Trabalho de Ginástica Rítmica
Trabalho de Ginástica Rítmica
Trabalho de Ginástica Rítmica
Rtmica
GINSTICA RTMICA
Ginstica
Rtmica
INDCE
Introduo-------------------------------------------------------------------------------------------4 Breve resenha Histrica---------------------------------------------------------------------------5 Ginstica Rtmica----------------------------------------------------------------------------------6 Trampolins------------------------------------------------------------------------------------------6 Ginstica Acrobtica-------------------------------------------------------------------------------6 Ginstica Aerbica---------------------------------------------------------------------------------7 Ginstica para Todos-------------------------------------------------------------------------------7 Regras------------------------------------------------------------------------------------------------7 Aparelhos Corda, Arco e Bola---------------------------------------------------------------------------------8 Maas, Fita, Grupo---------------------------------------------------------------------------------9 Estratgias de Abordagem------------------------------------------------------------------------9 3 Princpios Gerais da Ginstica Diverso, Aptido Fsica e Fundamentos------------------------------------------------------10 Diverso--------------------------------------------------------------------------------------------10 Orientaes sobre como Jogar------------------------------------------------------------------11 Algumas Actividades Competitivas com o Parceiro----------------------------------------11 Algumas Actividades Coordenativas com o Parceiro----------------------------------------12 Equilbrios aos Pares-----------------------------------------------------------------------------12 Locomoes Coordenativas aos Pares---------------------------------------------------------12 Orientao sobre como Jogar--------------------------------------------------------------------13 Aptido Fsica---------------------------------------------------------------------------------13
Componentes Motoras----------------------------------------------------------------------------13
Ginstica
Rtmica
Agilidade, Equilbrio, Coordenao, Orientao Espacial--------------------------------14 Fundamentos------------------------------------------------------------------------------------14 Habilidades que so Estacionrias-----------------------------------------------------------14 Habilidades no Estacionrias---------------------------------------------------------------15 Natureza Linear------------------------------------------------------------------- ------------15 Natureza Rotacional---------------------------------------------------------------------------15 De Movimento para Estacionrio------------------------------------------------------------15 Ginstica e Aparelhos Portteis..................................................................................15 Progresses Enrolamento Frente Engrupado....................................................... ......................16 Enrolamento Atrs de Pernas Afastadas..................................... .............................16 Apoio Invertido de Cabea..........................................................................................17 Exerccios de Base.......................................................................................................17 Concluso....................................................................................................................17 Bibliografia..................................................................................................................18
Ginstica
Rtmica
INTRODUO
A Unidade Curricular de Ginstica Rtmica est inserida no segundo semestre do 1. ano da estrutura curricular do plano de estudos do curso de Educao Fsica, Desporto e Lazer. A ginstica em geral e a ginstica rtmica em particular, tm-se tornado um assunto internacional de grande impacto, arrastando uma quantidade considervel de ateno dos mdia, dinheiro, participantes e interesses polticos. A ginstica rtmica tem na sua natureza o expressar dos sentimentos atravs dos gestos e movimentos corporais. Caracteriza-se como uma prtica corporal que aparece, na actualidade, no apenas pelo seu carcter desportivo, mas tambm pelo seu vnculo com a dana, concedendo-lhe uma dimenso artstica, que somada expresso corporal e s tcnicas corporais formam esta modalidade desportiva tal como a conhecemos hoje. Abarca na sua criao vrios professores e pensadores, que foram na verdade inspiradores para o desenvolvimento da ginstica moderna, como foi inicialmente chamada, e podemos afirmar que a sua sistematizao, como no poderia deixar de ser, faz parte do contexto da ginstica cientfica. Os dois primeiros inspiradores da ginstica moderna foram Jean Georges Noverre e Franois Delsarte, que viveram durante o sculo XVIII, e procuravam introduzir um agente emotivo ao movimento, ou seja, mostrando a necessidade de interveno da alma e do sentimento para guiar, elevar e dar razo ao movimento (Langlade & Langlade, 1970, p.41). Isadora Duncan, foi a razo das teorias de Noverre e Delsarte no se terem perdido ao longo dos anos, foi ela a mediadora dessas obras para a ginstica actual, trazendo a ideia de danar a msica e no com a msica. Fica claro que foi com Duncan que Dalcroze se inspirou para dar vida s suas posteriores experincias pedaggico-musicais. Alm disso, ela tambm trouxe com o expressionismo da dana e a Rtmica de Dalcroze fundamentos para a Ginstica Expressiva de Rudolf Bode.
