Apostila Comandos 1 Colorida
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COMANDO DE MOTORES I
INTRODUO AO ESTUDO DOS MOTORES ELTRICOS ............................................................................. 3 UNIDADE I O MOTOR MONOFSICO DE INDUO..................................................................................... 5 1.1) Partes Principais e Princpio bsico de funcionamento............................................................................ 6 1.2) Ligao do motor monofsico de induo com capacitor de partida ....................................................... 8 ATIVIDADE I LIGAO DO MOTOR MONOFSICO COM CAPACITOR DE PARTIDA ............................ 9 1.3) Teste de Identificao dos terminais do motor monofsico de induo ................................................ 10 1.4) Dispositivo para inverso do sentido de rotao. ................................................................................. 10
ATIVIDADE II IDENTIFICAO DOS TERMINAIS DO MOTOR MONOFSICO E INSTALAO DO DISPOSITIVO PARA TROCA DO SENTIDO DE ROTAO ........................................................................ 11 UNIDADE II O MOTOR TRIFSICO DE INDUO ....................................................................................... 12 2.1) Partes principais: ..................................................................................................................................... 12 2.2) Ligao do motor trifsico de induo: .................................................................................................... 13 2.2.1) O MOTOR TRIFSICO DE SEIS TERMINAIS ........................................................................... 13
ATIVIDADE III LIGAO DOS MOTORES TRIFSICOS DE 6 TERMINAIS: ........................................... 14 2.2.2) IDENTIFICAO DOS TERMINAIS DO MOTOR TRIFSICO DE SEIS TERMINAIS: ............. 15
ATIVIDADE IV IDENTIFICAO DOS TERMINAIS DO MOTOR TRIFSICO DE SEIS TERMNAIS. ...... 16 2.2.3 ) O MOTOR TRIFSICO DE 12 TERMINAIS: .............................................................................. 17
ATIVIDADE V LIGAO DO MOTOR TRIFSICO DE DOZE TERMNAIS. ............................................... 19 2.2.4) 2.2.5) O MOTOR TRIFSICO DE 9 TERMINAIS ................................................................................ 20 O MOTOR TRIFSICO TIPO DAHLANDER. ............................................................................ 21
ATIVIDADE VI LIGAO DO MOTOR TRIFSICO TIPO DAHLANDER. .................................................. 22 UNIDADE III MTODOS DE ACIONAMENTO DE MOTORES DE INDUO .............................................. 23 3.1) O mtodo de partida direta ...................................................................................................................... 23 3.1.1) Limitaes do mtodo ....................................................................................................................... 23 3.1.2) Dispositivos manuais de partida direta. ............................................................................................ 23 3.1.3) Dispositivos Eletromagnticos de Manobra: .................................................................................... 25 UNIDADE IV INTRODUO AO ESTUDO DOS MTODOS DE PARTIDA COM TENSO REDUZIDA .... 41 4.1) Objetivos do mtodo ................................................................................................................................ 41 4.2) Aplicaes ................................................................................................................................................ 41 4.3) Mtodos manuais de partida com teno reduzida................................................................................... 41 EXERCCIOS DE FIXAO ............................................................................................................................... 45 ATIVIDADE X UTILIZAO DE UMA CHAVE Y MANUAL ...................................................................... 46
COMANDO DE MOTORES I
INTRODUO AO ESTUDO DOS MOTORES ELTRICOS Os motores eltricos, so mquinas destinadas a transformar energia eltrica em mecnica. O motor eltrico constitui quase a totalidade das mquinas destinadas para este fim, pois apresentam simplicidade de contruo e fcil manuteno, o que possibilita enorme aplicao em equipamentos industriais dos mais diversos tipos. Nosso estudo, ter ateno na instalao e manuteno de motores de induo monofsicos e trifsicos, abordando assuntos relativos a ligao, levantamento de caractersticas, partes principais, principais problemas e mtodos de acionamento de motores. Placa de caractersticas A placa de caractersticas uma etiqueta, geralmente instalada na carcaa do motor, a qual traz dados importantes sobre o funcionamento e instalao do motor. E imprescindivel que o instalador saiba interpretar os dados ali descritos. Vejamos um exemplo deste item, e alguns comentrios sobre as grandezas informadas. A placa ao lado traz dados importantes, sobre um motor trifsico de induo. A
maior parte dos dados descritos na placa comum a todos motores de induo. Alguns dados que sero aqui comentados no esto presente nesta placa que est sendo usada como exemplo, mas podem ser encontrados em outras marcas de motores. kW (HP-cv) o valor da potncia do motor em duas unidades. No caso desta placa, o nmero entre parnteses indica a potncia em CV ou HP. O nmero fora dos parnteses indica a potncia em kW. RPM indica o numero de rotaes por minuto desenvolvida pelo eixo do motor F.S. Fator de servio. Indica o acrscimo de potncia que pode ser aplicada ao motor, sem que ocorram danos ao mesmo. Neste exemplo, com fator de servio 1.15, este motor pode mover uma carga igual a 1CV x 1,15 = 1,15 CV ou 0,75kW x 1,15 = 0,8625 kW. Isol. Indica a classe de isolao do motor, a qual define a temperatura mxima suportada pelas bobinas. As classes de isolao e as referidas temperaturas suportadas, so descritas a seguir:
Classe de Isolao Y A E Temperatura Limite (C) 90 105 120 Classe de Isolao B F H C Temperatura Limite (C) 130 155 180 Acima de 180
COMANDO DE MOTORES I
/In: o valor da corrente de partida em nmero de vezes o valor da corrente nominal do motor. No caso do nosso exemplo, em que a corrente de nominal do motor 3,18 A em 220 V, e 1,84 A em 380V, e a relao Ip/In 7,1 a corrente de partida em 380V ser 1,84 x 7,1 = 13,064 A e em 220V 3,18 x 7,1 = 22,58 A. IP: ndice de proteo do motor. Indica a proteo que o equipamento eltrico oferece contra agentes externos, tais como resduos slidos, poeira e gua. O primeiro algarismo indica a proteo contra slidos, e o segundo contra gua. O indice de proteo ou grau de proteo determinado da seguinte forma:
Primeiro Algarismo 0 1 2 Proteo Nao protegido Protegido contra objetos slidos com Dimetro maior que 50mm Protegido contra objetos slidos com Dimetro maior que 12mm Protegido contra objetos slidos com Dimetro maior que 2,5mm Protegido contra objetos slidos com Dimetro maior que 1mm Protegido contra a poeira Totalmente protegido contra a poeira Segundo Algarismo 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Proteo Nao protegido Protegido contra quedas verticais de gotas d'gua Protegido contra quedas verticais de gotas d'gua para uma inclinao mxima de 15 Protegido contra gua aspergida de um ngulo de +/- 69 Protegido contra projees d'gua Protegido contra jatos d'gua Protegido contra ondas do mar ou jatos potentes Protegido contra imerso Protegido contra submerso
4 5 6
Tenso Nominal: Indica as tenses de trabalho do motor. No caso do exemplo, 220/380V Corrente Nominal: Indica as correntes de trabalho, de acordo com a tenso aplicada ao motor. Reg. Indica o regime de operao do motor. A tabela abaixo apresenta alguns cdigos:
Regime de operao Funcionamento sob carga constante por tempo limitado, com necessidade de parada para resfriamento Intermitente peridico, onde a carga constante e aplicada alternando-se com periodo de repouso Intermitente periodico com partidas; Seqncia de ciclos de regime idnticos, cada qual consistindo de um perodo de partida, um perodo de funcionamento a carga constante e um perodo de repouso, sendo tais perodos muito curtos. Intermitente com frenagem eltrica; Seqncia de ciclos de regime idnticos, cada qual consistindo de um perodo de partida, um perodo de funcionamento a carga constante, um perodo de frenagem eltrica e um perodo de repouso, sendo tais perodos muito curtos.
