Aula Mamografia
Aula Mamografia
Aula Mamografia
MAMOGRAFIA
2002 – Ministério da Saúde
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico,
e mecânico, fotográfico e gravação ou qualquer outro, sem a permissão expressa do
Instituto Nacional de Câncer/MS
(Lei n.º 5.988, de 14.12.73)
Ministério da Saúde
José Serra
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Ficha Catalográfica
O controle do câncer em nosso país representa, atualmente, um dos grandes desafios que a
saúde pública enfrenta, pois o câncer é a segunda causa de morte por doença e demanda a realiza-
ção de ações com variados graus de complexidade. O câncer de mama em mulheres teve um
aumento considerável da taxa de mortalidade, entre 1979 e 1998, de 5,77 para 9,70 por 100 mil e
ocupa o primeiro lugar nas estimativas de incidência e mortalidade para o ano 2001. Esta tendên-
cia é semelhante a de países desenvolvidos, onde a urbanização levou ao aumento da prevalência
de fatores de risco de câncer de mama, entre eles, tais como idade tardia à primeira gravidez.
Nesses países, tem-se constatado um aumento persistente na incidência do câncer de mama, acom-
panhado da redução da mortalidade na faixa etária maior que 50 anos, devido à garantia de acesso
à assistência médico-hospitalar e, provavelmente, à adoção de políticas de detecção precoce do
tumor. Em alguns países em desenvolvimento, ao contrário, esse mesmo aumento da incidência
está acompanhado de um aumento da mortalidade, atribuído, principalmente, a um retardamento
do diagnóstico e terapêutica adequados.
A elevada incidência e mortalidade por câncer de mama no Brasil justifica o planejamento
de estratégias nacionais visando a detecção precoce. É, portanto, fundamental que haja mecanis-
mos através dos quais indivíduos motivados a cuidar da saúde encontrem uma rede de serviços
quantitativamente e qualitativamente capaz de suprir essa necessidade, em todo o território nacio-
nal. Torna-se necessário, para enfrentar tal desafio, a adoção de uma política que contemple, entre
outras estratégias, a capacitação de recursos humanos para o diagnóstico precoce do câncer.
A estruturação do Viva Mulher – Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do
Útero e de Mama – prevê a formação de uma grande rede nacional na qual o profissional de saúde,
capacitado para a detecção precoce, tem um papel fundamental.
Esta publicação faz parte de um conjunto de materiais educativos elaborados para atender
a essa estratégia, sendo dirigida àqueles que, atuando no diagnóstico radiológico das lesões ma-
márias, consolidarão a melhoria da qualidade do atendimento à mulher brasileira.
JACOB KLIGERMAN
Diretor Geral do Instituto Nacional de Câncer
Ministério da Saúde
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................9
8. MAMÓGRAFOS .................................................................................................................35
8.1. Modos de operação ....................................................................................................... 35
Para 2001, o Ministério da Saúde estima que no Brasil ocorrerão 305.330 casos novos e
117.550 óbitos por câncer. Entre esses, as neoplasias malignas da mama feminina serão responsá-
veis por 31.590 casos novos e 8.670 óbitos, ocupando o primeiro lugar em incidência e mortalida-
de em mulheres. Utilizando a série histórica de taxas de mortalidade por câncer de mama no
período de 1979 a 1998, observou-se aumento considerável de 5,7/100.000 para 9,7/100.000 mu-
lheres, representando variação percentual relativa de 68%.
Os fundamentos para o controle do câncer de mama baseiam-se na prevenção, na detecção
precoce e no tratamento.
Como ação de prevenção secundária, ou seja, de detecção precoce do câncer de mama, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) menciona três estratégias, complementares entre si, quais
sejam: o auto-exame das mamas, o exame clínico e a mamografia.
Nos dias de hoje, a utilização de mamógrafos de alta resolução dotados de foco fino para
ampliação, de combinação adequada filme-écran e de processamento específico, tem proporcio-
nado a detecção de um número cada vez maior de lesões mamárias, principalmente lesões peque-
nas, quando ainda não são palpáveis.
A mamografia possui alta sensibilidade e alta especificidade para detectar lesões mamárias,
com valores variando respectivamente entre 88-93,1% e 85-94,2%. Para reproduzir estes resulta-
dos da literatura, a imagem mamográfica deve ter alta qualidade e para tanto são necessários:
equipamento adequado, técnica radiológica correta (posicionamento, técnica) e, principalmente,
conhecimento, prática e dedicação dos profissionais envolvidos.
Nesta publicação serão abordados temas sobre mamografia – indicações, equipamentos,
técnica, interpretação (sinais radiológicos de malignidade), auditoria de resultados e controle de
qualidade, como resultado de pesquisa em várias fontes.
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A mamografia não é o melhor exame para o estudo de próteses de silicone, mas é capaz de
detectar algumas alterações nas próteses (ruptura extracapsular, herniação, contratura). Nas mu-
lheres com próteses, a mamografia deve ser realizada para rastreamento do câncer de mama, de
acordo com a faixa etária da paciente, se não houver contratura capsular importante.
Apesar de pouco freqüente, a mama masculina também pode ser acometida por doença
maligna, que se expressa radiologicamente com as mesmas formas que na mama feminina
(microcalcificações, nódulos etc). A ginecomastia é outra indicação de exame, permitindo dife-
renciar a ginecomastia verdadeira (aumento da glândula com a presença de parênquima mamário)
da ginecomastia falsa ou lipomastia (aumento da glândula por proliferação adiposa).
