Alexandre O'Neill

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Alexandre O’Neill

Alexandre O'Neill nasceu no dia 19


de Dezembro de 1924 na cidade de
Lisboa - Portugal. Filho do bancário
António Pereira de Eça O'Neill de
Bulhões e de Maria da Glória Vahia
de Castro O'Neill de Bulhões, dona de
casa, Alexandre, depois de concluir
os estudos do Liceu, ingressa na
Escola Náutica de Lisboa. Em 1944,
após concluir o 1º ano, solicitou,
junto à capitania de Lisboa, a cédula
marítima, que lhe permitira exercer a
função de piloto. O pedido lhe foi
negado por causa da sua miopia.

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Mal nos conhecemos Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Inauguramos a palavra amigo!
Palavras de amor, de esperança,
Amigo é um sorriso De imenso amor, de esperança louca.
De boca em boca,
Um olhar bem limpo Palavras nuas que beijas
Uma casa, mesmo modesta, que se Quando a noite perde o rosto,
oferece. Palavras que se recusam
Um coração pronto a pulsar Aos muros do teu desgosto.
Na nossa mão!
De repente coloridas
Amigo (recordam-se, vocês aí, Entre palavras sem cor,
Escrupulosos detritos?) Esperadas, inesperadas
Amigo é o contrário de inimigo! Como a poesia ou o amor.
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado. (O nome de quem se ama
É a verdade partilhada, praticada. Letra a letra revelado
Amigo é a solidão derrotada! No mármore distraído,
No papel abandonado)
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim, Palavras que nos transportam
Um espaço útil, um tempo fértil, Aonde a noite é mais forte,
Amigo vai ser, é já uma grande festa! Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.
Gaivota

Se uma gaivota viesse


trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração


no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração


no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida


as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração


no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.

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