"A finalidade da Ginstica rtmica o desenvolvimento do movimento em toda a actividade humana, tanto numa sequncia orgnica correcta, como num movimento inspirado na fantasia. A contnua interaco entre ambos, sua finalidade essencial." (LANGLADE & LANGLADE, 1970, p.91)
Ginstica
Rtmica
Ginstica
Rtmica
de mos e uso de aparelhos de salto, trampolins e baloios. Alguns destes aparelhos foram posteriormente adoptados por treinadores e apareceram nos primeiros ginsios. A ginstica est hoje como esteve no passado, relacionada com actividades ligadas ao circo, teatro e filmes. A Ginstica Rtmica contempornea tem cinco aparelhos portteis, um evento livre e um evento de grupo. Os cinco aparelhos pela sua sequncia Olmpica so: Corda Arco Bola Maas Fita Integrou pela primeira vez uns Jogos Olmpicos em 1984, onde Lori Fung do Canada foi a vencedora da medalha de ouro. Relativamente aos Trampolins, o aparelho mais recente da famlia da ginstica, a histria diz-nos, que o surgimento do Trampolim ocorreu a centenas de anos, contudo no se pode precisar a sua origem, sabe-se que na Idade Mdia os acrobatas de circo, utilizavam tbuas de molas nas suas apresentaes e os trapezistas realizavam novos saltos a partir do impulso realizado da rede de segurana. Estas podem ou no ser as verdadeiras origens do Trampolim, mas certo que no inicio desse sculo havia apresentaes que usavam uma "cama de pular" para entreter as plateias. A cama de pular era, na realidade, um pequeno Trampolim coberto com roupas de cama sobre o qual os artistas desempenhavam a maior parte de seus actos. Por outro lado, o Trampolim em si, na histria circense, foi desenvolvido primeiramente por um artista chamado Du Trampolin, que viu a possibilidade de usar a rede de segurana do trapzio como uma forma de propulso e aparelho de descolagem e a experimentou com diferentes sistemas de suspenso, reduzindo finalmente a rede a um tamanho prtico para performances em separado. No comeo dos anos 30, o norte-americano George Nissen fez um Trampolim na sua garagem e usou-o para ajud-lo nas suas actividades de queda e mergulho. Ele ento percebeu que podia entreter plateias e tambm deixar as pessoas participarem nas suas demonstraes. O Trampolim como desporto, ento, foi criado por George Nissen em 1936 e foi institucionalizado como modalidade desportiva nos programas de Educao Fsica nas escolas, universidades e instruo de militares. Recentemente est muito praticado nas academias do mundo inteiro. Desta forma, nascia ento um novo desporto. Muitos aparelhos tm sido desenvolvido, como: Manta Trampolim de baloio Prancha de saltos (incluindo prancha de mergulho) Trave russa Trapzio A Ginstica Acrobtica uma disciplina que consiste basicamente em equilbrios de mos, ou acrobacias. Esta forma de arte antiga de ginstica tem cinco (5) eventos na sua verso moderna de competio: Pares Masculinos Pares femininos Pares Mistos Trios femininos Grupos Masculinos
Ginstica
Rtmica
A Ginstica Aerbica tem nas suas origens as mesmas caractersticas da ginstica artstica e rtmica. A sistemtica da ginstica sueca e o seu livre fluxo de exerccios originou muitas das variantes modernas. Os eventos da ginstica aerbica, que so regulamentados pela Federao Internacional de Ginstica, contm as seguintes categorias: Individuais Femininos Individuais Masculinos Pares Mistos Trios Grupos (6 ginastas) Embora existam vrios precursores, o antecedente directo do trampolim moderno foi montado em 1936 pelos acrobatas de circo e mergulhadores George Nissen e Larry Griswold. O desporto era um evento americano inter-escolas muito popular e espalhou-se por todo o mundo. O primeiro Campeonato Mundial de Trampolim realizou-se em 1964. Chegaram aos Jogos Olmpicos de Sydney em 2000 no formato individual masculino e feminino. Existem ainda: Trampolim sincronizado Masculino Trampolim sincronizado Feminino Duplo Mini -Trampolim Masculino e Feminino Tumbling Masculino e Feminino A Ginstica para Todos tem uma herana rica de grandes grupos a praticarem Ginstica em exposies e festivais. Os grandes festivais de ginstica da Europa so predominantemente ginstica de grupo e dentro destes saliento "Gymnaestrada Mundial" que se realiza de 4 em 4 anos com mais de 20000participantes.
