Apostila Matemática PDF
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NDICE
1 CONJUNTOS NUMRICOS........................................................................................................ 1
1.1 - CONJUNTO DOS NMEROS NATURAIS (N) ....................................................................... 2
1.2 - CONJUNTO DOS NMEROS INTEIROS (Z) ........................................................................ 9
1.3 - CONJUNTO DOS NMEROS RACIONAIS (Q).................................................................... 16
1.4 - CONJUNTO DOS NMEROS REAIS (R) ............................................................................. 21
2 PROPORCIONALIDADE ........................................................................................................... 32
2.1 - RAZES E PROPORCES .................................................................................................. 32
2.1 - DIVISO PROPORCIONAL ................................................................................................ 34
3 REGRA DE TRS...................................................................................................................... 43
4 - PORCENTAGEM ...................................................................................................................... 53
5 JURO SIMPLES........................................................................................................................ 59
6 JURO COMPOSTO .................................................................................................................. 78
7 EQUIVALNCIA COMPOSTA DE CAPITAIS ............................................................................ 105
8 - RENDAS CERTAS ................................................................................................................... 117
9 - AMORTIZAO ..................................................................................................................... 123
10 - SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS ............................................................................................ 139
11 - EQUAES DO 1 GRAU..................................................................................................... 150
12 SISTEMA DE EQUAES DO 1 GRAU COM DUAS VARIVEIS .......................................... 156
13 EQUAO DO 2 GRAU ..................................................................................................... 163
14 - FUNES ............................................................................................................................ 176
15 - FUNO POLINOMIAL DO 1 GRAU .................................................................................. 180
16 - INEQUAO DO 1 GRAU.................................................................................................. 183
17 - FUNO POLINOMIAL DO 2 GRAU ................................................................................. 189
1 CONJUNTOS NUMRICOS
Os nmeros naturais nasceram da necessidade do homem de contar. O conjunto de todos
esses nmeros representado por IN e infinito. Por isso o representamos por
IN = {0, 1, 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, ..}
A operao 7 14 no pode ser efetuada no conjunto IN . para resolver esse tipo de problema
e tambm para sanar algumas atividades prticas criou-se os nmeros inteiros negativos. Os
nmeros naturais e os inteiros negativos formam o conjunto dos nmeros inteiros,
representado por Z
Z = {-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, }
O conjunto dos nmeros racionais, representado por Q formado por todos os nmeros que
resultam da diviso de dois nmeros inteiros.
5
, nmeros
3
Eles podem ser nmeros inteiros (por exemplo 3 = (-3) : 1), fraes
decimais finitos ( 1,25) e dzimas peridicas ( 2, 14333)
O que importante notar que tanto em IN como em Z entre dois nmeros consecutivos no h
nenhum nmero, por exemplo, no h nenhum nmero inteiro entre 2 e 3. J em Q, entre 2 e
3 existem infinitos nmeros como 2,001 ; 2,83 entre outros.
Existem nmeros decimais que so infinitos e no peridicos, isto existem nmeros decimais
infinitos, mas no h um mesmo padro que se repete aps a vrgula. Por exemplo, 1,
10100100010000..
Esses nmeros so chamados nmeros irracionais.
Alguns deles so at bem conhecidos, com o que aproximadamente 3, 1416.
O conjunto dos nmeros irracionais representado por I.
No existe um nmero que seja racional e irracional, como acontece com um nmero inteiro
que inteiro e racional.
Antecessor - Todo nmero natural diferente de zero possui um antecessor. Por exemplo, o
antecessor de 5 4, de 100 99.
Nmeros consecutivos - Sejam n e n+1 dois nmeros naturais. Ento eles so chamados de
nmeros consecutivos. Analogamente, se extende o conceito de nmeros consecutivos para
trs ou mais nmeros naturais. Por exemplo, quando se tem os nmeros naturais n, n+1, n+2,
ento eles so nmeros consecutivos
2; 3; 5; 7; 11; 13; 17; 19; 23; 29; 31; 37; 41; 43; 47
Critrios de Divisibilidade
11 a diferena entre a soma dos algarismos de ordem par e a dos algarismos de ordem mpar
ou zero ou divisvel por 11.
Exemplo: 1276
Algarismos de ordem par, a partir da direita: 7 e 1. 7 + 1 = 8
Algarismos de ordem mpar: 6 e 2. 6 + 2 = 8
Diferena entre as duas somas: 8 8 = 0. Logo, 1276 divisvel por 11.
Fatorao
2268 2
1134 2
567 3
189 3
63 3
21 3
7 7
1
420, 40 2
210, 20 2
105, 10 2
105,
35,
7,
1,
Operao
a+b=c
a e b : parcelas
c: soma
xy=z
x: minuendo
z: diferena
y: subtraendo
m.p=q
m e p: fatores
q: produto
d:e=f
d: dividendo
F: quociente
e: divisor
mn = p
m: base
p: potncia
n: expoente
Em toda adio tem-se que a diferena entre a soma e uma das parcelas igual outra
parcela.
Exemplo: 7 + 12 = 19 19 12 = 7 e 19 7 = 12
Em toda subtrao tem-se que a soma do subtraendo com a diferena igual ao minuendo.
Exemplo: 12 - 5 = 7 7 + 5 = 12
Em toda diviso, o produto do quociente pelo divisor, adicionado ao resto igual ao dividendo.
Exemplo: 36 : 9 = 4, resto = 0 4 . 9 + 0 = 36
45 : 6 = 7, resto = 3 7 . 6 + 3 = 45.
Exerccios Propostos 1
d) 7
e) 8
5) (UFMG) A partir das 7 horas, as sadas de nibus de BH para Itabira, Barbacena e Patos de
Minas obedecem ao seguinte horrio:
Para Itabira, de 20 em 20 minutos
Para Barbacena, de 30 em 30 minutos,
Para Patos, de 50 em 50 minutos.
Depois de quanto tempo, aps as 7 horas, saem simultaneamente, pela primeira vez, os trs
nibus?
a) 1h e 40 min
b) 2h e 30 min
c) 4h
d) 5h
e) Nenhuma anterior
6) Adicionando 3 unidades aos dois termos de uma subtrao podemos afirmar corretamente
que a diferena
a) aumenta 3 unidades.
b) diminui 3 unidades
c) no se altera
d) diminui de 6 unidades
e) aumenta de 12 unidades.
7) Na diviso de a por b, sendo b>0, encontrou-se resto igual a 12. Multiplicando o dividendo e
o divisor por 4, o novo resto ser
a) 3
b) 16
c) 8
d) 48
e) n.d.a.
8) (UFMG) Trs fios tm comprimentos de 36m, 48m e 72m. Deseja-se cort-los em pedaos
menores, cujos comprimentos sejam iguais, expressos em nmero inteiro de metros e sem
que haja perda de material. O menor nmero possvel de pedaos :
a) 7
b) 9
c) 11
d) 13
e) 30
9) A soma dos trs termos de uma subtrao 132. Ento, correto afirmar que o minuendo
a) 43
b) 66
c) 89
d) 175
e) n d a
11) Considere uma adio de trs parcelas cujo resultado 50. Se adicionarmos 5 primeira
parcela, subtrairmos 8 segunda e adicionarmos 3 terceira parcela, podemos corretamente
afirmar que o novo total ser
a) 34
b) 44
c) 47
d) 50
e) 66
Gabarito 1
1c
2b
3d
4d
5d
7d
8b
9b
10b
11d
6c
Exemplos: 3 = +3;
0 = 0;
+ 5 = +5
Adio Embora haja regras para adicionar dois nmeros inteiros, a maneira mais fcil de
fazer essa operao considerar os negativos como sendo quantidades que eu devo e os
positivos com quantidades que eu tenho.
Por exemplo, (+5) + (-8) = +5-8.
Portanto, tenho 5 e devo 8, logo devo 3. Sendo assim, (+5) + (-8) = -3
Analogamente, (-4) + (-3) = -7, pois se devo 4 e devo 3, devo um total de 7.
Subtrao Lembrando que uma subtrao pode ser considerada como uma adio algbrica,
ou seja, (+7) (+3) = +7 3, (sinal menos antes do parnteses muda o sinal de tudo que est
dentro dele) temos:
(+7) (+3) = +7 3 = +4
Multiplicao o produto de dois nmeros inteiros ser positivo se eles tiverem sinais iguais e
negativo se tiverem sinais diferentes.
Exemplos: (+2) . (-5) = -10.
(-3) . (-7) = +21
10
Potenciao: uma potncia cuja base um nmero inteiro e o expoente um nmero natural s
ser negativa se a base for um nmero negativo e o expoente um nmero mpar. Voc pode
verificar isso fazendo a multiplicao que corresponde potenciao dada.
Exemplos: (+3)4 = (+3) . (+3) . (+3) . (+3) = +81
(-2)3 = (-2). (-2). (-2) = -8
(-5)2 = (-5) . (-5) = +25
Observaes:
- Se adicionarmos uma constante c a um dos fatores, o produto fica adicionado c vezes o outro
fator.
a . b = d (a + c) . d = d (b . c)
Exemplo. 5 . 4 = 20
(5 + 2) . 4 = 28 = 20 + 2 . 4
- Se multiplicarmos um dos fatores por uma constante c, o produto ser multiplicado por c.
m . n = p mc . n = pc
Exemplo: 5 . 6 = 30
(5 . 3) . 6 = 90 = 3 . 30
11
Exerccios Propostos 2
1) Considere as afirmativas
a) -1
b) + 1
c) +17
d) +36
e) +37
5) Entre as potncias (-6)2, (+2)5, -32, (-1)10 e (-2)3, quantas delas representam nmeros inteiros
positivos?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
d) +74
e) n d a
14
10) Entre os elementos do conjunto {-12, -10, -7, -2, 0, 1, 3, 6, 10} quantos so menores que
5 ?
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
e) 7
11) (CEAL Assistente Tcnico) Em um dado instante um elevador estava parado no andar
mdio de um prdio. A partir de ento recebeu algumas chamadas que o fizeram deslocar-se
sucessivamente: subiu quatro andares, desceu seis, subiu oito e, quando subiu mais quatro
andares, chegou ao ltimo andar do edifcio. O total de andares desse prdio era
a) 21
b) 19
c) 15
d) 13
e) 11
Gabarito 2
1e
2a
3a
4e
5c
7d
8d
9b
10e
11a
6c
15
Exemplos:
4 (pois 4 =
a
b
3
,
5
4
)
1
3
) ou decimal (0,6)
5
Para transformarmos uma frao decimal (de denominador igual a uma potncia de 10)
escrevemos o numerador e, a partir da direita contamos tantos algarismos quantos forem os
zeros do denominador e colocamos a vrgula.
Exemplos: a)
87
= 8,7
10
b)
58
= 0,58
100
c)
1365
= 1,365
1000
d)
23
= 0,023
1000
a) Exemplos: 2,6 =
26 13
=
10 5
b) 0,32 =
32
8
4007
=
c) 4,007 =
100 25
1000
Para que um nmero seja um decimal finito o denominador da frao tem que ter como
fatores somente potncias de 2 e/ou de 5. Se ele um decimal infinito peridico ou dzima
peridica, ela pode ser dzima peridica simples ou composta.
16
Determinao da geratriz
perodo
tan tos 9 quantos forem os algarismos do perido
Exemplo: 0,345345345 =
345
999
17
Exemplo: 0,2565656=
Adio e subtrao
Exemplo:
a)
4 3 7
+ =
9 9 9
b)
7
2
5 1
=
=
10 10 10 2
Exemplo
3 1 3
+
5 4 10
12 5
6
11
+
=
20 20 20 20
18
Multiplicao
4 6 25 4 x 6 x 25 600
x x
=
=
5 10 8
5 x10 x 8 400
Exemplo:
Para no trabalharmos com nmeros muito grandes podemos usar a tcnica do cancelamento
que consiste em dividir um numerador e um denominador por um divisor comum deles. No
exemplo acima teramos:
4
6
25 1
3
1
3
x
x
= x
x
=
5
10
8 1
1
2
2
1
Diviso
Exemplo
13 13 13 3
1
=
.
=
42 3 42 13 14
19
Potenciao
Para efetuarmos uma potenciao calculamos a potncia do numerador que ser o numerador
da frao resposta e calculamos a potncia do denominador, que ser o denominador da
frao resposta.
(2) 4 16
2
=
Exemplo: =
3
(3) 4 81
Nmero misto o nmero que possui uma parte inteira e outra fracionria.
Exemplo: 2
3
5
3 5 x 2 + 3 13
=
=
5
5
5
9
fazemos
4
4 (denominador)
20
(numerador)1
9
1
=2
4
4
2 (parte inteira)
Exemplos:
5
4
27
3
= =
8
2
16
4
= =
25
5
Quando o expoente fracionrio a potncia pode ser escrita como um radical, onde o
denominador do expoente o ndice da raiz e o numerador o expoente do radicando.
2
Exemplo: (5) 3
= 5 2 = 3 25 2,92
a
, onde a e b so nmeros inteiros e b 0, ou
b
Intervalos reais
Considere todos os nmeros reais maiores que ou iguais a -2 e menores que ou iguais a 3.
Podemos representar esses nmeros de trs maneiras:
- analiticamente: { x R / -2 x < 3}
- sinteticamente: [-2; 3[
- graficamente:
-2
Outros exemplos
a) Analiticamente: {x R/ 0 < x 3)
Sinteticamente: ]0;3]
Graficamente
b) Analiticamente: {x R / 1 x < 7}
22
Sinteticamente:[1;7[
Graficamente:
c) Analiticamente: {x R / x 2}
Sinteticamente:]-; 2]
Graficamente
d) Analiticamente: {x R / x > 5}
Sinteticamente:]5; +[
Graficamente:
Exerccios Propostos 3
23
p
um nmero inteiro.
q
b)
p
um nmero inteiro.
p+q
c)
p+q
um inteiro
q
d)
p
um nmero inteiro, se, e somente se, existir um inteiro k tal que p = kq.
q
e) sendo
p
q
inteiro, tem-se tambm que
inteiro
q
p
I Entre dois nmeros racionais quaisquer, p e q, com p q, existe sempre um outro nmero
racional.
II No se pode determinar qual o menor nmero racional positivo.
III O conjunto Q+ rene todos os nmeros racionais positivos.
IV A soma e produto de dois nmeros racionais quaisquer sempre um nmero racional.
24
4) Sendo R o conjunto dos nmeros reais, Q o conjunto dos nmeros racionais e N o conjunto
dos nmeros naturais, assinale a alternativa FALSA.
a) Q N R
b) Q N R
c) Q N = R
d) Q N = Q
e) Q R
b) {0; 1; 2; 3}
c) [0; 3]
d) {1 }
e)
7) Sejam x e y dois nmeros reais tais que 0 < x < y < 1. O produto xy , necessariamente
a) maior que 1.
b) um nmero compreendido entre y e 1.
c) um nmero compreendido entre x e y
d) um nmero compreendido entre 0 e x.
e) menor que zero.
n um nmero natural ou
n um
b) Todo nmero mpar pode ser escrito como 2n + 7, onde n um nmero inteiro.
c) A soma de dois nmeros inteiros mpares sempre um nmero inteiro par.
d) Todo nmero inteiro ou mpar ou par.
e) Todo nmero inteiro par pode ser escrito como n2 + 1
355
3,141592 que igual ao nmero , e portanto, um nmero
113
irracional.
d) Se o quadrado de um nmero x um nmero racional, ento x tambm um nmero
racional.
e) As equaes do tipo x2 = n, onde n um nmero inteiro qualquer, sempre tm razes reais.
27
13) O nmero representado pela raiz quadrada (positiva) de trs encontra-se no intervalo:
a) ]-; 0[
b) ]0; 1]
c) ]1; 2]
d) ]2; 3]
e) ]3; +[
15) (TRT 6 Regio/ Tcnico Judicirio) Se x e y so nmeros inteiros tais que x par e y
mpar, ento correto afirmar que:
a) x + y par
b) x + 2y mpar.
c) 3x 5y par.
d) x . y mpar
e) 2x y mpar.
1 642
48 32 6
1x6x4x2
4x8
3x2
Com base na definio e no exemplo dados, correto afirmar que a persistncia do nmero 27
991
a) menor que 4
b) 4
c) 5
d) 6
e) Maior que 6.
17) (CEAL Auxiliar tcnico) Efetue as divises indicadas at a segunda casa decimal,
desprezando as demais, sem arredondamento:
29
61 : 3
3 : 11
18) (CEAL Auxiliar tcnico) Uma empresa de manuteno tem disponibilidade de 40 horas
semanais para executar tarefas de lubrificao de mquinas de dois tipos: Mecnicas (M) e
Eltricas (E). Para lubrificar cada unidade M e cada unidade E so necessrias 1,5 horas e 2
horas de trabalho semanal, respectivamente. Se, em uma semana, foram lubrificadas 16
unidades M, ento o nmero de unidades E lubrificadas dever ser
a) 12
b) 11
c) 10
d) 9
e) 8
19) (CEAL Auxiliar tcnico) No esquema a seguir apresentado uma sequncia de operaes
que devem ser feitas, a partir de um nmero X, at que obtenha como resultado o nmero 75.
adicionar 10
dividir por 2
subtrair 4
multiplicar por 5
75
30
a) 0 e 30
b) 30 e 50
c) 50 e 70
d) 70 e 80
e) 80 e 100
20) (CEAL Auxiliar tcnico) A tabela abaixo representa as principais fontes de energia do
planeta:
Fontes
Termeltricas
Hidreltricas
Nucleares
Renovveis
Porcentagem
64%
18%
16%
2%
7
das hidreltricas do planeta equivalem s nucleares.
9
3
das termeltricas do planeta equivalem s outras trs juntas.
8
Gabarito 3
1d
2a
3a
4c
5e
6c
7d
8a
9e
10c
11b
12a
13c
14e
15e
16a
17b
18e
19a
20e
31
2 PROPORCIONALIDADE
2.1 - RAZES E PROPORCES
Razo Dados dois nmeros a e b, em certa ordem e sendo b 0 chama-se razo entre os
nmeros a e b (representa-se
a
ou a : b) ao quociente entre esses nmeros.
b
1
0,25 4 1 1 1
Exemplo: A razo entre 0,25 e 5, dados nessa ordem
= = . =
, ou seja a
5
5 4 5 20
razo entre 0,25 e 5 de 1 para 20 (escreve-se 1: 20)
2 5
2 5 10
e , pois . =
=1
5 2
5 2 10
1 5
=
(l-se: 1 est para 2 assim como 5 est para 10)
2 10
Em uma proporo
a c
= , a e d so chamados extremos e b e c meios da proporo.
b d
a c
= ad = bc
b d
32
5 15
=
.
3 x
45
=9
5
4 6
= .
6 9
Observaes
- Em uma proporo contnua, o valor comum dos extremos chamado mdia proporcional
ou mdia geomtrica dos extremos. No exemplo dado anteriormente, a mdia proporcional
6, j que temos
4 6
=
6 9
4 6
= , 9 a terceira proporcional.
6 9
3 6
= . Logo, 3x = 6 . 6
6 x
33
3x = 36
x = 12
4
x
=
. Logo
x 36
x2 = 144
x=
144 = 12
a1 a 2 a 3
=
=
= ......
b1 b 2 b 3
ento as duas sucesses de nmeros so diretamente proporcionais e o resultado constante
das razes obtidas chamado coeficiente de proporcionalidade k.
Exemplo: Verifique se os nmeros 2, 5, 10, 15, nesta ordem, e os nmeros 4, 10, 20, e 30,
nesta ordem, so diretamente proporcionais. Em caso afirmativo, determine a constante de
proporcionalidade.
34
2 5 10 15 1
=
=
=
= = k Logo, os nmeros so diretamente proporcionais e a constante k
4 10 20 30 2
1
= 0,5
2
Sejam duas sucesses de nmeros (a1, a2, a3, ) e (b1, b2, b3, ), todos diferentes de zero. Se a1
. b1 = a2 . b2 = a3 . b3 = ento esses nmeros so inversamente proporcionais.
Exemplo: Sejam os nmeros 2, 3, 4 e 12, nessa ordem e 12, 8, 6, e 2, tambm nessa ordem.
Como 2 x 12 = 3 x 8 = 4 x 6 = 12 x 2 = 24, ento esses nmeros so inversamente proporcionais.
