Ciclo de Krebs

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Ciclo de Krebs

O ciclo de Krebs, tricarboxílico ou do ácido cítrico, corresponde a uma série de reações


químicas que ocorrem na vida da célula e seu metabolismo.

Descoberto por Sir Hans Adolf Krebs (1900-1981).

O ciclo é executado na matriz da mitocôndria dos eucariotes e no citoplasma dos


procariontes. Trata-se de uma parte do metabolismo dos organismos aeróbicos
(utilizando oxigênio da respiração celular); organismos anaeróbicos utilizam outro
mecanismo, como a fermentação lática, onde o piruvato é o receptor final de elétrons na
via glicolítica, gerando lactato.[1]

O ciclo de Krebs é uma rota anfibólica, ou seja, possui reações catabólicas e anabólicas ,
com a finalidade de oxidar a acetil-CoA (acetil coenzima A), que se obtém da
degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2.

Este ciclo inicia-se quando o piruvato que é sintetizado durante a glicólise é


transformado em acetil CoA (coenzima A) por acção da enzima piruvato desidrogenase.
Este composto vai reagir com o oxaloacetato que é um produto do ciclo anterior
formando-se citrato. O citrato vai dar origem a um composto de cinco carbonos, o alfa-
cetoglutarato com libertação de NADH, e de CO2. O alfa-cetoglutarato vai dar origem a
outros compostos de quatro carbonos com formação de GTP, FADH2 e NADH e
oxaloacetato.

Após o ciclo de Krebs, ocorre outro processo denominado fosforilação oxidativa.

Visão simplificada do Ciclo de Krebs

O ciclo do ácido cítrico começa com o Acetil-CoA, transferindo seu grupo acetila de
dois carbonos ao composto receptor oxaloacetato, de quatro carbonos, formando um
composto de seis carbonos, o citrato.

O citrato então passa por uma série de transformações químicas, perdendo dois grupos
carboxila na forma de CO2. Os carbonos liberados na forma de CO2 são oriundos do
oxaloacetato, e não diretamente do Acetil-CoA. Os carbonos doados pelo Acetil-CoA se
tornam parte do oxaloacetato após o primeiro passo do ciclo do ácido cítrico.

A transformação dos carbonos doados pelo Acetil-CoA em CO2 requer vários passos no
ciclo de Krebs. No entanto, por causa do papel do ácido cítrico no anabolismo (síntese
de substâncias orgânicas), ele pode não ser perdido já que muitas substâncias
intermediárias do ciclo também são usadas como precursoras para a biosíntese em
outras moléculas.

A maior parte da energia disponível graças ao processo oxidativo do ciclo é transferida


por elétrons altamente energéticos que reduzem o NAD+, tranformando-o em NADH.
Para cada grupo acetila que entra no cliclo de Krebs, três moléculas de NADH são
produzidas (o equivalente a 2,5 ATPs).
Elétrons também são transferidos ao receptor Q, formando QH2.

No final de cada ciclo, o Oxoalocetato de quatro carbonos é regenerado, e o processo


continua.

[editar] Via metabólica do ciclo de Krebs

Dois carbonos são oxidados, tornando-se CO2, e a energia dessas reações é armazenada
em GTP, NADH e FADH2. NADH e FADH2 são coenzimas (moléculas que ativam ou
intensificam enzimas) que armazenam energia e são utilizadas na fosforilação oxidativa.

Reagentes/ Produtos/
Passo Substrato Enzima Tipo da reação
Coenzimas Coenzimas

Acetil CoA +
1 Oxaloacetato Citrato sintase Condensação CoA-SH
H2O

2 Citrato Aconitase Desidratação/Hidratação H2O H2O

Isocitrato
3 Isocitrato Oxidação NAD+ NADH + H+
desidrogenase

Isocitrato
4 Oxalosuccinato Decarboxilação H+ CO2
desidrogenase

α- α-Cetoglutarato Decarboxilação NAD+ + NADH + H+


5
Cetoglutarato desidrogenase oxidativa CoA-SH + CO2

Succinil-CoA Fosforilação ao nível do GTP +


6 Succinil-CoA GDP + Pi
sintetase substrato CoA-SH

Succinato
7 Succinato Oxidação FAD FADH2
desidrogenase

8 Fumarato Fumarase Adição (H2O) H2O

Malato
9 L-Malato Oxidação NAD+ NADH + H+
desidrogenase

As principais etapas do ciclo de Krebs

1°: Oxalacetato(4 carbonos) Citrato(6 carbonos)

O ácido acético proveniente das vias de oxidaçao de glicídios, lipídios e proteínas,


combinam-se com a coenzima a formando o Acetil - CoA. A entrada deste composto no
ciclo de Krebs ocorre pela combinação do ácido acético com o oxalacetato presente na
matriz mitocondrial. Esta etapa resulta na formação do primeiro produto do ciclo de
Krebs, o citrato. O coenzima A, sai da reação como CoASH.

2°: Citrato (6 carbonos) Isocitrato(6 carbonos)


O citrato sofre uma desidratação originando o isocitrato. Esta etapa acontece para que a
molécula de citrato seja preparada para as reações de oxidação seguintes

3°: Isocitrato αcetoglutarato (5 carbonos)

Nesta reação há participaçao de NAD, onde o isocitrato sofre uma descaborxilação e


uma desidrogenação transformando o NAD em NADH, liberando um CO2 e originando
como produto o alfa-cetoglutarato

4°: αcetoglutarato Succinato (4 carbonos)

O α-cetoglutarato sofre uma descarboxilação, liberando um CO2. Também ocorre uma


desidrogenação com um NAD originando um NADH, e o produto da reação acaba
sendo o Succinato

5°: Succinato Succinil - CoA

O succinato combina-se imediatamente com a coenzima A, originando um composto de


potencial energético mais alto, o succionil-Coa.

6°: Succinil-Coa Succinato

Nesta reação houve entrada de GDP+Pi, e liberação de CoA-SH

O succinil-CoA libera grande quantidade de energia quando perde a CoA, originando


succinato. A energia liberada é aproveitada para fazer a ligação do GDP com o
Pi(fosfato inorgânico), formando o GTP, como o GTP não é utilizado para realizar
trabalho deve ser convertido em ATP, assim esta é a única etapa do Ck que forma ATP.

7°: Succinato Fumarato

Nesta estapa entra FAD

O succinato sofre oxidaçao através de uma desidrogenação originando fumarato e


FADH2. O FADH2 é formado a partir da redução do FAD.

8°: Fumarato Malato

O fumarato é hidratado formando malato.

9°: Malato Oxalacetato

Nesta etapa entra NAD

O malato sofre uma desidrogenacão originando NADH, a partir do NAD, e regenerando


o oxalacetato.
O ciclo de Krebs e a respiração

A influência do ciclo de Krebs no processo da respiração celular começa com a


glicólise, processo ocorrido no citoplasma de uma célula, onde a glicose, obtida através
dos alimentos ingeridos, passa por uma série de dez reações químicas que culminam na
formação de duas moléculas de ácido pirúvico. É a partir desse ponto que começa a
participação do ciclo de Krebs na respiração propriamente dita.

O ciclo de Krebs ocorre dentro da mitocôndria, logo as moléculas de ácido pirúvico têm
que entrar nela. Esse processo só ocorre quando há moléculas de oxigênio suficientes
para cada molécula de glicose; se há, na entrada do ácido pirúvico na mitocôndria faz
com que o oxigênio reaja com o ácido formando gás carbônico e libera os elétrons dos
átomos de hidrogênio presentes na fórmula da glicose.Esses elétrons são transportados
pelo NADH e o FADH, duas moléculas transportadoras.

Os elétrons então se responsabilizam pela união de mais um átomo de fósforo, com uma
molécula de adenosina difosfato(ADP) formando a adenosina trifosfato o famoso ATP.

Esta molécula de ATP então é que fornecerá a energia para a vida da célula e o
transporte ativo de substâncias pelo corpo.

Função anabólica do ciclo de Krebs

Os compostos intermediários do ciclo de Krebs podem ser utilizados como precursores


em vias biossintéticas: oxaloacetato e a-cetoglutarato vão formar respectivamente
aspartato e glutamato. A eventual retirada desses intermediários pode ser compensada
por reações que permitem restabelecer o seu nível. Entre essas reações, que são
chamadas de anapleróticas por serem reações de preenchimento, a mais importante é a
que leva à formação de oxaloacetato a partir do piruvato e que é catalisada pela piruvato
carboxilase. O oxaloacetato além de ser um intermediário do ciclo de Krebs, participa
também da gliconeogênese. A degradação de vários aminoácidos também produz
intermediários do ciclo de Krebs, funcionando como reações anapleróticas adicionais.

Cadeia respiratória
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A cadeia de transporte electrónico na mitocôndria é o local onde ocorre a fosforilação


oxidativa em eucariontes. O NADH e succinato produzidos no ciclo dos ácidos tricarboxílicos
são oxidados, libertando-se energia utilizável pela ATP sintase.

Cadeia respiratória é uma etapa da respiração celular. Esta etapa ocorre nas cristas
mitocondriais, onde se encontram transportadores proteicos com diferentes graus de
afinidade para os elétrons. As moléculas de NADH e de FADH2, anteriormente
formadas (Glicólise e Ciclo de Krebs), transferem os elétrons que transportam para as
proteínas (Citocromos)da cadeia transportadora de elétrons. Ao longo da cadeia
respiratória ocorre libertação gradual de energia, à medida que os elétrons passam de
um transportador para outro. Esta energia libertada vai ser utilizada na síntese de
moléculas de ATP, a partir de ADP+Pi, dissipando-se alguma sobre a forma de calor.
Cada molécula de NADH permite a síntese de três moléculas de ATP, enquanto que a
molécula de FADH2 apenas permite a síntese de duas moléculas de ATP. No final da
cadeia transportadora, os elétrons são transferidos para um aceitador final - oxigênio,
que capta dois prótons H+, formando-se uma molécula de água. É responsável pela
maior parte de ATP da célula.

[editar] Aceptores de hidrogênio da cadeia respiratória

As moléculas de NAD, de FAD e de citocromos que participam da cadeia respiratória


captam hidrogênios e os transferem, através de reações que liberam energia, para um
aceptor seguinte. Os aceptores de hidrogênio que fazem parte da cadeia respiratória
estão dispostos em sequência na parede interna da mitocôndria. O último aceptor de
hidrogênios na cadeia respiratória é a formação de moléculas de ATP, processo
chamado de fosforilação oxidativa. Cada molécula de NADH2 que inicia a cadeia
respiratória leva à formação de três moléculas de ATP a partir de três moléculas de
ADP e três grupos fosfatos como pode ser visto na equação a seguir:
1 NADH2 + ½ O2 + 3 ADP + 3P 1 H2O + 3 ATP + 1 NAD

Já a FADH2 formado no ciclo de Krebs leva à formação de apenas 2 ATP.

