Cartografia
Cartografia
Cartografia
Curso de Agronomia
CARTOGRAFIA1
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Fonte: Apostilas de Cartografia (Célia Regina Lopes Zimback - UNESP) e Elementos de Cartografia (Marcos A. Timbó - UFMG)
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Índice
1. Cartografia............................................................................................................... 3
1.1. A ciência cartográfica........................................................................................... 3
1.2. História do mapa.................................................................................................. 3
1.3. Tipos de representação ....................................................................................... 3
1.4. Norte.................................................................................................................... 5
1.5. Azimute e rumo.................................................................................................... 6
1.6. Escala.................................................................................................................. 6
2. Ciências e tecnologias de suporte ........................................................................... 8
2.1. Astronomia .......................................................................................................... 8
2.2. Geodésia ............................................................................................................. 8
2.3. Topografia e Agrimensura ................................................................................... 8
2.4. Posicionamento global por satélites..................................................................... 9
2.5. Fotogrametria ...................................................................................................... 9
2.6. Sensoriamento remoto....................................................................................... 10
2.7. Ciência da computação ..................................................................................... 10
3. Classificação ......................................................................................................... 11
3.1. Geral.................................................................................................................. 12
3.1.1. Cadastral ...................................................................................................... 12
3.1.2. Topográfica................................................................................................... 12
3.1.3. Geográfica .................................................................................................... 13
3.2. Temática............................................................................................................ 13
3.3. Especial ............................................................................................................. 13
4. A representação cartográfica................................................................................. 14
4.1. Formas de representação da superfície da terra................................................ 14
4.2. Projeções cartográficas ..................................................................................... 15
4.3. Sistemas de coordenadas ................................................................................. 17
4.3.1. Sistema de coordenadas geográficas ........................................................... 18
4.3.2. Sistema Universal Transversa de Mercator – UTM....................................... 18
4.4. Datum................................................................................................................ 21
5. Nomenclatura de referência das cartas do Brasil................................................... 22
5.1. Cartas do Brasil ao milionéssimo....................................................................... 22
5.2. Desdobramento das folhas ................................................................................ 23
6. Cartografia temática .............................................................................................. 24
7. Interpretação e utilização....................................................................................... 25
7.1. Mapeamento Topográfico Sistemático............................................................... 25
7.2. Mapeamento Temático ...................................................................................... 26
7.3. Mapeamento das Unidades Territoriais ............................................................. 26
7.4. Atlas .................................................................................................................. 27
8. Interpretação de cartas topográficas...................................................................... 27
8.1. Informações marginais....................................................................................... 27
8.2. Representação do relevo................................................................................... 27
8.3. Como obter informações na carta topográfica ................................................... 28
8.3.1. Obtendo Altitudes ......................................................................................... 28
8.3.2. Leitura de Coordenadas ............................................................................... 28
8.3.3. Obtendo comprimentos e distâncias ............................................................. 31
8.3.4. Obtendo direções (Azimutes)........................................................................ 31
8.3.5. Obtendo declividades ................................................................................... 32
8.3.6. Outros........................................................................................................... 32
9. Atualização de cartas e plantas ............................................................................. 32
9.1. Estações totais .................................................................................................. 32
9.2. Sistema GPS ..................................................................................................... 33
9.3. Imagens de satélites de observação da terra..................................................... 33
10. Referências bibliográficas...................................................................................... 33
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1. Cartografia
- anterior à escrita (babilônios, egípcios, maias, esquimós, astecas, chineses, etc.) - 4500 a 2500
AC;
- árabes tiveram grande influência a partir do séc XII, destaque para AL-IDRISI que elaborou Atlas
e livro sobre viagens (“Livro sobre agradável excursão para quem deseja percorrer o mundo”) e
foi usado como base para os grandes navegadores, no séc. XV;
- grande avanço com as viagens de exploração das novas terras e aparecimento de especialistas
em confeccionar mapas - 1400 a 1500;
- Cartógrafo Gerhard Mercator - primeiro Atlas, reformulou todas as teorias e criou a projeção
cartográfica com meridianos retos e eqüidistantes dos pólos, usada até hoje - 1512 a 1594;
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Mapa (Características):
- representação plana;
- geralmente em escala pequena;
- área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.), político-
administrativos;
- destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos.
A partir dessas características pode-se generalizar o conceito:
"Mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos
geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura
planetária, delimitada por elementos físicos, político-administrativos, destinada aos mais variados
usos, temáticos, culturais e ilustrativos."
Carta (Características):
- representação plana;
- escala média ou grande;
- desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;
- limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de
direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes.