Observação
A mastalgia, apesar de queixa muito freqüente, não representa indicação para a mamografia,
pois o sintoma “dor” com todas as suas características (intensidade, periodicidade, relação
com ciclo menstrual, relação com “stress” e outros problemas emocionais), não tem expres-
são correspondente em imagens. Nos casos de mastalgia, a realização da mamografia segui-
rá os padrões do rastreamento, de acordo com a faixa etária da paciente.
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3.1.1. Nódulo
É o achado mamográfico encontrado em 39% dos casos de câncer não palpáveis. Os nódu-
los devem ser analisados de acordo com o tamanho, contorno, limites e densidade.
• Tamanho - no caso das lesões não palpáveis este parâmetro é de importância relativa, pois os
nódulos diagnosticados apenas pela mamografia, apresentam pequenas dimensões.
• Contorno - os nódulos podem apresentar contorno regular, lobulado, irregular e espiculado
(Figura 1). A suspeita de malignidade aumenta em função da ordem citada acima.
• Limites - os limites representam a relação do nódulo com as estruturas vizinhas; portanto, limi-
tes mal definidos são mais sugestivos para malignidade do que limites parcialmente definidos e
limites definidos.
• Densidade - os nódulos malignos geralmente apresentam densidade elevada, às vezes densida-
de intermediária e raramente baixa densidade.
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3.1.2. Microcalcificações
Achado mamográfico encontrado em 42% dos casos de câncer em lesões não palpáveis,
podem representar o sinal mais precoce de malignidade. A análise deve incluir tamanho, número,
forma, densidade e distribuição (Figura 2).
• Tamanho - microcalcificações, por definição, são estruturas com tamanho igual ou menor que
0,5 mm, portanto, partículas pequenas sugerem malignidade e partículas maiores são mais su-
gestivas de benignidade.
• Número - quanto maior o número de microcalcificações por centímetro cúbico, maior a suspeita
para malignidade. Não esquecer que na radiografia considera-se 1 centímetro quadrado, que
representa a projeção, em 2 planos, do volume correspondente a 1 centímetro cúbico. A suspeição
começa a partir de 5 partículas. Assim, quanto maior o número de partículas na área de 1 cm2 da
radiografia, maior a suspeita para malignidade.
• Forma - quanto maior a variedade de formas (puntiformes, lineares, ramificadas), maior o grau
de suspeição para malignidade. Pode-se utilizar a classificação morfológica, de valor crescente,
proposta pela Dra. Michèle Le Gal, excelente recurso para orientar o raciocínio (Tabela 1).
• Densidade - as microcalcificações tipicamente malignas apresentam densidade alta e importan-
te variação de densidade dentro das partículas e entre as partículas. Portanto, densidade baixa e
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TABELA 1
Classificação morfológica de Michèle Le Gal (1984)
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São lesões que apresentam o mesmo aspecto radiológico, pois ambas são áreas densas e
isoladas, sem correspondência na mama contralateral.
A densidade assimétrica (Figura 3) é detectada através da comparação entre a imagem das
mamas e representa malignidade em 3% das lesões não palpáveis. Pode ser difusa, quando abran-
ge um grande segmento da mama e focal, quando encontra-se num pequeno setor da mama.
A neodensidade, por ser um elemento novo, é detectada através da comparação cuidadosa
com as mamografias anteriores. Seis por cento dos casos de câncer em lesões não palpáveis se
expressam radiologicamente sob a forma de neodensidade.
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Existe uma tendência para simplificar a descrição do padrão mamário. Descrições rebusca-
das, utilizando a morfologia do parênquima mamário (tipo nodular difuso, tipo micronodular,
fibroglandular, heterogêneo, etc.) não têm utilidade, porque não apresentam relação com nenhum
aspecto clínico e, principalmente, porque não são representação de doença mamária. Atualmente,
recomenda-se que na descrição do padrão mamário seja feita referência ao tipo de substituição
adiposa.
A substituição do parênquima mamário pelo tecido adiposo é um processo dinâmico que
ocorre na mama da maioria das mulheres, em função da faixa etária. Embora seja um processo
fisiológico, não existe correlação perfeita entre a faixa etária e a substituição adiposa, pois é
comum encontrarmos mulheres jovens com a mama bem substituída e mulheres idosas com pouca
ou nenhuma substituição na mama.
Na mama sem substituição (geralmente da mulher mais jovem) o parênquima mamário
ocupa toda a mama e tem a forma de um triângulo cujo vértice está ligado ao mamilo. O processo
de substituição pode ocorrer de duas maneiras. Na primeira e mais comum, a substituição ocorre
simultâneamente da metade inferior para a metade superior e da metade interna para a externa e a
última região a ser substituída será o quadrante superior externo. Na segunda maneira, a substitui-
ção ocorre da parte posterior para a parte anterior da mama, sendo a região retroareolar a última a
ser substituída.
Para melhor avaliar a substituição, recomendamos utilizar crânio-caudal ou perfil, pois nes-
tas incidências não ocorre angulação e o feixe de raios X faz 90° com a mama (a angulação da
incidência médio-lateral oblíqua produz superposição do parênquima e prejudica a avaliação da
área substituída). Nas mamas com cirurgia plástica, cirurgia conservadora e biópsia alargada,
recomenda-se cuidado ao avaliar a substituição, pois o padrão fica modificado pela desorgani-
zação que estas cirurgias provocam.
A descrição recomendada é a seguinte:
• Mamas densas - nenhum tipo de substituição adiposa (Figura 5).
• Mamas predominantemente densas - a substituição adiposa é menor do que 50% da área da
mama (Figura 6).
• Mamas predominantemente adiposas - a substituição é maior do que 50% da área da mama
(Figura 7).
• Mamas adiposas - a substituição adiposa é total (Figura 8).
