Evolução Histórica Dos Meios de Comunicação

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ESE Jean Piaget – Escola Superior de Educação

Macedo de Cavaleiros

Pós-Graduação
Tecnologias da Informação e da Comunicação
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Disciplina: Introdução ao ensino pela Imagem
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Nome: Hugo Miguel Nunes Rodrigues


Mário José Inácio Gomes
Mário José Pinto de Barros Ledo

Evolução histórica dos meios de comunicação

A palavra comunicação deriva do latim communicare, que


significa "tornar comum", "partilhar", "conferenciar". A comunicação
pressupõe, deste modo, que algo passe do individual ao colectivo,
embora não se esgote nesta noção, uma vez que é possível a um ser
humano comunicar consigo mesmo.
Geralmente, o conceito de comunicação aplica-se à troca de
informações sob a forma de uma mensagem. Porém, também se pode
aplicar à troca de bens e serviços ou até à troca de uma namorada
por outra. A partilha de experiências, sensações e emoções é,
igualmente, acto comunicativo. Uma série de pessoas caladas e
imóveis, à noite, à volta de uma fogueira, estão a comunicar, porque
estão a partilhar, a tornar comum uma experiência. Vê-se, assim, que
informação e comunicação são conceitos diferentes. A comunicação
suporta a informação, mas o inverso não é verdadeiro. Isto é, pode
haver comunicação sem troca de informação, mas a troca de
informação pressupõe a comunicação.
A comunicação é um processo. Como tal, é dinâmica, evolutiva.
Para facilitar o estudo da comunicação, alguns teóricos
estabeleceram modelos onde se propõem representar os actos
comunicativos que pressupõem a troca de mensagens informativas.
O modelo clássico do processo de comunicação, derivado da
Teoria da Informação, mostra o emissor a enviar uma mensagem a
um receptor que possa não apenas percepcionar mas também
adquirir a mensagem. Isto pressupõe que o receptor possua não
apenas capacidades que lhe permitam percepcionar a mensagem,
mas também que partilhe um código com o emissor, de forma a
compreender, atribuir significado e adquirir a mensagem. Esta é
veiculada através de um canal, onde pode haver interferências
indesejáveis (ruído sobre a mensagem). Quando a mensagem não
transporta informação nova, ela é redundante para o receptor. O acto
comunicativo exposto acontece no âmbito de um determinado
contexto e admite uma reacção do receptor (retroacção ou
"feedback"), que pode ser, inclusivamente, a não integração ou a
rejeição dos conteúdos da mensagem ou da própria mensagem.
Registe-se, porém, que os modelos não podem confundir-se
com a realidade, nem mesmo com a imagem espelhada desta. Não
há modelo, por mais exaustivo que seja, que se possa considerar o
modelo completo e definitivo de alguma coisa que represente. Os
modelos servem para facilitar o estudo e a compreensão dos
fenómenos, e, assim, também o modelo do processo de comunicação
serve para facilitar o estudo e a compreensão dos actos
comunicativos. Mas os modelos do processo de comunicação
representam, artificialmente, um instante de um acto comunicativo
onde se engloba um conjunto finito de variáveis (como o emissor, a
mensagem, etc.). Não representam todo o acto comunicativo e todos
os factores intervenientes. Não representam todas as interacções que
se estabelecem e mudam constantemente entre os elementos
intervenientes nesse acto, que, por sua vez, também mudam, eles
próprios, ao longo do tempo, tanto quanto o contexto muda. E, além
disso, esses modelos pressupõem que o processo da comunicação
pode ser "congelado" num instante, quando, na verdade, ele é
dinâmico, evolutivo e não tem, sequer, princípio ou fim bem
definidos. Aliás, esses modelos do processo de comunicação
consideram, principalmente, os processos intelectuais, apesar de uma
mensagem poder ter consequências de ordem emocional e produzir
efeitos afectivos, para além dos comportamentais e dos cognitivos.
A comunicação é essencial à socialização, à aculturação e à
formação-educação do indivíduo. É comunicando - entendendo-se,
aqui, a comunicação como uma troca de mensagens e experiências
com significado - que uma pessoa adquire consciência de si e dos
outros e interioriza os comportamentos, os valores, as normas, os
conhecimentos (etc.) e os seus significados na sociedade e na cultura
em que se insere. Os processos de produção, reprodução e
transmissão sociais e culturais dependem, assim, da comunicação.
Há várias modalidades de comunicação. Por exemplo, fala-se de
comunicação colectiva ou social quando a comunicação se dirige a
um conjunto numeroso e heterogéneo de pessoas, sendo,
normalmente, desenvolvida por profissionais da produção de
conteúdos e veiculada pelos meios de comunicação social (mass
