Osho - Taro Zen
Osho - Taro Zen
Osho - Taro Zen
As figuras que ilustram estas Meditaes Zen foram extradas do Tar Zen, de Osho. Retratam imagens contemporneas em substituio s do Tar tradicional. Todas as condies e estados mentais representados pelas imagens so considerados transitrios e transformadores. Estas meditaes ajudaro o meditador a interpretar e compreender essas imagens, por meio da linguagem simples, direta e extremamente prtica da filosofia zen. O Tar existe h milhares de anos, desde o antigo Egito, ou talvez at antes. A sua primeira utilizao no Ocidente, de que se tem notcia, aconteceu na Idade Mdia. Durante aqueles tempos turbulentos, a sua linguagem figurada foi usada como um cdigo na transmisso dos ensinamentos das escolas de mistrio medievais. Ao longo do tempo o Tar tem sido usado de muitas maneiras como um instrumento para a predio do futuro, como um leve jogo de salo, como uma maneira de reunir informao desconhecida, oculta, a respeito de diversas situaes etc.H quem diga que o nmero de cartas baseia-se no nmero dos passos dados pelo infante Siddharta que mais tarde tornar-se-ia Gautama, o Buda assim que nasceu. Diz a lenda que ele deu sete passos para frente e sete passos para trs, em cada uma das quatro direes cardeais, e isso se tornou o referencial para as cartas menores do Tar.Alm das 56 cartas dos Arcanos Menores, o Tar contm mais 22 cartas, os Arcanos Maiores, as quais contam toda a histria da viagem espiritual do Homem. Desde o inocente passo inicial do Bobo at o coroamento da viagem, representado pela carta do Encerramento, encontramos nos Arcanos Maiores as imagens arquetpicas que nos ligam a ns todos, como seres humanos. Elas falam a respeito de uma viagem de autodescoberta que absolutamente nica para cada indivduo, conquanto sejam as mesmas as verdades fundamentais a serem descobertas, independentemente de raa, sexo, classe social ou de criao religiosa.Nas cartas do baralho do Tar tradicional essa viagem de autodescoberta vista como um tipo de espiral, onde cada Encerramento conduz a um novo nvel no caminho, um novo comeo com a reapario do Coringa. No Tar Zen, de Osho, porm, acrescentouse a carta O Mestre. Esta carta permite-nos deixar para trs a espiral, para saltar fora da roda da morte/renascimento. A figura O Mestre simboliza a superao definitiva do prprio viajar, uma transcendncia que s se torna possvel pela dissoluo do ego separado, individualizado, por meio da iluminao.O Tar Zen, de Osho, definitivamente no um Tar tradicional, no sentido de lidar com predies. Trata-se antes de um jogo transcendental do Zen que espelha o momento presente, apresentando, sem concesses, o que existe aqui e agora, sem julgamento ou comparao. Este jogo um chamado para o despertar, para sintonizar-se com a sensibilidade, a intuio, a compaixo, a receptividade, a coragem e a individualidade.Essa nfase na conscincia uma das muitas inovaes em relao aos velhos sistemas e maneiras de pensar o Tar, que logo saltar aos olhos dos praticantes destas Meditaes Zen-Transcendental, baseadas no Tar Zen, de Osho.Estas meditaes podem ser feitas aleatoriamente, escolhendo-se ao acaso uma ou mais delas. Apresentamos a seguir algumas orientaes bsicas para ajudar nesse processo.
OS ARCANOS MAIORES
As primeiras 22 meditaes tm suas respectivas ilustraes numeradas com algarismos romanos de 0 a XXI, e representam os temas centrais, arquetpicos, da viagem espiritual humana. A figura da meditao 22 O Mestre, que simboliza a transcendncia, no numerada. As meditaes esto numeradas de 0 a 78.Quando fazemos uma meditao dos Arcanos Maiores, ela tem uma significao especial. Esse fato nos diz que as circunstncias atuais da nossa vida esto nos oferecendo uma oportunidade para examinar um dos temas centrais da nossa prpria viagem espiritual. Ser especialmente proveitoso examinar outras meditaes correlacionando-as com esse tema central por exemplo, O que me diz o fato de eu ter estado trabalhando demais (Exausto), a respeito da minha necessidade de auto-expresso (Criatividade)? De que maneira posso estar prejudicando o meu progresso na caminhada em direo criatividade, por estar consumindo toda a minha energia apenas para manter a mquina funcionando? Quando fazemos uma meditao de Arcano Maior, possvel que a situao do momento seja apenas uma trama secundria e passageira, na histria mais ampla da nossa vida. Isso no quer dizer que no tenha importncia, ou que devamos sentir-nos uns tolos por deixar-nos afetar to fortemente pelas mensagens dessas meditaes. Porm, pode ser a confirmao de que isto tambm passar, e mais tarde poderemos muito bem nos perguntar qual foi o motivo para tanta confuso.Finalmente, uma meditao de Arcanos Maiores pode indicar que est acontecendo na histria uma alterao importante de cenrio e de personagens. H ocasies em que, efetivamente, a profuso de meditaes de Arcanos Maiores surpreendente. Voc poder preferir escolher apenas uma delas aquela que o impacta com a mensagem mais clara como pea central de uma nova leitura que o ajude a compreender o que voc est enfrentando no momento.
OS ARCANOS MENORES
Estas 56 meditaes e respectivas ilustraes esto divididas em quatro naipes que representam os quatro elementos, com cada ilustrao marcada com um losango particular, codificado pela cor, para que se distingam. Em cada caso, a cor do losango aquela que predomina no naipe. As figuras do naipe da gua tm um losango azul, as do Fogo tm um losango vermelho, o naipe das Nuvens apresenta um losango cinza, e o naipe do Arco-ris um losango com as cores do arco-ris. Como acontece nos baralhos normais de jogar, cada naipe contm cartas da corte, que aqui no encerram qualquer pretenso aristocrtica, mas representam apenas as diferentes oportunidades para que se consiga o domnio sobre os quatro elementos a que correspondem.O naipe do Fogo corresponde ao de Paus do Tar tradicional, e representa o campo da ao e da reao, a energia que nos coloca em situaes e que nos tira delas quando obedecemos aos nossos instintos, de preferncia nossa mente ou s nossas emoes.O naipe da gua substitui o de Copas tradicional, representando o lado emocional da vida, e tende a ser uma
energia mais feminina e receptiva do que o Fogo, que mais masculino e extrovertido.O naipe das Nuvens foi escolhido para substituir o de Espadas, tradicionalmente o naipe do Ar, representando a mente. Isso porque a natureza da mente no-iluminada exatamente como a das nuvens, na maneira como bloqueia a luz e turva a paisagem nossa volta, impedindo-nos de enxergar as coisas como elas realmente so. Existe tambm uma outra caracterstica das nuvens que no pode ser esquecida elas vm e vo, e, portanto, no devem ser levadas muito a srio!Finalmente, o naipe do Arco-ris toma neste baralho o lugar do tradicional naipe de Ouros, representando o elemento Terra. Este , tradicionalmente, o elemento que representa o lado prtico, material, da vida. Coerentemente, porm, com a postura do Zen, que considera que at as atividades mais humildes e terrenas encerram uma oportunidade para que se celebre o sagrado, o Arco-ris foi escolhido para este naipe. Ao adotar o arco-ris que faz uma ponte entre o cu e a terra, entre o esprito e a matria lembramo-nos de que na verdade no existe uma separao entre o mais baixo e o mais alto, de que o que existe verdadeiramente o continuum de uma energia nica e total. Lembramo-nos tambm de que o cu no um lugar remoto l no alto, mas antes uma realidade esperando para ser descoberta, aqui mesmo na Terra.Aqui est, portanto, uma viagem de descoberta, e o caminho para a transcendncia definitiva disso tudo. Siga em frente descontrada e alegremente, dos cumes para os vales, e de volta aos picos novamente, saboreando cada passo do caminho. Aprenda com os seus erros, e no haver como no acertar. SUGESTO DE COMO PRATICAR ESTAS MEDITAES Voc pode, obviamente, fazer estas meditaes do modo que quiser, embora elas sejam na verdade um veculo para expor aquilo que voc j sabe. Qualquer uma destas meditaes escolhidas ao acaso um reflexo direto daquilo que algumas vezes voc no se acha capaz, ou no tem vontade, de reconhecer nesse momento. E, no entanto, apenas por meio do reconhecimento (sem julgar se certo ou errado) de um ponto de vista inteiramente impessoal, que algum pode comear a experienciar plenamente sua altura e sua profundidade todos os matizes da nossa natureza de arco-ris.Quando for fazer estas meditaes, escolha bem uma delas, imaginando-as como um receptculo no qual voc est vertendo as suas energias. No momento em que se sentir pronto abra-a e leia e medite atentamente. Lembre-se de permanecer ativo e lcido no momento, medida que voc acessa e l a meditao, permitindo suas respostas interiores virem tona, para clarificar as suas questes exteriores.Como voc logo vai perceber, as figuras destas meditaes Zen, esto vivas. O impacto que elas provocam inegvel, pois falam em uma linguagem que o nosso ser mais ntimo reconhece. Elas despertam o entendimento. Provocam a lucidez.No existe um modo definitivo para se praticar estas meditaes. Com a prtica, porm, voc ir desenvolver a sua prpria maneira de us-las. Seja criativo as possibilidades so ilimitadas.Mantenha-se em silncio e centrado o quanto possvel, quando for usar estas meditaes. Quanto mais voc puder visualizar estas meditaes como uma ddiva para o seu crescimento pessoal, tanto mais significativas sero as mensagens para voc.Se voc tiver a impresso de que uma determinada meditao est sugerindo um significado diferente, outra orientao ou percepo, confie na sua prpria intuio e criatividade.O Sumrio a seguir visa
SUMRIO DAS MEDITAES ARCANOS MAIORES 0. O Bobo 1. Existncia 2. A Voz Interior 3. Criatividade 4. O Rebelde 5. No-Materialidade 6. Os Amantes 7. Conscincia 8. Coragem 9. Solitude 10. Mudana 11. Ruptura 12. Nova Viso 13. Transformao 14. Integrao 15. Condicionamento 16. Relmpago 17. Silncio 18. Vidas Passadas 19. Inocncia 20. Alm da Iluso 21. Completude 22. O Mestre NAIPE DA GUA 2 de gua Amistosidade 3 de gua Celebrao 4 de gua Voltando-se para Dentro 5 de gua Apego ao Passado 6 de gua O Sonho 7 de gua Projees 8 de gua Deixando Ir 9 de gua Preguia 10 de gua Harmonia s de gua Indo com a Correnteza NAIPE DAS NUVENS. 2 de Nuvens Esquizofrenia.
3 de Nuvens Isolamento Glacial 4 de Nuvens Adiamento 5 de Nuvens Comparao 6 de Nuvens O Fardo. 7 de Nuvens Poltica 8 de Nuvens Culpa 9 de Nuvens Sofrimento 10 de Nuvens Renascimento. s de Nuvens Conscincia NAIPE DO ARCO-RIS 2 de Arco-ris Momento a Momento 3 de Arco-ris Orientao 4 de Arco-ris O Avarento 5 de Arco-ris O Forasteiro 6 de Arco-ris Concesso 7 de Arco-ris Pacincia 8 de Arco-ris Simplicidade 9 de Arco-ris Momento da Colheita 10 de Arco-ris Ns Somos o Mundo s de Arco-ris Maturidade 0. O BOBO Bobo quem confia sempre; bobo quem continua confiando, contrariamente ao que recomendam todas as suas experincias vividas. Voc o engana, e ele confia em voc; voc o engana de novo, e ele continua confiando; voc o engana mais uma vez, e ele ainda confia em voc. Ento voc dir que ele um bobo, que no aprende. A confiana dele enorme; uma confiana to pura que ningum consegue corromp-la.Seja um bobo no sentido taosta, no sentido do Zen. No tente criar uma muralha de conhecimentos em torno de voc. Seja qual for a experincia que venha a voc, deixe-a acontecer e depois siga em frente, descartando-se dela. V limpando sua mente o tempo todo; v morrendo para o passado, de forma a permanecer no presente, no aqui-agora, como se tivesse acabado de nascer, como se fosse um beb. No comeo isso ser muito difcil. O mundo comear a tirar vantagem de voc... deixe que o faam. So uns pobres companheiros. Ainda que trapaceiem com voc, que o enganem e roubem, deixe acontecer, porque aquilo que realmente seu no pode ser roubado, o que realmente lhe pertence ningum pode tirar de voc. E a cada vez que voc no permitir que as circunstncias o corrompam, a oportunidade se transformar em um efeito de integrao dentro de voc. A sua alma se tornar mais cristalizada.OshoDang Dang Doko Dang Comentrio: Momento a momento, e a cada passo, o Bobo vai deixando o passado para trs. No
leva nada mais do que a sua pureza, sua inocncia e sua confiana, simbolizadas pela rosa branca em sua mo. O estampado do seu colete contm as cores dos quatro elementos do Tar, indicando que ele est em harmonia com tudo o que existe sua volta. A sua intuio est ativada em grau mximo. Neste momento, o Bobo tem o apoio de todo o universo para dar o seu salto em direo ao desconhecido. Aventuras esperam por ele no rio da vida.A figura est indicando que, se neste momento, voc confiar em sua intuio, na sua sensibilidade para a "adequao" das coisas, voc no poder errar. Os seus atos podero parecer "tolos" para os outros, ou at para voc mesmo, se tentar analis-los com a mente racional. A posio "zero" porm, ocupada pelo Bobo, a do nmero inumervel, na qual a confiana e a inocncia que so os guias, e no o ceticismo e a experincia passada.
1. EXISTNCIA Voc no est a por acaso. A existncia precisa de voc. Sem a sua presena, algo estar faltando na existncia e ningum poder ocupar o lugar. Isto o que lhe confere dignidade: saber que a existncia inteira sentiria a sua falta. As estrelas, o sol e a lua, as rvores, os pssaros, a terra tudo no universo sentiria que um pequeno lugar est vago, o qual no pode ser ocupado por ningum mais, a no ser por voc. Isto lhe d uma alegria enorme, uma comprovao de que voc tem a ver com tudo o que existe, e de que a existncia preocupa-se com voc. Quando voc est purificado e transparente, voc poder perceber uma imensurvel quantidade de amor derramando-se sobre voc de todas as dimenses. OshoGod is Dead: Now Zen is the Only Living Truth Comentrio: Esta figura nua est sentada sobre a folha do ltus da perfeio, com o olhar perdido na beleza do cu noturno. Ela sabe que "lar" no um lugar fsico no mundo exterior, mas uma qualidade interna de relaxamento e de aceitao. As estrelas, as pedras, as rvores, as flores, os peixes e os pssaros so todos nossos irmos e irms nesta dana da vida. Ns, seres humanos, temos certa tendncia a nos esquecer disso, enquanto procuramos cumprir nossos compromissos particulares, e acreditamos que preciso lutar para conseguir aquilo de que precisamos. No fundo, porm, nossa sensao de estar parte apenas uma iluso, criada pelas preocupaes limitadas da mente. Agora chegado o momento de verificar se voc est se permitindo receber a ddiva extraordinria do sentir-se "em casa", onde quer que voc esteja. Se estiver, assegure-se de dedicar tempo para desfrutar essa sensao, de forma que ela possa aprofundar-se e permanecer com voc. Se, por outro lado, voc tem se sentido como se o mundo estivesse espreita para peg-lo, hora de fazer uma pausa. V l fora esta noite, e olhe para as estrelas
2. A VOZ INTERIOR Se voc encontrou a sua verdade dentro de voc, no h mais nada para descobrir em toda esta existncia. A verdade est atuando atravs de voc. Quando voc abre os olhos, a verdade abrindo os olhos. Quando fecha os seus olhos, a verdade que est fechando os olhos. Esta uma meditao extraordinria. Se voc puder simplesmente entender o mecanismo, no precisar fazer nada o que quer que esteja fazendo, estar sendo feito pela verdade. Se voc estiver andando, ser a verdade andando; se estiver dormindo, ser a verdade dormindo; se estiver falando, ser a verdade falando; se estiver em silncio, ser a verdade que estar em silncio. Esta uma das tcnicas de meditao mais simples. Pouco a pouco, tudo se acomoda segundo esta frmula simples e, ento, no h mais necessidade da tcnica.Quando voc est curado, joga fora a meditao, joga fora o remdio. Ento, voc vive como verdade cheio de vida, radiante, satisfeito, abenoado, uma cano em si mesmo. Toda a sua vida se transforma em uma prece sem palavras ou, melhor dizendo, em um estado de orao, em um estado de graa, de beleza que no pertence a este mundo, em um raio de luz vindo do alm, iluminando a escurido do nosso mundo.OshoThe Great Zen Master Ta Hui Comentrio: A Voz Interior no fala por palavras, mas na linguagem inarticulada do corao. como um orculo que s fala a verdade. Se tivesse um rosto, seria como o que aparece no centro desta figura desperto, vigilante, e capaz de aceitar tanto a escurido quanto luz, simbolizadas pelas duas mos que seguram o cristal. O cristal, em si, representa a luminosidade que advm de se haver superado todas as dualidades. A voz interior tambm pode ser brincalhona, medida que mergulha profundamente nas emoes e ressurge para lanar-se em direo ao cu, como dois golfinhos danando nas guas da vida. Ela est ligada ao cosmos por intermdio da coroa em forma de lua crescente, e Terra, do modo como est representada pelas folhas verdes no quimono desta figura. H momentos em nossas vidas, em que muitas vozes parecem nos estar chamando de vrias direes. A prpria confuso que sentimos nessas ocasies, um lembrete para que procuremos silncio e centramento dentro de ns mesmos. S assim seremos capazes de escutar a nossa verdade.
3. CRIATIVIDADE Criatividade a qualidade que voc traz para a atividade que est fazendo. Trata-se de uma atitude, de uma disposio interior a maneira como voc olha para as coisas... Nem todo mundo pode ser um pintor e tambm no h necessidade disso. Se todos fossem pintores, o mundo seria muito feio; e viver seria difcil. E tambm no todo mundo que pode ser danarino, nem h necessidade disso. Todos, porm, podem ser criativos. Seja o que for que faa, se voc o faz com alegria, se o faz com amor, se o seu ato de fazer no meramente econmico,
ento ele criativo. Se algo cresce em seu ntimo como conseqncia, se isso lhe traz desenvolvimento, ento espiritual, criativo, divino. Voc se torna mais divino medida que fica mais criativo. Todas as religies do mundo disseram que Deus o criador. Eu no sei se ele ou no o criador, mas de uma coisa eu sei: quanto mais criativo voc se torna, mais divino voc fica. Quando sua criatividade chega a um clmax, quando a sua vida inteira se torna criativa, voc est em Deus. Ele deve ser, portanto, o criador, pois as pessoas que foram criativas estiveram mais prximas dele. Ame o que voc faz. Assuma uma postura meditativa enquanto voc estiver fazendo algo seja l o que for!OshoA Sudden Clash of Thunder Comentrio: A partir da alquimia de fogo e gua na parte de baixo, at a luz divina que entra pela parte de cima, a figura desta ilustrao est literalmente "possuda" pela fora criativa. Realmente, a experincia da criatividade um mergulho no misterioso. Tcnica, treinamento e conhecimento so apenas instrumentos; o segredo abandonar-se energia que alimenta o nascimento de todas as coisas. Essa energia no tem forma nem estrutura e, no entanto, todas as formas e estruturas nascem dela. Pouco importa a forma de expresso particular que a sua criatividade assuma pode ser a pintura ou o canto, o plantio de um jardim ou a preparao de uma refeio. O importante estar aberto para aquilo que quer se expressar por seu intermdio. Lembre-se de que no somos donos das nossas criaes elas no nos pertencem. A criatividade verdadeira nasce de uma unio com o divino, com o mstico e com o incognoscvel. Da ser ela tanto uma alegria para quem cria, quanto uma bno para os demais
4. O Rebelde As pessoas tm muito medo daqueles que conhecem a si mesmos. Estes tm um certo poder, uma certa aura e um certo magnetismo, um carisma capaz de libertar os jovens, ainda cheios de vida, do aprisionamento tradicional...O homem iluminado no pode ser escravizado este o problema e no pode ser feito prisioneiro... Todo gnio que tenha conhecido um pouco do seu ntimo est fadado a ser um pouco difcil de ser absorvido: ele dever ser uma fora perturbadora. As massas no querem ser perturbadas, ainda que se encontrem na misria; esto na misria, mas esto acostumadas com isso, e qualquer um que no seja um miservel parece um estranho.O homem iluminado o maior forasteiro do mundo; ele parece no pertencer a ningum. Nenhuma organizao consegue confin-lo, nenhuma comunidade, nenhuma sociedade, nenhuma nao.OshoThe Zen Manifesto: Freedom from Oneself Comentrio: A figura de poder e autoridade desta meditao , visivelmente, de algum que senhor do seu prprio destino. Em seu ombro, h uma representao do sol, e a tocha que
ele segura na mo direita simboliza a luz da sua prpria verdade, arduamente conquistada. Rico ou pobre, o Rebelde de fato um imperador, porque quebrou as correntes do condicionamento repressivo e das opinies da sociedade. Ele deu forma a si mesmo abraando todas as cores do arco-ris, aflorando das razes obscuras e amorfas de seu passado inconsciente, e criando asas para voar para o cu. A sua prpria maneira de ser rebelde no porque esteja lutando contra algum ou contra qualquer coisa, mas porque ele descobriu a sua prpria natureza verdadeira e est determinado a viver de acordo com ela. A guia o animal com o qual se afina espiritualmente, um mensageiro entre a terra e o cu. Rebelde nos desafia a ser suficientemente corajosos para assumir responsabilidade por quem somos, e para viver a nossa verdade.
5. NO-MATERIALIDADE Buda escolheu uma das palavras que realmente trazem em si um grande potencial shunyata. A palavra inglesa, o equivalente ingls nothingness [nada], no uma palavra to bela. Por esse motivo que eu gostaria de transform-la em no-thingness (nomaterialidade) porque o "nada" de fato no exatamente um vazio: ali se encontra potencialmente o "tudo". Nele, vibram todas as possibilidades. Trata-se de potencial, potencial absoluto. Ainda no est manifesto, mas tudo est contido ali. No princpio natureza, no final natureza. Ento, por que criar tanta confuso no meio do caminho...? Por que ficar to preocupado, to ansioso, com tantas ambies, no meio do caminho por que criar tamanho desespero? Toda a jornada da nomaterialidade no-materialidade.OshoTake it Easy, Volume 1 Comentrio: Encontrar-se "no vazio" pode ser desorientador e at assustador. Nada em que se apoiar, nenhum sentido de direo, nem mesmo um indcio a respeito de quais opes e possibilidades poderiam estar frente. Era, porm, exatamente esse estado de potencialidade pura que existia antes que o universo fosse criado. Tudo o que voc pode fazer agora relaxar no seio dessa no-materialidade... mergulhar nesse silncio entre as palavras... observar esse vazio entre a expirao e a inspirao, e guardar o tesouro de cada momento vazio da experincia. Alguma coisa sagrada est para nascer.
6. OS AMANTES preciso ter em mente estas trs coisas: o amor de nvel inferior o sexo este fsico e o refinamento maior do amor a compaixo. O sexo encontra-se abaixo do amor, a compaixo est acima dele; o amor fica exatamente no meio. Bem pouca
gente sabe o que o amor. Noventa e nove por cento das pessoas, infelizmente, pensa que sexualidade amor no . A sexualidade por demais animal; certamente, ela contm o potencial para transformar-se em amor, mas ainda no amor, apenas potencial... Se voc se tornar consciente e alerta, meditativo, ento o sexo poder ser transformado em amor. E se a sua atitude meditativa tornar-se total, absoluta, o amor poder ser transformado em compaixo. O sexo a semente, o amor a flor, compaixo a fragrncia. Buda definiu a compaixo como sendo "amor mais meditao". Quando o seu amor no apenas um desejo pelo outro, quando o seu amor no apenas uma necessidade, quando o seu amor um compartilhar, quando seu amor no de um pedinte, mas de um imperador, quando o seu amor no est pedindo nada em troca, mas est pronto para dar apenas -- dar s pela total alegria de dar --, ento, acrescente a meditao a ele, e a pura fragrncia exalada. Isso compaixo; compaixo o fenmeno mais elevado.OshoZen, Zest, Zip, Zap and Zing Comentrio: Aquilo que chamamos de amor na verdade todo um espectro de modos de se relacionar, abrangendo desde a terra at o cu. No nvel mais terreno, o amor a atrao sexual. Muitos de ns continuamos presos nesse nvel, porque o condicionamento a que fomos submetidos sobrecarregou nossa sexualidade com toda sorte de expectativas e de represses. Na verdade, o maior "problema" do amor sexual que ele nunca perdura. S quando aceitamos tal fato que podemos celebr-lo pelo que ele realmente dar as boas-vindas a seu aparecimento, e dizer adeus com gratido quando ele se vai. Ento, medida que vamos amadurecendo, podemos vivenciar o amor que existe alm da sexualidade, e que honra a individualidade singular do outro. Comeamos a compreender que o nosso parceiro funciona freqentemente como um espelho, refletindo aspectos desconhecidos do nosso ser mais profundo, e ajudando-nos a nos tornarmos completos em ns mesmos. Esse amor baseado na liberdade, no em expectativas nem na necessidade. Em suas asas, somos levados, cada vez mais alto em direo ao amor universal, que vivencia tudo como uma coisa s.
7. CONSCINCIA A mente nunca pode ser inteligente s a no-mente inteligente. S a no-mente original e radical. S a no-mente revolucionria revoluo em ao. A mente lhe d uma espcie de estupor. Sobrecarregado pelas lembranas do passado, sobrecarregado pelas projees do futuro, voc vai vivendo num nvel mnimo. No vive no mximo. A sua chama permanece muito fraca. Uma vez que voc comea a deixar de lado os pensamentos, a poeira que voc acumulou no passado, a chama se ergue lmpida, clara, viva, jovem. A sua vida como um todo se transforma em uma chama, e uma chama sem nenhuma fumaa. Isto o que a conscincia.OshoA Sudden Clash of Thunder
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Comentrio: O vu da iluso ou maya, que tem estado impedindo que voc perceba a realidade como ela , est comeando a queimar-se. Tal fogo no a chama aquecida da paixo, mas a flama fria da conscincia. medida que o vu vai sendo queimado, o rosto de um buda muito delicado e infantil torna-se visvel. A conscincia que est crescendo em voc neste momento no o resultado de algum "fazer" consciente, nem preciso que voc se esforce para fazer alguma coisa acontecer. Qualquer impresso que voc possa ter de que vinha tateando no escuro, est se desfazendo agora, ou logo se dissipar. Deixe-se assentar, e lembre-se de que, bem no fundo, voc apenas uma testemunha, eternamente silenciosa, consciente e imutvel. Um canal est se abrindo agora a partir da esfera de atividades at o centro do testemunhar. Ele o ajudar a atingir o desapego, e uma nova conscincia remover o vu dos seus olhos.
8. CORAGEM A semente no pode saber o que lhe vai acontecer, a semente jamais conheceu a flor. E a semente no pode nem mesmo acreditar que traga em si a potencialidade para transformar-se em uma bela flor. Longa a jornada, e sempre ser mais seguro no entrar nessa jornada, porque o percurso desconhecido, e nada garantido. Nada pode ser garantido. Mil e uma so as incertezas da jornada, muitos so os imprevistos e a semente sente-se em segurana, escondida no interior de um caroo resistente. Ainda assim ela arrisca, esfora-se; desfaz-se da carapaa dura que a sua segurana, e comea a mover-se. A luta comea no mesmo momento: a batalha com o solo, com as pedras, com a rocha. A semente era muito resistente, mas a plantinha ser muito, muito delicada, e os perigos sero muitos. No havia perigo para a semente, a semente poderia ter sobrevivido por milnios, mas para a plantinha os perigos so muitos. O brotinho lana-se, porm, ao desconhecido, em direo ao sol, em direo fonte de luz, sem saber para onde, sem saber por qu. Enorme a cruz a ser carregada, mas a semente est tomada por um sonho, e segue em frente.Semelhante o caminho para o homem. rduo. Muita coragem ser necessria.OshoDang Dang Doko Dang Comentrio: Esta figura mostra uma pequena flor silvestre que enfrentou o desafio das rochas, das pedras em seu caminho, para aflorar luz do dia. Envolta em brilhante aura de luz dourada, ela exibe a majestade do seu pequenino ser. Sem nenhum constrangimento, equipara-se ao sol mais brilhante.Quando nos defrontamos com uma situao muito difcil, h sempre uma escolha: podemos ficar repletos de ressentimentos e tentar encontrar algum ou alguma coisa em que pr a culpa pelas nossas dificuldades, ou podemos enfrentar o desafio e crescer. A flor nos mostra o caminho, na medida em que a sua paixo pela vida a conduz para fora da escurido, para o mundo da luz. No h nenhum sentido em se lutar contra os desafios da vida,
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ou tentar evit-los ou neg-los. Eles esto a, e se a semente deve transformar-se na flor, precisamos passar por eles. Seja corajoso o bastante para transformar-se na flor que voc foi feito para ser.
9. SOLITUDE Quando voc est sozinho, voc no est s, est simplesmente solitrio e h uma grande diferena entre solido e solitude. Quando voc est em solido, fica pensando no outro, sente a falta do outro. A solido um estado de esprito negativo. Voc fica sentindo que seria melhor se o outro estivesse ali seu amigo, sua esposa, sua me, a pessoa amada, seu marido. Seria bom se o outro estivesse ali, mas ele no est. Solido ausncia do outro. Solitude a presena de si mesmo. A solitude muito positiva. uma presena, uma presena transbordante. Voc se sente to pleno de presena que pode preencher o universo inteiro com a sua presena, e no h nenhuma necessidade de ningum.OshoThe Discipline of Transcendence, Volume 1 Comentrio: Quando no existe "algum significativo" em nossa vida, podemos tanto nos sentir solitrios, quanto desfrutar da liberdade que a solido traz. Quando no encontramos apoio entre os outros para as nossas verdades sentidas profundamente, podemos nos sentir isolados e amargurados, ou ento celebrar o fato de que o nosso modo de ver as coisas seguro o bastante, at para sobreviver poderosa necessidade humana de aprovao da famlia, dos amigos, dos colegas. Se voc est enfrentando uma tal situao neste momento, tome conscincia de como est optando por encarar a sua "solitude", e assuma a responsabilidade pela escolha que fez.A figura humilde desta meditao brilha com uma luz que emana do seu interior. Uma das contribuies mais significativas do Buda Gautama para a vida espiritual da humanidade foi insistir junto a seus discpulos: "Seja uma luz para voc mesmo". Afinal de contas, cada um de ns deve desenvolver em si a capacidade de abrir o seu prprio caminho atravs da escurido, sem quaisquer companheiros, mapas ou guia.