Da mesma forma que da conceituação de mapa, pode-se generalizar:
"Carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e
naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por
linhas convencionais - paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de
pormenores, com grau de precisão compatível com a escala."
Planta - a planta é um caso particular de carta. A representação se restringe a uma área
muito limitada e a escala é grande, consequentemente o número de detalhes é bem maior.
"A planta representa uma área de extensão suficientemente restrita para que a sua
curvatura não precise ser levada em consideração, e que, em consequência, a escala possa ser
considerada constante."
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Ortofotocarta - é uma ortofotografia - fotografia resultante da transformação de uma foto
original, que é uma perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal sobre um plano -
complementada por símbolos, linhas e georreferenciada, com ou sem legenda, podendo conter
informações planimétricas.
Ortofotomapa - é o conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de uma determinada
região.
Fotoíndice - montagem por superposição das fotografias, geralmente em escala reduzida.
É a primeira imagem cartográfica da região. O fotoíndice é insumo necessário para controle de
qualidade de aerolevantamentos utilizados na produção de cartas através do método
fotogramétrico. Normalmente a escala do fotoíndice é reduzida de 3 a 4 vezes em relação a
escala de vôo.
Carta imagem - Imagem de satélites referenciada a partir de pontos identificáveis e com
coordenadas conhecidas, superposta por reticulado da projeção, podendo conter simbologia e
toponímia.
1.4. Norte
Tipos de norte (Figura):
Norte Geográfico: é aquele indicado por qualquer meridiano geográfico, ou seja na direção
da rotação da Terra.
Norte magnético: é a direção do pólo magnético e indicado pela agulha imantada de uma
bússola.
Norte da Quadrícula: é aquele representado nas cartas topográficas, no sentido norte-sul.
O ângulo formado entre o Norte Geográfico e o Magnético, expresso em graus, denomina-
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se de declinação magnética (δ). As cartas devem conter qual a variação da declinação por ano.
Multiplica-se a diferença em anos da data atual e a data da carta pela declinação anual. Ex.: a
variação anual em Botucatu é de 9´. Ao valor apontado pela bússola deve-se acrescentar o
produto da multiplicação.
Convergência Meridiana (γ) é a diferença angular entre o Norte Geográfico e o Norte da
Quadricula. Como as quadrículas das cartas são planas, apenas no meridiano central de cada
quadrícula, o Norte Geográfico coincide com o Norte da Quadrícula.
Figura. Representação dos rumos e azimutes nos quatro quadrantes (Fonte: Fitz, 2000).
1.6. Escala
É a relação entre as dimensões dos elementos representados em um mapa, foto ou
imagem e a grandeza correspondente, medida sobre a superfície da Terra.
A escala é uma informação obrigatória para qualquer mapa ou carta e pode ser numérica,
gráfica e nominal. A escolha da escala de uma carta, mapa ou planta geralmente obedece a 3
preceitos básicos:
1) Minúcia de detalhes desejada. Uma casa, por exemplo, pode ser desenhada apenas
como um símbolo (escala pequena) ou com jardins e muitos detalhes (escala grande).
2) Espaço disponível ou conveniente no papel. (formatos A0, A1, A2, A3, A4 etc.)
3) Limitação gráfica de 0,2 mm, considerado o limite da acuidade visual humana. Nenhum
elemento poderá ser representado em escala com menos de 0,2 mm.
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A Escala Numérica é representada por uma fração onde o numerador é sempre a unidade,
designando a distância medida no mapa (d) e o denominador representando a distância medida
d
correspondente no terreno(D) à E = . Ex. 1:50 000 ou 1/50 000, onde 1 unidade de mapa
D
representa 50 000 unidades de terreno.
1:50.000 1:100.000
1:1.000.000
1:250.000
Figura. Detalhes que podem ser observados em uma carta com diferentes escalas.
Escala Gráfica é representada por uma linha ou barra graduada contendo subdivisões,
denominada talões. O talão, preferencialmente, deve ser expresso por um valor inteiro. A escala
gráfica consta de duas partes: a principal, desenhada do zero para a direita e a fracionária, do
zero para a esquerda, que consta de subdivisões de dez partes.
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A Escala Nominal ou Equivalente é representada por extenso, como por exemplo,
1cm=10km (1cm de mapa representa 10km de terreno).
A escala gráfica é a mais prática por que, além de poder ser utilizada como uma régua,
nas ampliações ou reduções dos mapas, a escala também será ampliada ou reduzida.