Regras
As competies so individuais ou em grupos de 5 ginastas. Cada movimento de uma rotina de Ginstica Rtmica envolve um grau alto de habilidade atltica. Nesta disciplina os ginastas devem possuir as seguintes habilidades: fora, energia, flexibilidade, agilidade, destreza e resistncia. Na ginstica de grupo, os atletas precisam desenvolver na sua equipa de treino, sensibilidade, adaptao rpida e antecipao, alm das habilidades acima mencionadas. Cada exerccio deve incluir 4 elementos de dificuldade B e 4 elementos de dificuldade A. Nas finais so exigidos tambm elementos de maior dificuldade, C e D, um dos quais deve ser executado com a mo esquerda. A totalidade do solo deve ser utilizado durante o exerccio, e os elementos devem fluir na coreografia e no seguir-se apenas uns aos outros. O resultado base para cada exerccio de 9.6 pontos, aos quais podem ser retirados pontos devido a faltas ou acrescidos bnus para exibies excepcionais. Nas competies por grupos, a pontuao base 19.20, sendo a pontuao mxima 20 pontos. Existem diversas faltas que podem ser cometidas ao longo do exerccio e que vo condicionar a pontuao. Algumas delas so:
Ginstica
Rtmica
falta de unidade no exerccio; falta de equilbrio entre os diversos elementos; utilizar os aparelhos apenas como decorao e no como parte integrante dos elementos; msica inadequada, com pausas prolongadas ou com um final brusco; falta de variedade nos elementos executados, nos movimentos do corpo ou nas transies; comear o exerccio sem contacto com o aparelho. O acrscimo de pontos pode advir de diversos factores, nomeadamente: originalidade da coreografia; acompanhamento musical; desempenho excepcional por parte da ginasta Os aparelhos se diferenciam muito nas suas composies. O atleta tem que coordenar movimentos de corpo muito difceis com os elementos do aparelho que estiver usando.
Corda
Caracteriza-se por balanos, crculos, rotaes, figuras com movimentos tipo "oito", lanamentos e capturas da corda. Os ginastas tambm saltam e saltam com a corda aberta ou dobrada, segura por ambas as mos. A corda feita de linho ou material sinttico; proporcional ao tamanho da ginasta.
Arco
Os movimentos mais comuns com o arco incluem balanos, rolamentos, lanamentos e capturas, giros, incurses no arco, rotaes do arco no cho e rotaes do arco ao redor da mo e outras partes do corpo. O mais impressionante aqui est nos altos lanamentos e nas tcnicas complexas para pegar o arco de uma forma diferente a cada momento. O arco feito de madeira ou plstico, possui dimetro interior de 80-90cm e peso mnimo de 300 gramas.
Bola
Ondas, crculos, lanamentos e capturas, movimentos com a bola equilibrada na mo, saltos e giros com a bola no cho e ao longo de partes do corpo so os movimentos mais comuns desta especialidade. A bola feita de borracha ou material sinttico, e seu dimetro 18-20cm e o peso mnimo 400 gramas.
Maas
Ginstica
Rtmica
Balanos, crculos grandes, crculos pequenos, moinhos, lanamentos e capturas, e batidas rtmicas so os movimentos mais comuns. As maas so feitas de madeira ou material sinttico, com cerda de 40-50cm de comprimento, e seu peso de 150 gramas cada; a cabea da maa deve ter no mximo 3cm. Tm a aparncia de garrafas invertidas.
Fita
So includas nas rotinas de fitas, espirais, balanos, crculos, lanamentos e capturas, e movimentos com figuras tipo 'oito'. A fita deve permanecer em movimento constantemente. A fita possui uma vareta que feita de madeira ou material sinttico e tem dimetro mximo de 1cm, por 50-60cm de comprimento; feita de cetim ou material semelhante com largura de 4-6cm por 6 m de comprimento; o seu peso deve ser de no mnimo 35g.