S5
COMANDO DE MOTORES I
Cdigo S6
Regime de operao Funcionamento Contnuo com Carga Intermitente. Seqncia de ciclos de regime idnticos, cada qual consistindo de um perodo de funcionamento a carga constante e de um perodo de funcionamento em vazio, no existindo perodo de repouso. Funcionamento Contnuo com frenagem eltrica. Seqncia de ciclos de regime idnticos, cada qual consistindo de um perodo de partida, de um perodo de funcionamento a carga constante e um perodo de frenagem eltrica, no existindo o perodo de repouso. Funcionamento Contnuo com mudana peridica na relao carga/velocidade. Seqncia de ciclos de regimes idnticos, cada ciclo consistindo de um perodo de partida e um perodo de funcionamento a carga constante, correspondendo a uma velocidade de rotao pr-determinada, seguidos de um ou mais perodos de funcionamento a outras cargas constantes, correspondentes a diferentes rotaes. No existe perodo de repouso. Funcionamento com mudanas no peridicas de carga e velocidade. Regime no qual geralmente a carga e a velocidade variam no periodicamente, dentro da faixa de funcionamento admissvel, incluindo freqentemente sobrecargas aplicadas que podem ser muito superiores s plenas cargas. Funcionamento sob cargas constantes distintas. Regime com cargas constantes distintas, incluindo no mximo, quatro valores distintos de carga (ou cargas equivalentes). A carga mnima durante um ciclo de regime pode ter o valor zero (funcionando em vazio ou repouso).
S7
S8
S9
S10
Outros dados importantes tambm so trazidos pela placa de caracteristicas, do motor, tais como forma de associao dos terminais, frequncia de lubrificao, tipo de lubrificante a ser utilizado, modelos dos rolamentos dianteiro e traseiro, tipo de carcaa e nmero de srie, importante para especificao de peas para manuteno. Partes Principais de um motor de induo Um motor eltrico, possui duas partes bsicas. Estator e Rotor. Estator: composto por carcaa, bobinas, caixa de ligaes, e tampas traseira e dianteira. a parte esttica do motor eltrico. Rotor: constitui a parte mvel do motor. O rotor composto pelo ncleo, eixo e sistema de ventilao. Os rotores dos motores de induo (monofasicos e trifasicos) so rotores do tipo gaiola de esquilo. UNIDADE I O MOTOR MONOFSICO DE INDUO O motor monofsico de induo um motor eltrico, de pouca aplicao na indstria. Seu uso restrito pequenas bombas, serras e compressores. Os tipos de motores monofsicos so os seguintes: Motor monofsico de induo de fase auxiliar (sem capacitor) Motor monofsico de induo com fase auxiliar e capacitor de partida Motor monofsico de induo com fase auxiliar e capacitor permanente Motor monofsico de induo com fase auxiliar e capacitor permanente e de partida (motor rural) Prof. Leandro Gonzales 5
COMANDO DE MOTORES I
com
Motor Rural
com
1.1) Partes Principais e Princpio bsico de funcionamento O motor monofsico, possui trs enrolamentos. Dois enrolamentos, so chamados enrolamentos de trabalho e o outro enrolamento especfico para a partida do motor. Por padro, cada enrolamento projetado para receber, no mximo, 127V, independente da tenso que ser aplicada ao motor. Os motores monofsico disponibilizam duas opes de tenso, conforme ser visto mais adiante.
COMANDO DE MOTORES I
Nesta unidade, vamos dar ateno especial ao motor monofsico de induo com capacitor de partida. A figura a seguir, representa esquematicamente o conjunto de enrolamentos do motor monofsico de induo bem como a forma de numerao dos terminais.
