m ar/07

Levando em considerao o somatrio de taxa encontrado nos 30 stios do sistema hdrico em questo, foram identificados 51 diferentes taxa na amostragem realizada em agosto/06 e 18 em maro/07, incluindo representantes das classes Insecta, pertencentes s seguintes ordens: Ephemeroptera, Trichoptera, Coleoptera, Diptera, Plecoptera, Hemiptera, Odonata, Megaloptera, e ainda, de outros grupos como, Annelida e Mollusca.

581

ASP20

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As Figuras 4.113 a 4.119 mostram a densidade relativa dos grupos amostrados em cada um dos stios de amostragem da Serra do Sapo , primeira unidade amostral a ser tratada neste relatrio, considerando o total de organismos obtidos nas coletas de agosto/2006 e maro/2007. FIGURA 4.113 - Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP01, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07.
100% 80%

60% 40%

20% 0% A SP01 ago/06 Diptera Trichoptera Othoptera Hemiptera Plecoptera Megaloptera Odonata Coleoptera Mollusca A SP01 mar/07 Ephemeroptera Lepdoptera Annelida

FIGURA 4.114 - Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP02 e ASP03, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento agosto/06 e maro/07.
100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% A SP02 ago/06 Diptera Trichoptera Othoptera A SP02 mar/07 Hemiptera Plecoptera Megaloptera A SP03 ago/06 Odonata Coleoptera Mollusca A SP03 mar/07

Ephemeroptera Lepdoptera Annelida

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FIGURA 4.115 - Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP04, 05 e 06, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento agosto/06 e maro/07.
100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% ASP04 ago/06 Diptera Trichoptera Othoptera ASP04 mar/07 A SP05 ago/06 A SP05 mar/07 Odonata Coleoptera Mollusca A SP06 ago/06 Ephemeroptera Lepdoptera Annelida ASP06 mar/07

Hemiptera Plecoptera Megaloptera

FIGURA 4.116 - Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP07, 08 e 09, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento agosto/06 e maro/07.
100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% A SP07 ago/06 Diptera Trichoptera Othoptera A SP07 mar/07 A SP08 ago/06 A SP08 mar/07 Odonata Coleoptera Mollusca ASP09 ago/06 Ephemeroptera Lepdoptera A nnelida A SP09 mar/07

Hemiptera Plecoptera Megaloptera

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FIGURA 4.117 - Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP10, 11 e 12, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento agosto/06 e maro/07.
100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% A SP10 ago/06 A SP10 mar/07 Hemiptera Plecoptera Megaloptera A SP11 ago/06 Odonata Coleoptera Mollusca A SP11 mar/07 A SP12 ago/06 A SP12 mar/07

Diptera Trichoptera Othoptera

Ephemeroptera Lepdoptera A nnelida

FIGURA 4.118 - Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP13, 14 e 15, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento agosto/06 e maro/07.
100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% A SP13 ago/06 Diptera Trichoptera Othoptera A SP13 mar/07 A SP14 ago/06 A SP14 mar/07 Odonata Coleoptera Mollusca ASP15 ago/06 Ephemeroptera Lepdoptera Annelida A SP15 mar/07

Hemiptera Plecoptera Megaloptera

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FIGURA 4.119 - Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, no stio ASP16, 17, 18, 19 e 20, na Serra do Sapo, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07.
100% 80% 60% 40% 20% 0% A SP16 A SP16 A SP17 A SP17 A SP18 A SP18 A SP19 ASP19 A SP20 ASP20 ago/06 mar/07 ago/06 mar/07 ago/06 mar/07 ago/06 mar/07 ago/06 mar/07 Diptera Trichoptera Othoptera Hemiptera Plecoptera Megaloptera Odonata Coleoptera Mollusca Ephemeroptera Lepdoptera A nnelida

Nos stios ASP02 e 03, situados no crrego gua Quente, observou-se uma queda brusca da densidade de organismos, visto que em maro/07 no foi registrado nenhum organismo para o stio ASP02. J na amostragem de agosto/06, a densidade atingiu valores relevantes nos dois stios, pode-se ento observar a presena de representantes tpicos de ambientes lticos em ASP03, como os Ephemeroptera, Trichoptera e Plecoptera, estes so considerados de um modo geral, organismos aquticos bastante sensveis s alteraes ambientais sendo reconhecidos como bioindicadores de boa qualidade das guas. Outros grupos de maior ubiqidade tambm foram encontrados, como, por exemplo, os dpteros da famlia Chironomidae, sendo estes dominantes em ASP03, no stio ASP02 o grupo que se apresentou dominante foram os Baetidae (Ephemeroptera). No crrego Bom Sucesso (ASP04) e seus afluentes, stios ASP05 e 06, em agosto/06 obteve-se valores mais expressivos, principalmente para o stio ASP05, onde foi registrada a presena de espcimes que ocupam reas de transio entre o ambiente aqutico e sua regio ribeirinha, tais como os Odonata e Hemiptera, tambm foi registrado nestes stios exemplares de Ephemeroptera e Trichoptera, mas os organismos que mais se destacaram foram os Chironomidae (Diptera) e Oligochaeta (Annelida). No entanto, em maro/07 ocorreu uma queda nos valores de densidade e riqueza, sendo este fato comum a este perodo, tpico de chuvas e altas vazes dos cursos d gua, para o stio ASP05 no foi registrado nenhum organismo nesta amostragem.

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Para os stios ASP07, 08 e 09, afluentes entre si, em agosto/06 foram registrados maiores valores de densidade e riqueza, sendo os Chironomidae (Diptera) os organismos mais abundantes em ASP09, neste mesmo stio tambm foram registrados a presena de Ephemeroptra e Trichoptera, organismos pouco tolerantes a poluio orgnica. Nos stios ASP07 e 08 a densidade foi menos expressiva, sendo os Ephemeroptera organismos comuns nos dois stios. Em maro/07 no foi registrado nenhum organismo para o stio ASP09, para os outros stios a densidade e a riqueza foram pouco relevantes. No crrego gua Santa, ASP10, em agosto/06 obteve-se valores de riqueza e densidade bastante expressivos, os Diptera seguidos pelos Trichoptera foram os organismos mais freqentes nesta amostragem. Em maro/07 no foi registrado nenhum organismo para este stio. No crrego Passa Trs, stios ASP11 e 12, observou-se que em ASP11 os valores de riqueza e densidade foram menores em agosto/06 e no em maro/07 como vem acontecendo na maioria dos stios amostrais, este stio obteve maiores valores de riqueza e densidade nas duas amostragens, quando o comparamos ao stio ASP12. Em ASP11 os Odonata foram os organismos mais abundantes, estes so predadores por natureza e se alimentam de larvas de Diptera, que tambm se destacaram neste stio. Como vem acontecendo nos demais stios amostrais, o stio ASP13 tambm apresentou maiores valores de riqueza e densidade em agosto/06, havendo uma queda nestes valores em maro/07. Os organismos que se destacaram foram os Diptera, representados pela famlia Chironomidae e os Trichoptera, distribudos em quatro famlias, Hydroptilidae, Leptoceridae, Polycentropodidae e Odontoceridae, sendo estes organismos muito sensiveis poluio orgnica. Os stios ASP14 e 15 representam um trecho do crrego Buriti, o stio ASP14 apresentou maiores valores de densidade e riqueza nas duas amostragens, visto que em maro/07 no foi encontrado nenhum organismo desta comunidade para o stio ASP15. Os organismos dominantes em ASP14 foram os Diptera, distribudos em duas famlias, Chironomidae e Simuliidae, seguidos pelos Trichoptera, tambm distribudos em duas famlias, Hydropsychidae e Hydroptilidae. Os Simuliidae so habitantes de ambientes lticos, vivem aderidos a substratos submersos, como rochas ou vegetao, deste modo conseguem filtrar partculas alimentares microscpicas. Os Trichoptera como foi dito anteriormente, so organismos indicadores de guas limpas ou com pouco grau de poluio orgnica. Para o ribeiro Santo Antnio do Cruzeiro, ASP16 e 20 e seus afluentes, ASP17, 18 e 19 foram registradas baixas riquezas e densidades, exceto para o stio ASP17, que atingiu valores expressivos na amostragem de agosto/06, no entanto na coleta realizada em maro/07 no foi registrado nenhum organismo para este stio. Ainda para este stio, os organismos que apareceram em dominncia foram os Diptera, especialmente queles da famlia Chironomidae. Outros organismos como Plecoptera, Trichoptera e Odonata tambm foram encontrados neste stio, sendo estes bastante sensveis poluio orgnica.

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Salienta-se que no ponto ASP02 em agosto/06, foi registrada a presena de representantes de moluscos planorbdeos, Biomphalaria sp. potencialmente vetores da esquistossomose, j na amostragem de maro/07, no foi registrado nenhum organismo. Outros representantes da classe Mollusca, corbicula fluminea (Corbiculidae), foram registrados nos stios ASP02, 03, 04, 05, 06, 07,09 e 19, estes so moluscos invasores, nativos do sudeste asitico, que vem ocupando as bacias hidrogrficas do Brasil passando a apresentar em poucos anos uma maior densidade populacional que os Corbiculidae nativos e demais espcies de bivalves de gua doce autctone (Hyriidae, Mycetopodidae, Sphaeriidae). A segunda unidade amostral a ser tratada neste relatrio, se trata dos stios localizados na Serra da Itaponhoacanga , sero discutidos os resultados referentes ao total de organismos obtidos nas amostragens de agosto/2006 e maro/2007. As Figura 4.120 a 4.122, apresentam as densidades relativas dos grupos em cada um dos stios de amostragem.

FIGURA 4.120 - Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, nos stios ASP21 e 30, na Serra da Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07.
100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% ASP21 ago/06 Diptera Trichoptera Othoptera ASP21 mar/07 Hemiptera Plecoptera Megaloptera ASP30 ago/06 Odonata Coleoptera Mollusca ASP30 mar/07

Ephemeroptera Lepdoptera Annelida

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FIGURA 4.121 - Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, nos stios ASP22, 23, 24, 25 e 26, na Serra da Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07.
100% 80% 60% 40% 20% 0% A SP22 A SP22 A SP23 A SP23 A SP24 A SP24 ASP25 A SP25 A SP26 A SP26 ago/06 mar/07 ago/06 mar/07 ago/06 mar/07 ago/06 mar/07 ago/06 mar/07 Diptera Trichoptera Othoptera Hemiptera Plecoptera Megaloptera Odonata Coleoptera Mollusca Ephemeroptera Lepdoptera Annelida

FIGURA 4.122 - Densidade relativa da comunidade de macroinvertebrados, nos stios ASP27, 28, e 29, na Serra da Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07.
100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% A SP27 ago/06 A SP27 mar/07 ASP28 ago/07 ASP28 mar/07 A SP29 ago/06 ASP29 mar/07 Diptera Trichoptera Othoptera Hemiptera Plecoptera Megaloptera Odonata Coleoptera Mollusca Ephemeroptera Lepdoptera A nnelida

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Os stios ASP21 e 30 obtiveram maiores valores de riqueza e densidade em agosto/06, sendo o ASP30 o stio mais rico e de maior densidade, tendo os Chironomidae (Diptera) como organismos dominantes, mas tambm foram encontrados exemplares de Ephemeroptera, Trichoptera e Odonata, organismos exigentes quanto qualidade da gua, preferindo guas bem oxigenadas e com pouco grau de poluio orgnica. Para os stios ASP22, 23 e 24 foram verificados valores de riqueza e densidade maiores em agosto/06, sendo ASP23 o stio de maior destaque, os Chironomidae (Diptera) foram os organismos mais dominantes neste stio, outros grupos de organismos, como os Ephemeroptera, Trichoptera e Odonata se distriburam mais homogeneamente. Na amostragem realizada em maro/07 para os stios ASP22 e 24 no foi registrado nenhum organismo e em ASP23 os Diptera e Odonata foram os mais abundantes. Nos stios ASP25 e 26 a riqueza e a densidade foram mais expressivas em agosto/06. No perodo chuvoso, maro/07 o stio ASP25 no apresentou nenhum organismo desta comunidade, em ASP26 houve uma queda principalmente na densidade dos organismos. Nos dois stios os organismos mais freqentes foram os Diptera, na seca a famlia Chironomidae se destacou, no entanto no perodo chuvoso a famlia Simuliidae apresentou-se dominante, seguida pelos Chironomidae. Para os stios ASP27, 28 e 29 os maiores valores de riqueza e abundncia foram verificados em agosto/06, exceto no stio ASP27 que apresentou valores mais expressivos em maro/07. No perodo de estiagem foi registrada a dominncia de Hirudinea e Diptera em ASP27, em ASP28 os Simuliidae (Diptera) e em ASP29 os mais freqentes foram os Ephemeroptera, seguidos pelos Odonata. Em maro/07 os Chironomidae (Diptera) e Odonata foram os mais freqentes no stio ASP27, j os Oligochaeta foram os organismos mais abundantes em ASP28. Os resultados dos ndices de diversidade biolgica e da qualidade das guas a partir da bioindicao dos macroinvertebrados aquticos so discutidos a seguir. Apesar dos ndices serem utilizados em estudos ecolgicos por representarem uma importante ferramenta de interpretao e comparao de dados espaciais e temporais, importante ressaltar que as categorias de correspondncia ambiental foram elaboradas para ambientes aquticos temperados, portanto, os resultados devem ser analisados com cautela. A primeira unidade deste diagnstico, Serra do Sapo , apresentou ndices de diversidade relativamente baixos para a comunidade bentnica (Figuras 4.123 e 4.124). Como o ndice avalia o nmero de espcies e a abundncia relativa dessas, os maiores valores de riqueza total e densidade de macroinvertebrados foi registrado para ASP10 em agosto/06, mas este fato no foi suficiente para garantir a maior diversidade biolgica neste stio, uma vez que foi registrada tambm dominncia de um taxa.

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A dominncia de espcies em uma determinada comunidade reduz os valores de equitabilidade, atributo que tambm avaliado pelo ndice H e que revela um desequilbrio na estrutura da comunidade. Este desequilbrio pode ser causado por fatores naturais e/ou antrpicos que, sinergeticamente, atuam com as variaes ambientais sazonais causando perodos de pico na densidade de algumas espcies. Em relao segunda unidade de estudo, os mais baixos valores de diversidade biolgica foram registrados para ASP28, 21 e 24 em agosto/06, onde a riqueza e a densidade tambm foram relativamente baixas e principalmente em AS28 onde foi detectada a dominncia de um taxa, destacando assim a importncia deste atributo no clculo da diversidade. FIGURA 4.123 - ndice de Diversidade de Shannon-Wiener (H calculados nos ) stios amostrados na Serra do Sapo e Serra Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07.
Serra do Sapo 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0
ASP01 ASP02 ASP03 ASP04 ASP05 ASP06 ASP07 ASP08 ASP09 ASP10 ASP11 ASP12 ASP13 ASP14 ASP15 ASP16 ASP17 ASP18 ASP19 ASP20

Stios de am ostragem ago/06 mar/07

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FIGURA 4.124 - ndice de Diversidade de Shannon-Wiener (H calculados nos ) stios amostrados na Serra do Sapo e Serra Itaponhoacanga, rea de insero do empreendimento - agosto/06 e maro/07.
Serra da Itaponhoacanga 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 ASP21 ASP22 ASP23 ASP24 ASP25 ASP26 ASP27 ASP28 ASP29 ASP30 Stios de am ostragem ago/06 m ar/07

Primeiramente, deve-se salientar a grande distino ocorrida entre as amostragens. Os dados de maro/2007 mostraram-se baixos, indicando uma comunidade zoobentnica pouco diversificada. Tal fato se deve fundamentalmente ao aumento nas vazes em decorrncia das chuvas. Dois efeitos decorrentes do aumento no volume d gua podem ser apontados como principais condicionantes da comunidade zoobentnica: o efeito de deriva e a inundao de toda a calha do leito do rio. O primeiro fator se reporta a uma maior ao de arraste da correnteza nos substratos do rio, determinando um deslocamento dos organismos. J o segundo fator se refere inundao de novas reas anteriormente secas, o que dificulta a coleta no leito permanentemente inundado, determinando coletas em locais onde a colonizao pelo zoobnton recente. A composio dessa comunidade, em agosto/2006, apresentouse mais diversificada, demonstrando influncias tpicas de um perodo de estiagem, pois a reduo da velocidade da correnteza e a maior exposio dos substratos (rochas, seixos, cascalho, areia, galhos, etc.) proporcionam maior disponibilidade de nichos e alimento, o que reflete no aumento dos atributos avaliados. Na maioria dos stios avaliados foi apresentada baixa diversidade para a comunidade bentnica, no entanto, destaca-se a presena de Biomphalaria sp. no stio ASP02. Este molusco o hospedeiro intermedirio do parasita trematdeo Schistosoma mansoni , que tem como principal hospedeiro definitivo o homem. Os ovos do S. mansoni so eliminados pelas fezes do hospedeiro infectado (homem). Na gua, estes eclodem, liberando uma larva ciliada denominada miracdio, a qual infecta o caramujo. Aps 4 a 6 semanas, abandonam o caramujo, na forma de cercria que ficam livres nas guas naturais. O contato humano com guas infectadas pelas cercrias a maneira pela qual o indivduo adquire a esquistossomose. A espcie invasora de molusco Corbicula fluminea tambm foi detectada nos stios ASP02, 03, 04, 05, 06, 07,09 e 19. Estes moluscos no so transmissores de doena, mas comprometem a biodiversidade local, como a maioria das espcies invasoras, por apresentam elevada taxa de colonizao e de sobrevivncia favorecidas pela ausncia de predadores eficientes. A adeso destes moluscos em equipamentos e tubulaes tem gerado grandes problemas em sistemas de captao de gua e operao de usinas.

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As alteraes das comunidades hidrobiolgicas refletem diretamente as alteraes das variveis fsicas e qumicas das guas dos sistemas hdricos avaliados. O aumento da turbidez e de slidos, decorrente da movimentao de terras durante as obras de instalao do empreendimento, atuar diminuindo a abundncia dos organismos bentnicos, os predadores, por exemplo, perdero eficincia na busca de presas pela diminuio da transparncia da gua, podendo ocorrer diminuio de alguns taxa. Os organismos coletores foram bastante abundantes nestas amostragens, principalmente os Chironomidae, indicando assim um enriquecimento de matria orgnica no sedimento. 4.2.7.5 - Concluses Conforme relatado e avaliado, a dominncia de poucos taxa em relao aos demais um indicativo evidente de ambientes menos estveis submetidos a interferncias determinantes de alteraes na estrutura das comunidades hidrobiolgicas. A comunidade fitoplanctnica apresentou-se mais signifigativa em termos de densidade e riqueza na primeira campanha em agosto de 2006. A mdia da diversidade de Shannon encontrada para a maioria dos pontos nas campanhas referidas classificam-nas como guas moderadamente alteradas. A sazonalidade influenciou fortemente a comunidade zooplanctnica e esta teve expressiva reduo da densidade total, da riqueza em taxa e do ndice de diversidade Shannon-Weaver na campanha de maro de 2007, fato este provavelmente relacionado ao aumento da velocidade da correnteza devido a maior precipitao pluvial nesta poca do ano. A relevante abundncia da famlia Chironomidae um indicativo a mais sobre condies desfavorveis em termos da qualidade ambiental, por serem organismos comuns a ambientes alterados, uma vez que a maioria dos ambientes em questo sofre principalmente com o desmatamento das margens para servirem de reas de pastagens e uso de fertilizantes nas culturas locais. A perda da qualidade estrutural dos habitats a jusante das obras tambm poder ser determinante para a sobrevivncia das comunidades envolvidas. Alm destes fatores, a integridade das margens, do substrato marginal e da calha central do leito do curso d gua determinante para a colonizao e a manuteno da estrutura da comunidade bentnica. Os organismos bentnicos vivem associados diretamente aos substratos e o revolvimento, retirada ou alterao deste substrato pode refletir em desaparecimento de txons nesta comunidade.

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4.2.8 - Espcies novas, endmicas e ameaadas de extino


4.2.8.1 - Espcies novas Uma espcie de canela-de-ema (Vellozia sp.) est em processo de identificao, parece ser, segundo o taxonomista Pero Viana, uma espcie ainda no descrita e, possivelmente, endmica desta regio em estudo. Notou-se para esta espcie uma maior ocorrncia na poro superior da encosta da cava do Sapo, prximo linha de cumeada, onde ocorre em densos agrupamentos com altura de at 1,80 m. Da mesma forma, possvel que diversas outras espcies sejam endmicas deste conjunto de serra ferruginosa, pois seu isolamento em relao a outros ambientes semelhantes grande, o que dificulta o deslocamento de material gentico atravs de plen e sementes entre as reas, propiciando, assim, maiores possibilidades de especiao. Tambm uma espcie de gramnea coletada parece ser uma espcie ainda no descrita e outras plantas ainda em anlise podem apresentar este mesmo status, pois para algumas no se identificou nenhuma exsicata semelhante no herbrio da UFMG, que se constitui em uma importante referncia da flora de Minas Gerais com seu acervo de cerca de 100.000 plantas depositadas. O anfbio Scinax aff. perereca se destaca por representar txon ainda no identificado, e apesar de apresentar-se atualmente bem distribudo no estado de Minas Gerais (Carvalho Jr., obs. pess.), constitui tambm uma espcie nova para a cincia e em fase de descrio. Foi localizado na AID e AII do empreendimento. Tambm o anfbio Physalaemus sp. se destaca por ser uma provvel espcie ainda desconhecida cientificamente, registrada na AID, ponto 17, asociada Cadeia do Espinhao. 4.2.8.2 - Espcies endmicas Foram registradas 11 espcies consideradas como endmicas da serra do Espinhao (quadro 4.75). QUADRO 4.75 - Espcies consideradas como endmicas da serra do Espinhao
Famlia Arecaceae Asteraceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Cactaceae Cactaceae Poaceae Velloziaceae Velloziaceae Verbenaceae Espcie Syagrus glaucescens Wunderlichia sennae Encholirium subsecundum Orthophytum mello -barretoi Vriesea oligantha Cipocereus minensis Pilosocereus aurisetus Panicum moli nioides Vellozia cf. glabra Vellozia minima Starchytapheta glabra gervo da serra canela de em a bromlia bromlia bromlia cactos cactos Nome popular Fonte Lorenzi, et alli, 1996 P. Viana (comunicao pessoal) Versieux , 2005 Versieux , 2005 Versieux , 2005 Taylor & Zappi, 2004 Taylor & Zappi, 2004 Viana, 2004 Mello-Silva & Menezes, 1999 Giulietti et alii, 1987 Atkins, 2005

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Registrou-se uma espcie de ave endmica dos campos rupestres da serra do Espinhao, o rabo-mole-da-serra (Embernagra longicauda ), na AII de Itapanhoacanga. O piau-boquinha Leporinus mormyrops uma espcie endmica da regio leste brasileira, ocorrendo do rio Mucuri at o rio Paraba do Sul (GARAVELLO, 1979). uma espcie de pequeno porte atingindo cerca de 20 cm no mximo e freqentemente capturada na bacia do rio Santo Antnio (figura 4.125 e 4.126). 4.2.8.3 - Espcies ameaadas de extino Dez espcies vegetais so consideradas como ameaadas de extino (quadro 4.76). Destas, apenas Wunderlichia sennae no foi observada na ADA, somente na AII.

QUADRO 4.76 - Espcies da flora consideradas como ameaadas de extino e sua categoria.
Famlia Annonaceae Annonaceae Asteraceae Asteraceae Cactaceae Cactaceae Fabaceae Fabaceae Lauraceae Espcie Guatteria sellowiana Guatteria vilosissima Eremanthus polycephalus Wunderlichia sennae Cipocereus minensis Pilosocereus aurisetus Dalbergia nigra Melanoxylon brauna Ocotea odorifera Nome popular pindaba pindaba candeia -cactos cactos jacarand cavina brana canela sassafrs Categoria de ameaa Vulnervel Vulnervel Vulnervel Criticam ente am eaada Em perigo Criticam ente am eaada Vulnervel Vulnervel Vulnervel Fonte 1 1 1 1 1 1 1,2 1,2 1,2

Velloziaceae Vellozia cf. glabra canela de em a Vulnervel 1 Legenda da Fonte: 1 - Lista das Espcies Ameaadas de Extino da Flora de Minas Gerais - Deliberao Copam 085/97. 2 - Lista Oficial de Espcies da Flora Brasileira Am eaada de Extino - Portaria IBAMA No 06-N.de 15/01/92

Quatro espcies de mamferos constam em listas de animais ameaados, conforme quadro 4.77 a seguir. QUADRO 4.77 - Espcies de mamferos consideradas como ameaadas de extino e sua categoria.
Espcies ORDEM PRIMATES Callicebus personatus ORDEM CARNIVORA Puma concolor Leopardus pardalis Leopardus tigrinus Suuarana Jaguatirica Gato-do-m ato Criticam ente Criticam ente Em perigo Mata Campo rupestre Mata AID (rea industrial) AID (cava da serra do Sapo) Guig Vulnervel Mata AID (Itapanhoacanga) Nome comum Conservaoa Ambiente Local de registro

AID (cava sul de Itapanhoacanga) Legenda: a: de acordo com a Lista de Fauna Am eaada de Extino de Minas Gerais (Lins et al. 1997)

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Ressalta-se a presena do anfbio Crossodactylus bokermani, atualmente considerada ameaada de extino (Fundao Biodiversitas, 1998). Registrou-se sua ocorrncia apenas no ponto 02 (AID). Para a bacia hidrogrfica do rio Doce so citadas trs espcies de peixes que esto na lista de espcies ameaadas: o surubim-do-doce Steindachneridion doceana (Steindachner, 1876), a piabanha Brycon opalinus (Curvier, 1819) (foto 142) e o andir Henochilus wheatlandi (Garman, 1890) que constam na lista nacional das espcies de invertebrados aquticos e peixes ameaados de extino com categorias da IUCN (2004). Quanto s espcies Steindachneridion doceana (Steindachner, 1876) e o andir Henochilus wheatlandi (Garman, 1890), nenhum indivduo foi coletado dentro da rea influncia das minas da MMX, tanto em agosto de 2006 quanto em fevereiro de 2007. A biologia destas espcies ainda no bem conhecida e, por isto, difcil afirmar a causa da baixa abundncia desta na bacia. possvel que elas apresentem uma distribuio bastante restrita e, que a sua rea de ocorrncia no se sobreponha rea amostrada ou rea de influncia da implantao das minas. Entretanto, possvel tambm que o andir e o surubim-do-doce apresentem naturalmente abundncia muito baixa na rea de estudo, fato que pode ter dificultado a coleta destas espcies. Para a espcie de piabanha Brycon opalinus foram capturados trs indivduos durante o estudo nos meses de agosto de 2006 (2 exemplares) e fevereiro de 2007 (1 exemplar), no rio Santo Antnio. Esta espcie tambm se encontra na lista nacional das espcies de invertebrados aquticos e peixes ameaados de extino com categorias da IUCN (2004) (figura 4.125 e 4.126).

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FIGURA 4.125 - Pontos de ocorrncia de espcies de peixes endmicas ou ameaadas-Itaponhacanga

IC1 - Leporinus mormyrops IR3 - Leporinus mormyrops IR4 - Leporinus mormyrops IC2 - Brycon opalinus

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FIGURA 4.126 - Pontos de ocorrncia de espcies de peixes endmicas ou ameaadas-serra do Sapo.

CRM3 e CRM2 - Leporinus mormyrops

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4.3 - Meio antrpico


4.3.1 - Metodologia
O presente diagnstico descreve e analisa os mltiplos aspectos constitutivos das reas de influncia do empreendimento. Seu contedo descritivo e analtico decorrente da integrao de um complexo de variveis demogrficas, sociais, econmicas, infra-estruturais, espaciais e culturais. O diagnstico apresentado compreende as dimenses socioeconmicas que integram e compem o meio com o qual o empreendimento, em suas fases de implantao, operao e descomissionamento, ir interagir e, a partir de tais interaes, produzir seus mltiplos efeitos e repercusses ambientais. A estrutura do diagnstico do meio socioeconmico contempla os troncos temticos estabelecidos pelo termo de referncia da Fundao Estadual do Meio Ambiente FEAM. Seu ordenamento reproduz a seqncia temtica estabelecida no referido roteiro, salvo os acrscimos de aspectos e temas complementares que foram contemplados e adicionados para subsidiarem uma compreenso mais ampla do meio no qual o empreendimento ser inserido. Na elaborao do diagnstico do meio socioeconmico foram utilizadas informaes primrias, obtidas atravs de levantamento de campo nos municpios afetos ao empreendimento, com nfase nos locais previstos para sua instalao e o seu entorno. Num plano paralelo, foram consideradas e integradas informaes secundrias levantadas junto aos rgos de pesquisa governamentais e outras instituies consideradas como referncias em trabalhos similares. O tratamento analtico que ser dado aos temas indicados pelo termo de referncia dar nfase rea de Influncia Direta (AID) do empreendimento. Assim, os municpios includos na AID sero avaliados em todos os aspectos do estudo, pois se presume que estes sofrero modificaes nos mais diversos aspectos de suas socioeconomias. A rea de Influncia Indireta (AII) ser objeto de estudo sempre que o tema em questo tiver relao com esta espacializao territorial. Porm a AII se compe de mais de um municpio e os municpios que esto inseridos nesta rea foram definidos com base numa perspectiva de impacto que o empreendimento gerar de modo diferenciado para cada um destes municpios. Portanto, haver temas que s se referem a um municpio da AII e outros que se referem a todos ou mais de um, como, por exemplo, demografia. Para facilitar a compreenso do leitor/analista o texto sempre far uma referncia sobre qual instncia da rea de influncia que estar sendo tratada para cada tema abordado no diagnstico do meio socioeconmico.

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4.3.2 - Patrimnio Natural e Cultural


Patrimnio Natural - rea de Influncia Direta O patrimnio natural da rea de influncia direta bastante rico, principalmente no municpio de Conceio do Mato Dentro. Em Conceio do Mato Dentro, se destacam: a cachoeira Tabuleiro (situada no interior do Parque Natural Municipal Ribeiro do Campo), localizada em um distrito homnimo, que a maior queda d gua (em altura) do estado de Minas Gerais e a 3 maior do Brasil; a cachoeira de Trs Barras, piscinas de gua quente, crrego do Ba, pinturas rupestres, a rea de Proteo Ambiental Serra do Intendente, o Parque Natural Municipal do Salo de Pedras, o lago azul, a cachoeira do Mutambo, o poo Piraquara, lago das Ninfas, poo Pari, cachoeira do Roncador, cachoeira do Rabo de Cavalo e os stios arqueolgicos do Dourado, da Colina, Pedra Polida, Fnix e Abrigo de Anjo. A lista dos bens naturais protegidos pelo municpio segue abaixo.

Bens naturais de Conceio do Mato Dentro: - reas de proteo dos mananciais; - Balnerio do Sossego; - Balnerio da gua Quente; - Balnerio da Piraquara; - Balnerio do Crrego do Ba; - Balnerio do Ginsio So Francisco; - Balnerio do Padre Eli; - Balnerio do Pocinho Azul; - Balnerio do Sumidouro; - Cachoeira da Fumaa; - Cachoeira da Mumbuca; - Cachoeira do Cubas; - Cachoeira do Ribeiro; - Crrego do Ba; - Crrego do Cuiab; - Crrego Padre Eli; - Pico da Conceio; - Gruta da Ponte do Cimento; - Gruta do Cuiab; - Serra da Ferrugem. Em Alvorada de Minas se destacam: a serra de So Jos, a cachoeira da Campina, a lagoa do Mrio e o rio do Peixe. As fotos 154 a 158 ilustram a riqueza do patrimnio natural da regio ora em anlise.

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Foto 154 - Parque Natural do Salo de Pedras, em Conceio do mato Dentro.

Foto 155 - Cachoeira do Tabuleiro, a mais alta de Minas Gerais, em Conceio do Mato Dentro.

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Foto 156 - Cachoeira Rabo de Cavalo, no Parque Estadual da Serra do Intendente, distrito de Itacolomi, em Conceio do Mato Dentro.

Foto 157 - Lagoa do Mrio (localizada em uma propriedade particular), prxima ao distrito de Itapanhoacanga.

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Foto 158 - Cachoeira Campinas, em Itapanhoacanga

Patrimnio Natural - rea de Influncia Indireta Os municpios de Santana do Riacho e Serro possuem um rico acervo de Patrimnio Natural. Destacando-se o Parque Nacional da Serra do Cip, o pico do Breu, situado no distrito da Lapinha, a cachoeira da Farofa, grutas calcrias e a esttua do Juquinha, todos no municpio de Santana do Riacho. A histria do Parque Nacional da Serra do Cip remonta ao incio da dcada de 50. As belezas naturais da Serra do Cip comearam a ser divulgadas pela imprensa, impulsionando o fluxo de turistas na regio. A partir do pretexto de preservar o lugar, os moradores locais criaram um movimento que visava a implementao de uma unidade de conservao. Tal atitude se concretizou em 1975 com a criao do Parque Estadual da Serra do Cip, com extenso de 27.600 hectares. Isso despertou o interesse de pesquisadores de diversas reas ligadas ao Meio Ambiente. Assim, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), atual IBAMA, instituiu uma comisso para estudar a viabilidade de transformar o parque estadual em parque nacional. A aprovao do decreto que criou o Parque Nacional da Serra do Cip ocorreu em 25 de setembro de 1984. Desde ento, o parque passou a ocupar uma rea de 33.800 hectares. Os principais motivos da implantao do parque foram proteger a fauna e flora, levando em conta o alto grau de endemismo (espcies raras no mundo) presente na regio, assim como a preservao da beleza cnica natural do lugar e proteger a bacia de captao do rio Cip, que d nome a serra.

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No municpio do Serro destacam-se os distritos de Milho Verde e So Gonalo do Rio das Pedras, os quais possuem nos seus arredores diversas cachoeiras como: a cachoeira do Moinho, dos Malheiros, Carijs, dentre outras. No municpio tambm se encontra o Parque Estadual do Pico do Itacolomi. As fotos a seguir demonstram exemplos do patrimnio natural da rea de influncia indireta.

Foto 159 - Vista do Pico do Breu, no distrito da Lapinha, em Santana do Riacho.

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Foto 160 - Entrada do Parque Nacional do Serra do Cip

Foto 161 - Cachoeira do Moinho, no distrito de Milho Verde, no Serro.

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4.3.2.1 - Patrimnio Espeleolgico Introduo A caracterizao espeleolgica visa descrever os procedimentos utilizados, as reas estudadas, bem como apresentar os resultados obtidos durante o levantamento espeleolgico de campo realizado nas reas de influncia do empreendimento minerrio da MMX, mais especificamente na AID, em especial a ADA e entorno prximo. Essas reas encontram-se na regio do distrito de Itapanhoacanga, no municpio de Alvorada de Minas, MG (Serra de Itapanhoacanga), e no distrito de So Sebastio do Bom Sucesso na Serra do Sapo em Conceio do Mato Dentro, MG. Em Itapanhoacanga foram verificadas as reas destinadas s cavas norte e sul. No distrito de So Sebastio do Bom Sucesso foram diagnosticadas as reas destinadas implantao da rea industrial e barragem de rejeito (bacia do crrego gua Santa) e na regio da Serra do Sapo a pilha de estril, bem como a cava Serra do Sapo, exceto a rea mais ao sul, denominada Serra da Ferrugem. No total foram inventariados cerca de 4.500 ha, compreendendo reas de topos, vertentes e vales.

Objetivo O objetivo do levantamento espeleolgico o de identificar cavidades naturais (em conformidade com a legislao em vigor, o CECAV-IBAMA solicita, para cavernas no carbonticas, o cadastramento de cavidades acima de 5 m de projeo horizontal) existentes nas reas diretamente afetadas (ADA por qualquer empreendimento. s)

Metodologia O inventrio espeleolgico foi realizado em concordncia com os seguintes procedimentos: - Anlise da cartografia : foram utilizadas imagens de satlite com escala de 1:10.000 abrangendo as reas da cava norte e sul de Itapanhoacanga, rea industrial e barragem de rejeito em gua Santa, alm de imagens geo-referenciadas derivadas de ortofotocartas em escala 1:20.000 da rea da Cava Serra do Sapo e pilha de estril. Em primeira anlise buscou-se a identificao de reas de maior potencial espeleolgico tais como, afloramentos de rocha ou reas recobertas por matas. Estas ltimas por ocultarem as feies da superfcie. - Prospeco: as prospeces foram realizadas por 3 equipes, cada uma composta por um espelelogo e um mateiro da regio, buscando desta forma facilitar o caminhamento e otimizar a busca. Foram priorizadas as reas com ocorrncias de afloramentos rochosos, locais mais susceptveis ocorrncia de cavidades. O caminhamento do trabalho executado apresentado na figura 4.127.

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Durante as atividades de campo foram registradas as cavernas com desenvolvimento igual ou superior a 5m, bem como abrigos por representarem locais favorveis ocupao humana pr-histrica. No desenvolvimento do estudo foram respeitadas as diretrizes da Resoluo CONAMA 347, de 10 de setembro de 2004, que dispe sobre a proteo do patrimnio espeleolgico. Nesta resoluo so considerados os instrumentos de gesto ambiental do patrimnio espeleolgico, visando o uso sustentvel e a melhoria contnua da qualidade de vida das populaes residentes no entorno de cavidades naturais subterrneas. Como pargrafo nico deste artigo fica definido: Entende-se como cavidade natural subterrnea todo e qualquer espao subterrneo penetrvel pelo homem, com ou sem abertura identificada, popularmente conhecido como caverna, incluindo seu ambiente, contedo mineral e hdrico, a fauna e a flora ali encontrados e o corpo rochoso onde os mesmos se inserem, independentemente de suas dimenses ou tipo de rocha encaixante. Nesta designao esto includos todos os termos regionais, tais como gruta, lapa, toca, abismos, furna e buraco. Adotou-se, ainda, como critrio complementar definio supracitada a termologia abrigo para qualificar aquelas cavidades que, em toda sua rea interna, no apresentam zona aftica - reas de ausncia de luz. Os levantamentos de campo foram realizados entre 30/09 e 04/11/2006 tendo sido iniciado em Itapanhoacanga (Cava norte e Cava sul); gua Santa (Barragem de rejeito e rea industrial); So Sebastio do Bom Sucesso/Serra do Sapo (Cava Mina Serra do Sapo e Pilha de estril). - Elaborao do croqui e descrio breve da caverna : aps a identificao das cavidades foi elaborado um croqui, em escala, da planta baixa e perfil, alm de registro fotogrfico. Foi tambm realizada uma breve caracterizao da caverna onde foram descritos atributos como morfologia, litologia, presena de espeleotemas, sedimentos, alm de potencial para novos estudos.

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FIGURA 4.127 - Localizao e caminhamento espeleolgico - Projeto Minas - Rio. GIS - A3

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Resultados Prospeco A partir dos trabalhos de prospeco espeleolgica foram identificadas as seguintes reas com maior potencial espeleolgico, discriminadas a seguir e sintetizadas no quadro 4.78: a. borda norte da cava norte na Serra de Itapanhoacanga - essa rea apresenta afloramento rochoso em itabirito com escarpa voltada para NW. Foram identificados vrios pequenos abrigos ou lapas sendo que um apresentou vestgios de ocupao pr-histrica (Abrigo 01), mencionado no relatrio de arqueologia e apresentado nas fichas de levantamento espeleolgico (Anexo 7); b. poro centro-oeste e sul da cava sul na Serra de Itapanhoacanga - trata-se de uma colina recoberta em alguns pontos por crosta ferruginosa, algumas vezes visveis na imagem de satlite, outras recobertas por vegetao densa. Nestes locais foram identificadas vrias pequenas fraturas na crosta latertica, onde algumas dessas fraturas apresentam desenvolvimento de cavidades. O total de cavidades levantadas nesta rea de 8 cavernas e 2 abrigos (Fichas de levantamento espeleolgico - Anexo 7); c. poro SW da barragem de rejeito - gua Santa - neste local foram observados afloramentos de rocha quartztica (prximo lateral SE da rea destinada rea industrial) e campo ferruginoso na extremidade sul, bem prximo poro norte da cava Serra do Sapo. d. rea da industrial - situada a oeste da barragem de rejeito, onde foram identificadas 3 cavernas e 2 abrigos; e. rea da Cava na Serra do Sapo - essa rea abrange a prpria Serra do Sapo com limite norte prximo a gua Santa e sul j bem prximo a Conceio do Mato Dentro, local conhecido como Serra da Ferrugem. Nesta rea predominam afloramentos rochosos e vasta cobertura latertica caracterizando locais com alto potencial espeleolgico. Nesta regio foram identificadas 22 cavidades, cuja caracterizao poder ser vista nas respectivas fichas de identificao constantes do anexo 7 deste relatrio e localizao apresentada na figura 4.127. reas com baixo potencial foram tambm percorridas no intuito de se verificar em campo possveis afloramentos isolados que porventura apresentassem cavidades. Entre tais reas pode-se citar: a. rea da cava norte na Serra de Itapanhoacanga, com exceo do afloramento acima citado - esta rea apresenta um relevo acidentado, porm, bastante dissecado e com predominncia de reas de pastos. Escarpas rochosas foram identificadas em meio mata que ocupa a rea central da cava, porm, sem a deteco de cavidades. b. extremidade norte e leste da cava sul na Serra de Itapanhoacanga - na poro norte desta rea predomina um relevo inclinado com cobertura pedolgica e existncia de mata e capoeiras encobrindo-a, no sendo verificado a presena de afloramentos. Na poro leste predominam pastos, uma pequena mata e matas de galeria, no sendo visualizado nenhum afloramento de rocha.

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c. rea da barragem de rejeito (gua Santa) com exceo extremidade SW. Em toda a rea predominam relevos dissecados com colinas aplainadas, em parte recobertas por mata secundria e vales ocupados por reas pantanosas, estas prximas s cabeceiras e drenagens estreitas e sem afloramentos mais a jusante. Na poro NE existe um afloramento de rocha grantica que no apresentou indcios de cavidades; d. Pilha de Estril - esta rea est localizada a norte de So Sebastio do Bom Sucesso. Trata-se de reas de vales com relevos mais suaves, com espessa cobertura pedolgica sem afloramentos rochosos. Ao todo foram identificadas 34 cavernas e 05 abrigos. A distribuio das cavidades e abrigos levantados, bem como os caminhamentos desenvolvidos, apresentada na figura 4.127. Os caminhamentos foram realizados de forma sistemtica no intuito de cobrir a maior rea possvel dos locais destinados implantao dos empreendimentos, porm, no exclui a possibilidade - apesar de remota - de que sejam encontradas novas cavidades em locais pouco acessveis como encostas muito ngremes ou mata densa, quando da implantao das instalaes. Em caso de novas ocorrncias o rgo ambiental dever ser acionado. QUADRO 4.78 - Localizao dos abrigos e cavernas em relao s reas de influncia do empreendimento
Abrigo ADA Itapanhoacanga - cava norte Itapanhoacanga - cava sul Barragem de rejeito rea industrial Serra do Sapo Pilha de estril Total Quatro abrigos Um abrigo Dezesseis cavernas Dezoito cavernas 4,5 9, 10, 12 13, 14, 15, 16, 17, 19, 20 11 18, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34 1 2 3 1, 2, 4, 6, 7, 8 5, 3 AID ADA Caverna AID

Obs: Os nmeros dos abrigos e cavernas correspondem aos plotados na figura 4.127

Descrio das Cavidades Os dados resultantes da caracterizao das cavidades encontradas sero apresentados em forma de fichas de levantamento espeleolgico, que contm alm da descrio da cavidade, fotografias e croquis em escala da planta baixa e perfil, encontradas no Anexo 7. Um resumo contendo coordenadas, altitudes e projeo horizontal pode ser visto abaixo no quadro 4.79, cuja disposio apresentada na figura 4.127.

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QUADRO 4.79 - Relao de abrigos e cavidades encontradas nas reas em estudo.


No da cavidade Abrigo 01 Abrigo 02 Abrigo 03 Abrigo 04 Abrigo 05 Caverna 01 Caverna 02 Caverna 03 Caverna 04 Caverna 05 Caverna 06 Caverna 07 Caverna 08 Caverna 09 Caverna 10 Caverna 11 Caverna 12 Caverna 13 Caverna 14 Caverna 15 Caverna 16 Caverna 17 Caverna 18 Caverna 19 Caverna 20 Caverna 21 Caverna 22 Caverna 23 Caverna 24 Caverna 25 Caverna 26 Caverna 27 Caverna 28 Caverna 29 Caverna 30 Caverna 31 Caverna 32 Caverna 33 Caverna 34 Coordenadas UTM (metros) Leste 0666326 0666436 0665880 0665433 0665707 0666175 0666427 0665883 0666563 0665187 0666639 0666337 0666402 0665689 0665157 0664993 0665413 0665373 0665379 0665553 0665570 0665550 0665553 0665596 0665545 0666068 0666427 0666440 0666621 0666623 0666823 0667163 0667557 0667910 0667818 0667805 0667804 0667826 0668933 Norte 7925014 7921934 7921913 7912267 7911991 7922212 7921906 7921863 7921857 7922382 7921285 7920869 7920137 7912000 7911606 7910859 7911454 7908876 7908244 7907679 7907654 7907638 7907632 7907630 7907621 7907541 7907532 7907533 7907496 7907172 7906564 7905501 7905317 7904882 7904831 7904831 7904583 7904585 7898705 Altitude (m) 706 821 915 778 609 836 808 908 759 684 751 825 712 654 751 901 758 885 950 913 917 923 932 916 934 842 801 798 812 830 733 867 736 660 723 694 761 759 849 Projeo horizontal (m) 48 9 8,4 12 12 15 11 6 17 10,5 9,6 11 12 18 8 20 5 11 22 55 10,5 20 15 44 60 5,7 7,5 36 10 15 15 81 7,5 6,3 25 10 11,5 19 22

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Consideraes finais Ao todo foram identificadas no decorrer deste trabalho 39 cavidades sendo 34 cavernas e 5 abrigos. Destas 34 cavernas, todas estavam inseridas em rochas da formao ferrfera, apresentando projeo horizontal entre 5 e 81m. Os croquis contidos neste relatrio no devem ser considerados como topografias apesar da fidelidade escala, orientao e detalhes. Quanto aos atributos volume, rea, permetro e anlise de relevncia, estes somente podero ser avaliados aps a realizao de topografias e estudos mais detalhados.

Foto 162 - Abrigo em lapa, na rea da Instalao de Tratamento de Minrio.

4.3.2.2 - Patrimnio Arqueolgico Pr-Histrico A equipe de arqueologia realizou os trabalhos de pesquisa conforme as regulamentaes do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional - IPHAN, atravs da Portaria n 07 de 01 de dezembro de 1988, complementada pela Portaria n 230 de 17 dezembro de 2002. Esta ltima compatibiliza as fases de obteno de licenas ambientais com os estudos preventivos de arqueologia, objetivando o licenciamento de empreendimentos potencialmente capazes de afetar o patrimnio arqueolgico.

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Conforme esta Portaria, os objetivos do trabalho foram: (i) (ii) (iii) (iv) (v) Proceder contextualizao arqueolgica e etno-histrica da rea de influncia Levantamento arqueolgico de campo Elaborar o Diagnstico caracterizando e avaliando a situao atual do patrimnio arqueolgico Avaliao dos impactos do empreendimento com base no Diagnstico Elaborar Programa de Prospeco e Resgate

Para a realizao do diagnstico arqueolgico no foi solicitada portaria IPHAN de autorizao para os trabalhos, A coordenao da equipe considerou que algumas particularidades da regio onde se inserem as reas diretamente afetadas pelo empreendimento viabilizavam uma avaliao adequada de potencial arqueolgico local sem a necessidade de atividades interventivas. Em primeiro lugar, boa parte da ADA do empreendimento corresponde a quase trinta quilmetros de vertentes da Serra do Espinhao. As caractersticas desta serra por si s definem a necessidade de intensos trabalhos prospectivos para localizao de stios arqueolgicos em abrigo, muito comuns naquelas regies do Espinhao que so melhor conhecidas pela arqueologia, como Serra do Cip, ao sul da rea, e Diamantina, a norte. A alta freqncia com que os abrigos rochosos da regio do centro mineiro apresentam arte rupestre tambm aumenta o potencial prvio da rea para stios rupestres. Avaliou-se, deste modo, que apesar da magnitude das reas que sero impactadas pelo empreendimento, o potencial arqueolgico destas reas poderia ser avaliado atravs de procedimentos no interventivos de identificao de stios arqueolgicos. Isto porque o contexto de ocupao humana da Serra do Espinhao, construdo a partir de pesquisas arqueolgicas e estudos histricos, j apontava, de antemo, a possibilidade de existirem na rea stios de atividades distintas, instalados em diferentes compartimentos da paisagem e em perodos distintos e a necessidade de serem desenvolvidos exaustivos estudos prospectivos na rea de influncia direta do empreendimento. Buscou-se ento localizar em campo stios pr-histricos para amostrar tipos distintos de stios conhecidos no contexto regional.

Metodologia As etapas principais que nortearam a elaborao deste diagnstico so detalhadas a seguir: a - Contextualizao pr -histrica, histrica e etnohistrica regional Esta etapa inicial consistiu na reunio de dados secundrios arqueolgicos, etnohistricos e histricos disponveis para a regio da Serra do Espinhao, especificamente para os territrios municipais de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas, expostos no prximo item. Foram pesquisados relatrios de trabalhos arqueolgicos j desenvolvidos e stios cadastrados na regio; obras clssicas (cronistas, viajantes, historiadores), relatrios de pesquisas, monografias e trabalhos cientficos acerca das ocupaes histricas e grupos indgenas habitantes das regies focadas.
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Nesta etapa foram consultados, principalmente, o Cadastro Nacional de Stios Arqueolgicos (CNSA - IPHAN); o Arquivo de Registro de Stios Arqueolgicos do Setor de Arqueologia da UFMG; biblioteca do Arquivo Pblico Mineiro e bibliotecas da Universidade Federal de Minas Gerais (monografias, relatrios pblicos e publicaes cientficas listadas no item 11- bibliografia). O delineamento dos contextos humanos regionais etapa importante do Diagnstico Arqueolgico por subsidiar um cenrio possvel de stios e ocorrncias arqueolgicas, relativos aos vestgios materiais de processos culturais, sociais e econmicos desenvolvidos em tempos passados. Achados de importncia arqueolgica que resultem dos levantamentos de campo podem ser inicialmente interpretados luz destes contextos. b) Levantamento de campo Os trabalhos de campo foram realizados entre os dias 12 e 16 de agosto, por uma equipe formada por trs arquelogos e um estagirio, divididos em dois grupos. O foco principal dos caminhamentos foram as ADAs pelo empreendimento (cavas, depsitos, barragem e usina) e suas reas de entorno imediato. O caminhamento foi orientado por imagens Landsat e Ikonos, respectivamente em escala 1:70.000 e 1:20.000. A descrio das evidncias arqueolgicas foi padronizada em ficha de vistoria e as coordenadas destes locais (e dos demais pontos de caminhamento) recolhidas com um receptor GPS. Ressalte-se que nenhuma coleta de materiais arqueolgicos, raspagem, limpeza ou furo teste foi realizada. Ao longo dos caminhamentos, principalmente durante a procura de acessos transitveis para as reas em estudo, foram observados stios arqueolgicos ou recolhidas informaes orais sobre testemunhos pretritos de atividades humanas, alguns deles localizados mais distantes do empreendimento (por exemplo, em Crregos). Todos os dados recolhidos, inclusive informaes orais no confirmadas, so apresentados neste relatrio, visando auxiliar o desenvolvimento futuro dos trabalhos na regio. A campanha de campo foi norteada pela tentativa de localizar stios arqueolgicos atravs da anlise de potencial arqueolgico da paisagem, analisando a documentao cartogrfica disponvel; e atravs de levantamentos oportunsticos e sistemticos em campo. Nas imagens Landsat e Ikonos disponibilizadas, buscou-se identificar aqueles locais mais favorveis ao uso humano ao longo do tempo, a partir das informaes oferecidas pelo contexto arqueolgico e histrico regional preliminar. Entre os locais propcios ocupao pr-histrica esto os abrigos rochosos; vrzeas e terraos dos rios e crregos, alm de reas de captao de drenagens tributrias margens e terraos dos rios foram intensamente utilizados na pr-histria recente em vrias reas do centro mineiro e de outras regies do Brasil central. Entre os locais favorveis presena de evidncias arqueolgicas histricas pode-se mencionar as reas ribeirinhas, como leitos e margens dos cursos d gua, explorados desde os tempos coloniais pelos garimpeiros, e reas de topografia mais regular prximas aos rios e crregos, locais de instalao de fazendas e povoados antigos.

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Tambm se buscou identificar previamente os locais mais favorveis preservao de testemunhos arqueolgicos, especialmente aquelas reas menos antropizadas e os ambientes de abrigos rochosos, mais propcios preservao de vestgios orgnicos que os solos a cu-aberto. c) Levantamentos oportunsticos Os levantamentos oportunsticos basearam-se em entrevistas direcionadas com moradores das ADAs do empreendimento e seus entornos imediatos e caminhamentos assistemticos em reas avaliadas como favorveis ocupao humana. Para as entrevistas, buscou-se informantes de maneira qualitativa e no sistemtica, principalmente moradores locais mais antigos ou aqueles indicados como bons conhecedores da regio. As entrevistas foram direcionadas para informaes relativas a testemunhos arqueolgicos, eventualmente localizados ou conhecidos atravs de relatos de outros moradores. Indagava-se, por exemplo, a respeito de achados pr-histricos fortuitos durante atividades agro-pastoris - fragmentos cermicos e artefatos polidos, como mos de pilo ou lminas de machado, geralmente tratados por panelas de barro, corisco ou pedra de raio so , comumente encontrados nas reas rurais em Minas Gerais e outros estados. Os entrevistados tambm foram consultados a respeito de antigas fazendas, muros de pedra, caminhos de escravo , caminhos de tropeiros (como geralmente so referidos os caminhos coloniais, pavimentados ou no, que compunham a rota do comrcio de ouro e diamantes nos sculos XVIII e XIX), estruturas e maquinrios antigos (engenhos, moinhos, fornos, etc.). Depois de executada esta etapa seguiu -se para a verificao das informaes em todos os pontos da ADA e, de forma amostral, na rea de entorno imediato do empreendimento. Os caminhamentos no orientados por informaes orais se deram a partir da escolha amostral de pontos indicados na anlise de potencial arqueolgico da paisagem. Assim, desenvolvemos vistorias pontuais na vertente oeste da Serra do Sapo, no afloramento quartztico que possibilitava a formao de abrigos e cavidades; nos afloramentos de canga nas vertentes nordeste da Serra, conhecidos como Serra da Ferrugem e nos afloramentos quartzticos situados a sudoeste da cava sul Itapanhoacanga (prximos aos limites sul do DNPM).

d) Levantamentos sistemticos Foram desenvolvidos caminhamentos sistemticos apenas na Serra do Sapo, onde buscamos localizar e vistoriar abrigos rochosos que pudessem conter vestgios de ocupao humana pr-histrica ou histrica.

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Dos vrios locais na Serra do Sapo que a anlise de potencial arqueolgico da paisagem indicou serem favorveis formao de abrigos rochosos, o trecho amostrado foi escolhido em funo da compatibilizao de fatores tais como maior ou menor dificuldade em acessar os pontos identificados nas imagens, a extenso destas reas e a relevncia cientfica da identificao e estudo de stios em abrigos na canga - pouco conhecidos. Ao norte da vertente leste da Serra do Sapo foi realizada uma varredura sistemtica dos afloramentos rochosos (canga) entre as coordenadas UTM 23K 666646/7907437 e as coordenadas UTM 23K 666326/7907590. Investiu-se no caminhamento pelo tero inferior deste afloramento, local de maior facilidade de acesso e de maior ocorrncia de abrigos, investigando-se eventualmente o tero mdio e o tero superior do afloramento quando se observou a presena de cavidades. Os locais de relevncia arqueolgica e histrica identificados nos trabalhos de campo foram classificados em quatro categorias, quais sejam: Por stio arqueolgico tomou-se um conjunto articulado de vestgios de atividades humanas. Os stios arqueolgicos so considerados pr-histricos quando mostram apenas indcios de tecnologias indgenas - por exemplo, lascas e artefatos lticos em um abrigo rochoso ou a cu-aberto. J locais de moradia ou reas de trabalho que apenas mostram testemunhos de tecnologias introduzidas aps a invaso portuguesa, so stios arqueolgicos histricos - por exemplo, um complexo de catas e canais de minerao. Por estrutura arqueolgica considerou-se evidncias isoladas ou de articulao no observada - por exemplo, um canal ou uma cata ou trecho de uma estrada. Como patrimnio edificado, so classificadas as edificaes histricas ainda em uso. So principalmente sedes e benfeitorias de fazendas centenrias e bicentenrias, ainda ocupadas ou recentemente abandonadas. Classificou-se como informao oral todos os locais reportados com vestgios arqueolgicos (sejam pr-histricos ou histricos) que no foram vistoriados. Algumas vezes, os lugares mencionados pelos moradores entrevistados no puderam ser localizados sem o auxlio de guias, outras vezes as informaes foram recolhidas aps a finalizao dos trabalhos de campo (caso das informaes trazidas por outros tcnicos que participaram deste EIA). De todo modo, estas informaes devero ser checadas na continuidade dos trabalhos arqueolgicos na AID do empreendimento. e) Avaliao de Potencial Arqueolgico O potencial arqueolgico de uma dada rea a ser afetada por empreendimento econmico pode ser avaliado segundo o grau de preservao das caractersticas geoambientais locais, o contexto arqueolgico regional e a dinmica histrica local. Trs so os critrios descritivos cuja anlise associativa pode nortear esta avaliao:

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Caractersticas geo-ambientais: Caractersticas especficas da paisagem podem ser favorveis ocupao prhistrica ou pr-histrica ou a ambas. Por exemplo, presena de cavidades rochosas propcias ao uso humano ou topografia suave, aliadas proximidade de gua, apresentam alto potencial para conter depsitos arqueolgicos pr-histricos, em superfcie ou enterrados. reas com abundncia de matria-prima para indstrias lticas tm potencial para apresentar, na prpria fonte ou nas proximidades, locais de produo de instrumentos de pedra, etc. Outras caractersticas podem ser desfavorveis a estas ocupaes, como ausncia de abrigos rochosos, terrenos acidentados e sem disponibilidade de gua. J as reas ribeirinhas nesta regio podem conter stios de explorao histrica de ouro e diamantes nas margens e leitos das drenagens. A avaliao varia muito de ocupao a ocupao, por exemplo, vales profundos e encaixados podem ser favorveis a stios quilombolas (por sua insero discreta), mas so desfavorveis habitao pr-histrica e stios histricos de tipo fazenda.

Grau de antropizao Em reas muito antropizadas so menores as chances de serem encontrados stios preservados, enquanto que reas com poucas intervenes antrpicas podem conter stios protegidos e melhor preservados. preciso considerar que stios histricos refletem antropizao, portanto sua alta freqncia reduz o potencial para stios prhistricos.

Informaes sobre arqueolgica

processos

de

assentamento

ocupao

humana

Tais informaes podem ser relativas a stios registrados em bibliografia ou rgos patrimoniais, vestgios arqueolgicos identificados em campo ou reportados por informantes. A premissa bsica a de que numerosas informaes sobre stios ou estruturas arqueolgicas reunidas num levantamento preliminar e no interventivo so indicativas de alto potencial para novos stios ou estruturas de implantao mais discreta na paisagem (por exemplo, enterrados ou em locais menos ocupados atualmente). Associando esses critrios, trs nveis de potencial arqueolgico foram considerados: alto, quando a rea apresenta todos os critrios acima de modo favorvel; mdio, quando a rea apresenta duas caractersticas favorveis; e baixo, quando a rea apresenta somente uma caracterstica favorvel.

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Resultados Aspectos da ocupao pr -histrica da Serra do Espinhao Nos anos de 1970 e 1980, prospeces arqueolgicas foram realizadas em algumas reas da Serra do Espinhao por arquelogos das equipes do Setor de Arqueologia da UFMG, do CETEC/MG e do Instituto de Arqueologia Brasileira (RJ) que registraram stios na Serra do Cip (municpio de Santana do Riacho) e nos municpios de Datas, Gouveia, Diamantina e Mendanha, entre outros2. Nos ltimos anos, reas da Serra do Espinhao tm sido alvos de novos estudos arqueolgicos pr-histricos, desenvolvidos por membros do Setor de Arqueologia da UFMG3. Na regio esto alguns importantes stios arqueolgicos j escavados sistematicamente, tanto nos anos de 1970 (Serra do Cip e regio de Diamantina), quanto atualmente (Diamantina). Estas pesquisas resultaram em dataes de ocupaes humanas da transio do Pleistoceno ao Holoceno, tanto na rea da Serra do Cip, quanto em Diamantina4. Apesar do volume de dados j reunidos e da relevncia destes estudos, so poucos abrigos estudados numa regio muito rica em cavidades rochosas favorveis ao uso humano. Por exemplo, especificamente nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas so poucos os stios arqueolgicos registrados junto ao IPHAN, apenas trs em Conceio5 - e nenhum estudo. Este pequeno nmero de stios arqueolgicos registrados no rgo nacional de proteo espelha o pequeno nmero de pesquisas arqueolgicas realizadas na rea do empreendimento da MMX. A carncia de estudos sistemticos na Serra do Espinhao ainda maior no que se refere ocupao histrica. Afora parte dos estudos dos anos de 1980 sobre os quilombos do alto Jequitinhonha e eventuais levantamentos de potencial arqueolgico que permitem a identificao de stios arqueolgicos histricos6, nenhuma pesquisa na regio foi at ento divulgada. A mais antiga datao arqueolgica disponvel para a Serra do Espinhao indica que em cerca de 10.000 anos os abrigos locais j estavam sendo ocupados por populaes humanas.
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PAULA, F. L. de; SEDA, P. Catlogo de Stios Arqueolgicos de Minas Gerais. Arquivos do Museu de Histria Natural. Belo Horizonte:Universidade Federal de Minas Gerais, vol.IV/V, 1979-80: 201-296 3 ISNARDIS, A.; LINKE, V. Indstrias Lticas da regio de Diam antina (Alto Jequitinhonha). XIII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira Arqueologia, Patrimnio e Turismo. Campo Grande: SAB, edio em hipertexto, 2005a. ISNARDIS, A.; LINKE, V. Pinturas Rupestres de Diamantina e Municpios Vizinhos (poro m eridional da Serra do Espinhao, Minas Gerais). XIII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira Arqueologia, Patrimnio e Turismo. Campo Grande: SAB, edio em hipertexto, 2005b. RODET, M. J. (Coord.) Relatrio Geoarqueolgico - Parque Estadual do Rio Preto. Belo Horizonte, Setembro de 2004. 4 PROUS, A. As Primeiras Populaes de Minas Gerais. In: TENRIO, M. C. Pr-Histria da Terra Brasilis. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, pp. 101-114, 1999 ; Isnardis e Linke, 2005a, op.cit. 5 So trs stios em abrigo: Campo Jardim, Passa Cinco e Serra do Macedo. In: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarResultadoPesquisaSitiosArqueologicos.do 6 GUIMARES, C. M.; LANNA, A. L. Arqueologia de Quilombos em Minas Gerais. Pesquisas, Srie Antropologia. So Leopoldo: Unisinos, 31:147-164, 1980. BAETA, A.; PIL, H. Arqueologia em Unidades de Conservao na Regio de Diamantina MG. XIII Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira Arqueologia, Patrimnio e Turismo. Campo Grande: SAB, edio em hipertexto, 2005

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Sabemos que, desde os grupos humanos pioneiros, a ocupao dos abrigos se deu de modo espordico e para atividades tcnicas e rituais especficas - suas moradias permanentes situavam-se a cu aberto, prximas aos cursos d'gua. Deste perodo to antigo, preservaram-se, sobretudo, os instrumentos em pedra e o refugo da sua fabricao. Em Santana do Riacho foram encontradas pequenas lascas cortantes de quartzo, algumas delas retocadas para servir de raspadores, e vestgios de preparao de pontas de projtil. No quartzito eram preparadas raspadeiras para trabalhar a madeira e rochas mais resistentes (como a hematita e a silimanita) foram utilizadas na obteno de lminas de machado com gume polido, por hora os mais antigos instrumentos polidos do Brasil. Nesta poca o abrigo foi utilizado como cemitrio para sepultar mais de 40 indivduos7. A morfologia craniana destes esqueletos (e de outros contemporneos, exumados na regio de Lagoa Santa) tem suscitado novos debates no que toca ocupao do continente. Anlises de restos esqueletais de paleondios (primeiros imigrantes) levadas a cabo nas ltimas duas dcadas pelo antroplogo fsico W. Neves, permitiram a elaborao de um elegante modelo de ocupao da Amrica que prev a ocupao do continente por duas populaes biologicamente distintas. Neste modelo, a primeira leva populacional seria caracterizada por uma morfologia generalizada, semelhante a dos australianos e africanos atuais. Originria do norte da sia, esta populao teria cruzado o estreito de Bering antes que a morfologia mongolide surgisse na sia. A segunda leva, cujo ponto de partida e porta de entrada teriam sido tambm a sia e o Estreito de Bering, se define pelo padro mongolide, tpica dos nativos americanos atuais e de populaes do norte asitico. Na Amrica do Sul, alm dos esqueletos de Santana do Riacho e Lagoa Santa, indivduos exemplares desta primeira populao humana so encontrados em outras regies do Brasil (conhecidos aqui como Populao de Lagoa Santa), Chile, Colmbia e Mxico, datados de 11.500 e 8.000 anos atrs. A partir deste perodo so conhecidos apenas indivduos j mongolizados, o que sugere uma substituio abrupta de uma populao por outra8. Em Diamantina, alguns artefatos do perodo inicial, cerca de 10.000 anos atrs, foram cuidadosamente preparados por lascamento, como pontas de flecha e raspadores plano-convexos; outros so ferramentas diversas, que consistem em lascas utilizadas brutas ou pouco modificadas.

Prous, 1999, op. cit. NEVES, W.; HUBBE, M. Luzia e a Saga dos Primeiros Americanos. Scientific American Brasil, 2(15):24-31, 2003.
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As matrias-primas utilizadas por estes primeiros lascadores de Diamantina foram o cristal de quartzo, disponvel localmente em abundncia, e blocos e plaquetas de quartzito de diversas variedades9. Neste perodo as populaes indgenas aparentemente no se valiam dos abrigos para enterrar seus mortos, ao contrrio do observado na regio da Serra do Cip. Posteriormente, surgem os vestgios arqueolgicos pr-histricos que mais se destacam na regio da Serra do Espinhao, as pinturas rupestres. Esta arte rupestre se insere, em grande parte, na chamada Tradio Planalto, muito comum no centro do estado de Minas Gerais. A Tradio Planalto foi definida a partir de stios do centro de Minas Gerais, onde parece se manifestar mais intensamente, ocorrendo de modo mais disperso em So Paulo, no Paran, em Gois e no Tocantins. Em Minas Gerais encontrada no sul, centro e nordeste. So pinturas realizadas quase sempre em monocromia vermelha, mas tambm em amarelo, preto e branco. O universo temtico Planalto composto principalmente por figuras zoomorfas (veados, peixes, aves, lagartos, etc.), seguidas por desenhos geomtricos (sempre muito simples, bastonetes, grades e pentes , nuvens de pontos, etc.) e antropomorfos esquemticos. Cenas tambm esto presentes, como cervdeos flechados, animais cercados por antropomorfos, peixes circundados por rede, composies familiares (macho, fmea e cria). A ocupao dos suportes rochosos pelos autores destas figuras foi extremamente varivel. Em alguns locais, como na Serra do Cip, encontramos abrigos principais, densamente pintados, com milhares de figuras, e abrigos satlites dispostas a , distncias regulares dos principais e com apenas algumas dezenas de figuras. J na regio de Diamantina, os abrigos pintados so numerosos, sempre com poucas dezenas de figuras10. Tambm h diversos casos de painis ou figuras isoladas, pintadas em lajes de quartzito. Nestes casos, as pinturas no esto em abrigos propriamente ditos, mas em pequenos suportes abrigados do sol e da chuva pela inclinao das lajes. Conhecemos stios assim no alto da Serra do Cip e no Parque Estadual do Rio Preto11. O estgio atual das pesquisas situa a Tradio Planalto na fase inaugural dos suportes rochosos do centro de Minas Gerais. Escavaes na Lapa Vermelha (centro de MG) permitiram recuperar pinturas enterradas abaixo de sedimento arqueolgico datado de cerca de 7.000 AP, entretanto, no se trata de grafismos tpicos, que permitam uma associao direta com a tradio12. Mas, no havendo figuraes mais antigas que as Planalto, pode-se considerar que elas j estivessem se manifestando neste perodo. J em Santana do Riacho foram encontradas pinturas mais representativas (um peixe e um antropomorfo esquematizado) realizadas em um bloco que desabou do teto sobre um piso datado em 4.340 AP13..

Isnardis e Linke, 2005a, op.cit. JORGE, M; PROUS, A.; RIBEIRO, L. Brasil Rupestre - arte pr-histrica brasileira. Braslia: Curitiba:Petrobrs: Ministrio da Cultura: Editora Zencrane (no prelo). 11 Rodet, 2004, op. cit. 12 Prous, 1999, op. cit. 13 idem, ibidem .
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As figuras foram pintadas na cicatriz do desprendimento do bloco e cobertas por um nvel datado de 3980 BP. Apesar de poucas, estas dataes acenam com um horizonte amplo de ocorrncia Planalto. Por volta de 4.000 ou 3.000 anos atrs, no Holoceno recente, foi introduzido o cultivo de vegetais na regio do centro de Minas Gerais. A cermica aparece posteriormente, por volta de 2.000 anos atrs. Estes habitantes recentes eram aldees, ocupavam principalmente as vertentes dos morros e os baixos terraos fluviais e lacustres, se instalando nas terras mais frteis e prximas gua14. Dentre os artefatos em pedra, destacam-se os machados dos horticultores ceramistas, bem diferentes dos mais antigos, maiores e de gume perfeitamente polido. Por sua pequena idade, os vestgios arqueolgicos desta poca so mais numerosos e variados, sobretudo quando provm dos abrigos rochosos, que favoreceram a preservao de materiais perecveis, como os vegetais. Num dos abrigos de Diamantina, por exemplo, foram recuperados corpos humanos muito bem conservados, sepultados dentro de tubos de casca de rvore e fechados lateralmente com amarraes de couro animal15. Possivelmente, descendentes destes grupos indgenas habitavam a regio chegada dos colonizadores europeus e paulistas, no final do sculo XVII. Com os invasores, chegavam tambm indivduos falantes de lnguas Tupi, escravos e guias dos sertanistas. Muitos dos stios indgenas com cermica tupiguarani encontrados na regio central de Minas Gerais podem ser produtos destes acompanhantes dos bandeirantes e sertanistas. A invaso europia tambm provocou um grande movimento territorial indgena, com fugas e interiorizaes frente presso dos novos donos da terra. Boa parte dos stios arqueolgicos indgenas mais recentes fruto destes deslocamentos indgenas nos sculos posteriores Invaso.

Aspectos da ocupao histrica da Serra do Espinhao a) Grupos indgenas e quilombolas - informaes histricas As bandeiras partiram de So Paulo no sc. XVII com destino ao desbravamento dos sertes, descoberta de pedras preciosas e em busca de ndios para escravido. Os primeiros sertanistas a invadirem a regio central de Minas Gerais foram Antnio Rodrigues Arzo, Bartolomeu Bueno de Siqueira e Ferno Dias. Por esta poca a regio certamente era habitada por grupos indgenas, mas as informaes histricas so raras e as que existem no so precisas o suficiente para a identificao das etnias presentes na rea no momento da chegada dos europeus e paulistas. O mapa de Curt Nimuendaju, por exemplo, apresenta um grande vazio de informaes ao sul das cabeceiras do Jequitinhonha, os povos indgenas indicados no mapa so mais numerosos na regio de fronteira de Minas Gerais com Rio de Janeiro e Esprito Santo16.

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PROUS, A. Arqueologia Brasileira. Braslia: Editora da Universidade de Braslia, 1992. PROUS, A. O Brasil antes dos brasileiros a pr-histria do nosso pas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006. 16 NIMUENDAJU, Curt. Mapa Etno-Histrico do Brasil e Regies Adjacentes. Rio de Janeiro: IBGE, 1981 (1a. edio 1944).
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As tribos indgenas que ocupavam o territrio central mineiro no final do sculo XVII eram chamadas pelos portugueses de botocudos - denominao inspirada nos enfeites de madeira, botoques, que os ndios usavam no rosto, principalmente na boca e nariz. Os botocudos pertenciam ao tronco lingstico Macro-J (muitas vezes referidos como Tapuias17), e como eram muito numerosos na regio fronteiria entre Minas Gerais e Esprito Santo, esta denominao genrica acabou por ser estendida a todos os grupos indgenas do nordeste da capitania j no incio do sculo XIX18. Na viso do europeu, os ndios do serto eram o oposto do exemplo de nativo civilizado encontrado no litoral - os Tupi. Ao longo do sculo XVIII nas Minas, o contato inicial entre os ndios e os exploradores dava-se geralmente durante as expedies ao Serto, que sempre tiveram a captura de escravos ndios como uma atribuio bsica na primeira metade do sculo. Rocha Pita19, escrevendo em 1730, ainda que no diferencie os Tupi dos Tapuia, tambm percebia variaes entre os grupos de ndios, divididos em ...inumerveis naes, algumas menos feras, mas todas brbaras... As diferenas estabelecidas entre os Tupi e os Tapuia foram fortes . e duradouras, podendo ser observadas nas pinturas de vrios momentos que retratam ambos. Via de regra, nelas o Tupi sempre associado civilizao e ao projeto de colonizao. J o Tapuia, sempre identificado em um habitat natural, selvagem e sem elementos civilizadores. Como herana desse perodo, a atitude das entradas e expedies com relao aos ndios permaneceu de hostilidade na segunda metade do sculo, mesmo depois da abolio pombalina da escravido indgena em 8 de maio de 1758. Vrios memorialistas, cientistas, viajantes, pensadores e outros, possuam imagens e idias sobre estes grupos humanos e suas reas de domnio, criadas a partir de representaes feitas anteriormente. Na representao negativa que os europeus do sculo XVIII possuam dos ndios, principalmente os que no aceitavam a catequizao, a eles estava reservada a guerra. De fato, em 1808, uma Carta Rgia enviada pelo Prncipe D. Joo VI, datada de 13 de maio, mandava fazer guerra aos ndios botocudos. Esse documento justificava a guerra como justa levando em conta as agresses , indgenas aos colonizadores. guerra, segundo a carta rgia, s deveria ter fim A enquanto no fosse ocupada toda a regio e patenteada a superioridade dos 20 brancos . Para conter os diferentes agentes ofensivos dominao da Coroa (ndios, quilombolas, contrabandistas de ouro, etc.), oferecer proteo aos sesmeiros e policiar os moradores civis, foram criados os presdios. Os presdios eram guarnies militares de administrao dos ndios, geralmente localizados nos limites povoados da Capitania, s portas dos sertes. Eram criados seja em funo de algum grupo indgena pacificado, neste caso o presdio era instalado em terras indgenas, seja com outras atribuies, mas recebendo ndios reduzidos, transferidos de suas terras originais21.
17

Tapuia era um termo genrico utilizado na Colnia para designar os no-tupi, sem valor tnico para a identificao de grupos indgenas. 18 MORAES, L.B.P. O ndio na Histria de Minas Gerais [manuscrito]. Belo Horizonte, UFMG, FAFICH, 1992. 19 PITA, R. Histria da Amrica Portuguesa. Lisboa; Ed. Francisco Artur da Silva, 1980:25. 20 MORENO, C. A colonizao e o povoam ento do Baixo Jequitinhonha no sculo XIX: a guerra contra os ndios. Belo Horizonte: Canoa das Letras, 2001:62. 21 MORAES, 1992 op. Cit.

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Na comarca do Serro Frio havia, em fins do Dezoito, trinta e trs destes presdios, reunindo o maior nmero de postos militares da Capitania22. A mo de obra indgena dos presdios voltava-se ao atendimento das demandas da Coroa na Capitania: abertura de caminhos, construo de pontes e obras civis, enfim, consolidar as fronteiras e fornecer as condies para sua colonizao econmica. Assim como em muitos outros municpios da regio, Conceio do Mato Dentro teve como primeiros moradores de seu territrio os ndios botocudos. Joaquim Ribeiro Costa conta que os bandeirantes, perseguidos desde Crregos pelos botocudos, subiram a barranca do rio Santo Antnio e alcanaram o Campo Grande, no alto do Cotocori, de onde vieram ter ao alto da Boa Vista23. Na primeira metade do sculo XX, Geraldo Dutra de Morais comentava que nas regies da Serra do Milagre e Passa Cinco existiam inscries lapidares gravadas na superfcie dos rochedos, que constituem manancial de grande valor Pr-histrico". E continuava: municpio de Conceio no somente fonte inesgotvel para estudos litogrficos O pr-histricos, mas, tambm, possui quantidade considervel de jazidas paleontolgicas, no distrito sede, no bairro da Bandeirinha, tivemos a oportunidade de descobrir uma jazida constante de crnios, ossos, instrumentos de pedra e fragmentos de cermica, logo identificados como pertencentes aos ndios Kraiknuns, de origem Tapuia ou Goitac, designados genericamente pelo povo de Botocudos 24. De acordo com Moraes, os botocudos foram, at o sculo XVII, senhores da vasta regio limitada pelas serras do Cip e Espinhao at os rios Parana e Tanque, alongando-se ainda para leste at o atual municpio de Guanhes25. Dos locais citados por Geraldo Dutra de Morais, h registro no IPHAN de abrigo com pinturas no Passa Cinco. J, Bandeirinha, onde o historiador diletante parece ter encontrado um stio a cu-aberto de grupo ceramista, constava entre os 33 presdios instalados na comarca do Serro no sculo XVIII26. Os ndios do Serto mineiro foram, em sua maioria, encarados como inimigos e acusados de dificultarem o povoamento e desenvolvimento da regio. Da, segundo as autoridades, a necessidade de enviar algumas expedies para atacar suas aldeias e conseguir sua pacificao e aceitao dos ensinamentos de Deus, mesmo que fora. Mas no apenas os grupos indgenas eram alvo das preocupaes da Coroa no que se referia ao controle do territrio. A resistncia e as recorrentes fugas dos escravos negros da regio das minas - e a conseqente formao de quilombos - tambm eram pontos importantes para o governo.

22

BARBOSA, W. de AL. Dicionrio da Terra e da Gente de Minas. Belo Horizonte: Secretaria de Estado da Cultura:Arquivo Pblico Mineiro, 1985:155. 23 COSTA, J.R. Conceio do Mato Dentro: fonte da saudade. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1975 24 MORAIS, Geraldo Dutra de. Histria de Conceio do Mato Dentro. Belo Horizonte: Biblioteca Mineira de Cultura, 1942. 25 MORAES, 1992, op.cit., pgs. . 80 e 106. 26 BARBOSA, 1985, op. cit.

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Morais cita que devido ao grande incremento verificado na minerao, e especificamente nos engenhos de moagem, o nmero de negros e mamelucos constitua cerca de dois teros da populao do distrito de Conceio do Mato Dentro27. A regio de Conceio teve pelo menos trs quilombos: Candeias , Congonhas do Norte e Trs Barras Alvorada de Minas contou com um quilombo, . Escadinha de Cima nome da serra de mais de mil metros de altitude, onde se chega passando por , Itapanhoacanga28. sabido que desde o incio do sculo XVIII o povoamento da regio central de Minas se deu atravs da gide do ouro, com uma migrao de portugueses, mestios, escravos indgenas, escravos africanos e afro-brasileiros. A urbanizao da regio central, onde se localiza a antiga e a nova capital do Estado, fez com que um grande nmero de quilombolas se transferisse para as cidades e/ou as cidades engolissem seus espaos29. Os primeiros registros da presena negra em Conceio datam da poca de fundao da vila, mas ganham maiores contornos a partir de 1728, poca da construo da Igreja de Nossa Senhora do Rosrio. Segundo Dias e Conrado, por volta de 1735, o arraial reunia com seus distritos, 1.449 escravos - 17% do total da populao da comarca do Serro Frio30. Se levarmos em conta o fato de que esses nmeros so de escravos registrados e cativos, podemos considerar que a populao quilombola em torno do arraial tornava mais alta a populao escrava da regio - provavelmente entre as maiores da comarca e da capitania. Avaliao do Potencial Arqueolgico O relatrio arqueolgico menciona que foram vistoriados 81 pontos, identificados em mapa georreferenciado (Fig.4.126). Destes 81 pontos, 8 foram considerados relevantes para arqueologia pr-histrica, sendo os demais considerados caminhamento ou relevantes para arqueologia histrica. Com base nos dados do relatrio foi realizado um sumrio das categorias inventariadas relevantes para o patrimnio pr-histrico nestes pontos (Quadro. 4.80). QUADRO 4.80. Locais relevantes para arqueologia pr-histrica
Categoria 1 - Pontos Arqueolgicamente Relevantes Stios arqueolgicos pr-histricos (abrigos sob rocha) Informaes sobre stios pr-histricos Total 2. Caminhamento Local com afloram ento rochoso com potencial de stios Cavidades vistoriadas m as sem potencial arqueolgico 3 16 3 2 5 N de pontos ou de stios arqueolgicos

27 28

Morais, 1942, op. cit. Centro de Docum entao Eloy Ferreira da Silva CEDEFES. Lista de Comunidades Quilombolas de Minas Gerais, in: http://www.cedefes.org.br/new/index.php?conteudo=m aterias/index&secao=10&tem a=49&m ateria=1603 29 Idem. 30 DIAS, M. V.; CONRADO, V. de C. V. Mato Dentro: viagem atravs dos tempos e contratempos da histria de Conceio. Belo Horizonte: Dossi de Investigao Histrica, 1994 p. 24.

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FIGURA 4.128 - Pontos vistoriados nos trabalhos de prospeco arqueolgica.

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Quanto aos stios pr-histricos, foram identificados apenas 3, tendo informaes orais de 2 ocorrncias, alm de terem sido apontadas reas de afloramentos rochosos com possibilidades de haver abrigos sob rocha, os quais ainda devero ser objeto de prospeco quando da realizao do Programa de Prospeco no contexto do licenciamento ambiental. A seguir apresenta-se os resultados sobre o patrimnio arqueolgico pr-histrico com base ao relatrio de estudos arqueolgicos.

Patrimnio Arqueolgico Pr-Histrico A Serra do Sapo Nas reas vistoriadas na vertente oeste da Serra do Sapo, o embasamento rochoso de quartzito rico em ferro e com veios de quartzo. Prximo aos limites norte da Cava, observou-se o contato entre duas litologias, o quartzito e a canga ferruginosa que aflora de modo dominante na vertente leste da Serra. A vertente oeste bem mais escarpada que a oposta, favorecendo a formao de abrigos no quartzito. As cavidades que identificamos so geralmente pequenas, de piso muito inclinado, impossibilitando o acmulo de sedimento, e com suportes rochosos para pinturas rupestres irregulares e rugosos. No entorno imediato da Serra do Sapo, a oeste, h morrotes com relevo mais suave e afloramentos quartzticos com abrigos de pisos sedimentares. J na vertente leste da Serra, a canga ferruginosa forma vrios abrigos e cavidades em alguns pontos. Os abrigos so pequenos e de piso plano, os suportes rugosos e os tetos geralmente em forma de abbada. O potencial para stios arqueolgicos pr-histricos alto. A Serra do Sapo apresenta numerosas cavidades rochosas de tamanhos variados, algumas delas com acmulo de sedimento que pode conter depsitos arqueolgicos enterrados. Alguns mostraram presena de veios de quartzo, matria-prima conhecida e bastante utilizada na prhistria brasileira; ela pode ter sido explorada aqui tambm. As altas escarpas de quartzito no lado oeste da Serra so especialmente favorveis presena de abrigos. A menor antropizao destes setores de afloramentos altos aumenta o potencial para stios preservados. As reas mais abertas e de topografia mais suave ao sop das vertentes leste e oeste da Serra tambm apresentam potencial para stios indgenas a cu-aberto. De fato, h uma informao de lmina polida de machado para a rea de Entorno imediato desta ADA, encontrada no sop da vertente leste da Serra do Sapo. Apesar do alto potencial arqueolgico pr-histrico mencionado, nenhum stio foi ainda confirmado nesta rea. Porm h informaes orais obtidas para esta rea (Tab.2).

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QUADRO 4.81 - Informaes relevantes na rea da Cava da Serra do Sapo


Nome Estanislau Saldanha [email protected]/ [email protected] / [email protected] Sr. Magno Endereo Rodovia ConceioCrregos km 11 / Gond/ CrregosConceio do Mato Dentro CEP: 35860000 Fazenda Palmital (UTM 664808/7903448) Informaes rea

Furna dos Cndidos: grande abrigo com piso sedim entar, usado atualm ente com o arm adilha para pacas. Abrigo com pinturas deixadas supostam ente por um foragido em meados do sculo XX Informao sobre catas nas terras de Mozart e Louro Andrade, conectadas ao canal localizado em sua propriedade (Lcio Andrade). Na propriedade de Mozart tambm foi encontrada uma lmina polida de machado prximo ao crrego

AE Cava Mina Serra do Sapo ADA Cava Mina Serra do Sapo AE Cava Serra do Sapo

Lcio Andrade

So Sebastio do Bom Sucesso

Vrias cavidades rochosas sem presena em superfcie de materiais arqueolgicos ou potencial para uso humano foram identificadas na Serra do Sapo (Fig 2) ; uma descrio sucinta destes locais podem ser vista no Anexo 9.

rea Industrial A rea diretamente afetada pela usina confronta-se a sul com a Cava Serra do Sapo e a leste com a Barragem de Rejeitos. Trata-se do prolongamento da rea norte da Cava Serra do Sapo, de difcil acesso devido interrupo de uma estrada e com maiores sinais de impactos humanos. O local atualmente inacessvel, a no ser a p desde o povoado de guas Santas, uma ponte desmoronou, interrompendo a estrada e no h acesso pela vertente oeste da Serra. A rea projetada para a usina apresenta alto potencial para conter evidncias arqueolgicas pr-histricas e histricas. H afloramentos rochosos nas proximidades, que podem conter abrigos favorveis ao uso humano, e h uma informao oral de um achado fortuito, de dcadas atrs, de lmina polida de machado indgena, a cerca de 1,5 km da rea da usina. Informaes orais da equipe de espeleologia indicam a presena de abrigos com arte rupestre e cermica, que ainda devem ser confirmadas por arquelogos (Quadro 4.82)

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QUADRO 4.82. Informaes relevantes na rea Industrial


Nome Ataliba Coelho Endereo Informaes Abrigo com fogo e divisria (abrigo 4 do levantam ento espeleolgico). Prxim o cavidade, h outros abrigos com pinturas rupestres Cavidade rochosa (caverna 11 do levantam ento espeleolgico) com cerca de 10m de profundidade e 2m de altura m xim a, com possveis fragm entos cerm icos indgenas e lascas de quartzo no piso rea ADA Usina de tratam ento de m inrio UTM do abrigo 4: 665433/7912267 AE Usina UTM 664993/7910859

[email protected]

Ataliba Coelho

[email protected]

FIGURA 4.129 - Cavidades prospectadas porm sem potencial para stios arqueolgicos na Serra do Sapo. (Pontos 12, 13, 21, 22, 23, 26, 27, 29, 31, 32, 41, 44.

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Barragem de Rejeitos A rea projetada para a barragem de rejeitos localiza-se ao norte da Cava Serra do Sapo, no sop da serra. Trata-se de um vale aberto onde situa-se o lugarejo guas Santas, e por onde corre o Crrego guas Santas. H afloramentos rochosos na rea. No local recolheu-se uma informao oral sobre uma lmina de machado indgena, encontrada no sop de um grande afloramento rochoso ( po de acar nos limites ) do povoado (ponto 55). (Nome: Dona Liluca, em guas Santas. Informao de achado fortuito de lmina polida de machado ( machadinha de nd io, segundo ela na encosta ) atrs da casa. Na ADA da Barragem de rejeitos.) A topografia local extremamente favorvel a assentamentos humanos pr-histricos, o que parece ser reforado pela informao oral de um achado de instrumento ltico na rea. Todavia, a acentuada substituio da vegetao nativa por pastagens e a ocupao atual indicam possibilidades de stios destrudos parcial ou totalmente. O potencial arqueolgico para stios pr-histricos foi considerado mdio. Serra de Itapanhoacanga - Cava Sul A rea ao sul da Cava Sul Itapanhoacanga drenada pela bacia do Crrego Campinas. Os stios pr-histricos identificados esto nos abrigos nas cabeceiras do Crrego Campinas, com artefatos lticos e pinturas rupestres (Abrigos Joo Pedro I e II - pontos 58 e 59). O potencial para stios arqueolgicos pr-histricos na ADA da Cava Sul da Serra de Itapanhoacanga baixo, dado o relevo de serras altas. J a AE da cava possui alto potencial para stios pr-histricos devido presena de reas de topografia mais regular a sudeste, drenadas pelo Crrego Campinas, de abrigos rochosos quartzticos a sudoeste e de stios arqueolgicos confirmados. Serra de Itapanhoacanga - Cava Norte A rea projetada para a Cava Norte da Serra de Itapanhoacanga pertence bacia do Rio de Pedras, de orientao geral NW-SE. Em alguns pontos, por exemplo, a sudeste da ADA, o relevo mais encaixado, com vertentes mais inclinadas e estreitas. Eventualmente h afloramentos rochosos no topo das encostas, um quartzito muito rico em ferro que possibilita a formao de abrigos. Foi identificado um stio arqueolgico pr-histrico em abrigo sob rocha com pinturas rupestres (Stio Fazenda Fbrica dos Borges - ponto 75). O potencial da ADA Cava Norte da Serra de Itapanhoacanga para stios pr-histricos mdio. A presena de um stio confirmado em abrigo sugere possibilidade de stios a cu-aberto nas proximidades - e novos stios em abrigo podem ser localizados na rea. As encostas mais suaves que vertem para os cursos d gua podem ter sido utilizadas como acampamentos ou aldeamentos, entretanto em alguns locais o alto grau de antropizao pode ter destrudo parcial ou totalmente estes stios. Na AE da Cava, onde parecem ter se concentrado as atividades humanas desde os tempos histricos, so maiores as chances de stios pr-histricos terem j sucumbido presena humana mais recente.

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Stios pr-histricos confirmados Conforme o relatrio de arqueologia foram identificados trs stios em abrigos sob rocha com vestgios de ocupao pr-histrica, todos eles situados na regio das cavas de Itapanhacanga. 1 . Abrigo Fazenda Fbrica dos Borges (ponto 75) Os estudos arqueolgicos mencionam tratar-se de um abrigo situado no tero superior da encosta da Cava Norte de Itapanhoacanga. O stio possui dois patamares, sendo um nicho no topo do afloramento e um abrigo na base. O nicho pequeno e pouco abrigado. O abrigo na base abre-se para noroeste, possui cerca de 20 m de largura, 10 m de profundidade mxima e 6 m de altura. No limite da zona abrigada, uma srie de grandes blocos desabados ocupa o piso do stio, mas h sedimento terrgeno entre os blocos e o macio, com uma concentrao em uma rea de aproximadamente 8 m de comprimento por 6 m de largura. No foram observados matrias arqueolgicos na superfcie do sedimento, mas h potencial. Nas paredes do abrigo h pinturas rupestres: zoomorfos (veados) e geomtricos, em amarelo e vermelho.

Foto 163 - Painel de Pinturas de animais em tinta vermelha (Tradio Planalto) - abrigo da Fazenda Fbrica dos Borges, localizada na ADA Cava Norte. Itapanhoacanga.

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O stio est localizado dentro da rea prevista para a Cava Norte, no seu limite noroeste, a 710 m de altitude conforme a localizao das coordenadas na carta de relevo da regio elaborada pela MMX. Sendo muito prximo a Itapanhoacanga (cerca de 3 km em linha reta), o stio apresenta potencial turstico se inserido num roteiro de visitao de stios arqueolgicos da regio. A Fig.4.128 mostra o detalhe da localizao do stio em funo dos limites propostos para a Cava Norte e pilha de estril. Finalmente, o relatrio menciona que uma centena de metros a sul do stio h abrigos sob rocha, ou seja, so reas potenciais para a ocorrncia de novos stios arqueolgicos. FIGURA 4.130 - Localizao do Stio Fazenda Fbrica dos Borges na rea noroeste da Cava Norte de Itapanhoacanga. Ponto vermelho: stio arqueolgico; linha amarela: limite da cava; tracejado vermelho pilha de estril.

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2. Abrigo Joo Pedro I (ponto 59) Os estudos arqueolgicos mencionam que trata-se de um abrigo com 12 metros de comprimento, por 4 m de profundidade e 5 metros de altura. O piso do abrigo composto por cascalho e areia. No suporte rochoso na rea abrigada, a qual est muito alterado pela insolao, escorrimento de minerais e descamaes, ocorrem pinturas zoomorfas de cor laranja. As pinturas esto a 1m de altura mxima. No piso observam-se lascas de quartzo hialino, tendo sido encontrado um raspador em quartzo leitoso.

3. Abrigo Joo Pedro II (ponto 58) O relatrio de arqueologia menciona trata-se de um pequeno abrigo quartztico com cerca de 2,0 m de comprimento, 1,50 m de altura e 1,50 m de profundidade. O piso do abrigo rochoso, no havendo sedimento arqueolgico. Alm da projeo da linha do teto do abrigo, na base dos grandes blocos, foram encontradas lascas de quartzo hialino e de quartzito. Nas paredes do abrigo ocorrem algumas marcas que sugerem vestgios de tinta vermelha e laranja. Conforme as coordenadas fornecidas no relatrio, este abrigo encontra-se na rea de entorno da Cava Sul de Itapanhoacanga, distando aproximadamente 1,2 km a sul da Cava. Dista cerca de 100 metros em linha reta na direo sul do Abrigo Joo Pedro I.

Sntese dos resultados

QUADRO 4.83 - Sntese dos resultados


Regio do Empreendimento Stios confirmados ADA AE Informaes / Observaes ADA Sr. Magno: abrigo com pinturas Espeleologia: Abrigo 4 D. Liluca: Machado de pedra polida (P55) Presena de abrigos ainda no prospectados Cerca de 100 m a sul do stio h outros abrigos no prospectados AE Sr. Estanislau: grande abrigo Sr. Lcio Andrade: m achado polido Espeleologia: Caverna 11

Serra do Sapo

rea Industrial Barragem de Rejeitos

Abrigo Joo Pedro I (P59) Abrigo Joo Pedro II (P58) -

Itapanhoacanga - Sul

Itapanhoacanga - Norte

Abrigo Fbrica dos Borges (P75)

A seguir so apresentados os mapas de localizao dos stios confirmados e das informaes conforme cada estrutura proposta para o empreendimento.

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FIGURA 4.131 - Stio arqueolgico Abrigo Faz. Fbrica dos Borges situado na ADA da Cava Norte de Itapanhoacanga.

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FIGURA 4.132 - Stios arqueolgicos situados no entorno da Cava Sul Itapanhoacanga

P59 - Abrigo Joo Pedro I P58 - Abrigo Joo Pedro II

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FIGURA 4.133 . Stios informados pela equipe de espeleologia - rea Industrial

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FIGURA 4.134 - Informao de stio arqueolgico na rea da Barragem de Rejeitos - Dona Liluca: machado polido no terreno da casa.

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4.3.2.3 - Histrico da Ocupao do Territrio Conceio do Mato Dentro31 e Alvorada de Minas32, como vrios outros municpios do centro mineiro, tm uma profunda ligao com o perodo do ciclo do ouro no Brasil, com o perodo da escravido negra e com a histria das tribos indgenas no territrio mineiro. O que realmente formava a Minas Gerais no sculo XVIII era um conjunto de vales rodeados por montanhas. Poltica e administrativamente, as Minas eram ilhas de povoao concentradas aqui e ali ao longo dos caminhos e dos rios. E dessa forma, a regio do Serro Frio foi sendo ocupada - sob o limite entre a regra e a transgresso no que se refere ao pensamento sobre os habitantes originais da terra e sobre as potencialidades de explorao do lugar. A prpria Coroa no tinha muito controle sobre como acontecia tal processo, pois, em muitos casos, (...) o conquistador apenas requeria sua carta de sesmaria anos e s vezes decnios aps a conquista, quando ento j no mais havia ndios nas terras. Tambm podia ocorrer de a sesmaria ser concedida sem o conhecimento, por partes das autoridades e do sesmeiro, da existncia ali de aldeias indgenas. Quando descobria o fato o sesmeiro nem sempre o comunicava, passando a agir como conquistador 33. A regio de Conceio do Mato Dentro comeou seu processo de colonizao europia nos primeiros anos do sculo XVIII, com o incio do povoamento explorador pelo interior brasileiro. No ano de 1701, um grupo de bandeirantes partindo de Sabar, sob a chefia do Coronel Antnio Soares Ferreira, alcanou a regio conhecida como Ivituru (montanhas frias em tupi-guarani, nome dado regio da Serra do Espinhao). Dessa primeira expedio originou-se outra, composta por Gaspar Soares, Manoel Corra de Paiva e Gabriel Ponce de Leon, que seguiram em frente, rumo ao sul da capitania, chegando antes em Itapanhoacanga:
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Conceio do Mato Dentro: Parquia existente desde 1709 , erigida em colativa por carta-rgia de 1752 (56). Municpio e Vila da Conceio por lei n. 171 de 23-03-1840, composto pelas parquias da sede, Morro do Pilar, So Miguel e Alm as (at.Guanhes). Criada em 1848 a parquia de Parana (atual Costa Sena) e incorporado ao municpio de Diamantina. Mencionado com o nom e de Conceio do Serro pela lei n. 553 de 10-10-1851, incorporando ao municpio os distritos de Itamb, Parana e Congonhas do Norte, Criado em 1854 o distrito de Capelinha das dores (at. Dores de Guanhes).Criado em 1856 a parquia de N.S. do Porto. Restaurado em 1857 o distrito de Congonhas do Norte, que havia sido suprim ido por lei de n. 45 de 07-10-1851. Criada em 1848 a parquia de Santo Antnio da Tapera (at. Santo Antnio do Norte). Criado em 1859 o distrito de Itamb do Mato Dentro, que j havia sido incorporado ao municpio, como distrito pela lei n. 553 acim a citada. Criado em 1861 o distrito de Santana dos Fechados. Perde em 1859 a parquia de So Miguel e Almas (at. Guanhes). Criados em 1870 os distritos de So Dom ingos do Rio do Peixe e So Sebastio do Rio Preto. Criados em 1875 os distritos de Santo Antnio do Rio Abaixo e Santana do Riacho. Perde no m esm o ano o distrito de Dores de Guanhes. Elevada a parquia em 1877 o distrito de Crregos e criado em 1882 o distrito de Brejaba. Perde em 1901 o distrito de Santana do Riacho. Criado em 1911 o distrito de So Jos de Passabem. Criado em 1923 o distrito de Viamo (atual Carmsia). Perde no mesmo ano o distrito de Senhora do Porto. Perde em 1938 os distritos de So Dom ingos do Rio do Peixe (at. Dom Joaquim) e Viamo. Perde em 1943 os distritos de Itamb do Mato Dentro e So Jose do Passabem. Restaura no mesmo ano o nome atual. Criado em 1948 o distrito de Itacolom i. Perde em 1953 o distrito de Morro do Pilar. Criado em 1962 o distrito de So Sebastio do Bom Sucesso. Perde no m esm o ano os distritos de Fechados, Congonhas do Norte, Santo Antnio do Rio Abaixo e So Sebastio do Rio Preto. In: COSTA, J. R. Toponmia de Minas Gerais: com estudo histrico da diviso territorial e administrativa. 2. ed. Belo Horizonte: BDMG Cultural; 1997. p. 164-65. 32 Alvorada de Minas: Parquia de Santo Antnio do Rio do Peixe, pertencente ao municpio do Serro, por lei n. 209 de 12-03- 1846 e restaurado por lei n. 832 de 11-07-1857. Municpio e Cidade com o nome atual Por lei n. 2.764 de 30-11-1962, composto pelos distritos da sede, Deputado Augusto Clem entino (ex. Mato Grosso) e Itapanhoacanga. In: COSTA, J. R. op. cit. p. 97. 33 MORAES, 1992:48-49, op. Cit.

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(...) A descoberta do Ivituru havia descortinado uma regio imensa, cujos indcios denunciavam grande abundncia em lavras aurferas e que os bandeirantes entenderam de sondar em todas as direes . Organizaram, assim, duas caravanas em direes opostas - norte e sul, ficando a caravana sulina sob a chefia de Gaspar Soares, Manoel Garcia de Paiva e Gabriel Ponce de Leon. Logo no primeiro pouso, que foi no Itapanhoacanga, encontraram ouro em abundnc ia e a notcia chegou at o Serro (...) atraindo novos aventureiros que vieram engrossar ainda mais a j numerosa bandeira. Prosseguindo em sua caminhada, sempre em direo ao sul, chegaram s nascentes de um ribeiro, bastante mais rico do precioso metal e a que deram o nome de ribeiro de Santo Antnio 34 . No ano de 1702, foi erguida uma pequena capela em homenagem a Nossa Senhora da Conceio em certa altura do caminho percorrido pelos desbravadores - numa regio s margens do crrego Cuiab. Iniciando o processo de povoamento por parte dos colonos, deu-se ento a explorao do ouro descoberto no leito do Rio Santo Antnio ao longo do trecho compreendido entre os arraiais de Tapera35, Crregos36 e Conceio. Fundado por bandeirantes em 1702, o distrito de Nossa Senhora Aparecida de Crregos considerado o mais antigo do municpio de Conceio do Mato Dentro, servindo como ncleo de minerao do ouro e do diamante no incio de sua formao. Situado num vale, seu casario tipicamente colonial distribudo em uma pequena praa e algumas ruas. So casas trreas e algumas assobradadas, simples e antigas. A capela de Senhor dos Passos e a Matriz de Nossa Senhora Aparecida de Crregos so do sculo XVIII37. Cerca de seis quilmetros separam o distrito da rea do empreendimento, a leste dali. Da a razo do mesmo no se constituir como rea diretamente afetada, sendo, porm, parte integrante da rea de influncia indireta, uma vez que pertence ao municpio de Conceio. A parquia de Nossa Senhora da Conceio foi elevada natureza colativa (at ento a freguesia era atendida por vigrios de outros lugares, encomendados) no ano de 1752, poca em que a vila j figurava como distrito de Serro. Com a riqueza do ouro, o arraial cresceu e tornou-se uma das mais importantes vilas da regio. No incio do sculo XIX, em 1818, diz Waldemar de Almeida Barbosa, que os moradores de Conceio pleitearam a elevao da freguesia categoria de vila, sob o nome de Vila 38 Petrina . Entretanto, tal elevao s aconteceu em 1840, e com o nome de Conceio apenas. Aps ter adotado de forma paralela Lei o nome de Conceio do Serro, a vila foi elevada categoria de cidade em 1851 (o nome Conceio do Mato Dentro s foi adotado em 1943).
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IBGE. Enciclopdia dos Municpios Brasileiros. Rio de Janeiro:IBGE, vol. XX, 1957:472. O distrito de Santo Antnio do Norte se situa em um grande vale e resguarda caractersticas do perodo colonial sua arquitetura composta por uma sucesso de casas baixas, de taipa, caiadas de branco. As igrejas de Santo Antnio e a capela de Sant'Ana so os templos religiosos da localidade. A form ao do antigo arraial de Tapera rem onta ao sculo XVIII e seus prim eiros habitantes se empregaram na minerao do ouro e mais tarde fabricao de tecidos e chapus de algodo. O nome que hoje dado ao distrito lhe foi atribudo em 17 de dezembro de 1938. Texto adaptado de: http://www.estradareal.org.br 36. Crregos se m antm hoje da atividade agrcola, principalmente do cultivo de cereais e do turism o. Tradicionalmente religiosa, destacam -se no calendrio de eventos do distrito as festas do Jubileu do Bom Jesus de Matozinhos, entre 14 e 24 de junho, do Divino, de So Sebastio, Nossa Senhora do Rosrio e da padroeira, Nossa Senhora de Aparecida. Texto adaptado de: http://www.estradareal.org.br e http://www.sagarana.uai.com.br 37 Adaptado de http://www.estradareal.org.br. 38 BARBOSA, W. de A. Dicionrio Histrico e Geogrfico de Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia, 1971.
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Regio predominantemente mineradora no sc. XVIII, mas tambm de rica fauna e vegetao, Conceio foi visitada por vrios viajantes a servio da Cincia durante o sculo XIX, num perodo onde comeava a ficar visvel a transformao pela qual a economia mineira (e especificamente a regio em torno e pertencente ao Distrito Diamantino) passava, caracterizada pelo investimento na agricultura de subsistncia e na pecuria extensiva como atividades principais aps o esgotamento das lavras. Os primeiros viajantes a inclurem em seus relatos o arraial de Conceio foram Spix e Martius no incio do sculo XIX: (...) S para nosso ndio Custdio estas selvas pareciam alegres; pois no precisava proteger-se contra os ardores do sol, sob um galho folhado. Passando por Sumidouro, fazenda solitria, apeamo -nos no extenso arraial da S. Conceio, margem do Rio Santo Antnio, e pernoitamos na solitria fazenda do padre Bento 39. Mas de todos, aquele que mais se dedicou a descrever e relatar a vida e a regio de Conceio do Mato Dentro foi Auguste de Saint-Hilaire, que esteve no local em 1816. Segundo ele, ainda no incio do sculo XIX, a explorao do ouro era praticada e as casas dos negros que trabalhavam nas minas ficavam sempre ao redor das jazidas. Entretanto no havia mais tantas a se explorar e as j abertas h anos encontravamse em visvel processo de esgotamento. Isso fazia com que a cidade perdesse muito de seus atrativos e moradores. Segundo ele: A povoao de Conceio a sede de uma parquia cuja extenso de quarenta lguas, mas em que se co mpreendem florestas desabitadas que se estendem a leste. Essa povoao est situada em um vale, margem de um regato que tem o mesmo nome. (...) Conceio pode ter cerca de duzentas casas que se alinham em duas ruas paralelas A exceo de Itamb, de todas as povoaes at ento vistas, nenhuma apresentava como essa tantos sintomas de decadncia e misria. Essa povoao jamais esteve, certamente, na altura de Inficionado ou Catas Altas; no entanto, o tipo das casas prova que seus primeiros ocupantes gozavam de abastana 40. O viajante Johann Pohl, no ano seguinte, deixou o seguinte relato em seu livro Viagem pelo Interior do Brasil: (...) Este arraial, que est entre as maiores povoaes da Capitania, distingue -se dos demais pela sua situao bela e salub re... A outrora abundante produo de ouro deu lugar fundao deste, cujos grandes edifcios do testemunho suficiente da antiga abastana dos habitantes. Mas, observa -se, com clareza, a decadncia de hoje... O nmero de edifcios pode elevar -se a 200. M uitos deles assobradados. As igrejas, em nmero de 4, so todas bem edificadas. Os habitantes que, antes, viviam da extrao do ouro, vivem, hoje, geralmente, de suas plantaes. 41 No incio da segunda metade do sculo XIX, o zologo alemo Hermann Burmeister passou por Conceio e em seu livro Viagem ao Brasil faz o seguinte relato:

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VON SPIX, J. B.; VON MARTIUS, K. F. P. Viagem pelo Brasil. Rio de Janeiro: Impr. Nacional, 1938. 1v. p. 92-3. 40 SAINT-HILAIRE, A. de. Viagem pelas provncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Belo Horizonte: So Paulo: 1975. p. 135. 41 POHL, J. B. E. Viagem no interior do Brasil. So Paulo:Belo Horizonte: Ed. USP:Itatiaia, 1976: 372.

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seis horas, chegamos aldeia do Rio das Pedras, situadas no barranco oeste s do rio do mesmo nome, cuja igreja, devotada a Nossa Senhora da Conceio, domina, pela sua p osio no alto de uma morro, a regio toda, oferecendo belssimo aspecto com a dupla fileira de palmeiras que lhe enfeitam a fachada. (...) A aldeia, por sua vez, no oferece melhor aspecto do que Casa Branca. Vi apenas gente de cor e, entre esta vrias mu lheres atacadas de papeira. (...) Disseram -me que nas regies onde o gado no precisa receber sua rao de sal na alimentao, por j conter o solo suficiente quantidade de sal e salitre, a papeira no se manifesta, ao passo que nos lugares onde a alimenta o com sal se torna necessria grande a freqncia do mal 42.
Itapanhoacanga43 (ou Tapanhoacanga, como anteriormente) foi opulento arraial e centro de minerao no sculo XVIII. As obras de sua Igreja - dedicada a So Jos, filial da Matriz de Vila do Prncipe - tiveram incio no ano de 1763, segundo o Cnego Raimundo Trindade44. Waldemar de Almeida Barbosa acredita que o cnego se refere construo de nova igreja, visto que o arraial j era uma rica comunidade bem antes de 176345. Vrios viajantes e cientistas passaram por Itapanhoacanga no comeo do sculo XIX, entre eles Spix e Martius: (...) A estrada continuava sempre por despenhadeiros, selvas e trechos de terreno ressecado com samambaias, passando por Ona -Bom sucesso e Taparaoca, na direo do arraial de Tapanhoacanga, povoao de uns 1.000 habitantes que fascam ouro46. Outro relato que menciona o arraial e comenta as estradas locais foi dado por Pohl. Ele descreve as pequenas casas de madeira e barro do arraial, a capela e a igreja de Tapanhoacanga. Mas o que de fato parece ter-lhe impressionado foram as movimentadas e mal cuidadas estradas e caminhos que promoviam a circulao de bens e pessoas pela regio: Estes caminhos, que tantos obstculos apresentaram nossa viagem, so bastante freqentados pelas tropas de bestas de carga que conduzem mercadorias do Rio de Janeiro e possuem ativo trfego comercial. Em nossa viagem, cruzamos com vrias destas tropas, que se compunham de vinte at quarenta animais. um perigo quando, nos barrancos, se encontram duas destas grandes tropas, inconveniente que nos embaraou algumas vezes em nossa viagem. Ento, o que se tem a fazer voltar e procurar um lugar cuja largura permita a passagem, ou ento subir, como for possvel, a margem do caminho (...) 47.
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BURMIESTER, H. Viagem pelo Brasil Atravs das Provncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais Visando Especialm ente a Histria Natural dos Distritos Auri-Diam antinos (1853). So Paulo: Ed. Livraria Martins, 1980. p. 215. 43 Do Guarani: tapau = escravo negro; acanga = cabea. Brs da Costa Ribeiro acrescenta que o nom e faz referncia a um a espcie de pedra ou casco, ouro preto, frreo, que acompanha a superfcie da terra. Para m ais, ver. IHGB, XLV, 2, 381. De acordo com Eschwege, Itapanhoacanga, significa . pedra cabea de negro, em virtude da m orfologia crespa com o desenvolvim ento de estruturas botroidais, no terreno onde essa crosta predom ina. ESCHWEGE, W.L. Pluto brasiliensis. Belo Horizonte:So Paulo: Ed. Itatiaia:Edusp, 1985 [1833]. 44 TRINDADE, R.. Instituies de Igrejas no Bispado de Mariana. Rio de Janeiro: 1945:319. 45 BARBOSA,1971, op. cit 46 Von Spix e Von Martius, op. cit. p. 93-4. 47 Pohl, op. Cit., pg. 371.

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As primeiras dcadas do sculo XIX correspondem decadncia do distrito de Tapanhoacanga, pertencente Vila do Prncipe e suprimido no ano de 1836 - com seu territrio sendo incorporado pelo distrito de Santo Antnio do Rio do Peixe48. Waldemar Barbosa, citando o Dr. Jos Vieira Couto, diz que por essa poca Tapanhoacanga teria..... Cousa de cinqenta fogos, casas todas insignificantes, menos uma, que dava mostras de uma casa nobre. Vivem seus habitantes de lavras e roas Acrescentava . o cientista qu e os moradores mineravam nos rios nos rios das Pedras e Vermelho, deixando os montes que observei todos intactos 49. . Observa-se que a regio de Conceio do Mato Dentro tem grande potencial arqueolgico para stios histricos, relativos aos sculos posteriores ocupao colonial do Distrito Diamantino. Dentre estes stios histricos, destacam-se os caminhos de tropeiros, componentes da to famosa rede de caminhos principais e ramais secundrios conhecida como Estrada Real e os acampamentos em abrigos rochosos, muitas vezes utilizados continuamente desde a pr-histria at tempos coloniais e modernos, por quilombolas, viajantes e catadores de sempre-viva50. 4.3.2.4 - Patrimnio Arqueolgico Histrico Introduo O contexto regional de ocupao humana na Serra do Espinhao mostra elevado potencial local para presena de stios arqueolgicos histricos. Ao longo das ltimas dcadas, os arquelogos brasileiros concentraram sua ateno na identificao e estudo dos stios pr-histricos, apenas recentemente os stios arqueolgicos histricos tm merecido interesse da arqueologia51. Resulta disto que os stios arqueolgicos da ocupao humana histrica so pouco conhecidos, pouco estudados e, portanto, bastante vulnerveis destruio. A regio da antiga comarca do Serro Frio foi cenrio de exaustivas exploraes minerrias ao longo dos sculos XVIII e XIX. Junto com Crregos, a oeste da Serra do Sapo, Itapanhoacanga foi um rico e prspero arraial no sculo XVIII. A maior parte dos viajantes e cientistas que visitaram o Brasil no sculo XIX deixou relatos das minas desta regio. Itapanhoacanga foi visitada por Saint-Hilaire, Pohl, Vieira Couto, Spix e Martius entre outros. Estes visitantes ilustres descreveram as reas de minerao entorno do arraial, as casas das vilas e as fazendas. Sua literatura define um potencial local prvio para stios arqueolgicos histricos, especialmente stios de minerao e de moradia.

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No ano de 1880, volta Tapanhoacanga a figurar com o distrito de Vila do Prncipe e no ano seguinte, eleva-se categoria de freguesia. Em 1911, aparece na diviso adm inistrativa com o nom e de So Jos do Itapanhoacanga, nom e que fora reduzido em 1923. Quando em 1962, Santo Antnio do Rio do peixe se desm embra do Serro e torna-se Alvorada de Minas, o distrito passa a dele fazer parte. BARBOSA, W. de A. Dicionrio Histrico e Geogrfico de Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia, 1971. p. 233. Guimares e Lanna, 1980, op. cit.; Baeta e Pil, 2005, op. cit. CALDERELLI, S.B. O Estudo Integrado de Bacias Hidrogrficas (EIBH): um novo caminho para orientar estudos relativos ao patrim nio arqueolgico. IN: LIMA FILHO, M. F.; BEZERRA, M. Os Caminhos do Patrimnio no Brasil. Goinia: Editora Alternativa, 2006:127-152.

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O objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial arqueolgico histrico da regio onde se localizar o empreendimento, buscando subsidiar a avaliao dos impactos ambientais potenciais do mesmo. Metodologia A abordagem metodolgica, utilizada pela equipe de arqueologia nos levantamentos, segue as mesmas orientaes gerais do que aquela seguida nos levantamentos de arqueologia pr-histrica. a - Contextualizao histrica regional Para subsidiar um cenrio possvel de stios e ocorrncias arqueolgicas, relativos aos vestgios materiais de processos culturais, sociais e econmicos desenvolvidos em tempos passados foram realizados levantamento de dados secundrios e bibliogrficos. Esta etapa inicial consistiu na reunio de dados secundrios arqueolgicos, e histricos disponveis para a regio da Serra do Espinhao, especificamente para os territrios municipais de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas. Foram pesquisados relatrios de trabalhos arqueolgicos j desenvolvidos, obras clssicas (cronistas, viajantes, historiadores), relatrios de pesquisas, monografias e trabalhos cientficos acerca das ocupaes histricas. Nesta etapa foram consultados, principalmente, a biblioteca do Arquivo Pblico Mineiro e bibliotecas da Universidade Federal de Minas Gerais (monografias, relatrios pblicos e publicaes cientficas listadas no item 11- bibliografia). b) Levantamento de campo Os trabalhos de campo foram realizados entre os dias 12 e 16 de agosto, por uma equipe formada por trs arquelogos e um estagirio, divididos em dois grupos. O foco principal dos caminhamentos foram as ADAs pelo empreendimento (cavas, depsitos, barragem e usina) e suas reas de entorno imediato. O caminhamento foi orientado por imagens Landsat e Ikonos, respectivamente em escala 1:70.000 e 1:20.000. A descrio das evidncias arqueolgicas foi padronizada em ficha de vistoria e as coordenadas destes locais (e dos demais pontos de caminhamento) recolhidas com um receptor GPS. Ressalte-se que nenhuma coleta de materiais arqueolgicos, raspagem, limpeza ou furo teste foi realizada. Ao longo dos caminhamentos, principalmente durante a procura de acessos transitveis para as reas em estudo, foram observados stios arqueolgicos ou recolhidas informaes orais sobre testemunhos pretritos de atividades humanas. Todos os dados recolhidos, inclusive informaes orais no confirmadas, so apresentados neste relatrio, visando auxiliar o desenvolvimento futuro dos trabalhos na regio.