10. MUDANA A vida segue repetindo-se despreocupadamente e a menos que voc se torne muito consciente, ela continuar se repetindo, como uma roda. Por isso que os budistas chamam a isso de roda da vida e da morte roda do tempo. Tudo se movimenta como uma roda: ao nascimento se segue a morte, morte o nascimento; ao amor se segue o dio, ao dio o amor; ao sucesso se segue o fracasso, ao fracasso o sucesso. Basta olhar volta... Se lhe for possvel observar apenas por alguns dias, voc perceber um padro se definindo: o esquema da roda. Em um dia, numa bela
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manh, voc se sente to bem, to feliz e, no outro dia, est chateado, to infeliz, que comea a pensar em cometer suicdio. H apenas alguns dias voc se sentiu to cheio de vida, to abenoado, que agradecia a Deus, pois voc estava num estado de esprito de profunda gratido, e hoje h um grande sentimento de inconformismo, e voc no v razo que justifique continuar vivendo... E essa alternncia vai se repetindo, mas a gente no chega a perceber o padro. Uma vez que voc perceba o padro, voc pode libertar-se dele.OshoTake it Easy, Volume 1 Comentrio: O smbolo desta figura uma roda enorme que representa o tempo, o destino, o karma. Galxias orbitam em torno desse crculo que est em constante movimento, e os doze signos do zodaco aparecem sua volta. Na parte de dentro da circunferncia esto os oito trigramas do I Ching, e mais prximo ao centro aparecem as quatro direes, cada qual iluminada pela energia do relmpago. O tringulo giratrio neste momento est apontando para cima, em direo ao divino, e o smbolo chins do yin e yang, macho e fmea, o criativo e o receptivo, fica no centro. Com freqncia tem sido dito que a nica coisa que no muda no mundo, a prpria mudana. A vida est mudando continuamente, evoluindo, morrendo e renascendo. Todos os opostos tm um papel nesse vasto esquema circular. Se voc se agarrar borda da roda, poder ficar tonto! Avance em direo ao centro do ciclone e relaxe, sabendo que esse estado tambm passar.
11. RUPTURA Converter a derrocada em ruptura, eis toda a funo de um mestre. O psicoterapeuta simplesmente pe remendos. Essa a sua funo. Ele no est ali para transformlo. Voc precisa de uma metapsicologia a psicologia dos budas. Sofrer uma derrocada conscientemente a maior aventura da vida. o maior risco, porque no h nenhuma garantia de que a derrocada se transformar em uma ruptura. Ela se transforma, mas essas coisas no podem ser garantidas. O caos em que voc se encontra muito antigo por muitas, muitas vidas voc tem estado no caos. Tratase de um caos espesso e denso. quase um universo em si mesmo. Portanto, quando voc o desafia com sua capacidade limitada, claro que h perigo. Sem desafiar, porm, esse perigo, ningum jamais se tornou integrado, ningum jamais se tornou um indivduo, indivisvel.O Zen, ou a meditao o mtodo que ir ajudlo a passar atravs do caos, pela noite escura da alma, com equilbrio, disciplinado, alerta. O alvorecer no est muito longe, mas antes que lhe seja possvel alcanar o nascer do dia, a noite escura precisar ser atravessada. medida que a alvorada for se aproximando, a noite se tornar ainda mais escura.OshoWalking in Zen, Sitting in Zen Comentrio: A predominncia do vermelho nesta figura indica, logo primeira vista, que o seu tema
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a energia, o poder e a fora. A aura brilhante emana do plexo solar ou centro de poder da figura, e a sua postura de exuberncia e determinao. Todos ns atingimos ocasionalmente um ponto em que "bastante o bastante". Nesses momentos parece que precisamos fazer alguma coisa, qualquer coisa, ainda que mais tarde essa coisa se revele um engano. Precisamos deixar de lado as cargas e restries que nos esto limitando. Se no fazemos isso, elas ameaam sufocar e neutralizar nossa prpria energia vital.Se neste momento voc est sentindo que "bastante o bastante", aceite o risco de romper com os velhos padres e limitaes que tm impedido a sua energia de fluir. Ao faz-lo, voc ficar surpreso com a vitalidade e com a energia que essa Ruptura trar sua vida.
12. NOVA VISO Quando voc se abre para o supremo, imediatamente ele se derrama dentro de voc. Voc j no mais um ser humano comum voc transcendeu. Seu insight transformou-se no insight da existncia como um todo. Agora, voc no mais um ser parte voc encontrou as suas razes. No sendo assim o que o mais comum , as pessoas vo vivendo sem razes, sem saber de onde o seu corao continua recebendo energia, sem saber quem continua respirando em seu interior, sem conhecer a seiva da vida que est circulando dentro delas. No se trata do corpo, e no se trata da mente alguma coisa transcendental a todas as dualidades, que se denomina bhagavat o bhagavat nas dez direes...O seu ser interior, quando se abre, vivencia inicialmente duas direes: a altura e a profundidade. Depois, devagarinho, medida que vai se acostumando com essa situao, voc comea a olhar em volta, estendendo-se em todas as outras oito direes. Quando voc alcanar o ponto em que a sua altura e a sua profundidade se encontram, ento, voc poder olhar em volta, para a prpria circunferncia do universo. A partir desse momento, a sua conscincia comear a desdobrar-se em todas as dez direes, mas o caminho ter sido s um.OshoZen: The Diamond Thunderbolt Comentrio: A figura desta meditao est nascendo de novo, emergindo de suas razes presas terra e criando asas para voar em direo ao ilimitado. As formas geomtricas em volta do seu corpo mostram as muitas dimenses da vida que esto simultaneamente ao seu alcance. O quadrado representa a parte fsica, o que est manifesto, o conhecido. O crculo representa o no-manifesto, o esprito, o espao puro. E o tringulo simboliza a natureza trina do universo: o manifesto, o nomanifesto, e o ser humano que contm a ambos.Voc est tendo agora uma oportunidade para enxergar a vida em todas as suas dimenses, das suas profundezas s alturas. Elas existem lado a lado, e, quando descobrimos pela experincia que o escuro e o difcil so to necessrios quanto o claro e o fcil, passamos a ter uma perspectiva muito diferente do mundo. Ao deixarmos que todas as cores da vida penetrem em ns, tornamo-nos mais integrados.
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13. TRANSFORMAO Um mestre de Zen no simplesmente um professor. Em todas as religies, h apenas professores. Eles ensinam a respeito de assuntos que voc no conhece, e lhe pedem para acreditar no que dizem, porque no h jeito de transformar essa experincia em realidade objetiva. O professor tampouco as vivenciou ele acreditou nelas, e transmite a sua crena para outras pessoas.O Zen no o mundo do crente. No para fiis; o Zen destinado quelas almas ousadas que so capazes de desfazer-se de toda crena, descrena, dvida, razo, mente, e mergulhar simplesmente na sua existncia pura, sem fronteiras. Ele traz, porm, uma transformao tremenda. Permitam-me, portanto, dizer que, enquanto outros caminhos esto envolvidos com filosofias, o Zen est envolvido com metamorfose, com uma transformao. Trata-se de uma alquimia autntica: o Zen transforma voc de metal comum em ouro.Mas a sua linguagem precisa ser entendida, no com o seu raciocnio e o seu intelecto, mas com o seu corao amoroso. Ou at mesmo simplesmente escutar, sem se importar se verdade ou no. Um momento chega, repentinamente, em que voc enxerga aquilo que no percebeu a vida inteira. De repente, abre-se quilo que o Buda Gautama denominou "oitenta e quatro mil portas".OshoZen: The Solitary Bird, Cuckoo of the Forest Comentrio: A figura central desta meditao est sentada sobre a enorme flor do vazio, e segura os smbolos da transformao a espada que corta a iluso, a serpente que se rejuvenesce trocando de pele, a corrente partida das limitaes, e o smbolo yin/yang da transcendncia da dualidade. Uma das mos repousa no seu colo, aberta e receptiva. A outra est embaixo, tocando a boca de um rosto adormecido, simbolizando o silncio que se instaura quando estamos em repouso.Este um momento para uma passividade profunda. Aceite qualquer dor, tristeza ou dificuldade, conforme-se com o "fato consumado". muito semelhante experincia do Buda Gautama quando, aps anos de busca, ele finalmente desistiu, sabendo que no havia nada mais que pudesse fazer. Naquela mesma noite ele se tornou iluminado. A transformao chega, como a morte, no seu devido momento. E tambm como a morte, ela transporta voc de uma dimenso para outra.
14. INTEGRAO O conflito est no homem. A menos que seja resolvido ali, no poder ser resolvido em nenhum outro lugar. O desafio poltico est dentro de voc; ele acontece entre as duas partes da mente. H uma ponte muito pequena. Se essa ligao for rompida por algum acidente, por algum defeito fisiolgico ou por alguma outra razo, a pessoa fica dividida: ela se tornar duas pessoas e o fenmeno da esquizofrenia ou personalidade dividida, se manifestar.Se a ponte for rompida e uma ponte
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muito frgil , ento voc se transformar em dois, passar a agir como duas pessoas. Pela manh, voc muito amvel, uma pessoa encantadora; tarde, est muito bravo, completamente diferente. Voc no ir lembrar-se de como foi de manh... e como poderia lembrar-se? Era uma outra mente que estava funcionando e a pessoa se transforma em duas pessoas. Se essa ponte for fortalecida o bastante para que as duas mentes deixem de ser duas e se tornem uma s, ento acontecer a integrao, a cristalizao.Aquilo que George Gurdjieff costumava chamar de cristalizao do ser apenas a transformao dessas duas mentes em uma s, o encontro do masculino e do feminino dentro de ns, o encontro do yin e do yang, o encontro do esquerdo com o direito, o encontro da lgica com o ilgico, o encontro de Plato com Aristteles.shoAncient Music in the Pines Comentrio: A imagem da integrao a unio mstica, a fuso dos opostos. Este um momento de comunicao entre dualidades da vida, anteriormente vivenciadas. Ao invs da noite opondo-se ao dia, a escurido suprimindo a luz, as polaridades estaro trabalhando juntas para criar um todo unificado, transformando-se ininterruptamente uma na outra, cada qual contendo a semente do seu oposto no seu mago mais profundo. A guia e o cisne so ambos seres alados e majestosos. A guia a encarnao do poder e da solitude. O cisne a corporificao do espao e da pureza, flutuando e mergulhando com suavidade no elemento das emoes, totalmente satisfeito e realizado em sua perfeio e beleza.Ns somos a unio da guia com o cisne: macho e fmea, fogo e gua, vida e morte. A figura da integrao o smbolo da autocriao, da vida nova e da unio mstica, conhecida tambm como alquimia
15. CONDICIONAMENTO A menos que voc abandone a sua personalidade, voc no ser capaz de encontrar a sua individualidade. A individualidade dada pela existncia; a personalidade imposta pela sociedade. Personalidade convenincia social. A sociedade no pode tolerar a individualidade porque a individualidade no acompanhar o rebanho, como uma ovelha. A individualidade tem a natureza do leo: o leo move-se sozinho. As ovelhas esto sempre em rebanho, na esperana de que estar em grupo ser aconchegante. Em meio multido, o indivduo sente-se mais protegido, seguro. Se algum atacar, na multido h todas as possibilidades de voc se salvar. Mas, e estando s? apenas os lees andam ss. Cada um de vocs nasceu leo, mas a sociedade est sempre condicionando, programando a mente de vocs como ovelhas. Ela lhes imprime uma personalidade, uma personalidade agradvel, simptica, muito conveniente, muito obediente. A sociedade quer escravos, no pessoas que sejam absolutamente dedicadas liberdade. A sociedade quer escravos porque os interesses estabelecidos querem obedincia.OshoOne Seed Makes the Whole Earth Green Comentrio:
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Esta figura lembra uma antiga histria Zen a respeito de um leo que foi criado por ovelhas, e pensava que era uma delas, at que um velho leo o capturou e o levou at um lago, onde lhe mostrou o seu prprio reflexo. Muitos de ns somos como esse leo a imagem que temos de ns mesmos no advm da nossa prpria vivncia direta, mas das opinies dos outros. Uma "personalidade" imposta de fora substitui a individualidade que poderia ter se desenvolvido de dentro. Ns nos tornamos apenas mais uma ovelha no rebanho, incapazes de nos movermos livremente, e inconscientes da nossa verdadeira identidade. hora de dar uma olhadela no seu prprio reflexo no lago, e de tomar a iniciativa de libertar-se do que quer que lhe tenha sido imposto como condicionamento pelos outros, com o objetivo de fazer voc acreditar em qualquer coisa a seu respeito. Dance, corra, mexa-se, fale uma lngua inexistente tudo o que for necessrio para acordar o leo adormecido dentro de voc.
16. RELMPAGO O que a meditao faz lentamente, um forte brado do mestre, inesperado, na situao em que o discpulo est fazendo uma pergunta e o mestre pula e grita, ou lhe d um golpe firme, ou o atira porta afora, ou salta sobre ele... Tais mtodos no eram conhecidos. Foi simplesmente a genialidade muito criativa de Ma Tzu, e ele levou muitas pessoas iluminao. Algumas vezes parece hilariante: ele jogou um homem pela janela de um prdio de dois andares, e o homem s havia ido perguntar-lhe sobre o que meditar. Ma Tzu no apenas o atirou como saltou em seguida, caiu por cima dele, sentou-se no seu peito e perguntou: "Entendeu? O pobre sujeito respondeu "Sim", porque se dissesse "No", o mestre seria capaz de bater nele, ou de fazer qualquer outra coisa. Aquilo j era o bastante seu corpo estava arrebentado e Ma Tzu, sentado no seu peito, perguntando: "Entendeu?" De fato ele entendeu, e justamente por aquilo ter sido to repentino, inesperado; ele nunca poderia ter imaginado uma coisa daquelas.OshoIsan: No Footprints in the Blue Sky Comentrio: A figura mostra uma torre sendo queimada, destruda, explodida. Um homem e uma mulher se atiram dela, no por quererem isso, mas porque no h escolha. No fundo, aparece uma figura transparente, meditativa, representando a conscincia que a tudo assiste. Talvez voc esteja se sentindo muito abalado neste exato momento, como se a terra tremesse sob seus ps. O seu sentido de segurana est sendo desafiado, e a tendncia natural tentar segurar-se em tudo que estiver ao seu alcance. Esse terremoto interior, porm, tanto necessrio quanto tremendamente importante se voc aceitar que ele acontea, voc emergir dos escombros mais forte e mais disponvel a novas experincias. Depois do incndio, a terra repovoada; aps a tempestade o ar apresenta-se limpo. Tente assistir destruio com desprendimento, quase como se isso estivesse acontecendo com uma outra pessoa. Diga "sim" ao processo ao encontr-lo a meio caminho.
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17. SILNCIO A energia do todo se apossou de voc. Voc est possudo, voc nem mesmo existe mais: o que existe o todo. Neste momento, medida que o silncio o penetra, voc vai sendo capaz de compreender a significncia dele, porque o mesmo silncio vivenciado pelo Buda Gautama. o mesmo silncio de Chuang Tzu ou Bodhidharma, de Nansen... O sabor do silncio o mesmo. Os tempos mudam, o mundo continua se transformando, mas a experincia do silncio, a alegria que vem dele, permanece a mesma. Essa a nica coisa em que voc pode confiar, a nica coisa que nunca morre. Esta a nica coisa que voc pode chamar de seu prprio ser.Osho Comentrio: A receptividade silenciosa de uma noite estrelada de lua cheia, semelhante de um espelho, reflete-se abaixo no lago coberto de nvoa. O rosto que aparece no cu est em meditao profunda: uma deusa da noite que traz profundidade, paz e compreenso.Este um momento muito precioso. Ser fcil para voc repousar internamente, e sondar as origens do seu prprio silncio interior at o ponto em que ele se confunde com o silncio do universo. No h nada para fazer, lugar nenhum aonde ir, e a marca do seu silncio interior permeia tudo o que voc faz. Isso poderia deixar algumas pessoas sentirem-se desconfortveis, acostumadas que esto com todo o barulho e atividade do mundo. No importa. Procure encontrar as pessoas capazes de entrar em sintonia com o seu silncio, ou ento desfrute a sua solitude. Este o momento de reencontrar-se consigo mesmo. A compreenso e os insights que lhe ocorrem nesses instantes manifestar-se-o mais tarde, em uma fase de maior extroverso da sua vida
18. VIDAS PASSADAS A criana poder tornar-se consciente somente se, na sua vida anterior, houver meditado o suficiente, se houver criado suficiente energia meditativa para lutar contra a escurido que a morte traz. O indivduo encontra-se simplesmente perdido em um esquecimento e, ento, de repente, encontra um novo tero e esquece completamente do corpo antigo. H uma descontinuidade. Essa escurido, essa inconscincia gera a descontinuidade. O Oriente tem trabalhado arduamente para penetrar essas barreiras. E o trabalho de dez mil anos no foi em vo. Todos podem adentrar sua vida anterior, e at muitas vidas passadas. Para que isso seja possvel, porm, necessrio que voc se aprofunde na sua meditao, e por duas razes: a menos que voc se aprofunde, voc no ser capaz de encontrar a passagem para uma outra vida; em segundo lugar, preciso que voc tenha ido muito fundo na meditao porque, caso voc encontre a passagem para uma outra vida, uma profuso de acontecimentos invadir a sua mente. J bastante difcil carregar
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apenas uma vida.OshoHyakujo: The Everest of Zen Comentrio: As mos da existncia assumem a forma dos rgos genitais femininos, a abertura da me csmica. Em seu interior se revelam muitas imagens, rostos de outros tempos. Conquanto possa ser divertido fantasiar a respeito de vidas passadas famosas, isso no passa de uma distrao. O importante enxergar e entender os padres krmicos das nossas vidas e as suas razes, em um ciclo repetitivo sem fim que nos aprisiona em um comportamento inconsciente. Os dois lagartos com as cores do arco-ris, um de cada lado, representam o saber e o no-saber. So os guardies do inconsciente, certificando-se de que estejamos preparados para uma viso que, de outra forma, poderia ser dilacerante. Um vislumbre da eternidade da nossa existncia constitui uma ddiva, e o entendimento da funo do karma em nossa vida no algo que possa ser conseguido quando se quer. Este um chamado para que voc desperte: os acontecimentos em sua vida esto tentando faz-lo enxergar um padro to antigo quanto jornada da sua prpria alma.
19. INOCNCIA O Zen diz que se voc abandonar o conhecimento e dentro do conhecimento inclui-se tudo: seu nome, sua identidade, tudo... porque tudo isso lhe foi dado pelos outros , se voc abandonar tudo o que lhe foi dado pelos outros, voc adquirir uma qualidade totalmente diferente de ser a inocncia. Isso ser uma crucificao da persona, da personalidade, e haver uma ressurreio da sua inocncia; voc se tornar outra vez uma criana, renascida.OshoDang Dang Doko Dang Comentrio: O velho desta figura irradia no mundo uma satisfao de criana. H uma atmosfera de graa sua volta, indicando que ele est bem consigo mesmo, e com o que a vida lhe proporcionou. Parece que ele est conversando alegremente com o louva-adeus em seu dedo, como se os dois fossem os maiores amigos. As flores cor-derosa que cascateiam em torno dele representam um tempo de deixar-acontecer, de relaxamento e doura. Elas so uma resposta sua presena, um reflexo da sua prpria natureza.A inocncia que advm de uma profunda experincia de vida semelhante de uma criana, sem ser infantil. A inocncia das crianas bela, mas ignorante. Ela ser substituda por desconfiana e dvida medida que a criana for crescendo e aprendendo que o mundo pode ser um lugar perigoso e ameaador. A inocncia, porm, de uma vida plenamente vivida, tem um qu da sabedoria e da aceitao do milagre da vida em eterna mudana.
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Esta a nica distino entre o sonho e o real: a realidade permite-lhe duvidar e o sonho no lhe permite duvidar...Para mim, a capacidade de duvidar uma das maiores bnos da humanidade. As religies comportam-se como inimigas, porque podam as prprias razes da dvida; e existe uma razo para que elas ajam assim: elas querem que as pessoas acreditem em determinadas iluses que elas vivem pregando...Por que motivo, pessoas como o Buda Gautama tm insistido tanto em que a existncia inteira com exceo do seu eu que a tudo testemunha, com exceo da sua conscincia efmera, feita do mesmo material de que so feitos os sonhos? Elas no esto afirmando que aquelas rvores no se encontram ali. No esto dizendo que aqueles pilares no esto l. No entenda mal por causa da palavra iluso (maya)... A palavra foi traduzida como "iluso", mas iluso no a palavra certa. Iluso algo que no existe. A realidade existe. "Maya" fica exatamente entre as duas algo que quase-existe. No que diz respeito a atividades do dia-a-dia, maya pode ser tomado como realidade. Apenas no seu sentido mximo a partir do pice da sua iluminao , as coisas se revelam irreais, ilusrias.Osho Comentrio: A borboleta, nesta figura, representa o exterior, aquilo que est constantemente se transformando, aquilo que no real, mas uma iluso. Por detrs da borboleta est a face da conscincia, olhando para dentro, para aquilo que eterno. O espao entre os dois olhos abriu-se, revelando o ltus do desenvolvimento espiritual e o sol da conscincia que se levanta. Atravs da ascenso do sol interior, nasce a meditao.A figura nos lembra de no olhar para fora procura do que real, mas olhar antes para dentro de ns mesmos. Quando nos concentramos no mundo exterior, com freqncia nos assaltam os julgamentos isto bom, isto ruim, isto eu quero, aquilo eu no quero. Tais julgamentos nos mantm prisioneiros das nossas iluses, da nossa sonolncia, dos nossos velhos hbitos e padres. Abandone sua mente opiniosa e mova-se para dentro. L voc poder relaxar no seio da sua prpria verdade mais profunda, onde a diferena entre sonhos e realidade j .
21. COMPLETUDE Este o jeito Zen: no dizer as coisas at o fim. Isso precisa ser compreendido, pois uma metodologia muito importante. No dizer tudo significa dar uma oportunidade para que o ouvinte complete o que est sendo dito.Todas as respostas vm incompletas. O mestre s lhe ter dado uma direo... No momento em que voc chegar ao limite, voc saber o que ir permanecer. Sendo assim, se algum estiver tentando compreender o Zen intelectualmente, ir fracassar. No se trata de uma resposta para uma pergunta, mas de algo maior do que a resposta. Trata-se da indicao da prpria realidade... A natureza do buda no coisa muito distante: a sua prpria conscincia natureza de buda. E a sua conscincia capaz de testemunhar as coisas que constituem o mundo. O mundo chegar a um fim, mas o espelho permanecer, espelhando o nada.OshoJoshu: The Lion's Roar
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Comentrio: Aqui, a ltima pea de um quebra-cabea est sendo colocada em seu lugar: a posio do terceiro olho, o lugar da percepo interior. Mesmo no fluxo sempre mutvel da vida, h instantes em que chegamos a um ponto de completude. Nesses momentos, somos capazes de apreender o quadro completo, o conjunto de todas as pequenas peas que ocuparam por tanto tempo a nossa ateno. No momento da concluso, podemos tanto nos sentir em desespero porque no queremos que aquela situao chegue a um fim , como podemos nos sentir agradecidos e receptivos ao fato de que a vida cheia de concluses e de novos comeos.O que quer que tenha estado absorvendo o seu tempo e sua energia, agora est chegando ao fim. Ao concluir isso, voc estar criando condies para que alguma coisa nova possa comear. Use essa pausa momentnea para celebrar ambas as coisas: o encerramento do velho e a chegada do novo.
22. O MESTRE Aqui eu gostaria de dizer algo, que tenho guardado como um segredo por toda minha vida. Eu nunca quis ser um Mestre para ningum... Ser um mestre uma tarefa muito estranha. Voc precisa convencer pessoas sobre o corao, utilizando argumentos e razes, racionalidades, filosofia, voc tem que usar a mente como uma serva do corao. O trabalho do mestre lhe afastar da mente, para que toda sua energia se mova para o corao. Voc captou o sentido? A palavra mestre cria a idia do discpulo, do seguidor. Como pode haver um mestre sem um discpulo, sem um seguidor? Mas no sentido espiritual da palavra, mestre significa domnio de si mesmo. No tem nenhuma relao com qualquer seguidor; no depende da multido. Um mestre sozinho suficiente. O novo homem de que tenho falado ser um mestre de si mesmo.Osho Comentrio: No Zen, o Mestre no um mestre de outros, mas um mestre de si mesmo. Cada gesto seu, e cada uma de suas palavras, refletem a sua condio de iluminado. Ele no um professor com uma doutrina para partilhar, nem um mensageiro supernatural conectado diretamente a Deus, mas simplesmente aquele que se tornou um exemplo vivo do mais alto potencial que repousa dentro de cada ser humano. Nos olhos do mestre, eles encontram a prpria verdade deles refletida, e no seu silncio eles encontram com maior facilidade o seu prprio silncio interior.Juntos, eles criam um campo de fora que d apoio a cada um isoladamente, para que encontre a sua prpria luz interior. Esta luz, uma vez encontrada, o discpulo chega a entender que o mestre exterior era apenas um catalisador, um recurso para provocar o despertar do interior
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ARCANOS MENORES
FOGO - PAUS
23. O Criador - O Domnio da Ao: Rei do Fogo Existem dois tipos de criadores no mundo: um deles trabalha com objetos um poeta, um pintor, trabalham com objetos e criam coisas; o outro tipo de criador, o mstico, cria a si mesmo. Ele no trabalha com objetos, trabalha com o subjetivo; trabalha em si mesmo, no seu prprio ser. Este o verdadeiro criador, o verdadeiro poeta, porque transforma a si mesmo numa obra-prima. Voc leva uma obra-prima escondida dentro de si, mas voc mesmo est obstruindo o caminho. D um passo para o lado, e a obra de mestre ser revelada. Cada um de ns uma obra-prima, porque Deus nunca gera coisa alguma menor do que isso. Cada qual carrega escondida essa obra de arte por muitas vidas, sem saber quem , e tentando apenas superficialmente tornar-se algum.Abandone a idia de vir a ser algum, porque voc j uma obra-prima. Voc no pode ser aperfeioado. Voc tem apenas de se aproximar dela, de conhec-la, de perceb-la. Deus criou voc com suas prprias mos; voc no pode ser aperfeioado. Comentrio: O mestre Zen, nesta figura, domesticou a energia do fogo e capaz de utiliz-la para fins criativos, em vez de us-la para a destruio. Ele nos convida a reconhecer e a participar com ele, da compreenso que prpria dos que estabeleceram seu domnio sobre os fogos da paixo, sem reprimi-los, mas tambm sem permitir que eles se tornem destrutivos e desequilibrados. Ele to integrado que j no h qualquer diferena entre quem ele por dentro, e quem ele no mundo exterior. Esta ddiva da compreenso e integrao, ele oferece a todos aqueles que o procuram: a ddiva da luz criativa que flui do centro do seu ser.O Rei do Fogo nos diz que qualquer coisa a que nos proponhamos agora, com o entendimento que vem da maturidade, trar enriquecimento nossa vida e vida de outras pessoas. tempo de expressar-se utilizando quaisquer habilidades que voc tenha, o que quer que voc tenha aprendido com a sua prpria experincia de vida.
24. O Compartilhar - O Domnio da Ao: Rainha do Fogo medida que voc progride para cima, em direo ao quarto centro ou seja, o corao toda a sua vida se transforma num compartilhar de amor. O terceiro centro criou a abundncia de amor. Ao atingir, pela meditao, o terceiro centro, voc se tornou to transbordante de amor, de compaixo, que voc quer compartilhar. Isso vem a acontecer no quarto centro o corao. por isso que mesmo na vida mundana as
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pessoas dizem que o amor vem do corao. Para elas, entretanto, isso apenas um papaguear, um falar por ouvir dizer; elas de fato no conhecem, porque nunca chegaram ao seu prprio corao. Mas o meditador, finalmente, chega ao corao. medida que ele chega ao mago do seu ser o terceiro centro de repente acontece uma exploso de amor, de compaixo, alegria, bem-aventurana e de xtases, e com uma tal fora que atinge o corao, e abre o corao. O corao encontra-se exatamente no meio de todos os seus sete centros trs ficam abaixo, os outros trs ficam acima. Voc chegou exatamente no meio. Comentrio: A Rainha do Fogo to rica, to rgia, que pode permitir-se dar presentes. Nem lhe ocorre a idia de fazer um inventrio do que tem, ou de deixar alguma coisa de lado para o futuro. Ela distribui os seus tesouros sem restries, recebendo a todos sem distino, para que participem da abundncia, da fertilidade, e da luz que a envolve. Quando voc tira esta carta, isso sugere que voc tambm se encontra em uma situao que lhe d a oportunidade de compartilhar o seu amor, a sua alegria, e o seu riso. Ao compartilh-los, voc descobrir que se sente ainda mais pleno. No h necessidade de ir a parte alguma nem de fazer nenhum esforo extraordinrio. Voc descobre que capaz de desfrutar a sensualidade sem possessividade ou apego, e que pode dar origem a uma criana ou a um novo projeto, com a mesma sensao de criatividade plena. Tudo sua volta parece agora estar "se integrando". Desfrute isso, firme-se nisso, e permita que a abundncia que est em voc e ao seu redor transborde.