Na caixa de ligaes do motor monofsico existem seis terminais devidamente numerados. Para efetuar as ligaes importante respeitar esta numerao e conhecer seu significado. Isso vale para qualquer motor eltrico. No motor monofsico, a numerao dos terminais obedece segunte regra: 1 e 2: So os terminais de incio das bobinas de trabalho 3 e 4: So os terminais de final das bobinas de trabalho 5 e 6: So os terminais da bobina de partida. Associando os terminais de forma adequada, podemos definir a tenso de trabalho do motor e o sentido de rotao do motor. O INTERRUPTOR CENTRFUGO E O CAPACITOR DE PARTIDA. Como j vimos, o motor monofsico possui um enrolamento especfico para a partida do motor. Para isso, possui um dispositivo que desabilita o enrolamento de partida aps o motor atingir cerca de 90% da sua rotao nominal. Este dispositivo chamado interruptor centrfugo, devido forma de acionamento do interruptor. Alm disso o motor possui o capacitor de partida o qual instalado na carcaa do motor, ou no interior da caixa de ligaes. Este componente ligado em srie com a bobina de partida e tem a funo de aumentar o torque de partida do motor. PRINCIPAIS PROBLEMAS COM O MOTOR MONOFSICO A maior parte dos problemas apresentados pelo motor monofsico, est relacionada com a bobina de partida. Caso este enrolamento no funcione, o motor monofsico nao inicia a rotao. Porm, se for dado um impulso manual sobre o eixo, o motor inicia a rotao no mesmo sentido no qual o impulso foi dado. Dentre os diversos motivos de falha na atuao do enrolamento de partida, destacam-se: Capacitor de partida queimado (aberto) Interruptor centrfugo danificado (trancado)
Outro defeito, apresenta como sintoma a dificuldade de o motor partir com carga. Porm, quando a carga retirada, o motor parece partir normalmente. Isso ocorre quando o capacitor encontra-se em curto-circuito.
COMANDO DE MOTORES I
Pode-se testar o capacitor de partida, utilizando um multimetro analgico, com a escala na posio ohmmetro. O estado do capacitor definido quando so detectados os seguintes comportamentos:
PONTEIRO DO MULTMETRO Deflexiona at o final da escala e retorna lentamente para o inicio No deflexiona Deflexiona at o final da escala e no retorna ESTADO DO CAPACITOR Capacitor em bom estado Capacitor aberto Capacitor em curto-circuito
1.2)
A forma como associamos os terminais da caixa de ligaes, define a tenso nominal e o sentido de rotao do motor. Vale lembrar que cada bobina deve receber, no mximo 127V. a) Ligao para 127 V:
b)
Observao Importante: Deve-se respeitar a numerao dos terminais, pois ela define a polaridade magntica das bobinas do motor. A regra para ligao de bobinas, a seguinte: Prof. Leandro Gonzales 8
COMANDO DE MOTORES I
Bobinas em Paralelo: Devem ser interligados os finais e incios das bobinas a serem associadas.
A importncia do conhecimento do significado da numerao, est no fato que ela indica a polaridade de cada bobina. ATIVIDADE I LIGAO DO MOTOR MONOFSICO COM CAPACITOR DE PARTIDA Observe:
Respeite as normas de Segurana; No permitido o uso de relgios, brincos, pulseiras, e adornos em geral; Se possuir cabelos compridos, prenda-os de forma bem firme. obrigatrio o uso de uniforme prprio para aulas prticas (jaleco)
1) Anote os dados da placa de caractersticas do motor, indicando o significado dos principais dados. 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) Remova a tampa da caixa de ligaes, e verifique a numerao Remova a tampa do capacitor Com o conhecimento da numerao dos terminais, efetue a ligao para 220V Inverta o sentido de rotao. Com o conhecimento da numerao dos terminais, efetue a ligao para 127V Inverta o sentido de rotao. Faa os seguintes ensaios: Utilizando a ligao para 220V, desligue os terminais da bobina de partida e teste
Qual foi o efeito observado?
a) o motor.
motor.
d) Desfaa o curto-circuito do capacitor e, utilizando um ampermetro tipo alicate e a funo PEAK HOLD, mea a corrente de partida do motor nas tenses de 220V e 127V
Qual a diferena entre as medies? Por qu?
e)
COMANDO DE MOTORES I
1.3) Teste de Identificao dos terminais do motor monofsico de induo J foi ressaltado a importncia da numerao dos terminais do motor. Porm, pode haver a necessidade de identificar esta numerao, devido possibilidade de avaria. Para isso, vamos utilizar um multmetro, na funo ohmmetro, e seguir os passos indicados: Remover a tampa da caixa de ligaes Remover a tampa e o capacitor de partida Colocar uma das ponteiras em um dos terminais de ligao ao capacitor, e com a outra testar um a um os terminais do motor. O terminal que apresentar continuidade, ser o terminal que chamaremos de 5 Repetir o teste com o outro terminal de ligao ao capacitor. O terminal do motor que apresentar continuidade, chamaremos de 6 Restam ainda 4 terminais desconhecidos. Portanto, vamos identificar os terminais das bobinas de trabalho. Para isso testaremos os pares de terminais que restaram, sendo que aqueles que apresentam continuidade, definem uma bobina. Como nao sabemos a polaridade correta, devemos numer-las intuitivamente. (1 e 2 1Bobina) (2 e 4 2 Bobina). Efetuamos a ligao para 220 ou 127V, e energizamos o motor. Caso o motor no funcione correntamente, (emite ruido anormal), basta trocar os terminais 2 e 4.
Ligao Correta
Motor Roncando
1.4)
O motor monofsico disponibiliza duas opes de sentido de rotao. Podemos desenvolver um sistema simples, para que o motor opere com duas opes de rotao selecionadas atravs de uma chave. Isto possvel com a utilizao de um interruptor intermedirio (four way)
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COMANDO DE MOTORES I
Com isso, basta apenas acionar o interruptor para trocar o sentido de rotao do motor. ATIVIDADE II IDENTIFICAO DOS TERMINAIS DO MOTOR MONOFSICO E INSTALAO DO DISPOSITIVO PARA TROCA DO SENTIDO DE ROTAO Observe:
Respeite as normas de Segurana; No permitido o uso de relgios, brincos, pulseiras, e adornos em geral; Se possuir cabelos compridos, prenda-os de forma bem firme. obrigatrio o uso de uniforme prprio para aulas prticas (jaleco)
1) 2) 3)
Remova a tampa de proteo do capacitor Represente um esquema que identifique os bornes de ligao do motor Efetue o teste de identificao dos terminais com o uso do ohmmetro, e anote a
numerao encontrada no esquema do item 2. 4) Verifique a numerao, energizando o motor com tenso adequada e responda s
questes: a) A numerao est correta? Justifique b) Caso a numerao no esteja correta, represente a correo c) Qual foi a tenso utilizada para o teste do motor? Instale o dispositivo para troca do sentido de rotao. Desenvolva os esquemas e a
5)
montagem para as tenses de 127V e 220V. 6) Faa os seguintes ensaios: a) Ligue o motor e verifique o sentido de rotao. Desligue o motor, espere parar
totalmente e acione o interruptor four way . Ligue o motor novamente e verifique o sentido de rotao.