2
3 4 12
= = =
= 24
1
1 1
1
12 8 6
2
35
x y z
= = = ..., sendo x + y + z + ... = N
a b c
Exemplo
Soluo:
x y z
= = = k e x + y + z = 144
3 4 5
Temos: x = 3k, y = 4k e z = 5k
12k = 144 ou k = 12
x = 3 . 12 = 36
y = 4 . 12 = 48
z = 5 . 12 = 60
a . x = b . y = c . z = ., e x + y + z + = N
36
1 1 1
, , , ...
a b c
Exemplo
1 1
1
, , e
2 3
4
1
1
1
= b . = c . o que equivale a dividir 36 em partes diretamente proporcionais
3
4
2
x y z
a 2, 3 e 4. Logo, = = = k
2 3 4
Temos: a .
Portanto, x = 2k, y = 3k e z = 4k e x + y + z = 36
Logo, 2k + 3K + 4k = 9k = 36
k=4
x = 2k = 8
y = 3k = 12
z = 4k = 16
Portanto,
x y
z
= =
= k e x + y + z = 740
8 9 20
Assim, x = 8 . 20 = 160
y = 9 . 20 = 180
z = 20 . 20 = 400.
1 1 1
, , . Como dividir 490 e partes inversamente proporcionais aos nmeros
3 5 7
1 1 1
, , o mesmo que dividir 490 em partes diretamente proporcionais aos inversos desses
3 5 7
nmeros temos que o problema se reduz a dividir 490 em partes diretamente proporcionais a
2, 3 e 4 e a 3, 5 e 7. Ou seja, 490 deve ser divido em partes diretamente proporcionais a 2 . 3 =
6; 3 . 5 = 15 e 4 . 7 = 28
38
Temos:
x
y
z
=
=
=k
6 15 28
Exerccios Propostos 4
3
e a soma a + b = 72. Sabendo-se disso correto afirmar
9
que b a vale
a) 10
b) 12
c) 34
d) 36
e) 38
1
3
b)
3
4
c)
2
9
39
d)
3
7
e) n d a
3) Considere dois nmeros a e b tais que
15 5
= e a 2b = 3. Quanto vale a + b?
a b
a) 9
b) 12
c) 15
d) 16
e) n d a
40
c
a b
6 = 15 = 12
2a 3b + 2c = 3
so
a) primos entre si.
b) pares
c) mpares
d) mltiplos de 5
e) n d a
c) 8
d) 12
e) n d a
10) (CEFET) Um litro de uma certa mistura contm gua na razo de 1 para 4. O volume de
gua em 2,5 desta mistura, em ml, igual a
a) 125
b) 250
c) 625
d) 725
e) 2 500
11) (UFMG) As famlias Oliveira, de trs pessoas, e Alves, de cinco pessoas, alugaram uma casa
na praia. No fim da temporada a primeira famlia pagou R$ 1 060,00 e a segunda, R$ 812,00. A
quantia que cada famlia deveria ter pago, para que a despesa fosse proporcional ao nmeros
de pessoas de cada uma, :
a) R$ 374,00 e R$ 1 498,00
b) R$ 624,00 e R$ 1 248,00
42
c) R$ 702,00 e R$ 1 170,00
d) R$ 750,00 e R$ 1 122,00
e) R$ 872,00 e R$ 1 000,00
Gabarito 4
1d
2c
3b
4c
5e
7e
8b
9d
10c
11c
6a
3 REGRA DE TRS
Grandezas diretamente proporcionais
Dadas duas grandezas, se ao multiplicarmos (dividirmos) uma por um nmero positivo a outra
tambm ficar multiplicada (dividida) por esse mesmo nmero, ento dizemos que elas so
grandezas diretamente proporcionais.
Exemplo: Um carro percorre est a uma velocidade constante; observe a tabela das distncias
percorridas com seu respectivo tempo.
Distncia (km)
Tempo (h)
60
90
1h 30 min
120
43
Tempo (h)
120
60
30
Regra de trs
Regra de trs um processo de clculo usado para resolver problemas que envolvem duas ou
mais grandezas direta ou inversamente proporcionais.
Se o problema envolve somente duas grandezas teremos uma regra de trs simples, que ser
chamada regra de trs simples direta se as grandezas forem diretamente proporcionais e regra
de trs simples inversa se as grandezas forem inversamente proporcionais.
Quando o problema envolve mais de duas grandezas teremos uma regra de trs composta.
Exerccios resolvidos
1) Se um quilo de fil de boi custa aproximadamente R$12,00, quanto custaro 5,5kg de fil?
44
Observe que se duplicarmos o peso termos o preo duplicado tambm, portanto as grandezas
so diretamente proporcionais. Isso mostrado no esquema a seguir usando-se duas setas de
mesmo sentido.
Peso
Preo
12
5,5
Temos a proporo
1 12
.
=
5,5 x
x = 12 . 5,5
2) Um veculo, andando com velocidade mdia de 60 km/h, percorre uma certa distncia em 2
horas. Quanto tempo levar para percorrer essa mesma distncia se sua velocidade for de 80
km/h?
Velocidade
Tempo
60
80
60 x
= .
80 2
80x = 120
x = 1,5 h ou 1 hora e 30 min
45
3) Se
2
de um trabalho foram feitos em 10 dias, por 24 operrios que trabalhavam 7 horas por
5
dia, ento quantos dias sero necessrios para terminar o trabalho, sabendo-se que 4
operrios foram dispensados e que o restante agora trabalha 6 horas por dia?
Esquema
Operrios
Dias
24
10
20
Ento,
Horas dirias
10 20 6
=
.
x 24 7
10 120
=
x 168
120 x = 1 680
x = 14
46
4) Um grupo de 15 mineiros extraiu, em 30 dias, 3,5 toneladas de carvo. Se essa equipe for
aumentada para 20 mineiros, em quanto tempo sero extrados 7 toneladas de carvo?
Esquema
N de dias
N de mineiros
30
15
20
Quantidade de carvo
3,5
7
30 20 3,5
=
.
x 15 7
30 70
=
x 105
70 x = 30 . 105 = 45
Exerccios Propostos 5
47
1) (UEL PR) numa grfica, 5 mquinas de mesmo rendimento imprimem um certo nmero de
cpias em 8 horas de funcionamento. Se duas delas quebrasse, em quanto tempo de
funcionamento as mquinas restantes fariam o mesmo servio?
a) 4 h e 8 min
b) 4 h e 48 min
c) 13h e 20 min
d) 13h e 33 min
e) 20h
48
4) Uma lmpada de 40 watts pode funcionar por 15 horas, a um certo custo. Por quanto
tempo poder funcionar uma lmpada de 60 watts, para que o custo permanea o mesmo?
a) 8h
b) 10h
c) 11h
d) 12h
e) n d a
6) (UFMG) Uma pessoa datilografando 60 toques por minuto e trabalhando 6 horas por dia,
realiza um certo trabalho em 10 dias. Outra pessoa, datilografando 50 toques por minuto e
trabalhando 4 horas por dia, realizar o mesmo trabalho em:
a) 12 dias
b) 14 dias
c) 16 dias
d) 18 dias
e) 20 dias
49
7) Duas mquinas empacotam 1 000 balas por hora. Quantas mquinas sero necessrias para
empacotar 5 000 balas em meia hora?
a) 10
b) 12
c) 15
d) 16
e) 20
8) Ao cavar um buraco para uma piscina que tem 25 metros de comprimento, 10m de largura e
3m de profundidade, foi necessrio remover 1 200m3 de terra. Que volume de terra do mesmo
tipo deve ser removido quando se quiser cavar uma piscina de 12m de comprimento, 6m de
largura e 2,5m de profundidade?
a) 250m3
b) 288m3
c) 300m3
d) 320m3
e) 350m3
50
10) (UFMG) Um atleta gasta 1h e 15min para percorrer uma certa distncia com a velocidade
de 20km/h. reduzindo sua velocidade para 18km/h, para fazer o mesmo percurso, ele gastar
a mais
a) 8min 20s
b) 9min 30s
c) 10 min
d) 12min 15s
e) 15 min
11) Uma turma de operrios faz um trabalho cujo coeficiente de dificuldade de 0,2, em 8
dias. A mesma turma faria outro trabalho, com coeficiente de dificuldade 0,25 em quantos
dias?
a) 4
b) 6
c) 8
d) 10
e) n d a
12) Um trem, com velocidade de 48km/h, gasta 1h e 20 min para percorrer certa distncia.
Para percorrer a mesma distncia com a velocidade de 60km/h, o trem gastaria quanto
tempo?
a) 1h e 4 min
b) 1h e 10 min
c) 1h e 15 min
d) 1h e 40 min
e) n d a
51
13) (UFMG) Se a massa de 1 000cm3 de certo lquido 3,75kg, a massa de 1,35m3 do mesmo
lquido :
a) 5,0625kg
b) 50,625kg
c) 506,25 kg
d) 5062,5kg
e) 50625 kg
14) (UFMG) Um relgio atrasa 1min e 15 seg a cada hora. No final de um dia ele atrasar:
a) 24 min
b) 30 min
c) 32min
d) 36min
e) 50min
15) (UFMG) Uma torneira com vazo de 50l/min gasta 27min para encher um determinado
tanque. Quanto tempo ser necessrio para encher o mesmo tanque utilizando-se trs
torneiras que tm a vazo de 45l/min cada uma?
a) 81min
b) 10min
c) 9min
d) 8min
e) 1min
Gabarito 5
52
1c
2c
3d
4b
5e
6d
7e
8b
9c
10b
11d
12a
13d
14b
15b
4 - PORCENTAGEM
Quando calculamos x% de um nmero, estamos calculando uma porcentagem.
32
. 1500 = 480.
100
100
i 100
=
p
C
p=
C.i
100
Exerccio resolvido
53
1) Suponha que a taxa anual de inflao em um dado pas seja de 20%. Qual a porcentagem de
aumento dos preos em 3 meses?
1
do ano, que 0,25 do ano. Como a taxa anual deveremos
4
Ano
Inflao
20
0,25
1
20
=
0,25
x
x = 20. 0,25
x=5
2) Um negociante obteve
3
de lucro em uma determinada venda. Qual foi sua porcentagem
25
25
25
100%
3
25
x%
25
25 = 100 3 = 100 x = 300 x = 12%
3
x
25
x
25
25
54
Exerccios Propostos 6
1) Em uma cidade h 22 410 estrangeiros, o que representa 17$ da populao. O nmero total
de habitantes dessa cidade :
a) 85 600
b) 112 600
c) 124 500
d) 250 400
e) 450 000
55
4) Uma pessoa comprou um objeto e em seguida revendeu-o por R$ 385,00, obtendo um lucro
de 10%. O objeto foi comprado inicialmente por
a) R$ 280,00
b) R$ 300,00
c) R$ 310,00
d) R$ 350,00
e) R$ 365,00
5) (UCMG) Se 30% dos livros de uma estante so novos e 14 livros so velhos, o nmero de
livros novos :
a) 6
b) 7
c) 8
d) 9
e) 12
c) 650
d) 730
e) 820
8) (PUC-MG) Numa mistura com 4,8 litros de gua e 27,2 litros de lcool, a porcentagem de
gua :
a) 11,5
b) 13,0
c) 15,0
d) 15,7
e) 17,6
9) Um objeto vendido por R$ 16 000,00 deu um prejuzo de 15% sobre o preo da venda. O
preo de custo foi:
a) R$ 10 800,00
b) R$ 12 400,00
c) R$ 15 200,00
d) R$ 18 400,00
e) R$ 20 200,00
10) (PUC-BA) Dos 200 funcionrios de uma empresa, 60% so do sexo masculino e, destes,
20% usam culos. Se nessa empresa trabalham 64 mulheres que no usam culos, quantos
funcionrios usam culos?
a) 24
b) 40
57
c) 54
d) 64
e) 96
11) Uma cidade de 12 000 habitantes apresentou, em um determinado ano, uma mortalidade
de 3% e uma natalidade de 3,4%. De quanto aumentou a populao dessa cidade nesse ano?
a) 480 habitantes
b) 500 habitantes.
c) 520 habitantes.
d) 570 habitantes.
e) 630 habitantes
Gabarito 6
1c
2d
3e
4d
5a
6b
7a
8c
9d
10b
11a
12b
58
5 JURO SIMPLES
O juro a quantia que se paga (ou se recebe a mais) pelo emprstimo de um valor em
dinheiro por um certo perodo de tempo.
M=C+J
Um juro sempre est relacionado a um certo tempo (n) e a uma taxa (i).
i=
J
C
comum ao invs de usarmos a taxa porcentual, usar sua notao decimal, obtendo-se assim
a taxa unitria. Por exemplo, a taxa de 7% ao ano a taxa porcentual e 0,07 a taxa unitria.
Seja C um determinado capital, aplicado taxa unitria i, por um tempo n. Ento temos:
M = (1 + ni) C
J = CNI
Exerccios resolvidos
59
Soluo
Soluo
M = (1 + ni) C M = (1 + 6 . 0,015) . 29 800
M = (1 + 0,09) . 29 800
M = 32 482
Logo, receberei R$ 32 482,00.
Taxas Proporcionais
Duas taxas so proporcionais se elas formam uma proporo direta com seus respectivos
tempos.
36 3
=
12 1
60
Taxas equivalentes so taxas que produzem os mesmos juros quando aplicadas a capitais
iguais por perodos de tempo iguais.
No regime de juro simples, taxas equivalentes so sempre proporcionais.
Exemplo: R$ 1 000,00 aplicado a taxa de 18% ao semestre o mesmo que aplicar essa quantia
a taxa de 3% ao ms, pois
18%
3%
=
6 meses 1 ms
Quando o prazo de uma operao financeira contado em dias e a taxa indicada em outra
unidade (por exemplo, em meses) h necessidade de contarmos os dias envolvidos na
operao financeira. Isso pode ser feito de duas maneiras:
Prazo comercial consideramos todos os meses com 30 dias ( ms comercial) e o ano como
sendo de 360 dias.
Juro comercial o juro calculado usando-se o prazo comercial (ano de 360 dias)
Juro exato o juro calculado utilizando-se o prazo exato ( ano de 365 ou 366 dias)
Exemplo: Sendo o capital igual a 10 000 reais, a taxa anual de 15% e o prazo igual a 150 dias,
calcule o juro exato e o juro comercial que se obtm nessa transao.
Soluo
61
Juro Exato: Je = Ci
d
150
Je = 10 000 x 0,15 x
365
365
d
150
Jc = 10 000 x 0,15 x
Jc = 10 000 x 0,15 x 0,42
360
360
Jc = 630,00
Suponhamos que se tem duas ou mais aplicaes a juros simples, cada uma com capitais, taxas
e prazos prprios. O prazo mdio um prazo nico que, ao substituir o utilizado em cada uma
das aplicaes, produzir o mesmo total de juros das aplicaes originais.
Prazo mdio = mdia ponderada dos produtos dos capitais pelas suas respectivas taxas.
Prazos (A)
Capitais (B)
Taxas (C)
(meses)
(mil reais)
(%)
4 . 5 . 2 = 40
5 . 2 = 10
5 . 8 . 3 = 120
8 . 3 = 24
10
6 . 10 . 4 = 240
10 . 4 = 40
Prazo mdio =
Produtos (A.B.C)
Pesos
(B.C)
Portanto, se trocarmos os prazos por 5,4 teramos o total de juros das aplicaes originais.
62
Taxa mdia uma taxa nica que usada no lugar das taxas de cada uma das aplicaes,
produzir o total de juros das aplicaes originais.
Taxas (A)
Capitais (B)
Prazos (C)
(%)
(mil reais)
(meses)
2 . 5 . 4 = 40
5 . 4 = 20
3 . 8 . 5 = 120
8 . 5 = 40
10
4 . 10 . 6 = 240
10 . 6 = 60
Taxa mdia =
Produtos (A.B.C)
Pesos
(B.C)
A taxa mdia de 33,3% utilizada nas aplicaes ir gerar juro igual ao total de juros das
aplicaes originais.
Exerccios resolvidos
Soluo
Observe que a taxa est dada ao ano e o perodo da aplicao em meses, portanto
necessrio transformar esses dados para uma mesma unidade. Usando uma regra de trs
simples direta temos:
63
9%
12 meses
x%
8 meses
x=
72
= 6% em 8 meses
12
2) Emprestei uma certa quantia a 15% ao ano, a juro simples e recebi R$ 2 625,00 depois de 4
meses. Quanto emprestei?
12 meses
4 meses
x=
15.4 60
=
= 5% em 4 meses.
12
12
M = (1 + ni) . C
2 625 = (1 + 0,05) . C
C = 2 625 : 1,05
C = 2 500
Logo, emprestei R$ 2 500,00
3) Determine o juro exato de uma aplicao de R$ 10 000,00, taxa de 12% ao ano, e que teve
incio no dia 20 de junho e terminou em 3 de setembro.
64
Soluo
Devemos primeiro determinar o nmero exato de dias da aplicao. Para isso,
1) calculamos a diferena entre o ms do trmino e do incio da aplicao e depois
multiplicamos o resultado por 30 dias
(9 6) . 30 = 90.
2) Acrescentamos 1 dia para cada 31 dias compreendidos entre as datas de incio e trmino da
aplicao.
Julho e agosto tm 31 dias, portanto devemos acrescentar 2 dias
90 + 2 = 92
Incio: 20
92 + 3 20 = 73
Logo, aplicao durou exatamente 73 dias. Como queremos calcular o juro exato, temos:
J = Cni
J = 10 000 .
73
. 0,12
365
J = 240
Portanto, o juro exato recebido foi de R$ 240,00
Exerccios Propostos 7
65
1) (CEB Contador Superior IDR/94) O capital de R$ 9 000,00 foi aplicado taxa de juro
simples de 36% a.a. Aps quatro meses, qual foi o valor do montante?
2) (TTN/89 2 G) Uma certa importncia foi aplicada a juros simples de 48% a.a , durante 60
dias. Findo o prazo, o montante apurado foi reaplicado por mais 120 dias, a uma taxa de 60%
a.a, mantendo-se o mesmo regime de capitalizao. Admitindo-se que o ltimo montante foi
de R$ 207,36, qual foi o capital inicial da primeira operao?
3) Calcular a taxa que foi aplicada a um capital de R$ 4 000,00, durante 3 anos, sabendo-se que
se um capital de R$ 10 000,00 fosse aplicado durante o mesmo tempo, a juros simples de 5%
a.a, durante o mesmo perodo, renderia mais R$ 600,00 que o primeiro.
4) Obtive uma renda (juros) total de R$ 1 290,00 proveniente das aplicaes de dois capitais a
juros de 65 a.a, durante 4 meses. Se eu aplicasse a diferena entre os dois capitais a 12% a.a,
durante o mesmo perodo, obteria um rendimento de R$ 540,00. quais eram os valores dos
capitais aplicados?
5) Dois capitais esto entre si como 2 est para 3. Para que, em perodos de tempos iguais,
sejam obtidos rendimentos iguais para os dois capitais, a taxa de aplicao do menor deles
deve superar a do maior em quantos por cento?
6) (Atendente Judicirio TRT ES/90) Uma pessoa emprega seu capital nas seguintes
condies: a tera parte a 155 ao ano, a quinta parte a 185 ao ano e o restante a 21% ao ano.
Qual a taxa nica, a que a mesma poderia empregar todo o capital, a fim de obter o mesmo
rendimento anual?
66
7) Qual o juro (comercial) obtido quando se aplica R% 3 000,00 durante 240 dias, taxa de
15% a.a?
9) Um capital de R$ 2 100,00 teve uma parte investida em uma aplicao A, taxa de 5,5%
a.m, durante um ms. O restante foi investido em uma aplicao B, taxa de 5% a.m, durante
esse mesmo perodo. Sabendo-se que os juros obtidos foram iguais, determine a quantia
investida em cada aplicao.
10) Certo capital, aplicado a 5% a.a, durante 2 anos e 4 meses rendeu R$ 1 260,00. O capital
aplicado foi
a) R$ 9 600,00
b) R$ 10 180,00
c) R$ 10 250,00
d) R$ 10 850,00
e) R$ 17 800,00
11) Uma pessoa aplicou certo capital a 7,5% a.a, durante 5 anos. Ao final desse prazo recebeu
o montante de R$ 27 500,00. O capital aplicado foi
a) R$ 18 000,00
b) R$ 19 000,00
c) R$ 20 000,00
d) R$ 24 000,00
e) R$ 26 000,00
67
13) (UCMG) O tempo necessrio, em anos, para que um capital c se quadruplique, estando
emprestado a 12% ao ano,
a) 36
b) 32
c) 28
d) 25
e) 24
68
14) taxa de 3,5% a.a, o capital que rende R$ 385,00 trimestralmente vale:
a) R$ 38 000,00
b) R$ 41 000,00
c) R$ 44 000,00
d) R$ 50 000,00
e) n d a
3
do seu valor depois de
4
a) 10 meses e 4 dias
b) 16 meses e 18 dias
c) 6 anos e 10 meses
d) 8 anos e 11 meses
e) 12 anos e 6 meses
16) (FCMG) Uma pessoa investiu a importncia de R$ 180 000,00 no mercado de capitais da
seguinte maneira:
69
17) (TTN/85) Um capital de Cr$ 14 400,00 aplicado a 22% ao ano rendeu Cr$ 880,00 de juros.