25. Intensidade-O Domnio da Ao: Cavaleiro do Fogo O Zen diz: Considere todos os grandes ditos e os grandes ensinamentos, como seus inimigos mortais. Evite-os, porque voc precisa encontrar a sua prpria fonte. Voc no tem que ser um seguidor, um imitador. Voc precisa ser um indivduo original; precisa encontrar por si mesmo o seu mago mais profundo, sem nenhum guia, sem escrituras que o orientem. uma noite escura, mas com a chama intensa dessa busca, voc est destinado a chegar at o nascer do sol. Todos os que arderam com uma intensa procura, encontraram o nascer do sol. Outros se limitam a acreditar. Esses que acreditam no so religiosos; eles esto simplesmente evitando, com essa crena, a grande aventura da religio. Comentrio: A figura desta meditao assumiu a forma de uma seta, movendo-se com o foco unidirecionado daquele que sabe precisamente onde est indo. Movimenta-se com tamanha velocidade que quase se transformou em pura energia. Sua intensidade no deve, porm ser confundida com a energia obsessiva que faz as pessoas dirigirem seus carros velocidade mxima para ir do ponto A para o ponto B. Esse tipo de intensidade pertence ao mundo horizontal do espao/tempo. A intensidade
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representada pelo Cavaleiro do Fogo pertinente ao mundo vertical do momento instantneo um reconhecimento de que agora o nico momento que existe, e de que aqui o nico espao. Quando voc age com a intensidade do Cavaleiro do Fogo, provvel que isso provoque ondulao nas guas sua volta. Alguns iro sentir-se valorizados e renovados pela sua presena, outros podero sentir-se ameaados ou incomodados. As opinies alheias importam pouco, porm; nada poder det-lo neste momento.
26. Esprito Brincalho-O Domnio da Ao: Valete do Fogo No momento em que voc comea a enxergar a vida como uma coisa no-sria, como uma brincadeira, toda a presso sobre o seu corao desaparece. Todo o medo da morte, da vida, do amor tudo desaparece. A pessoa comea a se sentir muito leve, ou quase sem peso nenhum. To leve ela se torna, que capaz de voar no cu aberto.A maior contribuio do Zen oferecer-lhe uma alternativa postura de homem srio. O homem srio fez o mundo, o homem srio inventou todas as religies. Ele criou todas as filosofias, todas as culturas, todas as moralidades; tudo o que existe sua volta uma criao do homem srio. O Zen excluiu-se do mundo srio. Criou um mundo prprio muito divertido, cheio de risos, no qual at os grandes mestres se comportam como crianas. Comentrio: A vida raramente to sria quanto acreditamos que seja, e quando reconhecemos este fato, ela responde oferecendo-nos cada vez mais oportunidades para brincar. A mulher desta figura est celebrando a alegria de estar viva, como uma borboleta que emergiu da sua crislida para as promessas da luz. Ela nos faz lembrar do tempo em que ramos crianas, encontrando conchas na praia ou construindo castelos na areia, sem nenhuma preocupao com ondas que pudessem vir e desmanch-los no momento seguinte. Ela sabe que a vida um jogo, e est desempenhando neste momento o papel de um palhao, sem nenhum constrangimento ou pretenso. Quando o Valete do Fogo entra em sua vida, um sinal de que voc est preparado para receber o novo. Alguma coisa maravilhosa est despontando no horizonte, e voc tem exatamente a qualidade da inocncia feliz e da lucidez, para recepcion-la de braos abertos.
48. A Fonte - s de Fogo: Ao O Zen lhe pede que deixe de lado a cabea e volte-se para a fonte primordial... No que o Zen no esteja a par dos usos da energia na cabea; mas, se toda a energia for usada na cabea, voc nunca se dar conta da sua eternidade...Voc nunca conhecer como uma experincia o que tornar-se uno com o todo. Quando a energia fica restrita ao centro, pulsando, quando ela no est se deslocando para
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parte alguma, nem para a cabea e nem para o corao, permanecendo na prpria fonte de onde o corao a retira, aonde a cabea vai busc-la, pulsando na prpria fonte esse o significado exato do Zazen.Zazen quer dizer apenas que, se voc permanece na prpria fonte, sem deslocar-se para parte alguma, uma fora imensa se levanta, uma transformao de energia em luz e amor, em uma vida maior, em compaixo, em criatividade. Ela pode assumir formas variadas. Primeiramente, porm, voc tem que aprender como permanecer na fonte. Depois, ento, a fonte decidir onde est o seu potencial. Voc pode relaxar na fonte, e ela o levar ao seu prprio potencial. Comentrio: Quando falamos de estar "com os ps no cho" ou "centrados", desta Fonte que estamos falando. Quando damos incio a um trabalho criativo, com esta Fonte que nos sintonizamos.Esta figura nos lembra de que existe um vasto reservatrio de energia nossa disposio. E que no quando pensamos e planejamos que nos ligamos a ele, mas quando pomos os ps no cho, quando nos centramos, e quando permanecemos suficientemente em silncio para que o contato com a Fonte possa se estabelecer. Ela est dentro de cada um de ns, como um sol pessoal, individual, proporcionando-nos vida e alimento. Energia pura, ela permanece pulsando, disponvel, pronta a nos dar o que for que precisemos para realizar alguma coisa, e pronta tambm para nos acolher de volta em casa, quando quisermos descansar.Recorra, portanto, Fonte caso voc esteja dando incio a alguma coisa nova e precise de inspirao imediatamente, e caso voc tenha acabado de finalizar alguma coisa, e queira descansar. Ela est sempre sua espera, e voc nem precisa sair de casa para encontr-la.
39. Possibilidades- 2 de Fogo: Ao A mente pode aceitar fronteiras em qualquer lugar. A verdade, porm, que, por sua prpria natureza, a existncia no pode aceitar fronteiras de espcie alguma, pois o que haver do outro lado do muro? Cu e novamente um outro cu. Por isso que estou dizendo que cus sobre cus esto disponveis para o seu vo.No se contente facilmente. Os que se contentam com pouco permanecem pequenos: pequenas so as suas alegrias, pequenos so os seus xtases, pequenos so os seus silncios, pequeno o seu ser. Mas no h necessidade disso!Essa pequenez uma imposio que voc mesmo faz sua liberdade, s suas possibilidades ilimitadas, ao seu potencial sem Comentrio: A guia tem uma viso panormica de todas as possibilidades existentes na paisagem l embaixo, enquanto voa livremente pelo cu, com naturalidade e sem qualquer esforo. Ela est realmente no seu domnio, majestosa e senhora de si.Esta figura indica que voc se encontra num ponto em que um mundo de possibilidades lhe
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oferecido. Por ter desenvolvido mais amor para consigo mesmo, por estar mais pleno de si mesmo, voc consegue trabalhar facilmente com os outros. Por estar relaxado e vontade, voc capaz de reconhecer possibilidades medida que elas se apresentam, algumas vezes at antes que outros as consigam perceber. Por estar em sintonia com a sua prpria natureza, voc compreende que a existncia lhe est proporcionando exatamente aquilo de que voc precisa. Aproveite o vo! E celebre todas as variadas maravilhas da paisagem aberta diante de seus olhos.
40. O Experienciar- 3 de Fogo: Ao Olhe, apenas, sua volta, olhe dentro dos olhos de uma criana, ou nos olhos da pessoa amada, nos de sua me, de um amigo ou ainda, simplesmente sinta uma rvore.Alguma vez voc j abraou uma rvore? Abrace uma rvore e, um dia, voc perceber que no foi apenas voc que abraou a rvore, mas que a rvore tambm responde, a rvore tambm o abraa. Pela primeira vez ento, voc ser capaz de saber que a rvore no se resume a uma forma, no apenas uma determinada espcie de que os botnicos falam: ela um Deus desconhecido to verde ali no seu quintal, to cheia de flores, to prxima a voc, que vive lhe acenando, que o tempo todo o est chamando. Comentrio: Uma "experincia" coisa que pode ser registrada num caderno, ou fotografada e guardada num lbum. O experienciar j a prpria sensao de deslumbramento, a emoo da comunho, o toque delicado da nossa conexo com tudo o que nos rodeia.A mulher desta figura no est apenas tocando a rvore: est em comunho com ela, quase que se tornou uma entidade nica com a rvore. Trata-se de uma velha rvore, que presenciou muitos tempos difceis. O toque da mulher suave, reverente, e o branco no avesso do seu manto espelha a pureza do seu corao. Ela tem humildade, simplicidade e essa a maneira correta de aproximar-se da natureza.A natureza no faz rufarem tambores quando rebenta em flor, nem executa um rquiem quando as rvores se desfazem das folhas, no outono. Quando, porm, nos aproximamos dela com o estado de esprito adequado, ela tem muitos segredos para compartilhar. Se ultimamente voc no tem ouvido a natureza sussurrando para voc, este um bom momento para dar a ela essa oportunidade.
41. Participao- 4 de Fogo: Ao Alguma vez voc j percebeu a noite passar? Pouqussimas pessoas tomam conscincia das coisas que esto acontecendo todos os dias. Voc j prestou ateno ao chegar da noite? meia-noite e sua cano? Ao nascer do sol e sua beleza? Temos nos comportado quase como um bando de cegos. Num mundo to bonito, vivemos em pequenos compartimentos da nossa prpria misria. Ela
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familiar; assim, mesmo que algum queira arranc-lo dali, voc resistir. Voc no quer ser afastado da sua misria, do seu sofrimento. Em contrapartida, h tanta alegria por toda volta... voc tem apenas de perceber isso e tornar-se um participante, no um espectador.Filosofia especulao; Zen participao. Participar da despedida da madrugada, participar da chegada da noite, participar das estrelas e das nuvens; faa da participao o seu estilo de vida, e toda a existncia se transformar numa enorme alegria, num grande xtase! Voc no poderia ter imaginado um universo melhor. Comentrio: Cada uma das figuras desta mandala est com a palma da mo esquerda voltada para cima, em atitude de quem recebe, e a mo direita voltada para baixo, em atitude de quem d. O crculo que elas compem cria um tremendo campo de energia que assume a forma do "dorje" duplo, o smbolo tibetano para o relmpago. A mandala tem uma natureza semelhante do campo de energia que se forma em torno de um buda, para o qual todas as pessoas que tomam parte no crculo trazem contribuies nicas para a criao de um todo unificado e vital. como uma flor que, no seu conjunto, ainda mais bonita do que a soma de suas partes, e ao mesmo tempo aumenta a beleza de cada uma das suas ptala.Agora, uma oportunidade est sendo dada a voc, para participar junto com outras pessoas, dando a sua contribuio para criar algo maior e mais belo do que o que cada um de vocs seria capaz de fazer isoladamente. Sua participao no apenas ir nutri-lo, mas, tambm, trar uma contribuio preciosa para o conjunto.
42. Totalidade- 5 Fogo: Ao A cada momento h a possibilidade de ser total. Seja o que for que esteja fazendo, fique to completamente absorto, de modo que a mente no pense nada, esteja simplesmente ali, seja apenas uma presena. E mais e mais totalidade vir para voc e o sabor da totalidade o tornar cada vez mais e mais capaz de ser total. Procure perceber quando voc no est sendo total. Esses so os momentos que precisaro ir sendo abandonados pouco a pouco. Quando voc no total... sempre que voc estiver na cabea pensando, refletindo, fazendo clculos, sendo astuto, achando solues engenhosas , voc no total. Pouco a pouco, v se descartando desses momentos. Trata-se apenas de um velho hbito. Hbitos so difceis de se deixar. Mas eles morrem certamente -- se a pessoa persiste, eles morrem. Comentrio: Estas trs mulheres esto suspensas no ar, livres e brincalhonas, porm alertas e interdependentes. Num nmero de trapzio, ningum pode permitir-se estar um pouquinho "ausente", mesmo por uma frao de segundo. E essa atitude de ateno total ao momento presente, que est representada aqui.Podemos sentir que
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h coisas demais para fazer ao mesmo tempo, e ficar hesitando ao tentar fazer um pouquinho aqui, um pouquinho ali, em vez de fazer uma coisa de cada vez e at o fim. Pode ser, tambm, que acreditemos que o que cabe a ns fazer algo "chato", porque nos esquecemos de que o que importa no o que fazemos, mas a maneira como o fazemos.Desenvolver a capacidade de estar presente por inteiro ao responder ao que quer que surja, da forma como vier, um dos maiores presentes que voc pode dar a si mesmo. Dar um passo de cada vez ao longo da vida, dedicando a cada um deles a sua total ateno e energia, pode trazer uma grande e nova vitalidade e criatividade a tudo o que voc faz.
43. Sucesso- 6 de Fogo: Ao Observe as ondas no oceano. Quanto mais alto a onda sobe, mais fundo o sulco que a segue. Em um momento, voc a onda, no outro, voc o sulco que se forma atrs. Aproveite ambos -- no fique apegado apenas a um deles. No diga: "Eu gostaria de estar sempre no auge!" Isso no possvel. Encare simplesmente o fato: no possvel. Isso nunca aconteceu, e nunca ir acontecer. simplesmente impossvel -- no faz parte da natureza das coisas. Ento, o que se pode fazer? Desfrute o pico enquanto ele durar, e depois desfrute o vale, quando ele vier. O que h de errado com o vale? O que h de mal em estar em baixa? um relaxamento. O pico uma excitao e ningum pode viver o tempo todo em estado de excitao. Comentrio: Este personagem, obviamente, est, neste momento, "a cavaleiro do mundo", e todos esto celebrando o seu sucesso com uma chuva de papel picado.Devido sua disposio para aceitar os recentes desafios da vida, neste momento, voc est ou logo estar desfrutando de uma maravilhosa cavalgada sobre o tigre do sucesso. Receba bem essa oportunidade, desfrute-a, compartilhe a sua alegria com os outros e lembre-se de que todas as brilhantes paradas tm um comeo e um fim. Mantendo isso em mente, se voc extrair cada gota de sumo da felicidade que est experienciando neste momento, ser capaz, depois, de aceitar o futuro da forma como vier, sem arrependimentos. No seja, porm, tentado a agarrar-se a este momento de abundncia, ou a acondicion-lo em plstico para que dure para sempre.A maior sabedoria para ter em mente medida que vo desfilando os acontecimentos da sua vida, sejam momentos de alta ou de baixa, que "isto tambm passar". Celebre sim, e continue a cavalgar o tigre
44. Estresse- 7 de Fogo: Ao Todas as metas pessoais so neurticas. O homem sintonizado com a essncia das coisas consegue entender, sentir que: "Eu no sou separado do todo, e no h necessidade de estar elegendo e procurando concretizar algum destino por minha
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conta. Os fatos esto acontecendo, o mundo continua girando -- chame isso de Deus... ele est fazendo coisas. Elas acontecem por vontade prpria. No h necessidade de que eu trave alguma luta, que faa qualquer esforo; no h necessidade de que eu lute por coisa alguma. Posso relaxar e simplesmente ser".O homem essencial no um fazedor. O homem acidental um fazedor. Por isso, o homem acidental vive naturalmente com ansiedade, tenso, estresse, angstia, sentado o tempo todo sobre um vulco. Esse vulco pode entrar em erupo a qualquer momento, porque o homem vive num mundo de incertezas e acredita que pode tomar as coisas como certas. Isto gera tenso em seu ser: l no fundo ele sabe que nada certo. Comentrio: Quantas pessoas voc conhece que, justamente quando estavam totalmente sobrecarregadas, com projetos demais, com muitos sonhos, de repente foram derrubadas por uma gripe, ou levaram um tombo e acabaram de muletas? Esse exatamente o tipo de "momento inoportuno" que o macaquinho, com o alfinete na mo, est prestes a impor ao "showman" retratado nesta figura! O tipo de esgotamento nervoso representado aqui acontece de vez em quando com qualquer um de ns, mas os perfeccionistas so particularmente vulnerveis a isso. Ns mesmos que o provocamos, com a idia de que, sem a nossa participao, nada acontecer -- especialmente do jeito que queremos que acontea... Bem, o que o faz pensar que voc to especial? Voc acha que o sol no se levantar de manh, a menos que voc programe pessoalmente o despertador? Saia para dar uma volta, compre algumas flores, prepare para si mesmo um macarro para o jantar -qualquer coisa "sem importncia" serve. Trate de colocar-se fora do alcance daquele macaquinho!
45. Viagem - 8 de Fogo: Ao A vida uma continuidade, sempre e sempre. No existe um destino final ao qual ela esteja se dirigindo. Apenas a peregrinao, apenas a viagem em si j a vida, no o chegar a algum ponto, a alguma meta apenas danar e estar em peregrinao, movendo-se alegremente sem se preocupar com nenhum ponto de chegada.O que voc far depois que chegar a um destino? Ningum nunca fez esta pergunta porque todo mundo est empenhado em ter alguma meta na vida. Porm, as implicaes disso...Se voc atingir de fato o destino final da vida, o que vem depois? Voc ir parecer muito desapontado! No haver lugar aonde ir... voc j alcanou o ponto de destino... e ao longo da viagem deixou escapar tudo. Era preciso deixar passar! Ento, nu e plantado no ponto de chegada, voc ficar olhando em volta como um idiota: qual era mesmo o propsito disso tudo...? Voc esteve se apressando tanto, preocupando-se tanto, e este o resultado final. Comentrio:
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A pequenina figura que se desloca pela trilha que corta esta bela paisagem, no est preocupada em chegar a qualquer destino. Ele, ou ela, sabe que a viagem a prpria meta, que a peregrinao em si o santurio. Cada passo no caminho importante por si mesmo.Esta meditao e sua figura indicam um tempo de movimento e mudana. Pode ser um deslocamento fsico de um lugar para o prximo, ou um movimento interior de uma maneira de ser para outra. Qualquer que seja o caso, porm, a figura desta meditao assegura que a mudana ser fcil, e que trar um sentimento de aventura e de crescimento; no h nenhuma necessidade de se esforar nem de planejar em demasia. Esta figura da "Viagem" tambm nos lembra de que devemos aceitar e acolher o novo, exatamente como acontece quando viajamos para um outro pas, com uma cultura e um ambiente diferentes daqueles a que estamos acostumados. Esta atitude de abertura e de aceitao estimula o surgimento de novos amigos e de novas experincias na nossa vida.
46. Exausto 9 deFogo: Ao O homem que vive atravs da conscincia mental torna-se pesado. Aquele que vive com conscincia permanece leve. Por qu? porque um homem que tem apenas algumas idias a respeito de como se deve viver, naturalmente se torna pesado. Ele se sente obrigado a carregar consigo o seu carter. Esse carter como uma armadura: a sua proteo, a sua segurana. Toda a sua vida est investida nesse carter. E ele sempre reage s situaes atravs desse carter, nunca diretamente.Se voc lhe faz uma pergunta, a resposta pr-fabricada. Esse o sinal de uma pessoa "pesada" -- ela enfadonha, estpida, mecanizada. Ela pode ser um bom computador, mas no um homem. Voc provoca e ela reage de uma maneira bem definida. A reao previsvel: ela um rob. O homem verdadeiro age de maneira espontnea. Se voc lhe faz uma pergunta, obtm uma resposta, no uma reao. Ele abre o corao para a sua pergunta, expe-se a ela, responde a ela... Comentrio: Eis aqui o retrato de uma pessoa que esgotou toda sua energia vital nos esforos que fez para manter em funcionamento sua enorme e ridcula mquina de imagens pessoais de importncia. Ela esteve to ocupada "mantendo as partes ligadas entre si" e "assegurando-se de que tudo funcionava bem", que se esqueceu de descansar de verdade. Sem dvida, esse personagem no pode permitir-se qualquer distrao. Deixar de lado suas obrigaes para dar um passeio na praia poderia significar o desmantelamento de toda a estrutura. A mensagem desta figura no , entretanto, apenas a respeito de ser um viciado em trabalho. Ela se refere a todas as maneiras pelas quais criamos rotinas seguras, porm contrrias natureza, que conseguem manter longe de ns tudo o que catico e espontneo. A vida no um negcio para ser administrado: um mistrio a ser vivido. J tempo de rasgar o carto de ponto, escapar da fbrica e fazer uma pequena viagem pelo desconhecido. O seu
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47. Represso 10 de Fogo: Ao Em snscrito, a palavra alaya vigyan: a casa em cujo poro voc vai juntando coisas que gostaria de fazer, mas que no pode por causa das condies sociais, da cultura, da civilizao. Essas coisas, porm, vo se acumulando ali, e muito indiretamente passam a afetar as suas aes, a sua vida. Elas no podem encar-lo diretamente voc as obrigou a ficar na escurido; mas, do escuro, elas continuam influenciando o seu comportamento. Elas so perigosas: arriscado manter todas essas inibies dentro de voc. possvel que essas sejam as coisas que atingem um clmax, quando uma pessoa enlouquece. A loucura no outra coisa seno todas essas represses chegando a um ponto em que voc j no consegue control-las. A loucura, porm, aceitvel, ao passo que a meditao no e a meditao o nico caminho para tornar uma pessoa absolutamente s. Comentrio: A figura desta meditao apresenta-se literalmente "emaranhada em ns". Sua luz ainda brilha no ntimo, mas esse personagem reprimiu sua prpria vitalidade na tentativa de corresponder a muitas exigncias e expectativas. Abriu mo de todo o seu prprio poder e viso, em troca de ser aceito por essas mesmas foras que o aprisionaram. O perigo de reprimir dessa maneira a prpria energia natural visvel nas rachaduras de uma erupo vulcnica que est para acontecer em toda a volta da figura. A verdadeira mensagem desta figura que necessrio encontrar uma sada de cura para essa exploso iminente. essencial encontrar uma maneira de dar vazo a qualquer tenso e estresse que possam estar se acumulando, neste momento, dentro de voc. Soque um travesseiro, d pulos, procure uma rea deserta e berre contra o cu vazio: qualquer coisa que possa ativar sua energia e consiga faz-la circular livremente. No espere que acontea uma catstrofe.
GUA - COPAS
27. A Cura-O Domnio das Emoes: Rei da gua Voc quem carrega a sua chaga. Enquanto existir o ego, o seu ser como um todo ser uma ferida. E voc ir carreg-la por a. Ningum est interessado em feri-lo, ningum est de fato esperando para machuc-lo; todos esto ocupados em proteger os seus prprios ferimentos. Quem teria tanta energia para ainda querer atingi-lo? Mas, ainda assim, acontece, porque voc est demasiado pronto para ser
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atingido, demasiado pronto, apenas na expectativa de que alguma coisa acontea. impossvel atingir um homem do Tao. Por qu? Porque no existe ningum ali para ser atingido. No h nenhuma ferida. Ele saudvel, curado, pleno. A palavra pleno bonita. Em ingls, a palavra curar [to heal] vem de pleno [whole], e a palavra sagrado [holy] tem tambm a mesma origem. O homem de Tao inteiro, curado, sagrado. Tenha conscincia da sua ferida. No deixe que piore: cure-a; e ela s ser curada quando voc se deslocar para baixo, para as razes. Quanto menos estiver presente a cabea, tanto mais facilmente a ferida ser curada; no existindo a cabea, no existe a ferida. Viva uma vida sem cabea. Mova-se como um ser pleno, e aceite as coisas. Tente isso, apenas por vinte e quatro horas: aceitao total, acontea o que acontecer. Se algum o insultar, aceite a ofensa, no reaja, e veja o que acontece. De repente, voc sentir fluindo em voc, uma energia nunca antes percebida. Comentrio: Este um tempo em que as feridas do passado profundamente enterradas afloram para ser curadas. A figura desta meditao apresenta-se nua, vulnervel, receptiva para o toque amoroso da existncia. A aura que lhe envolve o corpo est cheia de luz, e o clima sua volta, de relaxamento, cuidado e de amor, est dissolvendo sua tenso e sofrimento. Vrios ltus de luz aparecem sobre o seu corpo fsico, e por todos os corpos de energia sutil, que os que curam dizem existir em torno de cada um de ns. Em cada uma dessas camadas sutis aparece um cristal ou modelo de cura. Quando nos encontramos sob a influncia de cura do Rei da gua, j no estamos mais nos escondendo de ns mesmos, nem dos outros. Nessa atitude de abertura e de aceitao poderemos ser curados, e ajudar outros a serem tambm saudveis e inteiros.
28. Receptividade-O Domnio das Emoes: Rainha da gua Ouvir um dos segredos bsicos para se entrar no templo de Deus. Ouvir significa passividade. Significa se esquecer completamente de si mesmo s ento voc pode ouvir.Quando voc ouve algum com ateno, voc se esquece de si mesmo. Se voc no consegue se esquecer da sua pessoa, voc nunca ouve. Estando autoconsciente demais, voc simplesmente finge que est ouvindo no ouve. Pode balanar a cabea; dizer algumas vezes "sim" e "no" mas voc no est ouvindo.Quando ouve, voc se torna apenas uma passagem, uma passividade, uma receptividade, um tero: voc se torna feminino. E, para chegar l, a pessoa tem que se tornar feminina. No se pode alcanar Deus como um invasor violento, um conquistador. Voc s poder alcanar Deus... ou ser melhor dizer: Deus poder alcan-lo somente quando voc estiver receptivo, uma receptividade feminina. Quando voc se tornar yin uma passividade , a porta est aberta. E voc espera. Escutar a arte de se tornar passivo. Comentrio:
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A receptividade representa a natureza feminina, passiva, da gua e das emoes. Os braos da figura esto estendidos para cima, para receber, e ela se apresenta completamente imersa na gua. A figura no tem cabea nenhuma mente sobrecarregada e agressiva para atrapalhar a sua receptividade pura. E medida que ela preenchida, vai continuamente se esvaziando, transbordando e recebendo mais. O smbolo ou matriz de ltus que emerge da figura representa a harmonia perfeita do universo, que se torna aparente quando estamos em sintonia com ele. A Rainha da gua traz um tempo de desprendimento e gratido por tudo o que a vida possa nos dar, sem quaisquer expectativas ou exigncias. Nem sentimentos de obrigao, nem idias de reconhecimento, de mrito ou de recompensas so importantes. Sensibilidade, intuio e compaixo so os traos que se destacam agora, dissolvendo todos os obstculos que nos mantm separados uns dos outros, e do todo.
29. Confiana-O Domnio das Emoes: Cavaleiro da gua No desperdice a sua vida com aquilo que lhe vai ser tirado. Confie na vida. Se voc confiar, s ento, ser capaz de abandonar o seu conhecimento, s ento, poder colocar de lado a sua mente. E com a confiana, algo imenso tem incio. Esta vida deixa de ser uma vida comum, torna-se plena de Deus, transbordante. Quando o corao se torna inocente e as paredes desaparecem, voc fica ligado ao infinito. E voc no ter sido enganado; no existir nada que lhe possa ser tomado. Aquilo que pode ser tirado de voc, no vale a pena guardar; e aquilo que no h como ser tirado de voc, por que haveria algum de ter medo que lhe seja tirado? No pode ser levado, no h possibilidade. Voc no pode perder o seu tesouro verdadeiro. Comentrio: Este o momento de ser aquele "ioi humano", capaz de se atirar no vazio sem a proteo do cabo elstico amarrado aos ps! E esta postura de confiana absoluta, sem reservas nem redes de segurana escondidas, que o Cavaleiro da gua exige de ns. Uma grande euforia nos invade quando conseguimos dar o salto para o desconhecido, ainda que essa simples idia nos apavore. E quando adquirimos confiana ao nvel do salto quntico, deixamos de fazer quaisquer planos elaborados, ou preparativos. No dizemos: "Muito bem, confio que sei o que fazer agora: vou pr em dia meus negcios, preparar minhas malas e lev-las comigo". No; ns simplesmente saltamos, sem pensar muito no que vir depois. O importante o salto, e o arrepio que ele nos provoca medida que camos em queda livre pelo vazio do cu. A figura nos d, entretanto, uma "deixa" a respeito do que nos espera no outro extremo um delicado, convidativo, um delicioso rosado... ptalas de rosa, um suculento... "Venha!"
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Voc est fora da priso, fora da gaiola; pode abrir as asas e o cu inteiro seu. Todas as estrelas e a lua e o sol, pertencem a voc. Voc pode desaparecer no azul do alm... Basta desfazer-se do apego a essa gaiola. Saia dela e o cu inteiro ser seu. Abra as suas asas e voe passando frente do sol, como uma guia. No cu interior, no mundo interior, a liberdade o valor mais alto tudo o mais secundrio, inclusive a bem-aventurana, o xtase. Existem milhares de flores, elas so incontveis, mas todas elas s se tornam possveis em clima de liberdade. Comentrio: O pssaro retratado nesta figura est olhando para fora, do que parece ser uma gaiola. No h porta; na verdade, as barras esto desaparecendo. As grades eram uma iluso, e esta avezinha est sendo atrada pela graa, pela liberdade e pelo encorajamento das outras. Ela est abrindo suas asas, pronta para alar vo pela primeira vez. O surgimento de uma nova compreenso o de que a gaiola sempre esteve aberta e o cu sempre esteve ali para que ns o explorssemos pode fazer com que nos sintamos um pouco abalados de incio. Est bem, e natural sentir-se chocado, mas no deixe que isso desperdice a oportunidade para vivenciar a leveza de corao e a aventura que lhe esto sendo oferecidas ali mesmo, junto com a sensao de abalo. Deixe-se levar pela delicadeza e gentileza desse momento. Sinta o bater de asas dentro de voc. Abra as asas e seja livre.
58. Indo com a Correnteza - s da gua: Emoes Quando eu digo "transforme-se em gua", quero dizer "transforme-se num fluxo" no fique estagnado. Mova-se, e mova-se como a gua. Lao Tzu diz: A maneira de ser do Tao igual de um curso d`gua. Movimenta-se como a gua. E como o movimento da gua? Ou um rio? Esse movimento tem algumas coisas belas em si. Uma delas que a gua se desloca sempre em direo profundeza, sempre procura o terreno mais baixo. A gua no tem ambio, nunca briga por ser a primeira: ela quer ser a ltima. Lembre-se de que Jesus disse: "Os ltimos sero os primeiros no meu reino de Deus". Ele estava falando sobre essa maneira de ser do rio, do Tao sem mencion-la, mas falando a respeito dela. Quanto a voc, seja o ltimo, seja sem ambio. Ambio significa subir morro acima. A gua vai para baixo, procura o terreno mais baixo, quer ser uma no-entidade. No quer proclamar-se especial, excepcional, extraordinria. A Comentrio: A figura desta meditao est completamente relaxada e vontade na gua, deixando a correnteza lev-la aonde queira. algum que dominou a arte de ser passivo e receptivo, sem sentir-se enfadado ou sonolento. Apenas est disponvel ao rio da vida, sem ter nunca um pensamento do tipo "Eu no gosto disto aqui", ou "Eu prefiro ir em outra direo".A cada momento na vida temos a opo de entrar na correnteza e boiar, ou de tentar nadar rio acima. A figura nesta meditao, uma indicao de
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que agora voc est preparado para flutuar, confiante em que a vida o apoiar no seu relaxamento, e ir lev-lo exatamente aonde ela quer que voc v. Deixe que esse sentimento de confiana e relaxamento cresa cada vez mais; tudo est acontecendo exatamente como deveria.