1 FADH2 + ½ O2 + 2 ADP + 2P 1 H2O + 2 ATP + 1 FAD

Glicólise
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Glicólise (do grego antigo "γλυκύς" (glykýs), adocicado e "λύσις" (lýsis), quebra,
degradação) é a sequência metabólica de várias reações catalizadas por enzimas, na qual
a glicose é oxidada produzindo duas moléculas de piruvato, duas moléculas de ATP e
dois equivalentes reduzidos de NAD+, que serão introduzidos na cadeia respiratória ou
na fermentação.[1] A glicólise é uma das principais rotas para geração de ATP nas
células e está presente em todos os tipos de células.[2]

A importância da glicólise em nossa economia energética é relacionada com a


disponibilidade de glicose no sangue, assim como com a habilidade da glicose gerar
ATP tanto na presença quanto na ausência de oxigênio. A glicose é o principal
carboidrato em nossa dieta e é o açúcar que circula no sangue para assegurar que todas
as células tenham suporte energético contínuo. O cérebro utiliza quase exclusivamente
glicose como combustível. A oxidação de glicose a piruvato gera ATP pela fosforilação
(a transferência de fosfato de intermediários de alta energia da via do ADP) a nível de
substrato e NADH. Subsequentemente, piruvato pode ser oxidado a CO2 no ciclo de
Krebs e ATP gerado pela transferência de elétrons ao oxigênio na fosforilação
oxidativa. Entretanto, se o piruvato e o NADH gerados na glicólise forem convertidos a
lactato (glicólise anaeróbica), ATP pode ser gerado na ausência de oxigênio, através da
fosforilação a nível de substrato.[2]

 
Reação Global
Glicose + 2 NAD+ + 2 ADP + 2 Pi -----------> 2 NADH + 2 piruvato + 2 ATP + 2 H2O

A glicólise é uma rota central quase universal do catabolismo da glicose, a rota com o
maior fluxo de carbono na maioria das células. A quebra glicolítica de glicose é a única
fonte de energia metabólica em alguns tecidos de mamíferos e tipos celulares
(hemácias, medula renal, cérebro e esperma, por exemplo). Alguns tecidos de plantas
que são diferenciados para armazenar amido (como os tubérculos da batata) e algumas
plantas aquáticas derivam a maior parte de sua energia da glicólise; muitos
microorganismos anaeróbicos são inteiramente dependentes da glicólise.[1]

Fermentação é um termo geral para a degradação anaeróbica de glicose (glicólise


anaeróbica) ou outros nutrientes orgânicos para obtenção de energia, conservada como
ATP. Os organismos primitivos se originaram num mundo cuja atmosfera carecia de O2
e, por isto, a glicólise é considerada a mecanismo biológico mais primitivo para
obtenção de energia a partir de moléculas orgânicas, presente em todas as formas de
vida atuais. No curso da evolução, a química dessa sequência de reações foi
completamente conservada; as enzimas glicolíticas dos vertebrados são intimamente
similares, na sequência de aminoácidos e na estrutura tridimensional, a seus homólogos
nas leveduras e no espinafre. A glicólise diferen entre as espécies apenas em detalhes de
sua regulação e no destino metabólico subsequente do piruvato formado. Os princípios
termodinâmicos e os tipos de mecanismos regulatórios que governam a glicólise são
comuns a todas as rotas de metabolismo celular. O estudo da glicólise pode, portanto,
servir como modelo para muitos aspectos das rotas metabólicas.[1] A glicólise nas
células procariontes ocorre no citoplasma e nas eucariontes ocorre no citosol.

A mais comum e conhecida forma de glicólise é a rota de Embden-Meyerhof, que foi


inicialmente elucidada por Gustav Embden e Otto Meyerhof. O termo glicólise pode
significar também outras rotas metabólicas, como a de Entner-Doudoroff. Entretanto, o
resto desse artigo usará o termo glicólise para explicar a via metabólica mais comum
pela qual ocorre: a rota de Embden-Meyerhof.

História

A glicólise foi a primeira rota metabólica a ser elucidada e é provavelmente a melhor


compreendida.[1] Os primeiros estudos formais do processo glicolítico foram feitos em
1860, quando Louis Pasteur descobriu que microorganismos eram responsáveis pela
fermentação.

Em 1897, Eduard Buchner mostrou que o extrato obtido da maceração de leveduras,


mesmo isento de microorganismos vivos, fermentava açúcares, e chamou este extrato de
zimase, recebendo o Prêmio Nobel da Química em 1907.

Em 1905 Arthur Harden and William Young mostraram que a zimase podia ser
separada em 2 extratos: um contendo moléculas grandes e sensíveis ao calor (que hoje
sabemos serem as enzimas) e uma fração de moléculas menores e pouco sensíveis ao
calor (que sabemos hoje serem as coenzimas), e que estes só fermentavam o açúcar
quando juntos. Harden recebeu o Prêmio Nobel da Química em 1929.

A via glicolítica detalhada foi determinada em 1940, com as contribuições de Otto


Meyerhof (Nobel da Medicina ou Fisiologia em 1922) e alguns anos depois por Luis
Leloir (Nobel da Química em 1970). A maior dificuldade na determinação da via é
devido ao curto tempo de vida e baixas concentrações dos intermediários, o que faz a
glicólise uma via metabólica muito rápida. Louis Pasteur verificou que a levedura
crescia mais de 10 vezes mais rápido quando digeria o açúcar na fermentação do que
usando o oxigênio.
[editar] Seqüência da Glicólise

Rotas da glicólise e gliconeogênese no fígado.

A quebra dos seis carbonos da glicose em duas moléculas de piruvato com três carbonos
ocorre em dez passos; os primeiros cinco dos quais constituem a fase preparatória (fase
de investimento) e os cinco seguintes, a fase de geração de ATP (fase de rendimento).[1]
[2]

[editar] Fase 1: Preparação, regulação e gasto de energia

Na fase inicial preparatória da glicólise (fase de investimento), a glicose é fosforilada


duas vezes por ATP e clivada em duas trioses fosfato.[2] Nesta fase, a célula gasta duas
moléculas de ATP, o cátion Mg2+ é indispensável para as reações, e processam-se
cinco reações bioquímicas. Nenhuma energia é armazenada, pelo contrário, duas
moléculas de ATP são investidas nas reações de fosforilação.[1]

[editar] Reação 1: hexoquinase

Na primeira reação, a glicose que entra nos tecidos é fosforilada no grupo hidroxila em
C6, com o gasto energético de uma molécula de ATP, dando origem a glicose-6-fosfato
e ADP.[1] Essa reação, catalisada pela enzima hexoquinase, é irreversível sob condições
fisiológicas devido a seu ΔG° altamente negativo.[2] Trata-se de um dos três passos que
regulam a glicólise. A fosforilação da glicose na primeira reação impede que esta saia
da célula novamente (a glicólise realiza-se no citosol da célula). Ao adicionar um grupo
fosfato à glicose, ela se torna uma molécula carregada negativamente e é impossível
atravessar passivamente a membrana celular, mantendo-a aprisionada dentro da célula.

Glicose-6-fosfato é um ponto de ramificação no metabolismo de carboidratos. Ela é um


precursor para quase todas as rotas que utilizam a glicose, incluindo glicólise, via da
pentose fosfato e síntese de glicogênio. De um ponto de vista oposto, ela também pode
ser gerada a partir de outras rotas do metabolismo de carboidratos, tais como
glicogenólise (quebra de glicogênio), via da pentose fosfato e gliconeogênese (síntese
de glicose a partir de não-carboidratos).[2]

As hexoquinases, enzimas que catalizam a fosforilação da glicose, são uma família de


isoenzimas tecido-específicas que diferem em suas propriedades cinéticas. A isoenzima
encontrada no fígado e células do pâncreas tem um Km muito mais alto do que outras
hexoquinases e é chamada de glicoquinase.[2] As cinases são enzimas que catalizam a
transferência de um grupo fosforil terminal do ATP para um aceptor nucleófilo. No caso
da hexoquinase, o aceptor é uma hexose, normalmente D-glicose, embora a hexoquinase
possa catalizar a fosforilação de outras hexoses comuns, tais como D-frutose e D-
manose. A hexoquinase, como muitas outras cinases, requer Mg2+ para sua atividade,
pois o verdadeiro substrato da enzima não é ATP-4, e sim MgATP-2.[1] Em muitas
células, parte da hexoquinase se encontra ligada a porinas na membrana mitocondrial
externa, as quais dão a essas enzimas o acesso precoce ao ATP recém-sintetizado
conforme ele sai da mitocôndria.[2]

[editar] Reação 2: fosfoexose-isomerase

Na segunda reação, catalisada pela enzima glicosefosfato-isomerase (também chamada


de fosfoexose isomerase), a glicose-6-fosfato, uma aldose, é convertida num processo
de isomerização reversível em frutose-6-fosfato, uma cetose, assim, permitindo um sítio
de entrada para a frutose da dieta na glicólise. Esta isomerização tem um papel crítico
na química geral da via glicolítica, uma vez que o rearranjo dos grupos carbonil e
hidroxil em C-1 e C-2 é uma preparação necessária para os próximos dois passos. A
fosforilação que ocorre na reação seguinte (reação 3) requer que o grupo em C-1 seja
primeiramente convertido de um carbonil para um álcool e, na reação subsequente
(reação 4), a clivagem da ponte entre C-3 e C-4 pela aldolase requer um grupo carbonil
em C-2.[1]

[editar] Reação 3: fosfofrutoquinase

Na reação número 3, a célula investe outra molécula de ATP para fosforilar a frutose-
6-fosfato e convertê-la em frutose-1,6-bisfosfato. Esta é também uma reação irreversível
e de controle desta via metabólica, catalisada pela enzima fosfofrutoquinase, que é a
enzima marca-passo da glicólise. Esta etapa ocorre para deixar a molécula simétrica
para a reação de clivagem na etapa seguinte.

[editar] Reação 4: aldolase

Na reação 4, a frutose-1,6-bisfosfato é clivada em duas trioses: gliceraldeído-3-fosfato e


dihidroxiacetona fosfato. Esta reação é catalisada pela enzima aldolase.

[editar] Reação 5: triosefosfato isomerase

O gliceraldeído-3-fosfato e a dihidroxiacetona fosfato são isômeros facilmente


interconvertíveis pela enzima triosefosfato isomerase. Ocorre então a conversão da
dihidroxicetona P em gliceraldeído 3P, a única triose que pode continuar sendo oxidada.
[editar] Fase 2: Produção de ATP e oxidação

Na fase de geração de ATP (de rendimento), gliceraldeído-3-fosfato (uma triose fosfato)


é oxidado pelo NAD e fosforilada usando fosfato inorgânico. A ponte de fosfato de alta
energia gerada nesta etapa é transferida ao ADP para formar ATP. O fosfato restante é
também rearranjado para formar outra ponte de fosfato de alta energia que é transferida
ao ADP. Como há dois moles de triose fosfato formados, o resultado da fase de geração
de ATP é de quatro ATPs e dois NADH. O resultado é uma produção global de dois
moles de ATP, dois moles de NADH e dois moles de piruvato por mol de glicose.[2]

[editar] Reação 6: Triose fosfato desidrogenase

Na primeira reação desta fase, a número 6 no seguimento da fase anterior, cada


gliceraldeído-3-fosfato é oxidado (desidrogenado) pelo NAD+ (e o NAD+ passa a
NADH) e fosforilado por um fosfato inorgânico, dando origem a 1,3-Bifosfoglicerato
(1,3 BPG). Esta reação é catalisada pela enzima Triose fosfato desidrogenase.

[editar] Reação 7: Fosfoglicerocinase

Na reação 7, catalisada pela enzima 1,3 BiP glicerato cinase, a 1,3 BPG transfere um
grupo fosfato para uma molécula de ADP dando origem a uma molécula de ATP e a 3-
fosfoglicerato. Esta é a primeira etapa da glicólise que sintetiza ATP diretamente na via.

[editar] Reação 8: Fosfogliceromutase

Na reação 8, a enzima fosfogliceromutase reaposiciona a posição do grupo fostato 3-


Fosfoglicerato, dando origem a 2-fosfoglicerato (grupo fosfato ligado ao carbono 2),
preparando o substrato para a próxima reação.

[editar] Reação 9: enolase

A reação 9 é uma reação de desidratação catalizada pela enzima enolase. O 2-


fosfoglicerato é desidratado formando uma molécula de água e fosfoenolpiruvato (PEP),
um composto altamente energético. foi devido a esta configuração energética que o
grupo fosfato foi transferido da posição 3 para 2 na reação anterior.

