Fonemas e Grafias e Acentuação

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ORTOGRAFIA

ORTHO (grego) = correta + GRAFIA (grego) = escrita

Assim, ortografia o emprego correto das letras e dos sinais grficos. Esta a parte da gramtica que mais dores de cabea causa a alunos, professores e todas as pessoas que querem escrever bem. E tudo isso acontece devido s representaes grficas dos fonemas (sons que produzimos ao falar), porque alguns deles podem ser representados por letras diferentes, conforme for a palavra a ser escrita. Observe bem as relaes abaixo: RELAES ENTRE FONEMAS E LETRAS 1) Princpios bsicos: a)Uma mesma letra pode representar mais de um fonema. Exs.: exame - xale - prximo = sexo / cedo - casa b)Um mesmo fonema pode ser representado por letras difere Exs.: /Z/ /X/ X - exame, xito Z - azul, azeite S - casa, base X - caixa, xcara CH - chal, chefe S C Z X - sbio, fregus - cidade, pacfico - palidez, giz - acar, preguia - mximo, texto /G/ G - girafa, gnero J - jil, gorjeta C - caule, coisa QU - quilo, quero

ntes.

/K/

/S/

SS - girassol, pssaro SC - crescer, disciplina S - cresa, deso XC - exceto, excelente XS - exsudar, exsolver

c)Um fonema pode ser representado por duas letras (dgrafos) : Exs.: machado - mulher - minhoca - carro - massa - guerra d) Uma letra pode representar dois fonemas. Exs.: fixo - sexo - axila - txi - anexo - nix - trax e)O H no incio das palavras no representa nenhum fonema. Exs.: hora - hoje - hotel - humano - hlice f) As letras M e N no seguidas de vogal no representam fonemas. Exs.: campo - tempo - tinta - bumbo - bomba - banda - tenda g)Nos grupos AM e EM / EN no final de palavras, o M e o N equivalem s semivogais U e I respectivamente. Exs.: tambm - parabns - cantam - falam - ningum ,

(A partir da prxima postagem, vamos comear a ver algumas regras que auxiliam a resolver tais problemas.)

Postado por IARA PEIXOTO s 15:59 0 comentrios Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut
SEGUNDA-FEIRA, 22 DE NOVEMBRO DE 2010

ACENTUAO GRFICA

1-CONCEITOS BSICOS a) Acento Tnico - intensidade maior ou menor na pronncia de um fonema.: cidade, faca, urubu... b) Acento Grfico - sinal que se coloca sobre a vogal tnica da palavra, conforma as regras de acentuao: caf, dend, cip, histia.... No confundir com acento tnico, que muitas vezes no leva acento grfico. c) Slaba Tnica slaba que recebe o acento tnico, mas nem sempre leva acento grfico: cidade, caf... d) Vogal Tnica a vogal que est na slaba tnica: cidade, faca, caf, copo ... 2-CLASSIFICAO DAS SLABAS QUANTO AO ACENTO TNICO a) Slaba Tnica a que recebe o acento tnico. Ex.: cadeira b) Slaba Subtnica a que aparece em palavras derivadas, sendo a slaba tnica da palavra primitiva: sozinho, amargamente, cafezinho... c) Slaba tona - a que no recebe o acento tnico e pode ser: Exs.: MONTANHA = mon slaba tona, ta slaba tnica, nha slaba tona. CAFEZINHO = ca slaba tona, fe slaba subtnica, zi slaba tnica, nho slaba tona. 3-CLASSIFICAO DAS PALAVRAS QUANTO AO ACENTO TNICO a) Oxtonas - acento tnico na ltima slaba: caf, feliz, rapaz, poder, urubu... b) Paroxtonas - acento tnico na penltima slaba: mesa, montanha, cidade, histria... c) Proparoxtonas acento tnico na antepenltima slaba: estmago, lmpada,lquido... d) Monosslabos Tnicos - tm autonomia fontica e so pronunciados: , ns, sol, n, cu, mau... e) Monosslabos tonos - no tm autonomia fontica , sendo pronunciados fracamente: me, te, se, nos, vos, lhe, por, o, a, os, as... 4- ACENTUAO GRFICA a)Monosslabos: O E A: p, d, l, m... b)Oxtonas: O E A EM: jil, chul, Amap, ningum... c)Paroxtonas: USEI UM LIRO/ X EN - PS - ON + DOC: bnus, pnei, lbum, revlver, jri, flor, rfo, trax, plen, bceps, eltron, gua, histria, srie... d)Proparoxtonas: todas: lmpada, lquido, mquina... e)Hiatos: I ou U ss: sada, sade, ba, sa..( -nh: rainha, bainha, tainha...) ou com S aps: saste, balastre, fasca, distribuste...