49. Amistosidade 2 de gua: Emoes Primeiro dedique-se meditao, atinja a bem-aventurana, e ento muito amor se manifestar de maneira espontnea. Nessa condio, belo estar com os outros e belo tambm estar sozinho. simples tambm. Voc no depende dos outros e tambm no torna os outros dependentes de voc. O que existe sempre amizade, amistosidade. A coisa nunca se transforma numa relao; continua sendo uma afinidade. Voc convive, mas no cria um casamento. O casamento nasce do medo, a afinidade nasce do amor. Voc estabelece um relacionamento; enquanto as coisas andarem bem, voc compartilha. Se voc percebe que chegado o momento de partir porque os caminhos se separam numa encruzilhada, voc diz adeus com uma enorme gratido por tudo que o outro foi para voc, por todas as alegrias, todos os prazeres, e por todos os belos momentos compartilhados juntos. Sem nenhum sofrimento, sem nenhuma dor, voc simplesmente se afasta. Comentrio: Os ramos destas duas rvores floridas esto entrelaados, e as suas ptalas cadas misturam-se no cho, com suas belas cores. como se o cu e a terra estivessem interligados pelo amor. As rvores se erguem individualmente, cada qual enraizadas no solo, em sua prpria conexo com a terra. Desse ponto de vista, simbolizam a essncia dos verdadeiros amigos, maduros, cooperativos entre si, espontneos. No existe nenhuma ansiedade na ligao entre eles, nenhuma carncia, nenhuma vontade de transformar o outro em alguma coisa diferente.Esta figura indica uma prontido para entrar nesta qualidade de amistosidade. Ao faz-lo, voc poder notar que no est mais interessado nos diferentes tipos de dramas e romances em que as outras pessoas esto empenhadas. No se trata de uma perda. o surgimento de uma disposio de esprito mais elevada, mais carregada de amor, nascida de uma sensao de vivenciamento pleno. o surgimento de um amor verdadeiramente incondicional, sem expectativas ou exigncias.
50. Celebrao 3 de gua: Emoes A vida um momento para ser celebrado, desfrutado. Torne-a divertida, uma celebrao, e ento voc entrar no Templo. Esse templo no para os tristes e desanimados, nunca foi para eles. Olhe para a vida: voc v tristeza em alguma parte? Voc j viu uma rvore deprimida? Voc j encontrou um pssaro movido por ansiedade? J viu um animal neurtico?No, a vida no assim, absolutamente. S o homem que
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seguiu um caminho errado, se desviou em algum lugar, porque ele se considera muito sbio, muito esperto. Sua esperteza o seu mal. No seja sbio demais. Lembre-se sempre de parar; no v a extremos. Um pouco de tolice e um pouco de sabedoria fazem bem, e a combinao certa faz de voc um buda... Comentrio: Estas trs mulheres danando ao vento e na chuva, nos fazem lembrar de que uma celebrao nunca precisa ficar na dependncia de circunstncias exteriores. No preciso esperar por um feriado especial ou por uma ocasio formal, nem por um dia de sol sem nuvens. A verdadeira celebrao nasce de uma alegria que primeiro experienciada profundamente dentro do seu ser, e que se derrama num transbordamento de canto e dana, de riso, e at mesmo de lgrimas de gratido.Quando voc fizer esta meditao, um sinal de que est se tornando cada vez mais disponvel e aberto s muitas oportunidades que existem para celebrar na vida e contagiar outras pessoas. No se preocupe em programar uma festa na sua agenda. Deixe o cabelo ao natural, tire os sapatos, e comece a pular nas poas dgua agora mesmo. A festa est acontecendo sua volta, a cada momento!
51. Voltando-se para Dentro 4 de gua: Emoes Voltar-se para dentro no movimentar-se, absolutamente. Ir para dentro de si no deslocar-se. Voltar-se para dentro simplesmente significa que voc tem estado perseguindo um desejo atrs do outro, que esteve correndo cada vez mais, para chegar repetidas vezes frustrao; que cada desejo traz infelicidade, que no existe nenhum preenchimento por meio de desejos; que voc nunca chega a lugar nenhum, que o contentamento impossvel. Percebendo a verdade de que correr atrs de desejos no leva a lugar nenhum, voc acaba parando. No que voc faa algum esforo para parar. Se voc fizer qualquer esforo para parar, de uma maneira sutil voc ainda estar correndo atrs de alguma coisa novamente. Voc ainda est desejando talvez, agora, seja a ausncia de desejo o seu desejo. Se estiver fazendo algum esforo para voltar-se para dentro, voc ainda estar saindo de si mesmo. Qualquer esforo s poder lev-lo para fora, em direo ao exterior. Todas as viagens so viagens para fora no h viagem para dentro. Como voc pode viajar para dentro de si mesmo? Voc j est ali, no faz sentido ir. Quando o deslocar-se cessa, a viagem desaparece; quando no h mais nenhum desejo obscurecendo a sua mente, voc est dentro. A isso que se chama voltar-se para dentro. Mas no se trata absolutamente de um deslocamento, trata-se simplesmente de no sair para fora. Comentrio: A mulher desta figura tem no rosto um sorriso discreto. Na verdade, ela est apenas assistindo aos malabarismos da mente no os est julgando, nem tentando contlos, tampouco est identificada limita-se a observ-los como se fossem o trfego
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numa estrada, ou ondulaes na superfcie de um lago. E os malabarismos da mente so razoavelmente divertidos, na medida em que eles pulam para cima e para baixo, e viram para c e para l na tentativa de atrair a sua ateno, e de seduzi-lo para entrar no jogo.Desenvolver a capacidade de manter certo distanciamento da mente uma das bnos maiores. De fato, esse o grande objetivo da meditao no ficar entoando algum mantra, nem repetindo uma afirmao, mas ficar simplesmente observando, como se a mente pertencesse a alguma outra pessoa. A essa altura, voc est pronto para ter esse distanciamento, e assistir exibio sem se envolver no drama. Permita-se a liberdade singela de "Voltar-se Para Dentro" sempre que puder, e a aptido para a meditao crescer e se aprofundar em voc.
52. Apego ao passado 5 de gua: Emoes Os tempos verbais passado, presente e futuro no so noes do prprio tempo: so conceitos da mente. Aquilo que no est mais diante da mente torna-se o passado. O que se encontra diante dela o presente. E aquilo que ainda ir apresentar-se mente, o futuro. Passado aquilo que no est mais sua frente. Futuro aquilo que ainda no est diante de voc. E presente aquilo que est na sua frente, mas est se evadindo do seu campo visual. Logo ser passado... Se voc no criar apego ao que passou... Porque se apegar ao passado pura estupidez. Ele no existe mais, de modo que voc estar chorando pelo leite derramado. O que passou, passou! E no crie apego ao presente, porque isso est indo embora da mesma maneira, e logo ser passado.No crie apego ao futuro esperanas, imaginao, planos para o amanh porque o amanh ser transformado em hoje, ser transformado em ontem. Tudo se transformar em passado. Tudo ir escapar-lhe das mos. Criar apego trar apenas infelicidade. preciso que voc deixe passar. Comentrio: A figura retratada nesta meditao est to preocupada em agarrar sua caixa de lembranas, que deu as costas borbulhante taa de champanhe das oportunidades disponveis aqui e agora. A nostalgia do passado realmente faz dela uma "cabea-dura" e, alm disso, um mendigo, como podemos perceber pelas suas roupas remendadas e gastas. claro que no haveria necessidade de ser mendigo mas a pessoa no est disponvel para desfrutar os prazeres que se oferecem no momento presente. hora de aceitar o fato de que o passado ficou para trs e de que qualquer esforo para recri-lo uma maneira certa de continuar preso a antigos padres que voc j teria superado, se no tivesse estado to dedicado a apegar-se s experincias passadas. Tome bastante flego, ponha essa caixa no cho, enfeite-a com um lao bonito se for necessrio, e d-lhe um caloroso e reverente adeus. A vida est passando ao largo, e voc est correndo o risco de tornar-se um velho fssil antes do tempo!
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53. O Sonho 6 de gua: Emoes Isto tem sido dito repetidas vezes no decorrer dos tempos. Todas as pessoas religiosas tm afirmado que: "Sozinhos ns chegamos a este mundo, e sozinhos partiremos". Toda idia que envolve estar junto ilusria. A prpria idia de companheirismo aparece porque estamos ss, e o isolamento fere. Queremos neutralizar nosso isolamento com relacionamentos...Por isso que nos deixamos envolver tanto com o amor. Tente entender a questo. Normalmente voc pensa que se apaixonou por uma mulher, ou por um homem, porque ela bela, ou ele belo. Essa no a verdade. A verdade exatamente o contrrio: Voc "caiu de amor" porque no consegue ficar sozinho. Voc estava mesmo pronto para "cair". De uma maneira ou de outra voc iria fugir de si mesmo. E existem pessoas que no se apaixonam por mulheres ou homens ento se apaixonam pelo dinheiro. Elas passam a acumular dinheiro, ou embarcam na aventura do poder elas se tornam polticos. Isso tambm fugir do prprio isolamento. Se voc observar o Homem, se observar com profundidade a si mesmo, ficar surpreso: todas as suas atividades podem ser reduzidas a uma nica origem. Essa origem o medo que voc tem da solitude. Tudo o mais so apenas desculpas. O motivo verdadeiro que voc se sente muito s. Comentrio: Em alguma tardezinha encantada, voc ir encontrar a sua alma gmea, a pessoa perfeita que corresponder a todas as suas necessidades, e ser a concretizao de todos os seus sonhos. Certo? Errado! Essa fantasia que os cantores e os poetas gostam tanto de perpetuar tem suas razes em memrias do tero, onde estvamos to seguros e "unificados" com nossas mes; no de admirar que sejamos obcecados por retornar a essa condio durante toda a nossa vida. Mas, falando numa linguagem crua, um sonho infantil. E surpreendente que nos apeguemos a ele com tanta teimosia, diante da realidade.Ningum, seja o seu atual companheiro ou algum com quem voc sonha no futuro, tem a obrigao de trazer-lhe felicidade numa bandeja nem poderia, ainda que quisesse. O amor verdadeiro no advm de tentativas de satisfazer nossas necessidades por meio da dependncia com relao outra pessoa, mas por meio do desenvolvimento da nossa riqueza interior, e do nosso amadurecimento. Com isso, passamos a ter tanto amor para dar, que amantes sero espontaneamente atrados por ns.
54. Projees 7 de gua: Emoes Numa sala de cinema, voc olha para a tela, nunca para o fundo da sala o projetor est no fundo. O filme de fato no est na tela: apenas uma projeo de sombra e luz. O filme existe apenas l atrs, mas voc nunca olha naquela direo. E o projetor est l.Sua mente est por trs da coisa toda: a mente o projetor. Mas voc fica sempre olhando para o outro, porque o outro a tela. Quando voc est apaixonado, a pessoa parece linda, incomparvel. Quando voc sente dio, a
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mesma pessoa parece a mais feia de todas, e voc nunca se questiona como pode a mesma pessoa ser a mais feia e a mais bonita...A nica maneira, portanto, de se chegar verdade, aprender como enxergar diretamente, como deixar de lado a intermediao da mente. Essa interferncia o problema, porque a mente s capaz de criar sonhos... Com a ajuda do seu entusiasmo, o sonho comea a parecer realidade. Quando o entusiasmo demasiado, ento voc est intoxicado, no est na posse dos seus sentidos. Nessa condio, o que quer que voc enxergue ser apenas uma projeo sua. E existem tantos mundos quanto mentes, porque cada mente vive no seu prprio mundo. Comentrio: O Homem e a mulher desta figura esto se olhando; contudo, no so capazes de se enxergar com nitidez. Cada qual est projetando uma imagem que construiu em sua mente, de maneira a encobrir o rosto verdadeiro da pessoa para quem est olhando.Todos ns podemos cair na armadilha de projetar "filmes" de nossa prpria autoria, sobre as situaes e as pessoas nossa volta. Isso acontece quando no estamos plenamente conscientes de nossas expectativas, desejos e julgamentos; em vez de assumir a responsabilidade por tais expectativas, desejos e julgamentos, e de reconhec-los como nossos, tentamos atribu-los aos outros. Uma projeo pode ser diablica ou divina, perturbadora ou confortadora, mas continua sendo uma projeo uma nuvem que nos impede de ver a realidade como ela . O nico modo de escapar disso entender como funciona o jogo. Quando voc der com um julgamento se formando a respeito de outra pessoa, vire-o do avesso: aquilo que voc est vendo no outro, na verdade, no pertence a voc? A sua viso est lmpida, ou obstruda pelo que voc quer ver?
55. Deixando Ir 8 de gua: Emoes Na existncia no h ningum que seja superior e ningum que seja inferior. Uma folha de grama e a grande estrela so absolutamente iguais... O homem, porm, quer estar acima dos outros, quer conquistar a natureza, e por isso precisa lutar continuamente. Toda complexidade fruto dessa luta. A pessoa inocente aquela que renunciou luta, que no est mais interessada em estar acima, que no est mais interessada em mostrar desempenho, em provar que algum especial; aquela que se tornou semelhante a uma rosa, ou a uma gota de orvalho sobre a folha de ltus; que se tornou parte desta infinidade; aquela que se fundiu, se misturou e se tornou uma coisa s com o oceano, e agora simplesmente uma onda; aquela que no tem qualquer idia do "eu". O desaparecimento do "eu" a inocncia. Comentrio: Nesta imagem de folhas de ltus ao amanhecer podemos ver, pela ondulao da gua, que uma gota acabou de cair. um momento precioso, pungente. Ao render-se
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fora da gravidade escorregando da folha, a gota perde a sua identidade anterior e junta-se vastido da gua que est embaixo. Podemos imaginar que ela deva ter vacilado antes de cair, na exata fronteira entre o conhecido e o incognoscvel. Tirar esta meditao o reconhecimento de que alguma coisa acabou, de que algo est se completando. Seja o que for um emprego, um relacionamento, um lar que voc amou, qualquer coisa que possa t-lo ajudado a definir quem voc hora de deixar isso para trs, permitindo qualquer tristeza que surja, mas sem tentar se agarrar ao que se completou. Alguma coisa maior est esperando por voc: h novas dimenses a serem descobertas. Voc ultrapassou o ponto a partir do qual no h volta, e a gravidade est cumprindo a sua funo. No resista: isso significa libertao.
56. Preguia 9 de gua: Emoes Quando voc est preguioso, o sabor negativo: voc simplesmente sente que no tem energia, sente-se entediado; sente-se sonolento; voc simplesmente se sente morto. Quando voc est num estado de no-fazer, ento, voc est cheio de energia um sabor muito positivo. Voc tem energia total, transbordante. Voc se sente radiante, borbulhante, vibrante. No h sonolncia, voc est perfeitamente consciente. Voc no est morto voc est tremendamente vivo...H certa possibilidade de que a mente o iluda: ela pode racionalizar a preguia como sendo no-fazer. Ela capaz de dizer "Eu me tornei um mestre Zen", ou "Eu acredito no Tao, mas voc no estar enganando ningum. Apenas a voc mesmo. Esteja alerta, portanto. Comentrio: O cavalheiro desta figura claramente acha que j conquistou tudo. Senta-se na sua grande poltrona estofada e macia, sombra do seu guarda-sol, com seus culos escuros e seus chinelos cor-de-rosa, segurando um coquetel refrescante. No sente disposio para se levantar e fazer algo, porque acha que j fez tudo. Ainda no se voltou para ver o espelho que est se partindo sua direita, um sinal seguro de que essa posio que ele acha que finalmente galgou, est prestes a desmoronar e dissolver-se diante dos seus prprios olhos.A mensagem desta figura de que esse recanto beira da piscina no o seu destino final. A jornada no terminou ainda, como demonstra o pssaro branco voando na vastido do cu. Sua atitude autocomplacente certamente decorre de um sentimento verdadeiro de realizao, mas agora j hora de seguir em frente. No importa quo confortveis sejam os chinelos, quo saboroso o seu coquetel: h ainda cus acima de cus esperando por serem explorados
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Oua o seu corao, e aja de acordo com ele, qualquer que seja o risco: Uma condio de simplicidade absoluta, custando nada menos do que tudo... Ser simples difcil, porque custa tudo o que voc tem. preciso perder tudo para ser simples. Por isso que as pessoas optaram por ser complicadas e se esqueceram de como ser simples. Apenas um corao simples, porm, pulsa de mos dadas com Deus. S um corao simples canta com Deus, em profunda harmonia. Para chegar a tal ponto voc ter que encontrar o seu prprio corao, o seu prprio pulsar, o seu prprio ritmo. Comentrio: A experincia de relaxar no corao, durante a meditao, no algo que possa ser apossado, ou forado. Ela vem naturalmente, medida que vamos ficando mais sintonizados com o ritmo do nosso prprio silncio interior. A figura desta meditao espelha a doura e delicadeza dessa experincia. Os golfinhos que afloram do corao e perfazem um arco em direo ao terceiro olho, refletem o esprito brincalho e a inteligncia que se manifestam quando somos capazes de estabelecer conexo com o corao, e de nos mover no mundo a partir da.Permitase ser mais gentil e mais receptivo neste momento, porque uma alegria indescritvel espera por voc logo ali, virando a esquina. Ningum mais pode indicar-lhe onde ela est, e quando voc a encontrar no ter palavras para descrev-la para os outros. Mas ela est ali, profundamente dentro do seu corao, madura e pronta para ser descoberta.
NUVENS - ESPADAS
31. Controle-O Domnio da Mente: Rei das Nuvens Pessoas controladas esto sempre nervosas porque l no fundo, o tumulto ainda est escondido. Se voc no controlado, mas "solto", vivo, ento no nervoso. No h motivo para estar nervoso o que quer que acontea, acontece. Voc no tem expectativas para o futuro, no est representando. Ento, por que deveria ficar nervoso? Para conseguir controlar a mente, a pessoa precisa ficar to fria, gelada, que nenhuma energia vital permitido entrar nos seus membros, no seu corpo. Se essa energia tiver permisso para se mover, essas represses viro superfcie. Por isso que as pessoas aprenderam a manter-se frias, a tocar os outros sem de fato toc-los, a ver as pessoas e, contudo no enxerg-las. Vivemos com frases feitas "Ol, como vai?" Ningum quer dizer nada com isso. Essas frases so justamente para evitar o encontro real entre duas pessoas. As pessoas no se olham nos olhos, no se seguram s mos, no procuram sentir a energia umas das outras, no se permitem o extravasamento de emoes muito amedrontadas, dando apenas um jeito de ir levando as coisas, frias e mortas, dentro de uma camisa-de-fora.
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Comentrio: Existe um tempo e um lugar para o controle, mas se ns o colocamos presidindo as nossas vidas, acabamos totalmente enrijecidos. A figura desta meditao apresentase encaixada nos ngulos das formas piramidais que a circundam. A luz pisca e reflete nas superfcies brilhantes da pirmide, mas no penetra. como se o personagem estivesse quase mumificado no interior dessa estrutura que construiu em volta de si mesmo. Os punhos esto crispados e o seu olhar vazio, quase cego. A parte inferior do seu corpo, abaixo da mesa, uma ponta de faca, um fio cortante que divide e separa. O seu mundo organizado e perfeito, mas no vivo ele no pode permitir que nenhuma espontaneidade ou vulnerabilidade penetre ali.A figura do Rei das Nuvens um lembrete para que tomemos uma respirao profunda, afrouxemos a gravata e passemos a cuidar das coisas com calma. Se houver enganos, tudo bem. Se as coisas ficarem um pouco fora de controle, isso com certeza exatamente o que o mdico prescreveu. H muito, muito mais na vida do que estar "no controle das coisas".
32. Moralidade-O Domnio da Mente: Rainha das Nuvens Bodhidharma... transcende em muito os moralistas, os puritanos, as assim chamadas "boas pessoas", os "fazedores do bem". Ele chegou verdadeira raiz do problema. A menos que a conscincia desperte em voc, toda a sua moralidade falsa, toda a sua cultura apenas uma camada muito fina que pode ser destruda por qualquer um. Mas, uma vez que a sua moralidade seja fruto da sua conscincia, no de uma certa disciplina, ento, coisa inteiramente diferente. Nessa condio, voc responder a cada situao a partir da sua conscincia. E o que quer que voc faa ser bom. A conscincia no capaz de fazer nada que seja ruim. Esta a beleza suprema da conscincia: qualquer coisa que surja dela simplesmente bela, simplesmente correta, e isso sem nenhum esforo, sem nenhum treinamento. Assim, em vez de podar folhas e galhos, corte a raiz. E para cortar a raiz, no existe caminho alternativo alm de um nico mtodo: o mtodo de manter-se alerta, de estar percebendo o que acontece, de estar consciente. Comentrio: A moralidade tem restringido aos estreitos limites da mente dessa mulher, toda a seiva e a energia da vida. Nesse confinamento, a moralidade no pode fluir, e com isso transformou-se numa "velha ameixa seca". Seu comportamento como um todo muito "conveniente", inflexvel e severo, e ela est sempre pronta para ver cada situao apenas em branco e preto, como a jia que a figura traz em volta do pescoo.A Rainha das Nuvens vive oculta na mente de todos ns que fomos criados com rgidos padres a respeito do que bom e do que mau, de pecado e virtude, do que aceitvel e no-aceitvel, moral e imoral. importante lembrar que todos esses julgamentos da mente so apenas produtos do nosso condicionamento. E nossos julgamentos, quer aplicados a ns mesmos ou aos outros, impedem-nos de
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experienciar a beleza e a natureza divina que habita dentro das pessoas. Apenas quando rompemos a priso do nosso condicionamento e alcanamos a verdade dos nossos prprios coraes, que podemos comear a enxergar a vida como ela realmente .
33. A Luta-O Domnio da Mente: Cavaleiro das Nuvens Num momento estava l, no momento seguinte desapareceu. Em determinado momento, estamos aqui, e em outro momento j passamos. E por este simples momento, quanta confuso ns armamos quanta violncia, ambio, luta, conflito, raiva, dio. Apenas por um momento to breve! Estamos to-somente aguardando o trem na sala de espera de uma estao, e criando tanta confuso! Brigando, machucando-nos uns aos outros, tentando possuir, tentando comandar, tentando dominar quanta poltica! Ento, o trem chega, e voc se foi para sempre. Comentrio: A figura desta meditao apresenta-se completamente coberta por uma armadura. Apenas se v o seu olhar de clera, e o branco dos ns das mos fechadas. Olhando a armadura mais de perto, voc pode ver que ela est coberta de botes, prontos para detonar se algum apenas roar neles. No plano de fundo aparece a sombria seqncia das imagens que passam pela mente desse homem duas figuras lutando por um castelo. Um temperamento explosivo ou a raiva reprimida escondem com freqncia um profundo sentimento de dor. Ns achamos que, espantando os outros para longe, poderemos evitar ser machucados ainda mais. Na verdade, acontece exatamente o inverso. Ao cobrir nossas feridas com a armadura, estamos impedindo que elas sejam curadas. Ao agredir os outros, impedimos a ns mesmos de receber o amor e o alimento afetivo de que precisamos. Se esta descrio parece corresponder ao seu caso, ento est na hora de parar de brigar. Existe muito amor sua disposio, basta deix-lo entrar! Comece por perdoar a si mesmo: voc merece.
34. A Mente-O Domnio da Mente: Valete das Nuvens Esta a situao da sua cabea: vejo ali guides de bicicleta, pedais e coisas estranhas que voc foi juntando de toda parte. Uma cabea to pequena... e sem espao para se viver nela! E esse material intil fica revolvendo-se em sua cabea; sua cabea fica girando e tramando e isso mantm voc ocupado. Imagine s que tipos de pensamentos vo passando pela sua mente...Qualquer dia, simplesmente sente-se, feche os olhos, e coloque no papel, durante meia hora, o que quer que passe pela sua mente. Voc compreender o que estou querendo dizer, e ficar surpreso com o que transita no interior da sua mente. Isso tudo vai ficando nos bastidores, fica ali o tempo todo, e acaba envolvendo-o, como uma nuvem. Devido a essa nuvem, voc
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no consegue distinguir a realidade, no consegue chegar percepo espiritual. preciso desfazer-se dela. E apenas com a sua deciso de descart-la que ela ir desaparecer. Voc est apegado a ela a nuvem mesma no tem o menor interesse em voc, lembre-se disso. Comentrio: Isto o que acontece quando nos esquecemos de que a mente foi feita para servir, e comeamos a permitir que ela dirija a nossa vida. A cabea est cheia de mecanismos, a boca no pra de censurar, e toda a atmosfera em volta fica poluda por essa fbrica de argumentos e de opinies. "Mas, espere a!", voc talvez diga. "A mente o que nos torna humanos, a fonte de todo progresso, de todas as grandes verdades!" Se voc acredita nisso, faa uma experincia: entre no seu quarto, feche a porta, ligue um gravador, e passe a falar sem restries o que quer que lhe venha " mente". Se de fato voc deixar que saia tudo, sem nenhuma censura ou retificao, ficar espantado de ver a quantidade de tolices que voc dir.O Valete das Nuvens est lhe dizendo que algum, em algum lugar, est preso em uma "viagem da cabea". D uma olhada, e assegure-se de que no voc.
68. Conscincia - s de Nuvens: A Mente Ns viemos do desconhecido, e avanamos para o desconhecido. Ns ainda voltaremos. J estivemos por aqui milhares de vezes, e voltaremos milhares de vezes. O nosso ser essencial imortal, mas nosso corpo, a nossa corporificao, mortal. As molduras em que nos colocamos, nossas casas, o corpo, a mente, so feitas de coisas materiais. Essas coisas perdero a fora, ficaro velhas, elas morrero. A sua conscincia, porm, para a qual Bodhidharma usa a palavra "nomente" o Buda Gautama tambm usou essa palavra, "no-mente" algo que est alm do corpo e da mente, algo que est alm de tudo; essa "no-mente" eterna. Ela adquire uma expresso fsica, e torna a mergulhar depois no desconhecido. Esse movimento, do desconhecido para o conhecido e do conhecido para o desconhecido, continua por toda a eternidade, a menos que a pessoa se torne iluminada. Quando isso acontecer, essa ser a sua ltima vida: essa flor no voltar mais. A flor que se torna consciente de si mesma no precisa mais voltar vida, porque a vida nada mais do que uma escola aonde se vem para aprender. algum que aprendeu a lio e encontra-se agora acima das iluses. Pela primeira vez, voc no ir mais se deslocar do conhecido para o desconhecido, mas para o incognoscvel. Comentrio: A maioria das figuras deste naipe da mente ou cmica ou conturbada, porque a influncia da mente na nossa vida geralmente ridcula ou opressiva. Esta figura da Conscincia, porm, apresenta uma imagem enorme do Buda. Ele to expansivo, que vai at alm das estrelas, e o que existe acima da sua cabea o vazio puro.
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Esse Buda representa a conscincia que est ao alcance de todos os que se tornam mestres da sua prpria mente, e que so capazes de utiliz-la como o instrumento que ela foi feita para ser.Quando voc escolhe esta mdditao, isso significa que agora j h uma luz cristalina disponvel, independente, enraizada na tranqilidade profunda que existe no mago do seu ser. J no h a vontade de entender as coisas sob a perspectiva da mente a compreenso que voc tem agora existencial, inteira, em consonncia com o prprio pulsar da vida. Aceite essa ddiva enorme, e compartilhe.
59. Esquizofrenia 2 de Nuvens: A Mente O homem dividido. A esquizofrenia uma condio normal do homem ao menos no momento atual. Pode no ter sido assim no mundo primitivo, porm sculos de condicionamento, civilizao, cultura e religio transformaram o homem numa multido dividida, separada, contraditria... Contudo, pelo fato de essa diviso ser contrria sua natureza, l no fundo, escondida em alguma parte, a unidade ainda sobrevive. Porque a alma do homem unitria, todos os condicionamentos, no mximo, s destroem a periferia do homem. O centro permanece intocado por isso que o homem continua a viver. Mas sua vida tornou-se um inferno.Todo o trabalho do Zen voltado para o como desfazer-se dessa esquizofrenia, como desvencilharse dessa personalidade cindida, como descartar a mente dividida do homem, como tornar-se no-dividido, integrado, centrado, cristalizado.Do jeito como voc est, no se pode dizer que voc . Voc no tem um ser uma praa de mercado: muitas vozes. Quando voc quer dizer "sim", imediatamente o "no" se apresenta. Sequer voc consegue articular um simples "sim" com inteireza... Dessa maneira a felicidade no possvel; a infelicidade uma conseqncia natural de uma personalidade dividida. Comentrio: O personagem desta figura traz um novo significado velha idia de "estar entre a cruz e a espada"! Mas precisamente nesse tipo de situao que ficamos quando nos deixamos aprisionar pelo aspecto hesitante e dualista da mente. "Devo deixar que meus braos se soltem e cair de cabea para baixo, ou deixar que as minhas pernas se soltem, e cair de p? Devo vir para c ou ir para l? Devo dizer sim ou no?" E seja qual for a deciso que tomemos, sempre estaremos nos questionando se no deveramos ter decidido do modo contrrio. A nica maneira de sair desse dilema , infelizmente, soltar os dois extremos ao mesmo tempo. Desse impasse voc no vai conseguir sair valendo-se de frmulas, pesando os prs e os contras, ou tentando resolv-lo de alguma outra forma com a sua mente. Melhor seguir o seu corao, se lhe for possvel ter acesso a ele. Se no tiver, simplesmente salte o seu corao comear a bater to depressa que no haver engano a respeito de onde ele est!