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3.3.3. Microcalcificações
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3.3.6. Localização
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Várias nomenclaturas têm sido utilizadas para classificar as lesões da mama e, embora
todas elas apresentem semelhanças na sua essência, a classificação proposta pelo Colégio Ameri-
TM
cano de Radiologia (Breast Imaging Reporting and Data System – BI-RADS ) e recomendada
pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (através da Comissão de Controle e Manutenção da Quali-
dade em Mamografia) é a que tem maior aceitação, por apresentar simplicidade, abrangência e
fácil entendimento.
Esta classificação também foi aprovada na Reunião de Consenso, realizada em 19 de abril
de 1998, com participação do Colégio Brasileiro de Radiologia, da Sociedade Brasileira de
Mastologia e da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia.
A classificação dos achados mamográficos é a seguinte:
• Negativo (NEG) ou Categoria 1 – mamografia normal, sem nenhum achado.
• Benigno (B) ou Categoria 2 – achado tipicamente benigno, sem necessidade de diagnóstico
diferencial com câncer. Corresponde a calcificações vasculares, calcificações cutâneas,
calcificações com centro lucente, calcificações de doença secretória, calcificações tipo “leite-
de-cálcio”, calcificações redondas (diâmetro maior que 1 mm), fios de sutura calcificados, nó-
dulo calcificado (fibroadenoma), nódulo com densidade de gordura (lipoma, fibroadenolipoma),
cisto oleoso (esteatonecrose), cisto simples (após ultra-sonografia), alterações após cirurgia e/
ou radioterapia.
• Provavelmente benigno (PB) ou Categoria 3 – achado com grande probabilidade de origem
benigna. Estão incluídos nesta categoria: nódulo não palpável, não calcificado, redondo ou
oval, com contorno regular ou levemente lobulado, com limites definidos ou parcialmente defi-
nidos (visibilizados em mais de 75%); microcalcificações redondas ou ovais, isodensas;
calcificações recentes (sugerindo esteatonecrose); densidade assimétrica focal (sugerindo
parênquima mamário); dilatação ductal isolada (sem associação com descarga papilar); lesões
múltiplas, bilaterais, com características radiológicas semelhantes (sugestivas de benignidade).
• Suspeito (S) ou Categoria 4 – lesões em que a probabilidade de câncer deve ser considerada.
São exemplos: nódulo apresentando contorno lobulado ou irregular, com limites pouco defini-
dos; microcalcificações com pleomorfismo incipiente; microcalcificações irregulares;
microcalcificações poliédricas (tipo “grão de sal”); microcalcificações finas, puntiformes (tipo
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Somente a ultra-sonografia é capaz de diferenciar lesão sólida e lesão cística, sendo portan-
to indicada quando a mamografia detecta lesão nodular ou quando existe nódulo palpável. Con-
vém lembrar que em alguns casos a diferença pode ser difícil (pequenos cistos e cistos com líquido
espesso podem apresentar discretos ecos no interior, não permitindo correta diferenciação).
Alguns nódulos apesar de palpáveis, não apresentam expressão mamográfica. Isto ocorre
porque a mama é muito densa ou porque o nódulo está localizado em “zonas cegas” para a
mamografia. Nestes casos é obrigatório realizar a ultra-sonografia para estudar as características
morfológicas do nódulo.
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Em caso de alteração no exame físico, a primeira avaliação das mamas deve ser realizada
pela ultra-sonografia.
Para orientar drenagem de coleções líquidas, marcação pré-cirúrgica e biópsia por agulha
grossa.
Na avaliação de nódulos sólidos, alguns sinais ultra-sonográficos são utilizados para carac-
terizar a suspeita de malignidade. Estes sinais podem estar isolados ou associados. Nos casos em
que estão ausentes, a malignidade não pode ser excluída com segurança, notadamente nas mulhe-
res a partir da 5ª década.
Os sinais ultra-sonográficos de malignidade são os seguintes: nódulo sólido hipoecóico,
ecotextura interna heterogênea, parede irregular, atenuação posterior, eixo anteroposterior maior
que o eixo transverso.
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A ultra-sonografia não é adequada para avaliar a substituição adiposa e, embora seja possí-
vel identificar o tipo de mama em alguns casos, recomenda-se descrever genericamente a camada
glandular como heterogênea.
6.4.2. Cistos
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Outras alterações como abscessos, ectasia ductal, cistos septados e cistos com vegetações
no interior, embora menos comuns, também podem ser diagnosticadas pela ultra-sonografia. Re-
comenda-se que a descrição seja realizada seguindo os parâmetros anteriores e que o laudo seja
finalizado com uma impressão diagnóstica.
6.4.5. Localização
Para melhor localização das lesões na ultra-sonografia, utilizamos cortes radiais, seguindo
o sentido horário, e a seguinte nomenclatura:
• Quadrante.
• Localização no quadrante – seguindo as horas do relógio.
• Distância do mamilo – a mama é dividida em 3 partes, sendo, em relação ao mamilo, “1” mais
proximal, “2” intermediária e “3” mais distal.
• Profundidade – a mama é dividida em 3 partes, tendo como base o transdutor junto à pele. “A”
representa a porção mais superficial, junto ao transdutor, “B” a intermediária e “C” a mais
profunda, próxima à parede do tórax.
Exemplo:
• Nódulo no quadrante superior externo (2h-3B) da mama esquerda.... – representa um nódulo
distal ao mamilo e próximo à parede do tórax.
• Cisto no quadrante inferior externo (7h-1A) da mama direita.... – representa um cisto perto do
mamilo e perto da pele.
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São os casos em que a ultra-sonografia não vai acrescentar na detecção e caracterização das
lesões, representando apenas aumento de custo e perda de tempo para a paciente e a instituição.
