Economia A
Economia A
Economia A
PROGRAMA DE ECONOMIA A
Cursos Científico-Humanísticos:
Ciências e Tecnologias
Ciências Socioeconómicas
Formação Específica
Autores
António Pastorinho
Elsa Silva (Coordenadora)
Lúcia Lopes
Manuela Silvestre
Rosa Moinhos
Homologação
22/02/2001 (10º Ano)
05/03/2002 (11º Ano)
ÍNDICE
4. Recursos ......................................................................................................10
5. Avaliação ......................................................................................................11
- Bibliografia ......................................................................................................63
2
PROGRAMA DE ECONOMIA A
1ª PARTE – INTRODUÇÃO
3
2ª PARTE – APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA
4
• Fomentar a interiorização de valores de tolerância, respeito pelas
diferenças, democracia e justiça social, solidariedade e cooperação.
• Fomentar atitudes de não discriminação, favoráveis à promoção da
igualdade de oportunidades para todos.
• Contribuir para a formação do cidadão, educando para a cidadania, para a
mudança e para o desenvolvimento, no respeito pelos Direitos Humanos.
5
2. VISÃO GERAL DOS CONTEÚDOS
DIMENSÃO
ECONOMIA
ECONÓMICA
COMO
DA
CIÊNCIA
REALIDADE
SOCIAL
SOCIAL
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ARTICULAÇÃO VERTICAL DOS
TEMAS E UNIDADES LECTIVAS
DO PROGRAMA
10º ANO
I – INTRODUÇÃO
2. Necessidades e consumo
4. Comércio e moeda
5. Preços e mercados
7. Poupança e investimento
11º ANO
9. A Contabilidade Nacional
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3. SUGESTÕES METODOLÓGICAS GERAIS
De facto:
"Há maiores possibilidades de aprendizagem nas salas de aula onde existe:
1. Aprendizagem activa, ou seja, abordagens que encorajam os participantes a
implicar-se em oportunidades de aprendizagem.
2. Negociação de objectivos, ou seja, abordagens em que as actividades têm em
conta as motivações e interesses de cada participante.
3. Demonstração, prática e reflexão sobre a prática, ou seja, abordagens em que
se propõem modelos práticos, se promove a sua utilização e se dão oportunidades
de reflectir sobre eles.
4. Avaliação contínua, ou seja, abordagens que promovem a investigação e a
reflexão como meios de revisão da aprendizagem.
5. Apoio, ou seja, abordagens que ajudam os indivíduos a correr riscos."
(UNESCO,1996)
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Recorda-se ainda que, independentemente da estratégia utilizada pelo
professor para introduzir os temas e as unidades ou as sub-unidades lectivas, bem
como dos caminhos seguidos para o desenvolvimento das mesmas, haverá
sempre que sistematizar os conteúdos estudados, articular os conhecimentos
entre si e integrá-los nos contextos reais do mundo em que vivemos. Tal como
haverá sempre que ter presente, quer na orientação quer no decorrer dos próprios
trabalhos, os objectivos nos domínios das competências e das atitudes. De facto,
estes deverão ser entendidos como transversais a todas as unidades lectivas dos
programas, pelo que deverão ser operacionalizados pelo professor em função e
de acordo com as suas opções didácticas, tomadas aquando da planificação da
leccionação dessas mesmas unidades lectivas.
Por outro lado, a participação da disciplina na Área de Projecto será mais uma
oportunidade para desenvolver estratégias de ensino-aprendizagem em que a
prática e a teoria sejam indissociáveis na construção do conhecimento e na
promoção de aprendizagens mais significativas do que as somente
proporcionadas pela tradicional relação verbal e retórica com a realidade.
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4. RECURSOS
Como recursos didácticos, a utilizar pelo professor e/ou pelos alunos, sugerem-
se, entre outros que o professor venha a considerar adequados, os seguintes:
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5. AVALIAÇÃO
Por outro lado, a avaliação deverá ser sempre uma prática contextualizada,
decorrendo das actividades praticadas pelos alunos na sala de aula e, quando
necessário, fora dela.
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Assim, devem ser considerados os seguintes objectos de avaliação:
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3ª PARTE – DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA
Por outro lado, não existindo no ensino básico nenhuma disciplina que seja
precedente, há, contudo, um conjunto de conhecimentos adquiridos e de
competências desenvolvidas ao longo do mesmo ciclo de estudos que constitui
pré-requisito para um melhor desenvolvimento do programa.
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necessidade de produção de bens e de serviços, bem como do seu comércio, que
implica a utilização de moeda, sem esquecer que o acto de compra exige o
estabelecimento de preços que dependem, em parte, do funcionamento dos
mercados.
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ESQUEMA CONCEPTUAL DOS CONTEÚDOS
CIÊNCIA
ACTIVIDADE
ECONÓMICA
ECONÓMICA
NECESSIDADES E CONSUMO
COMÉRCIO E MOEDA
PREÇOS E MERCADOS
POUPANÇA E INVESTIMENTO
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LISTAGEM DOS
TEMAS / UNIDADES LECTIVAS
10º ANO
I – INTRODUÇÃO
2. Necessidades e consumo
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4. Comércio e moeda
5. Preços e mercados
7. Poupança e investimento
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DESENVOLVIMENTO DOS TEMAS/UNIDADES LECTIVAS
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MÓDULO INICIAL
Actividades de diagnóstico e de integração dos alunos
Pretende-se, com esta unidade prévia, criar condições facilitadoras para a leccionação do programa da disciplina, permitindo, por um lado, que os alunos (re)iniciem
um relacionamento de trabalho em conjunto e, por outro lado, que sejam revistos e actualizados conhecimentos e competências adquiridos no ensino básico.
Assim, a partir da avaliação diagnóstica dos conhecimentos e das competências referidos, o professor poderá organizar diversos tipos de actividades que, partindo da
realidade portuguesa (local / regional / nacional) e da União Europeia, permitam um primeiro contacto motivante com problemáticas sócio-económicas, revendo conceitos já
adquiridos (nomeadamente nas disciplinas de História, Geografia e Matemática) e praticando competências indispensáveis ao desenvolvimento do trabalho que se seguirá,
como sejam as de cálculo e de análise de documentos com a subsequente síntese de conclusões e sua apresentação.
FINALIDADES
• Integrar os alunos no grupo turma
• Negociar / estabelecer regras de trabalho e de avaliação
• Motivar para o estudo de temáticas sócio-económicas
• Diagnosticar conhecimentos e competências
• Rever / actualizar conhecimentos e metodologias de trabalho individual e em grupo
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• Avaliação diagnóstica • Natalidade • Os professores deverão realizar um diagnóstico
• Mortalidade • Explicar conceitos inicial que incida sobre alguns dos conceitos referidos e
• Actividades de motivação e de • Taxa de: sobre as competências estabelecidas.
integração dos alunos, de revisão de - Natalidade • Interpretar textos
conceitos e de prática de - Mortalidade • Com base nos resultados obtidos, deverá o
metodologias de trabalho - Mortalidade infantil • Analisar quadros e gráficos professor organizar diversos tipos de actividades com
• Crescimento natural da vista à superação das dificuldades detectadas e,
população • Realizar cálculos (médias simultaneamente, à motivação para a realidade sócio-
• Taxa de crescimento natural simples, percentagens, económica.