Durante quanto tempo esteve empregado? (Observao: Cr cruzado era a moeda brasileira
nos anos 80)
a) 3 meses e 3 dias
b) 3 meses e 8 dias
c) 2 meses e 23 dias
d) 3 meses e 10 dias
e) 27 dias
18) (TTN/94) Qual o capital que diminudo dos seus juros simples de 18 meses, taxa de 6%
a.a , reduz-se a R$ 8 736,00?
a) R$ 9 800,00
b) R$ 9 760,66
c) R$ 9 600,00
d) R$ 10 308,48
e) R$ 9 522,24
19) Um capital C, investido a juros simples de 12 a.a , aps cinco meses passa a ser de R$
5460,00. O valor correto de C
a) R$ 3 412,50
b) R$ 5 200,00
c) R$ 9 100,00
70
d) R$ 10 920,00
e) n d a
20) (AFTN/91) Um capital no valor de 50, aplicado a juro simples a uma taxa de 3,5% ao ms,
atinge em 20 dias, um montante de:
a) 51
b) 51,2
c) 52
d) 53,6
e) 68
Gabarito 7
1) R$10 800,00
2) R$ 160,00
3) 7,5%
4) R$39 000,00
5) 50%
e R$ 25 500,00
6) 18,4%
7) R$ 300,00
8) 18%
9) R$ 1 000,00
10) d
e R$ 1 100,00
11) c
12) b
13) d
14) c
15) e
16) c
17) d
18) c
19) b
20) b
71
Descontos simples o abatimento que se obtm no valor de uma dvida quando esta
negociada antes de seu vencimento.
Ttulo de crdito nome do documento que atesta uma dvida. Exemplos: notas promissrias,
duplicatas, letras de cmbio, etc.
Valor nominal ou valor de face o valor do ttulo de crdito, o valor que est escrito no
ttulo e que deve ser pago na data do vencimento do mesmo.
Valor lquido (ou valor atual, valor descontado ou valor pago) o valor que se paga quando
ttulo negociado antes da data de vencimento. Ele sempre menor que o valor nominal. O
valor lquido igual ao valor nominal menos o desconto recebido pelo fato do ttulo ter sido
negociado antecipadamente.
Soluo
A taxa relativa a 2 meses igual a 24% e R$ 1 500,00 o valor nominal. Assim temos
72
100%
Valor
Lquido
(2 meses)
130%
+24%
R$ 1500,00
Desconto = ?
124%
1 500
100%
x=
100 . 1 500
= 1 209,68
124
Desconto por fora (desconto comercial) o obtido quando a referncia para o clculo
percentual do desconto o valor nominal.
Esquematicamente temos
(100 d)%
Valor
Lquido
100%
+d%
Desconto
Valor nominal
73
Soluo
Temos um desconto comercial ou por fora. Nesse caso, o valor nominal corresponde a 100%.
A taxa de desconto nos 2 meses de 20%, portanto, o valor lquido corresponde a 80% do
valor nominal. Ento
100%
80%
960
x=
100 . 960
= 1200 . Portanto, o valor nominal do ttulo era R$ 1 200,00
80
Exerccio Resolvido
Uma nota promissria foi descontada comercialmente taxa de 5% a.m 15 meses antes do seu
vencimento. Se o desconto fosse racional simples, qual deveria ser a taxa adotada para
produzir um desconto de igual valor?
1 Soluo
74
Quando consideramos o desconto comercial temos a taxa de desconto relativa aos 15 meses
igual a 15% . 5 = 75% e
100%
100
x=
25%
25 . 100
= 25 = valor lquido
100
Para o desconto racional deveremos ter um desconto de R$ 75,00, pois ele igual ao obtido
com o desconto comercial
25
100%
100
x%
x = 300%.
Essa a taxa de desconto relativa aos 15 meses, portanto a taxa de desconto mensal 300% ;
15 = 20%
2 Soluo
H uma frmula relacionando a taxa comercial (C), a taxa racional (R) e o nmero de perodos
de antecipao (n).
100 100
=n
C
R
Usando-as temos:
75
100 100
100
100
= 15 20 = 15
= 5 R = 20 20% a.m
5
R
R
R
Exerccios Propostos 8
3) O valor nominal de um ttulo R$ 8 000,00. ele ser resgatado 6 antes de seu vencimento e
lhe ser concedido um desconto racional taxa de 3% a.m. Qual o valor do desconto?
4) Qual o prazo de antecipao de um ttulo que foi descontado racionalmente taxa de 5%,
recebendo um desconto de
2
de seu valor nominal?
5
1
de seu valor
5
nominal e que seu pagamento foi antecipado em 8 meses, calcule a taxa anual de desconto.
76
7) Um ttulo de R$ 18 000,00, tem valor lquido de R$ 12 000,00 aps ter sofrido um desconto
por fora por ter sido pago com 6 meses de antecedncia. Qual a taxa mensal de desconto?
8) Um ttulo de R$ 9 000,00 descontado por fora a uma taxa de 3% a.m, com 6 meses de
antecedncia. Qual o valor pago?
10) Qual o desconto por fora, a 5% a.m, sobre um ttulo de R$ 750,00, pago e meses e 10 dias
antes do vencimento?
11) Um ttulo de R$ 1 200,00, pago com 5 meses de antecedncia, aps ter sofrido um
desconto por fora, ficou reduzido a R$ 900,00. Qual foi a taxa mensal usada?
12) Resgatei, em 16 de abril, uma nota promissria cujo vencimento estava marcado para 10
de junho do mesmo ano. Obtive um desconto por fora de R$ 4 400,00, calculado a uma taxa
mensal de 6%. Qual era o valor nominal da promissria?
13) Qual o desconto por dentro sofrido por um ttulo de R$ 6 864,00, resgatado com 1 ms e 6
dias de antecedncia, a uma taxa de 12% a.m?
77
14) Um ttulo de valor nominal igual a R$ 2 000,00, taxa de 9% a.m, vai ser descontado com 8
meses de antecedncia. Calcule a diferena entre os descontos comercial e racional.
15) Calcular a taxa a ser aplicada, por dentro, a uma duplicata de R$ 1 800,00, para que ela, 8
meses antes do vencimento, se reduza a R$ 1 000,00
Gabarito 8
1) R$ 8 800,00
2) R$ 5 040,00
3) R$ 1 440,00
4) 8 meses
5) 120% a.a
6) 36% a.a
7) 5,5% a.m
8) R$ 7 380,00
9) R$ 600,00
10) R$ 87,50
11) 5%
12)R$40 000,00
13) R$ 864,00
14) R$ 602,80
6 JURO COMPOSTO
No regime de juro composto o juro de um determinado perodo incide sempre sobre o
montante do perodo anterior. Por exemplo, um capital de R$ 1 000,00, aplicado taxa de 2%
a.m, durante 3 meses, quanto render no regime de juro composto?
1 ms
78
C = 1 000
i = 0,02
J = 1 000 . 0,02 = 20
M = 1 020
2 ms
C = 1 020
i = 0,02
J = 1 020 . 0,02 = 20,40
M = 1 040,40
3 ms
C = 1 040,40
i = 0,02
J = 1 040,40 . 0,02 = 20,80
M = (1 + i)n C
79
C=
M
(1 + i)n
i= n
M
-1
C
M
C
n=
log(1 + i)
log
Exerccios resolvidos
1) Maria Jos toma emprestado R$ 15 000,00 a juros compostos de 12% ao ano. Qual ser sua
dvida 3 anos depois?
Soluo
Sua dvida aps 3 anos ser o montante que ela dever pagar. Portanto,
M = (1 + i)n C
M = (1 + 0,12)3 . 15 000
M = 1,12 . 15 000
M = 16 800
80
2) Qual deve ser o capital que, no sistema de juros compostos, taxa de 20% ao ano, gera um
montante de R$ 14 400,00 no fim de 2 anos?
Soluo
M = (1 + i)n C
14 400 = (1 + 0,2)2 . C
14 400 = (1,2)2 . C
C=
14 400
(1,2)
14400
= 10 000
1,44
3) Um capital de R$ 5 000,00, aplicado a juro composto de 15% a.a, durante 6 anos e 4 meses.
Qual foi o montante recebido?
Soluo
Calculando o juro composto relativo aos 6 anos e seu respectivo montante temos:
J = [(1 + i)n 1] . C
J = [(1 + 0,15)6 1] . 5 000
M = (1 + i)n . C
M = (1 + 0,15)6 . 5 000
81
J = [(1,15)6 1] . 5 000
M = (1,15)6 . 5 000
M = 2,31 . 5 000
J = 1,31 . 5 000
M = 11 550
J = 6 550
15%
12 meses
x%
4 meses
Soluo
M = (1 + i)n . C
1 428 = (1 + 0,03)n . 1 200
! 428 = (1,03)n . 1 200
(1,03)n = 1 428 : 1 200
82
(1,03)n = 1,19
log (1,03)n = log 1,19
n=
log1,19 0,0755
=
6
log1,03 0,0128
M
1428
log( )
log(
)
C
1200
n=
n=
log(1 + i)
log(1 + 0,03)
n=
log1,19
=6
log1,03
Soluo
C = 4 500
M = 6 000
n=3
i= n
M
-1
C
6000
i= 3
1
4500
83
i = 3 1,33 1
i = 1,1 1 = 0,1
i = 10%
Taxa efetiva quando a unidade de tempo indicada pela taxa coincide com a unidade de
tempo do perodo de capitalizao. Por exemplo, quando se tem uma aplicao taxa de 4%
ao ms com capitalizao mensal
Taxa nominal quando a unidade de tempo indicada pela taxa no coincide com a unidade de
tempo do perodo de capitalizao mensal. Por exemplo, uma taxa de 15% ao ano, com
capitalizao trimestral
12 meses
1
x = 36 : 12 = 3.
Assim a taxa nominal de 365 ao ano corresponde a uma taxa efetiva de 3% ao ms
Exerccio resolvido
84
Soluo
4 trimestres
x%
1 trimestre
x = 16 : 4 = 4%
Duas taxas so equivalentes quando, aplicadas a capitais iguais, por tempos iguais, produzem
juros iguais.
Exemplo: Qual a taxa trimestral de juro composto equivalente taxa composta de 20% a.m?
(1 + it)1 = (1 + im)3
(1 + it)1 = (1 + 0,2)3
(1 + it)1 = (1,2)3
(1 + it) = 1,728i
it = 1, 728 1
85
it = 0,728 = 72,8%
Suponhamos que uma certa aplicao tenha uma taxa efetiva de 12% a.a. se no mesmo
perodo h uma inflao de 4% a.a, ento a taxa de 12% no foi uma taxa real, pois os preos
tiveram 4% de alta nesse perodo. Essa taxa anunciada de 12% a.a chamada taxa aparente.
1 + iI + iR + (iI . iR) = 1 + iA
IA = iI + iR + (iI . iR)
Exerccios Propostos 9
86
c) 5,3%
d) 20%
e) n d a
d) 1,25%
5) Qual a taxa efetiva bimestral correspondente a uma taxa de 42% ao semestre, com
capitalizao mensal?
8) Um ttulo de valor inicial igual a R$ 10 000,00 tem prazo de vencimento de um ano, com
capitalizao mensal a uma taxa de 8%. Se ele for resgatado com um ms de antecedncia,
taxa de 8% a.m., qual ser o desconto comercial simples que ele ter?
88
9) (AFTN/91) Uma aplicao realizada no primeiro dia do ms, rendendo uma taxa de 1% ao
dia til, com capitalizao diria. Considerando que o referido ms possui 18 dias teis, no fim
do ms o montante ser o capital inicial aplicado mais:
a) 20,324%
b) 19,6147%
c) 19,196%
d) 18,174%
e) 18%
10) (AFC TCU/92) Um certo tipo de aplicao duplica o valor da aplicao a cada dois meses.
Essa aplicao render 700% de juros em
a) 5 meses e meio.
b) 6 meses
c) 3 meses e meio
d) 5 meses
e) 3 meses
11) Uma certa quantia investida taxa de 12% a.a., capitalizada trimestralmente. O nmero
de trimestres necessrios para que essa quantia duplique
a)
log 2
log1,03
b)
log 2
log1,12
c)
log 4
log1,03
d)
log 4
log1,12
89
12) Considere o problema de certo concurso: Uma aplicao foi realizada na mesma data e
referente a dois capitais (C1 e C2) de valores iguais, pelo prazo de um ano, capitalizados
semestralmente, taxa nominal de 42%, para o capital C1 e taxa efetiva de 21% ao ano, para
o capital C2
Considere tambm as afirmativas a respeito desse problema
13) (FGV/2008) Em regime de juros compostos, um capital inicial aplicado taxa mensal de
juros i ir triplicar em um prazo, indicado em meses, igual a
a)
log 3
(1+ i)
b) log 3
i
90
c)
log (1+ i)
3
d) log3 i
e) log (1 + i)
3
14) (CESGRANRIO/2008) A taxa efetiva anual de 50%, no sistema de juros compostos, equivale
a uma taxa nominal i% ao semestre, capitalizada bimestralmente. O nmero de divisores
inteiros positivos de i
a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
e) 8
16) (TJSP/2007) Um investidor aplicou a quantia total recebida pela venda de um terreno, em
dois fundos de investimentos (A e B), por um perodo de um ano. Nesse perodo, as
91
17) (FGV Direito/2007) Joo tem um capital aplicado em um fundo de renda fixa que rende
1% ao ms, com parte do qual pretende comprar uma televiso de plasma, no valor de R$ 8
100,00, em trs opes de pagamento:
Do ponto de vista financeiro, qual plano de pagamento mais vantajoso para Joo? Justifique
sua resposta.
18) (CESGRANRIO/ 2008) Jlio fez uma compra de R$ 600,00, sujeita taxa de juros de 2% ao
ms sobre o saldo devedor. No ato da compra, fez o pagamento de um sinal no valor de R$
150,00. fez ainda pagamentos de R$ 159,00 e de R$ 206,00, respectivamente, 30 e 60 dias
92
depois de contrada a dvida. Se quiser quitar a dvida 90 dias depois da compra, quanto dever
pagar, em reais?
a) 110,00
b) 108,00
c) 106,00
d) 104,00
e) 102,00
20) (CESGRANRIO/ 2008) Aps a data de seu vencimento, uma dvida submetida a juros
compostos com taxa mensal de 8%, alm de ser acrescida de uma multa contratual
correspondente a 2% da dvida original. Sabendo-se que log 2 = 0,30 e log 3 = 0,48 e utilizandose para todo o perodo o sistema de capitalizao composta, determine o tempo mnimo
necessrio, em meses, para que o valor a ser quitado seja 190% maior do que a dvida original.
a) 24
b) 23,5
c) 13
d) 11,5
e) 10
93
Gabarito 9
1) a
2) c
3) b
4) b
5) 14,5%
6) b
7) b
8) R$ 2 016,00
9) b
10) b
11) a
12) c
13) a
14) a
15) a
16) a
17) Plano b
18) e
19) d
20) d
Seja um ttulo de valor nomina N, vencvel em n perodos e valor atual A que produz um
montante tambm igual a N, quando aplicado por n perodos a uma taxa composta de i por
perodo. Isto :
M = A . (1 + i)n = N
Exerccios resolvidos
Soluo
94
A . (1 + 0,02)5 = 11 000
11000
A=
(1 + 0,02)
11000
= 10000
1,1
2) Antnio emprestou R$ 10 000,oo a Carlos, devendo o emprstimo ser pago aps 4 meses,
acrescido de juros compostos calculados a uma taxa de 15% a.m., com capitalizao diria.
Trs meses depois, Carlos decidiu quitar a dvida, recebendo um desconto racional composto
de 30% ao bimestre, com capitalizao mensal. Quanto Carlos pagou na quitao da dvida?
Soluo
N = 10 000
n=4
i = 15% com capitalizao diria.
15%
30
x%
x=
15
= 0,5% = 0,005
30
95
M = (1 + 0,005)120 . 10 000
M = (1,005)120 . 10 000
M = 1,82 . 10 000
M = 18 200
Tempo de antecipao: 1
A . (1 + i)n = N A =
A=
N
(1 + i)n
18 200
(1,15)1
A = 15 826,09 reais.
96
Exerccios Propostos 10
1) (AFRF/98 ESAF) Obtenha o valor hoje de um ttulo de $ 10 000,00 de valor nominal, vencvel
ao final de trs meses, a uma taxa de juros de 3% ao ms, considerando um desconto racional
composto e desprezando os centavos.
a) $ 9 140,00
b) $ 9 151,00
c) $ 9 100,00
d) $ 9 126,00
e) $ 9 174,00
4) Um ttulo foi descontado por R$ 840,00, quatro meses antes do seu vencimento. Calcule o
desconto obtido, considerando um desconto racional composto a uma taxa de 3% a.m.
a) R$ 140,00
b) R$ 104,89
97
c) R$ 168,00
d) R$ 93,67
e) 105,43
5) O valor nominal de uma dvida igual a 5 vezes o desconto racional composto, caso a
antecipao seja de 10 meses. Sabendo-se que o valor atual da dvida de
R$ 200 000,00, qual o valor nominal dessa dvida?
6) (ESAF ATE/MS 2001) Um ttulo descontado por R$ 4 400,00, quatro meses antes de seu
vencimento. Qual o valor de face desse ttulo, considerando que foi aplicado um desconto
racional composto a uma taxa de 3% a.m.
7) Calcule o valor nominal de um ttulo que, resgatado 1 ano e meio antes do vencimento,
sofreu um desconto racional composto de R$ 25 000,00, a uma taxa de 30% a.a., com
capitalizao semestral.
8) um ttulo com valor de face de R$ 1 000 000,00, foi descontado um ms antes de seu
vencimento. Calcule o valor pago considerando um desconto racional composto a uma taxa de
8% ao ms
a) R$ 909 091,00
b) R$ 919 091,00
c) R$ 925 100,00
d) R$ 925 926,00
e) R$ 926 240,00
98
9) (SFTN/91) Um comercial paper com valor de face de $ 1 000 000,00 e vencimento daqui a
trs anos deve ser resgatado hoje a uma taxa de juros compostos de 10% ao ano e
considerando desconto racional. Obtenha o valor de resgate.
a) $ 751 314,80
b) $ 750 000,00
c) $ 748 573,00
d) $ 729 000,00
e) $ 700 000,00
10) (ESAF) Uma empresa descontou uma duplicata de $ 500 000,00, 60 (sessenta) dias antes
do vencimento, sob o regime de desconto racional composto. Admitindo-se que o banco adote
a taxa de juro efetiva de 84% a.a., o lquido recebido pela empresa foi de: (desprezar os
centavos no resultado final)
1
3
Dados: (1,84)
= 1,22538514
1
(1,84) 4
= 1,1646742
1
6
(1,84 )
= 1, 10697115
a) $ 429 304,00
b) $ 440 740,00
c) $ 446 728,00
d) $ 449 785,00
e) $ 451 682,00
Gabarito 10
1) b
2) e
3) R$ 1 000,00
4) e
5)R$250 000,00
99
6) R$ 4 952,23
7) R$ 72 996,16
8) d
9) a
10) e
Exemplo: Calcule o desconto comercial composto sofrido por um ttulo cujo valor nominal R$
2 500,00, resgatado 3 meses antes de seu vencimento, a uma taxa de 10% ao ms.
Soluo
1 ms
M1 = (1 0,1) . 2500 M1 = 0,9 . 2 500 M1 = 2 250
L = N . (1 i)n
100
onde L = valor lquido; N = valor nominal, i = taxa de desconto por perodo e n o nmero de
perodos de antecipao.
Outro exemplo: Calcule o valor lquido de um ttulo cujo valor nominal R$ 5 000,00,
descontado pelo critrio de desconto comercial composto, a uma taxa de 12% a.a. com
capitalizaes trimestrais e com 2 anos de antecedncia.
Soluo
L = N . (1 i)n
4 trimestres
i
1 trimestre
i = 4% a.t.