• Nódulos classificados como B, por serem lesões tipicamente benignas, já caracterizadas na
mamografia.
• Nódulos classificados como AS, por serem lesões com alto valor preditivo positivo para malig-
nidade, já caracterizadas pela mamografia e que devem ser biopsiadas (realizar ultra-sonografia
para confirmar o que já foi caracterizado só adiciona custos e retarda o início do tratamento).
• Mama densa em pacientes assintomáticas e sem alteração no exame das mamas, porque nesta
situação a ultra-sonografia acrescenta pouco na detecção precoce do câncer de mama (o benefí-
cio diagnóstico é pequeno, se comparado com o aumento de custo).
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A mamografia é um exame que utiliza baixo kV e alto mAs, para gerar alto contraste, neces-
sário à visibilização das estruturas que compõem a mama, todas com densidade semelhante.
Na realização da mamografia deve-se utilizar compressão eficiente, entre 13 e 15 kgf, para
obtenção de um bom exame (na prática, em aparelhos que não indicam automaticamente a força
de compressão utilizada, podemos comprimir até a pele ficar tensa e/ou até o limite suportado pela
paciente).
As vantagens da compressão estão listadas abaixo.
• Reduz a dose de radiação, porque diminui a espessura da mama.
• Aumenta o contraste da imagem, porque a redução da espessura da mama diminui a dispersão
da radiação.
• Aumenta a resolução da imagem, porque restringe os movimentos da paciente.
• Diminui distorções, porque aproxima a mama do filme.
• “Separa” as estruturas da mama, diminuindo a superposição e permitindo que lesões suspeitas
sejam detectadas com mais facilidade e segurança.
• Diminui a variação na densidade radiográfica ao produzir uniformidade na espessura da mama.
9.1.1. Crânio-caudal – CC
Posicionamento
• Tubo vertical, feixe perpendicular à mama.
• Paciente de frente para o receptor, com a cabeça virada para o lado oposto ao exame; do lado
examinado, mão na cintura e ombro para trás ou braço ao longo do corpo, com o ombro em
rotação externa.
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Posicionamento
• Rodar o tubo até que o receptor esteja paralelo ao músculo grande peitoral, variando a angulação
entre 30 e 60º (pacientes baixas e médias 30 a 50º, paciente alta até 60º).
• Feixe perpendicular à margem lateral do músculo grande peitoral.
• Paciente de frente para o bucky com o braço do lado examinado fazendo 90º com o tórax;
encaixar a axila e o grande peitoral no ângulo superior externo do bucky; puxar o peitoral e a
mama para o bucky (colocar a mama para cima, “abrindo” o sulco inframamário); rodar o paci-
ente (lado oposto ao exame para fora) e comprimir.
• Centralizar a mama, mamilo paralelo ao filme.
• Filme mais próximo dos quadrantes externos.
• As mamas devem ser posicionadas de forma simétrica, incluindo mesma angulação.
Referências para a incidência médio-lateral oblíqua
• Músculo grande peitoral até plano do mamilo ou abaixo, com borda anterior convexa.
• Sulco inframamário incluído na imagem.
• Visibilização da gordura retromamária - se não for possível colocar o mamilo paralelo ao filme,
sem excluir o tecido posterior, deve-se realizar incidência adicional da região retroareolar (em
MLO ou CC).
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Posicionamento
• Rotação do tubo 5º a 10º, feixe de cima para baixo (os quadrantes externos ficam um pouco
mais altos).
• Paciente posicionada como na crânio-caudal, com ligeira rotação para centralizar os quadrantes
externos no bucky.
• Elevar o sulco inframamário.
• Centralizar os quadrantes externos no bucky, incluir o mamilo, que deve ficar paralelo ao filme.
• Filme mais próximo dos quadrantes inferiores.
• Esta incidência permite melhor visibilização dos quadrantes externos, inclusive da porção pos-
terior e da cauda de Spence (tecido mamário proeminente, que “invade” a axila, lateralmente à
borda lateral do músculo grande peitoral).
• “Cleópatra” - representa variação da crânio-caudal forçada, sendo realizada com tubo a 90º e
com a paciente bem inclinada sobre o bucky.
• Escolher entre realizar XCC ou “Cleópatra” depende apenas da facilidade de posicionamento
para cada paciente, pois as duas incidências têm o mesmo resultado radiográfico.
9.2.2. Cleavage – CV
Posicionamento
• Tubo vertical, feixe perpendicular à mama.
• Posição da paciente como na crânio-caudal.
• Elevar o sulco inframamário.
• Centralizar os quadrantes internos da mama examinada no bucky (a mama oposta também fica
sobre o bucky), mamilo paralelo ao filme.
• Filme mais próximo dos quadrantes inferiores.
• Esta incidência é uma crânio-caudal com ênfase na exposição dos quadrantes internos (indicada
para estudo de lesões nos quadrantes internos, principalmente as próximas do esterno).
Posicionamento
• Rotação do tubo 90º, feixe perpendicular à mama.
• Paciente de frente para o bucky, braço do lado do exame relaxado e o cotovelo dobrado; levantar
e colocar a mama para frente; o ângulo superior do receptor atrás da margem lateral do grande
peitoral.
• Centralizar a mama, mamilo paralelo ao filme.
• Filme mais próximo dos quadrantes externos.
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Posicionamento
• Rotação do tubo 90º, feixe perpendicular à mama.
• Paciente de frente para o bucky, braço do lado examinado elevado, fazendo 90º com o tórax e
apoiado no bucky.
• Centralizar a mama, mamilo paralelo ao filme.
• Filme mais próximo dos quadrantes internos.
• Comprimir a partir da linha axilar posterior em direção à mama.