Indique os sentidos de rotao nos dois testes.
b)
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Os motores trifsicos de induo, apresentam caractersticas construtivas muito simples, e principalmente alto rendimento, possibilitando a fabricao de motores trifsicos das mais diversas potncias, desde as mais baixas s mais elevadas. Os motores trifasicos de induo constituem mais de 90% dos motores aplicados na indstria. 2.1) Partes principais: Os motores trifsficos, tambm possuem na carcaa a caixa de ligaes, tampa com mancais e, no rotor, tambm do tipo gaiola de esquilo, possuem eixo, ncleo e sistema de ventilao. Os motores trifsicos NO possuem bobina de partida. Internamente o estator constituido por tres conjuntos de bobinas chamadas fases. Estas fases podem ser compostas por uma ou duas bobinas, definindo os principais tipos de motores trifsicos de induo: os motores de seis, nove e doze terminais.
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COMANDO DE MOTORES I
Em todos os motores trifsicos de induo, a numerao dos terminais segue o padro de 3 unidades de diferena entro o nmero do incio e do final da bobina.
2.2.1)
Estes motores possuem apenas uma bobina por fase. Isso possibilita duas tenses de alimentao. As tenses padro dos motores trifsicos de induo, so as seguintes: 220/380V 380/660V as bobinas do motor so projetadas para receber, no mximo, 220V as bobinas do motor so projetadas para receber, no mximo, 380V
As ligaes definidas para os motores trifsicos, so as seguintes: Ligao Tringulo ( ): Esta a ligao para a menor tenso do motor. O esquema de ligao o seguinte:
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COMANDO DE MOTORES I
Obs.: Para a inverso do sentido de rotao de qualquer motor trifsico, basta trocar uma fase por outra. ATIVIDADE III LIGAO DOS MOTORES TRIFSICOS DE 6 TERMINAIS: Observe:
Respeite as normas de Segurana; No permitido o uso de relgios, brincos, pulseiras, e adornos em geral; Se possuir cabelos compridos, prenda-os de forma bem firme. obrigatrio o uso de uniforme prprio para aulas prticas (jaleco)
1)
2) 3) 4) 5) 6)
Remova a tampa da caixa de ligaes, e verifique a numerao dos terminais. Efetue a ligao para a menor tenso e energize o motor Efetue a ligao para a maior tenso e energize o motor Inverta o sentido de rotao para uma das tenses Utilizando um multimetro na funo voltmetro, e mea a tenso entre os terminais 1 e e Y.
?
Quais o valores encontrados na ligao Y? Qual a sua opinio sobre este fato?
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IFSul CURSO TCNICO EM ELETROMECNICA 2.2.2) Identificao dos terminais do motor trifsico de seis terminais:
COMANDO DE MOTORES I
Como j visto no estudo do motor monofsico, os terminais podem, por algum motivo, estar com a numerao danificada. Porm, possivel identificar a numerao dos terminais com um teste relativamente simples e sem prejuzo ao motor. Para isso vamos utilizar um multimetro e seguir as etapas: 1. Com o multimetro na funo ohmmetro, identificamos os pares de terminais que
definem uma bobina. 2. 3. Escolhemos um par de terminais para que sejam numerados como 1 e 4. Os demais terminais, so numerados intuitivamente. Fica portanto:
4.
Agora devemos determinar a polaridade de cada bobina. Para isso faremos o seguinte: Interligar os terminais 4 e 5. Alimentar os terminais 1 e 2 com 220V. Com o voltimetro na escala de 50V, medir tenso entre os terminais 3 e 6.
Se o voltmetro indicar tenso, troque os terminais 2 e 5, e repita o teste. O voltimetro no dever indicar tenso. Com as operaes acima, j definimos a numerao das duas primeiras bobinas. Vamos agora definir a numerao da terceira bobina. Para isso, repetimos o teste anterior da seguinte forma:
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COMANDO DE MOTORES I
Interligar os terminais 4 e 6. Alimentar os terminais 1 e 3 com 220V. Com o voltimetro na escala de 50V, medir tenso entre os terminais 2 e 5.
Se o voltmetro indicar tenso, troca-se os terminais 3 e 6. Se no houver indicao de tenso a numerao est correta. ATIVIDADE IV IDENTIFICAO DOS TERMINAIS DO MOTOR TRIFSICO DE SEIS TERMNAIS. Observe:
Respeite as normas de Segurana; No permitido o uso de relgios, brincos, pulseiras, e adornos em geral; Se possuir cabelos compridos, prenda-os de forma bem firme. obrigatrio o uso de uniforme prprio para aulas prticas (jaleco)
1) 2)
Represente um diagrama que mostre os bornes do motor utilizado. Utilizando o ohmmetro, identifique a sequncia da numerao dos terminais no
diagrama o item 1.
Qual foi a sequncia da numerao encontrada?
3)
terminais
Qual foi a sequncia correta?
4) 5) 6)
relate.
Efetue a ligao do motor para a maior tenso. Efetue a ligao do motor para a menor tenso. Inverta o sentido de rotao do motor.
Ocorreu algum problema com o funcionamento do motor? Em caso positivo,
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COMANDO DE MOTORES I
2.2.3 )
Estes motores possuem duas bobinas por fase. Por padro, cada bobina projetada para receber no mximo, 220 V. A disposio dos terminais, de acordo com a numerao padro, fica de acordo com o esquema a seguir.
Estes
motores
de
induo,
possibilitam
quatro
tenses
de
alimentao:
Obs.: As bobinas de cada fase esto em PARALELO. Isto significa que os incios e os finais de cada bobina esto interligados, conforme j foi visto anteriormente.
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COMANDO DE MOTORES I
Obs.: As bobinas de cada fase esto em SRIE. Isto significa que o incio de uma bobina est ligado ao final da prxima bobina, conforme j foi visto anteriormente.
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COMANDO DE MOTORES I
Nos motores de 12 terminais, esta tenso utilizada somente para a partida do motor, ou seja o motor no possui isolao para funcionar com tenso de 760V, pois sua isolao nao suporta esta tenso. Mais detalhes sero vistos, quando estudarmos os mtodos de partida para motores de induo
1)
2)
3) Faa a ligao para todas as tenses do motor, energizando sempre com a tenso adequada. Alimente o motor com 380V nas ligaes para 440V e 760V.