• Movimentos migratórios permilagens e taxas de
• Emigração variação) • Por exemplo, poder-se-ão incentivar os alunos a
• Imigração realizar, em trabalho de grupo (eventualmente
• Crescimento efectivo da • Construir gráficos agrupados em função de dificuldades comuns
população detectadas), pesquisas sobre aspectos da realidade
• Taxa de crescimento • Redigir sínteses de conclusões demográfica e económica local, nomeadamente a partir
populacional da análise de pequenos textos e / ou de notícias da
• Estrutura da população • Expor oralmente sínteses de imprensa regional ou nacional e da consulta de dados
estatísticos em publicações ou através da Internet.
• Actividades económicas conclusões
• Sectores de actividade
• Apresentar / reformular • Os professores deverão sistematizar conclusões
económica
das actividades realizadas de forma a fazer a ponte para
• Importação / Exportação argumentos
a primeira unidade lectiva do programa, evidenciando a
• População activa complexidade da realidade social.
• Distribuição da população • Debater ideias e opiniões
activa por sectores de • Igualmente tendo em vista efectuar a ponte para a
actividade primeira unidade lectiva e como estratégia de
motivação, os professores poderão solicitar aos alunos
o levantamento de exemplos de fenómenos económicos
conhecidos do seu quotidiano.
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TEMA I – INTRODUÇÃO
UNIDADE 1 – A actividade económica e a Ciência Económica
Com esta unidade pretende-se motivar os alunos para o estudo da Ciência Económica e, em simultâneo, situá-la no âmbito das Ciências Sociais, como uma das
múltiplas abordagens da realidade social, delimitando o seu objecto – como adequar recursos escassos a necessidades ilimitadas (problema económico).
Por outro lado, as escolhas, que determinam como os recursos da sociedade vão ser utilizados, são efectuadas pelos vários intervenientes na actividade económica,
os quais podem ser agrupados de acordo com as funções económicas desempenhadas – agentes económicos (Famílias, Empresas, Estado e Resto do Mundo).
OBJECTIVOS
• Compreender o objecto da Ciência Económica
• Conhecer o papel dos agentes económicos na actividade económica
1. A actividade económica e a
Ciência Económica
1.1. Realidade social e Ciências Sociais • Realidade social • Identificar os fenómenos sociais • Na sequência da unidade anterior e da
• Ciências Sociais como o objecto das Ciências análise de notícias veiculadas nos meios de
1.2. Fenómenos sociais e fenómenos Sociais comunicação social recolhidas pelos alunos,
económicos • Fenómenos sociais • Reconhecer a Economia como estes poderão ser motivados e sensibilizados
Ciência Social
• Fenómenos económicos para reconhecer os fenómenos sociais e, a
• Estabelecer a relação entre as partir daí, distinguirem os diferentes ângulos
diferentes dimensões da realidade de visão da realidade social, em especial o da
social e as diferentes Ciências Economia.
Sociais
1.3. A Economia como ciência – objecto
de estudo • Ciência Económica • Definir o objecto da Economia
• Objecto da Economia • Explicar em que consiste o • A partir de exemplos concretos de recursos
• Problema económico problema económico escassos (petróleo, água, etc.), os alunos
• Escolha • Justificar a importância da escolha poderão identificar o problema económico.
• Custo de oportunidade* na actividade económica
*Conteúdo de sensibilização
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1.4. A actividade económica e os • Agentes económicos: • Indicar os principais agentes • Os alunos poderão identificar os principais
agentes económicos - Famílias económicos agentes económicos recorrendo às suas
- Empresas • Explicar as funções económicas próprias vivências e ao conhecimento do meio
- Estado desempenhadas pelos diferentes onde se inserem.
- Resto do Mundo agentes económicos
• Actividade económica: • A partir da identificação dos agentes,
- Produção poderão reconhecer as várias funções por eles
- Distribuição desempenhadas, conseguindo, por esta via,
- Repartição dos Rendimentos indicar e explicar as principais actividades
- Utilização dos Rendimentos económicas.
(Consumo e Poupança)
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TEMA II – ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA ACTIVIDADE ECONÓMICA
UNIDADE 2 – Necessidades e consumo
No desenvolvimento desta unidade privilegia-se o estudo do consumo e da sua importância na actividade económica. Este tema suscita diversas reflexões: O que
é o consumo? Que factores determinam o consumo? Como evolui o consumo? O que é a sociedade de consumo? Qual é o papel dos consumidores na actividade
económica e como cidadãos intervenientes na sociedade?
Deste modo, o fenómeno do consumo deve ser analisado nas suas dimensões sociais e económicas, não se podendo compreender sem o articular com a análise
do comportamento dos consumidores. Com efeito, as escolhas dos consumidores podem ter consequências a diversos níveis, nomeadamente a nível económico e
ambiental.
É de realçar a importância desta unidade lectiva para a Educação para a Cidadania, constituindo assim um tema privilegiado no desenvolvimento de projectos
multidisciplinares – Área de Projecto – uma vez que se trata de um problema actual e que constitui um desafio para o futuro.
OBJECTIVOS
• Compreender o papel do consumidor na actividade económica
• Conhecer os diversos tipos de consumo
• Analisar a evolução da estrutura de consumo
• Compreender a responsabilidade social do consumidor
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2.3. Padrões de consumo - diferenças e
factores explicativos
- factores extra-económicos
• Explicar de que modo os factores
extra-económicos – estrutura etária
dos agregados familiares, modos de
vida, moda e publicidade –
influenciam as escolhas dos
consumidores
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2.3. Evolução da estrutura do consumo • Constatar a evolução da • Sugere-se que se analisem dados estatísticos
em Portugal e na União Europeia estrutura do consumo em Portugal sobre a estrutura do consumo em Portugal e
• Comparar a evolução da estrutura nos outros países da União Europeia nos
do consumo em Portugal com a dos últimos anos, de forma a ser possível
restantes países da União Europeia comparar as diferenças de peso de cada classe
de despesas e o modo como estas evoluíram,
explicando as assimetrias encontradas.
• Distinguir consumismo de
2.6. Consumerismo e responsabilidade • Consumerismo consumerismo
social dos consumidores • Justificar a importância do
consumerismo
• Relacionar o consumerismo com
a necessidade de preservar os
recursos naturais e os equilibrios
ecológicos
• Poder-se-á investigar a evolução do
• Explicar o papel das instituições
2.7. A defesa dos consumidores em movimento consumerista em Portugal:
portuguesas e da União Europeia de
Portugal e na União Europeia - consultando a legislação referente aos
defesa do consumidor
direitos e aos deveres dos consumidores;
• Expor os direitos e os deveres do
- analisando o papel que têm
consumidor
desempenhado as instituições de defesa
do consumidor existentes no nosso país.
• Num âmbito mais alargado, será de referir
algumas medidas legislativas da União
Europeia relativas à protecção do consumidor
como, por exemplo, as que respeitam ao
ambiente e à utilização das novas tecnologias
(comércio electrónico, uitlização de dados
pessoais, etc.).
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UNIDADE 3 – A produção de bens e de serviços
No estudo desta unidade foca-se o fenómeno fundamental da actividade económica – a produção de bens e de serviços. A realização desta
actividade pressupõe a utilização dos factores produtivos – recursos naturais, trabalho e capital – e uma escolha permanente de técnicas de produção, ou
seja, de uma combinação dos factores de produção.
Também é de sublinhar a importância do desenvolvimento tecnológico e das suas consequências no fenómeno da produção, quer a nível do
trabalho quer do capital, condicionando assim a escolha da combinação dos factores de produção. Daí que, para a produção ser eficaz, seja necessário ter
em conta a produtividade dos factores produtivos utilizados, os custos de produção e a dimensão das unidades produtivas.