media). Há quem designe este tipo de comunicação por comunicação
de massa, mas a noção de massa parece ser dissonante da ideia de
um conjunto de receptores individuais na sua personalidade,
emotividade, inteligência, reacções, etc. A comunicação interpessoal,
por seu turno, abarca a comunicação interpessoal propriamente dita
(ou seja, a comunicação directa entre pessoas), a comunicação
intragrupal e intergrupal e a comunicação nas organizações,
entendida a organização como sendo composta por grupos. Podemos
falar também de comunicação não-verbal para designar as formas de
comunicar que não passam pela palavra. Este conceito é, todavia, tão
amplo, que não só admite imensas submodalidades (por exemplo, a
comunicação gestual), como também se revela inadequado.
Prosseguindo, poderíamos falar da comunicação verbal, da
comunicação anti-social, etc., mas estaríamos apenas a referir um
conjunto infinito de modalidades através das quais partilhamos e
trocamos informações, experiências, conhecimentos, ideias, valores,
bens, serviços, sensações, emoções, etc.
Designação que engloba um conjunto de instrumentos de
comunicação que, a partir de finais da década de 80, alteraram
significativamente o panorama do sistema mediático, e que inclui os
satélites de comunicação, as redes informáticas, as emissões de
televisão por cabo, os suportes digitais de rádio e TV, a Internet e os
seus derivados.
As TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) são um dos
factores potenciadores das profundas mudanças operadas no mundo.
Com a aceleração na inovação e na dinamização da mudança, as TIC
são hoje essenciais diante da globalização da economia mundial e dos
fenómenos físicos e humanos em geral. O conhecimento das suas
ferramentas de suporte são essenciais. Nesta perspectiva, e por
decisão da Comissão Europeia, são indispensáveis para o
desenvolvimento acelerado da sociedade portuguesa.
Consequentemente, as escolas usufruem de apoio financeiro para o
apetrechamento informático com ligações à Internet, incentivos à
produção e aquisição de conteúdos educativos multimédia de
qualidade, cobrindo todas as áreas disciplinares. Os objectivos são a
obtenção de uma melhor qualidade do sistema educativo,
capacitando os jovens para trabalhar em ambiente tecnologicamente
avançado, pesquisando e seleccionando a informação pertinente ao
processo de conhecimento.
A tecnologia constitui um factor de desenvolvimento. A Europa
Ocidental, os EUA e o Japão são disso exemplo. Na área das
comunicações e da informação, as modernas tecnologias começaram
a surgir em alguns países menos avançados já nos anos 70,
essencialmente no domínio dos satélites e do audiovisual de massas.
As tecnologias de informação são consideradas a base da "Terceira
Revolução Industrial" que teve início nos anos 60, com as inovações
na área da microelectrónica, como os circuitos integrados, o
microprocessador, o microcomputador e as novas redes de
comunicação assentes nos satélites e nas fibras ópticas. A instalação
da rede telefónica, da TV e dos satélites de comunicações, associados
à informática, deu origem à globalização da comunicação audiovisual
de massas. O acesso ao sistema de comunicação é universal e
processa-se em "tempo real". Passamos a viver na chamada "aldeia
global". O fenómeno aplica-se também na área da economia e tem
contribuído para o aumento da produtividade, pela rapidez e melhoria
com que se processam as relações interempresariais, que beneficiam
com a introdução de novos produtos e serviços de telecomunicações
(como é o caso do correio electrónico, da telecópia, entre outros) e
pela redução dos custos das transacções. O mesmo se verifica no
sector financeiro, onde as telecomunicações e os computadores
permitem que os dados financeiros circulem em todo o mundo e
sejam processados de imediato nos mercados mundiais. Assiste-se
assim à expansão dos serviços financeiros à escala global, acelerando
a mundialização das economias. O teletexto, o teletrabalho, a
teleconsulta de bancos de dados, são os serviços e produtos que
surgiram na economia em consequência das Tecnologias de
Informação e Comunicação. As TIC apresentam também uma
influência crescente na vida social. O cidadão na sua vida social
estabelece diariamente contacto, directo ou indirecto, com estas
tecnologias quando, por exemplo, se desloca ao banco ou ao hospital,
quando assiste a um programa de televisão transmitido por satélite
ou quando, no seu trabalho, as novas tecnologias são aplicadas.
Assim, as TIC podem ser a chave no processo ensino-
aprendizagem do aluno, tornando-o elemento fulcral na comunicação
e utilizando todas as ferramentas necessárias para atingir esse
objectivo.

(Fonte: Diciopédia X, sites indicados na planificação dos


módulos 9 e 10)

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