• Esta incidência (também chamada de contact) deve incluir, obrigatoriamente, parte do prolon-
gamento axilar.
• Incidência indicada para estudo de lesões nos quadrantes internos, principalmente as próximas
do esterno.
Posicionamento
• Rotação do tubo 180º, feixe perpendicular à mama.
• Paciente de frente para o bucky, ligeiramente inclinada sobre o tubo.
• Elevar o sulco inframamário além do limite normal.
• Centralizar a mama, comprimir de baixo para cima.
• Filme mais próximo dos quadrantes superiores.
• Incidência indicada no estudo da mama masculina ou feminina muito pequena, quando existe
dificuldade de realizar a crânio-caudal (face ao pequeno volume da mama), paciente com mar-
ca-passo, paciente com cifose acentuada e paciente grávida (nos raros casos em que há indica-
ção de mamografia em gestantes, o exame deve ser realizado com avental de chumbo no abdo-
me; as incidências de rotina também são CC e MLO; ao optar pela RCC, se o volume do útero
gravídico permitir, atenção, certifique-se que a blindagem do tubo de raios X esteja em perfei-
tas condições).
9.3. Manobras
São recursos para estudar as alterações detectadas na mamografia que podem ser associa-
dos com qualquer incidência. As manobras mais utilizadas são: compressão localizada, amplia-
ção, associação entre compressão e ampliação, manobra angular, rotacional (roll) e tangencial.
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Consiste em realizar incidências com várias angulações do tubo, para dissociar imagens
sugestivas de superposição de estruturas (efeito de “soma”), É mais empregada quando a imagem
a ser estudada foi visibilizada na MLO.
Posicionamento
• A paciente será reposicionada na mesma incidência que se deseja estudar, variando apenas a
angulação do tubo em 10 a 20º. Exemplo – numa incidência MLO identificou-se área densa no
quadrante inferior da mama, muito sugestiva de “efeito de soma”. A incidência MLO original
foi realizada com 40º. A paciente será reposicionada e a incidência será repetida com angulação
do tubo em 50 e/ou 60 graus. Em caso de superposição de estruturas, teremos modificação do
aspecto da área densa, em caso de lesão verdadeira; a imagem permanecerá igual.
• indicar no filme a angulação utilizada.
• na prática, para agilizar o estudo, reduzir a dose na paciente e racionalizar o uso de filmes,
parte-se direto da MLO para o perfil absoluto (90º), promovendo completa dissociação de es-
truturas.
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Consistem em fazer incidências com o feixe tangenciando a mama; indicada para diagnós-
tico diferencial entre lesões cutâneas (cicatrizes cirúrgicas, verrugas, calcificações, cistos sebáceos,
cosméticos contendo sais opacos) e lesões mamárias.
Posicionamento
• Realizar incidência CC ou P e marcar a pele na projeção da lesão (utilizar marcador metálico).
• Fazer uma incidência com o feixe de raios X tangenciando a área com o marcador metálico
(pode-se realizar qualquer incidência, mesmo que não sejam padronizadas, desde que o feixe de
raios X tangencie a área com o marcador).
• Se a lesão for de origem cutânea, será identificada na pele (utilizar lâmpada forte).
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Observações:
• Qualquer exame pode ser acrescido de incidências adicionais, de acordo com a indicação, a
critério do radiologista.
• Sempre que não for possível realizar MLO, substituir por perfil.
• As técnicas radiográficas estão sujeitas à pequenas variações, de acordo com a marca do
mamógrafo, da combinação filme/écran utilizada e do processamento.
• Em todas as incidências a descompressão deve ser realizada imediatamente após a exposição
(em alguns aparelhos a descompressão é automática).
• A célula fotoelétrica deve ser posicionada na área mais densa (em geral na primeira posição,
correspondendo à base da mama e parede do tórax).
• Nas incidências laterais, cuidado com o abdome, que se superpõe à mama após a compressão,
principalmente nas pacientes obesas.
• Em uma imagem mamográfica com adequada exposição, a pele geralmente não é visível sem a
ajuda da luz de alta intensidade. No entanto, imagens de mama com pouca espessura, que re-
querem baixo mAs, podem freqüentemente serem bem expostas e ainda revelar a pele, sem
necessidade da luz de alta intensidade.
• No modo semi-automático, aumentar 1 a 2 pontos no kV, nas mamas com processo inflamató-
rio, infiltração por neoplasia maligna ou tratadas com radioterapia. Pode-se também aumentar 1
ou 2 pontos no enegrecimento (são mamas que praticamente não permitem compressão, por
isso o exame fica “mais branco”).
• Se o exame fica muito branco, por mais que se mude a técnica, verificar se o filme está posicionado
corretamente no cassete (a emulsão - parte fosca - deve ficar em contato com o écran), se célula
está corretamente posicionada e se o processamento está adequado (sub-revelação pode ocorrer
por temperatura baixa, tempo curto ou químico vencido).
Fazer a “câmara clara” significa liberar as mamografias, após análise de cada exame e
esclarecimento de algumas situações. As situações mais comuns, assim como as soluções, estão
especificadas a seguir:
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Quando uma lesão é visibilizada apenas na MLO, a realização de XCC ou CV pode esclare-
cer se a lesão está na metade interna ou externa da mama.
Nos casos onde existe distorção arquitetural focal e história de biópsia anterior, fazer inci-
dência adicional usando marcação metálica (pode ser fio de aço) na cicatriz da biópsia, para ava-
liar se a distorção tem correspondência com a área da biópsia (ou se existe um processo, na maio-
ria das vezes maligno, sem relação com fibrose pós-cirúrgica). Nos casos com marcação metálica
na pele, o ideal é repetir as duas incidências (CC e MLO).