OBJECTIVOS
• Conhecer os factores produtivos
• Compreender o papel do desenvolvimento tecnológico no fenómeno da produção
• Analisar diferentes combinações de factores produtivos
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3.3. Factores de produção – noção e • Factor de produção • Definir factor de produção - matérias primas necessárias e sua
classificação • Classificar os factores produtivos proveniência, equipamento utilizado,
número de postos de trabalho e funções
3.3.1. Os recursos naturais • Recursos naturais • Classificar os recursos naturais desempenhadas, para onde e para
- renováveis • Reconhecer o problema da escassez quem se destina a produção obtida.
- não renováveis de recursos face a necessidades
ilimitadas
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3.3.3. O capital – noção e tipos de • Riqueza • Distinguir riqueza de capital • A partir do exemplo referido no início desta
capital • Capital • Definir os diversos tipos de capital unidade, uma empresa da localidade/região,
• Capital financeiro poder-se-ão exemplificar os diversos tipos
• Capital técnico: de capital utilizados, distingui-los e justificar
- fixo a importância do capital humano e do capital
- circulante • Justificar a importância dos novos natural. Mediante a verificação da escassez
• Capital natural (recursos naturais) conceitos de capital: crescente de alguns recursos ou da poluição
• Capital humano - natural verificada, nomeadamente nas águas, os
- humano alunos poderão ser levados a reconhecer os
diferentes graus de substituibilidade do
capital, principalmente dos designados bens
livres e a sua importância para as gerações
presentes e futuras.
• Substituibilidade dos factores de • Distinguir a combinação dos factores
3.4. A combinação dos factores de produção produtivos a curto prazo da de longo • Recorrendo à metodologia de trabalho de
produção: prazo grupo, o professor poderá orientar os alunos
• Produtividade • Definir produtividade num trabalho para consolidação e aplicação
- a curto prazo • Calcular as produtividades médias de conhecimentos. Assim, o professor
• Produtividade média:
- do trabalho dos factores de produção poderá atribuir a cada grupo uma empresa,
- do capital em que a denominação e o artigo produzido
• Calcular a produtividade total serão escolhidos pelos alunos, e fornecer
• Produtividade total
• Definir produtividade marginal dados sobre as quantidades e valores dos
• Produtividade marginal:
factores utilizados e produções respectivas.
- do trabalho • Calcular a produtividade marginal
Deste modo, os alunos, orientados pelo
- do capital • Calcular os valores relativos à
professor, poderão calcular as
evolução da produção total e da
produtividades e lançar diferentes hipóteses
produtividade marginal, em função das
de combinação de factores de produção.
variações do factor trabalho
• Traçando hipóteses de variação do factor
• Lei dos rendimentos decrescentes • Enunciar a lei dos rendimentos
trabalho, os alunos poderão representar
decrescentes
graficamente as curvas de produção total e
de produtividade marginal e verificar a lei
dos rendimentos decrescentes.
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- a longo prazo • Custos de produção: • Definir os diferentes custos de • Os alunos, orientados pelo professor,
- total produção poderão também traçar cenários de aumento
- médio • Definir economias de escala de dimensão e de capacidade produtiva das
• Economias de escala • Indicar os factores que permitem as “suas empresas” para analisar a evolução
• Deseconomias de escala economias de escala dos custos médios em cada uma das
• Dar a noção de deseconomia de hipóteses e identificar as economias /
escala deseconomias de escala, referindo as
• Indicar os factores que contribuem respectivas causas.
para as deseconomias de escala
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UNIDADE 4 – Comércio e moeda
Com o desenvolvimento desta unidade pretende-se que os alunos compreendam como é que os bens produzidos são disponibilizados aos consumidores através da
distribuição e do comércio. Contudo, esses bens e serviços têm um preço, o que implica que os consumidores, para os comprarem, tenham de utilizar moeda. Mas, a moeda
também desempenha outras funções e tem evoluído ao longo do tempo, reflectindo a evolução tecnológica dos meios de pagamento e acentuando a sua desmaterialização.
Quando este programa entrar em vigor, o escudo português terá desaparecido para ser substituído por uma nova moeda – o Euro. Deste modo, um dos objectivos
desta unidade será o de compreender esta nova realidade.
Finalmente, pretende-se que os alunos conheçam as componentes dos preços dos bens, bem como o fenómeno da inflação, analisando a sua evolução através do
cálculo dos índices de preços no consumidor e da taxa de inflação.
OBJECTIVOS
• Compreender a importância do comércio
• Conhecer a evolução da moeda
• Conhecer as componentes dos preços dos bens
• Analisar a evolução da inflação em Portugal e na União Europeia
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4.2. A evolução da moeda – formas e • Troca directa e troca indirecta • Justificar o aparecimento da moeda • Sugere-se a utilização de exemplos
funções • Moeda: • Descrever a evolução da moeda concretos e/ou de textos para justificar o
- moeda-mercadoria • Caracterizar os vários tipos de aparecimento da moeda e analisar a sua
- moeda metálica moeda evolução.
- moeda papel
- papel moeda
- moeda escritural
• Funções da moeda: • Explicar as funções da moeda • A partir de exemplos dos novos
- meio de pagamento • Reconhecer a importância da instrumentos de movimentação da moeda
- medida de valor moeda no desenvolvimento escritural – cartões de crédito e de débito,
- reserva de valor económico transferências, etc. – poder-se-á constatar a
• Desmaterialização da moeda • Relacionar a evolução tecnológica progressiva tendência para a
com o processo de desmaterialização da moeda.
desmaterialização da moeda
4.3. A nova moeda portuguesa – o Euro • Euro • Explicar em que consiste o Euro • Sugere-se que os professores realizem
• Inventariar vantagens e actividades relacionadas com o Euro,
desvantagens da introdução do Euro nomeadamente no sentido de os alunos:
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4.5. A inflação – noção e medida • Inflação • Definir inflação
• Deflação* • Relacionar a inflação com o valor da
• Desinflação* moeda
• Estagflação* • Relacionar a inflação com o poder de
• Depreciação do valor da moeda compra
• Poder de compra • Interpretar o significado dos índices • Sugere-se a utilização de dados
• Deterioração do poder de compra de preços no consumidor estatísticos sobre a realidade portuguesa
• Índice de preços no consumidor • Calcular a taxa de inflação a partir do para calcular a taxa de inflação.
(IPC) IPC
• Taxa de inflação
* Conteúdo de sensibilização
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UNIDADE 5 – Preços e mercados
Com esta unidade pretende-se que os alunos compreendam o conceito económico de mercado, bem como o seu funcionamento, o qual resulta da interacção que se
estabelece entre os compradores – procura – e os vendedores – oferta. O ponto de intersecção entre as curvas da procura e da oferta é o ponto de equilíbrio do mercado, o
qual reflecte as variações das curvas da procura e da oferta em função do preço bem como das suas outras determinantes.
Contudo, nas economias reais, os mercados não funcionam desta forma; isto é, não existe uma situação de concorrência perfeita. Deste modo, também se pretende
que os alunos conheçam o funcionamento de outros tipos de mercados – concorrência imperfeita (monopólio, oligopólio e concorrência monopolística).
OBJECTIVOS
• Compreender o mecanismo do mercado
• Conhecer as características fundamentais da procura e da oferta
• Conhecer o funcionamento de diferentes tipos de mercado
5.1. Mercado – noção e exemplos de • Mercado • Dar exemplos de mercados • O conceito económico de mercado poderá
mercados • Definir o conceito económico de ser introduzido recorrendo a exemplos de
mercado mercados conhecidos pelos alunos
(municipais, de câmbios, de acções, etc.).
5.2. O mecanismo de mercado • Procura individual • Diferenciar procura individual de • A partir de dados fornecidos pelo
• Procura agregada procura agregada professor, os alunos poderão representar
5.2.1 A procura e a lei da procura • Lei da procura • Relacionar procura e preço – lei da graficamente curvas da procura, bem como
procura as suas deslocações.