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Nas imagens Landsat e Ikonos disponibilizadas, buscou-se identificar aqueles locais mais favorveis ao uso humano ao longo do tempo, a partir das informaes oferecidas histrico regional. Entre os locais favorveis presena de evidncias arqueolgicas histricas pode-se mencionar as reas ribeirinhas, como leitos e margens dos cursos d gua, explorados desde os tempos coloniais pelos garimpeiros, e reas de topografia mais regular prximas aos rios e crregos, locais de instalao de fazendas e povoados antigos.

c) Levantamentos oportunsticos Os levantamentos oportunsticos basearam-se em entrevistas direcionadas com moradores das ADAs do empreendimento e seus entornos imediatos e caminhamentos no sistemticos em reas avaliadas como favorveis ocupao humana. Para as entrevistas, buscou-se informantes de maneira qualitativa e no sistemtica, principalmente moradores locais mais antigos ou aqueles indicados como bons conhecedores da regio. As entrevistas foram direcionadas para informaes relativas a testemunhos arqueolgicos, eventualmente localizados ou conhecidos atravs de relatos de outros moradores. Indagava-se, por exemplo, a respeito de antigas fazendas, muros de pedra, caminhos de escravo , caminhos de tropeiros (como geralmente so referidos os caminhos coloniais, pavimentados ou no, que compunham a rota do comrcio de ouro e diamantes nos sculos XVIII e XIX), estruturas e maquinrios antigos (engenhos, moinhos, fornos, etc.). Depois de executada esta etapa seguiu-se para a verificao das informaes em todos os pontos da ADA e, de forma amostral, na rea de entorno imediato do empreendimento. d) Levantamentos sistemticos Foram desenvolvidos caminhamentos sistemticos apenas na Serra do Sapo, onde buscamos localizar e vistoriar abrigos rochosos que pudessem conter vestgios de ocupao histrica. Os locais de relevncia arqueolgica histrica identificados nos trabalhos de campo foram classificados em quatro categorias, quais sejam: Por stio arqueolgico tomou-se um conjunto articulado de vestgios de atividades humanas. Locais de moradia ou reas de trabalho que apenas mostram testemunhos de tecnologias introduzidas aps a invaso portuguesa, so stios arqueolgicos histricos - por exemplo, um complexo de catas e canais de minerao. Por estrutura arqueolgica considerou-se evidncias isoladas ou de articulao no observada - por exemplo, um canal ou uma cata ou trecho de uma estrada. Classificou-se como informao oral todos os locais reportados com vestgios arqueolgicos histricos que no foram vistoriados. Algumas vezes, os lugares mencionados pelos moradores entrevistados no puderam ser localizados sem o auxlio de guias, outras vezes as informaes foram recolhidas aps a finalizao dos trabalhos de campo (caso das informaes trazidas por outros tcnicos que participaram deste EIA). De todo modo, estas informaes devero ser checadas na continuidade dos trabalhos arqueolgicos na AID do empreendimento.

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e) Avaliao de Potencial Arqueolgico O potencial arqueolgico de uma dada rea a ser afetada por empreendimento econmico pode ser avaliado segundo o grau de preservao das caractersticas geoambientais locais, o contexto arqueolgico regional e a dinmica histrica local. Trs so os critrios descritivos cuja anlise associativa pode nortear esta avaliao:

Caractersticas geo-ambientais: Caractersticas especficas da paisagem podem ser favorveis ocupao histrica. Por exemplo, vales profundos e encaixados podem ser favorveis a stios quilombolas (por sua insero discreta), mas so desfavorveis habitao tipo fazenda. Grau de antropizao Em reas muito antropizadas so menores as chances de serem encontrados stios preservados, enquanto que reas com poucas intervenes antrpicas podem conter stios protegidos e melhor preservados. Informaes sobre processos de assentamento e ocupao humana arqueolgica Tais informaes podem ser relativas a stios registrados em bibliografia ou rgos patrimoniais, vestgios arqueolgicos identificados em campo ou reportados por informantes. A premissa bsica a de que numerosas informaes sobre stios ou estruturas arqueolgicas reunidas num levantamento preliminar so indicativas de alto potencial para novos stios ou estruturas de implantao mais discreta na paisagem. Associando esses critrios, trs nveis de potencial arqueolgico foram considerados: alto, quando a rea apresenta todos os critrios acima de modo favorvel; mdio, quando a rea apresenta duas caractersticas favorveis; e baixo, quando a rea apresenta somente uma caracterstica favorvel.

Resultados O relatrio arqueolgico menciona que foram vistoriados 81 pontos, os quais foram georreferenciados. Na Figura 4.135 pode-se observar que as diversas reas do empreendimento que foram visitadas com exceo da regio da Serra da Ferrugem. Destes 81 pontos, 29 foram considerados de relevncia arqueolgica histrica. Com base nos dados do relatrio foi realizado um sumrio das categorias de vestgios inventariadas nestes pontos (Quadro 4.84). Os resultados apontam para grande potencial de ocorrncia de stios histricos, especialmente aos relacionados minerao dos sculos XVIII e XIX.

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QUADRO 4.84 - Locais arqueologicamente relevantes


Categoria 1 - Pontos Relevantes - Arqueologia Histrica muros de pedra valos estradas de cavaleiro fbrica de ferram entas / panela de pedra ponte abrigos sob rocha m inerao (muros, canais, catas,lavrados, m inas, poos, galerias) bicam e habitao Estruturas Total 3 3 5 3 1 2 9 1 1 1 29 N de locais

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FIGURA 4.135 - Pontos vistoriados (81) nos trabalhos de prospeco arqueolgica.

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A seguir passa-se a descrever os resultados mencionados no relatrio dos trabalhos arqueolgicos considerando cada estrutura do empreendimento proposto. Serra do Sapo Os levantamentos preliminares de campo permitiram identificar 14 locais de relevncia histrica na Serra do Sapo e entorno. Destes 14 locais, 3 esto situados na ADA e 6 na rea de entorno. So stios arqueolgicos histricos em abrigo; estradas de cavalheiro que permitiam a comunicao entre as duas vertentes da serra; muros de divisa de propriedades; estruturas de minerao histrica: cata e possvel mina em cavidade natural, alm de pequenas fbricas de ferramentas e utenslios, voltadas para o abastecimento local. O quadro.4.85 resume estas informaes, detalhadas no Anexo 8. QUADRO 4.85 - Locais relevantes para arqueologia histrica - Serra do Sapo
rea ADA ADA ADA AE AE AE AE AE AE AE AE AE AE AE Ponto 18 45 46 16 19 20 24 48 2 3 7 8 40 43 Descrio Estrutura arqueolgica histrica - muro de pedras (divisa de propriedades?) Estrutura arqueolgica histrica - cata Estrutura arqueolgica histrica - estrada de cavalheiro (Estrada do Alvino) Estrutura arqueolgica histrica - estrada de cavalheiro (Estrada Maria Ferreira) Estrutura arqueolgica histrica - muro de pedras (divisa de propriedades?) Cavidade rochosa com degraus escavados na entrada - m ina? Estrutura arqueolgica histrica - muro desmoronado Estrutura arqueolgica histrica - canal ou estrada de cavalheiro Estrutura arqueolgica histrica - estrada de cavalheiro Stio arqueolgico histrico - habitao e antiga fbrica de panela de pedra Estrutura arqueolgica histrica - valo de divisa de propriedades Stio arqueolgico histrico - antiga fbrica de ferram entas Stio arqueolgico histrico em abrigo - Lapa do Luca Stio arqueolgico histrico em abrigo - Abrigo Saldanha

Na Fig 4.134 encontra-se a localizao destes stios com relao Cava da Serra do Sapo. O potencial para stios arqueolgicos histricos foi avaliado como alto. Os locais atuais de ocupao coincidem com os stios e estruturas arqueolgicas que foram identificados; muitas vezes as casas atuais esto a cem ou duzentos metros de stios arqueolgicos (pontos 2 a 8 e 10). Esta re-ocupao tradicional do espao evidencia o uso histrico do ambiente local e endossa a avaliao da paisagem como favorvel ocupao humana.

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A ocupao histrica valeu-se de diferentes setores ambientais locais: alm dos pontos acima, localizados em reas de morrotes, h stios de acampamentos em abrigo (pontos 40 e 43) na AE da Cava, o que sugere que abrigos da ADA tambm possam ter sido utilizados; estruturas no topo e encostas da serra (pontos 16,18,19, 24, 46) e vestgios de minerao (pontos 20 e 45). Os degraus escavados na entrada do abrigo ponto 20 sugerem que a cavidade natural possa ter sido aproveitada pela minerao tradicional, o que aumenta ainda mais o potencial dos abrigos rochosos para a arqueologia.

FIGURA. 4.136. Locais relevantes para arqueologia histrica na regio da Serra do Sapo.

Informaes orais no confirmadas Tab. 3) indicam a presena de um abrigo com pinturas na vertente oeste da Serra, supostamente realizadas por um foragido em meados do sculo XX. H tambm informaes sobre uma terceira estrada de cavaleiros; valos de divisa de propriedade, runas de fazendas antigas e cavidades rochosas na Fazenda Pitangueira (AE).

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QUADRO 4.86 - Informaes sobre patrimnio arqueolgico histrico - Serra do Sapo


Nome Endereo Rodovia ConceioCrregos km 11 / Gond/ CrregosConceio do Mato Dentro CEP: 35860000 So Sebastio do Bom Sucesso/Rua Jos Vieira So Sebastio do Bom Sucesso Fazenda Pitangueira (UTM 666540/7902490) Informaes Estradas de cavaleiros: Estrada Maria Ferreira (ponto 16), Estrada do Alvino (ponto 46) e Estrada do Buraco Frio esta , ltima no vistoriada. Todas estas estradas atravessam a Serra do Sapo e comunicavam os lugarejos prximos com a estrada principal de ligao ConceioSerro. Fazenda Bom Sucesso prxim o comunidade de Turco, com runas de senzala e pelourinho. Informao sobre catas nas terras de Mozart e Louro Andrade, conectadas ao canal localizado em sua propriedade (Lcio Andrade). Funcionrio m ais antigo da fazenda, informou a existncia de vrios valos de divisa na Fazenda Pitangueira rea

Estanislau Saldanha [email protected]/ [email protected] / [email protected] Maria do Carm o Mariano/ Joo Mariano Sobrinho Lcio Andrade

ADA Cava Mina Serra do Sapo

AE Cava Serra do Sapo AE Cava Serra do Sapo AE Cava Mina Serra do Sapo

Marclio Bi

Pilha de Estril - Serra do Sapo Quando da realizao dos levantamentos arqueolgicos no foram prospectadas as reas correspondentes atual localizao da Pilha de Estril. Porm, a norte do entorno da rea foram realizadas entrevistas na Fazenda Jardim, no tendo sido informado a presena de stios. De qualquer forma, durante os trabalhos do Programa de Prospeco, esta rea dever ser minuciosamente prospectada.

rea Industrial A rea diretamente afetada pela usina confronta-se a sul com a Cava Serra do Sapo e a leste com a barragem. Trata-se do prolongamento da rea norte da Cava Serra do Sapo a qual no foi prospectada quando da elaborao dos trabalhos arqueolgicos. A rea projetada para a usina apresenta alto potencial para conter evidncias arqueolgicas histricas. Identifico-se catas de minerao nas margens do crrego guas Santas, que desce da vertente onde ser instalada a usina. Outras estruturas arqueolgicas de minerao podem, eventualmente, ser encontradas no curso superior da drenagem. Ainda no que se refere evidncias histricas, a equipe de espeleologia localizou um abrigo na ADA da usina (UTM 665.433 / 7.912.267) com fogo e divisria de pedras, atestando o uso histrico do local como moradia ou acampamento.

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Barragem de Rejeitos A rea projetada para a barragem de rejeitos localiza-se ao norte da Cava Serra do Sapo, no sop da serra. Trata-se de um vale aberto, por onde corre o Crrego guas Santas. Esta rea de relevo suave sofreu forte substituio da cobertura vegetal original por pasto. O solo o tpico latossolo vermelho e a rea est intensamente ocupada por stios, fazendas e um pequeno lugarejo - guas Santas. No local identificou-se uma rea de explorao minerria no Crrego gua Santa (ponto 53). Ao norte da barragem esto as cabeceiras do Crrego Zalu, drenagem que parece ter tido papel importante na minerao local durante os sculos XVIII e XIX. Identificou-se um extenso patamar arrimado no mdio curso do crrego (ponto 56) e uma rea de lavras no baixo curso (ponto 57). As informaes obtidas no local so as que seguem na Quadro.4.87: QUADRO 4.87 - Locais relevantes para arqueologia histrica
rea ADA AE AE Ponto 53 56 57 Descrio Stio arqueolgico histrico - catas de guas Santas Estrutura arqueolgica histrica - patam ar arrim ado Stio arqueolgico histrico - Lavrado do Jsus Ruela

Como em toda a regio, o crrego local foi explorado pelos garimpeiros histricos, indicando que novos stios arqueolgicos de minerao histrica podem ser identificados na rea com pesquisas mais intensas. Informaes orais recolhidas com moradores da rea indicam que todo o curso do crrego entre os pontos 56 e 57 apresentam estruturas de minerao. Tambm nos foi reportado a presena de uma rea de garimpo recente na cabeceira do Crrego Zalu, abandonada h cerca de 10 anos atrs. O potencial para stios arqueolgicos histricos e patrimnio edificado alto. QUADRO 4.88 - Informaes orais - Barragem de Rejeitos
Nome Maria Jos Ruela (filha de Ado Ruela) e Liu Endereo Fazenda de Ado Ruela e Itapanhoacanga, respectivam ente Informaes Sr. Olerino, desaparecido h cerca de dez anos, garimpava em local por eles conhecido nas cabeceiras do Crrego Zalu, m ontante do patam ar arrim ado conhecido com o Curral da Dona Rosa (pto 56). Reza a lenda que Olerino ficou muito rico e por isto desapareceu. montante do ponto 57 (Lavrado do Jsus Ruela) at prxim o ao ponto 56, ambas as margens do Crrego Zalu m ostram vestgios de m inerao ( lavrados ) rea

AE Barragem de Rejeitos

Liu

Itapanhoacanga

AE Barragem de Rejeitos

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A informao oral sobre o garimpo do Sr. Olerino no Crrego Zal bastante interessante por indicar rea de garimpo tradicional recente na mesma rea da minerao colonial. O Crrego Zalu nasce nos afloramentos de quartzito da Serra do Espinhao, o que permite considerar que o garimpeiro explorasse ouro ou quartzo. No primeiro caso, tem-se a possibilidade de comparar stios arqueolgicos de mesma atividade em dois perodos distintos, na Colnia e recentemente. No segundo caso, abre-se outra perspectiva, tambm muito interessante cientificamente. O garimpo tradicional de quartzo volta sua produo principalmente para o mercado de ligas metlicas (quartzo de pior qualidade) e ligas de silcio (quartzo de melhor qualidade). Para obter o ncleo dos blocos e plaquetas de matria prima, que interessam comercializam, os garimpeiros descorticam os blocos atravs de lascamento. Estudos comparativos tecnolgicos entre as peas lascadas arqueolgicas e o refugo do lascamento dos garimpeiros atuais de quartzo na regio de Diamantina tm despertado a ateno de arquelogos e h um projeto da UFMG em andamento com os lascadores modernos de So Joo da Chapada52.

FIGURA 4.137 - Localizao dos vestgios histricos na rea da Barragem de Rejeitos.

52

PROUS, A.; ISNARDIS, A.; LIMA, A.; PIL, H,; ALONSO, M.; MIGLIACIO,M.C. Travail du quartz, de l hem atite, de l gate et de la quartzite au Brsil prhistorique et m oderne. XV Congress of UISPP. Lisboa, 04 a 09 de setembro de 2006.

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Itapanhoacanga - Cava Sul Na rea h ao menos duas nascentes de orientao geral W-E, utilizadas por pequenos proprietrios do entorno para abastecimento de fazendas e stios. A rea ao sul da Cava Sul de Itapanhoacanga drenada pela bacia do Crrego Campinas. Este material foi inclinado na orognese do Espinhao, com seu mergulho voltado para ESE e em sua fronte formam-se abrigos. A leste da, em seu mdio curso, o Crrego Campinas irriga reas de relevo ondulado, com vertentes sedimentares de cotas altimtricas variadas. A rea intensamente utilizada para pastagens e moradias. Identificou-se 11 stios e estruturas arqueolgicas em diferentes compartimentos da paisagem na rea projetada para a Cava Sul de Itapanhoacanga e entorno imediato (Fig.4). Os stios e estruturas arqueolgicas histricas esto nos vales, nos teros mdios das encostas mais suaves, nos topos dos afloramentos de canga ferruginosa ou perpassando vrios setores. So stios de moradia (ponto 63), vestgios de antiga fbrica de ferramentas de ferro (ponto 62), valos de divisa de propriedade (pontos 64 e 68), estrada de cavaleiro para Itapanhoacanga (67). H tambm estruturas de bicame (abastecimento de moradias), canais (ponto 61) e um poo de extrao de minrio de ferro para fundio ou blocos para construo de moradias (ponto 65). O quadro que segue resume estes achados. QUADRO 4.89 - Locais relevantes para arqueologia histrica - Cava Sul Itapanhoacanga
rea ADA AE AE AE AE AE AE AE AE AE AE Ponto 64 60 61 62 63 65 67 68 70 71 72 Descrio Estrutura arqueolgica histrica - valo de divisa de propriedades Estrutura arqueolgica histrica - bicam e do Crrego Campinas Estrutura arqueolgica histrica - canais Stio arqueolgico histrico - fbrica de ferram entas Stio arqueolgico histrico - habitao Estrutura arqueolgica histrica - poo de extrao de m inrio Estrutura arqueolgica histrica - estrada de cavalheiro para Itapanhoacanga Estrutura arqueolgica histrica - valo de divisa de propriedades Stio arqueolgico histrico - catas do Z Maria Stio arqueolgico histrico - galeria de m inerao Stio arqueolgico histrico e patrim nio edificado - estruturas da Fazenda Contenda

A ADA e a AE da Cava Sul de Itapanhoacanga possuem alto potencial arqueolgico para stios e estruturas histricas, sejam de atividades econmicas (minerao e produo de artefatos para abastecimento de um mercado local) sejam de moradia. Esta avaliao ancorada principalmente na disponibilidade local de minerais (jazidas de ouro de aluvio nos crregos, quartzo e minrio de ferro nas serras) e nas informaes levantadas em campo. Na contextualizao histrica e arqueolgica, Itapanhoacanga foi um opulento arraial no sculo XVIII, sustentado principalmente pela explorao de ouro aluvional. Todos os arredores do distrito tm alto potencial para stios arqueolgicos histricos que remontem a esta poca.

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FIGURA 4.138 - Localizao dos vestgios relevantes para arqueologia histrica na regio da Cava Sul de Itapanhoacanga.

QUADRO 4.90 - Informaes orais sobre vestgios arqueolgicos - Cava Sul


Nome Maria Jos Ruela Endereo Fazenda de Ado Ruela Informaes Catas e pilhas de sedim ento revirado na vrzea de um afluente da m argem direita do Crrego Zalu, perto da escolinha beira da MG-10 Informante potencial - topografou as reas das cavas de Itapanhoacanga e foi indicado com o bom conhecedor da ADA do empreendimento. No estava em campo na ocasio dos trabalhos arqueolgicos no distrito. rea AE Cava Sul Itapanhoacanga

Mrio

MMX - Itapanhoacanga

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Itapanhoacanga - Cava Norte A rea projetada para a Cava Norte de Itapanhoacanga se localiza no extremo norte do empreendimento e do distrito de Itapanhoacanga. A rea pertence bacia do Rio de Pedras, de orientao geral NW-SE. Em alguns pontos, por exemplo, a sudeste da ADA, o relevo mais encaixado, com vertentes mais inclinadas e estreitas. A atividade pecuria fez com que na maior parte da rea a cobertura vegetal tenha sido substituda por pastos. No entorno dos morros que compem a ADA Cava Norte de Itapanhoacanga, grande nmero de pequenas drenagens, tributrias do Rio de Pedras, atrai a populao atual, instalada em fazendas e stios nas bases ou nos topos das encostas ao longo dos crregos. Identifcou-se um pontos de relevncia arqueolgica e/ou histrica na rea da ADA Cava Norte de Itapanhoacanga e seu entorno imediato. QUADRO 4.91. Local relevante para arqueologia histrica - Cava Norte Itapanhoacanga
rea Ponto AE 76 Descrio Stio arqueolgico histrico - Duas Pontes

O potencial para stios arqueolgicos histricos alto tanto na ADA quanto na AE Cava Norte. O Rio de Pedras foi um importante local de minerao nos sculos XVIII e XIX, o trecho do rio que corta a Cava Norte pode conter estruturas de minerao desta poca. Observamos stios de minerao em dois pontos do rio, a montante e a jusante da ADA da Cava Norte. A presena de uma galeria de minerao no entorno da Cava aponta para a necessidade de buscar novos exemplares deste tipo de minerao na rea. A regio tambm apresenta potencial para identificao e estudo de maquinrio e construes antigas ainda em uso ou abandonadas h pouco tempo: h moinhos, fbrica de telhas e ponte sustentada sobre muro de pedras no Rio de Pedras. QUADRO 4.92 - Informaes orais sobre vestgios arqueolgicos - Cava Norte
Nome Z Pedro e Liu Endereo Fazenda Contenda e Itapanhoacanga, respectivam ente Informaes Segundo estes senhores, desde a fazenda at a barra do Crrego Logrador, podem ser encontradas reas de m inerao nas m argens da drenagem. Informante potencial - topografou as reas das cavas de Itapanhoacanga e foi indicado com o bom conhecedor da ADA do empreendimento. No estava em campo na ocasio dos trabalhos arqueolgicos no distrito. rea AE Cava norte Itapanhoacang a

Mrio

MMX Itapanhoacanga

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Discusso e Concluso Como visto no contexto histrico (vide item 4.3.1.4), Itapanhoacanga, Tapera, Crregos e Conceio dos Mata Dentro tem suas origens ligadas descoberta do ouro no incio da colonizao de Minas Gerais, nos primeiros anos do sculo XVIII. A importncia desta regio para a memria e identidade nacional foi reconhecida pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional - IPHAN e pelo Instituto Estadual do Patrimnio Histrico e Artstico de Minas Gerais atravs do tombamento de igrejas e povoados e cidades da regio (vide item 4.3.1.6). Todavia, alm desse patrimnio histrico arquitetnico e artstico de expresso nacional, os locais que testemunham as primeiras atividades de minerao, que justificaram o surgimento desses ncleos urbanos e obras de arte incorporadas, tambm so igualmente importantes para a memria nacional. Entretanto, poucos destes locais foram identificados e estudados e protegidos de modo a poder complementar o quadro histrico at agora conhecido sobre os primrdios da colonizao do territrio mineiro. O levantamento sobre a histria da regio realizado para este EIA (vide item 4.3.1.4), referem-se a que em 1701, os bandeirantes Gaspar Soares, Manoel Garcia de Paiva e Gabriel Ponce de Leon. No seu primeiro pouso, que foi no Itapanhoacanga, encontraram ouro em abundncia. Tambm o levantamento menciona que prosseguindo em sua caminhada chegaram s nascentes de um ribeiro rico do precioso metal e a que deram o nome de ribeiro de Santo Antnio. Iniciando em 1702 o processo de povoamento, deu-se ento a explorao do ouro descoberto no leito do Rio Santo Antnio ao longo do trecho compreendido entre os arraiais de Tapera, Crregos e Conceio. Os resultados mostrados pelo relatrio da equipe de arqueologia apontam para que no apenas o leito do Rio Santo Antnio foi alvo de minerao durante o perodo colonial mas que as serras do Sapo, Ferrugem e Itapanhoacanga tambm possam ter sido locais importantes destas atividades. 4.3.2.5 - Patrimnio Cultural - Histrico, Arquitetnico e Imaterial rea de Influncia Direta Os municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro possuem um rico patrimnio histrico e cultural. Ambos se inserem no circuito da Estrada Real, um dos principais projetos de desenvolvimento turstico de Minas Gerais, que formada pelo conjunto das vias de acesso s regies aurferas e diamantferas da ento capitania de Minas Gerais. Essas vias eram as nicas autorizadas pela Coroa Portuguesa, nos sculos XVII e XVIII, para serem usadas no escoamento da produo mineral. O nome Estrada Real uma aluso quelas vias que, pela sua antiguidade, importncia e natureza oficial eram propriedade da Coroa portuguesa. As estradas reais foram, ainda, os eixos principais do intenso processo de urbanizao do centro-sul brasileiro. Ao longo do seu leito ou nas suas margens se distriburam as centenas de arraiais, povoados e vilas em que se organizou a massa populacional envolvida com a economia da minerao e com as economias a ela associadas. O povoado beira do caminho, com o cruzeiro, a capela, o pelourinho, o rancho de tropas, a venda, a oficina e as casas de pau-a-pique simbolizou, durante longo tempo, o processo de nucleao urbana do centro-sul da colnia .

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expanso originria dos primeiros grandes caminhos do centro-sul do territrio A colonial conformou um dos mais significativos movimentos de apropriao do interior brasileiro e de sua integrao com a faixa litornea. Ampliando a base territorial da Amrica portuguesa, as vias hoje reunidas sob o nome de Estrada Real foram, assim, fundamentais na histria do povoamento e da colonizao de vastas regies do territrio brasileiro, tornando-se verdadeiros eixos histricos-culturais de construo de parte da nossa histria. 53 As fotos 164 a 166 demonstram marco indicativo da Estrada Real no centro do distrito de Itapanhoacanga; um trecho da MG-010, na sada de Conceio do Mato Dentro, reconhecido como integrante dessa estrada e a Estrada Real entre os distritos de Crregos e Itapanhoacanga.

Foto 164 - Marco da Estrada Real na sede de Itapanhoacanga, neste ponto a estrada real segue em direo MG - 010 no sentido do Serro.

53 Mrcio Santos - Pesquisador de rotas histricas, autor de Estradas Reais: introduo ao estudo dos cam inhos do ouro e do diam ante no Brasil (Belo Horizonte: Editora Estrada Real, 2001). Extrado do site: http//www.estradareal.org.

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Foto 165 - Trecho da MG - 010 (reconhecida como um dos caminhos da Estrada Real) em mau estado de conservao. No perodo chuvoso existem muitos trechos apresentando atoleiros, dificultando o trfego dos usurios.

Foto 166 - Estrada Real entre Crregos e Santo Antnio do Norte

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Ressalta-se que a Estrada Real ser objeto de abordagens adicionais quando for tratado o tema turismo. O municpio de Conceio do Mato Dentro possui bens materiais tombados pelo Instituto Estadual do Patrimnio Histrico e Artstico de Minas Gerais - IEPHA, so eles: QUADRO 4.93 - Patrimnio Cultural de Conceio do Mato Dentro tombado pelo IEPHA
Bens Tombados Capela Senhor dos Passos Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida Ncleo histrico de Crregos Igreja Matriz de So Francisco de Assis Igreja Santo Antnio Distrito/Sede Crregos Crregos Crregos Costa Sena Santo Antnio do Norte Categoria Bem imvel, sc. XVIII Bem Imvel, sc. XVIII Ncleo histrico, sculo XVIII Bem Imvel, sculo XVIII. Decreto N 24329, em 22/03/1985 N 24323, em 22/03/1985. N 24326, em 22/03/1985. N 24326, em 22/03/1985.

Bem Imvel, sculo N 24.330, em XVIII 22/03/1985. Fonte: Instituto Estadual do Patrimnio Histrico e Artstico de Minas Gerais - IEPHA

As fotos abaixo ilustram o patrimnio histrico da rea de influncia direta.

Fotos 167 e 168 - Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida (Crregos) e Igreja de Santo Antnio em (Santo Antnio do Rio do Norte - povoado de Tapera)

O IEPHA tambm reconhece a importncia e peculiaridade do modo de produo do queijo da regio, sendo esse um aspecto cultural regional, que foi registrado (bens registrados) no livro dos saberes, em 7 de agosto de 2002, o Modo tradicional de fabricao do queijo do Serro . A foto a seguir mostra o modo tradicional de fabricao do queijo do Serro.

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Foto 169 - Produo de queijo do Serro em fazenda da rea de Influncia Direta, no municpio de Alvorada de Minas (distrito de Itapanhoacanga)

Os municpios avaliados tambm tiveram seu patrimnio histrico e arquitetnico reconhecido pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional - IPHAN, que tombou, em Conceio do Mato Dentro, no livro histrico, a Igreja de Nossa Senhora do Rosrio, datada de 1723, e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceio. O rgo federal tambm tombou as obras de talha e retbulos do Santurio de Bom Jesus do Matozinhos. No livro das belas artes, o IPHAN tombou, em Conceio do Mato Dentro: o chafariz da Praa Dom Joaquim, uma casa na mesma praa (Dom Joaquim), alm das duas igrejas j citadas no tombamento do livro histrico. Em Alvorada de Minas, o IPHAN tombou, no livro das belas artes, a Igreja de So Jos, datada de 1785, localizada no distrito de Itapanhoacanga. As fotos 170 a 172 mostram alguns exemplos do rico acervo arquitetnico e histrico da regio.

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Foto 170 - Igreja de So Jos do Itapanhoacanga, no distrito de Itapanhoacanga, em Alvorada de Minas

Foto 171 - Mercado municipal de Conceio do Mato Dentro, Igreja Nossa Senhora do Rosrio, ao fundo.

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Foto 172 - Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceio

Em nvel municipal, Conceio do Mato Dentro reconhece como patrimnio cultural e histrico os seguintes bens materiais, conjuntos paisagsticos, bens imveis e ncleos histricos: - Ncleo histrico de Santo Antnio do Norte; - Ncleo histrico do Itacolomi; - Ncleo histrico de Crregos; - Aeroporto Magalhes Pinto - Antigo Frum; - Capela de Santana; - Capela de So Judas Tadeu; - Casa de Cultura; - Colina da Paz; - Conjunto arquitetnico e paisagstico da Escola Normal So Joaquim; - Conjunto arquitetnico e paisagstico da Pousada Bandeirante; - Conjunto arquitetnico e paisagstico ginsio So Francisco; - Conjunto arquitetnico e paisagstico Bom Jesus de Matozinhos; - Conjunto coroas e cetros rei e rainha do Rosrio e Divino; - Escola estadual Eli Carvalho; - Ginsio So Francisco; - Inscries rupestres do Passa Cinco;

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- Mercado municipal; - Piraraquara; - Pousada dos Bandeirantes; - Prefeitura Municipal; - Residncia da famlia Costa; - Residncia da famlia Guerra; - Residncia da famlia Lajes; - Residncia da famlia Rajo;

rea de Influncia Indireta - Patrimnio Cultural, histrico e arquitetnico Na rea de Influncia Indireta merece destaque o rico acervo de patrimnio histrico e arquitetnico do Serro. Este possui diversos bens imveis tombados para a preservao e um dos mais belos trechos da Estrada Real se encontra no municpio, este faz a ligao entre Serro e Diamantina e d acesso aos distritos de Milho Verde e So Gonalo Rio das Pedras. Em nvel federal, o IPHAN tombou os seguintes bens culturais do municpio do Serro: a Casa dos Ottoni (atual museu regional), o Conjunto Arquitetnico e Urbanstico da Cidade do Serro (foi o primeiro municpio brasileiro tombado, em 1938), Igreja do Bom Jesus do Matozinhos, Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceio e a Igreja Nossa Senhora do Carmo. Em nvel estadual, o IEPHA tombou os seguintes bens culturais do municpio do Serro: a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, no distrito de Milho Verde e a Igreja Matriz de So Gonalo, no distrito homnimo. As fotos que seguem ilustram o rico patrimnio cultural presente no municpio do Serro.

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Fotos 173 a 176: (em sentido horrio, de cima para baixo) Estrada Real entre Milho Verde e So Gonalo do Rio das Pedras (distritos de Serro); Igreja de Nossa Senhora da Conceio e casa de General Carneiro, ambas no centro histrico do Serro; Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Milho Verde e a Igreja Matriz de So Gonalo do Rio das Pedras.

Os demais municpios da rea de influncia indireta, Santana do Riacho e Dom Joaquim, no possuem nenhum bem cultural tombado em nenhum nvel da administrao pblica.

4.3.3 - Dinmica Populacional


4.3.3.1 - Distribuio e mapeamento da populao, localizao das aglomeraes urbanas e rurais e hierarquizao dos ncleos. rea de Influncia Direta A populao total dos municpios da rea de influncia direta do empreendimento de 22.164 pessoas, segundo o Censo 2000. A grande maioria deste contingente populacional, 84%, se encontra no municpio de Conceio do Mato Dentro. O quadro 4.94 a seguir demonstra a populao absoluta e estimada dos municpios em estudo segundo os Censos de 1991 e 2000 e tambm o percentual populacional de cada municpio ante o total da regio.

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QUADRO 4.94 - Populao absoluta e relativa da AID


Municpios Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro Populao Censo 1991 3.893 18.721 Populao Censo 2000 3.527 18.637 22.164 Populao estimada 2006 3.256 18.575 21.831 Porcentual sobre o total da regio - % (base Censo 2000) 15,91 84,09 100,00

Populao Total 22.614 Fonte: IBGE, Censos 1991 e 2000.

Agregando, por municpio, as estimativas populacionais geradas pelo IBGE, a populao atual da rea de influncia indireta de 21.831 habitantes. Portanto, menor que a verificada no Censo de 2000. No entorno imediato do empreendimento, constituindo um subgrupo da AID, esto diversas propriedades rurais, o distrito de Itapanhoacanga (Alvorada de Minas) e o povoado de So Sebastio do Bom Sucesso (Conceio do Mato Dentro). O distrito de Itapanhoacanga representa aproximadamente 61% de toda a populao do entorno (Quadro 4.95). QUADRO 4.95 - Populao absoluta e relativa dos distritos do entorno
Municpios Itapanhoacanga So Sebastio do Bom Sucesso Populao Censo 1991 1.601 971 Populao Censo 2000 1.359 858 Populao estimada 2006 1.245 803 Porcentual sobre o total da regio - % (base Censo 2000) 61,30% 38,70% 100,00

Populao Total 2.572 2.217 2.048 Fonte: IBGE, Censos 1991 e 2000; elaborao Brandt Meio Ambiente.

rea de Influncia Indireta O municpio do Serro possui o maior contingente populacional da rea de influncia indireta, sua populao representa 72% do total da rea. O segundo mais populoso o de Dom Joaquim, seguido por Santana do Riacho. QUADRO 4.96 - Populao absoluta e relativa da AII
Municpios Santana do Riacho Dom Joaquim Serro Populao Censo 1991 3.404 4.960 18.861 Populao Censo 2000 3.739 4.698 21.012 Populao estimada 2006 3.987 4.504 22.247 Porcentual sobre o total da regio - % (base Censo 2000) 12,70% 15,90% 72,30% 100,00

Populao Total 27.225 29.449 30.738 Fonte: IBGE, Censos 1991 e 2000; elaborao Brandt Meio Ambiente.

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4.3.3.2 - Taxa de Crescimento e Densidade Demogrfica rea de Influncia Direta A dinmica populacional de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas demonstra que esses vivenciam um processo de diminuio populacional, sendo este mais acentuado no municpio de Alvorada de Minas. A rea dos municpios em anlise de 2.052,7km e a densidade demogrfica dessa de 10,79 habitantes por km (quadro 4.97). QUADRO 4.97 - Taxa de crescimento, extenso territorial e densidade demogrfica - AID
Municpios Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro Taxa de Crescimento - 1,13 % - 0,05 % Extenso territorial Densidade - km Demogrfica (Hab/km2) 376,1 1.676,6 9,3 11,1 10,79

Total -0,22% 2.052,7 Fonte: Atlas do Desenvolvim ento Humano no Brasil; Fundao Joo Pinheiro / PNUD.

Os distritos de Itapanhoacanga e de So Sebastio do Bom Sucesso tambm vivenciaram reduo populacional no perodo em anlise. O distrito de Itapanhoacanga teve sua populao reduzida em 15% no ltimo perodo intercensitrio e no povoado de So Sebastio do Bom Sucesso a reduo foi de 11,6%.

rea de Influncia Indireta A dinmica populacional dos municpios da AII demonstra que a populao de Serro e de Santana do Riacho tem crescido a uma taxa mdia anual ligeiramente superior 1%. Enquanto que Dom Joaquim apresentou queda de sua populao absoluta, com uma taxa negativa mdia anual de -0,62%. O quadro a seguir demonstra dados relativos ao crescimento, extenso territorial e densidade demogrfica. QUADRO 4.98 - Taxa de crescimento, extenso territorial e densidade demogrfica - AII
Municpios Santana do Riacho Dom Joaquim Taxa Mdia de Crescimento Anual 1,09% - (0,62%) Extenso territorial Densidade - km Demogrfica (Hab/km2) 678,8 407,9 5,5 11,5 16,9

Serro 1,25% 1.244,1 Fonte: IBGE, Censos 1991 e 2000; elaborao Brandt Meio Ambiente.

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4.3.3.3 - Taxa de Urbanizao rea de Influncia Direta O municpio de Alvorada de Minas apresenta baixa taxa de urbanizao, tendo a maior parte de sua populao inserida no meio rural. J Conceio do Mato Dentro embora tenha a maior parte de sua populao inserida no meio urbano, ainda apresenta uma taxa de urbanizao bem inferior mdia do estado de Minas Gerais. A foto 177 mostra o centro de Alvorada de Minas, onde se pode notar a rea rural bem prxima.

Foto 177 - Sede urbana de Alvorada de Minas

A foto 178 mostra o centro de Conceio do Mato Dentro, onde se nota maior grau de urbanizao da rea de sua influncia.

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Foto 178 - rea central de Conceio do Mato Dentro

O quadro 4.99, a seguir, demonstra a evoluo das taxas de urbanizao dos municpios da rea de influncia direta. QUADRO 4.99 - Taxa de Urbanizao - AID
Municpios Estado de Minas Gerais Alvorada de Minas Taxa de urbanizao 1991 74,87 27,43 2000 82,00 32,01 Crescimento % no perodo 1991/2000 9,53 16,68

Conceio do Mato Dentro 48,63 57,07 17,35 Fonte: Atlas do Desenvolvim ento Humano no Brasil - 2000; Fundao Joo Pinheiro e PNUD. Base de Dados: IBGE, Censos 1991 e 2000.

Considerando os municpios com taxa de urbanizao inferior 50% como rurais, temse que Alvorada de Minas possui um perfil essencialmente rural, no qual 68% de sua populao ainda se encontra nesse meio. Enquanto que Conceio do Mato Dentro j tenha um perfil urbano, embora ainda possua grande parte de sua populao no meio rural (43%). Quanto ao crescimento da taxa de urbanizao, ambos os municpios apresentam valor superior mdia do Estado. Ressalta-se que este dado influenciado pela baixa taxa de urbanizao que estes municpios apresentavam em 1991, o que faz com que qualquer movimento populacional no sentido de maior urbanizao assuma maior proporo.

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A rea do entorno imediato tambm se caracteriza prioritariamente como rural. Em Itapanhoacanga, a populao que reside na sede do distrito, segundo dados do Censo 2000, 342 pessoas enquanto que no meio rural se encontram 1.017 pessoas. Portanto, a taxa de urbanizao do distrito de 25%. O povoado de So Sebastio do Bom Sucesso tambm possui uma pequena taxa de urbanizao, neste residem no meio rural 765 pessoas e no meio urbano 93 pessoas, logo o distrito possui uma taxa de urbanizao de 10,83%. Portanto, a predominncia do perfil rural na rea de entorno ainda mais acentuada que no restante da rea de influncia direta.

rea de Influncia Indireta Os municpios da rea de influncia indireta apresentam baixa taxa de urbanizao. Nenhum deles possui grau de urbanizao superior a 60%, sendo que em Santana do Riacho a maioria da populao se encontra no meio rural. O municpio de Dom Joaquim tambm tem taxa de urbanizao de 57,8% e apresentou crescimento dessa taxa de 18,64% no perodo avaliado. O municpio de Serro possui taxa de urbanizao de 56% e apresentou a menor taxa de crescimento do grau de urbanizao da rea de influncia indireta. O municpio que apresentou o maior crescimento da taxa de urbanizao foi Santana do Riacho, no qual aproximadamente 33% de sua populao saiu do meio rural para o meio urbano. Porm, a baixa taxa de urbanizao que este apresentava em 1991 faz com que pequenos movimentos em direo ao aumento dessa taxa tenham uma significncia relativa alta. O quadro a seguir demonstra esses dados. QUADRO 4.100 - Taxa e crescimento da urbanizao na AII
Municpios Santana do Riacho Dom Joaquim Taxa de urbanizao 1991 34,78% 48,71% 2000 46,22% 57,79% Crescimento % no perodo 1991/2000 32,87% 18,64% 8,38%

Serro 51,78% 56,12% Fonte: Atlas do Desenvolvim ento Humano no Brasil, base IBGE.

4.3.3.4 - Razo de Dependncia rea de Influncia Direta A Razo de Dependncia um conceito demogrfico que avalia o peso da populao considerada inativa (0 a 15 anos de idade e 65 anos a mais de idade) sobre a populao potencialmente ativa (de 15 65 anos). Nos municpios analisados, esta razo apresentou queda na ltima dcada. Portanto, a AII vivencia atualmente um processo conhecido como janela demogrfica na qual , a populao no-economicamente ativa (dependente) est diminuindo em relao populao em idade ativa. A reduo da taxa de fecundidade da populao o principal fator responsvel por esse processo.

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A janela demogrfica indica a existncia de condies propcias ao desenvolvimento econmico, pois sinaliza maior contingente populacional apto a produzir, menor presso sobre o sistema educacional e de sade. Porm, essa condio tende a se manter por um perodo mximo de 30 anos, segundo Tnia Cooper, do Fundo de Populao das Naes Unidas (UNFPA), pois o envelhecimento da populao decorrente da maior longevidade faz com que a razo de dependncia volte a subir. Embora a queda da razo de dependncia tenha sido um fenmeno comum aos municpios em anlise, estes ainda apresentam uma razo de dependncia superior apresentada pelo estado. Sendo que esta se encontra bastante elevada no municpio de Alvorada de Minas, no qual para cada 1 indivduo em idade ativa existe 0,77 em idade inativa e 0,76 em Conceio do Mato Dentro. QUADRO 4.101 - Razo de dependncia - AID
Municpios Estado de Minas Gerais Alvorada de Minas Razo de Dependncia - % 1991 63,6 94,1 2000 52,8 77,1 Evoluo % no perodo 1991/2000 - (16,98) - (18,06)

Conceio do Mato 85,3 75,8 - (11,13) Dentro Fonte: Atlas do Desenvolvim ento Humano no Brasil - 2000; Fundao Joo Pinheiro e PNUD. Base de Dados: IBGE, Censos 1991 e 2000.

rea de influncia indireta A razo de dependncia na rea de influncia indireta tambm muito elevada. No municpio do Serro existem 0,78 pessoas inativas para cada pessoa ativa e em Dom Joaquim 0,73 para cada pessoa ativa. QUADRO 4.102 - Razo de dependncia - AII
Municpios Santana do Riacho Dom Joaquim Razo de Dependncia - % 1991 78,9% 83,3% 2000 61,8% 73,5% Evoluo % no perodo 1991/2000 - (21,7)% - (11,7)%

Serro 87,0% 78,4% -(9,9)% Fonte: Atlas do Desenvolvim ento Humano no Brasil - 2000; Fundao Joo Pinheiro e PNUD. Base de Dados: IBGE, Censos 1991 e 2000.

A elevada razo de dependncia na rea de influncia direta e indireta do empreendimento indica que existe proporcionalmente um elevado contingente de jovens e de idosos em relao populao ativa. Isto um sintoma de um ambiente econmico que oferece poucas oportunidades para a populao em idade ativa, que assim estimulada a migrar para outras regies, fazendo que com que se eleve a proporo de idosos.

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Tomando como exemplo o municpio de Conceio do Mato Dentro e o de Serro, ambos possuem uma proporo de idosos ante a populao em idade ativa de, respectivamente, 15,5% e 12,7%; esta uma relao bastante superior apresentada pelo estado de Minas Gerais, que possui 9,5% de idosos. 4.3.3.5 - Populao economicamente ativa, populao ocupada e taxa de desemprego rea de Influncia Direta Segundo o Censo Demogrfico 2000, a populao economicamente ativa de Alvorada de Minas trabalha prioritariamente no setor primrio (agropecuria), ao todo 63% da populao ocupada est empregada nesse setor. O setor tercirio (comrcio e servios) responde por 31% dos empregos e o industrial por 6%. A estrutura do mercado de trabalho reflete e comprova o carter essencialmente rural desse municpio. Em Conceio do Mato Dentro o setor tercirio o maior gerador de postos de trabalho, empregando 45% da populao ocupada, seguido pelo setor primrio que gera 39,6%. No municpio a Indstria responsvel por 15% dos empregos. Em Minas Gerais, o perfil do mercado de trabalho distinto dos municpios avaliados. No estado somente 20,69% dos trabalhadores esto no setor primrio, no setor secundrio se encontram 21,66% dos trabalhadores e no tercirio 57,64%. A taxa de desemprego de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro elevada, em 2000, esta se encontrava no patamar de 14,76% e 13,79%, respectivamente. O ndice de desemprego verificado pelo Censo 2000 nesses municpios ficou prximo ao apresentado por Minas Gerais que foi de 14,18%. Os quadros 4.103 e 4.104 que seguem demonstram dados relativos populao economicamente ativa (PEA), ocupao desta por ramo de atividade e taxa de desemprego dos municpios em estudo. QUADRO 4.103 - Populao ocupada por atividade econmica, populao economicamente ativa e taxa de desemprego, em 2000
Municpios Populao Ocupada por atividade econmica em 2000 Agropecuria Alvorada de Minas 524 Comrcio e Indstria Servios 265 42 Total 831 PEA Total 975 Taxa de desemprego 14,76% 13,79%

Conceio do Mato Dentro 2.093 2.389 800 5.282 6.127 Fonte: Fundao Joo Pinheiro, base de dados do Censo Dem ogrfico 2000 do IBGE

O quadro 4.104 demonstra a percentagem da PEA ocupada por ramo de atividade econmica.

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QUADRO 4.104 - Porcentagem ocupada da PEA por ramo de atividade em 2000


Municpios Alvorada de Minas Distribuio da Populao Economicamente Ativa Ocupada em % Agropecuria 63,05 Comrcio e Servios 31,88 Indstria 5,15 15,14

Conceio do Mato Dentro 39,62 45,12 Fonte: Fundao Joo Pinheiro, base de dados do Censo Dem ogrfico 2000 do IBGE

Na rea que conforma o entorno imediato do empreendimento ntida a predominncia dos trabalhos relativos ao setor agropecurio e a prpria condio essencialmente rural dos distritos que a compem propicia o desenvolvimento dessas. A foto 179 mostra uma residncia tpica da rea urbana do distrito de Itapanhoacanga.

Foto 179 - Quintal de uma residncia na sede do distrito de Itapanhoacanga.

O setor tercirio localizado no entorno imediato composto basicamente por bares e pequenas mercearias. A foto 180 demonstra um exemplo desse setor presente no entorno.

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Foto 181 - Estabelecimento comercial no distrito de So Sebastio do Bom Sucesso

O setor secundrio dos distritos do entorno representado pela agroindstria de pequeno porte, que desenvolvida atravs do processamento dos principais produtos agropecurios da regio. Em muitas fazendas da rea de entorno h a produo de queijo, conhecido como queijo do Serro e h tambm a presena de algumas destilarias de cachaa. As fotos 182 e 183 demonstram uma fazenda da regio de So Sebastio do Bom Sucesso e a placa indicando que a mesma produz e vende queijo.

Fotos 182 e 183 - Fazenda s margens da MG - 010, prxima ao distrito de So Sebastio do Bom Sucesso, na qual se vende queijo de fabricao prpria.

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rea de Influncia Indireta O municpio do Serro o nico da rea de influncia indireta para o qual se prev impactos do empreendimento sobre seu mercado de trabalho. Isto porque o municpio possui maior contingente populacional, maior nmero de pessoas inseridas no mercado de trabalho e uma mo-de-obra de maior qualificao e diversificao tcnica, uma vez que possui todos os nveis de ensino, inclusive instituies de nvel superior. Ademais, est prximo do municpio de Alvorada de Minas (23 km de distncia, aproximadamente). Os municpios de Santana do Riacho e Dom Joaquim possuem pequeno contingente populacional, a soma da populao desses municpios que significa 8.437 pessoas equivale 40% da populao do Serro. Ademais, no municpio de Dom Joaquim, 54% da populao ocupada est no setor agropecurio e neste somente 158 pessoas atuam no setor industrial. J Santana do Riacho est h mais de 70 km de distncia do empreendimento e possui somente 245 pessoas trabalhando no setor industrial e se trata de um municpio no qual o setor secundrio possui maior destaque, principalmente devido a forte atividade turstica que l ocorre.

QUADRO 4.105 - Porcentagem ocupada da PEA da rea de influncia indireta por ramo de atividade em 2000
Municpios Populao Ocupada por atividade econmica em 2000 Agropecuria Serro Dom Joaquim 3.229 1.047 Comrcio e Indstria Servios 2.782 709 1.157 158 Total 7.168 1.914 PEA Total 8.191 2.059 Taxa de desemprego 12,48% 7,04% 13,36%

Santana do Riacho 284 761 245 1.290 1.489 Fonte: Fundao Joo Pinheiro, base de dados do Censo Dem ogrfico 2000 do IBGE

A populao ocupada do Serro distribui-se da seguinte forma: 45% no setor agropecurio, 39% no setor de comrcio e servios e 16% no setor industrial. A taxa de desemprego do setor, em 2000, era de 12,5% e dentre todos os municpios avaliados, incluindo os da rea de influncia direta, possui a maior populao economicamente ativa, 8.191 pessoas. 4.3.3.6 - Fluxos migratrios (rea de Influncia Direta) No h um levantamento especfico quanto aos fluxos migratrios vigentes nos municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro. Porm, segundo a secretria de Assistncia Social da Prefeitura Municipal de Alvorada de Minas, Sra. Luciana, as pessoas que emigram tem como destino principal o municpio de Belo Horizonte e tambm, em menor escala, os Estados Unidos da Amrica. Em Conceio do Mato Dentro a maioria das pessoas que emigram tem como destino principal o municpio de Belo Horizonte, segundo entrevistas aleatrias realizadas no municpio.

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No h em nenhum dos municpios movimentos imigratrios, segundo todas as entrevistas realizadas. Em ambos os municpios a populao decresceu na ltima dcada, fato este que atesta a ausncia de imigrao na regio. Outro fator que caracteriza a socioeconomia desses municpios e que tambm contribui para que haja uma maior sada do que entrada de pessoas o fato que em ambos a renda per capta inferior mdia estadual. Tradicionalmente, a menor condio de gerao de renda de uma dada localidade atua como inibidora de movimentos imigratrios e fortalece a emigrao. Ademais, considerando que a renda per capta decorre das condies produtivas locais e o fato desta se caracterizar por pequenos estabelecimentos agrcolas e comerciais, muitos voltados para a subsistncia de seus proprietrios, pode se afirmar que a remunerao do trabalho nessas localidades inferior mdia estadual; e/ou que as condies de empregabilidade so mais restritas. Tambm, h que se considerar que o ndice de Desenvolvimento Humano desses municpios apresentou elevao de 1991 para 2000, o que decorre, entre outros fatores, da diminuio da mortalidade infantil e do aumento da longevidade, portanto a diminuio do contingente populacional est indubitavelmente relacionada com a existncia de movimentos emigratrios. A alta proporo da populao rural tambm contribui para a evaso populacional, pois h uma forte tendncia de urbanizao no pas e, em particular, no estado de Minas Gerais. Portanto, embora parte da populao rural possa ter migrado para as prprias sedes de seus respectivos municpios, h que se considerar a possibilidade desta partir para outros centros urbanos. O quadro 4.106 a seguir demonstra a dinmica populacional entre os meios rural e urbano em Minas Gerais e indica a tendncia de aumento da taxa de urbanizao. QUADRO 4.106 - Entradas, sadas e saldos migratrios, por situao do domiclio, no estado de Minas Gerais - perodo 1995/2000.
Unidade da Federao Meio Rural Entrada Sada 86.264 Saldo - (25.188) Entrada 386.706 Meio Urbano Sada 322.394 Saldo 64.312

Minas Gerais 61.076 Fonte: Censo Dem ogrfico 2000, IBGE;

Segundo os dados do relatrio Migrao e Deslocamento realizado pelo IBGE, a partir de dados do Censo Demogrfico 2000, o estado de Minas Gerais apresentou uma sada de pessoas superior entrada - quadro 4.107. Portanto, em Minas Gerais tambm prevalece o modelo que tem levado s pessoas buscarem outros estados da federao melhores oportunidades de emprego e renda. QUADRO 4.107 - Movimento migratrio no estado de Minas Gerais
Estados 1991 Entrada Sada 1.221.299 Entrada 3.942.406 2000 Sada 4.067.839 Saldo migratrio 2000 - (125.433)

Minas Gerais 884.209 Fonte: Censo Dem ogrfico 2000, IBGE.

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4.3.4 - Uso e ocupao do solo


Este item aborda a identificao e a caracterizao dos tipos de uso e formas de ocupao existentes na rea de Influncia Direta do empreendimento, considerando a perspectiva de sua evoluo a partir do cenrio atual. Procurou-se, desta forma, descrever sucintamente, as estruturas e os usos diversos que as comunidades locais fazem da terra, no intuito de se retrat-los e apontar algumas das possibilidades futuras de uso e ocupao. Ainda foi observado o nvel de dependncia que a populao local tem em relao aos recursos naturais da regio, particularmente em relao gua, o que aumenta o potencial de impacto do empreendimento sobre esta, devido interveno que este far sobre parte das nascentes das micro-bacias locais. Na etapa de campo, quando se percorreu a rea de Influncia Direta (AID), identificouse as diferentes estruturas, as formas de uso e ocupao do solo e tambm foi observado o nvel de tecnologia empregada no manejo no que se refere utilizao das terras. A abordagem sobre a ocupao do solo foi focada na rea de Influncia Direta, pois os impactos do empreendimento sobre o uso e a ocupao do solo se restringem esta territorialidade. No decorrer desta etapa ainda foram realizados contatos informais com moradores locais com a finalidade de se identificar a situao atual e futura no que diz respeito aos diversos usos nas reas abrangidas pelo empreendimento. Assim, com base nos dados e informaes apurados, procurou-se traar a caracterizao das formas de uso e ocupao na rea de Influncia Direta do empreendimento, apontando as tendncias identificadas. 4.3.4.1 - Aglomeraes populacionais na AID Os distritos presentes na AID apresentam caractersticas tipicamente rurais, com edificaes simples, a maioria formada por um casario antigo, onde s vezes h a presena de quintais nos fundos das edificaes. Os distritos mais prximos ao empreendimento so os seguintes: So Sebastio do Bom Sucesso, Crregos, Santo Antnio do Norte, em Conceio do Mato Dentro e Itapanhoacanga, em Alvorada de Minas. Os trs ltimos esto s margens da Estrada Real. So aglomeraes que remontam ao ciclo do diamante, quando ali passavam os tropeiros que faziam o caminho da Estrada Real. Assim, seus ncleos guardam muitas feies daquele perodo, com destaque para as capelas e igrejas l erigidas no passado. Estes povoados so formados por uma via principal, onde se encontram grande parte das construes, como a igreja e um pequeno comrcio, voltado para o atendimento das necessidades bsicas da populao ali residente. Todos contam com rede de energia eltrica e de telefonia. O abastecimento de gua realizado atravs de nascentes situadas nos arredores. No caso de Itapanhoacanga a gua que supre o distrito proveniente da Serra de So Jos, a oeste; em So Sebastio do Bom Sucesso, a gua captada numa nascente localizada na Serra do Sapo.

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4.3.4.2 - O uso e a ocupao do solo como elemento formador da paisagem rural A base da economia destas comunidades a pecuria leiteira, desenvolvida nas propriedades existentes na regio. A populao tambm sobrevive dos pequenos roados que cultiva em seus terrenos. Mais recentemente o turismo vem ganhando espao na regio, principalmente nos distritos ao longo da Estrada Real e em Tabuleiro, devido ao seu patrimnio natural exuberante. Nesse cenrio, observam-se uma homogeneidade da paisagem ao longo de toda AID. Esta formada por extensos pastos, matas, capoeiras e campos entrecortados por estradas. Em termos espaciais as pastagens representam a principal forma de ocupao na rea estudada. Tambm integram esse contexto os j referidos distritos, onde se concentra parte da comunidade residente e alguns equipamentos pblicos e de convvio social, como igrejas, bares, escolas, postos de sade, etc. As pastagens existentes so predominantemente melhoradas, com a introduo de espcies exticas, como a brachiaria , e a utilizao de fertilizantes e defensivos. Os pastos nativos, sujos, so mais raros, ficando restritos geralmente s encostas, e em parte das formaes campestres. Geralmente os pastos dividem o espao com as matas e os pequenos cultivos, como capineira e cana, alm de outras culturas menos disseminadas, como milho, banana, hortas e pomares. Predomina na regio o manejo extensivo, com baixo aproveitamento das pastagens. As matas esto presentes em reas intermedirias das encostas e prximo ao fundo dos vales, principalmente nas regies de gua Santa e ao norte de Itapanhoacanga. J as formaes campestres recobrem a parte alta das serranias locais, com destaque para a Serra do Sapo, onde ocorre grande parte da vegetao sobre canga identificada na rea. Interessante observar que apesar de haver muitas matas preservadas nos domnios da AID, estas esto concentradas espacialmente. Ou seja, a mata mantida em determinadas pores e totalmente suprimida em outras, como para ceder lugar s pastagens, onde neste caso rara a manuteno da vegetao ciliar. Espalhados pela rea de estudo observam-se fragmentos de vegetao nativa e vrios afloramentos rochosos que do o contorno aos topos das elevaes locais. Tais fragmentos so importantes, pois neles que se encontra a maior parte da biodiversidade local e as nascentes das sub-bacias inseridas na AID, que vo alimentar importantes cursos d gua jusante, como o rio do Peixe, a leste, e o rio Santo Antnio, a oeste. Neste contexto, onde o uso do solo extensivo, a perspectiva de alteraes quanto ao uso e ocupao das terras baixa. Uma vez que se observou que h, localmente, uma relativa estagnao das atividades econmicas. Para a subsistncia a populao dos povoados costuma manter pequenas culturas, como hortas, pomares, etc e criao de galinceos e sunos. Entretanto, observa-se que essas atividades so praticadas de maneira muito rudimentar, tradicional, sem a adoo de tcnicas agrcolas modernas que poderiam incrementar a produtividade. Contribui para isso o fato que a maioria dos moradores trabalha nas fazendas da regio, tendo pouco tempo para a manuteno de seus prprios cultivos e so poucas as terras disponveis.

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Nas propriedades rurais situadas prximas s minas das serras do Sapo e Itapanhoacanga predominam, conforme j mencionado, a pecuria leiteira, o que inclui a manuteno de pequenas capineiras e canaviais para a forragem. Estas so, na maioria dos casos, de pequeno e mdio porte. Dentre os usos econmicos do solo e que foram encontrados no levantamento de campo e que merecem destaque so: - fabricao de queijo: em muitas propriedades da regio ocorre a produo de queijo do Serro. As propriedades que realizam essa atividade possuem, aproximadamente, entre 50 a 200 cabeas de gado e a produo de, aproximadamente, 100 a 200 kgs de queijo por semana. Os principais locais de comercializao da produo so o municpio de Serro, Conceio do Mato Dentro e Belo Horizonte. - produa de leite: no municpio de Conceio do Mato Dentro foram identificadas vrias propriedades que produzem leite e o vendem para o laticnio Ibituruna, o qual possui uma cmara de resfriamento no distrito de So Sebastio do Bom Sucesso. L o leite recebido e depois enviado para a sua unidade fabril, situada no municpio de Governador Valadares. As propriedades que produzem leite possuem uma produo diria que gira entre 10 a 150 litros. - fabricao de cachaa: no distrito de So Sebastio do Bom Sucesso foi identificada uma propriedade que produz cachaa, denominada Sapolitana. A produo de 5.000 litros por safra de cana-de-acar. A propriedade possui plantao prpria de cana-de-acar e tambm compra essa matria-prima de propriedades vizinhas, indicando a existncia de relaes comerciais entre essas propriedades. - agricultura de subsistncia: a maioria das propriedades visitadas desenvolvem uma agropecuria de subsistncia. Nestas comum encontrar o cultivo de culturas agrcolas de feijo, mandioca e milho. Sendo tambm comum encontrar algumas cabeas de gado, na maioria das vezes de 2 a 10 reses, as quais fornecem leite para o consumo dos proprietrios. Os proprietrios destas so na maioria das vezes trabalhadores rurais aposentados, os quais tem como principal fonte de renda a aposentadoria. A propriedade serve como local de moradia e como fonte de renda, podendo se constituir a principal fonte de renda ou ento atuar como fonte complementar da renda. Ressalta-se que muitos proprietrios relataram a existncia de formas no monetrias de comercializao da produo. Segundo estes, h ocasies em que a farinha de mandioca, o milho e as hortalias e leguminosas produzidas nestas propriedades so levadas para Conceio do Mato Dentro onde so trocadas por outras mercadorias, numa transao que no mediada diretamente pela moeda (embora esta continue a ser a referncia de valor que ir balizar a transao comercial). As propriedades da regio do entorno do empreendimento geram poucos empregos. Na maioria dos casos a produo realizada pelo proprietrio e sua famlia. O levantamento de campo s encontrou duas propriedades que empregavam trabalhadores que no pertenciam famlia proprietria das mesmas. Em uma havia 2 trabalhadores e outra gerava de 5 a 6 empregos terceirizados e sazonais. As benfeitorias presentes correspondem, de forma geral, a casa sede, as casas de agregados e empregados, currais e demais instalaes complementares.

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A seguir algumas fotos com exemplos de propriedades diretamente afetada pelo empreendimento ou prximas este.

Foto 184 - Propriedade de mdio porte no municpio de Alvorada de Minas, prxima ao distrito de Itapanhoacanga, onde se produz queijo.

Foto 185 - Paisagem tpica das propriedades da AID, curral e gado.

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Foto 186 - Propriedade da AID que desenvolve agricultura de subsistncia.

A baixa taxa de urbanizao dos municpios analisados implica em maior contingente populacional na rea rural. Porm, este fato precisa ser relativizado, pois tanto Alvorada de Minas como Conceio do Mato Dentro possuem pequenos contingentes populacionais e baixa densidade demogrfica. Na regio mais prxima do empreendimento haver uma intensa interao deste com pessoas que esto vivendo em pequenas comunidades ou que esto circunscritas ao domnio de unidades residenciais isoladas. A anlise sobre a ocupao do solo sob o ponto de vista fundirio, focada nas tipologias de estabelecimentos agrcolas na rea em estudo, est tratada no item 4.3.4.6 - Caracterizao da estrutu ra fundiria . As fotos 187 190 mostram cenas regio: o reconhecimento da histria como uma potencialidade turstica, que um dos significados dos marcos da Estrada Real; a produo agrcola comercializada em um estabelecimento comercial tpico de Itapanhoacanga; a fazenda com gado e as estruturas que a compem; e os msicos em uma manh de domingo em Santo Antnio do Norte (Tapera), ilustrando o cotidiano buclico ainda presente nos distritos ao longo desse trecho da Estrada Real.

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FOTO 187

FOTO 188

FOTO 190 FOTO 189 Fotos 187 A 190 - Cenas e paisagens tpicas: Marco da Estrada Real entre Santo Antnio do Norte e Itapanhoacanga; produtos da horticultura regional em mercado de Itapanhoacanga; fazenda com curral e criao de gado bovino ao fundo; msicos no distrito de Santo Antnio do Norte.

4.3.4.3 - Uso do Solo - Produo Econmica do Setor Primrio (os principais usos rurais). Agricultura O setor agrcola movimentou em 2004, segundo o IBGE, aproximadamente R$ 4.527 mil reais, em Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro. Em Alvorada de Minas a agricultura gerou R$ 1.480 mil reais, 31% da produo da rea de influncia, e em Conceio do Mato Dentro o valor da produo foi de R$ 3.047 mil reais, 69% do total. As principais culturas desses municpios so: banana, caf, laranja (lavouras permanentes); e milho, mandioca, cana-de-acar, arroz e feijo (lavouras temporrias). As lavouras temporrias respondem por 52% do valor gerado na agricultura e as permanentes por 48%.

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Lavoura Permanente A cultura de banana a principal lavoura permanente de Alvorada de Minas e de Conceio do Mato Dentro, respondendo, respectivamente, por 66% e 56% do valor da produo agrcola permanente desses municpios. Tambm so relevantes as culturas de caf e laranja nesses municpios. Sendo que a lavoura de caf a segunda mais importante em Conceio do Mato Dentro e em Alvorada de Minas a de laranja que possui esse destaque. Na terceira posio as culturas se invertem, destacando se a de laranja em Conceio do Mato Dentro e a de caf em Alvorada de Minas. As culturas permanentes de banana, caf e laranja geram R$ 640 mil reais por ano em Alvorada de Minas e em Conceio do Mato Dentro R$ 1.517 mil de reais. A rea colhida de 100 hectares em Alvorada de Minas e de 315 hectares em Conceio do Mato Dentro. O quadro a seguir demonstra os dados relativos s culturas permanentes. QUADRO 4.108 - Lavoura Permanente
Dados da Lavoura Permanente - 2004 Municpios Cultura Agrcola Banana Alvorada de Minas Total Conceio do Mato Dentro Laranja Caf Banana Caf Laranja Quantidade produzida (t) 825 510 19 2.340 180 630 Valor da produo (em mil reais) 448 144 48 640 873 460 184 1.517 Valor da produo percentual em relao ao prprio municpio - % 66,17 21,27 7,09 94,53 55,93 29,47 11,79 97,19 rea colhida (ha) 50 15 35 100 130 150 35 315

Total Fonte: IBGE, Produo Agrcola Municipal, 2004.

Lavoura Temporria As principais culturas agrcolas temporrias de Alvorada de Minas so, em ordem de importncia, mandioca, milho e cana-de-acar. Essas culturas representam 94,4% do valor da pauta agrcola temporria do municpio, gerando R$ 801 mil reais. Por sua vez, o municpio de Conceio do Mato Dentro possui uma pauta agrcola mais diversificada e suas principais culturas agrcolas temporrias so: milho, mandioca, arroz, cana-de-acar e feijo. Essas culturas representam 95% do valor da produo agrcola desse municpio. Considerando a toda a rea de influncia do empreendimento, se tem que o milho a principal cultura temporria, seguida pela cultura de mandioca. Essas culturas somadas geram R$ 1.919 mil reais, o que representa 81% de toda produo agrcola temporria. O quadro 4.109 a seguir demonstra os dados relativos s culturas temporrias.

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QUADRO 4.109 - Lavoura Temporria


Dados da Lavoura Temporria - 2004 Municpios Cultura Agrcola Mandioca Alvorada de Minas Milho Cana-deacar Milho Mandioca Conceio do Mato Dentro Arroz em casca Cana-deacar Feijo Quantidade produzida (t) 850 630 4.800 2.550 1.200 430 7.200 172 Valor da produo (em mil reais) 424 199 178 801 791 505 274 266 189 1.570 Valor da produo percentual em relao ao prprio municpio - % 50,00 23,47 20,99 94,46 37,21 23,75 12,89 12,51 8,88 95,24 rea colhida (ha) 85 300 120 505 850 150 122 120 270 1.512

Total

Total Fonte: IBGE, Produo Agrcola Municipal, 2004.

Pecuria A pecuria bovina possui destaque na rea de influncia do empreendimento. O rebanho bovino de Alvorada de Minas da ordem de 10.300 cabeas e em Conceio do Mato Dentro, 38.900 cabeas. A avicultura e suinocultura tambm se destacam nesta regio com 33.900 aves e 2.825 cabeas de porcos . O quadro 4.110 a seguir demonstra os dados da pecuria para a regio analisada.

QUADRO 4.110- Pecuria


Rebanho/Plantel Municpios Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro Bovino 10.300 28.600 Suno 1.195 1.630 2.825 Galinhas, frangos, frangas e pintos 9.700 24.200 33.900 Eqinos 585 2.150 2.735

Total 38.900 Fonte: IBGE; Produo Pecuria Municipal, 2004.

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Produtos de Origem Animal Dos produtos de origem animal se destacam o leite e o mel de abelha. A produo leiteira da ordem de 14 milhes de litros anos, sendo o insumo fundamental para indstria agropecuria da regio, a qual se destaca pela produo de queijo. O municpio de Conceio do Mato Dentro produz 10 milhes de litros de leite por ano, 69% de toda a produo da AID. O mel de abelha possui relevncia em Alvorada de Minas, o qual produz 1.100 quilos de mel por ano, o que representa 63% de toda a produo da regio. O quadro 4.111 a seguir demonstra os dados relativos aos principais produtos de origem animal encontrados na regio em anlise. QUADRO 4.111 - Produtos de origem animal
Produtos de Origem Animal Municpios Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro Leite (mil litros) 4.530 10.017 Ovos de galinha (mil dzias) 25 20 45 Mel de abelha (kg) 1.100 627 1.727

Total 14.547 Fonte: IBGE, Produo Pecuria Municipal, 2004.

Silvicultura O principal produto da silvicultura desses municpios o carvo vegetal, cuja produo da ordem de 18.742 m, sendo que Conceio do Mato Dentro responde por 95% dessa. O valor da produo da silvicultura de aproximadamente 10 milhes de reais. E a principal espcie florestal utilizada pela atividade o eucalipto. Segundo entrevistas aleatrias com moradores do municpio, grande parte da explorao florestal do municpio se d de forma ilegal em carvoarias clandestinas s quais, muitas vezes, exploram matas nativas para gerar carvo vegetal. Isto representa um grave problema de ordem ambiental e social e fruto, basicamente, das dificuldades da economia da regio em gerar riquezas e oportunidades de trabalho. A foto a seguir ilustra esse tipo de atividade.

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Foto 191 - Carvoaria na regio rural de Conceio do Mato Dentro

A atividade de silvicultura de Conceio do Mato Dentro se desenvolve principalmente na regio do povoado de So Jos do Meloso. Mas tambm se observou a presena da silvicultura em algumas propriedades na regio de Crregos.

4.3.4.4 - reas de expanso urbana Os municpios ora em anlise no possuem um processo intenso de favelizao e/ou de expanso vigorosa de sua rea urbana. Porm, em ambos ocorre o processo de xodo rural em funo de se buscar melhores condies de moradia e emprego nas sedes urbanas. As fotos 192, 193, 194 e 195 que seguem demonstram os locais onde as sedes dos municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro esto se expandindo.

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Foto 192 - Bairro Barbeiro, no municpio de Alvorada de Minas, local de expanso urbana desordenada (situado nos limites da rea urbana).

Foto 193 - Bairro Vermelho, em Conceio do Mato Dentro, projeto de habitao popular nos limites da rea urbana (na sada para o municpio de Alvorada de Minas) .

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Foto 194 - Bairro Crrego Pereira, nos limites da rea urbana de Conceio do Mato Dentro, caracterizado por moradias de padro construtivo simples (na sada para o municpio de Alvorada de Minas).

Foto 195 - Vetor de crescimento do municpio de Conceio do Mato Dentro, no sentido oposto do demonstrado na foto anterior (sada para Santana do Riacho).

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4.3.4.5 - reas de interesse para pesquisa cientfica e preservao - Unidades de Conservao (UCs) O municpio de Conceio do Mato Dentro possui 1 unidade de conservao estadual: o Parque Estadual Serra do Intendente, com 13.508 hectares e criado em 29 de maro de 2007; duas unidades de conservao municipais: os Parques Municipais Ribeiro do Campo (onde se situa a cachoeira do Tabuleiro, a mais alta de Minas Gerais) e Salo de Pedras (prximo a rea urbana do municpio). As fotos a seguir ilustram essas Unidades.

Foto 196 - Parque Natural Municipal Salo de Pedras - Conceio do Mato Dentro - MG

Foto 197 - Vista panormica do Parque Estadual Serra do Intendente Conceio do Mato Dentro - MG

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Em Alvorada de Minas no h nenhuma UC cadastrada. Ressalta-se que a rea de influncia direta e indireta do empreendimento se insere na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhao. Esta a stima reserva da biosfera brasileira reconhecida pela UNESCO, tendo sido homologada em junho de 2005. A serra do Espinhao foi escolhida pelo programa homem e a biosfera/MAB por ser O uma espcie de divisor de guas de extrema importncia, por ter espcies de fauna e flora endmicas e por ser uma das maiores formaes de campos rupestres do Brasil. A Reserva da Biosfera da Serra do Espinhao passa integrar uma rede de mais de 400 reservas de biosfera em mais de cem pases e possui aproximadamente 3 milhes de hectares. O plano diretor do empreendimento no interfere diretamente com nenhuma Unidade de Conservao, embora se insira dentro da zona de amortecimento do Parque Natural Municipal Salo de Pedras, cujo raio 10 km. A menor distncia entre o Parque Natural Municipal Salo de Pedras e o empreendimento de 4.770 metros. Na rea de influncia indireta do empreendimento tambm existem diversas Unidades de Conservao que esto listadas abaixo. No municpio do Serro: - Parque Estadual do Pico do Itamb; - rea de Proteo Ambiental Estadual guas Vertentes; Em Dom Joaquim: - rea de Proteo Ambiental Municipal Gameleira; Em Santana do Riacho: - Parque Nacional Serra do Cip; - rea de Proteo Ambiental Federal Morro da Pedreira; - Reserva Particular do Patrimnio Natural Federal da Cachoeira; - Reservas Particulares de Patrimnio Natural Estadual Ermo das Gerais e Brumas do Espinhao.

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Foto 198 - Cachoeira Grande - RPPN Federal Reserva da Cachoeira;

4.3.4.6 - Caracterizao da estrutura fundiria. Segundo o Censo Agropecurio 1996 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, os municpios diretamente afetados pelo empreendimento possuem 995 estabelecimentos agropecurios - quadro 4.112. QUADRO 4.112 - Estabelecimentos agropecurios por grupos de rea total
Nmero de estabelecimentos agropecurios por grupos de rea total Municpios Menos de 1 ha 1a menos de 2 ha 2a menos de 5 ha 5a menos de 10 ha 10 a menos de 20 ha 20 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 ha 100 a menos de 200 ha 200 a menos de 500 ha Acima de 500 ha

Total

Alvorada de Minas

28

25

32

43

27

33

35

236

Conceio 28 34 76 71 90 169 123 96 67 5 759 do Mato Dentro Fonte: IBGE - Sistem a IBGE de Recuperao Autom tica - SIDRA; Elaborao Brandt Meio Ambiente

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Em Alvorada de Minas, predominam os estabelecimentos que possuem entre 20 a 50 hectares (18%), seguidos pelos estabelecimentos que possuem entre 200 a menos de 500 hectares (14,83%). Em Conceio do Mato Dentro predominam os estabelecimentos agropecurios que possuem rea entre 20 a 50 ha (22%), seguido daqueles que possuem entre 50 a 100 ha (16%). O quadro 4.113 mostra a ocupao fundiria percentual por estabelecimentos classificados por grupos de rea total. QUADRO 4.113 - Percentual de estabelecimentos agropecurios por grupos de rea total.
Nmero de estabelecimentos agropecurios por grupos de rea total - % Municpios Menos de 1 ha 1a menos de 2 ha 2a menos de 5 ha 5a 10 a menos menos de 10 ha de 20 ha 20 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 ha 100 a menos de 200 ha 200 a menos de 500 ha Acima de 500 ha

Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro

3,81

11,86

10,59

13,55

18,22

11,44

13,98

14,83

1,69

3,68

4,47

10,01

9,35

11,85

22,26

16,20

12,64

8,82

0,65

Fonte: IBGE - Sistem a IBGE de Recuperao Autom tica - SIDRA; Elaborao Brandt Meio Ambiente.

Do ponto de vista da ocupao do solo Se forem considerados somente os estabelecimentos com at 10 hectares, este grupo representa 1,35% da rea agrcola de Alvorada de Minas e 1,36% do municpio de Conceio do Mato Dentro. Portanto, os estabelecimentos agropecurios de pequeno porte possuem o mesmo nvel de relevncia na estrutura fundiria desses municpios. Os estabelecimentos agropecurios que possuem de 10 a 50 hectares representam 7,87% da rea agrcola total de Alvorada de Minas e 10,23% de Conceio do Mato Dentro. O estabelecimentos agropecurios que possuem de 50 200 hectares, representam 30,5% da rea de Alvorada de Minas e 32,3% de Conceio do Mato Dentro. Os estabelecimentos que possuem mais de 200 hectares ocupam 60,3% da rea agrcola de Alvorada de Minas e 56% de Conceio do Mato Dentro. O que indica uma maior concentrao da estrutura fundiria de Alvorada de Minas em relao Conceio. Analisando isoladamente os grupos de rea dos estabelecimentos, nota-se que os estabelecimentos que possuem entre 200 a 500 hectares ocupam 47% da rea de Alvorada de Minas e tambm so o grupo com maior taxa de ocupao do solo em Conceio do Mato Dentro, 29%.

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QUADRO 4.114 - Percentual de rea ocupada pelos agropecurios por grupos de rea total.
Municpios Menos de 1 ha 1a menos de 2 ha 2a menos de 5 ha 5a 10 a menos menos de 10 ha de 20 ha 20 a menos de 50 ha 50 a menos de 100 ha

estabelecimentos

Nmero de estabelecimentos agropecurios por grupos de rea total - % 100 a menos de 200 ha 200 a menos de 500 ha Acima de 500 ha

Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro

0,00

0,06

0,41

0,88

2,16

5,71

8,70

21,78

47,06

13,23

0,02

0,06

0,39

0,89

1,97

8,26

12,82

19,55

29,17

26,86

Fonte: IBGE - Sistem a IBGE de Recuperao Autom tica - SIDRA; Elaborao Brandt Meio Ambiente.

A foto a seguir ilustra um estabelecimento agropecurio na rea rural de Conceio do Mato Dentro, prximo Serra do Intendente.

Foto 199 - Exemplo de estabelecimento agropecurio.

Dimensionamento da rea diretamente afetada e usos presentes O empreendimento da MMX se desenvolver integralmente no meio rural dos municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro. No seu contexto de insero so desenvolvidas atividades antrpicas, principalmente, a pecuria leiteira para a fabricao de queijo e a agricultura de subsistncia. O empreendimento utilizar uma rea de 2.401,45 hectares. As propriedades diretamente afetadas suprimiro as atividades que atualmente desenvolvem acarretando numa perda da produo do setor primrio, bem como na diminuio da produo de queijo.

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A rea afetada pelo empreendimento representa 3,8% da rea agrcola dos municpios afetos, j que estes possuem, segundo o Censo Agropecurio de 1996, uma rea de 63.033 hectares utilizados para lavouras (permanentes e temporrias) e pastagens (naturais e plantadas). O percentual de 3,8% de rea agrcola diretamente afetada pelo empreendimento , na realidade, ainda menor, pois de toda a rea ocupada pelo empreendimento, somente 37% desta ocupada com pastagens (limpas e sujas). Ou seja, o empreendimento ir ocupar 903,87 hectares utilizados pela agropecuria, o que representa 1,4% do total de hectares utilizados para lavouras e pastagens da AID. Os quadros a seguir demonstram as tipologias de uso e ocupao do solo afetadas pelo empreendimento e os percentuais de cada uma destas em relao ao total da ADA. QUADRO 4.115 - Usos do solo da ADA por tipo de estrutura do empreendimento
Descrio Barragem Canteiro de obras Cava do Sapo Cavas sul e norte de Itapanhoac anga Pilha de estril serra do Sapo Pilha de estril de Itapanho acanga Usina de beneficia mento Total

Vegetao florestal Brejo Pasto Candeial Capoeirin ha Pasto sujo e capoeira Vegetaao sobre canga Solo exposto Sedes de fazendas Total

89,45 130,19 321,14 330,11 8,58 879,47

11,90 11,9

96,9 14,58 8,93 201,53 51,61 460,13 -

55,45 122,19 126,44 50,86 0,71 -

2,59 81,83 6,42 46,90 137,74

2,37 54,48

7,48

244,39 2,37 415,17 22,83 758,57 488,70 460,84 8,58 2.401,4 5

13,61 2,30 73,06

48,65 53,82 109,95

833,68

355,65

Fonte: Brandt Meio Ambiente; mapeamento de bitopos

QUADRO 4.116: Usos do solo da ADA em valores percentuais


REA DIRETAMENTE AFETADA (ha) % Vegetao florestal Pasto, pasto sujo e capoeira Candeial Capoeirinha Vegetaao sobre canga Sedes de fazendas e benfeitorias rurais Brejo Solo exposto Total Fonte: Brandt Meio Ambiente; mapeamento de bitopos 10,17 37,63 0,9 31,58 19,19 0,35 0,09 0,00 100

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O empreendimento tambm ir interagir pontualmente com a estrutura viria da regio, principalmente com o principal eixo virio que serve de acesso s propriedades, distritos e municpios da regio que a MG-010. Tambm necessrio frisar que muitas estradas de acesso s propriedades da regio sero suprimidas, o que ir isolar e inviabilizar o desenvolvimento dessas propriedades. s margens da MG-010 comum encontrar residncias e estabelecimentos comerciais que tambm sero diretamente afetados pelo empreendimento e/ou se constituiro como rea de entorno do mesmo. A seguir fotos com exemplos de estabelecimentos e residncias s margens da estrada MG - 010.

Foto 200 - Residncia (parede azul) e estabelecimento comercial margem da MG-010, prximas entrada do distrito de Itapanhoacanga.

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Foto 201 - Estabelecimento comercial margem da MG-010.

4.3.5 - Uso da gua


Os principais usos da gua verificados na regio Alvorada de Minas, Conceio do Mato Dentro (AID) e Dom Joaquim foram: abastecimento domstico para uso humano nos meios rural e urbano e como meio para escoamento de efluentes sanitrios e domsticos em geral, dessedentao de animais, recreao/lazer, uso na indstria agroindstria, mais precisamente na produo de queijo e cachaa e irrigao (porm no h na regio grande estruturas de irrigao). Na rea prxima Serra do Sapo foram cadastradas 1.700 pessoas que utilizam os recursos hdricos na regio; destas 400 se encontram no distrito de So Jos da Ilha, em Dom Joaquim, e 262 pessoas em So Sebastio do Bom Sucesso. Na rea prxima Itapanhoacanga foram cadastradas 2.174 pessoas. Destacando-se, incluindo o povoado homnimo onde se contabilizou 600 pessoas, a escola estadual Rio das Pedras (89 pessoas), o povoado do barbeiro (bairro) com 124 pessoas e o cadastro da Copasa na sede de Alvorada de Minas com 850 pessoas. Os outros usurios so fazendeiros e habitantes que esto espalhados por toda rea rural. Portanto, somando os usurios da regio de So Sebastio do Bom Sucesso, Dom Joaquim e de Alvorada de Minas (incluindo Itapanhoacanga) se tem uma populao de 3.874 pessoas. As fotos 202 29 ilustram os usos da gua que so realizados nos municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro, incluindo os seus distritos.

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Foto 202 - Crrego Campinas com presena de gado bovino nas margens.

Foto 203 - Crrego Campinas, em Alvorada de Minas, local de lazer da populao local, ao fundo um estabelecimento comercial (bar).

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Foto 204 - Crrego do Cedro, local de captao de gua para o abastecimento do distrito de Itapanhoacanga.

Foto 205 - Estao de tratamento de gua de Alvorada de Minas, onde a gua captada via poo artesiano.

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Foto 206 - Rio Santo Antnio, captao de gua para abastecimento de Conceio do Mato Dentro.

Foto 207 - Estao de tratamento de gua de Conceio do Mato Dentro

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Foto 208 - Lanamento de efluente sanitrio do distrito de Itapanhoacanga, rio Landim;

Foto 209 - Rio do Peixe, que passa na sede de Alvorada de Minas e utilizado como rea de lazer (contato primrio) e tambm como local de lanamento de esgoto in natura.

A captao de gua para o empreendimento ser feita no rio do Peixe, no municpio de Dom Joaquim. Esta a nica estrutura do empreendimento que interage com esse municpio, colocando-o na sua rea de influncia.
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Foto 210 - Ponto de captao de gua para servir ao empreendimento, no municpio de Dom Joaquim. A estrutura de captao de gua ser instalada na margem direita do rio.

Foto 211 - Represa em Dom Joaquim.

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4.3.5.1 - Gerao de energia eltrica Ressalta-se que existem no municpio de Conceio do Mato Dentro existem 3 pedidos de outorga para funcionamento de PCHs (pequenas centrais hidreltricas) j sendo analisados pelos rgos governamentais. Estas PCHs sero localizadas no rio do Peixe e denominam-se Sumidouro, Monjolo e Coronel Amrico. Portanto, se efetivados todos os projetos de gerao eltrica haver 3 PCHs instaladas, no rio do Peixo, em Conceio do Mato Dentro, no mdio a longo prazo. O empreendimento proposto intervir na disponibilidade hdrica, tanto na bacia das cabeceiras do Santo Antnio como no Rio do Peixe, no sendo possvel avaliar em que escala este ir interferir nessas usinas. Assim como ainda no possvel avaliar como a mobilizao de sedimentos e o conseqente assoreamento dos cursos de gua que abastecem estes rios ir interferir na vida til projetada para estas usinas.

4.3.6 - Nvel de Vida


4.3.6.1 - Distribuio da renda - Indicadores de renda, pobreza e desigualdade rea de Influncia Direta Os indicadores de renda e pobreza dos municpios da AID esto em patamares inferiores mdia de Minas Gerais. O percentual de pobreza medido pela proporo de pessoas com renda domiciliar per capta inferior a R$ 75,50, equivalente metade do salrio mnimo vigente em agosto de 2000. Em Alvorada de Minas, 71% da populao pode ser classificada como pobre, segundo o critrio especificado acima, e em Conceio do Mato Dentro 65% da populao se encontra nessa situao. Em Minas Gerais o percentual de pobreza de aproximadamente 30% da populao. A renda per capta de Alvorada de Minas, R$ 99,00, equivale a 36% da renda mdia do Estado e a de Conceio do Mato Dentro, R$ 111,00 equivale a 40%. O perfil econmico dos municpios avaliados, nos quais a economia baseada no setor primrio e tercirio, contribui para as altas taxas de pobreza apresentadas, j que esses setores apresentam maior informalidade do trabalho e tradicionalmente pagam salrios menores que o setor industrial. A maior parte da agropecuria da regio pode ser considerada como tpica da agropecuria familiar, ou seja, realizada com a finalidade de prover o sustento das famlias que a desenvolvem. J o setor de comrcio e servios (tercirio) composto de estabelecimentos comerciais de pequeno porte, como bares, mercearias, drogarias, armarinhos, lojas de roupas e a administrao pblica. O grau de desigualdade social medido atravs do ndice de Gini, que utiliza uma escala de 0 a 1 onde, quanto maior o valor apresentado pior a distribuio de renda. Os municpios analisados apresentam maior desigualdade social que a mdia estadual. Nestes, o ndice de Gini de 0,64 (Conceio do Mato Dentro) e 0,65, (Alvorada de Minas) valores superiores ao do estado, que de 0,61.

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O quadro 4.117 a seguir demonstra os dados relativos renda, pobreza e desigualdade social para cada um dos municpios analisados, bem como a dinmica desses indicadores, considerando o ltimo perodo intercensitrio. QUADRO 4.117 - Indicadores de renda e igualdade social
Municpios Estado de Minas Gerais Alvorada de Minas Renda per capta mdia (R$ de 2000) 1991 193,6 59,9 2000 276,6 99,62 % 42,87% 66,23% Proporo de Pobres 1991 43,3 81,2 2000 29,8 71,3 % - (31,21) - (12,19) - (8,40) ndice de Gini 2000 0,61 0,65 0,64

Conceio do 83,3 111,4 33,70% 71,1 65,1 Mato Dentro Fonte: Atlas do Desenvolvim ento Humano no Brasil, 2000; FJP/PNUD.

No que tange renda apropriada pelos extratos da populao, tomando como base o agrupamento dos 80% mais pobres e os 20% mais ricos, no municpio de Alvorada de Minas, os 80% mais pobres da populao se apropriam de 22,3% de toda a renda; j em Conceio do Mato Dentro, esse grupo se apropria de 33% da renda. Em Minas Gerais, o extrato populacional dos 80% mais pobres se apropria de 34,3% da renda, resultado melhor do que o encontrado nos municpios em anlise. O quadro 4.118 a seguir demonstra o percentual da renda apropriada por extratos da populao. QUADRO 4.118 - Renda apropriada por Extratos da populao - 2000
Municpios Estado de Minas Gerais Alvorada de Minas Renda apropriada por Extratos da populao - 2000 80% mais pobres 34,3 22,3 20% mais ricos 65,7 77,7 66,8

Conceio do Mato Dentro 33,2 Fonte: Atlas do Desenvolvim ento Humano no Brasil.

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4.3.6.2 - ndice de Desenvolvimento Humano Municipal O conceito de Desenvolvimento Humano a base do ndice de Desenvolvimento Humano que foi criado na dcada de 1990 pelo economista paquistans Mahbub ul Haq, com a colaborao do economista indiano, ganhador do prmio Nobel, Amartya Sem. Esse conceito parte do pressuposto de que para aferir o avano de uma populao no se deve considerar apenas a dimenso econmica, mas tambm outras caractersticas sociais, culturais e polticas que influenciam a qualidade de vida de uma sociedade. Nesse sentido, o IDH utiliza trs critrios em sua avaliao: Educao, medida atravs da alfabetizao das pessoas acima de 15 anos e da taxa de matrcula bruta (o somatrio de pessoas, independentemente da idade, que freqentam os cursos fundamental, secundrio e superior dividido pela populao na faixa etria de 7 a 22 anos da localidade); Longevidade, medida atravs da esperana de vida ao nascer, sendo relevante porque sintetiza as condies de sade e salubridade do local, pois quanto mais mortes houver nas faixas etrias mais precoces, menor ser a expectativa de vida; e a Renda, que medida atravs da soma da renda de todos os residentes da localidade em estudo dividindo-se o resultado pelo nmero total de residentes. Na rea de Influncia Direta do empreendimento os municpios so classificados como de mdio desenvolvimento humano, que a faixa que compreende os municpios com IDH entre 0,500 a 0,799. Alvorada de Minas possui IDH de 0,667 e Conceio do Mato Dentro, 0,672. Esses ndices so inferiores mdia apresentada pelo estado, que de 0,773. O municpio de Alvorada possui o 683 melhor IDH dos municpios mineiros e Conceio do Mato Dentro possui a posio de nmero de 665 melhor IDH do Estado. Isto significa que 80% dos municpios de Minas Gerais possuem melhor IDH que Alvorada de Minas e 77,8% esto em melhor situao que Conceio do Mato Dentro. Assim como ocorrido no Brasil, onde as menores cidades apresentam maiores taxas de crescimento do IDH. Isto tambm se verifica nos municpios avaliados, j que Alvorada de Minas apresentou um crescimento de seu IDH de 16% e Conceio do Mato Dentro de 12,75%. Portanto, ambos os municpios tiveram crescimento superior mdia do estado (10,90%) entre os anos de 1991 e 2000. A dimenso que mais contribuiu para o desenvolvimento humano dos municpios em estudo foi a Educao, principalmente devido ao aumento da taxa de escolarizao bruta, seguida pelo critrio Renda e pelo critrio Longevidade. Em Minas Gerais, o critrio que mais contribuiu para a evoluo do IDH tambm foi a Educao, seguida pela Longevidade e por fim a Renda. O quadro 4.119 demonstra os ndices de Desenvolvimento Humano dos municpios em estudo, apresentando os valores obtidos para os anos de 1991 e 2000, bem como a taxa de variao neste perodo intercensitrio. QUADRO 4.119 - ndice de Desenvolvimento Humano
Municpios Estado de Minas Gerais Alvorada de Minas ndice de Desenvolvimento Humano 1991 0,697 0,575 2000 0,773 0,667 Variao % 10,90 16,00 12,75

Conceio do Mato Dentro 0,596 0,672 Fonte: Atlas do Desenvolvim ento Humano no Brasil, 2000; FJP/PNUD.

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4.3.6.3 - Condies habitacionais nas cidades, povoados e zona rural As condies habitacionais de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro foram tratadas no presente diagnstico atravs de um processo que integra aspectos sanitrios e domiciliares. A metodologia classificatria foi desenvolvida pelo IBGE e se fundamenta nos dados e informaes levantados pela prpria instituio em todo o territrio nacional. Destaca-se que o tratamento e a qualificao das condies habitacionais atravs da referida metodologia possui o mrito de tratar a habitabilidade como funo de um sistema plural, onde se articula o abastecimento de gua, o esgotamento sanitrio, a coleta de lixo e, finalmente, as condies de moradia, abordada atravs do nmero de moradores por dormitrio. Para efeito da classificao dos domiclios, o IBGE prope a seguinte categorizao: a) Adequada: corresponde aos domiclios particulares permanentes com rede geral de abastecimento de gua, com rede geral de esgoto ou fossa sptica, coleta de lixo por servio de limpeza e at dois moradores por dormitrio; b) Semi-adequada: corresponde aos domiclios particulares permanentes com pelo menos um servio inadequado; c) Inadequada: corresponde aos domiclios particulares permanentes com abastecimento de gua proveniente de poo ou nascente ou outra forma, sem banheiro e sanitrio ou com escoadouro ligado fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outra forma e lixo queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio ou logradouro em rio, lago ou mar ou outro destino e mais de 2 moradores por dormitrio. O tratamento apresentado no presente tpico subsidia a compreenso das condies de habitao nos municpios, em suas dimenses urbanas e rurais, tanto na perspectiva dos residentes das unidades domiciliares, quanto na interao destas unidades com o contexto nos quais esto inseridas. Do ponto de vista da organizao dos dados, salienta-se que as cidades e os distritos encontram-se contemplados nos dados e classificaes pertinentes ao meio urbano. Destaca-se que as condies habitacionais dos municpios decorrem de uma complexa interao de variveis que ultrapassam as focalizadas no presente tpico e articulam a gama de informaes constantes no presente diagnstico. Ou seja, as condies habitacionais so estruturadas a partir das condies demogrficas, urbansticas, econmicas, sociais, de sade, educao, lazer e segurana que se manifestam na interioridade dos municpios. Em decorrncia, para o fomento de uma viso global e integrada da temtica cumpre articular os diversos ncleos temticos e abordagens tratadas no mbito do diagnstico socioeconmico apresentado. A anlise das condies habitacionais dos municpios ora em estudo permite destacar alguns aspectos relacionados a esse tema.

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O municpio de Conceio do Mato Dentro se destaca com o maior nmero percentual de domiclios classificados como adequados. Se for considerada somente a dimenso urbana, 48% dos domiclios so adequados e 52% semi-adequados. Se for considerada somente a dimenso rural, 80% dos domiclios so semi-adequados e 20% inadequados. Portanto, considerando o municpio como um todo, aproximadamente 30% dos domiclios so classificados como adequados, 63% semiadequados e 8% inadequados. O municpio de Alvorada de Minas apresenta um percentual de 78% de domiclios semi-adequados, 20% de domiclios tidos como inadequados e somente 2% dos domiclios classificados como adequados. No quadro 4.120 os domiclios, por municpio, encontram-se distribudos em conformidade com as condies habitacionais. QUADRO 4.120 - Nmero de domiclios e classificao das condies habitacionais.
Condies Habitacionais Urbana Adeq. Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro 14 Semiadeq. 224 Inadeq. 15 Total 253 Adeq. 0 Rural Semiadeq. 369 Inadeq. 136 Total 505 Adeq. 14 Total Semiadeq. 593 Inadeq. Total 151 758

1.200

1.295

2.495

1.418

366

1.784

1.200

2.713

366

4.280

Fonte: IBGE - Sistem a IBGE de Recuperao Autom tica - SIDRA; Elaborao Brandt Meio Ambiente

O quadro 4.121 demonstra os percentuais de domiclios segundo a classificao quanto ao padro de qualidade habitacional. QUADRO 4.121 - Percentual de domiclios segundo classificao das condies habitacionais.
Condies Habitacionais Urbana Adeq. Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro 5,53 SemiAdeq. 88,53 Inadeq. 5,92 Adeq. 0 Rural SemiAdeq. 73,06 Inadeq. 26,93 Adeq. 1,84 Total SemiAdeq. 78,32 Inadeq. 19,92

48,09

51,90

79,84

20,51

28,73

63,38

8,55

Fonte: IBGE - Sistem a IBGE de Recuperao Automtica - SIDRA; Elaborao Brandt Meio Ambiente

As fotos 212 a 215 mostram residncias tpicas da rea de influncia do empreendimento.

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Foto 212

Foto 213

Foto 214 Foto 215 Fotos 212 A 215 - (em sentido horrio, de cima para baixo) casa no distrito de Itapanhoacanga; casa de pau-a-pique na sede urbana de Alvorada de Minas; rea de expanso urbana desordenada em de Alvorada de Minas (bairro do Barbeiro); casario em So Sebastio do Bom Sucesso (Conceio do Mato Dentro).

Dentre algumas variveis selecionadas quanto s condies habitacionais, destaca-se que os municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro apresentam percentuais de atendimento inferiores media estadual em todas elas. O percentual de domiclios com abastecimento de gua ligado rede geral de 30,6% em Alvorada de Minas e de 60,6% em Conceio do Mato Dentro, enquanto que no Estado 83% dos domiclios so ligados rede geral de abastecimento de gua. Em Alvorada de Minas, a gua captada em poo artesiano e tratada pela Copasa. Em Conceio do Mato Dentro a gua captada no rio Santo Antnio e a empresa responsvel pelo tratamento tambm a Copasa. Em Alvorada de Minas, somente 5,9% dos domiclios possuem esgotamento sanitrio ligado rede geral, enquanto que em Conceio do Mato Dentro 41,6% dos domiclios possuem esse servio. Em Minas Gerais, 68,7% dos domiclios so ligados rede geral de esgoto.

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O municpio de Alvorada de Minas lana seus esgotos de forma natura no rio do in Peixe. O distrito de Itapanhoacanga possui sistema de coleta de esgotamento sanitrio e lana os efluentes domsticos sem tratamento no crrego Landim. Por sua vez, Conceio do Mato Dentro lana seus esgotos, tambm sem tratamento, no rio Santo Antnio. Em Alvorada de Minas, 17,4% dos domiclios possuem calamento no entorno e em Conceio do Mato Dentro, esse percentual de 32%. Em Minas Gerais 63% dos domiclios possuem calamento no entorno. A iluminao pblica atende 38,6% dos domiclios de Alvorada de Minas e 78,6% de Conceio do Mato Dentro. Em Minas Gerais, 84% dos domiclios possuem esse servio. A coleta de lixo atende a 7,98% dos domiclios de Alvorada de Minas e s ocorre na sede do municpio. Em Conceio do Mato Dentro 36% dos domiclios so atendidos com esse servio. Ambos os municpios possuem aterro sanitrio com controle parcial e inadequado. A atividade de coleta de lixo tambm feita de modo precrio, pois utiliza caminhes basculantes, o que inadequado j que permite a propagao de odores e tambm que o chorume escorra para o solo. Ressalta-se que ainda comum encontrar nesses municpios, principalmente na rea rural, casas construdas em pau-a-pique. Este tipo de construo favorece o desenvolvimento do barbeiro que o vetor de transmisso da doena de Chagas. Da a alta incidncia dessa doena na regio. As fotos 216 a 220 mostram aspectos dos servios pblicos relacionado s condies de habitabilidade nos municpios afetos.

Foto 216 - Aterro controlado (lixo) de Alvorada de Minas, notar a sede municipal ao fundo.

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Foto 217 - Lixo do distrito de Itapanhoacanga.

Foto 218- Local para deposio do lixo urbano no distrito de Itapanhoacanga

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Foto 219 - Coleta de lixo em Conceio do Mato Dentro

Foto 220 - Aterro controlado (lixo) de Conceio do Mato Dentro

No distrito de Itapanhoacanga a coleta realizada pela prefeitura municipal. J em So Sebastio do Bom Sucesso no h coleta de lixo, sendo esse incinerado pelos prprios moradores. O quadro 4.122 demonstra as condies habitacionais dos municpios afetos ao empreendimento segundo variveis selecionadas.

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QUADRO 4.122 - Condies habitacionais - Percentual de atendimento por variveis selecionadas


Condies habitacionais Abastecim ento de gua ligado rede geral Estado de Minas Gerais Alvorada de Minas 83,17 30,60 Esgotam ento sanitrio (rede geral) 68,68 5,89 41,64 Calam ento 63,51 17,39 32,17 Iluminao Pblica 84,36 38,62 78,67 Coleta de lixo 78,59 7,98 36,42

Conceio do Mato 60,67 Dentro Fonte: IBGE, banco de dados SIDRA;

A oferta de casas para alugar e/ou vender pequena em ambos os municpios. O valor do aluguel varia numa faixa que vai de R$ 250,00 a R$ 350,00. J um lote na rea central de Alvorada de Minas custa aproximadamente R$ 2.500,00. 4.3.6.4 - Educao rea de Influncia Direta Recursos Fsicos, Humanos e matrculas O sistema pblico de ensino responsvel por todas as matrculas de todos os nveis de ensino dos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas. Em Conceio do Mato Dentro, o sistema pblico de ensino responsvel pela totalidade das matrculas de ensino fundamental, sendo que a administrao municipal responde por 25% dessas matrculas e o restante absorvido pelo sistema estadual. Em Alvorada de Minas, o sistema pblico de ensino tambm responde pela totalidade das matrculas, sendo a prefeitura responsvel por 23% desse atendimento e o restante fica sob a responsabilidade do Estado de Minas Gerais. O ensino mdio ministrado integralmente pelo sistema estadual de ensino nos dois municpios da rea de influncia direta do empreendimento. O ensino pr-escolar integralmente ministrado pelo sistema municipal de ensino de ambos os municpios analisados. Em Alvorada de Minas no h creches e em Conceio do Mato Dentro h uma creche que possui 24 crianas matriculadas e administrada pela prefeitura municipal. O quadro a seguir demonstra esses dados (quadro 4.123).

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QUADRO 4.123 - Estrutura educacional


Estrutura Educacional - 2006 Municpios Pr-escolar Matriculas Docentes Fundamental Escolas Matriculas Docentes Escolas Matriculas Mdio Docentes Escolas

Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro Total

147

1.014

87

187

14

280 427

21 28

10 12

4.197 5.211

257 344

34 43

779 966

29 43

1 2

Fonte: Ministrio da Educao, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas - INEP

ndice de Alfabetizao - Mdia de Anos de Estudo Os indicadores de educao dos municpios da rea de Influncia Direta do empreendimento demonstram que esses os possuem em qualidade bastante inferior alcanada pelo estado de Minas Gerais. A mdia de anos de estudo em Alvorada de Minas de 3 anos e em Conceio do Mato Dentro de 3 anos e dois meses, portanto, esses municpios possuem respectivamente 2,6 e 2,4 anos de estudo a menos que a mdia do Estado. A taxa de analfabetismo da regio estudada se situa em aproximadamente 30% da populao adulta, enquanto que em Minas Gerais de aproximadamente 15%. Apesar dos indicadores educacionais que caracterizam a regio ainda se encontrarem em nveis baixos, segundo o sub-secretrio de educao de Alvorada de Minas, atualmente o municpio atende a demanda por escola de todas as crianas e possui transporte escolar. Segundo o mesmo, a Bolsa Famlia um incentivo freqncia escolar e o municpio possui conselho tutelar que exerce presso, quando necessrio, sobre os pais para que coloquem os filhos na escola. O quadro 4.124 a seguir demonstra esses dados.

QUADRO 4.124 - Indicadores de educao


Municpios Estado de Minas Gerais Alvorada de Minas Mdia de Anos de Estudo 1991 4,6 2,2 2000 5,6 3,0 % 21,73 36,36 Taxa de Analfabetismo da populao adulta (acima de 25 anos) 1991 21,9 41,9 2000 14,8 32,8 % - (32,42) - (21,71)

Conceio do 2,6 3,2 23,07 39,9 29,8 - (25,31) Mato Dentro Fonte: Atlas do Desenvolvim ento Humano no Brasil - 2000; Fundao Joo Pinheiro / PNUD.

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ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica - IDEB No ano de 2006, o Ministrio da Educao elaborou o ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica, o qual um indicador da qualidade educacional que combina informaes de desempenho em exames padronizados (Prova Brasil ou Saeb), obtido pelos estudantes ao final das etapas de ensino (4 e 8 sries do ensino fundamental e 3 do ensino mdio), com informaes sobre rendimento escolar (aprovao). Ou seja, o IDEB um indicador que permite monitorar anualmente o desempenho do sistema de ensino em nvel municipal, estadual e nacional. Portanto, passa a ter uma importncia fundamental para a gesto do sistema educacional do Pas, pois ser o principal indicador a nortear as polticas pblicas de educao. Segundo o Ministrio da Educao, os municpios avaliados apresentaram um desempenho do sistema de ensino inferior ao desejvel, representado pelas notas ao menos superiores 5 em uma escala que vai de 0 a 10. O Ministrio da Educao estipula que meta mnima ideal de 6 para cima. Ao todo, no Brasil 94,5% dos municpios apresentaram IDEB ao trmino da 1 fase do fundamental abaixo de 5 e ao trmino da 2 fase 99,4% dos municpios no alcanaram a nota 5. O quadro a seguir demonstra o ndice de Desempenho da Educao Bsica para os municpios da rea de Influncia Direta. QUADRO 4.125 - Indicador de Desempenho da Educao Bsica - IDEB/2005
Municpios Estado de Minas Gerais Alvorada de Minas Ensino Fundamental 1 fase 4,9 3,4 Ensino Fundamental 2 fase 3,6 Ensino Mdio 3,4 -

Conceio do Mato 4,3 3,3 Dentro Fonte: Ministrio da Educao; Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira INEP;

Cursos profissionalizantes Nos municpios estudados no existe nenhuma unidade do Servio Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI, nem do Servio Nacional de Aprendizagem Comercial -SENAC, tradicionais instituies de ensino profissionalizante voltadas, respectivamente, para as atividades industriais e comerciais. Em Alvorada de Minas existem duas turmas de Educao de Jovens e Adultos, sendo uma na sede do municpio e outra no distrito de Itapanhoacanga, existem 36 alunos matriculados nessas turmas.

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Ensino Superior Nenhum dos municpios analisados possui instituies de ensino superior.

rea de Influncia Indireta - Serro No quesito educao, a rea de influncia indireta se limita ao municpio do Serro, pois dado sua proximidade com o empreendimento, aliado a maior estrutura do sistema de ensino desse municpio possvel que este sofra impactos do empreendimento (principalmente ao longo da operao do mesmo). No municpio do Serro, o sistema pblico de ensino responsvel pela maioria das matrculas em todos os nveis de ensino, mas o sistema privado tambm est presente em todos os nveis. O sistema pblico estadual responde por 76% das matrculas do ensino fundamental, o municipal por 23% e o privado pelo restante (1%). No ensino mdio, 91% das matrculas so absorvidas pelo sistema estadual pblico de ensino e 9% pelo sistema privado. O nvel pr-escolar majoritariamente ofertado pelo sistema municipal de ensino, que absorve 95% das matrculas e o restante pelo sistema de ensino particular. O quadro a seguir demonstra os dados para o sistema educacional do Serro. QUADRO 4.126 - Indicadores Educacionais do Serro
Estrutura Educacional - 2006 Municpio Pr-escolar Fundamental Mdio s Matricula Docente Escola Matricula Docente Escola Matricula Docente Escola s s s s s s s s s Serro 643 50 18 5.211 281 36 909 67 4 Fonte: Ministrio da Educao; Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira INEP

Indicadores educacionais A taxa de analfabetismo do Serro bastante superior de Minas Gerais, 34% ante 14,8%, sendo tambm superior apresentada pelos municpios da rea de influncia direta. Os indicadores de desempenho da educao bsica do Serro so inferiores aos de Minas Gerais, igualam aos de Conceio do Mato Dentro para a 1 fase do ensino fundamental e so um pouco inferiores ao trmino da 2 fase deste nvel de ensino. Os quadros a seguir demonstram esses dados.

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QUADRO 4.127 - Indicadores de educao


Municpios Mdia de Anos de Estudo 1991 2000 % Taxa de Analfabetismo da populao adulta (acima de 25 anos) 1991 2000 %

Serro 2,9 3,6 12,41% 41,0 34,2 - (16,58) Fonte: Atlas do Desenvolvim ento Humano no Brasil - 2000; Fundao Joo Pinheiro / PNUD.

QUADRO 4.128 - Indicador de Desempenho da Educao Bsica - IDEB/2005


Municpios Ensino Fundamental 1 fase Ensino Fundamental 2 fase Ensino Mdio

Serro 4,3 2,7 Fonte: Ministrio da Educao; Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira INEP;

Educao Superior O municpio do Serro conta com a Pontifcia Universidade Catlica que desde 2003 oferece os cursos de direito, administrao e contbeis; sendo esta uma escola de ensino superior referncia na regio. Em 2004, o Ministrio da Educao informou que houve 571 matrculas de ensino superior no municpio. 4.3.6.5 - Sade rea de Influncia Direta Coeficiente de Mortalidade A principal causa de mortalidade no municpio de Alvorada de Minas ocasionada por doenas do aparelho circulatrio e em Conceio do Mato Dentro a principal causa de mortalidade so as doenas do aparelho respiratrio. As causas externas representam 11% das mortes em Conceio do Mato Dentro e 9,1% em Alvorada de Minas, como demonstra o quadro a seguir.

QUADRO 4.129- Mortalidade


Mortalidade proporcional segundo grupo de causas - 2002 Municpios Doenas infecciosas e parasitrias Neoplasias Doenas do aparelho circulatrio Doenas do aparelho respiratrio Doenas no perodo perinatal Causas externas Demais Causas

Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro

36,4

18,2

9,1

9,1

27,3

9,5

3,2

25,4

28,6

3,2

11,1

19,0

Fonte: SIH/SUS

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Infra-estrutura do Sistema de Sade O municpio de Alvorada de Minas possui um centro de sade na sede municipal e dois postos de sade nos distritos de Itapanhoacanga e So Jos do Jassen. O centro de sade do municpio conta com 1 mdico clnico geral, 4 auxiliares, 1 fiscal sanitrio, 1 fiscal de controle de zoonoses, 2 auxiliares administrativos, 1 farmacutico e 1 auxiliar de farmcia. O municpio tambm conta com Secretaria de Sade. A estrutura de sade do municpio de Conceio do Mato Dentro apresenta melhores condies de atendimento, tendo um hospital, 1 centro de sade, 2 unidades de sade familiar, 1 ambulatrio geral e 100 leitos hospitalares, o que resulta em uma taxa de 5,4 leitos para cada 1000 habitantes. A relao de leitos por habitantes do municpio est acima do mnimo recomendado pela Organizao Mundial de Sade - OMS, que atribui como ideal uma taxa de aproximadamente 3 leitos para cada 1000 habitantes. O quadro 4.130 a seguir demonstra os dados relativos infra-estrutura de sade dos municpios em anlise. QUADRO 4.130 - Infra-estrutura da rea de sade
Hospitais Municpios Nmero Postos de sade Centro de Sade Rede Ambulatorial Unidade de sade familiar Policlnica Ambulatrio geral Pronto Socorro Leitos N de leitos Leitos/ 1000 hab.

Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro

100

5,4

Fonte: SIH-SIA/SUS; julho de 2003.

Foto 221 - Hospital municipal de Conceio do Mato Dentro

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Morbidade Hospitalar (principais causas de internao hospitalar) As principais causas de morbidade hospitalar nos municpios analisados so ocasionadas por problemas relacionados gravidez, parto e puerprio, doenas do aparelho respiratrio e doenas do aparelho circulatrio. As internaes ocasionadas por doenas infecciosas e parasitrias atingem aproximadamente de 8% a 9% das internaes desses municpios. Segundo a Secretaria de Sade de Alvorada de Minas, h na regio a incidncia da Doena de Chagas, que pode ser atribuda s condies habitacionais do meio rural, no qual ainda se verifica a presena de casas construdas em pau-a-pique. O quadro 4.131 a seguir demonstra as principais causas de internaes hospitalares nos municpios analisados. QUADRO 4.131- Distribuio percentual das internaes por grupos de causas.
Distribuio percentual das internaes por grupo de causas - 2004 Leses, Doenas envenena Doenas Doenas Doenas Gravidez, Municpios infecciosas Doenas mentos e do apar. do apar. do apar. parto e Neoplasias e endcrinas outras circulatrio respiratrio digestivo puerprio parasitrias causas externas Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro 8,4 2,6 6,8 9,9 18,3 2,6 32,5 5,8

9,9

1,7

6,8

16,6

18,2

4,5

32,5

5,4

Fonte: SIH/SUS

Gastos de sade per capta O municpio de Conceio do Mato Dentro teve em 2006, segundo o Ministrio da Sade, uma despesa anual de sade de R$ 2.417.916,40 enquanto que o oramento pblico de Alvorada de Minas foi de R$ 1.158.331,00. O gasto per capta de Conceio do Mato Dentro foi de R$ 130,00 sendo que R$ 98,00 de recursos prprios (75%) e R$ 32,00 foram transferncias do SUS. Em Alvorada de Minas o gasto per capta em sade foi R$ 335,00; sendo R$ 220,00 de recursos prprios (65%) e R$ 125,00 foram transferncias do SUS.

rea de Influencia Indireta - Serro Quanto aos aspectos relacionados sade a rea de influncia indireta se limita ao municpio do Serro, pois esse o nico municpio da AII que poder sofrer impactos sobre seu sistema de sade. O municpio do Serro possui 1 hospital, dotado de 60 leitos; 4 postos de sade, 1 policlnica, 1 ambulatrio de unidade hospitalar especializado, 3 unidade de sade da famlia.

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A relao de leitos por habitante de 2,85 leitos para cada grupo de 1000 habitantes, portanto ainda abaixo da meta mnima recomendada pela OMS (3 leitos para cada 1000 habitantes). O oramento pblico em sade no municpio do Serro foi de R$ 2.669.133,00, em 2006. O gasto per capta foi de R$ 120,00, sendo R$ 76,00 em recursos prprios e R$ 46,00 em transferncias do SUS. Estado nutricional da populao Segundo relatos da assistente social de Alvorada de Minas, no h no municpio problemas de desnutrio infantil. De modo geral, pode se afirmar que os hbitos alimentares dos municpios so semelhantes aos encontrados na regio central de Minas Gerais. 4.3.6.6 - Segurana Pblica Nos municpios da AID h uma estrutura de segurana pblica formalizada pela Polcia Civil e Polcia Militar. Todos dispem de delegacia. O efetivo policial definido segundo uma regra de proporcionalidade que leva em considerao o contingente populacional do municpio. Segundo informaes colhidas na sede municipal de Alvorada de Minas, o efetivo policial deste composto por 1 sargento, 2 cabos e 1 soldado, alm de 1 viatura. Ressalta-se que segundo informaes prestadas pela Assessoria de Comunicao da Polcia Militar, os efetivos, bem como os equipamentos de suporte utilizados na segurana pblica, no podem ser divulgados, se tratando de dados sigilosos por motivos e fundamentos estratgicos, da a ausncia desses dados para o municpio de Conceio do Mato Dentro. O ndice Mineiro de Responsabilidade Social - IMRS um indicador que expressa o nvel de desenvolvimento de cada municpio mineiro, elaborado pela Fundao Joo Pinheiro, segundo uma atribuio legal (lei 14.172), e que abrange as dimenses educao, sade, segurana pblica, emprego, renda, gesto, habitao, infraestrutura e meio ambiente, cultura, lazer e desporto. Segundo o IMRS, o municpio de Alvorada de Minas possui melhores condies de segurana pblica do que Conceio do Mato Dentro. A taxa de crimes violentos e de crimes de menor potencial ofensivo menor em Alvorada de Minas. Porm, Alvorada apresentou maior taxa de homicdios, mais pessoas por policial militar e menor gasto municipal per capta com segurana pblica.(quadro 4.132).

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QUADRO 4.132 - Indicadores de segurana pblica


Indicador IMRS - Criminalidade Taxa de crimes violentos (por 100.000 habitantes) Taxa de homicdios (por 100.000 habitantes) Taxa de crimes de menor potencial ofensivo (furto e drogas) (por 100.000 habitantes) Nmero de pessoas por policial militar Alvorada de Minas 0,644 119,37 59,68 358,1 1.113 Conceio do Mato Dentro 0,598 139,82 32,27 838,89 744 0,85

Gasto municipal per capta com segurana 0,81 pblica Fonte: Fundao Joo Pinheiro; www.datagerais.mg.gov.br;

4.3.7 - Lazer, turismo e cultura.


4.3.7.1 - Introduo A rea de Influncia Direta do empreendimento se insere em trs circuitos tursticos do Estado, Circuito dos Diamantes, Circuito do Parque Nacional da Serra do Cip e Estrada Real. A atividade turstica surge como um novo modelo de gerao de renda para esses municpios, principalmente para Conceio do Mato Dentro, que j est desenvolvendo uma conscincia da importncia do papel econmico desta. De toda forma, a atividade turstica possui grande potencial para ser desenvolvido dado o patrimnio natural e cultural que est presente na AID. Essas consideraes justificam uma abordagem mais detalhada dessa questo. Ademais, o empreendimento em questo possui elevado potencial para alterar a paisagem rural e urbana, bem como modificar aspectos da cultura local, os quais possuem valor intrnseco e econmico, pois so fundamentais para a composio dos produtos tursticos relacionados ao turismo rural, cultural e ao ecoturismo. Ressalta-se que a potencialidade turstica est presente tambm nos municpios da rea de Influncia Indireta, sendo inclusive um dos fatores que legitimaram a incluso dos municpios de Santana do Riacho e do Serro como integrantes da AII. A anlise do setor de turismo na rea de influncia direta e indireta tem como objetivo avaliar as potencialidades de desenvolvimento do setor, os principais entraves esse processo e o estgio atual da atividade. Para isso foi realizado um levantamento de campo especfico. No referido levantamento foram visitados exemplos de patrimnio natural e cultural de toda a rea de influncia do empreendimento, visando identificar as potencialidades de desenvolvimento do turismo na regio. Tambm se buscou identificar e avaliar a existncia ou no de aspectos que possam diminuir a potencialidade turstica da regio, tais como: pouco conhecimento da populao local quanto aos locais mais atrativos, principalmente aqueles relacionados com o patrimnio natural, poluio visual nas sedes urbanas, descontinuidade arquitetnica e de estilo das construes, etc.

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A avaliao do setor tambm inclui uma anlise sobre a infra-estrutura turstica presente na rea de influncia, compreendendo uma abordagem sobre a capacidade desta de gerar renda, a estimativa de gerao de renda atual e a existncia ou no de produtos tursticos j formatados. Por fim, realizada uma anlise sobre os principais aspectos apontados pelo diagnstico do setor de turismo. 4.3.7.2 - Consideraes preliminares sobre o setor de turismo Antes de prosseguir com a anlise sobre o setor importante registrar algumas ponderaes sobre o mesmo e tambm de demonstrar as dificuldades de se avali-lo enquanto atividade econmica autnoma. A Organizao Mundial de Turismo - OMT define o turismo como o conjunto de atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e estadias em lugares distintos a seu entorno habitual por um perodo de tempo inferior a um ano, com fins de lazer, negcios e outros motivos no relacionados com exerccio de uma atividade remunerada no lugar visitado. O turismo uma atividade que tem crescido substancialmente durante o ltimo quarto de sculo como um fenmeno econmico e social. Por esse motivo, as tradicionais descries do turismo baseadas nas caractersticas dos visitantes, nas condies que levaram a caba suas viagens e estadias, no motivo de sua visita, etc. tm sido complementadas por uma perspectiva econmica. A anlise econmica do turismo faz-se, principalmente, a partir da mensurao dos produtos (bens e servios) que os visitantes consomem durante suas viagens e dos impactos que a oferta desses produtos exerce sobre as variveis macroeconmicas e sua interrelao com as demais atividades da economia. Dentre os bens e servios consumidos pelos visitantes, destacam-se o alojamento, o transporte, a alimentao e o entretenimento, os quais, em um sentido amplo, podem ser considerados como caractersticos do turismo. Portanto, na prpria definio dos produtos caractersticos do turismo j est implcito a dificuldade em mensur-lo enquanto uma atividade econmica autnoma. J que no se pode afirmar a existncia de um processo de produo comum que possibilite determinar o turismo como uma atividade econmica singular, ou seja, caracterizada por uma funo de produo prpria. Isto ocorre porque pessoas que no so turistas tambm usufruem dos produtos caractersticos do setor, como alimentao, entretenimento e consumo de combustvel e transporte e at mesmo, ocasionalmente, hospedagem, dentre outros.