2 anos = 8 trimestres
L = 5 000 . ( 1 0,04)8
L = 5 000 . ( 0,94)8
L = 5 000 . 0,7214
L = 3 607
Logo, o valor lquido desse ttulo, nas condies de resgate apresentadas anteriormente
101
R$ 3 607,00
(1 iC) . (1 + iR) = 1,
Exemplo: Que taxa de desconto racional equivalente taxa de desconto comercial igual
12% a.m.?
Soluo
(1 iC) . (1 + iR) = 1
(1 0,12) . (1 + iR) = 1
102
(1 + iR) =
1
= 1,136
0,88
iR = 1,13636 1 = 0,136
iR = 13,6%
Exerccios Propostos 11
1) Calcular o valor do desconto comercial, o valor liberado e a taxa efetiva anual, aplicadas a
um desconto de uma duplicata com valor de resgate de R$ 15 000,00, prazo de 75 dias e uma
taxa de desconto de 28% a.a.
103
a) R$ 487,50
b) R$ 464,85
c) R$ 512,50
d) R$ 4 512,50
e) R$ 4 535,15
6) Considerando que uma mesma taxa i seja utilizada para a determinao dos descontos
compostos racional DR e comercial DC de um mesmo ttulo e para um mesmo prazo de
antecipao, pode-se afirmar que:
a) DC = DR, para qualquer prazo.
b) DC DR para qualquer prazo
c) DC DR para qualquer prazo.
d) dependendo do prazo, podem ocorrer DC > DR, DC < DR e DC = DR
e) para prazos menores que 1 perodo de capitalizao tem-se DC < DR.
7) Uma duplicata de R$ 3 000,00 dever ser descontada trs anos antes do seu vencimento a
uma taxa de 25% a.a., pelo critrio de desconto racional composto. Qual seria a taxa anual a
ser adotada para obter-se um desconto igual pelo critrio de desconto comercial composto?
a) 33,3% a.a.
b) 28% a.a.
c) 25% a.a.
d) 20% a.a.
e) 18% a.a.
Gabarito 11
1) D = R$ 992,23
2) 33,0249%
3) 8 meses
4) R$ 16 290,13
6) b
7) d
8) b
A = R$ 14 007,77
i = 38,89%
5) a
Fluxo de caixa so os pagamentos e/ou recebimentos de uma certa operao feitos ao longo
de um determinado tempo.
Normalmente, para representarmos o fluxo de caixa usamos uma representao grfica.
105
Exemplo: Uma pessoa compra um carro que ser pago em quatro prestaes mensais,
consecutivas e iguais a R$ 8 000,00 e sem entrada. O fluxo de caixa dessa situao
apresentado a seguir.
a) Representa-se em um eixo horizontal o intervalo de tempo considerado. Normalmente, usase o prazo de capitalizao como unidade de diviso do eixo horizontal. Note que os intervalos
de tempo so sempre iguais.
No caso do exemplo anterior, marcamos no eixo horizontal subdivises iguais, tomando o ms
unidade de intervalo de tempo.
b) Os fluxos de caixa positivos (entradas de dinheiro ou bens) so representados por setas para
cima.
c) Os fluxos de caixa negativos (as sadas de dinheiro ou bens) so representados por setas
para baixo.
e) O tamanho das setas no proporcional ao valor da entrada ou sada. As flechas podem ser
at do mesmo tamanho.
106
Observaes
- Setas para baixo indicarem fluxos de caixa positivo e as voltadas para baixo indicarem fluxos
negativos conveno; pode-se modificar esses sentidos desde que se especifique o fato.
Exemplo: Uma pessoa abriu uma conta em um banco e nos dois meses subseqentes
depositou R$ 100,00. No terceiro ms, ela depositou R$ 50,00, mas posteriormente teve que
fazer uma retirada de R$ 150,00. No quarto ms ela depositou R$ 450,00 e no quinto ms
retirou R$ 200,00. Construa um diagrama de fluxo de caixa para essa situao.
Soluo
Capitais equivalentes
Dois capitais so equivalentes se, quando transportados para uma mesma data, a uma mesma
taxa de juros, produzem valores iguais
Exemplo: O valor nominal de um ttulo de R$ 8 000,00 a ser resgatado daqui a 6 meses. Por
qual valor ele pode ser resgatado hoje, se a taxa de juro considerada de 2% ao ms?
107
A=
A=
A=
N
(1 + i)n
8000
(1 + 0,02) 4
8000
1,08
A = 7 407,40
Isso significa que R$ 8 000,00 a ser pago 4 meses depois equivalente a R$ 7 407,40 pagos
hoje.
Fluxos de caixa equivalentes
Dois fluxos de caixa so equivalentes, se quando transportados para uma mesma data, a uma
mesma taxa de juros para as entradas e sadas, produzirem somas de valores iguais.
108
Exemplo: Determinado banco tem uma aplicao na qual pode-se investir a qualquer
momento, mas s se pode resgatar seis meses aps o primeiro depsito. Joo investiu nessa
aplicao, R$ 2 000,00, taxa de 5% ao ms, durante seis meses e mais
R$ 2 000,00 trs meses aps o incio da primeira aplicao, recebendo ao final de seis meses,
contados a partir da primeira aplicao, um montante A. Pedro s fez um depsito: investiu R$
3731,40 nessa mesma aplicao, durante 6 meses, recebendo, ao final, um montante B.
Nessas condies, verifique qual dos dois recebeu maior quantia.
Soluo
Determinando A
Determinando B
B = (1+0,05)6 . 3 731,40
B = 1,34 . 3 731,40
109
A = 2 680 + 2 320
B = 5 000,00
A = 5 000
Como A e b so iguais, podemos afirmar corretamente que esses dois fluxos de caixa so
equivalentes
Taxa interna de retorno a taxa que iguala os valores de todas as entradas com o de todas as
sadas.
Exemplo: Um fluxo de caixa composto por uma sada de R$ 1 100,00, no incio do primeiro
ms, uma entrada de R$ 2 210,00 no incio do segundo ms e uma sada de R$ 1 100,00 no
incio do terceiro ms. Determine a taxa de retorno interno dessa situao
Soluo
Fluxo de caixa
1100
(1 + i)2
+ 1100 =
2210
(1 + i)1
x = 1,1 ou x = 0,90
Exerccios Propostos 12
1) Calcule o valor mais prximo do montante ao fim de dezoito meses do seguinte fluxo de
aplicaes realizadas ao fim de cada ms: dos meses 1 a 6, cada aplicao de
111
R$ 2 000,00; dos meses 7 a 12, cada aplicao e de R$ 4 000,00 e dos meses 13 a 18, cada
aplicao de R$ 6 000,00. considere juros compostos e a taxa de remunerao das aplicaes
igual a 3% ao ms.
a) R$ 94 608,00
b) R$ 88 149,00
c) R$ 82 265,00
d) R$ 72 000,00
e) R$ 58 249,00
112
500
-2 000
-1870
a) 5%
b) 10%
c) 15%
d) 20%
e) n d a
113
Ms
Plano I ($)
42 713,25
42 713,25
42 713,25
42 713,25
42 713,25
42 713,25
42 713,25
42 713,25
42 713,25
10
42 713,25
Total
427 132,50
Plano II ($)
Plano IV($)
105 026,60
148 033,10
105 026,60
82 499,85
148 033,10
82 499,85
105 026,60
82 499,85
82 499,85
148 033,10
105 026,60
82 499,85
82 499,85
444 099,30
420 106,40
494 999,10
6) Flvio possua R$ 5 000,00 investidos em uma aplicao taxa de 2,5% ao ms. Passou a
depositar R$ 1 000,00 mensalmente por 6 meses consecutivos. Andr tinha
114
R$ 2 000,00 na mesma aplicao e, dois meses aps o primeiro depsito de Flvio, passou a
depositas R$ 3 000,00 mensais por 4 meses consecutivos. Nessas condies correto afirmar
que
a) ao final de 6 meses do primeiro depsito, Flvio possua R$ 11 160,00
b) ao final de 4 meses do primeiro depsito, Andr possua R$ 12 765,00
c) ao final de 6 meses do primeiro depsito, Flavio possua R$ 480,00 a menos que Andr.
d) ao final de 4 meses do primeiro depsito, Andr tinha R$ 3 480,00 a mais que Flvio.
e) n d a.
7) Uma televiso de plasma custa R$ 8 000,00 em duas lojas, porm, estas lojas tm planos de
pagamentos diferentes. A loja A vende a televiso em duas parcelas iguais, a primeira com
pagamento no ato da compra e cobra uma taxa de juros de 2% ao ms.
A Loja B vende a televiso em duas parcelas iguais, a primeira vencendo 30 dias aps a
compra, mas cobra uma taxa de 4% ao ms. Nessas condies correto afirmar que
a) no plano da loja B a TV sai mais barata que no plano da loja A.
b) no plano da loja A a TV sai R$ 400,00 mais barata que no plano da loja B.
c) A TV sai ao mesmo preo nos dois planos de pagamento.
d) A TV, no plano da loja B, sai R$ 80,00 mais cara que no plano da loja A.
e) n.d.a
Sabendo-se que um bem custa R$ 6 000,00 e analisando sua compra atravs dos trs planos,
correto afirmar que
115
9) Um veculo que custa R$ 30 000,00 pode ser comprado segundo dois planos de pagamento:
Ms
Plano I ($)
Plano II ($)
9 000,00
5 250,00
5 250,00
4 200,00
5 250,00
4 200,00
5 250,00
4 200,00
5 250,00
4 200,00
5 250,00
4 200,00
Sabendo-se que a taxa de juros de 2% ao ms, nos dois planos, correto afirmar que
a) o melhor plano de pagamento o plano I
b) o melhor plano de pagamento o plano II
c) os dois planos so equivalentes.
d) o valor do carro, no plano II excede em R$ 1 500,00 ao seu valor de tabela.
e) o valor do carro, pelo plano II, excede em R$ 480,00 ao valor do carro no plano I.
116
10) (ESAF) Dois esquemas financeiros so ditos equivalentes, a uma determinada taxa de juros,
quando apresentam:
a) os mesmos valores de aplicao nas datas iniciais e aplicaes diferenciadas nas demais
datas, sendo equivalentes as taxas de juros de aplicao.
b) o mesmo valor atual, em qualquer data, mesma taxa de juros.
c) a mesma soma de pagamentos nos seus perfis de aplicao.
d) o mesmo prazo total para suas aplicaes.
Gabarito 12
1) b
2) b
3) d
4) b
5) d
6) c
7) b
8) e
9) b
10) b
8 - RENDAS CERTAS
Renda a sucesso de valores (R1, R2, ) usados para construir um capital ou um pagamento
parcelado de uma dvida. Cada um dos valores R1, R2, chamado parcela ou termo.
Tipos de renda
Renda Temporria
117
Renda Perptua
Renda Constante
Renda Varivel
Renda Peridica
Renda No Peridica
Renda Antecipada
118
Exemplo: Qual ser o capital acumulada em uma renda postecipada composta por trs
parcelas mensais de R$ 500,00 sujeito a juros compostos de 2% ao ms.
Soluo
Fluxo de caixa
2 parcela
3 parcela
Capital acumulado = 500 . 1,04 + 500 . 1,02 + 500 = 520 + 510 + 500 = 1 530
Observe que essas parcelas, colocadas em ordem crescente, formam uma progresso
geomtrica (P.G) com o primeiro termo igual a 500 e razo q = (1 + i) = 1,02. O capital
acumulado a soma S dos trs primeiros termos da P.G. Portanto ele poderia ser calculado
diretamente pela frmula S = 500 .
S = 500 .
(1,02)3 1
1,02 1
1,061208 1
0,061208
= 500.
= 500 . 3,0604 = 1530,20 (A diferena deve-se
1,02 1
0,2
119
(1 + i)n 1
(1 + i)n 1
. O fator
chamado de fator de acumulao de capital de uma
i
i
srie de pagamentos e representado por s i e seu valor, normalmente, apresentado em
S=R.
Exerccios resolvidos
Soluo
Fluxo de caixa
S = 800 .
800
(1,021)7 1
Verificando na tabela o valor de s2,1 temos:
0,021
7
120
2) Calcular o valor da aplicao mensal que devo fazer durante 6 meses, taxa de 2% a.m.,
para conseguir um montante de R$ 1 261,62, sendo as aplicaes feitas sempre ao final do
ms.
S = R . FFV(2%;6) ou 1 261,62 = R .
(1,02) 6 1
0,02
1 261,62 = R . 6,3081
R = 1 261,62 : 6,3081
R = 200
Rendas antecipadas
S=R.
(1 + i)n +1 1
i
Soluo
121
Fluxo de caixa
Como os depsitos so feitos no incio de cada ms, o quarto depsito ser feito no incio do
quarto ms, isto , n = 3
1,0614 1
0,0614
(1,015) 4 1
S = 200.
S = 200.
S = 200.
S = 200.4,0933
0,015
0,015
0,015
Exerccio resolvido
Para formar um certo capital, um investidor deposita a cada 4 meses, R$ 500,00 em uma
aplicao que paga juros compostos a uma taxa de 4% ao semestre. Depois de 3 anos o
122
investidor resgata o montante acumulado. Qual foi o valor desse montante se ao resgat-lo o
investidor no fez nenhum depsito?
Soluo
Fluxo de caixa
6
Semestre
500
500 500
S = 500.
(1,04)6 1
0,2654
S = 500.
S = 500.6,6325 S = 3316,25
0,04
0,04
Para calcularmos o valor de resgate X, podemos capitalizar o montante S por mais um perodo.
9 - AMORTIZAO
medida que uma dvida que deve ser paga em prestaes peridicas e com vencimento ao
final de cada perodo vai sendo saldada, dizemos que ela est sendo amortizada.
Portanto, amortizao o processo de extino progressiva de uma dvida atravs de
prestaes peridicas.
123
As prestaes devem ser tal que se salda no s o capital financiado como tambm os juros
gerados pelo financiamento do capital.
Admitiremos que os juros tenham taxa constante e que sejam calculados, a cada perodo,
somente sobre o saldo devedor. Os juros relativos a um determinado perodo, quando no so
pagos, devem ser acrescentados ao saldo devedor.
Existem vrios sistemas de amortizao (critrios utilizados para a composio dos valores da
parcelas).
Em um sistema de amortizao, o valor da prestao ser sempre igual ao juro adicionado
cota de amortizao (Valor da prestao = juro + cota de amortizao)
Tipos de sistema de amortizao
R = P.
(1 + i)n . I
(1 + i)n 1
124
- O juro pago em cada prestao calculado sobre o saldo devedor referente a perodo
imediatamente anterior e menor a cada nova prestao.
- A cota de amortizao igual diferena entre o valor da prestao e o juro pago nesta
prestao. A cota de amortizao maior a cada nova prestao.
- O valor da expresso
(1 + i)n . I
(1 + i)n 1
1
e apresentado na
a i
n
tabela Price
Exerccios resolvidos
Soluo
R=P
1
1
R = 6 000.
a i
a 6
n
1
1
=
= 0,2373966
a 6 4,21236
5
125
Soluo
R = P.
1
1
R
=
a i
P a i
n
1
3570,52
=
20000 a i
n
O,178526 =
1
a i
n
a i =
6
1
a i = 5,60143
0,178526
6
126
Cota de amortizao: A =
P
n
SDk =
nk
.P , onde n o nmero total de prestaes e k o nmero de prestaes pagas
n
Clculo do juro
O valor do juro referente prestao k (Jk) calculado sobre o saldo devedor imediatamente
aps o pagamento da prestao de nmero k-1. Se a taxa de juro por perodo for i, temos
n k +1
.Pi
n
Exerccios Resolvidos
Soluo
a) A =
P 9000
=
= 1500
n
6
b) J1 = i.SD0
J1 = 0,03.9000 = 270
e) Jk =
n k +1
6 3 +1
.P.i J3 =
.9000.0,03 J3 = 180
n
6
2) Um financiamento de R$ 10 000,00, feito pelo SAC, deve ser pago em 8 parcelas mensais e
consecutivas, sem carncia, e com juro de 5% ao ms. Determine
a) o valor do juro pago na 5 prestao
b) o total de juros pagos durante o financiamento.
Soluo
a) J5 =
8 5 +1
.10000.0,05
8
128
J5 =
1
.500 J5 = 250
2
b) Temos que SD1 = 8.A; SD2 = 7A; SD3 = 6.A; SD4 = 5.A; SD5 = 4.A; SD6 = 3.A;
SD7 = 2.A; SD8 = 1.A
JT = i (SD1+SD2+SD3+SD4+SD5+SD6+SD7+SD8) = i (8A+7A+6A+5A+4A+3A+2A+1A)
JT = iA (8+7+6+5+4+3+2+1)
JT = 0,0,5 .
10000
. 36
8
JT = 2 250,00
O juro pago em cada prestao corresponde ao total do juro pago sobre o saldo devedor do
perodo anterior, ou seja, a mdia aritmtica dos juros correspondentes pelo Sistema Price e
SAC. Analogamente, a cota de amortizao de uma dada parcela a mdia aritmtica dos
valores correspondentes das cotas pelo Sistema Price e SAC
129
Exemplo: Um emprstimo de R$ 10 000,00 dever ser pago em 10 prestaes pelo SAM, com
juros de 5% ao ms. Qual o valor da 7 prestao?
Soluo
a) No Sistema Price
P = 10 000
i = 5%
n = 10
R = P.
1
1
ou seja R7P = 10 000.
a i
a 5
n
10
1
1
, encontramos
= 0,12950
a 5
a 5
10
10
b) No SAC
R7SAC = A + J7
A=
P 10000
=
= 1000
n
10
130
J7 =
10 7 + 1
.10000.0,05
10
J7 = 200
R7 = 1 000 + 200 = 1 200
c) Pelo SAM
R7SAM=
Exerccios Propostos 13
131
4) Um emprstimo de R$ 100.000,00 realizado com uma taxa de juros de 10% aa e deve ser
amortizado no prazo de 10 anos, com os dois primeiros anos de carncia. Determinar o valor
das oito prestaes anuais, iguais e sucessivas que devero ser pagas a partir do final do
terceiro ano, sabendo-se que os juros devidos nos dois primeiros anos de carncia so pagos
ao final de cada ano.
5) Considere o problema anterior. Qual seria o valor das oito prestaes anuais, iguais e
sucessivas, se os juros devidos nos dois primeiros anos de carncia no so pagos, e sim,
capitalizados?
7) Uma loja anuncia a venda de um bem em 12 prestaes mensais iguais de R$ 1.199,00 com
carncia de 6 meses. Qual o preo vista do bem, se a taxa de juros for de 3% am, e se: os
pagamentos ocorrerem ao final de cada perodo?
8) Uma pessoa empresta R$ 50.000,00 para devolver em 6 prestaes mensais iguais, com a
primeira devoluo ocorrendo um ms aps o emprstimo, taxa de 18,5% am, e um
132
9) (TRF 2005) Desejo trocar uma anuidade de oito pagamentos mensais de R$ 1.000,00
vencendo o primeiro pagamento ao fi m de um ms por outra anuidade equivalente de
dezesseis pagamentos vencendo tambm o primeiro pagamento ao fi m de um ms. Calcule o
valor mais prximo do valor do pagamento mensal da segunda anuidade considerando a taxa
de juros compostos de 3% ao ms.
a) R$ 500,00
b) R$ 535,00
c) R$ 542,00
d) R$ 559,00
e) R$ 588,00
10) (TRF 2005) Uma pessoa aplica um capital unitrio recebendo a devoluo por meio de
uma anuidade formada por doze pagamentos semestrais, com o primeiro pagamento sendo
recebido ao fim de seis meses, a uma taxa de juros compostos de 10% ao semestre. Admitindo
que ela consiga aplicar cada parcela recebida semestralmente a uma taxa de juros compostos
de 12% ao semestre, qual o valor mais prximo do montante que ela ter disponvel ao fi m
dos doze semestres?
a) 2,44
b) 2,89
c) 3,25
d) 3,54
e) 3,89
11) (STN 2005) O preo a vista de um imvel R$ 180.000,00. Um comprador prope pagar
50% do preo a vista em 18 prestaes mensais iguais, vencveis a partir do final do primeiro
133
ms aps a compra, a uma taxa de 3% ao ms. Os 50% restantes do valor a vista ele prope
pagar em 4 parcelas trimestrais iguais, vencveis a partir do final do primeiro trimestre aps a
compra, a uma taxa de 9 % ao trimestre. Desse modo, o valor que o comprador desembolsar
no final do segundo trimestre, sem considerar os centavos, ser igual a
a) R$ 34.323,00
b) R$ 32.253,00
c) R$ 35.000,00
d) R$ 37.000,00
e) R$ 57.000,00
12) Uma casa pode ser financiada em dois pagamentos. Uma entrada de R$ 150.000,00 e uma
parcela de R$ 200.000,00 seis meses aps a entrada. Um comprador prope mudar o esquema
de pagamentos para seis parcelas iguais, sendo a primeira parcela paga no ato da compra e as
demais vencveis a cada trimestre. Sabendo-se que a taxa contratada de 6 % ao trimestre,
ento, sem considerar os centavos, o valor de cada uma das parcelas ser igual a:
a) R$ 66 131,00
b) R$ 64 708,00
c) R$ 62 927,00
d) R$ 70 240,00
e) R$ 70 140,00
13) Considere a situao Uma dvida de valor $ 22 800,00 foi amortizada vai Tabela Price
Sistema Francs de Amortizao em prestaes iguais durante 4 anos a uma taxa de juros de
3% a.m. e as seguintes afirmativas:
134
14) Uma compra, com valor vista de $ 8 500,00 ser paga em 12 prestaes, pelo Sistema
Francs de Amortizao, a uma taxa de juros de 3% a.m.