2.1. Astronomia
A astronomia é a mais antiga ciência de suporte à Cartografia. Utilizada para determinar a
posição geográfica (latitude, longitude e orientação) de pontos e feições da superfície terrestre. Os
observatórios astronômicos, desde remotas datas, determinam e divulgam as coordenadas das
estrelas em relação à Esfera Celeste. Um observador na Terra, ao observar uma estrela de
coordenadas já conhecidas e utilizando trigonometria esférica, pode determinar as coordenadas
geográficas de sua posição terrestre. Em 27 de abril de 1500, mal haviam sido enrolados os
panos das caravelas ancoradas na Terra de Vera Cruz, João Emenelaus, físico da esquadra de
Cabral, desceu a terra e por meio do astrolábio tomou a altura do Sol ao meio dia e determinou a
latitude de 17 graus para o local de desembarque (Cêurio de Oliveira, 1993). Nos dias atuais as
medições astronômicas de posição foram praticamente substituídas por metodologias mais
modernas.
2.2. Geodésia
A Geodésia é a ciência que estuda a forma e
as dimensões da Terra e estabelece o apoio
geodésico básico (malha de pontos geodésicos com
latitude, longitude e altitude de alta precisão) para
dar suporte a elaboração de mapas. A Geodésia
utiliza instrumentos semelhantes aos de Topografia,
porém, dotados de alta precisão e associados a
métodos sofisticados. Calcula posições utilizando
cálculos geodésicos complexos, considerando a
Terra como um elipsóide de revolução.
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2.4. Posicionamento global por satélites
O Sistema de Posicionamento Global - GPS foi projetado de forma que em qualquer lugar
do mundo e a qualquer instante existam pelo menos quatro satélites GPS acima do horizonte do
observador. Esta situação garante a condição geométrica mínima necessária à determinação de
posição em tempo real. Assim, qualquer usuário equipado com um receptor/processador de sinais
GPS poderá determinar sua posição em tempo real. O Sistema GPS é constituído por 3
segmentos distintos a saber: Segmento Espacial, Segmento de Controle e Segmento do Usuário.
O segmento espacial é composto por 24 satélites, orbitando a uma altitude aproximada de 20.000
km, distribuídos em seis planos orbitais com inclinação de 55° em relação ao plano do Equador e
com um período de revolução de 12 horas siderais. A função do segmento espacial é gerar e
transmitir os sinais GPS (códigos, portadoras e mensagens de navegação).
O segmento de controle é responsável pela operação do Sistema GPS. Este segmento é
constituído por estações de monitoramento espalhadas pelo mundo que rastreiam continuamente
todos os satélites visíveis, a função principal deste segmento é atualizar a mensagem de
navegação transmitida pelos satélites.
O segmento do usuário refere-se a tudo que se relaciona com a comunidade usuária para
determinação de posição, velocidade ou tempo. São os receptores, algoritmos, programas,
metodologias e técnicas de levantamento, etc. O sistema GPS é capaz de fornecer posições
geográficas com baixa, média ou alta precisão de acordo com o instrumental e a metodologia
utilizados na coleta e processamento dos sinais.
2.5. Fotogrametria
A Fotogrametria é a técnica utilizada para obtenção de medidas terrestres precisas através
de fotografias especiais, obtidas com câmaras métricas e com recobrimento estereoscópico. É
largamente utilizada em Cartografia para elaboração de mapas e cartas topográficas, bem como,
para produção de modelos digitais de terreno.
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Obtenção das fotografias aéreas Fotografias aéreas com sobreposição
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processamento digital de imagens, sistemas de gerenciamento de bancos de dados, softwares
para sistemas de informações geográficas, mesas digitalizadoras, scanners de grande formato,
plotters e fotoplotters de alta resolução, dentre outros.
3. Classificação
Classificar o ramo da Cartografia quanto ao seu produto final, não tem sido matéria de
conclusão unânime. Esta classificação está mais ligada ao desenvolvimento da Cartografia em
determinados países do que a um conceito universalmente aceito. De um modo geral não são
classificados quanto à escala, formato ou representação cartográfica, mas sim ao conteúdo
temático.
Neste sentido a cartografia deixa de restringir-se a representação geral dos aspectos
topográficos da superfície da terra, seja na parte exclusivamente planimétrica ou na plano-
altimétrica, e presta sua contribuição ao processo criativo da sociedade e ao próprio
amadurecimento de suas técnicas e métodos científicos, como ferramenta auxiliar de outras
ciências.
O uso de mapas para conhecimentos específicos, como a navegação aérea e marítima, a
meteorologia e o turismo, por exemplo, determinou o aparecimento dos mapas e cartas especiais.
Já no final do século passado, a cartografia geológica constituía-se em uma
particularidade, impulsionando mesmo a cartografia topográfica. Hoje, a diversidade de tipos de
mapas vem pressionando a Cartografia a não poder mais ser estudada sem uma sistematização
em suas formas de representação.