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A Pesquisa Anual de Servios, realizada pelo IBGE em 2003, estimou 352.224 empresas operando no Brasil como atividade principal nos segmentos definidos como caractersticos do turismo. Estas empresas apresentaram um valor bruto de produo de R$ 76 bilhes, ocupando cerca de 2 milhes de pessoas, cujos salrios e outras remuneraes foram de, aproximadamente, R$ 15,3 bilhes. O valor adicionado das referidas empresas foi de 31 bilhes de reais, o que equivale a 2,23% do valor adicionado pela economia brasileira no perodo avaliado. A gerao de empregos representou 2,47% do total de empregos gerados no Brasil e o montante de salrios e outras remuneraes corresponderam a 3,36% do total das remuneraes pagas no Brasil. As empresas caractersticas do turismo no geral possuem uma composio mais intensiva de mo-de-obra em sua estrutura produtiva do que a observada para o conjunto da economia brasileira. Nessas o salrio representou, segundo o levantamento do IBGE, 49% do valor adicionado gerado e no restante das empresas da economia brasileira 33,63%. O segmento de servio de alimentao, com 287.021 empresas, representou 81,5% do total das empresas que realizam Atividades Caractersticas do Turismo (ACTs). Seguem-se a este o setor de alojamento, com 22.392 empresas (6,36% do total) e de transporte rodovirio, com 13.463, ou seja, 3,82% do total. Esses trs segmentos representaram 91,67% do total das empresas pertencentes s ACTs. O expressivo nmero de empresas do setor de alimentao decorre, principalmente, do carter familiar dessas empresas. De fato, estas caracterizam-se pelo pequeno porte pois ocupam, em mdia, cinco pessoas. A regionalizao das ACTs apresenta os Estado de So Paulo e Rio de Janeiro como os responsveis, em conjunto, por 63,5% da receita bruta de servios, 48,4% do pessoal ocupado total e pelo pagamento de 59% do total da massa de salrios e outras remuneraes das ACT no Brasil. O estado de Minas Gerais ocupa a 4 posio em receita bruta de servios pertencentes s ACTs, atrs tambm do Rio Grande do Sul. Na Estrada Real, segundo levantamento da Secretaria de Turismo de Minas Gerais, os circuitos que possuem maior faturamento turstico so: Circuito do Ouro (Ouro Preto, Mariana, etc) com 29% da receita total, seguido pelo Circuito Trilha dos Inconfidentes (Tiradentes, So Joo Del Rey, Barbacena, etc) com 27%, o das guas (Caxambu, Lambari, So Loureno) 16,5%, o da Serra do Cip (Santana do Riacho e Conceio do Mato Dentro) 12,7%, o de Vilas e Fazendas (Caranda, Conselheiro Lafaiete) 8,7% e dos Diamantes (Serro, Diamantina, Alvorada de Minas) 5,42%. 4.3.7.3 - Potencialidades Tursticas e de lazer 4.3.7.3.1 - A potencialidade turstica da AID O municpio de Conceio do Mato Dentro possui uma enorme potencialidade turstica, tendo atraes que possibilitam o desenvolvimento de diversas modalidades de turismo, destacando-se: o ecoturismo, o turismo cultural, de aventura e o turismo rural.

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O municpio conjuga em seu territrio atraes naturais e culturais de grande relevncia, tendo vrios bens culturais tombados em nvel nacional, estadual e municipal (ver descrio e fotos no captulo especfico sobre o patrimnio natural e cultural). O turismo cultural encontra uma forte expresso na sede do municpio e nos distritos que esto espalhados pelo seu territrio, destacando-se o distrito de Crregos, Santo Antnio do Norte e Costa Sena. Todos dotados de igrejas, logradouros e ncleos histricos com importncia reconhecida em nvel nacional e estadual. O ecoturismo e o turismo de aventura tambm possuem um grande potencial para se desenvolverem devido s diversas atraes naturais do municpio, como a cachoeira do Tabuleiro, com 273 metros de queda livre formada a partir de um paredo de rara beleza e com um grande lago em sua base. A cachoeira a maior do estado e a terceira maior do Pas e se situa no distrito de Tabuleiro. O municpio tambm conta com outras atraes de rara beleza, como a cachoeira Rabo de Cavalo, com 120 metros de queda, dividida em trs saltos e lago na base, situada no Parque Estadual da Serra do Intendente, no distrito de Itacolomi; o canyon do Peixe Tolo, situado no mesmo parque, que possui uma cachoeira de 200 metros. Ainda se destacam a Cachoeira de Trs Barras, do Mutambo, do Roncador, do Z Cornicha; o cnion do rio Preto, o poo do rio Preto, poo Pari (em Tabuleiro); e vrios stios arqueolgicos como: Stio Arqueolgico do Dourado, Abrigo do Anjo, da Colina, da Pedra Polida e Fnix. Prximo ao centro de Conceio tambm h atrativos naturais, como o Parque Municipal Salo de Pedras, que uma ampla rea natural com blocos rochosos que afloram no alto de uma colina emoldurados por belos campos de altitude; e o lago azul e o balnerio guas quentes, tambm prximos da rea urbana. Ressalta-se que todo o contexto de rara beleza e importncia do patrimnio natural de Conceio do Mato Dentro teve reconhecimento internacional, quando a UNESCO Organizao das Naes Unidas para a Educao, Cincia e a Cultura, incluiu o municpio e sua regio na categoria de Reserva da Biosfera da Humanidade, ao criar a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhao. O turismo rural tambm encontra forte potencialidade no municpio, o qual possui uma ruralidade que ainda guarda traos culturais tpicos dessa regio de Minas Gerais. Destacam-se as atividades agrcolas de subsistncia; o queijo do Serro, que tem o processo de fabricao tombado como patrimnio imaterial do Estado; a vida com um ritmo diferenciado do existente em reas mais urbanizadas, podendo ser descrito com adjetivos como: calmo, buclico, potico, dentre outros de sentido semelhante; e a culinria mineira. A foto a seguir demonstra uma cena tpica dessa regio de Minas Gerais, ilustrando o modo de vida buclico ainda presente na regio.

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Foto 222 - Carro de boi no distrito de Crregos, tpica cena da regio rural da AID.

As festividades tradicionais, usualmente ligadas datas religiosas, ensejam uma potencialidade para o turismo religioso (mas, ressalta-se, que estas tambm atraem pessoas desvinculadas do aspecto religioso que as origina). Em Conceio do Mato Dentro, as principais festividades so: - a festa de Nossa Senhora do Rosrio dos Pretos, no dia 1 de janeiro; - a festa da Independncia Nacional, dia 7 de setembro, quando ocorrem exposies, apresentaes de teatro e danas; - a festa do Jubileu do Bom Jesus do Matozinhos, de 12 a 24 de junho; - a festa de Nossa Senhora de Santana, So Benedito e Santa Rita, nos dias 25 a 27 de julho; - a festa de So Judas, no dia de So Judas; - a festa de Nossa Senhora da Aparecida, 12 de outubro; - a festa da Padroeira de Nossa Senhora da Conceio, dia 8 de dezembro; - a festa do divino, em junho e a festa do peo boiadeiro, tambm em junho. A consolidao do potencial turstico de Conceio do Mato Dentro um forte anseio de sua populao, que v neste processo uma oportunidade para incrementar a economia municipal. Haja visto que a pgina oficial da Prefeitura na internet apresenta a cidade como a capital mineira do ecoturismo. Segundo a atual administrao, o incentivo ao turismo cultural, ecolgico, religioso e de lazer uma prioridade.

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O municpio de Alvorada de Minas possui relativa potencialidade turstica, tendo em seu territrio cachoeiras, lagos e patrimnio cultural tombado em nvel nacional e estadual. Mas as atraes de Alvorada de Minas esto bem aqum das encontradas em Conceio do Mato Dentro e dos municpios da AII (Serro e Santana do Riacho). Como patrimnio cultural de interesse turstico em Alvorada de Minas se destaca a Igreja de So Jos, no distrito de Itapanhoacanga, tombada como patrimnio nacional pelo IPHAN. O patrimnio natural tem sua maior relevncia na cachoeira Campinas, em Itapanhoacanga, e no rio do Peixe, que banha cidade e possui praias de areias claras e utilizado como lazer pela populao do municpio (as fotos que ilustram esses locais esto no item referente ao patrimnio natural e cultural). As principais festividades que ocorrem no municpio de Alvorada de Minas a festa de Santo Antnio, no dia 13 de junho, e a festa de Nossa Senhora do Rosrio, no ltimo sbado do ms de julho. Esta festa tambm tradicional em Itapanhoacanga, que a promove desde 1728; outra festa tradicional no distrito a do Cruzeiro, que ocorre no 2 sbado do ms de maio.

Foto 223 - Distrito de Itapanhoacanga, no dia 14 de julho de 2007, dia da festa do Rosrio; notar a barraquinha de comidas e bebidas direita.

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Na rea de Influncia Direta, como j afirmado, existem 3 circuitos tursticos oficialmente reconhecidos pelo Estado de Minas Gerais. Um circuito turstico, segundo a definio da Secretaria de Turismo do Governo de Minas Gerais, o conjunto de municpios de uma mesma regio, com afinidades culturais, sociais e econmicas que se unem para organizar e desenvolver a atividade turstica regional de forma sustentvel, atravs da integrao contnua dos municpios, consolidando uma identidade regional. Para se constituir um circuito turstico fundamental que pelo menos um desses municpios disponha da infra-estrutura necessria para receber turistas, de modo que estes, a partir dali, possam desfrutar os atrativos dos demais. O governo de Minas Gerais reconhece oficialmente 56 circuitos tursticos (contabilizando a Estrada Real). O quadro 4.133 a seguir demonstra os circuitos tursticos presentes na rea em estudo e uma breve descrio do circuito. QUADRO 4.133 - Circuitos Tursticos da AID
Circuito Turstico Estrada Real Parque Nacional da Serra do Cip Diam antes Descrio Antiga estrada que era usada para o escoam ento da produo aurfera e de pedras preciosas. Regio de grande biodiversidade e importante patrimnio natural devido ao endem ism o de flora e fauna. Municpios da AII Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro. Conceio do Mato Dentro.

Importante patrimnio histrico-cultural com belezas arquitetnicas, artes e passeios ecolgicos. Fonte: Secretaria Estadual de Cultura; http//:www.descubram inas.com.br

Alvorada de Minas.

O trecho da Estrada Real presente na rea de Influncia Direta e Indireta do empreendimento, nos municpios de Conceio do Mato Dentro, Alvorada de Minas e do Serro, conhecido como o Caminho dos Diamantes. Este trecho (Caminho dos Diamantes) possui caractersticas e importncia prprias e, segundo Mrcio Santos, no se constituiu, como tem sido divulgado erroneamente, um prolongamento do Caminho Novo que ligava So Sebastio do Rio de Janeiro Vila Rica (atual Ouro Preto). Na realidade o Caminho dos Diamantes surgiu aproximadamente 20 anos depois do Caminho Novo. Portanto, no sculo XVIII existiram duas vias distintas: o Caminho Novo, de abrangncia colonial, e a rota Vila Rica - Tijuco, de abrangncia regional. Ainda assim, constituiu esta ltima um caminho destacado na capitania das Minas Gerais, pois passou ligar Vila Rica regio que produzia as pedras preciosas mais cobiadas na poca. Portanto, o caminho dos Diamantes possui caractersticas e importncia histrica prprias, sendo rico em valor histrico e econmico. A Estrada Real um grande atrativo turstico da regio, pois dotada de um reconhecido valor histrico-cultural e ambiental, tem ampla divulgao pela mdia e est presente em toda AID e no municpio do Serro (AII).

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As fotos que seguem mostram aspectos da Estrada Real na rea de Influncia Direta do empreendimento.

Foto 224 - Detalhe do marco da Estrada Real, entre Santo Antnio do Norte e Itapanhoacanga

Foto 225 - Estrada Real, na entrada do Distrito de Santo Antnio do Norte

(Tapera);

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Foto 226 - Itapanhoacanga vista a partir da Estrada Real; ao fundo a montanha que ter sua vertente oposta e a parte da sua crista minerada.

4.3.7.3.2 - O estgio atual de desenvolvimento da atividade turstica na AID Apesar do elevado potencial turstico que est presente na regio, existem vrias fragilidades relativas aos produtos e equipamentos tursticos que poderiam dar suporte e viabilizar economicamente o referido potencial. O turismo cultural de Conceio do Mato Dentro, que mais significativo nas sede do municpio e nos distritos, enfrenta um problema comum muitos municpios histricos do Estado que a descontinuidade da malha urbana histrica. Os principais patrimnios culturais do municpio possuem em seu entorno edificaes que no so histricas nem seguem o mesmo padro arquitetnico. Ademais, as encostas do municpio possuem ocupaes de baixo padro construtivo que deterioram significativamente a beleza cnica dos monumentos histricos. As fotos 227 a 229 ilustram os aspectos relativos descontinuidade arquitetnica presente no entorno do patrimnio cultural de Conceio do Mato Dentro.

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Foto 227 - Centro de Conceio do Mato Dentro e a capela de Santana no alto e ao fundo; notar a grande poluio visual que predomina na rea.

Foto 228 - Igreja de Nossa Senhora do Rosrio e casario colorido e recente ao lado esquerdo.

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Foto 229 - Construes no histricas ao lado da capela de Santana.

No municpio de Alvorada de Minas tambm ocorre o problema da descontinuidade histrica e arquitetnica no entorno de seus principais monumentos, como demonstra a foto a seguir.

Foto 230 - Casas ao lado da Igreja Matriz de Santo Antnio, em Alvorada de Minas

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A principal potencialidade turstica de Conceio do Mato Dentro e, em menor escala, de Alvorada de Minas o ecoturismo. Em Conceio do Mato Dentro esta tipologia turstica se encontra em um estgio bem mais avanado que em Alvorada de Minas. A cidade possui um centro de informaes tursticas, sediado no edifcio da prefeitura municipal, que possui folhetos informativos sobre os atrativos naturais da regio e que so distribudos gratuitamente para as pessoas interessadas em conhec-las. As sinalizaes virias so bastante freqentes indicando os distritos e os atrativos naturais destes. Portanto, possvel para o turista obter conhecimento e dirigir para os lugares que lhe interessam. A foto a seguir mostra uma placa indicando atraes naturais em uma estrada de acesso aos mesmos, na rea rural de Conceio do Mato Dentro.

Foto 231 - Placa indicativa de atraes naturais, na rea rural de Conceio do Mato Dentro. Ressalta-se que a APA - Serra do Intendente foi recentemente transformada em Parque Estadual.

Porm, ainda faltam em Conceio do Mato Dentro agncias especializadas que ofeream o produto turstico formatado ao turista. Ou seja, dado o grande potencial para o desenvolvimento do ecoturismo que o municpio possui, ainda assim o turista encontrar dificuldades para realizar atividades relacionadas ao ecoturismo, como por exemplo: escalada de rapel, rafting, passeios guiados a cavalo, trekkings diferenciados (ou seja que no sejam somente ir at as atraes naturais) e etc. Portanto, o turista que for Conceio do Mato Dentro e quiser conhecer a maioria das atraes naturais, necessitar ter algum conhecimento de como se portar em um ambiente natural preservado e distante de qualquer aglomerado humano. Este fato por si s uma limitao para a atividade, j que reduz o pblico potencial.

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Mas ressalta-se que a recente criao do Parque Estadual da Serra do Intendente no municpio de Conceio do Mato Dentro representa a transformao de uma potencialidade turstica em um equipamento turstico. Ou seja, o que antes era uma regio plena de atrativos naturais como cachoeiras, canyons, mata preservada e etc, sem um conhecimento amplo por parte da maioria da sociedade de fora da regio, com a criao do parque toda a regio passa no mdio e longo prazo a ter uma visibilidade muito maior no cenrio dos atrativos naturais do Pas. Portanto, se trata de um importante passo para consolidar a vocao turstica de Conceio do Mato Dentro. Quanto Alvorada de Minas, as atraes naturais so pouco divulgadas e o municpio ainda no possui centro de informaes tursticas, embora esteja construindo um. Portanto, no h no municpio nenhum vestgio de produto turstico formatado. Cabendo ao turista ser praticamente um desbravador das belezas naturais que l existem. Logo, o desenvolvimento do turismo no municpio ainda bastante incipiente no constituindo uma atividade econmica de relevncia.

Foto 232 - Local onde ser construdo o terminal turstico de Alvorada de Minas

4.3.7.3.3 - Equipamentos tursticos A carncia de boas opes de hospedagem e alimentao um forte entrave para o desenvolvimento da potencialidade turstica de Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas. Segundo o Guia Quatro Rodas 2007, da editora Abril, (importante referncia para o mercado de turismo nacional) s existe 1 hospedagem classificada como de mdio conforto, situada em Conceio do Mato Dentro (a quarta melhor categoria em uma escala de 5 que possui: simples, mdio conforto, confortvel, muito confortvel e luxo). A vida noturna pacata e com poucas opes tambm um fator negativo para o crescimento do setor.

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O mesmo guia tambm no concede nenhuma estrela (que atesta o servio de gastronomia como bom, numa escala que vai de 1 a 3; sendo 1 estrela igual a boa cozinha, 2 muito boa cozinha e 3 excelente cozinha) a nenhum restaurante dos municpios da rea de Influncia Direta. Porm, na sede urbana de Conceio do Mato Dentro, existem algumas opes de hospedagem com estrutura adequada para o recebimento de turistas e tambm h opes para um turismo de menor poder aquisitivo, representado por penses e casas que alugam quartos, principalmente nos perodos das festas tradicionais quando a cidade recebe maior nmero de visitantes. Nos distritos de Conceio do Mato Dentro so poucas as opes de hospedagem, com exceo do distrito de Tabuleiro, que possui uma infra-estrutura turstica maior com 2 opes de pousadas mais estruturadas e outras de caractersticas bastante simples. No distrito tambm existe campings e alguns moradores alugam suas prprias casas para o turista e/ou alugam quartos (esta uma prtica comum na regio). No distrito de Santo Antnio do Norte existe 1 opo de hospedagem. As fotos a seguir ilustram os tipos de hospedagem presentes em Conceio.

Fotos 233 a 236 - (em sentido horrio, de cima para baixo) Quartos da pousada Serra Velha em Conceio do Mato Dentro; Fachada da Pousada Bi, no centro de Conceio; Pousada da Gameleira, no distrito de Tabuleiro e rea de camping tambm em Tabuleiro.

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Em Alvorada de Minas existem de 2 a 3 opes de hospedagem (penses) na sede urbana. Tratam-se de estabelecimentos de carter e administrao familiar, com grande informalidade no servio prestado. No distrito de Itapanhoacanga existe uma pousada simples. Segundo levantamento de campo, informaes da Secretaria Estadual de Turismo e em pesquisa pela internet as principais opes de hospedagem de Conceio do Mato Dentro so: QUADRO 4.134 - Relao de Pousadas de Conceio do Mato Dentro
Pousada Hotel Cuiab Pousada dos Bandeirantes Hotel Pires Pousadinha Adentro Hotel Bi Pousada Gameleira Pousada Serra Velha Pousada Dona Dalva Penso Bom Jesus Pousada Vale das Pedras Hotel de Ubaldina Pousada Dona Rosa Pousada Solar do Rosrio Pousada Chcara Santa Ins Pousada JK Pousada do Angico Pousada Brom lia N de leitos 26 leitos 3 leitos de casal / 7 leitos de solteiro 19 leitos 14 leitos 40 leitos 44 leitos 34 leitos 16 leitos 11 42 leitos 39 leitos 7 leitos 18 leitos 42 leitos 26 leitos 20 leitos 9 leitos Valor da diria Fim de semana R$ 25,00 por pessoa R$ 35,00 R$ 60,00 e R$ 70,00 R$ 30,00 R$ 50,00 (casal) R$ 100,00 (individual) e R$ 110,00 (casal) R$ 90,00 R$ 40,00 R$ 20,00 R$ 200,00 fim de sem ana R$ 15,00 por pessoa R$ 15,00 por pessoa R$ 70,00 casal R$ 80,00 por casal R$ 50,00 por casal R$ 120,00 R$ 30,00 90,00 R$ 25,00 R$ 90,00 a R$ 100,00 R$ 80,00 R$ 30,00 R$ 20,00 Dias de semana R$ 15,00 por pessoa R$ 25,00 R$ 60,00 e R$ 70,00 R$ 30,00 Observao Sede do municpio Sede do municpio Sede do municpio Sede do municpio Sede do municpio Sede do municpio Sede do municpio Sede do municpio Sede do municpio Rodovia MG 010, Km 156 Sede do municpio Sede do municpio Sede do municpio Sede do municpio Sede do municpio Distrito de Tabuleiro Distrito de Tabuleiro

Fonte: Levantam ento de campo e sites da prefeitura municipal, descubraminas, e outros.

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Portanto, o municpio de Conceio do Mato Dentro possui aproximadamente 450 leitos, que se fossem ocupados integralmente ao longo de um ms inteiro geraria uma renda mensal de R$ 1.000.050,00, (adotando como referncia os preos praticados aos fins-de-semana) o que significaria uma renda bruta anual de R$ 12 milhes, gerando a arrecadao de R$ 360.000,00 em ISS. Porm, segundo entrevistas com os proprietrios/funcionrios dos estabelecimentos de hospedagem, os hotis e pousadas do municpio ficam a maior parte do tempo com baixa ocupao, somente sendo ocupado durante os feriados prolongados e as festividades tradicionais do municpio. Sendo assim pode-se inferir que o setor de turismo do municpio possui uma ocupao mdia de 15%, o que gera uma receita mensal de R$ 150 mil, o que equivale, em termo anuais, R$ 1.800.000,00. , equivalendo uma gerao de ISS da ordem de R$ 54.000,00. Ressalta-se que a abordagem, que buscou ser conservadora ao estipular uma taxa de ocupao de 15% para o setor hoteleiro do municpio, ainda assim parece estar superestimada. Isto porque a arrecadao de ISSQN do municpio de Conceio do Mato Dentro, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, foi de R$ 153.141,00 em 2005. Portanto, segundo o modelo adotado, as hospedagens representaram 35% do setor de servios do municpio. O que ainda pode ser considerado uma percentual elevado, dado a grande variedade de atividades e estabelecimentos que compem o setor. De toda forma, se pode avaliar que a receita gerada pelo turista superior auferida pela rede de hotis, pousadas e penses do municpio, pois o turista tambm realiza gastos nos restaurantes do municpio, nos postos de combustveis e no comrcio em geral (produtos artesanais e produtos tpicos como, por exemplo, o queijo da regio). A grande dificuldade, como j ressaltado na introduo do tema, conseguir diferenciar o que gasto do turista e o que gasto dos moradores locais. A importncia do turismo para Conceio do Mato Dentro destacada, embora esta atividade ainda seja pouco explorada, quando se considera o grande potencial que o municpio possui. Tambm comprova a importncia deste setor para a economia municipal o fato que o setor tercirio (comrcio e servios) responde por 70% da economia municipal. No municpio de Alvorada de Minas existem poucas opes de hospedagem. H uma pousada no distrito de Itapanhoacanga (Pousada Estrada Real) a qual tem o potencial de gerar aproximadamente R$ 9.600,00 por ms caso fosse ocupado todos os quartos todos os dias do ms. Inferindo uma taxa de ocupao de 15%, esta gera aproximadamente R$ 1.440,00 por ms, equivalendo a R$ 17 mil no ano. Na sede urbana h pousada So Judas Tadeu, a qual possui 40 leitos e o valor da diria de R$ 48,00; portanto, na hiptese de plena ocupao durante todo o ms, esta geraria R$ 28,8 mil; considerando a ocupao mdia de 15% a gerao de renda desta seria de R$ 4.320 por ms. Portanto, em Alvorada de Minas, o setor de hospedagem gera, segundo o modelo, R$ 5.760,00 por ms; o que equivale R$ 69.120,00 por ano e uma gerao anual de ISS da ordem de R$ 2.073,00. Segundo a Secretaria de Tesouro Nacional o municpio auferiu em ISS no ano de 2005 R$ 14.625,00, logo a gerao de ISS de hospedagem decorrente das hospedagens representaria 14% deste tributo.

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Infere-se que a representatividade do setor de hospedagem para o setor de servios dos municpios avaliados tende a ser menor do que o apresentado no modelo. Isto porque o modelo compara a gerao de receita atual, 2007, com dados para a gerao de ISS relativos 2005 (que o mais recente disponibilizado). Portanto, pode se prever que a economia dos municpios e, por conseguinte, a gerao de ISS, cresceu de 2005 para 2007, logo a representatividade real ligeiramente menor do que a encontrada pelo modelo apresentado. 4.3.7.3.4 - O setor de turismo na rea de Influncia Indireta - Serro e Santana do Riacho Os municpios do Serro e de Santana do Riacho possuem forte potencialidade turstica. No Serro o grande acervo de patrimnio cultural se soma ao patrimnio natural para consolidar o municpio como um dos destaques no cenrio turstico de Minas Gerais. J Santana do Riacho possui uma potencialidade turstica imensurvel devido ao seu patrimnio natural, o qual tem no Parque Nacional da Serra do Cip seu maior atributo. Consagrado como um dos mais belos e importantes destinos ecotursticos do pas, o Parque Nacional da Serra do Cip impressiona os visitantes com a exuberncia de sua natureza. Dentro de seus limites esto cnions, cachoeiras, rios, paredes, campos rupestres e lagoas. As principais modalidades tursticas da AII so o ecoturismo, o turismo de aventura, de lazer e turismo rural. No Serro, alm desses tipos de turismo tambm est presente o turismo cultural dado o grande acervo de patrimnio cultural que o municpio possui. Em Santana do Riacho as modalidades tursticas relacionadas natureza (ecoturismo, aventura, esportes) j so muito praticadas e ainda assim possuem amplo potencial para crescer. O municpio possui alm do Parque Nacional da Serra do Cip, situado no distrito de Cardeal Mota, diversas cachoeiras, montanhas, rios, lagos e vegetao exuberante em todo seu territrio. Destacam-se as cachoeiras da Farofa, da Capivara, Taioba, Congonhas, Bicame, do Soberbo, Grande, do Vu da Noiva e da Serra Morena. Em Santana do Riacho, alm do distrito de Cardeal Mota, tambm h o distrito da Lapinha, onde se situa o ponto culminante da serra do Cip, o pico do Breu com 1.687 metros. O distrito da Lapinha um belo vilarejo na base do pico do Breu margeado pela lagoa da Lapinha. Neste distrito tambm h atividade turstica voltada para desfrutar o patrimnio natural l presente. Ressalta-se que a atividade turstica no distrito da Lapinha menor em termos de expresso econmica, quantidade de turistas e equipamentos tursticos do que a desenvolvida em Cardeal Mota. Situado s margens da MG-010, o distrito de Cardeal Mota possui uma atividade turstica intensa. No distrito, os produtos tursticos ligados ao patrimnio natural j esto consolidados. Ao longo da MG-010, num percurso de aproximadamente 5 km de extenso, se avistam muitas pousadas e agncias tursticas que oferecem opes de passeios e atividades para todos os gostos e idades. O que d ao turista a possibilidade de realizar atividades diversas como rafting, trekking, passeio a cavalo, contratar guias tursticos, etc. Ou seja, mesmo que o turista desconhea completamente a regio, este ter uma srie de produtos tursticos sua disposio. Isto faz com que a atividade turstica se desenvolva intensamente, pois conta com um pblico bastante abrangente e heterogneo.
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Os equipamentos tursticos so diversificados. O Guia 4 rodas 2007 classifica trs pousadas em Cardeal Mota como mdio conforto (o maior nmero de pousadas com essa classificao dentre todos os municpios da rea de influncia direta e indireta). Existem mais de 30 pousadas somente em Cardeal Mota e tambm h opes como aluguel de casas e quartos e reas para camping. Ressalta-se que a potencialidade turstica do municpio de Santana do Riacho viabilizada pelos seus distritos Cardeal Mota e Lapinha (em menor escala). A sede urbana do municpio, apesar de bela, singela e buclica, no apresenta potencial turstico destacado, pois no possui bens culturais relevantes, nem diversidade de pousadas (s h duas pousadas na sede, ambas bastante simples) e nem produtos tursticos formatados para serem ofertados. As fotos a seguir demonstram as potencialidades, os equipamentos e os produtos tursticos que esto presentes em Santana do Riacho.

Foto 237 - Paisagem da Lapinha;

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Foto 238 - Cachoeira Grande no distrito de Cardeal Mota.

Foto 239 - Hotel s margens da MG-010 no distrito de Cardeal Mota

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Foto 240 - Agncia de turismo no distrito de Cardeal Mota e os produtos tursticos ofertados (situada s margens da MG-010)

Foto 241 - Placas, colocadas na margem da MG-010, indicando pousadas no distrito de Cardeal Mota, Santana do Riacho.

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No municpio do Serro, como j afirmado anteriormente, existe o potencial para desenvolvimento do ecoturismo, do turismo rural e do turismo cultural. O municpio possui belos distritos, patrimnio cultural preservado e patrimnio natural reconhecido em nvel estadual como o Parque Estadual do Pico do Itamb. O Serro possui distritos de rara beleza, como Milho Verde e So Gonalo do Rio das Pedras, ambos com rico patrimnio natural no entorno e tambm patrimnio cultural, pois possuem igrejas tombadas pelo Instituto Estadual Patrimnio Histrico e Arquitetnico - IEPHA. Ademais, estes distritos possuem um conjunto arquitetnico homogneo e em estilo colonial semi-preservado e harmonia na volumetria das construes (casas com mesmo padro de tamanho, estilo e material construtivo). As fotos a seguir ilustram a rea central dos referidos distritos.

Fotos 242 e 243 - Praa da matriz em So Gonalo do Rio das Pedras e Igreja em MilhoVerde.

Ressalta-se que os distritos de Milho Verde e So Gonalo do Rio das Pedras so ligados pela Estrada Real, que neste percurso de 6 km tem um dos seus mais belos trechos (entre Serro e Diamantina). Em Milho Verde destacam-se a cachoeira do Moinho, Carijs, do Piolho e do lajeado. Em So Gonalo do Rio das Pedras, destacam-se do Quilombo, da Maria Augusta, do Vale do Cu, do Tamandu e a cachoeira do Comrcio, que fica na rea central do distrito. As fotos a seguir ilustram exemplos do patrimnio natural desses distritos.

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Fotos 244 e 245 - Cachoeira do Comrcio, em So Gonalo do Rio das Pedras e Cachoeira do Moinho, em Milho Verde.

O distrito de So Gonalo do Rio das Pedras possui uma infra-estrutura turstica mais bem consolidada e de melhor nvel do que em Milho Verde. Em So Gonalo do Rio das Pedras existem trs pousadas voltadas para um pblico de poder aquisitivo mais elevado. Mas tambm existem casas e quartos para alugar e rea de camping. Em Milho Verde as pousadas so poucas e simples, quase informais. H rea para camping e tambm quartos e casas para alugar. O turismo no distrito feito em sua maioria por pessoas jovens. As fotos a seguir ilustram equipamentos tursticos dos distritos de So Gonalo do Rio das Pedras e Milho Verde.

Fotos 246 e 247 - Pousada do Capo, em So Gonalo do Rio das Pedras e pousada

De toda forma, tanto em Milho Verde como em So Gonalo do Rio das Pedras h espao para um maior desenvolvimento do turismo, pois a potencialidade turstica desses poderia ser mais bem explorada, j que possuem rico patrimnio natural e cultural. Porm, os equipamentos tursticos presentes nestes so poucos e o produto turstico, que so os passeios e atividades j formatadas para serem oferecidas ao turista, no est consolidado.

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O turismo cultural tem elevada potencialidade na rea urbana do Serro. O municpio foi o primeiro do Brasil a ter seu ncleo urbano tombado pelo IPHAN e possui trs igrejas tombadas por esse instituto. Existem tambm bens culturais tombado no nvel estadual e municipal. Em Serro ainda esto preservadas as tradies folclricas e as festas religiosas e possui centro de informaes tursticas.

Foto 248 - Ncleo histrico do Serro.

O importante acervo cultural do municpio no possui equipamentos tursticos condizente com sua significncia. No municpio no h nenhuma pousada classificada como de mdio conforto pelo Guia 4 Rodas, assim como no h restaurantes destacados com estrela (indicativo de boa comida). Outro problema que afeta a potencialidade turstica do municpio a poluio visual (cartazes, fios, carros, etc) no centro da cidade e a descontinuidade de estilo arquitetnico. A ocupao desordenada das encostas da cidade tambm afeta a beleza da paisagem urbana.

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Foto 249 - Ao centro a Igreja de Nossa Sra. Aparecida e no seu entorno residncias que no representam o mesmo perodo histrico do referido patrimnio.

4.3.7.3.5 - Sntese conclusiva sobre o tema turismo O estudo realizado demonstra que existe grande potencialidade turstica nos municpios de Conceio do Mato Dentro (AID), Santana do Riacho e Serro. Nesses inclusive j h algum desenvolvimento dessa atividade. Nos demais municpios da rea de influncia do empreendimento, Alvorada de Minas (AID) e Dom Joaquim (AII), a potencialidade turstica pequena e o desenvolvimento do setor ainda incipiente. O setor de turismo j se apresenta como uma atividade econmica consolidada e relevante no distrito de Cardeal Mota, em Santana do Riacho. Este o municpio com maior potencial para desenvolver ainda mais essa atividade, pois muitos dos aspectos que podem limitar o processo de desenvolvimento desta j se encontram superados no municpio, como infra-estrutura j montada, produtos tursticos formatados e conscincia da populao quanto relevncia da atividade para a economia do municpio. Nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Serro a atividade turstica j vem sendo trabalhada pelas respectivas municipalidades e pela populao local h alguns anos, porm ainda assim se encontra em um estgio que pode ser considerado como inicial. Ressalta-se que a criao do Parque Estadual da Serra do Intendente, em Conceio do Mato Dentro representa um importante passo para consolidar a vocao turstica do municpio. E tem a potencialidade de no mdio prazo aumentar a visitao de turistas no municpio.

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Os entraves que limitam o crescimento do turismo em Conceio do Mato Dentro e no Serro so significativos, pois esto relacionados uma infra-estrutura turstica incipiente e precria e com um modo de insero mercadolgica bastante informal. Isto gera o risco de se estabelecer um ciclo vicioso, no qual o turista no visita a regio por falta de opes de hospedagem/alimentao de qualidade e os investimentos no so realizados porque a regio no tem uma visitao turstica que incentive a iniciativa de se investir. Este processo desestimula os investimentos privados, que seriam o principal fator capaz de solucionar a reduzida oferta de opes de hospedagem, alimentao e divertimento. Outros fatores como baixa capacidade do setor pblico desses municpios de realizarem investimentos como: melhorias nas estradas de acesso ao patrimnio natural e aos bens culturais dos distritos; divulgao das atraes do municpio em mdia de abrangncia nacional; treinamento de mo-de-obra para o setor; benfeitorias na rea urbana; fiscalizao e controle das ocupaes do entorno dos principais monumentos culturais, etc; dentre outras medidas que poderiam ser estudadas e implementadas. Tambm no se pode deixar de mencionar a concorrncia pelo mercado turstico que existe no prprio estado de Minas Gerais, representada pelas cidades histricas, destacando-se Ouro Preto, Tiradentes e Diamantina e pelos os outros parques naturais presentes em Minas Gerais. Haja visto o levantamento da Secretaria Estadual de Turismo que aponta o Circuito do Ouro como responsvel por 30% de toda a receita de turismo da Estrada Real. Apesar dos problemas que afligem o setor, existe em Conceio do Mato Dentro e no Serro um forte apelo turstico e um grande anseio da coletividade para consolidar essa potencialidade. Porm, o caminho para que esta se efetive, com o tamanho que seu potencial possibilita, ainda longo e necessita de envolvimento e de sinergia dos agentes privados e pblicos para que seja trilhado a contento. E no h nada que possibilite afirmar que este processo, que deve ser concatenado de forma adequada, esteja ocorrendo na intensidade necessria ou que este ir ocorrer. 4.3.7.3.6 - Formas de Lazer Quanto s formas de lazer, nos municpios da rea de Influncia Direta, este se relaciona com a recreao de contato primrio nos rios, poos e cachoeiras; jogos de futebol, brinquedos infantis tpicos conversas e reunies nas caladas, alpendres e , bares e lazer contemplativo da natureza nos parques naturais, como o do Salo de Pedras em Conceio do Mato Dentro.

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Foto 250 - Jogo de futebol, durante aula de educao fsica, em Itapanhoacanga.

Foto 251 - Brinquedo tpico da regio de Itapanhoacanga

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Foto 252 - Parque Natural do Salo de Pedras, em Conceio do Mato Dentro, utilizado pela populao

4.3.7.4 - Relao entre cultura e empreendimento Os municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro possuem acentuadamente uma cultura rural. Esta se representa por uma maior apropriao pela coletividade dos espaos pblicos, como as ruas e praas, que os utiliza como reas de lazer e convvio. H uma simbiose entre espaos e grupos que ao utilizarem destes para suas manifestaes individuais, criam uma cultura coletiva, que fundamenta os atributos aos quais os indivduos passam a pertencer. A cultura rural tambm se define por uma maior solidariedade entre os membros de uma dada comunidade, fato este que determina uma condio de existncia no qual a satisfao das necessidades do indivduo no mediada exclusivamente pela moeda, havendo ainda espaos para o escambo de mercadorias. Na cultura rural preservada, como ocorre nos municpios avaliados, o indivduo ainda detm, mesmo que parcialmente, os meios de sua subsistncia, que se expressam nas hortas individuais e comunitrias, nas construes de adobe e pau-a-pique, na agropecuria de subsistncia, na educao para o trabalho que transmitida de gerao para gerao. Esses so traos gerais que predominam na cultura rural, mas que, ainda assim, no abarcam toda a sua complexidade. Sendo o empreendimento em questo uma atividade de explorao mineral que se dar de forma localizada constitudo por diversas estruturas (mina, barragens, depsitos de estril, planta industrial, etc.) que at ento no existiam no meio onde se inserir, este possui grande potencial para interagir e modificar a cultura e as relaes que dela decorrem nos municpios que a abrigaro. O que significa dizer que o empreendimento introduz elementos suscetveis de alterar os padres produtivos agrcolas, trabalhistas, ideolgicos, de interao social, do gosto e da estrutura social atualmente vigente nos municpios.

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4.3.8 - Estrutura Produtiva e de Servios


4.3.8.1 - Relaes de troca entre economia local, regional e nacional polarizao rea de Influncia Direta A polarizao um fenmeno caracterizado pela atrao que os municpios dotados de uma mais ampla rede de servios e comrcio exercem sobre os municpios que contam com uma economia, comparativamente, menos diversificada. As relaes de troca entre os municpios largamente governada pela polarizao. As relaes de trocas que os municpios realizam nas dimenses locais, regionais e nacionais so diretamente influenciadas pelo porte do Produto Interno Bruto de cada municpio bem como a especializao das atividades produtivas que os compem. O tamanho do PIB determina a gerao de riqueza do municpio em anlise e isto relaciona-se diretamente com a capacidade deste consumir bens de outras localidades, determinando o grau de abertura de uma determinada economia municipal em relao aos mercados locais, regionais e nacionais. Quanto maior o PIB maior a capacidade de o municpio adquirir bens e insumos de outras localidades. Da mesma forma a especializao da economia, de acordo com o setor econmico preponderante, determina os tipos de insumos e os mercados com os quais esta ir realizar suas trocas. Por exemplo, uma economia baseado no setor agropecurio tende a comprar os insumos agrcolas no mercado regional e vender sua produo em todo mercado nacional e tambm internacional. Por sua vez, uma economia baseada no setor industrial tem uma gama de fornecedores mais diversificados e tambm situados nas mais diversos centros econmicos nacionais e internacionais, uma vez que utiliza insumos com maior especificao tecnolgica. De modo geral, os municpios polarizadores atuam como fornecedores de insumos e bens e servios para os municpios polarizados. Estes por sua vez tendem a vender a sua produo para os municpios que os polarizam. Tanto o porte do PIB quanto a especializao produtiva do municpio influencia na sua capacidade de gerao de empregos e na qualidade dos empregos gerados. Os municpios de maior porte econmico geram empregos que necessitam de maior capacitao profissional, bem como tm capacidade de gerar maior nmero de empregos. Os municpios que possuem economia baseada no setor industrial possuem uma oferta de empregos com maior nvel de rendimento que aqueles baseados no setor agropecurio. Porm o setor industrial, por ser mais intensivo em tecnologia, gera comparativamente menos empregos que o setor agropecurio e que o setor tercirio. A combinao de baixo potencial de gerao de empregos do setor industrial com maior nvel de pagamento de salrios se traduz em um aumento do setor de servios que surge para atender a demanda dos trabalhadores da indstria e da prpria indstria. O setor agropecurio gera comparativamente mais empregos, porm de menor remunerao e menor especializao profissional, o que tende a condicionar um setor de servios com estrutura mais simplificada, quando comparado ao setor de servios formado a partir do setor industrial.

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No presente caso, onde se tem os municpios de Conceio de do Mato Dentro e Alvorada de Minas, pode-se afirmar que Conceio do Mato Dentro atua, ainda que marginalmente, como polarizador das relaes econmicas de Alvorada de Minas. Mas essa polarizao limitada, pois o municpio de Serro possui uma atuao mais destacada para a economia de Alvorada de Minas, uma vez que a maior parte do queijo produzido neste comercializado no Serro, bem como os insumos produtivos para o setor agropecurio de Alvorada de Minas tambm so adquiridos no municpio de Serro. Ademais, h que se considerar que dado o tamanho das economias e das condies de atendimento de sade e educao, no se permite supor que nenhum dos municpios avaliados possua uma fora polarizadora das relaes econmicas e sociais. Na regio esse papel cabe com maior destaque para o municpio do Serro, o qual possui cooperativa de produtores de queijo, que absorve a produo de Alvorada de Minas e faculdades, que atende a populao de Alvorada de Minas. J Conceio do Mato Dentro polarizada pela regio metropolitana de Belo Horizonte, uma vez que a maior parte das relaes de comrcio so realizadas com a RMBH. Assim, como o atendimento dos casos mais complexos de sade e a educao de nvel superior e profissionalizante. Tambm necessrio considerar que tanto Alvorada de Minas como Conceio do Mato Dentro esto inseridas na regio de planejamento Central do Estado, a qual tem como centro econmico a Regio Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH. Esta o centro polarizador das relaes econmicas e sociais da regio em anlise, porque oferta servios de sade e de educao que no podem ser encontrados na rea em estudo. A RMBH tambm se configura, mesmo que indiretamente, como o principal mercado consumidor dos produtos agroindustriais da regio, j que nenhum municpio da regio consegue consumir toda a produo regional. Analisando as relaes de trocas no mbito da rea adjacente ao empreendimento. Se tem que as propriedades situadas em Alvorada de Minas comercializam e compram os insumos no municpio do Serro, enquanto que aquelas situadas em Conceio do Mato Dentro realizam suas principais trocas comerciais em Conceio do Mato Dentro. Ressalta-se que tanto o mercado consumidor de Conceio do Mato Dentro como o de Serro no consomem toda a produo queijeira da regio, atuando como entreposto comercial para o mercado de Belo Horizonte. 4.3.8.2 - Produto Interno Bruto O principal setor econmico dos municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro o setor de servios, que responde por 56% e 67%, respectivamente. O segundo setor mais relevante o agropecurio em ambos os municpios, sendo que em Alvorada de Minas este representa 39% da economia e em Conceio do Mato Dentro 20%. O setor industrial contribui com 5% para a formao do PIB de Alvorada de Minas e 13% para o PIB de Conceio do Mato Dentro. Em Minas Gerais, o setor tercirio prepondera representando 47% do PIB, seguido pelo setor industrial com 44% do PIB, portanto, em Minas Gerais o setor agropecurio bem menos relevante que nos municpios estudados, representando somente 9% da economia estadual.

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A maior participao relativa do setor agropecurio na economia dos municpios da rea de influncia indireta do empreendimento reitera as caractersticas ligadas ao meio rural da socioeconomia destes, que a presente anlise indica. O quadro 4.135 a seguir demonstra os dados econmicos dos municpios avaliados. QUADRO 4.135 - Produto Interno Bruto e Valor Adicionado Total; 2004
Municpios Agropecuria Estado de Minas Gerais Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro PIB da AID 13.697.698 3.991 10.518 14.509 Valor Adicionado Total Indstria 68.921.655 505 6.800 7.305 Servios 73.556.254 5.664 36.075 41.739 Total 156.175.607 10.160 53.393 63.553 166.586.327 10.166 51.537 63.553 PIB a preos de mercado corrente (R$)

Fonte: IBGE.

A economia de Conceio do Mato Dentro representa 84% de toda a riqueza gerada na rea de Influncia Direta. O municpio de Alvorada de Minas contribui com mais intensidade para a formao do PIB agropecurio, para o qual representa 27,5% de toda riqueza gerada pelo setor na AID. O quadro 4.136 demonstra a participao relativa de cada setor da economia na composio do PIB dos municpios avaliados. QUADRO 4.136 - Composio percentual do Produto Interno Bruto
Municpios Estado de Minas Gerais Alvorada de Minas Conceio do Mato Dentro PIB da AII Participao de cada setor no PIB - 2004(percentual). Agropecuria 8,76 39,28 19,70 22,90 Indstria 44,13 4,97 12,73 11,50 Servios 47,10 55,74 67,56 65,67

Fonte: IBGE

O municpio de Conceio do Mato Dentro a 326 maior economia municipal do estado de Minas Gerais. Alvorada de Minas ocupa a 754 nesse ranking, sendo a menor economia dentre todos os municpios da rea de Influncia do empreendimento. Ambos os municpios apresentaram forte crescimento econmico mdio anual na primeira metade da dcada corrente. A economia de Conceio do Mato Dentro teve uma taxa mdia de crescimento nominal anual de 9,28% de 2000 para 2004, quando teve seu PIB aumentado de R$ 37 milhes para R$ 53 milhes. Isto significa dizer que a economia do municpio cresceu 43% no perodo. A economia de Alvorada de Minas tambm cresceu muito no perodo avaliado. O PIB desta passou de R$ 6,7 milhes para R$ 10 milhes, representando um crescimento total de 51% e mdio anual de 10,87%. Ressalta-se que se trata de crescimento nominal, ou seja, no se utilizou nenhum deflator para eliminar o efeito da inflao sobre o valor da moeda.

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No perodo avaliado, 2000 2004, a economia de Minas Gerais cresceu nominalmente 56%; taxa de crescimento mdio anual de 11,92%. Portanto, Minas Gerais cresceu mais que a regio avaliada. No ranking das maiores economias municipais do Estado, o municpio de Conceio do Mato Dentro ocupava a 298 posio em 2000 e em 2004 sua posio era a de 326. Ou seja, no perodo avaliado, apesar do forte crescimento econmico apresentado, o municpio perdeu posio para 28 municpios. J Alvorada de Minas ocupava a posio de 807 maior economia do estado e em 2004 esta era a 754 maior economia municipal do estado. Portanto, Alvorada de Minas galgou 53 posies no ranking das maiores economias do estado. As fotos 253 a 256 a seguir demonstram as tipologias de estabelecimentos comerciais mais comuns nos municpios avaliados.

Foto 253

Foto 254

Foto 255 Foto 256 Fotos 253 a 256 - Em sentido horrio, drogaria e armarinho, ambos na sede municipal de Alvorada de Minas; Mercearia de Itapanhoacanga; Centro comercial de Conceio do Mato Dentro.

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4.3.8.3 - Valor Adicionado Fiscal O valor adicionado fiscal - VAF dos municpios da rea de influncia do empreendimento alcanou em 2005 o montante de R$ 19,66 milhes. Alvorada de Minas contribuiu com R$ 2,40 milhes, o que equivale a 12,2% do total e Conceio do Mato Dentro contribuiu com R$ 17,26 milhes, 87,8% do total. O Valor Adicionado Fiscal um indicador da movimentao econmica gerada no municpio. Sendo um importante indicador de pujana econmica e atravs desta varivel que o Estado calcula a cota parte de ICMS que cabe a cada municpio. O VAF municipal representa 75% dos 25% do total do ICMS estadual que cabe constitucionalmente a cada municpio. Portanto o VAF municipal determina o ndice mdio de repasse da cota-parte do ICMS. O ndice mdio de Alvorada de Minas de 0,0017 e o de Conceio do Mato Dentro 0,0115. 4.3.8.4 - Finanas pblicas - Receita municipal - 2005 As principais fontes de arrecadao dos municpios da rea de Influncia Direta so as transferncias governamentais constitucionais que a Unio e o Estado realizam. Estas significam 90% da receita corrente de Conceio do Mato Dentro e 97% da receita de Alvorada de Minas. Isto significa que os municpios, dado o reduzido tamanho de suas economias, so dependentes dos recursos do Estado e da Unio, pois possuem pouca autonomia econmica. Destacam-se a cota parte de ICMS, que uma transferncia do Estado, e relativa ao Valor Adicionado Fiscal que apurado no municpio, o qual um reflexo da atividade econmica deste; e o Fundo de Participao por Municpio, que uma transferncia da Unio, a principal fonte de arrecadao dos municpios avaliados, e proporcional ao tamanho da populao dos municpios. As transferncias governamentais so um rateio da receita proveniente da arrecadao de impostos entre os entes federados e representa um mecanismo fundamental para amenizar as desigualdades regionais, na busca incessante de promover o equilbrio socioeconmico entre os Estados e municpios. O quadro a seguir demonstra a receita corrente do municpio, que o montante de recursos financeiros que cabe a cada prefeitura para administrar, e algumas fontes de arrecadao que o estudo considera relevante. QUADRO 4.137 - Finanas Pblicas
Municpios Rec. Oramentria Rec. Corrente Receita Tributria ISS Cota FPM Transf. Correntes Cota ICMS Cota IPI Export ao

Conceio do Mato Dentro Alvorada de Minas

11.219.430

10.806.01 9 4.148.526

679.773

153.141

5.360.137

9.788.848

1.639.139

28.144

4.028.993

64.366

14.625

2.823.022

4.049.825

553.564

9.639

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional.

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4.3.8.5 - Produto Interno Bruto - rea de Influncia Indireta - Serro Na rea de Influncia Indireta merece destaque o municpio do Serro, que possui o maior PIB dentre todos os municpios da rea de Influncia. A riqueza gerada no municpio da ordem de R$ 61 milhes. Sendo a 276 maior economia municipal de Minas Gerais. Os demais municpios da rea de Influncia Indireta possuem uma economia menor, tanto Santana do Riacho como Dom Joaquim tm um PIB da ordem de R$ 13 milhes. 4.3.8.6 - O empreendimento e a economia da rea de Influncia Direta O empreendimento da MMX ensejar um investimento de R$ 1,77 bilho. A gerao prevista de tributos da ordem de R$ 325 milhes, que sero destinados a diversos entes da administrao pblica, beneficiando municpios e estados numa abrangncia geogrfica que ultrapassa a AID. Destaca-se a gerao de R$ 117 milhes de ICMS, R$ 116 milhes de PIS/COFINS, R$ 28,7 milhes de Imposto de Importao, R$22,6 milhes de ISS. A implantao do empreendimento ir gerar no pico das obras aproximadamente 4.200 empregos diretos. A gerao de empregos diretos gera reflexos econmicos indiretos sobre o mercado de trabalho. Segundo o modelo do BNDES, para cada emprego gerado na construo civil so gerados 0,47 empregos indiretos e 1,54 empregos decorrentes do efeito-renda. Portanto, os 4.200 empregos diretos do pico das obras iro gerar um total de 1974 empregos indiretos e 6.468 decorrentes do efeito-renda. Portanto, a gerao estimada de empregos diretos, indiretos e decorrentes do aumento da renda durante a fase de implantao ser da ordem de 12.642 pessoas. Durante a operao o empreendimento ir gerar aproximadamente 1000 empregos. Segundo o BNDES para cada 1 emprego direto gerado pela indstria extrativa mineral so gerados 1,4 empregos indiretos e 2,95 decorrentes do efeito-renda. Portanto, a operao do empreendimento tem o potencial para gerar at 5.350 empregos. A previso de faturamento anual do empreendimento, adotando a meta de produo mxima de 24,5 Mtpa, de R$ 2,23 bilhes. O faturamento do empreendimento decrescido dos custos com insumos e matriasprimas representar a contribuio deste para o VAF dos municpios da rea de Influncia Direta. Portanto, adotando uma premissa que os custos representam 60% do faturamento, pode se inferir que a contribuio do empreendimento para o VAF da AID ser de R$ 1,33 bilhes por ano, o que equivale 67 vezes o valor do VAF gerado por esses municpios.

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4.3.9 - Organizao social


Listagem de foras e tenses sociais, grupos e movimentos comunitrios, lideranas, foras polticas e sindicais atuantes e associaes As tenses sociais podem ser tratadas em duas perspectivas no mbito do Estudo de Impacto Ambiental. Em primeiro lugar, se colocam as tenses e conflitos sociais existentes na rea de influncia do empreendimento. Tenses estas que expressam antagonismos intra e entre grupos em funo de questes multidimensionais, entre as quais esto includas as disputas polticas, ideolgicas, econmicas, agrrias, culturais, religiosas, ambientais, etc. Em segundo lugar, se inserem as potenciais tenses e conflitos advindos da implantao e operao de um empreendimento. Metodologicamente, o levantamento e identificao das possveis tenses decorrentes do empreendimento demandam a realizao de um estudo de percepo, onde estimulado que as comunidades envolvidas lancem suas perspectivas de avaliao sobre o objeto - empreendimento - que ir interagir e modificar o meio no qual estas comunidades vivem. Em funo do presente empreendimento - a minerao de minrio-de-ferro demandar a utilizao e apropriao de reas no pertencentes ao empreendedor, a realizao de uma pesquisa de percepo certamente se colocaria como um elemento formulador e estruturador de tenses, pois se indagaria para um segmento da populao qual a sua percepo de um empreendimento que demanda sua propriedade para que venha a se constituir enquanto tal. Tendo em vista que o processo de comunicao social voltado para a instituio das bases de negociao encontra-se em andamento, no foi possvel a realizao de uma pesquisa de percepo. Numa perspectiva temporal, este procedimento s pode ser efetivado quando a rea diretamente afetada - rea da mina e de suas estruturas correspondentes - for convertida para uma propriedade do empreendedor e os agentes das propriedades se colocarem, estruturalmente, como integrantes do entorno do empreendimento. Numa perspectiva conclusiva, assinala-se que as tenses e conflitos que possam surgir em relao ao empreendimento no foram levantadas porque o momento ainda no adequado j que a negociao com os superficirios ainda no esto concludas. Porm, nas sondagens que foram realizadas com pessoas da regio e proprietrios de terras de reas prximas ao empreendimento, percebeu-se que a maioria dos entrevistados esto abertos um processo de negociao. Embora, ocorreram casos em que se relatou uma disposio contrria ao empreendimento. Tambm, foram realizadas entrevistas aleatrias com cidados dos municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro e com a secretria de assistncia social de Alvorada de Minas, que relataram no haver tenses sociais significativas nos mesmos, a no ser aquelas decorrentes das disputas polticas que se manifestam com maior intensidade nos perodos eleitorais. O grau de violncia ainda baixo e no foram relatados problemas relativos s drogas, porm h um reconhecimento quanto gravidade de problemas relativos ao alcoolismo e carncia na assistncia ao idoso.

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Algumas organizaes sociais relevantes foram identificadas nos municpios afetos ao empreendimento. Estas possuem um importante papel de mobilizao e articulao das demandas sociais que possam surgir no contexto destes municpios. As organizaes identificadas foram: Alvorada de Minas: ACOMAM - Associao Comunitria dos Moradores de Alvorada de Minas, AMORITA - Associao dos Moradores de Itapanhoacanga, AMAM Associao dos Moradores de Alvorada de Minas. Conceio do Mato Dentro: CEFORME - Centro de Formao de Menores, Grupo de Aprendizado e Convivncia Terra Jovem; Ong SAT - Sociedade dos Amigos do Tabuleiro; Ong AMD - Associao do Mato Dentro.

Identificao e caracterizao das reservas e populaes indgenas / tradicionais existentes na rea de influncia do empreendimento No foram identificadas na rea de influncia do empreendimento nenhuma comunidade indgena ou tradicional.

4.3.10 - Estrutura bsica


Energia Eltrica Na AID a concessionria de energia eltrica a CEMIG.

Comunicaes A TELEMAR responsvel pelos servios de telefonia fixa no mbito do estado de Minas Gerais. A empresa responsvel pela gua e o esgoto em ambos os municpios a Copasa e a coleta e a deposio do lixo de responsabilidade das respectivas prefeituras. Ressalta-se que o carter rural desses municpios contribui, e de certa forma explica, o baixo ndice de atendimento em saneamento bsico.

Infra-estrutura regional de transporte A principal via de transporte da rea de influncia do empreendimento a rodovia estadual MG-010, a qual realiza o acesso de Belo Horizonte ao Serro, realizando ligao entre Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas. Na regio tambm h a presena de vrias estradas vicinais, as quais contam com um menor fluxo de veculos, uma vez que se inserem num contexto caracterizado por uma baixa circulao e convergncias em nveis locais.

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A MG-010 considerada pelo governo do estado de Minas Gerais como integrante do circuito Estrada Real, havendo na mesma vrios marcos oficiais que atestam essa definio. Algumas das estradas vicinais que existem na regio tambm so consideradas como integrantes do circuito estrada Estrada Real. A MG-010, entre Conceio do Mato Dentro e Serro no pavimentada e no perodo chuvoso apresenta ms condies de uso, tendo diversos trechos apresentando atoleiros e muitos buracos, dificultando o trfego e onerando o escoamento da produo local. O que se configura como uma perda de competitividade da economia local. A foto a seguir ilustra esses aspectos da estrada.

Foto 257 - Trecho da MG - 010

Tanto a MG-010 como diversos trechos do sistema virio local tero pores apropriadas pelo empreendimento, uma vez que a passagem entre a cava da serra do Sapo e a cava da Serra da Ferrugem ser de uso exclusivo do empreendimento, assim como as cavas de Itapanhoacanga tambm apropriaro de trechos da estrada. Ressalta-se que ainda no ocorreram negociaes sobre essa questo do empreendedor com o Departamento Estadual de Rodagem - DER. Tambm merece frisar que a Estrada Real no ser em nenhum trecho afetada diretamente pelo empreendimento.

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5 - QUALIDADE AMBIENTAL ATUAL


A seguir avalia-se a qualidade ambiental da rea do empreendimento considerando uma rea de 29,6 x 6 km em torno ADA nas serras Itapanhoacanga, Sapo Ferrugem. Considerou-se nesta avaliao os seguintes critrios: - Presena de Reserva da Biosfera, presena de Unidades de Conservao, presena de reas prioritrias para conservao da biodiversidade. - Presena de ecossistemas raros, ameaados ou de localizao restrita. - Presena de espcies ameaadas, endmicas ou novas para a cincia. - Conservao da vegetao nativa (rea, fragmentao e conectividade dos estgios de regenerao). - Conservao do solo. - Presena de nascentes. - Qualidade da gua. - Presena de stios arqueolgicos pr-histricos e histricos e stios espeleolgicos. - Aspecto esttico da paisagem. Estes critrios foram selecionados em funo de serem os aspectos mais relevantes quanto aos impactos potenciais no mitigveis e para avaliao da compensao ambiental. Com relao aos ecossistemas considerou-se que as principais causas da perda de biodiversidade e da extino de espcies, em decorrncia das atividades humanas, so a destruio, a degradao (poluio) e a fragmentao de habitats, bem como a introduo de espcies exticas.

5.1 - Reserva da Biosfera, presena de Unidades de Conservao, presena de reas prioritrias para conservao da biodiversidade.
O empreendimento e sua rea de influncia ser localizado na regio da borda leste da Serra do Espinhao Meridional, na bacia do Rio Santo Antnio, afluente da margem esquerda do Rio Doce. Particularmente, o empreendimento insere-se entre as subbacias da cabeceiras dos rios Santo Antnio e do Peixe, sendo que o rio do Peixe constitui um dos principais afluentes da margem esquerda do rio Santo Antnio, unindo suas guas a sudeste do empreendimento.

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5.1.1 - Reserva da Biosfera


Em junho de 2005, a Serra do Espinhao em Minas Gerais foi reconhecida como Reserva da Biosfera pela Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura - UNESCO integrando o programa "O Homem e a Biosfera/MAB" (vide item 1.8.1). A RESBIO foi criada atravs do grupo de trabalho constitudo pela SEMAD - Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel de Minas Gerais, em parceria com a SAT - Sociedade Amigos do Tabuleiro e coordenao conjunta do IEF - Instituto Estadual de Florestas, IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renovveis, Feam - Fundao Estadual de Meio Ambiente, IGAM - Instituto Mineiro de Gesto das guas, Fundao Biodiversitas, Instituto Arapoty, Associao Civil Caminhos da Serra, Prefeitura Municipal de Conceio do Mato Dentro, Associao Civil PROTE-Rio, UFMG e PUC Minas.

5.1.2 - Unidades de Conservao


Nas proximidades do empreendimento encontram-se duas Unidades de Conservao municipais em Conceio do Mato Dentro, sendo ambas de preservao integral A primeira o Monumento Natural Municipal da Serra da Ferrugem situado na vertente oeste da Serra da Ferrugem, cujos limites a oeste coincidem com os limites da cava Sapo-Ferrugem. Nota-se que o limite do Monumento Natural tambm a rea do Tombamento Municipal da Serra da Ferrugem (Figura 5.1)

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FIGURA 5.1 - Unidades de Conservao prximas ao empreendimento

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5.1.3 - reas Prioritrias para Conservao da Biodiversidade


A importncia da regio do empreendimento, do ponto de vista da conservao da biodiversidade, devido ao potencial de ocorrncia de espcies endmicas ou raras foi reconhecida tanto pelo Estado de Minas Gerais quanto pela Unio. Esta importncia ressaltada pelo fato da regio se encontrar inserida nos limites das reas indicadas como de prioridade alta e extremamente alta para a Conservao, Utilizao Sustentvel e Repartio de Benefcios da Biodiversidade Brasileira (Ministrio do Meio Ambiente, 2004). As reas so denominadas respectivamente, CP-489 Serra do Cip e MA-631 Alto do Rio Santo Antnio (PROBIO/Ministrio do Meio Ambiente, 2004). O Atlas da Biodiversidade de Minas Gerais (2005) mostra que na regio do empreendimento ocorrem trs reas prioritrias para conservao da biodiversidade: a) Espinhao Meridional; b) Florestas da Encosta Leste do Espinhao Meridional; c) Alto Rio Santo Antnio. Para estas reas foi recomendada a criao de unidades de conservao (Espinhao Meridional e Alto Rio Santo Antnio a curtssimo prazo e Investigao Cientfica a curtssimo prazo (Alto Rio Santo Antnio). Apesar destas recomendaes, a regio do Alto Rio Santo Antnio no foi contemplada com estas aes, sendo que os trabalhos de pesquisa desenvolvidos no mbito deste EIA so as primeiras investigaes de cunho multidisciplinar na regio. Alm disto, o Zoneamento Ecolgico-Econmico do Estado de Minas Gerais mostra que as serras onde o empreendimento prope a sua implantao possui uma vulnerabilidade muito alta e, conforme as diretrizes do ZEE-MG, nesta classe as reas apresentam restries srias quanto utilizao dos recursos naturais, pelo fato de que os mesmos encontram-se altamente vulnerveis s aes antrpicas. Essas reas demandam avaliaes cuidadosas para a implantao de qualquer empreendimento. O ZEE-MG tambm aponta, para a regio onde o empreendimento pretende se implantar, que esta rea apresenta prioridade alta, tanto para conservao dos recursos naturais como para a recuperao dos mesmos. Portanto, a qualidade ambiental da regio em questo deve ser observada sob a tica do princpio da precauo.

5.2 - Presena de ecossistemas localizao restrita

raros,

ameaados

ou

de

Enquanto as serras da borda leste da Serra do Espinhao Meridional esto inseridas no Bioma da Mata Atlntica (Floresta Estacional Semidecidual), o macio do Espinhao Meridional nesse trecho est inserido no Bioma do Cerrado (Campo Limpo). A Mata Atlntica assim como o Cerrado so dois hotspots para conservao da biodiversidade. A regio constitui um ectono, onde ocorre o contato entre dois biomas e ocorrem refgios vegetacionais montanos (comunidades relquias), conforme pode ser visto no Mapa de Vegetao do Brasil (IBGE, 2004).

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Os ambientes de canga so ecossistemas raros e de localizao restrita em Minas Gerais e no Brasil. No contexto regional, destaca-se que as serras Sapo-Ferrugem constituem a maior extenso contnua de vegetao rupestre sobre canga na regio, com mais de 12 km e cerca de 730 ha de extenso. Assim sendo, a serras SapoFerrugem pode ser consideras um ambiente nico de vegetao sobre canga na regio devido sua extenso, posio geogrfica isolada, altitude e insero no bioma da Mata Atlntica, podendo ser considerada uma ilha numa matriz florestal. A ecologia dos ambientes de canga nos territrio mineiro somente comearam a ser estudados nos ltimos anos, mas os pesquisadores j os consideram ecossistemas ameaados de extino devido a sua raridade e presso pelas atividades minerarias conforme publicaes cientficas. Com exemplo pode ser citado o artigo de Jacobi e colaboradores publicado na revista internacional Biodiverity and Conservation deste ano sob o ttulo Plant communities on ironstone outcrops: a diverse and endangered Brazilian ecosystem o qual pode ser traduzido como Comunidades vegetais em afloramentos sobre canga: um ecossistema brasileiro diverso e ameaado. A figura 5.2 mostra as reas de vegetao sobre canga na rea do empreendimento que coincide com as reas que sero mineradas.

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FIGURA 5.2 - reas de vegetao sobre canga na Serra do Sapo e Serra da Ferrugem

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Na rea de estudo foram identificadas um total de 460 espcies conforme Figura 5.3. FIGURA 5.3 - Nmero de espcies da fauna e da flora encontradas na regio de estudo

Dentre estas espcies, duas representam espcies novas para a cincia, uma se refere ampliao da sua distribuio geogrfica, duas se referem a espcies endmicas e seis a espcies ameaadas de extino.

5.3 - Espcies novas


Uma espcie de canela-de-ema (Vellozia sp.) est em processo de identificao, parece ser, segundo o taxonomista Pero Viana, uma espcie ainda no descrita. Notou-se para esta espcie uma maior ocorrncia na poro superior da encosta da cava do Sapo, prximo linha de cumeada, onde ocorre em densos agrupamentos com altura de at 1,80 m. Da mesma forma, possvel que diversas outras espcies sejam endmicas deste conjunto de serra ferruginosa, pois seu isolamento em relao a outros ambientes semelhantes grande, o que dificulta o deslocamento de material gentico atravs de plen e sementes entre as reas, propiciando, assim, maiores possibilidades de especiao. Tambm uma espcie de gramnea, Paspalum sp.coletada parece ser uma espcie ainda no descrita e outras plantas ainda em anlise podem apresentar este mesmo status.

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Alem destas espcies vegetais, uma nova espcie de anfbio foi detectada durante os trabalhos do EIA Physalaemus sp, sendo que tambm ocorre a espcie
Scinax aff. perereca que est em processo de descrio.

5.3.1 - Ampliao de rea de distribuio geogrfica


Trinomys elegans roedor

Esta espcie somente havia sido registrada em Rio Casca e Lagoa Santa

5.3.2 - Espcies endmicas


Embernagra longicauda Leporinus mormyrops Syagrus glaucescens Wunderlichia sennae Encholirium subsecundum Orthophytum mello-barretoi Vriesea oligantha Cipocereus minensis Pilosocereus aurisetus Panicum molinioides Vellozia cf. glabra Vellozia minima Starchytapheta glabra gervo da serra ave peixe flora flora bromlia bromlia bromlia cactos cactos capim canela de ema

5.3.3 - Espcies ameaadas de extino


Callicebus personatus Puma concolor Leopardus pardalis Leopardus tigrinus Crossodactylus bokermani Brycon opalinus Guatteria sellowiana Guatteria vilosissima Eremanthus polycephalus Wunderlichia sennae Cipocereus minensis primata felino felino felino anfibio peixe pindaba pindaba candeia -cactos

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Continuao

Pilosocereus aurisetus Dalbergia nigra Melanoxylon brauna Ocotea odorifera Vellozia cf. glabra

cactos jacarand cavina brana canela sassafrs canela de ema

5.4 - Conservao da vegetao nativa (rea, fragmentao e conectividade dos estgios de regenerao)
5.4.1 - rea da vegetao nativa
A regio do empreendimento apresenta pouca diversidade em relao aos usos, e sua economia esta baseada principalmente na produo leiteira. Esta atividade ocupa grande parte dos espaos destinados agropecuria. O plantio de subsistncia vem em segundo lugar quanto ao aproveitamento das terras, com destaque para a manuteno de pequenas hortas. Notam-se diversas reas formadas por vegetao em estgios iniciais de regenerao, capoeirinhas e pastos sujos. Apesar de mais pobres em diversidade e estrutura, estas reas em regenerao agregam importncia ambiental por disponibilizarem recursos para a fauna, por sua extenso e por promoverem a conexo entre fragmentos florestais. O Quadro 5.1 mostra as reas ocupadas pelos diferentes usos do solo e cobertura vegetal nativa. QUADRO 5.1 - Usos do Solo e Cobertura Vegetal Nativa
Classe Mata Candeal Ambiente Natural Capoeira - Capoeirinha Campos sobre quartzito Campos sobre canga Brejos Lagos e Audes Sub-total Ambiente Antrpico Sub-total Total Pasto sujp Pasto m elhorado Povoados e sedes fazen. rea (ha) 3.147,32 159,187 4.816,95 424,46 733,1 50,27 17,32 9.348,607 2.834,03 4.818,6 164,199 7.816,829 17.165,44 % ha 18,3 0,9 28,1 2,5 4,3 0,3 0,1 54,5 16,5 28,1 1,0 45,5 100,0

O Quadro 5.1 mostra que a paisagem se encontra equilibrada quanto s reas ocupadas por ambientes ambientes naturais (54,5%) e antrpicos (45,5%), com ligeira predominncia do primeiro. Dentre os ambientes naturais predominam aqueles em regenerao (capoeira-capoeirinha) seguidos das reas de Mata com 18% do total. Dentre os ambientes antrpicos predominam os pastos melhorados (28,1%) seguidos dos pastos sujos (16,5%).

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Apesar de haver muitas matas preservadas (18,3%) elas se concentram espacialmente. Ou seja, a mata mantida em determinadas pores (principalmente nas reas de nascentes) e totalmente suprimida em outras, para ceder lugar s pastagens, onde neste caso rara a manuteno da vegetao ciliar. A floresta nativa encontram-se em estgio secundrio, j tendo sido cortada uma ou mais vezes para a produo de lenha e madeira ou para o uso agropecurio. Apesar deste grau secundrio, algumas se encontram em estgio avanado de regenerao, estando bem estratificadas e contendo importantes elementos florestais, tais como algumas espcies vegetais consideradas como ameaadas de extino. A paisagem encontra-se fragmentada, formando mosaicos que intercalam ambientes nativos e pastagens. As matas esto presentes principalmente nas regies de gua Santa e ao norte de Itapanhoacanga. J as formaes campestres recobrem a parte alta das serranias locais, com destaque para a Serra do Sapo, onde ocorre grande parte da vegetao sobre canga identificada na rea. Na Figura 5.4 observa-se a distribuio da ocorrncia das diversas categorias de uso do solo e cobertura vegetal nativa. FIGURA 5.4 - Usos do Solo e Cobertura Vegetal Nativa

Legenda: a - campos rupestre sobre quartzito (laranja) e vegetao sobre canga (ocre) b - mata (verde escuro) c - capoeira e capoeirinha (verde claro) d - pastagens melhoradas (amarelo) e pasto sujo (laranja). Em vermelho: ncleos urbanos e sede de fazendas

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Na rea do empreendimento (ADA), a vegetao sobre canga encontram-se bem preservada, com poucas interferncias antrpicas, o que se deve ao fato de seu solo no se prestar agropecuria (Fig.3)

5.4.2 - Fragmentao
No processo de converso das reas naturais para uso humano, os ecossistemas so transformados de matas, cerrados e campos para pastagens, reas agrcolas e urbanizao. Os remanescentes da vegetao nativa aps tais modificaes so reduzidos no seu tamanho e desconectados dos habitats adjacentes e contnuos. Como conseqncia, as plantas e animais nestes remanescentes so subdivididos ou reduzidos, ou ainda excludos ou aumentada a probabilidade de extino . O processo de perda de habitat e o isolamento geralmente denominado como fragmentao de habitat Entretanto, no senso estrito da palavra, . fragmentao a quebra do todo em peas menores. Assim, a fragmentao de habitat no descreve apropriadamente os vrios processos resultantes da converso das reas naturais, ou seja, no todos os processos da transformao das terras envolve um padro espacial de fragmentao neste sentido estrito da palavra. Os padres de converso das reas naturais so diversos quanto sua configurao espacial, sendo que os impactos sobre os processos ecolgicos tambm sero diferentes (Forman 1995) Nesta anlise utilizado o termo fragmentao de habitat no sentido usual da literatura ecolgica porm reconhecendo as diferenas entre os diferentes padres espaciais que ocorrem na transformao das terras naturais. Como exemplos de padres espaciais de fragmentao pode se mencionar: (i) uma rea pode ser cortada ao meio inicialmente devido construo de uma estrada e depois continuar a diminuir com a ocupao das terras ao longo da estrada; (ii) uma rea pode ser dividida em vrias pores para fins agrcolas e posteriormente estas pores de reas nativas diminuem na medida que a agricultura intensificada, (iii) uma rea natural pode ser convertida na sua regio central e posteriormente a converso expandir-se para a periferia. Os estudos de fragmentao de habitats tem sido guiados por duas teorias principais, a biogeografia de ilhas com foco na influncia do tamanho do fragmento e isolamento na composio de espcies (MacArthur e Wilson 1963 1967) e metapopulaes com foco na conectividade e intercmbio entre populaes espacialmente distribudas (Levins 1969). A teoria de biogeografia de ilhas tem sido aplicada a ilhas terrestes onde as ilhas prximas ao continentepodero ter maiores taxas de imigrao do que ilhas mais distante e ilhas menores tero maior chance de extino do que ilhas menores. Assim, uma ilha grande prxima do continente ter maior nmero de espcies que as ilhas menores distantes do continente.

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Conforme diversos autores (McGarigal & Cushman 2002; Fahrig 2003; Turner 2005) necessrio distinguir perda de habitats de fragmentao. A perda de habitats diz respeito reduo da quantidade de habitat enquanto a fragmentao do habitat descreve a configurao espacial do habitat remanescente. A perda de habitat geralmente traz a perda de indivduos de uma populao e aumento do isolamento entre populaes habitando fragmentos separados, enquanto a fragmentao pode reduzir a conectividade, provocar efeito borda ou resultar em fragmentos que so muito pequenos para suportar indivduos ou populaes, influenciando o movimento, distribuio e persistncia das populaes. Para efeitos da conservao dos ecossistemas esta distino pertinente j que se a perda de habitat o fator mais importante no declnio de uma dada populao, no adiantar estabelecer corredores. Apesar disto, poucos estudos tem conseguido distinguir entre os efeitos de perda da quantidade de habitat da fragmentao j que os ndices analticos geralmente utilizam descritores fortemente correlacionados (McGarigal and Cushman 2002). Os estudos sobre a relao rea do fragmento e nmero de espcies tem demonstrado estar de acordo com a teoria de biogeografia de ilhas: o nmero de espcies que persiste no fragmento diminui com a diminuio da rea do fragmento. A tolerncia das espcies reduo dos fragmentos de habitat depende da histria natural de cada espcie. As espcies raras, que tendem a ser mais especializadas quanto aos recursos necessrios, so mais sensveis reduo do tamanho dos fragmentos. Fragmentos heterogneos tendem a suportar mais espcies do que os homogneos, sendo que os fragmentos maiores tem mais probabilidades de apresentarem heterogeneidades quanto ao microclima, solo, variaes topogrficas e tipos de habitats do que os menores. Desta forma, as populaes em fragmentos heterogneos tendem a ser menos suscetveis a distrbios do que aquelas em fragmentos homogneos, sendo ento recomendvel a manuteno da diversidade dos habitats. Fragmentos menores possuem uma relao borda/habitat maior do os fragmentos maiores. Desta forma, fragmentos pequenos, com efeito borda extensos, podem no apresentar reas de habitat do interior preservados. Com relao fragmentao da paisagem da rea do empreendimento, o Quadro 5.2 mostra que alm de haver uma quantidade expressiva de vegetao florestal, o tamanho mdio dos fragmentos (36 ha) tambm significativo. O maior fragmento de mata possui 415 ha, embora apresente uma forma irregular sendo permeado por pastagens. Este fragmento associado a outro adjacente de 356 ha. constitui a maior rea de mata nas proximidades do empreendimento, situado a 2 km a sudeste da cava de Itapanhoacanga e situado no limite nordeste da barragem de estril. A imagem satlite mostra que estes fragmentos continuam para leste, para alm da rea mapeada neste estudo. As reas de regenerao florestal (capoeira e capoeirinha) so as que apresentam maior rea (4.817 ha. ) porm so as de maior fragmentao (177 fragmentos) com tamanho mdio dos fragmentos de 27 ha. Entretanto existem alguns fragmentos com reas maiores a 500 ha. que permeiam ou so adjacentes a reas de mata. Nota-se que os ambientes mais contnuos so os da vegetao sobre quartzito e sobre canga, j que so os que apresentam menor nmero de fragmentos (6 e 8 respectivamente) e os que possuem maiores reas mdias dos fragmentos (70,8 e 91,6 ha respectivamente)

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A Figura 5.5 mostra as classes de cobertura vegetal e usos do solo, nmero de fragmentos e rea media dos fragmentos. QUADRO 5.2 - Nmero e rea mdia dos fragmentos nas diferentes classes de uso do solo e cobertura vegetal.
CLASSE Mata Candeal Ambiente Natural Capoeira - Capoeirinha Campos sobre quartzito Campos sobre canga Brejos Lagos e Audes Sub-total Ambiente Antrpico Sub-total Total Pasto sujp Pasto m elhorado Povoados e sedes fazen. REA (ha) 3.147,32 159,187 4.816,95 424,46 733,1 50,27 17,32 9.348,607 2.834,03 4.818,6 164,199 7.816,829 17.165,44 N FRAGMENTOS 88 32 177 6 8 26 16 353 116 107 89 312 665 MDIA DAS REAS DOS FRAGMENTOS (ha) 35,77 4,98 27,21 70,75 91,64 1,93 1,08 33,30 24,43 45,03 1,85 23,80 30,46

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FIGURA 5.5 - Classes de cobertura vegetal e usos do solo, nmero de fragmentos e rea media dos fragmentos.

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5.4.3 - Conectividade
A conectividade se refere capacidade da paisagem de facilitar os fluxos biolgicos dos organismos, sementes e gros de polens (Urban & Shugart 1986). Esta definio engloba tanto o aspecto funcional como estrutural. O aspecto estrutural (espacial), denominado tambm por conectncia, refere-se fisionomia da paisagem em termos de: (i) arranjo espacial dos fragmentos de habitat; (ii) densidade e complexidade dos corredores de habitat que depende da freqncia e tipo de intersees na rede de corredores ou da malha formada por esta rede (iii) permeabilidade da matriz (resistncia das unidades da matriz aos fluxos biolgicos). Quanto ao aspecto funcional, este se refere resposta de cada espcie estrutura da paisagem, uma medida da inter-relao das sub-populaes na unidade demogrfica das metapopulaes, sendo avaliada pelos padres de disperso e movimentos interhabita dos organismos. A conectncia pode ser utilizada para inferir a conectividade funcional. O conceito de conectividade essencial na medida em que a sobrevivncia das espcies em ambientes fragmentados depende da capacidade destas espcies atravessarem as unidades da matriz onde se inserem os fragmentos. Este processo essencial na recolonizao de fragmentos aps a extino local, mantendo assim a metapopulao nas paisagens fragmentadas.

5.4.4 - Corredores
Nos estudos ecolgicos da fragmentao de habitats, a palavra corredor utilizada para elementos lineares compostos de vegetao nativa que interligam dois fragmentos de vegetao nativa similar (Forman and Godron, 1986). Os corredores entre fragmentos so importantes para a manuteno da dinmica dos processos entre os habitas e para atenuar os efeitos negativos da fragmentao mantendo a conectividade. Facilitam a disperso (movimentao) dos organismos entre os habitas permitindo que indivduos e populaes persistam, assim como a composio das comunidades no ecossistema. O uso dos corredores pelos animais depende da percepo que cada espcie possui das condies fsicas do corredor e do contexto da paisagem. Assim sendo, como j mencionado, a conectividade da paisagem no apenas uma funo do arranjo espacial do habitat, mas tambm depende das afinidades da espcie com o habitat e sua habilidade de se movimentar atravs dos elementos da paisagem. Nota-se que nas reas rurais a vegetao ciliar possui um importante papel como corredor, aumentando a conectividade entre o mosaico de fragmentos de vegetao nativa comuns na nossa paisagem (reas de reservas legais, unidades de conservao, e outras reas de preservao permanente).

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5.4.5 - Matriz
O contexto (matriz) no qual se inserem os remanescentes influencia a conectividade entre os fragmentos. Quanto maiores forem as diferenas entre a matriz e o fragmento, maior ser o isolamento do fragmento. O tipo e intensidade dos usos do solo e atividades humanas iro influenciar o impacto da matriz sobre o fragmento e a conectividade deste com outros fragmentos. Desta forma, a matriz pode ser porosa permitindo a movimentao dos indivduos, ou pelo contrario pode ser impermevel por representar um ambiente inspito, sendo ainda possvel ser viscosa por ter uma estrutura difcil de transpor. A permeabilidade de uma matriz como um todo pode ser estimada pelo grau de resistncia das unidades da paisagem aos fluxos biolgicos. As espcies que no conseguem se deslocar fora das reas de seu habitat (espcies de interior) so favorecidas pela presena de corredores amplos na matriz, j as a espcies que podem se deslocar em outras unidades da paisagem sero favorecidas pela presena de Stepping Stones. Os pontos de ligao (Stepping Stones) constituem pequenas reas de habitat dispersas na matriz. Estes pontos podem ser importantes para espcies com menores habilidades de disperso, sendo que sua densidade um fator importante na locomoo de algumas espcies. Como visto acima, o declnio ou extino das populaes pode ocorrer devido perda de habitat, isolamento do habitat (perda de conectividade), efeito borda ou modificaes nas interaes biticas como aumento predao, competio inter ou intraespecfica, etc. A fragmentao de habitats provoca a diminuio da resilincia dos ecossistemas, diminui a biodiversidade levando a extino de espcies, favorece a presena de espcies invasoras e compromete os servios ambientais que afetam gua, solo e ar. Atualmente, nos pases desenvolvidos tem se utilizado cada vez mais conceitos ecolgicos como os citados aqui para o planejamento de empreendimentos como agricultura, urbanizao e construo de estradas, buscando minimizar a reduo de habitats e sua conectividade. Na rea do empreendimento em questo, com base nas caractersticas geolgicas, pedolgicas, vegetao e uso do solo podem ser visualizados trs ambientes diferenciados na regio das serras. O primeiro refere-se aos topos das serras, o segundo s pores superiores das vertentes das serras e o terceiro s vertentes mdias e inferiores das serras e fundos de vales. De modo geral, os topos de serra so dominados por solos litlicos sobre quartzitos, itabiritos e canga. Nestes solos ocorrem os campos rupestre, seja sobre canga ou seja sobre os quartzitos. Nas mdias vertentes ocorre a capoeira e capoeirinha e nas pores mdias e baixas das vertentes ocorrem preferencialmente as matas, pastos sujos, pastos melhorados, os brejos e os povoados e sedes de fazenda (Quadro 5.3).

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QUADRO 5.3 - Unidades ambientais na rea de estudo


Unidades ambientais Poro superior das serras Poro superior das vertentes das serras Poro mdia das vertentes das serras Fundos de vales Geologia Itabiritos, quartzitos, canga Rochas metasedimentares e gneas Solos Neossolos litlicos Cambissolos hplicos Vegetao Campos rupestres Capoeira Capoeirinha Candeal Matas Rochas do embasamento Latossolos vermelhos Pastos sujos Pastos melhorados Brejos Ocupao solo / Empreendimento Cava Sapo -Ferrugem Cava Itapanhoacanga Pilhas de estril Barragem rejeitos Povoados Sedes de fazendas

O Quadro 5.3 mostra que a vegetao nativa (campos, vegetao sobre canga e vegetao em diferentes estados de regenerao) predominam nas pores superiores das vertentes assim como no topo das serras. Na Figura 5.6 mostra a vegetao nativa presente na rea. Observa-se o importante papel da vegetao nativa em regenerao: (i) como corredor entre os diferentes fragmentos de mata, como zona tampo a diversos fragmentos de mata diminuindo o efeito borda e aumentando a rea core da mata; (iii) como corredor entre ecossistemas diferentes (vegetao rupestre, fragmentos de mata e matas ciliares). Nestes aspectos destacam-se a regio oeste e norte da Serra do Sapo e a regio a nordeste da barragem de rejeitos, com extensas reas conectadas. Desta forma, considera-se que a regio possui uma boa conectividade intra e inter tipos de habitats, que, agregado ao tamanho significativo de alguns fragmentos, indica uma boa qualidade ambiental para a regio do empreendimento. FIGURA 5.6 - Fragmentos de vegetao nativa na rea do empreendimento mostrando a conectividade dos mesmos. direita, em amarelo, constam as estruturas do empreendimento.

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5.5 - Conservao do solo


A distribuio e caractersticas dos solos encontram-se diretamente associadas s formaes geolgicas que a compe, bem como as feies geomorfolgicas e s condies climticas locais. Na regio do empreendimento so observados trs compartimentos geomorfolgicos: (i) hog backs; (ii) mar de morros e aluvies arenosos. O relevo dominado pelos hog backs apresentando alinhamento geral N-S. As cristas so sustentadas por quartzitos ou carapaas laterticas (cangas) que podem atingir grandes altitudes, mostrando front para oeste e dip slop para leste, intercaladas tectonicamente com rochas gneas gnssicas e/ou granticas. No mar de morros, como este nome indica, dominam os morros arredondados com vertentes suaves na forma de meia-laranjas, por sobre rochas granitides do embasamento, por sobre rochas meta-gneas vulcnicas ou ainda por sobre mica (quartzo) xistos. Neste compartimento ocorrem algumas pequenas cristas, por sobre intercalaes de rochas quartizticas mais resistentes. Os Aluvies arenosos estreitos so pouco importantes quanto rea que abrangem. O nvel arenoso o nvel inferior nos aluvies. Nveis de terraos com cascalhos, mais altos (5 a 10m), tambm ocorrem, mas so raramente observados. Os Neossolos Litlicos so solos pouco desenvolvidos associados a afloramentos de itabiritos, quartzitos e depsitos de canga que sustentam as cristas das serras. Em geral tais solos possuem textura grosseira, so muito porosos e com elevada permeabilidade, caracteriza-os como material pouco adequado para receber efluentes devido facilidade de contaminao dos aqferos. Estes solos, que recobrem a parte superior das serras, apresentam baixa susceptibilidade erosiva. Isso se d pela ocorrncia de itabiritos, quartzitos e cangas que contribuem para a preservao das pores superiores das serras locais, formando uma carapaa Entretanto, quando . essas coberturas so removidas, o solo subjacente, geralmente latosslico, fica exposto ao intemprica, acelerando a ocorrncia de processos erosivos. Os Cambissolos Hplicos se formam sobre rochas metassedimentares e gneas, tendo origem ainda na alterao do material coluvionar e dos detritos rochosos oriundos da poro superior das serras do Sapo e de Itapanhoacanga. Assim, ocorre ao longo das encostas das serras do Sapo e de Itapanhoacanga, ocupando a mdia vertente. So solos pouco desenvolvidos de carter eutrfico. Os Latossolos Vermelhos constituem a classe predominante de solos na rea estudada, sobretudo no entorno do empreendimento. Situados a partir das mdias vertentes, dominam a maior parte dos fundos de vale da regio, estando diretamente relacionados s rochas do embasamento. Em geral, solos com boas propriedades fsicas e esto situados, na maioria dos casos, em relevo suave ondulado a ondulado. Sua principal limitao a baixa disponibilidade de nutrientes nos solos distrficos e a toxicidade por alumnio trocvel. Por serem solos fceis de serem escavados e ainda bastante profundos e porosos so bastante apropriados para atividades diversas como a agropecuria, compreendendo a maioria das terras utilizadas na agropecuria, tanto a oeste, quanto a leste das elevaes serranas. Na rea de estudo predominam os Latossolos Vermelhos (11.965 ha) seguidos dos Cambissolos Hplicos (3.210 ha) e Neossolos Litlicos (2.297 ha).

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Os latossolos e cambissolos apresentam maior vulnerabilidade aos processos erosivos, em funo do profundo grau de alterao dessas classes de solos. Dentre os processos erosivos identificados na AID destaca-se a eroso laminar, que chega a dominar parcelas expressivas da paisagem, sobretudo onde h o uso agropecurio. Por ser menos perceptivo do que a eroso em sulcos e em voorocas, o escoamento superficial vem sendo negligenciada pelos produtores rurais na regio. A fragilidade da rea aos processos acelerados de eroso pode ser vista em exemplos como: (i) no local pretendido para a pilha de estril leste da cava de Itapanhoacanga, onde possvel observar a ocorrncia de eroso laminar, em sulcos e ravinamentos, correlacionados a movimentos de encostas e rastejamento sobre latossolos vermelhos; (ii) na mdia vertente leste da Serra do Sapo, onde observam-se deslizamentos resultantes do pisoteio do gado aliado s declividades relativamente elevadas e da fragilidade do Cambissolo Hplico; (iii) nas ravinas profundas sobre Latossolos Vermelhos, na lateral da estrada de acesso a Itapanhoacanga, junto ao entroncamento com a MG 010, sendo que sua gnese parece estar relacionada abertura da via sem a adoo de canaletas de drenagem pluvial; nos deslizamento em corte de talude da MG 010, na rea pretendida para a cava norte de Itapanhoacanga, em perfil de cambissolo hplico.

5.6 - Presena de nascentes


As formaes ferrferas das serras do empreendimento constituem aqferos com elevado potencial de armazenamento de gua, onde nascem as dezenas de crregos que alimentam os rios Santo Antnio e Peixe. No geral, as drenagens na rea do empreendimento so constitudas por contribuintes de 1, 2 e 3, pouco volumosos, com baixa vazo, com canais relativamente estreitos e encaixados sobre as rochas. Os vales em funo do relevo intensamente movimentado apresentam-se em forma de , com vertentes acentuadas na maior extenso da AID. V O principal uso da gua que se faz na regio corresponde ao consumo humano utilizando captaes junto s nascentes. Em seguida vem a dessedentao dos animais, sendo a irrigao das lavouras pouco utilizada. O abastecimento de gua dos povoados realizado atravs de nascentes situadas nos arredores. No caso de Itapanhoacanga a gua da caixa que supre o distrito proveniente da Serra de So Jos, a oeste; em So Sebastio do Bom Sucesso, a gua captada numa nascente localizada na Serra do Sapo.

5.7 - Qualidade da gua


Apesar da presena de solos propcios eroso e da alta pluviosidade regional, os cursos de gua no geral no apresentam comprometimento quanto turbidez. Portanto, as guas dos crregos permanecem lmpidas sob o aspecto esttico e para a biota aqutica. Quanto presena de nutrientes, tanto fsforo como nitrognio no foram mensurados nas duas campanhas sazonais disponveis, de modo que no h como realizar esta avaliao.

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Quanto presena de metais pode-se observar que diversas nascentes apresentaram valores muito elevados de Ferro, sendo que algumas tambm apresentaram valores elevados para o Mn, Al, e Pb. Atravs da imagem satlite possvel verificar que alguns destes pontos amostrais esto associados a pastagens melhoradas, o que pode ter provocado o transporte destes metais para o curso dos crregos. Outros pontos amostrais parecem estar situados em reas muito bem preservadas no topo das serras, sugerindo tratar-se de valores naturais. Entretanto, ainda dever ser realizado um trabalho efetivo de estabelecimento do background natural da regio do empreendimento, incluindo as guas subterrneas para permitir o correto monitoramento e avaliao da qualidade das guas da regio. Quanto ao pH, os resultados mostram que diversas nascentes na rea das serras apresentam guas cidas com pH 5 ou inferior. Estes resultados so consistentes com a geologia da rea onde a pouca alcalinidade presente resultaria em baixos valores de pH. Entretanto necessrio mencionar que este um aspecto da fragilidade do ecossistema j que o mesmo teria pouca capacidade tampo caso venha a ocorrer interferncias antrpicas que provoquem um maior aumento da acidez das guas. Nota-se ainda que o pH uma varivel fundamental nos processos de dissoluo de metais.

5.8 - Presena de stios arqueolgicos pr-histricos e histricos e stios espeleolgicos


A ocupao da regio do empreendimento antiga, tendo sido ocupada desde a prhistria como atestam os stios arqueolgicos em abrigos sob rocha encontrados na serras do empreendimento, havendo potencial para encontrar novos stios nas diversas grutas e abrigos ainda por serem prospectados. A ocupao pelos colonizadores remonta aos primeiros anos do sculo XVIII ligada extrao de ouro e diamantes. Estas atividades deixaram um valioso acervo histrico, artstico e arquitetnico e urbanstico reconhecido atravs dos tombamentos estaduais e federais. Stios arqueolgicos histricos encontrados na rea do empreendimento proposto, indicam que as serras do empreendimento provavelmente tiveram um papel importante em tempos histricos. Este acervo cultural um potencial turstico que no tem sido explorado em todas as suas possibilidades.

5.9 - Aspecto esttico da paisagem


A regio do empreendimento encontra-se situada na cadeia de serras que margeiam os ncleos urbanos de Conceio do Mato Dentro e Itapanhoacanga, compondo o cenrio das cidades histricas que elas constituem. Encravadas na regio central do municpio de Conceio do Mato Dentro, estas serras se destacam pelo seu porte e beleza cnica, abundncia de crregos e presena de paisagem rural tradicional tornando o ambiente harmnico com a vegetao nativa. Pelo seu porte destacado na paisagem, as vertentes e cumes da cadeia de serras so referncias geogrficas que podem ser avistadas de diversos pontos das estradas municipais, sendo inclusive pontos de avistamento no roteiro turstico da Estrada Real.

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6 - AVALIAO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E INDICAO DE MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATRIAS


O presente captulo apresenta a avaliao de impacto ambiental do empreendimento. A metodologia de avaliao de impacto est descrita a seguir e foi desenvolvida pela Brandt Meio Ambiente. descrito, aps a apresentao da metodologia de avaliao, o prognstico da qualidade ambiental na hiptese de no implantao do empreendimento. Em seguida feita a avaliao considerando a implantao do empreendimento. Estes impactos esto apresentados para cada um dos meios, fsico, bitico e antrpico. O texto de avaliao, como se ver na metodologia abaixo, apresentar para cada impacto prognosticado os seus aspectos potenciais, citando posteriormente as medidas de mitigao, reabilitao ou compensao propostas para o mesmo, seguido da avaliao dos impactos reais e ou residuais, procurando assim mostrar uma viso ampla e integrada para cada impacto. As medidas mitigadoras sero descritas conceitualmente no captulo 7.

6.1 - Metodologia de AIA


A avaliao dos impactos ambientais feita para as etapas de implantao, operao e desativao do empreendimento, considerando-se ainda, as alternativas de engenharia estudadas para o mesmo. A avaliao de impactos ambientais baseada na conjuno das informaes constantes no diagnstico ambiental e na descrio do empreendimento, associadas ao prognstico da tendncia de qualidade ambiental segundo a hiptese de no realizao do empreendimento.

6.1.1 - Critrios de avaliao dos impactos


Estes critrios foram desenvolvidos pela Brandt Meio Ambiente a partir do estudo e aplicao de diversas metodologias de avaliao de impacto ambiental, consideradas as leis e resolues pertinentes, em especial a resoluo CONAMA 01/86. Os critrios foram padronizados segundo os conceitos descritos a seguir.

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A - Intensidade Indica as conseqncias que o impacto gera sobre o meio. Foi padronizado nos seguintes nveis:
Baixa (1) - Impacto positivo ou negativo pouco m ensurvel ou pouco provvel (que pode no ocorrer ou no ser percebido) e que no ter conseqncias importantes sobre o ambiente. - Impacto positivo mensurvel ou sensvel, de conseqncias pouco notveis e que no gera m odificaes estruturais no ambiente em estudo. - Impacto negativo mensurvel ou sensvel, de conseqncias pouco notveis e que esteja dentro de parm etros legais e norm ativos, sendo, portanto assim ilvel pelo ambiente em estudo. - Impacto positivo que ser capaz de m odificar de form a importante, qualitativa e quantitativam ente, o ambiente em estudo e sua estrutura, sob a tica considerada. - Impacto negativo que, de alguma forma esteja fora de normas, padres e requisitos legais, ou na falta destes que esteja acim a da capacidade de absoro do ambiente em estudo. - Impacto positivo que alterar profundamente a estrutura e a caracterstica do ambiente em estudo, sob a tica considerada. Muito Alta (7) - Impacto negativo que, de alguma forma esteja fora de normas, padres e requisitos legais, ou na falta destes que esteja acim a da capacidade de absoro do ambiente em estudo, com potencial ao rigorosa por parte de rgos ambientais e populao, a ponto de inviabilizar o empreendimento.

Mdia (3)

Alta (5)

B - Abrangncia Indica a extenso sobre a qual o impacto age, podendo ser:


Pontual (1) Local (3) Regional (5) Extra-regional (7) - Impacto que extrapola a rea de Influncia Indireta (AII) do empreendimento, tendo caractersticas de impacto sobre o ambiente sem limite geogrfico para seus efeitos. - Impacto que atua diretamente sobre um ponto determinado, no se configurando como distribudo em toda a rea Diretamente Afetada (ADA) do empreendimento. - Impacto que age sobre a rea Diretamente Afetada (ADA) do empreendimento, podendo ainda incluir a rea de Entorno (AE). - Impacto que age sobre a rea de Influncia Indireta (AII) do empreendimento.

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C - Significncia Relao entre intensidade e abrangncia (A/B), corresponde a classificao do impacto, conforme quadro a seguir:
Significncia Critrios A / B 1/1 Desprezvel 1/5 1/3 3/1 3/3 Marginal Crtica (impactos negativos) ou Relevante (impactos positivos) Catastrfica (impactos negativos) ou Estratgica (impactos positivos) 1/7 3/5 5/1 3/7 5/3 5/5 7/1 7/3 5/7 7/5 7/7 Conceitos - Impacto de baixa intensidade e pontual; - Impacto de baixa intensidade e restrito ADA; - Impacto de baixa intensidade, atuante sobre ADA e AII - Impacto de mdia intensidade, porm pontual. - Impacto de mdia intensidade restrito a ADA - Impacto de baixa intensidade, de abrangncia extra-regional; - Impacto de mdia intensidade atuante sobre ADA e AII - Impacto de alta intensidade, de abrangncia pontual. - Impacto de mdia intensidade, de abrangncia extra-regional; - Impacto de alta intensidade, de abrangncia sobre a ADA; - Impacto de alta intensidade, de abrangncia sobre a ADA e AII; - Impacto de intensidade muito alta, de abrangncia pontual. - Impacto de intensidade muito alta, de abrangncia sobre a ADA. - Impacto de alta intensidade, com efeito extra-regional; - Impacto de intensidade muito alta, de abrangncia sobre a ADA e AII; - Impacto de intensidade muito alta, de abrangncia extra-regional.

* Critrios desenvolvidos pela BRANDT MEIO AMBIENTE. Utilizao, reproduo ou divulgao total ou parcial som ente m ediante autorizao form al prvia.

D - Incidncia: A incidncia do impacto sobre o meio impactado pode ser: - direta - indireta.

E - Tendncia A tendncia do impacto no tempo pode ser: - Progredir (tendncia de aumento do impacto prognosticado ou identificado); - Manter (tendncia de manuteno do impacto prognosticado ou identificado); - Regredir (tendncia de reduo do impacto prognosticado ou identificado).

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F - Reversibilidade O impacto pode ser: - Reversvel (quando, cessada a origem ou controlado o impacto, o meio impactado pode voltar a sua condio original) - Irreversvel (quando, cessada a origem ou controlado o impacto, o meio impactado no mais retorna sua condio original).

G - Efeito O efeito do impacto pode ser: - Positivo, quando atua favoravelmente ao aspecto ambiental considerado; - Negativo, quando atua desfavoravelmente ao aspecto ambiental considerado.

6.1.2 - Impactos potenciais e reais


A avaliao de impactos ambientais de um empreendimento pode ser feita segundo dois pontos de vista: - Avaliao de impactos potenciais, indica os impactos que o empreendimento, conforme planejado, poder causar, desconsiderando-se os sistemas de controle projetados e as demais medidas mitigadoras planejadas. Tem como objetivo o conhecimento do potencial impactante da atividade e, principalmente, a identificao das medidas de mitigao. Esta avaliao, entretanto, no permite o conhecimento dos impactos que efetivamente sero gerados pelo empreendimento j que, adotadas as medidas de mitigao planejadas, estes impactos no ocorrero. - Avaliao de impactos reais, indica os impactos residuais que o empreendimento causar, considerando-se todos os sistemas de controle projetados e as demais medidas mitigadoras planejadas. Esta deve ser a avaliao a ser considerada, para anlise conclusiva do estudo ambiental do empreendimento. Neste, apresenta-se, para o mesmo impacto, ambas as avaliaes com indicao dos impactos potenciais, das medidas mitigadoras e dos impactos reais, considerando-se estas medidas. Observe-se que possvel a existncia de impactos reais que, mesmo aps medidas mitigadoras, mantm-se iguais aos potenciais. Isto por se tratar de impactos no mitigveis (quando se trata de impactos de maior intensidade) ou que no poderiam ser reduzidos a nveis menores (quando j se encontram nos nveis mais baixos possveis). Ao final da avaliao de impactos descritiva para cada fase do empreendimento, apresentado um quadro-resumo, classificando-se cada impacto prognosticado segundo os critrios de avaliao, sempre considerando-se os impactos reais.

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6.1.3 - Anlise conclusiva da avaliao de impacto


Como colocado acima a anlise conclusiva da avaliao de impacto do empreendimento considera os seguintes fatores: - a avaliao de impactos reais negativos do empreendimento, ou seja, os impactos residuais depois de aplicadas as medidas de controle e minimizao; - As proposies de compensao; e, - Os impactos reais positivos do empreendimento, considerando inclusive todos os aspectos scio-ambientais analisados e os programas potencializadores dos mesmos. Analisando estes fatores elabora-se a concluso da avaliao de impacto do empreendimento atravs da relao custo/benefcio deste, sob o ponto de vista ambiental. Estando a intensidade dos impactos negativos reais do empreendimento situados em nveis de baixa a mdia, tendo em vista a definio dos mesmos, pode-se afirmar que: - As conseqncias dos impactos ambientais do empreendimento so admitidas pelas leis e normas pertinentes; - As conseqncias dos impactos ambientais do empreendimento so assimilveis pelo ambiente. A significncia dos impactos negativos reais do empreendimento, neste caso, estar situada entre desprezvel e marginal, exceto quando as conseqncias dos mesmos for de abrangncia extra-regional, quando apresentam significncia crtica, indicando neste caso a necessidade de aes mais rigorosas no controle dos mesmos. Havendo impactos negativos reais de intensidade alta a muito alta, h um indicativo de que as conseqncias dos impactos do empreendimento esto acima do permitido pelas leis e normas pertinentes, ou no so assimilveis pelo ambiente. Estes impactos tero significncia crtica a catastrfica. Neste caso, a princpio, o empreendimento na forma proposta, no est adequado ambientalmente, e no deve ser implantado, ou as medidas mitigadoras so insuficientes. Entretanto, em alguns casos, mesmo quando o parmetro significncia se referir a um impacto no assimilvel, pode-se indicar medidas de compensao adicionais, a serem negociadas no processo de licenciamento, a partir de uma relao custo/benefcio favorvel implantao do empreendimento. Deve-se considerar tambm os impactos negativos potenciais. Isto porque, caso estes tenham intensidade alta a muito alta, pode-se deduzir que as medidas mitigadoras devero ser eficientes a ponto de mitig-los em nveis aceitveis. Dever haver tambm, neste caso, um sistema eficiente de monitoramento, tendo em vista a necessidade de garantir estes resultados. Em alguns casos, mesmo considerando-se medidas de mitigao, os impactos potenciais e reais podero estar nos mesmos nveis. Isso demostra tratar-se de impactos no mitigveis, inerentes realizao do empreendimento. Ainda assim, deve-se considerar possveis medidas mitigadoras, em especial de compensao, que podem atenu-los.

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Para anlise custo/benefcio do empreendimento, alm da abordagem dos fatores acima descritos, so considerados os impactos positivos reais a serem gerados pelo mesmo, contrapondo-se aos impactos negativos reais analisados.

6.2 - Cenrio ambiental empreendimento

na

hiptese

de

no

realizao

do

Neste item faz-se uma abordagem sobre as tendncias da qualidade ambiental da rea avaliada segundo a hiptese de no realizao do empreendimento. Esta anlise tem como objetivo apresentar elementos de comparao que possibilitem traar um paralelo entre as condies ambientais futuras sem o empreendimento e com o mesmo. O fundamento da anlise de tendncia o cenrio futuro desenhado para a regio. No caso especfico da no instalao do empreendimento ora proposto, a tendncia da rea se manter no estado de conservao do cenrio paisagstico de montanhas e vales, conservao florestal em que se encontra atualmente e de desenvolvimento econmico lento.

6.2.1 - Meio fsico


Neste item faz-se uma abordagem sobre as tendncias da qualidade ambiental da rea avaliada, em relao ao meio fsico, segundo a hiptese de no realizao do empreendimento. Esta anlise tem como objetivo apresentar elementos de comparao que possibilitem traar um paralelo entre as condies ambientais futuras sem o empreendimento e com o mesmo, considerando sua descrio, diagnstico e impactos associados. O fundamento da anlise de tendncia o cenrio futuro desenhado para a regio. A tendncia da qualidade ambiental sem a instalao do empreendimento mineral, um cenrio de equilbrio dos processos geomorfolgicos envolvidos na dinmica das formas e dos materiais de superfcie, principalmente nas reas de encostas nas vertentes das serras do Sapo-Ferrugem e Itapanhoacanga, onde existem maiores probabilidades de ocorrncia de processos erosivos, em funo da declividade elevada, mantendo assim os processos naturais de eroso natural em equilbrio, principalmente na poro oeste, por no haver uma capa de canga, recobrindo as litologias e protegendo-as. Nas encostas do lado oeste h um aumento importante do gradiente de declividade (inclinada a moderadamente ngreme) em relao a vertente leste em ambas as serras, o que poderia incrementar o arraste, via escoamento pluvial, de materiais disponibilizados na superfcie, podendo potencial causarem assoreamento e alterao da qualidade da gua. No entanto, o equilbrio natural e a cobertura vegetal existentes minimizam os fluxos pluviais concentrados, os quais se manteriam.

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As condies de qualidade do ar se manteriam dentro dos padres diagnosticados, os quais apontam para uma boa qualidade do ar na maior parte das anlises, pois no haveria possibilidade do aumento de lanamento de material particulado na atmosfera devido as atividades minerrias, as quais poderiam ser arrastadas pelo vento, atingindo principalmente o distrito de Itapanhoacanga, o qual se encontra a oestenoroeste das reas propcias atividade, sendo que o sentido de deslocamento preferencial dos ventos de leste para oeste. Atualmente, a principal fonte geradora de emisso de material particulado na regio de estudo se restringe ao trnsito nas vias de acessos, principais e secundrias, de forma que esta se manteria sem alteraes. A qualidade do ar no apresentou uma relao direta com as condies pluviomtricas, visto que se mantiveram dentro dos mesmos parmetros, tanto no perodo de transio entre estiagem e chuvoso (outubro) quanto no ms de maio, indicado como seco. As condies meteorolgicas permaneceriam inalteradas, mesmo porque no se prev alteraes nestas propriedades. O mesmo pensamento pode ser aplicado aos nveis de rudo, os quais permaneceriam nos patamares atuais sem a existncia de novas fontes ruidosas, entre elas: aumento do trnsito de veculos, funcionamento de mquinas e equipamentos e detonaes. Essas fontes poderiam potencialmente aumentar o nvel de presso sonora, os quais em vrias medies se mostram fora dos padres normativos e legais estabelecidos, sendo assim definidos como Nvel de Critrio de Avaliao. Outra no conseqncia ser a manuteno da qualidade atual das guas dentro dos padres diagnosticados, visto no ser instaladas novas fontes que possibilitem gerao de efluntes lquidos e slidos, bem como material particulado sedimentvel que possa influenciar em sua qualidade atual. Tambm cabe ressaltar que as condies do regime hidrogeolgicos iro permanecer no contexto atual, sem diminuio de vazo nas nascentes que ocorrem no entorno das serras, principalmente em relao quelas que ocorrem na vertente oeste da Serra do Sapo, pois no haver rebaixamento dos nveis de gua que ocorrem no aqfero subterrneo ali existente. Assim tambm, no haver a necessidade de se restituir tais perdas de vazes. Tambm, se mantero dentro das condies atuais a vazo do rio do Peixe, prximo cidade de So Joaquim, onde seria realizada a captao de gua nova para abastecer a planta industrial, mesmo que esta captao esteja dentro dos parmetros legais exigidos pela legislao ambiental no estado de Minas Gerais. Por fim, tambm seria mantido a topografia original das reas das serras e entre elas, sem interferncia em sua dinmica evolutiva, visto no ser necessrio a implantao das cavas, barragem de rejeitos, pilhas de estril e usina de tratamento de minrio, no incidindo assim, em impacto sobre a alterao fsica da paisagem.

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6.2.2 - Meio bitico


Nota-se na regio uma tendncia de aumento do componente florestal nos ltimos tempos. Comparando-se as ortofotocartas da Cemig de 1989 com a realidade atual, percebe-se que muitos locais antes ocupados por pastagens so, atualmente, cobertos por capoeirinhas ou capoeiras, refletindo, como j colocado, uma certa decadncia do setor pecurio. O abandono destas reas permitiu a regenerao da vegetao nativa. Por outro lado, observam-se algumas fazendas bem formadas, nas quais as pastagens so constantemente manejadas, apresentando ambientes onde o capim braquiria a espcie predominante. Via de regra, estas fazendas pertencem a pessoas que possuem outra atividade econmica, investindo recursos de outras fontes em suas propriedades. No entanto, a estagnao econmica pela qual passa a regio pode levar os moradores a lanar mo dos recursos que possuem, entre eles a madeira. Apesar da legislao rigorosa quanto ao uso de matas nativas para a produo de lenha e carvo, a estrutura de fiscalizao estatal pode no conseguir conter alguns desmates isolados. J nas reas de campos rupestres, no h nenhuma atividade atualmente dirigida para ela e, no havendo minerao, a tendncia seria que continuasse estvel como atualmente. Para o campo sobre canga, a baixa densidade de gramneas faz com que as conseqncias de eventuais incndios seja pequena, mas no campo sobre quartzito estas plantas formam uma densa biomassa que torna o efeito do fogo mais drstico. Por outro lado, o poder de resilincia deste ambiente elevado, retomando suas caractersticas em pouco tempo. Enfim, o fogo faz parte da dinmica ecolgica dos campos e com ele renovam as populaes de diversas espcies. Desta forma, na ausncia do empreendimento e diante da estagnao econmica regional, espera-se que o cenrio biolgico, principalmente o vegetacional, continue ainda por um longo tempo, ou seja, os campos continuaro preservados e ambientes em regenerao permanecero em diversos locais, assim como algumas fazendas com maior atividade. Eventuais desmates clandestinos e autorizados para formao de pastagens devero ocorrer, mas, provavelmente, no em nvel de alterar significativamente a paisagem.

6.2.3 - Meio Antrpico


Na hiptese da no implantao do empreendimento de se esperar que as condies socioeconmicas vigentes tendam a se reproduzir de maneira semelhante ao processo corrente. Portanto, na ausncia da implantao do empreendimento os municpios de Alvorada de Minas e de Conceio do Mato Dentro, que formam a rea de Influncia Direta (AID), continuaro praticamente estagnados economicamente e a presenciar o xodo de sua populao, que emigra, basicamente, em busca de melhores oportunidades de emprego e renda. Dessa forma, os municpios continuaro a ter uma ligeira tendncia de declnio populacional.

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A agricultura da regio continuar a ser realizada de forma rudimentar e com fortes limitaes para gerar renda. O uso e a ocupao do solo tendero a manter tal como o atual, ou seja, caracterizados pela forte presena da agricultura familiar (de subsistncia). Porm a condio de sustentabilidade dessa atividade estar garantida. Pois, na ausncia do empreendimento, alguns impactos que decorrem deste e que so uma ameaa atividade, como a reduo da disponibilidade hdrica, no ocorrero. Apesar das condies rudimentares que caracterizam a atividade agrcola da regio em estudo, esta ainda se manter relevante para economia desses municpios. Tendo uma importncia relativa na gerao de renda e emprego superior apresentada pela mdia do estado de Minas Gerais. Isto ocorre porque a regio vivenciou um longo perodo de estagnao econmica no sculo XX, o que ensejou um perfil socioeconmico caracterizado pela pequena taxa de urbanizao e uma produo agrcola voltada para a subsistncia das famlias produtoras. Na ausncia do empreendimento, o setor secundrio da regio se manter em ltimo lugar em termos de importncia econmica. Se limitando a processar os produtos da agricultura regional e reproduzindo alguns aspectos culturais da regio como a fabricao do queijo Serro e de cachaa. Portanto, o setor industrial da regio se caracteriza pelas indstrias tradicionais (moveleira, alimentcia, construo civil, dentre outras) e pela agroindstria e na ausncia do empreendimento no h, a curto prazo, nada que indique alguma modificao no padro tecnolgico e no porte das indstrias dos municpios da AID. O setor tercirio, comrcio e servios, continuar a ser o principal empregador de Conceio do Mato Dentro e o segundo maior de Alvorada de Minas, superado pelo setor agrcola. O setor tercirio o principal gerador de renda da regio e assim dever se manter. Porm, destaca-se que as limitaes econmicas que vigoram nos municpios avaliados, representadas principalmente pelo pequeno Produto Interno Bruto, condicionam um baixo nvel de renda e dificulta o crescimento do comrcio e dos servios. Isto ocorre porque o setor extremamente dependente da renda da populao de sua rea de insero. Uma vez que o maior nvel de renda que ir determinar maior nvel de consumo, possibilitando o crescimento do comrcio e o aumento das remuneraes pelos servios prestados. Portanto, na ausncia do empreendimento o setor tercirio continuar a se caracterizar por estabelecimentos comerciais de pequeno porte e reduzida condio de gerar inverses financeiras, ou seja, baixa capacidade para gerar um processo sustentado de crescimento. O turismo apresenta amplas potencialidades no municpio de Conceio do Mato Dentro e em menor escala tambm em Alvorada de Minas. A grande potencialidade turstica da regio decorre do importante patrimnio natural e cultural que l est presente. Porm o desenvolvimento do setor ainda se encontra em um estgio inicial, pois a regio carece de equipamentos tursticos de qualidade, produtos tursticos formatados e mo-de-obra sem treinamento especfico.

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Na hiptese da no implantao do empreendimento, a potencialidade turstica se manter intacta, portanto, continuar muito forte. Mas o desenvolvimento da atividade continuar a ser retardado devido aos fortes entraves que afligem tal processo. Pois o principal fator que eliminaria os problemas do setor seria a realizao de investimentos privados e pblicos, mas como a regio tem renda baixa e pequena dimenso econmica no se prev, num curto prazo, um cenrio com o aumento dos investimentos no setor e de forma que ocorra de forma sustentada e autnoma. A economia de Alvorada de Minas e de Conceio do Mato Dentro tender a apresentar uma taxa mdia de crescimento nominal anual de aproximadamente 10%. Esta taxa inferior apresentada pelo estado de Minas Gerais, que foi de 12%, no perodo entre 2000 a 2004. Portanto, a economia da AID tem apresentado crescimento ligeiramente inferior mdia do estado, o que fez com que o municpio de Conceio do Mato Dentro perdesse posies no ranking dos maiores PIBs municipais de Minas. Para a rea de Influncia Indireta, a no implantao do empreendimento significar a continuidade dos processos socioeconmicos que caracterizam os municpios de Serro, Santana do Riacho e Dom Joaquim. Mas como o empreendimento iria (pois aqui se trata da hiptese de sua no realizao) interagir com diferentes instncias de cada municpio da AII, principalmente sobre essas instncias que a ausncia do mesmo ser mais significativa. Assim, com a no implantao do empreendimento a disponibilidade hdrica do municpio de Dom Joaquim se manter tal como atualmente; o desenvolvimento da atividade turstica de Santana do Riacho se manter no mesmo ritmo dos moldes atuais e o municpio do Serro no sentir nenhuma presso adicional sobre seu sistema educacional e de sade, seu mercado de trabalho no ser dinamizado e o desenvolvimento da atividade turstica se manter no ritmo atual. Quanto ao patrimnio arqueolgico, o prognstico imediato de manuteno do atual nvel de desconhecimento e investigao das potencialidades arqueolgicas da rea, mantendo os stios sujeitos a atividades de desenvolvimento antrpico, sem o devido cuidado ou conhecimento da importncia deste patrimnio pblico. Os stios prhistricos a cu-aberto so os mais vulnerveis s atividades humanas atuais. Para os stios histricos da AID o prognstico futuro prximo, onde no ocorreria intervenes nos mesmos, de deteriorizao de algumas das estruturas arqueolgicas existentes por fatores naturais, como desmoronamento e eroso, entre outros; enquanto aquelas j estabilizadas, colonizadas por vegetao, manter-se-o na mesma situao at que alguma atividade humana direta as estude cientificamente ou a impacte definitivamente.