Observao 1: Quando o I e o U tnicos vierem depois de um ditongo, no levaro mais Observao 2: EE e OO no so mais acentuados: creem, deem, leem, veem, voo, perdo... f)Ditongos abertos: U: cu, chapu, ru, incru, pitu, solidu... I e I: s se a palavra for oxtona: papis, coronis, fiis, pastis, sis, lenis, rouxinis.. Assim= assembleia, geleia, colmia, jiboia, claraboia, jia ... no levam mais acento, pois so paroxtonas. g)Acentos diferenciais = s continuam com acento: . tm(plural) para diferenar de tem (singular); contm, detm, mantm... / contm, detm, mantm; . vm (plural) para diferenar de vem (singular); provm, intervm... / provm, intervm... . pr (verbo) para diferenar de por (preposio); . pde (pretrito) para diferenar de pode (presente). Os outros acentos diferenciais desapareceram: as, para, pelo(s), polo(s), pera, forma, coa(s)... p

acento: baiuca, bocaiuva, cauila, feiura, reiuno...

USO DO TREMA E DO HFEN


O TREMA
O trema foi inteiramente suprimido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. Obs.: Conserva-se, no entanto, em palavras derivadas de nomes prprios estrangeiros: hbneriano (de Hbner), mlleriano (de Mller), etc.

USO DO HFEN a) Diviso silbica: im-pos-s-vel, cac-to, tran-sa-tlnti-co, felds-pa-to, trans-con-ti-nen-tal... b) Translineao: final de linha (no deixar vogais sozinhas, no fazer separaes que gerem cacfatos, r
epetir o hfen se for palavra que o requeira). c)Verbos pronominais: mand-lo, comprei-o, encontraram-nos, ve nd-lo-ei...

1-Uso do hfen em compostos, encadeamentos vocabulares

locues

a) Emprega-se o hfen nas palavras compostas por justaposico que no contm formas de ligao e cujos

elementos (substantivos, adjetivos, numerais, verbos) constituem uma unidade sintagmtica e semntica e mantm acento prprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido: ano-Iuz, arco-ris, decreto-Iei, mdico-cirurgio, tenente-coronel, tio-av, amorperfeito, guarda-noturno, mato-grossense, norte-americano, porto-alegrense, sul-africano, afro-Iuso-brasileiro, primeiroministro, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva... Obs.: Certos compostos, em relao aos quais se perdeu, em certa medida, a noo de composio, grafam-se aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista, etc. b) Emprega-se o hfen nas palavras compostas que designam espcies botnicas e zoolgicas, estejam ou no ligados por preposio ou qualquer outro elemento: abbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijoverde, ervilha-de-cheiro, bem-me-quer (nome de planta que tambm se d margarida e aomalmequer), andorinha-domar, cobra-d'gua, bem-te-vi.... c)Emprega-se o hfen nos compostos com as advrbios bem e mal, quando estes formam com o elemento seguinte uma unidade sintagmtica e semntica e tal elemento comear por vogal ou h. No entanto, o advrbiobem, ao contrrio de mal, pode no se aglutinar com palavras comeadas por consoante. Alguns exemplos: bem-aventurado, bem-estar, bemhumorado, mal-afortunado, mal-estar, mal-humorado, bemcriado (cf. malcriado), bem-ditoso (cf. malditoso), bem-falante (cf. malfalante), bem-mandado (cf. malmandado), bem-nascido (cf. malnascido), bem-soante (cf. malsoante), bem-visto (cf. malvisto). Obs.: Em muitos compostos, o advrbio bem aparece aglutinado com a segundo elemento, quer este tenha ou no vida parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerena, etc. d) Em locues de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, no se emprega em geral o hfen, salvo algumas excees j consagradas

pelo uso, como: gua-de-colnia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, p-de-meia, ao deus-dar, queimaroupa... 2-Uso do hfen nas formaes recomposio e sufixao a) Devemos usar o hfen: por prefixao,

- HIPER, INTER, SUPER, SUB + R: hiper-requintado, interracial, inter-regional, super-resistente, sub-raa, sub-regente... - VOGAL + VOGAL IGUAL: anti-inflamatrio, contra-ataque, m icro-ondas, semi-interno...