Considere as seguintes afirmativas em relao a esse problema:
15) Uma pessoa deposita mensalmente $10,00 em uma aplicao que rende 1% ao ms. Qual
o montante imediatamente aps o 20 depsito?
a) $ 244,04
135
b) $ 240,00
c) $ 220,20
d) $ 220,00
e) $ 202,00
16) Um apartamento cujo valor R$ 500 000,00 foi comprado da seguinte maneira:
R$ 200 000,00 de entrada e o restante pago em 12 prestaes mensais e iguais, a uma taxa de
juros compostos de 5% a.m. O valor correto de cada prestao, desprezando-se os centavos :
a) R$ 36 842,00
b) R$ 25 847,00
c) R$ 31 847,00
d) R$ 33 847,00
e) R$ 30 847,00
18) Um notebook vendido por R$ 4 000,00 vista ou em 5 prestaes iguais, sem entrada,
uma taxa de juro de 24% a.a., usando a Tabela Price. Se a primeira prestao vence um ms
aps a compra, o valor da prestao, desprezando os centavos, de
a) R$ 848,00
b) R$ 858,00
136
c) R$ 878,00
d) R$ 846,00
e) R$ 850,00
19) (AFTN -96) Uma pessoa paga uma entrada no valor de $ 23,60 na compra de um
equipamento, e paga mais 4 prestaes mensais, iguais e sucessivas no valor de % 14,64 cada
uma. A instituio financiador cobra uma taxa de juros de 120% a.a., capitalizados
mensalmente (juros compostos). Com base nestas informaes podemos afirmar que o valor
que mais se aproxima do valor vista do equipamento adquirido
a) $ 70,00
b) $ 76,83
c) $ 86,42
d) $ 88,00
e) $ 95,23
20) (AFTN 96) Um emprstimo de $ 20 900 foi realizado com uma taxa de juros de 36% ao
ano, capitalizados trimensalmente, e dever ser liquidado atravs do pagamento de 2
prestaes trimestrais, iguais e consecutivas (primeiro vencimento ao final do primeiro
trimestre, segundo vencimento ao final do segundo trimestre). O valor que mais se aproxima
do valor unitrio de cada prestao
a) $ 10 350,00
b) $ 10 800,00
c) $ 11 881,00
d) $ 12 433,33
e) $ 12 600,00
137
21) Um emprstimo de R$ 600 000,00 dever ser liquidado em 6 prestaes mensais e iguais a
R$ 137 764, 43, utilizando-se o Sistema de Amortizao Francs (Tabela Price), com taxa de
juros de 10% ao ms. Nessas condies julgue as seguintes afirmativas:
22) Uma empresa levanta um financiamento de R$ 40 000,00, sem carncia, para ser
amortizado em 12 anos. Os pagamentos so feitos trimestralmente e a taxa de juros efetiva
de 19,251860% a.a. Calcule:
a) O saldo devedor aps o pagamento da 12 prestao, pelo Sistema Francs.
b) O valor da 25 prestao se o financiamento fosse feito pelo SAC.
c) O valor do juro referente a 37 prestao se o financiamento fosse feito pelo SAM.
d) O total de juros pagos at a 28 prestao pelo Sistema Francs.
Gabarito 13
138
1) R$ 1 776,98
2) R$ 339,41
3) R$ 1 117,38
4) R$ 18 744,40
5) R$ 22 680,73
6) R$ 34 311,68
7) R$ 9 995,25
8) R$ 14 322,31
9) d
10) d
11) a
12) c
13) e
14) d
15) c
16) d
17) a
18) a
19) a
20) c
21) e
22a)R$26171,92
22b)R$1 733,33
22c) R$645,09
22d)R$43965,45
Unidades secundrias
quilmetro km 1000m
Mltiplos hectmetro hm
100m
decmetro dam 10m
139
0,1m
decmetro dm
x10
x 10
x 10
x 10
x 10
x 10
km hm dam m dm cm mm
: 10
: 10
: 10
: 10
:10
: 10
km
hm
dam
m
dm
cm
mm
Ou seja, para transformarmos uma medida tomada em uma unidade maior em uma tomada
em unidade menor, multiplica-se por potncias de 10 (10; 100; 1 000; 10 000; etc.)
Soluo:
De km para cm temos 5 unidades de medida. Como queremos transformar para uma unidade
menor, multiplicamos por 105 = 100 000
0,5 x 100 000 = 50 000cm
Para transformarmos uma medida tomada em uma unidade menor em uma tomada em
unidade maior dividimos por potncias de 10.
Soluo
140
Medidas de superfcie
decmetro quadrado dm 2
0,01m 2
0,0001m 2
0,000001m 2
x100
x 100
x 100
x 100
x 100
x 100
km 2 hm 2
dam 2
m 2
dm 2
cm 2
mm 2
: 100
: 100
: 100
: 100
:100
: 100
km 2 hm 2 dam 2 m 2 dm 2 cm 2 mm 2
Ou seja, para transformarmos uma medida tomada em uma unidade maior (menor) em uma
tomada em uma unidade menor (maior) multiplicamos (dividimos) por potncias de 100 (100;
10 000; 1 000 000; etc)
141
Exemplos:
Medidas de volume
decmetro cbico dm 3
0,001m 3
0,000 001m 3
0,000 000 001m 3
142
Para transformarmos uma medida de volume tomada em uma unidade maior (menor) em uma
tomada em unidade menor (maior) devemos multiplicar (dividir) por potncias de
1 000 (1 000; 1 000 000; 1 000 000 000; etc)
Exemplos
a) Transformar 0,004km3 em m3
Como queremos transformar uma medida tomada em uma unidade maior em uma tomada
em uma unidade menor e como de km3 para m3 h 3 unidades, devemos multiplicar 0,004 por
1 0003 = 1 000 000 000.
Logo, 0,004 km3 = 0,004 x 1 000 000 000 = 4 000 000m3
Medida de capacidade
quilolitro kl 1 000 l
Mltiplos hectolitro hl
100 l
decalitro dal 10 l
0,1 l
decilitro d l
x10
x 10
x 10
x 10
x 10
x 10
kl hl dal l dl cl ml
: 10
: 10
: 10
: 10
:10
: 10
kl
hl
dal
l
dl
cl
ml
Exemplos
a) Transformar125 ml em litro
Como queremos transformar uma medida tomada em uma unidade menor para uma unidade
maior, e de ml para l h 3 unidades, devemos dividir por 103 = 1 000
Logo 125 ml = 125 : 1 000 = 0,125 l
b) Transformar 2 dal em ml
Como queremos transformar uma medida tomada em uma unidade maior para uma tomada
em unidade menor, e como de dal para ml h 4 unidades, devemos multiplicar por 104 = 10
000
Logo, 2 dal = 2 x 10 000 = 20 000ml
Medida de massa
144
t
1 000 000g ou 1 000kg
tonelada
quilograma kg
1 000g
hectograma hg
100g
10g
decagrama dag
Unidades
g
1g
grama
decigrama
dg
0,1g
0,01g
centigrama cg
miligrama
mg
0,001g
Medida de tempo
d
24h ou 1 440 min
dia
hora
h
60 min ou 3 660 seg
Unidades
min
60 seg
minuto
segundo s ou seg
1 seg
145
Exerccios Propostos 14
2
de seu volume. O reservatrio em forma de um
3
c) 1 800
d) 1 250
e) n.d.a
4) Uma roda tem 50dm de raio. Para percorrer uma distncia de 628 km, quantas voltas ela
dever dar?
a) 2 000
b) 20 000
c) 200 000
d) 20 000 000
e) n.d.a
6) Uma caixa dgua comporta 360 litros e tem uma torneira que a enche em 15 horas e outra
que a esvazia em 20 horas. Abrindo-se as duas torneiras simultaneamente, o nmero de horas
necessrias para encher a caixa :
a) 15
b) 30
147
c) 45
d) 60
e) 75
d) 605,72
e) 512,60
43
de hora equivalente a
8
a) 5h 18 min 26s
b) 5h 20 min 55s
c) 5h 21 min 14 s
d) 5h 22 min 30s
e) 5h 30 min
11) (UC) Uma caixa d1gua em forma de paraleleppedo retngulo tem as seguintes medidas
internas: 4m de comprimento, 3m de largura e 2m de altura. A capacidade dessa caixa, em
litros,
a) 12 000
b) 19 400
c) 20 000
d) 24 000
e) 24 200
12) Suponha que a planta de uma cidade est na escala de 1:60 000, o que significa que as
medidas reais so iguais a 60 000 vezes as medidas na planta. Assim, uma medida de 4 cm na
planta corresponde a uma medida real, em quilmetros, de
a) 2 400
b) 240
c) 24
149
d) 2,4
e) 0,24
Gabarito 14
1) d
2) a
3) c
4) b
5) d
6) d
7) b
8) b
9) a
10) d
11) d
12) d
11 - EQUAES DO 1 GRAU
Uma equao uma sentena matemtica aberta expressa por uma igualdade entre duas
expresses algbricas.
OBSERVAO: sentena matemtica aberta uma sentena que tem uma ou mais variveis.
Exemplos de equaes:
a) 2x + 3 = 5
b)
x
=7
x 1
c) x2 - 5x = 8
Raiz de uma equao: um numero raiz de uma equao quando, colocado no lugar da
varivel, transforma a equao numa sentena verdadeira.
Exemplos:
2 raiz da equao 2x - 3 = 1, pois 2.(2) - 3 = 1
3 no raiz de 2x - 3 = 1, pois 2.(3) - 3 1
Equaes equivalentes: so equaes que tem a mesma raiz.
150
Exemplo:
4x + 3 = 11 -- raiz: 2
4x = 8
-- raiz: 2
Propriedades da igualdade
151
2x 5 1
=
(multiplicando - se ambos os membros por 3)
3 3 3
2x 5
1
3.( ) = 3.( )
3 3
3
2x 5
1
3.(
) = 3.( )
3
3
2x 5 = 1
Logo, 2x/3 - 5/3 = 1/3 e 2x - 5 = 1 so equaes equivalentes.
Definio: equao do 1 grau com uma varivel toda equao que pode ser transformada
em uma equao equivalente da forma ax + b = 0, onde a um nmero real no nulo e b um
numero real.
a)
2x + 5 = 3
(aplicando a 1 propriedade)
2x + 5 - 5 = 3 - 5
2x = 3 - 5
2x = -2
(aplicando a 2 propriedade)
2x/2 = -2/2
x = -1
2x + 5 = 3
2x = 3 -5
2x = -2
x = -1
152
b)
5 + x = 8x - 7
-5 + 5 + x - 8x = -5 - 8x + 8x -7
x - 8x = -5 -7
-7x = -12
-7x/-7 = -12/-7
x = 12/7
ou:
5 + x = 8x -7
5 + 7 = 8x -x
12 = 7x
12/7 = x
c)
(fazendo as multiplicaes)
(eliminando os parnteses)
4x -6 +5x +5 = 8 -3x +3
9x -1 = -3x +11
(resolvendo a equao)
9x -1 = -3x +11
9x + 3x = 11 +1
12x = 12
x=12/12
x=1
153
2x 1
x x3
= 1
2
4
3
6.x 3.( x 3) 12.1 4.(2x 1)
12
12
12
12
6 x (3 x 9) (12) (8 x 4)
12
12
12
12
6 x 3 x + 9 = 12 8 x + 4
3 x + 9 = 16 8 x
3 x + 8 x = 16 9
11x = 7
7
x=
11
d)
Exerccios Propostos 15
1) 3x + 1 = 19
2) 2x + 1 = -8
3) 3x = -7 + x
4) 20 = -6x + 32
5) 17x + 40 = 21x
6) x + 9x + 5 = -15
154
7) 17x 1 = 15x + 3
8) 5 x 22 = 4x 11 6x
9) 3 (3x 6) = 2x + (4 x)
12) x +
x
= 12
5
13)
1 x
2x 1
=
+
6 2
3 4
14)
2x
x
4= +2
5
4
15) x 4
x+4
=0
3
16)
3+x
x 1
(1 + x ) =
2
4
17)
2( x + 1) 3(1 + x ) 1 x 1
+
=
3
2
2
3
155
18)
3 x 1 4 x + 2 2x 4 x 5
=
2
4
3
6
Gabarito 15
1) x=6
2) x= -
7) x = 2
13) x =
9
2
8) x = 6
1
2
14) x = 40
4) x = 2
5) x = 10
6) x = -2
5
4
10) x = 5
11) x = -4
12) x = 10
15) x = 8
16) x = 1
17) x =
3) x =
9) x =
7
2
5
11
18) x =
7
2
Exemplos:
a) 2x + y = 5
b)
x
- 3y = 0
2
Para resolvermos uma equao do 1 grau com duas variveis, devemos encontrar dois
valores, um para x, outro para y, que tornem a equao verdadeira. Portanto, as solues
desse tipo de equao so pares ordenados
156
Um par ordenado um par de nmeros reais tal que a ordem em que esses nmeros
aparecem influencia na sua formao. Por exemplo, (3;2) um par ordenado diferente de
(2;3).
Exemplo
Resolva a equao x + y = 5
Valores de x
Valores de y
(x,y)
(0,5)
(1,4)
(2,3)
-1
(-1,6)
-5
10
(-5,10)
...
...
...
...
...
...
...
...
...
Existem infinitos pares ordenados que satisfazem essa equao. Se formos representar num
plano cartesiano esses pares, veremos que eles esto alinhados. Logo, a representao grfica
da soluo de uma equao do 1 grau com duas variveis uma reta.
Definio: Duas equaes do 1 grau com duas variveis e o mesmo conjunto universo U,
ligadas pelo conectivo e, formam um sistema de equaes do 1 grau com duas variveis.
Exemplo:
x + y = 5
x y = 1
157
Resolver um sistema de duas equaes do primeiro grau com duas variveis determinar o
par ordenado para o qual as duas equaes so verdadeiras.
MTODOS DE RESOLUO
a) Mtodo da substituio
Exemplo:
x + y = 5
x y = 3
x + y = 5
x y = 3
I
II
x=5-1
x=4
Logo, a soluo desse sistema o par ordenado (4,1).
b) Mtodo da adio
3 x + 2y = 40
x 4 y = 10
I
II
1 - Queremos eliminar a varivel y por exemplo, nas duas equaes. Ento multiplicamos I pelo
oposto do coeficiente de y em II.
Coeficiente de y em II: -4; oposto: 4
Multiplicamos II pelo coeficiente de y em I.
Coeficiente de y em I: 2.
3 x + 2y = 40
x 4 y = 10
x4
II
x2
12x + 8 y = 160
2x 8 y = 20
12x + 8 y = 160
2x 8 y = 20
14 x
3-
= 140 III
140
14
159
x = 10
10
2
y=5
Logo, a soluo desse sistema (10,5).
c) Resoluo grfica
x + 2y = 5
x 4 y = 7
Considere o sistema
I
II
Como vimos cada uma dessas equaes representa a equao de uma reta. Para determin-la
basta atribuirmos valores para x e encontrarmos seu respectivo y
Assim, na equao I temos, por exemplo,
y
A reta fica determinada pelos pares ordenados (-3,4) e (3,1)
-3
y
A reta fica determinada pelos pares ordenados (-3,1) e (5,3)
160
-3
Traando no plano cartesiano a reta que passa pelos pontos (-3,4) e (3,1) e a reta que passa
pelos pontos (-3,1) e (5,3) temos
y
6
(1,2) isto , x = 1 e y = 2
1
x
1
Exerccios Propostos 16
x + y = 2
1)
3 x y = 6
2x 3 y = 6
2)
x y = 4
161
x 3 y = 9
3)
2x + 3 y = 6
2x + y = 3
4)
x + y = 1
x = 3y
5)
2x 4y = 6
x y = 1
6)
x + 3y = 3
x = 5y
7)
4x y = 21
3x + 2y = 5
8)
5x 3y = 2
y
=2
9) x
y x = 9
y 3 1
=
10) x
3
x 2y = 0
x +1
y =
11)
x =
y + 1
1
4
1
5
y
=1
12) x 5
y + x = 5
162
13) A soma de dois nmeros 36 e o menor a metade do maior. Quais so estes nmeros?
14) Um n x igual ao triplo do n y. Se a soma destes nmeros 180, quais so estes
nmeros?
15) Um livro e um caderno custam juntos R$30,00. O preo de 2 livros igual ao preo de 10
cadernos. Quanto custa o livro?
16) Quando o campeonato de Frmula 1 terminou, o campeo tinha 7 pontos de vantagem
sobre o vice campeo. Durante todo o campeonato os dois somaram juntos 173 pontos.
Quantos pontos cada um acumulou neste campeonato?
Gabarito 16
1) (2,0)
2) (2,-2)
5) (9,3)
6) (0,1)
7) (-5,1)
8) (1,2)
9) (9,18)
10) (18,9)
11) (5,24)
12) (5,0)
14) x = 135; y = 45
Maior = 24
3) (5,-
4
)
3
4) (4,-5)
13 EQUAO DO 2 GRAU
163
Definio:
chama-se equao do 2 grau com uma varivel toda equao da forma ax2 +
bx + c = 0, onde x varivel, a, b e c so nmeros reais e a 0.
a o coeficiente do termo do 2 grau, b o coeficiente do termo do 1 grau e c o termo
independente ou termo constante.
Exemplos:
-3x2 + 2x + 1 = 0
a= -3, b= 2, c= 1
Razes: chamam-se razes de uma equao do 2 grau os nmeros que substitudos no lugar da
varivel, tornam a sentena matemtica verdadeira.
Equaes do 2 grau incompletas: vimos que na equao ax2 + bx + c = 0, a no pode ser zero,
mas no fizemos essa restrio para b e c. Quando b e/ou c so zero, temos equao do 2
grau incompleta.
Exemplos:
a) x2 - 9 = 0, a= 1, b= 0, c= -9
b) 2x2 - 3x = 0, a= 2, b= -3, c= 0
c) -3x2 = 0, a= -3, b= 0, c= 0
164
Exemplo:
x2 - 3x = 0
(colocando x em evidncia)
x (x-3) = 0
x-3=0
(resolvendo x-3=0)
x=3
OBSERVAO: nesse tipo de equao temos duas razes reais e uma delas ser,
necessariamente, zero.
Exemplo 1:
x2 - 9 = 0
x2 = 9
x=
9 = 3 ou
x= - 9 = -3
Exemplo 2:
x2 + 16 = 0
x2 = - 16
Como no existe nenhum numero que elevado ao quadrado seja igual a -16, essa equao no
possui razes reais. Logo, S=
Assim, nesse tipo de equao, se c for um numero positivo, ela no ter razes reais.
Exemplo:
7x2 = 0
x2 =
0
7
x2 = 0
x=0
S={0}
Logo, a equao 7x2 = 0 possui zero como raiz. Dizemos que zero uma raiz dupla da equao
pois x2 = 0 igual x.x=0 e portanto x=0 e x=0.
166
Para
x=
resolvermos
uma
equao
do
grau
usamos
frmula:
b
, onde = b 2 4ac.