• Representar graficamente a curva da
procura
• Indicar as determinantes da procura – o
rendimento, as preferências dos
consumidores (condicionadas,
nomeadamente, pela publicidade e pela
moda) e os preços dos outros bens
• Relacionar as deslocações da curva da
procura com as alterações nas suas
determinantes
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5.2.1. A oferta e a lei da oferta • Diferenciar oferta individual de oferta
• Oferta individual agregada • A partir de dados fornecidos pelo
• Oferta agregada • Relacionar oferta e preço – lei da professor, os alunos poderão representar
• Lei da oferta oferta graficamente curvas da oferta, bem como as
• Representar graficamente a curva da suas deslocações.
oferta
• Indicar as determinantes da oferta – o
custo dos factores de produção, a
tecnologia e os preços dos outros bens
• Relacionar as deslocações da curva
da oferta com as alterações nas suas
determinantes
5.3. Estrutura dos mercados • Indicar os pressupostos teóricos do • Na construção das curvas da procura e da
• Mercado de concorrência perfeita modelo de concorrência perfeita oferta e na determinação do ponto de
• Constatar a inexistência desses equilíbrio, os professores deverão chamar a
pressupostos nas economias reais atenção dos alunos para o facto deste
• Representar graficamente as curvas mecanismo de mercado ser um modelo
da oferta e da procura ideal, não correspondendo, pelo menos do
lado da oferta, às situações concretas.
• Explicar o significado do ponto de
equilíbrio
• Preço de equilíbrio • Identificar situações de excesso de
• Quantidade de equilíbrio procura e de excesso de oferta
*Conteúdo de sensibilização
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UNIDADE 6 – Rendimentos e repartição dos rendimentos
No desenvolvimento desta unidade pretende-se analisar os mecanismos de formação e de repartição dos rendimentos, os objectivos e os meios de redistribuição
desses rendimentos, assim como as causas da persistência de desigualdades na sua repartição.
O rendimento é objecto de uma primeira repartição – primária ou funcional – quando são remunerados os factores produtivos que contribuiram para a produção.
Por seu lado, a repartição pessoal do rendimento permite analisar como é que os rendimentos se distribuem pelos agregados familiares de uma dada comunidade, qualquer
que seja a origem desses rendimentos.
Dada a desigualdade verificada na repartição dos rendimentos, surge a redistribuição protagonizada pelo Estado (Administração Pública e Instituições de
Segurança Social) que efectua a cobrança de impostos e realiza transferências sociais. Contudo, é de sublinhar que, apesar da redistribuição dos rendimentos ter por
objectivo corrigir desigualdades, estas continuam a verificar-se, como comprovam os indicadores que avaliam a desigualdade de repartição dos rendimentos.
OBJECTIVOS
• Conhecer o processo de formação dos rendimentos
• Analisar as diferentes formas da repartição dos rendimentos
• Compreender os mecanismos de redistribuição dos rendimentos
• Analisar as desigualdades na repartição dos rendimentos
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• Distinguir repartição pessoal de • Para o estudo da repartição pessoal e da
6.3. A repartição pessoal dos rendimentos • Repartição pessoal dos rendimentos repartição funcional dos rendimentos redistribuição dos rendimentos os alunos,
• Verificar as desigualdades da individualmente ou em grupo, poderão analisar
• Salário: repartição pessoal dos rendimentos dados fornecidos pelo professor ou,
- nominal • Justificar as desigualdades de eventualmente, realizar inquéritos a famílias,
- real salários para determinar as proveniências e os tipos de
• Distinguir salário nominal de salário rendimento que recebem, podendo assim
• Leque salarial real estabelecer a diferença entre repartição e
• Explicar o significado do leque salarial, redistribuição dos rendimentos, bem como
como indicador da desigualdade de identificar os objectivos da redistribuição.
• Curvas de Lorenz salários Poderão também constatar as desigualdades
• Interpretar as curvas de Lorenz salariais em função dos sexos.
• Rendimento per capita • Referir as limitações das curvas de • Ainda com base nos dados fornecidos pelo
Lorenz inquérito, poderão calcular o leque salarial
• Explicar as limitações do rendimento referente aos salários das famílias inquiridas.
per capita como indicador da repartição • Igualmente poderá ser identificado o nível de
pessoal dos rendimentos concentração dos rendimentos para o conjunto
ou subconjunto das famílias inquiridas, através
da representação das curvas de Lorenz.
6.4. A redistribuição dos rendimentos • Redistribuição dos rendimentos • Explicar em que consiste a
• Transferências sociais redistribuição dos rendimentos
• Quotizações sociais • Dar exemplos de impostos directos
• Impostos directos • Explicar o papel do Estado na
redistribuição dos rendimentos
• Ilustrando com exemplos fornecidos pelo
• Transferências externas • Referir as componentes do rendimento
professor, os alunos poderão identificar as
• Rendimento pessoal disponível pessoal disponível
componentes do rendimento pessoal
disponível.
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UNIDADE 7 – Poupança e investimento
Com esta unidade pretende-se que os alunos compreendam a forma como os agentes económicos utilizam os rendimentos que recebem – consumo e poupança.
Dado que o consumo já foi estudado anteriormente, nesta unidade será privilegiado o estudo da poupança, dos seus destinos e da sua importância para a actividade
económica quando é aplicada em investimento.
Pretende-se também que os alunos compreendam as formas de financiamento a que os agentes económicos podem recorrer, pois apesar de muitos deles terem
capacidade de financiamento – financiamento interno (autofinanciamento) - outros têm que recorrer ao financiamento externo.Relativamente ao financiamento externo, que
implica o recurso à poupança na posse de outros agentes económicos - intermediários financeiros - será necessário distinguir o financiamento indirecto do financiamento
directo. Assim, relativamente ao financiamento indirecto dever-se-á referir o papel do crédito concedido pelas instituições financeiras. Quanto ao financiamento directo apenas
será de fazer uma breve referência ao mercado de títulos.
OBJECTIVOS
• Conhecer os destinos da poupança
• Compreender a importância da formação de capital na economia
• Conhecer as formas de financiamento da actividade económica
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• Distinguir os diversos tipos de interligação destas funções. Também, sendo
• Tipos de investimento: investimento possível, será de verificar as razões que
- material • Explicar as funções do investimento levaram as empresas a tomar as decisões
- imaterial na actividade económica – de investimento e os factores que as
- financeiro substituição, inovação e aumento da condicionaram.
capacidade produtiva
• Sendo possível a consulta dos valores
• Justificar a importância do relativos aos investimentos das empresas,
• Inovação tecnológica investimento em inovação nos últimos anos, poder-se-á relacionar a
tecnológica sua evolução com a inovação tecnológica
• Justificar a importância da verificada nas mesmas.
• Investigação e Desenvolvimento – I&D Investigação e Desenvolvimento na
actividade económica
• Igualmente, a partir do exemplo concreto,
7.3. O financiamento da actividade • Capacidade de financiamento • Distinguir financiamento interno de atrás referido, poder-se-á distinguir o
económica – autofinanciamento e financiamento externo financiamento interno do financiamento
• Necessidade de financiamento
financiamento externo • Indicar as diferentes formas de externo, bem como as diferentes formas que
• Financiamento:
financiamento externo – indirecto e este último pode assumir, caso existam.