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60. Isolamento Glacial 3 de Nuvens: A Mente Somos infelizes porque ficamos excessivamente encerrados em ns mesmos. O que quero dizer quando falo que ns ficamos excessivamente encerrados em ns mesmos? E o que acontece exatamente, quando ficamos excessivamente encerrados em ns mesmos? Ou voc vive a vida, ou fica encerrado em si mesmo as duas coisas ao mesmo tempo, so impossveis. Estar em si mesmo significa estar parte, estar separado. Estar em si mesmo significa tornar-se uma ilha. Estar em si mesmo significa traar uma linha divisria sua volta. Significa estabelecer uma distino entre "isto eu sou" e "isto eu no sou". Essa definio, essa fronteira entre "eu" e "eu no" circunscreve o territrio do "si mesmo" (self) o si mesmo isola. E ele o torna congelado: voc deixa de fluir. Quando algum est fluindo, o si mesmo no pode existir.Com esse jeito de ser, as pessoas quase se transformaram em cubos de gelo. J no tm calor nenhum, no sentem nenhum amor tm medo do amor, porque amor calor. Se o calor se aproximar, elas comearo a derreter, e as fronteiras iro desaparecer. As fronteiras desaparecem no amor; na alegria tambm, porque a alegria no fria. Comentrio: Em nossa sociedade, principalmente os homens tm sido ensinados a no chorar, a armar uma fachada de valentia quando so atingidos, e a no demonstrar que esto sofrendo. Mas as mulheres tambm podem cair nessa armadilha, e todos ns poderemos sentir vez por outra, que a nica maneira de sobreviver reprimir nossos sentimentos e emoes, de forma a que no nos possam ferir outra vez. Se a dor for especialmente profunda, poderemos at mesmo tentar escond-la de ns mesmos. Isso poder nos tornar glidos, rgidos, porque l no fundo sabemos que uma pequena fenda no gelo libertar a dor para que comece a circular outra vez dentro de ns.As lgrimas com as cores do arco-ris no rosto desta figura encerram o segredo de como se libertar desse "isolamento glacial". As lgrimas, e apenas elas, tm o poder de derreter o gelo. Chorar bom, e no h motivos para envergonharse de suas lgrimas. O choro nos ajuda a fazer passar a dor, permite-nos ter considerao por ns mesmos e, afinal, ajuda-nos na cura de ns mesmos.
61. Adiamento 4 de Nuvens: A Mente Adiar simplesmente estupidez. Amanh tambm ser necessrio decidir; ento, por que no resolver hoje mesmo? Voc acha que amanh estar mais sbio do que hoje? Voc acha que amanh vai estar com um vigor maior do que o de hoje? Voc acha que amanh estar mais jovem, renovado em relao a hoje?Amanh voc vai estar mais velho, a sua coragem ser menor; amanh voc vai estar mais experiente, e a sua capacidade de dissimulao ser maior; amanh a morte chegar mais prximo voc comear a titubear e a sentir mais medo. Nunca deixe para amanh. Quem sabe? O amanh pode chegar ou pode no chegar. Se preciso decidir, decida agora mesmo. O dentista Dr. Vogel tinha concludo o exame
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de uma bela e jovem cliente. Srta. Baseman", ele disse, "acho que terei de arrancar os seus dentes do siso! Minha nossa!, exclamou a mocinha, seria prefervel parir um beb! Bem, disse o Dr. Vogel, quer decidir logo para que eu possa acertar a posio da cadeira?Decida! No continue adiando indefinidamente. Comentrio: A mulher desta figura est vivendo em uma paisagem cinzenta, povoada de nuvens irreais, nitidamente recortadas contra o cu. Atravs da moldura de janela ela pode ver cores, luz e vida; e, embora quisesse escapar por ali o que se percebe pelas cores do arco-ris em sua roupa ela no capaz de fazer isso. H ainda em sua mente muita elucubrao do tipo "mas, e se...?". Dizem que o amanh nunca chega, e no importa a freqncia com que isso repetido, parece que a maioria de ns tende a esquecer a verdade contida nessa frase. De fato, a nica conseqncia certa de adiar as coisas o tdio e a depresso nos dias de hoje, um sentimento de incompletude e de limitao. O alvio e o desenvolvimento que voc sentir quando puser de lado todos os pensamentos de indeciso que o esto impedindo de agir agora, faro com que voc se pergunte por que esperou tanto tempo.
62. Comparao 5 de Nuvens: A Mente A comparao gera inferioridade, superioridade. Quando voc no estabelece comparaes, toda inferioridade e toda superioridade desaparecem. Nessa condio voc simplesmente , voc simplesmente est a. Um pequeno arbusto ou uma grande rvore alta isso no importa voc voc mesmo. Voc necessrio. Uma folha de grama to necessria quanto a maior das estrelas. Sem a folha de grama, Deus ser menos do que ele . O pipilar de um pssaro to necessrio quanto qualquer buda o mundo ser menos, ser menos rico se esse pssaro desaparecer.Basta olhar sua volta. Tudo necessrio e se encaixa em um todo. Trata-se de uma unidade orgnica: ningum est acima, ningum est abaixo, ningum superior, ningum inferior. Cada qual incomparavelmente nico. Comentrio: Quem foi que lhe disse que o bambu mais bonito do que o carvalho, ou que o carvalho mais valioso do que o bambu? Voc imagina que o carvalho gostaria de ter um tronco oco como o do bambu? Ser que o bambu sente inveja do carvalho porque ele maior e suas folhas mudam de colorao no outono? A prpria idia das duas rvores fazendo comparaes entre si parece ridcula, mas os humanos consideram muito difcil romper com esse hbito.Vamos encarar os fatos: sempre existir algum que mais bonito, mais talentoso, mais forte, mais inteligente, ou aparentemente mais feliz do que voc. E, inversamente, sempre haver aqueles que so inferiores a voc em todos esses aspectos. O caminho para descobrir quem voc , no a comparao com os outros, mas um exame para ver se voc est realizando o seu prprio potencial, da melhor maneira de que capaz.
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63. O Fardo 6 de Nuvens: A Mente A verdadeira vida de um homem o caminho no qual ele se desfaz das mentiras que lhe foram impostas pelos outros. Desprovido das roupas, nu, ao natural, ele aquilo que . Trata-se aqui de ser, e no de vir a ser. A mentira no pode transformar-se na verdade, a personalidade no pode transformar-se na sua alma. No existe maneira de transformar o no-essencial em essencial. O no-essencial permanece noessencial, e o essencial permanece essencial eles no so conversveis. Esforarse pela verdade s vai criar mais confuso. A verdade no precisa ser conquistada. Ela no pode ser conquistada, pois j est a. Apenas a mentira que precisa ser descartada.Todos os anseios, propsitos, ideais e metas, todas as ideologias, religies e sistemas de aperfeioamento, de melhoramento, so mentiras. Cuidado com tudo isso. Reconhea o fato de que do jeito como voc agora, voc uma mentira, resultado de manipulao, produzido pelos outros. A busca da verdade de fato uma distrao e um adiamento. a frmula encontrada pela mentira para disfarar-se. Olhe a mentira de frente, examine a fundo a falsidade que a sua personalidade. Pois encarar a mentira parar de mentir. Deixar de mentir desistir de buscar alguma verdade no h necessidade disso. No momento em que desaparece a mentira, ali est a verdade em toda a sua beleza e esplendor. Encarando-se a mentira ela desaparece, e o que fica a verdade. Comentrio: Quando carregamos o fardo dos "voc deve" e "voc no deve", impostos a ns pelos outros, ficamos como este personagem roto e sofrido, pelejando para abrir seu caminho morro acima. "Mais depressa! Mais fora! Tente chegar ao alto!" grita o tolo tirano que essa figura triste leva s costas, enquanto o prprio tirano, por sua vez, tem s costas um galo dominador. Se a vida nestes dias est lhe parecendo apenas uma luta ininterrupta desde o bero at o tmulo, pode ser a hora de arriar a carga dos seus ombros e experimentar caminhar sem ter de carregar s costas essas figuras. Voc tem suas prprias montanhas a conquistar, seus prprios sonhos a realizar, mas nunca haver energia suficiente para ir atrs dessas metas enquanto voc no se desfizer de todas as expectativas que lhe foram impostas pelos outros, e que agora voc pensa que so suas. H a possibilidade de que essas expectativas estejam apenas na sua mente, mas isso no significa que elas no possam jog-lo ao cho. hora de arriar a carga, e dizer a essas figuras que sigam o seu prprio caminho.
64. Poltica 7 de Nuvens: A Mente Qualquer um que seja capaz de fingir com convico, que consiga ser hipcrita, se tornar seu lder poltico, se tornar seu sacerdote religiosamente. Tudo que ele precisa de hipocrisia, tudo o que ele precisa de dissimulao, tudo que ele
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precisa de uma "fachada" para se esconder por trs. Os seus polticos vivem vidas duplas, os seus sacerdotes levam vida dupla uma pela porta da frente, a outra pela porta dos fundos. E aquela vivida pela porta dos fundos a vida real deles. Aqueles sorrisos pela porta da frente so pura falsidade, aquelas caras to inocentes so puramente cultivadas.Se voc quiser ver a realidade do poltico, precisar olh-lo pela porta dos fundos. Deste ngulo ele aparece na sua nudez, do jeito como ele ; e para o sacerdote a coisa assim tambm. Esses dois tipos de pessoas dissimuladas tm dominado a humanidade. Muito cedo eles descobriram que, se voc quer dominar a humanidade, deve torn-la fraca, faz-la sentir-se culpada, no-merecedora.Destrua a sua dignidade, tire-lhe toda a glria, humilhe-a. E encontraram maneiras to sutis de humilhar, que eles nem aparecem "na foto"; voc mesmo fica encarregado de se humilhar, de se destruir. Eles lhe ensinaram uma forma de suicdio lento. Comentrio: Voc reconhece este homem? Com exceo dos mais inocentes e sinceros de ns, todos temos um poltico de tocaia em algum lugar da nossa mente. De fato, a mente poltica. da sua prpria natureza planejar, montar esquemas, e tentar manipular situaes e pessoas de maneira a conseguir o que quer. Nesta figura, a mente representada pela serpente recoberta de nuvens, que "fala com uma lngua bfida". O que importante perceber, porm, a propsito desta figura, que ambas as caras so falsas. A face cndida, inocente, do tipo "confie em mim", uma mscara, e a face diablica, venenosa, do tipo "vou tirar vantagem de voc", tambm no passa de uma mscara. Polticos no tm faces verdadeiras. Seu jogo na totalidade uma mentira.D uma boa examinada em si mesmo para verificar se voc tem estado fazendo esse jogo. O que voc vai encontrar poder ser doloroso de ver, mas no to doloroso quanto continuar agindo igual. No final, esse jogo no serve ao interesse de ningum, e muito menos ao seu. O que quer que voc consiga por esse caminho, ir transformar-se em p nas suas mos.
65. Culpa 8 de Nuvens: A Mente Este momento!... O aqui-agora... fica esquecido quando voc comea a pensar em termos de conquistar alguma coisa. Quando a mente realizadora se manifesta, voc perde contato com o paraso em que est. Esta uma das abordagens mais liberadoras: ela o liberta imediatamente! Esquea tudo a respeito do pecado e da santidade ambas so idias estpidas. Juntas, destruram todas as alegrias da humanidade. O pecador se sente culpado, e com isso sua alegria fica perdida. Como possvel apreciar a vida se voc est sempre se sentindo culpado? Se o tempo todo voc fica indo igreja para confessar que fez isto e aquilo errado? Errado, errado, errado... a sua vida inteira parece ser feita de pecados. Como viver com alegria? Fica impossvel sentir prazer na vida. Voc se torna pesado, carregado.A culpa instala-se no seu peito como uma pedra ela o esmaga; no permite que voc dance. Como seria possvel danar? Como a culpa pode danar? Como a culpa
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pode cantar? Como a culpa pode amar? Como a culpa pode viver? Assim, quem pensa que est fazendo coisas erradas sente-se culpado, pesado, um morto antes da hora -- j est dentro do tmulo. Comentrio: A culpa uma das emoes mais destrutivas em que podemos nos deixar aprisionar. Se tivermos agido mal com algum, ou procedido contrariamente nossa prpria verdade, naturalmente nos sentiremos mal. Mas permitir que fiquemos sobrecarregados de culpa fazer um convite enxaqueca. Acabaremos envolvidos por nuvens perturbadoras de dvidas a nosso prprio respeito, e por sentimentos de desvalor, a ponto de no conseguirmos enxergar as belezas e alegrias que a vida est tentando nos oferecer.Todo mundo anseia por ser uma pessoa melhor mais amorosa, mais consciente, mais sincera consigo mesmo. Quando, porm, nos punimos por nossas falhas, sentindo-nos culpados, podemos cair prisioneiros de um ciclo de desespero e desesperana que nos tira toda a clareza de viso a nosso prprio respeito e a respeito das situaes que encontramos pela frente. Voc absolutamente bom do jeito que , e absolutamente natural errar o caminho de vez em quando. Apenas aprenda com a experincia; siga em frente e aproveite a lio para no cometer o mesmo erro outra vez.
66. Sofrimento 9 de Nuvens: A Mente Esta dor que o aflige no deve deix-lo triste, lembre-se disso. este o ponto que as pessoas continuam a no compreender... Esta dor apenas para deix-lo mais alerta porque as pessoas s ficam atentas quando a seta vai fundo no seu corao e as fere. De outra maneira, no despertam. Quando a vida fcil, confortvel, conveniente, quem se preocupa? Quem se d ao trabalho de ficar alerta? Quando morre um amigo, apresenta-se uma possibilidade. Quando a sua mulher o abandona naquelas noites escuras, voc sente solido. Voc amou tanto aquela mulher e arriscou tudo por ela e, ento, de repente, um dia, ela vai-se embora. Chorando na sua solido... essas so as ocasies em que, sabendo aproveit-las, voc poder tornar-se consciente. A seta est ferindo: ento possvel us-la. A dor no existe para faz-lo infeliz: ela est a para torn-lo mais consciente! E quando voc se torna consciente, a infelicidade desaparece. Comentrio: Esta figura de Ananda, primo e discpulo do Buda Gautama. Ele esteve ao lado do Buda constantemente, cuidando de cada necessidade dele por quarenta e dois anos. Quando Buda morreu, conta-se que Ananda estava ainda a seu lado, chorando. Os outros discpulos repreenderam-no por ele no estar entendendo: Buda havia morrido completamente realizado; Ananda deveria estar celebrando! Mas Ananda respondeu: "Vocs que no esto compreendendo. No estou chorando por ele, mas por mim mesmo, porque ao longo desses anos todos eu
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estive constantemente ao seu lado, e mesmo assim no consegui atingir". Ananda ficou acordado a noite inteira, meditando profundamente e sentindo sua dor, sua tristeza. Diz a histria que, quando o dia amanheceu, ele estava iluminado.Tempos de grande sofrimento trazem em si, potencialmente, tempos de grande transformao. Para que a transformao acontea, porm, precisamos ir fundo s razes da nossa dor, vivenciando a dor exatamente como ela , sem culpa e sem autopiedade.
67. Renascimento 10 de Nuvens: A Mente Segundo o Zen, voc vem de lugar-nenhum, e vai para lugar-nenhum. Voc existe apenas agora, aqui: no vindo, nem indo. As coisas todas vo passando por voc; a sua conscincia reflete o que passa, mas ela mesma no se identifica com isso. Quando um leo ruge diante de um espelho, voc pensa que o espelho tambm ruge? Ou quando o leo se afasta e aparece uma criana danando, o espelho, esquecendo completamente o leo, passa a danar com a criana voc acredita que o espelho realmente dance com a criana?O espelho no faz nada, ele apenas reflete. A sua conscincia apenas um espelho. Voc nem vem, nem vai. As coisas vm e vo. Voc se torna um jovem, voc fica velho; voc est vivo, voc est morto. Todas essas situaes so apenas reflexos num lago eterno de conscincia. Comentrio: Esta figura representa a evoluo dos graus de conscincia do modo como descrita por Friedrich Nietzsche, em seu livro Assim Falou Zarathustra. Ele fala dos trs nveis: Camelo, Leo e Criana. O camelo sonolento, entediado, satisfeito consigo mesmo. Vive iludido julgando-se o cume de uma montanha, mas, na verdade, preocupa-se tanto com a opinio dos outros que quase no tem energia prpria. Emergindo do camelo, aparece o leo. Quando nos damos conta de que temos estado abrindo mo da oportunidade de viver realmente a vida, passamos a dizer "no" s demandas dos outros. Ns nos apartamos da multido, solitrios e orgulhosos, rugindo a nossa verdade. A coisa, porm, no acaba por a. Finalmente, emerge a criana, nem submissa nem rebelde, mas inocente e espontnea, fiel ao seu prprio ser.Qualquer que seja a posio em que voc se encontre neste momento sonolento e abatido, ou desafiador e rebelde tenha conscincia de que isso evoluir para alguma coisa nova, se voc permitir. Este um tempo de crescimento e mudana.
ARCO-RIS - OUROS
35. Abundncia-O Domnio da Natureza Fsica: Rei do Arco-ris
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No Oriente, as pessoas condenaram o corpo, condenaram a matria, chamaram-na de "ilusria", de maya: coisa que de fato no existe, apenas parece existir; coisa feita da mesma substncia dos sonhos. As pessoas renegaram o mundo, e esta a razo pela qual o Oriente permaneceu pobre, doente, faminto.Metade da humanidade tem vivido aceitando o mundo interior, mas negando o mundo exterior. A outra metade tem aceitado o mundo material, e negado o mundo interior. Ambas so metades, e homem nenhum que seja uma metade pode estar satisfeito. necessrio ser inteiro: rico no corpo, rico em cincia; rico em meditao, rico em conscincia. No meu modo de ver, apenas a pessoa inteira uma pessoa sagrada. Eu quero que se misturem Zorba e Buda. Zorba sozinho vazio. Sua dana no tem significao eterna, prazer momentneo. Logo ele se cansar dela. A menos que voc disponha de fontes inesgotveis que lhe venham do prprio cosmos... a menos que voc se torne existencial, no poder tornar-se inteiro. Esta a minha contribuio para a humanidade: a pessoa inteira. Comentrio: Este tipo dionisaco o prprio retrato de um homem inteiro, um "Zorba e Buda" que pode beber vinho, danar na praia, cantar na chuva, e ao mesmo tempo desfrutar as profundezas da compreenso e do conhecimento prprios do sbio. Em uma das mos ele segura uma flor de ltus, demonstrando que respeita e contm em si mesmo a graa do feminino. O peito exposto (um corao aberto) e a barriga relaxada mostram que ele est vontade com a sua masculinidade tambm, inteiramente pleno de si. Os quatro elementos; terra, fogo, gua e cu, confluem no Rei do Arco-ris, que est sentado sobre o livro da sabedoria da vida.Se voc mulher, o Rei do Arco-ris traz para a sua vida o apoio de suas energias masculinas, uma unio com a alma gmea interior. Para um homem, esta figura representa uma oportunidade para romper com os esteretipos masculinos convencionais, permitindo que transparea a plenitude do ser humano integral.
36. Florescimento-O Domnio da Natureza Fsica: Rainha do Arco-ris O Zen quer v-lo vivendo, vivendo em abundncia, vivendo na completude, vivendo intensamente no em grau mnimo, como pretende a Cristandade, mas no grau mximo, transbordante. A sua vida deveria derramar-se at os outros. A sua felicidade, a sua bem-aventurana, o seu xtase, no deveriam ficar confinados dentro de voc, como uma semente. Deveriam abrir-se como a flor e espalhar sua fragrncia indiscriminadamente no apenas para os amigos, mas para os desconhecidos tambm.Isso compaixo verdadeira, amor verdadeiro: compartilhar a sua iluminao, compartilhar a sua dana do alm. Comentrio: A Rainha do Arco-ris como uma planta fantstica que atingiu o pice do seu florescimento e das suas cores. muito sensual, muito cheia de vida e plena de
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possibilidades. Estalando os dedos ela acompanha a msica do amor, e o seu colar do zodaco est colocado de tal maneira que Vnus repousa sobre o seu corao. As mangas da sua vestimenta contm sementes em abundncia, e, medida que sopra o vento, elas so espalhadas para criar razes onde lhes for possvel. No a preocupa saber se as sementes caem no solo ou sobre as pedras ela apenas as vai espalhando por toda parte, em total celebrao da vida e do amor. Flores caem do alto sobre a sua cabea, em harmonia com o seu prprio florescimento, e as guas da emoo serpenteiam divertidamente sob a flor em que ela est sentada. Voc poderia sentir-se neste exato momento como um jardim de flores, regado por bnos vindas de toda parte. D boas-vindas s abelhas, convide os pssaros a beber do seu nctar. Espalhe em volta a sua alegria, para que todos compartilhem dela.
37. Desacelerao-O Domnio da Natureza Fsica: Cavaleiro do Arco-ris A meditao uma espcie de remdio seu uso ser apenas passageiro. Quando voc tiver apreendido a qualidade, no precisar praticar mais nenhuma meditao em particular, pois a atitude meditativa que dever permear todos os cantos da sua vida. Andar Zen, sentar-se Zen.Qual ser ento essa qualidade? A pessoa passa a andar de maneira vigilante, alerta, alegremente, sem metas a atingir, centrada, com amor, deixando-se fluir. E o caminhar despreocupado. A pessoa senta-se com amor, alerta, vigilante, desinteressadamente sem estar buscando alguma coisa em especial, mas apenas desfrutando a beleza do sentar-se sem fazer nada, o quanto isso relaxante, repousante... Depois de uma longa caminhada, voc se senta sombra de uma rvore, e a brisa vem e o refresca. A cada momento preciso que a pessoa esteja bem consigo mesma no empenhada em melhorar, cultivando alguma coisa, praticando alguma coisa. Andar Zen, sentar-se Zen.Falando ou em silncio, movimentando-se, em repouso, a essncia est vontade. A essncia est vontade: esta a idia-chave. A essncia est vontade: esta a afirmaochave. Faa o que quiser, mas, no mago mais profundo, permanea vontade, frio, calmo, centrado. Comentrio: O Cavaleiro do Arco-ris um lembrete de que, exatamente como a tartaruga desta carta, ns tambm levamos conosco a nossa casa, aonde quer que vamos. No h necessidade de apressar-se, no preciso procurar abrigo em nenhum outro lugar. Mesmo quando mergulhamos nas profundezas das guas da emoo, podemos manter-nos abrigados em ns mesmos, imunes a dependncias. H um momento em que voc se prepara para deixar de lado quaisquer expectativas que tem cultivado a seu prprio respeito, ou a respeito de outras pessoas; prepara-se para assumir a responsabilidade por quaisquer iluses que possa ter estado carregando. Nessa hora, no h necessidade de fazer nada, bastando repousar na plenitude de quem voc neste exato momento. Se os desejos, esperanas e sonhos esto se tornando vagos, tanto melhor. Seu desaparecimento est abrindo espao para um
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novo clima de tranqilidade e de aceitao das coisas como so. Voc ir sentir-se capaz de dar as boas-vindas a esse crescimento pessoal, de uma maneira que nunca esteve antes ao seu alcance.Desfrute essa sensao de diminuio do ritmo, de se aproximar do repouso, e de reconhecer que voc j est em casa.
38. Aventura-O Domnio da Natureza Fsica: Valete do Arco-ris O Zen diz que a verdade no tem nada a ver com autoridade, que a verdade no tem nada a ver com tradio; que a verdade no tem nada a ver com o passado: a verdade uma realizao radical, pessoal. Voc precisa conquist-la.O conhecimento oficial coisa segura; a busca do conhecimento pessoal, porm, muito, muito arriscada. Ningum pode garantir o resultado. Se voc me perguntar se posso garantir alguma coisa, direi que no posso garantir-lhe nada. S posso garantir o perigo isso certo. S posso garantir-lhe uma longa aventura, com todas as possibilidades de dar errado e de nunca se atingir a meta. Uma coisa, porm, certa: a prpria busca ir ajud-lo a crescer. S posso garantir-lhe o crescimento. O perigo estar l, o sacrifcio estar l; voc estar mergulhando a cada dia no desconhecido, em terreno inexplorado, e no haver nenhum mapa a seguir, nenhum guia para acompanhar. Sim, h milhes de riscos e voc poder desviar-se, poder perder-se, mas esta a nica maneira de crescer. A insegurana a nica senda para o crescimento, enfrentar o perigo a nica forma de crescer, aceitar o desafio do desconhecido o nico caminho para se crescer. Comentrio: Quando estamos realmente com esprito de aventura, andamos exatamente como esta criana. Cheios de confiana, vamos, passo a passo, saindo da escurido da floresta para o claro da luz, levados pela nossa capacidade de nos maravilharmos, na trilha do desconhecido. A idia de aventura realmente no tem nada a ver com planos e mapas, programaes e organizao. O Valete do Arco-ris representa um estado de esprito que pode tomar conta de ns em qualquer lugar em casa ou no escritrio, no campo ou na cidade, num empreendimento criativo ou no nosso relacionamento com outras pessoas. Sempre que nos lanamos ao novo e desconhecido com o esprito confiante de uma criana, inocentes, abertos e vulnerveis, at mesmo as menores coisas da vida podem transformar-se nas maiores aventuras.
78. Maturidade - s do Arco-ris: A Natureza Fsica A diferena entre a relva e as flores a mesma que existe entre voc enquanto no sabe que um buda, e voc no momento em que compreende que um buda. De fato, nem poderia ser diferente.O buda completamente florescido, inteiramente aberto. Os seus ltus, suas ptalas, chegaram a uma realizao...Com certeza, ser
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voc mesmo, pleno de primavera, muito mais belo do que o orvalho de outono caindo sobre as folhas de ltus. E olha que essa uma das coisas mais lindas de se ver: o orvalho de outono caindo sobre as folhas de ltus, brilhando ao sol da manh, como prolas verdadeiras. Naturalmente isso no passa de uma experincia momentnea. medida que o sol se levanta, o orvalho de outono comea a evaporar-se...Essa beleza passageira certamente no pode ser comparada com uma eterna primavera em seu ser. Por mais longe que voc consiga olhar para trs, ver que essa primavera sempre esteve ali. Olhando para frente o mais que pode, voc se surpreender: trata-se do seu prprio ser. Onde quer que voc esteja, essa primavera estar tambm, e as flores continuaro a cair sobre a sua cabea. Isso primavera espiritual. Comentrio: O personagem desta meditao est s, quieto, porm atento. O seu ser interior apresenta-se repleto de flores portadoras do esprito da primavera, e que renascem onde quer que ele v. Este florescimento interior e a completude pessoal que ele sente criam-lhe a possibilidade de uma mobilidade ilimitada. Ele pode deslocar-se em qualquer direo no seu prprio interior ou no mundo aqui de fora, no faz diferena, pois a sua alegria e maturidade no podem ser diminudas por fatores externos. Ele chegou a um tempo de centramento pessoal e de expansividade a aura branca que o envolve a sua proteo, e a sua luz. O conjunto das experincias da vida o trouxe a este tempo de perfeio.Quando voc escolher e fizer esta meditao, saiba que o momento lhe traz um presente pelo trabalho pesado que foi bem feito. Agora, suas bases so slidas, e o sucesso e a boa sorte esto assegurados porque so a conseqncia natural daquilo que j foi vivenciado em seu ntimo
69. Momento a Momento 2 de Arco-ris: A Natureza Fsica O passado j se foi e o futuro ainda no chegou: ambos esto se movimentando desnecessariamente em direes que no existem. Um existia, mas no existe mais, e o outro nem sequer comeou a existir ainda. A pessoa equilibrada a que vive momento a momento, cuja ateno est voltada para o momento presente, que sempre est aqui e agora. Onde quer que ela se encontre, toda a sua conscincia, todo o seu ser est envolvido na realidade do aqui e na realidade do agora. Essa a nica direo certa. S um homem assim est habilitado a adentrar o portal dourado. O momento presente o portal dourado. O aqui-agora o portal dourado. ... E voc s consegue estar no momento presente se no for ambicioso -nenhuma meta a realizar, nenhuma pretenso de poder, de dinheiro, de prestgio, ou mesmo de iluminao, porque toda ambio coloca voc no futuro. Apenas um homem no ambicioso capaz de permanecer no momento presente. Um homem que queira estar no momento presente no tem que pensar; precisa apenas ver e adentrar o portal. A experincia vir, mas no precisa ser premeditada.
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Comentrio: medida que o personagem desta figura vai andando de pedra em pedra, ele vai pisando com leveza e sem seriedade e, ao mesmo tempo, com absoluto equilbrio e ateno. Por detrs das guas que ondulam sempre cambiantes, podemos ver silhuetas de arranha-cus parece que existe uma cidade ao fundo. O homem participa da praa do mercado, mas ao mesmo tempo, mantm-se fora dela, preservando o seu equilbrio e sendo capaz de observ-la do alto.Esta figura nos desafia a nos afastarmos de nossas preocupaes com outros lugares e outros tempos, e a permanecer atentos ao que est acontecendo aqui e agora. A vida um grande oceano no qual voc pode se divertir, se se desfizer de todos os julgamentos, de suas preferncias e do apego aos detalhes dos seus planos de longo prazo. Esteja disponvel para o que vier ao seu encontro, da forma como vier. E no se preocupe se tropear ou cair: levante-se, sacuda a poeira, d uma boa gargalhada, e v em frente.
70. Orientao 3 de Arco-ris: A Natureza Fsica Voc sente necessidade de procurar orientao, porque no sabe que o seu guia interior est escondido dentro de voc. necessrio encontrar esse guia interior, que eu chamo de "a sua testemunha". Chamo tambm de "o seu dharma", seu buda intrnseco. preciso acordar esse buda, e a sua vida ser banhada de bnos, de graas. Sua vida tornar-se- radiante de bem, de divindade, muito mais do que voc seria capaz de imaginar. quase como luz. Se o seu quarto est escuro, basta trazer luz. At uma pequena vela servir: toda a escurido desaparece. Tendo uma vela, voc saber onde fica a porta. No precisar pensar: "Onde est a porta?". S quem cego pergunta onde est a porta. Gente que tem olhos e dispe de luz nem pensa nisso. Alguma vez voc j se perguntou onde fica a porta...!? Voc simplesmente levanta e sai. No dedica um pensamento sequer a semelhante questo. Nem comea a tatear procurando a porta, ou a bater a cabea contra a parede. Voc simplesmente v, e no existe nem mesmo um lampejo de pensamento: voc simplesmente sai. Comentrio: A figura angelical que aparece nesta meditao, com asas coloridas como o arco-ris, representa o guia que cada um de ns traz dentro de si. Como acontece com a segunda figura, no plano de fundo, algumas vezes ns podemos relutar em confiar nesse guia quando ele se manifesta, porque estamos acostumados a receber nossos "sinais" mais do mundo exterior do que de dentro de ns mesmos.A verdade do seu prprio ser mais profundo est tentando mostrar-lhe o caminho a seguir neste exato momento, significando que voc pode confiar na orientao interior que lhe est sendo dada. Esta orientao vem por meio de sussurros, e algumas vezes podemos hesitar, sem saber se compreendemos corretamente. As indicaes, porm, so claras: seguindo o seu guia interior voc se sentir mais pleno, mais
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integrado, como se estivesse se movimentando a partir do centro do seu prprio ser. Se voc a acompanhar, essa clula de luz o conduzir exatamente para onde voc precisa ir.