Tabela: Classificação das cartas e mapas
Divisão Subdivisão Objetivo básico Exemplos
Geral Cadastral Conhecimento da superfície Plantas de cidades; Cartas de mapeamento
topográfica, nos seus fatos sistemático; Mapas de países; continentes;
Topográfica
concretos, os acidentes Mapas-múndi.
Geográfica geográficos naturais e as obras
do homem.
Especial Aeronáutica Servir exclusivamente a um Cartas aeronáuticas de vôo, de aproximação
determinado fim; a uma técnica de aeroportos; Navegação marítima; Mapas
Náutica
ou ciência do tempo, previsão; Mapa da qualidade do
Metereológica subsolo para construção, proteção de
encostas.
Turística
Geotérmica
Astronômica
etc.
Temática de Notação Expressar determinados Mapa geológico, pedológico; Mapas da
conhecimentos particulares para distribuição de chuvas, populações; Mapas
Estatística
uso geral econômico zonas polarizadas.
de Síntese
Com a expansão dos mais variados temas ocorre uma superposição de termos. Assim,
usa-se para as cartas aeronaúticas, mapas do tempo, de clima, cartas naúticas e oceonográficas,
mapas turísticos e de comunicação, bem como os geológicos, cobertura vegetal, morfológicos,
econômicos, etc., a denominação, indistintamente de "Especiais" e "Temáticos". Portanto não há
somente uma sobreposição das duas expressões, mas também uma tendência de distingui-las
para conter tipos de mapas que compõem a Cartografia Especial de outros que pertence a
Cartografia Temática.
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3.1. Geral
CADASTRAL - Até 1:25.000
TOPOGRÁFICA - De 1:25.000 até 1:250.000
GEOGRÁFICA - 1:1:000.000 e menores (1:2.500.000, 1:5.000.000 até 1:30.000.000)
3.1.1. Cadastral
Representação em escala grande, geralmente planimétrica e com maior nível de
detalhamento, apresentando grande precisão geométrica. Normalmente é utilizada para
representar cidades e regiões metropolitanas, nas quais a densidade de edificações e arruamento
é grande.
As escalas mais usuais na representação cadastral, são: 1:1.000, 1:2.000, 1:5.000,
1:10.000 e 1:15.000.
Mapa de Localidade - Denominação utilizada na Base Territorial dos Censos para
identificar o conjunto de plantas em escala cadastral, que compõe o mapeamento de uma
localidade (região metropolitana, cidade ou vila).
3.1.2. Topográfica
Carta elaborada a partir de levantamentos aerofotogramétrico e geodésico original ou
compilada de outras cartas topográficas em escalas maiores. Inclui os acidentes naturais e
artificiais, em que os elementos planimétricos (sistema viário, obras, etc.) e altimétricos (relevo
através de curvas de nível, pontos colados, etc.) são geometricamente bem representados. As
aplicações das cartas topográficas variam de acordo com sua escala:
1:25.000 - Representa cartograficamente áreas específicas, com forte densidade demográfica,
fornecendo elementos para o planejamento socioeconômico e bases para anteprojetos de
engenharia. Esse mapeamento, pelas características da escala, está dirigido para as áreas das
regiões metropolitanas e outras que se definem pelo atendimento a projetos específicos.
Cobertura Nacional: 1,01%.
1:50.000 - Retrata cartograficamente zonas densamente povoadas, sendo adequada ao
planejamento socioeconômico e à formulação de anteprojetos de engenharia. A sua abrangência
é nacional, tendo sido cobertos até agora 13,9% do Território Nacional, concentrando-se
principalmente nas regiões Sudeste e Sul do país.
1:100.000 - Objetiva representar as áreas com notável ocupação, priorizadas para os
investimentos governamentais, em todos os níveis de governo - Federal, Estadual e Municipal. A
sua abrangência é nacional, tendo sido coberto até agora 75,39% do Território Nacional.
1:250.000 - Subsidia o planejamento regional, além da elaboração de estudos e projetos que
envolvam ou modifiquem o meio ambiente. A sua abrangência é nacional, tendo sido coberto até o
momento 80,72% do Território Nacional.
Mapa Municipal: Entre os principais produtos cartográficos produzidos pelo IBGE encontra-se o
mapa municipal, que é a representação cartográfica da área de um município, contendo os limites
estabelecidos pela Divisão Político - Administrativa, acidentes naturais e artificiais, toponímia, rede
de coordenadas geográficas e UTM, etc..
Esta representação é elaborada a partir de bases cartográficas mais recentes e de documentos
cartográficos auxiliares, na escala das referidas bases. O mapeamento dos municípios brasileiros
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é para fins de planejamento e gestão territorial e em especial para dar suporte as atividades de
coleta e disseminação de pesquisas do IBGE.