2a
Exemplos:
1) 6 x 2 x 15 = 0
a = 6, b = 1, c = 15
= b 2 4ac = 12 4.6.( 15)
= 361
= 19
b ( 1) 361
=
2a
2 .6
1 19
x=
12
1 + 19 20 5
x1 =
=
=
12
12 3
1 19
18
3
x2 =
=
=
12
12
2
3 5
S={
, }
2 2
x=
OBSERVAO 2: quando o discriminante maior que zero, a equao ter duas razes reais e
distintas.
167
2)x 2 2 x + 1 = 0
a = 1, b = 2, c = 1
= b 2 4ac = 2 2 4.1.1
= 44 =0
=0
b ( 2) 0
=
2a
2 .1
20
x=
2
2+0
x1 =
=1
2
20
x2 =
=1
2
S = {1}
x=
OBSERVAO 3: quando =0 a equao ter uma raiz dupla ou seja, duas razes reais e iguais.
3)2x 2 2x + 5 = 0
a = 2, b = 2, c = 5
= b 2 4ac = 2 2 4.2.5
= 4 40 = 36
Como no existe numero real que elevado ao quadrado seja -36, dizemos que essa equao
no possui razes reais. S=.
Resumo:
OBSERVAO 4:
mesmo que no tenha raiz quadrada exata, se >0 ento a equao
ter duas razes reais e diferentes. Veja:
168
x 2 + 2x 4 = 0
a = 1, b = 2, c = 4
= b 2 4ac = 2 2 4.1.( 4)
= 4 + 16 = 20
x=
b 2 20
=
2a
2 .1
2 + 20
2
2 20
x2 =
2
x1 =
b
a
c
a
Exemplo
Determinar pelo processo da soma e do produto das razes, as razes da equao
2x 2 + 20 x 48 = 0
169
x' + x =
x. x =
20
= 10
2
48
= 24
2
Vamos procurar dois nmeros que multiplicados dem 24. Para que o produto seja positivo
eles devem ter sinais iguais. Comeando pelos menores nmeros temos:
-1 e -24
+1 e +24
-2 e -12
+2 e +12
-3 e -8
+3 e +8
-4 e -6
+4 e +6
Dentre esses pares de nmeros vamos procurar os nmeros que somados dem +10
-1 e -24
+1 e +24
-2 e -12
+2 e +12
-3 e -8
+3 e +8
-4 e -6
+4 e +6
12x 2 + x + 6 = 0
x' + x =
1
1
=
12 12
x . x =
6
1
=
12
2
1
1
e somados dem
.
2
12
-12x2 + x + 6 = 0 (-1)
12x2 x 6 = 0
12. 6 = 72
12x2 x 6 = 0
x2 x 72 = 0
x' + x =
( 1)
=1
1
171
x.x =
72
= 72
1
-1
+72
+1
-72
-2
+36
+2
-36
-4
+18
+4
-18
-6
+12
+6
-12
-8
+9
+8
-9
As razes da equao x2 x 72 = 0 so -8 e + 9
a = 12 = 12
8
2
9 3
2 3
= e
= . Logo, as razes da equao -12x2 + x + 6 = 0 so e
12
3 12 4
3 4
Exerccios Propostos 17
172
1) x 2 2x = 0
3) 3 x 2 x = 0
2) x 2 + 5 x = 0
4) 2x 2 + x = 0
x 2 2x
5)
+
=0
4
3
6) x 2 +
7) x 2 5 x = 0
8)( x + 2)2 = 4
9) ( x 3)2 = 9
10) 5 x 2 + 7 x + 1 = 3 x 2 + 2x + 1
11) x 2 + 2x + 3 = x 2 2x + 3
7x
=0
3
13) x 2 4 = 0
14) 4 x 2 25 = 0
15) 9 x 2 = 16
16) - 2x 2 + 5 = 0
17) x 2 + 1 = 0
18) 3 x 2 + 7 = 0
173
23) x 2 + 5 x + 4 = 0
25)
1 2 1
1
x + x+
=0
4
3
12
24) x 2 6 x + 5 = 0
26)
1 2
4
x x+ =0
2
9
27) x 2 + 14 x + 49 = 0
28) 9 x 2 24 x + 16 = 0
29) x 2 + x 1 = 0
30) z 2 - 3z + 1 = 0
31) x 2 + x + 1 = 0
32) 9 x 2 x + 1 = 0
33) Para que valores de m a equao x2 - 3x - m = 0 possui duas razes reais e distintas?
35) Para que valores de m a equao mx2 - 2(m+1)x + (m+5) = 0 possui razes reais e distintas?
38) Para que valores de m a equao (m+1)x2 + 2(m-1)x + (m-1) = 0, sobre o universo R, possui
duas razes reais e iguais?
39) A soma de um nmero natural com seu quadrado igual a 72. Determine esse nmero.
40) Determine dois nmeros positivos, pares e consecutivos cujo produto seja 120.
174
Gabarito 17
1) x = 0;
2) x = 0;
x=2
x=-5
6) x = 0;
7) x = 0;
x=-7/3
11) x = 0;
x= -2
x= 1/3
4) x = 0;
5) x = 0;
x=1/2
x=-8/3
8) x = 0;
9) x = 0;
10) x = 0;
x=5
x=-4
x=6
12) x = 0;
13) x = -2;
x= 12/11
5
2
16) x =-
3) x = 0;
x=2
x= -5/2
14) x =-5/2;
15) x = -4/3;
x= 5/2
x=4/3
x=
5
2
21) x = -2/5
22) x = -5/3;
23) x = -1;
x=2/5
x=5/3
x=-4
26) x = 2/3;
27) x = x= 7
24) x = 5;
x=1
28) x = x = 4/3
29) x=
x=4/3
x" =
31) no existem 32) no existem 33) m> 9/4
razes reais
razes reais
25) x = -1/3;
1 5
2
1+ 5
2
34 m > 4
x=-1
30) x=
x"=
3 5
2
3+ 5
2
175
37) m = -1/24
38) m=1
39) x=8
40) x=10
x"=-9
x"=12
14 - FUNES
Dados dois conjuntos no vazios X e Y (distintos ou no) chama-se funo de X em Y
correspondncia (ou lei) que a cada elemento de A associa um nico elemento de B
O conjunto dos valores que a varivel independente x pode assumir chama-se DOMNIO da
funo e indicado por D(f)
O conjunto dos valores que a varivel dependente y pode assumir chama-se CONTRADOMNIO
da funo e indicado por CD(f)
176
Por enquanto, s trabalharemos com funes definidas entre conjuntos numricos atravs de
uma lei matemtica definida por operaes aritmticas
Exemplos
2) Seja f: R R/ f(x) = x2
D(f) = R
CD(f) = R
177
IM(f) = R+, pois todo nmero real ao quadrado ou um nmero real positivo ou zero.
Exemplos
-2
-1
178
y
4
1
x
4
-1
-2
179
y
4
1
x
4
OBSERVAES IMPORTANTES:
O domnio, o contradomnio e o conjunto - imagem de uma funo polinomial do 1 grau
sempre R.
O grfico de uma funo do 1 grau sempre uma reta oblqua (no horizontal nem
vertical).
O grfico de qualquer funo afim no passa pela origem, ponto (0,0); o da funo linear
sempre passa pela origem e o da funo identidade tambm passa pela origem.
Se a > 0 ento a funo linear ou afim crescente; se a < 0 a funo linear ou afim
decrescente e a funo identidade sempre crescente.
180
GRFICOS
f(x)
-3
a) f(x) = 2x 3
y
4
1
x
4
f(x)
f(x) = -5x
6
5
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
-5
-6
f(x)
-1
b) f(x) = -5x
181
f(x) = x
2
f(x)
-1
-1
f(x)
1
0
-2
-1
-1
-2
x
c) f(x) = x
Se a > 0, ento f(x) < 0 se x < -b/a e f(x) > 0 se x > -b/a
Se a < 0, ento f(x) > 0 se x < -b/a e f(x) < 0 se x > -b/a
182
16 - INEQUAO DO 1 GRAU
Uma sentena matemtica em que se usa o smbolo (diferente de) representa uma
desigualdade.
Se a b, ento ou a > b ou a < b
PRINCPIOS DE EQUIVALNCIA
183
a) Princpio aditivo
Seja 8 > 5.
Se adicionarmos 3 a ambos os lados da desigualdade temos
8+3>5+3
ou seja, ainda temos uma desigualdade de mesmo sentido.
Da mesma maneira temos que se 2 < 5, ento 2 4 < 5 4, pois -2 < 1. Portanto, tambm aqui
obtivemos uma desigualdade de mesmo sentido.
Generalizando: Quando adicionamos (ou subtramos) um mesmo aos dois membros de uma
desigualdade, obtemos uma desigualdade de mesmo sentido que a primeira.
b) Princpio multiplicativo
Seja 8 > 5.
Se multiplicarmos ambos os membros dessa desigualdade por 2 temos
8 x 2 > 5 x 2, pois 16 > 10.
Portanto, generalizando temos que, se multiplicarmos (ou dividirmos) uma desigualdade por
um nmero positivo obtemos uma desigualdade de mesmo sentido que a primeira.
Seja 8 > 5.
Multiplicando ambos os membros da desigualdade por -3 temos
8 x (-3) < 5 x (-3), pois -24 < -15.
O sentido da desigualdade se inverteu.
184
Chama-se inequao do 1 grau com uma incgnita toda inequao que, por transformaes
convenientes, assume uma das seguintes formas:
ax > b
ax < b
ax b
ax b
Exemplos
a) 3x > 10
b) 2x < 5
c) x -3
d)
1
3
x3
2
Exemplos
a) 2x 13 > -5x + 8
2x 13 + 13 > -5x + 8 + 13
2x > -5x + 21
2x + 5x > -5x + 5x + 21
7x > 21
7 x 21
>
7
7
185
x>3
OBSERVAO
A soluo de uma inequao do 1 grau com uma incgnita no um s nmero, mas um
conjunto de nmeros. No exemplo acima a soluo o conjunto
S = {x R/ x > 3}
b)
4 x 5( x + 1) 3
20
5
10
4x 5x + 5 3
20
5
10
(fazendo a multiplicao)
4 x 20 x + 20 6
20
20
20
4x
20 x + 20
6
.20
.20 .20
20
20
20
4x (20x + 20) 6
4x 20x 20 6
(eliminando os parnteses)
4x 20x 6 + 20
-14x 26
186
14 x
26
14
14
13
7
S = { x R/ x
13
}
7
c) 5x 3(x + 6) < x 14
5x 3x 18 < x 14
5x 3x x < 18 14
x<4
S = { x R/ x < 4}
d) 2 < 3x + 1 < 7
2 1 < 3x < 7 1
187
1 < 3x < 6
1 3x 6
<
<
3 3 3
1
<x<2
3
S = { x R/
1
< x < 2}
3
Seja x 3 > -5
188
y
4
Os valores de x para os
quais f(x) > 0 so x > -2
+
x
x + 2 > 0 se x >- 2
b) y = x2 - 9
d) y = 3x2
O conjunto de todos os pontos (x, y), com x real e y real, chamado grfico de uma funo. O
grfico de uma funo quadrtica uma curva chamada PARBOLA.
189
a) a>0 e > 0
b) a < 0, > 0
x'
x"
c) a > 0, = 0
190
d) a < 0, = 0
x'=x"
e) a > 0, < 0
d) a < 0, < 0
191
O ponto mais alto ou mais baixo do grfico de uma funo quadrtica chamado vrtice da
parbola. Esse ponto tem as coordenadas
XV =
e yV =
2a
4a
Se a > 0, o vrtice ser o ponto mais baixo da parbola e chamado ponto de mnimo; se a <
0, o vrtice ser o ponto mais alto e chamado de ponto de mximo.
Uma funo polinomial do 2 grau, com a > 0 decrescente para x < xV e crescente para x > xV.
Quando a > o, f(x) ser crescente para x < xV e decrescente para x > xV.
18 - INEQUAO DO 2 GRAU
As inequaes do tipo
ax2 + bx + c < 0
ax2 + bx + c > 0
192
ax2 + bx + c 0
ax2 + bx + c 0
so chamadas de inequaes do 2 grau, desde que a 0
Uma inequao do 2 grau, com a > 0 e > 0 ser
Sejam x e x as razes da equao ax2 + bx + c = 0 com x < x, a inequao ser
- positiva para x < x ou x > x.
- igual a zero quando x = x ou x = x
Se a inequao do 2 grau tiver a > 0 e = 0 ela ter somente uma raiz (x). Ento
ela ser
- igual a zero para x = x
- positiva para x x
Se a inequao o 2 grau tiver a > 0 e < 0 ela ser positiva para todo x real.
>0
=0
<0
Positiva
Negativa
Igual a zero
x < x ou x > x
x = x ou x = x
x x
x = x
Todo x real
Quando a < 0 podemos multiplicar a inequao por -1 e assim resolver a inequao obtida. A
vantagem disso que s precisamos guardar o que acontece com uma equao quando ela
tem a > 0.
193
Exemplos
1) Resolva a inequao x2 5x + 6 0
S = { x R/ x }
194
Exerccios Propostos 18
y
4
y
4
3
3
2
2
x
x
4
a)
b)
y
4
y
4
3
3
2
2
x
x
4
c)
d)
y
4
1
x
4
e)
y
4
1
x
4
a) 2,8
b) 2,6
c) 2,5
d) 1,8
e) 1,7
3) Para que os pontos (1,3) e (3, -1) pertenam ao grfico da funof(x0 = ax + b, o valor de b
a deve ser
a) 7
b) 5
c) 3
d) -3
e) -7
196
6) (UFPE) Qual o maior valor assumido pela funo f: [-7,10] R definida por
f(x) x2 5x + 9?
7
)
4
197
d) [
7
; +)
4
e) [-
7
; +)
4
8) (UNIFOR) A funo f, do 1 grau, definida por f(x) = 3x + k. O valor de k para que o grfico
de f corte o eixo das ordenadas no ponto de ordenada 5 :
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
9) (EDSON QUEIROZ - CE) O grfico abaixo representa a funo de R em R dada por f(x) = ax + b
(a, b R).
c) a > 0 e b > 0
d) a > 0 e b < 0
e) a > o e b = 0
10) Qual conjunto formado pelos valores f(0), f(-3), f(2) e f(10), se a funo de RR est
definida por f(x)=x - 4x + 7?
a) {67,3,4,7}
b) {0,-3,2,10}
c) {7,28,3,67}
d) {10,2,-3,0}
11) Por definio, zero de uma funo o ponto do domnio de f onde a funo se anula.
Dadas as quatro funes:
f(x)=3x-8,
g(x)=2x+6,
h(x)=x-1
i(x)=15x-30
199
II
III
IV
II
III
200
b) -3
c) 0
d) 3
e) 9
15) A funo polinomial do 1 grau f(x) = ax + 8 crescente e encontra o eixo das abscissas
(horizontal) quando x igual a -4. Ento o valor de a
a) -4
b) -2
c) 2
d) 4
e) 8
16) Uma funo real f do 1 grau tal que f(0) = 1 + f(1) e f(-1) = 2 f(0). Ento f(3)
a) -3
b) -
5
2
c) -1
d) 0
e)
7
2
17) Para que a funo polinomial do 1 grau dada por f(x) = (2 3k)x + 2 seja crescente
devemos ter:
201
a) k =
2
3
b) k <
2
3
c) k >
2
3
d) k < -
2
3
e) k > -
2
3
18) O grfico de f(x) = x2 + bx + 9 encontra o eixo das abscissas em um nico ponto. Ento o
valor de b
a) 36
b) 6
c) 36
d) 6
e) -6
Gabarito 18
1) c
2) c
3) a
4) b
5) b
6) 93
7) d
8) e
9) a
10) c
11) b
12) c
13) c
14) d
15) c
16) b
17) b
18) b
19) b
20){xR/x<-12
ou x > 1}
21){xR/x=-8}
(base 2)
203
OBSERVAO: Repare que as imagens dos nmeros reais, pela funo exponencial, so
sempre nmeros reais positivos.
Tabela:
f(x)
(x, f(x))
-2
1/9
(-2,1/9)
-1
1/3
(-1,1/3)
(0,1)
(1,3)
(2,9)
y
4
1
x
4
OBSERVAES:
A funo crescente
Quanto menor o valor de x, mais os pontos do grfico se aproximam do eixo do x, sem no
entanto atingi-lo (o eixo x uma assntota curva).
1
3
Exemplo 2: f(x) = ( ) x
204
Tabela:
f(x)
(x, f(x))
-2
(-2,9)
-1
(-1,3)
(0,1)
1/3
(1,1/3)
1/9
(2,1/9)
Grfico
y
4
1
x
4
OBSERVAES:
A funo decrescente.
Quanto maior o valor de x, mais pontos do grfico da funo se
aproximam do eixo x, sem no entanto atingi-lo; por isso dizemos que o eixo x
assntota curva.
3) Em qualquer caso o ponto (0,1) pertence ao grfico (para qualquer a 0, temos a0 = 1).
Equaes exponenciais
Dizemos que uma equao uma equao exponencial quando a varivel x aparece no
expoente.
Exemplos: a)2 x = 8
b)3 x - 2 = 9
c)5.23x -1 = 20
Resolver uma equao achar os valores da varivel que tornem a sentena matemtica
verdadeira.
Assim 2x = 8 verdadeira se x = 3 (pois 23 = 8).
Para resolvermos uma equao exponencial devemos, atravs da aplicao das propriedades
de potncia, obtermos uma equao equivalente dada que possua nos dois membros
potncias de mesma base.
Por exemplo:
2x = 8
(fatorando 8, temos:)
x=3
Logo, S = {3}.
Exemplos:
1) 3x = 243
2x = 35
(fatora-se 243)
(igualando-se os expoentes)
x=5
S = {5}.
8
2
2) =
27
3
2
8
( )x =
3
27
2
23
( )x =
3
33
2
2
( ) x = ( )3
3
3
x=3
(fatorando 8 e 27 temos)
(aplicando a propriedade 4)
(igualando os expoentes)
S = {3}
3) 2x =
2x =
2x =
x
2 =
1
16
1
16
1
2
14
24
1
2 x = ( )4
2
(fatorando 16 temos)
(ou como 14 = 1, )
(aplicando a propriedade 4)
(aplicando a definio e)
207
2x = 2-4
(igualando os expoentes)
x = -4
S = {-4}
4) 2 x = 3 4
2x = 3 4
1
3
=4
1
2 3
= (2 )
2
3
=2
(igualando os expoentes)
2
3
2
S={ }
3
x=
5) 9 x + 3 = 27 x
9 x + 3 = 27 x
(fatorando 9 e 27)
(3 2 ) x + 3 = (3 3 ) x
3 2( x + 3) = 3 3 x
3 2x + 6 = 33x
2x +6 = 3x
(igualando os expoentes)
(resolvendo a equao do 1 grau)
2x - 3x = -6
-x = -6
(-1)
208
x=6
S = {6}
6) (2 x ) x + 3 = 16
(2 x ) x + 3 = 16
(fatorando 16)
(2 x ) x + 3 = 2 4
2 x( x + 3 ) = 2 4
2
2 x + 3x = 2 4
(igualando os expoentes)
x 2 + 3x = 4
x 2 + 3x - 4 = 0
= b 2 4ac
= 3 2 4.1.( 4) = 25
b + 3 + 25 3 + 5 2
=
=
= =1
2a
2. 1
2
2
b 3 25 3 5 8
x' ' =
=
=
=
= 4
2a
2 .1
2
2
S = {-4,1}
x' =
7) 3.2 x 2 = 48
3.2 x 2 = 48
2x 2 =
48
3
2 x 2 = 16
(fatorando 16)
2x 2 = 24
(igualando os expoentes)
x-2=4
x=4+2
x=6
209
S={6}
8) 22 x 2.2 x 4 = 0
2 2 x 2 .2 x 4 = 0
repare que 2 2 x = (2 x ) 2
( 2 x ) 2 2 .2 x 4 = 0
fazendo 2 x = y temos :
y 2 - 3.y - 4 = 0
= b 2 4ac
= ( 3) 2 4.1.( 4) = 9 + 16 = 25
y' =
b + + ( 3) + 25 3 + 5 8
=
=
= =4
2a
2 .1
2
2
y' ' =
b ( 3) 25 3 5 2
=
=
=
= 1
2a
2 .1
2
2
a)2 x = 4
2 x = 22
x=2
b)2 x = -1
Este valor desprezado pois no h nenhum valor de x que torne 2 x negativo.