Este recurso também pode ser utilizado nas mamas tratadas com cirurgia conservadora.
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Para estudo das microcalcificações é necessário realizar ampliação para analisar com maior
segurança as características das partículas (número, forma, densidade, distribuição).
9.5.6. Artefatos?
Artefatos geralmente só aparecem em uma incidência, não sendo preciso realizar estudo
adicional. Se houver sujeira ou arranhão no écran o artefato aparece em diversos exames.
Para esclarecer se uma lesão está na pele é necessário realizar manobra tangencial.
instituição data
nº paciente incidência
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Figura 10 – Localização do numerador nas incidências axiais (A) e nas incidências laterais (B).
O retângulo pontilhado em B mostra a posição do numerador na incidência axilar.
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Na avaliação dos resultados das mamografias são utilizados alguns parâmetros (chamados
de “indicadores de desempenho”) para análise dos centros que realizam a mamografia de rotina
para rastreamento de câncer de mama em mulheres assintomáticas. Os indicadores de desempe-
nho, com os respectivos valores, estão na Tabela 2.
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Mamografia diagnóstica com resultado categoria 1 (NEG), categoria 2 (B) e categoria 3 (PB).
Câncer comprovado dentro de 1 ano, após achado mamográfico classificado como catego-
ria 4 (S) ou categoria 5 (AS).
50
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Os requisitos que devem ser testados, tendo em vista itens correspondentes na Portaria
453/98, são:
• Fabricante e modelo dos mamógrafos e processadoras – item 4.38
• Operação do controle automático de exposição – item 3.52
• Força de compressão – item 3.18
• Imagem de simulador de mama – item 4.19
• Padrão de qualidade de imagem – item 3.55
• Qualidade de imagem com o simulador – item 4.48
• Padrão de desempenho da imagem em mamografia – item 4.49
• Operação da câmara escura – item 4.9
• Qualidade do processamento – item 4.43
• Sensitometria e limpeza dos chassis – item 4.47
Para a realização destes testes, o mamógrafo deve ser ajustado nas seguintes condições:
• Voltagem no tubo de raios X : 28kV
• Bandeja de compressão: em contato com o simulador de mama
• Simulador de mama: 50 mm de espessura e posicionado como uma mama
• Grade antidifusora: presente
• Distância foco-filme: ajustada com a focalização da grade
53
11.2. Testes
54
55
A força de compressão pode ser medida com uma balança comum de chão. Posiciona-se a
balança em cima da bandeja de suporte da mama coberta com uma toalha, para evitar que se
danifique o dispositivo de compressão. Em seguida, efetua-se a compressão, observando o valor
medido em quilogramas. Quando o equipamento tiver indicador de compressão no console, torna-
se necessário verificar se o valor corresponde à força de compressão indicada.
• Registro do teste
Força de compressão medida:............. (kg)
• Valor limite
Entre 11 e 18 kg.
• Conclusão
A força de compressão está dentro do limite?
m sim m não
56
Para realizar esta medida de controle da qualidade da imagem, coloca-se o chassis que se
deseja testar sobre a bandeja do bucky. A seguir, coloca-se o dispositivo do teste de contato filme-
écran, uma malha metálica (Figura 13) na parte superior do chassis e expõe-se o filme com técnica
manual de 28 kV e 20 mAs.
Após revelado, observa-se o filme ao negatoscópio e as regiões de fraco contato aparecerão
borradas, sendo identificadas como manchas escuras na imagem.
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• Registro do teste
Nº do chassis. : Nº do filme
Nº do chassis. : Nº do filme
Nº do chassis. : Nº do filme
Nº do chassis. : Nº do filme
57
O comportamento diário da processadora pode ser medido por sensitometria. Neste méto-
do, um filme é exposto ao sensitômetro e em seguida revelado, produzindo-se assim uma escala
graduada de tons de cinzas com 21 degraus. A curva representativa das densidades óticas versus os
números dos degraus é chamada de curva característica do filme.
Um método simples para controle de rotina da processadora consiste em monitorar a densi-
dade ótica em três degraus da escala sensitométrica, sendo cada um correspondente a uma das três
regiões que compõem a curva. Desta maneira, são obtidas informações pertinentes à qualidade do
processamento.
Estes degraus são:
• Degrau base + velamento – degrau nº 1, corresponde à parte do filme que não é exposta a
nenhuma quantidade de luz.
• Degrau de velocidade – degrau da escala sensitométrica que apresenta a densidade ótica mais
próxima de 1,0 + a densidade ótica de base + velamento.
• Degrau de contraste – na escala sensitométrica, o degrau de contraste está 4 degraus acima do
degrau de velocidade.
• Registro do teste
Densidade ótica do degrau de base + velamento:........... (valor padrão 0,20)
Densidade ótica do degrau de velocidade:........... (valor padrão de 1,08 a 1,32)
Densidade ótica do degrau de contraste:........... (valor padrão 3,40)
• Valor limite
Os valores padrões estão mencionados na tabela acima.
• Conclusão
O processamento atende aos padrões de qualidade?
m sim m não
58
59
11.2.7.3. Limiar de baixo contraste – esta medida deve proporcionar uma indicação do limiar
detectável para objetos de baixo contraste e com alguns milímetros de diâmetro. É realizada radi-
ografando-se o simulador radiográfico de mama (fantoma) colocando-se sobre a superfície alguns
discos de poliéster com 5 mm de diâmetro e de espessuras entre 0,5 e 3,0 mm. O percentual de
variação do contraste é estabelecido em função da densidade ótica das regiões do filme dentro e
fora dos discos de poliéster.
• Registro do teste
Limiar de baixo contraste (%):.............