3.1.3. Geográfica
Carta em que os detalhes planimétricos e altimétricos são generalizados, os quais
oferecem uma precisão de acordo com a escala de publicação. A representação planimétrica é
feita através de símbolos que ampliam muito os objetos correspondentes, alguns dos quais muitas
vezes têm que ser bastante deslocados. A representação altimétrica é feita através de curvas de
nível, cuja equidistância apenas dá uma idéia geral do relevo e, em geral, são empregadas cores
hipsométricas. São elaboradas na escala. 1:500.000 e menores, como por exemplo a Carta
Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM).
Mapeamento das Unidades Territoriais : Representa, a partir do mapeamento
topográfico, o espaço territorial brasileiro através de mapas elaborados especificamente para cada
unidade territorial do país. Produtos gerados:
- Mapas do Brasil (escalas 1:2.500.000,1:5.000.000,1:10.000.000, etc.).
- Mapas Regionais (escalas geográficas diversas).
- Mapas Estaduais (escalas geográficas e topográficas diversas).
3.2. Temática
São as cartas, mapas ou plantas em qualquer escala, destinadas a um tema específico,
necessária às pesquisas socioeconômicas, de recursos naturais e estudos ambientais. A
representação temática, distintamente da geral, exprime conhecimentos particulares para uso
geral.
Com base no mapeamento topográfico ou de unidades territoriais, o mapa temático é
elaborado em especial pelos Departamentos da Diretoria de Geociências do IBGE, associando
elementos relacionados às estruturas territoriais, à geografia, à estatística, aos recursos naturais e
estudos ambientais. Principais produtos:
- Cartogramas temáticos das áreas social, econômica territorial,etc.
- Cartas do levantamento de recursos naturais
- Mapas da série Brasil 1:5.000.000 (Escolar, Geomorfológico, Vegetação, Unidades de Relevo,
Unidades de Conservação Federais).
- Atlas nacional, regional e estadual.
3.3. Especial
São as cartas, mapas ou plantas para grandes grupos de usuários muito distintos entre si,
e cada um deles, concebido para atender a uma determinada faixa técnica ou científica. São
documentos muito específicos e sumamente técnicos que se destinam à representação de fatos,
dados ou fenômenos típicos, tendo assim, que se cingir rigidamente aos métodos e objetivos do
assunto ou atividade a que está ligado. Por exemplo: Cartas náuticas, aeronáuticas, para fins
militares, mapa magnético, astronômico, meteorológico e outros.
Náuticas: Representa as profundidades, a natureza do fundo do mar, as curvas batimétricas,
bancos de areia, recifes, faróis, bóias, as marés e as correntes de um determinado mar ou áreas
terrestres e marítimas. Elaboradas de forma sistemática pela Diretoria de Hidrografia e Navegação
- DHN, do Ministério da Marinha. O Sistema Internacional exige para a navegação marítima, seja
de carga ou de passageiros, que se mantenha atualizado o mapeamento do litoral e hidrovias.
Aeronáuticas: Representação particularizada dos aspectos cartográficos do terreno, ou parte
dele, destinada a apresentar além de aspectos culturais e hidrográficos, informações
suplementares necessárias à navegação aérea, pilotagem ou ao planejamento de operações
aéreas.
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Para fins militares: Em geral, são elaboradas na escala 1:25.000, representando os acidentes
naturais do terreno, indispensáveis ao uso das forças armadas. Pode representar uma área
litorânea características topográficas e náuticas, a fim de que ofereça a máxima utilidade em
operações militares, sobretudo no que se refere a operações anfíbias.
4. A representação cartográfica
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4.2. Projeções cartográficas
Um globo geográfico é a representação mais fiel que se conhece da Terra. Embora
saibamos que o nosso planeta não é uma esfera perfeita, nada há mais semelhante a ele do que
um pequeno globo. É uma verdadeira miniatura da Terra, devido, principalmente, à sua forma.
Então, se um globo é a representação esferoidal da Terra, nos seus aspectos geográficos, uma
carta é a representação plana da Terra.
O maior drama que existe em cartografia é, o de transferir tudo o que existe numa
superfície curva, que é a Terra, para uma superfície plana que é o mapa. Não é difícil, pois,
concluirmos, de imediato, que só poderemos conseguir esta transferência, essa passagem, de
maneira imperfeita, infiel, isto é, com algumas alterações ou imperfeições. Por isso é que o
problema das projeções cartográficas exige, não só de nós, para sua compreensão, como dos
matemáticos, cartógrafos, astrônomos, enfim todos os que criam projeções, uma grande dose de
imaginação.