- interno (auto-financiamento)
directo
- externo
• Reconhecer o crédito bancário
• Crédito
como uma forma de financiamento
• Taxa de juro
externo indirecto
• Operações activas e operações
• Definir crédito
passivas
• Definir taxa de juro
• Indicar as principais funções
desempenhadas pelos Bancos
• Identificar as diferentes formas de
crédito
• Indicar as funções do crédito • Através de informações recolhidas nos
• Relacionar o crédito com a criação meios de comunicação social, na Internet
de moeda e/ou em folhetos publicados pelas
• Relacionar as funções do crédito instituições bancárias poderão ser
com o crescimento da economia identificados diferentes tipos de instituições
• Definir instituição financeira financeiras.
• Dar exemplos de outras instituições
financeiras que concedem crédito:
sociedades de locação financeira
(leasing), sociedades factoring e
sociedades de capital de risco
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• Mercado de títulos • Reconhecer o mercado de títulos • Dado que se pretende apenas que os
como uma fonte de financiamento alunos tenham conhecimento da existência do
externo directo mercado de títulos, sugere-se a consulta do
site da Internet da Bolsa de Valores de Lisboa
para conhecer os seus objectivos
7.4. O investimento em Portugal e o • Distinguir as diversas proveniências • Sugere-se que se analisem dados
• Investimento interno – público e do investimento realizado na economia estatísticos sobre o investimento em Portugal
investimento português no
privado portuguesa: – estrangeiro e nacional (privado e público) – e
estrangeiro
• Investimento directo estrangeiro - interno (privado e público) sobre o investimento português no estrangeiro
(IDE) - externo nos últimos anos por forma a comparar a sua
evolução.
• Comparar a evolução do investimento
português no estrangeiro com a
evolução do investimento estrangeiro
em Portugal.
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PROGRAMA DE ECONOMIA A – 11º ANO
Para tal, os alunos deverão ser orientados, desde o início do ano, tendo
em vista a realização de um trabalho, conforme o especificado no supracitado
ponto da referida unidade lectiva. Refira-se ainda que, entre outros recursos, os
alunos deverão recorrer ao dossier temático sobre as realidades portuguesa e
europeia, que vem sendo organizado desde o 10º ano e enriquecido e
actualizado ao longo do 11º ano. Isto porque, naturalmente, permanece o
objectivo do ano anterior, de leccionar o Programa partindo sempre das (e em
articulação com as) realidades portuguesa e europeia, impondo-se igualmente
o recurso privilegiado a metodologias assentes em estratégias sempre activas,
bem como à contextualização sistemática dos conteúdos programáticos na
realidade conhecida do aluno.
41
ESQUEMA CONCEPTUAL DOS CONTEÚDOS
A
S
P
E
C
T
O
S Os Agentes Económicos
eo
A Circuito Económico
F
CONTABILIZAÇÃO
U
DA
N
ACTIVIDADE
D
ECONÓMICA
A
(11º ANO )
M A
E Contabilidade
N Nacional
T
A
I
S
D
A
Relações Económicas
A
com o
C
Resto do Mundo
T
I
V
I
D A
A ORGANIZAÇÃO A intervenção
D ECONÓMICA do Estado
E DAS na economia
SOCIEDADES
E (11ºANO)
C
O
N A economia portuguesa
Ó no contexto da União Europeia
M
I
C
A
(10º ANO)
42
LISTAGEM DOS
TEMAS / UNIDADES LECTIVAS
11º ANO
9. A Contabilidade Nacional
9.1. Noção de Contabilidade Nacional
9.2. Conceitos necessários à Contabilidade Nacional
9.3. Ópticas de cálculo do Valor da Produção
9.3.1 Cálculo do valor da produção pela Óptica do Produto
9.3.2 Cálculo do valor da produção pela Óptica do Rendimento
9.3.3 Cálculo do valor da produção pela Óptica da Despesa
9.4 Limitações da Contabilidade Nacional
9.5 As Contas Nacionais Portuguesas
43
12. A economia portuguesa no contexto da União Europeia
12.1 Noção e formas de integração económica
12.2 O processo de integração na Europa
12.3 Desafios da UE na actualidade
12.4 Portugal no contexto da UE
44
DESENVOLVIMENTO DOS TEMAS / UNIDADES LECTIVAS
45
TEMA III – A CONTABILIZAÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA
OBJECTIVOS:
z Conhecer os diferentes fluxos que se estabelecem entre os agentes económicos
z Compreender a necessidade de equilíbrio entre recursos e empregos numa economia
i Distinguir fluxo real de fluxo • Recorrendo às suas próprias vivências e ao conhecimento do meio
i Fluxos: monetário onde se inserem, os alunos poderão verificar que as relações
- Reais estabelecidas entre os agentes económicos são reais e monetárias e
- Monetários que podem ser representadas num circuito económico, tornando
evidente a interdependência entre os agentes económicos.
46
trabalho de forma a:
- cada grupo representar uma função económica;
i Recursos - estabelecerem as relações entre os recursos disponíveis e os
8.2. O equilíbrio entre i Empregos • Justificar, a partir do circuito empregos;
recursos e económico, a necessidade de equilíbrio - quantificarem cada uma das relações estabelecidas.
empregos entre Recursos e Empregos numa Através da interacção entre os grupos, no desempenho das suas
economia respectivas funções, os alunos serão levados a concluir sobre a
necessidade de equilíbrio entre os recursos e os empregos.
A partir desta conclusão, o professor poderá evidenciar a necessidade
de existência da Contabilidade Nacional, fazendo a ligação com a
unidade lectiva seguinte.
47
UNIDADE LECTIVA 9 – A Contabilidade Nacional
Nesta unidade pretende-se levar os alunos a compreender que as unidades institucionais, residentes ou não residentes num país, estabelecem sistematicamente
relações, reais e monetárias, entre elas. Conhecer esta teia de relações e quantificá-las é o objectivo da Contabilidade Nacional.
Partindo do que foi estudado na unidade anterior, pode mostrar-se que a Contabilidade Nacional, como técnica de cálculo que é, regista apenas os valores agregados de
operações idênticas, ocorridas durante um certo período de tempo. Como a Contabilidade Nacional não nos fornece somente uma medida básica do desempenho da economia,
mas evidencia também as relações entre as três variáveis macro-económicas básicas (Produto, Rendimento e Despesa), pretende-se que os alunos sejam capazes de relacioná-
las e de compreender o seu significado.
Finalmente, pretende-se que os alunos compreendam que a Contabilidade Nacional apresenta falhas e insuficiências.
OBJECTIVOS:
• Conhecer os conceitos necessários à Contabilidade Nacional
• Compreender as diferentes perspectivas de cálculo do valor da produção
• Compreender as limitações e insuficiências da Contabilidade Nacional
• Conhecer as Contas Nacionais portuguesas
CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Unidade lectiva Conceitos APRENDIZAGEM
9. A Contabilidade
Nacional
• No domínio das Contas Nacionais, chama-se a atenção para a
9.1. Noção de • Contabilidade Nacional • Compreender a noção de necessidade da permanente adequação da sua didáctica à versão
Contabilidade Contabilidade Nacional mais recente do Sistema de Contas em uso (SEC 95 e eventuais
Nacional actualizações).
i Explicitar os objectivos da • A partir de exemplos retirados da unidade lectiva anterior, poder-
Contabilidade Nacional se-á levar os alunos a compreender a noção, a importância e os
objectivos da Contabilidade Nacional.
48
• Deverá salientar-se que, na perspectiva da Contabilidade
i Sectores institucionais: Nacional, os agentes económicos são representados por sectores
9.2. Conceitos necessários - Sociedades • Definir sector institucional institucionais, podendo estabelecer-se um conjunto de inter-
à Contabilidade - Instituições financeiras • Caracterizar os sectores relações entre eles, tal como aconteceu no circuito económico.