6.3 - Impactos ambientais considerando a instalao, operao e descomissionamento do empreendimento


Neste item os impactos ambientais decorrentes da instalao do empreendimento so avaliados para cada um dos meios. Dentro de cada um dos meios, fsico, bitico e antrpico os impactos esto separados por etapa do empreendimento, como etapa de implantao, operao e desativao.

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Como explicitado no item 6.1, metodologia de AIA para cada um dos impactos prognosticados, esto descritos: - Os impactos potenciais; - A indicao das medidas mitigadoras, de reabilitao ou compensao para o referido impacto negativo ou potencializadoras dos impactos positivos; e, - Os impactos reais e/ou residuais, aps aplicadas as medidas de minimizao para os impactos negativos e ou potencializadoras para os positivos. Ao final do prximo captulo os quadros 7.1, 7.2 e 7.3 apresentam uma sntese com a relao dos impactos reais, por etapa do empreendimento.

6.3.1 - Meio fsico


6.3.1.1 - Impactos da etapa de implantao do empreendimento Induo a processos erosivos Impacto Potencial Na etapa de implantao do empreendimento, existir a possibilidade da ocorrncia de processos erosivos, quando das operaes de aberturas de vias de acessos e da mina, incluindo tambm a implantao das pilhas de estril em seus tempos distintos e a implantao da barragem de rejeitos, do canteiro de obras e pilha de solo orgnico. Tambm existem as atividades de implantao do sistema de captao de gua. Estas atividades implicam na retirada da cobertura vegetal e exposio do solo, e o potencial de ocorrncia de processos erosivos surge em funo de precipitao de guas pluviais em locais desnudos. Conforme detectado e mostrado no diagnstico ambiental (item 4.1), os locais onde sero instaladas as obras do empreendimento e cavas apresentam fragilidade a processos erosivos que apresentam variao de baixa a elevada, principalmente na Serra do Sapo, cuja declividade elevada. A regio onde sero implantadas as pilhas de estril das cavas de Itapanhoacanga apresenta alta fragilidade em virtude da presena de solos profundos, que apresentando focos erosivos, poderiam evoluir a voorocas, com perda de material terrgeno, impactando as drenagens de entorno, induzindo o aumento das partculas em suspenso, o que pode influenciar diretamente na biota aqutica. A desestruturao do solo, em funo das operaes de implantao das vias de acesso e partir do dcimo ano o escoamento da produo das minas de Itapanhocanga por estrada lateral MG-010 que ser ampliada e recoberta com revestimento primrio, abertura das frentes de lavra, pilha de estril e barragem de rejeitos e torres da linha de transmisso, requerem a interveno em taludes, podendo, potencialmente, induzir a processos erosivos desestabilizando o material particulado sedimentvel. Esses processos possuem uma maior potencialidade de ocorrncia em locais com declividade elevada no momento em que ficarem desnudas, e principalmente quando associados ao perodo chuvoso, relacionado ao perodo de novembro a abril, induzido a formao de processos erosivos.

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Considerando os aspectos descritos o impacto potencial relativo ocorrncia de processos erosivos e assoreamento de cursos d gua e talvegues de drenagem pode ser considerado negativo, de intensidade alta, pois caso ocorra ser observvel e estar fora dos padres legais. Possui abrangncia local, pois incide sobre a ADA e AID com intensidade crtica e incidncia direta. A tendncia do impacto potencial a progresso, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Progredir Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Com o intuito de se diminuir ao mximo ou at mesmo a eliminao deste impacto potencial sero contemplados nos projetos de engenharia instrumentos de mitigao do impacto, tais como canaletas de captao e conduo dos efluentes pluviais encaminhados para diques de conteno de slidos, que tero o objetivo de reter estes slidos. Estes sistemas sero dimensionados adequadamente para permitir a sedimentao dos slidos e sada de efluente lquido dentro dos padres legais. Alm disto, sempre que possvel, a execuo das obras de terraplenagem e movimentao de solos dever ocorrer em perodo de pouco ou nenhuma intensidade pluviomtrica, relacionados aos meses de maio a setembro, at mesmo outubro. Concomitantemente, naquelas reas onde j estiverem terminadas as obras relacionadas implantao, sempre que possvel, os taludes sero imediatamente reabilitados e revegetados. Durante a implantao podero ocorrer resduos slidos que podero ser conduzidas s drenagens, de forma que devero ser minizados sua gerao. Deve-se considerar ainda que as obras de implantao sero gerenciadas com enfoque tambm ambiental, no sentido de gerenciar a adequada disposio de eventuais excedentes de terra e top soil e projeto de drenagem pluvial com dissipadores de energia, no permitindo assim a concentrao de fluxos d gua, e conseqente formao de focos erosivos. Estas aes esto contempladas nos programas de mitigao e controle do impacto, estando entre eles: - Programa de controle de processos erosivos - Programa de gesto e controle de guas e efluentes. - Plano de reabilitao de reas degradadas - Programa de monitoramento da qualidade de guas e efluentes

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Impacto Real Com a implantao dos sistemas de drenagens e adoo das medidas de controle adicionais, entende-se que o impacto real advindo das atividades de implantao do empreendimento pode ser considerado de intensidade mdia, abrangncia local, limitando-se a AID, significncia marginal com tendncia a manter, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Assoreamento de cursos d gua Impacto potencial O material desestruturado (material particulado sedimentvel) pelos processos erosivos, como acima descrito, poder ser carreado para as drenagens prximas, em funo principalmente da pluviometria, causando seu assoreamento, o que pode acarretar variaes na dinmica hdrica das drenagens que ocorrem no empreendimento. Os taludes das pilhas de estril que estiverem sendo instaladas fora dos locais destinadas as cavas de minerao, bem como o talude de alteamento da barragem de rejeito configuram locais susceptveis a ocorrncia de induo de focos erosivos e conseqente arraste deste material para as drenagens a jusante. O diagnstico apresenta valores de Slidos em Suspenso e Sedimentveis, bem como Slidos Totais Dissolvidos em valores baixos, inclusive bastante inferiores ao encontrado na legislao pertinente, apontando para gua com baixa turbidez. Porm, a desestruturao do solo na ADA pode carrear material particulado s drenagens ao quais podem ser transportados at fora da AID atingindo a AII e ali serem sedimentados propiciando o incio do assoreamento das drenagens. Apesar da desestruturao do solo ter ocorrncia principalmente quando este ficar desnudos, seu maior transporte ocorre no perodo chuvoso, se estendendo de outubro a maro, com maior concentrao em novembro, dezembro e janeiro. Assim, considerando os aspectos descritos, o impacto potencial relativo ocorrncia de assoreamento de cursos d gua e talvegues de drenagem pode ser considerado negativo, de intensidade alta, pois caso ocorra ser observvel e estar fora dos padres legais. Possui abrangncia regional, podendo atingir a AII por meio de transporte de sedimentos, apresentando assim intensidade crtica e incidncia direta. A tendncia do impacto potencial a progresso, sendo reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Progredir Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Com a adoo de aes que visem diminuir ao mximo ou at mesmo a eliminao a incidncia de processos erosivos, devero ser contempladas nos projetos de engenharia instrumentos de mitigao do impacto, tais como canaletas de captao e conduo dos efluentes pluviais para diques de conteno de slidos, que tero o objetivo de reter estes slidos, bem como diminuir a energia da gua, de forma a minimizar seu poder de deslocamento de sedimentos. Estas aes estaro contempladas em programas, tais como: - Programa de controle de processos erosivos - Plano de reabilitao de reas degradadas - Programa de monitoramento da qualidade de guas e efluentes

Impacto Real Assim, mesmo com a implantao dos sistemas de drenagens e adoo das medidas de controle adicionais, entende-se que o impacto real advindo das atividades de implantao do empreendimento pode ser considerado de intensidade mdia, sendo ento assimilado pelo meio, abrangncia local, limitando-se a AID, significncia crtica com tendncia a manter, sendo reversvel.

CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

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Alterao da qualidade da gua Impacto potencial O material fino carreado pela ao de guas pluviais sobre as reas desnudas em virtude da abertura de vias de acesso e cavas para extrao do minrio, obras para implantao das pilhas de estril e barragem de rejeitos, formao da pilha de solo orgnico, unidades operacionais e administrativas geram efluentes pluviais que podem ser considerados potenciais causadores da alterao da qualidade das guas, causando alterao nas caractersticas fsicas da gua, principalmente a turbidez. Ainda se somam a implantao das torres da linha de transmisso por meio da fixao das bases que necessitaro de obras que iro envolver o manejo do solo, e do sistema de captao e aduo de gua na bacia do rio do Peixe, podendo gerar sedimentos que potencialmente podem ser carreados s drenagens, alterando a turbidez. A manuteno de mquinas, veculos e equipamentos necessrios para implantao da infra-estrutura so fontes geradoras de efluentes, em funo do reparo e lavagem dos mesmos e de peas ou sub-conjuntos mecnicos, contendo resduos slidos e resduos de leos e graxas. Existe ainda os locais de armazenagem e abastecimento de combustveis que aps sua implantao sero utilizados em todas as etapas do empreendimento. Sero ainda gerados efluentes dos sanitrios existentes no canteiro de obras bem como das unidades de apoio obra, e resduos slidos dos refeitrios, que se dispostos de maneira inadequada podero gerar chorume que so fonte de contaminao dos recursos hdricos. Resduos slidos hospitalares sero gerados na unidade mdica e se dispostos inadequadamente podem atingir as drenagens alterando sua qualidade. Esses contaminantes potencialmente podem ser carreados pelas guas pluviais e atingirem as colees hdricas superficiais, bem como ocorrer a infiltrao de uma parcela, atingindo o aqfero subterrneo. A partir dos diagnsticos da qualidade de gua, sob o ponto de vista fsico-qumico, foi apontando que existem alteraes na qualidade da gua relacionadas aos parmetros: DBO (atribuda s atividades desenvolvidas na regio) e aos metais, principalmente ferro, alumnio e mangans, atribudos geologia da regio. Sob o ponto de vista limminolgico, a qualidade da gua foi classificada como baixa a ruim, o que pode ser atribuda principalmente s atividades antrpicas desenvolvidas, com aporte de matria orgnica para as drenagens, a carreamento de sedimentos para as drenagens em virtude da retirada da mata ciliar, caractersticas estas atribudas ao carter background. Em relao a contaminao do aqfero subterrneo, o diagnstico realizado aponta para uma melhor caracterizao qualidade da gua. Mesmo j havendo sido registrado alteraes na qualidade da gua, o impacto potencial classificado como de intensidade alta, com abrangncia regional, podendo atingir a AII, implicando em significncia crtica. A incidncia direta, cuja tendncia progredir, caso no seja adotada nenhuma medida de controle, sendo reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Progredir Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Para minimizar a incidncia do impacto, diversas medidas de controle e mitigao devero existir estando entre elas: sistemas de drenagens para as reas de implantao das cavas das minas, pilhas de estril, barragem de rejeito, pilha de formao de solo orgnico e lateralmente s vias de acessos, que lanar seus efluentes em uma bacia de decantao do material carreado, com apoio de dique filtrante, sendo o trajeto recoberto por pedras de mo, evitando assim novos focos erosivos. Estas medidas basicamente esto contidas nos programas: - Programa de gesto e controle de guas e efluentes - Programa de gesto e controle de resduos slidos - Programa de controle de processos erosivos - Programa de monitoramento da qualidade de guas e efluentes Para os efluentes oleosos dever existir uma rea de reparos mecnicos com piso impermevel dotada de sistema de coleta dos mesmos, que sero encaminhados para caixa separadora de leos e graxas construda de acordo com os padres legais e dimensionamento compatvel. Havendo a necessidade de reparo de mquinas e equipamentos no local de trabalhos, estes devero seguir medidas especficas conforme detalhadas no programa de gesto de resduos slidos. O efluente final do sistema poder ser reaproveitado para fins industriais ou lanado sob o solo de acordo com os padres legais. Os efluentes sanitrios gerados em frentes de obra e canteiros devero ser coletados e lanados em sistemas de fossa filtro e sumidouro. Os resduos slidos hospitalares devero ser coletados e dispostos de maneira adequada para posterior remoo e encaminhamento a aterros sanitrios. A adoo de medidas de controle de efluentes lquidos, sanitrios, oleosos e de resduos devero fazer parte do programa de gesto de guas e efluentes, e do programa de gesto e controle de resduos, respectivamente. Nas obras com movimentao de terra as atividades devero ser realizadas de modo controlado, o que em conjunto com a construo do sistema de drenagem de guas pluviais nas reas atingidas, controlaro o carreamento de sedimentos para as drenagens, mesmo que intermitentes.

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Impactos Reais Adotando-se esses procedimentos avalia-se o impacto real como de intensidade mdia considerando uma alterao mensurvel, porm, dentro de parmetros legais e normativos, sendo, portanto, assimilvel pelo ambiente, abrangncia local, pois pode agir sobre a AID e significncia marginal. A incidncia direta, com tendncia a manter, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Alterao das propriedades do solo Impacto potencial As aes relacionadas implantao da infra-estrutura necessria e suas operaes auxiliares (manuteno de mquinas e equipamentos), unidades de apoio (canteiro de obras e oficinas, unidades ambulatoriais, locais de estocagem e abastecimento de combustveis) e escavao para implantao da adutora da gua, representam potenciais focos de contaminao dos solos a partir do descarte inadequado de resduos, principalmente aqueles contendo leos e graxas de manutenes em campo dos equipamentos e que porventura venham a ficar espalhados pelo cho e a disposio inadequada de resduos hospitalares. A ao de desmate e terraplenagem que ser realizada para a abertura de vias de acesso, frentes de lavra e preparo do local da formao das pilhas de estril e barragem de rejeitos tambm constituem fatores que iro alterar as propriedades do solo, pois causam sua desagregao fsica, alterando parmetros tais como condutividade hidrulica e compactao. Outras atividades de escritrio, instalaes sanitrias e refeitrio geram resduos slidos que podem, potencialmente, contaminar o solo, caso sejam dispostos inadequadamente no solo, alterando suas propriedades. Os resduos classificados segundo norma ABNT como resduos perigosos, Classe I, especificamente os oleosos e como Classe II, o lixo domstico, e que sero gerados em canteiros de obra, tm o potencial de contaminar e ou alterar as propriedades do solo se dispostos diretamente sobre o mesmo. Os resduos hospitalares provenientes de ambulatrios tambm possuem o potencial de alterar as propriedades do solo, desde que dispostos inadequadamente. Estima-se que o maior volume dos resduos gerados nas obras sero Classe II B - inertes, relacionados construo civil e resduos dos desmatamentos.

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Os efluentes sanitrios e guas servidas sero gerados no canteiro de obras e frentes de servio. Assim, dever ser construdo um sistema de coleta de efluentes e encaminhamento para fossas spticas e filtro anaerbio, ou sistema compatvel que gere um efluente final possvel de lanamento. O resduo do sistema de controle, lodo sanitrio, dever ser recolhido e disposto de maneira adequada. Os efluentes oleosos sero gerados principalmente nas oficinas de manuteno dos equipamentos do canteiro de obras, e sero compostos basicamente por gua, leos, graxas, sedimentos com teor de leos e graxas e produtos de limpeza diversos. Alm do lanamento de efluentes direto no solo, como a disposio inadequada de resduos oleosos podem, potencialmente, alterar as propriedades qumicas do solo. Os resduos Classe II B, se depositados indevidamente, podem potencialmente causar a alterao pontual da qualidade e propriedades do solo, sem, no entanto, implicarem no desrespeito s normas e requisitos legais. Assim, a gerao de resduos tipo Classe I e II A, se manuseados e dispostos incorretamente, podero gerar impacto potencial de intensidade alta, pois caso ocorra contaminao do solo, este estaria fora das normas e requisitos legais. Considera-se a extenso do impacto como pontual, pois no se espera alterao alm da ADA, e significncia crtica, pois de alta intensidade. A tendncia progredir, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Pontual Crtica Direta Progredir Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras As atividades de implantao devero ocorrer sob uma gesto integrada de meio ambiente com normas e procedimentos definidos. Mais especificamente, para minimizar eventuais impactos de alterao das propriedades do solo o programa de gesto de resduos slidos dever ser atendido e disseminado entre os contratados. Os resduos devero ser recolhidos e destinados conforme especificado no programa de gesto de resduos slidos. Ainda a adoo de medidas de controle para a minimizao dos impactos, incluindo o programa de gesto e controle de guas e efluentes auxiliaro na reduo da potencialidade do impacto.

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Assim, considerando a necessidade de reduo da quantidade do impacto potencial, sugere-se os seguintes programas: - Programa de gesto e controle de resduos slidos - Programa de gesto e controle de guas e efluentes - Programa de monitoramento da qualidade de guas e efluentes

Impactos Reais Com a adoo de medidas previstas nos programas relacionados para a minimizao / reduo do impacto, este avaliado como de intensidade mdia, implicando em conseqncias pouco notveis, abrangncia pontual caracterizando assim, uma significncia desprezvel, tendo uma tendncia a manter-se, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Pontual Desprezvel Direta Manter Reversvel

Alterao da qualidade do ar Impacto potencial As obras necessrias na etapa de implantao, tais como abertura de vias de acesso e frentes de lavras, pilhas de estril, barragem de rejeitos e formao do pilha de solo orgnico e sistema de captao e aduo de gua, incluem a movimentao de solo e trnsito de veculos e equipamentos que ocasionaro a gerao de material particulado. O funcionamento de mquinas e equipamentos lanar na atmosfera gases decorrentes da queima de motores combusto acarretando, potencialmente, na alterao da qualidade do ar. Outra fonte a se considerar a gerao de resduos slidos de origem humana (restos de alimentao e dejetos das fossas spticas) que podem causar maus odores. O material particulado e gases derivados dessas atividades alteram a qualidade do ar principalmente durante a poca de estiagem, perodo este compreendido entre os meses de maio a setembro. Cabe ressaltar que a qualidade do ar segundo as medies realizadas, apontaram que os valores encontrados esto dentro dos padres legais para a totalidade dos resultados obtidos, apontando assim, como boa a qualidade do ar na regio, mesmo no perodo de estiagem.

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Como sabido, o principal dispersador de odores e material particulado em suspenso no ar o vento, o qual na regio apresenta baixa intensidade e direo preferencial de ventos com origem em E e SE. H tambm que se considerar efeitos de topografia e a proximidade das fontes de emisso do empreendimento com os ncleos populacionais prximos. Assim, o distrito de Alvorada de Minas estaria em posio desfavorvel podendo ser atingida potencial pelo material particulado, de forma direta. Em relao a Itapanhoacanga, a maior parte do lado oeste da serra homnima ser mantida, podendo atuar, entre outros aspectos, como uma barreira fsica para a disperso atmosfrica do MP. Um terceiro ncleo habitacional prximo, a Vila do Sapo, tambm se encontra dentro da rea definida como AID, porm, este se encontra a sotavento ao empreendimento, mas prximo s principais vias de acesso ao empreendimento. Assim, considerando os aspectos acima relacionados, o impacto potencial considerado de intensidade alta, o que significa que, de alguma forma pode estar fora de normas, padres e requisitos legais, ou na falta destes que esteja acima da capacidade de absoro do ambiente em estudo, e abrangncia local, pois ainda que as fontes estejam limitadas ADA a disperso de material particulado poderia, potencialmente, fazer com que a AID seja atingida, principalmente o distrito de Itapanhoacanga. A significncia crtica, com incidncia direta, tendncia de progredir e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Progredir Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras O impacto potencial poder ser mitigado com a implantao de medidas preventivas de controle de emisses atmosfricas, como por exemplo, asperso de gua nas vias de acessos e reas onde ocorrero movimentaes de mquinas e equipamentos, controlando as emisses de poeira fugitiva. Os resduos orgnicos das fossas spticas devero ser recolhidos e dispostos de maneira adequada, bem como os resduos slidos alimentares. Para as emisses de gases de combusto a adoo de manuteno preventiva dos veculos, equipamentos e mquinas estar deixando-os em condies operacionais conforme determina as normas do PROCONVE. No se prev alteraes significativas da qualidade do ar nesta etapa do empreendimento.

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Na indstria mineral, quase todas as atividades envolvendo lavra, transporte e tratamento de minrios tm a capacidade de produzir particulado. Tcnicas praticadas no controle da poluio por material particulado vm apresentando eficincias suficientes para minimizar os impactos ambientais, com destacam para a asperso com o uso de gua em vias de transporte, podendo ser associada a resinas e ou agentes umectantes que atuam como inibidor do particulado; revegetao de taludes, reduo da velocidade dos veculos que transitam em vias no pavimentadas, etc. Portanto, faz se necessrio um bom programa de controle a poluio, alm da seleo de indicadores ambientais para o devido acompanhamento. Este programa deve contemplar medidas preventivas e preditivas nas fontes geradoras das emisses, monitoramentos suficientemente capazes em suas metodologias de anlises, determinar e acompanhar toda a evoluo do projeto, desde a sua instalao quanto a sua operao. Como medida de mitigao e controle pode-se apresentar os seguintes programas: - Programa de controle das emisses atmosfricas - Programa de gesto e controle de resduos slidos - Programa de monitoramento da qualidade do ar

Impacto Real Admitindo-se essas medidas, avalia-se o impacto real como de intensidade mdia, podendo ser assimilvel pelo meio ambiente, de abrangncia local pois agir basicamente sobre a ADA mas poder ser detectada na AID, e significncia marginal. A incidncia direta, com tendncia a manter e carter reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Alterao do nvel de presso sonora Impacto potencial Nesta etapa, as fontes de rudo na rea de estudo estaro associadas movimentao de veculos pequenos, caminhes, mquinas e equipamentos, utilizados para a abertura de vias de acesso, preparao das cavas da mina e implantao de estruturas de apoio, produzindo rudos que aumentam o nvel de presso sonora na ADA, quando comparado rea sem nenhuma movimentao. A medio dos nveis de rudo com objetivo de estabelecer as condies de background j apontavam para diversas situaes em que o padro ambiental se encontrava superado.

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O incremento de movimentao ir gerar rudo que se somaro queles j existentes, os quais podero potencialmente alterar os nveis de rudo na ADA. A emisso de rudo pelos equipamentos ir obedecer aos nveis estabelecidos no PROCONVE, com a manuteno controlada. Os operrios iro fazer uso de equipamentos de proteo individual (EPI). Os nveis de rudos determinados so considerados como valores de background, mesmo estando fora dos padres legislativos, sendo ento considerados como Nvel de Critrio de Avaliao (NCA) para futuras comparaes (item 4.1.4). Assim, o impacto potencial tem uma intensidade alta, podendo de alguma forma estar fora de normas, padres e requisitos legais, ou na falta destes que esteja acima da capacidade de absoro do ambiente em estudo e abrangncia local, pois poder ser percebido na AID, apontando assim para uma significncia crtica. A sua tendncia de manter durante a etapa de implantao, apresentando incidncia direta, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Progredir Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Nesta etapa, as fontes de rudo na rea de estudo estaro associadas movimentao de veculos pequenos, caminhes, mquinas e equipamentos, utilizados para a abertura de vias de acesso, preparao das cavas da mina e implantao de estruturas de apoio, produzindo rudos que aumentam o nvel de presso sonora na ADA, quando comparado rea sem nenhuma movimentao. A medio dos nveis de rudo com objetivo de estabelecer as condies de background j apontavam para diversas situaes em que o padro ambiental se encontrava superado. Os nveis de rudos determinados so considerados como valores de background, mesmo estando fora dos padres legislativos, sendo ento considerados como Nvel de Critrio de Avaliao (NCA) para futuras comparaes (item 4.1.4). Com a inteno de se minimizar e controle o impacto, programas que contenham aes para controle de emisso devero ser priorizadas, tais como manuteno peridica em mquinas e equipamentos, no permitindo que estes operem sem abafador de rudo na descarga, de forma a atenuar a intensidade do impacto. A emisso de rudo pelos equipamentos ir obedecer aos nveis estabelecidos no PROCONVE, com a manuteno controlada. Os operrios iro fazer uso de equipamentos de proteo individual (EPI).

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As aes de mitigao e controle fazem parte dos seguintes programas: - Programa de manuteno de veculos e equipamentos - Programa de Monitoramento de Rudo Impacto Real Assim, o impacto real ter um nvel mensurvel, dentro de parmetros legais, porm, assimilvel pelo ambiente, com intensidade baixa e abrangncia local, pois poder se estender alm dos limites da AID, apresentando significncia desprezvel. Assim, o impacto apresenta incidncia direta, tendncia a manter-se, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Manter Reversvel

Alterao fsica da paisagem Impacto potencial Durante a implantao de obras necessrias atividade mineral, far-se-o presentes mudanas de conformao topogrficas do terreno em conseqncia das operaes da implantao das vias de acesso, rea industrial e barragem de rejeitos, onde, ocorrer a exposio do solo com a retirada da cobertura vegetal, bem como uma interveno na topografia original do relevo. Assim, com a construo destas unidades ir ocorrer a interveno fsica na paisagem com a formao de novos elementos, ou mesmo reconformao de outros. A abertura de acessos e aparecimento de reas desnudas quebra a harmonia da paisagem natural e altera as relaes de equilbrio fsico da rea, alterando suas linhas topogrficas. Com o incio da implantao da pilha de estril, a drenagem ter seu talvegue original alterado, modificando as caractersticas do relevo. A partir dos pontos acima descritos, o impacto potencial apresenta abrangncia pontual, intensidade alta, e significncia crtica. A incidncia direta, com tendncia a progredir e carter irreversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Pontual Crtica Direta Progredir Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras A principal medida mitigadora a esse impacto a recuperao de reas degradadas. Mesmo com a adoo desta medida, o impacto real ser da mesma significncia que o potencial, sendo ainda irreversvel, uma vez que a superfcie no dever retornar a sua condio original, com tendncia a manter-se. Apenas na etapa de desativao alguns dos elementos novos introduzidos na paisagem tero a tendncia de reverter, como as alteraes da planta de beneficiamento com o desmonte destas estruturas. O canteiro de obras tambm ter sua paisagem parcialmente reversvel pela integrao da mesma com as atividades de reabilitao e revegetao da rea. A criticidade deste impacto real refere-se impossibilidade de reverso das condies fsicas da paisagem, em locais onde ocorrer interveno fsica no relevo. Considerando-se este fato, a alterao de relevo caracteriza-se como impacto no mitigvel Trata-se, portanto, de impacto a ser compensado atravs de medidas a . serem discutidas junto ao rgo competente, conforme previsto no Decreto Federal 5.566, de 05/10/05. Impacto Real Assim, o impacto real apresenta abrangncia pontual, intensidade alta, e significncia crtica. A incidncia direta, com tendncia a manter e carter irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Alta Pontual Crtica Direta Manter Irreversvel

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6.3.1.2 - Impactos decorrentes da etapa de operao do empreendimento Neste subitem so descritos os impactos da etapa de operao do empreendimento, tais como: continuao da remoo do decapeamento do solo/estril para abertura das reas de lavra, perfurao e desmonte, carregamento e transporte do minrio/estril, atividades auxiliares, incluindo as atividades de sondagens e perfurao, o beneficiamento de minrio proveniente da mina, incio a operao das pilhas de estril e barragem de rejeitos, bem como seus alteamentos sucessivos e atividades de apoio a produo (manuteno eletro mecnica, escritrios e refeitrio). Os impactos aqui descritos esto relacionados para cada um dos meios.

Induo a processos erosivos Impacto potencial Durante a etapa de operao, a continuidade das atividades relacionados a retirada da cobertura vegetal para a abertura de praas de sondagens e perfurao, desenvolvimento das bancadas da mina bem como a extrao do minrio de ferro so potenciais fontes que podero induzir os processos erosivos e conseqente assoreamento de drenagens quando da incidncia de chuvas nestes locais. A operao das pilhas de estril e barragem de rejeitos, e tambm os alteamentos que iro se realizar tambm se constituem em possveis fontes de focos erosivos. A prpria drenagem da cava e pilhas de estril, se mal efetuada consiste em indutor a processos erosivos, com conseqente carreamento de material particulado, os quais podem atingir as drenagens de entorno. Conforme diagnosticado, os solos na rea da mina so propensos a eroses, principalmente aqueles existentes na rea da cava da Serra do Sapo e das pilhas de estril na regio de Itapanhoacanga. Esses processos, assim como dito na etapa de implantao, possuem uma maior potencialidade de ocorrncia em locais com declividade elevada no momento em que ficarem desnudas, incluindo a poro oeste da cava que ir se situar na Serra do Sapo, a qual ir transpor os limites da linha de cumeada, avanando em direo a oeste. Nesta hiptese poderiam, potencialmente, promover carreamento de material particulado sedimentvel, o que poderia levar ao assoreamento de cursos dgua, bem como alterando sua qualidade em termos de slidos em suspenso, podendo assim influenciar na biota aqutica. Considerando os aspectos acima descritos, e que os dispositivos de controle e os programas j definidos na etapa de implantao estejam sendo desenvolvidos e aferidos, o impacto potencial pode ser considerado de intensidade alta, com abrangncia local, pois estar agindo na AID, intensidade crtica e incidncia direta. A tendncia do impacto progredir, em funo do aumento de reas expostas de lavra, sendo reversvel medida que as reas forem sendo reabilitadas, bem como a efetivao de medidas mitigadoras, o que dever ocorrer concomitantemente com o desenvolvimento da mina.

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IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Progredir Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Este impacto ser mitigado com a minimizar/controlar o impacto, entre eles: adoo dos programas que visam

- Programa de controle de processos erosivos - Programa de gesto e controle de guas e efluentes. - Plano de reabilitao de reas degradadas - Programa de monitoramento da qualidade de guas e efluentes, Atravs destes, espera que sua intensidade seja diminuda, porm, torna-se necessrio sempre a continuidade dos programas de monitoramento. Nas vias de acesso, j dever estar instaladas canaletas junto s margens com drenagem destas guas para uma bacia de conteno, onde os finos carreados sero depositados, bem como sistema de dissipao de energia, de forma a evitar a induo ao processo. Est prevista ainda a instalao de um sistema de drenagem projetado para captar e conduzir o excesso de gua aportado para a rea da mina e pilhas de estril. O sistema ser baseado na conduo da gua atravs de canaletas, revestidas com pedras de mo para dissipar a energia. Como na etapa de implantao, os locais desnudos em virtude das aberturas das vias de acessos e locais de implantao das unidades de apoio j devero estar reabilitadas, e aqueles onde j ocorreu retirada do minrio, devero tambm ser alvo de reabilitao com conseqente revegetao, conforme previsto no plano de recuperao de reas degradadas. Impacto real Com a adoo dessas medidas, as quais basicamente constituem naquelas j apontadas para a etapa de implantao, entende-se que o impacto real advindo das atividades realizadas durante a etapa de operao do empreendimento pode ser considerado como de intensidade mdia, abrangncia local e significncia marginal e com tendncia a se manter, sendo reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Assoreamento de cursos d'gua Impacto potencial Durante a etapa de operao, a continuidade das atividades relacionados ao processo minerrio como acima descritos poder induzir processos erosivos, que por sua vez podero liberar material particulado que podero se sedimentar nas drenagens que ocorrem prximas ao empreendimento, principalmente quando ocorrem locais desnudos e houverem incidncias de chuvas. A operao das pilhas de estril e barragem de rejeitos, e tambm os alteamentos que iro se realizar tambm se constituem em possveis fontes de focos erosivos e constituem focos de liberao de sedimentos para as drenagens. A prpria drenagem da cava e pilhas de estril, se mal efetuada consiste em indutor a processos erosivos, com conseqente carreamento de material particulado. Conforme diagnosticado, os solos na rea da mina so propensos a eroses, principalmente aqueles existentes na rea da cava da Serra do Sapo e das pilhas de estril na regio de Itapanhoacanga. Porm, no so somente as reas de drenagens esto susceptveis a receberem tais materiais. As encostas das serras onde se insere o empreendimento, principalmente a vertente oeste da poro norte, centro e centro-sul da serra do Sapo, onde ocorrer interferncia em sua linha de cumeada, transpondo-a, poder haver liberao de material particulado e este vir a ser carreado pela chuva vertente abaixo e este material ficar ali depositado. J na poro leste, este mesmo fenmeno poder ocorrer. Na serra de Itapanhoacanga, basicamente somente a vertente leste ser alvo de minerao, cujo impacto tambm apresenta potencialidade de ocorrncia. Esses processos, assim como dito na etapa de implantao, possuem uma maior potencialidade de ocorrncia em locais com declividade elevada no momento em que ficarem desnudas. Nesta hiptese poderiam, potencialmente, promover carreamento de material particulado sedimentvel, o que poderia levar ao assoreamento de cursos d gua, no somente na AID, mas tambm atingindo a AII por meio do transporte de sedimentos. Os resultados de qualidade de gua local apontam para drenagens com baixo nvel de slidos totais sedimentveis e em suspenso, o que indica baixas taxas de processos erosivos nestes locais.

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Considerando os aspectos acima descritos, o impacto potencial nesta fase do empreendimento apresenta as mesmas caractersticas do que na fase implantao, sendo considerado negativo, de intensidade alta, com abrangncia regional (pois pode atingir a AII), intensidade crtica e incidncia direta. A tendncia do impacto progredir, em funo do aumento de reas expostas de lavra, sendo reversvel medida que as reas forem sendo reabilitadas, bem como a efetivao de medidas mitigadoras, o que dever ocorrer concomitantemente com o desenvolvimento da mina.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Progredir Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras O material gerado durante o decapeamento ser disposto temporariamente de maneira adequada, para se evitar sua eroso e conseqente assoreamento de drenagens. A adoo de dispositivos de controle de processos erosivos e os programas j definidos na etapa de implantao tm objetivo de minimizar a intensidade do impatco potencial durante esta fase do empreendimento. Como medidas de mitigao e controle do impacto, elencam os seguintes programas: - Programa de controle de processos erosivos - Programa de gesto e controle de guas e efluentes. - Plano de reabilitao de reas degradadas - Programa de monitoramento da qualidade de guas e efluentes Nas vias de acesso j devero estar instaladas canaletas junto s margens com drenagem destas guas para uma bacia de conteno, onde os finos carreados sero depositados. Est prevista ainda a instalao de um sistema de drenagem projetado para captar e conduzir o excesso de gua aportado para a rea da mina e pilhas de estril. O sistema ser baseado na conduo da gua atravs de canaletas, revestidas com pedras de mo para dissipar a energia. Como na etapa de implantao, os locais desnudos em virtude das aberturas das vias de acessos e locais de implantao das unidades de apoio j devero estar reabilitadas, e aqueles onde j ocorreu retirada do minrio, devero tambm ser alvo de reabilitao com conseqente revegetao, conforme previsto no plano de recuperao de reas degradadas.

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Impactos Reais Com a adoo dessas medidas, as quais basicamente constituem naquelas j apontadas para a etapa de implantao, entende-se que o impacto real advindo das atividades realizadas durante a etapa de operao do empreendimento pode ser considerado como de intensidade Mdia, abrangncia local e significncia marginal e com tendncia a se manter.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Alterao da qualidade da gua Nesta etapa, o material fino existente nas frentes de lavra somado percolao das guas pluviais incidente nestas, nas pilhas de estril, nos taludes da barragem de rejeito, nas estradas e no ptio de beneficiamento, pode potencialmente ser carreado para as drenagens superficiais prximas, provocando o assoreamento, bem como a alterao em suas caractersticas fsicas, principalmente a turbidez, seja na bacia do rio Santo Antnio ou rio dos Peixes. As guas pluviais provenientes das frentes de lavra podem conter concentraes anormais de nitratos em funo de restos de explosivos utilizados no desmonte das rochas. A manuteno de equipamentos necessrios s operaes na mina so fontes geradoras de efluentes, resduos slidos e resduos de leos e graxas, os quais podero, potencialmente, alcanar os recursos hdricos com auxlio das guas de chuva. Eventualmente pode haver a necessidade de manuteno destes equipamentos na rea de trabalho, onde poder haver derramamento de efluentes oleosos no solo. Sero ainda gerados efluentes sanitrios nas unidades de apoio, tais como planta de beneficiamento, prdios administrativos, tcnicos e refeitrios e garagens de manuteno. Resduos slidos hospitalares gerados nas unidades ambulatoriais tambm podem ser fontes de material que alteram a qualidade da gua. O efluente lquido da barragem de rejeitos, a drenagem das minas e os efluentes sanitrios, bem como os efluentes do laboratrio qumico, os oleosos, pluviais e resultantes de lavagem de pisos sero os principais efluentes lquidos que sero gerados no empreendimento. Tambm existe a possibilidade de contaminao a partir da estocagem e abastecimento inadequada de combustveis, os quais tambm podem contaminar as guas subterrneas. Esses contaminantes potencialmente podem ser carreados pelas guas pluviais e atingirem as colees hdricas superficiais, inclusive a gua subterrnea atravs da infiltrao direta. Como apontado, a qualidade da gua superficial apresenta alterao em parmetros fsico-qumico tais como ferro, alumnio e mangans atribudos geologia da regio e DBO em virtude da antropizao da regio. Os parmetros limnolgicos tambm apontam para uma qualidade baixa da gua.

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Outro fato diz respeito aos teores de pH: as guas subterrneas da regio apresentam valores ligeiramente mais cidos que aqueles obtidos para as guas superficiais. Conforme reportado no diagnstico do meio fsico em seu item acerca da hidrogeologia (item 4.1.6) e na descrio do impacto abaixo, a viabilidade do empreendimento est vinculado necessidade de se executar o rebaixamento do nvel de gua subterrnea, o que ir implicar em reduo do volume de vazo nas nascentes, bem como afetar o local de sua nascente (afloramento), transferindo-a para jusante. Assim, haver necessidade de reposio de gua nestas nascentes, onde a gua bombeada no processo de rebaixamento poder ser utilizada nesta reposio. Porm, esta gua apresenta propriedades fsico-qumicas ligeiramente diferente. Um dos problemas est relacionado ao pH da gua, ligeiramente mais cida no meio subterrneo que no superficial, o qual poder alterar a biota aqutica local, seja fauna ou flora. Desta maneira, o impacto potencial possui intensidade alta, pois mesmo que as aes relatadas para a etapa de implantao estejam sendo executadas, a intensidade pode advir da presena de leos e graxas em virtude de derramamento, bem como promover alterao na qualidade de gua, abrangncia regional, visto que poder ser sentido na AII, e significncia crtica. A incidncia direta, com tendncia a progredir, sendo reversvel com a adoo de medidas adequadas, tais como:
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Progredir Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras A implantao de (1) mtodos de controle de induo a processos erosivos, (2) diques de conteno de finos, (3) canaletas de coleta no entorno de garagens de manuteno e demais prdios, bem como nas reas de lavra, (4) impermeabilizao dos locais onde for ocorrer o abastecimento de mquinas e equipamentos e (5) limpeza constante das fossas spticas so mecanismos que devero ser efetivos no processo de controle e mitigao do impacto, constante dos programas: - Programa de gesto e controle de guas e efluentes - Programa de gesto e controle de resduos slidos - Programa de controle de processos erosivos - Programa de monitoramento da qualidade da gua e efluentes

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Neste sentido, o programa de gesto e controle de guas e efluentes dever prever medidas eficazes no controle da qualidade das guas a serem lanadas nas drenagens como forma de reposio reduo de vazo ou secamento de nascentes, bem como fazer o lanamento dessa gua com qualidade compatvel situao original, entre eles o parmetro pH.. A relao de pH, mostra que as guas subterrneas so ligeiramente mais cidas que as superficiais e uma das maneiras de se minimizar o impacto que a diminuio de volume destas nascentes seria a reposio com uso de gua subterrnea, o que poderia alterar a qualidade das guas. Impactos Reais Assim, com a adoo das medidas de mitigao e controle e o funcionamento dos sistemas de drenagem e programa de gesto de recursos hdricos, avalia-se o impacto real como de intensidade mdia, pois a alterao poder se configurar como de conseqncias pouco notveis e que esteja dentro de parmetros legais e normativos, sendo portanto assimilvel pelo ambiente em estudo, abrangncia local, pois no se espera que a alterao exceda a AID e significncia marginal. A incidncia direta, com tendncia a manter, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Alterao da dinmica hdrica Impacto potencial Conforme apresentado no diagnstico relativo hidrogeologia (item 6.1.6), nas reas em estudos ocorrem aqferos do tipo livre e confinados, estando os primeiros normalmente relacionados s regies elevadas na Serra de Itapanhoacanga e existindo quase que de maneira contnua ao longo da Serra do Sapo em sua vertente leste. Os aqferos confinados, na Serra de Itapanhoacanga ocorrem nas pores medianas da vertente leste, enquanto na Serra do Sapo, ocorrem sotopostos formao ferrfera, na poro oeste desta serra. As formaes ferrferas tanto na Serra de Itapanhoacanga quanto na Serra do Sapo constituem aqferos com elevado potencial de armazenamento de gua, caracterizadas como reas com abundncia em nascentes. As futuras cavas, tanto na Serra de Itapanhoacanga (Jazidas Sul e Norte) quanto na Serra do Sapo, podero vir a receber um aporte significativo de guas subterrneas, tanto pelo aumento da rea de recarga da formao ferrfera (quando da abertura das cavas) quanto pela profundidade que as cavas alcanaro, podendo afetar consideravelmente as condies de escoamento subsuperficial na AID, tendo reflexos diretos na AII.

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A cava Norte, por sua localizao em cotas mais elevadas e em virtude de suas dimenses mais reduzidas, poder oferecer menor impacto aos recursos hdricos do seu entorno que aquele oferecido pela cava Sul. Esse aporte significativo de guas subterrneas demandar sistemas de rebaixamento de nvel d gua. Os cursos de gua oriundos da rea do empreendimento, onde sero implantadas as cavas das minas Serra do Sapo e Itapanhoacanga do projeto Minas-Rio, e que esto conectados s formaes ferrferas, tero os maiores impactos durante as operaes de lavra. Durante a lavra do minrio, quando a cava atinge o lenol fretico, necessrio rebaix-lo por meio de poos tubulares, os quais bombeiam a gua subterrnea para fora da cava, forando o lenol a ficar abaixo da cota inferior da cava. Com o rebaixamento do lenol fretico, as nascentes, que antes surgiam em cotas mais elevadas, podero sofrer um deslocamento para jusante, passando a surgir em elevaes inferiores quelas em condio natural, conforme apresentado no desenho esquemtico do corte da Serra do Sapo entre os rios Santo Antnio e do Peixe (Figura 6.1). FIGURA 6.1 - Desenho esquemtico do corte da Serra do Sapo, entre os rios Santo Antnio e do Peixe, apresentando a condio natural e a situao futura, aps o rebaixamento do lenol fretico. Ressalta-se que essas ilustraes so meramente hipotticas, sendo o objetivo principal a visualizao do rebaixamento do lenol fretico, durante as operaes de lavra.

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Assim, apresentada uma pr-avaliao de um possvel impacto que poder ser causado pelo rebaixamento do lenol fretico, decorrente das atividades minerrias, sobre os cursos de gua localizados no entorno do empreendimento do Projeto MinasRio, minas Serra do Sapo e Itapanhoacanga, at a confluncia entre os rios Santo Antnio e do Peixe. Para essa avaliao foram consideradas as seguintes hipteses: - A seleo das reas diretamente impactadas, devido ao rebaixamento do lenol fretico, foi definida a partir de uma anlise hidrogeolgica preliminar, apenas visual, com base na cartografia disponvel. Os pontos de anlise (PAs), foram determinados em funo dos cursos de gua cujas cabeceiras sejam oriundas das reas previstas para as cavas, onde tinham uma conexo com a formao ferrfera. O quadro 6.1 apresenta esses pontos de anlise, que podem ser visualizados na figura 6.2. - Admitindo uma hiptese conservadora, considerou-se que durante o perodo de estiagem (compreendido entre julho e setembro) a vazo fosse igual a zero entre os divisores de gua e os pontos de anlises supracitados. - Foi adotado o cenrio mais crtico, ou seja, considerando que todos os cursos de gua oriundos das reas previstas para as cavas das minas do projeto sejam afetados ao mesmo tempo. - As vazes de referncia adotadas nessa avaliao foram a Q7,10 (vazo de referncia do IGAM) e as mdias dos meses de julho, agosto e setembro (perodo de estiagem). As sees fluviais selecionadas para a avaliao do impacto na reduo da vazo, durante o perodo de estiagem, devido ao rebaixamento do lenol fretico, ao longo dos cursos de gua at a confluncia entre os rios Santo Antnio e do Peixe encontram-se em locais estratgicos: nas confluncias entre os principais cursos de gua e em locais com maior concentrao de habitantes (Conceio do Mato Dentro, Dom Joaquim, So Jos da Ilha etc.). O quadro 6.2 apresenta as sees fluviais dos cursos de gua que sero avaliados quanto ao impacto do rebaixamento do lenol fretico durante as operaes de lavra, as quais podem ser visualizadas no desenho 8 do anexo 1.

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QUADRO 6.1 - Sees fluviais dos cursos de gua diretamente impactados na Serra do Sapo
Seo Impactada PA-01 PA-02 PA-04 PA-05 PA-06 PA-07 PA-08 PA-09 PA-10 PA-11 PA-12 PA-13 PA-14 PA-15 PA-16 PA-17 PA-19 PA-20 PA-21 PA-22 PA-23 PA-24 PA-25 PA-26 PA-27 PA-28 Rio do Peixe PA-18 Rio Santo Antnio PA-03 Bacia Hidrogrfica Curso de gua Crrego Boa Vista Crrego Palm ital Sul Crrego Palmital Norte Crrego sem nome Crrego sem nome Crrego Duro Crrego Lapa do Lucas Crrego sem nome Crrego Escadinha Crrego sem nome Crrego Candeia Mansa Crrego Vargem Grande Crrego Passa Trs Crrego Bom Sucesso Crrego sem nome Crrego sem nome Crrego gua Quente Crrego sem nome Crrego sem nome Crrego sem nome Crrego Ponte Nova Crrego sem nome Crrego sem nome Crrego da Tatu Crrego sem nome Crrego da Areia Crrego da Angelina Crrego sem nome rea (km) 1,69 5,88 3,19 3,82 1,12 1,47 0,630 1,85 0,720 1,38 3,19 2,87 2,162 1,29 1,00 1,93 4,42 1,38 1,60 1,82 6,02 1,52 0,27 2,07 0,725 3,51 3,43 0,786 Coordenadas UTM Leste 667.048 665.649 666.454 665.283 664.963 664.597 664.323 663.919 663.748 663.589 667.060 667.389 667.523 667.347 667.576 668.150 668.945 669.993 670.915 670.474 670.327 665.705 666.420 667.020 667.463 668.064 668.640 667.040 Norte 7.897.647 7.900.333 7.902.940 7.903.842 7.905.313 7.905.948 7.906.840 7.908.137 7.909.094 7.910.175 7.910.349 7.909.352 7.907.542 7.906.860 7.906.053 7.905.319 7.904.286 7.903.556 7.900.993 7.900.536 7.899.628 7.924.735 7.924.181 7.923.718 7.923.353 7.922.448 7.921.867 7.919.891

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QUADRO 6.2 - Sees Fluviais dos Cursos de gua que sero Avaliados quanto ao Rebaixamento do Lenol Fretico.
Seo Fluvial P-01 P-02 P-03 P-04 P-05 Rio Santo Antnio P-06 P-07 P-08 P-09 P-10 P-11 P-12 P-13 P-14 P-15 P-16 P-17 P-18 Rio do Peixe Bacia Hidrogrfica Curso de gua Crrego Buriti c/ rio Santo Antnio Rio Santo Antnio c/ crrego Buriti (jusante) Crrego Escadinha c/ rio Santo Antnio Crrego Lapa do Lucas c/ rio Santo Antnio Crrego Duro c/ rio Santo Antnio Crrego Sem Nome c/ rio Santo Antnio Crrego Palm ital (Norte) c/ rio Santo Antnio Crrego Palm ital (Sul) c/ rio Santo Antnio Crrego Boa Vista c/ rio Santo Antnio Rio Santo Antnio c/ crrego Boa Vista (jusante) Rio Santo Antnio em Conceio do Mato Dentro Rio Santo Antnio c/ rio do Peixe (m ontante) Ribeiro das Pedras c/ rio do Peixe Rio do Peixe c/ ribeiro das Pedras (jusante) Crrego das Campinas c/ crrego Ouro Fino (m ontante) Crrego das Campinas c/ crrego Ouro Fino (jusante) Crrego das Campinas c/ crrego Pau Lavrado (jusante) Ribeiro So Jos c/ crrego Passa Trs (m ontante) Crrego Passa Trs c/ P-19 crrego Vargem Grande (montante) Crrego Vargem Grande (jusante MG-010) 24,2 673.716 7.913.227 rea (km) 16,1 208 6,05 1,56 2,45 2,65 8,99 6,71 5,62 277 301 2.104 126 481 11,0 15,0 44,4 66,6 Coordenadas UTM Leste 661.481 661.612 662.382 663.120 663.408 663.859 664.268 664.274 663.330 663.252 663.383 698.387 672.763 672.636 667.554 667.611 670.147 675.755 Norte 7.908.305 7.908.288 7.907.260 7.906.035 7.905.769 7.904.612 7.903.560 7.900.458 7.898.781 7.898.718 7.896.636 7.872.184 7.921.782 7.921.711 7.919.504 7.919.464 7.917.725 7.912.735

P-20

12,2

669.188

7.911.757

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Continuao

Seo Fluvial P-21 P-22 P-23 P-24 P-25 P-26 P-27 P-28

Bacia Hidrogrfica

Curso de gua Crrego Vargem Grande c/ crrego da Barra Crrego Vargem Grande c/ crrego Passa Trs Rio Passa Trs c/ crrego Vargem Grande (Jusante) Ribeiro So Jos c/ crrego Passa Trs (jusante) Ribeiro So Jos em Jacm Ribeiro So Jos c/ rio do Peixe Rio do Peixe c/ ribeiro So Jos (jusante) Crrego Bom Sucesso c/ crrego gua Quente (m ontante)

rea (km) 20,0 34,7 58,9 131 134 142 833 19,6 11,6 31,2 42,8 35,6 52,5 99,1 168 1145 1532 1767

Coordenadas UTM Leste 673.265 673.701 673.787 675.771 676.600 679.807 679.887 672.065 672.040 672.129 674.177 671.184 675.191 675.363 684.767 684.904 692.237 698.355 Norte 7.912.900 7.913.149 7.913.194 7.912.635 7.912.697 7.913.022 7.912.970 7.905.371 7.905.299 7.905.257 7.905.314 7.900.884 7.904.277 7.904.296 7.901.797 7.901.718 7.887.508 7.872.315

Rio do Peixe

P-29 P-30 P-31 P-32 P-33 P-34 P-35 P-36 P-37 P-38

Crrego gua Quente c/ crrego Bom Sucesso (m ontante) Crrego gua Quente, jusante crrego Bonsucesso Crrego gua Quente c/ Crrego da Conquista (jusante) Crrego Ponte Nova c/ crrego Antonieta (jusante) Crrego da Barra c/ ribeiro Folheta (m ontante) Ribeiro Folheta em So Jos da Ilha Ribeiro Folheta em Dom Joaquim Rio do Peixe em Dom Joaquim (captao de gua da MMX) Rio do Peixe em Carm sia Rio do Peixe c/ rio Santo Antnio (montante)

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Informaes Bsicas O conjunto de informaes bsicas composto de cartografia, desenhos, dados pluviomtricos e fluviomtricos.

Cartografia Para o traado do divisor de drenagem da bacia dos rios do Peixe e Santo Antnio nas sees fluviais de interesse - para avaliao do impacto sobre os cursos de gua devido ao rebaixamento do lenol fretico nas cavas, das estaes fluviomtricas de referncia, elaborao do desenho das isoietas anuais de precipitao e para a locao das estaes pluviomtricas e fluviomtricas foram utilizadas as seguintes bases cartogrficas: - Cartas topogrficas do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatsticas, em escala 1:100.000, denominadas Serro, Rio Vermelho, Conceio do Mato Dentro e Presidente Kubitshek.

Dados Pluviomtricos

A caracterizao do regime pluviomtrico mdio anual na bacia hidrogrfica dos rios do Peixe e Santo Antnio foram realizadas a partir de dados consistidos de precipitao diria de estaes de monitoramento da ANA - Agncia Nacional de gua, obtidos no endereo eletrnico www.ana.gov.br. A relao das estaes utilizadas, bem como a estimativa da precipitao mdia anual esto apresentadas no quadro 6.3. A localizao dos postos pluviomtricos pode ser visualizada na figura 6.2. Dados Fluviomtricos

A caracterizao do regime fluviomtrico dos rios Santo Antnio e do Peixe foram realizadas a partir de dados consistidos de vazo mdia diria de estaes de monitoramento da ANA, obtidos de seu endereo eletrnico. A relao das estaes utilizadas, bem como a estimativa da vazo mdia de longo termo (MLT) esto apresentadas no quadro 6.4. A localizao dos postos fluviomtricos pode ser visualizada na figura 6.2.

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QUADRO 6.3 - Relao das estaes pluviomtricas


Cdigo 01842005 01842007 01842020 01843000 01843001 01843002 01843003 01843011 01843012 01942001 01942003 01942005 01942008 01942029 01942030 01942032 01943001 01943002 01943003 01943004 01943005 01943006 01943007 01943008 01943025 01943035 01943042 Nome Coroaci Guanhes So Joo Evangelista Usina Parauna Serro Gouveia Mendanha - Montante Serro Rio Vermelho Cachoeira Escura Coronel Fabriciano Antnio Dias Dom Cavati Mrio de Carvalho CENIBRA Naque Velho Rio Piracicaba Conceio do Mato Dentro Ferros Jaboticatubas Nova Era Sabar Santa Brbara Santa Maria de Itabira Morro do Pilar Vau da Lagoa Fazenda Carabas Municpio Coroaci Guanhes So Joo Evangelista Presidente Juscelino Serro Gouveia Diamantina Serro Rio Vermelho Belo Oriente Coronel Fabriciano Antnio Dias Dom Cavati Coronel Fabriciano Belo Oriente Naque Rio Piracicaba Conceio do Mato Dentro Ferros Jaboticatubas Nova Era Sabar Santa Brbara Santa Maria de Itabira Morro do Pilar Santana do Riacho Baldim Responsvel ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA Operadora CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM Latitude 18 36' 43" S 18 46' 20" S 18 33' 10" S 18 38' 08" S 18 36' 00" S 18 27' 56" S 18 06' 48" S 18 35' 34" S 18 16' 47" S 19 23' 00" S 19 32' 00" S 19 39' 00" S 19 22' 25" S 19 31' 29" S 19 18' 59" S 19 11' 19" S 19 55' 22" S 19 01' 00" S 19 15' 01" S 19 31' 14" S 19 46' 00" S 19 53' 35" S 19 56' 43" S 19 26' 31" S 19 13' 03" S 19 13' 08" S 19 07' 11" S

Coordenadas Geogrfi

Longit

42 16' 4

42 55' 5

42 45' 5

43 57' 5

43 23' 0

43 44' 3

43 31' 1

43 24' 4

43 00' 0

42 22' 0

42 37' 0

42 52' 0

42 06' 1

42 38' 3

42 23' 4

42 25' 2

43 10' 4

43 26' 3

43 00' 5

43 44' 4

43 03' 0

43 48' 5

43 24' 0

43 07' 0

43 22' 2

43 35' 1

43 50' 1

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QUADRO 6.4 - Relao das estaes fluviomtricas


Cdigo Nome Conceio do Mato Dentro Dom Joaquim Ferros Naque Velho Municpio Conceio do Mato Dentro Dom Joaquim Ferros Aucena Curso de gua Rio Santo Antnio Rio do Peixe Rio Santo Antnio Rio Santo Antnio Responsvel/ Operadora ANA/ CPRM ANA/ CPRM ANA/ CPRM ANA/ CPRM Coordenadas Geogrficas Latitude -19 0052 -18 5758 -19 1356 -19 1117 Longitude -43 2646 -43 1435 -43 0112 -42 2522

56750000 56765000 56775000 56825000

Nota: MLT - vazo mdia de longo termo; A - rea de drenagem;

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FIGURA 6.2 - Localizao das estaes hidromtricas de referncia.

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Estudos Hidrolgicos Metodologia Adotada A avaliao do impacto do rebaixamento do lenol fretico devido s atividades minerrias da MMX no projeto Minas-Rio sobre os rios Santo Antnio e do Peixe e de seus afluentes, oriundos da rea do empreendimento, foi realizada considerando hipteses apresentadas no item 1.6.9. Foram adotadas como referncia as duas estaes fluviomtricas mais prximas ao empreendimento: estao Conceio do Mato Dentro no rio Santo Antnio (56750000) e estao Dom Joaquim no rio do Peixe (56765000). Devido forma da distribuio espacial da precipitao sobre a bacia hidrogrfica do rio Santo Antnio, que ser apresentado adiante, e, consequentemente, da diferena entre o deflvio mdio anual entre os rios Santo Antnio (trecho alto) > do Peixe > Guanhes, adotou-se duas metodologias diferentes para o clculo da vazo mdia de longo termo nas sees fluviais de interesse para a avaliao do impacto. A metodologia adotada para a estimativa da vazo mdia de longo termo nas sees fluviais, localizadas na bacia do rio do Peixe, constituiu-se do mtodo do balano hdrico, com a estimativa da evapotranspirao e de outras perdas com base na estao de Dom Joaquim. Para as sub-bacias localizadas na bacia do rio Santo Antnio, a vazo mdia de longo termo foi obtida pela curva de regionalizao das estaes fluviomtricas localizadas nesse curso de gua. Em seguida foram obtidas as srie de vazes mdias mensais para as sees fluviais de interesse nas duas estaes de referncia. E por ltimo, calculado a vazo de referncia Q7,10, adotada pelo IGAM, e obtida a mdia dos meses de julho, agosto e setembro. Essas vazes foram calculadas tanto para as sees fluviais dos cursos de gua que sero diretamente impactados durante a operao da mina, quanto para as sees fluviais localizadas mais a jusante do empreendimento. O resultado final consistir da subtrao entre as vazes calculadas para as sees fluviais de jusante com as vazes obtidas das sub-bacias diretamente impactadas, que sero consideradas com vazo nula no perodo de estiagem. Os valores obtidos para as sub-bacias avaliadas antes e depois da subtrao correspondem, respectivamente, condio natural e situao futura.

Bacia Hidrogrfica de Contribuio A bacia hidrogrfica de contribuio dos rios Santo Antnio e do Peixe e de seus principais contribuintes, provenientes da rea do empreendimento, nos locais definidos para as sees fluviais de interesse, foi delimitada na cartografia disponvel, em escala 1:100.000. As reas encontradas esto apresentadas nos quadros 1.3, podendo as mesmas serem visualizadas nas figuras 1.4 e 1.21, do captulo 1.

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Caracterizao do Regime Pluviomtrico A caracterizao do regime de precipitaes mdias anuais na bacia hidrogrfica de interesse foi realizada com auxilio do mapa isoietal da figura 6.3, elaborado a partir dos dados das estaes pluviomtricas listadas no quadro 4.33 A partir dessa figura pode-se observar que a precipitao mdia anual na bacia dos rios Santo Antnio e do Peixe varia entre 1.300 mm e 1.600 mm, sendo a regio de precipitao mais intensa localizada sobre o trecho alto do rio Santo Antnio. Os valores de precipitao mdia anual nas bacias de interesse foram obtidos por um processo de ponderao entre a rea de influncia de cada uma das isoietas e a rea total da bacia. O quadro 4.36 sintetiza os valores obtidos para as sub-bacias de interesse da bacia do rio do Peixe e a quadro 4.35 apresenta a precipitao mdia anual para a bacia hidrogrfica da estao de Dom Joaquim, conforme ser visto mais adiante. O dado de precipitao mdia anual na bacia hidrogrfica da estao fluviomtrica de interesse foi posteriormente utilizado para estimar o valor de perda (evapotranspirao + infiltrao para as camadas inferiores do solo) mdia anual na regio.

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FIGURA 6.3 - Anlise Isoietal Mdia Anual.

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Estabelecimento das Sries de Vazes Face ausncia de informaes hidrolgicas nas sees fluviais de interesse, a determinao da srie de afluncias mensais na bacia dos rios Santo Antnio e do Peixe foi realizada a partir do emprego de tcnicas de transferncia de informaes, baseadas nos registros da estao fluviomtricas do rio Santo Antnio em Conceio do Mato Dentro e no rio do Peixe em Dom Joaquim. Inicialmente, para cada estao fluviomtrica de referncia foi obtida a srie de vazes mdias mensais a partir dos registros de vazes mdias dirias, no perodo de junho de 1946 a dezembro de 2003. De posse da srie de vazo mdia mensal foi determinada a vazo mdia de longo termo (MLT), a vazo especfica e o deflvio mdio anual. Os resultados obtidos esto sintetizados no quadro 6.5. O deflvio mdio anual calculado pelo quociente entre a vazo mdia de longo termo, multiplicada pelo nmero de segundos do ano (86400 s/dia x 365 dias), e a rea de drenagem. A vazo especfica obtida dividindo a vazo mdia de longo termo pela rea de drenagem da seo fluvial em anlise.

QUADRO 6.5 - Vazes Caractersticas Mdias de Longo Termo na Estao Fluviomtrica de Referncia
Estao Rio Santo Antnio em Conceio do Mato Dentro (56750000) Rio do Peixe em Dom Joaquim (56765000) rea de Drenagem (km) 301 976 Vazo Mdia de Longo Termo (m/s) 7,04 18,0 Vazo Especfica Mdia (l/s.km) Deflvio Mdio Anual (mm)

23,4 18,4

738 582

A partir dos dados do quadro 6.5 foi possvel obter uma estimativa da perda de gua mdia anual na bacia por evapotranspirao e percolao para as camadas inferiores do solo (balano precipitao - deflvio) para a bacia do rio do Peixe, estando o valor sintetizado no quadro 6.6. QUADRO 6.6 - Estimativa da Evapotranspirao na Bacia da Estao Fluviomtrica
Estao Rio do Peixe em Dom Joaquim (56765000) Precipitao Deflvio Mdio Perda Mdia Anual Mdia Anual (mm) Anual (mm) (mm) 1.454 582 872

A estimativa da vazo mdia de longo termo nas sees fluviais de interesse da bacia do rio do Peixe foi feita atravs do clculo indireto do deflvio, obtido pela diferena entre a precipitao e perda de gua na bacia mdia anual. O resultado obtido encontra-se no quadro 6.7.

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QUADRO 6.7 - Precipitao Mdia Anual e QMLT das Sub-bacias de Interesse, Localizadas na Bacia Hidrogrfica do Rio do Peixe.
Seo Fluvial P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36 P37 P38 Precipitao Mdia Anual (mm) 1.450 1.441 1.450 1.450 1.459 1.456 1.535 1.550 1.550 1.550 1.543 1.497 1.496 1.493 1.452 1.550 1.550 1.550 1.550 1.550 1.550 1.550 1.527 1.464 1.462 1.454 MLT (m/h) 8.314 31.267 726 990 2.982 4.440 1.833 944 1.548 2.686 4.512 9.336 9.568 10.043 55.192 1.517 898 2.415 3.313 2.748 4.071 6.052 12.576 77.432 103.279 117.476

Para a bacia do rio Santo Antnio, a vazo mdia de longo termo nas sees fluviais de interesse foi determinada pela curva de regionalizao de vazes especficas mdias de longo termo das estaes fluviomtricas localizadas no rio Santo Antnio (Conceio do Mato Dentro, Ferros e Naque Velho, vide quadro 6.4), conforme apresentada na figura 6.4.

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FIGURA 6.4 - Curva de regionalizao de vazo especfica mdia de longo termo para a bacia do rio Santo Antnio.
100

90 80 70

Vazo Especfica Mdia de Longo Termo (l/s.km)

60 50
y = 38.730236901836900000x-0.084613745342526500 R 2 = 0.812027009307733000

40

30
56750000

56775000

20

56825000

10 100 1000 10000 100000

rea de Drenagem (km)

A vazo mdia de longo termo obtida para as sees fluviais de interesse, localizadas na bacia do rio Santo Antnio esto apresentadas no quadro X.8. QUADRO 6.8 - Vazo mdia de longo termo (MLT) para as sees fluviais de interesse da bacia do rio Santo Antnio.
Ponto P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 Qesp (l/s.km) 30,6 24,7 33,3 37,3 35,9 35,7 32,2 33,0 33,5 24,1 23,4 20,3 MLT (m/h) 1.774 18.462 725 207 315 341 1.041 796 677 24.077 25.344 153.541

Na seqncia dos estudos foi determinada a srie de afluncias mdias mensais nas sees fluviais de interesse, aplicando-se a metodologia de regionalizao descrita nos passos seguintes:

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- Passo 1: Obteno da srie adimensional das estaes de referncia, atravs da diviso dos valores mdios mensais pela vazo mdia de longo termo (Equao 6.1).

Q ADM ?
onde,

Q Estao QMLT _ Estao

................................................................................. (Equao 6.1)

- QADM: vazo adimensional. - QEstao: vazo mdia mensal no posto de referncia (m/s). - QMLT_Estao; vazo mdia de longo termo do posto de referncia (m/s).

- Passo 2: Obteno da srie de afluncias mdias mensais no local das sees fluviais de interesse, a partir do produto entre os valores adimensionais e a estimativa da MLT do local (Equao 6.2).

Q Local ? Q ADM * QMLT _ Local ? QUsos _ Outorgados ................................................ (Equao 6.2)


onde, - QLocal: vazo mdia mensal no local de interesse (m/s); - QADM: valor adimensional da estao de referncia; - QMLT_Local: estimativa da vazo mdia de longo termo do ponto de referncia (m/s); - QUsos_Outorgados: usos outorgados a montante do ponto de captao (m/s).

Vazes Mnimas de Referncia A partir das sries de vazes obtidas para cada seo fluvial de interesse foram obtidas as vazes mdias dos meses mais seco (julho, agosto e setembro), que sero utilizadas na avaliao do impacto das atividades minerrias sobre os cursos de gua. Alm disso, os valores de mnimos anuais de vazo mdia mensal da srie estabelecida para as sees fluviais de interesse foram arranjados em ordem decrescente, para elaborao de uma anlise de freqncia amostral. Dessa anlise de freqncia, foram obtidas as vazes Q30,10 (vazo mnima anual mdia mensal de 10 anos de perodo de retorno). Como a amostra utilizada nos estudos de anlise de freqncia do item X.X refere-se aos mnimos anuais de vazo mdia mensal, a transformao para os respectivos valores com 7 dias de durao foi feita pela multiplicao dos fatores de proporo para eventos mnimos, constantes na publicao Deflvios Superficiais de Minas Gerais, elaborado pela COPASA MG / HIDROSISTEMAS (1993).

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Considerando que a bacia hidrogrfica de interesse est inserida na Tipologia 311, conforme o mapa de regies homogneas da referida publicao, os grficos respectivos indicam um valor multiplicativo de 0,928, para transformar os quantis de mnimos anuais de vazo mdia mensal em mnimos anuais de vazes com 7 dias de durao, com perodo de retorno de 10 anos. O quadro 6.9 apresenta os resultados obtidos para os pontos de anlise. QUADRO 6.9 - Sntese das Vazes de Referncia dos Pontos de Anlise.
Bacia hidrogrfica Pontos de Anlise PA-01 PA-02 Rio Santo Antonio PA-03 PA-04 PA-05 PA-06 PA-07 PA-08 PA-09 PA-10 PA-11 PA-12 PA-13 PA-14 PA-15 PA-16 PA-17 Rio do Peixe PA-18 PA-19 PA-20 PA-21 PA-22 PA-23 PA-24 PA-25 PA-26 PA-27 PA-28 Q7,10 (m/h) 37,1 116,0 66,3 78,2 25,5 32,6 15,0 40,1 17,0 30,8 39,0 35,1 19,8 15,8 12,3 23,7 54,2 16,9 19,6 22,3 73,5 15,9 2,8 21,6 7,58 36,6 35,8 8,21 Mdia_ Julho (m/h) 103 322 184 217 70,7 90,6 41,8 112 47,2 85,8 101 90,7 51,2 40,7 31,6 61,0 140 43,7 50,5 57,5 190 41,0 7,20 55,7 19,5 94,5 92,4 21,2 Mdia_ Agosto (m/h) 91,2 286 163 192 62,6 80,3 37,0 99,0 41,8 75,7 84,1 75,6 42,7 33,9 26,4 50,9 116 36,4 42,2 47,9 158 34,2 6,01 46,4 16,3 78,8 77,1 17,6 Mdia_ Setembro (m/h) 93,9 294 168 198 64,5 82,6 38,1 102 43,0 78,0 84,1 75,7 42,7 34,0 26,4 50,9 116 36,4 42,2 48,0 158 34,2 6,01 46,5 16,3 78,8 77,1 17,7

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O quadro 6.10 apresenta os resultados obtidos para as sees fluviais de interesse, apresentando as vazes de referncia adotadas no estudo considerando dois cenrios, condio natural (CN) e situao futura (SF), alm do percentual de reduo entre os dois cenrios. Conforme j informado, a situao futura corresponde subtrao dos valores obtidos para as sees fluviais em avaliao com aqueles obtidos para as sub-bacias dos cursos de gua oriundos da rea do empreendimento. Ressalta-se, que no local previsto para a captao de gua da MMX o valor da Q7,10, considerando a situao futura, corresponde 11.599 m/h. Sendo o limite mximo de derivao permitido pela legislao estadual de recursos hdricos de 30% da Q7,10, o mximo que pode ser captado naquela seo fluvial de 3.480 m/h. Considerando a demanda de gua nova complementar do empreendimento de 2.500 m/h, existe uma reserva hdrica de aproximadamente 980 m/h, que ainda poder ser outorgada na bacia de contribuio, sem que haja interferncia com a captao da MMX. Essa reserva representa cerca de 5 vezes o valor de vazo atualmente outorgado na bacia a montante do ponto de captao (190 m/h). Cabe ainda informar, que depois ser necessrio fazer uma reavaliao deste estudo, considerando a rea que tambm poder ser impactada na regio da mina do Serro, o qual se encontra nos divisores de gua do rio do Peixe e do rio Guanhes.

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RO 6.10 - Sntese dos Resultados da Avaliao do Impacto do Rebaixamento das Minas sobre os Cursos de gua.
Seo de Avaliao P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36 P37 P38 Q CN 292 3.110 120 34,4 52,1 56,1 171 131 111 3.959 4.166 1.316 4.952 115 157 473 701 290 149 245 428 712 1.476 1.517 1.590 8.736 240 142 382 525 435 644 958 2.008
7,10 (m/h)

Mdia_Julho (m/h) CN 811 332 95,4 145 156 475 364 309 SF 725 173 54 54 86 74 41 206 Impacto (%) 10,6 0,12 47,9 43,8 62,6 45,3 84,4 88,7 33,4 11,6 11,0 1,81 9,14 3,91 0,04 0,04 0,04 0,04 0 49,7 30,3 17,5 10,4 5,59 5,44 5,19 1,13 18,1 50,1 37,3 27,2 26,5 17,9 26,9 13,0 3,76 2,82 3,46 10,6 0,99 47,7 43,6 62,6 45,3 84,4 88,6 33,5 11,6 11,0 1,81 9,14 2,43 7,13 5,23 1,73 1,17 0 49,7 30,3 17,3 10,4 5,58 5,43 5,18 1,12 29,9 49,9 37,3 27,2 26,5 17,9 26,9 12,9 3,82 2,79 2,48

Mdia_Agosto (m/h) CN 718 294 84,5 128 138 421 322 274 9.745 SF 642 153 47,5 48 76 66 36 183 8.616 Impacto (%) 10,6 0,12 48,0 43,8 62,6 45,3 84,4 88,7 33,2 11,6 11,0 1,82 9,14 3,91 0,04 0,04 0,04 0,04 0 49,7 30,3 17,5 10,4 5,59 5,44 5,19 1,13 18,1 50,1 37,3 27,2 26,5 17,9 26,9 13,0 3,76 2,82 2,97

Mdia_Setembro (m CN 739 303 87,0 132 142 433 331 282 SF 661 158 48,9 49 78 68 38 188 Imp

rfica

SF 261 3.079 62,5 19,4 19,5 30,7 26,6 14,9 74,0 3.500 3.708 1.196 4.831 107 149 465 693 290 75,0 171 353 638 1.394 1.434 1.508 8.637 168 71,3 240 382 319 528 700 1.750

Impacto (%)

69.411 69.325

61.468 61.392

63.279 63.201

11.004 9.729 11.583 10.308 70.233 68.959 3.395 3.085 12.772 12.272 47.915 47.894 47.915 47.894 47.915 47.894 47.915 47.894 748 385 632 1.096 1.837 3.807 3.910 4.101 619 366 986 1.352 1.121 1.661 2.469 5.130 748 194 440 905 1.646 3.594 3.697 3.888 507 183 618 984 824 1.363 1.804 4.464

10.032 8.870 10.559 9.398 64.028 62.867 2.833 2.574 10.657 10.240 39.979 39.961 39.979 39.961 39.979 39.961 39.979 39.961 624 321 527 915 1.533 3.176 3.262 3.421 516 305 823 1.128 936 1.386 2.060 4.280 624 161 368 755 1.373 2.999 3.085 3.244 423 152 516 821 687 1.137 1.505 3.725

10.257 9.129 62.196 61.067 2.832 2.573 10.652 10.235 39.961 39.943 39.961 39.943 39.961 39.943 39.961 39.943 624 321 527 914 1.532 3.175 3.261 3.420 516 305 823 1.128 935 1.385 2.059 4.278 624 161 367 755 1.372 2.997 3.083 3.243 423 152 516 821 687 1.137 1.504 3.723

25.273 24.815

22.532 22.278

18.791 18.580

18.800 18.588

12.060 11.599 16.534 16.073 18.581 18.120

31.615 30.426 42.168 40.979 47.915 46.256

26.367 25.375 35.168 34.177 39.961 38.772

26.378 25.387 35.184 34.192 39.979 38.987

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Assim, o impacto potencial pode ser pensando sob duas perspectivas: (1) aquela onde as nascentes mais prximas ao empreendimento apresentam alta porcentagem de perda de vazo, principalmente aquelas aflorantes na vertente oeste da Serra do Sapo pertencentes bacia do rio Santo Antnio e (2) aquela junto a confluncia do rio Santo Antnio com o rio do Peixe. Porm, h que se mencionar, conforme mencionado na descrio do empreendimento, que tais volumes de perdas em funo do bombeamento para rebaixamento do nvel de gua do aqfero, sero repostos nas nascentes, mantendo desta maneira os quantitativos atualmente existentes. Assim, em relao perspectiva (1), o impacto potencial considerado de intensidade mdia, pois, apesar de ser negativo, apresenta intensidade mdia, a qual poder apresentar absoro pelo ambiente ambiente e as comunidades que dependente destas gua, e abrangncia local, por apresentar incidncia restrita AID, apontando assim para uma significncia marginal. A incidncia direta, com tendncia a progresso com expanso da rea de lavra, sendo irreversvel, visto que as condies hidrogeolgicas dependem da litologia, a qual ser removida (minrio + estril), mesmo que parte seja posteriormente reconduzidas s cavas (estril).
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Progredir Irreversvel

J a perspectiva (2), o impacto potencial pequeno, devido ao fato da bacia ir recebendo afluentes a jusante, bem como a vazo ser restituda em suas nascentes. Como objeto de exerccio de comparao, caso as vazes que sofreram no sofressem restituio (cenrio conservador), a perda de vazo na confluncia do rio Santo Antnio com o rio do Peixe, drenagem esta que ser alvo de captao para fornecimento de gua nova planta industrial, seria da ordem de 1,82%.. Assim, a captao atende as exigncias da vazo Q7,10., permitindo o fluxo residual mnimo para jusante igual a 70% do fluxo mnimo, onde o impacto potencial apresenta mdia intensidade, pois, apesar de mensurvel, apresenta conseqncias pouco notveis estando dentro de parmetros legais e normativos, sendo assimilvel pelo meio, abrangncia regional, pois se encontra a jusante do ponto de captao, dentro da AII definida para o empreendimento e significncia crtica. Apresenta incidncia direta, com tendncia a progredir, sendo reversvel. Trata-se assim, da necessidade de manuteno constante da vazo destas drenagens afetadas com volume mnimo igual vazo Q7,10.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Regional Marginal Direta Progredir Reversvel

Indicao de Medidas Mitigadoras Como verificado, para a continuidade da atividade mineraria a partir do momento que o nvel do aqfero subterrneo for atingido, ser necessrio o rebaixamento do nvel de gua, o que ir refletir com perda de vazes nas nascentes que ocorrem circundantes s reas a serem lavradas. Assim, aes que visem a minimizar a perda de volume de gua das nascentes que circundam as serras do Sapo e Itapanhoacanga devero ser implementadas, as quais devero fazer parte dos Programa de gesto de recursos hdricos e Subprograma de estudos hidrogeolgicos cujo objetivo dever ser aumentar a quantidade de dados , disponveis e promover a aferio por meio de um modelo hidrogeolgico numrico, da real quantidade das nascentes que sero afetadas. Uma destas aes dever ser a restituio das vazes por meio de bombeamento induzido, de forma a manter as vazes atualmente disponibilizadas pelo aqfero naturalmente. Cabe ressaltar que o estudo dever indicar os quantitativos hdricos a serem restitudos ao longo de todo o ciclo hidrolgico, mantendo assim vazo bastante prxima das condies atuais. Conforme mostrado no impacto potencial, a situao colocada levou em considerao uma situao conservadora, com mximo de impacto ocorrendo, onde a cava iria sofrer rebaixamento de forma integral. Porm, sabe-se, pelo plano de lavra assumido, que esta condio no ser a real, pois parte do material estril dever ser retornada ao interior nos locais onde j ocorreu a retirada do minrio, e as vazes das nascentes sero restitudas por bombeamento induzido. Conforme anterior colocado, impacto real tambm analisado sob duas perspectivas: (1) reduo de volume das nascentes que ocorrem circundantes s serras do Sapo e Itapanhocanga e (2) aquela junto a confluncia do rio Santo Antnio com o rio do Peixe, em virtude da captao de gua no rio do Peixe. Assim, com a adoo das medidas previstas no programa e restituio das vazes das nascentes, em quantitativos que obedeam ao ciclo hidrolgico, para a perspectiva (1), o impacto real considerado de intensidade baixa, abrangncia local, por apresentar incidncia restrita AID, apontando assim para uma significncia desprezvel. A incidncia direta, com tendncia a progresso com expanso da rea de lavra, sendo reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Progredir Reversvel

J em relao a perspectiva (2), o impacto real menor se comparado situao (1), devido ao fato da bacia ir recebendo afluentes a jusante do empreendimento, bem como as nascentes terem suas vazes estudadas e restitudas em longo do ciclo hidrolgico Assim, a captao atende as exigncias da vazo Q7,10., permitindo o fluxo residual mnimo para jusante igual a 70% do fluxo mnimo, onde o impacto potencial apresenta baixa intensidade, abrangncia regional, pois se encontra a jusante do ponto de captao, dentro da AII definida para o empreendimento e significncia crtica. Apresenta incidncia direta, com tendncia a progredir, sendo reversvel. Trata-se assim, da necessidade de manuteno constante da vazo destas drenagens afetadas com volume mnimo igual vazo Q7,10.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Regional Desprezvel Direta Progredir Reversvel

Alterao das propriedades do solo Impacto potencial Para a operao do empreendimento so previstas atividades que podero alterar as propriedades do solo, estando estas relacionadas disposio inadequada de resduos contendo leos e graxas, descarte de lixo domsticos e hospitalares, resduos slidos, efluentes sanitrios e retirada da cobertura vegetal.

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Os resduos classificados segundo norma ABNT como Classe I (perigosos, especificamente os oleosos) e como Classe II (lixo domstico gerado nas cantinas), tm o potencial de contaminar e ou alterar as propriedades do solo se dispostos diretamente sobre o mesmo. As fontes de emisso e os resduos slidos a serem gerados na etapa de operao do empreendimento esto relacionados no item 4, deste documento. Estes resduos j so gerados em menor escala na etapa de implantao, tendo sua continuao quando da operao. Assim, a poltica e os procedimentos de gesto de resduos slidos continuaro a serem praticados, como na etapa de implantao. Os efluentes sanitrios e guas servidas j tero seus sistema de tratamentos instalados (fossas, com filtro e sumidouro) e o lodo dever ser recolhido e disposto de maneira adequada. Os efluentes oleosos gerados nas ilhas de estocagem e abastecimento de combustveis e oficinas de manuteno dos equipamentos, sero compostos basicamente por gua, leos, graxas, sedimentos e produtos de limpeza diversos, tendo destinao final especfica. Remete-se ao fato que as oficinas j tero seus sistemas de controle instalados, tais como impermeabilizao do piso das reas de manuteno dos equipamentos e direcionamento do fluxo de efluentes atravs de canaletas para caixas de sedimentao e, posteriormente, para caixas separadoras de leo e gua. As atividades relacionadas atividade de perfurao para desmonte, requerem durante seu funcionamento o abastecimento no local, bem como, caso existam necessidade, de reparos dos equipamentos no prprio local. Considerando os aspectos acima citados, o impacto potencial tem intensidade alta, pois estar fora dos padres legais e normativos, abrangncia local e significncia crtica. A tendncia progredir, com incidncia direta, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Progredir Reversvel

Indicao de Medidas Mitigadoras Com a adoo de medidas de controle para a minimizao dos impactos, tais como programa de gesto de resduos slidos, incluindo o programa de gesto e controle de guas e efluentes reduziro a potencialidade do impacto.

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Estas medidas visam reduzir os derrames acidentais de combustveis provocando a contaminao dos solos, descartes inadequados de resduos contendo leos e graxas, descarte de lixo domsticos e hospitalares, resduos slidos, efluentes sanitrios e retirada da cobertura vegetal, bem como aqueles resduos classificados segundo a norma ABNT como Classe I e Classe II. Ressalta-se que estes resduos j so gerados em menor escala na etapa de implantao, tendo sua continuao quando da operao. Assim, a poltica e os procedimentos de gesto de resduos slidos continuaro a serem praticados, como na etapa de implantao. Os efluentes sanitrios e guas servidas j tero seus sistema de tratamentos instalados (fossas, com filtro e sumidouro) e o lodo dever ser recolhido e disposto de maneira adequada. Impactos Reais Assim, com a adoo das medidas previstas, o impacto negativo real, apresentar intensidade mdia, abrangncia local e significncia marginal. A incidncia direta, com tendncia a manter, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Alterao da qualidade do ar Impacto potencial Nesta etapa, os processos de operao envolvem o trnsito de veculos, trabalho de mquinas na abertura das frentes de lavra, conformao da pilha de estril e de solo orgnico temporrias. O funcionamento de mquinas e equipamentos a leo diesel lanaro na atmosfera gases decorrentes da queima de motores combusto. A utilizao de explosivos para o desmonte de rocha ocasionar a emisso de gases e material particulado. O material particulado e gases derivados dessas atividades podero alterar a qualidade do ar principalmente durante a poca de estiagem, a qual considerada como boa, segundo estudos realizados. Resduos slidos orgnicos (restos de alimentao e dejetos das fossas spticas) tambm constituem fontes que podem alterar a qualidade do ar.

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Atualmente, a principal fonte geradora de emisso de material particulado na regio de estudo se restringe ao trnsito nas vias de acessos, principais e secundrias. So vias no pavimentadas e de usos rotineiros e variados pelos habitantes locais e pelo turismo. As figuras apresentadas abaixo ilustram isso. A avaliao dos resultados obtidos pelo monitoramento realizado na etapa de background, demonstraram que as emisses atuais no so capazes de aumentar os niveis de concentraes de PTS - Partculas Totais em Suspenso para superarem os limites legais estabelecidos pela legislao vigente. De um modo geral, as principais fontes de emisso numa minerao esto nas frentes de lavra (desmonte por explosivos e carregamento de minrio e taludes desnudos), plantas de processamento (equipamentos de britagem e peneiramento), vias de acesso (trfego de caminhes) e locais de descarregamento, estocagem e transferncia de minrio (silos, pilhas), as quais produzem vrios tipos de poluentes atmosfricos, dentre eles os quais se destacam os xidos de carbono (CO e CO2), os xidos de nitrognio (NOx), os xidos de enxofre (SOx), os hidrocarbonetos (Hc) e os Materiais Particulados (MP), com destaque a esse ltimo. Para tanto tambm foi verificada a direo preferencial dos ventos na regio. Esta avaliao demonstrou que Itapanhoacanga, distrito de Alvorada de Minas, est localizado em posio desvaforvel s emisses de poeira a serem provocadas pelas atividades minerrias do empreendimento quando avaliada a direo dos ventos, que possuem origens preferenciais leste (E) e sudeste (SE) e pela sua proximidade ao empreendimento, ou seja, este ncleo habitacional poder ter influncia direta das emisses de MP. O municpio de So Sebastio do Bom Sucesso, conhecido tambm como Vila do Sapo, pode ser considerado como o segundo ncleo habitacional em proximidade s atividades a serem implementadas. Apesar de estar favorecido quanto a direo preferencial dos ventos, uma vez que est localizado a sotavento em relao ao empreendimento, as principais vias de acesso regional esto prximas. No entanto, a caracterizao atual da qualidade do ar boa. Assim, a partir dos aspectos acima mencionados, o impacto potencial considerado de intensidade alta, sendo ento mensurvel ou sensvel de conseqncias pouco notveis, abrangncia local, pois ainda que as fontes estejam limitadas ADA a disperso dos gases e material particulado podero fazer com que a AID seja atingida. A significncia crtica, com incidncia direta, tendncia a progredir e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Progredir Reversvel

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Indicao de Medidas Mitigadoras Com a adoo de medidas de controle tais como (1) a asperso de gua nas vias de acessos e reas onde ocorrem movimentaes intensas de mquinas e equipamentos, evitando assim as emisses de poeira fugitiva, (2) adoo de um plano de fogo controlado, evitando a cominuio em excesso do minrio gerando material particulado fino em suspenso e (3) adoo de aes relacionadas aos resduos slidos orgnicas prevendo a limpeza peridica das fossas spticas e a disposio adequada dos resduos alimentares, infere-se na diminuio da potencialidade do impacto. Tambm prev-se uma manuteno preventiva dos motores combusto. Assim, mesmo sabendo da existncia de uma direo preferencial de ventos com sentido para oeste, o distrito de Itapanhoacanga dever ter seu impacto sensivelmente diminudo, em virtude da diminuio de lanamento de material particulado no ar. Em relao Vila do Sapo, medidas como asperso das vias de acesso devero ser eficazes no controle de lanamentos de material particulado na atmosfera. Impactos Reais Assim, admitindo-se essas medidas, avalia-se o impacto real como de intensidade mdia, abrangncia local e significncia marginal. A tendncia de manter e o carter reversvel, apresentando incidncia direta.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Progredir Reversvel

Alterao do nvel de presso sonora Impacto potencial Durante a operao do empreendimento so previstas atividades que podem alterar o nvel de presso sonora, principalmente nas reas de lavra e beneficiamento, onde sero realizadas atividades com intensa movimentao de mquinas e equipamentos. Ainda existe a utilizao de explosivos para o desmonte de rochas e rudos nas unidades de apoio (escritrios e refeitrios), as quais tambm so fontes geradoras de rudos.

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Assim, com o aumento dos equipamentos e locais geradores de rudos, prev-se que essas atividades iro ocasionar alteraes no nvel de presso sonora no entorno dessas reas. Conforme avaliado, as medies de rudos para alguns pontos j se apresentaram fora dos valores normativos, os quais devero ser adotados como nveis de critrio de avaliao (NCA). A emisso de rudo pelos equipamentos ir obedecer os nveis estabelecidos no PROCONVE, com a manuteno controlada. Os operrios devero fazer uso de equipamentos de proteo individual (EPI), atitude essa j prevista na etapa de implantao. Desta maneira, o impacto potencial apresenta intensidade mdia, pois mensurvel, mas de conseqncias pouco relevantes sendo assimilvel pelo ambiente e abrangncia mdia, j que age sobre pontos determinados da ADA, sendo de significncia desprezvel. A tendncia progredir com o aumento da produo e equipamentos necessrios para tal, apresentando incidncia direta, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Progredir Reversvel

Indicao de Medidas Mitigadoras Durante a operao do empreendimento so previstas atividades que podem alterar o nvel de presso sonora, principalmente nas reas de lavra e beneficiamento, onde sero realizadas atividades com intensa movimentao de mquinas e equipamentos, bem como pela utilizao de explosivos para o desmonte de rochas e rudos nas unidades de apoio (escritrios e refeitrios) e usina de tratamento de minrio. O diagnstico ambiental j apresentou medies de rudos fora dos valores normativos, as quais devero ser adotadas como nveis de critrio de avaliao (NCA). A emisso de rudo pelos equipamentos ir obedecer aos nveis estabelecidos no PROCONVE, com a manuteno controlada. Os operrios devero fazer uso de equipamentos de proteo individual (EPI), atitude essa j prevista na etapa de implantao. Assim, com o aumento dos equipamentos e locais geradores de rudos, prev-se que essas atividades iro ocasionar alteraes no nvel de presso sonora no entorno dessas reas. Conforme demonstrado no impacto potencial, so previstas medidas de mitigao e controle, tais como a manuteno peridica das mquinas e equipamentos, no permitindo veculos ou equipamentos operando sem abafador de rudo na descarga, adoo de um plano de fogo controlado, implantao de cortinas verdes e uso de EPI as quais devero atenuar a intensidade do impacto potencial. s,

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Impacto Real Mesmo considerando as medidas a serem adotadas, o impacto real apresenta intensidade mdia, pois sero ouvidos os rudos de detonao, porm, ainda em abrangncia local, tendo assim significncia marginal. Apresenta incidncia direta, com tendncia a manter, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Alterao fsica da paisagem Impacto potencial A operao da mina promove alteraes na paisagem relacionadas criao de novos elementos na paisagem, onde se destaca a formao das pilhas de estril, barragem de rejeito e das prprias cavas, as quais implicam tambm na abertura de vias de acesso, como j mencionado. Outras instalaes do empreendimento, tais como a unidade de britagem, prdios administrativos e estradas e acessos internos tambm ocasionaro alteraes na paisagem. A alterao da paisagem relativa aos elementos acima abordados deve ser considerada como uma interveno restrita ADA que se reflete inclusive na rea de entorno, porm, a alterao da paisagem tambm tratada sob o ponto de vista antrpico em seu item especfico. O impacto potencial est restrito ADA, sendo portanto pontual, mas apresenta uma intensidade alta, pois esta alterao da topografia poder ser medida, tendo assim significncia crtica, com incidncia direta. Durante as etapas de expanso do empreendimento a tendncia a progresso do impacto, sendo irreversvel. Apesar do carter irreversvel que apresenta quanto a originalidade da condio topogrfica, pode-se desenvolver medidas no intuito de minimizar o impacto, sendo estas contando do Plano de reabilitao de reas degradadas.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Pontual Crtica Direta Progredir Irreversvel

Indicao de Medidas Mitigadoras Conforme j relatado, a operao de um empreendimento minerrio promove alteraes na paisagem relacionadas criao de novos elementos na paisagem, onde se destaca a formao das pilhas de estril, barragem de rejeito e das prprias cavas, as quais implicam tambm na abertura de vias de acesso. Outras instalaes do empreendimento, tais como a unidade de britagem, prdios administrativos e estradas e acessos internos tambm ocasionaro alteraes na paisagem. A alterao da paisagem relativa aos elementos acima abordados deve ser considerada como uma interveno restrita ADA que se reflete inclusive na rea de entorno, porm, a alterao da paisagem tambm tratada sob o ponto de vista antrpico em seu item especfico. O impacto poder ser minimizado por meio de reconformao dos taludes gerados e demais pontos impactos e a reabilitao dessas reas degradadas com sua revegetao, como previsto no Plano de Reabilitao de reas Degradadas. Impactos Reais Mesmo com a adoo de medidas mitigadoras, o impacto real apresenta as mesmas caractersticas do potencial, com tendncia a progresso at se atingir sua exausto e ento ir se manter, quando de seu fechamento. Porm, ainda nessa instncia o impacto apresenta-se irreversvel, pois mesmo que ocorra sua reconformao e reabilitao, a topografia se manter alterada. A criticidade deste impacto real refere-se impossibilidade de reverso da paisagem, incluindo as reas de lavra e barragem de rejeito. Considerando-se ainda que o impacto irreversvel, esta alterao de relevo caracteriza-se como impacto no mitigvel Trata-se, portanto, de impacto a ser compensado atravs de medidas a . serem discutidas junto ao rgo competente, conforme previsto no Decreto Federal 5566, de 05/10/05.

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Impactos sobre cavidades naturais subterr neas Impacto potencial Na rea onde se pretende instalar a mina e demais unidades de apoio ao empreendimento em questo ocorrem diversas cavidades e abrigos, onde grande parte so encontradas nas ADA e o restante na AID do empreendimento. A figura s 4.127 apresenta o plano diretor do empreendimento com o posicionamento destas cavidades e abrigos, cujas descries esto contidas nas fichas apresentadas no anexo 10. Para muitas delas foram mencionados potenciais de levantamento futuro, entre eles, estudos arqueolgicos e paleontolgicos. A grande maioria destas cavidades naturais no ser afetada diretamente pelo empreendimento. Entretanto, existe um grupo de cavidades que encontram-se localizadas na poro da cava da Serra do Sapo que dever ser objeto de lavra aps o ano 5. Estas cavernas encontram-se exatamente em um alinhamento que paralelo a uma antiga estrada e rea de lavra de ouro do perodo colonial, havendo indicaes de que tenham sido antigos abrigos alargados por esta lavra histrica. Estas cavernas no tiveram ainda maiores estudos e sua valorao, as quais devem levar em conta as caractersticas e aspectos relevantes da cavidade em relao ao contexto espeleolgico. Neste plano, as cavernas devero ser topografadas, fotografadas, avaliadas do ponto de vista bioespeleolgico e paleontolgico. Entre os aspectos de grande importncia devero ser avaliados: tamanho, beleza cnica, importncia cientfica, vestgios arqueolgicos ou paleontolgicos, etc.. Sero ainda propostas medidas de compensao relacionadas a proteo dos stios arqueolgicos e espeleolgicos da rea. Concluindo-se pela sua irrelevncia, ser proposta a expanso da cava, com a conseqente destruio destas cavidades naturais, o que, ressalta-se mais uma vez, se realizar em um processo especfico de licenciamento. Conforme consta do Decreto Federal N 99.556 de 01/10/1999, em seu artigo 1, ... cavidades naturais subterrneas existentes no Territrio Nacional constituem As patrimnio cultural brasileiro, e, como tal, sero preservadas e conservadas de modo a permitir estudos e pesquisas de ordem tcnico-cientfica, bem como atividades de cunho espeleolgico, tnico-cultural, turstico, recreativo e educativo.

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e em seu Artigo 2, ... A utilizao das cavidades naturais subterrneas e de sua rea de influncia deve fazer-se consoante a legislao especfica, e somente dentro de condies que assegurem sua integridade fsica e a manuteno do respectivo equilbrio ecolgico. A Portaria - Ibama n 887 de 15.06.90, em seu Art. 6 da Portaria define claramente a rea de influncia de uma cavidade: rea de influncia de uma cavidade natural subterrnea ser definida por estudos A tcnicos especficos, obedecendo s peculiaridades e caractersticas de cada caso . NICO - A rea a que se refere o presente artigo, at que se efetive o previsto no caput, dever ser identificada a partir da projeo em superfcie do desenvolvimento linear da cavidade considerada, ao qual ser somado um entorno adicional de proteo de, no mnimo 250 (duzentos e cinqenta) metros . Ainda, segundo o Art. 3 desta mesma Portaria: ... Limitar o uso das cavidades naturais subterrneas apenas a estudos de ordem tcnico-cientfica, bem como atividades de cunho espeleolgico, tnico-cultural, turstico, recreativo e educativo. Desta maneira fica claro a necessidade de estudo avanados nestas cavidades bem como bem estabelecer critrios que busquem registrar sua importncia perante seu cenrio de insero. Assim, o impacto potencial caso se opte pela perda dessas cavidades, conjugado ao fator de desconhecimento de sua valorao considerado de intensidade muito alta por se tratar de impacto no assimilvel pelo meio, estando fora dos padres legislativos, j que tais cavidades, caso suprimidas no podero ser recuperadas. Apresenta abrangncia pontual, sua supresso representar uma perda pontual (pois somente aquelas contidas na ADA precisariam ser suprimidas) sob a tica do argumento fsico, podendo, no entanto representar abrangncias outras quando comparada aos estudos biticos e antrpicos e significncia crtica. A incidncia direta, com tendncia a se manter e tem um carter irreversvel.

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Indicao de Medidas Mitigadoras Como medidas de mitigao, a MMX dever apresentar um plano de lavra de forma a no causar impacto sobre nenhuma cavidade natural, at que estas estejam adequadamente estudadas. Desta forma, o out do empreendimento dever ser lay desenhado de forma a no impactar cavernas, ou seja a elaborar um plano de lavra com excluso das reas de proteo s cavernas. Assim, sugere-se a adoo de um Programa de investigao e registro cientficos visando o estudo destas cavidades e um melhor conhecimento e insero de seu contexto no mbito regional Neste plano, as cavernas devero ser topografadas, fotografadas, avaliadas pelo ponto de vista bioespeleolgico e paleontolgico. Entre os aspectos de grande importncia devero ser avaliados: tamanho, beleza cnica, importncia cientfica, vestgios arqueolgicos ou paleontolgicos, etc.. Sero ainda propostas medidas de compensao relacionadas a proteo dos stios arqueolgicos e espeleolgicos da rea. Concluindo-se pela sua viabilidade, ser proposta a expanso da cava, com a conseqente destruio destas cavidades naturais, o que, ressalta-se mais uma vez, se realizar em um processo especfico de licenciamento. Assim, tambm dever ser realizado estudo que permita o avano da lavra tanto prximo quanto permitido, sendo necessrio tambm se avaliar o nvel de vibrao em seu interior, pois a Portaria - Ibama n 887 de 15.06.90, em seu Art. 6 da Portaria define claramente a rea de influncia de uma cavidade: rea de influncia de uma cavidade natural subterrnea ser definida por estudos A tcnicos especficos, obedecendo s peculiaridades e caractersticas de cada caso . NICO - A rea a que se refere o presente artigo, at que se efetive o previsto no caput, dever ser identificada a partir da projeo em superfcie do desenvolvimento linear da cavidade considerada, ao qual ser somado um entorno adicional de proteo de, no mnimo 250 (duzentos e cinqenta) metros . Conforme mencionado, as cavidades constituem patrimnio da nao e como tal devero ser preservadas de modo a permitir estudos cientficos. Assim, o empreendedor dever apresentar estudos especficos destas cavidades e sua supresso dever ser autorizada pelo rgo competente, caso seja demonstrado sua insignificncia. Assim, a supresso poder ocorrer, mesmo em incoerncia ao disposto no artigo 1 do Decreto Federal N 99.556 de 01/10/1999. Considerando a adoo de um plano de lavra que vise a proteo destas cavidades, bem como a realizao dos estudos tcnicos-cientficos que permitam visualizar a proximidade que a atividade mineraria poder estar prxima cavidades, sem apresentar problemas a esta, o impacto real apresenta intensidade baixa, abrangncia pontual e significncia desprezvel. A incidncia direta, com tendncia a se manter e tem um carter irreversvel.

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6.3.1.3 - Impactos decorrentes da etapa de desativao do empreendimento Os impactos aqui apresentados configuram-se como um exerccio de previso, onde se colocou como situao aquela mais conservadora, com a desmobilizao total das estruturas implantadas. Neste item so apresentados os impactos ambientais relativos etapa de desativao do empreendimento, segundo os meio fsico, bitico e scio-econmico. So consideradas como atividade de desativao aquelas previstas e necessrias manuteno e reabilitao das reas previamente lavradas, a qual envolve atividade do tipo: adequao dos sistemas de drenagem, estabilidade fsica, revegetao de reas degradadas e operaes de descomissionamento, desmontagem da Usina de Tratamento de Minrio (envolvendo tarefas mecnicas, eletro-mecnicas e remoo das bases de apoio) e britadores quando no mais forem utilizados em resposta exausto de minrio relacionados aos plats a que serviam, bem como retirada do sistema de aduo de gua a partir do rio do Peixe. Tambm devero ser removidos os tanques de abastecimento de combustveis, suas linhas de admisso abastecimento, bem como toda a estrutura de sistema de lavagem e lubrificao de mquinas, veculos e equipamentos. Os taludes gerados durante o processo de minerao sero totalmente revegetados, evitando assim a formao de focos erosivos e conseqente carreamento de material sedimentvel para as drenagens, bem como estarem sujeito a arraste do material via elica prejudicando a qualidade do ar na regio.

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Reduo induo dos processos erosivos Impacto potencial Aps o trmino das atividades minerrias, ir ocorrer a adequao dos sistemas de drenagem, estabilidade fsica e revegetao de reas degradadas, bem como nos taludes gerados durante a fase de implantao e operao do empreendimento, conforme previstos no PRAD e plano de fechamento, proporcionando, desta forma a estabilizao dos processos erosivos e evitando o carreamento de material para as drenagens e reas prximas, com conseqente assoreamento dos cursos d gua e alterao da qualidade da gua, ou ficarem depositados em meia encosta nas vertentes. Tambm dever ocorrer a reabilitao das superfcies de onde sero desmontadas as estruturas de beneficiamento e demais unidades de apoio. Essas aes promovero a reduo dos processos erosivos e de assoreamento. Ressalta-se que os diques de conteno de finos, barragem de rejeito e pilhas de estril estaro implantados e ainda devero estar sendo monitorados de forma a garantir a no ocorrncia do impacto, cujos taludes devero estar totalmente revegetados, impedindo a formao de focos erosivos. Mesmo reduzidos, o impacto potencial relativo a processos erosivos poder ainda estar presente, de forma que considerado de intensidade mdia e abrangncia local, com uma significncia marginal, negativo, tem uma incidncia direta e tendncia a se manter, sendo reversvel.
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Indicao de Medidas Potencializadoras A diminuio da incidncia desse impacto efetivada a partir da tomada de aes previstas nos programas: - Plano de reabilitao de reas degradadas - Plano de fechamento Com a adoo do PRAD e demais aes previstas no Plano de Fechamento e monitoramento, entende-se que a rea dever manter sua estabilidade fsica aps o trmino das atividades minerrias.

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Assim, j dever ter ocorrido de forma definitiva a adequao dos sistemas de drenagem, estabilidade fsica e revegetao de reas degradadas previstos no PRAD e Plano de Fechamento nos taludes gerados durante a fase de implantao e operao do empreendimento, proporcionando a estabilizao dos processos erosivos, evitando o carreamento de material para as drenagens e reas prximas, com conseqente assoreamento dos cursos d gua e alterao da qualidade da gua, ou ficarem depositados em meia encosta nas vertentes. Tambm dever ocorrer a reabilitao das superfcies de onde sero desmontadas as estruturas de beneficiamento e demais unidades de apoio. Essas aes promovero a reduo dos processos erosivos e de assoreamento. Ressalta-se que os diques de conteno de finos, barragem de rejeito e pilhas de estril estaro implantados e ainda devero estar sendo monitorados de forma a garantir a no ocorrncia do impacto, cujos taludes devero estar totalmente revegetados. Impacto Real Assim, com a adoo das medidas necessrias, o impacto real pode ser considerado de intensidade mdia, abrangncia local, significncia marginal, com tendncia a regredir, incidncia direta, e reversvel, porm, com efeito positivo, em virtude claro de sua diminuio.
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Reduo da possibilidade de assoreamento de cursos d gua Impacto potencial Aps o trmino das atividades minerrias, com a adequao dos sistemas de drenagens e demais aes previstas no PRAD e Plano de Fechamento, a possibilidade de ocorrncia de processos erosivos ir diminuir, conforme acima relatado, diminuindo assim a possibilidade de ocorrncia de assoreamento seja nas drenagens que ocorrem na regio do empreendimento seja nas meias encostas das vertentes das serras do Sapa e Itapanhoacanga. Tambm dever ocorrer a reabilitao das superfcies de onde sero desmontadas as estruturas de beneficiamento e demais unidades de apoio. Essas aes promovero a reduo dos processos erosivos e de assoreamento.

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Ressalta-se que os diques de conteno de finos, barragem de rejeito, estaro implantados e ainda devero estar sendo monitorados de forma a garantir a no ocorrncia do impacto, cujos taludes devero estar totalmente revegetados, impedindo a formao de focos erosivos. O impacto potencial relativo a reduo de processos erosivos e assoreamento de drenagens pode ser considerado de intensidade mdia e abrangncia local, com uma significncia marginal, por ser positivo, tem uma incidncia direta e tendncia a se manter, sendo reversvel. Com a adoo do PRAD e demais aes previstas no Plano de Fechamento e monitoramento, entende-se que a rea dever manter sua estabilidade fsica.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Indicao de Medidas Potencializadoras Aps o trmino das atividades minerrias, com a adequao dos sistemas de drenagens e demais aes previstas no PRAD e Plano de Fechamento, a possibilidade de ocorrncia de processos erosivos ir diminuir conforme visto acima, conforme acima relatado, diminuindo assim a possibilidade de ocorrncia de assoreamento seja nas drenagens que ocorrem na regio do empreendimento seja nas meias encostas das vertentes das serras do Sapa e Itapanhoacanga. Tambm dever ocorrer a reabilitao das superfcies de onde sero desmontadas as estruturas de beneficiamento e demais unidades de apoio. Essas aes promovero a reduo dos processos erosivos e de assoreamento. Ressalta-se que os diques de conteno de finos, barragem de rejeito, estaro implantados e ainda devero estar sendo monitorados de forma a garantir a no ocorrncia do impacto, cujos taludes devero estar totalmente revegetados, impedindo a formao de focos erosivos. Impacto Real Com a adoo de tais medidas, entende-se que a rea dever manter sua estabilidade fsica. Assim, o impacto real apresenta efeito positivo, de intensidade mdia, abrangncia local, significncia marginal, com tendncia a manter-se, incidncia direta, e reversvel.

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IMPACTO REAL Positivo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Recuperao da Dinmica Hidrulica Subterrnea e Superficial Impacto potencial Conforme diagnosticados, os estudos realizados at o momento apontam para uma futura necessidade de rebaixamento do nvel d gua para execuo das atividades minerrias, com conseqente interveno em nascentes. A captao de gua nova ser realizada no rio dos Peixes, obedecendo os critrios estabelecidos, ou seja, com captao mxima observada pelo ndice de vazo Q7,10. Com o trmino das atividades minerrias no ser mais necessrio o bombeamento de guas subterrneas, devendo as condies de vazo das nascentes retornarem s condies prximas s originais, visto sua vazo ter relao direta com a explotao a montante. Porm, cabe dizer que as condies de armazenamento da gua subterrnea nos aqferos das serras do Sapo e Itapanhoacanga estaro modificadas, o que impede o retorno s condies hidrulicas iniciais, impedindo assim o retorno do aqfero quela condio, consequentemente. Assim, haver alterao das condies de recarga do aqfero em funo do aumento da exposio da rea de recarga, porm, com perda de parte de estratos que funcionavam como litologias confinantes e protetoras ao aqfero, o qual passar a ter rea de recarga totalmente exposta, permitindo uma relativa recuperao das condies hidrolgicas e hidrogeolgicas locais. Assim, a continuidade dos estudos hidrogeolgicos ao longo da vida til da mina ir apontar as reais condies hidrogeolgicas do aqfero e as intervenes que esto sendo sofridas, podendo ento delinear com melhor refinamento as condies finais aps a interrupo do bombeamento por meio de poos tubulares visando o rebaixamento do nvel de gua nas reas de lavra. Na condio de fechamento, muito provavelmente ser possvel restituir de maneira relativa condio de fluxo subterrneo nos arredores da cava final mesmo que o substrato rochoso remanescente tenha permeabilidade menor que a atual, podendo reestabelecer ao longo do tempo, o equilbrio natural, visto que parte das cavas sero preenchidas com material estril.

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Assim, no sero restitudas as condies originais do aqfero, de forma que o impacto potencial negativo, com intensidade alta, pois a restituies, mesmo que parcial, das condies do aqfero ser capaz de modificar de forma importante, qualitativa e quantitativa o ambiente, com abrangncia local, pois ser sentido na AID e significncia crtica. A incidncia direta, ocorrendo, porm, a longo prazo, com tendncia a progresso ao longo da evoluo do enchimento da cava, depois passa a se manter, sendo irreversvel quando considerada a condio original.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Progredir Irreversvel

Indicao de Medidas Potencializadoras Elenca-se como medidas de potencializadoras dos impactos os seguintes programas: - Plano de reabilitao de reas degradadas - Plano de fechamento - Programa de gesto dos recursos hdricos

Impactos Reais Aps o trmino das atividades minerrias, o nvel da gua comear seu retorno, se elevando novamente, porm, no retornando sua situao inicial, criando agora um cenrio diferente de condies hidrulicas distintas da original, visto que parte das cavas sero preenchidas por material estril e parte se manter conforme sua conformao de pit final. Com esse cenrio, possvel a elevao do nvel da gua do aqfero subterrneo, tendo reflexos na elevao do nvel das nascentes no entorno das serras do Sapo e Itapanhoacanga. Essa elevao do nvel da gua no se dar igual a condio original, de forma que a topografia do aqfero sofrer alterao. Mesmo havendo melhorias nas condies hdricas, estas no retornaro sua situao inicial. Assim, na condio de fechamento, ser possvel restituir de maneira relativa a condio de fluxo subterrneo original nos arredores da cava final, mesmo que o substrato rochoso remanescente tenha permeabilidade diferente, visto que parte das cavas sero preenchidas com material estril, porm, no em sua totalidade, de forma que a recuperao final do aqfero ocorre de forma parcial.

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Assim, o impacto real negativo, com intensidade alta, pois a restituies, mesmo que parcial, das condies do aqfero ser capaz de modificar de forma importante, qualitativa e quantitativa o ambiente, com abrangncia local, pois ser sentido na AID e significncia crtica. A incidncia direta, ocorrendo porm a longo prazo, com tendncia a progresso ao longo da evoluo do enchimento da cava at sua estagnao, sendo irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Irreversvel

Alterao da qualidade das guas Impacto potencial Durante a etapa de fechamento do empreendimento, as fontes de insumos que potencializam a alterao da qualidade das guas, relacionam-se ao carreamento de material para as drenagens provocado por processos erosivos que no venham a ser contidos. A barragem de rejeito e as pilhas de estril, j exauridas, devero ter seus taludes revegetados evitando assim a ocorrncia de eroses. O processo de desmontagem das estruturas das instalaes de beneficiamento e unidades de apoio ir gerar resduos slidos e aqueles contendo leos e graxas. As instalaes sanitrias ainda instaladas iro gerar efluentes que tambm podem alterar a qualidade das guas. Porm, todos esses insumos acima colocados so em quantidade significativamente menor que durante a etapa de implantao e operao. Outro fator importante diz respeito a qualidade das guas nas reas de nascentes, principalmente em relao aos teores de pH, pois os resultados de anlises fsicoqumicas apontam para guas ligeiramente mais cida, o que pode alterar alterar a comunidade bitica a jusante com o uso desta gua como restituio perda de vazo natural. Assim, impacto potencial, mesmo ao final do empreendimento apresenta efeito negativo, intensidade mdia e abrangncia local, pois ser sensvel na AID, e significncia marginal. A tendncia de progredir, com incidncia direta, sendo reversvel.

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IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Progredir Reversvel

Indicao de Medidas Mitigadoras Durante o fechamento e desativao do empreendimento, espera-se que aes contidas nos programas abaixo relacionados, sejam eficazes quanto sua mitigao e controle: - Plano de fechamento - Plano de reabilitao de reas degradadas - Programa de monitoramento da qualidade da gua e efluentes

Impactos Reais Mesmo com a adoo das aes cabveis, e apresentando melhorias na qualidade da gua, esta ainda ser diferente de sua qualidade inicial, de forma que o impacto real apresenta efeito negativo, intensidade mdia e abrangncia local, pois ser sensvel na AID, e significncia marginal. A tendncia de se manter, com incidncia direta, sendo reversvel. Com a adoo das aes cabveis, a qualidade da gua dever voltar a apresentar qualidade semelhante a original, pois cessaro as fontes de insumos e a gua subterrnea tender, tambm, a apresentar qualidade prxima a original em funo de voltar a percolar em subtrato no lavrado, prximo s nascentes. Assim o impacto real apresenta efeito negativo, intensidade baixa e abrangncia local, pois se verificado ser em condies pouco alteradas e restrito AID, e significncia desprezvel. A tendncia de se manter, com incidncia direta, sendo reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Manter Reversvel

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Alterao da qualidade do ar Impacto potencial A paralisao das atividades de lavra e beneficiamento ocasionar a eliminao de uma srie de atividades, tais como o trfego de mquinas e equipamentos, carregamento e disposio de estril e minrio, desmonte de estril e minrio e britagem, todas essas atividades so responsveis pela emisso de material particulado e gases que alteram a qualidade do ar. Com a paralisao das atividades acima listadas sero eliminadas as fontes de emisses atmosfricas, o que conseqentemente promover o retorno das condies de qualidade do ar anteriores ao empreendimento, desde que as atividades de minimizao e controle elencadas para a fase de operao ainda estejam em atividade. Porm, durante a etapa de fechamento, as operaes de descomissionamento incluem a desmontagem das instalaes de beneficiamento e unidades de apoio (escritrios e refeitrios). Essas atividades demandam o trfego de veculos e uso de equipamentos que podem gerar material particulado e gases de motores a combusto, porm, em quantidade significativamente menor que na etapa de operao. Potencialmente, aquelas superfcies que venham a ficar desnudas, tambm constituem focos de material particulado, que podem ser transportado por fora elica. Porm, estas devem j estar revegetadas ou em estgios avanados de revegetao, o que contribuir para um efeito positivo a longo prazo. Assim, mesmo que no v existir alterao da dinmica elica local e regional em funo do empreendimento, os ventos que atuam em sentido de entrada em leste e sentido, no mais iro encontrar material particulado e outros (NOx, SOx e produtos da queima de hidrocarbonetos) para serem carreados, principalmente em direo ao distrito de Itapanhoacanga. Da mesma maneira, o trfego prximo ao distrito de Vila do Sapo, ser diminudo, o que ir diminuir a carga de slidos em suspenso, melhorando a qualidade do ar. O impacto potencial apresenta intensidade baixa, pois ser de difcil percepo, abrangncia local, significncia desprezvel, a incidncia direta, com uma tendncia de manter e reversvel. Durante as etapas de fechamento, seu efeito negativo, tornando-se positivo com o real trmino das atividades de fechamento.
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Indicao de Medidas Mitigadoras Como forma de controle e mitigao do impactos, as aes dos programas abaixo relacionados devem ser tomadas: - Plano de reabilitao de reas degradadas - Plano de fechamento Com o fim dessa etapa e as medidas cumpridas, espera-se que no mais exista o impacto, retornando s condies pretritas anterior implantao do empreendimento. Impactos Reais Com o trmino das atividades minerrio, o impacto real apresenta um efeito positivo em virtude de no mais ocorrer o lanamento de material particulado na atmosfera. Sua intensidade mdia, com abrangncia local, pois poder ser sentida na AID e significncia Marginal. A incidncia direta, com tendncia a regredir e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Mdia Local Marginal Direta Regredir Reversvel

Alterao fsica da paisagem Impacto potencial Com a disposio final das pilhas de estril e barragem de rejeito, o talvegue original ficar coberto irreversivelmente, bem como, com a formao final da geometria das cavas, a topografia ficar modificada de forma irreversvel, modificando as caractersticas do relevo no local. Os taludes gerados na abertura das estradas e instalao da Usina de Tratamento de Minrio tambm estaro conformados. Mesmo que estes locais agora estejam com suas atividades terminadas e unidades desmontadas, a alterao da topografia original irreversvel, mesmo com aes com visem conformar de maneira a minimizar o impacto, entre elas a revegetao. O impacto potencial incidir sobre a ADA, sendo assim de abrangncia pontual. Possui intensidade alta, modificando definitivamente o meio, apresentando significncia crtica. A incidncia direta e a tendncia de se manter com o fechamento, sendo irreversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Pontual Crtica Direta Manter Irreversvel

Indicao de Medidas Mitigadoras Como medidas mitigadoras so indicados: - Plano de reabilitao de reas degradadas. - Plano de fechamento

Impacto Real Mesmo com a adoo de medidas mitigadoras, em especial a reabilitao ambiental da superfcie da barragem de rejeitos, e o plano de fechamento da barragem, o impacto real ser da mesma significncia que o potencial, sendo ainda irreversvel, uma vez que a superfcie no dever retornar a sua condio original. Apresenta intensidade alta, abrangncia pontual (estando restrito s reas relacionadas s ADA apresentando assim, significncia crtica. Sua incidncia s), direta, com tendncia a manter-se e irreversvel. A criticidade deste impacto real refere-se impossibilidade de absoro do mesmo pelo meio, de forma que a topografia no ser reconstituda s suas condies originais. Considerando-se ainda que o impacto irreversvel, esta alterao de relevo caracteriza-se como impacto no mitigvel Trata-se, portanto, de impacto a ser . compensado atravs de medidas a serem discutidas junto ao rgo competente, conforme previsto no Decreto Federal 5566, de 05/10/05.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Alta Pontual Crtica Direta Manter Irreversvel

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6.3.2 - Meio bitico


6.3.2.1 - Impactos decorrentes da etapa de implantao do empreendimento Esta fase abranger uma srie de atividades, como abertura e/ou alargamento de vias de acesso, transporte de materiais, a construo de canteiros de obras e a limpeza prvia das reas de interesse, entre outras obras civis. Para a realizao destas, ocorrero desmates, alm do conseqente trfego de veculos pesados e o grande fluxo de pessoas. Nesta etapa de implantao no sero considerados os impactos relacionados a abertura de cavas e disposio de estril, bem como de enchimento da barragemde rejeitos, os quais ocorrero durante a operao do empreendimento. Especificamente sobre a rea do canteiro de obras, como est inserida em rea esclusivamente de pastagem, considerou-se como um impacto desprezvel, portanto no ser detalhado nos itens a seguir. A anlise dos impactos foi realizada considerando as diversas estruturas de mina previstas.