Imaginemos uma experiência prática, muito simples: se dispusermos de uma bola de
borracha e lhe dermos um conte de 180° (de um pólo à outro), e quisermos esticá-la em uma
plano, acontecerá fatalmente, que qualquer imagem que tivéssemos anteriormente traçado
nessa bola, teria ficado inteiramente alterada, ou melhor, distorcida, deformada. O problema das
projeções não é muito diferente do imaginado aqui.
Quanto ao tipo de superfície de projeção, estas podem ser: planas, cônicas, cilíndricas,
etc. (Figura).
Quanto a posição da superfície de projeção, podem ser: equatorial, polar, transversa,
oblíqua (ou horizontal).
Quanto a propriedade que a projeção conserva, estas podem ser: conforme, eqüidistante
e equivalente.
As projeções Equivalantes possuem a propriedade de não deformar as áreas,
conservando assim, quanto a área, uma relação constante com as suas correspondentes na
superfície da Terra. Isto significa que, seja qual for a proporção representada num mapa, ela
conserva a mesma relação com a área de todo o mapa.
A projeção Conforme é aquela que não deforma os ângulos, e, em decorrência desta
propriedade, não deforma, igualmente, a forma de pequenas áreas. Outra particularidade desse
tipo de projeção é que a escala, em qualquer ponto, é a mesma, seja na direção que for, embora,
por outro lado, mude de um ponto para outro, e permaneça independente do azimute em todos os
pontos do mapa. Ela só continuará a ser a mesma, em todas as direções de um ponto, se duas
direções no terreno, em ângulos retos entre si, forem traçadas em duas direções que, também
estejam em ângulos retos, e ao longo das quais a escala for a mesma.
A projeção Eqüidistante é a que não apresenta deformações lineares, isto é, os
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comprimentos são representados em escala uniforme. Deve ser ressaltado, entretanto, que a
condição de eqüidistância só é conseguida em determinada direção, e, de acordo com esta
direção, uma projeção eqüidistante se classifica, em meridiana, transversal e azimutal ou
ordodrômica.
A Projeção Cilíndrica Isógena é a projeção dos elementos feita a partir de um mesmo
ponto. É uma projeção cilíndrica e proposta por Gerhard Kremer Mercator, considerado o pai da
cartografia moderna.
A Projeção Universal de Mercator, projeção proposta por Mercator (Figura) foi em 1947,
modificada por Gauss e, em 1951, adotada pela Associação Geodésica Internacional e chamada
de Universal Transversal de Mercator - UTM (figura abaixo).
Polar – plano tangente Normal – eixo do cone paralelo Equatorial – eixo do cilindro
ao pólo ao eixo da Terra paralelo ao eixo da Terra
Oblíqua – plano tangente Oblíqua – eixo do cone inclinado Oblíqua – eixo do cilindro inclinado em
em um ponto qualquer em relação ao eixo da Terra relação ao eixo da Terra
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4.3. Sistemas de coordenadas
As coordenadas foram proposta para se determinar a localização precisa de pontos na
superfície da Terra.
São utilizados duas linhas imaginárias, o meridiano zero (Greenwich) e o Equador para
dividir o globo em hemisférios: ocidental e oriental; norte e sul.
Meridianos são as linhas que passam pelos pólos e ao redor da Terra. Ficou decidido, em
1962, que o meridiano que passa pelo Observatório de Greenwich, em Londres, é o Meridiano
Principal (zero). A numeração cresce para oeste e leste até 1800.
Paralelos são linhas paralelas ao Equador, dividindo o globo em círculos cada vez
menores. O Equador possui valor zero, crescendo para norte e sul até o valor 900.
Latitude é a distância angular entre o plano do Equador e o ponto da superfície da
Terra, unido perpendicularmente ao centro do planeta e representado pela letra φ.
Longitude é o ângulo formado entre o ponto considerado e o meridiano zero, representado
pela letra λ.
Pelo entrelaçado dos meridianos e paralelos, pode-se determinar com precisão a
localização de um ponto na superfície da Terra. Esta localização pode ser descrita por dois
sistemas de coordenadas:
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4.3.1. Sistema de coordenadas geográficas
As coordenadas geográficas localizam, de forma direta, qualquer ponto sobre a superfície
terrestre, sendo necessário apenas o hemisfério: N ou S; E ou W (Figura). Ex. λ ou longitude =
95025’13” WGR e φ ou latitude = 39033’13” N.
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Figura. Divisão do globo em zonas UTM (Fonte: Santos, 1989).
19
Figura. Divisão da zona de Mercator em quadrículas (Fonte: Santos, 1989).
20
Figura. A nomenclatura que define as zonas UTM.