Nacional - Administrações Públicas institucionais Chama-se ainda a atenção para a necessidade de se evidenciar a
- Instituições sem fins correspondência entre as classificações funcional, adoptada na
lucrativos ao serviço das unidade lectiva anterior, e institucional, adoptada nesta unidade.
famílias (ISFLSF)
- Famílias i Fazendo a Contabilidade Nacional a quantificação do circuito
- Resto do Mundo económico, é possível passar do circuito aos agregados (Produto,
Rendimento e Despesa). Para a sua explicitação e cálculo são
i Território económico necessários os conceitos referidos. De facto, estes conceitos são
i Explicar o conceito de território necessários ao desenvolvimento dos pontos seguintes desta
i Unidade institucional: económico unidade. Contudo, nada obsta a que os pontos 9.2 e 9.3 sejam
- Residente i Distinguir unidade residente de reorganizados por quem aplica o programa, em função das opções
- Não residente unidade não residente didácticas tomadas.
i Ramo de actividade i Identificar os ramos de actividade
49
- Líquido
- Bruto
i Saldo dos rendimentos do
trabalho, da propriedade e da • Os alunos, orientados pelo professor e recorrendo a valores
empresa com o Resto do Mundo i Distinguir Produto Interno de Produto da economia portuguesa, poderão analisar a articulação entre
i Produto: Nacional os conceitos referentes ao cálculo do valor da produção na
- Interno óptica do Produto.
- Nacional i Explicitar o conceito de Produto a
i Impostos indirectos preços de mercado
i Impostos alfandegários i Calcular o valor dos diversos tipos de
i Subsídios à produção Produto
i Produto: i Distinguir Produto a preços correntes
- A preços correntes de Produto a preços constantes
- A preços constantes i Justificar a vantagem do cálculo do
Produto a preços constantes
i Exportações
i Importações
i Despesa:
- Interna i Calcular o valor da Despesa Interna
- Nacional i Distinguir Despesa Interna de
Despesa Nacional
i Calcular o valor da Despesa Nacional
i Procura:
- Interna i Calcular a Procura Interna
- Global i Calcular a Procura Global
50
i Explicar as limitações da i A partir do meio em que os alunos se inserem ou recorrendo a
9.4. Limitações da i Auto - consumo Contabilidade Nacional, documentação dos media, poder-se-ão dar exemplos que permitam
Contabilidade i Sector informal nomeadamente a dificuldade de aos alunos concluir sobre as falhas e as limitações da Contabilidade
Nacional i Economia subterrânea quantificar algumas actividades Nacional.
i Externalidades: económicas e a indiferença perante a
- Positivas utilização dos recursos e o tipo de Os professores devem ainda chamar a atenção dos alunos , para o
- Negativas produção obtido facto de as informações fornecidas pela Contabilidade Nacional
deverem ser complementadas com outros indicadores, tendo em
vista uma melhor avaliação do desempenho das economias (vide
unidade 12).
9.5. As Contas Nacionais
portuguesas i Fazer a leitura dos agregados das i A partir de dados fornecidos pelo INE, pelo Relatório do Banco
Contas Nacionais portuguesas e das de Portugal e/ou outros obtidos na Internet sobre a evolução das
respectivas componentes Contas Nacionais portuguesas nos últimos anos, os alunos poderão
reconhecer os agregados estudados e a sua evolução temporal.
A interpretação da evolução dos agregados das contas nacionais e
das respectivas componentes será efectuada aquando da realização
do trabalho final, previsto na última unidade do programa.
51
TEMA IV – A ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA DAS SOCIEDADES
UNIDADE LECTIVA 10 – As relações económicas com o Resto do Mundo
Com o desenvolvimento desta unidade pretende-se que os alunos compreendam que, no mundo actual, as relações económicas que se estabelecem entre países são intensas e
diversificadas dado que, cada vez mais, circulam bens, serviços, pessoas, capitais, informação, tecnologia, etc..
Algumas dessas relações económicas podem ser quantificadas e registadas: trocas de bens, de serviços e de capitais. Assim, pretende-se que os alunos compreendam, em termos
gerais, a forma de registar essas trocas nos respectivos documentos – balanças – e, em simultâneo, compreendam a importância desse registo enquanto instrumento que permite avaliar a
situação económica de um dado país. Essa avaliação pode ser feita para qualquer país através da análise da sua situação cambial, da estrutura das suas importações e das suas
exportações, da sua taxa de cobertura, etc..
Finalmente, pretende-se também que os alunos conheçam algumas políticas comerciais e instrumentos que lhes estão associados, bem como organizações que, a nível mundial
(Organização Mundial do Comércio – OMC) e regional (UE), têm por objectivo regular as trocas.
OBJECTIVOS :
• Compreender a importância das relações económicas internacionais
• Compreender a forma de contabilizar as relações económicas de um país com o Resto do Mundo
• Analisar as relações económicas de Portugal com o Resto do Mundo, em especial com os outros países da UE
Total de horas previstos: 27h (18 tempos lectivos)
CONTEÚDOS OBJECTIVOS DE ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Unidade lectiva Conceitos APRENDIZAGEM
10. As relações económicas com o
Resto do Mundo • Através de exemplos concretos do quotidiano dos alunos
• Comércio: • Indicar os diversos tipos de relações ou recolhidos na comunicação social (sobre migrações,
10.1 A necessidade e a diversidade - Interno internacionais compra e venda de bens ao exterior, deslocalização de
de relações internacionais - Externo empresas, empréstimos, etc.), os alunos poderão
• Divisão Internacional do Trabalho (DIT)* • Justificar a necessidade das compreender a diversidade e a necessidade de relações
• Vantagens comparativas relações internacionais económicas internacionais e, em simultâneo, identificar esse
• Migrações* tipo de relações.
*Conteúdo de Sensibilização
52
10.2.1. A Balança Corrente • Componentes da Balança Corrente: • Identificar as componentes da Balança
- Mercadorias Corrente • Sugere-se que na introdução do conceito de taxa
- Serviços de câmbio se recorra a informações veiculadas nos
- Rendimentos meios de comunicação social e que se chame a
- Transferências correntes • Distinguir importações de exportações atenção para o facto de o Governo português não
• Importação • Justificar a necessidade de realizar ter autonomia na fixação da taxa de câmbio, pois a
• Exportação operações de câmbio moeda portuguesa é a mesma da de outros países
• Divisas • Explicitar o conceito de taxa de câmbio europeus (EURO) . Assim, as operações de
• Operações de câmbio • Relacionar o valor da moeda com a evolução câmbio só se realizam com países que não
• Taxa de câmbio: da taxa de câmbio pertencem à zona Euro.
- Fixa*
- Flexível∗ • Calcular o saldo relativo ao comércio
• Desvalorização da moeda internacional de mercadorias
* Conteúdo de Sensibilização
53
10.2.2. A Balança de Capital • Balança de Capital • Identificar as componentes da Balança de
Capital (nomeadamente, as transferências não
correntes – transferências da UE para
financiamento de infraestruturas)
54
UNIDADE LECTIVA 11 – A intervenção do Estado na economia
Com o desenvolvimento desta unidade pretende-se que o alunos compreendam a importância do Estado nas sociedades actuais. Com efeito, o Estado para além de
garantir a ordem, a justiça e a defesa dos cidadãos, desempenha outros papéis a nível económico e social, nomeadamente produzindo bens e serviços essenciais,
participando na distribuição dos rendimentos ou agindo, graças à sua política económica, sobre a inflação, o desemprego, o investimento, as taxas de câmbio, etc. Para
intervir na sociedade, o Estado dispõe de um instrumento privilegiado – o Orçamento de Estado.