Reduo de ambientes para formao da barragem de rejeitos Impacto potencial Vegetao de pastagens e matas dever ser suprimida para a formao desta barragem de rejeito projetada para ocupar parte das reas de drenagem das sub-bacias dos crregos Passa Trs e gua Santa. Dentre as formaes florestais, destacam-se os ambientes de mata paludosa, os quais so de pouca ocorrncia na regio e encontram-se diretamente relacionados com locais de afloramento de lenol fretico. No entanto, no sero atingidas grandes extenses de reas cobertas por esta tipologia vegetal. A maior parte da rea destinada a esta barragem formada por capoeirinhas, que so ambientes de menor diversidade e relativamente fceis de serem formados. Na etapa de implantao haver a ocupao somente de parte da rea destinada ao reservatrio de rejeitos, porque o macio da barragem ser alteado em duas etapas ao longo da operao do empreendimento. O quadro a seguir apresenta os quantitativos absolutos e relativos de cada tipologia vegetal da rea diretamente afetada (ADA) pela barragem de rejeito proposta, em sua primeira etapa.
DESCRIO Pasto limpo melhorado Capoeira/Capoeirinha Povoados/Sedes de fazendas e stios Pasto sujo e campo extensivo Mata TOTAL REA (ha) 94,67 153,45 8,57 130,42 30,88 417,98 % 22,65 36,71 2,05 31,20 7,39 100,00

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Portanto, a formao desta barragem ser um impacto de alta intensidade, devido ruptura de conexes entre fragmentos florestais existentes. A abrangncia local, pois incide na AID, resultando em significncia crtica. de incidncia direta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no retornar sua condio original. Salienta-se ainda que esta opo de locao da barragem de rejeito bem menos impactante que uma outra opo planejada para o crrego Zalu e crrego Campinas.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Como medida mitigadora ao impacto de segunda ordem da supresso da vegetao da barragem, ou seja, alterao da paisagem, reduo de nichos, toda a vegetao marginal a esta ser mantida, contribuindo para a formao de barreiras visuais e como fonte de propgulos quando da futura revegetao da rea. Toda a biomassa vegetal a ser suprimida dever ser aproveitada, seja como lenha ou estocada para futuro aproveitamento nos locais a serem revegetados. Tambm em relao supresso, devese restringi-la ao estritamente necessrio (minimizao de desmates). Como forma de compensao supresso da vegetao, ser desenvolvido o enriquecimento florestal e o manejo das formaes de capoeira/capoeirinha remanescentes ou mesmo de pastos situados no em torno da barragem, de forma a proporcionar um desenvolvimento destas reas no sentido de formao florestal. E principalmente, visando manuteno de um corredor de ligao nesta regio. No ambiente florestal a ser suprimido ser desenvolvido o salvamento de epfitas, propgulos ou quaisquer outros indivduos que possam ser transportados a outros locais para sua manuteno. Impacto real Considerando-se as caractersticas da vegetao a ser suprimida e as medidas mitigadoras e compensatrias adotadas, O impacto real considerado ento de mdia intensidade, abrangncia local, pois restringe-se ADA e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

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Reduo de ambiente para instalao da rea industrial Impacto potencial Trs opes de locao da rea industrial foram analisadas, todas elas localizadas a norte da Serra do Sapo-Ferrugem. Uma delas encontra-se em micro-bacia dos crregos Candeia Mansa e gua Santa, que tambm sero atingidos pela futura cava da serra do Sapo-Ferrugem. As outras duas opes atingiriam reas da micro-bacia do crrego Passa Trs, sobre embasamento quartztico, atingindo assim um ambiente distinto daquele a ser predominantemente alterado pelo empreendimento. Conforme alternativa locacional apresentada no item de descrio do empreendimento deste documento, no local definido para implantao da rea industrial, predominam formaes secundrias em estgios inicial e mdio de regenerao (capoeira/capoeirinha), ocorrem tambm faixas de candeais, com 7,5 ha de extenso. O quadro a seguir apresenta os valores absolutos e relativos de cada tipologia vegetal na rea diretamente afetada pela rea industrial proposta.
DESCRIO Pasto sujo e campo extensivo Candeial Capoeira/capoeirinha TOTAL REA (ha) 53,82 7,48 48,65 109,95 % 48,95 6,80 44,25 100,00

Assim, tem-se que o impacto da instalao da rea industrial resultaria em impacto de mdia intensidade, e de abrangncia local, pois incide na ADA e com significncia marginal. A incidncia direta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no retorna sua condio original.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

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Indicao de medidas mitigadoras Como medida mitigadora ao impacto da formao da instalao da rea industrial, toda a vegetao marginal a esta rea ser mantida, contribuindo para a formao de barreiras visuais e como fonte de propgulos quando da futura revegetao da rea. Toda a biomassa vegetal a ser suprimida dever ser aproveitada, seja como lenha ou estocada para futuro aproveitamento nos locais a serem revegetados. Tambm em relao supresso, deve-se restringi-la ao estritamente necessrio (minimizao de desmates). Como forma de compensao supresso da vegetao, ser desenvolvido o enriquecimento florestal e o manejo das formaes de capoeira/capoeirinha remanescentes ou mesmo de pastos situados no entorno desta rea, de forma a proporcionar um desenvolvimento destas reas no sentido de formao florestal. Alm disso, o acesso entre a cava da serra do Sapo-Ferrugem e a rea industrial ser desviado do ambiente florestal localizado entre esta cava e a rea industrial, de forma a no afet-lo, mantendo assim o corredor florestal ali existente. Impacto real Considerando-se a caracterstica da vegetao a ser suprimida, as medidas mitigadoras e compensatrias adotadas e a manuteno do ambiente florestal situado entre a cava da serra do Sapo-Ferrugem e a rea industrial, o impacto real de mdia intensidade, abrangncia local, pois ocorre na ADA e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

Perda de habitats para a fauna pela supresso de ambientes Impacto potencial A perda de habitats pode ser considerada a principal interferncia do empreendimento sobre o ambiente natural. Grande parte dos organismos que se encontram adaptados aos habitats e condies ecolgicas encontradas nas reas de influncia do empreendimento, no encontraro os mesmos recursos no entorno, reduzindo assim sua populao. Nesse contexto, as alteraes das estruturas dos ambientes florestados nas reas de influncia do empreendimento acarretaro na morte ou afugentamento de organismos. A perda de habitats ser observada em maior escala na etapa de operao do empreendimento, quando haver a abertura das cavas e implantao de pilhas de estril.

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Nesta etapa de implantao, o impacto de alta intensidade, abrangncia local e de significncia crtica. de incidncia direta e indireta por ocasionar competio inter e intra-especfica, com tendncia a se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta e indireta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Como medida mitigadora para a etapa de implantao indica-se a constituio de reas a serem preservadas, bem como a recuperao e enriquecimento de reas prximas s reas a serem afetadas pelas obras da barragem e da rea industrial, prevendo a movimentao e afugentamento da fauna, de forma que sejam disponibilizadas reas de condies ecolgicas similares original, que abriguem os organismos deslocados. necessrio tambm considerar a conexo entre os ambientes, sobretudo dos fragmentos de floresta, de forma que sejam previstos corredores de fauna entre eles. Prope-se tambm a implantao de pontos de transposio de fauna (como por exemplo tneis, pontes, e passagens suspensas) em locais a serem determinados aps a definio da localizao das vias de acesso, o que ser feito quando da elaborao do PCA.

Impacto real Considerando-se as medidas mitigadoras propostas, nesta etapa de implantao, o impacto real de mdia intensidade, abrangncia local e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta e indireta Manter Reversvel

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Reduo da diversidade causada pela fuga de espcies mais sensveis da fauna Impacto potencial As emisses de poeiras, gases e rudos, que constituem efeitos produzidos pela movimentao de veculos pesados nas estradas sobre os recursos atmosfricos, funcionamento de mquinas e equipamentos, podero ocasionar a fuga de algumas espcies mais sensveis a alguns destes fatores, considerando que so locais onde hoje no existem essas emisses. Estas espcies tambm podero ser afetadas devido implantao de fontes luminosas na rea do empreendimento, principalmente aquelas de incidncia direta sobre as reas florestadas. Esse impacto apresenta efeito negativo, intensidade alta, abrangncia local, pois ocorre na AID e significncia crtica. de incidncia direta, com tendncia a se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Esse impacto apresenta como medidas de mitigao: - o controle de emisses atmosfricas (que adotar medidas como a asperso de gua nas estradas); - a manuteno constante de veculos e equipamentos do empreendimento, visando reduo de rudos; - a implantao de fontes luminosas de baixa intensidade (mas que no prejudiquem a segurana do empreendimento) e de incidncia no direta sobre os ambientes no afetados pelo empreendimento.

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Impacto real Adotando-se as medidas propostas, tem-se que o impacto real ser de mdia intensidade, abrangncia local e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Reduo na abundncia populacional atravs do atropelamento de indivduos nas vias de trfego Impacto potencial Freqentemente espcimes da fauna so encontrados cruzando vias de acesso, em busca de pores de habitat correspondentes a stios reprodutivos, de alimentao e abrigo, ou dispersando de suas populaes originais. Conseqentemente, esperado que, com a intensificao do trfego, ocorra um aumento da mortalidade de animais ao longo dessas vias. Este impacto possui intensidade mdia por ser assimilvel pelo ambiente, abrangncia local por ocorrer marcadamente ao longo da AID do empreendimento e, portanto, significncia marginal. de incidncia direta e reversvel, com tendncia a manter-se.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras A mitigao deste impacto ser feita atravs de: - Programa de educao ambiental, que oriente os trabalhadores e tambm a populao local quanto aos cuidados no trfego, visando evitar atropelamento de fauna.

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Impacto real Atravs da mitigao deste impacto pelas medidas mitigadoras propostas, o impacto real pode ser considerado como negativo, de intensidade baixa, abrangncia local e, portanto, de significncia desprezvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Regredir Reversvel

Aumento da atividade predatria sobre as populaes de serpentes Impacto potencial Este impacto poder resultar na reduo da densidade populacional de serpentes pelo aumento da atividade predatria. Durante a fase de implantao do empreendimento ocorrer um aumento da atividade e no nmero de trabalhadores na rea. Este fato, associado ao aumento da disperso dos indivduos da herpetofauna, poder acarretar um aumento da freqncia de encontro dos trabalhadores com serpentes. Em geral, estes trabalhadores possuem pouco conhecimento sobre a biologia das serpentes, e uma relao de medo para com as mesmas, incentivada errnea e culturalmente. Como mecanismo de preservar sua integridade fsica ( defesa o resultado desses ) encontros quase sempre o mesmo, culminando na morte da serpente por parte do homem. Este impacto possui intensidade mdia, por ser assimilvel pelo ambiente, abrangncia local por ocorrer marcadamente ao logo da AID do empreendimento e, portanto, significncia marginal. de incidncia direta e reversvel, pois a herpetofauna tende a retornar ao seu estado original com a sua eliminao, e tende a manter-se.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

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Indicao de medidas mitigadoras A mitigao deste impacto se dar pela execuo de um programa de educao ambiental com trabalhadores da obra, informando da importncia desses animais e de procedimentos a serem tomados em casos de avistamentos ou acidentes. Impacto real Considerando-se a medida mitigadora indicada, este impacto pode ser considerado no impacto real como de intensidade baixa, abrangncia local e, portanto, de significncia desprezvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Regredir Reversvel

Mortandade e extino local de peixes Impacto potencial Dentre os impactos prognosticados para a comunidade ictiofaunstica na fase de implantao do empreendimento, diz respeito transformao do ambiente ltico em lntico, atravs da formao do reservatrio da barragem de rejeito. Este novo ambiente poder ocasionar a extino local de algumas espcies de peixes que somente sobrevivem em ambientes lticos, como os cascudos e cambevas, amostrados na rea. Tambm se considera o potencial de contaminao da qualidade das guas atravs da construo das estruturas do empreendimento, que pode provocar a gerao de resduos slidos e/ou orgnicos na rea de trabalho, ocasionando consequentemente mortandade de peixes e extino local de espcies se carreados para a drenagem. Este impacto potencial de alta intensidade (pois como os cursos d gua da rea so pequenos a contaminao das suas guas no seria absorvida pelo ambiente), abrangncia regional (pois afetaria a AII do empreendimento), tendo significncia crtica (por abranger a ADA e AII do empreendimento), incidncia direta (afetara diretamente as comunidades aquticas, por entrar em contato direto com meio), tendncia de manter, irreversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigao A mitigao deste impacto se dar por meio de programas especficos de controle de drenagem, conteno de slidos, controle de eroso, tratamento de efluentes lquidos, e gesto de resduos, sendo sua eficincia verificada atravs dos programas de monitoramento correspondentes. Impacto real Adotando-se as medidas mitigadoras, o impacto real ser de baixa intensidade, pois neste caso as emisses estaro dentro de padres estabelecidos e a contaminao no ser significativa, abrangncia local (pois incide sobre a ADA do empreendimento), tendo significncia desprezvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Progredir Reversvel

Diminuio da abundncia de espcies de peixes em funo do assoreamento dos crregos Impacto potencial Na implantao do empreendimento, o impacto sobre o uso e ocupao do solo a supresso da vegetao, incluindo a vegetao ciliar, favorecendo o aumento do carreamento de partculas slidas para a calha dos cursos d gua ocorrendo o aumento do assoreamento dos mesmos, podendo causar diminuio da abundncia para a ictiofauna local. Este impacto potencial tem intensidade mdia, abrangncia local, pois incide sobre a AID e significncia marginal. de incidncia direta, com tendncia a se manter e reversvel, pois o meio pode voltar sua condio original.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras A mitigao deste impacto se dar por meio de programas especficos de controle de drenagem, conteno de slidos, controle de eroso, e recuperao de reas degradadas. Sua eficincia ser verificada atravs dos programas de monitoramento correspondentes. Impacto real Com a implantao das medidas mitigadoras, o impacto real ter uma intensidade baixa, abrangncia local e significncia desprezvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Manter Reversvel

6.3.2.2 - Impactos decorrentes da etapa de operao do empreendimento Esta fase abranger abertura de cavas, rebaixamento de guas subterrneas, transporte de minrio e disposio de estril, bem como de enchimento e alteamento da barragem de rejeitos. Os impactos devero ocorrer ao longo da vida til da mina, em sua maioria ocorrendo de forma paulatina neste tempo. Nesta condio, possvel a implementao concomitante de medidas de controle e recuperao ambiental.

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Reduo de ambientes para o alteamento da barragem de rejeitos Impacto potencial Nesta etapa, a barragem ser aumentada de sua superfcie pelo alteamento do seu macio. Considerando somente a rea a ser suprimida neste alteamento, tem-se que os ambientes mais significativos so a vegetao florestal em estgio avanado, mdio e inicial de regenerao (mata, capoeira/capoeirinha). A maior parte da rea destinada a esta barragem formada por capoeirinhas, que so ambientes de menor diversidade e relativamente fceis de serem formados. O quadro a seguir apresenta os quantitativos absolutos e relativos de cada tipologia vegetal da rea diretamente afetada pelo alteamento da barragem de rejeito proposta, em sua segunda etapa.
DESCRIO Pasto limpo melhorado Capoeira/Capoeirinha Povoados/Sedes de fazendas e stios Pasto sujo e campo extensivo Mata TOTAL REA (ha) 30,48 160,40 0,01 198,78 58,57 448,24 % 6,801 35,785 0,002 44,346 13,067 100,00

O alteamento desta barragem ser um impacto de alta intensidade, devido presena de vegetao florestal em estgio avanado e mdio de regenerao, a abrangncia local, pois incide na AID, resultando em significncia crtica. de incidncia direta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no retornar sua condio original.

CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Irreversvel

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Indicao de medidas mitigadoras Como medida mitigadora ao impacto de segunda ordem da supresso da vegetao da barragem, ou seja, alterao da paisagem, reduo de nichos, toda a vegetao marginal a esta ser mantida, contribuindo para a formao de barreiras visuais e como fonte de propgulos quando da futura revegetao da rea. Toda a biomassa vegetal a ser suprimida dever ser aproveitada, seja como lenha ou estocada para futuro aproveitamento nos locais a serem revegetados. Tambm em relao supresso, devese restringi-la ao estritamente necessrio (minimizao de desmates). Como forma de compensao supresso da vegetao, ser desenvolvido o enriquecimento florestal e o manejo das formaes de capoeira/capoeirinha remanescentes ou mesmo de pastos situados no em torno da barragem, de forma a proporcionar um desenvolvimento destas reas no sentido de formao florestal. E principalmente, visando manuteno de um corredor de ligao nesta regio. No ambiente florestal a ser suprimido ser desenvolvido o salvamento de epfitas, propgulos ou quaisquer outros indivduos que possam ser transportados a outros locais para sua manuteno. Impacto real Considerando-se as caractersticas da vegetao a ser suprimida e as medidas mitigadoras e compensatrias adotadas, O impacto real considerado ento de mdia intensidade, abrangncia local, pois restringe-se ADA e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

Reduo de ambientes por instalao da cava norte - Itapanhoacanga Impacto potencial Nesta rea esto presentes algumas pequenas capoeiras e pastagens. A formao florestal encontrada nesta rea apresenta-se pouco estruturada, sendo constituda por um predomnio de espcies pioneiras, a exemplo de anil (Dyctioloma vandellianum), murici (Byrsonima sericea) e muita Heteropteris byrsonimifolia, alm de diversos arbustos de Miconia albicans e de densos emaranhados da gramnea taquari (Paradiolyra micrantha). Alm desta vegetao nativa em estgio secundrio de regenerao tem-se a presena de pastagens, as quais, em termos ambientais, so pouco representativas.

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O quadro a seguir especifica dentro da rea diretamente afetada da cava norte de Itapanhoacanga, cada tipologia vegetal que ser impactada e seu quantitativo absoluto e relativo. Pode-se verificar que a maior parte dos ambientes impactados ser de pastos (cerca de 68%), sendo que o maior impacto neste caso recai sobre a supresso de vegetao de capoeira/capoeirinha (formao em estgio mdio e inicial de regenerao), que representa 31% da rea.
DESCRIO Capoeira/capoeirinha Mata Pasto sujo e campo extensivo Pasto limpo melhorado TOTAL REA (ha) 21,61 0,30 6,64 40,17 68,72 % 31,44 0,43 9,67 58,46 100,00

Desta forma, considera-se que os impactos diretos sobre a cobertura vegetal resultantes da instalao da cava norte de Itapanhoacanga so de alta intensidade, devido presena de vegetao florestal (estgio mdio e avanado de regenerao), abrangncia local, de incidncia na ADA, resultando em significncia crtica. A incidncia direta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no mais retorna sua condio natural.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Como medida mitigadora ao impacto da formao da cava norte, toda a vegetao marginal a esta cava ser mantida, contribuindo para a formao de barreiras visuais e como fonte de propgulos quando da futura revegetao da rea. Toda a biomassa vegetal a ser suprimida dever ser aproveitada, seja como lenha ou estocada para futuro aproveitamento nos locais a serem revegetados. Tambm em relao supresso, devese restringi-la ao estritamente necessrio (minimizao de desmates). Como forma de compensao aos 21, 61 ha de capoeira/capoeirinha a serem suprimidos, ser desenvolvido o enriquecimento florestal e o manejo das formaes desta mesma vegetao remanescentes no em torno da cava, de forma a proporcionar um desenvolvimento maior desta capoeira, no sentido de formao florestal.

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Impacto real Considerando-se as medidas mitigadoras indicadas, pode-se prever que o desmate de 21,61 ha de capoeira/capoeirinha ser minimizado e compensado, com formao de ambientes mais relevantes no em torno da cava. Dessa forma, o impacto real de mdia intensidade, abrangncia local, pois atua na ADA e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

Reduo de ambientes por instalao da cava sul - Itapanhoacanga Impacto potencial Nesta cava, alm de rea de pastagens e capoeiras, observa-se uma representativa rea coberta por floresta secundria em avanado estgio de regenerao (capoeiro) 19% da rea diretamente afetada pela cava sul e vegetao sobre canga. No caso da floresta, esta apresenta rvores de at 15 m de altura, dentre as quais diversos indivduos de brana (Melanoxylon brauna), que uma espcie considerada ameaada de extino como vulnervel em nvel federal (Portaria IBAMA No 06-N de 15/01/1992 - Mello Filho et al, 1992) e estadual (Deliberao COPAM N85 de 21/10/97 - Mendona & Lins, 2000). Nesta mesma categoria de risco de extino est o jacarand-cavina (Dalbergia nigra), mas esta espcie ocorre em menor densidade nesta rea. Alm destas duas espcies arbreas, destacam-se o para-tudo (Hortia arborea), o canudo-de-pito (Mabea fistulifera), o vinhtico (Platymenia foliolosa), o angico (Parapiptadenia contorta) e a Lacistema pubescens. No caso da vegetao sobre canga esta representada por uma forma campestre com rea de pequena extenso. Alm da pequena rea, esta vegetao tambm foi em parte alterada atravs de pisoteio e da movimentao de mquinas para a construo de uma torre de transmisso. Por esta interveno, predominam espcies mais comuns, a exemplo dos arbustos Eremanthus crotonoides, Starchytapheta glabra, Peixotoa tomentosa e Lippia elegans e das gramneas Andropogon leucostachys, Giminopogon foliosus e Ageratum fantigiatus. O quadro a seguir apresenta quantitativos absolutos e relativos de cada tipologia vegetal a ser impactada pela cava sul de Itapanhoacanga.

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DESCRIO Mata Capoeira/capoeirinha Pasto sujo e campo extensivo Vegetao sobre canga Pasto limpo melhorado TOTAL

REA (ha) 55,16 104,83 44,21 0,71 82,02 286,92

% 19,22 36,54 15,41 0,25 28,58 100,00

Por apresentar uma vegetao um pouco mais estruturada que a da cava norte, o impacto da instalao desta ser de alta intensidade, abrangncia regional devido supresso de espcies ameaadas e seus propgulos, resultando em significncia crtica. A incidncia direta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no retorna condio original.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Tambm neste caso, como medida mitigadora ao impacto da formao da cava norte, toda a vegetao marginal a esta cava ser mantida, contribuindo para a formao de barreiras visuais e como fonte de propgulos quando da futura revegetao da rea. Toda a biomassa vegetal a ser suprimida dever ser aproveitada, seja como lenha ou estocada para futuro aproveitamento nos locais a serem revegetados. Tambm em relao supresso, deve-se restringi-la ao estritamente necessrio (minimizao de desmates). Como forma de compensao supresso da vegetao, ser desenvolvido o enriquecimento florestal e o manejo das formaes de capoeira/capoeirnha remanescentes ou mesmo de pastos situados no entorno da cava, de forma a proporcionar um desenvolvimento destas reas no sentido de formao florestal. No ambiente florestal a ser suprimido ser desenvolvido o salvamento de epfitas, propgulos ou quaisquer outros indivduos que possam ser transportados a outros locais para sua manuteno. Impacto real Nesse caso, independentemente da adoo das medidas mitigadoras e compensatrias, o impacto real ser se alta intensidade, devido supresso de vegetao florestal, abrangncia local, pois incide na ADA e significncia crtica.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Irreversvel

Reduo de ambientes para formao de pilha de estril em Itapanhoacanga Impacto potencial No caso da pilha de estril em Itapanhoacanga, o ambiente de maior importncia a ser suprimido ser o das formaes florestais existentes em algumas grotas e cabeceiras. Apesar de secundrias, possuem algumas rvores de grande porte. No entanto, no apresentam grande extenso, conforme demonstrado no quadro a seguir. A maior parte da rea destinada a esta pilha formada por vegetao de pastagens, ocupando cerca de 77% da ADA. Estas de uma forma geral no apresentam manejo sendo formadas principalmente por braquiria com algumas invasoras e raros espcimes arbreos proporcionando algum sombreamento para o gado.

DESCRIO Brejo Pasto sujo e campo extensivo Capoeira/capoeirinha Pasto limpo melhorado TOTAL

REA (ha) 2,37 2,30 13,91 54,48 73,06

% 3,24 3,15 19,04 74,57 100,00

Apesar disso, uma vez que h supresso de vegetao marginal a cursos d gua, considera-se o impacto como de alta intensidade, abrangncia local, pois incide na AID e, portanto, de significncia crtica. A incidncia direta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no retorna condio original.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Irreversvel

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Indicao de medidas mitigadoras As medidas mitigadoras e compensatrias a serem adotadas para a supresso de vegetao no depsito de estril sero exatamente as mesmas adotadas para a cava Itapanhoacanga Sul, pelo que no sero aqui novamente descritas. Impacto real Considerando-se a caracterstica da vegetao a ser suprimida, as medidas mitigadoras e compensatrias adotadas, considera-se que o impacto real ser de mdia intensidade, abrangncia local, pois atua na ADA e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

Reduo de ambientes por instalao da cava da serra do sapo -Ferrugem Impacto potencial Para a instalao da cava da serra do Sapo-Ferrugem ser necessrio suprimir ambientes de campo rupestre sobre canga, formaes florestais em estgios que vo de capoeirinha a capoeiro, candeiais e pastagens, sendo os trs primeiros mais representativos. Destes ambientes destacam-se os campos rupestres, por sua pouca ocorrncia na regio e presena de espcies raras, ameaadas de extino e algumas ainda no descritas, e a rea florestal localizada na poro norte da cava, por seu porte, extenso, presena de espcies ameaadas de extino e formadora de conexo entre as duas vertentes da serra. A raridade da vegetao sobre canga e a supresso que vem sofrendo em outras regies, sempre relacionada minerao de ferro, faz com que qualquer perda em sua rea de ocorrncia seja significativa. Dentre as plantas identificadas neste local, est uma Vellozia, que, ao que tudo indica, trata-se de uma espcie ainda no descrita pela cincia e uma gramnea do gnero Aristida na mesma situao. Como o processo de identificao de espcies vegetais lento e envolve especialistas em determinadas famlias botnicas, existe a possibilidade de haver outras espcies com esta mesma possibilidade. A especificidade do substrato e o grau de isolamento a que o ambiente sobre canga mantm de locais com vegetao semelhante cria condies ideais para o surgimento de espcies distintas entre as reas.

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Como espcies consideradas ameaada de extino, tm-se nove ocorrendo nesta rea. A presena de populaes dessas espcies ameaadas e daquelas ainda no descritas, as quais possivelmente so endmicas desta regio, faz com que a supresso de reas significativas do campo sobre canga possa vir a comprometer a sobrevivncia destas espcies. No caso da supresso florestal, apesar deste ambiente no ser raro na regio, tem-se a presena de um importante macio florestal na poro norte da cava, o qual possui grande biomassa, elevada capacidade suporte, presena de espcies ameaadas de extino (Dalbergia nigra, Melanoxylon brauna, Ocotea odorifera, Guatteria vilosissima, e Guatteria sellowiana) e ainda formar conexes entre os fragmentos situados nas duas vertentes da serra do Sapo-Ferrugem. O quadro a seguir apresenta o quantitativo absoluto e relativo de cada tipologia vegetal da rea diretamente afetada pela cava da serra do Sapo-Ferrugem. Apesar de uma grande diversidade de formaes vegetais, as mais representativas, quanto rea a ser impactada, so a vegetao sobre canga, seguida de vegetao florestal e capoeirinhas, que somadas contam cerca de 91% da rea impactada.
DESCRIO Pasto sujo e campo extensivo Vegetao sobre canga Capoeira/capoeirinha Mata Candeial Pasto limpo melhorado TOTAL REA (ha) 51,61 460,13 201,53 96,90 8,93 14,58 833,68 % 6,19 55,19 24,17 11,62 1,07 1,75 100,00

Desta forma considerando a presena de um importante macio florestal e, principalmente, a ocorrncia da vegetao sobre canga, tem-se que o impacto gerado pela supresso da cobertura vegetal para a formao da cava da serra do SapoFerrugem como sendo de intensidade muito alta, abrangncia regional e, portanto, de significncia catastrfica. A incidncia direta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no retorna mais sua condio original.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Muito alta Regional Catastrfica Direta Manter Irreversvel

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Indicao de medidas mitigadoras A supresso deste tipo de vegetao funo direta da operao da mina, no podendo ser evitada, havendo a minerao. Considerando-se que tal impacto ocorrer de forma paulatina ao longo de 35 anos, tem-se como medida mitigadora o desenvolvimento de um programa de proteo s espcies de campo rupestre em canga desta regio, o qual dever incluir o estudo detalhado das mesmas, estabelecimento de medidas de salvamento e reproduo, e implantao de reas protegidas visando a preservao das espcies. Este programa dever incluir ainda, o desenvolvimento de superfcies nas reas de reabilitadas concomitantemente ao desenvolvimento da mina, nas quais sero transportadas capas laterticas (canga) contendo campo rupestre, as quais sero desta forma reimplantadas na paisagem reabilitada. Impacto real As medidas mitigadoras propostas procuram o desenvolvimento da melhor tcnica na soluo dos impactos prognosticados. Ainda assim, os impactos residuais so no mitigveis, estando portanto acima da capacidade de absoro do ambiente. Assim, o impacto mantm sua intensidade alta, no tendo porm as caractersitcas de inviabilidade do empreendimento que definem a intensidade muito alta. Desta forma, a significancia do impacto real crtica, devendo haver medida compensatria conforme previsto na lei do SNUC.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Manter Irreversvel

Reduo de ambientes por instalao da pilha de estril da cava da serra do Sapo-Ferrugem Impacto potencial A rea destinada a esta pilha tem como caracterstica a intensa presena de pastagens com alta freqncia de plantas invasoras. O maior impacto ocorrer sobre vegetao florestal, capoeirinha e pastagens O quadro a seguir sintetiza as tipologias e respectivos quantitativos desta rea.

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DESCRIO Pasto limpo melhorado Capoeira/capoeirinha Mata Candeial TOTAL

REA (ha) 81,83 46,90 2,59 6,42 137,74

% 59,41 34,05 1,88 4,66 100,00

Desta forma, considera-se o impacto sobre a cobertura vegetal decorrente da formao da pilha de estril da cava da serra do Sapo-Ferrugem como sendo de mdia intensidade, abrangncia local, pois incide sobre a ADA e, assim, com significncia marginal. de incidncia direta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no retorna sua condio original.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras As medidas mitigadoras e compensatrias a serem adotadas para a supresso de vegetao nesta pilha sero exatamente as mesmas adotadas para o depsito de estril da cava Itapanhoacanga, pelo que no sero aqui novamente descritas. Impacto real Considerando-se as medidas mitigadoras propostas, o impacto real ser de mdia intensidade, abrangncia local e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

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Fragmentao e perd a de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico Impacto potencial As principais causas da perda de biodiversidade e da extino de espcies, em decorrncia das atividades humanas, so a destruio, a degradao (poluio) e a fragmentao de habitats, bem como a introduo de espcies exticas. A fragmentao de habitats provoca a diminuio da resilincia dos ecossistemas, diminui a biodiversidade levando a extino de espcies, favorece a presena de espcies invasoras e compromete os servios ambientais que afetam gua, solo e ar.

O Ambiente Florestal No Diagnstico do Meio Bitico foi abordado o tema Aspectos Biogeogrficos da regio de estudo, onde menciona-se que a vegetao florestal do lado oeste do alinhamento de serras (Itapanhoacanga - Sapo - Ferrugem) est relativamente isolado da vegetao florestal do lado leste desse alinhamento. Observou-se ainda que nesse alinhamento de serras h alguns locais que permitem a conectividade entre o lado leste do alinhamento e o lado oeste (Figura 6.5).

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FIGURA 6.5 - Localizao da rea do empreendimento no alinhamento de serras Itapanhoacanga - Sapo - Ferrugem. Observa-se a leste, nordeste e sudeste o contraforte da Serra do Espinhao limitando a distribuio do bioma da Mata Atlntica. Observa-se tambm que a vegetao florestal a oeste do alinhamento de serras encontra-se relativamente isolado da vegetao a leste deste alinhamento.

Conforme o Mapeamento da Flora Nativa e Reflorestamentos de Minas Gerais - 20032005, 2 Edio, observa-se na Figura 6.6 que as estruturas do empreendimento sero instaladas nos locais onde ocorre a conectividade fsica entre o lado leste e oeste do alinhamento de serras Itapanhoacanga - Sapo - Ferrugem.

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FIGURA 6.6. Implantao das estruturas do empreendimento em relao presena de vegetao nativa (Mapeamento da Flora Nativa e Reflorestamentos de Minas Gerais, 2003-2005/IEF).

O mapa da Figura 6.7 mostra com mais clareza a interferncia das estruturas do empreendimento nos corredores de vegetao florestal conectando o lado leste com o lado oeste do alinhamento de serras.

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FIGURA 6.7 - Locais onde haver interferncia das estruturas do empreendimento na conectividade fsica da paisagem. Nota-se que haver perda da conectividade entre a vertente leste do alinhamento de serras e a vertente oeste da mesma.

Em amarelo: reas onde haver perda de conectividade da vegetao florestal. Em verde: corredor de vegetao que no ser afetado pelo empreendimento.

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FIGURA 6.8 - Detalhe dos locais onde haver interferncia das estruturas do empreendimento na conectividade fsica da paisagem. Nota-se que haver perda da conectividade entre a vertente leste do alinhamento de serras e a vertente oeste da mesma devido interferncia produzida pelas estruturas do empreendimento (em amarelo direita).

esquerda e ao centro: vegetao nativa - Verde claro: vegetao em regenerao - Verde escuro: mata - Ocre: vegetao sobre canga - Laranja: campos rupestres sobre quartzito direita em amarelo: estrutura do empreendimento

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Nota-se que como o arranjo espacial da disposio do conjunto de estruturas do empreendimento linear, seguindo a mesma orientao do alinhamento de serras onde sero as cavas a serem mineradas, ocorre um grande impacto sobre a conectividade fsica do bioma nesta regio, j que quase todos os corredores existentes sero interceptados pelo empreendimento. Ainda observa-se que a ligao entre as cavas de Itapanhoacanga e o conjunto barragem-rea industrial ser dado por estrada a ser construda paralela MG010, contribuindo para a interceptao da conectividade. A maior perda de conectividade ser dada na rea onde ser instalada o conjunto das estruturas dadas pela barragem de rejeitos, rea industrial, canteiro de obras, e alojamentos. Desta forma, verifica-se que o empreendimento proposto provocar fragmentao da paisagem e perda de conectividade entre o lado oeste do alinhamento de serras e o lado leste. A fragmentao e perda de conectividade de habitats so as principais causas de perda de biodiversidade e da extino de espcies, juntamente com a introduo de espcies exticas. A fragmentao e a perda de conectividade provoca a diminuio da resilincia dos ecossistemas, diminui a biodiversidade levando a extino de espcies, favorece a presena de espcies invasoras e compromete os servios ambientais que afetam gua, solo e ar. Ao considerar o impacto do conjunto das estruturas do empreendimento minerrio sobre a conectividade fsica de habitas verifica-se que trata-se de um impacto negativo direto de intensidade muito alta e de abrangncia regional de carter irreversvel com tendncia a se manter ao longo do tempo, resultando em uma significncia catastrfica.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Muito alta Regional Catastrfica Direta Manter Irreversvel

Indicao das medidas mitigadoras A principal rea de conectividade dos ambientes florestais, de capoeira e de capoeirinha a rea deprimida ao norte da Serra do Sapo, onde se prev a instalao da barragem e da rea industrial, bem como acesso entre a cava do Sapo/Ferrugem e a estrada de ligao destas reas. Tambm nesta regio, a MG 10, j influencia em uma certa reduo da conectividade, a qual se ampliar com o acesso paralelo que ligar a rea de Itapanhoacanga com a rea industrial. Desta forma as medidas mitigadoras tambm se referem a estas duas reas, a saber:

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- na faixa ao longo da MG10 e acesso paralelo, sero implantadas passagens para fauna, que ao mesmo tempo mitigaro os impactos a serem gerados pelo acesso paralelo, e tambm funcionaro como compensao, na medida em que mitigaro impactos j existentes devido a MG10. Estas passagens sero desenvolvidas atravs de estudos que indicaro os grupos faunsticos a serem beneficiados e as caracteristicas a serem consideradas nos projetos de cada tipo de passagem. Estes mesmos estudos indicaro, se forma mais adequada para o acesso paralelo ser a de se manter uma faixa de vegetao entre a MG10, ou se as duas estradas devero estar juntas, sem esta faixa. Na barragem e rea industrial, sero adotadas as seguintes medidas: - a estrada de acesso entre a cava da Serra do Sapo/Ferrugem no se desenvolver por sobre a rea de mata, devendo ser implantada na rea de pastagens entre a pilha de estril e a rea industrial. Esta estrada tambm ser dotada de passagens para a fauna, estabelecidas com base nos mesmos critrios j descritos para a MG10 e acesso paralelo. - ser implantada uma rea de RPPN que abranja toda a rea no em torno da barragem, incluindo a faixa de vegetao florestal desde a cava da Serra do Sapo, e ainda as reas de vegetao florestal, capoeira e capoeirinha entre a barragem a a cava sul de Itapanhoacanga, sempre englobando toda vegetao nativa expressiva desta rea. Esta RPPN ser objeto de reflorestamento onde a vegetao estiver rala ou houver pastos, e de enrriquecimento florestal das reas de capoeira e capoeirinha. Como nos primeiros anos a barragem manter um amplo espelho dgua, este conjunto preservado com a presena da barragem permitir a manuteno de parte da conectividade a ser perdida. Na medida em que a vegetao desta rea for evoluindo, a capacidade da mesma como elemento de conectividade aumentar, acrescentando-se a isso a fiscalizao e controle da rea da RPPN. Cabe ressaltar que a barragem de rejeitos vai sendo preenchida, perdendo em parte sua capacidade como elemento de valor ecolgico. Para compensar este efeito, na medida em que se formarem as praias de rejeito, haver o plantio de gramneas nativas sobre as mesmas, de forma provisria. Em condio final, aps o alteamento da barragem, estas reas sero revegetadas definitivamente com vegetao florestal nativa. Cabe observar que, para a etapa de fechamento abordada em outro item, ser considerada a implantao de drenos que permitam conectividade de fauna aqutica ou que se utilize deste ecossistema.

Impacto Real As medidas mitigadoras propostas procuram o desenvolvimento da melhor tcnica na soluo dos impactos prognosticados. Ainda assim, os impactos residuais so no mitigveis, estando portanto acima da capacidade de absoro do ambiente. Assim, o impacto mantm sua intensidade alta, no tendo porm as caractersitcas de inviabilidade do empreendimento que definem a intensidade muito alta. Desta forma, a significancia do impacto real crtica, devendo haver medida compensatria conforme previsto na lei do SNUC.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Manter Irreversvel

O Ambiente dos Campos Rupestres No caso da vegetao de campo sobre canga existente sobre a serra do Sapo1-Ferrugem, o ambiente de pouca ocorrncia e muitas de suas espcies vegetais possuem estratgias de deslocamento gentico atravs do vento, seja pela polinizao, seja pela disperso de sementes. So estruturas leves (plen ou semente) que se deslocam a grandes distncias, dependendo da direo e da velocidade do vento. Desta forma, as espcies mantm um intercmbio gentico entre diferentes serras, incluindo aquelas ferruginosas prximas de Conceio do Mato Dentro e a Serra do Espinhao, que apesar de possuir um ambiente distinto, apresenta algumas espcies em comum. Quanto conectividade do ambiente de campos rupestres, especialmente sobre canga, verifica-se que estes sero suprimidos quase que na sua totalidade da regio em estudo. Na Figura 6.9 pode-se observar que a oeste, no macio da Serra do Espinhao predomina a vegetao de campos rupestres cobrindo grandes extenses. J na borda leste deste macio podem ser encontrados apenas alguns conjuntos de fragmentos inseridos na matriz florestal, correspondendo a serras onde afloram o quartzito e a canga. Dentre estes fragmentos destaca-se a Serra do Sapo-Ferrugem que constituem a maior extenso contnua de campos rupestres na regio, com mais de 12 km. Nota-se que o prolongamento a SSE da Serra Sapo-Ferrugem no apresenta campos rupestres. Desta forma, a Serra Sapo-Ferrugem pode ser considerado um ambiente nico, o que corroborado pelo Zoneamento Ecolgico Econmico de Minas Gerais que considera esta rea como prioritria para conservao e restaurao do ecossistema. O empreendimento proposto ir suprimir inteiramente este ecossistema, sendo que alm de suprimir espcies endmicas e ameaadas de extino que nele se encontram, ir provocar a perda de conectividade dos remanescentes, no alinhamento de serras, situados a norte e a sul da Serra Sapo-Ferrugem. Assim sendo, os remanescentes a norte iro distar mais de 12 km dos remanescentes a sul reduzindo assim a chance de ocorrerem intercruzamentos podendo vir a comprometer seriamente a viabilidade das populaes e das comunidades biticas desse conjunto de serras que constituem ilhas de ambientes do Espinhao em uma matriz do bioma da Mata Atlntica. No entanto, sob ventos de maior intensidade este deslocamento ocorrer, mas certamente em uma freqncia menor que a atual.

Na serra de Itapanhoacanga tambm existe vegetao sobre canga, m as esta se encontra em parte alterada e possui pequena extenso, no sendo muito representativa das populaes vegetais em escala regional.

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Figura 6.9 - Cobertura vegetal nativa da regio do empreendimento. Em cor ciano a vegetao de campos rupestres. Em retngulos vermelhos so assinalados os remanescentes de campos rupestres no alinhamento das serras Sapo-Ferrugem, aps o termino das atividades minerarias.

Com as consideraes anteriores, pode-se avaliar os impactos sobre a conectividade do ecossistema constitudo pelos campos rupestres como sendo negativo de incidncia direta, de intensidade muito alta e de abrangncia regional, resultando em uma significncia catastrfica e de carter irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Muito alta Regional Crtica Direta Manter Irreversvel

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Esta avaliao ainda corroborada pelo fato de que esta regio considerada rea prioritria para conservao da biodiversidade em Minas Gerais e no Brasil (ver item planos e programas governamentais). Indicao de medidas mitigadoras Tem-se como medida mitigadora o desenvolvimento de um programa de proteo s espcies de campo rupestre em canga desta regio, o qual dever incluir o estudo detalhado das mesmas, estabelecimento de medidas de salvamento e reproduo, e implantao de reas protegidas visando a preservao das espcies. Este programa dever incluir ainda, o desenvolvimento de superfcies nas reas reabilitadas concomitantemente ao desenvolvimento da mina, nas quais sero transportadas capas laterticas (canga) contendo campo rupestre, as quais sero desta forma reimplantadas na paisagem reabilitada. Programa de compensao ambiental. Impacto real Mesmo considerando as medidas mitigadoras indicadas, h que se considerar o risco de que os ambientes de campo rupestre de canga sejam irreversivelmente afetados, assim, a avaliao do impacto real mantm-se a mesma do impacto potencial, sendo ento necessrio a implementao de um programa de compensao ambiental para tal impacto.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Alta Regional Crtica Indireta Manter Irreversvel

Reduo do metabolismo vegetal pela deposio de poeira Impacto potencial Este impacto ser derivado da deposio de poeira sobre a vegetao vizinha ao empreendimento. Proveniente do trnsito de mquinas, do lanamento de efluentes atmosfricos pela Planta de Beneficiamento e da movimentao de estril, a poeira produzida nos locais de operao poder ser carreada pelo vento e se depositar sobre as folhas das plantas na vegetao vizinha.

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Ao acumular o material particulado sobre as folhas prejudica-se a respirao e fotossntese da planta, causando prejuzos ao seu metabolismo e reduzindo seu crescimento e taxa reprodutiva, levando, em longo prazo, reduo na densidade de populaes vegetais mais frgeis. De qualquer forma, este um impacto cclico, pois a cada perodo chuvoso a gerao de partculas ser reduzida e a poeira ser removida das plantas. No entanto, o prejuzo causado em funes fisiolgicas da planta em um determinado perodo pode prejudicar outras etapas de desenvolvimento. Ambientes com vegetao nativa permanecero prximos rea industrial, s cavas, s pilhas e s estradas de circulao interna. Uma elevada emisso de material particulado poder causar graves prejuzos para estas comunidades vegetais. Assim, o impacto foi avaliado como de mdia intensidade, abrangncia regional, pois pode atingir a AII e significncia marginal. A incidncia direta, com tendncia a se manter e reversvel quando se considera cessada a origem.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Regional Marginal Direta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Como medida mitigadora, ser implementado um programa de controle de emisses atmosfricas, com procedimentos visando conservar as reas em operao sempre midas e manter um eficiente sistema de controle de efluentes atmosfricos. Impacto real Com as medidas de mitigao previstas, este impacto ser controlado, passando o impacto real a ser de baixa intensidade, abrangncia local e significncia desprezvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Manter Reversvel

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Alterao da cobertura vegetal marginal barragem de rejeito Impacto potencial Depois de formada a barragem, todos os ecossistemas atualmente existentes na rea estaro j submergidos e, portanto, j suprimidos. Toda a rea ser apenas um nico corpo d gua que, aos poucos, ser assoreado por sedimentos provenientes do beneficiamento do minrio. Ao longo dos 35 anos da vida til da barragem haver um aumento da umidade no solo marginal ao corpo d gua, beneficiando a vegetao sobre ele, induzindo o aumento de sua biomassa e alterando sua composio florstica. Portanto, no que diz respeito cobertura vegetal marginal barragem de conteno de sedimentos, considera-se o impacto como positivo, de baixa intensidade, abrangncia local, pois pode atingir a AID e significncia desprezvel. de incidncia direta, com tendncia a se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Baixa Local Desprezvel Direta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Em se tratando de um impacto positivo, ser feito to somente o monitoramento da vegetao marginal barragem de rejeito, para avaliao do nvel no qual esta alterao da vegetao ocorrer. Impacto real Como trata-se de um impacto positivo, a medida proposta tem o intuito de potencializar o impacto. Assim, o impacto real pode ser considerado como o mesmo impacto potencial, positivo, de baixa intensidade, abrangncia local, pois pode atingir a AID e significncia desprezvel. de incidncia direta, com tendncia a se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Baixa Local Desprezvel Direta Manter Reversvel

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Interferncias sobre os processos biolgicos Impacto potencial Durante a operao do empreendimento, aps as intervenes da fase de instalao, so observadas no tempo, interferncias sobre os processos biolgicos. As alteraes dos padres biolgicos tm destaque principalmente em relao predao, competio e reproduo. A abertura de espaos florestados acarreta o surgimento de uma interfase entre as reas naturais e as degradadas ou desflorestadas. Nesse contexto, a chegada de espcies especializadas aos novos ambientes (espcies invasoras) acarreta uma srie de aspectos negativos biota original. Esse processo, tambm chamado tecnicamente de efeito de borda configura-se quando mudanas na luminosidade, umidade, vento, estrutura da vegetao e principalmente composio da comunidade, modificam o ambiente natural. Nas bordas, os padres originais de predao e competio so modificados beneficiando espcies melhor adaptadas s novas condies ecolgicas. Soma-se a isso a modificao dos padres de distribuio e abundncia das espcies. Como aspecto coadjuvante das interferncias sobre os processos biolgicos, soma-se a fragmentao dos habitats. O efeito da fragmentao, quando reas anteriormente contnuas so transformadas em mosaicos de pequenas manchas de diferentes tipos de habitats, traduz-se em populaes desconectadas, sob o efeito generalizado de interferncias, como o efeito de borda, predao, competio e espcies invasoras. Nesses casos, verifica-se a diminuio nos valores de abundncia de espcies originais e o incremento de espcies invasoras. As espcies que possuem exigncias ecolgicas mais restritas, como habitats especficos, espao ou associao com outras espcies, tendem a desaparecer em um curto espao de tempo. Em mdio prazo, as novas condies ecolgicas determinam o aparecimento de problemas genticos, causados pelo isolamento de populaes em diferentes fragmentos de mata. Esse impacto ser percebido na grande maioria das reas florestadas contnuas que sofrero supresso da vegetao e pode ser considerado de alta intensidade, abrangncia regional, pois atinge a AII e significncia crtica. A incidncia direta e indireta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no retorna sua condio natural.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta e indireta Manter Irreversvel

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Indicao de medidas mitigadoras Como mitigao deste impacto indica-se a minimizao da fragmentao atravs do desenho racional das interferncias sobre os remanescentes. Deve-se manter corredores para a fauna, criando mosaicos de uso mais adequado manuteno das populaes. reas desmatadas para formao de pastos em atividades pretritas devero ser reflorestadas, visando a formao destes corredores. Impacto real Adotando-se as medidas mitigadoras propostas, o impacto real de intensidade mdia, abrangncia regional, pois pode atingir a AII e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Regional Marginal Direta Manter Reversvel

Reduo da diversi dade causada pela fuga de espcies mais sensveis da fauna Impacto potencial As emisses de poeiras, gases e rudos, que constituem efeitos produzidos pela movimentao de veculos pesados nas estradas sobre os recursos atmosfricos, funcionamento de mquinas e equipamentos, podero ocasionar a fuga de algumas espcies mais sensveis a alguns destes fatores, considerando que so locais onde hoje no existem essas emisses. Estas espcies tambm podero ser afetadas devido implantao de fontes luminosas na rea do empreendimento, principalmente aquelas de incidncia direta sobre as reas florestadas. Esse impacto apresenta efeito negativo, intensidade alta, abrangncia local, pois ocorre na AID e significncia crtica. de incidncia direta, com tendncia a se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Reversvel

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Indicao de medidas mitigadoras Esse impacto apresenta como medidas de mitigao: - o controle de emisses atmosfricas (que adotar medidas como a asperso de gua nas estradas); - a manuteno constante de veculos e equipamentos do empreendimento, visando reduo de rudos; - a implantao de fontes luminosas de baixa intensidade (mas que no prejudiquem a segurana do empreendimento) e de incidncia no direta sobre os ambientes no afetados pelo empreendimento.

Impacto real Adotando-se as medidas propostas, tem-se que o impacto real ser de mdia intensidade, abrangncia local e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Reduo na abundncia populacional a travs do atropelamento de indivduos nas vias de trfego Impacto potencial Freqentemente espcimes da fauna so encontrados cruzando vias de acesso, em busca de pores de habitat correspondentes a stios reprodutivos, de alimentao e abrigo, ou dispersando de suas populaes originais. Conseqentemente, esperado que, com a intensificao do trfego, ocorra um aumento da mortalidade de animais ao longo dessas vias. Este impacto possui intensidade mdia por ser assimilvel pelo ambiente, abrangncia local por ocorrer marcadamente ao longo da AID do empreendimento e, portanto, significncia marginal. de incidncia direta e reversvel, com tendncia a manter-se.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras A mitigao deste impacto ser feita atravs de: - Programa de educao ambiental, que oriente os trabalhadores e tambm a populao local quanto aos cuidados no trfego, visando evitar atropelamento de fauna.

Impacto real Atravs da mitigao deste impacto pelas medidas mitigadoras propostas, o impacto real pode ser considerado como negativo, de intensidade baixa, abrangncia local e, portanto, de significncia desprezvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Regredir Reversvel

Aumento da atividade predatria sobre as populaes de serpentes Impacto potencial Este impacto poder resultar na reduo da densidade populacional de serpentes pelo aumento da atividade predatria. Durante a fase de operao do empreendimento, poder haver um aumento da freqncia de encontro dos trabalhadores com serpentes. Em geral, estes trabalhadores possuem pouco conhecimento sobre a biologia das serpentes, e uma relao de medo para com as mesmas, incentivada errnea e culturalmente. Como mecanismo de preservar sua integridade fsica ( defesa o resultado desses encontros quase sempre o mesmo, culminando na ) morte da serpente por parte do homem.

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Este impacto possui intensidade mdia, por ser assimilvel pelo ambiente, abrangncia local por ocorrer marcadamente ao logo da AID do empreendimento e, portanto, significncia marginal. de incidncia direta e reversvel, pois a herpetofauna tende a retornar ao seu estado original com a sua eliminao, e tende a manter-se.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras A mitigao deste impacto se dar pela execuo de um programa de educao ambiental com trabalhadores da obra, informando da importncia desses animais e de procedimentos a serem tomados em casos de avistamentos ou acidentes. Impacto real Considerando-se a medida mitigadora indicada, este impacto pode ser considerado no impacto real como de intensidade baixa, abrangncia local e, portanto, de significncia desprezvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Regredir Reversvel

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Fragmentao de reas lim itando o potencial de disperso de indivduos da herpetofauna, resultando no isolamento de populaes e depresso endogmica Impacto potencial A fragmentao de reas oriundas das supresses de ambientes que ocorrero nesta fase do empreendimento poder contribuir para a reduo das populaes de espcies de anfbios e rpteis raras ou endmicas, favorecendo a ocupao por espcies generalistas tendo como resultado a diminuio da diversidade local de espcies (Woodruff, 2001). Dentre os efeitos da fragmentao podem ser citados a diminuio do estoque gentico de populaes, extines locais e aumento do efeito de borda. Este impacto possui intensidade alta devido ao comprometimento de continuidade no tempo e espao de populaes herpetofaunsticas, abrangncia local por ocorrer marcadamente ao logo da AID do empreendimento e portanto significncia crtica. de incidncia direta e irreversvel, pois o meio no retornar ao seu estado original, com tendncia a manter-se.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Como mitigao deste impacto indica-se a minimizao da fragmentao atravs do desenho racional das interferncias sobre os remanescentes. Deve-se manter corredores para a fauna, criando mosaicos de uso mais adequado manuteno das populaes. reas desmatadas para formao de pastos em atividades pretritas devero ser reflorestadas, visando a formao destes corredores. Impacto real Adotando-se as medidas mitigadoras propostas, o impacto real de intensidade mdia, abrangncia local, pois pode atingir a AID e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

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Mortandade e extino local de peixes pela alterao da qualidade da gua Impacto potencial Dentre os impactos prognosticados, para a comunidade ictiofaunstica na fase de operao do empreendimento diz respeito ao potencial de alterao da qualidade das guas atravs da descarga de rejeitos nos crregos, carreamento de material, que constituem fontes de gerao de impacto (mortandade e extino local de peixes). A contaminao da gua dos crregos pode ser avaliada em um impacto potencial de alta intensidade (pois como os cursos d gua da rea so pequenos a contaminao das suas guas no seria absorvida pelo ambiente), abrangncia regional (pois afetaria a AII do empreendimento), tendo significncia crtica (por abranger a ADA e AII do empreendimento), incidncia direta (afeta diretamente as comunidades aquticas, por entrar em contato direto com o meio), tendncia de progredir (com a expanso da mina) e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Progredir Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras As medidas mitigadoras a este impacto esto inseridas em um programa de controle de efluentes e qualidade das guas, o qual inclui sistemas de disposio e tratamento dos efluentes oriundos das atividades de extrao e de beneficiamento mineral. Impacto real Considerando-se as medidas mitigadoras propostas, o impacto real ser de baixa intensidade (pois de acordo com as medidas de controle de poluio esta contaminao no ser significativa), abrangncia regional (pois afetaria a AII do empreendimento), tendo significncia desprezvel (impacto de baixa intensidade, atuante sobre ADA e AII).
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Regional Desprezvel Direta Progredir Reversvel

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Alterao das comunidades dependentes das guas das nascentes em funo da alterao da dinmica hdrica com reduo de vazo e alterao da qualidade da gua Impacto potencial Conforme apresentado no item 2.2.2 e figura 2.6, o rebaixamento do lenol fretico ir ocorrer durante as atividades de lavra das minas, acarretando no secamento de vrias nascentes da AID do empreendimento. Entretanto, antes que isto ocorra, ser implementado um sistema de reposio de gua dessas nascentes, cuja vazo e qualidade sero mantidas na mesma condio original, inclusive acompanhando as variaes ao longo do ano. Este sistema garantir a manuteno das comunidades presentes nesta rea, particularmente aquelas diagnosticadas como especiais, tais como o anfbio Crossodactylus bokermani (ameaada de extino), os anfbios Scinax aff. perereca e Physalaemus sp. (espcies novas), o piau-boquinha Leporinus mormyrops, (endmica) a piabanha Brycon opalinus (ameaada de extino). Assim, o impacto aqui avaliado se refere to somente alterao da qualidade e vazo da gua de reposio dessas nascentes. Portanto, considerando que h espcies ameaadas e mesmo ainda no descritas pela cincia e consequentemente sem conhecimento sobre sua distribuio e biologia ou parmetros fsico-qumicos adequados sua sobrevivncia, o impacto de intensidade muito alta, abrangncia local, pois age na AID e significncia catastrfica. de incidncia direta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no retorna condio original.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Muito Alta Local Catastrfica Direta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Como medida mitigadora, deve-se realizar um programa de caracterizao da qualidade fsico-qumica da gua e medidas de vazo ao longo de pelo menos dois anos em todas as nascentes que tero reposio de gua.

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Impacto real Considerando a medida mitigadora proposta e que no haver alterao de qualidade e de vazo das nascentes, considera-se o impacto real de mdia intensidade, pois assimilvel pelo ambiente, de abrangncia local e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

6.3.2.3 - Impactos decorrentes da etapa de desativao do empreendimento Aumento da cobertura vegetal nativa Impacto potencial Aps a desativao do empreendimento e retirada dos equipamentos e estruturas, se a rea fosse simplesmente abandonada, ocorreria uma colonizao rala por gramneas, ervas e arbustos e, possivelmente, o solo apresentaria uma baixa taxa de cobertura vegetal. Aos poucos, algumas rvores iriam se desenvolvendo, mas, certamente, definhadas e com baixa produtividade. A rea poderia ser utilizada como pastagem, mas apresentaria baixa capacidade suporte e estaria sujeita a processos erosivos, ocorrendo graves prejuzos a ambientes existentes a jusante. Desta forma, considerando como impacto potencial a ocorrncia de processos erosivos na ADA abandonada, o efeito negativo e de alta intensidade, abrangncia local, pois atua na AID, e significncia crtica. de incidncia direta, com tendncia a progredir e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Progredir Reversvel

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De qualquer forma, considerando que durante a etapa de operao grande parte da ADA estar desprovida de cobertura vegetal, a desativao dos diversos equipamentos significar um impacto positivo sobre a cobertura vegetal, dada a possibilidade de colonizao espontnea ou induzida e a reduo na emisso de material particulado. A intensidade considerada mdia, abrangncia local e significncia marginal. A incidncia direta, com tendncia a progredir e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Local Marginal Direta Progredir Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Como medida mitigadora, ser feita a Implementao do PRAD, o qual ser desenvolvido concomitantemente lavra. Impacto real Adotando-se a medida de mitigao o impacto real ser positivo, de intensidade alta, abrangncia local e significncia crtica.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Alta Local Crtica Direta Progredir Reversvel

Recolonizao faunstica das reas degradadas Impacto potencial Considerando a desativao do empreendimento e a recuperao natural da vegetao, espera-se a formao de reduzida biodiversidade e relaes ecolgicas, podendo surgir espcies generalistas e de maior plasticidade. O ambiente criado constituir, em longo prazo, um ambiente de porte e estrutura bem inferior cobertura original.

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Este impacto positivo, de intensidade mdia e abrangncia pontual, pois atua na ADA e significncia desprezvel. de incidncia direta, com tendncia a progredir e irreversvel, no sentido de haver uma sucesso em curso que no mais retorna condio original que havia no momento do fechamento.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Pontual Desprezvel Direta Progredir Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Como medida mitigadora, ser feita a Implementao do PRAD, o qual ser desenvolvido concomitantemente lavra. Impacto real Adotando-se a medida de mitigao o impacto real ser positivo, de intensidade alta, abrangncia local e significncia crtica.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Mdia Local Marginal Direta Progredir Irreversvel

Alterao das comunidades dependentes das guas das nascentes em funo do novo aqufero e nova condio de disponibilidade de gua para as nascentes Impacto potencial Ao final da atividade de operao do empreendimento, haver um novo aqfero, a ser criado com o preenchimento das cavas de mina, que dever manter as condies de recarga e abastecimento de gua das drenagens identificadas na condio anterior mina, em vazo e qualidade, no perodo ps minerao, minimizando impactos de reduo da vazo nas drenagens prximas, aps o fim do rebaixamento de nvel d gua e a reposio de guas nas nascentes.

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Este aqufero garantir a manuteno das comunidades presentes nesta rea, particularmente aquelas diagnosticadas como especiais, tais como o anfbio Crossodactylus bokermani (ameaada de extino), os anfbios Scinax aff. perereca e Physalaemus sp. (espcies novas), o piau-boquinha Leporinus mormyrops, (endmica) a piabanha Brycon opalinus (ameaada de extino). Assim, o impacto aqui avaliado se refere to somente alterao da qualidade e vazo da gua deste novo aqufero. Portanto, considerando que h espcies ameaadas e mesmo ainda no descritas pela cincia e consequentemente sem conhecimento sobre sua distribuio e biologia ou parmetros fsico-qumicos adequados sua sobrevivncia, o impacto de intensidade muito alta, abrangncia local, pois age na AID e significncia catastrfica. de incidncia direta, com tendncia a se manter e irreversvel, pois o meio no retorna condio original.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Muito Alta Local Catastrfica Direta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Como medidas mitigadoras, deve-se realizar um programa de estudo de recuperao do aqufero, bem como o programa de manuteno da disponibilidade hdrica no novo aqfero com o preenchimento da cava que garantir as condies mnimas para as comunidades dependentes das nascentes do entorno das serras de Itapanhoacanga, Sapo e Ferrugem. Impacto real Considerando as medidas mitigadoras propostas e que no haver alterao de qualidade e de vazo das nascentes, considera-se o impacto real de mdia intensidade, pois assimilvel pelo ambiente, de abrangncia local e significncia marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

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6.3.3 - Meio antrpico


6.3.3.1 - Impactos da etapa de implantao do empreendimento Incremento no nvel de empregos Impacto Potencial A implantao do empreendimento minerrio da MMX em Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro aumentar significativamente a oferta de empregos nesses municpios. No pico das obras de implantao sero alocados aproximadamente 4.200 trabalhadores, vide figura 2.1 no captulo 2. Durante aproximadamente 8 meses o contingente operrio das obras ficar entre 3.000 4.200 pessoas. Essa massa operria representa em torno de 60% da populao economicamente ativa dos municpios da AID, que soma 7.102 pessoas. A populao ocupada (POC) da rea de influncia do empreendimento soma 6.113 pessoas. Isto indica que a taxa de desemprego, segundo o Censo 2000, era de 13,9%, totalizando 989 pessoas desempregadas. H que se considerar que a indstria da regio ocupa somente 843 trabalhadores, 11,8% da PEA. Ou seja, muito baixa a especializao da mo-de-obra local para o tipo de trabalho que o empreendimento demanda e a populao desempregada muito inferior necessidade de mo-deobra do empreendimento. Portanto, a maior parte dos empregos gerados beneficiar pessoas de outros municpios. A implantao do empreendimento tem o potencial para gerar empregos indiretos e empregos que decorrem do aumento da renda regional (efeito-renda). Segundo modelo do BNDES, a construo civil (que a caracterstica do emprego gerado na fase de implantao) gera 0,47 empregos indiretos e 1,54 empregos decorrentes do efeito-renda, para cada posto de trabalho criado. Sendo assim a gerao de 4.200 empregos diretos do pico das obras ir gerar um total de 1.974 empregos indiretos e 6.468 decorrentes do efeito-renda, vide quadro 6.11 a seguir. Mas ressalta-se que os empregos indiretos e decorrentes do efeito-renda so oriundos do grande investimento que o empreendimento enseja. Porm, como grande parte deste investimento ser realizado em outros municpios, uma vez que a economia da AID no apresenta complementaridade s demandas do empreendimento, a maioria absoluta destes empregos sero criados nos mais diversos municpios e regies do Pais e at mesmo fora do Brasil. Mas ainda assim, haver uma gerao de empregos indiretos e decorrentes do efeitorenda na AID e AII. Estes sero decorrentes especialmente dos servios de alimentao, e dos servios de transporte demandados pela implantao do empreendimento e nos empregos gerais criados pelo maior consumo decorrente da maior renda regional.

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QUADRO 6.11 - Potencial de gerao de empregos na implantao do empreendimento


Empregos gerados na implantao do empreendimento (no pico das obras) Diretos 4.200 Indiretos 1.974 Efeito-renda 6.468 Total 12.642

Portanto, a gerao estimada do total de empregos decorrentes direta e indiretamente do empreendimento ser de 12.642 empregos. Ressaltando-se que haver um numero de empregos criados nos municpios da AID superior 4.200, porm inferior aos 12.642 empregos que o empreendimento criar como um todo, o que o faz ser um empreendimento de abrangncia global. Essa expressiva gerao de empregos extremamente benfica para o contexto socioeconmico da AID, superando, inclusive, o tamanho da populao economicamente ativa. Logo, se pode afirmar que o empreendimento trar trabalhadores de outros municpios. Tambm se pode afirmar que o municpio do Serro poder sentir os efeitos da implantao do empreendimento sobre seu mercado de trabalho. O municpio possui uma PEA de porte semelhante ao de Conceio do Mato Dentro e dada a sua proximidade, principalmente das minas de Alvorada de Minas, ceder trabalhadores para o empreendimento, sendo tambm beneficiado pelo mesmo. Ressalta-se que h grande mobilidade no mercado de trabalho, logo uma obra de grande porte envolve a contratao de trabalhadores de vrias partes do Pas e do Estado em particular. O que faz com que outros municpios, em uma abrangncia extra-regional e imprecisa, tambm sejam beneficiados pelo empreendimento. Portanto, a gerao de empregos decorrente do empreendimento se configura como um impacto potencial positivo, de muito alta intensidade, de abrangncia global, significncia estratgica, incidncia direta e indireta e com tendncia de se manter durante a fase de implantao e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Muito alta Global Estratgica Direta e indireta Manter Reversvel

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Indicao de medidas potencializadoras Com a finalidade de haver uma maior participao da mo-de-obra e dos fornecedores locais na absoro dos empregos criados na fase de implantao do empreendimento sero implementados os seguintes programas: - Programa de Capacitao da Mo-de-Obra Local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao dos Fornecedores Locais.

Impacto Real Com a adoo dos programas supra-citados ser maior a participao da populao local na absoro dos empregos gerados, mesmo assim, o empreendimento manter a sua abrangncia global, uma vez que a gerao de empregos destes muito alta e necessariamente envolve trabalhadores de outros municpios. Com isso o impacto real continuar com muito alta intensidade, de abrangncia global, significncia estratgica, incidncia direta e indireta e com tendncia de se manter durante a fase de implantao e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Muito alta Global Estratgica Direta e indireta Manter Reversvel

Incremento no nvel de renda Impacto Potencial A implantao do empreendimento da MMX incrementar acentuadamente a renda de sua rea de influncia, j que aumentar direta e indiretamente a massa salarial da regio. Os trabalhadores que auferiro dos salrios pagos pelo empreendimento iro gast-lo, ao menos parcialmente, no mercado das cidades de Alvorada de Minas e de Conceio do Mato Dentro. Esse processo determina novos nveis de renda para os agentes econmicos desses municpios, uma vez que suas vendas sero maiores. Desse modo se estabelece uma nova dinmica econmica nos municpios diretamente influenciados, atravs da qual so criados empregos nas mais diversas cadeias produtivas (efeito-renda).

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A contribuio do empreendimento para a renda regional no se resume aos salrios pagos, j que as aquisies de bens e a contratao de servios que a empresa realiza tambm contribuem diretamente para o incremento da renda da AID. Mas ressalta-se que esse processo possui abrangncia extra-regional, porque o empreendimento ir comprar bens e insumos de vrias partes do Pas e tambm no mercado internacional. Ou seja, somente uma pequena parte das compras para a implantao do empreendimento ser realizada na AID. O montante de investimentos previstos para a instalao do Projeto Minas-Rio de R$ 1,77 bilho. Entende-se que a maior parte desse montante ser realizado em outros municpios, porque o perfil produtivo da regio, caracterizado pela agricultura de subsistncia e pelo setor tercirio, no complementar s necessidades do empreendimento. Logo, se pode inferir que pelo menos 99% das compras e contrataes dos servios necessrios etapa de implantao sero realizadas em outros municpios e, at mesmo, outros estados. Porm, mesmo que somente 1% do investimento em compras e contrataes seja realizado na regio, isso equivaleria R$ 17,72 milhes, o que representa 42% de todo o peso econmico do setor tercirio da AID. Portanto, o incremento da renda, assim como o do nvel de empregos, tem uma abrangncia superior AID. Destaca-se que todos os municpios que tiverem pessoas contratadas pelo empreendimento, empresas prestadoras de servios e/ou empresas fornecedoras de insumos, matrias-primas e mquinas tero de alguma forma a sua renda agregada incrementada. Mas o aumento a renda no se dar de modo equnime entre esses municpios, sendo que em muitos esse processo diluir no ambiente econmico no sendo perceptvel. Porm, se considera que o municpio do Serro poder ser especialmente sensvel ao incremento da renda, uma vez que tender a ceder muitos trabalhadores para o empreendimento e por ser um plo regional. Logo, todos os setores econmicos do Serro sero beneficiados pelo empreendimento. Trata-se de um impacto potencial positivo, de intensidade muito alta, abrangncia global, significncia estratgica, com tendncia de se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Muito alta Global Relevante Direta e indireta Manter Reversvel

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Indicao de medidas potencializadoras Com o objetivo de potencializar o incremento no nvel de renda regional sero implementados os seguintes programas: - Programa de Capacitao da Mo-de-Obra Local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao dos Fornecedores Locais. Haver uma maior participao da mo-de-obra e dos fornecedores locais na absoro dos empregos criados na implantao. Isto faz com que o incremento da renda regional seja intensificado. Impacto Real Mesmo com maior aproveitamento por parte da populao e dos fornecedores locais, o empreendimento manter a sua abrangncia global, uma vez que a gerao de empregos destes muito alta e necessariamente envolve trabalhadores de outros municpios, logo gera rebatimentos sobre a renda de outras localidades. Com isso o impacto real ser de muito alta intensidade, de abrangncia global, significncia estratgica, incidncia direta e indireta e com tendncia de se manter durante a fase de implantao e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Muito alta Global Estratgica Direta e indireta Manter Reversvel

Incremento da arrecadao pblica; Impacto Potencial A fase de implantao do complexo minerador da MMX enseja diversos fatores que contribuem direta e indiretamente para o aumento da arrecadao pblica, dentre esses citam-se: - compra de materiais e insumos no mercado local; - pagamento de salrios; - contratao de servios; - utilizao dos salrios no mercado local;

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Todos esses fatores contribuem para o aumento da arrecadao municipal, uma vez que as empresas prestadoras de servios iro pagar um nvel maior de ISS. Da mesma forma a aquisio de bens e produtos no mercado local, tanto por parte da MMX, como atravs da utilizao dos salrios dos trabalhadores envolvidos no projeto tambm contribui para aumentar a gerao de impostos dos municpios da AID. A gerao prevista de tributos para a implantao do empreendimento da ordem de R$ 48,4 milhes, que sero destinados a diversos entes da administrao pblica, beneficiando municpios e estados numa abrangncia geogrfica que ultrapassa a AID. Destaca-se a gerao de R$ 34 milhes de ICMS, R$ 11 milhes de PIS/COFINS, R$ 1,6 milhes de Imposto de Importao, R$ 1,8 milhes de ISS. Porm, ressalta-se que na fase de implantao, a maior parte dos impostos ser gerada em outros municpios, uma vez que o setor tercirio da AID e da AII ainda no tem a complexidade e o porte para atender s necessidades do projeto. Dos municpios da AII (Serro, Dom Joaquim e Santana do Riacho), o Serro mais claramente identificado como passvel de sofrer um aumento indireto de seu nvel de arrecadao pblica. Isto porque a dinamizao de seu mercado de trabalho e do seu setor tercirio, bem como o consumo decorrente dos salrios do empreendimento, ir acarretar em uma maior gerao de impostos para o municpio. Mas a movimentao econmica decorrente da implantao do empreendimento tambm contribuir para o aumento do ndice de repasse da cota-parte de ICMS principalmente dos municpios da AID, dada a maior possibilidade desses auferirem maiores nveis de renda, consumo e investimentos. Esse ndice determinado pelo Valor Adicionado Fiscal - VAF aferido municipalmente e que uma expresso da movimentao econmica. Porm, o aumento do VAF ser mais significativo durante a fase de operao. Assim como, durante a operao haver a gerao de CFEM - Contribuio Financeira pela Explorao dos Recursos Minerais, que beneficiar os municpios produtores, o Estado de Minas Gerais e a Unio. Este um impacto potencial positivo, de muito alta intensidade, abrangncia global, significncia estratgica. Com incidncia direta e indireta, tendncia de se manter durante a fase de implantao e reversvel.
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Indicao de medidas potencializadoras Com o objetivo de potencializar o incremento da arrecadao pblica regional sero implementados os seguintes programas: - Programa de Capacitao da Mo-de-Obra Local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao dos Fornecedores Locais. Haver uma maior participao da mo-de-obra e dos fornecedores locais na absoro dos empregos criados na fase de implantao do empreendimento. Isto faz com que o incremento da renda regional seja intensificado e que concomitantemente a arrecadao pblica dos municpios afetos, da AID e AII tambm se eleve h um patamar maior que o identificado como potencial. Impacto Real Mesmo com maior participao das municipalidade da AID e AII sobre os tributos a serem gerados pelo diversos processos econmicos que decorrem do empreendimento, este ainda manter a sua abrangncia global, uma vez que a gerao de empregos destes muito alta e necessariamente envolve trabalhadores de outros municpios. Logo gera rebatimentos sobre a renda de outras localidades e tambm sobre a arrecadao pblica de outros municpios. Com isso o impacto real ser de muito alta intensidade, de abrangncia global, significncia estratgica, incidncia direta e indireta e com tendncia de se manter durante a fase de implantao e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Muito alta Global Estratgica Direta e indireta Manter Reversvel

Induo de fluxos migratrios Impacto Potencial A alta demanda por mo-de-obra que a implantao do empreendimento enseja, tem o potencial de atrair trabalhadores para a regio em busca de empregos. Haja visto que a gerao de empregos diretos da implantao do empreendimento equivale 59% do contingente populacional inserido na PEA da AID e supera em mais de quatro (4) vezes o contingente de populao desempregada.

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Portanto, ser necessria a vinda de trabalhadores de outras localidades. O problema decorre do fato que pessoas migram para a regio do empreendimento sem possuir nenhuma garantia de emprego. Da que muitos dos que chegam no logram sucesso em sua inteno e acabam contribuindo para o aumento da taxa de desemprego regional, dentre outros fatores. Portanto, h uma grande possibilidade da atrao exercida pelo empreendimento ser maior que o nmero de empregos que o mercado de trabalho da AID pode ofertar. Este um processo que se no for devidamente avaliado foge do controle da sociedade local e pode ocasionar fortes presses sobre o ambiente socioeconmico da regio. Os problemas que podem decorrer deste processo migratrio so os seguintes: - presso por moradias; - aumento da especulao imobiliria, gerando presses inflacionrias nos preos praticados pelo mercado; - presso por servios pblicos: iluminao, saneamento bsico, energia eltrica, urbanizao, segurana, etc. - possvel aumento dos ndices de criminalidade; - aumento do desemprego; - distrbios sociais. Porm, ressalta-se que a inverso dos fluxos migratrios regionais, no presente caso, um fator positivo. Pois significa dizer que a regio deixar de expulsar pessoas por falta de oportunidades de emprego e renda e passar no somente a fixar a populao local como tambm a exercer atrao sobre a populao de outros municpios, justamente porque passou a ofertar as oportunidades de crescimento econmico de que necessitava. O problema da imigrao passa a existir quando esta se mostra superior capacidade de absoro que o ambiente socioeconmico possui. Portanto, a grande dimenso econmica do empreendimento ante ao reduzido tamanho da populao e da economia da AID que faz com que esse processo tenha aspectos negativos. Pois, por um princpio de prudncia deve-se considerar como factvel a possibilidade da atrao de pessoas ser maior que a capacidade do mercado de trabalho absorv-las e tambm maior que a capacidade dos municpios de realizar atendimento de sade, educao, infra-estrutura urbana, etc. Esse processo de atrao de pessoas tambm pode influenciar o municpio do Serro, dado seu porte e importncia econmica e cultural para a regio. Portanto, trata-se de um impacto potencial negativo, de alta intensidade, abrangncia regional, de significncia crtica, com tendncia de se manter durante a fase de implantao, incidncia direta e indireta e reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta e indireta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Com a finalidade de atenuar eventual processo migratrio na regio na fase de implantao do empreendimento sero implementados os seguintes programas: - Programa de Capacitao da Mo-de-Obra Local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao dos Fornecedores Locais; - Programa de Comunicao Social. Haver uma maior participao da mo-de-obra e dos fornecedores locais na absoro dos empregos criados na fase de implantao do empreendimento, o que diminui a atrao de pessoas de outros municpios. Tambm contribuir para diminuir os fluxos migratrios a Programa de Comunicao Social que divulgar nos municpios da regio do empreendimento os princpios definidos de priorizao de contratao de mo-de-obra local, bem como a regra de no se contratar pessoas que chegarem regio em busca de empregos. Ou seja, as pessoas de outros municpios s sero contratadas em seus locais de origem. Impacto Real Com isso se espera uma reduo da intensidade dos movimentos migratrios para a regio, diminuindo os impactos scio-econmicos que decorrem da imigrao excessiva. A imigrao tambm atingir o municpio do Serro, da o carter regional deste impacto. Portanto com a adoo dos programas citados, o impacto da induo de fluxos migratrios na fase de implantao ser negativo, de mdia intensidade, abrangncia regional, de significncia marginal , com tendncia de se manter durante a fase de implantao, incidncia direta e indireta e reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Negativo Mdia Regional Marginal Direta e indireta Manter Reversvel

Impacto sobre a potencialidade turstica Impacto Potencial A regio de insero do empreendimento possui forte potencial turstico, uma vez que a mesma contm atributos paisagsticos, histricos, culturais e naturais que a classificam como de grande relevncia para o cenrio turstico estadual e nacional. So exemplos de sua importncia turstica: a homologao pela Unesco da regio como reserva da biosfera da humanidade, a presena de trs circuitos oficiais de turismo na regio, incluindo o circuito turstico da Estrada Real, os diversos exemplos de patrimnio histrico e arquitetnico tombados pelos rgos estaduais e federais competentes, os parques naturais municipais do Salo de Pedras e do Ribeiro do Campo (onde se encontra a cachoeira do Tabuleiro, a mais alta de Minas Gerais) e o Parque Estadual da Serra do Intendente. Neste contexto, o empreendimento possui potencial para interferir sobre a potencialidade turstica ao modificar a paisagem e a cultura da regio. A modificao cultural que o empreendimento enseja decorre em grande parte da alterao do perfil econmico, que sair de um modelo baseado na agropecuria e no setor tercirio e passar a ter no setor industrial sua principal fonte de gerao de riqueza. Essas modificaes afetam negativamente o potencial turstico porque este est diretamente relacionado com os atributos naturais e culturais da regio. Porm, ressalta-se que o patrimnio cultural edificado (histrico e arquitetnico) no ser afetado, bem como no sero afetados os parques naturais da regio, nem ser afetada diretamente a Estrada Real (embora a paisagem do entorno da estrada sofrer modificaes em alguns trechos). Ou seja, os principais elementos da potencialidade turstica no sero diretamente impactados. Assim, os maiores impactos potenciais sobre a potencialidade turstica se daro principalmente sobre a rea rural do entorno dos municpios da AID e sobre o perfil e o porte econmico destes, o que altera o modo de vida vigente. A modificao cultural e econmica o aspecto decorrente do empreendimento que mais tem o potencial de impactar negativamente o desenvolvimento da atividade turstica. A implantao do empreendimento ir intensificar as condies de trfego, provocar aumento populacional, criar novos elementos numa paisagem rural, etc, tudo isso tem potencial para afastar o turista que geralmente atrado pelas belezas naturais da regio e pelo aspecto buclico que a caracteriza.

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Mas tambm deve ficar claro que a potencialidade turstica da regio, apesar de evidente, ainda explorada de modo incipiente. Ou seja, o desenvolvimento do turismo como uma atividade econmica relevante ainda no ocorreu. Isto porque a regio no dotada de uma infra-estrutura turstica de boa qualidade. Faltam boas opes de hospedagem e alimentao e tambm falta o produto turstico formatado (agncias que ofertam servios de trekking, canoagem, passeios ecolgicos, etc). As estradas secundrias que do acesso a muitos distritos e ao patrimnio natural so precrias. E por fim, a mo-de-obra que lida com as atividades caractersticas do turismo no possui treinamento adequado. A falta de maior aproveitamento da potencialidade turstica no quer dizer que esta no deva ser preservada ou que no se deva erigir esforos para se concretiz-lo. Constitui exemplo do esforo de aproveitar melhor a potencialidade turstica a recente criao do Parque Estadual da Serra do Intendente, em Conceio do Mato Dentro. Com isso a rea do parque que de grande potencialidade turstica passa a ser um produto turstico reconhecido em nvel estadual e nacional. Quanto aos impactos potenciais sobre a potencialidade turstica dos municpios de Serro e Santana do Riacho, estes tendero a ser menores. Isto porque os municpios da AII no sofrero alteraes de suas atraes tursticas. Mas como haver profundas alteraes no percurso utilizado por uma significativa parcela de turistas para ir ao Serro, estes podem se sentirem desestimulados a irem para o municpio. Mas, mesmo que alguns turistas sintam que as obras iro descaracterizar o roteiro por eles elegido para ser visitado, este ser um processo diludo, logo de difcil percepo. Sendo assim, se trata de um impacto potencial negativo de alta intensidade, abrangncia Regional (AID), significncia crtica, incidncia direta e indireta, com tendncia de se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta / Indireta Manter Reversvel

J no caso de Santana do Riacho, a implantao tender a incrementar o turismo deste, pois o mesmo se encontra anterior a rea do empreendimento, no sofrendo nenhuma interferncia em sua paisagem e nas suas vias de acesso. Logo, possvel que algumas pessoas que passam na regio em funo do empreendimento, queiram visit-la posteriormente. Isto incrementar a atividade turstica em Santana do Riacho. Porm, num raciocnio anlogo ao desenvolvido para o municpio do Serro, tambm ser pouco perceptvel na fase de implantao. Logo, ser desprezvel o impacto potencial sobre a potencialidade turstica de Santana do Riacho.

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Indicao das medidas mitigadoras A potencialidade turstica ser afetada principalmente pelas modificaes que ocorrero na paisagem fsica e cultural dos municpios da AID. Embora o municpio do Serro tambm tenha sua potencialidade turstica afetada negativamente, devido s grandes alteraes no seu percurso de acesso principal que a MG-010. As medidas para diminuir a intensidade dos impactos negativos sobre a potencialidade turstica, so as mesmas propostas para a reduo dos impactos sobre a paisagem fsica e cultural da regio. A saber: - Recuperao das reas afetadas de forma concomitante implantao do empreendimento; essas medidas se acrescentar o Programa de Apoio ao Turismo, o qual contempla diversas aes que visam eliminar as lacunas que impedem o desenvolvimento do setor na regio. Impacto Real Mesmo considerando que esses programas e medidas sejam eficazes ainda assim haver uma perda de potencial turstico, uma vez que este est mais fortemente relacionado com a beleza natural da regio e tambm com a cultura rural presente nesta. Portanto, com a adoo destas medidas o impacto ser negativo, de mdia intensidade, abrangncia local, significncia marginal, de incidncia direta, com tendncia de se manter e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

Incremento do setor de servios Impacto Potencial A implantao do empreendimento da MMX envolve, alm da contratao dos trabalhadores das obras que ficaro instalados em alojamentos, a contratao de diversos servios tcnicos de apoio ao processo. Esse processo incrementa a ocupao de hotis/pousadas e a demanda por servios de alimentao (restaurantes).

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Portanto, o empreendimento durante a implantao impactar positivamente os estabelecimentos relacionados ao turismo. Ou seja, as atividades correlacionadas ao turismo (ACT) aferiro maior nvel de faturamento, uma vez que as taxas de ocupao e o nmero de refeies vendidas em restaurantes, bares e comrcio em geral sero maiores. Isto no significa dizer que o turismo est sendo incrementado, pois as pessoas que estaro, em funo do empreendimento, utilizando os referidos servios no so turistas. Este exemplo da dificuldade de se dimensionar o turismo como atividade autnoma, como j diagnosticara o IBGE em seu diagnstico sobre o setor (ver item especfico do EIA). De toda forma, deste processo decorrem dois potenciais impactos para o setor turstico da regio, sendo um de natureza positiva e outro negativo. O incremento da taxa de ocupao claramente um processo positivo para o setor turstico. Este poder legar uma infra-estrutura turstica de melhor qualidade, porque os empresrios do ramo, despertados pela maior receita financeira dos seus negcios, podero investir em novos empreendimentos, ampliaes, melhoria da qualidade de suas instalaes, treinamento, etc. O lado negativo ocorrer quando o turista propriamente dito visitar a regio e no encontrar opes de hospedagem adequadas, por estarem todas ocupadas em funo do empreendimento. Isto poder desestimul-lo a retornar, o que seria malfico para a sustentabilidade do crescimento desse setor. Porm, considera-se que a maior renda aferida pelos empreendimentos relacionados com as ACTs compensa a possibilidade do turista propriamente dito no encontrar locais para ficar. Pois, na hiptese desse fato ocorrer com alta freqncia, os empresrios do setor turstico sero incentivados a ampliar os seus estabelecimentos para acomodar a maior procura e aumentar ainda mais os seus rendimentos. Assim, adequando a oferta demanda. Portanto, se trata de um impacto potencial positivo, de mdia intensidade, de abrangncia local e significncia marginal. A incidncia direta, a tendncia de se manter ao longo da implantao e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

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Indicao de medidas potencializadoras/mitigadoras A atividade turstica depende de vrios aspectos para ser incrementada, todos esses se traduzem na agradabilidade dos municpios. Portanto, todos os programas de mitigao dos impactos antrpicos negativos e de potencializao dos positivos iro provocar uma maior sustentabilidade do crescimento desta atividade. Dentre os programas que sero criados pelo empreendedor para mitigar os seus impactos antrpicos e que tero importante papel para manter a agradabilidade dos municpios afetos, destacam-se: - Priorizao e capacitao da mo-de-obra local, que diminuir a induo de fluxos migratrios; - Plano de sinalizao viria e re-adequao do sistema virio; - Programa de Diversificao da Base Econmica Local; - Programa de Gesto de Apoio infra-estrutura municipal; No sentido de incrementar especificamente a atividade turstica o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Turstico far com que importantes entraves ao desenvolvimento desta sejam eliminados. Atravs deste programa se prev maior divulgao da regio, treinamento da mo-de-obra do setor, maior preservao do patrimnio natural e cultural edificado, melhoria do acesso ao patrimnio natural e aos distritos de maior potencialidade turstica, dentre outros. Impacto Real A atividade turstica se relaciona ao desempenho econmico das atividades correlacionadas ao turismo, tais como: setor de hotelaria e alimentao, transporte de pessoas, etc. Como visto na anlise de impacto da implantao e operao estes setores passaro a contar com maiores nveis de ocupao e de vendas de refeies, etc. Portanto, haver um incremento regional da atividade turstica que beneficiar todos os municpios da rea de influncia direta e o municpio do Serro e de Santana do Riacho na rea de influncia indireta. Este um impacto positivo que decorre diretamente do empreendimento. As medidas que contribuiro indiretamente para potencializ-lo se do no mbito da reduo da alterao da paisagem fsica e cultural da regio. Pois quanto menor forem os impactos negativos sobre a paisagem fsica e cultural, maior a potencialidade turstica e, concomitantemente, maior a oportunidade de desenvolvimento da atividade turstica. Dessa forma o incremento da atividade turstica tender a ser intensificado. Portanto esse ser um impacto de alta intensidade, de abrangncia local e significncia relevante. A incidncia direta e indireta e a tendncia de se manter ao longo da implantao e reversvel

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Positivo Mdia Local Relevante Direta e indireta Manter Reversvel

Expectativa dos superficirios quant o aos processos de negociao Impacto Potencial A instalao de um empreendimento industrial de grande porte em uma regio com baixa atividade econmica, caracterizada por um PIB pequeno no qual se destaca a participao do setor agropecurio e do setor de comrcio e servios, ambos caracterizados por baixo nvel tecnolgico e de renda, incita um processo de comunicao difuso no qual a desinformao provoca temores e expectativas muitas vezes infundadas. A desinformao sobre como se dar a negociao para aquisio, parcial ou integral, das terras pode gerar um estado de animosidade dos superficirios para com o empreendedor, j que esses podem ter expectativas muito elevadas quanto aos valores a serem pagos por suas terras, assim como, podem crer que recebero valores abaixo do que consideram justo. Em ambos os casos, cria-se um fator complicador para o processo de negociao. Ademais, a insegurana gerada nos proprietrios pode, inclusive, ser classificada como um distrbio social. Trata-se de um impacto potencial negativo, de mdia intensidade, abrangncia local, de significncia marginal, de incidncia direta e indireta, com tendncia a se manter ao longo do processo de negociao das terras e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta/indireta Manter Reversvel

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Indicao das medidas mitigadoras Com a adoo do Programa de Comunicao Social e o desenvolvimento de aes pr-ativas de insero do empreendedor na comunidade da regio, espera-se que o nvel de ansiedade dos superficirios quanto aos processos de negociao que os envolvem diminua. Com isto se espera que o processo de negociao transcorra dentro da normalidade. Porm, como este processo envolve uma anlise subjetiva sobre se o valor a ser recebido pelas terras o justo, no se pode afirmar que todos ficaro satisfeitos com a concluso do mesmo. Mas isto uma condio natural de qualquer negociao. Impacto Real De toda forma, com a adoo do Programa de Comunicao Social que ter aes especficas para este processo e com a premissa de Responsabilidade Social que norter todas as aes do empreendedor, este impacto passar a ser de baixa intensidade, local, desprezvel, direto, com tendncia de regredir e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Regredir Reversvel

Incremento da renda decorrente das indenizaes Impacto Potencial A venda das terras para que a MMX desenvolva o seu empreendimento ir gerar uma renda para os superficirios, que significa uma possibilidade de ganho financeiro superior ao nvel de renda mdio vigente na regio. O incremento da renda dos superficirios tambm se refletir indiretamente na economia regional uma vez que parte dessa renda ser utilizada para comprar bens materiais na prpria regio. Isto faz com que outros agentes econmicos usufruam desse aumento da renda. Este um impacto potencial positivo, de mdia intensidade, abrangncia local, significncia marginal, incidncia direta e indireta, tendncia de regredir aps o evento gerador do impacto potencial que a aquisio da propriedade e reversvel. .

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Local Marginal Direta/indireta Regredir Reversvel

Indicao de medidas potencializadoras Como a negociao por aquisio de terra um processo que envolve uma negociao entre as partes interessadas e numa situao desta o valor final acertado , presumivelmente, um valor acordado, logo no se prev nenhuma medida para incrementar esse aspecto positivo. Portanto, este ter a mesma intensidade e significncia da avaliao de impacto potencial. Impacto Real
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Mdia Local Marginal Direta/indireta Regredir Reversvel

Perda de empregos no setor primrio Impacto Potencial A mudana da vocao econmica que ocorrer nas propriedades diretamente afetadas - na fase de implantao do empreendimento - , deixaro de desenvolver atividades agropecurias e agroindustriais tradicionais, como a produo de queijo, implicar na perda dos empregos gerados nestas atividades, pois esta nova vocao econmica mudar a mentalidade dos indivduos que nela atuam vislumbrando uma nova oportunidade econmica. Porm, como as propriedades da rea diretamente afetada quase no geram empregos, j que na maioria delas o proprietrio e sua famlia que realiza a lida diria para obter o seu sustento. A perda de empregos decorrente desse processo diminui significativamente, mas, mesmo que de forma pouco perceptvel, esta ocorrer.

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Este um impacto potencial negativo, de abrangncia local, de baixa intensidade e significncia desprezvel, incidncia direta, com tendncia de manter e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Manter Irreversvel

A significncia desprezvel do referido impacto o faz com que no se necessite adotar medidas mitigadoras, o que torna o impacto potencial igual ao real.

Incremento do trfego de veculos Impacto Potencial A implantao do empreendimento enseja uma grande movimentao de veculos, mquinas e pessoas. O incremento no trfego de veculos e pessoas muito superior ao nvel de movimentao atual, gerando uma forte presso sobre o sistema virio da regio como um todo, incluindo at mesmo a sede urbana de Conceio do Mato Dentro. Na sede de Alvorada de Minas esse impacto potencial no tende a ocorrer porque esta se encontra mais afastada do local de implantao do empreendimento e seu ncleo urbano no utilizado como passagem para acessar os locais das obras. Embora o empreendimento se realize no meio rural, onde a densidade demogrfica muito baixa e h um grande espaamento entre as propriedades, o impacto potencial deste sob as condies de trfego ser muito intenso. Haver tambm a necessidade de se realizar desvios e interrupes na MG-010 em determinados trechos e perodos das obras. Os impactos sobre as vias locais sero tanto de carter temporrio, quando houver alguma interrupo/desvio temporrio da via, e permanente, quando alguma estrutura do empreendimento necessitar de utilizar parte da via. Ressalta-se que muitas vias locais, que do acesso s propriedades da regio, sero suprimidas pelas estruturas do empreendimento, principalmente pela barragem de rejeitos. A supresso destas vias implica em um isolamento das propriedades afetadas e uma reduo das possibilidades de circulao na rea. Mas enfatiza-se que o isolamento das propriedades representa a impossibilidade de continuar o desenvolvimento das atividades que l ocorrem, bem como se tornaro inadequadas para moradia. Tambm sero impactadas as pessoas, da regio ou de fora, que necessitarem de utilizar os acessos virios, dentre os quais se destaca a MG - 010 que a principal via de ligao entre Conceio do Mato Dentro e Serro e d acesso outras cidades histricas de Minas Gerais. Essa estrada possui trechos reconhecidos como parte integrante da Estrada Real e por isso possui significativa importncia turstica.

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Portanto, o impacto potencial sobre a condio do trfego local negativo, de Muito alta intensidade, abrangncia regional, pois afeta a todos os usurios das vias, significncia catastrfica, reversvel e com tendncia a se manter ao longo do perodo de implantao.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Muito Alta Regional Catastrfica Direta e indireta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Com a finalidade de atenuar os impactos decorrentes do aumento do trfego na estrutura viria regional durante a fase de implantao do empreendimento, sero implementados os seguintes programas: - Plano de sinalizao viria; - Programa de re-adequao do sistema virio; - Programa de Educao voltado para o Relacionamento com as Comunidades (que tambm envolve os motoristas); - Programa de Comunicao Social; - Plano de Manuteno da Estrutura Viria. O problema decorrente da supresso de vias ser intensamente reduzido, assim como o Programa de Educao voltado para o relacionamento com as comunidades (que tambm envolve os motoristas) far com que as condies de trafegabilidade no sistema virio de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas se mantenham em um nvel tolervel pelos usurios desse sistema.

Impacto Real Os programas adotados para mitigar esse impacto, transformam uma condio potencial hipoteticamente catastrfica em uma situao de impacto negativo marginal. Isto porque o que fazia esse impacto ser catastrfico se devia ao fato que com a supresso de estradas locais, haveria o isolamento de algumas propriedades. Isto inviabilizaria a condio destas se manterem produtivas e tambm de servir como moradia. Mas com a adoo do Programa re-adequao do sistema virio esse impacto deixar de existir, pois no se concebe que uma propriedade seja isolada. Em ltima instncia, caso no seja possvel manter o acesso a uma determinada propriedade, esta ter que ser adquirida pelo empreendedor.

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Com tudo isso, esse impacto negativo passa a ser de mdia intensidade, abrangncia regional (pois afeta uma estrada estadual, a MG-010), significncia marginal, direto, com tendncia de regredir e reversvel
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Regional Marginal Direta Regredir Reversvel

Incmodos populao em funo do incremento do nv el de rudos Impacto Potencial A implantao do empreendimento tambm ir alterar os nveis de rudos nos distritos do seu entorno, a saber: Itapanhoacanga e So Sebastio do Bom Sucesso. Esses rudos so decorrentes dos processos inerentes as obras que necessitam ser realizadas para a implantao do empreendimento. Portanto, os distritos do entorno e, em particular, as residncias da rea rural que estiverem localizados nas adjacncias das obras iro ser submetidas a novos nveis de rudos. Ressalta-se que se trata de uma regio na qual o nvel de rudo baixo, onde so desenvolvidas atividades agrcolas, s quais no possuem caracterstica de gerarem rudos. Logo, o aumento do nvel de rudos se traduz em um incmodo para a populao que vivenciar este processo. Assim, o aumento do nvel de rudos um impacto potencial negativo, de mdia intensidade, abrangncia local, significncia marginal, de incidncia direta, com tendncia de se manter ao longo da implantao do empreendimento e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta e indireta Manter Reversvel

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Indicao das medidas mitigadoras As medidas adotadas para a reduo do nvel de rudos e vibraes, tais como: - Programa de monitoramento da qualidade do ar - Programa de manuteno de veculos e equipamentos - Programa de Monitoramento de Rudo - Plano de fogo controlado.

Impacto Real Com a implementao dos programas supra-citados o referido impacto passar a ter uma intensidade baixa, passando a ser desprezvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta e indireta Manter Reversvel

Incmodos oriundos da dispero de material particulado em suspenso (poeira) Impacto Potencial Na rea do entorno das vias de acesso para os caminhes e mquinas das obras haver um aumento da gerao de poeira. Porque o sistema virio de acesso regio onde ser instalado o empreendimento no pavimentado, o que o torna suscetvel gerar poeira quando h movimentao de veculos. E como o trnsito de veculos ser incrementado, logo haver aumento da gerao de poeira. Esse aspecto se traduz em um impacto potencial negativo, que afeta principalmente a populao dos distritos de So Sebastio do Bom Sucesso e Itapanhoacanga. Ressalta-se que o aumento da gerao de poeira tem o potencial para gerar problemas de sade (principalmente do aparelho respiratrio), podendo inclusive aumentar a demanda pelos servios de sade. Logo se trata de um impacto potencial negativo, de alta intensidade, abrangncia local, significncia crtica, incidncia direta e indireta e tendncia de se manter ao longo das obras.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta e indireta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Para mitigar o impacto relativo ao incremento de material particulado na atmosfera, sugere-se os seguintes programas: - Programa de monitoramento da qualidade do ar - Programa de controle das emisses atmosfricas; - Programa de manuteno de veculos e equipamentos

Impacto Real Da mesma forma que a anlise anterior as medidas estipuladas iro diminuir a intensidade deste de alta para mdia, transformando-o em marginal.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta e indireta Manter Reversvel

Incremento da circulao de pessoas em decorrncia da implantao do empreendimento Impacto Potencial A grande populao operria que trabalhar na implantao do empreendimento ir determinar um grande aumento da circulao de pessoas e da presena destas em reas que at ento eram pouco visitadas por pessoas de fora da regio. Apesar de que os trabalhadores das obras ficaro instalados em alojamentos prximos aos locais das obras, estes podero visitar os distritos e as sedes urbanas da AID. O problema se configura como impacto potencial devido pequena populao dos municpios em relao massa trabalhadora empregada nas obras.

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Ademais, este aspecto agravado pelo fato que os distritos da AID (So Sebastio do Bom Sucesso e Itapanhoacanga) caracterizam por sociedades fechadas Nestes . existe a condio onde todos se conhecem, o nvel de insegurana muito baixo, as relaes econmicas ainda so pautadas por relaes sociais de amizade e conhecimento, dentre outros aspectos comuns s pequenas comunidades do meio rural da regio. Portanto, a presena dos trabalhadores das obras na regio da AID e principalmente nos distritos desta pode ocasionar conflitos e distrbios, uma vez que no h uma capacidade para ofertar servios de alimentao e diverso para toda a populao exgena aos referidos lugares. Este um impacto potencial que tem o potencial de ser alto, embora seja difcil de se prever em que intensidade ocorrer. Mas por um princpio de prudncia ser assumido como um impacto potencial negativo, local, de alta intensidade, significncia crtica, incidncia direta, com tendncia a se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Com a adoo dos seguintes programas: - Programas de Priorizao e Capacitao da Mo-de-obra Local; - Programa de Comunicao Social; - Programa de Educao voltado para o relacionamento com a comunidade; - Programa de Gesto de Apoio Infra-estrutura municipal; Pode-se afirmar que a intensidade do nmero de pessoas circulando nos municpios afetos da AID ser diminuda. Tambm se espera que haver maior compreenso por parte dos trabalhadores quanto ao carter rural e fechado das comunidades do entorno (Itapanhoacanga e So Sebastio do Bom Suceso). Ademais, o empreendedor ir criar alojamentos temporrios para os trabalhadores das obras e estes tero palestras de conscientizao sobre o carter fechado das comunidades do entorno.

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Impacto Real Com isso o impacto da circulao de pessoas nos distritos e sedes da rea de influncia direta ser mais bem absorvido pelo ambiente socioeconmico da regio em estudo. Assim esse passar a ser um impacto negativo, local, de mdia intensidade, significncia marginal, incidncia direta, com tendncia a se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Presso sobre equipamentos e servios pblicos Impacto Potencial A implantao do empreendimento ir necessitar de 4.200 trabalhadores. Trata-se de um quantitativo de pessoas que implica em forte impacto potencial sobre os equipamentos pblicos de sade, educao e infra-estrutura (energia, saneamento, segurana, etc). Na hiptese de no se construir os alojamentos para os trabalhadores, o impacto potencial sobre os equipamentos pblicos poderia levar a uma situao extrema na qual haveria problemas de falta de energia; piora no atendimento em saneamento; aumento dos ndices de violncia; alm da piora nos servios pblicos de atendimento sade dos municpios da rea de influncia. Isto seria catastrfico para os municpios da AID, ainda mais considerando que estes no possuem uma situao socioeconmica desenvolvida. Mas dada s caractersticas do projeto, esta hiptese est descartada, pois sero construdos alojamentos para todos os trabalhadores diretamente envolvidos nas obras. Isto reduz significativamente a presso por moradias e por infra-estrutura urbana (luz, esgoto, gua, calamento, energia, etc). Como tambm reduz, ao menos parcialmente, presso por servios de sade, pois os alojamentos contaro com ambulatrios prprios. Ressalta-se que na fase de implantao do empreendimento os impactos potenciais sobre o sistema educacional dos municpios da rea de influncia, sero reduzidos porque os empregos gerados nesta so de carter temporrio, o que por si s desestimula a vinda de famlias.

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Porm, o empreendimento tambm gerar empregos indiretos e decorrentes do efeitorenda, os quais, apesar de se efetivarem majoritariamente em outros municpios, tambm contribuiro para um aumento da demanda por servios e equipamentos pblicos essenciais. E como j mencionado haver uma inverso dos fluxos migratrios existentes na AID, pois atualmente esta uma regio que tem perdido populao para outras regies do estado, j que sua populao est decrescendo, e com o empreendimento esta passar a atrair pessoas de outras regies. O risco que existe nesse processo se deve ao fato de que muito grande a probabilidade de chegar muitas pessoas em busca das oportunidades de emprego e o nmero destas ser superior aos empregos gerados no mercado de trabalho da AID. Isto gera fortes tenses sociais, que se traduz em: - aumento da insegurana; - expanso urbana desordenada (favelas); - presso sobre os servios de sade, educao, saneamento, urbanizao, etc. Partindo da premissa que a necessidade de infra-estrutura viria, urbanstica e de atendimento sade e educao das pessoas que viro para a AID em funo dos empregos indiretos e dos decorrentes do efeito-renda seja de responsabilidade do setor pblico, se tem um grande custo para a sociedade desses municpios. Ou seja, o empreendimento enseja uma externalidade negativa que afeta a sociedade como um todo, podendo assumir uma enorme dimenso para o ambiente socioeconmico afeto ao empreendimento. A presso sobre os equipamentos e servios pblicos tambm tender atingir o municpio do Serro, em especial, dado o seu porte econmico e populacional para a regio.

Portanto, o empreendimento tem forte potencial para exercer uma grande presso sobre os equipamentos pblicos e sobre servios pblicos essenciais. Sendo um impacto potencial negativo, de alta intensidade, abrangncia local, significncia crtica, incidncia direta e indireta, tendncia de se manter ao longo das obras e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta e indireta Manter Reversvel

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Indicao das medidas mitigadoras Com o objetivo de atenuar a presso sobre os equipamentos e servios pblicos da regio, sero implementados os seguintes programas: - Programa de Responsabilidade Social; - Programa de Capacitao da Mo-de-obra Local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-obra Local; - Programa de Gesto e Apoio Infra-estrutura municipal - Programa de Comunicao Social, que divulgar, dentre outras coisas, os princpios de no contratar quem chegar em busca de emprego; - Programa de Monitoramento Scio-Ambiental. Pode-se prever que a intensidade da presso potencial sobre os equipamentos e servios pblicos ser significativamente reduzida. Isto porque a eficcia desses programas tender a reduzir a vinda de pessoas para a regio, bem como ir auxiliar as Prefeituras mais afetadas pelo aumento populacional decorrente do empreendimento (Conceio do Mato Dentro, Alvorada de Minas e Serro) a lidarem com os problemas decorrentes do aumento populacional gerado pelos empregos que o empreendimento criar. Impacto Real Portanto, com o desenvolvimento de todos esse programas esse impacto cair de uma intensidade alta para uma intensidade mdia Sendo assim, esse impacto passar a ser mdio, regional, marginal, direto e indireto, com tendncia de se manter ao longo do empreendimento e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Regional Marginal Direta e indireta Manter Reversvel

Incremento da criminalidade na regio Impacto Potencial O empreendimento ir aumentar o nmero de pessoas na regio, bem como ir aumentar a renda e a circulao monetria. Estes aspectos tm o potencial de atrair criminosos para os municpios da AID. Isto porque dada a grande entropia social que decorre do empreendimento, torna-se possvel aproveitar da situao para realizar crimes diversos.

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Portanto, se trata de um impacto potencial essencialmente indireto do empreendimento, uma vez que no se est sugerindo nem concebendo que o aumento da criminalidade decorra dos trabalhadores contratados por este. Mas como h uma relao diretamente proporcional entre aumento da populao e aumento da criminalidade logo se pode prever que haver um aumento das ocorrncias policiais na AID. Este um impacto potencial negativo, de alta intensidade, abrangncia local, significncia crtica, incidncia indireta, tendncia a se manter ao longo das obras do empreendimento e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Indireta Manter Reversvel

Indicao das medidas mitigadoras Com a adoo dos programas visando diminuir a atrao de pessoas em busca de emprego, tais como: - Programa de Responsabilidade Social; - Programa de Capacitao da Mo-de-obra Local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-obra Local; - Programa de Comunicao Social, que divulgar, dentre outras coisas, os princpios de no contratar quem chegar em busca de emprego; - e o Programa de Gesto e Apoio Infra-estrutura municipal Pode-se prever que haver uma diminuio do impacto de atrao de pessoas para a regio, bem como uma re-adequaa do contingente policial presente nos municpios de Conceio do Mato Dentro, Alvorada de Minas e do Serro. Impacto Real Assim, o impacto real sobre a criminalidade na regio, no decorre dos empregados do empreendimento e sim do maior nmero de pessoas que passar a residir na regio, bem como do aumento da renda auferida nesta, passar a ter uma intensidade mdia. Sendo assim sua significncia passar a ser marginal. Se mantendo como negativo, regional, indireto, manter e reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Negativo Mdia Regional Marginal indireta Manter Reversvel

Valorizao imobiliria Impacto potencial A atrao populacional que o empreendimento exercer na fase de implantao aumenta a demanda por terras, casas e apartamentos, fazendo com que aumente o preo desses bens imveis . Esse processo gera dois efeitos de natureza distinta, um positivo outro negativo. A valorizao das terras e imveis possui um aspecto positivo representado por um aumento da riqueza regional. Ou seja, se todos os bens imveis da AID se valorizarem pode se afirmar que a populao passou a contar com maior riqueza. Assim, se uma pessoa de algum municpio da AID for alugar um imvel para outra, esta poder cobrar um preo mais alto pelo aluguel, aumentando sua renda. O mesmo raciocnio vale para o caso em que for realizada uma venda de um imvel. Portanto, o aumento do valor dos imveis alm de representar em si uma valorizao patrimonial, tambm possibilita aumentar a renda das pessoas da regio. Este um impacto potencial positivo, de abrangncia local, mdia intensidade, significncia marginal, incidncia indireta, tendncia de reduzir medida que a demanda por trabalhadores das obras for diminuindo e reversvel. Matriz relativa ao aumento do valor dos imveis
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Local Marginal Indireta Regredir Reversvel

Porm, a valorizao imobiliria tambm gera impactos potenciais negativos para a populao local, pois os custos dos imveis aumentam, logo para aqueles que no os possuem, passa a existir maior dificuldade para se adquirir esse tipo de bem. Esse um processo inflacionrio que afeta diversos setores da populao na AID.

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As nuances que decorrem da valorizao imobiliria so, portanto, diversas. O processo inflacionrio um reflexo da luta individual e coletiva para obter um maior quinho da renda gerada em um dado contexto socioeconmico. Portanto, beneficiar alguns de modo mais evidente assim como gerar prejuzos para outros. Mas sob a tica do aumento da especulao imobiliria um processo negativo, de mdia intensidade, abrangncia local, significncia marginal, de incidncia indireta, com tendncia de se regredir e reversvel. A tendncia do processo inflacionrio regredir torna-se evidenciada quando se considera que se trata de uma inflao de demanda. Isto porque o mercado tende a se ajustar maior demanda, construindo mais moradias e avanando sobre reas peri-urbanas para fazer loteamentos. Com o aumento da oferta, a tendncia futura que os preos dos imveis se ajustem em um novo patamar de preos, mas de uma forma mais absorvvel para o ambiente socioeconmico. Matriz relativa ao aumento do custo dos imveis
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Indireta Regredir Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras e impacto real A valorizao imobiliria decorre do aumento populacional direto e indireto que o empreendimento ir promover e do aumento da renda nos municpios na fase de implantao, iro ocorrer de qualquer forma.. Como visto na anlise de impactos potenciais, se trata de um impacto com caractersticas positivas, sob a tica do proprietrio de terras e ou imveis, e negativas sob a tica de quem deseja comprar um bem imobilirio. Sendo assim, no se prev nenhuma medida especfica para este impacto. Mas ressalta-se que as medidas que se relacionam com a diminuio da intensidade dos fluxos migratrios para a regio, tais como o Programa de Comunicao Social, e os Programas de Priorizao da Mo-de-obra Local e Capacitao da Mo-de-Obra Local se espera que a valorizao imobiliria que decorrer do empreendimento seja mais bem absorvida pelo ambiente socioeconmico, tanto nos aspectos negativos como positivos.

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6.3.3.2 - Impactos da etapa de operao do empreendimento Perda de produo agropecuria decorrente da ocupao de terras pelo empreendimento Impacto Potencial O empreendimento da MMX se desenvolver integralmente no meio rural dos municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro. No seu contexto de insero so desenvolvidas atividades antrpicas, principalmente, a pecuria leiteira para a fabricao de queijo e a agricultura de subsistncia. O empreendimento utilizar uma rea de 2.401,45 hectares. As propriedades diretamente afetadas suprimiro as atividades que atualmente desenvolvem acarretando numa perda da produo do setor primrio, bem como na diminuio da produo de queijo. Esse impacto potencial negativo, de abrangncia local e baixa intensidade, uma vez que a rea afetada pelo empreendimento representa 3,8% da rea agrcola dos municpios afetos, j que estes possuem, segundo o Censo Agropecurio de 1996, uma rea de 63.033 hectares utilizados para lavouras (permanentes e temporrias) e pastagens (naturais e plantadas). O percentual de 3,8% de rea agrcola diretamente afetada pelo empreendimento , na realidade, ainda menor, pois de toda a rea ocupada pelo empreendimento, somente 37% desta ocupada com pastagens (limpas e sujas). Ou seja, o empreendimento ir ocupar 903,87 hectares utilizados pela agropecuria, o que representa 1,4% do total de hectares utilizados para lavouras e pastagens da AID. A perda da produo agropecuria decorrente diretamente do empreendimento no tem o potencial para causar desabastecimento de produtos agrcolas e agroindustriais tpicos da regio, bem como no possui o potencial para implicar em um processo inflacionrio resultante da diminuio da oferta desses produtos. Portanto, se trata de um impacto potencial negativo, de baixa intensidade, abrangncia local e significncia desprezvel. A incidncia direta, a tendncia de se manter e irreversvel. Dada a reduzida dimenso do impacto potencial (desprezvel), no se estipula nenhuma medida mitigadora para esse impacto.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Baixa Local Desprezvel Direta Manter Irreversvel

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Impacto sobre a paisagem Impacto Potencial A implantao do empreendimento representa uma profunda alterao dos atributos fsicos, cnicos, biticos e antrpicos que esto presentes no contexto scio-ambiental atual da regio. Portanto, toda uma dada realidade ser alterada. O empreendimento ir alterar o uso e a ocupao do solo, transformando uma rea que possui o uso voltado para atividades agropecurias em uma rea ligada extrao mineral e beneficiamento de minrio; o que, concomitantemente, determina obras de engenharia para o escoamento da produo, bem como a adequada disposio dos rejeitos do processo. Transformando radicalmente toda a paisagem da regio. O empreendimento tambm ir alterar as condies hidrolgicas de alguns cursos dgua, que tero suas disponibilidades hdricas reduzidas, sobretudo de algumas nascente . Como a situao das nascentes presentes na serra do Sapo, na serra de Itapanhoacanga e na serra da Ferrugem, que ao longo do desenvolvimento da lavras sero afetadas pelas atividades operacionais, podendo se extinguir. Esses cursos dgua so atualmente utilizados para o abastecimento humano, dessedentao animal, irrigao, agroindstria (basicamente, suprimento na fabricao de queijo e cachaa), lazer, pesca recreativa e compem harmonicamente a paisagem da regio. Destacadamente, o empreendimento ir alterar radicalmente algumas montanhas que compem a serra da Ferrugem, a serra do Sapo e a serra de Itapanhoacanga - reas de concesso mineral da MMX-, essas montanhas conformam paisagem atual e so atributos da beleza cnica da regio. Frisa-se que a paisagem resulta tanto da cultura de um agrupamento humano que, ao interagir com esta, a modela; como constitui uma matriz cultural para as pessoas que nela residem. Como resultado deste processo, o meio-ambiente torna-se uma vitrine permanente do saber, expressando a cultura em seus aspectos distintos e variados e originando valores funcionais e simblicos. Isto porque o meio ambiente influencia e modifica as pessoas que nele habitam. Estas, por sua vez, em um processo dialtico, nele intervm, transformando a realidade. H, portanto, uma influncia recproca entre a cultura e seu meio que reflete as percepes, valores, atitudes e comportamentos dos indivduos e grupos. sob essa tica que o empreendimento se insere e determina uma nova apropriao dos recursos naturais existentes na regio. Conformando uma nova realidade e assim alterando o modo de vida das pessoas que l residem e que carregam consigo os aspectos culturais que as moldaram e que tambm contriburam para moldar. Sendo assim, a significativa alterao do uso e ocupao do solo e dos aspectos culturais que o empreendimento enseja se configura, sob a tica da preservao da paisagem, como um impacto potencial ambiental negativo. J que a alterao da paisagem fsica e cultural se dar em um curto perodo de tempo e introduzir novos elementos culturais que so estranhos realidade atual e que iro originar um difcil, e muitas vezes doloroso, processo de assimilao dos habitantes locais.

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A alterao da paisagem urbana e rural, em seus diversos nveis (culturais, econmicos, fsicos, biticos, urbansticos, etc), tambm gera impactos potenciais sobre a potencialidade turstica da regio. Isto porque o patrimnio natural o principal atributo desta potencialidade e em alguns lugares a alterao da paisagem ser muito intensa diminuindo a beleza cnica destes. A grosso modo destaca-se como passveis de fortes alteraes cnicas, os seguintes locais: - ao longo do trecho da MG-010 entre Conceio do Mato Dentro (com maior intensidade a partir do distrito de So Sebastio do Bom Sucesso) e Alvorada de Minas; - no incio do trecho da Estrada Real em direo Crregos; - em todo entorno de Itapanhoacanga e de So Sebastio do Bom Sucesso; - nos limites de Conceio do Mato Dentro, na sada para Alvorada de Minas, prximo da regio do Parque Salo de Pedras, onde tambm ser possvel avistar alteraes paisagsticas decorrentes do empreendimento. As fotos a seguir ilustram os trechos mencionados:

Foto 258 - Vista panormica do Distrito de So Sebastio do Bom Sucesso, a partir da MG-010; local que ser passvel de significativa alterao cnica;

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Foto 259 - Vista panormica de Itapanhoacanga, a partir da Estrada Real, ao fundo, a serra que ser minerada em sua vertente oposta e sofrer rebaixamento da crista.

Foto 260 - Vista da Serra do Sapo a partir da entrada do Parque Natural de Salo de Pedras. As setas indicam os locais onde o rebaixamento do topo das montanhas ser mais visvel. A seta vermelha possui cor diferenciada das demais para destacar que se trata de uma rea de ampla visualizao a partir de vrios pontos da sede urbana, como demonstra a foto a seguir.

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Foto 261 - Destacando o impacto potencial visual sobre a sede urbana, a seta indica a montanha que ser afetada, na sua vertente oposta, mantendo a crista e a vertente voltada para a cidade intactas.

Portanto, se trata de um impacto negativo, de alta intensidade, abrangncia local , significncia crtica, de incidncia direta, com tendncia de se manter e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Para minimizar a alterao da paisagem natural o empreendedor adotar: - medidas de engenharia de minas que visem reduzir esse impacto ao mximo possvel, como por exemplo no realizar nenhuma interveno na vertente da serra da Ferrugem que est voltada para a sede urbana de Conceio do Mato Dentro; - recomposio topogrfica parcial das cavas com a deposio de material estril; - criao de barreiras visuais para obstaculizar a visualizao das estruturas industriais e operacionais do empreendimento;

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- reabilitao ambiental das reas degradadas pela minerao; - conservao e preservao de ambientes naturais no entorno das reas de minerao.

Impacto Real Com a adoo dos programas propostos ser reduzido o impacto sobre a alterao dos aspectos culturais da regio, aqui denominados paisagem cultural. Assim como sero minimizados os impactos sobre a paisagem fsica regional. Portanto o impacto real ser negativo, e ainda assim alta intensidade, abrangncia local, significncia crtica, de incidncia direta, com tendncia de se manter e irreversvel. Ou seja, embora se adote medidas para reduzir as diversas nuances de alterao paisagstica que decorre do empreendimento, o impacto se manter como alta intensidade, uma vez que sua irreversibilidade faz com que sua intensidade se mantenha elevada.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Alta Local Crtica Direta Manter Irreversvel

Incremento no nvel de empregos Impacto Potencial A operao do empreendimento gerar aproximadamente 1.038 empregos permanentes. Portanto, a quantidade de postos de trabalho que sero criados pelo empreendimento bastante significativa em qualquer contexto socioeconmico. No presente caso, a quantidade de empregos criados ainda mais significativa em virtude da baixa atividade econmica que caracteriza a regio, do pequeno tamanho da populao economicamente ativa, da pouca participao da indstria na gerao de empregos, da alta taxa de desemprego e do perfil do emprego da regio, caracterizado pela baixa qualificao requerida. A PEA da regio de insero do empreendimento do empreendimento possui 7.102 pessoas, dessas 6.113 pessoas se encontravam empregadas (em 2000), portanto o nmero de desempregados de aproximadamente 989 pessoas, o que significa uma taxa de desemprego de 13,9%. Neste contexto, o nmero de empregos criados pelo empreendimento representa 14,6% da PEA total da rea de influncia, 17% da populao ocupada e 5% maior que o nmero de pessoas desempregadas.