Grupo
Na prova de grupo cinco atletas trabalham juntas como uma s unidade. O grupo julgado na habilidade das atletas para demonstrar domnio de corpo e habilidades dos aparelhos de maneira sincronizada, harmoniosa. Um exerccio de grupo tem que incluir dificuldades das mesmas categorias de movimento de corpo que aplicam competio individual e movimentos caractersticos do aparelho. Alm disso, as atletas de grupo tm que executar elementos que envolvem trocas grandes e pequenas de equipamento. Quanto mais interaco houver entre as ginastas, melhor ser o exerccio. Cada grupo tem que competir com duas rotinas diferentes. O aparelho a ser usado em competio de Grupo escolhido pela FIG. Uma das rotinas executada com cinco aparelhos iguais, a outra rotina coreografada com os aparelhos misturados. Atletas de grupo devem trabalhar como uma equipa. A interaco ntima das cinco atletas dentro de uma rea (um tapete quadrado) de 13x13m e as muitas trocas de materiais que acontecem durante uma srie, fora cada atleta para que este seja extremamente sensvel aos movimentos e aces dos demais integrantes do grupo. Cada rotina deve durar entre 60 e 90 segundos. Quanto arbitragem, existem duas bancas diferentes, uma que atribui a nota tcnica e outra que atribui a nota artstica.
Estratgias de Abordagem
A Ginstica Rtmica baseia-se na combinao de movimentos corporais com manipulao de aparelhos manuais (corda, arco, bola, maas e fita), transformando-se numa actividade de execuo de tcnicas altamente complexas. Nesta modalidade as ginastas devem executar uma coreografia composta por uma sequncia de elementos corporais, coordenados com o manuseamento do aparelho, e com acompanhamento musical. uma das poucas modalidades que permitem trabalhos colectivos e individuais. Os elementos corporais dividem-se num grupo fundamental, em que esto movimentos de pivots, ondas, saltos, equilbrios e flexibilidades; e outros grupos de movimentos como: deslocamentos variados, saltos, giros, balanceamentos e circundaes. Para que esses movimentos especficos da modalidade sejam realizados de forma satisfatria, necessrio ser feito um trabalho com foco nas qualidades essenciais modalidade, tais como a fora, a resistncia muscular, a flexibilidade, o equilbrio, o ritmo, a coordenao e a agilidade.
9
Ginstica
Rtmica
Assim, alm de um treino que possibilite uma boa condio fsica, h ainda que ter em conta as capacidades fsicas da modalidade, no caso da ginstica rtmica, temos a flexibilidade, a coordenao, o ritmo, o equilbrio, a resistncia (anaerbica, muscular localizada e aerbica), a agilidade e a fora explosiva (LAFFRANCHI, 2001). Na ginstica temos trs princpios bsicos, que devem estar sempre presentes:
Diverso
1. Os praticantes devem de estar activos na maior parte do tempo; 2. As crianas devem de ser bem sucedidas na maior parte do tempo e 3. As crianas devem jogar a maior parte do tempo.
Aptido Fsica
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Resistncia Fora Potncia Flexibilidade Fenmenos Neurolgicos e Motores de maior Complexidade Agilidade Equilbrio Coordenao Orientao Espacial
Fundamentos
1. As bases da ginstica 2. Movimentos Estacionrios (centro de gravidade ou de massa) - Apoios, Suspenses, Equilbrios 3. Movimentos no estacionrios (Linear e Rotacional)
Diverso
Todas as aulas de ginstica devem ser agradveis para os participantes, de forma a motiv-los cada vez mais e no a aborrece-los pelo acumular de monotonia. Para tal temos trs princpios gerais de forma a tornar as aulas de ginstica divertidas: 1. Os participantes devem estar activos na maior parte do tempo. Parar frequentemente, paragens prolongadas, etc, pouco divertido e satura. 2. As crianas devem ser bem sucedidas na maior parte do tempo. As crianas devem ter sucesso com frequncia nas suas actividades para poderem desfrutarem delas e se auto motivarem. 3. As crianas devem jogar a maior parte do tempo. Os jogos so uma forma de motivar e prender a ateno dos participantes, de tornar as aulas mais atraentes, sem deixar de reforar a aptido fsica e os fundamentos.