O que voc observou quando o motor foi alimentado com uma tenso menor do que aquela para qual foi ligado?
4) Utilizando o ampermetro alicate e a funo peak hold, mea as correntes de partida em 220V, 380V e nas ligaes para 440V e 760V, alimentados em 380V.
O que foi observado?
5) 6)
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COMANDO DE MOTORES I
O MOTOR TRIFSICO DE 9 TERMINAIS Mesmo sendo pouco comuns, existe em uso motores trifsicos de 9 terminais. Estes
motores tambm apresentam duas bobinas por fase, porm parte do enrolamento do motor so interligados em estrela (Y). Internamente as bobinas se apresentam da seguinte forma:
Devido forma de construo dos enrolamentos, estes motores possibilitam apenas as ligaes estrela srie (Y) e estrela paralelo (YY), dispondo apenas duas tenses de alimentao. Os motores de 9 terminais, apresentam as seguintes tenses de alimentao: 220V/440V 380/760V As bobinas so projetadas para suportar, no mximo 127V. As bobinas so projetadas para suportar, no mximo 220V Ligao YY Menor Tenso
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COMANDO DE MOTORES I
2.2.5) O MOTOR TRIFSICO TIPO DAHLANDER. Este um tipo de motor trifsico de induo que disponibiliza duas opes de rotao (RPM), porm apenas uma opo de tenso. O tipo de ligao feita nos terminais (que podem ser 6 ou 12), define a rotao utilizada. Externamente este motor idntico ao motor trifsico de induo. Por isso, devemos ter ateno placa de caractersticas do motor.
Na caixa de ligaes apresentam-se seis terminais, conforme indicados no esquema acima, e que podem ser associados da seguinte forma.
Os motores trifsicos do tipo DAHLANDER, se apresentam com trs classificaes: potncia constante, conjugado constante e conjugado varivel. Alguns motores DAHLANDER, tambm se apresentam em modelos de 9 ou 12 terminais. Porm vamos limitar nosso estudo aos motores de conjugado constante, com seis terminais, que so mais comuns.
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COMANDO DE MOTORES I
1)
2)
3) motor.
4)
Faa a ligao para a menor rotao e energize o motor com tenso adequada.
Mea a corrente de partida do motor Mea a corrente nominal do motor
5)
Faa a ligao para a maior rotao e energize o motor com tenso adequada.
Mea a corrente de partida do motor Mea a correntte nominal do motor
6)
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COMANDO DE MOTORES I
UNIDADE III MTODOS DE ACIONAMENTO DE MOTORES DE INDUO Acionar um motor eltrico de induo basicamente aliment-lo com tenso adequada. Porm, nao to simples quanto parece. Devem ser tomados certos cuidados que levam em conta, principalmente a potncia do motor e o tipo de carga aplicada a ele. 3.1) O mtodo de partida direta O mtodo de partida direta, consiste em aplicar diretamente a tenso nominal ao motor atravs de um dispositivo manual ou eletromagntico como veremos a seguir. 3.1.1) Limitaes do mtodo O principal incoveniente do mtodo de partida direta, o fato do alto consumo de corrente no instante da partida. Como j vimos, a corrente de partida do motor cerca de 6 a 12 vezes o valor da corrente nominal de trabalho do motor. Por isso, deve-se observar as seguintes restries de aplicao: At 7,5CV, se o fornecimento de energia for atraves da rede pblica de baixa tenso (B.T.), com sistema 380V/220V. At 5CV, se o fornecimento de energia for atravs da rede pblica de baixa tenso (B.T.), com sistema 220V/127V. At 9% da potncia do transformador, caso o fornecimento de energia seja em mdia tenso (M.T.), onde h transformador prprio.
3.1.2) Dispositivos manuais de partida direta. Os principais dispositivos manuais de partida direta, so as chaves seccionadoras e o disjuntor motor. As chaves seccionadoras mais comuns suportam cerca de 20A em regime contnuo, e so constitudas por dois (quando monofsicas) ou trs (quando trifsicas) conjuntos de contatos acondicionados no interior da chave para evitar arco eltrico.
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COMANDO DE MOTORES I
Obs: Os dispositivos para acionamento dos motores de induo devem SEMPRE possuir proteo contra ARCO ELTRICO.
O disjuntor motor um dispositivo que possibilita o acionamento do motor e tambm a proteo contra sobrecarga no motor. Este dispositivo possui um seletor que regula a corrente mxima que pode passar pelo dispositivo. Se, por algum motivo, a corrente ultrapassar o valor definido no dispositivo, o disjuntor-motor desliga-se automaticamente evitando danos ao motor.
Exemplos de disjuntor-motor
Tendo em vista que os mtodos de partida para motores, comeam a se tornar mais complexos, devemos nos acostumar com o uso de diagramas. A simbologia usada em esquemas, para representar o disjuntor-motor, representada a seguir:
Utilizando esta simbologia, vamos representar o diagrama de um motor trifsico acionado por um disjuntor-motor. Este diagrama chamado diagrama de fora ou diagrama de potncia.
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COMANDO DE MOTORES I
3.1.3) Dispositivos Eletromagnticos de Manobra: So dispositivos que utilizam o eletromagnetismo para fechar ou abrir um circuito eltrico, que em nosso estudo, caracteriza-se pelo motor de induo. Vamos dar ateno para um dispositivo em especial, fundamental em acionamentos de motores eltricos e cargas diversas: o contator. 3.1.3.1) Princpio de funcionamento e partes principais: O contator um dispositivo eletromagntico que possibilita a manobra de motores de induo e cargas eltricas de potncia considervel. Tem como principais componentes bobina, ncleo mvel, ncleo fixo, contatos de fora e contatos auxiliares. Seu princpio de funcionamennto simples: quando a bobina energizada, o ncleo mvel atrado pelo ncleo fixo, fechando os contatos de fora e abrindo ou fechando os contatos auxiliares, conforme lgica descrita mais adiante. Basicamente uma chave acionada por uma bobina. A figura a seguir ilustra as partes principais de um contator comum.