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Portanto, mesmo que toda a mo-de-obra desempregada da rea de influncia estivesse apta a ocupar todas as vagas que sero criadas pela operao do empreendimento, hiptese bem distante da realidade regional, esta no teria nmero suficiente de pessoas para atender a demanda do empreendimento. Em outras palavras, significa dizer que o empreendimento acabaria com o desemprego dos municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro. Portanto, se tem uma situao na qual o empreendimento gera mais empregos que a populao desempregada e, concomitantemente, a massa de desempregados no possui a qualificao tcnica para atender ao perfil de qualificao profissional requerido pelo mesmo. Disto decorre que o empreendimento ir empregar pessoas da regio, mas num primeiro momento a maior parte dos empregos ser ocupada por pessoas de outros municpios, sendo este um aspecto de abrangncia extra-regional. O empreendimento tambm possui potencial para gerar empregos indiretos e empregos decorrentes do efeito-renda, uma vez que a utilizao da massa salarial, que ser auferida pelos trabalhadores da MMX, ser, ao menos parcialmente, utilizada no mercado regional. Isto representa um maior fluxo de renda para outros agentes da economia dando condies a estes de manter o seu quadro funcional e/ou aument-lo, o que determina nveis mais elevados da taxa de emprego. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social - BNDES estipula que para uma gerao de 1.038 empregos permanentes na indstria extrativa mineral sero criados 4.515 novos empregos. Pois, segundo o estudo dessa instituio para cada emprego direto gerado pela indstria extrativa mineral so gerados 1,4 empregos indiretos e 2,95 decorrentes do efeito-renda. Neste modelo tambm est se considerando que sero criados empregos indiretos e decorrentes do efeito-renda em outros municpios, tornado-se claro o aspecto global do empreendimento em questo. Portanto, se pode afirmar que a operao do empreendimento gerar um nmero de empregos nos municpios da AID e AII superior aos 1.038 empregos diretos, porm inferior aos 4.415 empregos decorrentes dos efeitos do empreendimento sobre sua cadeia produtiva e sobre a renda regional. O incremento do nvel de empregos decorrente do empreendimento tambm beneficiar o municpio do Serro, que por possuir o maior contingente de mo de obra da regio dever ceder trabalhadores para o empreendimento. Ademais, uma vez que o Serro um plo regional, seu setor de servios e comrcio tambm dever ser aquecido em funo do empreendimento, gerando mais empregos indiretos em um processo acumulativo. Esse um impacto potencial positivo, de abrangncia global e muito alta intensidade, de significncia estratgica, de incidncia direta e indireta, com tendncia a se manter ao longo do empreendimento e reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Positivo Muito Alta Global Estratgica Direta e indireta Manter Reversvel

Indicao de medidas potencializadoras - Programa de Capacitao da Mo-de-obra e dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-obra e de Fornecedores locais

Impacto Real Durante a fase de operao os Programas de Capacitao da Mo-de-Obra e dos Fornecedores Locais, bem como os Programas de Priorizao da Mo-de-Obra e de Fornecedores Locais tero mais eficcia que na fase de implantao. Isto porque a operao do empreendimento envolve um perodo superior 35 anos de funcionamento, logo haver uma possibilidade muito maior de se capacitar a populao trabalhadora da regio para atender a demanda de um empreendimento da indstria extrativa mineral, como o caso deste da MMX. Portanto, na operao do empreendimento se podero ser adotadas metas crescentes para absoro da mo-de-obra local e tambm dos fornecedores locais. Com isso se pode prever que paulatinamente a populao economicamente ativa de Conceio do Mato Dentro, Alvorada de Minas e do Serro absorver maiores percentuais da gerao de emprego. Da mesma forma, a populao trabalhadora dos municpios afetos da AID e da AII com o decorrer da operao do empreendimento se tornar mais apta a absorver os empregos indiretos e decorrentes do efeito-renda. Isto porque aos poucos o ambiente socioeconmico da regio adquirir maior complementaridade em relao s demandas do empreendimento. Ressalta-se que o incremento no nvel de empregos tambm ir beneficiar o municpio do Serro, que se insere na rea de influncia indireta, e tambm municpios fora da rea de influncia do empreendimento, pois dada a grande mobilidade no mercado de trabalho, muitos dos trabalhadores contratados viro de outros municpios. Assim como o empreendimento gerar os empregos indiretos, na sua cadeia produtiva, e os empregos decorrentes do efeito-renda, se mantendo ao longo de toda a sua operao a sua caracterstica extra-regional, portanto global. Esse um impacto positivo, de abrangncia global e muito alta intensidade, de significncia estratgica, de incidncia direta e indireta, com tendncia a se manter ao longo do empreendimento e reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Positivo Muito Alta Global Estratgica Direta e indireta Manter Reversvel

Incremento no nvel de renda Impacto Potencial A massa salarial a ser paga pelo empreendimento representa uma significativa fonte de renda para a economia regional como um todo, provocando efeitos diretos e indiretos sobre o contexto econmico e social desta. O volume de recursos que os trabalhadores da regio passaro a deter-durante a operao do empreendimentoser um enorme incremento no nvel de renda regional. Portanto, o pagamento dos salrios significa um incremento direto da renda agregada da regio. A utilizao dos salrios ir contribuir para o aumento da renda regional, uma vez que parte destes sero gastos na prpria regio de insero do empreendimento. Desta forma se garante, mesmo que indiretamente, que parte da renda gerada pelo empreendimento fique na sua prpria rea de influncia. Alm do pagamento dos salrios, o empreendimento tambm contribui para o incremento da renda ao realizar no mercado local parte de suas compras de bens e matrias-primas e ao contratar servios de empresas da regio. Desta forma, contribui diretamente para que os demais agentes econmicos aufiram maiores nveis de renda. A renda de outras localidades tambm ser aumentada pelo empreendimento, uma vez que grande parte de suas compras de bens, mquinas, insumos e matrias-primas sero realizadas em outros municpios, estados e pases. Ademais, uma vez que o empreendimento tambm contratar trabalhadores de outros municpios estes tambm tero um aumento de sua renda atual. A condio extra-regional que o empreendimento possui para incrementar a renda de outras localidades fora da rea de influncia tambm dada pelo fato que os trabalhadores podem gastar seus salrios onde melhor lhes convier, logo se pode inferir que parte dos salrios pagos ser utilizada em outros municpios. Este um impacto positivo de abrangncia global, alta intensidade, significncia estratgica, incidncia direta e indireta, com tendncia a progredir e reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Positivo Alta Global Estratgica Direta e indireta Progredir Reversvel

Indicao das medidas potencializadoras - Programa de Capacitao da Mo-de-obra e dos Fornecedores Locais; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-Obra e de Fornecedores locais Com o aumento da absoro de empregos da operao por parte da populao dos municpios afetos ao empreendimento, bem como a maior complementaridade que a economia desses municpios passar a ter em relao ao empreendimento, se pode afirmar que haver um processo contnuo de incremento de renda nesses municpios, com especial nfase para Conceio do Mato Dentro. Isto porque em Conceio que se produzir a maior parte do minrio de ferro, bem como l que se situar a usina de processamento do minrio. Ressalta-se que na fase de operao os programas de priorizao e capacitao da mo-de-obra local surtiro maiores efeitos, uma vez que tero maior tempo para serem implementados. Ademais, toda a capacitao envolve um determinado tempo para surtir o efeito desejado. Porm, mesmo com a priorizao da mo-de-obra e dos fornecedores locais o empreendimento manter sua caracterstica global, uma vez que tambm gerar empregos indiretos e decorrentes do efeito-renda em outras localidades. Este um impacto positivo de abrangncia global, alta intensidade, significncia estratgica, incidncia direta e indireta, com tendncia a progredir e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Alta Global Estratgica Direta e indireta Progredir Reversvel

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Incremento da arrecadao pblica Impacto Potencial O empreendimento ir aumentar a arrecadao pblica dos municpios de sua rea de influncia (Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro). Este processo decorre de vrios fatores, dentre os quais se destacam: - aumento da massa salarial regional; - aumento do volume de vendas das empresas locais; - aumento do volume de contratos do setor de servios; - aumento da movimentao econmica dos municpios, expressa pelo aumento do Valor Adicionado Fiscal - VAF; - aumento da participao dos municpios na distribuio pelo Estado da cota-parte de ICMS que cabe a cada municpio; - Gerao de CFEM (Compensao Financeira pela Explorao dos Recursos Minerais); - aumento indireto da renda dos agentes econmicos decorrente do consumo dos trabalhadores da MMX; - aumento da renda agregada. A previso de faturamento anual do empreendimento no seu pico de sua produo, adotando a meta de produo mxima de 24,5 Mtpa, de R$ 2,44 bilhes. O faturamento do empreendimento decrescido dos custos com insumos e matriasprimas representar a contribuio deste para o VAF dos municpios da rea de Influncia Direta. Portanto, pode se inferir que a contribuio do empreendimento para o VAF da AID ser da ordem de R$ 1,99 bilhes por ano. Isto equivale a 105 vezes o valor do VAF gerado por esses municpios atualmente, pois segundo a Secretaria da Fazenda do Estado de Minas Gerais o VAF dos municpios da AID se situa em torno de R$ 19 milhes. Isto implica em um aumento diretamente proporcional da cota-parte de ICMS que cabe aos municpios da AID. Este clculo considera a condio ceteris paribus ou seja, a evoluo da economia dos demais municpios do Estado no ser , alterada. Portanto, segundo os clculos realizados a cota-parte de ICMS para os dois municpios aumentar de R$ 2,3 milhes para um valor da ordem de R$ 239 milhes. Ressalta-se que o aumento de cota-parte de ICMS mais significativo caber Conceio do Mato Dentro, j que neste municpio onde esto situadas as maiores reservas de minrio de ferro e onde se instalar a usina de beneficiamento. Mesmo que se considere que o aumento da cota-parte de ICMS seja menor que o calculado, devido a fatores que ainda no se podem prever, o aumento desta ocorrer e ser muito elevado.

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Com tudo isso o empreendimento representa uma revoluo nas contas pblicas desses municpios, pois os valores de gerao de receita tributria da ordem de milhes de reais. Enquanto que a gerao de receita tributria dos municpios da AID, at o ms de julho de 2007, segundo a Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais, foi de R$ 900 mil. Sendo que Alvorada de Minas gerou uma receita tributria de R$ 50 mil reais e Conceio do Mato Dentro de R$ 846 mil reais. Outro importante fator que tambm aumentar significativamente a arrecadao pblica dos municpios da AID a gerao de CFEM - Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Minerais. O CFEM calculado sobre o valor do faturamento lquido, obtido por ocasio da venda do produto mineral. Entende-se por faturamento lquido o valor da venda do produto mineral, deduzindo-se os tributos (ICMS, PIS, Cofins), que incidem na comercializao, como tambm as despesas com transporte e seguro. As alquotas aplicadas sobre o faturamento lquido para a obteno do valor do CFEM, variam de acordo com a substncia mineral. No caso do minrio de ferro esta de 2%. Os recursos do CFEM so distribudos da seguinte forma: 12% para a Unio, 23% para o Estado e 65% para os municpios produtores. O empreendimento ir gerar no pico de sua produo um volume de CFEM da ordem de R$ 39 milhes por ano. Isto ir representar aproximadamente R$ 25 milhes para os municpios produtores, cabendo maior parcela Conceio do Mato Dentro, R$ 9 milhes para o estado de Minas Gerais e R$ 4,7 milhes para a Unio. O empreendimento tambm ir contribuir para o aumento da arrecadao estadual, uma vez que alguns tributos que o mesmo paga de competncia estadual e tambm ir contribuir para o aumento do PIB de Minas Gerais. O mesmo tambm ocorre com relao ao governo federal, que passar a receber maiores taxas de IRPJ e Confins, alm de contribuir para maior PIB nacional. Portanto, se trata de um impacto potencial positivo, de abrangncia global, intensidade muito alta e significncia estratgica, com incidncia direta e indireta, tendncia de se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Muito alta Global Estratgica Direta e indireta Manter Reversvel

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Indicao de medidas potencializadoras - Programa de Capacitao da Mo-de-obra e dos Fornecedores Locais; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-Obra e de Fornecedores Locais; Esses programas em conjunto faro com que a economia local aumente ainda mais a sua absoro dos benefcios econmicos do empreendimento, uma vez que garantir maior participao dos agentes econmicos locais na gerao de emprego, renda e negcios diversos, decorrentes do desenvolvimento do empreendimento. Impacto Real O empreendimento incrementar a arrecadao pblica de Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas (em menor escala) significativamente considerando as condies econmicas atuais vigentes em ambos os municpios. Como demonstrado na avaliao de impactos potenciais, o aumento da cota-parte de ICMS, devido ao aumento do Valor Adicionado Fiscal, a gerao de CFEM, adicionados ao aumento de ISS, IPTU, dentre outros, que decorrero da maior absoro por parte da mo-de-obra e dos fornecedores locais das oportunidades de emprego e servios que o empreendimento ensejar, ser muito grande na economia regional. Ao longo da operao do empreendimento ocorrer uma transformao nas contas pblicas de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas, com um expressivo incremento na arrecadao municipal. Ou seja, esses municpios sero alados a um patamar econmico muito alm das possibilidades que possuem sem o advento da indstria extrativa mineral de grande porte em seus respectivos territrios. As medidas de incremento da arrecadao pblica se consolidam com o contnuo processo de maior aproveitamento da mo-de-obra e dos fornecedores locais nas oportunidades de emprego e servios que a MMX gerar. Ademais, o aumento da arrecadao pblica ser to significativo que mesmo que no se criasse nenhuma medida para intensificar esse processo, ainda assim esse impacto ser muito alto. Tambm se espera ao longo da operao do empreendimento impacto na arrecadao pblica do municpio do Serro em particular, bem como do Estado de Minas Gerais. Assim como se pode afirmar que haver maior arrecadao pblica em localidades distantes do empreendimento, pois devido ao seu grande porte este estabelece relaes comerciais com as mais diversas regies do Pas e at mesmo do exterior. Portanto, se trata de um impacto positivo de abrangncia global, alta intensidade, significncia estratgica, incidncia direta e indireta, com tendncia a progredir e reversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Positivo Alta Global Estratgica Direta e indireta Progredir Reversvel

Incremento no ndice de Desenvolvimento Humano Impacto Potencial O ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede o nvel de desenvolvimento humano dos pases utilizando como critrios de avaliao indicadores de educao (alfabetizao e taxa de matrcula), longevidade (esperana de vida ao nascer) e renda (PIB per capta). O empreendimento ir incrementar a renda regional, ensejar investimentos no setor de sade e educao, portanto se pode prever um melhora no nvel de renda, de educao e da longevidade. Tudo isto em conjunto representar um aumento do nvel do IDH. Porm, existiro externalidades no empreendimento que representaro uma fora contrria ao processo de aumento do IDH, que a possibilidade de aumento populacional de pessoas sem a garantia do emprego e a desestruturao do sistema de sade e educao decorrente do aumento da populao. Portanto, o empreendimento por si s, sem adoo de nenhuma medida de controle dos impactos negativos ter sua influncia no aumento do IDH bastante reduzida. Logo, se trata de um impacto potencial de mdia intensidade, abrangncia regional, significncia marginal, de incidncia direta e indireta, com tendncia de progredir ao longo da operao do empreendimento e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Regional Marginal Direta e indireta Progredir Irreversvel

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Indicao de medidas potencializadoras Com a adoo dos programas que se seguem, pode-se prever uma contribuio do empreendimento para o incremento do IDH dos municpios na AID e AII ; - Programa de Responsabilidade Social; - Programa de Capacitao da Mo-de-Obra Local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-Obra e dos Fornecedores Locais; - Programa de Comunicao Social; - Programa de Diversificao da Base Econmica Local; - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Turstico; - Programa de Gesto de Apoio Infra-Estrutura Municipal

Impacto Real Com os programas supracitados e associado prpria dinmica socioeconmica que o empreendimento ir provocar nos municpios da AID, se pode prever haver um sensvel impacto na melhora dos indicadores de renda, educao e, em menor escala, de longevidade (pois se pode inferir que as municipalidades tero maiores condies para realizarem polticas pblicas de proteo infncia, bem como, ofertar uma assistncia hospitalar de melhor qualidade). Sendo assim, haver um significativo incremento do IDH de Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas, os quais atualmente possuem este ndice com nvel abaixo da mdia estadual. Logo, se trata de um impacto de alta intensidade, abrangncia regional, significncia relevante, de incidncia direta e indireta, com tendncia de progredir ao longo da operao do empreendimento e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Alta Regional Relevante Direta e indireta Progredir Irreversvel

Incremento da balana comercial brasileira Impacto potencial O empreendimento da MMX destinar a sua produo de minrio de ferro, que ser de 24,5 Mtpa, para o mercado externo. Isso ir contribuir para o aumento do supervit da balana comercial brasileira.

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O incremento do supervit da balana comercial, que ser da ordem de R$ 2,5 bilhes por ano, significa uma maior insero do pas no comrcio internacional. Isto contribui para a valorizao da moeda brasileira, j que irriga a economia com moeda estrangeira (dlar) aumentando a oferta desta, fazendo com o que o Real se valorize e que as reservas em moeda estrangeira do pas cresam. Sendo assim, aumenta a resistncia da economia nacional possveis mudanas negativas (crises) do contexto econmico internacional. O aspecto negativo desse processo que a valorizao da moeda nacional diminui a competitividade dos setores mais tradicionais da economia, como o setor txtil, alimentcio e etc. Mas esse efeito no ser considerado na anlise do presente impacto potencial porque se trata de um processo que abrange toda a economia nacional, no podendo ser atribudo a um agente econmico isolado. Portanto, se trata de um impacto potencial positivo, de abrangncia global, mdia intensidade (dado todo o contexto econmico nacional), de significncia relevante, incidncia direta, com tendncia a se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Global Relevante Direta Manter Reversvel

Indicao das medidas potencializadoras Esse impacto decorre naturalmente do desenvolvimento do empreendimento, no se prevendo nenhuma medida potencializadora especfica. Impacto Real Este um impacto que decorrer naturalmente da comercializao do minrio de ferro produzido na regio. Sendo que a capacidade de produo da mina dada pelo tamanho da reserva, portanto no se prev nenhuma medida para incrementar tal impacto. Logo, este se mantm idntico ao relatado na avaliao de impactos potenciais da fase de operao.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Mdia Global Relevante Direta e indireta Manter Reversvel

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Alterao do perfil econmico Impacto potencial A operao das minas da MMX ir alterar o perfil econmico da sua rea de influncia, uma vez que esta caracterizada pelo setor agropecurio e pelo setor tercirio (comrcio e servios), tendo a Indstria uma baixa participao na composio do PIB regional. Em nmeros exatos, o setor primrio representa 23% do PIB regional, o setor tercirio 66% e o setor secundrio (Indstria) 11,5%. Com a operao do empreendimento o perfil econmico da regio ser completamente alterado. A Indstria passar a responder por mais 90% do PIB regional. A comparao da previso de faturamento previsto para o empreendimento com o tamanho do PIB somado dos municpios demonstra a enorme dimenso deste com relao economia de sua rea de influncia. A estimativa para o faturamento anual do empreendimento foi feita com base em uma estimativa de preo da tonelada de minrio de ferro equivalente US$ 49,94 por tonelada, o que equivale aproximadamente R$ 100 por tonelada. Segundo essa estimativa o empreendimento ir ter um faturamento bruto de R$ 2,44 bilhes por ano, dada uma produo de 24,5Mtpa. Esse valor , aproximadamente, 40 vezes superior ao PIB da rea de influncia direta do empreendimento (Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas). A alterao do perfil econmico de uma dada regio , em si, um elemento neutro em um contexto socioeconmico, j que as condies econmicas de uma regio no dependem diretamente do tipo de setor que predomina nesta, uma vez que a economia pode apresentar grande vitalidade independente de qual setor a caracteriza. Porm, no presente contexto a alterao do perfil econmico tende a ser positiva, porque tanto o setor tercirio como o setor primrio existentes nos municpios afetos ao empreendimento so caracterizados por pequenos produtores agropecurios, pequenos estabelecimentos comerciais e pequenas empresas prestadoras de servios. A maioria dos agentes econmicos produtivos da regio possui baixo nvel tecnolgico e no apresentam condies de ofertar empregos de qualidade. Isto se comprova pela baixa renda das famlias da regio. No municpio de Conceio do Mato Dentro a renda mdia de R$ 111,40 e em Alvorada de Minas R$ 99,62, comparativamente, a renda mdia da populao de Minas Gerais de R$ 276,60, portanto mais que o dobro da vigente na regio.. O setor industrial da regio caracterizado por pequenas indstrias tradicionais, principalmente alimentcias que produzem queijo, cachaa, processamento de mel, etc. Sendo assim, pode se considerar como positiva a alterao do perfil econmico da regio, porque haver um forte incremento da tecnologia abarcada nos produtos da regio, oferta de empregos de melhor qualidade com, concomitantemente, maior remunerao. Todos esses fatores sero conjugados e otimizados pela enorme movimentao financeira que o empreendimento ir realizar auferindo faturamento anual superior R$ 2,4 bilhes. Todo esse processo tende a dotar a mo-de-obra regional de uma maior capacitao profissional, maior nvel de renda e melhores condies de empregabilidade.

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Portanto, trata-se de um impacto potencial positivo, de intensidade muito alta, abrangncia regional, significncia estratgica, incidncia direta e indireta, com tendncia a se manter e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Muito alta Regional Estratgica Direta e indireta Manter Irreversvel

Impacto Real Este um impacto positivo que decorre naturalmente do peso econmico do empreendimento ante a economia dos municpios afetos este. Sendo assim, no se prev nenhuma medida mitigadora ou potencializadora deste impacto, que se manter na mesma proporo identificada na avaliao de impactos potenciais da operao. Ressalta-se que a alterao do perfil econmico ser tanto no porte da economia dos municpios afetos, que passaro a ter um Produto Interno Bruto dezenas de vezes maior, bem como no nvel de complexidade tecnolgica dos fatores produtivos desta economia, o que gera efeitos sobre toda a populao economicamente ativa dos municpios avaliados.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Muito Alta Regional Estratgica Direta e indireta Manter Reversvel

Alterao da cultura local Impacto potencial O empreendimento ir se inserir em um contexto cultural caracterizado pelas atividades ligadas ao meio rural, principalmente agricultura, pecuria e indstrias tradicionais, como a agroindstria (fabricao de queijos, cachaa, etc.).

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Nesse contexto, a cultura da populao caracterizada por sistemas ainda informais de trabalho, no qual a presena da famlia na preparao da mo-de-obra ainda fundamental. J que no meio rural muito comum que o responsvel pela famlia transmita aos mais jovens as habilidades para o trabalho no campo. Tambm caracteriza essa cultura a existncia de laos de convivncia entre os moradores dos distritos que esto no entorno do empreendimento, ou seja, aquela situao tpica de comunidades pequenas onde praticamente todas as pessoas que nestas residem se conhecem. Outro trao marcante da cultura das comunidades rurais a apropriao dos espaos pblicos, como ruas e praas, como locais para o lazer e o convvio social. Todo esse contexto cultural corre o risco de se perder com a implantao/operao do empreendimento, uma vez que o mesmo introduz elementos estranhos realidade local. A mudana do perfil econmico dada pelo grande projeto industrial que o empreendimento introduz um desses elementos, assim como, o grande contingente de trabalhadores, muitos provenientes de outras localidades, outro. Esses dois elementos possuem o potencial para diminuir a importncia do contexto familiar na preparao da mo-de-obra, bem como modificar o modo de apropriao dos espaos pblicos e as relaes de convivncia entre as pessoas locais. Porm, deve se ressaltar que j existe na regio a ocorrncia de processos de massificao cultural. Ou seja, a regio j sofre a influncia de outros plos culturais de mbito nacional e internacional. Esta influncia se d mais notadamente atravs dos meios de comunicao de massa (televiso e rdio, principalmente) e tambm via a presena de turistas e das prprias pessoas da regio que saem para grandes centros em busca de oportunidades de emprego e renda e quando voltam para a AID levam consigo novos valores culturais. Trata-se de um impacto potencial negativo, de abrangncia local, alta intensidade, de significncia crtica, de incidncia direta e indireta, com tendncia a progredir e ireversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta e indireta Progredir Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Para mitigar esse processo, ser implementado especificamente os seguintes programas : - Programa de Diversificao da base econmica local - Programa de Apoio ao Turismo; - Programa de Educao voltado para o Relacionamento com a Comunidade Local.

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Atravs desses programas se buscar manter em funcionamento todo o contexto de produo da agricultura familiar, da produo de queijo segundo o modelo tradicional, que inclusive tombado como um bem imaterial do estado de Minas Gerais, bem como se buscar viabilizar o incremento da atividade turstica. Assim como se buscar manter a agradabilidade dos municpios afetos. Impacto Real Com a adoo dos referidos programas, se espera que a funo da famlia como provedora do conhecimento para a realizao do trabalho rural, bem como a continuidade dos processos econmicos tpicos do meio rural da regio sejam mantidos. Mas ressalta-se que a alterao do perfil econmico dos municpios da rea de influncia direta do empreendimento j representa uma profunda mudana cultural nesses. Todo um modo de vida ligado s atividades rurais e ao ritmo de vida mais calmo corre o risco de ser radicalmente mudado. Com a preservao desse ambiente cultural, se preservar ainda mais a potencialidade turstica da regio, e com o desenvolvimento do Programa de apoio ao turismo, todo o contexto de valorizao da cultura rural tradicional e das belezas naturais e culturais da regio ser mantido. Quanto ao aspecto tpico da cultura rural de apropriao dos espaos pblicos, como ruas e praas, como locais para o lazer e convvio social, a implantao do Programa de Educao voltado para o Relacionamento com a Comunidade Local possibilitar que tal prtica social se mantenha . Porm, como j afirmado, a dimenso do empreendimento, ante ao tamanho da economia e da populao dos municpios afetos, faz com que mesmo que todas as medidas de preservao cultural sejam implementadas ainda assim haver alterao na cultura local. Ou seja, muito se ganhar em termos socioeconmicos, mas algo se transformar e/ou se perder intimamente no interior de cada ser. Pois a cultura se refere tambm ao modo de vida das pessoas e este dificilmente se manter como atualmente. Portanto, se trata de um impacto negativo, com marcante subjetividade, de mdia intensidade, abrangncia local, significncia marginal, incidncia direta e indireta, com tendncia de progredir e irreversvel,
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta e indireta Progredir Irreversvel

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Impacto sobre a potencialidade turstica Impacto potencial A fase de operao do empreendimento da MMX tem o potencial de interferir na potencialidade turstica dos municpios da AID (Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas), pois altera a paisagem natural, as condies de trafegabilidade das estradas e a cultura econmica e social da regio. Esses aspectos so muito importantes para o contexto do setor de turismo. Isto porque os municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas se inserem nos circuitos tursticos da Serra do Cip, da Estrada Real e dos Diamantes. Esses circuitos se caracterizam pelo rico acervo histrico, arquitetnico, paisagstico e cultural e o turista que usufrui desses circuitos almeja se inserir em um ambiente que possua esses aspectos ainda preservados. Vale mencionar que a municipalidade de Conceio do Mato Dentro se coloca, em folhetos informativos e na sua pgina oficial da internet como a capital do ecoturismo de Minas Gerais. Portanto, as alteraes provocadas pelo empreendimento tm o potencial para diminuir a atratividade turstica da regio em estudo, face a grande riqueza que existe nesta. Em outras palavras, o turista que poderia usufruir de uma estadia mais prolongada nos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas, ficaria incentivado a partir para as outras localidades do entorno (Serra do Cip - Cardeal Mota -, municpios do Serro e Diamantina) podendo inclusive adotar outros caminhos que no sejam a MG-010. Isto ocorrer se a agradabilidade atual da regio em estudo for comprometida. O conceito de agradabilidade em um circuito de turismo ecolgico est relacionado com valores como: beleza cnica, ritmo de vida tranqilo, hospitalidade das pessoas locais, pequenos lugarejos ainda preservados, dentre outros. O empreendimento ao incrementar a renda, o tamanho da populao, inserir uma atividade industrial de grande porte e alterar o perfil econmico regional afetar os aspectos que constituem o conceito de agradabilidade do tipo de turismo que os municpios da AID almejam desenvolver. Sendo assim, considera que o maior impacto potencial negativo sobre o turismo se dar sobre os aspectos culturais e econmicos que definem a maneira de ser da regio e sobre a paisagem desta como um todo. Pois haver alteraes na paisagem de entorno de importantes patrimnios histricos e paisagsticos. Como, por exemplo, em alguns pontos da Estrada Real haver alterao da paisagem que se avista. Porm, ressalta-se que o empreendimento no ir afetar o patrimnio histrico, arquitetnico, cultural (no sentido que as festividades tradicionais e produtos como o queijo da regio no esto ameaados), nem os principais patrimnios naturais da regio. Portanto, as principais cachoeiras de Conceio do Mato Dentro (Tabuleiro, Rabo de Cavalo, dentre outras) no sero afetadas, assim como no ser afetado o Parque Estadual da Serra do Intendente, nem seu entorno imediato e nenhuma Unidade de Conservao da regio (embora o empreendimento se insira na zona de amortecimento do Parque Natural Municipal Salo de Pedras).

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Quanto aos distritos de Itapanhoacanga e de So Sebastio do Bom Sucesso, podese inferir que destes distritos com o empreendimento, a potencialidade turstica ficar negativamente e irreversivelmente comprometida. As alteraes que estes dois distritos iro sofrer so muito intensas, uma vez que ser alterado o perfil econmico, cultural e o ritmo de vida destas comunidades. Assim como a paisagem sofrer profunda alterao. Desses distritos o que possui maior potencialidade turstica Itapanhoacanga, pois possui patrimnio cultural tombado em nvel federal (Igreja de So Jos) e algumas cachoeiras. Alm de possuir uma pousada. A potencialidade turstica de So Sebastio do Bom Sucesso menor, no havendo o produto turstico de fcil identificao, como quando h um reconhecimento em nvel estadual ou federal de um patrimnio seja ele natural ou cultural. O municpio do Serro tambm possui grande potencialidade turstica, tanto para o turismo cultural como para o ecoturismo e o turismo de aventura. Considera-se que o empreendimento ao afetar negativamente a potencialidade turstica de Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas, em funo de alterar elementos da paisagem natural e cultural destes, poder tambm afetar negativamente o potencial turstico do Serro. Mas esse processo se dar numa intensidade menor do que nos municpios da AID. Isto porque o empreendimento afetar somente um dos caminhos de acesso ao Serro, pois sua territorialidade no ser afetada pelo mesmo. Sendo assim, possvel que alguns turistas desistam de visitar o municpio porque as condies das estradas de acesso pioraram em funo do aumento do trfego e da paisagem que ser alterada. Mas esse um processo difuso e de difcil percepo por parte dos agentes econmicos que so do setor do turismo do municpio. Logo, para o municpio do Serro o impacto potencial sobre sua potencialidade turstica ter uma intensidade baixa e significncia desprezvel. De toda forma, o empreendimento, ao inserir com um elemento estranho a todo o contexto socioeconmico e paisagstico da regio, representa para a potencialidade turstica um impacto potencial negativo, de abrangncia regional, de alta intensidade, significncia crtica, incidncia direta e indireta, com tendncia de se manter e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta e indireta Manter Irreversvel

O municpio de Santana do Riacho, que integra a rea de Influncia Indireta - AII do empreendimento, tambm possui grande potencialidade turstica para o turismo ecolgico e de aventura. Essa potencialidade no ser afetada pelo empreendimento porque esse municpio no ter sua paisagem alterada, nem se espera que tenham grande modificao cultural e no modo de vida que l se desenvolve. Portanto, o empreendimento se insere com neutralidade em relao sua potencialidade turstica.

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Indicao de medidas mitigadoras Com a adoo dos seguintes programas: - Programa de Responsabilidade Social; - Programa de Capacitao da Mo-de-obra Local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-Obra e dos Fornecedores Locais; - Programa de Comunicao Social; - Programa de Educao voltado para o Relacionamento com as comunidades; - Programa de Diversificao da Base Econmica Local; - Programa de Gesto de Apoio Infra-estrutura municipal; - Programa de Apoio ao Turismo; - e das medidas de engenharia para mitigar a gerao de rudos, poeiras e da alterao cnica da paisagem. Pode-se prever uma forte diminuio dos potenciais impactos negativos sobre a potencialidade turstica. Isto porque os referidos programas buscam diminuir a atrao de pessoas para a regio, aumentar a absoro da renda e dos empregos por parte dos trabalhadores e fornecedores locais, ensejar um relacionamento harmnico com as comunidades do entorno e das sedes municipais e manter a economia da regio com certo grau de diversificao. Portanto, esses programas em conjunto buscaro manter a agradabilidade da regio. O que fundamental para a manuteno da potencialidade turstica. Ademais, tambm se implementar o Programa de Apoio ao Setor de Turismo. Este poder atravs de treinamentos e aes especficos de preservao e melhoria dos acessos ao patrimnio natural e cultural, minimizar ainda mais o impacto sobre a potencialidade turstica. Impacto Real A minimizao do impacto sobre a potencialidade turstica ser ainda mais efetiva se considerarmos que os principais entraves ao desenvolvimento desta, so: - limitada renda regional para investir em divulgao e melhorias dos acessos aos atrativos tursticos; - baixa qualidade da infra-estrutura turstica; - acessos virios mal conservados (estradas de terra, que se tornam pouco transitveis nos perodos chuvosos e com muita poeira na poca seca); - poucos equipamentos tursticos facilmente identificveis pelo turista; - baixa capacidade para se investir em melhoria da infra-estrutura de hotelaria e de restaurantes; - mo-de-obra do setor sem treinamento especfico, dentre outros.

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Ressalta-se que os principais entraves que afetam o desenvolvimento da potencialidade turstica em Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas se referem principalmente limitada renda da regio e a ainda incipiente cultura empresarial que caracteriza o setor. Mas como o empreendimento ir aumentar a renda regional e tambm criar os j citados programas para manter a agradabilidade da regio e um programa especfico de apoio ao desenvolvimento do turismo, ento se pode afirmar que o impacto sobre a potencialidade turstica que ser bastante minimizado. Pois apesar da perda de alguns elementos atrativos fundamentais para a potencialidade deste setor na regio da rea de influncia direta, o ganho em termos de divulgao, treinamento, infra-estrutura hoteleira e de alimentao ser muito grande. Porm, se considerar o impacto sobre a potencialidade turstica como negativo, principalmente porque nos distritos do entorno do empreendimento a intensidade deste impacto ser elevada, assim como, as alteraes ao longo da MG-010 entre Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas sero intensas, causando incmodos para o usurio da rodovia. Mas a intensidade desse impacto sobre o setor como um todo ser mdia, a abrangncia local, significncia marginal, de incidncia direta e indireta, com tendncia de se manter ao longo do empreendimento e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta e indireta Manter Irreversvel

O impacto sobre a potencialidade turstica dos municpios do Serro e de Santana do Riacho ser de baixa intensidade, uma vez que estes no tero parcelas de sua paisagem alteradas. Somente o Serro poder ter sua potencialidade turstica afetada negativamente devido as alteraes cnicas e de trafegabilidade ao longo da MG-010. Portanto, a significncia desse impacto para os municpios da AII, com potencialidade turstica (Serro e Santana do Riacho) ser desprezvel.

Atividade turstica Impacto potencial A operao do empreendimento se representa uma diminuio da potencialidade turstica da regio, pode tambm representa uma grande oportunidade para desenvolver a atividade. Pois, h que se considerar que o turismo muito mais uma potencialidade que uma atividade econmica de Conceio do Mato Dentro. E em Alvorada de Minas ainda praticamente inexistente. Isto ocorre porque existem fortes entraves que limitam o desenvolvimento dessa atividade na AID.

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A regio carece de opes de hospedagem e de alimentao; falta o produto turstico formatado, ou seja, o turista que chega regio ter que praticamente ser um desbravador da mesma e no ter opes tpicas do turismo de aventura, como trekkings, raftings, passeios cavalo guiados, etc.; e h tambm a questo da concorrncia com outras localidades prximas nas quais a atividade turstica se encontra mais evoluda, a saber: Serra do Cip (antigo de distrito Cardeal Mota), Diamantina, Serro (principalmente nos distritos de Milho Verde e So Gonalo do Rio das Pedras) e outras. Isto quer dizer que os municpios afetos do empreendimento ainda no conseguiram efetivar a sua to proeminente potencialidade turstica. De um modo geral, o turista tem passado por essa regio e usufrudo de estadias curtas. Outros aspectos que dificultam o aproveitamento da potencialidade turstica o baixo treinamento da mo-de-obra do setor de servios, a m qualidade das vias que do acesso ao Patrimnio Natural e aos distritos e a baixa capacidade do empresariado local de investir dada a pouca renda que circula na economia da AID. Atualmente, nada permite afirmar que a potencialidade turstica ir se consolidar na mesma dimenso do seu potencial. A infra-estrutura ainda incipiente de hospedagem, alimentao e viria compromete os esforos do empresariado local de alavancar esta atividade. O que coloca a atividade turstica em um ciclo vicioso ou seja, o , empresariado se inibe de realizar investimentos porque o contexto econmico no lhe parece propcio e assim a estagnao da atividade persiste. E com a estagnao o problema da falta de melhores opes de hospedagem, alimentao e lazer continua. Dessa forma o turista continua desestimulado de ir para a regio. Assim, o potencial turstico no se consolida e toda a questo turstica se mantm relacionada potencialidade. Porm, ressalta-se que Conceio do Mato Dentro ao criar em seu territrio o Parque Estadual da Serra do Intendente, deu um importante passo para a consolidao da atividade turstica, pois a criao de um parque natural transforma a potencialidade turstica em um produto turstico. O qual usualmente costuma ter ampla aceitao por parte dos turistas. Haja vista o processo ocorrido em outros municpios que criaram parques estaduais ou nacionais, que aps a criao passaram a vivenciar um forte incremento da atividade turstica. O empreendimento tem o potencial de beneficiar a atividade turstica porque ir preencher uma lacuna crucial para o desenvolvimento desta, que a falta de condies de se investir, dada a pouca renda agregada regional. O empreendimento ir aumentar a taxa de ocupao dos hotis e pousadas da regio gerando maior condio para o empresariado realizar inverses financeiras nos seus respectivos empreendimentos. A radical transformao das condies econmicas e sociais da regio, incrementando a renda e a arrecadao pblica a nveis muito superiores ao atual permitir s prefeituras investir em saneamento bsico, urbanizao, projetos culturais, preservao ambiental, divulgao de suas potencialidades, etc. Todo esse processo contribuir para consolidar o potencial turstico da regio, j que atravs deste se poder dotar a regio dos fatores de que carece para o desenvolvimento dessa atividade. O empreendimento tambm ir aumentar o contingente populacional da regio e aumentar o nmero de visitantes, pois uma mineradora do porte da MMX tem relaes comerciais com profissionais de todo o Brasil e do mundo, o que benfico para o setor de turismo.

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Todas essas consideraes de impacto potencial positivo do empreendimento para o turismo regional se tornaro realidade, desde que as condies da agradabilidade da regio no sejam comprometidas. Sendo assim, nos distritos mais prximos do empreendimento como So Sebastio do Bom Sucesso e Itapanhoacanga, a anlise desse impacto potencial difere da AID como um todo. Pois a modificao que estas localidades sofrero ser muito intensa para permitir o desenvolvimento do turismo. Nos demais distritos, como Crregos, Santo Antnio do Norte, Tabuleiro, Itacolomi, etc, a considerao quanto possibilidade de haver incremento da atividade turstica continua vlida. Pois sero beneficiados pelo aumento da renda e da populao e no sofrero impactos potenciais paisagsticos e culturais na mesma proporo dos distritos do entorno do empreendimento. Com tudo isso, tambm se deve considerar que os reflexos positivos sobre a atividade turstica se daro ao longo do tempo e com grande dependncia de como o setor privado ir reagir nova condio socioeconmica da regio. Sendo assim, a intensidade desse impacto potencial est sujeita as muitas variveis, o que dificulta a avaliao. Sendo assim, o empreendimento tem o potencial de ser positivo para o setor turstico da AID, de incidncia direta e indireta, alta intensidade, significncia relevante, e abrangncia local com tendncia de progredir e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Alta Local Relevante Direta e indireta Progredir Reversvel

Para os municpios da AII, Santana do Riacho e Serro, o empreendimento tambm tem potencial para incrementar a atividade turstica. Esta situao ainda mais evidente com relao Santana do Riacho, pois o principal produto turstico desse o Parque Nacional da Serra do Cip, que est situado no distrito de Cardeal Mota, o qual se localiza no eixo da MG-010, uma das principais vias de acesso ao empreendimento. Portanto, pode se prever que a atividade turstica ir ser incrementada devido ao aumento do fluxo das pessoas, que se depararo ao longo do percurso com um distrito que possui um forte desenvolvimento do setor de turismo. Sendo dotado de grande infra-estrutura de hospedagem, com vrias faixas de preos, diversos produtos tursticos j formatados e importante patrimnio natural. No municpio do Serro, tambm se conclui que o empreendimento ir gerar efeitos positivos para o setor turstico, pois haver um aumento da renda e da populao na regio. Com isso, pode se inferir que uma parcela dessas pessoas possa ser atrada a conhecer a riqueza cultural e natural do Serro.

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Porm, ressalta-se que na AII os reflexos sobre a atividade turstica sero de menor intensidade. Sendo assim, o impacto potencial sobre a atividade turstica da AII ser positivo, de mdia intensidade, local, significncia marginal, com tendncia de progredir, pois a divulgao que um turista faz do lugar visitado atrai mais turistas e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Local Marginal Direta e indireta Progredir Irreversvel

Indicao de medidas potencializadoras - Programa de Responsabilidade Social; - Programa de Capacitao da Mo-de-obra Local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-Obra e dos Fornecedores Locais; - Programa de Comunicao Social; - Programa de Educao voltado para o Relacionamento com as comunidades; - Programa de Diversificao da Base Econmica Local; - Programa de Gesto de Apoio Infra-estrutura municipal; - Programa de Apoio ao Turismo; - e das medidas de engenharia para mitigar a gerao de rudos, poeiras e da alterao cnica da paisagem. Com a adoo do Programa de Apoio ao Turismo e de todos os Programas citados como mitigadores dos impactos sobre a potencialidade turstica e que esto nomeados acima. Pode-se inferir que haver uma significativa melhora na qualidade da infraestrutura de hotelaria e alimentao, tanto em Conceio do Mato Dentro como em Alvorada de Minas. Tambm se prever que haver melhora nos acessos ao patrimnio natural e aos distritos onde tambm h significativo patrimnio cultural. E, por fim, se pode inferir que a agradabilidade da regio se manter. Impacto Real A atividade turstica em Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas ainda incipiente. A rede hoteleira de Conceio do Mato Dentro no possui qualidade para se destacar no cenrio turstico estadual, a cidade no possui muitas opes de alimentao e diverso, os equipamentos tursticos so poucos, o treinamento da mo-de-obra deficiente. Em Alvorada de Minas pode-se considerar a atividade como praticamente inexistente.
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Mas iniciativas como a criao, em Conceio do Mato Dentro, do Parque Estadual da Serra do Intendente (produto turstico) e a divulgao do municpio como a capital do ecoturismo no Estado, demonstram que a sociedade deste municpio atribui grande importncia ao setor turstico. Aliado aos programas propostos, h que se considerar o forte aumento de renda, de populao e de visitantes, que o empreendimento proporcionar para esses municpios. Pois, o aumento da renda, do nmero de pessoas na regio e visitando a regio (mesmo que em funo do empreendimento), so fatores que se relacionam diretamente com o crescimento da atividade turstica. Portanto, com o decorrer da operao do empreendimento os reflexos sobre a atividade turstica sero positivos. Ainda mais que os principais atrativos/equipamentos tursticos de Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas se mantero intactos. Ou seja, o empreendimento no impacta nenhuma patrimnio natural reconhecido desses municpios. Todas as unidades de conservao de Conceio do Mato Dentro se mantero preservadas, assim como no sero afetados os distritos de maior potencial turstico (Tabuleiro, Itacolomi, Crregos, Santo Antnio do Norte, Costa Sena). O empreendimento ao longo de sua operao possibilitar que Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas efetivem a sua grande potencialidade turstica, transformando esta em uma atividade econmica de mdio porte. Principalmente porque quebrar o ciclo vicioso em que o setor se encontra que se resume ao fato que o empresrio do setor no investe por falta de renda e por falta de demanda. J que o empreendimento provocar justamente o aumento da renda e o aumento do nmero de pessoas visitando a regio (mesmo que em funo de realizar negcios). Ou seja, o empreendimento tende a despertar o esprito capitalista do empresrio desse setor, transformando as caractersticas de pequenos negcios familiares que marcam esse setor em Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas. O impacto sobre a atividade turstica do Serro e de Santana do Riacho tambm ser positivo, pelos mesmos motivos que nos municpios da rea de influncia direta. Ou seja, o aumento do nmero de pessoas na regio, da renda e do nmero de visitantes tambm ir gerar um incremento da demanda pelos servios e bens ofertados pelos estabelecimentos classificados como correlatos ao setor de turismo. Assim, se pode inferir que haver um aumento da taxa de ocupao de hotis e aumento da venda de refeies nesses municpios da AII. Portanto, o impacto sobre a atividade turstica ser positivo, de muito alta intensidade, abrangncia regional, significncia estratgica, com incidncia direta e indireta, com tendncia de progredir e irreversvel (porque o setor ser alado um patamar de gerao de emprego e renda que no tem retorno

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Positivo Muito Alta Regional Estratgica Direta e indireta Progredir Irreversvel

Presso sobre os equipamentos e servios pblicos Impacto potencial A operao do empreendimento ir gerar 1.038 empregos diretos permanentes. Desses, grande parte ser ocupado por trabalhadores de outros municpios, pois a mo-de-obra presente na AID no possui a especializao que o empreendimento demanda. Os trabalhadores que migraro para a regio tero um estmulo natural de trazerem consigo as suas famlias, devido ao carter permanente do trabalho. Estimando que a mdio prazo 40% dos empregos a serem criados sero ocupados por trabalhadores da prpria rea de influncia e que o restante (60%) ser ocupado por trabalhadores de outras regies, pode se afirmar que haver a migrao de 623 pessoas para os municpios da AID. Sendo que a maior parte deve se dirigir para Conceio do Mato Dentro, devido ao seu porte e estrutura maior. Considerando que cada um desses ir trazer sua famlia e adotando que sero 4 pessoas por famlia, infere-se que chegar a regio, aproximadamente, 2.492 pessoas. Este contingente de pessoas significaria um crescimento da populao dos municpios afetos de 11%. Isto se torna ainda mais significativo dado o fato que a regio apresenta taxas negativas de crescimento. Tambm h que se considerar que o empreendimento exerce uma atrao natural sobre trabalhadores de outras regies, que podem se sentir estimulados a buscarem os empregos criados pelo mesmo, sem terem garantia se sero empregados ou no. Ademais a prpria movimentao econmica que o empreendimento gera, influencia todo o ambiente econmico da regio criando, indiretamente, postos de trabalho adicionais em outros agentes econmicos. Portanto, o empreendimento tende a gerar um processo de migratrio para a regio que supera significativamente a quantidade de pessoas que migraro exclusivamente em funo deste. Como j mencionado no item dos empregos a serem criados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social - BNDES estipula que para uma gerao de 1.038 empregos permanentes na indstria extrativa mineral sero criados 4.515 novos empregos. Pois, segundo o estudo dessa instituio para cada emprego direto gerado pela indstria extrativa mineral so gerados 1,4 empregos indiretos e 2,95 decorrentes do efeito-renda. Mas ressalta-se que grande parte dos empregos indiretos e decorrentes do aumento da renda se efetivaro em outras localidades, portanto no impactaro os servios e equipamentos pblicos dos municpios da AID e do municpio do Serro.

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Logo, o crescimento populacional decorrente, direta e indiretamente, da operao do empreendimento representa uma presso sobre os equipamentos e servios pblicos, os quais so pormenorizados a seguir.

Sistema de sade e educao Impacto potencial O impacto potencial sobre o sistema de sade e educao dos municpios da AID decorre do fato que o aumento populacional decorrente do empreendimento enseja maior necessidade de atendimento sade. Isto representa custos adicionais para a sociedade como um todo, uma vez que a oferta de ensino e atendimento hospitalar uma obrigao constitucional do poder pblico. As Prefeituras dos municpios afetos tero que realizar obras de ampliao de escolas, hospitais, bem como contratar mais profissionais do setor de educao e de sade. Portanto, esta uma externalidade negativa do empreendimento.

Expanso urbana Impacto potencial O aumento da renda e da populao decorrente do empreendimento enseja a necessidade de novas moradias. Disto decorre uma presso por reas para construo, determinando uma expanso e um adensamento da malha urbana. Neste processo ocorrem impactos potenciais tanto sobre o setor privado, que no que tange construo civil, ser dinamizado quanto ao setor pblico que ter que dotar s novas reas do municpio com os servios de urbanizao, tais como: calamento, iluminao, rede eltrica, abastecimento de gua, rede de coleta de esgotos, etc. Portanto, a presso por novas moradias representa um impacto potencial positivo para o setor de construo civil. Porm no conjunto da sociedade como um todo este pode ser considerado negativo, pois se ocorrer com uma dimenso muito grande tem o potencial para gerar fortes presses sobre a administrao pblica, que ter que arcar com diversos custos para adequar s novas reas. No caso das Prefeituras da AID no conseguirem realizar as adequaes urbansticas necessrias, o crescimento desordenado dos municpios passa a gerar um processo de favelizao nos mesmos, o que extremamente nocivo para a municipalidade e que gera rebatimentos sobre outras reas dos municpios como a potencialidade turstica que afetada e a segurana pblica.

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Segurana pblica Impacto potencial O empreendimento da MMX ir aumentar o nmero de pessoas na regio, bem como ir aumentar a renda e a circulao monetria. Estes aspectos tm o potencial de atrair criminosos para os municpios da AID. Isto porque dada a grande entropia social que decorre do empreendimento, torna-se possvel aproveitar da situao para realizar crimes diversos. Portanto, se trata de um impacto essencialmente indireto do empreendimento, uma vez que no se est sugerindo nem concebendo que o aumento da criminalidade decorra dos trabalhadores contratados. Mas como h uma relao diretamente proporcional entre aumento da populao e aumento da criminalidade logo se pode prever que haver um aumento das ocorrncias policiais na AID. Este um impacto potencial negativo que tambm gera externalidades para o setor pblico e para a sociedade como um todo. Os impactos potenciais acima identificados tambm devero ocorrer, porm numa intensidade menor, no municpio do Serro (AII), dado seu contingente populacional e a atrao cultural e econmica que este exerce na regio. Todos esses impactos potenciais identificados so negativos e quando considerados no seu conjunto se tornam de muito alta intensidade. Portanto, assumem uma proporo catastrfica, de abrangncia regional e com tendncia de se manter e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Muito alta Regional Catastrfica Direta e indireta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras A gerao de emprego e renda que decorrero da operao do empreendimento, ir incrementar a populao dos municpios da AID, sendo este aspecto mais acentuado em Conceio do Mato Dentro. Do aumento da populao decorre a necessidade de maior oferta de servios pblicos essenciais, como sade, segurana e educao, bem como enseja a necessidade de investimentos em urbanizao e saneamento bsico.

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Para mitigar essas externalidades negativas que o empreendimento provocar sero adotados os seguintes programas: - Programa de Responsabilidade Social; - Programa de Capacitao da Mo-de-obra Local; - Programa de Desenvolvimento dos fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-obra e dos fornecedores Locais; - Programa de Comunicao Social; - Programa de Gesto de Apoio Infra-estrutura municipal; - Programa de Monitoramento dos impactos antrpicos . Com a implementao dos programas supra-citados se ter uma forte reduo nos impactos sobre o aumento da demanda por servios e equipamentos pblicos. Isto porque esses programas quando articulados em conjunto reduziro a atrao de pessoas em busca de emprego, aumentaro a renda da populao do municpio e permitiro um acompanhamento por parte do poder pblico e da sociedade civil organizada dos processos sociais e econmicos que estejam ocorrendo nos municpios afetos do empreendimento. Impacto Real O forte incremento na renda que o empreendimento propiciar s administraes municipais, atravs do aumento da arrecadao pblica, dar as mesmas uma maior condio de ofertar servios de urbanizao, sade e educao. Tambm se pode esperar que o setor privado reagir de modo positivo ao aumento das demandas por sade e educao. Pois com aumento populacional e aumento da renda se pode inferir que o setor privado, ao longo do perodo superior 30 anos de operao do empreendimento, tambm ir criar novas escolas, hospitais e consultrios mdicos. Portanto, se pode prever que haver uma grande transformao positiva no sistema de sade e educacional de Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas. Quanto aos servios de segurana pblica, o Programa de Gesto de Apoio InfraEstrutura Municipal ir desenvolver aes de parceria com o poder pblico estadual para condicionar o aumento do efetivo policial ao aumento da populao e da demanda por esses servios. O que tambm ir reduzir o impacto sobre a segurana pblica. Esses impactos tambm so previstos para o municpio do Serro, o qual dever ter aumento populacional em decorrncia do empreendimento. Com isso tambm ser necessrio que o Programa de Gesto de Apoio Infra- Estrutura Municipal e o Programa de Monitoramento dos impactos econmicos seja estendido a esse municpio.

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Com todos os programas previstos, aliado maior autonomia econmica das Prefeituras Municipais e ao aumento da renda regional (que possibilitar ao setor privado de investir em servios de educao e sade), o impacto sobre a maior demanda por servios e equipamentos ser de mdia intensidade, abrangncia regional, de incidncia direta e indireta, com tendncia de se manter e irreversvel (uma vez que o aumento da populao um processo contnuo e sem retorno. O efeito se manter negativo porque haver um espao de tempo entre o aumento da demanda pelos referidos servios e o aumento da oferta dos mesmos, o que pode causar alguns transtornos temporrios, porm absorvveis pelo ambiente socioeconmico.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Regional Marginal Direta e indireta Manter Irreversvel

Qualidade ambiental - gerao de material particulado, rudos e vibraes Impacto potencial As atividades que sero desenvolvidas pelo empreendimento geram material particulado em suspenso e rudos. Esses aspectos representam impactos potenciais negativos que atingiro principalmente os distritos e as propriedades do entorno do empreendimento. A gerao de poeira quando elevada resulta em problema de sade pblica, pois afeta diretamente o aparelho respiratrio do ser humano. Portanto, a alta gerao de poeira pode gerar impactos potenciais sobre os servios de sade. O alto nvel de rudos aumenta o nvel de estresse das pessoas, na regio este impacto potencial tende a ser ainda mais ntido, dado a baixa presso sonora que existe nestas reas. Na hiptese deste impacto potencial ocorrer em alta intensidade tambm haver rebatimentos sobre o sistema de sade, pois do aumento do nvel de estresse decorrem problemas diversos sobre a sade das pessoas. Por fim, as vibraes decorrentes das atividades de explorao das minas podem gerar problemas nas edificaes do entorno do empreendimento, sendo possvel que este problema atinja principalmente os distritos de Itapanhoacanga, em Alvorada de Minas, e de So Sebastio do Bom Sucesso, em Conceio do Mato Dentro. Este um impacto potencial que pode assumir uma intensidade elevada. Isto porque implica na deteriorao das condies de moradia, o que se torna ainda mais grave se considerar que, segundo o IBGE, a regio tem alto ndices de residncias classificadas como inadequadas, sendo que no meio rural este aspecto ainda mais acentuado.

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Todos os aspectos aqui tratados reduzem a agradabilidade da regio provocando rebatimentos econmicos e sociais. Estes aspectos afetam diretamente a potencialidade turstica, pois diminuem a agradabilidade da regio; geram presses adicionais sobre o sistema de sade, via o aumento dos problemas do aparelho respiratrio e o aumento do nvel de estresse; e, tambm atinge negativamente a condio econmica das pessoas afetadas, pois o valor dos imveis destas ser depreciado. Portanto, se tratam de impactos potenciais negativos, de alta intensidade, abrangncia local, significncia crtica, de incidncia direta, com tendncia de se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Local Crtica Direta e indireta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras So propostas os seguintes programas para mitigar esses impactos: - Programa de controle das emisses atmosfricas - Programa de gesto e controle de resduos slidos - Programa de monitoramento da qualidade do ar - Programa de manuteno de veculos e equipamentos - Programa de Monitoramento de Rudo - Plano de fogo controlado Impacto Real O impacto sobre a qualidade atmosfrica ser minimizado, passando a ter uma intensidade mdia. Portanto, este impacto ser negativo, de mdia intensidade, abrangncia local, marginal, direta e indireta, com tendncia de manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta e indireta Manter Reversvel

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Reduo da potencialid ade de gerao de energia eltrica Impacto Potencial A reduo da vazo do rio do Peixe ir impactar os projetos de gerao de energia eltrica situados nessas bacias, em um ponto jusante do empreendimento. Existem no municpio de Conceio do Mato Dentro 3 pedidos de outorga para funcionamento de PCHs (pequenas centrais hidreltricas) j sendo analisados pelos rgos governamentais. Estas PCHs esto localizadas no rio do Peixe e denominamse Sumidouro, Monjolo e Coronel Amrico. Este um impacto potencial que prejudica a potencialidade econmica do municpio que passar a ter menor potencial de gerao hidreltrica. Portanto, se trata de um impacto potencial negativo, de mdia intensidade, abrangncia local , de significncia marginal, incidncia direta, com tendncia de se manter e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras - Programa de gesto de recursos hdricos - Subprograma de estudos hidrogeolgicos O pressuposto bsico de operao do empreendimento ser o de reposio de vazo de nascentes, havendo reduo ou secamento das mesmas, incluindo-se medidas para controle da qualidade das guas repostas. Assim, considerando-se que o impacto primrio ser devidamente controlado, este impacto, que decorrente do mesmo, reduz drastimente seus efeitos.

Impacto Real Com a adoo dos programas supracitados, esse impacto passa a ser negativo, de mdia intensidade, local, significncia desprezvel, incidncia direta e se manter ao longo da operao do empreendimento e reversivel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO REAL Negativo Mdia Regional Desprezvel Direta Manter Reversvel

Reduo da disponibilidade de gua outorgvel Impacto Potencial No local previsto para a captao de gua da MMX o valor da Q7,10, considerando a situao futura, corresponde 11.599 m/h. Sendo o limite mximo de derivao permitido pela legislao estadual de recursos hdricos de 30% da Q7,10, o mximo que pode ser captado naquela seo fluvial de 3.480 m/h. Considerando a demanda de gua nova complementar do empreendimento de 2.500 m/h, existe uma reserva hdrica de aproximadamente 980 m/h, que ainda poder ser outorgada na bacia de contribuio, sem que haja interferncia com a captao da MMX. Essa reserva representa cerca de 5 vezes o valor de vazo atualmente outorgado na bacia a montante do ponto de captao (190 m/h). Mas de toda forma, a quantidade de gua outorgvel na bacia do rio do Peixe ir cair 72%, ao passar de 3.480 m/h para 980 m/h. Esse impacto afeta o municpio de Conceio do Mato Dentro e Dom Joaquim, representando um externalidade negativa para a sociedade desses. Trata-se de um impacto negativo, de mdia intensidade, abrangncia regional, significncia marginal, de incidncia direta, com tendncia de se manter ao longo do empreendimento e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Mdia Regional Marginal Direta Manter Reversvel

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Indicao de medidas mitigadoras - Programa de gesto de recursos hdricos - Subprograma de estudos hidrogeolgicos O pressuposto bsico de operao do empreendimento ser o de reposio de vazo de nascentes, havendo reduo ou secamento das mesmas, incluindo-se medidas para controle da qualidade das guas repostas. Assim, considerando-se que o impacto primrio ser devidamente controlado, este impacto, que decorrente do mesmo, reduz drastimente seus efeitos. Impacto Real Com a adoo dos programas supracitados, esse impacto passa a ser negativo, de mdia intensidade, local, significncia desprezvel, incidncia direta e se manter ao longo da operao do empreendimento e reversivel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Regional Desprezvel Direta Manter Reversvel

Impactos sobre o patrimnio arqueolgico A tradio minerria regional define historicamente a Serra do Espinhao como alvo de atividades informais desordenadas de garimpeiros em busca de diamante e ouro, o que leva reconfigurao de um dos compartimentos da paisagem mais comuns nos stios pr-histricos conhecidos em todo o Brasil: as margens e terraos dos cursos d gua. Igualmente, a regio vem sofrendo desmatamentos desde o inicio de sua ocupao, cujas finalidades ora se voltavam para a instalao de povoamentos humanos, ora para produo de carvo vegetal, e a abertura de campos para pastagem. A partir das evidncias observadas em campo e do contexto histrico de ocupao regional, pode se afirmar que as principais atividades antrpicas j instaladas e que, direta ou indiretamente, interferem na conservao de testemunhos arqueolgicos podem ser resumidas nas seguintes: - Garimpo informal; - Desmatamento; - Carvoarias;Formao de pasto e pisoteio de gado; - Eroso; - Abertura de estradas e construes de moradias.

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Quanto aos principais impactos potenciais de empreendimentos econmicos de minerao sobre o patrimnio arqueolgico brasileiro, estes podem ser resumidos no quadro adiante2.

Impactos potenciais de empreendiment os de explotao mineral sobre o patrimnio arqueolgico


ATIVIDADE Rem oo de cobertura vegetal Terraplenagem Cortes de terreno Obteno de m aterial de emprstimo Aterros Abertura de vias de acesso e de servio Cavas Disposio de rejeitos e de m aterial estril Aumento da circulao de pessoas e veculos pela rea Descaracterizao da paisagem IMPACTO SOBRE PATRIMNIO ARQUEOLGICO Exposio e destruio (parcial ou total) de estruturas arqueolgicas em superfcie Destruio total de estruturas arqueolgicas em superfcie e subsuperfcie Destruio total de estruturas arqueolgicas em superfcie e subsuperfcie Destruio (parcial ou total) de fontes arqueolgicas de m atria-prima Soterram ento de estruturas arqueolgicas em superfcie; compactao de cam adas arqueolgicas em estratigrafia; perturbao horizontal e vertical de vestgios; destruio parcial de stios Exposio e destruio (parcial ou total) de estruturas arqueolgicas em superfcie e sub-superfcie Destruio total de estruturas arqueolgicas em superfcie e subsuperfcie; destruio de stios rupestres em abrigo Soterram ento ou destruio de estruturas arqueolgicas em superfcie; compactao de cam adas arqueolgicas em estratigrafia Disperso horizontal de vestgios, destruio parcial de stios e estruturas arqueolgicas em superfcie Fragm entao ou destruio de paisagens arqueolgicas relativas a sistem as de ocupao regional

Como se v, todas as atividades previstas so potencialmente geradoras de destruio, parcial ou total. Ao menos uma delas j est impactando estruturas arqueolgicas. Trata-se da abertura de estradas de servio para acessar os locais de sondagem, j que um trecho da antiga estrada de cavalheiro para Itapanhoacanga (ponto 67) foi interceptado por um acesso a um ponto de sondagem geolgica na Cava-Sul Itapanhoacanga. Os impactos previstos so de alta intensidade, fora dos padres e requisitos legais, na medida em que podero destruir itens do patrimnio cultural da Unio, protegido por legislao especfica (Lei 3924/1961 e Constituio de 1988).

Adaptado de CALDARELLI, S. B. Avaliao dos impactos de grandes empreendimentos sobre a base de recursos arqueolgicos da nao: conceitos e aplicaes. In: CALDARELLI, S. B. (org.). Atlas do Simpsio sobre Poltica Nacional do Meio Ambiente e Patrimnio Cultural. Goinia: UCG, 1996:5765 e de MARTINS, G.R. Avaliao de Impactos Arqueolgicos de empreendimentos regionais e medidas m itigadoras aplicveis. In: CALDARELLI, S. B. (org.). Atlas do Simpsio sobre Poltica Nacional do Meio Ambiente e Patrimnio Cultural. Goinia: UCG, 1996: 66-70.

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Os impactos prognosticados so de abrangncia regional, atingindo a rea de Influncia Direta do empreendimento (ADA e AE). O patrimnio arqueolgico presente na AE poder ser potencialmente afetado ao menos nas seguintes situaes: - Barragem: se em decorrncia da construo da barragem houver modificaes significativas no volume de guas das drenagens locais, tributrias do crrego que ser represado. Stios na AE, instalados nas margens dos cursos d gua alimentadores da barragem, estaro sujeitos aos riscos de submerso, afloramento e eroso decorrentes do aumento do volume das guas. - Se houver abandono e desativao das propriedades pelos atuais ocupantes (caso de aquisio do conjunto de terrenos superficirios dos DNPMs) sem que haja um programa de reflorestamento das reas de pastagens nas encostas de colinas. Estas reas podero sofrer processos erosivos que comprometero eventuais stios arqueolgicos, sujeitando-os exposio de pilhas arqueolgicos (afloramento); perturbao da estratigrafia; deslocamento horizontal de vestgios de superfcie (destruio parcial de informaes); e destruio de testemunhos. - O aumento na circulao de pessoas pela rea poder resultar na destruio involuntria de informaes de stios arqueolgicos, histricos e pr-histricos. Mesmo a circulao apenas de pessoas ligadas ao empreendimento no implica, a priori, em proteo do patrimnio arqueolgico se tais pessoas no forem alertadas para o risco de identificao e destruio acidental e treinadas para o reconhecimento de vestgios arqueolgicos. - Movimentos de retirada da populao (voluntrios ou pressionados pelo empreendimento) podero acentuar o processo de destruio do patrimnio edificado atravs do desmonte de construes histricas para comercializao de peas no mercado urbano de decorao de ambientes. A iminncia da mudana para outras localidades ou mesmo para as grandes cidades atua na dissoluo dos laos tradicionais da comunidade com a terra onde vive, o que favorece o desmonte e venda de peas de casas antigas, ocupadas pelos ancestrais dos moradores, mas que tero que ser abandonadas em breve. A instalao de um empreendimento de grande porte na regio poder causar uma profunda descaracterizao da paisagem local. Este impacto assume dupla relevncia quando considerado sob a perspectiva da ocupao humana. Por um lado, a paisagem arqueolgica somente pode ser apreendida a partir do estudo dos stios arqueolgicos, da relao entre eles e entre eles e o meio natural. A fragmentao e alterao do cenrio natural de insero dos stios e estruturas arqueolgicas eventualmente comprometero futuros estudos de arqueologia da paisagem e de padres de assentamento na rea. Deve ser considerado, tambm, que os stios e estruturas arqueolgicas locais participam da paisagem cultural construda e vivenciada3 pelas comunidades atuais e carregada de importante valor simblico para esta populao, conferindo-lhe identidade.

KNAPP, B.; ASHMORE, W. Archaeological Landscapes: constructed, conceptualized, ideational. In: ASHMORE, W.; KNAPP, B. (ed.). Archaeologies of Landscape. Oxford: Blackwell, 1999.

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Est fortemente presente no discurso dos moradores entrevistados a relao entre os stios histricos (principalmente aqueles de minerao) e as atividades dos antigos A . associao entre estes locais e um passado histrico de opulncia, muito distante da realidade experimentada no presente, apenas um dos aspectos da vinculao direta entre este meio natural e todo um modo de ser das comunidades tradicionais que vivem na rea - e no temos motivos para crer que na pr-histria tenha sido diferente. A destruio do patrimnio arqueolgico nas ADAs pelo empreendimento incidir sobre uma rea onde os trabalhos de identificao e estudo de stios arqueolgicos praticamente no foram realizados. So apenas trs os stios registrados no rgo federal de patrimnio cultural (IPHAN) para o municpio de Conceio de Mato Dentro e nenhum para Alvorada de Minas. O importante contexto arqueolgico que temos disponvel para a Serra do Espinhao foi definido por estudos realizados em reas ao norte deste empreendimento (Diamantina) ou a sul (Serra do Cip). O patrimnio arqueolgico presente na AID do empreendimento situa-se entre estes dois pontos melhor conhecidos. Isto aumenta sua relevncia cientfica na medida em que seu estudo pode contribuir para a elaborao de um cenrio arqueolgico mais refinado da ocupao humana regional. A destruio de stios em rea com grande vazio de informaes cientficas, como o caso, torna-se especialmente grave por destruir patrimnio no incorporado Memria Nacional4. Deste modo, os impactos prognosticados so de significncia crtica. A incidncia dos impactos direta sobre os stios e estruturas arqueolgicas das reas Diretamente Afetadas pelo empreendimento e indireta sobre as evidncias histricas e pr-histricas da rea de Entorno. A tendncia destes impactos nas ADAs pelo empreendimento de manuteno e estes impactos so irreversveis. Uma vez destrudo um stio arqueolgico no possvel reverter a situao, posto que o patrimnio arqueolgico configura um recurso cultural nacional no renovvel. J na rea de Entorno do empreendimento, os impactos prognosticados so de tendncia progressiva e podem ser reversveis com o controle dos agentes impactantes prognosticados. O efeito do impactado previsto para as ADAs, destruio total de stios arqueolgicos, negativo. Este um impacto real no mitigvel, j que mesmo realizando-se o registro e estudo dos stios e estruturas, haver destruio de patrimnio arqueolgico. Deste modo, faz-se necessrio adotar medidas de compensao adequadas perda patrimonial, que sero detalhadas adiante. No entorno das reas projetadas para o empreendimento, os potenciais impactos indiretos de sua instalao e operao sobre o patrimnio arqueolgico poderiam ser impactos reais positivos, desde que tomadas iniciativas adequadas de mitigao e controle. Os impactos previstos poderiam ser mitigados e controlados atravs de monitoramento de stios e estruturas arqueolgicas e atravs da adoo de um Programa de Educao Patrimonial Permanente que envolvesse funcionrios que participaro da instalao e operao do empreendimento e populaes da rea de Entorno, conforme detalhado na prxima seo. Assim, o empreendedor atuaria em parceria com os rgos pblicos e com as comunidades locais na preservao e valorizao do patrimnio arqueolgico local remanescente instalao do empreendimento.

Caldarelli, 2006, op. cit.

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Impacto sobre o patrimnio arqueolgico da rea diretamente afetada


CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Manter Irreversvel MITIGAO / CONTROLE - Desenvolvimento de programas de Prospeco Arqueolgica, Resgate, Valorizao do Patrimnio Arqueolgico e Educao Patrimonial Permanente com funcionrios envolvidos na instalao e operao; - Preservao e monitoramento de um stio arqueolgico para cada um destrudo - Estudo arqueolgico regional com integrao dos stios e evidncias arqueolgicas da AID do empreendimento num contexto mais amplo IMPACTO REAL Negativo Alta Regional Crtica Direta Manter Irreversvel

Impacto sobre o patrimnio arqueolgico da rea do entorno


CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Alta Regional Crtica Indireta Progredir Reversvel - Desenvolvimento de programas de Prospeco Arqueolgica, Resgate, Valorizao do Patrimnio Arqueolgico e Educao Patrimonial Permanente; - Monitoramento e manuteno do estado de conservao dos stios e estruturas identificadas pelos programas acima MITIGAO / CONTROLE IMPACTO REAL Positivo Mdia Regional Relevante Indireta Manter Reversvel

6.3.3.3 - Impactos da etapa de descomissionamento do empreendimento Perda de produo agropecuria devido re duo de vazo e/ou supresso de nascentes Impacto Potencial O desenvolvimento do empreendimento ir alterar radicalmente a conformao de montanhas na serra de Itapanhoacanga, na serra do Sapo e na serra da Ferrugem. Com isto grande parte das nascentes situadas nestas serras sero suprimidas e/ou tero sua vazo reduzida. Portanto, haver uma drstica reduo da disponibilidade hdrica para as propriedades que utilizam desse sistema, afetando famlias inteiras que tero sua principal atividade econmica seriamente abalada. Pois a principal atividade desenvolvida nas reas mais prximas das minas a atividade agropecuria. A perda de nascentes, potencialmente, afetar o municpio de Dom Joaquim, uma vez que o distrito de So Jos da Ilha e a sede municipal utilizam do sistema hdrico que ser impactado para desenvolver suas atividades agropecurias. Este impacto potencial uma das principais razes que colocam o municpio de Dom Joaquim como rea de influncia indireta do empreendimento.

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Ademais, o impacto da perda de nascentes se somar diminuio da vazo do rio do Peixe, onde ser realizada a captao de gua para o empreendimento. Ressalta-se que o rio do Peixe cruza a sede urbana de Dom Joaquim, sendo o principal corpo d gua do municpio. Este processo tambm poder afetar as sedes de Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas. Porque a reduo da produo agropecuria ensejar a necessidade de buscar alimentos de fornecedores mais distantes, aumentando o custo dos alimentos. Ressalta-se que esse impacto sobre a sede de Alvorada de Minas ser um pouco menor porque o municpio possui reas agricultveis que esto distantes da rea afetada. Considerando, que as famlias que desenvolvem a atividade agropecuria perdero sua principal fonte de trabalho e renda e que estas no possuem outra opo para a sua sustentao econmica, pode-se afirmar que se trata de um impacto catastrfico para as mesmas. Ademais, mesmo que se considere o empreendimento como extremamente positivo para a socioeconomia regional, como o presente caso, o benefcio da maioria no pode suplantar o direito de uma minoria esta afirmao est correta Mas se deve considerar que o impacto da supresso de nascentes e da reduo da disponibilidade hdrica afetar de maneira distinta a populao do entorno destes. Sendo que quanto mais prxima esta estiver da rea onde ser desenvolvida a lavra maior ser a intensidade do impacto. Isto porque medida que as propriedades rurais e vilas se distanciam da rea de lavra, estas passam a ter a contribuio de outros crregos d gua que no sero impactados ou ento sero menos impactados que os crregos e nascente da rea diretamente afetada. Tambm se deve considerar que esse processo ao afetar a produo agropecuria ir diminuir a produo queijeira da regio problema cclico e para estas pessoas a quem o texto se refere de grande magnitude , podendo gerar rebatimentos sobre o preo do mesmo. O que afetar inclusive o municpio do Serro , j que este atua como o principal entreposto comercial da produo deste produto, que inclusive chamado de queijo do Serro, tendo seu modo de produo tombado como bem imaterial do estado de Minas Gerais. Sendo assim, se trata de um impacto potencial negativo, de intensidade muito alta, abrangncia regional, significncia catastrfica, com tendncia de se manter ao longo do empreendimento e irreversvel, pois sob a tica de quem ir perder a capacidade de produzir se trata de um processo sem retorno.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Muito Alta Regional Catastrfica Direta e indireta Manter Irreversvel

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Indicao de medidas mitigadoras So propostos os seguintes programas de reduo desse impacto: - Programa de gesto de recursos hdricos - Subprograma de estudos hidrogeolgicos O pressuposto bsico de operao do empreendimento ser o de reposio de vazo de nascentes, havendo reduo ou secamento das mesmas, incluindo-se medidas para controle da qualidade das guas repostas. Assim, considerando-se que o impacto primrio ser devidamente controlado, este impacto, que decorrente do mesmo, reduz drasticamente seus efeitos.

Impacto Real Considerando-se as medidas mitigadoras e o pressuposto bsico quanto reposio de guas, esse impacto passa a ser negativo, de mdia intensidade, local, significncia marginal, incidncia direta e se manter ao longo da operao do empreendimento e irreversivel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta Manter Irreversvel

Reduo do nvel de emprego, da renda e da arrecadao pblica Impacto Potencial Na perspectiva socioeconmica, o fechamento do empreendimento no um problema em si, mas relativo ao grau de dependncia dos municpio poca de seu fechamento que de aproximadamente 35 anos. Os seus efeitos sobre os municpios afetos, sero modelados pela participao relativa do empreendimento na vida socioeconmica dos municpios. No que se refere aos trabalhadores, ser responsvel pela extino de postos de trabalho diretos e indiretos e estrutura de suporte ao empreendimento, e a expressiva supresso da renda advinda da remunerao do trabalho, e seria responsvel por uma generalizada retrao das atividades econmicas dos municpios, incluindo o enfraquecimento do Poder Pblico Municipal.

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Este processo se torna mais drstico porque afeta diretamente a capacidade da administrao pblica local desenvolver programas atenuadores do decrescimento econmico. Portanto, a diminuio da renda aliada ao enfraquecimento econmico do poder pblico poder ensejar um forte processo de empobrecimento regional, gerando problemas urbansticos - aparecimento de favelas, violncia urbana, decrescimento da atividade turstica, etc. Porm, h que se ressaltar que essa anlise parte da que todas as demais condies da socioeconomia sejam mantidas ( ceteris paribus O que dificilmente se traduzir ). na realidade, pois o desenvolvimento do empreendimento ao longo de sua vida til ir gerar tantos rebatimentos positivos sobre a economia, sobre as condies sociais e sobre o mercado de trabalho local, que no momento do seu fechamento haver outras fontes geradoras de emprego e renda superiores s que existem atualmente. O fechamento do empreendimento tambm afetar a economia dos municpios da AII. Portanto, Serro, Dom Joaquim e Santana do Riacho e tambm a economia de Minas Gerais como um todo sero afetados, pois se trata de uma fonte geradora de divisas e riquezas muito grande at mesmo para uma anlise socioeconmica mais abrangente, que quando se considera o Estado de Minas Gerais como um todo. Mas de toda forma, este um impacto negativo, de muito alta intensidade, abrangncia regional, significncia catastrfica, de incidncia direta e indireta, com tendncia de se manter e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Negativo Muito Alta Regional Catastrfica Direta / Indireta Manter Irreversvel

Indicao de medidas mitigadoras Sugere-se os seguintes programas: - Programa de Responsabilidade Social; - Programa de Capacitao da Mo-de-obra local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-obra e dos fornecedores locais; - Programa de Comunicao Social; - Programa de Diversificao da Base Econmica Local; - Programa de Apoio ao Desenvolvimento turstico; - Programa de Gesto de Apoio Infra-estrutura Municipal; - e, o Plano de Fechamento.

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Impacto real Com a adoo dos programas supracitados, associados ao natural aumento da renda e da arrecadao pblica que o empreendimento propiciar ao longo de mais de 35 anos de funcionamento, se pode prever que as condies socioeconmicas dos municpios de Conceio do Mato Dentro e de Alvorada de Minas estaro em um estgio de desenvolvimento muito superior ao atual. Esses municpios aps a operao do empreendimento tero maior porte econmico, maior nvel de renda e maior ndice de Desenvolvimento Humano . Portanto, o impacto do fechamento do empreendimento apesar de muito intenso ser minimizado pelo desenvolvimento econmico que contribuir para que o municpio enfrente as conseqncias adversas do fechamento , bem como, pela implantao dos programas supra-citados. A intensidade do impacto do fechamento do empreendimento da MMX se mantm como alta, uma vez que quando este ocorrer tudo indica que a MMX ser a maior empregadora da regio. Mas os programas adotados e o desenvolvimento socioeconmico da regio diminuiro a intensidade do referido impacto. Sendo assim a reduo do nvel de emprego, renda e arrecadao pblica se manter como de alta intensidade, de abrangncia regional, crtico, direto e indireto, com tendncia de regredir ao longo dos anos, irreversvel (pois o fator gerador de renda, empregos e arrecadao, no ir ser reconstitudo) e negativo.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Alta Regional Crtica Direta e indireta Regredir Irreversvel

Reduo do nvel de presso sobre os servios e equipamentos pblicos Impacto Potencial O fechamento do empreendimento implicar na sada de muitas pessoas da regio, que tendero a buscar novas oportunidades nos seus respectivos locais de origem e em outros diversos. Isto representar uma diminuio da presso populacional que em um primeiro momento ir decrescer. Este impacto, embora decorra de um aspecto negativo que o fechamento do empreendimento, positivo, uma vez que diminuir a demanda geral por servios de sade, educao, moradias, urbanizao, saneamento bsico e etc. Trata-se de um impacto positivo, de mdia intensidade, abrangncia local, significncia marginal, de incidncia indireta, tendncia de se manter e irreversvel.

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CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade

IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Local Marginal Indireta Manter Irreversvel

Impacto Real Para este impacto no se prev nenhuma medida para incentivar o processo natural de xodo populacional que decorrer do empreendimento. Logo, com o fechamento do empreendimento pode se prever que haver uma sada de pessoas da regio. Ou seja, o fechamento deste implicar em xodo populacional. A reduo do contingente populacional associada reduo da atrao populacional que o empreendimento promove, reduzir a demanda pelos servios e equipamentos pblicos essenciais. Portanto, este um aspecto positivo do fechamento do empreendimento. Que se torna ainda mais positivo se considerarmos que o sistema pblico e privado de sade e educao ter uma dimenso e qualidade maior aps os anos de operao do empreendimento. Ou seja, os sistemas de sade e educao dos municpios afetos do empreendimento tero melhores condies de atender populao que continuar nesses municpios. Logo, este um impacto positivo de mdia intensidade, abrangncia local, significncia marginal, incidncia direta e indireta, tendncia de manter e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Positivo Mdia Local Marginal Direta e indireta Manter Irreversvel

Incremento do nvel de empregos para realizar o desmonte das estruturas e os trabalhos de recuperao de reas degradadas Impacto Potencial No momento da desativao do empreendimento haver a necessidade de se realizar diversos trabalhos que beneficiar um amplo espectro de profisses. Portanto, a desativao do empreendimento tambm ir gerar empregos temporrios, os quais beneficiaro a economia local e regional.

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Trata-se de um impacto positivo, de mdia intensidade, abrangncia regional, significncia marginal, de incidncia direta e indireta, tendncia de reduzir ao longo do processo de descomissionamento e reversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO POTENCIAL Positivo Mdia Regional Marginal Indireta Manter Reversvel

Indicao de medidas mitigadoras Para potencializar esse impacto, sugere-se a adoo do programa: - Programa de Priorizao da Mo-de-obra e dos Fornecedores Locais.

Impacto Real O fechamento do empreendimento ir ensejar a contratao temporria de trabalhadores para realizar o desmonte da estruturas edificadas e realizar o Programa de Recuperao de reas Degradadas. Este um impacto positivo que tem sua intensidade elevada com a adoo do Programa de Priorizao da Mo-de-obra e dos Fornecedores Locais. Portanto, se trata de um impacto positivo, embora decorra de um aspecto negativo que o fechamento do empreendimento, de mdia intensidade, significncia marginal, de incidncia direta e indireta, com tendncia de se manter ao longo dos servios de desmobilizao e irreversvel.
CRITRIO Efeito Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia Tendncia Reversibilidade IMPACTO REAL Negativo Mdia Local Marginal Direta e indireta Manter Irreversvel

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7 - MEDIDAS MITIGADORAS, PROGRAMAS AMBIENTAIS

COMPENSATRIAS

Neste item sero apresentados os programas e aes de minimizao, eliminao, reabilitao ou maximizao dos impactos ambientais prognosticados, durante os processos de implantao, operao e desativao do empreendimento. Como j colocado anteriormente trata-se da implantao e operao de uma nova mina, beneficiamento de minrio e infra-estrutura de apoio a produo. No captulo 9 descrito o plano de monitoramento para acompanhamento das aes de minimizao dos impactos e dos indicadores ambientais definidos. Neste item ainda apresentada a proposta de compensao ambiental. As aes de controle ambiental sero apresentadas em trs nveis: - minimizao, que corresponde a aes que visam reduzir ou eliminar impactos; - reabilitao, que corresponde a aes que visam a corrigir impactos no minimizveis; - compensao, que so aes no sentido de compensar impactos que no podem ser eliminados, reduzidos ou reabilitados. Importante ressaltar que, tratando-se de um Estudo de Impacto Ambiental, as medidas, aes e programas apresentados neste item so apresentadas de forma conceitual, sendo os executivos apresentados oportunamente no Plano de Controle Ambiental - PCA, na prxima etapa do processo de licenciamento ambiental. Os quadros 7.1, 7.2 e 7.3 apresentam uma sntese com uma relao entre os impactos e as medidas de minimizao, reabilitao e compensao.

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QUADRO 7.1 - Relao entre os impactos prognosticados e as medidas de mitigao propostas


Impacto Prognosticado no captulo 6 Minimizao - Program a de controle de processos erosivos; - Program a de gesto e controle de guas e efluentes Assoream ento de cursos d gua Program a de controle de processos erosivos - Program a de gesto e controle de guas e efluentes; Alterao da qualidade da gua - Program a de gesto e controle de resduos slidos; - Program a de controle de processos erosivos. - Program a de gesto e controle de resduos slidos; Alterao das propriedades do solo Alterao da qualidade do ar Alterao do nvel de presso sonora Alterao fsica da paisagem Reduo de ambientes para formao da barragem de rejeitos Reduo de ambiente para instalao da rea industrial Perda de habitats para a fauna pela supresso de ambientes - Controle de em isses atm osfricas; Reduo da diversidade causada pela fuga de espcies m ais sensveis da fauna - Manuteno de veculos e equipam entos; - Implantao de fontes luminosas de baixa intensidade e de incidncia no direta sobre os ambientes no afetados pelo empreendimento. Program a de educao ambiental Program a de educao ambiental - Program a de controle de drenagem; - Program a de conteno de slidos; Mortandade e extino local de peixes - Program a de controle de eroso; - Program a de tratam ento de efluentes lquidos; - Program a de gesto de resduos Dim inuio da abundncia de espcies de peixes em funo do assoream ento dos crregos - Program a de controle de drenagem; - Program a de conteno de slidos; - Program a de controle de eroso. - Program a de gesto e controle de guas e efluentes. - Program a de controle das em isses atm osfricas; - Program a de gesto e controle de resduos slidos. Program a de m anuteno de veculos e equipam entos -

Sub-itens do capt

Induo a processos erosivos

Plano de r degradada

Plano de r degradada

Plano de degradada

Reduo na abundncia populacional atravs do atropelam ento de indivduos nas vias de trfego Aumento da atividade predatria sobre as populaes de serpentes

Recupera

Increm ento no nvel de empregos

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Continuao

Sub-itens do capt Impacto Prognosticado no captulo 6 Minimizao

Increm ento no nvel de renda

Increm ento da arrecadao pblica

- Program a de Capacitao da Mo-de-Obra Local; - Program a de Desenvolvim ento dos Fornecedores Locais; Induo de fluxos migratrios - Program a de Priorizao dos Fornecedores Locais; - Program a de Comunicao Social Impacto sobre a potencialidade turstica -

Recupera de form implanta

Increm ento do setor de servios

Expectativa dos superficirios quanto aos processos de negociao Increm ento da renda decorrente das indenizaes Perda de empregos no setor primrio

- Adoo do Program a de Comunicao Social e o desenvolvim ento de aes pr-ativas de insero do empreendedor na comunidade da regio - Plano de sinalizao viria; - Program a de re-adequao do sistem a virio; - Program a de Educao voltado para o Relacionam ento com as Comunidades (que tambm envolve os motoristas); - Program a de Comunicao Social; - Plano de Manuteno da Estrutura Viria.

Increm ento do trfego de veculos

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Continuao

Sub-itens do capt Impacto Prognosticado no captulo 6 Minimizao - Program a de m anuteno de veculos e equipam entos - Plano de fogo controlado - Program a de controle das em isses atm osfricas; - Program a de m anuteno de veculos e equipam entos - Program as de Priorizao e Capacitao da Mo-de-obra Local; Increm ento da circulao de pessoas em decorrncia da implantao do empreendimento - Program a de Comunicao Social; - Program a de Educao voltado para o relacionam ento com a comunidade; - Program a de Gesto de Apoio Infra-estrutura municipal; - Program a de Responsabilidade Social; - Program a de Capacitao da Mo-de-obra Local; - Program a de Desenvolvim ento dos Fornecedores Locais; Presso sobre equipam entos e servios pblicos - Program a de Priorizao da Mo-de-obra Local; - Program a de Gesto e Apoio Infra-estrutura municipal - Program a de Comunicao Social, que divulgar, dentre outras coisas, os princpios de no contratar quem chegar em busca de emprego; - Program a de Responsabilidade Social; - Program a de Capacitao da Mo-de-obra Local; - Program a de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; Increm ento da crim inalidade na regio - Program a de Priorizao da Mo-de-obra Local; - Program a de Comunicao Social, que divulgar, dentre outras coisas, os princpios de no contratar quem chegar em busca de emprego; - Program a de Gesto e Apoio Infra-estrutura municipal Valorizao im obiliria -

Incm odos a populao em funo do increm ento do nvel de rudos Incm odos oriundos da disperso de m aterial particulado em suspenso (poeira)

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QUADRO 7.2 - Relao entre os impactos prognosticados e as medidas de mitigao propostas


Impacto Prognosticado no item 6 Minimizao - Program a de controle de processos erosivos; - Program a de gesto e controle de guas e efluentes - Program a de controle de processos erosivos; - Program a de gesto e controle de guas e efluentes - Program a de gesto e controle de guas e efluentes; Alterao da qualidade da gua - Program a de gesto e controle de resduos slidos; - Program a de controle de processos erosivos. Alterao da dinm ica hdrica Alterao das propriedades do solo - Program a de gesto de recursos hdricos; - Subprograma de estudos hidrogeolgicos - Program a de gesto e controle de resduos slidos; - Program a de gesto e controle de guas e efluentes. - Asperso de gua nas vias de acessos e reas onde ocorrem m ovim entaes intensas de m quinas e equipamentos; Alterao da qualidade do ar - Adoo de um plano de fogo controlado; - Adoo de aes relacionadas aos resduos slidos orgnicos; - Manuteno preventiva dos m otores combusto Alterao do nvel de presso sonora Alterao do nvel de presso sonora - Manuteno peridica das m quinas e equipam entos - Adoo de um plano de fogo controlado; - Uso de EPI s; - Implantao de cortinas verdes. Alterao fsica da paisagem - Reconform ao dos taludes gerados - Apresentar um plano de lavra de forma a no causar impacto sobre nenhuma cavidade natural ? Program a de investigao e registro cientficos

Sub-itens do captu

Reabilita

Induo a processos erosivos Assoream ento de cursos dgua

Plano de rea degrada

Plano de reabilita degrada

Plano de Reabilita Degrada

Impactos sobre cavidades naturais subterrneas Reduo de ambientes para o alteam ento da barragem de rejeitos Reduo de ambientes por instalao da cava norte - Itapanhoacanga Reduo de ambientes por instalao da cava sul - Itapanhoacanga Reduo de ambientes para formao de pilha de estril em Itapanhoacanga Reduo de ambientes por instalao da cava da serra do sapo-Ferrugem Reduo de ambientes por instalao da pilha de estril da cava da serra do Sapo-Ferrugem Fragm entao e perda de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico - Ambiente Florestal

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Continuao Impacto Prognosticado no item 6 Fragm entao e perda de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico - Campos Rupestres Reduo do m etabolism o vegetal pela deposio de poeira Alterao da cobertura vegetal m arginal barragem de rejeito Interferncias sobre os processos biolgicos - Controle de em isses atm osfricas; - Manuteno de veculos e equipam entos; Reduo da diversidade causada pela fuga de espcies m ais sensveis da fauna Reduo na abundncia populacional atravs do atropelam ento de indivduos nas vias de trfego Aumento da atividade predatria sobre as populaes de serpentes Fragm entao de reas lim itando o potencial de disperso de indivduos da herpetofauna, resultando no isolam ento de populaes e depresso endogm ica Mortandade e extino local de peixes pela alterao da qualidade da gua Alterao das comunidades dependentes das guas das nascentes em funo da alterao da dinm ica hdrica com reduo de vazo e alterao da qualidade da gua - Implantao de fontes luminosas de baixa intensidade e de incidncia no direta sobre os ambientes no afetados pelo empreendimento. Program a de educao ambiental Program a de educao ambiental Minimizao - Program a de proteo s espcies de campo rupestre - Program a de controle de emisses atm osfricas

Sub-itens do captu

Reabilita

- Minimizao da fragmentao atravs do desenho racional das interferncias sobre os rem anescentes

- Program a de controle de efluentes e qualidade das guas - Program a de caracterizao da qualidade fsico-qumica da gua e m edidas de vazo ao longo de pelo m enos dois anos em todas as nascentes que tero reposio de gua - Recomposio topogrfica parcial das cavas com a deposio de m aterial estril; - Criao de barreiras visuais para obstaculizar a visualizao das estruturas industriais e operacionais do empreendimento; - Conservao e preservao de ambientes naturais no entorno das reas de m inerao

Impacto sobre a paisagem

- Reabilitao ambi degradadas pela

Increm ento no nvel de empregos

Increm ento no nvel de renda

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Continuao Impacto Prognosticado no item 6 Minimizao

Sub-itens do captu

Reabilita

Increm ento da arrecadao pblica

Increm ento no ndice de Desenvolvim ento Humano

Increm ento da balana com ercial brasileira Alterao do perfil econm ico

- Program a de Diversificao da base econm ica local - Program a de Apoio ao Turism o; - Program a de Educao voltado para o Relacionam ento com a Comunidade Local - Program a de Responsabilidade Social; - Program a de Capacitao da Mo-de-obra Local; - Program a de Desenvolvim ento dos Fornecedores Locais; - Program a de Priorizao da Mo-de-Obra e dos Fornecedores Locais; - Program a de Comunicao Social;

Alterao da cultura local

Impacto sobre a potencialidade turstica

- Program a de Educao voltado para o Relacionam ento com as comunidades; - Program a de Diversificao da Base Econm ica Local; - Program a de Gesto de Apoio Infra-estrutura municipal; - Program a de Apoio ao Turism o; - Medidas de engenharia para m itigar a gerao de rudos, poeiras e da alterao cnica da paisagem

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Continuao Impacto Prognosticado no item 6 Minimizao

Sub-itens do captu

Reabilita

Impacto sobre a atividade turstica

- Program a de Responsabilidade Social; - Program a de Capacitao da Mo-de-obra Local; Presso sobre os equipam entos e servios pblicos - Program a de Desenvolvim ento dos fornecedores Locais; - Program a de Priorizao da Mo-de-obra e dos fornecedores Locais; - Program a de Comunicao Social; - Program a de Gesto de Apoio Infra-estrutura municipal

- Program a de controle das em isses atm osfricas Impacto potencial sobre a qualidade ambiental - gerao de m aterial particulado, rudos e vibraes - Program a de gesto e controle de resduos slidos - Program a de m anuteno de veculos e equipam entos - Plano de fogo controlado

Reduo da potencialidade de gerao de energia eltrica Reduo da disponibilidade de gua outorgvel

- Program a de gesto de recursos hdricos; - Subprograma de estudos hidrogeolgicos - Program a de gesto de recursos hdricos; - Subprograma de estudos hidrogeolgicos

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QUADRO 7.3 - Relao entre os impactos prognosticados e as medidas de mitigao propostas


Impacto Prognosticado no captulo 6 Reduo induo dos processos erosivos Minimizao -

Sub-itens do cap

Reabil

- Plano de reabilitao de -Plano de fechamento - Plano de fechamento;

- Plano de reabilitao de Reduo da possibilidade de assoreamento de cursos d gua -

- Reabilitao das superf desmontadas as estrutur e demais unidades de ap - Plano de fechamento - Plano de fechamento;

Recuperao da Dinmica Hidrulica Subterrnea e Superficial Alterao da qualidade das guas Alterao da qualidade do ar Alterao fsica da paisagem Aumento da cobertura vegetal nativa Recolonizao faunstica das reas degradadas

- Programa de gesto dos recursos hdricos -

- Plano de reabilitao d

- Plano de reabilitao d - Plano de fechamento - Plano de fechamento - Plano de Degradadas - Plano de Degradadas

- Plano de reabilitao d

- Plano de reabilitao d

Recup

Recup

- Etudo de recuperao do aqfero Alterao das comunidades dependentes das guas das nascentes em funo do novo aqufero e nova condio de disponibilidade de gua para as nascentes Perda de produo agropecuria devido reduo de vazo e/ou supresso de nascentes - Programa de manuteno da disponibilidade hdrica no novo aqfero com o preenchimento da cava que garantir as condies mnimas para as comunidades dependentes das nascentes do entorno das serras de Itapanhoacanga, Sapo e Ferrugem. - Programa de gesto de recursos hdricos; - Subprograma de estudos hidrogeolgicos - Programa de Responsabilidade Social; - Programa de Capacitao da Mo-de-obra local; - Programa de Desenvolvimento dos Fornecedores Locais; - Programa de Priorizao da Mo-de-obra e dos fornecedores locais; - Programa de Comunicao Social; - Programa de Diversificao da Base Econmica Local; - Programa de Apoio ao Desenvolvimento turstico; - Programa de Gesto de Apoio Infra-estrutura Municipal; - Plano de Fechamento. Reduo do nvel de presso sobre os servios e equipamentos pblicos Incremento do nvel de empregos para realizar o desmonte das estruturas e os trabalhos de recuperao de reas degradadas -

Reduo do nvel de emprego, da renda e da arrecadao pblica

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7.1 - Medidas de Minimizao e Controle dos Impactos


Programas estruturantes das medidas mitigadoras e compensatrias: Estes programas buscam integrar os programas temticos anteriormente mencionados, de modo a viabilizar a realizao dos mesmos de modo consistente, e alm disto, trazer benefcios sociedade na busca de alternativas de desenvolvimento sustentvel a longo prazo tendo em vista a sada do empreendimento quando do fechamento das minas. Estes programas esto baseados nos seguintes eixos principais: a pesquisa cientfica, a preservao e conservao da biodiversidade in situ e ex situ, a preservao do patrimnio cultural, a divulgao do conhecimento e o desenvolvimento do turismo. Nota-se que todos estes programas tem como tnica a insero da comunidade local nestas atividades e a promoo do turismo oferecendo ao turista informaes sobre o ambiente natural e cultural bem como das atividades

Programa de Pesquisa Ecolgica de Curta e Longa Durao Considerando que as medidas mitigadoras e compensatrias do meio bitico demandam um significativo nvel de conhecimento cientfico tal como nas reas da biologia da conservao, manejo da vida silvestre e ecologia da paisagem, a MMX ir desenvolver um programa de pesquisas ambientais ao longo da vida til do empreendimento minerrio. Este programa tambm dever se at a fase de fechamento das reas de minerao. O desenvolvimento de conhecimentos cientficos sobre as populaes, comunidades e ecossistemas da regio plenamente justificado devido ao reduzido nmero de pesquisas na regio. Alm disso, ressaltam-se as recomendaes do Atlas para Conservao da Biodiversidade em Minas Gerais que recomenda a realizao destes estudos em carter de urgncia em rea de relevncia ecolgica. Os projetos componentes deste programa devero ser elaborados com o apoio da comunidade cinetfica, tendo como subsdio a elaborao de workshops temticos para a definio do planejamento estratgico das diversas pesquisas cientficas, bem como para o estabelecimento das diretrizes executivas e de acompanhamento de projetos. Objetivamento a implementao do Programa de Pesquisas Ecolgica, a MMX dever realizar convnios com instituies cientficas para sua realizao. Inicialmente, com a finalidade de monitorar e avaliar os resultados das investigaes realizadas, prev-se a realizao de um workshop anual com os pesquisadores envolvidos na execuo deste programa. importante destacar, consiserando, no mbito das medidas mitigadoras previstas para o empreendimento minerrio, o desenvolvimento do Programa de Educao Ambiental, a MMX ir buscar uma sinergia entre as atividades de investigao cientfica e as atividades pedaggicas de educao ambiental que sero executadas na regio, com a inteno de promover e divulgar o conhecimento cientficao. Dever ser incentivada e promovida a visita e participao dos estudantes das escolas da regio durante os trabalhos de campo de modo a estabelecer um programa de educao fora da sala de aula, onde os alunos teriam a oportunidade de entrar em contato com os pesquisadores das diversas disciplinas.

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Centro de Memoria ( Natural e Cultural) das Serras ou Centro da Ciencia e Cultura, etc. Considerando a necessidade de se abrigar e divulgar o conhecimento adquirido durante os trabalhos de pesquisa na regio, considera-se necessrio a criao e manuteno de um museu na cidade de Conceio do Mato Dentro. Este museu teria uma abrangncia temtica ampla abrigando tanto o acervo gerado nas pesquisas do meio bitico como no scio-cultural. Nota-se que a regulamentaes do IPHAN sobre o salvamento arqueolgico recomendam que o acervo arqueolgico permanea em colees na prpria regio onde foram realizadas as pesquisas (ver item Legislao). O centro tambm abrigar o salvamento da memria visual das serras, consistindo em filmes, videos e fotografias antes e durante a implantao e operao do empreendimento. Este centro dever manter exposies permanentes que interpretem os ecossistemas da regio em questo, mostrando os aspectos geolgicos, geogrficos, biolgicos, pr-histricos, histricos e culturais. Destaca-se que dever haver uma especial nos aspectos histricos da minerao do sculo XVIII, inserindo o museu dentro do mbito do Projeto Rumys e do Programa Monumenta (ver item Planos e Programas Governamentais). Por outro lado, o centro dever promover exposies permanentes nos ncleos urbanos dos municpios da rea de influncia direta dando suporte s atividades do Programa de Educao Ambiental e Patrimonial. Alm disto, o centro servir para promover o turismo na regio, sendo que circuitos tursticos podero ser acoplados informao e interpretao em exposies temticas. Acrescentasse que o museu tambm ter a responsabilidade de formar e capacitar agentes locais de cultura e turismo. A cargo do centro, estaria a execuo do programa de educao fora da sala de aula mencionado no item anterior. As exposies devero contar com as tcnicas de exposio modernas disponveis.

Criao, implantao e manuteno de RPPN e viveiro Como mencionado nas medidas mitigadora do meio bitico, necessria a criao de uma RPPN com o objetivo de mitigar a perda da conectividade na regio a norte da Serra do Sapo. Esta RPPN ter tambm a funo de receber visitantes, tanto turistas como populao local e alunos dentro do programa educao fora da sala de aula acima mencionado. A RPPN dever contar com plano de manejo adequado a suas finalidades de manuteno e recuperao da vegetao florestal bem como turismo e educao. Sendo necessrio promover a revegetao de reas mineradas, degradadas, matas ciliares das bacias, etc. ser necessrio instalar um viveiro para tais atividades. Recomenda-se que este viveiro seja instalado nas proximidades da RPPN de modo a servir tambm de local de educao ambiental.

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7.1.1 - Programas do meio fsico


7.1.1.1 - Programa de controle de processos erosivos Justificativa Os processos erosivos so elementos inerentes a atividades que envolvem diretamente o trabalho sobre superfcies pedolgicos que apresentam propenso sua incidncia em qualquer grau de desenvolvimento, o qual est relacionado com sua gnese e evoluo. Assim, as atividades minerrias fazem interveno direta em locais de ocorrncia de material pedolgico, envolvendo a retirada da vegetao e exposio direta do solo, os quais podem sofrer processos erosivos, quando ocorrer incidncia de guas pluviais. Assim, justificado a adoo do programa, visando a identificao e correo de focos erosivos.

Objetivo

O objetivo consiste na identificao direta de reas propensas e instalao de focos erosivos e proposio de aes que visem sua mitigao e controle, de forma a no somente impedir a instalao do processo, mas tambm evitar uma rede causal, pois a partir da eroso, possvel ocorrer assoreamento de cursos d gua, bem como alterao da qualidade da gua.

Metodologia Para minimizar e at mesmo evitar os impactos ambientais relacionados ao aparecimento e desenvolvimento de processos erosivos durante as obras de implantao, operao e desativao do empreendimento est prevista a implementao de uma srie de medidas e aes preventivas que em seu conjunto devero promover o controle ambiental requerido pela atividade minerria. Desta forma, o programa ir coordenar as aes e garantir sua execuo. Inicialmente, recomendado que as obras de implantao do empreendimento sejam executadas fora do perodo chuvoso. Alm disso, sero atividades deste programa, considerando tambm as demais etapas: Identificao de pontos erosivos Considerando o objetivo de identificao dos processos erosivos, no h como se referir pontos distintos a serem monitorados, pois pode no haver relao direta entre o ponto monitorado e aquele onde poder ocorrer o foco erosivo. Porm, h que se ressaltar a inter-relao entre o monitoramento da qualidade de guas e este programa, de forma que caso exista alguma alterao da qualidade de gua, principalmente em relao a slidos sedimentveis, dissolvidos e turbidez, torna-se necessrio a identificao da fonte destes sedimentos.

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Por outro lado, a inspeo dos locais operados pelo empreendimento, tendo como objetivo a identificao destas reas com focos erosivos deve ser um processo constante, pois estes podem se iniciar, por exemplo, a partir de um sistema de drenagem mal executado, o qual teria a princpio o objetivo da conduo da drenagem evitando o aparecimento de tais focos. Assim, essas identificaes de focos erosivos uma tarefa constante e que deve ser verificado em qualquer ponto, devendo, sempre que houver o aparecimento, relatar sua ocorrncia por meio formal e proceder sua reverso.

Atividades relacionadas Inicialmente, recomendado que as obras de implantao do empreendimento sejam executadas fora do perodo chuvoso. Alm disso, sero atividades deste programa, considerando tambm as demais etapas: - construo e implantao dos dispositivos de drenagem das estradas e acessos na etapa inicial da obra; - construo de diques de conteno (tanques de sedimentao) nas reas susceptveis ocorrncia de materiais inconsolidados, principalmente quando do processo de estocagem do material retirado para o preparo das praas de servios da atividade minerria e ao longo dos acessos, na rea das encostas, locais mais susceptveis ocorrncia de focos erosivos; - sistemas de drenagem baseados na conduo da gua atravs de canaletas, revestidos de forma a no gerar foco erosivo; - os sistemas de transposio de drenagens devero ser constitudos de bueiros que priorizem a vazo normal da gua sem criar alagamentos que venham a gerar problemas de sedimentao de material devido queda de velocidade. Esses sistemas devero ser dimensionados a partir de estudos hidrolgicos que priorizem os clculos de vazo de forma a equacionar corretamente tais obras de arte; o programa dever ser precedido de monitoramente de vazo das drenagens nesses locais de transposio, cujo monitoramento dever ter continuidade aps a instalao; - inspees nas principais reas de interferncia para deteco e execuo de medidas corretivas com vistas a evitar a formao e desenvolvimento de processos erosivos; Quando da etapa de operao, as principais medidas a serem adotadas sero relacionadas a monitoramentos, todos j previstas em projeto como: - monitoramento sistemtico dos parmetros de qualidade das guas, principalmente no perodo chuvoso, quanto a slidos totais, sedimentveis e turbidez; - manuteno constante das canaletas de drenagens com presena de diques de conteno ao longo das estradas e vias de acesso, de modo a evitar o aparecimento de sulcos erosivos em virtude da concentrao de drenagens; - as drenagens das reas das minas devero ser conduzidas a bacias de amortecimento de vazes por meio de um sistema de canais perifricos, escavados em solo e sem revestimento;

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- execuo das atividades previstas no PRAD, de forma a revegetar os taludes gerados durante a abertura das vias de acesso e taludes j lavrados e ainda desnudos, bem como nos locais onde ocorrer a disposio de estril, contendo assim o processo de eroso quando ocorrente e conseqente carreamento de slidos para as drenagens; - inspeo visual dos taludes nas reas de lavra e vias de acesso de forma a detectar locais com possveis focos erosivos. Esses projetos devero ser dimensionados em relao s reas drenadas, tanto os sistemas de passagem de guas nas drenagens onde ocorrero as vias de acesso, bem como os sistemas de drenagens das reas de lavras, cujos projetos executivos e reais dimensionamentos sero apresentados em detalhe no PCA. Quando da etapa de desativao, aqueles locais onde sero realizadas obras de retirada de estruturas, tais como vias de acessos e reas de lavras, devero ser adotadas que visam a minimizao da gerao do impacto, sendo estas: - Mnima interveno nos sistemas de drenagens instalados, de forma que estes se mantenham para evitar a gerao de focos erosivos; - Manuteno do monitoramento da qualidade das guas; - Inspeo visual dos taludes nas reas de lavra e vias de acesso de forma a detectar locais com possveis focos erosivos; - Implantao do PRAD.

7.1.1.2 - Programa de gesto e controle de guas e efluentes Para minimizar e at mesmo evitar os impactos ambientais relacionados ao aparecimento e desenvolvimento de impactos causados pelas guas pluviais nas reas do empreendimento, bem como os efluentes nele gerado, torna-se necessrio a adio de um programa especfico visando seu controle. Para isso sugere-se a implementao de medidas e aes preventivas que em seu conjunto devero promover o controle ambiental requerido pela atividade mineraria, de forma a coordenar as aes e garantir sua execuo.

Justificativa Esse programa justifica-se pelo fato de que durante as fases distintas do empreendimento, haver necessidade de controle de guas e efluentes gerados no empreendimento tais como: - guas pluviais incidentes sobre as reas de lavra, vias de acesso e depsito de estril; - Sistema de conduo dos rejeitos para a barragem - Gerao de efluentes sanitrios - Gerao de efluentes oleosos

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Assim, adequada a adoo do programa.

Objetivo Com a adoo do programa, objetiva-se minimizar e controlar os impactos relativos a induo dos processos erosivos, assoreamento de cursos d gua, alterao da qualidade de gua e solos.

Metodologia

As guas pluviais incidentes sobre as reas de lavra, vias de acesso e depsito de estril possuiro um sistema de drenagem que propiciar a decantao dos sedimentos anteriormente ao descarte dos mesmos na drenagem natural. Esse sistema de drenagem ser baseado na conduo da gua atravs de canaletas, quando necessrio, sero revestidas com pedras de mo para dissipar a energia. O controle dos efluentes pluviais baseia-se na reteno dos slidos carreados atravs de dispositivos de drenagem como caixas de coleta, bacias de decantao e tanque de sedimentao. Todos esses dispositivos de controle de drenagem sero projetados e implantados adequadamente ao longo das reas de lavra, vias de acesso e depsito de estril. O sistema de drenagem ter um carter dinmico que permitir a adaptao dos dispositivos de acordo com o desenvolvimento da lavra. Toda a gua captada na cava, tanto no piso quanto nos taludes, ser direcionada por meio de canaletas para um tanque de sedimentao e acumulao localizado na parte sul da cava. Os slidos carreados pelas guas sedimentaro no tanque e o efluente final ser bombeado e encaminhado para a drenagem natural. O sistema de drenagem de gua pluvial do depsito de estril e barragem de rejeitos consistir na coleta da gua em canaletas que direcionaro o fluxo para bacias de sedimentao para reteno do material slido carreado. O efluente final ser descartado para as drenagens naturais utilizando dispositivos que evitaro a formao de focos erosivos. O detalhamento de todo o sistema de drenagem ser apresentado no Programa de Controle Ambiental. Os efluentes sanitrios sero coletados e direcionados para sistemas de fossas spticas com filtros anaerbios. O projeto das fossas com seu dimensionamento adequado ser apresentado no Plano de Controle Ambiental. Os efluentes oleosos sero gerados na oficina de manuteno e na rea de abastecimento dos equipamentos, bem como existe a possibilidade de derrame de combustvel nessas reas. Todas as reas onde houver a manipulao ou armazenamento de combustveis ou materiais oleosos sero construdas com piso impermeabilizado e sistema para captao e direcionamento do fluxo para caixas separadoras de leo e gua. O projeto das caixas separadoras e tanques de armazenamento de combustveis e seus dimensionamentos adequados sero apresentados no Plano de Controle Ambiental.

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7.1.1.4 - Programa de gesto e controle de resduos slidos

O presente item apresenta o programa de gesto de resduos slidos, proposto para as etapas de implantao, operao e desativao para as atividade minerrias no Projeto Minas-Rio da MMX.

Justificativa Durante as vrias etapas que iro se suceder no empreendimento, em todas elas haver gerao de resduos slidos das mais diversas naturezas. Para tanto, cabe para estes uma destinao final adequada, adotando procedimentos especficos para acondicionamento temporrio para cada tipo de resduo seguido de sua destinao final.

Objetivo O Programa tem como objetivo principal garantir que a gerao dos resduos inerentes s atividades de minerao seja gerenciada de forma controlada, atravs de procedimentos operacionais bem definidos, tendo como prioridades: - Reduzir o volume total de resduos que requerem disposio; - Aumentar a eficincia da recuperao, do reuso e reciclagem de resduos; - Minimizar os impactos ambientais, atravs de tratamento e disposio adequados de resduos.

Metodologia O Programa de Gesto de Resduos envolve o levantamento e classificao de todos os possveis resduos a serem gerados nas fases de implantao e operao do empreendimento, tratando-se de um inventrio. Aps a elaborao do inventrio dos resduos, sero implementadas aes de segregao dos vrios tipos de resduos para sua disposio temporria, de forma adequada, ainda na rea do empreendimento. Por fim, sero definidos os tratamentos e as possveis alternativas de disposio final dos resduos. Na etapa de implantao, a gerao de resduos slidos est relacionada principalmente s obras civis, envolvendo ainda as atividades relacionadas infraestrutura necessria para os funcionrios. ), resduos slidos contendo leos e graxas, resduos de leos e graxas, resduos de desmatamento e podas de rvores e resduos de construo civil. Ainda se juntam a estes, os resduos slidos do refeitrio, domsticos e sanitrios.

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Na etapa de operao, a gerao dos resduos est relacionada principalmente s atividades de lavra, envolvendo, tambm, as atividades relacionadas infra-estrutura necessria para os funcionrios e das atividades de limpeza, manuteno de mquinas, equipamentos e predial e poda realizadas. Ainda se juntam a estes, os resduos slidos do refeitrio, domsticos e sanitrios. Na etapa de operao, a gerao dos resduos slidos est relacionada s atividades de lavra, envolvendo, tambm, as atividades relacionadas operao da infraestrutura necessria para os funcionrios e das atividades de limpeza, manuteno de mquinas, equipamentos e predial e desmatamentos realizadas. Para as atividades de manuteno e abastecimento de mquinas e equipamentos, e oficinas de manuteno, estas devero ser realizadas em local especfico e cujas atividades devero ser realizadas ou serem de dotadas de: - Piso impermeabilizado; - Canaletas de entorno para conduo de efluentes contendo resduos oleosos conduzindo os efluentes a; - Caixa separadora de gua e leo (CSAO) com sumidouro para o efluente; - Coleta do efluentes slido gerado para reciclagem ou; - Disposio adequada deste. O efluente lquido gerado na CSAO poder ser descartado na drenagem superficial ou bombeado retornando ao processo, sendo o leo recolhido e encaminhado para destinao adequada. Para a CSAO so destinadas as guas de lavagem das oficinas e efluentes da tancagem. Quando da necessidade de manuteno e abastecimento de equipamentos em campo, este dever ser feito sob condies de cuidado extremo, com os seguintes cuidados: - Manter os equipamentos sempre em bons estados de manuteno para se evitar o vazamento a partir das mangueiras de conduo de combustvel e sistemas de lubrificao por leos e graxas; - Impermeabilizao do solo; - Caso ocorra o derramamento acidental, que ocorra sempre o recolhimento do solo onde ocorreu tal derrame e que o material seja disposto de material adequada. Os resduos slidos orgnicos, relacionados ao refeitrio bem como o lixo domstico sero encaminhado para disposio adequada. Ressalta-se que para esta disposio esto sendo estudadas duas alternativas: (1) adequao do atual depsito de lixo de Conceio do Mato Dentro e Itapanhoacanga para receber os resduos ou (2) ser realizado um estudo de viabilidade para implantao de um novo aterro sanitrio para atender a demanda do empreendimento. O resduo slido sanitrio gerado nas diversas fossas spticas dever ser coletado periodicamente por empresa terceirizada e disposto adequadamente em ETE ou s encaminhados para disposio adequada em aterros sanitrios.

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Segregao, coleta seletiva e estocagem temporria dos resduos O programa dever prever as aes relacionadas s atividades de coleta seletiva, a qual envolve a segregao e estocagem temporria dos resduos, de forma a implementar um melhor aproveitamento e reaproveitamento de seus resduos, envolvendo de forma significativa seus funcionrios e aqueles pertencentes s empresas terceirizadas, implementado com base, entre outras, nas premissas apresentadas a seguir: - O inventrio de resduos ser realizado conforme dispe a Resoluo CONAMA 313/02; - Reviso e atualizao constante do inventrio de resduos, bem como do volume gerado e perspectiva de gerao; - O treinamento das equipes de Gesto de Resduos ser realizado conforme procedimento especfico que ser apresentado neste PGRS, e amplamente divulgado, de forma que existe a necessidade de interao com o Programa de Educao Ambiental; - A identificao e implementao de alternativas de minimizao da gerao de resduos dever ser uma preocupao permanente e constante. Sempre que uma ao de minimizao for implementada, o inventrio e o banco de dados devero ser atualizados por meio de relatrio especfico; - Aps a minimizao, proceder identificao de alternativas de reutilizao interna ou externa dos resduos, considerando-se a viabilidade tcnica e econmica do seu transporte e reuso; - A identificao, qualificao e contratao de empresas processadoras de resduos dever observar as normas corporativas e se pautar por critrios tcnicos e administrativos adequados; - A disposio final dos resduos ser feita com base em procedimentos operacionais especficos. Para um melhor aproveitamento e disposio dos resduos slidos gerados, devero existir procedimentos internos, amplamente divulgados entre os funcionrios da MMX e de empresas terceirizados, de forma a executar a segregao, coleta seletiva e estocagem temporria dos resduos gerados no empreendimento, nas etapas de implantao, operao e desativao, de forma a atender aos seguintes procedimentos bsicos: - A segregao dos resduos deve ser realizada pela rea geradora, no local de gerao, com base em procedimentos operacionais especficos, mediante coleta seletiva em tambores, bombonas ou caambas. - A coleta seletiva abrange a coleta e o manuseio dos resduos, sua transferncia para o veculo transportador e seu transporte para a rea de estocagem temporria, observando que no haja comprometimento em sua segregao, e no ocorram nem danos aos recipientes contenedores e nem vazamentos e/ou derramamentos.