4.4. Datum
Para caracterizar um datum utiliza-se uma superfície de referência e uma superfície de
nível. Uma superfície de referência (datum horizontal) consiste em cinco valores: a latitude e
longitude de um ponto inicial, o azimute de uma linha que parte deste ponto e duas constantes
necessárias para definir o elipsóide de referência. Assim, forma-se a base para o cálculo dos
levantamentos de controle horizontal no qual considera-se a curvatura da Terra. A superfície de
nível (datum vertical) refere-se às altitudes.
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Figura. Relação entre a superfície do geóide, do elipsóide e a física terrestre e datum.
Para a definição do datum escolhe-se um ponto mais ou menos central em relação à área
de abrangência do datum. Para o Brasil, nos mapas mais antigos adotam o Datum de Córrego
Alegre – MG ou o Datum SAD69 (Datum Sul Americano de 1969) e, mais recentemente o
SIRGAS2000 (Sistema de Referência Geocêntrico das Américas), este é o sistema de referência
oficial no Brasil. Porém, existem mapas feitos em ambos e até mesmo com Datum locais.
Datum Córrego Alegre – MG: Latitude: 19o 45' 41,34"S, Longitude: 48o 06' 07,08"W
Datum SAD 69: Latitude: 19o 45' 41,6527"S, Longitude: 48o 06' 04,0639"W, Azimute de
Uberaba: 271o 30' 04.05".
O SIRGAS2000 é composto por 21 Datuns que pertencem a Rede Brasileira de
Monitoramento Contínuo do Sistema GPS (RBMC).
O sistema de referência do GPS é o WGS84. Como as cartas do território brasileiro são
referenciadas ao SAD69 (e em alguns casos são referenciadas ao sistema mais antigo – Córrego
Alegre), algumas normas devem ser adotadas para que os resultados obtidos com o GPS possam
ser utilizados para fins de mapeamento, ou outras atividades que necessitem de informação
georreferenciada.
A rede de pontos levantados com GPS terá suas coordenadas referenciadas ao WGS84,
devendo sofrer uma transformação para o SIRGAS2000 ou SAD69.
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Figura. As 46 folhas da Carta do Brasil ao Milionésimo (Fonte: Santos, 1989)
1/500.000 2º X 3º 4 1/250.000 A, B, C, D
A nomenclatura das cartas está presente, na maior parte das vezes, na parte superior
direita da folha. Como exemplo a carta SF.23-Z-D-VI-4-SE-F significa: S = Sul; F = faixa F; 23 =
23
fuso 23; Z = 1:500.000; D = 1:250.000; VI = 1:100.000; 4 = 1:50.000, SE = 1:25.000; F = 1:10.000
6. Cartografia temática
A cartografia topográfica trata de um produto cartográfico de forma geométrica e descritiva
e a cartografia temática apresenta uma solução analítica ou explicativa. De maneira geral, a
cartografia temática preocupa-se com o planejamento, execução e impressão final, ou plotagem
de mapas temáticos.
Mapa temático representa certo número de conjuntos espaciais resultantes da
classificação dos fenômenos que integram o objetivo de estudo de determinado ramo específico,
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fruto da divisão do trabalho científico. É um veículo de comunicação.
Tem a função de registrar, tratar e comunicar informação. As características ou atributos
(Z) são resultantes de classificações específicas. X e Y são representados no plano do papel e Z é
o TEMA (solos, nutrientes, erosão, etc) .
Representação Gráfica é a linguagem gráfica, bidimensional, atemporal e com destinação
visual, expressando mediante construção da imagem.
Imagem refere-se a forma de conjunto captada num mínimo de percepção. Tem dimensão
X e Y do papel e representações ou manchas, na dimensão Z.
A representação gráfica pode ser através de mapas, gráficos e redes (organogramas,
dendrogramas, cronogramas e fluxogramas).
Para se obter um bom resultado em um mapa temático, alguns preceitos devem ser
respeitados e, como estes mapas baseiam-se em mapas pré-existentes, deve-se ter um
conhecimento preciso das características da base de origem. O mapa temático não será exato se
o mapa-base também não for exato.
Um mapa temático, assim como qualquer outro tipo de mapa, deve possuir alguns
elementos de fundamental importância para o fácil entendimento do usuário em geral.
O mapa temático deve ser composto:
- Norte;
- Escala.
- Sistema de Coordenadas.
7. Interpretação e utilização
A existência dos mais diversos tipos de cartas e mapas permite aos usuários das mais
variadas formações profissionais, através da utilização desses documentos cartográficos,
desenvolver estudos, análises e pesquisas relativos à sua área de atuação. São também
fundamentais como instrumento de auxílio ao planejamento, organização e administração dos
governos. Aplicabilidade de alguns dos principais produtos cartográficos elaborados na Diretoria
de Geociências do IBGE.