Pretende-se também que os alunos analisem as políticas económicas e sociais do Estado português, bem como os constrangimentos que lhe são impostos pelo
facto de Portugal ser membro da União Europeia (UE).
OBJECTIVOS:
• Compreender o papel do Estado nas sociedades actuais
• Conhecer as principais políticas económicas e sociais do Estado
• Conhecer as políticas económicas e sociais do Estado português
11.1 Funções e organização do • Estado* • Caracterizar as funções do Estado • Neste primeiro ponto desta unidade, pretende-se
Estado • Funções do Estado*: apenas, com carácter meramente informativo,
- Legislativa enquadrar as possíveis formas de intervenção do
- Executiva Estado nas esferas económica e social.
- Judicial • Identificar as esferas de Assim, através da análise de documentos sobre a
• Órgãos de soberania* intervenção do Estado – política, realidade portuguesa, nomeadamente a
económica e social Constituição da República Portuguesa (Revisão de
• Sector Público Administrativo*: • Caracterizar a estrutura do sector 1997), deverá explicitar-se a organização do Estado
- Administração Central público em Portugal português: funções, órgãos de soberania e estrutura
- Administração Local do sector público.
- Segurança Social
• Sector Empresarial do Estado∗:
- Empresas públicas
- Empresas mistas
- Empresas intervencionadas
• * * Conteúdo de Sensibilização
55
11.2. A intervenção do Estado na • Explicar as funções económicas e
actividade económica sociais do Estado – garantir a
eficiência, a equidade e a estabilidade
11.2.1. Funções económicas e sociais do
• Eficiência
Estado
• Falhas de mercado:
- Concorrência imperfeita • Recorrendo também a informações sobre a
- Externalidades negativas realidade portuguesa poderão inventariar-se as
• Bem público formas e os instrumentos que o Estado utiliza
• Equidade • Referir os instrumentos de para intervir na esfera económica e social.
• Estabilidade intervenção do Estado na esfera
económica e social
• Distinguir planeamento
11.2.2. Instrumentos de intervenção • Instrumentos de intervenção imperativo de planeamento
económica e social do Estado económica e social do Estado: indicativo
- Planeamento (indicativo e
imperativo) • Poder-se-ão consultar dados estatísticos
- Políticas económicas e sociais • Distinguir despesas públicas de
relativos ao Orçamento de Estado português por
receitas públicas
forma a identificar a sua estrutura e as suas
• Orçamento de Estado • Classificar as diferentes fontes de
componentes bem como analisar a sua
- Orçamento de Estado • Despesas públicas receitas do Estado
evolução e o seu saldo.
• Receitas públicas • Exemplificar as receitas do Estado
• Impostos: • Distinguir impostos directos de Os alunos poderão ainda utilizar os orçamentos
- Directos impostos indirectos da escola e/ou da autarquia como documentos
- Indirectos • Dar exemplos de impostos directos reais de análise.
• Saldo orçamental: e indirectos
- Défice • Exemplificar as despesas do Estado
- Superavit • Explicar o significado do saldo
• Dívida pública∗ orçamental
• Justificar a importância do Orçamento
de Estado como instrumento de
intervenção económica e social
* Conteúdo de Sensibilização
56
• Identificar as políticas
• Afectação de recursos económicas e sociais como • Através de exemplos concretos do quotidiano
- Políticas económicas e sociais • Regulação da actividade instrumentos de intervenção do dos alunos ou de elementos recolhidos na
económica Estado na esfera económica e comunicação social poder-se--á reconhecer a
• Redistribuição dos rendimentos social diversidade das políticas económicas e sociais
• Política económica • Apresentar os objectivos das políticas do Estado, bem como os respectivos objectivos.
económicas e sociais do Estado
• Políticas: • Explicar em que consiste a política • Sugere-se que na introdução deste tema se
- Conjuntural económica do Estado revejam os conteúdos da Unidade 6 do 10º ano
- Estrutural • Distinguir políticas conjunturais de desta disciplina, onde se estudaram as formas
políticas estruturais de redistribuição dos rendimentos. Para além
• Políticas económicas e • Referir instrumentos de política disso, poder-se-ão consultar dados estatísticos
sociais: económica utilizados por cada uma das sobre a realidade portuguesa (por exemplo, o
- Fiscal políticas mencionadas Orçamento da Segurança Social) e/ou artigos
- Orçamental • Referir medidas das políticas sociais, dos meios de comunicação social (rendimento
- Monetária nomeadamente, as despesas com a mínimo garantido, por exemplo), tendo em vista
- De preços educação, com a saúde e com a analisar as políticas de redistribuição dos
- De combate ao desemprego segurança social (por exemplo, o rendimentos.
- De redistribuição dos subsídio de desemprego e o
rendimentos rendimento mínimo garantido)
- Sectoriais (agrícola e • Expor as diferentes formas de • Poder-se-á, recorrendo a um jogo de papéis,
industrial)* redistribuição dos rendimentos levadas simular a discussão e a aprovação de um
- Do ambiente∗ a cabo pelo Estado Orçamento de Estado, num suposto país, em
que os diferentes grupos de alunos poderão
• Protecção social representar os papéis de:
- Membros do Governo;
- Membros dos diferentes partidos ;
- Presidente e vice-presidentes da
Assembleia da República (moderadores).
* Conteúdo de Sensibilização
57
• Através da discussão, os alunos,
11.3. As políticas económicas e sociais • Identificar os objectivos das políticas mobilizando os conhecimentos
do Estado português económicas e sociais do Estado adquiridos nesta unidade, poderão
português, nomeadamente, as de desenvolver a sua capacidade de
combate ao desemprego, de argumentação, criticando ou justificando
redistribuição dos rendimentos, as políticas seguidas, tendo como
orçamental e fiscal referência as despesas e as receitas
• Indicar os constrangimentos às orçamentais.
políticas económicas e sociais
decorrentes do facto de Portugal ser • Sugere-se que se recorra a
membro da UE informações sobre a realidade
portuguesa, nos meios de comunicação
social e em Relatórios do Banco de
Portugal, Eurostat, INE, etc., para
identificar os objectivos das diferentes
políticas económicas e sociais levadas a
cabo pelo Estado português.
58
UNIDADE LECTIVA 12 – A economia portuguesa no contexto da União Europeia
Nesta unidade pretende-se que os alunos reconheçam que, no mundo actual, as relações económicas internacionais constituem um dos principais suportes da
economia de qualquer país, nomeadamente através de diferentes formas de integração formal. Conhecer esses processos de integração económica e as várias formas
que assumem, reveste-se de especial interesse. Considera-se portanto relevante apresentar, embora de forma muito sucinta, formas de integração económica em
diferentes áreas geográficas.
Naturalmente, será dedicado mais tempo ao estudo da União Europeia, não só por ser a forma mais evoluída de integração, mas também por Portugal dela fazer
parte.
Finalmente, evidencia-se o objectivo fundamental desta unidade – a elaboração, pelos alunos, de um trabalho sobre a economia portuguesa na actualidade,
que constituirá simultaneamente uma aplicação e um aprofundamento dos conhecimentos adquiridos ao longo dos 10º e 11º anos.