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COMANDO DE MOTORES I
Alguns componentes do contator, principalmente bobina e conntatos de fora, podem ser substitudos em caso de avaria ou desgaste. A troca de determinados componentes, depende do modelo e da capacidade do contator. Abaixo uma figura que ilustra a troca dos contatos de fora de um contator.
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COMANDO DE MOTORES I
Para que o contator funcione necessrio que a bobina seja energizada com tenso adequada a qual informada na carcaa do contator, junto aos terminais de ligao da bobina e a quem chamamos de tenso de comando. As tenses mais comuns so 380V e 220V para corrente alternada e 24V e 12V para corrente contnua. Porm possivel alterar a tenso de comando do contator, substituindo a bobina. 3.1.3.2) Simbologia e lgica de contatos. Em acionamentos eltricos que envolvem contatores, imprscindvel o desenvolvimento de esquemas de ligao, utilizando a simbologia adequada. Vamos analisar agora alguns smbolos utilizados na representao dos circuitos que envolvem o uso de contatores e dispositivos eletromagnticos. A simbologia que representa a bobina do contator encontra-se na figura a seguir:
A1 e
A2
so os terminais da
Como j foi dito, o contator possui contatos de fora e contatos auxiliares, conforme as funes que sero descritas a seguir. Contatos de fora: So utilizados para ligar e desligar a carga. Estes contatos so dimensionados para suportar a corrente da carga para qual foi projetado. A simbologia que representa os contatos de fora a seguinte:
Contatos auxiliares: So utilizados para acionar outros dispositivos que fazem parte do sistema de partida, como veremos mais adiante. Estes contatos so dimensionados para suportar baixas correntes, da ordem de 1A. O contato auxiliar pode ser de dois tipos: Normalmente Aberto (NA) ou Normalmente Fechado (NF), conforme lgica descrita a seguir.
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COMANDO DE MOTORES I
repouso. O contato NA, quando encontra-se eletricamente aberto (nao permite passagem de corrente eltrica), considerando o dispositivo no estado de repouso. Contato Normalmente Fechado (NF): O contato NF, quando encontra-se
eletricamente fehchado (permitndo passagem de corrente eltrica), considerando o dispositivo no estado de repouso. A simbologia para os contatos NA e NF :
Deve-se tambm observar a numerao padro para contatos auxiliares. Esta numerao formada por dois algarismos e obedecem seguinte regra:
Observando o algarismo direita, temos: Se for 1 e 2: Indica contato N.F. Se for 3 e 4: Indica contato N.A. Exemplo:
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COMANDO DE MOTORES I
1)
2)
3)
4)
5)
tenso adequada.
Qual foi a tenso utilizada? Qual a ligao das bobinas do motor? Represente o esquema de ligao das bobinas.
6)
sinalizao no item 5, no qual uma das lmpadas acenda somente com o motor desligado e a outra somente com o motor ligado.
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COMANDO DE MOTORES I
Durante o fncionamento do motor eltrico, pode ocorrer imprevistos que causem danos ao motor. Os problemas mais comuns, esto relacionados carga que aplicada ao motor. Um defeito com esta carga pode sobrecarregar o motor eletrico, provocando a queima do motor. Por isso, utilizam-se sistemas de proteo que evitem a sobrecarga e tambm o curto-circuito. Para isso utilizam-se fusveis, disjuntor motor e os rels de sobrecarga. 3.1.4.1) Fusveis: em sistemas de acionamento de motores eltricos utilizam-se dois tipos bsicos de fuusveis: os fusveis DIAZED (ou tipo D) e os fusveis NH. FUSVEIS DIAZED (Tipo D) O fusvel Diazed ou (D) composto por: base (aberta ou protegida), tampa fusvel parafuso de ajuste e anel. A base feita de porcelana dentro da qual est um elemento metlico roscado internamente e ligado externamente um dos bornes. O outro borne est isolado do primeiro e ligado ao parafuso de ajuste. A tampa, geralmente de porcelana, fixa o fusvel base e no inutilizada com a queima do fusvel. Ela permite inspeo visual do indicador do fusvel e sua substituio mesmo sob tenso. O parafuso de ajuste tem funo de impedir o uso de fusveis de capacidade superior desejada para o circuito. A montagem do parafuso por meio de uma chave especial. O anel um elemento de porcelana com rosca interna, cuja funo proteger a rosca metlica da base aberta, pois evita a possibilidade de contatos acidentais na troca do fusvel. O fusvel um dispositivo de porcelana em cujas extremidades fixado um fio de cobre puro ou recoberto por uma camada de zinco. Ele fica imerso em areia especial cuja funo extinguir o arco voltaico e evitar o perigo de exploso quando da queima do fusvel. O fusvel possui um indicador, visvel atravs da tampa, cuja corrente nominal identificada por meio de cores e que se desprendem em caso de queima.
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IFSul CURSO TCNICO EM ELETROMECNICA Os fusveis DIAZED se apresentam nos tamanhos DII e DIII DII: para correntes de 2A a 25A DIII: para correntes de 30 A a 63A
COMANDO DE MOTORES I
Para instalao e substituio do parafuso de ajuste utilizada ferramenta especfica, como mostra a figura abaixo.
FUSVEIS NH
NH so as iniciais de Niederspannungs Hochleistungs, expresso em alemo que significa "Baixa Tenso e Alta Capacidade de Interrupo" Os fusveis NH suportam
elevaes de tenso durante um certo tempo sem que ocorra fuso. Eles so empregados em circuitos sujeitos a pico de corrente e onde existam cargas indutivas e capacitivas. Sua construo permite valores padronizados de corrente que variam de 6 1200 A. So constituidos por duas partes: base e fusvel. A base fabricada de material isolante como a esteatita, plstico ou termofixo. Nela so fixados os contatos em forma de garras, s quais esto acopladas molas que aumentam a presso de contato. O fusvel possui corpo de porcelana de seo retangular. Dentro desse corpo, esto o elo porcelana e duas facas de metal que se encaixam perfeitamente nas garras da base. O elo fusvel feito de cobre (e pode ainda ser fabricado em prata) em forma de lminas vazadas em determinados pontos para reduzir a seo condutora. Na parte superior do corpo, existe um indicador que sinaliza quando o fusvel est rompido.