[editar] Reação 10: piruvato cinase

A reação 10, última desta via metabólica, catalizada pela enzima piruvato cinase, há
transferência do grupo fosfato do fosfoenolpiruvato para uma molécula de ADP,
formando-se então uma molécula de ATP e piruvato. Tendo em conta que por cada
molécula de gliceraldeído-3-fosfato produz-se duas moléculas de ATP, na glicólise são
produzidos ao todo 4 ATPs e gastos 2. O saldo energético é de 2 moléculas de ATP e 2
NADH por molécula de glicose.
[editar] Após a glicólise
[editar] Ciclo de Krebs (ou ciclo do ácido cítrico)

Para o ciclo da glicose interagir com o ciclo de Krebs, há uma reação intermediária a
qual transforma-se o Piruvato em Acetil-CoA. Nesta etapa, ocorre a entrada de NAD e
CoA-SH. O Piruvato gerado na glicólise sofre desidrogenação (oxidação) e
descarboxilação catalisado pelo complexo Piruvato desidrogenase. Durante essas
reações, é adicionada a coenzima A(CoA). Desta forma, a partir de cada piruvato,
produz-se um acetil-CoA. Esta etapa é fundamental, principalmente no fígado, que
regula a glicemia no sangue, pois é irreversível. O piruvato, pode ser transformado
novamente em glicose, através do gasto de energia, num processo chamado
gliconeogênese, processo essencial para manutenção do nível mínimo de glicose no
corpo, sem o qual certos tecidos morreriam, por não realizarem o ciclo de Krebs. Uma
vez transformado em acetil-CoA, não há como gerar glicose novamente, sendo este
acetil-CoA usado para produzir energia (com oxigênio), corpos cetônicos, gordura,
colesterol ou isoprenóides.

Quando usado para produzir energia, o acetil-CoA vai para o ciclo de Krebs, onde será
oxidado, produzindo CO2, água e GTP(energia). Os produtos da oxidação são oxidados
pelo oxigênio na Fosforilação oxidativa, gerando ainda mais energia. Somado com a
glicólise, são produzidos 38 ATP por molécula de açúcar.

[editar] Fermentação Anaeróbica

A fermentação ocorre quando, após a glicólise, não é realizado o ciclo de Krebs, porque
o organismo em questão não o possui ou porque esta via está bloqueada, como durante a
hipóxia (falta de oxigênio).

Em ambos os casos, a glicólise gasta NAD+ e produz NADH. Como a quantidade de


NADH na célula é limitada, este deve ser regenerado a NAD+. Para isso, alguma
molécula deve receber estes elétrons que o NADH carrega. Na respiração aeróbica, o
oxigênio recebe estes elétrons, mas na ausência de oxigênio, o produto da glicose
piruvato , ou seus derivados, recebem estes elétrons. No caso do ser humano, outros
animais e algumas bactérias, a ausência de oxigênio suficiente leva a reação do NADH
com o piruvato, gerando NAD+ e ácido láctico (Fermentação láctica). No caso das
leveduras e bactérias do gênero Zymonas, ocorre a Fermentação alcoólica: o piruvato é
descarboxilado, gerando acetaldeído, através da enzima piruvato descarboxilase
(ausente em animais), e o NADH reduz o acetaldeído, produzindo NAD+ e etanol
(como nos processos fermentativos do pão, dos vinhos e das cervejas). Alguns
microorganismos fermentam produzindo outras variadas substâncias, como nos estudos
de Chaim Weizmann, primeiro presidente de Israel (produzindo acetona), ou usando
outros aceptores de elétrons que não o oxigênio, como nitrato, sulfato, íons férricos,
etc..

Fosforilação oxidativa
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A cadeia de transporte electrónico na mitocôndria é o local onde ocorre a fosforilação


oxidativa em eucariontes. O NADH e succinato produzidos no ciclo dos ácidos
tricarboxílicos são oxidados, libertando-se energia utilizável pela ATP sintase.

A fosforilação oxidativa é uma via metabólica que utiliza energia libertada pela
oxidação de nutrientes de forma a produzir trifosfato de adenosina (ATP). O processo
refere-se à fosforilação do ADP em ATP, utilizando para isso a energia libertada nas
reacções de oxidação-redução.

Durante a fosforilação oxidativa, existe transferência de elétrons de doadores


electrônicos (moléculas redutoras) a aceitadores electrónicos (moléculas oxidantes), tais
como o dioxigênio, numa reação de oxido-redução. As transferências de eletróns
constituem estas reações de oxido-redução, que se processam com libertação de energia,
biologicamente aproveitável para a biossíntese de ATP. Em eucariontes, tais reações
redox são feitas por cinco complexos principais de proteínas mitocondriais, enquanto
que em procariontes, diferentes proteínas localizam-se na membrana interna da célula,
dependendo o tipo de enzima utilizado dos aceitadores e doadores electrônicos. Ao
conjunto de complexos proteicos envolvidos nestas reações chama-se cadeia de
transporte.

A energia derivada do transporte de elétrons é convertida numa força motriz proteónica


e é principalmente utilizada para bombear prótons para o exterior da matriz
mitocondrial. Este processo é denominado quimiosmose e origina energia potencial sob
a forma de um gradiente de pH (ou seja, uma concentração diferente de prótons dentro e
fora da mitocôndria) e de potencial elétrico através da membrana. A energia é utilizada
ao permitir-se o fluxo de prótons a favor do gradiente de concentração através da
enzima ATP sintase.

Embora a fosforilação oxidativa seja uma parte vital do metabolismo, produz espécies
reativas de oxigênio tais como o superóxido e o peróxido de hidrogênio, que induzem a
propagação de radicais livres, danificando componentes celulares (por exemplo,
oxidando proteínas e lípidios de membrana) e contribuindo para processos de
envelhecimento celular e patologias. Existem também diversos venenos e medicamentos
que têm como alvo as enzimas desta via metabólica, inibindo a sua atividade.

História

O campo de estudo da fosforilação oxidativa iniciou-se em 1906, com a divulgação por


Arthur Harden de um papel vital do fosfato na fermentação celular, embora fossem
conhecidos apenas então fosfatos de açúcares.[1] A ligação entre a oxidação de açúcares
e a síntese de ATP foi firmemente estabelecida no início da década de 1940 do século
XX por Herman Kalckar,[2] confirmando-se o papel central do ATP na transferência de
energia proposto por Fritz Albert Lipmann em 1941.[3] Mais tarde, em 1949, Morris
Friedkin e Albert L. Lehninger provaram que a coenzima NADH ligava vias
metabólicas tais como o ciclo do ácido cítrico e a síntese de ATP.[4] Durante as duas
décadas seguintes permaneceu incógnito o mecanismo de produção do ATP, tendo
havido a procura de um elusivo "intermediário de alta energia" que ligaria a oxidação às
reacções de fosforilação.[5] Este problema foi resolvido por Peter D. Mitchell com a
publicação da teoria quimiosmótica em 1961.[6] A proposta foi inicialmente controversa,
mas foi lentamente aceite e Mitchell recebeu um prémio Nobel pelos seus estudos em
1978.[7][8] A investigação que se seguiu neste campo concentrou-se na purificação e
caracterização das enzimas desta via, havendo contribuições importantes por David E.
Green nos complexos da cadeia de transporte electrónico e Efraim Racker na ATP
sintase.[9]

Importantes passos em direcção à descoberta do mecanismo da ATP sintase foram


dados por Paul D. Boyer com a sua proposta do mecanismo "ligação-modificação" em
1973 e de catálise envolvendo rotação em 1982.[10][11] O trabalho mais recente no campo
da fosforilação oxidativa inclui estudos estruturais das enzimas desta via por John E.
Walker (também conhecido como Johnnie Walker) tendo Walker e Boyer recebido um
prémio Nobel em 1997.[12]

[editar] A transferência de energia pela quimiosmose

Embora as diversas formas de vida na Terra utilizem uma larga gama de nutrientes
diferentes, quase todas usam a fosforilação oxidativa para produção de ATP, a molécula
que fornece energia metabólica. Esta via é tão universal provavelmente por ser uma
forma altamente eficiente de armazenar energia, comparando com processos
alternativos de fermentação como a glicólise.

A fosforilação oxidativa funciona utilizando reacções químicas exergónicas para dar


energia a reacções endergónicas; os dois tipos de reacção dizem-se, neste caso,
acoplados, ou seja, um não ocorre sem o outro. O fluxo de electrões através da cadeia
de transporte electrónico, desde doadores electrónicos como o NADH a aceitadores de
electrões como o oxigénio, é um processo exergónico, ou seja, liberta energia, enquanto
que a síntese da ATP é endergónica e requer portanto energia. A variação de energia
livre associada à transferência de electrões através de um dos três complexos
corresponde a uma força motriz protónica capaz de fazer a síntese de ATP. Para cada
NADH que se oxida, ou seja, para cada par de electrões transportado pelos complexos I,
III e IV, há a síntese de três ATP.
Tanto a cadeia de transporte electrónico como a ATP sintase se localizam numa
membrana. A energia é transferida da cadeia de transporte electrónico para a ATP
sintase pelo movimento de protões através da membrana, num processo denominado
quimiosmose.[13] Como a membrana interna da mitocôndria é impermeável a protões,
estes só podem voltar à matriz e desfazer o gradiente através de sítios específicos da
membrana interna. O transporte de protões através desta é feita pelos complexos I, III e
IV. A ATP sintase utiliza a energia para sintetizar ATP a partir da fosforilação de
difosfato de adenosina (ADP). Parte da enzima sofre uma rotação à medida que os
protões passam por ela.

Na prática, este processo é semelhante a um simples circuito eléctrico, existindo uma


corrente de protões do lado negativo (N) da membrana para o lado positivo (P)
provocada pela acção de enzimas da cadeia de transporte electrónico que bombeiam
esses protões. Estas enzimas actuam como uma pilha, à medida que produzem trabalho
circulando corrente através do circuito. Professora, se estiver lendo isso, seu aluno
copiou e colou este texto do wikipédia. Dê zero ao garoto. O movimento de protões cria
um gradiente electroquímico através da membrana, muitas vezes designada como força
motriz protónica. Este gradiente tem duas componentes: uma diferença na concentração
de protões (gradiente de pH) e uma diferença no potencial eléctrico, tendo o lado N uma
carga negativa. A energia é armazenada principalmente sob a forma de uma diferença
de potenciais eléctricos nas mitocôndrias e sob a forma de gradiente de pH nos
cloroplastos.[14]

A ATP sintase liberta esta energia armazenada ao completar o circuito e permitir o fluxo
de protões ao longo do potencial electroquímico, de volta ao lado N da membrana.[15]
Esta enzima actua como um motor eléctrico, ao usar a força motriz protónica para
fornecer energia à rotação de parte da sua estrutura e acoplar este movimento à síntese
de ATP.

A quantidade de energia libertada pela fosforilação oxidativa é alta, comparando-se com


a quantidade de energia produzida pela fermentação anaeróbia. A glicólise produz
apenas duas moléculas de ATP, enquanto que a fosforilação oxidativa produz, a partir
de dez moléculas de NADH e duas de succinato, 26 moléculas de ATP, comparando-se
a conversão de uma molécula de glicose a dióxido de carbono e água.[16] Este
rendimento de ATP é o valor máximo teórico; na prática, alguns protões passam
também através da membrana, baixando o rendimento de produção de ATP.[17]

[editar] Moléculas de transferência de protões e electrões


Redução da coenzima Q a partir da sua forma de ubiquinona (Q, cima) à forma totalmente
reduzida ubiquinol (QH2, em baixo).