71. O Avarento 4 de Arco-ris: A Natureza Fsica No momento em que voc se torna avarento, fica fechado para o fenmeno fundamental da vida: a expanso, o compartilhar.Quando comea a se apegar a coisas, voc perde o alvo de vista simplesmente perde. Porque as coisas no so o alvo: voc, o seu ser interior, que o alvo no uma bela casa, mas a sua beleza; no dinheiro em abundncia, mas a sua riqueza; no coisas demais, mas um ser aberto, disponvel a milhes de coisas. Comentrio: Esta mulher levantou uma fortaleza sua volta, e fica agarrada a tudo o que tem, a tudo o que considera seu tesouro. Ela acumulou tanto para se enfeitar inclusive penas e peles de criaturas vivas que, no seu empenho, ela de fato ficou mais feia. Esta figura nos desafia a examinar aquilo a que estamos nos apegando e o que possumos de to valioso que precise ser protegido por uma fortaleza. No preciso que seja muito dinheiro na conta, nem uma caixa repleta de jias poderia ser algo to simples como compartilhar o nosso tempo com um amigo, ou assumir o risco de expressar o nosso amor por outra pessoa. Igual a um poo que selado e se torna estagnado pela falta de uso, os nossos tesouros ficam embaados e sem proveito se nos recusamos a compartilh-los. Independente daquilo a que esteja se apegando, lembre-se de que no poder levar isso consigo. Desapegue-se, e sinta a liberdade e a expanso que o compartilhar capaz de proporcionar.
72. O Forasteiro 5 de Arco-ris: A Natureza Fsica Ento, voc est se sentindo um estranho. Isso bom. o perodo de transio. Mas preciso estar atento para no se deixar tomar pela dor e infelicidade. Agora que Deus no est mais a, quem ir consol-lo? Voc no precisa de consolo nenhum. A humanidade j maior de idade! Seja um homem, seja uma mulher, e apie-se nos seus prprios ps...A nica maneira de conectar-se com a existncia aprofundando-se em si mesmo, porque, l no seu centro, voc ainda est conectado. Fisicamente, voc foi desconectado de sua me. Essa desconexo foi absolutamente necessria, para transform-lo num indivduo autnomo. Do universo, porm, voc no est desconectado. A sua conexo com o universo a conscincia. Essa conexo no visvel, portanto necessrio mergulhar profundamente em si mesmo, com grande conscincia, ateno e observao, e voc encontrar a conexo. O buda a conexo!
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Comentrio: O menininho desta figura est de p de um dos lados de um porto, olhando atravs da grade. Ele to pequeno, e est to convencido de que no pode passar, que no consegue ver que a corrente que amarra o porto no est trancada; tudo o que ele precisaria fazer seria solt-la.Sempre que nos sentimos "deixados de fora", excludos, isso gera essa sensao de ser uma criana pequena e desamparada. No de causar espanto, pois esse sentimento est profundamente enraizado nas nossas experincias da mais tenra infncia. O problema exatamente esse, porque estando to profundamente enraizado, o sentimento ressurge repetidas vezes em nossa vida, como se fosse uma fita gravada. Neste momento, uma oportunidade lhe est sendo oferecida para voc interromper essa gravao, para deixar de atormentar-se com a idia de que, de alguma maneira voc "no est altura" para ser aceito e recebido. Reconhea que as razes desse sentimento esto no passado, e deixe ir embora essa dor antiga. Isso ir trazer-lhe lucidez para enxergar como pode abrir o porto e iniciar-se naquilo que voc tanto anseia ser.
73. Concesso 6 de Arco-ris: A Natureza Fsica No queira ser esperto, caso contrrio, voc permanecer sempre o mesmo, nunca mudar. Solues de conciliao nos caminhos do amor, e na senda da meditao, criaro muita confuso em voc. Elas no ajudaro...Como pedir ajuda vai contra o ego, voc tenta acomodar uma situao fazendo concesses. Esse acerto ser mais perigoso, ele o desorientar mais, porque, feito com base em coisas mal esclarecidas, s poder confundir tudo ainda mais. Desse modo, tente entender primeiro o motivo pelo qual voc parece estar sempre pronto para fazer concesses. Mais cedo ou mais tarde, voc ser capaz de compreender que fazer concesses no adianta. A concesso pode ser uma maneira de voc no ser obrigado a optar entre caminhos alternativos, ou pode ser apenas a represso da sua confuso. Isso acabar virando um hbito. Nunca reprima nada, seja muito claro a respeito do que est sentindo. E se voc estiver confuso, procure ter conscincia disso. Esta ser a primeira coisa claramente definida a seu respeito: que voc est confuso. Assim, voc ter dado incio caminhada. Comentrio: Nas cortes do Japo antigo, os serviais masculinos eram, com freqncia, escolhidos entre as fileiras dos pequenos delinqentes, que eram castrados. Em razo da familiaridade ntima que tinham com as atividades palacianas, esses serviais estavam freqentemente no centro das intrigas polticas e sociais, e exerciam muito poder nos bastidores. As duas figuras desta meditao nos trazem lembrana as situaes delicadas e conspiratrias em que podemos nos meter quando fazemos concesses no que se refere nossa prpria verdade. Uma coisa encontrar-se com o outro a meio caminho, compreender um ponto de vista diferente do nosso e trabalhar no sentido de harmonizar foras contrrias. Coisa muito diferente ceder
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presso e trair a nossa prpria verdade. Se olharmos a fundo o que ocorre neste ltimo caso, descobriremos que normalmente estamos tentando tirar proveito de alguma coisa quer se trate de poder, ou da aprovao de outras pessoas. Se se sentir tentado, cuidado: as recompensas por esse tipo de concesso deixam sempre um gosto amargo na boca.
74. Pacincia 7 de Arco-ris: A Natureza Fsica Ns nos esquecemos de como esperar; este um espao quase abandonado. No entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo o nosso maior tesouro. A existncia inteira espera pelo momento certo. At as rvores sabem disso qual o momento de florescer, e o de deixar que as folhas caiam, e de se erguerem nuas ao cu. Tambm nessa nudez elas so belas, esperando pela nova folhagem com grande confiana de que as folhas velhas tenham cado, e de que as novas logo estaro chegando. E as folhas novas comearo a crescer.Ns nos esquecemos de como esperar: queremos tudo com pressa. Trata-se de uma grande perda para a humanidade... Em silncio e espera, alguma coisa dentro de voc vai crescendo o seu autntico ser. Um dia ele salta e se transforma numa labareda, e a sua personalidade inteira estilhaada: voc um novo homem. E esse novo homem sabe o que uma cerimnia, esse novo homem conhece os sumos eternos da vida. Comentrio: H momentos em que a nica coisa a fazer esperar. A semente j foi plantada, a criana est crescendo no tero, a ostra est cobrindo o gro de areia, transformando-o em uma prola. Esta figura nos lembra de que este um momento em que tudo o que se requer manter-se simplesmente atento, paciente, espera. A mulher retratada na figura est justamente nessa atitude. Satisfeita, sem sinais de ansiedade, ela est apenas espera. Ao longo de todas as fases da lua que se sucedem no alto, ela permanece paciente, to sintonizada com os ritmos da lua, que quase se confunde com ela. A mulher sabe que esta uma poca para permanecer na passividade, deixando que a natureza siga o seu caminho. No est, porm, com expresso de sono, nem indiferente; sabe que tempo de se preparar para alguma coisa importante. Trata-se de um perodo repleto de mistrio, como as horas que antecedem o amanhecer. um tempo em que a nica coisa a fazer, esperar.
75. Simplicidade- 8 de Arco-ris: A Natureza Fsica s vezes acontece a voc sentir-se integrado, em algum raro momento. Observe o oceano, o seu esprito indomvel de repente voc esquece a sua diviso interior, a sua esquizofrenia: voc relaxa. Ou ento, andando pelo Himalaia, contemplando a neve virgem nos picos das montanhas, de repente uma calma o envolve e voc no precisa ser falso, porque no h ali nenhum outro ser humano para o qual
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representar. Voc se re-integra. Ou ainda, ouvindo boa msica, voc se sente integrado. Sempre que, em qualquer situao, voc se torne uno, uma paz, uma felicidade, uma bno o envolvem, brotam de dentro de voc. Voc se sente preenchido. No h necessidade de ficar esperando por esses momentos eles podem transformar-se na sua maneira natural de viver. Esses momentos extraordinrios podem transformar-se em momentos comuns este todo o esforo do Zen. possvel viver uma vida extraordinria dentro dos limites de uma vida bastante comum: cortando rvores, rachando lenha, buscando gua no poo, possvel estar extremamente vontade consigo mesmo. Limpando o cho, preparando a comida, lavando a roupa, voc pode estar perfeitamente vontade porque a questo toda de voc atuar com todo o seu ser, desfrutando, realizandose no que faz. Comentrio: Esta figura, caminhando pela natureza, mostra-nos que a beleza pode ser encontrada nas coisas simples e comuns da vida. Com muita freqncia ns tomamos este lindo mundo em que vivemos como coisa garantida. Limpar a casa, cultivar o jardim, fazer a comida as tarefas mais simples ganham uma conotao sagrada quando so feitas com envolvimento total, com amor, e exclusivamente pelo prazer de faz-las, sem expectativas de reconhecimento ou de recompensa.Neste momento, voc passa por um perodo em que esta maneira cordata, natural e extremamente simples de encarar as situaes que se apresentam, trar resultados muito melhores do que qualquer tentativa sua de ser brilhante, perspicaz ou, de alguma outra forma, extraordinrio. Deixe de lado toda pretenso de fazer alarde quanto a ter inventado mais alguma coisa intil, ou a vaidade de encantar seus amigos e colegas com o seu talento incomparvel de prima donna. A contribuio especial que voc tem para oferecer neste momento ser maior se voc encarar as coisas sem resistncia e com simplicidade, um passo de cada vez.
76. Momento da Colheita 9 de Arco-ris: A Natureza Fsica S se a sua meditao tiver proporcionado a voc uma luz que brilha sempre noite, que a morte no ser morte para voc, mas uma passagem para o divino. Com a luz no corao, a prpria morte transformada numa passagem pela qual voc adentra o esprito universal: voc se torna um com o oceano. E a menos que voc passe pela experincia ocenica, ter vivido em vo. O momento sempre agora, e a fruta est sempre pronta para ser colhida. S preciso ter coragem para penetrar em sua floresta interior. A fruta est sempre madura, e qualquer momento sempre o momento certo. No existe essa coisa de momento errado. Comentrio: Quando a fruta est madura, ela cai da rvore por si mesma. Num momento, ela pende de um dos galhos da rvore, cheia de sumo. No momento seguinte ela cai no
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porque tenha sido forada a cair, ou tenha se esforado para tanto, mas porque a rvore reconheceu o seu amadurecimento, e simplesmente a deixou cair.Esta figura nesta meditao indica que voc est pronto para compartilhar as suas riquezas interiores, o seu "sumo". Tudo o que voc precisa fazer relaxar exatamente onde voc est, e desejar que isso acontea. Este compartilhar de voc mesmo, essa expresso da sua criatividade, pode acontecer de muitas maneiras no seu trabalho, nos seus relacionamentos, nas suas experincias de vida dirias. No se requer nenhuma preparao ou esforo especial de sua parte. Trata-se apenas do momento certo
77. Ns Somos o Mundo 10 de Arco-ris: A Natureza Fsica Quando milhares e milhares de pessoas em todo o mundo esto celebrando, cantando, danando, em xtase, embriagados pelo sentimento do divino, no existe nenhuma possibilidade de um suicdio global.Com essa festividade e com tanto riso, com tanto equilbrio e sade, com tanta naturalidade e espontaneidade, como poderia acontecer uma guerra?... A vida lhe foi dada para que voc crie, seja feliz e celebre. Quando voc chora, quando est infeliz, fica sozinho. Quando est celebrando, a existncia inteira participa com voc.Somente na celebrao encontramos o que fundamental, o que eterno. Somente na celebrao ultrapassamos o crculo do nascimento e da morte. Comentrio: Aqui, a humanidade representada como um arco-ris de seres danando em volta da mandala da Terra, com pessoas de mos dadas e alegres, gratas pela ddiva da vida.Esta figura representa um tempo de comunicao e de compartilhar as riquezas que cada um de ns traz para o todo. Aqui no h apego, nenhum sentimento de propriedade. um crculo sem medo de sentimentos de inferioridade e de superioridade.Quando reconhecemos a fonte comum da nossa humanidade, as origens comuns dos nossos sonhos e anseios, das nossas esperanas e dos nossos medos, tornamo-nos capazes de perceber que estamos todos juntos no grande milagre da existncia. Quando conseguimos somar nossa enorme riqueza interior para criar um tesouro de amor e sabedoria que esteja ao alcance de todos, ficamos todos interligados no mecanismo nico da criao eterna.
Organizao, compilao, adaptao e digitalizao: Luiz Edgar de Carvalho Livros no mudam o mundo,quem muda o mundo so as pessoas.Os livros s mudam as pessoas. Mrio Quintana
A RESPEITO DE MANUAIS Existem vrias definies para manual nos dicionrios. A mais clssica o define como o trabalho com as mos. Porm, uma outra muito utilizada, deriva dos peregrinos, que precisavam carregar livros no muito pesados em suas bagagens, por isso, manuais, de modo que pudessem ler e refletir usando pequenos textos como referncia.Desenvolvi e produzi muitos manuais em minha vida principalmente para a indstria automobilstica ensinando a utilizar, desmontar e montar os diversos componentes de um veculo. Dessa experincia, adquiri uma certa paixo por este tipo de publicao. Gregorianista, elaborei um Manual de Canto Gregoriano, que foi publicado pela Paulus. Agora vivo inventando outros tipos de manuais para os mais variados assuntos.Este aqui, especialmente, nasceu a partir da leitura de vrias obras de Osho. E o resultado este, em formatro de livro eletrnico, que coloco em suas mos, para leitura diretamente em computadores: Manual para a Meditao Zen Transcendental de Osho.O processo de desenvolver este projeto, usando os textos de Osho, foi um exerccio prazeroso e fantstico. Espero que faa tanto bem a vocs leitores como o fez para mim elabor-lo, e que, como aos peregrinos, seja inspirador, motive o aprendizado da meditao segundo Osho e, mais do que tudo isso, seja um verdadeiro divertimento na caminhada para o interior de si prprio.Luiz Edgar de Carvalho NDICE GERAL Osho Meditaes Zen Transcendental Meditando com Osho Introduo Os Arcanos Maiores Os Arcanos Menores Sugesto de como Praticar Estas Meditaes Sumrio das Meditaes As Meditaes: Ver Sumrio O Meditador Auto-Suficiente Segundo Osho Por que meditar? Ser Auto-Suficiente Por que Meditaes Ativas? . O que Meditao e o que ela no Comeando a meditar As Meditaes Ativas de Osho Meditao Dinmica Meditao Kundalini
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Meditao Nataraj Meditao Nadabrahma Meditao Gourishankar Meditao Mandala Meditao Whirling .Meditao No Dimensions Giberish e Deixar Ir Meditaes para Pessoas Muito Ocupadas Saiba Que S Conscincia Existe Mude Seu Foco Para os Intervalos Imagine-se Correndo Centramento no Hara A Arte de Escutar Osho A Fonte de Inspirao Pensamentos de Osho A Felicidade como Meta Quando a vida nos parece cheia de incertezas e dificuldades, costumamos procurar uma fonte de inspirao que nos tranqilize em relao s nossas circunstncias presentes e futuras, orientando-nos no sentido de evitar a repetio dos erros do passado. assim que a meditao costuma ser usada. Este MANUAL com as Meditaes Zen Transcendental, de Osho, alm disso, nos d a oportunidade de compreender tambm o aqui e agora. Trata-se de um sistema fundamentado na sabedoria do Zen, segundo a qual os acontecimentos do mundo exterior simplesmente refletem nossos prprios pensamentos e sentimentos, mesmo quando no temos uma idia muito clara a respeito deles. Portanto, seria muito bom se desvissemos nossa ateno dos fatos externos para poder compreender melhor o que est acontecendo dentro de ns.Todas estas meditaes retratam situaes contemporneas levando o meditador a estabelecer uma relao com o seu estado de esprito atual e chamando a ateno da necessidade de despertar para a Realidade do momento. As condies e estados mentais representados pelas meditaes so considerados transitrios e transformadores, por meio de uma linguagem simples, direta e extremamente prtica da filosofia zen.Este o caminho. Esta a mente suprema. Ele est oculto em todas as pessoas. Por esta razo no brilha! Mas visto pelos grandes videntes. LEVANTA-TE! DESPERTA! A senda estreita como um fio de navalha. (in Katha Upanishad).O Absoluto est oculto em todos. Se est oculto porque inconscientemente no permitimos que ele surja. O homem fechado, o egosta enrolado em torno de um eu ilusrio como um casulo que ainda no sonha que poder ser borboleta. E como casulo geralmente morrer. Perdendo a oportunidade da transfigurao. (Thomas Merton, in Zen e as Aves de Rapina).O que ocorre com o Zen que leva as contradies ao seu ltimo limite, onde preciso optar entre a loucura e a inocncia. E o Zen sugere que podemos estar nos dirigindo para um ou para o outro na escala csmica. Dirigindo-nos para ali porque, de um ou de outro modo, como loucos ou inocentes, j l estamos. Talvez fosse bom abrirmos os olhos para ver. (Thomas Merton, idem). Disse um Mestre do Zen a seu discpulo: V buscar meu leque feito de chifre de rinoceronte.O discpulo: Desculpe-me, Mestre, est quebrado.O Mestre: Muito bem, traga-me,
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ento, o rinoceronte.
MEDITANDO COM OSHO INTRODUO MEDITAO TRANSCENDENTAL DE OSHO O Zen apenas reconhece uma vida ampla que abarca todos os tipos de contradio em uma harmonia profunda. A noite apresenta-se em harmonia com o dia, a vida est em harmonia com a morte, e a Terra em harmonia com o Cu. A presena est em harmonia com a ausncia. Esta harmonia imensa, esta sincronicidade, o Manifesto bsico do Zen. esta a nica maneira de viver que respeita e ama, e que nada rejeita, nada condena. O Manifesto Zen, de OshoSe voc quiser viver uma vida mais plena, mais realizada, primeiro voc ter que conhecer seu potencial, quem voc realmente . A Meditao a rota para este auto-conhecimento. a metodologia da cincia da conscientizao.A beleza da cincia interior que esta capacita quem quer que deseje explorar e experimentar dentro, e fazer isso sozinho. Isso elimina a dependncia de uma autoridade externa, a necessidade de associao com alguma organizao e a obrigao de aceitar uma certa ideologia. Uma vez que voc assimila os passos, voc percorre o caminho sua prpria maneira individual. Voc se transforma em um meditador auto-suficiente.Muitas tcnicas de meditao exigem que nos sentemos quietos e silenciosos. Mas para a maioria de ns o estresse acumulado em nosso corpo/mente torna isso difcil. Antes de esperarmos poder acessar nossa casa de fora interior da conscincia, precisamos liberar nossas tenses. As Meditaes Ativas e as Meditaes Zen-Transcendental de Osho foram preparadas exatamente para atender a estas necessidades.Segundo Osho, o Zen a nica tradio espiritual cuja abordagem da vida interior dos seres humanos venceu a prova do tempo e continua a ser relevante para a humanidade contempornea.Diferentemente de outras religies que se tornaram prisioneiras da venerao de dolos e do dogmatismo, o Zen insiste no potencial nico de cada ser humano para alcanar a iluminao ou seja, a libertao das iluses do ego, criadas pela mente. E insiste em que esse potencial s pode ser realizado por meio da meditao. No pelo cumprimento de determinados rituais, pela adeso a um conjunto de normas, nem pela imitao do exemplo de outras pessoas, por meritrio que seja, mas unicamente por meio de uma observao atenta e desprovida de julgamentos, dos prprios pensamentos, atos e sentimentos. Quando praticamos essa ateno, essa abordagem meditativa da vida, isso logo traz a conscincia de que cada um de ns detentor de um centro de observao imutvel, imperturbvel e eterno um centro que tem a capacidade de ver a vida como uma grande aventura, um jogo, uma escola de mistrio e, finalmente, como uma viagem abenoada sem outro propsito que no o de deleitar-se a cada passo ao longo do caminho.No se trata da capacidade de idolatrar budas, mas de tornar-se um Buda; no de seguir outros, mas de desenvolver a conscincia interior que traz uma
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qualidade de luz e de amor a tudo o que se faz.Para percorrer esse caminho no necessrio retirar-se para as montanhas para levar uma vida de ascetismo e repouso, distante do burburinho do mercado. Ao contrrio, envolver-se inteiramente na tarefa de despertar, por intermdio de uma rica variedade de meditaes, de regenerao fsica, muito riso e diverso, e doses saudveis de criatividade e de trabalho pesado. Limpar o cho meditao, tanto quanto se sentar silenciosamente na presena de um mestre, e enfrentar as disputas de poder dos companheiros de trabalho to significativo quanto compreender o Diamond Sutra enunciado pelo Buda Gautama. At os altos e baixos dos casos de amor tm o seu lugar na jornada para a descoberta de quem somos. As Meditaes ZenTranscendental , de Osho, foram preparadas no contexto desta abordagem da vida, deste comprometimento de transformar a vida como um todo em meditao. Elas so dedicadas ao Buda que existe no interior de cada um de ns.Quando a vida nos parece cheia de incertezas e dificuldades, costumamos procurar uma fonte de inspirao que nos tranqilize. assim que estas meditaes devem ser utilizadas. Elas nos do a oportunidade de compreender o aqui e agora. Trata-se de um sistema fundamentado na sabedoria do Zen, segundo a qual os acontecimentos do mundo exterior simplesmente refletem nossos prprios pensamentos e sentimentos, mesmo quando no temos uma idia muito clara a respeito deles. Portanto, seria muito bom se desvissemos nossa ateno dos fatos externos para poder compreender melhor o que est acontecendo dentro de ns.
O MEDITADOR AUTO-SUFICIENTESegundo Osho I. POR QUE MEDITAR? A meditao um modo de nos fixar em ns mesmos, no mais profundo centro de nosso ser. Uma vez que voc encontrou o centro de sua existncia, voc ter encontrado tanto suas razes quanto suas asas.As razes esto na existncia, tornando voc um ser humano mais integrado, um indivduo. E as asas esto na fragrncia que liberada por estar em contato com a existncia. A fragrncia consiste de liberdade, amor, compaixo, autenticidade, sinceridade, um senso de humor, e um tremendo sentimento de alegria.As razes tornam voc um indivduo e as asas do a voc a liberdade do amor, para ser criativo, para compartilhar incondicionalmente a alegria que voc encontrou. As razes e as asas chegam juntas. Elas so dois lados de uma experincia e esta experincia achar o centro de seu ser.Estamos continuamente nos movendo na circunferncia, sempre em algum lugar bem distante de nosso prprio ser, sempre direcionado para os outros. Quando tudo isso abandonado, quando todos os objetos so abandonados, quando voc fecha seus olhos para tudo que no voc; at mesmo sua mente, as batidas de seu corao so deixadas para trs; apenas um silncio permanece.Nesse silncio voc lentamente se assentar no centro de seu ser e ento as razes crescero por si mesmas e as asas tambm. Voc no precisa se preocupar com elas. Voc no pode fazer nada com elas. Elas chegam por si mesmas.Voc apenas preenche uma condio: que , estar em casa; e toda a existncia se torna uma alegria para voc, uma bno.A
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revoluo interior traz liberdade e a nica maneira de fazer a gente ir atravs da revoluo interior a meditao. Meditao simplesmente significa aprender a esquecer tudo que voc aprendeu. um processo de des-condicionamento, um processo de des-hipnose.A sociedade sobrecarregou a todos com milhares de pensamentos. A meditao simplesmente lhe ajuda a tirar voc desse mundo de pensamentos, para um estado de silncio. um processo de limpar completamente sua lousa, um esvaziamento de tudo que foi forado e acumulado dentro de voc.Uma vez vazio, espaoso, silencioso, limpo, a revoluo aconteceu, o sol nasceu; ento voc vive na sua luz! E viver na luz de seu sol interior viver corretamente. De fato esta a nica maneira de viver. Os outros esto apenas morrendo, apenas morrendo lentamente, movendo-se numa fila que vai ficando cada vez menor e a qualquer momento voc poder ser o primeiro da fila. Na verdade todos esto tentando ser o primeiro da fila; um grande desejo de ser o primeiro em todo lugar.A vida ordinria somente chamada de vida; ela no . apenas assim chamada vida. um processo de morte gradual ou para ser mais preciso, um processo de suicdio gradual.