S={2}
9)
210
3 x 1 + 3 x +1 = 90
3 x 1 =
3x
3
3 x +1 = 3 x.3 ou 3 x +1 = 3.3 x
substituindo 3 x 1 e 3 x +1 temos :
3x
+ 3.3 x = 90
3
3 x 9.3 x 270
+
=
3
3
3
3 x + 9.3 x = 270
3 x (1 + 9) = 270
10.3x = 270
3x =
270
10
3 x = 27
3 x = 33
x=3
S = {3}
Logaritmos
logba = x a x = b
b chamado logaritmando
x chamado logaritmo
a chamado base do logaritmo.
211
Exemplo:
log 28 = 3 23 = 8
log 525 = 2 52 = 25
OBSERVAO: quando a base no estiver escrita, subentendemos que a base 10, ou seja,
log 10 x o mesmo que log x. . Por outro lado, se a base o nmero irracional e e o
logaritmando 5,escrevemos ln 5 (logaritmo neperiano de 5)
3 ) a
logab
Exemplo: 5
=b
log 3
= 3.
4) logab = logac b = c
212
a) Logaritmo de um produto:
b
b) Logaritmo de um quociente: loga ( ) = logab logac
c
3
Exemplo: log4 ( ) = log43 log42
2
Mudana de base
log a =
log c b
log c a
onde a e a base antiga e c e a base nova.
Exemplo :
Transformar log 3 2 em logaritmo de base 5.
Base antiga : 3, base nova : 5.
2
log 3 =
log 5 2
log 5 3
213
Cologaritmo
co log(N) = log(N)
b
Antilogaritmo
Antilogb(k) = bk
Funo logartmica
Tabela:
214
g(x)
(x, g(x))
1/9
-2
(1/9,-2)
1/3
-1
(1/3,-1)
(1,0)
(3,1)
(9,2)
Grfico:
2 1/2
2
1 1/2
1
1/2
0
- 1/20
12
-1
-1 1/2
-2
-2 1/2
OBSERVAES:
1 - Atribumos a x somente valores que so potncias de expoente inteiro da base, pois desse
modo obtemos valores inteiros para o logaritmo.
215
g(x)
(x, g(x))
1/9
(1/9,2)
1/3
(1/3,1)
(1,0)
-1
(3,-1)
-2
(9,-2)
Grfico:
2 1/2
2
1 1/2
1
1/2
0
- 1/20
12
-1
-1 1/2
-2
-2 1/2
OBSERVAES:
216
1
1
, ento f(1) = 0 < f( ).= -1
3
3
Na funo logartmica o logaritmando deve ser um numero real positivo e a base deve ser um
numero real positivo e diferente de 1. Devemos considerar esses dois fatos quando
determinarmos o domnio de uma funo logartmica.
Dom ( f ) = { x R / x <
12
}
5
Exemplo 2:
g( x ) = log 5 ( x 2 + 8 x + 15}
x 2 + 8 x + 15 > 0
Estudo do sinal da funo do 2 grau:
a = 1 a > 0 concavidade para cima
= 82 4.1.15 = 4
> 0 duas raizes reais e distintas
217
Zeros da funo:
x1 =
b+ 8+ 4 8+ 2
=
=
= 3
2a
2 .1
2
x2 =
b 8 4 82
=
=
= 5
2a
2 .1
2
Esboo do grfico:
-5
-3
_
g( x ) = log 5 ( x 2 + 8 x + 15)
Dom (g) = { x R / x < 5 ou x > 3}
218
I) 5 x 12 > 0
5 x > 12
x>
12
5
II) 5 x 12 1
5 x 1 + 12
5 x 13
x
13
5
12/5
13/5
II
D( f ) = { x R /
12
13
13
<x<
ou x > }
5
5
5
RESUMINDO: Sobre a funo logartmica, podemos afirmar corretamente que, qualquer que
seja ela.
D(g(x)) = R *+ , isto , somente nmeros positivos possuem logaritmos.
O conjunto imagem da funo logartmica R, Im g(x) = R, isto , qualquer numero real
logaritmo de algum numero real positivo, diferente de 1.
O grfico da funo fica todo direita do eixo y.
Se x = 1 y = log a1= 0 , ou seja, o ponto (1,0) pertence ao grfico de qualquer funo
logartmica.
Se a > 1, a funo crescente.
Se a < 1, a funo decrescente.
Exerccios Propostos 19
219
f ( x + 1) f ( x 1)
igual a
f ( 2) 1
a) f(x-1)
b) f(x)
c) f(x+1)
d)
2f (1)
f ( 2) 1
e)
f ( 2)
f ( 2) 1
2) (UFMG) Seja f(x) = 32x. Sabendo-se que f(x+h) = 9f(x) para todo valor real de x, o valor de h
a) 0
b) 1
c) 2
d) 3
e) 4
3) (UFMG) Sejam f e g funes reais dadas por f(x) = ex + e-x e g(x) = ex e-x. Ento, [f(x)]2
[g(x)]2 igual a
a) 0
b) 4
c) 2e-2x
d) e2x e-2x
e) (ex e-x)2
220
xy
27
221
a) 0
b) 1
c) 2
d) um nmero negativo
e) inexistente
1
, ento x pertence ao intervalo (-, 2)
4
d) 2-0,3 < 1
x
2
e) y = funo crescente
3
2
1
9) A diferena entre a maior e a menor raiz da equao 2 2 x 7 x + 4 = :
a)
3
2
b)
5
2
c)
1
2
d)
5
4
222
a) x = -
1
4
b) x =
1
4
c) x =
1
3
d) x =
e) n.d.a
2
2
b) 2 2
c)
d)
2
4
e) 4 2
2 x.2 y = 16
tal que x y vale
x.y = 3
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) n.d.a
223
2
5
b)
5
2
c)
d)
10
5
e)
10
2
x-1
1
2
= 24, ento x vale
224
17) (UFCE) A soma das razes da equao xf(x) = 1, onde f(x) = x2 7x + 12 igual a
a) 5
b) 6
c) 8
d) 9
e) 10
18) (PUC-MG) Seja a funo exponencial f(x) = ax. correto afirmar que:
a) ela crescente se x > 0
b) ela crescente se a > 0
c) ela crescente se a > 1
d) ela decrescente se a 1
e) ela decrescente se 0 < x < 1
19) 0 log (0,01)
a) -3
b) -2
225
c) 1
d) 2
e) 4
a) -
1
5
b)
1
2
c)
1
3
d)
1
5
e)
1
4
226
b) {x R/ x < 3 ou x > 4}
c) {x R/ 0 < x < 4}
d) {x R/ 3 < x < 4}
e) {x R/ 1 < x < 4}
1
2
b) x > 1
c) x >
1
ex1
2
d) 0 < x <
e) x >
1
2
1
ex1
4
24) Se log a =
b
a)
8
9
b)
1
2
c)
9
8
2
3
e log c = , ento o log a vale
3
4
b
c
d) 3
227
25) Seja x > 0 o nmero cujo o logaritmo na base 3 9 0,75. Ento o valor de x2 + 1
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 8
1
3
a
1 b
a) log ( )
3
b
3 a
b) log ( )
a
3 b
c) log ( )
d) log (ab)
1
3
3
= b, temos
4
a) log2 =
ab
2a + b
e log3 =
3
3
b) log2 =
2a + b
ab
e log3 =
3
3
c) log2 =
a+b
2a b
e log3 =
3
3
d) log2 =
ab
2a b
e log3 =
3
3
e) log2 =
2a b
a+b
e log3 =
3
3
29) Sabendo-se que log 2 = 0,3, o valor da expresso log(32 2 ) com arredondamento para
dcimos
a) 0,8
b) 1,3
c) 1,5
d) 1,7
e) 2,4
2 <m<3+ 2
b) m < 3 -
3 ou m > 3 +
229
c) 3 -
3 <m<3+ 3
d) m < 2
2 ou m > 2 +
e) m < 3 -
2 ou m > 3 +
Gabarito 19
1) a
2) b
3) b
4) b
5) d
6) e
7) b
8) b
9) a
10) b
11) a
12) b
13) d
14) a
15) e
16) a
17) c
18) c
19) b
20) b
21) d
22) b
23) c
24) a
25) d
26) c
27) b
28) a
29) d
30) b
Toda sequncia numrica {a1, a2, a3,} uma progresso aritmtica (P.A) se a diferena
an an-1 = r, onde a1, a2, e r so nmeros reais Isto , a sequncia de nmeros reais
{a1, a2, a3,} uma P.A, se
a1 = a
para n 1
a n = a n 1 + r
230
Uma P.A pode ser finita, representada por {a1, a2, a3,, an} ou infinita, representada por {a1, a2,
a3,}.
Propriedade
Em uma P.A, qualquer termo, a partir do 2, mdia aritmtica de dois termos que o
compreendem, isto :
ap =
a p 1 + a p + 1
2
Em uma P.A finita de razo r temos que a soma Sn de seus termos dada por
a + an
Sn = 1
.n , onde n a quantidade de termos da P.A
231
Exemplos
1) Dada uma P.A cujo 5 termo 13 e o 9 termo 45, encontre sua razo.
45 = 13 + (9-5).r
45 = 13 + 4r
4r = 32
r=8
2) Numa P.A de razo 6, o valor do 8 termo 40 e o ltimo termo vale 106. Determine o
nmero de termos dessa P.A
Fazendo k=8 na frmula an = ak + (n-k)r, temos
106 = 40 + (n-8).6
106 = 40 + 6n 48
6n = 114
n = 19. Portanto existem 19 termos nessa P.A
3) Sabendo-se que em uma P.A, a1 = 12, na = 58 e n = 30, calcule a soma de todos os termos.
a + an
Sn = 1
.n
12 + 58
30
2
S30 =
S30 = 35.30
232
S30 = 1 050
Progresso Geomtrica
Seja uma sequncia de nmeros reais no nulos an. Ela ser uma progresso geomtrica (P.G)
se
a1 = a
, onde q um nmero real no nulo
a n = a n 1.q
Propriedades
an
=q
a n 1
2) Em uma P.G, qualquer termo, a partir do 2 mdia geomtrica entre os termos que o
compreendem, isto , a 2 = a
p
.a
p 1 p + 1
3) Em uma P.G o produto de dois termos eqidistantes dos extremos igual ao produto dos
extremos, isto , a1.an = a1+k.an-k
an = ak.qn-k
233
qn 1
S n = a1.
q 1
Soma-limite de uma P.G infinita
Em uma P.G onde o mdulo da razo seja menor que 1, a soma dos seus infinitos termos ser
o nmero finito
S=
a1
para q < 1
1 q
Exerccios Propostos 20
234
3
. O 15 dessa
3
progresso
a)
3
b)
c)
3
34
1
35
3
d)
235
5) Na progresso (,1,
a)
3 1
b)
3 +2
3 1 2 3
,
,...) , o termo que precede 1
2
2
c) 2 3 1
d) 2 3
e)
3 +1
6) O valor de x tal que a sequncia ( log 4, log ( x + 5), log ( x + 40), ...) forme uma
2
progresso aritmtica
a) -1
b) -2
c) -3
d) 4
e) 5
236
a) 6
b) 8
c) 9
d)10
e)12
11) Para que os nmeros 2 x, 4 x e 5 x formem uma progresso geomtrica, a razo deve
ser igual a
a)
1
4
237
b)
1
2
c) 2
d) 4
12) Trs nmeros formam os primeiros termos de uma progresso geomtrica e diminudos de
1, 2 e 6, respectivamente, ficam proporcionais aos nmeros 1, 2 e 3. O produto desses
nmeros
a) 108
b) 128
c) 216
d) 432
13) A soma de todos os nmeros que esto compreendidos entre 100 e 200 e que so
divisveis por 3
a) 3 750
b) 3 950
d) 4 550
d) 4 950
14) Trs nmeros em progresso aritmtica tm para soma 27 e a razo entre o 1 e o ltimo
termos
1
. O segundo termo dessa progresso
5
a) 4
b) 5
c) 6
238
d) 9
15) Em uma apresentao de ginstica, 325 alunos foram colocados segundo uma formao
triangular. Na primeira fila (horizontal) ficou um aluno, na segunda, dois, na terceira trs e
assim sucessivamente. O nmero de filas necessrias para colocar todos os alunos foi
a) 25
b) 26
c) 55
d) 56
16) Considere a sucesso formada pelos cem primeiros nmeros inteiros positivos. A soma dos
cinqenta ltimos
a) 2 525
b) 2 759
c) 3 250
d) 3 775
Gabarito 20
1) d
2) c
3) c
4) a
5) e
6) c
7) a
8) d
9) d
10) c
11) b
12) c
13) d
14) d
15) a
16) d
239
21 - NOES DE PROBABILIDADE
Algumas definies
Evento (A) qualquer dos subconjuntos possveis de um espao amostral. Por exemplo, no
lanamento de uma moeda temos:
S = {cara, coroa}
Os subconjuntos possveis so , {cara}, {coroa}, {cara, coroa}
Se um espao amostral tem n elementos, ento haver 2n eventos distintos a ele associados.
240
A =SA
Distribuio de probabilidades
Considere um espao amostral de n elementos S = {e1, e2, e3, , en} A cada evento elementar
{ei} est associado a um nmero pi, chamado probabilidade do evento, tal que
a) 0 pi 1
b) p i = p1 + p 2 + ... + p n = 1
Os nmeros p1, p2, , pn definem uma distribuio de probabilidades sobre S. Cada uma das
probabilidades pi definida de modo a coincidir com o limite da freqncia relativa (fr) de cada
elemento correspondente, ei, quando o nmero de repeties do experimento crescesse
ilimitadamente
Probabilidade de um evento
241
Exemplo: Seja A = {e1, e2, e3} e P(e1) = 0,2; P(e2) = 0,6; P(e3) = 0,4. A probabilidade de ocorrer o
evento A = {e1, e2} = P(e1) + P(e2) = 0,2 + 0,5 = 0,7
S = {e1, e2, , en} um espao amostral eqiprovvel se sua distribuio de probabilidade for
tal que p1 =p2 = = pn
P(A) =
n de elementos de A
n de elementos de S
Exemplo: Lana-se um dado querendo observar a probabilidade de sair, em sua face superior,
um nmero par.
Ora, S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e A = {2, 4, 6}. Logo o nmero de casos possveis 6 e o nmero de
casos favorveis 3. Assim, P(A) =
3
= 0,5 = 50%
6
242
1) P(S) = 1
2) A B P(A) P(B)
3) P(AB) = P(A) + P(B) P(AB)
4) AB = P(AB) = P(A) + P(B)
5) P( A ) = 1 P(A)
Probabilidade Condicional
P(A/B) =
P( A B) n de elementos de A B
=
P(B)
n de elementos de B
Exemplo:
Seja S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} o nmeros possveis de aparecerem no lanamento de um dado, A o
evento : aparecer um nmero menor que 5 e B o evento ocorrer um nmero mpar. Calcule a
probabilidade de ocorrer um nmero menor que 5, sabendo-se que no lanamento saiu um
nmero mpar
P(s) = 6
AB = {1,3} P(AB) = 2/6 = 1/3
B = {1,3,5} P(B) = 3/6 =
243
1
P( A B) 3 2
= =
P(A/B) =
1 3
P(B)
2
Eventos independentes
Teorema de Bayes
Sejam A1, A2,, Na, n eventos independentes e tais que a unio deles seja igual a S. Seja B um
evento qualquer de S, nas condies anteriores. A probabilidade condicional de A dado B
obtida por
P(A/B) =
P( A i B)
P(A i B)
=
P(B)
P( A 1 B) + P(A 2 B) + ... + P(A n B)
Exemplo
Quinze bolas, azuis e vermelhas, foram colocadas em duas caixas (caixa I e caixa II), de modo
que na caixa I ficaram 3 bolas vermelhas e 2 azuis e na caixa II ficaram 2 bolas vermelhas e 8
bolas azuis. Uma das caixas escolhida aleatoriamente e dela sorteia-se uma bola. Qual a
probabilidade da bola vir da caixa II, sabendo-se que ela vermelha.
Probabilidade da caixa escolhida ser a caixa II =
244
1
1
P(II V
1
= 10
= 10 = = 25%
P(II/V) =
3
1
4
P(V)
4
+
10 10 10
Exerccios Resolvidos
1) Uma moeda viciada, de forma que as caras so trs vezes mais provveis de aparecer do
que as coroas. Determine a probabilidade de num lanamento sair coroa.
Soluo:
Seja k a probabilidade de sair coroa. Pelo enunciado, a probabilidade de sair cara igual a 3k.
A soma destas probabilidades tem de ser igual a 1.
Logo, k + 3k = 1 \ k = 1/4.
Portanto, a resposta 1/4 = 0,25 = 25%.
k + k + k/2 = 1 \ k = 2/5.
Portanto, p(A) = k = 2/5, p(B) = 2/5 e p(C) = 2/10 = 1/5.
A probabilidade de A ou C vencer ser a soma dessas probabilidades, ou seja 2/5 + 1/5 = 3/5.
3) Um dado viciado, de modo que cada nmero par tem duas vezes mais chances de
aparecer num lanamento, que qualquer nmero mpar. Determine a probabilidade de num
lanamento aparecer um nmero primo.
Soluo:
Pelo enunciado, podemos escrever:
p(2) = p(4) = p(6) = 2.p(1) = 2.p(3) = 2.p(5).
Seja p(2) = k. Poderemos escrever:
p(2) + p(4) + p(6) + p(1) + p(3) + p(5) = 1, ou seja: a soma das probabilidades dos eventos
elementares igual a 1.
Ento, substituindo, vem:
k + k + k + k/2 + k/2 + k/2 = 1 \ k = 2/9.
Assim, temos:
p(2) = p(4) = p(6) = 2/9
p(1) = p(3) = p(5) = 2/18 = 1/9.
O evento sair nmero primo corresponde a sair o 2, ou o 3 ou o 5. Logo,
p(2) + p(3) + p(5) = 2/9 + 1/9 + 1/9 = 4/9.
Soluo:
Os nmeros primos de 1 a 50 so: 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43 e 47, portanto,
15 nmeros primos.
Temos, portanto, 15 chances de escolher um nmero primo num total de 50 possibilidades.
Portanto, a probabilidade pedida ser igual a p = 15/50 = 3/10.
5) Das 10 alunas de uma classe, 3 tem olhos azuis. Se duas delas so escolhidas ao acaso, qual
a probabilidade de ambas terem os olhos azuis?
Soluo:
Existem C10,2 possibilidades de se escolher duas pessoas entre 10 e, existem C3,2 possibilidades
de escolher duas alunas de olhos azuis entre as trs. Logo, a probabilidade procurada ser
igual a:
246
Exerccios Propostos 21
1) (UNI- RIO) As probabilidades de trs jogadores marcarem um gol cobrando pnalti so,
respectivamente, 1/2, 2/5, e 5/6. Se cada um bater um nico pnalti, a probabilidade de todos
errarem igual a:
a) 3%
b) 5%
c) 17%
d) 20%
e) 25%
3) A probabilidade de um atirador acertar um alvo em um nico tiro 0,2. Com apenas 4 tiros,
qual a probabilidade de esse atirador acertar o alvo s duas vezes?
247
4) Uma urna contm 3 bolas numeradas de 1 a 3 e outra urna com 5 bolas numeradas de 1 a 5.
Ao retirar-se aleatoriamente uma bola de cada uma, a probabilidade da soma dos pontos ser
maior do que 4 :
a) 3/5
b) 2;5
c) 1/2
d) 1/3
e) 2/3
5) Um baralho comum de 52 cartas, das quais 12 so figuras (valete, dama e rei), subdividido
aleatoriamente em 3 partes. As partes so colocadas sobre uma mesa com as faces das cartas
viradas para baixo. A carta de cima de cada das trs partes desvirada. Com base na situao
descrita, julgue os itens a seguir em verdadeiros ou falsos.
(1) A chance de que as trs cartas desviradas sejam figuras maior do que 1%.
(2) A probabilidade de que exatamente duas das cartas desviradas sejam figuras est entre
0,08 e 0,13%.
(3) A probabilidade de que pelo menos uma das trs cartas desviradas seja uma figura maior
do que 0,5%.
6) Uma urna contm bolas numeradas de 1 a 9. Sorteiam-se, com reposio, duas bolas. A
probabilidade de que o nmero da segunda bola seja maior do que o da primeira :
a) 8/9
b) 5/9
c) 7/9
d) 4/9
e) 1/3
248
7) Uma urna contm bolas numeradas de 1 a 99. Sorteiam-se, com reposio, duas bolas.
A probabilidade de que o nmero da segunda bola seja maior do que o da primeira :
a) 49/99
b) 39/99
c) 69/99
d) 59/99
e) 27/99
8) Uma urna contm bolas numeradas de 1 a n. Sorteiam-se, com reposio, duas bolas.