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- A rea de manuseio de resduos, principalmente para os perigosos, deve estar protegida e devidamente sinalizada para evitar acidentes. Toda e qualquer rea de manuseio deve ser mantida de forma a assegurar que no haja contaminao do solo e/ou da drenagem pluvial com resduos ali existentes, que no haja arraste elico (pela ao dos ventos) dos resduos, e que todos os tambores ou bombonas, contineres ou caambas, estejam adequadamente fechados e cobertos para evitar a reteno de gua de chuva na sua superfcie e proliferao de vetores indesejados. - O transporte dos resduos deve ser feito de forma adequada e segura para no comprometer a segregao, no danificar os recipientes contenedores, no propiciar vazamentos e/ou derramamentos e, no caso de resduos a granel, no propiciar a gerao de poeira e de novos resduos no solo e/ou nas vias de trfego. - O recebimento, manuseio e estocagem do resduo na rea de estocagem temporria deve atender a procedimentos operacionais especficos.

7.1.1.5 - Programa de controle das emisses atmosfricas Este item apresenta o Programa de Controle das Emisses Atmosfricas a ser implementado em virtude das atividades de implantao, operao e desativao do empreendimento. O programa apresenta a identificao e caracterizao das fontes de emisso e as formas definidas para controle e mitigao dos efeitos advindos destas emisses.

Justificativa O programa justifica-se pelo fato de que durante as fases do projeto poder haver emisses atmosfricas e conseqente alterao da qualidade do ar, em funo do potencial modificador proveniente das atividades a serem implementadas pelo empreendimento, as quais tero influncia direta na qualidade do ar da regio.

Objetivos O objetivo principal garantir a manuteno das emisses provenientes das atividades do empreendimento dentro de valores aceitveis, de modo a no prejudicar o andamento adequado das operaes e no provocar alteraes significativas sobre a qualidade do ar. Para tanto, so necessrias aes de controle dessas emisses, traduzindo-se na forma dos procedimentos e programas detalhados nos itens 9.7 e no PRAD (item 10.2.7) deste documento. Com o controle das emisses mencionadas, objetiva-se garantir a manuteno da qualidade do ar da rea do empreendimento e sob a sua influncia direta em conformidade legislao ambiental federal vigente, bem como a padres ambientais internacionais.

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Metodologia Este programa visa o controle das emisses atmosfricas a serem geradas, com o objetivo principal de se garantir a manuteno da qualidade do ar na rea de influncia do empreendimento. As metas a serem alcanadas com a execuo deste programa esto especialmente vinculadas adequada especificao e correta manuteno dos equipamentos, sistemas e dispositivos das instalaes de controle das emisses atmosfricas. Os equipamentos, sistemas e dispositivos de controle das emisses atmosfricas foram projetados e devero operar numa condio ideal tal que seja possvel se alcanar uma mnima gerao de emisses atmosfricas, garantindo que a qualidade do ar permanea de acordo com o nvel desejado. Para se atingir esta condio ideal das instalaes do empreendimento, e por conseguinte as metas ambientais deste programa, os seguintes aspectos so considerados: - minimizao de emisses fugitivas em vias, pistas e reas no pavimentadas do empreendimento, mantendo-se a umidade em valores que minimizem as emisses pela movimentao de veculos e cargas; - minimizao de emisses fugitivas em vias, pistas e reas no pavimentadas do empreendimento, promovendo-se a recuperao, quando e onde possvel, de acordo com o planejamento da lavra; - minimizao de emisses fugitivas em vias, pistas e reas no pavimentadas do empreendimento, implantando-se um planejamento de controle de trnsito de veculos; - minimizao de emisses fugitivas provocadas por ao de ventos sobre taludes e reas abertas, mantendo-se um programa de revegetao e reabilitao de reas; - minimizao de emisses de fumaa de motores a diesel, atravs da utilizao de veculos equipados com dispositivos conversores catalticos, e manuteno de um programa de inspeo e fiscalizao de caminhes, veculos e mquinas; - minimizao de emisses de fontes fixas, mantendo-se tanto os equipamentos geradores de emisses, como os seus sistemas de controle (por exemplo sistemas de asperso) em funcionamento adequado, conforme as especificaes de projeto. Desta forma, para as atividades envolvendo movimentao de terra, extrao e transporte de estril e minrio, britagem do minrio e movimentao de cargas e obras civis em geral, entre elas a construo da barragem de rejeito e pilhas de estril, sero realizados procedimentos como a umectao de vias no pavimentadas, de pilhas de minrio e estril, asperso de gua na entrada do britador e uso de tcnicas de construo civil adequadas. Como complementao do Programa de Controle de Emisses Atmosfricas ser realizado um Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar. Para controle das emisses de material particulado, durante as etapas de implantao e operao da barragem de rejeitos e pilhas de estril em seus sucessivos alteamentos dos taludes que as compe, ser realizada asperso de gua por caminhes pipa nas reas com maior movimentao de terra e equipamentos, como nas vias de acesso e reas de emprstimo.

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Os equipamentos com motores a combusto sero submetidos a um programa de manuteno peridica de modo a otimizar o funcionamento dos mesmos, reduzindo, assim, a emisso de gases provenientes da queima de combustveis fsseis. Deve-se ressaltar que um maior detalhamento das fontes de emisso e dos sistemas de controle a serem empregados ser contemplado no Programa de Controle Ambiental. 7.1.1.6 - Programa de manuteno de veculos e equipamentos Justificativa Os veculos utilizados no empreendimento e equipamentos necessrios atividade mineral so passveis de sofrerem desgastes naturais, com conseqente implicao ao meio, entre elas a emisso de gases na atmosfera por meio de combustveis, bem como emisso de rudos alm do que foi projetado ao seu normal funcionamento. Assim, visando o correto funcionamento destes veculos e equipamentos, adotado um programa de manuteno contnua.

Objetivo Assim, objetiva-se, com a adoo da manuteno constante que tais veculos e equipamentos apresentem lanamento de gases na atmosfera e emisso de rudos dentro de padres normativos permitidos.

Metodologia Como medida de controle, os veculos, mquinas e equipamentos utilizados durante as fases de implantao, operao e desativao nas obras de implantao devero fazer parte de programas de manuteno peridica de forma a minimizar os rudos e emisso de gases na atmosfera, gerados por estas fontes. Assim, devero haver paradas programadas destes veculos e equipamentos de forma a no prejudicar a produo normal do empreendimento e continuidade no processo de lavra. Esta medida dever ser suficiente para minimizao dos impactos relativos s alteraes impostas pela alterao do nvel de presso sonora e qualidade do ar na regio.

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7.1.1.7 - Programa de gesto de recursos hdricos Justificativa Conforme visto na descrio do empreendimento, a gua necessria para a operacionalizao do empreendimento (operaes de lavra, beneficiamento de minrio e atividades de apoio a produo) ser captada no rio do Peixe. Por outro lado, para a operao da cava, conforme diagnosticado, ser necessrio o rebaixamento do nvel de gua no aqfero, o qual poder vir acarretar em impactos nas nascentes do entorno. Assim, a questo da gua um dos pontos importantes na implantao do empreendimento da MMX - Minerao e Metlicos S.A. na regio da Serra do Sapo e Itapanhoacanga pelas seguintes razes: - A demanda de gua nova para a planta de beneficiamento e transporte do minrio atravs do mineroduto da ordem de 2.500 m/h, sendo este volume bastante significativo para a regio; - As cavas e suas estruturas anexas (pilhas, barragens, usina, acessos) ocuparo partes topograficamente elevada (serras) e zonas de meia encosta onde se situam as cabeceiras (nascentes) de alguns crregos que so formadores dos rios do Peixe e Santo Antnio, que so importantes da regio e em cujas margens esto localizadas vrias cidades jusante; - No entorno da rea do empreendimento existem inmeras propriedades rurais cujo suprimento de gua dado pelas nascentes, cujo aqfero situa-se no local onde ocorrer a lavra, com a formao das cavas. - Para a realizao do processo de lavra, torna-se necessrio o rebaixamento do nvel d gua, interferindo assim nas nascentes que existem nas vertentes das serras, com diminuio de vazo e mudana do ponto de afloramento para jusante. Os estudos iniciais de disponibilidade hdrica, bem como os estudos hidrogeolgicos das reas das cavas necessitam assim de continuidade, e para tal torna-se necessrio a implantao de um monitoramento hidromtrico e hidrogeolgico, visando a coleta de novos dados e refinamento dos modelos hdricos existentes.

Objetivo Tendo em vista as consideraes supracitadas, este documento objetiva apresentar, de forma conceitual, as diretrizes bsicas do plano de monitoramento hidroclimatolgico para a regio de Itapanhoacanga e Serra do Sapo.

Metodologia Assim, devero ser definidas metas e aes a serem adotadas para a realizao do programa, pois o empreendimento ir apresentar interferncia no sistema hdrico local

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Alm do monitoramento hidromtrico j em andamento conforme dados apresentados no diagnstico (itens 4.1.8 e 4.1.9), existe tambm a necessidade de instalao de uma estao climatolgica completa, para a obteno de dados climticos, que so fundamentais para a consistncia dos dados hdricos e ambientais. O monitoramento hidroclimatolgico consiste do registro dos nveis de gua em cursos de gua, da precipitao, evaporao e de outras variveis climatolgicas na regio do projeto, alm da medio de vazo em cursos de gua. Atravs do monitoramento hidroclimatolgico possvel fazer a consolidao de informaes referentes s principais variveis do balano hdrico, que podero ser estendidas a futuros estudos na rea da mina, e obter parmetros hidrolgicos caractersticos que subsidiaro a avaliao do dimensionamento das diversas estruturas hidrulicas do projeto, tais como: sistema extravasor e do dispositivo de fluxo residual de barragens de conteno de rejeitos e de captao de gua, sistema de drenagem interna das pilhas de estril e de estruturas de drenagem superficial na rea da mina. Adicionalmente, os dados oriundos desse monitoramento permitiro a definio do background da rea para eventuais estudos ambientais, caso sejam necessrios, bem como auxiliar no desenvolvimento de um modelo hidrogeolgico numrico computacional. O monitoramento tambm far o acompanhamento constante das vazes residuais (ecolgicas) a jusante da barragem de rejeitos, e das vazes dos principais cursos de gua localizados a jusante da rea das minas para o conhecimento do regime hidrolgico da regio e para uma avaliao futura da influncia das atividades minerarias sobre os mesmos. Alm disso, o monitoramento das vazes das nascentes servir de base para a estimativa da recarga dos sistemas aqferos da regio. A metodologia de estudos ir constar das etapas abaixo relacionadas: - Aquisio de dados adicionais aos j existentes; - Melhoramento e refinamento do modelo hidrolgico; - Definio das condies hidrulicas nos pontos empreendimento; de interesse para o

- Interao direta com o modelo hidrogeolgico de forma a proceder a restituio das vazes perdidas por ocasio do rebaixamento do nvel de gua do aqfero subterrneo. Durante a etapa de aquisio de dados, os equipamentos de medio sero compostos de: - Rguas linimtricas, para a medio de vazo em drenagens de grande porte; - Vertedouros, tipos Cipolletti e triangulares, para a medio de vazo em drenagens de pequeno porte (nascentes); - Pluvimetros, modelo Ville de Paris, para a medio da precipitao total diria; - Estao climatolgica, com tanque evaporimtrico (Tipo Classe A), para a medio da evaporao e de outras variveis climatolgicas.

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Assim, considerando que o aprofundamento da cava para a continuidade da lavra ir demandar um rebaixamento do nvel da gua no aqfero, ser elaborado um Plano de Gesto de gua, tendo como premissas bsicas: - Realizao de monitoramentos - pluviomtrico, fluviomtrico e subterrneo; - obteno da licena de operao para captao de gua de poo e rebaixamento, como garantia do controle quantitativo e qualitativo dos usos e o efetivo exerccio dos direitos de acesso gua por outros usurios da bacia; - cadastramento dos demais usurios da bacia e a quantificao da demanda hdrica respectiva, bem como seu monitoramento contnuo; - Diagnstico da situao atual dos recursos hdricos e anlise dos demais dados; - desenvolvimento de um balano hdrico da bacia envolvendo todos os usurios; - Reposio das vazes nas nascentes afetadas pelo empreendimento em quantitativos iguais aos apontados pelo balano hdrico a partir do modelamento elaborado com dados de monitoramento hidromtricos e climticos. O gerenciamento de um recurso depende, fundamentalmente, do equacionamento do confronto entre disponibilidade e demanda. Na medida em que a disponibilidade para o uso da gua se reduz, ou limitada por critrios legais, e a demanda aumenta, os recursos hdricos, que podiam ser usados indiscriminadamente e gratuitamente, passam a ser cobrados pelo seu uso. Por ltimo, deve ser enfatizado que a implantao de um plano de gesto, onde h diversos interessados, um trabalho complexo e de longa gestao. Assim, sero promovidos entendimentos e levantamentos junto a outros usurios seja executados a longo prazo. Subprograma de estudos hidrogeolgicos Conforme visto, a operao das cavas ir necessitar de rebaixamento do nvel de gua no aqfero, indicando a necessidade de instalao de piezmetros na regio para que se possa analisar o escoamento subterrneo com maior preciso. Em relao aos estudos at o momento realizados para essa regio (item 4.1.9) estes sero aprofundados. Assim, podero ser obtidas informaes hidrogeolgicas mais detalhadas que serviro de subsdio ao dimensionamento do sistema de desaguamento das cavas, de forma a quantificar com melhor preciso as reais perda de vazo das nascentes impactadas e ento se estabelecer seus quantitativos de restituio induzida. Como parte do aprofundamento dos estudos hidrogeolgicos, devero ser instalados dispositivos de medio de vazo, tais como vertedouros, nos cursos d gua de menor parte, e rguas linimtricas nos cursos de maior porte, conforme j mencionado acima, cujos dados iro servir tanto no modelo hidrolgico, quanto hidrogeolgico. Os dados fornecidos pelo monitoramento das vazes ao longo dos ciclos hidrolgicos sero utilizados para se estimar a recarga dos sistemas aqferos da regio e contribuiro sucessivamente para seu refinamento.

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Tambm dever ser realizado a instalao de piezmetros e de medidores de nvel d gua nas reas das cavas para que se estabelea, com maior preciso, a configurao dos nveis piezomtricos e freticos nas diferentes unidades estratigrficas.. Os locais sugeridos para a instalao desses dispositivos devero ser apresentados no PCA juntamente com todos os quantitativos necessrios ao desenvolvimento do programa. Assim, os estudos hidrogeolgicos ora em curso devero ser prosseguidos para se obter informaes detalhadas, servindo de subsdio para o dimensionamento do sistema de desaguamento das cavas e para avaliar os quantitativos de vazes que devero ser repostas s nascentes quando da abertura das cavas e subseqente rebaixamento da superfcie do nvel de gua. Sub-programa de manuteno da vazo do rio do Peixe O programa tem como meta a manuteno da vazo Q7,10 no rio do Peixe a jusante do ponto de captao de gua nova, atravs do monitoramento constante desta vazo por meio de dispositivo adequado que permita a leitura constante de sua vazo. A principal ao em termos deste sub-programa o detalhamento do projeto e a implantao do sistema de captao, cujo objetivo obteno do instrumento de outorga pelo IGAM e a captao dentro dos parmetros legais. Assim, quando da etapa de PCA devero ser apresentados, com clareza os locais especficos para medio da vazo e sua realidade frente vazo de captao. 7.1.1.8 - Plano de fogo controlado Justificativa O processo de lavra utilizado far uso de detonaes que sero previstas por meio de um Plano de Fogo, com o objetivo de desmonte o minrio nas frentes de lavra do empreendimento. Assim, havero gerao de ondas vibratrias e rudo (sobrepresso acstica), as quais devero sempre ser monitoradas e minimizadas dentro de padres normativos que no causem incmodos populao e ao meio ambiente. Desta maneira, a adoo de um plano de fogo controlado justificada, evitando detonaes em excesso, bem como uso de quantidade acima do necessrio de material explosivo.

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Objetivo A adoo do plano de fogo controlado visa minimizar a vibrao e sobrepresso acstica geradas pelas detonaes realizadas pelo desmonte de rochas e evitar o lanamento de material particulado em excesso na atmosfera. A vibrao dever ser monitorada em pontos estratgicos do patrimnio espeleolgico/arqueolgico, para se determinar principalmente seu raio de proteo, bem como determinar o grau de percepo pela populao de forma a no gerar incmodos e evitar danos s residncias na regio.

Metodologia Sero observados diversos itens que se tornaro normas de conduta operacional com o desenvolvimento dos trabalhos, entre eles destaca-se: - implantar um permetro de controle e segurana com um raio de segurana a partir do limite da cava projetada; - implantar uma Biruta para controle visual da direo dos ventos; - procurar observar a relao espaamento/afastamento nos ajustes do plano de fogo; - executar malhas de perfurao perfeitamente demarcadas e perfuradas evitando-se os reps; - iniciar adequadamente o fogo evitando-se o lado mais engastado; , - adotar sempre retardos entre carreiras ou filas compatveis com a freqncia de vibrao; - evitar detonar aos domingos, feriados e nos perodos de silncio; - realizar as detonaes apenas nos horrios pr-estabelecidos; - adotar tampo com a espessura de no mnimo 70% do afastamento; - evitar usar na linha-tronco, sempre que possvel, o cordel detonante; - cobertura do cordel detonante (da linha-tronco e conexes), se for usado, com uma camada de material fino com uma espessura mnima de 30 cm; - evitar detonar explosivos no confinados (por ex. Joo de Barro); - evitar detonar pela manh ou aps o pr do sol, em dias claros e de ar parado; - considerar as condies meteorolgicas, direo e velocidade dos ventos, especialmente no perodo de inverso de radiao ou trmica; - procurar no dirigir a frente de detonao para o receptor passvel de dano; - aguardar a mudana da direo do vento no momento de iniciar a detonao, para que o mesmo no influencie a transmisso do sopro de ar na direo dos Bairros; - sempre iniciar a detonao com o menor nmero de furos na espera; - manter a carga por espera dentro do intervalo especificado; Considera-se que as medidas acima so as mais importantes do ponto de vista de minimizao dos impactos advindos das detonaes. O detalhamento do plano de fogo, no entanto, contar com dispositivos de controle mais especficos que sero apresentados na oportunidade do Plano de Controle Ambiental.

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7.1.1.9 - Programa de investigao e registro cientfico Justificativa Conforme diagnosticado, na AID existem cavidades e abrigos que podero sofrer interferncia e influncia da atividade mineraria. O Art. 1 do Decreto Federal N 99.556 de 01/10/1999 aponta que ... cavidades As naturais subterrneas existentes no Territrio Nacional constituem patrimnio cultural brasileiro, e, como tal, sero preservadas e conservadas de modo a permitir estudos e pesquisas de ordem tcnico-cientfica, bem como atividades de cunho espeleolgico, tnico-cultural, turstico, recreativo e educativo. e em seu Artigo 2, Assim, justifica-se a adoo do programa que visa ampliar o estudo das cavidades existentes na rea do empreendimento, de forma a definir com clareza a rea de influncia da cavidade.

Objetivo Assim, o objetivo do estudo aprofundar o conhecimento das cavidades existentes e verificar a existncia de stios espeleolgicos porventura ainda no detectados na rea do empreendimento, de forma a definir claramente sua rea de influncia, bem como gerar informaes detalhadas de ordem tcnico-cientfica, envolvendo conhecimento de cunho espeleolgico, bioespeleolgico, paleontolgico, tnico-cultural, turstico, recreativo e educativo.

Metodologia Com o objetivo claro acima mencionado, alertando para a necessidade do conhecimento detalhado das cavidades que situam na AID do empreendimento, a realizao de um plano de investigao e registro cientfico dever ser elaborado a partir de documentao especfica para estes ambientes, visualizando ou no sua relevncia e principalmente externando esse fator de relevncia. Esse programa envolver a topografia, documentao fotogrfica, avaliao detalhada de espeleologia fsica, bioespeleologia e paleontologia, bem como importncia na evoluo antrpica da regio. A topografia das grutas ser realizada segundo a metodologia usual no mapeamento de cavernas. A documentao fotogrfica dever ser suficientemente detalhada a ponto de se obter o registro de todos os ambientes caverncolas e ser uma complementao da topografia da caverna de forma a ilustrar as formas topografadas. Os levantamentos de espeleologia fsica envolvero a avaliao da gnese da caverna, morfologia dos condutos, depsitos sedimentares clsticos e qumicos, entre outras feies de forma a documentar as informaes presentes nas cavidades e posicion-las em relao ao contexto da rea. Ser tambm avaliado o posicionamento da cavidade em relao ao contexto hidrogeolgico local e a importncia da mesma nesse contexto.

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Sero desenvolvidos levantamentos bioespeleolgicos com inventariamento das espcies encontradas no interior das cavidades. As cavernas que possurem sedimentos clsticos devero ser vistoriadas e realizados levantamentos detalhados a cerca do potencial fossilfero dos sedimentos. Caso seja detectado esse potencial ser desenvolvido um projeto de salvamento dos fsseis. Por ltimo devero ser procedidos os estudos que visem a importncia destas cavidades no contexto da evoluo antrpica na regio. Os resultados desse programa devero ser disponibilizados para a consulta da comunidade cientfica e espeleolgica que se mostrarem interessados. Medidas de controle de impactos sobre o patrimnio espeleolgico Considera-se que o principal controle dos impactos nas cavernas na rea de entorno do empreendimento se refere ao controle da vibrao advinda do desmonte com explosivos. Esse controle basear na adoo de um plano de fogo que minimizar as vibraes nas cavernas mais significativas. Ser desenvolvido ainda um monitoramento nas cavidades mais significativas que envolver vistorias peridicas com o objetivo de se detectar instabilidades fsicas e impactos de assoreamento nas cavidades. O monitoramento contar ainda com campanhas de monitoramento de vibraes com utilizao de metodologia e sismgrafos adequados. Em relao aos stios arqueolgicos, tem-se as seguintes aes: - vistorias peridicas a fim de se avaliar o estado de conservao dos stios; - dever haver preservao da vegetao e rea de entorno, respeitando as normas paisagsticas para stios arqueolgicos; - impedir o trfego de pedestres e instalao de caminhos de servio nas adjacncias dos stios. Esses monitoramentos sero detalhados na oportunidade do Plano de Controle Ambiental.

7.1.2 - Programas do meio bitico


So os seguintes os programas e aes de minimizao dos impactos negativos e que esto vinculados diretamente ao meio bitico. 7.1.2.1 - Restringir a supresso de vegetao rea estritamente necessria Dever haver um compromisso com as empresas prestadoras de servios com a preservao ambiental no sentido de se evitarem desmatamentos desnecessrios.

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Deve-se atentar para que o desmate se proceda apenas sobre as reas a serem efetivamente utilizadas. Desta forma, importante que toda a rea a ser ocupada pelos equipamentos seja demarcada em campo com bandeirolas de forma a orientar os responsveis pela supresso vegetal.

7.1.2.2 - Aproveitamento da biomassa vegetal Antes de iniciar a implantao de qualquer equipamento, incluindo barragem, pilhas de estril, rea industrial e vias de acesso, toda a cobertura vegetal e o solo superficial devero ser retirados. A lenha e as madeiras devero ser comercializadas ou doadas e o restante estocado para uso posterior na recuperao das reas degradadas. Considerando a longa vida til do empreendimento, grande parte deste material a ser estocado estar decomposto e colonizado por plantas poca da recuperao. No entanto, caso sejam evitadas perdas por lixiviao e se use toda a biomassa colonizadora que estiver sobre o material, haver um considervel ganho na qualidade ambiental das futuras reas a serem reabilitadas. 7.1.2.3 - Manter a vegetao marginal preservada Sempre que possvel, dever ser mantida a vegetao localizada nos entornos das estruturas do empreendimento preservada. Esta preservao possui a funo de se obter uma barreira visual do empreendimento e ser fonte de propgulos para a etapa de revegetao das reas degradadas. 7.1.2.4 - Monitoramento da vegetao marginal barragem Considerando a possibilidade de alterao da cobertura vegetal marginal ao lago a ser formado pela barragem de rejeito, interessante que se faa o acompanhamento da evoluo da sade e composio desta vegetao. Caso se constate morte excessiva de parte da vegetao, devero ser promovidas intervenes para restaurar o ambiente, seja atravs de plantio ou conduo de regenerao, promovendo aquelas que se adaptarem s novas circunstncias. 7.1.2.5 - Implantao de corredores de fauna para ligao entre os fragmentos e reas desmatadas. Nas reas a serem fragmentadas, sero identificados locais possveis de movimentao de fauna que devero ser alvo de recuperao e enriquecimento vegetal no sentido de possibilitar o trnsito da fauna afugentada da ADA para locais preservados.

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7.1.2.6 - Manuteno de reas com tamanho e condies ecolgicas similares a original. Identificar e manter reas preservadas prximas ao empreendimento, preferencialmente interligadas atravs de corredores faunsticos que possam abrigar a fauna afugendada da ADA. 7.1.2.7 - Implantao de transposio de mamferos atravs de tneis e pontes suspensos. A fim de permitir a conexo de trechos de mata que ficaro fragmentados pelas estradas a serem construdas, necessria a instalao de tneis e pontes suspensas que interliguem as bordas da mata. Tais conexes tm o objetivo de permitir a movimentao da fauna entre os fragmentos. Os locais destinados a estas estruturas sero selecionados quando da definio das vias de acesso do empreendimento e apresentados na prxima fase do licenciamento. 7.1.2.8 - Programa de educao ambiental O objetivo deste programa o de ampliar a viso ambiental dos empregados da MMX envolvidos, direta e indiretamente, com a implantao e operao do empreendimento para que adquiram conhecimentos, clarificando conceitos, para que possam desenvolver seus trabalhos de forma consciente e responsvel. Assim, atravs de cursos e palestras, sero passadas noes de fauna e flora, procedimentos com encontros a animais nas vias de acesso, e que possam oferecer algum perigo ao homem. Podero ser oferecidas cartilhas, cartazes, implantao de placas de sinalizao nas vias de acesso, dentre outros.

7.1.3 - Programas do meio antrpico


7.1.3.1 - Programa de responsabilidade social A atuao da MMX se dar sob os princpios de Responsabilidade Social que se traduz na forma como uma instituio/empresa conduz suas atividades de modo que se torne co-responsvel pelo desenvolvimento da sociedade. Segundo o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a Responsabilidade Social pode ser definida como: forma de gesto que se define pela relao tica e transparente da a empresa com todos os pblicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais compatveis com o desenvolvimento sustentvel da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para geraes futuras, respeitando a diversidade e promovendo a reduo das desigualdades sociais . Portanto, o conceito da atuao socialmente responsvel inclui a noo que todos os pblicos influenciados pela empresa precisam ser considerados nos empreendimentos desta.

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O Programa de Responsabilidade Social definir diversas aes que visam minimizar os aspectos negativos dos impactos sociais do empreendimento e implementar medidas para assegurar que as comunidades de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas, em especial, e tambm dos municpios da AII, Serro, Dom Joaquim e Santana do Riacho, compartilhem dos benefcios do empreendimento. No seu conjunto, as medidas e aes desenvolvidas no mbito desse Programa possuem os seguintes objetivos principais: - Apoiar os municpios para que suas infra-estruturas e os seus servios e equipamentos pblicos essenciais sejam dimensionados para atender ao incremento populacional que poder decorrer do empreendimento; - Capacitar populao e as empresas locais para usufruir da maior proporo possvel das oportunidades de emprego direto e indireto e das oportunidades de negcio a serem geradas pelo empreendimento; - Contribuir para a minimizao dos fluxos migratrios potencialmente induzidos pelo empreendimento; - Agir junto ao poder pblico municipal e da sociedade civil organizada para promover um processo crescente de incluso social; - Apoiar manifestaes culturais tpicas da regio; - Adotar um programa de educao voltado para o relacionamento com a comunidade do entorno, tendo como publico alvo os seus colaboradores; Sendo a Responsabilidade Social um conceito que enseja uma srie de princpios que nortearo todas as aes da empresa. O Programa de Responsabilidade Social se institui como uma poltica de gesto da empresa, a qual tambm composta de diversos programas, que so descritos a seguir. 7.1.3.2 - Programa capacitao da mo de obra local A MMX visando potencializar os benefcios que sua insero traz para o meio socioeconmico dos municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro desenvolver um programa de capacitao da mo-de-obra desses municpios. Esse programa de grande relevncia uma vez que o contexto socioeconmico dos municpios diretamente afetos caracterizado pelo setor de servios e pelo setor agropecurio. Portanto, a mo-de-obra local no possui as qualificaes demandadas por um empreendimento industrial desse porte. A capacitao da mo-de-obra ao mesmo tempo em que aumentar a participao da populao local nos empregos gerados pelo empreendimento, tambm diminuir a necessidade de contratao de pessoas de outras localidades. Esse aspecto alm de viabilizar que maior parte da riqueza gerada fique na regio, contribui para diminuir a induo de fluxos migratrios que o empreendimento naturalmente produz. O processo de capacitar a mo-de-obra local dever ser conduzido em parceria com entidades locais e entidades de mbito nacional focadas na capacitao profissional do trabalhador industrial como, sugere-se, o SENAI - Servio Nacional de Aprendizagem Industrial.

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Ressalta-se que o processo de capacitao da mo-de-obra contnuo, devendo se iniciar durante a fase de implantao e se manter ao longo da vida til do empreendimento, pois a formao da mo-de-obra local se dar ao longo de dcadas de operao do empreendimento. Atravs desse Programa a mo-de-obra local ir aumentar paulatinamente sua absoro dos empregos criados. Ou seja, se atualmente a maioria dos empregos gerados pelo empreendimento ser absorvida por trabalhadores de outras regies, com o decorrer do desenvolvimento deste ser cada vez maior a ocupao percentual dessas vagas por pessoas da prpria regio. O programa de Capacitao da Mo-de-Obra Local ir mitigar os seguintes impactos: - Induo dos fluxos migratrios, porque a medida que aumenta a participao da mo-de-obra local menor a atrao de pessoas de outras regies; - Presso sobre os equipamentos e servios pblicos, porque com a menor atrao de pessoas de fora da regio, menor a presso por servios de sade, educao, moradia, segurana e urbanizao; - Incremento da criminalidade, porque a reduo da atrao de pessoas, decorrente do empreendimento, para a AID e para o municpio do Serro, em particular, diminui a potencialidade de aumento da criminalidade. O Programa de Capacitao da Mo-de-Obra Local ir potencializar os seguintes impactos: - Incremento no nvel empregos, pois quanto maior for a absoro pela mo-de-obra local dos empregos criados, maiores sero os benefcios socioeconmicos para a sociedade de Conceio do Mato Dentro, Alvorada de Minas e do Serro, onde tambm previsto impactos sobre o seu mercado de trabalho; - Incremento no nvel de renda, pois quanto maior o percentual de mo-de-obra local a ser empregada pelo empreendimento maior a fixao da renda na rea de Influncia Direta e no municpio do Serro; - Incremento da arrecadao pblica, pois do aumento da renda e da maior empregabilidade dos fatores econmicos locais, maior ser a arrecadao pblica.

7.1.3.3 - Programa de desenvolvimento dos fornecedores locais A capacitao de fornecedores locais uma medida que beneficiar uma ampla gama de agentes econmicos locais, uma vez que as demandas do empreendimento por bens, matrias-primas, insumos e servios bastante elevada. Considerando que este se inserir em um contexto social e econmico no qual so poucas as possibilidades dos fornecedores locais atenderem s suas demandas com a qualidade, as especificaes e a escala necessria. Ser preciso desenvolver um Programa que capacite os fornecedores locais para que seja estabelecida uma interface comercial destes com a MMX.

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O programa de desenvolvimento dos fornecedores locais envolver a prvia identificao, quantificao e divulgao dos bens e servios que sero buscados localmente, procedimentos transparentes de seleo de fornecedores, treinamento tcnico e gerencial e apoio para o acesso a crdito. Com estabelecimento desse programa, que tambm ser conduzido em parceria com entidades pblicas e privadas, pode-se inferir que haver um aumento da qualificao tcnica regional e do nvel de complexidade da economia local. Este processo representar uma externalidade positiva do empreendimento, que potencializar os efeitos deste sobre a renda e o emprego regional. Este programa ir mitigar os seguintes impactos: - Induo de fluxos migratrios; - Presso sobre os equipamentos e servios pblicos; - Incremento da criminalidade; E potencializar os impactos positivos sobre o nvel de renda, emprego e arrecadao pblica. 7.1.3.4 - Programa de Priorizao da Mo-de-Obra e dos fornecedores locais A priorizao da mo-de-obra e dos fornecedores locais se institui como uma poltica estratgica da empresa e visa aumentar a gerao de emprego e renda para a economia local. Para que esta poltica seja implementada com xito esta ser acompanhada dos Programas de capacitao da mo-de-obra e de desenvolvimento dos fornecedores locais, acima citados. A Programa de Priorizao da Mo-de-obra e dos fornecedores Locais instituir metas progressivas de participao dos trabalhadores no quadro funcional da empresa, bem como, dos fornecedores locais no perfil das compras da mesma. 7.1.3.5 - Programa de Comunicao Social - PCS O processo de comunicao entre o empreendedor e a comunidade fundamental para a insero socialmente responsvel do empreendimento e atua sobre diversos impactos potenciais. O Programa de Comunicao Social (PCS) atuar como um elemento constituinte de todos os demais programas estabelecidos pela MMX. Sendo assim, a Comunicao Social a ser desenvolvida pelo empreendedor prev focos diferenciados, adequados para a cada etapa, impacto e programa previsto, servindo como elemento estruturador de todos os demais programas. Dentre as linhas de atuao que sero desenvolvidas no mbito do Programa de Comunicao Social, citam-se: - Esclarececimento dos superficirios quanto ao processo em que estes esto envolvidos;

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- Estabelecimento das diretrizes e estratgias do processo de negociao com os superficirios; - Esclarecimento da comunidade local sobre os diversos Programas de mitigao e potencializao de impactos que a empresa ir desenvolver; - Auxlio ao processo de recrutamento da mo-de-obra e da seleo de fornecedores locais, divulgando previamente os requisitos necessrios e as condies com que se daro os diversos contratos; - Mitigao dos fluxos migratrios que o empreendimento poder induzir, esclarecendo populao dos municpios do entorno quanto a no inteno de contratar o migrante. Tambm deixando claro que sero priorizados os trabalhadores dos municpios afetos e aqueles que sero trazidos de outras localidades j viro com o processo de contratao consolidado; - Seleo dos meios de comunicao (folhetos, panfletos, insero na rdio local, palestras, seminrios, etc) e tambm a mensagem que ser elaborada e utilizada para alertar e conscientizar os moradores da regio e os motoristas que trafegam pelas vias do entorno quanto s obras de implantao que esto sendo realizadas e das mudanas nas condies de trfego que estas determinam; - Criao de um canal de comunicao aberto e ativo, com ampla divulgao nos municpios afetos ao empreendimento. Atravs deste a populao poder fazer reclamaes, explicitar seus anseios e sugestes. O princpio norteador do Programa de Comunicao Social o de se estabelecer uma comunicao de mo dupla com a comunidade, sendo possvel que esta acione a empresa a qualquer momento. Desta forma, se visa obter maior celeridade na percepo de qualquer processo negativo, garantindo uma maior eficcia das aes a serem implementadas. Atravs do PCS o empreendedor estabelecer sua relao com a comunidade e demais pblicos de interesse, usualmente denominados stakeholders. Portanto, este se constitui um instrumento dinmico que pode ser a qualquer momento utilizado tanto por parte do empreendedor quanto por parte da comunidade e demais pblicos. O Programa de Comunicao Social mitigar os seguintes impactos: - Induo de fluxos migratrios; pois o programa divulgar junto s comunidades afetas que no sero aproveitados pelo empreendimento os trabalhadores que chegarem regio sem o contrato de trabalho assinado; - Com a reduo dos fluxos migratrios se diminui o potencial de impacto sobre os servios e equipamentos pblicos; - Com a reduo da presso sobre os servios e equipamentos pblicos se reduz o impacto potencial sobre a potencialidade turstica, uma vez que diminui o impacto sobre a agradabilidade da regio; - tambm mitigar a ansiedade dos superficirios quanto ao processo de negociao; - assim como, mitigar os impactos decorrentes do incremento da circulao de pessoas em decorrncia da implantao/operao do empreendimento.

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7.1.3.6 - Programa de educao voltado para o relacionamento com as comunidades A implantao do empreendimento ensejar a contratao de at 4.200 pessoas e a operao gerar 1.038 empregos diretos. esses empregos se somaro parcela dos empregos indiretos (criados na cadeia produtiva) e tambm dos decorrentes do aumento da renda (efeito-renda). Este um contingente demasiadamente elevado para os padres demogrficos da rea de influncia do empreendimento e envolve a vinda de um grande contingente de trabalhadores para os municpios afetos. No sentido de mitigar os impactos que esse processo trar, a MMX estabelecer medidas internas a serem aplicadas junto aos seus funcionrios e contratados, visando conscientiz-los das peculiaridades das comunidades do entorno, como as acentuadas caractersticas rurais destas. Sendo assim, o empreendedor estabelecer uma srie de palestras e aes e tambm a distribuio de cartilhas que versaro sobre temas como: educao sexual, respeito s comunidades locais; bem como estabelecer normas de conduta que visem preservar o ritmo de vida das comunidades afetas, etc. Esse programa se instituir como um sub-programa do Programa de Comunicao Social, tambm estabelecendo uma via de comunicao de mo dupla com a comunidade. Assim, a empresa ir divulgar junto essas um telefone para que se possa fazer reclamaes e sugestes ao longo da implantao e operao do empreendimento. Esse programa visa mitigar os impactos que decorrem do incremento da circulao de pessoas em decorrncia da implantao e operao do empreendimento. 7.1.3.7 - Programa de Gesto de Apoio Infra-estrutura municipal O empreendimento ir gerar um significativo acrscimo populacional populao dos municpios de sua rea de influncia, determinando demandas acrescidas por servios pblicos tais como: servios de sade, educao, saneamento, segurana, iluminao pblica, energia eltrica, urbanizao, etc. O projeto da MMX ao mesmo tempo em que determina presses por servios pblicos, tambm ir incrementar significativamente a arrecadao publica dos municpios de Alvorada de Minas e Conceio do Mato Dentro, possibilitando que estes tenham melhores condies para atender s demandas de suas populaes. Este um fato que corrobora com a necessidade de se estabelecer um estreito relacionamento do empreendedor com os gestores pblicos municipais e estaduais, de forma a apoiar que os recursos que estes passaro a deter beneficiem eficazmente a populao em geral. Portanto, a MMX estabelecer uma interlocuo permanente com o setor pblico municipal e estadual, uma vez que as demandas por servio pblico so de responsabilidade estadual e municipal. O apoio que a MMX dar s gestes municipais visa apoi-las no atendimento dessas demandas.

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A maior eficcia na aplicao dos recursos pblicos de interesse de toda a sociedade. A populao em geral passa a contar com melhor qualidade de vida, os gestores pblicos passam a contar com melhores ndices de avaliao, a empresa passa a ser reconhecida como um agente de transformao social positiva. Ademais, o equacionamento das questes sociais prementes na regio de insero do empreendimento, diminuir a dependncia desta em relao ao empreendedor. Sendo um fator muito importante para a fase de descomissionamento do empreendimento. 7.1.3.8 - Plano de sinalizao viria A implantao do empreendimento ir provocar significativas mudanas nas condies de trfego nas vias da regio de sua rea de influncia, afetando moradores e motoristas usurios destas. No sentido de minimizar os incmodos que a intensificao do trfego poder gerar e aumentar a segurana das vias afetadas, a MMX desenvolver um plano de sinalizao virio, que implicar na colocao de placas de trnsito e placas educativas, com mensagens voltadas para a educao para o trnsito e de conscientizao ambiental. A sinalizao viria aumentar a segurana dos motoristas e moradores em geral, bem como os alertar e os conscientizar da alterao a que esto submetidos. Se constituindo uma ferramenta de segurana fundamental ao longo de toda a vida til do empreendimento. 7.1.3.9 - Programa de re-adequao do sistema virio A implantao do empreendimento suprimir algumas estradas de acesso local na regio. A supresso dessas implica em um isolamento de propriedades rurais e at mesmo de algumas comunidades. Para mitigar esse impacto o empreendedor ir realizar um estudo pontual de cada acesso que ter que ser suprimido e propor novos. Assim se manter a acessibilidade s propriedades que forem afetadas. E na hiptese de ser impossvel a manuteno do acesso alguma propriedade, o empreendedor ter que consider-la como rea Diretamente Afeta e realizar a negociao com o proprietrio desta que passar a ser um superficirio. 7.1.3.10 - Programa de preservao da memria das Serras do Sapo, Ferrugem e de Itapanhoacanga O empreendimento realizar profundas e irreversveis alteraes na Serra do Sapo, de Itapanhoacanga, na vertente leste da serra da Ferrugem e em algumas reas no entorno desses elementos naturais. Portanto toda uma paisagem ser alterada. Com isso se perde parte da histria do lugar. Tambm se perde a memria afetiva que as geraes desenvolveram atravs das diversas nuances que a paisagem fsica exerce sobre a vida de cada pessoa.

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Porm a paisagem mais que um elemento fsico. Ela o palco de histrias e de casos que do sentido vida de muitas pessoas e com a alterao paisagstica, parte da cultura regional tambm se perde. O Programa de Preservao da Memria da Serra do Sapo e da Serra de Itapanhoacanga visa realizar um acervo memorialstico da paisagem atual da regio. Este englobar um levantamento fotogrfico e em vdeo de toda a rea de Influncia Direta, buscar entrevistar moradores para obter relatos e casos sobre as serras do Sapo, de Itapanhoacanga e da Ferrugem. Dentre outras aes que visam preservar a memria do que ser modificado. 7.1.3.11 - Programa de mitigao e compensao dos impactos sobre o patrimnio arqueolgico De acordo com a legislao federal de proteo do patrimnio arqueolgico, a inevitvel destruio de stios e estruturas arqueolgicas por empreendimentos econmicos geradores de impacto ambiental deve ser precedida de estratgias que visam identificar, registrar, resgatar e valorizar o patrimnio das reas afetadas. Atendendo a esta regulamentao, propem-se o desenvolvimento de um programa intensivo de Prospeco Arqueolgica na rea de Influncia Direta do empreendimento (ADA e AE), cujo detalhamento exposto adiante, que fornecer subsdios para um programa de Resgate do Patrimnio Arqueolgico, ambos previstos na legislao. Para compreender a ocupao humana pretrita da rea necessrio o estudo de stios em diferentes compartimentos ambientais. Por exemplo, sabe-se que nas regies melhor estudadas em Minas Gerais os abrigos rochosos eram utilizados apenas para atividades tcnicas e rituais especficas e no como moradias - estas eram instaladas a cu-aberto5. Assim, para compreender o uso humano dos abrigos da rea, confirmado pelos levantamentos preliminares de campo, ser preciso buscar os stios complementares aos de abrigo - por exemplo, stios de habitao, stio de captao de matria-prima, etc. Caso a ADA corresponda a compartimentos ambientais que no comportem determinadas atividades dos grupos humanos que a habitaram, a contextualizao arqueolgica somente ser possvel com a incluso no estudo de stios localizados na rea de entorno do empreendimento. Para fins de pesquisa arqueolgica para o licenciamento ambiental recomenda-se que a rea de Entorno do empreendimento, onde sero aplicados os programas previstos, tenha a seguinte configurao: A seqncia de afloramentos da Serra do Espinhao a norte da Cava Mina Serra do Sapo e Usina at Itapanhoacanga. Nas proximidades do ponto 45 (cata na ADA Cava Mina Serra do Sapo) observa-se a transio entre o minrio de ferro e o quartzito, que se estende em direo NW-SE. A identificao de stios em abrigos em diferentes litologias numa mesma rea favorecer o estudo comparativo da ocupao dos abrigos rochosos e a identificao de possveis padres de escolha destes locais.

Prous, 1999, op. Cit.

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As reas de morros sedimentares a oeste da Serra do Sapo at o Rio Santo Antnio. Este rio se desenvolve mais ou menos paralelo Serra, a uma distncia de cerca de 3km a oeste. A descoberta de ricas jazidas no rio foi um dos motores da ocupao colonial da rea e existe um grande potencial para identificao de stios de minerao como o do ponto 50, prximo s vertentes oeste no centro da Cava Mina Serra do Sapo, rea mais preservada e menos ocupada atualmente. Recomenda-se que esta mesma distncia aproximada defina a AE do empreendimento a leste da Serra do Sapo e a leste e oeste dos afloramentos rochosos a norte da Serra, o que permitir contemplar ambas as vertentes destes afloramentos na regio e as reas de morros e colinas no sop dos afloramentos. A adoo deste conjunto de medidas objetiva compensar efetivamente a perda fsica dos stios arqueolgicos atravs da produo de conhecimento e sua incorporao Memria Nacional. Paralelamente, a adoo de um programa permanente de Educao Patrimonial e de monitoramento de stios e estruturas arqueolgicas atuar na valorizao e conservao do patrimnio identificado pelos programas antes mencionados.

Aes mitigadoras propostas A Portaria IPHAN 230/2002 define como ao mitigadora cabvel a empreendimentos que provocam impactos ambientais a elaborao Programas de Prospeco e Resgate do Patrimnio Arqueolgico, de forma a garantir a integridade e salvaguarda do patrimnio arqueolgico das reas atingidas. De acordo com esta Portaria, os trabalhos arqueolgicos devero contemplar os compartimentos ambientais de maior potencial arqueolgico da rea de Influncia Direta do empreendimento. Estudos arqueolgicos detalhados permitiro identificar e localizar em relao ao empreendimento os stios arqueolgicos da rea de influncia, definir as reas mais crticas prximas ao empreendimento e propor as aes cabveis salvaguarda de stios arqueolgicos. As aes mitigadoras dos impactos sobre o patrimnio arqueolgico e edificado, so articuladas nos programas descritos a seguir.

Programa de Prospeco Arqueolgica Este programa consiste em prospeces intensivas de superfcie e sub-superfcie nos compartimentos ambientais de maior potencial arqueolgico da rea de Influncia Direta do empreendimento. Considerando o potencial para stios em abrigos, devem ser previstas prospeces nos afloramentos rochosos e sondagens nos abrigos com piso sedimentar. Os dados recolhidos em campo e na bibliografia disponvel mostram que pinturas rupestres podem ser encontradas em suportes rochosos de qualquer tamanho na Serra do Espinhao, desde abrigos monumentais a pequenas lajes inclinadas de quartzito. Os stios arqueolgicos em abrigo identificados neste levantamento preliminar (pontos 40,43,58,59,75) indicam que pequenas reas abrigadas e altas posies topogrficas no inibiram diferentes usos pr-histricos e histricos das cavidades rochosas locais.

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A raridade de informaes contextuais sobre stios indgenas de habitao na Serra do Espinhao refora a importncia da adoo de metodologias especficas para a localizao de stios pr-histricos a cu aberto na regio. Os levantamentos de campo mostraram que a rede de drenagens locais tem um alto potencial para stios arqueolgicos de minerao. Encontramo-la nos crregos Logrador, Campinas, Zalu, guas Santas, gua Quente e Rio de Pedras. Cursos d gua devem ser percorridos para mapeamento e registro das estruturas arqueolgicas. As intervenes previstas para a fase de prospeces devem tomar por objetivo: - Identificar novos stios arqueolgicos; - Delimitar, testar estratigrafia e avaliar o potencial cientfico do conjunto de stios identificados; - Estimar a quantidade de stios arqueolgicos existentes no conjunto da AID, as extenses, profundidades, diversidade cultural e grau de preservao dos depsitos arqueolgicos, possibilitando, assim, o detalhamento do Programa de Resgate Arqueolgico. Ressalte-se que os trabalhos somente podero ser realizados aps publicao de portaria de permisso pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional IPHAN.

Programa de Resgate do Patrimnio Arqueolgico Todos os stios identificados nas reas projetadas para instalao do empreendimento devero ser objeto de resgate arqueolgico. Atividades de resgate incluem desde topografia de detalhe dos stios at a anlise de materiais arqueolgicos, reproduo de arte rupestre, plantas e mapas da rea, claramente expostos em detalhamento metodolgico que deve ser previamente aprovado pelo Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional - IPHAN. As portarias SPHAN 7/1988 e IPHAN 230/2002 prevem, no licenciamento ambiental, a adoo de critrios para valorizao do patrimnio arqueolgico local e de alternativas de aproveitamento mximo de seu potencial cientfico, cultural e pedaggico. Os resultados dos programas adotados devem ser, portanto, divulgados junto comunidade cientfica atravs de congressos, seminrios, etc., e publicaes. Junto s populaes atingidas, os resultados dos estudos arqueolgicos devem ser problematizados no programa de Educao Patrimonial.

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Programa de Educao Patrimonial altamente recomendvel que o programa de Educao Patrimonial previsto na legislao seja adotado em carter permanente pela empresa. A incluso de um programa deste tipo nos treinamentos e integraes de segurana do trabalho dos funcionrios e prestadores de servios envolvidos na instalao e operao do empreendimento visa estimular a valorizao do patrimnio arqueolgico e resguardlo de futuros impactos involuntrios ou favorecidos pelo desconhecimento e pela pouca importncia dada s estruturas arqueolgicas - como tem acontecido com a abertura de estradas de acesso aos locais de sondagem geolgica. No que se refere ao relacionamento com as comunidades afetadas, recomendvel que o programa de Educao Patrimonial a ser elaborado contenha atividades pedaggicas de divulgao e valorizao do patrimnio arqueolgico, integrando-as a iniciativas de valorizao de prticas tecnolgicas tradicionais. Recomenda-se que as engenharias e tcnicas construtivas histricas ainda presentes na rea, representadas por engenhos, moinhos, canais de abastecimento, casas seculares, etc. que compem o patrimnio edificado local, sejam discutidas e valorizadas juntamente com os stios arqueolgicos. A valorizao deste patrimnio no tombado, portanto no regulamentado por legislao especfica, deve receber especial ateno para evitar que seu processo de descaracterizao e destruio seja acentuado pela instalao e operao do empreendimento.

Programa de monitoramento de stios arqueolgicos Os impactos potenciais diagnosticados para as evidncias arqueolgicas na rea de Entorno imediato podero ser mitigados atravs de monitoramento do estado de conservao dos stios e estruturas identificadas aps a instalao e com o empreendimento em operao. Recomenda-se que este monitoramento faa parte do programa permanente de Educao Patrimonial e que laudos bienais sobre a situao dos stios sejam elaborados.

7.2 - Programa de reabilitao de reas degradadas


7.2.1 - Apresentao
O presente programa de reabilitao tem como objetivo munir a empresa mineradora com um instrumento conceitual, para reabilitao fsica e biolgica das reas mineradas. Em momento posterior de licenciamento (PCA), ser feito um detalhamento executivo da concepo adotada a seguir.

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Em resumo, as reas, resultantes da lavra pretendida, compreendero basicamente a seguinte reabilitao ambiental e usos futuros: - Taludes em terra da cava: os taludes superiores da cava sero escavados em material terroso, com manuteno do perfil natural do solo. Tero boa estabilidade e superfcies aptas revegetao herbceo-arbustiva, integrada no contexto paisagstico e florstico regional. A revegetao ser realizada j no incio das operaes de abertura da cava, aps a concluso da estabilizao fsica e drenagem dos referidos taludes superiores da cava. Uso futuro: preservao ambiental e sucesso para capoeira natural; - Taludes em rocha da cava: os taludes sero em rocha e no sero revegetados. Sobre as bordas externas das bermas em rocha, sero construdos corredores verdes, formados por leiras longitudinais em terra e revegetados com plantas herbceas e arbustivas. Uso futuro: preservao natural em rocha e sucesso para vegetao rupcola (plantas que crescem sobre pedras); - Pilha de estril fora da cava: a mina de Itapanhoacanga ter uma pilha localizada ao lado da cava. Esta ser construda por meio de um aterro controlado, a partir do material terroso, retirado do capeamento da mina (parcialmente aproveitado como argila na fabricao de cimento), com deposio posterior de material estril. Antes da revegetao ser instalado um sistema de drenagem, adequado para as condies hidrolgicas e fsicas dos taludes, com vistas ao controle de finos e eroso, em longo prazo. Toda superfcie da pilha receber revegetao, integrada no contexto florstico e de uso regional. Uso futuro: no topo da pilha, ou construo de instalaes agropecurias ou pastagem em meio a campo sujo; sobre os taludes, preservao natural (cercamento) e sucesso para capoeira natural; - Pilha de estril dentro da cava: a cava da mina Serra do Sossego ser parcialmente preenchida com estril. O procedimento de lavra e preenchimento da cava ser feito de forma pari passu. O restante da cava ser inundado com guas freticas. Assim, a superfcie, objeto de revegetao, ser o topo da pilha de estril, encaixada na cava exaurida. A reabilitao ambiental dessa superfcie ser feita em forma de um programa de pesquisa em restaurao de campos rupestres. O plano consistir no envolvimento de instituies especializadas como a Fundao Zoobotnica de Belo Horizonte e Universidades, com as quais sero celebradas parcerias. Sero realizados ensaios de restaurao por intermdio da transferncia de lajes em canga, transplante de propgulos, coleta de germoplasma e outros mtodos, dos locais primitivos da capa da cava para os locais de reabilitao. A estratificao de ambientes e substratos far parte dos parmetros testados, onde ao longo dos anos sero aperfeioadas as tcnicas j colsolidadas para outras regies de campo rupestre em Minas Gerais. O desenvolvimento de tcnicas apropriadas em restaurao de campos rupestres no local, somados aos conhecimentos j adquiridos nas principais instituies afins, representar um ganho tecnolgico para a situao dada, podendo ser tomada em proveito de outras reas do pas. Ser construdo um viveiro especializado em mudas e armazenamento de sementes onde sero reproduzidas e abrigadas mudas das tipologias rupestres locais. - Piso da cava: o piso do pit final da cava ser em rocha s, parcialmente inundado e parcialmente aterrado com estril, que ser reabilitado com campo rupestre, conforme j mencionado nos itens anteriores. Uso futuro: preservao permanente como rea de restaurao de campo rupestre e reservatrio de gua de excelente qualidade;

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- reas remanescentes da rea industrial e apoio produo: os ptios com benfeitorias, aps uso, sero fechados e revegetados. Trata-se de reas planas, que, aps a remoo das benfeitorias e estruturas presentes, ser subsolada e revegetada, conforme procedimentos indicados a seguir. Outrossim, esta rea ser beneficiada com uma cortina verde em torno de suas divisas. Uso futuro: pastejo ou aproveitamento para instalaes agropecurias. - Barragem da rejeito: a barragem de rejeito, aps sua utilizao, ser drenada. A superfcie final, arenosa e plana, ser revegetada com espcies para pastagem. Em torno e em faixas transversais sero construdas cortinas arbreas com funo de quebra-vento e sombreamento, com vistas a diminuio da evapotranspirao sobre a superfcie como um todo. Futuramente a mesma superfcie poder ser utilizada tambm para reflorestamentos comerciais, com espcies nativas ou exticas, como culturas auxiliares ao desenvolvimento da economia local. Associado s culturas implantadas sero implantados capes de mata nativa sobre as superfcies degradadas.

7.2.2 - Procedimentos de minimizao de impactos e reabilitao de reas degradadas


7.2.2.1 - Remoo e estocagem do solo de decapeamento As camadas superficiais de solo ou vegetao nativa, como lajes com campo rupestre, possui propriedades de suma importncia para uma revegetao e devem ser armazenadas durante o decapeamento de todas as superfcies teis da mina. O objetivo o uso posterior na revegetao das reas degradadas (figura 7.1). O material terroso, inclusive vegetao rasteira e arbustiva, ser removido, portanto, e empurrado para as laterais da cava, onde sero formadas leiras contnuas, temporariamente. O mesmo procedimento ser encaminhado no incio da construo da pilha de estril. FIGURA 7.1 - Perfil esquemtico de decapeamento do material orgnico e estocagem

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7.2.2.2 - Recomposio topogrfica e reaplicao do solo de decapeamento Os taludes em terra, da cava, sero reconformados topograficamente de acordo com tcnicas florestais adequadas. A reaplicao do solo orgnico de decapeamento, armazenado para este fim, ser feita sobre todas as superfcies terrosas a serem revegetadas, incluindo: topo de cava, leiras sobre as bermas da cava, leiras em fundo de cava e taludes da pilha de estril. O topo da pilha de estril e ptio de britagem recebero cobertura com este material por ltimo, para garantir a quantidade certa para as demais superfcies. Em caso de excedente, tambm o topo da pilha e ptio de britagem sero beneficiados com o mesmo. Em caso de falta ser utilizado material estril de boa qualidade. 7.2.2.3 - Aplicao de leiras em terra sobre a crista das bermas em rocha As bermas em rocha recebero uma aplicao de substrato terroso, em forma de leiras trapezoidais, construdas nas bordas externas das mesmas. As leiras sero compostas com solo orgnico de decapeamento e material proveniente da pilha de estril. Essas leiras sero construdas, atravs do despejo sucessivo de caminhes basculantes com o referido material, e conformadas mecanicamente com pcarregadeira. Posteriormente sua construo, essas leiras sero revegetadas. A funo ambiental dessas leiras de crista ser a de corredores faunsticos e cortinas verdes arbustivas, fomentando a sucesso natural e a mitigao do cenrio paisagstico, respectivamente. FIGURA 7.2 - Perfil esquemtico da revegetao de taludes de argila e leiras em bancadas de rocha

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7.2.2.4 - Restaurao dos campos rupestres Sobre a superfcie aterrada com estril na cava ser instalado um laboratrio de restaurao dos campos rupestres locais. Para tal sero armazenadas as capas laterticas (lajes em canga), bem como propgulos e sementes que sero acondicionados em viveiro prprio, para imediata reposio, na medida em que for sendo concluda a deposio do estril em ritmo pari passu. Para aperfeioar o estado da arte de restaurao de campos rupestres, sero celebradas parcerias com instituies que j possuem conhecimento adquirido nessa rea, incluindo armazenamento, reproduo de sementes e propgulos. A idia , custa da mineradora, desenvolver as tcnicas de restaurao dos campos rupestres locais de forma que as informaes, ao longo da atividade da minerao em pauta, possam ser divulgadas para o incremento tambm em outros stios conforme necessidade. 7.2.2.5 - Descompactao de superfcies adensadas Sero consideradas superfcies adensadas: o ptio de britagem, topo da pilha de estril e estradas internas, que sero fechados aps o exaurimento da mina. Antes das medidas de revegetao, estas superfcies sero subsoladas, isto , recebero um tratamento mecnico para rompimento das camadas superficiais do solo adensadas. A subsolagem facilitar os plantios de reabilitao, bem como o seu melhor desenvolvimento futuro. 7.2.2.6 - Cortinas verdes com fins paisagsticos e ambientais Com o objetivo de incorporar a pilha de estril no contexto da paisagem, aps o trmino da lavra, ser implantada complementarmente revegetao das superfcies degradadas, uma cortina arbrea.. Aps a pega consolidada da adubao verde nas reas degradadas, sero realizados novos plantios, arbreos, em locais estratgicos, para fomentar a naturalidade do cenrio, bem como a atrao de benefcios ambientais. Sero implantadas cortinas arbreas, com a utilizao de espcies nativas. A inteno que estas cortinas permaneam aps o exaurimento da jazida, promovendo a sucesso natural no entorno. Os locais beneficiados sero o entorno da pilha de estril, topo da cava e entorno do ptio de britagem. 7.2.2.7 - Reabilitao das reas degradadas prximas aos cursos d gua As reas degradadas (reas de emprstimo, depsitos, barragem de rejeitos, acessos e etc) prximas aos cursos d gua, sero reabilitadas to logo estiverem acabadas as obras de implantao da mina de ferro da MMX. A recomposio da vegetao ciliar nativa, onde se faz necessrio, tambm dever fazer parte do Programa de reabilitao das reas degradadas.

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7.2.2.8 - Acompanhamento e manejo posterior das medidas de revegetao Ressemeadura Ao final do primeiro perodo de crescimento ser feita uma vistoria para detectar falhas no desenvolvimento da vegetao implantada. Para corrigir as falhas de fechamento das superfcies semeadas, sero feitas novas aplicaes, de acordo com as demandas. O objetivo garantir a perfeita cobertura do solo, a curto prazo.

Combate a pragas Toda revegetao ser monitorada, em busca de pragas que possam afetar o desenvolvimento da vegetao implantada. Em especial formigas cortadeiras costumam ser responsveis por grandes atrasos no desenvolvimento da cobertura vegetal. O tratamento das pragas ser feito com indicao de profissional habilitado, sempre de forma tpica, isto , somente sobre o causador do problema, e no de forma genrica. Os produtos aplicados sero pouco txicos e com reduzido tempo de atuao.

Preveno e combate a incndios A regio suscetvel a focos de incndio, em especial a partir das reas de campo adjacentes. Para prevenir um incndio sobre a vegetao da rea em pauta sero construdos aceiros anti-incndio ao longo das divisas.

Aplicao de insumos A aplicao de adubos se dar no ano seguinte aos plantios iniciais. Para garantir a aplicao correta de estimulantes para o crescimento, ser avaliada uma bateria de amostras de solo, provenientes das superfcies em reabilitao. Sero destacadas amostras sobre as partes do solo sem boa cobertura vegetal, a fim de detectar eventuais deficincias nutritivas. Aps a referida avaliao sero feitas aplicaes especficas dos insumos, considerados pertinentes para a ocasio, preferindo produtos naturais de fcil absoro pelas plantas e de baixo risco para as reas adjacentes.

Incremento tecnolgico Em especial relativo restaurao de campos rupestres ser feito um contnuo apontamento das tcnicas aplicadas e sua efetividade a curto mdio e longo prazos, para que seja criado um manual de reabilitao dos campos rupestres com acompanhamento cientfico e incremento tecnolgico contnuo.

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Coroamento e capina em torno das mudas arbreas Ser realizado um coroamento em torno de todas as mudas arbreas durante os dois primeiros anos, com periodicidade trimestral. A atividade consistir em uma capina de limpeza, com a finalidade de livr-las da concorrncia de outras plantas. O raio desta capina ser de 50 cm ao redor da muda arbrea.

Roadas de limpeza Tambm durante os dois primeiros anos, nos meses de fevereiro, junho e novembro, ser feita a roada de limpeza em toda a rea de plantio, com o objetivo de impedir a carncia de luminosidade, provocada pelas forrageiras sobre as mudas arbreas. A matria orgnica oriunda desta limpeza ser deixada no local a ttulo de adubao orgnica.

7.2.3 - Cronograma de execuo


As medidas de reabilitao devero estar cronologicamente atreladas ao processo de instalao, lavra e fechamento da mina. Como a mina em pauta possui um perodo de atuao longo, o cronograma comtemplar os perodos parciais em ritmo pari passu ao ritmo das concluses parciais ou totais de atividades. O incio dos trabalhos de reabilitao se dar logo aps a aprovao e o licenciamento pretendido da mina. Concomitantemente ao incio das atividades de instalao da mina, e a lavra propriamente dita, sero executadas as medidas de reabilitao propostas neste PRAD. Um cronograma executivo dever ser detalhado quando da elaborao do Programa de controle Ambiental.

7.3 - Plano de Fechamento


O conceito de Plano de Fechamento de Mina vem sendo construdo ao longo dos ltimos anos em todo o mundo. O histrico mundial de problemas econmicos e ambientais, ao final do perodo da vida til de empreendimentos mineiros, vem confirmando o entendimento de que a etapa de fechamento se constitui na quarta fase do ciclo de vida da minerao, juntamente com a pesquisa mineral, a implantao e a operao. Como uma etapa do seu ciclo de vida, estes empreendimentos devem planejar o seu fechamento, para que possam cumprir os compromissos legais e sociais gerados pela atividade. A minerao uma atividade econmica com durao finita e constitui-se em um uso temporrio da terra que deve estar orientada para , novos usos, finda as operaes mineiras.

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Os conceitos de Plano de Fechamento vo alm da recuperao de reas degradadas, que passa a ser um dos vrios itens que compem o encerramento de um empreendimento mineiro. Estes planos caminham no sentido de amplos sistemas de gesto scio-ambiental, que passam a orientar e a se preocupar com o futuro das reas ocupadas pela atividade de minerao, de seu entorno e das comunidades envolvidas, enquanto estas ainda esto em operao, ou, mais modernamente, devese prepar-lo o quanto antes possvel. Pode-se, portanto, agregar vrios destes conceitos e objetivos, pois so complementares, como consenso mundial de objetivos do planejamento para o fechamento de mina, como abaixo relacionados: - O fechamento de mina deve buscar o estabelecimento do equilbrio fsico, biolgico e social da rea onde foram exercidas as atividades de minerao; - Devem ser estabelecidas condies para a consolidao do uso futuro da rea; - Deve-se estabelecer medidas para a minimizao e/ou preveno de degradao ambiental no longo tempo aps o fechamento; - Deve-se estabelecer medidas para a reduo dos riscos advindos de depsitos e fontes potenciais de contaminao para estabilizao dos passivos ambientais; - Deve-se buscar a minimizao dos impactos socioeconmicos do fechamento do empreendimento, maximizando os benefcios socioeconmicos. O Plano de Fechamento um documento estruturado em programas que abordam os vrios aspectos que envolvem as atividades de fechamento, envolvendo desde a garantia de estabilizao fsica ao levantamento de contaminaes de solo ou gua, com as aes de descontaminao necessrias, caso hajam, e outros abordados a seguir. Por se tratar de um documento de planejamento e gesto ambiental este Plano deve ser revisado a cada perodo determinado de tempo ou quando ocorrem modificaes importantes nas premissas tcnicas ou econmicas do empreendimento. Estas revises permitem incorporar ao mesmo tempo as evolues do conhecimento do processo, do planejamento do empreendimento, da tecnologia ambiental e das legislaes. Para este caso do empreendimento da MMX se prev uma reviso do Plano a cada 5 anos, o que significam, no mnimo 7 revises, sendo a ltima realizada de forma executiva em perodo menor, com antecedncia de 2 anos antes do encerramento das atividades. O presente Plano contempla basicamente as premissas bsicas e uma referncia aos principais sub-programas que sero mais amplamente descritos quando da elaborao do PCA. O fechamento das minas da MMX e da infra-estrutura de apoio produo contempla as seguintes estratgias bsicas: - No se prev a utilizao futura das reas mineradas. No entanto, a MMX dever buscar alternativas para aproveitamento das estruturas industriais implantadas (adutora de gua, linha de transmisso, estradas) para outros fins industriais, ou caso no seja possvel, reabilitar as reas buscando a similaridade dos ambientes existentes antes da minerao;

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- Em especial, a rea de mina, dever ter uma reabilitao de forma a que os ecossistemas sejam similares aos encontrados nas serras do Sapo, Ferrugem e de Itapanhoacanga, visando a manuteno da biodiversidade daqueles ambientes; - O novo aqfero, a ser criado com o preenchimento das cavas de mina, dever manter as condies de recarga e abastecimento de gua das drenagens identificadas na condio anterior mina, em vazo e qualidade, no perodo ps minerao, minimizando impactos de reduo da vazo nas drenagens prximas, aps o fim do rebaixamento de nvel d gua e a reposio de guas nas nascentes; - o processo de alavancagem econmica para um patamar superior que o empreendimento pode gerar em sua rea de Influncia Direta, atravs da gerao de impostos e renda durante toda a sua vida til, deve ser gerido publicamente com instrumentos de apoio da MMX, com foco principalmente no fortalecimento das potencialidades locais, ou na busca da diversificao da base econmica local, fazendo com que este novo ciclo econmico da minerao na historia destes municpios seja sustentvel no perodo ps minerao e possibilite a continuidade de gerao de renda nos mesmos; - as demais reas utilizadas pela minerao devero ser fechadas com procedimentos especficos, em sub-programas que esto relacionados a seguir. Das estratgias bsicas descritas acima as quatro primeiras so essenciais para minimizar impactos do fechamento do empreendimento e so conceituadas no PRAD, descrito no item 7.2, ou nos subitens a seguir. A quinta estratgia est vinculada aos procedimentos gerais de fechamento de um empreendimento mineiro e so aqui indicadas como programas de fechamento a serem especificados no PCA. So os seguintes estes programas de que iro compor o Plano de Fechamento da MMX: - Programa de fechamento das reas de lavra, barragem de rejeitos e pilhas de estril, que objetiva estabelecer as diretrizes e procedimentos para a estabilizao fsica das reas, a partir da concepo de uso futuro das reas; - Programa de investigao de contaminao, que objetiva identificar eventuais passivos de solos contaminados durante a operao e que, eventualmente, no foram remediados na etapa de operao; - Programa de descomissionamento, desmontagem e demolio da infra-estrutura, que objetiva estabelecer procedimentos para a desmontagem de equipamentos e demolio civil das instalaes existentes; - Programa de apoio aos empregados, que objetiva criar novas oportunidades aos trabalhadores, no ps-fechamento, e/ou apoi-los na transio entre o perodo operacional e o fechamento; - Programa de monitoramento ambiental no ps-fechamento, que objetiva medir os indicadores ambientais no ps-fechamento e, caso necessrio, estabelecer medidas para correo dos objetivos de estabilizao fsica, qumica, biolgica e social da rea do empreendimento.

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7.3.1 - Programa de manuteno da disponibilidade hdrica no novo aqfero com o preenchimento da cava
Como identificado na avaliao de impacto do meio fsico, ainda na etapa de operao para as reas j lavradas e preenchidas com estril, bem como na etapa de fechamento, o cenrio futuro das cavas das minas apresentar uma nova condio de recuperao do aqfero da formao ferrfera, com caractersticas fsicas de percolao das guas pluviais incidentes nestas reas, e composio qumica diferente, o que acarretar um funcionamento diferente do aqfero e nova condio de disponibilidade de gua para as nascentes no entorno das Serras. Considerando que a cava da mina da serra do Sapo ser j preenchida com estril aps o quinto ano de operao ser necessrio, neste tempo, estudar e propor solues que possam definir a forma de disposio dos materiais para: - permitir permeabilidade ao material disposto quando da recuperao do nvel d gua, aps o fim do bombeamento, e para as guas incidentes; - distinguir as composies geoqumicas dos estreis e sua influncia na composio qumica das guas, eventualmente dispondo de forma distinta estes estreis; - mantenha as condies de fornecimento de gua s drenagens relacionadas ao aqfero em similaridade s medidas antes da implantao do empreendimento, em vazo e qualidade, no ps minerao. Durante a vida til da mina aes de monitoramento e continuidade dos estudos permitiram aferio das medidas tomadas e otimizao do modelo, de forma que o Plano de Fechamento, em suas revises possa incorporar estas melhorias e ou indicar medidas corretivas s proposies adotadas, atualizando o cenrio ambiental no psfechamento visando as estratgias definidas. Desta forma espera-se minimizar os impactos, diretos e indiretos, de reduo da vazo nas drenagens do entorno das cavas, aps findar o rebaixamento de nvel d gua e a reposio de guas nas nascentes.

7.3.2 - Programa de Diversificao da Base Econmica Local


O empreendimento da MMX possui grande dimenso para o contexto socioeconmico de sua insero, tendo um faturamento previsto muitas vezes superior produo de riqueza da economia da sua rea de influncia. Como visto na avaliao de impacto este fato possui evidentes aspectos positivos (gerao de emprego, renda, modernizao tecnolgica), o que pode gerar um significativo grau de dependncia da economia local em relao ao empreendimento da MMX. Alm disto tambm possui o potencial para desarticular, ou at mesmo para potencializar, a tradicional base produtiva local, aqui se referindo s propriedades diretamente afetadas ou dentro da rea de influncia direta do empreendimento, constituda por pequenos proprietrios agrcolas e pecuaristas, que desenvolvem a produo de queijos, cachaa e outros produtos tradicionais.

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Os demais agentes econmicos da regio se inserem no setor tercirio, em estabelecimentos comerciais de pequeno porte, tais como bares, mercearias, lojas de roupas, armarinhos, etc. O Programa de Diversificao da Base Econmica Local visa manter e incrementar a vitalidade desse ambiente econmico, para que o empreendimento no se efetive como o nico agente econmico com capacidade de gerar emprego e renda na regio e tambm para que aqueles que no forem empregados pelo empreendimento ainda possam se manter com dignidade. Ademais, se a economia dos municpios de Conceio do Mato Dentro e Alvorada de Minas passar a depender exclusivamente da MMX, o impacto do fechamento ser mais acentuado. Trata-se de um programa que visa a reduo da dependncia dos municpios em relao s atividades da MMX na formao da renda, do emprego e da base tributvel, no mdio e no longo prazos, minimizando a ausncia da empresa no fechamento, e os benefcios diretos e indiretos por ela gerados durante sua operao, e transferir s comunidades circunvizinhas capacidade para a auto suficincia. O Programa de Diversificao da Base Econmica ser desenvolvido tendo a MMX como agente fomentador e aglutinador que ter como objetivo: - Instrumentalizar o poder pblico, por meio de parcerias, para o desenvolvimento de novos agentes econmicos de longo prazo de ao, buscando sustentabilidade para as economias locais no mdio e longo prazo; - reduzir a dependncia econmica dos municpios em relao ao empreendimento; - contribuir para um processo de participao comunitria da busca de diversificao econmica objetivando a manuteno da qualidade de vida e equilbrio socioeconmico regional aps o fechamento das atividades minerais da MMX; - difundir os resultados do processo de crescimento sustentvel das economias locais, com base nas definies da diversificao da base econmica local. O Programa ser feito com base em estudos, realizados por especialistas na rea socioeconmica, em busca da identificao do potencial produtivo da regio e o entendimento das tendncias de mercado e sua influncia sobre as atividades econmicas da rea de influncia direta. Os estudos sero convertidos, desde ento, em um programa de diversificao econmica participativo, com ampla divulgao e anuncia das lideranas e autoridades locais, estaduais e, se necessrio, nacionais, em conformidade com uma poltica de desenvolvimento para a regio. O objetivo ser o de promover e desenvolver os arranjos produtivos locais potenciais. Cabe destacar que a MMX, como dito acima, ter uma participao fomentadora e patrocinadora de estudos e instrumentos. Porm sua realizao dever contar com a participao efetiva e contrapartida dos poderes municipais e estadual, bem como das organizaes locais, impondo assim uma responsabilidade compartilhada com o poder pblico municipal, principalmente, que dever aproveitar a alavancagem econmica deste novo ciclo produtivo da minerao na histria destas municipalidades.

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Os resultados desse processo sero extremamente benficos para a sociedade como um todo e ter uma enorme relevncia principalmente na mitigao dos impactos decorrentes da desativao do empreendimento.

7.4 - Compensao ambiental


A Deliberao Normativa COPAM n 94 de 12 de abril de 2006, estabelece as diretrizes e procedimentos para aplicao da compensao ambiental de empreendimentos considerados de significativo impacto ambiental, de que trata a Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000. O art. 36 da Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservao - SNUC, regulamentado pelo Captulo VIII do Decreto n 4.340, de 22 de agosto de 2002, alterado pelo Decreto n 5.566, de 26 de outubro de 2005, nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental o empreendedor est obrigado a apoiar a implantao e manuteno de unidades de conservao. O Art. 1 considera os impactos negativos no mitigveis como sendo a poro residual, no mitigvel do impacto decorrente de empreendimentos e atividades, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, que possam comprometer a qualidade de vida de uma regio ou causar danos aos recursos naturais, como os exemplificados no Anexo nico desta Deliberao Normativa. Anexo nico consta a lista exemplificativa de impactos negativos no mitigveis sobre a biota: 1 - interferncias em reas consideradas prioritrias para a conservao da biodiversidade, de acordo com os documentos oficiais vigentes 2 - interferncias em reas especialmente protegidas ou em reas localizadas num raio de 10km dos limites de unidades de conservao do grupo de proteo integral ou em suas zonas de amortecimento; 3 - interferncias em reservas da biosfera, biomas vulnerveis ou ameaados e ecossistemas raros e de localizao restrita, conforme disposto no art. 30 da Lei Estadual n 14.309, de 19/06/2002. Este artigo menciona a cobertura vegetal e os demais recursos naturais dos remanescentes da Mata Atlntica, veredas, cavernas, campos rupestres, paisagens notveis e outras unidades de relevante interesse ecolgico, ecossistemas especialmente protegidos nos termos do 7 do artigo 214 da Constituio do Estado, ficam sujeitos s medidas de conservao estabelecidas em deliberao do COPAM. 4 - transformao de ambiente ltico em lntico, com conseqncias negativas sobre a biota aqutica e ecossistemas associados; 5 - desvio, drenagem ou retificao de corpos dgua, com conseqncias negativas sobre a biota aqutica e ecossistemas associados;

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6 - supresso de vegetao nativa, que acarrete, dentre outros: - fragmentao de habitats; - perda de conectividade; - reduo da riqueza de espcies da fauna e flora; - comprometimento da paisagem natural; 7 - perda da quantidade e/ou qualidade das guas superficiais e subterrneas; 8 - contaminao do solo; 9 - emisso e lanamento de gases na atmosfera, que contribuam para as mudanas climticas globais; 10 - comprometimento do patrimnio paleontolgico e espeleolgico; O Art. 2 estabelece que a compensao de que trata o art. 36, da Lei Federal n 9.985, de 18 de julho de 2000, ser exigvel dos empreendimentos de significativo impacto ambiental, no percentual de 0,5% (meio por cento) dos custos totais previstos para sua implantao, assim informados no processo de licenciamento ambiental. Neste aspecto, conforme informado pelo empreendedor, o custo de implantao do empreendimento sob anlise de R$ 1.445.604.850,24.

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8 - ANLISE PRELIMINAR DE PERIGOS


8.1 - Introduo
Neste item apresentada a Anlise Preliminar de Perigos - APP do Complexo Minerrio (Serra do Sapo-Ferrugem e Itapanhoacanga) e da Planta de Beneficiamento para produo de pellet feed da MMX. Esta APP foi elaborada como parte integrante do processo de licenciamento prvio (LP) do empreendimento junto Fundao Estadual do Meio Ambiente - FEAM. Nesta APP so identificados os eventos perigosos, incluindo as principais causas e os efeitos ambientais potenciais (impactos). Tambm apresentada a categoria de risco ambiental para cada cenrio, obtida a partir de consideraes em termos de severidade (magnitude) e freqncia, assim como as recomendaes/medidas de preveno e mitigao. Cabe ressaltar que foram identificados eventos perigosos para as etapas de implantao, operao e desativao do empreendimento.

8.2 - Conceitos e definies importantes


Considerando o empreendimento objeto desta APP, cuja caracterizao foi apresentada no captulo 2 do EIA, torna-se necessrio a identificao das fontes de danos ou situaes potencialmente capazes de causar efeitos negativos, em termos de prejuzos ao meio ambiente. Desta forma, para facilitar o entendimento desta APP, a seguir so apresentados alguns conceitos e definies.

Anlise Preliminar de Perigos - APP A APP uma metodologia estruturada para identificar os perigos e avaliar os riscos decorrentes da implantao e operao de um empreendimento. largamente utilizada em processos de licenciamento ambiental, principalmente na etapa inicial de planejamento. Uma APP tem como princpio a identificao das formas pelas quais os perigos podem ser manifestados, em condies excepcionais, considerando cada um dos eventos perigosos, suas causas e efeitos, por exemplo, sobre o meio ambiente. Ao conjunto formado pelo evento perigoso, suas causas e efeitos d-se o nome de cenrio de acidente (MIL-STD-882). Considerando o cenrio acidental identificado, a APP tem como objetivo promover a avaliao qualitativa do risco. Para isto, estabelecida uma matriz de risco (quadro 8.5) composta pela categorizao do risco obtida a partir da relao entre a severidade (magnitude) e a freqncia. Como parte da APP, tambm so recomendadas aes de controle preventivas, que agem sobre o evento perigoso, e as mitigadoras, desenvolvidas com o objetivo de reduzir as conseqncias dos cenrios de acidentes (MIL-STD-882).

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O conjunto de informaes formado pelo evento perigoso, causas, efeitos, freqncia, severidade, categoria de risco e medidas preventivas e mitigadoras apresentado na forma de planilhas, conforme quadro a seguir. QUADRO 8.1 - Matriz da anlise preliminar de perigos - APP
Empreendimento: Fase do empreendimento: Instalao Operao Atividade: Evento Perigoso Causas Efeitos Freqncia Severidade Categoria de Risco Medidas Preventivas / Mitigadoras Desativao

Perigo Fonte de danos potenciais ou situao potencialmente capaz de causar danos s pessoas, propriedade, ao meio ambiente ou combinao desses. (CETESB/P4.261: 2003).

Risco Medida de danos vida humana, resultante da combinao entre a freqncia de ocorrncia e a magnitude das perdas ou danos (conseqncias). O risco um nmero com dimenses definidas. (CETESB P4.261:2003). Resumidamente, segundo Real et.al, pode-se dizer que uma fonte de perigo algo que pode causar danos e, se os perigos so os vrios tipos de danos que podem ser provocados por esta fonte, ento os riscos so as formas de avaliao, qualitativa ou quantitativa, das possibilidades de uma fonte provocar um determinado dano.

Incidente Evento que inclui circunstncias no desejadas e possveis perdas associadas e que tem o potencial de causar acidentes (OHSAS 18.001:1999);

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Acidente todo evento no planejado que origina morte, danos sade, leso, danos materiais, danos ao meio ambiente ou outras perdas (OHSAS 18.001:1999).

Evento perigoso um acontecimento capaz de causar danos s pessoas, propriedade, ao meio ambiente ou combinao desses e encontra-se relacionado com o desenvolvimento de uma atividade.

Causas As causas so os eventos simples ou combinados que levam materializao dos perigos previamente identificados (MIL-STD-882).

Efeitos So conseqncias danosas advindas da materializao dos perigos identificados (MIL-STD-882).

Cenrios acidentais Conjunto formado pelo evento perigoso identificado, suas causas e cada um dos seus efeitos (MIL-STD-882).

Freqncia Nmero de ocorrncias de um evento por unidade de tempo (CETESB/P.4261:2003). Da mesma forma que para a severidade, a freqncia de um cenrio acidental tambm pode ser classificada em categorias. Existem diversas formas de se promover a categorizao das freqncias, sendo uma delas a apresentada a seguir. QUADRO 8.2 - Freqncia de ocorrncia dos cenrios acidentais
Categoria A B C D Denominao Improvvel Pouco Provvel Provvel Freqente Descrio No esperado ocorrer durante a vida til do empreendimento ou instalao. Pouco provvel de ocorrer durante a vida til do empreendimento ou instalao Esperado que ocorra at um a vez durante a vida til do empreendimento ou instalao Esperado de ocorrer vrias empreendimento ou instalao vezes durante a vida til do

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Severidade o grau de intensidade/importncia de um cenrio acidental. Os cenrios de um acidente podem ser classificados em categorias de severidade. Estas categorias fornecem uma indicao qualitativa da ocorrncia e podem ser as seguintes: QUADRO 8.3 - Categorias de Severidade
Nvel I Desprezvel Nvel II Marginal Nvel III Crtica - Possveis danos ao m eio ambiente devido a liberaes de substncias qumicas, txicas ou inflamveis, alcanando reas externas ao empreendimento ou instalao. Pode provocar leses de gravidade m oderada na populao externa ou impactos ambientais com reduzido tempo de recuperao. - Impactos ambientais devido a liberaes de substncias qum icas, txicas ou inflamveis, atingindo reas externas ao empreendimento ou instalao. Provoca m ortes ou leses graves na populao externa ou impactos ao meio ambiente com tempo de recuperao elevado. - Danos irrelevantes ao m eio ambiente e comunidade externa. - Nenhum dano ou dano no mensurvel.

Nvel IV Catastrfica

Fonte: CETESB P4.261/2003

Categoria de risco a relao entre a freqncia e a severidade (magnitude), conforme pode ser visualizado no quadro a seguir. QUADRO 8.4 - Categorias de Risco
Categoria de risco Insignificante Combinao I/A I/B II/A I/C Baixo II/B III/A I/D Moderado II/C III/B IV/A II/D Elevado III/C IV/B IV/D Muito Elevado IV/C III/D

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Este quadro, por sua vez, permite a construo de matrizes de risco, conforme modelo a seguir. QUADRO 8.5 - Modelo de matriz de risco
IV Catastrfica SEVERIDADE III Crtica II Marginal I Desprezvel A Improvvel B Pouco Provvel FREQNCIA 1 - Insignificante 2- Baixo 3 - Moderado 4 - Elevado 5 - Muito Elevado C Provvel D Freqente

Medidas de preveno So aes implementadas com o objetivo de reduzir a freqncia de uma ocorrncia e a severidade das conseqncias de um evento perigoso identificado (ISO 8.402:1994).

Medidas mitigadoras So aes desenvolvidas com o objetivo de reduzir os impactos ambientais significativos para nveis aceitveis.

8.3 - Objetivo e escopo


O objetivo desta APP o de permitir a identificao dos eventos perigosos e avaliar qualitativamente os riscos ambientais do empreendimento da MMX formado pelas atividades de lavra e beneficiamento de minrio de ferro. As atividades de lavra englobam as minas Serra do Sapo-Ferrugem e Itapanhoacanga. O beneficiamento tem como objetivo a produo de pellet feed. A produo anual prevista do empreendimento de 24,5 milhes de toneladas, base seca, de pellet feed.

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O escopo da APP abrange os principais eventos perigosos cujas causas tenham origem na implantao, operao e desativao do empreendimento. As causas que ocasionam a ocorrncia de cada um dos eventos perigosos e os seus respectivos impactos consideram as falhas intrnsecas de componentes e sistemas, bem como eventuais erros operacionais e humanos. A figura a seguir apresenta as etapas que compem esta APP. FIGURA 8.1 - Etapas da APP

CARACTERIZAO DO EMPREENDIMENTO

causas

IDENTIFICAO DOS EVENTOS PERIGOSOS

efeitos (impactos)

DEFINIO DOS CENRIOS DE ACIDENTES

ESTIMATIVA DE SEVERIDADE (MAGNITUDE)

ESTIMATIVA DE FREQUNCIA

CATEGORIZAO DO RISCO

RECOMENDAES (MEDIDAS
PREVENTIVAS E MITIGAO)

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8.4 - Eventos perigosos


Apenas para facilitar o entendimento, a seguir so listados os eventos perigosos considerados na elaborao desta APP para as fases de implantao, operao e desativao do empreendimento. Cabe ressaltar que um evento perigoso, pela prpria definio apresentada anteriormente, est diretamente relacionado com o desenvolvimento de uma determinada atividade/tarefa, como por exemplo, o transporte rodovirio, a produo de concentrado e de armazenamento. Por este motivo, estas atividades tambm encontram-se listadas a seguir e permitem uma orientao de como foi tratada a definio dos cenrios de acidentes.

8.4.1 - Fase de implantao


O quadro 8.6, a seguir, apresenta as principais atividades que sero desenvolvidas e os respectivos eventos perigosos identificados para a fase de implantao do empreendimento.

QUADRO 8.6 - Principais atividades e eventos perigosos identificados na fase de implantao do empreendimento
Atividades Eventos perigosos - Atropelamento de animais - Incndio (vegetao) - Derramamento de leos e graxas (sem ignio) - Derramamento de leos e graxas (com ignio) - Derramamento de outros produtos diversos (sem ignio) - Derramamento de outros produtos diversos (com ignio) Construo da infra-estrutura, operao e desmobilizao do canteiro de obras - Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Incndio em instalaes (curto circuito) - Escorregamento de taludes e encostas em pontos localizados - Eroso das drenagens de guas pluviais - Vazamento de cimento ou calda de concreto - Derramamento de leos e graxas (sem ignio) Desmatamento e preparao da rea do empreendimento (incluindo terraplenagem) - Derramamento de leos e graxas (com ignio) - Atropelamento de animais - Incndio (vegetao) - Eroso de drenagens de guas pluviais - Derramamento de leos e graxas (sem ignio) Transporte de pessoas e cargas em geral - Derramamento de leos e graxas (com ignio) - Derramamento de outros produtos diversos (sem ignio) - Derramamento de outros produtos diversos (com ignio)

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Continuao

Atividades

Eventos perigosos - Derramamento de leos e graxas (sem ignio) - Derramamento de leos e graxas (com ignio) - Derramamento de outros produtos diversos (sem ignio) - Derramamento de outros produtos diversos (com ignio) - Atropelamento de animais - Incndio (vegetao) - Derramamento de leos e graxas (sem ignio) - Derramamento de leos e graxas (com ignio) - Derramamento de outros produtos diversos (sem ignio)

Armazenamento de insumos

Construo da infra-estrutura do empreendimento (obras civis, montagens mecnica, eltrica e hidrulica, vias de acesso externo e interno)

- Derramamento de outros produtos diversos (com ignio) - Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Incndio em instalaes - Escorregamento de taludes e encostas em pontos localizados - Eroso das drenagens de guas pluviais - Vazamento de cimento ou calda de concreto - Atropelamento de animais - Incndio (vegetao) - Derramamento de leos e graxas (sem ignio) - Derramamento de leos e graxas (com ignio) - Derramamento de outros produtos diversos (sem ignio)

Construo da barragem de rejeitos, sistema de abastecimento de gua e de descarte dos efluentes industriais e sanitrios

- Derramamento de outros produtos diversos (com ignio) - Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Incndio em instalaes - Escorregamento de taludes e encostas em pontos localizados - Eroso das drenagens de guas pluviais - Vazamento de cimento ou calda de concreto - Derramamento de pequenos volumes de leos, graxas, e tintas (sem ignio)

Instalao de equipamentos do processo produtivo

- Derramamento de pequenos volumes de leos, graxas, e tintas (com ignio) - Incndios em instalaes - Derramamento de pequenos volumes de leos, graxas, e tintas (sem ignio)

Manuteno de mquinas e equipamentos no canteiro de obras (mecnica, eltrica, lubrificao, lavagem, borracharia e calderaria)

- Derramamento de pequenos volumes de leos, graxas, e tintas (com ignio) - Incndios em instalaes - Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxiacetileno)

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8.4.2 - Fase de operao


O quadro 8.7, a seguir, apresenta as principais atividades que sero desenvolvidas e os respectivos eventos perigosos identificados para a fase de operao do empreendimento, incluindo as minas, planta de beneficiamento, vias de acesso e infraestrutura de apoio. QUADRO 8.7 - Principais atividades e eventos perigosos identificados na fase de operao do empreendimento
Atividades Eventos perigosos - Vazamento de gua da mina contendo slidos e metais no bombeamento - Assoream ento e/ou eroso das drenagens de guas pluviais - Vazamento de leos e graxas do sistem a de bombeam ento de gua - Vazamento de leos de graxas dos cam inhes - Vazamento de leo diesel/leo vegetal utilizado na preparao do ANFO - Derram amento de nitrato de am nio utilizado na preparao do ANFO Perfurao e detonao da mina - Escorregam ento de taludes e encostas em pontos localizados - Eroso das drenagens de guas pluviais - Exploso em local inadequado (fagulhas e centelhas) - Incndio (vegetao) Carregam ento e transporte do m aterial da m ina Carregam ento, transporte e deposio do estril Britagem e homogeneizao do m inrio - Vazamento de leos e graxas dos cam inhes/veculos - Escorregam ento de taludes das pilhas - Eroso das drenagens de guas pluviais - Vazamento de leos e graxas dos cam inhes - Escorregam ento de taludes em pontos localizados - Eroso das drenagens de guas pluviais - Vazamento de leos e graxas dos equipam entos (incluindo bombas e m ancais) - Escorregam ento de taludes das pilhas de hom ogeneizao - Incndios em instalaes (curto circuito) - Vazamento de leos e graxas dos equipam entos (incluindo bombas e m ancais) Moagem do minrio - Rompimento da tubulao de bombeamento do material cominuido para o distribuidor e da polpa para os ciclones - Incndios em instalaes - Vazamento de leos e graxas dos equipam entos (incluindo bombas e m ancais) - Rompimento da tubulao de bom beam ento do overflow dos ciclones - Rompimento do tanque de condicionam ento Processo produtivo deslam agem - Rompimento da tubulao de bombeam ento do overflow do 20 estgio de deslam agem para o espessador - Rompimento do tanque de espessam ento - Derram amento/vazamento de amido gelatinizado com soda custica - Derram amento/vazamento de amina - Incndios em instalaes

Drenagem da mina

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Continuao

Atividades

Eventos perigosos - Vazamento de leos e graxas dos equipam entos (incluindo bombas e mancais) - Rompimento das clulas dos circuitos de flotao - Rompimento da tubulao de conduo da polpa

Processo produtivo - flotao

- Rompimento da tubulao de conduo do rejeito da flotao - Derram amento/vazamento de reagentes (am ina - poliacrilamida aninica -, am ido gelatinizado com soda) - Incndios em instalaes - Vazamento de leos e graxas dos equipam entos (incluindo bombas e mancais) - Rompimento dos espessadores de concentrado e de lam as - Rompimento da tubulao de bombeam ento do concentrado para os tanques do m ineroduto

Processo produtivo espessam ento

- Rompimento da tubulao de bombeam ento do overflow do espessador de lam as para o reservatrio de gua recuperada - Rompimento da tubulao de bombeam ento do underflow do espessam ento de lam as juntamente com o rejeito da flotao em colunas para a barragem de rejeitos - Incndios em instalaes - Rompimento dos tanques de expedio do m ineroduto - Rompimento de tubulao com vazam ento do concentrado - Vazamento de leos e graxas do sistem a de bombeam ento - Incndio (curto circuito) - Derram amento de leos e graxas (sem ignio) - Derram amento de leos e graxas (com ignio) - Derram amento de outros produtos diversos (sem ignio) - Derram amento de outros produtos diversos (com ignio) - Rompimento da adutora - Rompimento do reservatrio de gua/gua recuperada - Eroso de drenagens de guas pluviais - Extravasam ento por aporte hdrico m aior que a capacidade de vazo do sistem a

Expedio do pellet feed para o mineroduto

Transporte de pessoas e cargas

Operao do sistem a de abastecim ento de gua (incluindo ETA)

Operao da barragem de rejeitos

- Vazamento/derram amento de rejeito causado pelo rompimento da tubulao. - Rompimento de barragem de rejeitos - Eroso das drenagens de guas pluviais

Operao dos sistem as de tratam ento de efluentes lquidos e sanitrios e resduos slidos Operao do laboratrio de anlises qum icas Manuseio e arm azenam ento de insumos

- Vazamento de efluentes no tratados/espum as - Derram e de efluentes seguido ou/no de contam inao solo/gua. - Derram e/vazam ento de efluentes seguido ou/no de contam inao solo/gua. - Derram amento de leos e graxas (sem ignio) - Derram amento de leos e graxas (com ignio) - Derram amento de outros produtos diversos (sem ignio) - Derram amento de outros produtos diversos (com ignio)

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Continuao

Atividades

Eventos perigosos - Derram amento de pequenos volumes de leos, graxas, e tintas (sem ignio) - Derram amento de pequenos volumes de leos, graxas, e tintas (com ignio)

Manuteno de m quinas e equipamentos (mecnica, eltrica, lubrificao, lavagem, borracharia e calderaria)

- Derram amento/vazamento de efluentes contam inados com leos e graxas - Incndios em instalaes - Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxiacetileno)

8.4.3 - Fase de desativao


O quadro 8.8, a seguir, apresenta as principais atividades que sero desenvolvidas e os respectivos eventos perigosos identificados para a fase de desativao do empreendimento. QUADRO 8.8 - Principais atividades e eventos perigosos identificados na fase de desativao do empreendimento
Atividades Eventos perigosos - Atropelamento de animais - Incndio (vegetao) - Derram amento de leos e graxas (sem ignio) - Derram amento de leos e graxas (com ignio) - Derram amento de outros produtos diversos (sem ignio) - Derram amento de outros produtos diversos (com ignio) Dem olio de prdios e estruturas - Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Incndio em instalaes - Escorregam ento de taludes e encostas em pontos localizados - Eroso das drenagens de guas pluviais - Vazamento de cimento ou calda de concreto - Rompimento do sistem a de drenagem pluvial

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Atividades

Eventos perigosos - Atropelamento de animais - Incndio (vegetao) - Derram amento de leos e graxas (sem ignio) - Derram amento de leos e graxas (com ignio) - Derram amento de outros produtos diversos (sem ignio) - Derram amento de outros produtos diversos (com ignio) - Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxiacetileno)

Assoream ento da barragem de rejeitos e tamponamento do extravasor operacional em galeria e construo de canal a cu aberto em concreto

- Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxiacetileno) - Incndio em instalaes (curto circuito) - Escorregamento de taludes e encostas em pontos localizados - Escorregam ento de vegetao de taludes - Rompimento das barragens de rejeito e de gua com alagamento de reas - Eroso das drenagens de guas pluviais - Rompimento do sistem a de drenagem pluvial - Vazamento de cimento ou calda de concreto - Afogamento de pessoas - Desabam ento de estruturas - Rompimento dos taludes das cavas

Paralisao das atividades de lavra

- Escorregam ento de vegetao de taludes - Rompimento do sistem a de drenagem pluvial - Derram amento de leos e graxas (sem ignio) - Derram amento de leos e graxas (com ignio)

Reabilitao das reas degradadas

- Atropelamento de animais - Incndio (vegetao) - Assoream ento e/ou eroso de drenagens - Derram amento de leos e graxas (sem ignio) - Derram amento de leos e graxas (com ignio) - Derram amento de outros produtos diversos (sem ignio) - Derram amento de outros produtos diversos (com ignio)

Transporte de pessoas e cargas em geral

8.5 - Informaes sobre os insumos


A relao dos insumos que sero utilizados nas atividades operacionais do empreendimento apresentada no quadro a seguir.

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QUADRO 8.9 - Relao dos insumos


CLASSE E SUBCLASSE ONU 1 1.1 2.1 2 2.2 Gases comprimidos no txicos e no inflamveis CLASSIFICAO DE RISCO (ONU) Substncias/artefatos com risco de exploso em m assa Gases Inflam veis INSUMO OU PRODUTO ANFO (produzido no empreendimento) Acetileno Dissolvido Gs Liquefeito de Petrleo Ar Comprimido Nitrognio Comprimido Oxignio Comprimido leo Diesel 3 Lquidos inflamveis leo Lubrificante/hidrulico Thinner (solvente) Tintas 5 6 5.1 6.1 Substncias oxidantes Substncias txicas Nitrato de Amnio Poliacrilam ida aninica Hidrxido de Sdio (Soda) Amido Gelatinizado Com Soda Caustica 8 Substncias corrosivas Am ina (coletor/espum ante) Baterias de veculos (chumbo/cido sulfrico) Graxa 9 Substncias perigosas diversas, ou que apresentam risco para o meio ambiente, lquidas, N.E. Desengraxante Resduos perigosos: m ateriais contam inados com leos e borra de caixas separadoras de gua e leo N0 ONU 0357 1001 1075 1002 1066 1072 1203 1270 1263 1263 1942 2074 1823 1824 2735 2794 ou 1830 3082 3082 ou 1760 3082

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O transporte das substncias perigosas dever ser feito segundo determinado pela Portaria 204/97 do ministrio dos Transportes. O empreendimento possuir um almoxarifado central no qual os insumos podero ficar armazenados e sero distribudos para as reas nas quais sero consumidos. Cabe ressaltar que os insumos podero ser armazenados de forma descentralizada, na prpria rea operacional que os consumir, em funo de suas caractersticas e volume, conforme detalhado a seguir. O hidrxido de sdio (soda custica) ser recebido granel, na forma lquida e em bombonas de 60 L. Ficar armazenado na instalao de reagentes da planta de beneficiamento. Este insumo ser utilizado nas etapas de deslamagem e flotao. O amido (fub, gritz), utilizado na flotao como depressor juntamente com o hidrxido de sdio, ser recebido em big bags e armazenado na instalao de reagentes. A amina ser utilizada como coletor/espumante na etapa de deslamagem (beneficiamento). Ser recebida em bombonas de 60L e permanecer armazenada na instalao de reagentes A poliacrilamida aninica ser utilizada como floculante na etapa de flotao (beneficiamento). Ser recebida na forma slida, em sacos de 40 kg, e ficar armazenada na instalao de reagentes. O leo diesel ser estocado em tanque areo instalado segundo os requisitos da norma tcnica ABNT NBR 17505 - Armazenagem de Lquidos Inflamveis e Combustveis. Alm do uso como combustvel, o leo diesel ser utilizada na preparao do explosivo (ANFO) para uso nas minas. O ANFO uma mistura formada pelo leo diesel e o nitrato de amnio. O nitrato de amnio ser transportado em caminhes do tipo tanque. Ao chegar ao empreendimento, o caminho ser direcionado para a rea de processamento do ANFO. Neste local ser feito o seu descarregamento diretamente no silo de armazenamento. Os leos lubrificantes e hidrulicos, thinner, tintas, querosene, graxas e desengraxantes sero estocados inicialmente no almoxarifado central. Posteriormente, sero encaminhados para as reas nas quais sero utilizados. Nestas reas, estes insumos sero mantidos acondicionados nas prprias embalagens e armazenados em local adequado e dotado de sistema de conteno de eventuais vazamentos. O gs liquefeito de petrleo - GLP ser utilizado no refeitrio e no laboratrio. Ao chegarem ao empreendimento, os recipientes transportveis sero descarregados do caminho e estocados em reas especficas nos locais onde sero consumidos. Todo abastecimento de GLP dever seguir os requisitos da NBR 14024 - Centrais Prediais e Industriais de Gs Liquefeito do Petrleo (GLP) - Sistema de abastecimento a granel. Os gases acetileno, nitrognio e oxignio, que sero utilizados em soldas e no laboratrio ficaro acondicionados nos recipientes transportveis e estocados no almoxarifado, em rea isolada e arejada.

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O layout do empreendimento contendo a localizao das instalaes da planta de beneficiamento do minrio e de reagentes (reas de armazenamento de insumos) apresentado no anexo 1 deste documento.

8.6 - Matrizes da Anlise Preliminar de Perigos


Neste item so apresentadas as matrizes da Anlise Preliminar de Perigos pertinentes s etapas de implantao, operao e desativao do empreendimento, mostrando as principais causas e efeitos potenciais relacionados com os eventos perigosos identificados anteriormente para as principais atividades a serem desenvolvidas. tambm parte integrante destas matrizes a apresentao da categorizao do risco e das medidas preventivas e mitigadoras. Considerando que o empreendimento encontra-se em fase de licenciamento prvio, algumas modificaes podero ocorrer em termos de estruturas, porm a concepo conceitual ser mantida. Desta forma, procurou-se tratar cada uma das atividades macro que sero desenvolvidas e os respectivos eventos perigosos identificados. sabido que uma Anlise Preliminar de Perigos um processo que deve ser regularmente avaliado e revisado.

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8.6.1 - Fase de implantao


QUADRO 8.10 - Construo da infra-estrutura, operao e desmobilizao do canteiro de obras
Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Instalao

Atividade: Construo da infra-estrutura, ope Evento Perigoso Causas - Reduo de reas nativas (disponibilidade) - Alterao no trfego de veculos Atropelamento de animais - Alterao na m ovim entao de pessoas - Alterao nos nveis de rudo - Causas naturais (raios, perodos de secas prolongados e etc.) - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas, cham as expostas, acidentes - Perda de vegetao; com m ateriais inflam veis e com ignio, uso de fogo - Reduo da biodiversidade local para limpeza de reas) - Causas crim inosas (fsforos e pontas de cigarros atirados ao esm o sem controle e acesos, uso de fogo para limpeza de reas) - Acidentes com veculos e m quinas; - Operao de abastecim ento inadequada; Derram amento/vazamento - Operaes de carregam ento e descarregam ento de leos e graxas (sem inadequadas ignio) - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes. - Acidentes com veculos e m quinas - Operao de abastecim ento inadequada - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas Derram amento/vazamento de leos e graxas (com - Rompimento de embalagens, reas de ignio) arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes. - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Acidentes com veculos e m quinas - Operao de abastecim ento inadequada Derram amento/vazamento - Operaes de carregam ento e descarregam ento de outros produtos inadequadas diversos (sem ignio) - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes. - Acidentes com veculos e m quinas - Operao de abastecim ento inadequada Derram amento/vazamento - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas de outros produtos diversos (com ignio), - Rompimento de embalagens, reas de principalmente gases e arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes. lquidos inflamveis - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes - Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes - Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes - Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes - Reduo da biodiversidade local - Danos aos veculos Efeitos

Incndio (vegetao)

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Continuao

Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Instalao

Atividade: Construo da infra-estrutura, oper Evento Perigoso Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno) Causas - Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de m angueiras inadequadas - Rompimento de tubulao ou de vlvulas Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno) - Uso de m angueiras inadequadas - Presena de produtos qumicos incompatveis (leos e - Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores graxas) - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio Efeitos - Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

- Causas naturais (raios e etc.) Incndio em instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas), curto circuito

- Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

- Projeto inadequado - Execuo de aterros e cortes inadequados Escorregam ento de taludes e encostas em pontos localizados - Rem oo da cobertura vegetal - Presena de guas subterrneas - Aes antrpicas (lanam ento e concentrao de guas e resduos) - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Projeto inadequado Eroso das drenagens de guas pluviais - Execuo de aterros e cortes inadequados - Rem oo da cobertura vegetal - Precipitaes pluviom tricas excepcionais - Acidentes com veculos e m quinas - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas Vazamento de cimento ou calda de concreto - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes - Rompimento das reas de preparao de cim ento e/ou concreto - Contam inao do solo - Contam inao das guas superficiais - Eroso e assoream ento de corpos de gua - Poluio das guas - Eroso e assoream ento de corpos de gua - Poluio das guas - Alterao do relevo e da vegetao - Perda de vegetao

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QUADRO 8.11 - Desmatamento e preparao da rea do empreendimento (incluindo terraplenagem


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Instalao

Atividade: Desmatamento e preparao da rea Evento Perigoso Causas - Acidentes com veculos e m quinas; - Operao de abastecim ento inadequada; Derram amento de leos e graxas (sem ignio) - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas - Rompimento de embalagens, reas/tanques de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes. - Acidentes com veculos e m quinas - Operao de abastecim ento inadequada Derram amento de leos e graxas (com ignio) - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas - Rompimento de embalagens, reas/tanques de arm azenamento e /ou tubulaes e m angotes. - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Reduo de reas nativas (disponibilidade) - Alterao no trfego de veculos Atropelamento de animais - Alterao na m ovim entao de pessoas - Alterao nos nveis de rudo - Danos aos veculos Efeitos

- Poluio/contam inao d

- Poluio/contam inao superficiais e subterrnea - Danos s instalaes

- Poluio/contam inao d

- Poluio/contam inao superficiais e subterrnea - Danos s instalaes

- Reduo da biodiversidad

- Causas naturais (raios, perodos de secas prolongados e etc.)

Incndio (vegetao)

- Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas, cham as expostas, acidentes com m ateriais inflam veis e com ignio, uso de fogo para limpeza - Perda de vegetao; de reas) - Reduo da biodiversidad - Causas crim inosas (fsforos e pontas de cigarros atirados ao esm o sem controle e acesos, uso de fogo para limpeza de reas)

- Projeto inadequado Eroso das drenagens de guas pluviais - Execuo de aterros e cortes inadequados - Rem oo da cobertura vegetal de form a desordenada - Precipitaes pluviom tricas excepcionais - Eroso e assoream ento de gua - Poluio das guas

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QUADRO 8.12 - Transporte de pessoas e cargas em geral


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Instalao

Atividade: Transporte de p Evento Perigoso Causas - Falhas m ecnicas do veiculo Derram amento/vazamento de leos e graxas (sem ignio) - Falhas das embalagens/armazenamento (queda e rompimento) - Falha operacional humana - Falha nas condies das vias de transporte Derram amento/vazamento de leos e graxas (com ignio) - Mesm as acim a acrescidas da presena de fontes de ignio - Falhas m ecnicas do veiculo - Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao das guas B C Efeitos

Freq

- Falhas das embalagens/armazenamento - Danos s instalaes e veculos (queda e rompimento) Derram amento de outros produtos - Danos aos trabalhadores e - Falha operacional humana diversos (sem ignio) pessoas - Falha nas condies das vias de transporte. Derram amento de outros produtos - Mesm as acim a acrescidas da presena diversos (com ignio), de fontes de ignio principalmente os gases e lquidos inflamveis

QUADRO 8.13 - Armazenamento de insumos


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Instalao

Atividade: Armazena Evento Perigoso Causas - Operao de descarregam ento inadequada Derram amento/vazamento de leos - Manuseio inadequado das embalagens e graxas (sem ignio) - Rompimento das embalagens e dos depsitos - Armazenamento em local inadequado - Operao de descarregam ento inadequada - Manuseio inadequado das embalagens - Rompimento das embalagens e dos Derram amento/vazamento de leos depsitos e graxas (com ignio) - Armazenamento em local inadequado - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao guas - Danos s instalaes das Efeitos

Freq

- Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao guas - Danos s instalaes das C

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Atividade: Armazena Evento Perigoso Causas Efeitos

Freq

Derram amento/vazamento de outros produtos diversos (sem ignio)

- Operao de descarregam ento inadequada - Rompimento das embalagens e dos depsitos - Armazenamento em local inadequado

- Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao das guas - Danos s instalaes C

- Operao de descarregam ento inadequada Derram amento/vazamento de outros produtos diversos (com ignio), principalmente gases e lquidos inflamveis - Rompimento das embalagens e dos depsitos - Armazenamento em local inadequado - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao das guas - Danos s instalaes

QUADRO 8.14 - Construo da infra-estrutura do empreendimento (obras civis, montagens mecn


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Instalao

Atividade: Construo da infra-estrutura do empreendimento (obras civis, m Evento Perigoso Causas - Reduo de reas nativas (disponibilidade) - Alterao no trfego de veculos Atropelamento de animais - Alterao na m ovim entao de pessoas - Alterao nos nveis de rudo - Causas naturais (raios, perodos de secas prolongados e etc.) - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas, cham as expostas, acidentes com m ateriais inflam veis e com ignio, uso de fogo para limpeza de reas) - Causas crim inosas (fsforos e pontas de cigarros atirados ao esm o sem controle e acesos, uso de fogo para limpeza de reas) - Acidentes com veculos e m quinas; - Operao de abastecim ento inadequada; Derram amento/vazamento de - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas leos e graxas (sem ignio) - Poluio/contam inao solo - Poluio/contam inao guas superficiais subterrneas - Perda de vegetao; - Reduo local da biodiversidad - Reduo local da biodiversidade Efeitos

- Danos aos veculos

Incndio (vegetao)

do

de e

- Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e - Danos s instalaes /ou tubulaes e m angotes.

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Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Instalao

Atividade: Construo da infra-estrutura do empreendimento (obras civis, m Evento Perigoso Causas - Acidentes com veculos e m quinas - Poluio/contam inao do solo - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas - Poluio/contam inao de Derram amento/vazamento de guas superficiais e leos e graxas (com ignio) - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e subterrneas /ou tubulaes e m angotes. - Danos s instalaes - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Acidentes com veculos e m quinas - Operao de abastecim ento inadequada - Poluio/contam inao do solo - Operao de abastecim ento inadequada Efeitos

Derram amento/vazamento de - Poluio/contam inao de - Operaes de carregam ento e descarregam ento outros produtos diversos (sem guas superficiais e inadequadas ignio) subterrneas - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e - Danos s instalaes /ou tubulaes e m angotes. - Acidentes com veculos e m quinas - Operao de abastecim ento inadequada Derram amento/vazamento de - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas - Poluio/contam inao de outros produtos diversos (com guas superficiais e ignio), principalmente gases - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e subterrneas e lquidos inflamveis /ou tubulaes e m angotes. - Danos s instalaes - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno) - Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de m angueiras inadequadas - Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de m angueiras inadequadas Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno) - Presena de produtos qum icos incompatveis (leos e graxas) - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores - Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores - Poluio/contam inao do solo

- Causas naturais (raios e etc.) Incndio em instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas), curto circuito

- Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

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Atividade: Construo da infra-estrutura do empreendimento (obras civis, m Evento Perigoso - Projeto inadequado - Execuo de aterros e cortes inadequados - Eroso e assoream ento de corpos de gua Escorregam ento de taludes e - Rem oo da cobertura vegetal - Poluio das guas - Presena de guas subterrneas encostas em pontos - Alterao do relevo e da localizados - Aes antrpicas (lanam ento e concentrao de guas e vegetao resduos) - Perda de vegetao - Precipitaes pluviom tricas excepcionais - Projeto inadequado Eroso das drenagens de guas pluviais - Execuo de aterros e cortes inadequados - Rem oo da cobertura vegetal - Precipitaes pluviom tricas excepcionais - Acidentes com veculos e m quinas - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas Vazamento de cimento ou calda de concreto - Contam inao do solo - Eroso e assoream ento de corpos de gua - Poluio das guas Causas Efeitos

- Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e - Contam inao das guas /ou tubulaes e m angotes superficiais - Rompimento das reas de preparao de cim ento e/ou concreto

QUADRO 8.15 - Construo da barragem de rejeitos, sistema de abastecimento de gua e de desc


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Instalao

Atividade: Construo da barragem de rejeitos, sistema de abasteci Evento Perigoso Causas - Reduo de reas nativas (disponibilidade) - Alterao no trfego de veculos Atropelamento de animais - Alterao na m ovim entao de pessoas - Alterao nos nveis de rudo - Causas naturais (raios, perodos de secas prolongados e etc.) - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas, cham as expostas, acidentes com m ateriais inflam veis e com ignio, uso de fogo para limpeza de reas) - Causas crim inosas (fsforos e pontas de cigarros atirados ao esm o sem controle e acesos, uso de fogo para limpeza de reas) - Acidentes com veculos e m quinas; - Operao de abastecim ento inadequada; Derram amento/vazamento de - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas leos e graxas (sem ignio) - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes. - Perda de vegetao; Efeitos

- Reduo da biodiversidad local - Danos aos veculos

Incndio (vegetao)

- Reduo da biodiversidad local

- Poluio/contam inao d

- Poluio/contam inao d guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes

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Atividade: Construo da barragem de rejeitos, sistema de abasteci Evento Perigoso Causas Efeitos

- Acidentes com veculos e m quinas - Operao de abastecim ento inadequada Derram amento/vazamento de leos e graxas (com ignio) - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes. - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas

- Poluio/contam inao d

- Poluio/contam inao d guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes

- Acidentes com veculos e m quinas Derram amento/vazamento de - Operao de abastecim ento inadequada outros produtos diversos (sem - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas ignio) - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes.