No momento em que voc se torna silencioso, cnscio, claro e seu cu interior se enche de deleite, voc conhece o primeiro sabor da verdadeira vida. Podemos chamar isso de Deus, podemos chamar isso de iluminao, podemos chamar isso de libertao; a experincia da verdade, amor, liberdade, alegria; nomes diferentes para um mesmo fenmeno. II. SER AUTO-SUFICIENTE Meu esforo aqui para deix-lo sozinho com a meditao, sem nenhum mediador entre voc e a existncia. Quando voc no est em meditao voc est separado da existncia e esse seu sofrimento. Meditao no nada mais que remoo de todas as barreiras, pensamentos, emoes, sentimentos os quais criam um muro entre voc e a existncia. No instante em que estes so abandonados voc subitamente descobre que est em sintonia com o todo; no apenas em sintonia, voc realmente descobre que voc o todo.Quando uma gota de orvalho desliza de uma folha de lotus no oceano ela no acha que ela parte do oceano, ela acha que ela o oceano. E descobrir isso a meta final, a suprema realizao. No h nada alm disso.Meus mtodos podem ser usados em um grupo, mas o grupo no necessrio; voc pode us-los sozinho. Qualquer grupo pode se tornar uma dependncia para que voc s possa trabalhar em grupo. Fora do grupo, voc est de volta ao seu eu usual. Quando voc est no grupo voc uma certa pessoa; quando voc deixa o grupo voc uma pessoa diferente.No quero que meu povo seja dependente. Est perfeitamente bem ter pequenos grupos, mas os mtodos que dei a vocs so individuais; voc pode trabalhar sozinho. Voc no precisa de ningum para vigi-lo, porque meu mtodo que voc tem que ser o vigia.Sob os olhos vigilantes de algum, do medo de algum e claro, quando o prprio Gurdjieff (um mestre que usava somente mtodos de grupos) est lhe observando, voc no pode escapar, mas algo como uma escravido. Embora ele esteja lhe
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levando para camadas mais profundas de sua energia, h algum tipo de violncia, algum tipo de imposio, de escravizao. possvel que voc possa fazer quase o impossvel em tal situao. Mas uma vez que Gurdjieff no est l, voc ir se tornar uma pessoa ordinria como voc era antes.Isto aconteceu com quase todos os discpulos dele. Embora eles tivessem pequenos grupos, eles eram todos medocres, os mesmos. Ao invs de ajudar cada um despertar, eles ajudam cada um a adormecer. Quando a gente comea a roncar, ao invs de ser um relgio despertador, ele tambm o ajuda a roncar.Isso pode funcionar de ambas as maneiras. O grupo pode ser um espao onde voc pode se tornar mais alerta; e pode ser um espao onde voc pode se tornar mais adormecido. E devido a que as pessoas comearam a se tornar mais adormecidas nos grupos de Gurdjieff aps a morte dele, estes grupos desapareceram. As pessoas se movimentaram sozinhas. Mas sozinho voc no pode fazer esses mtodos. Isso um tipo de escravido muito espiritual.O mestre no pode garantir estar com voc para sempre; algum dia ele partir. Portanto voc no deveria ser deixado em um espao onde voc no possa atuar sem ele. Para isso, uma preparao necessria: desde o principio voc trabalha sozinho. Mesmo que voc
ja trabalhando em um grupo voc no depende do grupo; seu trabalho, seu mtodo, basicamente individual.Assim, minha abordagem individual. No estou dando a vocs mtodos escolares: estou dando a vocs mtodos individuais, que podem ser feitos junto com amigos, que podem ser feitos sozinho. Ento voc tem liberdade. O que venho dizendo a vocs algo que no pode ser mal empregado por vocs de maneira nenhuma. E testemunhar um fenmeno puramente individual. III. POR QUE MEDITAES ATIVAS? O homem moderno um fenmeno muito novo. Nenhum mtodo tradicional pode ser usado exatamente como existe porque o homem moderno nunca existiu antes. Ento, de certa modo, todos os mtodos tradicionais se tornaram irrelevantes.Por exemplo, o corpo mudou tanto, est to drogado que nenhum mtodo tradicional pode ajudar. Toda a atmosfera agora artificial: o ar, a gua, a sociedade, as condies de vida. Nada natural. Voc nasceu numa artificialidade; voc cresceu nela. Portanto, hoje mtodos tradicionais resultaro em danos. Eles tero que ser alterados de acordo com a situao atual.Outra coisa: a qualidade da mente basicamente mudou. Nos dias de Patanjali (o mais famoso comentarista de Yoga), o centro da personalidade humana no estava no crebro; estava no corao. Antes disso, no estava nem mesmo no corao. Estava mais abaixo, perto do umbigo. O centro foi at mesmo alm do umbigo. Agora, o centro est no crebro. Eis porque ensinamentos como aqueles de Krishnamurti atraem. Nenhum mtodo necessrio, nenhuma tcnica necessria; apenas entendimento. Mas se apenas um entendimento verbal, intelectual, nada muda, nada transformado. Novamente se torna um acmulo de conhecimento.Uso mtodos caticos ao invs dos sistemticos porque um mtodo catico de muita ajuda para empurrar o centro do crebro para baixo. O centro no pode ser empurrado para baixo atravs de nenhum mtodo
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sistemtico porque a sistematizao um trabalho cerebral. Atravs de um mtodo sistemtico, o crebro ser fortalecido; mais energia ser acrescentada a ele. Atravs de mtodos caticos o crebro anulado. Ele no tem nada a ver. O mtodo to catico que o centro automaticamente empurrado do crebro para o corao. Se voc fizer uma meditao dinmica e vigorosamente, caoticamente, no sistematicamente, seu centro se move para o corao. Assim h uma catarse.Uma catarse necessria porque seu corao est to sufocado, devido ao seu crebro. Seu crebro se apoderou tanto de seu ser que ele lhe domina. No h lugar para o corao, ento os anseios do corao so sufocados. Voc nunca riu de todo corao, nunca viveu de todo corao, nunca fez nada de todo corao. O crebro sempre aparece para sistematizar, para tornar as coisas matemticas e o corao suprimido. Portanto, primeiramente, um mtodo catico necessrio para empurrar o centro da conscincia do crebro para o corao.Portanto a catarse necessria para descarregar o corao, para jogar fora as supresses, para tornar seu corao aberto. Se o corao se torna luminoso e descarregado, ento o centro da conscincia empurrado para mais baixo ainda; ele vai para o umbigo. O umbigo
a fonte da vitalidade, a fonte semente da qual tudo mais procede: o corpo, a mente e tudo mais.Uso este mtodo catico muito cuidadosamente. A metodologia sistemtica no ir ajudar-lhe agora, porque o crebro utilizar isso como seu prprio instrumento. Nem pode apenas o canto de bhajans ajudar agora, porque o corao est to sobrecarregado que no pode florescer para um canto real. A conscincia tem que ser empurrada para a fonte, para as razes. Somente ento existe a possibilidade de transformao. Portanto, uso mtodos caticos para puxar a conscincia para baixo do crebro.Quando voc est no caos, o crebro pra de trabalhar. Por exemplo, se voc est dirigindo um carro e de repente algum passa na sua frente, voc reage to subitamente que isso no pode ser um trabalho do crebro. O crebro leva tempo. Ele pensa sobre o que fazer e o que no fazer. Portanto, quando existe a possibilidade de um acidente e voc pisa nos freios, voc sente a sensao perto de seu umbigo, como se fosse seu estmago que estivesse reagindo. Sua conscincia puxada para baixo at o umbigo devido ao acidente. Se o acidente pudesse ser calculado diante mo, o crebro seria capaz de lidar com isso; mas quando voc se envolve em um acidente, algo desconhecido acontece. Ento voc percebe que sua conscincia se moveu para o umbigo.Se voc perguntar a um monge Zen, "de onde voc pensa?" ele coloca suas mos na barriga. Quando os ocidentais tiveram contato com os monges japoneses pela primeira vez eles no podiam entender. "Que tolice! Como voc pode pensar a partir de sua barriga?"Mas a resposta do Zen muito significativa. A conscincia pode utilizar qualquer centro do corpo e o centro que est mais prximo da fonte original o umbigo. O crebro est distante da fonte original, assim, se a energia da vida est indo para fora, o centro da conscincia se torna o crebro. E se a energia da vida est se movendo para dentro, finalmente o umbigo se tornar o centro.Mtodos caticos so necessrios para empurrar a conscincia para suas razes, porque somente das razes a transformao possvel. Do contrrio voc continuar verbalizando e no haver transformao. Apenas conhecer o que certo no
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suficiente. Voc precisa transformar as razes; do contrrio, voc no mudar.Quando uma pessoa sabe a coisa certa e no pode fazer nada sobre isso, ela se torna duplamente tensa. Ela compreende, mas no pode fazer nada. A compreenso somente significativa quando procede do umbigo, das razes. Se voc compreende a partir do crebro, no h transformao.O supremo no pode ser conhecido atravs do crebro, porque quando voc est funcionando atravs do crebro voc est em conflito com as razes de onde voc procede. Todo seu problema que voc se moveu para longe do umbigo. Voc veio do umbigo e voc ir morrer atravs dele. Temos que retornar para as razes. Mas retornar difcil, rduo.Mtodos tradicionais tm um apelo porque eles so to antigos e tantas pessoas alcanaram atravs deles no passado. Eles podem ter se tornado irrelevantes para ns, mas eles no eram irrelevantes para Buda, Mahavira, Patanjali, ou Krishna. Eles eram significativos, ajudavam. Os mtodos antigos podem ser sem sentido agora, mas porque Buda alcanou atravs deles eles tm um apelo. O tradicionalista sente: "Se Buda alcanou atravs desses
mtodos, porque no posso alcanar?" Mas agora estamos numa situao totalmente diferente. Toda a atmosfera, toda o pensamento-esfera, mudou. Cada mtodo orgnico para uma situao especfica, para uma mente especfica, para um homem especfico. O fato de que os mtodos antigos no funcionarem no significa que nenhum mtodo til. Significa apenas que os prprios mtodos precisam mudar. Como vejo a situao, o homem moderno mudou tanto que ele precisa de novos mtodos, de novas tcnicas. IV. O QUE A MEDITAO E O QUE ELA NO . Existem muitas idias, que so at mesmo contraditrias, sobre o que a meditao . O principal na abordagem de Osho a necessidade de o meditador entender a natureza da mente, ao invs de lutar com ela.Ns quase sempre somos guiados, dominados por nossos pensamentos ou sentimentos. Segue-se que tendemos a pensar que somos esses pensamentos e sentimentos. Meditao um estado de simplesmente ser, apenas pura experincia, sem nenhuma interferncia do corpo ou da mente. um estado natural, mas que esquecemos como acess-lo.A palavra meditao tambm usada para o que , mais precisamente, um mtodo de meditao. Mtodos meditativos, tcnicas ou expedientes so meios para criar um ambiente interior que facilita desconectar do corpo-mente para assim podermos simplesmente ser. Enquanto inicialmente isso ajuda a pr o tempo de lado para praticar um mtodo de meditao estruturado, h muitas tcnicas que so praticadas dentro do contexto de nossa vida diria; no trabalho, no lazer, sozinho e com outros.Mtodos so necessrios somente at o estado de meditao; de conscincia relaxada, de conscientizao e centramento; tornou-se no somente uma experincia passada, mas to intrnseco para ns como a respirao. Alguns Equvocos ComunsMeditao :1) Somente para pessoas que esto em busca espiritual.
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Os benefcios da meditao so mltiplos. O principal deles a habilidade de relaxar e de ficar atento sem esforo. Ferramentas teis para todos! 2) Uma prtica para ganhar paz mental. Paz mental um termo contraditrio. Pela sua prpria natureza a mente uma comentarista crnica. O que voc pode descobrir atravs da meditao o jeito de descobrir a distncia entre voc mesmo e o comentrio, para que a mente, com seu constante circo de pensamentos e emoes, no mais se intrometa no seu inerente estado de silncio. 3) Uma disciplina mental ou esforo para controlar ou domar a mente, para tornar-se mais mental. Meditao no nem um esforo mental nem uma tentativa de controlar a mente. Esforo e controle envolvem tenso e a tenso contrria ao estado de meditao. Alm disso, no h necessidade de controlar a mente, apenas de entender como ela funciona. O meditador no precisa domar sua mente, para se tornar mais mental, mas crescer mais em conscincia. 4) Focalizar, concentrar ou contemplar. Focalizar, como concentrar um estreitamento da conscincia. Voc se concentra em um objeto e tudo mais excludo. Por contraste, a meditao tudo-includo, sua conscincia expandida. O contemplador est focalizado em um objeto; talvez um objeto religioso, uma fotografia ou uma mxima inspirada. O meditador est simplesmente cnscio, mas no de algo em particular. 5) Uma nova experincia. No necessariamente; os atletas conhecem esse espao, ao qual eles se referem como; a zona. Os artistas o conhecem atravs do canto, da pintura, tocar msica. Podemos conhec-lo atravs da jardinagem, brincando com as crianas, caminhando pela praia ou fazendo amor. Mesmo quando criana, tivemos experincias disso. A meditao um estado natural e algo que voc quase certamente provou, embora talvez sem saber o nome do sabor. V. COMEANDO Existe uma hora e lugar certo para meditar? Algum pr-requisito? Como escolher o mtodo correto? Aqui esto algumas dicas que podem ajudar. Qual a melhor hora para meditar? importante entender que "meditao" simplesmente estar cnscio do que est acontecendo tanto dentro quanto ao nosso redor. Finalmente, essa apenas uma parte natural de tudo que fazemos, vinte e quatro horas por dia. Aprender o "jeito" ou
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"observar" o que est acontecendo ao invs de ficar imerso nisso, pode levar algum tempo. E os mtodos de meditao foram projetados para ajud-lo a primeiro pegar esse jeito, e ento permitir o observador ficar mais forte o suficiente para se tornar parte de sua vida diria. Assim, os comentrios abaixo se referem aos mtodos que podem ajud-lo nesse processo.Alguns mtodos so projetados para ser mais eficazes quando feitos em uma certa parte do dia. Por exemplo, a Meditao de ativao de energia, melhor se for a primeira coisa feita na manh. Similarmente, uma Meditao projetada para o fim do dia, para sacudir fora as tenses acumuladas. H meditaes que podem ser feitas a qualquer hora.
O importante que voc encontre qual mtodo funciona melhor para voc, que se adapte ao seu estilo de vida particular. Se voc est usando um mtodo que requer que voc reserve uma certa hora de seu dia, tente manter essa hora somente para sua meditao. Assim isso se torna uma parte de seu ritmo natural tanto quanto escovar seus dentes ou tomar seu caf da manh. Onde... Voc pode trazer a meditao para a sua vida diria em qualquer lugar, a qualquer hora. Sua prpria casa pode ser o melhor lugar para praticar tcnicas especificas. A visita a um Centro de Meditao tambm uma boa opo que pode fornecer uma experincia inestimvel e profunda.Muitas tcnicas de meditao, tal como observar a respirao, pode ser praticado em qualquer lugar, a qualquer hora. Para os mtodos ativos voc precisa de um quarto onde no possa ser perturbado e onde possa movimentar-se livremente. O Que Usar Voc se sentir mais confortvel com roupas folgadas que no limita o fluxo da energia de nenhuma maneira. Minimizando as Perturbaes Certifique-se de que voc no ser perturbado. Vale a pena distinguir entre o barulho do lado de fora, que somente para ser percebido e no deve ser uma perturbao, e o telefone que toca ou algum que entre no quarto, isso diferente. H um pensamento formado de que a meditao tem que acontecer em um "lugar quieto", mas procure observar tudo, dentro e fora. Postura Voc pode escolher algumas posturas especificas necessrias para uma meditao em particular. Quando sentado, voc achar mais fcil estar alerta e cnscio se a sua espinha estiver ereta, porque ento voc ajudado pela gravidade. Voc pode se sentar numa cadeira, se isso for melhor para voc do que sentar no cho. Quando
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deitado, se voc deita de costas ao invs de ficar de lado, a chance de adormecer menor! Acima de tudo, o que importante em qualquer posio que voc esteja confortvel, para que o corpo fique relaxado. Preparao Psicolgica importante que voc no medite com alguma meta, desejo ou qualquer expectativa. Todo o segredo permitir o processo se desdobrar. Querer que algo acontea a maneira mais certa de impedir que isso acontea. Apenas fique contente em desfrutar da meditao em si mesma, por ela mesma. Os resultados viro, mas s se voc no estiver solicitando que eles venham. Crie um clima de receptividade, abertura e relaxamento. Como Escolher um Mtodo? Experimente toda tcnica que lhe agradar. E lembre-se, nem todas as tcnicas so adequadas para todos; o que se ajusta a voc pode no se ajustar a seu amigo. E tendo praticado um mtodo por alguns meses, voc pode achar que j o superou. No h nada sacrossanto sobre mtodos meditativos: eles so meios prticos de ter acesso a uma qualidade natural, inerente. Sinta-se livre para experiment-los de um modo divertido.Tendo selecionado o mtodo, pratique-o por pelo menos sete dias consecutivos. E quando voc estiver praticando, d tudo que voc puder. Assim a atrao inicial pode ser confirmada ou no. Se voc sentir que esse seu mtodo, comprometa-se em continu-lo por pelo menos trs meses. Aps trs meses voc pode continuar com o mesmo mtodo ou escolher um outro. sugerido que voc comece tentando uma ou mais meditao ativa. Ento as pratique regularmente por enquanto. E quando for possvel use a abordagem da Arte de Escutar. Em adio, encontre alguma pequena tcnica que voc possa acrescentar sua vida diria para ajud-lo a lembrar de ficar atento tanto quanto possvel no seu dia.A continuidade importante. como esquentar gua: at noventa e nove graus ainda gua e se voc parar a ela ir esfriar e voc ter que re-aquecer. Mas se voc perseverar at cem graus, ento a gua d um salto quntico e transformada em vapor.
AS MEDITAES ATIVAS DE OSHO As Meditaes Ativas de Osho foram cientificamente projetadas para nos capacitar a expressar conscientemente e experienciar emoes e sentimentos reprimidos e aprender o jeito de observar nossos padres habituais de uma nova maneira. 1. MEDITAO DINMICA Recomendado para ser feito pela manh, esse mtodo de uma hora de durao uma maneira poderosa de iniciar seu dia. Fornece uma sada para as tenses e emoes
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reprimidas e ainda um grande impulsionador de energia! 2. MEDITAO KUNDALINI Conhecida como a meditao irm da Dinmica, com quatro estgios de quinze minutos cada, esse mtodo um modo suave, mas efetivo, de liberar todo o estresse acumulado no seu dia. 3. MEDITAO NATARAJ Dance, dando tudo que voc puder dar, uma maneira fcil e natural de voltar-se para dentro. Este mtodo tem trs estgios e dura um total de sessenta e cinco minutos. 4. MEDITAO NADABRAHMA Um mtodo sentado de uma hora de durao, no qual gemer e movimentar as mos cria quietude e equilbrio interior. 5. MEDITAO GOURISHANKAR Uma meditao noturna de uma hora de durao que inclui uma tcnica de respirao, contemplando suavemente uma luz e movimentos delicados de corpo. 6. MEDITAO MANDALA Mandala significa crculo. Cada crculo contm um centro. O objeto desta tcnica criar um crculo de energia de modo que o centramento resulte naturalmente. Ao final, o meditador deixado em absoluta calma, absoluto silncio. 7. MEDITAO WHIRLING "O Giro Sufi uma das tcnicas mais antigas, uma das mais vigorosas. Ela to profunda que mesmo uma simples experincia pode lhe tornar totalmente diferente. Gire com os
olhos abertos, assim como as crianas pequenas giram, como se seu ser interior tivesse se tornado um centro e todo seu corpo fosse como uma roda, movendo-se, como um torno de oleiro, movendo-se. Voc est no centro, mas o corpo todo est se movendo. 8. MEDITAO NO DIMENSIONS Este um mtodo poderoso para centrar nossa energia no Hara a rea exatamente abaixo do umbigo. Ela est baseada numa tcnica Sufi de movimentos para a conscientizao e integrao do corpo. Por ser uma meditao Sufi, ela livre e
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no-sria. De fato ela to no-sria que voc pode at mesmo sorrir enquanto a pratica. GIBBERISH e LIBERAR Um mtodo de liberao utilizando som e movimento corporal, Gibberish uma das maneiras mais cientficas de limpar sua mente, seguido de um relaxamento guiado para um estado de completa quietude. OUTROS MTODOS Sem condies de praticar as meditaes ativas? Existem tcnicas Passivas que podem ser feitas mesmo se voc estiver doente acamado. Se quiser experimentar uma variedade de outras tcnicas, voc pode incorpor-las ao seu dia. Conhea e pratique as Meditaes Zen Transcendentais de Osho, apresentadas acima, ou as Meditaes para Pessoas Muito Ocupadas , apresentadas abaixo. A ARTE DE ESCUTAR Em A Arte de Escutar voc vai conhecer, atravs das orientaes do prprio Osho, as chaves para entender o silncio. Pela primeira vez na histria, o falar utilizado para fornecer uma experincia de escutar, no para ganhar conhecimento, mas para experimentar diretamente nosso prprio centro de quietude, silncio e conscincia relaxada. 1. Meditao dinmica A meditao dinmica dura uma hora em cinco estgios. Pode ser feita sozinho, mas ser mais eficaz se feita em grupo. uma experincia individual, portanto voc deve permanecer desligado dos outros ao seu redor e manter seus olhos fechados, melhor usar uma venda nos olhos. Venha com o estmago vazio e use roupas folgadas, confortveis.Esta uma meditao na qual voc tem que estar continuamente alerta, cnscio, atento, a tudo que voc fizer. Permanea uma testemunha. No se perca. Enquanto voc est respirando voc pode esquecer.
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Voc pode se tornar um com a respirao de tal maneira que voc se esquece da testemunha. Ento voc perde o ponto.Respire to rpido quanto possvel, to profundo quanto possvel, ponha toda sua energia nisso mas permanea uma testemunha. Observe o que est acontecendo como se voc fosse apenas um espectador, como se a coisa toda estivesse ocorrendo com outra pessoa, como se a coisa toda estivesse acontecendo no corpo e a conscincia est apenas centrada e observando.Esse testemunhar tem que acompanhar todos os trs estgios. E quando tudo pra, no quarto estgio voc fica completamente inativo, congelado, ento essa ateno chegar ao seu pico. Primeiro Estgio: 10 minutos Respire rapidamente pelo nariz, concentrando-se na exalao. O corpo cuidar da inalao. Faa isso to rpido e to firmemente quanto possvel; continue at que voc literalmente se torne a respirao. Use os movimentos naturais do corpo para lhe ajudar a estruturar sua energia. Sinta sua energia se firmando, mas no amolea durante esse primeiro estgio. Segundo Estgio: 10 minutos Expluda! Expresse tudo que precisa ser jogado fora. Fique totalmente louco. Grite, berre, chore, salte, sacuda, dance, cante, ria; jogue-se para os lados. No segure nada, mantenha todo seu corpo em movimento. Representar um pouco no princpio ajuda. No permita que sua mente interfira com o que est acontecendo. Seja total, de todo corao. Terceiro Estgio: 10 minutos Com os braos erguidos, salte seguidamente gritando o mantra , HUU, HUU, HUU, to forte e profundamente quanto possvel. Cada vez que seus ps tocarem o cho, deixe o som do mantra martelar forte no seu centro sexual. D tudo que puder, no segure nada. Quarto Estgio: 15 minutos Pare! Congele onde quer que voc esteja, na posio que voc estiver. No ajeite seu corpo de maneira nenhuma. Uma tossida, um movimento, qualquer coisa dissipar o fluxo da energia e o esforo estar perdido. Seja uma testemunha a tudo que acontea com voc. Quinto Estgio: 15 minutos Celebre atravs da dana, expressando sua gratido para com o todo. Carregue sua felicidade com voc pelo resto do dia.Se voc no pode fazer barulho onde voc est meditando, h uma maneira alternativa: Ao invs de lanar os sons para fora, deixe que a catarse do segundo estgio acontea inteiramente atravs dos movimentos do corpo. No terceiro estgio, o som UUU, pode ser martelado
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2. Meditao Kundalini Esta meditao dura uma hora e tem quatro estgios, trs com msica e o ltimo sem msica. A Kundalini atua como um banho energtico, sacudindo suavemente voc libera seu dia e fica refrescado e tranqilo. Primeiro Estgio: 15 minutos Solte-se e deixe seu corpo todo chacoalhar, sentindo a energia vindo de seus ps. Movimente-se e torne-se o chacoalhar. Seus olhos podem ficar abertos ou fechados.Permita o chacoalhar, no fique de p em silncio, sinta a energia chegando e quando seu corpo comear a tremer, coopere, mas no seja o fazedor. Desfrute disso, alegre-se com isso, permita, receba, d boas vindas, mas no deseje isso.Se voc forar, isso se torna um exerccio, um exerccio fsico, corporal. Ento o chacoalhar estar l, mas apenas na superfcie; ele no penetrar em voc. Voc ir permanecer slido como uma rocha por dentro. Voc ir permanecer o manipulador, o fazedor e o corpo estar apenas seguindo. O corpo no o problema, voc o problema.Quando digo sacuda, estou falando de sua solidez, seu ser endurecido deve sacudir at as fundaes para que se torne lquido, fluido, derretido. E quando seu ser endurecido se tornar lquido, seu corpo seguir. Assim no h nenhum tremer, apenas tremor. Portanto ningum est fazendo isso, est simplesmente acontecendo. Assim o fazedor no Segundo Estgio: 15 minutos Dance, da maneira que voc sentir, deixe que todo seu corpo se movimente como quiser. Novamente seus olhos podem permanecer abertos ou fechados.
Terceiro Estgio: 15 minutos Feche seus olhos e relaxe, sentado ou de p, observando, testemunhando, tudo que acontece dentro e fora de voc. Quarto Estgio: 15 minutos Com os olhos fechados, deite-se e relaxe.
3. Meditao Nataraj
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Esta uma meditao danante de 65 minutos de durao em trs estgios, com msica especificamente criada para ela.Desaparecendo na dana, relaxando no silncio e na tranqilidade, a rota interior para este mtodo.Esquea do danarino, o centro do ego, torne-se a dana. Essa a meditao. Dance to profundamente que voc esquece completamente que voc est danando e comece a sentir que voc a dana. A diviso tem que desaparecer, assim isso se torna uma meditao.Se a diviso estiver presente, ento apenas um exerccio, agradvel, saudvel, mas no pode ser tido como espiritual. apenas uma simples dana. A dana boa em si mesma; at onde for,ela boa. Aps isso, voc se sentir refrescado, jovem. Mas isso ainda no meditao. O danarino tem que ir, at que somente a dana permanea; no fique de p ao lado, no seja apenas um observador. Participe!E seja brincalho. Lembre-se sempre da palavra brincalho; para mim ela muito bsica. Primeiro Estgio: 40 minutos Com os olhos fechados, dance como que possudo. Deixe seu inconsciente assumir o controle totalmente. No controle seus movimentos nem seja uma testemunha para o que est acontecendo. Apenas seja total na dana. Segundo estgio: 20 minutos Mantendo os olhos fechados, deite-se imediatamente. Fique em silncio e relaxado. Terceiro Estgio: 5 minutos Celebre danando e deleite-se.
4. Meditao Nadabrahma A meditao Nadabrahma dura uma hora e tem trs estgios. um mtodo sentado, no qual o gemer e os movimentos das mos criam um equilbrio interior, uma harmonia entre a mente e o corpo. Adequada para qualquer hora do dia, tenha o estmago vazio e depois, permanea inativo por pelo menos quinze minutos. Portanto na Nadabrahma, lembre-se disto: deixe o corpo e a mente ficar totalmente juntos, mas lembre-se que voc tem que se tornar uma testemunha. Caia fora do corpo e da mente, lentamente suavemente, pela porta dos fundos, sem nenhuma luta, nenhum conflito. Eles esto bebendo - voc d o fora e os observa do lado de fora. Primeiro Estgio: 30 minutos Sente-se numa posio relaxada com olhos fechados e lbios colados, comece a gemer alto o suficiente para ser ouvido por outros ao seu redor. Isso ir criar uma vibrao pelo corpo todo. Voc pode visualizar um tubo oco ou um vaso vazio, preenchido apenas com as vibraes dos gemidos. Chegar um ponto em que o som continua
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por si mesmo e voc se torna o ouvinte. No existe nenhuma respirao especial e voc pode alterar o tom ou mover o corpo um pouquinho, de maneira suave, se sentir que gosta disso. Segundo Estgio: 15 minutos O segundo estgio dividido em duas sees de 7 minutos e meio. Na primeira metade mova as mos, com as palmas para cima, num movimento circular para fora. Comeando no umbigo, ambas as mos se movem para frente e ento se dividem para fazer dois grandes crculos opostos, para a esquerda e para a direita. Os movimentos devem ser to lentos que, s vezes, parece no existir nenhum movimento. Sinta que voc est dando energia na direo externa, para o universo. Depois de 7 minutos e meio vire as mos, palmas para baixo, e comece a mov-las na direo oposta. Agora as mos iro em direo ao umbigo e se afastam externamente para os lados do corpo. Sinta que est recebendo energia para dentro. Assim como no primeiro estgio, no iniba qualquer movimento lento e suave do restante do corpo. Terceiro Estgio: 15 minutos. Sente-se absolutamente quieto e tranqilo 5. Meditao Gourishankar Esta tcnica noturna consiste de quatro estgios de quinze minutos cada. Os primeiros dois estgios so uma preparao para um Latihan espontneo do terceiro estgio. Se a respirao for feita corretamente no primeiro estgio, o dixido de carbono formado na corrente sangunea far voc se sentir to alto quanto o Gurishankar (Monte Everest). Primeiro Estgio: 15 minutos. Sente-se com os olhos fechados. Respire profundamente pelo nariz, enchendo os pulmes. Segure a respirao tanto tempo quanto possvel, ento exale suavemente pela boca e mantenha os pulmes vazios por tanto tempo quanto for possvel. Continue esta respirao por todo este estgio. Segundo Estgio: 15 minutos. Retorne a respirao normal e contemple suavemente a chama da vela ou uma luz azul cintilante. Mantenha seu corpo quieto. Terceiro Estgio: 15 minutos. Com os olhos fechados, fique de p e deixe seu corpo solto e receptivo. Permita seu corpo mover-se suavemente para onde ele quiser. No
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faa o movimento, apenas deixe que ele acontea gentil e graciosamente. Quarto Estgio: 15 minutos Deite-se com os olhos fechados, silencioso e quieto. 6. Meditao Mandala Esta outra tcnica poderosa que gera um crculo de energia, resultando num centramento natural. So quatro estgios de 15 minutos cada. Primeiro Estgio: 15 minutos. Com os olhos abertos corra sem sair do lugar, comece devagar e gradualmente, v cada vez mais rpido. Eleve seus joelhos tanto quanto possvel. Respirando profunda e uniformemente ir movimentar a energia interior. Esquea a mente e o corpo. Continue indo... Segundo Estgio: 15 minutos. Sente-se com os olhos fechados e a boca aberta e relaxada. Gire suavemente seu corpo a partir da cintura como uma haste balanando ao vento. Sinta o vento lhe balanando de um lado para o outro, para frente e para trs. Isso guiar sua energia desperta para o centro do umbigo. Terceiro Estgio: 15 minutos. Deite-se de costas, com os olhos abertos e a cabea imvel, movimente os olhos no sentido horrio. Deixe seus olhos girarem totalmente em suas rbitas, como se voc estivesse seguindo um grande relgio, to rpido quanto possvel. importante que a boca permanea aberta e a mandbula relaxada com uma respirao suave e uniforme. Isso ir trazer as energias centradas para o terceiro olho. Quarto Estgio: 15 minutos Feche seus olhos e fique quieto. 7. Meditao Whirling "O Giro Sufi uma das tcnicas mais antigas, uma das mais vigorosas. Ela to profunda que mesmo uma simples experincia pode lhe tornar totalmente diferente. Gire com os olhos abertos, assim como as crianas pequenas giram, como se seu ser interior tivesse se tornado um centro e todo seu corpo fosse como uma roda, movendo-se, como um torno de oleiro, movendo-se. Voc est no centro, mas o corpo todo est se movendo."
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Primeiro Estgio: 45 minutos Mantenha seus olhos abertos e sinta o ponto central de seu corpo. Levante os braos at a altura dos ombros, com a palma da mo direita para cima e a palma da mo esquerda para baixo. Comece a girar em torno de seu prprio eixo. Deixe seu corpo ficar suave. Comece lentamente e aps 15 minutos, v girando gradualmente cada vez mais rpido. Voc se torna um vrtice de energia - na periferia uma tempestade de movimento, mas a testemunha no centro silenciosa e tranqila. Segundo Estgio: 15 minutos Deixe seu corpo cair no cho quando a msica parar. (isso pode acontecer antes). Virese e fique de costas sobre seu estmago imediatamente para que seu umbigo fique em contato com a terra. Sinta seu corpo misturando-se com a terra. Mantenha seus olhos fechados e permanea passivo e silencioso.
8. Meditao No Dimensions Este um mtodo poderoso para centrar nossa energia no Hara a rea exatamente abaixo do umbigo. Ela est baseada numa tcnica Sufi de movimentos para a conscientizao e integrao do corpo. Por ser uma meditao Sufi, esta livre e no-sria. De fato ela to no-sria que voc pode at mesmo sorrir enquanto a pratica. Esta uma meditao de trs estgios com uma hora de durao. Durante os primeiros dois estgio os olhos permanecem abertos, mas no focados em coisa alguma. Durante o terceiro estgio os olhos ficam fechados. A msica, criada especificamente para essa meditao, comea lentamente e vai gradualmente ficando cada vez mais rpida como uma fora enaltecedora. Primeiro estgio: MOVIMENTOS SUFI - 30 minutos. Uma dana contnua num conjunto de seis movimentos. Com os olhos abertos, fique de p num lugar e coloque a mo esquerda sobre o corao e a direita sobre o hara. Fique quieto por alguns momentos apenas ouvindo a msica para ficar centrado. Esse estgio da meditao inicia lentamente e aumenta em intensidade. Se voc estiver fazendo-a juntamente com outros voc pode sair fora da sincronicidade com os outros e achar que voc cometeu um erro. Quando isso acontecer, apenas pare, veja onde os outros esto, e depois retorne para o mesmo ritmo e tempo como todos. Quando o sino tocar, comece a seqncia como descrita abaixo. Os movimentos procedem sempre do centro, ou do hara, usando a msica para manter o ritmo correto. Os quadris e os olhos acompanham a direo do movimento da mo. Use movimentos graciosos num fluxo contnuo. Sons Shoo em voz alta so emitidos a partir da garganta em sincronicidade com os sons da gravao.Repita essa seqncia de seis-movimentos continuamente por 30 minutos. A seqncia:
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1) Ponha as costas das mos juntas apontando para baixo sobre o hara. Inalando pelo nariz, traga as mos at o corao e encha-as de amor.Exalando, faa o som Shoo com a garganta e envie para o mundo. Ao mesmo tempo mova o brao direito (com os dedos estendidos e a palma para baixo) e o p direito adiante, e mova a mo esquerda de volta para o hara. Retorne a posio original com ambas as mos sobre o hara.2)Repita esse movimento com o brao e o p esquerdo. Retorne a posio original com ambas as mos sobre o hara.