A probabilidade de que o nmero da segunda bola seja maior do que o da primeira :
a) n/2
b) (n 1)/2n
c) (n 1)/3n
d) (n+1)/n
e) n/(n+1)
9) Uma urna contm 20 bolinhas numeradas de 1 a 20. Sorteando-se uma bolinha desta urna,
a probabilidade de que o nmero da bolinha sorteada seja mltiplo de 8 :
a)
3
25
b)
7
50
c)
1
10
d)
4
25
e)
9
50
249
10) Jogando-s ao mesmo tempo dois dados honestos, a probabilidade de a soma dos pontos
ser igual a 5 :
a)
1
9
b)
1
12
c)
1
18
d)
1
36
e)
1
6
11) Sejam dois jogadores A e B e um jogo no qual o jogador A vence se tirar, no seu lance um
nmero maior que ou igual ao nmero tirado pelo jogador B. A probabilidade de A ganhar
a)
1
2
b)
2
3
c)
7
12
d)
19
36
e)
3
4
250
12) Um dado lanado e o nmero da face superior observado. Se o resultado for par, a
probabilidade dele ser maior ou igual a 5 de:
a)
1
2
b)
1
3
c)
1
4
d)
1
5
e)
1
6
P(AB) =
a)
1
1
, P(B) =
e
3
2
1
. Ento P(A B) :
4
5
12
251
b)
1
2
c)
7
12
d)
2
3
e)
3
4
15) Uma urna I contm 2 bolas vermelhas e 3 bolas brancas e a outra II, contm 4 bolas
vermelhas e 5 bolas brancas. Sorteia-se uma urna e dela retira-se, ao acaso, uma bola. Qual a
probabilidade de que a bola seja vermelha e tenha vindo da urna I?
a)
1
3
b)
1
5
c)
1
9
d)
1
14
e)
1
15
Gabarito 21
1) b
2) d
3) 15,36%
4) a
5) (1) F (0,99%)
(2) V (0,119%)
(3) V (55%)
252
6) d
7) a
8) b
9) a
10) a
11) c
120 b
13) d
14) d
15) b
22 - NOES DE ESTATSTICA
Grficos so representaes grficas que visam facilitar a compreenso e a comparao de
dados, por isso eles devem realar as diferenas de magnitude entre as grandezas, propiciando
uma representao global, rpida e agradvel dos dados
Tipos de grficos
Quanto forma
Grfico de pontos
Grfico de linhas
Grfico de superfcies
Pictogramas (figuras)
Estereogramas (tridimensionais)
Cartogramas (mapas0
Quanto funo
Grficos de informao
Grficos de colunas ou barras
Grficos de porcentagens complementares
Grficos de composio (retangular ou de
253
setores)
Cartogramas
Pictogramas
Estereogramas
Grficos de anlise
Quanto funo
Histogramas
Polgonos de freqncia
Ogiva
Diagrama cartesiano
Curva de Lorenz
Grficos de controle
Grfico em Z
Grfico de ponto de equilbrio
a) Grfico de barras
Gros
Soja
Milho
Arroz
Feijo
0
100
200
300
400
500
Milhes de sacas
254
Grficos de colunas - Quando as legendas das bases no forem longas, usamos os grficos com
os retngulos esto dispostos verticalmente.
Exemplo
12
10
8
6
4
2
0
19
20
21
22
23 anos
Idade
Exemplo
2000
1990
1980
1970
= 1 milho de carros
255
Exemplo
Produo de frutas de
uma certa cidade
Legenda
Laranja
Ma
Limo
Mamo
d) Grficos de linhas - so aqueles onde uma linha poligonal indica a variao dos dados.
256
Exemplo
VARIAO DA TEMPERATURA DE UM
PACIENTE AO LONGO DO DIA
40
39
C
38
37
36
35
34
10
12
14
16
Horas
18
Exemplo
257
f) Polgono de frequncias o grfico obtido quando unimos os pontos dos lados superiores
dos retngulos de um histograma por meio de segementos de retas concorrentes
Exemplo
Ogiva - o grfico que representa as frequncias acumuladas, isto , indicam quantos casos
esto acima de um certo valor, ou quantos casos esto abaixo de um certo valor. As
frequncias acumuladas podem ser representadas de forma absoluta ou relativa.
Idade
Frequncias relativas
Frequncias
relativas
acumuladas crescentes
258
10
20
2%
2%
20
30
28%
30%
30
40
46%
76%
40
50
21%
97%
50
60
3%
100%
Ogiva
A mdia aritmtica simples dos valores x1, x2, , xn a razo dada por
x + x 2 + ... + x n
x= 1
n
259
Exemplo:
Dados os valores {5, 10, 10, 15, 20}, calcule a mdia aritmtica desses valores.
x=
5 + 10 + 10 + 15 + 20 60
=
= 12
5
5
Mdia ponderada
Sejam os conjuntos {x1,x2, ,xn} e {p1,p2,,pn}. Chama-se mdia aritmtica dos valores xi
ponderada pelos pesos pi razo
x p + x 2p 2 + ... + x np n
x= 1 1
p1 + p 2 + ... + p n
Exemplo
Disciplina
Pontos
Peso
Portugus
Matemtica
Lngua estrangeira
Conhecimentos gerais
260
Considere a tabela
Idade
Frequncia
Valores mdios
10
20
15
20
30
28
25
30
40
46
35
40
50
21
45
50
60
55
Tabelas desse tipo so denominadas distribuio de frequncias e podem tambm ter suas
frequncias apresentadas em porcentagem.
Para calcular a mdia aritmtica de valores agrupados em classe fazemos:
1) Determinamos os valores mdios de cada classe, que dado pela mdia aritmtica dos
extremos da classe. Esse valores j foram apresentados na tabela do exemplo.
x=
15.2 + 25.28 + 35.46 + 45.21 + 55.3 30 + 700 + 1610 + 945 + 165 3450
=
=
= 34,5
100
100
100
15 + 25 + 35 + 45 + 55 175
=
= 35
5
5
18 + 28 + 38 + 48 + 58 190
=
= 38 = 35 + 3
5
5
2) Se multiplicarmos (ou dividirmos) por uma mesma constante todos os termos de uma
sequncia, a mdia aritmtica da sequncia obtida igual mdia aritmtica da sequncia
original multiplicada (ou dividida) por essa constante.
Exemplo
15 + 25 + 35 + 45 + 55 175
=
= 35
5
5
3 + 5 + 7 + 9 + 11 35
=
=7
5
5
3) Se uma sequncia numrica com n1 valores tem mdia aritmtica igual a x1 e outra
sequncia com n2 valores tem mdia aritmtica igual a x 2 , ento a sequncia composta pelos
n1 valores da primeira sequncia junto com os n2 valores da segunda tem mdia aritmtica
262
n .x + n 2 x 2
x= 1 1
n1 + n 2
Exemplo
3) Seja d = x -k, onde d o desvio do valor x em relao a uma constante k. A soma dos
desvios de todos os valores x da sequncia ser igual a zero se e somente se k for igual media
aritmtica da sequncia
(xi
k) = 0 k = x
Exemplo
Seja a sequncia (20,26, 30, 33, 56) cuja mdia aritmtica igual a 33.
Exerccios Propostos 22
263
2) Se um aluno j fez duas avaliaes nas quais obteve 9,0 e 5,0, qual ser a nota que ele
dever tirar na terceira avaliao, sabendo-se que ela tem peso 2 e que para ser aprovado ele
dever ter mdia 7,0?
a) 2,0
b) 3,5
c) 4,5
d) 7,0
3) Qual a mdia de idade, em anos, de um grupo em que h seis pessoas de 14 anos, nove
pessoas de 20 e seis pessoas de 16 anos?
a) 15
b) 16
c) 17
d) 18
4) Um aluno obteve, no bimestre, 8,0 na prova (peso 2), 7,0 na pesquisa (peso 3), 5,0 no
trabalho em grupo (peso 2) e 9,0 no debate (peso 1). Sabendo-se que a nota final do bimestre
a mdia das notas parciais ponderada pelos seus respectivos pesos, correto afirmar que
sua nota bimestral foi
264
a) 7,0
b) 7,28
c) 7,75
d) 8,0
Descrio
Quantidade
18
6) (Metr-DF) Considere a tabela abaixo, que representa as notas finais obtidas por 30 alunos
de uma classe, em um exame de Lngua Portuguesa
Notas
0a
1
1a 2
2a 3
3a 4
4a 5
5a 6
6a 7
7a 8
8a 9
9 a 10
265
N de 4
alunos
Pesos
Frequncias
simples
(kg)
absolutas
2a 4
4a 6
12
6a 8
8 a 10
10 a 12
266
e) 5,19 kg
10) (TJ MA) Um aluno obteve as notas 4,5; 8,0 e 7,0 nas trs avaliaes realizadas durante o
semestre. O aluno que no consegue a mdia 7,0 nas trs avaliaes deve realizar a prova
final. Na composio da mdia final, a mdia das trs avaliaes tem peso 4 e a nota da prova
final tem peso 6. O aluno ser considerado aprovado com mdia final superior ou igual a 5.
Para obter aprovao, o aluno citado dever conseguir no exame final, a nota mnima igual a
a) 5,0
267
b) 3,5
c) 4,0
d) 7,0
11) Observe a tabela abaixo:
Tempo (min)
N de equipamentos
(x)
(f)
50
51
10
52
53
54
Total
30
Gabarito 22
1)b
2) d
3) c
4) a
268
5) b
6) a
7) b
9) a
10) c
11) b
8) d
Moda
Chama-se moda ou valor modal de uma srie estatstica qualquer ao valor da srie que
apresenta maior freqncia simples.
Uma srie estatstica pode ser amodal, quando no apresenta moda, unimodal, quando possui
um nico valor com maior freqncia simples, bimodal, quando possui dois valores para moda
ou multimodal, quando possui 3 ou mais modas
Exemplo: Seja a srie (3,3,4,5,6,6,6,8,9.9) Como o valor que apresenta maior freqncia
simples (fi = 3) 6, essa srie unimodal de moda igual a 6.
269
Frmula de Czuber
Sendo lmo 0 limite inferior da classe modal, c a amplitude do intervalo de classe, 1 a diferena
entre as frequncias simples das classes modal e a anterior classe modal e 2 a diferena
entre as frequncias simples da classe modal e a posterior a ela, temos
1 + 2
Mo = lmo + c.
Exemplo
Pesos
Frequncias
simples
(kg)
absolutas
2a 4
4a 6
12
6a 8
8 a 10
10 a 12
Classe modal: 4 a 6
Freqncia simples da classe modal: 12
lmo = 4
1 = 12 - 9 = 3
270
2 = 12 6 = 6
Amplitude do intervalo: 2
1 + 2
Mo = lmo + c.
3+6
Mo = 4 + 2.
Mo = 4 + 2.
1
3
Mo = 4,66 kg
Frmula de King
A frmula de King para a determinao da moda menos precisa que a Czuber e s deve ser
usado quando expressamente pedida.
fpost
fant + fpost
Mo = lmo + c.
Exemplo
Pesos
Frequncias
simples
(kg)
absolutas
2a 4
4a 6
12
6a 8
8 a 10
10 a 12
6+9
Mo = 4 + 2.
Mo = 4 +
2
5
Mo = 4,4 kg
Mediana
Mediana o valor que, em um conjunto ordenado de dados, tenha 50% de valores menores
que ou igual a ele e 50% de valores maiores que ou igual a ele.
Quando o nmero de dados for mpar, a mediana ser o valor central do rol.
Quando o nmero de dados for par, a mediana ser a mdia aritmtica dos dois valores mais
centrais do rol.
Exemplos
a) Dada a srie ( 3,3,5,5,7,9,11), determine sua mediana. Como so 7 dados, dever haver 3
valores menores que ou igual a mediana e 3 valores maiores que ou igual a mediana. Portanto,
Md = 5.
272
b) Dada a srie (11, 13, 15, 17, 19, 21), determine a mediana desses valores.
Como so 6 dados, a mediana ser a mdia aritmtica do 3 e 4 termos, pois h 2 dados
anteriores ao 3 termo e dois dados posteriores ao 4 termo.
Logo, Md =
15 + 17
= 16
2
,
f
md
Md = lmo + c.
Exemplo
Dada a distribuio de frequncias a seguir, calcule a mediana desses dados.
Idade
Frequncia
Frequncia acumulada
10
20
20
30
28
30
273
30
40
46
76
40
50
21
97
50
60
100
Classe mediana: 30
fmd = 46
limite inferior da classe mediana: 30
Haver exatamente 50 ocorrncias na classe mediana quando a frequncia simples for 20.
Idade
Frequncia
Frequncia acumulada
10
20
20
30
28
30
30
40
46 46-26 = 20 =
76 76 36 = 50
40
50
21
97
50
60
100
= 20
,
f
md
Md = lmo + c.
20
46
Md = 30 + 10.
Md = 30 + 4,4 = 34,4
274
Se uma distribuio de frequncias com dados agrupados em classe for unimodal e pouco
assimtrica, ento temos
x - Mo = 3.( x - Md )
Graficamente isto que dizer que a distncia da mdia aritmtica moda trs vezes a
distncia da mdia mediana. Essa relao s deve ser usada quando expressamente pedida.
1) Se adicionarmos (ou subtrairmos) uma mesma constante a todos o valores de uma srie, a
mdia aritmtica, a moda e as separatrizes (mediana, quartis, decis e centis) ficaro
adicionadas (ou subtradas) da mesma constante.
2) Se multiplicarmos (ou dividirmos) por uma mesma constante todos os valores de uma srie,
a mdia aritmtica, a moda e as separatrizes (mediana, quartis, decis e centis) ficaro
multiplicadas (ou divididas) por essa constante.
Varincia (S2)
Varincia a mdia aritmtica dos quadrados dos desvios calculados em relao mdia
aritmtica dos valores de uma srie.
S =
(xi
x )2
n
275
S2 = x 2 ( x ) 2
Quando o nmero de dados disponveis no for grande (n < 30) a varincia fica mais imprecisa.
Para contornarmos esse inconveniente, multiplicamos a varincia pelo fator de correo de
Bessel, que dado por
n
. O valor que obtemos quando multiplicamos S2 pelo fator de
n 1
. Portanto, S
n 1
2
n 1
= S2 .
n
.
n 1
Propriedades da varincia
1) Se adicionarmos (ou subtrairmos) uma mesma constante a todos os valores de uma srie, a
varincia no se altera.
2) Se multiplicarmos (ou dividirmos) todos os valores de uma srie por uma mesma constante,
a varincia ficar multiplicada (ou dividida) pelo quadrado dessa constante.
Exemplos
x=
16 + 18 + 22 + 25
= 20,25
4
S2 =
276
S2 =
S n2 1 = 12,2.
4
16,3
3
x=
16 + 4 + 4 + 25 49
=
= 12,25
4
4
42+2+5
= 0,25
4
( x ) 2 = 0,0625
S n2 1 = 12,2.
4
16,266667
3
x=
12 6 + 6 + 15
= 0,75
4
( x )2 = 0,5625
277
S n2 1 = 109,6875.
4
146,3
3
A pequena diferena entre S n2 1 obtida pelos dois processos se deve aos arredondamentos
feitos.
Desvio Padro
S2 = S2
ou
S n 1 = S n2 1
A vantagem do desvio padro sobre a varincia que a unidade de medida desta o quadrado
da unidade de medida da varivel, enquanto a unidade de medida do desvio padro a
mesma das medidas da varivel.
1) Se adicionarmos (ou subtrairmos) uma mesma constante a todos os valores de uma srie, o
desvio padro no se alterar.
2) Se multiplicarmos (ou dividirmos) todos os termos de uma srie por uma mesma constante,
o desvio padro ficar multiplicado (ou dividido) pelo valor absoluto dessa constante.
278
Exemplo
Calcular o desvio padro dos dados apresentados a seguir
Idade (anos)
Frequncia
10
20
20
30
28
30
40
46
40
50
21
50
60
Idade (anos)
Pontos mdios
Frequncia
10
20
15
20
30
25
28
30
40
35
46
40
50
45
21
50
60
55
Pontos mdios - 35
Frequncia
-20
-10
28
279
46
10
21
20
x2 =
100
100
100
S n2 1 = (200 16,81)
= 185,0404 anos2
99
Sn-1=
Exerccios Propostos 23
Quantidade de filhos
Frequncia
10
7
280
2) Algumas famlias foram consultadas em relao quantidade de filhos que pretendiam ter.
o resultado apresentado a seguir.
Quantidade de filhos
Frequncia
10
20
15
281
a) 4,0
b) 5,0
c) 8,0
d) 13,0
4) Em uma pesquisa realizada com 100 peas, escolhidas ao acaso, da linha de produo de
uma indstria levantou-se as seguintes informaes:
N
de 1
defeitos
N
peas
20
28
19
de 17
Em relao a essa distribuio correto afirmar que a moda e a mediana so, respectivamente
a) 2 e 2
b) 2 e 25
c) 28 e 25
d) 28 e 28
282
Classes
fi
2a 4
4a 6
6a 8
10
8 a 10
10 a 12
Dimetro(cm)
4a 6
6a 8
8 a 10
12
10 a 12
10
283
12 a 14
8) A moda bruta :
a) o ponto mdio da classe central
b) o ponto mdio da classe de maior frequncia
c) um ponto mdio qualquer escolhido arbitrariamente
d) nenhuma das resposta acima
9) Se as frequncias das classes adjacentes classe modal forem iguais, podemos afirmar
corretamente que
a) a moda de Czuber ser maior que a moda bruta
b) a moda de Czuber ser maior que a moda de King
c) a moda bruta ser igual a moda de Czuber
d) a moda bruta ser maior que a moda de King
10) (IDR-DF/AFCE) Um rgo pblico divide suas despesas em doze rubricas diferentes. Os
valores (em 1 000 reais) orados por rubrica para o prximo ano, em ordem crescente, so:
20,22,28,43,43,61,61,61,64,72 e82. pode-se afirmar, ento, que a mediana destes valores :
284
a) 43
b) 50
c) 52
d) 61
12) (ESAF/TTN) De acordo com a distribuio transcrita a seguir, pode-se afirmar que
Pesos(kg)
Frequncias simples
absolutas
2a 4
4a 6
12
6a 8
285
8 a 10
10 a 12
Dimetro(cm)
4a 6
6a 8
8 a 10
12
10 a 12
10
12 a 14
A mediana da distribuio
a) eqidistante da mdia aritmtica e da moda
b) igual mdia aritmtica
c) inferior mdia aritmtica
d) coincide com o ponto mdio do intervalo de classe
e) pertence a um intervalo de classe distinto do que contm a mdia aritmtica
286
16) Determine a varincia e o desvio padro dos dados a seguir (use arredondamento para
centsimos)
Peso (kg)
fi
10 a 20
20 a 30
30 a 40
10
40 a 50
17) Determine a varincia e o desvio padro dos dados a seguir (use arredondamento para
centsimos)
Idade (anos)
fi
18 a 22
287
22 a 26
26 a 30
30 a 34
10
34 a 38
Gabarito 23
1)c
2) d
3) b
4) a
5) c
6) e
7) c
8) b
9) c
10) c
11) a
12) c
13) d
14)
15) S n2 1 =82,25
16) S n2 1 =74,74
17)
DP =9,07
DP =8,64
S n2 1 =48,21
DP =6,94
S n2 1 =12,46
DP =3,53
288
BIBLIOGRAFIA
ALVAREZ-LEITE, Elvira Conjuntos Numricos Centro Pedaggico da UFMG Apostila
Funo
Exponencial
e
Logartmica
Contbeis Milton Campos Apostila
Faculdade
de
Cincias
BRUNELLI, Remo Loschi. Matemtica Livro 1. Belo Horizonte: Colgio Loyola, 1999 (Apostila)
DANTE, Luiz Roberto. Matemtica contexto & aplicaes. So Paulo: tica, 2004
GIOVANNI, Jos Ruy. BONJORNO, Jos Roberto. Matemtica. So Paulo: FTD, 1999
PIMENTEL, Ernani et all. Ministrio das Relaes Exteriores Oficial de Chancelaria Nvel
Superior.Braslia: Vestcon, 2008 (Apostila)
RIBEIRO, Renato Pinto. Matemtica Mdulo III. Belo Horizonte: Fatorial Pr Vestibular, 2003
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TOLEDO, Geraldo Luciano. OVALLE, Ivo Izidoro. Estatstica Bsica. So Paulo:Atlas, 1985
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290