10
Ginstica
Rtmica
2. Todos os participantes devem estar Activos no jogo - durante o tempo todo Praticar jogos cooperativos e competitivos
11
Ginstica
Rtmica
2. P com P
Mo no P
2. Ambos os parceiros, sentam-se ao mesmo tempo e por entre as pernas, do um aperto de mo.
Ginstica
Rtmica
Orientao sobre como Jogar Os jogos devem ser adaptados idade e maturidade dos participantes Mudar rapidamente um jogo se no funcionar correctamente ou se no for seguro Parar o jogo, enquanto as crianas ainda querem jogar Os Jogos devem ter um objectivo Instrues (antes de iniciar qualquer jogo)
Aptido Fsica
Se os participantes desenvolverem uma maior aptido fsica ao nvel da resistncia, fora, potncia, flexibilidade, agilidade, equilbrio, coordenao, percepo espacial, entre outros, eles vo aprender mais facilmente os exerccios de ginstica. Quando estimulado de forma adequada, o musculo pode aumentar a sua capacidade de se contrair repetidamente (resistncia), ou aumentar o seu tamanho e eficincia de contraco (fora e potncia), ou aumentar o seu comprimento (flexibilidade). A resistncia difcil de treinar em crianas. No entanto e muito importante que as crianas desenvolvam a resistncia muscular antes, ou durante, o desenvolvimento da fora. Os jogos uma forma de aumentar a resistncia muscular. No que diz respeito resistncia cardiorespiratria, fcil de treinar em crianas e tambm til para a preparao dos tecidos para o desenvolvimento da fora e potncia muscular. Esta componente da aptido fsica refere-se a capacidade de oxigenao durante o esforo. A fora consiste na fora mxima que um msculo gera numa nica contraco. A fora fcil de treinar em crianas, principalmente desenvolvendo o aspecto neurolgico.
13
Ginstica
Rtmica
Os jogos so uma boa forma de trabalhar a fora nas crianas. Para o desenvolvimento da fora temos de ter presente tambm os conceitos de contraco isomtrica, contraco concntrica e contraco excntrica. A potncia refere-se combinao da fora com a velocidade. Antes da potncia devemos treinar resistncia, fora e velocidade. S depois podemos treinar com foras e velocidades mais elevadas. A flexibilidade e uma aptido bastante fcil de treinar em crianas. A flexibilidade, essencial para a execuo dos elementos corporais, pois esta valncia permite a amplitude de movimento das diferentes partes do corpo, uma das caractersticas principais deste desporto (LAFFRANCHI, 2001). Devido a este factor importante o incio da prtica da modalidade durante a infncia (entre 5-9 anos). A partir dos dez anos de idade, o processo de ossificao vai limitando a possibilidade de movimento de determinadas articulaes que vo perdendo sua capacidade elstica, dificultando assim, um trabalho de desenvolvimento da flexibilidade (LLOBET, 2000).
Componentes Motoras
Alm da quatro componentes da aptido (resistncia, fora, potncia e flexibilidade) existem tambm muitos fenmenos neurolgicos ou motores complexos, tais como:
Agilidade
Representa a capacidade de movimentar o corpo, com rapidez e eficincia, de uma posio para outra e de um lugar para outro.
Equilbrio
Consiste em permanecer em posies estticas e conseguir mover o corpo em estado de equilbrio (equilbrio dinmico). O equilbrio baseia-se nas funes sensoriais do sentido cinestsico, no sentido tctil, bem como na fora muscular (rigidez) e flexibilidade. O sentido cinestsico composto por dois sistemas sensoriais distintos do corpo: O sistema proprioceptivo, que indica a posio dos membros relativamente ao resto do corpo; O sistema vestiblar, que sinaliza a posio do corpo face ao espao que o rodeia.
Coordenao
Coordenao do corpo todo significa que todo o corpo se move em padres complexos, por exemplo, carrinho de mo, saltos, passos de dana, saltos complexos. Muitos elementos em ginstica so exemplos de actividades de coordenao complexa. Coordenaes olho-mo e olho-p envolvem a manipulao de materiais portteis ou implementos, tais como, bolas, arcos, etc.
Orientao Espacial
Este componente est relacionado com o equilbrio e com a sensibilidade do corpo quando invertido ou a girar no espao. Est relacionado com a parte vestibular do sentido cinestsico.
14
Ginstica
Rtmica
Fundamentos
Relativamente as bases da ginstica podemos comear por dividir mecanicamente todas as habilidades de ginstica em dois grupos: Habilidades que so estacionrias Habilidades que no so estacionrias
Habilidades No Estacionrias
Mecanicamente , significa que estas tarefas so realizadas enquanto a base de sustentao est em movimento ou, a tarefa feita "fora" da base de sustentao do ginasta. podemos falar em dois subgrupos de competncias de movimento: De natureza Linear De natureza Rotacional
Natureza Linear
Tarefas nas quais o trajecto do centro de massa tem um comportamento Linear e podem ser mecanicamente subdivididas em dois padres de movimento: Saltar - movimento que consistem em sair da base de sustentao comum nico movimento explosivo. Podem se dizer chamada, impulso, pulo, etc. Locomoo - movimentos que saem da base de sustentao, em movimentos repetitivos. Pode se dizer, correr, saltitar, pular, passos de dana, etc.