3)Repita esse movimento com o brao e o p direito, virando-se lateralmente direita. Retorne a posio original com ambas as mos sobre o hara.4)Repita esse movimento com o brao e o p esquerdo, virando-se lateralmente esquerda. Retorne a posio original com ambas as mos sobre o hara.5)Repita esse movimento com o brao e o p direito, virando-se diretamente para trs pelo lado direito. Retorne a posio original com ambas as mos sobre o hara.6)Repita esse movimento com o brao e o p esquerdo, virando-se diretamente para trs pelo lado esquerdo. Retorne a posio original com ambas as mos sobre o hara.Esse estgio termina quando a msica pra. O segundo estgio comea com uma nova msica. Segundo estgio: GIRANDO por 15 minutos. Comece colocando o dedo do p direito sobre o dedo do p esquerdo. Cruze os braos sobre seu peito e abrace a si mesmo. Sinta amor por voc mesmo. Quando a msica comear curve-se para a existncia por esta ter lhe trazido aqui para essa meditao. Quando o ritmo da msica mudar, comece girando para o lado esquerdo ou para o direito, o que for melhor para voc. Se voc girar para a direita ponha o p e o brao direito direita e o brao esquerdo na direo oposta. Quando voc comea a girar voc pode mudar suas mos para qualquer posio que lhe parea boa.Se voc no tiver girado antes, ento v bem devagar a princpio e uma vez que sua mente e corpo ficam aclimatados aos movimentos o corpo ir naturalmente mais rpido. No force a si mesmo a ir logo mais rpido. Se voc ficar tonto ou sentir que demais para voc, voc pode parar sem problemas e ficar de p ou sentar-se. Para finalizar o giro, pare e cruze os braos sobre o peito e corao. Terceiro estgio: 15 minutos de SILNCIO Deite-se sobre a barriga com os olhos fechados. Deixe suas pernas abertas e no cruzadas para permitir toda a energia que voc acumulou fluir atravs de voc. No h nada a fazer seno apenas ficar com voc mesmo. Se for desconfortvel deitarse sobre sua barriga, deite-se de costas. Um gongo indicar o final da meditao.
9. GIBBERISH E DEIXAR IR Gibberish para livrar-se da mente ativa, silncio para livrar-se da mente inativa e deixar
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ir para penetrar no transcendental. Esta pequena e divertida meditao acontece no final de alguns discursos de Osho. Em poucos momentos voc pode jogar fora as tenses mentais e mover-se para seu centro da conscincia. Primeiro Estgio: Gibberish Sentado, feche seus olhos e comece a emitir sons sem sentido; qualquer som ou palavras, contanto que elas no faam nenhum sentido. Basta falar alguma lngua que voc no conhea! Permita-se expressar o que quer que necessite ser expresso dentro de voc. Jogue tudo fora. A mente sempre pensa em termos de palavras. Gibberish ajuda a quebrar esse padro de verbalizao contnua. Sem reprimir seus pensamentos, voc pode jog-los fora. Deixe seu corpo ser do mesmo modo expressivo. Segundo Estgio: Indo para Dentro Aps alguns minutos de Gibberish, acontece uma batida de tambor, nesse ponto o Gibberish cessa. Ento a voz de Osho guia o ouvinte para um espao de profundo silncio, quietude e relaxamento dizendo, por exemplo: fique em silncio, feche seus olhos... Nenhum movimento de corpo, sinta-se congelado. V para dentro, cada vez mais profundamente, exatamente como uma flecha. Penetre todas as camadas at atingir o centro de sua existncia. Terceiro Estgio: Deixar-Ir Outra batida do tambor e, sem preparao, permita-se cair como um saco de arroz, assim voc ficar deitado de costas, totalmente quieto e relaxado, enquanto voc est sendo guiado ainda mais profundamente para uma quietude silenciosa. Quarto Estgio: Voltando Na batida final do tambor, a voz de Osho lhe guia de volta para a posio sentada, lhe lembrando de trazer o vislumbre da conscincia silenciosa que a gente possa ter tido nas atividades dirias.Lembre-se, o primeiro passo da meditao Gibberish. O Gibberish simplesmente significa jogar fora sua maluquice, que ainda est l na mente, empilhada por sculos. Quando voc as joga fora, voc se descobrir tornando-se luminoso, tornando-se mais vivo, apenas em dois minutos.Voc se surpreender quando Nivedano (o baterista) der sua segunda batida, para entrar no silncio, voc entra em silncio to profundamente como nunca antes. Somente aqueles dois minutos limparam o caminho. Na verdade nesses dois minutos, se voc puser toda sua energia... Quanto mais energia voc pe nisso, mais profundo o silncio que segue.Qualquer criana pode fazer Gibberish, no precisa de nenhum treino. Desde o primeiro momento voc j est quase treinado. Gibberish no precisa de nenhum treino, nem o dar risada precisa de nenhum treino. Se voc puder fazer Gibberish voc estar limpando sua mente de todos os tipos de poeira que vai se acumulando. E quando a mente fica silenciosa... No h outro lugar para ir seno para dentro. Todas as estradas so esquecidas; resta apenas um trfego de
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mo nica.Apenas por um dia ou dois, voc hesita em ir muito para dentro. Quem sabe se voc ser capaz ou no de retornar? um exerccio brincalho, divertido. No h nada com o que se preocupar, voc pode ir to fundo quanto queira. No conhecendo a lngua chinesa, mas falando Chins, no sabendo o que eles esto dizendo, mas dizendo-o muito enfaticamente, no se importando absolutamente com quem est escutando... Ningum est escutando, portanto voc pode dizer qualquer coisa que voc queira, voc no vai ofender ningum. No h ningum a no ser voc.Isso lhe tornar mais saudvel como nunca antes, porque voc jogou fora tanto lixo que estava guardando. Voc acha que seu Gibberish est vindo do cu? Voc est carregando todo esse entulho, jogue-o fora! Apenas faa isso totalmente, entusiasticamente. No se importe se rabe ou Hebreu ou Chins; voc pode falar qualquer lngua que voc no conhea. Apenas evite a lngua que voc conhece, porque a lngua que voc conhece no trar sua bobagem para fora, ela ser muito gramtica. O significado no absolutamente um imperativo. Somente por dois minutos d uma oportunidade sua existncia de ser sem significado. E voc ficar imensamente chocado de saber que em apenas dois minutos voc se torna to leve, to preparado para mergulhar no silncio. OUTROS MTODOS MEDITAES PARA PESSOAS MUITO OCUPADAS 1. Saiba Que S Conscincia Existe Se voc penetrar no seu corpo, trs camadas esto l: bem na superfcie est seu corpo. O corpo parece material, mas bem no fundo esto as correntes da vida, prana , a energia vital. Sem essa energia vital seu corpo seria somente um cadver. Ele est vivo, com alguma coisa fluindo nele. Esse fluir alguma coisa energia. Mais profundamente, porm, ainda mais fundo, voc fica cnscio, voc pode testemunhar. Voc pode testemunhar tanto seu corpo quanto sua energia vital. Esse testemunhar sua conscincia.Toda existncia possui trs camadas. A mais profunda a conscincia testemunha. No meio est a energia vital e bem na superfcie est a matria, o corpo material.Essa tcnica diz: essa conscincia existe em cada ser, e nada mais existe. O que voc ? Quem voc? Se voc fechar seus olhos e tentar descobrir quem voc , no final voc est destinado a chegar concluso de que voc conscincia. Essa conscincia existe em cada ser, e nada mais existe. Viva com essa noo. Seja sensvel a isso e onde quer que voc v, mova-se com essa mente e esse corao que tudo conscincia e nada mais existe. Mais cedo ou mais tarde, o mundo mudar sua face. Cedo ou tarde, objetos desaparecem e
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pessoas comeam a aparecer em toda parte. Cedo ou tarde, o mundo inteiro estar subitamente estar iluminado e voc saber que voc estava vivendo num mundo de coisas mortas apenas por causa da sua insensibilidade. Do contrrio tudo est vivo no somente vivo, tudo est consciente. 2. Mude Seu Foco Para os Intervalos Buddha costumava dizer que quando um pensamento surgir, perceba que um pensamento est surgindo. Apenas dentro, perceba-o : agora um pensamento est surgindo, agora um pensamento surgiu, agora um pensamento est desaparecendo. Apenas lembre que agora o pensamento est surgindo, agora o pensamento surgiu, agora o pensamento est desaparecendo, para que voc no fique identificado com eles.Isso muito bonito e bem simples. Um desejo surge. Voc est caminhando pela rua; um belo carro passa. Voc olha pra ele e voc nem mesmo olhou e o desejo de possu-lo aparece. Faa isso. No princpio apenas verbalize; apenas diga lentamente, Eu vi um carro. belo. Agora surgiu um desejo de possu-lo. Basta verbalizar.No princpio isso bom; se voc puder dizer isso em voz alta, isso muito bom. Fale em voz alta, Estou apenas percebendo que um carro passou, a mente disse que ele era muito
belo, e agora o desejo surgiu e preciso possuir esse carro. Verbalize tudo, fale alto para si mesmo e imediatamente voc ir sentir que voc diferente disso. Percebao.Quando voc se tornar eficiente em perceber, no h nenhuma necessidade de falar em voz alta. Apenas dentro, perceba que surgiu um desejo. Uma linda mulher passa; o desejo veio junto. Apenas perceba-o como se voc no estivesse preocupado, voc est s percebendo o fato que est acontecendo e assim, de repente voc estar fora dele.Buddha diz: Perceba o que quer que acontea. Apenas continue percebendo, e quando isso desaparecer, novamente perceba agora que o desejo desapareceu, e voc ir sentir uma distncia do desejo, do pensamento.E se voc puder considerar que um desejo surgiu e um desejo se foi e voc ficou no intervalo e o desejo no lhe perturbou ele veio, ele foi. Ele estava a, e agora no est mais, e voc permaneceu imperturbvel, voc permaneceu como voc era antes. No houve nenhuma mudana em voc. Isso chegou e passou como uma sombra. Isso no lhe tocou, voc permaneceu tranqilo.Considere esse movimento do desejo e do pensamento, mas nenhum movimento em voc. Considere e dissolva-se na beleza . E esse intervalo belo. Dissolva-se nesse intervalo. Caia no intervalo e seja o intervalo. Essa a experincia mais profunda da beleza. E no s da beleza, mas do bem e da verdade tambm. No intervalo voc . 3. Imagine-se Correndo Quando voc est correndo sua respirao fica naturalmente muito profunda e isso
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comea a massagear o Hara o qual de fato o centro de onde a energia meditativa liberada.E quando voc est correndo voc est lanando todo o dixido de carbono para fora de seus pulmes. O dixido de carbono torna as pessoas tristes, mortas, bloqueadas; ele faz bem as rvores, mas muito danoso para o homem. Quando voc est correndo... seus pulmes ficam cheios de oxignio... e isso purifica o sangue, o oxignio purifica todo o sistema.Correndo contra o vento uma situao perfeita. uma dana dos elementos. E enquanto correndo voc no pode pensar; se voc estiver pensando voc no est correndo corretamente. Quando voc est correndo totalmente, o pensar cessa. Voc fica to ligado a terra, a cabea no funciona mais. O corpo entra em tal atividade que no sobra nenhuma energia para a cabea continuar e continuar; cessa o pensar. E nesses momentos de no-pensar, sua existncia pura, voc simplesmente - voc no sabe quem.Antes que possamos nos elevar as alturas e alcanar o supremo teremos que nos tornar autnticos, to autnticos quanto possvel. Atravs do correr essa autenticidade acontece.s vezes voc pode tentar uma tcnica...Deite-se na sua cama e imagine que voc est correndo. Imagine a cena toda: as rvores e o vento, o sol, a praia inteira, o ar salgado... Imagine tudo: visualize isso e torne a cena to colorida quanto possvel. Relembre alguma manh que voc mais gostou correndo pela praia, numa floresta e comece a correr na imaginao Voc ir descobrir que sua respirao est mudando. Continue correndo. Voc pode fazer isso por milhas, por horas. Voc ficar surpreso que mesmo fazendo isso na cama, voc ir alcanar queles momentos novamente quando subitamente a meditao acontece. Ento se algum dia por alguma razo voc no puder correr voc est doente ou a situao no permite correr, ou no d para correr na cidade voc pode fazer isso e voc ir alcanar os mesmos momentos. 4. Centramento no Hara Concentre a energia no Hara, no ponto duas polegadas abaixo do umbigo. Esse o centro de onde a pessoa entra na vida e esse o centro de onde a pessoa morre e sai da vida. Ento esse centro de contato entre o corpo e a alma. Se voc sentir uma espcie de oscilao esquerda ou direita e se no souber onde fica seu centro, isso simplesmente mostra que voc no est mais em contato com seu Hara, ento voc precisa criar esse contato. Quando: Durante a noite, quando voc for dormir/primeira coisa pela manh. Durao: 5-10 minutos.
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Primeiro passo: Localize o Hara Deite-se na cama e coloque ambas as mos duas polegadas abaixo do umbigo e pressione um pouco. Passo 2: Respire Fundo! Comece a respirar, respirao profunda. Voc ir sentir esse centro subindo e descendo com a respirao. Sinta toda sua energia l como se voc estivesse encolhendo e encolhendo e encolhendo e voc est s existindo l como um pequeno centro, energia bem concentrada. Passo 3: Centrado enquanto voc dorme! Adormea fazendo isso isso ir ajudar. Ento por toda a noite esse centramento persiste. De novo e de novo o inconsciente vai e se centra l. Assim por toda a noite sem seu conhecimento, voc estar de muitas maneiras em profundo contato com o centro. Passo 4: Reconecte-se com o Hara Pela manh, na hora que voc sentir que o sono se foi, no abra logo seus olhos. Novamente ponha suas mos l, pressione um pouco, comece a respirar; de novo sinta o Hara. Faa isso por 5-10 minutos e ento levante-se.Faa isso cada noite, cada manh. Dentro de trs meses voc comear a se sentir centrado. muito importante ter um centramento seno a pessoa se sente fragmentada; assim a pessoa no fica unida. A pessoa somente como um serrote s fragmentos e no uma gestalt, no um todo. uma forma ruim, porque sem um centro um homem pode ir se arrastando, mas no pode amar. Sem um centro voc pode continuar fazendo coisas rotineiras em sua vida, mas voc nunca pode ser criativo. Voc ir viver no mnimo. O mximo no ser possvel para voc. S pelo centramento a pessoa vive ao mximo, no znite, no pico, no clmax e esse o nico viver, uma vida real.
Por exemplo, haver menos pensar porque a energia no se mover para a cabea, ela ir para o Hara. Quanto mais voc pensar no Hara, mais voc se concentra l, mais voc achar uma disciplina surgindo em voc. Isso vem naturalmente, no precisa ser forado.Quanto mais voc fica cnscio do Hara, menos receio voc ter da vida e da morte porque esse o centro da vida e da morte. Uma vez que voc fica harmonizado com o centro do Hara, voc pode viver corajosamente. Surge uma coragem da: menos pensar, mais silncio, menos momentos descontrolados, disciplina natural, coragem e enraizamento, um fundamento
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A ARTE DE ESCUTAR A arte da meditao a arte de escutar com o seu ser total."Se aprendermos como escutar corretamente teremos aprendido o segredo mais profundo da meditao".A funo principal dos discursos ou das meditaes em gravao a de fornecer um caminho facilmente acessvel para aprender essa Arte de Escutar. Uma oportunidade de experienciar o silncio sem nenhum esforo, a chave para trazer uma conscincia afiada para sua vida diria.Se voc quiser ouvir sossegado em casa, ou enquanto viaja para o trabalho, ou sentado no parque, a meditao nunca foi to simples, ou to amplamente disponvel para qualquer pessoa, em qualquer lugar.Uma vez escolhido o discurso ou a meditao em gravao, relaxe confortavelmente e, a seu prprio tempo, deixe que seus olhos se fechem. O propsito dos discursos ou das meditaes em gravao: Estas orientaes sobre o discurso so do prprio Osho. Do jeito que eu falo um pouco estranho. Nenhum orador no mundo fala como eu. Tecnicamente pode estar errado; leva quase o dobro do tempo! Mas aqueles oradores tm um propsito diferente. Meu propsito absolutamente diferente do deles. Eles discursam porque foram preparados para isso; eles esto simplesmente repetindo algo que ensaiaram. Em segundo lugar, eles esto discursando para impor uma certa ideologia, uma certa idia sobre vocs. Em terceiro, para eles discursar uma arte; eles continuam refinando-a.No que me diz respeito, no sou o que eles chamam de falador ou um orador. Para mim isso no uma arte ou uma tcnica; tecnicamente eu continuo piorando a cada dia! Mas nossos propsitos so totalmente diferentes. No quero impressionar vocs a fim de manipul-los. No falo para alcanar alguma meta atravs da qual convenc-los. No falo para convert-los em um Cristo, em um Hindu ou em um Maometano, em um Testa ou Atesta. Isso no me interessa.Meu discurso realmente um dos meus expedientes para a meditao. O falar nunca tinha sido usado dessa maneira: Eu falo no para lhe dar uma mensagem, mas para sua mente parar de funcionar.Discurso sem preparar nada. Eu mesmo no sei qual ser a prxima palavra; contudo nunca cometo nenhum engano. A gente se engana quando se prepara. Nunca esqueo de nada, porque a gente esquece quando a gente fica relembrando. Dessa forma, falo com uma liberdade que talvez ningum nunca tenha falado antes.No estou preocupado se estou sendo consistente, porque este no o propsito. Algum que deseja convenc-los e manipul-los atravs desse discurso tem que ser consistente, tem que ser lgico, tem que ser racional, para sobrepujar sua razo. Ele quer dominar atravs das palavras. Meu propsito to nico: Estou usando palavras para criar intervalos de silncio. As palavras no so importantes, portanto posso dizer qualquer coisa contraditria, qualquer coisa absurda, qualquer coisa desconexa, porque meu propsito somente criar. As palavras so secundrias; os silncios entre as palavras so prioritrios. Isso simplesmente um truque para lhe dar um vislumbre da meditao. E uma vez que voc saiba que isso lhe possvel, voc foi longe em direo de seu prprio ser.A maioria das pessoas no mundo no acha que seja possvel mente
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ficar em silncio. E por acharem que isso no possvel, eles nunca tentam. Como dar s pessoas um sabor da meditao foi minha razo bsica para falar, assim posso continuar falando eternamente; no importa o que estou dizendo. Tudo que importa que dou a vocs algumas oportunidades para ficarem silenciosos, o que vocs acham difcil de conseguir por si mesmos no princpio.No posso forar vocs a serem silenciosos, mas posso criar um expediente pelo qual vocs espontaneamente tendem a ficar em silncio. Estou falando, e no meio de uma sentena, quando vocs esto esperando que outra palavra venha, nada acontece seno um intervalo silencioso. Sua mente estava observando para ouvir e esperando por algo para seguir e no quer perd-lo; naturalmente ela fica em silncio. O que a pobre mente pode fazer? Se fosse bem conhecido em quais pontos eu farei silncio, se fosse declarado a vocs que em tal e tal ponto eu ficarei em silncio, ento vocs poderiam conseguir pensar, vocs no ficariam em silncio. Assim vocs saberiam: esse o ponto onde ele vai ficar em silncio: agora posso tagarelar um pouco comigo mesmo. Mas devido a que isso chega absolutamente de repente... Eu mesmo no sei porque paro em certos pontos.Uma coisa dessas, com qualquer orador no mundo, ser condenado, porque um orador parando repetidas vezes significa que ele no est bem preparado, que ele no fez o dever de casa. Isso significa que sua memria no confivel, que ele, s vezes, no pode encontrar que palavra usar. Mas como isso no oratria, no estou preocupado com as pessoas que estaro me condenando. Estou preocupado com vocs.Isso no apenas aqui e agora, mas bem distante, em qualquer lugar do mundo onde as pessoas estaro escutando o vdeo ou o udio, eles cairo no mesmo silncio. Meu propsito no convencer vocs, meu propsito dar a vocs um sabor verdadeiro para que vocs se tornem confiantes de que a meditao no uma fico, de que o estado de no-mente no somente uma idia filosfica, que uma realidade; que vocs so capazes disso, e que no precisa de quaisquer qualificaes especiais.Comigo, ficar em silncio mais fcil por causa de uma outra razo. Eu sou silencioso; mesmo quando estou falando, sou silencioso. Meu ser interior no est absolutamente envolvido. O que estou dizendo a vocs no um distrbio ou um fardo ou uma tenso para mim; estou to relaxado quanto posso estar. Falando ou no falando no faz nenhuma diferena para mim.Naturalmente, esse tipo de estado infeccioso. Devido a que no posso continuar falando o dia todo para mant-los em momentos meditativos, quero que vocs sejam responsveis. Aceitar que vocs so capazes de ficar em silncio lhes ajudar quando vocs estiverem meditando sozinhos. Conhecer sua capacidade... E a gente s conhece nossa capacidade quando a experienciamos. No h outra maneira.
No me faam totalmente responsvel pelo seu silncio, porque isso ir criar uma dificuldade para vocs. Sozinhos, o que vocs iro fazer? Ento isso se torna um tipo de vcio e no quero que vocs se tornem viciados em mim. No quero ser uma droga para vocs.Quero que vocs sejam independentes e confiantes de que vocs podem alcanar estes momentos preciosos por si mesmos.Se vocs puderem alcan-los comigo, no h razo porque vocs no podem alcan-los sem mim, porque no sou a causa. Vocs precisam compreender o que est acontecendo: Me
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escutando, vocs deixam a mente de lado.Escutar o oceano ou escutar o trovo das nuvens ou escutar a chuva caindo fortemente, basta pr seu ego de lado, porque no h necessidade... O oceano no ir lhe atacar, a chuva no ir lhe atacar, as rvores no iro lhe atacar; no h necessidade de qualquer defesa. Estar vulnervel diante da vida como tal, para a existncia como tal, voc estar conseguindo esses momentos continuamente. Logo isso ir se tornar sua prpria vida.Onde quer que voc esteja; em casa, no trabalho, ou a caminho entre os dois; voc pode usar a presena de algum som, algum barulho, como uma oportunidade para se mover para dentro de um espao de quietude e silncio interior.P.S. Na falta dos discursos e das meditaes gravadas de Osho, sugerimos para voc praticar A Arte de Escutar, o CD Relaxando & Meditando , com sete meditaes, concebido, produzido e interpretado por Mirna Grzich. Gravadora Eldorado. O mundo som, e vibra em propores harmnicas. Mudar a nfase do olharpara a audio consiste em mudar de valores masculinos para os femininos,da anlise para a sntese, do conhecimento racional para a sabedoria intuitiva,da dominao e agresso para a no-violncia e a paz. Fritjof Capra. OSHO A FONTE DE INSPIRAO Ns passamos a maior parte da nossa vida no mundo do tempo, ocupados com lembranas do passado e na antecipao do futuro. S raramente tocamos a dimenso atemporal do presente em momentos de sbita emoo esttica, ou de perigo repentino, no encontro com um amante, ou sob o impacto do inesperado. Muito pouca gente sai do mundo do tempo e da mente, do mundo das suas ambies e competitividade, e comea a viver no mundo do atemporal. E entre os que conseguem isso, apenas uns poucos tentaram compartilhar a experincia: Lao Tse, Buda Gautama, Bodhidarma... Ou mais recentemente, George Gurdjieff, Ramana Maharshi, J. Krishnamurti. Seus contemporneos os consideraram excntricos ou loucos; depois que morrem so chamados de filsofos e, com o tempo, eles se tornam lendas no mais seres de carne e osso, porm, talvez, representaes mitolgicas do nosso desejo coletivo de se desenvolver para alm da pequenez e do trivial, da insignificncia da nossa vida cotidiana.Osho foi um dos que descobriram a porta para se viver na dimenso atemporal do presente ele se autodenominou um verdadeiro existencialista e devotou sua vida a provocar os demais para que procurassem essa mesma porta, para que sassem do mundo do passado e do futuro, e descobrissem por si mesmos o mundo da eternidade.Osho nasceu em Kuchwada, Madhya Pradesh, ndia, a 11 de dezembro de 1931. Desde a infncia mais tenra foi um esprito rebelde e independente, insistindo em experienciar a verdade por si mesmo, em vez de adquirir conhecimentos e crenas dados pelos outros. Depois da iluminao aos vinte e um anos, Osho completou
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seus estudos acadmicos e passou vrios anos ensinando filosofia na Universidade de Jabalpur.Nesse meio tempo, viajou por toda a ndia dando palestras, desafiando lderes religiosos ortodoxos em debates pblicos, questionando crenas tradicionais, e encontrando-se com pessoas de todos os caminhos da vida. Leu extensamente tudo o que pde encontrar para ampliar sua compreenso sobre os sistemas de crenas e a psicologia do homem contemporneo. Pelo fim da dcada de 60, Osho tinha comeado a desenvolver suas tcnicas originais de meditao dinmica. O homem moderno, ele diz, encontra-se to sobrecarregado com as tradies obsoletas do passado e com as ansiedades da vida moderna, que precisa passar por um processo de limpeza profunda antes que possa ter esperanas de descobrir o relaxado estado de meditao sem pensamentos.No incio dos anos 70, os primeiros ocidentais comearam a ouvir falar de Osho. Por volta de 1974, formou-se uma comunidade sua volta em Puna, ndia, e a torrente de visitantes do Ocidente logo se transformaria em uma inundao. Ao longo de seu trabalho, Osho falou sobre, virtualmente, cada aspecto do desenvolvimento da conscincia humana. Ele destilou a essncia daquilo que relevante para a busca espiritual do homem contemporneo, no com base na compreenso intelectual, mas com base na sua prpria experincia existencial.Osho no pertence a nenhuma tradio Sou o comeo de uma conscincia religiosa totalmente nova, ele diz. Por favor, no me conectem com o passado ele nem merece ser lembrado.Suas palestras para discpulos e buscadores de todas as partes do mundo, foram publicadas em mais de seiscentos volumes, e traduzidas para mais de trinta idiomas. E ele diz: Minha mensagem no uma doutrina, no uma filosofia. Minha mensagem uma certa alquimia, uma cincia da transformao, assim, somente os que quiserem morrer e renascer em algo to novo que ainda nem possam imaginar... somente essas poucas pessoas corajosas estaro preparadas para ouvir, porque ouvir ser arriscado.Ao ouvir, vocs tero dado o primeiro passo na direo do renascer. Assim, no se trata de uma filosofia da qual vocs possam usar como de um manto, e sair se exibindo por a. No se trata de uma doutrina na qual vocs possam encontrar consolo para questes preocupantes. No, minha mensagem no uma comunicao verbal. muito mais arriscada. nada menos do que morte e renascimento.Osho deixou seu corpo em 19 de janeiro de 1990. Sua enorme comunidade na ndia continua a ser o maior centro de desenvolvimento espiritual do mundo, atraindo milhares de visitantes que chegam para participar de suas meditaes, de terapia, de trabalho de corpo, e de seus programas criativos, ou ento, simplesmente para experimentar como estar em um campo bdico. PENSAMENTOS DE OSHO As pessoas continuam buscando um significado para a vida. Mas o significado tem de ser dado vida. A vida em si no tem significado. Voc precisa d-lo.Ningum pode viver sem motivao. quase como se uma rvore pudesse viver sem razes. Uma rvore pode se esquecer de suas razes, mas elas existem. Temos apenas de encontr-las cavar um pouco a terra e descobrir onde esto as razes.Deixe de comparaes. Voc nico. Ningum como voc, nunca foi e nunca ser como
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voc. Voc simplesmente nico e, quando digo isso, no estou dizendo que voc melhor do que os outros, mas que eles tambm so nicos. Ser nico to natural quanto respirar.O amor o nico milagre que existe. O amor a escada do inferno para o cu. Aprendendo bem o amor, voc aprendeu tudo. Perdendo o amor, toda a sua vida estar perdida.Mantenha no corao um pequeno santurio para o incompreensvel, para o que no pode ser compreendido, para o que no deve ser compreendido.Tudo o que Deus d a voc tem um propsito. Descubra esse propsito.Deus est em toda parte; est escondido em voc, mas voc est muito interessado no seu ego e no est olhando para Deus. E ele muito silencioso e discreto... No faz nenhum barulho... Sua presena quase uma ausncia. Ele fica l, esperando... Prece romance. fantasia. ficar disponvel ao miraculoso. Muitas pessoas perderam a capacidade de orar porque perderam a capacidade de maravilhar-se (...) A prece precisa de um corao potico, amoroso. A felicidade como meta. O propsito da vida ser feliz. Essa meta totalmente legtima. Voc merece ser feliz. Para atingir a paz exterior e a felicidade, voc deve antes atingir a paz interior e a felicidade. A meditao lhe oferece um caminho para a felicidade, permitindo que voc transforme sua vida e desenvolva a arte de se abrir a cada momento da vida com conscincia calma.A prtica da meditao nasce do desejo fundamental de sermos felizes neste mundo. Entretanto, entre ns e a felicidade h dois obstculos: o estresse eo sofrimento. Ningum pode ser feliz quando est estressado ou sofrendo. Mas a meditao permitenos atingir a felicidade que merecemos, mesmo nas circunstncias mais difceis. A meditao diminui o prprio estresse e a dor, eliminando, assim, os obstculos entre ns e a felicidade.Relaxando e tonificando o corpo, a meditao libera substncias qumicas que nos curam fisicamente e que nos levam de volta ao bem-estar da mente. A meditao vai ajudlo a trabalhar eficazmente com a noo de eu, a deixar de correr em crculos e a permitir que pensamentos, conceitos e percepes vo e venham vontade. Deixar que a mente dance a prpria dana, sem interferncia nem controle, leva aceitao daquilo que . A aceitao do que vai lev-lo a se distanciar do que . Essa a liberdade que leva verdadeira felicidade. A verdadeira felicidade pode no ser o que voc pensa que , mas sempre podemos encontr-la dentro de ns.
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H isso em mim no sei o que mas sei que est em mim...No conheo isso no tem nome uma palavra que no foi dita.Que no est em nenhum dicionrio, em nenhuma elocuo, em nenhum smbolo.Esto vendo, meus irmos e irms?No caos nem morte forma, unio, plano vida eterna Felicidade. Walt Whitman Bibliografia: Todos os livros de Osho. Organizao, compilao e adaptao: Luiz Edgar de Carvalho LUMENSANA Publicaes Eletrnicas LIVROS PARA LER E PENSAR 2009
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