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COMANDO DE MOTORES I
Os fusveis NH, se apresentam nos tamanhos NH00, NH 1, NH 2 e NH 3, que variam de acordo com a corrente nominal e capacidade de interrupo.
Para a colocao e retirada dos fusveis NH, utilizada uma ferramenta, chamada punho saca-fusveis, representado a seguir:
OBS.: Os fusveis NUNCA devem ser removidos enquanto houver corrente eltrica passando por eles, pois causa acidente por arco eltrico.
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COMANDO DE MOTORES I
Os fusveis DIAZED e NH, podem ainda ser classificados em Retardados e Ultra-rpidos. Os fusveis ultra-rpidos, no suportam picos de corrente, ou seja, qualquer valor acima da corrente nominal do fusvel, suficiente para romp-lo. Estes fusveis no so indicados para proteger cargas com caracterstica indutiva (motores eltricos, por exemplo) ou capacitiva. Os fusveis retardados, suportam picos de corrente por determinados instantes de tempo, e com isso suportam os picos de corrente existente em cargas indutivas e capacitivas e por isso so indicados para a proteo de motores eltricos e bancos de capacitores. 3.1.4.2) Rels de sobrecarga: O rel de sobrecarga utilizado em conjunto com o contator, estando seu funcionamento condicionado ao uso do contator para acionamento do motor eltrico. Este dispositivo possui um contato NF, cuja numerao 95 e 96 e que atua quando a corrente do motor ultrapassa o valor ajustado no rel. Por isso, os condutores que alimentam o motor, devem obrigatoriamente passar pelo rel de sobrecarga.
Simbologia:
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COMANDO DE MOTORES I
O rel de sobrecarga acoplado aos contatos de fora do contator e por isso deve ser de modelo compatvel. Abaixo, um exemplo do conjunto contator + rel de sobrecarga:
3.1.4.3) Mtodo de proteo contra falta de fase: A falta de fase, uma das maiores causas de queima em motores eltricos. Como j vimos nas atividades anteriores, o motor no parte com falta de fase, porm se estiver funcionando, sua corrente aumenta demasiadamente, causando a queima do enrolamento. Em alguns casos, o rel de sobrecarga atua a tempo de evitar a queima do motor, porm necessrio um dispositivo de proteo mais eficiente. Estes dispositivos tambm so utilizados, em conjunto com o contator, como veremos em seguida. Sua atuao se d na forma de um contato NA, que atua quando faltar ao motor uma das fases de alimentao. Isso feito com os seguintes elementos: Rel supervisor de tenso Rel falta de fase Rel de falta e sequncia de fase.
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COMANDO DE MOTORES I
ajustar a mxima e a mnima tenso que o rel pode detectar. Se, por algum motivo, a tenso no estiver entre os limites definidos no rel, o mesmo atua desligando o circuito de alimentao do contator, e consequentemente a alimentao do motor eltrico. R, S e T so os terminais de alimentao do rel. 15, 16 e 18, so os terminais do conjunto de contatos NA/NF No centro do rel esto os seletores de ajuste dos limites da tenso O conjunto de contatos NA/NF, funciona de acordo com o esquema:
Obs: os rels de superviso de tenso tambm podem oferecer proteo contra falta de fase e sequncia de fase, o que depender do modelo e fabricante do rel.
b)
fase, tambm proteo contra alterao da sequncia de fase, evitando que o sentido de rotao do motor seja alterado. O conjunto de contatos NA/NF se apresenta da mesma forma que no rel supervisor de tenso. L1, L2 e L3 so os terminais de alimentao do rel. 15, 16 e 18, so os terminais do conjunto de contatos NA/NF O conjunto de contatos NA/NF, funciona de acordo com o esquema:
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COMANDO DE MOTORES I
REL DE FALTA DE FASE: este rel oferece apena proteo contra falta de fase.
Em alguns modelos apresenta tambm uma regulagem no centro que possibilita a relgulagem do valor mnimo de tenso a ser detectada pelo rel. L1, L2 e L3 so os terminais de alimentao do rel. No centro a regulagem da mnima tenso a ser detectada pelo rel. 15, 16 e 18, so os terminais do conjunto de contatos NA/NF O conjunto de contatos NA/NF, funciona de acordo com o esquema:
Obs: Os rels de falta de fase, devem sempre ser alimentados com tenso trifsica, embora o circuito de comando seja monofsico. Em alguns modelos, ainda necessria a alimentao com condutor neutro, alm das trs fases.
3.1.5) A chave de partida direta eletromagntica: Este o mtodo mais comum para a partida de motores de induo. Para montagem desta chave, utilizam-se fusveis, contator, rel de sobrecarga e outros elementos de proteo do motor, como o rel falta de fase, por exemplo. necessrio ainda a aplicao dos botes de pulso ou botoeiras, elemento que analisaremos agora. As botoeiras podem ser do tipo NA ou NF, e a simbologia usada a seguinte:
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Teremos agora que desenvolver dois tipos diagramas, que nos daro base para a montagem da chave de partida direta eletromagntica. O diagrama de comando, que envolve os elementos que sero utilizados para o acionamento do contator e o diagrama de potncia, que envolve os contatos de fora do contator e os elementos de acionamento do motor eltrico. A seguir, os diagramas necessrios para a montagem da chave de partida direta eletromagntica com a descrio dos componentes: a) DIAGRAMA DE COMANDO
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1)
2)
3)
4)
5)
na bancada.
Qual a tenso utilizada para alimentar o motor? Represente o diagrama de ligao das bobinas do motor
6)
7)
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1)
2)
no item 1.
3)
4) 220V.
5)
6)
Instale um sistema de sinalizao que indique a atuao da proteo contra falta de fase.
Represente o diagrama de comando com esta modificao.