A cadeia de transporte electrónico transporta protões e electrões, mediando a passagem


de electrões de doadores reduzidos a aceitadores electrónicos e transportando protões
através da membrana. Estes processos tanto usam moléculas solúveis como grupos
ligados a proteínas. Nas mitocôndrias, os electrões são transferidos dentro do espaço
intermembranar pela proteína de transporte electrónico citocromo c,[18] que, por ser
hidrossolúvel, pode circular no espaço intermembranar. O citocromo c transporta apenas
electrões, através da oxirredução de um ião de ferro localizado num grupo hemo
pertencente à estrutura da proteína. Também se encontra citocromo c nalgumas
bactérias, localizando-se no espaço periplasmático.[19]

Na membrana mitocondrial interna, a coenzima Q10 (Q), um transportador electrónico


lipossolúvel, transporta não só electrões mas também protões, usando um ciclo redox.[20]
Esta pequena molécula de benzoquinona é muito hidrofóbica, podendo por isso
difundir-se facilmente pela membrana. Quando Q aceita dois electrões e dois protões,
passa à forma totalmente reduzida ubiquinol (QH2); quando QH2 liberta dois protões e
dois elecrões, volta ao estado ubiquinona (Q). Como resultado, se duas enzimas estão
dispostas de modo que Q seja reduzido de um lado da membrana e QH2 seja oxidado no
outro lado, a ubiquinona acoplará estas reacções e transportará protões através da
membrana.[21] Algumas cadeias de transporte electrónico bacterianas usam quinonas
diferentes, tais como a menaquinona (ou vitamina K), além da ubiquinona.[22]

Dentro de proteínas, os electrões são transferidos entre cofactores flavínicos,[15][23]


centros de ferro-enxofre e citocromos. Existem diversos tipos de centros ferro-enxofre.
O tipo mais simples que se encontra na cadeia de transporte electrónico é formado por
dois átomos de ferro ligados entre si e por dois átomos de enxofre inorgânico (ou seja,
não pertencente a cadeias laterais de aminoácidos), designando-se este tipo de centros
[2Fe-2S]. O segundo tipo de centro ferro-enxofre é o [4Fe-4S], sendo similar a um cubo
constituído por quatro iões de ferro e quatro de enxofre. Nos centros de ferro-enxofre,
cada ião de ferro encontra-se coordenado também a um aminoácido, normalmente
através do átomo de enxofre de uma cisteína. Os cofactores contendo metais sofrem
reacções redox sem ligar ou libertar protões, pelo que servem apenas para transportar
electrões na cadeia de transporte electrónico. Os electrões conseguem viajar distâncias
relativamente grandes dentro das proteínas ao efectuar "saltos" entre as cadeias dos
cofactores.[24] Tal ocorre devido ao efeito de tunneling quântico, que é rápido através de
distâncias inferiores a 14 Å.[25]

[editar] Cadeias de transporte electrónico em eucariontes

Diversos processos bioquímicos catabólicos, tais como a glicólise, o ciclo dos ácidos
tricarboxílicos e a beta-oxidação, produzem a coenzima NADH. Esta coenzima contém
electrões que possuem um alto potencial de transferência (correspondente a um
potencial de eléctrodo muito negativo), ou seja, ao acontecer a oxidação do NADH, é
libertada grande quantidade de energia. No entanto, a célula não liberta esta energia de
uma só vez, pois tal reacção poderia ser incontrolável. Os electrões são então removidos
do NADH e transferidos para o dioxigénio através de uma série de passos catalisados
por diferentes enzimas, em que cada passo liberta uma pequena quantidade de energia.
Este conjunto de enzimas, designados complexos I, II, III e IV, constitui a cadeia de
transporte electrónico e encontra-se na membrana interna da mitocôndria. O succinato é
também oxidado pela cadeia de transporte electrónico, mas entra na via metabólica num
ponto diferente.

Em eucariontes, as enzimas neste sistema de transporte electrónico utilizam a energia


libertada na oxidação do NADH para bombear protões através da membrana interna da
mitocôndria. Esta acção causa a acumulação de protões no espaço intermembranar,
originando um gradiente electroquímico através da membrana. A energia armazenada
sob este potencial é então utilizada pela ATP sintase para produzir ATP. A fosforilação
oxidativa mitocondrial é a mais bem compreendida; existem mitocôndrias em quase
todos os eucariontes, exceptuando-se alguns protozoários anaeróbios como
Trichomonas vaginalis, que reduzem os protões a hidrogénio molecular num organelo
denominado hidrogenossoma, uma mitocôndria residual.[26]

[editar] NADH-coenzima Q oxidoredutase (complexo I)

Complexo I ou NADH-Q oxidorredutase. As abreviaturas utilizadas encontram-se discutidas no


texto. Em todos os diagramas de complexos respiratórios, a matriz mitocondrial situa-se em
baixo e o espaço intermembranar em cima.

A NADH-coenzima Q oxidorredutase, também conhecida como NADH


desidrogenase ou complexo I, é a primeira proteína na cadeia de transporte electrónico.
[27]
O complexo I é uma enzima de grandes dimensões; o complexo I de mamíferos
possui 46 subunidades e uma massa molecular de cerca de mil quilodaltons.[28] É
conhecida apenas a estrutura detalhada do complexo de uma bactéria;[29] na maioria dos
organismos, o complexo aparenta ter a forma de uma bota com uma esfera projectando-
se da membrana em direcção à matriz mitocondrial.[30][31] Os genes que codificam as
proteínas que fazem parte deste complexo encontram-se tanto no DNA nuclear como no
genoma mitocondrial, tal como acontece com diversas outras enzimas presentes na
mitocôndria.
A reacção catalisada por esta enzima é a redução da coenzima Q10 (ou ubiquinona,
representado por Q na equação abaixo) por dois electrões provindos do NADH. A
coenzima Q10 é uma quinona lipossolúvel da membrana mitocondrial.

  

O início da reação, e de toda a cadeia electrónica, consiste na ligação de uma molécula


de NADH ao complexo I e a doação de dois electrões. Os electrões entram no complexo
I através de um grupo prostético ligado ao complexo, o mononucleótido de flavina
(FMN). A adição de electrões ao FMN converte este à sua forma reduzida, FMNH2. Os
electrões são então transferidos através de diversos centros de ferro-enxofre, o segundo
tipo de grupo prostético encontrado no complexo.[29] Existem centros [2Fe-2S] e [4Fe-
4S] no complexo I.

À medida que os electrões passam através deste complexo, quatro protões são
bombeados da matriz mitocondrial para o espaço intermembranar. Não é bem conhecido
o mecanismo exacto de como esta passagem ocorre, mas aparenta haver mudanças
conformacionais no complexo I que provocam a ligação de protões ao lado N da
membrana e os movimentam para o lado P.[32] Por fim, os electrões são transferidos da
cadeia de centros ferro-enxofre para uma molécula de ubiquinona na membrana.[27] A
redução da ubiquinona contribi também para a geração de um gradiente de protões, por
haver retirada de dois protões da matriz na sua redução a ubiquinol (QH2).Este processo
se tornou importante, pois, seres heterotróficos necessitam deste ciclo(terceira fase do
processo de transformação quimica da glicose).

Complexo II: Succinato-Q oxidorredutase.

[editar] Succinato-Q oxidorredutase (complexo II)

A succinato-Q oxidorredutase, também conhecida como complexo II, é um segundo


ponto de entrada na cadeia de transporte electrónico.[33] Tem a característica de ser a
única enzima que participa tanto no ciclo dos ácidos tricarboxílicos como na cadeia de
transporte electrónico. O complexo II consiste de quatro subunidades proteicas e um
cofactor dinucleótido de flavina-adenina (FAD), centros de ferro-enxofre e um grupo
hemo que não participa na transferência de electrões para a coenzima Q mas aparenta
ser necessário para diminuir a produção de espécies reactivas de oxigénio.[34][35] Oxida o
succinato a fumarato e reduz a ubiquinona. Como esta reacção liberta menos energia
que a oxidação do NADH, o complexo II não transporta protões através da membrana e
não contribui para o gradiente de protões.

  

Nalguns eucariontes, tais como o verme parasita Ascaris suum, existe uma enzima
similar ao complexo II, a fumarato redutase (menaquiol:fumarato oxidorredutase, ou
QFR) que opera de forma reversa, oxidando ubiquinol e reduzindo fumarato. Este
processo permite ao parasita sobreviver no ambiente anaeróbio do intestino grosso,
realizando fosforilação oxidativa anaeróbia usando fumarato como aceitador final de
electrões.[36] Outra função pouco convencional do complexo II é encontrada no parasita
que causa a malária Plasmodium falciparum, em que a acção reversa do complexo II é
importante na regeneração de ubiquinol, utilizado pelo parasita num tipo raro de
biossíntese de pirimidina.[37]

[editar] Flavoproteína de transporte de electrões-Q oxidorredutase

A flavoproteína de transporte de electrões-ubiquinona oxidorredutase (ETF-Q


oxidorredutase), também conhecida como flavoproteína de transporte de electrões
desidrogenase, é um terceiro ponto de entrada na cadeia de transporte electrónico. É
uma enzima que aceita electrões da flavoproteína transportadora de electrões na matriz
mitocondrial e os utiliza para reduzir a ubiquinona.[38] Esta enzima contém uma flavina e
um centro [4Fe-4S] mas, ao contrário de outros complexos respiratórios, liga-se à
superfície da membrana e não atravessa a bicamada lipídica.[39]

  

Em mamíferos, esta via metabólica é relevante na beta-oxidação de ácidos gordos e no


catabolismo de aminoácidos e colina, ao aceitar electrões de diversas acetil-CoA
desidrogenases.[40][41] Em plantas, a ETF-Q oxidorredutase é também importante nas
respostas metabólicas que permitem a sobevivência durante longos períodos de
escuridão.[42]
Os dois passos de transferência electrónica no complexo III: Q-citocromo c oxidorredutase.
Após cada passo, Q (na parte superior da figura) deixa a enzima.

[editar] Q-citocromo c oxidorredutase (complexo III)

A Q-citocromo c oxidorredutase é também conhecida simplesmente como citocromo


c redutase, complexo citocromo bc1, ou simplesmente complexo III.[43][44] Em
mamíferos, esta enzima é um dímero, em que cada subunidade é ela própria um
complexo de 11 proteínas, um centro [2Fe-2S] e três citocromos (um citocromo c1 e
dois citocromos b.[45] Um citocromo é um tipo de proteína de transferência electrónica
que contém pelo menos um grupo hemo. Os iões de ferro dos grupos hémicos do
complexo III alternam entre o estado ferroso (reduzido, Fe2+) e férrico (oxidado, Fe3+), à
medida que os electrões são transferidos através da proteína.

O complexo III catalisa a oxidação de uma molécula de ubiquinol e a redução de duas


moléculas de citocromo c, que consegue transportar apenas um electrão (ao contrário da
coenzima Q, que pode transportar dois)

  

Como apenas um dos electrões pode ser transferido em cada passo do doador QH2 para
um citocromo aceitador, o mecanismo de reacção do complexo III é mais elaborado que
aqueles de outros complexos respiratórios e ocorre em dois passos colectivamente
designados "ciclo Q".[46] No primeiro passo, a enzima liga três substratos: primeiro o
QH2, que sofre oxidação, passando um electrão para o segundo substrato, o citocromo c,
e dois protões para o espaço intermembranar. O terceiro substrato é Q, que aceita o
segundo electrão de QH2, reduzindo-se ao radical Q.- (ubisemiquinona). Os primeiros
dois substratos são libertados, enquanto que o intermediário ubisemiquinona permanece
ligado. No segundo passo, liga-se uma segunda molécula de QH2, passando novamente
um electrão a outro citocromo c. O segundo electrão é transferido para a
ubisemiquinona, reduzindo-a a QH2 ao mesmo tempo que são captados dois protões da
matriz mitocondrial. QH2 é então libertado da enzima.[47]

À medida que a coenzima Q é reduzida a ubiquinol no lado interno da membrana e


oxidada a ubiquinona no outro lado, existe uma transferência líquida de protões através
da membrana, que contribui para o gradiente de protões.[15] Este mecanismo é
relativamente complexo mas assegura um aumento da eficiência da transferência de
protões: se apenas uma molécula de QH2 fosse utilizada para reduzir directamente dois
citocromos, a eficiência seria a metade, havendo apenas a transferência de um protão
por citocromo reduzido.[15]
Complexo IV: citocromo c oxidase.