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- Suporte ao mapeamento temático e especial.
- Suporte ao mapeamento náutico, aeronáutico, rodoviário e ferroviário.
- Suporte ao planejamento em diversos níveis.
- Suporte ao mapeamento de unidades territoriais (Estado, Municípios e outros).
- Legislação de estruturas territoriais, regional e setoriais.
- Base para ante-projetos de engenharia e ambientais.
- Subsídios para identificação das divisas internacionais
- Monitoramento ambiental.
- Estudos e projetos governamentais
- Cadastros e anteprojetos de linhas de transmissão.
- Posicionamento e orientação geográfica.
- Identificação e classificação dos estados, territórios e municípios beneficiados com
"royalties" de petróleo, na faixa de fronteira situados na Zona Costeira.
- Previsão de safras agrícolas.
- Outros.
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- Pesquisas de opinião e de mercado
- Mapeamento Temático.
7.4. Atlas
Apresentam, através de sínteses temáticas, uma visão geográfica do território, nos seus
aspectos físicos, políticos, sociais e econômicos. Produtos: Atlas Nacional, Atlas Regional e
Estadual, Atlas Geográfico Escolar.
Aplicabilidade:
- Conhecimento da realidade, tendências e transformações do espaço brasileiro
- Instrumentalizar o sistema de planejamento na gestão territorial;
- Material didático;
- Intercâmbio internacional;
- Fonte de referência para estudos e pesquisas.
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e quanto menor a inclinação do terreno mais afastadas ficam as curvas
2) O espaçamento entre as curvas é constante nas encostas de inclinação uniforme
3) As curvas de níveis são perpendiculares à linha de maior inclinação do terreno
4) As curvas de níveis nunca se cruzam nem se juntam com as vizinhas, exceto em
superfícies verticais.
5) As curvas de níveis sempre se fecham, dentro ou fora das bordas da carta.
6) As curvas de níveis formam um bico descendo a encosta nas cristas e cumeadas
(divisores de água) e formam um bico subindo a encosta nos vales e ravinas (recolhedores de
águas).
PD BC AD
= ⇒ PD = × BC
AD AC AC
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(ou milímetros) que corresponda a um múltiplo do valor encontrado no intervalo entre os pares do
grid (metros) ou paralelos e meridianos (graus, minutos, segundos) e que exceda a medida entre
eles.
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Obtendo Coordenadas Planimétricas (UTM)
O procedimento para marcação de um ponto de coordenadas planas conhecidas é o
mesmo utilizado para coordenadas geográficas.
Ex: Locar o ponto A, em uma carta na escala 1:50.000, cujas coordenadas planimétricas
são: N = 7.368.700 m e E = 351.750m
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8.3.3. Obtendo comprimentos e distâncias
Medir a feição de interesse em mm ou cm (P. exemplo: 2,8 cm). Multiplicar o valor obtido
pelo denominador da escala da carta (P. exemplo: 2,8cm x 25000). Converter o resultado para
metros (70000 cm = 700 m).
Pode se também medir a feição de interesse com um compasso, régua ou fita e
transportar a medida para a escala gráfica da carta obtendo a distância diretamente sem
necessidade de cálculos.
Outra forma de obter a distância sem medir o objeto é extraindo as duas coordenadas
UTM e calculando pelo teorema de Pitágoras (a2=b2+c2) → Dist = (E 2 − E1 ) + (N 2 − N1 ) .
2 2
Neste caso pode-se medir comprimentos de linhas que se estendem por várias folhas.
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8.3.5. Obtendo declividades
Declividade é a relação entre a diferença de altura entre dois pontos e a distância
horizontal entre esses pontos.
dh = Diferença de altura BC (Eqüidistância vertical)
dH = Distância horizontal AC (distância entre os pontos)
Assim,
dh
Declividade (D) é a relação: , em decimais. Para encontrarmos
dH
dh
a declividade em porcentagem, basta multiplicar o resultado de por 100.
dH
A tangente expressa o coeficiente angular de uma reta em relação ao eixo das abcissas.
dh dh
tgα = ⇒ α = arctg , onde α é o ângulo de inclinação (em graus) em relação ao
dH dH
eixo das abcissas (x).
8.3.6. Outros
Identificando vales, córregos, ravinas e recolhedores de águas
Identificando divisores de águas
Identificando as linhas de máximo declive das encostas
Delimitando bacias hidrográficas
Traçando caminhos de declividade constante
Obtendo Perfis Topográficos
Obtendo Áreas
Obtendo Volumes na Carta Topográfica
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