7)
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COMANDO DE MOTORES I
4.1) Objetivos do mtodo J foi observado que os motores de induo consomem elevada corrente durante o perodo de partida, o que faz com que no seja possvel aplicar o mtodo de partida direta na maioria dos casos. Por isso, utilizam-se mtodos de partida com tenso reduzida, que basicamente consistem em reduzir a tenso aplicada ao motor, somente durante o perodo de partida. Isso pode ser feito atravs da mudana nas ligaes do motor ou na aplicao de um dispositivo que reduza a tenso aplicada durante a partida, como por exemplo um autotransformador. Logo, conclumos que o mtodo de partida com tenso reduzida tem como objetivo principal reduzir a corrente de partida dos motores de induo. 4.2) Aplicaes Utiliza-se um mtodo de partida com tenso reduzida quando no for possvel partir o motor diretamente, ou em alguns casos, quando existir a necessidade de uma partida suave do motor. Devemos salientar aqui, que quando aplica-se o mtodo de partida com tenso reduzida, a corrente de partida fica reduzida na proporo do quadrado da reduo da tenso, porm o torque ou conjugado de partida tambm se reduz na mesma proporo, o que traz como consequncia uma partida mais suave do motor. 4.3) Mtodos manuais de partida com teno reduzida Assim como o mtodo de partida direta, os mtodos de partida com tenso reduzida tambm podem ser manuais ou tenso reduzida. 4.3.1) O mtodo de partida Estrela Tringulo (Y Na partida Y ): neste caso utiliza-se uma chave eletromagnticos. Com o objetivo de compreender os fundamentos deste assunto, vamos analisar somente os mtodos manuais de partida com
comutadora com 9 terminais, a qual muda as ligaes do motor conforme a posio do seletor. , o motor parte com a ligao Y, e aps cerca de 10 segundos, deve-se trocar a , a fim de colocar o motor em regime permanente. Para compreender posio da chave para
este fato, vamos analisar a aplicao deste mtodo em um motor trifsico de 6 terminais, cujas tenses nominais so 220V/380V.
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IFSul CURSO TCNICO EM ELETROMECNICA Exemplo: Tenso do motor 220/380V Tenso da rede: 220V Mtodo de partida: Y REDE Motor 220V receber PARTIDA (Y) ligado 380V,
COMANDO DE MOTORES I
recebendo 220V.
Nota-se portanto que devemos observar a compatibilidade entre a tenso da rede, a tenso do motor e o mtodo de partida a ser utilizado. A ttulo de curiosidade, vamos analisar quantitativamente a reduo da corrente de partida do motor: Exemplo: Potncia do motor 5 CV Corrente nominal aproximada em 220V: 13,5A
Ip
/In: 8,0
Mtodo de partida: Y
1
Com a utilizao do mtodo de partida Y , a tenso fica reduzida em
da tenso nominal.
Como a corrente de partida fica reduzida no quadrado da reduo da tenso, a corrente de partida ficar reduzida em:
I pY =
( 3)
1 I p I pY = 108 I pY = 36 A 3
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4.3.2) O mtodo de partida Srie Paralelo (Y YY) na mesma linha de raciocnio da partida,Y a partida Y YY,consiste em aplicar na partida do motor, uma ligao Y e em regime permanente uma ligao YY. A chave utilizada possui 12 terminais qe efetuam a troca das ligaes de accordo com a posio do seletor. Porm este mtodo s compatvel com motores de 9 e 12 terminais. Vamos analisar o exemplo de aplicao do mtodo com os motores de 9 e 12 terminais
Chave de partida Y YY manual. Exemplo 1 motor de 9 terminais: Tenso do motor 380/760V Tenso da rede: 380V Mtodo de partida: Y YY REDE Motor 380V receber PARTIDA (Y) ligado 760V, REGIME (YY) para Motor ligado para receber porm 380V, e recebendo tenso adequada.
recebendo 380V.
Exemplo 2 motor de 12 terminais: Tenso do motor 220/380/440/760V Tenso da rede: 380V Mtodo de partida: Y YY REDE Motor 380V receber PARTIDA (Y) ligado 760V, REGIME (YY) para Motor ligado para receber porm 380V, e recebendo tenso adequada.
recebendo 380V.
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COMANDO DE MOTORES I
4.3.2) O mtodo de partida compensada: este mtodo no utliliza a mudana das ligaes do motor para reduzir a tenso na partida. Diferente dos outros mtodos estudados, este mtodo utiliza um auto-transformador, que aplica 65% ou 80% da tenso da rede durante a partida do motor, reduzindo a corrente de partida. As chaves de partida compensada manuais esto em desuso, sendo que as atualmente utilizadas so eletromagnticas. O diagrama de uma chave de partida compensada dado a seguir: O auto-transformador de partida permite que seja aplicada no motor 80% ou 65% da tenso nominal. Basta escolher o terminal de sada de tenso (TAP) que ser ligado ao motor durante a partida.
Abaixo, alguns exemplos de auto-transformadores, utilizado na partida compensada para motores de induo.
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considerando um motor trifsico, 12 terminais, considerando os seguintes dados: Tenso do motor 220/380/440/760V Correntes nominais do motor: 27/16/10A Potncia do motor : 10CV
Ip
/In: 8,6
Tenso da rede: 3~/N 220/380V Mtodo de partida: Y YY 2) Indique no quadro a seguir os possveis mtodos de partida que podem ser utilizados, baseando-se apenas na compatibilidade entre os mtodos de de partida, tenso do motor e tenso da rede. Considere um sistema trifsico, com neutro. MOTOR 220/380V 220/440V 380/660V 380/760V 220/440/380/760V 220/440/380/760V 220V 380V 440V REDE 220/127V 380/220V 380/220V 380/220V 220/127V 380/220V 380/220V 380/220V 440/254V MTODO DE PARTIDA
3) Qual o principal objetivo de um mtodo de partida com tenso reduzida? 4) Quais so as limitaes do mtodo de partida direta? 5) Seria possvel utilizar um mtodo de partida Y Quais seriam as restries neste caso? 6) Seria possvel utilizar uma chave Y em um motor de 9 terminais? Justifique. em um motor trifsico de 12 terminais?
7) Existe alguma restrio para aplicao da chave compensadora? Justifique. Prof. Leandro Gonzales 45
4) Defina a tenso de alimentao do sistema de partida, indicando abaixo e justificando sua escolha. 5) Instale a chave de partida no motor, respeitando a sequncia da numerao dos terminais da chave e do motor 6) Efetue a operao de partida do motor eltrico, conforme visto em aula 7) Faa os seguintes ensaios;
Usando a funo Peak-Hold do ampermetro alicate, mea a corrente de partida com o motor partindo diretamente e com a interveno da chave Y . Compare os valores obtidos e apresente uma concluso.
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