[editar] Citocromo c oxidase (complexo IV)

A citocromo c oxidase, também conhecda como complexo IV, é o último complexo


proteico da cadeia de transporte de electrões.[48] Em mamíferos, a enzima tem uma
estrutura bastante complexa, contendo 13 subunidades, dois grupos hémicos e diversos
outros cofactores metálicos (três iões de cobre, um de magnésio e um de zinco).[49] Esta
enzima catalisa a reacção final da cadeia de transporte electrónico, oxidando o
citocromo c e transferindo electrões para o oxigénio, ao mesmo tempo que bombeia
protões através da membrana.[50] O aceitador final de electrões oxigénio é reduzido a
água neste processo. Tanto a passagem de protões através da membrana como o
consumo de protões na matriz mitocondrial contribuem para o gradiente protónico.

  

[editar] Redutases e oxidases alternativas

Muitos organismos eucarióticos possuem cadeias respiratórias diferentes das de


mamíferos, que são as mais bem estudadas (e acima descritas). Por exemplo, em
plantas, existem NADH oxidases que oxidam o NADH no citoplasma, não na matriz
mitocondrial, e passam os electrões para uma reserva de ubiquinona.[51] Estas enzimas
não transportam proões, pelo que reduzem a ubiquinona sem alterar o gradiente
electroquímico através da membrana interna.[52]

Outro exemplo de um sistema diferente é a "oxidase alternativa", encontrada em


plantas, alguns fungos, protistas e possivelmente noutros animais.[53][54] Esta enzima
transfere electrões directamente do ubiquinol para o oxigénio.[55]

As vias de transporte electrónico em que participam estas oxidases alternativas rendem


menos ATP que a cadeia completa. Não se encontram totalmente esclarecidas as
vantagens em possuir cadeias mais curtas; no entanto, estas oxidases alternativas são
produzidas em resposta a situações de stress, como frio, produção de espécies reactivas
de oxigénio e infecção, assim como outros factores que inibam a cadeia de transporte
completa.[56][57] Vias alternativas podem melhorar a resistência dos organismos a danos
causados pelo stress oxidativo.[58]

[editar] Organização de complexos

O modelo original da organização dos complexos da cadeia respiratória descrevia a sua


difusão livre e independente na membrana mitocondrial.[28] No entanto, alguns dados
mais recentes sugerem que os complexos possam formar estruturas de ordem superior,
designadas "supercomplexos" ou "respirassomas".[59] Neste modelo, os diversos
complexos existem como conjuntos organizados de enzimas que interactuam.[60] Tais
associações poderão permitir a canalização de substratos ("channeling") entre os
diferentes complexos da cadeia, optimizando a velocidade e eficiência da transferência
de electrões.[61] Em mamíferos, alguns dos componentes poderão existir em maior
quantidade que outros, com razões entre complexos I/II/III/IV e ATP sintase de
aproximadamente 1:1:3:7:4.[62] No entanto, este modelo não é totalmente aceite, pois
existem dados que aparentam não se ajustar ao modelo.[28][63]

[editar] Cadeias de transporte electrónico de procariontes

Em contraste com a similaridade geral que existe na estrutura e função das cadeias
respiratórias em eucariontes, as enzimas de transferência electrónica em bactérias e
arqueas são muito diversificadas; utilizam também diversos outros compostos químicos
como substratos, permitindo a sua adaptação a diferentes condições ambientais.[64][65] Tal
como acontece nos eucariontes, a cadeia de transporte electrónico em procariontes
utiliza a energia libertada da oxidação de um substrato para bombear iões através de
uma membrana e gerar um gradiente electroquímico. Em bactérias, a fosforilação
oxidativa em Escherichia coli é a mais bem compreendida; em contraste, os sistemas
em arqueas são ainda pouco compreendidos.[66] Em E. coli, a fosforilação oxidativa
utiliza uma grande variedade de agentes redutores e oxidantes, listados abaixo. O
potencial de meia onda de um composto dá uma medida da quantidade de energia
libertada quando esse composto é oxidado ou reduzido, tendo agentes redutores
potenciais negativos e agentes oxidantes potenciais positivos.

Enzimas e substratos da respiração em E. coli [67]

 Potencial de meia
Enzima respiratória Par redox onda 

(Volts)
 Formato desidrogenase Bicarbonato / Formato −0,43

 Hidrogenase Protão / Hidrogénio −0,42


NAD+
 NADH desidrogenase / NADH −0,32

 Glicerol-3-fosfato desidrogenase DHAP / Gly-3-P −0,19

 Piruvato oxidase  Acetato + Dióxido de carbono /  ?


Piruvato  

 Lactato desidrogenase Piruvato / Lactato −0,19

 D-aminoácido desidrogenase  2-oxoácido + amónia / D-aminoácido  ?

 Glicose oxidase Glicose / Gluconato −0,14

 Succinato desidrogenase Succinato / Fumarato +0,03

 Ubiquinol oxidase Oxigénio / Água +0,82

 Nitrato redutase Nitrato / Nitrito +0,42

 Nitrito redutase Nitrito / Amónia +0,36

 Dimetilsulfóxido redutase DMSO / DMS +0,16

 N-óxido de trimetilamina
TMAO / TMA +0,13
redutase

 Fumarato redutase Fumarato / Succinato +0,03

Como mostrado acima, a E. coli pode multiplicar-se na presença de agentes redutores


como o formato, o hidrogénio ou o lactato como doadores de electrões e o nitrato,
DMSO ou oxigénio como aceitadores.[65] Quanto maior é a diferença entre o potencial
de um composto oxidante e de um redutor, mais energia é libertada quando eles reagem.
Dentro deste conjunto de compostos, o par succinato/fumarato é particular, pois o seu
potencial de meia onda é quase zero. Tal significa que o succinato pode ser oxidado a
fumarato se houver um oxidante forte presente (como o oxigénio) ou o fumarato pode
ser reduzido a succinato na presença de um agente redutor forte (como o formato). Estas
reacções alternativas são catalisadas pela succinato desidrogenase e pela fumarato
redutase, respectivamente.[68]

Alguns procariontes utilizam pares redox que possuem diferenças muito pequenas no
seu potencial de meia onda. Por exemplo, bactérias nitrificantes, como as pertencentes
ao género Nitrobacter, oxidam nitrito a nitrato, doando elecrões ao oxigénio. A pequena
quantidade de energia libertada nesta reacção é suficiente para bombear protões e
produzir ATP, mas insuficiente para produzir NADH ou NADPH directamente em
anabolismo.[69] Este problema é contornado usando uma nitrito oxidorredutase que
produz força motriz protónica suficiente para fazer funcionar a cadeia de transporte
electrónico no sentido inverso, forçando o complexo I a produzir NADH.[70][71]

Os procariontes controlam o uso destes doadores e aceitadores de electrões variando o


tipo de enzimas produzido, em resposta a condições ambientais.[72] Esta flexibilidade
deve-se à possibilidade de diferentes oxidases e redutases utilizarem a mesma reserva de
ubiquinona. Tal permite diversas combinações funcionais de enzimas, enzimas essas
ligadas pelo intermediário comum ubiquinol.[67] Estas cadeias respiratórias têm portanto
uma natureza modular, com sistemas de enzimas fáceis de permutar.
Além da existência desta diversidade metabólica, os procariontes têm também várias
isozimas (diferentes enzimas que catalisam a mesma reacção). Por exemplo, existe em
E. coli dois tipos diferentes de ubiquinol oxidase usando oxigénio como aceitador
electrónico. Sob condições totalmente aeróbias, a célula utiliza uma oxidase com baixa
afinidade para com o oxigénio que consegue transportar dois protões por cada electrão.
No entanto, se os níveis de oxigénio decrescem, o metabolismo muda para a utlização
de uma oxidase que transfere apenas um protão por electrão, mas que tem alta afinidade
para com o oxigénio.[73]

[editar] ATP sintase

ATP sintase. O canal de protões FO e eixo encontra-se a rosa, o domínio sintase F 1 a magenta e
a membrana a azul translúcido.

A ATP sintase, também designada complexo V, é a enzima final na via da fosforilação


oxidativa. Esta enzima encontra-se presente em todas os organismos vivos e funciona de
forma idêntica em procariontes e eucariontes. [74] A enzima utiliza a energia armazenada
num gradiente de protões existente através da membrana para realizar a síntese de ATP
a partir de ADP e fosfato inorgânico (Pi). Existem estimativas de serem necessários
entre três e quatro protões para sintetizar um ATP,[75][76] havendo alguns estudos que
apontam para uma variação nestes números, dependendo das condições.[77]

  

Esta reacção de fosforilação é um equilíbrio químico, que pode ser deslocado alterando-
se a força motriz protónica. Se não existe uma força motriz, a reacção da ATP sintase
prossegue da direita para a esquerda, havendo a hidrólise de ATP e o bombeamento de
protões para fora da matriz, através da membrana. No entanto, quando a força motriz é
alta, a reacção procede da esquerda para a direita, permitindo o fluxo de protões no
sentido do gradiente de concentração (da maior concentração para a menor) e
produzindo ATP a partir de ADP.[74]

A ATP sintase é um complexo proteico de grandes dimensões, em forma de cogumelo.


A enzima em mamíferos contém 16 subunidades e uma massa de aproximadamente 600
quilodalton.[78] A parte da enzima embebida na membrana é designada FO e contém um
anel de subunidades "c" e o canal de protões. O eixo e a "cabeça" em forma de bola é
designada F1, sendo o local onde ocorre a síntese de ATP. O complexo em forma de
bola na extremidade de F1 contém seis proteínas de dois tipos distintos (três subunidades
α e três subunidades β); o eixo consiste numa proteína (subunidade γ), cuja extremidade
penetra na zona das subunidades α e β.[79] Tanto a subunidade α como a β conseguem
ligar nucleótidos, mas apenas a subunidade β catalisa a reacção de síntese do ATP. Uma
outra subunidade actua como um braço lateral, estendendo-se ao longo de F1,
penetrando a membrana e ligando as subunidades α e β à base da enzima.

À medida que os protões atravessam a membrana através do canal na base da ATP


sintase, FO entra em movimento de rotação.[80] Esta rotação poderá ser causada por
mudanças no estado de ionização de aminoácidos no anel de subunidades "c", o que
poderá causar interacções electrostáticas que propulsionam o anel.[81] Este anel em
rotação, por sua vez, força a rotação do eixo central (subunidade γ) dentro das
subunidades α e β; estas não entram em rotação por se encontrarem fixas pelo braço
lateral, que actua como um estator. É o movimento da subunidade γ que providencia a
energia necessária para os centros activos das subunidades β sofrerem alterações que
permitam a produção e libertação de ATP.[14]

Esta reacção de síntese de ATP é designada em Inglês como binding change mechanism
(algo como "mecanismo de ligação-modificação") e consiste na modificação cíclica do
centro activo de cada subunidade β em três estados.[11] No estado "aberto", o ADP e o
fosfato entram no centro activo. A proteína muda de conformação capturando as
moléculas e liga-as de forma fraca (estado de ligação fraca). A enzima muda então
novamente de conformação e força o encontro entre estas moléculas (estado "fechado"),
em que o centro activo liga a recém-produzida molécula de ATP com alta afinidade. O
centro activo volta então ao estado "aberto", permitindo a libertação da molécula de
ATP e podendo voltar a ligar ADP e fosfato.