- Poluio/contam inao d

- Poluio/contam inao d guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes

- Acidentes com veculos e m quinas - Operao de abastecim ento inadequada Derram amento/vazamento de - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas outros produtos diversos (com ignio), principalmente gases - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes. e lquidos inflamveis - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

- Poluio/contam inao d

- Poluio/contam inao d guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes

Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno)

- Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de m angueiras inadequadas - Rompimento de tubulao ou de vlvulas

- Danos s instalaes

- Danos aos trabalhadores

Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno)

- Uso de m angueiras inadequadas - Presena de produtos qum icos incompatveis (leos e graxas) - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

- Danos s instalaes

- Danos aos trabalhadores

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Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Instalao

Atividade: Construo da barragem de rejeitos, sistema de abasteci Evento Perigoso Causas Efeitos

- Causas naturais (raios e etc.) Incndio em instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas), curto circuito

- Danos s instalaes

- Danos aos trabalhadores

- Projeto inadequado - Execuo de aterros e cortes inadequados Escorregam ento de taludes e - Rem oo da cobertura vegetal - Presena de guas subterrneas encostas em pontos localizados - Aes antrpicas (lanam ento e concentrao de guas e resduos) - Precipitaes pluviom tricas excepcionais - Projeto inadequado Eroso das drenagens de guas pluviais - Execuo de aterros e cortes inadequados - Rem oo da cobertura vegetal - Precipitaes pluviom tricas excepcionais

- Eroso e assoream ento d corpos de gua - Poluio das guas - Alterao do relevo e da vegetao - Perda de vegetao

- Eroso e assoream ento d corpos de gua - Poluio das guas

- Acidentes com veculos e m quinas - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas Vazamento de cimento ou calda de concreto - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes - Rompimento das reas de preparao de cim ento e/ou concreto - Contam inao do solo

- Contam inao das guas superficiais

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QUADRO 8.16 - Instalao de equipamentos do processo produtivo


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X

Atividade: Instalao de equipa Evento Perigoso Causas - Acidentes com m quinas e equipam entos; Derram amento/vazamento de pequenos volum es de leos, graxas, e tintas (sem ignio) - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas dos equipam entos - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes. Efeitos

- Poluio/contam inao do s - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes

- Acidentes com m quinas e equipam entos Derram amento/vazamento de pequenos volum es de leos, graxas, e tintas (com ignio) - Operaes de carregam ento e descarregam ento inadequadas - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas

- Poluio/contam inao do s

- Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, - Danos s instalaes centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

- Causas naturais (raios e etc.) Incndio em instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas), curto circuito

- Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

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QUADRO 8.17 - Manuteno de mquinas e equipamentos no canteiro de obras (mecnica, eltric


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: Evento Perigoso X Causas Efeitos

Atividade: Manuteno de mquinas

- Acidentes com m quinas e equipamentos Derram amento/vazamento de leos e graxas (sem ignio) - Rompimento de embalagens, reas arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes - Falhas operacionais durante a m anuteno

- Poluio/contam inao do solo de - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes

- Acidentes com m quinas e equipam entos - Rompimento de embalagens, reas arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes Derram amento/vazamento de leos e graxas (com ignio) - Falhas operacionais durante a m anuteno de

- Poluio/contam inao do solo

- Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais - Danos s instalaes de ignio

Derram amento/vazamento de efluentes contam inados com leos e graxas

- Sistem a de tratam ento dos efluentes dim ensionado - Poluio/contam inao do solo inadequadamente (caixas separadoras de gua e leo) - Poluio/contaminao de - Sistem as de tratam ento dos efluentes subguas superficiais e dimensionado subterrneas - Falhas operacionais durante a m anuteno - Danos s instalaes

Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno)

- Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de m angueiras inadequadas - Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de m angueiras inadequadas

- Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno)

- Presena de produtos qum icos incompatveis (leos - Danos s instalaes e graxas) - Danos aos trabalhadores - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

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8.6.2 - Fase de operao


QUADRO 8.18 - Drenagem da mina
Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X

Atividade: Dren Evento Perigoso Causas - Projeto e plano de drenagem inadequados - Falta de energia eltrica com comprometimento do sistema de distribuio da gua de drenagem - Falhas operacionais das bombas e tubulaes - Falhas operacionais durante a m anuteno - Rompimento das tubulaes Vazamento de gua da mina contendo slidos e m etais, em excesso, durante o bombeam ento - Excesso de presso de bombeam ento - Rompimento do sistem a de conteno de slidos - Projeto inadequado Eroso das drenagens de guas pluviais - Rem oo da cobertura vegetal - Precipitaes pluviom tricas excepcionais Efeitos

- Reduo da vazo dos corpo d gua sob influncia da dren da mina

Rebaixam ento do nvel d gua com comprometimento das nascentes existentes

- Reduo da biodiversidade lo

- Eroso e carream ento de sli

- Poluio/contam inao de g superficiais - Danos s instalaes

- Eroso e assoream ento de co de gua - Poluio das guas

- Eroso e assoream ento de co de gua - Poluio das guas

Vazamento de leos e graxas do sistem a de bombeamento de gua

- Rompimento das vedaes e conexes das bombas - Poluio/contam inao do so - Falhas operacionais das bombas - Poluio/contam inao de g superficiais e subterrneas - Falhas operacionais durante a m anuteno - Projeto inadequado

- Rompimento das vedaes e conexes - Eroso e carream ento de sli das bombas e tubulaes (excesso de - Poluio/contam inao de g presso, entupim ento, abraso interna, superficiais Rompimento do sistem a de distribuio da gua problemas nas soldas) de drenagem da mina para reposio das - Danos s instalaes nascentes - Falhas operacionais das bombas e - Perda de vegetao tubulaes - Falhas operacionais durante a - Reduo da biodiversidade lo m anuteno

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QUADRO 8.19 - Perfurao e detonao da mina


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Operao

Atividade: Perfura Evento Perigoso Causas - Acidentes com veculos e m quinas Vazamento de leos e graxas de cam inhes/veculos/m quinas - Operaes de abastecim ento inadequadas - Rompimento e perfurao de embalagens, tanques dos veculos e /ou tubulaes e m angotes - Acidentes com veculos e m quinas - Operaes de abastecim ento e dosagem do sistem a de preparao do ANFO inadequadas - Rompimento e perfurao de embalagens, tanques dos veculos e /ou tubulaes e m angotes - Falha operacional - Acidentes com veculos e m quinas - Operaes de abastecim ento e dosagem do sistem a de preparao do ANFO inadequadas - Rompimento e perfurao de embalagens, tanques dos veculos e /ou tubulaes e m angotes - Projeto inadequado - Execuo de cortes inadequados Escorregam ento de taludes e encostas em pontos - Rem oo da cobertura vegetal - Presena de guas subterrneas localizados - Aes antrpicas - Precipitaes pluviom tricas excepcionais - Projeto inadequado Eroso das drenagens de guas pluviais - Rem oo da cobertura vegetal - Precipitaes pluviom tricas excepcionais - Problemas na planta de mistura do nitrato de amnio e leo diesel Exploso em local inadequado por fagulhas e centelhas - Armazenamento inadequado do nitrato de amnio e do leo diesel - Problemas na detonao - Presena de fontes de ignio da m istura ANFO - Causas naturais (raios, perodos de secas prolongados e etc.) - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas, acidentes com m ateriais inflam veis e com ignio, uso de fogo para limpeza de reas) - Causas crim inosas (fsforos e pontas de cigarros atirados ao esm o sem controle e acesos, uso de fogo para limpeza de reas) - Perda de vegetao; Efeitos

- Poluio/contam inao

- Poluio/contam inao superficiais e subterrn

- Poluio/contam inao

Derram amento/vazamento de leo diesel/leo vegetal utilizado na preparao do ANFO

- Poluio/contam inao superficiais e subterrn

- Poluio/contam inao

Derram amento de nitrato de am nio utilizado na preparao do ANFO

- Poluio/contam inao superficiais e subterrn

- Eroso e assoream ent corpos de gua - Poluio das guas

- Alterao do relevo e d vegetao - Perda de vegetao

- Eroso e assoream ent corpos de gua - Poluio das guas

- Incndio - Poluio do ar - Danos s instalaes

- Danos aos trabalhador

Incndio (vegetao)

- Reduo da biodiversid

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QUADRO 8.20 - Carregamento e transporte do material da mina


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X

Atividade: Carregamento e tra Evento Perigoso Causas - Acidentes com os cam inhes Vazamento de leos e graxas dos cam inhes - Operaes de abastecim ento inadequadas - Rompimento e perfurao de embalagens, tanques dos veculos e /ou tubulaes e m angotes - Projeto inadequado dos taludes das pilhas e das vias de acesso Escorregam ento de taludes das pilhas em pontos localizados - Rem oo da cobertura vegetal - Trfego intenso de veculos - Precipitaes pluviom tricas excepcionais - Projeto inadequado Eroso das drenagens de guas pluviais - Rem oo da cobertura vegetal - Trfego intenso de veculos - Precipitaes pluviom tricas excepcionais Efeitos

- Poluio/contam inao d

- Poluio/contam inao d superficiais e subterrnea

- Eroso e assoream ento d gua - Poluio das guas - Perda de vegetao

- Alterao do relevo e da v

- Eroso e assoream ento d gua - Poluio das guas

QUADRO 8.21 - Carregamento, transporte e deposio do estril


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Operao

Atividade: Carregamento Evento Perigoso Causas - Acidentes com os cam inhes Vazamento de leos e graxas dos cam inhes - Operaes de abastecim ento inadequadas - Rompimento e perfurao de embalagens, tanques dos veculos e /ou tubulaes e m angotes - Projeto inadequado dos taludes das pilhas e das vias de acesso Escorregam ento de taludes das pilhas em pontos localizados - Rem oo da cobertura vegetal - Trfego intenso de veculos - Precipitaes pluviom tricas excepcionais - Projeto inadequado Eroso das drenagens de guas pluviais - Rem oo da cobertura vegetal - Trfego intenso de veculos - Precipitaes pluviom tricas excepcionais Efeitos

- Poluio/contam inao do

- Poluio/contam inao de superficiais e subterrneas

- Eroso e assoream ento de gua - Poluio das guas - Perda de vegetao

- Alterao do relevo e da ve

- Eroso e assoream ento de gua - Poluio das guas

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QUADRO 8.22 - Britagem e homogeneizao do minrio


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: Evento Perigoso Vazamento de leos e graxas dos equipamentos (incluindo bombas e m ancais) X Causas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno Efeitos - Poluio/contam inao do

Atividade: Britagem e hom

- Poluio/contam inao de superficiais e subterrneas

Escorregam ento de taludes das pilhas de homogeneizao

- Projeto inadequado dos taludes das pilhas e das vias - Eroso e assoream ento de de acesso gua - Rem oo da cobertura vegetal - Poluio das guas - Trfego intenso de veculos - Alterao do relevo e da ve - Vibraes excessivas - Perda de vegetao - Precipitaes pluviom tricas excepcionais

- Causas naturais (raios e etc.) Incndios em instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas), curto circuito

- Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

QUADRO 8.23 - Processo produtivo - moagem do minrio


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: Evento Perigoso Vazamento de leos e graxas dos equipamentos (incluindo bombas e m ancais) X Operao Causas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Excesso de presso - Entupimento - Abraso interna Rompimento da tubulao de bombeamento do material cominuido - Problemas nas conexes e soldas para o distribuidor e da polpa para os - Rompimento das vedaes e conexes dos ciclones equipamentos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Carream ento de slidos - Poluio/contam inao de superficiais - Danos s instalaes Efeitos - Poluio/contam inao do

Atividade: Moag

- Poluio/contam inao de superficiais e subterrneas

- Causas naturais (raios e etc.) Incndios em instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas), curto circuito

- Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

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QUADRO 8.24 - Processo produtivo - deslamagem


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X

Atividade: Hidrometa Evento Perigoso Vazamento de leos e graxas dos equipamentos (incluindo bombas e mancais) Causas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipamentos - Falhas operacionais durante a manuteno - Excesso de presso - Entupimento Rompimento da tubulao de bombeamento do overflow dos ciclones - Abraso interna - Problemas nas conexes e soldas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipamentos - Falhas operacionais durante a manuteno - Falha estrutural Rompimento do tanque de condicionamento - Manuteno inadequada - Excesso de material (acima da capacidade) - Falha do sistema de controle do fluxo de entrada e sada do tanque - Excesso de presso - Entupimento Rompimento da tubulao de bombeamento do overflow do 20 estgio de deslamagem para o espessador - Abraso interna - Problemas nas conexes e soldas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipamentos - Falhas operacionais durante a manuteno - Falha estrutural Rompimento do tanque de espessamento - Manuteno inadequada - Excesso de material (acima da capacidade) - Falha do sistema de controle do fluxo de entrada e sada do tanque - Falha operacional Derramamento/vazamento de amido gelatinizado com soda custica - Operaes de recebimento, preparao, dosagem e armazenamento inadequadas - Rompimento e perfurao de embalagens, tubulaes e mangotes - Falha operacional Derramamento/vazamento de amina - Operaes de recebimento, preparao, dosagem e armazenamento inadequadas - Rompimento e perfurao de embalagens, tubulaes e mangotes - Carreamento de slidos - Carreamento de slidos - Carreamento de slidos - Carreamento de slidos Efeitos

- Poluio/contaminao do solo

- Poluio/contaminao de gu superficiais e subterrneas

- Poluio/contaminao de gu superficiais - Danos s instalaes

- Poluio/contaminao de gu superficiais - Danos s instalaes

- Poluio/contaminao de gu superficiais - Danos s instalaes

- Poluio/contaminao de gu superficiais - Danos s instalaes

- Poluio/contaminao do solo - Poluio/contaminao das guas - Danos s instalaes

- Poluio/contaminao do solo - Poluio/contaminao das guas - Danos s instalaes

- Causas naturais (raios e etc.) Incndios em instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas), curto circuito

- Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

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QUADRO 8.25 - Processo produtivo - flotao


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: Evento Perigoso Vazamento de leos e graxas dos equipam entos (incluindo bombas e mancais) X Operao Causas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Falha estrutural - Manuteno inadequada Rompimento das clulas dos circuitos de flotao - Excesso de m aterial (acim a da capacidade) - Falha do sistem a de controle do fluxo de entrada e sada do tanque - Excesso de presso - Entupimento - Abraso interna Rompimento da tubulao de conduo da polpa - Problemas nas conexes e soldas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Excesso de presso - Entupimento - Abraso interna Rompimento da tubulao de - Problemas nas conexes e soldas conduo do rejeito da flotao - Rompim ento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Falha operacional Derram amento/vazamento de floculante (poliacrilamida aninica) - Poluio/contam inao do solo - Operaes de recebim ento, preparao, dosagem e - Poluio/contam inao das arm azenam ento inadequadas guas - Rompimento e perfurao de embalagens, - Danos s instalaes tubulaes e m angotes - Carream ento de slidos - Poluio/contam inao de guas superficiais - Danos s instalaes - Carream ento de slidos - Poluio/contam inao de guas superficiais - Danos s instalaes Efeitos - Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Carream ento de slidos - Poluio/contam inao de guas superficiais - Danos s instalaes

Atividade: Hidrom

- Causas naturais (raios e etc.) Incndios em instalaes

- Danos s instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas - Danos aos trabalhadores instalaes eltricas), curto circuito

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QUADRO 8.26 - Processo produtivo - espessamento


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Operao

Atividade: Hidrometal Evento Perigoso Vazamento de leos e graxas dos equipamentos (incluindo bombas e m ancais) Causas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Falha estrutural - Manuteno inadequada Rompimento dos espessadores de concentrado e de lam as - Excesso de m aterial (acim a da capacidade) - Falha do sistem a de controle do fluxo de entrada e sada do tanque - Excesso de presso - Entupimento - Abraso interna Rompimento da tubulao de - Problemas nas conexes e soldas bombeam ento do concentrado para - Rompimento das vedaes e conexes dos os tanques do m ineroduto equipamentos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Excesso de presso - Entupimento Rompimento da tubulao de bombeamento do overflow do espessador de lam as para o reservatrio de gua recuperada - Abraso interna - Problemas nas conexes e soldas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Excesso de presso - Entupimento - Abraso interna Rompimento da tubulao de bombeamento do underflow do - Problemas nas conexes e soldas espessam ento de lam as juntamente - Rompimento das vedaes e conexes dos com o rejeito da flotao em equipamentos colunas para a barragem de rejeitos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Carream ento de slidos - Poluio/contam inao de guas superficiais - Danos s instalaes - Carream ento de slidos - Poluio/contam inao de guas superficiais - Danos s instalaes - Carream ento de slidos - Poluio/contam inao de guas superficiais - Danos s instalaes Efeitos - Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Carream ento de slidos - Poluio/contam inao de guas superficiais - Danos s instalaes

- Causas naturais (raios e etc.) Incndios em instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas), curto circuito

- Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

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QUADRO 8.27 - Expedio do pellet feed para o mineroduto


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Operao Atividade: Expedio do Evento Perigoso - Falha estrutural - Manuteno inadequada Rompimento dos tanques de expedio do m ineroduto - Excesso de m aterial (acim a da capacidade) Causas Efeitos

- Carream ento de slid

- Poluio/contam ina superficiais

- Falha do sistem a de controle do fluxo de entrada e sada do - Danos s instalaes tanque - Excesso de presso - Entupimento - Abraso interna Rompimento de tubulao com vazam ento do concentrado - Problemas nas conexes e soldas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipam entos - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Rompimento das vedaes e conexes dos equipam entos Vazamento de leos e graxas do sistem a de bombeam ento - Falhas operacionais dos equipam entos - Falhas operacionais durante a m anuteno - Poluio/contam ina

- Carream ento de slid

- Poluio/contam ina superficiais

- Danos s instalaes

- Poluio/contam ina superficiais e subterr

- Causas naturais (raios e etc.) Incndio (curto circuito) - Causas acidentais (sobrecarga e instalaes eltricas), curto circuito improvisaes nas

- Danos s instalaes

- Danos aos trabalhado

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QUADRO 8.28 - Transporte de pessoas e cargas em geral


Fase do empreendimento: Evento Perigoso X Atividade: Transporte Causas - Falhas mecnicas do veiculo Derramamento/vazamento de leos e graxas (sem ignio) - Falhas das embalagens/armazenamento (queda e rompimento) - Falha operacional humana - Falha nas condies das vias de transporte Derramamento/vazamento de leos e graxas (com ignio) - Mesmas acima acrescidas da presena de fontes de ignio - Falhas mecnicas do veiculo Derramamento de outros produtos diversos (sem ignio) - Poluio/contaminao do solo - Falhas das embalagens/armazenamento (queda e - Poluio/contaminao das guas rompimento) - Danos s instalaes e veculos - Falha operacional humana - Falha nas condies das vias de transporte. - Danos aos trabalhadores e pessoas Efeitos

Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sa

Derramamento de outros produtos diversos (com ignio), principalmente os gases e lquidos inflamveis

- Mesmas acima acrescidas da presena de fontes de ignio

QUADRO 8.29 - Operao do sistema de abastecimento de gua (incluindo ETA)


Fase do empreendimento: X Operao

Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sa

Atividade: Operao do si Evento Perigoso Causas - Dimensionamento inadequado; - Precipitaes pluviomtricas excepcionais Rompimento da adutora - Falha estrutural - Manuteno inadequada - Falha do sistema de controle do fluxo - Dimensionamento inadequado - Falha estrutural Rompimento do reservatrio de gua/gua recuperada - Manuteno inadequada - Excesso de material (acima da capacidade) - Falha do sistema de controle do fluxo de entrada e sada do tanque - Chuvas excepcionais. - Rompimento ou extravasamento da adutora ou reservatrio. - Dimensionamento inadequado. Eroso de drenagens pluviais - Projeto inadequado - Remoo da cobertura vegetal - Precipitaes pluviomtricas excepcionais

- Eroso de reas prxi - Alagamento de reas - Perda de vegetao - Danos s instalaes

- Poluio das guas pe

- Eroso de reas prxi - Alagamento de reas - Perda de vegetao - Danos s instalaes

- Poluio das guas pe

- Poluio/Contamina - Assoreamento de cu

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QUADRO 8.30 - Operao da barragem de rejeitos


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X

Atividade: Operao da Evento Perigoso Causas - Dimensionamento inadequado - Falha estrutural - Manuteno inadequada Extravasamento por aporte hdrico maior que a capacidade de vazo do sistema - Excesso de material assoreado - Baixa capacidade de reteno - Excesso de material (acima da capacidade) - Falha do sistema de controle do fluxo de entrada e sada do tanque - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Excesso de presso - Entupimento - Abraso interna Vazamento/derramamento de rejeito causado pelo rompimento de tubulao - Problemas nas conexes e soldas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipamentos - Falhas operacionais durante a manuteno - Dimensionamento inadequado - Falha estrutural - Manuteno inadequada - Excesso de material assoreado Rompimento da barragem de rejeitos - Baixa capacidade de reteno - Excesso de material (acima da capacidade) - Falha do sistema de extravaso da barragem de rejeitos - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Rompimento da barragem de rejeitos Eroso das drenagens de guas pluviais - Dimensionamento inadequado; - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Carreamento de slidos - Danos s instalaes - Danos vizinhana - Carreamento de slidos - Danos s instalaes - Carreamento de slidos

Efeitos

- Poluio/contaminao de

- Poluio/contaminao de

- Poluio/contaminao de

Perda dos sistemas, contami

QUADRO 8.31 - Operao dos sistemas de tratamento de efluentes lquidos e sanitrios e resduo
Fase do empreendimento: Evento Perigoso X Operao Causas - Sobrecarga dos sistemas de tratamento de efluentes lquidos - Rompimento de tubulaes e vlvulas. Defeitos estruturais na tubulao; Derramamento/vazamento de efluentes seguido ou no de contaminao solo/gua. M conservao, corroso; Corte acidental em perfurao de solo; Colapso de solo por transito de maquinas pesadas.

Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sap

Atividade: Operao dos sistemas de tratament

Vazamento de efluentes no tratados/espumas

Contaminao do solo e d atinja rea

Somente haver impacto contaminao do

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QUADRO 8.32 - Operao do laboratrio de anlises qumicas


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: Evento Perigoso - Excesso de presso - Entupimento - Abraso interna Rompimento de tubulao e/ou derramamento/vazamento de efluentes - Problemas nas conexes e soldas - Rompimento das vedaes e conexes dos equipamentos - Falhas operacionais dos equipamentos - Falhas operacionais durante a manuteno - Poluio/contaminao X Operao Causas Efeitos

Atividade: Manuseio e arm

- Poluio/contaminao guas

QUADRO 8.33 - Manuseio e armazenamento de insumos


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: Evento Perigoso X

Atividade: Manuseio e arm Causas - Operao de descarregamento inadequada Derramamento/vazamento de leos e graxas (sem ignio) - Manuseio inadequado das embalagens - Rompimento das embalagens e dos depsitos - Armazenamento em local inadequado - Operao de descarregamento inadequada - Manuseio inadequado das embalagens Derramamento/vazamento de leos e graxas (com ignio) - Rompimento das embalagens e dos depsitos - Armazenamento em local inadequado - Presena de chamas, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Operao de descarregamento inadequada - Rompimento das embalagens e dos depsitos - Armazenamento em local inadequado - Poluio/contaminao do solo - Poluio/contaminao das guas - Danos s instalaes B - Pouco Provvel Efeitos Freqncia

- Poluio/contaminao do solo - Poluio/contaminao das guas - Danos s instalaes C - Provvel

- Poluio/contaminao do solo - Poluio/contaminao das guas - Danos s instalaes C - Provvel

Derramamento/vazamento de outros produtos diversos (sem ignio)

- Operao de descarregamento inadequada Derramamento/vazamento de outros produtos diversos (com ignio), principalmente gases e lquidos inflamveis - Rompimento das embalagens e dos depsitos - Armazenamento em local inadequado - Presena de chamas, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

- Poluio/contaminao do solo - Poluio/contaminao das guas - Danos s instalaes B - Pouco Provvel

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QUADRO 8.34 - Manuteno de mquinas e equipamentos no canteiro de obras (mecnica, eltric


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X

Atividade: Manuteno de mquinas e Evento Perigoso Causas Efeitos

Freq

- Acidentes com m quinas e equipam entos Derram amento/vazamento de leos e graxas (sem ignio) - Rompimento de embalagens, reas de arm azenamento e /ou tubulaes e m angotes - Falhas operacionais durante a m anuteno

- Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes

- Acidentes com m quinas e equipam entos - Rompimento de embalagens, reas de arm azenam ento e /ou tubulaes e m angotes Derram amento/vazamento de leos e graxas (com ignio) - Falhas operacionais durante a m anuteno - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

- Poluio/contam inao do solo - Poluio/contam inao de guas superficiais e subterrneas - Danos s instalaes B

Derram amento/vazamento de efluentes contam inados com leos e graxas

- Sistem a de tratam ento dos efluentes dim ensionado - Poluio/contam inao do solo inadequadamente (caixas separadoras de gua e leo) - Poluio/contam inao de guas superficiais e - Sistem as de tratam ento dos efluentes subsubterrneas dimensionado - Falhas operacionais durante a m anuteno - Danos s instalaes

Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno)

- Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de m angueiras inadequadas - Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de m angueiras inadequadas

- Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

B - Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno)

- Presena de produtos qum icos incompatveis (leos e graxas) - Presena de cham as, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

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8.6.3 - Fase de desativao


QUADRO 8.35 - Desativao de prdios e estruturas
Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: Evento Perigoso X Desativao Atividade: Desativao Causas - Reduo de reas nativas (disponibilidade) - Alterao no trfego de veculos Atropelamento de animais - Alterao na movimentao de pessoas - Alterao nos nveis de rudo - Causas naturais (raios, perodos de secas prolongados e etc.) - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas, chamas expostas, acidentes com - Perda de vegetao; materiais inflamveis e com ignio, uso de fogo para - Reduo da biodiversidade limpeza de reas) local - Causas criminosas (fsforos e pontas de cigarros atirados ao esmo sem controle e acesos, uso de fogo para limpeza de reas) - Acidentes com veculos e mquinas; - Operao de abastecimento inadequada; Derramamento/vazamento de leos e graxas (sem ignio) - Poluio/contaminao do solo - Reduo local da biodiversidade Efeitos

- Danos aos veculos

Incndio (vegetao)

- Poluio/contaminao de - Operaes de carregamento e descarregamento guas superficiais e inadequadas subterrneas - Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou - Danos s instalaes tubulaes e mangotes

- Acidentes com veculos e mquinas - Operao de abastecimento inadequada - Rompimento de tubulaes construdas Derramamento/vazamento de leos e graxas (com ignio) - Operaes inadequadas de carregamento e - Poluio/contaminao do solo descarregamento - Poluio/contaminao de guas superficiais e subterrneas - Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou - Danos s instalaes tubulaes e mangotes. - Presena de chamas, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Acidentes com veculos e mquinas - Operao de abastecimento inadequada Derramamento/vazamento de outros produtos diversos (sem ignio) - Rompimento de tubulaes construdas - Operaes inadequadas de carregamento e descarregamento - Poluio/contaminao do solo - Poluio/contaminao de guas superficiais e subterrneas

- Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou - Danos s instalaes tubulaes e mangotes. - Acidentes com veculos e mquinas - Operao de abastecimento inadequada - Rompimento de tubulaes construdas Derramamento/vazamento de outros produtos diversos (com ignio) - Poluio/contaminao do solo - Operaes de carregamento e descarregamento - Poluio/contaminao de guas superficiais e inadequadas subterrneas - Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou - Danos s instalaes tubulaes e mangotes. - Presena de chamas, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

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Continuao

Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: Evento Perigoso Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno) X Desativao Atividade: Desativao Causas - Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de mangueiras inadequadas - Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de mangueiras inadequadas Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno) - Presena de produtos qumicos incompatveis (leos e graxas) - Presena de chamas, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores Efeitos - Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

- Causas naturais (raios e etc.) Incndio em instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas), curto circuito

- Danos s instalaes - Danos aos trabalhadores

- Projeto inadequado - Execuo de cortes inadequados - Remoo da cobertura vegetal Escorregamento de taludes em pontos localizados - Presena de guas subterrneas - Aes antrpicas - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Dimensionamento inadequado das drenagens - Projeto inadequado Eroso das drenagens de guas pluviais - Execuo de aterros e cortes inadequados - Remoo da cobertura vegetal de forma desordenada - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Acidentes com veculos e mquinas - Operaes de carregamento e descarregamento inadequadas Vazamento de cimento ou calda de concreto - Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou tubulaes e mangotes - Rompimento das reas de preparao de cimento e/ou concreto - Projeto inadequado - Execuo de aterros e cortes inadequados Rompimento do sistema de drenagem pluvial - Remoo da cobertura vegetal - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Esgotamento da capacidade de reteno - Aes antrpicas

- Eroso e assoreamento de corpos de gua - Poluio das guas - Alterao do relevo e da vegetao - Perda de vegetao - Danos s instalaes - Danos vizinhana - Eroso e assoreamento de corpos de gua - Poluio das guas

- Contaminao do solo - Contaminao das guas superficiais

- Eroso e assoreamento de corpos de gua - Poluio das guas

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QUADRO 8.36 - Assoreamento da barragem de rejeitos e tamponamento do extravasor operaciona


Fase do empreendimento: Evento Perigoso X Desativao Causas - Reduo de reas nativas (disponibilidade) - Alterao no trfego de veculos Atropelamento de animais - Alterao na movimentao de pessoas - Alterao nos nveis de rudo - Causas naturais (raios, perodos de secas prolongados e etc.) - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas, chamas expostas, acidentes com materiais inflamveis e com ignio, uso de fogo para limpeza de reas) - Causas criminosas (fsforos e pontas de cigarros atirados ao esmo sem controle e acesos, uso de fogo para limpeza de reas) - Acidentes com veculos e mquinas; - Operao de abastecimento inadequada; Derramamento/vazamento de leos e graxas (sem ignio) - Operaes de carregamento e descarregamento inadequadas - Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou tubulaes e mangotes

Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sap

Atividade: Assoreamento da barragem de rejeitos e tamponamento do ex

Efeitos

- Reduo da biodi local

- Danos aos vecul

- Perda de vegeta

Incndio (vegetao)

- Reduo da biodi local

- Poluio/contami solo

- Poluio/contami guas superficiais subterrneas

- Danos s instala

- Acidentes com veculos e mquinas - Operao de abastecimento inadequada - Rompimento de tubulaes construdas Derramamento/vazamento de leos e graxas (com ignio) - Operaes de carregamento e descarregamento inadequadas - Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou tubulaes e mangotes. - Presena de chamas, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

- Poluio/contami solo

- Poluio/contami guas superficiais subterrneas

- Danos s instala

- Acidentes com veculos e mquinas - Operao de abastecimento inadequada Derramamento/vazamento de outros produtos diversos (sem ignio) - Rompimento de tubulaes construdas - Operaes de carregamento e descarregamento inadequadas - Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou tubulaes e mangotes.

- Poluio/contami solo

- Poluio/contami guas superficiais subterrneas

- Danos s instala

- Acidentes com veculos e mquinas - Operao de abastecimento inadequada Derramamento/vazamento de outros produtos diversos (com ignio), principalmente gases e lquidos inflamveis - Rompimento de tubulaes construdas - Operaes de carregamento e descarregamento inadequadas - Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou tubulaes e mangotes. - Presena de chamas, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

- Poluio/contamin solo

- Poluio/contamin guas superficiais subterrneas

- Danos s instala

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Continuao

Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sap Fase do empreendimento: Evento Perigoso Vazamento de gases (sem exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno) X Causas - Rompimento de tubulao ou de vlvulas - Uso de mangueiras inadequadas Efeitos

Atividade: Assoreamento da barragem de rejeitos e tamponamento do ex

- Danos s instala

- Danos aos trabalha

- Rompimento de tubulao ou de vlvulas Vazamento de gases (com exploso devido ao uso de solda oxi-acetileno) - Uso de mangueiras inadequadas - Presena de produtos qumicos incompatveis (leos e graxas) - Presena de chamas, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio

- Danos s instala

- Danos aos trabalha

- Causas naturais (raios e etc.) Incndio em instalaes - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas), curto circuito

- Danos s instala

- Danos aos trabalha

- Projeto inadequado - Execuo de cortes inadequados - Remoo da cobertura vegetal Escorregamento de taludes - Presena de guas subterrneas - Aes antrpicas - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Dimensionamento inadequado das drenagens - Instabilidade de taludes - Projeto inadequado - Dimensionamento inadequado das drenagens Escorregamento de vegetao de taludes - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Remoo da cobertura vegetal - Execuo de cortes inadequados (instabilidade) - Aes antrpicas - Dimensionamento inadequado - Falha estrutural - Manuteno inadequada Rompimento das barragens de rejeito e de gua com alagamento de reas - Excesso de material assoreado - Baixa capacidade de reteno - Excesso de material (acima da capacidade) - Falha do sistema de extravaso da barragem de rejeitos - Precipitaes pluviomtricas excepcionais

- Eroso e assoream de corpos de gua

- Poluio das gua

- Alterao do relevo vegetao

- Perda de vegeta

- Danos s instala

- Danos vizinhan

- Eroso e assoream de corpos de gua

- Poluio das gua

- Alterao do relevo vegetao

- Perda de vegeta

- Carreamento de s

- Poluio/contamin de guas superfici

- Danos s instala

- Danos vizinhan

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Continuao Fase do empreendimento: X Desativao

Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sap

Atividade: Assoreamento da barragem de rejeitos e tamponamento do ex Evento Perigoso - Projeto inadequado Eroso das drenagens de guas pluviais - Execuo de aterros e cortes inadequados - Remoo da cobertura vegetal de forma desordenada - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Projeto inadequado - Execuo de aterros e cortes inadequados Rompimento do sistema de drenagem pluvial - Remoo da cobertura vegetal - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Esgotamento da capacidade de reteno - Aes antrpicas - Acidentes com veculos e mquinas - Operaes de carregamento e descarregamento inadequadas Vazamento de cimento ou calda de concreto Causas Efeitos

- Eroso e assoream corpos de gua

- Poluio das guas

- Eroso e assoream corpos de gua

- Poluio das guas

- Contaminao do so

- Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou tubulaes e - Contaminao das superficiais mangotes - Rompimento das reas de preparao de cimento e/ou concreto

- Falta de isolamento da rea Afogamento de pessoas - Falta de informao - Falta de fiscalizao

- Morte de pessoas;

- Reao da comunid

Desabamento de estruturas

- Imprudncia e/ou impercia na desmontagem

- Danos s instala perda de materiais - Danos s pessoas.

QUADRO 8.37 - Paralisao das atividades de lavra


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X Desativao Atividade: Paralisao Evento Perigoso - Projeto inadequado - Execuo de cortes inadequados - Remoo da cobertura vegetal Rompimento dos taludes das cavas - Presena de guas subterrneas - Aes antrpicas - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Dimensionamento inadequado das drenagens - Instabilidade de taludes - Projeto inadequado - Dimensionamento inadequado das drenagens Escorregamento de vegetao de taludes - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Remoo da cobertura vegetal - Execuo de cortes inadequados (instabilidade) - Aes antrpicas Causas Efeitos

- Eroso e assoreamento de corpos de gu - Poluio das guas - Alterao do relevo e da vegetao - Perda de vegetao - Danos s instalaes - Danos vizinhana

- Eroso e assoreamento de corpos de gu - Poluio das guas - Alterao do relevo e da vegetao - Perda de vegetao

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Continuao Fase do empreendimento: X

Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo-Ferrug

Atividade: Paralisao d Evento Perigoso - Projeto inadequado - Execuo de aterros e cortes inadequados Rompimento do sistema de drenagem pluvial - Remoo da cobertura vegetal - Precipitaes pluviomtricas excepcionais - Esgotamento da capacidade de reteno - Aes antrpicas - Poluio das guas Causas Efeitos

- Eroso e assoreamento de corpos de gu

QUADRO 8.38 - Reabilitao das reas degradadas


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X

Atividade: Reabilitao Evento Perigoso Causas Efeitos

- Acidentes com veculos e mquinas; - Operao de abastecimento inadequada Derramamento/vazamento de leos e graxas (sem ignio) - Operaes de carregamento e descarregamento inadequadas - Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou tubulaes e mangotes. - Poluio/contaminao do solo

- Poluio/contaminao de guas sup e subterrneas - Danos s instalaes

- Acidentes com veculos e mquinas - Operao de abastecimento inadequada Derramamento/vazamento de leos e graxas (com ignio) - Operaes de carregamento e descarregamento inadequadas - Rompimento de embalagens, reas de armazenamento e /ou tubulaes e mangotes. - Presena de chamas, superfcies aquecidas, fagulhas, centelhas, arcos eltricos e fontes naturais de ignio - Poluio/contaminao do solo

- Poluio/contaminao de guas sup e subterrneas - Danos s instalaes

- Reduo de reas nativas (disponibilidade) Atropelamento de animais - Alterao no trfego de veculos - Alterao na movimentao de pessoas - Alterao nos nveis de rudo - Causas naturais (raios, perodos de secas prolongados e etc.) - Causas acidentais (sobrecarga e improvisaes nas instalaes eltricas, chamas expostas, acidentes com materiais inflamveis e com ignio, uso de fogo para limpeza de reas) - Causas criminosas (fsforos e pontas de cigarros atirados ao esmo sem controle e acesos, uso de fogo para limpeza de reas)
- Projeto inadequado Eroso de drenagens de guas pluviais - Execuo de aterros e cortes inadequados - Remoo da cobertura vegetal de forma desordenada - Precipitaes pluviomtricas excepcionais

- Reduo da biodiversidade local - Danos aos veculos

Incndio (vegetao)

- Perda de vegetao; - Reduo da biodiversidade local

- Eroso e assoreamento de corpos de - Poluio das guas

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QUADRO 8.39 - Transporte de pessoas e cargas em geral


Empreendimento: Complexo Minerrio (Serra do Sapo Fase do empreendimento: X

Atividade: Transporte de p Evento Perigoso Causas - Falhas mecnicas do veiculo Derramamento/vazamento de leos e graxas (sem ignio) - Falhas das embalagens/armazenamento (queda e rompimento) - Falha operacional humana - Falha nas condies das vias de transporte Derramamento/vazamento de leos e graxas (com ignio) - Mesmas acima acrescidas da presena de fontes de ignio - Falhas mecnicas do veiculo Derramamento de outros produtos diversos (sem ignio) - Falhas das embalagens/armazenamento (queda e rompimento) - Falha operacional humana - Falha nas condies das vias de transporte. Derramamento de outros produtos diversos (com ignio), principalmente os gases e lquidos inflamveis - Poluio/contaminao do solo - Poluio/contaminao das guas - Danos s instalaes e veculos - Danos aos trabalhadores e pessoas C B C Efeitos

Freq

- Mesmas acima acrescidas da presena de fontes de ignio

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8.7 - Distribuio quantitativa das classes de risco


A seguir apresentada a distribuio quantitativa das classes de risco para as etapas de implantao, operao e desativao. QUADRO 8.40 - Implantao
IV Catastrfica SEVERIDADE III Crtica II Marginal I Desprezvel A Improvvel B Pouco Provvel FREQNCIA 1 - Insignificante 2- Baixo 3 - Moderado 4 - Elevado 5 - Muito Elevado C Provvel D Freqente 15 15

17

QUADRO 8.41 - Operao


IV Catastrfica SEVERIDADE III Crtica II Marginal I Desprezvel A Improvvel B Pouco Provvel FREQNCIA 1 - Insignificante 2- Baixo 3 - Moderado 4 - Elevado 5 - Muito Elevado C Provvel D Freqente 2

24

14

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QUADRO 8.42 - Desativao


IV Catastrfica SEVERIDADE III Crtica II Marginal I Desprezvel A Improvvel B Pouco Provvel FREQNCIA 1 - Insignificante 2- Baixo 3 - Moderado 4 - Elevado 5 - Muito Elevado C Provvel D Freqente 5

11

11

8.8 - Resultados e concluses


Observando os quadros 8.40 a 8.42 verifica-se que a APP realizada identificou uma predominncia de classes de risco moderada para as fases de implantao, operao e desativao. Entretanto, cabe ressaltar que tambm foram identificadas classes de risco elevado para as fases supracitadas. Pode-se dizer que riscos classificados em insignificantes e baixos so considerados riscos admissveis, dentro de padres normais de risco de atividade humanas, devendo ser objeto de cuidados usuais. Os riscos classificados como moderados tambm se encontram dentro de limites admissveis, porm devero ser objeto de monitoramento constante e de procedimentos especficos. J os riscos classificados em elevados devero ter medidas de controle adequadas, a serem detalhadas no Plano de Controle Ambiental - PCA que ser desenvolvido por ocasio do licenciamento de instalao do empreendimento.

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9 - PROGRAMAS MONITORAMENTO

DE

ACOMPANHAMENTO

9.1 - Programa de monitoramento do meio fsico


9.1.1 - Programa de Monitoramento da qualidade das guas e efluentes
O presente item apresenta o Programa de Monitoramento fsico-qumico e bacteriolgico das guas Superficiais e efluentes gerados pelo empreendimento, proposto para as etapas de implantao, operao e desativao nas reas de lavra do Projeto Minas-Rio da MMX. O Programa de Monitoramento Hdrico apresenta de forma conceitual o sistema de medio e avaliao das vazes das nascentes e nvel de piezometria do aqfero nas rea a serem lavrados.

Justificativa A proposio do programa de monitoramento fsico-qumico e bacteriolgico das guas superficiais e subterrneas, bem como dos efluentes lquidos gerados justificado pelo potencial modificador proveniente das atividades a serem implementadas pelo empreendimento, as quais tero influncia direta na qualidade das guas da regio.

Objetivos O objetivo fundamental deste monitoramento oferecer um levantamento da qualidade das guas e dos parmetros indicadores da manuteno da qualidade dos efluentes, visando o acompanhamento de parmetros indicadores da manuteno da qualidade, devido ao potencial modificador decorrente das atividades implementadas pelo empreendimento. Para tal, proposto o monitoramento em pontos nas drenagens no entorno do empreendimento, tais como reas de lavra, vias de acesso, usina de tratamento de minrio, barragem de rejeito e pilhas de estril. Esto presentes neste plano de monitoramento, as normas e metodologias aplicadas, os parmetros analisados, os locais de coletas de amostras e os perodos de amostragem.

Metodologia Os resultados dos monitoramentos subsidiaro continuamente o controle desse potencial, gerando documentos comprobatrios necessrios conforme os compromissos ambientais da empresa.

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O monitoramento da qualidade das guas superficiais e subterrneas ser mantido nas fases de implantao, operao e desativao do empreendimento. Os pontos de monitoramento das guas superficiais devero, em parte, coincidir com aqueles monitorados durante a realizao do presente EIA, avaliando-se a necessidade de implantao de novos pontos a serem definidos na ocasio do PCA. Quanto ao monitoramento de guas subterrneas devero ser perfurados piezmetros nos pontos necessrios para um completo acompanhamento da qualidade das guas subterrneas da rea de influncia da barragem de rejeitos, pois considera-se que esta a unidade do empreendimento com maior potencial para modificar a qualidade das guas subterrneas. Os pontos para instalao dos piezmetros sero definidos na ocasio do PCA. Os parmetros de monitoramento das guas superficiais e subterrneas podero seguir aqueles j analisados na campanha de monitoramento do presente EIA. A freqncia de amostragem e a metodologia do monitoramento ser apresentada no Plano de Controle Ambiental. Monitoramento de efluentes O monitoramento de efluentes lquidos planejado tem como objetivo a manuteno da qualidade das guas que ocorrem nas reas de influncia do empreendimento. Os efluentes lquidos sanitrios e os efluentes oleosos sero monitorados. O monitoramento ter freqncia mensal. Os pontos de amostragens para os efluentes gerados sero os seguintes: - caixa de visita de entrada e sada dos sistemas de tratamento de efluentes sanitrios (fossa e filtro anaerbio); - caixa de visita de sada dos sistemas de tratamento de efluentes oleosos (caixas separadoras de gua e leo). Para o sistema da barragem de rejeito, durante as etapas de implantao, operao e desativao do empreendimento, prope-se que seja monitorado basicamente dois pontos: - Um ponto, situado no ponto de recepo do efluente na barragem, o qual representa o efluente gerado no sistema; - Um ponto situado imediatamente a jusante da barragem, o qual representa o final deste sistema de disposio de rejeitos, podendo assim verificar sua eficincia na reteno de slidos e rejeito. Os parmetros a serem analisados so: - Turbidez [UNT] - Cor (mg/L) - pH [] - Condutividade eltrica [? S/cm) - Slidos Sedimentveis [mL/L]

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Maiores detalhes sero apresentados no Plano de Controle Ambiental (PCA).

Monitoramento da qualidade das guas O monitoramento de qualidade das guas dos cursos d gua que esto dentro das reas de influncia do empreendimento garantir a confiabilidade e a segurana dos resultados obtidos uma vez que sero compatveis, portanto comparveis, ao banco de dados existente. Os pontos de monitoramento a serem observados neste controle devero se manter iguais ao atualmente monitorados. Sugere-se que tambm sejam monitorados os pontos imediatamente a jusante da barragem de rejeitos. A freqncia das anlises seguiro periodicidade pr-definida por especificidade de parmetros fsico-qumicos, conforme plano a ser especificado no Plano de Controle Ambiental - PCA. Parmetros Os parmetros a serem monitorados na qualidade das guas sero (quadro 9.1). QUADRO 9.1 - Parmetros analisados - Qualidade das guas superficiais
pH Condutividade Temperatura Turbidez Dureza total DBO5 - dem anda bioqumica de oxignio DQO Slidos dissolvidos Slidos em suspenso Slidos sedim entveis Slidos totais amnia nitrato nitrito nitrognio total fosfato Alumnio total Chumbo Total Ferro total Ferro solvel Mangans total Zinco Total leos e graxas Coliformes totais Coliform es fecais Estreptococos fecais

Planejamento das amostragens A coleta e preservao das amostras devem ser feitas com uso de tcnicas adequadas, sem o que os resultados podem no refletir as condies do momento em que a coleta foi realizada. A amostragem dever ser trimestralmente, ocorrendo no perodo de seca, chuva e incio e fim das chuvas. Aps 2 anos de monitoramento a periodicidade deve ser reavaliada.

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Preservao das amostras Os mtodos para a preservao das amostras so referentes aos parmetros considerados, de acordo com a norma ABNT-NBR 9898 e o STANDARD METHODS FOR THE ANALYSIS OF WATER AND WASTEWATER, em sua ltima edio. Mtodos analticos recomendados Os mtodos analticos mais aceitos internacionalmente esto presentes no STANDARD METHODS FOR THE ANALYSIS OF WATER AND WASTEWATER, em sua ltima edio.

Abordagens para a avaliao dos resultados No Estado de Minas Gerais os padres para qualidade das guas doces so definidos pela Legislao Estadual de Meio Ambiente, segundo a Deliberao Normativa COPAM no 10, de janeiro de 1986. Pelo fato de no existir legislao especfica que trate de guas de lagoas, entende-se que a DN COPAM citada engloba todos os tipos de colees de guas. Portanto, os resultados obtidos nas anlises fsicas e qumicas das guas das lagoas devem ser avaliados em termos da magnitude obtida, sendo comparados com os padres estabelecidos pelo Artigo 5 da Deliberao Normativa COPAM 010/86, onde so fixados os Limites e/ou condies para as guas Classe 2 conforme estabelece o item C do Artigo 11 desta mesma deliberao.

9.1.2 - Programa de monitoramento da qualidade do ar


Justificativa Com o incio das atividades para implantao do empreendimento e posterior operao e desativao, existiro atividades geradoras de material particulados e gases da queima de combustveis que podero alterar a qualidade do ar na regio. Assim, justifica-se a adoo de um programa que vise a minimizao do lanamento destes efluentes atmosfricos.

Objetivo A partir da implantao e manuteno do programa, objetiva-se uma mitigao e controle dos processos que causam alterao da qualidade do ar, mantendo-a dentro de parmetros legais e normativos.

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Metodologia A execuo desses monitoramentos ir auxiliar a avaliao da eficcia dos procedimentos e medidas mitigadoras efetuadas, a qual ir ainda complementar a avaliao dos resultados obtidos com o Monitoramento da Qualidade do Ar, estando associado a um monitoramento meteorolgico. O programa aqui apresentado ser realizado a partir da etapa de implantao das minas, estendendo-se durante toda a vida til do empreendimento, incluindo o fechamento, ou durante o perodo em que se julgar necessrio. Deve ser mencionado que o empreendimento j realizou 01 campanha de monitoramento de background da qualidade do ar, porm, existe a necessidade de melhoramento desta caracterizao, o que objeto tambm deste programa com aquisio de dados agora voltados s etapas posteriores do empreendimento. Sero instalados equipamentos de medio de PTS - Partculas Totais em Suspenso, levando-se em considerao a direo e o sentido predominante dos ventos, que sabidamente apresenta direo preferencial de leste para oeste. A determinao dos dados meteorolgicos ser feita atravs de uma Estao Meteorolgica, a ser instalada no local.

Determinao dos parmetros de monitoramento e pontos de amostragem O monitoramento da qualidade do ar ir abranger os parmetros: - Partculas Totais em Suspenso (PTS); - Dados meteorolgicos. A determinao dos pontos de amostragem, por sua vez, dever ser feita considerando preferencialmente a direo dos ventos predominantes na regio, uma vez que existe a presena de comunidades no entorno das minas, cujos pontos de monitoramentos devero estar apresentados no PCA. O incio do monitoramento por ponto dever estar vinculado previso de incio das operaes de lavra para cada rea, de forma a apresentar medies que visem o momento anterior ao processo de lavra, apresentando assim uma caracterizao da variao sazonal da qualidade do ar antes do incio do desmatamento e lavra. A caracterizao dever prosseguir nas fases de implantao e operao, mantendo se uma periodicidade de coleta de amostras a cada seis dias. A localizao exata destes pontos ser determinada em campo quando da instalao destes equipamentos, pois h de se considerar as dificuldades de campo pela falta de infra-estrutura local, e acesso aos mesmos, a topografia do terreno, procurando-se evitar a interferncia de rvores e outros obstculos livre circulao dos ventos. Futuramente, com o desenvolvimento do empreendimento, alm destes pontos de monitoramento propostos, podero ser includos e/ou suprimidos alguns pontos, conforme se julgar necessrio.

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Os trabalhos a serem desenvolvidos seguiro os procedimentos normativos relacionados abaixo: - ABNT NBR 9547 - Material Particulado em Suspenso no Ar Ambiente Determinao da Concentrao Total pelo Mtodo do Amostrador de Grande Volume. Em relao aos equipamentos de medio, para coleta das amostras de material particulado - Partculas Totais em Suspenso, ser utilizado o Amostrador de Grande Volume - HI-VOL .

Monitoramento Meteorolgico O monitoramento meteorolgico prev o registro dos seguintes parmetros: - Mdias horrias, dirias e mensais da direo e velocidade do vento; - Direo e velocidade mxima do vento no dia e no ms; - Temperaturas mdias, mnimas e mximas horrias, dirias e mensais; - Precipitao total no dia e no ms; - Mdias diria e mensal da umidade relativa do ar.

Deve-se ressaltar que um maior detalhamento do programa de monitoramento da qualidade do ar e parmetros meteorolgicos ser contemplado no Programa de Controle Ambiental, onde estaro determinados os pontos e mtodos de amostragem, definio do nmero de amostras, perodo do monitoramento, e cronograma de execuo.

9.1.3 - Programa de monitoramento de rudo


Ser realizado no empreendimento um monitoramento peridico de rudo, o qual dever avaliar a qualidade acstica da regio em questo. Os resultados obtidos devero ser avaliados considerando as condies climticas que porventura interfiram no sinal sonoro, como chuvas e ventos fortes, bem como as condies de background j definidas no item 4.1.4

Justificativa A proposio do Programa de Monitoramento de rudos na rea do empreendimento e entorno justificada pelo potencial modificador proveniente das atividades a serem implementadas pelo empreendimento, principalmente durante a etapa de operao, podendo alterar os nveis de presso sonora nesta regio, relacionados s atividades de movimentao de veculos, mquinas e equipamentos, bem como detonaes nas frentes de lavra.

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Objetivo O objetivo desse monitoramento oferecer medies que possam ser comparadas quelas iniciais, caracterizadas como background do rudo ambiental provocado pelas atividades naturais e cotidianas desta regio, anteriormente etapa de implantao do empreendimento. Assim, possibilitar o acompanhamento dos parmetros indicadores do nvel de rudo de fundo, em funo do potencial modificador das atividades e obras a serem implementadas pelo empreendimento.

Metodologia Ressalta-se que a continuidade deste programa dever seguir os mesmos passos e consideraes apresentadas no item 4.1.4 (Nvel local de rudos), onde esto descritos: - metodologia de estudo; - equipamentos utilizados e a serem utilizados; - parmetros de avaliao; - definio dos locais de amostragem, e; - resultados. Deve-se ressaltar que um maior detalhamento do programa de monitoramento de rudo ser contemplado no Programa de Controle Ambiental, onde estaro determinados os pontos e mtodos de amostragem, perodo do monitoramento, e cronograma de execuo, de forma a caracterizar o empreendimento como um todo em operao.

9.2 - Programa de monitoramento e conservao da fauna


9.2.1 - Monitoramento e conservao da mastofauna
Justificativa Como medida de controle e acompanhamento dos impactos advindos com a supresso de vegetao e habitats, justifica-se o desenvolvimento de um programa de monitoramento e conservao da mastofauna que identifique, planeje e execute as aes necessrias para a mitigao desses impactos durante as atividades do empreendimento.

Objetivos - Realizar inventrios sistemticos com monitoramento de variveis ambientais e demogrficas que possibilitem a verificao das tendncias populacionais de crescimento ou diminuio dos nmeros.

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Delimitar fisicamente, atravs de diagnsticos de campo, os corredores de conexo, responsveis pela manuteno dos processos biolgicos entre os dois grandes blocos florestais. O fluxo de espcies nas reas dos corredores deve se monitorado para que possam ser corrigidos eventuais problemas no seu funcionamento.

Metodologia Os mamferos de pequeno porte sero inventariados atravs de capturas com armadilhas do tipo Tomahawk e Sherman. Os mamferos de mdio e grande porte sero amostrados atravs de vestgios de ocorrncia, ou observao direta, quando for possvel. Os indivduos capturados sero: i) identificados, ii) marcados com brinco na orelha, iii) pesados e iv) soltos no mesmo local de captura. Quando a identificao no campo for impossvel, como geralmente acontece com os roedores sigmodontneos e da famlia Echimyidae, os indivduos sero removidos para correta identificao. Os inventrios de fauna em campo investigaro os parmetros biolgicos, como por exemplo: o grau de conservao, o estdio sucessional e a riqueza de espcies das reas, o que possibilitar comparaes entre elas. Como resultado desse processo, sero indicadas as reas mais importantes para a manuteno da conexo entre os remanescentes florestais. O monitoramento das reas de conexo deve desenvolvido por meio de verificaes de campo, com nfase na investigao da utilizao dos diversos ambientes pela fauna. A tcnica de captura, marcao, soltura e recaptura para os mamferos, o meio tradicionalmente utilizado para o acompanhamento dos deslocamentos de fauna, sendo indicado aqui como mtodo principal dessa parte do monitoramento. Este programa deve ter incio um ano antes da implantao do empreendimento, em campanhas bimestrais na ADA e AID. Na fase da implantao, a ID deve ser inventariada em, oito campanhas de campo, completando dois ciclos anuais, sendo quatro campanhas por ano. Na fase de operao, esse esforo pode ser reduzido metade com prolongamento das atividades por tempo que seja necessrio para a adequao dos sistemas de conservao.

9.2.2 - Monitoramento e conservao da avifauna


Justificativa Programas de monitoramento justificam-se como ferramentas importantes para se conhecer melhor a estrutura das comunidades locais e das possveis interferncias da implementao do empreendimento sobre o meio ambiente. A avifauna representa um grupo taxonmico importante em estudos ambientais. Isso se deve ao fato de que as aves so relativamente fceis e rpidas de inventariar, apresentando forte associao e especializao aos habitats onde vivem, o que permite uma anlise rpida e consistente da qualidade dos ambientes.

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Certamente, os resultados desse programa sero de extrema importncia para um conhecimento das aves da regio do empreendimento e, conseqentemente, da regio sul do Espinhao.

Objetivo O objetivo do programa verificar os impactos que a implantao e operao do empreendimento possam causar comunidade de aves, acompanhando seu desenvolvimento ao longo das diversas fases do empreendimento e indicando medidas que minimizem os efeitos identificados.

Metodologia Para estimar os parmetros ecolgicos das comunidades, sero realizados censos quantitativos, atravs do mtodo da listagem das 10 primeiras espcies e qualitativos, por intermdio de transectos e pontos de escuta. O mtodo da listagem das 10 primeiras espcies vem sendo empregado com sucesso em avaliaes ecolgicas rpidas para medir a suficincia do esforo amostral. Nessa metodologia, grupos de 10 espcies, observadas em seqncia, so reunidos em microlistas consecutivas. Essas microlistas so repetidas durante todo o tempo de amostragem, resultando diversas microlistas que, somadas, renem a totalidade de espcies registradas. Durante a amostragem qualitativa, sero anotadas todas as espcies observadas ou ouvidas, juntamente com os ambientes onde ocorrem. Caso a identificao imediata da espcie no seja possvel, ser gravada sua vocalizao para posterior comparao e identificao. Este programa ter incio um ano antes da implantao do empreendimento, em duas campanhas sendo uma no pico reprodutivo das aves na regio, ente setembro e janeiro. Na fase de implantao dever ser mantida esta periodicidade, bem como na de operao, at que o sistema seja considerado equilibrado.

9.2.3 - Programa de monitoramento da herpetofauna


Justificativa Durante o processo de implantao do empreendimento, ambientes propcios para a ocorrncia de anfbios e rpteis sero suprimidos ou fragmentados. Assim, torna-se importante que se faa o monitoramento da herpetofauna nas reas de influncia do empreendimento com a finalidade de se verificar as condies de adaptao das populaes de rpteis e anfbios da regio, frente nova composio ambiental. A partir desse monitoramento dever ser avaliada a necessidade de um programa de manejo para populaes particulares, como o Physalaemus sp., provvel nova espcie, visando fornecer indcios sobre o status de suas populaes na regio e indicar possveis aes de manejo.

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Objetivos - Avaliar a condio de adaptao da herpetofauna diante das alteraes ambientais geradas pelo empreendimento. - Avaliar a composio da herpetofauna, visando complementar as informaes apresentadas em estudos anteriores. - Avaliar a necessidade de um plano de manejo para txons especficos como o Physalaemus sp..

Metodologia Amostragem por pontos O registro da ocorrncia de espcies de rpteis dever ser realizado sistematicamente no perodo diurno e noturno atravs da procura ativa em cada ponto de amostragem (em terra e/ou corpos d gua). Alternativamente o mtodo amostragem de estradas ( Road Sampling (Fitch, 1987) tambm dever ser utilizado. ) Os indivduos cuja identificao em campo no for possvel sero capturados e mortos em lcool 40%, fixados em formalina 10%, conservados em lcool 70% e depositados como material testemunho em coleo cientfica de referncia, onde podero ser comparados com outros exemplares para a confirmao de sua posio taxonmica. Para avaliar a suficincia dos pontos de amostragens dever ser apresentada a curva espcie x rea (curva do coletor) onde o nmero de pontos ser tomado como suficiente caso a curva atinja um plat. Armadilhas de queda Devero ser instaladas armadilhas de queda (baldes de 20L enterrados no solo) com cercas de direcionamento (lona preta). As armadilhas ficaro abertas durante todo o perodo de estudo sendo vasculhadas durante as primeiras horas da manh e durante o final da tarde para a coleta e/ou retirada dos animais. Os anfbios e lagartos capturados devero ser marcados pelo mtodo de amputao de falange distal (Weichman, 1992). Para a marcao de serpentes dever ser utilizado o mtodo de corte de escamas. Apenas os animais capturados por intermdio das armadilhas de queda devero ser marcados, sendo soltos logo a seguir. As campanhas de campo devero ser bimestrais, com incio em perodo anterior ao incio das obras, se estendendo por um ano e meio aps o incio da operao do empreendimento ou at que os resultados sejam considerados suficientes.

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9.2.4 - Monitoramento da ictiofauna


Justificativa O monitoramento consiste num conjunto de levantamentos conduzidos com o objetivo de se avaliar o grau de variabilidade apresentado por determinada populao ou comunidade em relao a um modelo ou padro pr-determinado (produo secundria, tamanho populacional, rendimento pesqueiro, relao de espcies, diversidade, etc...). Est implcito, portanto, que este deve ser elaborado com base em informaes prvias sobre o assunto a ser monitorado e no constitui em um fim em si mesmo. Um programa de monitoramento pode ser implantado por razes diversas, mas geralmente atende o propsito de (1) avaliar a eficcia de uma medida de manejo (ex: repovoamento, fiscalizao, controle de macrfitas); (2) identificar situaes de uso incorreto da bacia ou da explorao de recursos naturais ( ex: limiares crticos de poluio, depleo de estoques pela pesca); (3) detectar alteraes incipientes resultantes de interaes complexas num ecossistema ou de natureza estocstica ( ex: alteraes resultantes de secas prolongadas, epidemias, quedas no cclicas de temperatura etc.). O monitoramento da ictiofauna visa tambm o atendimento s necessidades de conhecimento tcnico- cientfico e a formao de um banco de dados sobre a situao da ictiofauna, nas reas de influncia do empreendimento.

Objetivo Identificar e propor medidas de controle e minimizao dos impactos que o empreendimento possam causar na comunidade de peixes. Contribuir para o conhecimento da ictiofauna na regio.

Metodologia Para coleta de exemplares de peixes sero utilizadas amostragens quantitativa e qualitativa. Amostragem quantitativa - Devem ser usadas redes de emalhar (espera) com malhas: 1.5, 2, 2.5, 3, 3.5, 4, 5, e 6 cm entre ns adjacentes, com 10 metros de comprimento e altura de 1,60. - As redes devem ser armadas ao entardecer e retiradas na manh do dia seguinte, permanecendo expostas na coluna d gua por aproximadamente 12 horas. - Todos os exemplares coletados devem separados por estao de coleta e tamanho de malha, etiquetados e fixados em formalina 10%. - Em laboratrio devem ser transferidos para lcool 70%. Posteriormente sero determinados taxonomicamente, pesados e medidos.

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Amostragem qualitativa - Para as amostragens qualitativas sugere-se o uso de redes de arrasto tipo picar com malha de 10mm, rede arrasto de tela mosquiteira 2mm, peneiras e tarrafas. - Todos exemplares coletados devem ser separados por estao de coleta e fixados em formalina 10%. - Em laboratrio sero lavados e classificados taxonomicamente e quantificados, posteriormente transferidos para lcool 70%.

Anlise das capturas por unidade de esforo - CPUE em nmero e biomassa. - Os dados quantitativos da ictiofauna devem ser analisados atravs da captura por unidade de esforo - CPUE em nmero e biomassa, com base nos dados obtidos com redes de espera.

Anlise reprodutiva das espcies de peixes selecionados: - Em laboratrio, os exemplares das espcies selecionadas devem ser dissecados para determinao do sexo e diagnstico macroscpico dos estgios de maturao gonadal, sempre que necessrio est anlise ser confirmada atravs de microscpio e estreo - microscpio. - Os dados obtidos sero tabulados e expressos sob a forma de frequncia relativa e distribudos pelos estdios diagnosticados. Diversidade de espcies - O clculo da diversidade das espcies dever ser feito com os dados obtidos atravs da captura com redes de emalhar, utilizando-se o ndice de Shannon-Weaver.

Anlise de Similaridade A similaridade entre os pontos amostrados ser estimada atravs do ndice de Sorensen (Cn) para os dados quantitativos, conforme contido em MAGURRAN (1988): Com base em metodologia contida em VALENTIN (1995), sero construdas matrizes de similaridade a partir de valores destes ndices para os pontos amostrados qualitativamente. Estas sero ento utilizadas em uma anlise de agrupamentos para a confeco de dendogramas, empregando-se como mtodo de ligao associao mdia no balanceada (UPGMA).

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Anlise Estatstica - A comparao dos valores mdios das CPUE em nmero e biomassa e de s diversidade das espcies por locais e perodos de amostragem realizada atravs de anlise de varincia e, quando o modelo apresenta diferena significativa, deve ser utilizado o teste de Tuckey para definio das diferenas entre os pares. As amostragens devero iniciar um ano antes da implantao do empreendimento, em campanhas trimestrais por dois anos consecutivos, aps os quais ser reavaliada a necessidade de alterao.

9.3 - Programa de monitoramento dos impactos antrpicos


O estudo de impacto ambiental do meio socioeconmico identificou um grande nmero de aspectos ambientais que se traduzem em impactos, tais como: maior presso sobre os servios pblicos de sade, educao, saneamento bsico, segurana pblica e urbanizao; bem como o aumento dos nveis de rudos, poeira e vibraes. Conforme avaliado todos esses impactos negativos em conjunto possuem o potencial de reduzir acentuadamente a agradabilidadedos municpios afetos. Isto tem reflexos sociais e econmicos para a populao destes. Na hiptese de que os Programas que sero adotados para mitigar os potenciais impactos no estejam sendo eficazes, haveria uma deteriorao da qualidade dos servios pblicos essenciais e uma perda da qualidade scioambiental. O que geraria reflexos sobre a populao local e sobre o visitante/turista. Portanto, nesta hiptese tambm ocorreria uma perda econmica tanto para o setor pblico, que arcar com maiores demandas pelos servios diversos que realiza, como para a sociedade em geral, que perderia a condio favorvel para desenvolver a potencialidade turstica da regio. No sentido de monitorar os impactos diversos sobre a organizao social dos municpios afetos, a MMX, em conjunto as municipalidades e entidades parceiras, ir monitorar, a ocorrncia e a intensidade dos impactos indicados como passveis de ocorrer no Estudo de Impacto Ambiental. Dentre os parmetros a serem monitorados, sugerem-se: - incremento do consumo de gua; - incremento na venda de material de construo civil; - incremento de ocorrncias policiais; - incremento da demanda por servios hospitalares; - incremento na taxa de ocupao de pousadas e hotis; - incremento das condies de trafegabilidade, dentre outros;

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10 - CONCLUSO GERAL
Conforme pode ser verificado na avaliao de impactos, o empreendimento tem alto potencial de modificao do meio, seja em termos positivos ou negativos. Os quadros 10.1 a 10.3 a seguir apresentam um resumo da significncia dos impactos reais prognosticados para cada etapa do empreendimento. Estes quadros resumo indicam 14 impactos reais de ordem crtica, portanto impactos residuais no mitigveis, sujeitos a compensao prevista na Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000 (Lei do SNUC). Estes impactos crticos referem-se a: - Alterao fsica da paisagem; - Impactos sobre cavidades naturais subterrneas; - Reduo de ambientes por instalao da cava sul - Itapanhoacanga; - Reduo de ambientes por instalao da cava da serra do sapo-Ferrugem; - Fragmentao e perda de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico Ambiente Florestal; - Fragmentao e perda de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico Campos Rupestres; - Reduo de ambientes por instalao da cava sul - Itapanhoacanga; - Reduo de ambientes por instalao da cava da serra do Sapo-Ferrugem; - Fragmentao e perda de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico Ambiente Florestal; - Fragmentao e perda de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico Campos Rupestres; Por outro lado, ficam evidenciados 16 impactos reais positivos estratgicos, tanto na etapa de implantao quanto de operao, relacionados a gerao de empregos, aumento da renda e aumento de arrecadao, que se mostram de alta relevncia, e representam os aspectos positivos da relao custo-benefcio do empreendimento.

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QUADRO 10.1 - Resumo de avaliao de impacto real na etapa de implantao do empreendiment


ETAPA DE IMPLANTAO Aspecto/Impacto Ambiental MEIO FSICO Increm ento da renda decorrente das indenizaes Increm ento do setor de servios Increm ento no nvel de empregos Increm ento no nvel de renda Increm ento da arrecadao pblica Alterao das propriedades do solo Alterao do nvel de presso sonora Reduo na abundncia populacional atravs do atropelam ento de indivduos nas vias de trfego Aumento da atividade predatria sobre as populaes de serpentes Mortandade e extino local de peixes Dim inuio da abundncia de espcies de peixes em funo do assoream ento dos crregos Expectativa dos superficirios quanto aos processos de negociao Perda de empregos no setor primrio Incm odos a populao em funo do incremento do nvel de rudos Induo a processos erosivos Assoream ento de cursos d gua Alterao da qualidade da gua Alterao da qualidade do ar Reduo de ambientes para formao da barragem de rejeitos Media Media Muito alta Muito alta Muito alta Media Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Mdia Media Media Media Mdia Local Local Global Global Global Pontual Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Marginal Relevante Direta e indireta Direta e indireta Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia

Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta

Desprezvel Direta e indireta Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Direta Direta Direta Direta Direta

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Continuao

ETAPA DE IMPLANTAO Aspecto/Impacto Ambiental Reduo de ambiente para instalao da rea industrial Perda de habitats para a fauna pela supresso de ambientes Reduo da diversidade causada pela fuga de espcies mais sensveis da fauna Induo de fluxos migratrios Impacto sobre a potencialidade turstica Incremento do trfego de veculos Incmodos oriundos da disperso de material particulado em suspenso (poeira) Incremento da circulao de pessoas em decorrncia da implantao do empreendimento Presso sobre equipamentos e servios pblicos Incremento da criminalidade na regio Valorizao imobiliria Alterao fsica da paisagem MEIO BITICO Reduo na abundncia populacional atravs do atropelamento de indivduos nas vias de trfego Aumento da atividade predatria sobre as populaes de serpentes Mortandade e extino local de peixes Diminuio da abundncia de espcies de peixes em funo do assoreamento dos crregos Reduo de ambientes para formao da barragem de rejeitos Reduo de ambiente para instalao da rea industrial Perda de habitats para a fauna pela supresso de ambientes Reduo da diversidade causada pela fuga de espcies mais sensveis da fauna Baixa Baixa Baixa Baixa Mdia Mdia Mdia Mdia Local Local Local Local Local Local Local Local Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Marginal Marginal Marginal Marginal Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta e indireta Direta Intensidade Mdia Mdia Mdia Mdia Media Media Media Media Media Media Media Alta Abrangncia Local Local Local Regional Local Regional Local Local Regional Regional Regional Pontual Significncia Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Critica Incidncia Direta Direta e indireta Direta Direta e indireta Direta Direta Direta e indireta Direta Direta e indireta Indireta Indireta Direta

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Continuao

ETAPA DE IMPLANTAO Aspecto/Impacto Ambiental MEIO ANTRPICO Increm ento da renda decorrente das indenizaes Increm ento do setor de servios Increm ento no nvel de empregos Increm ento no nvel de renda Increm ento da arrecadao pblica Expectativa dos superficirios quanto aos processos de negociao Perda de empregos no setor primrio Incm odos a populao em funo do incremento do nvel de rudos Induo de fluxos migratrios Impacto sobre a potencialidade turstica Increm ento do trfego de veculos Incm odos oriundos da disperso de m aterial particulado em suspenso (poeira) Increm ento da circulao de pessoas em decorrncia da implantao do empreendimento Presso sobre equipam entos e servios pblicos Increm ento da crim inalidade na regio Valorizao im obiliria Media Media Muito alta Muito alta Muito alta Baixa Baixa Baixa Mdia Media Media Media Media Media Media Media Local Local Global Global Global Local Local Local Regional Local Regional Local Local Regional Regional Regional Marginal Relevante Direta e indireta Direta e indireta Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia

Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Desprezvel Desprezvel Direta Direta

Desprezvel Direta e indireta Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Direta e indireta Direta Direta Direta e indireta Direta Direta e indireta Indireta Indireta

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QUADRO 10.2 - Resumo de avaliao de impacto real na etapa de operao do empreendimento


ETAPA DE OPERAO Aspecto/Impacto Ambiental MEIO FSICO Alterao da cobertura vegetal m arginal barragem de rejeito Increm ento no ndice de Desenvolvim ento Humano Increm ento da balana com ercial brasileira Increm ento no nvel de empregos Increm ento no nvel de renda Increm ento da arrecadao pblica Alterao do perfil econm ico Impacto sobre a atividade turstica Alterao da dinm ica hdrica - situao 1 Alterao da dinm ica hdrica - situao 2 Reduo do m etabolism o vegetal pela deposio de poeira Reduo na abundncia populacional atravs do atropelam ento de indivduos nas vias de trfego Aumento da atividade predatria sobre as populaes de serpentes Mortandade e extino local de peixes pela alterao da qualidade da gua Reduo da potencialidade de gerao de energia eltrica Reduo da disponibilidade de gua outorgvel Induo a processos erosivos Assoream ento de cursos d gua Alterao da qualidade da gua Alterao das propriedades do solo Alterao da qualidade do ar Alterao do nvel de presso sonora Baixa Alta Mdia Muito alta Alta Alta Muito alta Muito alta Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Mdia Mdia Media Media Media Media Media Media Local Regional Global Global Global Global Regional Regional Local Regional Local Local Local Regional Regional Regional Local Local Local Local Local Local Desprezvel Relevante Relevante Direta Direta e indireta Direta e indireta Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia

Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta

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ETAPA DE OPERAO Aspecto/Impacto Ambiental MEIO FSICO Reduo de ambientes para o alteam ento da barragem de rejeitos Reduo de ambientes por instalao da cava norte Itapanhoacanga Reduo de ambientes para formao de pilha de estril em Itapanhoacanga Reduo de ambientes por instalao da pilha de estril da cava da serra do Sapo-Ferrugem Interferncias sobre os processos biolgicos Reduo da diversidade causada pela fuga de espcies m ais sensveis da fauna Fragm entao de reas lim itando o potencial de disperso de indivduos da herpetofauna, resultando no isolam ento de populaes e depresso endogm ica Alterao das comunidades dependentes das guas das nascentes em funo da alterao da dinmica hdrica com reduo de vazo e alterao da qualidade da gua Alterao da cultura local Impacto sobre a potencialidade turstica Presso sobre os equipam entos e servios pblicos Impacto potencial sobre a qualidade ambiental - gerao de m aterial particulado, rudos e vibraes Alterao fsica da paisagem Impactos sobre cavidades naturais subterrneas Reduo de ambientes por instalao da cava sul Itapanhoacanga Reduo de ambientes por instalao da cava da serra do sapo-Ferrugem Mdia Mdia Mdia Mdia Mdia Mdia Mdia Local Local Local Local Regional Local Local Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia

Mdia Mdia Mdia Mdia Mdia Alta Muito alta Alta Alta

Local Local Local Regional Local Pontual Pontual Local Regional

Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Critica Critica Critica Critica

Direta Direta e indireta Direta e indireta Direta e indireta Direta e indireta Direta Direta Direta Direta

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ETAPA DE OPERAO Aspecto/Impacto Ambiental MEIO FSICO Fragm entao e perda de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico - Ambiente Florestal Fragm entao e perda de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico - Campos Rupestres Impacto sobre a paisagem MEIO BITICO Alterao da cobertura vegetal m arginal barragem de rejeito Reduo do m etabolism o vegetal pela deposio de poeira Reduo na abundncia populacional atravs do atropelam ento de indivduos nas vias de trfego Aumento da atividade predatria sobre as populaes de serpentes Mortandade e extino local de peixes pela alterao da qualidade da gua Reduo da potencialidade de gerao de energia eltrica Reduo da disponibilidade de gua outorgvel Reduo de ambientes para o alteam ento da barragem de rejeitos Reduo de ambientes por instalao da cava norte Itapanhoacanga Reduo de ambientes para formao de pilha de estril em Itapanhoacanga Reduo de ambientes por instalao da pilha de estril da cava da serra do Sapo-Ferrugem Interferncias sobre os processos biolgicos Reduo da diversidade causada pela fuga de espcies m ais sensveis da fauna Baixa Baixa Baixa Baixa Baixa Mdia Mdia Mdia Mdia Mdia Mdia Mdia Mdia Local Local Local Local Regional Regional Regional Local Local Local Local Regional Local Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Desprezvel Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Direta Alta Alta Alta Regional Regional Local Critica Critica Critica Direta Indireta Direta Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia

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ETAPA DE OPERAO Aspecto/Impacto Ambiental MEIO FSICO Fragm entao de reas lim itando o potencial de disperso de indivduos da herpetofauna, resultando no isolam ento de populaes e depresso endogm ica Alterao das comunidades dependentes das guas das nascentes em funo da alterao da dinmica hdrica com reduo de vazo e alterao da qualidade da gua Reduo de ambientes por instalao da cava sul Itapanhoacanga Reduo de ambientes por instalao da cava da serra do sapo-Ferrugem Fragm entao e perda de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico - Ambiente Florestal Fragm entao e perda de conectividade de habitats, reduo do fluxo gnico - Campos Rupestres MEIO ANTRPICO Increm ento da balana com ercial brasileira Increm ento no ndice de Desenvolvim ento Humano Increm ento no nvel de empregos Increm ento no nvel de renda Increm ento da arrecadao pblica Alterao do perfil econm ico Impacto sobre a atividade turstica Alterao da cultura local Impacto sobre a potencialidade turstica Presso sobre os equipamentos e servios pblicos Impacto potencial sobre a qualidade ambiental - gerao de m aterial particulado, rudos e vibraes Impacto sobre a paisagem Mdia Alta Muito alta Alta Alta Muito alta Muito alta Mdia Mdia Mdia Mdia Alta Global Regional Global Global Global Regional Regional Local Local Regional Local Local Relevante Relevante Direta e indireta Direta e indireta Mdia Local Marginal Direta Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia

Mdia Alta Alta Alta Alta

Local Local Regional Regional Regional

Marginal Critica Critica Critica Critica

Direta Direta Direta Direta Indireta

Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Estratgica Direta e indireta Marginal Marginal Marginal Marginal Critica Direta e indireta Direta e indireta Direta e indireta Direta e indireta Direta

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QUADRO 10.3 - Resumo de avaliao de impacto real na etapa de desativao do empreendiment


ETAPA DE DESATIVAO Aspecto/Impacto Ambiental MEIO FSICO Reduo induo dos processos erosivos Reduo da possibilidade de assoream ento de cursos d gua Alterao da qualidade do ar Recolonizao faunstica das reas degradadas Reduo do nvel de presso sobre os servios e equipamentos pblicos Aumento da cobertura vegetal nativa Alterao da qualidade das guas Alterao das comunidades dependentes das guas das nascentes em funo do novo aqufero e nova condio de disponibilidade de gua para as nascentes Perda de produo agropecuria devido reduo de vazo e/ou supresso de nascentes Increm ento do nvel de empregos para realizar o desmonte das estruturas e os trabalhos de recuperao de reas degradadas Recuperao da Dinm ica Hidrulica Subterrnea e Superficial Alterao fsica da paisagem Reduo do nvel de emprego, da renda e da arrecadao pblica MEIO BITICO Recolonizao faunstica das reas degradadas Aumento da cobertura vegetal nativa Alterao das comunidades dependentes das guas das nascentes em funo do novo aqufero e nova condio de disponibilidade de gua para as nascentes Mdia Alta Mdia Local Local Local Marginal Critica Marginal Direta Direta Direta Media Media Media Mdia Mdia Alta Baixa Mdia Mdia Mdia Alta Alta Alta Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Local Pontual Regional Marginal Marginal Marginal Marginal Marginal Critica Desprezvel Marginal Marginal Marginal Critica Critica Critica Direta Direta Direta Direta Direta e indireta Direta Direta Direta Direta Direta e indireta Direta Direta Direta e indireta Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia

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ETAPA DE OPERAO Aspecto/Impacto Ambiental MEIO FSICO MEIO ANTRPICO Reduo do nvel de presso sobre os servios e equipamentos pblicos Perda de produo agropecuria devido reduo de vazo e/ou supresso de nascentes Increm ento do nvel de empregos para realizar o desmonte das estruturas e os trabalhos de recuperao de reas degradadas Reduo do nvel de emprego, da renda e da arrecadao pblica Mdia Mdia Mdia Alta Local Local Local Regional Marginal Marginal Marginal Critica Direta e indireta Direta Direta e indireta Direta e indireta Intensidade Abrangncia Significncia Incidncia

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ALMEIDA - ABREU, P. A.; QUINTO, N. H.; ROLIM, V. K.; ABREU, F. R. & MAGALHES, P. M. (1988) - "Tectnica de nappes na regio de Ouro Fino, Conceio do Mato Dentro, Minas Gerais". Rev. Bras. Geoc. 18: 141-148, So Paulo. ALMEIDA - ABREU, P. A.; QUINTO, N. H.; ROLIM, V. K.; ABREU, F. R. & MAGALHES, P. M. (1988) - "Tectnica de nappes na regio de Ouro Fino, Conceio do Mato Dentro, Minas Gerais". Rev. Bras. Geoc. 18: 141-148, So Paulo. ALMEIDA-ABREU, P.A. & RENGER, F.E. (2002). Serra do Espinhao Meridional: Um Orgeno de Coliso do Mesoproterozico, Revista Brasileira de Geocincias; 32(1):1-14. ALMEIDA-ABREU, P.A. & RENGER, F.E. (2002). Serra do Espinhao Meridional: Um Orgeno de Coliso do Mesoproterozico, Revista Brasileira de Geocincias; 32(1):1-14. ALVES, C. B. M., V. VONO, AND F. VIEIRA. 1999. Presence of the walking catfish Clarias gariepinus (Bruchell) (Siluriformes, Clariidae) in Minas Gerais State hydrographic basins. Revta. Bras. Zool., 16(1):259-263. ANDRADE LIMA, D. 1966. A vegetao, in Atlas Nacional do Brasil. Inst. Brasil. Geogr. e Est. (IBGE). Cons. Nac. Geogr. ANTUNES, F. Z. 1986. Caracterizao climtica do estado de Minas Gerais. Informtica Agropecuria 12: 9-13. ASSIS, L. C. & MARINI, O. J. (1983) - "Contribuio a controvrsia da correlao Espinhao-Minas". II Simp. Geol. Minas Gerais, Anais, pp. 361-375, Belo Horizonte. ASSIS, L. C. & MARINI, O. J. (1983) - "Contribuio a controvrsia da correlao Espinhao-Minas". II Simp. Geol. Minas Gerais, Anais, pp. 361-375, Belo Horizonte. ASSIS, L. C. (1982) - "Estratigrafia, tectnica e potencialidade mineral das unidades pr-cambrianas da regio do Serro, Minas Gerais (Quadricula de Mato Grosso)". UnB, Tese mestrado, 149 pp., Braslia. ASSIS, L. C. (1982) - "Estratigrafia, tectnica e potencialidade mineral das unidades pr-cambrianas da regio do Serro, Minas Gerais (Quadricula de Mato Grosso)". UnB, Tese mestrado, 149 pp., Braslia. ASSUMPO, M.; MRZA, V.; BARROS, L.; CHIMPLIGANOND, C.; SOARES, J.E.; CARVALHO, J.; CAIXETA, D.; AMORIM, A. & CABRAL, E., 2002. Reservoirinduced Seismicity in Brazil, Pure Appl. Geophys., 159: 597-617. ASSUMPO, M.; MRZA, V.; BARROS, L.; CHIMPLIGANOND, C.; SOARES, J.E.; CARVALHO, J.; CAIXETA, D.; AMORIM, A. & CABRAL, E., 2002. Reservoirinduced Seismicity in Brazil, Pure Appl. Geophys., 159: 597-617.

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CENTRO DE DOCUMENTAO ELOY FERREIRA DA SILVA -

Comunidades

Quilombolas

de

Minas

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VELOSO, J. A.; ASSUMPO, M.; CARVALHO, J.; BARBOSA, J.R.; FONTENELE, D.; BASSINE, A.; GOMES, I.P.; BLUM, M. & RIBEIRO, R.K. 1990. Sismicidade recente nos estados de Minas Gerais e Bahia. In: WORKSHOP SI NEOTECT. E SEDIM. CONT. CENOZ. NO SE BRAS., 1, Belo Horizonte, 1990. Anais SBG-MG, 1992. Bol. SBG-MG, (1 l):57-61. VERSIEUX, L. M. 2005. Bromeliceas de Minas Gerais: catlogo, distribuio geogrfica e conservao. Dissertao de Mestrado, Museu Nacional, UFRJ, Rio de Janeiro. VIANA, P. L. 2004. Contribuio para o conhecimento das Poaceae do Parque Estadual do Rio Preto, MG. Dissertao de Mestrado, Departamento de Botnica, UFMG, Belo Horizonte. VIEIRA F. & ALVES, B. M. 2001. Threatened fishes fo the world: Henochilus wheatlandii Garman, 1890 (Characidae). Environmental Biology of Fishes, 62: 414. VILELA, O. V. & SANTOS, O. M. (1983) - "Dados preliminares sobre o depsito de minrio de ferro da Serra da Serpentina, Minas Gerais". II Simp. Geol. Minas Gerais, Anais, pp. 333-346, B. Horizonte. VILELA, O. V. & SANTOS, O. M. (1983) - "Dados preliminares sobre o depsito de minrio de ferro da Serra da Serpentina, Minas Gerais". II Simp. Geol. Minas Gerais, Anais, pp. 333-346, B. Horizonte. VIVO, M. & CARMIGNOTTO, A. P. 2004. Holocene vegetation change and the mammal faunas of South Amrica and frica. Journal of Biogeography 31: 943957. VON SPIX, J. B.; VON MARTIUS, K. F. P. Viagem pelo Brasil. Rio de Janeiro: Impr. Nacional, 1938. 1v. p. 92-3. WAICHMAN, A.V. 1992. An alphanumeric code for toe-clipping amphibians and reptiles. Herpetol. Rev. 23:19-21. WESKLER, M. & BONVICINO, C. R. 2005. Taxonomy of pigmy rice rats genus Oligoryzomys Bangs, 1900 (Rodentia, Sigmodontinae) of the Brazilian Cerrado, with the description of two new species. Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, 63: 113-130. WILLIS, E. O. E ONIKI, Y. 1991. Avifaunal transects across the open zones of northern Minas Gerais, Brazil. Ararajuba, Rio de Janeiro 2(1): 41-58. WOODRUFF, D. S. 2001. Declines of biomes and biotas and the future of evolution. PNAS. 98: 5471-5476. WOOTTON R. J. 1992. Fish Ecology. 1 edition. Chapman and Hall, New York. WOOTTON R. J. 1999. Ecology of teleost fishes. 1 edition. Kluwer Academic Publishers, Dordrecht, The Netherland

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ANEXOS

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ANEXO 01 - DESENHOS
SISTEMA MINAS RIO PLANTA PARA TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE PROCESSO BRITAGEM / PENEIRAMENTO PROJETO BSICO
ESCALA: N MMX REV.

ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

DATA

ANF IOS EDER FVP

15/01/07 15/01/07 15/01/07 15/01/07

0000-03-001

S/E

N PROJ.

493-03-0000-323-001

1109

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

DATA

ANF IOS EDER CHCV

22/11/06 22/11/06 22/11/06 22/11/06

SISTEMA MINAS RIO PLANTA PARA TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE PROCESSO SISTEMAS DE PRENSA DE ROLOS PROJETO BSICO
ESCALA: N MMX REV.

0000-03-002
N PROJ.

S/E

493-03-0000-323-002

10

MM
ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

DATA

ANF IOS EDER CHCV

22/11/06 22/11/06 22/11/06 22/11/06

SISTEMA MINAS RIO PLANTA PARA TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE PROCESSO MOAGEM PRIMRIA PROJETO BSICO
ESCALA: N MMX N PROJ.

0000-03-003 493-03-0000-323-003

REV.

S/E

10

1110

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

MM
ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

DATA

ANF IOS EDER CHCV

22/11/06 22/11/06 22/11/06 22/11/06

SISTEMA MINAS RIO PLANTA PARA TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE PROCESSO C/ BALANO DE MASSAS PROJETO BSICO
ESCALA: N MMX N PROJ.

0000-03-004 493-03-0000-323-004

REV.

S/E

ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

SISTEMA MINAS RIO PLANTA PARA TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE PROCESSO
DATA

ANF IOS EDER CHCV

22/11/06 22/11/06 22/11/06 22/11/06


ESCALA:

PROJETO BSICO
N MMX N PROJ.

0000-03-005 493-03-0000-323-005

REV.

S/E

10

1111

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

MM
ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

SISTEMA MINAS RIO PLANTA PARA TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE PROCESSO
DATA

ANF MEG EDER CHCV

22/11/06 22/11/06 22/11/06 22/11/06


ESCALA:

PROJETO BSICO
N MMX N PROJ.

0000-03-007 493-03-0000-323-007

REV.

S/E

11

MM
ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

DATA

ANF IOS EDER CHCV

10/01/07 10/01/07 10/01/07 10/01/07

SISTEMA MINAS RIO PLANTA PARA TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE PROCESSO REMOAGEM PROJETO BSICO
ESCALA: N MMX N PROJ.

0000-03-009 493-03-0000-323-009

REV.

S/E

1112

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

MM
ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

DATA

ANF MEG EDER CHCV

22/11/06 22/11/06 22/11/06 22/11/06

SISTEMA MINAS RIO PLANTA PARA TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE PROCESSO FLOTAO EM COLUNAS PROJETO BSICO
ESCALA: N MMX REV.

0000-03-006
N PROJ.

S/E

493-03-0000-323-006

10

ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

DATA

ANF IOS EDER FVP

02/03/07 02/03/07 02/03/07 02/03/07

SISTEMA MINAS RIO PLANTA P/ TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE REAGENTES AMIDO / SODA PROJETO BSICO
ESCALA: N MMX N PROJ.

0718-03-003 493-03-0718-323-003

REV.

S/E

1113

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

MM
ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

DATA

ANF IOS EDER FVP

16/03/07 16/03/07 16/03/07 16/03/07

SISTEMA MINAS RIO PLANTA P/ TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE REAGENTES CO 2 PROJETO BSICO
ESCALA: N MMX N PROJ.

0417-03-004 493-03-0417-323-004

REV.

S/E

MM
ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

SISTEMA MINAS RIO PLANTA P/ TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE REAGENTES AMINA PROJETO BSICO
ESCALA: N MMX N PROJ.

DATA

ANF IOS EDER FVP

02/03/07 02/03/07 02/03/07 02/03/07

0718-03-002

REV.

S/E

1114

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

MM
ECM S.A.
RESPONSVEL
PROJ. DES. VERIF. APROV.

SISTEMA MINAS RIO PLANTA P/ TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO - 24,5 MTPA FLUXOGRAMA DE REAGENTES FLOCULANTES PROJETO BSICO
ESCALA: N MMX N PROJ. REV.

DATA

ANF IOS EDER FVP

16/03/07 16/03/07 16/03/07 16/03/07

S/E

TTULO

MAPA GEOLGICO LOCAL SERRA DO SAPO - SERRA DE ITAPANHOACANGA

PROJETO

EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO

EMPRESA

MMX - MINERAO E METLICOS


LOCAL / REA

CONCEIO DO MATO DENTRO ALVORADA DE MINAS - MG


ELABORAO DESENHISTA DATA REVISO N ARTICULAO DESENHO N

VASSILY KHOURY ROLIM


FONTE

VASSILY KHOURY ROLIM


ARQUIVO

SET./06
FORMATO

00
ESCALA

1/1
PROJEO

--

1MMXM002-1-CA-DAM-0002

A0

1:25000

UTM

1115

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

TTULO

MAPA GEOMORFOLGICO E DE FRAGILIDADE DO TERRENO


PROJETO

EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO
EMPRESA

MMX - MINERAO E METLICOS


LOCAL / REA

CONCEIO DO MATO DENTRO ALVORADA DE MINAS - MG


ELABORAO DESENHISTA DATA REVISO N ARTICULAO DESENHO N

VASSILY KHOURY ROLIM


FONTE

VASSILY KHOURY ROLIM


ARQUIVO

SET./06
FORMATO

00
ESCALA

1/1
PROJEO

--

1MMXM002-1-CA-DAM-0003

A0

1:25000

UTM

1116

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

1117

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

PROJETO ITAPANHOACANGA

1118

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

MINERAO METLICA S.A. SERRA DO SAPO PLANO DE LAVRA - ANO 5 - DISPOSIO DE ESTREIS FORA DA CAVA P4_SAPO_FORA_DA_CAVA.DWG 1:20.000

MINERAO METLICA S.A. SERRA DO SAPO PLANO DE LAVRA - ANO 10

P9_SAPO.DWG

1:20.000

1119

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

MINERAO METLICA S.A. SERRA DO SAPO PLANO DE LAVRA - ANO 11A 20

P13_SAPO.DWG

1:20.000

SISTEMA MINAS RIO

1120

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1121

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ANEXO 02 - CERTIFICADO DE MEDIO - QUALIDADE DO AR (PTS)

1122

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ANEXO 03 - CERTIFICADO DE MEDIO - NVEL DE PRESSO SONORA

1123

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ANEXO 04 - CERTIFICADOS DAS ANLISES GEOQUMICAS POR FLUORESCNCIA DE RAIOS-X E PLASMA

1124

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ANEXO 05 - PROJETO DE PEDIDO DE OUTORGA APRESENTADO AO IGAM

1125

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ANEXO 06 - CERTIFICADOS DE ANLISE - QUALIDADE FISICO-QUMICA DAS GUAS

1126

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ANEXO 07 - CERTIFICADOS DAS ANLISES FITOPLNCTNICAS ZOOPLNCTNICAS E BENTNICAS

1127

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ANEXO 08 - LISTA DE ESPCIES FLORSTICAS

1128

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Espcies observadas durante as duas campanhas nas reas de influncia da MMX em Conceio do M ato Dentro e Alvorada de Minas, Minas Gerais.
Famlia Anacardiaceae Annonaceae Annonaceae Annonaceae Annonaceae Annonaceae Annonaceae Annonaceae Apocynaceae Araceae Araliaceae Arecaceae Arecaceae Arecaceae Aspleniaceae Aspleniaceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Espcie Tapirira guianensis Guatteria sellowiana Rolinia silvatica Xylopia aromatica Xylopia brasiliensis Xylopia emarginata Xylopia sericea Mandevilla tenuifolia Anthurium minarum Schefflera vinosa Acrocomia aculeata Syagrus glaucescens Asplenium sp Asplenium triquetrum Achyrocline satureoides Acritopappus longifolius Ageratum conyzoides Baccharis dracunculifolia Baccharis salzmannii Baccharis sp. Baccharis vernonioides Dasyphyllum candolenum Eremanthus crotonoides Eremanthus erythropappus Eremanthus glomerulatus Eremanthus incanus Eremanthus polycephalus Gochnatia sp. Heterocondylus alatus Moquinea racemosa Piptocarpha tomentosa Porophyllum angustissimum Porophylluma lienaris Porophyllum sp. Pseudobrickelia brasiliensis Symphyopappus brasiliensis Trixis glutinosa capoeiro
1 2 1

Nome popular pau-pombo pindaba pindaba araticum pindaba pimenta-dem acaco pindaba pindaba do brejo pindaba

ambiente M,MP M M M VA,M,C M M,MP M VC VC

Guatteria vilosissima 1

m andioqueira m acaba jeriv

M,bM M,VA CQ M M M

Syagrus romanzoffiana

m acela m entrasto alecrim alecrim alecrim

Br,VA VC VA A,VA A,VA A bM VC C,VQ,VA

candeia candeia candeia candeia

C,M C.VC,VA C,VC,VA A A CQ VC M VC VC VC VC VC VC

1129

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

Continuao

Famlia Asteraceae Asteraceae Asteraceae Asteraceae Bignoniaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Blechnaceae Blechnaceae Blechnaceae Bombacaceae Bombacaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Brom eliaceae Burseraceae Cactaceae Cactaceae Cecropiaceae Cecropiaceae Celastraceae Clusiaceae Clusiaceae Cyatheaceae Cyatheaceae Cyatheaceae Cyatheaceae Cyperaceae Cyperaceae Cyperaceae Cyperaceae

Espcie Trixis waulthierii Vernonia polyanthes Wunderlichia mirabilis Wunderlichia sennae Jacaranda micrantha Pyrostegia venusta Sparatosperma leucanthum Tabebuia chrysotricha Tabebuia sp. Zeyehera tuberculosa Blechnum cordatum Blechnum polipodioides Salpiclaena volubile Eriotheca gracilipes Pseudobombax cf. rupestris Aechemea bromeliifolia Aechmea lamarckei Bilbergia zebrina Dyckia saxatilis Encholirium sp Encholirium subsecundum Tillandsia recurvata Tillandsia sp. Vriesea oligantha2 Vriesea minor Protium heptaphyllum Cipocereus minensis
1,2 1,2 2

Nome popular

ambiente VC

assa-peixe

VA CQ CQ

caroba cinco-folhas Ip am arelo ip-tabaco

M VC M VA, bM M M,VA M M M

embiruu da mata bromlia bromlia bromlia bromlia bromlia bromlia bromlia bromlia bromlia bromlia bromlia amesca cactos cactos embaba-branca embaba-form iga landi ruo Sam ambaiau sam ambaiau sam ambaiau

M VC Cultivada M M VC CQ CQ CQ VC M VC VC MP VC VC M M,VA VC.M M,MP M,bM M M M,MP M,MP CQ CQ

Orthophytum mello-barretoi2

Pilosocereus aurisetus Cecropia hololeuca

Cecropia pachystachia Maytenus gonoclada Calophyllum brasiliense Vismia magnolyophita Alsophhilla capnsis Cyathea corcovandesis Cyathea delgadii Cyathea rufa Bulbophyllum involutum Lagenocarpus rigidus Rhynchospora exaltata Scleria scabra

navalha de m acaco

M M

1130

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

Continuao

Famlia Dennstaedtiaceae Dryopteridaceae Ericaceae Erythroxylaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Fabaceae Flacourtiaceae

Espcie Lindisaea stricta Cyclodium menicioides Gaylussacia brasiliensis Erythroxyllum cf. daphnites Alchornea triplinervea Aparisthimum cordatum Croton migrans Croton urucurana Hyeronima alchornioides Mabea fistulifera Maprounea guianensis Pogonophora schckomburkiana Pera glabrata Phyllanthus roselus Phyllanthus klotzchianus Richeria grandis Sebastiania glandulosa Anadenanthera peregrina Apuleia leiocarpa Calliandra sp. Camptosema sp. Centrosema coriaceum Copaifera langsdorffii Dalbergia foliolosus Dalbergia nigra1 Deguelia hatschbachii Galactia martii Lonchocarpus guimellinanus Machaerium brasiliense Machaerium villosum Melanoxylon brauna
1

Nome popular

ambiente M MP VC VC

tipi adrago

M M VC, C

sangra d gua licurana canudo-de-pito leiteira gem a de ovo

M M M M M M VC CQ M

leiteirinha angico garapa

VC M M VC, CQ VC VC

pau de leo jacarand jacarand cavina pau balaio pau-balaio jacarand-de-sangue jacarand-t brana angico vassoura angiquinho vinhtico Jacarand canzil pau-jacar Angico vassoura camboat-verm elho barbatimo-da-m ata espeto-verm elho

VC,M M M M VC M M M M M VC VC M M M M M M M

Parapiptadenia contorta Periandra mediterranea Piptadenia sp. Platymenia foliolosa Platypodium elegans Piptadenia gonoacantha Pseudopiptadenia contorta Sclerolobium rugosum Stryphnodendron polyphyllum Casearia arborea

1131

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Continuao

Famlia Flacourtiaceae Flacourtiaceae Humiriaceae Icacinaceae Labiatae Labiatae Lacistem ataceae Lauraceae Lauraceae Lauraceae Lauraceae Lecythidaceae Lecythidaceae Lycopodiaceae Lythraceae Lythraceae Malpighiaceae Malpighiaceae Malpighiaceae Malpighiaceae Malvaceae Melastom ataceae Melastom ataceae Melastom ataceae Melastom ataceae Melastom ataceae Melastom ataceae Melastom ataceae Melastom ataceae Melastom ataceae Meliaceae Monimiaceae Moraceae Myrsinaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae

Espcie Casearia decandra Casearia sylvestris Humiria balsaminifera Emmotum nitens Eriope macrostachia Hyptidendron asperrimum Lacistema pubescens Nectandra oppositifolia Ocotea odorifera Ocotea sp. Persea sp. Cariniana estrellensis Cariniana legalis Lycopodiela cernua Cuphea sp. Lafoensia pacari Byrsonima sericea Heteropteris byrsonimifolia Peixotoa tomentosa Tetrapterys microphylla Pavonia viscosa Clidemnia cf. neglecta Leandra australis Leandra sp Miconia albicans Miconia cinnamomifolia Tibouchina candoleana Tibouchina cf. multiflora Tibouchina granulosa Trembleya parviflora Guarea guidonea Siparuna guianensis Ficus citrifolia Myrsine coriaceae Blepharocalyx salicifolius Eugenia cf. blastantha Eugenia hiemalis Eugenia puncifolia Eugenia sp.1 Eugenia sp.2 Marlierea clausseniana
1

Nome popular espeto erva-lagarto sobre cidreira do m ato canela bosta canela sassafrs canelas

ambiente M M,VA VC M VC M M M M M VC

jequitib-branco jequitib-rosa sam ambaia pacari murici

M M Br VC C M,VA M,Ca VC VC VC

m ixiriquinha

C Br C,A A,C,VC,CQ

murici-canudo quaresm eira quaresm eira taba nega-m ina gameleira pororoca

M M,A VC M bM M M M M VC M VC VC VC M M

1132

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

Continuao

Famlia Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Ochnaceae Oleaceae Onagraceae Orchidaceae Orchidaceae Orchidaceae Orchidaceae Orchidaceae Orchidaceae Orchidaceae Orchidaceae Orchidaceae Parm eliaceae Phytolaccaeae Piperaceae Piperaceae Piperaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae

Espcie Myrcia amazonica Myrcia cf. grandifolia Myrcia cf. jacobinensis Myrcia eriocalyx Myrcia fallax Myrcia guianensis Myrcia hebeclada Myrcia laruotteana Myrcia mutabilis Myrcia rufipes Myrcia splendens Myrciaria glanduliflora Pimenta pseudocaryophyllus Siphoneugena cf. kiaerskoviana Ouratea semiserrata Chionanthus crassifolius Ludwigia sp. Brassavola tuberculata Catasetum sp. Catleya bicolor Encyclia patens Epidendrum saxatilium Hoffmannseggella crispata Oncidium cf. macropetalum Pleurothallis teres Polystachya estrellensis Usnea sp. Microtea paniculata Piper aduncum Piper arboreum Piper sp. Ageratum fantigiatus Andropogon ingratus. Andropogon leucostachyus Arandinella hispida Aristida eckmaniana Aristida setifolia Aristida torta Arundinela hispida Aulonemia aristulata Axonopus capillaris

Nome popular goiabeira do m ato

ambiente M M VC VC

murta

M M M MP M

murta murta

M,VC M m,bM VC M VC VC

cruz-de-m alta orqudea orqudea orqudea orqudea orqudea orqudea orqudea orqudea orqudea lquen

Br cultivada cultivada M cultivada CQ VC,cultivada cultivada VC M,cultivada C,VC VC M M M VC VC

capim capim capim

VC,CQ Br,VA C CQ C,VC,CQ Br bM VC

1133

MMX - MINAS RIO MINERAO E LOGSTICA LTDA. - CONCEIO DO MATO DENTRO, ALVORADA DE MINAS E DOM JOAQUIM / MG EIA - LAVRA A CU ABERTO PARA PRODUO DE 56 MILHES DE TONELADAS POR ANO, TRATAMENTO DE MINRIO DE FERRO E INFRA-ESTRUTURA DE PRODUO - 1MMXM002-1-EA-EIA-0009

Continuao

Famlia Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Poaceae Polypodiaceae Polypodiaceae Polypodiaceae

Espcie Axonopus siccus Axonopus sp. Echinolaema inflexa Eragrostris rufescens Gymnopogon foliosus Homolepsis isocalycia Hymenachne pernambucence Hypogynum virgatum Ichnathus bambusiflorus Imperata brasiliensis Melinis minutiflora Merostachys cf. speciosa Merostachys ternata Panicum campestre Panicum molinioides
2

Nome popular

ambiente VC,CQ VC

capim

CQ,C CQ, VC VC, C, CQ M

capim -de-capivara capim sap capim m eloso taquara taquara capim capim capim capim capim capim Capim capim capim capim capim capim capim taquari capim capim capim capim capim capim capim capim capim capim braquiria capim de capivara sam ambaia sam ambaia

Br Br M Br VA,CQ M M,bM bM VC,CQ M M M Br VC Br M CQ VC VC VC M CQ CQ M VC VC Br VC A,BM VC Br VA VA,Br M M M

Panicum pantrichum Panicum penincilatum Panicum pilosum Panicum polygonatum Panicum pseudosachne Panicum schwacheanum Panicum sellowii Panicum sp.1 Panicum sp.2 Panicum subulatum Panicum wettsteinii Paradiolyra micrantha Paspalum hyalinum Paspalum poliphyllum Paspalum cf. pumilum Paspalum scalare Paspalum sp. Saccharum asperum Schizachyrium tenerum Schyzachyrium sanguineum Sporobolus metalicolous Steinchisma laxa Urochloa decumbens Zizaniopsis microstachya Micrograma squamulosa Pleopeltis angustus Polypodium hissuti

1134

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Continuao

Famlia Polypodiaceae Pteridaceae Pteridaceae Pteridaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rutaceae Rutaceae Sapindaceae Sapindaceae Sapindaceae Sapindaceae Sapindaceae Sapotaceae Schizeaceae Schizeaceae Sellaginellaceae Smilacaceae Solanaceae Theaceae Thelypteridaceae Thelypteridaceae Thelypteridaceae Thelypteridaceae Thelypteridaceae Tiliaceae Tiliaceae Typhaceae Velloziaceae Velloziaceae Velloziaceae Velloziaceae

Espcie Polypodium minarum Adiantum subcordatum Doryoperis lomariacea Ptyrograma calomelanos Amaioua intermedia Amaiuoa guianensis Coccocypselum lanceolatum Cordiera concolor Faramea ferruginea Palicourea marcgravii Psychotria deflexa Psychotria florestana Psychotria sp. Psylocarpus schwackeana Remijia ferruginea Simira oliveri Dyctioloma vandellianum Hortia arborea Cupania emarginata Cupania oblongifolia Cupania vernalis Serjania cf. gracilis Serjania sp. Micropholis cf. gnaphalocladis Lygodium venustum Lygodium voluble Selaginella muscosa Smilax cf. elasticus Schwenckia americana Ternstroemia brasiliensis Thelypteris ininterrupta Thelypteris longifolia Thelypteris opposita Thelypteris raddi Thelypteris subgineo Luehea divaricata Luehea grandifolia Typha angustifolia Barbacenia cf. delicatula Barbacenia sp1 Barbacenia sp2 Vellozia cf. glabra
1,2

Nome popular sam ambaia sam ambaia sam ambaia m arm elada m arm elada

ambiente VC M CQ M M M M VC VC

erva de rato erva de rato erva de rato

M M M M CQ VC

Folho anil para-tudo camboat camboat peludo camboat Timb

M M,Ca M M M M M,Ca M VC

sam ambaia sam ambaia japecanga

M M M VC VC VC

sam ambaia sam ambaia sam ambaia sam ambaia sam ambaia aoita-cavalo aoita-cavalo taboa

Br MP Br M M M M Br VC VC VC

canela de em a

VC,CQ

1135

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Continuao

Famlia Velloziaceae Velloziaceae Verbenaceae Verbenaceae Verbenaceae Verbenaceae Verbenaceae Vitaceae Vochysiaceae Vochysiaceae Zingiberaceae

Espcie Vellozia minima


2

Nome popular

ambiente VC

Vellozia sp. nov. Aegiphilla selowiana Lantana fucata Lippia elegans Lippia sidoides Starchytapheta glabra Cissus erosa Callisthene minor Qualea jundyai Hedychium coronarium
1,2

canela de em a papagaio

VC VC VA VC VC

gervo da serra uvinha

VC M, bM VC M

Maria-do-brejo

Br

1 2

Xyridaceae Xyris trachyphylla CQ Legenda: M:Mata; MP. Mata: paludosa; VC: vegetao sobre canga;CQ: campo sobre quartzito; VA: vegetao antrpica; A: arbustal: bM: borda de Mata: C: candeial; Br:Brejo

: espcie ameaada de extino : espcie considerada como endmica da serra do Espinhao

1136

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ANEXO 09 - LISTA DE ESPCIES DE AVES

1137

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Lista de espcies de aves registradas nas duas campanhas de campo


Txon Tinamiformes Huxley, 1872 Tinamidae Gray, 1840 Crypturellus parvirostris (Wagler, 1827) Crypturellus tataupa (Temminck, 1815) Rhynchotus rufescens (Temminck, 1815) Galliformes Linnaeus, 1758 Cracidae Rafinesque, 1815 Penelope superciliaris Temminck, 1815 Cathartiformes Seebohm, 1890 Cathartidae Lafresnaye, 1839 Cathartes aura (Linnaeus, 1758) Coragyps atratus (Bechstein, 1793) Falconiformes Bonaparte, 1831 Accipitridae Vigors, 1824 Ictinia plumbea (Gmelin, 1788) Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) Buteo albicaudatus Vieillot, 1816 Buteo albonotatus Kaup, 1847 Falconidae Leach, 1820 Ibycter americanus (Boddaert, 1783) gralho MM V Sovi gavio-carij gavio-de-rabo-branco gavio-de-rabo-barrado PT PT PT MC AE V V V V urubu-de-cabea-vermelha urubu-de-cabea-preta AE MM MC PT AE PT MM MC CR CD V V jacupemba MM V inhambu-choror inhambu-chint Perdiz MM MM MM BD A A A Nome em Portugus Ambiente Registro

Em capo

Em vo mesf dep

Em vo

1138

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Continuao

Txon Caracara plancus (Miller, 1777) Milvago chimachima (Vieillot, 1816) Falco sparverius Linnaeus, 1758 Gruiformes Bonaparte, 1854 Rallidae Rafinesque, 1815 Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) Cariamidae Bonaparte, 1850 Cariama cristata (Linnaeus, 1766) Charadriiformes Huxley, 1867 Charadrii Huxley, 1867 Charadriidae Leach, 1820 Vanellus chilensis (Molina, 1782) Columbiformes Latham, 1790 Columbidae Leach, 1820 Columbina talpacoti (Temminck, 1811) Columbina squammata (Lesson, 1831) Columba livia Gmelin, 1789 Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) Patagioenas cayennensis (Bonnaterre, 1792) Leptotila rufaxilla (Richard & Bernard, 1792) Psittaciformes Wagler, 1830 Psittacidae Rafinesque, 1815 Diopsittaca no bilis (Linnaeus, 1758)

Nome em Portugus caracar carrapateiro quiriquiri

Ambiente PT MC PT UR PT

Registro V VAG V

saracura-trs-potes

MC

seriema

MM BD CD PT

VAG

ambient

quero-quero

PT

rolinha-roxa fogo-apagou pombo-domstico pombo pomba-galega juriti-gemedeira

CR MM CD UR PT MM MM

V V V V V VAG

maracan-pequena

MM PT

Em v dorm

1139

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Aratinga leucophthalma (Statius Muller, 1776)

periquito-maracan

MM

1140

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Continuao

Txon Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) Cuculiformes Wagler, 1830 Cuculidae Leach, 1820 Cuculinae Leach, 1820 Piaya cayana (Linnaeus, 1766) Crotophaginae Swainson, 1837 Crotophaga ani Linnaeus, 1758 Guira guira (Gmelin, 1788) Neomorphinae Shelley, 1891 Tapera naevia (Linnaeus, 1766) Strigiformes Wagler, 1830 Tytonidae Mathews, 1912 Strigidae Leach, 1820 Megascops choliba (Vieillot, 1817) Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) Caprimulgiformes Ridgway, 1881 Steatornithidae Bonaparte, 1842 Nyctibiidae Chenu & Des Murs, 1851 Caprimulgidae Vigors, 1825 Nyctidromus albicollis (Gmelin, 1789) Caprimulgus parvulus Gould, 1837

Nome em Portugus tuim periquito-de-encontroamarelo maitaca-verde papagaio-verdadeiro

Ambiente PT MM MM MM

Registro V V V A

sobrevo

alma-de-gato anu-preto anu-branco saci

MM PT PT MM BD PT

V V V A

corujinha-do-mato cabur

UR MM

A A

bacurau bacurau-chint

PT PT

V V

1141

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Apodiformes Peters, 1940

1142

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Continuao

Txon Apodidae Olphe-Galliard, 1887 Cypseloides senex (Temminck, 1826) Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) Streptoprocne biscutata (Sclater, 1866) Trochilidae Vigors, 1825 Phaethornithinae Jardine, 1833 Phaethornis ruber (Linnaeus, 1758) Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) Trochilinae Vigors, 1825 Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) Colibri serrirostris (Vieillot, 1816) Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) Thalurania furcata (Gmelin, 1788) Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) Amazilia lactea (Lesson, 1832) Trogoniformes A. O. U., 1886 Trogonidae Lesson, 1828 Trogon surrucura Vieillot, 1817 Piciformes Meyer & Wolf, 1810 Capitonidae Bonaparte, 1838 Ramphastidae Vigors, 1825 Ramphastos toco Statius Muller, 1776 Picidae Leach, 1820

Nome em Portugus taperuu-velho taperuu-de-coleira-branca taperuu-de-coleira-falha

Ambiente CR AE MM AE MM CR

Registro V V V

rabo-branco-rubro rabo-branco-acanelado

MM MM

V V

beija-flor-tesoura beija-flor-de-orelha-violeta beija-flor-de-veste-preta beija-flor-tesoura-verde beija-flor-de-fronte-violeta beija-flor-de-banda-branca beija-flor-de-peito-azul

MC PT CR MM CD CD MM BD CD PT MM CD MM BD

V V V V V V V

surucu-variado

MM MC

VAG

tucanuu

MC

1143

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Continuao

Txon Picumnus cirratus Temminck, 1825 Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766) Colaptes campestris (Vieillot, 1818) Celeus flavescens (Gmelin, 1788) Passeriformes Linn, 1758 Tyranni Wetmore & Miller, 1926 Furnariida Sibley, Ahlquist & Monroe, 1988 Thamnophiloidea Swainson, 1824 Thamnophilidae Swainson, 1824 Mackenziaena severa (Lichtenstein, 1823) Sakesphorus cristatus (Wied, 1831) Thamnophilus caerulescens Vieillot, 1816 Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) Herpsilochmus atricapillus Pelzeln, 1868 Herpsilochmus ruf imarginatus (Temminck, 1822) Formicivora serrana Hellmayr, 1929 Pyriglena leucoptera (Vieillot, 1818) Conopophagidae Sclater & Salvin, 1873 Conopophaga lineata (Wied, 1831) Furnarioidea Gray, 1840 Scleruridae Swainson, 1827 Sclerurus scansor (Mntris, 1835) Dendrocolaptidae Gray, 1840

Nome em Portugus pica-pau-ano-barrado picapauzinho-ano pica-pau-do-campo pica-pau-de-cabea-amarela

Ambiente MM MM PT MC

Registro VAG V V VAG

borralhara choca-do-nordeste choca-da-mata choquinha-lisa chorozinho-de-chapu-preto chorozinho-de-asa-vermelha formigueiro-da-serra papa-taoca-do-sul chupa-dente

MM MM BD CD MM CD MM MM MC CD MM MC MM MM MC CD MM

VAG V AG A VAG V VAG VAG AG

em am cande

vira-folha

MM

VA

1144

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Continuao

Txon Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) Dendrocolaptes platyrostris Spix, 1825 Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) Lepidocolaptes squamatus (Lichtenstein, 1822) Furnariidae Gray, 1840 Furnarius figulus (Lichtenstein, 1823) Furnarius rufus (Gmelin, 1788) Synallaxis ruficapilla Vieillot, 1819 Synallaxis frontalis Pelzeln, 1859 Synallaxis albescens Temminck, 1823 Synallaxis spixi Sclater, 1856 Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) Phacellodomus rufifrons (Wied, 1821) Phacellodomus erythrophthalmus (Wied, 1821) Automolus leucophthalmus (Wied, 1821) Lochmias nematura (Lichtenstein, 1823) Xenops rutilans Temminck, 1821 Tyrannida Wetmore & Miller, 1926 Tyrannidae Vigors, 1825 Pipromorphinae Bonaparte, 1853 Mionectes rufiventr is Cabanis, 1846 Corythopis delalandi (Lesson, 1830) Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766)

Nome em Portugus arapau-verde arapau-grande arapau-rajado arapau-escamado

Ambiente MM MM MM MM

Registro VAG VAG VAG V

casaca-de-couro-da-lama joo-de-barro pichoror petrim u-pi joo-tenenm curuti joo-de-pau joo-botina-da-mata barranqueiro-de-olho-branco joo-porca bico-virado-carij

PT PT MM MM MM MM MC PT MC PT PT MM MC MM

V V AG VAG AG AG VA A A AG A VAG

mata c

abre-asa-de-cabea-cinza estalador ferreirinho-relgio

MC MM MM MC

V AG VAG

1145

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Elaeniinae Cabanis & Heine, 1856

1146

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Continuao

Txon Phyllomyias fasciatus (Thunberg, 1822) Myiopagis caniceps (Swainson, 1835) Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) Myiornis auricularis (Vieillot, 1818) Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) Fluvicolinae Swainson, 1832 Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788) Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) Knipolegus lophotes Boie, 1828 Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) Xolmis cinereus (Vieillot, 1816) Fluvicola nengeta (Linnaeus, 1766) Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) Colonia colonus (Vieillot, 1818) Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) Tyranninae Vigors, 1825 Myiozetetes similis (Spix, 1825) Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819

Nome em Portugus piolhinho guaracava-cinzenta guaracava-de-barrigaamarela risadinha miudinho bico-chato-de-orelha-preta bico-chato-amarelo filipe gibo-de-couro enferrujado guaracavuu maria-preta-de-penacho suiriri-pequeno primavera lavadeira-mascarada freirinha viuvinha suiriri-cavaleiro bentevizinho-de-penachovermelho bem-te-vi neinei suiriri

Ambiente MM MC MM CD MM MC MM MM MC MM MC CR MM PT MC MM CD PT PT BJ PT PT PT PT MC

Registro AG A AG VAG VAG AG VAG VAG V VAG VAG V V V V V V V

MC MM PT UR MM BD PT

V VAG VAG V

1147

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Continuao

Txon Tyrannus savana Vieillot, 1808 Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) Myiarchus ferox (Gmelin, 1789) Attila rufus (Vieillot, 1819) Pipridae Rafinesque, 1815 Neopelma pallescens (Lafresnaye, 1853) Ilicura militaris (Shaw & Nodder, 1809) Manacus manacus (Linnaeus, 1766) Chiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, 1793) Tityridae Gray, 1840 Schiffornis virescens (Lafresnaye, 1838) Pachyramphus polychopterus (Vieillot, 1818) Passeri Linn, 1758 Corvida Sibley, Ahlquist & Monroe, 1988 Vireonidae Swainson, 1837 Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) Vireo olivaceus (Linnaeus, 1766) Hylophilus poicilotis Temminck, 1822 Passerida Linn, 1758 Hirundinidae Rafinesque, 1815 Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) Progne tapera (Vieillot, 1817) Alopochelidon fucata (Temminck, 1822) Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) Troglodytidae Swainson, 1831

Nome em Portugus tesourinha gritador maria-cavaleira capito-de-sara fruxu-do-cerrado tangarazinho rendeira tangar flautim caneleiro-preto

Ambiente PT MM CR CD MM MM MM MC MM MM MC MC MM

Registro V AG VAG AG VAG VAG VAG VA A AG

pitiguari juruviara verdinho-coroado

MM MC MM MM MC CD

VAG A VAG

andorinha-de-sobre-branco andorinha-do-campo andorinha-morena andorinha-serradora

BJ CR PT PT CR PT PT

V V V V

1148

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Continuao

Txon Troglodytes musculus Naumann, 1823 Turdidae Rafinesque, 1815 Turdus rufiventris Vieillot, 1818 Turdus leucomelas Vieillot, 1818 Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 Turdus albicollis Vieillot, 1818 Mimidae Bonaparte, 1853 Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) Coerebidae d'Orbigny & Lafresnaye, 1838 Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) Thraupidae Cabanis, 1847 Schistochlamys melanopis (Latham, 1790) Schistochlamys ruficapillus (Vieillot, 1817) Neothraupis fasciata (Lichtenstein, 1823) Nemosia pileata (Boddaert, 1783) Trichothraupis melanops (Vieillot, 1818) Thraupis sayaca (Linnaeus, 1766) Tangara cyanoventris (Vieillot, 1819) Tangara cayana (Linnaeus, 1766) Tersina viridis (Illiger, 1811) Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) Cyanerpes cyaneus (Linnaeus, 1766) Hemithraupis guira (Linnaeus, 1766) Hemithraupis ruficapilla (Vieillot, 1818) Conirostrum speciosum (Temminck, 1824) Emberizidae Vigors, 1825

Nome em Portugus corrura sabi-laranjeira sabi-barranco sabi-poca sabi-coleira sabi-do-campo cambacica sanhau-de-coleira bico-de-veludo cigarra-do-campo sara-de-chapu-preto ti-de-topete sanhau-cinzento sara-douradinha sara-amarela sa-andorinha sa-azul sara-beija-flor sara-de-papo-preto sara-ferrugem figuinha-de-rabo-castanho

Ambiente MC CR MC PT MM BD MC PT MM PT MM MC PT PT MM MM MC PT UR MC CD PT MC PT MM BD MM BD MC CD PT MM BD PT MM MM MM BD

Registro VA V VAG V VA V VA V V V V VA V V V V V V V V V

EN (cerra

em ba

em band

1149

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Continuao

Txon Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) Ammodramus humeralis (Bosc, 1792) Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) Embernagra longicauda Strickland, 1844 Sporophila nigricollis (Vieillot, 1823) Coryphospingus pileatus (Wied, 1821) Cardinalidae Ridgway, 1901 Saltator similis d'Orbigny & Lafresnaye, 1837 Cyanocompsa brissonii (Lichtenstein, 1823) Parulidae Wetmore et al. 1947 Parula pitiayumi (Vieillot, 1817) Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) Basileuterus hypoleucus Bonaparte, 1830 Basileuterus flaveolus (Baird, 1865) Basileuterus leucoblepharus (Vieillot, 1817) Icteridae Vigors, 1825 Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) Fringillidae Leach, 1820 Euphoni a chlorotica (Linnaeus, 1766) Passeridae Rafinesque, 1815 Passer domesticus (Linnaeus, 1758)
Legenda:

Nome em Portugus tico-tico tico-tico-do-campo canrio-da-terra-verdadeiro rabo-mole-da-serra baiano tico-tico-rei-cinza trinca-ferro-verdadeiro azulo mariquita pula-pula pula-pula-de-barriga-branca canrio-do-mato pula-pula-assobiador guaxe grana vira-bosta fim-fim Pardal

Ambiente MM MC PT PT CR CD MM BD MC CD MC PT MM BD MC MM MM MC CD MM MM MC MC MC PT PT MM PT

Registro V V V V V V VAG V V VAG VAG VAG A A V V A V

EN (re

Ambientes: MM - m ata m esofila; MC - m ata ciliar; BJ - brejo; CR - campo rupestre; CD - candeial; PT - pastagem ; UR - ambiente vo. Registro: V - visual; A - auditivo; G - gravado. Observaes: MG - espcie m igratria; AM - espcie am eaada (IBAMA 2003)

Primeira campanha - 1 CP; segunda campanha - 2 CP

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ANEXO 10 - FICHAS DE LEVANTAMENTO ESPELEOLGICO

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ANEXO 11 - RELATRIO FINAL DE ARQUEOLOGIA

1152

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