• Valor limite
Sugere-se 1,5% como limiar de contraste para discos de 5 mm de diâmetro.
• Conclusão
O limiar de contraste para o disco de 5 mm de diâmetro é 1,5%?
m sim m não
60
11.2.7.5. Massas tumorais – a capacidade de registrar a imagem de massas tumorais é uma medi-
da bastante realística da qualidade da imagem em mamografia. Para tal, os fantomas de mama
dispõem de calotas esféricas de nylon que simulam massas tumorais. Estas calotas possuem diâ-
metros e alturas variadas. Quando o fantoma é radiografado, estas calotas esféricas produzem uma
série de imagens bastante similares às massas tumorais que ocorrem na mama.
• Registro do teste
Diâmetro da menor massa visibilizada :............. mm
• Valor limite
É necessário visibilizar até a calota de 4,0 mm de diâmetro e 2,0 mm de espessura.
• Conclusão
É visibilizada a calota de 4,0 mm de diâmetro e 2,0 mm de espessura?
m sim m não
11.2.7.6. Densidade ótica de fundo – mede-se a densidade ótica de fundo em um ponto da ima-
gem do fantoma situado a 6 cm da parede torácica e centrado lateralmente no filme.
• Registro do teste
Densidade Ótica de Fundo:............
• Valor limite
Densidade ótica entre os valores de 1,10 e 1,50.
• Conclusão
A densidade ótica de fundo está entre 1,10 e 1,50?
m sim m não
11.4.1. Mamógrafo
61
11.4.2.1. Manutenção semanal – limpeza completa, com retirada dos rolos e lavagem com espon-
ja tipo 3M e sabão neutro (sabão de coco); lavar o interior da processadora com esponja tipo 3M e
sabão neutro; montar as partes da processadora que foram removidas e limpas, encher o tanque de
lavagem e ligar a processadora.
11.4.2.2. Manutenção diária – a manutenção diária deve ser feita pela manhã, de acordo com a
seqüência abaixo:
• Pela manhã - ligar a processadora, esperar 15 minutos; abrir o registro de água; passar 3 filmes
virgens, não expostos, com o objetivo de garantir que a processadora não está causando artefa-
tos de imagem ou marcas de rolo.
• No final do expediente - desligar a processadora, abrir a tampa superior e deixá-la semi-aberta;
fechar o registro de água; desligar a chave de energia elétrica da processadora.
Cada chassis deverá ser identificado com a data do início de uso. A limpeza dos écrans deve
ser realizada diariamente (e sempre que for necessário), com auxílio de compressa cirúrgica limpa
e seca.
A preparação das soluções dos produtos químicos para o processamento (revelador e fixador)
devem ser preparados semanalmente ou quinzenalmente, dependendo do volume de pacientes,
seguindo as instruções do fabricante para a proporção adequada. Recomenda-se não preparar quan-
tidade maior, para evitar deterioração da mistura.
A limpeza da câmara escura deve ser rigorosa, realizada diariamente, para evitar acúmulo
de poeira.
A vedação deve ser sempre verificada e o filtro da lanterna de segurança deve ser específico
para filmes sensíveis à luz verde.
Recomenda-se o seguinte material para limpeza: pano tipo Perfex, esponja tipo 3M, pano de
62
11.5. Artefatos
63
64
Na Tabela 3 encontra-se a periodicidade ideal para realização das medidas para assegurar o
controle de qualidade em mamografia.
Colimação Mensal
65
66
67
69
1. American College of Radiology. Breast imaging reporting and data system (BI-RADS). 3ª
ed. Reston, Va. American College of Radiology, 1998.
2. Azevedo AC. Auditoria em Centro de Diagnóstico Mamário para detecção precoce de câncer
de mama. Dissertação de Mestrada. Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Departamento de Radiologia, 1999.
3. Basset LW, Hendrick RE, Bassford TL et al. Quality Determinants of mammography. Clinical
Practice Guideline nº 13. AHCPR Publication nº 95-0632. Rockville, MD: Agency for
Health Care Policy and Research, Public Health Service, US Department of Health and
Human Services. October 1994.
4. Campos MC. Sistema de gestão de dados e emissão de laudo em mamografia (Mammo Dataâ).
Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro, De-
partamento de Radiologia, 1998.
5. Canella EO. Correlação anátomo-radiológica nas lesões mamárias através de “core” biópsia.
Tese de Mestrado. Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1997.
6. Canella EO. Detecção do câncer de mama. Revisão da Literatura para o clínico. J Bras Med
1999; 77(4):100-111.
7. Evans WP. Stereotaxic fine-needle aspiration and core biopsy. In: Syllabus: a categorical
course in breast imaging. Kopans DB, Mendelson EB (eds). RSNA Inc, 1995; 151-160.
9. Feig AS, D’Orsi CJ, Hendrick E et al. American College of Radiology guidelines for breast
cancer screening. AJR 1998; 171:29-33.
71
11. Grumbach Y. Exploration radiologique du sein en pratique courante. Masson, Paris, 1987;
47-101.
12. Harris JR, Lippman ME, Veronesi U, Willet W. Cancer de mama. N Engl J Med 1992;
327(6):390-398.
13. Homer MJ. Mammographic interpretation - a practical approach. McGraw-Hill, New York,
1997; 34-66.
14. INCA. Falando sobre doenças da mama. Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Câncer
(Pro-Onco). Rio de Janeiro, 1996; 19-27.
15. INCA. Câncer no Brasil. Dados dos Registros de Base Populacional. Ministério da Saúde.
Rev. Inst. Nac. Câncer (Pro-Onco), Rio de Janeiro, v.1 [S.N.] 1-36, 1991.