Nalgumas bactérias e arqueas, é o movimento de iões sódio, não de protões, através da


membrana que potencia a síntese de ATP.[82][83] Arqueas como as pertencentes ao género
Methanococcus contêm também a A1Ao sintase, uma forma da enzima que contém
proteínas com muito pouca semelhança a nível da estrutura primária (sequência de
aminoácidos) com subunidades de outras ATP sintases bacterianas e eucarióticas. É
possível que, nalgumas espécies, esta forma da enzima seja uma ATP sintase
especializada no transporte de sódio,[84] embora tal não seja obrigatoriamente verdadeiro
em todos os casos.[83]

[editar] Espécies reactivas de oxigénio

O dioxigénio (oxigénio molecular) é um aceitador terminal de electrões ideal, por ser


um agente oxidante forte. A redução do dioxigénio pode originar intermediários
potencialmente danosos.[85] Embora a transferência de quatro protões e quatro electrões
reduza o dioxigénio a água, uma espécie química inócua, a transferência de um ou dois
electrões produz o anião radical superóxido e o peróxido de hidrogénio.
Estas espécies reactivas de oxigénio e os seus produtos de reacção, tais como o radical
hidroxilo, são muito danosos para as células, pois oxidam proteínas e lípidos
membranares e causam mutações no DNA. Estes danos celulares podem contribuir para
determinadas patologias e pensa-se que estejam envolvidos no processo de
envelhecimento.[86][87]

O complexo da citocromo c oxidase é muito eficiente na redução de dioxigénio a água e


produz muito poucos intermediários parcialmente reduzidos. No entanto, são produzidas
pequenas quantidades de superóxido e peróxido na cadeia de transporte de electrões.[88]
É de particular importância a redução da coenzima Q10 no complexo III, quando existe
a formação da ubisemiquinona, um radical livre muito reactivo e instável que pode por
vezes "escoar" alguns electrões directamente para o oxigénio, produzindo superóxido.[89]

Para diminuir os efeitos das espécies reactivas de oxigénio, as células possuem diversos
sistemas antioxidantes, como a presença das vitaminas C e E e enzimas como a
superóxido dismutase, a catalase e peroxidases,[85] que capturam e desintoxicam as
espécies reactivas e limitam os danos por elas causados.

[editar] Inibidores

Existem diversos compostos químicos que inibem a fosforilação oxidativa. Embora


normalmente qualquer um desses compostos iniba apenas uma enzima da cadeia de
transporte electrónico, a inibição de apenas um dos passos é suficiente para parar toda a
cadeia. Por exemplo, a presença de oligomicina inibe a ATP sintase, impedindo a
passagem de protões para dentro da mitocôndria.[90] Tal resulta na inoperância das
bombas de protões, já que o gradiente de concentração protónica se torna demasiado
forte para ser superado. O NADH deixa então de ser oxidado, o que pára o
funcionamento do ciclo dos ácidos tricarboxílicos, pois a concentração de NAD+ cai
para níveis inferiores aos necessários para o funcionamento das enzimas desse ciclo.

Compostos Uso Efeito na fosforilação oxidativa

Cianeto Inibe a cadeia de transporte electrónico ao ligar o oxigénio com


Monóxido de Venenos maior afinidade que o centro Fe–Cu do citocromo c oxidase,
carbono evitando a redução do dioxigénio.[91]

Inibe a ATP sintase ao bloquear o fluxo de protões através da


Oligomicina Antibiótico
subunidade FO.[90]

CCCP Ionóforos que perturbam o gradiente de protões ao transportar


2,4- Venenos protões através da membrana mitocondrial interna, desacoplando
Dinitrofenol então o bombeamento de protões da síntese de ATP. [92]

Evita a transferência de electrões do complexo I para a ubiquinona


Rotenona Pesticida
ao bloquear o local de ligação da ubiquinona. [93]

Nem todos os inibidores da fosforilação oxidativa são toxinas. No tecido adiposo


castanho existem canais protónicos regulados designados proteínas de desacoplamento
que conseguem fazer o desacoplamento da respiração e síntese de ATP.[94] Este é um
tipo de respiração rápida que produz calor e é de particular importância como forma de
manter a temperatura corporal em animais em hibernação, embora tais proteínas possam
também ter uma função mais geral nas respostas ao stress celular.[95]

Gliconeogênese
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Molécula da glicose

Gliconeogênese ("formação de novo açúcar") é a rota pela qual é produzida glicose a


partir de compostos aglicanos (não-açúcares ou não-carboidratos), sendo a maior parte
deste processo realizado no fígado (principalmente sob condições de jejum) e uma
menor parte no córtex dos rins. Em humanos, os principais precursores são: lactato,
glicerol e aminoácidos, principalmente alanina. Exceto por três sequências específicas,
as reações da gliconeogênese são inversas às da glicólise. [1]

Em mamíferos, a maioria dos tecidos é capaz de suprir suas necessidades energéticas a


partir da oxidação de vários compostos, tais como aminoácidos, açúcares e ácidos
graxos, porém alguns tecidos dependem quase completamente de glicose como fonte de
energia metabólica. Para o cérebro humano e o sistema nervoso, assim como os
eritrócitos, testículos, medula renal e tecidos embriônicos, a glicose sanguínea é a única
ou principal fonte de energia. Apenas o cérebro requer cerca de 120g de glicose a cada
dia - mais do que metade de toda a glicose armazenada como glicogênio em músculos e
fígado.[2] A longo prazo, todos os tecidos também requerem glicose para outras funções,
tais como a síntese da ribose dos nucleotídeos ou da porção carboidrato de
glicoproteínas e glicoproteínas. Portanto, para sobreviver, os organismos precisam ter
mecanismos para manutenção dos níveis sanguíneos de glicose.[1] Quando a
concentração de glicose circulante vinda da alimentação diminui, o glicogênio hepático
e muscular é degradado (glicogenólise) fazendo com que a glicemia volte a valores
normais. Entretanto, o suprimento de glicose desses reservatórios não é sempre
suficiente; entre as refeições e durante longos jejuns, ou após exercícios vigorosos, o
glicogênio é depletado (consumido), situação que também ocorre quando há deficiência
do suprimento de glicose pela dieta ou por dificuldade na absorção pelas células. Nessas
situações, os organismos necessitam de um método para sintetizar glicose a partir de
precursores não-carboidratos. Isso é realizado pela via chamada gliconeogênese, a qual
converte piruvato e compostos relacionados de três e quatro carbonos em glicose.[2]

As modificações que ocorrem no metabolismo da glicose durante a mudança do estado


alimentado para o estado de jejum são reguladas pelos hormônios insulina e glucagon.
A insulina está elevada no estado alimentado, e o glucagon se eleva durante o jejum. A
insulina estimula o transporte de glicose para certas células, tais como as dos músculos
e tecido adiposo, e também altera a atividade de enzimas chave que regulam o
metabolismo, estimulando o armazenamento de combustível. O glucagon contrarregula
os efeitos da insulina, estimulando a liberação dos combustíveis armazenados e a
conversão de lactato, aminoácidos e glicerol em glicose.[1]

A gliconeogênese é um processo ubíquo, presente em plantas, animais, fungos e outros


microrganismos, sendo que as reações são praticamente as mesmas em todos os tecidos
e todas as espécies.[2]

Nas mudas de plantas, gorduras e proteínas armazenadas são convertidas, através de


rotas que incluem a gliconeogênese, no dissacarídeo sacarose para transporte através da
planta em desenvolvimento. A glicose e seus derivados são precursores da síntese das
paredes celulares das plantas, nucleotídeos e coenzimas, e uma variedade de outros
metabólitos essenciais. Em muitos microorganismos, a gliconeogênese inicia a partir de
compostos orgânicos simples de dois ou três carbonoso, tais como acetato, lactato e
propionato no seu meio de crescimento. Embora as reações da gliconeogênese sejam as
mesmas em todos os organismos, o contexto metabólico e a regulação da rota diferem
de uma espécie para outra e de tecido para tecido.

Precursores

As três maiores fontes de carbono para a gliconeogênese em humanos são lactato,


glicerol e aminoácidos, particularmente alanina. O lactato é produzido pela glicólise
anaeróbica em tecidos como músculo em exercício ou hemácias, assim como por
adipócitos durante o estado alimentado, sendo convertido em piruvato pela enzima
lactato desidrogenase. Glicerol é liberado das reservas adiposas de triacilglicerol e entra
na rota gliconeogênica como diidroxiacetona fosfato (DHAP). Aminoácidos provém
principalmente do tecido muscular, onde podem ser obtidos pela degradação de proteína
muscular. Todos os aminoácidos, exceto a leucina e a lisina, podem originar glicose ao
serem metabolizados em piruvato ou oxaloacetato, participantes do ciclo de Krebs. A
alanina, o principal aminoácido gliconeogênico, é produzida no músculo a partir de
outros aminoácidos e de glicose.[1]

Ácidos graxos não podem ser convertidos em glicose em animais, com exceção de
ácidos graxos de cadeia ímpar ou ramificada, os quais liberam propionato, um precursor
do succinil CoA, sendo fonte mais importante de glicose em ruminantes. Em plantas,
especificamente nas mudas, o ciclo do glioxilato pode ser usado para converter ácidos
graxos (acetato) como fonte primária de carbono do organismo. O ciclo do glioxilato
produz ácidos dicarboxílicos de quatro carbonos que podem entrar na gliconeogênese.[3]

Rotas da glicólise e gliconeogênese no fígado.

[editar] Ciclo de Cori e ciclo da alanina

Dois ciclos importantes dependem do processo de gliconeogênese: o ciclo de Cori e o


ciclo da alanina. O ciclo de Cori ocorre no músculo esquelético e nas hemácias e
consiste na oxidação de glicose em lactato, com posterior transporte desse produto para
o fígado. Já o ciclo da alanina, que ocorre somente no músculo esquelético, consiste na
oxidação da glicose em piruvato, metabolização do piruvato em alanina,(com intuito de
retirar NH3 tóxico ao musculo), transporte para o fígado, onde será reconvertida em
piruvato e o NH3 excretado como uréia. O lactato e o piruvato oriundos de tais
processos são, então, utilizados na gliconeogênese.[1]

[editar] Reações da gliconeogênese

O processo de gliconeogênese superpõe-se ao da glicólise, sendo que, iniciando pelo


piruvato, a maioria das reações de síntese de glicose são no sentido inverso aos da
glicólise. As enzimas envolvidas na catalização desses passos são reguladas para que,
ou glicólise, ou gliconeogênese predomine, dependendo das condições fisiológicas. A
maioria das etapas da gliconeogênese usa as mesmas enzimas que catalizam o processo
da glicólise, porém, o fluxo de carbonos, é claro, é na direção reversa.[1] Entretanto, em
três pontos as reações da glicólise são irreversíveis in vivo (por liberarem energia livre
em forma de calor): conversão de glicose em glicose 6-fosfato pela hexoquinase, a
fosforilação da frutose 6-fosfato em frutose 1,6-bisfosfato pela fosfofrutoquinase-1 e a
conversão de fosfoenolpiruvato em piruvato pela piruvato quinase.[2] Para contornar
essas barreiras energéticas, reações e enzimas especiais são necessárias.[1]

Portanto, três etapas diferem da glicólise:


 1° etapa: A reação que era catalisada pela piruvato quinase na glicólise passa a ser
catalisada pela piruvato carboxilase e pela fosfoenolpiruvato carboxiquinase. O
piruvato é transformado em oxaloacetato pela piruvato carboxilase. O oxaloacetato é
convertido em fosfoenolpiruvato pela fosfoenolpiruvato carboxiquinase. O
fosfoenolpiruvato é transformado em frutose-1,6-bisfosfato por enzimas participantes
na glicólise, que catalisam reações reversíveis, podendo operar a via no sentido
inverso.

 2º etapa: Há a conversão da frutose-1,6-bisfosfato em frutose-6-fosfato. Esta reação é


catalisada pela frutose-1,6- bisfosfatase.