Obs.: Esta regra acima tambm se aplica com elementos no autnomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina, como: aero, agro, arqui,auto, bio, eletro, geo, hidro, inter, macro, maxi, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pseudo, retro, semi, tele, etc:
- LETRA H: mini-hotel, anti-higinico, co-herdeiro, eletrohidrulico, super-homem... - CIRCUM e PAN + VOGAL, M, N: pan-americano, circumnavegao... - ALM e AQUM: alm-mar, alm-Tejo, aqum-fronteiras... - RECM e SEM: recm-nascido, recm-chegado, sem-terra, s em-fim, sem-vergonha... - PR, PR, PS: pr-vestibular, pr-reitor, ps-graduao... - EX, VICE, SOTO: ex-marido, vice-presidente, sotomestre... b-No devemos usar o hfen: - VOGAL + VOGAL DIFERENTE: autoaprendizagem, autoesc ola, extraoficial, extracurricular, infraestrutura, semianalfabeto, semiopaco...

Obs.: Esta regra acima tambm se aplica com elementos no autnomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina, como: aero, agro, arqui,auto, bio, eletro, geo, hidro, inter, macro, maxi, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pseudo, retro, semi, tele, etc:
- VOGAL + S e R: antirracismo, antirreligioso, contrarregra, ult rassom, infrassom, semirreta...

Fonte: Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa, Academia Brasileira de Letras, 5 edio, Global Editora, 2009.

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QUARTA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2010

MUDANAS NA LNGUA PORTUGUESA


Este um assunto que vem causando dificuldades entre os alunos e discusses entre os entendidos. Principalmente sobre os motivos de tais mudanas e da maneira como foram feitas.Por exemplo: - Por que eliminar o pobrezinho do trema, com o qual j estvamos acostumados, e deixar o coitado do pinguim sem nenhuma proteo na cabea l naquele frio danado? Sem falar na lingia, que perdeu um pouco do sabor sem o trema! - Por que manter o acento no i, u e i das oxtonas e retir-lo das paroxtonas? O que incomoda aquele a final da ideia e da joia, por exemplo! Eu, particularmente, ainda tenho um certo arrepio, quando deparo com uma palavra com estes ditongos sem acentos. Sem falar nos alfabetizadores, que precisam ensinar que se pronuncia meia com e fechado e ideia com e aberto, mas no se usa nada para diferenciar na escrita? Ou que o heri tem acento, mas o heroicono? - Para que manter alguns acentos diferenciais ( pr. tm, vm, pde...)e tirar de outros ( para, pera, polo...) ? Se era para tirar, tirassem de todos, seria mais fcil e lgico! Haveria mudanas mais significativas a serem feitas, como regularizar o erro cometido pela maioria dos falantes na pronncia da palavra gratuito.Poucos so os que a pronunciam corretamente: gra-tui-to = ditongo, pois a maioria insiste em falar erradamente: gra-tu-i-to = hiato. O lgico, aps tantos anos de erro, seria legitimar o hiato, colocando acento agudo no i, e ns, amantes do bom Portugus, ficaramos mais descansados ao ouvi-lo. E aproveitariam para incluir os intuito, fortuito, circuito, fluido... que padecem pelo mesmo problema. Isto sem falar nas vrias grafias de um mesmo fonema, como o /z/, por exemplo, que pode ser representado

por s, z, e x (casa, azar, exame...). Pior ainda o caso do fonema /s/, que aparece escrito com s, c, x, z, , ss, sc, s, xc, xs (portugus, cedo, explodir, aridez, caa, massa, descer, cresa, exceto, esxudar). Isto d um n na cabea de qualquer aluno! Tais dificuldades que poderiam ser analisadas pelos senhores fillogos, gramticos e outros envolvidos no assunto, e tomadas medidas de simplificao da representao grfica dos fonemas, o que viria a facilitar enormemente a vida de professores e alunos, os quais ficariam imensamente gratos. Essa desculpa de unificar o Portugus de todos os pases que o usam tolice. Se quisermos ler um autor de Portugal, procuremos um livro em edio brasileira. Jornais e revistas, pior ainda: com tantos nacionais, quem vai se preocupar em ler os de Portugal, de Moambique, de Cabo Verde...? E viajar para tais lugares, quem iria, a no ser alguns poucos abonados? No que eu seja favorvel a criar caso com Portugal e outros pases que usem a mesma lngua nossa (Em termos, pois cada um possui suas variantes locais!), mas um pas como o Brasil, com sua imensido territorial permeada por inmeras influncias lingusticas das correntes imigratrias, precisaria criar umaGramtica Portuguesa Brasileira, que atendesse s necessidades dos seus falantes e a um nmero gigantesco de alunos e professores do nosso Sistema Educacional. Ningum pode negar que o Portugus falado no Brasil apresenta inmeras diferenas do praticado em Portugal e nos demais pases que o falam! Ento, deixem de lado os considerandos e os entretantos, senhores acadmicos, e tomem uma atitude em prol dos estudantes, uma vez que a escrita neste pas est ficando cada vez pior. Vamos facilitar a vida de quem escreve!

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