16. Jackson VP, Hendrick RE, Feig SA, Kopans DB. Imaging of the radiographically dense breast.
Radiology 1993; 188:297-301.
17. Koch HA, Azevedo CM, Boechat AL et al. Radiologia da mama - qualidade em mamografia.
Radiol Bras 1996; 29: 257-269.
18. Kolb TM, Lichy J, Newhouse JH. Occult cancer in women with dense breasts: detection with
screening US – diagnostic yield and tumor characteristics. Radiology 1998; 207:191-
199.
21. Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Cân-
cer. Estimativa de incidência e mortalidade por câncer no Brasil 2000. Rio de Janeiro.
Coordenadoria Nacional de Prevenção e Vigilância do Câncer – Conprev
72
24. Peixoto JE. Controle de Qualidade em Mamografia. In: Pasqualette HA, Koch HA, Pereira
PMNS, Kemp C. Mamografia atual. Revinter, Rio de Janeiro, 1998, 30 - 42.
24. Peixoto JE, Koch HA, Domingues C. Manual de instruções para as medidas de controle de
qualidade dos parâmetros técnicos da mamografia. Radiol Bras 2000; 33:233-239.
28. Sickles EA. Practical solutions to common mammographic problems: tailoring the
examination. AJR 1988; 151:31-19.
29. Sickles EA. Mammographic features of “early” breast cancer. AJR 1984; 143:461-464.
30. Sickles EA. Mammographic features of 300 consecutives nonpalpable breast cancers. AJR
1986; 146:661-663.
31. Sickles EA. Periodic mammographic follow-up of propably benign lesions: results in 3,184
consecutives cases. Radiology 1991; 179:463-468.
32. Sickles EA. Periodic mammographic follow-up of propably benign lesions: results in 3,184
consecutives cases. Radiology 1991; 179:463-468.
33. Sickles EA. Nonpalpable, circumscribed, noncalcified solid breast masses: likelihood of
malignancy based on lesion size and age of patient. Radiology 167. 1994; 192:439-442.
34. Sickles, E A. Probably benign breast lesions: when should follow-up be recommended and
what is the optimal follow-up protocol? Radiology 1999; 213:11-14.
35. Sickles EA. Commentary on Dr. Rubin’s viewpoint. Radiology 1999; 213:19-20.
36. Smith RA. Epidemiology of breast cancer. In: Haus AG, Yaffe MJ (eds). A categorical course
in Phisics: technical aspects of breast imaging. RSNA Inc 1994; 21-33.
37. Stravos AT, Thickman D, Rapp CL et al. Solid breast nodules: use of sonography to distinguish
between benign and malignant lesions. Radiology 1995; 196:123-134.
38. Zonderland HM, Coerkamp EG, Vijver MJv, Voorthuisen Aev. Diagnosis of breast cancer:
contribution of US as an adjunct to mammography. Radiology 1999; 213:413-422.
73
ANEXO I
REGISTRO DOS TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE
Data
Instituição
Endereço
Fabricante do mamógrafo
Fabricante da processadora
Chassis Filme
75
FORÇA DE COMPRESSÃO
REGISTRO VALOR LIMITE CONCLUSÃO
Força de compressão Entre 11 e 18 kg. A força de compressão está dentro do limite?
medida:............. (kg) m sim m não
QUALIDADE DO PROCESSAMENTO
REGISTRO VALOR LIMITE CONCLUSÃO
Degrau base + velamento – degrau nº 1, corresponde Valor padrão
à parte do filme que não é exposta a nenhuma 0,20
quantidade de luz.
Densidade ótica do degrau de base + velamento:.....
Degrau de velocidade – degrau da escala sensitométrica atende aos padrões
que apresenta a densidade ótica mais próxima Valor padrão de qualidade?
de 1,0 + a densidade ótica de base + velamento. de 1,08 a 1,32 m sim m não
Densidade ótica do degrau de velocidade:........
Degrau de contraste – na escala sensitométrica,
o degrau de contraste está 4 degraus acima Valor padrão
do degrau de velocidade. 3,40
Densidade ótica do degrau de contraste:.....
76
MASSAS TUMORAIS
REGISTRO VALOR LIMITE CONCLUSÃO
Calotas esféricas de nylon que simulam massas É necessário É visibilizada a calota
tumorais, com diâmetros e alturas variadas. visibilizar até a calota de 4,0 mm de
de 4,0 mm de diâmetro e 2,0 mm de
Diâmetro da menor massa visibilizada :......... mm diâmetro e 2,0 mm de espessura?
espessura. m sim m não
77
Data
Instituição
Endereço
Fabricante do mamógrafo
Fabricante da processadora
Chassis Filme
78
Mês Ano
Instituição
Endereço
Fabricante do mamógrafo
Fabricante da processadora
Chassis Filme
Responsável pelo Serviço
FILMES UTILIZADOS
Número de exames
Total de filmes gastos
Filmes utilizados nos exames
Média de filmes por exame
Filmes perdidos
CAUSAS DE PERDA
Técnica 1 Técnica 2 Técnica 3
Identificação inadequada
Posicionamento incorreto
Movimentos da paciente
Técnica radiológica inadequada
Grade fixa
Uso incorreto do filme - velamento
Écrans – artefatos
Écrans – mal contato filme-écran
Artefatos de manuseio
Defeito de revelação – resíduo de químico
Defeito de revelação – marcas de rolo
Defeito de revelação – sub-revelação
Outros
Filme não exposto
Aparentemente sem problemas
Observações
Data
Assinatura
79
REVISORES
Ivano Marchesi
Maria Inês Pordeus Gadelha
APOIO
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Andréa Fátima Giacomet
João Emílio Peixoto
80