OBJECTIVOS:
z Conhecer diversas formas de integração económica
z Compreender em que consiste a União Económica e Monetária (UEM)
z Conhecer desafios que se colocam à União Europeia na actualidade
z Analisar a actual situação da economia portuguesa no contexto europeu
* Conteúdo de Sensibilização
59
• Comunidade Europeia de • Identificar as principais etapas do processo de deverá ser colocada nos seus objectivos após a
12.2. O processo de Energia Atómica*(EURATOM) construção da UE criação da UEM. Assim, sugere-se que se recorra aos
integração na • Comunidade Económica conhecimentos leccionados noutras disciplinas e nas
Europa Europeia (CEE) • Caracterizar o Mercado Único unidades anteriores desta disciplina para enquadrar o
• Mercado Único Europeu • Explicar em que consiste a UEM tema.
• União Europeia (UE) • Referir os objectivos da UEM
• União Económica • Justificar a necessidade dos critérios
e Monetária (UEM) de convergência nominal exigidos pela criação da UEM
• Euro • Relacionar o Mercado Único Europeu com a criação
• Banco Central Europeu da UEM
• Zona Euro
• Convergência nominal
• Instituições comunitárias* • Referir desafios da UE resultantes, • Os alunos poderão recolher informações, por exemplo,
nomeadamente, de novos alargamentos, do
• Reforma das instituições: no site da Internet do Centro Jacques Delors, tendo em
aprofundamento e da necessidade de afirmação externa vista organizar o dossier temático, sobre:
- Operacionalidade
da UE
- Democraticidade
12.3. Desafios da EU • Identificar os desafios para a UE decorrentes de
na actualidade novos alargamentos
• Reorientação dos fundos - O funcionamento das instituições comunitárias ;
• Justificar a necessidade da reforma das instituições da
• Orçamento comunitário*
UE (nomeadamente, o Conselho de Ministros, a
• Receitas do orçamento*
Comissão e o Parlamento Europeu) em consequência - As políticas comunitárias;
• Despesas do orçamento*
do aumento do número dos seus membros
• Fundos Estruturais:∗
• Explicar a necessidade de reorientação dos fundos
- FSE
comunitários em consequência da entrada de novos - Os fundos estruturais;
- FEDER
membros na UE
- FEOGA
- IFOP
- A composição do orçamento comunitário e a
• Fundo de Coesão
• Políticas comunitárias∗ • Referir a necessidade de reformular as políticas repartição dos fundos comunitários pelos países
comunitárias face a um maior aprofundamento da UE membros;
• Reajustamento das
políticas • Explicar a importância do princípio da coesão
económica e social
• Coesão Económica e
Social • Relacionar convergência real com coesão económica - A reforma das instituições da UE;
e social
• Convergência real - As reformulações das políticas comunitárias.
• Evidenciar as consequências do alargamento e
do aprofundamento da integração europeia na
afirmação externa da UE face a outros blocos - A reorientação dos fundos comunitários.
económicos regionais
60
Com base na análise da informação recolhida, os
• Estrutura da população: alunos concluirão sobre as consequências do
estrutura etária da população, alargamento e do aprofundamento da integração
movimentos migratórios e europeia na afirmação externa da UE face a outros
população activa (emprego e blocos económicos regionais.
desemprego) • Aplicar conhecimentos, anteriormente adquiridos,
• Estrutura da produção: sobre a realidade portuguesa • Este conteúdo do programa terá como objectivo a
evolução do valor do produto, • Analisar a economia portuguesa na actualidade análise da situação da economia portuguesa no último
12.4. Portugal no estrutura sectorial da produção • Comparar os principais indicadores decénio, numa perspectiva globalizante, enquadrando-a,
contexto da UE • Estrutura da Despesa Nacional: de desempenho da economia portuguesa com os comparativamente, no contexto europeu.
Consumo e Investimento indicadores da economia da UE Pretende-se igualmente que os alunos tomem
• Relações económicas • Equacionar problemas e desafios que se colocam à consciência dos desafios colocados à economia
com o exterior economia portuguesa no futuro próximo portuguesa no futuro próximo.
• Recursos humanos: (nomeadamente, o ritmo de convergência real e as • O professor deverá orientar os alunos num trabalho
educação e formação consequências de novos alargamentos) de grupo sobre a situação da economia portuguesa no
profissional, investigação e contexto europeu, que poderá começar a ser realizado
desenvolvimento desde o início do ano lectivo, tendo por finalidade
• Competitividade das aplicar, aprofundar e relacionar os conhecimentos
empresas: investimento e adquiridos pelos alunos ao longo dos 10º e 11º anos.
produtividade Assim, o docente deverá discutir com os alunos as
• Nível de vida e justiça social: regras do processo de trabalho e de avaliação do
repartição dos rendimentos, mesmo, organizar a turma em grupos e
poder de compra, estrutura do orientar/esclarecer os alunos na escolha do tema/sub-
consumo, inflação e tema a ser trabalhado por cada grupo.
equipamentos sociais • Aos alunos deverá ser fornecido um guião do trabalho
a realizar, bem como serem especificados os critérios
de avaliação que serão utilizados (auto e hetero-
avaliação).
Deste modo, a partir da organização da turma em
grupos, a recolha, selecção, sistematização e
tratamento da informação sobre Portugal e a UE deverá
incidir sobre os diferentes domínios referidos na coluna
dos conceitos.
Como recurso, os alunos deverão utilizar, entre outros,
o dossier temático referente à economia portuguesa,
devidamente actualizado, que vem sendo organizado
desde o 10º ano.
A partir da caracterização da situação portuguesa,
haverá que estabelecer as comparações necessárias
para concluir sobre a convergência real da economia
portuguesa com a da União Europeia.
Cada grupo fará uma comunicação à turma do trabalho
realizado, seguida de debate e de sistematização de
conclusões orientados pelo professor.
• Este trabalho servirá de base para um debate final,
61
organizado pelos alunos e orientado pelo professor, em
que se discutirão os principais desafios que se
levantam à economia portuguesa no futuro próximo.
Eventualmente, este debate poderá ser aberto à
comunidade educativa e contar com a participação de
especialistas nos domínios em discussão focando-se,
nomeadamente, as implicações para a economia
portuguesa do alargamento ou do aprofundamento da
UE.
62
4ª PARTE – BIBLIOGRAFIA E OUTROS RECURSOS
BIBLIOGRAFIA
1) LIVROS
- Baptista, A. F. (dir.) (2000). Guia do Mundo 2000 – 2001. Lisboa: Trinova Editora.
Informações sobre todos os países e territórios não autónomos do mundo, bem como sobre as
organizações económicas internacionais. É acompanhado por uma base de dados em CD-Rom.
Para professores e alunos.
63
- Fontaine, P. (1998). A Construção Europeia de 1945 aos Nossos Dias. Lisboa:
Gradiva.
Livro introdutório, muito acessível aos alunos, que lhes permite compreender as sucessivas etapas
de construção da União Europeia .
64
- Moura, F. P. (1978). Lições de Economia. Coimbra: Livraria Almedina.
Manual universitário de introdução à Economia que aborda vários temas de modo a
facilitar a compreensão e análise de conceitos e questões económicas importantes. Livro de
consulta para professores.
65
- Schor, A. (1996). EURO - o que é a moeda única?. Lisboa: Publicações D. Quixote.
Faz uma apresentação da moeda única europeia e das vantagens e desvantagens
da sua adopção. Pode ser consultado por alunos, sob a orientação do professor.
2) PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
- Brown, L. R. et al. (anual). State of the World. New York: W. W. Norton &Company.
Relatório anual do Worldwatch Institute sobre a situação mundial, tendo em vista um futuro
sustentável. Para professores.
66
OUTROS RECURSOS – Sites nacionais e internacionais
67
Agradecemos à Dra. Carolina Negreiros e ao Dr. Pedro Pita Barros pelos esclarecimentos
prestados e todo o apoio que manifestaram, na elaboração deste programa.
Consultores:
69