 3º etapa: Nesta etapa faz-se a conversão de glicose-6-fosfato em glicose. O grupo


fosfato ligado ao carbono 6 da glicose-6-fosfato sofre hidrólise catalisada pela glicose-
6-fosfatase. O produto dessa reação é a glicose não fosforilada que, assim, pode
atravessar a membrana plasmática. A enzima glicose-6-fosfatase só ocorre no fígado e
rins.

[editar] Balanço energético da gliconeogênese

A neoglicogênese é uma reação de síntese porque utiliza um precursor de 3 carbonos e


tem como produto final a glicose, com seis carbonos. Assim como as demais reações de
síntese, a neoglicogênese consome energia na forma de ATP. Para cada molécula de
glicose formada a partir de piruvato, seis moles de pontes de fosfato de alta energia são
clivadas[1]: quatro ATP, dois GDP, e dois NADH[2], que são utilizados nas reações
catalisadas por piruvato carboxilase, fosfoenolpiruvato carboxiquinase e fosfoglicerato
quinase. Dois moles de piruvato são requeridos para a síntese de um mol de glicose.[1]

Regulação

O controle da gliconeogênese é realizado pelo glucagon, que estimula esse processo, e


pela insulina, que atua de maneira oposta.[1] Glicólise e gliconeogênese são reguladas
reciprocamente. Se glicólise (a conversão de glicose em piruvato) e gliconeogênese (a
conversão de piruvato em glicose) fossem permitidas ocorrer simultaneamente em altas
taxas, o resultado seria o consumo de ATP e a produção de calor.[2] Embora a
gliconeogênese ocorra durante o jejum, é também estimulada durante exercício
prolongado, por uma dieta altamente protéica, e sob condições de estresse. Os fatores
que promovem o fluxo geral de carbono do piruvato até glicose incluem a
disponibilidade de substrato e mudanças da atividade ou quantidade de certas enzimas
chave da glicólise e gliconeogênese.[1]

Ácido pirúvico
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Ácido pirúvico
Alerta sobre risco à saúde

Nome IUPAC Ácido oxopropanoico

Ácido alfa-cetopropiônico
Outros nomes Ácido acetilfórmico
Ácido piroracêmico

Identificadores

Número CAS 127-17-3

ChemSpider 1031

SMILES  [Expandir]

Propriedades

Fórmula
C3H4O3
molecular

Massa molar 88.06 g/mol

Densidade 1.250 g/cm³

Ponto de fusão 11.8 °C, 285 K, 53 °F

Ponto de
165 °C, 438 K, 329 °F
ebulição
Acidez (pKa) 2.49 at 25 °C
Compostos relacionados
íon piruvato

Outros    
aniões/ânions

ácido acético
cetoácidos,
ácido glioxílico
ácidos
ácido oxálico
carboxílicos
ácido propiônico
relacionados
ácido acetoacético
propionaldeído
Compostos gliceraldeído
relacionados metilglioxal
piruvato de sódio
Excepto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições PTN
Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

O ácido pirúvico

é um composto orgânico contendo três átomos de carbono (C3H4O3), originado ao fim


da glicólise. Em meio aquoso dissocia-se formando o ânion piruvato, que é a forma sob
a qual participa dos processos metabólicos.

O ácido pirúvico é o composto de menor energia que pode ser obtido da glicose sem a
utilização de oxigênio. Durante a glicólise, é transformada uma molécula de NAD+ em
NADH. Como a quantidade desta molécula é limitada na célula, esta tem que ser
regenerada, o que pode ser feito reduzindo o ácido pirúvico:

 1- A álcool etílico (fermentação alcoólica)


 2- A ácido lático (fermentação lática)
 3- A acetil-CoA e dióxido de carbono (para o Ciclo de Krebs ou Sintetase de
ácidos graxos)

Estas vias de degradação do ácido pirúvico dependem da situação e do organismo no


qual se realiza o processo. A fermentação alcoólica só ocorre em certos fungos. A
formação de ácido lático e o ciclo de Krebs podem ocorrer em quase todas as células
animais.

O ácido pirúvico é um líquido transparente, com odor similar ao do ácido acético,


miscivel em água, álcool etílico e éter etílico.
Pode ser produzido em laboratório pela decomposição (perda de CO2) do ácido tartárico
catalizada pelo aquecimento deste com hidrogenosulfato de sódio. Também pode ser
obtido a partir do cloreto de acetila e cianeto de sódio.

CH3COCl + KCN → CH3COCN


CH3COCN + H+ + H2O → CH3COCOOH + NH4+

Categoria:Ácidos carboxílicos
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E R
!
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 Ácido monocarboxílico  Eritrosina
S
 Ácido tricarboxílico  Ácido etanoico
 Salicilamida
A F  Ácido salicílico
 Ácido sinapínico
 Ácido 1-  Ácido fenilacético  Ácido sórbico
naftalenoacético  Fluoresceína  Ácido sulfossalicílico
 Ácido acetilsalicílico  Ácido trifluoroacético
 Ácido indolacético  Ácido metanoico T
 Ácido pangâmico  Foscarnet
 Ácido retinoico  Ácido tricloroacético
 Aconitato (substrato) G
 Ácido acrílico V
 Amineptina  Ácido glioxílico
 Aminossalicilato  Gluconato  Ácido valérico
 Amoxicilina  Valproato
I  Vermelho de metila
B
 Isotiocianato de Á
 Ácido benzoico fluoresceína
 Bixina  Isotretinoína  Ácido aldônico
 Bumetanida
 Ácido
 Ácido butanoico L calconcarboxílico
 Ácido cloroacético
C  Ácido lisérgico  Ácido enântico
 Ácido isovalérico
 Ácido cafeico M
 Calceína  Ácido perfluoro-
 Clonixina octanoico
 Malonato
 Ácido crotônico  Ácido
 Ácido 2-metilbenzoico perfluorononanoico
 Monensina
D  Ácido siálico
N
 Ácido treonico
 Ácido dicloroacético  Ácido urónico
 Ácido  Natamicina  Ácidos cloroacéticos
diclorofenoxiacético  Niacina
 Ácido nitrilotriacético

 Ácido orótico
 Ácido oxalosuccínico

 Ácido pirúvico
 Ácido propanoico
O piruvato representa um ponto de junção importante no catabolismo dos carboidratos
. Nos tecidos animais sob condições aeróbicas o piruvato é o produto da glicólise, e o
NADH formado pela desidrogenação do gliceraldeído 3-fosfato é reoxidado a NAD+
pelo O2. Entretanto, sob condições anaeróbias, como no músculo esquelético em alta
atividade ou nas bactérias do ácido láctico, o NADH gerado pela glicólise não pode ser
reoxidado pelo O2 e precisa ser reoxidado pelo piruvato e, assim, este último é
convertido em lactato. Nestas condições os elétrons doados originalmente pelo
gliceraldeído 3-fosfato ao NAD+ são transportados até o piruvato na forma de NADH.
A redução do piruvato é catalisada pela desidrogenase láctica.
 Ao final da via glicolítica tem-se quatro moléculas de ATP formadas, contudo, o saldo
líquido da glicólise são duas de moléculas de ATP, pois foram utilizadas duas
moléculas de ATP para fosforilar a glicose e a frutose 6-fosfato nos passos iniciais da
glicólise. Deve-se lembrar que são formadas duas moléculas de NADH, as quais
participarão da cadeia transportadora de elétrons gerando mais 6 moléculas de ATP
(se o mecanismo de transporte do NADH do citossol da célula para o interior da
mitocôndria for o sistema especial de transporte do malato-aspartato).11- Redução do
piruvato a lactato
 O piruvato representa um ponto de junção importante no catabolismo dos
carboidratos . Nos tecidos animais sob condições aeróbicas o piruvato é o produto da
glicólise, e o NADH formado pela desidrogenação do gliceraldeído 3-fosfato é
reoxidado a NAD+ pelo O2. Entretanto, sob condições anaeróbias, como no músculo
esquelético em alta atividade ou nas bactérias do ácido láctico, o NADH gerado pela
glicólise não pode ser reoxidado pelo O2 e precisa ser reoxidado pelo piruvato e,
assim, este último é convertido em lactato. Nestas condições os elétrons doados
originalmente pelo gliceraldeído 3-fosfato ao NAD+ são transportados até o piruvato
na forma de NADH. A redução do piruvato é catalisada pela desidrogenase láctica.
 Ao final da via glicolítica tem-se quatro moléculas de ATP formadas, contudo, o saldo
líquido da glicólise são duas de moléculas de ATP, pois foram utilizadas duas
moléculas de ATP para fosforilar a glicose e a frutose 6-fosfato nos passos iniciais da
glicólise. Deve-se lembrar que são formadas duas moléculas de NADH, as quais
participarão da cadeia transportadora de elétrons gerando mais 6 moléculas de ATP
(se o mecanismo de transporte do NADH do citossol da célula para o interior da
mitocôndria for o sistema especial de transporte do malato-aspartato).

Cadeia Transportadora de Elétrons


Figura estática
A cadeia transportadora de elétrons, cadeia respiratória ou fosforilação oxidativa é a
convergência final de todas as vias de degradação oxidativa. A oxidação dos mais variados
combustíveis metabólicos libera elétrons que são entregues pelas desidrogenasesa
transportadores específicos, reduzindo-os (de NAD+ e FAD a NADH+ e FADH 2). Na CTE estes
elétrons serão entregues ao oxigênio.
A energia livre disponibolizada pelo fluxo de elétrons criado é acoplada ao transporte
contracorrente de protóns através da membrana interna da mitocôndria (impermeável a
estes prótons), conservando parte desta energia como potencial eletroquímico
transmembrana.
O fluxo transmembrana dos prótons "de volta", a favor de seu gradiente de
concentração através de poros protéicos específicos fornece energia livre para a síntese de
ATP.

Transportadores de elétrons:
A transferência pode se dar de três formas: Direta, como átomo de hidrogênio (H + +
1elétron), ou como íon hidreto - H- (H+ + 2 elétrons).
O NADH+ e o FADH2 transportam os elétrons de diferentes vias até a CTE, onde os
doam. Dentro da cadeia, o fluxo se estabelece entre uma série de transportadores que
incluem: carreadores de membrana (como as quinonas), citocromos e proteínas ferro-
sulfonadas.
-Ubiquinona- singularmente, sua redução pode se dar em duas etapas diferentes:
-Recebe o 1º elétron, sendo reduzida a radical semiquinona - UQH
-2º elétron - Ubiquinol - UQH2
Desta forma, a ubiquinona pode fazer a interação entre doadores de 2 elétrons e
receptores de um único.
-Citocromos - são proteínas contendo ferro, portanto um grupo heme, responsável pelas
diferentes variações: citocromos a, b e c. Enquanto a e b são proteínas de membrana, o c
está "preso" à superfície externa da membrana interna por interações eletrostáticas.
-Proteína Fe-S - são boas doadoras de elétrons, e transferem apenas um.

Complexo I: NADH à Ubiquinona


Equação geral:  NADH + H+ + UQ         NAD+
+ UQH2
A entrega não é direta, passando por FMN (Flavina
MonoNucleotídeo), que entrega os elétrons à Fe-S ao
qual está associada, e só então estes são entregues à
UQ.

Complexo II: Succinato à Ubiquinona

A enzima responsável pela oxidação do succinato (a


succinato desidrogenase), é a única do Ciclo do Ácido
Cítrico ligada à membrana interna da mitocôndria e é
através dela que os elétrons são doados ao FAD, para daí
serem entregues à UQ via Fe-S. Este complexo não é
responsável pelo bombeamento de nenhum próton para
o espaço intermembrana. Assim, os elétrons que chegam
à CTE via FADH2 só serão responsáveis pelo
bombeamento de prótons a partir do complexo III, daí a
síntese de 1ATP a menos pelo FADH2 em comparação ao
NADH+.