15
Ginstica
Rtmica
Natureza Rotacional
Tarefas em que o percurso do centro de massa do ginasta tem um comportamento Rotacional, podem mecanicamente ser subdivididos em dois padres de movimento: Rotao - movimentos que so realizados com a rotao do corpo num dos trs eixos internos. Outros nomes so: - Mortais, voltas, piruetas, pivots, giros, rolamentos, etc. Balanar - movimentos que so executados girando num eixo externo (barras e argolas). Um outro grupo
Progresses
Segundo Famose (1990), o conceito de progresso no contexto das actividades desportivas representa a programao de um conjunto de tarefas ou exerccios que, gradualmente, se aproximam da tarefa final.
16
Ginstica
Rtmica
3) De joelhos sobre um banco colocar as mos no solo e fazer enrolamento frente. Objectivo: - Tomar conscincia da colocao das mos e da nuca no solo e da elevao da bacia. 4) Com os ps nos espaldares fazer a impulso das pernas para aumentar a velocidade de rotao. Objectivo: - Tomar conscincia da impulso de pernas para aumentar a velocidade de rotao. 5) Realizar o enrolamento sobre um plano inclinado. Objectivo: - Realizar o gesto num meio facilitador da aquisio da velocidade de rotao.
Exerccios Base
Para crianas que esto a iniciar a ginstica devemos acima de tudo, ter a capacidade de fazer com que aprendam a gostar de ginstica, comeando por treinar/brincando, utilizando jogos e nomes que lhe so familiares, (ex: no enrolamento frente dando feedbacks como "gigante, coelhinho, olhar para a barriga, costas caracol",
17
Ginstica
Rtmica
coelhinho e gigante, onde eles possam comear a trabalhar a aptido fsica de forma ldica e cativante, fazendo com que quando a aula acabar, j estejam a pensar e a desejar a prxima. A componente ldica deve prevalecer sobre o competitivo quando da prescrio de actividade fsica para as crianas (MATSUDO, 2003). Neste contexto podemos trabalhar, a coordenao motora dinmica geral (exerccios globais e de postura), o equilbrio (esttico; dinmico e recuperado), a coordenao viso-motor, organizao do Esquema Corporal, lateralidade, orientao espacial (direo, localizao, proporo, nveis), organizao temporal, exerccios de agilidade (base para a segurana no movimento), resistncia, fora, concentrao, reao e velocidade.
Concluso
A primeira grande concluso, digamos que foi sentir pelo contacto pessoal com alguns profissionais na rea da Educao Fsica, que uma actividade que poucos profissionais se dispem a trabalhar com ela e, muitas vezes, sofre discriminaes por parte dos alunos do sexo masculino. Por outro lado a gama de contribuies que a Ginstica Rtmica traz no desenvolvimento do domnio cognitivo, afectivo-social e motor da criana, de tal ordem importante na formao da criana, que esses preconceitos deveriam ser banidos do ensino-aprendizagem. Importante ainda para o desenvolvimento da criana no que diz respeito a socializao e a sade fsica. Devemos de dar oportunidade para que crianas e adolescentes de ambos os sexos participem nas actividades de ginstica rtmica derrubando esses esteretipos e preconceitos. Por fim salientar que no final deste trabalho de abordagem Ginstica Rtmica, enriqueci como homem e profissional ligado educao fsica, nomeadamente na viso mais alargada da forma de abordar a ginstica, como complemento a outras reas da Educao Fsica e Desporto.
Bibliografia
Fundamentos da Ginstica e da Literacia Motora Material de Apoio da ESE - TN fornecido pelo Prof Srgio Mauricio http://odiadaporelaseamadaporeles.blogspot.com/2008_09_01_archive.html http://www.google.pt/#hl=pt-PT&rlz=1R2SKPT_pt-PTPT408&q=A+gin%C3%A1stica+r %C3%ADtmica+caracteriza-se+como+uma+pr%C3%A1tica+corporal+que+aparece %2C+na+actualidade%2C+n%C3%A3o&aq=f&aqi=&aql=&oq=&fp=e2c53565db7dcf2a http://www.efdeportes.com/efd123/treinamento-em-ginastica-ritmica-no-estado-doparana.htm UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE EDUCAO FSICA Campinas 2005 Kizzy Fernandes Antualpa MATSUDO, 2003 LAFFRANCHI, 2001 LLOBET, 2000 Langade e Langade (1970 Russeau (1712-1778
18