Complexo III: Ubiquinona ao Citocromo c

A Ubiquinona pode movimentar-se ao longo da bicamada


lipídica. Assim, após receber elétrons a partir de
qualquer um dos complexos anteriores, caminha até o
complexo III, responsável por recebê-los e repassá-los
ao citocromo c. A UQH2, entretanto, só doará um elétron
por vez ao cit c, o outro será doado a um cit b no
complexo, que o devolverá à UQ, estabelecendo um ciclo
em que se repetem estas etapas: UQH recebe um
elétron do complexo I ou II mais 1H+ da matriz. A UQH 2
assim formada libera 1H+ para o espaço intermembrana
e um elétron para o cit b. A UQH resultante libera outro
H+ e doa um elétron ao cit c. A UQ recebe de volta um
elétron do cit b e 1H+ da matriz.

Complexo IV - redução do O2
O citocromo c é livre para movimentar-se na superfície
externa da membrana, levando assim os elétrons
recebidos do complexo III ao IV. Só o fará, entretanto,
quando houver acumulado 4 elétrons. Neste complexo,
os elétrons após passarem pelos cit a e a3, serão doados
a 4H+ e 1O2 da matriz, sintetizando assim duas
moléculas de água.

Síntese de ATP

Glicogénio
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Glicogénio
Alerta sobre risco à saúde[1]
Identificadores

Número CAS 9005-79-2

Propriedades

Fórmula molecular C6H12O6

Ponto de fusão
270-280 °C [1]
Solubilidade em água solúvel [1]

Riscos associados

Frases R -

Frases S -

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O glicogénio (português europeu) ou glicogênio (português brasileiro) é um polissacárido e a principal


reserva energética nas células animais, encontrado, principalmente, no fígado e nos
músculos. Geralmente também é encontrado nos fungos.
Índice
[esconder]

 1 Descrição
 2 Armazenamento
 3 Ramificações
 4 Hidrólise
 5 Síntese
 6 Ver também
 7 Ligações externas
 8 Referências

[editar] Descrição

Ocorre intracelularmente como grandes agregados ou grânulos, que são altamente


hidratados por apresentar uma grande quantidade de grupos hidroxila expostos, sendo
capazes de formar ligações de hidrogênio com a água. É um polímero constituído por
subunidades de glicose unidas por meio de ligações. Apresenta uma ramificação a cada
oito a doze unidades.

[editar] Armazenamento

O glicogênio é especialmente abundante no fígado, onde ele constitui até 7% do peso


úmido deste órgão. Neste caso é denominado glicogênio hepático, sendo encontrado
em grandes grânulos, eles mesmos agregados de grânulos menores compostos por
moléculas de glicogênios unitárias altamente ramificadas e com uma massa molecular
média de vários milhões. Esses grânulos apresentam em uma forma intimamente unida
as enzimas responsáveis pela sua síntese e degradação. A principal função do glicogênio
armazenado no fígado serve para alimentar a necessidade energética das células
cerebrais.

[editar] Ramificações

Cada ramificação do glicogênio termina com um açúcar não redutor, sendo assim ele
tem tantos terminais não redutores quantas ramificações, porém com um único terminal
redutor. Quando este é utilizado como fonte de energia, suas unidades de glicose são
retiradas uma a uma, a partir dos terminais não redutores. As enzimas podem agir em
muitos terminais, fazendo com que este polissacarídeo se reduza a um monossacarídeo.

[editar] Hidrólise

O glicogênio é hidrolisado pelas α- e β-amilases. A α-amilase, presente no suco


pancreático e na saliva, quebra o laço glicosídico α(1→4) ao acaso, produzindo tanto
maltose quanto glicose. Já a β-amilase (que também quebra o laço glicosídico α(1→4))
cliva sucessivas unidades de maltose, iniciando a partir do terminal não reduzido.
[editar] Síntese

A síntese de glicogênio é o processo pelo qual a glicose é polimerizada a glicogênio,


que é acumulado nas células em quantidades variáveis de acordo com o tipo celular,
funcionando aí como depósito de energia acessível à célula. Em determinadas células,
como nas do fígado e músculo, este processo pode ser intenso e ocorrem extensos
depósitos de glicogênio. O glicogênio hepático, que chega a 150 g, é degradado no
intervalo das refeições mantendo constante o nível de glicose no sangue ao mesmo
tempo em que fornecem este metabólito as outras células do organismo. O glicogênio
muscular, ao contrário, só forma glicose para a contração muscular.

[editar] Ver também

Carboidrato
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Carboidratos, também conhecidos como glicídios, glícidos, glucídeos, glúcidos,


glúcides, sacarídeos , açúcares, ou hidratos de carbono , são as biomoléculas mais
abundantes na natureza, constituídas principalmente por carbono, hidrogênio e oxigênio,
podendo apresentar nitrogênio, fósforo ou enxofre em sua composição.

Dentre as diversas funções atribuídas aos carboidratos, a principal é a função energética.


Também atuam como elementos estruturais e de proteção na parede celular das
bactérias, fungos e vegetais, bem como em tecidos conjuntivos e envoltório celular de
animais. Agem como lubrificantes das articulações esqueléticas e fornecem coesão entre
as células. Podem funcionar como sinalizadores celulares. Alguns carboidratos, como a
ribose e a desoxirribose, fazem parte da estrutura de nucleotídeos e dos ácidos
nucléicos.

Conforme o tamanho, os carboidratos podem ser classificados em monossacarídeos,


oligossacarídeos e polissacarídeos.
Diihidroxi-acetona

Índice
[esconder]

 1 Estrutura
 2 Classificação
o 2.1 Monossacarídeos
o 2.2 Oligossacarídeos
o 2.3 Polissacarídeos
 2.3.1 Holosídeos
 2.3.2 Heterosídeos
 3 Derivados de carboidratos
 4 Função
 5 Referencias
 6 Ligações externas

[editar] Estrutura

Os carboidratos são compostos orgânicos constituídos por pequenas particulas do acido


pertinotido , que atua no pancreas liberando pequenos fungos, no qual alvin yaktori,
cientista japonês descobriu que fazem bem para o intestino grosso fazendo com que o
cerebro não se junte ao crânio fazendo um diametro dos conjuntos numéricos.[1]
hidrogênio e oxigênio, que geralmente seguem a fórmula empírica [C(H2O)]n, sendo n ≥
3. A relação entre os átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio é de 1:2:1. Contudo,
alguns carboidratos não se ajustam a esta regra geral, como a ramnose e a fucose, por
exemplo, cuja fórmula molecular é C6H12O5. Podem ser poliidroxialdeídos ou
poliidroxicetonas, isto é, possuem um grupo que pode ser aldeído ou cetona,
respectivamente, e várias hidroxilas, geralmente uma em cada átomo de carbono que
não faz parte do aldeído ou grupo funcional cetona. Além de carbono, hidrogênio e
oxigênio, alguns carboidratos apresentam nitrogênio, fósforo ou enxofre em sua
composição.
[editar] Classificação
[editar] Monossacarídeos

Os monossacarídeos são carboidratos com reduzido número de átomos de carbono em


sua molécula. O "n" da fórmula geral pode variar de 3 a 7 (trioses, tetroses, pentoses,
hexoses e heptoses), sendo os mais importantes as pentoses (C5H10O5) e as hexoses
(C6H12O6). São relativamente pequenos, solúveis em água e não sofrem hidrólise.

Carboidrato Importância biológica

Gliceraldeído Composto intermediário da glicólise.


Trioses
(C3H6O3) Diidroxiaceton Participa da glicólise e do ciclo de
a Calvin.

Matéria-prima para a síntese de


Ribose
Pentose ácido ribonucleico (RNA).
s
(C5H10O5) Matéria-prima para a síntese de
Desoxirribose
ácido desoxirribonucleico (DNA).

Molécula mais utilizada pelas células


Glicose
para a obtenção de energia.

Hexoses
Frutose Função energética.
(C6H12O6)

Constitui a lactose do leite. Função


Galactose
energética.

[editar] Oligossacarídeos

Os oligossacarídeos são carboidratos resultantes da união de duas a nove moléculas de


monossacarídeos. A ligação entre os monossacarídeos ocorre por meio de ligação
glicosídica, formada pela perda de uma molécula de água. O grupo mais importante dos
oligossacarídeos são os dissacarídeos, formados pela união de apenas dois
monossacarídeos. Quando são constituídos por três moléculas de monossacarídeos,
recebem o nome de trissacarídeos.

Os oligossacarídeos são solúveis em água, mas, como não são carboidratos simples
como os monossacarídeos, necessitam ser quebrados na digestão para que sejam
aproveitados pelos organismos como fonte de energia.

Carboidrat Monossacarídeo Importância biológica


o s constituintes

Abundante na cana-de-
Sacarose glicose + frutose açucar e beterraba.
Função energética.

glicose + Encontrada no leite.


Lactose
galactose Função energética.
Dissacarídeos

Encontrada em alguns
vegetais, provém
Maltose glicose + glicose também da digestão do
amido pelos animais.
Função energética.

Encontrada
principalmente nas
Trissacarídeo glicose + frutose leguminosas, não é
Rafinose
s + galactose digerida pelos seres
humanos. Função
energética.

[editar] Polissacarídeos

Os polissacarídeos são carboidratos grandes, às vezes ramificados, formados pela união


de mais de dez monossacarídeos ligados em cadeia, constituindo, assim, um polímero
de monossacarídeos, geralmente de hexoses. São insolúveis em água e, portanto, não
alteram o equilíbrio osmótico das células. Os polissacarídeos possuem duas funções
biológicas principais, como forma armazenadora de combustível e como elementos
estruturais.

Carboidrat Monossacarídeo
Importância biológica
o s constituintes

Polissacarídeo Amido ≈1.400 glicoses Armazenado no


s amiloplasto de raízes do
tipo tuberosa
(mandioca, batata doce,
cará), caules do tipo
tubérculo (batatinha),
frutos e sementes.
Principal reserva
energética dos vegetais.
Armazenado no fígado e
nos músculos. Principal
Glicogênio ≈30.000 glicoses
reserva energética de
animais e fungos.

Função estrutural na
célula vegetal, como um
Celulose ≈1.000 glicoses
componente da parede
celular.

Constitui o
exoesqueleto dos
Quitina artrópodes e está
presente na parede
celular dos fungos.

Observação: existem outros tipos de polissacarídeos denominados hetropolissacarídeos


que originam, por hidrólise, vários tipos diferentes de monossacarídeos. Como por
exemplo o ácido hialurônico, condroitinsulfato e a heparina.

tá tudo erradoo ===

[editar] Holosídeos

São os oligossacarídeos e polissacarídeos que, por hidrólise, produzem somente


monossacarídeos. Tipo de açúcar encontrado nas plantas e vegetais. Rafinose + 2 H2O
→ glicose + frutose + galactose Celulose + n H2O → n glicose

[editar] Heterosídeos

São glicídios que sofrem hidrólise, produzindo oses (hidratos de carbono simples)e
outros compostos.

[editar] Derivados de carboidratos

Amidalina - Ácido glicônico - Ácido glicurônico - Ácido sacárico - Sorbitol - Trinitrato


de celulose - Piroxilina - Acetato de celulose

[editar] Função

 Energética: constituem a primeira e principal substância a ser convertida em energia


calorífica nas células, sob a forma de ATP. Nas plantas, o carboidrato é armazenado
como amido nos amiloplastos; nos animais, é armazenado no fígado e nos músculos
como glicogênio.
 Estrutural: determinados carboidratos proporcionam rigidez, consistência e
elasticidade a algumas células. A pectina, a hemicelulose e a celulose compõem a
parede celular dos vegetais. A quitina forma o exoesqueleto dos artrópodes. Os ácidos
nucléicos apresentam carboidratos, como a ribose e a desoxirribose, em sua estrutura.

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